PARTE III | Imagens Vasculares e Procedimentos Diagnósticos
Planejamento pré-operatório de varizes secundárias ou recidivada em membros inferiores. Avaliação de malformações arteriovenosas. Avaliação de traumatismo venoso.
Veia cava inferior Veia ilíaca comum Veia ilíaca externa Veia femoral comum
Veia femoral superficial
Veia safena magna
Veia poplítea Veia poplítea Veia tibial anterior
Veia fibular
Veia fibular
Veia tibial anterior
Veia safena parva Veia tibial posterior
Figura 14.3 Anatomia venosa de membro inferior Fonte: adaptada de Fraser & Anderson, 2004.3
A flebografia é de grande valor para diagnóstico de trombose venosa profunda no segmento infrapoplíteo, fundamentalmente quando o ecodoppler não é conclusivo ou negativo em pacientes sob alta suspeita clínica. Além disso, pode ser utilizada em situações de impossibilidade de utilização do ecodoppler, que tem uma sensibilidade de 95%, utilizando-se apenas o teste de compressão em modo B.4,5 Segundo de Franciscis et al. (2008),6 em estudo que avaliou as diretrizes clínicas utilizadas para tromboembolia venosa em instituições italianas diversas, apenas 40% dos centros conseguiram confirmação diagnóstica de uma trombose venosa profunda em menos de 12h.6 O diagnóstico de trombose venosa profunda em membro superior (cerca de 10% das tromboses venosas profundas) tornouse mais frequente em virtude dos cateteres venosos centrais e devido ao uso de marca-passo cardíaco, que apresenta dificuldade para avaliação direta com teste de compressão por ecografia em veias proximais. Assim, um estudo flebográfico pode contribuir para a propedêutica.7 A importância funcional valvar nos remete aos estudos de William Harvey, no século XVII. A síndrome de insuficiência venosa crônica acomete 10% a 35% da população norte-americana; caracteriza-se por edema, hiperpigmentação da pele, lipodermatoesclerose, com ou sem úlcera, e é causa de importante morbidade e implica alto custo socioeconômico.8,9 Sendo assim, o diagnóstico radiológico requer atenção para identificação de refluxo, estenoses e obstruções, e de sua topografia. A síndrome de veia cava superior, caracterizada por congestão venosa dos membros superiores, cervical e cefálica, associa-se a sintomas como dispneia, ortopneia, cefaleia, distúrbios visuais, cianose facial e tosse. O diagnóstico clínico deve ser acompanhado de investigação inicial com métodos de imagem não invasivos como ecodoppler, angiotomografia ou angiorressonância, mas o estudo flebográfico dinâmico fornece dados para a programação terapêutica.10
Veia poplítea
Veia femoral
Veias tibiais
Veias tibiais
Veia safena parva
A
B
Figura 14.4 (A a C) Anatomia radiológica de membro inferior
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Veia poplítea
C
C o p y r i g h t ©2 0 1 6E d i t o r aR u b i oL t d a . B e l c z a k . C i r u r g i aE n d o v a s c u l a r eAn g i o r r a d i o l o g i a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
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