Revista Controle & Instrumentação nº282

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Instrumentação, Elétrica, Controle de Processos, Automação Industrial, Predial e Metrologia

Ano 25–nº 282–2023–www.controleinstrumentacao.com.br

GEE: as metas para evitar a catástrofe

Investimento, tecnologia e exposição

Um relatório da Allianz Trade, em parceria com a UVC Partners afirma que os próximos anos serão fundamentais para determinar o sucesso da transição global para o Net Zero, e definirão o cenário da futura economia verde. Segundo o levantamento, a autonomia energética da Europa, e sua meta de 55% de redução nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2030, demanda mais tecnologia climática, não apenas na mitigação das emissões, mas também para o crescimento econômico. É tentador: o setor de tecnologias limpas pode atingir a casa dos 600 bilhões, até 2030 o triplo do valor atual. E claro, a China lidera os investimentos em energia limpa – foram quase 500 bilhões, só no ano passado; os EUA também estão fornecendo centenas de bilhões de dólares para projetos relacionados a energia e clima, dentro da sua Lei de Redução da Inflação (IRA); o Brasil investe algumas dezenas de bilhões de reais em energia limpa. O investimento global, em tecnologias para geração de energia limpa, deve alcançar US$ 1,7 trilhão em 2023, mas, segundo o Boston Consulting Group, para reduzir as emissões de carbono e frear os impactos das mudanças climáticas, serão necessários investimentos de US$ 3,5 trilhões por ano, em tecnologias que aceleram a descarbonização, até 2050 Há uma enorme diferença entre as expectativas e a realidade nos investimentos. O estudo da Allianz aponta ainda que, além do investimento, faltam tecnologias mais inovadoras: as tecnologias maduras de hoje podem contribuir apenas com 25% da redução adicional de emissões de CO2 necessária, após a implementação de políticas declaradas para alcançar o cenário de desenvolvimento sustentável da IEA. Um outro estudo levantou o prejuízo que as emissões causam às empresas e apontou que, mais que políticas de incentivo, é mais estimulante a obrigatoriedade da apresentação pública de relatórios de emissões, que impactem na imagem e nos financiamentos. Vale, de certo, seguir empresas como Rhodia/Solvay e Basf, que publicam resultados e estão na vanguarda dos cuidados ambientais.

A matéria de capa é sobre esse cenário, que precisa mudar para que consigamos diminuir os impactos que já sentimos nessa temporada: chuvas e calor intensos brigando às vezes no mesmo dia por nossa atenção. No mundo todo. Só no ano passado, 61 mil pessoas morreram de calor no Hemisfério Norte. E as chuvas de setembro deixaram milhares de desabrigados e dezenas de mortos no Sul do Brasil. Sem falar na seca na Amazônia.

O período foi de muitos eventos, e a edição traz um resumo do que houve de melhor neles, além de notícias de negócios e tecnologias, completando nossos informes diários das mídias sociais e das newsletters semanais – são duas, você tem acompanhado?

Boa leitura O editor

Controle & Instrumentação C I &I

www.controleinstrumentacao.com.br

ISSN 0101-0794

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GEE: as metas para evitar a catástrofe

Art

33 MEIO AMBIENTE: Só depende de nós...

34 Sustentabilidade e crescimento

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Próxima Edição

– Robotização e Mobilidade Industrial –operações mais eficientes e seguras

Colaboraram, com informações e imagens, as assessorias de imprensa

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DIRETOR RESPONSÁVEL Waldir Rodrigues Freire DIRETORIA editoravalete@editoravalete.com.br

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NESTA EDIÇÃO

Controle&InstrumentaçãoNº282|2023
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Sumário
Talking About
composição sobre foto do Prof. Dr. Cafer T. Yavuz, KAIST, cuja equipe de pesquisa desenvolveu um catalisador econômico e duradouro que recicla GEE em ingredientes que podem ser usados em combustível, Gás de Hidrogênio e outros produtos químicos, para reverter o Aquecimento Global
News
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O Conselho de Administração da Enauta elegeu Mateus Tessler como o novo Presidente do Conselho de Administração, sucedendo Antônio Augusto de Queiroz Galvão, que renunciou ao cargo, por motivos pessoais, e seguirá no Conselho na qualidade de membro.

O executivo destacou que a Enauta segue empenhada na conclusão do Sistema Definitivo de Atlanta, e na busca por ativos que façam sentido à estratégia de crescimento da companhia. “Ao longo dos últimos meses, foi dado início a uma nova fase. Acreditamos que somos capazes de concluir o SD no prazo e orçamento. Enquanto isso, estudamos formas de adicionar ativos relevantes ao nosso portfólio”, afirmou.

Mateus ressaltou ainda “a capacidade de gestão, técnica e financeira” do time da Enauta, “o que torna a companhia uma plataforma sólida de crescimento, através de aquisições de ativos maduros ou ativos com reservas comprovadas, para implantação de projetos similares ao Atlanta (...) As boas perspectivas para a companhia só são possíveis porque a Enauta é uma empresa sólida, capaz de gerar valor para o país, seus acionistas e a sociedade”, disse.

Mateus Tessler é sócio gestor dos fundos da Jive Investments. Ele tem experiência em áreas de fusões, aquisições, consultoria em finanças corporativas, private equity e venture capital, com passagens na Deloitte, na Invest Tech e DLM Invista.

Na mesma reunião, Ana Marta Veloso foi eleita Vice-Presidente do Conselho de Administração. Ana Marta é graduada em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais, e é mestre em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente membro independente dos Conselhos de Administração da Vinci Partners, Rio Energy S.A., Oceânica Engenharia e Consultoria S.A., e Profarma S.A. Ela tem 20 anos de experiência no setor de Energia, incluindo os cargos de CEO da Light e diretora da Equatorial.

Foram eleitas e empossadas, as integrantes do Grupo de Trabalho de Valorização Profissional das Técnicas Industriais. A cerimônia de posse foi destaque do encerramento da 4ª Semana do Técnico Industrial. O colegiado, composto exclusivamente de conselheiras federais e regionais, tem o objetivo de desenvolver ações para promover a valorização e o protagonismo das mulheres técnicas no desenvolvimento social e econômico do país. A conselheira federal Deise Lopes, do estado de Minas Gerais, é a coordenadora do grupo, cuja criação foi aprovada por deliberação do Plenário do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT).

A cerimônia de posse foi liderada pelo presidente do CFT, Solomar Rockembach.

Integrantes do Grupo de Trabalho de Valorização

Profissional das Técnicas Industriais:

Coordenadora – Conselheira Federal (MG), Técnica em Edificações, Deise Lopes de Carvalho

Coordenadora Adjunta – Conselheira Regional do CRT-MG, Técnica em Alimentos, Emiliane Veloso de Almeida Borges

Titular – Conselheira Regional do CRT-ES, Técnica em Refrigeração e Ar Condicionado, Adriana dos Reis Souza Neto

Titular – Conselheira Regional do CRT-03 (PE), Técnica em Telecomunicações, Suellenh Kate Almeida da Silva

Titular – Conselheira Regional do CRT-02 (PI), Técnica em Eletrotécnica, Tainã Cristina de Oliveira Teixeira

Titular – Conselheira Regional do CRT-04 (PR), Técnica em Eletrotécnica, Quelli da Silva

1ª Suplente – Conselheira Regional do CRT-SP, Técnica em Edificações, em Meio Ambiente e Mineração, Daiana Aparecida Romanini Zanoterêncio

2ª Suplente – Conselheira Regional do CRT-01 (GO), Técnica em Eletrotécnica e Mecânica, Danielle Cota Couto

3ª Suplente – Conselheira Regional do CRT-RJ, Técnica em Mecânica, Stefania Aderaldo

4ª Suplente – Conselheira Regional do CRT-SP, Técnica em Edificações, Isabel Cristina Ferreira Duó

5ª Suplente – Conselheira Regional do CRT-01 (RR), Técnica em Edificações, Roseli Brito Sobrinho Rebouças

6ª Suplente – Conselheira Regional do CRT-MG, Técnica em Edificações, Adriana Pompéia de Sousa Dias

Steps 4 NºControle&Instrumentação 282|2023
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PEO LE
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Steps 5 Controle&InstrumentaçãoNº282|2023

Frente de segurança

cibernética para atuar na primeira linha de detecção

A Stefanini Rafael, venture de cibersegurança do Grupo Stefanini, e detentora de quatro Centros de Operações de Segurança (SOCs) localizados no Brasil, Peru, Índia e Romênia, acaba de formar uma frente compartilhada com a SIGA OT Solutions, trazendo uma nova visão para segurança cibernética de tecnologia operacional (OT), desde a estaca zero, fortalecendo a primeira linha de detecção de contra-ataques cibernéticos e ameaças de tecnologia operacional (OT). SIGA é líder e desenvolvedora pioneira de soluções para monitoramento a nível zero, para detecção de anomalias em processos industriais. A parceria global visa a expandir os negócios, e promover a resiliência cibernética da infraestrutura crítica, entregando soluções inovadoras de ambas as empresas, em todo o mundo.

A abordagem distinta da SIGA para cibersegurança em ambientes OT ICS/SCADA, juntamente com sua tecnologia de ponta, permite que analistas e tomadores de decisões tenham uma visibilidade clara, podendo tomar decisões com base em dados legítimos, ao invés de dados possivelmente manipulados. Com isso, pode-se evitar e diminuir danos e riscos a processos críticos. Por meio da solução de Detecção de Falha Incipiente, denominada SigaGuard, a SIGA possibilita que operadores de infraestruturas industriais, comerciais e críticas melhorem drasticamente a confiabilidade, segurança e segurança cibernética de seus ativos, com recursos financeiros ou humanos mínimos, e sem interromper os Sistemas de Controle Industrial existentes.

Ao lado da Stefanini Rafael, a SIGA reforça a importância crucial do monitoramento de nível zero, para garantir que as organizações em todo o mundo aumentem sua resiliência cibernética OT.

“Continuamos um movimento forte de parcerias globais, com o objetivo de dar ainda mais robustez às nossas ofertas, para atender as necessidades dos clientes em toda a sua plenitude, com um portfólio de produtos mais amplo”, afirma Leidivino Natal, CEO da Stefanini Rafael.

A atual parceria com a SIGA OT Solutions envolve a capacitação de profissionais treinados, e que atuarão nas quatro regiões onde o Grupo Stefanini atua – Brasil, América Latina, EUA/Ásia e Europa.

TIM se une à Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos

e Eletrodomésticos

A TIM quer que mais pessoas procurem suas lojas, para descarte de materiais, então, firmou parceria com a ABREE – Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos –, com o intuito de ampliar seu programa de recebimento de resíduos eletroeletrônicos, disponibilizando novos coletores, e agilizando a logística de destinação do que for recolhido.

Hoje, a operadora conta com urnas de coleta, espalhadas em mais de 170 pontos, como lojas próprias – facilmente acessíveis para qualquer pessoa – e prédios administrativos, com foco em colaboradores e prestadores de serviço da companhia. Nestes locais, podem ser descartados aparelhos celulares em desuso e seus acessórios (fones de ouvido, cabos de dados, carregadores, etc), chips, embalagens de telefone de material plástico e papelão, além de baterias usadas e outros equipamentos portáteis.

O objetivo do acordo com a ABREE é levar os coletores para mais lugares – incluindo as revendas da TIM e outros parceiros comerciais, como shopping e lojas de varejo – e facilitar ainda mais o processo de coleta e reciclagem dos materiais recolhidos, já que a associação conta com diversos pontos de triagem, por todo o Brasil.

“Essa parceria com a TIM tem grande importância para as estratégias de conscientização da população. Graças a ela, teremos mais informação sobre reciclagem de eletroeletrônicos sendo passada ao público e poderemos destinar muito mais equipamentos à reciclagem. Hoje, a ABREE, junto aos seus parceiros, já conta com mais de quatro mil pontos de recebimento em todo o País, abrangendo mais de 1,3 mil municípios. Essa ampla rede possibilita que os cidadãos tenham opções convenientes para descartar produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos, de maneira responsável ao longo do ano”, comenta Nilson Maestro, presidente da ABREE.

Como entidade gestora sem fins lucrativos, a ABREE define e organiza o gerenciamento da implementação do sistema coletivo de logística reversa de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos, promovendo economia de grande escala. Com 56 associados, que representam 180 marcas, é responsável pelo gerenciamento através da contratação, fiscalização e auditoria dos serviços prestados por terceiros, além de contribuir com informações para todos os envolvidos da cadeia, responsáveis pela viabilização da logística reversa de eletroeletrônicos e eletrodomésticos no país.

C&INews NºControle&Instrumentação 282|2023

Huawei concentrará investimentos na digitalização

Segundo levantamento “GovTech

Maturity Index 2022”, o governo brasileiro é o 2º mais digitalizado, entre 198 países. O Brasil também é um dos países com maior percentual de população conectada – fatores de aceleração da digitalização de um país. Diante desse cenário, a multinacional Huawei aposta na jornada para o digital, para um futuro mais produtivo, inclusivo e sustentável, concentrando investimentos em

tecnologia de ponta, pesquisa e desenvolvimento, nos próximos 10 anos. Isso porque o enfoque da empresa está ligado ao conceito de nação digital, no qual a conexão e o acesso às tecnologias são tratados como um direito universal.

A Huawei já investiu no Brasil mais de R$ 500 milhões em pesquisa e desenvolvimento, desde 2009.

Hub de Inovação para acelerar a transição verde de data centers

Danfoss, Google, Microsoft e Schneider Electric – juntamente com a Danish Data Center Industry (Associação da Indústria de Data Centers da Dinamarca) – estão lançando uma nova iniciativa pan-europeia, chamada Hub de Inovação de Zero Emissões Para Data Centers, localizado em Fredericia, Dinamarca. O objetivo é promover soluções comuns para a transição verde dos data centers.

A computação na nuvem exerce um papel fundamental na transformação digital e verde da sociedade – permitindo que as pessoas tirem proveito de ferramentas e negócios digitais, para trabalhar e crescer de forma mais eficiente. Apenas na última década, dobrou o número de usuários da Internet – e o tráfego global aumentou 25 vezes, de acordo com a AIE – Agência Internacional de Energia.

Conforme a adaptação digital continua a avançar e, para alcançar as metas de zero emissões, a indústria de data centers está trabalhando para reduzir sua pegada energética em várias áreas, tais como eficiência energética, refrigeração, cadeia de suprimentos e aperfeiçoamento da rede elétrica.

Com o lançamento hoje do Hub de Inovação de Zero Emissões, a Danish Data Center Industry, Danfoss, Google, Microsoft e Schneider Electric estão reunindo as principais partes interessadas do setor europeu de data centers – incluindo agências reguladoras, pesquisadores, operadoras, provedores de serviços públicos, ONGs, e serviços de malha/rede elétrica.

O consórcio funcionará como ponto de encontro, onde os principais atores poderão estabelecer colaborações, e desenvolver novas soluções inovadoras, que possam ser implementadas rapidamente em prol da transição verde. Ao mesmo tempo, ele oferecerá uma oportunidade para compartilhar as melhores práticas e obter orientações e suporte de proeminentes pesquisadores. Inicialmente, o foco será desenvolver soluções que reduzam ou equalizem as emissões de carbono dos data centers, e contribuam para a estabilização da malha elétrica.

O Hub será dedicado a projetos incluídos nos Esco-

pos 1, 2, e 3, que são os diferentes tipos de emissões de gases de efeito estufa que uma empresa ou organização produz. Mais especificamente, para reduzir as emissões (Escopo 1), o Hub analisará projetos de alternativas para a geração de diesel e combustíveis substitutos, e reutilização de calor. Quanto às emissões indiretas (Escopo 2), o Hub terá como objetivo melhorar o uso de fontes de energia livres de carbono, tais como eólica e solar, para a geração de energia. E para as emissões incorporadas (Escopo 3), o Hub estabelecerá parcerias com fornecedores, provedores de serviços e universidades, para pesquisar como descarbonizar matérias primas, como concreto, aço, e alumínio, permitindo que data centers sejam construídos de forma mais sustentáveis no futuro.

A Danish Data Center Industry atuará, como destaca o Secretariado da iniciativa e o CEO da associação, Henrik Hansen: “Essa iniciativa reflete o nível de comprometimento e responsabilidade que a indústria de data centers está disposta a assumir, para superar os desafios que temos pela frente. O caminho para data centers carbono zero requer soluções que vão além da capacidade da indústria, de solucionar problemas de forma independente. A abordagem de código aberto com relação às partes interessadas, tanto dentro quanto fora da indústria, acelerará significativamente o passo da indústria, em direção ao marco de zero emissões, em linha com as ambições da UE para data centers, até 2030”, afirma Hansen.

C&INews NºControle&Instrumentação 282|2023
Mic Seremet (Schneider Electric), Jens Peter Clausen (Google), Jürgen Fischer (Danfoss), Mikael Mikkelsen (Microsoft)

O impacto da Inteligência Artificial nas agendas ESG e redução das emissões de GEE

Transformação digital e ESG (Environmental, Social and Governance) constam como prioridades absolutas nos planejamentos estratégicos das organizações dos mais diversos segmentos de mercado, sendo ainda mais relevante em empresas que possuem operações industriais extrativistas ou de processos de transformação que, por natureza, geram emissões de gases do efeito estufa e de outros poluentes ao meio ambiente.

A maioria das empresas possuem estratégias de ESG, destacando seus respectivos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e matriz de materialidade, considerando a execução diversas ações para ir de encontro aos resultados esperados pelos órgãos reguladores, acionistas e sociedade.

Com os negócios e a reputação das empresas sendo cada vez mais impactados pelas externalidades gera-

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das ao meio ambiente e à sociedade, medir e controlar as variáveis físicas e químicas dos processos produtivos industriais, se tornaram tarefas cada vez mais fundamentais, entretanto não são suficientes para garantir que alguns ODS específicos sejam alcançados com a agilidade esperada.

E neste contexto de transformação digital que estamos vivendo, o uso da inteligência artificial passou a ser uma importante ferramenta, podendo acelerar os resultados das agendas ESG das organizações.

O uso da HCAI (Human-Centered Artificial Intelligence), ou seja, Inteligência artificial centrada no ser humano, é uma tecnologia usada para predição de falhas e comportamentos anômalos em processos industriais, possibilitando uma manutenção preditiva e prescritiva mais efetiva e estratégica, que também impacta na redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE).

Predizer condições operacionais dos processos industriais, interagindo automaticamente com válvulas, bombas, compressores, equipamentos e sistemas de controle e automação, possibilitando uma intervenção antecipada para que as emissões de gases do efeito estufa não ocorram, resulta no aumento da eficiência energética, da produção, e colabora com as iniciativas sustentáveis das empresas.

O Samson Group desenvolveu o SAMGuard, uma solução digital baseada em HCAI para predição de

falhas, sendo aplicado em diversas indústrias há alguns anos, com impacto positivo diretamente no EBITDA e na reputação das organizações. Acelerar as agendas de ESG através da execução da estratégia de transformação digital impacta diretamente nos resultados financeiros da organização. É justamente neste ponto que o SAMGuard gera valor compartilhado com toda sociedade, na medida que auxilia as organizações a reduzirem suas emissões de GEE em suas operações industriais (escopo 1).

Segundo pesquisa realizada pela McKinsey, divulgada no ESG Summit em 2021, os clientes estão dispostos a pagar mais caro por produtos e serviços de empresas que atendam às agendas de ESG. Impacto no valuation da empresa, acesso a melhores taxas de juros, entre outros benefícios, complementam as vantagens de se ter uma ferramenta como o SAMGuard auxiliando na gestão dos ativos.

Os líderes de transformação digital e de ESG das organizações devem atuar de forma colaborativa e integrada para que os resultados sejam alcançados mais rapidamente, e o uso de uma solução digital como o SAMGuard do Samson Group, contribui para o crescimento sustentável e uma sociedade melhor.

Vamos aprofundar o debate? Entre em contato com a Samson e vamos conversar sobre este tema.

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Fluid Feeder produz lavadores de gases para estações de tratamento e indústrias

Empresa da área de equipamentos e serviços para tratamento de água e efluentes, certificada pelo ISO 9001:2015, a Fluid Feeder segue aumentando a participação no mercado, com novos produtos e soluções. Atualmente, a companhia ampliou a produção de lavadores de gases, com solução química neutralizante para as estações de tratamento de água (ETAs) e de esgoto (ETEs), assim como para as indústrias.

Conhecidos como lavadores de gases, o sistema de exaustão e neutralização de gases da Fluid Feeder é projetado e fabricado de acordo com normas brasileiras e internacionais (ABNT, Abiclor, CETESB, Chlorine Institute e ANSI), o que visa a oferecer segurança operacional e ambiental em processos que liberam gases tóxicos ou perigosos, que se fazem presentes em indústrias e estações de tratamento.

Assim como o gás cloro utilizado no tratamento de água, esse sistema de exaustão e neutralização de gases pode ser utilizado em situações emergenciais, ou seja, em casos de vazamento de gases tóxicos, explica o diretor técnico da companhia, Francisco Carlos Oliver, observando que “essa aplicação também pode ser usada no controle de odores, sendo muito comum a presença de gás sulfídrico e amônia, emanados no tratamento de esgotos”.

O empresário acrescenta ainda que os lavadores de gases podem ser utilizados em todo local onde haja arma-

zenamento e manuseio de cloro gás, além de liberação de odores, tanto em serviços públicos como privados. “O princípio da operação do lavador de gases consiste na exaustão do ar contaminado, através dos dutos de condução, até a torre de neutralização do lavador, onde esse ar toma contato intenso com a solução neutralizante na torre/câmara de enchimento” – explica tecnicamente – e conclui: “A Fluid Feeder investe na procura do melhor produto e da solução mais eficiente que atendam as demandas do mercado”.

Nova pesquisa da Juniper Research, sobre os mercados de telecomunicações, descobriu que as operadoras gerarão US$ 17 bilhões de receita adicional, com redes de satélite 5G compatíveis com 3GPP (Third-generation Partnership Project), entre 2024 e 2030.

Sugere parcerias com SNOs – Satellite Network Operators – que permitirão aos operadores lançarem serviços 5G monetizáveis, baseados em satélite para seus assinantes. Os SNOs possuem a capacidade de lançar hardware de satélite de próxima geração no espaço, além de serem responsáveis pela operação e gerenciamento das redes resultantes.

O novo relatório Global 5G Satellite Networks Market 2023-2030 prevê que o primeiro lançamento comercial de uma rede de satélite 5G ocorrerá em 2024, com mais de 110 milhões de conexões de satélite 5G compatíveis com 3GPP em operação, até 2030. Para capitalizar esse crescimento, a pesquisa pede que as operadoras priorizem parcerias imediatas com SNOs que possam lançar satélites GSO (Órbita Geoestacionária). Esses satélites seguem a

rotação da Terra, para estarem sempre localizados acima do país que a operadora atende; fornecendo conectividade consistente.

Além disso, as operadoras devem alavancar seu relacionamento de faturamento pré-existente com assinantes móveis e empresas, como uma plataforma para aumentar a receita de conectividade via satélite 5G, nos próximos sete anos. O relatório antecipa que essa relação de faturamento existente permitirá que as operadoras impulsionem rapidamente a adoção da conectividade via satélite, integrando serviços de satélite às redes terrestres existentes.

No entanto, a pesquisa prevê que as operadoras dependerão cada vez mais de SNOs para a prestação de serviços, à medida que o desenvolvimento do 6G se acelera. Os pesquisadores recomendam que “as operadoras devem não apenas pensar nos serviços de satélite 5G, ao escolher um parceiro SNO, mas também no plano avançado para redes 6G, incluindo recursos de cobertura e taxa de transferência”.

Market NºControle&Instrumentação 282|2023
Redes de satélite 5G gerarão receita adicional de US$ 17 bilhões para operadoras

Motor conceito dual fuel

A FPT Industrial acredita fortemente no desenvolvimento de combustíveis alternativos, que se complementarão conforme o tipo de missão. Consciente do potencial e das oportunidades em bioenergia no Brasil, a marca compartilha a sua visão disruptiva, durante o 20º Fórum SAE Brasil da Mobilidade, em Curitiba/PR, apresentando, em parceria com a Universidade Federal de Itajubá/MG (Unifei), os resultados do projeto do motor conceito N67 Dual-Fuel, para aplicação agrícola.

A solução, tema do painel “Combustíveis atuais e alternativos como solução para uma mobilidade sustentável”, testou o motor da Série NEF utilizando biocombustíveis associados ao diesel, considerando a matriz energética brasileira. Além dos resultados deste projeto, a FPT Industrial expõe, durante o evento, o motor F1C Gás/Etanol, também objeto de estudo com a Unifei.

Na configuração offroad para tratores agrícolas, o motor N67 DualFuel foi submetido a testes em regimes estacionários, com o uso de biocombustíveis, como HVO, diesel de cana-de-açúcar, hidrogênio, gás natural, biogás e etanol, combinados ao diesel, buscando aumentar a eficiência e reduzir as emissões.

“A combustão dual-fuel é uma tecnologia promissora, para aumentar a eficiência global de motores diesel. Os benefícios são alcançados por meio das diferentes reatividades dos combustíveis, ou reduzindo as emissões de CO2, substituindo parcialmente um combustível fóssil por um renovável”, explica Alexandre Xavier, diretor de Engenharia da FPT Industrial.

Xavier aponta que o projeto confirma a competitividade em bioenergia do Brasil, país com inúmeras vantagens energéticas associadas ao uso do gás natural e biocombustíveis. Além de incentivar a engenharia local, os testes consolidam uma solução competitiva e robusta, para as necessidades do consumidor latino-americano. “Este e outros projetos reforçam a proximidade da FPT Industrial com o universo acadêmico, e reafirmam o compromisso da marca, em prover soluções multienergia”, acrescenta.

A parceria da FPT Industrial colabora com a pesquisa e a inovação da Unifei, como parte do Programa Rota 2030 e, de acordo o coordenador geral do projeto, prof. Dr. Christian Coronado, acelera o desenvolvimento acadêmico. Em breve a universidade inaugurará um novo centro de produção de H2 verde em sua sede em Itajubá/MG.

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Controle&InstrumentaçãoNº282|2023

Aegea conclui contratação de projeto de autoprodução de energia solar

A Águas do Rio, concessionária da Aegea que opera no Rio de Janeiro, concluiu a contratação de um acordo para autoprodução de energia solar nas operações na região. O projeto prevê a locação de dois lotes do parque fotovoltaico da Elera Renováveis, em Janaúba/MG. A iniciativa atenderá, a partir de 2024, todo o consumo de energia elétrica da Águas do Rio, negociado em mercado livre de energia, ou seja, cerca de 75% do total.

As usinas que compõem o projeto já estão totalmente implantadas, e fazem parte do maior complexo fotovoltaico em operação do Brasil. O complexo solar Janaúba possui potência total instalada de 1,2GWp – o suficiente para atender mais de 1 milhão de pessoas – e ocupa uma área total de 3 mil hectares, com 2,2 milhões de módulos fotovoltaicos. A Águas do Rio ocupará uma potência equivalente a 120MWp, aproximadamente 10% de todo o complexo.

“Iniciativas como esta reforçam o comprometimento da Aegea com a eficiência energética e a sustentabilidade, contribuindo para um sistema de saneamento mais eficaz e ambientalmente consciente. Hoje, o setor de saneamento é um dos grandes consumidores de energia elétrica no Brasil. Este é mais um passo de um trabalho consistente da companhia, e com ações estruturadas para evoluir na eficiência das contratações no mercado livre de energia”, diz Emerson Rocha, gerente de Gestão de Energia e Eficiência Energética da Aegea.

Para Carlos Guerra, Vice-presidente Comercial e de Novos Negócios da Elera, parcerias como a da Águas do Rio reforçam nosso compromisso com a agenda de transição energética sustentável. Por meio de operações robustas e seguras, trabalhamos para ajudar nossos clientes a atingir seus objetivos. "Toda energia de Janaúba está destinada ao mercado livre, sendo comercializada para empresas que, assim como a Águas do Rio, priorizam uma agenda de descarbonização. O Complexo Solar de Janaúba é um marco para o setor de energias renováveis, e ficamos muito felizes com

essa parceria”, explica.

O Grupo Aegea faz uso cada vez mais eficiente dos recursos naturais em suas concessões, e tem avançado em sólidas parcerias, nesse sentido. A energia é um dos principais insumos utilizado nas operações, e a adoção de fontes limpas e que contribuem para a redução de emissões na atmosfera é uma prioridade para a Companhia, que tem o compromisso de colocar a sustentabilidade e os pilares ESG no centro de suas decisões.

“Atualmente, 97% da energia consumida em nossas unidades provém de fontes renováveis. Além disso, vale lembrar também que, em 2022, assumimos como meta a redução de 15% do consumo específico de energia, medido em kWh/m³, até 2030, que está atrelada a uma emissão de um Sustainability-Linked Bonds (SLB), operação inédita para empresas de saneamento no Brasil. Essa iniciativa reforça o compromisso da companhia com a agenda ESG”, complementa Rocha.

Na Águas do Rio, o consumo de energia é feito por duas modalidades: geração distribuída, com parques solares focados em equipamentos menores e próximos da fonte energética, e por meio do mercado livre de energia, voltado a abastecer sistemas maiores. Entre os investimentos estratégicos para a otimização do consumo de energia, a Águas do Rio iniciou em 2022, uma análise abrangente de eficiência de seus sistemas. Com análises da medição da eficiência energética de motores e bombas – componentes com alta demanda de energia –, a empresa identificou oportunidades para tornar a operação ainda mais eficiente. A partir deste levantamento, a concessionária traçou a meta de, até o segundo semestre de 2024, reduzir o gasto em 10% de energia elétrica, em toda a operação.

Energies NºControle&Instrumentação 282|2023

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Primeiro sistema de autoconsumo EV PV do mundo com carregadores V2G

Na convocação e participação da One Planet Foundation (OPF) e da NIO, 75 peças de módulos fotovoltaicos TOPCon tipo n da Astronergy foram enviadas ao Parque Nacional da Montanha Qilian, para apoiar a conclusão do primeiro sistema fotovoltaico de autoconsumo do mundo com carregador V2G, iniciando a terceira fase do programa de conservação ecológica Clean Parks e WWF, após a operação do sistema, desde 20 de agosto.

Clean Parks é uma iniciativa de construção de ecossistema defendida pela NIO para apoiar mais reservas naturais em todo o mundo na adoção de EVs inteligentes. Por enquanto, a NIO ajudou a construir a infraestrutura de energia limpa e a formular a circulação de energia limpa e de baixo carbono, para proteger a autenticidade e a integridade dos ecossistemas sob a iniciativa.

Com o suporte dos módulos ASTRO N TOPCon PV da Astronergy, o primeiro sistema fotovoltaico de autoconsumo do mundo no Parque Nacional da Montanha Qilian poderia ter uma geração média anual de energia limpa de cerca de 670.000 kWh, o que poderia satisfazer em 100% o uso de veículos elétricos dentro da área protegida, e simultaneamente oferecendo força para 50% das outras necessidades. Todas essas saídas de energia verde resultam em uma redução anual estimada de carbono de cerca de 53 toneladas.

A estação de autoconsumo V2G agora está operacional dentro da base de pesquisa nacional de longo prazo do Parque Nacional da Montanha Qilian, fornecendo suporte contínuo para patrulhas ecológicas, e utilização de energia limpa e de baixo carbono dentro do parque.

“Por um mundo mais verde, a biodiversidade é um dos principais esforços da empresa para ajudar a gerar energias mais verdes, operar negócios, e apoiar o desenvolvimento econômico e social. A Astronergy está feliz, e se esforça para promover continuamente a inovação da tecnologia fotovoltaica para melhor atender as usinas de energia, promover a sustentabilidade biológica, promover o estabelecimento de uma nova sociedade de desenvolvimento de energia livre de poluição, emissão zero e alta eficiência, e apoiar o verde e a transformação de baixo carbono, fornecendo forte apoio para o desenvolvimento da conservação da biodiversidade”, disse Samuel Zhang, CMO da Astronergy, na inauguração do sistema.

Neoenergia e Governo do RN assinam memorando para projetos de geração de energia eólica offshore no estado

A Neoenergia e o Governo do Rio Grande do Norte assinaram MoU –memorando de entendimento – para o desenvolvimento de estudos para a produção de geração eólica offshore, na região litorânea do estado. O acordo também contempla ações de mútua cooperação e intercâmbio, que envolvem aspectos socioeconômico, ambientais, técnicos e de natureza regulatória.

A cerimônia de assinatura contou com a presença do diretor de Hidráulica e Offshore da Neoenergia, Marcelo Lopes, e da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.

“Essa é mais uma parceria que está alinhada à estratégia da Neoenergia. Somos protagonistas da transição energética no Brasil. Acreditamos que as novas oportunidades de negócios sejam pautadas pela descarbonização, inovação e desenvolvimento de novas tecnologias, para geração de uma energia limpa, segura e confiável”, afirmou Marcelo Lopes.

O executivo defendeu que o primeiro passo para o crescimento do mercado de energia eólica em alto-mar no Brasil é a definição de um marco regulatório do novo segmento. “Isso é fundamental para o desenvolvimento da cadeia industrial com valor agregado, e a valorização de atributos socioambientais da fonte. Também consideramos que o marco será importante para a segurança jurídico-regulatória e previsibilidade para os investidores”, completou.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, declarou que a assinatura do memorando de entendimentos com a Neoenergia faz parte de uma sequência de desdobramentos de conversas e de reuniões com a companhia.

“Sempre foi nossa intenção manter o Rio Grande do Norte na liderança brasileira na produção de energia limpa, e isso se dará através de interesses mútuos como, por exemplo, o que tem demonstrado o Grupo Neoenergia, por meio de troca de informações e missões técnicas envolvendo as equipes da Neoenergia e as do Governo do Estado. Portanto, esse memorando vai ser muito importante para darmos segmento a essas conversas, sobretudo para o desenvolvimento de projetos offshore, além de apoio logístico para a infraestrutura portuária”, enfatizou a governadora Fátima Bezerra.

Essa já é a quarta assinatura de memorando de entendimento realizada pela Neoenergia para o desenvolvimento de geração eólica offshore no país. A companhia está conduzindo estudos para avaliar a viabilidade de desenvolver projetos eólicos em alto-mar nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará.

Energies NºControle&Instrumentação 282|2023

O mercado de energia solar tem enfrentado desafios para a expansão da geração distribuída (GD). O aumento de suspensões e cancelamentos de projetos fotovoltaicos, por parte das reguladoras, já gerou um prejuízo de mais de R$ 3 bilhões ao segmento, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Diante desse cenário, tecnologias de inversores híbridos têm ganhado espaço para reduzir as chances de reprovações em projetos de GD, uma vez que evitam a inversão de fluxo, um dos principais motivos para a rejeição dos projetos pelas autoridades regulatórias.

Um inversor híbrido é um componente essencial em sistemas de geração de energia solar. Ele desempenha um papel importante na conversão da corrente contínua (CC) gerada pelos painéis solares em corrente alternada (CA), utilizável para alimentar uma residência ou empresa. O destaque está na capacidade dos inversores híbridos de armazenar energia em baterias para uso posterior, o que os torna uma solução versátil para otimizar a eficiência e a confiabilidade de sistemas de energia solar.

A tecnologia é capaz de evitar períodos de falta de energia, principalmente no cenário de aumento da frequência de apagões. O inversor possibilita que os proprietários mantenham acesso à energia armazenada em suas baterias, garantindo uma fonte confiável e contínua de eletricidade.

A inversão de fluxo em sistemas de energia solar ocorre quando a energia gerada pelos painéis solares excede a demanda atual, e é injetada de volta na rede elétrica. Embora isso possa parecer benéfico, pode causar sobrecarga e instabilidade na rede, além de potencialmente violar regulamentações locais de energia.

Caso a reguladora constate no projeto a possibilidade de inversão de fluxo, é gerada, então, a reprovação, impossibilitando a instalação de painéis solares no local. Além disso, a energia excessiva enviada de volta para a rede, muitas vezes, não é recompensada adequadamente, o que pode afetar negativamente o retorno financeiro do investimento em energia solar. No Brasil, existem algumas opções de inversores híbridos disponíveis no mercado.

Um dos lançamentos mais recentes pertence à Solfácil, maior ecossistema de energia solar da América Latina. A empresa disponibiliza um inversor híbrido desenvolvido pela Goodwe, líder em armazenamento de energia solar. O dispositivo é inteligente e monitora continuamente a demanda de energia e a geração solar, direcionando automaticamente o excesso de energia para armazenamento em baterias ou outros dispositivos de consumo, evitando assim a sobrecarga da rede elétrica. A tecnologia chega após um investimento de mais de R$ 100 milhões na inauguração do Centro de Distribuição, em Pernambuco, Nordeste, reforçando a posição da empresa como distribuidora de equipamentos fotovoltaicos.

Energies Controle&InstrumentaçãoNº282|2023
Inversores híbridos podem reduzir prejuízo no mercado de energia solar, que já chega a R$ 3 bi

Pronto para implantar segurança cibernética de OT na sua planta industrial?

A WESTCON, pioneira na execução de serviços de análise, diagnóstico, troubleshooting e certificação de redes, anunciou hoje uma parceria de distribuição com a TXOne Networks, líder em segurança cibernética industrial, para fornecer detecção e prevenção de ameaças em ambientes industriais. Essa colaboração aborda de forma eficaz as crescentes ameaças cibernéticas em OT, proporcionando às instalações a tranquilidade de saber que seus ativos críticos estão protegidos.

"A WESTCON é uma verdadeira distribuidora de segurança cibernética de OT que tem os recursos para apoiar parceiros e clientes em sua jornada para a detecção completa de ameaças e prevenção em seu ambiente ICS", diz Jeff Van Natter, Diretor de Alianças Estratégicas da TXOne Networks Americas. "Juntos, seremos capazes de escalar rapidamente neste mercado de segurança cibernética de OT de alta demanda e rápido crescimento."

A WESTCON fornece soluções especializadas em automação industrial que, juntamente com as soluções da TXOne Networks, ajudarão as plantas industriais a proteger seus ambientes contra agentes maliciosos que buscam interromper operações críticas.

A segurança cibernética de OT é um pilar fundamental da estratégia de negócios da Westcon. À medida que testemunhamos a onda de digitalização dos processos de produção impulsionada pelo advento das iniciativas da Indústria 4.0, as organizações buscam por soluções de segurança cibernética cada vez mais eficientes e estruturadas para enfrentar a crescente proliferação de ameaças.

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Paolo Capecchi, CEO da Westcon, declarou: "É com imensa satisfação que entregamos ao mercado brasileiro soluções tão avançadas quanto as oferecidas pela TXOne, líder mundialmente reconhecida no mercado de segurança cibernética de OT".

Ao utilizar a abrangente oferta de serviços da WESTCON e implementar as soluções da TXOne, as organizações podem proteger seus sistemas de controle industrial e ambientes de tecnologia operacional.

Sobre a WESTCON

A WESTCON convida as pessoas interessadas em proteger seu ambiente industrial a seguir a empresa no LinkedIn, Facebook ou YouTube, ou a ver sua página de soluções TXOne.

Sobre a TXOne Networks

A WESTCON atua no mercado brasileiro há 29 anos, estabelecendo-se definitivamente como uma empresa inovadora no mercado, fornecendo as mais modernas tecnologias disponíveis, além de suporte técnico e serviço pós-venda superiores. Homologada como Centro de Competência PROFIBUS e PROFINET (PICC), a empresa conta com uma equipe técnica composta por engenheiros treinados e certificados para garantir a excelência no atendimento aos seus clientes.

A WESTCON conta também com profissionais com certificação de nível Expert no programa de especialização da ISA (Industrial Automation Society) para a norma ISA/IEC 62443 em cibersegurança de OT, que é a mais alta certificação possível neste campo.

wii.com.br

A TXOne Networks oferece soluções de segurança cibernética que garantem a confiabilidade e a segurança dos sistemas de controle industrial e dos ambientes de tecnologia operacional. A TXOne Networks trabalha em conjunto com os principais fabricantes e operadores de infraestrutura crítica para desenvolver abordagens práticas e fáceis de operar para a defesa cibernética. A TXOne Networks oferece produtos network-based e endpoint-based para proteger a rede de OT e os dispositivos de missão crítica usando uma abordagem de defesa em profundidade e em tempo real.ssssssssssssssssssssssss

www.txone.com 19 Controle&InstrumentaçãoNº282|2023

Prêmio ABDI Anatel de Redes Privativas celebra vencedores

A ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações celebraram os projetos vencedores do Prêmio ABDI Anatel de Redes Privativas, concurso que selecionou os melhores usos de redes privativas sem fio no Brasil nas categorias Agro; Indústria; Utilities/Mineração, Óleo e Gás; e Outros Setores. Projetos que se destacaram no uso de tecnologias 5G também foram homenageados na cerimônia de entrega de troféus, ocorrida na sede da Anatel, em Brasília.

As redes privativas podem ser definidas como redes de telecomunicação para implementação de soluções específicas, associadas ao serviço limitado privado, para operação em faixas de frequências cujas condições de uso derivam de padrões internacionais, que permitem aplicações ponto-multiponto e ponto-área diversificadas. Essas redes são utilizadas por setores, como o industrial, de utilities, agropecuário, de negócios, óleo e gás e em outras aplicações privadas, cujos requisitos podem divergir daqueles ofertados pelas redes de telecomunicações comerciais. O presidente da ABDI, Igor Calvet, comemorou a premiação, rememorando os entendimentos da Agência com atores do setor, para promover, por meio de redes privativas, a competitividade da indústria brasileira. “Uma das coisas que nos impedia de avançar cada vez mais na Indústria 4.0 era a tecnologia habilitadora, a conexão máquina/máquina, homem/máquina, máquina/infraestrutura. Tudo dependia de uma tecnologia habilitadora”, recordou. “Quando surgiu o 5G, vimos que essa poderia ser a tecnologia habilitadora. Sem ela, uma parte do nosso esforço de fomentar a indústria 4.0 no país seria perdido”, concluiu, em claro incentivo ao avanço das redes privativas nessa direção, e em reconhecimento à importante aproximação da ABDI com a Anatel.

A perspectiva de novos incentivos ao uso das redes privativas, como o Prêmio ABDI Anatel, foi valorizada pelo presidente da agência reguladora de telecom, Carlos Baigorri. “Espero que essa seja só a primeira versão desse prêmio, e que, nas próximas versões, a gente tenha mais candidatos”, disse. “A ideia é que isso seja um processo contínuo, para divulgar para toda indústria brasileira, para o agro, para todas as atividades empresariais, as oportunidades e as experiências concretas que se têm na utilização de 5G e de 4G, em redes privativas, para aumentar a competitividade.”

O gerente da Unidade de Novos Negócios da ABDI, Tiago Faierstein, também destacou a importância das iniciativas vencedoras para a massificação do uso das redes pelo setor produtivo nacional. “Os projetos aqui premia-

dos devem servir de exemplo para toda a indústria nacional. Não só pelo funcionamento e benefício da tecnologia em si, mas também pelo modelo de negócio criado, e como ele pode gerar economicidade e ganho de produtividade para a empresa”, explicou. “Quando nós conseguirmos mostrar isso para o empresariado brasileiro, as redes privativas, especialmente as redes 5G, vão ser amplamente difundidas no Brasil”, concluiu, lembrando de projetos da Agência, nesse sentido, em andamento junto à Petrobras e ao Parque Tecnológico Itaipu.

As iniciativas vencedoras, com operações principais no Paraná, Mato Grosso, Bahia, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, foram avaliadas de acordo com critérios definidos nas Diretrizes do Prêmio, por uma comissão formada por servidores da Anatel e representantes da ABDI. A parceria entre as duas agências coletou informações dos serviços utilizados pelos projetos para mensurar o impacto que as redes de telecomunicação voltadas a soluções específicas têm em seus negócios do setor produtivo nacional.

Ao avaliar os casos de usos do espectro em redes privativas, o Prêmio ABDI Anatel teve por objetivo estimular esse tipo de investimento, e divulgar os resultados alcançados por eles com o uso de redes, como 5G, 4G e WiFi 6. Para difundir a importância das redes de Quinta Geração, acrescentou premiações de destaque a duas iniciativas de Inovação no uso da Tecnologia 5G e em Pesquisa e Desenvolvimento com 5G.

Os vencedores do Prêmio – que receberam o Troféu de Conectividade em Redes Privativas – e das Premiações de Destaque, foram:

I. Rede Privativa – Agro

Projeto – Campo Conectado (PUC-Rio): Rede Privativa

Flash NºControle&Instrumentação 282|2023

instalada em Mato Grosso, para sistema de Agro 4.0, na faixa de 700 MHz com tecnologia 4G. Parceria entre PUCRio, Nokia, Datora e Arqia.

Projeto – SemeAR-0 (CPQD): Rede Privativa instalada em São Paulo, para sistema de Agro 4.0, nas faixas de 250 MHz com tecnologia 4G, além de Wi-Fi e LoraWAN. Projeto financiado pelo Funtell via Finep, parceria entre CPQD, Tropico Sistemas e Telecomunicações, Cambium Networks e Khomp.

Projeto – Campo Conectado (Sol Internet of People): Rede Privativa instalada em Mato Grosso, para sistema de Agro 4.0, na faixa de 700 MHz com tecnologia 4G. Parceria entre a Startups, Huawei e Claro S.A.

II. Rede Privativa – Indústria

Projeto – Centro Logístico Inteligente (Huawei): Rede Privativa instalada em Sorocaba/SP, para sistema de Indústria 4.0, na faixa de 3,5 GHz, com tecnologia 5G. Parceria entre Huawei e Telefônica.

Projeto – Siderurgia do Futuro (Gerdau): Rede Privativa instalada em Jundiaí/SP, para sistema de Indústria 4.0, nas faixas de 1.800 MHz e 3,5 GHz, com tecnologias CATM, 4G, 5G. Parceria entre Gerdau, Embratel, Huawei e Claro S.A.

Projeto – OpenLabWEG-V2COM: Rede Privativa instalada em Jaraguá do Sul/SC, para sistema de Indústria 4.0, na faixa de 3,5 GHz, com tecnologia 5G. Parceria entre WEG, Embratel, Ericsson e Claro S.A.

III. Rede Privativa – Utilities / Mineração / Óleo e Gás

Projeto – Conectividade Industrial (Petrobras): Rede Privativa instalada em diferentes localidades do Brasil, para ambientes onshore e offshore, nas faixas de 700 MHz e 1.800 MHz, com tecnologia 4G e previsão para evolução para 5G. Parceria entre Petrobras, Huawei, Nokia e Telefônica.

Projeto – Programa de Conectividade (Vale): Rede Privativa instalada em municípios do Pará e de Minas Gerais, para ambiente de mineração, nas faixas de 700 MHz, 2.1GHz, 2.3GHz, com tecnologias CAT-M e 4G, que levou também conectividade à comunidade local. Parceria entre Vale, Nokia e Telefônica.

Projeto – Energia do Futuro (NeoEnegria Elektro): Rede Privativa instalada em diferentes municípios de São Paulo, para implementação de sistemas de medição inteligente, automação e suporte à operação, para distribuição de energia elétrica, na faixa de 700 MHz e testes em 400 MHz, com tecnologia 4G. Parceria entre Neoenergia, Nokia, General Electric e Telefônica.

IV. Rede Privativa – Smart City / Educação / Saúde / Transporte

Projeto – OpenCare 5G (Hospital das Clínicas da USP/

SP): Rede Privativa do Hospital das Clínicas /SP para sistema de telemedicina voltado ao atendimento de população desassistida, especialmente comunidades indígenas. Sistema OpenRAN na faixa de 3.700 – 3.800 MHz, com tecnologia 5G. Parceria entre Hospital das Clínicas, Inova HC, Deloitte, Itaú, Siemens Healthineers, NEC, AirSpan, TIP e Escola Politécnica da USP.

Projeto – Vídeo Polícia Expansão (SSP-BA): Rede Privativa instalada em Salvador e Região Metropolitana (BA) para sistema de auxílio às forças de segurança pública, na faixa de 700 MHz, com tecnologia 4G. Parceria entre a SSP/BA, Huawei e Oi Soluções.

Projeto – Solução Inovadora (Prefeitura de Pato Branco/PR): Rede Privativa instalada em Pato Branco/PR para sistema de Smart City. Provê câmeras de reconhecimento facial para segurança pública e Wi-Fi público nas faixas de 3.700 – 3.800 MHz, com tecnologia 5G. Parceria entre a prefeitura de Pato Branco, Juganu e Claro S.A.

Destaque de Inovação no uso da Tecnologia 5G

Projeto – 5G Race 360 (Stock Car): Rede Privativa instalada em autódromos, para implantação de experiência imersiva que proporciona visão de 360° de dentro do carro para os espectadores, na faixa de 3.700 – 3.800 MHz, com tecnologia 5G. Parceria entre Stock Car, Qualcomm, Baicells e Audacetech.

Destaque de Pesquisa e Desenvolvimento em 5G

Projeto – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação com Tecnologia 5G: Rede Privativa no Parque Tecnológico Itaipu, emFoz do Iguaçu/PR, para oferecer infraestrutura de telecomunicações para um laboratório de desenvolvimento de aplicações, produtos e devices em geral, para soluções de alto impacto na indústria 4.0, nas faixas de 3.700 – 3.800 MHz,com tecnologia 5G. Parceria entre Fundação Parque Tecnológico Itaipu e a Nokia.

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Brazil Windpower 2023 reflete expectativa do ete marco regulatório

Cerca de 6.500 participantes em três dias de evento, mais de 160 debatedores, e quase 50 horas de painéis, divididos pelas três arenas montadas na São Paulo Expo, em São Paulo, e mais de 100 empresas expositoras. Os números superlativos alcançados durante a 14ª edição do Brazil Windpower (BWP) confirmaram a força do setor eólico em território nacional, e apontaram caminhos para transformar o país em um dos protagonistas globais na geração de energia sustentável.

Considerado o principal congresso do setor eólico na América Latina, o BWP reuniu executivos de grandes marcas, autoridades públicas, representantes de entidades do setor, empreendedores, consultores, prestadores de serviços e fabricantes da cadeia eólica do país e do exterior. E o que se notou, ao final dos três dias de evento, é que o Brasil está pronto para receber investimentos, e se transformar em uma potência mundial no assunto.

que isso, enfim, se torne uma realidade, foi quase consenso entre os participantes do Brazil Windpower, a necessidade da aprovação do projeto de lei 576/2021, que disciplina a exploração e desenvolvimento de energia a partir de fontes de instalação offshore. Com esse marco regulatório, haverá um ambiente jurídico seguro, e será o passo mais importante para “destravar o crescimento da indústria eólica no Brasil”.

Para se ter ideia, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já tem 74 pedidos de licenciamento ambiental de projetos eólicos offshore, que somam 183 gigawatts (GW) de potência, o que representa 7,5 vezes mais do que a capacidade de geração onshore brasileira em junho deste ano, de 24,1 GW. Também tramita no Senado a regulamentação para o hidrogênio verde.

“O Brasil começou com a cadeia produtiva de eólica antes mesmo de ter energia eólica. Isso demonstra a vocação do país e a capacidade natural de atrair capital. O capital quer vir para o Brasil. O país está na lista das principais empresas do mundo para investimentos. Então, a gente tem, sim, de enxergar essa vantagem. Uma natureza para criar um ambiente para atrair esses recursos”, destacou Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias A energia eólica brasileira é uma das mais promissoras no mundo. No ano passado, o país bateu recorde de instalações de energia eólica, registrando mais de 4 gigawatts (GW), segundo o GWEC, ficando em terceiro lugar, atrás somente da China e dos EUA.

De acordo com o “Roadmap Eólicas Offshore 2035” da Empresa de Pesquisa Energética-EPE, o potencial de eólicas offshore no Brasil é em torno de 700 GW. Isso equivale a 50 usinas hidrelétricas como a de Itaipu. Para

A Vestas promoveu um painel especial para debater a estabilidade elétrica das redes de energia renovável, frente ao apagão que atingiu o país no último mês. Um estudo, liderado pela empresa, mostra o potencial de penetração de energia de fontes eólicas e solares, e como elas podem contribuir para a estabilidade. No painel mediado por Ana Carolina Rennó Magalhães, da TSE Energy Consulting, que contou com a presença de especialistas, como Venilton Oliveira, sócio-diretor na Jordão

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Consultoria, e geradores de energia, como Claudio Junqueira, coordenador de Engenharia da Casa dos Ventos, a principal ordem de debate foi necessidade de criação de um parâmetro para a entrada de energia nas redes de transmissão pelo Operador Nacional do Sistema.

De acordo com Vinicius Ribeiro Niedzwiecki, Head of Grid Connection Vestas LATAM, as análises internas afirmam que eólicas e solares não são o problema nesses casos. “As empresas têm tecnologias e estratégias de operação já disponíveis para que a penetração das fontes continue crescendo no Brasil, e impulsionando a transição energética”, explica.

O executivo também citou exemplos, como de ERCOT, Operador no Texas, uma “ilha elétrica”, com conexões em corrente contínua à outras redes nos Estados Unidos que, em 2019, anunciou operação com uma penetração instantânea de aproximadamente 58% para as renováveis intermitentes. “ Nosso estudo mostra que a penetração das fontes renováveis no Brasil, no momento do blecaute, foi registrada em 42%. O índice é relevante, porém, sem força suficiente para colocar em xeque o crescimento dessas fontes ”, conclui.

Uma das arenas do evento foi palco do anúncio da parceria da Petrobras com a WEG, para o desenvolvimento conjunto de um aerogerador onshore de 7 MW de potência instalada, o primeiro desse porte a ser fabricado no Brasil. O anúncio contou com as presenças de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Daniel Pedroso, Gerente Executivo de Energia Renovável da Petrobras, Harry Schmelzer Jr., Presidente Executivo da WEG, João Paulo Gualberto da Silva, Diretor Superintendente da WEG Energia e Rodrigo Mello, Diretor Regional do SENAI do Rio Grande do Norte.

Jean Paul Prates reforçou a importância de uma transição energética justa e lembrou que o Rio Grande do Norte foi o primeiro estado a se tornar o maior produtor de petróleo terrestre e, hoje, é o maior estado produtor de energia eólica.

Um dos painéis tratou de serviços e manutenção para parques eólicos. Automação, gestão de risco e segurança, análise de dados, digitalização e capacitação técnica foram apontados como ferramentas recorrentes para garantia de serviços de excelência. Guilermo Manzo Peres, Service Commercial Senior Director Vestas LATAM, abordou, em sua fala, três pontos que a empresa leva em consideração para oferecer os serviços de gestão e manutenção de parque para seus clientes. “ Investimos em serviços básicos e refinamento de processos, incluindo treinamento constante e de digitalização. Em outra frente, estão as pessoas que são responsáveis por fazer essa indústria funcionar ”, explica. O executivo mencionou que dados da Irena (The International Renewable Energy Agency) apontam que, até 2030, a necessidade de pessoas trabalhando no setor irá triplicar.

Guillermo ainda pontuou sobre a necessidade de fortalecimento da cadeia de suprimentos, e como a Vestas pensa em oferecer soluções integradas que reduzam o tempo de parada de operações. “ Este ano, por exemplo, anunciamos no Brasil o desenvolvimento de uma parceria com a ZF e a ABS Wind, para a manutenção de gearboxes no Rio Grande do Norte. Temos de pensar em questões logísticas e no nosso relacionamento de longo prazo, para garantir excelência no atendimento das demandas de mercado ”, conclui.

Harry Schmelzer Jr. destacou a parceria com a Petrobras como um marco na história das energias renováveis no Brasil. “Vai ser muito importante para os investimentos em energia eólica no Brasil”, finalizou.

Com o tema “Política industrial verde e transição energética justa: o protagonismo brasileiro”, a edição de 2023 do Brazil Windpower abordou todos os aspectos de boas práticas ESG para o setor eólico, e suas novas tecnologias, como o hidrogênio verde. Temas como a importância da diversificação da matriz energética brasileira, diante do descompasso na estrutura para absorver as novas fontes de energia, e até aceitação social das comunidades dos entornos dos parques eólicos, fizeram parte da lista de encontros do BWP. A edição de 2024 já tem data para ocorrer: será entre os dias 22 e 24 de outubro, novamente na São Paulo Expo (SP).

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Sucesso marca Semana do Técnico Industrial 2023

Evento promovido pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), com apoio dos conselhos regionais que integram o Sistema CFT/CRTs, foi palco de palestras, formação de grupo de trabalho feminino, apresentações de trabalhos científicos e homenagens aos profissionais registrados. Foram quatro dias de intensa programação, com palestras, debates, homenagens, formação de grupo de trabalho feminino e integração de dirigentes, conselheiros, coordenadores, gerentes e equipes de todos os conselhos regionais que integram o Sistema CFT/CRTs.

Do evento, que contou com mais de 500 inscritos e grande audiência na transmissão ao vivo pelo canal do CFT no YouTube, destacaram-se apresentações de projetos científicos de estudantes do ensino técnico de todo o Brasil, e homenagens a profissionais registrados no âmbito da inovação e responsabilidade social, tema que norteou a edição 2023.

No encerramento da programação, o presidente do CFT, Solomar Rockembach, ao lado dos diretores José Carlos Coutinho (Financeiro), Valdivino Alves de Carvalho (Administrativo) e Bernardino José Gomes agradeceram a presença de todos, e reforçaram o compromisso da gestão

2022/2026 com a valorização profissional e a proteção da sociedade.

“O CFT está sempre aprimorando seus serviços, para atender os anseios de todos os técnicos industriais e da sociedade, pois, eu tenho certeza, o técnico industrial bem atendido e valorizado vai contribuir com inovação e responsabilidade social para o desenvolvimento do Brasil”, concluiu o presidente.

The Smarter E South America 2023

Em uma década, a energia solar fotovoltaica conquistou um lugar de destaque no mercado brasileiro. Ocupa a segunda posição em tecnologia de geração de energia elétrica – responde por 15% da matriz elétrica brasileira, com 33,5 GW de capacidade instalada –, gerou 1 milhão de postos de trabalho, e acumulou mais de R$163 bilhões de investimentos, no período de 2012 a 2023.

The Smarter E South America – O polo latino-americano de inovações para a nova realidade energética – realizado em São Paulo, é um reflexo dessas cifras, e o 10º aniversário da Feira e Congresso Intersolar South America é mais um indicador da evolução do mercado.

As cifras mostram que o Brasil caminha para ser um grande protagonista no mercado de energias renováveis. O próprio evento é um indicativo da consolidação e do crescimento do mercado: em três dias, passaram pelo Expo Center Norte, cerca de 50.000 visitantes, dos quais 2.500 participaram dos congressos.

A The Smarter E South America congrega a Intersolar South America, a ees South America – voltada para baterias e sistemas de armazenamento de energia –, e a Eletrotec+EM-Power South America – de infraestrutura elétrica e gestão de energia.

“O mercado brasileiro é o quarto maior no mundo, em termos de potência adicionada no último ano, e figura no TOP 10 das nações com mais capacidade instalada da tecnologia fotovoltaica, seja nas grandes usinas, seja nos pequenos sistemas de geração distribuída”, afirmou Ronaldo

Koloszuk, presidente da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

A energia solar é a fonte renovável mais competitiva do país, e uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, com geração de emprego e renda, atração de investimentos, diversificação da matriz elétrica e benefícios sistêmicos para todos os cidadãos. “ O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias, e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos pelo país ”, concluiu Rodrigo Sauaia CEO da Absolar.

Flash NºControle&Instrumentação 282|2023

Eficiência e otimização em controle de parques eólicos.

Com uma tecnologia de controle aberta baseada em PC e em EtherCAT.

Referência

Xinjiang Goldwind Science & Technology Co., Ltd.

China

www.beckhoff.com.br/wind

A Tecnologia de controle baseada em PC e em EtherCAT da Beckhoff já é usada ao redor do mundo em mais de 40.000 parques eólicos onshore e offshore com capacidade até 5 MW. O alto nível de integração com o uso de TI e normas de automação faz do controle baseado em PC uma poderosa e eficiente solução que combina todas as funções necessárias em uma plataforma uniforme de hardware e software – desde o gerenciamento operacional, controle de pitch, conversão, motorização e controle de frenagem e visualização da rede do parque eólico. A abertura da tecnologia de controle possibilita a integração de outras características, como segurança de monitoramento de condições, diretamente no sistema de controle –nossos benefícios em eficiência para a recuperação de energia.

Beckhoff Automação Industrial Ltda. Santo André – SP

Telefone: (11)4126-3232

info@beckhoff.com.br

Scalabe control technology Modular range of I/O Bus Terminals Modular software libraries

Controle&InstrumentaçãoNº282|2023 WT11-02BR |

GEE: as metas para evitar a catástrofe

Ondas de calor violentas, incêndios florestais mais intensos e mais comuns, chuvas mais fortes... este ano, temos visto um clima de extremos no mundo inteiro. Somada ao El Niño, os cientistas estão investigando até a poeira do Saara, para entender por que os últimos meses foram tão drásticos. Está certo, as temperaturas têm aumentado desde a Revolução Industrial e, ainda que contabilizemos a variabilidade natural, as evidências indicam que as atividades do ser humano, especialmente as emissões de gases do efeito de estufa, têm um papel central para tornar o planeta mais quente: de acordo com o Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS), da NASA, a temperatura média global do planeta aumentou pelo menos 1,1° Celsius (1,9° Fahrenheit) des-

Anomalias de temperatura global para cada mês de julho desde a década de 1880, com base no GISTEMP da NASA. As anomalias refletem o quanto a temperatura global esteve acima ou abaixo da norma de julho de 1951-1980.

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composição sobre foto do Prof. Dr. Cafer T. Yavuz, KAIST, cuja equipe de pesquisa desenvolveu um catalisador econômico e duradouro que recicla GEE em ingredientes que podem ser usados em combustível, Gás de Hidrogênio e outros produtos químicos, para reverter o Aquecimento Global

de 1880, com a maior parte do aquecimento acontecendo a partir de 1975, a uma taxa de aproximadamente 0,15°C a 0,20°C por década.

O IPCC – Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas das Nações Unidas – mantém posição sobre o estado do planeta: o arquivilão é o dióxido de carbono (CO2), mas também chama a atenção para o metano. O esforço para alcançar zero emissões climáticas líquidas até 2050 continua a ganhar impulso; países e empresas se comprometeram com o objetivo de reduzir as suas emissões líquidas individuais de gases de efeito de estufa (GEE) para zero, até 2050. O ano aí não é apenas para medir os esforços, o tempo é essencial para esse desaceleramento de temperatura, porque o planeta está a caminho de adicionar 50% a mais de aquecimento e exceder o limite de 1,5 graus Celsius para um aquecimento perigoso já em 2030, com uma chance em dez de acontecer cinco anos antes, 2025!

Cenários globais de HFC sem controles globais e com total conformidade com a Emenda Kigali. Também é mostrado um cenário em que a produção global de HFC será eliminada até 2020. Crédito: Avaliação Científica da Destruição do Ozônio: 2018, Resumo Executivo

caminhado e suportado com incentivos à melhoria da eficiência energética e de equipamentos de refrigeração. Mas a situação tende a piorar, se não reduzirmos drasticamente as emissões de GEE, em especial o CO2.

O melhor então são cortes imediatos nas emissões de superpoluentes de curta duração e gases de efeito estufa. A Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, que determina a eliminação progressiva de superpoluentes, como os HFC, por si só pode evitar até 0,5 graus Celsius de aquecimento, até ao ano 2100 – o que já está bem en-

O engenheiro Felipe Barcellos e Silva , membro da equipe do IEMA (Ins-tituto de Energia e Meio Ambiente) que atua em política energética, mobilidade urbana, qualidade do ar e modelagem de emissões atmosféricas, lembra que gases de efeito estufa (GEE) podem ser definidos como aqueles presentes na atmosfera terrestre, tanto naturais quanto antropogênicos, que têm a propriedade de absorver o calor que chega em nosso planeta por meio da radiação solar, causando o efeito estufa, que, em intensidades normais, é necessário para a existência e manutenção da vida. “ O ruim é essa camada natural se tornar cada vez mais desproporcional, deixando o planeta cada vez mais quente ”.

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Quadro1 Participação dos setores no perfil das emissões brasileiras/IEMA

Carolina Palazzi Bastos, pesquisadora do Programa Brasileiro GHG Protocol, e do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV, pontua que os gases GEE regulados pelo Protocolo de Quioto e considerados na elaboração de inventários corporativos pelo Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG) são o Dióxido de carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), Hexafluoreto de enxofre (SF6), Hidrofluorcarbonos (HFCs) e Perfluorcarbonos (PFCs).

Felipe ressalta que, para poder comparar, se trabalha com uma única métrica, transformando todas as emissões em CO2 equivalente (CO2e). “É para saber, por exemplo, o quanto uma tonelada de metano equivale em toneladas de CO2 em termos de efeito estufa. Como um cobertor com diversas camadas, que retém mais calor. Então, o gás metano, por exemplo, é dezenas de vezes mais potente que o CO2; o N2O é centenas de vezes; os HFCs são milhares de vezes mais potentes, mas como o CO2 é o mais comum, reporta-se em CO2e”, explica Felipe, que destaca que os GEE são diferentes de gases poluentes. Gases poluentes são gases cujas substâncias fazem mal à saúde humana, e os principais são dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO) e aldeído (RCHO). A confusão acontece porque, na maioria das vezes, as fontes de emissões de um e outro são as mesmas.

A Basf, por exemplo, documenta e monitora continuamente suas emissões atmosféricas, e tem a implementação de melhorias como parte integrante da sua gestão ambiental. A Basf monitora há décadas a emissão de gases de efeito estufa em suas operações, e publica sua pegada de carbono corporativa anualmente, desde 2008. Os gases de efeito estufa que monitora e reporta anualmente são dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O), metano (CH4), hidrofluorocarbonos (HFC) e hexafluoreto de enxofre (SF6), sendo o dióxido de carbono, de longe, o maior componente des-

sas emissões, representando 98% do inventário global de 2022. “Além dos gases de efeito estufa, também medimos e analisamos outros poluentes atmosféricos, para evitar a emissão de substâncias potencialmente nocivas, sendo elas o monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (Nox), compostos voláteis orgânicos não metano (NMVOC), óxidos de enxofre (Sox), material particulado, amônia (NH3) e outras substâncias inorgânicas. E as emissões destas substâncias também são disponibilizadas de forma pública em nosso relatório anual. Filtramos e monitoramos esses gases em conformidade com regula-

mentações ambientais rigorosas, e com padrões de qualidade do ar”, conta Aline Mazetti, consultora de sustentabilidade da Basf para América do Sul.

A indústria em geral emite muitos tipos de gases, mas o CO2 é o mais comum; e cada uma tem suas particularidades. Por exemplo, quase metade das emissões de GEE relacionadas à energia no Brasil vem do setor de transportes, tornando-o um ponto focal para pesquisa e intervenção política.

A indústria de petróleo e gás, por exemplo, computa as emissões ao longo da cadeia, bem como a de mineração ou a de cimento. Para acompanhar esses processos, a EPE – Empresa de Pesquisa Energética – elabora o balanço energético oficial do país, e institutos como a IEMA

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fazem um acompanhamento permanente sobre os GEE. Destaque-se que só estão disponíveis os dados governamentais, e aqueles que as próprias empresas disponibilizam de forma proativa, já que reportar essas emissões não é obrigatório – ainda. E, segundo levantamentos, a indústria é responsável por “apenas” 5% dos GEE.

Engana-se, contudo, quem pensa que as empresas não vão dar atenção a isso. A qualidade do ar e as emissões de GEE fazem parte das ações de ESG/ASG (Environmental, Social, Governance/Ambiental, Social, Governança) de todas as indústrias, são contabilizadas nas metas das corporações e, portanto, também estão no radar dos bancos e financiadores, há algum tempo.

E como as empresas estão oficializando esse cuidado?

Vários setores industriais internacionais mantêm programas que incluem os GEE e, no Brasil, um bom exemplo é o PBGHG – Programa Brasileiro GHG Protocol, criado em 2008, e responsável pela adaptação do método GHG Protocol internacional ao contexto brasileiro, e pelo desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de GEE corporativas.

Carolina conta que o método do GHG Protocol é o método de elaboração de inventários corporativos mais utilizado no mundo. “Ele busca estimular a cultura corporativa de inventário de emissões de GEE no Brasil, proporcionando aos participantes acesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional para contabilização das emissões de GEE e publicação dos inventários no Registro Público de Emissões (RPE). O PBGHG também atua na capacitação de organizações-membro, para elaboração de inventários organizacionais de GEE, oferecendo treinamentos sobre o método do GHG Protocol”, conta a pesquisadora, que pontua que, “apesar das dificuldades de monitorar as emissões `da porta para fora’, é importante que também haja esse monitoramento das emissões indiretas, e a ciência recomenda que as organizações sejam ambiciosas nesse sentido, porém, para fins de relato no PBGHG, não é obrigatório, apesar de mais de 80% de nossos membros contabilizar ao menos alguma categoria das suas emissões indiretas”.

É importante que as organizações contabilizem não apenas as emissões diretas de seu negócio, “da porta para dentro”, mas também as emissões indiretas de seus parceiros da cadeia de valor, pois, essas emissões de GEE acontecem indiretamente, devido ao negócio da organização e, para muitas empresas, são as maiores fontes de emissão de suas atividades. Esse controle permite que a organização repense os insumos de seus produtos, sua logística de distribuição, a eficiência energética de suas atividades, entre outras tantas oportunidades de melhoria de seu próprio negócio.

O inventário de emissões de GEE serve como um diagnóstico da situação de uma organização em um dado período, com relação às emissões de seu negócio. É um importante instrumento para a gestão das emissões organizacionais, serve como subsídio para a tomada de decisões. É a partir desse diagnóstico que uma organização consegue identificar quais são as principais fontes de emissão de GEE da sua atividade e da sua cadeia de valor, para então poder avaliar quais as melhores medidas a serem tomadas. Sem saber quais são suas principais emissões, a organização não consegue agir de maneira efetiva e direta, no que é realmente importante na gestão climática de seu negócio.

“Nestes relatórios, divulgamos todas as emissões que ocorrem ao longo da nossa cadeia de valor – desde a extração de matérias-primas, até a produção e descarte. Trabalhamos continuamente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, tanto em nossas operações próprias, quanto em conjunto com os nossos parceiros. Desde 1990, conseguimos reduzir as emissões globais de gases de efeito de estufa provenientes das operações da Basf em 54,1%, com relação a 2022, o que representa uma redução de emissões específicas (por tonelada métrica de produto vendido) de 74,8%. As mudanças climáticas são o maior desafio do nosso tempo. Como uma indústria química de base, buscamos unir Sustentabilidade e Inovação, que nos permite criar química para um futuro sustentável de baixo carbono, o que é reforçado com nosso comprometimento com o Acordo de Paris. Estamos convencidos de que só

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Exemplo de informação que consta em um relatório

será possível alcançar de forma sustentável os objetivos climáticos no longo prazo por meio da inovação baseada na química. Para que isso aconteça, focamos na eletrificação dos processos de produção e investimos em novas tecnologias. Em nossa jornada em direção à neutralidade climática, estabelecemos metas ambiciosas e estamos tomando diversas ações para alcançar emissões líquidas zero de CO2 (net zero), até 2050. Além disso, queremos reduzir nossas emissões em todo o mundo em 25%, até 2030, em comparação com 2018”, relata Aline Mazetti.

Daniel Gouveia, da área de SSMA – Segurança, Saúde e Meio Ambiente – do Grupo Solvay na América Latina, com foco em gases de efeito estufa e mercado de carbono, conta que a Solvay, no mundo, tem desafios para reduzir diversos gases de efeito estufa, que são características de processos químicos, tais como o gás carbônico, metano, óxido nitroso e gases refrigerantes. Porém, a molécula de CO2 representa mais do que 80% das emissões. No Brasil, nas plantas industriais de Paulínia e Santo André (SP), que formam a unidade COATIS da Solvay (também conhecida como Rhodia), o CO2 é o mais representativo (em torno de 90% das emissões totais). E quanto cada um estava afetando o meio ambiente não é algo trivial de ser estimado. De acordo com IPCC

Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas –, da ONU, atualmente o gás carbônico (CO2) representa em torno de 76% de todos os gases de efeito estufa, mas seu potencial de aquecimento global (o que seria uma maneira de medir o quanto um gás é capaz de reter calor) é menor, se comparado aos demais gases.

“Para se ter uma ideia, o óxido nitroso (N2O), gás de efeito estufa abatido pela unidade industrial pioneira da Rhodia em Paulínia, tem impacto 273 vezes maior que o CO2. Mas a Solvay tem como meta voluntária, dentro de seu Programa Solvay One Planet, reduzir em 30% suas emissões de gases de efeito estufa (Escopos 1 e 2) até 2030, tendo como base 2018. Além disso, se comprometeu em atingir a neutralidade de carbono, até 2040. Para escopo 3, que inclui uma ampla gama de emissões indiretas, que ocorrem ao longo da cadeia de fornecimento e do ciclo de vida dos produtos, o objetivo é reduzir em 24% as emissões, até 2030”, detalha o especialista da Solvay/ Rhodia.

No Brasil, desde 2006, a Rhodia reduziu em aproximadamente 95% suas emissões de escopo 1 e 2, ou seja, emissões relacionadas às suas atividades industriais, tais como aquelas devido ao consumo de gás natural e eletricidade. Essa redução foi atingida por meio de implementação, no conjunto industrial da empresa em Paulínia/SP, de unidades de abatimento do N2O (projetos denominados internamente Angela e Paganini), compra de energia elétrica renovável, produzida na unidade de Cogeração de Energia Elétrica de Brotas/SP, além de iniciativas de melhoria contínua de processos industriais, visando a aumentar a eficiência das linhas de produção, com redução do consumo de vapor e energia. “A meta agora é implementar projetos que nos permitam atingir as reduções das emissões de escopos 1 e 2 em 30%, até 2030, alinhadas com a meta do grupo”, afirma Daniel, que ressalta que, em comparação com as emissões de escopos 1 e 2 em 2005, as Unidades de Paulínia e Santo André já reduziram 95% de suas emissões; no mundo, as emissões de escopos 1 e 2 do grupo Solvay foram reduzidas em aproximadamente 19%, em 2022, quando comparadas aos índices base de 2018 e, no Brasil, a redução para o mesmo período é maior que 10%.

Além disso, enquanto as alternativas de transição energética estão sendo desenvolvidas e implementadas, recentemente a Rhodia, no Brasil, lançou o primeiro portfólio de produtos carbono neutro, com o intuito de oferecer aos clientes a neutralidade das emissões do “berço ao portão” (“cradle-to-gate”) do produto adquirido. Os

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Parte da Sede da BASF em Ludwigshafen na Alemanha @Basf

Oportunidades para reduzir as emissões de GEE na indústria usando Machine learning ACM Computing Surveys, Vol. 55, No. 2, Article 42.

Publication date: February 2022.

dois primeiros produtos desse portfólio são o ácido adípico Rhodiacid, utilizado em diversos segmentos, em especial na área de poliuretanos para calçados, e o Amni Carbon Neutral, fio têxtil de poliamida, empregado na indústria de vestuário/moda.

Atualmente, no Brasil e no mundo, as principais ações e projetos que têm por intenção acelerar a transição energética se concentram basicamente em: utilização de combustíveis e eletricidade renováveis, em substituição às fontes fósseis (biomassa; solar; eólica, biometano, etc), e projetos de eficiência energética (eletrificação; otimização; melhoria contínua em consumos específicos).

Enfrentar as alterações climáticas envolve mitigação e adaptação, requer mudanças nos sistemas elétricos, transportes, edifícios, indústria e uso do solo; adaptação requer planejamento para resiliência, gestão de desastres, compreensão do clima, etc. Nos últimos anos, o machine learning, inteligência artificial e outras tecnologias disruptivas entraram no radar dos responsáveis pelos impactos ambientais nas indústrias e fora delas. Pode também ajudar a prevenir vazamentos de metano, de gasodutos de gás natural e estações de compressão, usando dados de sensores e/ou satélites para sugerir manutenção ou detectar vazamentos existentes e dimensionar estratégias. Machine learning também pode ajudar a reduzir as emissões em transporte de carga de combustíveis sólidos, identificar e gerenciar locais de armazenamento de CO2, e otimizar parâmetros para reduzir as emissões de CO2. Há muitas oportunidades para as novas tecnologias.

Segundo Daniel, a Solvay utiliza IA, Machine Learning, Digital Twin e outras tecnologias disruptivas de maneira indireta nessa área, pois, elas são incorporadas nas operações e acompanhamento de indicadores nos processos produtivos das fábricas, permitindo um controle mais eficiente dos processos e, como consequência, re-

duzindo o consumo específico de insumos e combustíveis, o que impacta na redução das emissões de gases de efeito estufa.

No centro da transição para emissões líquidas zero de CO2 está o uso de novas tecnologias, que permitam a substituição de combustíveis fósseis, como o gás natural, por fontes renováveis de energia, por exemplo. E a produção química é tipicamente uma grande consumidora de energia e geradora de gases de efeito estufa, como subprodutos da sua produção.

Aline conta que a Basf está aumentando a eficácia de suas fábricas e a eficiência de seus processos produtivos, através do uso de tecnologias digitais e dados. Com dispositivos móveis, acessa informações relevantes para o trabalho diário, e a forte integração dos processos de produção e de negócios permite tomar decisões melhores e mais rápidas, que agregam valor. Um exemplo de projeto que associa tecnologia, digitalização e sustentabilidade na Basf é o “Power Plant 4.0”, desenvolvido para otimizar o consumo de vapor e eletricidade e, consequentemente, as emissões de carbono decorrentes destes processos na planta de produção integrada (Verbund), em Ludwigshafen, na Alemanha.

A sede da Basf em Ludwigshafen é o maior complexo químico do mundo, e apesar de utilizar instalações e métodos de alta eficiência, são necessárias grandes quantidades de energia sob a forma de vapor e eletricidade para seu funcionamento. Para atender essa necessidade, a Basf possui três usinas de energia próprias no local. O objetivo do projeto “Power Plant 4.0” é melhorar a eficiência e a sustentabilidade, utilizando novos métodos e ferramentas digitais. As prioridades incluem a otimização da compra de eletricidade da rede e a venda de excedentes temporários à rede. Contudo, o comércio de eletricidade é um negócio altamente complexo. Em uma rede de fábricas

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altamente flexível, o planejamento energético costumava ser baseado em previsões mensais de necessidades para cada uma das mais de 200 instalações no local. As previsões eram coletadas manualmente e, com a Indústria 4.0, a previsão, automatizada, agora é baseada em um algoritmo que leva em consideração estatísticas de necessidades anteriores, dados meteorológicos e preços de energia. Para otimizar os resultados, foi lançada uma ferramenta de análise, baseada em big data, que identifica correlações entre itens em enormes bases de dados e apoia decisões de compra ou venda de eletricidade com base nisso. Como resultado, a confiabilidade das previsões de necessidades de energia aumentou significativamente. Antes, era comum ter desvios de 20% a 30%, e agora a precisão da previsão utilizando o algoritmo é superior a 95%.

A mudança para energia renovável será o principal motor da redução de emissões até 2025. Em 2021, as energias renováveis representavam 16% da demanda mundial de energia do Grupo BASF. Até 2030, a empresa projeta que 100% de sua demanda global de energia de 2021 será obtida a partir de fontes renováveis. Para cobrir sua demanda por energia renovável, a BASF está seguindo uma estratégia de fabricar e comprar. Isso inclui investir em ativos próprios de energia renovável e comprar energia verde de terceiros.

E, na América do Sul, a BASF atua com foco em eficiência energética e redução de emissões, mesmo antes da estratégia global de redução da companhia.

“ Como membro fundador do Pacto Global das Nações Unidas, concentramos nosso compromisso socioambiental global em apoiar a ONU para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nossas metas de redução de gases de efeito estufa estão diretamente relacionadas com o ODS 13 – Tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas. Estamos trabalhando para reduzir significativamente nossas emissões nos próximos anos, por meio de mudanças estruturais, investimento em tecnologia e projetos de eficiência, e alinhar ainda mais o nosso portfólio de produtos, para oferecer aos nossos clientes soluções que contribuam para a economia de baixo carbono. Contamos com produtos inovadores, que contribuem para a proteção climática, como materiais de isolamento para edifícios, baterias estacionárias de alta capacidade e longa duração, tecnologias que reduzem a emissão de veículos, soluções para a agricultura que reduzem as

emissões de nitrogênio, entre outros ”, afirma Aline. Cada organização desenvolve seus programas e uma maneira de coletar os dados, e fazer sua gestão de informações, para alimentar seus inventários, que suportam suas estratégias ambientais. Hoje, existem softwares e plataformas que auxiliam as organizações nessa gestão de dados, mas a boa e velha planilha também é bastante utilizada pelas organizações. A ferramenta de cálculo do PBGHG, por exemplo, é uma planilha disponibilizada gratuitamente, para que qualquer organização possa fazer o cálculo de suas emissões de GEE, independentemente de ser ou não membro do PBGHG.

“Para se tornar membro do PBGHG, as organizações devem fazer uma adesão anual ao Programa para publicarem seu inventário de emissões de GEE corporativas do ano anterior na plataforma do RPE, que é totalmente aberta ao público. A publicação do inventário no PBGHG é voluntária e auto declaratória, porém, os membros do PBGHG, ano a ano, relatam um aumento da demanda de diversos stakeholders, para que esse controle seja feito e tornado público”, conta Carolina. A obrigatoriedade evitaria – ou diminuiria – o greenwashing, mas revelaria danos corporativos, por isso, a precisão dos voluntários relatórios é essencial para os mercados e as políticas climáticas.

O mais importante é que a medição das emissões de GEE seja confiável e esteja na base de qualquer política significativa para restringi-las. Tornar transparente a heterogeneidade nas emissões corporativas pode facilitar o benchmarking entre empresas, e ser uma força que impulsione a redução nas emissões.

Um levantamento de pesquisadores da universidade de Chicago, do National Bureau of Economic Research (Cambridge), do Centre for Economic Policy Research (London) e da Universidade de Mannheim (Alemanha) mostrou que os danos causados pelas emissões médias de carbono corporativo são grandes, mas variam muito entre empresas. Numa amostra global, eles equivalem a cerca de 44% dos lucros operacionais das empresas, e a 3,1% das suas receitas. Os maiores danos ocorrem nas indústrias de uso intensivo de energia – eles ficam bem acima da média global. O levantamento sugere que a divulgação obrigatória ajudaria os mercados financeiros a disciplinarem melhor as emissões de GEE. E daria às empresas incentivos para pensar estrategicamente sobre suas emissões de GEE.

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Unidade da Rhodia/Solvay em Paulínia para abatimento de gás de efeito estufa @Rhodia/Solvay

MEIO AMBIENTE: Só depende de nós...

A automação industrial é uma grande força motriz na economia moderna, permitindo que as empresas aumentem a produtividade, competitividade com melhor qualidade, tenham redução de custos, além do aumento da segurança operacional.

A eficiência energética e a automação industrial estão intimamente relacionadas. Por meio da automação, é possível monitorar e controlar o consumo de energia de forma mais eficiente, identificar desperdícios e, ainda, implementar medidas para reduzir o consumo de energia.

Um ponto fundamental é que a automação industrial pode levar à redução das emissões de gases de efeito estufa, permitindo que as empresas operem de forma mais eficiente, otimizando o uso de energia consumida nos processos industriais e, consequentemente, pode ajudar a reduzir a questão global de carbono do setor industrial, tornando-o mais sustentável no longo prazo.

A indústria de forma geral tem uma grande responsabilidade nos impactos ambientais, como o consumo excessivo de energia, a geração de resíduos e as emissões de gases de efeito estufa.

O advento da indústria 4.0 é a principal ferramenta de inovação para a descarbonização que ajudam na otimização e automatização de técnicas produtivas, além de possibilitar processos mais eficientes e seguros. Ao fazer isso, essa revolução industrial contribui para a redução do consumo de insumos e de energia.

Com algoritmos de inteligência artificial, pode realizar-se o monitoramento e análise de dados de consumo de energia, permitindo a identificação de padrões e pontos de melhoria.

A Vivace Process Instruments está sempre trabalhando para equilibrar suas atividades de negócios com a proteção do meio ambiente e da natureza.

Nossas atividades estão em conformidade com a legislação vigente nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde.

A Vivace implementa formas de atuação capazes de minimizar o consumo de recursos não renováveis, maximizando a utilização dos insumos utilizados em seus processos produtivos, evitando o desperdício dos recursos naturais, bem como promovendo a reciclagem e o uso alternativo dos refugos de materiais utilizados nos processos produtivos, ou dos excedentes da produção, reduzindo o uso de água e energia, e sempre buscando insumos e formas alternativas para a produção.

Trabalhamos com análise dos riscos inerentes às nossas ativida-

des, identificando-os, gerenciando-os de forma a evitar acidentes e assegurando a minimização de seus efeitos.

Todos os projetos da Vivace devem estar em conformidade com as legislações vigentes em todos os seus ciclos de vida, e ter as melhores práticas de segurança, meio ambiente e saúde.

Como parte de nosso sistema de gestão, a melhoria contínua do desempenho em segurança, meio ambiente e saúde deve sempre ser promovida em todos os níveis, de modo a assegurar seu avanço nessas áreas.

Na Vivace, com nosso portfólio, apoiamos clientes, tanto do lado da oferta como da procura, para reduzir as emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global.

Toda nossa linha de produtos utiliza tecnologia de baixo consumo de energia, e sua aplicação em processos industriais leva ao aumento da produtividade, à otimização dos processos e à inovação tecnológica na produção, que melhoram a eficiência energética, e reduzem a intensidade de carbono.

Podemos citar o VPT10, transmissor de pressão com sensor capacitivo inteligente, e que garante processo com menos variabilidade.

Variabilidade de Processo é a oscilação da média ou ponto ideal do processo, e representa um aspecto fundamental para o controle da qualidade, redução de custos e desperdício de matéria-prima e energia. É uma métrica de como a saída do processo muda com base na variação dos parâmetros do processo. Nas medições envolvendo transmissores de pressão, o ideal é que a variabilidade, devido ao processo de medição, seja a menor possível. O VPT10, transmissor de pressão da Vivace, responde de forma muito rápida às variações de pressão de entrada, já que tem tempo de resposta inferior a 50 ms (a cada 18 ms se tem uma leitura de pressão), o que garante alta repetibilidade e estabilidade de leitura em aplicações dinâmicas, minimizando a variabilidade da medição. Sabendo-se dos problemas típicos e das causas prováveis de variabilidades em processos industriais, é possível trabalhar na diminuição destas variabilidades e, consequentemente, na redução dos custos variáveis, aumentando a qualidade e produtividade no processo. Os altos custos produtivos, devidos à alta variabilidade dos processos, aumentam os custos operacionais e, consequentemente, contribuem de forma negativa na emissão de gases de efeito estufa.

Meio ambiente seguro, consumo e produção sustentáveis, qualidade das relações e geração de valores para todos. Isto é Vivace Process Instruments.

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Sustentabilidade e crescimento

O grande desafio da humanidade atualmente é o crescimento da demanda por matérias-primas e energia, disponíveis de forma limitada. Para satisfazer as necessidades da população, são necessários processos de produção melhores e mais eficientes, contribuindo com a redução de uso de energia e de materiais. A Beckhoff acredita que esse desafio deve ser superado por engenheiros de diversas áreas tecnológicas, em todo o mundo, seja na construção de máquinas, tratamento de água ou na área médica, por exemplo. Por isso, estamos convencidos de que “… os engenheiros têm de salvar o mundo!”

GmbH, pertencente ao grupo Beckhoff, operam com sucesso um sistema de gestão de energia. Ambas as empresas são certificadas de acordo com a norma de gestão de energia internacional ISO 50001. A empresa Fertig Motors GmbH, também pertencente ao grupo, também passa regularmente por uma auditoria energética, conforme a DIN 16247. Para possibilitar uma gestão energética de sucesso, é necessário observar o consumo energético na empresa, implementar medidas para economia de energia, e aprimorar continuamente a eficiência energética. Nos últimos anos, por exemplo, conseguimos aumentar a eficiência energética de nossos prédios e de nossa infraestrutura na Alemanha. Alcançamos isso, através do uso de um sistema de iluminação com alta eficiência energética, isolamento predial nas reformas dos telhados, ou da instalação de um sistema de resfriamento noturno automático, que ajuda a refrigerar os pavilhões de produção durante os meses de verão.

Mudança consistente para energia ecológica

A Beckhoff possui a base tecnológica necessária para isso. A nossa tecnologia de controle baseado em PC permite tempos de ciclo extremamente curtos, que otimizam o rendimento de máquinas, aumentando a eficácia; as nossas CPUs permitem a execução de algoritmos de otimização complexos; a integração da tecnologia de informação e da tecnologia de automação (TI+TA) combina o melhor de dois mundos, e possibilita uma integração simples em núvem e aplicativos de ponta.

Todas estas tecnologias ajudam a otimizar a eficácia de processos; ou seja, reduzir o consumo de energia e de matérias-primas, e melhorar a qualidade e o custo-benefício.

Através de produtos e tecnologias pioneiros, possibilitamos aos nossos clientes uma produção sustentável e uma utilização eficiente dos recursos. Essas metas também se refletem em nossas próprias ações. A Beckhoff tem adotado diversas medidas para redução das emissões de CO2

Norma de gestão de energia internacional ISO 50001

Desde 2016, a Beckhoff e a empresa Smyczek

Em todas as nossas unidades na Alemanha, assim como na Smyczek GmbH e na Fertig Motors GmbH, passamos a utilizar energia ecológica para suprir 99% do nosso consumo total de aproximadamente 13 gigawatt/hora. A energia ecológica é gerada em novas usinas eólicas e fotovoltaicas. 7% de nossa demanda energética, aprox. 1.073 megawatt/hora por ano, são gerados em nossas próprias usinas fotovoltaicas. Com a mudança para energia ecológica, contribuímos para que mais energia seja gerada a partir de fontes regeneráveis, reduzindo assim as emissões de CO2. Ao utilizar energia de fontes renováveis, economizamos aproximadamente 7.400 toneladas de CO2, por ano

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Bárbara Barreiros de Almeida Beckhoff

Sustentabilidade no dia-a-dia da empresa

Todas as grandes medidas incluem vários detalhes, que ajudam a constituir uma relação responsável com o nosso meio ambiente. Juntamente com os nossos colaboradores, trabalhamos para nos tornar um pouco mais ecológicos, a cada dia. Em nossos restaurantes empresariais, utilizamos principalmente produtos regionais frescos. Assim, evitamos o transporte desnecessário de produtos. Além disso, utilizamos embalagens sustentáveis, como de açúcar queimado ou amido de milho, para nossos produtos para viagem. Estamos substituindo gradualmente os veículos de nossa frota por carros híbridos e elétricos. Atualmente, 55% de todos os veículos são elétricos ou híbridos. É planejada a aquisição de mais veículos elétricos. Paralelamente, trabalhamos na expansão contínua de nossa infraestrutura de recarga em Verl. Mais de 175 pontos de recarga já foram instalados, e temos planos de instalar ainda mais.

Nosso balanço e índice de gases do efeito estufa Fazemos o balanço anual de nosso consumo, e

calculamos as emissões inevitáveis em CO2 equivalente. Nosso balanço abrange todas as emissões ocorridas em decorrência das atividades da empresa, diretamente em nossas unidades, em todo o mundo. Isso quer dizer que ele engloba todas as fontes de energia, o consumo de água, o material necessário, os resíduos gerados e a reciclagem, alimentos e bebidas, atividades em viagens de trabalho e o transporte dos colaboradores de e para o local de trabalho.

A ilustração mostra o saldo atual de gás de efeito estufa da Beckhoff Automation em todo o mundo, bem como Fertig Motors e Smyczek, em 2022. No total, houve uma emissão de 15.462,1 toneladas de CO2e.

O balanço de gases do efeito estufa é baseado na norma “The GHG Protocol: A Corporate Accounting and Reporting Standard”, reconhecida internacionalmente, e abrange os gases do efeito estufa relevantes para o clima, que estão sob “controle operacional” da empresa. A base de dados para os cálculos provém da ecoinvent 2.2 e do método de avaliação IPCC 2007 (GWP 100a).

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Atenção ao que mede as emissões é compromisso das empresas

As emissões de gases ao redor do mundo são uma das preocupações ambientais que emergiram dos formuladores de políticas, além de serem objeto de uma série de regulamentações e estudos. Isso resulta em uma grande variedade de necessidades em termos de análise, detecção, monitoramento de gases e calibração de instrumentos.

A Presys Instrumentos vem procurando fazer sua parte neste assunto, fomentando, em seus Workshops técnicos, discussões conceituadas sobre Calibração, e este tema não poderia ficar distante.

Existem muitos instrumentos que são utilizados para medir as emissões de gases poluentes. Dentre eles, Anemômetros de molinete, Anemômetros térmicos, Aparelho de medição da vazão de volume, etc. E a calibração destes equipamentos e das malhas onde são interligados é extremamente importante, para garantir segurança e atingir os objetivos normativos.

Sabemos que o funcionamento de um analisador de gases parte da medida em que o sensor detecta a presença do gás com emissão de um sinal elétrico, que é amplificado e linearizado com a curva de calibração, resultando na concentração do elemento presente no gás em

volume ou ppm (parte por milhão).

Estes sinais precisam ser calibrados com padrões corretos e com rastreabilidade.

Monitorar poluentes como os Óxidos de Nitrogênio (NOX), Ozônio (O3)e Dióxido de Enxofre (SO2) são importantes, pois são constantemente avaliados pelos órgãos reguladores, como CETESB . Este debate técnico, metrológico e consciente está sendo realizado em cada um de nossos encontros técnicos.

Reforçamos que existe a necessidade de atingir resultados consistentes e superimportantes para a calibração dos instrumentos dessas malhas.

Garantir a rastreabilidade e a regularidade dessas calibrações trazem resultados associados à confiabilidade metrológica envolvida. Isto, além de atender aos critérios de controle e maior confiabilidade nas medições e com resultados satisfatórios.

Esta é a nossa jornada de propagação de conhecimento e estímulo à busca das melhores soluções metrológicas. Além de formar, desejamos inspirar os que participam dos workshops técnicos a terem uma atitude positiva, sempre com um Olhar Crítico e Analítico.

Sabemos que Calibração requer PACIÊNCIA, CONFIANÇA & CONHECIMENTO !

Impressions NºControle&Instrumentação 282|2023

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Impressions Controle&InstrumentaçãoNº282|2023
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I Congresso Petrobras de Industrial IoT

Proteger pessoas, ativos, reduzir emissões, e alavancar o resultado de nossas plantas industriais são desafios enormes, que passam pelo Industrial IoT. O I Congresso Petro de IIoT foi lugar de aprendizagem e oportunidade, para se discutirem temas de grande relevância para a indústria, como gestão de dados, convergência OT IT, cyber security para ambientes industriais, dentre outros.

A Internet Industrial das Coisas está na agenda de toda organização de base industrial que almeja transformar seus processos e melhorar seus resultados. Na Petrobras, existem diversas iniciativas de IIoT para proteção das pessoas e ativos, redução de emissões e aumento da eficiência operacional. A constante discussão com parceiros é muito importante, para que os desafios da indústria estejam alinhados com o que o mercado tem a fornecer. Encontrar o modelo de negócio e requisitos tecnológicos adequados e que conciliem expectativas dos usuários finais e dos provedores de tecnologia é fundamental para o sucesso de qualquer projeto. As soluções e modelos de negócios praticados por grandes players têm evoluído bastante nos últimos anos, se aproximando cada vez mais de tecnologias de TI e do modelo " as a service”, e essa mudança deve ser acompanhada de uma discussão aberta entre clientes e fornecedores.

“É realmente um tema estratégico para a Petrobras, e esperamos alavancar o uso de IIoT em todos os negócios, nos próximos anos. Simplificar o acesso e maximizar o valor dos dados industriais, com foco em segurança, é um grande desafio, que envolve pessoas, processos e tecnologia”, afirma Diogo Machado, gerente de Tecnologia da Informação e Telecomunicações para Logística, da Petrobras.

É Diogo que conta que a Internet das Coisas, não apenas a Industrial, é uma realidade na Petrobras: são bilhões de dispositivos conectados, que podem simplificar as vidas, num mercado global de centenas de bilhões de dólares. Diversos setores já utilizam soluções de IoT em escala no Brasil; podese destacar o agro, diversas iniciativas para os setores hospitalar e cidades inteligentes. Na Petrobras e na indústria de óleo e gás, de um modo geral, a adoção de IIoT já é bastante

relevante, em vista do enorme potencial dos dados para alavancar os resultados industriais. “É claro que existe o grande desafio de lidarmos com plantas e sistemas legados, o que traz a complexidade da implantação de novas soluções de sensoriamento e de conectividade, com a segurança da informação necessária”, lembra Diogo.

O aspecto cultural é importante nessa transformação. A adoção do IIoT em escala requer uma integração segura dos processos e sistemas de TI, e de Automação Industrial, a chamada Convergência OT IT. São universos que conviveram praticamente isolados por décadas, e que agora precisam estar juntos, se o objetivo é realmente ir além do monitoramento e da segurança operacional, extraindo decisões melhores e mais rápidas, a partir dos dados industriais. Essa integração é uma jornada que compreende dezenas ou centenas de pessoas, sistemas e processos.

Um outro desafio é a implantação em escala, sair da "armadilha da prova de conceito ou do mínimo produto viável". Confirmar hipóteses de negócio, e homologar soluções de forma rápida, seja numa plataforma offshore ou em uma refinaria, é importante, mas não suficiente. Fazer o rollout de um protótipo para dezenas de plantas industriais requer uma estratégia robusta, que envolve um complexo ecossistema de contratos de implantação e de operação e manutenção, nível de serviço, arquitetura da solução, governança para dados industriais e definição de papéis das áreas de TI, Automação Industrial, Manutenção, etc.

“O I Congresso Petrobras de Industrial IoT foi um sucesso! Ficamos muito contentes por ter promovido esse fórum, que contou com a participação presencial e remota de 2.000 pessoas e 30 empresas”, finaliza Diogo.

NºControle&Instrumentação 282|2023

Stellantis segue para ser empresa de tecnologia em mobilidade

A Stellantis Ventures, fundo de capital de risco da Stellantis, foi formado para apoiar e amplificar a execução do plano estratégico Dare Forward 2030. Dez startups e um fundo de capital de risco, voltado para a mobilidade, foram considerados para os primeiros investimentos principais. Três dos projetos apoiados pela Stellantis Ventures serão lançados este ano, validando a missão do fundo, de acelerar a implantação de tecnologias de mobilidade inovadoras e centradas no cliente, além de apoiar diretamente as diretrizes contidas no plano estratégico Dare Forward 2030, para liderar a mudança em direção a uma mobilidade mais sustentável, e uma melhor experiência a bordo do veículo, para todos os clientes.

“ Transformar a Stellantis numa empresa de tecnologia de mobilidade sustentável significa que temos de ter a mentalidade de uma startup, centrada nos nossos clientes, e trabalhando com uma dose de impaciência. Estamos utilizando a força da Stellantis Ventures para nos ligarmos a empresas que estão

desenvolvendo tecnologia de ponta, que acreditamos poder transformar a experiência a bordo, e melhorar o setor da mobilidade, para os nossos clientes e para a sociedade, como um todo”, afirmou Ned Curic, vice-presidente executivo de Tecnologia da Stellantis.

Os investimentos apoiam o plano estratégico Dare Forward 2030, e estão alinhados a três pilares principais: Responsabilidade (“Care”), Tecnologia (“Tech”) e Valor (“Value”).

O MX-System da Beckhoff permite soluções de automação completamente livres de quadro de controle, na engenharia de máquinas e sistemas. A combinação de placa de base e módulos funcionais, resultantes do sistema modular, reúne todas as tarefas e características de um gabinete de controle: alimentação de energia, proteção e distribuição de fusíveis, geração e monitoramento de tensões auxiliares, controle de sequência com entradas e saídas, controle de motores e atuadores, e o nível de conexão para os dispositivos de campo. A integração completa do sistema de todas as funcionalidades da máquina é alcançada através de IPC, acoplador, E/S, inversor, relé e módulos de sistema livremente selecionáveis, que podem ser configurados, e combinados de acordo com a aplicação específica.

A abordagem consistentemente sistêmica de montagens abrangentes e coordenadas, certificadas de acordo com padrões internacionais, reduz enormemente o esforço necessário para planejamento, montagem, instalação de máquinas e manutenção. Como são necessários consideravelmente menos componentes do que no design de gabinete de controle tradicional, para implementar os mesmos requisitos, todo o Sistema MX é significativamente mais compacto que as soluções anteriores. A área ocupada pelo sistema é reduzida, e a disponibilidade e flexibilidade do sistema também aumentam. Em cada fase do ciclo de vida de um sistema de controle, o MX-System oferece vantagens significativas, em relação ao gabinete de controle clássico.

A Copeland destaca seus compressores scroll de velocidade variável, projetados para uso em sistemas de refrigeração de média temperatura com fluidos refrigerantes R-744 (CO2), com pressão de operação até 110 bar, adequados para sistemas trans críticos de CO2. Esses modelos apresentam a tecnologia Dynamic Vapor Injection (DVI), que permite uma operação mais suave e eficiente dos sistemas de CO2 Booster em todos os climas, mantendo baixos custos; os compressores scroll de velocidade variável (Inverter), para aplicações com propano (R-290); esses modelos se beneficiam das excelentes propriedades termodinâmicas do R-290, e de seu potencial de aquecimento global insignificante – que requerem em média metade da carga de hidrofluorcarbonetos (HFCs); compressores scroll de velocidade variável (Inverter) com motor de ímã permanente, para uso em aplicações de média temperatura e média estendida, voltadas para a Refrigeração, aplicável com R-404A, R-134a, R-448A, R-449A, R-407A/C, de altíssima eficiência em cargas parciais, e com expressivo range de velocidade, que traduzem performance e confiabilidade; compressores scroll de velocidade variável (Inverter), com motor de ímã permanente, para uso em aplicações de média e alta temperatura com gás R-410ª, e alta eficiência em cargas parciais, e com expressivo range de velocidade.

Reciclar, Reutilizar e Reduzir.

A UNIS Group reduz o CO2 por meio de reparos.

Em todo o mundo, até 80% dos equipamentos eletrônicos antigos ou com defeito são simplesmente descartados. Já o lixo eletrônico (E-waste) contém matérias-primas úteis, e pode ser reutilizado ou reciclado. E isso garante que haja (cada vez mais), menos necessidade de novos produtos/matérias-primas, e que o impacto sobre o meio ambiente seja cada vez menor.

O objetivo na UNIS Group é contribuir para uma eco-

nomia circular e um planeta mais verde. E faz isso reciclando e reutilizando eletrônicos em fim de vida útil. Como contribuir para uma economia circular? Reduzindo as emissões de CO2, porque fazemos principalmente reparos; garantindo que as emissões de CO2 são significativamente menores do que na produção de novos itens; sabendo que a reciclagem e a reutilização reduzem nossa pegada de CO2; implantando milhares de painéis solares nos telhados.

Interessado? A UNIS pode tornar seu tempo de inatividade o mais ecológico possível!

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A utilização de uma calculadora DGA permite uma análise rápida, precisa e eficiente dos dados obtidos. Ao fornecer interpretações claras das concentrações de gás, facilita a tomada de decisões e a implementação de medidas corretivas em tempo hábil. É necessário maximizar e prolongar a vida útil dos transformadores elétricos, equipamentos críticos na infraestrutura de qualquer país, pois, qualquer falha ou mau funcionamento pode ter consequências graves, tanto em termos de custos, como de fornecimento elétrico.

É por isso que a Vaisala introduziu uma calculadora DGA gratuita, uma ferramenta intuitiva que ajuda a visualizar os resultados da análise de gases dissolvidos (DGA), fornecendo uma visão geral do desempenho de um transformador, sem a necessidade de realizar cálculos manuais ou criar gráficos por meio de uma planilha ou outro software.

A calculadora permite detectar e diagnosticar a tempo anomalias internas do transformador, identificando a presença e concentração de determinados gases dissolvidos no óleo isolante, que são produto da degradação, e podem indicar problemas, como superaquecimento, choques elétricos ou falhas de isolamento. A calculadora cuida de todo o trabalho manual habitual, compara os dados com os valores típicos dos principais gases de falha, de acordo com os padrões internacionais IEC e IEEE, fornecendo os resultados em um formato gráfico, fácil para entender.

A utilização de uma calculadora DGA otimiza os processos através da análise rápida, precisa e eficiente dos dados obtidos. Ao fornecer interpretações claras das concentrações de gás, facilita a tomada de decisões e a implementação de medidas corretivas em tempo hábil. Ele também fornece acesso rápido a descrições de tipos de falhas reais, e destaca pontos de dados visualmente.

Como o monitoramento é feito em campo, em locais remotos, a calculadora pode ser facilmente instalada no celular ou outro dispositivo inteligente. Na versão desktop, os usuários podem importar seus resultados de laboratório DGA mais recentes, e até mesmo históricos, diretamente para a calculadora, e exportar cálculos em formatos PDF, fáceis de compartilhar, bem como gráficos de tendências de gás.

Embora a calculadora não tenha sido projetada para especialistas em DGA de nível profundo, que geralmente estão acostumados com ferramentas e métodos de análise mais complexos, ela será útil como um recurso conveniente e sempre disponível, também para usuários avançados.

A Honeywell anunciou o Honeywell Ionic, um sistema modular de armazenamento de energia de bateria (BESS) compacto e completo, e uma ferramenta de gerenciamento de energia que oferece densidade de energia aprimorada, em comparação com o que está atualmente disponível no mercado, ao mesmo tempo que proporciona uma redução significativa dos custos de instalação. Instalado com células de bateria de íons de lítio, o design enfatiza a flexibilidade e a proteção contra o futuro. Honeywell Ionic inclui o sistema de controle de energia Experion da Honeywell e um sistema de gerenciamento de bateria (BMS) independente de produtos químicos. A Experion ajuda os usuários a gerenciar e otimizar o uso de energia, melhorando o tempo de atividade, permitindo a redução de picos, e fornecendo a capacidade de criar uma usina virtual. O BMS fornece informações sobre o desempenho no nível da célula, e é configurável com os avanços na química das baterias, isolando o usuário final de riscos futuros da cadeia de fornecimento.

O design modular fornece maior armazenamento de energia por metro quadrado, escalonável de aproximadamente 700 quilowatts-hora (kWh) a 300 megawatts-hora (MWh) de capacidade de energia, em uma configuração padrão, e com duração de até duas horas na taxa máxima de descarga. Esta solução oferece aos clientes um custo instalado mais baixo por quilowatt-hora. A abordagem modular permite que os clientes adicionem capacidade de armazenamento de forma incremental em seu próprio ritmo, sem precisar investir em mais capacidade do que o necessário.

Honeywell Ionic BESS também oferece um conjunto sofisticado de recursos de segurança, incluindo três camadas de sistemas BMS (BMSM) de última geração, garantindo a integridade da bateria e a segurança do sistema. Além disso, ele pode ser configurado com Li-Ion Tamer, que melhora ainda mais a segurança das baterias de íons de lítio, detectando fugas térmicas antes que elas ocorram.

O módulo de bateria foi projetado para acomodar células de vários fornecedores de baterias.

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A pioneira no desenvolvimento do mecanismo de guia de movimento linear, fabricante de diversos modelos de guias lineares, fusos de esferas, atuadores lineares e elementos de máquinas, apresenta, no mercado brasileiro, o com Guia Linear e Fuso de Esferas integrado.

De alta rigidez e precisão, o atuador foi desenvolvido para operações em alta velocidade, conferindo o menor nível de ruído, com longos períodos de trabalho, sem necessidade de manutenção, diferentemente do modelo KR convencional. Em tamanho, o atuador linear compacto com gaiola de esferas – o modelo SKR é 66% menor, e 31% mais leve, se comparado ao modelo convencional VLAST. Em repetibilidade de posicionamento, é tão preciso quanto ± 0,003mm.

O SKR é um atuador de alto desempenho, integrando Guia Linear e Fuso de Esferas, reduzindo horas de trabalho e montagem nos projetos, e tornando as partes móveis mais compactas possíveis. Sua alta rigidez se deve ao trilho externo possuir uma seção transversal em forma de U, criando uma estrutura resiliente contra torção, flexão e deflexão, permitindo que momentos maiores sejam recebidos. Também é adequado para aplicações com longos balanços.

A guia de movimento linear do SKR é altamente rígida, sem folga, com quatro carreiras de esferas em contato de arco circular, o que permite movimentos suaves, mesmo com pré-carga aplicada. Possui alta precisão de alimentação, minimizando as mudanças na resistência ao atrito causadas por cargas variáveis, permite alta precisão de posicionamento para todos os tipos de dispositivos, contribuindo para melhorar a performance de precisão e qualidade.

A Fluke vem desenvolvendo uma série de equipamentos, capazes de apoiar as empresas preocupadas em adotar uma economia de baixo carbono.

Dentre elas, destaca-se o Imageador Acústico de Precisão ii910, que garante a redução da emissão de carbono e desperdícios de energia. Inclusive, uma de suas mais recentes atualizações conta com um estimador de emissão de CO2, que quantifica cada vazamento, avaliando seu impacto ambiental e financeiro.

Ao encontro das iniciativas de energia limpa, a Fluke ainda elenca o testador multifuncional fotovoltaico SMFT-1000, capaz de garantir a eficiência de painéis fotovoltaicos, e o adaptador de teste para estação de carregamento de carros elétricos FEV300, que simula vários estados de carregamento dos veículos para realização de testes, que assegurem o perfeito funcionamento das estações.

Essas iniciativas, estão totalmente alinhadas ao grupo Fortive, do qual a Fluke faz parte, que, em seu relatório anual de sustentabilidade (ano base 2022), anunciou que já reduziu 22,4% das emissões absolutas de Gases de Efeito Estufa (GEE), apesar de todas as diversas condições de negócios, de 2020 até 2022. Agora, a meta do grupo é a redução de 50% da emissão de gases, em relação aos níveis de 2019. Desta forma, sempre levando à risca o seu propósito de manter o mundo funcionando, a Fluke segue em busca de tornar-se um parceiro tecnológico cada vez mais estratégico para as empresas, a fim de apoiá-las a entrarem em conformidade às práticas ESG, e garantir a máxima eficiência em suas operações.

A ABB Robótica lançou uma plataforma modular de software OptiFact, que simplifica a coleta, a visualização e a análise de dados, em instalações de produção automatizadas. A plataforma permite que os usuários coletem, gerenciem e analisem dados de centenas de dispositivos de fábrica, incluindo robôs da ABB, para determinar os principais indicadores de desempenho, incluindo tempo de ciclo e eficiência geral do equipamento (OEE). Ao acelerar o diagnóstico e a tomada de decisões, o OptiFact aumenta o tempo de atividade da linha de produção, com menos esforço de engenharia, garantindo que a produção possa acompanhar a demanda dos clientes.

Com o OptiFact, os operadores podem determinar a causa raiz dos erros de produção, e usar o RobotStudio Cloud da ABB para fazer ajustes no programa, e desenvolver uma solução robótica comprovada.

As soluções de desktop, nuvem e visualizador de realidade aumentada (RA) do RobotStudio ajudam os usuários a planejar, imaginar e visualizar facilmente novas implantações de robôs industriais da ABB, ou adaptar os existentes a novas tarefas de produção. Seus recursos inovadores, como o Planejamento Automático de Caminhos, permitem que os robôs determinem os trajetos mais eficientes, e evitem colisões com obstáculos existentes. Oferecendo uma verdadeira experiência com 99% de precisão entre o gêmeo digital do robô e sua implementação no mundo real, o RobotStudio acelera o tempo de projeto e comissionamento em até 50%.

A tecnologia de software orientada por IA para aplicações específicas, como o Item Picker da ABB, oferece recursos de valor agregado que facilitam a realização de implantações de robótica, com desempenho, segurança e qualidade aprimorados. O melhor controle de movimento da categoria reduz os requisitos de energia, das operações de coleta e colocação, em até 17%, acelerando as tarefas em 13%. A tecnologia VSLAM (localização e mapeamento visual simultâneo) aproveita a inteligência artificial para uma navegação interna precisa em ambientes internos dinâmicos.

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Medidor Mássico Coriólis

O Medidor de Vazão Mássico Coriolis – AXIOM MMF é um equipamento de nova geração destinado à medição de vazão em processos industriais.

Preset Eletrônico

O Computador de Vazão AXIOM MFC é voltado para controlar e medir o processo de carregamento e descarregamento de forma, o AXIOM MFC comporta-se como um predeterminador (preset), computador de vazão e PLC.

Turbina MTF

O Medidor de vazão tipo Turbina MTF da Metroval consiste montado concentricamente no interior de um trecho de tubo gera uma rotação ao rotor que passa a girar a uma velocidade angular proporcional à vazão. As palhetas do Rotor ao atravessar o campo de um Sensor Magnético inserido no corpo da turbina geram uma voltagem pulsada na bobina do Sensor Magnético. Cada pulso representa um volume discreto de forma que o número total de pulsos gerados em determinado período de tempo representam o volume total medido pela Turbina.

Válvula

VCDM

desempenho no controle de vazão em processos de carregamento e descarregamento de combustíveis em tanques

Instalada a jusante do medidor de vazão nos sistemas de mesmo tempo que reduz os efeitos de picos de pressão na linha,

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