Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Março e Abril de 2019

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O LÁBARO Diocese de Taubaté - SP

Distribuição Gratuita

Desde 1910 - Edição nº 2.176 - Março e Abril 2019

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Uma Campanha para a Fraternidade

A Doutrina Social da Igreja assume a política como sendo uma forma superior da caridade. Se ajudar pessoas individual e isoladamente já pode ser de grande valia, tanto melhor serão as colaborações de natureza coletiva e sistemática. Com essa visão estrutural e conjuntural, a

cada ano a Igreja propõe um tema social para ser refletido e praticado, através da Campanha da Fraternidade. Esse ano, o tema são as políticas públicas, com tudo o que elas comportam de necessário e, ao mesmo tempo, de difícil e de polêmico. Veja nessa edição um texto elucidativo

sobre as ideias por trás dessa Campanha, escrito pelo doutor em Doutrina Social da Igreja, padre Antonio Aparecido Alves, membro do Grupo de Redação da CF-2019, e presbítero da Diocese de São José dos Campos.

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Nesta Edição

Desenhar com a Luz - PÁG. 09

Entrevista: Felix Fernando - PÁG. 10

“Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!” Sal 117.

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Editorial Semana Santa às portas e Deus? Onde está Deus? O ano litúrgico é pensando para ser uma pedagogia de vida espiritual, em que o coração vai entrando em sintonia progressiva com os mistérios da salvação que vem de Deus. Contudo, como entrar em sintonia em tempos de alta conectividade e de velocidade alucinante? Como já se ouviu e já se falou tantas vezes, o problema não é a técnica ou os artefatos tecnológicos, mas o uso que deles se faz e, pior que isso, a finalidade a que eles estão subordinados. Uma tendência da cultura atual é a superprodução de coisas e as promessas marketeiras irrealizáveis. Produzir, iludir, vender, comprar... é uma roda gigante que engole o tempo em engodos, já que, no fim, na hora do balanço final, a impressão é que a vida segue a mesma – menos para os donos das multinacionais. O tempo para Deus, o tempo do espírito, é absurdamente diferente da lógica moderna de produção e de mercado. Mais uma quaresma se vai e, com dor no coração, Deus se vai com ela. Pra muita gente, não deu tempo... verdade, não deu tempo. Não porque não havia horários para rezar, mas porque foi difícil desacelerar. Para a dor do homem contemporâneo, Deus ainda mora na lentidão.

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Opinião

Nós contra eles? E o povo?

Quando um grupo decide que precisa eliminar um outro grupo que lhe seja contrário acaba por decretar a própria eliminação. De fato, sentindo-se ameaçado de extinção o outro grupo percebe que só poderá continuar existindo se eliminar aquele grupo que quer a sua eliminação. Este é um ciclo vicioso que nunca termina. Assim, a lei do “olho por olho, dente por dente”, assentando-se sobre um pretenso direito de vingança, direito que não existe, alimenta um ciclo contínuo de ódio, violência, dor e morte. A solução para isso? O perdão. Perdoar os inimigos, rezar pelos que nos perseguem, eis o ensinamento de Jesus Cristo (cf. Mt 5,44). E para que não se diga que são apenas palavras de efeito, morrendo na cruz, o Filho suplica ao Pai, “perdoa-lhes” (Lc 23,34). É assustador ver que a sociedade brasileira, tão elogiada pela sua benevolência, encontra-se contaminada pela máxima política na disputa do poder pelo poder que estabeleceu o “nós contra eles”. Quando um princípio ideológico declara que outras ideologias ou formas de governo não tem mais lugar na sociedade e, por isso mesmo, devam ser eliminadas, dá início a um ciclo vicioso de disputa que em nada contribui para o bem comum do povo. Sentindo-se ameaçado de extinção, o grupo ideológico oposto ao que governa, não vê outra solução senão tomar o poder e tratar de eliminar quem o queria exterminar. É realmente preocupante perceber que uma campanha eleitoral tenha tido por único objetivo

tirar um partido e extinguir sua presença no cenário político do país. Governar é buscar o bem comum de todos, a promoção da pessoa humana visando ajudar sobretudo os mais vulneráveis, os mais pobres, os mais dependentes das políticas públicas do Estado. O bem comum é o objetivo maior da política que não pode prescindir de buscar o apoio de todas as forças da sociedade nessa meta. Mesmo contando com a oposição. Essa, por sua vez, não deve ser entendida puramente como outra alternativa ao poder, mas como uma crítica construtiva que não se negaria a somar forças para buscar o que é melhor para o povo e para a nação. Triste ver que os políticos são capazes de se unirem sim, mas em benefício próprio mesmo ao custo do prejuízo das contas públicas. E a Campanha da Fraternidade deste ano, focando as políticas públicas, aquelas ações sociais de um Governo de Estado em socorro aos mais necessitados, lembra como cortes no orçamento dessas ações prejudicam exatamente os mais pobres. Quando se transferem recursos dessas políticas públicas para cobrir rombos no orçamento do governo causados por reivindicações corporativas, são os pobres os que mais sofrem. Se é para falar em nome de Jesus, então falemos do perdão e do amor ao próximo. Discurso que prega o ódio e a vingança não é coisa de cristão. Pe. Silvio José Dias

100 dias de governo: a oposição do “Hay gobierno, soy contra” A oposição não se emenda. E aqui não falo da oposição ao governo atual como detentora de uma ou mais siglas perdedoras na última campanha presidencial. Falo da oposição no seu conceito intrínseco no panorama da política brasileira. A ideologia das oposições no Brasil segue o velho jargão anarcossocialista do “Hay gobierno, soy contra”, quando um projeto partidário de oposição nasce ao primeiro sinal de uma derrota eleitoral. É a oposição pela oposição. A oposição com sua gênese autoconceptiva; ela nasce, desenvolve-se e cresce em si mesma. Não há necessidade de um objeto antagônico para ela existir. É em face desse espírito que os governos enfrentam as oposições. Vai daí a minha indignação com a emblemática oposição que o ministro Paulo Guedes enfrentou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal ao se apresentar para explicar seu projeto de reforma da Previdência. O que era para ser uma discussão técnica transformou-se numa palhaçada política protagonizada pela oposição ao governo. A oposição desvia o foco do debate simplesmente para desestabilizar a parte que ela elege por adversária. Na pessoa do ministro da Economia, provocado até o destempero, a oposição quis, flagrantemente, achincalhar o governo constituído. Simplesmente porque “Hay gobierno, soy contra”. Realmente o presidente Jair Bolsonaro, no que toca às suas relações com a mídia tradicional, beira o folclórico, como o beiraram Lula e Dilma, aquele com comportamentos indecorosos diante das câmeras, muitas vezes fora do estado normal de sobriedade ou em apologéticos assaltos ao vernáculo; esta, perdida em lucubrações ininteligíveis e igualmente atentatórias à lógica do discurso. O folclore palaciano não está ligado necessariamente à ignorância dos habitantes do Planalto. Gente muito culta, como Jânio Quadros, rendeu uma enciclopédia de piadas bafejadas pelo seu comportamento histriônico; no caso de Jânio, “bafejadas” mesmo. Poucos presidentes da república podem não ser considerados folclóricos. Eu digo isto para justificar a injustiça em se opor a um governo pelo simples folclore que representa seu mandatário maior. O governo

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Departamento de Comunicação da Diocese de Taubaté Avenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070

Bolsonaro, fazendo do mote “combate à corrupção e aos privilégios” a sua bandeira principal de conduta, leva os políticos e a mídia ao desespero. Ambos sobrevivem da corrupção e dos privilégios, com honorabilíssimas exceções. Para quem tem uma certa experiência nas relações políticos-mídia-administração pública, ainda que em níveis provincianos, a constatação da interdependência entre eles para se sustentarem e ganharem sobrevida como prática visceral é clara como a luz do dia. Não defendo o governo Bolsonaro nas suas trapalhadas que, infelizmente, aconteceram com certa frequência nos seus primeiros cem dias de instalação. A qualquer laico observador de política, já era tempo de se sinalizarem melhor os corredores do Planalto para se evitarem colisões e marchas-a-ré. No entanto, ainda que as oposições abominem o tom verde-oliva do ministério, entendo que ali se reúnem pessoas bem intencionadas, capazes e honestas, com algumas exceções, essas oriundas da classe política, pinçadas a contragosto do presidente. A oposição ao governo Bolsonaro tem também seu viés “traumatológico”, por que não? Há setores na sociedade que veem na sua ascensão ao poder o braço militar ameaçador da direita tirânica dos anos 70. É possível, sim, que haja uma inspiração castrense na eleição de Bolsonaro, nas tendo ele como um meio e não um fim. Ou seja, entendo que o atual presidente represente um clamor dos quartéis, não necessariamente da elite militar. Nesse contexto, ele seria um instrumento a ser manipulado, diante de tanto coturno que se assenta sobre os tapetes do Planalto. Com coturno ou sem coturno, o presidente me parece bem intencionado. E a sua passagem pelo Congresso por 28 anos sem que se lhe consigam imputar qualquer prática condenável é um bom sinal. Vamos deixar a oposição para quando surgirem motivos que a justifiquem. Por enquanto, os tropeços não comprometem.

Diretor: Pe. Silvio José Dias Editor: Pe. Marcelo Henrique de Souza Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial: Pe. Leandro A. de Souza, Pe. Celso L. Longo, e Henrique Faria. Diagramação e Designer: Pe. José Ronaldo de Castro Gouvêa, scj Impressão: Katú Editora Gráfica

Henrique Faria Tiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuita Site: www.diocesedetaubate.org.br email: olabaro@diocesedetaubate.org.br www.facebook.com/olabaro As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.

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Palavra de nosso Bispo

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A transmissão da Fé na família

“Estejam no teu coração as palavras que hoje te ordeno. Tu as repetirás a teus filhos, delas falarás quando estiveres sentado em tua casa ou andando a caminho, quando te deitares ou te levantares.” Dt.6,6-7 Em nosso artigo anterior refletíamos sobre a fé e a vivência cristã fizerem uma experiência pessoal de dos pais. Nesta consideração de hoje nos propomos a refletir sobre a encontro com o Senhor, só o exemplo transmissão da fé, na família. A fé é transmitida de pessoa a pessoa, de que viram não os manterá na vida de geração em geração. Uma geração que recebeu a fé não pode deixar de fé. Assim, já na adolescência, época transmiti-la, pois se isso ocorrer, além de falhar no próprio compromisso em que vivem uma crise em relação às de fé, cria-se um hiato, uma interrupção em sua transmissão. Cada pessoa normas e à autoridade, poderá ocorrer um que recebeu a fé tem a missão de transmiti-la. É em família que fazemos afastamento ou abandono das práticas a experiência e o aprendizado daquilo que é mais fundamental na vida religiosas ou mesmo da fé. Portanto, humana: aprendemos a nos relacionar uns com os outros e com o outro um processo de iniciação à vida cristã absoluto, que é Deus. O relacionamento entre os membros da família é exige esses três aspectos: o exemplo da algo puramente humano e evidencia nossa dependência uns dos outros. vivência cristã dos pais, o ensinamento ou instrução da fé e a experiência Nessa situação vamos aprendendo a mútua ajuda, a proteção, o auxílio, pessoal de encontro com o Senhor. A fé nunca é uma imposição, mas uma a dedicação, o serviço generoso, o amor, etc. Esses valores aprendidos proposta. Ninguém é ou pode ser forçado a viver a fé. A família oferece na família nos auxiliarão e nos darão condições para viver em sociedade. as condições para isso, mas cabe a cada pessoa acolher e responder a Por isso uma sociedade equilibrada nasce de famílias equilibradas. Em esse dom de Deus. Nesse processo de educação da fé e iniciação à vida família, não só aprendemos a nos relacionar uns com os outros, mas cristã é muito importante que a família faça um exercício de identificar também aprendemos a nos relacionar com Deus, aprendemos a nos abrir na própria história a ação de Deus que os acompanha e assiste. Assim a uma relação transcendente. Este é o diferencial da família cristã e, se transmite a experiência de um Deus encarnado em nossa vida. Será, como tal, é necessário que esse valor seja cultivado. Apesar do atual então, possível suscitar um amor de correspondência ao amor de Deus e ritmo frenético que a luta pela sobrevivência exige das famílias, as que cultivar práticas de vivência cristã. Tais famílias serão igrejas domésticas são cristãs devem também ser o lugar onde se aprende o valor e as razões e fermento evangelizador na sociedade. da fé, a voltarmo-nos para Deus, a rezar, a viver como cristãos. Antes de concluir esta reflexão, gostaria de enfatizar o papel e Neste ponto, nos cabe perguntar: Como fazer isso? Como transmitir a influência positiva que pais, avós e outros familiares cristãos podem a fé? Como isso é ensinado? Como é aprendido? Deus tem os seus exercer sobre as novas gerações. Os pais sejam os evangelizadores da caminhos para suscitar a fé numa pessoa independentemente da família. própria família. Aquilo que não puderem alcançar pela ação, alcancem Considerando a família cristã, a transmissão da fé se dá pela graça de pela oração. Uma pesquisa norte americana (publicada no site “dads. Deus, sem dúvida, e pela vivência dos pais e ensinamentos que estes org” e comentada por Steve Wood) revela dados surpreendentes sobre transmitem aos filhos. Não basta apenas uma coisa ou outra. Não basta a força atrativa da vivência cristã dos familiares. Em nossa sociedade só o exemplo da vivência dos pais, como não basta só o ensinamento das tem destaque o significativo papel educativo da mulher, da mãe. Porém verdades da fé. As palavras devem vir sempre acompanhadas do exemplo os dados dessa pesquisa nos mostram que o papel do pai deve ser de vida; e o exemplo deve confirmar as palavras do ensinamento. Se reconsiderado. Os dados da pesquisa revelam que, se numa família o houver só o exemplo da prática cristã e não houver ensinamento, eles primeiro a ser cristão é um dos filhos, há uma porcentagem de 3,7% de não saberão porque devem viver dessa maneira. O apóstolo João diz que possibilidade de outros membros o seguirem. Se a primeira cristã for a é importante que aprendamos a dar as razões de nossa fé (I Pd 3,15), isso mãe a probabilidade é de 17% que outros membros da família a seguirão. se faz pela instrução. Porém, se o primeiro cristão for o pai a probabilidade de ser seguido cresce Quando existe o ensinamento explícito, a família torna-se para 93%. Ilustração bíblica sobre isso temos em Atos dos Apóstolos evangelizadora. Se houver só o ensinamento e não o exemplo vivencial quando o carcereiro convertido leva toda sua família ao batismo (vale não se dará credito às palavras pois falta coerência entre o que se ensina ler: At 16,30-33). Os dados acima revelam quão determinante para a e o que se vive. Na prática da fé, os filhos enquanto são pequenos, fé dos filhos é a prática religiosa da família e, em especial, a do pai. O puxados pelas mãos, poderão acompanhar os pais. Porém, se não forem empenho dos evangelizadores não pode desconsiderar esse dado. Dom Wilson Angotti instruídos sobre a importância, as razões e as verdades da fé, se não

Nota Fúnebre - Cônego Geraldo, o padre “Gereca” *21/07/1948 No último 12 de março, por volta do meio dia, faleceu em Pindamonhangaba o cônego Geraldo Carlos da Silva, após seis anos (2003) com sinais de enfermidades crescentes e após vinte dias internado no Hospital 10 de Julho, onde veio a óbito. Côn. Geraldo tinha 70 anos de vida e 41 de sacerdócio. Nascido em Borda da Mata (MG), após um tempo de estudos com os Padres Claretianos, pediu e recebeu transferência para a Diocese de Taubaté em junho de 1977, sendo ordenado presbítero em dezembro do mesmo ano. Foi pároco nas paróquia São José Operário (Taubaté) e São Vicente de Paulo (Moreira César), além de presidente da fundação Dom Couto. Chamado carinhosamente pelo povo, que sentia a sua proximidade de bom pastor, como padre “Gereca”, ajudou

+12/03/2019 muitas famílias e tinha uma sensibilidade notável para com os mais necessitados. Era um homem de sorriso fácil e gostava de fazer festa. Quem o conheceu sempre se lembra de suas missas alegres, das quermesses agitadas e dos teatros que usava para evangelizar. Sem contar suas diversas composições musicais, que embalaram muitos grupos de jovens e movimentos nas décadas de 80 e 90, especialmente. “A alegria de ser profeta”, “Cristo sertanejo” e “O homem de Deus” são exemplos de sua produção musical e de seu coração abrasado pelo amor de Deus. A missa exequial foi celebrada no dia 13 de março, às 9h, por Dom Wilson Angotti Filho, bispo diocesano, após a qual o corpo do cônego foi levado à sua terra natal, para ser enterrado junto com seus pais.


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Comunidade Aliança servos da providência realizam almoço com os irmãos de rua Pe Gabriel Henrique de Castro – Assessor COPS

No dia 17 de março (domingo) por volta do meio dia realizou-se na comunidade Santa Cruz, pertencente a paróquia Sagrado Coração de Jesus, no bairro do Areião em Taubaté um almoço para os irmãos moradores de rua pela Comunidade Aliança Servos da Providência. Este trabalho idealizado e coordenado até hoje pelo Alzemiro Pereira dos Santos Filho (Miro) é realizado por quase 30 leigos de várias paróquias, inclusive de Taubaté, começou no dia 4 de julho de 2004. No início eram distribuídos os almoços (marmitex) somente duas vezes por semana, mas com o aprimoramento deste trabalho tornou-se possível para todos os dias. Esta importante causa que se tornou ordinária conta com o apoio de vários patrocinadores, mas que preferem manter-se no anonimato com o intuito simplesmente de ajudar sem nenhum interesse. Além dos almoços simples semanais, realiza-se uma refeição mais bem elaborada a cada três meses com os irmãos moradores de rua, como foi o

caso do último dia 17 de março. Vale lembrar que antes mesmo da refeição, foi realizado também um momento de adoração eucarística, visando ajuda-los a encontrar-se com o Senhor neste sacramento que é fonte e ápice da vida cristã. Depois deste momento de espiritualidade é que os irmãos moradores de rua dirigem-se ao salão da comunidade para o almoço. Na ocasião, além do almoço, são oferecidos também a possibilidade do banho, aparar a barba, cortar o cabelo e ganhar roupas. Sem dúvidas, essa iniciativa que completa quinze anos em 2019 é causa de alegria para a nossa ação evangelizadora, pois visa não só oferecer o pão material, mas sim o que é mais importante: o pão espiritual da Palavra. E nesta dinâmica fazendo com que cada irmão morador de rua possa ser agente de transformação em Deus da sua própria realidade. Que Deus continue abençoando esta sublime e importante missão junto aos que são marginalizados de nossa sociedade.

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Diocese em Foco

Solenemente inaugurado por D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva (18691935) primeiro Bispo da Diocese de Taubaté, criada em 1909, a qual governou durante vinte e cinco anos (1919-1934), funcionou o Orfanato “Santa Verônica”, desde a sua fundação – a 02 de março de 1919 – em uma pequena e velha casa que existiu na antiga Rua da Consolação, depois Rua do Bom Jesus (atual Av. Marechal Deodoro) situada em terreno de propriedade da Venerável Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis. Foram seus fundadores, os frades Capuchinhos, do Convento Santa Clara, confiando sua direção, ao zeloso trabalho das Irmãs da Congregação Franciscana do Coração de Maria, tendo por primeira superiora, Madre Beatriz que, auxiliada por outras cinco Irmãs de caridade, deu início às atividades daquele abrigo de meninas, começando a funcionar com apenas quatro internas. Orfanato recebia ajuda dos Taubateanos O principal esforço das primeiras dirigentes do Orfanato, foi angariar donativos junto à população taubateana, com a finalidade, não só de custear a manutenção das meninas assistidas pela instituição, cujo número passou a aumentar dia-a-dia, mas também, levar a efeito a construção de um novo prédio, mais amplo e cômodo, para melhor atender às necessidades das órfãs internas. Após seis anos, em 1925, angariando donativos, tanto na cidade, quanto nas fazendas do município de Taubaté, as Irmãs puderam inaugurar o novo prédio, totalmente construído às custas de arrecadações, em terreno contíguo à velha casa que até então ocupavam (hoje desaparecida). Nesta época, o número de pequenas órfãs assistidas era de 24, que puderam então ser melhor acomodadas nos novos dormitórios, refeitório e salas de aula do prédio recémconstruído. A construção da capela, teve que esperar ainda mais dois anos, sendo inaugurada a 9 de julho de 1927. Desde a sua criação, o Orfanato Santa Verônica sempre recebeu o necessário apoio para sua manutenção, por parte de vários cidadãos taubateanos que, conscientes da importância do trabalho realizado pelas Irmãs, no amparo às menores sem família, tornaramse benfeitores da instituição. O crescimento de uma Instituição Com o passar dos anos, aos poucos o “Santa Verônica” foi crescendo, com a construção de novos pavilhões e atendendo sempre maior número de órfãs, conquistando

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Histórico do Lar Escola Santa Verônica

com isso a credibilidade e o reconhecimento da sociedade taubateana, pelos relevantes serviços prestados à cidade.Assim, a partir de 1927, a instituição entrou numa fase de pleno desenvolvimento, logo inaugurando um novo refeitório, bem mais amplo, claro e arejado, atendendo às novas necessidades das internas, em número sempre crescente. Dez anos mais tarde (1937) eram inauguradas novas dependências, instaladas num prédio de dois pavimentos, sendo o térreo destinado a salas de aula para o ensino de trabalhos manuais e o andar superior, destinado para dormitório das Irmãs. Em 1940, atendendo à necessidade de novas ampliações, com o auxílio de doação recebida de um dos patronos da entidade, foi construído o pavilhão Patronato Dr. Cardoso Ribeiro, para abrigar as internas já diplomadas pelo curso primário. Nessa nova dependência, as jovens passavam a aprendizagem de trabalhos domésticos em geral, podendo permanecer na instituição, até completarem a idade de 21 anos. Em 1945, assistindo a 130 meninas, contando pouco menos de 30 anos de existência, o Orfanato Santa Verônica já apresentava suas dimensões atuais. Nesse ano, foi construído e inaugurado o pavilhão Jeanne Guisard, destinado ao atendimento às menores, até a idade de sete anos. Nesta época, a instituição já havia abrigado e prestado seus serviços a um total de 429 meninas, contando com a colaboração de 13 Irmãs Franciscanas do Coração de Maria. 1919 – 2019 100 Anos “Semeando Vida e Esperança” Ao longo do tempo o Lar Escola Santa Verônica foi ampliando seu universo de ação para alcançar a população em maior situação de vulnerabilidade e risco social, aprimorando e adequando seus trabalhos em razão das legislações específicas e da modificação do entendimento sobre conceitos de cidadania, inclusão social, assistência social e educação, garantindo que o cumprimento de seus objetivos estatutários tenha repercussão para a autonomia na vida dos beneficiários de suas ações. Neste ano, o Lar Escola Santa Verônica, atua na Área da Educação e da Assistência Social. Área da Educação: • Creche e Educação Infantil: 140 crianças de 2 a 5 anos, em período integral. Área da Assistência Social • Proteção Social de Média Complexidade: Serviços de Proteção Social Especial a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa:

• Liberdade Assistida • Prestação de Serviço à Comunidade Adolescentes de 12 a 18 anos completos, ou jovens de 18 a 21 anos, em cumprimento de medida, aplicada pela Justiça da Infância e da Juventude. Atualmente são 90 adolescentes atendidos. Nossa Missão: “Semear Vida e Esperança” O Lar Escola Santa Verônica quer ser reconhecido pela sociedade como uma Instituição que, pela excelência dos serviços prestados na Educação, na Assistência Social e no cuidado com a saúde, contribui para que a vida seja promovida, resgatada, respeitada e preservada. E, na rotina das atividades diárias, educar e formar nossas crianças, adolescentes e jovens, proporcionando a eles um ambiente saudável e acolhedor, para que possam descobrir a alegria de viver e aprender os valores que nortearão suas vidas, na busca de uma formação para a cidadania. Em todos os serviços, o Lar Escola desenvolve um trabalho de orientação e apoio junto às famílias dos participantes. O Lar Escola Santa Verônica e seus Desafios É louvável perceber que, durante os seus 100 anos de existência, o Lar Escola Santa Verônica nunca tenha deixado, sequer um dia, de atender à sua finalidade que é a educação e proteção e formação de crianças, adolescentes e jovens em situação de risco e vulnerabilidade. Perpassando a sua história, foram muitos os momentos de dificuldade, principalmente financeiras, mas que não impediram a dedicação diuturna das Irmãs e de nossa equipe de trabalho para que não faltasse o necessário aos atendidos. Taubaté, 13 de março de 2019. Irmã Elza Maria Pianta - FCM


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Uma Campanha para a Fraternidade

Photo by Sergio Souza

Destaque

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Desde 1964 a Igreja do Brasil vive a experiência de eventos, tais como o Grito dos Excluídos, o Mês da uma campanha especial. Como ocorre nas campanhas Bíblia, o Mês Missionário, a Novena do Natal, entre em geral (por exemplo, de Vacinação ou de combate outros. Além disto, por vezes ela perdura em Pastorais à Dengue), essa também tem um período específico que surgem a partir de sua temática como, por exemplo, em que acontece, com divulgação nos meios de as Pastorais da Educação, da Pessoa Idosa, da Fé e comunicação e mídias sociais, bem como a utilização Política e tantas outras, frutos de temas das Campanhas de subsídios preparados especialmente para esta da Fraternidade. Em termos de gesto concreto, a Coleta finalidade, além do envolvimento de muitas pessoas que é realizada no Domingo de Ramos compõe o Fundo e gestos concretos, chegando até a encaminhamentos de Solidariedade, em nível nacional e diocesano, que de ações que se prolongam para além dela. No caso apoia financeiramente projetos que estão afinados da Igreja do Brasil, esse foi um trabalho que começou com o tema da Campanha. Como disse Jesus, uma modesto em algumas árvore boa só pode dar “O que são Políticas Públicas, Dioceses nordestinas, bons frutos (Lc 6, 43-44) mas que logo envolveu qual a sua importância e a nossa e essa, nesses cinquenta e a Região Nordeste. cinco anos de existência, participação como cristãos nelas”. O nome sugestivo pelos seus frutos provou escolhido foi “Campanha Destaque-se nessas afirmações a ser uma dessas árvores, da Fraternidade”, pois nascida sob a inspiração do frase “nossa participação como seu objetivo inicial era Espírito Santo e assumida cristãos nelas” angariar recursos para as pelos legítimos Pastores ações sociais da Caritas e do Povo de Deus. o período intensivo em que ela deveria acontecer seria O fato de se ter um tema para ser rezado e vivido o tempo litúrgico da Quaresma. Posteriormente esse durante a Quaresma não diminui em nada o seu trabalho foi assumido pela Conferência Nacional do sentido espiritual, assim como não ocorre quando o Bispos do Brasil, para ocorrer em todas as Dioceses fazemos para as Novenas dos Padroeiros de nossas brasileiras. Paróquias, onde se tem um tema geral, depois subAtualmente essa Campanha visa enriquecer temas a cada noite, bem como gestos concretos, liturgia a dimensão da fraternidade, dentro do espírito de especial com músicas próprias e outras iniciativas conversão que caracteriza a Quaresma. Depois deste socioculturais. Pelo contrário, o tema da Festa ajuda período, ela continua como motivação em outros a viver a celebração do Padroeiro e motiva a vida da

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Destaque comunidade. Mutatis mutandis, pode-se dizer o mesmo políticas públicas para responder a elas, bem como da Campanha da Fraternidade em relação a Quaresma. monitorar sua aplicação através dos Conselhos deliberativos e consultivos, audiências públicas, Os temas da Campanha da observatório social, grupos de fiscalização do Fraternidade Executivo e outras iniciativas, sendo isto um exercício de cidadania (Texto-Base CF n. 7-8). Podemos observar uma evolução nos temas da A perspectiva desta Campanha da Campanha da Fraternidade, que foram acompanhando Fraternidade o amadurecimento da Igreja do Brasil e os desafios da sociedade. Em seu início eram temáticas ligados O Texto-Base em sua Introdução apresenta três à estruturação interna da Igreja e à vivência de fé nas Paróquias como, por exemplo, o primeiro tema: aspectos que nos permitem entender o que interessa a “Lembre-se, você também é Igreja” (1964). Em esta Campanha: “O que são Políticas Públicas, qual a uma segunda fase, já sob a luz da Gaudium et Spes sua importância e a nossa participação como cristãos das Conferências Gerais do CELAM em Medellín nelas”. Destaque-se nessas afirmações a frase “nossa e Puebla, a Igreja começou a se preocupar com a participação como cristãos nelas”, pois à luz de nossa realidade, denunciando o pecado social e promovendo fé, do evangelho de Jesus e da Doutrina Social da Igreja, temos algo a oferecer à sociedade para contribuir para a justiça. Há que se destacar que foi neste período que o bem de todos. Nós, cristãos, não somos uma casta ocorreu uma Campanha da Fraternidade sobre ecologia, fechada ou uma seita secreta, mas participamos das em uma época em que esse era um tema sobre o qual coisas da cidade como cidadãos. Portanto, participar pouco se falava: “Preserve o que é de todos” (1979). das Políticas Públicas “como cristãos” significa Com a abertura democrática os temas entraram em uma contribuir com a riqueza da ética social cristã, que a terceira fase, onde se abordam situações existenciais Igreja, “perita em humanidade” (Paulo VI, Encíclica do povo brasileiro, tais como fome, terra, educação, Populorum Progressio n. 13) ensina em sua Doutrina água, saúde, pessoa idosa, exclusão social, menores e Social. Os primeiros parágrafos do Texto-Base outras. colocam esta Campanha na perspectiva das obras de Fraternidade e Políticas Públicas misericórdia corporais, retomando a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2016, no Ano da O tema deste ano impacta profundamente na vida Misericórdia. Embasado nesta Mensagem, o Textode todos os brasileiros. Falar de “Políticas Públicas” Base destaca que as obras de misericórdia “ajudam na não é o mesmo que falar de “Política”. Esta distinção superação dos ídolos do saber, do poder e do possuir e é importante, especialmente por que há uma certa são fonte inesgotável de transformação e identificação rejeição à Política e alguns poderiam objetar: “Falando com Cristo, um verdadeiro caminho de libertação e de Política dentro da Quaresma?”. A palavra “Política” de consumação da vida cristã” (n. 4). Recentemente, vem do grego “politikos”, que se refere a “polis”, na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, ele cidade. Desta maneira, podemos definir “Política” destacou novamente a importância da misericórdia, como sendo a arte cuidar da cidade, que está no âmbito repetindo o ensinamento de Santo Tomás de que um ato do exercício do Governo através do voto, uma vez que de misericórdia para com o próximo é mais importante o poder vem do povo e em seu nome deve ser exercido. que atos de culto, para manifestar nosso amor a Deus A Doutrina Social da Igreja afirma que a Política é uma (n. 106). Aliás, isto é profundamente bíblico, pois os maneira exigente de se viver o compromisso cristão a profetas recriminaram sempre uma religião que venha serviço dos outros (Paulo VI, Octogesima Adveniens, separada da prática da justiça, bem como Jesus o fez n. 46). em relação aos fariseus. De outra parte, o conceito de “Políticas públicas” Enfim, esse é o caminho que somos convidados a se refere a soluções específicas para necessidades e rezar, refletir e agir nesta Campanha da Fraternidade, problemas identificados na sociedade, sendo então a em espírito de conversão. ação Estado que busca garantir o bem dos cidadãos. Dr. Pe. Antonio Aparecido Alves Neste sentido, todos podemos ajudar no levantamento Membro do Grupo de Redação da CF-2019 destas necessidades e participar na proposição de Presbítero em São José dos Campos.


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Em Tempo

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Pe. Kleber Rodrigues da Silva - Presidente da Associação dos Liturgistas do Brasil ASLI

Nova tradução do Missal: um trabalho sério e competente Após um longo caminho, de aproximadamente doze anos, a Comissão Episcopal de Textos litúrgicos (CETEL), da Conferência Nacional do Bispos do Brasil, composta por Doutores e Mestres em liturgia, está chegando a sua última etapa, levar para a próxima assembleia dos Bispos do Brasil, que ocorre de 01 a 10 de maio, em Aparecida-SP, os últimos textos a serem aprovados, de forma colegiada, para que, remetidos a Roma, passem pelo crivo e recebam as devidas autorizações, como é de praxe, em todo livro litúrgico, basta olharmos as primeiras páginas e encontraremos sempre um decreto autorizando o uso. Nada é feito sem esta sintonia, sem comunhão e sem eclesialidade. Dom Armando Buciol, presidente da Comissão, argumentou: “É um trabalho árduo, difícil, mas levado em frente com afinco, com alegria, com muito amor a Igreja, para poder oferecer um texto litúrgico sempre mais transparente, bonito e também fiel aos textos originais”. Todo este processo teve início após a determinação ter vindo da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (esta congregação é responsável por zelar pela liturgia), quando em 2001, publicou a quinta instrução Liturgiam Authenticam, que serve de comentário sobre as traduções em língua vernácula dos textos da liturgia romana. O trabalho é sério e feito com competência, procurando acima de tudo, traduzir com fidelidade os textos provenientes do latim. Até onde se sabe, somente a comissão e os bispos, em assembleia, têm acesso ao texto, que recebeu, ao longo destes anos, sugestões e correções em cada ocasião em que se encontravam em Aparecida. O trabalho certamente trará bons frutos para as celebrações litúrgicas de nossas comunidades. Assim, a Igreja no Brasil, na dimensão litúrgica avança para uma participação ativa, consciente e frutuosa. De

acordo, com o Padre Leonardo Pinheiro, assessor da comissão para a Liturgia, “o traduzir uma oração, a ideia é que se traduza a história de fé da tradição do povo brasileiro, da fé cristã”. A tarefa e compromisso destes peritos, que ao longo destes anos trabalharam afinco, demonstra todo compromisso com uma liturgia autêntica e viva, disposta a produzir no coração das pessoas que dela participam os frutos do Espírito. Descartem todo e qualquer tipo de comentários que fogem a verdade e da autenticidade das informações. As famosas Fake News estão presentes também na Igreja. Que o Espírito Santo nos conduza sempre a Cristo, o liturgo, por excelência, o Caminho, a Verdade e a Vida.

Campanha da Fraternidade: A importância de se debater políticas públicas

de ser pessoa com ser relacional vai contra qualquer forma de individualismo. Com a nossa participação como cristãos nas políticas públicas, podemos criar este novo modelo de viver a dimensão política como obra de misericórdia ao mesmo tempo como uma maneira de vivenciar um novo humanismo. “O Filho de Deus nos convidou para a revolução da ternura”, diz o Papa Francisco. Seja este convite o nosso modo concreto para viver, nesta Quaresma, o que afirma o Profeta Isaías: “Serás libertado pelo direito e a justiça”.

Photo by Rikki Chan

No Brasil, todos os anos, como cristãos, somos chamados a participar da transformação de nossa sociedade, durante o período da Quaresma e a vivenciar a Campanha da Fraternidade. Como tema é : Fraternidade e Políticas Públicas. Lema: Serás libertado pelo direito pela justiça (Is 1,27). Um dos modos concretos para sermos bons cristãos é ajudarmos a propor, discutir e executar políticas públicas. Vivemos num mundo marcado pelo individualismo que gera isolamento, indiferença e acentua o ódio e a divisão. Nesta ótica, a pessoa quer realizar seus desejos, independentemente dos que estão à sua volta. Talvez seja por isso que vemos no nosso país tanta coisa errada, tanta corrupção, tanta falta de preocupação com as coisas públicas. E a campanha deste ano que nos leva a refletir e a vivenciar as políticas públicas, que nos influenciam diretamente como cidadãos. É preciso que nossa população possa ter melhoras condições de vida. A Campanha da Fraternidade nos ajuda a perceber e entender as políticas públicas como ações de misericórdia. O documento da Campanha da Fraternidade diz que “participar das discussões e execução das políticas é ajudar a construir uma verdadeira fraternidade e resgatar a dignidade de irmãos e irmãs. E acrescenta: “ é tarefa de todo cristão participar na elaboração e concretização de ações que vissem melhorar a vida de todas as pessoas. Fazem obra de misericórdia. Ser pessoa significa viver e estar em relação. Essa noção

Prof. José Pereira da Silva

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Tema Pastoral

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Desenhar com a luz, registrar com a fé

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quem Ele é e o que Ele é. Hoje meu objetivo é transmitir nas minhas fotos muito mais do que os olhos podem ver, isto é, deixar transparecer os mistérios da fé, que da Igreja recebemos. Sinto que estou no caminho! A fotografia é a arte de desenhar com a luz e, das coisas criadas por Deus, a primeira foi a luz... essa relação da arte com o divino acentua minha paixão e anseios através da luz e da fé. Gratidão aos amigos que me apoiam e caminham comigo. Sinto-me chamado a evangelizar por meio da fotografia, com a câmera nas mãos, com a discrição necessária, com a humildade própria de Jesus Cristo e, por fim, com a alma e o coração na missão confiada! Artigo e fotos: Erik Tadeu da Cunha

Ultimamente tenho percebido e refletido que há muito serviço na Igreja e oportunidade para todos que, de coração humilde, queiram servir o Reino do Senhor. Esse serviço exige doação de nós e do nosso tempo, mas ele é graça e tudo que se oferta a Deus é multiplicado! Numa troca de mensagens, o amigo e irmão de caminhada Pedro Zuin escrevera que “servir a Igreja é uma enorme responsabilidade, se comparado a outros trabalhos voluntários, pois ela vai além de uma simples instituição. Servir à Igreja é servir a Deus. Amar a Igreja é amar a Deus!”. Pedro ainda aprofunda que “quando optamos em servir a Igreja, optamos em dedicar nosso tempo para buscar saciar a sociedade que tem fome de Deus, de justiça e de esperança, dizendo ‘sim’ ao propósito Dele para nós e aceitando nossa vocação.” Dentre os significados etimológicos da palavra fotografia, gostaria de destacar aquele que mais me chama a atenção e possui profundo sentido na minha vida: “escrita da luz”. Fotografar vai além de apertar um simples botão! O escritor, para bem escrever um texto, deve ter conhecimento do assunto, das regras gramaticais e de como transmitir tudo para o papel. Assim acontece com o fotógrafo, que deve ser um verdadeiro “escritor da luz”, conhecedor do assunto, sensível ao momento a ser registrado, gerando uma imagem que tenha sentido, essência, finalidade e, especialmente para quem atua na Igreja, uma mensagem evangelizadora. Tão rica será a foto que, mais que “congelar o tempo”, ela transmitirá uma verdadeira expressão e testemunho de fé. Há muito tempo sou apaixonado pela fotografia e, em 2015, adquiri minha primeira câmera e comecei a trabalhar como fotógrafo aos finais de semana. Além dos trabalhos em que era contratado, tinha na fotografia uma terapia e, literalmente, meu foco nas horas vagas eram as paisagens da minha amada terrinha, São Bento do Sapucaí-SP. Atualmente, quando vou pra São Bento, faço questão de fazer uns cliques dos tantos e belos pontos turísticos de lá – minha cidade é muito abençoada por natureza. Por muitas ocasiões fotografei celebrações religiosas, batismos, casamentos, procissões, Semana Santa, Santa Missa, enfim, momentos únicos e especiais em cada clique feito. Sempre gostei de registrar momentos únicos e com grandes significados e os fazia com conhecimento, técnica e finalidade, mas creio que ainda não havia alcançado o ápice de uma boa fotografia religiosa: o testemunho de fé. Em 2017 ingressei no Seminário Diocesano de Taubaté, dando continuidade aos registros das celebrações religiosas. E parece-me que hoje, no seminário, tendo mais ciência dos mistérios e detalhes que circundam o altar e estando mais ligado à fé das pessoas, sinto a fotografia mais importante e intensa em minha vida, especialmente na minha vocação e caminhada. Há muito para se aprender e vivenciar, mas para mim é muito gratificante manusear minha câmera para tentar transmitir as belezas da criação, da fé e da liturgia e especialmente sobre Deus,


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Entrevista

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CF 2019 – A felicidade humana como horizonte das Políticas Públicas

Félix Fernando Siriani conhece as Políticas Públicas, tema da Campanha da Fraternidade 2019, não apenas teoricamente. Paulista de Americana (SP), ele é mestrando em Mudança Social e Participação Social da Universidade de São Paulo (USP) e possui graduação em Gestão de Políticas Públicas pela mesma universidade. Paralelo à academia, Siriani vem forjando sua visão a partir de experiências concretas. O tema da CF de 2019 defende que falar de “Políticas Públicas” não se reduz a falar de política ou eleições. O que se quer dizer com este conceito: “Políticas Públicas”? As nomenclaturas em português “Política” e “Políticas Públicas” são muito parecidas. De maneira simples, entende-se que a política é o espaço de discussão sobre o bem comum, onde há conflitos de interesses e opiniões. E as eleições são uma forma de defender esses interesses, por meio da escolha de representantes. O conceito de Políticas Públicas que eu gosto e costumo usar, baseado em diferentes autores, é o de resolução de problemas públicos, assim como está no Texto-Base da Campanha da Fraternidade. Como avalia a questão da participação de diferentes sujeitos em seu processo? Eu avalio a participação dos sujeitos no processo de Políticas Públicas como algo importante e necessário. Em todas as etapas, a participação é importante e, quanto mais perto estivermos desse processo, menos corrupção e desvios de atividade teremos. Que iniciativas de participação popular na formulação, execução, avaliação e controle das políticas são importantes hoje quando se fala de práticas inovadoras de gestão pública? Os conselhos de direito e setoriais, as conferências, as audiências públicas, os fóruns, os orçamentos participativos e as ouvidorias são inovações importantes de participação popular e que precisam se tornar mais eficazes e efetivos. Outra iniciativa de participação popular e inovação da gestão pública é o trabalho em rede, ação na qual diferentes órgãos, instituições e setores da sociedade cooperam para resolver determinados problemas. Se pensarmos a inovação com o uso de tecnologias e melhora da burocracia, a gestão pública, em vista de outros setores da sociedade, está bem atrasada. Existem diferentes iniciativas no país para contribuir com a gestão, outras ferramentas e aplicativos que contribuem com a participação popular, mas ainda muito desconectadas. São propostas excelentes, criadas por pessoas ou organizações que buscam melhorar o acesso a participação da sociedade, mas ainda o poder público não se apropriou disso, acredito que por que alguns desafios precisam ser superados, como cultura do setor público, o comodismo, o desconhecimento da

“coisa pública” e tantos outros. Como o senhor avalia a ideia de “Bem Viver”, defendida em democracias Latino-Americanas e do “Índice Geral de Felicidade” proposto pelo Butão. É possível tê-los como novos parâmetros para as Políticas Públicas no Brasil? Eu avalio positivamente ambas as ideias, mesmo que a teoria do “Bem Viver” ainda seja pouco conhecida e discutida no Brasil. Advindo dos movimentos indígenas, o “Bem Viver” propõe uma nova relação entre o homem e a natureza, que possa garantir os direitos fundamentais e a dignidade da pessoa. Enfatizo os discursos e a Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco que, em outras palavras, apresenta a mesma proposta da teoria do “Bem Viver”: uma relação e uma convivência harmoniosa com os outros e com a natureza, criticando o sistema e a ideologia do lucro que depredam todo patrimônio natural, inclusive o próprio povo indígena. Em relação ao “Índice Geral de Felicidade”, houve algumas tentativas de implementá-lo no país, mas sem aprovação e com algumas críticas. A proposta se baseia no antigo conceito de Estado de Bem-Estar Social que defende que o Estado precisa construir Políticas Públicas que visem ao bem-estar da população. A ONU utiliza esse índice, e o Brasil está 28º no ranking de 156 países de acordo com a World Happiness Report 2018. O filósofo Aristóteles define que a política é a ciência que tem como objetivo a felicidade humana. Portanto, construir Políticas Públicas que auxiliem nessa proposta é importante e eficaz. Eu acredito que é possível tê-los como novos parâmetros para as Políticas Públicas. O sistema capitalista demonstra seu esgotamento e é preciso construir novas alternativas sociais, garantir a felicidade e o bem viver são duas propostas de direcionamento das Políticas Públicas que, com certeza, podem resgatar a dignidade humana, sua relação com o meio ambiente e reconstruir os valores de coletividade e comprometimento com o bem comum. Adaptado de http://www.cnbb.org.br/entrevista-afelicidade-humana-como-horizonte-das-politicaspublicas/

Fotos Atquivo Pessoal

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Agenda de Abril

Past. Familiar – Reunião da Comissão Diocesana

19h30

Forania Bom Jesus – Mutirão de Confissão p/ Páscoa

20h

Forania Bom Jesus – Mutirão de Confissão p/ Páscoa

20h

Equipe Administrativa Executiva

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Equipe Diocesana Coordenação de Pastoral 03

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Forania São Bento – Mutirão de Confissões Forania Bom Jesus – Mutirão de Confissão p/ Páscoa Aniversário Natalício de Dom Wilson

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14h30 19h 20h

Comun. N. Sra. de Lourdes Paróquia N. Sra. Aparecida Paróquia São José Cúria Diocesana Cúria Diocesana V.Albertina/ Sta.Cruz-C. Jordão Par.Sagrado Coração Jesus

Cúria DiocPast. Criança – Encontro de 09h – Sala da Áreas 12h Pastoral Forania São Bento – Mutirão de Paróquia São 14h Confissões Bento Paróquia Forania Bom Jesus – Mutirão de 20h Senhor Bom Confissão p/ Páscoa Jesus Catequese – Reunião da Equipe C. Pastoral 09h Dioc. c/ Forania Sta. Teresinha Forania Bom Jesus – Reunião Par. Jesus 15h RCC Ressuscitado Par. S. José Pastoral Vocacional – Reunião c/ 16h Operário coord. Coroinhas Tté Past.Criança–Capac.Acomp. 08h – Área de Nutricional (Ramos sem) 16h Pinda Mãe Rainha – Enc. Dioc. p/ 07h – Par.do Menino Missionários e famílias 17h Jesus-Tté 08h – Seminário Encontro Vocacional 16h Cura D’Ars Forania Bom Jesus – Mutirão de Par. Jesus 20h Confissão p/ Páscoa Ressuscitado Par. N. Sra. Forania São Bento – Mutirão de 19h Saúde – C. Confissões Jordão Diáconos – Formação: Forania 19h30A definir São Bento 20h30 Forania Bom Jesus – Mutirão de Paróquia 20h Confissão p/ Páscoa Espírito Santo

FELIZ Aniversário !

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Forania Bom Jesus – Mutirão de Confissão p/ Páscoa Past. Carcerária – Reunião ordinária Ramos – Coleta Nacional da Solidariedade MISSA DO CRISMA (com todo o Clero)

20h 14h30

09h

Par. Santíssima Trindade Lar Santa Verônica

Catedral

PAIXÃO DE CRISTO 19

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SÁBADO SANTO

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Past. Criança – 32 anos na Diocese de Taubaté

Past. Carcerária – Reunião Sub- 08h – Diocese de Região Past. Apda. 13h Taubaté Diocese de Past. Familiar – Reunião da Sub09h Caraguatatuba Região Aparecida Past. Dízimo – Reunião Equipe C. Pastoral 15h Diocesana Sta. Teresinha 15h – Jornada Diocesana da Juventude A Definir 20h

Abril: Celebrando a Vida!

20 - Pe. José Carlos de Moraes 21 - Diác. Roberto Gomes 26 - Diác. José Waldyr Pereira Junior

Bispos, Padres e Diáconos - Ordenação - Aniversários Natalícios 02 - Côn. José Adalberto Vanzella 03 - Pe. Fábio José de Melo Silva 04 - Pe. Geraldo Lelis da Silva, ocs 05 - Dom Wilson Luís Angotti Filho 08 - Côn. Amâncio Calderaro Junior 09 - Pe. Alexandre Eduardo da Cruz 09 - Pe. Márlon Mucio Correa Silveira 14 - Dom Antonio Affonso de Miranda, sdn 16 - Pe. Roberto Marcelo da Silva 19 - Pe. Valtenes Santana Nunes

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09 - Pe. Marcos Crescêncio Sobrinho 09 - Pe. Roger Matheus dos Santos 16 - Pe. Fábio dos Santos Modesto 19 - Pe. João Francisco Bernardo 21 - Pe. Luís Lemes 24 - Pe. Marcelo Silvio Emídio.

Colaboradores - Aniversariantes 01 – Elaine Aparecida – Mitra

Diocesana 02 – Natacia Roveda – Par. Ssma. Trindade (Taubaté) 03 – Cleusa Macedo – Mitra Diocesana 03 – Rosana Maria – Par. N. Sra. Rosário (Taubaté) 05 – Gabriel Luiz – Par. N. Sra Mãe da Igreja (Taubaté) 05 – Isabel Cristina Lobato – Mitra Diocesana 05 – Antonio Carlos – Par. Ssma Trindade (Taubaté) 07 – Jeferson Ricardo – Par. Santa Cruz (Redenção da Serra) 08 – Maria Nazareth – Par. Santa Cruz (Redenção da Serra) 11 – Francisco Marinho – Par. São Pedro Apóstolo (Taubaté) 13 – Vera Lucia – Paroquia Santa Luzia (Taubaté) 15 – Hilda Marely – Par. Santo Antonio de Lisboa (Taubaté)

15 – Antonio Cardoso – Par. N. Sra Rosário de Fatima (Pinda) 17 – Amanda de Oliveira – Mitra Diocesana 20 – Marcio Luis – Par. do Menino Jesus (Caçapava) 24 – Sonia Vitor – P. N. S. Rosário (Sta Terezinha – Taubaté) 24 – Sergio Martins – Par. São Vicente Paulo (Pinda) 24 – Alexandre Gomes – Par. Nossa Sra Aparecida (Taubaté) 25 – Adriana Aparecida – Par. N. Sra. das Dores (Jambeiro) 27 – Mario Celso - Mitra Diocesana 28 – Angela Patricia – Par. do Menino Jesus (Taubaté) 29 – Isabel Cristina – Par. Sgdo. Coração Jesus (Taubaté) 30 – Jose Hugo – Par. São Luis Tolosa (São Luiz do Paraitinga)


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Março e Abril 2019

A serviço da evangelização!

Foranias, Paróquias e Horários de Missa FORANIA SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

FORANIA SENHOR BOM JESUS

Vigário Forâneo: Pe. Celso Luiz Longo

Vigário Forâneo: Pe. José Vicente

PARÓQUIA DA CATEDRAL DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

PARÓQUIA JESUS RESSUSCITADO Matriz Nossa Senhora Rosa Mística

Pe. Roger Matheus 3632-3316 SÁBADO 12h • 16h DOMINGO

7h • 9h • 10h30 • 18h30 • 20h SÁBADO 7h • 19h DOMINGO 7h • 9h • 11h • 19h Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas) DOMINGO 8h30 Igreja de Santana

DOMINGO 9h30 (Rito Bizantino)

Casa João Paulo II - Missão Sede Santos Domingo 9h e 19h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO Pe. Silvio Dias 3632-2479

Matriz Santuário de Santa Teresinha DOMINGO 6h30 • 8h • 9h30 • 17h • 19h - SÁBADO 19h PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOA Côn. José Luciano 3608-4908

Igreja de Santo Antônio de Lisboa (Vila São José) DOMINGO 7h • 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Pe. Rafael 3633-2388

Matriz: São José Operário SÁBADO 12h • 18h. DOMINGO 7h • 10h30 • 18h • 20h

Pe. Edgar Delbem, sjr.

DOMINGOS 8h30 • 19h QUINTAS FEIRAS 19h30

TODO O DIA 13 DE CADA MÊS 19h30

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE

Pe. Frederico Meireles Ribeiro

Matriz: N. Sra. das Graças

DOMINGO 6h30 • 8h • 11h • 19h30

Igreja São Francisco Xavier

Pe. Fábio Modesto 3633-5906

Matriz: São Pedro Apóstolo DOMINGO

8h • 9h30 • 17h • 18h30 • 20h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉM

FORANIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Vigário Forâneo: Pe. Décio Luiz da Silva Santos

Vigário Forâneo: Pe. Joaquim V. dos Santos

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Pe.Antônio Fernando 3631-1023

Matriz provisória: Exaltação da Santa Cruz DOMINGO 19h30 ..................................................... Comunidade Nossa Senhora de Fátima DOMINGO 10h PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA Pe. Arcemírio, msj 3681-1456

Matriz: Sagrada Família DOMINGO 8h • 10h30 •17h • 19h

SAB 19h30 • DOM 9h30

PARÓQUIA SANTA LUZIA

PARÓQUIA Nª SRA. APARECIDA Côn. Paulo César Nunes de Oliveira SÁBADO 19h30

DOMINGO 7h • 10h30 • 19h

Pe. Paulo Vinícius 3632-5614

Matriz: Santa Luzia DOMINGO: 8H • 10H • 19H30 PARÓQUIA DO MENINO JESUS

PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Pe.Aléscio Aparecido Bombonatti, msj. 3681-4334

Pe. Felipe Dalcegio, scj 3621-4440

Matriz Imaculado Coração de Maria

Matriz: Sagrado Coração de Jesus SÁBADO 17h DOMINGO 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA SENHOR BOM JESUS Pe. José Vicente 3672-1102

Matriz: Basílica do Senhor Bom Jesus DOMINGO 6h30 • 8h30 • 10h30 • 15h • 18h • 20h Igreja São Sebastião SÁBADO:18h PARÓQUIA SÃO JOSÉ Pe. Alan Rudz 3672-3836

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO

Vigário Forâneo: Pe. Ricardo Luís Cassiano

FORANIA NOSSA SENHORA d’AJUDA

FORANIA MENINO JESUS

Matriz: São José (Jardim Santana) SÁBADO 18h30 DOMINGO

7h30 • 10h30 • 17h • 19h30

PARÓQUIA ESPÍRITO SANTO Pe. Antônio B., scj 3602-1250 DOMINGO 7h • 10h • 19h30

SÁBADO 19h

DOMINGO 8h • 11h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJA Pe. Geovane, scj 3411-7424

Matriz: Santuário São Benedito DOMINGO 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Pe. Celso Batista de Oliveira, sjc 3686-1864

Matriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) SÁBADO 19h DOMINGO 8h • 18h PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO Pe. Rodrigo Natal 3622-6517 SÁBADO 18h

DOMINGO 10h • 17h • 19h30

PARÓQUIA SÃO JOÃO BOSCO Pe. Ricardo Luís Cassiano 3631-2510 DOMINGO 7h • 10h • 19h

Pe. Leandro dos Santos 36522052

Matriz: Santuário Nossa Senhora do Bom Sucesso DOMINGO 7h • 9h • 11h • 18h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

Pe. Ederson 3653-4719

Matriz: São José Operario SÁB 17h30 (Com. NSra Saúde) • 19h (Matriz) DOMINGO7h • 9h30 • 11h • 19h30 PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUA Pe. Décio Luiz 3652-6825

Matriz: Santuário Santo Antônio de Pádua DOMINGO 7h • 9h • 19h .................................................... Comunidade de São Pedro: Vila Bandeirante DOMINGO 17h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA Côn. Luiz Carlos 3652-1832

Matriz: Nossa Senhora da Esperança DOMINGO 07h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO PIO X Frei Alexandre, OFM Convento 3653-1404

Matriz: São Benedito DOMINGO

6h30 • 9h30 • 11h • 18h • 20h PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Carlos Alberto 3652-8459

Matriz: Menino Jesus DOMINGO 6h30 • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORES

(Jambeiro)

Pe. Osmar Cavaca 3978-1165

Matriz: Nossa Senhora das Dores DOMINGO 8h • 19h

Pe. Celso Luiz Longo 3621-5170

Matriz Nossa Senhora do Belém DOMINGO 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Pe. Leandro Alves 3621-8145

Matriz: SÁBADO: 19H DOMINGO: 7H 10H30 19H30

Pe. Kleber 3642-2605

Matriz: São João Batista DOMINGO 7h • 9h30 • 11h • 18h30

Participe do Jornal

O LÁBARO Envie suas dúvidas, sugestões e críticas! olabaro@diocesedetaubate.org.br facebook.com/olabaro (12) 3632-2855

Mons. José Eugênio 3642-1320

Matriz: São Benedito DOMINGO 7h • 9h30 • 18h • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APÓSTOLOS (Cidade Jardim) (12) 3522-7574 Côn. Joaquim Vicente dos Santos

Matriz: SAB 16h DOM 8h • 19h N. Sra. Perpétuo Socorro: SAB 19h DOM 10h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Côn. Geraldo 3637-1981

Igreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César) DOMINGO 7h • 9h • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS Pe.Vitor Hugo Porto 3522-5318

Matriz: DOMINGO 7h, 10h,18h30 Com. N. Sra. Aparecida: DOMINGO às 8h30 Com. Pinhão do Borba: DOMINGO às 8h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA Côn.Amâncio 3642-7035

Matriz: Nossa Senhora do Rosário de Fátima DOMINGO 7h30 • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)

Pe. Cipriano Alexandre Oliveira 3643-6171

Matriz: São Miguel Arcanjo DOMINGO 7h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César) Pe. Antonio Carlos Monteiro 3641-1928

Matriz: São Benedito (Vila São Benedito) DOMINGO 8h

PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO Cidade Nova Côn. Elair 3648-1336

Igreja Matriz: São Cristóvão DOMINGO 7h • 19h PARÓQUIA SANT’ANA Pe. Antonio Carlos Gonçalves 3527-1758

Igreja Matriz: Sant’ana SÁBADO 19h30 DOMINGO 8h • 19h 3º DOMINGO 11h (Motociclistas)

FORANIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Vigário Forâneo: Pe. Antônio Cláudio

PARÓQUIA JOÃO PAULO II (Taubaté) Pe. Luís Paulo

DOMINGO 19h

PARÓQUIA SANTA CRUZ (Redenção da Serra) Pe.Antônio Cláudio 3676-1228

Matriz: Santa Cruz DOMINGO 9h • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE

(Natividade da Serra)

Pe.Alexandre 3677-1110

Matriz: Nossa Senhora da Natividade DOMINGO 9h30 • 19h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (Bairro Alto - Natividade da Serra) Pe. Paulo Donizete 3677-4152

Matriz: Nossa Senhora da Conceição DOMINGO 10h15 PARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSA (São Luiz do Paraitinga) Pe. Álvaro (Tequinho) 3671-1848

Matriz: São Luiz de Tolosa DOMINGO 8h • 10h • 19h

FORANIA SÃO BENTO Vigário Forâneo: Pe. José Batista da Rosa

PARÓQUIA SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS (Campos do Jordão) Pe. José Alberto L. Cavalcante 3662-1740

Matriz: Santa Teresinha do Menino Jesus DOMINGO 7h • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Campos do Jordão) Pe. José Eliomar Soares, sjc 3663-1340

Matriz: São Benedito DOMINGO 10h30 • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDE (Campos do Jordão) Pe. José Rosa 3662-7068 DOMINGO 10h • 20h

PARÓQUIA SÃO BENTO (S. Bento do Sapucaí) Pe. Ronaldo, msj 3971-2227

Matriz: São Bento DOMINGO 8h • 10h • 18h

PARÓQUIA SANTO ANTONIO (Santo Antônio do Pinhal) Pe. Marcelo Sílvio Emídio 3666-1127

Matriz: Santo Antônio DOMINGO 8h • 10h • 19h


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