Endometriose para o Cirurgião 165
da superfície do peritônio. O aspecto da lesão é esférico e sua localização é no septo retovaginal. Ao exame pélvico pode-se palpar nódulo no terço superior da vagina e/ou visualizar alguma lesão no exame especular. Esta lesão é considerada uma adenomiose externa. Quadro clínico
Figura 17.8 Endometriose de padrões estromal e glandular mistos de diferenciação, compostos por espaço glandular cisticamente dilatado, em parte revestido por células endometrioides, parte por células aplainadas. HE – 100X
metro na superfície peritoneal. Conforme se procede a sua excisão, a lesão se apresenta com diâmetros menores. Tipo II: Neste tipo de lesão encontrase o reto aderido ao fundo de saco de Douglas e aos ligamentos uterossacros. Com o descolamento cuidadoso desse processo de retração, localiza-se a lesão endometriótica entre o fundo de saco e o reto. Tipo III: Este tipo de lesão caracteriza-se como tendo seu maior diâmetro abaixo
A dismenorreia, a dispareunia, a dor pélvica e a infertilidade são as queixas mais relacionadas com o quadro clínico da endometriose pélvica, relatadas ao ginecologista. A endometriose do trato gastrintestinal (ETGI) pode ser completamente assintomática, especialmente no curso das fases iniciais, e, por vezes, é um achado incidental em intervenções cirúrgicas com propósitos diversos. Os sintomas gastrintestinais típicos, inconfundíveis com os especificamente atribuídos à endometriose em órgãos ginecológicos observados em pacientes potencialmente portadoras de endometriose pélvica, podem ser atribuídos ao acometimento da superfície serosa do TGI. Essa entidade, inequívoca, é denominada de endometriose gastrintestinal (Cornillie et al., 1992). A fi-
Figura 17.9 Classificação de Koninckx e Martin. (A) Tipo I: infiltração. (B) Tipo II: retração. (C) Tipo III: adenomiose