Catálogo de Livros - Imprensa Oficial Graciliano Ramos - 2020

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CATÁLOGO 2020




IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS

Diretor-presidente Dagoberto Costa Silva de Omena Diretor administrativo-financeiro Jarbas Pereira Ricardo Diretor comercial José Otílio Damas dos Santos Coordenadora editorial Patrycia Monteiro Editor de arte Fernando Rizzotto

Conselho editorial Dagoberto Costa Silva de Omena, Alberto Rostand Fernandes Lanverly de Melo, Carmen Lúcia Tavares Almeida Dantas, Cicero Péricles de Oliveira Carvalho, Enio Lins de Oliveira, Fábio Guedes Gomes, Francisco de Assis Carvalho Júnior, Juarez Almeida Cavalcanti de Albuquerque Filho, Maria Aparecida Batista de Oliveira e Odilon Máximo de Moraes

Av. Fernandes Lima, s/n, km 7, Gruta de Lourdes – Maceió – AL Tel.: (82) 3315.8300 www.imprensaoficialal.com.br


A editora da Imprensa Ofi-

do, possa realizar o sonho de pu-

ção a fatos e personagens histó-

cial Graciliano Ramos é o car-

blicar seus livros. Vale ressaltar

ricos ou a tradições culturais de

ro-chefe do mercado editorial de

que esses certames geram tam-

Alagoas. Além disso, os enredos

Alagoas. Sua missão consiste em

bém oportunidade de trabalho

das obras permitem discussão

revelar novos talentos da litera-

para diversos profissionais que

de temas relevantes em sala de

tura alagoana e manter viva a

atuam na produção de nossas

aula, entre eles: inclusão social,

memória dos grandes escritores

publicações, como fotógrafos,

respeito às diversidades e auto-

do passado.

ilustradores, jornalistas, reviso-

estima.

Com mais de 200 títulos pu-

res e designers gráficos.

Com grande variedade de

blicados em doze anos de exis-

Outro sucesso editorial da

obras clássicas e contemporâne-

tência, o catálogo da editora da

Imprensa Oficial Graciliano Ra-

as, a Imprensa Oficial Graciliano

Imprensa Oficial Graciliano Ra-

mos é a coleção Coco de Roda, de

Ramos pretende contribuir para

mos está em permanente proces-

livros infantis. Criada em 2011,

a disseminação cultural alagoa-

so de expansão, apresentando

a coleção reúne atualmente 31

na e para a valorização de nossa

obras literárias ficcionais e não

títulos cujo maior diferencial é o

identidade.

ficcionais que revelam o melhor

conjunto de narrativas baseadas

da produção intelectual em ter-

em temas alagoanos. Todas as

ras alagoanas.

historinhas ficcionais se desen-

A cada ano, a editora abre

volvem em algum dos 102 mu-

editais que possibilitam a esco-

nicípios do estado, fazendo men-

lha de obras inéditas a partir de processos seletivos públicos, democráticos e transparentes que permitem que qualquer escritor alagoano, ou radicado no esta-


60 • 9; A Bulha Galinácea e os Es-

Intranquilos • 18; Dediquem-se à

• 30; Os Filhos de Ana Rosário • 30;

critos Galiformes • 9; A Fábrica de

Rasteira • 19; Dentro da Casca • 19;

Os Meninos Iam Pretos Porque Iam

Bonecos de Olinda e Outras Histó-

Deriva nas Ruínas • 19; Desencon-

• 31; Outdó • 31; Papéis Mortos • 31;

rias • 9; A Feira • 10; A História do

tro • 20; Dígitos Parcos • 20; Do Ca-

Passavida e Artefato • 32; Pausas

Soldado • 10; A Ilha • 10; A Impor-

os & • 20; Doce de Mamão-Macho •

Corrompidas • 32; Pedra Perden-

tância de se Chamar Kurt Russell •

21; Dora • 21; Elos & Nós • 21; Entre

do Seiva • 32; Pelos Poros e Peque-

11; Abxtrato e Outros Temperos •

Ratos & Outras Máquinas Orgâni-

nos Apelos • 33; Pequenos Poemas

11; Agrafia • 11; Água de Chocalho

cas • 22; Fantasmas Não Andam de

Para Serem Ditos • 33; Poemas De-

• 12; Água do Mar nos Olhos • 12;

Montanha-Russa • 22; Giz Morren-

finitivos (-quase) • 33; Prelúdios &

Álbum de Família • 12; Antes e De-

do • 22; Grão • 23; Horrores • 23;

Delírios • 34; Qualquer Curva que

pois da Chuva • 13; Apuê • 13; Areia

Jacinto Silva: As Canções • 23; João

me Leve Sem a Sua Linha Reta •

em Rolimã • 13; Azul Para Viagem

e Seus Ais Miúdos • 24; João Urso

34; Quando os Gatos Lunares En-

e Outros Escritos Cênicos • 14; Bai-

e outros contos incríveis de Breno

contrarem Rodolfo Valentino na Ci-

le Catingoso • 14; Caderno de Ano-

Accioly • 24; Jorge Cooper - Poesia

dade dos Bonecos Solitários • 34;

tações • 14; Calabar - Um poema

Completa • 24; Livramento • 25; Li-

Quem Tabelar com Toni Ganha um

dramático • 15; Calabar - Interpre-

vro d’Água • 25; Malu e a Bagaceira

Fusca • 35; Radiações de Fundo

tação romanceada do tempo da in-

• 25; Meio Chá de Pólvora • 26; Mi-

Cósmico • 35; Sertão e Cangaço •

vasão holandesa • 15; Caos-Totem

nha Fúria e Outros Demônios • 26;

35; Simbiose Poética • 36; Solidões

• 15; Cavia Porcellus • 16; Cidade

Monocromático • 26; Monossílabo •

• 36; Solo de Rangidos • 36; Sone-

• 16; Como Num Inferno Para Ma-

27; Nadi • 27; Não Conte Comigo •

tos Impuros • 37; Tântalos • 37; Tar-

rinheiros • 16; Composição Para

27; Ninho de Cobras • 28; Novo Te-

tamudeios • 37; Tijolo Sobre Tijo-

Além Vértebras • 17; Contos de Ru-

atro • 28; O Anjo Americano • 28; O

lo, Palavra Sobre Palavra • 38; Um

bik • 17; Contos Periféricos • 17; Das

Inferno São os Outros • 29; O Orva-

Cordel Atrás do Outro • 38; Valsa

Coisas que Esquecemos pelo Cami-

lho e os Dias • 29; O Sangue na Lã

Triste • 39; Veludo Violento • 39; Vil

nho • 18; Das Horas • 18; Dê(Lírios)

• 29; Ocre Barro • 30; Os Devassos

e Tal • 39


Ciclos Temáticos na Literatura de

A Gata Diana na Terra do Pastoril •

Embrulho Misterioso de Nina • 57;

Cordel • 41; Delmiro Gouveia e Edu-

51; A Ilha da Fitinha • 51; A Ilha de

O Marinheirinho do Pontal • 58; O

cação na Pedra • 41; Formação

Laura • 51; A Menina de Barro • 52;

Mundo do Menino Impossível • 58;

de Alagoas Boreal • 42; Graciliano

A Menina Singeleza • 52; A Serta-

O Que Só as Minhocas Podem Ver?

Biografias • 42; Graciliano Ramos

neja e o Imperador • 52; Carnaval

• 58; O Segredo do Rio Mundaú •

em Palmeira dos Índios • 42; His-

Sem Fim • 53; Daniel e a Zamba do

59; Os Balões de Nise • 59; Pescan-

tória de Anadia • 43; Ilha do Fer-

Sertão • 53; Doce Riacho • 53; Ebe

do Histórias à Beira-Mar • 59; Sil-

ro • 43; Indicador Geral do Estado

em Busca do Mestre Guerreiro da

vana, a Baleia Beluga • 60; Tranci-

• 44; Irmãs Rocha • 44; Manifesto

Canafístula • 54; Ei, Você Viu Luizi-

nhas de Luzia • 60; Uma Amizade

Sururu: Por Uma Antropofagia das

nho? • 54; Embolados • 54; Estre-

Além do Tempo • 60; Upiara • 61;

Coisas Alagoanas • 44; Memória e

la Raivosa • 55; Lampião e a Baleia

Zé Muquém Pegou o Trem • 61

Ficção • 45; Metamorfose das Oli-

da Serra • 55; Madá o Jegue Can-

garquias • 45; Murmuro • 46; Na-

tador • 55; Marianinha Vai ao Mar

vegar É Preciso • 46; Negros Mu-

• 56; Mateu Errante, Mateu Brin-

çulmanos nas Alagoas (Os Malês) •

cante • 56; O Baile das Meninas •

46; Notas Sobre Leituras • 47; No-

56; O Cavaleiro Encarnado • 57; O

tas Sobre Poesia Moderna em Ala-

Colar de Pérolas de Cecília • 57; O

goas • 47; Outro Modo de Interpretar o Brasil • 48; Receita das Alagoas – Cozinha de Boteco, de Chef, de Rua e de Tradição • 48; Relatórios de Graciliano Ramos Publicados no Diário Oficial • 48; Revisão Criminal do Processo Delmiro Gouveia • 49; Vá Pra Cuba! • 49


FIC ÇÃO


IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020 • 9

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SIDNEY WANDERLEY

A Bulha Galinácea e os Escritos Galiformes

A Fábrica de Bonecos de Olinda e Outras Histórias

Poesia | 128 págs. | 14cm x 20cm

TAINAN COSTA CANÁRIO

JOÃO GOMES

Prosa poética | 100 págs. |

Contos | 100 págs. | 14cm x 19cm

60 traz uma breve antologia de

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12,5cm x 18cm

antigos poemas de Sidney Wan-

Humor arriscado a partir de

derley, desde Post-húmus (1991)

A Bulha é o som cardíaco, ma-

uma fina ironia é o que compõe

até Dias de sim (2012). A pu-

nifestação acústica gerada pelo

estes contos tortos a partir dos

blicação de forte temática exis-

impacto do sangue ao encher o

quais nasce o livro como um só.

tencial marca a passagem dos

coração de vida. Esse impacto,

Ultrapassar a realidade é um pri-

sessenta anos de vida do autor

movimento e sonoridade estão

vilégio que só aqueles que pen-

em sessenta poemas. Contudo,

presentes na prosa poética de

sam são capazes de colocar em

a maior parte do conteúdo da

Tainan Canário. O livro é divi-

prática, da mesma forma que

obra revela uma produção poé-

dido em duas partes, a Bulha

fazem as narrativas desta obra.

tica inédita do escritor. A morte,

Galinácea sendo a primeira, que

São perfumes doces e azedos que

o tempo, a impermanência, as

intercala poemas com peque-

tratam de diferentes temáticas

ilusões perdidas, os desejos e os

nos textos em prosa poética. Já

com um tom satírico e afiado,

afetos são alguns dos eixos te-

os Escritos Galiformes trazem 21

mas ainda verde, que envolvem

máticos de sua poesia recente.

poemas de crista empinada, bre-

sutilmente assuntos que vão

ves e urgentes. Com ilustrações

desde a descida de Deus para a

de Pedro Lucena, os poemas e

terra em maltrapilharia na cida-

contos trazem ironia, sarcasmo,

de de Maceió até questões, como

os dilemas do dia a dia, amizade,

disfunção erétil, religião e meri-

amor, paixão, busca pela felici-

tocracia.

dade, ilusões e conformismo.


10 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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A Feira

A História do Soldado

SIDNEY WANDERLEY E JUAREZ

C. F. RAMUZ

A Ilha CARLOS MOLITERNO

CAVALCANTI

Teatro | 100 págs. | 18cm x 26cm

Poesia | 150 págs. | 16cm x 21cm

Fábula fáustica que conta como

Considerada a obra-prima de

um pobre soldado tem sua vida

Carlos Moliterno, A Ilha reúne

Unindo poemas, crônicas e foto-

roubada pelo diabo ao trocar seu

59 sonetos escritos em lingua-

grafias, este livro de arte é o re-

violino por um livro mágico ca-

gem metapoética que apontam

sultado dos diferentes pontos de

paz de mostrar o futuro e trazer

para uma simbiose entre criador

vista de dois artistas sobre a fei-

grande fortuna ao seu dono. Ao

e criatura. O eu lírico dos versos

ra municipal de Viçosa. A obra

descobrir que foi ludibriado, o

confunde-se com o eu poético e

apresenta os principais persona-

soldado José tenta recuperar sua

A Ilha confunde-se com a pró-

gens e jogos de cena do comércio

dignidade, buscando um novo

pria poesia. Descrita sob diver-

popular e seu ritual típico nas

sentido para sua vida que se tor-

sas perspectivas, ela assume

manhãs de sábado do interior.

nou vazia a partir do materialis-

vários significados metafóricos

Repleto de referências literárias,

mo sórdido. Lançado em 1918,

a cada poema, refletindo sobre

os textos de Wanderley partem

no fim da Primeira Guerra Mun-

sentimentos, como solidão, nos-

do local para o universal, confe-

dial, o texto teatral, narrado

talgia, contemplação, inquie-

rindo humor e reflexão ao “caos

em versos, traz uma mensagem

tação e impermanência. Ao

buliçoso” e à “festa dos sentidos”

antibelicista e anticapitalista.

lançar mão de um dos cenários

tão característicos das feirinhas

Nesta edição bilíngue, traduzi-

fundamentais da literatura uni-

nordestinas. Já o olhar de Juarez

da pelo poeta alagoano Marcos

versal, Moliterno inventa a sua

Cavalcanti despe-se de qualquer

de Farias Costa, há as partituras

Ilha particular, talvez seu paraí-

romantismo, revelando uma fei-

originais desta cantata cênica,

so perdido, enquanto se reinven-

ra tal como ela é, com abatimen-

assinadas pelo compositor russo

ta como artista.

to e cachorros devorando sobras

Igor Stravinsky.

Poesia e fotografia | 144 págs. | 23cm x 23cm

no chão.


Ficção • 11

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A Importância de se Chamar Kurt Russell

Abxtrato e Outros Temperos

Agrafia

CID BRASIL

MATHEUS SANTANA

Poesia | 50 págs. | 14cm x 20cm

Crônicas | 146 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 94 págs. | 15cm x 21cm

Reúne 25 textos narrativos

Livro de estreia do autor, que

tuguesa definem agrafia como

bem-humorados que transi-

também assina as ilustrações

uma desordem cerebral carac-

tam entre a crônica, o conto e

que fazem parte do conteúdo.

terizada pela incapacidade do

o relato autobiográfico, sempre

Dividida em duas partes, esta

indivíduo, por ela atingido, de

flertando com a metalingua-

obra de poesia traz versos livres

exprimir o pensamento pela es-

gem ou a linguagem mentiro-

e de temática diversificada e

crita. E a ironia presente no tí-

sa do cotidiano de uma cidade

despretensiosa em sua primei-

tulo desta obra já dá pista sobre

cartão-postal, como Maceió.

ra metade, intitulada Abxtrato.

a verve poética deste autor: áci-

Até mesmo a lógica do comér-

A segunda metade, intitulada

da e cáustica, repleta de rimas

cio literário se transforma em

Outros Temperos, apresenta hai-

e metáforas nada óbvias. Sem

literatura sob o olhar arguto do

cais e poemas com influência do

concessões, sua temática tran-

autor, que demonstra grande

movimento concretista. A lírica

sita tanto pelo sexo como pela

capacidade de rir de si mesmo e

de Matheus Santana, ora versa

arte de fazer poesia, mantendo

de seus semelhantes. Uma obra

sobre o sentido da escrita, ora

a mesma mordacidade. O que é

engraçadíssima, de verve irôni-

versa sobre sentimentos íntimos

certo é que ninguém encerra a

ca e sagaz.

e ora versa sobre a imperma-

leitura deste livro da mesma for-

nência da vida. Mas há também

ma que começou. À vontade no

versos com reflexões sociais,

jogo com as palavras, as poesias

versos sobre identidade alagoa-

de Isaac Bugarim revelam um

na e versos com pitadas críticas

autor que se diverte e recria a re-

e humor.

alidade, sem romantismo.

ISAAC BUGARIM

Os dicionários da língua por-


12 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Água de Chocalho

Água do Mar nos Olhos

BENEDITO RAMOS

WADO

SEBAGE

Romance | 146 págs. | 15cm x 21cm

Música | 110 págs. | 20,5cm x 23cm

Poesia | 72 págs. | 15cm x 22cm

Romance de cunho regional que

Obra poética do cantor e com-

Livro de poesia autobiográfica e

traz uma versão forte da vida no

positor Wado, criada em quase

confessional do jornalista e mú-

Sertão nordestino, descrevendo

duas décadas de sua carreira

sico Sebage. Poemas, com forte

o drama da fome e da domina-

musical. As letras de suas mú-

inspiração no movimento beat-

ção política vivido pela família

sicas apresentam temática rica

nik, trazem versos livres e versos

da personagem Deusdete. O en-

e diversa que apontam para o

narrativos, com pinceladas de

redo discute o abismo social pro-

artista em constante transfor-

hedonismo, ironia, autocrítica

vocado pelas disputas de terra

mação. Se de um lado celebra

e reminiscências. Marcado pela

e pelo latifúndio no município

a contribuição da comunidade

musicalidade, o estilo poético de

ficcional de Águas Claras, ci-

afro-brasileira na cultura do pa-

Sebage traz poucas rimas e nada

dade submetida aos caprichos

ís, do outro também denuncia o

de métricas. Suas poesias exis-

do coronel Honório Paes, um

racismo e a desigualdade vividos

tenciais, revelam as inquieta-

poderoso grileiro de terras, ca-

pela população preta. Discorre

ções e angústias do autor em re-

paz de matar para atingir seus

também sobre alegria, amor,

lação às paixões e às convenções

objetivos e manter a autoridade.

desilusão, desencontros e soli-

sociais, apontando ainda para

O livro revela ainda uma lin-

dão. Revela uma faceta menos

o reencontro do artista com sua

guagem popular arcaica, qua-

conhecida de Wado, a do artista

terra natal, Porto Calvo, e com

se desaparecida, presente nos

visual, marcada pelo traço cria-

as suas raízes culturais, sua an-

diálogos de rezas e benzeduras

tivo que traz elementos presen-

cestralidade.

de Chiquinha, uma das perso-

tes na sua música, como a malí-

nagens mais marcantes da nar-

cia, o humor e a ironia, além da

rativa.

forte inspiração na pop art e na arte urbana.

Álbum de Família


Ficção • 13

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Antes e Depois da Chuva

Apuê

JOSÉ MINERVINO NETO

SÉRGIO PRADO MOURA

RAFAEL AQUINO

Poesia | 106 págs. | 15cm x 21cm

Contos | 115 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 95 págs. | 15cm x 21cm

Os poemas de Antes e depois da

A obra apresenta seis contos,

A lírica de Rafael Aquino com-

chuva perseguem a simbologia

sendo três deles premiados em

põe um universo onde o huma-

do ciclo das águas como expres-

importantes concursos nacio-

no se trança ao mundo natural

são dos fluxos da vida. A lírica

nais. Suas narrativas são re-

de bichos, plantas e pedras para

do autor, nascido em Branqui-

pletas de personagens épicos,

tocar os contornos do que, no

nha (AL), é leve e contemplativa

envolvidos em tramas miste-

atrito da vida, nos arranha o

e versa sobre a paisagem, a reli-

riosas, com pitadas de realismo

corpo e a língua.

giosidade e os costumes típicos

fantástico. As fábulas atempo-

da vida no interior alagoano,

rais de Moura tratam de temas

mas também sobre o amor e

universais, refletindo sobre os

outros sentimentos íntimos. As

principais desafios existenciais

metáforas recorrentes sobre a

da humanidade, como a morte,

água - seja do rio, do mar ou da

a luta pela sobrevivência e o me-

chuva – sempre refletem sobre

do frente ao desconhecido. Com

sentimentos que ora são de es-

forte influência na tradição oral

perança, ora são de incerteza e

brasileira, os contos reunidos

fé. Os versos também carregam

nesta obra têm como fio condu-

uma sutil crítica social acerca

tor o sentimento de imperma-

das forças que incidem sobre o

nência, mostrando que tudo que

destino do homem do campo,

está vivo tende a se transformar

sempre sujeito à força da natu-

ou desaparecer.

reza, mas também à dura realidade.

Areia em Rolimã


14 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Azul Para Viagem e Outros Escritos Cênicos

Baile Catingoso ISAAC BUGARIM

Caderno de Anotações WADO

LAEL CORREA

Romance | 92 págs. | 15cm x 22cm

Prosa poética | 164 págs. | 14cm x 19cm

Teatro | 172 págs. | 15cm x 22cm

Este é o primeiro romance escri-

O pequeno caderno de anota-

O ator e diretor alagoano, fun-

to pelo poeta autor de Agrafia.

ções sempre foi um dos princi-

dador do grupo teatral Infinito

O enredo, entrecortado por epi-

pais parceiros criativos do can-

Enquanto Trupe, reúne três pe-

sódios do passado e do presen-

tor e compositor Wado, reunin-

ças de sua autoria nesta obra

te, discorre sobre os destinos de

do frases e reflexões aleatórias

de temática existencial com pi-

diversas personagens de uma

que depois se tornaram músicas

tadas de humor. Em O Sorriso

mesma família, revelando seus

e ao longo dos anos se tornaram

da Rainha Morta, o dramaturgo

traumas, amores, traições, de-

obras. Aqui, estão reunidos afo-

conta a trajetória de três jovens

sencontros e tragédias. A nar-

rismos, insights, letras de can-

atores, suas perdas, frustrações

rativa realista, e de forte tensão

ções mudas, poesias e não poe-

e o processo de amadurecimen-

psicológica, apresenta perso-

sias que revelam a inteligência,

to enfrentado por cada um. Já a

nagens bem delineados cujos

o humor, a fina ironia e a sensi-

peça Uma Dose de Chuva coloca

destinos, marcados pela violên-

bilidade que são as marcas regis-

três planos de cena, onde per-

cia, cruzam-se de maneira sur-

tradas deste grande artista.

sonagens, atores e espectado-

preendente, resultando numa

res se confundem em um texto

história eletrizante e envolvente

que utiliza da metalinguagem

para ser lida num fôlego só.

teatral para refletir sobre a dramaturgia e sua tentativa de refletir a vida. Obra ganhadora do Prêmio Funarte de Dramaturgia para Criança e Juventude.


Ficção • 15 ÇAMENTO AN R$

30,00

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Calabar - Um poema dramático LÊDO IVO Teatro | 151 págs. | 15cm x 22cm

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Calabar - Interpretação romanceada do tempo da invasão holandesa

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Caos-Totem MILTON ROSENDO Poesia | 87 págs. | 15cm x 21cm

ROMEU DE AVELAR Romance | 234 págs. | 13,5cm x 22cm

Um poema serial, de sopro épico, dividido em dez cantos. A estru-

Neste texto teatral, escrito em versos, o célebre autor alagoano

A pena iconoclasta do escritor

tura aparentemente descosida e

lança mão de um personagem

Romeu de Avelar foi a primeira a

caótica constitui uma espécie de

histórico controverso para tra-

produzir uma obra que contesta

antinarrativa pós-moderna, um

çar uma crítica política contra

o estigma de “traidor da pátria”

reflexo da realidade pelo viés do

a opressão imposta ao povo hu-

que, durante séculos, maculou

delírio e da livre associação. Em-

milde e mestiço do nordeste bra-

a imagem do personagem his-

bora cada canto possa ser lido de

sileiro ao longo dos séculos. Des-

tórico Domingos Fernandes Ca-

forma unitária e independente,

construindo a história oficial, o

labar, nascido em Porto Calvo

compõem um único poema con-

Domingos Fernandes Calabar

(AL), decisivo no conflito entre

ceitual. O livro traz em seu corpo

idealizado por Ivo não é o traidor

a União Ibérica e os holandeses,

discursivo as mais diversas re-

da pátria. Ele é a personificação

no Brasil seiscentista. Neste ro-

ferências literárias: Ezra Pound,

do martírio perpetrado contra

mance histórico, o intelectual

T. S. Eliot, Jorge de Lima, Apolli-

aqueles que resistem e lutam

alagoano traz uma vigorosa re-

naire, Fernando Pessoa, Paul

pelos seus ideais. Originalmente

visão dos fatos passados, defen-

Celan, Stefan George e Francis

lançada em 1985, para ser le-

dendo que Calabar foi um in-

Ponge. Não é um livro para ser

vada aos palcos, a obra discute

surreto e um clarividente que se

absorvido de maneira linear e

ainda sobre o preconceito e traz

antecipou à revolução histórica

fechada. Ao contrário, é uma

uma das características mais

e liberal no Brasil.

justaposição de impressões de-

marcantes da obra do poeta: sua

sordenadas de um real em litígio

intensa alagoanidade.

perpétuo com o homem.


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Cavia Porcellus

Cidade

ANA IRIS SANTOS

SIDNEY WANDERLEY

Como Num Inferno Para Marinheiros

Poesia | 74 págs. | 14cm x 19cm

Crônicas | 158 págs. | 15cm x 21cm

GEOVANNE OTAVIO URSOLINO

Cavia Porcellus é o nome cien-

O livro apresenta uma série de

tífico de um roedor conhecido

crônicas bem-humoradas sobre

Quarenta poemas marcados

como porquinho da índia. O

personagens reais da cidade de

pela multiplicidade narrativa na

pequeno animal, plural e afia-

Viçosa – terra natal do autor.

qual cada personagem discute

do, serve de inspiração a esta

Com passagens autobiográficas,

sobre a realidade, consideran-

obra poética contundente que

o livro traz reminiscências sobre

do suas experiências e perspec-

reúne 30 poemas entrelaça-

episódios que também marca-

tivas individuais. Inovadora,

dos que denunciam o horror e

ram a história viçosense, como

esta obra traz uma linguagem

a banalização do mal em nosso

a instalação do set de filmagens

poética experimental, marcada

cotidiano. Múltiplo em seus per-

do filme São Bernardo, de Leon

pela polifonia e pela busca da

sonagens e experiências, o livro

Hirszman, em 1971; a inaugu-

aproximação com a oralidade,

expressa um deslocamento do

ração do Cine Godoy, em 1962;

não necessariamente coloquial.

nosso mundo, de onde viemos e

e até a passagem do escritor Gra-

Contundente, denuncia a ba-

os fatores que justificam nossas

ciliano Ramos pelo município,

nalidade do mal na forma da

ações. Não possui uma ordem,

onde viveu parte da infância.

exploração social e da violência,

ou uma cronologia. É múltiplo e

Com carinho, e por vezes ironia,

apontando para o processo de

aberto, principalmente quando

os habitantes ilustres de Viço-

dessensibilização da sociedade

está disposto a dividir e empres-

sa que povoam as memórias de

contemporânea frente ao hor-

tar sua voz a grupos segregados.

Wanderley são recriados em

ror cotidiano, mostrando aquilo

divertidas narrativas sensíveis e

que faz doer, mas que nem senti-

humanas.

mos mais.

Poesia | 110 págs. | 15cm x 22cm


Ficção • 17

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Composição Para Além Vértebras

Contos de Rubik TAINAN COSTA CANÁRIO

ARI DENISSON

MAGNO ALMEIDA

Contos | 84 págs. | 12,5cm x 18cm

Contos | 108 págs. | 15cm x 21cm

Contos Periféricos

Poesia | 130 págs. | 15cm x 21cm

O nome deste livro é uma home-

Com humor e ironia, os contos

A obra transita por variados te-

nagem a um brinquedo nunca

deste livro trazem uma visão

mas, como a existência dos cor-

montado pelo autor, o cubo de

diferente da capital alagoana.

pos e as descobertas do sexo, que

seis lados coloridos que uma vez

Ambientados nos bairros de

parecem ser o ponto de partida

embaralhado apresenta dificul-

Fernão Velho, Village Campestre

para uma ponderação existen-

dade para ser montado nova-

e, principalmente, Chã de Bebe-

cial bem mais profunda. O poeta

mente, mas também apresenta

douro, apresentam a realidade

propõe reflexões sobre a realida-

múltiplas possibilidades de orga-

da periferia: a violência latente,

de e sobre o fazer poético em si,

nização. Cada um dos 5 contos

a precariedade do transporte

tentando escancarar a viscerali-

que compõem o livro é uma me-

público, a sensação de insegu-

dade da matéria-prima literária.

táfora e uma proposta de inver-

rança permanente. Tudo isso

Composição para além vértebras

são dos fatos, um truque e uma

aparece mesclado a uma série de

é uma pergunta ao passo que é

peça para montar. Os textos fun-

eventos e protestos onde a popu-

afirmação e certezas: o que ser-

cionam, individualmente, como

lação da periferia protagoniza

ve como matéria para susten-

peças de quebra-cabeças, unidas

alto grau de civilidade e consci-

tação do corpo, serve também

em torno de uma literatura que

ência política local e global. Se-

para sustentar este livro? Estru-

carrega um tom de questiona-

riam manifestações absurdas?

tura óssea, carnadura, flores e

mento e desencanto em relação

Talvez. Em seus breves contos, o

água do mar.

ao mundo e à vida contemporâ-

autor consegue provocar no lei-

nea. Uma metáfora da vida de

tor riso, identificação, estranha-

todos nós, incapazes de encaixar

mento e a reflexão sobre temas

as faces das coisas.

que a sociedade se esquiva, mas que poderia ou deveria lidar.


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Das Coisas que Esquecemos pelo Caminho

Das Horas BRUNO RIBEIRO

ALEXSANDRO ALVES

ADALBERTO SOUZA

Poesia | 76 págs. | 13cm x 21cm

Poesia | 94 págs. | 15cm x 22cm

Dê(Lírios) Intranquilos

Poesia | 124 págs. | 15cm x 21cm

Com uma composição ritmada e

Inquietação é o sentimento que

Um livro cheio de nuances on-

musical, Bruno Ribeiro orques-

permeia a maioria dos versos de

de a palavra é um complemento

tra 39 poemas que, sob o com-

autoria de Alexsandro Alves,

imaginário que serve de ponte

passo do tempo, temática predo-

reunidos no livro Dê(lírios) In-

entre autor e leitor. Adalberto

minante do livro, versam sobre a

tranquilos. Visceral, a lírica do

Souza busca no cotidiano ele-

vida, a morte, a natureza e o co-

jovem poeta discorre sobre tu-

mentos que transforma em po-

tidiano. A cada poesia, há uma

do aquilo que desacomoda, que

esia. Essa simbiose de coisas tão

tentativa de capturar o instante,

causa desassossego: o amor, a

próximas e íntimas se tornam

o presente que se manifesta nos

morte, a realidade política e a

enigmáticas, gerando descober-

detalhes dos olhares, do toque,

social. Sem medo de ser exces-

tas. Sentir, pensar, traduzir-se

dos ruídos, sensações e impres-

sivo ou frenético, ele expõe suas

em palavras cruas e ao mesmo

sões que o eu lírico apresenta

revoltas e iras contra as injus-

tempo acariciantes, um abraço

nas imagens poéticas que tradu-

tiças da vida e contra as dores

envolvente de algo que conforta

zem o desenrolar das horas..

inevitáveis do existir.

e inquieta, algo tão conhecido como o próprio nome ou tão desafiador como o nome do outro.


Ficção • 19

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Dediquem-se à Rasteira

Dentro da Casca

THALLES GOMES

JEOVÁ SANTANA

ARTHUR BUENDÍA

Crônicas | 96 págs. | 15cm x 21cm

Contos | 108 págs. | 14cm x 20cm

Poesia | 134 págs. | 15cm x 21cm

Vencedor do Prêmio Lego 2011

Em dezoito contos, marcados

Delírios visuais que transfor-

na categoria Crônica, o livro re-

por uma escrita telegráfica,

mam a paisagem da cidade, fla-

úne crônicas cuja temática gira

Santana nos apresenta perso-

grantes do cotidiano e sensações

em torno de uma das paixões

nagens de diversos estratos so-

inexplicáveis. Para traduzir sua

nacionais: o futebol. O autor jo-

ciais e regionais e seus conflitos

inquietação ao olhar o mundo,

ga com as palavras, fazendo dri-

existenciais. As histórias trazem

Arthur Buendía se vale da frag-

bles memoráveis. O título do li-

diferentes “cascas” que ora se

mentação, do jogo de referências

vro remete a uma frase do escri-

mantêm e ora se rompem, pro-

e da palavra coloquial. É assim

tor alagoano Graciliano Ramos,

tegendo ou revelando os dilemas

que o poeta estreou em Derivas

que analisa a vocação brasileira

das personagens frente às mu-

nas Ruínas, um volume de poe-

para a malandragem.

danças, expectativas frustra-

mas em que a metalinguagem

das, medos, incertezas e fases

sai revigorada.

da vida. A economia de meios, tanto na estrutura quanto na apresentação dos dramas, revela um esforço para se atender à exigência básica desse gênero narrativo que é, como escreveu o mestre Julio Cortázar, de, na luta com o leitor, ganhar deste por nocaute.

Deriva nas Ruínas


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Desencontro

Dígitos Parcos

CARLOS MOLITERNO

THOMAS SCHAEFFER

FELIPE BENÍCIO

Poesia | 150 págs. | 16cm x 21cm

BERNARDES

Poesia | 124 págs. | 14cm x 19cm

Do Caos &

Poesia | 118 págs. | 15cm x 21cm

Lançado em 1953, Desencontro,

Os poemas que compõem o livro

livro de estreia da carreira lite-

Com poemas curtos e estilo dire-

formam um amálgama de te-

rária do alagoano Carlos Moli-

to, Thomas Schaeffer Bernardes

mas e estilos, explorando desde

terno, é uma obra poética eclé-

alcança a densidade necessária

formas clássicas a composições

tica que reúne sonetos em estilo

para provocar no leitor aquela

mais experimentais. Nos mo-

parnasiano e poemas escritos

inquietação própria do diálogo

mentos em que os versos assu-

em versos livres que revelam a

com o objeto de arte. Na conci-

mem uma estrutura mais tra-

versatilidade criativa do autor e

são, com textos deliberadamen-

dicional, seja em métrica ou em

seu domínio sobre a linguagem.

te descritivos, limpos de qual-

verso livre, a descrição criativa,

Contudo, independentemente

quer enfeite ou maneirismos,

a tentativa de inauguração de

da forma escolhida pelo poeta,

Dígitos Parcos revela um poeta

novos olhares sobre os ruídos da

Desencontro mantém em sua es-

atento ao essencial desse jogo

vida se faz imperativa. Nos mo-

sência uma forte temática exis-

permanente da linguagem lite-

mentos em que foge das estru-

tencial-introspectiva que versa

rária.

turas reconhecidas, há poemas

sobre sentimentos íntimos, co-

que exploram os limites do gêne-

mo desejo, angústia, saudade,

ro poético com composições que

amor, rejeição e tristeza, que

buscam rotas alternativas para

levam o leitor a refletir sobre a

o verso ou mesmo para a sinta-

finitude da vida, a passagem do

xe, e é nesse sentido que o cine-

tempo e as próprias ilusões per-

ma e a fotografia, por exemplos,

didas.

são incorporados não apenas enquanto temática, mas como princípio criativo.


Ficção • 21 ÇAMENTO AN R$

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Doce de Mamão-Macho

Dora

BENEDITO RAMOS

LUCAS FONSECA

Elos & Nós BRUNA WANDERLEY PEREIRA

Romance | 162 págs. | 14cm x 20cm

Romance | 444 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 128 págs. | 15cm x 21cm

Romance regional, ambientado

Mesclando presente e passado,

A obra reúne, em versos, histó-

no Sertão alagoano, na cidade

entre realidade e ficção, Guti-

rias de possíveis encontros e de-

fictícia de Bom Jesus dos Pecado-

nho, o narrador em idade adul-

sencontros, afetos e desavenças,

res, apresenta a saga de Jesuíno

ta, por meio de uma tentativa

entre pessoas, coisas, lugares

Pereira, seu casamento abrupta-

frustrada de se esconder numa

e tempos. Os elos representam

mente interrompido com Maria

criança de oito anos que não

as relações interpessoais, mas

Querência, suas idas e vindas a

mais existe, apresenta eventos

também apontam para a rela-

São Paulo e o segredo que guar-

marcantes de sua vida sob pers-

ção de amor e ódio do eu lírico

daram da pequena cidade por

pectiva ora reflexiva, ora irôni-

com a cidade, que às vezes aco-

vinte anos. Com humor, criativi-

ca. A aparente desconexão entre

lhe e outras vezes se apresenta

dade e leveza, o autor aborda te-

os fatos narrados no romance

hostil, assim como a noite, que

mas difíceis, como sexualidade,

caminha para resolução com-

propõe enlaces macios ou uma

questões de gênero, violência e a

pleta quando cada participante

angustiante insônia. Os nós, por

estrutura de poder de coronelis-

da narrativa assume seu devido

suas vezes, enrolados numa li-

ta do nordeste brasileiro.

lugar no enredo. Mergulhado

nha contínua, buscando sempre

em sua imaginação desenfre-

desprenderem-se para tentar

ada, alimentada pela leitura, o

um recomeço, mas sabendo que,

narrador percebe que sua vida

no fundo, esses nós nunca se

somente se tornou plena quan-

desatam, só se acrescentam, uns

do a personagem Dora passa a

aos outros, formando tropeços e

fazer parte dela.

propondo novas quedas a cada percurso.


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Entre Ratos & Outras Máquinas Orgânicas

Fantasmas Não Andam de Montanha-Russa

Giz Morrendo

RICHARD PLÁCIDO

ADALBERTO SOUZA

Poesia | 116 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 74 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 222 págs. | 14cm x 20cm

Obra poética que lança mão de

Uma obra poética para sentir,

desintegrando para se tornar

imagens cruas do cotidiano ur-

não para racionalizar. É um

símbolo comunicante, este livro

bano para refletir sobre o caos

mergulho profundo nas emo-

traz poemas de um eu lírico em

social, a efemeridade das rela-

ções inconscientes, abordando

constante processo de refazer-

ções humanas, a morte, entre

o absurdo que se instala no caos

-se, estando a literatura como

outras questões existenciais.

nervoso e reparador das lem-

captadora de toda essa meta-

Composto por 26 poemas, di-

branças. A poesia de Adalberto

morfose. Dividido em cinco ins-

vididos em três blocos, o livro

Souza é em essência um cami-

tantes, nomeados: vida; lógica;

traz um eu lírico irreverente e

nho bom a percorrer. Um cami-

viagem; eu; e história de amor, os

irônico que discute os desafios

nho cheio de atalhos e desfila-

poemas não apresentam títulos,

de escrever versos, utilizando

deiros, avanços e recuos. Diante

apenas uma enumeração, na

recursos de metalinguagem. O

do precipício, olhando o vazio

tentativa de dar uma direção de

rato, por se tratar de um animal

do que ainda não foi dito, do

leitura ao caos-de-construção

de fácil adaptação, é conside-

que ainda não foi escrito e que

que, por si mesmo, não é orde-

rado pelo autor uma espécie de

perturba o ruído das palavras

nável, irrompendo o último po-

máquina orgânica, capaz de so-

suspensas. Um livro de palavras

ema como o resplandecer de um

breviver a grandes diversidades,

curtas e certeiras. Um caminho

momento eureca, dado após um

sendo ao mesmo tempo muito

a ser percorrido junto aos fan-

nascimento ou uma morte (ou

sensível, passível de morrer com

tasmas que sempre vão acompa-

ambos), depende do ponto de

pequenos impactos.

nhar nosso caminho.

vista de cada leitor/a.

SARA ALBUQUERQUE

Assim como o giz precisa ir se


Ficção • 23

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Grão

Horrores

ANA MARIA VASCONCELOS

LUCIANO JOSÉ

Jacinto Silva: As Canções LUCIANO JOSÉ

Poesia | 52 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 110 págs. | 15cm x 21cm

Música | 384 págs. | 15cm x 22cm

O livro reúne 24 textos de pro-

Feito especialmente para leito-

A obra artístico-musical de Ja-

sa poética com uma cadência

res descolados e de espírito liber-

cinto Silva continua sendo uma

envolvente em que as palavras

tário, o livro contém 76 poemas.

referência importante quando o

vestem as experiências e os sen-

Alguns deles são secos, sem o

assunto é repensar as raízes da

tidos. O tempo é uma metáfora

brilho característico dos escritos

música produzida no Nordeste.

constante ora implacável: mor-

canônicos e têm o objetivo de

Vários compositores da músi-

dendo, atropelando, correndo,

causar sensações lúdicas e áci-

ca popular brasileira já tiveram

soterrando as coisas; ora fluí-

das diferentes. A leitura de Hor-

suas canções reunidas em livro,

do e delicado enternecendo as

rores promete provocar no leitor

mas percebemos uma lacuna

memórias. Além do tempo, a

risadas e momentos de nobre

em se tratando dos grandes íco-

própria vida é a linha poética

silêncio. A cada poema, Luciano

nes do baião, do xote, do xaxado,

que faz a ligação entre os textos.

José; proporciona um encontro

do arrasta-pé e do coco. Um dos

Grão é um livro para os sentidos

com a literatura que é a mora-

maiores compositores de forró

à similaridade de um diário ínti-

da do incômodo e da aversão

do Brasil, o alagoano Jacinto Sil-

mo, vai despertar os cheiros das

numa representação artística

va recebe, neste estudo, o reco-

lembranças, o toque das expe-

da contrariedade da condição

nhecimento merecido: o de que

riências vividas, as vozes que

humana.

suas canções são exemplares

ecoam e se calam na consciên-

únicos do cancioneiro popular

cia. Cada texto, com o seu sabor

brasileiro e expressam o senti-

próprio, é para ser degustado,

mento e a sabedoria do povo do

sentido.

Nordeste com rara beleza.


24 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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João e Seus Ais Miúdos

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FABIANA FREITAS

João Urso e outros contos incríveis de Breno Accioly

Jorge Cooper - Poesia Completa

Microcontos | 86 págs. | 15cm x 21cm

BRENO ACCIOLY

JORGE COOPER

Contos | 222 págs. | 15cm x 20cm

Poesia | 408 págs. | 13,5cm x 21cm

composição dos textos o troca-

Além de João Urso, primeiro e

O imenso tesouro guardado em

dilho entre as pequenas dores

mais conhecido conto do alago-

velhos cadernos permaneceu

do dia a dia e a poesia dos mi-

ano Breno Accioly, o livro ainda

obscuro até a publicação desta

crocontos de Fabiana Freitas.

conta com outros onze escritos

edição, que reúne as cinco obras

Com múltiplas possibilidades

do autor, numa edição especial

que foram produzidas pelo po-

de leitura, os 36 microcontos,

enriquecida por textos de gran-

eta alagoano. Organizada pelo

que podem ser lidos de modo

des escritores alagoanos sobre

escritor e professor universitário

independente ou em sequência,

a obra de Breno: Tadeu Rocha,

Fernando Fiúza, o livro traz para

compõem a breve história dos

Edilma Acioli Bomfim e Lêdo

o leitor críticas a respeito de seu

pequenos lamentos do perso-

Ivo.

trabalho – assinadas por espe-

A obra traz desde o título até a

nagem João, proporcionando

cialistas, como Lêdo Ivo, Dirceu

reflexões sobre medo, solidão,

Lindoso, Marcos de Farias Costa

procrastinação e esperança nu-

e José Paulo Paes –, a biografia

ma estética inovadora e mini-

do poeta, sob a ótica de seu filho

malista.

único, o médico e poeta Charles Cooper, e uma breve fotobiografia.


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Livramento

Livro d’Água

FERNANDO FIÚZA

LILIAN LESSA

Malu e a Bagaceira MATEUS MAGALHÃES

Poesia | 76 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 114 págs. | 15cm x 22cm

Poesia | 116 págs. | 15cm x 21cm

Em Livramento tudo é motivo

Inspirado na obra Livro das Má-

Livro de poesia com temática

de poesia: de Marilyn a Drum-

goas, de Florbela Espanca, esta

urbana, erótica e lírica. Os ver-

mond, deuses e o diabo e até as

obra poética traz o elemento

sos concisos, porém expressivos,

coisas mais corriqueiras da vida

água como metáfora das emo-

do jovem autor, são repletos de

como um alfinete, um chapéu-

ções fluidas ou retidas. A voz

referências culturais alagoanas,

-panamá e os ponteiros do reló-

feminina subverte a lógica lite-

ironias e senso de humor. A obra

gio. Os 60 poemas inéditos as-

rária mantida sob o eixo da rela-

é dividida em duas partes (o dia

sumem diferentes formas e brin-

ção entre o autor e sua musa.

e a noite) e faz um breve passeio

cam com as sugestões semân-

entre a Maceió das memórias da

ticas que a palavra livramento

infância do escritor: o homem

pode despertar. O leitor encon-

que vende quebra-queixo, os

trará no livro poemas sobre o

passeios de domingo, o porto de

sentimento religioso e a melan-

Jaraguá, a banca de revista da

colia, poemas eróticos, poemas

esquina, além das efervescentes

sobre outros escritores e até adi-

descobertas da adolescência –

vinhas; tudo orquestrado pela

as paqueras, o começo da vida

alta qualidade literária presente

amorosa, casas noturnas da ci-

nas obras de Fernando Fiúza.

dade e a partida dos amigos.


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Meio Chá de Pólvora

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Minha Fúria e Outros Demônios

Monocromático

BRENO AIRAN Poesia | 114 págs. | 15cm x 21cm

GUILHERME DE MIRANDA RAMOS

Crônicas | 100 págs. | 15cm x 21cm

GABRIELA HOLLANDA

Crônicas | 72 págs. | 15cm x 21cm

O livro do jornalista, músico e

O livro contém 62 crônicas cur-

poeta arapiraquense Breno Ai-

A obra divide-se em “noite” e

tas e intimistas que tratam de

ran é um compilado de palavras

“dia”, apresentando vinte e qua-

encontros e desencontros, a

ruminadas de 2009 a 2015.

tro narrativas ficcionais, uma

busca pelo autoconhecimen-

É o registro de uma época de

para cada hora do relógio. Vinte

to, a perda do olhar infantil e a

idas e vindas entre Arapiraca e

e quatro protagonistas fazem

tragédia cotidiana que é viver

Maceió, onde a estrada era seu

uma maratona por estas pági-

em contato com os sentimentos

papel pautado. A obra reúne

nas através de lágrimas, risadas,

mais profundos e mais superfi-

poemas com esse aspecto de des-

absurdos, conselhos, avisos,

ciais. Monocromático é um con-

locamento, de busca, com uma

declarações, finais e começos

junto de textos em prosa poé-

pegada oriental nos haicais que

felizes ou infelizes. As crônicas

tica, escolhidos com o intuito

compõem a obra. É também car-

desta obra falam de vida, morte,

de provocar no leitor a mesma

regada de autoironia: o “meio”

crenças, sonhos, desejos, sen-

inquietação monótona do coti-

como equilíbrio para a sutileza

timentos, sensações e, princi-

diano pós-moderno, em que os

do “chá” e a fúria da “pólvora”

palmente, do próprio ato de es-

temas tornam-se recorrentes,

que temos todos aqui dentro.

crever. As nossas vidas-relógios

centrados na própria pessoa co-

reais são representadas em situ-

mo indivíduo.

ações banais, do cotidiano, por meio de uma linguagem simples, mas também lírica, própria do estilo do autor Guilherme de Miranda Ramos.


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Monossílabo

Nadi

MARLON SILVA

BENEDITO RAMOS

DÉBORA DE OMENA

Contos | 82 págs. | 15cm x 21cm

Romance | 162 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 74 págs. | 15cm x 21cm

Monossílabo, designação das

A vida de Chiquinha, a rezadei-

Obra poética despretensiosa e

palavras de som lacônico, é tam-

ra, é contada a partir de Nadi,

visceral, com poemas que fa-

bém obra literária sobre o que

mãe em Tupi-Guarani, forma

lam sobre sentimentos íntimos

se sente mono, dessilabado. São

como ela trata a própria mãe,

e percepções individuais da au-

19 contos que se bifurcam para

descendente dos Pankararus

tora. Em versos leves, bem-hu-

tentar decifrar um palíndromo:

e também Nossa Sra. da Con-

morados, rápidos e objetivos, os

“ele”. Espécie de persona frag-

ceição. Sem nenhum RG e CPF

poemas discorrem sobre obser-

mentada, de natureza dúbia,

para comprovar sua existência,

vações cotidianas, a rotina do

cuja agonia é saber se há mais

Chiquinha resiste à conversão

tédio, a inquietude da alma e a

ênfase em ser pronome pessoal

ao protestantismo e se muda,

efemeridade do tempo.

ou substantivo, ou seja: sujeito

no lombo de sua jumenta, das

ou objeto.

terras de Piranhas para a cidade ficcional de Água de Chocalho. Sua mudança é permeada de acontecimentos miraculosos por conta de seu poder de curar as pessoas. Romance regional que aborda o processo de transformação social, decorrente do avanço das religiões evangélicas no Sertão alagoano, apontando para questões como intolerância e sincretismo religioso.

Não Conte Comigo


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Ninho de Cobras

Novo Teatro

LÊDO IVO

LADA ALMEIDA, IRIWELTON

LUIZ GUTEMBERG

Romance | 270 págs. | 15cm x 21cm

CAETANO DE MOURA E TAUAN DE

Romance | 202 págs. | 15cm x 21cm

Considerada a obra-prima de

Teatro | 104 págs. | 14cm x 19cm

O Anjo Americano

MELO B. PITA

Lêdo Ivo, Ninho de Cobras foi lan-

Romance de mistério policial que descreve a Maceió dos anos

çado em 1973, em plena ditadu-

O livro reúne textos de três peças

1940 – recente cenário de uma

ra militar e não deixa de ser um

teatrais: Nem Morta, de Tauan

base militar americana, durante

retrato do momento político em

de Melo B. Pita; Pelo Buraco da

a Segunda Guerra Mundial. O

que foi escrito e publicado. Am-

Fechadura, de Leda Almeida; e

enredo, cujo ponto de partida é

bientado em Maceió, da década

Rato, de Iriwelton Caetano de

o assassinato de uma jovem ala-

de 1940, durante do Estado No-

Moura. De estilos distintos, os

goana em seu apartamento no

vo de Getúlio Vargas, a narrativa

textos trazem uma boa mostra

Rio de Janeiro, culmina em uma

descreve as 24 horas de vida de

da atual dramaturgia alagoana.

narrativa crítica e contundente

personagens memoráveis, entre

sobre a sociedade alagoana da

eles a raposa, construindo um

época e sua estrutura política

painel paisagístico, histórico, so-

arcaica e conservadora, onde

ciológico, político e psicológico

impera a lógica da opressão, vio-

da capital alagoana.

lência e impunidade.


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O Inferno São os Outros

O Orvalho e os Dias

JOSÉ VALDEMAR DE OLIVEIRA

NILTON RESENDE

MIGUEL SAAVEDRA

Romance | 194 págs. | 14cm x 21cm

Poesia | 132 págs. | 14cm x 20cm

Contos | 122 págs. | 15cm x 21cm

O universo ainda arcaico do in-

Obra poética que pode ser lida

Vencedor do Prêmio Lego 2011

terior nordestino serve de ponto

como um conjunto de poemas

na categoria Contos, a obra re-

de partida deste romance. O en-

ou como poema único que se

úne contos do autor, escritos no

redo aborda a trajetória de um

alonga, dando-nos a trajetória

fim dos anos 1980. Tendo como

jovem que abandona tudo para

da aventura entre um eu lírico

temas centrais a solidão, a vio-

viver a loucura de seu inferno

e seu desejo. Dialogando com

lência e o niilismo, os contos es-

pessoal. O protagonista, vindo

ancestrais que também puse-

tão repletos de referências, que

do seio de uma família patriar-

ram em poemas a intranquila

vão desde o horror dramático

cal cujo pai tortura todos à sua

relação com o Inteiramente Ou-

de Edgar Allan Poe até a filosofia

volta, sai da condição de oprimi-

tro, este livro traz ecos de Adélia

individualista de Kierkegaard,

do para a condição de opressor,

Prado, Cecília Meireles, Gerard

das experimentações linguísti-

até sua realidade ruir e ele se ver

Hopkins, Hilda Hilst, Jorge de Li-

cas de Guimarães Rosa à festi-

perdido, desenvolvendo uma

ma, São João da Cruz e T. S. Eliot.

vidade fragmentada da cultura

personalidade paranoica, soli-

São poemas sobre o difícil diálo-

pop, da gênese do pensamento

tária e repleta de ódio. A narra-

go com o outro que ora se mos-

fascista à Bíblia.

tiva envolvente é capaz de gerar

tra, ora se esconde. São poemas

empatia no leitor, apesar de sua

sobre Deus — mas há quem diga

linguagem crua, verdadeira,

que são também sobre aquele

pungente que traz uma incômo-

rapaz que acabou de dobrar a

da sensação de algo que de tão

esquina.

real parece estar acontecendo ali do lado.

O Sangue na Lã


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Ocre Barro

Os Devassos

MARLON SILVA

ROMEU DE AVELAR

DIRCEU LINDOSO

Poesia | 90 págs. | 15cm x 21cm

Romance | 222 págs. | 13,5cm x 22cm

Romance | 144 págs. | 15cm x 21cm

Assim como a cor do barro, que

A primeira edição de Os Devassos

Romance escrito pelo célebre

vem da mistura de duas cores

foi lançada em 1923, pela edi-

historiador alagoano, autor de

vivas que se transformam em

tora Benjamin Costallat & Mic-

Utopia Armada, que conta a saga

ocre, cor opaca, e a argila, que

colis, famosa pela publicação de

familiar da matriarca Ana Ro-

permite ser moldada para for-

livros polêmicos, com temáticas

sário, que passou a vida a parir

mar coisas diversas, neste li-

relacionadas a sexo e violência.

filhos, todos homens, e a fazer

vro-olaria, o poeta trabalha a

A obra, que revela o lado obs-

rendas numa almofada de bil-

matéria-prima da linguagem

curo da sociedade carioca e o

ros, sentada no chão, com uma

para compor poemas-argila que

comportamento promíscuo e

faca escondida debaixo da saia.

dão vida e cor às coisas não re-

perdulário da elite da época, foi

A narrativa, ambientada na dé-

veladas da essência humana. A

apreendida pela polícia por ser

cada de 1930, no Litoral Norte

fome e a carne aparecem tam-

considerada ofensiva à moral e

de Alagoas, cenário da infância

bém no livro como símbolo das

aos bons costumes.

do escritor, mistura realidade e

antíteses da vida que se excluem

Romance, com narrativa ins-

ficção para contar a história dos

ao mesmo tempo em que se re-

pirada no Naturalismo de Émi-

personagens de uma família,

troalimentam: desejo e sacie-

le Zola, escritor admirado pelo

seus mistérios e relações base-

dade, estagnação e movimento,

autor, também apresenta prosa

adas em valores arcaicos, des-

perdas e ganhos, desistência e

tão vigorosa quanto a de mes-

crevendo uma sociedade que já

superação.

tres como Balzac, Dostoiévski e

desapareceu no tempo, mas que

Dickens que, como Avelar, ob-

guarda sua beleza.

servavam a vida mundana para discorrerem sobre a miséria da condição dos seres humanos.

Os Filhos de Ana Rosário


Ficção • 31

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Os Meninos Iam Pretos Porque Iam

Outdó FERNANDO FIÚZA

DANILO FARIAS

LUCAS LITRENTO

Poesia | 122 págs. | 15cm x 21cm

Romance | 262 págs. | 15cm x 21cm

Papéis Mortos

Poesia | 100 págs. | 15cm x 21cm

Coletânea de 101 poemas pu-

Um grupo de cinco amigos que

No primeiro poema, Tarzan é

blicada em 2012 que tem co-

acabou de concluir o curso de

assassinado por uma árvore; no

mo princípio a brevidade. Os

Teatro funda o Grupo de Teatro

último, dedos e cachos se en-

poemas têm de um a 13 versos

Intervenção com o objetivo de

trelaçam feito lama. Com uma

e tratam dos mais variados as-

levar aos palcos peças de temá-

linguagem que une referências

suntos: amor, sexo, vícios, mor-

ticas sociais e políticas. Os in-

clássicas e contemporâneas, de

te, poesia, ciência, filosofia, ci-

tegrantes são apaixonados por

Homero a Mano Brown, a obra

dade, campo, tempo. O intuito

uma técnica chamada teatro-

reúne 28 poemas dispostos em

do autor foi chegar mais perto

-fórum, na qual a barreira entre

duas partes. A primeira, inti-

do jovem leitor, habituado à ra-

personagens e plateia é quebra-

tulada Cerca Real dos Macacos,

pidez das redes sociais. Os poe-

da. O líder do grupo decide es-

remete às lutas ancestrais e ao

mas, portanto, se prestam a ser

crever um livro contanto a tra-

cotidiano das comunidades ne-

publicados no Instagram, no

jetória de sua trupe, escrevendo

gras das periferias alagoanas.

Facebook, em camisas, canetas,

sobre os atores, as encenações e

Já na segunda, Da pele preta, o

canecas e tatuagens. «Outdó» é

sobre as pessoas da plateia que

discurso focaliza o corpo negro

um neologismo, é como o brasi-

interagem durante as apresen-

e as relações de espiritualidade,

leiro pronuncia a palavra ingle-

tações. O narrador-personagem

movimento e desejo. Com for-

sa «outdoor», mas que remete a

é apaixonado por uma das atri-

te influência do rap e de outros

«fora» e a «dó» (pena). Uma lei-

zes e tenta, durante a narrati-

estilos musicais, o poeta busca,

tura possível do título seria «sem

va, se declarar através de uma

na palavra, ecoar as vozes do

pena». Tanto a capa quanto as

carta. A carta caminha com ele

seu povo.

ilustrações são do artista plásti-

esperando o momento certo de

co Francisco Oiticica Filho.

chegar até sua amada.


32 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Passavida e Artefato

Pausas Corrompidas

CLEITON ROCHA

IGOR MACHADO

Pedra Perdendo Seiva AMANDA PRADO

Poesia | 232 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 78 págs. | 15cm x 22cm

Poesia | 76 págs. | 14cm x x19cm

Passavida e Artefato são dois li-

Nesta obra poética, o autor ten-

Pedra e Seiva compõem o semi-

vros em um, resultado de 15

ta corromper suas pausas com

círculo temático desta obra poé-

anos de exercício da poesia por

poemas que buscam se reconec-

tica em que as palavras ganham

parte do autor, refletindo dife-

tar ao silêncio que as geraram,

novas semânticas a cada poe-

rentes momentos de sua evolu-

silêncio de encanto, de dúvida,

ma. Lançando mão da metalin-

ção pessoal. O primeiro expõe

de dor. Os poemas se dividem em

guagem, a autora propõe diver-

poemas que abordam temas co-

três eixos temáticos; cada qual

sas reflexões sobre o fazer poé-

mo amor, reflexões existenciais,

é introduzido por fragmentos

tico em si, mas também sobre

morte e decepções da vida urba-

de textos dos poetas alagoanos

sentimentos, como angústia e

na com impressões pessoais de

Bruno Ribeiro, Milton Rosendo

melancolia, em uma verve con-

um adolescente de Maceió dos

e Nilton Resende. Os textos es-

cisa e racional, capaz de criar

anos 2000. Em Artefato, insere

tão para anunciar um pouco do

beleza e estranhamento.

como tema o xamanismo brasi-

caminho a ser trilhado em cada

leiro: faz brilhar em palavras o

parte e os autores, pela influên-

universo místico de nossa cul-

cia que exerceram na trajetória

tura ancestral. A obra logra ser

literária do autor. Textos curtos

sensível, alegre, fúnebre, bem

que buscam se completar na

humorada e crítica. O título é o

pausa do leitor é uma caracterís-

neologismo que une “passar”

tica bastante presente na obra. É

com “vida” e tem relação com o

o nascer, o manter ou o romper

modo como as pessoas escolhem

de mundos em cada pausa cor-

viver segundo suas paixões.

rompida.


Ficção • 33

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Pelos Poros e Pequenos Apelos

Pequenos Poemas Para Serem Ditos

Poemas Definitivos (-quase)

MAGNO ALMEIDA

CARLOS ALBERTO MOLITERNO

CHARLES COOPER

Poesia | 84 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 62 págs. | 14,5cm x 20,5cm

Poesia | 148 págs. | 15cm x 22cm

A obra é uma reunião de textos

O livro reúne textos poéticos que

De temática existencial, a obra

que podem ser lidos como poe-

foram introduzidos num espaço

reflete a sabedoria de um poeta

mas, contos, crônicas, em ver-

temporal de quase 40 anos da

maduro que encara com sereni-

sos, em prosa que perpassam e

vida do autor. Seu eixo temáti-

dade a transitoriedade e a finitu-

lançam reflexões sobre um cor-

co versa sobre a vida, a morte,

de da vida. Marcados por várias

po diante da solidão, os proble-

a natureza, o amor e a existên-

reminiscências, alguns versos

mas com a gastrite e a saudade.

cia humana num mundo qua-

contidos neste livro fazem men-

Os textos expõem um registro

se sempre imprevisível, onde se

ção às memórias de infância do

dos dias vividos em carne viva

está à mercê de forças misterio-

autor e a algumas ausências

por quem não tem medo de viver

sas sobre as quais não se tem

afetivas de personagens que fize-

a poética do acaso. Há um fundo

controle.

ram parte de seu passado, entre

musical em que o poeta lança

eles, o pai, o célebre poeta Jorge

suas referências fazendo o leitor

Cooper.

se envolver ainda mais com a sua escrita e questionar o que é ficção ou não na obra.


34 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Prelúdios & Delírios

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JOSÉ GERALDO MARQUES

Qualquer Curva que me Leve Sem a Sua Linha Reta

Poesia | 194 págs. | 15cm x 21cm

JÔ SAULO

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Poesia | 116 págs. | 15cm x 22cm

Quando os Gatos Lunares Encontrarem Rodolfo Valentino na Cidade dos Bonecos Solitários

sua grande maioria de forma lí-

Dividida em duas partes, a obra

Poesia | 169 págs. | 15cm x 21cm

rica. Compõe-se de cinco partes:

é um livro de poesias simples que

Prólogo, Prelúdios, Intermezzo,

tira do haicai a sua forma fixa

É um livro que vai te rasgar e te

Delírios e Epílogo. Prólogo abre o

de três versos, mas sem se preo-

resgatar de um passado, ou tal-

livro com um poema de cunho

cupar com a estruturação mé-

vez seja o seu presente; a verda-

político e testamentário; Prelú-

trica de 17 sílabas divididas em

de é que ninguém nunca saberá

dios são uma coletânea aleatória

5, 7 e 5 sílabas poéticas. Busca

além de você. Em poucas pala-

de poemas agrupados em módu-

também elementos do poetrix,

vras, mas em muitas situações,

los temáticos; Intermezzo é um

transmitindo em três versos um

Adalberto provoca o nosso ínti-

poema de cunho erótico; Delí-

enredo por inteiro com o uso de

mo e a nossa reflexão acerca dos

rios repetem estruturalmente

metáforas e/ou ambiguidades,

tópicos ligados ao coração e ao

os Prelúdios e Epílogo encerra o

além do ritmo dos poemas pílu-

inebriar das vontades que via-

livro com dois poemas místicos,

las do Oswald de Andrade. Ins-

jam e circulam entre o que eu

o último sugerindo um convi-

pirado em autores, como Paulo

quero, desejo e sinto, ou entre o

te à recursividade. Nesta obra,

Leminsk, Arnaldo Antunes, Mil-

que eu queria e o que você não

vários estilos são exercitados, a

lôr Fernandes, Mário Quintana,

conseguiu suprir. Mas também

exemplo de gazais e de haicais,

Charles Bukowisk e até mesmo

viaja entre a ausência e a essên-

assim como poemas trágicos e

os pensamentos de Osho, a obra

cia do que queríamos que a vida

mortuários.

traz poemas que beiram a ironia

fosse se nossos planos tivessem

e o sarcasmo da poesia marginal

dado certo.

Livro de poemas expressos na

ADALBERTO SOUZA

e o lirismo poético dos sentimentos românticos.


Ficção • 35

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Quem Tabelar com Toni Ganha um Fusca

Radiações de Fundo Cósmico

Sertão e Cangaço

MATEUS MAGALHÃES

COSME ROGÉRIO FERREIRA

Cordel | 78 págs. | 14cm x 19cm

Crônicas | 282 págs. | 14,8cm x 21cm

Poesia | 120 págs. | 15cm x 21cm

Numa mistura divertida de

O título da obra é uma referên-

Silva – Geno – dedica sua poesia

crônica e conto, o autor narra

cia tanto ao cosmos quanto à

à saga do cangaço nordestino

histórias do cotidiano brasilei-

paisagem de Palmeira dos Ín-

da época de Lampião. Além de

ro: a alegria, a vida, o vício. Os

dios. A coletânea de poemas é

discutir sobre o famoso anti-he-

personagens, com a bola no pé,

dividida em três partes: Partícu-

rói sertanejo, Geno também faz

trocam pontapés em estádios,

las elementares, Fluido primordial

versos sobre o principal drama

estejam eles em Alagoas, ou-

e Espectro do corpo negro. Abor-

da região: a seca.

tros estados ou mesmo depois

da temas diversos: da mitologia

das fronteiras, e narram a sina

grega aos fuxicos da Vila Nova,

de um povo que não vive sem o

do passar inevitável do tempo ao

futebol.

tempo perdido pensando bestei-

GENO

O cordelista Genivaldo Vieira da

ra, da incoerência dos que se julgam santos aos santos pecados que fazem tanto bem ao espírito humano. Um livro que propõe o diálogo com o Sertão e a cultura popular, na ideia é explorar o potencial da palavra para traduzir a consciência de que a poesia é um estado de graça que embeleza o chão em que pisamos e o céu que avistamos.


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Simbiose Poética

Solidões

LUCAS CAVALCANTI MAIA

KAREN PIMENTEL

Solo de Rangidos JEOVÁ SANTANA

Poesia | 56 págs. | 14,8cm x 21cm

Poesia | 82 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 111 págs. | 15cm x 21cm

Qualquer autor, ao contar histó-

Solidões é um livro sobre afun-

Resultante de uma produção

rias, faz com que a tinta deixe ao

dar em si e não reconhecer, na

que atravessou três décadas, a

papel um bom pedaço de si. Mes-

volta, o mundo. São fragmen-

presente recolha divide-se em

mo relatos de vidas distantes,

tos de vida costurados para dar

duas partes: na primeira, Uns

emoções imaginadas e amores

corpo ao que chamamos livro,

antes, transitam os mais varia-

apenas sonhados acabam sem-

neste caso, uma reunião de poe-

dos temas com inflexão para a

pre dizendo mais sobre quem

mas escritos em versos livres. Os

memória, o onírico, o lúdico, o

os criou do que sobre os perso-

textos transitam entre Maceió e

social. Na segunda, Uns depois,

nagens, lugares e sentimentos

Montevidéu, trazendo consigo

predomina a reflexão sobre o fa-

imaginados. Como escreveu

as tempestades da capital uru-

zer poético. Tanto numa quanto

Fernando Pessoa, “O poeta é um

guaia e o cheiro de sargaço da

na outra, o desafio é o mesmo:

fingidor. Finge tão completa-

cidade natal da autora. Entre

confirmar que a poesia é a mais

mente que chega a fingir que é a

romances malfadados e suici-

radical das linguagens.

dor que deveras sente”. Foi dessa

das, o livro narra a dificuldade

difícil relação entre sentimento

de encontrar um espaço de grito

e expressão que surgiu esta cole-

onde o que se impõe é silêncio. O

tânea de poesias e pequenos tex-

suor das mãos que escrevem são

tos em prosa. A obra reflete as

o fio condutor da poesia escorre-

angústias e alegrias do autor no

gadia que se apresenta ao leitor,

momento em que se percebeu

em poemas que o convidam a

que passou a fazer parte do com-

mergulhar nas solidões da pró-

plicado mundo dos adultos.

pria autora.


Ficção • 37 ÇAMENTO AN R$

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Sonetos Impuros

Tântalos

FERNANDO FIÚZA

ROMEU DE AVELAR

Tartamudeios MARCUS VINÍCIUS

Poesia | 72 págs. | 15cm x 21cm

Contos | 132 págs. | 13,5cm x 22cm

Poesia | 62 págs. | 15cm x 21cm

Aparelho mecânico dotado de

Neste livro de contos, cujo títu-

Formado por poemas e micro-

asas, protótipo do avião, o so-

lo remete ao suplício do perso-

contos, o livro Tartamudeios se

neto é também um dispositivo

nagem Tântalo, da Odisseia, de

inicia no tema que deu nome

de controle que se tem prazer

Homero, condenado a ter sede e

à obra. A disfemia – popular-

em romper - e mais ainda em

a não poder saciá-la, Romeu de

mente conhecida como gaguei-

remendar. Este livro, concluído

Avelar apresenta uma galeria

ra –, que sempre foi motivo de

em 2014, contém 61 sonetos

de personagens deslocados, que

insegurança e outras formas

e, da velha forma lírica, foram

sofrem a cada passo pela impos-

de angústia ao autor, terminou

guardados apenas o número dos

sibilidade de realizar desejos e de

sendo o vento que soprou sua

versos (14) e a métrica ainda

conviver com a paz e a alegria. É

vela na travessia dos mares da

que variada (não há só decassí-

um título- síntese do sofrimento

literatura. A obra transita por

labos). Nele, há uma parte tran-

e deterioração humana, escrito

sentimentos e anseios que pa-

sitória, fugitiva, contingente

com inventividade e erudição.

vimentaram sua trajetória: in-

(as impurezas), e outra eterna e

fância, solidão, relações afetivas

imutável (as balizas da forma).

e horizontes de transformação

Théo Brandão disse que o so-

social – cada qual marcado por

neto estava para o poeta assim

uma escrita de voz trêmula, mas

como o autorretrato estava para

que não calou.

o pintor. Aqui, o que há são retratos de seres inventados, algumas reflexões sobre o ofício e muito amor – só escreve soneto quem ama.


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Tijolo Sobre Tijolo, Palavra Sobre Palavra

Um Cordel Atrás do Outro

GONZAGA LEÃO

Cordel | 174 págs. | 15cm x 22cm

CÍCERO MANOEL

Poesia | 170 págs. | 15cm x 21cm

O livro traz para os dias atuais a A obra que tem o título inspi-

autêntica poesia de cordel brasi-

rado em outra grande obra do

leira, narrando histórias e cau-

poeta, Casa Somente Canto Casa

sos do interior nordestino, como

Somente Palavra, é uma breve

A lembrança do candidato, A mu-

antologia constituída de poemas

lher que capou o marido e O eleitor

inéditos e de poemas selecio-

que votou por um par de botas. Os

nados dos melhores trabalhos

cordéis falam de amor, saudade,

do autor alagoano. A poesia de

política, vingança, traição e até

Gonzaga Leão é leve, onírica,

de temas históricos, como a des-

intimista, mas também contem-

truição do Quilombo dos Palma-

plativa. Simples e descomplica-

res. Alguns versam sobre a vida

da. Contém um lirismo, quase

na roça, característica presente

em extinção, que se coloca sem-

na trajetória do autor. A obra,

pre ao lado da vida “tantas vezes

repleta de humor e fantasia,

amarga, suja, violenta, mas que

contém ilustrações em formato

deixa como raspa no fundo do

de xilogravuras, feitas pelo au-

tacho, alguma coisa de beleza,

tor e conta com prefácio de Hél-

de sensualidade”.

der Pinheiro, um dos maiores pesquisadores da literatura de cordel no país.


Ficção • 39

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Valsa Triste

Veludo Violento

FÁTIMA COSTA

NATASHA TINET

MARLON SILVA

Poesia | 78 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 102 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 106 págs. | 16cm x 22cm

Esta obra poética nos conduz a

Segundo colocado na categoria

Desde o título, o autor traba-

uma valsa entre os versos, em

Poesia do Prêmio Literário da

lha a visão da poesia como algo

suas entrelinhas, ressignifican-

Biblioteca Nacional de 2019,

paradoxal: pode ser vil e não

do-os. Traz versos livres cuja te-

este livro reúne 32 poemas bem-

servir para nada ou vital com

mática principal é a abordagem

-humorados que versam sobre

a sua função intrínseca de des-

poética entre o mundo da escrita

temas sombrios e triviais do nos-

pertar os sentidos. Construído

e a interioridade do indivíduo.

so cotidiano, dialogando sempre

nessa discussão dialética so-

São 23 poemas divididos em du-

com o fantástico. A seriedade

bre a finalidade da poesia – útil

as partes: em Verso, os poemas

dos temas é contrabalanceada

ou inútil? –, esta obra é divida

trazem o universo da literatura e

com uso da ironia e da paródia,

em duas partes: Vital e Letal. O

do ofício da escrita; em Ela, dia-

estabelecendo uma relação jo-

tempo todo o poeta vai brincar

logam com os conflitos da exis-

cosa com o trágico. Há poemas

com a poesia visual, as conota-

tência, dor e liberdade.

que abordam questões de gêne-

ções simbólicas, os paradoxos

ro, como Uma mulher com uma

e a visão preconcebida da arte,

dor, e na série Barbielônicas/

da poesia e, principalmente, da

Babilônicas, que narra a luta de

linguagem.

uma garota pneumônica contra uma boneca Barbie. Há também a presença de temáticas “noturnas”, que versam sobre madrugadas de insônia, solidão e ansiedade.

Vil e Tal


NÃO FIC ÇÃO


IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020 • 41 ◊◊◊◊◊◊◊ ◊◊◊ ◊◊ ◊◊ R$

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Ciclos Temáticos na Literatura de Cordel

Delmiro Gouveia e Educação na Pedra

MANUEL DIÉGUES JÚNIOR

EDVALDO FRANCISCO DO

Ensaio | 255 págs. | 15cm x 21cm

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NASCIMENTO História | 280 págs. | 15cm x 23cm

Lançada em 1972, como ensaio, a obra do antropólogo ala-

A obra aborda os projetos na

goano Manuel Diégues Júnior

área de educação desenvolvidos

– autor de O banguê nas Alagoas

pelo célebre empreendedor Del-

e O engenho de açúcar no Nordes-

miro Gouveia no antigo povoa-

te – classifica as manifestações

do da Pedra, situado no Sertão

literárias de acordo com os seus

alagoano. Descreve o surgimen-

ciclos temáticos, a exemplo dos

to de escolas e a contratação de

temas tradicionais (romance e

professores na Alagoas do come-

novelas, contos maravilhosos,

ço do século 20.

tradição religiosa etc). Neste estudo, Diégues recolhe exemplos de folhetos produzidos em diferentes épocas e que possuem como personagens figuras conhecidas dos brasileiros: Pelé, Padre Cícero, Lampião e outros.


42 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Formação de Alagoas Boreal

Graciliano Biografias VÁRIOS AUTORES

Graciliano Ramos em Palmeira dos Índios

DIRCEU LINDOSO

Reportagem | 315 págs. | 14cm x 20cm

VALDEMAR DE SOUZA LIMA

História | 230 págs. | 16cm x 22cm

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ÇAMENTO AN R$

Biografia | 200 págs. | 15cm x 21cm

Box com as biografias de quatro Formação de Alagoas Boreal é um

gênios da literatura brasileira

Publicada originalmente em

estudo etnográfico que relembra

nascidos em Alagoas: Aurélio

1971, esta biografia de Gracilia-

as origens do Litoral Norte do

Buarque de Holanda, Graciliano

no Ramos relata, em detalhes,

estado, região marcada histori-

Ramos, Jorge de Lima e Lêdo Ivo.

os principais fatos vividos pelo

camente por massacres e insur-

Os livros trazem as melhores

escritor em Palmeira dos Índios,

reições, decorrentes da ocupa-

reportagens, ensaios, artigos e

cidade alagoana onde escritor

ção de terras para a produção de

entrevistas publicados nas edi-

casou, teve filhos e da qual foi

açúcar. Aborda as contribuições

ções temáticas da revista Graci-

prefeito. Alagoano como Graci-

culturais de negros, indígenas

liano, assinados por renomados

liano, Valdemar de Souza Lima

e europeus nos costumes e tra-

jornalistas e intelectuais alago-

conviveu com o escritor e, a par-

dições locais, citando alguns

anos. Cada exemplar apresenta

tir dessa convivência, investiga

protagonistas na sucessão de

revelações sobre a vida e obra de

como, desde muito cedo, já so-

fatos históricos, como Calabar

cada autor.

bressaía na visão de mundo do

e Zumbi.

autor de Vidas Secas um olhar profundamente crítico em relação ao homem e à sociedade.


Não Ficção • 43 ÇAMENTO AN R$

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História de Anadia

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Ilha do Ferro

NICODEMOS JOBIM

CELSO BRANDÃO

História | 300 págs. | 16cm x 22cm

Fotografia | 76 págs. | 25cm x 26cm

A História de Anadia é uma obra

A obra reúne fotografias em pre-

fundamental para os historiado-

to e branco do mítico povoado

res contemporâneos por desven-

sertanejo, situado à margem do

dar como era a realidade socioe-

rio São Francisco, famoso redu-

conômica do município alagoa-

to da arte popular alagoana. As

no que, no século 19, englobava

imagens revelam a religiosidade

uma região formada atualmen-

e a expressividade de sua gente

te pelas cidades de Limoeiro de

e a paisagem rural do município

Anadia, Junqueiro, Taquarana

de Pão de Açúcar. O livro traz

(Canabrava), Pindoba, Mar Ver-

ainda poemas assinados por Fer-

melho, Tanque d’Arca, Belém

nando Fiúza, sob o título Sertão

(Canudos), e, indiretamente,

Elegante.

Maribondo. Multidisciplinar, o livro traça um painel histórico e geográfico da região, com dados que contribuem também para pesquisas nos campos das Ciências Sociais e da Botânica.


44 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Indicador Geral do Estado

Irmãs Rocha

CRAVEIRO COSTA E TORQUATO

YEDA ROCHA JUCÁ (ORG.)

CABRAL

Gastronomia | 196 págs. | 16cm x 22cm

Manifesto Sururu: Por Uma Antropofagia das Coisas Alagoanas

Não é exagero dizer que as irmãs

Ensaio | 92 págs. | 14cm x 20cm

EDSON BEZERRA

História | 394 págs. | 18cm x 26cm

Publicada em 1902, sob a orga-

Rocha criaram um repertório

nização do célebre jornalista e

alagoano de receitas. Apaixo-

Um ensaio em defesa da iden-

historiador Craveiro Costa e do

nadas pelos ingredientes frescos

tidade alagoana. O texto abor-

escritor e poeta Torquato Cabral,

e os modos descomplicados de

da as influências das culturas

a obra traz informações históri-

preparo, elas ensinam que co-

negras, indígenas e europeias

cas e estatísticas de Alagoas na

zinhar também é fazer história.

sobre tradições culturais de Ala-

virada do século 20. Reedição

Simples e deliciosas, as receitas

goas, fruto da miscigenação ét-

em fac-símile preserva as ilustra-

reunidas estão organizadas em

nica. O manifesto é uma provo-

ções, fotografias e publicidades

dois volumes: um intitulado

cação e uma exaltação em que

da época, bem como o vocabu-

Delícias das Alagoas, dedicado às

o autor evoca toda a ancestrali-

lário e a ortografia do passado.

receitas de pratos principais e

dade escondida e soterrada pela

Dividido em 14 partes, traz tex-

acompanhamentos e outro in-

construção da modernidade.

tos de especialistas alagoanos

titulado Doçuras do Mundo Todo,

Em sua segunda edição, além do

em diversas áreas, como Hugo

dedicado exclusivamente as re-

texto original de Dirceu Lindoso

Jobim e Diegues Júnior.

ceitas de sobremesas típicas. Es-

e José Geraldo Marques, o livro

ta obra é uma celebração à arte

traz um pós-escrito inédito em

culinária e sua contribuição cul-

que Bezerra descreve memórias

tural à identidade alagoana.

de sua trajetória pessoal, revelando suas motivações para escrever o Manifesto Sururu.


Não Ficção • 45 ÇAMENTO AN R$

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Memória e Ficção MARIA MELO DE MORAES

Metamorfose das Oligarquias

Ensaio | 350 págs. | 13cm x 21cm

DOUGLAS APRATTO

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40,00

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40,00

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História | 186 págs. | 16cm x 22cm

O livro reúne ensaios críticos, produzidos por estudiosos de

Metamorfose das Oligarquias

diversas áreas de pesquisa, sobre

aborda o processo de transfor-

a obra do escritor alagoano Aloi-

mação da realidade socioeco-

sio Costa Melo (1919 -1998). Os

nômica de Alagoas durante a

textos apontam aspectos ines-

chamada República Velha. Este

perados encontrados na obra de

estudo crítico revela como as

Costa Melo, autor de dois livros

famílias tradicionais alagoanas

de memórias, dois de contos e

se adaptaram às mudanças polí-

um romance e conhecido por

ticas nacionais para evitar mu-

apresentar uma narrativa on-

danças reais no eixo do poder

de realidade e ficção sempre se

local, mostrando que o fenôme-

misturam.

no das oligarquias é bem mais complexo do que supõe o senso comum.


46 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

40,00

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70,00 ◊◊◊◊◊ ◊◊◊◊◊

Murmuro

Navegar É Preciso

FERNANDO OITICICA

MÁRIO LIMA

Negros Muçulmanos nas Alagoas (Os Malês)

Fotografia | 68 págs. | 36,5cm x 27cm

Reportagem | 232 págs. | 19cm x 23cm

ABELARDO DUARTE

Livro de fotografias com ima-

Um livro-reportagem, assinado

gens captadas pelo autor com o

pelo jornalista Mário Lima, que

Negros Muçulmanos nas Alagoas

celular, em seus passeios a pé ou

fala sobre a expedição realizada

(Os Malês) é uma obra que dis-

de carro pelas ruas de Maceió.

pelo governador do Estado Re-

cute a presença de negros isla-

As fotografias têm parentesco

nan Filho durante as comemo-

mizados em terras alagoanas,

com outras categorias artísticas

rações do bicentenário de Ala-

no século 19. Pouco numerosos,

da contemporaneidade, de on-

goas. A obra aborda a crise da

mas ortodoxos em suas crenças,

de serem pelo autor considera-

Bacia Hidrográfica do Rio São

os malês alagoanos não sucum-

das uma espécie em particular

Francisco, tendo como missão,

biram à opressão religiosa da

de “instalações espontâneas”.

apontar os desafios e as soluções

época, expressando sua resis-

A razão de ser da sua reunião

para revitalizar o “Velho Chico”.

tência na celebração de ritos e

em um conjunto fotográfico, a

Lima percorreu as principais

tradições maometanas. Contra-

que se deu o subtítulo de ensaio

cidades ribeirinhas, fazendo o

riando a narrativa convencional

sobre o imprevisto, está na des-

registro de diversas expressões

que sugere a conformidade dos

coberta da natureza estética de

da cultura alagoana, mostrando

negros à escravidão, Duarte re-

seus arranjos, compondo uma

como um território tão pobre se

vela a importância da participa-

cenografia despercebida e uma

tornou uma fonte inesgotável de

ção deste grupo nos movimen-

poética involuntária, mas que

inspiração para tantos artistas.

tos negros insurgentes da época.

desperte o interesse de quem

A obra também é fruto de uma

passe para se apropriar daquelas

ampla pesquisa do veterano re-

coisas indesejadas depois que foi

pórter.

História | 100 págs. | 16cm x 22cm

perdida a sua antiga utilidade, e reaproveitá-las.


Não Ficção • 47

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Notas Sobre Leituras

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SIDNEY WANDERLEY

Notas Sobre Poesia Moderna em Alagoas

Ensaio | 192 págs. | 14cm x 19cm

CARLOS MOLITERNO

Ensaio | 160 págs. | 16cm x 21cm

Obra reúne algumas resenhas despretensiosas do autor sobre

Obra fundamental para os pes-

livros que fazem parte do câno-

quisadores da arte literária pro-

ne da literatura ocidental. Parte

duzida no estado. Neste ensaio,

dos textos foi criada a partir de

o autor remonta aos primórdios

trocas de e-mails de Wanderley

do movimento modernista no

com diversos amigos e intelectu-

Nordeste, e mais precisamente

ais, entre eles, o escritor Raduan

em terras alagoanas, que reper-

Nassar, o jornalista e escritor

cutiu anos depois da Semana de

Luiz Gutemberg e o fotógrafo

Arte Moderna de 1922 e com

Juarez Cavalcanti. Neste livro, o

características autênticas, re-

autor, nascido em Viçosa, tam-

gionais. Moliterno relembra o

bém apresenta uma troca de

cenário de renovação estética

correspondências com o poeta

iniciado em Alagoas, no final

mineiro Carlos Drummond de

dos anos 1920, por Jorge de Li-

Andrade.

ma, reunindo dados biográficos e seleção de poesias de escritores antológicos, como Aurélio Buarque de Holanda, Lêdo Ivo, Jorge Cooper, Aloísio Branco, Raul Lima e Anilda Leão.


48 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Outro Modo de Interpretar o Brasil FÁBIO GUEDES GOMES E

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Receita das Alagoas – Cozinha de Boteco, de Chef, de Rua e de Tradição

Relatórios de Graciliano Ramos Publicados no Diário Oficial

REGINALDO SOUZA SANTOS

NIDE LINS

Documento histórico | 56 págs. |

Economia | 167 págs. | 14cm x 21cm

Gastronomia | 292 págs. | 18cm x 23cm

15cm x 21cm

Uma análise macroeconômica

Depois do sucesso editorial do

Considerados por muitos espe-

sobre o Brasil, desde a época do

Guia da Gastronomia Popular Ala-

cialistas as primeiras expressões

Plano Real até o período recente,

goana, a blogueira Nide Lins

do talento literário do escritor

após o impeachment de Dilma

lança nova obra com 57 recei-

alagoano, os relatórios de sua

Rousseff. O conteúdo, escrito a

tas, todas preparadas com in-

gestão na Prefeitura de Palmeira

quatro mãos pelos economistas

gredientes locais que revelam

dos Índios, publicados original-

Fábio Guedes, professor da Ufal,

parte da identidade cultural do

mente no Diário Oficial do Esta-

e Reginaldo Souza Santos, da

estado. O livro apresenta igua-

do de Alagoas em 1929 e 1930,

UFBA, faz ressalvas às políticas

rias, como o amalá, tradicional

revelam não apenas sua hones-

econômicas de caráter liberal

prato quilombola, assinado por

tidade na vida pública, mas vi-

adotadas pelo país, defendendo

Mãe Neide, e o camarão do Bar

são crítica sobre a sociedade e

uma visão keynesiana sobre o

das Ostras, tombado como bem

o Brasil.

papel do Estado na economia.

imaterial do estado. Há ainda

Os autores fazem críticas ao

receitas caseiras que atravessam

comportamento da classe domi-

gerações nos caderninhos das

nante, que impede os avanços

vovós, receitas populares capri-

sociais do Brasil, mas propõem

chadas, servidas nas ruas e bo-

saídas para a construção de um

tecos alagoanos e acepipes sofis-

Projeto Nacional.

ticados assinados pelos melhores chefs, reunindo toda a diversidade de sabores de Alagoas.


Não Ficção • 49 ◊◊◊◊◊◊◊ ◊◊◊ ◊◊ ◊◊ R$

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Revisão Criminal do Processo Delmiro Gouveia

Vá Pra Cuba!

ANTÔNIO ALEIXO E MOACIR

Viagem e história | 186 págs. |

SANT’ANA

15cm x 21cm

MARCOS DAMASCENO

História | 302 págs. | 19cm x 25cm

São raros os relatos sobre Cuba Revisão Criminal do Processo Del-

despojados de quaisquer pre-

miro Gouveia reúne documentos,

conceitos ideológicos, tanto à

publicações, fotos e relatos de

direita quanto à esquerda. Tão

um dos maiores erros cometi-

raros quanto bem-vindos, esses

dos pelo Judiciário brasileiro. A

relatos são sempre oportunos.

entrevista de Róseo Moraes do

Quem busca compreender a so-

Nascimento, um dos principais

ciedade cubana de peito aberto

acusados pelo assassinato de

vai encontrar um porto seguro

Delmiro Gouveia ao então jovem

no livro Vá Pra Cuba – A Cuba que

repórter Antônio Sapucaia foi

Vi, Ouvi e Senti, do professor de

o ponto de partida desta obra

Geografia Marcos Damasceno.

que relembra a sucessão de fa-

A obra é fruto de anos de pesqui-

tos que levaram à mudança de

sa sobre a ilha de Fidel Castro e

sentença de condenação contra

de três viagens do escritor ao re-

os acusados. A obra é de autoria

duto socialista caribenho.

dos advogados Antonio Aleixo e Moacir Sant’Ana, que estiveram à frente do processo de revisão criminal.


IN FAN TIL


IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020 • 51

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A Gata Diana na Terra do Pastoril

A Ilha da Fitinha GIANINNA BERNARDES

A Ilha de Laura AMANDA PRADO

CAROL ALMEIDA

Ilustração Bruno Clériston | Coleção Coco

Ilustração Wado | Coleção Coco de Roda

Ilustração Robson Araújo | Coleção Coco

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

| 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

A historinha se baseia em uma

Laura é uma menina introspec-

A gatinha Diana nasceu diferen-

antiga lenda contada na cidade

tiva e cheia de imaginação que

te: metade de seu corpo é azul e

alagoana de Piaçabuçu que ex-

mantém um universo particular

a outra metade é vermelha. Por

plica a origem do nome de um

repleto de imagens, cores e fan-

causa dessa característica física,

povoado chamado Ilha da Fiti-

tasias. Munida sempre de lápis

ela logo se tornou alvo de zom-

nha. A narrativa é sobre o amor

e caderno, ela recria o mundo

baria por parte de seus irmãos.

proibido de Rosa, uma filha de

em seus desenhos – mundo es-

Apesar do apoio da mãe, a gati-

fazendeiro abastado, com um

se que contempla, mas que tem

nha acaba se sentindo solitária

pobre pescador, tendo como ce-

dificuldade em decodificar por

e humilhada e por isso resolve

nário a foz do rio São Francisco.

causa do excesso de estímulos

fugir de casa. Depois de muito

Enamorados, os personagens

e significados que lhe parecem

caminhar, ela acaba chegando

decidem viver um namoro clan-

confusos. Narrativa delicada

a uma floresta onde faz novas

destino durante a ausência do

e sutil, traz como protagonista

amizades com outras gatinhas,

pai de Rosa, que sinalizava esses

uma menina autista que encon-

um galo e uma borboleta que a

momentos amarrando fitinhas

tra harmonia na Ilha do Ferro,

incluem numa apresentação do

nas palhas de um pequeno co-

povoado situado no município

Pastoril - um tradicional folgue-

queiro. Obra romântica, conta-

de Pão de Açúcar, reduto de

do natalino. Bela historinha de

da em versos, que faz homena-

grandes mestres da arte popular

superação e autoconhecimento

gem ao cancioneiro popular e à

alagoana. É através da arte que

que permite discutir o respeito à

paisagem ribeirinha de Alagoas.

a personagem descobre uma no-

diversidade.

va maneira de se expressar e de existir plenamente.


52 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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A Menina de Barro

A Menina Singeleza

GIANINNA BERNARDES

RENATA BARACHO

A Sertaneja e o Imperador ELIANA MARIA

Ilustração Pablo P. Sanches | Coleção

Ilustração Lucas Nascimento | Coleção

Ilustração Cristiano Suarez | Coleção Coco

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Baseado em histórias reais, o

Na fictícia cidade de Marechal

Em 1859, dom Pedro II e a impe-

livro relembra de forma poética

Rendado, repleta de cores e his-

ratriz Tereza Cristina empreen-

a cheia do rio Mundaú, ocorrida

tórias seculares, rendas e bor-

deram uma grande viagem po-

em 2010, que deixou diversos

dados personificados, como o

lítica ao nordeste do país. Dessa

desabrigados no interior de Ala-

sr. Filé, a senhora Renascença e

jornada, resultaram preciosos

goas. O enredo descreve o estilo

Seu Bilro, travam uma grande

relatos históricos do imperador,

de vida de parte dos habitantes

disputa para ver quem é o mais

contidos em diários que foram

das cidades margeadas pelo rio

bonito e poderoso. Para colocar

recentemente tombados pela

que sobrevivem da pesca e do ar-

fim nesta guerra de egos, uma

Unesco. Mas foi na tradição oral

tesanato, cujo barro é a princi-

velha bordadeira cria a Menina

em que a memória dessa pas-

pal matéria-prima. A obra abor-

Singeleza, que, com simplicida-

sagem ficou mais viva, graças

da a superação de adversidades,

de, aos poucos vai desconstruin-

aos inúmeros causos narrados

narrando a trajetória de uma

do a vaidade dos seus semelhan-

ao longo dos séculos na região.

humilde família de artesãos que

tes. Com muito humor e fanta-

Esta historinha discorre sobre o

perde tudo o que tinha durante

sia, este conto de fadas mostra

encontro da altiva Zefinha com

a enchente, mas que se reergue

por que Alagoas é reconhecida

d. Pedro II, em Penedo, quando

graças à união e à coragem de

como a Terra do Bordado e da

este cruzou o Sertão alagoano.

seus membros. Para sobreviver,

Renda. A narrativa faz home-

Mesmo desencorajada, ela em-

a menina de barro, seus pais,

nagem ao trabalho de diversas

penhou esforços para entregar

irmãos e vizinhos precisam ficar

artesãs que preservam tais tra-

um presente surpreendente ao

no alto de uma jaqueira para

dições, repassando seu ofício de

monarca, num gesto repleto de

não morrerem afogados.

mãe para filha.

boas intenções.


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Carnaval Sem Fim

Daniel e a Zamba do Sertão

Doce Riacho

TIAGO AMARAL

DIANA MOURA

GIANINNA SCHAEFFER

Ilustração Ingrit Lima | Coleção Coco de

Ilustração Daniel Aubert | Coleção Coco

BERNARDES

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Chris K. | Coleção Coco de

O que aconteceria se a “Mulher

Durante uma viagem ao muni-

da Capa Preta” e o “Moleque

cípio de Maravilha, localizado

Em Doce Riacho toda a aventu-

Namorador” se apaixonassem?

no Sertão alagoano, Daniel co-

ra se desenvolve a partir de um

Nesse encontro mágico ficcio-

nhece os encantos pré-históri-

passeio de jangada de três crian-

nal, Carolina e Armando, dois

cos locais na companhia do tio.

ças, na companhia dos avós, nu-

personagens lendários do ima-

O jovem se encanta com a paisa-

ma manhã ensolarada na linda

ginário maceioense, esbarram-

gem da Serra da Caiçara e se di-

praia de Riacho Doce, situada

-se no Carnaval e percorrem,

verte com as estátuas gigantes-

no Litoral Norte de Maceió. Em

juntos, em plena folia, diversos

cas de animais extintos expostas

meio a brincadeiras, músicas e

bairros da capital alagoana,

no Sítio da Ema, recriadas pelo

trava-línguas, a família se diver-

onde acabam conhecendo seres

artista Valdo Lima. Fascinado

te ao relembrar, com certa nos-

misteriosos, como Bumba Meu

e curioso, Daniel resolve fazer

talgia, como eram os costumes e

Boi e a La Ursa.

uma caminhada na mata até ser

paisagens locais no passado.

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

surpreendido pela presença de uma enorme preguiça de 30 mil anos de vida, com quem faz amizade. Além de permitir uma discussão sobre um dos principais patrimônios históricos alagoanos, esta fábula sertaneja também reflete sobre a interferência humana na natureza.


54 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Ebe em Busca do Mestre Guerreiro da Canafístula

Ei, Você Viu Luizinho? SARA ALBUQUERQUE

Embolados NIVALDO VASCONCELOS

JANUÁRIO LEITE

Ilustração Bruno Clériston | Coleção Coco

Ilustração Herbert Loureiro | Coleção

Ilustração Diego Malta | Coleção Coco de

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Narrativa ambientada na praia

Totalmente opostos, João e Ma-

O pequeno extraterrestre Ebe se

de Maragogi, situada no Litoral

ria eram desafetos um do outro

vê enrascado depois de quebrar

Norte de Alagoas, discorre sobre

desde a infância. A jovem tinha

um objeto de estimação de seu

a amizade entre a menina Melis-

a língua afiada, enquanto o ra-

pai durante uma brincadeira.

sa e Luizinho, companheiros na

paz tinha pés ligeiros. Ela gosta-

Para substituir o belo artefato,

arte e na rima. Ao se conhece-

va de vermelho e ele, de azul; em

ele se mete numa aventura in-

rem, os personagens fazem um

tudo discordavam. Tal inimizade

tergaláctica rumo à cidade de

acordo: Melissa ensinaria a Lui-

é colocada em xeque em um dia

Arapiraca, no planeta Terra,

zinho a fazer arte com palha de

de festa, ao som do coco de roda.

para encontrar o grande Mestre

coqueiro e, em contrapartida, o

Ambos são desafiados a dançar

Guerreiro da Canafístula. Ao

menino, especialista em cordel,

juntos, missão que cumprem a

chegar a seu destino, descobre

ensinaria a amiga a fazer ver-

contragosto. Cada provocação

toda a beleza da cultura popular

sos. Juntos, os dois amigos vi-

e cada gesto brusco acabam

alagoana.

vem diversas aventuras no mar,

transformando o coco de roda

na companhia de um peixe-boi.

numa embolada. Atento à dis-

Enredo lúdico, repleto de desco-

puta, um matreiro diabinho re-

bertas mútuas entre os protago-

solve pregar uma peça em Maria

nistas, faz grande homenagem à

e João, transformando os dois

cultura popular alagoana.

numa pessoa só. Divertida fábula nordestina sobre a união de opostos, versa sobre tolerância e respeito às diferenças.


Infantil • 55

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Estrela Raivosa

Lampião e a Baleia da Serra

GUILHERME DE MIRANDA RAMOS

MARIANA TAVARES

THALLES GOMES

Ilustração Cristiano Suarez | Coleção Coco

Ilustração Herbert Loureiro | Coleção

Ilustração Robson Araújo | Coleção Coco

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Esta obra é uma grande home-

Este conto de fadas sobre can-

A pequena Madá é uma criança

nagem ao hino, ao brasão e à

gaço versa sobre o encontro da

curiosa, inteligente e traquina

bandeira de Alagoas. O nome da

baleia-azul Lilu com Virgulino

que vivia perguntando o porquê

protagonista faz um trocadilho

Ferreira, o Lampião. O enredo

de todas as coisas. Seu melhor

com a “estrela radiosa”, men-

se passa na Serra da Onça, si-

amigo e conselheiro era Cosme,

cionada na primeira estrofe do

tuada em Mata Grande, Sertão

um sábio ancião da cidade que

cântico oficial do Estado. Nar-

alagoano. Cansada de viver no

costumava receber as visitas de

rativa contada em versos, conta

mar, Lilu decide ver terra firme

Madá, sempre disposto a res-

a trajetória da rebelde persona-

e provar da escassa água doce

ponder suas dúvidas. Em retri-

gem que parte numa viagem

da Caatinga. Para tanto, parte

buição, a menina sempre lhe

sideral, em busca do autoco-

numa longa jornada rumo ao

presenteava com conchinhas

nhecimento, com o objetivo de

desconhecido rio São Francisco,

que recolhia em seus passeios à

descobrir sua verdadeira voca-

onde enfrenta diversas amea-

praia. Certa vez, seu Cosme con-

ção. Em sua longa jornada, após

ças. Durante sua escapada, Lilu

tou à Madá a história de Moacir,

cruzar diversas galáxias, Estrela

cruza com Lampião, que prome-

um jegue que, além de muito

Raivosa se depara com os jovens

te tirá-la do perigo, encontrando

atrevido e autoconfiante, era

Luiz Mesquita e Benedito da Sil-

um esconderijo. Em retribuição,

muito ligeiro – tanto que vencia

va, ambos autores do hino ala-

a baleia-azul ajuda o rei do can-

frequentemente as tradicionais

goano. A partir deste encontro,

gaço, então apaixonado, a con-

corridas de jegue realizadas no

ela percebe que seu destino é ser

quistar o coração de Maria – a

município de Palmeira dos Ín-

musa inspiradora dos dois artis-

moça mais bonita da cidade.

dios.

tas e guardiã de Alagoas.

Madá o Jegue Cantador


56 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

Marianinha Vai ao Mar

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Mateu Errante, Mateu Brincante

O Baile das Meninas

MARIVALDO OMENA Ilustração Beatriz Montenegro | Coleção

GUILHERME DE MIRANDA RAMOS

Ilustração Thiago Oli | Coleção Coco de

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Herbert Loureiro | Coleção

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

GEISA ANDRADE

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

O livro narra a história de uma

Um desaparecimento coloca em

menina que sonha em se tor-

A obra faz uma homenagem

risco a noite de estreia da apre-

nar sereia, antes mesmo de co-

à cultura popular de Alagoas,

sentação das meninas do Pas-

nhecer o mar. A imaginação de

exaltando o talento de mestres,

toril do povoado do Toque, em

Marianinha é cultivada pelas

como Benon Pinto, do Guerreiro

São Miguel dos Milagres. Deusa,

histórias contadas por sua vovó,

Treme-Treme; Hilda do Coco, do

que faz o papel de Diana no fol-

Dona Eneida. A Praia da Sereia

Pagode Comigo Ninguém Pode;

guedo, some, deixando toda a

é o espaço contemplado na obra,

e do instrumentista Chau do Pi-

comunidade apreensiva. O que

onde as personagens vivenciam

fe. O personagem central do en-

teria acontecido com a garota?

uma experiência única, que é a

redo é Mateu, um menino indo-

Teria fugido? A pequena história

realização do sonho da persona-

mável que foge de casa e acaba

envolta em mistério é o ponto de

gem protagonista.

conhecendo esses mestres que

partida para esta obra que faz

exercem influência na descober-

homenagem à tradição do Pas-

ta de sua verdadeira vocação.

toril, que, no município alago-

Não por acaso, Mateu é o nome

ano do Litoral Norte, apresenta

de um personagem-palhaço,

colorido diferente: a indumen-

tradicional brincante do folclore

tária dos grupos é verde e rosa,

brasileiro, presente em diversos

ao invés do tradicional azul e

folguedos, como o Guerreiro e o

encarnado. Com muito humor

Reisado. Sua principal função é

e nostalgia, a historinha visa

reunir e animar a plateia duran-

preservar a memória cultural

te as apresentações.

alagoana.


Infantil • 57

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O Cavaleiro Encarnado

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TIAGO AMARAL

O Colar de Pérolas de Cecília

O Embrulho Misterioso de Nina

Ilustração Estúdio Zeropixel | Coleção

FABIANA FREITAS

KEMERSSON LEMOS E SARA

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Jean Carlos | Coleção Coco de

ALBUQUERQUE

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Robson Araújo | Coleção Coco

Fábula sertaneja, ambientada

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

em Santana do Ipanema, que

A história parte do encontro

faz menção às tradições da va-

da menina Cecília com a Sereia

O livro conta a história de uma

quejada e da cavalhada no in-

Sofia, que lhe apresenta o en-

pequena indígena chamada

terior de Alagoas. A historinha

cantado mundo do fundo do

Nina, que chega a Palmeira dos

conta a trajetória de Desidério,

mar, onde ostras fazem colares

Índios com a missão de cumprir

que nasceu durante um raro

de pérolas, sereias têm aulas de

uma promessa feita a seus an-

inverno chuvoso no Sertão, nu-

canto, baleias amamentam seus

tepassados. Ao chegar à cidade,

ma fazenda à margem do rio

filhotes e cavalos-marinhos ma-

ela conhece Joaquim, que lhe

Ipanema, repleta de craibeiras

chos ficam grávidos. No enredo,

apresenta lugares importantes

com flores amarelas. O belo ce-

o cenário natural da Praia da

de lá, conhecida como “Prince-

nário do nascimento de Dedé

Sereia, em Riacho Doce, con-

sinha do Agreste”, e que dividirá

parecia um bom presságio para

trasta com a realidade urbana

com ela uma descoberta muito

o menino forte e destemido, nu-

da personagem Cecília. A temá-

especial. Breve fábula alagoana

trido à base de muita ambrosia

tica permite diversas reflexões,

que faz homenagem a Palmei-

durante sua gravidez. Contudo,

como os limites do consumismo

ra dos Índios, descrevendo sua

a inquietação do jovem matreiro

da sociedade contemporânea, a

paisagem, lendas e costumes,

preocupava o pai, que lhe deu

riqueza dos ecossistemas mari-

disseminando uma bela mensa-

um cavalo e roupas de vaquei-

nhos e a necessidade de preser-

gem de paz e fraternidade entre

ro para extravasar o excesso de

vação do meio ambiente.

os povos.

energia.


58 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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O Marinheirinho do Pontal

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MARYANA DAMASCENO

O Mundo do Menino Impossível

O Que Só as Minhocas Podem Ver?

Ilustração Thiago Oli | Coleção Coco de

JORGE DE LIMA

LUANA TEIXEIRA

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Chris K. | Infantil | 28 págs. |

Ilustração Chris K. | Coleção Coco de

22,5cm x 30cm

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

casa da avó, situada no bairro

Ao contrário das crianças man-

A aventureira minhoca Xinoca

do Pontal da Barra, à margem

sas que dormem cedo, acalen-

decide fazer uma viagem sub-

da laguna Mundaú. O entusias-

tadas pela “Mãe-negra Noite”,

terrânea até a cidade de Pene-

mo da menina não é à toa: a

o menino impossível brinca até

do para conhecer as belezas de

casa de Dona Léu sempre reser-

a exaustão, enquanto a mamãe

casario antigo e a paisagem do

va alguns mimos, como comidi-

cochila, o papai cabeceia e o

rio São Francisco. Chegando

nhas típicas e historinhas antes

relógio badala. Porque o soni-

lá, torna-se amiga da minhoca

de dormir. O Pontal fica todo en-

nho sossegado só chega, sem

Jurema e se surpreende com as

feitado na época natalina e, ao

que o Menino Impossível per-

descobertas sobre a história lo-

contemplar a beleza do bairro

ceba, quando o mundo está po-

cal: embaixo da superfície, ainda

pela varanda, Larissa é surpre-

voado pelas criaturas mágicas

existem ruínas do Forte Mau-

endida com a presença de um

que inventou. Obra poética que

rício, construído no passado.

menino vestido de marinheiro

demarcou a transição do estilo

Narrativa lúdica que permite

que passa apressado à noite pela

literário de Jorge de Lima do par-

discutir com as crianças sobre a

rua. Curiosa, logo se pergun-

nasianismo para o modernismo,

ocupação holandesa em Alago-

ta: quem é esse garoto? Aonde

discorre sobre o universo encan-

as e no Nordeste, mencionando

ele vai vestido desse jeito? Obra,

tado da imaginação infantil, on-

o conflito entre portugueses e

contada em versos, faz menção

de todas as brincadeiras aconte-

holandeses no período colonial.

ao folguedo Fandango de Pon-

cem. Um clássico do renomado

O texto explica a origem do no-

tal, que homenageia os mari-

poeta alagoano que promete

me do município de Penedo.

nheiros, guerreiros do mar.

encantar adultos e crianças.

Larissa adora passar as férias na


Infantil • 59 ÇAMENTO AN R$

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O Segredo do Rio Mundaú

Os Balões de Nise

SARA ALBUQUERQUE

NATÁLIA AGRA

Pescando Histórias à BeiraMar

Ilustração Bruno Clériston | Coleção Coco

Ilustração Daniel Aubert | Coleção Coco

ADÉLIA SOUTO E DANIEL

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

LIBARDI Ilustração Emanoel Melo | Coleção Coco

Misturando fantasia e realidade,

Os Balões de Nise é uma home-

esta historinha ambientada no

nagem a médica psiquiátrica

município de União dos Palma-

alagoana Nise da Silveira. No

Seu Pedro, um experiente pes-

res, conhecido como A Terra da

livro, ela vê na figura do balão

cador, um dia decide ensinar

Liberdade, fala sobre a amizade

uma metáfora para o sonho. Na

seu ofício ao filho Zé, enquanto

entre o herói Zumbi e a sereia Ia-

companhia dos gatos Tigre-Rei e

narra lendas que há várias ge-

ra. O enredo remonta de forma

Mafalda, Nise vive uma grande

rações são contadas nas vilas

lúdica a trajetória de bravura e

aventura em Tatipirun, cidade

do litoral alagoano, entre elas, a

luta do personagem histórico

ficcional do livro A Terra dos Me-

dos cantadores da madrugada,

Zumbi dos Palmares, permitin-

ninos Pelados, de autoria de Gra-

a da mula de padre, a do cavalo

do uma discussão sobre racismo

ciliano Ramos - uma obra lite-

russo, a da pedra da moça e a

e escravidão no Brasil. Tendo

rária infantil também dedicada

temida tribuzana. E é por meio

como plano de fundo o rio Mun-

a Nise, por quem o escritor ala-

da narração dessas pequenas

daú, a narrativa também de-

goano nutria grande amizade e

histórias que o livro vai revelan-

fende valores, como tolerância,

admiração. A história é sobre a

do um pouco do universo das

amizade e respeito à diversidade,

importância da alteridade e da

comunidades praieiras que vi-

fazendo menção a dois perso-

contribuição que cada um po-

vem da pesca em Alagoas, suas

nagens lendários indígenas que

de dar para a construção de um

tradições, expressões culturais

fazem parte do folclore brasilei-

mundo melhor.

e fé religiosa. A obra propõe um

ro: Iara e Piatã.

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

resgate da tradição oral popular repleta de causos de assombrações e histórias de trancoso.


60 • IMPRENSA OFICIAL GRACILIANO RAMOS • 2020

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Silvana, a Baleia Beluga

Trancinhas de Luzia

MARYANA DAMASCENO

MARIVALDO OMENA

Uma Amizade Além do Tempo

Ilustração Daniel Aubert | Coleção Coco

Ilustração Cristiano Suarez | Coleção Coco

MARÍLIA MATSUMOTO

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Ivan Ramos | Coleção Coco de

Com a proximidade da chegada

Luzia é uma menina contem-

do inverno no Hemisfério Nor-

plativa, com a cabeça repleta de

Passando férias na casa da avó,

te, Silvana, a pequena baleia

imaginação e algumas tranci-

em Marechal Deodoro, Lucas

beluga, começa a acalentar o

nhas no cabelo. Seu maior pas-

sofre um pequeno acidente que

desejo de partir do Oceano Pací-

satempo é o de ficar na janela da

o leva a fazer uma viagem no

fico rumo ao Oceano Atlântico

casa da avó, localizada na rua

tempo, até o século 19, na época

junto com outros peixes e ma-

Uruguai, em Maceió, observan-

em que o município, então ca-

míferos para aproveitar as águas

do o tempo passar, devagarinho,

pital da província, se chamava

quentes do nordeste brasileiro.

enquanto espera sua mãe vol-

Alagoas da Lagoa do Sul. Nesse

A vigem é longa, mas vale à pe-

tar do trabalho. A vovó Rosário,

retorno ao passado, o menino

na, pois o ponto de chegada é a

por sua vez, é a sua principal

faz amizade com Manuel, que o

calorosa praia de Pajuçara, em

companheira e confidente. Ela

convida para brincar no quintal

Maceió, repleta de alegria e ca-

distrai a menina contando his-

da sua casa, à margem da lagu-

lor humano. Apesar da falta de

tórias do passado enquanto faz

na Manguaba. Fascinado, Lucas

incentivo dos amigos, que duvi-

trancinhas em seus cabelos ca-

observa a paisagem antiga, sem

dam de sua capacidade para en-

cheados. Historinha de amor

a interferência do progresso e da

frentar a longa jornada no fun-

que valoriza a sabedoria dos

modernidade, e se diverte com

do mar, Silvana mantém a atitu-

mais velhos e as relações fami-

as crianças da época, que se en-

de corajosa e obstinada, mesmo

liares, onde o afeto se expressa

tretinham tomando banho na

quando se perde do grupo.

através de boas conversas e pe-

laguna e tirando fruta do pé, dis-

quenos gestos de carinho.

traindo-se também com soldadi-

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

nhos de chumbo e chimbras.


Infantil • 61

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Upiara

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Zé Muquém Pegou o Trem

ELIANA MARIA

LUIZ ANTÔNIO CALDAS FILHO

Ilustração Estúdio Alba | Coleção Coco de

Ilustração Pedro Lucena | Coleção Coco

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Upiara é um guerreiro da tribo

Esta estorinha, contada em ver-

dos Kariris que nasceu com um

sos, narra as aventuras do bem-

rosto diferente. Segundo o pajé,

-te-vi Zé Muquém, que parte de

sua marca de nascença era de-

União dos Palmares até Maceió

corrente de uma luta que travou

para realizar o desejo de sua

no ventre da mãe. Defensor da

companheira Bia, que está cho-

natureza, Upiara era amado e

cando os ovinhos do casal. Ela

respeitado pelos espíritos guar-

queria comer jiló com leite em

diões da floresta, como o Curu-

pó. Em sua jornada rumo à ca-

pira, o Saci-Pererê e o Boitatá.

pital alagoana, o pássaro segue

Seguindo a tradição, Upiara

voando pela Zona da Mata, fa-

deveria se casar com a filha do

zendo muitas descobertas sobre

cacique após vencer uma impor-

Alagoas: aprende quem foi Zum-

tante batalha. Contudo, o líder

bi dos Palmares e sobre sua luta

da tribo não permitiu a união da

em defesa da liberdade; conhe-

filha com o guerreio porque o

ce a cachoeira da Tiririca, em

achava deformado e não queria

Murici, e faz amizade com um

ter netos iguais a ele. A narrati-

mutum (ave símbolo do estado)

va mostra como Upiara enfren-

que o ensina a pegar o trem até

tou essa discriminação, dando

Maceió para evitar que se canse

uma lição no cacique, com a

muito até o fim do trajeto.

ajuda de seus amigos mágicos.


“Wado traz do inconsciente a voz que todo mundo reconhece como sua própria, mas faz isso cantando o verso que ninguém conseguiu antever. É feito um poeta que já não existe mais. Do tipo que nos ensina a gramática do mistério a partir de um mundo que nós habitamos juntos mas do qual só ele parece ter o mapa, ou quem sabe a coragem de ir.” - MARCELO CAMELO

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TODAS AS FACES DE WADO Além das reflexões políticas, sociais e existenciais das canções do Wado, ÁGUA DO MAR NOS OLHOS também apresenta um pouco de sua face menos conhecida do grande público: o trabalho como artista visual. Seu traço criativo traz elementos presentes na sua música, como a malícia, o humor e a ironia, além de uma forte inspiração no pop art e na arte urbana. Todas as nuances e facetas de Wado têm tudo para fortalecer a admiração dos fãs do artista, mas também conquistar os amantes da poesia, da música popular brasileira e da arte contemporânea. Basta abrir o coração.



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