Cardiopatias Congênitas Respostas
1. Resposta D A tetralogia de Fallot compreende uma cardiopatia congênita cianótica, constituída por quatro componentes: comunicação interventricular (CIV); obstrução do fluxo de saída do ventrículo direito; cavalgamento da aorta e hipertrofia ventricular direita (HVD) (Braunwald, 2008). Uma hipoxemia progressiva nos primeiros anos de vida é encontrada nesta patologia, a qual leva à cianose e sopro sistólico na altura do ventrículo direito (foco pulmonar), como ensina Alexiou (2001). Em nível de investigação laboratorial, o eletrocardiograma (ECG) na tetralogia de Fallot caracteriza-se por desvio do eixo para a direita e hipertrofia ventricular direita (HVD). A clássica imagem de coração “em bota” com deficiência de fluxo sanguíneo pulmonar é mais bem evidenciada em neonatos e crianças, sendo menos típica em adultos. O arco aórtico à direita pode ser evidenciado em cerca de 30% dos pacientes com tetralogia de Fallot. A ecocardiografia em modo M (unidimensional) mostra nitidamente uma alteração na relação entre o arco aórtico e o septo interventricular (SIV). Já no modo bidimensional, há mais informações quanto à extensão e à localização da obstrução infundibular, à integridade da valva e da artéria pulmonar, bem como a hipertrofia ventricular direita e localização do septo interventricular. A Figura 8.1 ilustra esquematicamente os componentes da tetralogia de Fallot.
Figura 8.1 Desenho esquemático da tetralogia de Fallot, onde se podem identificar os quatro componentes: (1) obstrução da via de saída do ventrículo direito; (2) hipertrofia ventricular direita; (3) comunicação interventricular; (4) cavalgamento da aorta (Modificado de Santos, 2005)
2. Resposta B A comunicação interatrial (CIA) inclui malformação caracterizada por diferentes graus de desenvolvimento incompleto do septo interatrial (SIA). Há quatro tipos de CIA: ostium primum, ostium secundum, seio venoso e defeito do seio coronariano.
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