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leite branco
para zilda quando pequeno observava a mãe na faina diária de lavar a lua bacia repleta de leite e estrelas e roupas inundadas de branco seus dedos poliam com exatidão o reflexo da orbe acalmavam impurezas de astros ressequiam o lamento das constelações no varal da noite durante um longo tempo minhas roupas abandonaram o olor da alfazema algumas partículas de big bang e cultivaram os buracos do universo assombrosamente eu me vestia de iluminado.
nascida em Pombal, sertão da PB, mora em João Pessoa e é Professora de Língua Portuguesa no RN. Por onde quer que ande, carrega na mochila um bloco de notas e um livro de poesia.
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