do arco da aorta ou de troncos supra-aórticos, já explicados anteriormente. Na topografia de C3, a artéria carótida comum (ACC) subdivide-se em artéria carótida interna (ACI) e artéria carótida externa (ACE), constituindo região denominada bulbo carotídeo. Por ser uma região de bifurcação, esse é um ponto susceptível à deposição de placas de ateroma e, portanto, alvo de tratamento do cirurgião endovascular. A ACI não emite ramos cervicais, e esta é uma maneira de diferenciá-la da ACE em um exame de imagem, por exemplo. A ACI divide-se em quatro porções: cervical, petrosa, cavernosa e cerebral. A ACE emite ramos cervicais e ramos que irrigam a face, na seguinte ordem: artéria tireóidea superior, artéria lingual, artéria facial, artéria faríngea ascendente, artéria occipital, artéria auricular posterior, artéria maxilar, artéria temporal superficial (Figura 5.19). O conhecimento desta anatomia é muito útil para embolização de tumores vascularizados da face, traumatismos com sangramento oral ou nasal e embolização pré-operatória de glomo carotídeo, entre outros. Para formar o polígono de Willis, rede anastomótica arterial intracraniana, desempenham papel fundamental as artérias vertebrais, que são ramos diretos das artérias subclávias. Estas se
subdividem em quatro porções, que têm implicação clínica para uniformização de tratamentos (Figura 5.20). Na Figura 5.21 está ilustrado o polígono de Willis e seus principais ramos. Uma das mais belas e perfeitas redes anastomóticas do corpo humano, seu funcionamento permite que alguns territórios obstruídos não determinem isquemia cerebral.
Sistema venoso A drenagem venosa do encéfalo é feita pelos seios venosos, cujos principais representantes são: seio sagital superior, seio sagital inferior, seio reto, seios transversos, seios sigmoides, seios cavernosos e seios petrosos. A drenagem da face é feita principalmente pela veia jugular externa (VJE). A veia jugular interna (VJI) é a principal veia do pescoço, e drena o sangue do encéfalo e da face. Acompanha o trajeto da ACC e é importante via de acesso para procedimentos endovasculares venosos, entre eles o implante de filtro de veia cava. Também recebe tributárias correspondentes da face, entre elas veia facial, veia lingual, artéria faríngea, tireóideas superior e inferior (Figura 5.22).
Artéria temporal superficial
Artéria maxilar
Artéria facial Artéria lingual
Artéria occipital Artéria auricular posterior Artéria carótida interna Artéria faríngea ascendente
Artéria tireóidea superior Bulbo carotídeo
Artéria carótida comum
Figura 5.19 Bifurcação carotídea e seus principais ramos
05 - Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia.indd 45
45
C o p y r i g h t ©2 0 1 6E d i t o r aR u b i oL t d a . B e l c z a k . C i r u r g i aE n d o v a s c u l a r eAn g i o r r a d i o l o g i a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
Capítulo 5 | Anatomia Aplicada à Cirurgia Endovascular
05/09/2015 20:27:28