Epidemiologia e Bioestatística – Fundamentos para a Leitura Crítica
7. Leia o estudo a seguir e responda às perguntas:
Tabela 29.2 Dosagem sérica de colesterol em obesos e não obesos Colesterol (mg/dL)
x
s
Mediana (P50)
P25
P75
Obesos
216,2
20,0
214,3
202,1
231,9
Eutróficos
172,0
24,0
168,9
154,6
190,3
4. O tempo médio de internação de pacientes com pneumonia em um determinado hospital é de 4 dias, com desvio padrão de 1,5 dia. Qual é a probabilidade de que o tempo médio de internação de uma amostra seja inferior a 2,5 dias e superior de 5,5 dias? 5. Os dados da Tabela 29.3 representam as idades (anos) de 40 pacientes admitidos em um determinado hospital. Tabela 29.3 Idades (anos) de 40 pacientes no hospital 32
63
33
57
35
54
38
53
42
48
43
46
61
53
12
13
16
31
30
28
25
23
23
22
21
17
23
14
34
16
17
27
21
24
22
13
61
29
42
26
A. Calcule a média, a mediana, o desvio padrão e o intervalo interquartil (IIQ). B. Como você descreveria a forma da distribuição destes dados? 6. Dois pediatras querem investigar um novo teste rápido que identifica infecções do trato urinário (ITU), cuja prevalência local é de 5%. O dr. A usa um teste, existente há vários anos, que tem uma sensibilidade de 80% e uma especificidade de 85% e o dr. B usa um novo teste que é 90 % sensível e 95% específico. Para comparar a validade, aplicam o teste independentemente em 200 crianças com sintomas urinários e febre. Com base nessas informações, responda: A. Qual dos dois pediatras tem maior acurácia para diagnosticar uma criança com ITU? Calcule fazendo arredondamentos para tornar os números inteiros. B. Se uma criança, atendida pelo dr. B, com sintomas urinários e febre, tiver o teste rápido negativo, qual a probabilidade de estar com ITU? C. Se o teste fosse usado em outro local onde a prevalência fosse, por exemplo, de 15%, mantendo as mesmas características dos testes, modificaria o valor preditivo positivo (VPP) dos pediatras? Justifique sua resposta.
29 - Epidemiologia e Bioestatistica.indd 190
JUSTIFICATIVA: as cefaleias afetam a maioria das crianças e são a terceira maior causa de absenteísmo escolar relacionado com doenças. Embora o desfecho a curto prazo para a maioria das crianças pareça favorável, poucos estudos relataram desfechos a longo prazo. OBJETIVO: avaliar o prognóstico a longo prazo de cefaleias infantis 20 anos após o diagnóstico inicial em um grupo de crianças do Canadá Atlântico que tiveram cefaleias em 1983. MÉTODOS: noventa e cinco pacientes com cefaleias que se consultaram com um dos autores em 1983 foram previamente estudados em 1993. Os 77 pacientes contatados em 1993 foram revisados em 2003. Foi utilizado um protocolo de entrevista padronizado. RESULTADOS: sessenta (78%) de 77 pacientes responderam (60 dos 95 do grupo original). Na revisão de 2003, 16 (27%) estavam livres da cefaleia, 20 (33%) tinham cefaleia do tipo tensional, 10 (17%) tinham enxaqueca e 14 (23%) tinham enxaqueca e cefaleia do tipo tensional. Ter mais de um tipo de enxaqueca foi mais prevalente do que no diagnóstico ou seguimento inicial (P < 0,001) e o tipo de cefaleia variou ao longo do tempo. CONCLUSÕES: vinte anos após o diagnóstico de cefaleia pediátrica, a maioria dos pacientes continua a ter cefaleia, embora a classificação da cefaleia costume mudar ao longo do tempo. Fonte: adaptado de Brna P, Dooley J, Gordon K, Dewan T. O prognóstico da cefaleia infantil: um acompanhamento de 20 anos. Arch Pediatr Adolesc Med. 2005; 159(12):1157-60.
A. Qual o enfoque deste estudo? B. Qual o tipo de delineamento usado pelos autores? 8. Leia o resumo a seguir e responda às perguntas: Realizou-se um estudo sobre a capacidade de os clínicos diagnosticarem infecção estreptocócica em 149 pacientes que foram à emergência de um hospital com dor de garganta. As impressões clínicas dos médicos foram comparadas com os resultados de culturas orofaríngeas para estreptococos do grupo A. Dos 37 pacientes que apresentaram cultura orofaríngea positiva, 27 foram diagnosticados pelos médicos como tendo faringite estreptocócica. Entre 112 pacientes com cultura negativa, os médicos diagnosticaram que 35 deles tinham a doença. Fonte: adaptado de Fletcher SW e Hamann C. Emergency room mana gement of patients with sore throats in a teaching hospital: influence of non-physician factors. J Community Health. 1976; 1(3):196-204.
C o p y r i g h t ©2 0 1 5E d i t o r aR u b i oL t d a . F i l h o . E p i d e mi o l o g i aeB i o e s t a t í s t i c a–F u n d a me n t o sp a r aaL e i t u r aC r í t i c a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
190
03/08/2015 11:49:50