Bizu Comentado de Cirurgia Vascular

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Respostas – Angiografias

lateral, e uma fase venosa tardia, com infusão de contraste no tronco celíaco e na artéria mesentérica superior. Uma artéria mesentérica patente em sua origem exclui o diagnóstico de trombose dessa artéria e somada à diminuição da contrastação das ramificações distais caracteriza o diagnóstico de isquemia mesentérica não oclusiva. A normalidade da vascularização mesentérica exclui esse diagnóstico. Há constrição e não dilatação dos ramos distais das artérias mesentéricas. Há diminuição e não aumento do escoamento venoso, diferenciando da trombose venosa mesentérica por não haver realce da parede intestinal ou extravasamento de contraste para o interior da luz intestinal.5 4. Resposta C A angiografia tem sua importância no diagnóstico e planejamento cirúrgico dos pacientes portadores dessa patologia. Ela deve ser realizada nas posições anteroposterior e lateral da perna, bilateralmente, com o membro na posição neutra e em dorsoflexão passiva e flexão plantar ativa do pé. Os achados mais característicos são o desvio medial da artéria poplítea, possivelmente com estenose e sinais de compressão extrínseca às manobras musculares. É também possível encontrarmos a presença de rica rede colateral, dilatações pós-estenóticas, aneurismas e oclusões arteriais. Anomalias flebográficas são raras. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética vêm sendo cada vez mais utilizadas, uma vez que, além das alterações arteriais, elucidam as correlações dos vasos com a musculatura adjacente, e são métodos menos invasivos.3 5. Resposta B Nos pacientes com tumor de corpo carotídeo, o emprego da arteriografia por subtração digital demonstra o alargamento da bifurcação carotídea pela massa ovoide hipervascularizada (Figura 6.5A), o sinal da lira (instrumento musical de cordas da Antiguidade – Figura 6.5B), considerado patognomônico dessa patologia. No eco-color-Doppler, modo B, identifica-se uma massa sólida, alargando a bifurcação carotídea, e observam-se ondas de fluxo turbulento e de baixa resistência no interior da lesão hipervascularizada. A angiotomografia (Figura 6.5C) nos permite avaliar as dimensões do tumor, sua extensão cranial e para a área retrofaríngea, assim como evidenciar eventuais multiplicidades.6 6. Resposta E A angiografia por subtração digital tem sido considerada padrão-ouro para o diagnóstico e avaliação de arterite de Takayasu. A aortografia total, que inclui origens do arco aórtico, ramos viscerais e artérias ilíacas, e a arteriografia pulmonar são úteis para se avaliar a extensão da doença. A angiotomografia possibilita o reconhecimento das lesões iniciais da parede arterial e, além de dimensionar o comprometimento do lúmen, tem sido cada vez mais empregada por ser menos invasiva que a angiografia.7 7. Resposta A A arteriografia muitas vezes nos permite a confirmação diagnóstica de tromboangiite obliterante por evidenciar as alterações parietais e oclusivas dessa enfermidade. São considerados achados típicos, porém nem sempre presentes, na arteriografia dessa patologia:

Obstruções segmentares das artérias das extremidades, em perna, pé, antebraço e mãos.

Oclusões abruptas, com preservação da circulação troncular proximal, que geralmente não apresenta qualquer sinal de comprometimento parietal.

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