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Os desafios da prematuridade

Dependência digital

Smartphones, tablets e celulares dominam o admirável mundo novo

Bianca Caroline Carolina Rodelli Juliana Reis Mariana Therézio

Caro leitor, façamos um trato. Experimente ficar longe de seu aparelho celular até terminar de acompanhar esta matéria. Você já imaginou passar um final de semana inteiro sem usar o celular? Em casa, no trabalho ou no barzinho, é comum a cena de pessoas fazendo uso de seus smartphones enquanto interagem com o meio real. Afinal, são tantas as funcionalidades e tentações que, cada vez mais, os brasileiros se rendem às tecnologias e praticidades digitais. A questão é, será que não estamos usando demais, sem nem ao menos nos darmos conta dos malefícios disso? Segundo recente pesquisa do Ibope, no Brasil, o uso da internet perde apenas para o da televisão, quando o brasileiro gasta em média, 3h38 minutos diários de seu tempo útil navegando na web. O número de aparelhos já supera a população do país: são 192 milhões de brasileiros, para 224 milhões de celulares. A necessidade por estar sempre conectado e antenado às novidades têm formado jovens cada vez mais dependentes de seus celulares. A “Geração CrackBerry” como é chamada, não sabe mais o que é aproveitar o tempo útil sem, ao menos, postar nas redes a causa de seu tédio. “Na maioria das vezes é um desejo

de se distrair, tirar o foco de sua realidade, fugir dos problemas, aliviar a baixa autoestima e os sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão”, explica a psicóloga Najara Martins. A analista de mídia online, Mariana Lima Henning, 29 anos sabe bem o que é isso e considera a internet necessidade básica para sobreviver. “Quando chega uma notificação, já vem a vontade de ver logo, resolver logo. Assim, se eu estou com pessoas, isso atrapalha. Também traz muito senso de urgência. É “Na maioria das vezes é um desejo de se distrair, tirar o foco de sua realidade, fugir dos problemas.” - Narjara Martins, psicóloga como se eu não tivesse descanso. Se estou online, preciso resolver naquele momento.” Essa necessidade notada não só em Mariana, já tem até nome. “Nomofobia”, é a angústia relacionada à possível perda do celular ou à incapacidade de ficar sem o aparelho por mais de um dia. “Uma vez, em uma viagem para os Estados Unidos, fiquei passeando em uma loja pra poder usar a rede de wi-fi (internet sem fio). Outra coisa que fiz foi

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