Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Junho de 2023

Page 1

O LÁBARO

Palavra do Bispo

O discípulo de Jesus não pode ignorar as necessidades do próximo. No exercício de sua missão, a Igreja não exclui ninguém. A exemplo de Jesus, sendo atenta aos últimos, a Igreja inclui a todos.

Pág. 3

Opinião

Para Jesus, a misericórdia é mais importante que o rigorismo das regras e normas. Para o Divino Mestre, o bem da pessoa está acima de leis e das instituições. E o resgate da dignidade humana é o objetivo principal da ação evangelizadora, pois religião sem misericórdia é religião sem Deus. Cristianismo sem compaixão é cristianismo sem Cristo.

Pág. 2

Epiritualidade

Nem sempre estamos prontos para as mudanças que precisamos viver. Porque não queremos o desconforto dos enfrentamentos, passamos a nos adaptar ao sofrimento que nos mata aos poucos. A cegueira emocional nos faz pedir o que queremos, ainda que o que queremos não seja o que precisamos. Por sermos tão estranhos a nós mesmos, ficamos incapazes de identificar as nossas reais necessidades.

Pág. 11

Diocese em Foco

A evangelização da juventude é tema da reunião de formação do clero

O clero da diocese de Taubaté em reunião geral, refletiu sobre a evangelização da juventude. O encontro realizou-se no dia 24 de maio de 2023, quarta-feira, nos períodos da manhã e da tarde, reunindo os padres, diáconos e o bispo diocesano Dom Wilson Angotti. A temática foi desenvolvida com a assessoria dos padres religiosos salesianos; Pe. Roque Luiz Sibioni, Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, Pe. Cássio Rodrigo de Oliveira e Pe. Rafael Galvão Barbosa. O carisma dos padres salesianos é justamente

Entrevista

a evangelização da juventude e da educação, seguindo os passos e os exemplos de São João Bosco. Os padres assessores, a partir da sólida formação acadêmica e experiência pastoral, ofereceram uma leitura ampla e profunda sobre os cenários juvenis, enriquecida de testemunhos de vivências e trabalhos realizados pela congregação salesiana no campo da evangelização dos jovens. Apontaram caminhos e sugestões de como seria possível criar uma ambiência mais favorável para a evangelização da juventude.

Pág. 6

Quatro projetos de atuação social na Diocese de Taubaté receberam a doação da Coleta da Solidariedade realizada pelas paróquias como gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2023.

Pág. 4

Conheça mais sobre a Associação Nossa Senhora das Mercês, uma casa de acolhida e cuidado de pessoas idosas localizada em Campos do Jordão-SP.

Pág. 10

Diocese de Taubaté - SP
www.diocesedetaubate.org.br Desde
"Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos" (Mc 10, 45).
1910 - Edição nº 2.218 - Junho 2023
Distribuição Gratuita

Editorial

O diaconato ministerial, primeiro grau da ordem, é um sinal visível de um valor fundamental no cristianismo, o serviço. Jesus afirma que veio a este mundo para servir e dar a vida, transparecendo esse valor por todo seu ministério público, e de modo emblemático, na última ceia, ao lavar os pés dos seus discípulos.

Essa atitude fundamental de humildade e serviço embaraçou os homens do tempo de Jesus, sejam os líderes políticos e civis, até mesmo os discípulos, como Pedro, que pediu que lhe fossem lavados também as mãos e a cabeça. Pois, a humanidade decaída, tende a se apegar a privilégios e se deleitam na possibilidade de serem servidos.

Dentro do contexto do ano vocacional, refletimos no mês de junho sobre a importância do diaconato na Igreja. Além da especificidade dessa vocação, refletir sobre o diaconato é buscar uma disposição fundamental para a vivência da fé em todas as vocações, as leigas, ministeriais e consagradas. Todos devem viver sua vocação específica como doação e serviço em prol da edificação do Reino de Deus. O diaconato é, portanto, um sinal profético importante da conversão à doação da vida e da caridade que devem estar presentes na vida de todo batizado.

Crônica

Higienização da religião

Alguns católicos querem uma religião purista, livre dos que eles consideram indignos de se aproximar do sagrado: homossexuais, usuários de drogas, prostitutos e prostitutas, praticantes de religiões de matriz africana, ateus etc.

Para esses rigoristas essa gente deve ser mantida à margem do caminho, como os que quiseram calar Bartimeu (Mc 10, 46-48)

Seu esforço não é de inclusão, é de exclusão e afastamento. Não querem excluir propriamente o pecador, mas certos tipos de pecadores que esses rigoristas consideram indignos de se aproximar da Igreja ou da religião, por seu modo de vida e práticas. Sobre os rigoristas, o Papa Francisco disse certa vez, em uma homilia: “Por trás da rigidez, há alguma coisa escondida na vida de uma pessoa. A rigidez não é um dom de Deus. A mansidão, sim; a bondade, sim; a benevolência, sim; o perdão, sim. Mas a rigidez, não!”

Criticado pelos rigoristas, as vezes com desrespeitosas palavras, esses católicos não escutam os conselhos do Sumo Pontífice atual. “Não me representa”, virou moda dizer essa frase. E o que ela significa? Que a pessoa alvo dessa afirmação deve estar de acordo com a forma e o conteúdo do que pensa a pessoa que disse isso? Quer dizer que a legitimidade de uma autoridade, mesmo o ministério ordenado, do Papa, só tem validade se endossada por aquele que assim afirma? Ora, os ministros ordenados representam o Cristo e sua Igreja e não uma pessoa ou um grupo de pessoas. Quem representa pessoas é o político eleito para a função representativa.

O sacerdócio ministerial representa o Cristo, sendo ordenado pela Igreja para “agir na pessoa do Cristo” (LG 10). Sua missão não é conformar-se às opiniões desse ou daquele, mas pregar com fidelidade a Palavra de Deus e os ensinamentos da Igreja em comunhão hierárquica com o Papa e o colégio dos bispos. A homilia de um padre não deve ser adaptada para agradar esse ou aquele ouvido e sim para pregar o evangelho e a conversão.

A conversão requer confronto com ideias preconcebidas, propõe mudança do modo de pensar e viver. Assim, se uma homilia incomoda, sobretudo no que toca ao amor ao próximo e a justiça social, isso significa que esse é o ponto a ser trabalhado. Se estamos em paz com alguns pontos da pregação isso só pode significar que, ao menos nesses pontos, superamos a falha.

Vejo com tristeza, que não são poucos os que estão empreendendo verdadeira cruzada de higienização da religião. Trabalham pela exclusão, marginalização ou expurgo de pessoas que consideram indesejáveis ou de ideias que lhes incomoda recusando ver os fundamentos evangélicos.

Para Jesus, a misericórdia é mais importante que o rigorismo das regras e normas. Para o Divino Mestre, o bem da pessoa está acima de leis e das instituições. E o resgate da dignidade humana é o objetivo principal da ação evangelizadora, pois religião sem misericórdia é religião sem Deus. Cristianismo sem compaixão é cristianismo sem Cristo.

Um diácono cuidando do seminário

No nosso Seminário Diocesano, há dois refeitórios, ambos grandes, coisa do tempo em que o prédio era a Casa do Menor – instituição educacional para crianças em situação de vulnerabilidade social. Em um deles, há um quadro com uma foto de um senhor, vestido com túnica e estola transversal. Logo na entrada, acima do batente, o nome dele está pintado em letras cursivas: “Refeitório Diácono João Monteiro”.

Em uma casa de formação de padres, por que um diácono permanente estampa com inscrição e com fotografia uma de suas dependências? Vale lembrar que, desde o Concílio Vaticano II, a Igreja possibilita a ordenação diaconal para dois tipos de homens: aqueles que se preparam para o sacerdócio e aqueles que serão diáconos a vida toda. Os primeiros vivem um diaconato transitório e são celibatários, os segundos assumem um diaconato permanente e quase sempre

LÁBARO

A serviço da evangelização

Comunicação da Diocese de Taubaté Avenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070

são casados. João Monteiro, já falecido, foi um diácono casado. Por que ele figura no Seminário?

O Seminário de Taubaté foi fundado em 1910, pelo seu primeiro bispo, Dom Epaminondas Nunes d’Ávila. Desde o começo, a instituição teve muitas dificuldades financeiras para se manter. Há uma história, inclusive, que conta que Dom Epaminondas teria dito: “se for preciso, venderemos os cálices e outros objetos de valor das igrejas para manter o nosso Seminário”. Sua preocupação era garantir padres para a Diocese de Taubaté que, na época, era imensa. Houve também a colaboração das Irmandades de São José, que arrecadavam fundos para ajudar na manutenção do seminário (alimentação, estudos, funcionários, etc.). Lá pela década de 1980 até a de 2010, a Diocese contava com uma instituição mantenedora, a IAE –Instituição de Assistência Educacional. É aí

Diretor:

que entra o diácono João: ele fora, por muito tempo, o tesoureiro desse organismo que cuidava do Seminário.

Diácono João Monteiro era diácono permanente, casado, mas sua vida era para o bem dos futuros sacerdotes. Sua vida cotidiana era de um cidadão e cristão comum, mas seu serviço era muito especial. Quem o conheceu, diz que ele manifestava grande preocupação pelos seminaristas e pelos padres. Seu caminho foi o mesmo de São José: cuidar daqueles que iriam pregar a Boa Nova ao mundo. Seu nome no refeitório faz jus à sua josefina obra: alimentar os missionários do Reino em formação, como Jesus jovem, oculto em Nazaré.

João Monteiro brilha pelo seu testemunho. Um diácono servidor sempre será um grande apoio às jovens vocações.

Impressão: Katú Editora Gráfica Tiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuita

Site: www.diocesedetaubate.org.br

email: pastoral@diocesedetaubate.org.br www.facebook.com/diocesedetaubate

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.

O LÁBARO A serviço da evangelização! 2 Junho 2023
Côn. José Luciano Matos Santana
Pe. Thomás Ranieri da Silva Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial: Pe. Marcelo Henrique de Souza, Pe. Julius Rafael Silva de Barros Lima e Valquiria Vieira. Diagramação: Valquíria Vieira Revisão: Ana Regina de Oliveira e Wilse Mara Galvão Departamento de
Editor:
Opinião

Palavra do Bispo

Os princípios da Doutrina Social da Igreja (II)

“Eu estava com fome e vocês me deram de comer” (Mt.25,35)

acompanharam o trabalho de evangelização, em todas as épocas e partes do mundo. O discípulo de Jesus não pode ignorar as necessidades do próximo. No exercício de sua missão, a Igreja não exclui ninguém. A exemplo de Jesus, sendo atenta aos últimos, a Igreja inclui a todos.

Annus, 13).

Começamos a considerar os “Princípios” da Doutrina Social da Igreja (DSI). Por “princípios” queremos nos referir a temas recorrentes e basilares dos documentos de ensino social da Igreja. Já tratamos, anteriormente, de quatro princípios: da primazia da ordem moral, da dignidade da pessoa, da solidariedade e do bem comum. Consideraremos agora: a opção preferencial pelos mais pobres; a não aceitação do capitalismo liberal e nem do socialismo; e o princípio da subsidiariedade. Sucintamente, abordaremos esses assuntos.

5º Princípio: A opção preferencial pelos pobres.

“Desejo aqui recordar um deles [dos temas mais abordados no ensinamento social da Igreja]: a opção ou amor preferencial pelos pobres. Trata-se de uma opção, ou de uma forma especial de primado na prática da caridade cristã, testemunhada por toda a Tradição da Igreja. Ela concerne à vida de cada cristão, enquanto deve ser imitação da vida de Cristo; mas aplica-se igualmente às nossas responsabilidades sociais (S. João Paulo II, Sollicitudo Rei Socialis, SRS n.42). A expressão “opção preferencial pelos pobres”, como tal, surgiu na assembleia geral do episcopado Latino Americano, em Puebla (México), em 1979. Porém, a preocupação e dedicação pelos pobres sempre fez parte da atenção da Igreja, desde os primeiros tempos; pois é exigência do mandamento do amor (Mt.22,37-39). A Igreja procurou realizá-la ao longo dos séculos, e isso se pode perceber pelo incontável número de asilos, orfanatos, creches, escolas, hospitais, etc, que

6º Princípio: A não aceitação do capitalismo liberal. Com o início da industrialização “construiu-se um sistema que considerava o lucro como motor essencial do progresso econômico, a concorrência como lei suprema da economia, a propriedade privada dos bens de produção como direito absoluto, sem limite nem obrigações (...) gerando o imperialismo internacional do dinheiro. Nunca será demasiado reprovar tais abusos, lembrando mais uma vez que a economia deve estar a serviço do homem” (São Paulo VI, Populorum Progressio, 26).

O capitalismo liberal é decorrente do liberalismo, uma ideologia marcada fortemente pelo individualismo. A consequência disso no plano econômico é o lucro como valor supremo, o trabalho como simples mercadoria, a livre concorrência sem limite, a propriedade como valor absoluto, o salário submetido simplesmente à lei da oferta e da procura, a livre concorrência sem limites, a desconsideração do bem do trabalhador e dos princípios éticos. Um tal sistema não está a serviço do ser humano, mas põe o ser humano a serviço do lucro de alguns. Com o passar do tempo, esse capitalismo primitivo e selvagem foi se submetendo ao controle da sociedade pelas regras jurídicas e do estado, tornando-se mais aceitável; porém, com essa reserva.

7º Princípio: A não aceitação do socialismo, marxismo e comunismo.

“A Doutrina Social da Igreja adota uma atitude crítica, quer em relação ao capitalismo liberal, quer em relação ao coletivismo marxista” (S. João Paulo II, Sollicitudo Rei Socialis,21). “O erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. ... O homem é reduzido a uma série de relações sociais (a um coletivo), e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral ... O homem é de fato privado de algo que possa ‘dizer seu’ e da possibilidade de ganhar com que viver por sua inciativa, acaba por depender da máquina social e daqueles que a controlam ...” (S. João Paulo II, Centesimus

Nesta nossa abordagem sintética não é possível diferenciar cada palavra: socialismo, marxismo, comunismo. De modo geral, o que as caracteriza é a relativização da propriedade privada, é o estado deter os meios de produção e controlar toda atividade socioeconômica. Tal como o capitalismo, também o socialismo passou por ‘modificações’ em seu desenvolvimento histórico. É inaceitável porque propõe a luta de classes e absolutiza o social em detrimento da pessoa. Na verdade, a sociedade existe para benefício da pessoa e não o contrário. O materialismo ateu é inerente à ideologia marxista. Erroneamente, esta considera a religião, com sua promessa de vida futura, uma alienação que levaria a pessoa a desinteressar-se pela busca da justiça social. É justamente nossa esperança futura que nos leva ao empenho por construir um mundo mais justo. A esperança cristã nos move no presente e nos direciona para a eternidade.

8º Princípio de Subsidiariedade. “A autoridade pública deixe ao cuidado de associações inferiores aqueles negócios de menor importância, que a absorviam demasiado; poderá então desempenhar mais livre, enérgica e eficazmente o que só a ela compete ...” (Papa Pio XI, Quadragesimo anno, 80).

O princípio da subsidiariedade consiste na atitude do Estado não assumir aquilo que outras instituições sociais (como sindicatos, associações, famílias) podem fazer. Dedicando-se só ao que estritamente lhe compete o Estado poderá cumprir melhor sua atividade reguladora da sociedade. Não serve o estado enfraquecido do liberalismo nem o estado superpoderoso do socialismo. Cabe ao estado garantir o bem comum, com uma função de ajuda não de substituição. Seu caráter é de orientação, de estímulo, de coordenação, de suplência e de integração. Subsidiariedade sim, intervencionismo não. Ao estado cabe a função maior de manter a ordem e evitar exploração dos cidadãos, sobretudo dos desfavorecidos.

(O tema dos Princípios de DSI continua)

3 Junho 2023 O LÁBARO A serviço da evangelização!

Diocese de Taubaté destina doação da Coleta da Solidariedade a quatro projetos sociais

Os projetos contemplados em 2023 pela doação da Coleta da Solidariedade na Diocese de Taubaté foram:

Quatro projetos de atuação social na Diocese de Taubaté receberam a doação da Coleta da Solidariedade realizada pelas paróquias como gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2023.

Do total arrecadado, 60% fica na Diocese com o objetivo de apoiar iniciativas e projetos locais.

Este ano, os quatro projetos selecionados, receberam o valor de R$16.250,00, cada um, doação feita pelos fiéis das 49 paróquias da Diocese de Taubaté.

Os representantes dos projetos estiveram na Cúria Diocesana de Taubaté no dia 09 de maio de 2023 para assinatura do recibo da doação.

O Bispo diocesano, Dom Wilson Angotti, recebeu os representantes juntamente com o Coordenador Diocesano de Pastoral, Cônego José Luciano Matos Santana, o Ecônomo da Mitra Diocesana, Padre Silvio José Dias e o Assessor Diocesano da Campanha da Fraternidade, Padre Junior Rangel.

No encontro Dom Wilson agradeceu pelos trabalhos de solidariedade realizado pelas instituições e todos juntos rezaram pelo gesto concreto da doação do povo.

Com o valor recebido, cada projeto investirá nas necessidades de manutenção e custeio das iniciativas sociais.

Vila São Vicente de Paulo, situada em São Luiz do Paraitinga-SP, instituição de longa permanência para idosos, atualmente atende 22 idosos e oferece serviço na área da assistência social como moradia, alimentação, cuidados com a saúde e atividades de lazer.

Lar Vicentino, situado em Caçapava-SP, instituição de longa permanência para idosos, atualmente atende 30 idosos que não dispõem de condições de permanecer com a família. A instituição trabalha pela proteção integral das pessoas idosas em busca do envelhecimento saudável.

Ação Social ‘Missão de Fátima’ da Paróquia Santo Antônio de Lisboa, atende pessoas em situação de rua na cidade de Taubaté. A ação oferece alimentação, roupas e assistência espiritual, sendo distribuídas 100 marmitas, por semana (aos sábados), em diversos bairros de Taubaté.

Associação Nossa Senhora das Mercês, situada na cidade de Campos do Jordão-SP, instituição de longa permanência para idosos, atualmente com capacidade de atendimento para 70 idosos, sendo 32 cadeirantes. Oferece o serviço de cuidados com a saúde e demais necessidades dos idosos.

Mãe peregrina: amor e missão na Diocese de Taubaté

Com informações de maeperegrina.org.br

Campanha, do Secretariado de Atibaia-SP. A programação teve início com a palestra sobre o roteiro de encontros que está sendo trabalhado durante este ano “Nos passos de João Luiz Pozzobon”, em preparação ao Jubileu de 75 anos que será celebrado em 2025, conduzida pela Ir. Juliana Maria.

Cerca de 330 pessoas entre coordenadores, missionários e famílias da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, da Diocese de Taubaté, participaram do encontro de formação na Paróquia São Pedro Apóstolo no dia 20 de maio de 2023. A formação contou com a participação da Ir. Juliana Maria Nogueira, Assessora da

Em seguida, o padre Rafael Tiago dos Santos, da Paróquia São José Operário falou sobre o Ano Vocacional da Igreja no Brasil com o tema: “Vocação: Graça e Missão”. O padre Álvaro Mantovani (Tequinho), assessor dos Movimentos Marianos na diocese, o padre Fábio Modesto, pároco da Paróquia São Pedro Apóstolos e o padre Moacir Francisco Pedrini, vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja, também acompanharam a formação.

O coordenador da Campanha na Diocese, André Luciano Silva, comentou

sobre a retomada da Campanha da Mãe Peregrina após a pandemia e motivou os participantes sobre a missão evangelizadora. “Como João Luiz Pozzobon foi ousado na missão, nós também devemos retornar nossos trabalhos após o término da pandemia com o amor e ousadia, incentivando cada dia mais nossos coordenadores, missionários e famílias. Participar dos momentos de formação e espiritualidade, conhecer cada dia mais a missão de João Pozzobon. Assim, teremos em 2025 mais pessoas conscientes desta missão evangelizadora. O tema é muito rico e só amamos aquilo que conhecemos. Aprendemos que Pozzobon foi instrumento de Maria, nós também devemos nos empenhar mais na missão com amor e dedicação.”

O encontro foi encerrado com a Santa Missa presidida pelo padre Fábio Modesto.

O LÁBARO A serviço da evangelização! 4 Junho 2023
Diocese em Foco
Da Redação

Diocese em Foco

Bispo Diocesano faz visita pastoral à paróquia São Benedito em Pindamonhangaba

Dr. Mário Tavares, na Vila São Benedito e Escola Municipal Padre Zezinho, também na Vila São Benedito. O bispo esteve ainda no Posto de Saúde do bairro. Às 16h, Dom Wilson rezou e deu a bênção aos enfermos na comunidade São José Operário no bairro Pasin.

Da Redação

presidiu a Santa Missa na igreja matriz. O encerramento da visita de Dom Wilson à paróquia São Benedito ocorreu no domingo, 21 de maio, coma celebração da Santa Missa na comunidade São João Batista no bairro Ipê 1.

O Bispo Diocesano, Dom Wilson Luís Angotti Filho esteve em visita à Paróquia São Benedito em Pindamonhangaba de 18 a 21 de maio de 2023.

Acolhido pelo pároco, padre Antonio Carlos Monteiro e pelo povo, o bispo chegou à Paróquia na quinta-feira, 18 de maio, e foi recepcionado com alegria. Na chegada, o bispo adentrou à Igreja matriz, fez suas preces diante do Sacrário, conversou com o povo e em seguida presidiu a Santa Missa de abertura da visita.

No sexta-feira, 19 de maio, a programação da visita levou o bispo à Escola

No terceiro dia da visita, 20 de maio, Dom Wilson se encontrou com os Catequizandos da Primeira Eucaristia, em seguida, com os Catequizandos de Crisma, na Matriz de São Benedito. No período da tarde, o bispo reuniu-se em Assembleia de Pastoral com os membros do Conselho Pastoral Paroquial e

A visita pastoral é exercício da função episcopal e tem por objetivo levar o bispo a ter um contato mais próximo com os padres e com o povo e para conhecer a realidade pastoral de cada paróquia. Mais sete paroquias devem receber a visita pastoral ainda em 2023.

Iniciativas paroquiais promovem a consciência vocacional

Da Redação

onde permaneceu durante toda a Festa Divino Espírito Santo. Após a acolhida da imagem, foi celebrado a primeira noite do tríduo em preparação à festa.

A Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Pindamonhangaba, acolheu a imagem peregrina do Bom Pastor durante o mês de maio, ocasião da festa da padroeira paroquial sob o tema “Maria Vocação: Graça e Missão” baseado no tema do ano vocacional. Após a festa a imagem também visitou as demais comunidades.

Durante o mês de maio mais quatro paróquias receberam a imagem peregrina do Bom Pastor, iniciativa que celebra o ano vocacional na Diocese de Taubaté.

A Paróquia Nossa Senhora do Belém em Taubaté recebeu, no dia 05 de maio de 2023, a visita da imagem do Bom Pastor que chegou em carreata, na ocasião a paróquia iniciava a novena da padroeira paroquial e para o primeiro dia o tema escolhido foi

"Vocacionados à vida: Deus nos criou por amor!". Toda a novena da festa abordou o tema da vocação.

A Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança, em Caçapava, organizou para o mês de maio algumas iniciativas em celebração ao ano vocacional com a chegada da imagem peregrina do Bom Pastor. Na comunidade Nossa Senhora da Piedade a imagem chegou no dia 25 de maio de 2023,

E ainda no mês de maio, a paróquia Sagrada Família, em Taubaté, recepcionou a imagem do Bom Pastor com alegria e motivação pelo ano vocacional.

Em junho, as imagens peregrinas do Bom Pastor estão peregrinando pelas seguintes paróquias: Sant’Ana em Pindamonhangaba, Santo Antônio de Lisboa e paróquia São Sebastião em Taubaté e Nossa Senhora das Dores em Jambeiro.

Chegada da imagem do Bom Pastor na paróquia Nossa Senhora do Belém, celebração do primeiro dia da novena da padroeria paroquial. Foto: Pascom

Comunidade N.S. da Piedade da Paróquia N.S. da Boa Esperança, em Caçapava, acolhe a imagem do Bom Pastor e celebra a Festa do Divino. Foto: Pascom

Durante as festividades da padroeira, Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pindamonhangaba, celebra o Ano Vocacional com a visita da imagem do Bom Pastor. Foto: Pascom

5 Junho 2023 O LÁBARO A serviço da evangelização!
Paróquia Sagrada Família, em Taubaté, recebe imagem peregrina do Bom Pastor. Foto: Pascom

Destaque

Clero reflete sobre a evangelização da juventude Pe.

O clero da diocese de Taubaté em reunião geral, refletiu sobre a evangelização da juventude. O encontro realizou-se no dia 24 de maio de 2023, quarta-feira, nos períodos da manhã e da tarde, reunindo os padres, diáconos e o bispo diocesano Dom Wilson Angotti.

A temática foi desenvolvida com a assessoria dos padres religiosos salesianos; Pe. Roque Luiz Sibioni, Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, Pe. Cássio Rodrigo de Oliveira e Pe. Rafael Galvão Barbosa. O carisma dos padres salesianos é justamente a evangelização da juventude e da educação, seguindo os passos e os exemplos de São João Bosco. Os padres assessores, a partir da sólida formação acadêmica e experiência pastoral, ofereceram uma leitura ampla e profunda sobre os cenários juvenis, enriquecida de testemunhos de vivências e trabalhos realizados pela congregação salesiana no campo da evangelização dos jovens. Apontaram caminhos e sugestões de como seria possível criar uma ambiência mais favorável para a evangelização da juventude.

O tema da evangelização da juventude é uma das prioridades pastorais da Diocese de Taubaté, em suas diretrizes pontua: “A evangelização da juventude é outra realidade que exige nossa atenção, de modo que, com os jovens, a Igreja sempre se renove e se revigore. Muitas iniciativas já existem nesse sentido, sobretudo, lideradas por movimentos destinados aos jovens. É importante que as paróquias ofereçam meios para o aprofundamento da vida cristã, para o engajamento dos jovens e que deem o necessário respaldo e acompanhamento aos significativos trabalhos que são realizados para a evangelização da juventude. Essa prioridade não visa enquadrar os jovens, inserindo-os e absorvendo-os nas estruturas e nos serviços paroquiais, mas sim fazer que estes estejam a

serviço dos jovens. A diretriz assumida exige que a atenção de nossas paróquias se volte para os jovens”.

A formação e assessoria conduzida pelos padres salesianos, veio enriquecer, exemplificar e inspirar convicções e ações concretas já consideradas pelas diretrizes diocesanas de evangelização dos jovens, a constar:

1 – Preparar e contar com mais jovens para evangelizar os jovens, reorganizando a catequese de Crisma.

2 – Propiciar, nas paróquias, espaços e oportunidades atraentes para reunir jovens, especialmente aqueles que concluem a catequese de Crisma, oferecendo-lhes experiências de fé por meio da oração, do aprofundamento doutrinal.

3 – Envolver a juventude na missão evangelizadora da Igreja, por meio das ações missionárias juvenis.

4 – Realizar encontros de jovens, na paróquia, ao menos a cada ano.

5 – Aprofundar a articulação entre paróquias, movimentos e associação de jovens na Diocese, valorizando-os, planejando e realizando ações em comum”.

Recentemente, no magistério da Igreja, o tema da juventude foi refletido pelos bispos e o papa em sínodo, resultando na Exortação Apostólica Pós-Sinodal ‘Christus Vivit’, documento publicado em 2019. E dentro das muitas reflexões e dicas de ações, o documento traz a ideia de que a própria Igreja busca sua continua juventude, discernindo o que de fato torna a Igreja jovem: “Peçamos ao Senhor que livre a Igreja dos que querem envelhecê-la, mantê-la no passado, detêla, torná-la imóvel. Também peçamos para livrá-la de outra tentação: acreditar que é jovem porque ela cede a tudo o que o mundo lhe oferece, acreditar que se renova porque esconde sua mensagem e imita os outros. Não. É jovem quando é ela mesma, quando recebe a força sempre nova da Palavra de Deus, da Eucaristia, da presença de Cristo e da força de seu Espírito cada dia. É jovem quando é capaz de retornar sempre de novo à sua fonte”. Um dos desafios mais notáveis da evangelização do mundo atual é a transmissão da fé para as novas gerações. Um conjunto de princípios filosóficos e comportamentais, o advento da cultura digital, e a chamada mudança de época, impõe esse desafio à evangelização dos jovens nos lares, nas catequeses paroquiais e na sociedade. Além do momento formativo, a reunião geral possibilitou a convivência do clero e que informações pastorais e administrativas fossem comunicadas.

O LÁBARO A serviço da evangelização! 6 Junho 2023

Igreja no Brasil

Eleita a nova Presidência do Regional Sul 1 da CNBB

Na quarta-feira, dia 31 de maio de 2023, em sessão reservada da 85ª Assembleia do Conselho Episcopal do Regional Sul 1 (CONSER Sul 1) foram escolhidos os Bispos Presidente, Vice-Presidente e Secretário do Regional Sul 1. Também passaram pelo processo de eleição os membros do Conselho Fiscal, do Conselho Econômico e dos representantes para o CONSER. Após oração, reflexão e escrutínios, a Presidência para o quadriênio 2023-2027 foi votada.

bispos, ficou integrado por Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, Bispo Diocesano de Lorena, Dom José Valmor César Teixeira, Bispo Diocesano de São José dos Campos, e Dom José Negri, PIME, Bispo Diocesano de Santo Amaro. Os Bispos Diocesanos de Jundiaí e de Piracicaba, Dom Arnaldo Carvalheiro Neto e Dom Devair Araújo da Fonseca, respectivamente, ficaram como suplentes.

Como representantes do CONSER no Conselho Permanente foram eleitos titulares o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, e Dom João Inácio Müller, Arcebispo Metropolitano de Campinas; Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo Diocesano de Santo André, e o Bispo Diocesano de Mogi das Cruzes, Dom Pedro Luiz Stringhini, como suplentes.

Com informações da CNBB Sul 1

Sub-região Aparecida será Dom Wilson Luís Angotti Filho, Bispo Diocesano de Taubaté.

Dom Júlio Endi Akamine, Arcebispo Metropolitano de Sorocaba, foi eleito o novo Presidente do Regional Sul 1. O Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva, foi eleito o Vice-Presidente. O Secretário escolhido para a Entidade nos próximos anos foi Dom Frei Carlos Silva, Bispo Auxiliar de São Paulo.

O Conselho Fiscal, composto por três

Igreja no Mundo

Já o Conselho Econômico será composto por Dom Luiz Carlos Dias, Dom José Roberto Fortes Palau, e Dom Jorge Pierozan, respectivamente, bispos diocesanos de São Carlos e de Limeira, e Bispo Auxiliar de São Paulo. Depois das eleições, ocorreu a oração das Vésperas conduzida por Dom Maurício Grotto de Camargo, Arcebispo Metropolitano de Botucatu.

Para favorecer a articulação pastoral, o Regional Sul 1 é dividido em sete sub-regiões, a saber, Aparecida, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto 1 (RP 1), Ribeirão Preto 2 (RP 2), Sorocaba e São Paulo. O representante da

Em Botucatu, foi eleito o Bispo Diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, para a Sub-região pastoral. Da SubRegião Campinas, será Dom Luiz Carlos Dias. Nas sub-regiões RP 1 e RP 2, foram escolhidos, respectivamente, Dom Eduardo Pinheiro, Bispo Diocesano de Jaboticabal, e Dom Antônio Emídio Vilar, Bispo Diocesano de São José do Rio Preto. Na Sub-região Sorocaba, o eleito foi o Bispo Diocesano de Registro, Dom Manoel Ferreira dos Santos Junior e, para a Sub-região São Paulo, Dom Odilo.

JMJ Lisboa: divulgado programa da Viagem Apostólica do Papa a Portugal

A XXXVII Jornada Mundial da Juventude levará o Papa Francisco a Portugal, onde estará de 2 a 6 de agosto de 2023. Está prevista ainda uma visita ao Santuário de Fátima, de acordo com o programa da sua Viagem Apostólica, conforme descrito a seguir:

No dia 02 de agosto, o Papa parte de Roma para Lisboa. A chegada a Portugal está prevista para 10h (hora de Lisboa). Para esse dia, estão programadas a Cerimônia de boasvindas e a visita de cortesia ao Presidente da República no Palácio Nacional de Belém. Em seguida, um encontro com autoridades, a sociedade civil e corpo diplomático no Centro Cultural de Belém, onde o Santo Padre deve discursar. Na parte da tarde, o Papa Francisco estará na Nunciatura Apostólica para um encontro com o Primeiro Ministro.

Às 17h30 (hora de Lisboa) está programada a oração das vésperas, no Mosteiro Jerónimos, com os bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e agentes de pastorais.

Na quinta-feira, 3 de agosto, o dia começará com o encontro do Papa Francisco com os jovens universitários, na Universidade

Católica Portuguesa. Mais tarde, outro encontro com os Jovens, desta vez na Sede de Scholas Occurentes de Cascais. No fim do dia está programada uma cerimônia de acolhimento no Parque Eduardo VII com um Discurso do Santo Padre.

Na sexta-feira, 4 de agosto, pela manhã haverá atendimento de confissão de alguns jovens da JMJ na Praça do Império em Lisboa. Depois o Papa participará de um encontro com os representantes de alguns centros de assistência e caridade. Mais uma vez, o Papa se encontrará com os jovens para um almoço na Nunciatura Apostólica e às 18h (hora de Lisboa) participa da Via-Sacra com os Jovens, no Parque Eduardo VII. No sábado, 5 de agosto, o Papa Francisco irá a Fátima partindo de Lisboa às 8h (hora de Lisboa). Na Capelinha das Aparições do Santuário de Nossa Senhora de Fátima terá a recitação do Terço com os jovens doentes e momento de oração pessoal. De volta à Lisboa, o Papa Francisco terá um encontro privado com os membros da Companhia de Jesus, no Colégio de S. João de Brito. À noite participa da Vigília com os Jovens no Parque Tejo.

Com informações do Vatican News

No domingo, 6 de agosto, o Papa Francisco preside a Santa Missa no Parque Tejo, para em seguida haver a oração do Angelus e o último compromisso será o encontro com os voluntários da JMJ em um passeio Marítimo de Algés. Às 17h30 (hora de Lisboa), o Papa se despede de Portugal em cerimônia na Base Aérea de Figo Maduro de onde parte em retorno à Roma.

Em um vídeo com uma mensagem aos jovens participantes da JMJ, o Papa Francisco falou da força dos jovens para a Igreja e da importante experiência que esse evento proporciona.

"Participar da Jornada é uma coisa linda e quando se tem consciência disso, você fica animado para participar. Preparem-se para este momento entusiasmante, ponham lá a vossa esperança, porque se cresce muito numa Jornada como esta. Não nos damos conta, mas as coisas ficam dentro de nós, os valores ficam, as relações construídas com os jovens de outros países, os encontros, tudo fica dentro de nós e sobretudo ver a força juvenil, a Igreja tem a força dos jovens."

7 Junho 2023 O LÁBARO A serviço da evangelização!

Intenções do Papa

Pela abolição da tortura: atentado contra a dignidade e a integridade da pessoa humana

O Papa Francisco pede que “rezemos para que a comunidade internacional se empenhe concretamente na abolição da tortura, garantindo apoio às vítimas e aos seus familiares”.

A vida é o primeiro direito da cidadania portanto deve ser conservada, protegida e promovida. A tortura é um ato de crueldade que atenta contra a dignidade da vida humana. Essa crueldade encontra-se em muitos lugares e situações. A tortura em todas as suas formas é um escândalo.

A vida humana é o maior bem a ser protegido pelo Direito. Do respeito à vida decorre o respeito a todos os demais direitos.

Do ponto de vista jurídico, dos Tratados Internacionais e do direito civil a vida deve ser respeitada.

O homem é a única criatura para quem a tortura e a morte de seus semelhantes podem ser divertidas em si mesmo. O homem, dotado de razão, liberdade e criatividade, rebaixa estes talentos e mergulha na crueldade mais atroz.

Segundo Manif Elias Zacharias no seu Dicionário de Medicina Legal, a tortura é: “por definição médico-legal, um meio cruel de prática criminosa, entendido como ato desumano, brutal, que atormenta e causa padecimento desnecessário à vítima, com livre deliberação do torturador” (Curitiba: Champagnat, 1991, p.299).

O ser humano na tortura mergulha no abismo do absurdo, da crueldade e da brutalidade. Na tortura a crueldade e a estupidez se juntam.

Na tortura o ser humano nega a humanidade. O desumano, o hostil e o desumano da tortura ameaça o humano.

A tortura é uma tremenda e horrível tragédia. Somos humanos quando lutamos contra a tortura e pena de morte. É lutar para que as pessoas vivam em plena dignidade.

Somos desumanos quando fechamos os olhos para a tortura existente no mundo. A tortura é uma derrota da civilidade. A vida humana é sagrada é precisa ser promovida e cuidada.

A respeito da tortura a Doutrina Social de Igreja afirma: “... o discípulo de Cristo rejeita todo recurso a tais meios, de modo algum justificável e no qual a dignidade do homem é aviltada tanto naquele que é espancado quanto no seu algoz. Os instrumentos jurídicos internacionais referentes aos direitos do homem indicam justamente a proibição da tortura como um princípio que em circunstância alguma se pode derrogar” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n.404).

A tortura é pecado mortal. Infelizmente apesar de todas as proibições internacionais inúmeras pessoas sofrem tortura e outros tratamentos desumanos.

Para o Direito Internacional a tortura é um crime que não pode ser justificado em nenhuma circunstância.

É preciso sempre estar a favor do

respeito incondicional da vida e integridade da pessoa humana.

O Concílio Vaticano II nos diz que devemos rejeitar toda forma de tortura: “Tudo aquilo que constitui uma violação da integridade da pessoa humana, como são as mutilações, as torturas morais , físicas ou as pressões psicológicas” (Gaudium et Spes, n. 27).

A violência e especificamente a tortura nunca é uma solução plausível e humana: “A Igreja proclama, com a convicção da sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão, ‘que a violência é má, que a violência como solução para os problemas é inaceitável, que a violência é indigna do homem. A violência é uma mentira, pois que é contrária è verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n.496).

É preciso eliminar o recurso inadmissível e desumano à tortura. Lamentável que a tortura continue a existir.

As outras dimensões de Jesus

Existe uma catequese de aprofundamento que vai mais além do que imaginamos.

Já preguei sobre isto várias vezes. Está em Efésios 3, 14-21. Quem escreveu era certamente da escola Paulina. O autor era muito culto e, como sempre, foi magistral nessa catequese.

Fala “da altura, da profundidade, da largura e do comprimento do estudo de Jesus Cristo”.

É como se dissesse ao aluno de catequese:

“O que vocês viram e ouviram até agora foi um vestibular da fé . Mas Jesus é muito mais do que isto. “

O texto termina dizendo que devemos continuar estudando cristologia e orar para que Jesus complete o que nenhuma tese é

capaz de captar!

Leia o texto e verá. O catequista exclama: “Minha Nossa” “E eu que achava que sabia catecismo” …

(Ef 3,13-20) "13.Por isso, eu vos peço que não desanimeis por causa das tribulações que suporto por vós; é a vossa glória. 14. Por essa razão, dobro os joelhos diante do Pai, 15.de quem recebe o nome toda paternidade no céu e na terra. 16.Que por sua graça, segundo a riqueza de sua glória, sejais robustecidos, por meio do seu Espírito, quanto ao homem interior. 17.Que ele faça Cristo habitar em vossos corações pela fé, e que estejais enraizados e bem firmados no amor. 18.Assim estareis capacitados a entender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade…; 19.conhecereis

também o amor de Cristo, que ultrapassa todo conhecimento, e sereis repletos da plenitude de Deus.

(Ef 3,20) "Àquele que tem o poder de realizar, por sua força agindo em nós, infinitamente mais que tudo que possamos pedir ou pensar, a ele a glória na Igreja e no Cristo Jesus, por todas as gerações, na duração dos séculos. Amém."

Como padre catequista este é um dos meus textos preferidos. Jesus é muito mais do que imaginamos que Ele é!

O LÁBARO A serviço da evangelização! 8 Junho 2023
Professor José Pereira da Silva Doutrina Social da Igreja

Vocação ao Diaconato

O diácono é chamado ao ministério do serviço, “assim, no início da Igreja, os Apóstolos do vosso Filho, movidos pelo Espírito Santo, escolheram sete homens de bem para ajudá-los no serviço diário, confiando-lhes a distribuição dos alimentos, pela oração e imposição das mãos” (Pontifical, p. 173, §235). Na Igreja, fala-se de dois tipos de diáconos: o Diácono transitório, sendo um passo temporário em direção ao segundo grau da ordem, ou seja, o presbiterado e o diácono permanente, sendo a vocação na qual os homens podendo ser casados ou não, são ordenados como diácono para a vida toda. Ambos são habilitados para servir o povo de Deus na diaconia da liturgia, da palavra, da caridade e da pastoral.

Em relação ao grau da ordem, pontuam-se três: Cân. 1009 §1 “o episcopado, o presbiterado e o diaconado”. §2 “Conferidos pela imposição das mãos do bispo e pela oração consecratória, que os livros litúrgicos prescrevem para cada grau”. Porém, entre os diversos ritos da ordenação está a entrega do livro dos Evangelhos, indicando-se uma das funções do diácono, de proclamarem o Evangelho nas celebrações litúrgicas e de pregarem a fé da Igreja por palavras e obras. Nisso consiste os ensinamentos de Jesus, que fundamentam o ministério do diácono como o homem do serviço, pois “quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,44-45). Logo o serviço do diácono é um papel fundamental na Igreja, de maneira a brilhar em sua conduta os mandamentos de Deus e o exemplo de sua vida despertar a imitação do povo.

São chamados a serem testemunhas vivas do Evangelho, levando a mensagem do amor e esperança às pessoas que encontram em seu caminho. Eles são convidados a estarem próximos dos mais necessitados, dos marginalizados, excluídos e dos moribundos, acolhendo-os, ouvindo suas histórias, compartilhando o amor e a misericórdia de Deus. Essa missão requer uma disponibilidade constante para atender

às necessidades da comunidade, sejam nos momentos de alegria ou tristeza, celebrando os sacramentos ou consolando os aflitos.

Enfim, a vocação ao diaconato requer uma profunda vida de oração, humildade, caridade e disposição para se colocarem a serviço dos outros. É uma resposta generosa ao chamado de Deus, para exercer o ministério com autenticidade e dedicação. Por ocasião do 3º Ano Vocacional do Brasil, somos convidados a responder esse apelo da Igreja, chamados e convocados com a missão da vocação, a fim de sermos verdadeiros discípulos que se colocam a caminho, mantendo o nosso coração ardente e os pés a caminhos (cf. Lc 24,32-33), para anunciar o reino de Deus.

9 Junho 2023 O LÁBARO A serviço da evangelização!
Tema Pastoral
Diác. Marciano Inácio Batista

Entrevista

Associação Nossa Senhora das Mercês: um recanto de acolhida e cuidado às pessoas idosas

fisioterapeuta, que temos hoje, não é suficiente para atenção integral aos idosos; a assistência de um profissional médico, remunerado devidamente, para uma melhor atenção; realizar a manutenção do imóvel e de todo o maquinário utilizado nos vários setores da casa; investimento em medicamentos não oferecidos pela Rede Pública; o material de higiene é bem oneroso. E o número reduzido de irmãs para coordenar todos os setores, com a escassez de vocações. As doações sempre nos ajudam muito.

Situada em Campos do Jordão, sob a coordenação das Irmãs Mercedárias da Caridade, a Associação Nossa Senhora das Mercês, é uma casa de acolhida e cuidado de pessoas idosas. Atualmente, são quase 70. A maioria depende de cuidados especiais. Nesta entrevista, a Ir. Isaura Raimunda de Lima, 69, superiora da comunidade, conta como é realizado o trabalho e sobre os desafios que enfrentam para se manterem.

O LÁBARO: Fale um pouco sobre a história da Congregação, o carisma e desde quando atua em Campos do Jordão.

Ir. Isaura: Nós, Irmãs Mercedárias da caridade estamos em Campos do Jordão desde o ano de 1934, exercendo nossa missão na Fundação Sanatório Santa Cruz. O Sanatório Nossa Senhora das Mercês (hoje, Associação Nossa Senhora das Mercês) foi fundado pela mesma Congregação de Irmãs Mercedárias da Caridade na Cidade e Comarca de Campos do Jordão, Estado de São Paulo, no dia 9 de dezembro de 1940. Nossa missão desde o início era Hospital para cura de pessoas portadora de tuberculose. Nestes anos éramos um grupo de hospitais que cuidava só de tuberculosos vindos de todo Brasil. No início dos anos 1980, os enfermos de tuberculose passam a ter atenção em suas próprias casas e os sanatórios foram destinados para assumir uma nova missão. Neste tempo, em convênio com a Ação Social do Governo do Estado de São Paulo, estes espaços passaram a receber pessoas idosas, vulneráveis, com dificuldades de cuidados próprios e preferencialmente pessoas em situação de rua ou em extrema pobreza familiar. Hoje, o Sanatório Mercês é um asilo, oferecendo abrigo-moradia para pessoas idosas com as características citadas acima.

O LÁBARO: A Associação Nossa Senhora das Mercês realiza um importante trabalho social, que é o de acolhida às pessoas idosas. De que modo é feito esse trabalho, quantas pessoas são atendidas e como ele se mantêm?

Ir. Isaura: No momento, são quase 70 idosos, sendo a maioria com grau de dependência bem acentuada. Destes idosos, um grande número são cadeirantes. São de famílias pobres e sem condições de cuidar de seu parente

idoso. Atendemos pedidos de todo o Vale Paraíba e alguns de outras cidades do Estado de São Paulo. Desde o início desta missão com os idosos foi realizado um convênio com o Governo do Estado de São Paulo e, atualmente, dependemos do Serviço Social com a sede em São José dos Campos. Esta obra é mantida com este convênio e com 70% do auxílio dos idosos aposentados. Para a atenção integral destas pessoas, recorremos a doações. Eles recebem cuidados de higiene, de médicos, enfermagem, alimentação e roupas necessárias por causa do frio da cidade.

O LÁBARO: A Pandemia da Covid-19 foi um tempo muito triste e desafiador de nossa história, atingindo principalmente os mais pobres. Como vocês atravessaram esse momento e que lições ficaram?

Ir. Isaura: No tempo da pandemia, o Sanatório recebeu orientações e atenção da Vigilância Sanitária da Cidade. Recebeu uma ajuda econômica de nossa Congregação através de nosso Governo Geral de Roma e do Governo Público de nossa cidade. Foi possível adquirir todo o material necessário para prevenir e cuidar de todos: Idosos, funcionários e irmãs. Os idosos que tiveram o Covid foram levados e atendidos na Fundação Santa Cruz que oferecia espaços para os isolamentos. Como tomaram todas as medidas de prevenção, o número de contágios não foi alto e não houve óbito por Covid.

O LÁBARO: No ano passado a Fundação Santa Cruz, que é administrada pela Congregação de Irmãs Mercedárias da Caridade, completou 90 anos de existência. Como foi celebrado esse momento e qual o significado desse tempo de trabalho?

O LÁBARO: Neste ano, a Associação foi uma das quatro entidades contempladas pela coleta da Campanha da Fraternidade realizada pela Diocese de Taubaté. Qual a importância dessa ajuda e como ela será utilizada?

Ir. Isaura: Toda ajuda neste momento tem sido bem-vinda, pois a situação econômica do Sanatório passa por um momento delicado. Os gastos são maiores que as entradas. Esta ajuda da nossa Diocese, apoiada pela CF 2023, chegou em boa hora. Necessitamos de várias reparações e manutenção na lavanderia, cozinha e refeitório para atender a nossos irmãos. Recebemos, graças a Deus, doações que nos vão ajudando no nosso serviço e missão: alimentos, material de higiene e limpeza. São muito necessárias as doações de fraldas, mesmo assim, precisamos comprar para atender, completar e oferecer conforto para os idosos. A ajuda da nossa Diocese está sendo bem investida para a devida prestação de contas.

O LÁBARO: Quais os maiores desafios na realização desse trabalho social e como eles têm sido superados?

Ir. Isaura: O quadro de profissionais, entre eles os cuidadores, enfermagem e

Ir. Isaura: A Fundação Santa Cruz tem o seu estatuto independente da Associação Nossa Senhora das Mercês. O que nos une é que somos Mercedárias da Caridade vivendo o mesmo carisma nesta missão com o Rosto de Jesus pobre. A Fundação Santa Cruz é uma missão que nos traz memórias de nossas primeiras irmãs missionárias vindas da Espanha. Foram muitas irmãs que ao longo destes 90 anos deram e dão a vida nesta missão tão importante. Atender com dignidade e muita caridade redentora as pessoas que passaram pela casa e as que hoje estão. Muito lindo celebrar 90 anos de muita Caridade Redentora.

O LÁBARO: Deixe uma mensagem aos nossos leitores.

Ir. Isaura: É muito gratificante dedicar a vida para dar vida às pessoas idosas que chegam até nós. Estar com eles, é oferecer o melhor para dignificar a vida e humanizar essa última etapa da vida dos que estão em nossas casas. Cuidar do idoso na realidade da sociedade de hoje é um clamor. Precisamos olhar com mais ternura e reponsabilidade para estes nossos irmãos e irmãs. O gesto de nossa Diocese foi fruto desse olhar com ternura para as pessoas de nossa casa. Nossa gratidão e muita comunhão na missão.

O LÁBARO A serviço da evangelização! 10 Junho 2023

Espiritualidade

A importância de saber distinguir o que queremos do que realmente precisamos

A espiritualidade é um caminho que nos leva ao autoconhecimento.

Ao perguntar Bartimeu o que ele gostaria de receber, Jesus nos ensina a distinguir o essencial do secundário.

Bartimeu era cego. Parece-nos óbvio que ele quisesse enxergar. Parece-nos claro que a pergunta não geraria um conflito no coração dele. Mesmo assim, Jesus fez questão de perguntar.

Voltar a enxergar era a urgência de Bartimeu, mas pode ser que ele não estivesse pronto para o essencial.

Durante anos aquele homem permaneceu à beira do caminho, dependendo do auxílio dos outros. Ele poderia estar ele perfeitamente adaptado àquela dependência. Acontece. Há pessoas que não querem o remédio, pois preferem a enfermidade.

E se Bartimeu estivesse querendo

Pacto Educativo Global

apenas um pedaço de pão, uma quantia em dinheiro ou um manto novo?

Não, Bartimeu já estava certo do que realmente necessitava. Ele queria vida nova, ele queria autonomia, ele queria viver por si mesmo.

Nem sempre estamos prontos para as mudanças que precisamos viver. Porque não queremos o desconforto dos enfrentamentos, passamos a nos adaptar ao sofrimento que nos mata aos poucos. A cegueira emocional nos faz pedir o que queremos, ainda que o que queremos não seja o que precisamos.

Por sermos tão estranhos a nós mesmos, ficamos incapazes de identificar as nossas reais necessidades.

O aforismo atribuído a Sócrates, filósofo grego, “conhece a ti mesmo”, ajudanos a entender a proposta de Jesus. O primeiro passo de toda conversão é o esclarecimento.

Só podemos desfrutar de uma espiritualidade fecunda, livre de alienações, quando nos dispomos a saber quem realmente somos e o que realmente precisamos viver. Não percamos tempo. Precisamos sarar a cegueira de nossa alma. Que o medo não assuma as rédeas de nossos comandos. Deus já deixou em cada um de nós a coragem necessária de cada dia. É através dela que construímos os caminhos, realizamos a parte que nos cabe, distinguimos o secundário do essencial.

Abrir-se à acolhida, sobretudo aos mais vulneráveis e marginalizados

A natureza humana, tal como foi projetada no ato criador de Deus Pai, é constituída, estruturalmente, para ser dialogante, ser capaz de construir vínculos e ser comunicante. Este padrão de humanidade depende de fatores constitutivos da construção da personalidade ao longo da vida. A capacidade de acolhimento passa, em primeiro lugar, pela qualidade do acolhedor. Se a pessoa que acolhe carrega marcas pesadas em seu desenvolvimento, provavelmente, terá dificuldades para ser receptivo aos irmãos e, mais ainda, aos vulneráveis e marginalizados. Para acolher, a pessoa deve ter experienciado o acolhimento nos âmbitos da família, da escola e da comunidade de fé. Por isso, no texto que segue, apresentam-se elementos bases da constituição da personalidade do acolhedor: carga genética, o ambiente, as experiências vividas, a escola, a puberdade e hábitos de vida.

O primeiro elemento do desenvolvimento a considerar é a carga genética, que responde que de 30% a 60% das características de personalidade sejam hereditárias. Outro elemento é o ambiente em que se nasce, cresce e vive porque imprime características na pessoa e ela une à sua carga genética. O ambiente pode reproduzir até 30% nos comportamentos. Neste caso, vale ressaltar que a experiência intrauterina é muito importante na construção da personalidade. Nesta fase, o aconchego da mãe, do pai e de quem estiver no cenário gestacional garante o conforto do feto que resultará em perfil humano mais dialogante e apaziguado. Angústias e apreensões vividas pela mãe e violência familiar podem levar o bebê a comportamentos agressivos no futuro. As experiências que passamos ao

longo da vida marcam nossa personalidade, especialmente, as vividas na primeira infância e meninice. Os cuidados ao tratar com os filhos, a atenção adequada às perguntas feitas por eles, o ambiente de retaguarda dado pelos pais, a forma de prover das condições materiais necessárias para crescer com saúde e garantir a integridade física e moral dos filhos geram neles o sentimento de serem amados, de terem retaguarda e, assim, reverberarão o amor incondicional.

A puberdade influencia fortemente no desenvolvimento do adolescente. A maneira como família e escola conduzem os processos próprios desta faixa etária podem ativar o melhor da identidade do adolescente ou colocálo em situação de angústia, de insegurança, de medo, de dúvida de si e, sobretudo, dúvida se é amado ou não.

Hábitos de vida são fatores que atuam diretamente no DNA e as alterações podem ser repassadas para os filhos. Destaque especial para a dependência de drogas e o alcoolismo modificam o genoma (conjunto de todos genes de uma espécie de ser vivo) e aumentam a susceptibilidade ao vício hereditário em até 60%.

A escola é responsável pela formação acadêmica na elaboração do saber, pela socialização dos estudantes, considerando e respeitando as faixas etárias, pela ativação da capacidade de vinculação saudável/fraterna e pela construção e vivência da ética e da moral como padrão de conduta social. Nestes termos, a escola corrobora com a construção da personalidade e fixa valores para que o futuro destes estudantes seja de autonomia na vida, capacidade de tomada de decisão de forma livre e lúcida e gerador de trabalho colaborativo.

Somente de mãos dadas e fazendo juntos que deixaremos uma descendência compatível com o projeto criador amoroso da Trindade. O Papa Francisco, no Pacto Educativo Global, diz que “o objetivo de construir uma aliança entre escola, família e sociedade com suas melhores energias é para colocar no centro o desenvolvimento integral da pessoa e a proteção da Casa Comum”. A educação, assim como também toda a sociedade, deve primar pela prática da justiça onde todos somos irmãos.

Uma questão a pensar: como ser acolhedor dos necessitados, dos menos favorecidos, dos vulneráveis e dos marginalizados, se eu não tiver estrutura humana para me sentir acolhido e como serei capaz de acolher indistintamente?

11 Junho 2023 O LÁBARO A serviço da evangelização!
Pe. Fábio de Melo

Petecostes

Solenidade de Pentecostes é marcada por celebrações e festividades

A devoção ao Divino Espírito Santo é marcada por festas e cerimônias solenes que ocorrem cinquenta dias após a Páscoa, momento em que recordamos a descida do Divino Espírito Santo sobre os apóstolos e Nossa Senhora, reunidos no Cenáculo.

Durante essas celebrações, os fiéis reúnem-se para expressar sua devoção e

compartilhar momentos de fé. Nas paróquias da Diocese de Taubaté, em 2023, o povo celebrou o Divino Espírito Santo na liturgia e, por essa Solenidade também ter uma atmosfera festiva e solidária, durante o período de novena e dia da festa também ocorreram quermesses, apresentações de danças folclóricas, apresentações musicais e

Da Redação

outras atividades culturais que reforçam os laços comunitários e promovem a união entre os participantes.

Confira alguns registros desses momentos celebrativos da Festa do Divino Espírito Santo nas paróquias da Diocese de Taubaté.

Procissão em honra ao Divino Espírito Santo na paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança em Caçapava. Foto: Pascom

Fiéis participam da Novena em honra ao Divino Espírito Santo em Pindamonhangaba, Paróquia N.S. do Bom Sucesso. Foto: Pascom

Devotos levam as bandeiras para a celebração em honra ao Padroeiro da paróquia Espírito Santo em Taubaté. Foto: Pascom

Celebração do 4º Dia da Novena do Divino Espírito Santo na paróquia N.S. da Conceição em Quiririm-Taubaté. Foto: Pascom

Dom Wilson confere o Sacramento da Crisma em celebração na Catedral de São Francisco das Chagas. Na noite de Pentecostes, 28 de maio de 2023, 42 crismandos receberam o sacramento da Crisma. Fotos: Pascom

A Festa do Divino Espírito Santo na Paróquia São Luís de Tolosa, em São Luis do Paraitinga, é uma das mais tradicionais em toda a Diocese. Os festejos do Divino lembrou os 250 anos de criação da paróquia e a preparação para o Sínodo dos Bispos com o tema: "Iluminados pelo Divino Espírito Santo, somos testemunhas de uma Igreja de participação, comunhão e missão!" Fotos: Pascom

Atos da Cúria

Foram 17 os documentos expedidos pela Cúria Diocesana no período de 05 de maio a 02 de junho de 2023. Dentre estes se destacam:

• Decreto de Admissão à Sagrada Ordem no grau do Presbiterato: Diác. Marciano Inácio Batista.

• Concessão da Missio Canônica em favor do Prof. Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias.

• Autorização para venda de veículos: Paróquia São Luís de Tolosa.

• Autorização para Obra social Rosa Mystica efetivar pagamentos dos honorários.

• Concessão MESCE: Paróquia Jesus Ressuscitado.

• Transferência de competência do foro eclesiástico da Diocese de Taubaté para a Arquidiocese de Campinas, em referência à Ir. Amália de Jesus.

O LÁBARO A serviço da evangelização! 12 Junho 2023
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.