FTD - SE Anos Finais 6º ano - Módulo 1

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MÓDULO

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6º ANO Ensino Fundamental | Anos Finais Língua Portuguesa Matemática Ciências História Geografia

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Diretor-geral Ricardo Tavares de Oliveira Diretor de Conteúdo e Negócios Cayube Galas Diretor Adjunto de Sistemas de Ensino Júlio Ibrahim Gerente de Conteúdo Amanda Bonuccelli Voivodic Editora Carolina Evangelista Editores Assistentes Alexandre da Silva Santos, Ana Araújo, Ana Carolina Bezerra da Silva, Anaclara Volpi Antonini, Cintia da Silva Leitão, Clarissa Xavier Pereira, Diogo Henrique Bispo Dias, Eliana Garcia Feresin, Fernanda Mirele Heberle, Fernanda Neves Lobo Caldeira, Fernando Manenti Santos, Gabriela Chiva de Sá e Santos, Gustavo Schiavinatto Vitti, João Paulo Reis Soares, Kelly Cristina Pedroso Cardoso, Leandro Alves Gomes, Milena Santos Salles Varallo, Olivia Pavani Naveira, Polyanna Costa de Moraes, Thais Alves de Souza, Yasmin Klein Elaboradores de Original Aline Beatriz Sczczepaniak Portel, Amália Barrio, Amanda Cruz, Andrea Gaui, Andreia dos Santos Calegari, Carolina Brandão, Dafne Lavinas Soutto, Daniela Barreto Bonomi, Diogo Marciano, Djalma Filho, Eliana Garcia Feresin, Eliane Leal Damasceno, Erika Alonso, Fabíola Alice dos Anjos Durães, Fernanda Batista, Fernanda Lowndes, Fredson Pedro Martins, Gustavo Lima Nomura, Gustavo Tondinelli, Jéssika Santachiara, Josefina Lopes Simões, Julia Urrutia, Kelly Ribeiro, Larissa Soares de Araujo, Lucas Alves Chuba, Lucas Daniel Máximo Rosa, Margarete Aparecida de Lima Sartori, Maria Salete Magnoni, Mariana Rodrigues Rosell, Mariléia de Oliveira Silva Gonçalves, Marina Serra dos Santos, Natália Fiorini da Silva, Paola de Ávila Barbosa, Paula Felix Palma, Pedro de Barros Vidal, Rafael Cavallari, Renato C. Macedo-Rego, Roland Cirilo, Roxo-Forte, Talita Moço, Tateishi & Tamakoshi Ltda., Taynara Nassar, Vítor Pasta Zanni Gerente de Conteúdo Digital Letícia Mendes de Souza Gerente de Produção e Fornecedores Cláudio Espósito Godoy Supervisora de Fluxo e Qualidade Letícia Bovolon Bezerra Assistente de Fluxo Samantha de Fátima Santos Coordenadora de Preparação, Revisão e Qualidade Adriana Soares de Souza Supervisora de Preparação e Revisão de Texto Luciana Duarte Baraldi Assistentes Editoriais Carolina Genúncio, Laiani Cristina Gomes Ribeiro, Luciana Roman Lopes Preparação e Revisão Eliana Rodrigues Medina, Heglan Serviços Editoriais, Lilian Garrafa, Marcela Batista, Monica Cavalcante Di Giacomo, Regiani Arruda, Renata Slovac Savero, Revisa Sim, Rinaldo Milesi, Solange de Araújo Gonçalves, Sonia Cervantes Coordenador de Produção e Arte Fabiano dos Santos Mariano Projeto Gráfico Motora e Juliana Carvalho Supervisor de Produção e Arte Pedro Gentile Editores de Arte Adriana Maria Nery de Souza, Carlos Feitosa Ferreira, Francisco Lavorini, Gilvan Alves da Silva, Junior Carvalho, Raquel Buim Barradas Diagramação Estúdio Anexo e Estúdio Grafo Coordenadora de Imagem e Texto Marcia Berne Imagem e Licenciamento Carla Cristina Marques, Juliana Hernandez, Márcia Alessandra Trindade Galvão, Thays Troncoso Mathias, Vera Milhome Vasques Supervisora de Arquivos de Segurança Silvia Regina E. Almeida Coordenador de Eficiência e Analytics Marcelo Henrique Ferreira Fontes Diretor de Operações e Produção Gráfica Reginaldo Soares Damasceno AGRADECIMENTOS

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) FTD Sistema de Ensino : ensino fundamental : anos finais. – 2. ed. – São Paulo : FTD, 2024. Vários autores. Obra em 4 v. para alunos do 6o ao 9o ano. ISBN 978-85-96-03908-6 (aluno) ISBN 978-85-96-03909-3 (professor) 1. Arte (Ensino fundamental) 2. Ciências (Ensino fundamental) 3. Educação física (Ensino fundamental) 4. Espanhol (Ensino fundamental) 5. Geografia (Ensino fundamental) 6. História (Ensino fundamental) 7. Inglês (Ensino fundamental) 8. Língua portuguesa (Ensino fundamental) 9. Matemática (Ensino fundamental). 22-133754

CDD-372.19 Índices para catálogo sistemático: 1. Ensino integrado: Livro-texto: Ensino fundamental 372.19 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

A contribuição humana e profissional de várias pessoas foi essencial para o sucesso deste projeto. Registramos aqui nosso agradecimento a todos os envolvidos e, especialmente, a todas as escolas parceiras, que confiam em nosso trabalho, contribuem com sugestões e abrem suas portas para o editorial do FTD Sistema de Ensino. CNPJ: 61.186.490/0001-57 Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e das imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

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R

NTAÇÃO

AP

A PR E

ÃO Ç A T SE N E ES

Olá! Este livro vai te conduzir ao inevitável: números e fórmulas; plantas, animais e rochas; florestas e oceanos; reinos e repúblicas; substantivos, verbos, rimas e poemas... Fará você construir caminhos e encontrar significados: ajudará a movimentar sua vida e sua história em busca de referências e sentidos. Isso mesmo: a SUA VIDA. Para nós, é importante que você nos leia, mas também estamos aqui para te ouvir. Não podemos mais viver sem trocas: de valores, de conhecimentos, de experiências. Você, estudante, e sua trajetória são tão importantes quanto as histórias que temos para lhe contar. E estamos aqui para ajudar a encontrar sua própria voz e o sentido de sua vida. Além disso, ajudaremos a vencer os desafios para avançar intelectualmente pelos Anos Finais do Ensino Fundamental e chegar ao Ensino Médio em sua melhor forma. Esta coleção vai auxiliar a construir seu futuro, olhando também para as sete competências gerais da Educação Básica listadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC): 1. Utilizar os conhecimentos historicamente construídos. 2. E xercitar a curiosidade intelectual, recorrendo aos conhecimentos científicos. 3. Fruir as diversas manifestações artísticas. 4. Utilizar diferentes linguagens. 5. Compreender e criar tecnologias de informação e comunicação. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis. Visando a essas competências, olhe para estas páginas em busca de suas paixões. Transforme sua vida, sua família e seu mundo por meio do conhecimento que você encontrará aqui. Podemos começar?

FTD Sistema de Ensino

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� SUMÁRIO MÓDULO

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6o ANO

Conheça o seu livro.......................................... 8

Língua Portuguesa 1 Textos jornalísticos...........................................................14 Notícia...................................................................................... 15 Reportagem – mais um gênero da esfera jornalística ......... 26 O verbo como organizador da oração .................................. 34 Reportagens em meios digitais ............................................. 37 Fotorreportagem .................................................................... 39 Sinais de pontuação ...............................................................42 Separação de palavra em sílabas .......................................... 43 Produção de texto jornalístico ...............................................44

2 Maravilhoso mundo dos contos........................................ 54 Conto maravilhoso.................................................................. 55

Mais um conto maravilhoso .................................................. 71 Contos maravilhosos para além do texto escrito.................. 74 Substantivo.............................................................................. 75 Acentuação das proparoxítonas ............................................ 77 Dígrafos nh, lh, ch .................................................................. 78 Uso da vírgula ......................................................................... 79 Produção escrita de conto maravilhoso................................80 Exposição oral de conto maravilhoso.................................... 86

3 Todo dia é dia de fanzine.................................................. 92

Fanzine..................................................................................... 93 Parágrafo e sequência argumentativa.................................100 Função do adjetivo no sintagma nominal ..........................104 Acentuação de oxítonas e monossílabos tônicos............... 106 Expediente, ficha técnica e ficha catalográfica..................108 Emprego de letras maiúscula e minúscula.......................... 112 Resenha crítica publicada em vlog...................................... 113 Produção de fanzine............................................................. 115

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História

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Matemática 1 Números naturais e operações....................................... 134 Sistemas de numeração........................................................ 135 Números naturais..................................................................145 Adição e subtração de números naturais............................ 149 Adição e subtração: operações inversas............................. 153 Multiplicação de números naturais...................................... 158 Propriedades da multiplicação............................................. 162 Divisão de números naturais................................................ 165 Multiplicação e divisão: operações inversas....................... 168 Expressões numéricas........................................................... 170 Potenciação de números naturais........................................ 173 Raiz quadrada........................................................................ 177

2 Números racionais e operações ..................................... 186 Frações como parte do todo................................................ 187

Fração de quantidade e fração como quociente................. 190 Frações equivalentes............................................................ 193 Comparação de frações........................................................ 195 Adição e subtração de frações............................................. 199 Frações maiores que o inteiro: número misto.....................202 Multiplicação e divisão de frações.......................................203 Números na forma decimal..................................................208 Comparação e arredondamento de números decimais...... 212 Adição e subtração de números decimais........................... 215 Multiplicação de números decimais por naturais................ 218 Multiplicação com números decimais..................................220 Divisão de números decimais por um número natural.......222 Divisão de número decimal por número decimal................225 Potenciação de números decimais......................................228

3 Grandezas, medidas e ângulos....................................... 234 Medidas de comprimento.....................................................235 Medidas de superfície...........................................................240 Medidas de massa................................................................248 Medidas de capacidade........................................................ 251 Volume de blocos retangulares............................................253 Capacidade e volume............................................................255 Temperatura..........................................................................257 Medindo o tempo: o calendário........................................... 261

História

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Horas, minutos e segundos..................................................263 Ponto, reta e plano................................................................266 Giros e ângulos......................................................................269 Usando o transferidor........................................................... 273

Ciências 1 Terra e Universo............................................................. 286 O que é Astronomia?............................................................287 Corpos celestes.....................................................................289 Observando o espaço...........................................................294 Primeira foto do Hubble ......................................................295 Sistema Solar......................................................................... 297 Planetas................................................................................. 301 Exigências para a vida na Terra ...........................................305 Um pouco de Astrobiologia .................................................307 O que mais existe no espaço?..............................................308

2 Planeta Terra.................................................................. 314 Terra primitiva....................................................................... 315 Esfericidade da Terra............................................................ 317 Esferas terrestres..................................................................322 Litosfera e as camadas da Terra ..........................................325 Atmosfera da Terra ..............................................................329 Características e propriedades do ar...................................332

3 Sistema Sol, Terra e Lua................................................. 338

Movimento da Terra..............................................................339 Sistemas de localização........................................................350 A Lua......................................................................................352 Eclipses..................................................................................359

História 1 Tempo e sujeito histórico................................................374

Tempo.................................................................................... 375 A importância de estudar História....................................... 378 Indivíduos na História...........................................................380 Patrimônio histórico-cultural................................................385 Registro e preservação dos patrimônios............................. 387

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História

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2 Ciência histórica e o trabalho do historiador................. 392 História como ciência.......................................................... 393 Como trabalha um historiador?............................................393 Macro-história e micro-história...........................................399 Periodização..........................................................................407

3 Origens do ser humano.................................................. 414 De onde viemos?...................................................................415 Nossos ancestrais: Hominídeos, hominínios e Homo.........422

Geografia 1 Olhar geográfico: observando o mundo ao redor.......... 442 Estudar Geografia: por que eu preciso?..............................443 O mundo visto pelas lentes da Geografia: conceitos fundamentais...................................................... 444 A presença da Geografia no cotidiano................................455

2 Orientação e localização no espaço geográfico............. 460 Noções de orientação no espaço geográfico...................... 461

A forma da Terra...................................................................469 Os movimentos da Terra.......................................................470

3 Cartografia: Representar o espaço geográfico.............. 478 Evolução das formas de representação do espaço geográfico...........................................................479 Desenvolvimento tecnológico e Cartografia.......................483 Projeções cartográficas: do tridimensional para o bidimensional..............................490

História

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CONHEÇA SEU LIVRO

Conteúdos que permitirão seu processo de aprendizagem.

TEORIA

Texto e perguntas instigantes que contextualizam os conteúdos que serão trabalhados, resgatando seus conhecimentos prévios.

ABERTURA DE CAPÍTULO

O boxe “Vamos aprender neste módulo” apresenta o resumo dos conteúdos que serão estudados no módulo.

ABERTURA DO COMPONENTE


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Alto.

Médio.

Baixo.

Nível de dificuldade das questões:

Atividades coletivas que geram registro escrito ou apresentação oral, estimulando e fortalecendo questões relacionadas ao respeito e à coletividade.

TRABALHO EM EQUIPE

Prepare-se para o simulado com questões semelhantes às que você encontrará na prova.

DE OLHO NO SIMULADO

Atividade para pensar no conteúdo de um ponto de vista mais social, humano e reflexivo e para ampliar os conhecimentos construídos.

MUITO +

Atividades de nível fácil, médio ou difícil que entrecortam a teoria e permitem a fixação de conteúdo.

PRATIQUE

Atividades que ensinam métodos de síntese de maneira progressiva, permitindo que ao final de cada ciclo de aprendizagem você possa consolidar os conhecimentos construídos.

SÍNTESE

Seções


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Atividades de nível fácil, médio ou difícil, que permitem fixação e revisão dos conteúdos.

AMPLIE

REPRESENTAR E REFLETIR

Seção específica para o componente curricular de Geografia, favorece a interpretação da linguagem cartográfica, permitindo a leitura de diferentes suportes, como: fotografia, mapa, esquema, desenho, imagem de satélite, gráfico etc.

MATEMÁTICA DO DIA A DIA

Atividades contextualizadas com situações cotidianas, como análise de gráficos, matemática financeira, economia e conceitos geométricos.

Seção específica para o componente curricular de História, apresenta fontes históricas diversas, materiais e imateriais, que instigam a reflexão sobre a época em que foram produzidas.

LER E REFLETIR

específicas

Seções


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se breLem

os nteúd o c e d s. aç ão ntare e I n di c m e l c omp

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Boxes

Mostra a relação do conteúdo do capítulo com as realidades de outras partes do Brasil e do mundo, permitindo que você amplie sua visão de mundo, com as perspectivas estudadas.

Outras realidades

D e st a qu e par ç ão d e con a fórmula ou d e ce o c on finihecim ito impor t ante ento p a ser ara cons truído .

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Acele re Indic a os m e para utiliza lhores mo ment r os a o celer resul adore s tado s de da c o leção .


VAMOS APRENDER NESTE MÓDULO

PR

1

Textos jornalísticos

S ES

LA

H B/S

UT

T

C STO ER

K.C

OM

14

y Características de textos do gênero jornalístico, como a notícia, a reportagem, a fotorreportagem. y Sintagma verbal: verbo como organizador de sentido. y Sinais de pontuação. y Divisão silábica.

Algumas seções e Aceleradores aparecem apenas uma vez no módulo. Para organizar o seu trabalho, indicamos a seguir em qual momento eles aparecem neste módulo:

PH

O OT

E ST MA

R/S

HU

TT

C STO ER

K.C

OM

Trabalho em equipe: Capítulo 2. #ficaadica: Capítulos 1, 2 e 3. De olho no simulado: Capítulo 3. Muito+: Capítulo 3.

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Por ed-anab às 19:59, 4/12/2023

Língua Portuguesa MÓDULO

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Maravilhoso mundo dos contos

54 xx

y Conto maravilhoso. y Modos verbais. y Figuras de linguagem: personificação e hipérbole. y Sintagma nominal: substantivo. y Concordância nominal. y Acentuação: proparoxítonas. y Vírgula.

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Campanha Todo dia é dia comunitária: de fanzineum projeto que sai do papel

92 87

AN

NE

TD

EB

A

D R/A

OB

C TO ES

K

y Gêneros Agnitatios textuais: elique minis resenha nonseceariam para vlog, fanzine qui secate e ficha acipis catalográfica. incto dus dolupta quae plia conet nominal: eos eum adjetivo. quis dolor alitaquatio. y Sintagma y Concordância Volorpor sequameniti y nominal.que nobit omnimagnient volupta atemos aut et de es nisi officit et dolupta venient. y Acentuação: oxítonas e monossílabos tônicos. y Git laces et doluptate sam, etusam, tet aut laborecusam ium estione plandus y Preposição. antinciendae sim quod everempor.

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CAPÍTULO

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Textos jornalísticos Discurso para Universo da informação o mundo.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 1.

Todos os dias somos cercados por informações sobre diversos acontecimentos do mundo inteiro. Podemos ter acesso às notícias de diversas formas: jornais, rádio, televisão, internet.

Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

1

Você costuma acompanhar as notícias?

2

Quais meios de comunicação você consegue identificar nesta imagem?

1 3 2

Quais desses meios de comunicação você costuma utilizar? E sua família?

Você já parou para pensar como as informações chegam a nós? Quantas pessoas trabalharam para que você soubesse daquela notícia? Quem divulga ou publica os fatos noticiados? Como saber se é verdade ou mentira?

VGSTOCKSTUDIO/SHUTTERSTOCK.COM

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Língua Portuguesa

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1. Espera-se que os estudantes comentem se têm acesso às notícias em seu dia a dia. É possível que, nesse momento, eles compartilhem algumas rotinas da casa deles, como assistir à televisão, escutar rádio/podcasts etc. 2. Jornal impresso e notebook. 3. Resposta pessoal. Sugere-se deixar os estudantes comentarem os meios de comunicação que mais utilizam no dia a dia; provavelmente, citarão os smartphones, mas comente que os demais também são bastante utilizados.

Notícia O texto a seguir é uma notícia que foi publicada em um site de jornal voltado ao público infantojuvenil.

MIKE HUTCHINGS/REUTERS/FOTOARENA

Ciclone causa estragos em três países da África

Imagem dos estragos produzidos pelo ciclone Idai em Moçambique, África, 2019.

O ciclone Idai atingiu Moçambique, na África, na noite de 14 de março, passando também por Zimbábue e Malauí. Escolas, casas, hospitais, lojas, estradas e plantações foram destruídas por tempestades e ventos fortes. Também há vilarejos inteiros debaixo d’água. Segundo dados oficiais, o ciclone deixou 746 mortos, mais de 2 mil feridos e quase 90 mil pessoas sem casa (números até o fechamento desta edição). Mas, de acordo com Filipe Nyusi, presidente de Moçambique, país que concentra a maior parte das vítimas, o número total de mortos pode chegar a mil. Esse é um dos piores desastres ambientais já vividos no continente africano, declarou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. Cerca de 1,85 milhão de pessoas foram afetadas pelo fenômeno, segundo a entidade. Faltam comida, água potável, remédios e abrigo para os sobreviventes, que também enfrentam dificuldades para fazer ligações e acessar a internet. Língua Portuguesa

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► Ciclone: forte

tempestade com ventos que giram e se deslocam com grande velocidade.

Habilidades da BNCC EF69LP03

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Alguns esquemas, fotografias e ilustrações não correspondem à escala real. As ilustrações, frequentemente, apresentam cores fantasia.

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Doenças

#ficaadica No link a seguir, é possível conhecer mais sobre um jornal brasileiro voltado ao público infantojuvenil.

http://ftd.li/vhvien

A maior ameaça agora é a epidemia de doenças como cólera, malária, tifo e diarreia. Essas enfermidades se espalham pelas águas das enchentes contaminadas pelo lixo e também são transmitidas por consumo de água imprópria e falta de higiene nos alojamentos que recebem os desabrigados. Um surto de cólera chegou a Moçambique: 517 casos foram confirmados e o número deve aumentar, já que mais de 2 mil pessoas estão com diarreia grave, um dos sintomas da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que mandará cerca de um milhão de doses de vacina contra a cólera para a região.

Ajuda A ONU estima que serão necessários ao menos 337 milhões de dólares para ajuda humanitária aos países nos três primeiros meses. Apenas 2% desse valor foi arrecadado até o momento. O Brasil enviou 435 mil reais, mais de 800 quilos de remédios e bombeiros que participaram dos resgates em Brumadinho (MG) ao país. Um navio com 1400 toneladas de alimentos doados por moçambicanos e estrangeiros foi enviado à cidade de Beira, em Moçambique, que teve 90% de seu território destruído pelo ciclone. MEDINA, Martina. Ciclone causa estragos em três países da África. Jornal Joca, São Paulo, 25 jun. 2019. Disponível em: https://jornaljoca.com.br/portal/ciclone-causa-estragos-emtres-paises-da-africa/. Acesso em: 20 jul. 2023.

Após ler o texto, é importante saber identificar alguns de seus pontos principais: qual é o assunto noticiado? Quem escreveu essa notícia e onde ela foi publicada? Observe que saber responder às questões anteriores nos ajuda a compreender o que é falado e para quem essa notícia foi direcionada. Atente para o assunto tratado. É algo comum em nosso cotidiano? Veja que o texto também faz uso da fala de outras pessoas para apresentar ao leitor. Segundo o texto, a passagem do ciclone Idai foi um dos piores desastres ambientais que ocorreram na África. Quem fez essa declaração? Após ler cuidadosamente a notícia e entender do que se fala, responda às questões a seguir. y Para quem ela foi escrita, ou seja, qual é o público-alvo? Espera-se que os estudantes se lembrem da informação passada anteriormente de que o jornal é dirigido ao público infantojuvenil.

y Esse texto foi escrito para cumprir uma finalidade específica. Que finalidade é essa? O texto foi escrito para informar um acontecimento, a ocorrência de um ciclone que provocou uma tragédia em alguns países africanos.

Agora observe atentamente a fotografia que acompanha a notícia. Veja que, sem a imagem, ficaria mais difícil imaginarmos alguns dos estragos provocados pela passagem do ciclone. A notícia é um gênero discursivo da esfera jornalística cuja função é informar, de maneira breve e objetiva, acontecimentos atuais e circunstâncias relacionadas a um fato ocorrido e que seja de interesse de um grande número de pessoas. Geralmente, o primeiro parágrafo que a compõe apresenta as informações principais sobre o fato noticiado, de maneira resumida, e procura responder às seguintes perguntas: O quê? Quem? Onde? Quando? Como? Por quê? A esse trecho inicial dá-se o nome de lide. 16

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PRATIQUE!

1. Considerando apenas o título da notícia que você leu, marque as informações verdadeiras. a)

O texto chama a atenção para o conteúdo da notícia.

b)

Revela todo o conteúdo da notícia, para que o leitor não precise lê-la.

c)

Revela informações importantes, mas o leitor precisa ler a notícia para saber do que ela trata.

d)

Traz informações importantes, mas que não têm relação com o que é tratado na notícia. linguagem é impessoal, objetiva, pois a autora A linguagem é impessoal, não havendo opinião do autor. Aescreve em 3ª pessoa e não expressa suas opiniões.

e)

2. Ligue com um traço as perguntas da coluna PERGUNTAS às respostas corretas da coluna RESPOSTAS.

PERGUNTAS

O que aconteceu?

RESPOSTAS

Em Moçambique, Zimbábue e Malauí.

Onde?

Tempestades e ventos fortes destruíram escolas, casas, hospitais, lojas, estradas e plantações, além de alagar vilarejos inteiros e fazer milhares de vítimas.

Quando?

Três países africanos foram atingidos por um ciclone.

Como?

Na noite de 14 de março (de 2019).

Por quê?

Não é possível extrair essa informação do texto.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 1 e 2 da seção Amplie.

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Estrutura dos textos jornalísticos Aqui começa o conteúdo referente à aula 2.

Quarta-feira, 27/10

Notícias

EDITORIA DE ARTE

Como você viu, a notícia sobre o ciclone Idai foi publicada em um jornal voltado ao público infantojuvenil. Por tratar-se de uma notícia relativa a outro país, apareceu em uma seção chamada “Mundo”. É comum jornais e sites de notícia serem organizados em diferentes seções e cadernos para auxiliar o leitor na localização de informações e para permitir a escolha do que se deseja ler. Alguns nomes de seções e cadernos comuns em jornais são:

INSCREVA-SE

Brasil   Mundo   Esportes   Economia

Buscar

Essas seções são voltadas a leitores com características mais específicas, exatamente por restringirem mais o assunto que é tratado. A notícia a seguir pertence ao caderno “Esportes” de um jornal. Observe os elementos que a constituem. Chapéu ou retranca (vem acima ou próximo ao título e indica o assunto da notícia)

Título ou manchete

Subtítulo ou linha fina (com informações que complementam o título) Foto com legenda

ARTE ESTADO/ESTADÃO CONTEÚDO

Seção ou caderno

Lide (O quê? Quem? Onde? Quando? Como? Por quê?) Intertítulo (organiza o texto e separa cada assunto tratado)

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Nas duas notícias que você leu, as informações foram apresentadas na forma de pirâmide invertida. Nessa técnica, as informações mais importantes são apresentadas no lide, que é a primeira parte de um texto jornalístico, geralmente, o primeiro parágrafo, onde são apresentadas as principais informações da notícia. Nos outros parágrafos, em que as informações serão desenvolvidas, aparecem também informações complementares. Informações do lide

Informações complementares

+ importante

– importante

Recursos complementares Os textos jornalísticos podem ser complementados com diferentes recursos, que auxiliam a alcançar o objetivo de informar melhor o leitor. As fotografias e suas respectivas legendas, por exemplo, são recursos que complementam os textos e têm a função de auxiliar o leitor a compreender melhor o assunto tratado, além de ajudar a chamar a atenção do público-alvo. Na notícia sobre o ciclone Idai, o leitor consegue ter uma noção dos estragos ocorridos naqueles países africanos ao observar a imagem que acompanha o texto. A legenda geralmente apresenta um texto breve e direto sobre a imagem a que se refere. Outro recurso que serve não só para complementar, mas também para enriquecer os textos jornalísticos, são os infográficos. Aliando imagens e, geralmente, dados numéricos, os infográficos apresentam informações de maneira resumida e objetiva. Observe a seguir um infográfico feito com base nos dados que foram fornecidos na notícia sobre o ciclone. 0º

ÁSIA

Trópico de Câncer

ÁFRICA Equador

Trópico de Capricórnio

Moçambique

170 km/h é a velocidade dos ventos do ciclone Idai.

1 milhão de crianças foram afetadas.

MEDINA, Martina. Ciclone causa estragos em três países da África. Jornal Joca, São Paulo, 25 set. 2019. Disponível em: https://jornaljoca.com.br/ portal/ciclone-causaestragos-em-tres-paises-da-africa/. Acesso em: 20 jul. 2023. Língua Portuguesa

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0

2 500 km

3 125 km² é a área atingida por enchentes em Moçambique – mais do que o dobro do território da cidade do Rio de Janeiro. 19

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Não há necessidade de esgotar o assunto neste momento, pois em aulas posteriores será abordada a multimodalidade dos textos jornalísticos.

PRATIQUE!

3. Converse com os colegas sobre os itens a seguir e discuta-os. a) Onde as notícias podem ser encontradas? b) Os textos das notícias de internet assemelham-se aos apresentados em jornais impressos? c) Tragam exemplos de diferentes tipos de notícias para apresentar em sala de aula. Respostas pessoais.

4. Leia as manchetes a seguir e ligue-as de acordo com os cadernos em que poderiam ser encontradas em um jornal.

Seleção feminina se classifica para mundial

Desemprego cai 0,5% este mês

Cultura

Mundo

Três shows estão previstos para este feriado

Esportes

ONU faz campanha para ajudar países com dificuldade

Economia

5. Considerando a estrutura de um texto jornalístico, explique, com suas palavras, a diferença entre o título, o subtítulo e o intertítulo em uma notícia. O título é a chamada principal da notícia, que também pode ser chamado de manchete. O subtítulo é o pequeno texto que traz informações para complementar o título. Os intertítulos são as subdivisões do texto que servem para organizá-lo e conferir maior fluidez à leitura.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 3 a 5 da seção Amplie.

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VLADYSLAV SEVERYN/SHUTTESTOCK.COM

Linguagem da notícia Aqui começa o conteúdo referente à aula 3.

A linguagem usada em textos jornalísticos costuma ser direta e objetiva. Isso significa que nesses textos não é comum expressões que revelem juízo de valor — a opinião de quem escreveu. Para que a informação relatada seja confiável, o autor da notícia transmite as informações com uma linguagem clara e precisa. A linguagem empregada também pode ser influenciada pelo público-alvo a quem se dirige o texto, mas não deixando de lado a impessoalidade característica desse gênero. A notícia que você leu no início do capítulo, sobre o ciclone Idai, foi veiculada em um jornal dirigido especificamente ao público infantojuvenil. O que ocorre, por ser um veículo para crianças e adolescentes, é que os jornalistas procuram empregar uma linguagem mais acessível ao escrever os textos, para que o público-alvo possa compreendê-los melhor. A seguir, observe a linguagem empregada em um trecho da notícia. A jornalista, além de explicar o que é um ciclone, colocou entre parênteses uma informação extra para que os jovens leitores pudessem comparar a velocidade dos ventos em um fenômeno como esse.

O que é um ciclone? É uma forte tempestade com ventos que giram de 120 km/h a 200 km/h (mais do que a velocidade de um guepardo, um dos animais mais rápidos do mundo). O fenômeno se forma sobre águas quentes do sul do Oceano Pacífico e do Oceano Índico.

LESTUDIO/SHUTTERSTOCK.COM

MEDINA, Martina. Ciclone causa estragos em três países da África. Jornal Joca, São Paulo, 25 set. 2019. Disponível em: https://jornaljoca.com.br/portal/ciclone-causaestragos-em-tres-paises-da-africa/. Acesso em: 20 jul. 2023.

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A linguagem empregada na notícia é objetiva e impessoal, mas isso pode depender do veículo em que a notícia será publicada e do público-alvo.

Isso também ocorre em notícias voltadas ao público adulto. Em notícias voltadas ao público em geral, supõe-se conhecimento de mundo dos leitores, ou seja, conhecimentos prévios já adquiridos. Então, algumas siglas e outras explicações não são tão comuns. As notícias são redigidas em 3ª pessoa, com linguagem objetiva e impessoal. Essa forma de escrever transmite ao leitor mais seriedade, respeito e credibilidade.

Depoimentos na notícia

WELLPHOTO/SHUTTERSTOCK.COM

Para dar mais seriedade e credibilidade às notícias, é comum que os autores busquem depoimentos de pessoas envolvidas com o fato noticiado, como testemunhas, autoridades ou especialistas em algum assunto relacionado ao que está sendo contado. Leia a seguir a fala de uma adolescente que presenciou a devastação do ciclone Idai. Seu depoimento foi publicado no jornal. “Eu estava em casa, em Nacala Porto, assistindo à televisão quando foi noticiado o ciclone. Conheço pessoas que presenciaram sua passagem. Segundo elas, no início, apareceram ventos fortes e agitação na temperatura. Os ventos destroem casas, hospitais, escolas e muito mais. É necessário que os moçambicanos, assim como eu, melhoremos as condições de vida. Por exemplo, reconstruir novas escolas e hospitais mais fortes para que, caso o ciclone ataque novamente, não destrua tudo.” Afai A., 17 anos, da escola secundária de Nacala Porto, no estado de Nampula (Moçambique). MEDINA, Martina. Ciclone causa estragos em três países da África. Jornal Joca, São Paulo, 25 set. 2019. Disponível em: https://jornaljoca.com.br/portal/ciclonecausaestragos-em-tres-paises-da-africa/. Acesso em: 20 jul. 2023.

PRATIQUE!

6. Nesse depoimento, qual sinal usado pela autora indica que a fala é de outra pessoa? Aspas.

7. O fato de o depoimento ter sido de uma adolescente e não de uma autoridade diminui a credibilidade da notícia? Por quê? Espera-se que os estudantes reconheçam que, apesar de o depoimento ter sido de uma jovem e não de autoridade política, isso não tira a credibilidade da notícia, pois o depoimento é de uma pessoa muito próxima ao fato ocorrido. Sua fala, portanto, carrega aspectos da realidade vivenciada por ela.

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Fato versus fake A divulgação ou publicação de uma notícia leva em consideração seu público-alvo e o veículo em que a informação é publicada. Jornais de grande circulação geralmente são mais confiáveis que os jornais locais, assim como sites de instituições reconhecidas na sociedade têm mais voz, o que significa que transmitem mais credibilidade. No entanto, tem sido cada vez mais comum a circulação de notícias falsas, especialmente nas mídias digitais, como as redes sociais, que buscam chamar a atenção por seu conteúdo sensacionalista, na maioria das vezes. As fake news (notícias falsas) são assim chamadas por veicularem uma mensagem cujo conteúdo é duvidoso. Às vezes, elas trazem uma mistura de informações verdadeiras e falsas, que acabam circulando com mais facilidade em razão da velocidade com que as informações são compartilhadas. Muitas pessoas, por falta de conhecimento, acabam acreditando naquilo que leem e compartilham tais notícias, colaborando para divulgar algo que não é verdadeiro. O compartilhamento de informações deve ser feito com responsabilidade para que não prejudique outras pessoas. Essa atitude nos faz cidadãos melhores por estarmos preocupados com o outro. Para não cair nessas armadilhas, é importante estarmos atentos a algumas dicas para verificar se um fato noticiado é verdadeiro ou não. Tudo depende de cada notícia analisada, mas, caso a resposta a um ou mais itens a seguir seja não, as chances de a notícia ser falsa são maiores. y A autoria da notícia está identificada? y

Foi indicada a instituição na qual o autor do texto trabalha?

y

No texto é citado pesquisa, órgão ou profissional que foi consultado para dar embasamento ao fato noticiado? Se sim, está bem claro o que foi escrito pelo autor e o que é afirmação de outra pessoa?

y

O autor considera a versão de todos os envolvidos no acontecimento?

y

O fato foi noticiado em outro(s) veículo(s) de comunicação?

Fake Fato

ALINA

KOLYU

KA/S

HUTT

ERSTO

CK.CO

M

Se, após responder a todas essas perguntas, ainda restar alguma dúvida sobre a veracidade de uma notícia, a melhor atitude é não compartilhar.

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PRATIQUE!

8. Contorne no texto a seguir as palavras ou expressões que mostram a gravidade do assunto. As fortes tempestades e inundações que varreram o sudeste da África afetaram mais de 2,6 milhões de pessoas e podem ser classificadas como um dos piores desastres climáticos registrados no hemisfério sul, segundo a ONU. […] Após cinco dias de buscas, as equipes de resgate têm enfrentado dificuldades para avaliar a devastação causada pelo ciclone, que chegou do Oceano Índico com ventos de até 170 km/h no final da semana passada, atingindo Moçambique e, depois, seus vizinhos do interior do Zimbábue e do Malauí. PIOR desastre climático do hemisfério sul, ciclone Idai afeta 2,6 milhões de pessoas. O Globo, 19 mar. 2019. Disponível em: https://oglobo.globo.com/mundo/pior-desastre-climatico-dohemisferio-sul-ciclone-idai-afeta-26-milhoes-depessoas-23533502. Acesso em: 20 jul. 2023.

9. O compartilhamento de notícias falsas (comumente nomeadas fake news) tem sido alvo de debates nos meios de comunicação por prejudicar a divulgação de informações. Na sua opinião, quais são as possíveis consequências para a sociedade ao se compartilhar uma fake news? Espera-se que os estudantes respondam que pode trazer consequências como: prejudicar as pessoas que têm menos conhecimento, podendo levá-las a tomar atitudes prejudiciais a si mesmas; gerar a punição de pessoas inocentes; ou levar alguém a sofrer bullying e/ou cyberbullying; enfim, as pessoas podem ser induzidas a tomar atitudes inadequadas.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 6 da seção Amplie.

Coesão e coerência na notícia Aqui começa o conteúdo referente à aula 4. Releia o trecho a seguir da notícia sobre o ciclone Idai. O ciclone Idai atingiu Moçambique, na África, na noite de 14 de março, passando também por Zimbábue e Malauí. […] Esse é um dos piores desastres ambientais já vividos no continente africano, declarou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. Cerca de 1,85 milhão de pessoas foram afetadas pelo fenômeno, segundo a entidade. […].

Doenças A maior ameaça agora é a epidemia de doenças como cólera, malária, tifo e diarreia. […]

Observe as palavras em destaque e veja como elas recuperam termos citados anteriormente. Analisando o pronome demonstrativo “esse”, sublinhado nesse trecho, é possível deduzir que ele foi usado para se referir à devastação causada pelo ciclone Idai. O substantivo “fenômeno”, por sua vez, foi usado para se referir ao ciclone. 24

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y Utilizando esse mesmo raciocínio, a que se refere o substantivo “entidade”? À Organização das Nações Unidas (ONU). y Por que o autor do texto fez a substituição por esse substantivo? Para evitar a repetição da expressão que foi substituída. Para usar uma palavra mais difícil. Esse é um jeito de construir o texto que o deixa mais fácil de ler, pois evita a repetição em excesso de determinados termos. Por sua vez, a palavra “agora”, que é um advérbio, tem a função de organizar o texto temporalmente — isto é, demarcando o tempo em que os fatos ocorrem – e estabelecer uma relação de sentido entre os parágrafos do texto, auxiliando o leitor a se situar melhor quanto ao que está sendo relatado.

Notícias em meios digitais Aqui começa o conteúdo referente à aula 5. Como você já pôde observar, a notícia faz uso de diferentes recursos, a depender do suporte no qual é publicada: jornal digital, impresso, televisivo ou radiofônico. Quando a notícia é publicada em jornais impressos, os recursos são mais limitados. Ao ler uma notícia em um site ou portal jornalístico, é possível ter acesso a outros recursos que não são disponibilizados em um jornal impresso — por exemplo, recursos de áudio e vídeo e a presença de diferentes links ou QR Codes que direcionam o leitor a outras matérias relacionadas.

O uso de pronomes, substantivos, expressões sinônimas e marcadores temporais ajuda a organizar e dar sentido a um texto, indicando a relação entre as frases, os períodos e os parágrafos. Quando um texto apresenta conexão entre suas partes, garantindo organização lógica e unidade à leitura, é possível afirmar que ele tem coesão e coerência.

Notícias faladas versus notícias escritas

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WITHGOD/SHUTTERSTOCK.COM

Nos telejornais, em vídeos da internet e ainda nas emissoras de rádio (notícias radiofônicas), é comum que os apresentadores façam uso de um roteiro no qual as notícias estão escritas. Na maioria das vezes, o apresentador lê o texto em um aparelho chamado teleprompter. Apesar disso, as notícias faladas têm algumas diferenças em relação às escritas: y O apresentador não pode demonstrar sentimentos ou emoções em relação àquilo que relata. Deve ser impessoal, sem usar gestos ou expressões faciais que revelem seu estado emocional. São produzidas com mais formalidade e objetividade, exatamente para não transmitir emotividade ao interlocutor. O teleprompter é um dispositivo que projeta um texto na frente do apresentador de notícias. Isso permite que ele leia seu script enquanto olha para a câmera.

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PRATIQUE!

10. Leia o trecho da notícia a seguir. Vadão dirigiu a seleção nos Jogos Olímpicos Rio 2016, ficando em quarto lugar, e em duas edições de Copas do Mundo, no Canadá em 2015 e na França em 2019. Conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015, além de duas Copas América, em 2014 e 2018, além de garantir vaga no Mundial da França (2019) e nas Olimpíadas de Tóquio 2020. A CBF ainda não confirmou um novo nome para dirigir a Seleção Feminina Principal. VADÃO deixa a Seleção Brasileira Feminina. Agência Brasil, Brasília, DF, 5 nov. 2019. Disponível em: http://agenciabrasil. ebc.com.br/geral/noticia/2019-07/vadao-deixa-selecao-brasileira-feminina. Acesso em: 20 jul. 2023.

a) Escreva uma palavra que poderia substituir a expressão “Mundial da França” sem alterar o sentido. Copa do Mundo, campeonato, competição, torneio etc.

b) A que expressão corresponde “elenco brasileiro”? Seleção Brasileira Feminina. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a as atividades 7 e 11 da seção Amplie.

Reportagem – mais um gênero da esfera jornalística Aqui começa o conteúdo referente à aula 6.

Leia a seguinte reportagem. Durante a leitura, procure identificar as semelhanças e as diferenças estruturais quanto à notícia sobre o ciclone Idai que você leu no início do capítulo. Situação do clima em 2018 mostrou aumento dos efeitos da mudança climática, diz relatório

► Socioeconômico: ► ►

que envolve fatores sociais e econômicos. Sem precedente: que nunca havia ocorrido anteriormente. Climatologia: estudo dos fenômenos relacionados ao clima.

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Os sinais físicos e os impactos socioeconômicos deixados pela mudança climática são cada vez maiores devido às concentrações de gases de efeito estufa sem precedentes, que provocam um aumento das temperaturas mundiais a níveis perigosos, segundo o relatório mais recente da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A 25ª edição da Declaração da OMM sobre o estado do clima mundial, correspondente a 2018, destacou a elevação recorde do nível do mar, assim como das temperaturas terrestres e oceânicas, que ficaram excepcionalmente altas nos últimos quatro anos. Esta tendência de aquecimento começou no início do século e deve continuar. “Desde a primeira publicação da Declaração, a climatologia alcançou um grau de robustez sem precedentes e proporcionou provas confiáveis do aumento da temperatura mundial e de circunstâncias relacionadas, como o aumento acelerado do nível do mar, a redução dos gelos marítimos, o retrocesso das geleiras e fenômenos extremos, tais como as ondas de calor”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. [...] Língua Portuguesa

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► Letal: que causa morte.

► El Niño: fenômeno

► ►

que provoca alterações de curta duração na temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima. Calorífico: relativo a calor. Patamar: nível.

FLORIDASTOCK/SHUTTERSTOCK .COM

A Declaração da OMM sobre o clima inclui contribuições dos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais, de uma ampla comunidade de especialistas científicos e de órgãos das Nações Unidas. Nela, são explicados com detalhes os riscos relacionados ao clima e seus impactos à saúde e ao bem-estar das pessoas, às migrações e aos deslocamentos, à segurança alimentar, ao meio ambiente, aos ecossistemas oceânicos e terrestres. Da mesma forma, os fenômenos extremos que acontecem em todo o mundo são catalogados. “Fenômenos extremos continuaram no início de 2019, como o caso recente do ciclone tropical Idai, que provocou inundações devastadoras e a trágica perda de vidas humanas em Moçambique, Zimbábue e Malauí. Pode ser que se transforme em um dos desastres meteorológicos mais letais a afetar o Hemisfério Sul”, destacou Taalas. “O Idai tocou a terra na cidade de Beira (Moçambique) — uma cidade em rápido crescimento, situada em baixa altitude em um litoral vulnerável às marés de tempestade e que já está sofrendo as consequências da elevação do nível do mar. As vítimas do Idai encarnam as razões pelas quais é necessário contar com uma agenda mundial de desenvolvimento sustentável, de adaptação à mudança climática e de redução de riscos de desastres”, afirmou. […] Segundo o mais recente Boletim sobre o Clima Estacional Mundial (de março a março) da OMM, temperaturas da superfície do mar acima da média — parcialmente por conta de um El Niño de baixa força no Pacífico — deve levar a uma temperatura acima do normal em terra, especialmente em latitudes tropicais. […] “Os dados divulgados neste relatório geram grande preocupação. Os últimos quatro anos foram os mais quentes já registrados e a temperatura média mundial na superfície de 2018 esteve aproximadamente 1 °C acima do valor de referência da era pré-industrial”, escreveu Guterres no relatório. […] Indicadores climáticos Calor oceânico: O ano de 2018 teve novas máximas de conteúdo calorífico nos oceanos até os 700 metros de profundidade (desde 1955) e até os 2 mil metros (desde 2005), superando assim os recordes previamente registrados em 2017. […] Nível do mar: O nível do mar segue aumentando em ritmo acelerado. Em 2018, o nível médio do mar em escala mundial foi aproximadamente 3,7 mm mais alto que em 2017, um patamar que representou um novo recorde. […]

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atmosfera

Grande parte dos raios fica retida na atmosfera em razão da quantidade de gases que se concentram e formam uma camada protetiva, impedindo que o calor saia. Por causa disso, há aumento da temperatura da superfície terrestre, ocasionando o aquecimento global.

► Antropogênica:

aquilo que é criado, produzido pelos seres humanos. CO2: dióxido de carbono. Gás emitido em queimadas e por indústrias e fábricas. pH: em Química, é a representação da escala na qual o número 7 indica uma solução neutra; abaixo de 7 tem-se uma solução ácida; e acima de 7 tem-se uma solução básica.

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Acidificação dos oceanos: Na última década, os oceanos absorveram aproximadamente 30% das emissões antropogênicas de CO2 . O CO2 absorvido reage com a água marinha e modifica seu pH. Este processo é conhecido como acidificação dos oceanos e pode afetar a capacidade de organismos marinhos, como moluscos e corais que formam recifes, de criar e manter carcaças e esqueletos. Gelo marinho: A extensão do gelo marinho no Ártico ficou abaixo da média durante 2018 e se manteve em níveis baixos sem precedentes durante os dois primeiros meses deste ano. O pico anual ocorreu em meados de março e foi o terceiro menor já registrado em um mês de março do período 1979-2018 mediante observações de satélites. SITUAÇÃO do clima em 2018 mostrou aumento dos efeitos da mudança climática, diz relatório. ONU Brasil, [s. l.], 28 mar. 2019. Disponível em: https://nacoesunidas.org/situacao-do-clima-em2018-mostrou-aumento-dos-efeitos-da-mudanca-climatica-dizrelatorio/. Acesso em: 7 nov. 2019.

y De acordo com a reportagem, a climatologia proporcionou provas confiáveis do aumento da temperatura mundial com as declarações publicadas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Quais foram os destaques da 25ª edição da Declaração da OMM? Ela destacou a elevação recorde do nível do mar e das temperaturas terrestres e oceânicas, que ficaram excepcionalmente altas nos últimos quatro anos.

y Que expressão é empregada na reportagem para classificar o ciclone Idai? Fenômeno extremo.

O gênero reportagem pertence à esfera jornalística. Apesar de muitas semelhanças com a notícia, a reportagem apresenta mais detalhes e geralmente é mais extensa. Pode também conter a opinião do autor, o que não ocorre com a notícia. A reportagem envolve um trabalho prévio de pesquisa, investigação e checagem de dados e informações. Pode apresentar depoimentos, entrevistas, resultados de estudos — que transmitem seriedade e credibilidade ao leitor — e ser enriquecida com fotografias, ilustrações, gráficos, tabelas, infográficos e mapas, além de recursos digitais, como áudios e vídeos. Língua Portuguesa

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Os veículos mais comuns das reportagens são jornais e revistas (impressos e digitais); telejornais; programas de variedades na TV e no rádio; plataformas de compartilhamento de vídeos e áudios; além de sites e portais na internet. PRATIQUE!

11. Considerando o veículo de publicação, que outros recursos poderiam ter sido usados para apresentar essa reportagem, além do texto escrito e da fotografia? Vídeos, áudios, infográficos, mapas, tabelas e gráficos.

#ficaadica Conheça a cartilha elaborada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre as mudanças no clima do planeta.

12. A fotografia que acompanha a reportagem tem uma finalidade. Qual é?

INPE

Chamar a atenção do leitor para o conteúdo do texto e complementar as informações nele veiculadas.

REAZ AHTAI/SHUTTERSTOCK.COM

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 9 da seção Amplie.

http://ftd.li/kg9sje

Homem andando de bicicleta pelas ruas de Beira, Moçambique, 2019.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 7.

Coesão e coerência na reportagem

Já vimos que o encadeamento de informações de maneira clara e fluida é muito importante para o entendimento e qualidade de um texto. Existem palavras e expressões que fazem o papel de organizar e conectar as informações em um texto, permitindo sua leitura e auxiliando a compreensão da mensagem transmitida. Da mesma forma como ocorre na notícia, a reportagem também apresenta expressões e palavras que podem ser substituídas por pronomes, advérbios e numerais, que auxiliam a manutenção da unidade coesiva. Os numerais atuam como elementos coesivos ao auxiliar a especificar uma informação, evitando repetições. Veja. A temperatura média global vem subindo todos os anos. Os últimos quatro foram os mais quentes já registrados.

anos

Nesse caso, além de organizar a informação, especificando quais dos anos foram os mais quentes, o numeral “quatro” permite suprimir, ou seja, eliminar a palavra “anos”, por já ter sido mencionada no período anterior, evitando a repetição. PRATIQUE!

FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

Com base na imagem a seguir, responda às questões 13 e 14.

13. Elabore o primeiro parágrafo de uma reportagem, com título, sobre a situação retratada na imagem. Para isso, empregue ao menos um pronome pessoal e um numeral como elementos coesivos. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes construam um texto cuja estrutura contenha elementos próprios ao gênero, como um título chamativo e interessante, e as perguntas que ajudam a estruturar um primeiro parágrafo.

14. Marque a seguir as expressões que poderiam ser usadas na reportagem para caracterizar a subjetividade.

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a)

É possível adaptar modalidades esportivas para que todos participem.

b)

Praticar atividade física traz benefícios para a saúde física e mental.

c)

A escola percebeu um aumento das visitas à biblioteca.

d)

Todos que visitarem a escola verão que existe a preocupação com a inclusão. Língua Portuguesa

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15. Assinale a(s) alternativa(s) que poderia(m) substituir a palavra em destaque sem alterar o sentido do texto. […] segundo o relatório mais recente da Organização Meteorológica Mundial […]

a)

De acordo com.

b)

Dessa forma.

c)

Primeiro.

d)

Conforme.

16. Neste diagrama, encontre as palavras relacionadas aos gêneros notícia e reportagem. Horizontal 1. U ma pessoa que escreve sobre eventos atuais. (8 letras) 2. Um tipo de texto que relata eventos atuais. (7 letras) 5. O processo de coletar informações sobre um evento. (7 letras) Vertical 3. O lugar onde as notícias são publicadas. (6 letras) 4. Um evento que é importante ou interessante. (6 letras) 4 A C O N

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Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 8 e 10 da seção Amplie.

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Espera-se que os estudantes reconheçam a apresentação desses recursos como base de respaldo às informações divulgadas nas reportagens. Leve-os a refletir sobre o que ocasionaria a falta de um embasamento, caso esses depoimentos não tivessem sido inseridos na reportagem.

Depoimentos e outros recursos dos textos jornalísticos 1000 WORDS/SHUTTERSTOCK.COM

Aqui começa o conteúdo referente à aula 8.

Você sabe qual é a função dos depoimentos do secretário-geral da OMM e do secretário-geral da ONU na reportagem que divulgou o relatório sobre o aquecimento global? Releia o 3º e o 5º parágrafos da reportagem, identifique o depoimento e observe a estrutura desse recurso. Assim como na notícia, o uso de aspas permite a reprodução da fala do entrevistado da maneira exata como ele falou. Perceba também que, no 3º parágrafo, constam o cargo e o nome completo da pessoa que deu o depoimento. No 5º parágrafo, há apenas o sobrenome, fazendo referência a uma informação dada anteriormente — ou seja, foi utilizado um recurso de coesão. Isso é bastante comum em textos jornalísticos. y Converse com o professor e os colegas sobre a importância de um repórter buscar dados estatísticos, informações concretas e entrevistas com especialistas antes de escrever uma reportagem.

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CK.CO

M

Por tratar-se de autoridades no assunto, a função desses depoimentos é trazer esclarecimentos embasados sobre o aquecimento global, transmitindo credibilidade ao leitor. Um ponto importante sobre os depoimentos registrados em reportagens e notícias é o emprego do discurso direto. Por meio dele, as falas são escritas da mesma maneira com que os entrevistados registraram seus depoimentos. Isso é um fator que também dá credibilidade ao texto. Tais falas são introduzidas pelos verbos de elocução, como “afirmar”, “destacar”, “dizer” etc. Volte ao texto e identifique alguns desses verbos. Além dos depoimentos, as reportagens podem trazer dados estatísticos, resultados de pesquisas e outras informações relevantes para dar embasamento ao que está sendo divulgado. Chame a atenção dos estudantes para partes como: segundo o relatório mais recente da Organização Meteorológica Mundial […]. / A 25ª edição da Declaração da OMM sobre o estado do clima mundial, correspondente a 2018, destacou [...] / Segundo o mais recente Boletim sobre o Clima Estacional Mundial […].

Dados estatísticos e elementos gráficos constituem importantes fontes de informação e dão credibilidade ao texto. 32

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PRATIQUE!

17. Qual é a função dos depoimentos e da apresentação de relatórios de estudos nas reportagens? Transmitir seriedade e credibilidade ao leitor.

18. É possível afirmar que o trecho a seguir da reportagem é caracterizado pela impessoalidade e pela objetividade? Justifique sua resposta. Segundo o mais recente Boletim sobre o Clima Estacional Mundial (de março a março) da OMM, temperaturas da superfície do mar acima da média — parcialmente por conta de um El Niño de baixa força no Pacífico — deve levar a uma temperatura acima do normal em terra, especialmente em latitudes tropicais. Sim, porque apresenta dados objetivos, não apresenta avaliação sobre os fatos e os verbos estão em 3ª pessoa.

19. Reescreva o trecho da atividade anterior, deixando-o subjetivo. Espera-se que os estudantes omitam do texto os dados que marcam a objetividade. Por exemplo: As temperaturas da superfície do mar estão aumentando por conta de um El Niño, que deve levar a uma temperatura acima do normal em terra, especialmente em latitudes tropicais.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 12 a 14 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 9.

O verbo como organizador da oração Releia a seguir a manchete da notícia. Ciclone causa estragos em três países da África

Veja que a palavra em destaque indica uma ação: o ciclone Idai foi responsável por ocasionar danos. Leia estas outras manchetes e veja o que as palavras expressam. Estado de SP permanece em alerta para temporais MACHADO, Maria Clara. Climatempo, [s. l.], 20 set. 2018. Disponível em: https://www.climatempo.com.br/ noticia/2018/09/20/estado-de-sp-permanece-em-alerta-para-temporais-6223. Acesso em: 21 jul. 2023.

Chove forte em São Paulo CHOVE forte em São Paulo. Terra, São Paulo, 4 jan. 2019. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/ climatempo/chove-forte-em-sao-paulo,0e6d07d34c78e80363f5517c38b5a3ddvqjp2j0m.html. Acesso em: 21 jul. 2023.

Quando uma frase apresenta um verbo, ela é denominada oração. Os verbos podem expressar: y

ações = causar, tocar, correr, fazer, escrever etc.;

y

estados = estar, ficar, permanecer etc.;

y

fenômenos da natureza = chover, nevar, trovejar etc. (nesses casos, são nomeados impessoais, ou seja, a oração não tem sujeito).

O verbo é a principal palavra em uma frase, por isso ocupa o núcleo do predicado. Assim como o sujeito, o predicado é um dos termos essenciais da oração (sujeito + predicado). O predicado pode também ser formado por locuções verbais, ou seja, expressões formadas por dois ou mais verbos que denotam a ideia de apenas um. Veja. Brasil vai repassar 100 mil euros para ajudar Moçambique repassará BRASIL vai repassar 100 mil euros para ajudar Moçambique. EBC, Brasília, DF, 25 mar. 2019. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2019-03/brasil-vai-repassar-100-mil-euros-para-ajudarmocambique. Acesso em: 21 jul. 2023.

Tempos verbais No jornalismo, sobretudo nas notícias, é comum o uso do verbo em seu tempo presente, em razão da atualidade dos fatos. Isso pode ser notado na manchete lida anteriormente: “Ciclone causa estragos em três países da África”. O emprego da palavra “causa” no presente do indicativo sinaliza que o fato acabou de ocorrer. Também é uma forma de manter leitor e jornal mais próximos à realidade e ao momento do fato. 34

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Os fatos expressos pelo verbo podem referir-se a momentos diversos, levando-se em conta o momento da enunciação, o instante em que se fala (ou escreve). Observe a representação dos tempos verbais nesta linha do tempo: Passado

Presente

Futuro

Passado (pretérito): refere-se à ação que já aconteceu antes do momento da fala/escrita.

Presente: refere-se à ação que ocorre no momento da fala/escrita.

Futuro: indica que a ação ocorrerá após o momento da fala/escrita.

Flexão verbal Os verbos flexionam-se conforme a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª pessoa) e o número (singular ou plural). No exemplo “O Idai tocou a terra”, o verbo está na 3ª pessoa do singular. Veja a seguir quais são as pessoas do discurso, no singular e no plural. Pessoa do discurso

Singular

Plural

Eu

Nós

Tu

Vós

Ele/Ela

Eles/Elas

Aspecto verbal

PEANUTS, CHARLES SCHULZ © 1999 PEANUTS WORLDWIDE LLC / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION

Uma importante noção para a composição de textos jornalísticos é quanto ao aspecto verbal. O aspecto designa a duração de um processo. Ele diz respeito à maneira como o falante ou o autor do texto se posiciona em relação ao que se enuncia, ou seja, se no início, no decorrer ou no fim do processo. Veja, por exemplo, a expressão “está chovendo” na tirinha a seguir, que indica a continuidade do processo (chuva).

Veja outros exemplos que expressam o aspecto durativo. y

Começou a chover pela manhã. (indica o início)

y

Continuou chovendo o dia todo. (indica continuidade)

y

Acabou de chover aqui na minha cidade. (indica o término)

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Uma locução verbal é um conjunto de dois ou mais verbos que juntos têm o significado de um único verbo. O primeiro verbo é um verbo auxiliar e o segundo é o verbo principal. O verbo auxiliar ajuda a dar um significado mais preciso ao verbo principal. Por exemplo, a locução verbal “estar estudando” é composta pelo verbo auxiliar “estar” e pelo verbo principal “estudando”. O verbo auxiliar “estar” dá a ideia de que a ação de estudar está em curso. O verbo principal “estudando” indica a ação específica de estudar. As locuções verbais são muito usadas na língua portuguesa e podem ser usadas em qualquer tempo verbal.

PRATIQUE!

Leia a oração a seguir para responder às questões 20 e 21. […] Geou na serra gaúcha e catarinense, mas em poucas áreas. […] PEGORIM, Josélia. Ar polar se afasta do Sul. Climatempo, [s. l.], 4 nov. 2016. Disponível em: https://www.climatempo. com.br/noticia/2016/11/04/ar-polar-se-afasta-do-sul-2767. Acesso em: 21 jul. 2023.

20. Assinale a opção em que o verbo em destaque carrega a informação sobre algo que: já aconteceu. está acontecendo. vai acontecer. 21. Se a frase fosse “Continua geando na serra gaúcha e catarinense, mas em poucas áreas.”, o que a locução verbal passaria a indicar? Que a geada já começou e, no momento da enunciação, continua geando na região.

22. Complete as frases utilizando o verbo indicado na forma flexionada. a) Esse africano. (ser)

um dos piores desastres ambientais já vividos no continente

é

b) A ONU estima que para ajuda humanitária. (ser) c) Um navio

necessários ao menos 337 milhões de dólares

são

foi

enviado à cidade de Beira. (ir)

d) Esta tendência de aquecimento e) A extensão do gelo marinho no Ártico 2018. (ficar)

no início do século. (começar)

começou

ficou

abaixo da média durante

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 15 e 16 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 10.

Reportagens em meios digitais Como você já estudou, em relação às notícias, as reportagens disponibilizadas em meios digitais possibilitam o acesso do leitor a alguns recursos que o jornal impresso não permite. Na internet, o usuário pode usufruir de recursos diversificados, como vídeos, áudios, hiperlinks, caixa de comentários, opção de compartilhar de diversas maneiras etc., além do texto escrito, imagens, infográficos, entre outros (esses últimos também são acessíveis no impresso). Entre as mídias de veiculação, estão as revistas, os jornais televisivos e radiofônicos, a internet etc. O podcast também é um exemplo de mídia para veiculação de textos jornalísticos, mas na modalidade oral da reportagem ou notícia.

Possibilidade de atualização em tempo real

► Podcast:

arquivo de áudio disponibilizado para ser ouvido on-line, em sites e plataformas de compartilhamento de áudios.

Botões para compartilhar e imprimir

BOSCORELLI/SHUTTERSTOCK.COM

Regular o tamanho da letra de acordo com a necessidade e o conforto visual do leitor

Não é necessário aprofundar o tema podcast neste momento, pois esse tipo de veiculação/circulação será abordado e utilizado no capítulo 6, na produção de relato oral de experimento científico.

Imagem

TERRA tem o mês de junho mais quente já registrado na história, diz observatório europeu. Folha S.Paulo, São Paulo, 6 jul. 2023. Disponível em: https://www1. folha.uol.com.br/ambiente/2023/07/terra-tem-o-mes-de-junho-mais-quente-jaregistrado-na-historia-diz-observatorio-europeu.shtml. Acesso em: 17 jul. 2023. Língua Portuguesa

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Reportagens faladas versus reportagens escritas As reportagens faladas, assim como as notícias, também têm características que as diferem das reportagens escritas. Apesar de a maioria também ser primeiro formatada em um roteiro escrito e de, muitas vezes, haver a intermediação de um teleprompter, as reportagens faladas têm algumas características próprias. Observe a seguir. Reportagem escrita

Reportagem falada

Semelhanças y

O repórter faz o trabalho de investigação.

y

Planejamento, pesquisa e apuração (confirmar os fatos, verificar fontes, visitar locais importantes para o fato).

y

Realização de entrevistas e depoimentos.

y

Juntar todos os dados, escrever a reportagem e, em seguida, enviá-la para revisão, etapa de diagramação e publicação.

Diferenças

ATTRACTION ART/SHUTTERSTOCK.COM

y

Escrever o roteiro e organizar o material produzido. Essa etapa pode ocorrer em outros momentos, por exemplo, durante o planejamento.

y

Realizar a edição das imagens e a gravação das narrações.

y

Quando é telejornal, o âncora faz o anúncio, e a reportagem é exibida aos espectadores. Nesse momento, faz-se uso do teleprompter.

Mas as diferenças entre as reportagens escritas e faladas não param por aí. Na reportagem falada, o apresentador e/ou o repórter podem usar diferentes tons e timbres de voz, além de gestos e expressões faciais e corporais para transmitir a mensagem ao público. Dependendo do conteúdo da reportagem, o profissional pode usar, por exemplo, uma expressão facial e um tom de voz mais sérios ou mais descontraídos.

PRATIQUE!

23. É muito comum, ao acessarmos notícias ou reportagens on-line, haver duas datas, a da informação e a da publicação. Às vezes, há também a data da última atualização. Publicado em: 31 de janeiro de 2020 Última atualização em: 10 de fevereiro de 2020

Por que, especialmente em textos jornalísticos, essas informações são importantes? Para saber quando o texto foi publicado e que, após essa data, houve alguma alteração relevante (pode ser a correção de um erro, a inclusão de uma informação nova, a atualização de um dado que se alterou etc.). Isso permite ao leitor se sentir atualizado em tempo real quanto ao fato noticiado. As datas ajudam a situar o leitor.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 17 da seção Amplie.

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Fotorreportagem

VICTOR ESPADAS GONZALEZ/SHUTTERSTOCK .COM

SUNSHINE SEEDS/SHUTTERSTOCK .COM

Como o próprio nome nos indica, a fotorreportagem é a união de fotografia e reportagem com uma mesma finalidade. Nesse gênero, uma ou mais fotografias recebem destaque principal, acima do texto. Geralmente, há mais de uma imagem que ajuda a construir uma narrativa sobre determinado fato de grande interesse da população. Observe atentamente as duas imagens a seguir.

Antes de dar continuidade, sugere-se convidar os estudantes a levantar hipóteses.

Considerando a notícia sobre o ciclone Idai, que atingiu a região da África, quais seriam as possíveis legendas para essas fotografias? Uma das maneiras de fazer essas fotografias e suas respectivas legendas circularem o mundo e mostrar a ação dos voluntários em Moçambique, chamando a atenção das pessoas para a necessidade de contribuir, seria incorporá-las a uma fotorreportagem ou a uma reportagem. Nesse caso, o texto jornalístico poderia ressaltar, por exemplo: y

as condições em que se encontram as cidades atingidas;

y

as pessoas que sobreviveram à passagem do ciclone;

y

quantos voluntários trabalharam nessa e em outras ações solidárias;

y

quantas toneladas de alimentos, roupas e outros donativos foram arrecadados;

y

que país enviou mais ajuda;

y

que tipo de ajuda o país ainda precisa.

Na elaboração dessa fotorreportagem, o autor poderia usar mais fotografias que ajudassem a construir uma narrativa sobre o acontecido — construção de um relato — e, com as fotografias, chamar a atenção do público. Considere a seguinte legenda para a primeira fotografia: “Consequências deixadas pela passagem do ciclone em regiões de Moçambique. Destruição deixou centenas de desabrigados.”

Agora, para a segunda fotografia, que traz, inclusive, uma imagem mais positiva para o fato abordado, seria: “Ação de voluntários em solidariedade às vítimas do ciclone Idai, em Moçambique, 22 de março de 2019. Toneladas de alimentos e roupas direcionados aos sobreviventes atingidos pelo ciclone. Movimento emociona pessoas.”

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► Fotorreportagem:

é a reportagem em que a fotografia exerce papel preponderante. Assim como na reportagem, a fotorreportagem exige um trabalho minucioso de pesquisa de campo e checagem, aliado ao trabalho de captação do(s) melhor(es) momento(s) relacionado(s) ao fato por meio da fotografia.

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Observe que as fotografias juntamente com as legendas nos dão noção dos fatos. Note que todas as informações citadas nos itens necessitam de uma checagem em fontes seguras e não são fornecidas pela fotografia ou pela legenda. Por isso, é necessário o trabalho investigativo da reportagem. Por outro lado, uma reportagem que só apresente esses dados e não tenha uma imagem provavelmente não transmitirá ao leitor a dimensão real da situação. Ao escrever o texto, o profissional (redator, repórter etc.) poderá decidir se dará mais ênfase: y ao texto escrito, ainda que acompanhado de uma imagem que lhe complemente o sentido — e, nesse caso, terá produzido uma reportagem; ou y

à fotografia, ainda que o seu sentido seja complementado por um texto escrito – e, portanto, terá produzido uma fotorreportagem.

PRATIQUE!

24. Quais elementos podem compor uma fotorreportagem? Título.

Lide.

Fonte das informações.

Informações verdadeiras.

Fotografia.

Legenda.

Informações inventadas.

Intertítulo.

NELSON ANTOINE/SHUTTERSTOCK.COM

25. Considere a imagem a seguir.

a) Quais possíveis assuntos poderiam ser abordados em uma fotorreportagem que utilizasse essa fotografia? Poluição urbana; aquecimento global; crescimento populacional nas cidades grandes.

b) Crie um título para essa fotorreportagem e uma legenda para a fotografia. Espera-se que os estudantes tenham um olhar mais crítico em relação à imagem, não descrevendo o que veem, mas imaginando uma reportagem em torno do que observam.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 18 e 19 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 12.

MISSORLA/SHUTTERSTOCK.COM

A fotografia jornalística no Brasil começou a se desenvolver com a cobertura da Segunda Guerra Mundial e ganhou força a partir da década de 1950. Nessa época, os jornais passaram a ser diagramados por profissionais e a reservar espaço para os registros dos fatos por meio de imagens. O registro da fotografia é feito por meio do olhar do fotógrafo ou fotojornalista envolvido com determinada notícia ou reportagem. É ele quem escolhe o melhor momento, o melhor ângulo e a situação, a fim de representar em imagem, da melhor maneira possível, o fato. Por isso, precisa trabalhar sempre de maneira ética e responsável. Esse profissional usa equipamentos e emprega técnicas com o objetivo de oferecer a melhor qualidade possível para a fotografia.

PRESSLAB/SHUTTERSTOCK.COM

Fotografia jornalística

Os elementos que compõem a fotografia são: cores, textura, escala, enquadramento, foco, movimento e contraste. Eles podem ser otimizados por meio das técnicas empregadas. As fotografias são de extrema importância no mundo conectado em que vivemos: uma fotografia publicada em um país estrangeiro também pode ser publicada aqui. Se soubermos seu contexto, será possível compreendê-la. As imagens são carregadoras de sentido, transmitem mensagens importantes. Elas se tornam, muitas vezes, o registro de depoimentos. PRATIQUE!

26. É possível entender uma notícia apenas observando a fotografia que a acompanha? Não. A fotografia é um elemento do texto jornalístico, mas é necessário ler a notícia para ter conhecimento dos detalhes; além disso, a fotografia é um elemento subjetivo que depende do olhar e do momento do clique do fotógrafo.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 20 da seção Amplie. Língua Portuguesa

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Explore com os estudantes a ideia de que uma mesma cena pode ser capturada por lados, ângulos e momentos diferentes. Esses pontos têm grande importância no trabalho de um fotógrafo e na mensagem que ele deseja transmitir. Aqui começa o conteúdo referente à aula 13.

Sinais de pontuação

Os sinais de pontuação em um texto têm um importante papel de organizar as informações. Além disso, auxiliam na indicação da entonação com que determinado trecho deve ser lido. Leia os itens a seguir. a) Você está bem? b) Você está bem. A presença do ponto de interrogação, no item a, indica que o trecho é uma pergunta e deve ser lido com a entonação adequada. Já no item b, a presença do ponto-final indica que se trata de uma afirmação, ou seja, quem escreveu está afirmando algo sobre o interlocutor. Confira quais são os principais sinais de pontuação usados em língua portuguesa. Dois-pontos: encerram frase ou introduzem informações explicativas.

:

Um surto de cólera chegou a Moçambique: 517 casos confirmados [...].

()e–

Segundo o IGBE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tem sido crescente a construção de moradias em áreas de risco – especialmente em barrancos [...].

Reticências: indicam suspensão de pensamento ou hesitação ou dúvida.

...

... de repente, tudo ficou escuro, a energia havia acabado.

Ponto e vírgula: indica pausa maior que a vírgula, usado em um mesmo período articulando frases entre si.

;

Gostaria de ver todos bem; entretanto, sabemos que a tragédia foi imensa.

Aspas: indicam a fala de autoria de terceiros.

““

Ela disse: “Foi tudo muito rápido”.

Interrogação: finaliza frases interrogativas.

?

Como será que se formou o ciclone?

Exclamação: finaliza frases exclamativas.

!

Meu Deus!

Parênteses e travessões: intercalam uma explicação; travessão também introduz fala no discurso direto.

A vírgula tem funções específicas. Ela pode:

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Isolar o nome da pessoa a quem se dirige (vocativo).

Mãe, vem aqui?

Isolar elementos em uma lista.

Muitos fenômenos extremos têm ocorrido, como ciclones, tsunamis e terremotos.

Indicar uma explicação.

O ciclone, que é formado por tempestades e ventos fortes, atingiu três países africanos.

Isolar expressões que tenham função explicativa.

Ciclones são fenômenos extremos, isto é, de efeitos devastadores.

Isolar advérbios ou expressões adverbiais, quando necessário.

Nas últimas décadas, os fenômenos extremos têm aumentado. Língua Portuguesa

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Separação de palavra em sílabas Você sabe que palavras são formadas por sílabas. Mas qual é a importância de saber como é a divisão silábica de uma palavra? Conhecer como as sílabas de uma palavra são separadas permite a você fazer a divisão, caso esteja escrevendo um texto e a linha chegue ao fim. Ao separar uma palavra em sílabas, lembre-se de alguns casos especiais: y

Toda sílaba tem ao menos uma vogal (não existem em língua portuguesa sílabas formadas apenas de consoantes).

y

Alguns dígrafos devem ser separados (rr, ss, sc, sç e xc), por exemplo, car-ro. Há outros, por sua vez, que não se separam (ch, lh, nh, qu e gu), por exemplo, fo-gue-te.

y

Quando houver encontro consonantal na mesma sílaba, as consoantes não se separaram, por exemplo, en-con-tro.

y

Nos encontros vocálicos, tem-se ditongo ou tritongo, respectivamente, quando duas ou três vogais se juntam na mesma sílaba: bei-jo e sa-guão; o hiato ocorre quando estão em sílabas diferentes: cri-an-ça.

PRATIQUE!

27. Identifique a função da vírgula em cada uma das frases a seguir. A. Isolar a palavra que se refere à pessoa para quem se escreve ou que está sendo chamada (vocativo). B. Separar elementos de uma lista. C. Indicar uma explicação. D. Isolar advérbios ou expressões adverbiais. a)

C

O professor, já aposentado, deu uma palestra na universidade.

b)

A

Esse foi o melhor presente que já ganhei, pai.

c)

D

Antigamente, tudo parecia ser mais difícil.

d)

B

Fui à feira e comprei alface, tomate, rúcula e agrião.

28. Separe as palavras a seguir de todas as maneiras possíveis, uma sílaba de cada vez. Veja o exemplo. Moçambique

ciclone

Zimbábue

assembleia

Mo-çambique

ci-clone

Zim-bábue

as-sembleia

Moçam-bique

ciclo-ne

Zimbá-bue

assem-bleia

Moçambi-que

assemblei-a

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 21 e 22 da seção Amplie. Língua Portuguesa

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 14.

Produção de texto jornalístico

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Contextualização da proposta e realização de pesquisa

O ideal é que esse material seja selecionado pelos estudantes antes da aula 15, ou então que eles tragam à aula todo o material que encontrarem a respeito e façam a seleção na primeira parte da aula 15 para, em seguida, ser feito o planejamento do texto.

Nesta e nas próximas aulas, o professor organizará a turma em grupos para pôr em prática o que aprenderam sobre o universo jornalístico, produzindo uma reportagem. Vocês vão planejar, escrever e corrigir o texto. Por fim, vão divulgá-lo na escola, por meio de um jornal-mural e de um vídeo produzido por vocês. Vocês produzirão uma reportagem sobre as medidas necessárias para diminuir as mudanças climáticas. Essas medidas deverão ser tomadas tanto por instituições e governos quanto pelos indivíduos. Considerem as seguintes instruções neste momento inicial: 1. Escolhido o tema, pesquisem mais a respeito na internet, em jornais, sites e portais de notícias, artigos científicos, entre outras fontes que sejam confiáveis. 2. Sejam rigorosos ao apurar os fatos e verifiquem se não há alguma informação incorreta, incompleta, desatualizada ou inverídica.

Oriente os estudantes quanto à necessidade de conferir os dados e as informações em mais de uma fonte, pesquisando a autoria; na dúvida, recorrer a uma agência de checagem.

3. Em grupos, conversem sobre todo o material que conseguiram juntar. Selecionem os que considerarem melhores, incluindo possíveis recursos visuais, como fotografias, infográficos, gráficos etc. 4. Façam uma lista do que um trabalho investigativo poderia envolver e, na medida do possível, realizem as investigações necessárias. 5. Se possível, conversem com um professor ou outra pessoa conhecida que tenha formação em Ciências da Natureza ou Geografia, para obter mais informações.

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6. Se vocês forem realizar entrevistas ou colher depoimentos, expliquem a proposta aos entrevistados e peçam a autorização deles para divulgar o conteúdo. Além disso, é importante fazer um roteiro prévio de perguntas para otimizar a entrevista. 7. Lembrem-se de registrar toda a pesquisa por meio de anotações, esquemas, gravações de áudio e/ou vídeo, fotografias, entre outros recursos que os ajudem a organizar as informações, para que elas possam ser consultadas no momento de planejar e produzir o texto. 8. É importante também que vocês anotem todas as fontes de informações que utilizaram, para que possam dar os créditos aos respectivos autores quando forem citá-los. 9. Reúnam todo o material que puderem, mesmo que em um primeiro momento algumas informações pareçam irrelevantes.

Planejamento do texto jornalístico Aqui começa o conteúdo referente à aula 15. Com base no material reunido na aula anterior, façam o planejamento da reportagem. Para isso, preencham o roteiro a seguir. Respostas pessoais. y Tema:

y Autores:

y Título (e subtítulo, se houver):

y Principais informações que constarão do texto (tópicos que serão desenvolvidos no texto; procurem responder às perguntas do lide: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê?):

y Recursos que trarão credibilidade ao texto (depoimentos de especialistas, resultados de pesquisas, dados estatísticos etc.):

y Recursos visuais que acompanharão o texto escrito: Se for possível, utilizem um computador para a escrita, é importante que os estudantes comecem a ter familiaridade com a escrita em programas de edição de texto.

Escrita do texto jornalístico Aqui começa o conteúdo referente à aula 16.

Com base no planejamento feito, iniciem a escrita da primeira versão da reportagem. Sigam algumas orientações: y Lembrem-se sempre de que estão fazendo um trabalho em equipe e que todos os membros devem participar. Evitem sobrecarregar um participante apenas. y

Insiram o título da reportagem. Se desejarem, criem também um subtítulo ou linha fina.

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Procurem responder às perguntas do lide logo no início do texto.

y

Escrevam com clareza e objetividade, sempre imaginando se os leitores (que serão os colegas e a comunidade escolar) vão compreender o texto.

y

Escrevam em 3ª pessoa e evitem expressar opiniões e avaliações pessoais. Relatem os fatos de maneira objetiva, permitindo ao leitor formular as próprias conclusões.

y

Prefiram a ordem direta das frases, ou seja, sujeito, verbo e objeto, para facilitar o entendimento pelos leitores. Evitem intercalar termos entre as orações e o uso excessivo de vírgulas.

y

Caso surja alguma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, consultem um dicionário.

y

Organizem as informações em blocos (se preciso, utilizem intertítulos) e elaborem parágrafos para que tenham relação entre si, evitando que o texto seja apenas uma junção de informações desconectadas. Para isso, utilizem elementos coesivos e organizadores textuais, como marcadores temporais, pronomes, expressões sinônimas etc.

y

Optem pela simplicidade, evitando palavras difíceis. Por outro lado, usem um vocabulário adequado à seriedade do assunto e evitem o uso de gírias.

y

Citem a fonte de todas as informações e coloquem entre aspas os trechos de autoria de terceiros.

y

Anexem os recursos visuais selecionados (fotografias, infográficos, gráficos etc.). Elaborem as legendas necessárias.

y

Coloquem o nome de vocês como autores da reportagem. MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK.COM

y

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Revisão Aqui começa o conteúdo referente à aula 17. Leiam a primeira versão do texto de vocês, avaliando-o de acordo com os itens a seguir. Oriente os estudantes a revisar o texto após o preenchimento da ficha. Diga que eles podem reescrever palavras e trechos, fazer cortes, acrescentar e reformular trechos, enfim, tudo o que for preciso para aprimorar o texto jornalístico produzido.

1

Vocês criaram um título para o texto produzido?

2

Há respostas às perguntas do lide?

3

O texto contém as características próprias do gênero escolhido (notícia ou reportagem)?

4

A linguagem está clara e objetiva?

5

Ele está escrito em 3a pessoa e não expressa opiniões dos autores?

6

Predominam frases escritas em ordem direta, sem intercalações?

7

A pontuação está adequada?

8

As palavras do texto estão escritas corretamente?

9

As informações do texto estão organizadas, com parágrafos relacionados entre si?

10

Vocês utilizaram elementos coesivos e organizadores textuais, como marcadores temporais, pronomes, expressões sinônimas?

11

O vocabulário está adequado, ou seja, de acordo com a norma-padrão, sem recorrer à informalidade?

12

Há fonte de todas as informações citadas?

13

Os trechos de autoria de terceiros, como depoimentos, estão entre aspas?

14

Os recursos visuais estão relacionados com o texto, complementando-o?

15

Vocês identificaram que a autoria do texto é do grupo?

Se necessário, realizem as adequações e as correções necessárias. Após as alterações, salvem novamente o arquivo.

Divulgação Aqui começa o conteúdo referente à aula 18. Sob a orientação do professor, providenciem a impressão da reportagem. Com toda a turma, reúnam todos os textos produzidos e os organizem em um jornal-mural. Para isso, escolham um mural na escola que seja bem visível e que tenha grande circulação de pessoas em torno dele. Bom trabalho! Língua Portuguesa

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Amplie

O quê?

Quem?

Como? Quanto?

HERE/SHUTTERSTOCK.COM

1. Contorne as perguntas que fazem parte do lide de uma notícia.

Qual? Quando?

Para quê?

Por quê?

2. Qual é o público-alvo das notícias? São as pessoas em geral. O perfil dos leitores é definido pelo tema das notícias e, por isso, os veículos costumam separá-las em cadernos temáticos.

3. Consulte um jornal, impresso ou digital, e complete as informações a seguir. Respostas pessoais. a) Nome do jornal: b) Forma de publicação: Impressa.

Digital.

c) Cadernos/seções: d) Local onde é produzido: e) Alcance: Municipal.

Regional.

Nacional.

Internacional.

f) Apresenta diferentes seções? Quais?

4. Dos elementos a seguir, que compõem a notícia, quais são imprescindíveis, ou seja, não podem faltar? a)

Título.

e)

Linha fina.

b)

Lide.

f)

Olho.

c)

Intertítulo(s).

g)

Fotografia.

d)

Chapéu.

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Legenda.

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5. Crie uma legenda para cada uma das fotografias a seguir. MKFILM/SHUTTERSTOCK.COM

R.MOORE/SHUTTERSTOCK.COM

Resposta pessoal. Avaliar as respostas dos estudantes, que devem contemplar elementos que estejam além da descrição pura e simples das fotografias.

6. Leia a notícia a seguir. A má informação, a desinformação e a informação falsificada assolam o mundo contemporâneo, dominado pelas mídias digitais, pelas redes sociais e pela circulação de notícias em escala global e em tempo real. O território da ciência, supostamente protegido pelo apuro na realização das pesquisas e pelo rigor em sua difusão, não está imune. […] ARANTES, José Tadeu. Fake news na ciência. Agência Fapesp, 28 mar. 2019. Disponível em: http://agencia.fapesp.br/fake-news-na-ciencia/30120/. Acesso em: 21 jul. 2023.

De acordo com o texto, o que também pode ser atingido pela má informação, pela desinformação ou pela informação falsificada, a conhecida fake news? Assinale a alternativa correta. a) O empresariado contemporâneo. b) A ciência. c) As redes sociais. d) Fake news em tempo real. 7. Ao ler uma notícia na internet, o leitor precisa necessariamente clicar em todos os recursos disponibilizados, como áudio, vídeo, links, botão de compartilhar etc.? X

Não, o leitor tem liberdade para ler e ouvir o que for de seu interesse ou necessidade, bem como assistir ao que desejar. Sim, pois, se não ler e ouvir todas as informações, bem como assistir ao que desejar, o leitor não vai compreender a notícia totalmente.

8. Acrescente um exemplo em cada linha para cada tipo de elemento coesivo. a) Marcadores temporais Comparação ou conformidade Condição Finalidade Conclusão

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Atualmente, logo depois, antes que, nos dias atuais, frequentemente, finalmente etc.

Assim como, bem como, conforme, segundo, de acordo com, da mesma maneira etc.

Desde que, a não ser que, se, caso, a menos que etc.

A fim de, com o intuito de, para que, com o objetivo de etc.

Portanto, dessa maneira, dessa forma, assim, diante do exposto etc.

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b) Utilizando os elementos do quadro anterior, ajuste o parágrafo a seguir. Nos dias atuais/Atualmente

aumentado cada vez mais, Com o intuito de/objetivo de aula. diferentes projetos escolares.

, o uso de celulares por crianças e adolescentes tem bem como o uso de tablets em sala de diminuir essa frequência, educadores têm recorrido a

Observe a reportagem a seguir, publicada no site de um jornal, em sua versão web. Com base nela, responda às questões 9 a 11. Jornal Portal

Retranca/chapéu Caderno/seção

Título Linha fina Fotografia (sem legenda)

Intertítulos

COUTO, Renata. Aumento alarmante de chikungunya, dengue e zica no Rio. Portal, ed. 58, maio. 2019. Disponível em: https://jportal.com.br/edicao-58-maio-de-2019/#fb0=9. Acesso em: 8 fev. 2022.

9. Identifique na reportagem os elementos constitutivos do gênero que você consegue encontrar. 10. A expressão “aumento alarmante” no título foi empregada com o objetivo de: a) chamar a atenção dos leitores. b) provocar ânimo. c) causar prejuízo. d) assustar as pessoas. e) levar o leitor a comprar repelente. 11. A fotografia ocupa um lugar de destaque na página. Por quê? Para chamar a atenção dos interlocutores sobre o assunto: as doenças causadas pelo mosquito Aedes.

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Leia o trecho do texto jornalístico a seguir e, com base nele, responda às questões 12 a 18. ‘Humanismo 100%’, afirma médico que distraiu bebê com desenho A vivência como pai do médico de resgate Mauricio Lemos, do Samu de Maringá (Noroeste), valeu mais que a larga experiência profissional dele durante o transporte emergencial de helicóptero [de] uma criança que chorava sem a companhia da mãe no trajeto, entre Cianorte e Sarandi. […] Lemos é conhecido na região por prestar um serviço humanizado de atendimento. Em maio, ele foi condecorado com o título de cidadão benemérito de Maringá. “Temos que não só pensar no atendimento médico, mas em dar conforto, carinho e afeto para a criança, ainda mais pensando que a mãe não está lá. Temos essa linha de trabalho: se colocar no lugar da pessoa […]. Faço para os pacientes o que queria que fizessem por mim ou minha filha”, disse. “Esse é um dos meus lemas desde que me formei: humanismo 100%”, completou. “Sinceramente, já fizemos vários tipos de atendimento como esse. Não me vislumbro, mas fico feliz que as pessoas reconheçam o trabalho.” BARAN, Katna. ‘Humanismo 100%’, afirma médico que distraiu bebê com desenho. Folha de Londrina, 10 jun. 2019. Disponível em: https://www.folhadelondrina.com.br/saude/humanismo-100-afirma-medico-que-distraiu-bebecom-desenho2942684e.html. Acesso em: 13 ago. 2023.

12. O primeiro parágrafo, apesar de ser escrito em 3ª pessoa, faz uma análise avaliativa do fato. Explique como isso é feito. O redator faz uma avaliação da atitude do médico ao afirmar que sua vivência como pai valeu mais que sua larga experiência profissional.

13. Explique a importância do depoimento nesse texto. Por intermédio do depoimento, é possível saber mais detalhes do acontecimento, o que o médico pensou e quais foram suas intenções ao tomar a atitude relatada.

14. Em seu depoimento, o médico mistura duas pessoas do discurso. Identifique quais são e explique por que ele usou essa variação. Ele varia entre as 1as pessoas do plural e do singular, porque ora fala da atuação profissional dos médicos socorristas em geral, ora de sua atuação pessoal.

15. Assinale as alternativas corretas. ‘Humanismo 100%’, afirma médico que distraiu bebê com desenho

Apenas dois “afirmar” e “distrair”

a)

O autor empregou três verbos.

b)

“Afirma” é um verbo de elocução usado em discurso direto.

c)

O verbo “distraiu” indica que o fato já ocorreu.

16. Se a frase fosse “Médico continua distraindo bebê”, a locução verbal indicaria que: a ação já ocorreu e terminou. a ação ainda ocorre no momento da enunciação. A locução verbal transmite continuidade de uma ação iniciada. Língua Portuguesa

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17. Por que a data de publicação da notícia ou reportagem é algo importante a ser divulgado juntamente com o texto? Porque assim o leitor tem a certeza de estar lendo uma notícia recente ou que está se informando de algo que pode ter ocorrido há muito tempo.

18. Cite as principais características do gênero textual fotorreportagem. É considerada um misto entre reportagem e fotografia, ou seja, tem características de ambas. Nesse gênero, as imagens são usadas para construir uma narrativa sobre determinado fato, aproximando-o do leitor, o que só por meio do texto é mais difícil de fazer.

1

2

MICHELMOND/SHUTTERSTOCK.COM

MICHELMOND/SHUTTERSTOCK.COM

19. Observe atentamente as duas fotografias a seguir. Na primeira, a fotografia está mais aberta, aparecem mais elementos. Na segunda, o fotógrafo enquadrou um dos carros. Com que intenção o profissional pode escolher publicar uma ou outra imagem?

O fotógrafo pode escolher a primeira fotografia caso queira contextualizar o acontecimento, mostrar, por exemplo, que o estacionamento ficou completamente alagado. No caso da segunda fotografia, a intenção pode ser mostrar o carro em especial. Há contextualização, porém, o foco está no carro.

20.Quem é o responsável pelos registros de fotografias? Qual deve ser seu olhar? O fotógrafo. Ele deve se preocupar em registrar o momento que julgar mais importante para representar o fato que presencia.

21. Explique o uso dos pontos de interrogação e exclamação juntos no post-it ao lado. O uso dos dois sinais de pontuação juntos indica que o autor do post-it foi acometido, ao mesmo tempo, pela dúvida e pela surpresa.

22. Realize a separação silábica da frase do exercício anterior. VO-CÊ NÃO VAI MES-MO FA-ZER A PRO-VA

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Síntese

Textos jornalísticos: universo da informação

Responda às questões informando as características de cada gênero e outros aspectos complementares sobre o que você aprendeu neste capítulo. 1. Quais são as características próprias da notícia? A notícia trata de um acontecimento atual, tem “prazo de validade”; geralmente responde às perguntas do lide; é objetiva e impessoal.

2. Quais são as características próprias da reportagem? É mais extensa, exige um trabalho investigativo aprofundado e pode apresentar alguma subjetividade.

3. Quais são as características comuns à notícia e à reportagem? Alguns elementos constitutivos (por exemplo, título e subtítulo); ambas são gêneros jornalísticos que interessam a um grande número de pessoas.

4. Quais são as características próprias da fotografia jornalística? Ela capta o momento sob o olhar do fotógrafo; cor, textura, enquadramento, escala, movimento, contraste etc.

5. Que gênero reúne algumas características da reportagem e outras da fotografia? Fotorreportagem.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo e faça o Tema de Redação disponível na Iônica.

6. O que os verbos podem expressar? Ação, estado e fenômenos da natureza. https://ftd.li/ s202por61601oau004

7. Escolha dois sinais de pontuação e escreva a função de cada um deles. Reposta pessoal. Espera-se que o estudante escolha um dos apresentados no capítulo. https://ftd.li/tdrport01

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CAPÍTULO

2 1

Maravilhoso mundo dos contos

Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

1

Como você descreveria a cena retratada?

2

Quais são as sensações e lembranças que essa imagem causa a você? Quando você era mais novo, costumava ouvir histórias com elementos mágicos? Se sim, que elementos eram esses? Você se recorda dos títulos dessas histórias?

Aqui começa o conteúdo referente à aula 19. Nesta abertura, espera-se que os estudantes reconheçam o gênero conto maravilhoso e respondam às perguntas de acordo com suas experiências pessoais. É interessante estimulá-los a se lembrarem das histórias que escutavam quando eram menores, nos livros que liam ou nas animações a que costumavam assistir.

VLNTN/ADOBE STOCK

3

Imaginem-se caminhando por terras mágicas, onde animais falam, objetos têm vida e o impossível se torna realidade. Os contos maravilhosos nos convidam a explorar esses mundos encantados, cheios de ensinamentos e surpresas. Observe atentamente a imagem retratada nesta página e responda às questões.

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1. Os estudantes podem analisar minuciosamente os elementos presentes na cena retratada. Nesse sentido, será estimulada a identificação de elementos concretos e abstratos presentes na imagem, bem como a descrição detalhada desses elementos. Pode-se solicitar que descrevam o cenário representado, destacando as cores predominantes e analisando a composição da imagem. Além disso, é possível encorajar a reflexão sobre um possível contexto para a cena e a consideração do ponto de vista do observador ao visualizá-la.

ОКСАНА СМЫШЛЯЕВА/ADOBE STOCK

Conto maravilhoso

O ser humano conta histórias desde que desenvolveu habilidades de se comunicar. É por isso que os contos são chamados assim. Eles surgiram da tradição oral, passando de geração em geração. Antigamente, era muito comum as famílias se reunirem para ouvir histórias, narradas principalmente pelos mais idosos. Os contos serviam não só para entreter, mas para transmitir valores e ensinamentos. Com o tempo, esse hábito perdeu força, em razão de inúmeros fatores, como a crescente urbanização. Coube a algumas pessoas coletar essas narrativas orais e escrevê-las, como Charles Perrault (1628-1703) e os irmãos Jacob (1785-1863) e Wilhelm Grimm (1786- 1859). Escritores como Jeanne-Marie Leprince de Beaumont (1711-1780) e Hans Christian Andersen (1805-1875), por sua vez, criaram as próprias histórias. O conto maravilhoso, como todo conto, é uma narrativa ficcional breve, que geralmente apresenta introdução, desenvolvimento, clímax (momento de maior tensão) e desfecho. Ele é chamado de “maravilhoso” por haver a presença de situações ou de seres sobrenaturais, mágicos, que são aceitos e tidos como normais pelas personagens.

O conto a seguir é da escritora Flávia Savary. Antes da leitura completa, observe apenas o título. Em sua opinião, qual é o assunto do conto? Quais podem ser as personagens? Por que você acredita que ele pode ser classificado como conto maravilhoso? Agora, leia o texto integralmente e confira suas ideias iniciais. Língua Portuguesa

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2. Reposta pessoal. 3. Resposta pessoal. Habilidades da BNCC EF69LP44

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Papo de bola

AS I E

R/A

DO

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ST OC

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► Resina: material

de origem vegetal muito parecido com plástico, usado em artesanatos e em outras finalidades.

► Faniquito: rápido ataque nervoso.

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— Bola roxa?! De jeito nenhum! — falou com despeito a bola vermelha. — Mas, prima… — ainda tentou retrucar a bola roxa. — Primas afastadas, afastadíssimas! Sobretudo em festas — e virou a cara como se não a conhecesse. As outras aproveitaram o embalo para fazer coro com a metida da bola vermelha. As douradas, então, nem me fale — que nojos! — Olhe aqui — disseram juntas — roxo não é cor que combine com festa, entendeu, minha filha? — Isso mesmo — completaram as prateadas. — Quem é chegado a um roxo é defunto. E Natal não tem a ver com velório. — Sua cor esquisitona vai embaraçar a beleza do conjunto — disseram as verdes, invejosas. Só as brancas, que eram de boa paz, argumentaram em favor da pobre: quem sabe uma chance, na árvore cabem todos, aquela conversa do deixa-disso. Não colou. Era uma turma ruim de jogo! E tanto a espremeram que a bichinha, pof, acabou pulando fora da caixa, rolando sobre o tapete. O gato achou aquilo um brinquedo ótimo e esticou o caminho da bola até a porta da casa. Abriram-na para receber as cartas trazidas pelo carteiro e ao fecharem a porta, vupt, lá se foi a roxinha mundo afora. O mundo era um mundo mesmo: graaaaaande toda a vida! Para quem se acostumara com o mundo que cabia numa caixa, cada coisa se revestia de uma novidade sem fim. Achou linda a decoração da rua, cheia de brilhos. Uma vez que jamais vira árvores sem enfeites, achou que todas já nasciam daquele jeito. Estranhou o movimento frenético da rua, com tanta gente, e carro, e sacolas, e lojas, a ponto de ficar tonta. Girou, girou sobre si mesma e pelo caminho, com muito cuidado, senão era pisada na certa. O que não tem remédio, remediado está, dizia sua avó. Já que estou solta, vou conhecer o que há para se conhecer. E foi rolando, bola roxa rolante. O bom da roxinha é que ela não esquentava: com ela não tinha bola quadrada. Esse negócio de “ninguém me ama, ninguém me quer” e choradeira ilimitada não era com ela. “A família não me quis? Sem problema — bola pra frente! Hei de achar quem pense diferente.” E achou mesmo. Rolou até esbarrar numa toalha, sobre a qual trabalhava um velhinho hippie. Ele havia sido um hippie novo, um dia, com seu cabelão, calça jeans desfiada e uns colares de contas multicoloridas. Ainda possuía a mesma aparência, só que grisalho e de óculos espetado na ponta do nariz. Rolou uma simpatia entre ambos e começaram a bater um papo. Roxinha contou sua história, que era bem pequena, e ele contou a dele, que era bem grande. Ela, então, reparou no trabalho que ele fazia: uma colagem montada sobre resina, com vários caquinhos. Multicoloridos que nem ele. — Bonito — ela disse. — O que é isso? — É uma encomenda que um cara me fez e vem buscar daqui a pouco. — De que é feito? Parecem cacos… — E são mesmo. De bolas de Natal e outros vidros bonitos que eu catei por aí. Se fosse outra, ia dar um chilique, desmaiar, ter um faniquito. Roxinha não. Ué, coisas da vida — uma hora você serve enquanto bola, noutras enquanto caco. Ela já tinha sido areia, antes de ser soprada na fábrica de fazer bolas e virado uma bela bola roxa. Quem sabe ser caco não podia ser um barato também? A noite vinha chegando, bonita, da cor dela. O velho hippie pousou as mãos sobre a toalha e ela perguntou: Língua Portuguesa

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#ficaadica Para conhecer um pouco a vida e a obra de Flávia Savary, acesse o site oficial da escritora, que também é ilustradora e artista plástica.

OC

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/A D

OB

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http://ftd.li/rds8xp

AS I

— Acabou? — Não, minha amiga. Falta fazer o céu da colagem e os cacos se acabaram. Tô no sal. Prometi a encomenda pra hoje, o cara vai chegar e eu tô super precisado desse dinheiro… — Serve um céu igual a esse que tá rolando no céu? Ele olhou e comentou: — Exatamente a cor que eu precisava. Tava na medida. — Precisa de cacos roxos? Não seja por isso. E, puf, deu um salto mortal, se fazendo em pedaços. — Roxinha, que loucura! Deixa que eu colo você de novo, num instante! — Bobagem, menino! Bola de vidro não é igual a gente. Gente é que tem mania de achar que tudo que existe é igual a vocês: dói aqui, dói ali. Tá vendo? Eu continuo a ser eu mesma, só que em separado. — Tá bom, se é assim, você vai ser o céu que falta pra mim. Quando o moço veio buscar, ficou encantado com o trabalho do velho hippie. Deu até mais dinheiro do que o combinado. Levou a obra para casa, mostrou à mulher, aos filhos, visitas, parentes. Foi um sucesso! — Ai, querido — disse a esposa —, que lindo esse presépio de colagem! Merece ficar num lugar de destaque. Que tal em frente à árvore de Natal? Todos acharam justíssima a sugestão. E lá a obra foi colocada. Chamava tanto a atenção o presépio de cacos, com sua noite roxa igual à de fora, que não teve para a árvore — ninguém reparava nela, embaçou geral! Roxinha, distraidamente, olhou para cima e reconheceu as bolas. Pois não é que o cara que comprou o presépio de cacos calhava de ser, justamente, o dono da casa onde antes ela morava como bola? — Mundo pequeno, sô! — falou, achando graça da coincidência. — E como dá voltas: saí com a bola murcha, voltei como bola da vez! — Não é mesmo? — murmuraram as bolas sem graça, quase rachando em cacos de vergonha. — Vamos combinar uma coisa? O que rolou, rolou. Daqui pra frente, bolemos uma história diferente. Ainda mais que é Natal. Não dá para rolar tristeza, falou? — Disse a roxinha, que pegou o jeito hippie do amigo falar. — Desculpe, foi bola na trave, bola roxa — disseram as outras. — Tudo bem. Eu tô com a bola cheia, mas não sofro da bola. Vocês pisaram na bola, mas agora que me deram bola, vou lhes contar minhas aventuras lá fora. Gente, esse mundo é uma bola! Tem que ver o que rola… E foi a noite inteira nessa história — conversa de bola é embolada e se repete toda hora! SAVARY, Flávia. 25 sinos de acordar Natal. São Paulo: Salesiana, 2001. p. 185-189.

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PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

Agora que você já leu o conto, responda às questões a seguir. 1. Como você interpreta o título Papo de bola em relação à história do conto? O título pode ser entendido como uma expressão informal para se referir a uma conversa entre bolas, mas também sugere a ideia de diálogo, compreensão e aceitação entre as personagens do conto.

2. Quem são as personagens desse conto? Qual delas é a protagonista? A bola roxa, a bola vermelha, as bolas de outras cores (douradas, prateadas, verdes e brancas), o hippie, o moço e a esposa. A protagonista é a bola roxa.

3. Levante hipóteses e explique quando essa história acontece e quanto tempo se passa do início ao fim da narrativa. A história acontece perto do Natal, mas não se sabe em que ano. É provável que a narrativa tenha durado um dia, da saída da bola até o retorno para casa, ao anoitecer. Um indício é o trecho: “A noite vinha chegando, bonita, da cor dela.”, pois foi para representar a cor do céu ao anoitecer que a bola se quebrou em cacos.

4. a) Marque a alternativa que caracteriza corretamente a narração e o narrador desse conto.   A narração é feita sempre em 3a pessoa, de modo objetivo e neutro. Ou seja, trata-se de um narrador observador.   A narração é feita sempre em 1a pessoa, de maneira subjetiva. Ou seja, é um narrador personagem, que se envolve completamente na história. narração é feita na maior parte em 3a pessoa. Porém, é possível perceber certo envolA vimento do narrador na trama, com trechos em 1a pessoa. b) Transcreva um trecho para justificar a sua resposta. A narração em 3a pessoa foi empregada na maior parte do conto. Por exemplo: “As outras aproveitaram o embalo para fazer coro com a metida da bola vermelha”. Mas existem alguns trechos em 1 a pessoa, como: “As douradas, então, nem me fale — que nojos!”.

5. Nesse conto, as bolas de Natal falam e têm sentimentos. Uma delas sai de casa e vive algumas aventuras. À certa altura da narrativa, a protagonista se quebra e continua sua saga mesmo na forma de cacos. Em algum momento, o narrador ou as personagens demonstram estranhamento em relação a esses fatos? Não. Isso é tratado com naturalidade na narrativa. A personagem hippie até se mostra preocupada quando a bola se quebra, mas logo é acalmada por ela mesma.

6. Nos contos, geralmente há um momento de maior tensão, chamado clímax. Identifique-o na narrativa Papo de bola. É o momento em que a bola roxa, ao perceber que o hippie precisava de ajuda, dá um salto mortal e se faz em pedaços.

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Características e linguagem Aqui começa o conteúdo referente à aula 20. do conto maravilhoso Tempo verbal no conto Os contos são, em geral, escritos com verbos no passado. Para indicar a sequência dos fatos, o mais comum é o uso do pretérito perfeito. Entretanto, podem ser empregados diferentes tempos verbais, o que possibilita, além da descrição do que ocorreu no passado, caracterizar o ponto de vista do narrador em relação aos fatos, cenários ou ambientes e expor sua opinião sobre as personagens. Veja como isso ocorre no conto maravilhoso Papo de bola. O mundo era um mundo mesmo: graaaaaande toda a vida! Para quem se acostumara com o mundo que cabia numa caixa, cada coisa se revestia de uma novidade sem fim. Achou linda a decoração da rua, cheia de brilhos. Uma vez que jamais vira árvores sem enfeites, achou que todas já nasciam daquele jeito. Estranhou o movimento frenético da rua, com tanta gente, e carro, e sacolas, e lojas, a ponto de ficar tonta. Girou, girou sobre si mesma e pelo caminho, com muito cuidado, senão era pisada na certa. SAVARY, Flávia. 25 sinos de acordar Natal. São Paulo: Salesiana, 2001. p. 185-189.

Pretérito perfeito: apresenta uma ação acabada e dá a ideia de progressão dos acontecimentos no tempo. Pretérito imperfeito: marca ações rotineiras no passado e é utilizado como pano de fundo ou cenário. Pretérito mais-que-perfeito: marca ações em um passado anterior ao da narrativa.

Marcadores de tempo e lugar

E

K

OB

OC ST

AS I

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E achou mesmo. Rolou até esbarrar numa toalha, sobre a qual trabalhava um velhinho hippie. […]

Pode-se comentar que, em relação ao local, é possível inferir que o ambiente em que a bola e o hippie se encontram é uma rua, uma praça, em que esses artesãos estendem toalhas para expor seus produtos.

/A D

Nos contos maravilhosos, geralmente, o tempo e o espaço são vagos. Esse recurso ajuda a criar a sensação de mundo imaginário. Para isso, são utilizadas expressões genéricas a fim de situar o leitor quanto ao tempo (“Era uma vez…”, “Certo dia…”) e ao lugar da narrativa (“Em um reino distante…”, “No meio de uma floresta…”). Ou seja, não são especificados datas e locais, como o nome da floresta ou do reino. No conto Papo de bola, alguns trechos dão uma vaga ideia de onde os fatos ocorrem:

Com relação ao tempo do conto lido, é possível apenas saber que os fatos ocorrem em data próxima ao Natal e que os acontecimentos finais ocorrem ao anoitecer: A noite vinha chegando, bonita, da cor dela. […]

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Narrador Nos contos maravilhosos, assim como nas narrativas desse tipo em geral, o narrador pode participar ou não da história. Se ele apenas observa os acontecimentos, temos o narrador observador, que se refere às personagens em 3a pessoa. Se ele participa da história, utilizando a 1a pessoa, temos o narrador personagem. Acompanhe o trecho a seguir: O que não tem remédio, remediado está, dizia sua avó. Já que estou solta, vou conhecer o que há para se conhecer. E foi rolando, bola roxa rolante. […] Explique aos estudantes que a linguagem do conto maravilhoso depende de diversos fatores. Ela poderá ter um registro mais formal de acordo com o público-alvo. Por exemplo, se os leitores forem adultos e os assuntos forem mais sérios. Por outro lado, esse processo pode ocorrer de modo mais informal se a narrativa for dirigida a leitores mais novos. Nesse conto, especificamente, fica claro que a linguagem com marcas de oralidade foi usada como meio para atingir o efeito de humor pretendido pela autora.

No trecho em destaque, a narração em 3a pessoa é interrompida para se usar a 1a, a fim de se reproduzir o pensamento da bola roxa. Nesse caso, há um terceiro tipo de narrador, o chamado narrador onisciente. Este conta a história em 3a pessoa, mas, por conhecer as emoções e os pensamentos das personagens, revela algumas de suas vozes interiores, o que é feito em 1a pessoa. Esse recurso é conhecido como fluxo de consciência. A linguagem do narrador, no conto Papo de bola, merece alguns destaques, como você pode observar no trecho a seguir. Perceba como o narrador usa uma linguagem muito próxima da oralidade. — Sua cor esquisitona vai embaraçar a beleza do conjunto — disseram as verdes, invejosas. Só as brancas, que eram de boa paz, argumentaram em favor da pobre: quem sabe uma chance, na árvore cabem todos, aquela conversa do deixa-disso. Não colou. Era uma turma ruim de jogo! E tanto a espremeram que a bichinha, pof, acabou pulando fora da caixa, rolando sobre o tapete. O gato achou aquilo um brinquedo ótimo e esticou o caminho da bola até a porta da casa. Abriram-na para receber as cartas trazidas pelo carteiro e ao fecharem a porta, vupt, lá se foi a roxinha mundo afora. […] SAVARY, Flávia. 25 sinos de acordar Natal. São Paulo: Salesiana, 2001. p. 185-189.

Adjetivos

Gíria

Expressão idiomática

Onomatopeias

Os adjetivos são muito usados nos contos em geral para marcar a apreciação, a avaliação do narrador sobre as personagens e os fatos descritos. Esse recurso torna os textos mais expressivos e envolventes. Além disso, os adjetivos podem revelar certa subjetividade por parte do narrador.

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PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com as atividades 2 e 3 da seção Amplie.

Leia o trecho da história a seguir para responder às questões. Lucy andava pela casa. Dentro da casa, tudo estava calmo. Sua mãe estava colocando geleia caseira nos potes. Seu pai estava de folga do trabalho, tocando tuba. Seu irmão estava na sala, jogando videogame. Lucy escutou ruídos. Os ruídos estavam vindo de dentro das paredes. Eram ruídos apressados e ruídos alvoroçados. Eram ruídos farfalhantes e ruídos crepitantes. Eram ruídos furtivos, rastejantes e amarrotados. […] AIMAN, Neil. Os lobos dentro das paredes. Ilustrações de Dave McKean. Tradução de John Lee Murray. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.

7. a) Sublinhe os adjetivos utilizados no texto. b) Que efeito eles causam na narrativa? “Calmo” e “caseira” servem para descrever a cena inicial. Os demais (“apressados”, “alvoroçados”, “farfalhantes”, “crepitantes”, “furtivos”, “rastejantes” e “amarrotados”) tornam a narrativa mais expressiva e envolvente, além de conferir ar de suspense, principalmente aliados à repetição da palavra “ruídos”.

c) Quais adjetivos no trecho chamaram mais a sua atenção? Por quê? Reposta pessoal. O objetivo é que o estudante identifique adjetivos como “farfalhantes”, “furtivos” e “amarrotados” e explique que essas palavras são interessantes porque são pouco comuns e descrevem de forma peculiar os ruídos que Lucy escuta, criando uma imagem vívida em sua mente.

8. a) Que tempo(s) verbal(is) mais aparece(m) no trecho? Pretérito imperfeito (andava, estava) e pretérito perfeito (escutou).

b) Como o uso do(s) tempo(s) verbal(is) no trecho contribui para a narrativa? O uso do pretérito ajuda a estabelecer o cenário e os eventos que aconteceram antes do momento da narração, criando uma atmosfera de suspense e mistério.

9. a) Esse trecho é narrado por um narrador personagem? Por quê? Não. O trecho está em 3a pessoa, o que indica um narrador observador.

b) O narrador é neutro ou possui algum tipo de envolvimento com as personagens da história? O narrador é um observador neutro, pois não demonstra envolvimento emocional com as personagens. Pode-se perguntar também aos estudantes em que tempo e espaço ocorre essa história. Não é possível saber quando, mas o espaço é a casa de Lucy.

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Intertextualidade Aqui começa o conteúdo referente à aula 21. Muitas vezes, ao elaborar um texto, o autor conta com alguns conhecimentos do leitor. Desse modo, o escritor parte do pressuposto de que quem lê fará associações. Por esse motivo, em certas ocasiões, o autor não fornece explicações detalhadas quanto às personagens, por exemplo. Esse recurso é bastante frequente em relação ao uso de personagens de contos maravilhosos tradicionais, como Chapeuzinho Vermelho, quando novas narrativas são construídas com base em histórias bastante conhecidas. Analise as capas dos livros a seguir. Neles, os autores contaram com alguns conhecimentos prévios do leitor para escrever suas histórias.

► Pressuposto:

BRINQUE-BOOK

GRUPO AUTÊNTICA

COMPANHIA DAS LETRINHAS

o mesmo que suposição, hipótese, dedução.

Concepções e valores nos contos maravilhosos Contos maravilhosos (em especial os de fadas), que geralmente são originados por meio da oralidade, muitas vezes são criados para transmitir uma visão de mundo aos leitores. Várias dessas narrativas trazem um ensinamento que pode ser extraído pelo leitor com base na leitura global do texto ou pela análise da fala de alguma personagem. 62

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No conto Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, um dos ensinamentos obtidos geralmente pelos leitores é de que as crianças não devem falar com estranhos.

A figura do herói Em contos e demais textos narrativos geralmente há um protagonista, que enfrenta desafios ou eventos decisivos durante sua jornada, os quais o transformam de alguma forma. Essas situações comumente são causadas pelo antagonista. Elas caracterizam o conflito (ou a complicação) e evoluem para o clímax da história. Observe este esquema. Clímax: momento em que o herói vive a maior tensão.

Início: o herói vive uma situação de normalidade.

Desfecho: o herói termina a jornada transformado.

Conflito ou complicação: evento que causa a quebra da tranquilidade.

PRATIQUE!

Leia a sinopse a seguir para responder às questões. … E o Lobo Mau se deu bem […] O Lobo Mau é aquela figura clássica que aparece em diversas histórias infantis para fazer o mal, certo? Será mesmo? O jovem leitor vai se divertir com as inusitadas situações clássicas em que se vê envolvido este famoso “anti-herói”. ... E o Lobo Mau se deu bem. Editora Évora. Disponível em: www.editoraevora.com.br/e-olobo-mau-se-deu-bem. Acesso em: 9 fev. 2023.

10. Analise as opções a seguir e indique quais delas podem ter inspirado o livro que é objeto da sinopse. Chapeuzinho Vermelho.

Os três porquinhos.

Rapunzel.

O lobo e os sete cabritinhos.

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11. Usando o esquema que vimos anteriormente, descreva resumidamente a trajetória da protagonista do conto Papo de bola. Clímax

Resposta pessoal.

Desfecho

Resposta pessoal.

Início Resposta pessoal.

Conflito

Resposta pessoal.

12. Explique o que é intertextualidade e dê um exemplo disso em um texto que você já leu ou estudou. A intertextualidade é quando um texto faz referência a outro texto por meio de citações, paródias, referências diretas ou indiretas.

Paragrafação

Aqui começa o conteúdo referente à aula 22.

Para garantir a progressão — o desenvolvimento da narrativa —, o conto é sempre organizado em parágrafos, que se caracterizam pela mudança de linha com recuo, marcando que aquele trecho contém informações relacionadas entre si. Ao redigir um conto, geralmente o autor inicia um novo parágrafo para marcar: y

mudança de local onde os fatos são narrados;

y

diálogo entre as personagens;

y

passagem do tempo transcorrido na narrativa;

y

mudança da situação narrada.

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Coesão e coerência no conto maravilhoso Como estudamos no capítulo anterior, o uso de pronomes, substantivos, expressões sinônimas e marcadores temporais ajuda a organizar e dar sentido a um texto, de modo a indicar a relação entre suas partes. Além desses elementos, os adjetivos podem ser utilizados como recursos coesivos. Perceba o funcionamento desses recursos no trecho do conto a seguir. As palavras em destaque servem para substituir ou retomar elementos citados anteriormente. Só as brancas, que eram de boa paz, argumentaram em favor da pobre: quem sabe uma chance, na árvore cabem todos, aquela conversa do deixa-disso. Não colou. Era uma turma ruim de jogo! E tanto a espremeram que a bichinha, pof, acabou pulando fora da caixa, rolando sobre o tapete. O gato achou aquilo um brinquedo ótimo e esticou o caminho da bola até a porta da casa. Abriram-na para receber as cartas trazidas pelo carteiro e ao fecharem a porta, vupt, lá se foi a roxinha mundo afora. PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 6 da seção Amplie.

13. Enumere a coluna à direita de acordo com a função de cada palavra destacada no texto lido anteriormente. 1)Adjetivo que se refere à bola roxa. 2) Substantivo que se refere à bola roxa. 3) Pronome que se refere à bola roxa. 4) Pronome que se refere à situação ocorrida.

1

pobre

3

a

2

bichinha

4

aquilo

1

roxinha

14. Identifique no conto Papo de bola dois marcadores temporais que atuam como elementos coesivos e transcreva-os. Sugestão de resposta: “Ele havia sido um hippie novo, um dia, com seu cabelão”; “Ainda possuía a mesma aparência, só que grisalho e de óculos espetado na ponta do nariz.”; “— É uma encomenda que um cara me fez e vem buscar daqui a pouco.”; “A noite vinha chegando”; “Quando o moço veio buscar, ficou encantado com o trabalho do velho hippie.”; “E foi a noite inteira nessa história”.

15. Marque com um traço a divisão dos parágrafos no trecho a seguir. —

Quando chegou, Chapeuzinho notou algo estranho. — Vovó, que olhos grandes você tem! — disse a menina. — São para ver você melhor — respondeu o lobo. — Vovó, vovó, que orelhas grandes você tem! — ela exclamou. […] —

MAÑERU, Maria. Contos da carochinha: um livro de histórias clássicas. Tradução de Michelle Neris da Silva. Barueri: Girassol, 2014. p. 13.

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Discursos direto e indireto, pontuação Aqui começa o conteúdo referente à aula 23. de diálogos e verbos de elocução Em contos e demais textos narrativos, os diálogos podem ser apresentados de maneira direta ou indireta. A forma mais comum é a direta, que pode ocorrer por meio do uso de travessão ou de aspas. Nela, as falas das personagens são transcritas integralmente. Observe um exemplo do uso de travessões. — Vovó, que olhos grandes você tem! — disse a menina. — São para ver você melhor — respondeu o lobo. — Vovó, vovó, que orelhas grandes você tem! — ela exclamou. MAÑERU, Maria. Contos da carochinha: um livro de histórias clássicas. Tradução de Michelle Neris da Silva. Barueri: Girassol, 2014. p. 13.

Agora, analise o uso de aspas para a marcação de falas. […] “Quem é?” “É sua neta, Chapeuzinho Vermelho”, respondeu, alterando a voz, “que lhe traz um bolo e um potinho de manteiga que minha mãe mandou para a senhora”. MINHA 1a biblioteca Larousse: contos de fadas. Tradução de Eduardo Brandão.São Paulo: Larousse do Brasil, 2007. p. 7.

Outro sinal de pontuação comum no discurso direto são os dois-pontos. Eles nem sempre são utilizados, mas também servem para marcar esse tipo de discurso. Observe. […] O velho hippie pousou as mãos sobre a toalha e ela perguntou: — Acabou? […] SAVARY, Flávia. 25 sinos de acordar Natal.São Paulo: Salesiana, 2001. p. 185-189.

Ao se empregar o discurso direto, o efeito causado é de o leitor ter a impressão de estar observando o diálogo entre as personagens. Os verbos que compõem o discurso direto são chamados verbos de elocução. Eles anunciam a fala. Observe. — Vovó, vovó, que orelhas grandes você tem! — ela exclamou.

“É sua neta, Chapeuzinho Vermelho”, respondeu.

O velho hippie pousou as mãos sobre a toalha e ela perguntou: — Acabou? 66

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Já no discurso indireto, a fala não é transcrita integralmente. Ela é modificada pelo narrador, por não ser dele, e sim da personagem. Observe como isso ocorre no trecho a seguir.

Pode-se comentar que, nesse sentido, existe a presença de um verbo e um pronome relativo (que, cujo) ou uma preposição (para, a, ao), a fim de introduzir o que foi dito pela personagem.

Chapeuzinho Vermelho vivia feliz em uma casinha no bosque. Certo dia, a mãe pediu que ela fosse à casa de sua vovozinha, que estava doente, para levar-lhe uma cesta com pães e doces.

O discurso indireto, então, é composto de expressões como: y

falou que;

y

afirmou que;

y

pediu que;

y

gritou para;

y

explicou que.

Verbo imperativo O verbo imperativo é uma forma verbal que usamos para dar ordens, fazer pedidos, expressar conselhos ou sugestões de forma direta. Ele é usado quando queremos que alguém faça algo ou quando estamos dando instruções claras e objetivas. Verbo imperativo afirmativo

Verbo imperativo negativo O verbo imperativo negativo é utilizado para dar ordens ou fazer pedidos de maneira negativa e direta. Exemplo: “Não fale durante a aula.” Nesse caso, o verbo “falar” está no modo imperativo negativo, indicando que alguém deve evitar realizar a ação de falar durante a aula.

TARIKVISION/ADOBE STOCK

O verbo imperativo afirmativo é utilizado para dar ordens ou fazer pedidos de maneira positiva e direta. Exemplo: “Estude para a prova.” Nesse exemplo, o verbo “estudar” está no modo imperativo afirmativo, indicando que alguém deve realizar a ação de estudar para a prova.

O verbo imperativo pode aparecer no infinitivo em algumas situações específicas. Isso ocorre quando queremos dar uma ordem, instrução ou sugestão de forma mais genérica, sem nos dirigirmos diretamente a uma pessoa específica. Veja alguns exemplos: y Em instruções gerais: “Estudar para aprender.” y

Em avisos públicos: “Proibido estacionar.”

y

Em receitas culinárias: “Misturar os ingredientes secos separadamente.”

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Nesses casos, o imperativo no infinitivo é utilizado para indicar uma ação que deve ser feita, sem se referir diretamente a uma pessoa específica. É uma forma mais abrangente de expressar ordens ou instruções. PRATIQUE! Chapeuzinho Vermelho vivia feliz em uma casinha no bosque. Certo dia, a mãe pediu: — Vá à casa de sua vovozinha, que está doente, para levar-lhe uma cesta com pães e doces.

Este conteúdo também pode ser trabalhado com a atividade 12 da seção Amplie.

16. Passe o trecho a seguir para o discurso direto. Depois, sublinhe a pontuação e o verbo de elocução utilizados. Chapeuzinho Vermelho vivia feliz em uma casinha no bosque. Certo dia, a mãe pediu que ela fosse à casa de sua vovozinha, que estava doente, para levar-lhe uma cesta com pães e doces.

17. Complete o trecho a seguir, pontuando-o e inserindo verbos de elocução. A mãe chamou a filha e —

disse/falou

Filha, não devemos falar com estranhos.

A menina olhou nos olhos da mãe e —

:

respondeu

:

Não farei isso novamente, mamãe.

18. Imagine que você é o capitão de um navio e precisa dar algumas ordens à sua tripulação. Escreva três comandos usando o verbo imperativo afirmativo. Sugestões de respostas:“Preparar as velas para zarpar!”; “Mantenha-se atento!”; “Siga o mapa”.

Denotação e conotação Aqui começa o conteúdo referente à aula 24. Releia um trecho do conto Papo de bola.

Pode-se chamar a atenção da turma para as imagens mostrando como elas também podem nos levar à percepção de denotar e conotar.

— Não, minha amiga. Falta fazer o céu da colagem e os cacos se acabaram. Tô no sal. Prometi a encomenda pra hoje, o cara vai chegar e eu tô superprecisado desse dinheiro… […]

O que a expressão em destaque significa?

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Estar em cima do sal.

YUTTASAK CHUNTAROTHAI//SHUTTERSTOCK.COM

MIKECPHOTO//SHUTTERSTOCK.COM

Estar com dificuldades financeiras.

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Quando uma expressão é usada em seu sentido original, conforme previsto no dicionário, dizemos que ela foi empregada em sentido denotativo. Por outro lado, quando é usada em sentido diferente do original, dizemos que ela foi empregada em sentido conotativo.

Vocabulário Outra característica dos contos maravilhosos é que os autores geralmente utilizam um vocabulário pertinente ao tema do conto, fazendo o leitor “mergulhar” no universo criado. Em Papo de bola, isso fica muito claro no trecho a seguir, no qual a autora empregou diversas palavras e expressões relacionadas ao universo das bolas, usadas em geral com sentido conotativo. Esse recurso gerou um efeito de humor no conto. Analise as expressões em destaque.

Comente com os estudantes que, em contos tradicionais, é comum o uso de vocabulário relacionado a temas como: castelos, reis, rainhas, príncipes, princesas; florestas, animais; bruxas, fadas, dragões, duendes.

► Pertinente: aquilo

que é apropriado, adequado a algum contexto.

— Mundo pequeno, sô! — falou, achando graça da coincidência. — E como dá voltas: saí com a bola murcha, voltei como bola da vez! […] — Tudo bem. Eu tô com a bola cheia, mas não sofro da bola. Vocês pisaram na bola, mas agora que me deram bola, vou lhes contar minhas aventuras lá fora. Gente, esse mundo é uma bola! Tem que ver o que rola… E foi a noite inteira nessa história — conversa de bola é embolada e se repete toda hora! SAVARY, Flávia. 25 sinos de acordar Natal. São Paulo: Salesiana, 2001. p. 185-189.

Figuras de linguagem: personificação e hipérbole

LINA ERMOLAEVA FOTOART/SHUTTERSTOCK.COM

Vimos que, no conto Papo de bola, as bolas de Natal falam e têm sentimentos. Trata-se de uma figura de linguagem bastante característica dos contos maravilhosos: a personificação, também chamada prosopopeia. A personificação, ou prosopopeia, é uma figura de linguagem que consiste em atribuir a seres inanimados características de seres animados. Nesse recurso, também é possível atribuir características humanas a animais, plantas, objetos etc. Esse processo fica bastante evidente não apenas nos textos escritos, mas nas ilustrações que acompanham esses contos. Observe o exemplo ao lado, em que o animal tem atitude humanizada. Língua Portuguesa

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Outra figura de linguagem bastante comum em contos maravilhosos é a hipérbole. A hipérbole consiste em um exagero intencional, com o objetivo de dar ênfase e expressividade à situação narrada. Consequentemente, esse recurso serve para impressionar o leitor. PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 7 da seção Amplie.

19. Identifique e sublinhe no trecho a seguir duas expressões utilizadas no sentido conotativo. Em seguida, explique suas escolhas. […] Só as brancas, que eram de boa paz, argumentaram em favor da pobre: quem sabe uma chance, na árvore cabem todos, aquela conversa do deixa-disso. Não colou. Era uma turma ruim de jogo! E tanto a espremeram que a bichinha, pof, acabou pulando fora da caixa, rolando sobre o tapete. […] A expressão “ruim de jogo” foi utilizada no sentido conotativo, porque as bolas de Natal não participam de nenhum jogo. O termo se refere ao fato de as bolas, exceto as brancas, serem intransigentes. A palavra “espremeram” também está fora de seu sentido original, porque se refere ao fato de as bolas fazerem pressão psicológica na bola roxa.

20.Identifique e sublinhe duas hipérboles nos trechos a seguir. Em seguida, explique o efeito de sentido causado por elas. […] O bom da roxinha é que ela não esquentava: com ela não tinha bola quadrada. Esse negócio de “ninguém me ama, ninguém me quer” e choradeira ilimitada não era com ela. […] O mundo era um mundo mesmo: graaaaaande toda a vida! […] Elas causam humor no texto.

21. Assinale (P) para personificação e (H) para hipérbole.

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a)

H

O pintor morreu de rir quando viu o resultado na parede.

b)

H

Ele já falou isso um milhão de vezes.

c)

P

A floresta está gritando por socorro.

d)

P

Nem percebemos que o luar invadiu a praça e alegrou o evento. Língua Portuguesa

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Mais um conto maravilhoso

Aqui começa o conteúdo referente à aula 25.

Entre os contos maravilhosos que já leu, assistiu ou ouviu, você conhece O príncipe sapo? O que sabe sobre ele? Comente com os colegas. Vamos ler esse conto e verificar se é esta a versão que você conhece. O príncipe sapo Há muitos e muitos anos um rei vivia feliz com sua linda filha num castelo perto de um bosque. A princesa gostava de brincar ali com sua bola de ouro, em volta de um poço. Um dia — plaft! — a bola caiu no poço, e a princesa se pôs a chorar. “Qual é o problema?”, uma voz esquisita perguntou. A moça olhou em torno, mas só viu um sapo. “Ora, é você!”, exclamou, enojada, porém logo mudou de tom. “Minha bola caiu no poço”, disse, fungando. “O que você me dá, se eu for buscá-la?” “O que você quiser… minhas roupas, minhas joias… até minha coroa!” “Não quero nada disso! Só vou buscar a bola se você me prometer que vai ser minha amiga, vai me deixar comer em seu prato e dormir em sua cama.” “Eu prometo! Prometo!”, ela exclamou, pensando: “Que bicho mais feio! Nunca devia ter saído do brejo onde vive coaxando…”. O sapo mergulhou no poço e dali a pouco voltou, trazendo na boca o brinquedo precioso. Mais que depressa a jovem agarrou a bola e correu para o palácio. “Espere! Não consigo ser tão rápido!”, o sapo reclamou. À noite, quando jantava com seu pai, a princesa ouviu uma batida na porta. Foi atender, mas não deixou ninguém entrar. “Quem era, filhinha?”, o rei perguntou. “Apenas um sapo nojento.” “E o que ele queria?” “Queria jantar com a gente… imagine…” “Como assim? Você o convidou?” “Bem… sabe…”, a princesa explicou. “Ontem minha bola de ouro caiu no poço e ele foi buscá-la. Mas antes me fez prometer que eu seria sua amiga. Nunca pensei que tivesse a ousadia de vir aqui…” “Então você precisa cumprir a promessa, minha filha!” Muito contrariada, a moça foi abrir a porta. O sapo entrou, todo contente, pediu que ela o colocasse sobre a mesa e falou: “Ponha seu prato mais perto de mim”. Enquanto o hóspede indesejado comia com apetite, sua anfitriã mal conseguiu engolir uma garfada. “Estou exausto”, disse ele, depois de encher a barriga. “Vamos dormir?” A princesa se pôs a chorar de raiva, mas o rei declarou: “Você aceitou a ajuda dele e agora não pode deixar de fazer o que prometeu…”. Língua Portuguesa

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Diante disso, ela pegou o sapo com a pontinha dos dedos, levou-o até seu quarto e o largou num canto. Mas, assim que se deitou, ele saltou para sua cama, anunciando: “Vou dormir aqui!”. “Deixe-me em paz!”, a jovem berrou, furiosa. E, num gesto violento, agarrou-o e o jogou contra a parede. Nesse instante o sapo desapareceu e em seu lugar surgiu um belo príncipe! “Uma bruxa me transformou naquela asquerosa criatura”, ele explicou. “Mas sua promessa de amizade quebrou o encantamento! Agora vamos dormir, e amanhã partiremos para meu reino.” […]

COMPANHIA DAS LETRINHAS

PHILIP, Neil. Volta ao mundo em 52 histórias. Tradução de Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. p. 24-25.

#ficaadica O conto que você leu foi coletado da tradição oral alemã e registrado no início do século XIX, pelos Irmãos Grimm. Para conhecer outras narrativas como essa, leia o livro Volta ao mundo em 52 histórias, de Neil Philip, ilustrado por Nilesh Mistry (Companhia das Letrinhas, 1998).

PRATIQUE!

Este conteúdo também pode ser trabalhado com a atividade 4 da seção Amplie.

22. O que a princesa prometeu ao sapo caso ele trouxesse sua bola de volta? Ela prometeu sua amizade. Além disso, ele seria acolhido em sua casa.

23. É possível afirmar que a princesa foi embora com o príncipe? Justifique sua resposta com um trecho do texto. O conto não deixa isso explícito. Porém, é possível inferir que a princesa foi com ele com base no trecho: “… amanhã partiremos para meu reino”.

24. O que você achou do desfecho do conto? Que outro final ele poderia ter? Resposta pessoal.

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começa o conteúdo Relembrando as características do conto maravilhoso Aqui referente à aula 26.

Uma vez que já estudamos as características do conto maravilhoso, agora vamos verificar esses elementos considerando o conto O príncipe sapo.

y É uma narrativa ficcional breve. y Apresenta introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho. y Há fatos ou seres sobrenaturais, aceitos como normais pelas personagens. y Existem personagens caracterizadas de maneira breve e/ou genérica. y Há uma personagem que é protagonista, ou seja, o sapo príncipe.

y O protagonista segue sua trajetória e vence todos os obstáculos. y O ambiente e o tempo são caracterizados de modo genérico e impreciso. y O conto inicia com a fórmula genérica “Há muitos e muitos anos”, que situa o leitor em relação à época em que a história se passa. y Há um narrador, que conta a história em 3a pessoa. Ou seja, trata-se de um narrador observador.

Possibilidades intertextuais

Nesse livro, o enredo é basicamente o mesmo da história tradicional. A intertextualidade fica por conta da inserção de personagens da Turma da Mônica.

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DISNEY

COMPANHIA DAS LETRINHAS

EDITORA GIRASSOL

Como estudamos, os contos maravilhosos tradicionais inspiram muitas outras obras. Com a história O príncipe sapo não foi diferente. Observe as capas de livros a seguir.

Nessa história, quem interage com o sapo é um menino, e não uma princesa. Há também outras grandes diferenças, como o fato de o livro conduzir o leitor a algumas reflexões.

Nessa animação, o enredo é bem diferente da história tradicional. O ponto de encontro com a história registrada pelos Irmãos Grimm é a presença do sapo, o nome da princesa (Tiana) e o elemento mágico que provoca uma transformação.

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Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 8 da seção Amplie.

PRATIQUE!

25. Uma propriedade da linguagem dos contos é a presença de adjetivos para caracterizar, principalmente, as personagens. Quais foram usados no conto para descrever o sapo? Nojento e asqueroso.

26. Cite algumas palavras que fazem parte do vocabulário típico dos contos de fadas. Sugestão de resposta: Rei, castelo, bosque, princesa, ouro, palácio, reino, carruagem, alteza.

Contos maravilhosos para além do texto escrito

Aqui começa o conteúdo referente à aula 27.

WANDA GÁG

WALTER CRANE

Os contos podem ser produzidos por meio da oralidade ou da escrita — ou seja, da linguagem verbal. Além disso, os autores podem recorrer à linguagem não verbal, como ilustrações, vídeos e áudios. Exemplos desse recurso são algumas ilustrações feitas no século XIX. O pintor e desenhista Gustave Doré ilustrou, em 1864, contos do escritor francês Charles Perrault. O pintor inglês Walter Crane ilustrou, em 1875, o conto O príncipe sapo, dos famosos Irmãos Grimm. Na década de 1930, a estadunidense Wanda Gág também ilustrou a história do príncipe sapo. Observe as imagens a seguir.

Walter Crane ilustrou o momento em que a princesa abre a porta do castelo para o sapo.

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Wanda Gág ilustrou o sapo dormindo na cama da princesa, enquanto ela chorava, inconformada com a situação.

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PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 9 da seção Amplie.

27. Quando alguém conta uma história, é evidente a ocorrência da linguagem verbal, por meio da fala. Entretanto, existe a presença da linguagem não verbal nesse caso. Como ela se materializa durante uma contação de histórias? Por meio da linguagem corporal (gestos e expressões faciais).

28. Em um audiolivro é possível ouvir o narrador contando a história e, muitas vezes, as falas das personagens, o que se enquadra na linguagem verbal. Em um caso como esse, de que modo a linguagem não verbal pode ser incluída? Por meio da utilização de música e efeitos sonoros.

Substantivo

Aqui começa o conteúdo referente à aula 28.

Leia o trecho a seguir e atente às palavras em destaque. Há muitos e muitos anos um rei vivia feliz com sua linda filha num castelo perto de um bosque.

As palavras destacadas são substantivos, os quais designam seres, objetos, fenômenos, lugares, sentimentos, estados, conceitos e ações. No trecho reproduzido anteriormente há alguns sintagmas, que são unidades mínimas entre as quais é estabelecida uma relação de determinação. Observe: y um rei; y

linda filha;

y

um castelo;

y

um bosque.

Nesses casos, os sintagmas são formados pelo substantivo mais um elemento. Nos exemplos citados, temos o artigo indefinido “um” e o adjetivo “linda”. O núcleo desses sintagmas são os substantivos. Por isso, dizemos que são sintagmas nominais. Os substantivos admitem: y flexão de gênero (masculino e feminino); y

flexão de número (singular e plural);

y

variação de grau (aumentativo e diminutivo).

Quando os substantivos sofrem flexão de gênero e/ou número, os elementos que os acompanham na oração também são flexionados. Por exemplo: uns reis, uma rainha. Na oração, a regra geral é de que toda palavra variável (artigo, numeral, pronome ou adjetivo) que se refere ao substantivo deve concordar com ele em gênero e número.

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Classificação dos substantivos Os substantivos podem ser classificados de diversas maneiras.

Próprios e comuns Os substantivos que nomeiam seres em particular são chamados de próprios. Por exemplo, João e Maria; São Paulo e Brasil. Já aqueles usados para nomear todos os seres da mesma espécie/tipo, sem os particularizar, são denominados comuns. Por exemplo, homem e mulher; cidade e país.

Concretos e abstratos Substantivos concretos são aqueles que designam seres com existência independente, seja real, seja imaginária. Já os substantivos abstratos nomeiam ações, sensações, sentimentos, conceitos e estados, ou seja, conceitos que não têm existência própria. Exemplos: abstrato

Ué, coisas da vida — uma hora você serve enquanto bola, noutras enquanto caco.

concretos

Simples e compostos Os substantivos simples são formados por um único radical (parte invariável de uma palavra). Por exemplo: flor, vento, roupa, sol. Os substantivos compostos, por outro lado, são formados por mais de um radical. Por exemplo: couve-flor, cata-vento, guarda-roupa, girassol.

Primitivos e derivados Os substantivos primitivos não se formam com base em outra palavra. Por exemplo: pedra, casa, homem. Os substantivos derivados, por sua vez, formam-se de outras palavras. Por exemplo: pedreira, casarão, humanidade. PRATIQUE!

Este conteúdo também pode ser trabalhado com a atividade 15 da seção Amplie.

29. Faça a concordância nas orações a seguir, de acordo com a alteração indicada entre parênteses. a) A creche vai atender aquela cidade inteira. (creches/cidades) As creches vão atender aquelas cidades inteiras.

b) O fazendeiro comprou um cavalo forte e manso. (fazendeiros/cavalos) Os fazendeiros compraram uns cavalos fortes e mansos.

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30. Forme dois substantivos derivados com cada substantivo primitivo da tabela. Livro

livraria

livreiro

Flor

floricultura

florista

Menino

meninice

meninada

Acentuação das proparoxítonas Aqui começa o conteúdo referente à aula 29.

Você sabe explicar por que a palavra “príncipe” é acentuada? Para responder a essa pergunta, é preciso saber qual sílaba leva o acento gráfico. Assim, é necessário separar a palavra em sílabas. prín - ci - pe última sílaba penúltima sílaba antepenúltima sílaba

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas. A palavra “príncipe”, portanto, é uma proparoxítona, pois sua antepenúltima sílaba é acentuada. Observe outros exemplos de termos que seguem a mesma regra de acentuação: lúcido (lú-ci-do)

ótimo (ó-ti-mo)

público (pú-bli-co)

próximo (pró-xi-mo)

lâmpada (lâm-pa-da)

sábado (sá-ba-do)

fôlego (fô-le-go)

simpático (sim-pá-ti-co)

século (sé-cu-lo)

pássaro (pás-sa-ro)

binóculo (bi-nó-cu-lo)

pálido (pá-li-do)

PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 10 da seção Amplie.

31. Contorne somente as palavras proparoxítonas.

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frágil

lágrima

círculo

âncora

álbum

náufrago

automóvel

último

possível

lápis

bilíngue

acadêmico 77

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32. Marque a alternativa que apresenta todas as palavras escritas corretamente. a) rúbrica; câmara; mínimo; lírico. As palavras “rubrica” e “melancia” não b) ângulo; bárbaro; rúbrica; místico. são proparoxítonas. E pelo fato de não se encaixarem em nenhuma regra de c) árvore; quilômetro; ábaco; polêmico. acentuação das paroxítonas, não são acentuadas graficamente. d) melância; libélula; célula; físico. 33. Acentue adequadamente as palavras a seguir. medico onibus matematica

oculos

sinonimo

remedio

Comente com os estudantes que o acento circunflexo, além de marcar a sílaba tônica, indica que a pronúncia da vogal é fechada.

ônibus

médico óculos

grafico

xicara

matemática

tonica

pessego

sinônimo

remédio

gráfico

xícara

tônica

pêssego

antônimo

gravíssimo

gravissimo

antonimo

Dígrafos nh, lh, ch

Aqui começa o conteúdo referente à aula 30.

Leia as palavras em destaque no trecho a seguir. “[…] Agora vamos dormir, e amanhã partiremos para meu reino.” No dia seguinte uma carruagem parou diante do palácio. O cocheiro era um velho criado do príncipe, que, após a transformação de seu amo, pedira ao ferreiro que prendesse seu coração com três aros de ferro para que não se despedaçasse. […] PHILIP, Neil. Volta ao mundo em 52 histórias. Tradução de Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. p. 24-25.

Experimente ler essas palavras em voz alta, retirando a letra h: amanhã – amanã    cocheiro – coceiro    velho – velo Ao retirar o h dos termos, podemos perceber que eles mudam de sentido ou se tornam palavras inexistentes. Agora, releia essas palavras, percebendo como as letras em destaque representam um único som: amanhã        cocheiro        velho

Duas letras Um som

Duas letras Um som

Duas letras Um som

Dígrafo é o conjunto de duas letras que representa um único som. Além disso, no caso dos dígrafos nh, ch e lh, as letras não podem ser separadas na divisão silábica. 78

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Uso da vírgula Vamos iniciar esse estudo analisando dois casos em que a vírgula é obrigatória. “Então você precisa cumprir a promessa, minha filha!” Isola-se o vocativo, pois ele é um termo que não faz parte nem do sujeito nem do predicado da oração. Ou seja, é independente.

A princesa se pôs a chorar de raiva, mas o rei declarou [...].

oração coordenada

oração coordenada

Separam-se orações coordenadas

O caso em destaque a seguir é um exemplo em que a vírgula é opcional: Estranhou o movimento frenético da rua, com tanta gente, e carro, e sacolas, e lojas, a ponto de ficar tonta. Por haver uma sucessão de "e", a vírgula é optativa.

PRATIQUE!

É possível comentar com a turma que, neste caso, a autora fez uso de conector “e” e também da vírgula, para dar maior ênfase à enumeração de itens, com o intuito de criar, simultaneamente, um efeito de humor e hiperbólico, ou seja, de exagero.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 14 da seção Amplie.

34. Separe as palavras em sílabas. a) cavalheiro:

ca-va-lhei-ro

b) chocolate:

cho-co-la-te

c) cozinha:

co-zi-nha

d) chuchu:

chu-chu

e) lhama:

lha-ma

f) chocalho:

cho-ca-lho

g) minhoca:

mi-nho-ca

h) capricho:

ca-pri-cho

35. Acrescente a letra h nas palavras a seguir para formar novos termos, desde que existam na Língua Portuguesa. Depois, separe-as em sílabas. a) tela:

telha  te-lha

b) caco:

cacho  ca-cho

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a) Marina, venha aqui logo! b) O professor lançou as notas na semana passada. c) Ana e Paulo querem ir ao cinema.

c) gana:

ganha

d) mola:

molha   mo-lha

e) cão:

chão    chão

f) fila:

filha   fi-lha

g) bico:

bicho  bi-cho

ga-nha

36. Marque a alternativa em que o uso da vírgula está correto. Depois, reescreva as frases incorretas, corrigindo-as. a) Marina venha, aqui logo! b) O professor, lançou as notas na semana passada. c) Ana e Paulo querem ir, ao cinema. d) Flávio gostaria muito de participar, mas está doente.

Produção escrita de conto maravilhoso Aqui começa o conteúdo referente à aula 31.

Contextualização da proposta e realização de pesquisa Nesta e nas próximas páginas, você vai praticar a escrita de um conto maravilhoso, mobilizando seus conhecimentos a respeito do gênero. Será necessário planejar, escrever e corrigir o texto, que fará parte de um livro de contos da turma. Em outro momento, você vai realizar a leitura expressiva de sua história para os colegas de sala. Para tanto, escolha uma das propostas a seguir a fim de criar seu conto maravilhoso:

Proposta 1

► Miscelânea:

nesse caso, o mesmo que coletânea, compilação, mistura.

Criar uma miscelânea de contos maravilhosos tradicionais, misturando personagens, enredos, espaços e outros elementos dessas histórias.

Proposta 2 Fazer a releitura de uma história tradicional, elaborando um novo conto maravilhoso. Pode-se usar um ou mais elementos da história escolhida, criando uma relação de intertextualidade.

Antes de iniciar a elaboração de seu conto, fique atento a estas instruções: 1. Depois de escolher a proposta, pesquise na biblioteca do colégio e/ou na internet versões do(s) conto(s) que você vai utilizar como base para construir sua narrativa. 2. Procure versões de fontes/autores conhecidos. Isso é importante porque há muitas publicações impressas e digitais de baixa qualidade, que modificam demais algumas histórias. Ainda que elas sejam de domínio público, é necessário que estejam próximas das originais (grande parte foi registrada pelos Irmãos Grimm, por Charles Perrault, Jeanne-Marie Leprince de Beaumont 80

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ou Hans Christian Andersen). Caso contrário, os leitores de seu conto poderão não reconhecer o(s) conto(s) que lhe serviu(ram) de inspiração. 3. Caso precise de mais inspiração, se possível, assista a vídeos e filmes com versões do(s) seu(s) texto(s)-base. 4. Ao fazer essas pesquisas, mantenha consigo um bloco de anotações e registre palavras e expressões que possam fazer parte do vocabulário do seu conto. 5. Lembre-se também de anotar informações importantes sobre as possíveis personagens, detalhes do enredo, do espaço etc. 6. Se possível, busque imagens e ilustrações que façam referências às histórias pesquisadas. Além de servirem de inspiração, você poderá utilizá-las para ilustrar a versão definitiva de seu conto. y Que proposta você escolheu? Responda explicando as características que classificam seu conto como maravilhoso. Resposta pessoal. A explicação deve envolver as características do conto maravilhoso.

y Considerando o tema e o(s) texto(s)-base escolhidos, que palavras podem fazer parte de seu conto? Resposta pessoal.

Seleção das informações e planejamento do conto maravilhoso Aqui começa o conteúdo referente à aula 32. Reúna todas as informações coletadas na etapa anterior. Com base nesse material, planeje seu conto maravilhoso, preenchendo o roteiro a seguir. Proposta escolhida: 1

2

Respostas pessoais.

Conto(s) que será(ão) utilizado(s) como base:

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Título do conto maravilhoso:

Tipo de narrador:

Personagens (destaque o protagonista):

Quando e onde a história vai se passar:

Principais acontecimentos da história: Clímax

Início

Desfecho

Conflito

y

Você descreverá as personagens de modo breve ou com muitos detalhes? Espera-se que os estudantes respondam que será de modo breve, pois essa é uma das características do gênero conto.

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y

Que tipo de expressões você usará para demarcar o espaço e o tempo de sua narrativa? Sugestão de resposta: “Em um reino distante…”; “Na floresta encantada…”; “Era uma vez…”; “Certa vez…”.

Escrita do conto maravilhoso Aqui começa o conteúdo referente à aula 33.

Em uma folha em branco ou em um documento no dispositivo eletrônico, comece a produzir a primeira versão de seu conto maravilhoso. Para tanto, siga estas orientações: 1. Comece pelo título. Não se preocupe se não tiver uma ideia definida. Você poderá pensar nele depois de terminar a escrita do texto. 2. Desenvolva a história conforme o planejamento realizado na página anterior, considerando, claro, o conceito de conto maravilhoso: O conto maravilhoso é uma narrativa ficcional breve, que geralmente apresenta introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho. É assim chamado por haver nele a presença de fatos ou seres sobrenaturais, mágicos, aceitos como normais pelas personagens. Esses elementos possibilitam que o protagonista siga sua trajetória e vença todos os obstáculos. 3. Elabore a escrita respeitando o foco narrativo que você escolheu. 4. Estruture a narrativa em parágrafos, com unidades de sentido relacionadas com todo o texto. Para isso, utilize recursos coesivos. 5. Observe a pontuação dos diálogos e o uso dos verbos de elocução, de acordo com o tipo de discurso escolhido (direto ou indireto). 6. Use as palavras que você selecionou na primeira etapa e outras que achar pertinentes para a criação do universo do conto. 7. Empregue a linguagem que considerar adequada, a fim de os leitores se sentirem interessados na leitura. 8. Utilize as figuras de linguagem estudadas neste capítulo: personificação e hipérbole. 9. Observe se as palavras do texto estão adequadamente acentuadas e ortograficamente corretas. 10. Caso tenha separado imagens ou ilustrações para acompanhar o texto, anexe-as no documento. Se for escrever à mão, faça esboços antes da versão final do texto. 11. Defina o título da história ou confirme se deseja manter ou alterar o que já criou. 12. Salve ou guarde o texto e deixe-o pronto para a próxima etapa. Língua Portuguesa

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Avaliação do conto produzido Aqui começa o conteúdo referente à aula 34.

1

Você criou um título para o conto maravilhoso?

2

Escreveu de acordo com uma das propostas: miscelânea ou releitura de contos?

3

É possível identificar, entre as personagens de seu conto, ao menos um protagonista?

4

Sua história apresenta introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho?

5

Ele conta com fatos ou seres sobrenaturais, aceitos como normais pelas personagens?

6

Você observou o foco narrativo do início ao fim do conto?

7

O texto está estruturado em parágrafos que guardam relação entre si?

8

A pontuação dos diálogos está adequada?

9

Utilizou palavras que dão a ideia do universo em que o conto se desenvolve?

10

Você empregou personificação e hipérbole?

11

As palavras do texto estão grafadas corretamente?

12

Caso existam, as ilustrações e imagens estão relacionadas ao conteúdo do texto?

ANDREROSI//SHUTTERSTOCK.COM

Abra o arquivo ou retome a folha com a primeira versão do texto. Então, releia-o. Faça uma avaliação de sua narrativa, conforme os itens a seguir. Se tiver alguma dúvida, solicite auxílio ao professor.

Após essa etapa, faça as correções necessárias nos itens avaliados negativamente. Para isso, passe o texto a limpo ou, se ele foi feito no dispositivo eletrônico, reescreva-o, desloque ou reformule trechos, fazendo as correções necessárias para aprimorar seu conto maravilhoso. Deixe-o pronto para a próxima etapa e lembre-se de ficar com uma cópia dessa versão final salva ou guardada com você. 84

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Confecção do livro de contos maravilhosos da turma Caso você e os colegas tenham produzido os textos no dispositivo eletrônico, o professor vai providenciar a impressão deles.

Trabalho em equipe Com os textos em mãos, formem três grupos para montar um livro de contos maravilhosos. Cada equipe será responsável por uma destas tarefas: Grupo 1 1. Organizar os contos seguindo algum critério. Por exemplo: y ordem alfabética de autores; y ordem alfabética dos títulos; y sorteio; y temas. 2. Numerar as páginas do livro. Grupo 2 1. Fazer o sumário do livro, respeitando a organização e a paginação feita pelo grupo 1. 2. Produzir a ficha de créditos com o nome dos autores dos contos, a data e o local. Indica-se que os nomes na ficha sejam organizados em ordem alfabética. Depois de pronta, ela pode ser inserida no início ou no final do livro. Grupo 3 1. Criar um título para o livro. Por exemplo: “O fabuloso livro de contos maravilhosos da turma…”. 2. Produzir a capa do livro, incluindo título, imagens, ilustrações e outros elementos que forem considerados necessários. Reúnam e organizem o resultado do trabalho de cada grupo e entreguem ao professor. Ele vai providenciar a encadernação do livro. Em um primeiro momento, a obra poderá circular entre os próprios estudantes, que terão a possibilidade de levá-la para casa, por um breve período. Para isso, organizem um rodízio, que pode ser controlado por meio de uma ficha, conforme o modelo.

Nome

Data de empréstimo

Data de devolução

Laura F.

15/07

18/07

Giovana

23/07

26/07

Márcio

01/08

03/08

Depois de todos os estudantes terem emprestado e apresentado o livro aos familiares, disponibilizem a obra para consulta e/ou empréstimo na biblioteca do colégio. Língua Portuguesa

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Exposição oral de conto maravilhoso Aqui começa o conteúdo referente à aula 35.

Agora, você vai compartilhar o conto maravilhoso com os colegas, em uma sessão de contação de histórias. Antes, porém, prepare-se seguindo estes passos:

Planejamento e ensaio para a contação Primeiro, tenha em mãos a versão definitiva do conto, impressa ou escrita/fotocopiada em papel. Em seguida, observe as próximas orientações para se preparar para o evento. 1. Releia mais de uma vez sua narrativa, a fim de se familiarizar ainda mais com os acontecimentos e as falas das personagens. 2. Ensaie a contação da história. Você pode fazer isso em frente ao espelho ou solicitando a alguém que assista ao seu ensaio, para que possa treinar a expressividade ao narrar o conto. Assim, também poderá verificar o tempo necessário para a apresentação, respeitando o que for estipulado pelo professor. 3. Durante o ensaio, leia seu conto diversas vezes em voz alta, olhando para o espelho ou para a pessoa que estiver lhe ajudando. Procure fazer esse contato visual algumas vezes e retome a leitura do texto. Assim você treina a retomada da narrativa, evitando se perder no momento da apresentação. Outra vantagem é que acabará decorando alguns trechos, o que será muito útil nesse momento. 4. Treine também as falas das personagens. Se desejar, mude o timbre e o tom de voz. Esse recurso ajuda os ouvintes a saber qual personagem está falando, antes de o narrador anunciar. 5. Verifique como serão suas expressões corporais e faciais durante a apresentação, buscando a melhor maneira de interpretar a história. 6. Quando terminar o ensaio, se alguma pessoa estiver lhe assistindo, peça a opinião dela sobre sua apresentação. Solicite também dicas de como melhorar alguns pontos que possam ser aprimorados. 7. Combine com o professor caso queira utilizar algum figurino, objeto ou outro recurso para enriquecer a contação da história. 8. Auxilie o professor a organizar e preparar o local onde ocorrerá a sessão de contação. #ficaadica A fim de se inspirar para a apresentação, assista a algumas contações de histórias infantis em canais confiáveis na internet. Ao lado, temos um exemplo, você pode acessá-lo com o código e conferir como a Fafá usa diferentes entonações, gestos e objetos para contar as narrativas.

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http://ftd.li/6km9xe

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Contação e avaliação de desempenho Aqui começa o conteúdo referente à aula 36. No dia estipulado para a sessão de contação de histórias, mantenha-se tranquilo(a), pois você se preparou para esse momento. Durante sua apresentação, procure seguir algumas orientações, como: 1. Ao fazer a contação, ponha em prática o que ensaiou. Use diferentes entonações, timbres de voz, gestos, expressões corporais e faciais para narrar sua história. 2. Lembre-se de respirar normalmente, pois muitas vezes o nervosismo nos deixa ofegantes. Isso pode ser prejudicial para a apresentação. 3. Procure sorrir, pois isso ajuda a acalmar e a envolver a plateia. Mas, se a história estiver em algum momento de tensão ou suspense, por exemplo, é mais aconselhável manter a expressão séria. 4. Lembre-se também de respeitar os sinais de pontuação do texto. Faça pequenas pausas nos pontos-finais e interrupções um pouco mais prolongadas quando houver reticências. Além disso, use adequadamente a entonação das perguntas. A pontuação deve ser usada a seu favor. 5. Se conseguir, evite ao máximo ler o conto usando o texto do papel. Procure narrar com base no que você memorizou durante os ensaios. Se acontecer ou houver a necessidade de modificar um pouquinho o texto, não há problema. 6. Caso você tenha planejado usar figurinos, objetos, sonoplastia ou outros recursos, mantenha-os por perto para que possa acessá-los facilmente. 7. Procure não ultrapassar o tempo para cada apresentação estabelecido pelo professor. Assista com atenção à apresentação dos colegas e espere o momento combinado para fazer comentários. Lembre-se de que, assim como você, eles se prepararam para esse momento. Dessa forma, é necessário manter o silêncio e o respeito durante todas as contações. Faça anotações dos principais pontos que chamaram a sua atenção. Pense, por exemplo, nos recursos que foram utilizados e que você poderia ter incluído na sua apresentação ou que você poderá utilizar em outra oportunidade. Esta é a hora de aprender com os outros estudantes. Após as apresentações, o professor vai reservar alguns minutos para que você e os colegas avaliem as apresentações. Procure valorizar o empenho e o esforço de cada um. Avalie também como foi o comportamento da turma como plateia. Houve silêncio e respeito durante as apresentações? Ocorreram momentos de conversas paralelas? Reflita sobre seu desempenho individual nessa contação de histórias. Como foi sua performance? Você se sentiu o tempo todo engajado(a) e envolvido(a) com a proposta? Quais os pontos que ainda precisam melhorar? Contar histórias é como um jogo que podemos ficar cada vez melhores se praticarmos. Assim, sempre que você tiver a chance de contar uma história, lembre-se de como foi sua última vez e tente fazer um pouquinho melhor. Dessa forma, você vai se tornar um contador de histórias cada vez mais incrível! Língua Portuguesa

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Amplie 1. Complete corretamente as lacunas do texto sobre as características do conto maravilhoso usando as expressões do quadro.

sobrenaturais   restritos  clímax  poucas desfecho  poucas  naturalidade  breve

O conto é uma história clímax

e

, com situação inicial, desenvolvimento,

breve desfecho

. Tem

personagens,

poucas

ações e se passa em um espaço e tempo

restritos

como maravilhoso, o conto deve apresentar situações tratadas com

naturalidade

poucas

. Para ser considerado , que são

sobrenaturais

na narrativa.

2. Ligue as colunas fazendo a correspondência entre as características de cada tipo de narrador. Narrador observador

Na maior parte, a narração é feita em 3ª pessoa. O narrador não participa da história; apenas observa. Na maior parte, a narração é feita em 1a pessoa.

Narrador personagem

O narrador participa da história.

3. Assinale (P) para pretérito perfeito; (I) para pretérito imperfeito; (M) para pretérito mais-que-perfeito. M

Marca ações em um passado anterior ao da narrativa.

I

São exemplos: sabia, buscava, ia e mentia.

P

São exemplos: ocorreu, bateu, entrou e riu.

P

Apresenta ação acabada e dá a ideia de progressão dos acontecimentos no tempo.

I

Marca ações rotineiras no passado e é utilizado como pano de fundo ou cenário.

M

São exemplos: negociara, vivera, pusera e partira.

4. Escreva adjetivos que podem ser usados para caracterizar cada personagem de um conto maravilhoso. a) lobo: Sugestões de resposta: Malvado, faminto, ardiloso, feio.

b) rei: Sugestões de resposta: Rico, bondoso, avarento, sábio.

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c) bruxa: Sugestões de resposta: Má, maquiavélica, engraçada, elegante.

d) menino: Sugestões de resposta: Pobre, esperto, esforçado, forte.

ALEXANDRE BECK

5. Leia esta história em quadrinhos e responda à questão.

a) Qual história provavelmente estava sendo contada para o Armandinho? Da Branca de Neve, que come uma maçã envenenada oferecida por uma bruxa.

b) Por que Armandinho concluiu que a maçã poderia ter agrotóxicos? Porque agrotóxicos são prejudiciais à saúde e a maçã fez mal para a personagem, que desmaiou.

c) Que conhecimentos prévios o leitor precisa ter para achar essa tirinha engraçada? Um dos conhecimentos é saber que agrotóxicos são prejudiciais à saúde. Mas é fundamental que o leitor faça relação com a história da Branca de Neve e saiba que as maçãs da bruxa estão envenenadas. Por isso, a personagem teria desmaiado.

6. Contorne as expressões que podem ser usadas para situar o leitor quanto ao tempo da narrativa e para marcar a passagem do tempo em um conto maravilhoso.

Certo dia    Perto do lago   Em um tempo distante   Era uma floresta assustadora Ao amanhecer   Era uma vez   Não muito longe dali    Muito tempo depois

7. Assinale (D) para denotativo ou (C) para conotativo quanto ao sentido usado nas palavras em destaque. a)

C

b)

D

Se você não despedaçasse esse biscoito, ele não caberia no pote.

D

“ O cocheiro era um velho criado do príncipe, que, após a transformação de seu amo, pedira ao ferreiro que prendesse seu coração com três aros de ferro para que não se despedaçasse”.

c)

ui embora antes, para que meu coração não se despedaçasse ao ver minha família entrar F no avião. No último item, a palavra foi usada com sen-

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tido denotativo, pois, no contexto do conto maravilhoso, essa situação (despedaçar o coração de saudade) seria possível.

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8. Nos contos tradicionais, é comum o uso de vocabulário relacionado ao tema abordado. Como vimos, esse recurso cria o universo ficcional da narrativa. Complete os espaços com alguns exemplos de palavras que: a) lembrem a nobreza de tempos passados. Sugestão de resposta: Castelos, reis, rainhas, príncipes, princesas.

b) remetam a elementos da natureza. Sugestão de resposta: Floresta, lobo, animais.

c) se refiram a seres fantásticos: Sugestão de resposta: Bruxas, fadas, dragões, duendes.

9. Com o professor e os colegas, acessem o vídeo do link <http://ftd.li/j6aujw>. Em seguida, respondam: que tipo(s) de linguagem é(são) usado(s) nele. Linguagens verbal e não verbal.

10. Escolha um livro, um jornal ou uma revista e procure de cinco a oito palavras proparoxítonas. Depois, registre-as a seguir. Resposta pessoal.

PEANUTS, CHARLES SCHULZ © 1989 PEANUTS WORLDWIDE LLC / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION

Leia a tirinha para responder às questões 11 a 14.

11. Que adjetivos aparecem nessa tirinha? O adjetivo “bonitos” e sua variação “bonitinhos” (diminutivo).

12. Transforme os balões da tirinha em um pequeno trecho narrativo. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes utilizem o discurso direto ou indireto, pontuação de diálogos e verbos de elocução. Como são pensamentos, esses verbos podem ser “pensou”, “imaginou”, “refletiu” etc.

13. Se houvesse apenas um bonequinho e apenas um cachorrinho, como ficariam as falas de Snoopy? “O bonequinho de neve do Woodstock até que é bonitinho…”; “Mas o cachorrinho de neve que ele faz não é nada bonito!”.

14. Faça a separação silábica dos substantivos comuns presentes na tirinha. Bo-ne-qui-nhos; ca-chor-ri-nhos; ne-ve.

15. Escreva um substantivo composto para cada um destes radicais: amor, guarda e flor. Amor-perfeito, guarda-chuva, beija-flor.

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Síntese

Maravilhoso mundo dos contos

Responda às questões informando as características do gênero estudado e outros aspectos complementares sobre o que você aprendeu neste capítulo. 1. Quais os tipos de narrador mais comuns nos contos? Narrador observador e narrador personagem.

2. Como as personagens, o tempo e o espaço geralmente são apresentados no conto? Geralmente há poucas personagens. O espaço e o tempo são restritos.

3. De que modo é estruturado o enredo de textos narrativos, como os contos? Situação inicial, desenvolvimento/conflito, clímax e desfecho.

4. Qual é a característica comum a todos os contos maravilhosos? Presença de fatos ou seres sobrenaturais, repletos de magia e aceitos como normais pelas personagens.

5. Qual é a característica principal da prosopopeia? É o fato de seres inanimados terem atitudes e sentimentos humanos.

6. Qual é a característica principal da hipérbole? É o emprego proposital de exagero.

7. Como os substantivos podem ser caracterizados? Podem ser comuns ou próprios; concretos ou abstratos; simples ou compostos; primitivos ou derivados.

8. Qual é a regra de acentuação das proparoxítonas? Todas as proparoxítonas são acentuadas.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista à videoaula deste capítulo e faça o Tema de Redação disponível na Iônica.

9. Cite duas características dos dígrafos nh, ch e lh. Duas letras e apenas um som. Eles não são separados na divisão silábica. https://ftd.li/s202por61601oau005

10. Cite os dois casos estudados neste capítulo em que o uso da vírgula é obrigatório. Para isolar o vocativo e separar orações coordenadas. https://ftd.li/tdrport01

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CAPÍTULO

3

Todo dia é dia de fanzine Aqui começa o conteúdo referente à aula 37.

Muitos artistas e escritores independentes criam formas artesanais para publicar suas obras. Os zines e fanzines, que você estudará neste capítulo, são alguns dos vários tipos de publicação artesanal. Em geral, os zines e fanzines são fruto de trabalhos coletivos, que reúnem amigos e pessoas interessadas por temas em comum. Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

Já pensou em escrever textos comentando músicas, filmes ou livros dos quais tenha gostado? Se pudesse criar uma publicação sobre temas variados, sobre o que você escreveria?

2

Você gosta de desenhar, tirar fotos, fazer colagens com recortes de imagens? Já pensou em criar uma forma de divulgar artes como essas com os amigos?

3

Você já viu um zine ou um fanzine? Comente com os colegas como são essas publicações ou como você imagina que elas podem ser.

SERGE MOURARET/ALAMY/FOTOARENA

1

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1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem seus temas e obras favoritos e comecem a pensar sobre como estruturar comentários críticos a respeito. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes afirmem seus interesses no campo das linguagens não verbais e encontrem afinidades entre os colegas para começar a pensar em produções coletivas. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes compartilhem suas experiências com os gêneros zine e fanzine, assim como as ideias que têm a respeito do que são essas publicações.

Fanzine

Ao lado, vamos explorar um fanzine. Observe a capa (que está à direita) e a quarta capa (na parte esquerda da imagem). Com base no título e nas demais informações, você consegue imaginar qual é o tema dessa publicação? Comente sua opinião com os colegas. O termo “fanzine” é uma soma das palavras em inglês fanatic (fanático) + magazine (revista). Os fanzines em geral são pequenas publicações feitas em casa, de modo artesanal, por pessoas interessadas em escrever sobre algum assunto de que gostam. Assim, para fazer um fanzine não é necessário o uso de muita tecnologia digital, já que o gênero nasceu com poucos instrumentos: canetas para escrever e tesoura e cola para criar novas imagens valendo-se de recortes de revistas e jornais. Essa é a base de um fanzine, mas, com imaginação e criatividade, o céu é o limite! Geralmente, um fanzine não tem fins lucrativos, ou seja, não é feito para vender muitos exemplares e gerar lucro. Seus temas são produções culturais como música, cinema, histórias em quadrinhos e mangás. Um fanzine tem caráter independente, ou seja, não é feito para circular como uma mídia oficial, como os grandes jornais e revistas. Por esse motivo, não é preciso seguir muitas regras em sua construção, que pode não ter um assunto específico e reunir produções do próprio autor (desenhos, colagens, poemas etc.). Nesse caso, ele passa a se chamar simplesmente zine. O primeiro fanzine brasileiro conhecido chama-se Ficção, lançado em 1965. O gênero começou a popularizar-se a partir do final da década de 1970. Desde aquela época, a principal forma de distribuição continua sendo pessoalmente, em grupos e durante eventos do gênero. Porém, nos dias atuais é possível encontrar zines em lojas especializadas, inclusive na internet. Língua Portuguesa

Rodrigo Santos

É pertinente explicar a imagem comentando que o fanzine está aberto. Por esse motivo, a capa está à direita da imagem. Alguns estudantes podem ter dificuldade em visualizar isso prontamente. Eles podem observar que o título “Zinema” é uma junção das palavras “zine” e “cinema”, levando, portanto, a crer que se trata de um Zine sobre filmes.

► Quarta capa:

também chamada de contracapa, é a parte que fecha publicações como livros, revistas, fanzines e zines. A quarta capa pode apresentar informações importantes sobre a publicação, como o expediente, que você estudará ainda neste capítulo.

Habilidades da BNCC

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Rodrigo Santos

Leia agora um dos textos que fazem parte desse fanzine. Trata-se de um exemplo do gênero textual resenha crítica.

► Curta-metragem: filme que dura até 40 minutos.

► Desfibrilador: aparelho que emite uma ►

descarga elétrica, a fim de fazer o coração voltar a funcionar em caso de parada cardíaca. Metáfora: figura de linguagem em que uma palavra é usada no sentido de outra, sempre em uma relação de comparação.

ANTUNES, Carla. Pessoas, universo e o céu no andar de baixo. In: ANTUNES, Carla; SANTOS, Rodrigo. Zinema, n. 2, maio 2012, Festival Imagem-Movimento (FIM), Macapá. p. 18-19. Disponível em: https://issuu.com/zinema.fim/docs/zinema2. Acesso em: 9 fev. 2022.

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PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com as atividades de 1 a 4 da seção Amplie.

1. Qual é o título do curta-metragem apresentado na resenha crítica? A resenha fala sobre o curta-metragem intitulado O céu no andar de baixo.

2. Liste as informações principais que o texto fornece sobre o curta-metragem. 1. É um curta de 15 minutos. 2. Dirigido e escrito pelo cineasta mineiro Leonardo Cata Preta. 3. Fez parte da Mostra Nacional de Curtas do Dia Internacional da Animação (DIA). 4. Trata-se de uma animação.

3. Na resenha crítica, a autora diz que a vida da personagem principal pareceu para ela uma metáfora. Como ela descreve essa metáfora? “A vida do personagem principal me soou como uma metáfora sobre escolher entre voar e ter os pés no chão, entre o universo dos sonhos e o da dureza da realidade”.

4. Como essa metáfora poderia ser representada por meio de imagens? Em uma folha à parte, faça uma colagem, utilizando recortes de revistas e jornais, para ilustrar as palavras da autora. 5. A avaliação que a autora da resenha crítica faz do curta-metragem citado é positiva ou negativa? Justifique transcrevendo um trecho do texto. É positiva. Vários trechos podem ser utilizados para justificar a resposta, principalmente o seguinte: “Mas o que posso afirmar é que, a mim, esse é um filme raro. Recomendo e muito.”.

6. Que elementos fazem parte da composição do fanzine “Zinema”? a)

Imagens recortadas de jornais e revistas.

b)

Fotografias realizadas para ilustrar as resenhas.

c)

Textos autorais digitados no computador.

d)

Ilustrações digitais realizadas pelos autores.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 38.

Por que e para quem são produzidos fanzines? As pessoas costumam criar fanzines para divulgar ideias, comunicar algo, expor um trabalho artístico ou trocar experiências. É uma forma de expressão em que o autor põe a “mão na massa” e deixa suas ideias fluírem usando papel, tesoura, recortes, desenhos etc. Embora tenha alcance menor que grandes jornais e revistas, o fanzine consegue comunicar ideias e atinge um público específico. Em geral, os autores de fanzines produzem poucas edições de cada material e costumam distribuí-las entre amigos e pessoas próximas. No entanto, outras pessoas que se interessam pelos temas tratados na publicação também podem ler o material e aumentar a circulação dos fanzines, criando, assim, comunidades em torno de determinados assuntos ou mesmo das práticas de edição artesanal. Língua Portuguesa

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Linguagem do fanzine Os fanzines geralmente são feitos por pessoas não profissionais da área que estão interessadas em criar uma edição independente. Por isso, não há muitas regras obrigatórias a serem seguidas. A linguagem usada nos textos pode ser mais informal e descontraída do que em publicações como revistas e jornais. Podemos perceber essas características ao analisar alguns trechos da resenha que lemos anteriormente. Observe. Curioso perceber como cada ser humano é realmente um universo distinto... Tudo no mundo parece escancarar esse fato. Me impressiona como as relações sociais que derivam da interseção entre esses universos […] […] Esse deve ser um número que muda bastante, pois são milhares produzidos anualmente no mundo — na casa dos 20 mil segundo informações imprecisas da internet […]. […]Trata-se de uma animação cujo nome é O céu no andar de baixo, o tipo de filme que funciona quase como um desfibrilador te trazendo algo de vida através do choque sabe ? […] A vida do personagem central me soou como uma metáfora sobre escolher entre voar e ter os pés no chão, entre o universo dos sonhos e o da dureza da realidade (viu, já estou sendo clichê aqui ao tentar explicar... rs). […]

Em uma escrita formal, seria necessário inserir a forma verbal “é” antes do adjetivo “curioso”. O registro formal exigiria que o pronome “me” ficasse após o verbo, pois está no início da frase. Começar frases com pronomes é algo típico da fala. Em um texto de grande circulação, como os jornalísticos, não seria adequado basear-se em dados imprecisos da internet. A variação da pessoa do discurso também vem da informalidade da fala. Nesse caso, ocorreu o uso da segunda pessoa em um texto em que predomina a terceira pessoa. Essa “conversa” com o leitor é um forte indício da informalidade do registro. A autora usou uma onomatopeia típica da linguagem da internet, que é marcada pela informalidade.

FREDERICO ROZARIO/FOLHAPRESS

Apresentação do músico Chico Science em Nova York, em 1996.

A seguir, vamos ler um artigo sobre o cantor Francisco França, mais conhecido como Chico Science. Ele foi um dos principais integrantes do movimento Mangue beat, na década de 1990. Foi também líder da banda chamada Chico Science & Nação Zumbi. O cantor faleceu em 1997. Entre outras homenagens a ele, ocorreu a exposição “Ocupação Chico Science”, em 2010, na cidade de São Paulo. Desse evento surgiu o lançamento de um fanzine, em que o artigo a seguir foi publicado.

► Mangue beat: também chamado de

mangue bit, foi um movimento cultural surgido em Recife, na década de 1990. Ele mistura ritmos como maracatu, rock, hip-hop, funk e música eletrônica.

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O sol da história Fred Zeroquatro

ZEROQUATRO, Fred. O sol da história. In: Itaú Cultural. Fanzine Ocupação Chico Science, 2010. Disponível em: http://issuu.com/itaucultural/docs/chico_issuu. Acesso em: 9 fev. 2022.

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► Mangueboy:

aquele que compõe músicas do Mangue beat ou é adepto desse movimento. Frontman: músico que fica à frente da banda no palco. Geralmente é o vocalista.

RENATO ASSIS/ADOBE STOCK

Mais do que uma sensibilidade privilegiada ou uma espécie de “antena ambulante”, o Francisco França que eu conheci era um líder nato, um entusiasmado ativista urbano. Pelo que eu pude avaliar, acredito que foi baseado principalmente no convívio intenso com as diversas subculturas que coexistiam — nas últimas décadas do século XX — na periferia da capital pernambucana que ele foi desenvolvendo aquele talento extraordinário para a invenção estética. E, hoje não há quem duvide, no campo da música popular o meu parceiro “mangueboy” aprendeu a usar esse potencial mobilizador como poucos nordestinos de sua geração. Não é exagero afirmar que sua criação suprema, o frontman Chico Science […] reformulou para sempre, a partir de um diálogo consciente com a grande indústria do entretenimento planetário, a representação da cultura jovem do Nordeste brasileiro nas grandes esferas de interlocução globais. E o povo dessas bandas, sempre que tem oportunidade, faz questão de revalidar o fenômeno. Como aconteceu, de forma emblemática, poucos dias atrás. Os ecos daquela quarta-feira, podem acreditar, ainda me acompanham. Eis uma data que milhares de “mangueboys” relembrarão por muitos e muitos anos: 9 de dezembro de 2009. Sim, eu estava lá, fui um dos quase 100 mil privilegiados que participaram, no Marco Zero do Recife, da gravação do segundo DVD ao vivo da Nação Zumbi. A festa não era só para celebrar a abertura de um histórico e audacioso evento, no caso a segunda edição da Feira Música Brasil. No fundo, o que a maioria de nós pretendia naquela noite era compartilhar essa espécie de orgulho coletivo, como se disséssemos a nós mesmos: que outro lugar do mundo pode dizer, com tanta propriedade, que é o legítimo depositário desse legado? Quando eu subi no palco para cantar “Rios, Pontes e Overdrives” com Jorge du Peixe e outros parceiros da Nação, senti que a energia de Francisco França não só me alimentava, mas era combustível de altíssima potência para todos aqueles alucinados garotos e garotas (de todas as idades) espremidos na praça pública em pleno meio de semana. E a herança maior que seus versos certeiros, seu carisma e seu senso de ritmo incomum deixaram é justamente esta: depois de toda a avalanche estética provocada pela disseminação da envolvente, sinuosa e fluida simbologia mangue bit, a autoimagem dos pernambucanos jamais será a mesma.

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Outras realidades Você pode acessar uma reportagem sobre o Rock in Rio Doce, um festival em Pernambuco que homenageia e parodia o Rock in Rio. Ele mostra a criatividade do jovem nordestino, ao fazer a própria versão do famoso evento:

http://ftd.li/6brevr.

► Legado: o que

é deixado às gerações futuras. Nesse caso, pode ser visto como a herança cultural deixada pelo artista.

Nesse texto, a linguagem que o músico Fred Zeroquatro utiliza gera uma sensação de proximidade com o leitor, como ocorre em um diálogo, ainda que esteja de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. Como esse texto se dirige principalmente a fãs de Chico Science e do movimento Mangue beat, podemos perceber que o autor utiliza expressões que pertencem a esse universo e que ressaltam o legado do artista. Analise o uso das expressões a seguir. Se achar necessário, releia o texto para lembrar o contexto em que foram aplicadas. Líder nato

Ativista urbano

Talento extraordinário

Meu parceiro “mangueboy”.

Histórico e audacioso evento.

Versos certeiros.

Seu carisma e seu senso de ritmo incomum.

Avalanche estética.

Disseminação da envolvente, sinuosa e fluida simbologia mangue bit.

É bastante comum encontrarmos nos textos dos fanzines o uso de expressões que indicam a avaliação do autor, além de termos relacionados a determinado tema. PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie.

7. De acordo com os fanzines apresentados, analise as opções a seguir e assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso. a)

V

b)

F

c)

V

Por não haver regras restritas na edição de fanzines, a linguagem utilizada em seus textos pode ser informal, gerando uma aproximação com a língua falada. Os autores dos fanzines evitam contar suas impressões pessoais para que os leitores possam formar uma opinião própria sobre as obras. Os fanzines apresentam uma combinação de textos autorais e imagens recortadas de outros tipos de publicação.

8. Volte ao texto de Fred Zeroquatro e grife os adjetivos utilizados por ele para caracterizar o músico Chico Science e sua obra. 9. Qual é a função do emprego desses adjetivos na construção do texto? Os adjetivos têm a função de explicitar as impressões do autor a respeito do tema do texto, sendo utilizados para contextualizar o legado que a figura e a produção de Chico Science deixaram na música brasileira.

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#ficaadica Vale a pena conhecer as canções interpretadas por Chico Science & Nação Zumbi. Alguns exemplos são as músicas “Maracatu atômico”, “Cidadão do mundo” e “Manguetown”, que podem ser encontradas no álbum Afrociberdelia, de 1996. Em 2016, Chico Science faria 50 anos. Na reportagem do QR Code, feita em sua homenagem, é possível ver fotografias, ouvir entrevistas e conferir outras informações relevantes sobre o artista. Nela, também é possível conhecer sobre a história de vida desse artista e alguns dos principais acontecimentos de sua carreira, como a conquista de um disco de ouro (após 100 mil cópias vendidas) e suas músicas de maior sucesso.

http://ftd.li/te4m68

E-zine Você sabe o que é um e-zine? Se não souber, tente fazer uma associação com e-book, que é um livro publicado em meios eletrônicos. E-zines são fanzines publicados e/ou que circulam na internet e em outros meios diferentes do papel.

CYBERMAGICIAN/SHUTTERSTOCK.COM

E-zines podem ser veiculados em sites ou blogs. Trata-se de fanzine eletrônico, uma publicação digital. Como texto multimodal, oferece formato atrativo e bastante dinâmico ao público leitor. Depois do auge pelo qual passaram nas décadas de 1980 e 1990, os fanzines de papel perderam um pouco de força nos anos 2000, em razão da popularização da internet. Alguns fanzines migraram para a rede mundial de computadores, nos mais diversos formatos, como sites e blogs. Mais recentemente, muitas pessoas têm voltado a consumir fanzines físicos, feitos de maneira artesanal.

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O gênero resenha crítica tem por objetivo descrever, resumir ou comentar uma obra artística ou cultural, como livro, filme, série, música, peça teatral, pintura etc., expressando opiniões sobre a produção. Em uma resenha não se costuma contar muitos detalhes da obra nem revelar o final da história. Quando é preciso contar o final, o resenhista geralmente avisa de imediato o público sobre a presença do chamado spoiler.

► Spoiler: revelação

de fatos a respeito do enredo de filmes, livros, séries, jogos etc.

Parágrafo e sequência argumentativa Aqui começa o conteúdo referente à aula 39.

Como vimos anteriormente, o texto em que se recomenda a obra O céu no andar de baixo é uma resenha crítica. O principal objetivo dela é indicar o curta-metragem e divulgar algumas informações sobre ele. Podemos observar isso no trecho: “um curta de 15 minutos, dirigido e escrito pelo mineiro Leonardo Cata Preta, o qual fez parte da mostra nacional de curtas do DIA (Dia Internacional da Animação) do ano passado”. Quando expressa sua opinião, o autor de uma resenha crítica usa argumentos e recursos linguísticos para convencer o interlocutor (leitor ou espectador) de suas ideias. Textos argumentativos como a resenha crítica são estruturados em partes. Estas geralmente coincidem com alguns parágrafos, em que é possível identificar: y Introdução – parte do texto em que o assunto é apresentado. Nela também aparece a tese, ou seja, a ideia que será defendida. y

Desenvolvimento – nessa parte é feita a argumentação propriamente dita. O autor defende seu ponto de vista e tenta provar sua tese inicial.

y

Conclusão – nesse trecho, o autor retoma a tese com base nos argumentos apresentados ao longo do texto.

Alguns tipos de argumento Para construir a argumentação em determinado contexto, o autor de um texto pode recorrer a certos recursos. Observe alguns tipos de argumentos que ele pode utilizar. Exemplificação: o autor do texto utiliza exemplos para sustentar e comprovar sua tese. Comparação ou analogia: o autor faz uma analogia, uma comparação para convencer os interlocutores. Autoridade: o autor usa informações de alguém ou de uma instituição publicamente considerada especialista no assunto abordado.

Em outros momentos, estudaremos outros tipos de argumento. Por enquanto, focalizaremos esses três. Analise o trecho a seguir e confira qual ou quais argumentos foram utilizados na resenha crítica do início do capítulo. […] Me impressiona como as relações sociais que derivam da interseção entre esses universos geram redes supercomplexas de vivências, de pontos de vista, conhecimentos e sentimentos. Tomarei o cinema como referência para exemplificar isso, mais precisamente um curta-metragem, mas vou começar minhas divagações tentando imaginar a quantidade de filmes que existem... […].

A autora Carla Antunes usou um argumento por exemplificação. Perceba que, inclusive, ela usou o verbo “exemplificar”, no segundo parágrafo. 100

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No trecho a seguir, a autora utiliza um argumento por comparação, fazendo uma analogia entre o filme e o desfibrilador. Observe. Trata-se de uma animação cujo nome é O céu no andar de baixo, o tipo de filme que funciona quase como um desfibrilador te trazendo algo de vida através do choque sabe?

Por outro lado, veja o que ocorreu no trecho a seguir: […] Esse deve ser um número que muda bastante, pois são milhares produzidos anualmente no mundo — na casa dos 20 mil segundo informações imprecisas da internet […].

Se, em vez de basear sua opinião em “informações imprecisas da internet”, a autora tivesse consultado algum estudo ou pesquisa de uma instituição séria ou de algum especialista no assunto, ela teria usado um argumento de autoridade.

Avaliação apreciativa No último parágrafo dessa resenha crítica, a opinião de Carla Antunes fica mais evidente. Releia o trecho a seguir e atente-se às palavras em destaque. […] São minutos de muita sensibilidade, delicadeza e ao mesmo tempo extrema profundidade, desde os traços frágeis dos desenhos da animação, até a atmosfera criada pela trilha sonora. Cores sutis. Ritmo lento. […]. Algo sincero sobre esse nosso mundo de extremos […]. Mas o que posso afirmar é que, a mim, esse é um filme raro. Recomendo e muito.

Também fica clara a avaliação positiva que Fred Zeroquatro faz do legado de Chico Science. Analise este trecho: E a herança maior que seus versos certeiros, seu carisma e seu senso de ritmo incomum deixaram é justamente esta: depois de toda a avalanche estética provocada pela disseminação da envolvente, sinuosa e fluida simbologia mangue bit, a autoimagem dos pernambucanos jamais será a mesma.

Por vezes, não é possível notar com facilidade a avaliação feita pelo autor de um texto. Isso ocorre porque ela pode ser feita de maneira mais sutil. Por exemplo, por meio do uso de advérbios como “certamente”, “realmente”, “claramente”, “evidentemente”, “infelizmente”, “naturalmente”. Repare na diferença entre os exemplos a seguir. A livraria vendeu poucos livros neste mês. (afirmação objetiva sobre o fato)

A livraria infelizmente vendeu poucos livros neste mês. (afirmação em que se expõe um sentimento sobre o fato; nesse caso, portanto, há uma avaliação do autor)

Em resenhas críticas e outros textos argumentativos, a apreciação avaliativa (isto é, a opinião do autor) pode ser expressa com diferentes palavras ou com um conjunto delas. Por exemplo, adjetivos, advérbios, alguns substantivos e certos verbos. Língua Portuguesa

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PRATIQUE!

10. Complete o quadro com as palavras que Carla Antunes usou no trecho reproduzido na página anterior para demonstrar a opinião dela sobre a obra avaliada. Classe de palavras

Exemplos

Adjetivos

Extrema, frágeis, sutis, lento, sincero, raro.

Advérbios

Muita, muito.

Substantivos

Sensibilidade,

Delicadeza, profundidade, atmosfera.

Verbo

Recomendo.

11. Agora complete o quadro com as palavras que Fred Zeroquatro utilizou no trecho reproduzido para demonstrar a opinião dele sobre o artista e sua obra. Adjetivos

Certeiros, incomum, envolvente, sinuosa, fluida.

Substantivos

Carisma, avalanche, simbologia.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 40.

Preposição

Preposição é um termo utilizado para definir um elemento gramatical que liga uma palavra a outra ou uma oração a outra, estabelecendo uma relação de sentido entre elas. Alguns exemplos de preposições são: a, até, de, em, entre, com, para, sobre etc. Veja a seguir como as preposições destacadas funcionam em contextos variados. O espetáculo viajou de norte a sul. Caminhamos até o parque para fazer exercícios. Gosto muito de ouvir podcasts. Há um intervalo entre as aulas de Matemática e Arte. É interessante observar que a preposição tem uma função importante além de ligar uma palavra ou uma oração a outra, pois cada preposição estabelece um significado distinto entre os termos ligados por ela. 102

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Há casos nos quais as preposições se juntam a outros elementos da oração, como pronomes e artigos, formando um fenômeno linguístico denominado contração. Por exemplo, se juntamos a preposição de ao pronome ele, forma-se a contração dele. Há uma contração recorrente na língua portuguesa formada pela junção da preposição a ao artigo feminino a. Para marcar essa contração sem repetir a letra a, cuja grafia é idêntica tanto na preposição como no artigo, utilizamos a crase. Observe: Ontem fui aa praia. Ontem fui à praia. Nesse caso, a crase demarca a presença da preposição a, utilizada na sequência do verbo ir — como em “fui a um lugar” — e do artigo a, que acompanha o substantivo praia, como em “A praia de Copacabana”. Pode parecer confuso, mas veja uma contração entre a preposição a e o artigo masculino o: Ontem fui ao parque. Nesse caso, não é necessário haver crase, pois, como a preposição a e o artigo masculino o não coincidem na grafia, para a contração ser perceptível, basta juntá-los. Que outros exemplos de contração você conhece? PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com as atividades 9 e 10 da seção Amplie.

Leia o trecho de “Os três mal-amados”, de João Cabral de Melo Neto, para responder às questões a seguir. O Amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel. NETO, João Cabral de Melo. Os três mal-amados. In: NETO, João Cabral de Melo. Poesia completa. Rio de Janeiro, Alfaguara, 2020. p. 56. As preposições estão

12. Circule todas as preposições que você encontrar no trecho. presentes nos termos: de, nos, na, à, do, sobre.

13. Entre as preposições que você identificou, quais apresentam contrações? As preposições que apresentam contração são: nos, na, à, do.

14. Com base na junção de quais elementos gramaticais essas contrações são formadas? Nos é formada pela preposição em + o artigo o. Na é formada pela preposição em + o artigo a. À é formada pela preposição a + o artigo a. Do é formada pela preposição de + o artigo o.

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Função do adjetivo no sintagma nominal No capítulo anterior, estudamos o sintagma nominal, que é composto de unidades mínimas em que existe uma relação de determinação. Por exemplo, “um rei”, “linda filha”, “um castelo”, “uma autora” etc. O núcleo do sintagma nominal é o substantivo. Agora, veremos a função do adjetivo nesse tipo de sintagma. Para começar, vamos relembrar a definição de adjetivo. Adjetivo é a palavra variável que especifica e caracteriza o substantivo.

Nos sintagmas a seguir, extraídos dos textos deste capítulo, podemos verificar os tipos de relação que o adjetivo estabelece com os substantivos. filme raro   qualidade garotos e garotas espremidos na praça pública

estado

cores sutis

aparência

líder nato

maneira de ser

Nordeste brasileiro   procedência ritmo lento   tempo artista urbano

espaço

indústria cinematográfica

finalidade

infinitas combinações   quantidade Ao acompanhar e caracterizar o substantivo, o adjetivo pode vir antes ou depois dele. Dependendo do contexto, em alguns casos o fato de o adjetivo vir antes ou depois do substantivo altera o sentido desejado. Por exemplo: Eu ganhei um presente grande. × Eu ganhei um grande presente. Além dos adjetivos, há conjuntos de palavras que exercem a função de adjetivos. São as locuções adjetivas. Geralmente são formadas por preposição + substantivo ou por preposição + advérbio. Observe os exemplos. Nordeste do Brasil   artista da cidade   indústria do cinema equivale a “brasileiro”

equivale a “urbano”

equivale a “cinematográfico”

Advérbio, por sua vez, é uma palavra que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Ele indica diferentes circunstâncias, como modo, tempo, intensidade etc.

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Os adjetivos devem concordar em número e gênero com os substantivos modificados por eles. Observe como isso ocorre nos exemplos a seguir. O adjetivo é flexionado mesmo no caso do substantivo “líder”, que é invariável em relação ao gênero.

ROMAN SAMBORSKYI/SHUTTERSTOCK.COM

Concordância nominal

Líder nato. Líderes natos. Líder nata. Líderes natas. PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com as atividades de 7 e 8 da seção Amplie.

15. Associe as duas colunas, indicando o tipo de relação entre substantivo e adjetivo. a) Avaliação sincera.

c

Aparência.

b) Cabelo despenteado.

f

Tempo.

c) Céu claro.

e

Procedência.

d) Líder nato.

d

Maneira de ser.

e) Fanzine macapaense.

h

Finalidade.

f) Aula semanal.

b

Estado.

g) Silêncio campestre.

a

Qualidade.

h) Medidas preventivas.

g

Espaço.

16. Sublinhe as locuções adjetivas e substitua-as pelos respectivos adjetivos. a) As composições de música daquela época eram muito diversificadas. As composições musicais daquela época eram muito diversificadas.

b) Estão todos descansados. Portanto, já podemos retomar as atividades da escola. Estão todos descansados. Portanto, já podemos retomar as atividades escolares.

c) Esse fenômeno influencia as correntes do mar do Brasil. Esse fenômeno influencia as correntes marítimas brasileiras.

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17. Reescreva os trechos substituindo as palavras em destaque pelos termos dos quadros, na mesma ordem em que aparecem. Faça todas as adequações necessárias. a) “Desde os traços frágeis dos desenhos da animação, até a atmosfera criada pela trilha sonora. Cores sutis. Ritmo lento.” linha

imagem   cenas

Desde a linha frágil dos desenhos da animação, até a atmosfera criada pela trilha sonora. Imagem sutil. Cenas lentas.

b) “Depois de toda a avalanche estética provocada pela disseminação da envolvente, sinuosa e fluida simbologia mangue bit, a autoimagem dos pernambucanos jamais será a mesma.” ondas   ícones Depois de todas as ondas estéticas provocadas pela disseminação dos envolventes, sinuosos e fluidos ícones mangue bit, a autoimagem dos pernambucanos jamais será a mesma.

Acentuação de oxítonas e monossílabos tônicos Aqui começa o conteúdo referente à aula 41.

MAURICIO DE SOUSA PRODUÇÕES LTDA.

Vimos no capítulo anterior que todas as proparoxítonas recebem acento gráfico. E, em relação a paroxítonas, oxítonas e monossílabos tônicos, você sabe quando eles são acentuados graficamente? Existem regras específicas para isso. No próximo capítulo, veremos como esse processo ocorre nas paroxítonas. Agora é o momento de retomarmos a acentuação das oxítonas e dos monossílabos tônicos. Para tanto, leia a tirinha a seguir.

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y

A palavra “quê” é acentuada porque, ao vir antes do sinal de pontuação (no caso, a interrogação), ela se torna tônica. O mesmo ocorre quando ela é usada com função de substantivo. Por exemplo: A Mônica tem um quê de mandona. Nos demais casos, a palavra “que” é átona; portanto, não recebe acento gráfico.

y

Se a palavra “papel” for colocada no plural, ela será acentuada (ou seja, “papéis”). Isso porque, de acordo com outra regra, é necessário acentuar o ditongo aberto (“éi”: hotéis, fiéis; “ói”: herói, caracóis; “éu”: céu, chapéus). Isso só não ocorre em caso de palavras paroxítonas (como “ideia”, “heroico”, “jiboia”).

CK BE STO 01/ADO BEAST

Antes de prosseguirmos, leia algumas observações importantes sobre as palavras presentes nessa tirinha. y A palavra “tá” é acentuada por ser monossílaba tônica, mas ela é a redução de “está”, que é oxítona.

Retomando, então, as regras de acentuação gráfica dos monossílabos tônicos e dos oxítonos, temos o seguinte: y São acentuados graficamente os monossílabos tônicos terminados em -a, -e, -o, seguidos ou não de -s. y

Recebem acento gráfico os oxítonos terminados em -a, -e, -o, seguidos ou não de -s, e os terminados em -em, -ens.

y

Existe também uma regra complementar de que os monossílabos tônicos e oxítonos com ditongos abertos (éi, éu, ói) devem ser acentuados.

De olho no simulado

Oriente os estudantes a fazer a separação silábica das palavras destacadas, para concluírem quais são oxítonas e quais são monossílabas tônicas.

Atrás do arranha-céu tem o céu, tem o céu E depois tem outro céu sem estrelas Em cima do guarda-chuva, tem a chuva tem a chuva, Que tem gotas tão lindas que até dá vontade de comê-las MAUTNER, Jorge; JACOBINA, Nelson. Maracatu atômico. In: Chico Science & Nação Zumbi. Afrociberdelia. Sony Music, 1996. Faixa 8.

A letra dessa música é de autoria de Jorge Mautner e Nelson Jacobina. Um de seus maiores intérpretes foram Chico Science & Nação Zumbi. Em relação à acentuação gráfica, as palavras em destaque podem ser classificadas como: a) monossílabas tônicas. b) oxítonas. c) oxítona (“atrás”) e monossílabas tônicas (“céu”, “até”, “dá”). d) oxítonas (“atrás”, “até”) e monossílabas tônicas (“céu”, “dá”). e) oxítonas (“atrás”, “céu”, “até”) e monossílaba tônica (“dá”).

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PRATIQUE!

18. Qual das alternativas contém todas as palavras escritas corretamente? a) Sóis, herois, faróis, papéis e réus. b) Abacaxí, café, armazens, dominó e bombóns. c) Armazéns, javali, nó, também e boné. d) Esquimo, javalí, bambu, Belém e céus.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com as atividades 11 e 12 da seção Amplie.

19. Reescreva as palavras acentuadas incorretamente na atividade anterior, corrigindo-as. Heróis, abacaxi, armazéns, bombons, esquimó, javali.

20.Enumere as palavras a seguir de acordo com as regras de acentuação a que elas obedecem.

1

São acentuados graficamente os monossílabos tônicos terminados em -a, -e, -o, seguidos ou não de -s.

2

Recebem acento gráfico os oxítonos terminados em -a, -e, -o (seguidos ou não de -s) e os terminados em -em, -ens.

3

Existe também a regra complementar de que os monossílabos tônicos e os oxítonos com ditongos abertos (éi, éu, ói) devem ser acentuados.

2

Esquimó

3

Heróis

2

Dominó

2

Café

1

2

Até

3

Céus

1

2

Belém

Expediente, ficha técnica e ficha catalográfica Aqui começa o conteúdo referente à aula 42.

Retome a imagem apresentada no início deste capítulo: a quarta capa de um fanzine. Observe que, nela, ao final há o título “Expediente” — curiosamente elaborado com letras coloridas semelhantes a recortes de diferentes manchetes de jornais. Veja que, abaixo desse título, há dois nomes reproduzidos em letra cursiva; trata-se do nome dos autores do fanzine. Em publicações periódicas, como revistas, jornais e mesmo alguns livros, é comum haver essa informação. O expediente, nesses casos, é o espaço em que são indicados os nomes dos profissionais envolvidos na produção da obra, como autores, editores e revisores de texto. Além disso, constam os dados para contato com o veículo de comunicação responsável pela elaboração do material. 108

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RodrigoSantos

Esse fanzine em particular é uma publicação informal, e por essa razão estão presentes apenas os nomes dos autores, escritos à mão em pedaços de papel, para seguir a linha artesanal da obra. Além deles, há também os dados do evento do qual a publicação faz parte. Observe ao lado. Você já viu o expediente de alguma revista? Observe com atenção quando tiver a oportunidade. Você vai se surpreender com a quantidade de pessoas envolvidas e empenhadas em desenvolver sempre um bom conteúdo. Essa seção ocorre em diferentes tipos de publicação. Você pode vê-la em livros variados, como este mesmo que tem em mãos. Além do nome dos profissionais envolvidos na produção do material, o expediente traz também muitas outras informações, como agradecimentos, gerais e mais específicos, e a ficha técnica da obra, evento ou serviço. A ficha técnica tem uma estrutura bem mais elaborada que a do expediente. Nela, há um resumo da exposição e uma lista com as diversas funções e os nomes de profissionais e instituições envolvidos na elaboração da obra. É um gênero textual e apresenta características estruturantes que a caracterizam: É um texto informativo, por isso não expressa opinião ou julgamento. Apresenta informações bastante específicas de alguma obra, objeto ou mesmo de um serviço sobre o qual se fala ou se analisa. Geralmente é organizada em tópicos, de maneira bastante objetiva e clara.

Por ser um registro de informações, deve-se atentar para o fato de não incluir dados em excesso, mas, ao mesmo tempo, devem-se inserir informações e dados técnicos pertinentes à obra. A ficha técnica é largamente usada em produções culturais em geral, como filmes, peças de teatro, canções, exposições etc. No caso de eventos e exposições, como o “Ocupação Chico Science”, ela geralmente serve para cadastrar o evento em órgãos oficiais e constar de catálogos e outras publicações. Agora, procure a página com a ficha técnica de seu livro. Ela pode estar no início ou no fim da obra. Observe as informações que a compõem e os profissionais que trabalharam nele, contribuindo para que este livro chegasse a você. Ainda no seu livro, é possível encontrar a ficha catalográfica, que fica um pouco abaixo da ficha técnica. Um fanzine, por outro lado, por ser uma obra informal, não apresenta ficha catalográfica. Ficha catalográfica é um bloco de texto com as informações necessárias para identificar e encontrar a obra no acervo de uma biblioteca. Elas são elaboradas por profissionais da área de Biblioteconomia e recebem um número de registro. Para os livros, esse número é chamado de ISBN, que é um padrão de numeração internacional. Para as revistas, temos o ISSN, que se refere à numeração-padrão para publicações seriadas ou periódicas. Esses códigos são únicos no mundo todo. Isso permite que seja possível localizar publicações de diversos países com mais facilidade. As fichas catalográficas recebem esse nome porque antigamente eram feitas em retângulos de papel, guardados em grandes arquivos ou catálogos. Na atualidade, todo esse processo é feito eletronicamente. Língua Portuguesa

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Analise a seguir a composição de uma ficha catalográfica de um livro de ensino, como este: Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Nome do autor.

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Dados da obra: título, autor, cidade, editora e ano em que foi publicada.

FTD sistema de ensino : ensino fundamental : anos finais 6º ano. — 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2020. Vários autores ISBN 978-85-96-02570-6 (aluno) ISBN 978-85-96-02571-3 (professor) 1. Arte (Ensino fundamental) 2. Ciências (Ensino fundamental) 3. Educação Física (Ensino fundamental) 4. Geografia (Ensino fundamental) 5. História (Ensino fundamental) 6. Língua Espanhola (Ensino fundamental) 7. Língua Inglesa (Ensino fundamental) 8. Língua

Palavras-chave para que a obra seja encontrada em pesquisas no acervo de bibliotecas.

Portuguesa (Ensino fundamental) 9. Matemática (Ensino fundamental)

9-30029

O ISBN de uma publicação é único em todo o mundo.

CDD 372.19 Índices para catálogo sistemático:

1. Ensino integrado : Livros-texto : Ensino fundamental

372.19

Iolanda Rodrigues Biode – Bibliotecária – CRB-8/10014

Observe como as informações são apresentadas de forma direta e objetiva, para facilitar a visualização pelo leitor. Os dados que compõem a ficha catalográfica são extremamente importantes para a organização de várias obras em uma biblioteca, por exemplo. PRATIQUE!

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 13 da seção Amplie.

21. Por que é importante indicar dados a respeito da produção de uma publicação? Para as pessoas saberem quem a produziu e editou, para que o(s) autor(es) e editor(es) possa(m) ser reconhecido(s) e até mesmo responsabilizado(s) pelo trabalho. Além disso, outros dados, como local, editora e ano de publicação, são importantes para contextualizar a obra no espaço e na época em que foi produzida.

22. Forme dupla com um colega. Escolham um livro desconhecido por vocês. Pode ser na biblioteca, na escola, na sala de aula, emprestado de um amigo. Com ele em mãos, respondam às questões a seguir. a) É possível saber em que ano e cidade ele foi publicado observando apenas sua capa? Por quê? Provavelmente os estudantes respondam que não, a não ser que essas informações constem da capa ou se eles souberem onde fica a editora, no caso da cidade.

b) De que parte do livro constam essas informações? Na ficha catalográfica.

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23. Agora, será sua vez de elaborar uma ficha técnica. Escolha seu filme favorito e pesquise dados dele que julgar interessantes e pertinentes para compor a ficha técnica. A seguir, algumas informações básicas. Você pode acrescentar outras que desejar. FICHA TÉCNICA Nome

Gênero

Ficção

Aventura

Documentário

Comédia

Animação

Outros:

Policial Duração

Ano de produção

Direção

Roteiro

Edição/montagem

Ator e/ou atriz principal

Elenco

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 43.

Nome de eventos deve estar com inicial maiúscula. Títulos de obras (músicas, filmes etc.) devem ter inicial maiúscula. Nesse caso, foram usadas aspas para destacar e indicar que as três palavras, a vírgula e a conjunção “e” fazem parte do título. A escolha foi deixar todas as palavras, exceto a conjunção, com inicial maiúscula, mas poderia ser apenas a primeira palavra: Rios, pontes e overdrives. Por estar com inicial maiúscula, é possível saber que essa palavra se refere à banda, e não ao país.

Emprego de letras maiúscula e minúscula

Certamente você já sabe que, ao iniciar uma frase, é preciso usar letra maiúscula, não é mesmo? Do mesmo modo, sabe que um nome próprio é escrito com inicial maiúscula. Mesmo com esses conhecimentos, é comum encontrar situações em que surgem dúvidas em relação ao emprego de letra maiúscula ou minúscula. Você já passou por isso? Observe a seguir alguns exemplos que poderiam causar dúvida. […] A festa não era só para celebrar a abertura de um histórico e audacioso evento, no caso a segunda edição da Feira Música Brasil. […]

Nesse caso, optou-se pelo uso da inicial maiúscula apenas na primeira palavra. Para delimitar e evidenciar o título, ele poderia ter sido apresentado com algum destaque. Por exemplo: O céu no andar de baixo ou O céu no andar de baixo.

Quando eu subi no palco para cantar “Rios, Pontes e Overdrives” com Jorge du Peixe e outros parceiros da Nação, senti que a energia de Francisco França não só me alimentava, mas era combustível de altíssima potência […]

Datas comemorativas ou históricas também são registradas com inicial maiúscula.

Neste ano o Dia do Trabalho será um dia de trabalho.

Trata-se de uma animação cujo nome é O céu no andar de baixo […]

PRATIQUE!

24. Explique por que as palavras indicadas a seguir estão com inicial maiúscula. Porque é o nome da instituição.

Porque é o nome de uma cidade.

Porque é uma sigla. Porque é um nome próprio.

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Resenha crítica publicada em vlog

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 44.

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PAPO ZINE

Além das publicações escritas (sejam impressas, sejam digitais), as resenhas podem ser produzidas e publicadas oralmente. Por exemplo, por meio de vídeos em vlogs especializados. Mas, afinal, o que é um vlog? Vlog é um blog em formato de vídeo. Eles têm as mais diversas finalidades. A maioria, porém, serve para expor opiniões sobre algum assunto. Em vlogs literários, por exemplo, livros são comentados e avaliados. Existem também aqueles em que se analisam filmes, séries, jogos ou outras produções culturais. Assim, podemos afirmar que o gênero resenha crítica também está presente nos meios digitais. Seus autores, chamados vloggers, interagem mais com o público e recebem, muitas vezes, sugestões, comentários e críticas de maneira imediata. Isso ocorre porque geralmente os vloggers convidam os espectadores a curtir, comentar e compartilhar seus vídeos, sempre em busca de novos seguidores. No QR Code, há um exemplo de vlog. Diversas obras são analisadas nele, a maioria gibis independentes. Um deles, aliás, é um fanzine em miniatura.

Roteiro Lembra que você e seus colegas seguiram um roteiro para criar um texto jornalístico no primeiro capítulo? Um processo semelhante é usado para a produção de um vlog. Isso porque o roteiro é um guia indispensável para se fazer um vídeo. Ele consiste em um texto de preparação feito pelo autor do vlog ou por alguém da equipe de produção. Língua Portuguesa

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O objetivo é organizar a fala e lembrar de todos os assuntos a serem abordados. Desse modo, são evitados esquecimentos, hesitações e repetições. Além disso, com o roteiro, é possível prever aproximadamente quanto tempo o vídeo vai ter. O roteiro não é feito para ser lido, e sim para organizar a dinâmica do vlog, servindo de apoio para memorizar as falas e suas sequências. Observe um exemplo de roteiro simples e resumido, feito em tópicos. Em seguida, há outro mais elaborado, dividido em colunas. Roteiro – Vlog 1. Apresentação pessoal 2. Apresentação da coleção de zines 3. Dar informações técnicas 4. Mostrar alguns zines 5. Apresentar a opinião pessoal sobre os zines 6. Despedida

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Cabeçalho (pode ser ajustado às mais diversas necessidades).

PRATIQUE!

Introdução Desenvolvimento Finalização

Roteiro – Vlog Data: 23/03

Título: “Bancatuber”

Apresentação: Cecília

Participação: Pedro

VÍDEO

ÁUDIO

Apresentadora aparece na cena. Apresentadora mostra a coleção de zines.

Música de introdução. Olá, meu nome é Cecília! Vou apresentar a vocês uma coleção de zines.

Descrição daquilo que o espectador vê na tela.

Descrição daquilo que o espectador ouve.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 14 da seção Amplie.

25. Por que o roteiro é importante para a produção de um vlog? Porque o roteiro organiza as informações que farão parte do vlog, servindo como uma etapa inicial de realização do vídeo na qual o vlogger articula as informações que serão apresentadas e a aprimora a linguagem a ser utilizada.

26. Escreva a seguir as semelhanças e diferenças entre uma resenha crítica escrita e uma publicada em vlog. Para facilitar, use as siglas RCE (para escrita) e RCV (para vlog). Semelhanças

Em ambas é possível comentar e avaliar filmes, séries, jogos e outras produções culturais.

Diferenças

Na RCV há maior interação com o público. Seu autor pode receber sugestões, comentários e críticas de maneira imediata. Na RCV exige-se a produção de um roteiro. Na RCV exige-se maior preparação (cenário, figurino, gravação, edição do vídeo etc.). Na RCE, ainda que haja necessidade de preparação e revisão/edição do texto, o processo de preparo geralmente é menor. Na RCV é possível mostrar e/ou folhear os materiais analisados. Na RCV pode-se usar linguagem mais informal, com marcas de oralidade. Na RCE é possível ser informal, mas isso depende do público-alvo.

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Atitude linguística no vlog Aqui começa o conteúdo referente à aula 45. Uma resenha crítica apresentada em vlog tem bastante influência da oralidade. Desse modo, nela há algumas características que não estão presentes ou que não podem ser percebidas na escrita. Com base no que estudamos neste e nos capítulos anteriores, você sabe dizer que características são essas? Que recursos da oralidade influenciam a produção de uma resenha crítica em formato de vlog? A atividade a seguir vai ajudá-lo a responder a essas perguntas. Como podemos perceber, ao produzir um texto oral, diversos elementos influenciam aquilo que se deseja comunicar. Alguns deles dizem respeito à própria fala, como a qualidade da voz, do ritmo, da altura e da intensidade, o fluxo da respiração etc. Outros aspectos estão relacionados à linguagem corporal, como gestos, movimentos, expressões faciais, direcionamento do olhar etc. Aqui começa o conteúdo referente à aula 46.

Produção de fanzine Proposta e escolha do tema e dos textos de fanzine Neste momento, você vai colocar em prática tudo o que aprendeu neste capítulo. Para isso, você e os colegas de turma vão elaborar um fanzine de papel, que será divulgado na biblioteca escolar e por meio de um vlog que produzirão coletivamente.

Escolha do tema O primeiro passo é selecionar o tema do fanzine. Ele pode ser específico (como um livro, uma série, um filme, um jogo, um artista, uma banda) ou mais amplo (como cultura em geral, esportes, jogos em geral, adolescência, histórias em quadrinhos etc.). Consultem o professor sobre como essa escolha pode ser feita. Considerem realizar uma votação para escolher o tema.

Escolha dos textos do fanzine Outra decisão fundamental antes de iniciar os trabalhos refere-se ao conteúdo do fanzine, considerando o tema escolhido. Analisem a seguir alguns textos e seções que podem compor o zine da turma: y

resenha crítica;

y

fotonovela;

y

entrevista;

y

colagem de fotos;

y

sinopses e dicas de leituras, filmes, séries, jogos etc.;

y

memes;

y

desenhos diversos;

y

histórias em quadrinhos;

y

curiosidades.

y

eventos interessantes;

y

poemas autorais ou de escritores consagrados;

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Distribuição dos trabalhos Uma vez decididos o tema e a estrutura da publicação, é preciso definir a função de cada estudante. Para isso, organizem-se de acordo com suas preferências e habilidades, mas lembrem-se de que o fanzine não tem muitas regras. Portanto, essa é uma boa oportunidade para se arriscar em novas atividades! Pesquisa e planejamento Ainda nessa etapa preparatória, alguns dos textos podem exigir pesquisas. Reúnam todo o material que considerarem útil para a elaboração dos conteúdos e a confecção do fanzine, o que vai ocorrer em aulas seguintes. Vocês podem consultar revistas, gibis, livros e sites etc. A fonte vai depender muito do tema escolhido. Pesquisem também os gêneros textuais a serem inseridos no fanzine. Observem as principais características de cada um e façam anotações e esquemas para planejá-los. Entrevistas e coleta de depoimentos Outra ação importante neste momento inicial é a realização de entrevistas e a coleta de depoimentos. É interessante conversarem com pessoas especialistas nos temas abordados. Esse exercício serve para caso decidam incluir uma entrevista no fanzine e para complementarem o tema selecionado. Por exemplo, ao terem escolhido uma banda como assunto, é possível entrevistarem algum fã dela, a fim de obterem mais informações e colherem depoimentos a respeito. Isso serve também para vocês confirmarem determinadas informações selecionadas, por exemplo, na internet. Como sabemos, muitos dados divulgados são incorretos.

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y

Para tanto, sigam estas orientações: Agendem as entrevistas antecipadamente com as pessoas a serem ouvidas.

y

Elaborem um roteiro de perguntas e levem materiais para anotação ou gravação.

y

As entrevistas podem ser curtas, com exceção daquela que fará parte do fanzine como um dos gêneros principais, caso tenham optado por isso.

y

Lembrem-se de anotar o nome, a idade e outros dados relevantes dos entrevistados.

y

No momento da entrevista, expliquem que é para um fanzine e peçam a autorização para divulgá-la parcial ou totalmente.

y

Antes de gravarem o áudio ou o vídeo, solicitem também a autorização do entrevistado.

Produção dos textos do fanzine Aqui começa o conteúdo referente à aula 47. Este é o momento em que o grupo deve se reunir portando todo o material pesquisado. Todo esse conteúdo vai ser a base da produção dos textos. Na próxima página, há dicas para desenvolverem os textos. Antes, porém, analisem as características de alguns gêneros textuais. Resenha crítica

Poema

Meme

Descreve, resume e comenta uma obra artística ou cultural, expressando opiniões a respeito. Devem ser usados argumentos convincentes para que o leitor queira apreciar a obra resenhada; porém, cuidado com os spoilers.

Um poema é tradicionalmente dividido em versos e estrofes. Seus versos podem ter rimas. Existem, porém, muitas formas experimentais de fazer poemas além da tradicional. Um exemplo de experimentação na poesia são os poemas visuais, que combinam escrita e imagem.

Pode ter como base uma fotografia, uma ilustração, uma pintura etc., combinada ou não com uma mensagem escrita, gerando um novo item. Seu significado depende do contexto e seu efeito costuma ser de humor, podendo conter uma linguagem irônica e/ou uma crítica.

Entrevista

Sinopse

Fotonovela

Requer uma pequena introdução, na qual o entrevistado é apresentado aos leitores e é feito um breve resumo da entrevista. Em seguida, desenvolvem-se as perguntas e respostas, especificando de quem é cada fala.

É um breve resumo de determinada obra, em que se apresentam dados e informações relevantes, mas sem emitir opiniões sobre ela.

É basicamente uma novela ou uma HQ feita com fotografias. Pode ser produzida com fotografias já existentes ou tiradas para essa finalidade ou ainda com uma montagem de várias fotografias.

Lembrem-se sempre de que vocês estão trabalhando em grupo. Portanto, todos devem participar ativamente. Para a produção dos textos, principalmente os escritos, sigam estas orientações: 1. Verifiquem se é melhor produzi-los no computador ou em folhas à parte. Nesse momento, vocês farão apenas a primeira versão dos textos, que serão revisados posteriormente. Portanto, essas não são as versões que vão compor o fanzine. 2. Criem um título para o texto, quando isso for pertinente. Língua Portuguesa

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3. Escrevam considerando as características do respectivo gênero textual. 4. Os textos não podem ser muito longos, pois o formato do fanzine comporta apenas conteúdos curtos. 5. Em textos opinativos, usem argumentos para sustentar o ponto de vista. Organizem-nos em introdução, desenvolvimento e conclusão, verificando sempre se as partes estão conectadas entre si de modo coerente. 6. Preocupem-se com a concordância nominal e a pontuação dos textos, mesmo que optem por utilizar linguagem mais informal. Observem também o uso adequado de maiúsculas e minúsculas. 7. Quando for o caso, deixem todas as imagens prontas para a utilização na etapa posterior, na versão final. Lembrem-se de que não se pode usar a imagem de pessoas sem autorização. 8. Identifiquem a autoria dos textos. No caso de materiais e depoimentos de terceiros, é obrigatório tanto citar a fonte quanto utilizar as aspas. 9. Deixem os textos prontos para a próxima etapa. Aqui começa o conteúdo referente à aula 48.

Avaliação e revisão dos textos produzidos

1

Vocês criaram títulos adequados para os textos?

2

Observaram as características de cada gênero textual?

3

Em textos opinativos, usaram argumentos e os desenvolveram de modo coerente para sustentar o ponto de vista defendido?

4

Observaram a concordância nominal?

5

A pontuação dos textos está adequada?

6

Observaram o uso adequado de maiúsculas e minúsculas?

7

A linguagem dos textos está adequada ao tema e ao público-alvo?

8

Pediram autorização para usar imagens de outras pessoas?

9

Citaram a fonte de textos e depoimentos de terceiros?

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Com a ajuda do professor, retomem a primeira versão dos textos e os avaliem coletivamente, conforme os itens a seguir. Deixem em branco os itens que não se aplicarem aos textos produzidos.

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Após essa avaliação, façam as correções necessárias nos itens avaliados negativamente. Para isso, passem os textos a limpo ou, se foram feitos no computador, reformulem, cortem ou movam trechos. O objetivo é aprimorá-los e deixá-los prontos para a próxima etapa. Depois de revisados, alguns textos podem ser impressos e recortados, como foi feito no primeiro fanzine estudado neste capítulo. Conversem com o professor para saber mais detalhes dessa atividade.

Reunião dos textos, confecção e montagem do fanzine

ARQUIVO DA EDITORA

Juntem todos os textos corrigidos e todos os materiais necessários. Em seguida, distribuam as tarefas para confeccionar o fanzine. Para tanto, sigam este passo a passo.

1. Imprimam os textos feitos no computador e os recortem, assim como os textos escritos à mão, os desenhos e as HQ produzidos.

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2. Reúnam todos os materiais necessários para confeccionar o zine.

Livreto.

O tamanho poderá ser A4, A5, A6 ou outros maiores ou menores.

Dobraduras com corte no meio.

Sanfona.

4. Confeccionem o zine conforme combinaram. Sempre testem e confiram se a montagem dará certo ao final. Além disso, numerem as páginas.

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ARQUIVO DA EDITORA

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3. Escolham o tamanho e o formato do fanzine. Ele precisará comportar todos os textos produzidos e de terceiros.

5. Criem a capa do fanzine e não se esqueçam do título.

6. Reservem um local para o expediente e insiram o nome de todos os envolvidos na produção, especificando cada função.

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Depois de pronto, conversem coletivamente para definir a melhor maneira de reproduzir o fanzine. Verifiquem quantas cópias serão necessárias, considerando o alcance que pretendem dar à produção. Guardem o fanzine original, caso seja necessário fazer mais fotocópias. Depois dessa atividade, iniciem a distribuição do material. Alguns exemplares podem, por exemplo, ser disponibilizados na biblioteca do colégio para consulta. Fiquem com algumas cópias, pois ainda será realizado um trabalho de divulgação do fanzine.

Resenha crítica para recomendação do fanzine Aqui começa o conteúdo referente à aula 49.

Para que a produção de vocês alcance diversos leitores, será necessário elaborar coletivamente uma resenha crítica sobre ela. O texto será publicado no blog ou site do colégio.

Planejamento da resenha crítica Nesta etapa, o trabalho será individual. Os itens a seguir servirão de norte para sua produção, auxiliando-o quanto ao planejamento textual. Posteriormente, as ideias serão reunidas para a produção da resenha. Anote as seguintes informações sobre o fanzine: y Qual poderia ser o título da resenha? Pense em algo criativo, que chame a atenção dos leitores. y

Como você apresentaria o gênero fanzine para os leitores, já que muitas pessoas não o conhecem?

y

Que informações técnicas sobre o fanzine poderiam constar da resenha? Por exemplo, título, tema, quando e por quem foi feito, textos que o compõem etc.

y

Como o fanzine seria resumido? Que características poderiam chamar a atenção das pessoas para a leitura do material?

y

Que opinião gostaria de expressar sobre o fanzine, os textos que o compõem e o processo de produção?

y

Como recomendaria a leitura do fanzine?

Textualização da resenha crítica Neste momento, retomem o trabalho coletivo. Com base no planejamento individual feito anteriormente, elaborem de modo conjunto uma resenha crítica, por meio da escrita compartilhada. Escolham uma das opções a seguir, considerando os recursos disponíveis: Produzir um texto e escolher um colega para registrá-lo. Nesse caso, o texto será ditado de modo organizado. O colega selecionado, então, anota ou digita as ideias da turma. Produzir a resenha em um editor de textos on-line, no qual cada um faz sua contribuição. O texto fica, então, visível e pode ser editado por qualquer estudante da turma. 120

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Independentemente da escolha, é necessário que todos estejam focados na atividade e participem ativamente do processo. Além disso, os estudantes envolvidos em todas as etapas devem sempre debater o que será incluído ou excluído do texto. Para a construção da resenha, atentem-se aos seguintes pontos: 1. Registrem um título chamativo e relacionado ao fanzine. 2. Desenvolvam o texto considerando as características de uma resenha crítica. 3. Consultem as anotações individuais feitas na página anterior durante o planejamento da resenha. Exponham as ideias e debatam rapidamente sobre elas, inserindo no texto o resultado dessas discussões. 4. Estruturem o texto em parágrafos com unidades de sentido relacionadas entre si. Utilizem recursos coesivos e organizadores textuais, como sinônimos, pronomes e marcadores temporais. 5. Desenvolvam uma argumentação coerente para defender o ponto de vista, no intuito de despertar o interesse e a curiosidade dos leitores em conhecer o fanzine. Organizem a sequência argumentativa em introdução, desenvolvimento e conclusão. 6. Lembrem-se de utilizar alguns tipos de argumento, como: y por exemplificação; y por comparação ou analogia; y de autoridade. 7. Realizem a apreciação avaliativa, ou seja, expressem a opinião de vocês usando diferentes palavras ou conjuntos delas, principalmente adjetivos e locuções adjetivas. 8. Utilizem linguagem clara e adequada, tendo em vista os possíveis leitores da resenha. 9. Observem a pontuação e se as palavras do texto estão acentuadas adequadamente, principalmente as oxítonas e as monossílabas tônicas. 10. Salvem ou guardem o texto e deixem-no pronto para a próxima etapa.

Avaliação e revisão da resenha crítica Aqui começa o conteúdo referente à aula 50. Façam coletivamente a avaliação da resenha crítica, de acordo com os itens a seguir. O professor também vai participar dessa atividade. y

Vocês criaram um título chamativo para a resenha crítica?

y

Estruturaram o texto em unidades de sentido relacionadas entre si, usando recursos coesivos e organizadores textuais?

y

Desenvolveram o texto considerando as características de uma resenha crítica?

y

Utilizaram alguns tipos de argumento, como por exemplificação, por comparação ou de autoridade?

y

Desenvolveram argumentação coerente para defender o ponto de vista de vocês?

y

As palavras do texto estão acentuadas corretamente? A pontuação está adequada?

y

A linguagem da resenha está clara e adequada, tendo em vista os possíveis leitores da resenha?

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Após essa avaliação, realizem todos os ajustes necessários no texto e o deixem preparado para a etapa seguinte.

Postagem da resenha no blog ou site do colégio Conversem com o professor sobre a melhor plataforma para publicar a resenha produzida. Após essa decisão, colem ou digitem o texto na plataforma e façam a postagem. Se tiverem interesse e se for possível, insiram a imagem da capa do fanzine para complementar o texto. Caso haja recursos disponíveis, outra possibilidade é digitalizar as páginas do fanzine, a fim de disponibilizá-lo para leitura on-line.

Produção de vlog Aqui começa o conteúdo referente à aula 51. Nesta e nas próximas aulas, os trabalhos também serão coletivos, com toda a turma. Vocês vão planejar e produzir um vlog, em que divulgarão a resenha crítica do fanzine. O objetivo será comentar, avaliar e recomendar o fanzine. Recordem-se também de que a interação com o público será maior que no caso da resenha escrita, ainda que o texto tenha sido publicado na internet. Tenham à mão a resenha crítica produzida nas aulas anteriores. Ela será a base para a produção do vlog. Nesse processo, será feita a retextualização do material. Ou seja, ele será adaptado da escrita para a oralidade. Como essa atividade é um pouco complexa, primeiramente será preciso roteirizar o texto oral.

Planejamento e elaboração de roteiro para o vlog

ARQUIVO DA EDITORA

Como vimos, o roteiro auxilia a organizar a dinâmica do vlog e serve de apoio para a memorização do texto. Decidam se vocês vão produzir um roteiro mais simples ou mais elaborado. Essa escolha deve ser feita considerando-se possíveis dificuldades durante a produção do vlog. Definam também as funções de cada um, a fim de que todos possam participar. Por exemplo, deve haver os responsáveis pelo roteiro, os apresentadores, a equipe de filmagem, os editores de vídeo etc. Mesmo com essa divisão de tarefas, é importante que todos se envolvam em todas as etapas, de modo a terem a visão completa da proposta e aprenderem com o processo. Em uma folha à parte, elaborem o roteiro com os seguintes itens: 1. Cabeçalho com informações técnicas sobre o vlog (título, duração, data de gravação etc.). 2. Indicação de como será a abertura/introdução do vlog, com apresentação pessoal dos vlogers e apresentação do fanzine. 3. Indicação de quem ficará responsável pelas falas. 4. Detalhes do fanzine a serem apresentados e definição das páginas que serão mostradas. 5. Indicação de como será feita a avaliação do fanzine, com adjetivos e outras expressões possíveis de serem usados pelos apresentadores. 6. I ndicação de como será o encerramento do vlog. Por exemplo, com pedidos de curtidas, comentários e compartilhamentos e, principalmente, recomendação da leitura do fanzine.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 52.

Filmagem e produção do vlog Pré-produção

ANNASTILLS/ADOBE STOCK

Escolham e preparem com antecedência o local de filmagem. É necessário que seja um lugar silencioso e sem grande fluxo de pessoas. Caso desejem montar um cenário, providenciem essa organização antecipadamente. Para a gravação, vocês podem utilizar um smartphone comum. Verifiquem se ele tem memória disponível para o vídeo. Se houver a possibilidade, usem um tripé, a fim de melhorar a qualidade da filmagem. Estejam com o fanzine em mãos, para que possam mostrá-lo durante a apresentação.

Filmagem Durante a gravação, é importante que todos participem. Além dos apresentadores, é fundamental, por exemplo, o trabalho dos operadores da câmera, da equipe de iluminação e do grupo responsável pelo cenário. Sem esse trabalho conjunto, a produção do vlog fica bastante difícil. Os apresentadores devem falar olhando para a câmera e como se estivessem conversando com os espectadores. Além disso, precisam seguir o roteiro, apenas utilizando-o como apoio, sem fazer uma leitura mecânica dele. Caso contrário, as falas parecerão artificiais. Outro ponto importante é manter uma boa postura e utilizar expressões corporais e faciais que combinem com o que está sendo falado. Por exemplo, ao fazer um comentário sobre algo agradável, alegre, é importante sorrir e transmitir esse sentimento pelo olhar. Língua Portuguesa

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LINA CHEKHOVICH/SHUTTERSTOCK.COM

Ao final, peçam curtidas, comentários e compartilhamentos. E, principalmente, recomendem a leitura e a apreciação do fanzine. Sintam-se bastante seguros para a produção do vlog, afinal, vocês se prepararam bem e o tema é o fanzine que elaboraram com tanta dedicação. Aqui começa o conteúdo referente à aula 53.

Pós-produção – edição de imagens Produzido o vídeo, é necessário ajustá-lo para que possa ser visto pelos interlocutores. Por isso, existe a chamada “etapa de pós-produção”, tão importante quanto a produção. Existem vários programas e aplicativos gratuitos de edição de vídeos. Eles possibilitam ajustar a imagem, melhorar o som, cortar trechos, alterar a velocidade, aplicar textos escritos, inserir imagens e filtros, sobrepor uma narração a uma imagem, entre outras funções. Além disso, na edição do vídeo será possível inserir os créditos do vlog, ou seja, o nome e a função de todos os participantes da produção. Sob a orientação do professor, escolham um desses recursos e providenciem a edição do vídeo. Usar esses programas e aplicativos é relativamente simples e não requer conhecimentos profundos da tecnologia. Basta saber informações básicas e seguir a intuição. Caso haja termos em inglês, consultem um dicionário ou peçam ajuda ao professor de Língua Inglesa. Se as dúvidas persistirem, vocês podem procurar tutoriais na internet. Avaliação da proposta Aqui começa o conteúdo referente à aula 54.

KLYAKSUN/SHUTTERSTOCK.COM

Assistam juntos ao vlog para avaliar o desempenho da turma. Desse modo, é possível verificar o que pode ser aprimorado em outras atividades semelhantes. Além da avaliação coletiva, cada estudante deve analisar a própria participação, verificando qual foi a contribuição para o resultado final do trabalho.

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d)

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f)

h) GOIR/SHUTTERSTOCK.COM

e) YULIA REZNIKOV/ SHUTTERSTOCK.COM

SHUT

d) VA SH LEN UT TIN TE AG RS TO APO CK V/ .CO M

A RT V TERST ILLONE/ OCK.C OM

b)

g) EKATERINA_MINAEVA/ SHUTTERSTOCK.COM

GRMARC/SHUTTERSTOCK.COM

DONOT6_STUDIO/ SHUTTERSTOCK.COM

a)

SENTELIA/SHUTTERSTOCK.COM

c)

MEGA PIXEL/SHUTTERSTOCK.COM

b) YUKHYMETS VLADYSLAV/ SHUTTERSTOCK.COM

a)

MEGA PIXEL/SHUTTERSTOCK.COM

c) AIGARS REINHOLDS/ SHUTTERSTOCK.COM

Amplie

1. Os fanzines se assemelham mais a qual ou quais dos itens a seguir?

2. Quais dos materiais a seguir podem ser utilizados para produzir um fanzine?

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3. Marque os textos a seguir que poderiam ter sido produzidos originalmente em um fanzine. a)

§ 1º A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 9 fev. 2022.

b) 3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Você não deve usar este medicamento se tiver alergia ao paracetamol ou a qualquer componente de sua fórmula. Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos. BULASMED. Paracetamol. Disponível em: https://www.bulas.med.br/p/bulas-de-medicamentos/bula/1346948/paracetamolcomprimido-750-mg.htm. Acesso em: 4 jul. 2019.

c) No seu bairro tem muitos grupos culturais? Eles recebem algum tipo de incentivo do poder público ou de outras instituições? Você conhece muitas pessoas que conseguem sobreviver de seu trabalho artístico? Pois é, parece haver uma grande desigualdade na distribuição dos bens culturais e de lazer pelas cidades e pelos bairros. Na realidade, estamos diante de uma situação de direitos não garantidos: o direito à fruição, à produção cultural, ao divertimento, à cidade. Talvez direito à juventude seja o principal deles. UFMG. Observatório da Juventude. Cidadania cultural. Cultura, n. 5, p. 4. Disponível em:https://observatoriodajuventude.ufmg. br/wp-content/uploads/2021/03/FANZINE-CULTURA-1.pdf. Acesso em: 4 jul. 2019.

4. Na linha a seguir, situe os gêneros sinopse e resenha crítica. ISENÇÃO

OPINIÃO

Sinopse

Resenha crítica

Texto para responder às questões de 5 a 11. O trecho a seguir foi publicado no fanzine intitulado Juventudes, do Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais. […] De olho neste filão, as campanhas publicitárias incentivam o imediatismo, a ideia de aproveitar a vida para não se arrepender do que podia ter sido e não foi. Elas apostam no comportamento de compra desenfreada, da compra por impulso, do consumo sem reflexão. É claro que nem todo jovem compra. Além disso, há dois tipos de consumo: o que está ligado à utilidade do produto e de que forma ele pode facilitar seu dia a dia; e o consumo por valores simbólicos — neste caso, relacionado ao status que o produto pode fornecer como identificação com determinado grupo de pessoas ou prestígio perante a sociedade. “É justamente este segundo parâmetro que tem tido valor para estes jovens”, declara o professor. UFMG. Observatório da Juventude. Jovens máquinas de consumo. Juventudes, n. 5, p. 11. Disponível em: http://observatoriodajuventude.ufmg.br/publication/view/fanzine-juventudes/. Acesso em: 9 fev. 2022. 126

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5. Quais elementos textuais fazem parte da composição desse trecho? a)

Descrição analítica.

b

Entrevista com especialista.

c)

Dados demográficos.

6. Escreva no quadro a seguir algumas palavras que o autor do texto utilizou para expressar seu ponto de vista. Verbo

Incentivam, apostam.

Adjetivo

Publicitária, desenfreada.

Substantivo

Imediatismo, impulso.

Advérbio

Claro.

7. Nesse trecho, o que o adjetivo “desenfreada” atribui ao substantivo “compra”? a)

Qualidade.

b)

Aparência.

c)

Procedência.

8. Considerando a oração em que está presente, que função o adjetivo “publicitária” exerce? a)

Adjunto adnominal.

b)

Predicativo do sujeito.

c)

Predicativo do objeto.

9. Procure uma frase no texto que contenha duas ou mais preposições e transcreva-a indicando a seguir quais foram as preposições encontradas. “Elas apostam no comportamento de compra desenfreada”. As preposições são “em”, presente na contração “no” (em + o), e “de”.

10. Indique os termos ligados pelas preposições que você encontrou. A preposição “em” liga os termos “apostam” e “comportamento”. A preposição “de” liga os termos “comportamento” e “compra”.

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11. Sublinhe todas as palavras do texto que sejam monossílabos tônicos acentuados. As palavras sublinhadas no texto são há e é.

12. Justifique a acentuação gráfica nas palavras a seguir. a) Além: Oxítonas terminadas em -em são acentuadas.

b) Há: Monossílabos tônicos terminados em -a são acentuados.

c) Está: Oxítonas terminadas em -a são acentuadas.

13. Observe o uso de letras maiúsculas e minúsculas no trecho da ficha técnica a seguir e responda à questão. Coordenadores: Prof. Juarez Tarcísio Dayrell Profª Nilma Lino Gomes Prof. Geraldo Leão Organização e Projeto gráfico: Marcelo Lin e Luciana Melo Observatório da Juventude — UFMG — Faculdade de Educação UFMG. Observatório da Juventude. Cultura. Juventudes, n. 5, p. 2. Disponível em: https://observatoriodajuventude.ufmg.br/wp-content/uploads/2021/03/FANZINE-CULTURA-1.pdf. Acesso em: 4 jul. 2019.

Que tipos de palavras presentes na ficha técnica se iniciam com letra maiúscula? Os nomes próprios, como “Juarez”, os sobrenomes, como “Lino”, os nomes das instituições, como “Faculdade de Educação”, e as palavras iniciais de cada linha, como “Coordenadores”.

14. Quais diferenças você observa entre as interações do público que assiste a um vlog e os leitores de mídias textuais, como grandes jornais e revistas? O vloggers costumam convidar o público a curtir, comentar e compartilhar seus vídeos. Por esse motivo, geralmente recebem sugestões, comentários e críticas de maneira imediata. Os leitores das mídias textuais podem interagir com os textos lidos em suas redes sociais ou nos comentários da página, mas geralmente não estão em diálogo direto com os autores dos textos.

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15. Imagine que as pessoas retratadas a seguir são vloggers. Observe as expressões faciais delas e responda às questões.

2

4

3

PROSTOCK-STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM

1 A B C D

a) É possível afirmar que todas estão fazendo uma avaliação positiva de uma produção cultural? Não é possível afirmar.

b) Justifique a resposta do item anterior com exemplos. Algumas pessoas parecem estar em dúvida (A2, A4, B3). Uma delas aparentemente solicita uma opinião (C1). Outra parece estar indiferente (C2). Outra, ainda, aparenta avaliar negativamente (C4).

16. Ordene as etapas para a produção de um vlog, numerando-as. a)

4

Escolher um cenário.

e)

6

Filmagem.

b)

3

Elaborar um roteiro.

f)

2

Selecionar material.

c)

5

Entrevistar convidados.

g)

1

Escolha do tema.

d)

8

Divulgação.

h)

7

Edição de vídeo.

17. Das indicações a seguir, assinale aquela(s) que não caracteriza(m) uma ficha técnica: a)

Organizada em tópicos.

d)

Apresenta imagens.

b)

Texto informativo.

e)

Introduz uma leitura crítica.

c)

Expressa opinião.

f)

Apresenta ISBN.

18. Comente as principais características de uma resenha crítica publicada em vlog. Interação com o público, utilização de um roteiro para conduzir e auxiliar a gravação/apresentação, apresentação de objetos ou materiais para o público-alvo, linguagem informal e marcas de oralidade.

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Síntese

Todo dia é dia de fanzine

1. Faça uma descrição do que você aprendeu sobre o gênero fanzine. Trata-se de um veículo de comunicação artesanal e independente. Seus temas geralmente são produções culturais. Os fanzines são produzidos em poucas edições e costumam abordar os temas de maneira informal, utilizando uma linguagem que se aproxima do leitor, como em um diálogo.

2. Como é em geral a linguagem de um fanzine? Justifique sua resposta. Informal, por ser um gênero no qual os autores podem não ser especialistas nos temas sobre os quais escrevem. Assim, um fanzine é voltado principalmente para gerar diálogo entre pessoas interessadas em conteúdos do universo cultural.

3. Como a linguagem visual é construída em um fanzine? Em geral, os fanzines são produzidos de maneira artesanal, e seus criadores podem utilizar colagens de imagens retiradas de outras publicações, como jornais e revistas.

4. Qual é a diferença entre o gênero ficha técnica e ficha catalográfica? Ficha técnica: registro com todas as informações relevantes de uma produção. Ficha catalográfica: bloco de texto que serve para identificar e encontrar a obra no acervo de uma biblioteca.

5. Qual é a principal função dos gêneros ficha técnica e ficha catalográfica? Ambos têm a função de informar aos leitores alguns dados específicos sobre o contexto de produção de uma obra, como autores, ano e local.

6. Qual é a linguagem utilizada no gênero ficha catalográfica? Justifique sua resposta. Utiliza-se a linguagem objetiva para que os dados sejam transmitidos de maneira direta e facilitada a quem procurar as informações.

7. Em um periódico, que gênero textual apresenta espaços em que são indicados os nomes dos profissionais envolvidos na produção? O gênero textual expediente.

8. Qual é o gênero do texto em que o autor avalia uma obra artística ou cultural? Resenha crítica.

9. Qual é a função do adjetivo diante do substantivo? Estabelecer características para o substantivo, como qualidade, estado e aparência.

10. Uma sequência argumentativa é composta de três partes. Quais são elas? Introdução, desenvolvimento e conclusão.

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Muito 1. Para começar, dividam-se em três grupos. Um grupo deve pesquisar as principais notícias veiculadas nos jornais impressos do estado. Esse grupo selecionará cinco manchetes que todos consideraram importantes.

2. Recolham depoimentos dos professores comentando alguns aspectos sobre essas notícias. Por exemplo: se houver uma notícia sobre política, você pode mostrá-la aos professores de História e Geografia e pedir a eles que façam um pequeno comentário a respeito do tema. Assim, eles podem indicar se é um fato novo ou algo que costuma repetir-se ao longo dos anos e de que modo esse fato afeta a sociedade. Diálogos com

História

Diálogos com

Geografia

Durante os três capítulos deste módulo, você estudou diferentes gêneros textuais: notícia, reportagem, entrevista, conto maravilhoso e resenha crítica. Vamos agora recuperar o que foi aprendido sobre cada um deles para criar uma publicação coletiva envolvendo toda a turma. 3. Recorte as manchetes e registre os depoimentos dos professores.

4. Outro grupo ficará responsável por criar uma seção de indicações de contos maravilhosos lidos pela turma. Para isso, os estudantes desse grupo devem entrevistar os colegas e selecionar os contos indicados.

5. Durante as entrevistas, o grupo deve perguntar aos colegas por que gostaram do conto indicado e registrar essas informações.

6. Agora, com as indicações de contos e os comentários dos colegas, esse grupo deve criar pequenas resenhas críticas para cada conto, sintetizando as informações principais sobre eles e justificando o motivo da indicação.

Ao final, você terá uma publicação coletiva que reúne notícias, depoimentos de especialistas, indicações culturais e uma bela composição visual. Faça cópias do material e distribua.

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7. O terceiro grupo ficará responsável pela composição visual da publicação. Esse grupo deve ficar em contato com os outros dois para criar imagens que acompanharão o conteúdo textual. As imagens podem ser ilustrações, fotografias produzidas pelo próprio grupo, recortes de revistas e jornais etc.

8. Esse grupo deve fazer a montagem da publicação coletiva utilizando os conhecimentos aprendidos sobre os zines, criando, assim, uma edição artesanal, feita em dobradura, que junte os registros textuais e as imagens criadas para o material.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo e faça o Tema de Redação disponível na Iônica.

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https://ftd.li/tdrport01

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VAMOS APRENDER NESTE MÓDULO

MA

1

Números naturais e operações

U RQ

/SH ES

UT

T

OC ST ER

K.C

OM

134

y Sistemas de numeração. y Números naturais. y Adição e subtração de números naturais. y Multiplicação de números naturais. y Divisão de números naturais. y Expressões numéricas. y Potenciação de números naturais. y Raiz quadrada.

2

Números racionais e operações

186

y Frações como parte do todo. y Fração de quantidade e fração como quociente. y Frações equivalentes. y Comparação de frações. y Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações. y Números na forma decimal. y Comparação e arredondamento de números decimais. y Adição, subtração, multiplicação e divisão de números decimais. y Potenciação de números decimais.

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Matemática MÓDULO

3

1

Grandezas, medidas e ângulos

y Medidas de comprimento. y Medidas de superfície. y Medidas agrárias. y Medidas de massa. y Medidas de capacidade.

234 AN

Algumas seções e Aceleradores aparecem apenas uma vez no módulo. Para organizar o seu trabalho, indicamos a seguir em qual momento elas aparecem no Módulo 1:

DR

ES

/G WD

T ET

Y IM

E AG

S

Trabalho em equipe: Capítulo 2. De olho no simulado: Capítulo 3. Muito+: Capítulo 3.

y Volume de blocos retangulares. y Capacidade e volume. y Medidas de temperatura. y Medidas de tempo. y Ponto, reta e plano. y Giros e ângulo.

CA

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/SH VID DA OS RL

UT

R TE

OC ST

K.C

OM

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CAPÍTULO

1

Números naturais e operações Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

1

2

Aqui começa o conteúdo referente à aula 1.

Desde muito tempo a humanidade utiliza números em sua rotina. Os números estão presentes em diferentes situações do dia a dia. Você já pensou na função que eles 1 Você já enviou ou recebeu cartas? exercem? exemplificadas Se sim, Na comimagem, quem sesão correspondeu? algumas situações em que os números Você já em leu uma alguma carta aberta? 2aparecem loja de eletroeletrônicos.

3

Qual é a função dos números que aparecem na imagem? Analise as informações da etiqueta amarela na imagem. Que operação podemos efetuar para descobrir a quantidade de parcelas necessárias para pagar o televisor? Ao utilizarmos o cartão da loja, podemos dividir o valor do televisor em 15 parcelas de igual valor. Nesse caso, qual é o valor da parcela?

Se sim, em que situação?

Na foto, uma garota está observando algo no celular. É possível que seja uma carta? Justifique sua resposta.

ALF RIBEIRO/SHUTTERSTOCK.COM

3

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1. Indicam medidas (valor de cada parcela, valor total do televisor e o tamanho da tela grafado na embalagem do televisor 32”), quantidade (de parcelas a serem pagas sem o cartão da loja — 10 vezes — e com o cartão da loja — 15 vezes) e código (modelo do televisor que está à venda – LK615B).

EF06MA01 EF06MA02

3. 1 290 : 15 = 86. R$ 86,00.

EF06MA03 EF06MA11

Como você observou na página anterior, os números aparecem em muitas situações cotidianas. Por isso, conhecer o sistema de numeração que utilizamos e compreender suas características é fundamental para ler, escrever e resolver as operações, além de compreender melhor o mundo. Um sistema de numeração é formado por símbolos e regras, e, de acordo com eles, podemos escrever qualquer número. Antes de retomar o estudo do sistema de numeração utilizado atualmente, vamos conhecer os sistemas de numeração de algumas civilizações do passado.

Sistema de numeração egípcio Os egípcios foram um dos primeiros povos da Antiguidade a desenvolver um sistema de numeração. Observe os símbolos utilizados pelos antigos egípcios. Número

30° Mar Mediterrâneo

LÍBANO

Cairo

30°

ARÁBIA SAUDITA LÍBIA

EGITO

ilo

Traço vertical

Mar Vermelho

1 0

y

SÍRIA

CISJORDÂNIA JORDÂNIA ISRAEL

N

Símbolo

Localização do Egito

o Ri

Descrição

Habilidades da BNCC

IEA/ARQUIVO DA EDITORA

Sistemas de numeração

2. Divisão (1 290 : 129 = 10 parcelas de R$ 129,00).

Osso de calcanhar

10

Corda enrolada

100

Flor de lótus

1 000

Dedo dobrado

10 000

Girino

100 000

Homem ajoelhado

1 000 000

300 km

SUDÃO

IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 45.

Leia a seguir quais são as regras desse sistema de numeração. Os agrupamentos eram feitos de 10 em 10; portanto, cada símbolo podia ser repetido, no máximo, 9 vezes.

y

Cada vez que 10 símbolos iguais se repetiam, ocorria a troca pelo símbolo que representava o próximo número da sequência imediatamente maior.

y

O sistema de numeração egípcio não era posicional.

Alguns esquemas, fotografias e ilustrações não correspondem à escala real. As ilustrações, frequentemente, apresentam cores fantasia. Matemática

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y

Os valores de cada símbolo eram adicionados.

y

Não havia um símbolo específico para representar o zero.

Com base nas regras desse sistema, complete os números que estão escritos a seguir.

2

300

11

No sistema de numeração egípcio, a ordem em que os símbolos apareciam na escrita do número não importava (sistema não posicional). Sabendo disso, escreva o número 204 usando símbolos egípcios de três maneiras diferentes.

y

Exemplos de respostas possíveis:

Sugestão de respostas: Além das respostas indicadas ao lado, há outras possíveis que são obtidas ao permutar livremente os símbolos que representam o número 204.

PRATIQUE!

1. Que números estão representados a seguir? a)

b) 21

c) 1 200

21 200

2. Que símbolos egípcios representam os números a seguir? Respostas possíveis: a) 590

b) 4 450

c) 105 000

d) 1 000 010

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3. Usando o sistema de numeração egípcia, escreva o ano em que estamos. A resposta vai depender do ano em que essa atividade está sendo realizada. Exemplo de resposta: se o ano for 2024, ele corresponderá, em qualquer ordem, aos seguintes símbolos:

4. Usando o sistema de numeração egípcia, escreva o número destacado que aparece escrito por extenso no texto a seguir. “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” Apocalipse 13:18

O número seiscentos e sessenta e seis pode ser escrito como: 666 = 600 + 60 + 6. Esse número no sistema de numeração egípcia corresponde a:

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 2.

Sistema de numeração babilônico

ALEKSANDR STEZHKIN/SHUTTERSTOCK.COM

Os babilônicos antigos faziam suas inscrições em tábuas de argila úmidas e em paredes e, pela maneira inclinada como seguravam o osso ou a haste, produziam caracteres semelhantes a cunhas. Por esse motivo, sua escrita recebeu o nome de escrita cuneiforme. Os símbolos usados no sistema babilônico para os números 1 e 10 estão indicados a seguir.

1

10 Parede com caracteres da escrita cuneiforme.

Observe a representação de alguns números nesse sistema.

Diálogos com

História

2

Matemática

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5

13

20

34

O componente de História, no 6º ano, aborda o antigo povo babilônico. Desse modo, o conteúdo deste tópico estabelece relação com o assunto ao realizar uma análise histórica, elencando alguns fatos importantes, como o surgimento do Código de Hamurabi e as características dessa antiga civilização.

137

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Observe agora a representação dos números 65, 72 e 122.

60 + 5

60 + 12

60 + 60 + 2

Repare que o mesmo símbolo pode ser usado para representar a quantidade 1 e a quantidade 60. No sistema de numeração babilônico, a contagem era feita em agrupamentos de 60, e o símbolo à esquerda, separado dos demais, valia 60. Por isso, a posição dos símbolos na escrita dos números importa, ou seja, o sistema de numeração babilônio é posicional. Além disso, dizemos que esse sistema é sexagesimal. Nesse sistema, assim como no egípcio, não havia um símbolo para o zero.

PRATIQUE!

IEA/ARQUIVO DA EDITORA

5. Que números o professor escreveu no quadro a seguir?

60 + 10 + 10 + 10 = 90 e 10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 1 + 1 + 1 + 1 = 54

6. Os números a seguir foram escritos usando o mesmo símbolo da numeração babilônica. Que número cada conjunto de símbolos representa?

5

182

123

Escreva outros três números que usem o mesmo símbolo da numeração babilônica e representem quantidades diferentes. Há outras possibilidades de resposta. Respostas possíveis:

3

138

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62

121

Matemática

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7. Escreva o dia e o mês de seu aniversário usando os símbolos da numeração babilônica. A resposta vai depender do dia e do mês em que cada estudante faz aniversário.

8. Você viu que o sistema de numeração babilônico usava agrupamentos de 60 para representar quantidades. Converse com os colegas e o professor sobre situações do dia a dia em que também usamos a contagem em agrupamentos de 60. Resposta pessoal.

Uma das situações do dia a dia em que usamos a base 60 é na contagem das horas, dos minutos e dos segundos. Aproveite a atividade para retomar as relações entre as unidades de medida de tempo. Por exemplo: 1 hora = 60 minutos 1 minuto = 60 segundos

Outra situação em que se usa a base 60 é na medida de ângulos, em grau. Por exemplo: 1° = 60' 1' = 60"

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 2 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 3.

Sistema de numeração romano Você já viu um relógio com números representados por símbolos iguais aos que aparecem na imagem ao lado? y Que números estão representados por símbolos no visor desse relógio?

LAX/SHUTTERSTOCK,COM

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12.

Os símbolos usados para representar os números nesse relógio são do sistema de numeração romano. Observe, no quadro a seguir, os símbolos desse sistema de numeração e seus valores correspondentes. Símbolo

I

V

X

L

C

D

M

Valor

1

5

10

50

100

500

1 000

Relógio de sol em que as horas estão em algarismos romanos.

Vamos conhecer as regras utilizadas nesse sistema de numeração. Os símbolos I, X, C e M só podem ser repetidos até três vezes. Sabendo dessa regra, observe no quadro a seguir os números indicados pelos símbolos romanos. III

XX

CCC

MM

3

20

300

2 000

Se houver símbolos diferentes juntos, em que o de maior valor está à esquerda do de menor valor, adicionamos seus valores. Observe. VI = 5 + 1 = 6 LXV = 50 + 10 + 5 = 65 CCL = 100 + 100 + 50 = 250

Matemática

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De acordo com essa regra, observe no quadro a seguir os números indicados pelos símbolos romanos. VII

XV

LXX

CL

7

15

70

150

Se houver símbolos diferentes juntos, em que o de menor valor está à esquerda do de maior valor, subtraímos seus valores. Observe. IV = 5 _ 1 = 4 XL = 50 _ 10 = 40 CM = 1 000 _ 100 = 900 y

Fique atento, pois nessa regra o símbolo: I está à esquerda do V ou do X.

y

X está à esquerda do L ou do C.

y

C está à esquerda do D ou do M.

De acordo com essa regra, observe no quadro a seguir os números indicados pelos símbolos romanos. IX

XIX

XC

CD

9

19

90

400

O traço sobre os símbolos romanos indica que o valor é multiplicado por 1 000. Por exemplo: V = 5 000 Sabendo dessa regra, observe no quadro a seguir os números indicados pelos símbolos romanos. X

XXV

C

10 000

25 000

100 000

Observe que, nesse sistema de numeração, a ordem em que os símbolos aparecem faz diferença, ou seja, o sistema de numeração romano é posicional. Nesse sistema, também não há símbolo específico para o zero.

PRATIQUE!

9. Marque a opção em que os símbolos romanos representam o número 1 699. MDCXCXI MCDXCIX X

MDCXCIX

10. Escreva o resultado da adição 996 + 985 usando símbolos romanos. 996 + 985 = 1 981 = MCMLXXXI

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Matemática

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11. Qual das colunas do quadro a seguir apresenta a maior quantidade de correspondências entre os numerais e os algarismos romanos? Numeral

Coluna 1

Coluna 2

Coluna 3

32

XXII

XXXII

IIXXX

46

LXVI

XLVI

XXVII

89

CDVIIIX

LXXXIX

CDLX

16

XVI

LXVII

XXXII

99

CVIVI

MXIX

XCIX

24

XXIV

CCXLIV

XLIX

48

DVIIIX

XLVIII

DXXXIX

Coluna 1: 2 correspondências [16 (XVI) e 24 (XXIV)]. Coluna 2: 4 correspondências [32 (XXXII), 46 (XLVI), 89 (LXXXIX) e 48 (XLVIII)]. Coluna 3: 1 correspondência [99 (XCIX)].

12. As sequências abaixo foram escritas seguindo um padrão. Descubra qual é esse padrão e escreva o próximo número de cada sequência. Sugere-se orientar os estudantes a escrever os números usando algarismos

indo-arábicos para descobrir o padrão de cada sequência e escrever o sétimo termo.

a)

V

X

XV

XX

XXV

XXX

XXXV

b)

II

IV

VIII

XVI

XXXII

LXIV

CXXVII

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 4.

Sistema de numeração indo-arábico O sistema de numeração que usamos cotidianamente é o indo-arábico. Esse sistema foi inventado pelos hindus e difundido para a Europa Ocidental pelos árabes, por isso tem esse nome. Os hindus faziam a contagem em agrupamentos de 10. Assim, dizemos que o sistema de numeração indo-arábico é decimal. Vamos recordar as regras desse sistema. Os hindus criaram 10 símbolos para representar os números, que chamamos de algarismos indo-arábicos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, com os quais podemos escrever qualquer número. y Esse sistema é posicional, pois o valor do algarismo depende da posição que ele ocupa na escrita. y

O sistema de numeração indo-arábico usa o zero para indicar a ausência de quantidade.

y

Esse sistema é multiplicativo e aditivo. Multiplicativo porque, em um numeral, cada algarismo representa um número que é múltiplo de uma potência de base 10. E aditivo porque o numeral é dado pela soma dos valores posicionais de cada algarismo.

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A divulgação e o uso da numeração indo-arábica no Ocidente ocorreram no século XIII, como pode ser lido no trecho a seguir sobre o matemático Leonardo Pisano, conhecido como Fibonacci (1180-1250): Fibonacci, o matemático italiano, conheceu os numerais indo-arábicos quando ainda era um garoto, viajando pelo Norte da África com seu pai, que era comerciante.

RIDACKAN/SHUTTERSTOCK.COM

ROONEY, Anne. A história da Matemática: desde a criação das pirâmides até a exploração do infinito. São Paulo: M. Books do Brasil, 2012. p. 24.

A sequência numérica nessa imagem (1, 2, 3, 5, 8, 13, ...) é chamada de série de Fibonacci e descreve, entre outros fenômenos, o crescimento de uma população de coelhos.

y

Vamos representar o número que indica o ano em que Fibonacci faleceu. Classe dos milhares

y

Classe das unidades simples

6ª ordem

5ª ordem

4ª ordem

3ª ordem

2ª ordem

1ª ordem

Centena de milhar (CM)

Dezena de milhar (DM)

Unidade de milhar (UM)

Centena (C)

Dezena (D)

Unidade (U)

1

2

5

0

Esse número é formado por 4 algarismos: 0, 1, 2 e 5. Cada algarismo assume um valor dependendo da ordem que ocupa na escrita do número. 1250 0?1=0 5 ? 10 = 50 2 ? 100 = 200 1 ? 1 000 = 1 000 1 250 = 1 ? 1 000 + 2 ? 100 + 5 ? 10 + 1 ? 0 1 250 = 1 000 + 200 + 50

y

Lemos esse número assim: mil duzentos e cinquenta.

142

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Matemática

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Observe que cada ordem é representada por uma potência de base 10, que é 10 vezes a potência da ordem imediatamente inferior. ? 10

? 10

? 10

? 10

Classe dos milhares

? 10

Classe das unidades simples

6ª ordem

5ª ordem

4ª ordem

3ª ordem

2ª ordem

1ª ordem

Centena de milhar (CM)

Dezena de milhar (DM)

Unidade de milhar (UM)

Centena (C)

Dezena (D)

Unidade (U) 1

1

1

0

1

0

0

1

0

0

0

1

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Há diferentes formas de escrever um número. Observe algumas dessas formas no texto a seguir. De acordo com o levantamento, o país tinha 28 milhões de idosos no ano passado, ou 13,5% do total da população. Em dez anos, chegará a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes). MELLIS, Fernando. Número de idosos no Brasil deve dobrar até 2042, diz IBGE. R7, [s. l.], 25 jul. 2018. Disponível em: https:// noticias.r7.com/brasil/numero-de-idosos-no-brasil-deve-dobrar-ate-2042-diz-ibge-25072018. Acesso em: 31 jul. 2023.

Representando os números que indicam a população de idosos em 2017 e 10 anos depois (na estimativa para 2027), temos: Classe dos milhões

Classe dos milhares

Classe das unidades simples

9ª ordem

8ª ordem

7ª ordem

6ª ordem

5ª ordem

4ª ordem

3ª ordem

2ª ordem

1ª ordem

Centena de milhão (CMi)

Dezena de milhão (DMi)

Unidade de milhão (UMi)

Centena de milhar (CM)

Dezena de milhar (DM)

Unidade de milhar (UM)

Centena (C)

Dezena (D)

Unidade (U)

2

8

0

0

0

0

0

0

3

8

5

0

0

0

0

0

Na escrita do número 28 milhões, o algarismo 2 ocupa a ordem das dezenas de milhão e o algarismo 8 ocupa a ordem das unidades de milhão. Todas as ordens anteriores são preenchidas com zeros. No número 38,5 milhões, o 3 ocupa a ordem das dezenas de milhão, o algarismo 8 ocupa a ordem das unidades de milhão e o algarismo 5 ocupa a ordem das centenas de milhar. Todas as ordens anteriores são preenchidas com zeros. Matemática

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PRATIQUE!

13. Você gosta de ir ao cinema? Leia o trecho a seguir. O público total das salas no Brasil subiu de 39,4 milhões em 2020 para 52,3 milhões em 2021 (alta de 32%), enquanto a renda total subiu de R$ 628,7 milhões em 2020 para R$ 913,7 milhões em 2021 (alta de 45%). BRASIL. Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro 2021. Brasília, DF: Ancine, 2022. p. 7. Disponível em: https://www.gov.br/ancine/pt-br/oca/publicacoes/arquivos.pdf/anuario-2021.pdf. Acesso em: 13 jul. 2023.

a) Escreva, no quadro a seguir, os números que representam o maior público, a maior renda e o ano em que ambos ocorrem no texto anterior, em ordem crescente. Classe dos milhões 9ª ordem

8ª ordem

Classe dos milhares

7ª ordem

6ª ordem

5ª ordem

4ª ordem

Centena Dezena Unidade Centena Dezena Unidade de milhão de milhão de milhão de milhar de milhar de milhar (CMi) (DMi) (UMi) (CM) (DM) (UM)

9

Classe das unidades simples 3ª ordem 2ª ordem 1ª ordem Centena (C)

Dezena (D)

Unidade (U)

2

0

2

1

5

2

3

0

0

0

0

0

1

3

7

0

0

0

0

0

b) Quantas ordens e quantas classes tem cada um dos números que você escreveu no item anterior? 2021: 2 classes e 4 ordens; 52 300 000: 3 classes e 8 ordens; 913 700 000: 3 classes e 9 ordens.

c) Decomponha o número 2021, usando as multiplicações que indicam o valor de cada algarismo na ordem em que estão. 2 021 = 2 ? 1 000 + 2 ? 10 + 1 ? 1 = 2 000 + 20 + 1

d) Qual é o valor posicional do algarismo 7 no número que indica a renda no ano de 2021? 700 000

14. Represente com algarismos os números a seguir. a) 1 unidade de milhar, 3 centenas e 9 unidades. 1 309

b) 2 dezenas de milhar, 4 centenas e 4 unidades. 20 404

c) 9 centenas de milhão, 9 unidades de milhão e 9 unidades. 909 000 009

d) 2 dezenas de milhão e 5 dezenas. 20 000 050

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Matemática

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15. Escreva todos os números de quatro algarismos que podem ser formados usando os algarismos 3, 6, 7 e 8, sem repeti-los em um mesmo número. 3 678

3 867

6 738

7 638

7 386

8 376

3 687

3 876

6 783

7 683

7 368

8 367

3 786

6 378

6 837

7 863

8 637

8 736

3 768

6 387

6 873

7 836

8 673

8 763

a) Que características esses números têm em comum? Todos foram escritos usando os mesmos algarismos, porém em posições diferentes.

b) Decomponha o menor desses números. 3 678 = 3 000 + 600 + 70 + 8

c) Escreva como se lê o menor desses números. Três mil seiscentos e setenta e oito. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 4 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 5.

a) Escreva os dez primeiros números naturais. 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

b) Escreva o maior número natural formado por 9 algarismos. 999 999 999

Matemática

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ALBO003/SHUTTERSTOCK.COM

Você já parou para observar que os números estão em toda parte? Os números que aparecem nas imagens são usados para informar o número de um ônibus ou da linha (nesse caso, 213e indica código), a temperatura, em oC, e a umidade relativa do ar, em %, de um lugar, fornecidas por um aparelho que tem as funções associadas de termômetro e de higrômetro (nesses casos, 25 oC e 36% representam medidas associadas a essas grandezas). Os números são usados em diferentes situações de nosso dia a dia e apresentam diversas funções: para expressar uma contagem, uma medida, uma ordem ou um código. Os números 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ... são chamados de números naturais.

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Números naturais

► Umidade relativa do

ar: quantidade de água na forma de vapor, que existe na atmosfera no momento, em relação ao total máximo que poderia existir na temperatura observada.

► Higrômetro:

instrumento utilizado para medir a umidade de gases ou do ar.

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c) Esse número é o maior número natural que existe? Por quê? Não, pois, somando 1 a esse número, temos 1 000 000 000.

d) Escreva o maior número que você conhece. Resposta pessoal.

e) Esse número é o maior número natural que existe? Por quê? Não, pois, somando 1 a esse número, é possível encontrar outro número natural maior do que ele.

Os números naturais formam um conjunto chamado de conjunto dos números naturais e são indicados pelo símbolo N. Nesse conjunto, os números aparecem dentro de chaves { } e separados por vírgulas. N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, ...} O conjunto dos números naturais não tem fim, pois sempre podemos escrever o próximo número natural. Por isso, esse conjunto é infinito. Esses números podem ser representados em um eixo numérico. Observe a seguir.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

N

Nessa semirreta, a origem do eixo é o número zero e cada número natural é representado por pontos que têm a mesma distância entre si. Os números devem estar escritos do menor para o maior, ou seja, em ordem crescente. A seta indica que o conjunto dos números naturais é infinito. No eixo numérico, observamos que: y O número 5 vem imediatamente depois do 4. Dizemos que 5 é o sucessor de 4. y

O número 3 vem imediatamente antes do 4. Dizemos que 3 é o antecessor de 4.

y

Os números 2, 3 e 4 aparecem um em seguida do outro. Números naturais que se seguem são chamados de números consecutivos.

PRATIQUE!

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16. Para esta atividade, você vai precisar de uma calculadora. a) Digite cada um dos números indicados no quadro abaixo e, depois, digite a sequência de teclas mostrada a seguir.

Complete o quadro com o número que aparece na calculadora. 1 399

3 099

4 199

5 999

1 400

3 100

4 200

6 000

b) Os números que você encontrou são sucessores ou antecessores dos números informados? São sucessores.

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c) Digite na calculadora os números indicados no quadro abaixo e, depois, digite as teclas mostradas a seguir.

Complete o quadro com o número que aparece na calculadora. 4 010

1 100

3 300

10 000

4 009

1 099

3 299

9 999

d) Esses números são sucessores ou antecessores dos números dados? São antecessores.

e) Escreva a operação que você deve efetuar para determinar: y o sucessor de um número natural. Adicionar 1 ao número natural.

y o antecessor de um número natural. Subtrair 1 do número natural.

17. As sequências numéricas abaixo seguem um padrão. Descubra esse padrão, escreva-o e complete a sequência com os dois próximos termos. a) 0, 12, 24, 36, 48,

,

60

72

O primeiro termo é o zero, e os seguintes são obtidos somando 12 ao termo anterior, ou seja, é a sequência dos múltiplos de 12.

b) 120, 105, 90, 75, 60, 45, 30,

,

15

0

O primeiro termo é o número 120, e os demais são obtidos subtraindo 15 do termo anterior.

c) 0, 1, 3, 6, 10, 15,

21

,

28

O primeiro termo é o zero, e os demais são obtidos somando respectivamente 1, 2, 3, 4, ... ao termo anterior.

d) 80, 72, 64, 56, 48, 40, 32,

24

,

16

O primeiro termo é o número 80, e os seguintes são obtidos diminuindo 8 do termo anterior.

e) 1 910, 2 000, 2 090, 2 180, 2 270,

2 360

,

2 450

O primeiro termo é o número 1 910, e os seguintes são obtidos somando 90 ao termo anterior.

18. No exercício anterior, você descobriu o padrão de algumas sequências. Agora, com o padrão apresentado a seguir, escreva os primeiros números que formam cada sequência. a) O primeiro termo é o zero e os demais são obtidos somando 5 ao termo anterior. 0, 5, 10, 15, 20, 25, ...

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b) Sequência dos 10 primeiros números naturais pares. 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18

c) Sequência dos 10 primeiros números naturais ímpares. 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19

d) O primeiro termo é o 1, o segundo termo é o 2 e os demais são a soma dos dois termos anteriores. 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, ... (essa é a sequência de Fibonacci apresentada na aula anterior).

19. Dessa vez, as sequências estão representadas em um eixo numérico. Descubra o padrão utilizado e escreva os números que faltam em cada caso. a) 45

46

47

48

49

50

52

51

53

N

54

b)

N 889

1 000

1 222

1 111

1 333

1 555

1 444

1 666

1 777

1 888

1 999

2 110

20.O quadro a seguir apresenta os cinco jogadores da National Basketball Association (NBA) com o maior número de pontos da história. Jogador

Pontuação

Jogos

LeBron James

38 390

1 410

Kareem Abdul Jabbar

38 387

1 560

Karl Malone

36 928

1 476

Kobe Bryant

33 643

1 346

Michael Jordan

32 292

1 072

LEBRON × Kareem Abdul-Jabbar: compare os números dos maiores pontuadores da NBA. Band, São Paulo, 8 fev. 2023. Disponível em: https://www.band.uol.com.br/esportes/ lebron-james-kareem-abdul-jabbar-numeros-nba-16580830. Acesso em: 16 jun. 2023.

a) Contorne no quadro o nome do jogador que fez menos de 33 000 pontos. b) Comparar é verificar se as quantidades são iguais ou diferentes. Compare o número de jogos desses jogadores usando os sinais de igual (=), maior (.) ou menor (,). LeBron James e Kareem Abdul Jabbar

1 410

<

1 560

Karl Malone e Kobe Bryant

1 476

>

1 346

Michael Jordan e LeBron James

1 072

<

1 410

c) Escreva os números que indicam a quantidade de jogos, da maior para a menor. 1 560, 1 476, 1 410, 1 346 e 1 072. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 5 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 6.

Adição e subtração de números naturais CASSIOHABIB/SHUTTERSTOCK.COM

Em 2020, o Brasil recebeu 2 146 435 turistas vindos de outros países.

Dentre os muitos pontos turísticos no Brasil, temos o Elevador Lacerda, na cidade de Salvador (Bahia). Ele tem 72 metros de altura e faz a ligação entre a parte baixa e a parte alta da cidade. Do alto das duas torres do elevador é possível visualizar outros dois pontos turísticos da cidade: a Baía de todos os Santos e o Forte de São Marcelo.

No quadro a seguir está registrada a quantidade de turistas que alguns estados brasileiros receberam em 2020. Estado

Turistas

Bahia

45 151

Minas Gerais

13 701

Rio de Janeiro

377 366

São Paulo

634 006

BRASIL. Anuário estatístico de turismo 2021 – ano-base 2020. Brasília, DF: Ministério do Turismo, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/observatorio/anuario-estatistico/anuario-estatisticode-turismo-2021-ano-base-2020/anuario-estatistico-de-turismo-2021-ano-base-2020_ divulgacao-compactado.pdf. Acesso em: 14 jun. 2023.

a) Para determinar quantos turistas os estados da Bahia e de Minas Gerais receberam juntos, deve-se utilizar a operação da

.

adição

Use essa operação para calcular a quantidade total de turistas que os estados da Bahia e de Minas Gerais receberam. Esse problema está relacionado à ideia de juntar da adição.

+

4

5

1

5

1

Parcela

1

3

7

0

1

Parcela

5

8

8

5

2

Soma ou total

Os estados da Bahia e de Minas Gerais receberam Matemática

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58 852

turistas. 149

15/11/23 10:53


b) Se o estado de Minas Gerais tivesse recebido 1 900 turistas a mais, quantos turistas esse estado teria recebido? 1

1 + 1

3

7

0

1

1

9

0

0

5

6

0

1

15 601 O estado de Minas Gerais teria recebido turistas. Esse problema está relacionado à ideia de acrescentar da adição.

c) Para determinar quantos turistas o estado de São Paulo recebeu a mais do que o estado do Rio de Janeiro, deve-se utilizar a operação da

subtração

.

Use esta operação para determinar a quantidade.

_

5

12

13

9

10

6

3

4

0

0

6

Minuendo

3

7

7

3

6

6

Subtraendo

2

5

6

6

4

0

Diferença ou resto

256 640 turistas a mais do que o estado do Rio de Janeiro O estado de São Paulo recebeu em 2020. Esse problema está relacionado à ideia de comparar da subtração.

d) Em 2020, o Brasil recebeu 2 146 435 turistas vindos de outros países. Desse total, 131 174 vieram do Chile. Quantos turistas o Brasil recebeu em 2020 que não vieram do Chile?

2 _ 2 2 015 261 O Brasil recebeu nado à ideia de retirar da subtração.

3

13

1

4

6

4

3

5

1

3

1

1

7

4

0

1

5

2

6

1

turistas que não vieram do Chile. Esse problema está relacio-

e) Para conhecer o Brasil, um turista da Argentina vai gastar R$ 1.350,00 em passagens e já conseguiu economizar R$ 980,00. Quantos reais faltam para que ele consiga pagar essas passagens? 0

12

15

1

3

5

0

9

8

0

3

7

0

_ 0

Faltam

R$ 370,00

150

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para que o turista consiga pagar essas passagens. Matemática

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PRATIQUE!

21. Você já visitou o Museu do Amanhã? O gráfico a seguir mostra a quantidade de visitantes do Museu do Amanhã entre a sua inauguração em 17 de dezembro de 2015 e 15 de março de 2020 (último dia de funcionamento até a pandemia do coronavírus). WTONDOSSANTOS/SHUTTERSTOCK.COM

WESLEY SANTOS

Distribuição dos visitantes do Museu do Amanhã 1 351 829 1 087 204 769 368

835 950

173 787

63 392 2015

2016

2017

2018

2019

2020

RIO DE JANEIRO. O público do Museu do Amanhã. Institucional. Disponível em: https://museudoamanha.org.br/sites/default/files/ Pesquisa_O%20p%C3%BAblico%20do%20Museu%20do%20 Amanh%C3%A3_2015.12_2020.3%20%28V2%29.pdf. Acesso em: 14 jun. 2023.

Museu do Amanhã, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).

Quantos visitantes a mais frequentaram o Museu do Amanhã entre os anos de 2018 e 2019? 835 950 – 769 368 = 66 582

66 582 pessoas a mais visitaram o Museu do Amanhã entre os anos de 2018 e 2019. Sugere-se comentar com os estudantes que esse problema está relacionado à ideia de comparar da subtração.

22. A família de André mora em Campinas (São Paulo) e vai fazer uma viagem de turismo para conhecer a cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro). Rota Campinas-Rio de Janeiro 50°

ES

MG MT SP

Trópico de Capricórnio

PR 0

RJ Rio de Janeiro

OCEANO ATLÂNTICO

200 km

IEA/ARQUIVO DA EDITORA

Campinas

IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018, p. 90.

Após percorrer 395 km, a família parou para abastecer o carro. Sabendo que, para chegar ao destino, ainda precisa percorrer 98 km, qual é a distância de Campinas até a cidade do Rio de Janeiro? 395 + 98 = 493

A distância é 493 km.

Matemática

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151

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23. Guilherme tem o objetivo de pagar uma bicicleta de R$ 500,00 em três meses. Para atingir esse objetivo, ele começou a trabalhar em uma papelaria alguns dias da semana. Ao final do primeiro mês, ele recebeu R$ 126,00 pelos dias que trabalhou e, ao final do segundo mês, recebeu R$ 109,00. a) Quanto Guilherme recebeu em dois meses de trabalho? 126 + 109 = 235

Guilherme recebeu R$ 235,00. Sugere-se comentar com os estudantes que esse problema está relacionado à ideia de acrescentar da adição.

b) Quantos reais ainda faltam para Guilherme pagar a bicicleta? 500 – 235 = 265

Ainda faltam R$ 265,00 para Guilherme pagar a bicicleta. Recomenda-se comentar com os estudantes que esse problema está relacionado à ideia de completar da subtração.

129

+

251

100 + 20 + 9 + 200 + 50 + 1 300 + 70 + 10 = 380

DANIEL GOMES

24. Observe ao lado como uma estudante do 6º ano resolveu mentalmente a adição 129 + 251. a) Converse com os colegas sobre a estratégia de cálculo mental utilizada por essa estudante e, em seguida, anote o que você entendeu dessa estratégia.

Espera-se que os estudantes percebam que as parcelas da adição foram decompostas e que se adicionaram centenas com centenas, dezenas com dezenas e unidades com unidades.

b) Agora, use essa estratégia para calcular mentalmente estas adições: y 156 + 287

y 769 + 341

100 + 50 + 6 + 200 + 80 + 7 = = 300 + 130 + 13 = 443

700 + 60 + 9 + 300 + 40 + 1 = = 1 000 + 100 + 10 = 1 110

y 1 430 + 968 1 000 + 400 + 30 + 900 + 60 + 8 = = 1 000 + 1 300 + 90 + 8 = 2 398

25. A calculadora de Regina está com a tecla do número 4 danificada. Que teclas Regina pode digitar em sua calculadora para resolver as operações a seguir? a) 234 + 160 Sugestão de resposta: 230 + 2 + 2 + 160 = 394

b) 128 + 345 Sugestão de resposta: 128 + 300 + 30 + 10 + 5 = 473

c) 172 + 480 Sugestão de resposta: 172 + 300 + 100 + 80 = 652 Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 6 da seção Amplie.

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Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 7.

Adição e subtração: operações inversas Leia o desafio que André fez para Carla.

DANIEL GOMES

PENSEI EM UM NÚMERO, ADICIONEI 15 A ESSE NÚMERO E OBTIVE 90. EM QUE NÚMERO PENSEI?

Utilizando um ponto de interrogação para representar o número em que André pensou, essa situação pode ser representada pela sentença matemática a seguir. ? + 15 = 90 Para descobrirmos em que número André pensou, efetuamos uma subtração: 90 _ 15 = 75 H ? = 75 H Portanto, André pensou no número 75. y

Considere esta situação: Pensei em um número. Subtraí 48 desse número e obtive 25. Em que número pensei? ? _ 48 = 25 H ? = 25 + 48 H ? = 73 H Portanto, pensei no número 73.

Nessa situação, conhecemos o subtraendo e a diferença e tivemos de descobrir o minuendo. A adição e a subtração são consideradas operações inversas.

y

Agora, veja esta outra situação: Um número subtraído de 120 resulta em 70. Que número é esse? 120 _ ? = 70 ? = 120 – 70 ? = 50 O número é 50.

Nessa situação, conhecemos o minuendo e a diferença e tivemos de descobrir o subtraendo. Matemática

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153

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PRATIQUE!

26. Descubra o número que deve ser colocado no lugar de ? para tornar cada igualdade a seguir verdadeira. a) ? + 393 = 609 c) 867 _ ? = 628 ? = 609 _ 393

? = 867 _ 628

? = 216

? = 239

b) ? _ 458 = 101

d) 463 + ? = 912

? = 101 + 458

? = 912 _ 463

? = 559

? = 449

27. André e Carla estão brincando de adivinhar os números. Para cada item a seguir, ajude Carla a descobrir o número pensado por André.

a) Pensei em um número, adicionei 32 a esse número e obtive 79. Em que número pensei? ? + 32 = 79 ? = 79 _ 32 ? = 47 Pensei no número 47.

? – 12 = 98 ? = 98 + 12 ? = 110

DANIEL GOMES

b) Pensei em um número, subtraí 12 desse número e obtive 98. Em que número pensei?

Pensei no número 110.

c) Um número subtraído de 816 resulta em 303. Que número é esse? 816 _ ? = 303 ? = 816 _ 303 ? = 513 O número é 513.

28. Joana fez uma compra e, na hora de pagar, deu uma nota de 50 reais. O caixa reclamou, dizendo que o dinheiro não dava. Ela deu mais uma nota de 50 e o caixa deu o troco de 27 reais. Então Joana reclamou, corretamente, dizendo que faltavam 9 reais de troco. Qual era o valor da compra? a) 52 c) 57 e) 64 b) 53 d) 63 Joana pagou, em reais, um total de: 50 + 50 = 100. Ela recebeu, em reais, um total de troco correspondente a: 27 + 9 = 36. Dessa forma, sua compra foi de 64 reais (100 _ 36 = 64).

154

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 7 e 8 da seção Amplie.

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Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 8.

Propriedades da adição Vamos conhecer as propriedades da adição.

► Propriedade:

1. Observe as adições a seguir.

y

aquilo que pode ser atribuído especificamente a algo.

456 + 389 = 845 389 + 456 = 845 3 570 + 1 089 = 4 659 1 089 + 3 570 = 4 659 O que você observou com relação às parcelas das duas adições que apresentam somas iguais? As parcelas são iguais, mas estão em ordens diferentes.

Em uma adição, a ordem das parcelas não altera a soma. É a propriedade comutativa da adição.

2. Nas adições a seguir, há mais de 2 parcelas. 56 + 78 + 29 =

ou

56 + 78 + 29 =

134 + 29 = 163 34 + 58 + 35 + 12

56 + 107 = 163 ou

34 + 58 + 35 + 12

127 + 12 = 139 y

34 + 105 = 139

O que você observou com relação à ordem em que as parcelas foram adicionadas e às somas obtidas? As somas são iguais, apesar de as parcelas terem sido associadas de maneiras diferentes.

Em uma adição com três ou mais parcelas, a ordem em que essas parcelas são adicionadas não altera a soma. É a propriedade associativa da adição.

3. Nas adições a seguir, uma das parcelas é o algarismo zero. 45 + 0 = 45 0 + 3 980 = 3 980 45 689 + 0 = 45 689 0 + 356 908 = 356 908 Em uma adição de duas parcelas em que uma delas é o zero, o resultado é sempre igual à outra parcela. O zero é denominado elemento neutro da adição.

PRATIQUE!

29. Gabriela e Fernanda estavam jogando uma partida de basquete no modo um contra um. No primeiro tempo desse jogo, Gabriela marcou 26 pontos, e Fernanda, 19. No segundo tempo, Gabriela marcou 19 pontos, e Fernanda, 26. Sem efetuar nenhum cálculo, responda: Quem venceu essa partida de basquete? Por quê? Gabriela e Fernanda empataram, pois 19 + 26 = 26 + 19.

Matemática

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30.Descubra o número que completa cada adição a seguir. a) 56 + 28 = 28 +

56

b) 189 +

890

= 890 +

c) 45 +

39

+ 129 = 129 +

d) 0 + 456 = e) 1 345 + f) 26 +

189

45

+ 39

456

= 1 345

0

78

+ 216 = 78 +

216

+ 26

DANIEL GOMES

31. O professor de Matemática do 6º ano desafiou os estudantes.

VAMOS VER QUEM CONSEGUE PRIMEIRO RESOLVER MENTALMENTE A ADIÇÃO 35 + 12 + 15 + 18.

Gabriela respondeu primeiro: “Usando a propriedade associativa da adição, o resultado é 80”. Converse com os colegas para descobrir como Gabriela resolveu tão rápido essa adição e anote o que você descobriu. Espera-se que os estudantes observem que 35 e 15 foram agrupados, pois a soma é mais fácil de se obter pelo fato de 5 unidades + 5 unidades = 1 dezena, e ao agrupar 12 e 18 também fica mais fácil obter a soma, pois 2 unidades + 8 unidades = 1 dezena.

Use a propriedade associativa para calcular mentalmente as adições a seguir. y 17 + 21 + 9 + 13 17 + 13 + 21 + 9 = 30 + 30 = 60

y 48 + 54 + 12 + 26 48 + 12 + 54 + 26 = 60 + 80 = 140

y 107 + 251 + 49 + 122 + 203 + 88 107 + 203 + 251 + 49 + 122 + 88 = 310 + 300 + 210 = 820

y 1 350 + 108 + 1 650 + 812 1 350 + 1 650 + 108 + 812 = 3 000 + 920 = 3 920 Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 9 da seção Amplie.

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Matemática

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Matemática no dia a dia O Censo demográfico

O Censo é realizado no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 10 em 10 anos. Leia o texto a seguir que explica o que é o Censo. Constitui a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios do País e em seus recortes territoriais internos, tendo como unidade de coleta a pessoa residente, na data de referência, em domicílio do Território Nacional. BRASIL. Censo demográfico. IBGE, Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: www.ibge.gov.br/estatisticas/ multidominio/genero/22827-censo-2020-censo4.html?=&t=o-que-e. Acesso em: 31 jul. 2023.

Além do Censo, todos os anos o IBGE faz estimativas da população brasileira. Observe no gráfico a seguir a população aferida pelo Censo 2022 nos 5 municípios mais populosos do Brasil.

WESLEY SANTOS

População - Censo 2022 11 451 245

6 211 423

São Paulo

2 817 068

2 418 005

2 428 678

Brasília

Salvador

Fortaleza

Rio de Janeiro

BRASIL. Censo demográfico 2022. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso em: 16 jul. 2023.

y Qual desses municípios é o mais populoso? São Paulo.

y Escreva por extenso o número que indica a população de Salvador. Dois milhões, quatrocentos e dezoito mil e cinco.

y Quantos habitantes estima-se que a cidade de São Paulo tinha em 2022 a mais do que a cidade de Fortaleza? 11 451 245 habitantes _ 2 428 678 habitantes = 9 022 567 habitantes.

y Quantos habitantes estima-se que havia em 2022 nas cidades do Rio de Janeiro e de Brasília juntas? 6 211 423 habitantes + 2 817 068 habitantes = 9 028 491 habitantes.

Matemática

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157

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 9.

Multiplicação de números naturais BRANKAVV/SHUTTERSTOCK.COM

Acompanhe as situações a seguir, que envolvem a multiplicação de números naturais. y Antônio é feirante e comprou de um produtor rural 4 sacos com 25 kg de batatas cada um. Quantos quilogramas de batatas Antônio comprou no total? Essa situação envolve a ideia de adição de parcelas iguais da multiplicação. Para determinarmos quantos quilogramas de batatas Antônio comprou no total, podemos efetuar: y uma adição: 25 kg + 25 kg + 25 kg + 25 kg = 100 kg y

uma multiplicação: 4 ? 25 kg = 100 kg Complete o algoritmo com o resultado dessa multiplicação: D

U

2

2 x 1

5

H Fator

É REPRESENTADA PELO SÍMBOLO

4

H Fator

SUBSTITUÍDO POR UM PONTO, ?.

0

H Produto

DE VEZES, x, QUE PODE SER

100 kg Portanto, Antônio comprou de batatas. Helena é engenheira civil e está finalizando o projeto de um edifício comercial. Para esse projeto, ela desenhou a planta de um estacionamento de 12 fileiras com espaço para 24 carros em cada uma. Quantos carros caberão nesse estacionamento?

1ST FOOTAGE/SHUTTERSTOCK.COM

y

0

A OPERAÇÃO DE MULTIPLICAÇÃO

DANIEL GOMES

C

158

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Matemática

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Essa situação envolve a ideia de organização retangular da multiplicação. Complete o algoritmo com o resultado dessa multiplicação.

12

24 = 20 + 4 12 ? 24 = 12 ? (20 + 4)

24 = 20 + 4

C

D

U

1

2

2

4

4

8

™ 12 ? 4 =

48

2

4

0

™ 12 ? 20 =

240

2

8

8

x +

STEFANO CHIACCHIARINI '74/SHUTTERSTOCK.COM

y

288 carros. Portanto, caberão nesse estacionamento Um supermercado vende 3 embalagens de água de coco, como as que estão representadas a seguir, por 24 reais ao todo. Quanto um consumidor vai gastar se comprar 12 embalagens de água de coco como essa?

Matemática

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159

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Essa situação envolve a ideia de proporcionalidade da multiplicação. Observe a tabela a seguir e complete-a com o número que falta. Quantidade de água de coco

Preço em R$

3

24

12

96

A quantidade de água de coco comprada e o preço aumentaram na mesma proporção, ou seja, ambos foram multiplicados por 4 na tabela.

DANIEL GOMES

y

R$ 96,00 se comprar 12 embalagens de água de coco. Logo, o consumidor vai gastar Felipe vai passar o fim de semana na casa do pai. Observe as peças de roupa que ele colocou na mochila.

Quantas opções de trajes Felipe pode escolher, combinando uma camiseta e uma bermuda? Essa situação envolve a ideia de combinação da multiplicação. Pinte as camisetas e as bermudas para descobrir quantas opções de trajes Felipe pode vestir. Verde

Laranja

Azul-claro

Verde

Laranja

Azul-claro

Cinza

Cinza

Cinza

Azul-escuro

Azul-escuro

Azul-escuro

Podemos representar essa situação por meio de uma multiplicação: Felipe tem: 3 opções de camisetas ? 2 opções de bermudas = 6 opções de trajes ou 6 possibilidades. PRATIQUE!

32. Para uma atividade da aula de Ciências, cada um dos 45 estudantes da turma de Rebeca trouxe 7 garrafas PET. Quantas garrafas PET serão usadas nessa atividade?

Serão usadas 45 ? 7 garrafas PET= 315 garrafas PET.

160

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Matemática

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CARDÁPIO

Vitamina de mamão

Sanduíche de frango

BENTINHO

33. Lucas foi a uma lanchonete que oferece as opções de lanche descritas no cardápio ao lado. a) Quantas são as opções de lanche de Lucas, sabendo que ele vai escolher um sanduíche e um copo de vitamina?

Vitamina de morango

Sanduíche de queijo

Sobremesa de limão

Sanduíche natural

4 opções de sanduíches ? 2 opções de vitaminas = 8 opções de lanche.

Sobremesa de maçã

Sanduíche de atum

Sobremesa de abacaxi

b) Se, além dos sanduíches e das vitaminas, Lucas pudesse escolher entre 3 sobremesas diferentes, quantas seriam as novas opções de lanche? 4 opções de sanduíches ? 2 opções de vitaminas ? 3 opções de sobremesa = 24 novas opções de lanche.

c) Qual seria a sua opção preferida de lanche (sanduíche + vitamina + sobremesa)? Descreva a sua preferência no espaço a seguir. Compare a opção escolhida por você com a escolhida por um colega. Resposta pessoal.

34. A pista do autódromo de Interlagos, na cidade de São Paulo, tem 4 309 m de extensão e, em corridas de Fórmula 1, os pilotos dão 71 voltas ao redor dessa pista. a) A pista do autódromo de Interlagos tem mais de 4 quilômetros de extensão ou menos? Como 4 km = 4 000 m, a pista (com 4 309 m) tem mais de 4 km.

b) Quantos metros um piloto percorre ao final de uma corrida de Fórmula 1? 4 309 m ? 71 = 305 939 m Caso julgue conveniente, informe ao estudante que o piloto, ao completar uma corrida de 71 voltas, percorreu quase 306 km.

35. Complete o quadro a seguir com os números que estão faltando. Suponha que cada mesa é sempre acompanhada pela mesma quantidade de cadeiras. Quantidade de mesas

1

2

3

5

8

10

12

20

Quantidade de cadeiras

6

12

18

30

48

60

72

120

36. Resolva as multiplicações a seguir com ajuda de uma calculadora. 37 ? 10 =

370

673 ? 10 =

6 730

1 304 ? 10 =

13 040

37 ? 100 =

3 700

673 ? 100 =

67 300

1 304 ? 100 =

130 400

37 ? 1 000 =

37 000

673 ? 1 000 =

673 000

1 304 ? 1 000 =

1 304 000

Matemática

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161

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O que podemos concluir em relação aos resultados das multiplicações de um número natural por: y 10? y 100? y 1 000? É possível concluir que o resultado aumenta em zeros conforme a quantidade de zeros que há no número que está sendo multiplicado.

37. Uma sala de cinema com assentos dispostos em formato retangular tem capacidade para 120 lugares. Sabendo que o ingresso custa R$ 19,40, determine qual das alternativas a seguir descreve corretamente a distribuição dos assentos nessa sala e o valor arrecadado com três sessões de um filme que teve lotação máxima. Todas as alternativas expressam corretamente a distribuição dos a) 2 fileiras com 60 cadeiras cada uma; R$ 4.656,00. assentos dessa sala. Observe: b) 4 fileiras com 30 cadeiras cada uma; R$ 9.312,00. a) 2 fileiras ? 60 cadeiras = 120 lugares. c) 5 fileiras com 24 cadeiras cada uma; R$ 6.984,00. b) 4 fileiras ? 30 cadeiras = 120 lugares. c) 5 fileiras ? 24 cadeiras = 120 lugares. d) 3 fileiras com 40 cadeiras cada uma; R$ 2.328,00. d) 3 fileiras ? 40 cadeiras = 120 lugares. e) 6 fileiras com 20 cadeiras cada uma; R$ 13.968,00. e) 6 fileiras ? 20 cadeiras = 120 lugares.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 10 a 12 da seção Amplie.

O custo referente a três sessões de cinema é dado por:

Caso não seja possível realizar todas essas atividades em sala de aula, sugere-se pedir aos estudantes que as finalizem em casa.

3 sessões ? 120 lugares ? R$ 19,40 = R$ 6.984,00

Aqui começa o conteúdo referente à aula 10.

Propriedades da multiplicação Assim como na adição e na subtração, as propriedades comutativa e associativa se aplicam à multiplicação. No entanto, o elemento neutro dessa operação é diferente do utilizado nas operações de adição e de subtração. Vamos conhecer as propriedades da multiplicação. 1. Observe as multiplicações a seguir. 35 ? 12 = 420 12 ? 35 = 420 120 ? 9 = 1 080 9 ? 120 = 1 080 y

O que você observou com relação aos fatores das duas multiplicações que apresentam produtos iguais? Os fatores são iguais, mas estão em ordens diferentes.

Em uma multiplicação, a ordem dos fatores não altera o produto. É a propriedade comutativa da multiplicação.

2. Estas multiplicações apresentam mais de dois fatores:

162

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12 ? 5 ? 20 = 60 ? 20 = 1 200

ou

6 ? 18 ? 3 ? 15 324 ? 15 = 4 860

ou

12 ? 5 ? 20 = 12 ? 100 = 1 200 6 ? 18 ? 3 ? 15 6? 810 = 4 860

Matemática

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y

O que você observa com relação à ordem em que os fatores foram multiplicados e aos produtos obtidos em cada situação? Os produtos são iguais, apesar de os fatores terem sido multiplicados em associações diferentes.

Em uma multiplicação com três ou mais fatores, a ordem em que esses fatores são multiplicados não altera o produto. É a propriedade associativa da multiplicação.

#ficaadica Nesse livro, a multiplicação é explorada por meio de atividades e jogos desafiadores e curiosos. O autor também propõe atividades de investigação da multiplicação usando a calculadora. PATILLA, Peter. Multiplicação. São Paulo: Melhoramentos, 2001.

3. Nas multiplicações a seguir, um dos fatores é o algarismo 1. 19 ? 1 = 19 1 ? 2 980 = 2 980 17 689 ? 1 = 17 689 1 ? 956 708 = 956 708

4. Além dessas propriedades que acabamos de descrever, a propriedade distributiva vale para a multiplicação. Observe a quantidade de estudantes organizados para uma atividade. Em cada uma das três fileiras há cinco meninos e duas meninas. Podemos calcular essa quantidade de estudantes de várias maneiras. Uma delas é por meio da propriedade distributiva mostrada a seguir.

DANIEL GOMES

Em uma multiplicação de dois fatores em que um deles é o 1, o resultado é sempre igual ao outro fator. O 1 é o elemento neutro da multiplicação.

3 ? (5 + 2) = 3 ? 5 + 3 ? 2 = 15 + 6 = 21 Observe também outros dois exemplos a seguir. 5 ? (4 + 3) = 5 ? 4 + 5 ? 3 = 20 + 15 = 35 8 ? (3 _ 1) = 8 ? 3 _ 8 ? 1 = 24 _ 8 = 16 Na propriedade distributiva, a multiplicação entre um número e uma adição ou subtração de números naturais é igual à soma ou à diferença dos produtos desse número por cada termo da adição ou da subtração.

Matemática

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163

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PRATIQUE!

38. Pedro e Juliana estão treinando para uma maratona. No último sábado, Pedro deu 10 voltas em uma pista de 6 km de extensão, e Juliana deu 6 voltas em uma pista de 10 km de extensão. Quem percorreu a maior distância? Quantos metros cada um percorreu nesse treino? Pedro e Juliana percorreram a mesma distância. 10 ? 6 km = 6 ? 10 km = 60 km Pedro e Juliana percorreram 60 000 m.

39. Descubra o número que deve ser escrito nas lacunas em cada multiplicação a seguir para que as respectivas igualdades sejam preservadas. a) 16 ? b)

= 45 ?

45

? 780 =

98

c) (18 ?

e) 190 ? f) 1 ?

=

3

7

5

)

? (81 ? 3)

= 190

1

1 999

? 98

780

) ? 5 = 18 ? (12 ?

12

d) (7 ? 81) ?

16

= 1 999

40. Para facilitar o cálculo mental, associe os fatores das multiplicações a seguir e escreva os produtos encontrados. a) 2 ? 45 ? 50 2 ? 50 = 100 100 ? 45 = 4 500

b) 4 ? 87 ? 250 4 ? 250 = 1 000 1 000 ? 87 = 87 000

c) 20 ? 128 ? 5 20 ? 5 = 100 100 ? 128 = 12 800

41. Use a propriedade distributiva para resolver as multiplicações a seguir. a) 2 ? (12 + 8) 2 ? 12 + 2 ? 8 = 24 + 16 = 40

b) 10 ? (9 – 4) 10 ? 9 _ 10 ? 4 = 90 _ 40 = 50

c) 9 ? (40 – 10) 9 ? 40 _ 9 ? 10 = 360 _ 90 = 270

164

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Matemática

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42. Estas teclas de uma calculadora não estão funcionando.

Escreva as teclas que você digitaria nessa calculadora para resolver as multiplicações a seguir. a) 7 ? 98 (4 + 3) ? 98 = 4 ? 98 + 3 ? 98 = 392 + 294 = 686 ou (8 _ 1) ? 98 = 8 ? 98 _ 1 ? 98 = 784 _ 98 = 686

b) 186 ? 5 186 ? (3 + 2) = 186 ? 3 + 186 ? 2 = 558 + 372 = 930 ou 186 ? (6 _ 1) = 186 ? 6 – 186 ? 1 = 1 116 _ 186 = 930 Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 13 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 11.

Divisão de números naturais y

Observe as situações a seguir. Matheus é produtor rural e hoje vendeu as cenouras que produziu. Ele distribuiu igualmente 184 kg de cenouras entre 8 feirantes. Quantos quilogramas de cenouras Matheus vendeu a cada feirante? Essa situação envolve a ideia de repartir em partes iguais da divisão. Para resolver esse problema, complete o algoritmo da divisão:

_

1

8

1

6

_

Resto

4

8 2

2

4

2

4

0

0

Divisor 3

Quociente

23 Matheus vendeu quilogramas de cenouras para cada feirante. y Letícia embalou 546 ovos em embalagens iguais à representada ao lado.

Quantas embalagens Letícia utilizou? Essa situação envolve a ideia de medir em partes iguais da divisão. Vamos calcular quantas vezes 546 ovos cabem em embalagens com espaço para 12 ovos. Matemática

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JIANG HONGYAN/SHUTTERSTOCK.COM

Dividendo

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Para tanto, termine de completar o algoritmo da divisão. C

D

U

5

4

6

4

8

_

_

6

6

6

0

0

6

1

2

4

5

D

U 6 dezenas + 6 unidades = 66 unidades

54 D ÷ 12 = 4 dezenas e sobram 6 dezenas.

66 U ÷ 12 = 5 unidades e sobram 6 unidades.

45 Letícia utilizou embalagens. 6 ovos . Quantos ovos sobraram sem embalagem? Divisões cujos restos são iguais a zero são chamadas de exatas, e divisões cujos restos são diferentes de zero são chamadas de não exatas. Observe que o resto de uma divisão nunca pode ser maior do que o divisor, e o divisor não pode ser igual a zero. Em toda divisão, podemos observar a relação fundamental da divisão:

dividendo = quociente ? divisor + resto

Acompanhe: 1

2

_

7

8

8 _

1

4

7

4

0

5

Aplicando a relação fundamental da divisão, temos: 127 = 15 ? 8 + 7 127 = 120 + 7 127 = 127

7

SIMONA PILOLLA 2/SHUTTERSTOCK

PRATIQUE!

43. Para fazer 25 pulseiras, Renata comprou 310 miçangas. Sabendo que cada pulseira utiliza quantidades iguais de miçangas, responda às perguntas a seguir: a) Quantas miçangas Renata usou para fazer cada pulseira?

_

3

1

2

5

_

0

6

0

5

0

1

0

12 miçangas.

166

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2

5

1

2

Miçangas são pequenos objetos decorativos feitos de material natural; na maioria das vezes, vidro ou louça. Elas apresentam um furo no meio para que seja possível unir diversas peças com o uso de fios ou correntes.

Matemática

15/11/23 10:53


b) Quantas miçangas sobraram? 10 miçangas.

44.Complete o quadro a seguir com os números que estão faltando. Dividendo

Divisor

Quociente

Resto

540

43

12

24

1 950

25

78

0

9 576

21

456

0

45.Guilherme trabalha em uma padaria e hoje fez 15 bandejas com 35 pães franceses cada uma e 10 bandejas com 50 pães doces cada uma. Ele vai colocar esses pães em embalagens com 25 pães cada uma. De quantas embalagens Guilherme vai precisar? 15 ? 35 = 525 10 ? 50 = 500 525 + 500 = 1 025 1 025 : 25 = 41

Guilherme vai precisar de 41 embalagens.

46.Para uma atividade esportiva, 185 estudantes serão divididos em 13 grupos. Quantos estudantes terá cada grupo? Caso sobre algum estudante sem grupo, como resolver essa questão? Para solucionar essa atividade, é possível organizar os estudantes em grupos com mais ou menos elementos, ou formar 3 grupos de 15 estudantes e 10 grupos com 14, por exemplo.

185 : 13 tem quociente 14 e resto 3.

Cada grupo terá 14 estudantes e sobrarão 3 estudantes.

47. Observe a seguir as formas de pagamento oferecidas por uma loja para a compra de uma bicicleta.

R$ 1.128,00

DANIEL GOMES

de R$ 252,00 e o r­ estante 12x ou Entrada parcelado em 6x de R$ 140,00

Matemática

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167

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a) Se essa bicicleta for paga em 12 parcelas iguais, qual será o valor da parcela? 1 128 : 12 = 94

O valor da parcela será R$ 94,00.

b) Em qual das formas de pagamento um consumidor vai pagar menos por essa bicicleta? 140 ? 6 = 840 840 + 252 = 1 092

O consumidor vai pagar menos se der a entrada e parcelar o restante em 6 vezes.

48.Suponha que um remédio de uso contínuo deve ser tomado de 6 em 6 dias. Caso uma pessoa tome uma dose desse remédio no 476o dia após o início do tratamento, ela seguiu o tratamento corretamente? E se a pessoa tomar uma dose no 528o dia? Caso 1: como a pessoa deve tomar o remédio de 6 em 6 dias, temos que a divisão de 476 : 6 deve ser exata. 476 : 6 = 79 e resto 2. Nesse caso, a pessoa não seguiu o tratamento corretamente. Caso 2: como a pessoa deve tomar o remédio de 6 em 6 dias, temos que a divisão de 528 : 6 deve ser exata. 528 : 6 = 88 e resto 0. Nesse caso, a pessoa seguiu o tratamento corretamente. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 14 e 15 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 12.

Multiplicação e divisão: operações inversas Leia o desafio que Bia está propondo. PENSEI EM UM NÚMERO, MULTIPLIQUEI ESSE NÚMERO POR 12 E OBTIVE 108. EM QUE NÚMERO

Utilizando um ponto de interrogação para representar o número em que Bia pensou, essa situação pode ser representada da seguinte forma: ? ? 12 = 108 Para descobrir esse número, efetuamos uma divisão: ? = 108 : 12 ?=9 Bia pensou no número 9. y

DANIEL GOMES

EU PENSEI?

Considere a situação a seguir. Um número dividido por 45 resulta 8. Que número é esse? ? : 45 = 8 ? = 8 ? 45 ? = 360 Esse número é 360.

168

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Matemática

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y

Observe que, nessa situação, conhecemos o divisor e o quociente e precisamos descobrir o dividendo. A multiplicação e a divisão são operações inversas.

y Agora, veja a situação a seguir. NESSE CASO, CONHECEMOS O DIVIDENDO E O QUOCIENTE E QUEREMOS DESCOBRIR O DIVISOR.

DANIEL GOMES

DIVIDI 60 POR UM NÚMERO E OBTIVE 12. QUE NÚMERO É ESSE? 60 : ? = 12 60 : 12 = 5 ?=5 O NÚMERO É 5.

PRATIQUE!

49.Descubra o número que deve ser colocado no lugar de ? para tornar cada igualdade verdadeira. a) ? ? 95 = 665 ? = 665 : 95 ?=7

b) 108 ? ? = 1 188 ? = 1 188 : 108 ? = 11

50. Pensei em um número, multipliquei-o por 18 e obtive 270. Em que número pensei? ? ? 18 = 270 ? = 270 : 18 ? = 15

Pensei no número 15.

51. Pensei em um número, dividi esse número por 12 e obtive 300. Em que número pensei? ? : 12 = 300 ? = 300 ? 12 ? = 3 600

Pensei no número 3 600.

52. Dividi 442 por um número e obtive 26. Que número é esse? 442 : ? = 26 ? = 442 : 26 ? = 17 Esse número é 17. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 16 e 17 da seção Amplie.

Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 13.

Expressões numéricas Considere a seguinte situação: Luciano chegou à empresa em que trabalha com a quantia de 54 reais na carteira. Ele gastou 18 reais no almoço e 5 reais em um chocolate de sobremesa. Antes de sair da empresa, Pedro devolveu 10 reais que Luciano havia lhe emprestado. Para voltar para casa, Luciano gastou 4 reais no aluguel de uma bicicleta ecológica. Com quantos reais Luciano chegou em casa? Essa situação pode ser representada por meio de uma expressão numérica. 54 _ 18 _ 5 + 10 _ 4 = Expressão numérica é uma sequência de operações que devem ser realizadas respeitando certa ordem.

Observe que nessa expressão numérica temos adições e subtrações. Nesse caso, as operações são resolvidas na ordem em que aparecem. 54 _ 18 _ 5 + 10 _ 4 = = 36 _ 5 + 10 _ 4 = = 31 + 10 _ 4 = 41 _ 4 = 37 Portanto, Luciano chegou em casa com 37 reais. Considere a situação a seguir.

PROMOÇÃO PARCELE S SEM JURO

ssssss

sss ss

s ss

HU s/S TTERSTOCK.COM

y

Eduardo comprou uma bicicleta. Ele deu 120 reais de entrada e o restante dividiu em 4 parcelas de 180 reais. Qual é o preço dessa bicicleta?

Podemos representar essa situação por meio de uma expressão numérica: 120 + 4 ? 180 Observe que, nessa expressão, temos uma adição e uma multiplicação. Nesse caso, resolvemos primeiro a multiplicação. 170

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Matemática

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120 + 4 ? 180 = = 120 + 720 = = 840 Logo, essa bicicleta custa 840 reais. Para resolvermos uma expressão numérica envolvendo as quatro operações, efetuamos as operações de acordo com a ordem a seguir. y Se a expressão tiver parênteses, resolvemos primeiro as operações que estiverem dentro dos parênteses. y

Em seguida, efetuamos as divisões e as multiplicações na ordem em que aparecem.

y

Por fim, efetuamos as adições e as subtrações na ordem em que aparecem. Observe como resolver as expressões numéricas a seguir. a) 16 _ 8 : 4 =

b) 12 : 6 ? 5 =

c) 50 : 5 + 4 _ 2 ? 3 + 1 =

= 16 _2 = = 14

=2?5= = 10

= 10 + 4 _ 6 + 1 = = 14 _ 6 + 1 = 9

PRATIQUE!

53. Resolva as expressões numéricas apresentadas a seguir que envolvem adição e subtração. a) 45 + 12 _ 25 _ 10 + 1 = = 57 _ 25 _ 10 + 1 = = 32 _ 10 + 1 = = 22 + 1 = = 23

b) 76 _ 35 + 24 _ 57 = = 41 + 24 _ 57 = 65 _ 57 = =8

c) 100 _ 78 + 89 + 24 _ 29 = = 22 + 89 + 24 _ 29 = = 111 + 24 _ 29 = = 135 _ 29 = = 106

d) 77 _ (55 – 11) + (44 _ 22) – 33 = = 77 _ 44 + 22 _ 33 = = 33 + 22 _ 33 = = 55 _ 33 = = 22

Matemática

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54.Resolva as expressões numéricas apresentadas a seguir. a) 10 + 3 _ 6 ? 2 + 20 = = 10 + 3 _ 12 + 20 = = 13 – 12 + 20 = = 1 + 20 = = 21

b) 25 _ 4 ? 4 + (5 ? 3 + 15) = = 25 _ 4 ? 4 + (15 + 15) = = 25 _ 4 ? 4 + 30 = = 25 _ 16 + 30 = = 9 + 30 = = 39

c) 45 : 15 + 18 _ 8 = = 3 + 18 _ 8 = = 21 _ 8 = = 13

d) 6 ? 5 + 12 : 2 _ (10 + 5 ? 3) = = 6 ? 5 + 12 : 2 _ (10 + 15) = = 6 ? 5 + 12 : 2 _ 25 = = 30 + 6 _ 25 = = 36 _ 25 = = 11

e) 100 _ 50 + (24 ? 2 : 12) = = 100 _ 50 + (48 : 12) = = 100 _ 50 + 4 = = 50 + 4 = = 54

f) 8 + 3 ? 9 + (46 _ 4 ? 10) + 30 = = 8 + 3 ? 9 + (46 _ 40) + 30 = = 8 + 3 ? 9 + 6 + 30 = = 8 + 27 + 6 + 30 = = 35 + 6 + 30 = = 41 + 30 = = 71

55. O estoque de um mercado tinha 560 latas de milho verde. Em um dia, foram vendidas 145 latas desse estoque e, no dia seguinte, chegou um carregamento com 240 latas. Quantas latas de milho verde há nesse estoque agora? Represente essa situação por meio de uma expressão e, em seguida, determine o resultado. 560 _ 145 + 240 = = 415 + 240 = = 655

Há 655 latas de milho verde no estoque.

56. Uma confeiteira atendeu a uma encomenda de 5 caixas com 120 brigadeiros cada uma e deixou 45 brigadeiros para vender em sua confeitaria. a) Expresse essa situação por meio de uma expressão numérica. 5 ? 120 + 45

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b) Resolva a expressão obtida no item anterior para calcular quantos brigadeiros essa confeiteira fez no total. 5 ? 120 + 45 = = 600 + 45 = = 645 A confeiteira fez 645 brigadeiros.

57. Observe como um estudante resolveu a expressão abaixo. Essa expressão foi resolvida corretamente? Caso não tenha sido, refaça a resolução e aponte o erro do estudante. 5 + 8 ? 7 _ 10 : 2 = = 13 ? 7 _ 10 : 2 = = 91 _ 10 : 2 = = 91 _ 5 = 86

Não, pois esse estudante resolveu primeiro a adição em vez da multiplicação. Refazendo a resolução da expressão numérica desse enunciado, obtemos: 5 + 8 ? 7 _ 10 : 2 = = 5 + 56 _ 5 = = 61 _ 5 = = 56 Comente com os estudantes que a expressão resolvida no enunciado dessa atividade ficaria correta se fosse aplicado um parêntese na soma 5 + 8. Ou seja: (5 + 8) ? 7 – 10 : 2.

58. Coloque parênteses na expressão numérica 150 _ 7 ? 9 + 4 + 10 para que o resultado obtido seja 93. 150 _ (7 ? 9 + 4) + 10 = = 150 _ (63 + 4) + 10 = = 150 _ 67 + 10 = = 83 + 10 = = 93 Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividades 18 a 21 da seção Amplie. Caso não seja possível realizar todas essas atividades em sala de aula, sugere-se pedir aos estudantes que as finalizem em casa. Aqui começa o conteúdo referente à aula 14.

Potenciação de números naturais André desenhou uma sequência de figuras em uma malha quadriculada.

A

B

C

D

Quadrados a) Que figuras André desenhou nessa malha? . b) Descubra o padrão utilizado nessa sequência e desenhe na malha a figura D. c) Complete a tabela a seguir com a quantidade de quadradinhos coloridos em cada figura.

Figura

A

B

C

D

Quantidade de quadradinhos

4

9

16

25

A quantidade de quadradinhos de cada figura pode ser representada por uma multiplicação de fatores iguais e por uma potenciação. Observe. Matemática

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Usando uma multiplicação: 3?3=9 2 fatores iguais Por meio de uma potenciação: 3 ? 3 = 32 = 9

3 quadradinhos

3 quadradinhos

Acompanhe como fazemos a leitura de uma potenciação. Potenciação

Leitura

6² = 6 ? 6 = 36

6² = seis elevado à segunda potência

4³ = 4 ? 4 ? 4 = 64

4³ = quatro elevado à terceira potência

24 = 2 ? 2 ? 2 ? 2 = 16

24 = dois elevado à quarta potência

35 = 3 ? 3 ? 3 ? 3 ? 3 = 243

35 = três elevado à quinta potência

Expoente: quantidade de vezes em que o fator se repete 32 = 3 ? 3 = 9

Potência: resultado da potenciação

Base: fator que se repete

PRATIQUE!

59. Represente a seguir a quantidade de quadradinhos de cada figura por meio de uma multiplicação de fatores iguais e de uma potenciação.

2² = 2 ? 2 = 4

4² = 4 ? 4 = 16

5² = 5 ? 5 = 25

Quando o expoente de uma potenciação é igual a 2, lemos que o número está “elevado ao quadrado”. Isso acontece porque a quantidade de quadradinhos usada em cada figura forma um quadrado. Termine de escrever a leitura das duas potenciações a seguir. 2² → Dois elevado ao quadrado. 4² → Quatro elevado ao quadrado.

.

5² → Cinco elevado ao quadrado.

.

174

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Matemática

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60. Represente as multiplicações de fatores iguais a seguir na forma de uma potenciação e calcule o resultado. a) 3 ? 3 32 = 9

b) 4 ? 4 ? 4 ? 4 ? 4 45 = 1 024

c) 100 ? 100 1002 = 10 000

d) 10 ? 10 ? 10 10³ = 1 000

e) 1 ? 1 ? 1 ? 1 ? 1 15 = 1

f) 0 ? 0 ? 0 ? 0 04 = 0

61. Alice fez uma sequência empilhando cubinhos do material dourado. B

A

C

a) Os empilhamentos dessa sequência têm a forma de que sólido geométrico? Cubo.

b) Represente, por meio de uma multiplicação de fatores iguais e de uma potenciação, a quantidade de cubinhos usada na construção de cada figura da sequência.

Figura

A

B

C

Multiplicação

2?2?2=8

3 ? 3 ? 3 = 27

4 ? 4 ? 4 = 64

Potenciação

2³ = 8

3³ = 27

4³ = 64

c) Descubra o padrão utilizado na sequência de figuras A, B, C e responda: Quantos cubinhos formarão uma possível figura D? 125 cubinhos (5 ? 5 ? 5 = 125 ou 5³ = 125).

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d) Quando o expoente de uma potenciação é igual a 3, dizemos que o número está “elevado ao cubo”. Isso porque a quantidade de cubinhos usada em cada figura forma um cubo. Termine de escrever a leitura das três potenciações a seguir. 23 → Dois elevado ao cubo. 3³ → Três elevado ao cubo.

.

4³ → Quatro elevado ao cubo.

.

5³ → Cinco elevado ao cubo.

.

62. Escreva como se leem as seguintes potenciações: a) 85 Oito elevado à quinta potência.

b) 132 Treze elevado à segunda potência ou treze elevado ao quadrado.

c) 05 Zero elevado à quinta potência.

d) 14 Um elevado à quarta potência.

e) 23 Dois elevado à terceira potência ou dois elevado ao cubo.

f) 10¹ Dez elevado à primeira potência ou dez elevado ao expoente um.

63. Determine o valor das potências a seguir. a) 7³ 7 ? 7 ? 7 = 343

b) 34 3 ? 3 ? 3 ? 3 = 81

c) 8² 8 ? 8 = 64

d) 05 0?0?0?0?0=0

e) 104 10 ? 10 ? 10 ? 10 = 10 000

f) 16 1?1?1?1?1?1=1

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Matemática

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64.Determine as potências, indicando as multiplicações na tabela a seguir. Potenciação

Multiplicação

Potência

10²

10 ? 10

100

10³

10 ? 10 ? 10

1 000

104

10 ? 10 ? 10 ? 10

10 000

105

10 ? 10 ? 10 ? 10 ? 10

100 000

a) Observando os expoentes e a quantidade de zeros das potências, explique como determinar o resultado quando a base é 10. Quando a base é 10 e o expoente é um número natural, a potência é o número 1, seguido da quantidade de zeros correspondente ao expoente.

b) Qual é o resultado de 1012? 1 000 000 000 000 (1 trilhão)

c) Qual é o expoente de uma potenciação de base 10 cujo valor é igual a 1 000 000 000 000 000? 1 000 000 000 000 000 = 1015. O expoente é igual a 15. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 22 e 23 da seção Amplie. Caso não seja possível realizar todas essas atividades em sala de aula, recomenda-se pedir aos estudantes que as finalizem em casa.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 15.

Raiz quadrada

y

3 ? 3 = 9;

y

4 ? 4 = 16.

16 m2 DANIEL GOMES

y

Observe, ao lado, um tapete quadrado de 16 m² feito de crochê. Podemos descobrir a medida do lado desse tapete por tentativa: 2 ? 2 = 4;

Concluímos que a medida do lado do tapete é 4 m. Ao determinarmos o número que multiplicado por ele mesmo, ou seja, que elevado ao quadrado, resulta em 16, calculamos a raiz quadrada desse número. Podemos representar a raiz quadrada por: 2 16 = 4, pois 4 ? 4 = 42 = 16. Na raiz quadrada, o índice 2 é opcional. Lemos: a raiz quadrada de 16 é igual a 4.

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A radiciação é a operação inversa da potenciação.

Você já sabe que, para calcular a área de um quadrado quando conhecemos a medida de seu lado, basta elevar a medida do lado ao quadrado. Nessa situação, conhecemos a medida da área e queremos obter a medida do lado do quadrado, por isso aplicamos a operação inversa da potenciação, calculando, assim, a raiz quadrada da área. 2

144 cm2 =

144 cm2 = 12 cm

PRATIQUE!

65. Observe os quadrados na malha quadriculada a seguir. 1 cm

1 cm

A

B

C

D

E

Preencha o quadro com os números que estão faltando. Figura

Área (cm²)

Raiz quadrada

Medida do lado (cm)

A

1 cm²

1

1 cm

B

4 cm²

4

2 cm

C

9 cm²

9

3 cm

D

16 cm²

16

4 cm

E

25 cm²

25

5 cm

66. Um número elevado ao quadrado resulta em 225. Que número é esse? 15, pois 15² = 15 ? 15 = 225.

67. Felipe fez uma toalha de crochê quadrada com 676 cm² de área. Qual é a medida do lado dessa toalha? 2

676 cm2 =

676 cm2 = 26 cm

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 24 a 26 da seção Amplie.

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Amplie DAILY TRAVEL PHOTOS/SHUTTERSTCOK.COM

1. A Esfinge é um monumento esculpido na rocha às margens do rio Nilo, com 20 metros de altura e 73 metros de comprimento. Usando símbolos egípcios, responda: Quais são as medidas de comprimento e de altura da Esfinge? Comprimento: Altura:

2. Em uma placa de argila encontrada por arqueólogos em uma das escavações, havia os resultados de uma tabuada. Observe alguns desses símbolos e complete o quadro a seguir, escrevendo os números que eles representam. 63 72 81 90

À qual tabuada correspondem os resultados que havia nessa placa de argila? À tabuada do 9.

3. O sucessor de 1 799, usando símbolos romanos, é: MDCCXCIX

MDCCC

MDCCXCVIII

População: 203 062 512 pessoas

WESLEY SANTOS

4. Observe, na imagem a seguir, o número que indica a população do Brasil feita pelo IBGE no Censo de 2022.

CENSO 2022.IBGE, Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: https:// censo2022.ibge.gov.br/panorama/?utm_source=ibge&utm_ medium=home&utm_campaign=portal. Acesso em: 17 jul. 2023.

Identifique a alternativa correta. a) Esse número tem 9 classes e 3 ordens. b) O algarismo da ordem das centenas de milhar é o 2. c) O valor posicional do algarismo 6 é 60 000. d) O algarismo 1 está na classe dos milhares. e) O valor posicional do algarismo 3 é 3 000.

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y

DANIEL GOMES

5. Pedro e Ana estão jogando “par ou ímpar”. a) Converse com o professor e os colegas sobre as regras do jogo “par ou ímpar”. b) Escreva o padrão utilizado para formar a sequência dos números naturais: pares. 0, 2, 4, 6, 8, ... Partir do 0, somando 2 unidades ao termo anterior.

y

ímpares. 1, 3, 5, 7, 9, ... Partir do 1, somando 2 unidades ao termo anterior.

6. Um posto de combustível vendeu, no último mês, 35 990 litros de gasolina, 38 679 litros de etanol e 40 000 litros de óleo diesel. a) Quantos litros de etanol foram vendidos a mais do que de gasolina? 38 679 L _ 35 990 L = 2 689 L

b) Quantos litros de gasolina foram vendidos a menos do que de óleo diesel? 40 000 L _ 35 990 L = 4 010 L

c) Quantos litros de combustível foram vendidos nesse posto no último mês? 35 990 L + 38 679 L + 40 000 L =114 669 L

7. Em uma subtração, o minuendo é 167 e a diferença é igual a 90. Que número é o subtraendo? 167 _ ? = 90 ? = 167 – 90 ? = 77

O subtraendo é o número 77.

8. (OBM) Os alunos de uma escola participaram de uma excursão, para a qual dois ônibus foram contratados. Quando os ônibus chegaram, 57 alunos entraram no primeiro ônibus e apenas 31 no segundo. Quantos alunos devem passar do primeiro para o segundo ônibus para que a mesma quantidade de alunos seja transportada nos dois ônibus? Observe que os ônibus devem ter a mesma quantidade de estudantes; portanto, o total de estudantes deverá ser dividido por 2: a) 8 57 + 31 = 88 b) 13 31 + 57 = 88 c) 16 88 : 2 = 44 Concluímos que cada ônibus deve ter 44 estudantes. d) 26 A diferença do ônibus que tem mais estudantes para 44 é dada por: e) 31 57 _ 44 = 13 E a diferença de 44 para o ônibus que tem menos estudantes é dada por: 44 _ 31 = 13 Então, concluímos que 13 estudantes precisam sair do primeiro ônibus e se dirigirem para o segundo.

9. Complete a adição indicada no item a e efetue a adição do item b. 14 a) 10 + 9 + 8 = 7 + 6 + b) 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 1 + 10 + 2 + 9 + 3 + 8 + 4 + 7 + 5 + 6 = = 11 + 11 + 11 + 11 +11 = 55

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ITORIAL/IE

A

10. Ricardo comprou uma casa conforme as condições descritas na imagem ao lado. a) Para pagar o valor da entrada, Ricardo economizou R$ 980,00 todos os meses, durante 4 anos. A quantia que vai sobrar desse dinheiro será suficiente para Ricardo pagar a primeira prestação?

ACERVO ED

4 anos = 4 ? 12 meses = 48 meses 980 ? 48 = 47 040 47 040 _ 46 500 = 540

Entrada de R$ 46.500,00 e o restante em 48 vezes de R$ 1.680,00.

Não é suficiente para pagar a primeira prestação (R$ 1.680,00), pois sobrará somente R$ 540,00.

b) Qual é o preço da casa que Ricardo comprou? 1 680 ? 48 = 80 640 80 640 + 46 500 = 127 140

O preço da casa é R$ 127.140,00.

11. Para fazer 8 cupcakes, Marina usa 120 g de farinha de trigo. Quantos gramas de farinha de trigo são necessários para Marina fazer 24 cupcakes? 8 ? 3 = 24 120 ? 3 = 360

São necessários 360 g de farinha de trigo.

12. Uma das salas de cinema está lotada para a estreia de um filme. Sabendo que nessa sala há 19 fileiras com 24 cadeiras cada uma e que cada ingresso foi vendido a R$ 15,00, calcule quantos reais foram arrecadados com a venda dos ingressos na estreia desse filme. 19 ? 24 = 456 456 ? 15 = 6 840

Foram arrecadados R$ 6.840,00.

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13. Aplique a propriedade distributiva da multiplicação nos cálculos a seguir. a) 6 ? (12 + 5) 6 ? 12 + 6 ? 5 = 72 + 30 = 102

b) 10 ? (21 – 18) 10 ? 21 _ 10 ? 18 = 210 _ 180 = 30

14. Em um supermercado foram confeccionadas 3 camisetas para cada funcionário. Se nesse supermercado trabalham 65 funcionários e todas as camisetas custaram R$ 4.485,00, qual é o preço de cada camiseta? 4 485 : 65 = 69 69 : 3 = 23

Cada camiseta custa R$ 23,00.

15. Calcule mentalmente as divisões a seguir. a) 800 : 4 =

200

b) 800 : 40 =

20

c) 6 300 : 9 =

700

d) 6 300 : 90 =

70

e) 49 000 : 70 =

700

f) 49 000 : 700 =

70

16. Pensei em um número, dividi esse número por 17 e obtive 35. Em que número pensei? ? : 17 = 35 ? = 35 ? 17 ? = 595

Pensei no número 595.

17. Sabendo que 1 minuto é igual a 60 segundos, responda o que dura mais tempo: a) 15 minutos ou 900 segundos. 15 ? 60 = 900 ou 900 : 60 = 15

Portanto, concluímos que 15 minutos = 900 segundos.

b) 48 minutos ou 2 940 segundos. 48 ? 60 = 2 880 ou 2 940 : 60 = 49

Portanto, concluímos que 48 minutos , 2 940 segundos.

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18. Coloque parênteses na expressão numérica 36 + 45 _ 10 + 29 _ 5 para que o seu resultado seja igual a 37. 36 + 45 _ (10 + 29) – 5 = = 36 + 45 _ 39 _ 5 = = 81 _ 39 _ 5 = = 42 _ 5 = = 37

19. Qual das expressões numéricas a seguir tem como resultado o número 18? a) 12 + 35 _ 17 + 22 _ 10 = = 12 + 35 _ 17 + 22 _ 10 = = 47 _ 17 + 22 _ 10 = = 30 + 22 _ 10 = = 52 _ 10 = = 42

b) 12 + 35 _ (17 + 22 _ 10) = = 12 + 35 _ (17 + 22 _ 10) = = 12 + 35 _ (39 _ 10) = = 12 + 35 _ 29 = = 47 _ 29 = = 18

20.Qual é o resultado da expressão numérica 81 _ 9 ? 9 + 40 _ 10? 81 _ 9 ? 9 + 40 _ 10 = = 81 _ 81 + 40 _ 10 = = 0 + 40 _ 10 = = 40 _ 10 = = 30

21. Coloque parênteses na expressão numérica 48 : 8 ? 3 _ 16 + 2 ? 5 de modo que se obtenha como resultado o número 16. 48 : (8 ? 3 _ 16) + 2 ? 5 = = 48 : (24 – 16) + 2 ? 5 = = 48 : 8 + 10 = = 6 + 10 = = 16

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22. Determine o valor das potências a seguir. a) 93

d) 03

9 ? 9 ? 9 = 729

b) 7

0?0?0=0

e) 106

4

7 ? 7 ? 7 ? 7 = 2 401

c) 12

10 ? 10 ? 10 ? 10 ? 10 ? 10 = 1 000 000

f) 19

2

12 ? 12 = 144

1?1?1?1?1?1?1?1?1=1

23. Represente os números a seguir na forma de potenciação, mas sem usar o expoente 1. d) 196 =

a) 8 =

23

b) 16 =

24 ou 42

e) 1 000 000 =

c) 81 =

34 ou 92

f) 1 000 000 000 =

142

106

109

24. Leandro fez dois canteiros quadrados no jardim da casa onde mora. Um dos canteiros ocupa um espaço de 81 m², e o outro, 36 m². Qual é a diferença entre a medida do comprimento de cada um desses canteiros? 81 = 9 e 36 = 6 9–6=3

A diferença é de 3 m.

25. Determine o número que deve ser colocado no lugar de ? para tornar as igualdades a seguir verdadeiras. O objetivo desta atividade é explorar a potenciação e a radiciação como operações inversas. a) 49 = ? ?=7

b)

?= 1 ?=1

c)

? = 25 ? = 625

d)

169 = ? ? = 13

26. Qual é o número que deve ser multiplicado por 4 de modo que a raiz quadrada do produto seja igual a 50? a) 600 Número desconhecido: ? b) 625 Número desconhecido multiplicado por 4: ? ? 4 A raiz quadrada desse produto é igual a 50. Ou seja, o produto é igual a (50) . c) 650 ? ? 4 = (50) h ? ? 4 = 2 500 h ? = 2 500 : 4 h ? = 625 d) 675 e) 700 2

2

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Síntese

Números naturais e operações

1. Quais são os símbolos usados nos seguintes sistemas de numeração? a) egípcio ,

,

,

,

,

e

b) babilônico ,

c) romano I, V, X, C, L, D e M

d) indo-arábico 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9

2. Complete as ideias relacionadas à operação de: a) adição Juntar e acrescentar.

b) subtração Tirar, completar e comparar.

c) multiplicação Adição de parcelas iguais, organização retangular, proporcionalidade e combinação.

d) divisão Repartir em partes iguais e medir em partes iguais.

3. Qual operação indica uma multiplicação de fatores iguais? Potenciação.

4. Qual operação determina o número que elevado ao quadrado é igual ao número dado? Raiz quadrada.

5. Em uma expressão numérica envolvendo as quatro operações, em que ordem essas operações devem ser resolvidas? Em uma expressão numérica envolvendo adições, subtrações, multiplicações e divisões, resolvemos primeiro os termos que estão dentro dos parênteses. Em seguida, efetuamos as divisões e as multiplicações na ordem em que aparecem e, depois, as adições e as subtrações, na ordem em que aparecem.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo. https://ftd.li/ s202mat61601oau004

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CAPÍTULO

2

Números racionais e operações Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 16.

Os números racionais podem ser escritos na forma de fração e na forma de números decimais e aparecem em diferentes situações do dia a dia. A história em quadrinhos desta página apresenta algumas dessas situações.

1

Você sabe o que é mesada?

2

Quantos reais cada criança ganhou de mesada?

3

Quantos reais vão sobrar da mesada do menino se ele comprar a bola?

4

Para que serve a vírgula que aparece no preço da bola na vitrine da loja?

5

Você ganha mesada? O que você faz quando ganha mesada ou quando ganha algum dinheiro: gasta tudo de uma vez ou poupa uma parte?

R$ 7,80 R$ 15,30

R$ 10,50

JOÃO PAULO MELO

R$ 3,50

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Habilidades da BNCC

Frações como parte do todo

EF06MA01

EF06MA09

EF06MA06

EF06MA10

EF06MA07

EF06MA11

A abertura do capítulo mostrou que a garota dos quadrinhos está pensando em poupar a quantia que ganha de mesada. Uma pesquisa realizada pelo Banco Central revela que cerca de 7 em cada 10 brasileiros não têm o hábito de poupar. Podemos representar essa quantidade de brasileiros por meio da figura ao lado. Observe. Que fração a parte de cor amarela da figura representa?

EF06MA08

7 10

Vamos supor que a figura ao lado representa a parte da mesada que a menina dos quadrinhos pretende poupar. Nessa situação, o todo ou o inteiro indica a mesada, e a parte de cor roxa indica a quantia que será poupada. Podemos representar a quantia poupada 1 pela fração . Assim, essa fração representa uma parte do todo. 2 Na fração 1 , temos: 2 1 H Numerador – indica quantas partes do inteiro foram consideradas. 2 H Denominador – indica em quantas partes iguais o inteiro foi dividido. O numerador e o denominador são os termos de uma fração. O denominador dá nome à fração e é um número diferente de zero. Nas frações com denominadores entre 2 e 9, lemos o numerador seguido da leitura do denominador, como no quadro a seguir. Denominador

Nome da fração

2

Meio(s) ou metade.

3

Terço(s) ou terça parte.

4

Quarto(s) ou quarta parte.

5

Quinto(s) ou quinta parte.

6

Sexto(s) ou sexta parte.

7

Sétimo(s) ou sétima parte.

8

Oitavo(s) ou oitava parte.

9

Nono(s) ou nona parte.

1. Resposta pessoal. 2. R$ 25,00. 3. R$ 14,50. 4. Espera-se que os estudantes reconheçam que a vírgula separa a parte inteira da parte decimal de um número. 5. Resposta pessoal. Sugerimos estimular os estudantes a apresentar as vantagens e desvantagens de gastar todo o dinheiro de uma vez e de poupar uma parte, avaliando os argumentos apresentados.

Escrevendo a leitura dessas frações, temos: Fração

2 3

1 5

3 7

Leitura

Dois terços.

Um quinto.

Três sétimos.

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187

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Na leitura de frações com denominadores iguais a 10, 100 ou 1 000, lemos primeiro o numerador e, depois, o denominador seguido das palavras décimo, centésimo ou milésimo, respectivamente. Assim, temos: Fração

3 10

12 100

1 1 000

Leitura

Três décimos.

Doze centésimos.

Um milésimo.

Para frações com outros denominadores, lemos o numerador e, depois, o denominador seguido da palavra “avos”. Observe o quadro a seguir. Fração

5 17

18 37

Leitura

Cinco dezessete avos.

Dezoito trinta e sete avos.

PRATIQUE!

1. Complete o quadro a seguir, escrevendo a fração correspondente à parte de cor amarela de cada figura. Figura

Fração

Leitura

6

Seis oitavos.

8

3

Três nonos.

9

8

Oito treze avos.

13

7

Sete décimos.

10

2. Com o auxílio de uma régua e de lápis de cor, represente na figura a seguir a fração dois oitavos.

2

y Escreva o número fracionário que você representou. 188

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8

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3. Pinte as figuras para representar as frações indicadas e, em seguida, escreva-as por extenso. a) b)

5 80

24 80

Cinco oitenta avos.

Vinte e quatro oitenta avos.

4. A soma dos termos de uma fração é 21 e o numerador é 10. a) Escreva o número fracionário com algarismos. 10 11

b) Como se lê essa fração? Dez onze avos.

EDITORIA DE ARTE

5. Veja como Gabriel representou a fração nove dezesseis avos.

FRAÇÕES QUE TÊM

y Gabriel acertou a representação dessa fração? Por quê?

INTEIRO.

6. Represente as frações dadas colorindo as figuras. b) 8 8

c) 9 9

y O que você observa com relação ao numerador e ao denominador de cada fração?

JOÃO PAULO MELO

3 3

AO DENOMINADOR REPRESENTAM O

Não, pois o inteiro não foi dividido em partes iguais.

a)

NUMERADOR IGUAL

São iguais.

7. Em uma fração, o numerador é 37 e o denominador é 1 000. Como se lê essa fração? Trinta e sete milésimos.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie. Matemática

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Fração de quantidade e fração como quociente Fração de quantidade

4 5

A escola em que Ana e Felipe estudam está promovendo uma campanha de arrecadação de agasalhos e alimentos para doação. A turma de Ana tem 30 estudantes e, desses estudantes, 4 ficaram 5 responsáveis por arrecadar agasalhos. Quantos estudantes ficaram responsáveis por arrecadar agasalhos? 4 de 30. Na Para respondermos a essa pergunta, vamos calcular 5 ilustração ao lado, cada quadradinho representa um estudante da turma de Ana. Como o denominador da fração é igual a 5, dividimos a quantidade de estudantes da turma em 5 grupos iguais. y Que fração cada um desses grupos representa? 1 5

y Quantos estudantes há em cada grupo? 6 estudantes.

y Quantos estudantes há em 1 de 30 estudantes? 5 6 estudantes.

4 de 30 estudantes. O numerador da y Vamos agora calcular quanto é 5 fração 4 é igual a 4. Então, consideramos 4 grupos de estudantes. 5 y Se em um grupo há 6 estudantes, quantos estudantes há em 4 grupos? 24 estudantes.

4 de 30 das seguintes maneiras: 5

4 de 30 = 5 30 : 5 = 6 6 ? 4 = 24

4 de 30 = 5 ou

EDITORIA DE ARTE

Podemos calcular

30 ? 4 = 120 120 : 5 = 24

Portanto, 4 de 30 estudantes é igual a 24 estudantes. 5 Da turma de Felipe, 20 estudantes ficaram responsáveis por arrecadar 4 da quantidade total de estudantes dessa cobertores, o que corresponde a 5 turma. Quantos estudantes há na turma de Felipe? 190

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Matemática

15/11/23 11:12


4 equivalem a 20 estudantes e queremos calcular o total, 5 5 ou seja, quantos estudantes correspondem a . Acompanhe. 5 y Que fração representa cada parte da figura? Sabemos que

Total de estudantes 20 estudantes

1 5

4 5

y Quantos estudantes cada uma dessas partes representa?

5 5

20 : 4 = 5. Cada parte representa 5 estudantes.

y Quantos estudantes a figura inteira representa? 5 ? 5 = 25. A figura inteira representa 25 estudantes.

4 do total de estudantes correspondem a 20 estudantes. 5

EDITORIA DE ARTE

Podemos calcular a quantidade total de estudantes da turma de Felipe assim:

20 : 4 = 5 5 ? 5 = 25

Portanto, a turma de Felipe tem 25 estudantes.

Fração como quociente ALEX TIHONOVS/SHUTTERSTOCK.COM

Ana e quatro amigos pediram duas pizzas que custaram, no total, R$ 70,00.

Na hora de pagar a conta, resolveram dividir o valor gasto igualmente entre eles. Quantos reais cada um gastou? R$ 14,00

A quantia que cada criança gastou na pizzaria também pode ser representada por meio de uma fração. Observe.

Matemática

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191

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A quantia de 70 reais é o inteiro, que foi dividido em 5 partes iguais: 70 . 5 Quantas partes das figuras foram coloridas? 14 partes.

As partes coloridas das figuras equivalem à quantia que cada criança vai pagar, ou seja, R$ 14,00. Podemos escrever que 70 : 5 = 70 = 14,00. 5 O traço de fração representa a divisão do numerador pelo denominador. PRATIQUE!

8. Escreva a divisão que cada fração a seguir representa e o resultado dela. a) 10 10 : 5 = 2 5

c) 15 15 : 15 = 1 15

b) 6 6 : 2 = 3 2

d) 26 26 : 1 = 26 1

9. Calcule as quantidades a seguir. a) 1 de R$ 315,00. b) 2 de 51 balas. 7 3 315 : 7 = 45

51 : 3 = 17

R$ 45,00.

17 ? 2 = 34

c) 7 de 848 estudantes. 8 848 : 8 = 106

Ou: 51 ? 2 = 102 102 : 3 = 34 34 balas.

106 ? 7 = 742 Ou: 848 ? 7 = 5 936 5 936 : 8 = 742 742 estudantes.

10. Em uma escola, há 588 estudantes matriculados e, desse total, 3 são do Ensino Médio. 4 Quantos estudantes estão cursando o Ensino Médio nessa escola? 3 4

de 588

588 : 4 = 147 147 ? 3 = 441

Ou: 588 ? 3 = 1 764 1 764 : 4 = 441 441 estudantes.

11. Para encher 5 de uma piscina, foram necessários 3 000 litros de água. Qual é a capaci12 dade total dessa piscina? 5 da piscina correspondem a 3 000 litros 12 3 000 : 5 = 600 600 ? 12 = 7 200 7 200 litros.

12. Para pagar o valor da entrada da motocicleta ilustrada a seguir, Gabriel usou

JOÃO PAULO MELO

que havia economizado.

192

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4 da quantia 5

R$ 980,00 de entrada mais 12 parcelas iguais de R$ 485,00

Matemática

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a) Quantos reais Gabriel havia economizado? 4 da quantia que economizou correspondem a 980 reais. 5 980 : 4 = 245 245 ? 5 = 1 225 R$ 1.225,00

b) Qual é o preço total dessa motocicleta? 12 ? 485 = 5 820 5 820 + 980 = 6 800 R$ 6.800,00

Frações equivalentes Aqui começa o conteúdo referente à aula 18.

ALEX TIHONOVS/SHUTTERSTOCK.COM

Bianca, Vítor e Sofia estão resolvendo uma lista de atividades para estudar para uma prova.

Bianca realizou 1 das atividades da lista, Vítor realizou 2 das atividades 4 2 3 das atividades da lista. Pinte as figuras para representar e Sofia já realizou 6 a fração do total de atividades que cada um dos estudantes já completou. Bianca

Vítor

Sofia

y Você consegue identificar alguma semelhança na relação entre as frações 1 , 2 e 3 e as partes do inteiro que elas representam? 6 2 4 As três frações representam a mesma parte do inteiro.

Frações que representam a mesma parte do inteiro são chamadas de frações equivalentes. Matemática

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193

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Analise como proceder para obter frações equivalentes à fração 1 . 2 x2

x3

1 2 = 2 4

1 3 = 2 6

x2

x3

Agora, observe as figuras a seguir. A

y

B

Escreva as frações que cada figura representa. 12

6

B: 9

A: 18 y

Essas frações são equivalentes? Por quê? Sim, pois representam a mesma parte do inteiro.

12 Para obtermos uma fração equivalente à fração , podemos efetuar 18 a seguinte divisão. 12 :2 6 = 18 :2 9 12 6 . É possível simplificar ainda é a forma simplificada da fração 18 9 mais a fração 6 , dividindo o numerador e o denominador por 3. Assim, 9 :3 2 6 obtemos: = :3 3 9 Observe que a fração 2 não pode mais ser simplificada. Por esse 3 motivo, essa fração é chamada de fração irredutível. Para determinarmos frações equivalentes a uma fração dada, multiplicamos ou dividimos o numerador e o denominador dessa fração por um mesmo número diferente de zero. Quando dividimos o numerador e o denominador de uma fração, estamos simplificando essa fração. Fração irredutível é a fração que não pode mais ser simplificada. PRATIQUE!

13. Marque X nos pares de frações equivalentes. a) 5 = 10 7 14

b) 20 = 5 50 10

c) 3 = 24 2 18

d) 15 = 1 30 2

As alternativas a e d são as corretas.

194

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Matemática

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y Substitua as frações que não são equivalentes por outras que são equivalentes. :2 x8 Sugestão de respostas: 20 = 10 e 3 = 24 . Há outras respostas possíveis. Indicamos verificar com os 50 : 2 25 2 x 8 16

estudantes as respostas apresentadas e sanar eventuais dúvidas.

14. Determine uma fração equivalente à fração dada cujo a) numerador seja igual a 16. 2 7

2 x8 7 x8

=

16 56

32 32 :2 16 = 40 40 :2 20

64 100

64 :4 100:4

=

80 15

16 25

80 :5 15 :5

=

16 3

b) denominador seja igual a 36. 1 6

1 x6 6 x6

=

6 36

20 20 :2 = 10 72 72 :2 36

10 180

10 :5 180:5

=

2 1

2 36

2 x36 1 x36

=

72 36

15. Escreva duas frações equivalentes a cada fração dada. 6 7

12 14

=

20 24

18 21

10 12

=

21 36

5 6

42 72

=

3 5

7 12

6 10

=

9 15

y Converse com os colegas para descobrir se as frações equivalentes obtidas por vocês são iguais ou diferentes. 16. Complete as igualdades com os números que faltam, tornando as frações equivalentes. 12 4 = 11

1

30 5 = 9

33

3 18 = 24

7 = 8 56

54

Essas são algumas opções de resposta. É possível que os estudantes encontrem outras. Sugerimos estimulá-los a comparar os resultados com os colegas.

4

17. Simplifique as frações até torná-las irredutíveis. 12 12 :12 = 1 60 60 :12 5

35 63

35 :7 63 :7

=

30 48

5 9

30 :6 48 :6

=

5 8

64 40

64 :8 40 :8

=

8 5

18. Escreva duas frações equivalentes ao número 1. 1=

2 2

=

3 3

=

4 4

=

5 5

É importante considerar outras possibilidades de respostas, desde que o numerador seja igual ao denominador. Indicamos reforçar o fato de que, ao dividirmos o numerador pelo denominador, obtemos o número 1.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 5 e 6 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 19.

Comparação de frações Pedro e Luciana estão jogando. Nesse jogo, quem representar a maior fração em cada rodada marca um ponto. 1. Na primeira rodada, Pedro e Luciana representaram estas frações: Pedro

Matemática

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Luciana

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a) Quais frações Pedro e Luciana representaram? Pedro:

4 5

2 ; Luciana: . 5

b) Quem representou a maior fração? Pedro Para comparar frações, podemos usar os sinais de = (igual), > (maior que) ou < (menor que). Nessa situação, podemos escrever: 2 4 4 2 . ou , 5 5 5 5 Quando os denominadores das frações forem iguais, comparamos apenas o numerador.

2. Na segunda rodada do jogo, Pedro e Luciana representaram estas frações: Pedro

Luciana

a) Quais frações Pedro e Luciana representaram? 1 1 Pedro: ; Luciana: . 3 2

b) Quem representou a maior fração? Luciana Nessa situação, podemos escrever: 1 1 1 1 . ou , 3 2 2 3 Quando os numeradores das frações forem iguais, a maior fração é a que tem o menor denominador.

3. Na última rodada desse jogo, Pedro e Luciana representaram estas frações: Pedro

Luciana

a) Quais frações Pedro e Luciana representaram? 3 1 Pedro: ; Luciana: . 5 3

b) Quem representou a maior fração? Luciana

As frações que você escreveu não têm denominadores iguais e somente uma delas tem numerador igual a 1. Para compará-las, vamos encontrar frações equivalentes que tenham o mesmo denominador.

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Matemática

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Multiplicamos os numeradores por 2, 3, 4, 5, ... e obtemos frações equivalentes às frações dadas. Em seguida, selecionamos as que têm o mesmo denominador. 1 2 3 4 5 6 = = = = = = ??? 3 6 9 12 15 18 3 6 9 12 = = = = 5 10 15 20 ??? Comparando estas frações de mesmo denominador, temos: 5 9 9 5 ou , . 15 15 15 15 1 3 3 1 ou . , 3 5 5 3 4. Também podemos comparar frações usando sua representação em um eixo numérico. Vamos explorar como representar algumas frações em um eixo numérico. Acompanhe. Considere a parte da reta a seguir, que vai do 0 ao 1, que representa o inteiro. 0

1

a) Em quantas partes iguais esse inteiro foi dividido? Em 10 partes iguais. 1

Vamos representar nesta reta as frações 1 , 1 e 7 10 2 10 0

1 10

1 2

7 10

1

A maior fração é a que está mais distante do zero. Que fração é a maior? 7 10

Agora, considere a parte da reta a seguir, que vai do 0 ao 1, e está dividida em 12 partes iguais.

0

1

VOCÊ JÁ SABE QUE EM UM EIXO NUMÉRICO O PRIMEIRO NÚMERO REPRESENTADO É O ZERO, QUE OS NÚMEROS DEVEM ESTAR EM ORDEM CRESCENTE E QUE A DISTÂNCIA ENTRE CADA NÚMERO É SEMPRE A MESMA. BACKGROUNDY/SHUTTERSTOCK.COM

b) Que fração cada uma dessas partes representa? 10

Que fração cada uma dessas partes representa? 1 12

Matemática

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197

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y

y

1 5 2 3 . Para isso, , , e 12 3 4 6 2 3 1 e cujo denominador escreva frações equivalentes às frações , 3 4 6 seja igual a 12. Vamos representar nessa reta as frações

2 8 = 12 3 Na reta, temos: 0

9 3 = 12 4

1 6

2 1 = 12 6

5 12

2 3

1

3 4

A menor fração é a que está mais próxima do zero. Que fração é a 1

ALEX TIHONOVS/SHUTTERSTOCK.COM

menor? 6 PRATIQUE!

19. Observe ao lado as frações que o professor representou no quadro por meio de figuras. a) Escreva as frações representadas em cada figura. 1 7 6 8 4 3 , , , , , 9 9 9 9 9 9

b) Escreva essas frações em ordem crescente. 1 3 4 6 7 8 , , , , , 9 9 9 9 9 9

20.Beto e Elisa são irmãos e ganham a mesma quantia de mesada. 1 1 Neste mês, Beto gastou da mesada, e Elisa, . Quem gastou 4 2 menos: Beto ou Elisa? Beto, pois

1 2

=

2 4

e

1 4

,

2 4

.

21. Juliane e Ricardo são colegas de turma e estão resolvendo uma lista de atividades que foi enviada como tarefa de casa. Até 2 4 agora, Juliane já resolveu dessa lista, e Ricardo resolveu . 7 5 Quem já resolveu a maior parte dessa lista de atividades? 2

Juliane:

7

=

4 14

=

6 21

=

8 28

=

10 35

Ricardo:

...

4 5

=

8 10

=

12 15

=

16 20

=

20 25

=

24 30

=

28 35

...

10 28 2 4 Comparando frações de mesmo denominador, temos que . Por isso, Ricardo resolveu mais ; logo , , 35 35 7 5 atividades.

22. Usando os sinais =, > ou <, compare as frações. a) 1 12 1 12

198

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1 36

.

=

2 24

=

3 36

b)

15 30

=

1 2

c) 7 9

2 3

. 2 3

=

4 6

=

6 9 Matemática

15/11/23 11:12


23. Escreva a fração irredutível que cada ponto indica na reta a seguir. A

C

B

D

0

1 1

2

5

A = 10 + 5

1

B = 10 = 2

9

2

4

C = 10 = 5

D = 10

9

Qual dessas frações é a maior? 10 24. Represente nas retas as frações dadas em cada item a seguir. a)

3 4    e 10 0 5

3 10

Para representarem essas frações na reta, os estudantes devem dividir o numerador de cada fração pelo denominador.

1

4 5

3

Qual dessas frações é a menor? 10 b) 1 , 5 , 7 e 2    3 0 2 6 9

1

2

7

5

2

3

9

6

1

Escreva essas frações em ordem decrescente. 5 6

.

7

9

.

2

3

.

1

2

25. Represente no eixo numérico os pontos que indicam cada fração. A=

0

5 12 20 6 ,B= ,C= eD= 5 6 4 2

C

D

A

1

2

3

B

4

5

Adição e subtração de frações

Aqui começa o conteúdo referente à aula 20.

Observe as situações a seguir envolvendo o uso de frações na culinária.

PAKET/SHUTTERSTOCK.COM

1. Para fazer um bolo, Caio usa parte de uma barra de chocolate na massa, parte no recheio e parte na cobertura: Cobertura

Recheio

Massa

Cobertura

Recheio

Massa

Cobertura

Recheio

PINKYONE/SHUTTERSTOCK.COM

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 7 e 8 da seção Amplie.

a) Que fração representa a quantidade de chocolate usada: 2

y na massa? 9 6

y no recheio e na cobertura? 9 8

y na massa, no recheio e na cobertura? 9 Matemática

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199

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A quantidade total de chocolate usada na receita desse bolo pode ser representada por meio de uma adição de frações. 3 3 2 + + 9 9 9 Observe que os denominadores dessas frações são iguais. Nesse caso, adicionamos os numeradores e repetimos os denominadores. b) Qual fração representa a quantidade de chocolate que foi usada para 4

o recheio e para a cobertura a mais do que na massa? 9 Essa quantidade de chocolate a mais pode ser representada por meio de uma subtração de frações: 4 2 6 = _ 9 9 9 Observe que os denominadores dessas frações são iguais. Nesse caso, subtraímos os numeradores e repetimos os denominadores.

R A C AÇÚ

Na adição ou subtração de frações com denominadores iguais, adicionamos ou subtraímos os numeradores e repetimos os denominadores.

Para fazer esse bolo de chocolate, também foi usado açúcar na massa e na cobertura. Observe a fração do pacote de açúcar usada em cada situação. a) Que fração representa cada parte de cada pacote de açúcar usada na 1

e

1

receita? 3 6 b) C onsiderando que para a massa é usado 1 do pacote de açúcar e 3 para o recheio 1 , que fração representa a quantidade total de açúcar 6 3 usada na receita? 6

REALSTOCKVECTOR/SHUTTERSTOCK.COM

R A C AÇÚ

200

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Observe que, nessa situação, os inteiros são iguais, mas não foram divi1 1 didos em partes iguais. Assim, podemos formular a adição: + 3 6 Nessa adição, os denominadores das frações são diferentes e, para deixá-las com o mesmo denominador, precisamos encontrar frações equivalentes a elas. É possível que os estudantes tenham dificuldade x2 1 2 = 3 6 x2

em obter essa resposta inicialmente. Sugerimos 1 mostrar, utilizando as ilustrações, que é o dobro 3 1 de por meio de medições e, em seguida, peça 6 que acompanhem a explicação a seguir.

1 2 1 1 3 + + = = 3 6 6 6 6 O resultado de uma adição de frações deve ser simplificado sempre que :3 possível. Dessa forma, temos: 3 = 1 6 :3 2 c) Para fazer um bolo de laranja, Caio usou 5 dos ovos de uma caixa de 9 ovos e, para fazer um pão, ele usou 1 da quantidade de ovos dessa 4 Então, temos:

Matemática

15/11/23 11:12


y

mesma caixa. Vamos determinar a fração que representa a quantidade de ovos usada no bolo de laranja a mais do que no pão. 1 5 e Escreva frações equivalentes a com denominadores iguais. 4 9 5 = 9

10 18

=

15 27

20

=

36

1 = 4

= ...

2 8

=

Esse problema pode ser resolvido pela subtração:

3

=

12

4 16

=

5 20

=

6 24

=

7 28

... = ...

9 36

...

1 9 5 20 11 = . = _ _ 4 36 36 9 36

Na adição ou subtração de frações com denominadores diferentes, determinamos frações equivalentes com os mesmos denominadores para, depois, adicioná-las ou subtraí-las.

PRATIQUE!

2 1 de um pacote de leite na massa e do mesmo pacote no 5 5 recheio. Que fração representa a quantidade que:

26. Em uma receita, Ana usou

2

5

b) sobrou no pacote? 5

_

3 5

1

+

a) Ana usou nessa receita? 5 =

2 5

5

=

3 5

. A fração

. A fração

2 5

3 5

.

.

1 1 da pizza, e Renato, . Que 27. Lucas e Renato saíram para comer uma pizza. Lucas comeu 2 4 fração representa a quantidade que: 1

a) os dois amigos comeram? 2

+

1 4

=

2 4

1

+

4

= 1

b) Renato comeu a menos do que Lucas? 2

3 4 _

. A fração 1 4

=

2 4

3 4

_

. 1 4

=

1 4

. A fração

1 4

.

3 1 a bici28. Para ir até a escola, 1 dos estudantes usa o ônibus, dos estudantes o carro e 8 6 4 cleta. O restante usa outro meio de locomoção. a) Que fração representa os estudantes que usam ônibus e carro? 3 8

+

1 4

=

3 8

+

2 8

=

5 8

. A fração

5 8

.

b) Que fração representa os estudantes que usam outro meio de locomoção? 3 8

+

1 4

+

1 6

=

9 24

+

6 24

+

4 24

=

19

24

24

24

_

19 24

=

5 24

. A fração

5 24

.

29. Resolva as adições e subtrações a seguir, simplificando os resultados sempre que possível. 8 12 + = 30 30 20 :10 30 :10

=

13 25 = _ 48 48

2

12 :12

3

48 :12

=

3 11 + = 24 8

1

33

4

24

+

3 24

=

36:12 24 :12

=

3 2

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 9 e 10 da seção Amplie. Matemática

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201

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Frações maiores que o inteiro: número misto Aqui começa o conteúdo referente à aula 21.

4 ovos

e leite 1 xícaras d 2 2 e trigo inha d r a f e 1 xícaras d 2 2 teiga e man d s e r e 2 colh úcar 1 ícara de aç x 1 2 em pó mento r e f e er d 1 colh

JOÃO

M PAULO

ELO

Em receitas, é comum que a indicação da quantidade de alguns ingredientes seja dada por um número seguido de uma fração. Por exemplo, na receita ao lado, as quantidades de leite, farinha de trigo e açúcar são indicadas assim. Usando uma figura para representar a quantidade de leite ou de farinha de trigo, temos:

2+

1 4 1 5 = + = 2 2 2 2

A fração 5 tem o numerador maior que o denominador. 2 Esse tipo de fração é chamada de fração imprópria e representa uma parte maior que o inteiro. Uma fração imprópria pode ser escrita na forma de número misto, isto é, um número que combina um inteiro e uma fração: 5 4 1 1 1 = + =2+ =2 2 2 2 2 2

y

Lemos esse número misto assim: dois inteiros e um meio. Analise como fazemos para obter: um número misto na forma de fração imprópria.

1

y

2 2 5 2 7 =1+ = + = 5 5 5 5 5

uma fração imprópria na forma de número misto.

14 9 5 5 5 = + =1+ =1 9 9 9 9 9

202

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Matemática

15/11/23 11:12


PRATIQUE!

30.Escreva a fração e o número misto representados em cada item a seguir. a) 13 10

=1

3 10

b) 23 8

=2

7 8

1 copo de morangos 2 picados. Pinte os copos para indicar a quantidade de morangos picados usada na receita.

31. Para fazer um suco, é usado 1

y Que fração imprópria esse número misto representa? 3 2

1 1 xícaras de farinha de trigo branca e 1 xícara de fari2 2 nha de trigo integral. Quantas xícaras de farinha de trigo Alana usou no total?

32. Para fazer um pão, Alana usou 2

2

1 2

+1

1 2

=

5 2

+

3 2

=

8 2

= 4 ou 2 + 1 +

1 2

+

1 2

=3+

2 2

=3+1=4

4 xícaras de farinha de trigo no total. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 11 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 22.

Multiplicação e divisão de frações Multiplicação de frações

ALEXANDRE BECK

Leia a tirinha a seguir.

Matemática

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203

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#ficaadica

y O que você faz com o lixo que produz? Resposta pessoal.

Descubra os 12 princípios do consumo consciente.

y De acordo com a tirinha, a personagem produziu muito ou pouco lixo? A personagem produziu pouco lixo.

y Converse com o professor e os colegas sobre atitudes que podem ser tomadas para reduzir a produção de lixo. Preocupados em desenvolver nos estudantes hábitos de consumo consciente, os funcionários de uma escola fizeram uma pesquisa sobre o lixo que a escola produz. Acompanhe alguns resultados dessa pesquisa.

http://ftd.li/jfps9b

1. Nessa escola, durante uma semana, 1 do lixo produzido era de papéis, e o dobro 7 dessa quantidade era plástico. � Use uma adição para determinar a fração que representa a quantidade de lixo plás1

tico produzida nessa escola. 7

+

1

7

=

2 7

1 por meio de uma Veja como podemos calcular a fração que representa o dobro de 7 1 2 1 2 = = ? multiplicação: 2 ? 7 1 7 7 3 do lixo produzido 2. Com essa pesquisa, os funcionários da escola descobriram que 4 1 durante uma semana eram recicláveis e que, desse total, eram garrafas de vidro. 5 Que fração representa a quantidade de lixo reciclável que são garrafas de vidro? Para responder a essa pergunta, vamos determinar a fração que representa

1 inteiro

3 do inteiro 4

Nas figuras, podemos observar que

1 3 de . 5 4

1 3 de do inteiro 5 4

1 3 3 de do inteiro é o mesmo que do inteiro. 5 4 20

Então: 1 3 1 3 1?3 3 = de = = ? 5 4 5 4 5?4 20 3. Observe como resolver a multiplicação de três frações:

5 2 3 . ? ? 8 3 5

3 2 5 3?2?5 30 : 30 1 = = = ? ? 5 3 8 5?3?8 120 : 30 4 Em uma multiplicação de frações, multiplicamos numerador por numerador e denominador por denominador. Simplificamos o resultado sempre que possível. 204

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Matemática

15/11/23 11:12


PRATIQUE!

33. Resolva as multiplicações a seguir, simplificando os resultados sempre que possível. a) 1 3 b) 5 3 15 : 15 1 3 :3 1 40 : 40 1 c) 8 ? 5 ? 1 = = = ? ? : 15 : 3 12 4 45 3 240 6 : 40 6 2 9 5 15 8 2

34. De todo o lixo produzido em uma escola, 2 são compostos de resíduos eletrônicos, e 13 o dobro dessa quantidade é composto de produtos orgânicos. Que fração representa a quantidade de lixo orgânico? 2?

2

=

13

4 13

35. Determine os produtos das multiplicações a seguir. a) 5 3 ? 3 5

15 15

17 b) 4 ? 17 4

=1

68 68

=1

c) 9 25 ? 25 9

225 225

=1

y Observe com atenção as frações anteriores e explique as semelhanças entre as frações multiplicadas e os produtos encontrados. Nas frações de cada multiplicação, os numeradores e os denominadores estão invertidos, ou seja, o numerador de uma é o denominador da outra, e vice-versa. O produto dessas multiplicações é sempre igual a 1.

Duas frações cujo produto é igual a 1 são chamadas de frações inversas.

36. Determine o que se pede a seguir. a) O dobro de 9 . 10 9

2?

10

=

b) O triplo de 20 . 51

18

3?

10

20 51

=

60 51

c) A metade de 7 . 8 1

2

?

7

8

=

7

16

y Agora, encontre as frações inversas de cada resultado obtido nos itens anteriores. 10

a)

18

51

b)

60

16

c)

7

pois

pois

pois

10 18

51 60

16 7

?

?

?

18 10

60 51

7 16

=

=

=

180 180

=1

3 060 3 060

112 112

=1

=1

5 37. Na escola em que Bruno estuda, de todo o lixo produzido são reciclados e, desse total, 7 3 são compostos de papel. Que fração representa os papéis reciclados nessa escola? 4 3 4

?

5 7

=

15 28

Matemática

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205

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38. Olívia é artesã e recebeu uma encomenda de brincos de pedras coloridas. 5 do total de peças dessa encomenda e hoje fez o dobro dessa Ontem ela fez 15 quantidade. Olívia terminou esse trabalho? Por quê? 5 15

+ 2?

5 15

=

5 15

+

10 15

=

15 15

Olívia terminou o trabalho, pois

15 15

= 1.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 12 da seção Amplie.

Divisão de frações Sara é costureira e recebeu uma encomenda de toalhas de mesa. Para atender a essa encomenda, ela vai dividir a metade de uma peça de tecido em 3 partes iguais. Observe nas figuras a seguir a representação da fração dessa peça de tecido que será usada em cada toalha.

1 inteiro

1 do inteiro 2

1 do inteiro dividido 2 em 3 partes 1 iguais 2 :3 1

y

A fração da peça de tecido usada em cada toalha é: 2

: 3=

1 do inteiro 6

1 6

1 de metro de comprimento ao redor de cada toalha. 10 1 Quantas toalhas Sara consegue fazer com um rolo de metro de fita? 2 1 da figura. Observe nas figuras a seguir que a fração 1 cabe 5 vezes em 2 10 Sara vai costurar fitas de

1

y

Por meio de uma divisão, temos:

2

:

1 10

=5

Concluímos que Sara consegue fazer 5 toalhas com um rolo de fita. Para realizar essas divisões, podemos usar duas estratégias: 1. Divisão por equivalência de frações. Acompanhe: 1 1 1x3 3 3 3 3:3 = = : = = :3= 2 6 2x 3 1 6 1 6:1 1x 5 1 5 1 5:1 5 = = : = = =5 2x 5 10 10 10 10 : 10 1 206

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Matemática

15/11/23 11:12


2. Divisão por meio de multiplicação por frações inversas. Assim: 1 1 3 1 1 1 1?1 = = ? ? :3= = 2 2 1 6 2 3 2?3 1 1 1 10 10 1 ? 10 = = ? : = =5 2 10 2 2 1 2?1 Para dividir uma fração por outra fração, podemos repetir a primeira fração e multiplicar pelo inverso da segunda fração.

PRATIQUE!

39. Que divisão de frações as figuras a seguir representam?

1 2

1

: 4=

8

40. Observe a régua representada a seguir e responda: Quantas vezes

13

14

15

1 dos brigadeiros que fez em 5 bandejas. Que fra3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 32 ção da quantidade de brigadeiros foi colocada em cada bandeja?

14

15

0

6:

1 2

=

6 1

:

1 2

=

12 2

:

1 2

=

12 : 1 2:2

=

12 1

1

2

3

4

5

6

7

8

1 cm cabe em 6 cm? 2 9

10

11

12

= 12. 12 vezes.

41. Uma confeiteira distribuiu igualmente 0

0

1 3

: 5=

5 15

:

5 1

=

1

1

2

3

4

5

6

1 15

42. Escreva a fração inversa de cada fração a seguir. a) 11 13

13

b) 5 20

20

c) 7 18 18 7

11

5

=4

Matemática

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d) 1 2 =2 2 1

207

15/11/23 11:12


43. Calcule: a) a terça parte de 21 . 9 b) a metade de 12 . 5

21 9

12 5

:3=

:2=

12 5

21 9

:

:

2 1

3 1

=

=

21 : 3 9:1

12 : 2 5:1

=

=

7 9

6 5

c) a quinta parte de 9 . :5= : = : = = 20 1 100 1 100 : 1 100 20 20 44.Calcule as divisões a seguir usando a ideia de fração inversa. 9

a) 1 5 : 9 7

1 9

?

7 5

=

9

5

45

5

45 : 5

9

9 c) 12 : 5 10

7 45

12 5

?

10 9

=

120 45

=

8 3

12 1 5 3 15 5 0 b) 5 d) 0 : ? = = : 23 12 4 12 3 12 1 4 9 45.Observe como dois estudantes fizeram para determinar o resultado de : . 7 5 JOÃO PAULO MELO

EU USEI A

EU USEI A

IDEIA DE FRAÇÕES

IDEIA DE FRAÇÕES

EQUIVALENTES.

INVERSAS.

Escreva a seguir as duas maneiras que os estudantes usaram para calcular a divisão das frações. 4x5 7x5 20 35

:

=

63 35

20 35

=

e

9 x7 5 x7

20 : 63 35 : 35

=

=

63

4

35

7

20 : 63 1

=

:

9 5

=

4 7

?

5 9

=

20 63

20 63

Aqui começa o conteúdo referente à aula 23.

Números na forma decimal EE

EEEEEEEEEEE EE EEE E EE

.CO M

Os números decimais são outra maneira de escrever as frações. Observe como podemos representar frações na forma decimal nas situações a seguir. Vamos considerar a quantia de 1 real como inteiro. Você já sabe que essa quantia pode ser trocada por moedas de menor valor. Então, escreva no quadro da página a seguir por quantas moedas de cada valor a quantia de 1 real pode ser trocada. Em seguida, escreva a fração que cada moeda representa do inteiro.

208

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Matemática

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EEEEEEEEE

Fração do inteiro

100

1 100

10

1 10

4

1 4

2

1 2

EE

M

EEE

EEE EE

Quantidade de moedas para obter 1 real O .C

EE

Moeda

EE EE

OM E.C

EEEEEEEEEE EEE E EE

EEEEEEEEEE EEE EE EE E OM E.C EE

EE EE

OM E.C

EEEEEEEEE EEE EE EE

Cada uma dessas frações pode ser representada por um número decimal. Observe as figuras a seguir e as respectivas representações decimais das frações do quadro anterior.

Um centésimo

Um décimo

1 100 =1 : 100 = 0,01

1 10 =1 : 10 = 0,1

Vinte e cinco centésimos

Cinquenta centésimos

1 25 4 = 100 =25 : 100 = 0,25

1 50 2 = 100 =50 : 100 = 0,50

Matemática

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209

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No quadro a seguir, temos a representação desses números decimais. Parte inteira ...

C

D

Parte decimal U

,

d

c

m

...

1

,

0

Um inteiro.

0

,

1

Um décimo.

0

,

0

1

Um centésimo.

0

,

2

5

Vinte e cinco centésimos.

0

,

5

0

Cinquenta centésimos.

Observe que usamos a vírgula para separar a parte inteira da parte decimal e podemos acrescentar ordens tanto à direita quanto à esquerda da vírgula. À esquerda, na parte inteira do número, sempre que temos três ordens, formamos uma classe. À direita, na parte decimal do número, não temos formação de classes. Observe como podemos escrever uma fração na forma decimal. y

Vinte e três décimos. Parte inteira C

y

D

Parte decimal

U

,

d

2

,

3

c

m

23 3 3 3 20 20 + 3 =2+ + = = = 2,3 =2 10 10 10 10 10 10 Oitenta e cinco centésimos. Parte inteira C

D

Parte decimal

U

,

d

c

0

,

8

5

m

85 80 5 5 8 80 + 5 = = + = = 0,85 + 100 100 100 100 10 100 y

Mil trezentos e nove milésimos. Parte inteira C

D

Parte decimal

U

,

d

c

m

1

,

3

0

9

1 309 1 000 300 9 3 9 1 000 + 300 + 9 = = + + + =1+ = 1,309 1 000 1 000 1 000 1 000 10 1 000 1 000 Observe que o número de zeros depois do 1 no denominador determina a quantidade de ordens à direita da vírgula. 23 = 2,3 10 210

AVULSA_186-233-8174_EF2_6A_MAT_M1_C2_LA.indd 210

85 = 0,85 100

1 309 = 1,309 1 000 Matemática

15/11/23 11:12


Acompanhe agora como podemos escrever um número decimal na forma fracionária. y

5 inteiros e 9 décimos. Parte inteira C

D

5,9 = 5 + y

Parte decimal

U

,

d

5

,

9

m

9 9 59 50 = = = 10 10 10 10

2 inteiros e 35 centésimos. Parte inteira C

2,35 = 2 + y

c

D

Parte decimal

U

,

d

c

2

,

3

5

m

3 200 30 5 235 : 5 47 5 = = + + + = 10 100 100 100 100 : 5 20 100

12 milésimos. Parte inteira C

0,012 = 0 + 0 +

D

Parte decimal

U

,

d

c

m

0

,

0

1

2

1 10 2 12 : 4 3 2 = = + + = 100 1 000 1 000 1 000: 4 250 1 000

PRATIQUE!

46. Observe as figuras abaixo e escreva a fração e o respectivo número decimal que as representa.

33 100

= 0,33

Matemática

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62 100

= 0,62

81 100

= 0,81

211

15/11/23 11:12


47. Escreva as frações na forma de número decimal. a) 3 0,3 10

c) 9 0,09 100

e) 36 0,036 1000

b) 15 1,5 10

d) 40 0,40 100

f) 2545 2,545 1000

48.Escreva os números decimais na forma de frações irredutíveis. a) 0,5

5

b) 0,05

1

=

10

5 100

c) 5,7

2

=

1

57

d) 4,78

20

e) 0,009

10

478 100

=

239

f) 1,945

50

9 1 000

1 945 1 000

=

389 200

2

5

÷

4

0

=

/Shutterstock

As teclas

.COM

49.Quais teclas da calculadora podem ser digitadas para escrever a fração 25 na forma de número decimal? 40

Koosen

50. Para esta atividade, você vai precisar de uma calculadora. Faça uma estimativa do número decimal que a fração 1 5 representa e anote-a. Resposta pessoal.

Essa divisão na calculadora resulta em:

0,2

Agora, use a calculadora para determinar que número decimal cada fração a seguir representa. 3 0,75 4

9 0,9 10

12 0,25 48

18 0,5 36

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 13 da seção Amplie.

Comparação e arredondamento de números decimais Aqui começa o conteúdo referente à aula 24.

Assim como os números naturais e as frações, os números decimais podem ser representados em um eixo numérico. Considere a semirreta do zero ao um, representada a seguir. A 0

B 1

y Em quantas partes iguais esse inteiro foi dividido? Em 10 partes.

y Que fração do inteiro cada uma dessas partes representa? 1

10

212

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Matemática

15/11/23 11:12


y Que fração e que número decimal o ponto A está indicando? 5

10

= 0,5

y E o ponto B? 9

10

= 0,9

y Usando os sinais de igual (=), maior (.) ou menor (,), compare os números na forma decimal indicados pelos pontos A e B. 0,5 < 0,9 ou 0,9 > 0,5

y Observando os números no eixo numérico, responda: O número maior está mais próximo ou mais distante do 1? O número maior está mais próximo do 1.

Para compararmos os números 0,9 e 0,5, observamos a parte inteira desses números. Como são iguais, comparamos então a parte decimal. Nesse caso, 9 décimos é maior do que 5 décimos. Na semirreta, o número maior está mais próximo do 1. Vamos, agora, arredondar o número 0,9. y Qual é o algarismo da parte decimal desse número?

9

Quando o algarismo da parte decimal de um número for maior ou igual a 5, acrescentamos 1 ao algarismo à sua esquerda. Então, temos: 0,9

9.5

Acrescentamos 1 ao algarismo à esquerda do 9: 0 + 1 = 1. Arredondando, temos 0,9 H 1. Vamos considerar a semirreta do 19,5 ao 20,5 como o inteiro. M

N

19,5

y

20,5

Escreva o número decimal que cada ponto dessa semirreta indica. 20,4 19,7 N= M= y Usando os sinais de igual (=), maior (.) ou menor (,), compare esses números decimais indicados em M e N. 19,7 < 20,4 ou 20,4 > 19,7

Para comparar os números 19,7 e 20,4, observamos o algarismo das unidades desses números. Nesse caso, 9 unidades é maior do que 0 unidade. Na semirreta, o número maior está mais próximo de 20,5. Vamos agora arredondar o número 20,4 para um número natural. y Qual é o algarismo da parte decimal desse número?

4

Quando o algarismo da parte decimal de um número for menor do que 5, o algarismo à sua esquerda não se altera. Então, temos: 20,4

4,5

Arredondando, temos 20,4 H 20. Matemática

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213

15/11/23 11:12


Ao compararmos quantidades, determinamos se são iguais ou diferentes. Se forem diferentes, uma quantidade pode ser maior (.) ou menor (,) do que a outra. A comparação de números decimais é feita ordem a ordem, da esquerda para a direita. Observe. 18,9 . 12,5 (8 unidades é maior do que 2 unidades) 0,15 , 0,3 (1 décimo é menor do que 3 décimos) 4,021 , 4,028 (1 milésimo é menor do que 8 milésimos) Veja como podemos arredondar os números decimais em cada caso: 18,9 para um número natural: 19. 0,15 para o décimo mais próximo: 0,2. 4,028 para o centésimo mais próximo: 4,03. PRATIQUE!

51. Observe, na tabela a seguir, o preço médio do litro de gasolina (no período de 9 de julho de 2023 a 15 de julho de 2023) registrado em alguns postos de algumas capitais do Brasil. Capital

Preço médio

São Paulo

R$ 5,50

Curitiba

R$ 5,95

Rio de Janeiro

R$ 5,48

Belém

R$ 5,42

SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS (SLP). Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Disponível em: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/precos-e-defesa-daconcorrencia/precos/arquivos-lpc/2023/resumo_semanal_lpc_2023-07-09_2023-07-15.xlsx. Acesso em: 17 jul. 2023.

a) Em que capital foi registrado o maior preço? Em Curitiba.

b) E o menor preço foi registrado em que capital? Em Belém.

c) Arredonde o preço do litro da gasolina registrado na cidade do Rio de Janeiro para a unidade mais próxima. R$ 5,00.

d) Escreva os números que indicam o preço do litro da gasolina nas capitais em ordem decrescente, ou seja, do maior para o menor. Não se esqueça de escrever um dos sinais (, ou .) entre cada número. 5,95 . 5,50 . 5,48 . 5,42.

52. Multiplique o numerador e o denominador da fração 3 por 10, 100 e 1 000 e escreva os 10 produtos obtidos no quadro a seguir. x 10

214

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x 100

x 1 000

30

300

3 000

100

1 000

10 000

Matemática

15/11/23 11:12


a) Essas frações representam partes iguais ou diferentes do inteiro? Por quê? Partes iguais, pois são frações equivalentes à fração

3 10

.

b) Escreva a fração dada e os produtos obtidos na forma de números decimais. 0,3; 0,30; 0,300 e 0,3000.

c) Compare esses números usando os sinais ,, . ou =. 0,3 = 0,30 = 0,300 = 0,3000

Ao acrescentar ou retirar um ou mais zeros à direita da parte decimal de um número, esse número não se altera.

53. Usando os sinais ,, . ou =, compare os números decimais a seguir. 0,258 0,89 7,5

0,6

35,98

0,890

9,81

8,1

2,700

, =

,

.

35,189 9,18

. =

2,7

54.Represente o número 0,93 na semirreta a seguir. 0,9

1

0,93

y Arredonde esse número para a unidade mais próxima.

1

55. Escreva os números representados pelos pontos Q e R em cada semirreta a seguir. Q

a) b)

1,8

1,9

1,85

R 0,78

0,8

0,792

y Agora, arredonde cada um desses números (representados pelos pontos Q e R) que você escreveu para o décimo mais próximo. 1,9 e 0,8. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 14 e 15 da seção Amplie.

Adição e subtração de números decimais Aqui começa o conteúdo referente à aula 25.

Pedro trabalha como estagiário em uma escola.

ESTE MÊS CONSIGO

MEU SALÁRIO ACABOU DE

COMPRAR UMA MOCHILA E

SER DEPOSITADO EM MINHA

UM PAR DE TÊNIS À VISTA.

R$ 950,80

6,59

R$ 12

,90

R$ 89

Matemática

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JOÃO PAULO MELO

CONTA-CORRENTE.

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y Faça uma estimativa da quantia que Pedro vai gastar na compra da mochila e do par de tênis e registre-a. Resposta pessoal.

y Para calcularmos a quantia que Pedro vai gastar nessa compra, podemos efetuar uma adição conforme mostrado a seguir. Observe.

+

C

D

U

1

1

1

1

2

2

,

d

C

6

,

5

9

8

9

,

9

0

1

6

,

4

9

Adicionamos centésimos com centésimos, décimos com décimos, unidades com unidades, dezenas com dezenas e centenas com centenas. Assim, as vírgulas dos números ficam alinhadas. Pedro vai gastar R$ 216,49. y Agora, faça uma estimativa da quantia que vai sobrar do salário de Pedro depois de ele comprar o par de tênis e a mochila. Resposta pessoal.

y Vamos calcular a quantia que vai sobrar depois dessa compra por meio de uma subtração. C

_

D

U

4

10

9

5

0

2

1

7

3

,

d

C

7

10

,

8

0

6

,

4

9

4

,

3

1

Subtraímos centésimos de centésimos, décimos de décimos, unidades de unidades, dezenas de dezenas e centenas de centenas. Assim, as vírgulas dos números ficam alinhadas. Vão sobrar R$ 734,31 do salário de Pedro. PRATIQUE!

56. Considere o preço do par de tênis e da mochila que Pedro vai comprar, informados na ilustração da página anterior. Qual é a diferença de preço entre esses dois produtos? 126,59 _ 89,90 = 36,69 H R$ 36,69

57. André foi visitar sua avó e, quando já havia percorrido 24,5 km do caminho até a cidade onde ela mora, precisou parar em um posto de combustível para abastecer a motocicleta. Ao chegar a esse posto, André viu que ainda tinha de percorrer 12,9 km. Qual é a distância da casa de André até a casa da avó? 24,5 + 12,9 = 37,4 H 37,4 km

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Matemática

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10

NATTANOPDESIGN/SHUTTERSTOCK.COM

58. Uma loja de produtos esportivos distribuiu cupons de desconto de R$ 19,99 que podem ser usados na compra de qualquer produto. Gabriela tem um desses cupons e vai comprar a camisa da imagem ao lado de seu time do coração. Quantos reais Gabriela vai pagar por ela? 129,90 _ 19,99 = 109,91 H R$ 109,91

59. Marcelo está economizando parte de sua mesada para comprar um patinete. Na planilha a seguir, ele registrou a quantia que conseguiu poupar nos últimos cinco meses. Mês

Novembro Dezembro

Economia

R$ 5,50

R$ 8,70

Janeiro

Fevereiro

Março

R$ 7,80

R$ 10,00

R$ 5,80

R$ 129,9

0

a) Em que mês Marcelo economizou mais? Fevereiro.

b) Quantos reais Marcelo conseguiu economizar ao fim desses meses? 5,50 + 8,70 + 7,80 + 10,00 + 5,80 = 37,80 R$ 37,80

c) Se o patinete custa R$ 55,90, quantos reais ainda faltam para Marcelo comprá-lo? 55,90 _ 37,80 = 18,10 R$ 18,10

NEW AFRICA/SHUTTERSTCOK.COM

60. Denise faz bolos e doces para vender. Veja como ela calculou a soma da quantia que recebeu pela venda dos três bolos abaixo.

JOÃO PAULO MELO

1

+

1

1

7

9,

8

0

5

0

1

2

5,

5

0

2

0

5,

8

0

y Denise acertou esse cálculo? Por quê? Denise errou esse cálculo, pois, ao escrever o número 50 no algoritmo, escreveu o algarismo 5 das dezenas na ordem dos décimos e o 0, que é da ordem das unidades, na ordem dos centésimos. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 16 da seção Amplie. Matemática

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Multiplicação de números decimais por naturais Aqui começa o conteúdo referente à aula 26.

José vende figurinhas e gibis em sua banca. Um gibi é vendido por R$ 9,70. Estime a quantia que José vai arrecadar com a venda dos 5 gibis. Resposta pessoal.

Vamos descobrir quantos reais José vai arrecadar com essa venda resolvendo a multiplicação 5 ∙ 9,70. y Primeiro, escreva essa multiplicação transformando o número decimal em fração. Em seguida, resolva essa multiplicação. 5?

970 100

5

=

1

?

970 100

=

4 850 100

= 48,50 R$ 48,50

y O bserve a resolução, usando o chamado algoritmo convencional. 3 9,

7

x

H 2 casas decimais

5

4

ERNESTO J LUCAS/SHUTTERSTOCK.COM

0

8,

5

0

H 2 casas decimais

Portanto, José vai arrecadar R$ 48,50. Em sua banca, José também vende pacotes de figurinhas. Cada pacote é vendido a R$ 4,99. Estime o preço de 12 pacotes de figurinhas e anote-o. Resposta pessoal.

Vamos calcular o preço de 12 pacotes de figurinhas, resolvendo a multiplicação 12 ∙ 4,99. y Escreva a multiplicação, transformando o número decimal em fração. Em seguida, resolva a multiplicação. 12 ?

y

499 100

=

12 1

?

499 100

=

5 988 100

= 59,88 R$ 59,88

Observe a resolução, usando o algoritmo convencional. 1

1

4,

9

9

1

2

91

9

8

1

4

9

9

0

5

9,

8

8

x +

H 2 casas decimais

H 2 casas decimais

Logo, 12 pacotes custam R$ 59,88.

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Matemática

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61. O automóvel de Yuri percorre, na cidade, 10,5 km com 1 litro de gasolina, e a motocicleta de Eliana percorre 52,9 km com essa mesma quantidade de gasolina. Yuri e Eliana pararam nesse posto de combustível para abastecer seus veículos. a) Yuri abasteceu o tanque de seu veículo com 25 litros de gasolina. Quantos reais ele gastou? gasolina R$ 6,54

6,54 ? 25 = 163,50 R$ 163,50

JOÃO PAULO MELO

PRATIQUE!

b) Eliana abasteceu sua motocicleta com 16 litros de gasolina. Se ela pagou com uma cédula de R$ 200,00, quanto recebeu de troco? 6,54 ? 16 = 104,64 200,00 _ 104,64 = 95,36 R$ 95,36

c) Com 5 litros de gasolina, quantos quilômetros a menos Yuri pode percorrer se comparado com Eliana? Yuri: 10,5 ? 5 = 52,5 Eliana: 52,9 ? 5 = 264,5 264,5 _ 52,5 = 212 212 km

62. Usando uma calculadora, resolva as multiplicações e anote seus resultados. 2,53 ? 10 =

25,3

19,89 ? 1 000 =

2,53 ? 100 =

253

8,135 ? 10 =

81,35

2,53 ? 1 000 =

2 530

8,135 ? 100 =

813,5

8,135 ? 1 000 =

8 135

19,89 ? 10 =

198,9

19,89 ? 100 =

1 989

19 890

y Agora, observando os produtos e a posição das vírgulas, converse com os colegas e o professor para definir uma estratégia de cálculo para multiplicar mentalmente um número decimal por 10, 100 e 1 000 e, depois, escreva essa estratégia nas linhas a seguir. Para multiplicar um número decimal por 10, 100 ou 1 000, deslocamos a vírgula uma, duas ou três casas decimais para a direita, respectivamente.

63. Para ir de casa até a escola, Juliana percorre 2,5 km de bicicleta. Se 1 km = 1 000 m, quantos metros Juliana percorre para ir à escola e voltar? 2,5 km ? 1 000 m/km = 2 500 m 2 500 m ? 2 = 5 000 m Juliana percorre 5 000 m.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 17 da seção Amplie.

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Trabalho em equipe Vamos jogar “Descubra o produto”! Regras do jogo y Reúna-se com um colega. y Em cada rodada, o professor vai escrever um número decimal no quadro e, em seguida, vai dizer por quanto (10, 100 ou 1 000) cada estudante deve multiplicar o número escrito. y Cada estudante calcula mentalmente o produto, e o estudante da dupla que escrever primeiro o produto correto no quadro marca um ponto. Se os dois estudantes escreverem a resposta correta ao mesmo tempo, ambos marcam ponto. y O jogo acaba após 5 rodadas. y Vence o jogo quem tiver marcado mais pontos. Quadro utilizado para o jogo: Rodada

Produto

Pontuação

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª

Multiplicação com números decimais VOLODYMYR TVERDOKHLIB/SHUTTERSTCOK.COM

Aqui começa o conteúdo referente à aula 27.

Você sabia que, em um minuto com a torneira um pouco aberta, uma pessoa gasta, em média, 2,5 litros de água? Se uma pessoa deixar a torneira um pouco aberta por um minuto e meio, quantos litros de água vai gastar, em média? Para respondermos a essa pergunta, vamos efetuar a multiplicação 2,5 ? 1,5. y F aça uma estimativa da quantidade de litros que essa pessoa vai gastar e anote-a. Resposta pessoal.

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y

Escreva essa multiplicação transformando os números decimais em frações. Em seguida, resolva a multiplicação. 25 10

y

15

?

10

=

375 100

= 3,75

Agora, observe a resolução usando o algoritmo convencional. 2

x +

2,

5

H 1 casa decimal

1,

5

H 1 casa decimal

1

2

5

2

5

0

3,

7

5

H 2 casas decimais

Portanto, essa pessoa vai gastar, em média, 3,75 litros de água. Na multiplicação de números decimais, multiplicamos os números como se fossem números naturais e colocamos a vírgula no resultado, de modo que a quantidade de casas decimais seja a mesma que a soma da quantidade de casas decimais dos fatores. PRATIQUE!

64.Marcela foi à padaria que fica na esquina da casa onde mora e comprou 0,78 kg de pão francês. Sabendo que o quilograma de pão francês nessa padaria custa R$ 8,50, quantos reais ela gastou nessa compra? 0,78 ? 8,50 = 6,63 R$ 6,63

65. O carro de Lúcio percorre 12,8 km com 1 litro de etanol. Com 3,5 litros, ele consegue ir até a casa da avó, que fica a 45 km de distância? 12,8 ? 3,5 = 44,8 Lúcio não consegue ir de sua casa até a casa da avó com 3,5 litros de etanol.

66. Arredonde os termos das multiplicações a seguir para o número natural mais próximo e estime cada produto. Em seguida, resolva as multiplicações obtendo o produto real para conferir suas estimativas. Multiplicação

Estimativa

Produto real

a) 21,5 ? 9,8

21 ? 10 = 210

210,7

b) 7,2 ? 49,7

7 ? 50 = 350

357,84

c) 99,6 ? 9,1

100 ? 9 = 900

906,36

d) 45,2 ? 2,5

45 ? 2 = 90

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67. Helena foi à feira e comprou os seguintes produtos: Produto

3,5 kg de batatas

1,2 kg de tomates

2,8 kg de laranjas

0,6 kg de limões

Preço por quilograma

R$ 6,98

R$ 10,95

R$ 4,35

R$ 3,85

Ao pagar essa compra, ela recebeu R$ 17,94 de troco. Quantos reais ela usou para pagar essa compra? a)

Uma cédula de 100 reais.

b)

Uma cédula de 50 reais e uma de 20 reais.

c)

Uma cédula de 50 reais e uma de 10 reais.

d)

Uma cédula de 50 reais e duas de 20 reais.

Preço total das batatas: 3,5 ? 6,98 = 24,43 Preço total dos tomates: 1,2 ? 10,95 = 13,14 Preço total das laranjas: 2,8 ? 4,35 = 12,18 Preço total dos limões: 0,6 ? 3,85 = 2,31 Valor total da compra: 24,43 + 13,14 + 12,18 + 2,31 = 52,06 Assim, ela usou 52,06 + 17,94 = 70,00 reais para pagar a compra.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 28.

Divisão de números decimais por um número natural Ricardo e as colegas se reuniram para fazer um trabalho de Arte. Eles usaram R$ 68,40 para comprar os materiais. Na hora de pagar, dividiram esse valor entre cada um. Para calcularmos quantos reais cada um pagou, dividimos 68,40 por 3. y Quanto você acha que cada um pagou? Resposta pessoal.

PRESSMASTER/SHUTTERSTCOK.COM

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Matemática

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y

Agora, acompanhe a resolução dessa divisão por meio do algoritmo.

y

Ao dividirmos 6 dezenas por 3, obtemos 2 dezenas.

y

Ao dividirmos 8 unidades por 3, obtemos 2 unidade e sobra 2 unidades. Trocamos essas unidades que restaram por 20 décimos e juntamos aos 4 décimos já existentes, obtendo, assim, 24 décimos.

y

24 décimos divididos por 3 resultam em 8 décimos.

y

Portanto, cada um deles pagou R$ 22,80.

D U 6

d

8, 4

_ 6 0

3 2

2, 8

D U d

8

_ 6 2

4

_ 2

4

0 0 O grupo comprou folhas de cartolina que serão recortadas em 8 pedaços iguais. Sabendo que cada folha mede 66 cm de comprimento, quantos centímetros terá cada pedaço? y Faça uma estimativa do comprimento que cada pedaço de cartolina vai ter e anote-a na linha a seguir. Resposta pessoal.

y

Observe a resolução da divisão de 66 cm por 8 por meio do algoritmo.

_

D

U

6

6

8

6

4

8,

2

5

U

d

c

_

y

d

2

0

1

6

c

4

0

_ 4

0

0

0

Ao dividirmos 66 unidades por 8, obtemos 8 unidades e restam 2 unidades. Trocamos essas 2 unidades por 20 décimos e dividimos por 8. Obtemos 2 décimos com resto igual a 4 décimos. Trocamos 4 décimos por 40 centésimos, dividimos por 8 e obtemos 5 centésimos. Cada pedaço de cartolina terá 8,25 cm de comprimento.

Nesse trabalho, também foram usados 6 m de barbante cortados em 8 pedaços de mesma medida. Cada pedaço tem mais ou menos que 1 m de comprimento? ST CO

Observe como efetuar 6 : 8 por meio do algoritmo. U _ _

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d

OM

ER

y

K.C

Menos que 1 m.

SHU ORTIS/

TT

c

6

8

0

0,

7

5

U

d

c

6

0

5

6

0

4

0

_

4

0

0

0 223

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Ao dividirmos 6 inteiros por 8, obtemos 0 inteiro e restam 6 unidades, que são transformadas em 60 décimos. Dividindo 60 décimos por 8, obtemos 7 décimos e sobram 4 décimos, que são transformados em 40 centésimos. Ao dividirmos 40 centésimos por 8, obtemos 5 centésimos. Cada pedaço de barbante terá 0,75 m de comprimento. PRATIQUE!

68. Diego trabalha como motoboy e, em uma semana de trabalho, percorreu 660 km e consumiu 16 litros de gasolina. Quantos quilômetros Diego percorreu com 1 litro de gasolina? 660 : 16 = 41,25 41,25 km

69. Calcule: a) a metade de 3,94 m. 3,94 m : 2 = 1,97 m

b) a terça parte de R$ 1,68. R$ 1,68 : 3 = R$ 0,56

c) a quarta parte de 1,6 kg. 1,6 kg : 4 = 0,4 kg

d) a quinta parte de R$ 124,75. R$ 124,75 : 5 = R$ 24,95

70. Usando uma calculadora, resolva as divisões e escreva os resultados no quadro a seguir. 1,9 : 10 = 0,19

1,9 : 100 = 0,019

1,9 : 1 000 = 0,0019

125,7 : 10 = 12,57

125,7 : 100 = 1,257

125,7 : 1 000 = 0,1257

9,12 : 10 = 0,912

9,12 : 100 = 0,0912

9,12 : 1 000 = 0,00912

Observando os quocientes e a posição das vírgulas, escreva uma estratégia de cálculo para dividir mentalmente um número decimal por 10, 100 e 1 000. Para dividirmos um número decimal por 10, 100 ou 1 000, deslocamos a vírgula uma, duas ou três casas decimais para a esquerda, respectivamente.

71. Nas divisões a seguir, o divisor é diferente de 10, 100 ou 1 000. Calcule mentalmente essas divisões e, depois, confira com uma calculadora. a) 9,3 : 3 =

3,1

b) 20,16 : 4 =

5,04

c) 43,5 : 5 =

8,7

d) 49,2 : 8 =

6,15

72. Calcule mentalmente as divisões a seguir. a) 345,8 : 10 =

34,58

b) 14 : 100 =

0,14

c) 1,05 : 10 =

0,105

d) 3 000,6 : 1 000 = 224

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3,0006

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 29.

Divisão de número decimal por número decimal Vamos investigar regularidades em divisões de números naturais. Para isso, resolva as divisões a seguir. 15 : 3 =

5

150 : 30 =

5

1 500 : 300 =

5

40 : 5 =

8

400 : 50 =

8

4 000 : 500 =

8

56 : 8 =

7

560 : 80 =

7

5 600 : 800 =

7

O que você observa com relação: y

aos termos das divisões desse quadro? Os termos foram multiplicados por 10, 100 e 1 000.

y

aos quocientes encontrados em cada caso? São iguais.

Escreva uma frase para explicar as regularidades observadas. Ao multiplicar o dividendo e o divisor por um mesmo número diferente de zero, o quociente não se altera.

y

Agora, use essa regularidade na situação a seguir. O távio trabalha em uma loja de material de construção e vai distribuir 37,5 kg de pregos em embalagens com capacidade para 1,5 kg. Quantas embalagens são necessárias para embalar esses pregos preenchendo toda a sua capacidade? Para respondermos a essa pergunta, vamos efetuar 37,5 : 1,5. a) Por qual número você deve multiplicar os termos dessa divisão para obter números naturais? Por 10.

b) Efetue essas multiplicações e escreva a divisão usando esses novos termos. Em seguida, resolva essa divisão. _

3

7

3

0

_

5

7

5

7

5

0

0

1

5

2

5

Sakoodter

Stocker

/Shutterstock .COM

375 : 15

c) De quantas embalagens Otávio vai precisar? 25 embalagens.

Acompanhe a resolução de 12,88 : 2,3.

_

UM C

D

U

1

2

8

8

1

1

5

0

1

3

8

0

1

3

8

0

0

0

0

0

_

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2

3

0

5,

6

U

d

x 100

12,88 : 2,3 = 1 288 : 230 = 5,6 x 100

225

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PRATIQUE!

73. Davi dividiu igualmente R$ 37,80 entre seus filhos. Sabendo que cada um recebeu R$ 12,60, quantos são os filhos de Davi? 37,80 (? 100) : 12,60 (? 100) = 3 780 : 1 260 3 780 : 1 260 = 3 H 3 filhos.

74. Para dar uma volta completa, as rodas de uma bicicleta percorrem 4,36 m. Quantas voltas completas as rodas dessa bicicleta dão ao percorrer 152,6 m? 152,6 (? 100) : 4,36 (? 100) = 15 260 : 436 = 35 H 35 voltas.

RUSTLE/SHUTTERSTOCK.COM

75. Pedro tem um rolo com 25,2 m de fita e vai costurar essa fita ao redor de toalhas de mesa como a que aparece representada ao lado. Quantas toalhas Pedro vai conseguir costurar com esse rolo de fita?

0,85 m

1,25 + 1,25 + 0,85 + 0,85 = 4,2 25,2 (? 10) : 4,2 (? 10) = 252 : 42 = 6 H 6 toalhas de mesa.

1,25 m

76. Arnaldo é feirante e está embalando alguns produtos em quantidades menores para vender. No quadro a seguir, estão algumas informações sobre esses produtos, como o preço por quilograma e a massa aproximada de cada embalagem. Produto

Preço por kg

Massa aproximada de cada embalagem

64,5 kg de cenouras

R$ 3,98

1,5 kg

46,5 kg de pimentões

R$ 5,14

0,5 kg

9,5 kg de cebolas

R$ 4,00

0,250 kg

a) Quantas embalagens de cada produto Arnaldo vai obter? Cenouras: 64,5 (? 10) : 1,5 (? 10) = 645 : 15 = 43 embalagens de cenouras Pimentões: 46,5 (? 10) : 0,5 (? 10) = 465 : 5 = 93 embalagens de pimentões Cebolas: 9,5 (? 1 000) : 0,250 (? 1 000) = 9 500 : 250 = 38 embalagens de cebolas Arnaldo vai obter 43 embalagens de cenouras; 93 embalagens de pimentões; 38 embalagens de cebolas.

b) Em uma manhã, Arnaldo vendeu 8 embalagens com cenouras, 10 embalagens com pimentões e 12 embalagens com cebolas. A metade da quantia arrecadada com essa venda será utilizada para pagar a conta de luz. Qual é o valor dessa conta de luz? Cenouras: 3,98 ? 1,5 ? 8 = 5,97 ? 8 = 47,76 H R$ 47,76 Pimentões: 5,14 ? 0,5 ? 10 = 2,57 ? 10 = 25,70 H R$ 25,70 Cebolas: 4 ? 0,250 ? 12 = 1 ? 12 = 12,00 H R$ 12,00 R$ 47,76 + R$ 25,70 + R$ 12,00 = R$ 85,46 85,46 : 2 = 42,73 O valor da conta de luz é R$ 42,73. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 18 da seção Amplie.

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Matemática

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Matemática no dia a dia Os números decimais estão em diversas situações de nosso dia a dia. Pesquisar preços em encartes de ofertas de supermercados é uma delas. Converse com o professor e os colegas sobre as questões a seguir. 1. Você e sua família têm o hábito de pesquisar ofertas nesses encartes? Resposta pessoal.

2. Alguma vez você ou sua família comprou algum produto apenas para aproveitar uma dessas ofertas, sem que estivesse de fato precisando desse produto? Resposta pessoal.

3. Traga para a sala de aula um encarte de ofertas de supermercado e, observando os produtos, responda às questões. a) Qual é o preço do produto mais caro anunciado nesse encarte? Resposta pessoal.

b) Qual é o preço do produto mais barato? Resposta pessoal.

c) Que produtos desse encarte você compraria com R$ 25,00? Resposta pessoal.

4. Escolha dois produtos desse encarte, recorte-os e cole-os no espaço a seguir com o preço. Em seguida, escreva um problema envolvendo uma das operações estudadas e esses produtos. Depois, troque de livro com um colega para que cada um resolva o problema que o outro criou. Indicamos orientar os estudantes a não escolher bebidas alcoólicas ou produtos proibidos para menores de 18 anos. Apesar de ser uma simulação, é importante alertá-los que alguns produtos têm venda proibida para menores.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 30.

Potenciação de números decimais y

Usando o que você já sabe sobre potenciação, considere a situação a seguir. Fernando é lutador de boxe. O ringue tem a forma de um quadrado cuja medida do lado está indicada na figura a seguir. Como você faria para determinar a área desse ringue em metros quadrados?

JOÃO PAULO MELO

4,8 m ? 4,8 m = 23,04 m2

4,8 m

Represente esse cálculo por meio de uma potência. (4,8)2

y

Acompanhe o cálculo de potências de números decimais. (2,9)2 = 2,9 ? 2,9 = 8,41 (0,6)3 = 0,6 ? 0,6 ? 0,6 = 0,216 (6,9)0 = 1 (3,7)1 = 3,7

PRATIQUE!

77. Calcule as potências a seguir. a) (1,8)2 =

1,8 ? 1,8 = 3,24

d) (4,6)0 =

1

b) (0,5)3 =

0,5 ? 0,5 ? 0,5 = 0,125

e) (9,85)1 =

9,85

c) (0,2)4 =

0,2 ? 0,2 ? 0,2 ? 0,2 = 0,0016

f) (3,8)2 =

14,44

78. Bruno vai cobrar R$ 55,00 por metro quadrado para trocar o piso de uma cozinha. Que quantia Bruno vai receber por esse serviço, sabendo que o piso dessa cozinha tem a forma de um quadrado de lado igual a 2,80 m? (2,8)2 = 7,84 7,84 ? 55 = 431,20 H R$ 431,20

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 19 e 20 da seção Amplie.

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Amplie 1. Complete o quadro a seguir com as informações que estão faltando.

Figura

Fração da figura em amarelo

Leitura

4 5

Quatro quintos.

1

Um décimo.

10

7

Sete doze avos.

12

2. Em uma pesquisa realizada com 840 funcionários, uma empresa descobriu que a bicicleta é o meio de transporte usado por 5 desses funcionários. Quantos funcionários dessa empresa 12 usam a bicicleta como meio de transporte? 5 de 840 = 12 = 840 : 12 = 70 70 ? 5 = 350 350 funcionários.

3. Em uma turma do 6o ano, 8 estudantes usam óculos, o que corresponde a 2 do total de estu7 dantes dessa turma. Quantos estudantes há nessa turma? 2

do total de estudantes correspondem a 8 estudantes 7 8:2=4 4 ? 7 = 28 28 estudantes.

4. Quais das frações a seguir representam 8 inteiros? 24 6

96 12

e

56 7

=8

96 12

56 7 72 8

5. Por qual número você deve multiplicar o numerador e o denominador da fração 7 para obter a 8 fração equivalente 28 ? 32 Por 4.

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6. Simplifique as frações a seguir. a) 49 7 14 2

c) 120 380

b) 15 1 60 4

d) 108 135

12 38 12 15

6

=

=

19 4 5

7. Aline e João se reuniram para resolver uma lista de atividades. Aline já resolveu 2 dessa lista, e 5 João resolveu 3 . Quem resolveu a maior quantidade de atividades? 7 2

4

=

14

35

3

e

15

=

7

35

João resolveu a maior quantidade de atividades.

3 no eixo numérico a seguir. 4

8. Marcelo representou a fração 0

3 4

1

Marcelo acertou a representação dessa fração? Por quê? Não, pois, como o inteiro foi dividido em 12 partes, a fração equivalente a

3 4

é a fração

9 12

, então ele deveria ter representado a fração na marca 9 dessa reta, e não na

marca 10, como fez.

1 3 da mesma de uma encomenda de doces na segunda-feira e, na terça-feira, fez 8 5 encomenda. Que fração dessa encomenda Carina ainda precisa fazer?

9. Carina fez

1 8

+

40 40

3

=

5

29

_

40

5

+

40 =

24 40

=

29 40

11 40

Carina ainda precisa fazer

11 40

da encomenda de doces.

10. Que número deve ser adicionado à fração três quintos para se obter a fração onze décimos? 11 10

_

3 5

=

11 10

_

6 10

=

5 10

=

1 2

A fração

1 2

.

11. Pinte os triângulos nas figuras a seguir para representar a fração

15 . 14

y Escreva essa fração na forma de número misto. 3

3 4

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12. José vai usar 1 da quantidade de morangos de uma caixa para fazer um suco. José vai usar a 5 metade da quantidade de morangos que sobraram dessa caixa para fazer o recheio de uma 1 torta. De quantas caixas iguais a essa ele vai precisar para fazer o recheio de 7 dessa torta? 2 5 1 4 4 4 1 2 5 7

_

1 2

?

5 2 5

= ?

5 15 2

e

?

5 2 5

:2= =

30 10

5

?

2

=

5

=3

3 caixas.

1 13. Qual dos números decimais a seguir representa a fração ? 2 a) 12,5 0,5 = 5 = 1 10 2 b) 0,5 c) 0,41 d) 0,24 14. No eixo numérico a seguir, cada ponto corresponde a um número decimal. D

F

A

E

2,6

C

B

2,7

2,8

a) Leia as informações e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. V

O ponto E corresponde ao número duzentos e setenta e um centésimos.

V

D = 2,61

F

O número indicado pelo ponto A é maior que o número indicado pelo ponto C.

V

O número indicado pelo ponto B é maior que o número indicado pelo ponto D.

F

O ponto D corresponde ao número 2,7.

F

Os números indicados pelos pontos F e D têm a mesma parte decimal.

b) Arredonde para um número natural o número indicado pelo ponto B. 3

15. Observe os números nas fichas a seguir. A

B

C

D

5,75

0,16

2,19

0,129

Escreva esses números em ordem crescente. 0,129 < 0,16 < 2,19 < 5,75

Arredonde o número da ficha: y A para o número natural mais próximo. y B para o décimo mais próximo.

6

0,2

y C para o número natural mais próximo. y D para o centésimo mais próximo. Matemática

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2 0,13

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16. O supermercado do bairro está com algumas ofertas.

Sabão em pó (caixa de 2 kg) de R$ 13,19 por R$ 11,87.

JOÃO PAULO MELO

Café (embalagem de 500 g) R$ 9,94. Na compra da segunda unidade, pague R$ 4,99.

Leite (caixa de 1 L) de R$ 3,79 por R$ 3,25.

•M arina comprou 2 pacotes de café, uma caixa de leite e uma caixa de sabão em pó. Quantos reais ela economizou com as ofertas? 9,94 + 4,99 + 3,25 + 11,87 = 30,05 9,94 + 9,94 + 3,79 + 13,19 = 36,86 36,86 – 30,05 = 6,81 H R$ 6,81

•M arina recebeu R$ 19,95 de troco. Com que quantia Marina pagou essa compra? a) 100 reais b) 50 reais c) 20 reais 17. Calcule: a) o triplo de 1,08. 3 ? 1,08 = 3,24

b) o quádruplo de 7,9. 4 ? 7,9 = 31,6

c) o dobro de 9,2 adicionado a 11,6. 2 ? 9,2 = 18,4 18,4 + 11,6 = 30

48,75 (? 1 000) : 0,250 (? 1 000) = 48 750 : 250 = 195 Leandro vai usar 195 pacotes.

19. Ao elevar o número 3,5 ao cubo, que potência você encontra? 3,5 ? 3,5 ? 3,5 = 42,875

20.Veja a quantia que Caio e Maria gastaram em uma lanchonete. Determine quem gastou a maior quantia, justificando sua resposta com cálculos. Caio: 2 ? 5,2 = 10,4

JOÃO PAULO MELO

18. Leandro vai distribuir 48,75 kg de café em pacotes com capacidade para 0,250 kg. Quantos pacotes Leandro vai usar?

EU GASTEI O QUADRADO DE R$ 5,20.

EU GASTEI O DOBRO DE R$ 5,20.

Maria: (5,2)2= 27,04 Maria gastou a maior quantia.

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Síntese

Números racionais e operações

1. Escreva a operação que está relacionada às frações descritas em cada frase a seguir. a) Determinamos frações equivalentes às frações dadas obtendo denominadores iguais. Adição ou subtração.

b) Multiplicamos a primeira fração pelo inverso da segunda. Divisão.

2. Escreva a operação envolvendo decimais descrita em cada uma das frases a seguir. a) Escrevemos os algarismos observando a ordem de cada um, colocando unidades abaixo de unidades, décimos abaixo de décimos, centésimos abaixo de centésimos e assim por diante. Dessa forma, temos vírgula debaixo de vírgula. Adição e subtração.

b) Multiplicamos os números como se fossem números naturais e colocamos a vírgula no resultado, de modo que a quantidade de casas decimais seja a mesma que a soma da quantidade de casas decimais dos fatores. Multiplicação.

c) Quando a operação realizada não é exata, trocamos as unidades por décimos e continuamos a operação, colocando uma vírgula no quociente. Divisão.

d) Multiplicamos a base por ela mesma quantas vezes indicar o expoente. Potenciação.

3. Escreva uma fração e o que indica o numerador e o denominador dessa fração. Sugestão de resposta:

5

. Nessa fração, 5 é o numerador, e 7 é o denominador. O numerador indica a parte considerada do inteiro; o denomina7 dor, em quantas partes iguais o inteiro foi dividido.

4. Explique quando duas frações são equivalentes e dê um exemplo. Multiplicando ou dividindo o numerador e o denominador de uma fração por um mesmo número natural diferente de zero, obtemos outra fração equivalente à fração dada.

5 :5 10 : 5

=

1 2

5. Pinte de verde o retângulo que tem a explicação de parte decimal de um número decimal e de amarelo o que explica a parte inteira. Fica à esquerda da vírgula.

Fica à direita da vírgula.

Amarelo

Verde

>>> Acelere Para acelerar seus resultados assista ao vídeo sobre esse conteúdo.

6. Explique como comparar números decimais. Na comparação de números decimais, começamos a comparar os números pela maior ordem. O algarismo que apresentar primeiro um valor maior em uma das ordens vai compor o maior número decimal. https://ftd.li/s202mat61601oau005

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CAPÍTULO

3 1

Grandezas, medidas e ângulos Aqui começa o conteúdo referente à aula 31.

AL

IB FR

EIR

1

Quantos metros de ciclovias havia nas capitais do Brasil em 2022? 4 146 000 m.

2

Qual é a massa mínima que uma bicicleta de corrida pode atingir, em gramas? 6 800 g.

3

Para dar uma volta completa, a roda da bicicleta dá um giro de quantos graus? Um giro de 360°.

4

Em sua cidade há ciclovias? Resposta pessoal.

H O/S

UT

R TE

C STO

K.C

A bicicleta como meio de transporte está em expansão no Brasil. Em 2022, já eram 4 146 km de vias destinadas aos ciclistas nas capitais. Além de ser um meio de transporte, a bicicleta pode também ser usada em esportes. A massa mínima que uma bicicleta de corrida pode ter é 6,8 kg. Qualquer pessoa que pedala por longos períodos, a cada 15 ou 20 minutos de pedalada, deve beber aproximadamente 250 mL de água.

OM

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Habilidades da BNCC

Medidas de comprimento

EF06MA24 EF06MA25

ELIANE RAMOS

Observe na imagem a seguir a distância percorrida por uma bicicleta em uma volta completa de cada uma de suas coroas, que são uma espécie de engrenagem que fica acoplada ao pedal da bicicleta.

3,16 m

EF06MA26 EF06MA27

#ficaadica O Sistema Internacional de Unidades (SI) define o metro como a distância percorrida pela luz no 1 vácuo em . 299 792 458

4,36 m

http://ftd.li/dmzf2h

5,52 m

y

Com que coroa a bicicleta percorre a maior distância?

ST E AM

RO

S/ R_BLUE SHUTTER

Quantos centímetros a bicicleta percorre a mais usando a coroa 2 do que usando a coroa 1?

roda

OM

corrente

coroa catraca

ST OC

120 cm a mais.

K.C

y

LLE

Com a coroa 3.

As distâncias indicadas na imagem anterior estão em metros. Metro é uma unidade de medida padrão de comprimento. Ele surgiu aproximadamente há dois séculos, quando alguns cientistas, reunidos na França, padronizaram algumas medidas, dando origem ao sistema métrico decimal. Nesse sistema, as unidades derivadas são múltiplos e submúltiplos da unidade-padrão. Observe no quadro a seguir a relação entre o metro e seus múltiplos e submúltiplos. Unidade-padrão

Múltiplos

Submúltiplos

Quilômetro

Hectômetro

Decâmetro

Metro

Decímetro

Centímetro

Milímetro

km

hm

dam

m

dm

cm

mm

1 000 m

100 m

10 m

1m

0,1 m

0,01 m

0,001 m

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Com base nesse quadro, é possível fazer a conversão de uma medida em uma unidade para outra unidade. Observe. y 5,52 quilômetros em metros. x 1 000

km

hm

dam

m

dm

cm

mm

5,

5

2

0

m

dm

cm

mm

4,

3,

6

dm

cm

5,52 km equivalem a 5 520 m. y

4,36 metros em decímetros. km

hm

x 10

dam

4,36 m equivalem a 43,6 dm. y

5 metros em quilômetros. : 1 000

km

hm

dam

m

0,

0

0

5

mm

5 m equivalem a 0,005 km. PRATIQUE!

1. A régua é um dos instrumentos usados para medir comprimento. a) Escreva o comprimento do lápis representado a seguir em cm e mm.

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

ORACICART

0

9,4 cm ou 94 mm.

b) Use uma régua para medir o comprimento de sua caneta e escreva a medida encontrada em cm e mm. A resposta depende do comprimento da caneta.

c) Que outros instrumentos usados para medir comprimento você conhece? Resposta pessoal. Exemplos de resposta: Metro articulado ou metro de pedreiro, trena, fita métrica, trena digital, entre outros.

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16


2. Converta as medidas a seguir. a) 4,5 cm em m. 4,5 cm equivalem a 0,045 m. b) 0,345 km em m. 0,345 km equivale a 345 m. c) 9 cm em dm. 9 cm equivalem a 0,9 dm. d) 2,7 m em mm. 2,7 m equivalem a 2 700 mm. e) 1,895 m em dm. 1,895 m equivale a 18,95 dm. 3. Diego foi visitar seus avós, que moram em outro bairro, e percorreu 1 439 m do trajeto de 2 ônibus. Sabendo que o trajeto percorrido de ônibus por Diego corresponde a da distância 5 total entre sua casa e a casa dos avós, qual é a distância entre essas duas casas em quilômetros? Arredonde a resposta para o decimo mais próximo. 2 da distância total correspondem a 1 439 m. 5 1 439 : 2 = 719, 5 719,5 ? 5 = 3 597,5 m 3 597,5 m equivalem a 3,5975 km. Arredondando, temos: 3,6 km.

4. Mountain bike ou bicicleta de montanha é um tipo de bicicleta usado para percorrer trajetos com irregularidades e obstáculos em terrenos acidentados. Observe na imagem a seguir o tamanho correto de uma mountain bike de acordo com a altura do ciclista.

Sua altura: de

Sua altura: de

Sua altura: de

Sua altura: de

1,65 m

1,72 m

1,77 m

1,83 m

até

até

até

até

1,71 m

1,76 m

1,82 m

1,90 m

S

M

L

XL

bicicletas de quadro de 15" a 16", ou tamanho S

bicicletas de quadro de 17" a 18", ou tamanho M

bicicletas de quadro de 19" ou tamanho L

ELIANE RAMOS

Tamanho correto para sua mountain bike

bicicletas de quadro de 21" ou tamanho XL

a) Qual é o tamanho correto da mountain bike para uma pessoa de 170 cm de altura? O tamanho S.

b) Sabendo que 16" significa 16 polegadas e que 1 polegada equivale a 2,54 cm, escreva a medida correta do quadro da bicicleta em centímetros para uma pessoa de 180 cm de altura. 180 cm equivalem a 1,80 m. 19 ? 2,54 = 48,26 48,26 cm

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c) Uma bicicleta com quadro de 53,34 cm serve para uma pessoa com que altura? 53,34 : 2,54 = 21 Para o quadro de 21 polegadas (tamanho XL), a altura da pessoa deve estar entre 1,83 m e 1,90 m.

d) Eduardo tem 1,43 m de altura. Quantos centímetros ele ainda precisa crescer para poder andar em uma bicicleta de tamanho S? 1,65 – 1,43 = 0,22 22 cm Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 32.

Elaborar problemas que envolvem medidas de comprimento y

Para elaborar um problema, é preciso atentar-se a alguns detalhes: A(s) operação(ões) usada(s) para resolver o problema.

y

Os dados apresentados no enunciado, lembrando que enunciado é o texto do problema.

y

Verificar se o enunciado criado apresenta, de fato, um problema a ser resolvido.

WAVEBREAKMEDIA/SHUTTERSTOCK.COM

Pedro saiu da escola às 11h45 e resolveu contar quantos passos ele precisava dar para percorrer uma quadra, de um canto até o canto oposto. Ao chegar ao fim da quadra, ele havia contado 105 passos. Sabendo que cada passo de Pedro mede 94 cm, qual é o comprimento dessa quadra, em metros?

y

EDITORIA DE ARTE

Existem problemas que apresentam dados que não são usados em sua resolução. Leia o enunciado do problema a seguir.

Quais são os dados apresentados no enunciado desse problema? O horário que Pedro saiu da escola, a quantidade de passos que ele percorreu e a medida aproximada de cada passo.

y

Qual é a pergunta do problema? Qual é o comprimento da quadra em metros?

y

Que operações você pode usar para resolver esse problema? A multiplicação e a divisão.

y

Agora, resolva o problema. 105 ? 94 cm = 9 870 cm 9 870 : 100 = 98,7 A quadra tem 98,7 m de comprimento.

y Que dado desse problema não foi usado em sua resolução? O horário em que Pedro saiu da escola?

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PRATIQUE!

5. Elabore uma pergunta usando os dados a seguir. Para respondê-la, deve ser feita uma conversão de medidas envolvendo as unidades de medida estudadas. a) Para ir ao trabalho, Marcelo percorre 3,5 km de ônibus e 350 m a pé. Resposta pessoal.

b) Fabiana vai costurar uma barra decorativa ao redor de 12 toalhas de mesa redonda e, para isso, ela vai usar os 11,40 m de fita que sobraram em um rolo. Resposta pessoal. As perguntas formuladas pelos estudantes podem envolver qualquer uma das quatro operações. É importante observar se os estudantes inserem, além das operações, as conversões de unidades.

y Troque de livro com um colega para responder às perguntas que ele criou. Enquanto isso, ele responde àquelas criadas por você. Depois, verifiquem juntos o que fizeram e se resolveram corretamente os problemas.

ELIANE RAMOS

6. Com base na cena a seguir, elabore um problema. Em seguida, troque de livro com um colega para resolver o problema que ele elaborou. Enquanto isso, ele resolve aquele que você criou. Depois, verifiquem juntos o que fizeram e se resolveram corretamente os problemas.

Resposta pessoal.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 2 da seção Amplie. Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 33.

Medidas de superfície IEA/ARQUIVO DA EDITORA

Observe a situação a seguir. Paula reformou o banheiro do apartamento onde mora. Verifique como ficou uma das paredes desse banheiro depois da reforma. y Quantos azulejos foram usados para revestir essa parede? Como você fez para descobrir? 48 azulejos. Os estudantes podem ter contado os azulejos um a um ou contado a quantidade de azulejos de uma linha e multiplicado pela quantidade de azulejos de uma coluna: 8 ? 6 = 48.

Ao calcular a quantidade de azulejos usados para revestir a parede, você mediu a superfície, ou seja, calculou a área dessa parede. Nessa situação, os azulejos foram considerados unidades de medida de área. Santa Cruz de Minas (Minas Gerais) é a menor cidade do Brasil em extensão territorial. Essa cidade tem apenas 3,565 km2 de área. A superfície ocupada pela cidade de Santa Cruz de Minas foi dada em quilômetros quadrados (km2). Quilômetro quadrado é uma das unidades usadas para medir superfície e equivale à área de um quadrado de 1 km de lado. Brasil: localização da cidade de Santa Cruz (Minas Gerais) -50°

VENEZUELA GUIANA

GUIANA FRANCESA SURINAME

COLÔMBIA

RR

Equador

OCEANO ATLÂNTICO

AP

AM

PA

CE

MA PI

AC

PE

TO

RO

PB AL

SE

área = 1 km2

BA

MT

PERU

RN

1 km

DF GO

BOLÍVIA

OCEANO PACÍFICO pricórnio

Ca Trópico de

MG Santa Cruz de Minas

MS SP

PARAGUAI

ES

RJ

OCEANO ATLÂNTICO

0

540 km

1 km

PR

CHILE

SC ARGENTINA

URUGUAI

EA/ARQUIVO DA EDITORA

RS

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018.

240

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Matemática

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A unidade-padrão para medidas de uma superfície é o metro quadrado, representado por m2. Assim como o metro, o metro quadrado tem seus múltiplos e submúltiplos, conforme indicado a seguir. Unidade-padrão

Múltiplos

Submúltiplos

Quilômetro quadrado

Hectômetro quadrado

Decâmetro quadrado

Metro quadrado

Decímetro quadrado

Centímetro quadrado

Milímetro quadrado

km2

hm2

dam2

m2

dm2

cm2

mm2

1 000 000 m2

10 000 m2

100 m2

1 m2

0,01 m2

0,0001 m2

0,000001 m2

Observe como fazer a conversão de medida de área de uma unidade em outra. y

A área de Santa Cruz de Minas em hm2. x 100

km2

hm2

dam2

m2

dm2

cm2

mm2

3,565 km2 equivalem a 356,5 hm2.

y

25 m2 em cm2.

km2

x 10 000

hm2

dam2

m2

dm2

cm2

mm2

m2

dm2

cm2

mm2

25 m2 equivalem a 250 000 cm2.

y

58 m2 em hm2. : 10 000

km2

hm2

dam2

58 m2 equivalem a 0,0058 hm2. Ao converter unidades de medidas em seus múltiplos e submúltiplos, os valores indicados são equivalentes, ou seja, indicam a mesma medida, mas em unidades de medida diferentes. Isso quer dizer que 58 m2 é equivalente a 0,0058 hm2.

Matemática

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241

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PRATIQUE!

7. Observe as figuras na malha quadriculada a seguir.

1 cm

ACERVO DA EDITORA

1 cm

A

B

Escreva no quadro a seguir a área de cada figura em centímetro quadrado (cm2) e em metro quadrado (m2). Figura

A

B

Área em cm2

10

8

Área em m2

0,001

0,0008

8. Converta as medidas em: a) metros quadrados. y 18 km2 18 km² equivalem a 18 000 000 m² y 4,76 km² 4,76 km² equivalem a 4 760 000 m² y 0,06 hm² 0,06 hm² equivale a 600 m² y 2 000 cm² 2 000 cm² equivalem a 0,2 m² b) centímetros quadrados. y 45 m² 45 m² equivalem a 450 000 cm² y 2,8295 hm² 2,8295 hm² equivalem a 282 950 000 cm² y 15,09 m² 15,09 m² equivalem a 150 900 cm² y 0,005 m² 0,005 m² equivale a 50 cm²

242

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Matemática

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9. Na tabela a seguir, estão as áreas dos três municípios menos populosos do Brasil. Área dos municípios menos populosos do Brasil Município

Área (em km 2)

Serra da Saudade (Minas Gerais)

335,659

Borá (São Paulo)

118,951

Araguainha (Mato Grosso)

678,530

Fonte: CIDADES. IBGE, Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso em: 14 fev. 2023.

a) Que município ocupa a menor área territorial? Borá.

b) Que município ocupa a maior área territorial? Araguainha.

c) Escreva a área ocupada pelo município de: y Serra da Saudade em metros quadrados: 335,659 km2 equivalem a 335 659 000 m2.

y Borá em hectômetros quadrados: 118,951 km2 equivalem a 11 895,1 hm2.

y Araguainha em hectômetros quadrados: 678,530 km2 equivalem a 67 853 hm2. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 34.

Unidades de medidas agrárias Observe no gráfico a seguir, a evolução do desmatamento na Amazônia brasileira.

350 200

1 168

1324

1291 1085

050

1013

900 750

ELIANE RAMOS

Quantidade desmatada (em milhares de m hectares)

Dados de desmatamento na Amazônia brasileira

789 746

600

700

642 457

450

589

695

754

621 501

350 150 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Ano Fonte: MONITORAMENTO do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. INPE, São José dos Campos, 2022. Disponível em: http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/programas/amazonia/prodes. Acesso em: 14 jul. 2023.

Matemática

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243

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y Em que ano o desmatamento foi maior? Em 2021.

y Que unidade de medida foi usada para indicar a área desmatada? Hectare.

O hectare (ha) é uma das unidades de medida agrária. Além do hectare, temos o are (a) e o alqueire. As unidades de medida agrária são usadas para medir a extensão de terras em sítios, chácaras e fazendas. Um hectare é igual à medida da área de um quadrado com 100 m de lado. Escreva a área de cada quadrado abaixo.

100 m

10 000 m2

1 ha2

100 m

1 ha

1 ha

No quadro a seguir está a relação entre as unidades de medida agrária e o metro quadrado. 1 hectare

10 000 m 2

1 are

100 m 2

1 alqueire paulista

24 200 m 2

1 alqueire mineiro

48 400 m 2

10. Tadeu vai comprar um sítio e ficou interessado neste anúncio. Qual é o preço desse sítio? 2,8 ha equivalem a 28 000 m2.

ELIANE RAMOS

PRATIQUE!

28 000 ? 9,8 = 274 400 R$ 274.400,00

11. A fazenda de Murilo tem 5,9 ha de área, e 5 980 m2 dessa área é usada para a plantação de café. Que área dessa fazenda não é usada na plantação de café? 5,9 ha equivalem a 59 000 m2. 59 000 – 5 980 = 53 020 53 020 m2

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Matemática

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12. Um terço da área de uma chácara de 75,9 are (a) é reservada para a criação de galinhas e porcos. Quantos metros quadrados dessa chácara são reservados para essas criações? 75,9 : 3 = 25,3 a 25,3 a ? 100 = 2 530 m2 2 530 m2

13. Um terreno de 193,6 ha será dividido em lotes de mesma área. a) Sabendo que cada lote terá 1 alqueire paulista de área, quantos lotes serão obtidos? 1 alqueire paulista equivale a 24 200 m2. 24 200 m2 equivalem a 2,42 ha. 193,6 : 2,42 = 80 80 lotes.

b) Se cada lote tivesse 1 alqueire mineiro de área, quantos lotes seriam obtidos? O alqueire mineiro mede o dobro do alqueire paulista, então seriam obtidos 40 lotes. 193,6 : 4,84 = 40 40 lotes.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 4 e 5 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 35.

Elaborar problemas que envolvem medidas de superfície

A maior piscina do mundo, registrada no livro Guiness, está localizada no Chile, em San Alfonso del Mar, cobrindo um terreno de

EDITORIA DE ARTE

Leia o problema a seguir, proposto na prova do Enem de 2014.

8 hectares de área. Sabe-se que 1 hectare corresponde a 1 hectômetro quadrado. Qual é o valor, em metros quadrados, da área coberta pelo terreno da piscina? a) 8. b) 80. c) 800. d) 8 000. e) 80 000.

Matemática

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Complete o quadro a seguir com as informações dadas no problema. O que o problema fornece Área coberta pelo terreno da piscina.

O que eu preciso calcular Área coberta pelo terreno da piscina em metros quadrados.

Valor de 1 ha em hectômetro quadrado.

y Que operação pode ser usada na resolução desse problema? Multiplicação.

y Use essa operação e resolva o problema. 8 ha equivalem a 8 hm2. 8 hm2 equivalem a 80 000 m2.

PRATIQUE!

14. Leia os problemas a seguir. I. Quantas toneladas de acerola são produzidas em 6,2 km2 de terra, se em 1 ha a produção é de cerca de 45 toneladas? II. Marcelo vai comprar um apartamento anunciado pela imobiliária em que sua namorada trabalha. Quantos reais Marcelo vai pagar por um apartamento de 85 m2? III. Pamela vai dividir seu sítio de 100 ha em 5 partes. Duas delas serão destinadas à plantação no sistema agroflorestal, uma parte será destinada à criação de animais e duas partes destinadas ao lazer em que haverá uma quadra poliesportiva com 900 m2 de área. Qual é a área destinada à criação de animais? a) Um desses problemas não pode ser resolvido. Descubra qual é e justifique por que ele não pode ser resolvido. O problema II, pois não foi informado o valor do metro quadrado do apartamento.

b) Um dos problemas tem excesso de dados. Descubra qual é o problema e os dados em excesso. O problema III. A área da quadra poliesportiva.

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Matemática

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ELIANE RAMOS

15. Elabore um problema com base no anúncio a seguir.

y Em seguida, troque de livro com um colega para resolver o problema que ele elaborou. Enquanto isso, ele resolve o problema que você criou. Depois, verifiquem juntos o que fizeram e se resolveram corretamente os problemas. Resposta pessoal.

Pedro mora em Belo Horizonte e vai construir uma piscina em sua chácara, de 28,5 alqueires de terra...

EDITORIA DE ARTE

16. Termine de elaborar o problema iniciado abaixo. Em seguida, troque de livro com um colega para resolver o problema que ele elaborou. Enquanto isso, ele resolve o que você criou. Depois, verifiquem juntos o que fizeram e se resolveram corretamente os problemas.

Resposta pessoal.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 6 da seção Amplie. Matemática

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247

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 36.

Medidas de massa Observe na imagem a seguir a quantidade de plástico produzido no mundo desde 1950.

ALEXANDRE AFFONSO/REVISTA PESQUISA FAPESP

Crescimento acelerado

1950

1960

1970

1980

1990

2000

2010

2016

2030

Fonte: VASCONCELOS, Yuri. Planeta Plástico. Revista Fapesp, São Paulo, jul. 2019. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/planeta-plastico/. Acesso em: 14 jul. 2023.

y De quanto foi o aumento da produção de plástico entre 1990 e 2016? O aumento foi de aproximadamente 276 milhões de toneladas.

y Considere que a população de 2016 era avaliada em 7,5 bilhões de habitantes e faça uma estimativa da massa de plástico, em quilograma (kg), consumida por pessoa no mundo, naquele ano. 396 : 7,5 = 52,8. Temos o consumo de 52,8 kg de plástico por pessoa no mundo, em 2016.

O quilograma (kg) é a unidade-padrão de medida de massa. Além do quilograma, as unidades de medida de massa mais usuais são o grama (g) e o miligrama (mg). Observe no quadro a seguir a relação entre as unidades de medida de massa. Quilograma

Hectograma

Decagrama

Grama

Decigrama

Centigrama

Miligrama

kg

hg

dag

g

dg

cg

mg

1 000 g

100 g

10 g

1g

0,1 g

0,01 g

0,001 g

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Matemática

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Tonelada e arroba também são unidades de medida de massa. Uma tonelada (t) equivale a 1 000 kg. A arroba é uma unidade muito usada no comércio de carnes. Uma arroba equivale a 15 kg. Observe como escrever: y

4,5 kg em g. kg

hg

dag

g

dg

cg

mg

4,

5

0

0

g

dg

cg

mg

0,

7,

8

g

dg

cg

mg

0,

1

2

0

4,5 kg equivalem a 4 500 g. y

0,78 g em dg. kg

hg

dag

0,78 g equivale a 7,8 dg. y

120 mg em g. kg

hg

dag

120 mg equivalem a 0,12 g. y

5,9 t em kg. 5,9 t equivalem a 5 900 kg.

y

2 300 kg em t. 2 300 kg equivalem a 2,3 t.

y

3,5 arrobas em kg. 3,5 arrobas equivalem a 52,5 kg.

PRATIQUE!

17. Quantos quilogramas tem um boi de 17,5 arrobas? 17,5 ? 15 = 262,5 262,5 kg

Matemática

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18. Converta as medidas de massa em cada caso a seguir. a) 1,5 kg em g. 1,5 kg equivale a 1 500 g. b) 2 mg em g. 2 mg equivalem a 0,002 g. c) 95 000 kg em t. 95 000 kg equivalem a 95 t. d) 250 g em mg. 250 g equivalem a 250 000 mg. e) 15,9 t em kg. 15,9 t equivalem a 15 900 kg. f) 8 g em mg. 8 g equivalem a 8 000 mg. 19. A imagem mostra três caminhões na balança, indicando a tara, que é a massa o caminhão sem carga, e a massa total indicada no momento da pesagem.

2

3 BENTINHO

1

y Que caminhão está carregado com a carga de maior massa? Massa da carga do caminhão 1: 19 t _ 7 t = 12 t Massa da carga do caminhão 2: 23 t _ 12 t = 11 t Massa da carga do caminhão 3: 34 t _ 25 t = 9 t

20.Marcelo vai usar 3,5 kg de farinha de trigo em uma encomenda de bolos que recebeu. Observe, na balança, a quantidade de farinha de trigo que Marcelo tem em casa.

ELIANE RAMO

Caminhão 1.

Quantos gramas de farinha de trigo faltam para Marcelo fazer essa encomenda? 3,5 ? 1 000 = 3 500 3 500 _ 1 750 = 1 750 1 750 g

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 7 da seção Amplie.

250

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Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 37.

Medidas de capacidade

ELIANE RAMOS

Observe na imagem a seguir a quantidade de água utilizada na produção de um copo descartável e o consumo de água para lavar um copo reutilizável.

Capacidade é a quantidade de líquido que um recipiente pode armazenar, e litro e mililitro são unidades de medida de capacidade. O litro (L) é a unidade-padrão para medir capacidade. As unidades mililitro (mL) e centilitro (cL) são submúltiplos do litro. No quadro a seguir está a relação entre as unidades de medida de capacidade.

y

1L

1 000 mL

1 mL

0,001 L

1L

100 cL

1 cL

0,01 L

Observe como escrever: 3 L em mL. 3 L equivalem a 3 000 mL.

y

300 mL em L. 300 mL equivalem a 0,3 L.

y

5,7 L em cL. 5,7 L equivalem a 570 cL.

Matemática

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PRATIQUE!

21. Escreva: a) 0,5 L em mL. 0,5 L equivale a 500 mL. b) 250 mL em L. 250 mL equivalem a 0,25 L. c) 1 300 cL em L. 1 300 cL equivalem a 13 L. d) 9 L em mL. 9 L equivalem a 9 000 mL. e) 7,5 L em cL. 7,5 L equivalem a 750 cL.

ARTUR FUJITA

22. Observe embalagem de uma lata de suco de laranja.

y Qual é a capacidade dessa embalagem em centilitros? 335 mL equivalem a 33,5 cL. 33,5 centilitros.

2 dessa 5 capacidade de gasolina. Quantos reais Pedro vai gastar para encher o tanque do carro em um posto cujo litro desse combustível custa R$ 6,09?

23. O tanque do carro de Pedro tem capacidade para 60 L de combustível e está com

2 de 60 = 24 5 60 _ 24 = 36

36 ? 6,09 = 219,24

24. Na compra dos ingredientes para o preparo de um balde de 10 L de sorvete de chocolate, João gastou R$ 29,50. Sabendo que João vende cada pote de sorvete representado ao lado por R$ 12,80, qual vai ser o lucro obtido por ele ao vender todo o sorvete preparado?

ELIANE RAMOS

R$ 219,24.

10 L equivalem a 10 000 mL. 10 000 : 500 = 20 20 potes. 20 ? 12,80 = 256 Lucro: 256 _ 29,50 = 226,50 Lucro de R$ 226,50. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 8 da seção Amplie.

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Matemática

15/11/23 11:55


Aqui começa o conteúdo referente à aula 38.

Volume de blocos retangulares Considere a imagem. Ela representa um empilhamento de caixas em formato de cubo.

altura

largura comprimento

O empilhamento formado também tem a forma de um cubo. Essa pilha de caixas ocupa uma porção do espaço. Essa porção de espaço ocupada se chama volume e pode ser medida. Para medirmos o volume dessa pilha de caixas, podemos contar a quantidade de cubinhos usados no comprimento, na largura e na altura e multiplicar essas quantidades. V=3?3?3 V = 27 cubinhos Nesse caso, a unidade usada para medir o volume foi um cubinho. Considere agora que cada um desses cubinhos tenha 1 cm de aresta.

1 cm 1 cm

Esse cubinho tem volume igual a: V = 1 cm ? 1 cm ? 1 cm = 1 cm3 Lemos: 1 centímetro cúbico.

1 cm

V=3m?4m?4m V = 48 m3

4m

O metro cúbico (m ) é a unidade de medida padrão para medir volume. São usadas também, no dia a dia, unidades de medida derivadas do metro cúbico: o decímetro cúbico (dm3) e o centímetro cúbico (cm3). 3

IUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

Então, o volume da pilha de caixas, considerando o centímetro cúbico como unidade de medida, é igual a 27 cm3. Esse outro empilhamento de caixas tem a forma de um paralelepípedo. Considerando que cada caixa é um cubo de 1 m de aresta, temos:

4m

1 m3 equivale a 1 000 dm3

1 dm3 equivale a 1 000 cm3

Matemática

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1 m3 equivale a 1 000 000 cm3

3m

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PRATIQUE!

25. Complete o quadro com o volume de cada empilhamento a seguir, de acordo com a unidade de medida considerada. BB AA

Volume Unidade de medida

Unidade de medida

A

64

32

B

72

36

C

42

21

Empilhamento

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

C

26. Cada caixa da pilha representada a seguir tem 1 dm de aresta. Calcule o volume de 20 pilhas de caixas iguais a essa em metros cúbicos. 10 cm equivalem a 1 dm. ELIANE RAMOS

V = 6 dm ? 2 dm ? 5 dm V = 60 dm3 60 dm3 ? 20 = 1 200 dm3 1 200 dm3 : 1 000 = 1,2 m3 V = 1,2 m3

27. Calcule o volume, em metros cúbicos, de uma pilha formada por 1 000 tijolos iguais ao representado a seguir. 11,5 cm

Volume do tijolo:

ELIANE RAMOS

V = 11,5 cm ? 24 cm ? 5,7 cm = 1 573,2 cm3

5,7 cm

Volume da pilha de 1 000 tijolos: 1 573,2 cm3 ? 1 000 = 1 573 200 cm3 1 573 200 cm3 : 1 000 000 = 1,5732 m3

24 cm

1,5732 m3

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 9 da seção Amplie.

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Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 39.

Capacidade e volume ELIANE RAMOS

Observe as cenas a seguir.

1 dm3

Ao observarmos essas cenas, concluímos que a capacidade da caixa cúbica com 1 dm de aresta corresponde a 1 litro. Como o volume da caixa é igual a 1 dm3, temos que: 1 L equivale a 1 dm3

y

Considere a situação a seguir. Quantos litros de água são necessários para encher uma piscina de 6 m de comprimento, 2,8 m de largura e 1,4 m de profundidade? Cálculo do volume da piscina, em m3: V = 6 m ? 1,4 m ? 2,8 m = 23,52 m3 Transformação de metros cúbicos em decímetros cúbicos: 23,52 m3 equivalem a 23 520 dm3. Como 1 dm3 equivale a 1 litro, são necessários 23 520 L de água para encher a piscina.

PRATIQUE!

28. Um recipiente de 1 cm3 de volume tem capacidade para quantos mililitros de água? 1 cm3 equivale a 0,001 dm3. 0,001 dm3 equivale a 0,001 L. 0,001 L ? 1 000 = 1 mL Tem capacidade para 1 mL.

29.Quantos copos de 0,3 dm3 é possível encher com o conteúdo de uma garrafa de 1,5 litro de suco de laranja? 1,5 litro equivale a 1,5 dm3. 1,5 : 0,3 = 5 É possível encher 5 copos.

Matemática

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255

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30.Determine o volume, em metros cúbicos, de uma piscina com capacidade para 1 250 litros. 1 250 L equivalem a 1 250 dm3.

1 250 dm3 equivalem a 1,25 m3.

31. O tanque representado a seguir está com um terço de sua capacidade de água. Quantos litros de água há nesse tanque? V = 1,5 m3 ? 1,2 m3 ? 0,8 m3 = 1,44 m3 1,44 m3 : 3 = 0,48 m3

0,8 m

1,2 m

ELIANE RAMOS

0,48 m3 equivale a 480 litros.

1,5 m

ELIANE RAMOS

32. Observe o histórico de consumo na conta de água a seguir. Quantos litros de água foram consumidos nesses quatro meses no total?

18 m3 + 19 m3 + 21 m3 + 17 m3 = 75 m3 75 m3 equivalem a 75 000 dm3. 75 000 dm3 equivalem a 75 000 L. 75 000 litros de água.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 10 e 11 da seção Amplie.

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Matemática

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Uma empresa de sucos criou uma embalagem longa-vida com as medidas indicadas na imagem. Nessa embalagem, cabem: a) 3 000 L de suco. b) 3 L de suco. c) 45 L de suco. d) 30 L de suco. e) 300 L de suco.

ELIANE RAMOS

De olho no simulado

Calculando o volume da embalagem, temos: V = 20 cm ? 15 cm ? 10 cm = 3 000 cm3

20 cm

1 cm3 equivale a 1 mL. 3 000 mL equivalem a 3 L.

10 cm

15 cm

Aqui começa o conteúdo referente à aula 40.

Temperatura Antes de sair de casa para ir ao trabalho, Lucas tem o hábito de verificar a previsão do tempo. y Qual é a temperatura mínima prevista para esse dia? 9 °C

y E qual é a temperatura máxima prevista para esse dia?

Grau Celsius (°C) é a unidade de medida padrão que usamos para medir a temperatura.

Ao observar essa previsão do tempo, notamos que há uma diferença entre a temperatura mínima e a máxima. Nesse caso, a diferença é de:

ELIANE RAMOS

21 °C

21 °C _ 9 °C = 12 °C A diferença entre as temperaturas máxima e mínima de um local, em certo intervalo de tempo, é denominada amplitude térmica. Então, a amplitude térmica prevista para segunda-feira é de 12 °C. Matemática

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X AVULSA_234-283_8174_EF2_6A_MAT_M1_C3_LA.indd 257

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Termômetro infravermelho usado para medir a temperatura do corpo.

JO GALVAO/SHUTTERSTOCK.COM

CHEKALIN NIKOLAI/SHUTTERSTOCK.COM

Termômetro digital usado para medir a temperatura do corpo.

VLADYSLAV TRAVEL PHOTO/SHUTTERSTOCK.COM

FRANTIC00/SHUTTERSTOCK.COM

O instrumento usado para medir a temperatura é o termômetro.

Termômetro analógico usado para medir a temperatura do ambiente.

Termômetro digital usado para medir a temperatura do ambiente.

#ficaadica Anders Celsius (1701-1744) Anders Celsius nasceu no dia 27 de novembro de 1701 na cidade de Uppsala, Suécia. Era filho do professor de astronomia Nils Celsius. Desde pequeno, mostrou talento extraordinário em matemática. Estudou na universidade de Uppsala e, em 1730, tornou-se professor de Astronomia nessa universidade. Os resultados de suas pesquisas astronômicas estão reunidos nas obras Novo método de determinação da distância do Sol à Terra e Sobre observações para a determinação da configuração da Terra. [...]

UNIVERSIDADE DE UPPSALA

A escala Celsius foi criada pelo cientista Anders Celsius.

THOMEN, Diana M. N. Anders Celsius (1701-1744). Unicentro, Guarapuava, 2021. Disponível em: http://sites.unicentro.br/wp/petfisica/2017/09/23/ anders-celsius-1701-1744/. Acesso em: 14 jul. 2023.

258

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Matemática

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PRATIQUE!

33. Que temperatura cada termômetro está marcando? b)

ELIANE RAMOS

ELIANE RAMOS

a)

45 °C

36,9 °C

34. Observe na tabela a seguir as temperaturas mínimas e máximas registradas entre os dias 8 e 11 de julho na cidade em que Mateus mora. Temperaturas registradas Dia

Mínima

Máxima

8

7,5 °C

20,6 °C

9

6,1 °C

18,5 °C

10

12,4 °C

23 °C

11

11,9 °C

25,4 °C

Em que dia foi registrada

Fonte: Dados registrados por Mateus.

a) a temperatura mais baixa? No dia 9 de julho (6,1 °C).

b) a maior amplitude térmica? Dia 8: 20,6 °C _ 7,5 °C = 13,1 °C Dia 9: 18,5 °C _ 6,1 °C = 12,4 °C Dia 10: 23 °C _ 12,4 °C = 10,6 °C Dia 11: 25,4 °C _ 11,9 °C = 13,5 °C No dia 11 de julho a amplitude térmica foi de 13,5 °C.

35. Observe a temperatura que o termômetro está marcando. a) O termômetro está marcando uma temperatura acima ou abaixo de zero grau Celsius?

PEDRO MORAES/SHUTTERSTOCK.COM

Abaixo de zero grau Celsius.

b) Em sua cidade costuma haver registros de temperaturas abaixo de zero em algum período do ano? Resposta pessoal.

Termômetro no Parque Barigui, em Curitiba (Paraná).

Matemática

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259

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36. Pesquise a previsão das temperaturas máxima e mínima para sua cidade para o dia de amanhã. Registre as temperaturas encontradas e calcule a amplitude térmica. A resposta depende das temperaturas encontradas.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 12 da seção Amplie.

Matemática no dia a dia No gráfico a seguir, consta a variação de temperatura na cidade do Rio de Janeiro em um dia de julho de 2023.

IEA/ARQUIVO DA EDITORA

Variação de temperatura Temperatura 22 °C

22 °C

21 °C

20 °C

19 °C

17 °C

13 °C 12 °C

6h

8h

10 h

12 h

14 h

16 h

18 h

20 h

Fonte: Dados fictícios.

a) Em que horário do dia foi registrada a maior temperatura? Às 14 horas e às 16 horas foi registrada a temperatura de 22 °C.

b) Determine a amplitude térmica registrada entre as 6 h e as 20 h. A temperatura mais alta do dia foi 22 °C, e a mais baixa foi 12 °C. 22 °C _ 12 °C= 10 °C A amplitude térmica registrada foi de 10 °C.

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Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 41.

Medindo o tempo: o calendário Leia o trecho a seguir sobre a quantidade de dias dos meses do ano. Por que fevereiro tem 28 dias e os outros oscilam entre 30 e 31? Nos últimos tempos de sua monarquia, por volta do século 6 a.C., os romanos adotaram um calendário baseado nas mudanças de fase da Lua, com 355 dias distribuídos em 12 meses. O ano começava em março e terminava em janeiro, sendo que os meses tinham 29 ou 30 dias. Fevereiro, o décimo primeiro mês, era considerado de mau agouro e ficou com apenas 28 dias. Mas, em 46 a.C., sob o governo de Júlio César, houve uma mudança significativa: o calendário passou a se basear no ciclo solar. Os meses, então, mudaram todos para 30 ou 31 dias, somando 365 no período de um ano. Nesse mesmo período, foi instituído o ano bissexto — mudança inspirada no calendário dos egípcios —, com um dia adicional a cada quatro anos. POR QUE fevereiro tem 28 dias e os outros oscilam entre 30 e 31? Superinteressante, São Paulo, 14 fev. 2020. Disponível em: http://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-o-mes-de-fevereiro-tem-28-dias-e-os-outros-oscilam-entre-30-e-31. Acesso em: 14 jul. 2023.

O calendário é um dos instrumentos usados para medir o tempo. De acordo com o texto anterior, 1 ano equivale a 365 dias e 6 horas, porém, para efetuar cálculos envolvendo essa medida, consideramos que um ano tem 365 dias. Além do ano, o tempo tem outras unidades de medida, como os meses e as semanas. Um ano tem 12 meses e aproximadamente 52 semanas. O ano também pode ser dividido em bimestres, trimestres ou semestres: 1 bimestre

1 trimestre

1 semestre

2 meses

3 meses

6 meses

PRATIQUE!

37. Para responder às perguntas a seguir, você vai precisar de um calendário. a) Em que ano estamos? A resposta depende do ano em que a atividade for resolvida. b) Quantos dias tem uma semana? 7 dias. c) Qual é o primeiro dia da semana? Domingo. d) Escreva no quadro a seguir o nome dos meses de acordo com a quantidade de dias de cada um. 31 dias Janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro.

Matemática

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30 dias Abril, junho, setembro e novembro.

28 ou 29 dias Fevereiro.

261

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38. Escreva no quadro a seguir a quantidade de bimestres, trimestres e semestres que há em um ano. Bimestres

Trimestres

Semestres

6

4

2

39. Quantos meses há em: a) 4 anos? 48 meses.

d) um semestre? 6 meses.

b) meio ano? 6 meses.

e) um bimestre? 2 meses.

c) um ano e meio? 18 meses.

f) 2 trimestres? 6 meses.

40. Observe no calendário ao lado o mês de outubro de 2023. a) Em que dia cai o primeiro sábado desse mês? 7

Outubro de 2023 Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sáb

Dom 1

b) Em que dias caem os próximos sábados desse 14, 21 e 28. mês? c) O que você observa de regularidade Eles aumentam de 7 em 7 unidades. nesses dias? d) Sem olhar o calendário, responda:

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

y Se o dia 5/10/2024 é um sábado, em que dia da semana será o dia 12 de outubro desse mesmo ano? 5 + 7 = 12 ou, ainda, 12 _ 5 = 7. Será um sábado.

y Se o dia 5/8/2024 é um sábado, que dias desse mês serão domingo? 6, 13, 20 e 27.

41. Júlia trabalhou um ano e meio em uma loja de brinquedos. Quantos dias ela trabalhou nessa loja? 365 : 2 = 182,5 365 + 182,5 = 547,5 Arredondando, podemos dizer que Júlia trabalhou 548 dias.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 13 da seção Amplie.

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Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 42.

Horas, minutos e segundos Além das unidades de medidas de tempo apresentadas anteriormente, o tempo também pode ser medido em horas, minutos e segundos, e o instrumento usado nessa medição é o relógio. Observe o relógio analógico ao lado. Em um relógio analógico, o ponteiro menor marca as horas, e o maior, os minutos. O ponteiro maior leva 5 minutos para ir de um número a outro e 60 minutos para dar uma volta completa. Quando o ponteiro maior dá uma volta completa, passou 1 hora. Observe que o ponteiro menor, que indica as horas, passou um pouco do número 2, e o maior, que indica os minutos, aponta para o número 4. Agora observe o relógio digital.

2:20

60

55 50

12

11

5 10

1

10

2

9

45

3

8

4 7

40

15

6

5

20

35

25 30

14:20

ou

Ele está marcando 2h20min ou 14h20min. Um dia tem 24 horas e começa a zero hora ou meia-noite. Até o meio-dia, o ponteiro das horas dá uma volta completa no relógio analógico e, depois do meio-dia, as horas são contadas como aparece no relógio a seguir. É 1h50min ou 13h50min. 24

23

11

12

14

1

10

2

9

21

3

8

4 7

20

15

6

19

5

16 17

18

11

12

1

10

2

9

No relógio ao lado, o ponteiro vermelho marca os segundos. Ele leva 5 segundos para ir de um número ao seguinte e leva 60 segundos para dar uma volta completa. Quando o ponteiro dá uma volta completa, passou 1 minuto. Portanto, esse relógio está marcando 1h52min47s. Matemática

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3

8

4 7

6

5

ILUSTRAÇÕES: IEA/ARQUIVO DA EDITORA

22

13

263

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ELIANE RAMOS

O cronômetro é um instrumento usado para medir os minutos e os segundos. Observe as representações dos cronômetros analógico e digital a seguir.

O cronômetro analógico está marcando 50 segundos.

O cronômetro digital está marcando 1 minuto e 28 segundos.

Para medir o tempo, podemos usar as unidades hora, minuto e segundo. 1 hora tem 60 minutos. 1 minuto tem 60 segundos.

Observe agora as situações a seguir. 15 h + 15 h +

30 min

12 s

45 min

50 s

1 min

02 s

y

30 min

Para responder a essa pergunta, efetuamos uma adição: 12 s + 50 s = 62 s H 62 s = 60 s + 2 s H 62 s = 1 min + 2 s 30 min + 45 min + 1 min = 76 min H 76 min = = 60 min + 16 min H 60 min = 1 h Bruno saiu do consultório às 16h16min2s.

45 min 1h

16 min

02 s

16 min

2s

+ 15 h 16 h

y

10 h

15 min

10 s

– 9h

35 min

40 s

9h

74 min

70 s

– 9h

35 min

40 s

39 min

30 s

264

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Bruno chegou ao consultório do dentista às 15h30min12s e ficou 45min50s lá dentro. A que horas Bruno saiu do consultório?

Helena começou uma tarefa às 9h35min40s e terminou às 10h15min10s. Quanto tempo Helena levou para realizar essa tarefa?

Para responder a essa pergunta, efetuamos uma subtração. Não é possível tirar 40 s de 10 s, então tiramos 1 min dos 15 min, trocamos por 60 s e juntamos aos 10 s existentes, ficando com: 10 s + 60 s = 70 s Não é possível tirar 35 min de 14 min, então tiramos 1 hora das 10 h, trocamos por 60 minutos e juntamos aos 14 minutos existentes, ficando com: 14 min + 60 min = 74 min Logo, Helena levou 39min30s para realizar a tarefa.

Matemática

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PRATIQUE!

a)

11

12

b)

1

10

11

4 7

6

3

8

4 7

5

8h30min50s

6h45min02s

6

11

12

1

10

2

9

3

8

c)

1

10

2

9

12

2

9

3

8

4 7

5

6

5

ILUSTRAÇÕES: IEA/ARQUIVO DA EDITORA

42. Escreva as horas que cada relógio a seguir está marcando.

6h12min

43. Ricardo está participando de uma gincana e, em uma das provas, ele tinha 3 minutos para finalizar o desafio proposto. Quando o cronômetro marcou 2min19s, Ricardo terminou a prova. Quanto tempo ele ainda tinha para realizar a prova? 3 min _ 2 min 19 s = 41 s

44.A aula de judô de Camila começou às 9h45min e teve duração de 45 min. Depois de sair da aula, Camila havia marcado de se encontrar com sua mãe às 11 h, mas acabou chegando 10 minutos atrasada. Quanto tempo se passou entre o fim da aula de judô e o horário em que Camila se encontrou com sua mãe? 9h45min + 45min = 10h30min 11h10min _ 10h30min = 40min Passaram-se 40 minutos.

45.Leia a notícia a seguir sobre o vencedor da corrida da São Silvestre, prova que acontece sempre no último dia do ano na cidade de São Paulo. O vencedor foi Belay Tilahun Bezabh (45min03s), responsável por um sprint final que garantiu uma linda ultrapassagem em cima do então atual campeão e favorito, Dawitt Admasu (45min06s), que apesar de também ser etíope, atualmente corre pelo país asiático do Bahrein, depois de ter se naturalizado. SÃO Silvestre 2018 tem vencedor etíope e melhor brasileiro em oitavo. Gazeta Esportiva, 31 dez. 2018. Disponível em: www.gazetaesportiva.com/sao-silvestre-conteudo/sao-silvestre2018-tem-podio-africano-e-melhor-brasileiro-em-oitavo/. Acesso em: 14 jul. 2023.

► Sprint: palavra de origem inglesa que se refere à aceleração de um atleta ao se aproximar da linha de chegada.

a) Se a largada da corrida de São Silvestre para esses atletas aconteceu às 8h40min, a que horas cada um deles cruzou a linha de chegada? Belay Tilahun Bezabh: 8h40min + 45min03s = 9h25min03s Dawitt Admasu: 8h40min + 45min06s = 9h25min06s

Matemática

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265

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b) Giovani dos Santos foi o primeiro brasileiro a cruzar a linha de chegada, com o tempo de 46min38s. Qual é a diferença entre o tempo de Giovani e de Belay Tilahun Bezabh nessa corrida? 46min38s _ 45min03s = 1min35s

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 14 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 43.

ELIANE RAMOS

Ponto, reta e plano

P

EDITORIA DE ARTE

Observe as situações a seguir, tendo como base a ideia de ponto. A marca feita pela ponta do giz na lousa nos dá a ideia de ponto. O ponto não tem dimensões e é representado por letras maiúsculas do nosso alfabeto. As linhas da folha de caderno abaixo nos dão a ideia de reta.

A

EDITORIA DE ARTE

A reta prolonga-se indefinidamente nos dois sentidos e é formada por infinitos pontos. Indicamos uma reta usando letras minúsculas de nosso alfabeto. t

r

a

266

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b

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

A folha de papel nos dá a ideia de plano. O plano estende-se infinitamente e é formado por infinitos pontos. Indicamos um plano usando letras minúsculas do alfabeto grego (a: alfa, b: beta e y: gama são exemplos de letras gregas).

Matemática

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Semirreta e segmento de reta Considere o ponto P sobre a reta r. P

r

O ponto P divide a reta r em duas semirretas com origem nesse ponto: A

P P

B

Temos duas semirretas com origem em P: A semirreta PA tem origem em P, passa pelo ponto A e prolonga-se indefinidamente. A semirreta PB tem origem em P, passa pelo ponto B e prolonga-se indefinidamente. Agora, considere o quadrado a seguir. A

D

B

C

Os lados desse quadrado são segmentos de reta, e os vértices são pontos. O segmento de reta tem início e fim e, por isso, pode ser medido. Nesse quadrado, foram usados quatro segmentos de reta: AB, BC, CD e AD

Podemos indicar um segmento de reta com um traço sobre as letras que indicam os pontos das extremidades ou escrevendo a expressão “segmento de reta” antes das letras, sem o traço sobre elas; por exemplo, segmento de reta AB. Essa regra também vale para a reta e a semirreta.

D

BC = 3 cm e CD = 3 cm B

BC e CD são segmentos de reta de mesma medida. Dizemos que são segmentos congruentes. Escrevemos assim: BC 2 CD. Lemos: o segmento de reta BC é congruente ao segmento de reta CD. Matemática

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C

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

Na representação de um segmento de reta, a ordem das letras não importa. Dessa maneira, o segmento de reta AB também pode ser indicado por BA, e a reta que passa por A e B, por AB. O segmento de reta AB, por exemplo, começa em A e termina em B. A Observe as medidas dos segmentos de reta AB e CD deste quadrado.

267

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PRATIQUE!

46. Indique a ideia de ponto, reta ou plano a que cada objeto descrito a seguir pode ser associado. a) Tampo da mesa do professor. Plano. b) Fios nos postes de luz. Retas. c) “Cabeça” de um prego na parede. Ponto. d) Capa de um livro. Plano. 47. Leia as afirmações a seguir e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. V

F

F

U ma reta é composta de infinitos pontos. Um plano tem começo e fim.

V

O segmento de reta pode ser medido.

V

A semirreta tem começo e não tem fim.

Uma reta é formada apenas por dois pontos.

48.Observando o triângulo, escreva: a) os pontos que representam os vértices.

L

L, M e N.

b) os segmentos de reta que representam os lados do triângulo LMN. N

M

LM, MN e LN.

49.Complete o quadro a seguir com as retas, semirretas e segmentos de reta observados nesta figura. C P

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

A

D B a

Retas AD

Semirretas PC, PD, PB, PA, AD e DA

268

AVULSA_234-283_8174_EF2_6A_MAT_M1_C3_LA.indd 268

Segmentos de reta PC, PD, PB, PA e DA

Matemática

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50. Observe os segmentos de reta a seguir. I

B

G H

D C

EDITORIA DE ARTE

A

F

E

J

a) Sem medir, tente descobrir que segmentos de reta são congruentes. Resposta pessoal.

b) Utilizando a régua, meça os segmentos de reta e verifique quais são congruentes. Verifique se sua estimativa no item anterior estava correta. Os segmentos de reta AB e EF. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 15 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 44.

Giros e ângulos

EDITORIA DE ARTE

ELIANE RAMOS

Algumas bicicletas são usadas para realizar manobras radicais. Observe ao lado o giro feito por um ciclista em uma dessas bicicletas. 1 O ciclista deu um giro de de volta 4 para a esquerda. O giro realizado pelo ciclista dá a ideia de ângulo e pode ser representado pela figura a seguir.

Ângulo é a região do plano determinada por duas semirretas de mesma origem. Observe ao lado. O ponto O é a origem das duas semirretas e é chamado de vértice do ângulo.

EDITORIA DE ARTE

A

O

B Matemática

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269

15/11/23 11:56


A

EDITORIA DE ARTE

As semirretas OA e OB são chamadas de lados do ângulo. Indicamos esse ângulo por AOB, BOA ou O. Lemos: ângulo AOB, BOA ou ângulo O. Um ângulo também pode ser indicado por meio de letras minúsculas de nosso alfabeto com o acento circunflexo, no caso, â.

â

O

B

Grau: unidade de medida de ângulo

EDITORIA DE ARTE

ELIANE RAMOS

O ciclista, ao realizar as manobras, pode dar um giro completo com a bicicleta. Observe a figura ao lado. Esse giro de uma volta pode ser representado pela figura abaixo.

uma volta

Podemos dividir a figura que representa um giro completo em 360 partes iguais. Cada uma dessas partes corresponde a um grau. Grau (°) é a unidade-padrão de medida de ângulo.

50°

60°

70°

80° 90° 100°

110°

120° 130°

40°

140° 150°

30°

10 graus

160° 170°

0° 360°

180° 0

350°

190° 200°

340°

210°

330°

220°

320° 310° 300° O giro completo mede 360°. 270

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EDITORIA DE ARTE

10°

20° 10°

230° 290°

280° 270° 260° 250°

240°

Matemática

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B

A medida de um giro de um quarto de volta corresponde a um ângulo cuja abertura mede 90°. Ele é chamado ângulo reto. Representamos o ângulo reto como indicado na imagem, um quadradinho com um ponto no centro. Os ângulos também podem ser classificados em agudo, obtuso, raso (ou de meia-volta) ou pleno (ou de uma volta), de acordo com a medida de sua abertura. Ângulo agudo: ângulo cuja medida da abertura é menor que a do ângulo 90°.

Ângulo raso ou de meia-volta: ângulo cuja medida da abertura é igual a 180°.

Ângulo obtuso: ângulo cuja medida da abertura é maior que 90° e menor que 180°.

B

A

Ângulo pleno ou de uma volta: ângulo cuja medida da abertura é igual a 360°.

B B

O

O

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

Classificação de um ângulo

O

A O

A

A9B

O

A

A 9 B: Essa notação indica que os pontos A e B coincidem. Lemos: A coincidente a B.

PRATIQUE!

51. Complete o quadro a seguir classificando os ângulos em reto, agudo, obtuso, pleno ou raso de acordo com a medida de sua abertura.

Agudo

Raso

Reto

Obtuso

Pleno

52. Complete o quadro a seguir com as informações que estão faltando.

Ângulo

Medida em graus

1 volta

1 de volta 2

1 de volta 4

3 de volta 4

1 de volta 6

1 de volta 8

360°

180°

90°

270°

60°

45°

Matemática

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271

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ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

53. Determine a medida dos ângulos indicados na figura a seguir e preencha o quadro.

ĉ

â

a

b

90°

90° : 2 = 45°

c

d

45° + 45° = 90°

90° + 45°= 135°

54.Observe a malha quadriculada a seguir. A

B

C

Partida

55. Trace, nessa malha, um percurso de acordo com as orientações: y Com início no ponto de partida, caminhe 2 lados de quadradinho para a frente e gire volta à direita. y Caminhe 4 lados de quadradinho e gire y Caminhe 2 lados de quadradinho.

1 de 4

1 de volta à esquerda. 4

A que ponto da malha você chegou? Ao ponto A. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 16 da seção Amplie.

272

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Matemática

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 45.

Usando o transferidor

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

Transferidor é um instrumento de desenho usado para medir e construir ângulos. Observe a seguir o transferidor de 360° e o de 180°.

linha de fé centro

centro linha de fé

y

y

Analise como usar o transferidor para medir ângulos. Posicione o transferidor de modo que a linha de fé coincida com um dos lados do ângulo. Atente para que o centro do transferidor esteja posicionado sobre o vértice do ângulo. A medida do ângulo será indicada pela linha do transferidor que está sobre o outro lado do ângulo, que pode ser prolongado para facilitar a leitura da medida. B

50°

A

Matemática

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O 273

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y

Para a leitura da medida de um ângulo, é possível considerar a escala interna ou externa do transferidor. Para medir o ângulo a seguir, foi considerada a escala interna. Observe que, para medir o ângulo anterior, foi considerada a escala externa.

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

B

50°

A

O

y

Agora, acompanhe como construir um ângulo de 60° usando o transferidor. Trace uma semirreta de início no ponto O passando por A.

y

Posicione o centro do transferidor sobre o ponto O e a linha de fé coincidindo com a semirreta OA.

y

Marque o ponto B, que indica a medida de 60°.

y

Trace uma semirreta começando em O e passando por B.

y

Você construiu AOB, que mede 60°.

O

A

O B

B

60° O

O

A

A

A abertura de um ângulo em uma figura geométrica plana também pode ser medida usando o transferidor. Observe o posicionamento do transferidor para obter a medida do ângulo destacado em verde no triângulo a seguir.

C

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63°

Matemática

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PRATIQUE!

56. Escreva a medida de cada ângulo representado a seguir. a)

45°

b)

120°

57. Construa um ângulo de 75° com auxílio do transferidor da imagem a seguir.

58. Observe o triângulo na malha quadriculada ao lado. a) Quantos segmentos de reta formam esse triângulo? Quais são eles?

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

Resposta possível.

A

Três segmentos de reta: AB, BC e AC.

b) Escreva a medida de cada ângulo desse triângulo. y

ABC =

90°

y

BCA =

45º

y

BAC =

45°

Matemática

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B

C

275

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59. Complete o quadro a seguir com a medida dos ângulos indicados no transferidor e a classificação de cada um quanto às medidas encontradas. F

B

A

D

C

O

Ângulo

Medida

Classificação

COE

90°

Reto

BOC

30°

Agudo

AOD

28°

Agudo

COD

180°

Raso

DOF

105°

Obtuso

COF

75°

Agudo

DOB

150°

Obtuso

AOE

90° _ 28° = 62°

Agudo

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

E

60.Faça uma estimativa da medida de cada ângulo indicado a seguir, e use um transferidor para conferir sua estimativa. Registre as medidas no quadro.

b â

Ângulo

ê

d

c

a

b

c

d

e

60°

90°

45°

120°

30°

Estimativa Medida real

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 17 e 18 da seção Amplie.

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Matemática

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Amplie 1. Para ir de casa até o cinema, Augusto percorreu 12 quarteirões de mesmo comprimento. Se cada quarteirão tem 105 m de comprimento, quantos quilômetros, no mínimo, Augusto percorreu para ir ao cinema? 105 m ? 12 = 1 260 m

1 260 m : 1 000 = 1,260 km 1,26 km.

2. Elabore um problema cuja resposta seja a frase dada a seguir. Depois disso, troque de livro com um colega e resolva o problema que ele elaborou. Enquanto isso, ele resolve o problema que você criou. Quando ambos terminarem, verifiquem juntos o que fizeram e se resolveram corretamente os problemas. Ainda falta percorrer 580 m. Resposta pessoal.

3. O estado de Sergipe ocupa uma área de 21 910 km2 e, desse total, 262,92 km2 são ocupados pelo rio São Francisco. Determine a área desse estado que não é ocupada pelo rio São Francisco, em hectômetros quadrados. 21 910 km2 _ 262,92 km2 = 21 647,08 km2 21 647,08 km2 ? 100 = 2 164 708 hm2 2 164 708 hm2

4. O sítio de Denise tem 9,7 ha de área. Qual é a área desse sítio em metros quadrados? 9,7 ? 10 000 = 97 000 97 000 m2

5. Quantos metros quadrados de área ocupa um terreno de: a) 7,8 a? 7,8 ? 100 = 780; 780 m2.

b) 0,5 alqueire paulista? 0,5 ? 24 200 = 12 100; 12 100 m2.

c) 5 alqueires mineiros? 48 400 ? 5 = 242 000; 242 000 m2.

Matemática

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277

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6. Elabore um problema que contenha as medidas 3 a e 10 ha e que tenha excesso de dados. Em seguida, troque de livro com um colega para resolver o problema que ele elaborou. Enquanto isso, ele resolve o que você criou. Depois, verifiquem juntos o que fizeram e se resolveram corretamente os problemas. Resposta pessoal.

7. No quadro a seguir estão indicados os produtos que Aurora comprou na feira e o preço do quilograma de cada um deles. Produto

Preço do quilograma

1,8 kg de tomates

R$ 6,25

2,5 kg de maçãs

R$ 7,98

3,2 kg de batatas

R$ 5,85

0,5 kg de cebolas

R$ 6,50

a) Qual desses produtos totalizou 500 g? A cebola.

b) Quantos gramas a mais Aurora precisaria comprar para ter 2 kg de tomates? 2 _ 1,8 = 0,2 0,2 ? 1 000 = 200 200 gramas a mais.

c) Quantos reais Aurora gastou na feira? 6,25 ? 1,8 = 11,25 7,98 ? 2,5 = 19,95 3,2 ? 5,85 = 18,72 0,5 ? 6,50 = 3,25 11,25 + 19,95 + 18,72 + 3,25 = 53,17 Aurora gastou R$ 53,17.

2 da quantidade de suco. Sabendo que nessa suqueira cabem 4,5 L de 3 suco, quantos mililitros de suco já foram consumidos?

8. Em uma suqueira, há 2 de 4,5 = 3 3 4,5 : 3 = 1,5 1,5 ? 2 = 3 4,5 L _ 3 L = 1,5 L 1 500 mililitros.

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Matemática

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9. Determine o volume de um paralelepípedo de madeira de 12 cm de comprimento, 3,5 cm de largura e 8 cm de altura. 12 ? 3,5 ? 8 = 336 336 cm3

10. Escreva em litros os volumes a seguir. a) 1,2 m3 1,2 ? 1 000 = 1 200; 1 200 L

b) 4,5 dm3 4,5 L

11. O volume do tanque de combustível de um automóvel é 0,054 m3. Sabendo que o litro de gasolina custa R$ 5,49, quantos reais serão gastos para encher esse tanque? 0,054 m3 ? 1 000 = 54 dm3 = 54 L 54 ? 5,49 = 329,4 R$ 296,46

12. Em um dia de inverno, a amplitude térmica registrada na cidade em que José mora atingiu 17 °C. Se a temperatura mínima foi de 12 °C, qual foi a temperatura máxima registrada nesse dia? 17 °C + 12 °C = 29 °C.

13. Luana está fazendo um curso em que os módulos são desenvolvidos trimestralmente. Esse curso tem duração de 8 trimestres, e a cada trimestre estudado, tem um mês de férias. Considerando que Luana começou esse curso em abril de 2024, quando terminará? 8 trimestres = 8 ∙ 3 = 24 meses 8 trimestres H 7 meses de férias 24 meses + 7 meses = 31 meses = 2 anos e 7 meses abril/2024 a março/2025: 1 ano abril/2025 a março/2026: 1 ano abril/2026 a outubro/2026: 7 meses Ela terminará o curso em outubro de 2026.

14. Pedro apostou que dava uma volta no quarteirão mais rápido do que André. Para ver quem ganhava essa aposta, Luciana marcou o tempo: Pedro levou 2min35s, e André, 1min58s. Quem ganhou essa corrida e em quanto tempo a menos? 2 min 35 s _ 1 min 58 s = 0 min 37 s André ganhou a corrida, com 37 s a menos.

C

A

D

AB, BC, CD, EF e FA.

F

Matemática

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CBOOK PRODUÇÕES

B

15. A figura ao lado representa um hexágono. Quais são os segmentos de reta que representam os lados desse hexágono?

E 279

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16. Assinale a alternativa que define um ângulo raso. a) A medida da abertura é menor que 90°. b) A medida da abertura é igual a 90°. c) A medida da abertura é maior que 90° e menor que 180°. d) A medida da abertura é igual a 180°. 17. Estime as medidas dos ângulos dados a seguir e registre-as no quadro.

A O

O

B

O

H

B

E F O

G

Ângulo

ILUSTRAÇÕES: EDITORIA DE ARTE

C

Medida estimada

Medida real

AOB

30°

COB

120°

EOF

90°

GOH

45°

a) Use o transferidor para medir os ângulos e conferir suas estimativas. b) Quais desses ângulos são: y agudos?

AOB e GOB.

y obtusos?

COB.

y retos?

EOF.

18. Observe a medida que um estudante encontrou para o ângulo representado a seguir. Mostre ao estudante que a escala utilizada é a interna.

Q

O

P

POQ = 120°

A medida encontrada por esse estudante está correta? Por quê? A leitura da medida foi feita usando a escala errada. Esse ângulo mede 60°.

280

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Matemática

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Síntese

Grandezas, medidas e ângulos

1. Complete as lacunas usando as medidas listadas a seguir. metro

quilograma

a) O

metro quadrado

litro

metro cúbico

é a unidade-padrão de medida de capacidade.

litro

b) A unidade-padrão de medida de comprimento é o

.

metro

c) O

quilograma

é a unidade-padrão de medida de massa.

d) O

metro cúbico

é a unidade-padrão de medida de volume.

e) O

metro quadrado

é a unidade-padrão de medida de superfície.

2. Qual é a unidade que usamos para medir temperatura?

Grau Celsius (°C).

3. Complete as afirmações a seguir com as medidas corretas. Comprimento y 1 km equivale a

1 000

y 1 m equivale a

1 00

y 1 alqueire paulista equivale a

24 200

m2.

m.

y 1 alqueire mineiro equivale a

48 400

m2.

cm.

Capacidade

Massa y 1 kg equivale a

g.

1 000

y 1 g equivale a

mg.

1 000

Superfície

y 1 L equivale a

1 000

mL.

y 1 cL equivale a

10

mL.

1 000

dm3.

Volume y 1 m3 equivale a

y 1 km2 equivale a

1 000 000

y 1 m2 equivale a

1 0 000

m2.

y 1 dm3 equivale a

cm2.

Tempo

Medidas agrárias

y 1 h equivale a

y 1 hectare equivale a y 1 are equivale a

m2.

10 000

y 1 min equivale a

agudo

obtuso

reto

raso

y O ângulo

reto

mede 90°.

y O ângulo

raso

mede 180°.

y O ângulo

agudo

mede menos de 90°.

y O ângulo

obtuso

mede mais de 90° e menos de 180°.

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min.

60 60

s.

m2.

100

4. Complete as lacunas em cada item usando as palavras listadas a seguir.

Matemática

L.

1

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo.

https://ftd.li/ s202mat61601oau006

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Escassez de água: entenda por que esse problema também é seu [...] A ideia pode soar estranha, mas a quantidade de água que existe no planeta Terra é a mesma desde os tempos mais primórdios. Ela circula e se renova por meio do ciclo hidrológico, movimento contínuo pelo qual a água evapora, se condensa, se precipita e alimenta novamente nascentes, rios, lagos, oceanos, mananciais subterrâneos. A água passeia também pelas calotas polares, pelos alimentos e até pelos organismos vivos — os humanos, por exemplo, têm 70% do corpo formado por água. Porém, cada vez mais existe preocupação global em torno da escassez de água — noção que deve ser compreendida como o oposto da abundância. E isso se deve ao reconhecimento de que a água doce corresponde a uma parcela ínfima em relação ao montante total, formado majoritariamente pelos oceanos. [...] Mas qual é a situação do Brasil, e mais especificamente da região em que vivemos, nessa questão da disponibilidade de água? [...]

WESLEY SANTOS

A ilusão da abundância de água no planeta

Distribuição de água no mundo 97,5% água salgada 2,5% água doce Distribuição da água doce no mundo (2,5% do total)

70% calotas polares 29% aquíferos subterrâneos 1% água superficial disponível (rios e lagos)

Fonte dos dados: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Disponibilidade de água doce no Brasil, por região

WESLEY SANTOS

Muito

Norte 68% de água 8% da população

Nordeste

3% de água 28% da população

Centro-Oeste

► Ínfimo: que é muito pequeno em suas

dimensões, volume, quantidade, intensidade em relação a uma referência.

16% de água 7% da população

Sudeste

6% de água 43% da população

Sul 7% da água 15% da população

Fonte dos dados: Atlas para a Sustentabilidade Ambiental da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.LÜKMAN, Ana Paula. Escassez de água: entenda por que esse problema também é seu. Instituto Federal Santa Catarina, Florianópolis, 20[20]. Disponível em: https://www.ifsc.edu.br/web/ ifsc-verifica/w/escassez-de-agua-entenda-por-que-esse-problematambem-e-seu. Acesso em: 17 jul. 2023.

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Matemática

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Como economizar água Atualmente, 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável, aponta um relatório sobre objetivos de desenvolvimento sustentável divulgado em junho pela Organização das Nações Unidas. [...] E tem muita gente usando mais do que deveria. De acordo com o relatório da International Statistics for Water Services 2016, o consumo per capita da população mundial varia de 28 a 631 litros por dia. A recomendação da ONU é de 110 litros diários. O brasileiro consome, em média, 154 litros de água por dia, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades. Se cada um fizesse a sua parte e conseguisse chegar ao recomendado pela ONU, só no Brasil a economia seria de 3,3 trilhões de litros de água ao ano. Sim, cada um pode fazer a diferença. [...]

DATADOT/BELIEVE.EARTH

Quantos litros de água você consome tomando banho?

► Per capita:

significa por ou para cada pessoa.

3. No site https://s.ftd.li/tJW5vd (acesso em: 17 jul. 2023), há várias dicas que os estudantes podem utilizar. Se houver disponibilidade, sugira uma campanha na sala de aula ou na escola para que os estudantes economizem e incentivem a economia de água. Eles podem anotar os dados de consumo antes e depois da campanha para compará-los com o auxílio de gráficos.

ZEBINI, Daniele. Como economizar água. Believe Earth, São Paulo, 3 out. 2018. Disponível em: https://believe.earth/pt-br/ como-economizar-agua/. Acesso em: 17 jul. 2023.

1. Observe o mapa da disponibilidade de água doce no Brasil, por região. Em qual região existe abundância de água em relação à porcentagem da população brasileira? Justifique. Na região Norte, em que há mais da metade da água (68%) para menos um décimo da população (8%).

2. Com base nas informações apresentadas e usando o que você aprendeu neste módulo, descubra quantos litros de água você consome tomando um banho. Para isso, use um cronômetro para marcar o tempo que você fica no chuveiro e compare com o consumo recomendado pela ONU. Para determinarem a quantidade de litros de água consumida em um banho, os estudantes precisam usar as informações da imagem e a ideia de proporcionalidade da multiplicação.

3. Pesquise atitudes que podemos adotar em nosso dia a dia para reduzir o consumo de água e registre o que você descobriu em um cartaz para apresentar e discutir com o professor e os colegas.

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283

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VAMOS APRENDER

NESTE MÓDULO

NE

1

RT

HU

Z/S

HU

TTE

C TO RS

K.C

OM

Terra e Universo

286

y Introdução à Astronomia e seu histórico. y Principais corpos celestes do Sistema Solar. y Como observar o espaço: Telescópios. y Vida fora da Terra e Astrobiologia.

DM

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ITR

IJ S

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H V/S TO GA

U

E TT

C TO RS

K.C

OM

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Algumas seções e Aceleradores aparecem apenas uma vez no módulo. Para organizar o seu trabalho, indicamos, a seguir, em qual momento elas aparecem neste módulo: Outras realidades: Capítulo 1. De olho no simulado: Capítulo 2. Práticas de laboratório: Capítulo 2. Outras realidades: Capítulo 3. Trabalho em equipe: Capítulo 3. Muito +: Capítulo 3.

Ciências MÓDULO

2

1

Ficção científica: Planeta Terra ficção e realidade

314 47

E NP

TE

R/S

HU

TT

C STO ER

K.C

OM

y Composição Dit modi officiur, da Terra quianimus primitiva. atur, tem quuntiam aut harit quia seque sed minctur ibustes erchic pe officia spiet. y Argumentos e evidências sobre a tendipide esfericidade da Terra. y pedda que saese pro occatusam vent veliquidem ipienes etur y Ulpa Esferas Terra: Litosfera; Hidrosfera; Atmosfera e biosfera. molor reicius torpor sunt perferu menimagnis moloren ihitiis etur. y Camadas da Terra: crosta, manto e núcleo. y Oditaepedit ea nes ut erchic tendipide pe omnimus restior. y Principais características da atmosfera terrestre.

3

Campanha Sistema Sol,comunitária: Terra e Lua um projeto que sai do papel

338 87

y Rotação e translação da Terra. y Funcionamento de um gnômon e pontos cardeais. y Os movimentos da Lua e sua influência sobre a Terra.

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CAPÍTULO

1

Terra e Universo Aqui começa o conteúdo referente à aula 1.

Discurso mundo. Da Terra para até a oVia Láctea

1 na Confira página já seguinte os comentários sobre as questões desta página. Você enviou ou recebeu cartas? 1 2 2 3 3

Se sim, com quem se correspondeu? Você já observou o céu? O que você viu? Você já leu alguma carta aberta? Será queem a Terra é o único Se sim, que situação? planeta habitado? Na foto, uma garota está observando algo características no celular. É possível que sejaacha Que da Terra você umapermitem carta? Justifique sua resposta. que a existência de seres vivos?

Quem nunca se admirou ao olhar para o céu iluminado em uma noite estrelada? Quem já não se perguntou se nosso planeta é o único que abriga seres vivos? Quem não teve curiosidade de conhecer planetas, estrelas, galáxias e o próprio Universo? Alguns esquemas, fotografias e ilustrações não correspondem à escala real. As ilustrações, frequentemente, apresentam cores fantasia.

1 2 3

JU.STOCKER/SH UTT

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ERSTOCK.COM

Ciências

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1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comentem essa observação e o resultado obtido. 2. Resposta pessoal. É provável que essa questão provoque vários comentários entre os estudantes, momento em que será preciso começar a direcioná-los para a análise das condições necessárias à existência da vida na Terra e, por extensão, em outros planetas.

3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam sobre a presença de ar e de água.

O que é Astronomia?

Habilidade da BNCC EF07CI14

Astronomia é a ciência por meio da qual se estuda o Universo, procurando identificar e explicar fenômenos que ocorrem fora da atmosfera terrestre, bem como conhecer características de corpos celestes, como cometas, planetas, sistemas planetários e galáxias. O Universo é composto de bilhões de galáxias e cada uma delas é composta de bilhões de estrelas. Ao longo da história, os astrônomos exploraram o Universo a olho nu e com instrumentos rudimentares, tentando identificar como ele poderia afetar a Terra. Alguns fizeram descobertas que nos proporcionaram importantes contribuições, como veremos adiante.

História da Astronomia Antigamente, a Astronomia era uma mistura de observação das posições e dos movimentos dos corpos celestes com religião e astrologia. Nas civilizações antigas, as pessoas já usavam conhecimentos de Astronomia para orientar a construção de suas cidades e fortalezas e o plantio de diversas culturas. O quadro a seguir apresenta nomes importantes para o desenvolvimento da Astronomia, porém eles não são os únicos.

MARIA_DOMNIKOVA/SHUTTERSTOCK.COM, EVERETT COLLECTION/SHUTTERSTOCK.COM

Como nossas ideias sobre o Universo mudaram ao longo do tempo

► Corpo celeste: todo

astro do Universo, por exemplo: planetas, estrelas, cometas etc. Galáxia: enorme aglomeração de gás, poeira, estrelas e seus sistemas planetários. Astrologia: sistema narrativo milenar que associa a movimentação dos astros aos acontecimentos da Terra. Atualmente, esse sistema se remete a um tipo de conhecimento sem base científica de como os astros influenciariam o comportamento humano.

Ao longo do 6º ano, os capítulos de História tratam de como outras civilizações (mesopotâmios, egípcios, gregos e indígenas) já demonstravam conhecimentos de astronomia. Esse assunto será aprofundado também em História, no 7º ano.

A TERRA É ESFÉRICA

A TERRA É O CENTRO DO UNIVERSO

MODELO GEOCÊNTRICO

MODELO HELIOCÊNTRICO

PAI DA ASTRONOMIA

PITÁGORAS

ARISTÓTELES

PTOLOMEU

COPÉRNICO

GALILEU GALILEI

Aproximadamente 570-490 a.C.

Aproximadamente 384-322 a.C.

90-168 d.C.

1473-1543

1564-1642

Calculou o tamanho da Terra, sua distância até a Lua e ajudou a desenvolver os calendários e a técnica de mapear estrelas.

Filósofo grego, estudou as estrelas e suas posições no céu, afirmando que a Terra era o centro do Universo (geocêntrico).

Desenvolveu um modelo matemático geocêntrico mais simples que o proposto por Aristóteles.

Divulgou um modelo em que o Sol estava no centro do Sistema Solar (heliocêntrico) e os outros planetas giravam em torno dele, em órbitas circulares.

Defensor do heliocentrismo, descobriu as quatro maiores luas de Júpiter, as manchas solares, crateras e montanhas lunares, os anéis de Saturno e a composição da Via Láctea.

Ciências

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287

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#ficaadica Acesse o QR Code (ou link) a seguir e conheça a Cartilha sobre os corpos celestes.

http://ftd.li/pzvpnu

► Cosmo: sinônimo

O primeiro projeto de uma luneta (tipo mais simples de telescópio) foi registrado por Hans Lippershey (1570-1619), embora se acredite que, antes, outras lunetas já tivessem sido construídas, pois a lente de vidro, sua propriedade de aumentar imagens e o funcionamento dos espelhos eram conhecidos desde a Antiguidade. Em 1609, Galileu Galilei aprendeu como esse utensílio era construído: com o uso de duas lentes em um tubo. Então, aprimorou o projeto original e construiu um instrumento que aumentava, inicialmente, até três vezes um objeto. Mais tarde, aperfeiçoou ainda mais o equipamento até conseguir uma ampliação de 30 vezes. Embora não tenha inventado a luneta, Galileu fez uso dela para suas observações astronômicas, dando-lhes caráter científico. De lá para cá, esses instrumentos evoluíram bastante, e a confecção de grandes telescópios levou a observações que transformaram a visão restrita do Universo e da galáxia para a visão atual do Cosmo, com bilhões e bilhões de galáxias.

ARTUR BALYTSKYI/SHUTTERSTOCK.COM

THALES SANTOS/SHUTTERSTOCK.COM

de Universo; compreende todos os astros e o espaço entre eles.

A luneta e a Astronomia

Ilustração da primeira luneta criada por Galileu.

#ficaadica Para saber mais sobre a história básica da Astronomia, acesse o QR Code (link) a seguir e assista ao vídeo:

https://s.ftd.li/w2OUaI

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Registro do céu estrelado, com destaque para uma parte da Via Láctea. Serra da Lua, Roraima, 2020.

Astronomia moderna Quando o século XX começou, os astrônomos estavam muito interessados na estrutura da Via Láctea, a galáxia onde estão localizados o Sol, a Terra, os outros planetas que conhecemos, uma vasta coleção de estrelas, entre outros corpos celestes. Desenvolveram então novas tecnologias, como radiotelescópios, utilizados para “ouvir” as estrelas, e telescópios que permitem observar outros detalhes do Universo em raios X e infravermelho, por exemplo. Ciências

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PRATIQUE!

1. Em 1609, Galileu Galilei ouviu falar de um instrumento criado por Hans Lippershey, fabricante de óculos na Holanda. Galileu soube dos detalhes da criação de Lippershey e, com utensílios semelhantes (tubos e lentes), construiu um telescópio, que era constituído por um tubo com uma lente em cada extremidade. a) Relacione o desenvolvimento do telescópio ao fato de ter sido considerado revolucionário para o conhecimento do espaço. Com o uso do telescópio de Galileu, muitos corpos celestes até então desconhecidos puderam ser observados e descritos, pois o equipamento permitia que se fizessem observações precisas.

b) Com o passar do tempo, o telescópio foi sendo aprimorado com outros materiais e tecnologias. O que isso representou para os astrônomos? O desenvolvimento contínuo de telescópios mais potentes e de novos equipamentos permitiu aos astrônomos conhecerem com mais detalhes o Universo.

2. A Astronomia é uma das ciências mais antigas. Seu desenvolvimento contou com a colaboração de muitos pensadores, matemáticos e cientistas da Antiguidade até os tempos atuais. Associe o nome do estudioso à colaboração que o deixou conhecido na História com o desenvolvimento dessa ciência. a) Pitágoras

c) Aristóteles

b) Copérnico

d) Ptolomeu

e) Galileu

c

Estudou as estrelas e suas posições no céu e acreditava que a Terra era o centro do Universo.

d

Desenvolveu o modelo matemático mais simples em que a Terra era o centro do Universo.

e

Visualizou as crateras da Lua.

b

Apresentou o modelo heliocêntrico.

a

Determinou o tamanho da Terra e sua distância até a Lua. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

Corpos celestes

Aqui começa o conteúdo referente à aula 2.

Corpo celeste é o nome dado a todos os astros do Universo, como planetas, estrelas, cometas, asteroides, meteoroides e satélites naturais. As estrelas geram luz e calor e são denominadas corpos celestes luminosos. Já os demais corpos celestes não produzem luz própria, apenas refletem a luz das estrelas. Por isso, são corpos celestes iluminados. Ciências

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Estrelas

► Reação química:

Galáxias Galáxias são complexos formados por gases, poeira, bilhões de estrelas e outros corpos celestes que se mantêm próximos em razão da gravidade. A galáxia à qual a Terra pertence é chamada de Via Láctea e é onde o Sistema Solar está localizado. Na Via Láctea, estima-se que existam entre 100 e 400 bilhões de estrelas, entre elas, a estrela mais importante para nós, o Sol. ALEXANDRA LANDE/SHUTTERSTOCK.COM

transformação na qual ocorrem mudanças na composição química da matéria, resultando em um ou mais produtos. Gravidade: é a interação de atração entre corpos.

As estrelas, enormes esferas de gás que brilham na escuridão do espaço, são corpos celestes com luz própria. Esse brilho ocorre em razão das grandes quantidades de energia que elas liberam em reações químicas que acontecem em seu interior. O Sol também é uma estrela, a única do nosso Sistema Solar. Formado principalmente pelos gases hidrogênio e hélio, produz o calor e a luz que chegam aos planetas do Sistema Solar. Durante a noite, dependendo das condições de observação (luz, clima etc.), podemos ver milhares de estrelas no céu.

Via Láctea vista das montanhas do Himalaia, na Ásia.

Planetas

ALEXLMX/SHUTTERSTOCK.COM

Um planeta é um corpo celeste que gira (orbita) em torno de uma estrela. Esses corpos celestes podem ser rochosos ou gasosos e são menores que as estrelas as quais orbitam. Há oito planetas no Sistema Solar que orbitam o Sol e giram em torno de si mesmos, e milhares de outros já foram identificados na Via Láctea e em outras galáxias.

O Sol e os oito planetas do Sistema Solar.

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Asteroides

As luas são satélites naturais que orbitam os planetas, mas nem todos os planetas têm esse satélite. A maior parte desses satélites constitui-se de corpos rochosos e é coberta de crateras, movimentando-se (orbitando) em torno de seus planetas e, ao mesmo tempo, girando ao redor de si mesmas. No Sistema Solar, existem mais de 150 luas orbitando planetas.

Asteroides são corpos rochosos que, no Sistema Solar, orbitam uma região conhecida como Cinturão de Asteroides, que fica entre os planetas Marte e Júpiter. Os asteroides variam em tamanho e formato, e seu movimento também ocorre em torno do Sol. Asteroides fora do Cinturão de Asteroides têm órbitas que cruzam a órbita da Terra, por isso os cientistas sempre monitoram suas trajetórias.

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ALEXYZ3D/SHUTTERSTOCK.COM

NASA/JPL

Luas

3 5 4 1. O planeta Júpiter (o maior) e quatro de suas luas: 2. Io; 3. Europa; 4. Ganímedes; 5. Calisto.

Ilustração de asteroides no espaço sideral.

Cometas

BRIAN DONOVAN/SHUTTERSTOCK.COM

Os cometas são corpos celestes feitos de gelo e dos gases dióxido de carbono, amônia e metano misturados com poeira e, assim como os planetas, orbitam o Sol. Os astrônomos os classificam com base na duração de suas órbitas ao redor do Sol. Cometas de curto período precisam de 200 anos ou menos para completar uma órbita, enquanto os de longo período demoram mais de 200 anos para fazê-lo. O cometa Halley é, provavelmente, o mais famoso do mundo, tornando-se visível a olho nu a cada 76 anos, quando se aproxima do Sol. Sua última aparição ocorreu em 1986, e ele ficou visível por alguns dias.

Cometa Halley, em 1986, com cauda de poeira e gás.

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VADIM SADOVSKI/SHUTTERSTOCK .COM

Chuva de meteoros.

Meteoroides, meteoros e meteoritos Os meteoroides são fragmentos de rocha, menores que os asteroides, que se movem dentro do Sistema Solar. Quando entram na atmosfera da Terra (ou de outro planeta), queimam e deixam um rastro de fogo, os meteoros, conhecidos popularmente como estrelas cadentes. É importante ressaltar que tais termos são usados apenas para designar o fenômeno da queima das partículas que se desintegram totalmente quando entram na atmosfera terrestre. Já os fragmentos de meteoroides que não queimaram ao entrar na atmosfera e acabam atingindo a superfície da Terra são denominados meteoritos. Acredita-se que cerca de 18 mil a 84 mil meteoritos maiores que 10 gramas caiam na Terra a cada ano. NASA

Buracos negros

Primeira imagem de um buraco negro.

#ficaadica Para conhecer o Bendegó, o meteorito do Museu Nacional, acesse o QR Code (ou link) ao lado e assista ao vídeo.

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http://ftd.li/smd6ym

Os buracos negros sempre fascinaram os astrônomos, até porque não são exatamente buracos, mas um espaço onde uma estrela entrou em colapso e morreu, armazenando muita matéria. A gravidade em um buraco negro é tão alta que nem a luz consegue escapar, por isso ele é escuro. Veja o centro da imagem ao lado. Recentemente, em abril de 2019, cientistas conseguiram compor a imagem de um buraco negro, uma conquista e uma descoberta incríveis que confirmaram muitas teorias sobre sua existência e seu funcionamento. A produção da imagem de um buraco negro foi um trabalho de mais de 200 cientistas, do mundo todo, e mostra o fenômeno como um anel vermelho em volta de um centro escuro. Ciências

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Outras realidades

NIKTA_NIKTA/SHUTTERSTOCK.COM

Em 2018, a explosão de um meteoro ao entrar na atmosfera da Terra foi detectada pela National Aeronautics and Space Administration (Nasa), a agência espacial estadunidense, mas passou despercebida à maioria das pessoas porque ocorreu no oceano Pacífico. Em 2013, uma explosão ainda maior não pôde ser ignorada, pois o incidente ocorreu em uma área urbana na Rússia e sabe-se que o meteoroide entrou na atmosfera terrestre com velocidade de 32 km/s e em trajetória quase vertical, explodindo a 25,6 km da superfície.

Rastro deixado pela passagem do meteoroide sobre a cidade de Cheliabinsk, na Rússia, em 2013.

PRATIQUE!

3. Leia as informações e marque (V) para verdadeiro e (F) para falso. Reescreva as que considerar falsas, corrigindo-as. a) b) c)

F

s galáxias são formadas apenas A por estrelas.

F

Via Láctea é a única galáxia A do Universo.

V

O Sol é a única estrela do Sistema Solar.

d)

e)

F

V

s satélites naturais dos planetas O se mantêm fixos na atmosfera de seu planeta. s asteroides são corpos celestes O rochosos, de tamanhos diversos e que se movimentam em torno do Sol.

a) As galáxias são formadas por poeira, gases, estrelas e outros corpos celestes. b) A Via Láctea é uma das bilhões de galáxias que constituem o Universo. d) Os satélites naturais circulam (orbitam) em torno dos planetas.

4. Da janela de sua casa, você pode observar o céu de dia e de noite. Nessas observações, que corpos celestes luminosos e iluminados podem ser vistos e facilmente identificados? Os corpos celestes luminosos podem ser o Sol e outras estrelas. Os corpos celestes iluminados podem ser a Lua e alguns planetas.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 2 da seção Amplie. Ciências

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Observando o espaço

Aqui começa o conteúdo referente às aulas 3 e 4.

CHECHI CAROLA/SHUTTERSTOCK.COM

A observação do céu e das estrelas sempre estimulou e instigou os seres humanos. Na Antiguidade, as pessoas contemplavam o céu usando apenas os olhos, sem o auxílio de equipamentos. A ausência de iluminação pública e de lâmpadas assegurava a escuridão, o que facilitava as observações. O desenvolvimento de equipamentos de observação mais sofisticados, no entanto, permitiu a descoberta de astros não visíveis a olho nu e a observação mais nítida dos astros conhecidos.

Observatório astronômico Cerro Tololo no Chile, com telescópio em seu interior.

instrumento astronômico capaz de capturar a luz de um corpo celeste formando um padrão que pode então ser estudado e registrado como uma fotografia.

NASA

► Espectrógrafo:

Como vimos, o aperfeiçoamento da luneta por Galileu, no início do século XVII, foi um grande marco tecnológico para a exploração do espaço pela humanidade. Hoje, uma variedade de instrumentos continua a expandir nossa compreensão e apreciação do Cosmo. Atualmente, astrônomos utilizam telescópios para ampliar a visão de objetos distantes e espectrógrafos para estudar a luz que captam de estrelas, planetas, galáxias e nebulosas. Além disso, observatórios espaciais foram colocados em órbita fora da atmosfera da Terra, com o objetivo de realizar observações astronômicas que seriam muito difíceis de conseguir da superfície do planeta. Entre eles está o Telescópio Espacial Hubble, que fornece imagens e dados precisos do espaço. É por meio dele que temos as mais belas imagens do espaço, como a do planeta Saturno, a de Júpiter e suas luas, entre outras.

Imagem do planeta Saturno feita pelo Hubble em 2019.

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Telescópios ópticos Galileu usou na construção de sua luneta duas lentes com funções diferentes, que ampliavam a imagem, assim como uma lupa, e ajustam o foco da imagem. Seu instrumento foi chamado luneta ou telescópio refrator. Com o passar dos séculos, os telescópios evoluíram e passaram a usar uma combinação de espelhos para refletir a luz e formar a imagem, constituindo-se os chamados telescópios refletores. Os telescópios de hoje permitem, por meio da coleta da luz dos objetos distantes, observar a Lua, os planetas, as estrelas e muitos outros astros.

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2

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Modelos de telescópio. Imagem 1. telescópio refrator. Imagem 2. telescópio refletor.

Primeira foto do Hubble Em 1990, a Nasa lançou o Telescópio Espacial Hubble para fotografar e embasar os estudos de Astronomia. Custou 2,5 bilhões de dólares e esperavam-se imagens muito melhores do que as fornecidas até então pelos observatórios terrestres. A primeira fotografia enviada pelo Hubble foi de uma estrela localizada a 1 300 anos-luz de distância. A mesma estrela havia sido fotografada por um telescópio terrestre localizado no Chile. Comparando-se as duas fotografias, não parece haver diferenças, mas há. A imagem 2, feita pelo Hubble, é muito mais nítida do que a feita pelo observatório na Terra, tornando possível perceber, no canto superior da imagem, um sistema binário, e não um sistema com apenas uma estrela, como sugere a imagem 1. Essa primeira imagem serviu para que fossem realizados ajustes de foco do Hubble. Ciências

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NASA

Quando a imagem foi divulgada, percebeu-se que estava com a qualidade muito inferior à que era esperada. Os engenheiros começaram a procurar por alguma falha. A Nasa levou quase um mês para anunciar que o defeito estava no espelho principal. Somente em 1993 o ônibus espacial Columbia levou um conjunto de materiais ópticos corretivos que, depois de instalados, tornaram as imagens do Hubble mais precisas. Além disso, pelo fato de estar fora da atmosfera, seus registros são mais limpos e sem distorções. Nos últimos 25 anos, o Hubble tem fornecido imagens importantes para o desenvolvimento da Astronomia. 2

Imagem 1. Fotografia do telescópio terrestre localizado no Chile; Imagem 2. Primeira imagem do Hubble.

PRATIQUE!

5. Dos locais citados a seguir, qual é o melhor para a instalação de grandes telescópios para observar os astros celestes? Justifique sua escolha. a) Nas planícies. b) Nos oceanos. c) Nas montanhas. d) Nos costões rochosos. e) Nas praias. O melhor local é nas montanhas, porque nas grandes altitudes o ar é mais limpo, o que gera menos distorções nas imagens. 6. As pesquisas e as experiências que os cientistas realizam são sempre definitivas? Discuta a respeito com os colegas e escreva suas conclusões. Espera-se que os estudantes respondam que não, pois a ciência está sempre sendo aperfeiçoada. Por exemplo, depois de lançado, o Hubble não funcionou como previsto e foram necessários mais três anos de testes para que os resultados esperados fossem alcançados.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie.

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Sistema Solar

Aqui começa o conteúdo referente à aula 5.

NASA

O Sistema Solar está localizado na Via Láctea e é composto de uma estrela em seu centro, o Sol, e de outros corpos celestes que a rodeiam, como planetas, planetas-anões, asteroides, satélites naturais e cometas. Estima-se que o Sistema Solar tenha surgido há 4,6 bilhões de anos quando uma nuvem de gás se contraiu, originando o Sol, os planetas, os cometas, os asteroides e os outros corpos celestes do Sistema Solar. Ele apresenta oito planetas que se movimentam em torno do Sol. Alguns desses planetas foram observados pelos seres humanos desde a Antiguidade, pois podiam ser vistos a olho nu, sem equipamentos: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Com o desenvolvimento dos telescópios, em 1781, descobriu-se o planeta Urano e, em 1846, ficou conhecido o planeta Netuno. Acompanhe no infográfico a seguir a explicação científica para a formação de nosso planeta e do Sistema Solar.

Como o Sistema Solar se formou? 1. Acredita-se que nossa história começou há cerca de 4,6 bilhões de anos, com uma nuvem de gás e poeira estelar.

3. Em algum momento, a nuvem entrou em colapso, possivelmente porque a onda de choque de uma estrela que explodiu nas proximidades causou uma compressão. 4. O resultado foi um disco de poeira e gás.

4,6 bilhões de anos

2. Essa nuvem fazia parte de uma nuvem maior, chamada nebulosa.

Fusão

5. Átomos de hidrogênio fundem-se e transformam-se em átomos de hélio.

6. Quando material suficiente foi coletado no centro desse disco, nosso Sol nasceu. Ele é formado por cerca de 99,8% de todo o material do Sistema Solar.

7. O material não usado na formação do Sol se agrupou em corpos cada vez maiores. 9. Planetas rochosos, como a Terra, formaram-se perto do Sol porque materiais congelados e gasosos não poderiam resistir perto de todo aquele calor. Gases e materiais congelados ficaram mais distantes do Sol. E assim foi formado o Sistema Solar como o conhecemos.

8. Esses aglomerados formaram os planetas, planetas-anões, asteroides, cometas e satélites naturais. presente

10. Cometas e asteroides são remanescentes da formação do Sistema Solar.

Representação da origem do Sistema Solar.

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Outras realidades

► Comprimento de

onda: na Física, é a distância entre dois valores repetidos sucessivamente em uma onda — a distância entre duas cristas de onda, por exemplo.

Apesar de enxergarmos a luz do Sol como branca, ela é, na verdade, composta por todas as cores que vemos no arco-íris. Aqui na Terra, vemos o céu azul porque a componente azul da luz solar é espalhada em todas as direções enquanto atravessa nossa atmosfera, uma camada de gases que recobre nosso planeta. [...] Já no pôr do sol, vemos o céu avermelhado. Isso acontece porque, com o Sol perto do horizonte, sua luz, para nos alcançar, precisa atravessar uma camada maior da atmosfera. Nesse percurso maior, a componente azul se espalha tanto que acaba não chegando aos nossos olhos. Sobra apenas a faixa do amarelo ao vermelho, que sofre menos dispersão. Nos outros planetas, a coisa muda de figura. Em Mercúrio, como praticamente não existe atmosfera, o céu é escuro durante o dia, pois não há espalhamento da luz solar. Assim como na Lua, de lá poderíamos ver o Sol e as outras estrelas ao mesmo tempo. Em Vênus, ocorre o contrário: por ter uma atmosfera extremamente densa, o céu desse planeta está permanentemente nublado, encoberto. Já em Marte, ocorre o fenômeno de cores oposto ao da Terra. Lá, é a componente vermelha da luz solar que é mais espalhada, pois seu comprimento de onda tem tamanho semelhante às incontáveis partículas de poeira em suspensão na sua atmosfera rarefeita. Então, no planeta vermelho, o céu é avermelhado durante o dia, mas o pôr do sol é azulado. [...] REIS NETO, Eugênio. O céu também é azul em outros planetas? Ciência Hoje, São Paulo, 11 jan. 2016. Disponível em: https://chc.org.br/o-ceu-tambem-e-azul-em-outros-planetas/. Acesso em: 13 jul. 2023.

Durante esse processo, todos os demais planetas formaram-se com a aglomeração do material existente. Por isso, pode-se dizer que os planetas nasceram juntos. No início, havia vários planetas em formação, mas suas posições eram instáveis, o que provocou colisões entre eles. Essa é a explicação para o cinturão de asteroides que temos atualmente entre Marte e Júpiter. Quanto maior a massa de um corpo, maior a força de atração que ele exerce sobre outros corpos. O Sol tem cerca de 99,8% de toda a massa que compõe o Sistema Solar e, por isso, exerce uma força de atração sobre os demais corpos celestes. Essa força faz os planetas girarem ao redor dele. Da mesma maneira, os satélites naturais giram em torno de seus planetas por terem menor massa do que eles.

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VECTORMINE/SHUTTERSTOCK.COM

ã tur cin o de aste roides

Makemake cometa Éris Júpiter Representação de alguns componentes do Sistema Solar.

A Lua é o único satélite natural da Terra. De acordo com a teoria mais aceita a respeito de sua origem, ela teria se formado na mesma época que os demais corpos do Sistema Solar. Conforme essa teoria também, um corpo celeste de tamanho semelhante ao do planeta Marte teria se chocado com a Terra e originado a Lua. Terra e Lua compõem o Sistema Solar, assim como a estrela mais próxima de nós, o Sol, os outros planetas e seus satélites naturais, planetas-anões, cometas e asteroides.

Sol O Sol é o maior corpo celeste e a única estrela do Sistema Solar. É a maior fonte de energia desse sistema e é apenas uma entre as inúmeras estrelas que existem no Universo. Ele fica a milhões de quilômetros da Terra e seu raio mede quase 110 vezes mais que o raio de nosso planeta, sendo considerado 1,3 milhão de vezes mais volumoso que a Terra. Os oito planetas do Sistema Solar orbitam o Sol. A força da gravidade solar mantém os planetas em suas órbitas e evita que eles se dispersem. O Sol, como todas as estrelas, é uma grande esfera (composta de gases) que libera energia luminosa e calor graças às reações e explosões frequentes que ocorrem em seu interior. Ciências

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NASA/SDO

Explosão solar capturada em outubro de 2022.

É do centro do Sol que vem toda a sua energia. Nosso planeta, que está a aproximadamente 150 milhões de quilômetros dele, recebe uma pequena parte dessa energia na forma de luz e calor, que leva cerca de 8 minutos para atingir a superfície terrestre. A temperatura do Sol é de cerca de 5 500 °C, mas existem algumas regiões menos quentes, chamadas manchas solares, com temperatura aproximada de 4 000 °C. Essas manchas solares são regiões que aparecem mais escuras no Sol e que podem ser observadas com o uso de filtros especiais nos telescópios. O Sol nunca deve ser observado a olho nu, pois pode causar danos irreversíveis aos olhos.

NASA

A radiação solar é extremamente importante para que haja vida na Terra, já que a maioria dos seres vivos depende do calor e da luz solares para se desenvolver. A distância da Terra ao Sol é adequada para a manutenção de uma temperatura ideal para os seres vivos, além de a radiação solar contribuir para a realização da fotossíntese pelas plantas, que, entre outras funções, repõem o estoque de gás oxigênio para a respiração da maior parte dos seres vivos. A posição da Terra em relação ao Sol também é responsável pela existência de água na forma líquida em nosso planeta, fundamental para o surgimento e a manutenção da vida.

Superfície do Sol, na qual podem ser observadas manchas solares.

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PRATIQUE!

7. O Sol irradia energia e a Terra recebe uma pequena parte dessa energia, principalmente sob a forma de luz e calor. Sobre isso, complete a sentença a seguir com as palavras corretas. estrela – iluminado – luminoso – hélio – hidrogênio O Sol é um astro

luminoso

, por produzir luz própria. Já um planeta, por

exemplo, que apenas reflete luz, é denominado calor e a luz do Sistema Solar vêm do Sol, que é uma

iluminado

. A energia, o . Toda essa

estrela

energia irradiada para a Terra é resultado das reações de explosões dos gases que compõem o Sol, que são basicamente

hélio

e

hidrogênio

.

8. A radiação solar é fundamental para a vida em nosso planeta. Explique por que a maioria das formas de vida depende dela. Os seres vivos dependem da energia solar, pois ela permite o aquecimento do planeta, a fotossíntese das plantas, a produção de alimentos etc.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 4 da seção Amplie.

Planetas

Aqui começa o conteúdo referente às aulas 6 e 7.

A diferença básica entre uma estrela e um planeta é que uma estrela emite luz produzida por uma reação em seu núcleo, enquanto o planeta não tem luz própria e, além disso, orbita uma estrela. Em órbitas de estrelas encontram-se planetas, cometas e asteroides, por exemplo. No Sistema Solar, foram identificados oito planetas e muitas luas e asteroides. Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são os planetas mais próximos do Sol e são chamados de planetas rochosos, porque sua superfície e boa parte de sua composição são de rochas e metais sólidos. Os outros quatro planetas são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, que ficam mais afastados do Sol. Júpiter e Saturno são chamados de gigantes gasosos, porque não têm superfícies sólidas e são compostos de gases (cerca de 90% de hidrogênio e hélio), enquanto Urano e Netuno são denominados gigantes gelados, pois sua massa tem apenas 20% de hidrogênio e hélio, o restante é formado por elementos mais pesados e frios, como oxigênio, carbono, nitrogênio e enxofre. Os planetas são bastante diferentes entre si, não apenas por sua composição interna, mas também pela composição de sua atmosfera (quando ela existe), pela distância do Sol, pela temperatura da superfície, entre outros aspectos. Ciências

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VÊNUS

SATURNO Visto pelo telescópio, é um dos planetas mais belos: de coloração amarela brilhante, é cercado por centenas de anéis formados de gelo e poeira cósmica. Saturno tem pelo menos 62 luas que o orbitam e é o segundo gigante gasoso. Classificação quanto ao tamanho: é o segundo maior. Distância do Sol: é o sexto mais próximo. Temperatura média na superfície: –139 °C. Duração do ano: 29 anos e 167 dias terrestres.

É o planeta mais fácil de observar no céu. É confundido com uma estrela, podendo ser visto pela manhã e logo após o pôr do sol. Esse planeta gira em torno de si mesmo (rotação), ao contrário do sentido de giro da Terra, e apresenta continentes, montanhas e crateras. Sua atmosfera tem grande quantidade de gás carbônico, que retém o calor do Sol, por isso é o planeta mais quente do Sistema Solar. Vênus não tem satélites naturais. Classificação quanto ao tamanho: é o terceiro menor. Distância do Sol: é o segundo mais próximo. Temperatura média na superfície: 464 °C. Duração do ano: 224 dias terrestres.

Sol Vênus Marte

Saturno Netuno

Cinturão de asteroides

NETUNO Só pode ser visto com telescópios poderosos. Com tamanho bem próximo ao de Urano, é o outro gigante gelado. Apresenta cinco anéis, difíceis de serem vistos, e 14 luas conhecidas. É assolado por fortes ventos e ciclones. Tritão, a maior lua de Netuno, e Titã, uma das maiores de Saturno, são as únicas luas do Sistema Solar que têm atmosferas próprias. Classificação quanto ao tamanho: é o quarto maior. Distância do Sol: é o mais distante do Sol. Temperatura média na superfície: –201 °C. Duração do ano: 164 anos e 288 dias terrestres.

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MARTE É um planeta muito parecido com a Terra, pois apresenta calotas polares norte e sul compostas de água congelada. Marte tem coloração vermelha, por causa do óxido de ferro, mineral comum e abundante na superfície do planeta, e tem duas luas em sua órbita: Fobos e Deimos. Classificação quanto ao tamanho: é o segundo menor. Distância do Sol: é o quarto mais próximo. Temperatura média na superfície: –63 °C. Duração do ano: 687 dias terrestres.

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MERCÚRIO

JÚPITER

Por não ter atmosfera, sua superfície apresenta muitas crateras em virtude de choques de asteroides. Mercúrio é muito quente durante o dia e muito frio durante a noite. Não tem luas. Classificação quanto ao tamanho: é o menor planeta. Distância do Sol: é o mais próximo. Temperatura média na superfície: 170 °C, variando entre –173 °C (noite) e 426 °C (dia). Duração do ano: 88 dias terrestres.

Gigante gasoso, apresentando 95 luas e 3 anéis. Por girar de maneira veloz, o clima em Júpiter muda rapidamente, com redemoinhos e tempestades permanentes, sendo a mais conhecida a Mancha Vermelha. Classificação quanto ao tamanho: é o maior planeta. Distância do Sol: é o quinto mais próximo. Temperatura média na superfície: –108 °C. Duração do ano: 11 anos e 317 dias terrestres.

Júpiter

Mercúrio Terra Urano

CINTURÃO DE ASTEROIDES Os asteroides, corpos rochosos e em formatos irregulares, também orbitam o Sol. Estão em grande quantidade entre a órbita de Marte e a de Júpiter, formando o Cinturão de Asteroides. Alguns são enormes, enquanto outros são do tamanho de pedrinhas.

TERRA Único planeta com as condições necessárias para a vida. Apresenta um satélite chamado Lua. Quando vista do espaço, a Terra apresenta a cor azul, porque grande parte de sua superfície é coberta por água. Classificação quanto ao tamanho: é o quarto menor, tendo dimensões bastante próximas às de Vênus. Distância do Sol: é o terceiro mais próximo. Temperatura média na superfície: 14 °C. Duração do ano: 365 dias e 6 horas.

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É um dos gigantes gelados, com 27 luas e 13 anéis. A maior parte do centro de Urano é composta de uma massa congelada de gases, que lhe dá a cor azul-esverdeada. Como Vênus, Urano gira na direção oposta em relação ao sentido de rotação dos outros planetas. E, ao contrário de qualquer outro planeta, Urano gira de lado, ou seja, seus polos são praticamente paralelos à sua órbita em torno do Sol. Classificação quanto ao tamanho: é o terceiro maior. Distância do Sol: é o sétimo mais próximo. Temperatura média na superfície: –220 °C. Duração do ano: 84 anos e 3 dias terrestres.

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URANO

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Os planetas e suas órbitas Uma órbita é um caminho regular e repetitivo de um objeto no espaço em torno de outro corpo celeste. Planetas, cometas e asteroides no Sistema Solar, por exemplo, orbitam o Sol. As órbitas são geralmente elípticas, o que significa que elas têm aproximadamente a forma de um círculo achatado ou oval. O que mantém os planetas em suas órbitas é a gravidade. Sem ela, um objeto em órbita ao redor do Sol, por exemplo, iria para o espaço em linha reta. Com a gravidade, os planetas são puxados para o Sol, como em um cabo de guerra constante, em que eles tendem a se mover em linha reta e a força da gravidade os puxa de volta. #ficaadica Acesse o QR Code (ou link) a seguir para conhecer mais sobre as particularidades do Sol e dos planetas do Sistema Solar em escala.

A identificação de outros objetos no Sistema Solar fez com que cientistas se perguntassem: o que faz um corpo celeste ser definido como um planeta? Chegaram à conclusão de que um planeta deve orbitar o Sol, ter forma esférica e uma órbita livre de outros pequenos objetos. Os planetas-anões são corpos celestes que orbitam o Sol. Eles têm forma aproximadamente esférica e massa suficiente para ter gravidade própria, mas não dispõem de uma órbita desimpedida, isto é, em sua órbita existem outros corpos celestes que não são satélites. Depois dessas conclusões, em 2006, a União Astronômica Internacional determinou que Plutão, até então considerado o nono planeta do Sistema Solar, estava rebaixado a planeta-anão por não cumprir a terceira condição. Até o momento, são considerados planetas-anões Plutão, Éris, Ceres, Haumea e Makemake, embora existam outros corpos do Sistema Solar que ainda estão sendo estudados e podem ser classificados assim futuramente. DIEGO BARUCCO/SHUTTERSTOCK.COM

https://s.ftd.li/NwPg7S

Planetas-anões

Ceres

Makemake

Haumea Éris

Plutão

Planetas-anões do Sistema Solar conhecidos atualmente.

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PRATIQUE!

9. Alguns planetas do Sistema Solar têm satélites naturais, como é o caso da Terra, que tem a Lua. O que você compreendeu por satélites naturais? São corpos celestes menores que orbitam em torno de alguns planetas do Sistema Solar.

10. Apresente quatro características que diferenciem entre si os planetas do Sistema Solar. Tamanho, distância média em relação ao Sol, período de translação (movimento em torno do Sol), temperatura na superfície, presença de atmosfera ou outras características lembradas pelos estudantes.

11. Em 2006, na reunião da União Astronômica Internacional, foram definidas três características essenciais que um corpo celeste precisa apresentar para ser considerado um planeta, tornando mais clara sua definição. Quais são essas características? Um corpo celeste, para ser considerado um planeta, precisa ter formato esférico, orbitar o Sol e ter sua órbita desimpedida. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 5 e 6 da seção Amplie.

Exigências para a vida na Terra

Aqui começa o conteúdo referente à aula 8.

RAFAEL HERRERA

Exemplo de formas de vida na Terra.

Sabemos que a vida na Terra, como conhecemos, surgiu há pelo menos 3,8 bilhões de anos, quando o jovem planeta havia começado a se resfriar e formado uma crosta rochosa. Alguns cientistas acreditam que as primeiras formas de vida surgiram no oceano, depois que algumas reações químicas começaram a acontecer. Ciências

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Fatores que tornam possível a vida na Terra A posição de nosso planeta no Sistema Solar e sua estrutura forneceram condições favoráveis para o desenvolvimento da vida.

Camada de ozônio

Estabilidade do Sol

O acréscimo de oxigênio à atmosfera, que começou quando os primeiros organismos fotossintetizantes surgiram, permitiu a formação da camada de ozônio em grandes altitudes na atmosfera da Terra. Essa camada protegeu as primeiras formas de vida da radiação ultravioleta, função vital até hoje.

O Sol é uma estrela estável. Estrelas maiores que ele são mais quentes e não duram tempo suficiente para o desenvolvimento da vida em planetas próximos. Estrelas menores e mais jovens também podem ser instáveis e explodir seus planetas com rajadas de radiação.

let

a

camada de ozônio

Terra

MACROVECTOR/SHUTTERSTOCK.COM

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gases da atmosfera

Terra; Atmosfera; Gases da atmosfera; Camada de Ozônio; Radiação ultravioleta

Localização do planeta

Gases da atmosfera

A Terra está na zona habitável da sua estrela, uma vez que a distância do planeta em relação ao Sol permite temperaturas adequadas para o desenvolvimento dos seres vivos. A Terra, sem o calor e sem a luz do Sol, seria uma esfera de rocha coberta de gelo. O Sol aquece os mares, movimenta o ar e dá energia às plantas para que produzam alimento e oxigênio necessários à vida.

A atmosfera da Terra apresenta uma mistura adequada de gases necessários para a manutenção da vida: o gás carbônico presente no ar provém da respiração dos seres vivos e é utilizado pelas plantas durante a fotossíntese; o gás oxigênio, liberado durante a fotossíntese, é vital para a respiração de grande parte dos seres vivos; o gás nitrogênio, presente em grande quantidade na atmosfera, é importante para a produção de compostos orgânicos fundamentais aos seres vivos.

► Radiação ultravioleta: tipo de radiação emitida pelo Sol que, nos seres humanos,

danifica as células, podendo causar câncer de pele e cegueira por catarata e, nos demais animais, afeta o desenvolvimento. Nas plantas, provoca a perda da clorofila.

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Um pouco de Astrobiologia A Astrobiologia estuda, no espaço exterior, a vida como a conhecemos, procurando as condições necessárias para que ela se estabeleça: água líquida, temperatura adequada e presença de oxigênio. Em certos locais do Sistema Solar, supõe-se que a vida possa existir, como em algumas das luas de Júpiter e de Saturno. Embora sejam muito frias, se lá for encontrada água líquida, é sinal de que a temperatura é adequada para seres vivos. Os astrobiólogos utilizam a Física, a Química, a Astronomia, a Biologia, a Ecologia, a Geografia e a Geologia para investigar a possibilidade de vida em outros mundos, ocupando-se da interpretação de relatos científicos existentes. Assumindo que qualquer planeta habitável deva ser parecido com a Terra (pode não ser), existem chances de não estarmos sozinhos. Os astrobiólogos estimam que a Via Láctea tenha 500 planetas habitáveis, que se encaixam nos critérios descritos a seguir.

► Astrobiólogo:

cientista que procura entender o fenômeno da vida no Universo, não apenas na Terra.

y Distância: esses planetas estão a uma distância confortável de uma estrela semelhante ao nosso Sol. Ou seja, estão longe o suficiente do calor muito intenso e da zona de radiação, mas não tão longe a ponto de serem extremamente frios. Essa faixa de distância justa é chamada de “zona habitável”.

#ficaadica Acesse o QR Code (ou link) a seguir para assistir a um vídeo explicativo sobre os estudos de Astrobiologia.

y Estrutura: eles são rochosos. Os gigantes gasosos, Júpiter e Saturno, e os gigantes de gelo, Urano e Netuno, são feitos de gases e elementos mais pesados, então não podemos esperar que a vida seja capaz de se manter lá. y Núcleo: o núcleo da Terra é fonte de calor. Marte provavelmente tinha um núcleo de líquido quente, mas como é um planeta menor, seu calor dissipou-se mais rapidamente.

https://s.ftd.li/V2Dr49

para ser um planeta habitável osfera protetor a atm ochas r

Sol

núcleo

zona habitável

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MARCO CORTEZ

y Atmosfera: eles têm uma atmosfera protetora, que mantém o planeta aquecido e sem receber muita radiação.

Condições para um planeta ser habitável.

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PRATIQUE!

12. De acordo com o conhecimento científico atual, a Terra é o único planeta conhecido até o momento a abrigar vida, mas outros planetas podem também oferecer as condições necessárias para a sua existência e manutenção. Quais são os principais elementos que favorecem essas condições na Terra? A Terra tem atmosfera com grande quantidade de oxigênio, temperatura amena e água líquida em sua superfície, o que permite o desenvolvimento das diversas formas de vida que conhecemos.

13. A existência de água em forma líquida na Terra permitiu o desenvolvimento dos seres vivos, pois a maioria precisa dela para sobreviver. Explique a relação entre a presença de água líquida e a posição da Terra no Sistema Solar. A órbita da Terra está a uma distância nem muito longe, nem muito próxima do Sol, na zona habitável. Isso torna a temperatura adequada à existência de água líquida, o que permite a sobrevivência dos seres vivos.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 7 da seção Amplie.

O que mais existe no espaço? Aqui começa o conteúdo referente à aula 9.

Por centenas de anos, os astrônomos observaram os corpos celestes apenas com os telescópios, pois não dispunham de outros equipamentos. Para os cientistas atuais, essa realidade já é diferente, pois a invenção de sondas e de satélites artificiais permite melhores e mais detalhadas observações do Universo.

Satélites

► Estação Espacial

Internacional: em inglês, International Space Station (ISS); é um laboratório espacial que orbita a Terra a 400 km da superfície.

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Na Astronomia, satélite é um objeto que orbita um planeta. Existe mais de uma centena de satélites naturais, ou luas, em nosso Sistema Solar. Além disso, milhares de satélites artificiais, feitos pelo ser humano, já foram lançados no espaço. Satélites artificiais Os satélites artificiais começaram a ser lançados em 1957, para fotografar o Sol, a Terra e outros planetas e observar os buracos negros, as estrelas e as galáxias distantes. Alguns satélites também servem às comunicações, à meteorologia e à Estação Espacial Internacional. Ciências

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ALEKS49/SHUTTERSTOCK.COM

O primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, foi lançado em 1957. No mesmo ano foi lançado o Sputnik 2, para iniciar o estudo dos efeitos da ausência de peso e da radiação sobre os seres vivos, tendo como tripulante a cadela Laika. O Sputnik 1 era muito simples: uma pequena esfera de alumínio, do tamanho de uma bola de futebol infantil, com quatro longas antenas e alimentada por baterias. Dentro do Sputnik estavam transmissores de rádio que emitiam um bipe distinto: um som que era para ser percebido por radioamadores em todo o mundo. O lançamento desse pequeno e simples satélite marcou o início da era espacial. Satélites meteorológicos Os satélites artificiais de fins meteorológicos são utilizados para medir a temperatura e a umidade do ar, enviando imagens da ocorrência ou aproximação de tempestades e furacões. Com o uso de satélites, por exemplo, as emissoras de televisão mandam suas imagens para todos os lugares da Terra, e empresas de telefonia estabelecem comunicação entre locais distantes. As medições desses instrumentos são digitalizadas e transmitidas a estações receptoras no solo para que sejam repassadas a vários centros de previsão do tempo em toda a Terra e publicadas na internet sob a forma de imagens. Como o tempo muda rapidamente, o intervalo entre a medição e a disponibilidade da imagem precisa ser muito pequeno; hoje, ele é menor que um minuto. Os satélites meteorológicos e seus instrumentos são projetados para operar de três a sete anos e são colocados em um dos dois tipos de órbita ao redor da Terra: na estacionária, ele fica em grande altitude (mais de 36 mil quilômetros) orbitando sobre a linha do equador e sua velocidade é constante, visualizando sempre a mesma região e fornecendo imagens para a televisão ou a internet; na polar, o satélite fica em baixa altitude (804 quilômetros), movimentando-se do Polo Norte para o Polo Sul a cada 100 minutos, cobrindo completamente a Terra. MARCO CORTEZ

órbita polar

Sputnik, o primeiro satélite artificial, no Museu da Cosmonáutica, em Moscou, Rússia.

órbita estacionária

Satélites em órbita polar e em órbita estacionária.

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Sondas espaciais São naves espaciais robóticas, não tripuladas, que viajam para fora da órbita da Terra em busca de informações sobre outros locais do Universo. São projetadas para operar por conta própria, coletando dados e os enviando para análise de pesquisadores na Terra. Os cientistas têm enviado sondas na direção de muitos planetas de nosso Sistema Solar, do Sol e até mesmo além da órbita de Plutão, um dos planetas-anões. Cada sonda espacial tem uma missão e coleta diferentes informações. É comum que as sondas sejam alimentadas por uma combinação de baterias e painéis solares, mas algumas têm outras fontes experimentais de energia.

Alcance das sondas espaciais A National Aeronautics and Space Administration (Nasa), a Agência Espacial Europeia (ESA) e países como Rússia, Japão, China e Índia já enviaram sondas ao espaço para conhecer mais do Sistema Solar. Desde os primeiros satélites que orbitavam a Terra até as missões interplanetárias, essas máquinas robóticas estendem nossos olhos para o pouco conhecido espaço sideral. As sondas, por exemplo, nos dão uma visão próxima dos planetas, dos asteroides ou da cauda dos cometas. PRATIQUE!

14. O lixo espacial é formado por detritos em órbita ao redor da Terra. Pedaços de naves, satélites desativados, ferramentas, luvas e outros objetos perdidos pelo homem durante seu trabalho no espaço são exemplos de lixo espacial. Quais são os equipamentos que circulam ou cruzam a órbita terrestre que podem ser atingidos por lixo espacial? Satélites artificiais, sondas ou foguetes.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 8 da seção Amplie.

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Amplie 1. A Astronomia é uma ciência por meio da qual são estudados os fenômenos que ocorrem no espaço e a estrutura de corpos celestes, como planetas, estrelas, cometas e galáxias. Desde as civilizações antigas, a observação de planetas e estrelas e o estudo de seus movimentos eram muito úteis. Discorra sobre por que essas observações eram úteis para as civilizações antigas. Os povos antigos observavam o céu para poderem se deslocar, realizar navegações, determinar as melhores épocas para o plantio e a colheita, organizar o calendário etc.

2. Nossa galáxia é a Via Láctea. Cite exemplos de diferentes tipos de corpos celestes que podem ser encontrados nela. Uma galáxia como a Via Láctea contém estrelas, planetas e seus satélites naturais, cometas, poeira cósmica, asteroides e nebulosas.

3. Qual é a diferença das imagens obtidas com telescópios na superfície da Terra e em órbita? Por que são diferentes? As imagens em órbita são, em geral, mais nítidas, pois não sofrem as deformações causadas pela atmosfera.

4. No céu noturno, é possível ver alguns planetas e muitas estrelas. Para diferenciá-los, algumas características devem ser analisadas. Considere as afirmativas e marque (V) para verdadeiro e (F) para falso. Em seguida, reescreva as afirmativas que considerar falsas, corrigindo-as. a)

F

Os planetas são os maiores astros do Sistema Solar.

b)

F

Cada planeta emite seu próprio brilho.

c)

V

Os planetas não produzem luz própria, são iluminados pelo brilho das estrelas.

d)

V

Os planetas que eventualmente podemos ver no céu noturno orbitam em torno do Sol.

a) Por estarem mais perto da Terra do que qualquer estrela, os planetas parecem ser maiores que as estrelas, mas são infinitamente menores. b) Os planetas não têm brilho próprio, logo são corpos celestes iluminados.

5. Mercúrio está mais perto do Sol, e Vênus mais distante. Porém, a temperatura da superfície de Mercúrio é menor que a de Vênus. Explique por que isso ocorre. Isso ocorre pela alta concentração de gás carbônico na atmosfera de Vênus, que retém o calor do Sol, aumentando sua temperatura. Já em Mercúrio, a atmosfera é quase inexistente.

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6. Ao longo de uma aula de Astronomia, um professor coletou comentários de seus estudantes sobre os temas abordados. Avalie esses comentários e marque (V) para verdadeiro e (F) para falso. Depois, indique a correção adequada para cada caso que considerar falso. a)

F

Planetas-anões são planetas bem pequenos.

b)

F

Saturno é o único planeta com anéis.

c)

V

Tritão e Titã são luas de Netuno e Saturno que têm atmosfera.

d)

V

São conhecidos oito planetas no Sistema Solar.

e)

F

Um astrônomo consegue observar Netuno completar uma órbita inteira em 1 ano terrestre.

a) Planetas-anões, independentemente do tamanho, não estão sozinhos em sua órbita ao redor do Sol. b) Os gigantes gasosos e os gigantes gelados têm anéis, mas os mais notáveis são os de Saturno. e) A duração da órbita de Netuno é de aproximadamente 164 anos. Duração maior que a expectativa de vida de uma pessoa.

7. A Astrobiologia estuda as condições para a vida fora da Terra. Ou seja, estuda a possibilidade de existir vida extraterrestre. Mas para isso, é preciso estudar como a vida surgiu e evoluiu aqui na Terra para comparar com o que é encontrado lá fora por sondas, satélites e naves espaciais. Analisando o texto anterior, quais condições do nosso planeta favorecem o desenvolvimento de seres vivos? Resposta pessoal. Os estudantes podem explicar com suas palavras vários itens, por exemplo: a distância da Terra até o Sol, nem tão perto, nem tão longe, o que permite que as temperaturas não sejam extremamente elevadas, nem tão baixas; a presença de uma atmosfera com gases que mantêm a temperatura constante, com pouca variação, e que fornece os gases necessários à fotossíntese; a existência de uma camada de ozônio, que protege a vida dos raios ultravioletas etc.

8. Os satélites destinados à comunicação orbitam o plano do equador em um período de rotação igual ao da Terra, ou seja, em relação à Terra, eles estão sempre na mesma posição, por isso são chamados geoestacionários. De acordo com suas funções, os satélites meteorológicos podem ser geoestacionários? Justifique sua resposta. Não podem, pois os satélites meteorológicos precisam coletar informações da atmosfera sobre diversas regiões da Terra.

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Síntese

Terra e Universo: da Terra até a Via Láctea

1. O que são corpos celestes? Dê exemplos. Todos os corpos existentes no Universo, como estrelas, planetas, luas etc.

2. Que corpos celestes compõem o Sistema Solar? O Sol, que é nossa estrela, os planetas, planetas-anões, asteroides, cometas e meteoroides.

3. Defina asteroide e meteoroide. Asteroides e meteoroides são fragmentos de rocha que ficam principalmente no cinturão de asteroides; a diferença entre eles é basicamente o tamanho: asteroides são corpos maiores.

4. Diferencie meteoro e meteorito. Meteoro é o fenômeno da queima de um meteoroide na atmosfera; o meteorito é o fragmento desse meteoroide que sobrou da queima e chegou até o solo.

5. Que tipos de instrumentos são utilizados na observação do Cosmo? São utilizados telescópios, desde os menores (as lunetas) até os mais potentes (os telescópios espaciais), como o Hubble.

6. O que são corpos luminosos e corpos iluminados? Luminosos são os corpos que produzem a própria luz, como as estrelas; iluminados são os corpos que apenas refletem a luz, como os planetas.

7. Quais são os planetas do Sistema Solar? Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

8. Quais são as três classificações de planetas que existem? Planetas rochosos, planetas gigantes gasosos e planetas gigantes gelados.

9. Na Terra, quais são as condições que favorecem a manutenção da vida?

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo.

Atmosfera rica em oxigênio e temperaturas suficientes para se ter água líquida. Isso se deve ao fato de a Terra estar na “zona habitável” do Sol. https://ftd.li/s202cie61601oau004

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CAPÍTULO

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Planeta Terra Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 10.

Você conhece uma situação que mostre a relação entre animais, plantas e o ambiente onde vivem?

2

Em sua opinião, como as atividades humanas interagem com os componentes da Terra?

3

E que tipo de atividades humanas alteram a estrutura da Terra?

HARVEPINO/ SHUTTERSTOCK.COM

O planeta Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar e um dos muitos planetas que existem no Universo. É este planeta que chamamos de casa e, para que possamos cuidar bem dele, é necessário conhecê-lo. Neste capítulo, vamos estudar algumas de suas principais características, bem como formas de organizá-las em diferentes esferas. Quando vemos o nosso planeta apenas superficialmente, muitas vezes 2não temos ideia de sua imensidão e seu formato. Além disso, se olharmos 3apenas ao nosso redor, talvez também não consigamos perceber que o planeta é formado por diversas partes que se interligam. Por isso, podemos dizer que a Terra é um sistema completo. Que tal pensarmos um pouquinho sobre isso?

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Terra primitiva

1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem pontos relacionados a interações positivas, como a agroecologia, ou negativas, como o desmatamento.

2. Resposta pessoal.

Habilidades da BNCC EF06CI11 EF06CI13

3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem atividades como a poluição do solo (lixo) ou da água (esgoto).

Diálogos com

Geografia

Os conteúdos relacionados à formação do planeta, teoria de placas tectônicas e deriva continental são também abordados no segundo módulo do componente de Geografia. BENTINHO

O planeta Terra, assim que se formou, era muito diferente do que é nos dias de hoje. A temperatura era muito elevada, a atmosfera tinha composição diferente e a radiação era intensa. Nessas condições, nosso planeta era um ambiente inóspito, ou seja, um local onde os seres vivos como os conhecemos não podiam se desenvolver. Esse período ficou conhecido como “Terra primitiva”. Compare as imagens a seguir.

Ao ser formada, a Terra não tinha a aparência atual, e seu tamanho era menor do que é hoje. Com o passar do tempo e após muitas colisões de materiais do espaço, as dimensões do planeta aumentaram e a temperatura ficou mais elevada. Em virtude dessas altas temperaturas, alguns componentes da Terra derreteram, o que fez alguns materiais se separassem. Ferro e níquel organizaram-se no centro do planeta e originaram o núcleo, por exemplo. Ao redor do núcleo, formou-se o manto, uma camada que mais parece um oceano de rochas ► Incandescente: derretidas e incandescentes. em brasa, pegando fogo. Em relação ao manto, a crosta começou a ser formada, e as placas que a constituíam flutuavam sobre o manto. Com o passar do tempo, a crosta ficou As camadas da Terra e outros mais espessa, em decorrência do acúmulo de material vulcânico depositado detalhes sobre a composição da serão abordados mais sobre a superfície terrestre, que, ao resfriar, originou as rochas. A pressão que litosfera adiante neste capítulo. o magma exerceu na crosta a fez se romper, abrindo espaço para a formação de vulcões. Com as erupções vulcânicas, gases começaram a ser emitidos e, assim, foi possível que a atmosfera terrestre fosse alterada. Na Terra primitiva, a atmosfera era densa, formada por vapor de água e pelos gases metano, amônia e hidrogênio. Sem a presença de oxigênio e ozônio, a superfície terrestre recebia intensa radiação ultravioleta, As condições atmosféricas e geológicas da Terra primitiva que, com as erupções vulcânicas, não permitiam a existência de vida. Representação artística. mantinha a temperatura elevada. Ciências

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Composição artística sobre a paisagem encontrada na Terra primitiva.

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► Depressão:

PAULO NABAS/SHUTTERSTOCK.COM

JANOSSY GERGELY/SHUTTERSTOCK.COM

forma de relevo com irregularidades.

O vapor de água, à medida que se afastava das regiões mais quentes do planeta, condensava-se e caía na forma de chuva. Dessa maneira, lentamente a superfície da Terra foi se resfriando, e a água das chuvas se acumulava nas depressões existentes na crosta, formando os mares e os oceanos, nos quais, muito tempo depois, os primeiros seres vivos se originaram. Como podemos perceber, a Terra passou por muitas transformações até se tornar o que é atualmente, e tais mudanças ainda ocorrem nos dias de hoje. Na paisagem, essas mudanças podem levar milhões de anos para acontecer e, como a vida humana é curta em comparação com a idade do planeta, algumas mudanças podem nos passar despercebidas. Um exemplo desse tipo de transformação é a erosão causada pela água, que lentamente passa pelas rochas, alterando sua composição e seu formato. Por outro lado, há transformações muito rápidas na paisagem, como aquelas provenientes da atividade vulcânica ou de terremotos.

As Cataratas do Iguaçu estendem-se entre Brasil e Argentina. O desgaste das rochas causado pela água ocorre lentamente.

Terremotos e abalos sísmicos podem mudar drasticamente a paisagem da Terra. Impactos de um terremoto ocorrido na Turquia em 2023.

PRATIQUE!

1. Considere as transformações ocorridas desde o surgimento da Terra e as condições atuais e explique como tais transformações permitiram a origem dos seres vivos em nosso planeta. A Terra primitiva era muito quente em virtude da radiação solar que chegava até sua superfície, além das constantes erupções vulcânicas. A atmosfera era densa e continha gases em concentrações diferentes das da Terra atual. Ao longo do tempo, o vapor de água liberado pelos vulcões foi se condensando e se transformando em chuva. Com a superfície da crosta mais fria, a água líquida começou a se acumular e a formar mares e oceanos. Foi nesse tipo de ambiente que os primeiros seres vivos se formaram. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

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ANTIGA PINACOTECA, MUNIQUE , ALEMANHA

Aqui começa o conteúdo referente às aulas 11 e 12.

Esfericidade da Terra Como estudamos até aqui, ao longo da Diálogos com Arte História, a humanidade fez grandes descobertas e aprendeu muito sobre o mundo em Diálogos com que vivemos e até mesmo sobre a organizaHistória ção dos corpos celestes que fazem parte do nosso Sistema Solar e de outros lugares no Diálogos com Geografia Universo. Um desses processos de descobertas e observações ocorreu justamente na discussão sobre o formato da Terra, uma vez que, apenas analisando o que nossos sentidos podem observar, não conseguimos ter a ideia da imensidão e da forma de nosso planeta. Neste tópico, vamos explorar as evidências que comprovam essa teoria e entender como a humanidade chegou a essa conclusão. Durante muitos séculos, as pessoas acreditavam que a Terra era plana. Essa ideia era fundamentada na observação de que, ao olhar para o horizonte, o mundo parecia plano. No entanto, alguns pensadores antigos começaram a questionar essa perspectiva e a buscar evidências de que a Terra poderia ser esférica. Um desses pensadores foi o filósofo grego Pitágoras (571-495 a.C.), que viveu há mais de 2 500 anos. Ele observou que, quando os navios se afastavam da costa, eles gradualmente desapareciam no horizonte: primeiro o casco, depois a vela e, por fim, o mastro. Pitágoras sugeriu que isso acontecia porque a Terra era curva, o que fazia com que os objetos ficassem invisíveis à medida que se distanciavam.

Abrecht Aldofer, Batalha de Alexandre (Batalha de Isso), 1528. 157,4 cm × 120,3 cm. A discussão sobre a forma da Terra é uma questão que aguça a curiosidade humana há muito tempo. Nessa pintura de 1528, já é possível ver o cuidado do artista em retratar a curvatura de nosso planeta.

STEVANZZ/SHUTTERSTOCK.COM

Esse tema poderá ser trabalhado em conjunto com diversos componentes, uma vez que envolve o desenvolvimento histórico e científico sobre a ideia de esfericidade de nosso planeta. Ao longo do 6º ano, o componente de Arte vai abordar a influência da Arte europeia no mundo, bem como a importância das representações visuais. O componente de História abordará a importância do trabalho historiográfico para a interpretação do mundo, além das características sociais de algumas populações antigas. O componente de Geografia irá abordar a noção de cartografia, imagens por satélite e representações cartográficas, que podem auxiliar no aprofundamento do debate sobre o tema.

Quando estamos próximos à praia, podemos perceber que os navios e barcos deixam de ser visíveis progressivamente.

Mais tarde, outro filósofo grego, chamado Aristóteles (384-322 a.C.), observou um fenômeno curioso durante um eclipse lunar. Ele notou que a sombra projetada pela Terra na Lua tinha sempre a forma circular. Essa observação levou Aristóteles a concluir que a Terra devia ser redonda, pois apenas um objeto esférico poderia produzir uma sombra circular em outra superfície. Ciências

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Eratóstenes e a circunferência da Terra A percepção de uma Terra plana é algo bastante arcaico na história. Essa ideia era comum na Idade do Bronze e Ferro, mas, já no período da Antiguidade Clássica (VIII a.C.‑V d.C.), com os antigos gregos na Europa, os maias na América e os egípcios na África, por exemplo, essa ideia já havia sido superada por meio dos estudos astronômicos e matemáticos. Nesse momento de desenvolvimento de novas ideias, destaca-se Eratóstenes (276-194 a.C.), originário da cidade de Cirene, na atual Líbia, no Norte da África, que era considerado um sábio de seu tempo, especialmente em Geografia e Matemática. Eratóstenes percebeu que, em uma cidade chamada Alexandria, no Egito, um objeto muito alto, como uma coluna ou um obelisco, produzia uma sombra no chão ao meio-dia, diferentemente da observada em outros lugares que ele já havia conhecido. Eratóstenes pensou que isso poderia acontecer porque a Terra não era plana, mas, sim, esférica. Ele imaginou que, se a Terra fosse plana, a sombra teria sempre o mesmo tamanho, independentemente de sua localização. Mas, sendo a Terra esférica, a sombra seria diferente em lugares diferentes. Ao consultar livros da antiga biblioteca de Alexandria, ele percebeu que a sombra projetada nas paredes de um poço da cidade de Siena — atual Assuã, no Sul do Egito — não atingia o seu fundo, mesmo ao meio-dia, pois o poço era bastante profundo. Com base nessas observações, ele propôs, por meio de cálculos matemáticos, uma estimativa para o raio de nosso planeta e a hipótese da curvatura da superfície da Terra. MUSEU DE BELAS ARTES DE MONTREAL, CANADÁ

Os estudos sobre ângulos e a cultura do período helenístico serão aprofundados em capítulos posteriores nos componentes Matemática e História, respectivamente. O funcionamento de um gnômon será abordado no próximo capítulo de Ciências.

Bernardo Strozzi, Eratóstenes ensinando em Alexandria, 1635. Óleo sobre tela, 78,9 cm × 99,4 cm. Eratóstenes foi autor de muitos livros da Antiguidade e se acredita que ele lecionava na cidade de Alexandria.

#ficaadica Assista ao vídeo para conhecer um pouco mais da história de Eratóstenes e como ele realizou os cálculos para supor a forma da Terra, mesmo em um período tão remoto. https://s.ftd.li/Q1Pl4j

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Fernão de Magalhães e a circum-navegação

PAUL MOIRÉ/ADOBE STOCK

Fernão de Magalhães (1480-1521) foi um navegador português que ficou conhecido por ter liderado a primeira viagem de circum-navegação, entre os anos de 1519 e 1522, a serviço da Espanha. Em 1519, Magalhães e sua tripulação embarcaram em uma expedição. Eles partiram da Espanha em cinco navios chamados caravelas. Seu objetivo era navegar em direção ao oeste, até chegar à Ilha Molucas, na atual Indonésia, de modo a construir uma nova rota comercial. Contudo, também puderam provar a esfericidade da Terra.

Recriação em 3D da Nau Victoria, navio utilizado na viagem de circum-navegação da expedição de Fernão de Magalhães.

Ao voltar à Espanha em 1522, a tripulação do navio Victoria, liderada por Juan Sebastián Elcano (1476-1526) — uma vez que Fernão de Magalhães faleceu ao longo da viagem —, tornou-se a primeira a dar a volta ao mundo, demonstrando por meio de observações a esfericidade da Terra.

ARQUIVO DA EDITORA

Trajetória da viagem de circum-navegação realizada pela tripulação de Fernão de Magalhães

BARRACLOUG, Geoffrey. Atlas da História do mundo. São Paulo: Folha de S.Paulo/Time Books, 1995. p. 154-155.

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Evidências atuais ► Geoide: modelo

y

fotografias obtidas por meio de balões atmosféricos;

y

a força da gravidade, que é praticamente a mesma em todos os pontos do planeta, o que só acontece em corpos celestes esféricos;

y

a observação dos outros corpos celestes do Sistema Solar. ARTSIOM P/SHUTTERSTOCK.COM

físico que representa o formato da Terra que leva em consideração as variações gravitacionais.

Além das evidências históricas apresentadas até aqui, hoje temos tecnologia e conhecimento científico avançados para comprovar a esfericidade da Terra e, atualmente, sabemos que ela apresenta um formato geoide e é levemente achatada nos polos. Podemos citar algumas evidências adquiridas pela ciência atual: y imagens e vídeos obtidos por satélites e pela Estação Espacial Internacional;

Fotografia da atmosfera realizada no espaço.

#ficaadica Acesse o QR Code ao lado e assista ao vídeo para descobrir como as ideias trabalhadas neste tópico se relacionam e de que maneira elas podem ser utilizadas como evidências da esfericidade da Terra. https://s.ftd.li/2FFwpq

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PRATIQUE!

RENATA PEDROZO/SHUTTERSTOCK.COM

2. Observe a imagem a seguir.

A imagem representa a vista do alto da Pedra da Macela, na cidade de Cunha, localizada na divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Nela é possível perceber que, ao longe, algumas montanhas parecem menores e, após a linha do horizonte, não é possível ver objetos tão distantes. Explique com suas palavras por que isso acontece. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes relacionem o fato de deixarmos de ver a totalidade de objetos grandes ou objetos muito distantes que estão próximos à linha do horizonte com a esfericidade da Terra. Uma vez que nossa visão não acompanha a curvatura do planeta, deixamos de ver os objetos que são encobertos por ela.

3. Considerando a expedição realizada por Fernão de Magalhães, como as viagens de circum-navegação podem ser utilizadas como argumentos para a comprovação da esfericidade da Terra? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes consigam relacionar o traçado da viagem com o aspecto esférico do planeta, pois é possível perceber que, ao partir sentido à direção oeste, tendo como referência a Espanha, a tripulação regressa desde o leste, o que comprova a esfericidade do planeta. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 2 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 13.

Esferas terrestres

Alguns conteúdos sobre as características da Litosfera, Atmosfera e Hidrosfera serão também abordados no componente de Geografia.

BENTINHO

As condições que permitiram o desenvolvimento da vida na Diálogos com Geografia superfície da Terra estão relacionadas à água, ao ar e ao solo, que formam o que chamamos de “esferas do planeta”. Você pode imaginá-las como se fossem quatro partes conectadas que compõem um sistema completo. A litosfera é formada pelas rochas e os minerais que compõem nosso planeta; a hidrosfera, pela água, em seus diferentes graus de organização; a atmosfera, pelos diferentes gases do planeta, como o gás carbônico e o oxigênio; e a biosfera, por todos os seres vivos e ecossistemas. Os prefixos dos nomes das esferas são derivados das palavras gregas: lito = pedra; atmo = ar ou vapor; hidro = água; bio = vida.

biosfera

atmosfera

litosfera hidrosfera

Representação esquemática das quatro esferas terrestres.

Litosfera Refere-se à camada mais externa, dura e rígida da Terra, formada pelo solo, subsolo e rochas, incluindo a crosta terrestre e a parte superior do manto. A espessura da litosfera é estimada em cerca de 70 km, mas esse valor varia, dependendo das características geológicas da região; por exemplo, em regiões oceânicas, sua espessura pode oscilar entre 5 e 15 km, enquanto nas regiões continentais esse valor é bastante superior.

Hidrosfera ► Aquífero: conjunto de formações geológicas que armazenam água subterrânea.

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É composta de toda a água do planeta: oceanos, mares, rios, lagos, geleiras, calotas polares, aquíferos e umidade atmosférica. Além de conter grande volume de água, a hidrosfera é importante para o controle da temperatura do planeta, graças à umidade que fornece à atmosfera. A água é essencial, pois sem ela a existência de vida em nosso planeta não seria possível. Na Terra, a água muda de estado físico a depender da quantidade de energia presente em sua estrutura. Tais mudanças permitem que a água se mova pelos diferentes ambientes e locais de nosso planeta, como na chuva que cai e penetra no solo ou mesmo na forma sólida nas geleiras presentes nos polos. O ciclo da água será abordado com maior profundidade em capítulos posteriores.

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Atmosfera A atmosfera é formada pelos diferentes gases que encontramos em nosso planeta. Podemos destacar o gás oxigênio, o ozônio e o gás carbônico, muito importantes para a vida em nosso planeta. O ozônio é encontrado em camadas altas da atmosfera e realiza o processo de redução da radiação ultravioleta vinda do Sol. A maioria dos planetas do Sistema Solar apresenta alguma atmosfera, mas, em cada caso, a concentração dos gases é bastante diferente. O ar atmosférico também reduz a possibilidade de meteoroides se chocarem com a superfície de nosso planeta, visto que a maioria das rochas espaciais são destruídas por causa das grandes temperaturas alcançadas no processo de entrada atmosférica. A atmosfera do planeta ainda ajuda a manter a temperatura moderada na superfície (nem muito quente, nem muito fria), capaz de manter a vida terrestre, o que recebe o nome de efeito estufa.

► Entrada

Biosfera

BUTEO/SHUTTERSTOCK.COM

A biosfera pode ser definida como o conjunto de todos os ecossistemas de nosso planeta, correspondendo aos locais onde encontramos vida em todas as suas manifestações. Ela influencia as outras esferas terrestres e é influenciada por elas, sendo um ponto de encontro entre elas. Sua integração com a hidrosfera pode ser observada na interação da umidade do ar com a precipitação, fatores importantes para o clima de uma área. Já a interação mais clara entre a litosfera e a biosfera está na relação entre plantas e solos. Os diferentes tipos de planta estão adaptados às diferentes composições de solo, o que faz algumas plantas se desenvolverem melhor em solos úmidos, enquanto outras precisam de um solo mais poroso, por exemplo. Além disso, elas absorvem nutrientes do solo e os devolvem por meio da queda anual de folhas e frutos, bem como da morte e da decomposição, que auxiliam na regeneração do solo.

atmosférica: movimento realizado por objetos naturais ou artificiais em direção a um certo planeta. Na Terra, ocorre um aquecimento aerodinâmico, que pode destruir esses objetos. Precipitação: em meteorologia, entende-se pelo fenômeno de queda de água do céu, seja na forma líquida, seja sólida na forma de granizo ou neve.

#ficaadica Você já se perguntou por que as naves e asteroides esquentam e “pegam fogo” quando entram na atmosfera? Acesse o QR Code a seguir e leia a explicação.

Plantas aquáticas e capivaras são consideradas elementos da biosfera, por exemplo.

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GREGORY A. POZHVANOV/SHUTTERSTOCK.COM

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REPINA VALERIYA/SHUTTERSTOCK.COM

QUALTAGHVISUALS/SHUTTERSTOCK.COM

A biosfera é formada por biomas, que são as grandes paisagens da Terra, comunidades bióticas complexas caracterizadas por espécies de seres vivos, como vegetais, fungos, animais e microrganismos, e que apresentam condições climáticas específicas de uma dada região. São exemplos de biomas as florestas tropicais, como a Amazônia, as regiões frias com plantas rasteiras, conhecidas como tundras, e até mesmo os desertos.

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PARALAXIS/SHUTTERSTOCK.COM

1. Amazônia peruana. 2. Tundra russa. 3. Deserto egípcio.

O ser humano, como todos os outros elementos da biosfera, interage constantemente com os diferentes biomas do planeta. Essas interações podem ser positivas ou negativas, a depender da intencionalidade dessas interações. Muitas vezes, com o objetivo de explorar um recurso da natureza, a humanidade pode causar impactos sobre ela, o que altera e influencia toda a dinâmica entre as diferentes esferas terrestres. Algumas consequências desses impactos não são sentidas imediatamente; só aparecem mais tarde, após a atividade ter sido mantida por muitos anos. Por exemplo, muitas vezes o ser humano desmata as florestas para a obtenção de madeira ou para o cultivo de alimentos. Tal processo diminui a população vegetal de uma região, afetando a captura de gás carbônico da atmosfera ou, ainda, levando à morte de diversas de espécies de seres vivos.

O desmatamento ilegal de biomas para a criação de pastos e áreas agrícolas é um grave problema ambiental no Brasil.

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De olho no simulado A Terra pode ser organizada em diversos conjuntos que recebem o nome de esferas. Cada uma dessas esferas é nomeada com base na utilização de um prefixo de origem latina. Associe corretamente as colunas, identificando a esfera terrestre e um exemplo de elemento que a ela pertence. a) Litosfera b) Atmosfera c) Hidrosfera d) Biosfera

a

Montanhas e areia da praia.

d

Ipês-amarelos e borboletas.

c

Geleiras e rios.

b

Ozônio e gás carbônico.

PRATIQUE!

4. Os seres humanos são parte integrante da biosfera e interagem com todas as esferas do planeta cotidianamente. Cite ao menos dois exemplos de interações positivas e dois exemplos de interações negativas da espécie humana com as outras esferas terrestres. Resposta pessoal. São exemplos de interações positivas: sistemas agroflorestais, formas de convivência de comunidades tradicionais ou ações de conservação da biodiversidade. São exemplos de interações negativas: desmatamento, erosão de origem antrópica, poluição etc. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente às aulas 14 e 15.

Litosfera e as camadas da Terra

Geografia

Alguns assuntos envolvendo as dinâmicas e características da litosfera também serão abordados no componente de Geografia.

crosta

manto

CRS TOC K

E R/ SH

UT

TE

RS TO C

K. C

Como aprendemos, a Terra pode ser organizada em diferentes esferas, sendo a litosfera OM a porção sólida de nosso planeta, formada pelas rochas e pelo solo. Considerando o estudo da Geologia, podemos dizer que essa parte sólida forma a camada mais externa de nosso planeta, denominada crosta. Para facilitar o estudo da estrutura da Terra, ela é dividida em diversas camadas segundo suas características, entre as quais se destacam, para nossos estudos neste momento: crosta, manto e núcleo.

Diálogos com

núcleo externo núcleo interno

Representação das camadas internas da Terra.

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#ficaadica Mesmo com todos os avanços científicos, a humanidade ainda conhece pouco as dinâmicas internas de nosso planeta. Saiba mais sobre como essa área vem se desenvolvendo ao longo dos últimos anos no QR Code:

JAVID KHEYRABADI/SHUTTERSTOC.COM

https://s.ftd.li/Urykvr

oceano

crosta oceânica

continente

Crosta A crosta é a mais fina e a mais externa das camadas e se estende por toda a superfície da Terra. É sobre a crosta que vivemos e erguemos as construções, é nela que os poços de petróleo são escavados e os minerais são explorados, entre várias outras atividades humanas. De acordo com a localização da crosta, ela é subdividida em crosta continental e crosta oceânica. A crosta continental tem, em média, 33 km de espessura, podendo chegar a 70 km em regiões de montanha. A oceânica tem, em média, 7 km. Além dessas diferenças, as crostas continental e oceânica têm composições distintas. Estudos indicam que elas se formaram em momentos diferentes, sendo a crosta oceânica mais jovem que a continental. Outra característica é que a crosta oceânica está em constante processo de reciclagem, ou seja, ela se derrete e se forma novamente, enquanto a crosta continental se acumula desde o início da formação do planeta. A litosfera não é contínua, mas dividida em cerca de 12 blocos principais e outros menores que se encaixam como peças de um quebra-cabeça, chamados placas tectônicas (“tectônico” vem do grego tekton, que significa construtor). As placas não são coincidentes com os continentes. Observe, no mapa a seguir, que os continentes podem estar sobre mais de uma placa tectônica. As placas tectônicas apresentam movimentação, embora nem sempre perceptíveis. Elas podem deslizar, afastar-se ou aproximar-se umas das outras em virtude do movimento existente na camada que fica sob elas, chamada manto. Toda essa movimentação é explicada por meio crosta continental da teoria das placas tectônicas.

manto Representação das crostas oceânica e continental.

Ilustração das diferentes placas tectônicas que recobrem a superfície do planeta. As setas indicam o sentido de movimentação das placas.

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placa Juan de Fuca

placa da América do Norte

placa do Pacífico placa de Páscoa placa de Juan Fernandez

placa da Eurásia

placa do Caribe placa da África placa de Coccos placa da América placa de do Sul Nazca

placa da Arábia

IEA/ARQUIVO DA EDITORA

Representação das placas tectônicas

placa do Pacífico placa das Filipinas

placa da Índia placa da Austrália

placa de Scotia placa da Antártica

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O manto está localizado abaixo da crosta. A região do manto que fica mais próxima à crosta é sólida e tem temperaturas em torno de 100 °C. Mas, nessa região, existem bolsões de um material pastoso constituído de rochas derretidas conhecido como magma. O magma também constitui a parte inferior do manto, na qual as temperaturas podem chegar a 3 400 °C. Em razão das condições de temperatura e pressão, o magma pode causar movimento entre as placas tectônicas com consequente rompimento da crosta e liberação de material para o exterior da Terra. Quando o magma atinge a superfície, passa a ser chamado lava e, na região em que ocorre essa expulsão, geralmente se forma um vulcão.

FRANCISCO NEGRONI/AFP/GETTY IMAGES

Manto

Erupção do vulcão Cabulco, no Chile, em abril de 2015. Diferentemente do Brasil, o Chile se encontra próximo ao encontro das Placas da América do Sul e de Nazca, o que faz o país ter alguns vulcões ativos.

Núcleo

SEVENMAPS/SHUTTERSTOCK.COM

Na parte mais central da Terra, fica o núcleo, dividido em núcleo externo e interno. O núcleo externo é formado principalmente pelos elementos químicos ferro (Fe) e níquel (Ni) em estado líquido. O núcleo interno, cujas temperaturas podem atingir cerca de 5 000 °C, apresenta-se no estado sólido. Os elementos ferro e níquel também podem ser encontrados na crosta terrestre, de onde são extraídos para a produção de vários objetos utilizados em nosso cotidiano, como é possível observar nas imagens a seguir.

O níquel é um metal muito comum em nosso planeta. No Brasil, ele é extraído principalmente no estado de Goiás, havendo até mesmo um município que recebe o nome de Niquelândia.

Ciências

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MANOLOBASTOS/SHUTTERSTOCK.COM

A ponte Hercílo Luz, um dos cartões-postais da cidade de Florianópolis (Santa Catarina), é feita de aço, uma mistura de ferro e carbono.

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PRATIQUE!

5. Associe a coluna da esquerda, com os nomes das camadas internas da Terra, às descrições apresentadas na coluna da direita. a) Crosta b) Manto

c) Núcleo

b

c

a

Camada com bolsões formados por rochas derretidas. Camada formada por ferro e níquel. A parte externa é líquida, e a interna é sólida. Camada mais fina quando comparada às demais. Dividida em continental e oceânica.

6. Estudos indicam que a crosta oceânica é mais jovem que a crosta continental. Explique o possível motivo de isso ocorrer. Espera-se que os estudantes encontrem em suas pesquisas que a crosta oceânica se formou em virtude do afastamento entre partes da crosta continental; por isso, geralmente é mais jovem.

7. Leia o trecho a seguir. As profundezas da Terra guardam mistérios assim como o fundo do oceano e o espaço. Apesar de diversas iniciativas terem cavado por quilômetros adentro da crosta terrestre, nenhuma vez a humanidade chegou a ultrapassar esta primeira camada do planeta. Ainda assim, a ciência consegue, indiretamente, uma boa compreensão das dinâmicas no interior do globo, inferindo medidas como temperatura, pressão e certos componentes químicos das camadas mais internas da Terra. MORAIS, Rodilei. Quão fundo a humanidade já conseguiu chegar em direção ao centro da Terra? Canaltech, [s. l.], 25 jun. 2023. Disponível em: https://canaltech.com.br/meio-ambiente/quao-fundo-a-humanidadeja-conseguiu-chegar-em-direcao-ao-centro-da-terra/. Acesso em: 18 jul. 2023.

Com base no que você estudou sobre as camadas internas da Terra, proponha uma explicação para ainda hoje, com tanto desenvolvimento tecnológico e com a ocorrência de viagens espaciais, ser muito difícil para os seres humanos realizarem uma viagem ao centro da Terra. Espera-se que os estudantes respondam que ainda não foram criados instrumentos capazes de perfurar as rochas existentes na crosta e resistir às altas temperatura e à pressão existentes em algumas regiões do manto e do núcleo. Mesmo assim, caso houvesse material com características que suportassem as condições internas da Terra, a maioria dos seres vivos não aguentaria e morreria.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 4 da seção Amplie.

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Atmosfera da Terra

MARCELCLEMENS/SHUTTERSTOCK.COM

Aqui começa o conteúdo referente às aulas 16 e 17.

No componente de Geografia o capítulo de “Dinâmica climática” vai aprofundar alguns conceitos relacionados à atmosfera terrestre.

Sem a camada de gases atmosféricos Diálogos com Geografia da Terra, as duras condições do Sistema Solar não permitiriam a existência de vida, como a conhecemos, no planeta. É na atmosfera que encontramos o oxigênio usado pelos seres vivos na respiração, o gás carbônico utilizado pelas plantas na fotossíntese, o ozônio que forma a camada que protege a superfície da Terra da radiação vinda do Sol, e a água. Além disso, é por meio da atmosfera que a temperatura da Terra se mantém estável e dentro dos limites para a existência de vida. Na Lua, por exemplo, um corpo celeste que não apresenta uma atmosfera, as temperaturas variam entre –233 °C e 123° C, diferentemente do que ocorre em nosso planeta.

Fotografia tirada em grandes altitudes. Nela é possível perceber algumas das camadas da atmosfera e os gases que a compõem.

Formalmente, diz-se que a Lua não apresenta uma atmosfera, apesar de ser possível encontrar alguns gases em sua superfície.

Ar

O ar atmosférico é responsável pela sobrevivência de parte dos seres vivos. Ele é composto de diversos gases, e dois deles estão presentes em maior quantidade: o nitrogênio (78%) — utilizado especialmente por bactérias e repassado indiretamente para plantas e animais — e o oxigênio (20,9%) — usado na respiração por quase todos os seres vivos. Os demais gases presentes na atmosfera são: dióxido de carbono (gás carbônico), eliminado na respiração e absorvido durante o processo da fotossíntese, pelas plantas, algas e bactérias; vapor de água, liberado quando a água dos rios e mares evapora, bem como pelos seres vivos; e outros como argônio, neônio, hélio e hidrogênio, que ocorrem em pequenas quantidades.

IEA/ARQUIVO DA EDITORA

Composição da atmosfera

nitrogênio 78%

oxigênio 20,9%

argônio 0,90% outros gases 0,17% dióxido de carbono 0,03%

Fonte: VAREJA-SILVA, M. A. Meteorologia e climatologia. Brasília, DF: Inmet, 2000. p. 100. Ciências

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MARCO CORTEZ

Camadas da atmosfera exosfera

termosfera

A atmosfera terrestre tem espessura de aproximadamente 965 km e vai se modificando conforme a altitude, por isso é comum estudá-la dividida em camadas: A exosfera é a camada mais externa da atmosfera e nela orbitam os satélites artificiais. Composta principalmente dos gases hélio e hidrogênio, fica em contato com o espaço sideral. A termosfera é a camada mais extensa da atmosfera e se estende até 600 km de altitude. Tem baixa concentração dos gases que formam o ar e absorve facilmente a radiação solar. Sua temperatura chega a quase 1 000 °C. Nela orbitam alguns satélites e a Estação Espacial Internacional. #ficaadica Acesse o QR Code ao lado para conhecer algumas fotografias de cidades brasileiras vistas da Estação Espacial Internacional. https://s.ftd.li/fmvBty

aurora austral

mesosfera

A ionosfera é uma parte ativa da termosfera, que apresenta espessura variável dependendo da energia que absorve do Sol. Com partículas carregadas eletricamente, possibilita as transmissões de rádio. Nela ocorrem as auroras boreal e austral.

► Aurora boreal e austral: são luzes

coloridas e brilhantes, provocadas pelos materiais enviados pelos ventos solares ao encontrarem o campo magnético da Terra. Quando ocorre próximo ao Polo Norte, é chamada aurora boreal; quando acontece no Polo Sul, é chamada aurora austral.

STEPHANIE BUECHEL/SHUTTERSTOCK.COM

Estação Espacial Internacional

meteoros estratosfera balão meteorológico troposfera

Aurora austral vista de uma praia na Tasmânia, Austrália.

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Na mesosfera, o ar é rarefeito. Ela se estende até 85 km de altitude. É nela que os meteoros queimam quando entram na Terra, pois já há gases suficientes para causar atrito e criar calor. A estratosfera vai até aproximadamente 50 km acima da superfície da Terra e é onde fica a camada de ozônio. Nela não há tempestades ou turbulências, o ar frio está na base (–60 °C) e o quente, no topo (5 °C). Essa região apresenta pouco oxigênio. A troposfera é a camada mais próxima da superfície da Terra e é onde vivemos. Tem de 8 km a 14,5 km de altura e é a parte mais densa da atmosfera. Sua temperatura diminui com a altitude, variando de 40 °C a –60 °C, aproximadamente. É nela que os aviões trafegam, geralmente sobre as nuvens. Chuva, nuvens, tempestades e ventos fortes ocorrem nessa região. PRATIQUE!

E 700 +

700 k

D

C B A

km

m

ELLEN BRONSTAYN/SHUTTERSTOCK.COM

8. Considere o esquema a seguir, identifique as camadas da atmosfera indicadas pelas letras e complete o quadro com o nome das camadas e suas características.

85 k m 49 k

m

12 k

m

Camada da atmosfera

Principais características

A

Troposfera

Região onde vivemos e os aviões trafegam.

B

Estratosfera

É onde se localiza a camada de ozônio e ficam os balões meteorológicos.

C

Mesosfera

Tem ar rarefeito e é onde os meteoroides queimam dando origem ao fenômeno dos meteoros.

D

Termosfera

É a camada mais extensa da atmosfera.

E

Exosfera

Fica em contato com o espaço sideral.

9. Onde está localizada a camada de ozônio? Discorra sobre sua importância para a vida na Terra. Está localizada na estratosfera. Ela é importante porque o ozônio protege a Terra dos raios ultravioleta do Sol, prejudiciais à saúde dos seres vivos.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 5 da seção Amplie. Ciências

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 18.

Características e propriedades do ar O ar é uma mistura de gases, vapor de água e outras substâncias. Sem ele, a maior parte dos seres vivos não conseguiria sobreviver. Embora o ar não seja visível, é possível perceber sua existência de diferentes maneiras: no movimento das folhas das árvores, das cortinas ou pela sensação dele em nosso rosto quando corremos. É por meio do ar que nos comunicamos pela fala, ouvimos o barulho do vento, por exemplo, e graças a ele os pássaros e os aviões voam. O ar atmosférico apresenta algumas propriedades, por exemplo: y O ar não tem forma, mas toma a forma do espaço que ocupa. O ar ocupa espaço. Vamos fazer um teste? Pegue uma bexiga e assopre para enchê-la. Ela se expande porque você está colocando ar dentro dela e, quanto mais você inserir ar na bexiga, mais espaço ele vai ocupar. O ar dá sustentação para o voo das aves.

RAWPIXEL.COM/ SHUTTERSTOCK.COM

BACHKOVA NATALIA/SHUTTERSTOCK.COM

y

O ato de encher uma bexiga possibilita percebermos que o ar ocupa espaço.

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y

O ar é um fluido. Quando enchemos uma bola, notamos que ele rapidamente se espalha dentro dela, de um lado para o outro. Os fluidos podem mudar de formato constantemente e se deslocar com facilidade. Quando nos locomovemos, à medida que andamos, deslocamos o ar para passarmos.

y

O ar é elástico e expansível. Ele pode se expandir e ocupar todo o espaço disponível, assim como o perfume de um frasco aberto, que passa para o estado gasoso e se espalha pelo ar por todo o ambiente.

y

O ar é passível de compressão em um pequeno espaço, como quando se enche um pneu. Por exemplo, se pegarmos uma seringa e fecharmos sua ponta, ao pressionar o êmbolo, a parte de trás da seringa, perceberemos que não é possível chegar até o fim dele, pois o ar está sendo comprimido, ocupando o espaço restante da seringa. Ciências

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O

TE

IXE

IRA

BENTINHO

LE

Em razão de o ar ser compressível, não conseguimos mover o êmbolo da seringa até o fim. Perceba como a organização das partículas de ar muda da primeira situação para a segunda.

Pressão atmosférica Uma importante propriedade do ar é a pressão que ele exerce sobre a superfície da Terra, a chamada pressão atmosférica. Ela ocorre porque o ar tem massa e é atraído para a Terra, assim como nós. Ao nível do mar, temos o peso de todas as camadas de ar acima de nós. Assim, quanto mais estivermos próximos do nível do mar, maior será a pressão atmosférica, pois a concentração de partículas de ar é muito grande. Se subimos uma montanha, por outro lado, a altitude aumenta e há menor concentração de ar e, consequentemente, menor pressão nos empurrando para baixo. Existem quilômetros de ar exercendo força sobre tudo o que há na Terra; a essa força é dado o nome de pressão atmosférica. #ficaadica Para entender um pouco melhor como a pressão atmosférica varia em relação à altitude, assista ao vídeo acessando o QR Code ao lado. https://s.ftd.li/edMBI2

PRATIQUE!

10. Apesar de não ser possível ver o ar atmosférico, ele apresenta massa e ocupa lugar no espaço. Ao enchermos um balão, podemos perceber essas propriedades uma vez que, por ser feito de um material elástico, aumenta de tamanho por causa do ar que está em seu interior. Que outros exemplos do cotidiano também poderiam comprovar essa propriedade do ar? Resposta pessoal. Os estudantes poderão indicar como exemplos: encher uma bola ou um pneu, a resistência de uma seringa com a saída bloqueada, o uso de ar para a sustentação de objetos pesados como macacos pneumáticos, entre outros.

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Na imagem, existem mais partículas de ar exercendo pressão no alpinista que está na parte inferior em relação à alpinista localizada na parte superior.

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SAMU13B

11. Observe as imagens a seguir.

1

2

Na imagem 1, a ponta da bexiga está sendo fechada pela mão de uma pessoa. Quando essa pessoa solta a bexiga, ela é impulsionada para frente, conforme a imagem 2. Quais propriedades do ar poderiam explicar esse fenômeno? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes relacionem pelo menos duas propriedades: o ar é fluido, elástico, expansível, ocupa espaço e se movimenta.

1

CAIO PEDERNEIRAS/SHUTTERSTOCK.COM

YASEMIN OLGUNOZ BERBER/ SHUTTERSTOCK.COM

12. A atmosfera exerce pressão sobre a Terra e todas as coisas que existem na superfície dela. A imagem 1 apresenta a praia de Ipanema, na cidade de Rio de Janeiro, já a imagem 2 representa o Monte Roraima, localizado no estado de Roraima, um dos pontos mais altos do país. 2

a) É esperado que a pressão atmosférica seja menor em Ipanema ou no topo do Monte Roraima? No topo do Monte Roraima.

b) E maior? Em Ipanema.

c) Por que existe essa diferença de pressão nas duas situações? Pela diferença de altitude. Na praia, a altitude é praticamente zero e a quantidade de ar acima das pessoas é grande, o que faz a pressão atmosférica ser maior. Já em regiões altas, como o Monte Roraima, há grande altitude e menor quantidade de ar sobre as pessoas e, por isso, a pressão atmosférica é menor. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 6 e 7 da seção Amplie.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo. Amplie os conteúdos deste capítulo com um experimento, acessando o Práticas de Laboratório 1: Construindo uma biruta caseira.

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Amplie 1. Considerando as características da Terra primitiva, quais foram as principais transformações ocorridas ao longo do tempo que permitiram o surgimento da vida em nosso planeta? A Terra primitiva era um lugar inóspito: as altas temperaturas e a falta de uma atmosfera não permitiriam a existência da vida. Todavia, depois de milhares de anos, a Terra se resfriou, especialmente em decorrência do ciclo da água, o que permitiu o surgimento das primeiras formas de vida.

2. Atualmente, a partir de observações empíricas, sabemos que o nosso planeta apresenta um formato de geoide. Todavia, na Antiguidade os estudiosos só podiam propor a ideia de um modelo esférico a partir de outros mecanismos de observação e análise. Liste ao menos duas evidências sobre a esfericidade da Terra que foram discutidas antes do desenvolvimento das pesquisas espaciais e explique como essas evidências auxiliam a comprovar a esfericidade da Terra. Resposta pessoal. Os estudantes deverão resgatar os exemplos trabalhados no capítulo.

3. Para compreender as esferas terrestres, o mais importante é entender que elas não são fixas, mas, sim, dinâmicas, de modo que uma interfere na outra. Dê um exemplo em que a mudança de características de uma esfera causa alterações na outra. Resposta pessoal. Espera-se que o estudante traga exemplos como: a mudança na quantidade de chuvas em uma região pode alterar a composição do solo ou modificar a presença de espécies de plantas e animais; uma seca intensa pode causar a morte de algumas espécies de plantas e animais.

NAEBLYS /SHUTTERSTOCK.COM

4. Imagine que você precisa explicar para uma pessoa sobre as camadas da Terra. Utilize como base a imagem a seguir, nomeando e caracterizando cada uma das camadas existentes em nosso planeta. Núcleos externo e interno Formados principalmente por ferro e níquel. Apresentam as mais altas temperatura e pressão na Terra.

Manto Formado por rochas derretidas com movimento constante, em virtude das correntes de convecção.

Crosta terrestre É a camada mais superficial da Terra, formada por rochas e solo.

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Nave de Transporte Espacial

MARCO CORTEZ

5. Abaixo, estão representados fenômenos e objetos que ficam em diferentes camadas da atmosfera. Identifique essas camadas.

Meteoros

Mesosfera

Telescópio Espacial Hubble

Estação Espacial Internacional

Exosfera

Termosfera

Aurora boreal

Ionosfera

MARCO CORTEZ

6. Nesta experiência, foi colocado um pedaço de papel-toalha amassado dentro de um copo. Depois, o copo foi virado com a boca para baixo em uma bacia com água.

Quando o copo foi tirado da água, observou-se que o papel-toalha não ficou molhado. Por quê? Porque o ar ocupa espaço dentro do copo, não deixando a água entrar.

7. Dois amigos saem para fazer uma caminhada e param em um armazém ao pé de uma montanha para comprar comida, incluindo sacos de salgadinhos. Eles sobem a montanha e, quando param para comer, observam que os sacos de salgadinhos, ainda lacrados, estão inflados como balões. Por que isso ocorre? a) Porque, quando os sacos são levados para cima da montanha, a pressão atmosférica sobre eles aumenta. b) Porque a pressão atmosférica no pé da montanha é maior que no alto da montanha; assim, o ar que estava dentro dos sacos se expandiu, empurrando a embalagem para fora. c) Porque a pressão atmosférica no pé da montanha é menor que no alto dela. d) Porque, quanto maior a altitude, maior a pressão. e) Porque a diferença entre a pressão do ar dentro dos sacos e a pressão aumentada fora deles empurra sua embalagem para dentro. 336

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Síntese

Planeta Terra

y Preencha as lacunas.

Biosfera

formada por

seres vivos

Atmosfera

formada por

gases: gás oxigênio, gás carbônico, ozônio, nitrogênio

Crosta/Litosfera

formada por

rochas e solo

Núcleo interno

Núcleo externo

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PLATON ANTON/SHUTTERSTOCK.COM

Manto

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CAPÍTULO

3

Sistema Sol, Terra e Lua Aqui começa o conteúdo referente à aula 19.

Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

1 2

Sabemos que a Terra leva cerca de um ano para girar ao redor do Sol, mas qual característica desse movimento explica a existência das estações do ano? Além do eclipse solar, que outro tipo de eclipse envolve a Terra, o Sol e a Lua e quais são as diferenças entre eles?

Representação da Terra, da Lua e do Sol durante um eclipse solar.

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MURATART/SHUTTERSTOCK.COM

MURATART/SHUTTERSTOCK.COM

2 3

Durante séculos, as pessoas acreditaram que o Sol girava em torno da Terra. Para elas, o nascer e o pôr do sol justificariam essa crença. Em 1543, o astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou uma teoria heliocêntrica, ou seja, de que a Terra girava em torno do Sol. Essa ideia chocou e demorou a ser aceita, mas, graças a ela, os cientistas conseguiram explicar as estações do ano, as fases da Lua e a ocorrência dos eclipses.

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1. A principal característica do movimento de translação da Terra em torno do Sol que explica a ocorrência das estações do ano é a inclinação do eixo terrestre em relação ao plano dessa órbita de translação, o que faz que um dos hemisférios terrestres receba mais radiação solar que o outro.

Movimento da Terra Aqui começa o conteúdo referente às aulas 20 e 21.

No espaço, a Terra se movimenta. Como esse movimento tem muita complexidade, para fins de estudo e compreensão, geralmente é separado de acordo com as variações que apresenta. Assim, podemos dizer que os principais movimentos que a Terra executa são a rotação e a translação, abordados neste capítulo. Em razão desses movimentos principais e de suas características, conseguimos explicar vários fenômenos da Terra, como os períodos do dia e da noite e as estações do ano, assim como outros que ocorrem fora da Terra, mas que podemos observar da superfície do planeta, Este tema estabelece diálogo interdisciplinar com Geografia. O como as fases da Lua e os eclipses. conteúdo relacionado ao movimento de rotação da Terra é abordado no Módulo 1 de Geografia, que nessa oportunidade apresenta os fusos horários como uma das consequências desse movimento.

Rotação e suas consequências

2. Além do eclipse solar, que ocorre quando a Lua se interpõe entre o Sol e a Terra bloqueando total ou parcialmente a luz solar, existe o eclipse lunar, quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua. Desse modo, a Terra bloqueia a luz solar que a Lua reflete. Por esse motivo, um eclipse lunar ocorre somente na fase de lua cheia e só pode ser visto à noite. Habilidades da BNCC EF06CI13 EF06CI14

Diálogos com

Geografia

DUPLASS/SHUTTERSTOCK.COM

Para compreendermos o movimento de rotação da Terra precisamos relembrar algumas linhas imaginárias do planeta. A linha do equador, por exemplo, que usamos para dividir a Terra em duas metades ou hemisférios (Norte e Sul), é uma linha imaginária que passa exatamente pelo centro do planeta, circundando-o. Outra linha ou reta imaginária cruza a linha do equador em um ângulo de 90°, ou seja, é perpendicular a ela, e atravessa a Terra do Polo Norte geográfico ao Polo Sul geográfico, passando pelo seu centro, como um eixo. É ao redor desse eixo imaginário que o planeta gira, ou melhor, rotaciona. A rotação consiste no giro de algo em torno de um eixo central, como o movimento de um pião ou de uma bola de basquete girando sobre o dedo, como mostra a imagem ao lado. No espaço, a Terra gira com aproximadamente 23° de inclinação em relação a uma reta perpendicular ao plano de sua órbita ao redor do Sol. Por isso dizemos que o eixo de rotação terrestre é inclinado. Como veremos mais adiante, a inclinação do planeta está relacionada com a quantidade de radiação solar que os dois hemisférios terrestres recebem durante o ano. Polo Norte geográfico plano da órbita

eixo de rotação Polo Sul geográfico

inclinação (23°)

DESIGNUA/SHUTTERSTOCK.COM

linha do equador

Linhas imaginárias da Terra: a linha do equador separa os hemisférios Norte e Sul, enquanto o eixo de rotação é perpendicular ao plano da órbita e atravessa o planeta pelo centro, do Polo Norte ao Polo Sul geográficos. Ciências

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O Japão está no lado oposto da Terra em relação ao Brasil. Isso quer dizer que, enquanto aqui é dia, no Japão é noite, pois apenas a face da Terra que estiver voltada para o Sol é iluminada. Quanto ao horário de Brasília, há uma diferença de exatamente 12 horas em relação ao Japão; portanto, significa que, quando lá é meia-noite, aqui é meio-dia, por exemplo.

Observação do tamanho e da movimentação das sombras de um gnômon ao longo do dia.

gnômon

gnômon

nascente

nascente

nascente

solo

solo

solo

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gnômon

poente

LAPIS 13B

Outras realidades

O movimento de rotação da Terra ao redor de seu eixo dura aproximadamente 24 horas, definido como um dia terrestre. Observe que o lado da Terra voltado para o Sol recebe radiação solar direta e fica iluminado, enquanto o outro lado não é iluminado. Portanto, a consequência da rotação da Terra é que, enquanto em um lado do planeta é dia, no outro lado é noite. Um fato interessante é que a duração do dia e da noite varia de acordo com a localidade: próximo à linha do equador é pequena a diferença entre a quantidade de tempo em que a superfície recebe a luz solar direta (dia) e a quantidade de tempo em que ela não recebe (noite). Porém, quanto mais próxima a localidade estiver dos polos, maior será essa diferença. Ao longo dos dias, vemos o Sol nascer de um lado do horizonte, cruzar o céu e se pôr do outro lado. Mas esse é um movimento aparente e só existe porque nós é que estamos girando com a Terra. Isso indica que a rotação do planeta ocorre no sentido contrário ao do movimento aparente do Sol. O sentido de rotação da Terra originou-se no início da formação do Sistema Solar; como a grande nuvem de poeira e gases que deu origem a esse sistema girava nesse sentido, a Terra naturalmente o manteve em sua rotação. Assim, o movimento de rotação não é exclusivo da Terra; outros planetas, satélites naturais e também o Sol apresentam movimento de rotação em torno do próprio eixo. Curiosamente, o Sol, por ser gasoso, gira mais rapidamente na região central que nas regiões polares. “Nascer do sol” e “pôr do sol” são expressões usadas tradicionalmente, porque os povos antigos acreditavam que a cada dia nascia um novo Sol no horizonte, e que à tarde se punha abaixo da linha do outro lado do horizonte para morrer, o que hoje sabemos não ser verdade, uma vez que o Sol “nasce” e se põe em virtude da rotação da Terra. Provavelmente, o termo “leste” surgiu de uma expressão que se traduz como “brilhante”, porque é aí que o Sol nasce; e o termo “oeste” teria o significado de “descer”, referindo-se ao pôr do sol. A determinação das direções leste-oeste e norte-sul resultou de uma observação muito simples feita na Antiguidade, com base em um “indicador de sombra”, que em grego é chamado gnômon. Esse instrumento constitui-se, basicamente, de uma haste vertical fincada no solo, mas pode ser considerado um dos primeiros instrumentos de observação astronômica criados pela humanidade, cujo uso está fundamentado na movimentação aparente do Sol. Os antigos perceberam que a movimentação das sombras e o tamanho delas eram consequência das diversas posições que o Sol assumia no céu desde o nascer até o pôr do sol.

poente Ciências

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Diálogos com

Este conteúdo estabelece diálogo interdisciplinar com História, que no Módulo 1 apresenta o relógio de sol (um tipo de gnômon) como um dos instrumentos mais antigos para medir a passagem do tempo, com base na movimentação aparente dos astros no céu.

História

De maneira intuitiva, foi fácil perceber que, ao longo do dia, a sombra de uma haste no solo ou de qualquer objeto era mínima quando o Sol atingia sua maior altura no céu e que, antes e depois desse momento, a sombra aumentava de tamanho e se dirigia na direção do poente ou da nascente do Sol, respectivamente. Eles também perceberam que a sombra mínima (ao meio-dia) estava sempre alinhada à direção norte-sul do lugar. Assim, se um observador aponta seu braço direito para leste (nascente) e o esquerdo para oeste (poente), à sua frente estará o norte e às suas costas o sul. Desse modo, foram determinados quatro pontos principais de referência na superfície terrestre, chamados pontos cardeais norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O). ponto cardeal norte

ponto cardeal leste

#ficaadica Saiba mais sobre o gnômon e como ele foi usado na Antiguidade para determinar várias características da Terra e seus movimentos no espaço.

gnômon nascente

sombra mínima direção norte-sul solo

ponto cardeal oeste

ponto cardeal sul

poente

ILUSTRAÇÕES: LAPIS 13B

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A determinação da sombra mínima usando um gnômon indica a direção norte-sul de um lugar. Se traçarmos uma reta perpendicular à linha norte-sul, também obteremos a direção leste-oeste.

PRATIQUE!

1. Da superfície da Terra, é possível acompanhar o movimento do Sol no céu desde que ele surge no horizonte ao amanhecer até o momento em que ele se põe, ao final do dia. Por que esse movimento é chamado aparente? As pessoas e tudo que está na superfície terrestre acompanham o giro de rotação do planeta, que tem sentido contrário ao movimento do Sol no céu, dando a impressão de que o Sol gira ao redor da Terra, quando na verdade é a Terra que gira ao redor do Sol.

ILUSTRA CARTOON

2. Considere as sombras do coqueiro e do guarda-sol projetadas na areia em três momentos do dia e represente no céu a posição correta do Sol em cada momento. Depois, explique por que o tamanho e a posição das sombras mudam ao longo do dia.

A posição do Sol em cada momento pode ser obtida pelo tamanho e pela direção da sombra. Logo pela manhã, quando o Sol ainda está mais próximo do horizonte e do lado direito (leste), as sombras serão maiores que ao meio-dia, quando o Sol está em seu ponto mais alto no céu. Já mais ao fim da tarde, a sombra estará novamente maior, mas o Sol estará próximo do horizonte do lado esquerdo (oeste). Essa observação permite constatar que o movimento aparente do Sol é uma consequência do movimento de rotação da Terra. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie. Ciências

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Ritmos circadianos

VERESHCHAGIN DMITRY/SHUTTERSTOCK.COM

Os ritmos circadianos são uma resposta adaptativa dos seres vivos aos períodos de claro e escuro, ou seja, aos horários do amanhecer e do pôr do sol de cada dia, que definem ciclos regulares de 24 horas, aos quais as funções fisiológicas estão ajustadas. Porém, nem todos os seres vivos operam em um ciclo circadiano; alguns têm ritmos diferentes, relacionados ao tipo de ambiente e ao modo como ocorreu essa adaptação. É o caso de uma espécie de peixe que habita lagos em cavernas muito profundas e que tem um ciclo mais longo, de 47 horas. Essa adaptação permite que a espécie economize cerca de 27% de energia, já que ela não tem olhos e a disponibilidade de alimento no fundo das cavernas é menor. Por esse motivo, o modo como os seres vivos se relacionam com o tempo e ajustam suas atividades, dependendo das variações ambientais, é frequentemente chamado relógio biológico. O relógio biológico do ser humano é geralmente ajustado ao ciclo circadiano. Em outras espécies, esse ajuste pode ser mais longo ou apenas de algumas horas. Os ratos, por exemplo, têm ciclos de atividade que duram de duas a três horas, seguidos de períodos curtos de descanso. As abelhas podem ajustar seus relógios biológicos dependendo da função que desempenham na colmeia: enquanto as operárias que coletam o mel têm turnos circadianos regulares, as que ficam dentro da colmeia param de seguir o ritmo circadiano para se dedicarem ao cuidado das larvas em tempo integral. Algumas espécies de aves migratórias e as orcas fêmeas e seus filhotes não dormem por semanas a fio. Acredita-se que esses animais “apertam o botão soneca” em seus relógios biológicos durante esse período para retornar ao ritmo circadiano regular à medida que as circunstâncias mudam: a ave migratória chega a seu destino ou a orca recém-nascida cresce um pouco. Tais adaptações também podem ser vistas, até certo ponto, em bebês humanos. O recém-nascido passa mais tempo dormindo que acordado e, conforme a criança cresce, essa relação se inverte. O ritmo de trabalho e de descanso que algumas profissões da atualidade exigem também mostra que o relógio biológico humano pode ser alterado. Muitos trabalhadores, como profissionais da saúde em hospitais, frequentemente estão ativos durante a noite e descansam durante o dia. Diversas pesquisas têm procurado investigar se tais perturbações no ritmo circadiano podem resultar em problemas de saúde, na diminuição da qualidade de vida e também na longevidade dessas pessoas. De modo geral, os resultados não são totalmente conclusivos e parecem indicar que as características individuais pesam mais na adaptação ou não das atividades noturnas. Pesquisas feitas com animais indicam que muitos deles também alteraram seus ritmos circadianos — ou nem têm um — sem efeitos nocivos aparentes. Ao contrário, ter relógio Motoristas de ônibus que fazem jornadas de trabalho durante a noite e a madrugada dormem interno adaptável pode se revelar bastante durante o dia, embora nem todos se adaptem vantajoso para a espécie na competição por facilmente a essa mudança no relógio biológico. recursos do ambiente. 342

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4. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes encontrem pesquisas que são a favor ou contrárias à adoção do horário de verão. Os possíveis impactos no corpo podem ser a adaptação às modificações de horário e as relações com o sono e a alimentação. Elipse foi definida de modo simplificado com o intuito de auxiliar o estudante na concepção de seu formato, pois a compreensão da definição de elipse com o devido rigor matemático não seria possível nessa faixa etária. A saber: figura geométrica plana obtida pela intersecção entre um plano e um cone.

PRATIQUE!

3. Que vantagem existe para animais de cavernas ou de ambientes escuros na eliminação do ritmo circadiano? A eliminação do ritmo circadiano pode representar uma maneira de economizar energia e de viver com pequena disponibilidade de alimento onde se encontram.

4. Em vários países do mundo, o horário de verão é adotado em certas épocas do ano para que a luz natural seja aproveitada por mais tempo. Faça uma breve pesquisa para indicar quais são os impactos dessas alterações no corpo humano. Relacione os resultados encontrados com o ritmo circadiano do próprio corpo e relate suas descobertas no caderno. A abordagem do movimento de translação da Terra e de sua relação com as estações do ano pode ser complementada com o conteúdo do Módulo 1 de Geografia.

Translação e suas consequências Aqui começa o conteúdo referente à aula 22.

Diálogos com

Este conteúdo estabelece diálogo interdisciplinar com Matemática, que no Módulo 1 apresenta o calendário como um dos instrumentos criados para medir o tempo.

Geografia

Outro movimento do planeta envolve o caminho percorrido em sua órbita ao redor do Sol. Esse movimento é chamado translação. Durante 365 dias, 5 horas e 48 minutos, a Terra dá uma volta completa ao redor do Sol, período que chamamos de ano. Como o ano terrestre é arredondado para 365 dias, esse quarto de dia a mais é corrigido a cada quatro anos, quando 24 horas (um dia) são acrescentadas ao mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias. O ano com 366 dias é chamado ano bissexto. A órbita terrestre tem a forma de uma elipse achatada, quase circular. Isso significa que a distância entre a Terra e o Sol varia um pouco (cerca de 3% apenas) ao longo do ano. Sabe-se também que o planeta gira ao redor do Sol no sentido anti-horário, ou seja, na mesma direção de seu movimento de rotação.

#ficaadica Conheça essa dica matemática para determinar se um ano é bissexto ou não.

http://ftd.li/7wj2si

Diálogos com

Matemática

► Elipse: forma

BENTINHO

geométrica plana que lembra um círculo achatado.

A órbita da Terra (em laranja) em torno do Sol é uma elipse pouco achatada, praticamente circular.

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RODRIGO FIGUEIREDO / YANCOM

ARQUIVO DA EDITORA

Observe, no diagrama ao lado, que o Sol nasce e se põe centralmente nos pontos cardeais Leste e Oeste em apenas dois momentos do ano: no início da primavera e no início do solstício de outono. Essa variação é explicada pela ocorLeste inverno rência de dois fenômenos astronômicos relacionados à posição da Terra em relação ao Norte Sul Sol e à variação da incidência de raios solares Oeste nos hemisférios Sul e Norte, os solstícios e os equinócios, fenômenos que marcam o início Posições do nascer e do pôr do Sol. das quatro estações do ano. Os solstícios marcam o início do verão e do inverno. Entre os dias 21 e 22 de dezembro temos no Hemisfério Sul o solstício de verão, quando o eixo inclinado da Terra faz a extremidade sul do planeta ficar mais voltada para a direção do Sol e, consequentemente, os raios solares incidem nesse hemisfério de modo mais perpendicular que no Hemisfério Norte. Essa diferença na angulação dos raios solares também está relacionada com a esfericidade do planeta. No mesmo instante, no Hemisfério Norte ocorre o solstício de inverno, quando a intensidade de radiação solar recebida é menor. Situação inversa ocorre entre os dias 20 e 21 de junho, quando a extremidade norte do eixo da Terra está inclinada em direção ao Sol, temos o solstício de verão no Hemisfério Norte, uma vez que ele está recebendo mais intensamente a radiação solar, e o solstício de inverno no Hemisfério Sul, quando a radiação solar será menor. No solstício de verão, temos o dia mais longo e a noite mais curta do ano. No solstício de inverno, temos a noite mais longa e o dia mais curto. Nas regiões mais próximas da linha do equador, essa diferença de duração do período iluminado e do não iluminado não é muito grande, pois, em razão da esfericidade da Terra, essas regiões recebem radiação solar com a mesma intensidade ao longo do ano. O início da primavera e do outono é marcado pelos equinócios, momentos em que nenhum dos polos está inclinado em direção ao Sol, e sua radiação incide diretamente sobre a linha do equador. Assim, a luz solar recai com a mesma intensidade nos dois hemisférios. Nos equinócios, os dias e as noites têm a mesma duração. O equinócio de primavera no Hemisfério Sul ocorre entre 22 e 23 de setembro, quando no Hemisfério Norte acontece o equinócio de outono. Entre 20 e 21 de março no Hemisfério Norte ocorre o equinócio de primavera, enquanto no Hemisfério Sul temos o equinócio de outono. solstício de verão equinócio de outono e primavera

Representação dos solstícios e equinócios nos hemisférios da Terra. 344

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PRATIQUE!

5. Identifique os fenômenos que ocorrem no Hemisfério Sul e que estão indicados pelas letras no diagrama a seguir.

B

D

MARCO CORTEZ

A

C A: equinócio de primavera. B: solstício de inverno. C: equinócio de outono. D: solstício de verão.

a) Por que esses fenômenos ocorrem? Porque a Terra gira em volta do Sol com uma pequena inclinação, o que altera a intensidade com que os raios solares atingem os dois hemisférios.

b) Por que os dias são mais longos durante o verão e mais curtos durante o inverno no mesmo local? Durante o verão, a intensidade da luz solar que atinge o hemisfério em que a estação ocorre é maior em razão do ângulo de incidência dos raios solares, que são mais perpendiculares nas regiões mais próximas da linha do equador. Como a Terra é arredondada, em direção ao polo desse hemisfério, esse ângulo vai se tornando cada vez menos perpendicular, o que diminui a intensidade da luz solar recebida. Isso ocorre por causa do ângulo de inclinação do eixo da Terra. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 2 a 4 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 23.

As estações do ano e os seres vivos De modo geral, associamos o verão com os dias mais quentes e o inverno com os dias mais frios; a primavera é a estação das flores e no outono muitas árvores ficam sem folhas. Mas será que essa caracterização vale para todas as regiões do planeta? No entanto, embora os solstícios e os equinócios marquem o início das quatro estações do ano, as características da mesma estação em diferentes partes do mundo podem ser muito variáveis. Os fatores climáticos que definem as estações do ano são basicamente a temperatura e suas variações, a velocidade dos ventos e a frequência e a intensidade das chuvas. Em boa parte do Brasil, apenas duas estações do ano são bem características: o verão mais quente e chuvoso e o inverno mais frio e seco. Em razão da grande extensão territorial e da variedade de ambientes, as quatro estações têm características distintas em cada região do país, que se manifestam na mudança da paisagem e no ciclo de vida das plantas e dos animais.

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#ficaadica Aprenda a relacionar as estações do ano com os movimentos da Terra.

http://ftd.li/cief2obj001

Aproveite para salientar como as estações do ano no Brasil também são bastante variadas, pois em alguns lugares no inverno chega a nevar, enquanto em outros, o clima fica seco e mais quente nessa estação.

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Verão

ALF RIBEIRO/SHUTTERSTOCK.COM

CRISTINA IONESCU/SHUTTERSTOCK.COM

No Brasil, o verão é a estação das noites mais curtas e dias mais longos e ensolarados, com temperaturas mais elevadas. As chuvas são frequentes e abundantes e podem cair várias vezes ao dia, principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. No Nordeste, as chuvas têm início geralmente só em fevereiro. De modo geral, é nessa estação que muitas plantas se desenvolvem mais e produzem flores e frutos. Muitos animais que procriam na água ou que gostam de ambientes úmidos e quentes ficam mais ativos e se reproduzem no verão, como mosquitos, borboletas e outros insetos, assim como os anfíbios.

Mangueiras carregadas de frutos e sapos coaxando em riachos e lagoas são acontecimentos típicos do verão brasileiro.

Outono

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ROB JANSEN/SHUTTERSTOCK.COM

O outono é a estação de transição entre o verão e o inverno, com características de ambas. Nas regiões serranas e na região Sul do Brasil, as temperaturas podem cair bastante e nas demais tornam-se mais amenas. Os dias vão ficando mais curtos e secos, as nuvens e as chuvas diminuem em grande parte do país, com predomínio de céu azul, com exceção das regiões Norte e Nordeste, onde a estação é bem chuvosa. No outono, as folhas de muitas plantas adquirem tons avermelhados, secam e caem. Há também grande oferta de frutas, como a tangerina (também chamada de mexerica, bergamota ou mimosa, dependendo da região). Muitos animais sentem a mudança do clima e alteram seu comportamento. Um exemplo é o tamanduá-bandeira, habitante do Cerrado e do Pantanal, que no outono caminha pelas áreas mais abertas somente nas horas mais quentes do dia e se refugia em locais mais fechados para dormir mais cedo.

O ipê-rosa é uma árvore do Cerrado que começa a perder suas folhas no outono, época em que o tamanduá-bandeira é ativo apenas nas horas mais quentes do dia. 346

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Inverno

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O inverno tem os meses mais frios do ano e as noites mais longas que os dias. No Brasil, é a época mais seca nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Os dias com temperatura mais baixa surgem após a chegada das “frentes frias”, caracterizadas por chuvas rápidas seguidas de massas de ar frio vindos da região Sul. Muitas árvores que perderam as folhas durante o outono permanecem sem elas, enquanto os pinheiros, mais adaptados ao frio, permanecem verdes. Regiões de maior altitude e mais ao sul do país podem ter episódios de neve. Muitos animais dormem mais horas durante o dia e alguns até hibernam, diminuindo suas atividades vitais e entrando em sono profundo. Isso permite a eles que poupem energia, já que nessa estação há menos comida disponível. Esquilos, ratos-silvestres, morcegos e ouriços são mamíferos que hibernam, assim como muitos lagartos.

No Rio Grande do Sul, com frequência a água de riachos amanhece congelada no inverno e as araucárias estão entre as poucas plantas que permanecem verdes. O teiú é um lagarto nativo da América do Sul que pode ter até 2 m de comprimento. No inverno, hiberna em sua toca escavada no solo e se nutre das reservas de gordura acumuladas nos meses anteriores.

Primavera

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Na primavera, percebe-se facilmente que os dias começam a ficar mais longos e que a temperatura aumenta gradativamente. No Centro-Oeste e no Sudeste do país, as chuvas retornam com mais frequência e intensidade, caracterizando a transição entre o inverno e o verão. Já em grande parte do Nordeste, a primavera é a estação seca. Embora seja conhecida como a estação das flores, nem todas as plantas florescem na primavera. As mudanças no clima interferem no comportamento de muitos animais, principalmente das aves, que, com mais alimentos à disposição, iniciam o período reprodutivo.

Na primavera, a florada do jacarandá-mimoso chama atenção pelo colorido azulado de suas flores, enquanto o joão-de-barro constrói o ninho que vai abrigar os ovos e os futuros filhotes. Ciências

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Outras realidades

ANA FLAASKER/SHUTTERSTOCK.COM

A tundra é um tipo de ambiente que se desenvolve apenas no Polo Norte, o lugar mais frio do planeta. Lá, a temperatura média dificilmente fica acima de –8 °C e, durante os invernos muito longos, congelantes e escuros, pode chegar a –70 °C. O curto período de verão é bem iluminado, mas ainda muito frio, o que permite o descongelamento do solo apenas na superfície, impedindo que as raízes das plantas se desenvolvam. Os animais dessa região, como o caribu, o boi-almiscarado, a raposa-das-neves e o urso-polar, têm pelos densos e são mais vistos no verão, procurando comida e parceiros para se reproduzirem.

Caribu pastando no verão: observe a vegetação rala e as poças de água doce descongelada na superfície do solo.

PRATIQUE!

6. Sabemos que o Sol não nasce exatamente no ponto cardeal leste durante todo o ano. a) Aqui do Brasil, em que ponto do lado leste o Sol nasce no solstício de verão e de inverno, em relação ao ponto cardeal leste? O solstício de verão no Hemisfério Sul representa o momento em que esse hemisfério fica mais voltado para o Sol. Logo, o Sol nascerá no ponto mais ao norte possível do ponto cardeal leste. E, no solstício de inverno nesse hemisfério, ocorre o inverso, o hemisfério fica menos voltado para o Sol e, assim, ele nascerá no ponto mais ao sul possível do ponto cardeal leste.

b) E, durante os equinócios de outono e de primavera, em quais pontos o Sol nasce em relação ao ponto cardeal leste? Nos equinócios, os dois hemisférios recebem a mesma iluminação, ou seja, com os raios de luz incidindo perpendicularmente ao eixo de rotação e um observador em qualquer posição verá o Sol nascer exatamente no ponto cardeal leste.

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7. As imagens a seguir são de um mesmo parque fotografado em cada uma das estações do ano. Primavera

Verão

Outono FOTOS: MIHAI_ANDRITOIU/SHUTTERSTOCK .COM

Inverno

Na cidade em que mora, você consegue observar as mesmas variações entre as estações? Se não, como você as descreveria? No quadro a seguir, relacione as principais características que você observa nas quatro estações da sua região. Estação do ano

Primavera

Principais características

Respostas pessoais.

Verão

Outono

Inverno

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 5 e 6 da seção Amplie.

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A abordagem sobre os pontos cardeais e colaterais e os sistema de localização pode ser complementada com o conteúdo do Módulo 1 de Geografia.

#ficaadica Confirme seus conhecimentos sobre orientação assistindo ao vídeo sobre os pontos cardeais.

Sistemas de localização

Diálogos com

Geografia

Aqui começa o conteúdo referente à aula 24.

Vimos anteriormente que os lados em que o Sol nasce e se põe no horizonte e suas variações ao longo do ano determinam quatro pontos de referência: norte, sul, leste e oeste, chamados pontos cardeais principais. A partir deles, podem ser encontrados os pontos colaterais, que estão sempre entre dois pontos cardeais. A rosa dos ventos é a representação gráfica dos pontos cardeais, com ângulos de 90° entre si: norte (N), leste (L),

http://ftd.li/tv8za2

sul (S) e oeste (O); dos pontos colaterais: nordeste (NE), sudeste (SE), sudoeste (SO) e noroeste (NO), em ângulos de 45° em relação aos pontos cardeais que definem cada ponto colateral. Conhecendo esses nomes e

SOLEIL NORDIC/SHUTTERSTOCK .COM

suas posições, quando queremos encontrar um lugar, podemos descobrir que direção tomar na superfície. A rosa dos ventos é muito comum em mapas e está presente em sistemas de orientação antigos e mais modernos, como o GPS (abreviação de Global Positioning System), incorporado aos telefones celulares e aos sistemas de navegação dos veículos. Com eles, descobrimos nossa localização e a direção que devemos seguir para encontrar determinado local. Mas muito antes do GPS havia a bússola, já usada para indicar as direções a seguir há mais de 2 mil anos, sendo as mais complexas datadas do ano 1100 e usadas na Ásia e na Europa. Esse dispositivo tem na base uma imagem dos quatro pontos cardeais

Representação do campo magnético da Terra e dos polos sul e norte magnéticos.

e, geralmente, também dos colaterais. Sobre ela há uma agulha magnética que gira livremente sobre um pino e indica a direção a ser seguida. Você sabe dizer como a bússola funciona, ou seja, o que movimenta a agulha magnética? A Terra tem um campo magnético que a envolve a partir

DOOMU/SHUTTERSTOCK.COM

dos polos magnéticos norte e sul, criado principalmente pelo movimento de cargas elétricas do núcleo externo do planeta. Isso faz o planeta funcionar como um grande ímã, em que o polo norte magnético corresponde aproximadamente ao Polo Sul geográfico, e o sul magnético corresponde aproximadamente ao Polo Norte geográfico. Assim, quando a agulha magnética da bússola aponta para o norte geográfico, ela indica o sul magnético da Terra, e vice-versa. A rosa dos ventos aplicada no fundo da bússola auxilia na navegação em terra ou no oceano. NW e SW são siglas em inglês para NO (noroeste) e SO (sudoeste), respectivamente.

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#ficaadica Quer aprender a fazer uma bússola usando uma agulha e um ímã? Confira o vídeo. http://ftd.li/cief2obj002

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satélites estações terrestres

receptores

Esquema simplificado de funcionamento dos componentes de um GPS.

A 300 metros, vire à esquerda.

SAHACHATZ/SHUTTERSTOCK .COM

MARCO CORTEZ

Antigamente, os marinheiros e viajantes descobriam onde estavam e a direção correta a tomar no oceano ou em terra firme pela posição do Sol durante o dia, pelas constelações no céu noturno e, tempos depois, passaram a utilizar a bússola. Hoje, tudo o que precisamos para nos localizarmos espacialmente é de um receptor portátil de GPS. Esse sistema de orientação é composto de três componentes: espacial, controlador e receptor. O componente espacial são os mais de 30 satélites existentes na órbita terrestre. O componente controlador são as estações terrestres que monitoram os satélites por meio de radares. O componente receptor, que pode estar no telefone ou no carro, recebe constantemente sinal desses satélites e calcula com precisão sua localização na superfície terrestre com as informações repassadas pelos satélites.

Representação do uso prático de um GPS em automóvel.

PRATIQUE!

STUDIO CAPARROZ

8. Paulo é representante comercial e está viajando a trabalho por uma região desconhecida. Ao chegar no cruzamento indicado na imagem, o sistema de GPS do carro falha. Usando a rosa dos ventos, responda às questões propostas.

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a) Do cruzamento na rodovia, qual direção Paulo deve tomar para chegar ao seu destino, que é a empresa Vortex, no canto direito da imagem? Ela deveria virar à direita, na direção sudeste.

b) Após visitar a empresa, Paulo decide ir até a cidade. De qual lado da empresa a cidade está? Do lado oeste.

c) Em relação à cidade, qual é a direção do porto e a da mineradora? O porto fica na direção nordeste e a mineradora fica na direção norte.

9. Maurício é motorista de primeira viagem e hoje resolveu levar Maria Lúcia para o parque da cidade. Aí começou a confusão. Se considerar que as ruas não são contramão e não há interrupções no trajeto, qual deve ser a resposta indicada por Maria Lúcia no último quadrinho? VAMOS AO ZOOLÓGICO, QUE FICA AO NORTE DA CIDADE.

VOU VIRAR À DIREITA, BELEZA?

UÉ, VIRO À ESQUERDA ENTÃO? MARCO CORTEZ

ESTAMOS ONDE AGORA?

AGORA, ESTAMOS NA REGIÃO SUL.

NÃO PODE!

Justifique sua resposta. A resposta é de que não podem virar à esquerda porque, assim, estariam se deslocando para o leste ou para o oeste, e eles querem ir para o norte da cidade. Ele deve continuar seguindo em frente, no sentido norte. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 7 e 8 da seção Amplie.

Você provavelmente já admirou a Lua no céu noturno. Quando ela está redonda e brilhante, você deve ter notado algumas manchas e irregularidades em sua superfície. Já se perguntou o que são essas marcas e qual é a origem da Lua? A hipótese mais aceita para o surgimento da Lua é a de que ela tenha se originado há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, quando um grande corpo celeste, mais ou menos do tamanho do planeta Marte, atingiu a Terra e explodiu rochas, liberando para o espaço fragmentos que derreteram, agregaram-se, esfriaram e formaram a Lua, que passou a orbitar a Terra. As manchas escuras que enxergamos aqui da Terra são depressões da superfície lunar com lava solidificada dessa época de formação. Por mais 500 milhões de anos, meteoritos atingiram a superfície lunar e, por isso, nela existem muitas crateras, como mostra a imagem ao lado. 352

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A Lua

Aqui começa o conteúdo referente à aula 25.

A Terra avistada da superfície lunar.

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A distância média da Lua até a Terra é de aproximadamente 384 400 quilômetros. Se fosse possível ir de carro até lá dirigindo sem parar, 24 horas por dia, a 100 km/h, levaria cerca de 3 674 horas (em torno de 153 dias). A Lua é um corpo celeste iluminado, ou seja, ela não tem luz própria, 1 apenas reflete a luz solar que atinge sua superfície. Ela tem cerca de do 4 1 da massa do nosso planeta. Por isso, tamanho da Terra, mas apenas 100 lá a gravidade é cerca de cinco vezes menor. Os astronautas que pousaram na Lua conseguiam dar grandes saltos em razão dessa diferença na gravidade, pois lá a massa deles era bem menor. Outra consequência da menor gravidade lunar é a ausência de atmosfera, já que corpos de pouca massa não conseguem evitar que os gases escapem para o espaço.

#ficaadica Assista à reportagem especial sobre os 50 anos da maior viagem da humanidade.

http://ftd.li/aro3dk

Movimentos da Lua

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Assim como a Terra, outros planetas e o Sol, a Lua também se movimenta no espaço. Podemos decompor o movimento da Lua em três componentes principais: translação, revolução e rotação. A translação é o movimento que a Lua faz, acompanhando a Terra, ao redor do Sol. Então, assim como a Terra, a Lua leva aproximadamente 365 dias para fazer o movimento completo em torno do Sol. A revolução é o movimento da Lua ao redor da Terra. É muito semelhante ao que a Terra faz ao orbitar o Sol. A Lua leva em torno de 28 dias para dar uma volta completa ao redor da Terra. A rotação é o movimento que a Lua faz em torno de si mesma e é muito lento: são cerca de 28 dias para girar uma única vez. Perceba que os movimentos de rotação e de revolução lunar são sincronizados (duram o mesmo tempo). Isso explica por que, aqui da Terra, só vemos um lado da Lua. O outro lado, que é chamado “lado distante” ou “lado oculto” da Lua, está sempre voltado em direção oposta à Terra. Isso faz apenas uma face da Lua ser avistada da Terra, embora os dois lados dela sejam iluminados pelo Sol.

Composição dos movimentos da Lua, da Terra e do Sol no espaço.

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#ficaadica O “lado oculto” da Lua é escuro? Mas o que será que de fato há por ali? Assista ao vídeo e entenda isso e muito mais.

Estudos indicam que a Lua se afasta cerca de 3,8 cm da Terra a cada ano. Entre as consequências desse afastamento, está o fato de que a rotação da Terra diminuirá, tornando o dia mais longo. Porém, como o afastamento é muito lento, o tempo de rotação terrestre diminuirá apenas cerca de 2 milésimos de segundo a cada século. Outra consequência será a diminuição das forças de maré nos oceanos, que estudaremos na sequência. No entanto, nenhuma dessas alterações é preocupante, pois são muito sutis para que o ser humano possa testemunhá-las. PRATIQUE!

10. Analise os esquemas a seguir e assinale aquele que mostra corretamente os movimentos da Terra e da Lua. Justifique sua escolha. A

B

Sol

Lua

Lua

Terra

C

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Terra

Sol

D

Terra

Sol

Lua Sol

Terra

Lua

A alternativa c é a correta: a Lua orbita a Terra e ambas orbitam o Sol.

11. (OBA) Mas no Universo tudo gira sobre si mesmo. Pode girar depressa como Júpiter, onde o dia dura somente 9 horas, pode girar mais devagar como a Terra, cujo dia dura 24 horas, até o Sol gira sobre ele mesmo, mas tão devagar que demora quase 30 dias. Vamos nos concentrar, agora, sobre a Lua. a) Como dissemos, tudo gira sobre si mesmo, mas a Lua parece que não gira sobre ela mesma, afinal, sempre a vemos com a mesma face voltada para a Terra. Como você explica isso? Pode parecer que a Lua não gira sobre ela mesma, mas isso ocorre sim. Só que gira tão devagar que leva 28 dias para dar uma volta completa. Acontece que nesses 28 dias ela deu uma volta ao redor da Terra, por isso parece que não girou sobre ela.

b) Se você ficasse sobre a Lua (com roupas de astronautas, claro, afinal lá não tem atmosfera) e olhando para a Terra, durante mais ou menos 14 dias você veria o Sol e durante outros 14 dias você não veria o Sol, como você explica essa afirmação? A afirmação está correta. A Lua gira sobre ela mesma em torno de 28 dias (essa é a duração do dia lunar), por isso em cerca de metade desse tempo se vê o Sol e na outra metade não se vê.

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12. Em janeiro de 2019, a China tornou-se o primeiro país a pousar uma nave com sucesso no lado não visível e até então inexplorado da Lua. A nave pousou em uma imensa cratera, com 2 500 km de diâmetro, dentro da qual há várias outras. Em uma delas, a Von Kármán, que tem 180 km de diâmetro, os robôs enviados encontraram um oceano de lava solidificada. Sabendo que lá não existem vulcões, explique a origem dessa lava e de crateras tão grandes no satélite natural da Terra. Estudos indicam que a Lua se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando um planeta do tamanho de Marte se chocou com a Terra, que ainda era um jovem planeta em formação. Um imenso fragmento da Terra fundido com os restos desse planeta se desprendeu e formou a Lua, que, durante muito tempo, esteve coberta por esse oceano de rocha fundida. Com o tempo, a lava resfriada solidificou-se em áreas mais baixas do solo lunar. As numerosas crateras da Lua se formaram pela colisão de corpos celestes menores que vagam pelo espaço, como os asteroides. Como a Lua não consegue manter uma atmosfera, em razão de sua pouca massa, ela não conta com o efeito de “escudo protetor” da combustão desses fragmentos que uma camada de gases proporcionaria, como acontece com a atmosfera terrestre.

Fases da Lua Aqui começa o conteúdo referente à aula 26.

MATTL_IMAGES/SHUTTERSTOCK.COM

Você já deve ter percebido que a Lua no céu noturno não tem sempre a mesma aparência. Há noites que ela está bem redonda e brilhante, mas esse formato se modifica gradativamente, como se parte dela fosse sendo apagada até não podermos enxergá-la. Depois, apenas uma pequena parte dela ressurge e vai “crescendo” até que a Lua se torna redonda e brilhante novamente. São as fases da Lua, que se repetem a cada mês, aproximadamente. Vamos iniciar o estudo sobre as fases da Lua pelo diagrama a seguir.

Observação: não é correto afirmar que cada fase da Lua dura 7 dias, pois ela muda continuamente e a cada noite a Lua tem uma aparência, de modo que ninguém a vê 7 noites cheia ou 7 noites de exatamente quarto minguante, por exemplo.

Representação do Sol, da Terra e das principais fases da Lua. As setas indicam a sequência em que avistamos essas fases do Hemisfério Sul.

Nessa ilustração, a luz do Sol ilumina a Terra e a Lua pela direita. Ao redor da Terra, as várias imagens da Lua mostram como avistamos sua aparência no céu noturno em diversos momentos. Embora essas mudanças de aparência sejam graduais, reconhecemos quatro momentos ou fases principais. A lua nova ocorre quando a Lua fica entre a Terra e o Sol. Esses três objetos celestes estão aproximadamente alinhados, mas não estão sempre na mesma linha porque, como será abordado no estudo dos eclipses, suas órbitas não estão todas no mesmo plano orbital. Na fase de lua nova, a face iluminada da Lua é a que está do lado que não podemos ver aqui da Terra. Durante a transição da lua nova para a lua cheia, avistamos a Lua à medida que sua face vai ficando 1 da Lua é visível, temos a lua quarto crescente. iluminada (com formato da letra C). Quando 4 Na lua cheia, esses astros estão novamente em alinhamento aproximado, mas toda a face da Lua iluminada pelo Sol está voltada para a Terra, e é por isso que ela parece maior, mais redonda e brilhante. Ciências

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Durante a transição de cheia para nova, a face iluminada vai diminuindo (minguando), 1 dela se torna visível. sendo a lua quarto minguante a fase em que novamente 4

A Lua e as marés

CL-MEDIEN/SHUTTERSTOCK.COM

MANJURUL HAQUE/SHUTTERSTOCK.COM

Se você mora perto do oceano ou já o observou por algum tempo, pode ter percebido que o nível da água muda ao longo do dia. Ela sobe lentamente pela areia da praia para, algumas horas depois, baixar novamente, repetindo isso durante todo o dia. Esse movimento de subida e descida do nível da água do mar é chamado maré. A maré alta ocorre quando o nível da água avança sobre a areia, e a maré baixa é resultado do retrocesso da água. Em um dia (24 horas), acontecem dois períodos de maré alta e dois períodos de maré baixa.

Nas imagens, é possível observar a diferença entre a maré alta e a maré baixa em uma praia.

As marés sofrem influência da Terra, do Sol e, principalmente, da atração gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra. Todo corpo com massa exerce atração gravitacional, mas quando a massa é pequena, tal atração também é menor. Objetos grandes, como planetas e seus satélites naturais, têm atração gravitacional suficientemente grande para atrair outros corpos de menor massa. A força gravitacional depende da distância entre os corpos. Assim, quanto mais próximos dois corpos estão, maior é a atração gravitacional entre eles. A Lua é o objeto celeste mais próximo da Terra, por isso é a atração que a Terra exerce sobre ela que a mantém ao redor do planeta. Mas assim como a Terra atrai a Lua, ela também atrai o planeta e, consequentemente, toda a superfície da porção da Terra voltada para a Lua se eleva alguns centímetros. Na superfície sólida (solos e rochas), essa elevação passa despercebida pelas pessoas, mas na superfície líquida, a água se avoluma e provoca as marés oceânicas. Com o movimento de rotação, a Terra dá uma volta completa todos os dias. Ao mesmo tempo, a Lua está orbitando a Terra (revolução lunar). No lado da Terra que está diretamente voltado para a Lua, a atração gravitacional exercida por ela é suficientemente forte para atrair a água, avolumando-a e provocando a maré alta. Ao mesmo tempo, no lado da Terra oposto à Lua, a atração é menor e, por inércia, a maré também fica alta, formando uma espécie de bojo, como visto na figura a seguir. Assim, nas regiões que estão em uma direção que une o centro da Terra e da Lua, há maré alta; já nas regiões perpendiculares a essa direção (90°), a atração gravitacional da Lua é menos intensa e ocorre a maré baixa. 356

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maré baixa

maré alta IEA/ARQUIVO DA EDITORA

maré alta

Estevam

Lua

maré baixa Influência da Lua nas marés oceânicas e o sentido da força das marés.

Em virtude da rotação terrestre, a cada instante, diferentes regiões do planeta sofrem influência da atração gravitacional da Lua e apresentam marés alta e baixa, tornando esse fenômeno cíclico. O intervalo aproximado entre duas marés altas é de 12 horas e 25 minutos, e o desnível entre marés baixas e altas fica em torno de 1 m nas regiões do oceano mais afastadas da costa e pode chegar a aproximadamente 20 m nas baías. Outras realidades

RENATA MELLO

A energia maremotriz ou energia das marés é uma forma de transformação da energia produzida pelo movimento das marés e pela ação das ondas para gerar energia elétrica. É uma fonte de energia previsível, porque as marés ocorrem nos tempos esperados, o que representa uma vantagem sobre a energia eólica (gerada pelo vento) e a solar (gerada pelo Sol), uma vez que a força dos ventos é variável e não há geração de energia solar à noite. Para que a energia das marés possa ser obtida, o desnível das águas oceânicas entre as marés deve ser de mais de 7 m (ou seja, de 3,5 m acima do nível do mar e de 3,5 m abaixo dele), valor atingido em algumas partes do Brasil. Em Porto do Pecém (CE), a 60 km de Fortaleza, está instalada a primeira usina de energia maremotriz da América Latina.

Usina de Porto do Pecém (Ceará).

E se não tivéssemos a Lua? Provavelmente a vida não teria evoluído da mesma maneira na Terra, e diversas situações extremas ocorreriam. As noites seriam muito mais escuras, já que o brilho que a Lua reflete do Sol ilumina muito mais as noites que o brilho das estrelas, que estão muito mais distantes. Como os movimentos de rotação terrestre e de revolução lunar têm sentidos opostos, a Lua freia a rotação do planeta. Portanto, sem a Lua, um dia na Terra teria de 4 a 6 horas e o ano teria mais de mil dias. As marés seriam um terço mais fracas que as existentes, pois seriam influenciadas apenas pela força gravitacional do Sol. A inclinação do eixo terrestre seria maior ou menor do que é, o que poderia deixar apenas um hemisfério iluminado pelo Sol ou provocar climas extremos. Ciências

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PRATIQUE!

MARCO CORTEZ

13. Associe as fases da Lua com as descrições.

1 4

2

A face da Lua voltada para a Terra está toda escura por estar entre a Terra e o Sol. Lua nova.

3

Uma semana depois da lua nova, podemos ver do lado esquerdo Lua crescente.

2

4

3

1 da Lua. 4

Duas semanas depois da lua nova, podemos ver toda a face visível da Lua. Lua cheia.

1

1 da face visível Três semanas depois da lua nova, podemos ver do lado direito 4 da Lua. Lua minguante.

14. Avistada da Terra, a aparência da Lua muda um pouco a cada dia. No entanto, durante aproximadamente sete dias não a enxergamos no céu noturno. Como é chamada essa fase da Lua e qual é a posição do Sol, da Terra e da Lua nesse período? Em qual fase a Lua estará mais próxima do Sol? É a fase de Lua nova, quando a Lua fica posicionada entre o Sol e a Terra, ou seja, nessa fase, a Lua está mais próxima do Sol.

15. As marés alteram periodicamente o nível do mar. Sobre esse fenômeno, julgue as afirmativas a seguir e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. F

A principal causa das marés terrestres é a atração gravitacional do Sol.

V

A Lua exerce a maior influência nas marés terrestres.

F

O Sol não exerce nenhuma influência nas marés terrestres.

F

As marés altas ocorrem sempre em apenas uma região do planeta.

V

As marés altas e baixas se intercalam nas diferentes regiões do planeta.

16. Ainda sobre as marés, responda: a) Por que a Lua tem mais influência sobre as marés oceânicas na Terra se o Sol é muito maior e tem mais massa? Embora o fenômeno das marés corresponda à ação conjunta do Sol e da Lua, a Lua exerce maior atração gravitacional sobre a superfície terrestre, pois está muito mais próxima da Terra.

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b) Qual é o intervalo de tempo entre duas marés altas ou duas marés baixas consecutivas em um mesmo local? Justifique sua resposta. Será sempre de 12 horas, aproximadamente. Como o tempo de revolução lunar é de 24 horas, a cada meia volta da Lua em torno da Terra ocorre uma maré alta do lado da Terra voltado para a Lua, bem como do lado oposto, e uma maré baixa nos dois lados perpendiculares, onde a atração gravitacional é menor.

c) Por que as marés são máximas nas fases de lua cheia e de lua nova? Porque os astros Sol, Terra e Lua se encontram alinhados, fazendo a força gravitacional ser máxima.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 9 e 10 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 27.

A imagem mostra um eclipse solar.

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Há mais de 2,5 mil anos, os povos antigos já faziam registros dos eclipses, fenômenos celestes que, hoje sabemos, ocorre quando um corpo celeste, como uma lua ou um planeta, move-se na sombra de outro corpo celeste. Na Antiguidade, acreditava-se que o céu era inalterável e, quando fenômenos como os eclipses ou a passagem de um cometa eram observados, além de gerarem admiração e curiosidade, eram interpretados pelas pessoas como prenúncio de grandes tragédias ou da fúria dos deuses. O estudo dos eclipses permitiu que, no passado, os cientistas fizessem as primeiras estimativas dos tamanhos e das distâncias dos astros. Atualmente, as pesquisas relacionadas a eles estão ligadas à atmosfera terrestre. Existem dois tipos de eclipses visíveis aqui da Terra: o eclipse lunar e o eclipse solar. Para compreender a diferença entre eles e como eles ocorrem, é preciso retomar os movimentos da Terra e da Lua no espaço. A imagem a seguir ilustra como a Lua gira ao redor da Terra em um plano orbital definido, assim como a Terra tem seu plano orbital ao redor do Sol. Observe que esses dois planos orbitais são inclinados entre si e, por consequência, o alinhamento entre esses três objetos celestes acontece muito raramente.

MURATART/SHUTTERSTOCK COM

Eclipses

Representação do plano orbital da Terra ao redor do Sol e do plano orbital da Lua ao redor da Terra.

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Eclipse lunar

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Para que o eclipse lunar ocorra é necessário que haja o alinhamento Sol-Terra-Lua, ou seja, que a Lua atravesse o caminho da sombra produzida pela Terra iluminada pelo Sol. Desse modo, aqui da Terra observamos a sombra do planeta projetada sobre a superfície lunar. Observe ainda que o eclipse lunar só acontece quando o alinhamento Sol-Terra-Lua coincide com a fase de lua cheia, uma vez que ela vai sendo encoberta pela sombra da Terra.

Representação do eclipse lunar, com a sombra terrestre cobrindo a Lua.

GAIL JOHNSON/SHUTTERSTOCK.COM

Em um eclipse lunar, a Lua pode atravessar duas regiões da sombra terrestre: a umbra, que não recebe nenhuma luz, e a penumbra, que recebe um pouco de luz. Desse modo, o eclipse lunar pode ser total ou parcial. O eclipse lunar total ocorre quando há o perfeito alinhamento Sol-Terra-Lua, ou seja, a Terra tem o Sol de um lado e a Lua de outro, atravessando a umbra. Na Terra, as pessoas veem a Lua avermelhada. O eclipse lunar parcial acontece quando apenas uma parte da Lua entra na umbra e a outra parte fica na penumbra. Assim, a sombra da Terra escurece o lado da Lua voltado para o planeta. Um eclipse lunar, geralmente, dura algumas horas e é seguro olhar para ele. Pelo menos dois eclipses lunares parciais ocorrem todos os anos; já os eclipses lunares totais são raros. Quando ocorre um eclipse lunar total, a aparência da Lua varia em virtude da composição da atmosfera da Terra. Há uma escala que descreve a escuridão desse tipo de eclipse, com pontos que variam de 0, com a Lua quase invisível, a 4, com a Lua alaranjada e muito brilhante.

Montagem com fotografias de diferentes momentos de um eclipse lunar total visto sobre o Mar do Caribe.

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Eclipse solar

MACROVECTOR/SHUTTERSTOCK.COM

O eclipse solar ocorre quando há o alinhamento Sol-Lua-Terra. Ao atravessar o plano orbital da Terra, a Lua se posiciona entre ela e o Sol, de modo que parte da radiação solar fica bloqueada e a sombra lunar é projetada sobre o planeta. Note, na figura a seguir, que o eclipse solar sempre acontecerá apenas em uma parte da Terra, em razão do tamanho da sombra da Lua projetada no planeta. Outra característica dos eclipses solares é que eles só ocorrem na fase de lua nova.

Representação de um eclipse solar.

Nessa montagem feita com diferentes imagens de um mesmo eclipse solar ao longo do tempo, é possível observar diversos momentos de eclipse solar parcial antes e após o eclipse solar total.

Um tipo particular de eclipse solar é o eclipse solar anular (ou anelar), que ocorre quando a Lua, em sua órbita em torno da Terra, está mais distante do planeta, de maneira que seu tamanho aparente não é suficiente para bloquear toda a projeção do Sol. Enxergamos então apenas um disco de luz em torno de um disco de sombra, criando o que parece um anel ao redor da Lua.

Ciências

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THEJAB/SHUTTERSTOCK .COM

ALLEXXANDAR/SHUTTERSTOCK.COM

No eclipse solar total, visível apenas de uma pequena área na Terra, o céu fica muito escuro, como se fosse noite. Para que isso aconteça, o alinhamento entre esses astros deve ser perfeito, caso contrário haverá um eclipse solar parcial, quando apenas uma parte da superfície do Sol é encoberta pela Lua.

Eclipse solar anular.

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Os eclipses solares acontecem uma vez a cada 18 meses e duram alguns minutos. Por haver a possibilidade de prejudicar os olhos, não se deve olhar diretamente para o Sol em um eclipse solar, nem mesmo utilizando filmes escuros, óculos de sol ou chapas radiográficas, porque esses objetos não protegem os olhos da radiação solar. A observação de qualquer tipo de eclipse solar exige equipamento de segurança específico, como filtros especiais colocados em telescópios. Um eclipse solar total provoca escuridão e causa uma diminuição de temperatura de até 20 °C. Alguns animais podem ficar confusos: os de hábito diurno tendem a se preparar para dormir, enquanto os de hábito noturno saem mais cedo de suas tocas ou ninhos. Quando um eclipse solar termina, demora até uma hora para que a luz do dia seja restaurada.

#ficaadica Veja nestas duas animações como os eclipses ocorrem.

http://ftd.li/sf73gx

https://s.ftd.li/amwqD8

Trabalho em equipe Vamos simular um eclipse? Materiais: lanterna; duas bolas de tamanhos diferentes; sala escura. Procedimentos 1. Um colega deverá segurar a bola grande para representar a Terra e outro colega segurará a bola pequena para representar a Lua. 2. Um terceiro colega com a lanterna representará o Sol. 3. Posicionem a bola menor (Lua) alinhada com a lanterna acesa (Sol) e observem como a luz ilumina a superfície dela. 4. Coloquem a bola maior (Terra) entre a lanterna (Sol) e a bola pequena (Lua), estabelecendo o correto alinhamento Sol-Terra-Lua. 5. Observem o que ocorre com as superfícies iluminadas e anotem os resultados. y O que aconteceu quando a bola maior entrou no caminho da luz da lanterna? A bola maior (Terra) bloqueou a luz da lanterna (Sol) e a bola menor (Lua) ficou encoberta.

LAPIS 13B

y Represente esquematicamente a situação simulada usando os astros envolvidos. Inclua os raios de luz e a projeção das sombras. Resposta do aluno.

Lua Terra Sol

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y Que tipo de eclipse é esse?

É um eclipse lunar, quando acontece o alinhamento Sol-Terra-Lua e a Lua fica encoberta pela sombra da Terra.

LAPIS 13B

y Agora, represente o outro tipo de eclipse envolvendo esses astros que enxergamos aqui da Terra e esquematize como eles seriam posicionados. Resposta do aluno.

Lua Terra

Sol

y Como é chamado esse eclipse e quais variações dele avistamos da Terra? É um eclipse solar. O eclipse solar será total quando o alinhamento Sol-Lua-Terra for perfeito e o Sol ficar encoberto, sendo avistado em apenas uma pequena região na superfície terrestre, na qual a umbra é projetada. Quando o alinhamento entre esses astros não for perfeito, acontece o eclipse solar parcial, no qual o Sol é parcialmente coberto pela Lua, com projeção da penumbra na superfície terrestre. Há ainda o eclipse solar anelar, um tipo de eclipse solar parcial que ocorre com a Lua mais afastada da Terra.

PRATIQUE!

MARCO CORTEZ

MARCO CORTEZ

17. Observe os esquemas e identifique os tipos de eclipse, descrevendo suas características.

Eclipse solar. Ocorre quando a Lua se move entre o Sol e a Terra, cobrindo

Eclipse lunar. Ocorre quando a Terra se move entre o Sol e a Lua e bloqueia

parcial ou totalmente o Sol.

a luz solar, deixando a Lua sem iluminação.

18. O esquema a seguir mostra um eclipse Sol

ea

temos a

umbra

.

Terra

, porque a

está

Lua

. No ponto A, temos a penumbra, e, em B,

órbita da Lua

órbita da Terra A B

MARCO CORTEZ

entre o

solar

Sol

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 11 da seção Amplie.

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Amplie

DELCROIX ROMAIN/SHUTTERSTOCK.COM

1. Observe a imagem de um pôr do sol. Como se explica esse fenômeno e como ele se diferencia do nascer do sol? O pôr do sol ocorre em razão do movimento de rotação da Terra. Ao girar em torno do próprio eixo, o Sol realiza um movimento aparente no céu, mudando de posição. Abaixo da linha do horizonte, a luz solar deixa de ser vista no céu, que se torna cada vez mais escuro: é o anoitecer. O pôr do sol acontece em um lado do horizonte (o lado oeste), enquanto o nascer do sol ocorre do lado oposto (o lado leste).

ILUSTRAÇÕES: MARCO CORTEZ

2. Complete o quadro a seguir.

Qual é o movimento da Terra indicado pelas setas? Quanto tempo ele leva para ocorrer? Qual é a consequência desse movimento?

Rotação.

Translação.

24 horas.

365 dias e 6 horas, aproximadamente.

Um dia terrestre, ou seja, a alternância entre o dia e a noite.

Um movimento de rotação determina o ano terrestre.

3. (OBA) Vamos supor que por alguma mágica qualquer a Terra parasse de girar em torno do próprio eixo dela. Neste caso, pense e responda: a) Como seria o dia e a noite na Terra, isto é, quanto tempo duraria o dia e a noite? Cada um duraria cerca de 6 meses, pois a alternância entre os períodos iluminados e não iluminados pela luz solar seria resultado do movimento de translação.

b) Algumas pessoas pensam que seria sempre dia de um lado da Terra e sempre noite do outro lado da Terra. Explique por que isso não seria verdade. Para que fosse sempre dia em um mesmo lado da Terra, por exemplo no lado onde fica o Brasil, esse lado teria de estar sempre virado para o Sol. Nesse caso, a Terra teria de estar girando sobre ela mesma, só que tão devagar que em um ano ela daria somente uma volta sobre seu eixo.

4. O início de um novo ano não é comemorado no mesmo instante em todos os países do mundo. Aqui no Brasil, por exemplo, vemos imagens dos fogos de artifício na Austrália quando aqui ainda é dia, por exemplo. Explique por que isso acontece. Isso acontece por causa do sentido do movimento de rotação da Terra, de leste para oeste. Como a Austrália e o Brasil ficam praticamente em lados opostos do planeta, quando lá já é meia-noite, aqui ainda é meio-dia, aproximadamente.

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5. Observe atentamente a imagem a seguir e faça o que se pede. ALEX ARGOZINO

21 de dezembro Escuridão durante todo o dia no Polo Norte eixo de rotação Hemisfério Norte

raios solares

linha do equador Hemisfério Sul

21 de dezembro Luminosidade durante todo o dia no Polo Sul

a) O fenômeno astronômico representado é um: equinócio

solstício.

b) A faixa azulada representa a região onde os dias são de: verão

inverno.

c) A faixa acinzentada representa a região onde os dias são de: verão

inverno.

d) Qual característica da Terra explica o observado? Justifique sua resposta. O eixo de rotação inclinado da Terra, que faz os hemisférios terrestres receberem radiação solar em diferentes intensidades ao longo da translação do planeta ao redor do Sol. Assim, no solstício de dezembro, enquanto é verão no Hemisfério Sul, mais voltado para a Sol, ocorre o inverno no Hemisfério Norte, mais afastado do Sol.

6. Com base no que você aprendeu sobre solstícios e equinócios, identifique qual desses fenômenos está ocorrendo em cada uma das posições indicadas na imagem. Indique também a estação do ano pela qual o Hemisfério Sul está passando em cada posição.

B

MARCO CORTEZ

A

D

C

A – Equinócio: início do outono no Hemisfério Sul. B – Solstício: início do inverno no Hemisfério Sul. C – Equinócio: início da primavera no Hemisfério Sul. D – Solstício: início do verão no Hemisfério Sul.

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7. Uma pessoa está na localidade indicada pelo ponto vermelho na figura a seguir e com problemas para descobrir a localização de algumas cidades. Dê essa localização das cidades A, B, C e D usando as direções indicadas pela rosa dos ventos.

IEA/ARQUIVO DA EDITORA

Região Nordeste 40°

São Luís PA

Fortaleza MA

Teresina

C

CE

João Pessoa PB Recife

PI

B

PE

AL

A

TO

Natal

RN

D

Maceió

SE

10°

Aracaju

BA

OCEANO ATLÂNTICO

Salvador GO DF MG 0

ES

290 km

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 90.

Cidade A: direção sudoeste; cidade B: direção leste; cidade C: direção noroeste. cidade D: direção noroeste.

8. Observe a ilustração e responda às questões.

7

3

4

MARCO CORTEZ

norte

8

5

6

lado onde nasce o sol

1 oeste

2

1 – Avenida 3 – Escola 5 – Casa do Hugo 7 – Casa do João

leste

sul

2 – Escolinha de futebol 4 – Supermercado 6 – Casa da Aninha 8 – Farmácia

a) Localize e registre na imagem os lados norte, sul, leste e oeste.

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Ciências

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9. A Lua gira sobre ela em um período igual ao de seu movimento de translação, por isso não vemos o “outro lado” da Lua. O “outro lado” da Lua é iluminado pelo Sol antes e depois da lua nova. A fase da Lua depende apenas da posição da Lua em sua órbita, ou seja, é independente da posição do observador na superfície da Terra.

b) Hugo está em casa e vai para a casa da Aninha. Que direção ele deve tomar? Oeste.

c) Em relação ao supermercado, a casa do João está em que lado? Leste.

d) Para ir à escola, que direção João deve seguir? Oeste.

e) A mãe do Hugo vai à farmácia. Que direção ela deve tomar? Oeste.

f) Quando vai à aula de futebol, em que direção Hugo deve ir ao sair de casa? Sudoeste.

9. (OBA) Escreva certo ou errado na frente de cada frase abaixo. Errado. A Lua não gira sobre ela, pois se girasse veríamos o “outro lado” da Lua. Errado.

O “outro lado” da Lua nunca é iluminado pelo Sol.

Errado.

Quando a Lua está crescendo no Brasil, estará minguando no Japão.

Certo.

Quando a Lua está cheia no Brasil, estará cheia também no Japão.

10. (OBA) Esperamos que você tenha o hábito de olhar para a Lua, pois, afinal, ela é muito bonita e muda de aparência toda noite. Esperamos que você tenha observado isso. Se não observou, esperamos que passe a observar mais a Lua. A aparência (ou forma aparente) da Lua é chamada fase e, como já dissemos, cada noite ela tem uma fase (aparência) diferente. Contudo, existem quatro noites em particular para as quais damos nomes para a fase (aparência) da Lua. a) Quais são os nomes das fases da Lua nas quatro noites em que lhes damos nomes especiais? Lua cheia, lua quarto minguante, lua nova e lua quarto crescente.

b) Qual é a aparência da lua nova, isto é, como a vemos? Explique por que isso acontece. Não a vemos. Isso acontece porque nessa fase a face visível da Lua, voltada para a Terra, não é iluminada pelo Sol.

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A

B

Sol Terra

MARCO CORTEZ

11. Analise as imagens a seguir e caracterize os dois tipos de eclipses representados de acordo com: tipo, alinhamento necessário dos astros envolvidos, frequência com que ocorre, efeito observado na superfície terrestre e se há perigo ou não para os olhos de um observador.

Sol

Terra

Lua Lua

A: Eclipse solar. O alinhamento necessário é Sol-Lua-Terra, ou seja, a Lua entre o Sol e a Terra. Esse tipo de eclipse ocorre a cada 18 meses. Um observador na Terra vê o Sol total ou parcialmente coberto pela Lua, cuja sombra é projetada na superfície. O eclipse solar é perigoso para os olhos em razão da radiação solar. B: Eclipse lunar. Ocorre quando há o alinhamento Sol-Terra-Lua, ou seja, a Terra fica entre a Lua e o Sol. Geralmente ocorrem dois por ano. Como a Terra bloqueia a luz solar, o observador vê a sombra da Terra projetada na Lua, encobrindo-a total ou completamente. Por não envolver a radiação solar, não é perigoso para os olhos.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista à videoaula deste capítulo.

https://ftd.li/ s202cie61601oau005

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Síntese

Sistema Sol, Terra e Lua

1. Quais são os principais componentes do movimento da Terra? São a rotação e a translação.

2. Diferencie rotação de translação. Rotação é o movimento de um corpo em torno de seu próprio eixo central; translação é o movimento em torno de outro corpo.

3. Explique os fenômenos do dia e da noite. O dia acontece na porção da Terra que está diretamente exposta à radiação solar. A noite ocorre na porção da Terra que está em oposição ao Sol e não recebe radiação de maneira direta.

4. O que são os ritmos circadianos? São adaptações dos organismos dos animais que permitem ajustar suas funções fisiológicas e comportamentais à alternância entre os períodos de claro e de escuro.

5. Quais são as estações do ano? Outono, inverno, primavera e verão.

6. Qual é a principal causa da existência das estações do ano? A principal causa é a inclinação do eixo da Terra.

7. Explique o que são solstícios. São as posições de máxima elongação do Sol e marcam a chegada do verão e do inverno.

8. Explique o que são equinócios. São as posições em que o Sol nasce centralmente no leste e se põe no oeste e marcam a chegada do outono e da primavera.

9. Quais são os pontos cardeais? Norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O).

10. Quais são os pontos colaterais? Nordeste (NE), sudeste (SE), sudoeste (SO) e noroeste (NO).

11. Quais são as principais fases da Lua? Lua quarto crescente, lua cheia, lua quarto minguante e lua nova.

12. O que causa o fenômeno das marés? A causa principal é a atração gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra.

13. Como acontecem os eclipses? Os eclipses acontecem quando há alinhamentos entre os planos orbitais da Terra e da Lua ao redor do Sol. Quando isso ocorre e a Lua está entre o Sol e a Terra, pode acontecer o eclipse solar, no qual a sombra da Lua encobre o Sol e é projetada na Terra. Quando a Terra está entre o Sol e a Lua, pode ocorrer o eclipse lunar, no qual a sombra da Terra é projetada na Lua.

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Muito

Há mais de 2 mil anos, desde a época de Aristóteles, o ser humano tem evidências que provam que o formato da Terra é redondo. Porém, ainda existem fake news de alguns pequenos grupos que afirmam que a Terra é plana. Com base nos conhecimentos construídos neste capítulo (se necessário, aprofunde-os com uma pesquisa na internet), elabore um texto informativo que mostre as evidências de que o formato da Terra é, sim, arredondado. Pense que esse texto seria uma cartilha a ser distribuída para pessoas que não têm muito acesso ao conhecimento e poderiam facilmente ser enganadas pelos boatos de que a Terra é plana. Como o texto é uma cartilha, busque colocar as informações de maneira clara e simples, e explore as evidências que possam ser verificadas no dia a dia.

24K-PRODUCTION/SHUTTERSTOCK.COM

Escreva seu texto no espaço a seguir e compartilhe com seus colegas.

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Resposta pessoal. Algumas evidências que podem ser destacadas são: o fenômeno do eclipse lunar, no qual a sombra arredondada da Terra é projetada na Lua; modo como os navios sempre surgem ou desaparecem no horizonte (a ponta do mastro é a primeira ou a última parte a ser avistada, respectivamente) a variação do tamanho das sombras ao longo do dia; as estações do ano; a medida do raio da Terra; os fusos horários; as imagens da Terra obtidas do espaço.

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VAMOS APRENDER NESTE MÓDULO

RE

1

S TA NA

ED

M

A/S OV AK

HU

TT

E

C TO RS

K.C

OM

Tempo e sujeito histórico

374

y Tempo cronológico e tempo histórico. y Instrumentos de medição de tempo ao longo da História. y História: conceito, importância e relação entre o passado e o presente. y Sujeitos históricos. y Diferentes formas de estudar História. y Fontes históricas materiais e imateriais. y Patrimônio histórico material e imaterial.

Algumas seções e Aceleradores aparecem apenas uma vez no módulo. Para organizar o seu trabalho, indicamos a seguir em qual momento elas aparecem neste módulo: Trabalho em equipe: Capítulo 1. Muito+: Capítulo 3.

y Processo de tombamento e preservação dos patrimônios históricos.

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História MÓDULO

2

1

Ciência histórica e o trabalho do historiador

392 BI L

LIO

H NP

/SH OS OT

UT

R TE

C STO

K.C

OM

y O trabalho do historiador e sua metodologia científica. y A escrita da História. y Problematização da ideia de “verdade histórica”. y Debate historiográfico. y Aprofundamento sobre a ciência histórica e suas metodologias. y A micro-história e a macro-história. y História e seu diálogo com as outras ciências. y Periodização da História.

3

Origens do ser humano

414

y As origens da humanidade: hominínios. y Métodos de datação de fósseis. y Relação entre a História e a Arqueologia para o estudo da origem humana. y Os mitos de origem de diferentes povos.

N NO AG A O M EN CR TOAR FO

/AL

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Y/

y A teoria científica da evolução das espécies, de Charles Darwin. y Os debates sobre a origem da humanidade. y Os hominínios, suas subdivisões e hábitos. y Os primeiros desenvolvimentos tecnológicos: o uso da pedra como instrumento. y O nomadismo.

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CAPÍTULO

1

Tempo e sujeito histórico

1

Observe a imagem e leia a legenda da fotografia. Você já tinha ouvido falar sobre cápsulas do tempo?

2

Se você fosse criar uma cápsula do tempo representativa da nossa sociedade hoje, o que você incluiria nela?

3

Qual é a importância dos registros do passado para as sociedades do presente e do futuro?

Aqui começa o conteúdo referente à aula 1.

1

Você já enviou recebeu Cápsulas do ou tempo são recicartas? pientes projetados para guardar Se sim, com quem se objetos durante um longo período correspondeu?

para que possam ser acessados já leufuturas. algumaElas guardam 2porVocê gerações carta aberta? Se sim, artefatos considerados imporem que situação? tantes pelas pessoas que viveram determinada época está e que elas foto, uma garota 3emNa observando algo no conhecidos celular. É gostariam que fossem possível que seja uma carta? e lembrados por outras gerações. Justifique sua resposta. 1Por isso, as cápsulas do tempo funcionam como registros de memória 2de uma sociedade e de um tempo passados. Quando abertas, elas permitem lembrar o passado e contar parte de sua história.

Bettmann Archive/Getty Images

Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

Hoje existem muitas cápsulas do tempo ao redor do mundo, grande parte delas com uma data determinada para ser aberta pelas gerações futuras. Na imagem, você vê cientistas preparando a cápsula do tempo de Westinghouse, projetada para durar 5 mil anos. Ela foi enterrada em Nova York, nos Estados Unidos, em 1938. Dentro dela foram armazenadas tecnologias do século XX consideradas importantes.

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História

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Habilidades da BNCC

Tempo

EF06HI01 EF06HI02

Às vezes, temos a sensação de que o tempo passa “mais rápido” ou “mais devagar”. Na realidade, essa é só uma impressão pessoal. Você já sentiu isso? Quando você está brincando, o tempo “voa”, não é mesmo? E quando está fazendo algo de que não gosta, ele deve passar “mais devagar”, correto? E como contamos o tempo quando consideramos períodos mais longos que o da nossa existência? De que modo nos orientamos no tempo, quando nos referimos a épocas passadas, muitas vezes tão distantes do presente? A seguir, vamos entender essas questões. 1. Resposta pessoal.

Tempo cronológico

2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes elenquem conhecimentos e tecnologias importantes da nossa sociedade. É interessante estimulá-los a refletir sobre formas de registrar a diversidade cultural da sociedade contemporânea e a biodiversidade do planeta. Pode-se debater sobre culturas e espécies que possam deixar de existir em decorrência das transformações sociais e climáticas do planeta e maneiras de registrar e preservar essas formas culturais e de vida.

Há muitos séculos, os seres humanos observam a passagem do tempo e o calculam para organizar melhor suas vidas e suas atividades diárias. À medida que foram se desenvolvendo, as sociedades humanas criaram instrumentos, como o relógio e o calendário, para registrar a passagem do tempo com base na observação da natureza. Esse tempo, marcado pela passagem das horas, dos dias e das estações do ano, é chamado de tempo cronológico. Antes da criação de instrumentos para a contagem do tempo, sua passagem era determinada pela observação de elementos da natureza: o nascer e o pôr do sol, a posição de outras estrelas no céu, as mudanças naturais nas diferentes estações do ano, entre outras coisas.

Instrumentos de registro do tempo

3. Espera-se que os estudantes reconheçam que os registros do passado são fundamentais para que conheçamos a história e recordemos diferentes sociedades e modos de vida.

DEN ROZHNOVSKY/SHUTTERSTOCK.COM

Os primeiros instrumentos de medição e registro da passagem do tempo, como relógios rudimentares e calendários, foram criados há milhares de anos.

JERRY REGIS/SHUTTERSTOCK.COM

O relógio de sol surgiu aproximadamente 3 550 anos atrás. Era composto de uma pedra com algumas marcações e um suporte perpendicular a ela. Com a luz do Sol, a sombra do suporte indicava a passagem das horas.

O primeiro relógio mecânico foi inventado há cerca de 700 anos. História

ALEXANDER_P/ SHUTTERSTOCK.COM

DARIO LO PRESTI/SHUTTERSTOCK.COM

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE TEMPO

O relógio digital surgiu por volta de 80 anos atrás.

O relógio de água (ou clepsidra) foi criado por volta de 3 600 anos atrás. Ele mede a passagem do tempo em escalas, à medida que a água escoa de um cone a outro.

Alguns esquemas, fotografias e ilustrações não correspondem à escala real. As ilustrações, frequentemente, apresentam cores fantasia.

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A passagem do tempo também é registrada por meio de calendários. Eles organizam os dias, as semanas, os meses e os anos conforme os costumes, os hábitos, as crenças e as formas de viver de diferentes povos. CALENDÁRIOS

Janeiro

Fevereiro

Março

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

Abril

Maio

Junho

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

Julho

Agosto

Setembro

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

Outubro

Novembro

Dezembro

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

O calendário usado no Brasil e em muitos outros países é chamado calendário cristão (ou gregoriano). Seu marco é o nascimento de Cristo, no ano 1. Criado por volta de 450 anos atrás, esse calendário se tornou oficial em impérios de religião cristã, permanecendo relevante nos países de tradição cristã até hoje.

MUSEU JUDAICO DE BERLIM

O calendário asteca, também conhecido como Pedra do Sol, era dividido em dois ciclos: um tinha 260 dias e o outro 365 dias (o ciclo agrícola); e os dois coincidiam a cada 52 anos. Os astecas eram um dos povos antigos que habitavam a região que hoje corresponde ao México.

RAMZIYA KHUSNULLINA/SHUTTERSTOCK.COM

JEJIM/SHUTTERSTOCK.COM

2024

O calendário judaico foi criado há cerca de 3 300 anos. Seu marco é a fuga do povo hebreu do antigo Egito. Ele alterna de 12 a 13 meses por ano, com 29 ou 30 dias cada. A contagem dos meses segue as fases da Lua, iniciando-se sempre na lua nova.

Tempo histórico Além de medir a passagem do tempo para orientar suas vidas cotidianas, os primeiros grupos humanos que se organizaram em sociedades sentiram necessidade de registrar acontecimentos e eventos importantes de suas vidas. Também passaram a se interessar por eventos vivenciados por gerações anteriores às suas. Esse interesse das pessoas por compreender os acontecimentos à sua volta, para além de suas próprias experiências, as fez buscar e estudar informações sobre acontecimentos passados. Há 200 anos, aproximadamente, esse estudo do passado foi organizado de forma científica, dando origem ao que chamamos de História. Para os estudos de História, os acontecimentos são chamados fatos ou eventos históricos. Todos ocorrem em determinado tempo, denominado período. Eles podem durar muito tempo (eventos de longa duração) ou podem durar pouco tempo (eventos de curta duração). Você consegue citar um evento de longa duração? E um de curta duração? Não se preocupe, caso não tenha se lembrado de algum exemplo. Isso porque definir a duração dos eventos na história não é algo simples. Por exemplo, alguns estudiosos da área consideram que, ao pesquisar a história 376

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História

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PRATIQUE!

TOPICAL PRESS AGENCY/GETTY IMAGES

ALBERTO ORTEGA/EUROPA PRESS/GETTY IMAGES

1. O tempo histórico é resultado da combinação de rupturas e permanências. Isto é, de coisas que se transformam e de coisas que continuam iguais. Observe e compare as fotografias a seguir. A primeira é de um escritório do presente; a segunda é de um escritório do início do século XX. Que mudanças você consegue identificar entre o escritório do passado e o dos dias atuais? Você identifica alguma permanência? Qual?

mazur serhiy UA/Shutterstock.com

da música no Brasil, um período de 100 anos é muito vasto. Outros analisam que, comparados a toda a história da música produzida no mundo (a qual tem milhares de anos), 100 anos é um período muito curto. Ao longo do tempo, a humanidade vivenciou muitas experiências. Algumas provocaram grandes mudanças para as pessoas e para as sociedades. Há situações em que ocorrem rupturas na história, com mudanças radicais e bruscas na forma de a sociedade se organizar, como as revoluções. Ao mesmo tempo, há situações marcadas pela permanência, ou seja, pela continuidade, por longos períodos em que certos elementos são pouco afetados por transformações ou mudanças. Desse modo, eventos novos podem existir com outros que se estendem no tempo por séculos. O tempo histórico é uma forma de contar o tempo considerando os eventos mais relevantes para uma sociedade. Ele é marcado por coisas que mudam em relação ao passado e por outras que permanecem.

O desenvolvimento tecnológico mudou radicalmente a forma como as pessoas se comunicam e registram os acontecimentos no mundo. Apesar disso, certas práticas culturais sobrevivem quase iguais ao que eram há séculos. O ritual do casamento é um exemplo disso.

A primeira imagem mostra um escritório em que homens e mulheres estão trabalhando em seus computadores de forma independente. A segunda imagem mostra um escritório em que as pessoas usam máquinas de escrever, telefones e arquivos físicos de papel. Embora a estrutura de escritórios compartilhados permaneça a mesma, houve um notável desenvolvimento tecnológico do início do século XX para os dias atuais e mudanças comportamentais importantes. Pode-se perceber que as roupas são mais informais e que homens e mulheres executam o mesmo tipo de tarefas atualmente, enquanto, no passado, parecia haver uma distinção entre eles.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie. História

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 2.

A importância de estudar História Estudar História nos permite compreender melhor o presente e descobrir por que as coisas são como são. Nossa sociedade, por exemplo, não foi sempre do jeito que a conhecemos. Ela se transformou no decorrer do tempo até ser como é hoje, continua se transformando e continuará a fazê-lo no futuro. Se entendermos como esse percurso ocorreu e continua ocorrendo, poderemos planejar com mais segurança esse futuro. Conhecer o passado nos permite também entender como aconteceram eventos terríveis na história e evitar que eles se repitam no presente e no futuro. Em 2018, foi realizada uma cerimônia na cidade de Hiroshima, no Japão, para relembrar o dia em que a cidade foi alvo da primeira bomba atômica lançada sobre seres humanos na história, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O prefeito da cidade, Kazumi Matsui, deu a seguinte declaração: Se a humanidade esquecer a história ou deixar de confrontar-se com ela, poderíamos voltar a cometer um erro terrível. Por isso, devemos continuar falando de Hiroshima […]. Os esforços para eliminar as armas nucleares devem continuar. […]

JASONYAN/SHUTTERSTOCK.COM

BETTMANN ARCHIVE/GETTY IMAGES

FRANCE PRESSE. Japão recorda 73 anos do bombardeio nuclear de Hiroshima. G1, 6 ago. 2018. Mundo. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/06/japao-recorda-73-anos-do-bombardeio-nuclear-de-hiroshima.ghtml. Acesso em: 2 ago. 2023.

A explosão da primeira bomba atômica lançada sobre seres humanos deixou 140 mil mortos em Hiroshima, no Japão. Outras milhares de pessoas morreriam nos meses e anos seguintes em decorrência dos efeitos da radiação. Nas imagens, você pode observar as ruínas de um prédio da cidade logo após a explosão e atualmente. As ruínas foram preservadas para lembrar as outras gerações desse terrível evento histórico.

O estudo da história tem ainda outra razão de ser. Quando a estudamos, tomamos conhecimento de formas de pensar, sentir e agir diferentes das nossas. Como consequência, ficamos mais maleáveis e tolerantes para aceitar as mudanças que acontecem em nosso próprio tempo e para conviver com pessoas diferentes de nós, porque passamos a entender que nossos costumes e valores não são os únicos possíveis. 378

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Há aproximadamente 2 500 anos, o grego Heródoto registrou, pela primeira vez em um livro, episódios de um conflito armado entre seu povo e os persas: as chamadas Guerras Médicas. Intitulada Histórias, ele levou décadas para escrever essa obra. Nela, ele procurou narrar, de forma mais fiel possível, aquilo que podia observar daquela guerra. Esse livro foi responsável pela fama de Heródoto, considerado o “pai da História”. Você já tentou narrar um acontecimento da forma como ele ocorreu? Acredita que conseguiu ser o mais fiel possível? Desde Heródoto até aproximadamente o ano de 1700, nenhum dos estudos históricos realizados era considerado científico. A História adquiriu a condição de ciência somente Estátua do filósofo grego Heródoto, no século XIX, quando passou a ser estudada em instituições considerado o “pai da História”, em de ensino, com métodos mais rigorosos de análise de fontes Viena, na Áustria. Fotografia sem data. históricas e critérios para sua escrita. Há cerca de 100 anos, um grupo de professores franceses e estudiosos da História formou um movimento chamado Escola dos Annales. Eles definiram que todos os indivíduos tinham responsabilidade na construção da história e, por isso, seu papel como agentes (ou sujeitos) históricos deveria ser valorizado. Esse movimento elaborou uma importante definição de História: o estudo das ações dos indivíduos ao longo do tempo. Isso significa que a História foi e continua sendo construída dia a dia por pessoas, entre elas mulheres, homens e crianças, de todos os lugares, das mais diferentes etnias, idades, posições sociais, profissões e graus de formação.

Renata Sedmakova/Shutterstock.com

O conceito de História

PRATIQUE!

2. Por que o estudo da História pode nos ajudar a tomar decisões mais acertadas em relação ao futuro? O estudo da História pode nos ajudar a tomar decisões mais acertadas porque, por meio dela, somos levados a conhecer os fatores que influenciaram as decisões daqueles que viveram antes de nós e as consequências delas, de maneira que, com base nesse conhecimento, podemos avaliar melhor se nossas próprias decisões resultarão em algo positivo ou negativo.

3. Como vimos, a História pode ser definida como o “estudo das ações dos indivíduos ao longo do tempo”. Explique, com suas palavras, o que isso significa. Espera-se que os estudantes respondam que essa definição considera as ações dos indivíduos, que vivem e realizam a História cotidianamente, dentro de um espaço temporal.

Esse conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 2 da seção Amplie. História

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 3.

Indivíduos na História

► Protagonista:

ARIF KARIMI/AFP/GETTY IMAGES

principal personagem de uma história.

É frequente as pessoas acreditarem que a história é conduzida por seres humanos muito especiais, por pessoas com qualidades extraordinárias e nascidas para serem grandes líderes. Essa perspectiva está relacionada à valorização exagerada de certos fatos e personagens históricos. Mesmo que existam alguns acontecimentos marcantes na história, eles não ocorreram do nada nem são fatos isolados. São apenas o ponto mais visível de transformações lentas que já estavam em curso e envolviam todas as pessoas de determinado lugar e tempo. Isso significa que os protagonistas da história são, na verdade, pessoas comuns, que dão forma aos acontecimentos históricos por meio de suas ações e decisões cotidianas.

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Malala Yousafzai é uma jovem paquistanesa. Ela ficou famosa quando, com apenas 11 anos, escreveu um diário sobre sua vida no Paquistão, país onde o governo faz muitas limitações à vida da população. Em seguida, ela passou a falar publicamente sobre a necessidade de as meninas terem acesso à educação no país. Em 2012, Malala levou um tiro na cabeça a caminho da escola em razão de suas falas. Imediatamente, milhares de pessoas foram às ruas no Paquistão oferecer apoio à Malala e reivindicar o direito à educação para as meninas do país. Se milhares de pessoas não estivessem preocupadas com os direitos das mulheres e meninas, será que alguém teria imitado o gesto de Malala? Apesar de alguns indivíduos assumirem o protagonismo em algumas transformações na sociedade, as mudanças históricas ocorrem de forma lenta, a partir das mudanças nas percepções e nos comportamentos de muitas pessoas em determinado período. História

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Como vimos, por meio da definição de História que ganhou força no último século, todos nós participamos do curso da história e, por isso, somos objeto de estudo da ciência histórica. No entanto, como isso acontece na prática? É possível que você, como indivíduo, tenha um papel na história humana? Vivenciamos a história cotidianamente, pois estamos inseridos em uma série de acontecimentos pessoais e coletivos. Ajudamos a construí-la com nossas ações, as quais promovem mudanças em nossa vida e no mundo ao nosso redor. Dessa forma, somos sujeitos da história, ou seja, agentes que podem transformar os rumos de nossa trajetória individual ou da realidade que nos cerca. Você já havia pensado sobre isso? Qual é seu papel na sua história? E na da sua família ou escola? PRATIQUE!

4. Você já ouviu a expressão popular “uma andorinha só não faz verão”? Com base nela, responda ao que se pede. a) O que essa expressão quer dizer? Resposta pessoal. A expressão quer dizer que um indivíduo sozinho não tem poder para fazer acontecer um evento importante, assim como o voo de apenas uma andorinha não marca o início do verão — o que só ocorre quando um grande número delas começa a migrar. Pode-se sugerir que os estudantes façam uma pesquisa na internet para entender o sentido do ditado.

b) Considerando o que estudamos até aqui, como podemos relacionar essa expressão com o papel dos indivíduos na História? De acordo com o que foi estudado, os grandes momentos e as transformações históricas não são feitos por indivíduos isolados. Embora alguns indivíduos possam assumir o papel de liderança, as transformações históricas envolvem quase todas as pessoas de determinado tempo e lugar.

Aqui começa o conteúdo referente às aulas 4 a 6.

Fontes históricas Para construir seus estudos, os historiadores utilizam diferentes dados e materiais, os quais chamamos de fontes históricas. Mesmo antes do desenvolvimento da escrita, há mais de 6 mil anos, os seres humanos já criavam símbolos e registravam suas vivências. As primeiras formas desses registros datam de cerca de 65 mil anos. Elas se constituem em pinturas de figuras ou de formas geométricas no interior de cavernas, chamadas pinturas rupestres. Os primeiros registros escritos eram formados por um conjunto de desenhos que seguiam um padrão e se repetiam para formar uma ideia. Eram feitos em alguma estrutura física, como tábuas de barro ou de madeira, ou em fibras vegetais. Quando a História se tornou uma ciência, no século XIX, somente os registros escritos e oficiais, ou seja, produzidos pela Igreja ou pelo governo (como leis, certidões, constituições etc.), eram considerados documentos históricos. Desse modo, definiu-se que apenas esses materiais tinham condições de História

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JOE & CLAIR CARNEGIE / LIBYAN SOUP/GETTY IMAGES

As pinturas rupestres são representações realizadas por humanos em paredes de cavernas na chamada Pré-História.

servir como fontes de informação sobre o passado. Mas será que depois os historiadores não perceberam que outros tipos de documentos, como as pinturas rupestres, também ofereciam informações a respeito do cotidiano e das formas de vida dos primeiros seres humanos? Com o desenvolvimento dos estudos da História, aos poucos, outros tipos de documentos passaram a ser estudados. Eles poderiam ser ou não escritos, como a música, o cinema, a dança, a fotografia, saberes, conhecimentos, práticas etc. Até mesmo as pinturas rupestres se tornaram fontes importantes para o estudo da História. Hoje em dia, todas as formas de registros deixadas pela humanidade ao longo de sua existência são chamadas fontes históricas pelos historiadores. Esses registros guiam os historiadores em seus questionamentos e respostas. As fontes históricas podem se apresentar na forma escrita, visual, oral ou audiovisual. Uma das formas de classificar as fontes é a que as separa entre fontes históricas materiais e fontes históricas imateriais.

Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro

FONTES HISTÓRICAS MATERIAIS

ACERVO DO INSTITUTO MOREIRA SALLES

Podemos classificar como fontes históricas materiais todos os registros que são tocáveis. Existem as fontes materiais escritas como documentos administrativos, cartas, diários, textos literários, jornais, revistas, entre outros. E há também as fontes materiais não escritas, que são os diversos produtos materiais da ação humana, como pinturas, esculturas, gravuras, painéis, murais, fotografias, pinturas rupestres, mosaicos, obras arquitetônicas, materiais audiovisuais e tantas outras.

A carta de alforria, que comprova a libertação de escravizados no período do Brasil Império, é uma fonte histórica escrita.

A fotografia é um exemplo de fonte material não escrita e permite que os historiadores tenham ideia de como viviam as camadas pobres do Rio de Janeiro no começo do século XX.

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FONTES HISTÓRICAS IMATERIAIS

GILLES PAIRE/SHUTTERSTOCK.COM

Podemos classificar como fontes históricas imateriais todos os registros que não são palpáveis. São vestígios do passado não registrados em um suporte físico específico, transmitidos de uma geração a outra por meio da oralidade, dos costumes, dos gestos, entre outras formas não materiais. São exemplos de fontes não materiais as festas, os ritos, a memória oral, as cantigas, a maneira de preparar determinados alimentos ou de usar uma peça de roupa.

Você já ouviu falar nos griôs? São contadores de história, cantores, poetas ou músicos muito importantes em várias sociedades africanas. Eles são responsáveis pela transmissão de conhecimentos pela via da oralidade de uma geração para a outra. Na imagem, o chefe da aldeia de Kokemnoure (Burkina Faso, África) ouvindo de um griô a história da sua linhagem.

Para a realização da atividade, será necessário que os estudantes percorram os espaços da escola para conversar com os funcionários. Materiais necessários: caderno e caneta para anotações. Recomendamos que a atividade seja desenvolvida em duas aulas: uma destinada à realização da pesquisa e sistematização dos resultados e outra dedicada à apresentação para a turma.

Trabalho em equipe

Quem não tem aquele prato favorito preparado pela mãe, pelo pai ou pela avó? Esses pratos carregam consigo a história, podendo ser considerados fontes históricas imateriais em razão dos saberes e modos de fazer transmitidos de geração para geração. Nas receitas de bolo de milho, mandioca e araruta, por exemplo, estão as lembranças da alimentação no período colonial, quando a farinha de trigo era rara por aqui. Nas moquecas e vatapás está o tempero africano, introduzido pelos escravizados. Muitas receitas trazem ainda as tradições de diversos países europeus, que chegaram ao Brasil com os imigrantes no começo do século XX. Que tal recuperar um pouco esse passado? Para isso, sigam estes passos: 1. Reúnam-se em grupos compostos de até três pessoas para fazer uma pesquisa sobre as tradições culinárias familiares de funcionários da escola. 2. Escolham um funcionário que esteja disponível para uma entrevista e façam a ele as seguintes perguntas: a) A sua família tem uma receita antiga ou muito tradicional? Qual? b) Quem é responsável por prepará-la? c) Com quem e como a receita foi aprendida? d) Existe alguma história curiosa sobre ela? e) Há algum segredo no seu preparo?

Joa Souza/Shutterstock.com

Tradições culinárias de família

O preparo do beiju de tapioca por um morador da cidade de Conde (Bahia) é um exemplo de fonte histórica não material que preserva a tradição culinária dos antepassados indígenas e escravizados.

3. Registrem o que vocês descobriram sobre a receita de família em seus cadernos. Anotem também os ingredientes e o modo de preparo do prato tradicional. 4. Preparem uma apresentação para a turma sobre o prato tradicional pesquisado. História

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PRATIQUE!

Fonte material não escrita

C

Fonte imaterial

B

BeC

AeB

CHERTANOVA/SHUTTERSTOCK.COM

KOKHANCHICOV/SHUTTERSTOCK.COM

O historiador pode analisar tanto os elementos materiais da festa quanto a festa em si.

AeB O historiador pode analisar tanto o conteúdo do livro quanto as ilustrações.

A

LABOO STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM

B

ERICA CATARINA PONTES/SHUTTERSTOCK.COM

Fonte material escrita

DIMA MOROZ/SHUTTERSTOCK.COM

A

FRANTIC00/SHUTTERSTOCK.COM

5. Classifique as fontes históricas de acordo com as legendas.

C

O historiador pode analisar a fonte tanto pela interpretação do conteúdo quanto analisar apenas a peça em argila.

6. Imagine que a sala de aula fosse utilizada por um historiador para seu estudo. Complete as colunas com exemplos de fontes materiais e imateriais que poderiam ser usadas por ele. Fontes materiais

Fontes imateriais

Disposição das mesas e cadeiras

Gravação de uma aula

Material escolar, como cadernos

Entrevista com estudantes

Lousa

Cartazes e desenhos

Computador

Registro de alguma festa da escola

Estante Ventilador

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 7.

Patrimônio histórico-cultural A palavra patrimônio tem origem no latim e significa “recebido do pai”. Portanto, diz respeito aos bens e às riquezas passados de pai para filho, ou seja, de geração em geração. São exemplos desses bens individuais ou familiares imóveis, chácaras, sítios, fazendas, somas em dinheiro, joias, obras de arte, empresas etc. No entanto, um patrimônio também pode ser coletivo e pertencer a um povo, a uma cidade, a um estado, a um país ou a toda a humanidade. Bens e riquezas assim são relativos à história e à cultura dos povos ao redor do mundo. São os chamados patrimônios histórico-culturais.

CATARINA BELOVA/SHUTTERSTOCK.COM

Paraty, município do litoral do estado do Rio de Janeiro, recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco, em 2019. O local foi considerado tanto um patrimônio cultural quanto natural para a humanidade. Isso porque, além de um centro histórico de arquitetura preservada onde ocorrem festas tradicionais, como a Festa do Divino Espírito Santo, o local é cercado por quatro áreas de conservação ambiental.

Você conhece algum exemplo deles no Brasil? E em sua cidade? Os patrimônios histórico-culturais são expressões de quem somos como comunidade e, portanto, são parte de nossa identidade cultural. É por essa razão que sentimos necessidade de valorizá-los e preservá-los. Os bens histórico-culturais podem ser monumentos, obras de artes, festas, danças, músicas, rituais, comidas, artefatos, formas de falar e de produzir saberes populares, entre outros. Conhecer e valorizar um patrimônio leva os indivíduos a se reconhecerem como pertencentes a determinado povo. E isso lhes dá identidade. Dessa maneira, as pessoas compartilham com outras de sua cidade, de seu país ou de todo o mundo a história, os costumes e os saberes que têm em comum. Todos os patrimônios histórico-culturais da humanidade são reconhecidos e preservados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em conjunto com os governos de cada país.

Tipos de patrimônios histórico-culturais Alguns elementos têm valor arqueológico. Eles mostram vestígios da ocupação humana na Pré-História, como as pinturas rupestres, por exemplo. Outros objetos do patrimônio histórico-cultural têm valor etnográfico e são referências para grupos sociais específicos, como a pintura corporal para alguns povos indígenas. Existem bens com valor paisagístico, caracterizados por áreas naturais ou artificiais, como jardins ou cidades. História

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► Etnográfico:

relativo à etnografia, estudo de diversas etnias e povos por meio da descrição de características sociais e culturais.

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HBPRO/SHUTTERSTOCK.COM

Bairro do Pelourinho, no centro histórico de Salvador (Bahia). Patrimônio histórico-cultural material do Brasil e da humanidade.

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Outros itens desse patrimônio apresentam valor histórico. São formados por bens que têm valor para a história dos povos, como edificações, chafarizes, pontes, centros históricos, imagens e mobiliários. Há também os de valor artístico, compostos de um tipo de arte formal e acadêmica, chamada de belas-artes, como obras de arte importantes e famosas guardadas em museus. Outras criações artísticas, por exemplo, obras arquitetônicas, gráficas, de decoração e tapeçaria, também têm valor artístico e podem ser patrimônio de um povo. Todos esses bens são considerados patrimônios materiais e devem ser conservados pelas instituições públicas. Podem ser cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos, coleções arqueológicas e acervos de museus, documentos, livros, vídeos, fotografias ou filmes. As práticas, representações, expressões, conhecimentos, técnicas e lugares também devem ser preservados. Esse tipo de patrimônio é transmitido de geração em geração e é recriado por seus povos de origem, demonstrando a diversidade cultural humana. Eles são chamados de patrimônios imateriais. São os saberes populares, seus modos de fazer, cantar, celebrar, produzir música ou se expressar.

A roda de capoeira é um patrimônio imaterial da humanidade.

PRATIQUE!

7. Qual é a diferença entre patrimônio familiar e patrimônio histórico-cultural? O patrimônio familiar é particular, ou seja, pertence a alguém ou a uma família específica. O patrimônio histórico-cultural é um bem coletivo, que pertence à história e à memória de um povo.

8. Assinale M para patrimônios materiais ou I para patrimônios imateriais. M

Sítio arqueológico.

M

Peças de museu.

I

Peça teatral.

I

Feira.

I

Celebração.

I

Música.

M

Centro histórico.

M

Paisagem natural.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente às aulas 8 e 9.

Registro e preservação dos patrimônios Para um bem ser considerado patrimônio histórico-cultural ele precisa ser escolhido por alguma entidade responsável, de acordo com leis e políticas de uma cidade, um estado ou um país. A seleção dos bens que serão registrados como patrimônios deve considerar a importância e o significado do bem à identidade e à história de um povo. Quando um bem é considerado patrimônio histórico-cultural, dizemos que ele passa por um processo de tombamento. Isso significa registrá-lo como de valor para um povo em um documento específico chamado livro de tombo. Ao passarem por esse processo, os patrimônios são classificados como materiais ou imateriais e passam a ser monitorados por órgãos de proteção dos municípios, dos estados ou do país. Frequentemente esses bens são vistoriados, com o objetivo de verificar adaptações ou transformações pelas quais possam ter passado. Essa política de proteção impede que sejam danificados ou destruídos ao longo do tempo. Portanto, é importante que existam instituições que promovam a manutenção dos patrimônios histórico-culturais.

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Os patrimônios histórico-culturais devem ser preservados pelas comunidades em que estão inseridos. Para isso, existem trabalhos de conscientização e ações educativas que explicam às pessoas a importância da valorização e do zelo desses bens coletivos, pois eles mantêm viva a memória e a história locais, regionais ou nacionais. Porém, preservar um bem patrimonial não significa somente tombá-lo, como vimos anteriormente. No caso de patrimônios materiais, é preciso garantir que espaços, monumentos ou objetos estejam em bom estado de conservação, a fim de serem utilizados com objetivos educativos e culturais por toda a comunidade. Preservar também significa valorizar e aplicar os investimentos feitos pelo Estado para reformar ou reconstruir esses bens para uso da sociedade. Em relação aos patrimônios imateriais, a preservação passa por garantir que os conhecimentos, saberes, práticas e expressões culturais continuem sendo transmitidos de geração em geração, a fim de manter sua existência. Por exemplo, se as pessoas deixassem de praticar a capoeira, ela continuaria existindo? O órgão responsável por zelar pelo patrimônio histórico-cultural do Brasil é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), criado em 1937. Em todos os estados de nosso país existem sedes da instituição, com o objetivo de proteger, conservar e promover a valorização dos patrimônios histórico-culturais de cada região. História

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MAURO PIMENTEL/AFP/GETTY IMAGES

Preservação dos patrimônios

Em 2018, um incêndio de grandes proporções atingiu o mais importante museu brasileiro: o Museu Nacional, localizado na cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro). Tombado em 1938, o museu abrigava aproximadamente 20 milhões de peças catalogadas de grande valor histórico, cultural e científico. Entre elas, múmias egípcias, esqueletos de dinossauro, meteoritos, fósseis dos primeiros habitantes da América e máscaras africanas.

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PRATIQUE!

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BERNARD BARROSO/SHUTTERSTOCK.COM

9. Observe as imagens a seguir e leia atentamente as legendas.

Fotografia do portão do Passeio Público, o mais antigo parque de Curitiba (Paraná). O parque foi construído em 1886. O portão, porém, só foi feito em 1910. O local abrigou o primeiro zoológico da cidade e tornou-se o principal ponto de encontro dos curitibanos. Nele ocorreram eventos importantes para a cidade, como a instalação da primeira lâmpada incandescente de luz elétrica de Curitiba.

Fotografia do portal de entrada da cidade de Gramado (Rio Grande do Sul). Feito de pedras e madeira, foi construído em 1973, com estilo germânico. O objetivo dessa construção é recepcionar turistas que visitam a cidade, famosa pela produção de chocolates, por suas cachoeiras e pelo rigoroso inverno.

Agora, responda às questões a seguir. a) Qual das construções é um patrimônio histórico-cultural do Brasil? Espera-se que os estudantes respondam que é o portão do Passeio Público, na cidade de Curitiba.

b) Por que essa construção foi considerada um patrimônio? Espera-se que os estudantes percebam que ela é a construção mais antiga e se relaciona a um importante espaço cultural da cidade de Curitiba, construído no final do século XIX. É importante que eles notem a relação de preservação do antigo portão do Passeio Público com a história desse parque e da cidade de Curitiba. É interessante também notarem que o portal de entrada de Gramado foi apenas construído para atrair turistas ao local.

c) Você conhece algum patrimônio histórico da cidade em que vive? Escreva um parágrafo explicando sua importância para os moradores da cidade: quais são as memórias ou os fatos associados ao patrimônio escolhido? Ele está bem preservado? Por quê? Resposta pessoal. Caso os estudantes não conheçam um patrimônio, oriente-os a fazer uma pesquisa ou a indicar possíveis bens materiais ou imateriais que poderiam ser considerados patrimônios, estimulando-os a explicar os motivos.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 4 da seção Amplie.

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Amplie 1. Apesar de o tempo poder ser medido por vários instrumentos, ele não tem existência material. Ele é a nossa percepção da transformação pela qual nosso corpo passa ao longo da vida e das mudanças que ocorrem ao nosso redor. Narre uma experiência pessoal na qual você tenha percebido a passagem do tempo. Resposta pessoal. A atividade proposta tem como objetivo pôr em discussão o conceito de tempo. Alguns estudantes podem relacionar o tempo às horas do relógio; outros, às mudanças da posição do Sol no céu; outros, ainda, às experiências subjetivas ou às mudanças no aspecto do bairro onde vivem. Essas múltiplas experiências do tempo devem ser comparadas em sala de aula durante a correção da atividade, ao final da qual recomenda-se registrar, em lousa, as definições de tempo oferecidas pelos estudantes. Caso deseje, é possível utilizar a definição de tempo de algum dicionário para auxiliar na discussão. No dicionário Michaelis, por exemplo, tempo aparece como “período de momentos, de horas, de dias, de semanas, de meses, de anos etc. no qual os eventos se sucedem, dando-se a noção de presente, passado e futuro”. No dicionário Houaiss ele é definido como “duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro; período contínuo no qual os eventos se sucedem.”.

2. Pensando no que você estudou e leu neste capítulo, qual é o risco de planejarmos o futuro sem conhecer o passado? O risco é tomarmos decisões equivocadas, que poderiam ser evitadas se tivéssemos mais clareza de como o nosso contexto se originou, pois, para entender o contexto presente, é preciso conhecer o passado.

3. Leia o texto sobre o samba de roda do Recôncavo Baiano. O samba de roda do Recôncavo Baiano é um acontecimento popular festivo que combina música, dança e poesia. Surgiu no século XVII, na região do Recôncavo no Estado da Bahia, e vem das danças e tradições culturais dos escravos africanos da região. [...] os participantes se reúnem em um círculo chamado roda. Geralmente, apenas as mulheres dançam. Uma por uma, elas vão se colocando no centro do círculo formado pelos outros dançarinos, que cantam e batem palmas ao seu redor. SAMBA de roda do Recôncavo Baiano. Unesco. Disponível em: https://ich.unesco.org/en/RL/samba-de-roda-ofthe-reconcavo-of-bahia-00101. Tradução para fins didáticos. Acesso em: 2 ago. 2023.

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O samba de roda do Recôncavo Baiano tornou-se patrimônio da humanidade, pela Unesco, em 2014. Esse bem pode ser classificado como material ou imaterial? Justifique sua resposta. É classificado como patrimônio imaterial, pois diz respeito a uma festa tradicional que ocorre na região do Recôncavo Baiano. Logo, ele não consiste em algo material, físico.

4. Leia o texto a seguir sobre o centro histórico da cidade de São Luís, capital do Maranhão. Em seguida, responda à questão. O desafio de preservar São Luís, cidade Patrimônio Mundial da Humanidade Ladeiras, casarões, azulejos, fachadas, beirais, portais… Andar pelo Centro Histórico de São Luís é como estar dentro da história. [...] O Centro Histórico foi tombado pelo Iphan em 1974. [...] [...] Em toda a cidade, são cerca de quatro mil imóveis tombados: solares, sobrados, casas térreas e edificações com até quatro pavimentos, que, remanescentes dos séculos XVIII e XIX, possuem proteção estadual e federal. [...] O grande problema de São Luís, como toda cidade histórica, é manter a preservação, conservando a construção original. CUNHA, Patrícia. O desafio de preservar São Luís, cidade Patrimônio Mundial da Humanidade. O Imparcial, São Luís, 8 set. 2018. Disponível em: https://oimparcial.com.br cidades/2018/09/o-desafio-de-preservar-sao-luis-cidadepatrimonio-mundial-da-humanidade/. Acesso em: 2 ago. 2023.

Por que a autora afirma que “o grande problema de São Luís, como toda cidade histórica, é manter a preservação, conservando a construção original”? Espera-se que os estudantes, inspirados nas discussões sobre patrimônio histórico-cultural, digam que o mau gerenciamento dos recursos públicos e o descaso em relação à História, cujos projetos têm recursos escassos para serem implantados, dificultam a preservação do patrimônio brasileiro.

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Síntese

Tempo e sujeito histórico

Com base no que foi estudado neste capítulo, preencha o esquema a seguir. y Quais são as formas de vivenciar o tempo?

O tempo pode ser vivenciado de forma cronológica e/ou histórica.

y Como o tempo cronológico pode ser contado?

Pode ser contado pela observação da natureza ou por meio de instrumentos.

y Que instrumentos de contagem do tempo existem?

Relógios e calendários.

y Como podemos definir a História?

História é o estudo das ações dos seres humanos ao longo do tempo.

y O que os indivíduos são para a História?

São os agentes da História ou sujeitos históricos.

y Quem é responsável por produzir a escrita da História?

Ela é produzida pelos historiadores.

y Como são chamados os materiais que os historiadores utilizam para escrever a história?

São chamados fontes históricas.

y Quais são os tipos de fontes históricas?

Fontes históricas materiais e imateriais.

y O que é patrimônio histórico-cultural?

São bens e riquezas relativos à história e à cultura dos povos ao redor do mundo.

y O que faz um bem ser considerado patrimônio histórico-cultural?

Sua importância e seu significado para a identidade e a história de um povo.

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CAPÍTULO

2

Ciência histórica e o trabalho do historiador Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

1

Em que local você acha que a profissional está trabalhando?

2

O que você acha que ela está fazendo?

3

Por que a atividade mostrada na imagem é tão importante para o trabalho dos historiadores?

Aqui começa o conteúdo referente à aula 10.

Rogerio Reis / Tyba

Neste capítulo, vamos aprender mais sobre como os historiadores estudam o passado e os fatos históricos. Refletiremos também a respeito do trabalho do historiador e como são construídas as histórias que conhecemos. Quando estudamos História, é normal termos dúvidas e fazermos perguntas aos professores. Afinal, queremos saber se tudo que está nos livros é verdade e se os fatos aconteceram exatamente como estão descritos. Neste capítulo, encontraremos juntos as respostas para essas questões! A imagem de abertura deste capítulo pode nos fornecer algumas informações a esse respeito. Nela está representada uma etapa importante do trabalho dos historiadores.

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1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que a imagem representa o trabalho de uma pesquisadora em uma biblioteca. Explique aos estudantes que esse trabalho também pode ser feito em museus ou outros acervos.

História como ciência

Habilidades da BNCC EF06HI01 EF06HI02

MAYYAHOO/SHUTT ERSTOCK.COM

A palavra história é bastante utilizada no cotidiano, em diferentes contextos. O contexto é como um pano de fundo ou uma situação em que alguma coisa acontece ou é dita. Imagine que você está assistindo a um filme e uma personagem fala uma frase engraçada. Para entender a piada, você precisa saber o que aconteceu antes na história, quem são as personagens e onde estão. Tudo isso é contexto! Você já pode ter ouvido frases como: “A história daquele filme era cheia de mistérios”; “O incêndio do Museu Nacional destruiu parte das fontes sobre a História do Brasil” ou “Ele inventou várias histórias sobre o assunto”. Você reparou que a palavra “história” foi usada com sentidos diferentes? Anteriormente, aprendemos que a História é uma ciência, ou seja, um estudo sério e fundamentado em acontecimentos reais. Portanto, ela não é ficção, não é uma criação imaginária ou fantasiosa, como a história da Chapeuzinho Vermelho, por exemplo. Tendo isso em mente, em qual das frases anteriores a palavra A história da Chapeuzinho Vermelho conta sobre uma história apareceu com o sentido de garota que é enganada por um lobo mau enquanto estava ciência? Em quais frases o termo indo levar alimentos para sua avó doente. apareceu com o sentido de ficção?

Espera-se que os estudantes sejam capazes de identificar que, nas frases “A história daquele filme era cheia de mistérios” e “Ele inventou várias histórias sobre o assunto”, o sentido da palavra é ficcional, e que, em “O incêndio do Museu Nacional destruiu parte das fontes sobre a História do Brasil”, a palavra está sendo utilizada com sentido de ciência, indicado pela letra inicial maiúscula.

Como trabalha um historiador? A História que estudamos na escola é produzida com base em princípios científicos. Por esse motivo, não podem ser construídas com base na imaginação dos historiadores. Para realizar esse trabalho, a análise de documentos sobre diferentes acontecimentos é uma etapa bastante importante. Esses profissionais não se limitam a apenas descrever os fatos. Afinal, seria impossível aos historiadores de determinada época terem vivido e verificado acontecimentos de um passado muito distante para descrevê-los, não é? Então, como é o trabalho do historiador? Quais métodos ele utiliza para pesquisar e escrever sobre os temas ligados a essa área do conhecimento?

► Ficção: história

ou situação imaginária que não é baseada em acontecimentos reais; fantasia. Método: meio ou caminho que nos ajuda a fazer alguma coisa de forma organizada.

2. Ela está trabalhando na seleção e análise de livros que contém dados históricos. História

3. Trabalhar diretamente com as fontes é uma das principais etapas da escrita da história. Retome com os estudantes que livros, documentos e fotografias são fontes documentais.

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O componente de Ciências, no 6º ano, módulo 1, aborda as descobertas e aprendizados conquistados pela humanidade ao longo da História. Nesse sentido, esse tópico relaciona-se ao conteúdo que diz respeito ao trabalho do historiador debatido nesse capítulo. Diálogos com

Ciências

Os historiadores escolhem assuntos da história e acontecimentos importantes para estudar com muito cuidado. O objetivo deles é entender e explicar como as coisas aconteceram no passado. Para isso, usam muitas fontes diferentes, como livros, documentos antigos, relatos de pessoas mais velhas, mapas e até fotos e imagens antigas. Você já viu algum historiador trabalhando ou conhece algum trabalho feito por um estudioso dessa área?

MAS SERÁ QUE EXISTE UMA

VERDADE SOBRE O

QUE ACONTECEU NA

Dois de Nós

HISTÓRIA?

Quando estudamos História, é importante lembrar que não existe apenas uma única verdade sobre o que aconteceu no passado. As histórias do passado são criadas pelos historiadores usando princípios científicos, mas elas são influenciadas pelas fontes que eles usam e pela forma como analisam essas informações. Isso significa que diferentes historiadores podem contar a mesma história de maneiras um pouco diferentes, e tudo bem, porque assim podemos ter uma visão mais ampla sobre o mesmo assunto. É como se cada historiador colocasse um pedacinho do quebra-cabeça do passado. Quando juntamos todas essas peças, temos uma imagem mais completa e interessante! Mas será que existe uma verdade sobre o que aconteceu na história?

PRATIQUE!

1. Em duplas, escrevam um texto curto contando uma história científica. Para a construção desse texto, vocês devem seguir estes passos: y Definição do tema: a história será sobre a vida de vocês, um filme a que assistiram ou sobre um passado distante? Vocês podem escolher qualquer tema para a história, mas não se esqueçam de encaixá-la em história científica. y Chegou o momento de escrever! Lembrem de pesquisar fatos e acontecimentos sobre o período, o lugar ou a pessoa escolhida. y Apresentem a história de vocês para o restante da turma, explicando os motivos que levaram à escolha do tema. Resposta pessoal. Oriente os estudantes a escrever, em duplas, um texto curto, de aproximadamente dez linhas, contando uma história científica. É importante que a atividade seja construída de forma colaborativa entre as duplas, que os dois estudantes participem de todas as etapas da construção do texto. Oriente-os na escolha do tema e, ao final da construção das histórias, realize uma apresentação breve, para que cada dupla possa contar sua história.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 11.

A escrita da História

► Interpretação:

meio ou caminho que nos ajuda a fazer alguma coisa de forma organizada.

AKG-IMAGES/ALBUM/FOTOARENA

Às vezes, quando os historiadores estudam um fato ou uma pessoa importante, eles podem encontrar esclarecimentos diferentes sobre a mesma história. Isso acontece porque os historiadores usam fontes e jeitos de trabalhar diferentes para aprender sobre o passado. E isso pode levar a conclusões diversas sobre o mesmo tema. É como se cada um olhasse para um quebra-cabeça de uma maneira diferente e montasse a imagem de um jeito único. Então, quando estudamos História, é importante lembrar que pode haver diferentes visões sobre um mesmo assunto, e isso torna o estudo ainda mais interessante e cheio de descobertas. As visões diferentes se dão em razão de diversas interpretações sobre os fatos, mesmo que usem a mesma forma de pesquisar e escrever a história. Isso acontece porque eles fazem perguntas sobre as fontes que estão estudando. Vamos dar um exemplo da História do Brasil: Logo após a chegada dos portugueses, houve um acontecimento que foi interpretado de formas distintas. Um aventureiro alemão chamado Hans Staden esteve em nosso país e escreveu um livro chamado Duas viagens ao Brasil, publicado em 1557. O texto de Staden foi usado como fonte por muitos historiadores, que o interpretaram e concluíram que os indígenas Tupinambá praticavam um ritual no qual se alimentavam da carne daqueles que faziam prisioneiros. Muitas vezes, esses pesquisadores nem se questionavam, por exemplo, como Staden havia sobrevivido para escrever a obra. Assim, acabavam aceitando o relato do aventureiro alemão sobre tais práticas. Outros historiadores, por sua vez, fizeram a pergunta: Como, afinal, ele sobreviveu? As diferentes formas de se trabalhar com essa fonte geraram outras respostas. Além disso, faz parte do método de pesquisa encontrar fontes diversas que confirmem ou neguem as informações encontradas Analise o trecho com os estudantes. É importante discutir a importância de não acreditarmos em ditados poanteriormente. pulares e ouvir opiniões como se fossem fatos, sem haver provas que as confirmem. Além disso, é importante

Retrato de Hans Staden, de 1664.

destacar que muitas vezes precisamos analisar mais de um documento para entender determinado fato histórico.

No caso de Hans Staden, alguns historiadores buscaram novas fontes sobre as práticas daqueles indígenas. Analise o que diz o professor guarani Renato da Silva sobre o assunto: Relato do professor guarani Renato da Silva Nosso povo indígena é considerado como animais pelos portugueses. Falam que o índio come gente. Mas isso não é verdade. Nós, índios, também sabemos respeitar os outros povos indígenas e também o não índio. [...] Hans Staden [...] foi parar na aldeia com os índios, ele foi bem tratado no meio dos índios. Ele podia contar o sofrimento dos índios, mas ele quis ser famoso, inventando tudo mentira. BORGES, Paulo Humberto Porto. Uma visão indígena da história. Cadernos Cedes, ano XIX, n. 49, p. 102-103, dez. 1999. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ccedes/v19n49/a08v1949.pdf. Acesso em: 9 ago. 2023.

Como podemos perceber, muitas diferenças podem surgir quando um historiador tem como base somente um documento para interpretar um evento e quando ele faz uso de fontes para auxiliá-lo em suas análises. Esse processo ocorre porque, durante muito tempo, determinados povos ou grupos sociais eram excluídos dos escritos sobre a História. Nas produções mais recentes, inspiradas por indígenas, mulheres, pobres e tantos outros, grupos e indivíduos passaram a ser considerados nos textos históricos. História

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Assim, as interpretações sobre a participação desses grupos e indivíduos, antes excluídos, passaram a ser valorizadas. Você já notou que, mesmo atualmente, conhecemos a história de poucas mulheres ou indígenas que tiveram papéis importantes na construção do nosso país? Além disso, ao escreverem sobre determinado evento ou personagem, os historiadores precisam ter um cuidado fundamental: não interpretar os fatos do passado com os valores da atualidade. Isso significa que esses estudiosos devem entender como as pessoas de determinada época compreendiam o mundo no qual viviam com base nos conhecimentos e nas tecnologias de que dispunham. Compreender os contextos das épocas estudadas é um dos maiores desafios do historiador. Se ele não toma esse cuidado, pode atribuir a um período ou a alguém ideias e sentimentos que são de outra época. PRATIQUE!

#ficaadica A primeira autora da História Em 2018, tomamos conhecimento de que a primeira pessoa a ter seus escritos registrados na História foi uma mulher. Enheduana nasceu por volta de 2300 a.C. em um reino mesopotâmico. Ela se destacou como uma intelectual, líder religiosa e poetisa.

2. Explique, com suas palavras, como um fato histórico pode gerar diferentes interpretações. Resposta pessoal. Isso acontece em razão da existência de diferentes fontes e das análises feitas pelos historiadores sobre as informações contidas nelas. Além disso, a abordagem das diferentes correntes de pensamento gera modos distintos de analisar e interpretar o passado.

3. Em duplas, leiam as frases a seguir e escrevam o que cada uma delas quer dizer. a) O historiador não deve julgar o passado como atrasado; deve compreendê-lo como um tempo com valores diferentes dos atuais. Espera-se que os estudantes respondam que a frase reforça a ideia de que o historiador não deve julgar o passado ou interpretar acontecimentos do passado com noções ou valores atuais, pois isso prejudica a análise do tempo ou acontecimento que ele está pesquisando.

b) Atualmente, temos descoberto histórias de mulheres e populações indígenas que antes eram desconhecidas. Espera-se que os estudantes respondam que, por muito tempo, minorias como mulheres, negros e populações indígenas eram excluídos dos escritos históricos. Cada vez mais temos tido conhecimento de feitos desses grupos, mas ainda conseguimos perceber que não conhecemos tantas histórias assim como as que conhecemos de homens brancos.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com as atividades 2 e 3 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente às aulas 12 e 13.

Construção de narrativas históricas O esclarecimento sobre os diferentes pontos de vista e o confronto entre eles podem deixar o texto histórico bem interessante. O importante é que o historiador respeite as fontes, comprometa-se com os métodos de análise e, ao mesmo tempo, esteja aberto às informações que essas e outras fontes contêm. Muitas vezes, o historiador faz suposições que são provadas erradas durante a pesquisa ou elabora conclusões que não esperava realizar antes da finalização dos estudos. Nesses casos, não se deve omitir ou forçar conclusões. Os historiadores precisam estar atentos à elaboração dos textos, que serão resultado de suas investigações. É na escrita dos trabalhos que se organiza a narrativa histórica. Uma narrativa histórica é a exposição de um ou mais acontecimentos na qual as ideias se amarram e se entrelaçam. Por sua vez, as fontes são expostas e contestadas ou confrontadas com outras a fim de se chegar a uma conclusão, ainda que provisória, sobre o tema estudado.

O componente de Língua Portuguesa, no 6º ano, esclarece o que é um artigo de opinião. Nesse sentido, é interessante estabelecer relação desse tema com os conteúdos de construção de narrativas históricas e diferentes pontos de vista trabalhados neste capítulo. Diálogos com

Língua Portuguesa

O historiador trabalha selecionando e reunindo as fontes que encontra, necessárias à construção de seus textos, e as une, como se estivesse montando um quebra-cabeças. Esses textos darão origem à narrativa histórica.

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ERSTOCK.C NA/SHUTT

História

MILLER IN

na ciência, na natureza ou na sociedade.

OM

Além disso, o conhecimento histórico é mutável. Ou seja, pode ser mantido, contestado ou reelaborado. Esse processo acontece quando surgem novas fontes e teorias sobre os mais variados temas de estudos históricos. Notícias de descobertas históricas, arqueológicas, biológicas, físicas, matemáticas, astronômicas, artísticas, farmacêuticas, químicas, entre outras, fazem parte do nosso cotidiano. Tais descobertas modificam, transformam ou confirmam versões ou teorias anteriores sobre os mais diver► Teoria: conjunto sos assuntos. Você consegue se de explicações que recordar de uma descoberta que os especialistas têm sobre algo transformou os conhecimentos em que acontece alguma área do conhecimento?

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THE PICTURE ART COLLECTION / ALAMY / FOTOARENA

Em 2012, os restos mortais do imperador brasileiro Dom Pedro I e de suas esposas, dona Leopoldina e dona Amélia, foram exumados. Essa foi uma das etapas de pesquisa da historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel, que analisou os corpos e os objetos contidos nas urnas funerárias. Analisando os restos mortais de dona Leopoldina, a historiadora descobriu que, de acordo com sua estrutura óssea, ela era uma mulher magra, diferentemente de como foi retratada ao longo do tempo em pinturas. Concluiu, então, que a aparência inchada na qual ela foi retratada se deu pelo fato de estar nove vezes grávida nos nove anos em que foi casada com o imperador. Retrato da Imperatriz Leopoldina com seus filhos.

► Exumar: ato de desenterrar cadáver de sepultura.

PRATIQUE!

4. Observe as imagens e responda à pergunta que cada personagem está fazendo:

a) Kaique: É importante que os historiadores dediquem tempo para análise e reescrita

POR QUE OS HISTORIADORES DEDICAM TEMPO PARA

REESCREVER A HISTÓRIA

DE FATOS QUE JÁ FORAM

ESTUDADOS POR OUTROS

da história, pois muitas vezes existem mais de um ponto de vista sobre

HISTORIADORES?

ILUSTRAÇÕES: WANDSON ROCHA

determinado fato. Além disso, quanto mais informações o historiador tiver sobre o fato estudado, mais bagagem ele terá para construir sua narrativa histórica.

b) Yasmin: A descoberta de novas fontes pode confirmar, refutar, abandonar ou reelaborar

O QUE A DESCOBERTA DE NOVAS FONTES

PODE ACRESCENTAR

determinadas interpretações sobre eventos ou personagens históricas.

AO TRABALHO DO HISTORIADOR?

O historiador pode descobrir como nova fonte um documento, uma imagem, uma obra de arte, uma escultora, entre outras.

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c) Tiago: Como a História é uma ciência, ela precisa ser produzida com base em documentos (fontes históricas), POR QUE UM ESTUDO CIENTÍFICO PRECISA

por meio dos quais os historiadores podem levantar hipóteses sobre o tema pesquisado e encontrar

WANDSON ROCHA

DE FONTES QUE O COMPROVEM?

informações capazes de afirmar ou negar suas teorias.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com as atividades 4 a 6 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente às aulas 14 e 15.

Macro-história e micro-história Antigamente, os profissionais da área de História preocupavam-se em analisar os feitos de grandes personalidades e de nações. Aproximadamente em 1950, Fernand Braudel (1902-1985) inaugurou outro método de análise, preocupado com a totalidade da experiência humana em determinado período ou contexto e com a construção, portanto, de sujeitos coletivos. Essa abordagem de análise se refere à chamada macro-história, também denominada atualmente como História Global.

MICHELINE PELLETIER/GAMMA-RAPHO/GETTY IMAGES

Fernand Braudel na França, em 1984.

Imagine que você é um historiador e queira entender melhor como o sistema açucareiro entrou em declínio no Brasil Colônia e qual foi seu impacto econômico. Que tipo de material ou registro você consultaria? Como você organizaria essa pesquisa? Um dos métodos utilizados pelos historiadores é juntar um conjunto de dados de determinado período e analisar como esses dados variam ao longo dos anos. Para estudar determinado ciclo econômico, como o do açúcar, os historiadores podem analisar curvas de preço do produto no mercado — isto é, por quanto cada saca de açúcar era comercializada ao longo das décadas. História

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COLEÇÃO PARTICULAR

BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO

Um exemplo de estudo que utilizou o método de História Serial é o livro O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX, editado pela primeira vez em 1963, do escritor brasileiro Gilberto Freyre. Para escrever essa obra, Freyre analisou uma série de anúncios publicados por proprietários de pessoas escravizadas em jornais brasileiros ao longo do século XIX. Os anúncios tratavam de escravizados fugidos, ou ainda do interesse na compra e na venda dessas pessoas. As descrições detalhadas sobre as características físicas e as habilidades dos escravizados que havia nesses anúncios permitiram que o autor analisasse como essas pessoas eram vistas e tratadas na sociedade da época. Observe dois dos anúncios analisados por Freyre para escrever sua obra.

► Biografia: a O componente de Língua Portuguesa, no 6º ano, trabalha, no estudo de gêneros textuais, a biografia. Nesse sentido, cabe estabelecer relação com o que é desenvolvido lá e trabalhado neste capítulo.

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história de vida de alguém.

Diálogos com

Língua Portuguesa

Esse método representou uma inovação nos estudos históricos em meados do século XX e foi nomeado História Serial. Ele possibilitou aos historiadores compreender os acontecimentos em uma escala mais ampla, refletindo sobre como a sobrevivência material e as formas de pensar dos indivíduos sofrem mudanças, permanências ou rupturas em determinado espaço de tempo. Na década de 1970, alguns historiadores, também insatisfeitos com o antigo método de narrativa histórica, pois sabiam que muitas situações específicas que aconteciam nas sociedades não podiam ser compreendidas analisando-se somente fatos grandiosos ou personagens marcantes, passaram a considerar que as explicações históricas deveriam analisar também os indivíduos comuns e suas trajetórias. Assim, a análise de trajetórias individuais poderia ser o ponto de partida para o entendimento de aspectos de determinado contexto histórico. Esse método de análise se refere à denominada micro-história. Nessa época, as pesquisas passaram a considerar também as produções culturais de determinada época, como as produções musicais, cinematográficas, teatrais, em rituais, danças etc. Essa nova perspectiva recebeu o nome de História Cultural e possibilitou aos historiadores compreender a trajetória humana ao longo do tempo por meio de outros olhares. Em 2023, a escola de samba Unidos do Viradouro trouxe como enredo do seu desfile de carnaval a história de Rosa Maria Egipcíaca. O enredo da escola teve como base o estudo do historiador Luiz Mott, que se dedicou a reconstruir a biografia de Rosa Maria, mulher africana nascida no Benin que chegou ao Rio de Janeiro em 1725, com seis anos de idade. Em seu livro Rosa Egipcíaca: uma santa africana no Brasil, o historiador reconstrói a trajetória dessa mulher que viveu no Brasil no século XVIII, foi escravizada, passou a ter visões de Jesus e foi considerada santa por muitos

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THIAGO RIBEIRO/AGIF/AFP

fiéis do Catolicismo. Esse estudo pode ser considerado um exemplo de História Cultural, pois se dedicou a analisar a trajetória de uma mulher negra que, apesar da importância que teve em sua época, foi quase esquecida. Além disso, o estudo permitiu conhecer mais sobre o sistema escravista no Brasil e o Catolicismo popular da época, revelando aspectos da cultura e da sociedade brasileiras.

Carro da escola de samba Unidos do Viradouro do Carnaval de 2023 em que aparece a santa Rosa Egipcíaca.

Apesar de terem passado por modificações, tanto a macro como a micro-história são métodos de análise utilizados na atualidade. Para entender um pouco melhor as diferenças entre ambos, vamos observar a imagem a seguir.

ACERVO ICONOGRAPHIA

Rua de São Paulo ocupada por trabalhadores na greve geral de 1917.

Trata-se de fotografia de uma das mais importantes greves de operários do Brasil, que ocorreu em 1917. O estudo do movimento se daria assim: Greve geral de 1917: como seria estudada? Macro-história

Micro-história

•  contexto geral; •  situação da economia brasileira; •  consequências da greve nas condições de vida e trabalho dos operários; •  como a legislação brasileira se posicionava; •  outros pontos que considera o contexto mais amplo.

•  análise de uma personagem específica do movimento operário; •  análise de um grupo de trabalhadores; •  análise de determinada fábrica; •  visão de um único jornal sobre o fato ocorrido; •  outras pesquisas sobre algo específico.

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Dessa análise das situações que seriam analisadas pela macro ou micro-história, temos que: Macro-história Busca interpretações mais amplas sobre as sociedades em sua totalidade. Não busca apenas o estudo sobre personagens de destaque, como reis, rainhas, presidentes, nobres e militares. Esse tipo de análise acredita que os seres humanos são complexos e que sua história não podia ser apenas resultado e reflexo da história das chamadas “grandes personagens”. Esse foi um movimento muito importante para a ciência histórica porque, pela primeira vez, todos os indivíduos passaram a ser valorizados como construtores da história. Além disso, por trabalhar com dados quantitativos, produção de estatísticas e gráficos, a macro-história foi fundamental à organização de dados e informações sobre diferentes acontecimentos.

Micro-história Busca destacar algum detalhe importante de determinado acontecimento ou indivíduo que não tenha sido analisado pela macro-história. Assim, é possível que as pessoas e suas trajetórias sejam analisadas a fim de compreender as relações históricas construídas em determinado período. Esses historiadores trabalham como se estivessem com uma lupa: identificam um tema importante para pesquisar e o ampliam, buscando mais e mais informações.

PRATIQUE!

5. De acordo com o que estudamos, escreva com suas palavras qual é o objetivo de análise da macro-história. Trata-se de um estudo feito pelos historiadores que busca abranger a totalidade da experiência humana em determinado período e contexto, focando em “sujeitos coletivos”.

Leia o trecho com os estudantes, retomando o conceito de micro-história, e os auxilie a responder à atividade.

6. Leia o trecho a seguir.

Sobre a feitura da Micro-História [...] a Micro-História propõe a utilização do microscópio ao invés do telescópio. Não se trata, neste caso, de depreciar o segundo em relação ao primeiro. O que importa é ter consciência de que cada um destes instrumentos pode se mostrar mais apropriado para conduzir à percepção de certos aspectos do universo (por exemplo, o espaço sideral ou o espaço intra-atômico). De igual maneira, a Micro-História procura enxergar aquilo que escapa à Macro-História tradicional, empreendendo [...] uma “redução da escala de observação” que não poupa os detalhes e que investe no exame intensivo de uma documentação. BARROS, José D’Assunção. Sobre a feitura da Micro-História. OPSIS, v. 7, n. 9, jul.-dez. 2007. Disponível em: https://arquivos.ufrrj.br/arquivos/2020202018def123047752bef02332962/Sobre_a_Feitura_da_Micro-Histria._Opsis_ UFG_2007.pdf. Acesso em: 1o jul. 2019.

O autor do texto afirma que a micro-história propõe a utilização de um microscópio pelo historiador. Explique essa afirmação com base no que estudamos sobre o tema. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes expliquem que a micro-história é um estudo por meio do qual os historiadores analisam os acontecimentos particulares ou a vida de indivíduos e comunidades em detalhes, tal como uma observação científica com um microscópio.

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7. O historiador inglês Peter Burke escreveu que a História Cultural possibilitou a “descoberta do povo”, isto é, ela permitiu que os estudos históricos considerassem a vida de grupos como operários, agricultores e artesãos em suas análises. Por que isso foi importante? Espera-se que os estudantes mencionem que foi importante porque, durante muito tempo, os estudos históricos consideraram apenas os registros de pessoas influentes como relevantes para o estudo do passado. A História Cultural deu mais ênfase às ações dos indivíduos por meio da pesquisa de fontes particulares e simbólicas dos povos ou grupos sociais, a fim de compreender como as pessoas se relacionavam com as próprias experiências de vida ou com seus grupos mais próximos.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 7 da seção Amplie.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 16.

Diálogo com outras ciências Anteriormente, estudamos que a História é uma ciência que dialoga com outras áreas do saber para produzir conhecimentos. Vimos também que os métodos, as técnicas e as abordagens nas pesquisas históricas estão sempre se modificando. Essa transformação e o diálogo com outras ciências constituem uma abordagem conhecida como interdisciplinaridade. A interdisciplinaridade ocorre quando existe o uso de conteúdos e de métodos de diferentes ciências. Juntas, essas áreas do saber produzem conhecimentos que ultrapassam as barreiras entre elas. Veremos agora como acontecem os diálogos entre a História e as Ciências Humanas, como Geografia, Arqueologia, Filosofia, Sociologia e Antropologia.

Geografia, Arqueologia e Filosofia Na Geografia, busca-se compreender as características do espaço natural (como as florestas) e do espaço transformado pelos seres humanos (como as cidades). Ou seja, são estudadas as relações entre os seres humanos e o meio. Os conhecimentos da Geografia são fundamentais ao trabalho dos historiadores pelo fato de estudarem os seres humanos e a influência que recebem do meio onde vivem. Alguns povos do passado e mesmo do presente nunca se relacionaram com outros povos. Na maior parte das vezes, esse fenômeno aconteceu por razões explicadas pela Geografia, como a presença de montanhas, rios ou oceanos, que dificultavam esses contatos. Esse intercâmbio de conhecimentos também ocorre com os saberes da Arqueologia. Muitas vezes, os historiadores se debruçam sobre o estudo de sociedades ágrafas, ou seja, que não desenvolveram qualquer forma de escrita. Nesses casos, a Arqueologia é fundamental aos estudos históricos, porque nessa ciência são investigados os vestígios materiais dessas sociedades, como fósseis, utensílios, objetos artísticos e até o lixo produzido. Na Arqueologia são elaboradas explicações sobre esses povos por meio da análise dessas fontes e do diálogo com outras ciências. História

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► Moral: conjunto de regras que ►

orientam o comportamento das pessoas em sociedade. Cidadania: condição de uma pessoa com direitos e participação na vida política de uma sociedade.

Anteriormente já vimos que a Filosofia é a área do saber que estuda os modos humanos de pensar e conceber a si próprio e ao mundo. O pensamento filosófico é racional, ou seja, não está ligado a crenças míticas ou religiosas, e é transmitido aos outros por meio da linguagem. Assim, todos os conceitos que temos sobre o que nos cerca (como tempo, honra, justiça, ética, moral, cidadania e democracia) são filosóficos. Para produzir suas narrativas, os historiadores dialogam frequentemente com a produção desses conceitos filosóficos. Além da possibilidade de sabermos que conceitos e pensamentos foram produzidos em determinada época, o diálogo entre História e Filosofia torna possível o estudo da transformação de determinados pensamentos e conceitos ao longo do tempo.

PRATIQUE!

8. Sobre o diálogo entre a História e outras ciências, assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso nas afirmativas. a)

F

Os estudos sobre História dialogam somente com a Geografia e a Filosofia.

b)

V

A História é uma ciência que dialoga com outras áreas, a fim de compreender melhor as ações dos indivíduos ao longo do tempo.

c)

F

Os conhecimentos científicos da Geografia são embasados em crenças míticas e religiosas.

d)

V

A Geografia é uma ciência que auxilia a História a entender as relações entre os seres humanos e o meio em que vivem.

e)

V

A Arqueologia contribui com os estudos históricos, pois analisa vestígios deixados por sociedades antigas.

f)

F

Os estudos filosóficos não contribuem com a História, pois lidam com conceitos que são irreais.

g)

V

A Filosofia dialoga com a ciência histórica, pois explica conceitos importantes à compreensão das sociedades ao longo do tempo.

9. Reescreva a(s) afirmação(ões) considerada(s) falsa(s) no exercício anterior, fazendo as correções necessárias. a) Os estudos sobre História dialogam com outras ciências além da Geografia e da Filosofia. c) Os conhecimentos da Geografia são científicos, pois têm como base métodos científicos. f) Os estudos filosóficos contribuem com a História, pois explicam conceitos frequentemente utilizados na escrita da história.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 8 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 17.

Sociologia e Antropologia Outras ciências também dialogam com a História. Esses diálogos interdisciplinares promovem sínteses entre os conhecimentos das diferentes ciências, mas, afinal, como esses cientistas trocam seus conhecimentos?

FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS

Debate sobre a história da luta por direitos de povos indígenas que ocorreu na Flip, a Feira Literária de Paraty (Rio de Janeiro), em 2014. Na imagem, vemos os antropólogos Beto Ricardo e Eduardo Viveiros de Castro e a jornalista Eliane Brum falando sobre um assunto importante para a História do Brasil e dos povos indígenas.

De modo geral, esses estudiosos publicam os resultados de suas pesquisas em livros ou revistas especializadas. Além disso, participam de encontros e congressos, nos quais apresentam dados, análises e interpretações. Em ocasiões como essas, ocorrem debates e trocas de informações importantes para todos. Anteriormente, vimos que a Sociologia é a ciência que estuda o comportamento humano em sociedade. Por meio dos estudos sociológicos busca-se compreender a forma como os seres humanos, organizados em sociedade, interagem uns com os outros e com os órgãos sociais por eles criados (Estado, instituições, entidades etc.). Então, como a História dialoga com essa ciência? Na História, a preocupação é observar essas relações ao longo do tempo. Como sociólogos e historiadores realizam pesquisas sobre temas muito próximos, os diálogos entre elas são frequentes, e os resultados de ambas muitas vezes se complementam. História

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► Cultura:

conjunto de conhecimentos, costumes e hábitos adquiridos pelos indivíduos ao longo do tempo.

A Antropologia, por sua vez, é a ciência que estuda os hábitos e os costumes humanos nas diversas sociedades. Os antropólogos geralmente realizam pesquisas onde vão até as sociedades e descrevem como elas se organizam e como acontecem suas práticas sociais, rituais, culturais etc. Assim, esses pesquisadores compreendem como tais práticas se originaram e como se perpetuam. Com base em seus estudos, os antropólogos concluíram, por exemplo, que não existe uma hierarquia entre a cultura dos povos. Isso significa que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim que elas são diferentes entre si. Tais informações, além de ajudarem os historiadores a entender os costumes de diversos povos, contribuem para a melhor compreensão sobre as diferenças entre as sociedades, evitando-se qualquer tipo de preconceito em relação a elas. O cotidiano e os costumes dos povos são fundamentais aos historiadores adeptos do método da micro-história.

PRATIQUE!

10. Acabamos de estudar que a História e a Sociologia têm diversos pontos em comum. Por essa razão, há muitos diálogos entre essas áreas. Com base no que aprendemos sobre as duas disciplinas, cite uma característica que as aproxima e outra que as distancia. Os estudantes podem mencionar que o estudo das sociedades aproxima as duas áreas, pois a Sociologia busca compreender como os seres humanos se organizam em sociedade, entre si e com as entidades que criaram. Quanto ao distanciamento dessas ciências, os estudantes podem citar que a História, diferentemente da Sociologia, se propõe a estudar a ação dos indivíduos ao longo do tempo.

11. Uma das importantes contribuições da Antropologia para a História foi a conclusão de que não existem culturas superiores ou inferiores entre si. Você acredita que atualmente existem culturas que são encaradas como inferiores? Antes de os estudantes responderem a essa questão, proponha uma discussão em sala de aula para sensibilizá-los quanto ao preconceito que existe no cotidiano da sociedade brasileira com relação, por exemplo, às culturas afrodescendentes e indígenas (estética, vestuário, costumes, rituais, modos de viver, alimentação etc.). Independentemente de etnia, credo ou gênero, incentive-os a respeitar as diferenças, a fim de promover uma formação escolar democrática, inclusiva e cidadã, como dispõe a Constituição brasileira.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 9 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 18.

Esse termo se refere à forma como os historiadores contam o tempo histórico. A história construída pelos seres humanos é dividida em períodos, ou seja, intervalos de tempo, cada qual com características culturais, sociais, econômicas e políticas específicas. Cada um desses intervalos de tempo tem datas de início e fim, que correspondem a acontecimentos considerados marcantes pelos historiadores, pois estabeleceram alguma mudança cultural importante. A História do Brasil, por exemplo, é dividida em três grandes períodos: y Colonial (1500-1822); y

Monárquico (1822-1889);

y

Republicano (1889-atualidade).

Cada uma dessas datas se refere a fatos que trouxeram alguma mudança relevante à história nacional, marcando, por exemplo, o fim de uma forma de governo e o início de outra. Lembrando que essa periodização se inicia com a chegada dos europeus à América, desconsiderando a população indígena já existente no continente. E na sua história, existe algum acontecimento que você considera um marco importante? Que transformações esse fato causou em sua vida?

Periodização clássica da História Denomina-se assim a forma mais usual de contagem do tempo histórico. A periodização clássica foi elaborada por historiadores europeus e considera apenas a cultura e os fatos marcantes da história do velho continente. Em razão da força política e econômica dos países da Europa, a periodização clássica foi adotada em todo o mundo ocidental e em parte do oriental. Esses historiadores europeus também definiram, no século XIX, que a História teve início com a invenção da escrita. Todo o período anterior a esse fato é conhecido como Pré-História. Na periodização clássica, a história foi dividida em quatro grandes períodos, chamados de Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

História

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Geografia

O componente de Geografia, no 6º ano, aborda o tempo geológico. É possível trabalhar em conjunto com esse componente em relação às periodizações e à contagem do tempo histórico trabalhadas neste capítulo.

#ficaadica Atualmente, muitos historiadores discordam do termo “Pré-História” e da invenção da escrita como marco divisor entre os dois períodos. Como vimos, essa determinação ocorreu no século XIX, quando somente os documentos escritos eram considerados fontes confiáveis pelos historiadores. Portanto, na visão desses estudiosos, um povo sem escrita era também um povo sem história. Os historiadores que contestam essa divisão apontam que, na chamada Pré-História, a humanidade inventou técnicas e armas, elaborou práticas de cultivo de alimentos e construiu uma cultura que possibilitou a sobrevivência da espécie, apesar de todos os desafios impostos pela natureza. Por esse motivo, o advento da escrita não marcaria o início da história humana. No livro Jornal da Idade da Pedra: notícias dos primórdios, escrito por Fiona Macdonald (Editora Dimensão, 1999), você pode encontrar e se divertir com as muitas informações sobre a vida na Pré-História. DIMENSÃO

Periodização

Diálogos com

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Idade Antiga Aproximadamente do ano 4000 a.C. ao ano 476

Teve início com a queda do Império Romano. O poder dos romanos foi contestado por outros povos, que dominaram a Europa e formaram novos reinos.

Idade Média Do ano 476 ao ano 1453

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Teve início com a tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos, povos muçulmanos do Oriente. Com a conquista, a passagem dos europeus para as Índias pelo mar Mediterrâneo foi proibida.

Idade Moderna Do ano 1453 ao ano 1789

Idade Contemporânea Do ano 1789 aos dias atuais

Diálogos com

Arte

O componente de Arte, no 6º ano, aborda o conteúdo de linha do tempo da arte. Nesse sentido, dialoga com este capítulo e possibilita estabelecer relações com a linha do tempo da periodização clássica da História, promovendo uma abordagem interdisciplinar.

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Teve início com a invenção da escrita. Nesse período, as relações comerciais entre os povos se organizaram e se intensificaram, incentivando o desenvolvimento de diferentes formas de governos.

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Observe com atenção o esquema a seguir.

Teve início com a Revolução Francesa. Essa revolução liberal transformou as formas de governo, as noções de Estado, e os direitos e os deveres dos povos ocidentais. Assim, na Europa e, posteriormente, na América, foram construídas diferentes políticas e regras sociais e governamentais.

O tempo histórico da chamada periodização clássica costuma ser representado em uma linha do tempo que tem por base o calendário cristão, ou gregoriano, já estudado anteriormente. Seu marco principal é o ano 1, data do nascimento de Cristo. Nessa linha do tempo, os eventos anteriores ao nascimento de Cristo (ou seja, antes do ano 1) são datados com a sigla a.C. (antes de Cristo). Por exemplo, a escrita surgiu no mundo por volta do ano 4000 a.C. (ou seja, cerca de 4 mil anos antes de Cristo nascer). Por outro lado, os eventos posteriores ao nascimento de Cristo são datados com a sigla d.C. (depois de Cristo). Nessas datas, não é obrigatório o uso da sigla, pois fica subentendido que se referem a um período posterior ao nascimento de Cristo. História

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A seguir, observe a linha do tempo com as seguintes marcações: ano do nascimento de Cristo; ano da invenção da escrita; período da Pré-História; período da História. Pré-História

... 3,8 milhões de anos Origem dos seres humanos

História

4000 a.C.

1

Invenção da escrita

Nascimento de Cristo

anos a.C.

2020...

anos d.C.

Contagem do tempo histórico Os historiadores trabalham com longos períodos de tempo. Por isso, organizam esses períodos em décadas, séculos e milênios. 1 década = 10 anos

1 século = 100 anos

1 milênio = 1 000 anos

Em textos históricos aparecem algarismos romanos que indicam os séculos em que os eventos aconteceram. Na sequência, vamos aprender a reconhecer que período de anos os séculos representam. A regra básica para essa identificação é extrair os dois últimos algarismos do ano e somar 1 ao número que sobra. Observe: 101 (1 + 1 = 2): século II

201 (2 + 1 = 3): século III

2020 (20 + 1 = 21): século XXI

Retome com os estudantes os números romanos (ao menos, de 1 a 21), a fim de que se habituem a utilizá-los na escrita de séculos e milênios, além de os identificarem em textos históricos. Retome essas noções sempre que possível em leituras em sala de aula durante o ano todo, já que é necessário um tempo para eles se familiarizarem com essa forma de escrita da datação histórica.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo.

A única exceção a essa regra de contagem de séculos são os anos terminados em dois zeros. Nesses casos, após cortarmos os dois últimos algarismos, não somamos 1 ao número restante. Por exemplo: 100: século I

300: século III

2000: século XX

https://ftd.li/s202his61601oau005

PRATIQUE!

12. No espaço a seguir, elabore uma linha do tempo da história de sua vida, marcando os anos e os acontecimentos importantes para você.

Oriente os estudantes a utilizar réguas para elaborar as linhas do tempo. Eles podem pensar em acontecimentos marcantes de suas vidas, lembrando em que ano nasceram, aprenderam a falar, a andar, ingressaram na escola etc.

Este conteúdo pode ser desenvolvido com a atividade 10 da seção Amplie. História

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Amplie 1. Explique, com suas palavras, as diferenças entre a narrativa histórica e a ficcional. A narrativa histórica é resultado de investigação científica, embasada em métodos para sua elaboração. As narrativas ficcionais, como a história da Chapeuzinho Vermelho, não precisam ser construídas com rigor científico. Nelas, os autores podem inventar acontecimentos, personagens e períodos, mas devem se preocupar em fazer uma narração com sentido para que o leitor entenda a história, mesmo que ele saiba que ela é imaginária.

2. Assinale a única alternativa que contém as palavras adequadas para preencher as linhas. Na , é possível existir mais de uma interpretação sobre o podem encontrar diferentes mesmo fato. Isso acontece porque os sobre esse fato ou fazer novas análises a respeito das já existentes. a) história escrita – historiadores – fontes b) fonte – historiadores – pontos de vista c) história escrita – fatos – versões d) obra – pontos de vista – fontes e) fonte – pontos de vista – historiadores 3. O que acontece quando um historiador tem apenas uma fonte para sua investigação? Se o historiador tem apenas uma fonte para auxiliá-lo em sua investigação, é possível que ele fique preso a poucas informações sobre o assunto estudado e apenas um ponto de vista.

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4. Estudamos que, por uma questão de ética profissional, os historiadores devem analisar as fontes encontradas e não omitir ou forçar conclusões sobre elas. Por que esse cuidado com a análise das fontes é importante para a produção do conhecimento histórico? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que tal cuidado é muito importante no trabalho do historiador, pois é uma forma de garantir que seus estudos cumpram o rigor científico e apresentem conclusões mais qualificadas e legítimas possíveis.

5. Leia a notícia a seguir e assinale a única alternativa correta. As 10 maiores descobertas arqueológicas de 2018 [...] restos de pão que foi carbonizado, achatado e cozido por caçadores de 14 400 anos atrás foi encontrado em um sítio arqueológico no nordeste da Jordânia. O pão data de 4 000 anos antes do surgimento da agricultura. RIBAS, Mariana. As 10 maiores descobertas arqueológicas de 2018. Aventuras na História, 31 dez. 2018. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/maiores-descobertas-arqueologicas-2018.phtml. Acesso em: 20 maio 2019.

No que essa descoberta arqueológica pode contribuir para o conhecimento da História? a) Confirmação da data de origem da agricultura e do advento do pão. b) Nova forma de se fabricar pão sem utilizar produtos agrícolas. c) Nova fonte que confirma a existência do pão e da agricultura. d) Certeza de que o pão é feito de trigo e que é um produto recente. e) Novas informações sobre a origem do pão e da agricultura. 6. Assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso nas afirmativas a seguir. a)

V

b)

F

c)

V

d)

F

e)

V

Existem diversas interpretações históricas sobre diversos momentos importantes da História do Brasil, elaboradas com base nas premissas do tempo no qual estava inserido o historiador. Quanto mais próximos temporalmente dos fatos estudados os historiadores estiverem, melhores serão suas análises e mais fiéis serão à verdade histórica. A distância temporal entre os historiadores e os fatos analisados é bastante importante, pois assim eles evitam que as emoções de seu período histórico presente interfiram em suas conclusões. O tempo e a sociedade em que vivem os historiadores interferem em suas análises sobre os eventos históricos, dificultando a escrita de uma narrativa científica a respeito dos temas da área. Historiadores de diferentes correntes de pensamento podem chegar a conclusões distintas sobre o mesmo episódio passado, ainda que utilizem as mesmas fontes para estudá-lo.

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7. Assinale a única alternativa correta sobre os métodos de estudos históricos. a) As análises macro-histórica e micro-histórica são métodos que ajudam os historiadores a analisar os acontecimentos históricos. b) Os historiadores somente analisam grandes fenômenos, ocorridos em longos períodos de tempo nas sociedades. c) A micro-história é um método considerado pouco significativo para os estudos da área. d) Os historiadores utilizam sempre os mesmos métodos para realizar suas investigações científicas. e) Todos os estudos históricos desconsideram as análises de fenômenos ou eventos ocorridos em nível mais particular, seja de indivíduos ou das sociedades. 8. Elabore um parágrafo que explique o diálogo entre História e Arqueologia usando as palavras do quadro a seguir. Arqueologia   fontes   História   sociedades   escrita Os estudantes devem evidenciar que ambos os ramos do conhecimento são ciências e, por isso, têm métodos de investigações que contribuem uma com a outra, a fim de elaborarem explicações acerca das sociedades humanas. Uma grande contribuição da Arqueologia para os estudos históricos é o trabalho que ela realiza com fontes de um passado muito remoto de alguns povos (inclusive aqueles que não desenvolveram a escrita), como vestígios de construções, utensílios, armas, objetos artísticos etc.

9. Assinale a única alternativa correta sobre o diálogo entre História e Antropologia. a) Os historiadores ajudam os antropólogos a produzir conhecimento histórico, pois criam conceitos que esses utilizam frequentemente. b) Todas as formas de conhecimentos históricos são produzidas com base na Antropologia, pois a História estuda somente os costumes dos povos. c) A Antropologia contribui com os estudos históricos, pois ajuda os historiadores a evitar a ocorrência de preconceitos sobre as diferenças culturais entre os povos. d) A Antropologia estuda as relações que os seres humanos estabelecem com os espaços onde vivem e, por isso, é fundamental para os estudos sobre História. e) Antropólogos e historiadores dialogam muito pouco. Por isso, permite-se que na ciência histórica existam preconceitos em relação à diversidade entre os povos. 10. Por que a escrita se tornou um marco importante para o início da chamada História na linha do tempo da periodização clássica? Porque, no momento em que foi elaborada a periodização histórica, os historiadores apenas levavam em consideração os documentos escritos como fontes históricas. Dessa maneira, a História começaria com o início da escrita, enquanto o período anterior é denominado Pré-História.

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Síntese

Ciência histórica e o trabalho do historiador

1. O que é História? É a ciência sobre a ação dos indivíduos no tempo, com métodos a serem seguidos pelos historiadores.

2. Que atividades compõem os métodos da ciência histórica? Estudo, pesquisa e análise de fontes e escrita da narrativa histórica.

3. Cite duas metodologias usadas pela ciência histórica. Os métodos da macro e da micro-história.

4. Quais profissionais produzem a ciência histórica? Os historiadores.

5. O que os historiadores devem evitar ao escrever seus estudos? Eles devem evitar julgar os eventos do passado com valores atuais.

6. Que atitudes são esperadas dos historiadores em suas produções? Eles precisam ser éticos, sem forçar conclusões em seus trabalhos, e precisam estar abertos a resultados inesperados em suas pesquisas.

7. Os estudos históricos podem produzir interpretações diferentes sobre o mesmo evento? Justifique sua resposta. Sim, pois existem diferentes fontes e metodologias utilizadas nos estudos históricos.

8. Em que consiste a escrita da História? Na conclusão de um estudo, que é resultado final de um trabalho metodológico científico.

9. Com quais outras ciências a História dialoga? Com Geografia, Sociologia, Filosofia, Antropologia e Arqueologia.

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CAPÍTULO

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Origens do ser humano Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página. Aqui começa o conteúdo referente à aula 19.

Todas as sociedades existentes ao longo do tempo se questionaram sobre a nossa origem: afinal, de onde viemos? As respostas para essa pergunta variaram, indo da mitologia à ciência. Em nossos dias, essa pergunta continua pertinente. As pesquisas arqueológicas ainda tentam explicar como e quando o ser humano surgiu e ocupou as diferentes regiões do planeta e as descobertas não param! Temas assim levantam dúvidas: quais são as origens dos primeiros seres humanos? Como viviam? Como eram suas vestimentas e sua alimentação? De que maneira se 1deslocavam? É isso que vamos ver agora.

1

A imagem apresenta a cena de um filme. Com base nela, sobre o que você acha que esse filme trata? Quem são suas personagens?

2

Você consegue imaginar como seria o cotidiano de uma pessoa que viveu no período representado pela imagem?

United Archives GmbH/Alamy/Fotoarena

2

Cena do filme A guerra do fogo, de 1981. Direção: Jean-Jacques Annaud. 414

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Habilidades da BNCC

De onde viemos?

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Essa é uma pergunta que acompanha a humanidade há muito tempo. Outra questão que intriga os seres humanos é o que nos faz pertencer à mesma espécie. O que nos diferencia uns dos outros? De que modo os seres humanos conseguiram ocupar tantos territórios ao redor do planeta? Você já parou para pensar sobre essas questões? Como se sente em relação a elas? Consegue chegar a alguma resposta? É difícil respondê-las, não é mesmo? A razão para isso é que essas questões sempre foram desafiadoras para todos. Na tentativa de encontrar respostas, cientistas de diferentes épocas elaboraram explicações com base em investigações e estudos científicos, enquanto religiosos de distintas crenças buscam respostas em suas religiões.

Explicações religiosas e míticas

2. Resposta pessoal. Utilize como ponto de partida para o debate a questão da habilidade de manuseio do fogo e introduza outros temas relacionados a ela, como a caça, a vida em grupos, o nomadismo, a convivência com animais selvagens etc. O título do filme já é um bom gancho para levantar esses temas.

► Mito: interpretação simplificada e sem suporte científico do mundo e de sua origem. Relato oral com base na fantasia. Crença desenvolvida por membros de um mesmo grupo.

A Criação do Mundo por Olorum — página da obra em quadrinhos Contos dos Orixás: O Rei do Fogo, de Hugo Canuto.

Hugo Canuto, 2023.

Desde os primórdios, a humanidade demonstrou curiosidade sobre suas origens e de tudo aquilo que existe no planeta. Perguntas como “De onde viemos?” ou “Por que existimos?” sempre fizeram parte dos questionamentos humanos ao longo da história. Você conhece respostas religiosas ou míticas para perguntas como essas? O que dizem tais respostas? Povos do mundo todo buscaram explicar as origens da humanidade por meio da criação de mitos. De acordo com essas narrativas, a origem do mundo e da humanidade foi uma obra de divindades. Essas explicações mitológicas eram transmitidas de geração em geração e continuam presentes no cotidiano de vários povos até a atualidade. Um dos mitos de origem africana para a criação do ser humano é o do povo iorubá, cuja maioria vive hoje na Nigéria. Segundo esse mito, Olorum, o deus supremo, criou os seres humanos para viver com os orixás, deuses criados por Olodumarê antes dos humanos. Olodumarê tentou diferentes materiais para sua criação, como água, madeira e fogo. Porém, nenhum deu certo, até que finalmente conseguiu criar o ser humano usando o barro. Ao contrário do conhecimento científico, os relatos mitológicos não podem ser comprovados. Eles existiram (e ainda existem) graças à crença das pessoas, para as quais essas histórias foram elaboradas com uma concepção de verdade “revelada” por um ser sagrado.

1. Ao analisar a cena, os estudantes devem reconhecer que ela está representando o cotidiano dos hominínios, mais especificamente uma tentativa de criar fogo e de interação social entre indivíduos. O tema do filme é a vida dos primeiros grupos humanos na Pré-História.

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Criacionismo: a existência de um criador ► Judaico-cristão:

Capela Sistina, Vaticano, Itália

referente a crenças em comum do Judaísmo e do Cristianismo, como o monoteísmo. Tradições judaicas herdadas pelos cristãos.

Criacionismo é o termo usado para nos referir às explicações mitológicas sobre o surgimento do Universo, de seus elementos e da humanidade, pela ação de um ser criador sagrado, que existia antes de tudo e de todos. O criacionismo está presente na cultura de diferentes povos. Porém, na Europa do século XIX, começaram a surgir explicações científicas para esses questionamentos e, assim, o termo “criacionismo” foi associado a esse contexto, no qual a cultura judaico-cristã dominava. De acordo com a herança da cultura judaico-cristã, a explicação para a criação do mundo e dos seres humanos está registrada na Bíblia ou na Torá, que relata que todos os elementos existentes no planeta, incluindo a humanidade, são resultado da ação de um único criador, chamado Deus, que teria feito os humanos de acordo com a própria imagem. A Bíblia é uma das obras mais conhecidas do mundo ocidental. Ela é composta de diversos livros. A história da criação da humanidade está relatada no primeiro deles, chamado Gênesis. Você conhece a explicação bíblica da origem da humanidade? De acordo com ela, fomos criados depois que Deus fez o céu, a Terra e todos os elementos que existem. A humanidade teria sido criada do barro e recebido a vida quando Deus soprou nas narinas do primeiro ser humano que modelou. Lembra-se do mito iorubá? Ele também nos conta que o ser humano foi criado do barro. De acordo com essa concepção do criacionismo, a humanidade e todos os outros seres vivos sempre foram os mesmos, desde o seu surgimento até os dias de hoje. Ou seja, não houve um processo de evolução e adaptação da espécie ao meio. Para o criacionismo, os seres humanos atuais são iguais aos primeiros exemplares criados por Deus.

Afresco de Michelangelo na Capela Sistina, no Vaticano, produzido entre 1509 e 1510. A obra foi inspirada no livro Gênesis, em que se relata a criação do homem e da mulher por Deus.

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PRATIQUE!

1. Resposta pessoal. Os estudantes devem pesquisar narrativas que explicam o mundo de forma diferente daquelas já conhecidas por eles. Incentive-os a pesquisar, por exemplo, as narrativas de diferentes povos indígenas. Essa atividade pode ser desenvolvida individualmente ou em grupo. Pode-se designar aos estudantes quais narrativas eles deverão apresentar para evitar apresentações sobre as mesmas narrativas.

1. Pesquise um mito de criação do Universo e da humanidade e, em uma cartolina, monte uma tirinha ou história em quadrinho sobre ela. Não se esqueça de citar a origem desse mito (seu povo e sua localização).

2. Em sua opinião, por que todas as sociedades, das mais antigas às mais novas, por mais diferentes que sejam entre si, possuem uma narrativa que explica o surgimento do mundo e dos seres humanos? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes apontem que esse tipo de questionamento faz parte da curiosidade humana de obter conhecimento e entender a sua origem e a do mundo.

3. Leia as afirmações sobre a criação da humanidade e assinale a alternativa correta. I. Desde os primórdios da humanidade, os povos demonstraram curiosidade sobre as origens dos seres humanos e do mundo. II. A cultura judaico-cristã afirma que a humanidade foi obra de um único criador e que as explicações para essa teoria constam no Gênesis, o primeiro livro da Bíblia. III. A linha criacionista que vigora na atualidade defende que a humanidade foi criada da forma como é hoje. d) Somente a afirmação III está correta. a) As afirmações I, II e III estão corretas. e) Nenhuma das afirmações está correta. b) Somente a afirmação II está correta. Refletir sobre nossas origens e sobre o sentido da vida sempre fez parte da curiosidade c) Somente a afirmação I está correta. humana. Entre as muitas respostas encontradas pela humanidade, o criacionismo é uma

Explicações científicas

delas. As religiões acreditam que os seres humanos foram criados por Deus, com base em sua imagem e semelhança; sendo assim, a imagem do homem na atualidade seria a mesma imagem do primeiro homem criado. O livro Gênesis relata o criacionismo. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

► Fóssil: vestígio antigo;

material orgânico que, ao se petrificar, mantém a forma original.

Meridiano de Greenwich

Apesar de as explicações mitológicas e religiosas existirem até hoje, Diálogos com Ciências com o desenvolvimento da Ciência, surgiu outro tipo de explicação. A Ciência criou um método de conhecimento fundamentado em experimentos, anáAo abordar as explicações científicas, é possível trabalhar em conjunto com o lises e testes em evidências materiais deixadas por nossos antepassados. componente de Ciências, que também Com base em evidências encontradas por cientistas, o continente africavai abordar, sob o olhar científico, o surgimento e o desenvolvimento da no passou a ser considerado “berço da humanidade”. Isso porque pesquisas vida no planeta. de diferentes áreas do conhePrimeiros antepassados humanos cimento, como Arqueologia e 0º OCEANO GLACIAL ÁRTICO Antropologia, indicam que nossos antepassados mais distantes tiveram origem nesse continente. Circulo Polar Ártico Essa afirmação é aceita de forma ÁSIA EUROPA AMÉRICA unânime entre os cientistas, já DO NORTE que os mais antigos fósseis Trópico de Câncer ÁFRICA foram encontrados na África. OCEANO PACÍFICO Equador Observe no mapa ao lado 0º AMÉRICA OCEANO OCEANO DO SUL ATLÂNTICO os locais onde os fósseis foram ÍNDICO Trópico de Capricórnio OCEANIA encontrados. Atente-se à legenda.

Circulo Polar Antártico

Localização dos fósseis de hominínios de 4 a 3,5 milhões de anos atrás.

IEA/ARQUIVO DA EDITORA

Aqui começa o conteúdo referente à aula 20.

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

ANTÁRTICA

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3 735

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. História

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Teoria da evolução biológica

ARIYANTODENI/ SHUTTERSTOCK.COM

Representação de Charles Darwin feita em aquarela.

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Para explicar tudo isso, os cientistas ingleses Charles Darwin (1809-1882) e Alfred Russel Wallace (1823-1913) elaboraram as bases do pensamento que originaram uma teoria que até hoje é aceita: a evolução biológica. Essa teoria, publicada em 1859 no livro que ficou conhecido como A origem das espécies, explica como ocorreram a origem, a evolução e a adaptação das diferentes espécies de seres vivos ao longo do tempo. Entre 1831 e 1836, Darwin viajou ao redor do mundo a bordo do navio Beagle. Ao longo do trajeto, Darwin e sua equipe coletaram e analisaram fósseis de espécies animais e vegetais. Já Wallace realiza entre os anos de 1854 e 1862 uma segunda viagem ao Arquipélago Malaio, também com o objetivo de estudar espécies de animais e vegetais e seus fósseis. Observando as fontes, ambos perceberam, por exemplo, que seres de uma mesma espécie apresentavam características diferentes dependendo do lugar onde viviam. E também que espécies diferentes que viviam no mesmo lugar apresentavam algumas características semelhantes. Ambas as descobertas causaram bastante curiosidade na equipe de pesquisadores. O mais curioso é que esse padrão se repetia em muitos lugares. Com isso, Darwin e Wallace concluíram, independentemente, que as características de uma população biológica, quando vantajosas, são transmitidas para seus descendentes; esse processo foi nomeado de evolução biológica. E, quando uma população não apresenta essas características vantajosas, sua adaptação ao ambiente é mais difícil e pode impactar diretamente sua capacidade de deixar descendentes. Assim, as características dessa população menos adaptada tenderiam a desaparecer nesse contexto ambiental. Tal processo recebeu o nome de seleção natural. Pensando nas conclusões sobre a evolução biológica e a seleção natural, os autores propuseram a ideia de ancestralidade comum, ou seja, todos os seres vivos estariam conectados por meio de um ancestral, e que, por meio das diversas modificações, originaram-se as diferentes espécies existentes hoje. Para Darwin, tal processo poderia ser organizado por meio de uma representação em árvore. Darwin e Wallace não foram os primeiros cientistas a chegar a essas conclusões, mas foram eles que apresentaram evidências mais consistentes, tornando-se, por isso, os mais conhecidos. As pesquisas sobre como todo esse processo ocorre continua até os dias atuais, por exemplo, foi só em 1950 que os cientistas identificaram o DNA e idealizaram o conceito de mutação, termo usado para caracterizar uma mudança genética, podendo ser adaptativa, e que é repassada para os descendentes. Nesse sentido, nossa espécie, como todos os outros seres vivos, passou e vem passando pelo processo evolutivo. História

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PRATIQUE!

4. Observe a imagem a seguir e responda à questão. frutos grandes e duros

frutos pequenos e duros

néctar da flor de cacto insetos grandes

SELMA CAPARROZ

insetos pequenos

Em sua viagem ao arquipélago de Galápagos, Charles Darwin identificou diferentes espécies de tentilhão, os pássaros da imagem, e a partir de seus estudos sobre elas, percebeu suas relações de parentesco. Com base na imagem, explique a teoria evolucionista de Darwin. A teoria evolucionista de Darwin defende que os seres vivos podem passar por mutações capazes de transformar suas características. A imagem mostra como este grupo de pássaros adaptou o formato de seu bico transformado de acordo com o tipo de comida mais encontrada em cada ilha.

5. Além das observações sobre os tentilhões, realizadas nas viagens, Darwin considerou quais outras evidências para elaborar sua teoria evolucionista? Darwin também observou diversos fósseis de espécies de animais e vegetais que possibilitaram a ele acompanhar o processo de transmutação desses seres vivos até o estágio constatado por ele na viagem.

6. Explique os dois seguintes pontos da evolução biológica: I. Populações diferentes que habitam o mesmo local apresentam características semelhantes. II. Populações similares que vivem em locais distintos apresentam características diferentes umas das outras. Darwin concluiu que indivíduos de uma mesma população tinham características distintas se vivessem em lugares diferentes, apresentando características adaptativas diferentes, uma vez que o processo de seleção natural atuou distintamente nessas duas populações. Enquanto, por outro lado, seres de espécies diferentes, vivendo no mesmo lugar, apresentavam algumas características semelhantes, visto que tais populações vivenciavam pressões seletivas semelhantes.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 2 da seção Amplie. História

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 21.

Debates entre criacionismo e a teoria da evolução

A alternativa a está incorreta, pois o criacionismo como ideia contraditória entre os deuses está evidenciado nos primeiros quadros, mas não no último. A alternativa b está incorreta, pois em nenhum momento há uma interligação entre as teses evolucionista e criacionista. A alternativa c está correta; o elemento humorístico da tirinha está destacado na surpresa dos deuses ao descobrirem uma teoria com base em evidências, diferente da concepção criacionista que se baseia na fé. A alternativa d está incorreta; o aparecimento da teoria evolucionista não encerra a existência do criacionismo. A alternativa e está incorreta; com as provas e evidências de Darwin, o criacionismo sofre críticas, invalidando seu status irrefutável.

Como vimos, ambas as teorias explicam, de maneira diferente, a criação da vida. O criacionismo elabora suas explicações com base na fé e em relatos considerados sagrados. O evolucionismo, por sua vez, elabora suas afirmações por meio de observações e evidências científicas, conhecimentos que fazem parte do que é chamado método científico. Uma outra diferença entre tais proposições é que, no criacionismo, existe uma justificativa sagrada para a criação, enquanto a teoria da evolução biológica compreende que os eventos que dão origem às características dos seres vivos são coincidências dependentes de condições ambientais. Desde o século XIX tem havido debates entre criacionistas e teóricos da evolução biológica, e já houve momentos em que as duas concepções se aproximaram e ocasiões de total distanciamento entre elas. Os debates deixam claro que existem diferentes explicações para a origem do mundo e da humanidade. Tanto a ciência quanto a religião são presenças significativas em todas as sociedades, e para compreendermos a história de um povo, todas essas concepções devem ser levadas em consideração. O que você pensa sobre a coexistência de explicações tão diferentes na mesma sociedade? É possível acreditar em posicionamentos tão distintos ao mesmo tempo?

De olho no simulado

I – F; II – V; III – F. A figura esquematiza uma situação hipotética em que variados tipos de fóssil são encontrados em camadas mais ou menos profundas de um terreno. As camadas mais profundas tendem a conter fósseis mais antigos do que as mais superficiais, em

que os sedimentos se depositaram mais recentemente. As teorias evolutivas se contrapõem às ideias fixistas, segundo as quais os organismos teriam sido criados em algum momento da história da Terra e permanecido da forma como são até hoje.

BLUERINGMEDIA/SHUTTERSTOCK.COM

A ilustração simplificada ao lado representa fósseis hipotéticos encontrados em variadas camadas de um terreno. Observe a imagem com atenção. Sobre a situação, são feitas as seguintes afirmativas.

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I. A figura indica que todos os organismos foram criados em dado momento da história da Terra e permanecem até hoje como sempre foram. II. Os fósseis encontrados na camada mais próxima ao rio provavelmente são mais antigos que aqueles encontrados nas camadas superiores. III. A teoria da seleção natural não explica a diversidade de fósseis, já que se aplica apenas aos seres vivos atuais. Está correto o que se afirma em d) I e II, apenas. a) I, apenas. e) II e III, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas.

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PRATIQUE!

7. Leia o trecho a seguir para responder à questão. A identidade humana é um traço característico de cada ser que permite distinguir um indivíduo de outro, um grupo de outros grupos ou ainda uma civilização de outra. Refere-se, de modo específico, às características próprias de cada um, da espécie humana e da sociedade. Ela demarca as semelhanças e diferenças entre os seres humanos, destacando suas características físicas, seu modo de pensar, ser e agir, bem como permite ao sujeito construir e desenvolver os traços da sua própria história. […] MARTINAZZO, Celso José. Identidade humana: unidade e diversidade enquanto desafios para uma educação planetária. Contexto e Educação. Editora Unijuí. Ano 25, n. 8, 4 jul./dez. 2010. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/ contextoeducacao/article/view/460/269. Acesso em: 24 jul. 2023.

Com base no texto, explique por que para a ciência histórica é importante estudar tanto as narrativas religiosas e mitológicas quanto as científicas. Para a ciência histórica é importante estudar tanto as narrativas religiosas e mitológicas quanto as científicas porque elas representam visões de mundo das sociedades humanas e fazem parte do modo como as pessoas o percebem. São elementos que fundamentam valores, comportamentos e servem como motivação de atuação no mundo.

8. Considerando a importância da religião para a construção de diferentes culturas humanas e da teoria da evolução como forma de explicar o surgimento das diferentes espécies de nosso planeta, é possível que tais ideias coexistam em uma mesma sociedade? Converse com o professor e os colegas. Resposta pessoal. Reservar um tempo nesta ou na aula seguinte para a discussão. É preciso atentar-se para que todas as respostas sejam respeitadas. Este é um ótimo momento para os estudantes exercitarem a tolerância diante de diferentes visões de mundo. Reforçar que se trata de um debate de ideias.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 22.

Nossos ancestrais: Hominídeos, hominínios e Homo Vimos que o estudo dos fósseis é de grande importância para que os cientistas consigam compreender cada vez mais a história de nossos antepassados. Mas quem foram nossos antepassados? Como seria nossa árvore genealógica? Ao estudar fósseis de nossos antepassados e compará-los com os de outros primatas, como gorilas, orangotangos e chimpanzés, os paleontólogos perceberam que havia semelhanças entre eles. Propuseram, então, um ancestral comum entre as espécies e concluíram que, há aproximadamente 7 milhões de anos, ocorreu uma modificação genética entre um grupo de descendentes desse ancestral comum. O grupo que engloba nossos ancestrais e os grandes primatas é chamado de hominídeos. Já o grupo que se refere apenas a nossos ancestrais, que fazem parte da linhagem que deu origem a nossa espécie, é chamado de hominínios. Finalmente, o grupo que corresponde aos nossos ancestrais mais próximos é chamado de Homo. Este gênero geralmente é acompanhado de um complemento de espécie, por exemplo, nós somos denominados de homo sapiens sapiens.

Evolução humana

Presente

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Homo sapiens

chimpanzé

Homo neanderthalensis Homo erectus

EreborMountain/Shutterstock.com

especialista em espécies existentes em períodos geológicos passados, cujos estudos são feitos por meio de fósseis. Genética: ramo da Biologia que estuda como se transmite de geração em geração os caracteres dos seres vivos: sua forma, estrutura, fisiologia, comportamento etc. Hominídeo: grupo pertencente à ordem dos primatas, do qual fazem parte humanos, gorilas, chimpanzés e orangotangos. Hominínio: grupo pertencente à tribo hominini, que corresponde aos humanos atuais e nossas espécies ancestrais. Homo: gênero específico do qual fazem parte os ancestrais mais próximos da espécie humana atual.

Milhões de anos atrás

► Paleontólogo:

Paranthropus robustus boisei Homo habilis Australopithecus garhi

Australopithecus ramidus

Australopithecus africanus

Australopithecus afarensis Australopithecus anamensis

Ancestral hominídio

História

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► Savana: tipo de

região geográfica onde o terreno é plano, com vegetação baixa e poucas árvores.

Réplica do esqueleto e reconstituição de Lucy, em exposição no Museu da Evolução Humana, da cidade de Burgos, Espanha. Fotografia de 2014.

CRO MAGNON/ALAMY/FOTOARENA

Os hominídeos viviam em bandos nas florestas africanas e se locomoviam com os quatro membros (ou seja, eram quadrúpedes). Aos poucos, saíram desses ambientes para viver nas savanas. Em um novo ambiente, as populações que apresentavam o andar bípede conseguiram deixar mais descendentes, fazendo que essa característica se tornasse mais comum em toda a população. Assim como nossos ancestrais hominídeos, nossos ancestrais hominínios tinham o polegar opositor. Porém, em razão de sua postura bípede, suas mãos tornaram-se livres e, assim, aprimoraram o movimento de pinça feito com o polegar e o indicador, tornando-o cada vez mais preciso para pegar e carregar objetos, alimentar-se enquanto caminhavam e usar ferramentas de defesa contra predadores. Além disso, o fato de estarem em pé permitia enxergar mais longe e, assim, encontrar alimentos com mais facilidade e rapidez e prever riscos com antecedência. Você já percebeu quanto o movimento de pinça é importante em sua vida? Ele possibilita pegar e manipular objetos. Os estudiosos observaram uma relação entre o desenvolvimento do movimento de pinça e o aprimoramento do cérebro humano: quanto mais nossos ancestrais manuseavam objetos mais seu cérebro era capaz de criar, inventar e raciocinar. Em 1974, uma equipe internacional de cientistas encontrou o fóssil de um hominínio na Etiópia, África. A análise revelou se tratar de uma mulher que teria vivido há aproximadamente 3,2 milhões de anos. Os cientistas a batizaram de Lucy, a qual tinha pouco mais de 1 metro de altura e cerca de 29 quilos e já caminhava ereta sobre duas pernas. Lucy faz parte de um gênero de hominínio chamado Australopithecus. Descobertas posteriores a Lucy, como a de pegadas fossilizadas, demonstraram que esses antepassados já estavam presentes em algumas partes do planeta há cerca de 4 milhões de anos! Os Australopithecus geraram como descendentes outras espécies de hominínios. Esses descendentes se tornaram cada vez mais altos, passaram aos poucos a dominar a natureza e a se comunicar usando linguagens específicas.

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9. Leia a seguir o trecho de uma entrevista com a paleoantropóloga Carol Ward para responder às questões. Qual passo foi mais importante na nossa evolução? Cérebros maiores ou bipedismo? CAROL WARD Claramente, a característica mais incomum e distintiva de humanos hoje é o nosso cérebro incrível. Nossos cérebros podem fazer coisas que outros animais no planeta sequer chegaram perto de fazer. Ele nos dá cultura e linguagem — e todas essas coisas que nos fazem diferenciados como espécie. Mas o registro de fósseis nos conta que talvez tenhamos começado a andar eretos há cerca de 6 milhões a 4 milhões de anos. Cérebros de hominídeos ancestrais não começaram a aumentar de tamanho até 2 milhões de anos atrás, então, nos primeiros dois terços da evolução humana, a mudança no tamanho do cérebro não foi um evento realmente significativo. […] GARLINGHOUSE, Tom. Os fósseis que desvendam o mistério do bipedismo humano. Nexo, 8 jun. 2019. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/externo/2019/06/08/Os-f%C3%B3sseis-que-desvendam-o-mist%C3%A9rio-dobipedismo-humano. Acesso em: 18 jul. 2023.

a) Como você responderia à pergunta feita pela entrevistadora? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes ponderem sobre o que eles julgam ser o fator mais importante para a evolução humana, cérebros maiores ou o bipedismo.

b) Que argumentos a paleoantropóloga utiliza para responder à pergunta da entrevistadora? Carol afirma que o bipedismo foi o passo mais importante, pois essa foi a primeira mudança que nos diferenciou dos nossos ancestrais. Enquanto a mudança no tamanho do cérebro começou a ocorrer apenas há 2 milhões de anos, fator que teria sido tardio na linha cronológica evolutiva.

c) Quais outras justificativas a paleoantropóloga poderia usar para complementar sua resposta? Carol poderia ter complementado sua resposta dizendo que o bipedismo foi um fator essencial para a sobrevivência dos nossos ancestrais, possibilitando prever perigos com antecedência, deixando nossas mãos livres para outras atividades (comer ou manusear ferramentas) e para desenvolvermos o movimento de pinça.

d) Em contrapartida, como a paleoantropóloga avalia o outro elemento citado na pergunta? Carol avalia que, atualmente, o cérebro é a nossa característica mais importante, mas que, na evolução humana, ele teve um papel secundário. Ela entende que nosso cérebro é o que temos de mais incomum: “Ele nos dá cultura e linguagem — e todas essas coisas que nos fazem diferenciados como espécie”.

10. Leia o trecho a seguir e sublinhe as informações sobre o local de origem dos seres humanos. Os primeiros homens Os etíopes, como afirmam os historiadores, foram os primeiros de todos os homens, e as provas disso são evidentes. Praticamente todos concordam em que eles não chegaram como imigrantes às terras que ocupam, mas delas eram nativos e, por essa razão, ostentam com justiça o título de “autóctones”. Além disso, foram […], com toda probabilidade, os primeiros a serem gerados pela terra, uma vez que se deve ao calor do sol, no surgimento do universo, o tê-la enxugado, quando ainda estava úmida, e a impregnado de vida. Sendo assim, é razoável supor que a região mais próxima do Sol tenha sido a primeira a produzir seres vivos. COSTA E SILVA, Alberto da. (Org.). Imagens da África. São Paulo: Penguin, 2012. p. 20-21. 424

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 4 da seção Amplie.

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► Etíope:

denominação usada para designar os africanos negros que viviam na região próxima ao rio Nilo, desde o século I. Autóctone: pessoa que nasce e vive em um mesmo local; um dos primeiros habitantes de um lugar. História

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Aqui começa o conteúdo referente às aulas 23 e 24.

Constantes descobertas arqueológicas Vimos que existem diferentes espécies de hominínios, mas por que atualmente apenas nós, os Homo sapiens sapiens, existimos? O que aconteceu com os nossos ancestrais? Há alguns anos, arqueólogos realizaram uma nova descoberta de fósseis em uma região do Quênia, na África. Tratava-se de um grupo de hominínios que viveu há cerca de 2,4 milhões de anos. No entanto, o grupo encontrado era diferente daquele já conhecido pelos cientistas, da Australopithecus Lucy, lembra? Os fósseis descobertos eram de seres com estrutura óssea mais parecida com a dos seres humanos modernos. Eram mais altos que os Australopithecus e tinham cérebro duas vezes maior que estes. Por essa razão, esse novo grupo foi chamado pelos cientistas de Homo habilis. As pesquisas indicam que o Homo habilis conviveu com o Australopithecus, embora os últimos vestígios da existência dos descendentes de Lucy sejam de 1,5 milhão de anos. Por sua vez, o Homo habilis tornou-se capaz de fabricar instrumentos grosseiros de pedra e foi sobrevivendo e sofrendo mutações em sua estrutura física e intelectual enquanto se adaptava às diferentes realidades de clima, alimentação ou relevo. De acordo com os cientistas, foi exatamente essa capacidade de adaptação ao meio que possibilitou a evolução da espécie humana. Desse processo, surgiram grupos descendentes: o Homo erectus, o Homo neanderthalensis e o Homo sapiens. Nós pertencemos à última espécie. Em virtude disso, os cientistas afirmam que toda a humanidade faz parte de uma única espécie. A descoberta do Homo habilis foi o resultado de apenas uma de muitas pesquisas. A capacidade evolutiva dos hominínios deu origem a diversas classificações de gêneros (Homo e Australopithecus) e espécies (Homo habilis e Australopithecus africanus).

História

Monkey Business Images/Shutterstock.com

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#ficaadica Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham) Há museus no Brasil com fósseis em seus acervos. Um acervo muito importante é o do Fumdham, em São Raimundo Nonato (Piauí), local que abriga um dos sítios arqueológicos mais famosos do país.

http://ftd.li/q955cy

Nós, seres humanos, fazemos parte espécie. Porém, temos diferentes características físicas, como é possível observar imagem: somos ao mesmo tempo iguais e diferentes.

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ESTÚDIO AMPLA ARENA

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PRATIQUE!

11. Sobre o nosso ancestral mais antigo, responda: a) Como é chamado o nosso ancestral hominínio mais antigo encontrado até hoje? O nosso ancestral hominínio mais antigo é o Australopithecus.

b) Segundo as pesquisas, há quanto tempo eles viveram? Eles viveram entre 4 milhões e 1 milhão de anos atrás.

c) Quais eram suas características físicas mais marcantes? Era parecido com o chimpanzé, porém mais alto, tinha o crânio semelhante ao dos macacos e se locomovia sobre os dois pés (bipedismo). Usava as mãos para pegar frutas e atirar pedras para abater animais.

12. Qual das espécies Homo foi a primeira a deixar o continente africano? Que importante legado esse grupo nos deixou e que mudanças isso proporcionou? O Homo erectus foi o primeiro a ter deixado a África entre as espécies Homo. Ele viveu provavelmente entre 1,8 milhão e 50 mil anos atrás. Deixou como legado o domínio do fogo, o que lhe possibilitou passar por um processo de redução dos músculos da mastigação e o ajudou a viver em regiões mais frias do planeta.

13. Em suposto sítio arqueológico foi encontrado um esqueleto, colocado de lado e com os joelhos dobrados datados de 30 mil anos atrás. Junto a ele, foram encontradas estátuas, restos de alimentos, vasos e flautas de osso. Com base nessas informações, quais hipóteses podemos levantar para determinar a espécie do esqueleto encontrado? Com base nas informações do suposto sítio arqueológico, o esqueleto poderia ser Homo neanderthalensis ou Homo sapiens já que os dados apresentados aparentam ser de um ritual funerário, pelo modo como o esqueleto

ESTÚDIO AMPLA ARENA

estava disposto e as oferendas que o acompanhavam, característica presente apenas nessas espécies.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 5 da seção Amplie. História

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 25.

Encontros entre diferentes espécies do gênero Homo Certas espécies do gênero Homo chegaram a conviver por certos períodos. Pesquisas mostram que o Homo habilis e o Homo erectus viveram na mesma época. O mesmo ocorreu com o Homo neanderthalensis e o Homo sapiens. Leia o texto a seguir para saber mais sobre esses encontros. Estudo indica que humanos tiveram filhos com neandertais

MARCIN ROGOZINSKI/ALAMY/FOTOARENA

Um estudo mostrou que todos os humanos, exceto os de ancestralidade puramente africana, têm em seu DNA uma contribuição de 1% a 4% de elementos genéticos de neandertais, indicando que […] cruzaram entre si e geraram descendentes comuns. […] Traços da contribuição genética do neandertal foram encontrados em populações europeias, asiáticas e da Oceania. […] Este cruzamento pode ter ocorrido quando os humanos deixavam o continente africano, talvez no norte da África ou na península arábica. Segundo a teoria que diz que o mundo foi povoado a partir da África, o homo sapiens substituiu gradativamente […] os neandertais.

NATURAL HISTORY MUSEUM, LONDON / ALAMY / FOTOARENA

RINCON, Paul. Estudo indica que humanos tiveram filhos com neandertais. BBC News Brasil, 7 maio 2010. Disponível em: www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/05/100506_neandertais_ rc. Acesso em: 21 ago. 2023.

Reconstituições faciais do Homo neanderthalensis (acima) e do Homo sapiens moderno (abaixo), ambos de grupos que viveram na Europa. Museu de História Natural de Londres, 2015.

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O estudo do DNA dos humanos modernos mencionado no texto contrapõe-se definitivamente à hipótese de que o processo evolutivo do ser humano tenha ocorrido “em linha reta”. A notícia nos mostra que até hoje existem pesquisas para entender como ocorreu a evolução humana. Por meio de pesquisas já consolidadas, sabemos que cada espécie Homo possuía diferenças e semelhanças entre si. Os Homo neanderthalensis, por exemplo, tinham rosto protuberante e o nariz mais largo em comparação aos Homo sapiens. Também eram menores, com ossos mais largos e mais fortes; acredita-se que essas características estavam relacionadas às adaptações para suportar o frio. Diferentes hipóteses tentam explicar por que o Homo neanderthalensis desapareceu e o Homo sapiens sobreviveu até os dias atuais. A maioria delas admite um conjunto de fenômenos, que inclui o processo evolutivo da espécie, catástrofes naturais (erupções vulcânicas, por exemplo) e cruzamentos genéticos entre diferentes espécies. História

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Idade de um fóssil Até agora vimos que os estudos de fósseis são fontes muito importantes para entendermos como era a vida dos nossos ancestrais. Mas como os fósseis se formam? E como obtemos todas essas informações sobre eles? Para que um organismo se fossilize, ao morrer, ele precisa estar protegido do vento, da chuva e do sol. Mas como é possível saber quanto tempo tem um fóssil? Uma das técnicas mais utilizadas é o teste do carbono-14. Todos os organismos vivos absorvem oxigênio e eliminam gás carbônico na respiração. Observe o esquema.

Diálogos com

Ciências

Diálogos com

Geografia

Os componentes de Ciências e Geografia também abordam a temática dos fósseis, como eles se formam e as informações que podemos obter por meio desse estudo.

STUDIO BKK/SHUTTERSTOCK.COM

oxigênio (O2)

gás carbônico (CO2)

A respiração é uma troca de gases entre um organismo e o meio ambiente. Ao respirar, o organismo absorve o oxigênio do ar e elimina o gás carbônico resultante do metabolismo celular.

Arqueólogo encontra crânio em escavação na cidade de Ashkelon, Israel, 2010.

CHAMELEONSEYE/SHUTTERSTOCK.COM

Quando o organismo morre, o processo de respiração é interrompido, e o carbono que seria expirado fica preso no corpo, pois já não há mais essa troca de gases. Os cientistas, então, calculam a diferença entre a quantidade de carbono normal e o carbono-14, elemento que decai em quantidade conforme a passagem do tempo. O resultado desse cálculo determina há quanto tempo o fóssil existe. O teste do carbono-14 possibilita datar fósseis de até 70 mil anos. Já para conhecer a idade do planeta Terra, por exemplo, são feitos cálculos com outros elementos químicos também presentes na natureza, como o potássio-40 ou o urânio-238, capazes de indicar datações de mais de 4 bilhões de anos.

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XOLODAN/SHUTTERSTOCK.COM

Arqueólogo trabalhando em processo de escavação.

Como estudamos anteriormente, com a análise dos fósseis, os cientistas descobrem informações e elaboram hipóteses e teorias sobre o passado. Por meio do estudo de um fóssil humano, por exemplo, é possível saber como indivíduos e grupos humanos do passado alimentavam-se, locomoviam-se e até como morreram. Além disso, muitas vezes ao lado dos fósseis humanos, arqueólogos descobrem, no processo de escavação, ferramentas, roupas, utensílios ou resto de alimentos fossilizados que contribuem para o conhecimento do passado.

PRATIQUE!

14. Sobre os fósseis, assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso. V

Fósseis de animais ou plantas são os restos de seres vivos do passado.

F

Para que um organismo passe pelo processo de fossilização, basta que seus restos mortais fiquem expostos ao vento, à chuva e ao sol.

V

A quantidade de carbono-14 em um fóssil é usada para determinar há quanto tempo ele existe.

V

Com base no estudo dos fósseis, é possível conhecer a alimentação e o modo como se locomoviam os seres humanos do passado.

F

Mesmo com as descobertas por meio do estudo dos fósseis, é impossível ter informações sobre os hominídeos que viveram no planeta há milhões de anos.

15. Reescreva as alternativas da atividade anterior que você considerou falsas, corrigindo-as. Para que um organismo passe pelo processo de fossilização, basta que seus restos mortais fiquem protegidos do vento, da chuva e do sol. Com base nas descobertas por meio do estudo dos fósseis, é possível ter informações sobre os hominídeos que viveram no planeta há milhões de anos.

16. Releia o texto da BBC News Brasil e cite dois argumentos defendendo a hipótese de que diferentes espécies do gênero Homo conviveram em certos períodos no passado. 1º: Todos os humanos, exceto os de ancestralidade puramente africana, carregam em seu DNA de 1% a 4% de elementos genéticos do Homo neanderthalensis. 2º: Traços da contribuição genética do neandertal foram encontrados em populações europeias, asiáticas e da Oceania. Os estudantes também podem citar a convivência entre Homo habilis e Homo erectus.

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História

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17. Pesquise quais características do Homo sapiens os cientistas acreditam que o ajudaram a ter tanto sucesso em sua sobrevivência e por quê. Espera-se que os estudantes encontrem respostas como a capacidade de adaptação a ambientes extremos; a capacidade de estabelecer relações com todos os membros de nossa espécie, o que possibilita a troca de conhecimentos; o cruzamento entre grupos mais resistentes e adaptáveis, o que pode ter acelerado o desenvolvimento de capacidades cognitivas exclusivas do Homo sapiens etc.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 6 e 7 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 26.

Estudamos que a África é considerada o berço da humanidade, porque foi lá que nossos primeiros ancestrais surgiram. Mas por que esse evento ocorreu justamente lá? Os estudiosos sobre o tema afirmam que a África ofereceu as condições geográficas ideais para o desenvolvimento do gênero Homo, como os tipos de clima, as formações de relevo, a variedade vegetal e animal e a presença de água. Estima-se que essas condições já existiam entre 4 e 2 milhões de anos atrás — o que não ocorreu em outras regiões do planeta, que passaram por eras glaciais. Assim, a realidade geográfica africana possibilitou que os hominídeos se adaptassem ao meio e passassem por transformações físicas que viabilizaram o desenvolvimento de habilidades que garantiram sua existência. As populações que deixaram o continente africano se adaptaram gradualmente às condições naturais dos outros continentes para sobreviver. Houve mudanças na estatura, na massa corporal, na quantidade de pelos etc. O fóssil mais antigo encontrado na Grã-Bretanha, por exemplo, tem aproximadamente 10 mil anos. Sua reconstituição, feita em 2018, pressupõe que o indivíduo tinha pele escura, mas cabelos lisos e olhos azuis. Observe a imagem ao lado. Para fazer essas longas viagens, os grupos de origem africana levavam instrumentos de pedra feitos para cortar ou cavar, raspadeiras, machados, além de tecidos que garantiam proteção contra os rigores climáticos. O fogo era fundamental nessas jornadas, Reconstituição facial de fóssil encontrado na Grã-Bretanha, feita com scanner de última geração, pois os mantinha aquecidos, além de ser usado para revela algumas características físicas de grupos cozinhar alimentos e garantir sua segurança, afastando de Homo sapiens que viveram naquela região. animais perigosos. O controle do fogo acabou possibilitando ao Homo erectus dominar a natureza. História

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JUSTIN TALLIS/AFP/GETTY IMAGES

Evolução e primeiras tecnologias

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PRATIQUE!

De Agostini/Getty Images

18. Observe a imagem a seguir para responder à questão.

a) Descreva as atividades que os hominínios da imagem estão realizando. A imagem representa o cotidiano pré-histórico de um grupo de hominínios. Há indivíduos preocupados com a segurança, outros realizando pinturas rupestres, outros cuidando de crianças.

b) Utilizando os elementos representados na imagem, justifique por que a África é considerada o berço da humanidade. A África oferecia condições geográficas propícias à existência e ao desenvolvimento dos seres humanos, como os tipos de clima, as formações do relevo, a variedade vegetal e animal e a presença de água. É possível perceber que o clima está agradável na imagem; pode-se perceber que o terreno apresenta colinas e formações rochosas maiores, bem como diferentes vegetações e animais.

19. O que ajudou as espécies do gênero Homo nas longas jornadas para sair do continente africano? O domínio do fogo, que aquecia, cozinhava os alimentos e afastava animais perigosos; o conhecimento de instrumentos para cortar ou cavar; o uso de peças que protegiam dos rigores do clima etc.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 8 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 27.

Nomadismo como sobrevivência

JARUN TEDJAEM/SHUTTERSTOCK.COM

Sobre esse assunto, consulte os seguintes textos-base: <http://ftd.li/hqdiwx>; <http://ftd.li/7jyzia>.

História

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► Sedentário:

aquele que tem habitação fixa; quem não se movimenta muito; que se exercita pouco.

Nas imagens abaixo, à esquerda, pintura rupestre de uma figura humana puxando um animal. A cena retrata um estilo de vida típico de uma comunidade agrícola pré-histórica. À direita, foice de pedra usada pelos primeiros grupos que dominaram a agricultura.

JUAN AUNION/SHUTTERSTOCK.COM

Desde o surgimento da humanidade, nossos antepassados pré-históricos tiveram de se deslocar de um lugar a outro para encontrar alimento. Essa prática, conhecida como nomadismo, foi fundamental para que os hominínios sobrevivessem ao longo de milhares de anos como caçadores e coletores. Quando os recursos oferecidos pela natureza de determinado local se esgotavam, era hora de buscar outro lugar com condições necessárias à sobrevivência do grupo. Essa prática vigorou até por volta de 12 mil a 10 mil anos atrás, momento em que o ser humano começou a dominar a agricultura. A hipótese mais provável defende que, à medida que observavam que nasciam plantas frutíferas nos locais em que jogavam sementes, os grupos humanos começaram a armazená-las e a plantá-las, dando início às primeiras técnicas agrícolas de cultivo de alimentos. Com o desenvolvimento da agricultura, alguns grupos passaram a se fixar por mais tempo em determinados lugares, formando as primeiras comunidades sedentárias de que temos conhecimento. Normalmente essas comunidades se localizavam em regiões de terra fértil. Nessas comunidades começaram a construir moradias (de barro, pedra e madeira). De acordo com vestígios encontrados, essas primeiras sociedades sedentárias surgiram na região do atual Oriente Médio. Inicialmente eram apenas alguns grupos de pequenas famílias, que, aos poucos, com o tempo, cresceram até se transformarem nas primeiras tribos. O domínio da agricultura e a domesticação de animais foram processos lentos que não ocorreram ao mesmo tempo em todos os lugares, mas são marcos da transição do nomadismo para o sedentarismo. Na região da Floresta Amazônica, por exemplo, arqueólogos observam que essa mudança de comportamento entre habitantes da floresta ocorreu há aproximadamente 10 mil anos. Em alguns sítios arqueológicos da região foram encontradas grandes quantidades de açaí, mandioca, abóbora, feijão, amendoim, pimenta etc. Isso mostra a existência de grupos que já dominavam o cultivo de certas espécies vegetais locais, o que pode ter contribuído para o sedentarismo naquele período. Mas os estudos ainda não conseguiram revelar se esses grupos formaram aldeias, por quanto tempo ficavam em um mesmo local e se as estações de chuva e de seca exerciam alguma influência no período de sedentarismo etc.

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PRATIQUE!

20.O que marcou a transição do nomadismo para o sedentarismo nos grupos humanos e quando isso começou a acontecer? O domínio da agricultura, que começou a ocorrer entre 12 mil e 10 mil anos atrás.

21. Leia o texto a seguir para responder à questão. A primeira grande mudança na alimentação — a primeira revolução alimentar — ocorreu com o advento da agricultura. O homem passou de caçador a agricultor [...]. LUSTOSA, Marta M. Amaral. Humanidade, desenvolvimento e alimentação: que futuro é esse? Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: https://docplayer. com.br/89009036-Humanidade-desenvolvimento-e-alimentacao-que-futuro-eessemarta-moeckel-amaral-lustosa.html. Acesso em: 21 ago. 2023.

a) Como a primeira revolução alimentar, citada no texto, transformou o estilo de vida nômade? O ser humano, ao deixar de ser caçador, deixa o estilo de vida nômade — no qual ele é obrigado a se deslocar em busca de comida —, para ser agricultor, fixando moradia em um único local onde tem acesso a legumes, vegetais e frutas plantadas por ele.

b) Explique como o processo das transformações do estilo de vida nômade ocorreu no mundo. O ser humano não deixou de ser nômade e passou a ser sedentário de repente; foi um processo lento e sinuoso que ocorreu em diversas partes do mundo, tendo iniciado há aproximadamente 10 mil anos.

22. O período Neolítico correspondeu a um aumento gradual da população humana. Com base nessa informação, explique como a revolução agrícola contribuiu para esse aumento populacional. O aumento do alimento disponível, graças à revolução agrícola, ao desenvolvimento de ferramentas e de conhecimentos agrícolas e à criação de locais de armazenagem, contribuiu para a melhoria das condições de natalidade e o cuidado da prole proporcionados pelo sedentarismo.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 9 da seção Amplie.

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Amplie 1. Explique a presença de narrativas mitológicas e religiosas em todas as sociedades humanas, das mais antigas às mais atuais. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes apontem que questionamentos sobre a origem da vida e especificamente da nossa são idagações persistentes na humanidade, que fazem parte de nossa consciência e curiosidade sobre o mundo.

2. Leia o texto a seguir para responder à questão. Quando um vírus está circulando amplamente em uma população, e causando muitas infecções, a probabilidade de sofrer mutação aumenta. […] O aparecimento de mutações é um evento natural e esperado dentro do processo evolutivo de qualquer vírus […]. VALVERDE, Ricardo. O que são mutações, linhagens, cepas e variantes? Agência Fiocruz de Notícias. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/o-que-sao-mutacoes-linhagens-cepas-e-variantes . Acesso em: 24 jul. 2023.

a) Relacionando o texto e a teoria de Darwin, explique como ocorre o processo evolutivo. O processo evolutivo ocorre por meio de mutações.

b) Segundo o texto, em que condições o processo evolutivo de um vírus se intensifica? O processo evolutivo do vírus intensifica-se quando ele está circulando amplamente em uma população, aumentando a probabilidade de mutações.

c) Como o texto classifica a teoria da evolução? O texto classifica a teoria da evolução como um processo natural dos seres vivos.

3. Leia o texto a seguir para responder à questão. Ao contrapormos o evolucionismo e o criacionismo em uma aula de ciências, estamos colocando no mesmo patamar uma crença religiosa e 150 anos de evidências científicas sólidas. […] Uma pauta religiosa deve se restringir às aulas de filosofia e/ou religião e não pode moldar o ensino de ciências. SOUZA, Sandro de. Déjà-vu. Folha de S.Paulo, 12 fev. 2019. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/02/deja-vu.shtml. Acesso em: 24 jul. 2023.

Com base no texto, debata com seus colegas sobre as abordagens de pautas religiosas, como o criacionismo, em relação à compreensão da História. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes debatam sobre a importância da pesquisa científica para compreender a origem da humanidade, sem tratar as religiões de forma preconceituosa.

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4. Quais características anatômicas foram essenciais para o processo evolutivo humano? Entre as características anatômicas essenciais para o processo evolutivo humano estão o bipedismo, que permitiu um alcance de visão maior e que as mãos pudessem ficar livres para outras ações, e os polegares opositores, que permitem o movimento de pinça.

5. Que população do gênero Homo acredita-se ter sido a primeira a sair do continente africano? Quando ocorreu e o que a ajudou na empreitada? O Homo erectus. Estima-se que deixou a África pela primeira vez há 130 mil anos. O domínio do fogo pode tê-lo ajudado a enfrentar temperaturas mais baixas e a espantar animais perigosos.

6. Que tipos de informação os fósseis indicam aos cientistas? Por meio do estudo dos fósseis, os cientistas descobrem informações sobre o passado. É possível, por exemplo, conhecer os hábitos de alimentação, locomoção e organização social dos humanos em determinada época.

7. Foi comprovado que o processo evolutivo dos seres humanos não aconteceu em “linha reta”. Dessa forma, explique com suas palavras como ocorreu esse processo. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que o processo evolutivo dos seres humanos ocorreu de forma sinuosa, seus argumentos podem basear-se na convivência e no cruzamento entre espécies diferentes e até mesmo no gradual processo de seleção natural.

8. Que tipo de mudanças físicas ocorreu nos hominínios que saíram da África? Ao deixar a África, os hominínios se adaptaram gradualmente às condições naturais dos outros continentes para sobreviver. Houve mudanças na estatura, na massa corporal, na quantidade de pelos etc.

9. Quais tecnologias e habilidades desenvolvidas por nossos ancestrais foram fundamentais para que eles pudessem sair da África em direção a outros lugares do mundo e, assim, garantir a sobrevivência da espécie? Nossos ancestrais precisaram desenvolver ferramentas de pedra e pensar em formas de adaptar-se ao frio, seja por meio de confecções de roupas ou pelo fogo — elemento que, ao ser dominado, também serviu para cozinhar alimentos e aprimorar a segurança. Além disso, o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais garantiu segurança alimentar e permitiu o processo de sedentarização.

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Síntese

Origens do ser humano

1. Quais são as principais explicações para a origem da humanidade? O evolucionismo e o criacionismo.

2. O que é o criacionismo? É a explicação religiosa sobre a origem do Universo e da humanidade.

3. Como o criacionismo, com base na doutrina judaico-cristã, explica a origem do ser humano? Por meio de mitos e textos religiosos, como o livro Gênesis, da Bíblia.

4. O que é a teoria da evolução biológica? É uma teoria científica que explica a origem das diferentes espécies existentes em nosso planeta.

5. Como a teoria da evolução biológica explica a origem do ser humano? Por meio das mutações pelo processo de seleção natural.

6. Como a teoria da evolução biológica comprova sua tese? Por meio da análise comparativa entre espécies de um mesmo local e de locais diferentes, bem como seus fósseis que explicam as diferenças ocorridas em populações ao longo do tempo.

7. Quem são os hominínios? Os mais antigos antepassados dos humanos.

8. De acordo com estudos recentes, em qual continente surgiram os hominínios? Na África.

9. Qual foi o fóssil de um hominínio encontrado na Etiópia em 1974? Em que período ele viveu, de acordo com os cientistas? O fóssil de hominínio mais antigo encontrado foi o de Lucy, que viveu há mais de 3,2 milhões de anos.

10. Nossos primeiros ancestrais eram nômades. O que isso significa e por que isso ocorria? Nossos ancestrais pré-históricos se deslocavam de um lugar para outro, por isso eram nômades. Isso ocorria porque eles ainda não haviam desenvolvido a agricultura e precisavam caminhar para buscar alimentos.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo.

11. Há cerca de 12 a 10 mil anos, nossos ancestrais se tornaram sedentários. Por que isso ocorreu? Porque eles dominaram a agricultura e passaram a se fixar nos territórios por mais tempo. https://ftd.li/s202his61601oau006

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Muito Depois de conhecer o trabalho de cientistas, como arqueólogos, que investigam fósseis para tentar desvendar mistérios do passado, vamos produzir nossos próprios vestígios em sala de aula. Além de divertida, a atividade nos ajudará a compreender que fósseis podem ser objetos antigos encontrados enterrados, e não apenas restos de pessoas ou de animais. O trabalho será feito em grupos divididos pelo professor. Para produzirmos os fósseis, vamos precisar dos seguintes materiais, que devem ser compartilhados por toda a equipe. Materiais: y

Água.

y

Gesso.

y

Concha, pedaço de osso ou qualquer outro objeto escolhido pelo grupo que poderá ser fossilizado (por exemplo, um dinossauro de brinquedo, um boneco, uma peça de decoração etc.).

y

Recipiente de plástico (tipo bacia) e colher grande.

y

Vaselina.

Explicar à turma que a moldagem é um dos tipos de fossilização. Ela ocorre quando os restos do ser vivo enterrado ou soterrado deixam sua forma gravada em uma rocha. Mesmo que esses restos desapareçam, os cientistas conseguem estudá-los pela forma registrada na rocha. Por isso, a moldagem é tão importante quanto o próprio fóssil.

MACROVECTOR/SHUTTERSTOCK.COM

Reservar a aula, ou parte dela, para que os grupos produzam os fósseis moldados. Orientá-los para que cada membro do grupo traga um dos materiais solicitados. O gesso pode ser comprado por um estudante apenas e seu valor dividido entre todos do grupo. Se considerar mais viável, comprar o gesso para todos os grupos e repassar o preço para ser dividido por toda a turma.

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Procedimentos: 1. Misture com a colher a água e o gesso no recipiente de plástico. A quantidade de cada ingrediente deve estar de acordo com as instruções na embalagem do produto. 2. Passe vaselina no objeto que será fossilizado. Isso é importante para que ele não grude no gesso. 3. Com o objeto besuntado de vaselina, pressione-o sobre o gesso que foi preparado anteriormente. Não pressione com força, pois o gesso pode se romper. 4. Deixe o experimento em repouso de um dia para o outro. No dia seguinte, retire o objeto do gesso e observe se o seu vestígio ficou gravado no molde.

An ot aç õe s:

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VAMOS APRENDER NESTE MÓDULO

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Olhar geográfico: observando o mundo ao redor

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y A Geografia e os conhecimentos geográficos. y Principais conceitos da Geografia: lugar, paisagem, território, região e espaço geográfico. y Mudanças e permanências nas paisagens. y Transformações do espaço geográfico motivadas por ações humanas e fenômenos naturais.

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Geografia MÓDULO

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Orientação e localização no espaço Ficção científica: ficção e realidade geográfico

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y Noções Dit modide officiur, orientação quianimus no espaço atur, geográfico. tem quuntiam aut harit quia seque sed minctur ibustes erchic tendipide pe officia spiet. y Pontos cardeais e colaterais. y ped que saese proe occatusam vent veliquidem ipienes etur y Ulpa Orientação pelos astros por instrumentos. molor reicius torpor sunt perferu menimagnis moloren ihitiis etur. y Noções de localização: coordenadas geográficas. y Oditaepedit ea nes ut erchic tendipide pe omnimus restior. y Paralelos, meridianos, latitude e longitude. y Principais movimentos da Terra. y Movimento de rotação e fusos horários. y Movimento de translação e estações do ano.

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Campanha comunitária: Cartografia: representar um o espaço projetogeográfico que sai do papel

y Evolução da Cartografia. y Tecnologia e produção de representações cartográficas. y Fotogrametria. y Imagens de satélite.

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Algumas seções, boxes e Aceleradores aparecem apenas uma vez no módulo. Para organizar o seu trabalho, indicamos a seguir em qual momento eles aparecem neste módulo: De olho no simulado: Capítulo 1. Trabalho em equipe: Capítulo 2. Articulação: Capítulo 2. Muito +: Capítulo 3.

y Projeções cartográficas e representações da superfície terrestre.

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CAPÍTULO

1

Olhar geográfico Aqui começa o conteúdo referente à aula 1.

Observando o mundo ao redor

1

A Geografia contribui para a compreensão de processos, fenômenos e características do mundo. Você se recorda do que aprendeu em Geografia em anos anteriores? Compartilhe com os colegas e o professor.

2

Como é o trajeto entre a sua casa e a sua escola? O que você observa e percebe nesse trajeto?

3

Observe a fotografia desta página. Que elementos você imagina que os estudantes dessa localidade observam ao se deslocarem para a escola?

Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

Você já parou para observar o mundo ao seu redor hoje? Quando saiu de casa em direção à escola, prestou atenção aos sons do caminho? Às formas e às cores dos locais pelos quais passou? Aos cheiros e às sensações que o trajeto proporcionou a você? Sabia que esses elementos percebidos (ou não) por você têm total relação com a Geografia? Sim, pois fazem parte das paisagens que compõem o espaço geográfico. Esses elementos, quando observados em conjunto, podem fornecer muitas informações sobre o mundo e os espaços. Quer saber como? Aperte o cinto e embarque na viagem que você iniciará a partir de agora.

PARALAXIS/SHUTTERSTOCK.COM

Embarcação escolar para transporte de estudantes navega no Rio Tapajós, no estado do Pará, 2018. Na região Norte do Brasil, onde está localizado o estado do Pará, o transporte hidroviário é bastante utilizado em virtude da presença de muitos rios e da inexistência ou da impossibilidade de construção de vias terrestres. 442

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Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 2.

Neste momento da aprendizagem, cabe pontuar que é a apropriação da natureza (vegetação e todos os demais recursos naturais, como minerais, solo e combustíveis) e sua transformação pelos seres humanos que forma e transforma o espaço geográfico. Por isso é que a Geografia tem como um de seus focos de estudo o espaço geográfico, que é produzido pela relação entre a sociedade e a natureza. Habilidade da BNCC

Estudar Geografia: por que eu preciso?

O conhecimento geográfico, como ciência, foi construído pelas sociedades ao longo dos séculos. A Geografia, de maneira geral, permite compreender a relação entre a sociedade e o espaço produzido por ela: o espaço geográfico. Esse estudo engloba a natureza e seus fenômenos, bem como o processo de apropriação e de transformação da natureza pelos seres humanos. O geógrafo é o profissional habilitado a exercer diferentes funções no campo de trabalho da Geografia. Ele pode ministrar aulas na Educação Básica (provavelmente, o caso do seu professor) ou exercer funções técnicas, como a realização de análises ambientais ou a produção de mapas digitais. Mas como a Geografia favorece a compreensão do espaço geográfico e da ação das sociedades sobre ele? Por meio de observações, análises e reflexões realizadas com base em alguns conceitos e ensinamentos que permitem aos geógrafos e à sociedade, de modo geral, olhar para o espaço geográfico e refletir sobre ele. Você já ouviu falar em paisagem? E em lugar? Esses são dois conceitos muito importantes para a Geografia. Por meio deles, é possível compreender como diferentes sociedades atuam em seus respectivos espaços, transformando-os constantemente. Observe a imagem a seguir.

EF06GE01 1. Resposta pessoal. Por se tratar do primeiro capítulo de um ano que marca o ingresso dos estudantes em um novo segmento da Educação Básica (considerando a transição dos Anos Iniciais para os Anos Finais do Ensino Fundamental), essa questão pretende proporcionar um momento de retomada de conhecimentos e de diálogos entre estudantes e professor. Considere utilizar a questão para que os estudantes elaborem uma primeira aproximação com o componente, retomando conhecimentos, conceitos e informações de anos anteriores. Esse momento contribui para a valorização do repertório estudantil, por meio da perspectiva de Aprendizagem Contínua, um dos pilares da coleção FTD Sistema de Ensino – Anos Finais. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes mencionem elementos que observam e percebem no trajeto entre a casa e a escola; trata-se de um exercício de resgate de memória, contribuindo para a construção de um mapa mental, o qual permitirá, oralmente, a construção do trajeto. Considere organizar os estudantes em grupos para que conversem sobre o trajeto, caso considere pertinente. Alternativamente, pode-se solicitar que elaborem o mapa mental em uma folha, explicando-o, posteriormente, para os demais colegas. 3. Resposta pessoal. A proposta é que os estudantes comecem a entender que o Brasil é marcado por diferentes realidades e que essas diferenças se expressam nas paisagens e nos modos de vida das pessoas. Ainda que os estudantes de sua escola vivam uma realidade similar à expressa na fotografia, converse sobre a diversidade brasileira (paisagens e realidades sociais, econômicas e culturais), que produz paisagens e espaços singulares. A observação e o exercício imaginativo vão contribuir para a construção dos conceitos de paisagem, lugar e espaço geográfico ao longo dos estudos neste primeiro capítulo, principalmente, mas também nos demais.

Ludimilla Matos/Shutterstock.com

#ficaadica

Paisagem de parte do município de Palmas (Tocantins), 2022. A observação das paisagens possibilita a obtenção de algumas informações a respeito do espaço geográfico.

PRATIQUE!

1. Observe a paisagem de Palmas, capital do estado do Tocantins. Descreva os elementos que você identifica nessa paisagem.

A Geografia é um componente do currículo escolar que traz diversas informações e conhecimentos para compreender o mundo e os fenômenos que atingem a vida das pessoas e os espaços. No QR Code (ou link) a seguir você encontra um vídeo que trata da importância da Geografia.

Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar diferentes elementos visualizados na imagem: morros ao fundo, árvores, rodovia, veículos, telhados, postes de iluminação, antenas de comunicação etc. https://s.ftd.li/U8dIR0

Alguns esquemas, fotografias e ilustrações não correspondem à escala real. As ilustrações, frequentemente, apresentam cores fantasia. Geografia

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Paisagem urbana no município de Anápolis (Goiás), 2021.

A.PAES/SHUTTERSTOCK.COM

O espaço geográfico está em constante transformação. Cada parcela do espaço habitada pelos seres humanos, e mesmo as que não são habitadas, tem marcas da presença humana. Essas marcas, ao longo do tempo, criam caraterísticas que diferenciam as paisagens. Uma paisagem urbana, por exemplo, costuma ser bastante diferente da paisagem de uma localidade rural. Do mesmo modo, características, construções e dinâmicas que ocorrem no espaço geográfico de uma cidade não serão as mesmas das existentes no espaço de uma área rural ou de outra cidade. Que tal exercitar seu olhar geográfico? Observe as imagens ao lado e identifique os elementos retratados. O olhar geográfico é construído no dia a dia, por meio das análises e das reflexões feitas ao estudar Geografia e relacionar os conhecimentos aprendidos. Ao observar uma paisagem e os diferentes elementos que a compõem, é possível fazer certas análises e constatações, como a concentração ou não de moradias; a intensidade de circulação de pessoas; a abundância ou escassez de áreas verdes; ou a presença de zonas comerciais e residenciais.

SPUTNIK 360/SHUTTERSTOCK.COM

O mundo visto pelas lentes da Geografia: conceitos fundamentais

Plantação de café em zona rural do município de Alto Caparaó (Minas Gerais), 2019.

PRATIQUE!

2. Como está o seu “olhar geográfico”? No espaço a seguir, desenhe o que você observa quando abre a janela de seu quarto ou de algum outro cômodo de sua casa. Ao chegar em sua residência, observe essa paisagem com atenção e complete o desenho, caso seja necessário. Resposta pessoal.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

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Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 3.

Espaços de afetividade e pertencimento: o lugar ► Afeto: ligação

afetiva (sentimental) com algo ou alguém.

LUIS WAR/SHUTTERSTOCK.COM

CADU DE CASTRO/PULSAR IMAGENS

Como é o lugar onde está localizada a sua moradia? Que lugar você ocupa no mundo? Você gosta do lugar onde está localizada a sua escola? O lugar onde você mora, possivelmente, diz respeito ao local em que você estabelece laços de afinidade e pertencimento. Trata-se de um local onde você gosta de estar e se sente confortável: a rua de sua casa; a praça em que você encontra e brinca com amigos; o bairro onde você vive. Dessa forma, é possível dizer que, para a Geografia, o lugar diz respeito aos espaços nos quais as pessoas estabelecem laços de afeto. Esses laços são construídos ao longo da vida. Não há limite físico que identifique o lugar de cada um, pois são as relações diárias que o constituem. Essas relações são construídas no dia a dia pela vivência que ocorre nos lugares. O que faz sua casa e sua escola serem diferentes de outras casas e de outras escolas? São as relações construídas com a família e com a comunidade escolar que fazem desses espaços lugares únicos.

A rua e os espaços que fazem parte do cotidiano costumam ser aqueles em que as pessoas estabelecem laços de afetividade, constituindo o que, para a Geografia, se configura como um lugar. Na fotografia, rua e praça no município de Prado (Bahia), 2022.

Crianças pulam no Rio Tocantins, na comunidade quilombola de Mangabeira, no município de Mocajuba (Pará), 2022.

PRATIQUE!

3. Quando você viaja ou se ausenta de sua moradia por algum período, sente saudades do seu lar, da sua rua ou do seu bairro? Por quê? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes tragam informações que revelem aspectos de sua afetividade com o local. Não necessariamente essa afetividade precisa ser positiva, mas é importante que, ainda assim, ela seja revelada como um marcador para o conceito de lugar.

4. Você tem um lugar preferido em sua vida? Que lugar é esse? Por que ele é seu preferido? Resposta pessoal. Essa resposta contribuirá para que os estudantes tenham ainda mais clareza a respeito do conceito de lugar, pois entenderão que a afetividade e o sentimento de pertencimento estabelecem os lugares.

Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 4.

#ficaadica Por meio do QR Code (ou link) a seguir, você pode acessar um conteúdo sobre a vida e a obra do geógrafo Milton Santos. Tudo o que esse pensador produziu ainda é muito relevante para pensar a Geografia no mundo atual.

Você já reparou na vista das janelas da sua casa ou da sua sala de aula? Ao sair de casa em direção à rua, qual é a primeira coisa que você observa ou percebe? E quando você sai da escola para voltar à sua casa, qual é a primeira sensação ou visão ao sair pelo portão? Tudo isso que você percebe ou vê nos diferentes lugares pelos quais circula, diz respeito à paisagem. Segundo Milton Santos (1926-2001), importante geógrafo brasileiro, paisagem é tudo que se pode ver, ouvir, cheirar e perceber. A paisagem integra elementos naturais e produzidos (ou transformados) pelos seres humanos, podendo ser predominantemente natural ou humanizada. Como são as paisagens dos lugares que fazem parte do seu cotidiano? y

Paisagem natural ou predominantemente natural: de modo geral, são paisagens em que predominam elementos naturais e a presença humana é total ou parcialmente imperceptível.

Vista parcial dos paredões de arenito da Chapada dos Guimarães (Mato Grosso), 2022. Note que a paisagem é marcada pelo predomínio de elementos naturais.

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y

ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS

ocorre diariamente e faz parte da vivência de uma pessoa ou de um grupo de pessoas.

Tudo o que a vista alcança e os sentidos percebem: a paisagem

Paisagem humanizada: formada pelos elementos construídos e inseridos no espaço pelos seres humanos, como as ruas, as casas, os edifícios e as indústrias. Observe a imagem a seguir.

N. ANTOINE/SHUTTERSTOCK.COM

► Cotidiano: que

Paisagem com predomínio de elementos humanizados no município de São Paulo (São Paulo), 2018.

Durante muito tempo, foi comum classificar as paisagens em naturais ou humanizadas, mas como os seres humanos interferem cada dia mais nos ambientes, é difícil encontrar locais estritamente naturais, sem nenhum tipo de intervenção humana, bem como identificar espaços humanizados em que inexistam elementos naturais. As paisagens são transformadas ao longo do tempo, retratando, assim, a história das ruas, dos bairros, das cidades e dos lugares. Portanto, é comum haver elementos novos e antigos nas paisagens. 446

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5. Observe as fotografias a seguir e indique se há predomínio de elementos naturais ou humanizados em cada uma das paisagens. Após a identificação, descreva os elementos retratados. a) Predomínio de elementos humanizados. Podem ser citados os

SPUTNIK 360/SHUTTERSTOCK.COM

seguintes elementos: casas, vias, árvores e áreas verdes, entre outros.

Paisagem de trecho do município de Trindade (Goiás), 2023.

b) Predomínio de elementos naturais. Podem ser citados os seguintes

LUDIMILLA MATOS/SHUTTERSTOCK.COM

elementos: rio e queda-d’água, árvores, construção humana (ponte e abrigo).

Paisagem no Parque do Jalapão, no município de Mateiros (Tocantins), 2021.

c) Predomínio de elementos humanizados. Podem ser citados os

BRASTOCK/SHUTTERSTOCK.COM

seguintes elementos: casas, prédios, igreja, rua, corpo de água ao fundo, árvores, entre outros.

Paisagem no município do Recife (Pernambuco), 2022.

6. Com um familiar, escolha uma paisagem em seu município e a fotografe (pode ser em sua rua, em seu bairro, em um local próximo à sua escola ou em outra parte qualquer que desperte seu interesse). Revele ou imprima a fotografia e cole-a em uma folha em branco. Nessa folha, insira seu nome, elabore um título para a imagem, identifique a paisagem retratada e descreva os elementos humanizados (se houver) e naturais (se houver) presentes nela. Na data estabelecida pelo professor, apresente aos colegas sua atividade, explicando a paisagem selecionada e os elementos que a compõem. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie. Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 5.

Espaços de domínio, posse e soberania: o território ► Soberania:

exercício de autoridade e poder sobre determinado espaço.

O termo “território” é utilizado em diferentes áreas e ciências, como a Biologia, o Direito, a Economia e, especialmente, a Geografia. Na Geografia, o território caracteriza o espaço em que é estabelecida uma relação de domínio (poder) e posse, geralmente definida por meio de leis e acordos, mas também pelo uso. Refere-se, portanto, a um termo que identifica e define, também, unidades político-administrativas. Quando se trata de um país, por exemplo, o território diz respeito ao espaço no qual o governo exerce controle e soberania perante seus cidadãos e a comunidade internacional. Esse espaço é, geralmente, delimitado por meio de limites e fronteiras. Os limites territoriais são, geralmente, determinados por meio de elementos naturais (rios, lagos, montanhas, vegetação etc.) ou humanizados (ruas, rodovias, pontes, entre outros). Observe o mapa da região Sul do Brasil a seguir. Nele, estão representados parte do território brasileiro, os limites nacionais e os limites internacionais. Brasil: região Sul 50º O

MATO GROSSO DO SUL

Trópico de Capricórnio

SÃO PAULO

PARAGUAI PARANÁ

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Curitiba

SANTA CATARINA Florianópolis

ARGENTINA

RIO GRANDE DO SUL Porto Alegre URUGUAI

Capital de estado Limite de país Limite de estado

0

160

Mar territorial

ALLMAPS

Ponte da Amizade sobre o Rio Paraná, 2022. O rio é utilizado como limite natural para demarcar a fronteira entre Brasil e Paraguai. Ao fundo, em uma das extremidades da Ponte da Amizade, está a cidade paraguaiana de Cidade do Leste; mais à frente, em primeiro plano, na outra extremidade da ponte, está a cidade brasileira de Foz do Iguaçu (Paraná).

30º S

OCEANO ATLÂNTICO

IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 90.

Embora o território seja comumente associado ao espaço ocupado por países e outras unidades político-administrativas (estados, municípios, províncias, entre outras), existem outras possibilidades de uso do conceito, como para identificar o território das populações indígenas, das comunidades quilombolas e de outros povos tradicionais, porque essas comunidades estabelecem relações de posse com os territórios. Em alguns casos, essa posse é reconhecida pelo governo brasileiro, que pode demarcar as terras (territórios) ocupadas e fornecer a titulação para as comunidades, garantindo o direito de posse e de uso, além de proteger as populações de invasões externas. 448

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7. Com base nos estudos feitos até aqui, diferencie os conceitos de lugar e de território. Lugar diz respeito aos espaços em que as pessoas estabelecem algum vínculo de afetividade e de pertencimento. O território, por sua vez, tem uma característica político-administrativa, dizendo respeito aos espaços delimitados e ocupados por países e outras entidades políticas, nos quais governos exercem soberania e controle. O conceito de território também pode ser aplicado a outros espaços e contextos que não o de países ou de outras unidades político-administrativas, porém, também marcados por relações de posse, domínio e ocupação.

8. Leia o texto a seguir. Território: aproximações a um conceito-chave da geografia [...] O conceito de território, tendo ficado relativamente esmaecido ► Esmaecer: que perdeu por longa data na teoria geográfica, hoje retorna com potencial a força, enfraquecido. para auxiliar na descrição, interpretação e análise social e es► Complementaridade: pacial do espaço geográfico. A multiplicidade de definições de algo que complementa outra coisa. território disponíveis aos estudiosos ampliou as possibilidades de uso e a complementaridade entre elas, o que contribui para a produção e o diálogo interdisciplinares tão visados nas investigações científicas [...]. Além de ser uma ferramenta útil para compreender as diferentes formas de apropriação do espaço, seu uso e ocupação, o conceito de território conseguiu superar o distanciamento que o afastava da realidade concreta do dia a dia do homem comum, do sujeito anônimo, trabalhador, ator social, liderança de bairro, e aproximar-se do território-chão, lugar de vida, que é onde as coisas acontecem. STÜRMER, Arthur Breno; COSTA, Benhur Pinós da. Território: aproximações a um conceito-chave da geografia. Geografia, Ensino & Pesquisa, v. 21, n. 3, 2017, p. 50-60. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/ download/26693/pdf. Acesso em: 17 jul. 2023.

O que você entende quando lê a seguinte frase: “A multiplicidade de definições de território disponíveis aos estudiosos ampliou as possibilidades de uso e a complementaridade entre elas”? Responda dando atenção ao trecho destacado. Resposta pessoal. A frase expressa que o conceito de “território” apresenta mais de um significado e pode se referir a diferentes situações e espaços, por exemplo: o espaço de um país, de um município ou de uma comunidade indígena. O trecho menciona que existem diversos usos para o conceito, não um apenas, e que esses usos podem ser complementares entre si.

9. O conceito de território não se restringe apenas ao espaço ocupado por países ou estados, pois também pode designar o espaço ocupado por comunidades tradicionais, como povos indígenas e quilombolas. Como explicar a aplicação do conceito de território a esses espaços? O conceito de território contribui para a compreensão do uso e da ocupação do espaço geográfico, além de permitir o entendimento das relações de poder e de domínio construídas nele. Nesse sentido, pode-se falar nos territórios ocupados por comunidades indígenas e quilombolas, por exemplo, pois esses povos estabelecem uma relação de posse com a terra, que é, portanto, seu território. No Brasil, existe a possibilidade de o governo demarcar e conceder o título das terras ocupadas para essas comunidades, garantindo, desse modo, a ocupação e a permanência dessas pessoas em seus lugares de vivência. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 4 da seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 6.

Os espaços e as suas semelhanças: a região Você sabe o que é uma região? E o ato de regionalizar, você faz alguma ideia do que seja? Região é um dos conceitos fundamentais da Geografia, pois permite a compreensão de características e dinâmicas que ocorrem no espaço geográfico. Uma região diz respeito a uma área do espaço geográfico que foi agrupada segundo critérios de semelhança. Mas o que isso quer dizer? Imagine que, em seu município, existem três tipos de bairros: bairros ocupados predominantemente por indústrias; bairros predominantemente residenciais; e bairros predominantemente ocupados por estabelecimentos comerciais, como padarias, mercados, lojas de roupas etc. Supondo que seu município tivesse essa característica, os bairros poderiam ser regionalizados (agrupados) da seguinte forma: bairros industriais, em uma primeira região; bairros residenciais, em uma segunda região; e, por fim, os bairros comerciais, em uma terceira região. Veja a ilustração a seguir.

região residencial A regionalização oficial do Brasil O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão público responsável por elaborar pesquisas e produzir dados e informações a respeito da população, da economia e do território brasileiro. A realização da divisão regional oficial do Brasil também é uma competência do IBGE. Por meio do QR Code (ou link) a seguir, você encontra um conteúdo que apresenta e explica as grandes regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

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PSBOOM/SHUTTERSTOCK.COM

#ficaadica

região comercial

região industrial

No exemplo citado no texto, os bairros do município foram agrupados de acordo com a função e as atividades predominantes: industriais, residenciais e comerciais. Este é apenas um exemplo. A regionalização pode ser feita com base em qualquer critério estabelecido por quem a propõe.

As regionalizações são importantes para a Geografia, pois possibilitam pesquisas, análises e reflexões dos espaços de uma forma integrada. Caso o município do exemplo acima fosse real, o prefeito e os secretários poderiam utilizar a regionalização para propor e implementar melhorias na cidade, como a construção de escolas e locais de lazer na área residencial; a instalação de creches e escolas primárias na área industrial e comercial, considerando o número de pais, mães e responsáveis por crianças que trabalham nessas áreas; o estabelecimento de linhas de transportes interligando a região residencial à região comercial; e a proposição de outras melhorias levando em consideração as características de cada uma das regiões. A regionalização pode ser aplicada a qualquer localidade, desde que seja possível identificar elementos em comum entre as áreas que fazem parte do local a ser regionalizado. O continente americano, por exemplo, tem duas regionalizações de destaque: uma relacionada a aspectos geográficos (América do Norte, América Central e América do Sul) e outra relacionada a aspectos histórico-culturais (América Anglo-Saxônica e América Latina). Veja os mapas da página a seguir. Também existem diferentes regionalizações para o espaço mundial. Geografia

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América: regionalização geográfica

América: regionalização histórico-cultural 60° 60°O O

60° 60°O O P oP ullo írccu C Cír

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SONIA VAZ/ ADAPTADO POR RENATO BASSANI

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OCEANO OCEANO ATLÂNTICO ATLÂNTICO

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Equador Equador

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Limite de de país país Limite Região Região

América América do do Norte Norte América América Central Central

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América América Anglo-Saxônica Anglo-Saxônica América América Latina Latina

América América do do Sul Sul

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SONIA VAZ/ADAPTADO POR RENATO BASSANI

OCEANO OCEANO ATLÂNTICO ATLÂNTICO

OCEANO OCEANO PACÍFICO PACÍFICO

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Fonte dos mapas: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2011. p. 124.

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10. Em que estado do Brasil você reside? Em que região do Brasil, considerando a regionalização do IBGE, seu estado está localizado? Pesquise e responda a seguir. Resposta pessoal.

Caso considere necessário, apresente um mapa com a regionalização oficial do Brasil, identificando as unidades federativas e solicitando aos estudantes que localizem seu estado e sua região. No link a seguir, está disponível um mapa com a regionalização oficial do Brasil: <https://s.ftd.li/N23lhi>.

11. Leia o trecho de um texto a seguir e responda à questão. Uma primeira questão que merece ser colocada é a necessidade de se ultrapassar a ideia de “regiões” como puras “paisagens naturais” dado que são, a um só tempo, espaços sociais, econômicos, políticos, naturais e culturais. [...] CUNHA, Alexandre Mendes; SIMÕES, Rodrigo Ferreira; PAULA, João Antonio de. História econômica e regionalização: contribuição a um desafio teórico-metodológico. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 38, n. 3, jul./set. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ee/a/YF8GMhLbRTBg93GNMdT5y8s/?format=html&lang=pt. Acesso em: 17 jul. 2023.

A regionalização dos espaços apenas pode ser feita considerando-se os aspectos naturais? A criação de regiões em espaços marcados por paisagens humanizadas seria inviável? Responda com base no trecho acima. O trecho do texto cita que as regiões são espaços marcados por uma diversidade de aspectos, ou seja, a regionalização não precisa, necessariamente, partir de aspectos naturais. O próprio texto pontua que as regiões são espaços marcados por elementos e aspectos sociais, econômicos, políticos, naturais e culturais.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 2 e 5 da seção Amplie. Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 7.

O espaço geográfico Neste ponto dos estudos, não é mais uma novidade para você que o espaço geográfico é produzido por meio das relações entre as sociedades e a natureza e envolve diversos lugares, paisagens, territórios e regiões. O lugar está repleto de sentimentos de afetividade e pode ter uma paisagem que o caracteriza. As paisagens são compostas de elementos naturais e de elementos construídos pelos seres humanos, refletindo a produção e a transformação do espaço geográfico. O território, por sua vez, é delimitado por relações de poder e de posse. Em resumo, pode-se dizer que os lugares, os territórios, as regiões e as paisagens são diferentes formas de observar e estudar o espaço geográfico. Em função dessas características, o espaço geográfico está em constante produção e transformação, pois é fruto das atividades humanas. Considerando essa dinâmica, observe as imagens a seguir. Jules Martin. Avenida Paulista no dia da inauguração, 8 de dezembro de 1891, 1891, 59 cm × 80 cm. Acervo do Museu Paulista. A aquarela retrata a Avenida Paulista, em São Paulo (São Paulo), 1891.

MUSEU PAULISTA DA USP

Avenida Paulista, no município de São Paulo (São Paulo), 2018. CIFOTART/SHUTTERSTOCK.COM

As imagens anteriores demonstram transformações do espaço geográfico ao longo tempo. O que mudou? Quais são os motivos dessas transformações? Que elementos, sejam eles naturais ou construídos pelos seres humanos, compõem cada paisagem nos diferentes períodos históricos retratados? Caso você não resida em São Paulo, consegue dizer se algo similar ocorreu no município onde você vive? Na observação do espaço geográfico, além de analisar os elementos e os aspectos existentes nas paisagens, podemos perceber como esse espaço é construído pelas relações sociais e pela organização territorial dele. Essas relações podem ser, por exemplo, associadas ao trabalho, ao poder ou à cultura. As relações entre a sociedade e a natureza são permeadas por ações que transformam o espaço geográfico e as paisagens. Essas transformações também podem decorrer exclusivamente da ação de fenômenos, dinâmicas e elementos naturais, como chuva intensa, tornados, furacões, terremotos e erupções vulcânicas, conforme será abordado a seguir. 452

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Os fenômenos naturais e a transformação do espaço geográfico e de suas paisagens

ADE LUKMANUL HAKIMMM/SHUTTERSTOCK.COM

Os terremotos, relacionados à dinâmica geológica do planeta, são um dos fenômenos naturais que causam mudanças no espaço rapidamente, pois duram segundos e podem gerar grande devastação. Observe a imagem a seguir.

Em 2022, um terremoto de magnitude 5,6 na escala Richter deixou um rastro de devastação na cidade de Cianjur, na Indonésia.

MIAMI HERALD/GETTY IMAGES

Os furacões e os tornados são fenômenos atmosféricos que também podem alterar expressivamente o espaço geográfico e a paisagem. Esses eventos costumam trazer muitos prejuízos materiais e humanos. As consequências são ainda mais graves em países e regiões empobrecidas. Locais em que, geralmente, não há estrutura adequada ou recursos suficientes para lidar com a destruição gerada.

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Em 2019, um furacão denominado Dorian avançou sobre a América Central e provocou grandes estragos. Na fotografia, consequências da passagem do furacão em uma das ilhas das Bahamas.

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RADOSLAW MACIEJEWSKI/ADOBE STOCK

12. Veja a imagem ao lado. O que você observa nessa paisagem? Que elementos possivelmente contribuíram para a produção e a transformação desse espaço geográfico e de sua paisagem? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes descrevam os elementos da paisagem, mencionando o predomínio de elementos construídos e, portanto, a importante presença da ação humana na transformação desse espaço.

Na fotografia, paisagem de Paris, França, com a Torre Eiffel ao fundo, 2021.

MURILO MAZZO/SHUTTERSTOCK.COM

13. Cite a forma de ocupação da paisagem ao lado (urbana ou rural) e a atividade econômica desenvolvida nela. Ocupação: área rural. Atividade econômica: agricultura (cultivo de cana-de-açúcar). A identificação mais relevante é a atividade econômica, ou seja, agricultura (cultivo agrícola). A cultura (cana-de-açúcar) é uma informação pouco relevante para a atividade, mas pode ser fornecida como informação complementar, caso os estudantes não identifiquem o cultivo.

A fotografia retrata uma paisagem no município de Pederneiras (São Paulo), 2020.

JAIR FERREIRA BELAFACCE/SHUTTERSTOCK.COM

14. A imagem ao lado apresenta uma paisagem com predomínio de elementos naturais. Em sua opinião, proteger paisagens assim é importante? Por quê? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes pontuem sua opinião a respeito da proteção dos espaços e dos elementos naturais.

Parada turística em meio à Mata Atlântica no município de Morretes (Paraná), 2021.

A paisagem contempla elementos naturais e construídos. Em primeiro plano, destaca-se o Parque Flamboyant, um espaço de lazer e passeio, inserido no espaço urbano de Goiânia, no estado de Goiás. Ao fundo, notam-se vários prédios.

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Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 6 da seção Amplie.

Vista parcial do Parque Flamboyant, no 14. Neste momento, é importante abrir espaço para a escuta e para a compreensão de como os estudantes entendem os recursos naturais e sua proteção, de modo que não município de Goiânia, (Goiás) 2022. haverá resposta correta ou incorreta, ainda que tenham pouco a dizer ou que respondam negativamente à questão. Caso isso ocorra, procure questionar os motivos e mediar essa percepção, conduzindo-os a entender a fundamental importância da natureza para a humanidade. Ao longo dos capítulos, esse tema será constantemente retomado, contribuindo para a construção de uma consciência ambiental, de forma alinhada ao que prevê a BNCC (MEC) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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MARCIA COBAR/ADOBE STOCK

15. Que elementos compõem a paisagem presente na imagem ao lado? Que uso é feito nesse espaço geográfico?

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 8.

A presença da Geografia no cotidiano Após as reflexões e estudos feitos até aqui, cabe reforçar que a Geografia possibilita uma compreensão do mundo que tem por base a relação entre seres humanos (sociedade), espaço geográfico e natureza. Mas de que modo esses conhecimentos e estudos podem ser aplicados em sua vida? Pense em questões comuns do cotidiano. Por exemplo, você usa sempre o mesmo tipo de roupa durante o ano todo? Caso você more próximo à linha do equador, é possível que sim, pois as temperaturas ficam elevadas durante boa parte do ano. No entanto, se você mora em áreas mais afastadas, como nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, as roupas que você utilizará em cada época podem variar a depender da estação do ano. Desse modo, é possível dizer que as estações do ano influenciam o modo como as pessoas se vestem e até mesmo como se alimentam. E em sua residência, o que pode estar relacionado com a Geografia? Basta pensar nos estudos e conhecimentos que você desenvolveu até o momento. Sua casa está no espaço geográfico; ela é um lugar de convívio, onde você e seus familiares vivem e criam laços de afetividade, que podem se estender para as relações que vocês estabelecem na rua, no bairro e na vizinhança. É importante destacar que sua moradia faz parte da paisagem, contribuindo, portanto, para a configuração do espaço geográfico. Temas relacionados à localização e à orientação no espaço geográfico também são estudados pela Geografia, especialmente quando se trata do desenvolvimento e do avanço nas técnicas e nos instrumentos de localização na superfície terrestre. Você ou alguém de sua família já utilizou ou utiliza o GPS (Sistema de Posicionamento Global, em português)? Esse instrumento funciona por meio de satélites globais de localização e permite que os seres humanos se localizem e se desloquem pelo espaço geográfico. Muitos smartphones atuais contam com GPS integrado, algo que tem facilitado o deslocamento das pessoas entre diferentes localidades. Você consegue pensar em outros exemplos e situações que demonstram a presença da Geografia em sua vida? Compartilhe com os colegas e com o professor.

As moradias, as ruas, os bairros e as demais construções são elementos que formam o espaço geográfico e as paisagens. Na fotografia, vista parcial de ruas e construções no município de São Tomás de Aquino (Minas Gerais), 2020. BRASTOCK/SHUTTERSTOCK.COM

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16. Pense em todos os locais pelos quais você transita ao longo de um dia. Pode ser um dia durante a semana ou do fim de semana. Agora, relacione esses locais com a Geografia, com base no que você estudou. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes relacionem ações e locais aos conceitos estudados, como paisagem, espaço geográfico, região, entre outros.

17. Há quanto tempo você mora em sua residência? Sabe dizer se houve alguma transformação significativa na estrutura de sua moradia (construção de cômodos, pintura, alteração de fachada, entre outras mudanças)? E na paisagem de sua rua ou de seu bairro, houve transformações ao longo do tempo? Que tal conversar com familiares que vivem há mais tempo que você nesse local e perguntar a eles sobre essas mudanças? Registre nas linhas a seguir as transformações da paisagem de seu local de vivência, com base nas suas lembranças e nas respostas de seus familiares. Resposta pessoal.

De olho no simulado Mas, para que mesmo serve a geografia? Para muitas pessoas a geografia é tida como uma disciplina que estuda os mapas, cidades, países, rios, montanhas etc. Na verdade é, mas não somente isto [...]. A geografia é uma ciência que estuda diferentes áreas do conhecimento, humanas e físicas. [...] UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Secretaria de Comunicação da UFG. Para que serve a geografia? Diário da Manhã, Goiânia. Disponível em: https://secom.ufg.br/n/46696-para-que-serve-a-geografia. Acesso em: 17 jul. 2023.

O texto expõe que a Geografia é uma ciência que pode auxiliar a compreensão do mundo. Identifique a alternativa que apresenta alguns dos principais conceitos da ciência geográfica. a) Região, galáxia e espaço geográfico. b) Paisagem, cidade e área. c) Lugar, paisagem e território. d) Espaço geográfico, cultura e história. e) Território, lugar e planeta.

A alternativa correta é a c. Lugar, paisagem e território são alguns dos principais conceitos da Geografia.

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Amplie 1. Comente os temas e os conteúdos estudados pela Geografia. A Geografia permite compreender a relação entre sociedades e espaço geográfico, que é formado pela apropriação e transformação da natureza. Na Geografia, o estudo do espaço geográfico é realizado por meio de uma série de conceitos e instrumentos próprios dessa ciência, como lugar, paisagem, território e região.

RAFAPRESS/SHUTTERSTOCK.COM

BLACK LAYER CREATIVE/SHUTTERSTOCK.COM

2. Observe as fotografias a seguir. Na sequência, relacione (ligue) cada uma das fotografias à frase ou ao conceito mais adequado.

TERRITÓRIO

REGIÃO

Placa indicando o limite (divisa) entre os estados brasileiros de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, 2016.

LUGAR

PAISAGEM COM PREDOMÍNIO DE ELEMENTOS NATURAIS

EUROPA

F DE JESUS/SHUTTERSTOCK.COM

AMÉRICA

ÁSIA

ÁFRICA OCEANIA

PETER HERMES FURIAN/SHUTTERSTOCK.COM

Área litorânea no município de Bombinhas (Santa Catarina), 2021.

ANTÁRTIDA

Moradias em rua localizada no município de São Luís (Maranhão), 2023.

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Mundo: continentes.

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3. Leia a frase a seguir. Ela foi retirada de um dos livros do geógrafo Milton Santos. [...] A paisagem existe, através de suas formas, criadas em momentos históricos diferentes, porém coexistindo no momento atual. [...] SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006. p. 67.

As paisagens são formadas por elementos de um mesmo tempo histórico? Justifique com base no trecho. Não. O autor menciona que a paisagem é composta de formas criadas em momentos históricos diferentes e que essas formas podem coexistir na atualidade, ou seja, as paisagens têm elementos relacionados ao passado e ao presente, de modo simultâneo.

4. Assinale a alternativa que apresenta o conceito geográfico para identificar espaços marcados A alternativa correta é a b. O conceito por relações de poder e de domínio. de território está diretamente relacioa) Espaço geográfico. c) Paisagem.nado a uma área delimitada, identifi- e) Lugar. cada por limites e fronteiras, na qual b) Território. d) Região. é exercida uma autoridade ou soberania, podendo, ainda, referir-se a espaços demarcados por uma relação de posse ancestral, como os territórios indígenas e quilombolas.

5. Leia o texto a seguir sobre o conceito de região e responda à questão proposta.

[...] Região é um conceito geográfico clássico e essencial. Talvez até o mais importante deles, ou, pelo menos, o mais identificado com a ciência geográfica. [...]. VESENTINI, José William. O conceito de região tem três registros. Exemplificando com o Nordeste brasileiro. Confins [On-line], n. 14, 19 mar. 2012. Disponível em: https://journals.openedition.org/confins/7377. Acesso em: 17 jul. 2023.

Explique o significado do termo região para a Geografia, mencionando sua finalidade e a forma pela qual é possível regionalizar áreas do espaço geográfico. Espera-se que os estudantes respondam que região é, basicamente, o agrupamento de áreas com características semelhantes. Essas características podem ser naturais ou sociais, econômicas e políticas, a depender do objetivo da regionalização.

6. Observe a imagem a seguir.

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

Identifique a alteração feita no espaço geográfico retratado e as consequências que essa transformação gerou e ainda pode gerar. A fotografia retrata uma rodovia construída em uma área de relevo irregular e de vegetação densa. Entre os impactos gerados pela obra, destacam-se: aumento da poluição atmosférica, aumento de ruídos em razão da circulação de veículos e prejuízos à fauna (animais).

Rodovia dos Imigrantes sobre trecho de vegetação, em Cubatão (São Paulo), 2021.

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Geografia

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Síntese

Olhar geográfico: observando o mundo ao redor

Síntese

Título da seção síntese

Aqui começa o conteúdo referente à aula 9.

Preencha as lacunas a seguir com os conceitos geográficos e complete o resumo do capítulo. Alguns conceitos se repetem em mais de uma lacuna. y As análises e as reflexões possibilitadas pela Geografia favorecem a criação e o exercício do olhar

.

geográfico

y A Geografia favorece a compreensão do dos e reflexões acerca do

mundo

ao se debruçar sobre estu.

espaço geográfico

y Locais marcados por relações de afeto e de pertencimento correspondem ao . Trata-se de localidades em que as pessoas cons-

conceito de lugar

troem laços afetivos, onde se encontram memórias e lembranças. y As

paisagens

são formadas por elementos naturais e construídos, do presente e

do

passado

.

y O conceito de

território

identifica áreas marcadas por relações de poder, posse e

domínio, dizendo respeito, por exemplo, ao espaço ocupado por países,

estados

e municípios, mas também aos espaços ocupados pelas populações tradicionais, como os grupos

e quilombolas.

indígenas

y Ao agrupar parcelas do regiões

espaço geográfico

por critérios de semelhança criam-se

. A regionalização do espaço pode ser formulada para atender a diferentes

finalidades, como o planejamento e a implementação de melhorias para a população. y Paisagens transformam-se continuamente, pois também são resultado da ação humana

y A

sobre a superfície terrestre. também pode ser formada e transformada exclusivamente por fenô-

paisagem

menos e elementos

. Furacões, terremotos, erupções

naturais / da natureza

vulcânicas, entre outros fenômenos naturais, têm o potencial de transformar profundamente o

Geografia

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espaço geográfico

e as

paisagens

.

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CAPÍTULO

2 1

Carta aberta Orientação e localização no espaço geográfico Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

1

Que elementos da paisagem você usaria como referência para indicar a localização da sua escola?

2

Você ou algum familiar utiliza aplicativos de localização no dia a dia? Se sim, para quê?

3

Que elementos retratados na fotografia poderiam ser usados como referência para se orientar no espaço?

Aqui começa o conteúdo referente à aula 10.

Você já pensou em observar a posição do Sol, da Lua ou das estrelas para chegar a algum lugar? Parece difícil, mas foi assim que as pessoas se orientaram por muitos e muitos anos. Os conhecimentos evoluíram ao longo do tempo e, nos dias atuais, é possível utilizar outros recursos e equipamentos para a orientação e a localização no espaço geográfico, como os mapas e os aplicativos de localização. No dia a dia, os elementos da paisagem também são muito utilizados como referência para o deslocamento de um lugar para outro, como parques, rios, praças, pontes e edifícios.

Vista do amanhecer no município do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), com destaque para os Morros do Pão de Açúcar e da Urca, 2023.

NATHALY ABNER/SHUTTERSTOCK.COM

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Geografia

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1. Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar pontos de referência como ruas, avenidas, lojas, edifícios, parques, rios etc. É possível aproveitar as respostas para discutir se os elementos da paisagem mencionados são naturais ou construídos.

Noções de orientação no espaço geográfico

Habilidade da BNCC EF06GE03

Você e sua família já tiveram de usar um mapa ou GPS para chegar a algum lugar? Já pediram ajuda a alguém para chegar a um destino específico? O conhecimento do espaço geográfico é fundamental para conseguirmos nos localizar ou locomover. Em algumas situações, usamos pontos de referência e noções de lateralidade (esquerda e direita, principalmente). Em outras, utilizamos os pontos cardeais para nos orientar. Os povos nômades, por exemplo, que se deslocavam em busca de abrigo e alimentos, utilizavam elementos da paisagem para se orientar, como rios, vegetação, relevo, entre outros. Com o desenvolvimento da linguagem escrita, o conhecimento foi aprimorado e as formas de orientação foram modificadas. Alguns astros começaram a ser mais estudados, como o Sol e a Lua. À medida que as sociedades se aprimoravam e o desenvolvimento técnico avançava, a orientação passou a ser realizada com o uso de instrumentos, como os que conhecemos atualmente. PRATIQUE!

2. Resposta pessoal. Se julgar pertinente, promova um debate sobre os diferentes usos dos aplicativos de localização para chegar a diferentes lugares e verificar as condições das vias ou do trânsito etc. 3. Resposta pessoal. Os estudantes podem citar: os prédios, as casas, a orla da praia, o mar, os morros, a vegetação, o sol etc. Lembre-os de que a posição do observador é um dado importante para a orientação espacial.

1. Ao longo do tempo, os instrumentos de localização sofreram mudanças relacionadas ao desenvolvimento tecnológico. Pergunte a um adulto, que use aplicativos de localização no celular, quais instrumentos ele utilizava para planejar um deslocamento antes de esses aplicativos existirem. Como era essa experiência? Era mais fácil ou mais difícil? Anote em seu caderno o relato dessa história e compartilhe com os colegas.

2. Imagine que você e alguns colegas devem se reunir na sua casa para fazer uma pesquisa e elaborar cartazes para um trabalho de Geografia. a) De que maneira você explicaria aos colegas o caminho que eles devem fazer para chegar à sua casa, partindo da escola? Elabore um texto com a explicação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes utilizem algumas referências espaciais, como lojas e outros estabelecimentos, ruas, praças etc.

Resposta pessoal. Muitos adultos poderão falar que, antes, utilizavam mapas impressos e que a tecnologia facilitou a localização. Outros poderão dizer que preferem o mapa impresso para fazer uma viagem, por exemplo. Alguns poderão dizer que preferem perguntar a pessoas na rua, pois têm mais dificuldade em usar as tecnologias.

b) No espaço a seguir, desenhe a quadra da sua moradia e os principais pontos de referência próximos a ela. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes desenhem a quadra em que sua moradia está localizada e alguns pontos de referência nessa quadra.

Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 11.

Pontos cardeais e colaterais Rosa dos ventos Norte (N) Nordeste (NE)

Noroeste (NO)

Leste (L)

VANESSA NOVAIS

Oeste (O)

Sudoeste (SO)

Sudeste (SE) Sul (S)

As pontas mais longas referem-se aos pontos cardeais. As pontas mais curtas, aos pontos colaterais.

O movimento aparente do Sol e sua relação com o movimento de rotação da Terra são trabalhados de forma mais aprofundada nos conteúdos de Ciências. É importante esclarecer que o Sol não nasce exatamente no Leste, nem se põe exatamente no Oeste, a orientação precisa depende da época do ano e da localização geográfica. Diálogos com

Ciências

Ao longo dos anos, a humanidade desenvolveu conhecimentos e técnicas que permitiram obter entendimentos sobre a Terra e seus movimentos. Com isso, foi possível determinar as direções existentes em relação a qualquer ponto da superfície do planeta. Essas direções foram estabelecidas com base nos pontos cardeais — Norte, Sul, Leste e Oeste —, que podem ser indicados por meio da rosa dos ventos. Com base nos pontos cardeais, foram estabelecidos os pontos colaterais — Noroeste, Nordeste, Sudoeste e Sudeste —, possibilitando, assim, mais precisão nos métodos de orientação e de localização no espaço. Observe ao lado a imagem da rosa dos ventos. A localização dos pontos cardeais pode ser encontrada por meio de instrumentos ou, de forma aproximada, pela observação de astros, como o Sol e outras estrelas.

Orientação pelos astros A observação dos astros é uma forma de estabelecerem-se direções e referências, tendo sido por muito tempo a única forma de localização espacial. Conforme estudado em Ciências, o movimento aparente do Sol pode dar uma pista a respeito da definição das direções cardeais. Sabe-se que o Sol “nasce” na direção leste e “se põe” na direção oeste. Mesmo que não permita a localização precisa dos pontos cardeais, é possível localizar o leste valendo-se do reconhecimento da direção em que o Sol aparece pela manhã e, com base nessa direção, identificar os demais pontos cardeais. No período das Grandes Navegações, iniciadas no século XV, conhecer o céu era um grande trunfo dos navegadores que, naquela época, atravessavam os oceanos para explorar territórios.

Claudio Divizia/Shutterstock.com

Os números romanos e seu uso para contagem do tempo histórico são abordados no componente curricular de História.

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O astrolábio era um dos instrumentos utilizados no período das Grandes Navegações para determinar a posição dos astros no céu e definir as rotas marítimas. Na fotografia, Astrolábio de Sloane, exposto no Museu Britânico, em Londres, Inglaterra, 2019.

Geografia

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Na porção sul do planeta, a constelação do Cruzeiro do Sul facilita a identificação do ponto cardeal Sul. Para isso, devemos contar 4,5 vezes o tamanho do corpo da cruz (desenho formado pelas estrelas), com base na estrela mais distante e, depois, traçar uma linha imaginária perpendicular à linha do horizonte. Assim, será possível encontrar o Sul e, valendo-se dele, os demais pontos cardeais. Observe esse procedimento na ilustração abaixo.

0 Cruzeiro do Sul

1

2

3

► Perpendicular:

Que se intercepta em ângulo reto. A perpendicularidade ocorre quando duas retas se encontram e formam um ângulo reto (90°).

4

MARCO CORTEZ

Polo Celeste Sul

Linha do horizonte

Sul

Representação da determinação do ponto cardeal Sul com base no Cruzeiro do Sul.

Outras realidades

AFONSO, Germano Bruno. Mitos e Estações no céu Tupi-Guarani. Revista Ciência & Cultura - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), São Paulo, 2022. Disponível em: https:// revistacienciaecultura.org.br/?artigos=mitos-e-estacoes-no-ceutupi-guarani#:~:text=as%20v%C3%A1rias%20esp%C3%A9cies. Acesso em: 24 jul. 2023.

Geografia

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ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS

A observação do céu sempre esteve na base do conhecimento de todas as sociedades do passado, submetidas em conjunto ao desdobramento cíclico de fenômenos como o dia e a noite, as fases da Lua e as estações do ano. Os indígenas há muito perceberam que as atividades de caça, pesca, coleta e lavoura estão sujeitas a flutuações sazonais e procuraram desvendar os fascinantes mecanismos que regem esses processos cósmicos, para utilizá-los em favor da sobrevivência da comunidade. Diferentes entre si, os grupos indígenas tiveram em comum a necessidade de sistematizar o acesso a um rico e variado ecossistema de que sempre se consideraram parte. Mas não bastava saber onde e como obter alimentos. Era preciso definir também a época apropriada para cada uma das atividades de subsistência. Esse calendário era obtido pela leitura do céu. [...] Vista do céu noturno em aldeia da etnia Ashaninka na Terra Indígena Kampa do Rio Amônea, no município de Marechal Thaumaturgo (Acre), 2021.

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O funcionamento da bússola e sua relação com o campo magnético da Terra, bem como o funcionamento do GPS, são abordados de modo mais detalhado em Ciências. Diálogos com

Ciências

► GPS: Sigla, em

Ao longo do tempo, foram desenvolvidas técnicas, tecnologias e instrumentos que auxiliam a orientação espacial, como a bússola e o GPS. A bússola é um dos instrumentos de localização mais antigos utilizados pela humanidade. Ela foi inventada pelos chineses, tornando-se, ao longo do tempo, fundamental para a localização e a orientação no espaço geográfico. Por meio dela, é possível identificar o Polo Norte geográfico. O funcionamento desse instrumento é estudado em Ciências. A invenção do GPS revolucionou a forma como nos orientamos e nos localizamos. O uso desse instrumento possibilita a determinação precisa de qualquer ponto na superfície terrestre. Essa inovação transformou diversas atividades econômicas, permitindo maior controle da produção agrícola e o rastreamento de entregas de mercadorias, por exemplo. UNITED STATES GOVERNMENT/SCIENCE PHOTO LIBRARY/FOTOARENA

inglês, de Global Positioning System, que, em português, significa Sistema de Posicionamento Global.

Orientação por instrumentos

Ilustração representando um satélite GPS III em órbita.

Essa atividade pode ser realizada em conjunto com o componente curricular de História. Os estudantes poderão escolher diversas civilizações, como a babilônica, a chinesa, a egípcia, a inca, a asteca etc., bem como os povos indígenas do Brasil. As técnicas, ferramentas e curiosidades podem variar de acordo com a civilização escolhida. Diálogos com

História

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Mas como esse sistema funciona? O GPS permite determinar a localização de pontos e de pessoas na Terra por meio de um sistema complexo formado por: y Satélites artificiais: circulam na órbita da Terra, ou seja, ao redor dela. Estão distribuídos de maneira que ao menos quatro sempre estejam disponíveis, independentemente do ponto na Terra. y

Estações de controle: espalhadas pelo planeta, têm o objetivo de atualizar a posição dos satélites e sincronizar-se com cada um.

y

Receptor: instrumento que recebe a informação dos satélites e fornece as informações aos usuários. Há diferentes tipos de receptores, como os disponíveis em smartphones.

Trabalho em equipe Em grupo, escolham uma civilização antiga que desenvolveu conhecimentos em Astronomia. Façam uma pesquisa sobre a história dessa civilização e escrevam um texto reunindo as principais informações encontradas sobre as técnicas e ferramentas utilizadas para estudar os astros. Anotem também algumas curiosidades sobre essa civilização e compartilhem com a turma na data combinada. Geografia

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PRATIQUE!

3. Com base no lugar em que você se senta na sala de aula, identifique onde está o norte, considerando o movimento aparente do Sol (lembre que ele “nasce” na direção leste e “se põe” na direção oeste). Utilize uma rosa dos ventos e, se tiver dificuldade, peça ajuda ao professor. Após identificar em que direção está o norte, responda: Respostas pessoais de acordo com a posição de cada estudante em sala de a) O que ou quem está a leste de você? E a sudoeste? aula. Espera-se que eles identifiquem corretamente a posição de colegas ou de objetos na sala de aula.

Respostas pessoais.

b) Em relação a você, em que direção está a mesa do professor? Resposta pessoal.

4. Provavelmente, você já ouviu falar de aplicativos de entregas (por exemplo, para fazer o pedido de uma pizza). Nesses aplicativos, em alguns casos, é possível acompanhar o trajeto percorrido pelo entregador. Como esse acompanhamento é possível? Qual é a relação dessa possibilidade de acompanhamento com o GPS? Converse com o professor e com os colegas. Espera-se que os estudantes apliquem os conhecimentos aprendidos sobre o funcionamento do GPS. Elucide que a funcionalidade do GPS em smartphones permite o acompanhamento de rotas em tempo real, o que viabiliza acompanhar a entrega de um pedido. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 da seção Amplie.

Linhas imaginárias Aqui começa o conteúdo referente à aula 12. Se possível, levar um mapa-múndi grande a essa aula. Você sabe o que possibilita a localização na superfície terrestre? Quais são as informações tratadas no GPS que fornecem a localização dos usuários? Para possibilitar a localização espacial, foram criadas linhas imaginárias. Elas são indicadas nas representações cartográficas, como mapas e globos terrestres. Essas linhas, denominadas paralelos e meridianos, indicam duas medidas: a latitude e a longitude, respectivamente. Os pontos de cruzamento entre essas linhas imaginárias formam as coordenadas geográficas, que permitem estabelecer localizações precisas na superfície terrestre. No mapa a seguir, é possível observar uma representação simplificada das coordenadas geográficas. Esse tipo de mapa é chamado planisfério, ou mapa-múndi, porque representa toda a superfície terrestre. Planisfério: coordenadas geográficas -180° -150° -120°

-90°

-60°

-30°

30°

60°

90°

120° 150° 180°

Círculo Polar Ártico

45°

Trópico de Câncer

Equador

Círculo Polar Antártico 0

-45°

2 870

ARQUIVO DA EDITORA

Trópico de Capricórnio

Meridiano de Greenwich

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 32.

Geografia

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Paralelos e latitude Os paralelos são linhas imaginárias que circundam a Terra em sentido leste-oeste. O círculo máximo corresponde à linha do equador, que divide o globo terrestre em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. Os paralelos definem os valores de latitude, que é a distância em graus da linha do equador até outro paralelo qualquer, indo de 0° a 90° tanto a norte quanto a sul. Em direção aos polos Norte e Sul, os paralelos têm tamanhos diferentes: as circunferências se reduzem com o aumento da latitude, em razão do formato da Terra. Observe os principais paralelos no mapa. Planisfério: paralelos e latitudes 0°

Círculo Polar Ártico (66º 33’ N)

Trópico de Câncer (23º 27’ N)

OCEANO PACÍFICO

Trópico de Capricórnio (23º 27’ S)

Hemisfério Norte

Círculo Polar Antártico (66º 33’ S) 0

OCEANO ÍNDICO

ARQUIVO DA EDITORA

Meridiano de Greenwich

Equador

OCEANO PACÍFICO

OCEANO ATLÂNTICO

Hemisfério Sul

3 110

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 32.

Conforme mencionado, a linha do equador divide a Terra em dois hemisférios: Norte e Sul. Os demais paralelos especiais (trópicos e círculos polares) foram definidos com base em características naturais da Terra, relacionadas ao movimento aparente do Sol e à incidência de raios solares ao longo do ano nas diferentes áreas do planeta. PRATIQUE!

5. Analise o mapa Planisfério: paralelos e latitudes e reescreva as afirmações a seguir, corrigindo os erros existentes. a) Os trópicos de Capricórnio e de Câncer dividem a Terra em hemisférios Norte e Sul. A linha do equador divide a Terra em hemisférios Norte e Sul.

b) Um ponto a 5° Norte está em uma área próxima ao Polo Sul. Um ponto a 5° Norte está em uma área próxima à linha do equador.

c) O Polo Sul está em uma área de baixas latitudes e no mesmo hemisfério que o Trópico de Câncer. O Polo Sul está em uma área de altas latitudes e no mesmo hemisfério que o Trópico de Capricórnio.

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Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 13.

Meridianos e longitude Os meridianos são linhas imaginárias (semicírculos) que circundam a Terra em sentido norte-sul. O meridiano de Greenwich é o meridiano de referência e divide a Terra em Hemisfério Oriental (leste) e Hemisfério Ocidental (oeste). Os meridianos são a base para o estabelecimento da longitude, que é a distância em graus entre o meridiano de Greenwich (meridiano de origem) até qualquer outro meridiano (local). As longitudes variam de 0° a 180°, tanto para leste como para oeste, completando, assim, 360° (uma circunferência). A referência dos 360° é utilizada para a divisão dos 24 fusos horários do planeta Terra que será estudada adiante. Observe o mapa a seguir. Planisfério: meridianos e longitudes 180° 150° O 120° O

90° O

60° O

30° O

30° L

60° L

90° L

120° L 150° L 180°

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO PACÍFICO

0

OCEANO ÍNDICO

Hemisfério Ocidental

3 110

Hemisfério Oriental

ARQUIVO DA EDITORA

Meridiano de Greenwich

OCEANO PACÍFICO

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 32.

Oposto a Greenwich está o antimeridiano de Greenwich, também conhecido como Linha Internacional de Data (LID), que estabelece o início e o fim de um dia civil na Terra. PRATIQUE!

6. Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso. F

F

V

V

Os meridianos são círculos completos, indo de 0° a 90° em cada um dos hemisférios. Os paralelos são linhas imaginárias perpendiculares à linha do equador, indo de 0° a 180° em cada um dos hemisférios. Entre os meridianos, o mais importante é o que atravessa Londres, passando pelo observatório de Greenwich, que acabou dando nome ao meridiano principal. A linha do equador representa a maior circunferência da Terra, dividindo a Terra em hemisférios Norte e Sul. A primeira afirmativa está Incorreta, pois os meridianos são semicírculos, indo de 0° a 180° tanto para leste quanto para oeste. A segunda também está incorreta, pois os paralelos são linhas imaginárias paralelas à linha do equador, indo de 0° a 90° em cada um dos hemisférios.

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7. Observe o mapa. Planisfério: coordenadas geográficas 180° 165° 150° 135° 120° 105° 90° 75° 60° 45° 30° 15° 180° 0° 15° 165° 30° 150° 45° 135° 60° 120° 75° 105° 90° 90° 105° 75° 120° 60° 135° 45° 150° 30° 165° 15° 180° 180° 0° 15° 165° 30° 150° 45° 135° 60° 120° 75° 105° 90° 90° 105° 75° 120° 60° 135° 45° 150° 30° 165° 15° 180° 0° 15° 30° 45° 60° 75° 90° 105° 120° 135° 150° 165° 180° G 75° Círculo Polar Ártico

Círculo Polar Ártico

A

G

G

75° A

60°

A

60°

45°

Trópico de Câncer

F Trópico de Câncer

F Trópico de Câncer

F

30°

Círculo Polar Antártico

C D

Círculo Polar Antártico

Equador

H

B Trópico de Capricórnio

E

C

D

15°

30°

45°

Círculo Polar Antártico

60°

75°

Hemisfério Norte Ocidental

Hemisfério Norte Ocidental

Hemisfério Norte Ocidental

Hemisfério Sul Ocidental

Hemisfério Sul Ocidental

Hemisfério Sul Ocidental

Hemisfério Norte Oriental

Hemisfério Norte Oriental

Hemisfério Norte Oriental

Hemisfério Sul Oriental

Hemisfério Sul Oriental

Hemisfério Sul Oriental

45° 30°

30°

15° H B

E

C

Meridiano de Greenwich

B Trópico de Capricórnio

E

Meridiano de Greenwich

Trópico de Capricórnio

H

Meridiano de Greenwich

Equador

60°

45°

15° Equador

75°

D

15°

1

30°

30

45°

45°

60°

60°

75°

0

2 870

75°

0

2 870

ARQUIVO DA EDITORA

Círculo Polar Ártico

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 32.

Identifique a latitude e a longitude dos pontos identificados no mapa, preenchendo conforme o modelo a seguir. A: 60° de latitude norte e 120° de longitude leste. B:

15° de latitude sul e 15° de longitude oeste.

C:

0° de latitude e 15° de longitude leste.

D:

15° de latitude sul e 15° de longitude leste.

E:

0° de latitude e 0° de longitude.

F:

30° de latitude norte e 30° de longitude oeste.

G:

75° de latitude norte e 135° de longitude leste.

H:

0° de latitude e 30° de longitude oeste.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 2 da seção Amplie.

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Geografia

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0

2


Aqui começa o conteúdo referente às aulas 14 e 15.

A forma da Terra

Diálogos com

Ciências

SELMA CAPARROZ

A Terra é um dos planetas que compõem o Sistema Solar, sendo o terceiro em relação ao Sol. Nesse sistema, os planetas orbitam ao redor do Sol e possuem diferentes características. Em Ciências, você pode conhecer mais sobre o Sistema Solar, os corpos celestes que o compõem e mais detalhes sobre o próprio planeta Terra.

Os conteúdos relacionados à Astronomia, às características do Sistema Solar e do planeta Terra, à sua forma e a seus movimentos são abordados de modo mais aprofundado pelo componente curricular de Ciências.

Representação do Sistema Solar.

No decorrer da história, os cientistas buscaram compreender as características de nosso planeta, como sua forma e seus movimentos. Houve períodos em que se acreditava que a Terra era plana e não se movia. No entanto, a partir do século XVII, a forma arredondada passou a ser a mais aceita, em razão de pesquisas, experimentos e evidências, como a sombra da Terra projetada na Lua durante eclipses lunares. Atualmente, sabe-se que a Terra tem formato geoide, semelhante a uma esfera e ligeiramente achatada nos polos, e que ela realiza diferentes movimentos. Por tratar-se de uma superfície irregular e com características complexas, os cartógrafos definiram uma figura geométrica que se aproximasse do geoide para viabilizar cálculos e estudos: o elipsoide. Geografia

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Os movimentos da Terra Compreender os principais movimentos realizados pela Terra contribui para conhecer as características de nosso planeta. Os movimentos de rotação e de translação, por exemplo, influenciam nosso dia a dia e são realizados ao mesmo tempo, de forma contínua: a Terra gira ao redor de seu próprio eixo (rotação) e se movimenta ao redor do Sol (translação).

GOOGLE EARTH

Terra: rotação O movimento de rotação refere-se ao eixo da rotação giro que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo, de oeste para leste. Na linha do equador, a sentido da rotação velocidade desse movimento é maior e diminui gradativamente em direção aos polos. A duração da rotação terrestre é de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, mas, para facilitar transações comerciais e relações sociais, foi convencionada em 24 horas. ângulo de inclinação da Terra É em decorrência do movimento de rotação (23,5º) que existem o dia e a noite, os fusos horários, a circulação atmosférica e as correntes marítimas, por exemplo. Representação do movimento de rotação da Terra. O eixo da rotação terrestre apresenta Nas imagens desta página, é possível observar o efeito uma inclinação de aproximadamente 23,5°. prático da rotação na geração dos dias e das noites. Enquanto é dia na face voltada para o Sol, é noite nos locais que não estão recebendo a radiação solar. Ao olhar para o céu ao longo de um dia ensolarado, temos a impressão de que o Sol é que se movimenta no céu. Porém, é a Terra que se movimenta em torno de seu eixo, por isso a expressão “movimento aparente do Sol”. A rotação e a inclinação do eixo terrestre influenciam os padrões de circulação do ar atmosférico, direcionando o sentido dos ventos tanto no Hemisfério Norte, onde os ventos sopram principalmente de nordeste para sudoeste, quanto no Hemisfério Sul, onde os ventos sopram principalmente de sudeste para noroeste. Esses padrões influenciam, por exemplo, os tipos de clima e os fenômenos climáticos nas mais diversas partes do planeta Terra. Composição de imagens que representa o efeito da rotação na geração dos dias e das noites na Terra.

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MARCO CORTEZ

Movimento de rotação

Geografia

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PRATIQUE!

8. Identifique duas influências do movimento de rotação da Terra em seu dia a dia. Justifique sua resposta. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que as influências desse movimento se referem à sucessão dos dias e das noites e, portanto, a todas as atividades desenvolvidas no cotidiano.

9. Os outros planetas do Sistema Solar também realizam o movimento de rotação. Com um colega, façam uma breve pesquisa sobre a duração do movimento de rotação de dois outros planetas. Compartilhem os resultados obtidos com a turma. Resposta pessoal. Entre os planetas que realizam o movimento de rotação, é possível destacar Vênus e Urano. Se julgar necessário, oriente os estudantes na realização da pesquisa. Os movimentos e características de planetas do Sistema Solar são abordados em Ciências. Aqui começa o conteúdo referente à aula 16.

Fusos horários

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 3 e 4 da seção Amplie.

Que horas são neste momento? A resposta é fácil: basta olhar um relógio. Mas que horas são, neste exato momento, em Nairóbi, no Quênia? A resposta pode tornar-se um pouco mais complexa. Se são 16 horas em Brasília, que horas serão em Fernando de Noronha (Pernambuco)? E em Rio Branco (Acre)? E em Sydney, na Austrália? E em Paris, na França? Para responder às perguntas anteriores, é necessário compreender o funcionamento dos fusos horários. Você já estudou que a Terra realiza o movimento de rotação e que é considerada um elipsoide para os cartógrafos. Para simplificar os cálculos, é possível tratá-la como uma circunferência de 3600. Por causa dessas características, a luz solar atinge cada parte do nosso planeta em momentos diferentes ao longo de um dia. Nesse contexto, para criar um padrão de horas mundial e possibilitar as inúmeras e constantes relações internacionais (comerciais, culturais, sociais, econômicas, políticas, entre outras), foram criados os fusos horários. Observe o mapa a seguir. Mundo: fuso horário 180°

150°

120°

90°

60°

30°

30°

60°

90°

120°

150°

180°

90°

Círculo Polar Ártico Reykjavik

Los Angeles

Is. Madeira Is. Canárias

Trópico de Câncer Is. Havaí

Cidade do México

Equador

Berlim Astana Paris Bucareste Madri Argel Teerã Bagdá Trípoli Cairo Nova Délhi Riad

Açores

Nova York Washington

São Francisco

Cabo Verde

Is. Galápagos

Dacar

Pequim

Meridiano de Greenwich

Brasília

Lima

São Paulo Curitiba Buenos Aires Is. Falkland (Malvinas)

30°

Manila

Luanda

0° Is. Maldivas

Jacarta Is. Fiji

Maputo

30° Sydney Melbourne

Cidade do Cabo

60°

Círculo Polar Antártico

2 870

-12 -11 -10 -9

Tóquio

Adis Abeba

Is. Pitcairn

0

Seul

Hong Kong

Niamei

Bogotá

Nairóbi

Is. Tonga Trópico de Capricórnio

60°

Moscou

Londres Ottawa

Vancouver

-8

-7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

Horário fracionado em meia hora

0

+1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 +11 +12

90°

Linha Internacional de Data

Allmaps

Is. Aleutas

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 35. Geografia

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Linha Internacional de Data (LID)

Círculo Polar Ártico

ALASCA (EUA)

Sibéria

60°

Trópico de Câncer

A

Equador

10 de fevereiro

30°

de Data

Linha Internacional

OCEANO PACÍFICO

B 0°

9 de fevereiro

Trópico de Capricórnio 30°

0

950

Allmaps

180°

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 35.

Os fusos horários foram estabelecidos com base nas longitudes. A contagem inicia-se em 0° (Meridiano de Greenwich) e se estende até 180° para leste e para oeste desse meridiano, totalizando os 360° da circunferência terrestre. Ao dividir esses 360° pelas 24 horas do dia, conclui-se que, a cada 15° de longitude, a Terra gira em um intervalo de uma hora. Como o sentido de rotação é de oeste para leste, ao nascer de um novo dia, o Sol ilumina primeiro as porções a leste de Greenwich. Portanto, quando se desloca para leste (pensando em termos globais), está se tomando a direção de áreas onde o Sol “nasce” primeiro (o dia começa antes). Portanto, as horas a leste estão adiantadas em relação às porções mais a oeste do planeta. Quando se desloca para oeste, as horas estão atrasadas em relação às localidades mais a leste, pois amanhece depois. Com base na definição dos fusos, é possível dizer que todos os lugares que estiverem na mesma faixa de fuso terão o mesmo horário? Não necessariamente. Isso porque os fusos teóricos foram adaptados para os fusos horários civis (ou práticos), como se nota no mapa da página anterior. Isso foi feito para dar mais praticidade à delimitação dos fusos, sobretudo para as questões internas dos países. É o caso da China, que, apesar de seu extenso território ser cruzado por quatro fusos teóricos, adotou um único fuso para todo o país. O Brasil, por sua vez, adota quatro fusos. Conforme apresentado anteriormente, o meridiano oposto ao de Greenwich é a Linha Internacional de Data (LID). Se essa linha é cruzada de leste para oeste, deve-se somar um dia; caso seja cruzada de oeste para leste, deve-se subtrair um dia.

PRATIQUE!

10. Imagine que você foi morar no Japão e está em Tóquio. Um amigo, que está em Curitiba (Paraná), no Brasil, liga para você às 15h (no horário de Brasília). Sabendo que Curitiba está no fuso –3 e Tóquio no fuso +9, qual é a diferença de horário entre a sua localização e a de seu amigo? Curitiba está três horas a oeste do meridiano de Greenwich, e Tóquio, nove horas a leste desse meridiano. Se percorrermos os fusos de oeste para leste, teremos uma diferença de 12 horas (3 + 9 = 12) entre Curitiba e Tóquio. Assim, se em Curitiba são 15h (três horas da tarde), em Tóquio são 3h (três horas da manhã).

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11. Um avião parte de São Paulo (São Paulo), no Brasil, que está no terceiro fuso a oeste de Greenwich, às 16h, com destino a Bagdá (Iraque), terceiro fuso a leste de Greenwich. O tempo de viagem é de 12 horas. Que horas serão em Bagdá quando o avião chegar? Serão 10h da manhã do dia seguinte quando o avião chegar a Bagdá, pois essa cidade está seis horas à frente de São Paulo. Considerando-se a diferença de fusos (seis horas) e o tempo de viagem (12 horas), chega-se ao resultado.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 5 a 7 da seção Amplie. Aqui começa o conteúdo referente à aula 17.

Movimento de translação O movimento de translação refere-se ao movimento que a Terra faz ao redor do Sol. Sua duração é de 365 dias, 5 horas e 48 minutos, sendo arredondada para 365 dias. Considerando o tempo que “sobra”, a cada quatro anos é acrescentado um dia no calendário no mês de fevereiro, caracterizando o ano bissexto, que tem 366 dias. O movimento de translação da Terra, associado à forma do planeta e à inclinação de seu eixo de rotação, faz a distribuição de luminosidade solar se alterar ao longo do ano. Consequentemente, a distribuição de calor entre os hemisférios Norte e Sul é desigual e caracteriza as estações do ano. Cada estação (outono, inverno, primavera e verão) Diálogos com Ciências apresenta características próprias, que são estudadas com mais detalhe em Ciências. O posicionamento da A abordagem do movimenTerra no movimento de translação influencia a incidência to de translação, de sua relação com as estações do de radiação solar em cada momento do ano e, conse- ano e das características de cada uma pode ser complequentemente, a duração do dia e da noite. mentada com o conteúdo trabalhado em Ciências. Observe o esquema a seguir.

#ficaadica Ano bissexto

A convenção de que o ano tem 365 dias faz, a cada quatro anos, o calendário ter o dia 29 de fevereiro. Acesse o QR Code (ou link) e entenda por que isso ocorre.

https://s.ftd.li/fYv3Kf

Terra: translação e estações do ano

20 ou 21 de março – equinócio de outono Início do outono no Hemisfério Sul e da primavera no Hemisfério Norte Polo Norte 21 ou 22 de dezembro – solstício de verão Início do verão no Hemisfério Sul e do inverno no Hemisfério Norte Polo Norte

Polo Sul Polo Norte Polo Norte Polo Sul

Polo Sul

Polo Sul 22 ou 23 de setembro – equinócio de primavera Início da primavera no Hemisfério Sul e do outono no Hemisfério Norte

Ricardo Paonessa

20 ou 21 de junho – solstício de inverno Início do inverno no Hemisfério Sul e do verão no Hemisfério Norte

Representação do movimento de translação da Terra e das estações do ano.

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No equinócio, o dia e a noite têm a mesma duração, pois os hemisférios Norte e Sul são iluminados igualmente pelo Sol. Isso ocorre no início do outono e da primavera. Nos solstícios de inverno e verão, ocorrem a noite e o dia mais longos do ano, respectivamente. Isso acontece porque um dos hemisférios recebe mais iluminação solar que o outro. No solstício de inverno, a noite será mais longa e o dia, mais curto. No solstício de verão, o dia será mais longo e a noite, mais curta. Os dias de solstício marcam justamente o dia com a maior duração de horas de Sol (no verão) e o dia com a menor duração de horas de Sol (no inverno), mas essa diferença não ocorre de forma tão intensa nas áreas próximas à linha do equador, que recebem praticamente a mesma iluminação ao longo do ano todo. PRATIQUE!

12. Considerando que a maior parte do território brasileiro está localizada no Hemisfério Sul, responda. a) Em que meses ocorrem os equinócios de outono e primavera? O equinócio de outono acontece em março e o equinócio de primavera, em setembro.

b) O que acontece com a duração dos dias e das noites nos dias de equinócio? Os dias e as noites têm a mesma duração nos dias de equinócio.

c) Que estação do ano ocorre no período de 20 ou 21 de junho a 22 ou 23 de setembro na maior parte do Brasil? E na parte do território que se situa ao norte da linha do equador? Na maior parte do Brasil, é inverno durante o período. Na parte que se situa ao norte da linha do equador (Hemisfério Norte), é verão.

13. A Terra realiza diversos movimentos que influenciam o nosso dia a dia. Por exemplo, as estações do ano e a diferença entre a duração do dia e da noite influenciam o modo como nos vestimos, o que comemos e o horário de nossos descansos. Em razão da inclinação do eixo terrestre e do movimento de translação, o dia pode durar mais que a noite ou a noite durar mais que o dia (solstícios) ou, ainda, o dia e a noite podem ter a mesma duração (equinócios). Identifique a opção que apresenta os dados corretamente relacionados quanto à translação e às estações do ano. a) Solstício – primavera no Hemisfério Sul – verão no Hemisfério Norte. b) Equinócio – verão no Hemisfério Sul – inverno no Hemisfério Norte. c) Equinócio – inverno no Hemisfério Sul – outono no Hemisfério Norte. d) Solstício – verão no Hemisfério Sul – inverno no Hemisfério Norte. e) Equinócio – outono no Hemisfério Sul – verão no Hemisfério Norte. Os solstícios marcam o início do verão e do inverno, de forma alternada entre os hemisférios. O

equinócio marca o início do outono e da primavera, também de forma alternada entre os hemisférios.

>>> Acelere Para acelerar seus resultados, assista ao vídeo sobre esse conteúdo e aprenda mais com a Edição 1: Fake news e desinformação, do Articulação.

https://ftd.li/s202geo61601oau005

https://ftd.li/s202arc61601oau004

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 8 da seção Amplie.

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Amplie 1. Utilizando uma rosa dos ventos, realize as atividades a seguir. Observe a vista da janela de seu quarto ou de outro cômodo de sua moradia e descubra, de forma aproximada, as direções norte, sul, leste e oeste. Peça ajuda a um adulto para identificar a direção onde “nasce” o Sol em relação à janela. Lembre-se, o Sol não nasce exatamente no ponto cardeal Leste (salvo alguns dias do ano e locais específicos). Portanto, o Sol nascente permite identificar a direção leste e não o ponto cardeal. Liste os elementos, dentro do cômodo, que estejam na direção oeste. Resposta pessoal.

2. Indique em que hemisférios (Norte e Sul; Oriental e Ocidental) o Brasil se localiza. Se necessário, analise novamente os mapas Planisfério: paralelos e latitudes e Planisfério: meridianos e longitudes. O Brasil, em razão de sua grande extensão, possui partes de seu território localizadas nos hemisférios Norte e Sul, sendo a maior parte de sua área localizada no Hemisfério Sul. Todo o território brasileiro está no Hemisfério Ocidental.

3. Atualmente, algumas pessoas voltaram a afirmar erroneamente que a Terra é plana. Assinale a alternativa que apresenta informações corretas sobre a forma da Terra. A Terra é um geoide, cuja forma é semea) A Terra é uma esfera perfeita e possui uma superfície homogênea.

lhante a uma esfera com achatamento nas regiões dos polos.

b) A forma da Terra é uma esfera com superfície irregular apenas na linha do equador. c) A Terra é semelhante a uma esfera ligeiramente achatada nos polos. d) A Terra é semelhante a uma esfera ligeiramente achatada na linha do equador. e) A forma da Terra é uma esfera com superfície irregular apenas na região dos polos. 4. Por que a trajetória do Sol no céu ao longo de um dia é chamada “movimento aparente do Sol”? Chama-se “movimento aparente do Sol” porque o Sol não se move, mas sim a Terra. O movimento de rotação faz parecer que é o contrário, por isso, a expressão “movimento aparente”.

5. Uma partida de futebol será realizada em Londres, às 19h, e transmitida ao vivo para vários países. A que horas o jogo será reproduzido nas cidades a seguir? Para resolver, utilize o mapa Mundo: fusos horários e um mapa político. a) São Francisco (EUA): 11h.

b) Cairo (Egito): 21h.

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c) Moscou (Rússia): 22h.

d) Brasília (Brasil): 16h.

e) Tóquio (Japão): 4h do dia seguinte.

6. Sabendo-se que no fuso de Greenwich são 18h e que na cidade A são 13h, qual é a longitude da cidade A? Justifique sua resposta. A longitude da cidade A é 75° oeste, pois está 5 fusos atrasados (18h – 13h = 5h) em relação à Greenwich, que está no fuso 0 e na longitude 0°. Como cada fuso corresponde a um intervalo de 15°, a cidade A estará na longitude 75° oeste.

7. Qual é a função da Linha Internacional de Data (LID)? A LID consiste no meridiano oposto ao de Greenwich e é responsável por marcar o início e o fim de um dia civil na Terra.

8. Observe a imagem ao lado. a) O calendário representado se refere ao mês de fevereiro de um ano bissexto? Justifique sua resposta. Não. Nos anos bissextos, o mês de fevereiro tem um dia a mais, chegando até o dia 29.

b) A qual movimento da Terra o ano bissexto está associado? O ano bissexto está associado ao movimento de translação da Terra.

c) Por que o ano bissexto é adotado? Porque a duração do movimento de translação é maior que o período de um ano (365 dias), o que tornou necessário acrescentar um dia ao calendário a cada quatro anos. Laí

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Síntese

Título da seção Orientação e localização síntese no espaço geográfico

Aqui começa o conteúdo referente à aula 18.

Título da seção síntese

Síntese

Os resumos são formas de sistematizar os conhecimentos e reunir as principais informações relacionadas aos conteúdos estudados. Responda às questões a seguir para praticar a elaboração de resumos. 1. Que elementos da natureza são utilizados para orientação? Os astros e as estrelas.

2. Qual é um dos instrumentos de localização mais antigos que consegue identificar o Polo Norte geográfico? A bússola.

3. Quais são os pontos cardeais? Norte, Sul, Leste e Oeste.

4. Que instrumento tecnológico fornece informações precisas sobre a localização de um ponto na superfície terrestre? O GPS.

5. Em que direção o Sol “nasce”? Na direção leste.

6. O que formam os pontos de cruzamento entre as linhas imaginárias? As coordenadas geográficas.

7. Quais são as linhas imaginárias que circundam a Terra no sentido oeste-leste? Os paralelos.

8. Qual é o paralelo central ou principal? A linha do equador.

9. Quais são as linhas imaginárias que circundam o planeta no sentido norte-sul? Os meridianos.

10. Qual é o meridiano central? O meridiano de Greenwich.

11. Qual é o movimento da Terra que dá origem ao dia e à noite? O movimento de rotação.

12. Qual é o movimento da Terra relacionado às estações do ano? O movimento de translação.

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CAPÍTULO

3 1

Cartografia Representar o espaço geográfico

Confira na página seguinte os comentários sobre as questões desta página.

1

Você já deve ter visto alguém utilizando um mapa. Como você definiria o que é um mapa? Converse com os colegas e com o professor.

2

Os mapas surgiram recentemente? Como você acha que eles são elaborados?

3

Aponte como os mapas podem ser utilizados no dia a dia das pessoas.

Aqui começa o conteúdo referente à aula 19.

Pessoa observando mapa em uma rua na cidade de Moscou, Rússia, 2018.

FRANTIC00/SHUTTERSTOCK.COM

Os seres humanos produzem e transformam o espaço geográfico por meio de suas atividades e alterações recorrentes das paisagens. Para compreender o espaço geográfico é necessário conhecê-lo. A Cartografia, por meio dos mapas e de outras representações cartográficas, permite a observação de diversas formas de uso e ocupação existentes no espaço geográfico, além dos fenômenos, das dinâmicas e dos elementos que fazem parte dele.

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1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes apontem que os mapas são a representação de parte ou de toda a superfície terrestre em tamanho reduzido em um plano. Sugere-se debater com eles que os mapas são documentos cartográficos utilizados para representar dados e informações, principalmente dos aspectos físicos, sociais e econômicos do espaço geográfico.

Evolução das formas de representação do espaço geográfico

Habilidades da BNCC EF06GE08

Dani cronemberger/Shutterstock.com

EF06GE09

Há milênios, a humanidade utiliza métodos para representar e localizar suas atividades e formas de ocupação do espaço geográfico e de seus locais de vivência. Os mapas são um dos tipos de representações cartográficas utilizados para comunicar informações. O campo do conhecimento responsável pela reflexão, criação e produção dos mapas é a Cartografia. Essa ciência é formada por um conjunto de estudos e técnicas que se modificaram ao longo dos anos. A Cartografia contribui com a Geografia ao fornecer representações que permitem a análise do espaço geográfico. Você sabe dizer como os mapas eram produzidos antigamente? Você acha que existem diferenças entre as formas de representação cartográfica do passado e do presente? No componente de História é abordado que as pinturas rupestres constituíam uma forma de representação bastante utilizada na Pré-História. Essas pinturas eram gravadas por grupos humanos — em cavernas, abrigos e superfícies rochosas — e registravam aspectos da vida e das atividades cotidianas, como indicações e localizações de rituais e de locais de caça. As formas de representação do espaço geográfico acompanharam o desenvolvimento das técnicas pelas diferentes sociedades, tornando-se cada vez mais detalhadas. Essas representações são também um registro de outros tempos. Elas permitem conhecer aspectos, formas de viver e de ocupar o espaço de diferentes sociedades ao longo da história. Algumas escavações favoreceram a localização de registros antigos, como o mapa de Ga-sur e o mapa de Bedolina. O mapa de Ga-Sur é uma representação feita em placa de argila, datada de aproximadamente 2 500 a.C., encontrado no território do atual Iraque. O mapa de Bedolina é um registro de aproximadamente 1 500 a.C., que contém informações de áreas de cultivo, aldeias e percursos daquele período.

Pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, 2019. Diálogos com

História

Este conteúdo estabelece diálogo interdisciplinar com o componente de História. O conteúdo sobre as pinturas rupestres e seu papel nos estudos históricos é trabalhado no Módulo 1 de História.

REDA&CO/Universal Images Group/Getty Images

Caso entenda ser relevante e possível, pode-se dialogar com o professor do componente de História para criarem uma atividade conjunta que aborde os mapas como fonte para os estudos históricos e geográficos e seu papel ao longo do tempo.

Fotografia do mapa de Bedolina, 2022. A representação é composta de 109 figuras e apresenta padrões de ocupação e uso do espaço geográfico. Esse mapa, feito em uma rocha sedimentar, tem cerca de nove metros de comprimento, quatro metros de largura e está localizado no Vale de Camonica, região da Lombardia, na Itália. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes possam compreender que os mapas existem há milênios. Uma possibilidade é estimulá-los a responder se já viram mapas antigos. Também é esperado que eles apontem que os mapas são elaborados por meio da coleta de dados no campo e elaborados manualmente ou feitos em computador por fotografias aéreas e imagens de satélite. 3. Espera-se que os estudantes apontem que os mapas estão presentes no cotidiano das pessoas, seja de maneira impressa ou por Geografia meio de aplicativos em smartphones, e que eles podem auxiliar a localização no espaço, seja para viajar ou encontrar um local específico, por exemplo. Estimule os estudantes a relatar situações em que presenciaram pessoas utilizando mapas.

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PRATIQUE!

1. Leia o texto a seguir e responda. A Cartografia e sua evolução Mas, apesar da historiografia datar a origem da cartografia na Grécia Antiga, a produção de mapas antecede o advento da escrita. Os antigos eram curiosos para compreender a si mesmos e os Outros que os cercavam, e utilizavam mapas desde a mais remota Antiguidade para representar o seu Mundo conhecido e os lugares que o cercam. Segundo Oswald Dreyer-Eimbcke, é possível que “todas as civilizações do mundo possuíssem, desde as épocas mais remotas, algum tipo de representação simbólica ou geográfica de seu mundo habitado e conhecido”. MENDONÇA, Ana Teresa Pollo. Por mares nunca dantes cartografados: A permanência do imaginário antigo e medieval na cartografia moderna dos descobrimentos marítimos ibéricos em África, Ásia e América através dos oceanos Atlânticos e Índico nos séculos XV e XVI. 2007. 257 f. Dissertação (Mestrado em História Social da Cultura). Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, 2007. p. 20.

Considerando a existência de representações do espaço tão antigas, como a de Ga-Sur e a de Bedolina, qual é a importância da localização no espaço para os seres humanos? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem a importância que a localização tem para os seres humanos, seja de elementos naturais, seja de atividades humanas. A representação da localização desses elementos no espaço geográfico não é algo que ocorre apenas nos dias atuais, mas desde a Antiguidade.

2. Observe as duas imagens e a legenda a seguir e responda ao que se pede. Norte

Rio SCIENCE HISTORY IMAGES/ALAMY STOCK PHOTO

Rio

Montanhas

Montanhas

Oeste

Leste 7,0 cm ALEX ARGOZINO

O mapa de Ga-Sur, encontrado em região que corresponde à antiga Mesopotâmia, é um dos mapas mais antigos já identificados. Feito em uma placa de argila, o mapa representa o vale de um rio, possivelmente o do rio Eufrates, e duas cadeias montanhosas. Por meio de inscrições, ele indica as orientações geográficas.

Você já observou alguns mapas no capítulo anterior. Indique algumas semelhanças e diferenças entre as representações antigas do espaço geográfico, como os mapas de Bedolina e de Ga-Sur, e os mapas que você conhece da atualidade? Resposta pessoal. Sobre as semelhanças, podem-se citar, por exemplo, o fato de serem representações do espaço, de elementos naturais ou humanos, e a presença de elementos de orientação espacial, conforme o caso do mapa de Ga-Sur. Em relação às diferenças, podem-se mencionar as técnicas utilizadas na elaboração, a precisão existente nos mapas da atualidade e as tecnologias digitais que permitem criar mapas com base em imagens aéreas ou de satélite etc.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 1 seção Amplie.

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 20.

BIBLIOTECA ESTENSE

Os mapas e as representações do espaço geográfico refletem a sociedade e o período histórico em que foram elaborados. A religião, durante muito tempo, influenciou o desenvolvimento da Cartografia, assim como o de outros ramos do conhecimento, como é abordado no componente de História. Durante a Idade Média — séculos V e XV —, os mapas elaborados buscavam evidenciar o papel e o poderio da Igreja Católica cujos objetivos não eram voltados ao deslocamento no espaço. O mapa Orbis Terrarun, exposto ao lado, representava Jerusalém no centro; a Ásia, na parte superior; a Europa, na parte inferior à esquerda; e a África, na parte inferior à direita. No século XIII, com a ampliação do comércio marítimo, Mapa-múndi Orbis Terrarun no modelo houve um maior desenvolvimento na produção de mapas. T-O. O “T” indica a separação em três Nesse contexto, pode-se citar os mapas portulanos, voltados à continentes, e o “O” corresponde ao navegação, que apresentavam instruções náuticas, orientações oceano circundante. espaciais mais precisas e descrição de portos e costas. A partir do período das Grandes Navegações, na Idade Moderna, a produção de mapas voltou-se, especialmente, à representação Diálogos com História das novas áreas dominadas nas Américas e ao fornecimento de informações centrais para o exercício do controle territorial pelos colonizadores europeus. A questão do papel dos mapas durante a Idade Média estabelece diálogo Nesse contexto, por meio do trabalho dos cartógrafos, principalmente porinterdisciplinar com o componente tugueses e espanhóis, desenvolveram-se de forma mais sistematizada os de História. O conteúdo sobre a Idade Média e o papel da Igreja é trabalhado conhecimentos cartográficos e as técnicas de elaboração. Com os avanços no Módulo 4 de História. tecnológicos, como o astrolábio e a bússola, foi possível conhecer e representar com mais precisão a superfície terrestre. O progresso desse período favoreceu o desenvolvimento da Cartografia.

FOUNDATIONS OF WESTERN EUROPEAN CARTOGRAPHY IN TEXAS COLLECTIONS

Das representações religiosas à Cartografia

Planisfério de Alberto Cantino, 1502. No mapa, que retrata os descobrimentos marítimos portugueses, é possível notar o contorno das terras até então conhecidas, linhas de latitude e longitude, bem como as bandeiras que assinalam a soberania dos territórios.

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#ficaadica Cartografia Histórica do Brasil

PRATIQUE!

Observe o mapa a seguir e responda às questões.

Por meio do QR Code (ou link) a seguir, você pode observar diversos mapas do território brasileiro, identificando as diferenças nas formas de representação do espaço ao longo do tempo.

Representações cartográficas e mapas históricos podem ser trabalhados a fim de demonstrar aos estudantes a complexidade e a maior precisão dos mapas ao longo do desenvolvimento da Cartografia.

ATLAS MILLER

https://s.ftd.li/VM7NHp

O mapa Terra Brasilis, elaborado em 1519, faz parte do Atlas de Miller e retrata a porção conhecida do Brasil na época.

3. Qual é a importância das Grandes Navegações para a Cartografia? Quais eram os principais objetivos dos mapas nesse período? As Grandes Navegações trouxeram diversos avanços para a Cartografia, como o uso das rosas dos ventos para orientação, os traçados mais precisos das costas e a localização de portos. Esses mapas tinham por objetivo demarcar as terras conhecidas e eram centrais para o exercício do domínio territorial.

4. Aponte as principais diferenças entre os mapas produzidos na Idade Média e os produzidos na Idade Moderna. Na Idade Média, os mapas tinham muita influência da religião, sobretudo da Igreja Católica, que buscava demonstrar sua influência no mundo conhecido. Na Idade Moderna, os mapas passaram a ser utilizados pelas potências europeias, sobretudo para o comércio marítimo e o mapeamento de novos territórios dominados.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 2 da seção Amplie.

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Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente às aulas 21 e 22.

Desenvolvimento tecnológico e Cartografia O desenvolvimento da ciência e da tecnologia trouxe diversos avanços para a Cartografia. Mas, por acaso, você sabe de que forma são produzidas as representações cartográficas atualmente? Que instrumentos, técnicas e métodos são utilizados nessa produção? Qual é a história por trás desses processos? O desenvolvimento da Cartografia no século XX está bastante atrelado aos avanços tecnológicos realizados durante as duas grandes guerras e a Guerra Fria. Ao longo desses conflitos, houve investimentos, por diversos países, no aprimoramento de técnicas e conhecimentos cartográficos, a exemplo do sensoriamento remoto, que pode ser entendido como um conjunto de ferramentas para coleta e registro de informações sobre o espaço geográfico a distância. Isso foi possível em razão da criação de equipamentos específicos para a obtenção de imagens da superfície terrestre, como sensores, câmeras fotográficas acopladas a aviões, satélites artificiais e, bem mais recentemente, os drones. O próprio GPS (Sistema de Posicionamento Global, em português) foi desenvolvido para fins militares, na década de 1960, pelos Estados Unidos, no contexto da Guerra Fria. A evolução da Ciência da computação também contribuiu para o melhoramento das técnicas cartográficas, permitindo o desenvolvimento de uma Cartografia Digital, em que as representações cartográficas são elaboradas por meio de softwares específicos. Esse avanço também permitiu maior tratamento de dados e informações geográficas, ampliando as possibilidades de análise do espaço geográfico.

► Software: programa, rotina ou conjunto de instruções a serem seguidas e/ou executadas na modificação ou no tratamento de um dado ou de uma informação.

LEUNGCHOPAN/SHUTTERSTOCK.COM

O uso de fotografias aéreas possibilita o acompanhamento constante das mudanças no espaço geográfico, contribuindo com as ações do poder público. As prefeituras podem, por exemplo, acompanhar a construção e a modificação de diferentes tipos de moradias, praças e ruas. Fotografia aérea feita por drone na cidade de Hong Kong, China, 2019.

Geografia

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Fotografias aéreas e análise do espaço geográfico O processo de obtenção de fotografias aéreas da superfície terrestre para fins de análise e mapeamento do espaço geográfico é conhecido como aerofotogrametria e é central na atividade do geógrafo. As fotografias aéreas, captadas por câmeras de alta precisão acopladas a aviões, balões ou drones, possibilitam observar diversos fenômenos enquanto eles ocorrem, como as condições de uso do solo e o desmatamento. Uma sequência histórica dessas imagens permite, por exemplo, a observação da evolução de processos ao longo do tempo. As fotografias aéreas podem ser obtidas por câmeras com eixo óptico, com visão vertical ou oblíqua (lateral), como você pode observar na ilustração a seguir. Pontos de vista Visão de frente

SELMA CAPARROZ

1

Visão oblíqua

2

Visão vertical

3

As fotografias podem ser obtidas com base em diferentes pontos de vista (visão frontal, oblíqua e vertical); cada um deles possibilita diferentes análises do espaço geográfico. As fotografias aéreas priorizam as perspectivas oblíqua e vertical, enquanto os mapas, por sua vez, são produzidos tendo como base uma imagem do espaço geográfico em visão vertical.

A obtenção de fotografias aéreas permite a composição de um conjunto de imagens com bom detalhamento, o que possibilita a identificação de detalhes no espaço geográfico. Para que as imagens sejam captadas, são necessárias a obtenção de um mapa inicial da área a ser fotografada, a definição da finalidade das imagens, a realização de um plano e dos percursos do voo (realizado por “faixas”), além da coleta de dados a respeito das condições atmosféricas. A ilustração a seguir demonstra como são realizados esses voos. Uma maneira de trabalhar os diferentes pontos de vista é utilizar objetos, maquetes ou fotografias para que os estudantes compreendam suas diferenças e aplicações.

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DANIEL GOMES

Ilustração que demonstra um plano de voo para obtenção de fotografias aéreas.

Geografia

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TRAINMAN111/ADOBE.STOCK

Para que as fotografias sejam interpretadas, é necessário um equipamento chamado estereoscópio, que possibilita uma visão tridimensional das fotografias. Dessa forma, o profissional que faz uso delas tem acesso às informações da área fotografada, como relevo e vegetação, por exemplo. Uma vez produzidas e tratadas, essas imagens podem ter diferentes finalidades, como a produção de mapas. Atualmente, grande parte das fotografias aéreas é digital; nesse contexto, a interpretação é realizada por meio do estereoscópio digital. Esse equipamento é anexado a um computador e necessita de um software para ser utilizado. Na interpretação das fotografias aéreas, são inseridas cores para cada símbolo cartográfico. Por exemplo, o azul para os elementos hídricos, como rios e mares, o vermelho para rodovias e elementos urbanos, e o verde para a vegetação.

Estereoscópio utilizado para interpretar fotografias aéreas.

PRATIQUE!

5. Indique as principais inovações técnicas da Cartografia no século XX, bem como as implicações dessas inovações para a representação, interpretação e análise do espaço geográfico. As principais inovações realizadas no século XX foram relacionadas ao sensoriamento remoto e ao desenvolvimento da Cartografia Digital. Esses avanços permitiram a produção de representações cartográficas mais precisas.

6. Defina e explique do que se trata a aerofotogrametria? Trata-se da obtenção de imagens fotográficas da superfície terrestre. A captação dessas imagens é realizada por meio de aeronaves e câmeras específicas.

Geografia

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Tieu Bao Truong/Shutterstock.com

7. O que você acha de experimentar um pouco o trabalho da Cartografia? Com base na fotografia a seguir, produza uma representação do espaço geográfico. Para isso, siga as orientações abaixo: Para a realização desta atividade serão necessários os seguintes materiais: papel vegetal, folha branca, lápis de cor. a) Sobreponha o papel vegetal à imagem e realize o contorno das quadras, das construções e das áreas. b) Cole o papel em uma folha avulsa branca. c) Pinte sua representação do espaço buscando indicar as áreas com cores e símbolos, por exemplo: árvores e vegetação podem se tornar áreas verdes no mapa; construções podem ser unificadas por uma cor que represente a área urbana, como vermelho; as vias e ruas podem apresentar uma cor unificada; você também pode representar algum prédio específico por meio de um símbolo ou desenho que o represente, por exemplo. d) Elabore uma legenda e um título para sua representação. e) Entregue seu trabalho conforme as instruções do professor.

Centro da cidade de Nha Trang, Vietnã, 2022. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 3 da seção Amplie.

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Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 23.

A partir do fim da década de 1950, o registro da superfície terrestre por imagens, realizado com o uso de sensores acoplados a satélites artificiais, contribuiu significativamente para a elaboração de mapas. Essas imagens traziam boa resolução e grande escala de abrangência. Nesse contexto, os Estados Unidos desenvolveram um dos programas mais conhecidos de observação da Terra. O programa foi denominado sistema Landsat, e a Agência Espacial Americana (Nasa, na sigla em inglês) foi a responsável pelo desenvolvimento do projeto. O Landsat 9 foi lançado em 2021. Outro sistema de satélites que permite a Representação de produção de imagens da superfície terrestre é o satélite Landsat. Spot, desenvolvido em conjunto por França, Suécia e Bélgica.

NASA

Imagens de satélite e observação da superfície terrestre

As imagens de satélite são diferentes de fotografias aéreas. Os sensores dos satélites não são como câmeras fotográficas, eles captam ondas eletromagnéticas da superfície da Terra. Essas informações são transmitidas para estações receptoras e tratadas por pesquisadores e profissionais que produzem as imagens como a que você observa a seguir.

Esses satélites monitoram as atividades humanas na superfície, como as mudanças na cobertura e no uso do solo e nos fenômenos climatológicos e oceanográficos, permitindo, por exemplo, a previsão de mudanças nesses padrões.

© GOOGLE EARTH 2023

As imagens de satélite são importantes instrumentos para a realização de estudos geográficos. Imagem de Satélite de área do centro e do porto da cidade de Salvador (Bahia) , 2023.

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#ficaadica Imagens de satélite e monitoramento Por meio do QR Code (ou link) a seguir você consegue ver a aplicação do uso de imagens de satélite para acompanhamento de um conjunto de informações geográficas, como monitoramento ambiental, cobertura do solo e desmatamento.

No Brasil, a estação de recepção dos dados do Landsat e de outros satélites está localizada no município de Cuiabá (Mato Grosso). A responsabilidade por ela é do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), que decodifica e trata os dados e produz imagens e mapas com diferentes finalidades.

https://s.ftd.li/RvPgy3

INPE

Observar o uso aplicado das imagens de satélite pode auxiliar o entendimento da importância dessa Estação de Recepção e Gravação do Inpe, ferramenta e das possibilidades da Cartografia para no município de Cuiabá (Mato Grosso). o estudo do espaço geográfico. Se possível, observe esses mapas e imagens com os estudantes em sala de aula. b) Os Estados Unidos foram responsáveis por desenvolver o programa Landsat. c) O Landsat é um sistema que cobre toda a superfície da Terra.

PRATIQUE!

e) Os satélites fazem uso de sensores para a obtenção das informações da Terra por meio de ondas eletromagnéticas.

8. Com relação às imagens de satélite, assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso. Em seguida, corrija as afirmativas falsas. a)

V

b)

F

c)

F

d)

V

e)

F

Atualmente, está em órbita o satélite Landsat 9. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi responsável por desenvolver o programa Landsat. O Landsat cobre apenas parte da superfície terrestre. O Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) é responsável pela captação e pelo tratamento das informações recebidas pelo Landsat. Os satélites utilizam câmeras para obtenção das imagens da superfície da terra.

9. Em que consiste a produção de imagens de satélite da Terra? Comente o processo de obtenção dessas imagens e em que ela se diferencia da aerofotogrametria. A produção de imagens de satélite refere-se ao registro da superfície terrestre por meio de sensores acoplados a satélites artificiais. Os satélites captam dados da superfície e não fotografias, como no caso da aerofotogrametria. Esses dados são transmitidos para estações receptoras na Terra, onde são tratados e decodificados para tornarem possível a produção das imagens.

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Geografia

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10. Quais são as principais funções dos satélites artificiais? Qual é a contribuição de sua utilização? Espera-se que os estudantes apontem que os satélites são utilizados para captar informações dos mais diversos tipos: dados sobre desmatamento, aumento do nível dos mares, mapeamento das florestas e biomas, entre outras. Ao captar essas informações, os satélites permitem monitorar as atividades humanas na superfície terrestre e os fenômenos naturais. Também pode ser mencionada a utilidade dos satélites para a funcionalização do GPS.

NASA

11. Observe a imagem de satélite a seguir e responda às questões propostas.

1

Imagem de satélite Landsat da cidade de Brasília (Distrito Federal), 2010.

a) O que representam as tonalidades de azul na imagem de satélite de Brasília? Os tons de azul representam os corpos d’água.

b) Com base na imagem de satélite, pode-se afirmar que Brasília apresenta alguma vegetação? Brasília aparenta possuir trechos relevantes de vegetação, representados na imagem pela tonalidade em verde.

c) O ponto 1 da imagem está localizado em uma área planejada da cidade de Brasília conhecida como Plano Piloto. Qual é a forma que essa área urbana apresenta? Espera-se que o estudante indique que essa área apresenta a forma de um avião. Se possível, busque com os estudante visualizar os traçados da ocupação urbana que compõem essa forma. Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 4 da seção Amplie. Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente às aulas 24 e 25.

Projeções cartográficas: do tridimensional para o bidimensional

Fabio

Eugenio

Você já estudou o formato da Terra e, portanto, deve ter visto vários mapas. Será que os mapas são fiéis ao formato da Terra? Sabe-se que a Terra tem um formato aproximadamente esférico, mas os mapas e outras representações cartográficas são produzidos em superfícies planas. Você sabe a razão dessa forma de representação? Embora um globo terrestre seja o formato mais adequado para a representação de todo o planeta, ele pode trazer diversas dificuldades práticas, como de transporte e compartilhamento, além de não ser eficiente para alguns usos. Uma das maiores dificuldades para os cartógrafos é transpor a realidade tridimensional (a Terra) para uma superfície plana (bidimensional), seja no papel ou na tela de um celular ou de um computador. Para isso, é preciso haver a redução do mundo real e transformá-lo em um plano para que se adeque e caiba nas representações. Imagine, por exemplo, se uma bola fosse aberta em uma superfície plana. O que aconteceria? Algumas partes teriam de ser esticadas e outras teriam de ser encolhidas, não é mesmo? Isso também ocorre com a Terra. Sempre que o planeta Terra for representado em uma superfície plana, algo será alterado, pode ser o formato, a área e o comprimento dos continentes e dos oceanos. A técnica que possibilita a representação da Terra em uma superfície plana é a projeção cartográfica. A depender da solução encontrada para realizar essa projeção, uma ou mais características ou regiões do globo poderão sofrer mais ou menos alterações, conforme será abordado a seguir.

STUDIO CAPARROZ

Outras realidades

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Como você observou, diversas sociedades ao longo da história criaram diferentes tipos de mapas. O geógrafo e filosofo grego Anaximandro (610-546 a.C.) criou uma forma de representação da Terra, considerando-a plana. No entanto, desde muito tempo entende-se que a terra é esférica. O grego Eratóstenes (276-194 a.C.), por exemplo, mediu com elevada precisão a circunferência do planeta na era pré-Cristã. O desenvolvimento científico e tecnológico ao longo da história confirmou o formato esférico da terra, permitindo, assim, representações cartográficas mais precisas do planeta. Caso haja possibilidade, uma atividade interessante seria a realização do experimento da bola com os estudantes para que eles visualizem o problema em questão. Geografia

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Classificação das projeções quanto às propriedades de conservação A depender de como a projeção cartográfica lida com os elementos que vão ser conservados e deformados, ela pode ser classificada em conforme, equivalente e equidistante. A projeção conforme conserva os ângulos (forma) representados. As áreas dos continentes são deformadas, mas as formas dos elementos representados são mantidas. Observe o mapa a seguir. Mundo (Projeção conforme de Mercator)

Limite de país

0

3 335

ALLMAPS

BRASIL

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 22.

Geografia

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Mundo (Projeção equivalente de Peters)

BRASIL

0

3 735 ALLMAPS

A projeção equivalente conserva as áreas, mantendo a proporção entre o seu tamanho real e a representação no mapa. Contudo, as formas ou a fisionomia dos elementos representados são deformadas. Observe o mapa ao lado. Qual é a aparência dos territórios representados? Compare as projeções conforme e equivalente e atente-se aos países mais ao norte do planeta. O que você percebe nessa comparação?

Limite de país

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 22.

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Projeção equidistante

BRASIL

0

1 535 RENATO BASSANI

A projeção equidistante conserva as distâncias no mapa em relação ao mundo real. Mas essa conservação é limitada, ou seja, a manutenção das distâncias restringe-se a um ponto determinado e a uma direção. A equidistância não se aplica a quaisquer ponto e direção, e essa projeção distorce formas e áreas (ângulos), como você pode notar no mapa ao lado. Esse tipo de projeção costuma ser utilizado em situações específicas, em razão da manutenção das distâncias, como na elaboração de cartas marítimas.

Limite de país

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 22.

Além de todas essas projeções, existe ainda a projeção afilática, que não conserva nenhuma propriedade. É uma projeção que, deformando áreas, ângulos e distâncias, tenta corrigi-las em certo grau. Elas costumam ser utilizadas em mapas-múndi, sobretudo em atlas escolares, pois possuem um grau aceitável de distorção para esse fim. Observe o mapa a seguir. Mundo (Projeção afilática de Robinson)

BRASIL

Limite de país 3 110 RENATO BASSANI

0

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 22.

Conforme visto, cada uma das propriedades de conservação gera um tipo de distorção e, portanto, um mapa diferente. É importante destacar que não existe uma projeção melhor, pior, ou mais ou menos correta. A projeção adequada sempre dependerá dos objetivos que se pretende alcançar com a representação ou o mapa do estudo a se desenvolver. 492

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Geografia

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PRATIQUE!

12. Aponte uma das principais dificuldades encontradas para se representar a Terra por meio de mapas. Espera-se que o estudante indique que a Terra tem formato aproximadamente esférico (geoide), e é impossível representar corpos esféricos (tridimensionais) em áreas planas (bidimensionais) sem que ocorra alguma deformação, ainda que mínima. Uma das maiores dificuldades, portanto, é o procedimento de representar essa forma tridimensional da Terra em uma superfície bidimensional (mapas).

13. Em relação à representação da superfície do planeta Terra: a) o globo terrestre é a forma de representação mais adequada e funcional da Terra, pois, além de distorcer minimamente as dimensões do planeta, pode ser transportado para superfícies planas. b) as projeções cartográficas são uma solução matemática que permite a representação da superfície terrestre de forma ampla. Quando a representação se restringe a países ou continentes, as distorções são anuladas. c) os mapas são uma das formas de representar o planeta ou algumas de suas partes. A construção dos mapas é viabilizada pelas projeções cartográficas, que distorcem, necessariamente, a superfície da Terra em alguma medida. d) a projeção cartográfica é uma forma de representar a superfície da Terra; quando são combinadas as propriedades de conservação de áreas e ângulos, é possível a representação sem que ocorram distorções. e) os mapas podem permitir uma representação da superfície da Terra sem que ocorram distorções. Para isso, precisam ser construídos sem a utilização de projeções cartográficas, que geram deformações.

13. A alternativa correta é a c. Projeções cartográficas sempre distorcem a representação da superfície da Terra, seja de uma parte, seja de todo o planeta, pois, a depender da superfície utilizada ou da função do mapa, ângulos ou formas apresentam alguma deformação.

14. Um grupo de pesquisadores precisa de um mapa em que as dimensões das áreas tenham correspondência correta com o mundo real. Que tipo de projeção seria mais adequado para esse grupo? Por quê? A projeção mais adequada seria uma projeção equivalente, pois ela conserva as áreas em relação à realidade, embora distorça formas e distâncias.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com as atividades 5 e 6 da seção Amplie. Geografia

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Aqui começa o conteúdo referente à aula 26.

Classificação quanto à superfície de projeção As projeções cartográficas também podem ser classificadas quanto à superfície utilizada para a construção das representações cartográficas: o cilindro, o cone e o plano. Imagine que você envolveu a Terra com uma folha de papel e formou um cilindro. Observe as ilustrações a seguir.

ALLMAPS

Projeção cilíndrica

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 21.

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Projeção cônica

ALLMAPS

As projeções cilíndricas podem ser normais, quando o eixo do cilindro coincide com o eixo norte-sul da Terra, como na imagem anterior, ou transversais, quando o eixo do cilindro coincide com a linha do equador. Os meridianos e os paralelos são representados por meio de linhas verticais e horizontais, respectivamente. A projeção de Mercator é a mais conhecida desse tipo. Ela foi desenvolvida pelo cartógrafo holandês Gerhard Kremer ainda no século XVI. Nessa projeção, a forma é mantida, mas a área sofre distorção. Essa distorção é menor nas áreas próximas à linha do equador e maior nas áreas de alta latitude. A projeção cilíndrica de Peters (representada acima) também ficou famosa, mas por ser mais fiel à extensão das áreas que às formas dos continentes. Agora, imagine que envolveu a Terra com um cone. Nesse caso, as projeções das coordenadas geográficas seriam diferentes, sendo os meridianos radiais e os paralelos circulares. Na projeção cônica, as deformações tendem a aumentar conforme há o afastamento do paralelo que está em contato com o cone. É uma projeção utilizada geralmente para representar regiões. Observe as ilustrações ao lado.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 21.

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Por fim, existe a projeção azimutal ou plana. Nessa projeção, um plano toca a superfície da Terra. É como se o lado de uma folha de papel encostasse em determinado ponto da superfície terrestre. Os paralelos são representados como círculos concêntricos e os meridianos convergem para o ponto que encostou na folha. Essa projeção costuma ser utilizada para representar os polos. Observe as ilustrações a seguir.

#ficaadica Por meio do QR Code (ou link) a seguir, conheça a história de um mapa produzido no século XVI e que retrata o mundo com base em uma projeção azimutal polar, a partir do Polo Norte.

Projeção azimutal ou plana

ALLMAPS

https://s.ftd.li/S7qWMD

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. p. 21.

PRATIQUE!

15. Como você explicaria a um colega a projeção cônica? Escreva sua explicação. Resposta pessoal. Espera-se que o estudante explique que, na projeção cônica, a superfície utilizada é um cone, e por isso essa projeção possibilita representações regionais. Nesse tipo de projeção, as deformações tendem a aumentar conforme há o afastamento do paralelo que está em contato com o cone.

16. Se você quisesse mapear uma área próxima à linha do equador, que projeção você escolheria para ter menos distorções em seu mapa? Espera-se que os estudantes apontem a projeção cilíndrica, que apresenta menos distorções nas áreas próximas à linha do equador.

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17. Indique as diferenças e semelhanças entre as projeções de Peters e de Mercator. As duas projeções são cilíndricas, no entanto a projeção de Mercator é uma projeção conforme, isto é, prioriza a manutenção das formas na representação enquanto a de Peters é uma projeção equivalente, buscando, assim, conservar as áreas representadas.

18. A projeção cartográfica em que os paralelos são representados como círculos concêntricos e os meridianos convergem para o ponto que encostou na folha denomina-se: a) cônica. A alternativa correta é a b. Na projeção azimutal ou plana, os paralelos são representados como círculos concêntricos e os meridianos convergem para o ponto central. b) azimutal. c) cilíndrica. d) afilática. e) conforme.

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19. Referente às projeções e às deformações cartográficas, identifique a opção correta. a) A projeção cônica não é adequada para a representação de pequenas áreas, pois apresenta significativas deformações nas áreas próximas ao paralelo de contato. b) As projeções cartográficas permitem a representação da Terra (aproximadamente esférica) em um plano, apresentando distorções. c) As deformações nas projeções cilíndricas são mais expressivas próximo à linha do equador e menos expressivas nas regiões polares. d) A projeção azimutal pode ser imaginada como se um cilindro envolvesse a Terra e, portanto, os paralelos serão representados como círculos concêntricos. e) As projeções cartográficas permitem a representação da terra (aproximadamente esférica) sem apresentar nenhuma distorção. 19. A alternativa correta é a b . As projeções cartográficas permitem a representação da terra em um plano, apresentando distorções.

20.Defina e explique, com suas palavras, cada uma das superfícies de projeção. https://ftd.li/s202geo61601oau006

Resposta pessoal. As superfícies de projeção são plana, cônica e azimutal. Espera-se que os estudantes mencionem as superfícies e expliquem, resumidamente, cada uma delas.

Este conteúdo também pode ser desenvolvido com a atividade 7 da seção Amplie.

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Amplie 1. O que são pinturas rupestres? Que elementos eram representados nessas pinturas? Pinturas rupestres eram formas de representação de aspectos da vida utilizadas na Pré-História, sobretudo em cavernas e abrigos. Os elementos representados continham rituais e atividades cotidianas, bem como indicação de percursos e localização.

2. Por que a Cartografia e a representação do espaço geográfico são importantes para a Geografia? A Cartografia é o campo do conhecimento que atua na concepção e na representação de informações relativas a fenômenos na superfície terrestre, por meio de mapas e representações cartográficas. Essas representações do espaço geográfico dão base para a realização de diversos estudos pela ciência geográfica. Por meio delas é possível compreender diversos fenômenos naturais e sociais, analisando as transformações e os processos ao longo do tempo.

Município de Florianópolis (Santa Catarina), 2023.

Estádio do Maracanã, município do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), 2022.

DONATAS DABRAVOLSKAS/ADOBE STOCK

© GOOGLE EARTH 2023

3. A observação do espaço geográfico é o primeiro passo da Cartografia. Nessa observação pode ocorrer pontos de vistas diferentes. Observe as imagens a seguir e responda sob qual perspectiva cada uma delas está e indique as características desse ponto de vista.

Perspectiva oblíqua. Essa perspectiva permite observar a superfície terrestre em diagonal. Nessa imagem, é possível visualizar algumas das partes de cima e dos

IDSOARES/SHUTTERSTOCK.COM

lados dos elementos.

Perspectiva vertical. Esse tipo de visão permite observar a superfície terrestre como se o observador estivesse sobrevoando a área e visualizando-a de cima para baixo, ou seja,

Chapada Diamantina (Bahia), 2019.

verticalmente. Os elementos foram retratados de modo que só é

Perspectiva frontal. Nessa perspectiva, o observador vê os elementos de frente, de

possível visualizar, em geral, sua parte superior.

modo que é possível observar, em geral, um dos lados dos elementos retratados.

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4. Observe a imagem aérea de satélite a seguir e indique os elementos naturais e os elementos relacionados à atividade humana que você consegue identificar. Espera-se que, referente aos elementos naturais, os estudantes apontem a existência de rios e de um grande corpo d’água, que nesse caso é o oceano. Podem ser apontadas também as áreas verdes que representam vegetação. Quanto às atividades humanas, espera-se que os estudantes apontem a presença

Intrepix/Shutterstock.com

de construções, como casas, áreas de cultivo, estradas e um porto.

Imagem de satélite do município de Roterdã, Países Baixos, 2018.

5. As projeções cartográficas precisam necessariamente manter uma das propriedades de conservação? Justifique sua resposta. Não. Embora as projeções geralmente apresentem uma propriedade de conservação, que conservará determinadas características em detrimento de outras, é possível elaborar mapas com base na projeção afilática, que não conserva nenhuma propriedade. Deformar de modo controlado todas as características (áreas, ângulos e distâncias) pode ser útil a algumas necessidades.

6. Observe a imagem a seguir, que apresenta o símbolo da Organização das Nações Unidas (ONU) e responda.

ZE.ELIAS65/SHUTTERSTOCK

Que projeção cartográfica está relacionada à imagem presente no símbolo da ONU e qual é a característica dessa projeção. O mapa representado no símbolo da ONU foi realizado por meio da projeção azimutal. Essa projeção costuma ser caracterizada por representar os polos.

Símbolo da ONU.

7. Você estudou que todo mapa apresenta algum nível de distorção. Essas distorções prejudicam a interpretação e o uso dos mapas? Comente. Espera-se que o estudante comente que sim, pontuando, no entanto, a importância de saber exatamente as distorções geradas em cada mapa para que o leitor saiba e possa fazer suas análises e interpretações considerando essas deformações. Essa atividade pode ser trabalhada a fim de destacar a importância desse fator na leitura e na interpretação de mapas.

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Síntese Aqui começa o conteúdo referente à aula 27.

Título da seção Cartografia: representar síntese o espaço geográfico Título da seção síntese

Síntese

Nos capítulos anteriores você desenvolveu algumas atividades que auxiliaram na produção de um resumo. A seguir, faça um texto que resuma os conteúdos trabalhados no capítulo relacionados à representação do espaço geográfico e à evolução da Cartografia.

Considere fornecer as orientações necessárias. É importante que os estudantes percebam o percurso da construção do resumo ao longo dos três capítulos deste módulo, identificando os elementos, a estrutura e a forma que essa ferramenta de síntese deve ter.

No resumo espera-se que os estudantes indiquem algumas das seguintes palavras-chave: representação cartográfica, mapas T-O, Grandes Navegações, sensoriamento remoto, fotografias aéreas, imagens de satélite, projeções cartográficas, conservação e superfície de projeção.

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Cartografia e a ciência geográfica

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Muito

Geografia e Cartografia são duas ciências muito próximas e que se complementam. Em diversos contextos, o uso de mapas é necessário para os estudos geográficos, seja na análise de uma dinâmica no espaço, seja no ensino de Geografia em uma sala de aula. Leia a seguir a resposta de dois pesquisadores da Geografia à pergunta “Qual a importância dos estudos cartográficos para os geógrafos?”.

Paulo Menezes (PM) e Manoel Couto Fernandes (MCF): Face à Geografia, a Cartografia apresenta-se funcionalmente como uma ferramenta de apoio, permitindo, por seu intermédio, a espacialização de toda e qualquer tipo de informação geográfica. Dessa forma, para o geógrafo, é imprescindível o conhecimento dos aspectos básicos da cartografia e dos fundamentos de projeto de mapas. O cartógrafo geográfico deve ser distinto de outras áreas de aplicação da Cartografia, pois a sua representação pode ser considerada ao mesmo tempo ferramenta e produto do geógrafo. O geógrafo como cartógrafo deve perceber a perspectiva espacial do ambiente geobiofísico, tendo a habilidade de abstraí-lo e simbolizá-lo. Deve conhecer projeções e selecioná-las; ter a compreensão das relações de áreas e também conhecimentos da importância da escala na representação final de dados e informações. Por outro lado, deve ter a capacidade, devido à intimidade com a abstração da realidade e sua representação, de avaliar e revisar o processo, visando facilitar o entendimento por parte do usuário final. É fundamental a sua participação no projeto e produção de mapas temáticos, associando também a representação de outros tipos de informações, tais como sensores remotos.

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[…] Para a Geografia, é também indiscutível a importância da forma de representação da informação geográfica, em essência dos mapas e da Cartografia. Através deles o geógrafo pode representar todos os tipos https://s.ftd.li/nkM60p de informações geográficas, bem como da estrutura, função e relações que ocorram entre elas, pela caracterização de sua aplicação em quaisquer campos do conhecimento que permitam vincular a informação à superfície terrestre. Dentro da divisão da Cartografia, um dos cartógrafos temáticos é o geógrafo por excelência, tanto por ser a Geografia a ciência mais integrativa dentro do conhecimento humano, como por ter a necessidade de visualizar os relacionamentos entre conjuntos de informações que isoladamente não permitiriam inferir conclusões. OFICINA de Textos. A importância dos estudos cartográficos para os geógrafos. Disponível em: https://blog.ofitexto.com.br/geografia/a-importancia-dos-estudos-cartograficos-para-os-geografos/. Acesso em: 13 jul. 2023.

Você sabia que a Cartografia, assim como a Geografia, pode trazer contribuições para a sua vida? Você vai realizar uma representação cartográfica para observar o seu local de vivência. y No QR Code (ou link) você poderá consultar mapas e imagens de satélite por meio do Google Maps. Com auxílio do professor ou de seus familiares, localize sua rua e faça a impressão da “imagem aérea” da área do entorno. y Após isso, sobreponha uma folha vegetal sobre a “imagem impressa” e transponha-na para uma representação. Atente-se ao traçado das ruas, às construções, como moradias, comércios e prédios públicos, às áreas verdes, aos cursos d’água e a outros elementos que considere importantes. y Com base nessa representação, converse com seus familiares e indiquem locais e elementos que considerem ter problemas e que necessitem de melhorias, como buracos nas ruas ou falta de manutenção em praças. A forma de exposição e divulgação dessa representação será orientada pelo professor. y Tendo como base a produção dessa representação cartográfica, elabore também um pequeno texto que descreva os problemas na sua rua ou no seu bairro de vivência, determinando as melhorias necessárias. Convém orientar os estudantes no uso do Google Maps, indicando a visualização de imagens de satélite e auxiliando na localização. Considere destacar nas atividades exemplos de problemas que podem ser observados em representações cartográficas e as respectivas melhorias que podem ser efetuadas. Pode ser realizado também um debate prévio com os estudantes sobre as problemáticas que eles encontram em seus bairros de vivência.

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