Laboratório de Hematologia – Teorias, Técnicas e Atlas
Figura 1.2 Cadastro de exames: código de barras nos tubos do setor de hematologia (análises de coagulação, imuno-hematológica e hematológica)
Figura 1.4 Distribuição das veias do membro superior: veia cefálica (1); veia cefálica mediana (2); veia basílica (3); veia basílica mediana (4); veia cubital mediana (5)
Figura 1.3 Material utilizado na coleta de exames do setor de hematologia: lâminas, garrote ou torniquete, álcool isopropílico 70% ou álcool etílico, algodão, luvas descartáveis, adaptador de agulha, agulhas com travas de segurança, seringa, escalpe, tubos a vácuo, lancetas e bandagem séptica
Técnica de coleta Diversos locais podem ser escolhidos para a punção venosa. Entretanto, o local de preferência é a fossa antecubital, na área anterior do braço, onde está localizado um grande número de veias próximas à superfície da pele. Nesta localização do braço, há dois tipos comuns de distribuição das veias, uma com o formato da letra H e outra com o formato da letra M. O padrão H é o mais comum e composto pelas veias cefálica, cubital mediana e basílica. Já o padrão M é composto pelas veias cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica (Figura 1.4). Antes da coleta do sangue, é necessária a utilização de antissépticos (álcool isopropílico 70% ou álcool etílico). Com o algodão umedecido de antisséptico, deve-se deslizá-lo no local da coleta em movimento circular do centro para fora, a fim de não passar pelo mesmo local duas vezes. É importante não assoprar, não abanar, não colocar nada no local e não tocar novamente na região.
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Geralmente, a punção venosa em pacientes geriátricos e pediátricos é difícil, sendo necessários, na maioria das vezes, agulhas de menor calibre e tubos de menor volume. As luvas descartáveis servem de proteção e são obrigatórias na sala de coleta, bem como o jaleco e o sapato fechado, fazendo parte dos equipamentos de proteção individual (EPI), descritos com mais detalhes no Capítulo 2, Qualidade no Laboratório de Hematologia. O uso adequado do torniquete é muito importante. Isso porque talvez ocorra estase localizada, hemoconcentração e infiltração de sangue para os tecidos, caso sua aplicação exceda a 1min, podendo gerar valores falsos nos resultados de alguns exames.
Técnicas para evidenciação das veias Após o braço estar em posição de coleta no apoiador, cabe procurar as veias calibrosas pedindo ao paciente para abrir e fechar a mão, já que os movimentos de abertura das mãos reduzem a pressão venosa, com o relaxamento muscular. Deve-se massagear suavemente do punho para o cotovelo o braço do paciente e, com o dedo indicador, diferenciar veias de artérias pela percepção da pulsação. A fixação das veias com os dedos é importante em casos de flacidez. Outra técnica utilizada para evidenciação das veias é a transiluminação. Com um equipamento cutâneo é possível localizar veias, por meio de feixes de luz emitidos no interior do tecido subcutâneo do paciente, os quais podem iluminar as veias até 7mm de profundidade, facilitando sua localização. O equipamento não entra em contato com a pele do paciente, o que evita esterilização, sendo posicionado em média 25cm
C o p y r i g h t ©2 0 1 5E d i t o r aR u b i oL t d a . Me l o / S i l v e i r a . L a b o r a t ó r i od eHe ma t o l o g i a–T e o r i a s , T é c n i c a seAt l a s . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
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