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Mediação de conflitos
O cotidiano escolar é um desafi o para todos: família, alunos e educadores. São muitas as difi culdades encontradas, principalmente quando ocorrem situações de violência contra uma criança ou um adolescente. A verdade é que muitos casos de violência não ocorrem dentro da escola, mas é nesse contexto que muitas violações são descobertas, inclusive aquelas praticadas dentro de casa. Nesse sentido, a lei é bastante clara: quando existe alguma suspeita de que a criança ou o adolescente esteja sofrendo violência doméstica, o ator escolar tem a obrigação de comunicar ofi cialmente as autoridades competentes. Ator escolar é todo o adulto ligado à instituição escolar. Pode ser um(a) professor(a), um(a) coordenador(a), um(a) diretor(a) ou um(a) psicólogo(a). Essas situações são extremamente delicadas, por isso existem formas corretas de proceder. A família deve estar sempre atenta ao tipo de procedimento aplicado. Para ajudar nessa avaliação, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) lançou uma resolução, em 2015, que apresenta os fl uxos escolares em situações de violação de direito ou de ato infracional praticado contra e por crianças e adolescentes em âmbito escolar. De adolescentes que vandalizam a escola até a notícia de uma criança que aparentemente sofre abuso sexual em casa; os exemplos e casos são inúmeros. A quem recorrer? Quando se deve chamar o Conselho Tutelar? Quando a polícia deve ser acionada? Quem faz o encaminhamento médico? Essas são algumas das competências que nem sempre estão claras para profi ssionais e gestores escolares, muito menos para a família.
Mediação de confl itos
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A paz não exclui o confl ito
É frequente a afi rmação de que paz é ausência de confl ito. Se nos colocamos nesta perspectiva, idealizamos a paz, pois o confl ito é inerente a vida humana. Não há crescimento pessoal sem que passemos por momentos de crise e confl ito. Também no plano social, o confl ito é parte da dinâmica de relações e confronto de interesses. Numa sociedade pluralista, o reconhecimento da diferença, em suas diversas confi gurações passa por processos de confronto social, sem os quais é impossível que o reconhecimento e a conquista de direitos se dê.