Catálogo Imprensa Oficial na Bienal 2019

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60 • 5; A Bulha Galinácea e os Es-

Rasteira • 15; Dentro da Casca • 15;

vassos • 26; Os Filhos de Ana Ro-

critos Galiformes • 5; A Fábrica de

Deriva nas Ruínas • 15; Desencon-

sário • 26; Os Meninos Iam Pretos

Bonecos de Olinda e Outras Histó-

tro • 16; Dígitos Parcos • 16; Do Ca-

Porque Iam • 27; Outdó • 27; Pa-

rias • 5; A Feira • 6; A História do

os & • 16; Doce de Mamão Macho

péis Mortos • 27; Passavida e Ar-

Soldado • 6; A Ilha • 6; A impor-

• 17; Dora • 17; Elos & Nós • 17; En-

tefato • 28; Pausas Corrompidas •

tância de se chamar Kurt Russel •

tre Ratos & Outras Máquinas Orgâ-

28; Pedra Perdendo Seiva • 28; Pe-

7; Abxtrato e Outros Temperos • 7;

nicas • 18; Fantasmas Não Andam

los Poros e Pequenos Apelos • 29;

Agrafia • 7; Água de Chocalho • 8;

de Montanha Russa • 18; Giz Mor-

Pequenos Poemas Para Serem Di-

Água do Mar nos Olhos • 8; Álbum

rendo • 18; Grão • 19; Horrores • 19;

tos • 29; Poemas Definitivos (-qua-

de Família • 8; Antes e Depois da

Jacinto Silva: As Canções • 19; João

se) • 29; Prelúdios & Delírios • 30;

Chuva • 9; Apuê • 9; Areia em Roli-

e Seus Ais Miúdos • 20; João Urso

Qualquer Curva que me Leve Sem a

mã • 9; Azul Para Viagem e Outros

e outros contos incríveis de Breno

Sua Linha Reta • 30; Quando os Ga-

Escritos Cênicos • 10; Baile Catin-

Accioly • 20; Jorge Cooper - Poesia

tos Lunares Encontrarem Rodolfo

goso • 10; Caderno de Anotações •

Completa • 20; Livramento • 21; Li-

Valentino na Cidade dos Bonecos

10; Calabar • 11; Calabar • 11; Caos-

vro d’Água • 21; Malu e a Bagaceira

Solitários • 30; Quem Tabelar com

-Totem • 11; Cavia Porcellus • 12; Ci-

• 21; Meio Chá de Pólvora • 22; Mi-

Toni Ganha um Fusca • 31; Radia-

dade • 12; Como Num Inferno Para

nha Fúria e Outros Demônios • 22;

ções de Fundo Cósmico • 31; Sertão

Marinheiros • 12; Composição Para

Monocromático • 22; Monossílabo

e Cangaço • 31; Simbiose Poética •

Além Vértebras • 13; Contos de Ru-

• 23; Nadi • 23; Não Conte Comi-

32; Solidões • 32; Solo de Rangidos

bik • 13; Contos Periféricos • 13; Das

go • 23; Ninho de Cobras • 24; No-

• 32; Sonetos Impuros • 33; Tânta-

Coisas que Esquecemos pelo Cami-

vo Teatro • 24; O Anjo Americano •

los • 33; Tartamudeios • 33; Tijolo

nho • 14; Das Horas • 14; Dê(Lírios)

24; O Inferno São os Outros • 25;

Sobre Tijolo, Palavra Sobre Palavra

Intranquilos • 14; Dediquem-se à

O Orvalho e os Dias • 25; O Sangue

• 34; Um Cordel Atrás do Outro •

na Lã • 25; Ocre Barro • 26; Os De-

34; Valsa Triste • 35; Veludo Violento • 35; Vil e Tal • 35


Ciclos Temáticos na Literatura de

A Gata Diana na Terra do Pastoril •

lho Misterioso de Nina • 51; O Mari-

Cordel • 37; Delmiro Gouveia e Edu-

45; A Ilha da Fitinha • 45; A Ilha De

nheirinho do Pontal • 52; O Mundo

cação na Pedra • 37; Formação de

Laura • 45; A Menina de Barro • 46;

do Menino Impossível • 52; O Que

Alagoas Boreal • 37; Graciliano Bio-

A Menina Singeleza • 46; A Serta-

Só as Minhocas Podem Ver? • 52;

grafias • 38; Graciliano Ramos em

neja e o Imperador • 46; Carnaval

O Segredo do Rio Mundaú • 53; Os

Palmeira dos Índios • 38; História

Sem Fim • 47; Daniel e a Zamba do

Balões de Nise • 53; Pescando His-

de Anadia • 38; Ilha do Ferro • 39;

Sertão • 47; Doce Riacho • 47; Ebe

tórias à Beira-Mar • 53; Silvana, a

Indicador Geral do Estado • 39; Ir-

em Busca do Mestre Guerreiro Da

Baleia Beluga • 54; Trancinhas de

mãs Rocha • 39; Manifesto Suru-

Canafístula • 48; Ei, Você Viu Luizi-

Luzia • 54; Uma Amizade Além do

ru: Por Uma Antropofagia das Coi-

nho? • 48; Embolados • 48; Estre-

Tempo • 54; Upiara • 55; Zé Mu-

sas Alagoanas • 40; Memória e Fic-

la Raivosa • 49; Lampião e a Baleia

quém Pegou o Trem • 55

ção • 40; Metamorfose das oligar-

da Serra • 49; Madá o Jegue Can-

quias • 40; Murmuro • 41; Navegar

tador • 49; Marianinha Vai ao Mar •

É Preciso • 41; Negros Muçulmanos

50; Mateu Errante, Mateu Brincan-

nas Alagoas (Os Malês) • 41; Notas

te • 50; O Baile das Meninas • 50;

Sobre Poesia Moderna Em Alago-

O Cavaleiro Encarnado • 51; O Colar

as • 42; Outro Modo de Interpretar

de Pérolas de Cecília • 51; O Embru-

o Brasil • 42; Receita das Alagoas – Cozinha de Boteco, de Chef, de Rua e de Tradição • 42; Relatórios de Graciliano Ramos Publicados no Diário Oficial • 43; Revisão Criminal do Processo Delmiro Gouveia • 43; Vá Pra Cuba! • 43


FIC ÇÃO


IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 • 5 ,00 POR APENAS 20 R$

10,00

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S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

DE R$

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15,00 S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 12, R$

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S Ó N A BI E N A

SIDNEY WANDERLEY

A Bulha Galinácea e os Escritos Galiformes

A Fábrica de Bonecos de Olinda e Outras Histórias

Poesia | 128 págs. | 14cm x 20cm

TAINAN COSTA CANÁRIO

JOÃO GOMES

Prosa poética | 100 págs. | 12,5cm x

Contos | 100 págs. | 14cm x 19cm

60 traz uma breve antologia de

L

18cm

antigos poemas de Sidney Wan-

Humor arriscado a partir de

derley, desde Post-húmus (1991)

A Bulha é o som cardíaco, ma-

uma fina ironia é o que compõe

até Dias de sim (2012). A pu-

nifestação acústica gerada pelo

estes contos tortos a partir dos

blicação de forte temática exis-

impacto do sangue ao encher o

quais nasce o livro como um só.

tencial marca a passagem dos

coração de vida. Esse impacto,

Ultrapassar a realidade é um pri-

sessenta anos de vida do autor,

movimento e sonoridade estão

vilégio que só aqueles que pen-

em sessenta poemas. Contudo,

presentes na prosa poética de

sam são capazes de colocar em

a maior parte do conteúdo da

Tainan Canário. O livro é divi-

prática, da mesma forma que

obra revela uma produção poé-

dido em duas partes, a Bulha

fazem as narrativas desta obra.

tica inédita do escritor. A morte,

Galinácea sendo a primeira, que

São perfumes doces e azedos que

o tempo, a impermanência, as

intercala poemas com pequenos

tratam de diferentes temáticas

ilusões perdidas, os desejos e os

textos em prosa poética. Já, os

com um tom satírico e afiado,

afetos são alguns dos eixos te-

Escritos Galiformes trazem 21

mas ainda verde, que envolvem

máticos de sua poesia recente.

poemas de crista empinada, bre-

sutilmente assuntos que vão

ves e urgentes. Com ilustrações

desde a descida de Deus para a

de Pedro Lucena, os poemas e

terra em maltrapilharia na cida-

contos trazem ironia, sarcasmo,

de de Maceió até questões como

os dilemas do dia a dia, amizade,

a disfunção erétil, religião e me-

amor, paixão, busca pela felici-

ritocracia.

dade, ilusões e conformismo.


6 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019

S Ó N A BI E N A

L

DE R$

25,00

DE R$

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00 POR APENAS 50, R$

S Ó N A BI E N A

ÇAMENTO AN R$

00 POR APENAS 25, R$

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A Feira

A História do Soldado

SIDNEY WANDERLEY E JUAREZ

MARCOS DE FARIAS

A Ilha CARLOS MOLITERNO

CAVALCANTI

Teatro | 100 págs. | 18cm x 26cm

Poesia | 150 págs. | 16cm x 21cm

Fábula fáustica que conta como

Considerada a obra-prima de

um pobre soldado tem sua vida

Carlos Moliterno, A Ilha reúne

Unindo poemas, crônicas e foto-

roubada pelo diabo, ao trocar

59 sonetos escritos em lingua-

grafias, este livro de arte é o re-

seu violino por um livro mágico

gem metapoética que apontam

sultado dos diferentes pontos de

capaz de mostrar o futuro e tra-

para uma simbiose entre criador

vista de dois artistas sobre a fei-

zer grande fortuna ao seu dono.

e criatura. O eu-lírico dos ver-

ra municipal de Viçosa. A obra

Ao descobrir que foi ludibriado,

sos se confunde com o eu-poé-

apresenta os principais persona-

o soldado José tenta recuperar

tico e A Ilha se confunde com

gens e jogos de cena do comércio

sua dignidade, buscando um

a própria poesia. Descrita sob

popular e seu ritual típico nas

novo sentido para sua vida que

diversas perspectivas, ela assu-

manhãs de sábado do interior.

se tornou vazia, a partir do ma-

me vários significados metafó-

Repleto de referências literárias,

terialismo sórdido. Lançado em

ricos a cada poema, refletindo

os textos de Wanderley partem

1918, no fim da Primeira Guer-

sobre sentimentos como solidão,

do local para o universal, confe-

ra Mundial, o texto teatral, nar-

nostalgia, contemplação, in-

rindo humor e reflexão ao “caos

rado em versos, traz uma men-

quietação e impermanência. Ao

buliçoso” e à “festa dos sentidos”

sagem antibelicista e anticapi-

lançar mão de um dos cenários

tão característicos das feirinhas

talista. Nesta edição bilíngue,

fundamentais da literatura uni-

nordestinas. Já o olhar de Juarez

traduzida pelo poeta alagoano

versal, Moliterno inventa a sua

Cavalcanti se despe de qualquer

Marcos de Farias Costa, há as

Ilha particular, talvez seu paraí-

romantismo, revelando uma fei-

partituras originais desta can-

so perdido, enquanto se reinven-

ra tal como ela é, com abatimen-

tata cênica, assinadas pelo com-

ta como artista.

to e cachorros devorando sobras

positor russo Igor Stravinsky.

Poesia e fotografia | 144 págs. | 23cm x 23cm

no chão.


Ficção • 7 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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,00 POR APENAS 20 R$

10,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

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S Ó N A BI E N A

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A importância de se chamar Kurt Russel

Abxtrato e Outros Temperos

Agrafia

CID BRASIL

MATHEUS SANTANA

Poesia | 50 págs. | 14 x 20

Crônicas | 146 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 94 págs. | 15cm x 21cm

Reúne 25 textos narrativos

Livro de estreia do autor que

tuguesa definem agrafia como

bem-humorados que transi-

também assina as ilustrações

uma desordem cerebral carac-

tam entre a crônica, o conto e

que fazem parte do conteúdo.

terizada pela incapacidade do

o relato autobiográfico, sempre

Dividida em duas partes, esta

indivíduo, por ela atingido, de

flertando com a metalinguagem

obra de poesia traz versos livres

exprimir o pensamento pela es-

ou a linguagem mentirosa do

e de temática diversificada e

crita. E a ironia presente no tí-

cotidiano de uma cidade-cartão

despretensiosa em sua primeira

tulo desta obra já dá pista sobre

postal, como Maceió. Até mes-

metade, intitulada Abxtrato. A

a verve poética deste autor: áci-

mo a lógica do comércio literá-

segunda metade, intitulada Ou-

da e cáustica, repleta de rimas

rio se transforma em literatura

tros Temperos, apresenta hai-

e metáforas nada óbvias. Sem

sob o olhar arguto do autor que

cais e poemas com influência do

concessões, sua temática tran-

demonstra grande capacida-

movimento concretista. A lírica

sita tanto pelo sexo como pela

de de rir de si mesmo e de seus

de Matheus Santana, ora versa

arte de fazer poesia, mantendo

semelhantes. Uma obra engra-

sobre o sentido da escrita, ora

a mesma mordacidade. O que é

çadíssima, de verve irônica e

versa sobre sentimentos íntimos

certo é que ninguém encerra a

sagaz.

e ora versa sobre a imperma-

leitura deste livro da mesma for-

nência da vida. Mas há também

ma que começou. À vontade no

versos com reflexões sociais,

jogo com as palavras, as poesias

versos sobre identidade alagoa-

de Isaac Bugarim revelam um

na e versos com pitadas críticas

autor que se diverte e recria a re-

e humor.

alidade, sem romantismo.

ISAAC BUGARIN

Os dicionários da língua por-


8 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

25,00

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S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

DE R$

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10,00 S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 50, R$

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Água de Chocalho

Água do Mar nos Olhos

BENEDITO RAMOS

WADO

SEBAGE

Romance | 146 págs. | 15cm x 21cm

Música | 110 págs. | 20,5cm x 23cm

Poesia | 72 págs. | 15cm x 22cm

Romance de cunho regional que

Obra poética do cantor e com-

Livro de poesia autobiográfica e

traz uma versão forte da vida no

positor Wado, criada em quase

confessional do jornalista e mú-

Sertão nordestino, descrevendo

duas décadas de sua carreira

sico Sebage. Poemas, com forte

o drama da fome e da domina-

musical. As letras de suas mú-

inspiração no movimento be-

ção política vivido pela família

sicas apresentam temática rica

atnik, traz versos livres e versos

da personagem Deusdete. O en-

e diversa que apontam para o

narrativos, com pinceladas de

redo discute o abismo social pro-

artista em constante transfor-

hedonismo, ironia, autocrítica

vocado pelas disputas de terra

mação. Se de um lado celebra

e reminiscências. Marcado pela

e pelo latifúndio no município

a contribuição da comunidade

musicalidade, o estilo poético de

ficcional de Águas Claras, cida-

afro-brasileira na cultura do

Sebage traz poucas rimas e nada

de submetida aos caprichos do

país, do outro também denuncia

de métricas. Suas poesias exis-

coronel Honório Paes, um pode-

o racismo e a desigualdade vivi-

tenciais, revelam as inquieta-

roso grileiro de terras, capaz de

dos pela população preta. Dis-

ções e angústias do autor em re-

matar para atingir seus objeti-

corre também sobre a alegria,

lação às paixões e às convenções

vos e manter a autoridade. Livro

amor, desilusão, desencontros e

sociais, apontando ainda para

revela ainda uma linguagem

solidão. Livro revela uma faceta

o reencontro do artista com sua

popular arcaica, quase desapa-

menos conhecida do Wado, a do

terra natal Porto Calvo e com as

recida, presente nos diálogos de

artista visual, marcada pelo tra-

suas raízes culturais, sua ances-

rezas e benzeduras de Chiqui-

ço criativo que traz elementos

tralidade.

nha, uma das personagens mais

presentes na sua música, como

marcantes da narrativa.

a malícia, o humor e a ironia, além da forte inspiração na pop art e na arte urbana.

Álbum de Família


Ficção • 9 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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,00 POR APENAS 20 R$

10,00

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,00 POR APENAS 20 R$

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Antes e Depois da Chuva

Apuê

JOSÉ MINERVINO NETO

SÉRGIO PRADO MOURA

RAFAEL AQUINO

Poesia | 106 págs. | 15cm x 21cm

Contos | 115 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 95 págs. | 15cm x 21cm

Os poemas de “Antes e depois da

A obra apresenta seis contos,

A lírica de Rafael Aquino com-

chuva” perseguem a simbologia

sendo três deles premiados em

põe um universo onde o huma-

do ciclo das águas como expres-

importantes concursos nacio-

no se trança ao mundo natural

são dos fluxos da vida. A lírica

nais. Suas narrativas são re-

de bichos, plantas e pedras para

do autor, nascido em Branqui-

pletas de personagens épicos,

tocar os contornos do que, no

nha (AL), é leve e contemplativa

envolvidos em tramas miste-

atrito da vida, nos arranha o

e versa sobre a paisagem, a reli-

riosas, com pitadas de realismo

corpo e a língua.

giosidade e os costumes típicos

fantástico. As fábulas atempo-

da vida no interior alagoano,

rais de Moura tratam de temas

mas também sobre o amor e

universais, refletindo sobre os

outros sentimentos íntimos. As

principais desafios existenciais

metáforas recorrentes sobre a

da humanidade, como a morte,

água - seja do rio, do mar ou da

a luta pela sobrevivência e o me-

chuva – sempre refletem sobre

do frente ao desconhecido. Com

sentimentos que ora são de es-

forte influência na tradição oral

perança, ora são de incerteza e

brasileira, os contos reunidos

fé. Os versos também carregam

nesta obra têm como fio condu-

uma sutil crítica social sobre as

tor o sentimento de imperma-

forças que incidem sobre o desti-

nência, mostrando que tudo que

no do homem do campo, sempre

está vivo tende a se transformar

sujeito à força da natureza, mas

ou desaparecer.

também à dura realidade.

Areia em Rolimã


10 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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,00 POR APENAS 20 R$

10,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

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Azul Para Viagem e Outros Escritos Cênicos

Baile Catingoso ISSAC BUGARIM

Caderno de Anotações WADO

LAEL CORREA

Romance | 92 págs. | 15cm x 22cm

Prosa poética | 164 págs. | 14cm x 19cm

Teatro | 172 págs. | 15cm x 22cm

Este é o primeiro romance escri-

O pequeno caderno de anota-

O ator e diretor alagoano, fun-

to pelo poeta autor de Agrafia.

ções sempre foi um dos princi-

dador do grupo teatral Infinito

O enredo, entrecortado por epi-

pais parceiros criativos do can-

Enquanto Trupe, reúne três pe-

sódios do passado e do presen-

tor e compositor Wado, reunin-

ças de sua autoria nesta obra

te, discorre sobre os destinos de

do frases e reflexões aleatórias

de temática existencial, com

diversas personagens de uma

que depois se tornaram músicas

pitadas de humor. Em O Sorriso

mesma família, revelando seus

e ao longo dos anos se tornaram

da Rainha Morta, o dramaturgo

traumas, amores, traições, de-

obra. Aqui estão reunidos afo-

conta a trajetória de três jovens

sencontros e tragédias. A nar-

rismos, insights, letras de can-

atores, suas perdas, frustrações

rativa realista, e de forte tensão

ções mudas, poesias e não poe-

e o processo de amadurecimen-

psicológica, apresenta perso-

sias que revelam a inteligência,

to enfrentado por cada um. Já a

nagens bem delineados cujos

o humor, a fina ironia e a sensi-

peça Uma Dose de Chuva coloca

destinos, marcados pela violên-

bilidade que são as marcas regis-

três planos de cena, onde per-

cia, cruzam-se de maneira sur-

tradas desse grande artista.

sonagens, atores e espectado-

preendente, resultando numa

res se confundem em um texto

história eletrizante e envolvente

que utiliza da metalinguagem

para ser lida num fôlego só.

teatral para refletir sobre a dramaturgia e sua tentativa de refletir a vida. Obra ganhadora do Prêmio Funarte de Dramaturgia para Criança e Juventude.


Ficção • 11 ÇAMENTO AN R$

00 POR APENAS 25, R$

25,00

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10,00

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S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

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Calabar

Calabar

LÊDO IVO

ROMEU DE AVELAR

Caos-Totem MILTON ROSENDO

Teatro | 151 págs. | 15cm x 22cm

Romance | 234 págs. | 13,5cm x 22cm

Poesia | 87 págs. | 15cm x 21cm

Neste texto teatral, escrito em

A pena iconoclasta do escritor

Um poema serial, de sopro épico,

versos, o célebre autor alagoa-

Romeu de Avelar foi a primeira a

dividido em dez cantos. A estru-

no lança mão de um persona-

produzir uma obra que contesta

tura aparentemente descosida e

gem histórico controverso para

o estigma de “traidor da pátria”

caótica constitui uma espécie de

traçar uma crítica política con-

que, durante séculos, maculou

antinarrativa pós-moderna, um

tra a opressão imposta ao povo

a imagem do personagem his-

reflexo da realidade pelo viés do

humilde e mestiço do Nordeste

tórico Domingos Fernandes Ca-

delírio e da livre associação. Em-

brasileiro, ao longo dos sécu-

labar, nascido em Porto Calvo

bora cada canto possa ser lido de

los. Desconstruindo a história

(AL), decisivo no conflito entre

forma unitária e independente,

oficial, o Domingos Fernandes

a União Ibérica e os holandeses,

compõe um único poema con-

Calabar idealizado por Ivo não é

no Brasil seiscentista. Neste ro-

ceitual. O livro traz em seu corpo

o traidor da pátria. Ele é a perso-

mance histórico, o intelectual

discursivo as mais diversas re-

nificação do martírio perpetra-

alagoano traz uma vigorosa re-

ferências literárias: Ezra Pound,

do contra aqueles que resistem

visão dos fatos passados, defen-

T. S. Eliot, Jorge de Lima, Apolli-

e lutam pelos seus ideais. Ori-

dendo que Calabar foi um in-

naire, Fernando Pessoa, Paul

ginalmente lançada em 1985,

surreto e um clarividente que se

Celan, Stefan George e Francis

para ser levada aos palcos, obra

antecipou à revolução histórica

Ponge. Não é um livro para ser

discute ainda sobre preconceito

e liberal no Brasil.

absorvido de maneira linear e

e traz uma das características

fechada. Ao contrário, é uma

mais marcantes da obra do poe-

justaposição de impressões de-

ta: sua intensa alagoanidade.

sordenadas de um real em litígio perpétuo com o homem.


12 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

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10,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

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Cavia Porcellus

Cidade

ANA IRIS SANTOS

SIDNEY WANDERLEY

Como Num Inferno Para Marinheiros

Poesia | 74 págs. | 14cm x 19cm

Crônicas | 158 págs. | 15cm x 21cm

GEOVANNE OTAVIO URSOLINO

Cavia Porcellus é o nome cien-

Livro apresenta uma série de

tífico de um roedor conhecido

crônicas bem-humoradas sobre

Quarenta poemas marcados

como porquinho da índia. O

personagens reais da cidade de

pela multiplicidade narrativa na

pequeno animal, plural e afia-

Viçosa – terra natal do autor.

qual cada personagem discute

do, serve de inspiração à esta

Com passagens autobiográficas,

sobre a realidade, consideran-

obra poética contundente que

o livro traz reminiscências sobre

do suas experiências e perspec-

reúne 30 poemas entrelaçados

episódios que também marca-

tivas individuais. Inovadora,

que denunciam o horror e a

ram a história viçosense como

esta obra traz uma linguagem

banalização do mal em nossos

a instalação do set de filmagens

poética experimental, marcada

cotidiano. Múltiplo em seus per-

do filme São Bernardo, de Leon

pela polifonia e pela busca da

sonagens e experiências, o livro

Hirszman, em 1971; a inaugu-

aproximação com a oralidade,

expressa um deslocamento do

ração do Cine Godoy, em 1962;

não necessariamente coloquial.

nosso mundo, de onde viemos e

e até a passagem do escritor Gra-

Contundente, denuncia a ba-

os fatores que justificam nossas

ciliano Ramos no município,

nalidade do mal na forma da

ações. Não possui uma ordem,

onde viveu parte da infância.

exploração social e da violência,

ou uma cronologia. É múltiplo e

Com carinho, e por vezes ironia,

apontando para o processo de

aberto, principalmente quando

os habitantes ilustres de Viço-

dessensibilização da sociedade

está disposto a dividir e empres-

sa que povoam as memórias de

contemporânea frente o horror

tar sua voz a grupos segregados.

Wanderley são recriados em

cotidiano, mostrando aquilo

divertidas narrativas sensíveis e

que faz doer, mas que nem senti-

humanas.

mos mais.

Poesia | 110 págs. | 15cm x 22cm


Ficção • 13

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S Ó N A BI E N A

Composição Para Além Vértebras

Contos de Rubik TAINAN COSTA CANÁRIO

ARI DENISSON

MAGNO ALMEIDA

Contos | 84 págs. | 12,5cm x 18cm

Contos | 108 págs. | 15cm x 21cm

L

Contos Periféricos

Poesia | 130 págs. | 15cm x 21cm

O nome deste livro é uma home-

Com humor e ironia os contos

Obra transita por variados te-

nagem a um brinquedo nunca

deste livro trazem uma visão

mas, como a existência dos cor-

montado pelo autor, o cubo de

diferenciada da capital alagoa-

pos e as descobertas do sexo, que

seis lados coloridos que uma vez

na. Ambientados nos bairros de

parecem ser o ponto de partida

embaralhado apresenta dificul-

Fernão Velho, Village Campestre

para uma ponderação existen-

dade para ser montado nova-

e, principalmente, Chã de Bebe-

cial bem mais profunda. O poeta

mente, mas também apresenta

douro, apresentam a realidade

propõe reflexões sobre a realida-

múltiplas possibilidades de orga-

da periferia: a violência latente,

de e sobre o fazer poético em si,

nização. Cada um dos 5 contos

a precariedade do transporte

tentando escancarar a viscerali-

que compõe o livro é uma metá-

público, a sensação de insegu-

dade da matéria-prima literária.

fora e uma proposta de inversão

rança permanente. Tudo isso

Composição para além vértebras

dos fatos, um truque e uma peça

aparece mesclado a uma série de

é uma pergunta ao passo que é

para montar. Os textos funcio-

eventos e protestos em que a po-

afirmação e certezas: o que ser-

nam, individualmente, como

pulação da periferia protagoniza

ve como matéria para susten-

peças de quebra cabeças, unidas

alto grau civilidade e consciên-

tação do corpo, serve também

em torno de uma literatura que

cia política local e global. Seriam

para sustentar este livro? Estru-

carrega um tom de questiona-

manifestações absurdas? Talvez.

tura óssea, carnadura, flores e

mento e desencanto em relação

Em seus breves contos, o autor

água do mar.

ao mundo e à vida contemporâ-

consegue provocar no leitor ri-

nea. Uma metáfora da vida de

so, identificação, estranhamen-

todos nós, incapazes de encaixar

to e a reflexão sobre temas que

as faces das coisas.

a sociedade se esquiva, mas que poderia ou deveria lidar. .


14 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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10,00

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S Ó N A BI E N A

Das Coisas que Esquecemos pelo Caminho

Das Horas BRUNO RIBEIRO

ALEXSANDRO ALVES

ADALBERTO SOUZA

Poesia | 76 págs. | 13cm x 21cm

Poesia | 94 págs. | 15cm x 22cm

L

Dê(Lírios) Intranquilos

Poesia | 124 págs. | 15cm x 21cm

Com uma composição ritmada e

Inquietação é o sentimento que

Um livro cheio de nuances on-

musical, Bruno Ribeiro orques-

permeia a maioria dos versos de

de a palavra é um complemento

tra 39 poemas que sob o com-

autoria de Alexsandro Alves,

imaginário que serve de ponte

passo do tempo, temática predo-

reunidos no livro Dê(lírios) In-

entre autor-leitor. Adalberto

minante do livro, versam sobre

tranquilos. Visceral, a lírica do

Souza busca no cotidiano ele-

a vida, a morte, a natureza e o

jovem poeta, discorre sobre tu-

mentos que transforma em po-

cotidiano. A cada poesia há uma

do aquilo que desacomoda, que

esia. Essa simbiose de coisas tão

tentativa de capturar o instante,

causa desassossego: o amor, a

próximas e íntimas se tornam

o presente que se manifesta nos

morte, a realidade política e so-

enigmáticas, gerando descober-

detalhes dos olhares, do toque,

cial. Sem medo de ser excessivo

tas. Sentir, pensar, traduzir-se

dos ruídos, sensações e impres-

ou frenético, ele expõe suas re-

em palavras cruas e ao mesmo

sões que o eu lírico apresenta

voltas e iras contra as injustiças

tempo acariciantes, um abraço

nas imagens poéticas que tradu-

da vida e contra as dores inevitá-

envolvente de algo que conforta

zem o desenrolar Das Horas..

veis do existir.

e inquieta, algo tão conhecido como o próprio nome ou tão desafiador como o nome do outro.


Ficção • 15 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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S Ó N A BI E N A

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S Ó N A BI E N A

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Dediquem-se à Rasteira

Dentro da Casca

THALLES GOMES

JEOVÁ SANTANA

ARTHUR BUENDÍA

Crônicas | 96 págs. | 15cm x 21cm

Contos | 108 págs. | 14cm x 20cm

Poesia | 134 págs. | 15cm x 21cm

Vencedor do prêmio Lego 2011

Em dezoito contos, marcados

Delírios visuais que transfor-

na categoria crônica, o livro

por uma escrita telegráfica,

mam a paisagem da cidade, fla-

reúne crônicas cuja a temática

Santana nos apresenta perso-

grantes do cotidiano e sensações

gira em torno de uma das pai-

nagens de diversos estratos so-

inexplicáveis. Para traduzir sua

xões nacionais: o futebol. O au-

ciais e regionais e seus conflitos

inquietação ao olhar o mundo,

tor joga com as palavras, fazen-

existenciais. As histórias trazem

Arthur Buendia se vale da frag-

do dribles memoráveis. O título

diferentes “cascas” que ora se

mentação, do jogo de referências

do livro remete à uma frase do

mantém e ora se rompem, pro-

e da palavra coloquial. É assim

escritor alagoano Graciliano Ra-

tegendo ou revelando os dilemas

que o poeta estreou em Derivas

mos, que analisa a vocação bra-

das personagens frente às mu-

nas Ruínas, um volume de poe-

sileira para a malandragem.

danças, expectativas frustra-

mas em que a metalinguagem

das, medos, incertezas e fases

sai revigorada.

da vida. A economia de meios, tanto na estrutura quanto na apresentação dos dramas, revela um esforço para se atender à exigência básica desse gênero narrativo que é, como escreveu o mestre Julio Cortázar, de, na luta com o leitor, ganhar deste por nocaute

Deriva nas Ruínas


16 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ÇAMENTO AN R$

25,00 L

S Ó N A BI E N A

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S Ó N A BI E N A

Desencontro

Dígitos Parcos

CARLOS MOLITERNO

THOMAS SCHAEFFER

FELIPE BENÍCIO

Poesia | 150 págs. | 16cm x 21cm

BERNARDES

Poesia | 124 págs. | 14cm x 19cm

L

Do Caos &

Poesia | 118 págs. | 15cm x 21cm

Lançado em 1953, Desencon-

Os poemas que compõem o li-

tro, livro de estreia da carreira

Com poemas curtos e estilo dire-

vro formam um amálgama de

literária do alagoano Carlos

to, Thomas Schaeffer Bernardes

temas e estilos, explorando des-

Moliterno, é uma obra poética

alcança a densidade necessária

de formas clássicas a composi-

eclética que reúne sonetos em

para provocar no leitor aquela

ções mais experimentais. Nos

estilo parnasiano e poemas es-

inquietação própria do diálogo

momentos em que os versos

critos em versos livres que re-

com o objeto de arte. Na conci-

assumem uma estrutura mais

velam a versatilidade criativa

são, com textos deliberadamen-

tradicional, seja em métrica ou

do autor e seu domínio sobre a

te descritivos, limpos de qual-

em verso livre, a descrição cria-

linguagem. Contudo, indepen-

quer enfeite ou maneirismos,

tiva, a tentativa de inauguração

dentemente da forma escolhida

Dígitos Parcos revela um poeta

de novos olhares sobre os ruídos

pelo poeta, Desencontro man-

atento ao essencial desse jogo

da vida se faz imperativa. Nos

tém em sua essência uma forte

permanente da linguagem lite-

momento em que foge das estru-

temática existencial-introspecti-

rária.

turas reconhecidas, há poemas

va que versa sobre sentimentos

que exploram os limites do gêne-

íntimos, como desejo, angústia,

ro poético com composições que

saudade, amor, rejeição e triste-

buscam rotas alternativas para

za, que levam o leitor a refletir

o verso ou mesmo para a sinta-

sobre a finitude da vida, a passa-

xe, e é nesse sentido que o cine-

gem do tempo e as próprias ilu-

ma e a fotografia, por exemplo,

sões perdidas.

são incorporados não apenas enquanto temática, mas como princípio criativo.


Ficção • 17 ÇAMENTO AN R$

,00 POR APENAS 20 R$

25,00

S Ó N A BI E N A

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10,00

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10,00 L

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S Ó N A BI E N A

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Doce de Mamão Macho

Dora

BENEDITO RAMOS

LUCAS FONSECA

Elos & Nós BRUNA WANDERLEY PEREIRA

Romance | 162 págs. | 14cm x 20cm

Romance | 444 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 128 págs. | 15cm x 21cm

Romance regional, ambientado

Mesclando presente e passado,

Obra reúne, em versos, histórias

no sertão alagoano, na cidade

entre realidade e ficção, Guti-

de possíveis encontros e desen-

fictícia de Bom Jesus dos Pecado-

nho, o narrador em idade adul-

contros, afetos e desavenças,

res, apresenta a saga de Jesuíno

ta, por meio de uma tentativa

entre pessoas, coisas, lugares

Pereira, seu casamento abrupta-

frustrada de se esconder numa

e tempos. Os elos representam

mente interrompido com Maria

criança de oito anos que não

as relações interpessoais, mas

Querência, suas idas e vindas à

mais existe, apresenta eventos

também apontam para a rela-

São Paulo e o segredo que guar-

marcantes de sua vida sob pers-

ção de amor e ódio do eu lírico

daram da pequena cidade por

pectiva ora reflexiva, ora irôni-

com a cidade, que às vezes aco-

vinte anos. Com humor, criati-

ca. A aparente desconexão entre

lhe e outras vezes se apresenta

vidade e leveza o autor aborda

os fatos narrados no romance

hostil, assim como a noite, que

temas difíceis como sexualidade,

caminha para resolução com-

propõe enlaces macios ou uma

questões de gênero, violência e a

pleta quando cada participante

angustiante insônia. Os nós, por

estrutura de poder de coronelis-

da narrativa assume seu devido

sua vez, enrolados numa linha

ta do Nordeste brasileiro.

lugar no enredo. Mergulhado

contínua, buscando sempre

em sua imaginação desenfre-

desprender-se para tentar um

ada, alimentada pela leitura, o

recomeço, mas sabendo que, no

narrador percebe que sua vida

fundo, esses nós nunca se de-

somente se tornou plena quan-

satam, só se acrescentam, uns

do a personagem Dora passa a

aos outros, formando tropeços e

fazer parte dela.

propondo novas quedas a cada percurso.


18 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019

S Ó N A BI E N A

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10,00

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S Ó N A BI E N A

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Entre Ratos & Outras Máquinas Orgânicas

Fantasmas Não Andam de Montanha Russa

Giz Morrendo

RICHARD PLÁCIDO

ADALBERTO SOUZA

Poesia | 116 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 74 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 222 págs. | 14cm x 20cm

Obra poética que lança mão de

Uma obra poética para sentir,

desintegrando para se tornar

imagens cruas do cotidiano ur-

não para racionalizar. É um

símbolo comunicante, este livro

bano para refletir sobre o caos

mergulho profundo nas emo-

traz poemas de um eu-lírico em

social, a efemeridade das rela-

ções inconscientes, abordando

constante processo de refazer-

ções humanas, a morte, entre

o absurdo que se instala no caos

-se, estando a literatura como

outras questões existenciais.

nervoso e reparador das lem-

captadora de toda essa meta-

Composto por 26 poemas, divi-

branças. A poesia de Adalberto

morfose. Dividido em cinco ins-

didos em três blocos, o livro traz

Souza é em essência um cami-

tantes, nomeados como: vida;

um eu lírico irreverente e irôni-

nho bom a percorrer. Um cami-

lógica; viagem; eu; e história de

co que discute sobre os desafios

nho cheio de atalhos e desfila-

amor, os poemas não apresen-

de escrever versos, utilizando

deiros, avanços e recuos. Diante

tam títulos, apenas uma enume-

recursos de metalinguagem. O

do precipício, olhando o vazio

ração, na tentativa de dar uma

rato, por se tratar de um animal

do que ainda não foi dito, do

direção de leitura ao caos-de-

de fácil adaptação, é conside-

que ainda não foi escrito e que

-construção que, por si mesmo,

rado pelo autor uma espécie de

perturba o ruído das palavras

não é ordenável, irrompendo o

máquina orgânica, capaz de so-

suspensas. Um livro de palavras

último poema como o resplan-

breviver a grandes diversidades,

curtas e certeiras. Um cami-

decer de um momento eureca,

sendo ao mesmo tempo muito

nho a ser percorrido junto com

dado após um nascimento ou

sensível, passível de morrer com

os fantasmas que sempre vão

uma morte (ou ambos), depen-

pequenos impactos.

acompanhar nosso caminho.

de do ponto de vista de cada lei-

SARA ALBUQUERQUE

Assim como o giz precisa ir se

tor/a.


Ficção • 19 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

10,00

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S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

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S Ó N A BI E N A

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Grão

Horrores

ANA MARIA VASCONCELOS

LUCIANO JOSÉ

Jacinto Silva: As Canções LUCIANO JOSÉ

Poesia | 52 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 110 págs. | 15cm x 21cm

Música | 384 págs. | 15cm x 22cm

O livro reúne 24 textos de pro-

Feito especialmente para leito-

A obra artístico-musical de Ja-

sa poética com uma cadência

res descolados e de espírito liber-

cinto Silva continua sendo uma

envolvente em que as palavras

tário, o livro contém 76 poemas,

referência importante quando o

vestem as experiências e os sen-

alguns deles são secos, sem o

assunto é repensar as raízes da

tidos. O tempo é uma metáfora

brilho característico dos escritos

música produzida no Nordeste.

constante ora implacável: mor-

canônicos e têm o objetivo de

Vários compositores da músi-

dendo, atropelando, correndo,

causar sensações lúdicas e áci-

ca popular brasileira já tiveram

soterrando as coisas; ora fluí-

das diferentes. A leitura de Hor-

suas canções reunidas em livro,

do e delicado enternecendo as

rores promete provocar no leitor

mas percebemos uma lacuna

memórias. Além do tempo, a

risadas e momentos de nobre

em se tratando dos grandes íco-

própria vida é a linha poética

silêncio. A cada poema, Luciano

nes do baião, do xote, do xaxado,

que faz a ligação entre os textos.

José, proporciona um encontro

do arrasta-pé e do coco. Um dos

Grão é um livro para os sentidos,

com a literatura que é a mora-

maiores compositores de forró

à similaridade de um diário ínti-

da do incomodo e da aversão

do Brasil, o alagoano Jacinto Sil-

mo, vai despertar os cheiros das

numa representação artística

va recebe, neste estudo, o reco-

lembranças, o toque das expe-

da contrariedade da condição

nhecimento merecido: o de que

riências vividas, as vozes que

humana.

suas canções são exemplares

ecoam e se calam na consciên-

únicos do cancioneiro popular

cia. Cada texto, com o seu sabor

brasileiro e expressam o senti-

próprio, é para ser degustado,

mento e a sabedoria do povo do

sentido.

Nordeste com rara beleza.


20 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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João e Seus Ais Miúdos

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 35, R$

20,00

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10,00

00 POR APENAS 25, R$

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S Ó N A BI E N A

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FABIANA FREITAS

João Urso e outros contos incríveis de Breno Accioly

Jorge Cooper - Poesia Completa

Microcontos | 86 págs. | 15cm x 21cm

BRENO ACCIOLY

JORGE COOPER

Contos | 222 págs. | 15cm x 20cm

Poesia | 408 págs. | 13,5cm x 21cm

composição dos textos o troca-

Além de João Urso, primeiro e

O imenso tesouro guardado em

dilho entre as pequenas dores

mais conhecido conto do alago-

velhos cadernos permaneceu

do dia a dia e a poesia dos mi-

ano Breno Accioly, o livro ainda

obscuro até a publicação desta

crocontos de Fabiana Freitas.

conta com outros onze escritos

edição, que reúne as cinco obras

Com múltiplas possibilidades

do autor, numa edição especial

que produzidas pelo poeta ala-

de leitura, os 36 microcontos,

enriquecida por textos de gran-

goano. Organizada pelo escritor

que podem ser lidos de modo

des escritores alagoanos sobre

e professor universitário Fer-

independente ou em sequência,

a obra de Breno Accioly: Tadeu

nando Fiúza, o livro traz para o

compõem a breve história dos

Rocha, Edilma Acioli Bomfim e

leitor críticas a respeito de seu

pequenos lamentos do perso-

Lêdo Ivo.

trabalho – assinadas por espe-

A obra traz desde o título até a

nagem João, proporcionando

cialistas como Lêdo Ivo, Dirceu

reflexões sobre medo, solidão,

Lindoso, Marcos de Farias Costa

procrastinação e esperança nu-

e José Paulo Paes – a biografia

ma estética inovadora e mini-

do poeta, sob a ótica de seu filho

malista.

único, o médico e poeta Charles Cooper, e uma breve fotobiografia.


Ficção • 21

20,00

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10,00

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S Ó N A BI E N A

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S Ó N A BI E N A

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10,00

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ÇAMENTO AN R$

S Ó N A BI E N A

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Livramento

Livro d’Água

FERNANDO FIÚZA

LILIAN LESSA

Malu e a Bagaceira MATEUS MAGALHÃES

Poesia | 76 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 114 págs. | 15cm x 22cm

Poesia | 116 págs. | 15cm x 21cm

Em Livramento tudo é motivo

Inspirado na obra Livro das Má-

Livro de poesia com temática ur-

de poesia: de Marilyn a Drum-

goas, de Florbela Espanca, esta

bana, erótica e lírica. Os versos

mond; deuses e o diabo e até as

obra poética traz o elemento

concisos, porém expressivos do

coisas mais corriqueiras da vida

água como metáfora das emo-

jovem autor são repletos de refe-

como um alfinete, um chapéu

ções fluidas ou retidas. A voz

rências culturais alagoanas, iro-

panamá e os ponteiros do reló-

feminina subverte a lógica lite-

nias e senso de humor. A obra

gio. Os 60 poemas inéditos as-

rária mantida sob o eixo da rela-

é dividida em duas partes (o dia

sumem diferentes formas e brin-

ção entre o autor e sua musa.

e noite) e faz um breve passeio

cam com as sugestões semân-

entre a Maceió das memórias da

ticas que a palavra livramento

infância do escritor: o homem

pode despertar. O leitor encon-

que vende quebra-queixo, os

trará no livro poemas sobre o

passeios de domingo, o porto de

sentimento religioso e a melan-

Jaraguá, a banca de revista da

colia, poemas eróticos, poemas

esquina, além das efervescentes

sobre outros escritores e até adi-

descobertas da adolescência –

vinhas; tudo orquestrado pela

as paqueras, o começo da vida

alta qualidade literária presente

amorosa, casas noturnas da ci-

nas obras de Fernando Fiúza.

dade e a partida dos amigos. .


22 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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Meio Chá de Pólvora

S Ó N A BI E N A

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10,00

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10,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

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S Ó N A BI E N A

Minha Fúria e Outros Demônios

Monocromático

BRENO AIRAN Poesia | 114 págs. | 15cm x 21cm

GUILHERME DE MIRANDA RAMOS

Crônicas | 100 págs. | 15cm x 21cm

L

GABRIELA HOLLANDA

Crônicas | 72 págs. | 15cm x 21cm

O livro do jornalista, músico e

O livro contém 62 crônicas cur-

poeta arapiraquense Breno Ai-

A obra divide-se em “noite” e

tas e intimistas que tratam de

ran, é um compilado de palavras

“dia”, apresentando vinte e qua-

encontros e desencontros, a

ruminadas de 2009 a 2015.

tro narrativas ficcionais, uma

busca pelo autoconhecimen-

É o registro de uma época de

para cada hora do relógio. Vinte

to, a perda do olhar infantil e a

idas e vindas entre Arapiraca e

e quatro protagonistas fazem

tragédia cotidiana que é viver

Maceió, onde a estrada era seu

uma maratona por estas pági-

em contato com os sentimentos

papel pautado. A obra reúne

nas através de lágrimas, risadas,

mais profundos e mais super-

poemas com esse aspecto de des-

absurdos, conselhos, avisos,

ficiais. Monocromático é um

locamento, de busca, com uma

declarações, finais e começos

conjunto de textos em prosa

pegada oriental nos haicais que

felizes ou infelizes. As crônicas

poética, escolhidos com o intui-

compõe a obra. É também car-

desta obra falam de vida, morte,

to de provocar no leitor a mesma

regada de autoironia: o “meio”

crenças, sonhos, desejos, sen-

inquietação monótona do coti-

como equilíbrio para a sutileza

timentos, sensações e, princi-

diano pós-moderno, em que os

do “chá” e a fúria da “pólvora”

palmente, do próprio ato de es-

temas tornam-se recorrentes,

que temos todos aqui dentro.

crever. As nossas vidas-relógios

centrados na própria pessoa co-

reais são representadas em situ-

mo indivíduo.

ações banais, do cotidiano, por meio de uma linguagem simples, mas também lírica, própria do estilo do autor Guilherme de Miranda Ramos.


Ficção • 23 ÇAMENTO AN R$

S Ó N A BI E N A

L

20,00

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20,00 L

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

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ÇAMENTO AN R$

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S Ó N A BI E N A

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Monossílabo

Nadi

MARLOM SILVA

BENEDITO RAMOS

DÉBORA DE OMENA

Contos | 82 págs. | 15cm x 21cm

Romance | 162 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 74 págs. | 15cm x 21cm

Monossílabo, designação das

A vida de Chiquinha, a rezadei-

Obra poética despretensiosa e

palavras de som lacônico, tam-

ra, é contada a partir de Nadi,

visceral, com poemas que fa-

bém obra literária sobre o que

mãe em Tupi-guarani, forma

lam sobre sentimentos íntimos

se sente mono, dessilabado. São

como ela trata a própria mãe,

e percepções individuais da au-

19 contos que se bifurcam para

descendente dos Pankararus

tora. Em versos leves, bem-hu-

tentar decifrar um palíndromo:

e também Nossa Sra. Da Con-

morados, rápidos e objetivos, os

“ele”. Espécie de persona frag-

ceição. Sem nenhum RG e CPF

poemas discorrem sobre obser-

mentada, de natureza dúbia,

para comprovar sua existência

vações cotidianas, a rotina do

cuja agonia é saber se há mais

Chiquinha resiste à conversão

tédio, a inquietude da alma e a

ênfase em ser pronome pessoal

ao protestantismo e se muda,

efemeridade do tempo.

ou substantivo, ou seja: sujeito

no lombo de sua jumenta, das

ou objeto.

terras de Piranhas para a cidade ficcional de Água de Chocalho. Sua mudança é permeada de acontecimentos miraculosos por conta de seu poder de curar as pessoas. Romance regional que aborda o processo de transformação social, decorrente do avanço da religiões evangélicas no sertão alagoano, apontando para questões como intolerância e sincretismo religioso.

Não Conte Comigo


24 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 00 POR APENAS 25, R$

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S Ó N A BI E N A

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25,00

10,00

15,00 S Ó N A BI E N A

ÇAMENTO AN R$

,00 POR APENAS 20 R$

L

S Ó N A BI E N A

Ninho de Cobras

Novo Teatro

LÊDO IVO

LADA ALMEIDA, IRIVELTON

LUIZ GUTEMBERG

Romance | 270 págs. | 15cm x 21cm

CAETANO DE MOURA E TAUAN DE

Romance | 202 págs. | 15cm x 21cm

Considerada a obra-prima de Lê-

Teatro | 104 págs. | 14cm x 19cm

L

O Anjo Americano

MELO B. PITA

do Ivo, Ninho de Cobras foi lan-

Romance de mistério policial que descreve a Maceió dos anos

çado em 1973, em plena ditadu-

Livro reúne textos de três peças

1940 – recente cenário de uma

ra militar e não deixa de ser um

teatrais: Nem Morta, de Tauan

base militar americana, durante

retrato do momento político em

de Melo B. Pita; Pelo Buraco da

a Segunda Guerra Mundial. O

que foi escrito e publicado. Am-

Fechadura, de Leda Almeida; e

enredo, cujo ponto de partida é

bientado em Maceió, da década

Rato ,de Irivelton Caetano de

o assassinato de uma jovem ala-

de 1940, durante do Estado No-

Moura. De estilos distintos, os

goana em seu apartamento no

vo de Getúlio Vargas, a narrativa

textos trazem uma boa mostra

Rio de Janeiro, culmina em uma

descreve as 24 horas de vida de

da atual dramaturgia alagoana.

narrativa crítica e contundente

personagens memoráveis, entre

sobre a sociedade alagoana da

eles a raposa, construindo um

época e sua estrutura política

painel paisagístico, histórico, so-

arcaica e conservadora, onde

ciológico, político e psicológico

impera a lógica da opressão, vio-

da capital alagoana.

lência e impunidade.


Ficção • 25 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

L

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

DE R$

10,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

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S Ó N A BI E N A

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O Inferno São os Outros

O Orvalho e os Dias

JOSÉ VALDEMAR DE OLIVEIRA

NILTON RESENDE

MIGUEL SAAVEDRA

Romance | 194 págs. | 14cm x 21cm

Poesia | 132 págs. | 14cm x 20cm

Contos | 122 págs. | 15cm x 21cm

O universo ainda arcaico do in-

Obra poética que pode ser lida

Vencedor do prêmio Lego 2011

terior nordestino serve de ponto

como um conjunto de poemas

na categoria contos, a obra re-

de partida deste romance. O en-

ou como poema único que se

úne contos do autor, escritos no

redo aborda a trajetória de um

alonga, dando-nos a trajetória

final dos anos 80. Tendo como

jovem que abandona tudo para

da aventura entre um eu lírico

temas centrais a solidão, a vio-

viver a loucura de seu inferno

e seu desejo. Dialogando com

lência e o niilismo, os contos es-

pessoal. O protagonista, vindo

ancestrais que também puse-

tão repletos de referências, que

do seio de uma família patriar-

ram em poemas a intranquila

vão desde o horror dramático

cal cujo pai tortura todos à sua

relação com o Inteiramente Ou-

de Edgar Allan Poe até a filosofia

volta, sai da condição de oprimi-

tro, este livro traz ecos de Adélia

individualista de Kierkegaard,

do para a condição de opressor,

Prado, Cecília Meireles, Gerard

das experimentações linguísti-

até sua realidade ruir e ele se

Hopkins, Hilda Hilst, Jorge de Li-

cas de Guimarães Rosa à festi-

ver perdido, desenvolvendo uma

ma, São João da Cruz e T. S. Eliot.

vidade fragmentada da cultura

personalidade paranoica, soli-

São poemas sobre o difícil diálo-

pop, da gênese do pensamento

tária e repleta de ódio. A narra-

go com o outro que ora se mos-

fascista à Bíblia.

tiva envolvente, capaz de gerar

tra, ora se esconde. São poemas

empatia no leitor, apesar de sua

sobre Deus — mas há quem diga

linguagem crua, verdadeira,

que são também sobre aquele

pungente que traz uma incômo-

rapaz que acabou de dobrar a

da sensação de algo que de tão

esquina.

real parece estar acontecendo ali do lado..

O Sangue na Lã


26 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ÇAMENTO AN R$

,00 POR APENAS 20 R$

25,00

S Ó N A BI E N A

DE R$

10,00

L

DE R$

10,00 L

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

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S Ó N A BI E N A

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Ocre Barro

Os Devassos

MARLON SILVA

ROMEU DE AVELAR

DIRCEU LINDOSO

Poesia | 90 págs. | 15cm x 21cm

Romance | 222 págs. | 13,5cm x 22cm

Romance | 144 págs. | 15cm x 21cm

Assim como a cor do barro, que

A primeira edição de Os Devas-

Romance escrito pelo célebre

vem da mistura de duas cores

sos foi lançada em 1923, pela

historiador alagoano, autor

vivas que transformam em ocre,

editora Benjamin Costallat &

de Utopia Armada, que conta

cor opaca, e a argila que permite

Miccolis, famosa pela publica-

a saga familiar da matriarca

ser moldada para formar coisas

ção de livros polêmicos, com

Ana Rosário que passou a vida

diversas, nesse livro-olaria, o

temáticas relacionadas a sexo e

a parir filhos, todos homens, e

poeta trabalha a matéria-prima

violência. A obra, que revela o

a fazer rendas numa almofada

da linguagem para compor poe-

lado obscuro da sociedade ca-

de bilros, sentada no chão, com

mas-argila que dão vida e cor as

rioca e o comportamento pro-

uma faca escondida debaixo da

coisas não reveladas da essência

míscuo e perdulário da elite da

saia. A narrativa, ambientada

humana. A fome e a carne apa-

época, foi apreendida pela polí-

na década de 1930, no Litoral

recem também no livro como

cia, por ser considerada ofensiva

Norte de Alagoas, cenário da in-

símbolo das antíteses da vida

à moral e aos bons costumes.

fância do escritor, mistura reali-

que se excluem ao mesmo tem-

Romance, com narrativa inspi-

dade e ficção para contar a his-

po em que se retroalimentam:

rada no Naturalismo de Émile

tória dos personagens de uma

desejo e saciedade, estagnação

Zola, escritor admirado pelo

família, seus mistérios e relações

e movimento, perdas e ganhos,

autor, também apresenta prosa

baseadas em valores arcaicos,

desistência e superação..

tão vigorosa quanto a de mes-

descrevendo uma sociedade que

tres como Balzac, Dostoievski e

já desapareceu no tempo, mas

Dickens que, como Avelar, ob-

que guarda sua beleza.

servavam a vida mundana para discorrerem sobre a miséria da condição dos seres humanos.

Os Filhos de Ana Rosário


Ficção • 27 ÇAMENTO AN R$

20,00

20,00

L

S Ó N A BI E N A

L

DE R$

10,00

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S Ó N A BI E N A

ÇAMENTO AN R$

,00 POR APENAS 20 R$

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S Ó N A BI E N A

Os Meninos Iam Pretos Porque Iam

Outdó FERNANDO FIÚZA

DANILO FARIAS

LUCAS LITRENTO

Poesia | 122 págs. | 15cm x 21cm

Romance | 262 págs. | 15cm x 21cm

L

Papéis Mortos

Poesia | 100 págs. | 15cm x 21cm

Coletânea de 101 poemas pu-

Um grupo de cinco amigos que

No primeiro poema, Tarzan é

blicada em 2012 que tem co-

acaba de concluir o curso de tea-

assassinado por uma árvore; no

mo princípio a brevidade. Os

tro funda o Grupo de Teatro In-

último, dedos e cachos se en-

poemas têm de um a 13 versos

tervenção, com o objetivo de le-

trelaçam feito lama. Com uma

e tratam dos mais variados as-

var aos palcos peças de temática

linguagem que une referências

suntos: amor, sexo, vícios, mor-

sociais e políticas. Os integran-

clássicas e contemporâneas, de

te, poesia, ciência, filosofia, ci-

tes são apaixonados por uma

Homero a Mano Brown, a obra

dade, campo, tempo. O intuito

técnica chamada teatro-fórum,

reúne 28 poemas dispostos em

do autor foi chegar mais perto

na qual a barreira entre perso-

duas partes. A primeira, intitu-

do jovem leitor, habituado à ra-

nagens e plateia é quebrada. O

lada “Cerca Real dos Macacos”,

pidez das redes sociais. Os poe-

líder do grupo decide escrever

remete às lutas ancestrais e ao

mas, portanto, se prestam a ser

um livro contanto a trajetória

cotidiano das comunidades ne-

publicados no Instagram, no

de sua trupe, escrevendo sobre

gras das periferias alagoanas. Já

Facebook, em camisas, canetas,

os atores, as encenações e sobre

na segunda, “Da pele preta”, o

canecas e tatuagens. «Outdó» é

as pessoas da plateia que inte-

discurso focaliza o corpo negro

um neologismo, é como o brasi-

ragem durante as apresenta-

e as relações de espiritualidade,

leiro pronuncia a palavra ingle-

ções. O narrador-personagem é

movimento e desejo. Com for-

sa «outdoor», mas que remete a

apaixonado por uma das atrizes

te influência do rap e de outros

«fora» e a «dó» (pena). Uma lei-

e tenta durante a narrativa se

estilos musicais, o poeta busca,

tura possível do título seria «sem

declarar através de uma carta. A

na palavra, ecoar as vozes do

pena». Tanto a capa, quanto as

carta caminha com ele esperan-

seu povo.

ilustrações são do artista plásti-

do o momento certo de chegar

co Francisco Oiticica Filho.

até sua amada.


28 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

L

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

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10,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

L

S Ó N A BI E N A

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Passavida e Artefato

Pausas Corrompidas

CLEITON ROCHA

IGOR MACHADO

Pedra Perdendo Seiva AMANDA PRADO

Poesia | 232 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 78 págs. | 15cm x 22cm

Poesia | 76 págs. | 14cm x x19cm

Passavida e Artefato são dois

Nesta obra poética, o autor ten-

Pedra e Seiva compõem o semi-

livros em um, resultado de 15

ta corromper suas pausas com

círculo temático desta obra poé-

anos de exercício da poesia por

poemas que buscam se reconec-

tica em que as palavras ganham

parte do autor, refletindo dife-

tar ao silêncio que as geraram,

novas semânticas a cada poe-

rentes momentos de sua evolu-

silêncio de encanto, de dúvida,

ma. Lançando mão da metalin-

ção pessoal. O primeiro expõe

de dor. Os poemas que se divi-

guagem, a autora propõe diver-

poemas que abordam temas co-

dem em três eixos temáticos,

sas reflexões sobre o fazer poé-

mo amor, reflexões existenciais,

cada qual é introduzido por frag-

tico em si, mas também sobre

morte e decepções da vida urba-

mentos de textos dos poetas ala-

sentimentos como angústia e

na com impressões pessoais de

goanos: Bruno Ribeiro, Milton

melancolia, em uma verve con-

um adolescente de Maceió dos

Rosendo e Nilton Resende. Os

cisa e racional, capaz de criar

anos 2000. Em Artefato insere

textos estão para anunciar um

beleza e estranhamento.

como tema o xamanismo brasi-

pouco do caminho a ser trilhado

leiro: faz brilhar em palavras o

em cada parte, e os autores pe-

universo místico de nossa cul-

la influência que exerceram na

tura ancestral. A obra logra ser

trajetória literária do autor. Tex-

sensível, alegre, fúnebre, bem

tos curtos que buscam se com-

humorada e crítica. O título é o

pletar na pausa do leitor é uma

neologismo que une “passar”

característica bastante presente

com “vida” e tem relação com o

na obra. É o nascer, o manter ou

modo como as pessoas escolhem

o romper de mundos em cada

viver segundo suas paixões.

pausa corrompida.


Ficção • 29 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

L

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

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10,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

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S Ó N A BI E N A

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Pelos Poros e Pequenos Apelos

Pequenos Poemas Para Serem Ditos

Poemas Definitivos (-quase)

MAGNO ALMEIDA

CARLOS ALBERTO MOLITERNO

CHARLES COOPER

Poesia | 84 págs. | 15cm x 21cm

Poesia | 62 págs. | 14,5cm x 20,5cm

Poesia | 148 págs. | 15cm x 22cm

A obra é uma reunião de textos

Livro reúne textos poéticos que

De temática existencial, a obra

que podem ser lidos como poe-

foram introduzidos num espaço

reflete a sabedoria de um poeta

mas, contos, crônicas, em ver-

temporal de quase 40 anos da

maduro que encara com sereni-

sos, em prosa que perpassam e

vida do autor. Seu eixo temáti-

dade a transitoriedade e a finitu-

lançam reflexões sobre um cor-

co versa sobre a vida, a morte,

de da vida. Marcados por várias

po diante da solidão, os proble-

a natureza, o amor e a existên-

reminiscências, alguns versos

mas com a gastrite e a saudade.

cia humana num mundo qua-

contidos neste livro fazem men-

Os textos expõem um registro

se sempre imprevisível, onde se

ção às memórias de infância do

dos dias vividos em carne viva

está à mercê de forças misterio-

autor e a algumas ausências

por quem não tem medo de viver

sas sobre as quais não se tem

afetivas de personagens que fize-

a poética do acaso. Há um fundo

controle.

ram parte de seu passado, entre

musical em que o poeta lança

eles, o pai, o célebre poeta Jorge

suas referências fazendo o leito

Cooper.

a se envolver ainda mais com a sua escrita e questionar o que é ficção ou não na obra.


30 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ÇAMENTO AN R$

20,00 L

Prelúdios & Delírios

S Ó N A BI E N A

L

JOSÉ GERALDO MARQUES

Qualquer Curva que me Leve Sem a Sua Linha Reta

Poesia | 194 págs. | 15cm x 21cm

JÔ SAULO

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

DE R$

DE R$

10,00

L

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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Poesia | 116 págs. | 15cm x 22cm

Quando os Gatos Lunares Encontrarem Rodolfo Valentino na Cidade dos Bonecos Solitários

sua grande maioria de forma

Dividida em duas partes a obra é

Poesia | 169 págs. | 15cm x 21cm

lírica. Compõe-se de cinco par-

um livro de poesias simples que

tes: Prólogo, Prelúdios, Interme-

tira do haicai a sua forma fixa

É um livro que vai te rasgar e

zzo, Delírios e Epílogo. O Prólogo

de três versos, mas sem se preo-

te resgatar de um passado, ou

abre o livro com um poema de

cupar com a estruturação mé-

talvez, seja o seu presente, a

cunho político e testamentário;

trica de 17 sílabas divididas em

verdade é que ninguém nunca

os Prelúdios são uma coletânea

5, 7 e 5 sílabas poéticas. Busca

saberá além de você. Em poucas

aleatória de poemas agrupados

também elementos do poetrix,

palavras, mas em muitas situa-

em módulos temáticos; o Inter-

transmitindo em três versos um

ções, Adalberto provoca o nosso

mezzo é um poema de cunho

enredo por inteiro com o uso de

íntimo e a nossa reflexão acerca

erótico; os Delírios repetem es-

metáforas e/ou ambiguidades,

dos tópicos ligados ao coração

truturalmente os Prelúdios e o

além do ritmo dos poemas pílu-

e ao inebriar das vontades que

Epílogo encerra o livro com dois

las do Oswald de Andrade. Ins-

viajam e circulam entre o que eu

poemas místicos, o último suge-

pirado em autores como Paulo

quero, desejo e sinto, ou entre o

rindo um convite à recursivida-

Leminsk, Arnaldo Antunes, Mil-

que eu queria e o que você não

de. Nesta obra, vários estilos são

lôr Fernandes, Mário Quintana,

conseguiu suprir. Mas também

exercitados, a exemplo de gazais

Charles Bukowisk e até mesmo

viaja entre a ausência e a essên-

e de haicais, assim como poemas

os pensamentos de Osho, a obra

cia do que queríamos que a vida

trágicos e mortuários.

traz poemas que beiram a ironia

fosse se nossos planos tivessem

e o sarcasmo da poesia marginal

dado certo.

Livro de poemas expressos na

ADALBERTO SOUZA

e o lirismo poético dos sentimentos românticos.


Ficção • 31

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

L

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

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10,00

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00 POR APENAS 25, R$

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S Ó N A BI E N A

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Quem Tabelar com Toni Ganha um Fusca

Radiações de Fundo Cósmico

Sertão e Cangaço

MATHEUS MAGALHÃES

COSME ROGÉRIO FERREIRA

Cordel | 78 págs. | 14cm x 19cm

Crônicas | 282 págs. | 14,8cm x 21cm

Poesia | 120 págs. | 15cm x 21cm

Numa mistura divertida de

O título da obra é uma referên-

Silva – Geno – dedica sua poesia

crônica e conto, o autor narra

cia tanto ao cosmos quanto à

à saga do cangaço nordestino

histórias do cotidiano brasilei-

paisagem de Palmeira dos Ín-

da época de Lampião. Além de

ro: a alegria, a vida, o vício. Os

dios. A coletânea de poemas é di-

discutir sobre o famoso anti-he-

personagens, com a bola no pé,

vidida em três partes: Partículas

rói sertanejo, Geno também faz

trocam pontapés em estádios,

elementares, Fluido primordial e

versos sobre o principal drama

sejam ele em Alagoas, outros es-

Espectro do corpo negro. Abor-

da região: a seca.

tados ou mesmo depois das fron-

da temas diversos: da mitologia

teiras, e narram a sina de um

grega aos fuxicos da Vila Nova,

povo que não vive sem o futebol.

do passar inevitável do tempo ao

GENO

O cordelista Genivaldo Vieira da

tempo perdido pensando besteira, da incoerência dos que se julgam santos aos santos pecados que fazem tanto bem ao espírito humano. Um livro que propõe o diálogo com o sertão e a cultura popular, na ideia é explorar o potencial da palavra para traduzir a consciência de que a poesia é um estado de graça que embeleza o chão em que pisamos e o céu que avistamos.


32 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

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S Ó N A BI E N A

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10,00

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

L

S Ó N A BI E N A

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Simbiose Poética

Solidões

LUCAS CAVALCANTI MAIA

KAREN PIMENTEL

JEOVÁ SANTANA

Poesia | 56 págs. | 14,8cm x 21cm

Poesia | 82 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 111 págs. | 15cm x 21cm

Qualquer autor, ao contar histó-

Solidões é um livro sobre afun-

Resultante de uma produção

rias, faz com que a tinta deixe ao

dar em si e não reconhecer, na

que atravessou três décadas, a

papel um bom pedaço de si. Mes-

volta, o mundo. São fragmen-

presente recolha divide-se em

mo relatos de vidas distantes,

tos de vida costurados para dar

duas partes: na primeira, “Uns

emoções imaginadas e amores

corpo ao que chamamos livro,

antes”, transitam os mais va-

apenas sonhados acabam sem-

neste caso, uma reunião de poe-

riados temas com inflexão para

pre dizendo mais sobre quem

mas escritos em versos livres. Os

a memória, o onírico, o lúdico,

os criou do que sobre os perso-

textos transitam entre Maceió e

o social. Na segunda, “Uns de-

nagens, lugares e sentimentos

Montevidéu, trazendo consigo

pois”, predomina a reflexão so-

imaginados. Como escreveu

as tempestades da capital uru-

bre o fazer poético. Tanto numa

Fernando Pessoa, “O poeta é um

guaia e o cheiro de sargaço da

quanto na outra, o desafio é o

fingidor. Finge tão completa-

cidade natal da autora. Entre

mesmo: confirmar que a poesia

mente que chega a fingir que é

romances malfadados e suici-

é a mais radical das linguagens.

dor a dor que deveras sente”. Foi

das, o livro narra a dificuldade

dessa difícil relação entre sen-

de encontrar um espaço de grito

timento e expressão que surgiu

onde o que se impõe é silêncio. O

esta coletânea de poesias e pe-

suor das mãos que escrevem são

quenos textos em prosa. A obra

o fio condutor da poesia escorre-

reflete as angústias e alegrias

gadia que se apresenta ao leitor,

do autor no momento em que

em poemas que o convidam a

se percebeu que passou a fazer

mergulhar nas solidões da pró-

parte do complicado mundo dos

pria autora.

adultos.

Solo de Rangidos


Ficção • 33 ÇAMENTO AN R$

,00 POR APENAS 20 R$

25,00

S Ó N A BI E N A

DE R$

10,00

L

DE R$

10,00 L

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

L

S Ó N A BI E N A

L

Sonetos Impuros

Tântalos

FERNANDO FIÚZA

ROMEU DE AVELAR

Tartamudeios MARCUS VINÍCIUS

Poesia | 72 págs. | 15cm x 21cm

Contos | 132 págs. | 13,5cm x 22cm

Poesia | 62 págs. | 15cm x 21cm

Aparelho mecânico dotado de

Neste livro de contos, cujo títu-

Formado por poemas e micro-

asas, protótipo do avião, o so-

lo remete ao suplício do perso-

contos, o livro Tartamudeios se

neto é também um dispositivo

nagem Tântalo, da Odisseia de

inicia no tema que deu nome

de controle que se tem prazer

Homero, condenado a ter sede e

a obra. A disfemia – popular-

em romper - e mais ainda em

a não poder saciá-la, Romeu de

mente conhecida como gaguei-

remendar. Este livro, concluído

Avelar apresenta uma galeria

ra –, que sempre foi motivo de

em 2014, contém 61 sonetos

de personagens deslocados, que

insegurança e outras formas

e da velha forma lírica, foram

sofrem a cada passo pela impos-

de angústia ao autor, terminou

guardados apenas o número dos

sibilidade de realizar desejos e de

sendo o vento que soprou sua

versos (14) e a métrica ainda

conviver com a paz e a alegria. É

vela na travessia dos mares da

que variada (não há só decassí-

um título- síntese do sofrimento

literatura. A obra transita por

labos). Nele há uma parte tran-

e deterioração humana, escrito

sentimentos e anseios que pa-

sitória, fugitiva, contingente

com inventividade e erudição.

vimentaram sua trajetória: in-

(as impurezas), e outra eterna e

fância, solidão, relações afetivas

imutável (as balizas da forma).

e horizontes de transformação

Théo Brandão disse que o so-

social – cada qual marcado por

neto estava para o poeta assim

uma escrita de voz trêmula, mas

como o autorretrato estava para

que não calou.

o pintor. Aqui o que há são retratos de seres inventados, algumas reflexões sobre o ofício e muito amor – só escreve soneto quem ama.


34 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

10,00

DE R$

DE R$

10,00

,00 POR APENAS 20 R$

L

S Ó N A BI E N A

Tijolo Sobre Tijolo, Palavra Sobre Palavra

Um Cordel Atrás do Outro

GONZAGA LEÃO

Cordel | 174 págs. | 15cm x 22cm

L

CÍCERO MANOEL

Poesia | 170 págs. | 15cm x 21cm

O livro traz para os dias atuais a A obra que tem o título inspira-

autêntica poesia de cordel brasi-

do em outra grande obra do po-

leira, narrando histórias e cau-

eta, Casa Somente Canto Casa

sos do interior nordestino, como

Somente Palavra, é uma breve

A lembrança do candidato, A mu-

antologia constituída de poemas

lher que capou o marido e O eleitor

inéditos e de poemas selecio-

que votou por um par de botas. Os

nados dos melhores trabalhos

cordéis falam de amor, saudade,

do autor alagoano. A poesia de

política, vingança, traição e até

Gonzaga Leão é leve, onírica,

de temas históricos, como a des-

intimista, mas também contem-

truição do Quilombo dos Palma-

plativa. Simples e descomplica-

res. Alguns versam sobre a vida

da. Contém um lirismo, quase

na roça, característica presente

em extinção, que se coloca sem-

na trajetória do autor. A obra,

pre ao lado da vida “tantas vezes

repleta de humor e fantasia,

amarga, suja, violenta, mas que

contém ilustrações em formato

deixa como raspa no fundo do

de xilogravuras, feitas pelo au-

tacho, alguma coisa de beleza,

tor e conta com prefácio de Hél-

de sensualidade”.

der Pinheiro, um dos maiores pesquisadores da literatura de cordel no país.


Ficção • 35 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

L

S Ó N A BI E N A

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10,00

,00 POR APENAS 20 R$

L

S Ó N A BI E N A

L

Valsa Triste

Veludo Violento

FÁTIMA COSTA

NATASHA TINET

MARLON SILVA

Poesia | 78 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 102 págs. | 14cm x 19cm

Poesia | 106 págs. | 16cm x 22cm

Esta obra poética nos conduz a

Segundo colocado na categoria

Desde o título o autor traba-

uma valsa entre os versos, em

Poesia do Prêmio Literário da

lha a visão da poesia como algo

suas entrelinhas, ressignifican-

Biblioteca Nacional de 2019,

paradoxal: pode ser vil e não

do-os. Traz versos livres cuja te-

este livro reúne 32 poemas

servir para nada ou vital com

mática principal é a abordagem

bem-humorados que versam

a sua função intrínseca de des-

poética entre o mundo da escrita

sobre temas sombrios e triviais

pertar os sentidos. Construído

e a interioridade do indivíduo.

do nosso cotidiano, dialogan-

nessa discussão dialética so-

São 23 poemas divididos em du-

do sempre com o fantástico. A

bre a finalidade da poesia – útil

as partes: em Verso, os poemas

seriedade dos temas é contra-

ou inútil? – esta obra é divida

trazem o universo da literatura e

balanceada com uso da ironia e

em duas partes: Vital e Letal. O

do ofício da escrita; em Ela, dia-

da paródia,estabelecendo uma

tempo todo o poeta vai brincar

logam com os conflitos da exis-

relação jocosa com o trágico. Há

com a poesia visual, as conota-

tência, dor e liberdade.

poemas que abordam questões

ções simbólicas, os paradoxos

de gênero como Uma mulher com

e a visão preconcebida da arte,

uma dor e na série Barbielônicas/

da poesia e, principalmente, da

Babilônicas, que narra a luta de

linguagem..

uma garota pneumônica contra uma boneca Barbie. Há também a presença de temáticas “noturnas” que versam sobre madrugadas de insônia, solidão e ansiedade.

Vil e Tal


NÃO FIC ÇÃO


IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 • 37 ,00 POR APENAS 20 R$

S Ó N A BI E N A

30,00

L

S Ó N A BI E N A

L

12,00

DE R$

DE R$

10,00

ÇAMENTO AN R$

00 POR APENAS 25, R$

L

S Ó N A BI E N A

Ciclos Temáticos na Literatura de Cordel

Delmiro Gouveia e Educação na Pedra

Formação de Alagoas Boreal

MANUEL DIÉGUES JÚNIOR

EDVALDO FRANCISCO DO

DIRCEU LINDOSO

NASCIMENTO

História | 230 págs. | 16cm x 22cm

Ensaio | 255 págs. | 15cm x 21cm

L

História | 280 págs. | 15cm x 23cm

Lançada em 1972, como en-

Formação de Alagoas Boreal é

saio, a obra do antropólogo ala-

A obra aborda os projetos na

um estudo etnográfico que re-

goano Manuel Diégues Júnior

área de educação desenvolvi-

lembra as origens do litoral Nor-

– autor de O banguê nas Alagoas

dos pelo célebre empreendedor

te do estado, região marcada

e O engenho de açúcar no Nordes-

Delmiro Gouveia na povoado da

historicamente por massacres

te – classifica as manifestações

Pedra, situado no Sertão alago-

e insurreições, decorrentes da

literárias de acordo com os seus

ano. Descreve o surgimento de

ocupação de terras para a pro-

ciclos temáticos, a exemplo dos

escolas e a contratação de pro-

dução de açúcar. Aborda as con-

temas tradicionais (romance e

fessores na Alagoas do começo

tribuições culturais de negros,

novelas, contos maravilhosos,

do século XX.

índios e europeus nos costumes

tradição religiosa e etc). Nesse

e tradições locais, citando al-

estudo, Diégues recolhe exem-

guns protagonistas na sucessão

plos de folhetos produzidos em

de fatos históricos, como Cala-

diferentes épocas e que possuem

bar e Zumbi.

como personagens figuras conhecidas dos brasileiros: Pelé, Padre Cícero, Lampião e outros.


38 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019

S Ó N A BI E N A

L

Graciliano Biografias Reportagem | 315 págs. | 14cm x 20cm

Box com as biografias de quatro

ÇAMENTO AN R$

00 POR APENAS 10, R$

30,00

5,00 S Ó N A BI E N A

L

DE R $

20,00

DE R$

,00 POR APENAS 40 R$

L

S Ó N A BI E N A

Graciliano Ramos em Palmeira dos Índios

História de Anadia

VALDEMAR DE SOUZA LIMA

História | 300 págs. | 16cm x 22cm

L

NICODEMOS JOBIM

Biografia | 200 págs. | 15cm x 21cm

gênios da literatura brasileira,

A História de Anadia é uma

nascidos em Alagoas: Aurélio

Publicada originalmente em

obra fundamental para os his-

Buarque de Holanda, Gracilia-

1971, esta biografia de Gracilia-

toriadores contemporâneos por

no Ramos, Jorge de Lima e Lêdo

no Ramos relata, em detalhes,

desvendar como era a realidade

Ivo. Os livros trazem as melho-

os principais fatos vividos pelo

socioeconômica do município

res reportagens, ensaios, arti-

escritor em Palmeira dos Índios,

alagoano que, no século 19,

gos e entrevistas, publicados

cidade alagoana onde escritor

englobava uma região forma-

nas edições temáticas da revista

casou, teve filhos e da qual foi

da atualmente pelas cidades de

Graciliano, assinados por reno-

prefeito. Alagoano como Graci-

Limoeiro de Anadia, Junqueiro,

mados jornalistas e intelectuais

liano, Valdemar de Souza Lima

Taquarana (Canabrava), Pin-

alagoanos. Cada exemplar traz

conviveu com o escritor e, a par-

doba, Mar Vermelho, Tanque

revelações sobre a vida e obra de

tir dessa convivência, investiga

D’Arca, Belém (Canudos), e,

cada autor.

como, desde muito cedo, já so-

indiretamente, Maribondo. Mul-

bressaía na visão de mundo o

tidisciplinar, o livro traça um

autor de Vidas Secas um olhar

painel histórico e geográfico da

profundamente crítico em rela-

região, com dados que contri-

ção ao homem e à sociedade.

buem também para pesquisas nos campos das Ciências Sociais e Botânica.


Não Ficção • 39

DE R $

50,00

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 70, R$

50,00

DE R$

DE R $

20,00

,00 POR APENAS 60 R$

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 40 R$

L

S Ó N A BI E N A

L

L

Ilha do Ferro

Indicador Geral do Estado

CELSO BRANDÃO

CRAVEIRO COSTA E TORQUATO

Irmãs Rocha YEDA ROCHA JUCÁ (ORG.)

Fotografia | 76 págs. | 25cm x 26cm

CABRAL

Gastronomia | 196 págs. | 16cm x 22cm

História | 394 págs. | 18cm x 26cm

Obra reúne fotografias em preto

Não é exagero dizer que as irmãs

e branco do mítico povoado ser-

Publicada em 1902, sob a orga-

Rocha criaram um repertório

tanejo, situado às margens do

nização do célebre jornalista e

alagoano de receitas. Apaixo-

rio São Francisco, famoso redu-

historiador Craveiro Costa e do

nadas pelos ingredientes frescos

to da arte popular alagoana. As

escritor e poeta Torquato Cabral,

e os modos descomplicados de

imagens revelam a religiosidade

a obra traz informações históri-

preparo, elas ensinam que co-

e a expressividade de sua gente

cas e estatísticas de alagoas na

zinhar também é fazer história.

e a paisagem rural do município

virada do século XX. Reedição

Simples e deliciosas, as receitas

de Pão de Açúcar. Livro traz ain-

em fac-símile preserva as ilustra-

reunidas e estão organizadas

da poemas assinados por Fer-

ções, fotografias e publicidades

em dois volumes: um intitulado

nando Fiúza, sob o título Sertão

da época, bem como o vocabulá-

Delícias das Alagoas, dedicado às

Elegante.

rio e ortografia do passado. Di-

receitas de pratos principais e

vidido em 14 partes, traz textos

acompanhamentos e outro in-

de especialistas alagoanos em

titulado Doçuras do Mundo Todo,

diversas áreas como Hugo Jobim

dedicado exclusivamente às re-

e Diegues Júnior.

ceitas de sobremesas típicas. Esta obra é uma celebração a arte culinária e sua contribuição cultural à identidade alagoana.


40 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ,00 POR APENAS 20 R$

20,00

L

Manifesto Sururu: Por Uma Antropofagia das Coisas Alagoanas

S Ó N A BI E N A

L

Memória e Ficção

S Ó N A BI E N A

MARIA MELO DE MORAES

Metamorfose das oligarquias

Ensaio | 350 págs. | 13cm x 21cm

DOUGLAS APRATTO

EDSON BEZERRA Ensaio | 92 págs. | 14cm x 20cm

30,00

L

DE R $

DE R$

10,00 S Ó N A BI E N A

ÇAMENTO AN R$

,00 POR APENAS 40 R$

L

História | 186 págs. | 16cm x 22cm

O livro reúne ensaios críticos, produzidos por estudiosos de

Metamorfose das Oligarquias

Um ensaio em defesa da identi-

diversas áreas de pesquisa, sobre

aborda o processo de transfor-

dade alagoana. Texto aborda as

a obra do escritor alagoano Aloi-

mação da realidade socioeco-

influências das culturas negras,

sio Costa Melo (1919 -1998). Os

nômica de Alagoas, durante a

indígenas e europeias sobre

textos apontam aspectos ines-

chamada República Velha. Este

tradições culturais de Alagoas,

perados encontrados na obra de

estudo crítico revela como as

fruto da miscigenação étnica. O

Costa Melo, autor de dois livros

famílias tradicionais alagoanas

manifesto é uma provocação e

de memórias, dois de contos e

se adaptaram às mudanças polí-

uma exaltação em que o autor

um romance e conhecido por

ticas nacionais para evitar mu-

evoca toda a ancestralidade es-

apresentar uma narrativa on-

danças reais no eixo do poder

condida e soterrada pela cons-

de realidade e ficção sempre se

local, mostrando que o fenôme-

trução da modernidade. Em sua

misturam.

no das oligarquias é bem mais

segunda edição, além do texto

complexo do que supõe o senso

original de Dirceu Lindoso e Jo-

comum.

sé Geraldo Marques, o livro traz um pós-escrito inédito em que o Bezerra descreve memórias de sua trajetória pessoal, revelando suas motivações para escrever o Manifesto Sururu.


Não Ficção • 41 ÇAMENTO AN R$

,00 POR APENAS 40 R$

S Ó N A BI E N A

30,00

L

DE R $

20,00 L

S Ó N A BI E N A

L

00 POR APENAS 65, R$

DE R$

40,00 S Ó N A BI E N A

L

Murmuro

Navegar É Preciso

FERNANDO OITICICA

MÁRIO LIMA

Negros Muçulmanos nas Alagoas (Os Malês)

Fotografia | 68 págs. | 36,5cm x 27cm

Reportagem | 232 págs. | 19cm x 23cm

ABELARDO DUARTE

Livro de fotografias com ima-

Um livro reportagem, assinado

gens captadas pelo autor com o

pelo jornalista Mário Lima, que

Negros Muçulmanos nas Ala-

celular, em seus passeios a pé ou

fala sobre a expedição realizada

goas (Os Malês) é uma obra que

de carro pelas ruas de Maceió.

pelo governador do Estado Re-

discute a presença de negros

As fotografias têm parentesco

nan Filho durante as comemo-

islamizados em terras alagoa-

com outras categorias artísticas

rações do bicentenário de Ala-

nas, no século 19. Pouco nume-

da contemporaneidade, de onde

goas. A obra aborda a crise da

rosos, mas ortodoxos em suas

serem pelo autor consideradas

Bacia Hidrográfica do Rio São

crenças, os malês alagoanos

uma espécie em particular de

Francisco, tendo como missão,

não sucumbiram à opressão

“instalações espontâneas”. A

apontar os desafios e as soluções

religiosa da época, expressando

razão de ser da sua reunião em

para revitalizar o“Velho Chico”.

sua resistência na celebração de

um conjunto fotográfico a que

Lima percorreu as principais

ritos e tradições maometanas.

se deu o subtítulo de “ensaio

cidades ribeirinhas, fazendo o

Contrariando a narrativa con-

sobre o imprevisto” está na des-

registro de diversas expressões

vencional que sugere a confor-

coberta da natureza estética de

da cultura alagoana , mostran-

midade dos negros à escravidão,

seus arranjos, compondo uma

do como um território tão pobre

Duarte revela a importância da

cenografia despercebida e uma

se tornou uma fonte inesgotável

participação deste grupo nos

poética involuntária, mas que

de inspiração para tantos artis-

movimentos negros insurgentes

desperte o interesse de quem

tas. A obra também é fruto de

da época.

passe para se apropriar daquelas

uma ampla pesquisa do vetera-

coisas indesejadas depois que foi

no repórter.

História | 100 págs. | 16cm x 22cm

perdida a sua antiga utilidade, e reaproveitá-las.


42 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 ÇAMENTO AN R$

S Ó N A BI E N A

DE R $

DE R $

L

L

L

Notas Sobre Poesia Moderna Em Alagoas

Outro Modo de Interpretar o Brasil

CARLOS MOLITERNO

FÁBIO GUEDES GOMES E

,00 POR APENAS 60 R$

40,00

20,00

25,00 S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 40 R$

S Ó N A BI E N A

L

Receita das Alagoas – Cozinha de Boteco, de Chef, de Rua e de Tradição

REGINALDO SOUZA SANTOS

NIDE LINS

Economia | 167 págs. | 14cm x 21cm

Gastronomia | 292 págs. | 18cm 23cm

quisadores da arte literária pro-

Uma análise macroeconômica

Depois do sucesso editorial do

duzida no estado. Neste ensaio,

sobre o Brasil, desde a época do

Guia da Gastronomia Popular

o autor remonta para os primór-

Plano Real até o período recen-

Alagoana, a blogueira Nide Lins

dios do movimento modernista

te, após o impeachment de Dil-

lança nova obra com 57 recei-

no Nordeste, e mais precisamen-

ma Rousseff. Conteúdo, escrito

tas, todas preparadas com in-

te em terras alagoanas, que re-

a quatro mãos pelos economis-

gredientes locais que revelam

percutiu anos depois da Sema-

tas Fábio Guedes, professor da

parte da identidade cultural do

na de Arte Moderna de 1922 e

UFAL, e Reginaldo Souza San-

estado. O livro apresenta igua-

com características autênticas,

tos, da UFBA, faz ressalvas às

rias como o amalá, tradicional

regionais. Moliterno relembra

políticas econômicas de caráter

prato quilombola, assinado pela

o cenário de renovação estética

liberal adotadas pelo país, de-

Mãe Neide e o camarão do Bar

iniciado em Alagoas, no final

fendendo uma visão keynesiana

das Ostras, tombado como bem

dos anos 20, por Jorge de Lima,

sobre o papel do Estado na eco-

imaterial do estado. Há ainda

reunindo dados biográficos e se-

nomia. Os autores fazem críticas

receitas caseiras que atravessam

leção de poesias de escritores an-

ao comportamento da classe do-

gerações nos caderninhos das

tológicos como Aurélio Buarque

minante que impede os avanços

vovós, receitas populares capri-

de Holanda, Lêdo Ivo, Jorge Coo-

sociais do Brasil, mas .propõem

chadas, servidas nas ruas e bo-

per, Aloísio Branco, Raul Lima e

saídas para a construção de um

tecos alagoanos e acepipes sofis-

Anilda Leão.

Projeto Nacional.

ticados assinados pelos melho-

Ensaio | 160 págs. | 16cm x 21cm

Obra fundamental para os pes-

res chefs, reunindo toda a diversidade de sabores de Alagoas.


Não Ficção • 43 00 POR APENAS 10, R$

40,00

L

Relatórios de Graciliano Ramos Publicados no Diário Oficial

S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 20 R$

10,00

DE R$

DE R $

DE R$

5,00 S Ó N A BI E N A

,00 POR APENAS 60 R$

L

S Ó N A BI E N A

L

Revisão Criminal do Processo Delmiro Gouveia

Vá Pra Cuba!

ANTÔNIO ALEIXO E MOACIR

Viagem e história | 186 págs. | 15cm x

Documento histórico | 56 págs. | 15cm

SANT’ANA

21cm

x 21cm

História | 302 págs. | 19cm x 25cm

Considerados por muitos espe-

Revisão Criminal do Processo

despojados de quaisquer pre-

cialistas a primeira expressão

Delmiro Gouveia reúne docu-

conceitos ideológicos, tanto à

do talento literário do escritor

mentos, publicações, fotos e re-

direita quanto à esquerda. Tão

alagoano, os relatórios de sua

latos de um dos maiores erros

raros quanto bem-vindos, esse

gestão na prefeitura de Palmei-

cometidos pelo judiciário bra-

relatos são sempre oportunos.

ra dos Índios, publicados origi-

sileiro. A entrevista de Róseo

Quem busca compreender a

nalmente no Diário Oficial do

Moraes do Nascimento, um dos

sociedade cubana de peito aber-

Estado de Alagoas em 1929 e

principais acusados pelo assas-

to vai encontrar um porto se-

1930, revelam não apenas sua

sinato de Delmiro Gouveia ao

guro no livro Vá Pra Cuba – A

honestidade na vida pública,

então jovem repórter Antônio

Cuba que Vi, Ouvi e Senti, do

mas visão crítica da sociedade e

Sapucaia foi o ponto de partida

professor de geografia Marcos

do Brasil.

desta obra que relembra a suces-

Damasceno. A obra é fruto de

são de fatos que levaram à mu-

anos de pesquisa sobre a ilha de

dança de sentença de condena-

Fidel Castro e de três viagens do

ção contra os acusados. A obra

escritor ao reduto socialista ca-

é de autoria dos advogados An-

ribenho.

MARCOS DAMASCENO

São raros os relatos sobre Cuba

tonio Aleixo e Moacir Sant’Ana que estiveram à frente do processo de revisão criminal.


IN FAN TIL


IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 • 45

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

L

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

DE R$

DE R$

15,00

DE R$

00 POR APENAS 30, R$

L

S Ó N A BI E N A

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A Gata Diana na Terra do Pastoril

A Ilha da Fitinha GIANINNA BERNARDES

A Ilha De Laura AMANDA PRADO

CAROL ALMEIDA

Ilustração Bruno Clériston | Coleção Coco

Ilustração Wado | Coleção Coco de Roda

Ilustração Robson Araújo | Coleção Coco

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

| 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Historinha se baseia em uma

Laura é uma menina introspec-

A gatinha Diana nasceu diferen-

antiga lenda contada na cidade

tiva e cheia de imaginação que

te: metade de seu corpo era azul

alagoana de Piaçabuçu que ex-

mantém um universo particular

e a outra metade era vermelha.

plica a origem do nome de um

repleto de imagens, cores e fan-

Por causa dessa característica

povoado chamado Ilha da Fiti-

tasias. Munida sempre de lápis

física, ela logo se tornou alvo de

nha. A narrativa é sobre o amor

e caderno, ela recria o mundo

zombaria por parte de seus ir-

proibido de Rosa, uma filha de

em seus desenhos – mundo es-

mãos. Apesar do apoio da mãe,

fazendeiro abastado, com um

se que contempla, mas que tem

a gatinha acaba se sentindo so-

pobre pescador, tendo como ce-

dificuldade em decodificar, por

litária e humilhada e por isso

nário a foz do rio São Francisco.

causa do excesso de estímulos

resolve fugir de casa. Depois de

Enamorados, os personagens

e significados que lhe parecem

muito caminhar, ela acaba che-

decidem viver um namoro clan-

confusos. Narrativa delicada

gando em uma floresta onde faz

destino, durante a ausência do

e sutil, traz como protagonista

novas amizades com outras ga-

pai de Rosa que sinalizava esses

uma menina autista que encon-

tinhas, um galo e uma borboleta

momentos amarrando fitinhas

tra harmonia na Ilha do Ferro,

que a incluem numa apresenta-

nas palhas de um pequeno co-

povoado situado no município

ção do pastoril - um tradicional

queiro. Obra romântica, conta-

de Pão de Açúcar, reduto de

folguedo natalino. Bela histori-

da em versos, que faz homena-

grandes mestres da arte popular

nha de superação e autoconhe-

gem ao cancioneiro popular e à

alagoana. É através da arte que

cimento que permite discutir o

paisagem ribeirinha de Alagoas.

a personagem descobre uma no-

respeito à diversidade.

va maneira de se expressar e de existir plenamente.


46 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 00 POR APENAS 30, R$

S Ó N A BI E N A

L

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

DE R$

15,00

DE R$

DE R$

15,00

00 POR APENAS 30, R$

L

S Ó N A BI E N A

L

A Menina de Barro

A Menina Singeleza

GIANINNA BERNARDES

RENATA BARACHO

A Sertaneja e o Imperador ELIANA MARIA

Ilustração Pablo P. Sanches | Coleção

Ilustração Lucas Nascimento | Coleção

Ilustração Cristiano Suarez | Coleção Coco

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Baseado em fatos reais, o livro

Na fictícia cidade de Marechal

Em 1859, Dom Pedro II e a im-

relembra de forma poética a

Rendado, repleta de cores e his-

peratriz Tereza Cristina empre-

cheia do rio Mundaú, ocorrida

tórias seculares, rendas e bor-

enderam uma grande viagem

em 2010, que deixou diversos

dados personificados, como o

política ao Nordeste do país.

desabrigados no interior de Ala-

sr. Filé, a senhora Renascença e

Dessa jornada, resultaram pre-

goas. Enredo descreve o estilo

Seu Bilro, travam uma grande

ciosos relatos históricos do im-

de vida de parte dos habitantes

disputa para ver quem é o mais

perador, contidos em diários

das cidades margeadas pelo rio

bonito e poderoso. Para colocar

que foram recentemente tom-

que sobrevivem da pesca e do

fim nesta guerra de egos, uma

bados pela Unesco. Mas foi na

artesanato cujo barro é princi-

velha bordadeira cria a Menina

tradição oral em que a memória

pal matéria-prima. Obra aborda

Singeleza que, com simplicida-

dessa passagem ficou mais vi-

a superação de adversidades,

de, aos poucos vai desconstruin-

va, graças aos inúmeros causos

narrando a trajetória de uma

do a vaidade dos seus semelhan-

narrados ao longo dos séculos

humilde família de artesãos que

tes. Com muito humor e fanta-

na região. Esta historinha dis-

perde tudo o que tinha durante

sia, este conto de fadas mostra

corre sobre o encontro da altiva

a enchente, mas que se reergue

porque Alagoas é reconhecida

Zefinha com D. Pedro II, em Pe-

graças à união e à coragem de

como a terra do bordado e da

nedo, quando este cruzou o Ser-

seus membros. Para sobreviver,

renda. Narrativa faz homena-

tão alagoano. Mesmo desenco-

a menina de barro, seus pais,

gem ao trabalho de diversas

rajada, ela empenhou esforços

irmãos e vizinhos precisam ficar

artesãs que preservam tais tra-

para entregar um presente sur-

no alto de uma jaqueira, para

dições, repassando seu ofício de

preendente ao monarca, num

não morrerem afogados.

mãe para filha.

gesto repleto de boas intenções.


Infantil • 47 ÇAMENTO AN R$

30,00

30,00

L

S Ó N A BI E N A

L

DE R$

15,00

L

S Ó N A BI E N A

ÇAMENTO AN R$

00 POR APENAS 30, R$

L

S Ó N A BI E N A

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Carnaval Sem Fim

Daniel e a Zamba do Sertão

Doce Riacho

TIAGO AMARAL

DIANA MOURA

GIANINNA SCHAEFFER

Ilustração Ingrit Lima | Coleção Coco de

Ilustração Daniel Aubert | Coleção Coco

BERNARDES

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Chris K. | Coleção Coco de

O que aconteceria se a “Mulher

Durante uma viagem ao muni-

da capa Preta” e o “Moleque

cípio de Maravilha, localizado

Em Doce Riacho toda a aventu-

namorador” se apaixonassem?

no Sertão alagoano, Daniel co-

ra se desenvolve a partir de um

Nesse encontro mágico ficcio-

nhece os encantos pré-históri-

passeio de jangada de três crian-

nal, Carolina e Armando, dois

cos locais, na companhia do tio.

ças, na companhia dos avós, nu-

personagens lendários do imagi-

O jovem se encanta com a paisa-

ma manhã ensolarada na linda

nário maceioense, esbarram-se

gem da Serra da Caiçara e se di-

praia de Riacho Doce, situada

no Carnaval e percorrem juntos,

verte com as estátuas gigantes-

no Litoral Norte de Maceió. Em

em plena folia, diversos bairros

cas de animais extintos expostas

meio a brincadeiras, músicas e

da capital alagoana, onde aca-

no Sítio da Ema, recriadas pelo

trava-línguas, a família se diver-

bam conhecendo seres miste-

artista Valdo Lima. Fascinado

te ao relembrar, com certa nos-

riosos, como Bumba meu boi e

e curioso, Daniel resolve fazer

talgia, como eram os costumes e

a La Ursa.

uma caminhada na mata até ser

paisagens local no passado.

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

surpreendido pela presença de uma enorme preguiça de 30 mil anos de vida, com quem faz amizade. Além de permitir uma discussão sobre um dos principais patrimônios históricos alagoanos, esta fábula sertaneja também reflete sobre a interferência humana na natureza.


48 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019

S Ó N A BI E N A

L

00 POR APENAS 30, R$

15,00 S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

DE R$

L

30,00

DE R$

ÇAMENTO AN R$

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S Ó N A BI E N A

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Ebe em Busca do Mestre Guerreiro Da Canafístula

Ei, Você Viu Luizinho? SARA ALBUQUERQUE

Embolados NIVALDO VASCONCELOS

JANUÁRIO LEITE

Ilustração Bruno Clériston | Coleção Coco

Ilustração Herbert Loureiro | Coleção

Ilustração Diego Malta | Coleção Coco de

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Narrativa ambientada na praia

Totalmente opostos, João e Ma-

O pequeno extraterrestre Ebe se

de Maragogi, situada no litoral

ria eram desafeto um do outro

vê enrascado, depois de quebrar

Norte de Alagoas, discorre sobre

desde a infância. A jovem tinha

um objeto de estimação de seu

a amizade entre a menina Melis-

a língua afiada, enquanto o ra-

pai, durante uma brincadeira.

sa e Luizinho, companheiros na

paz tinha pés ligeiros. Ela gosta-

Para substituir o belo artefato,

arte e na rima. Ao se conhece-

va de vermelho e ele de azul, em

ele se mete numa aventura in-

rem, os personagens fazem um

tudo discordavam. Tal inimizade

tergaláctica rumo à cidade de

acordo: Melissa ensinaria a Lui-

é colocada em xeque em um dia

Arapiraca, no planeta Terra,

zinho a fazer arte com palha de

de festa, ao som do coco de roda.

para encontrar o grande Mestre

coqueiro e, em contrapartida, o

Ambos são desafiados a dançar

Guerreiro da Canafístula. Ao

menino, especialista em cordel,

juntos, missão que cumprem a

chegar em seu destino, descobre

ensinaria a amiga a fazer ver-

contragosto. Cada provocação e

toda a beleza da cultura popular

sos. Juntos, os dois amigos vi-

cada gesto brusco, acaba trans-

alagoana.

vem diversas aventuras no mar,

formando o coco de roda numa

na companhia de um peixe-boi.

embolada. Atento à disputa, um

Enredo lúdico, repleto de desco-

matreiro diabinho resolve pre-

bertas mútuas entre os protago-

gar uma peça em Maria e João,

nistas, faz grande homenagem à

transformando os dois numa

cultura popular alagoana.

pessoa só. Divertida fábula nordestina sobre a união de opostos, versa sobre tolerância e respeito às diferenças.


Infantil • 49 00 POR APENAS 30, R$

S Ó N A BI E N A

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S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

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15,00

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15,00

00 POR APENAS 30, R$

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S Ó N A BI E N A

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Estrela Raivosa

Lampião e a Baleia da Serra

GUILHERME DE MIRANDA RAMOS

MARIANA TAVARES

THALLES GOMES

Ilustração Cristiano Suarez | Coleção Coco

Ilustração Herbert Loureiro | Coleção

Ilustração Robson Araújo | Coleção Coco

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Esta obra é uma grande home-

Este conto de fadas sobre can-

A pequena Madá é uma criança

nagem ao hino, ao brasão e à

gaço, versa sobre o encontro da

curiosa, inteligente e traquina

bandeira de Alagoas. O nome da

baleia azul Lilu com Virgulino

que vivia perguntando o porquê

protagonista faz um trocadilho

Ferreira, o Lampião. O enredo

de todas as coisas. Seu melhor

com a “estrela radiosa”, men-

se passa na Serra da Onça, si-

amigo e conselheiro era Cosme,

cionada na primeira estrofe do

tuada em Mata Grande, sertão

um sábio ancião da cidade que

cântico oficial do estado. Nar-

alagoano. Cansada de viver no

costumava receber as visitas de

rativa contada em versos, conta

mar, Lilu decide ver terra firme

Madá, sempre disposto a res-

a trajetória da rebelde persona-

e provar da escassa água doce

ponder suas dúvidas. Em retri-

gem que parte numa viagem

da caatinga. Para tanto, parte

buição, a menina sempre lhe

sideral, em busca do autoco-

numa longa jornada, rumo ao

presenteava com conchinhas

nhecimento, com o objetivo de

desconhecido rio São Francisco,

que recolhia em seus passeios à

descobrir sua verdadeira voca-

onde enfrenta diversas amea-

praia. Certa vez, seu Cosme con-

ção. Em sua longa jornada, após

ças. Durante sua escapada, Lilu

tou à Madá a história de Moacir,

cruzar diversas galáxias, Estrela

cruza com Lampião que prome-

um jegue que, além de muito

Raivosa se depara com os jovens

te tirá-la do perigo, encontrando

atrevido e autoconfiante era

Luiz Mesquita e Benedito da Sil-

um esconderijo. Em retribuição,

muito ligeiro – tanto que vencia

va, ambos autores do hino ala-

a baleia azul ajuda o rei do can-

frequentemente as tradicionais

goano. A partir deste encontro,

gaço, então apaixonado, a con-

corridas de jegue realizadas no

ela percebe que seu destino é ser

quistar o coração de Maria – a

município de Palmeira dos Ín-

musa inspiradora dos dois artis-

moça mais bonita da cidade.

dios.

tas e guardiã de Alagoas.

Madá o Jegue Cantador


50 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019

S Ó N A BI E N A

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Marianinha Vai ao Mar

00 POR APENAS 30, R$

15,00 S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

DE R$

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30,00

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ÇAMENTO AN R$

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S Ó N A BI E N A

Mateu Errante, Mateu Brincante

O Baile das Meninas

MARIVALDO OMENA Ilustração Beatriz Montenegro | Coleção

GUILHERME DE MIRANDA RAMOS

Ilustração Thiago Oli | Coleção Coco de

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Herbert Loureiro | Coleção

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

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GEISA ANDRADE

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

O livro narra a história de uma

Um desaparecimento coloca em

menina que sonha em se tornar

Obra faz uma grande homena-

risco a noite de estreia da apre-

sereia, antes mesmo de conhe-

gem à cultura popular de Alago-

sentação das meninas do pasto-

cer o mar. A imaginação de Ma-

as, exaltando o talento de mes-

ril do povoado do Toque, em São

rianinha é cultivada pelas his-

tres como Benon Pinto, do Guer-

Miguel dos Milagres. Deusa, que

tórias contadas pela sua vovó,

reiro Treme-Treme; Hilda do Co-

faz o papel de Diana no folguedo,

Dona Eneida. A Praia da Sereia

co, do Pagode Comigo Ninguém

some, deixando toda comunida-

é o espaço contemplado na obra,

Pode; e do instrumentista Chau

de apreensiva. O que teria acon-

onde as personagens vivenciam

do Pife. O personagem central

tecido com a garota? Teria fugi-

uma experiência única, que é a

do enredo é Mateu, um meni-

do? A pequena história envolta

realização do sonho da persona-

no indomável que foge de casa e

em mistério é o ponto de partida

gem protagonista.

acaba conhecendo esses mestres

para esta obra que faz homena-

que exercem influência decisiva

gem à tradição do pastoril que

na descoberta de sua verdadeira

no município alagoano do li-

vocação. Não por acaso, Mateu

toral Norte apresenta colorido

é o nome de um personagem-pa-

diferente: a indumentária dos

lhaço, tradicional brincante do

grupos é verde e rosa, ao invés

folclore brasileiro, presente em

do tradicional azul e encarnado.

diversos folguedos como o Guer-

Com muito humor e nostalgia, a

reiro e o Reisado. Sua principal

historinha visa preservar a me-

função é reunir e animar a pla-

mória cultural alagoana.

teia durante as apresentações.


Infantil • 51 00 POR APENAS 30, R$

S Ó N A BI E N A

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O Cavaleiro Encarnado

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

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15,00

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15,00

00 POR APENAS 30, R$

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S Ó N A BI E N A

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TIAGO AMARAL

O Colar de Pérolas de Cecília

O Embrulho Misterioso de Nina

Ilustração Estúdio Zeropixel | Coleção

FABIANA FREITAS

KEMERSSON LEMOS E SARA

Coco de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Jean Carlos | Coleção Coco de

ALBUQUERQUE

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Robson Araújo | Coleção Coco

Fábula sertaneja, ambientada

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

em Santana do Ipanema, que faz

A história parte do encontro da

menção às tradições da vaqueja-

menina Cecília com a Sereia So-

O livro conta a história de uma

da e da cavalhada no interior de

fia, que lhe apresenta o encanta-

pequena índia chamada Nina,

Alagoas. Historinha conta a tra-

do mundo do fundo do mar, on-

que chega a Palmeira dos Ín-

jetória de Desidério que nasceu

de ostras fazem colares de péro-

dios, com a missão de cumprir

durante um raro inverno chuvo-

las, sereias têm aulas de canto,

uma promessa feita a seus ante-

so no Sertão, numa fazenda às

baleias amamentam seus filho-

passados. Ao chegar na cidade,

margens do rio Ipanema, repleta

tes e cavalos-marinhos machos

ela conhece Joaquim, que lhe

de craibeiras com flores amare-

ficam grávidos. No enredo, o

apresenta lugares importantes

las. O belo cenário do nascimen-

cenário natural da Praia da Se-

da cidade, conhecida como “a

to de Dedé parecia um bom pres-

reia, em Riacho Doce, contrasta

princesinha do Agreste”, e que

ságio para o menino forte e des-

com a realidade urbana da per-

dividirá com ela uma descober-

temido, nutrido à base de muita

sonagem Cecília. Temática per-

ta muito especial. Breve fábula

ambrosia, durante a gravidez

mite diversas reflexões como os

alagoana que faz homenagem à

da mãe. Contudo a inquietação

limites do consumismo da socie-

Palmeira dos Índios, descreven-

do jovem matreiro preocupava o

dade contemporânea, a riqueza

do sua paisagem, lendas e cos-

pai que lhe deu um cavalo e rou-

dos ecossistemas marinhos e a

tumes, disseminando uma bela

pas de vaqueiro para extravasar

necessidade de preservação do

mensagem de paz e fraternidade

o excesso de energia.

meio ambiente.

entre os povos.


52 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019 00 POR APENAS 30, R$

S Ó N A BI E N A

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O Marinheirinho do Pontal

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

DE R$

15,00

DE R$

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15,00

00 POR APENAS 25, R$

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S Ó N A BI E N A

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MARYANA DAMASCENO

O Mundo do Menino Impossível

O Que Só as Minhocas Podem Ver?

Ilustração Thiago Oli | Coleção Coco de

JORGE DE LIMA

LUANA TEIXEIRA

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Chris K. | Infantil | 28 págs. |

Ilustração Chris K. | Coleção Coco de

22,5cm x 30cm

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

casa da avó, situada no bairro

Ao contrário das crianças man-

A aventureira minhoca Xinoca

do Pontal da Barra, às margens

sas que dormem cedo, acalen-

decide fazer uma viagem sub-

da lagoa Mundaú. O entusiasmo

tadas pela “Mãe-negra Noite”,

terrânea até a cidade de Pene-

da menina não é à toa, a casa da

o menino impossível brinca até

do para conhecer as belezas de

Dona Léu sempre reserva al-

a exaustão, enquanto a mamãe

casario antigo e a paisagem do

guns mimos como comidinhas

cochila, o papai cabeceia e o

rio São Francisco. Chegando

típicas e historinhas antes de

relógio badala. Porque o soni-

lá, torna-se amiga da minhoca

dormir. O Pontal fica todo enfei-

nho sossegado só chega, sem

Jurema e se surpreende com as

tado na época natalina e ao con-

que o Menino Impossível per-

descobertas sobre a história lo-

templar a beleza do bairro pela

ceba, quando o mundo está po-

cal: em baixo da superfície ainda

varanda, Larissa é surpreendida

voado pelas criaturas mágicas

existem ruínas do Forte Mau-

com a presença de um menino

que inventou. Obra poética que

rício, construído no passado.

vestido de marinheiro que pas-

demarcou a transição do estilo

Narrativa lúdica que permite

sa apressado à noite pela rua.

literário de Jorge de Lima do par-

discutir com as crianças sobre a

Curiosa, logo se pergunta: quem

nasianismo para o modernismo,

ocupação holandesa em Alago-

é esse garoto? Aonde ele vai ves-

discorre sobre o universo encan-

as e no Nordeste, mencionando

tido desse jeito? Obra, contada

tado da imaginação infantil, on-

o conflito entre portugueses e

em versos, faz menção ao fol-

de todas as brincadeiras aconte-

holandeses no período colonial.

guedo Fandango de Pontal, que

cem. Um clássico do renomado

Texto explica a origem do nome

homenageia os marinheiros,

poeta alagoano que promete

do município de Penedo.

guerreiros do mar.

encantar adultos e crianças.

Larissa adora passar as férias na


Infantil • 53 ÇAMENTO AN R$

00 POR APENAS 30, R$

30,00

S Ó N A BI E N A

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15,00

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DE R$

15,00 L

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

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S Ó N A BI E N A

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O Segredo do Rio Mundaú

Os Balões de Nise

SARA ALBUQUERQUE

NATÁLIA AGRA

Pescando Histórias à BeiraMar

Ilustração Bruno Clériston | Coleção Coco

Ilustração Daniel Aubert | Coleção Coco

ADÉLIA SOUTO E DANIEL

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

LIBARDI Ilustração Emanoel Melo | Coleção Coco

Misturando fantasia e realidade,

Os balões de Nise é uma home-

esta historinha ambientada no

nagem à médica psiquiátrica

município de União dos Palma-

alagoana Nise da Silveira. No

Seu Pedro, um experiente pes-

res, conhecido como A Terra da

livro, ela vê na figura do balão

cador, um dia decide ensinar

Liberdade, fala sobre a amizade

uma metáfora para o sonho. Na

seu ofício ao filho Zé, enquanto

entre o herói Zumbi e a sereia

companhia dos gatos Tigre-Rei e

narra lendas que há várias ge-

Iara. Enredo remonta de forma

Mafalda, Nise vive uma grande

rações são contadas nas vilas

lúdica a trajetória de bravura e

aventura em Tatipirun, cidade

do litoral alagoano, entre elas, a

luta do personagem histórico

ficcional do livro A Terra dos

dos cantadores da madrugada,

Zumbi dos Palmares, permitin-

Meninos Pelados, de autoria de

a da mula de padre, a do cavalo

do uma discussão sobre racismo

Graciliano Ramos - uma obra

russo, a da pedra da moça e a

e escravidão no Brasil. Tendo

literária infantil também dedi-

temida tribuzana. E é por meio

como pano de fundo o rio Mun-

cada à Nise, por quem o escritor

da narração dessas pequenas

daú, a narrativa também de-

alagoano nutria grande amiza-

histórias que o livro vai revelan-

fende valores como tolerância,

de e admiração. A história é so-

do um pouco do universo das co-

amizade e respeito à diversidade,

bre a importância da alteridade

munidades praieiras que vivem

fazendo menção a dois perso-

e da contribuição que cada um

da pesca em Alagoas, suas tradi-

nagens lendários indígenas que

pode dar para a construção de

ções, expressões culturais e fé re-

fazem parte do folclore brasilei-

um mundo melhor.

ligiosa. Obra propõe um resgate

ro: Iara e Piatã.

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de parte da tradição oral popular repleta de causos de assombrações e histórias de trancoso.


54 • IMPRENSA OFICIAL NA BIENAL • 2019

S Ó N A BI E N A

00 POR APENAS 30, R$

15,00

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S Ó N A BI E N A

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00 POR APENAS 30, R$

15,00

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DE R$

15,00

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00 POR APENAS 30, R$

S Ó N A BI E N A

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Silvana, a Baleia Beluga

Trancinhas de Luzia

MARYANA DAMASCENO

MARIVALDO OMENA

Uma Amizade Além do Tempo

Ilustração Daniel Aubert | Coleção Coco

Ilustração Cristiano Suarez | Coleção Coco

MARÍLIA MATSUMOTO

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Ilustração Ivan Ramos | Coleção Coco de

Com a proximidade da chegada

Luzia é uma menina contem-

do inverno no Hemisfério Nor-

plativa, com a cabeça repleta de

Passando férias na casa da avó,

te, Silvana, a pequena baleia

imaginação e algumas tranci-

em Marechal Deodoro, Lucas so-

beluga, começa a acalentar o

nhas no cabelo. Seu maior pas-

fre um pequeno acidente que o

desejo de partir do Oceano Pací-

satempo é o de ficar na janela da

leva a fazer uma viagem no tem-

fico rumo ao Oceano Atlântico

casa da avó, localizada na rua

po, até o século 19, na época em

junto com outros peixes e ma-

Uruguai, em Maceió, observan-

que o município, então capital

míferos para aproveitar as águas

do o tempo passar, devagarinho,

da província, se chamava Ala-

quentes do Nordeste brasileiro.

enquanto espera sua mãe vol-

goas da Lagoa do Sul. Nesse re-

A vigem é longa, mas vale à pe-

tar do trabalho. A vovó Rosário,

torno ao passado, o menino faz

na, pois o ponto de chegada é a

por sua vez, é a sua principal

amizade com Manuel que o con-

calorosa praia de Pajuçara, em

companheira e confidente. Ela

vida para brincar no quintal da

Maceió, repleta de alegria e ca-

distrai a menina, contando his-

sua casa, às margens da lagoa

lor humano. Apesar da falta de

tórias do passado, enquanto

Manguaba. Fascinado, Lucas

incentivo dos amigos, que duvi-

faz trancinhas em seus cabelos

observa a paisagem antiga, sem

dam de sua capacidade para en-

cacheados. Historinha de amor

a interferência do progresso e da

frentar a longa jornada no fun-

que valoriza a sabedoria dos

modernidade e se diverte com as

do mar, Silvana mantém a atitu-

mais velhos e as relações fami-

crianças da época que se entreti-

de corajosa e obstinada, mesmo

liares, onde o afeto se expressa

nham tomando banho de lagoa

quando se perde do grupo.

através de boas conversas e pe-

e tirando fruta do pé, distraindo-

quenos gestos de carinho.

-se também com soldadinhos de

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

chumbo e chimbras.


Infantil • 55

DE R$

15,00 S Ó N A BI E N A

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Upiara

00 POR APENAS 30, R$

15,00

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00 POR APENAS 30, R$

S Ó N A BI E N A

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Zé Muquém Pegou o Trem

ELIANA MARIA

LUIZ ANTÔNIO CALDAS FILHO

Ilustração Estúdio Alba | Coleção Coco de

Ilustração Pedro Lucena | Coleção Coco

Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

de Roda | 28 págs. | 22cm x 26cm

Upiara é um guerreiro da tribo

Esta estorinha, contada em

dos kariris que nasceu com um

versos, narra as aventuras do

rosto diferente. Segundo o pa-

bem-te-vi Zé Muquém que par-

jé, sua marca de nascença era

te de União dos Palmares até

decorrente de uma luta que tra-

Maceió para realizar o desejo de

vou no ventre da mãe. Defensor

sua companheira Bia, que está

da natureza, Upiara era ama-

chocando os ovinhos do casal.

do e respeitado pelos espíritos

Ela queria comer jiló, com leite

guardiões da floresta como o

em pó. Em sua jornada rumo a

Curupira, Saci-Pererê e o Boita-

capital alagoana, o pássaro se-

tá. Seguindo a tradição, Upiara

gue voando pela Zona da Mata,

deveria se casar com a filha do

fazendo muitas descobertas so-

cacique, após vencer uma im-

bre Alagoas: aprende quem foi

portante batalha. Contudo o lí-

Zumbi dos Palmares e sobre sua

der da tribo não permite a união

luta em defesa da liberdade; co-

da filha com o guerreio porque o

nhece a cachoeira da Tiririca,

achava deformado e não queria

em Murici e faz amizade com um

ter netos iguais a ele. A narrati-

mutum (ave símbolo do estado)

va mostra como Upiara enfren-

que o ensina a pegar o trem até

tou essa discriminação, dando

Maceió, para evitar que se canse

uma lição no cacique, com a

muito até o fim do trajeto.

ajuda de seus amigos mágicos.


Os descontos oferecidos neste catálogo são válidos para o período de 1/11/19 a 10/11/19, nos pontos de venda da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, na 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.

Confira a nossa programação completa. tinyurl.com/imprensaoficialbienal2019


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