Revista Petro & Química n°386

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Notícias da Petrobras

Petrobras vence licitação para arrendamento de terminal marítimo no Porto de Santos A Petrobras venceu a licitação para arrendamento da instalação portuária para armazenamento e movimentação de combustíveis, denominada STS08A, no Porto de Santos, promovida pela ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários –, em São Paulo. A companhia ofertou R$ 558 milhões pela área, e aguarda homologação do resultado do leilão, para assinar o contrato de arrendamento pelo período de 25 anos.

Petrobras conclui venda da RLAM

@Vinícius Rosa/MInfra

A Petrobras, por meio de sua subsidiária Transpetro, é a atual arrendatária do Terminal de Santos e, com o resultado da licitação, garante a continuidade de sua logística, através desse ativo importante para o escoamento de derivados, produzidos em suas refinarias, localizadas em São Paulo. Conforme disposto no edital da licitação, a Petrobras realizará investimentos para melhoria da infraestrutura em geral, incluindo a construção de tancagem e novo píer.

@ Andre Valentim / Agência Petrobras

A Petrobras finalizou a venda da RLAM – Refinaria Landulpho Alves –, localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, e seus ativos logísticos, associados para o Mubadala Capital. Após o cumprimento de todas as condições precedentes, a operação foi concluída, com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (estimados R$ 10,1 bilhões) para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente, em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos, até o fechamento da transação. O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos meses. A refinaria é a primeira, dentre as oito que estão sendo vendidas pela Petrobras, a ter o processo concluído. A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumirá, a partir de 1º de dezembro, a gestão da RLAM, que passa a se chamar Refinaria de Mataripe. @Divulgação De acordo com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a conclusão da venda reflete a importância da gestão de portfólio, e fortalece a estratégia da companhia: “Esta operação de venda é um marco importante para a Petrobras e o setor de combustíveis no país. Acreditamos que, com novas empresas atuando no refino, o mercado será mais competitivo, e teremos mais investimentos, o que tende a fortalecer a economia, e gerar benefícios para a sociedade. É também parte do compromisso firmado pela Petrobras com o CADE, para a abertura do mercado de refino. Do ponto de vista da companhia, é um avanço, na sua estratégia de realocação de recursos. No segmento de refino, a Petrobras vai concentrar-se em cinco refinarias no Sudeste, com planos de investimentos que a posicionará entre as melhores refinadoras do mundo, em eficiência e desempenho operacional”, afirmou Silva e Luna. @Divulgação O presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, afirmou: “A nossa prioridade é garantir excelência na produção e operação da refinaria, além de uma transição estruturada, serena e sem ruptura. É criar valor com atenção especial às pessoas e ao meio ambiente. Enfatizamos sempre o compromisso de longo prazo, que temos com o país e as regiões onde atuamos. Este é certamente um dos objetivos da Acelen”. Além da RLAM, outras duas refinarias já tiveram seus contratos de venda assinados: a Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), Petro & Química 24 no 386

no Amazonas, cuja assinatura ocorreu em 25/8, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, com contrato assinado em 11/11. Quando também forem concluídos os processos de desinvestimento dessas duas unidades, a Petrobras responderá por cerca de 50% do abastecimento do mercado de combustíveis no país. Além da Petrobras e dos novos operadores dessas refinarias, o mercado também é suprido por importadores e produtores de biocombustíveis. Dentro da estratégia de reposicionamento do refino, a Petrobras reforça seu compromisso de vender as refinarias REGAP, LUBNOR, REPAR, REFAP e RNEST, e está investindo em tecnologias para tornar as refinarias que continuarão na empresa duplamente resilientes, tanto do ponto de vista ambiental, quanto econômico. A empresa seguirá como a maior refinadora do país, com foco nas refinarias de SP e RJ mais próximas à produção de petróleo e aos maiores centros consumidores, com 50% da capacidade de refino do país. A projeção é dobrar, em 5 anos, a oferta de diesel S-10 nessas refinarias, produto com menores níveis de emissão, e a custos cada vez mais competitivos. O processo de venda da RLAM foi lançado em junho de 2019 e, em fevereiro de 2021, foi recebida a proposta vinculante. Todo o processo seguiu rigorosamente a Sistemática de Desinvestimentos. A venda da RLAM está em consonância com a Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energéqca, que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país, e integra o compromisso firmado pela Petrobras com o CADE para a abertura do setor de refino no Brasil. Com a conclusão da venda, inicia-se uma fase de transição, em que as equipes da Petrobras apoiarão a Acelen nas operações da Refinaria de Mataripe. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional. A Petrobras e o Mubadala Capital reafirmam o compromisso estrito com a segurança operacional na refinaria, em todas as fases da operação. @Divulgação Em vídeo, o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa, falou sobre a conclusão da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) para o Mubadala Capital, e lembrou que nenhum empregado da Petrobras será demitido, por conta da transferência do controle da RLAM para o novo dono; eles poderão optar por transferência para outras áreas da empresa, ou aderir ao Programa de Desligamento Voluntário, com pacote de benefícios.


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