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Gastrostomia Endoscópica Percutânea: Técnicas e Aplicações
T 8.3 Medidas preven vas para evitar complicações da GEP Medidas preven vas e diagnós co precoce
Complicação
Peritonite precoce ■ Transiluminação e (após a inserção da indentação adequadas ■ Escolha adequada do local sonda) da gastrostomia ■ Verificar a tolerância à dieta antes da alta hospitalar ■ Selecionar adequadamente o método para colocar a sonda Separação da parede gástrica
■ Avaliação adequada da técnica: considerar a técnica laparoscópica ou aberta em pacientes imunodeprimidos, com diálise peritoneal ou ascite ■ Confirmar o posicionamento adequado da sonda
Peritonite na troca da sonda
■ Aguardar 3 a 4 meses antes da troca da sonda inicial. Aguardar mais tempo em pacientes com patologias que dificultem a cicatrização ■ Confirmar a localização da sonda sempre que for trocada ■ Verificar a tolerância à dieta antes da alta hospitalar
Fístula gastrentérica
■ Avaliar durante o procedimento a transiluminação e a indentação ■ Confirmar a localização da sonda sempre que for trocada ■ Verificar a tolerância à dieta antes da alta hospitalar ■ Realizar exame contrastado quando houver suspeita diagnós ca
Pneumoperitônio benigno
■ Evitar hiperinsuflação ■ Realizar exame contrastado se houver suspeita clínica
Sangramento
■ Transiluminação adequada ■ Evitar punção sobre veias superficiais na parede abdominal ■ Checar se há história prévia de distúrbios de sangramento. Caso presente, checar a coagulação antes do procedimento
Figura 8.4 Alargamento do óstio da gastrostomia Fonte: foto gen lmente cedida pelo Dr. Luciano Guimarães.
A fístula gastrocolocutânea ocorre por perfuração do cólon, geralmente o transverso, por punção inadvertida deste durante o procedimento ou por erosão de uma alça intestinal adjacente.2,13,19 Sua forma de apresentação mais frequente é insidiosa, com o surgimento de fezes ao redor do sítio da punção, diarreia e fezes com o aspecto semelhante ao da dieta. Deve-se remover a sonda após a confirmação radiológica dessa complicação. O tratamento cirúrgico só é recomendado nos casos de persistência do trajeto fistuloso ou de peritonite.4,13 O principal fator para evitar ou diminuir o risco de complicações da GEP é a prevenção, por meio da utilização da técnica correta e de cuidados e revisões regulares (Tabela 8.3).
OUTROS MÉTODOS PARA ACESSO ENTERAL EM CRIANÇAS A jejunostomia endoscópica por gastrostomia (J-GEP) consiste na inserção de um tubo de extensão jejunal por meio de uma sonda de GEP preexistente ou colocada simultaneamente.20 Apesar de ser a técnica mais utilizada para acesso endoscópico jejunal, a experiência do uso dessa técnica em crianças é limitada.2 A monitoração deve ser cuidadosa, pois há
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Fonte: Beres et al., 2009.12
uma tendência de a sonda migrar para o estômago. Além disso, em crianças as sondas têm pequeno diâmetro e tendem a obstruir. A jejunostomia endoscópica percutânea direta (D-JEP) é uma modificação da GEP para permitir
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