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Capítulo 1 – O bairro onde eu vivo
Este capítulo tem como objetivo pedagógico principal conduzir os estudantes à compreensão do lugar onde vivem, mapeando seus espaços de vivência e identificando as contribuições socioculturais presentes nos seus e, também, em outros bairros. Ainda neste capítulo, trabalhamos com a alfabetização cartográfica, por meio da apresentação de mapas mentais e do conceito de legenda. A partir dessa discussão, buscamos desenvolver a Unidade Temática da BNCC: o sujeito e seu lugar no mundo e formas de representação e pensamento espacial.
A partir dos conteúdos desse capítulo, espera-se alcançar os seguintes objetivos: • Refletir sobre as características do bairro.
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• Reconhecer marcas culturais de diferentes povos na formação dos bairros, com destaque para o espaço de vivência. • Reconhecer a importância dos mapas para a localização no espaço geográfico. • Compreender a importância e função da legenda em um mapa. • Elaborar um mapa mental. • Compreender a diferença entre os pontos de vista frontal, vertical e oblíquo. • Diferenciar imagens bidimensionais de tridimensionais.
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O bairro onde eu vivo
Todos nós temos uma relação muito importante com o bairro onde moramos. É nele em que vivemos e realizamos nossas atividades cotidianas, como ir à escola, ao supermercado, à farmácia ou ao parque jogar bola e andar de bicicleta aos finais de semana.
Neste capítulo, você refletirá justamente sobre o lugar onde você vive, identificando as suas origens e as de sua família, bem como a origem das demais pessoas que vivem no seu bairro. Você também descobrirá como utilizar os mapas para localização e orientação nos seus espaços de vivência.
Para iniciar esta conversa, vamos ver o que você sabe sobre o lugar onde vive?
1 Qual é o nome da sua rua? E do seu bairro? Resposta pessoal.
2 Em qual cidade o seu bairro está localizado? Resposta pessoal.
3 Descreva como é o seu bairro para um colega: agitado ou tranquilo? É muito ou pouco arborizado? Quais lugares interessantes há para visitar no seu bairro? Há mais prédios ou casas? Depois, converse com a sua turma sobre as diferenças e semelhanças entre os bairros em que vivem. Resposta pessoal.
LOJA DE ROUPAS
MERCADO
PAPELARIA
TOFU ILUSTRAS
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Encaminhamento didático
As atividades propostas na abertura do capítulo têm como objetivo levantar informações básicas sobre a localização do bairro dos estudantes. Devido à faixa etária, é possível que algumas crianças não saibam ou tenham dificuldade de indicar o nome da rua, bairro e cidade onde moram. Por isso, solicite essas informações previamente para que elas possam consultar os pais, ou peça que o estudante consulte na sua agenda escolar, caso possua uma.
Ao longo do nosso dia, desenvolvemos diversas atividades e visitamos diferentes lugares do nosso bairro, não é mesmo? Veja algumas dessas situações:
1 No seu bairro, você costuma frequentar algum dos lugares representados nas imagens acima? Quais?
2 Além dos lugares representados nas imagens, quais outros você costuma frequentar no seu bairro? Em seu caderno, faça uma tabela seguindo o exemplo abaixo. Depois, preencha as informações.
Estudantes em transporte escolar. Vitória da Conquista, BA, fevereiro de 2020.
JOA SOUZA/SHUTTERSTOCK JOA SOUZA/SHUTTERSTOCK
Estudantes assistindo a uma aula em escola pública. Vitória da Conquista, BA, fevereiro de 2020. Crianças brincando em um parque infantil, Camaçari, BA, fevereiro de 2020.
JOA SOUZA/SHUTTERSTOCK
Resposta pessoal.
( ) Perto ( ) Longe
( ) Perto ( ) Longe
( ) Perto ( ) Longe
( ) Perto ( ) Longe
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Professor, explore as imagens presentes nesta página junto aos estudantes. Ela retrata espaços de convivência do bairro que, provavelmente, os estudantes já visitaram.
Pergunte a eles: com qual frequência vocês costumam ir a esses lugares? Com quem vocês costumam ir? De qual deles vocês gostam mais? O objetivo é envolver e atrair a atenção dos estudantes para os conteúdos por meio da troca de experiências. 1. Observe as imagens junto com os estudantes e identifique os diferentes lugares e funções que exercemos neles. Aproveite para dialogar com os estudantes sobre as diferentes posturas que podemos assumir de acordo com essas funções (ex. postura dentro da escola, do transporte público, do parquinho). 2. Converse com estudantes sobre o que consideram longe e perto. Leia a tabela com os estudantes e solicite que a preencham individualmente.
Solicite que os estudantes compartilhem essas informações em duplas, estruturando, assim, a fala e apontando o seu ponto de vista e justificativas.
3. Explique aos estudantes que eles entrevistarão alguém do seu convívio social sobre os lugares que frequentam.
Solicite que escutem o entrevistado e façam o registro dessas informações na tabela.
Atividade complementar
Para complementar o que se pede nas questões 2 e 3, você pode propor aos estudantes que levem fotografias que tiraram em visitas ou passeios que realizaram no bairro onde moram. Diga a eles que pode ser a foto de um passeio na sorveteria, na praça, no parquinho, na casa de um amigo ou até mesmo na escola em que estudam, caso esse registro fique no mesmo bairro onde moram. É importante orientar os estudantes a pedirem permissão e ajuda dos pais para a seleção das fotos. Para que a atividade ocorra de maneira organizada, combine com as crianças uma data para a entrega das fotos. No dia, proponha que os estudantes formem duplas ou trios para mostrar as fotos que levaram e contar aos amigos como foram suas experiências nos lugares selecionados. Depois, crie um mural de fotografias com o tema “O bairro onde eu vivo”. Se possível, deixe o mural exposto na sala de aula durante todo o desenvolvimento desta Unidade. Assim, você pode usar as fotografias como recursos didáticos sempre que necessário. Nos capítulos 2 e 3, por exemplo, você pode retomar o mural de fotografias e levantar os seguintes questionamentos: quais dessas fotografias foram tiradas em espaços públicos? E privados? 3 Depois de preencher a tabela, em casa, entreviste seus familiares, seus colegas, professores ou funcionários da escola, sobre os lugares aonde eles costumam ir com frequência e se gostam ou não desses lugares.
Copie a tabela abaixo em seu caderno para registrar as informações.
Nome do entrevistado Lugares que costuma frequentar Distância Do que mais gosta ou não gosta?
Qual é a sua origem?
Cada bairro da cidade abriga um grande número de pessoas. Mas será que essas pessoas sempre viveram no mesmo lugar? Na verdade, muitas delas vieram de outra cidade ou até mesmo de outro país!
Para iniciar esta conversa, leia abaixo o relato de Mariana, uma menina que vive com os pais na cidade de São Paulo.
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Assim como Mariana, você já parou para pensar em quais são as suas origens? Vamos descobrir? Com a ajuda de seus familiares, responda as questões abaixo no seu caderno:
1 Em que cidade você nasceu?
2 E os seus familiares? Onde eles nasceram?
3 Sua família sempre viveu no mesmo bairro onde nasceu? 4 Você tem familiares que vieram de outra cidade, estado ou país? 5 Agora, com base nas informações que você coletou, escreva em seu caderno um texto como o de Mariana, explicando a sua origem e a de sua família.
6 Converse com os seus familiares e pergunte a eles como era o lugar onde viviam quando tinham a sua idade. Você consegue imaginar e desenhar como era o lugar onde seus familiares viviam quando você era criança? Utilize a imaginação e elabore um desenho no espaço abaixo.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal. Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
o relato? Onde Mariana mora? Onde ela nasceu? E seus pais? E seus avós? O objetivo é trabalhar desenvolvimento de leitura e interpretação de textos.
As questões 1, 2, 3, 4 e 6 são pessoais e devem ser realizadas com o auxílio dos familiares. Converse com os estudantes previamente e solicite que, além das informações solicitadas nas perguntas, eles verifiquem com os familiares alguma história interessante sobre o tema que possam compartilhar. 5. Ao retornarem com as informações solicitadas, recupere com os estudantes as informações importantes que eles sublinharam no texto.
Identifique e converse com os estudantes sobre a importância dessas informações na construção do texto, a partir do modelo apresentado. Solicite que cada estudante redija o seu texto. Depois que terminarem, escolha alguns estudantes para compartilhar as suas produções. 6. Para valorizar a atividade dos estudantes, proponha que as crianças apresentem seus desenhos para os colegas. Oriente-as a contar o que sabem sobre o lugar que desenharam. Você pode levantar os seguintes questionamentos: qual lugar você desenhou? Quem vivia nesse lugar? O que seus familiares lhe contaram sobre ele?
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Antes da leitura do texto da página anterior, realize uma enquete com os estudantes para saber a opinião deles sobre ser importante ou não conhecer a própria história.
Caso seja possível, traga fotos de sua trajetória para ilustrar o tema. Fale sobre suas origens e seu caminho até o momento. Aproveite esse momento para introduzir a figura de Mariana, a menina do texto, que, apesar de morar em São Paulo, descobriu coisas interessantes sobre sua origem e a de seus avós. Pergunte aos estudantes se eles conseguem levantar hipóteses sobre isso antes de ler o texto. Solicite que, voluntariamente, compartilhem o que imaginaram.
Solicite aos estudantes que façam uma leitura individual do relato de Mariana. Depois, peça que comentem sobre o que entenderam da leitura. Pergunte a eles: sobre o que fala
Professor, no subcapítulo “Conhecendo a história e cultura do bairro”, iniciamos a discussão sobre a contribuição cultural de diferentes povos na formação de bairros brasileiros. Espera-se que os estudantes compreendam que os bairros têm características próprias que estão diretamente relacionadas aos povos responsáveis pela sua fundação. O objetivo é que os estudantes percebam que, ao longo do tempo, povos de outros lugares do mundo vieram para o Brasil, deixando, em algumas partes do nosso país, marcas da sua cultura.
Explore o conhecimento sobre os grupos formadores da população brasileira e, a partir dessa discussão, organize os estudantes em pares e solicite que observem e dialoguem sobre as fotos dos bairros e suas respectivas legendas. Depois solicite que registrem suas observações no livro.
Pergunte se eles já visitaram ou conhecem algo sobre esses bairros. Caso seja possível, selecione imagens e curiosidades sobre esses bairros. Ressalte a importância da influência desses povos na arquitetura e em outros aspectos culturais, seja na alimentação ou na prática de alguma atividade física, como a do Rádio Taissô, sessão de ginástica diária na praça da Liberdade.
Incentive os estudantes a compreender e respeitar a diversidade cultural da população brasileira, uma vez que as manifestações artísticas, os costumes, os conhecimentos e as tradições influenciaram culturalmente a nossa sociedade. 12
Conhecendo a história e a cultura do bairro
Provavelmente você já visitou lugares e bairros diferentes do seu. Alguns bairros podem ter características muito marcantes que os diferenciam dos demais. Essas características podem variar de acordo com a sua formação histórica e a origem da população que o ocupa.
Observe nas imagens abaixo bairros que são conhecidos justamente por possuir características marcantes.
Forme dupla com um colega. Juntos, vocês devem analisar as fotografias para responder a seguinte questão: • A partir da observação da imagem e da leitura das informações na legenda, tente descobrir qual é a origem dos povos que tiveram influência cultural na formação do bairro da Liberdade e do bairro da Velha. O bairro da Liberdade teve influência japonesa. Já o bairro da Velha teve influência alemã.
Você deve ter notado que o bairro da Liberdade tem uma forte influência da cultura japonesa, enquanto o bairro da Velha é marcado por aspectos da cultura alemã. É assim porque, no passado, muitos desses povos migraram para o Brasil trazendo consigo seus hábitos, costumes e culturas, formando bairros diferentes.
ROSANGELA PERRY/SHUTTERSTOCK
Bairro da Liberdade, São Paulo, SP, 2016. Na imagem podemos observar uma construção em vermelho chamada pelos japoneses de Torii. Os japoneses utilizam esse tipo de construção para marcar a entrada de um lugar sagrado e afastar energias negativas. Bairro da Velha, Blumenau, SC, 2019. A cidade de Blumenau foi construída por alemães que vieram para o Brasil por volta do ano de 1928. Podemos observar a influência cultural desses povos nas construções das casas e edifícios, muito parecidos com os que eram construídos na Alemanha naquele período.

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Sugestão para o professor
• Cultura japonesa. O que é Rádio Taissô? Disponível em: <https://www.culturajaponesa. com.br/index.php/esportes/radio-taisso/>. Acesso em: 13 ago. 2021.
Professor, no site sugerido, você pode encontrar informações sobre a prática do Rádio Taissô que ocorre diariamente na praça da Liberdade. Se achar interessante, compartilhe essas informações com os estudantes para enriquecer a discussão sobre a influência japonesa no bairro da Liberdade.
Investigando bairro onde vivemos
Conhecer as origens de um bairro nos ajuda a entender melhor suas características atuais. Você conhece a história e a formação do seu bairro? Vamos investigar! Faça uma pesquisa em sites da internet sobre o bairro onde você vive. Busque respostas para as seguintes perguntas: • Qual é o nome do bairro? Por que ele recebeu esse nome? • Quando o seu bairro foi criado?Resposta pessoal. Resposta pessoal. • Seu bairro tem influências culturais de outros povos?
Resposta pessoal.
Mapeando o bairro onde vivo
São comuns, no nosso dia a dia, situações nas quais precisamos indicar a localização de algum lugar no nosso bairro. Isso acontece, por exemplo, quando alguém nos faz perguntas do tipo: onde fica a padaria? Onde mora o seu amigo? Onde fica a sorveteria? Normalmente, para responder perguntas como essas, nós utilizamos os pontos de referência.
Um ponto de referência é um elemento que se destaca no ambiente e que chama a atenção em nossos trajetos diários. Eles podem ser objetos, lugares, placas ou construções.
Onde você mora? Eu moro em frente à padaria. É a padaria próxima à escola?
Não, estou falando da padaria que fica perto da sorveteria.

TOFU ILUSTRAS

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Professor, agora que trouxemos diferentes elementos que caracterizam e retomam o surgimento de dois bairros históricos, chegou o momento de incentivar os estudantes a investigar a formação do bairro em que moram.
Converse com os estudantes sobre diferentes fontes de pesquisa e a veracidade dessas fontes. Auxilie seus estudantes na busca de sites adequados para a obtenção das informações solicitadas.
Durante a pesquisa, solicite que os estudantes procurem imagens que representem o bairro e a sua história. Depois solicite que organizem e colem as imagens em cartolinas e escrevam uma pequena legenda para cada imagem. Organize uma exposição para apresentarem suas descobertas aos colegas de classe.
Encaminhamento didático
Faça a leitura compartilhada dos quadrinhos desta página, chamando atenção para o uso do balão de fala com linha contínua, que demonstra uma fala comum. Pergunte aos estudantes quais são os pontos de referência utilizados nessas tirinhas. Solicite que leiam e respondam as Questões 1 e 2 do livro. Escolha alguns estudantes para compartilharem suas respostas e pergunte se tiveram alguma dificuldade em apresentar o ponto de referência e o motivo. Nesse momento, é possível que surja alguma questão relacionada à distância do ponto de referência. Utilize essa observação para introduzir o conteúdo da página a seguir.
Após explicar aos estudantes a importância e a função dos pontos de referência para a localização no espaço geográfico, proponha a seguinte brincadeira: indicar a localização dos colegas na sala de aula, utilizando pontos de referência. Por exemplo: a Maria está sentada perto da porta; a professora está ao lado da lousa; o João está em frente à Maria. Em seguida, peça que realizem as atividades presentes nesta página.
Professor, você também pode propor brincadeiras utilizando algum objeto da sala de aula. Para isso, escolha um objeto e solicite auxílio dos estudantes para encontrá-lo. Utilize pontos de referência para demonstrar que o objeto não está no lugar esperado, como “O apagador estava ao lado da janela esquerda” ou “Estava perto da cadeira do Paulo”. Forneça mais uma dica e solicite que algum dos estudantes verifique o local para você. Após encontrar o objeto, pergunte como o estudante conseguiu encontrá-lo. 1 Grife, nos balões de fala, os pontos de referência que os personagens utilizaram para indicar a localização dos lugares.
2 Agora é a sua vez: utilize pontos de referência para indicar a localização dos seguintes lugares: • Sua casa:
Os estudantes devem indicar a padaria, a escola e a sorveteria.
Resposta pessoal.
• Sua escola:
Resposta pessoal.
• O mercado onde seus pais costumam fazer compras:
Resposta pessoal.
• A casa do seu melhor amigo:
Resposta pessoal.
Apesar de os pontos de referência ajudarem a identificar a localização, existem situações em que precisamos de outras informações para conseguir encontrar lugares mais distantes. Quando vamos viajar, por exemplo, às vezes precisamos ir para locais que não conhecemos e nunca visitamos antes.
3 Você e seus familiares já passaram por alguma situação como essa? Como fizeram para descobrir o caminho até esse lugar?
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que utilizaram algum tipo
de mapa.
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Quando não sabemos como chegar a algum lugar, normalmente recorremos a um mapa. Os mapas são representações da realidade que nos ajudam a identificar a localização de diferentes lugares, seja no bairro, na cidade, no país ou no mundo. Assim, podemos utilizá-los para orientar o caminho que devemos percorrer para chegar a um destino.
4 Sem dúvida, você e seus familiares já tiveram acesso a diferentes tipos de mapas. Assinale abaixo recursos que vocês já utilizaram para consultar um mapa: ( ) GPS ( ) Computador ( ) Livros ( ) Revistas ( ) Televisão

Resposta pessoal.
TOFU ILUSTRAS
VOCÊ SABIA?
Hoje em dia, os mapas estão em formato digital, em aplicativos de telefones celulares, indicando para onde devemos seguir para chegar ao nosso destino. Mas nem sempre os mapas foram assim. No passado, essas representações já foram esculpidas em rocha e argila. Podemos usar como exemplo o mapa da Babilônia, que é um dos mais antigos do mundo. Esse mapa foi feito em argila por volta do ano 2.500 antes da era cristã.

MORPHART CREATION/SHUTTERSTOCK
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Antes de realizar a leitura do texto, explore a imagem com os estudantes. Qual é o material utilizado? O que eles conseguem identificar na imagem? Já viram algo parecido antes? Onde? Qual é a finalidade desse objeto? Realize a leitura do texto com os estudantes e discorra sobre as possíveis utilizações do mapa em questão. Esse mapa era uma representação de um rio, provavelmente o rio Eufrates, circundando as montanhas. Converse com os estudantes sobre a necessidade da criação e utilização desse mapa, uma vez que deveria ficar fixo em algum lugar devido ao tipo de material utilizado em sua confecção.
Nesse quadro, apresentamos aos estudantes um dos mapas mais antigos do mundo. Após a leitura, explique que, desde os primórdios da humanidade, o ser humano busca formas para se localizar no espaço geográfico. Diga aos estudantes que diferentes técnicas de orientação foram desenvolvidas ao longo do tempo: registros nas paredes das cavernas, registros em pedras, em argila, orientação pelos astros, bússolas etc.
Sugestão para o professor
• USP. Cartografia histórica.
Disponível em: <http://www. cartografiahistorica.usp.br>.
Acesso em: 13 ago. 2021.
Professor, no site sugerido, você pode encontrar um rico banco de mapas históricos. Se achar interessante, selecione alguns deles e compartilhe com os estudantes. Com isso, você pode ampliar a discussão do quadro “Você Sabia?”.
Convide os estudantes a refletirem sobre a sua relação com os mapas, pois além de serem leitores e decodificadores de mapas, eles também podem produzi-los a partir de uma intencionalidade. Observe o mapa criado por Luan. Explore com os estudantes os diferentes lugares presentes nesse mapa, a identificação e o nome das ruas, assim como elementos da natureza presentes nesse espaço e o uso das legendas. Em duplas, respondam oralmente as duas questões.
Atividade complementar

Para que os estudantes possam brincar enquanto aprendem, proponha um jogo de caça ao tesouro. Peça que formem grupos de quatro ou cinco pessoas. Cada grupo deve escolher um lugar da escola para esconder um “tesouro”. Pode ser algo do material escolar, como um estojo ou uma régua. Depois de escolher um esconderijo, eles devem elaborar um mapa indicando a localização do objeto escondido. Para dificultar, oriente-os a não escrever o nome dos lugares, apenas desenhá-los. Por fim, os grupos devem trocar os mapas e procurar o tesouro escondido.
Para que você possa entender melhor como usamos os mapas para localização no espaço, observe o mapa abaixo, que foi desenhado por Luan, um estudante do 3º ano. O menino elaborou um mapa do seu bairro para mostrar a um amigo como chegar ao parque onde ele costuma jogar bola. Observe que, no mapa, ele desenhou diferentes pontos de referência.
1 Com esse mapa, você consegue identificar e descobrir o caminho da casa de Luan até o parque?
2 A partir da observação do mapa, descreva o caminho que
Luan precisa fazer para chegar até o parque, utilizando os pontos de referência.
Parque
Escola
Rua das Maravilhas a s t i s q u C o n s a d s a s v e a T r
M e r c a d o Minha casa
Escola
Avenida São José
Os estudantes podem indicar diferentes possibilidades de caminhos.
Uma das possibilidades é que Luan caminhe até o final da rua (sentido à escola)
e depois vire à sua direita (na esquina dos prédios amarelo e vermelho).
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PNLD2023-GEO3U1LA.indd 16 Sugestão para o professor
Professor, para ampliar seus conhecimentos sobre o ensino de cartografia, indicamos o livro Cartografia escolar, da geógrafa Rosângela Doin de Almeida. Nessa obra, a autora fomenta a produção e o uso de mapas com crianças e jovens na sala de aula.
O mapa elaborado por Luan é chamado de mapa mental, isto é, um mapa elaborado a partir de nossas lembranças e conhecimentos sobre um determinado local.
Agora é a sua vez! Elabore um mapa mental como o de Luan, representando as ruas e a localização dos lugares que você costuma frequentar no seu bairro. Não se esqueça de inserir pontos de referência.
Nesta página, propomos ao estudante desenhar um mapa mental, representando seu espaço de vivência. Esse tipo de atividade é de extrema importância para o desenvolvimento do raciocínio geográfico, visto que: o texto selecionado é uma citação. Aplicar itálico. (SANTOS, 1995, p. 1).
Professor, oriente os estudantes sobre a elaboração do mapa. Explique que podem representar o lugar onde moram e as áreas no seu entorno. Eles também podem representar o caminho até a escola, ou para algum outro lugar que costumam frequentar. Peça aos estudantes que insiram o maior número de pontos de referência possível, inclusive o nome das ruas. Nesse caso, eles precisarão pedir o auxílio dos familiares.
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No 2º ano, os estudantes já tiveram um primeiro contato com o conteúdo sobre os diferentes pontos de vista, a partir da análise de objetos. Neste momento, retomaremos esse conteúdo com maior nível de aprofundamento, trabalhando a observação das paisagens e imagens de satélite a partir de diferentes pontos de vista. Ao iniciar a conversa sobre diferentes pontos de vista, convide os estudantes a observarem as imagens e pergunte o que eles conseguem identificar em cada uma delas e se elas representam espaços diferentes. Solicite que justifiquem suas respostas, verbalizando o que observaram nas imagens. Caso ache pertinente, registre a contribuição dos estudantes na lousa. Realize a leitura do texto com a sala e trabalhe o vocabulário do glossário. Retome as contribuições dos estudantes sobre a observação das imagens e compare o que eles apontaram com os termos utilizados no texto. A partir dessa retomada, solicite que identifiquem e registrem os pontos de vista presentes nas imagens do Estádio do Maracanã.
Atividade complementar
Para ampliar e envolver os estudantes, sugira a montagem de uma maquete da escola ou parte da cidade. Converse com os estudantes sobre os materiais recicláveis que eles têm em casa e podem trazer para escola, como caixas vazias de diferentes tamanhos. Solicite que eles elaborem o esboço da maquete coletivamente. Depois de pronta, escolha um lugar da sala para colocá-la e, com o auxílio de uma máquina fotográfica ou até mesmo de um celular, solicite que os estudantes registrem os diferentes pontos de vista a partir da observação da maquete criada. Compartilhe as fotos com a turma e converse sobre elas.
Os diferentes pontos de vista
Além dos mapas, os lugares também podem ser representados por fotografias aéreas a partir de diferentes pontos de vista. Observe alguns exemplos de pontos de vista.
Fotografias aéreas: fotografias capturadas por câmeras fotográficas especiais que são instaladas em drones, aviões ou helicópteros.
Na visão frontal, a fotografia foi tirada em frente à casa. Já na visão oblíqua, a foto foi tirada do alto e de lado. Por fim, na visão vertical, a fotografia é capturada exatamente de cima para baixo da casa.
Vamos ver se você entendeu? Para praticar, identifique de qual ponto de vista foram capturadas as imagens abaixo:
A. Ponto de vista oblíquo B. Ponto de vista vertical

DIEGOGUIOP/SHUTTERSTOCK

Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, 2020. Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, 2020.
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PNLD2023-GEO3U1LA.indd 18 Sugestão para o professor • CASTROGIOVANNI, A. C.; COSTELLA, R. Z. Brincar e cartografar com os diferentes mundos geográficos: a alfabetização espacial. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.
Professor, para construir e desenvolver noções espaciais, o livro sugerido auxiliará a aplicar princípios de localização e posição de objetos, assim como a importância de observar e trabalhar a lateralidade nessa faixa etária. • Espaço educar. Disponível em: <https://www.espacoeducar.net/2009/05/como-fazermaquetes.html>. Acesso em: 13 ago. 2021.
Professor, no site sugerido você pode encontrar diversas dicas para a construção de maquetes. Explore a página e veja quais dos modelos mais se adequam à sua turma e ao trabalho que você pretende desenvolver.
Do tridimensional para o bidimensional
Quando tiramos uma foto, fazemos um desenho ou elaboramos um mapa, estamos transferindo a nossa realidade tridimensional para um plano bidimensional. Antes de iniciarmos esta discussão, vamos entender o que são imagens bidimensionais e tridimensionais.
As imagens bidimensionais são aquelas que possuem apenas duas dimensões. Já as tridimensionais têm três dimensões. Observe:
A partir da observação do exemplo acima, circule apenas as formas tridimensionais:
Bidimensional Tridimensional
altura altura

largura largura profundidade

ILUSTRAÇÕES: TOFU ILUSTRAS



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Para a discussão sobre bidimensional e tridimensional, você pode recuperar a maquete feita pela sala. Recupere, também, as fotos da maquete tiradas pelos estudantes e inicie a conversa sobre dimensões. Quando observamos a maquete e as fotos, encontramos semelhanças nas representações? E diferenças? Solicite que justifiquem suas respostas. A partir dessa discussão, solicite que os estudantes abram os livros e leiam o texto. Converse com eles sobre os termos largura, altura e profundidade. Observe as figuras geométricas presentes no livro e pergunte quais delas apresentam os termos que acabaram de ver (largura, altura e profundidade) e como chegaram a essa conclusão. Corrija o exercício e converse sobre o mundo real e a sua representação.
Professor, auxilie os estudantes no desenvolvimento da atividade proposta nesta página. Para facilitar a identificação das formas geométricas, oriente as crianças a desenharem setas indicando as dimensões da imagem, seguindo como exemplo as ilustrações das casas. Explique que, se encontrarem apenas duas dimensões, a imagem é bidimensional. Caso encontrem três dimensões, a imagem é tridimensional.
Professor, explique aos estudantes que o mundo real é composto por três dimensões. Utilize objetos da sala de aula para exemplificar. Se possível, caminhe pela escola pedindo que eles indiquem as dimensões dos espaços visitados. Alguns exemplos de questionamentos que podem ser feitos são: essa sala tem altura? (Sim.) Como medimos essa dimensão? (Do teto ao chão.) Ela tem profundidade? (Sim.) Como a medimos? (De um canto da sala para o outro.)
Depois de conversar com os estudantes sobre a realidade tridimensional, explique às crianças que, quando desenhamos a realidade, acabamos transferindo algo que está no plano tridimensional para o plano bidimensional. Diga que isso acontece, por exemplo, com os mapas. 2 Agora, com base no que você aprendeu, pense e responda: o mundo real é bidimensional ou tridimensional?
Tridimensional
O mundo real é composto por três dimensões: altura, largura e profundidade. Portanto, é tridimensional. Quando elaboramos um desenho ou um mapa em uma superfície plana (como a folha de papel, que é bidimensional), precisamos transformar a realidade tridimensional em uma imagem bidimensional. Vamos ver como isso funciona na prática? • Observe a rua através da janela da sua casa ou da escola. Então, faça um desenho da paisagem que você observa, transformando a realidade tridimensional em bidimensional. Se ficar com dúvida, consulte novamente o exemplo da página 19. Depois, desenhe setas indicando as dimensões (altura e largura).
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