Canino branco, de Jack London

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Um grunhido veio do beliche de Weedon Scott, com um agitar de cobertores.

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— Do jeito que ele sofreu da outra vez, não duvido nada que acabe morrendo agora. Os cobertores no outro beliche foram agitados com raiva. — Cale a boca, homem! — Scott gritou na escuridão. — Chega de tanto resmungo. — Concordo com o senhor — respondeu o condutor de trenó, e Scott ficou sem ter certeza se o outro tinha rido um pouco ou não. No dia seguinte a ansiedade e a aflição de Canino Branco ficaram ainda mais evidentes. Seguia os passos do dono sempre que este saía da cabana. E ficava a postos na porta sempre que ele estava lá dentro. Pela porta aberta vislumbrava a bagagem no chão. A mala agora estava acompanhada de duas grandes sacas de lona e uma caixa. Matt enrolava os cobertores do patrão com uma pequena lona. Canino Branco gania enquanto assistia à operação. Mais tarde chegaram dois índios, que puseram a bagagem nas costas e foram levados por Matt colina abaixo. Mas Canino Branco não os seguiu. Seu dono ainda estava na cabana. Depois de um tempo, Matt voltou. O dono veio até a porta e chamou Canino Branco para dentro. — Pobre-diabo — disse gentil enquanto esfregava as orelhas de Canino Branco e lhe dava tapinhas no dorso. — Vou pegar

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