Revista Direcional Escolas

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DICA: BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS

Os brinquedos pedagógicos ou didáticos representam um diferencial indispensável para a aprendizagem infantil. “Lúdicos e educativos, são verdadeiros facilitadores”, acrescenta a psicóloga e psicopedagoga Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, conselheira da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBrin). Melhor ainda se a escola puder contar com uma brinquedoteca, a qual reúne diversidade e trabalha as funções mentais, orgânicas, biopsíquicas e sociais da criança. Além disso, “é o ambiente ideal para o trato de temas transversais (como ética, meio ambiente, pluralidade cultural, saúde, sexualidade, educação para o comércio etc.)”, obrigatórios por lei, afirma a especialista. De qualquer maneira, o professor deverá também saber inserir os brinquedos em suas práticas de ensino em sala de aula, didática que ajuda a promover as relações sociais entre os pequenos. “Ele pode criar livremente, organizar cantinhos de jogos e leitura, decorar as paredes com informações sobre as crianças por meio de letras e números coloridos, ou mesmo forrar o piso com tapetes educativos. Já as mesas podem ser usadas para jogos pedagógicos, modelagem, colagem e desenho”, diz. Hoje é fácil encontrar nos produtos a indicação da faixa etária e sua finalidade, mas nem todos os fabricantes oferecem uma descrição correta: “se um deles estiver além da idade mental de uma criança especial, por exemplo, ela não terá acesso aos estímulos necessários. Além disso, é preciso atentar para a questão da segurança”, alerta

Sirlândia. O importante é não eliminar etapas essenciais ao futuro da criança. Por exemplo, a partir de um ano, recomenda-se trabalhar com instrumentos que facilitem o desenvolvimento da coordenação motora, como martelinhos, jogos de encaixe e bolas. Aos dois anos, podem ser introduzidas peças coloridas e geométricas, que ajudam na identificação dos formatos. Aos três, momento de aperfeiçoamento da fala, entram as historinhas e contos infantis, os instrumentos musicais, elementos teatrais, letrinhas e números, que se revelam bem dinâmicos para a pré-alfabetização. Finalmente, dos sete aos oito anos, são indicados jogos pedagógicos (dominós, jogos de perguntas e respostas, cartas etc.), que estimulam o raciocínio. JOGOS INTEGRADOS AO CURRÍCULO Os alunos do 1º ao 5º ano da Escola Stance Dual, localizada no Centro de São Paulo, se refestelam nas aulas de xadrez e outros jogos de estratégia que estimulam o raciocínio lógico e percorrem conteúdos trabalhados em várias disciplinas. “É inevitável que eles coordenem diferentes pontos de vista, antecipem situações e desenvolvam condutas”, diz a professora da área, Sandra Guidi. No Colégio Marista, por sua vez, há um espaço apropriado para as brincadeiras, com camarim, teatro, casinha, jogos etc. “Além das professoras, contamos com uma brinquedista”, afirma Silvana Magalhães, coordenadora psicopedagógica da instituição localizada na Zona Sul da cidade.

Sandra Guidi sandraguidi@globo.com Silvana Garuti Magalhães arqui@marista.org.br

Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira sireoli@yahoo.com.br

Na Próxima Edição: Parcerias – Educação Financeira e Empreendedorismo

Direcional Escolas, Outubro 12

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