Neurociências: Diálogos e Interseções
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Figura 6.3 Representação das diferentes áreas do corpo na área I do córtice somatossensorial – o homúnculo de Penfield
posterior (VP) do tálamo, fazem sinapses, originando as radiações talâmicas, e deixam o diencéfalo pela cápsula interna, projetando as fibras para o giro pós-central (córtice somatossensorial primário ou S1) (Hsiao e cols., 2002). O córtice somatossensorial primário corresponde ao giro pós-central (áreas 3, 1 e 2 de Brodmann) (Ploner e cols., 2000; Ruben e cols., 2001; Zhuo & Fuster, 2000). Os estímulos somatossensoriais são facilmente percebi dos por neurônios dessa região do córtice cerebral; assim sendo, lesões em S1 trazem prejuízos significativos na capacidade discriminativa e na precisão sensorial (tato epicrítico) (Guyton & Hall, 2006e). Entre as décadas de 1930 e 1950, o neurologista canadense Wilder Penfield (1891-1976) mapeou o córtice somatossensorial após estimular eletricamente vários pontos do córtice de pacientes neurocirúrgicos. Esse mapa somatotópico é conhecido como homúnculo de Penfield (Figura 6.3). O tamanho da representação somatotópica no córtice é proporcional à densidade de aferências sensoriais originadas daquela região, por isso assemelha-se à caricatura da Figura 6.4: boca, língua e
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Figura 6.4 Caricatura representando a densidade de aferências sensoriais da área I do córtice somatossensorial, formando o homúnculo de Penfield
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