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Em sintonia com a natureza

Como a yoga gratuita nos espaços públicos tem proporcionado uma nova alternativa de estilo de vida para os curitibanos

Ana Luiza Souza Fernanda Novaes

Aequipe da CDM foi até o Jardim Botânico de Curitiba para conhecer a yoga ao ar livre e relatar a experiência. O dia estava ensolarado. Encontrava-me na companhia de aproximadamente 40 pessoas. Inspirei, expirei. Nunca estive tão em sintonia com meu corpo. Senti cada músculo que atuava na minha respiração, troquei energias com o sol e ouvi o canto de pássaros – que provavelmente teria passado despercebido. Praticar yoga ao ar livre é uma experiência que vai além do exercício, procura transcender o corpo e a mente e romper com a velocidade da rotina e a desarmonia entre o ser humano e

a natureza. Essa é a experiência que as duas repórteres vivenciaram ao lado das diversas pessoas que participaram do Yoga no Parque, uma associação que começou com a ideia do professor Silvio Lopes de proporcionar a yoga para amigos mais próximos nos parques de Curitiba. Desde 2010, quando começou, a iniciativa vem atraindo mais participantes e ganhando maiores proporções, tornando-se uma ação inédita no país: “A ideia era formar um grupo de praticantes de yoga, mas o resultado foi tão surpreendente que, em pouco tempo, passamos a oferecer algo para a sociedade, contribuindo para o bem estar das pessoas, além de difundir a prática, valorizando a filosofia”, conta Lopes.

Com a popularidade do projeto, a Prefeitura Municipal de Curitiba firmou, em 2014, uma parceria com a associação. Na cooperação técnica, a prefeitura cede os espaços e o Yoga no Parque garante as atividades integrativas semanais gratuitas à comunidade. A iniciativa não deixa de ser um serviço comunitário, entre as campanhas promovidas, estão as aulas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). “Temos que fortalecer a saúde dessas pessoas, que passam por dificuldades causadas pelas drogas e acabam sendo excluídas de todo processo social”, afirmou Marcel Bely, assessor de imprensa da Prefeitura. Para algumas pessoas, o envolvimento com a iniciativa deixou de ser um lazer para tornar-se uma profissão e fonte de renda. É o caso dos instrutores que começaram a frequentar as aulas nos parques e acabaram realizando o curso de formação. Maria Fernanda Lima integra o time de nove professores que ensinam a prática aos curitibanos. Para ela, a experiência ao ar livre é muito mais desafiadora, pois exige um alto grau de concentração, mas a conexão com a natureza é gratificante. “É muito diferente estar ao ar livre entre mais de cem pessoas em uma prática que preza a auto-observação constante, como é a yoga. Você se sente realmente conectado com si mesmo e com as pessoas ao redor, com a natureza e aquilo o que faz parte do todo”, explica a instrutora. Outra vertente do Yoga no Parque é a atuação em empresas. As aulas podem ocorrer de duas a três vezes por semana, com duração de 20 a 40 minutos, nas instalações da própria unidade de trabalho. Cabe à empresa decidir qual o período mais apropriado para a realização do exercício, sendo esta uma oportunidade para dar uma pausa na rotina e voltar para casa com mais tranquilidade.

Serviço: Locais: Parque Barigui – sábados, às 9h. Jardim Botânico – sábados, às 9h. Praça Abílio de Abreu – terças e quintas, às 15h. Material necessário: toalha, canga ou tapete específico para yoga. Não é necessária inscrição.

Alunos aproveitam a aula gratuita de yoga no Jardim Botânico de Curitiba para se conectarem com o meio ambiente.

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