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Lutas de robô a pulseiras de identificação por João Paulo Vieira
by eba_pucpr
De lutas de robô a pulseiras de localização
Curso de Mecatrônica da PUCPR desenvolve projetos que auxiliam o dia a dia
Após vitórias em combates de robôs, o curso de Engenharia de Controle e Automação (Mecatrônica) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) está revelando outros projetos. É o caso da pulseira “Bebê a Bordo”, criada por Matheus Von Bivenczko Tomio. “Começamos com um dispositivo de base imantada que seria colocado na parte superior do carro quando uma criança estivesse dentro”, explica.
O funcionamento do produto se baseia no uso de duas pulseiras, uma das quais fica com a criança e a outra com o responsável, para que então o produto comece o funcionamento. A partir do momento em que o adulto se afasta dez metros ou mais do local, as pulseiras disparam um alarme que facilita a localização imediata.
O carregamento das baterias do “Bebê a Bordo” funciona por indução: o aparelho é colocado em um recipiente e a pulseira é carregada sozinha, sem o uso de fios. A duração da bateria é de até 90 horas.
Apoio
Matheus começou a receber grande apoio após entrar na PUCPR, que adotou o projeto. Ele destaca a colaboração do coordenador Ricardo Alexandre Diogo, que o incentiva constantemente e que quer ver a ideia se tornando realidade.
O aluno tem um projeto de iniciação científica com a Defesa Civil, que tem uma ligação muito grande com o “Bebê a Bordo”. Tomio revela que está desenvolvendo um projeto de um dispositivo de rastreamento via GPS, que será instalado para evitar tragédias como a de Santa Maria. Outras informações do projeto são confidenciais, mas ele explica que é para garantir um bem maior. “Posso garantir que, como quase todos os projetos em que me envolvo, [esse] tem a finalidade de salvar vidas”.
Reconhecimento do Projeto
Depois de um grande trabalho, o “Bebê a Bordo” recebeu o prêmio de Projeto Inovador na XXVI Mostra de Ciência das Escolas Positivo. Em 2012, o projeto ganhou o terceiro lugar no Concurso PUC Jovens Ideias, onde Tomio recebeu o único apoio financeiro até o momento, e no Campus Party Brasil 2013, da Fundação Telefônica Vivo, ganhou o terceiro lugar no Desafio de Tecnologias Que Transformam.
Matheus recebeu a oportunidade de apresentar uma palestra no III Simpósio Institucional de Pós-Graduação, na PUCPR, no mês de março, no qual falou sobre os exemplos de inovação de seus projetos.
Diogo destaca que a diferença no trabalho do estudante é a sua flexibilidade para trabalhar com diversas situações. “Matheus tem demonstrado que ele é um agente de transformação na sociedade. Ele é um empreendedor.”
Arquivo Matheus Von Bivenczko João Paulo Nunes Vieira

Fabio Arruda

Tecnologia
Com a crecente do esporte, fabricantes integraram luzes de led ao corpo do material.

Ondas noturnas

Surfe à noite atrai praticantes
Noite, um período do dia ocorrido durante a rotação da Terra no qual não há luz do sol. Essa é a definição mais curta e lógica para um momento escuro e sem brilho, que a maioria das pessoas utiliza para dormir, descansar e preparar seu corpo para mais um dia de trabalho, estudo e deveres.
Quando falamos na prática de esportes durante a noite, o olhar volta-se para as grandes cidades, mundialmente conhecidas como “as cidades que não dormem”. Mas esse quadro está sofrendo alterações e as pequenas e médias cidades passam a ter praticantes de esportes noturnos. Pensar ou ver pessoas jogando futebol, vôlei, correndo, pedalando, nadando ou jogando tênis é comum. Mas e aqueles que “pegam uma onda”?
Tharcilla Hunzicker
Matinhos
A praia de Matinhos é um dos picos preferidos pelos surfistas. No local, luzes voltadas para a praia ficam ligadas durante a noite.
A história do surfe é incerta no Brasil e no mundo, mas, a cada ano, novos surfistas se aventuram na madrugada em busca de sensações diferentes com o esporte. É claro que o surfe noturno depende de alguma luz para que o praticante tenha o mínimo de condições visuais. Por isso, é praticado sob a lua cheia, que proporciona a claridade necessária. A alternativa é a escolha de praias que disponibilizam refletores fortes, na orla ou na rua mais próxima, que apontam sua luz para o mar. A tecnologia também ajuda os surfistas: os fabricantes de pranchas estão incluindo em seus produtos lâmpadas de led, que são acopladas para iluminar o material e seu redor. São feitas com exclusividade para os “malucos da noite”.
Visão em primeira pessoa
Kauê Alpont, empresário paranaense de 25 anos, surfa há 17 anos e começou a praticar o esporte à noite em 2011. Residente em Curitiba, o surfista amador viaja aproximada-