Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Setembro de 2019

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O LÁBARO Diocese de Taubaté - SP

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Desde 1910 - Edição nº 2.181 - Setembro 2019

Setembro? Amarelo

A sociedade moderna tem rótulos desalentadores: líquida, cansada, sem sentido. Todas as pessoas padecem esses adjetivos de um estilo de vida que arde mais que o sol de cada dia. De modo mais intenso, sofrem-no adolescente e

jovens, que estão à procura de razões para motivar suas vidas. Muitos não encontram ambientes e condições favoráveis para desenvolver uma consciência saudável e para cultivar os afetos na direção de uma existência integrada. Nos extremos

casos, muitos não veem razões para continuar a jornada da vida e, cansados e perdidos, tiram a própria vida. Setembro é o mês de refletir sobre o suicídio e O Lábaro traz o olhar de uma pedagoga sobre a questão.

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Nesta Edição

Artigo Pastoral - PASCOM - PÁG. 09 ““Vem e segue-me “ Mateus 19, 6.

Entrevista: Cardeal Cláudio Hummes - PÁG. 10

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A serviço da evangelização!

Editorial A Palavra de Deus sempre envia em missão. São muitas as missões, no bem da verdade, com as mais diversas demandas e formas de acontecer. Dos aspectos mais sociais até os mais orantes, a missão está aí, com grande messe e poucos operários. De onde vêm esses trabalhadores, que dão sua vida pelo Reino de Deus entre os seus irmãos, peregrinos na história? Eles vêm do encontro com Deus, encontro que é privilegiado no ambiente da comunidade cristã, onde a Palavra é proclamada, meditada e rezada. O discípulo é forjado na chama viva da Escritura viva. O missionário, por sua vez, que é o discípulo em condição de evangelizador e de construtor da justiça e da paz, é o resultado do bom discipulado. A Palavra é quem gera os discípulos e os missionários, ou melhor, os discípulos-missionários. De propósito ou não, setembro e outubro são meses geminados, sugerindo esse vínculo indissolúvel e indispensável entre a Palavra e uma vida cristã fecunda. “Vós sois o sal, vós sóis a luz”, disse Jesus. Possa a Igreja ver seus filhos dando frutos de vida para o mundo ferido pelo pecado e pela desumanização.

Opinião

Tudo com o seu dinheiro

Se você, caro leitor e cara leitora, tem a graça de ter um emprego e receber salário, coisa que perto de 1,2 milhões de brasileiros não têm, você é um pagador de impostos. Ainda que você não receba salário, ou se você é aposentado, pensionista ou recebe algum benefício, você também paga impostos. Nada de errado com isso. Uma das finalidades dos impostos é custear os órgãos públicos que fazem o governo funcionar. Dentro dessa finalidade estão os (altos) salários do funcionalismo público, dos políticos com mandatos e seus vários auxílios para qualquer coisa. Não bastasse tanto dinheiro, o Congresso aprovou recentemente, a toque de caixa, alterações no financiamento das campanhas e da verba para o Fundo Partidário. Aprovaram mais verbas, propaganda gratuita nas rádios e TV (de volta para nosso tormento) e ampliaram

as possibilidades para uso desse dinheiro a mais. Aumentar verbas em época de crise e altas taxas de desemprego? De déficit nas contas públicas e de cortes no orçamento do governo? E tem também outra pegadinha. O projeto afrouxa as regras da Lei da Fixa Suja, conquista de uma proposta de lei de iniciativa popular, anseio dos cidadãos por mais moralidade na política manifesto por abaixo assinado. Com tudo isso, no entanto, na opinião dos técnicos do governo, quem faz o dinheiro do caixa público drenar, provocando o déficit da previdência por exemplo, é você, caro contribuinte, modo carinhoso pelo qual o governo trata o cidadão pagador de impostos. Enquanto determinam mais verbas para si, nossos políticos, em contrapartida, aprovam medidas recessivas justamente para quem tem pouco ou quase nada, o pobre. Com efeito, cortes

no orçamento, até agora, foram principalmente para as políticas públicas como saúde e educação, ações sociais como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. Até já pensaram em medidas para congelar o salário mínimo. E não param por aí não, está em discussão no Congresso Nacional medidas que beneficiam parlamentares e partidos políticos, perdoam dívidas de produtores rurais, de empresas de planos de saúde e ampliam o poder do Congresso na gestão do Orçamento da União, dando mais poder para decidir para onde vai o dinheiro e como gastá-lo. Já para o povo, depois de o acusarem de ser o causador do déficit público, em especial da previdência social, nada de aumento, nada de políticas públicas. Devem suportar mais cortes do orçamento e pagar mais impostos. Pe. Silvio José Dias

Setembro amarelo. contrapropaganda?

Tenho minhas dúvidas sobre a eficácia da propaganda amarela que nos previne contra o suicídio ou que nos faz engrossar a fila das pessoas que podem evitar que uma atitude tão radical seja tomada por pessoas em estado de irremediável desequilíbrio. Irremediável vendo pela ótica do desequilibrado, porque do ponto de vista das pessoas em seu estado de saúde mental normal não há situação emocional que não encontre um paliativo quando em perigo de descontrole. O suicídio não é simplesmente tirar a própria vida. É um grito. Um clamor. Uma chamada de atenção para si da maneira mais radical e extremada. E, na cabeça da pessoa que ultrapassa o limite

da razão para chamar para si a responsabilidade pela sua morte, pode não existir momento mais oportuno do que um setembro amarelo em que todos estão voltados para a sua irracionalidade. Infelizmente, durante este mês de setembro tive, pessoalmente, notícia de três suicídios de jovens em minha cidade, muito próximo das minhas relações, conhecidos de amigos, amigos de conhecidos. Sintomático, não? Aí, então, pesquisando sobre o assunto, eu vejo o desastre que foi a propaganda de forma inadequada exibida pela Netflix em uma série “13 Reasons Why” que aborda o tema, onde uma adolescente, vítima de bullying acaba

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por dar cabo à própria vida. Pesquisa internacional mostra que a taxa de suicídio entre os americanos de 10 a 19 anos cresceu 13% entre abril e junho de 2017, época de estreia da série. É o caso de se pensar no “Efeito Werther”, nome que se dá à ocorrência de suicídios em série quando um suicídio é amplamente divulgado na mídia pela peculiaridade da sua ocorrência. Este nome teve origem em uma obra de Goethe (17471832), “Os sofrimentos do jovem Werther”, na qual o personagem principal tira a própria vida em decorrência de um amor não correspondido. A ampla divulgação e leitura do livro promoveu um boom de suicídios na Europa, aos

Diretor: Pe. Silvio José Dias Editor: Pe. Marcelo Henrique de Souza Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial: Pe. Leandro A. de Souza, Pe. Celso L. Longo, e Henrique Faria. Diagramação e Designer: Pe. José Ronaldo de Castro Gouvêa, scj Impressão: Katú Editora Gráfica

quais não se pode negar a influência causada pela história do escritor alemão. Eu entendo que o problema tenha que ser enfrentado sem preconceito e com coragem. Mas tenho minhas dúvidas em até que ponto tenha que ser tratado com tanta naturalidade, principalmente através da massificação da abordagem sobre o tema. Não se trata de fazer o paciente tomar uma gotinha ou uma picadinha de vacina, ou de plastificar o bilau para não ser surpreendido pelo vírus maligno. Tenho minhas dúvidas se setembro tem que ser tão amarelo como outubro é rosa, novembro é azul e dezembro, vermelho. Henrique Faria

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Palavra de nosso Bispo Está marcada para o dia 16 de novembro nossa Assembleia Diocesana de Pastoral, ocasião em que serão definidas as opções pastorais que orientarão os trabalhos da Diocese de Taubaté até o ano de 2023. Uma assembleia de pastoral é expressão de comunhão eclesial e instância de decisões. Juntos, sob a assistência do Espírito Santo que Jesus prometeu à sua Igreja, refletiremos sobre a nossa realidade diocesana, nesse momento da história, e escolheremos o que vamos priorizar em nosso trabalho pastoral evangelizador. Isso expressa comunhão porque é um processo que se faz em comum e porque dá unidade à ação pastoral na Diocese. É instância que reúne os fiéis cristãos leigos, os religiosos e os ministros ordenados para que, em oração e reflexão, escolhamos as prioridades pastorais, a serem trabalhadas nos próximos anos. O dia 16 de novembro será o momento culminante de um processo iniciado no mês de dezembro de 2018, ocasião em que os Vigários Forâneos foram reunidos, refletiram e fizeram indicações em vista da assembleia. A Equipe Diocesana de Coordenação Pastoral (EDCP), cumprindo sua função, planejou o processo, ou seja, os passos em vista da assembleia e também envolveu o Conselho Diocesano de Pastoral que, em sua maioria, é composto por leigos. No mês de maio os fiéis que participam das missas dominicais foram consultados e puderam responder por escrito, a seguinte questão: “Diante da situação da sociedade e da Igreja, o que você considera importante que a Paróquia, que somos todos nós, faça para evangelizar?” O número das respostas foi aquém do que se esperava;

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Rumo às novas definições pastorais da Diocese

mas a possibilidade de participação foi oferecida a todos. Servindo-se dessas indicações, no mês de junho, foram realizadas as assembleias paroquiais, fazendo escolhas de prioridades. Posteriormente, no mês de agosto o resultado das assembleias paroquiais foi levado para as assembleias de forania que, por sua vez, realizaram escolhas, sínteses e indicaram ações para cada prioridade escolhida. Todo esse trabalho vai confluir na assembleia de novembro, que reunirá leigos, religiosos e ministros ordenados da Diocese. Nessa oportunidade vamos refletir sobre os desafios diocesanos e as propostas feitas e, à luz das Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil, escolheremos três prioridades e três ações que vão orientar toda ação evangelizadora e pastoral de nossa Diocese. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que expressam a unidade da ação de todas as Dioceses do nosso País, têm como objetivo geral: Evangelizar pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da casa comum e testemunhando o Reino de Deus, rumo à sua plenitude. Toda a ação da Igreja deve visar à evangelização que se dá pelo anúncio explícito da Palavra de Deus e pelo testemunho de vida dos cristãos. Os discípulos de Jesus hoje também têm que ser formados em comunidades eclesiais missionárias. Nessas Diretrizes fica muito evidente a dimensão da casa. Essa casa da família de Deus, que é a Igreja, é sustentada por quatro pilares: 1º o pilar da Palavra que fundamenta a iniciação

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à vida cristã e a animação bíblica de toda a pastoral; 2º o pilar do pão que alimenta, ou seja, a celebração dos Sacramentos (liturgia) e a

espiritualidade, que é a vida segundo o Espírito Santo; 3º pilar a caridade, que é o amor colocado a serviço dos outros na promoção e defesa da vida; e o 4º pilar a missionariedade, que é dimensão constitutiva da Igreja, pois a mesma Palavra que nos aproxima de Jesus, faz de nós missionários que O anunciam aos outros. É importante ter consciência de que a missionariedade não se trata de uma ação que alguém ou algum grupo na Igreja, irá realizar num determinado momento. A missionariedade expressa o ser da Igreja, que existe para evangelizar, ou seja, existe em função da missão. Todo trabalho realizado por qualquer pessoa ou grupo da Igreja deve ser em vista à realização da missão para a qual fomos enviados: EVANGELIZAR E FAZER DISCÍPULOS DE JESUS CRISTO. Assim, orientados por esses parâmetros faremos nossas opções pastorais. Que Deus nos ilumine e conduza nossas escolhas para que sejam expressão de Sua Vontade e visem ao bem da Igreja e a concretização do Reino de Deus. A todos peço orações para que assim seja. Dom Wilson Angotti


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Diocese em Foco

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Encontro diocesano de coroinhas Semt. Djalma – 3º ano de filosofia

Aconteceu no dia 18 de Agosto, na quadra poliesportiva dos Salesianos em Pindamonhangaba, o Encontro Diocesano de Coroinhas. O encontro reuniu cerca de 1300 coroinhas, de diversas paróquias e foranias. Aproximadamente 300 pessoas que acompanhavam os coroinhas ficaram responsáveis por eles durante todo o encontro que foi um momento importante da diocese. Um momento importante, não somente para os coroinhas, mas para todas as paróquias de nossa diocese, particularmente, para a Pastoral Vocacional, já que esta é a responsável pelo encontro. Este momento junto aos coroinhas foi importante, não somente por reunir um pouco mais de 1300 coroinhas, mas por ser um momento de unidade, de encontro, de testemunho do amor de Deus que convida aquelas crianças,

adolescentes e jovens para estarem auxiliando na liturgia de diversas paróquias. Reunir pessoas, numa aglomeração, é razoavelmente fácil, porém unir as pessoas num único propósito de participar, viver, experienciar cada instante, foi o que percebemos neste encontro. Ser coroinha, cerimoniário ou até mesmo “acólito”, como são ditas em algumas paróquias, é a oportunidade de aproximar do sacrifício salvífico de Cristo que se perpetua na celebração eucarística. E como é importante perceber e vivenciar isso em unidade! A unidade estabelecida neste encontro foi visível. Em primeira instância pelas diversas paróquias que participaram, com seus agentes, coordenadores, pais e responsáveis daqueles coroinhas. Perceber no encontro diversos religiosos e seminaristas

também foi um grande exemplo de unidade diocesana, de uma unidade que se dá na diversidade. O próprio local do encontro é um grande exemplo desta unidade. Somos gratos à comunidade salesiana que nos abriram as portas para a realização do evento! Enfim, pudemos, enquanto pastoral vocacional, testemunhar o grande momento de unidade. E como é bom saber que em meio a todos aqueles que lá estavam, há aqueles que Deus chama a doar um pouco mais de sua vida, não somente servindo à liturgia, mas servindo à igreja, respondendo ao Divino Chamado, que os conduz ao sacerdócio, à vida religiosa, à missionariedade. Rezemos sempre por todos estes coroinhas de nossa diocese! Que ali, no serviço a liturgia, seja um grande celeiro de vocações!

Encontro reúne os Ministros Extraordinários da Diocese

Da redação

Aproximadamente 1.200 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) de toda a nossa Diocese de Taubaté estiveram reunidos em Caçapava para o 7º Encontrão Diocesano na manhã do dia 17 de agosto. O evento, que foi realizado no Grêmio da Nestlé, contou com a

assessoria do Pe. Kleber Rodrigues da Silva, da Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, de Pindamonhangaba, que falou sobre a busca da santidade de vida no exercício do ministério extraordinário. O Bispo Diocesano também marcou presença no evento, acompanhado de

seus pais, que o estavam visitando na ocasião. Ao final da manhã de encontro, os participantes receberam do assessor diocesano para os MESCE, Pe. Celso Luiz Longo, algumas orientações práticas para o trabalho que desenvolvem nas paróquias.

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Assembleia com as Foranias Da redação


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Destaque

Adriana P. Vidal Garcez

Nas últimas décadas, observa-se um crescimento no número de casos de transtornos mentais e suicídio. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas. Concomitantemente, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 23 milhões de brasileiros, aproximadamente 12% da população, também possuem algum tipo de transtorno, sendo que os casos de depressão cresceram em 18% nos últimos dez anos. Além disso, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos e responsável por, aproximadamente, 800 mil mortes por ano. Por essa razão, a discussão acerca da saúde mental e a prevenção do suicídio devem ser trabalhadas durante todo o ano e não apenas em um único mês. Todavia, a importância simbólica do Setembro Amarelo é explícita. Nesse mês, o assunto do suicídio, que sofre de ser um tabu, passa a ser constantemente discutido e, consequentemente, são difundidos métodos de assistência,

informações importantes e indicações de como lidar com esse tema tão sensível. O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma associação civil sem fins lucrativos, que é responsável por projetos de valorização da vida e prevenção ao suicídio e presta atendimentos pelo número telefônico 188. De acordo com a cartilha “Falando abertamente sobre suicídio”, disponibilizada no próprio

mental, mas, invariavelmente, a vontade de viver sempre aparece, resistindo ao desejo de autodestruição. Sendo assim, como quem está por perto pode ajudar? Para tanto, é preciso perder o medo de se aproximar das pessoas e oferecer ajuda. A pessoa que se encontra numa crise se vê sozinha e isolada. Nesse momento, ter alguém com quem desabafar e se abrir é imprescindível. Quem se coloca como ouvinte, também de acordo com a cartilha, não deve se importar com conselhos ou julgamentos, mas sim se importar em estar preparado para ouvir essa pessoa, respeitando seu momento e sua forma de pensar. Também de acordo com a OMS, 90% dos suicídios podem ser prevenidos. Portanto, é necessário sempre cultivar a empatia, a compaixão e o amor ao próximo. Em virtude de a sociedade contemporânea promover situações de agressão, insensibilidade e competição constantemente, o desenvolvimento de um bem-estar psicológico e social tem sido prejudicado. Logo, o assunto não pode ser ignorado e deve, seguindo

“Geralmente, quem tenta o suicídio pede ajuda, pois a tentativa deriva de uma crise pessoal que pode ou não estar vinculada a um transtorno mental, mas, invariavelmente, a vontade de viver sempre aparece, resistindo ao desejo de autodestruição.” website da associação, a idealização suicida é decorrente de uma série de fatores e não deve ser vinculada a um motivo único. Geralmente, quem tenta o suicídio pede ajuda, pois a tentativa deriva de uma crise pessoal que pode ou não estar vinculada a um transtorno

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Destaque as recomendações das instituições de saúde, do CVV e do Conselho Federal de Psicologia (CFP), ser pauta em ambientes de socialização generalizados. Então, abrace, cuide, zele e dê apoio a quem você ama. Toda vida é importante, é digna e deve ser valorizada. Caso você sinta que o peso do mundo é demais, não tenha vergonha, você não está sozinho, existem várias pessoas dispostas a ajudá-lo: Ligue 188. Texto produzido por Filipe Albessu Narciso sobre o tema Suicídio. Aluno da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Jardim das Nações.

Suicídio e Saúde Mental Recentemente entrou em vigor a Lei Federal nº 13.819, que instituiu a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. Em 2017, discussões a respeito da série fictícia 13 Reasons Why (Os 13 porquês) e o pretenso jogo “baleia azul” geraram grande preocupação na sociedade. A preocupação com esses assuntos permitiu que se trouxesse à tona a realidade da automutilação, do suicídio e da necessidade de um olhar atentos aos adolescentes, idade na qual a imaturidade e a impulsividade os deixam suscetíveis a riscos adicionais, ainda mais quando associadas a transtornos mentais (ex: depressão, transtorno bipolar, entre outros). Em 2018, a ocorrência de vários suicídios de adolescentes, em diversas cidades, retornou ao noticiário nacional. Tais fatos são oportunidades de aproximação entre pais e filhos, principalmente os adolescentes, para reflexões e orientações, essencial ao papel parental. É uma oportunidade para entender os sentimentos dos filhos e procurar identificar se já passaram por situações de sofrimento emocional a tal ponto que possam ter desencadeado pensamentos de autoagressão. Diante da preocupação de algum sinal de alerta, é importante que um profissional de saúde (médico e/ou psicólogo) avalie o adolescente o mais breve possível e que isso seja informado à equipe escolar, de forma a se definirem estratégias de apoio no período em que o aluno está na escola. Vale ressaltar que a Organização Mundial de Saúde (OMS)

enfatiza que falar a respeito de suicídio não aumenta o risco de isso acontecer, ao contrário do que se possa imaginar. Uma tentativa de suicídio não é um ato de covardia ou coragem, mas, o resultado de uma dor psíquica insuportável. Com o suicídio a pessoa não quer parar de viver e sim parar de sofrer.

Principais sinais de alerta apresentados por uma pessoa que está em risco são: • Sente-se desesperançoso, desamparado ou solitário; • Odeia-se, sente-se culpado, sem valor ou com vergonha; • Sente-se aprisionado ou como se não houvesse saída para seus problemas; • Não vê razão para viver ou não sente propósito para a vida; • Apresenta-se desesperado; • Sente vontade de falar, escrever ou fazer desenhos a respeito de morte e suicídio; • Afasta-se dos amigos, família ou da sociedade; • Apresenta insônia ou sonolência excessiva ou mudanças de hábito alimentar; • Apresenta mudanças dramáticas de humor, irritabilidade, pessimismo, tristeza acentuada ou apatia; • Descuida-se com a aparência; • Deixa de participar de atividades que habitualmente são prazerosas; • Não faz planos para o futuro ou abandona projetos iniciados; • Desfaz-se de objetos pessoais que eram valorizados (coleções, lembranças de viagem); • Age de forma imprudente ou envolve-se em atividades de risco, aparentemente sem pensar; • Faz uso abusivo de álcool e de drogas; • Sente raiva descontrolada ou está em busca de vingança;; • Sente vontade de ferir-se (automutilação) ou suicidar-se; • Procura maneiras de se matar, buscando acesso a comprimidos, objetos cortantes, cordas, armas de fogo ou outros meios; • Usa frases como: “Eu preferia

estar morto”, “Não posso fazer mais nada”, “Não aguento mais”, Sou um perdedor ou um peso para os outros”, “As pessoas serão mais felizes sem mim”. As escolas precisam realizar ações preventivas que estimulem o debate sobre o assunto e também orientar as famílias no que diz respeito à saúde mental das crianças e adolescentes.

São de extrema importância os programas de desenvolvimento socioemocional que estimulam adolescentes e crianças a: • Expressar sentimentos positivos e negativos; • Comunicar-se de forma assertiva (em substituição às formas passiva, agressiva ou manipulativa); • Desenvolver o respeito, empatia e o autocontrole como formas de prevenção ao bullying e ao cyberbullying; • Posicionar-se adequadamente diante de provocações; • Enfrentar desafios e frustrações que fazem parte do cotidiano; • Estabelecer um projeto de vida e definir metas para que ele se concretize; • Usar etapas estruturadas para resolver problemas e tomar decisões; • Controlar impulsos; • Resistir à pressão dos pares para fazerem algo que não é do desejo deles (beber, usar drogas, enviar fotos íntimas pelas redes sociais); • Identificar sinais de que alguém possa estar com depressão; • Refletir em relação ao comportamento no ambiente virtual. Referências: BRASIL.Ministério da Saúde. Prevenção do Suicídio – Manual dirigido a profissionais da saúde mental, 2006. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SÁUDE. Manual para Professores e Educadores para Prevenção do Suicídio. Cartilha aos pais – DSE Departamento de Saúde Escolar Bom Jesus. Adriana P. Vidal Garcez Orientadora Educacional do Colégio Jardim das Nações – Taubaté - SP


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Em Tempo Relatório do CIMI revela aumento dos casos de violência contra indígenas Durante coletiva de imprensa no dia 24 de setembro, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) apresentou um relatório sobre violência contra os povos indígenas no Brasil. O relatório aponta que nos primeiros nove meses de 2019 ocorreram 160 casos de invasão em 153 terras indígenas de 19 estados. No ano completo de 2018, ocorreram 111 casos em 76 terras indígenas de 13 estados. De acordo como CIMI, os índios enfrentam um substancial aumento da grilagem, roubo de madeira, garimpo, invasões e até mesmo implantação de loteamentos em seus territórios tradicionais. Em 2018 foram registrados 135 casos de assassinato de indígenas, 25 a mais que os registrados em 2017. Para Roberto Liebott, coordenador do CIMI Regional Sul e um dos organizadores do relatório, os números demonstram um crescimento vertiginoso de invasões aos territórios indígenas no Brasil. Segundo o representante do CIMI, o “Dia do Fogo” é emblemático da situação que os indígenas estão vivendo no país. Há em curso, em sua avaliação, uma perspectiva integracionista, ideia em voga na década de 70. “Para integrar os índios, é necessário desterritorializá-los, como aconteceu no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul”, disse.

O arcebispo de Porto Velho (RO), dom Roque Paloschi, presidente do Cimi, disse que a violência contra os povos indígenas se tornou uma chaga institucionalizada. Ele destacou que se trata de uma realidade nacional, registrada de norte a sul e de leste a oeste. “A agressividade de autoridades políticas serve de combustível para o aumento da violência contra os povos indígenas”, disse. O CIMI é um organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criado em 1972. Atualmente, aproximadamente 171 missionários e missionárias, entre os quais religiosos e leigos, compõem as equipes que atuam em várias regiões do país.

de suscitar. Porque sem alegria não se atrai ninguém”. Além disso, com o tema “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em Missão no mundo”, o Mês Missionário Extraordinário aponta para a necessidade de uma maior atenção à missão ad gentes, promovendo e reavivando a consciência batismal do Povo de Deus em relação à missão da Igreja. Será ocasião para despertar e animar as comunidades, aumentando em cada batizado, como expressou o papa, a “paixão por Jesus e, simultaneamente, a paixão pelo seu povo”.

Mês Missionário Extraordinário O mês de outubro, já tradicionalmente celebrado no Brasil como mês missionário, neste ano ganha um novo impulso eclesial: o Papa Francisco o declarou como Mês Missionário Extraordinário. Nas palavras de Francisco, essa iniciativa tem como objetivo “pôr a missão de Jesus no coração da Igreja, transformando-a em critério para medir a eficácia de suas estruturas, os resultados de seu trabalho, a fecundidade de seus ministros e a alegria que eles são capazes

O que é teologia? Para começar a responder a pergunta do título, vamos à etimologia da palavra. Theós vem do grego e significa “Deus”; Lógos, também de origem grega, oferece a ideia de “sentido profundo” e, por extensão, de “busca por esse mesmo sentido”. Juntando os termos, temos que teologia é a busca pelo sentido de Deus ou, trocado em miúdos, o estudo de Deus. Entretanto, essa compreensão é bastante primária. Neste nosso breve texto, tentaremos aprofundar nosso entendimento do que seja teologia. Comecemos com uma definição mais completa, que poderia ser esta: “teologia é o estudo de Deus e das coisas em relação a Ele, a partir do olhar da fé, acolhida na vida da Igreja, com o auxílio da luz natural da razão”. Esmiuçemos esse enunciado. • Teologia é o estudo de Deus: toda área de conhecimento possui um objeto de estudo, que procura entender. O objeto da medicina é a vida humana e sua conservação; o da teologia é Deus. Estudando sobre Ele, ela não quer negar o encontro com o divino pela oração, muito menos “prender” Deus na jaula das palavras. Antes, quer auxiliar os homens a compreender, na medida do possível, quem é o seu Criador, Salvador e Santificador. Sem esse estudo, não pode haver doutrina organizada e coerente, e a experiência religiosa não passará de um conjunto inexplicável de sensações. • E das coisas em relação a Ele: “coisas”, aqui, é um modo genérico de designar “tudo o que não é Deus”. Pode ser a natureza, uma pessoa, uma ideia ou uma

situação concreta. A teologia não é uma pesquisa abstrata sobre um Deus teórico. Antes, é uma via de busca pelo Deus que não é distante, mas Deus conosco. Nosso Deus é um Deus presente. Nossas preocupações são Suas preocupações. Portanto, a teologia procura iluminar as realidades concretas da vida a partir da revelação de Deus, buscando compreender qual é Sua vontade para nós, homens e mulheres do século XXI. • A partir do olhar da fé: a grande diferença da teologia das outras ciências são os “óculos” com os quais ela olha a realidade. Seu olhar não é puramente racional ou científico, mas parte da fé e das verdades de fé. Não pode fazer teologia autêntica aquele que não adere a Deus com um ato de fé. Para teologar (pensar teologicamente), é preciso aceitar como verdadeiro o que Jesus nos ensinou, acreditando em suas palavras. Por exemplo: Jesus nos revelou que há um Deus e que Ele é Pai. Se não acredito nisso, posso concordar com o grande psicanalista Sigmund Freud, que afirmara que a ideia de um Deus-Pai é uma invenção humana, criada pelo homem para que se sinta seguro em meio às dificuldades. • Acolhida na vida da Igreja: a fé é dom de Deus. É uma semente que já se encontra no coração humano, que é capaz de Deus. Entretanto, essa fé precisa ser regada e cultivada. Ela não é explícita ou clara, de princípio. Precisa ser cuidada para desabrochar. Para isso existe a Igreja, ela é o espaço privilegiado para a iniciação na fé. Nela, a criança começa a descobrir os mistérios divinos e inicia uma caminhada

de amadurecimento religioso, que durará por toda sua vida. Portanto, é na Igreja que o conteúdo da fé é especialmente descoberto e acolhido. • Com o auxílio da luz natural da razão: por luz natural se entende o “vestígio da luz divina em nós” (Veritatis splendor, n.42, de João Paulo II). Do outro lado há a luz sobrenatural da fé, que não se encontra na própria inteligência humana, mas vem ao encontro dela por meio da revelação divina. Afirmar que a teologia tem por instrumento a luz natural da razão significa confirmar seu estatuto científico. Teologia não é lectio divina nem contemplação. É uma arte e uma ciência. Enquanto arte, mantém aberto o espaço da vivência sensitiva e intuitiva, pela qual se dá a experiência de fé. Como ciência, é ponderada, conceitual, rigorosa no raciocínio, ligada a outras ciências. No bem da verdade, começa como ciência da fé e termina como oração e celebração dessa mesma fé. Começam perguntando, terminamos da mesma forma: a teologia, como alguns afirmam, destrói a fé? Respondemos: depende da compreensão que se têm de teologia e do que se fará com o que nela se vai descobrindo. Se não for claro o que é, de fato, teologia, corre-se o risco de se repudiá-la ou de não se aproveitá-la bem. Se os conteúdos aprendidos forem apenas inteligidos, mas não rezados, possivelmente o estudo teológico irá se tornando um peso cansativo para a fé. Tudo depende mais de quem faz teologia do que dos conteúdos da teologia. Pe. Marcelo Henrique, editor

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PASCOM a serviço da pacificação da Cultura Urbana

Há uma grande correlação entre Pastoral Urbana e Pastoral da Comunicação. Sociedade Urbana e Comunicações Sociais são dois elementos que em grande escala compõe estruturalmente a condição do homem contemporâneo e seu estilo de vida. São termos que expressam contextos que se condicionam mutuamente. A ponto de podermos inferir que as comunicações sociais decorrem de um estilo de vida urbano, e a partir do estabelecimento sólido das mídias sociais se condiciona e redimensiona características da sociedade. Ambas são causa e efeito uma da outra. A comunicação não é algo novo, ou exclusivo de uma sociedade urbana.Aliás, comunicação é uma realidade intrínseca a natureza humana. O ser humano é um ser de relações, que se constrói a partir de interações, expressa sua individualidade através dela, e é capaz de criar comunhão associando-se a propósitos coletivos compartilhados na comunicação. Esta propriedade humana, reflete sua condição de ‘imago dei’, “imagem e semelhança de Deus”, um Deus uno e trino que vive a comunhão e a comunicação de pessoas no interior de sua condição divina. O influxo, pois, da sociedade urbana sobre as comunicações é o estabelecimento de um contexto específico ao modo e aos meios da comunicação. Podemos citar hoje, a velocidade e a sobrecarga de informações, o pluralismo cultural, as rápidas mudanças operadas na sociedade, entre outros. A questão importante a se colocar diante de tudo isso é sobre o papel da Igreja, e nela, a da Pastoral da Comunicação (PASCOM). A Igreja fundada por Jesus Cristo tem por missão comunicar a Boa-nova, essa é uma de suas fundamentais razão de ser. Possibilitar o elo de comunicação mais fundamental ao gênero humano, sem o qual ele padece em desequilibro, a comunhão entre Criador e criatura. E, ainda, incentivar que a textura das relações humanas seja referenciada na perspectiva e nos valores do Reino de Deus. Esses elementos configurados ao fato da preponderante estruturação de uma sociedade urbana, demarca características e tarefas específicas no processo da comunicação humana e eclesial. Entre as inúmeras características que definem uma sociedade urbana, destaquemos a pluralidade cultural, que expressa o contexto “complexo” da urbanização. Na raiz etimológica da palavra complexo, está sugerido, a imagem de uma tessitura, de um tecido que entrelaça os seus fios. Ao nível da comunicação isso se configura como uma rede de comunicações cada vez mais ampla e que faz surgir as diferenças. Diante desse quadro, é importante considerar que todo cenário estrutural comporta potencialidades e zonas de riscos. O cenário da sociedade urbana e das comunicações sociais atuais é um enorme potencial do enriquecimento da unidade pela pluralidade. Ao inverso desse potencial há o risco da agressividade frente ao diferente. E a transformação das comunicações sociais num campo polarizado de batalhas ideológicas. Não raro, infelizmente, identificamos a atual circunstância das polarizações e dos embates ideológicos dentro do âmbito da cidade e refletido nas mídias sociais. O acento do individualismo, do subjetivismo, o enfraquecimento da moralidade e do sentimento religioso, fomentam ainda mais a agressividade e a falta de diálogo construtor na sociedade. Daí vemos a marginalização, a criminalidade, os racismos novos e antigos emergirem e trazendo à tona o ruído e o desequilíbrio da comunicação humana.

Que há muitas pessoas bem-intencionadas em suas falas e intervenções enérgicas, não é de se duvidar. Porém, diante de uma convicção em defender a verdade, o justo e verdadeiro, diante dos embates da comunicação de nossos tempos, parece ter se esquecido de uma outra defesa importante. Que a verdade deve ser construída na caridade. Que a paz e o diálogo são tão urgentes quando a verdade que pretensiosamente as vezes consideramos ter posse absoluta. E aqui está um dos elementos importantes da Pastoral da Comunicação na cultura urbana e nessas manifestações de sua atualidade, ser uma agente da comunicação dialógica e pacífica e propagadora de valores humanos e evangélicos. A meta é a paz do diálogo que faz crescer e respeitar as diferenças sempre ao plano de fundo legitimador da justiça e da caridade. Mas a meta nesse sentido, já deve estar presente no meio para alcançá-la. Ou seja, a colheita da paz se faz semeando-a no diaa-dia e construindo-a nos meios já dispostos. A resultante de uma sociedade solidamente pacífica e dialógica se constrói por uma disciplina concreta no exercício diário da comunicação. De forma a não possuí-la significativamente no futuro, senão praticada em suas expressões mínimas e cotidianas. A Pastoral da Comunicação a serviço de uma pastoral Urbana visa possibilitar a verdadeira cultura do Encontro, como tem convidado o Papa Francisco, desvelar e neutralizar a comunicação agressiva e manipuladora, fazendo da experiência de comunicação em suas múltiplas expressões, a ocasião da construção do bem comum e do progresso da comunidade humana. Da personalização em respeito ao diferente e no enriquecimento com a alteridade. Pe. Thomás


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Entrevista

A serviço da evangelização!

Rumo ao Sínodo para a Amazônia. Entrevista com cardeal Cláudio Hummes

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A ser

Fonte: Revista Bote-fé/ jul2019

De 06 a 27 de outubro acontece no Vaticano o Sínodo PanAmazônico convocado pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017 com o objetivo de refletir sobre os caminhos para a evangelização na região amazônica, com uma especial atenção aos povos indígenas. Em vista disto, O Lábaro reproduz aqui recortes da entrevista com o Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e escolhido pelo Papa Francisco como relator geral do Sínodo, concedida ao Pe. Antonio Spadaro, SJ, publicada originalmente por La Civiltà Cattolica. A entrevista completa pode ser lida no site do Instituto Humanitas Unisinos, em http://www.ihu.unisinos.br. *Eminência, estamos nos aproximando do Sínodo para a Amazônia, um grande evento eclesial que coloca no centro da reflexão uma área específica e particular do mundo, embora ampla e de incrível riqueza e complexidade. Precisamente por isso, há quem expresse preocupação com o possível impacto que o Sínodo para a Amazônia pode ter na unidade da Igreja, dada a particularidade dessa realidade territorial tão ampla, complexa e diversa. – Hoje fala-se muito da unidade da Igreja. Isso é fundamental, muito importante. Mas deve ser entendido como uma unidade que acolhe a diversidade de acordo com o modelo da Santíssima Trindade. Isto é, igualmente necessário é enfatizar que a unidade nunca pode destruir a diversidade. Precisamente, o Sínodo acentua a diversidade dentro dessa grande unidade. A diversidade é a riqueza da unidade, preserva-a de ser uma uniformidade e uma justificativa para o controle. *A diversidade é importante para a Igreja? – Hoje, mais do que nunca, a Igreja esteve aberta à diversidade. Os países latino-americanos da Pan-Amazônia são hoje uma expressão da diversidade latino-americana, que deve ser acolhida sem medo e de maneira muito aberta pela Igreja da Europa e pelo mundo inteiro. De fato, queria enfatizar isso porque o Sínodo para a Amazônia é um reconhecimento de nossa peculiaridade. Eu digo assim: a Igreja da América Latina pode trazer novas luzes para a Igreja da Europa e do mundo, assim como a Igreja da Europa deve nos dar luzes antigas e muito importantes. A diversidade não ameaça a unidade da Igreja, mas fortalece sua verdadeira unidade. É muito importante não ter medo dessas coisas. Então, se falamos e encontramos novos caminhos para a Igreja na Amazônia, isso vai beneficiar toda a Igreja, mas sempre a partir da reflexão específica sobre a Amazônia. * O sínodo está caracterizado pela sua capacidade de ouvir e superar a mentalidade de “marcos” e “planos”? – Para realmente “ver” é necessário ouvir, não basta fazer uma análise do que é a Amazônia, ou quem é a Igreja na Amazônia. Um sínodo não é uma abstração sinodal, uma ideia genérica. Para nós, é necessário ouvir primeiro os povos da Amazônia. Você tem que ouvir a realidade, ouvir os gritos. Isso já enriqueceu muito a nossa metodologia de ver, julgar e agir. Nosso “ver” não era mais o de um analista que, de longe, examina a situação. Nós começamos a realmente ouvir. Francisco

fala frequentemente de processos novos, de caminhar, de não deter-se a repetir o passado, mas sim de aderir à tradição que cresce e que faz crescer sem ter que repetir sempre as mesmas coisas. Conseguiram? É possível? Certamente não estaremos no Sínodo para repetir coisas que já foram ditas, não importa se são importantes, bonitas e partam de uma boa teologia. Estaremos ali para procurar novos caminhos. (...) Essa palavra do papa é muito forte: devemos caminhar e não resistir a avançar e ir adiante. Devemos confiar no Espírito que nos leva para frente, diz o papa. Desde o início do seu pontificado ele exorta e motiva a Igreja a se levantar e não ficar acomodada e demasiado segura de sua teologia, de sua visão das coisas, defendendo-se do mundo. O passado não está petrificado, deve formar sempre parte da história, de uma tradição que segue para frente. Cada geração deve seguir avançando para contribuir para a riqueza dessa grande tradição. Conseguiremos? Confiaremos no trabalho do Espírito. * Como se situa a Igreja diante das populações indígenas? Como se deve entender a evangelização desses povos? – A inculturação da fé e o diálogo inter-religioso são necessários, pois é uma verdade que também nos povos indígenas originários Deus esteve sempre presente em suas formas e expressões próprias e em sua história. (...) A evangelização dos povos indígenas deve ter como objetivo suscitar uma Igreja indígena para as comunidades indígenas. Na medida em que os povos indígenas acolhem Jesus Cristo, devem poder expressar essa fé desde a sua cultura, identidade, história e espiritualidade. Quais resistências estão gerando essa visão sobre a Igreja indígena nos distintos espaços e no caminho para o Sínodo? Está provocando resistência e também mal-entendidos. Alguns se sentem ameaçados de alguma forma, porque não se sentem considerados em seus projetos e ideologias. Eu diria, sobretudo, os projetos de assentamento na Amazônia que continuam fortemente com o espírito dominante e predatório: vem para explorar e, em seguida, sair com os bolsos cheios, deixando a degradação e a pobreza para o povo local que, então, estará mais pobre e com o seu território devastado e contaminado. A indústria, a agricultura e muitas outras formas de produção afirmam cada vez mais que sua atividade é “sustentável”. Mas o que realmente significa “ser sustentável”? Significa que tudo o que extraímos da terra ou devolvemos à terra como lixo não impede que a Terra se regenere e permaneça fértil e saudável. É muito importante reconhecer essas resistências na Igreja, fora dela, por exemplo, em governos, empresas e outros lugares. Precisamos reconhecer como nos comportarmos diante dessas resistências, sabermos o que fazer. * Por que essas resistências? O que as produzem? – Os interesses econômicos e o paradigma tecnocrático repelem qualquer tentativa de mudança e estão dispostos a se impor pela força, violando os direitos fundamentais das populações no território e as normas para a sustentabilidade e preservação da Amazônia. Mas não devemos desistir. Será necessário ficar indignado. Não uma violenta indignação, mas firme e profética.

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ação!

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Agenda de Outubro

TER Semana Nacional da Vida SEX São Francisco das Chagas – Missa com o clero Catequese – Reunião da Equipe Diocesana Past. Carcerária – Romaria à Aparecida DOM Encontro Vocacional SEG Past. Familiar – Reunião da Comissão Diocesana Dia Nacional do Nascituro TER Diáconos – Reunião do Núcleo SAB NOSSA SENHORA APARECIDA SEX Forania N. Sra. D’Ajuda – Reunião Catequese – Form. Sub-Região Pastoral Aparecida Past. Familiar – Formação Diocesana de Agentes MESCE–Reun. Dioc. c/coord.de Foranias – Aval/Plan. SAB Past. Vocacional – Reunião com os membros PASCOM – Escola Comum.Pastoral: Design Gráfico 5 Past. Carcerária – Reunião ordinária Forania Bom Jesus – Missa e Coroação N.Sra. Mãe Rainha DOM Dia Nacional da Juventude – DNJ SEG Dia Nacional da Valorização da Família Past. Carcerária – Peregrinação com a imagem de Nossa Senhora Aparecida nos Cárceres 41ª Assembleia das Igrejas Particulares-Reg.Sul1 Past. Familiar - Assembleia Anual Regional Sul 1 Past. Criança – Capacitação Capacitadores Guia SAB Catequese – Reunião Equipe Diocesana c/ Forania Past. Dízimo – Reunião Equipe Diocesana QUA Conselho de Formadores QUI Forania São Bento – Reunião formativa: padres e leigos

SAB

19h30 09h 08h30 13h 08h – 16h 19h30

Comun. N. Sra. de Lourdes

19h30

Cúria Diocesana

09h 08h 09h 09h – 10h30 14h – 18h 14h30 15h 15h – 20h

Paróquia N. Sra. D’Ajuda Lorena A definir Par. N. Senhora do Belém Par. S. José Operário - Tté C. Pastoral Sta. Teresinha Lar Santa Verônica Basílica Bom Jesus A definir

08h – 12h 09h 15h 09h 19h

Unidades Prisionais: Tté, Tremembé, Caçapava Itaici A Definir Cúria Dioc-Sala da Pastoral C. Pastoral Sta. Teresinha C. Pastoral Sta. Teresinha Seminário Cura D’Ars Par.Sta.Teresinha – C. Jordão

Catedral Paróquia São Pedro

Aparecida - SP Seminário Cura D’Ars Comun. N. Sra. de Lourdes

Atos da Cúria Foram 47 os documentos expedidos • Autorização para construção da casa pela Cúria Diocesana no período de 28 de de apoio paroquial - Paróquia São José de agosto a 30 de setembro de 2019. Dentre estes Tremembé; destacam-se: • Autorização para compra de bancos para a Igreja Santa Isabel - Paróquia Sagrado • Anuência ao CAEP da Paróquia Nossa Coração de Jesus; Senhora da Assunção; • Autorização para a peregrinação da • Decreto de Nomeação de Colaborador imagem Nossa Senhora das Graças em visita Paroquial da Paróquia Santo Antônio do Pinhal: aos grupos da Legião de Maria, conforme Pe. Douglas da Silva Sloboda; solicitação do Revmo. Frei Guilherme Pereira • Autorização para venda e compra de Anselmo Júnior – Diretor Espiritual da Legião automóvel - Paróquia Sagrado Coração de de Maria; Jesus; • Autorização para o Revmo. Pe.

FELIZ Aniversário !

Alexandre Paciolli, Fundador da Comunidade Olhar Misericordioso, realizar Retiro Contemplativo, no Centro de Espiritualidade Sagrados Corações, em Pindamonhangaba. • Autorização para venda de veículo: Paróquia Nossa Senhora do Rosário. • Autorização para o Revmo. Pe. José Wilson Correia da Silva, Coordenador da Pastoral da Saúde da Sociedade Beneficente São Camilo, assessorar o 23º Encontro Anual, a ser realizado na Paróquia Menino Jesus, em Caçapava.

Outubro: Celebrando a Vida!

29 - Pe. Ricardo Luis Cassiano 30 – Joaquim Caegari, msj

Colaboradores - Aniversariantes

01 - Maria Aparecida Monteiro - Par. São Pio X (Caçapava) Bispos, Padres e Diáconos 02 - Elisabete Rosa - Par. São José - Aniversários Natalícios Operário (Taubaté) 04 - Diác. Adilson José Cunha 01 - Diác. Eliseu Amâncio da Silva 04 - Deisi Marcondes - Par. N. Sra. 04 - Diác. Otto Luiz Martins Nunes 02 - Pe. Décio Luiz da Silva Santos D’Ajuda (Caçapava) 04 - Diác. Petrus Eugênio Lencioni 08 - Pe. Rafael Tiago dos Santos 04 - Eliana Barroso - Par. N. Sra. 06 - Pe. Fausto Teixeira Rezende 08 - Diác. Hélio do Nascimento Rosário de Fátima (Pinda) 08 - Pe. José Afonso Lobato 08 - Diác. Sinvaldo Souza de Amorim 10 - Diác. Júlio César de Felippe 04 - Romeu Donizeti - P. Sto. Antonio 09 - Diác. Eliseu José dos Santos 10 - Diác. Sebastião Enéas dos Santos de Pádua (Caçapava) 09 - Diác. José Sileno Bernandes Gil 18 - Diác. José Sileno Bernardes Gil 05 - Helenice Moreira - Par. Sgdo. 09 - Diác. Jorge Fumio Muta 18 - Pe. Antônio Cláudio Dias Barbosa Coração Jesus (Taubaté) 10 - Pe. Jose Julio Azarito 05 - Patricia Aparecida - Par. N. Sra. 18 - Carlos Domingos 11 - Pe. Alan Rudz Carvalho Rebelo 18 - Diác. Elias Tarcisio dos Reis Aparecida (Taubaté) 13 - Pe. Luis Lobato dos Santos 08 - Teresinha Maria - Par. N. Sra. 19 - Diác. José Rodrigues 14 - Diác. Paulo Dias Rosário de Fátima (Pinda) 19 - Diác. João Batista da Costa 15 - Pe. Paulo Donizete de Siqueira 24 - Diác. Carlos Alberto Carvalho da 08 - Luzia Lemes - Par. Sta. Terezinha 24 - Pe. Kléber Rodrigues da Silva (Campos Jordão) Silva 26 - Pe. Valter Galvão da Silva 12 - Alessandra Aparecida - Par. São - Ordenação

Vicente Paulo (Pinda) 12 - Tatiana Aparecida - Par. do Menino Jesus (Caçapava) 14 - Silvia Alcantara - P. N. Sra Conceição (Taubaté) 16 - Milton Monteiro - Par. S. Pedro Apóstolo (Taubaté) 19 - Mario Celso - Par. Sto. Antonio Lisboa (Taubaté) 20 - Renato Borges - Mitra Diocesana 23 - Aparecido Donizeti - Mitra Diocesana 23 - Natalia Ribeiro - P. N. Sra. Assunção (Pinda) 24 - Maria Aparecida Fontes - P. N. Sra. Mãe da Igreja (Taubaté) 27 - Norma Maria - Par. Ssma. Trindade (Taubaté) 29 - Cesar Augusto - Par. São Fco. Das Chagas (Taubaté)


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A serviço da evangelização!

Foranias, Paróquias e Horários de Missa FORANIA SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

FORANIA SENHOR BOM JESUS

Vigário Forâneo: Pe. Celso Luiz Longo

Vigário Forâneo: Pe. José Vicente

PARÓQUIA DA CATEDRAL DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

PARÓQUIA JESUS RESSUSCITADO Matriz Nossa Senhora Rosa Mística

Pe. Roger Matheus 3632-3316 SÁBADO 12h • 16h DOMINGO

7h • 9h • 10h30 • 18h30 • 20h CONVENTO SANTA CLARA SÁBADO 7h • 19h DOMINGO 7h • 9h • 11h • 19h Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas) DOMINGO 8h30 Igreja de Santana DOMINGO 9h30 (Rito Bizantino) Casa João Paulo II - Missão Sede Santos Domingo 9h e 19h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO Pe. Silvio Dias 3632-2479

Matriz Santuário de Santa Teresinha DOMINGO 6h30 • 8h • 9h30 • 17h • 19h - SÁBADO 19h PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOA Côn. José Luciano 3608-4908

Igreja de Santo Antônio de Lisboa (Vila São José) DOMINGO 7h • 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Pe. Rafael 3633-2388

Matriz: São José Operário SÁBADO 12h • 18h. DOMINGO 7h • 10h30 • 18h • 20h

Pe. Edgar Delbem, sjr.

DOMINGOS 8h30 • 19h QUINTAS FEIRAS 19h30

TODO O DIA 13 DE CADA MÊS 19h30

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE

Pe. Frederico Meireles Ribeiro

Matriz: N. Sra. das Graças

DOMINGO 6h30 • 8h • 11h • 19h30

Igreja São Francisco Xavier

Pe. Fábio Modesto 3633-5906

Matriz: São Pedro Apóstolo DOMINGO

8h • 9h30 • 17h • 18h30 • 20h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉM

FORANIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Vigário Forâneo: Pe. Décio Luiz da Silva Santos

Vigário Forâneo: Pe. Joaquim V. dos Santos

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Pe.Antônio Fernando 3631-1023

Matriz provisória: Exaltação da Santa Cruz DOMINGO 19h30 ..................................................... Comunidade Nossa Senhora de Fátima DOMINGO 10h PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA Pe. Arcemírio, msj 3681-1456

Matriz: Sagrada Família DOMINGO 8h • 10h30 •17h • 19h

SAB 19h30 • DOM 9h30

PARÓQUIA SANTA LUZIA

PARÓQUIA Nª SRA. APARECIDA Côn. Paulo César Nunes de Oliveira SÁBADO 19h30

DOMINGO 7h • 10h30 • 19h

Pe. Paulo Vinícius 3632-5614

Matriz: Santa Luzia DOMINGO: 8H • 10H • 19H30 PARÓQUIA DO MENINO JESUS

PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Pe.Aléscio Aparecido Bombonatti, msj. 3681-4334

Pe. Felipe Dalcegio, scj 3621-4440

Matriz Imaculado Coração de Maria

Matriz: Sagrado Coração de Jesus SÁBADO 17h DOMINGO 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA SENHOR BOM JESUS Pe. José Vicente 3672-1102

Matriz: Basílica do Senhor Bom Jesus DOMINGO 6h30 • 8h30 • 10h30 • 15h • 18h • 20h Igreja São Sebastião SÁBADO:18h PARÓQUIA SÃO JOSÉ Pe. Alan Rudz 3672-3836

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO

Vigário Forâneo: Pe. Ricardo Luís Cassiano

FORANIA NOSSA SENHORA d’AJUDA

FORANIA MENINO JESUS

Matriz: São José (Jardim Santana) SÁBADO 18h DOMINGO

7h30 • 10h30 • 17h • 19h30

PARÓQUIA ESPÍRITO SANTO Pe. Gilberto Heleno, scj 3602-1250 DOMINGO 7h • 10h • 19h30

SÁBADO 19h

DOMINGO 8h • 11h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJA Pe. Geovane, scj 3411-7424

Matriz: Santuário São Benedito DOMINGO 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Pe. Celso Batista de Oliveira, sjc 3686-1864

Matriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) SÁBADO 19h DOMINGO 8h • 18h PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO Pe. Rodrigo Natal 3622-6517 SÁBADO 18h

DOMINGO 10h • 17h • 19h30

PARÓQUIA SÃO JOÃO BOSCO Pe. Ricardo Luís Cassiano 3631-2510 DOMINGO 7h • 10h • 19h

Pe. Leandro dos Santos 36522052

Matriz: Santuário Nossa Senhora do Bom Sucesso DOMINGO 7h • 9h • 11h • 18h

Pe. Ederson 3653-4719

Matriz: São Benedito DOMINGO 7h • 9h30 • 18h • 19h30

Matriz: São José Operario SÁB 17h30 (Com. NSra Saúde) • 19h (Matriz) DOMINGO7h • 9h30 • 11h • 19h30 PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUA Pe. Décio Luiz 3652-6825

Matriz: Santuário Santo Antônio de Pádua DOMINGO 7h • 9h • 19h .................................................... Comunidade de São Pedro: Vila Bandeirante DOMINGO 17h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA Côn. Luiz Carlos 3652-1832

Matriz: Nossa Senhora da Esperança DOMINGO 07h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO PIO X Frei Alexandre, OFM Convento 3653-1404

Matriz: São Benedito DOMINGO

6h30 • 9h30 • 11h • 18h • 20h PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Carlos Alberto 3652-8459

Matriz: Menino Jesus DOMINGO 6h30 • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORES

(Jambeiro)

Pe. Osmar Cavaca 3978-1165

Matriz: Nossa Senhora das Dores DOMINGO 8h • 19h

Pe. Celso Luiz Longo 3621-5170

Matriz Nossa Senhora do Belém DOMINGO 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Pe. Leandro Alves 3621-8145

Matriz: SÁBADO: 19H DOMINGO: 7H 10H30 19H30

Pe. Kleber 3642-2605

Matriz: São João Batista DOMINGO 7h • 9h30 • 11h • 18h30 • 20h SÁBADO 16h PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO

Participe do Jornal

O LÁBARO Envie suas dúvidas, sugestões e críticas! olabaro@diocesedetaubate.org.br facebook.com/olabaro (12) 3632-2855

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Mons. José Eugênio 3642-1320

PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APÓSTOLOS (Cidade Jardim) (12) 3522-7574 Côn. Joaquim Vicente dos Santos

Matriz: SAB 16h DOM 8h • 19h N. Sra. Perpétuo Socorro: SAB 19h DOM 10h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Pe. Gabriel Henrique de Castro 3637-1981Igreja Matriz: São

Vicente de Paulo (Moreira César)DOMINGO 7h • 9h • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS Pe.Vitor Hugo Porto 3522-5318

Matriz: DOMINGO 7h, 10h,18h30 Com. N. Sra. Aparecida: DOMINGO às 8h30 Com. Pinhão do Borba: DOMINGO às 8h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA Côn.Amâncio 3642-7035

Matriz: Nossa Senhora do Rosário de Fátima DOMINGO 7h30 • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)

Pe. Cipriano Alexandre Oliveira 3643-6171

Matriz: São Miguel Arcanjo DOMINGO 7h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César) Pe. Antonio Carlos Monteiro 3641-1928

Matriz: São Benedito (Vila São Benedito) DOMINGO 8h

PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO Cidade Nova Côn. Elair 3648-1336

Igreja Matriz: São Cristóvão DOMINGO 7h • 19h PARÓQUIA SANT’ANA Pe. José Afonso Lobato 3527-1758

Igreja Matriz: Sant’ana SÁBADO 19h30 DOMINGO 8h • 19h 3º DOMINGO 11h (Motociclistas)

FORANIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Vigário Forâneo: Pe. Antônio Cláudio

PARÓQUIA JOÃO PAULO II (Taubaté) Pe. Luís Paulo

DOMINGO 19h

PARÓQUIA SANTA CRUZ (Redenção da Serra) Pe.Antônio Cláudio 3676-1228

Matriz: Santa Cruz DOMINGO 9h • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE

(Natividade da Serra)

Pe.Alexandre 3677-1110

Matriz: Nossa Senhora da Natividade DOMINGO 9h30 • 19h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (Bairro Alto - Natividade da Serra) Pe. Paulo Donizete 3677-4152

Matriz: Nossa Senhora da Conceição DOMINGO 10h15 PARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSA (São Luiz do Paraitinga) Pe. Álvaro (Tequinho) 3671-1848

Matriz: São Luiz de Tolosa DOMINGO 8h • 10h • 19h

FORANIA SÃO BENTO Vigário Forâneo: Pe. José Batista da Rosa

PARÓQUIA SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS (Campos do Jordão) Pe. José Alberto L. Cavalcante 3662-1740

Matriz: Santa Teresinha do Menino Jesus DOMINGO 7h • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Campos do Jordão) Pe. José Eliomar Soares, sjc 3663-1340

Matriz: São Benedito DOMINGO 10h30 • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDE (Campos do Jordão) Pe. José Rosa 3662-7068 DOMINGO 10h • 20h

PARÓQUIA SÃO BENTO (S. Bento do Sapucaí) Pe. Ronaldo, msj 3971-2227

Matriz: São Bento DOMINGO 8h • 10h • 18h

PARÓQUIA SANTO ANTONIO (Santo Antônio do Pinhal) Pe. Marcelo Sílvio Emídio 3666-1127

Matriz: Santo Antônio DOMINGO 8h • 10h • 19h


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