Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Março de 2021

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O LÁBARO Diocese de Taubaté - SP

Desde 1910 - Edição nº 2.193 - Março 2021

Distribuição Gratuita

Atividades Catequéticas em 2021

O mês de março marca o início das atividades catequéticas na Diocese de Taubaté no ano de 2021. Duas necessidades demarcam o início da catequese deste ano. A primeira delas, a sempre urgente e necessária evangelização e catequese nas comunidades. A segunda, a sensibilidade e zelo pela saúde do povo de Deus

no período de pandemia que acomete a sociedade. Esses ambos fatores conjugados resultam numa estrutura catequética extraordinária (própria) para o presente ano. A Diocese de Taubaté observando as determinações sanitárias de saúde e estabelecendo critérios pastorais sólidos para

um percurso catequético frutuoso, apresenta determinações e referências às paróquias para a catequese 2021. Saiba em linhas gerais, nesta edição, como será a catequese durante esse ano.

PÁG. 06

Nesta Edição

Artigo: A figura de São José nos Evangelhos - PÁG. 08

“Com alegria bebereis do manancial da salvação” Is 12

Entrevista: A Esperança a partir da Vacinação - PÁG. 10

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Março 2021

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Editorial Como nunca antes na história, vivemos um tempo de acesso à informação. Isso é um dom que promove o direito humano. No entanto, esse contexto, implica a necessidade de considerarmos os efeitos colaterais e, ainda mais, constatarmos atitudes maldosas e arquitetadas que manipulam e destorcem a realidade dos fatos, as chamadas “Fake News”. Existe um binômio de palavras muito didático em nossa estrutura social: direitos e deveres. Todos temos o direito às informações, isso promove a dignidade humana e é um dos direitos previstos em sociedades democráticas. Os nossos tempos nos convidam a pensar sobre a importância dos nossos deveres diante das informações, consultar as fontes, pensar com critérios, ouvir as autoridades constituídas e não repercutir ou compartilhar notícias sem o crivo do bom senso. A maturidade humana e a sustentabilidade social crescem quando vivenciamos nossos direitos e deveres de forma conjugada. Que a ascensão ao direito à informação seja acompanhada da cultura do dever responsável ante ela, dos que a produzem, dos que a acolhem e dos que a compartilham. O Jornal “O Lábaro” quer sempre promover o direito à informação consciente e está comprometido com o dever da verdade. Boa leitura!

Opinião

Fraternidade e diálogo “Irmãos, os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos” (1Cor 1, 22-23). Versículos da Segunda Leitura do Terceiro Domingo da Quaresma. Vem de longe já, a tentação de querer definir o cristianismo a partir do seu ponto de vista pessoal ou de seu grupo excluindo as demais visões. Hoje não são mais gregos e judeus, mas, novos grupos com tendências ao tradicionalismo e outros ao progressismo que se lançam em uma disputa pela definição do que é ser cristão, do que é ser Igreja sem nenhuma sensibilidade fraterna ou senso de comunhão de modo a prestarem um desserviço para a evangelização. Palavras intimidadoras e ofensivas, no afã de calar quem pense diferente proliferam nas redes sociais. Tenho que concordar com Padre Zezinho, scj, que escreveu em seu blog:

“A nenhum sujeito que se professa católico é permitido caluniar, denegrir e odiar qualquer pessoa. O direito de discordar não dá a nenhum católico o direito de odiar ou semear ódio e raiva”. O apostolo Paulo apresenta o remédio para essa doença: o Cristo. Ele é a referência para a definição de cristão, é Ele o modelo a ser ouvido e imitado. É Ele a cabeça da Igreja. De acordo com o versículo 23 da citação acima, esse referencial, Cristo, contradizia as divisões na comunidade de Corinto sendo escândalo para uns e insensatez para outros. E hoje, como antes e assim sempre será, o Evangelho contradiz quem invoca o nome do Senhor para legitimar seu discurso de ódio, seu preconceito contra o diferente, sua aversão ao outro. Mais ainda, desautoriza qualquer uso de seu Nome para justificar segregar pessoas, diminuir direitos de alguém, promover guerra santa contra o próximo, enfim, praticar qualquer violência ou

fazer mal ao irmão. Porque isso é pecado. Grande objetivo da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano é exatamente promover a conversão para o diálogo e a unidade, princípios evangélicos irrenunciáveis para os cristãos. Por isso, a Campanha de 2021 denuncia as chagas abertas na sociedade, entre os cristãos e mesmo na Igreja Católica causadas pelo discurso de ódio, pela polarização ideológica e pelas violências que pretendem se legitimar a partir da fé. Ainda no Terceiro Domingo da Quaresma ouvimos do Evangelho de João como Jesus se revolta contra o uso indevido da religião para fins nada fraternos. Sua resposta aos que o questionavam sobre sua atitude é lapidar: se a religião não promove o bem corrompendo os mandamentos divinos, ela deve se converter para Ele, o Cristo Salvador. Pe. Silvio José Dias

Sobre modelos de Igreja A Igreja sempre se apresentou de modos diversos, na história e nas culturas. A cada encontro do Evangelho com um povo ou mentalidade, a Palavra de Deus encontrava uma ressonância específica. A Palavra vai se fazendo “carne” no tempo e nas realidades, assim: descobrindo novos modos de se realizar, de acontecer, de produzir frutos para a salvação do mundo. Com os gregos e os latinos, a Igreja desenvolveu a sua teologia. Com os nórdicos, criou um simbolismo sofisticado. Pensando em termos da vida interna da própria Igreja, cada carisma, ordem, congregação trouxe seu benefício à riqueza espiritual do cristianismo. Com os beneditinos, a mística da liturgia foi ensinada e aprofundada de geração em geração. Com os franciscanos, a pobreza evangélica mostrou seu peso e com os dominicanos, os estudos foram demonstrados em sua força evangelizadora. Em síntese: a Igreja é o que é graças à imensa diversidade existente

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em toda a sua história. Se ela se restringisse à uma única forma, ela seria espiritualmente pobre, institucionalmente frágil e geograficamente restrita. A Igreja Católica só tem as proporções mundiais e multiculturais que tem graças à sua unidade na pluralidade. Se a unidade vira univocidade, então a Igreja, construída ao longo de vinte e um séculos, começa a ruir. Saber conviver nas diferenças sempre foi um trunfo da catolicidade: a fé ganha, a Igreja ganha, o povo ganha. Infelizmente, o diálogo está sendo tirado da praça. A Campanha da Fraternidade deste ano, que é sobre diálogo, tem sofrido ataques de ferozes críticos virtuais e analógicos. Premissa básica da crítica: a Igreja não dialoga, ela “prega a Verdade”. Alguém disse que uma mentira é ainda mais perigosa quando ela se avizinha da verdade. Bem-dito! A segunda parte da premissa é verdadeira: a Igreja anuncia Jesus, Caminho, Verdade e Vida; já a primeira é antes uma opção pelo

Diretor: Côn. José Luciano Matos Santana Editor: Pe. Thomás Ranieri da Silva Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial:Pe. Celso L. Longo, Pe. Marcelo Henrique de Souza, Valquiria Vieria. Diagramação e Designer: Julius Rafael Silva de Barros Lima Revisão: Ana Regina Oliveira Impressão: Katú Editora Gráfica

fundamentalismo do que o cristianismo dos Evangelhos: a Igreja, a começar por sua Cabeça, Jesus Cristo, dialoga desde o início com pecadores, leprosos, fariseus, prostitutas, pagãos. Basta ver Jesus agindo. A crítica ao diálogo revela um perigo que sempre ronda a fé: um cristianismo sem Cristo, a Eucaristia sem a Palavra, a moral sem a Boa Nova. Já que Jesus conversa com a samaritana na beira do poço e isso é escandaloso aos discípulos, melhor então é tirar Jesus. Assim, é mais fácil “dar um jeito” na samaritana herege. Jesus bem que poderia aparecer nesse poço. Ou não... Se não acreditam nem em Moisés, nem nos Profetas, não acreditarão mesmo que alguém ressuscitasse dos mortos (cf. Lc 16,31). Pe. Marcelo Henrique, Reitor do Seminário de Filosofia

Tiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuita Site: www.diocesedetaubate.org.br email: pastoral@diocesedetaubate.org.br www.facebook.com/diocesedetaubate As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.


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Palavra de nosso Bispo

3 CATEQUESE EM TEMPO DE PANDEMIA

A catequese no ano passado e neste ano Os efeitos da pandemia da Covid se fazem sentir não só no âmbito da saúde, do trabalho, das relações sociais, da economia, mas também no âmbito eclesial e, particularmente, sobre a catequese, assunto que trataremos neste espaço. Em 2020, no dia 26 de fevereiro tivemos a primeira morte causada por Covid, no País e, em março, época do início da catequese nas paróquias, juntamente com o fechamento das escolas, tivemos a suspensão também da catequese. Não imaginávamos por quanto tempo isso duraria. Transcorridas algumas semanas, atônitos com tudo o que ocorria e sem previsão possível de retomada da catequese regular, produzimos doze vídeos que abordaram temas fundamentais da fé cristã e foram apresentados por alguns de nossos padres. Servindo-se da internet e redes sociais, os catequistas fizeram chegar a todos os catequisandos quer fossem adultos, jovens ou crianças. Recomendamos que pais ou responsáveis ajudassem os pequenos na compreensão da mensagem. Em sequência, procurando chegar a todos da maneira como podíamos, foram produzidos mais doze vídeos, intitulados “Nós Cremos”, que abordaram cada um dos artigos do Credo Apostólico. Esses vídeos foram apresentados pelos três seminaristas que concluíam a formação presbiteral. Portanto vinte e quatro temas catequéticos foram, virtualmente, oferecidos em 2020. Neste ano de 2021, ultrapassou a casa dos 270 mil mortos pela Covid, segundo dados oficiais, e sem podermos retomar a catequese regular, estabelecemos para Diocese um modelo extraordinário que conjuga encontros presencias e acompanhamento virtual. Teremos oito encontros presenciais com temas pré-estabelecidos, que serão apresentados pelos padres que servem cada paróquia. Os temas e roteiros são fornecidos pela Diocese. Outros oito encontros serão por acompanhamento à distância, realizados pelos catequistas das paróquias. Os temas serão destacados do próprio livro adotado, em

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geral da coleção “Crescer em Comunhão”. Resumo e atividades serão enviados aos catequizandos de modo impresso ou virtual, com o intuito de fazê-los refletir sobre os temas catequéticos. Sobretudo os catequizandos da primeira fase, ou seja, aqueles que ainda não receberam o sacramento da Eucaristia, deverão contar com a ajuda da família. Estas já foram chamadas e orientadas a ajudar nesse processo. Assim, serão dezesseis encontros, presenciais e virtuais, realizados por padres e por catequistas, contando com o suporte da família dos catequizandos, a fim de continuar o processo de evangelização, que Jesus confiou à Igreja, comunidade de seus discípulos (cf. Mt.28,20). Múltiplos agentes: Família, Catequistas, Padres Esses agentes são responsáveis por contribuir para a transmissão da fé, a fim de evitar que, devido a pandemia, tenhamos um hiato no processo catequético. Não são só os catequizandos que terão que se adaptar à nova e extraordinária maneira de realizar a catequese, mas também as famílias, os catequistas e os padres. A todos pedimos que não resistam ao novo. Adaptemo-nos às circunstâncias inusitadas a fim de que a mensagem do evangelho possa chegar a seus destinatários, por meio do empenho de cada um. Em vista a isso, de todos esperamos solicitude e espírito colaborativo. Reporto aqui significativos e breves textos que destaco de documentos recentes do Magistério da Igreja e podem nos servir de orientação e motivação. Sobre o papel das famílias: “A educação dos filhos deve estar marcada por um percurso de transmissão da fé. (...) Isso pressupõe que os pais vivam a experiência real de confiar em Deus. (...) A oração, a vivência da fé em família, as expressões de piedade podem ter mais força evangelizadora do que todas as catequeses e todos os discursos. (...) O exercício de transmitir a fé aos filhos permite que a família se torne evangelizadora. (...) A família constitui-se como protagonista da ação pastoral através do anúncio explícito

do Evangelho” (Papa Francisco, Amoris Laetitia nn. 287-290). Sobre os catequistas: “Os leigos, mediante a inserção no mundo oferecem um precioso serviço à evangelização. A vocação ao ministério da catequese nasce do sacramento do Batismo e é fortalecida pela Confirmação. Do amoroso conhecimento de Cristo nasce irresistível desejo de anuncia-lo, de evangelizar e de levar outros ao ‘sim’ da fé. Sentir-se chamado a ser catequista e receber da Igreja a missão para fazê-lo ... constitui-se sempre como serviço e preciosa colaboração” (Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Diretório para a Catequese, nn.121-123). Sobre os padres: “O presbítero, como primeiro colaborador do Bispo e por seu envio, na qualidade de educador na fé, tem a responsabilidade de animar, coordenar e dirigir a atividade catequética da comunidade que lhe foi confiada. A referência ao magistério do Bispo no único presbitério diocesano e a obediência às orientações que, em matéria de catequese, são emanadas, para o bem dos fiéis, por cada Pastor e pelas Conferências Episcopais, constituem para o sacerdote elementos a serem valorizados na ação catequética. (...) O pároco é o primeiro catequista da comunidade paroquial” (Pont. Cons. Nova Evangelização, Diretório da Catequese, nn.115-116). Assim sendo, nesses tempos difíceis, com a colaboração de cada um e de toda a comunidade, confiando na ação do Espírito Santo, realizemos tudo o que estiver ao nosso alcance a fim de que a evangelização e a transmissão da fé continuem seu curso. Que Deus nos ajude. Dom Wilson Angotti


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Diocese em Foco

O Clero da Diocese de Taubaté reuniu-se na quarta-feira, 24 de fevereiro, para sua primeira Reunião Geral de 2021. O encontro foi realizado nas dependências pastorais da Paróquia do Senhor Bom Jesus, em Tremembé. As reuniões do Clero têm por finalidade encaminhar as resoluções dos trabalhos pastorais da Diocese e apresentar as notificações gerais a respeito das dimensões canônicas e administrativas. Além disso, outros eixos importantes das reuniões do clero são: o estudo, atendendo à necessidade de formação permanente do clero; a promoção da integração dos membros do presbitério diocesano e a convivência fraterna. Na reunião, as temáticas centrais abordadas foram: a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 - que tem como tema: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”, e como lema: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2,14), com exposição do conteúdo e mediação da reflexão realizada pelo assessor interino, o seminarista Júnior Rangel; a retomada das atividades catequéticas na Diocese de Taubaté no ano de 2021 - conduzida pelo assessor diocesano da catequese, Pe. Fábio dos Santos Modesto, que apresentou as determinações e sugestões sobre a retomada da catequese nesse período de enfrentamento da pandemia da Covid-19, seguida de esclarecimentos, análises de contextos específicos que englobam o território diocesano e perfis diferenciados das paróquias pertencentes à Diocese.

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Clero de Taubaté se reúne para a primeira Reunião Geral de 2021

Na ocasião, o bispo diocesano Dom Wilson Angotti convidou o clero a acolher os seminaristas eleitos para a ordenação diaconal: Júnior Rangel, Julius Rafael e Miguel Gustavo. As boas vindas também foram dadas à nova funcionária do Secretariado de Pastoral, Valquíria, que tem formação em jornalismo e experiência profissional em trabalhos relacionados à vivência eclesial, tendo já colaborado

na Fundação Dom Couto na Diocese de Taubaté e no Portal A12.com do Santuário Nacional de Aparecida. Os avisos, considerações finais e oração de encerramento foram realizadas pelo bispo diocesano Dom Wilson Angotti que agradeceu a todos pela presença e participação na reunião.


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Diocese em Foco

A Pastoral da Criança completa em abril de 2021, seus 34 anos de atuação na Diocese de Taubaté. Atualmente, a Pastoral da Criança tem atuação em 29 paróquias da Diocese. Essa história já colheu muitos frutos. Para José Hailton, ex-coordenador da Pastoral da

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Pastoral da Criança completa 34 anos de atuação na Diocese de Taubaté Criança, o trabalho na pastoral lança sementes boas na vida das pessoas: “Nós lançamos as sementes e procuramos garantir a qualidade da semeadura, ou seja, lançamos sementes boas. Nossos agentes recebem formação para serem senhores da sua história, protagonistas. Nós, agentes da Pastoral, sabemos que: evitamos muitos abortos; ajudamos a tirar muitas crianças da desnutrição; evitamos muitas discórdias nas famílias; diminuímos a violência nas famílias; promovemos a paz [...]; fizemos com que as pessoas acompanhadas se sentissem gente de novo, com esperança, alegria e gosto pela vida”, aponta. Segundo a coordenadora diocesana da Pastoral da Criança, Fátima Monteiro, o maior desafio da pastoral, atualmente, é a falta de agentes que enfrentem a missão: “A falta de agentes faz o desafio da Pastoral da Criança ficar maior, o agente da

Pastoral da Criança tem uma missão que exige presença, olho no olho e isso é uma missão difícil. Por isso, acredito que a falta de agentes seja o nosso maior desafio”, explica. O assessor diocesano da Pastoral da Criança, padre Moacyr Pedrini, pede que os padres apoiem e ajudem a tornar a pastoral mais conhecida: “Necessitamos tornar a Pastoral conhecida em todas as paróquias da Diocese. Hoje, a Pastoral da Criança está em todas as Foranias, mas apenas 29 das 49 paróquias da Diocese tem Pastoral da Criança”, pondera, incentivando que o trabalho cresça na Diocese. Antes da pandemia, eram acompanhadas em torno de 1.700 famílias e aproximadamente 2.330 crianças. No momento, em consequência da pandemia, esses números ficaram reduzidos para 30%.

Pastoral da Saúde realiza campanha “Abril Solidário” A Pastoral da Saúde da Diocese de Taubaté realizará de 01 a 30 de abril, a Campanha “Abril Solidário” com o objetivo de exercitar e incentivar as pessoas ao hábito da doação de sangue. A Campanha é uma ação nacional da Pastoral da Saúde e acontece no mês de abril em celebração ao Dia Mundial da Saúde, que será no dia 07 de abril. Com a pandemia da Covid-19, as doações ficaram bastante prejudicadas, com números bem reduzidos, mas a Pastoral da Saúde espera atingir o máximo de pessoas possível para a doação:

“Em 2019, nossa campanha atingiu mais de mil pessoas, em 2020, infelizmente, não conseguimos muito alcance, já que estávamos bem no início da pandemia. Mas, em 2021 esperamos atingir pelo menos 30% das pessoas que atingimos em 2019, para que façam sua doação de sangue”, disse Ana Regina Gama, coordenadora diocesana da Pastoral da Saúde. O Hemonúcleo de Taubaté segue todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 para garantir a segurança de doadores, pacientes e funcionários.

Para fazer a doação de sangue é necessário ter entre 18 e 69 anos, pesar mais de 50kg e estar em boas condições de saúde, jovens entre 16 e 17 anos também podem doar com o consentimento do responsável. O Hemonúcleo de Taubaté fica na Av. Inglaterra, 190 - Jardim das Nações. Para agendamento e informações completas sobre a doação de sangue o telefone de contato é (12) 3624 1273. Site: https://www.facebook.com/ HemonucleodeTaubate


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Destaque

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Atividades catequéticas na Diocese de Taubaté em 2021

Da Redação

O exercício catequético é uma da pandemia da Covid-19, com toda as Celebrações Eucarísticas. Para isso, necessidade de primeira ordem. Um sensibilidade, protocolos de higienização portanto, “os encontros presenciais trecho bíblico escrito por São Paulo, e senso de adequação, frente ao momento serão realizados na igreja matriz ou em cheio de vivacidade, aponta com lucidez sociológico que se vivencia. outra igreja da paróquia que seja grande a constante importância da tarefa A retomada das atividades catequéticas e arejada, onde for possível receber as evangelizadora, afirmando em II Tm decorre de um trabalho substancial e pessoas, observando as medidas de 4, 1-5: “Eu lhe peço encarecidamente, orgânico da Diocese, feito por meio distanciamento e higiene, como já se diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de de reuniões, reflexões e subsídios que faz para as Missas”, conforme indica vir para julgar os vivos e os mortos, pela foram preparados para a retomada a orientação assinada pelo senhor sua Aparição e pelo seu Reino: proclame dos encontros. Participaram desses Bispo Diocesano Dom Wilson Angotti, a Palavra, insista pelo Coordenador em tempo oportuno Diocesano de Pastoral e inoportuno, Côn. José Luciano [...] “proclame a Palavra, insista em tempo convença, repreenda, Matos Santana e pelo encoraje com toda oportuno e inoportuno, convença, repreenda, Assessor Diocesano paciência e doutrina. da Catequese Pe. encoraje com toda paciência e doutrina” Porque virá tempo em Fábio dos Santos que não suportarão Modesto, destinada II Tm 4,2 a sã doutrina. Pelo ao clero, catequistas, contrário, seguindo catequizandos e suas seus próprios desejos, famílias. No entanto, se rodearão de mestres que lhes afaguem processos, o Bispo Diocesano Dom a realização do encontros vai depender o ouvido. Não darão ouvidos à verdade Wilson Angotti, padres, catequistas, e da estrutura e recursos de cada paróquia, e se voltarão para as fábulas. Quanto em destaque, a Comissão Diocesana de podendo haver mais encontros do que a você, seja sóbrio em tudo. Suporte Catequese. esses apontados como referência formal, os sofrimentos com paciência, faça o A dinâmica dos encontros contará com que é exigido a todas as paróquias. trabalho de anunciador do evangelho e a proposta de um encontro presencial Dentro dessa dinâmica estão inclusos realize plenamente seu ministério”. por mês e um segundo de forma online, elementos importantes, como uma As atividades catequéticas retornam ou através de subsídio a ser entregue e catequese mensal realizada pelo pároco nas comunidades eclesiais no mês de recolhido por catequistas. A possibilidade ou vigário paroquial da comunidade, março de 2021 à luz da consciência de e legitimação da execução do encontro onde será trabalhado os temas do necessária e contínua evangelização. presencial parte do mesmo princípio e querigma, que é o anúncio fundamental Evidentemente, devido às exigências condições que embasam a reunião para da fé cristã, e a presença atuante dos


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Destaque pais na catequese dos filhos. Assim, destacam-se a importância da relação dos catequizandos com o pastor da comunidade; a importância da presença e atuação da família (os primeiros catequistas de seus filhos), sobretudo, no que diz respeito às catequeses à distância; além do ingresso das novas tecnologias para a evangelização e a vivência eclesial. O anúncio do querigma tem como temas: 1) Amor de Deus; 2) Jesus Cristo; 3) Espírito Santo; 4) Pecado; 5) Fé e conversão; 6) Igreja comunidade de fé; 7) Palavra de Deus e 8) Sacramentos. Cada tema do querigma será trabalhado no encontro presencial mensal e será

desenvolvido pelos padres junto aos catequizandos. O Papa Francisco na encíclica Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho), explicita a importância do querigma na catequese e na evangelização: “Na boca do catequista, volta a ressoar sempre o primeiro anúncio: ‘Jesus Cristo ama-te, deu a vida para te salvar, e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer, libertar’. Ao designar-se como ‘primeiro’ este anúncio, não significa que este se situa no início e que, em seguida, se esquece ou substitui por outros conteúdos que o superam; é o primeiro em sentido qualitativo, porque é o anúncio principal, aquele que sempre

se tem de voltar a anunciar, de uma forma ou de outra, durante a catequese, em todas as suas etapas e momentos”. E continua: “Não se deve pensar que, na catequese, o querigma é deixado de lado em favor de uma formação supostamente mais ‘sólida’. Nada há de mais sólido, mais profundo, mais seguro, mais consistente e mais sábio que esse anúncio” (Evangelii Gaudium, nº 164-165). Desse modo, a partir deste formato extraordinário da catequese para 2021, a Diocese de Taubaté continua sua missão evangelizadora, rogando a Deus que Ele faça frutificar os trabalhos catequéticos.

Dom Wilson Angotti concede instruções gerais sobre catequese 2021 e celebra missa de envio dos catequistas

Foto: Catedral de São Francisco das Chagas

Foto: Catedral de São Francisco das Chagas

Foto: Catedral de São Francisco das Chagas

Padres realizam reuniões nas paróquias da Diocese com pais e responsáveis sobre a catequese

Foto: Par. São Luís de Tolosa

Foto: Par. Nossa Sra. D`Ajuda

Foto: Catedral de São Francisco das Chagas

Padres realizam encontros presenciais mensais com catequizandos, anunciando o “querigma”.

Foto: Par. São José Operário - Tté


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Ano Josefino

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osé no evangelho de Mateus é honrado com o título singular de “esposo de Maria”, título que lhe vem oficialmente reconhecido na genealogia de Jesus (1,16) e logo depois na narração da concepção virginal (v.19). Também a mãe de Jesus, Maria, é sem ambigüidade e ainda mais frequentemente apresentada como “casada com José”(v.18); “casada com um homem” (Lc 1,27;2,5) ela é mulher, da qual José quer – mas não deverá separar-se (Mt 1,20-24). Se os evangelistas insistem contextualmente também sobre a circunstância que Maria é virgem (Lc 1,27.34; Mt 1,23.25) e que Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo

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JOSÉ, ESPOSO DE MARIA

(Mt 1,18; Lc 1,35), isto significa que a aparente conflitualidade das situações é particularmente intencional; a concepção e o nascimento de Jesus de uma virgem deveriam acontecer dentro de um contexto do matrimônio. O matrimônio de Maria e José não é portanto, uma simples colocação para resolver alguns problemas práticos, mas este deve ser visto em toda a sua verdade, como um fato diretamente preestabelecido pela vontade de Deus. José é o esposo de Maria; Maria é a esposa de José: o matrimônio deles é verdadeiro; Jesus foi concebido pela esposa de José; Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Todas estas afirmações encontram fundamento no evangelho; a sua realidade é ordenada para a encarnação do Verbo. O Concílio de Calcedônia (DS 1480) e os Concílios de Constantinopla ( II, DS 219: III, DS 291) formularão tal mistério com a terminologia que nos é comum, mas são os evangelistas a sublinharem em suas narrações os elementos essenciais. A origem divina de Jesus, Verbo de Deus, está expressamente afirmada com referência explícita ao Espírito Santo (“Maria se encontrou grávida por obra do Espírito Santo Mt 1,1820”;”o Espírito Santo descerá sobre ti e a potência do Altíssimo te cobrirá”(Lc 1,35) e com a insistência sobre a virgindade de Maria ( Mt 1,18.23.25;

Lc 1, 27.34), mas contemporaneamente são levadas em consideração também aquelas exigências predispostas pelo próprio Deus através das promessas feitas a Davi ( Sm 7,16; Is 7,14) e oportunamente relembradas pelos evangelistas (Mt 1; Lc 2,32). Não por acaso, José é classificado entre os descendentes de Davi (Mt 1, 16) e é repetidamente indicado como “filho de Davi (v.20)” da, “casa de Davi” (Lc 1,27), da “casa e família de Davi” (2,4). Se os evangelistas não estão preocupados em reivindicar esta qualificação para Maria, não é necessário forçar o texto, mas simplesmente reconhecer, invés disto, que a messianidade de Jesus passa através de José. Jesus é filho de Davi, porque é filho de José. A genealogia (Mt 1,1-17) não deve ser absolutamente separada da narração da origem de Jesus (VV. 18-25). A genealogia legaliza a davicidade de José; a série dos “gerou” pára nele (v.16) no pleno respeito e da ação do Espírito Santo reivindicada para a concepção de Jesus (v.18): a ponte entre José, “filho de Davi” (v.20), e Jesus é constituído pelo matrimônio de José, expressamente qualificado “ esposo de Maria”, da qual nasceu Jesus. Prof. Dr. José Pereira da Silva


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Tema Pastoral

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FRATERNIDADE E DIÁLOGO: COMPROMISSO DE AMOR

“Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a)

Sem. Junior Rangel

A Campanha da Fraternidade de 2021 nasce de um grande sonho, sonhado também pelo próprio Senhor: “que todos sejam um, para que o mundo creia” (Jo 17, 21). Movidos pelo Espírito que cria unidade, cristãos de diversas denominações se reúnem, pela quinta vez, para juntos, como irmãos, elevar ao Pai sua prece de filhos e oferecer ao mundo seu esforço missionário em favor do diálogo e da paz. Eis, portanto, a V CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA (CFE), que tem como tema: Fraternidade e diálogo: Compromisso de amor. Na carta aos Efésios se encontra a inspiração bíblica que ilumina o caminho de reflexão e ação. Em Ef 2,14 lê-se: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”. É fundamental, nesse ponto, recordar que desde sua origem o cristianismo teve como marca estrutural uma espécie de pluralidade, que se perpetuou ao longo dos séculos e chegou até os dias atuais. Já nas primeiras décadas, ainda com a pregação dos apóstolos, o número de convertidos pela mensagem do Evangelho crescia e os primeiros convertidos eram pessoas vindas de todas as partes do orbe, o que incluía judeus e pagãos. Dentro desse contexto, essa passagem da Carta aos Efésios se constitui como uma espécie de profissão de fé do apóstolo Paulo, que conclama tanto as comunidades de outrora como as de agora, a estabelecerem formas de diálogo verdadeiramente fraterno ao redor daquele que é o único capaz de trazer paz à toda terra: Cristo Jesus, o que morreu, mas ressuscitou. “Isso significa que Cristo é aquele que garante as relações de equidade e acolhida entre todos os povos. A paz será fruto da vida em plenitude garantida para todos os povos” (TB, n.117). Qual é, então, o significado dessa confissão de fé em tempos tão incertos como este, caracterizado por conflitos, violência, racismos, xenofobias e outras práticas de ódio? Como anunciar a Boa-Nova de Jesus Cristo em períodos turbulentos como o atual? Na busca por respostas que produzam uma verdadeira conversão, é preciso recordar constantemente que todas as carências humanas tocam intimamente a vida de fé e que o olhar atento para tais fragilidades, muito mais do que um mero exercício formal de humanização, é sobretudo um compromisso com o batismo e faz com que todos participem dessa unidade na diversidade. Nesse sentido, o texto-base da CFE 2021, não alheio aos acontecimentos recentes – sobretudo àqueles relacionados à pandemia causada pela Covid-19 – e às dores do mundo, pede aos fiéis cristãos que se esforcem por derrubar as barreiras criadas pelo pecado e lutem pela construção do diálogo fraterno, fruto do amor com que todos são amados por Deus.

“Entendemos que fraternidade e diálogo são desafios de amor. Devemos nos engajar agora, na comunidade e no lugar onde vivemos. Acreditamos que Cristo é a esperança do estabelecimento definitivo da fraternidade e da paz” (TB, n.120). Portanto, o objetivo geral da CFE 2021 não é outro senão “convidar as comunidades de fé e as pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para superar as polarizações e violências através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade” (TB, n. 3). Dessa maneira, refletindo sobre os possíveis caminhos para a construção do diálogo que gere amor e paz, o desejo que deve mover a todos é o de explicitar os sinais da nova humanidade nascida em Cristo, que está verdadeiramente presente no meio de nós. Situada, como sempre, dentro da caminhada quaresmal, a CFE tem por intuito ser um convite à conversão, não como um acontecimento mágico e historicamente limitado, mas como um processo permanente e diário. Ao longo dos 40 dias da Quaresma, os fiéis são insistentemente convidados a se perguntarem se sua prática cristã promove a paz ou potencializa o ódio. Esperamos que este seja um tempo que nos ajude a testemunhar e anunciar com a própria vida que Cristo é a nossa paz, adotando comportamentos de acolhida e de não violência. Que a páscoa da ressurreição expurgue dos corações aquela insensatez que causa desunião e alimente com a virtude da esperança as ações em prol do diálogo e da paz.


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Março 2021

Entrevista

A serviço da evangelização!

Dr. Washington fala de Esperança a partir da Vacinação

Pe. Thomás Ranieri

Dr. Washington Pereta Tavares/ graduado em Medicina pela UNITAU em 2008/ Residência em Clínica Médica 2012 e Neurologia 2017/ Médico assistente em Neurologia e Emergência no Hospital Municipal Dr. José de C. Florence – São José dos Campos/ Médico intensivista dos Hospitais Alvorada Jacareí e Regional de São José dos Campos/ Professor assistente de Neurologia do Hospital Universitário de Taubaté. 1 – Como médico, como o senhor avalia o atual estágio da pandemia da Covid-19 na região do Vale do Paraíba? No momento, o que é fundamental nos atermos? Primeiramente, somos privilegiados em nossa região do Vale. Essa nova enfermidade trouxe sérias consequências a outros locais, mas não há falta de leitos para internação por Covid nas cidades da região e algumas, inclusive, têm menores índices de gravidade e letalidade quando comparados com outras áreas do Brasil. As equipes de saúde das áreas em que atuo estão bem preparadas e, acreditem, equipadas para a situação. Isso deve garantir segurança para a população em termos de atendimento com dignidade e qualidade. 2 – Até o momento, quais ensinamentos de vida, como profissional e como ser humano, percebe que a pandemia gerou no senhor? Muitos! E acredito que em toda a população. De minha experiência pessoal, cheguei a ficar afastado de meus dois filhos e esposa durante quase dois meses. Foi muito difícil a sensação de impotência, separação e saudades gerados. Mas depois, percebi relacionamentos mais fortes e afeto exaltados. Isso é uma verdade. Mudanças começam sempre de dentro pra fora, a nível celular, cerebral e no âmago do ser humano também. Houve necessidade do “olhar interno”, e percebo que famílias, pacientes e seus familiares demonstravam isso da mesma forma. Profissionalmente, as exigências foram muito intensas. Várias equipes de saúde, de todos os profissionais possíveis, tiveram que aumentar suas cargas de trabalho. Tentei encarar como um privilégio. O privilégio de ser nas mãos de quem dá. Com a adversidade vem o crescimento: saí mais forte, corajoso e capaz.

Dr. Washington recebendo vacina contra COVID-19

3 – Como trabalhador da linha de frente do enfrentamento da pandemia da Covid-19, o senhor já foi vacinado. Como isso o impacta de forma profissional e pessoal? A vacinação representa uma esperança de mudança de capacidade de resposta imune, garantindo proteção a quem trabalha na pandemia. Foi muito bom receber uma carga de esperança e renovação. Eu, e percebo que meus colegas, ficamos mais dispostos, renovados na intenção do cuidar. Tenho essa como missão e propósito de vida. Foi muito bom receber essa vacina. Por mim, pelos meus e pelo próximo. Tudo está perfeito? Claro que não. A perfeição não nos cabe. Mas, finalmente, agora, temos a certeza de melhora a caminho. Já está melhorando. 4 – O senhor acompanha momentos dramáticos da existência como a dor e o sofrimento. Como percebe a importância da espiritualidade e da esperança cristã na vida dos pacientes, sobretudo neste período em contato com os pacientes vítimas do novo coronavírus? Ninguém quer receber a triste notícia de que um ente querido se foi e não será possível sequer velá-lo. Isso acontece com alguma frequência nessa realidade... Nessas horas, percebo que aqueles que têm fé e espiritualidade conseguem muito mais força, resiliência e coragem para continuar, aceitar e, às vezes, até mesmo agradecer. Já aqueles que disfarçam egoísmo - inexistente na fé verdadeira ensinada pelo Mestre Jesus, como amor - têm mais dificuldade e sofrem mais por consequência. 5 – Que mensagem, fruto da sua formação profissional e de sua experiência nesta pandemia, o senhor deixa aos nossos leitores, nesse momento? Não nos cabe prever ou conceber os mecanismos pelos quais as leis naturais nos levarão. Acredito que isso é próprio do Criador. Mas a verdadeira Ciência Médica não nega, pelo contrário, pede auxílio e recorre ao divino em sua intenção. Há muitos médicos, pesquisadores, pessoas com boas intenções, nesse momento e em tantos outros, olhando pelo bem do ser humano. Não sei quais os propósitos de vida de cada um, mas deixando uma citação atribuída a Pasteur, o pai da vacinação: “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita nos aproxima”. Acreditem na vacina. Saúde a todos!


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Março 2021

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In Memoriam

Pe. João Miguel da Silva Chegou ao conhecimento de muitos, através dos meios de comunicação social, a notícia do falecimento de Pe. João Miguel da Silva. Publicamos agora oficialmente esta nota contendo alguns dos seus dados pessoais e em sua memória. Pe João Miguel dos Santos veio a óbito na tarde do dia 09 de fevereiro, no Hospital 10 de Julho, em Pindamonhangaba, vítima de câncer e AVC frontal. Pe. João Miguel nasceu aos 25 de dezembro de 1944, em Machado MG. Seus pais foram Miguel Arcanjo da Silva e Magnólia Rodrigues da Silva. Inicialmente pertencia à Congregação dos Palotinos, onde fez a Profissão Religiosa aos 02 de janeiro de 1968. Depois deixou a Congregação dos Palotinos e foi incardinado na Arquidiocese de Botucatu. Depois

de dificeis anos no exercício do ministério sacerdotal integrou a Comunidade Canção Nova, por quase dois anos. Concluída essa experiência, veio para a nossa Diocese no dia 1º de janeiro de 1999. Pe. João Miguel foi ordenado Diácono aos 08 de dezembro de1973, em Londrina PR. Sua ordenação Presbiteral ocorreu aos 06 de janeiro de 1974, em Mandaguari PR. Em ambas, ordenante foi Dom José M. Maimone. Pe. João Miguel realizou seus estudos nos seguintes locais: Faculdade Salesiana de Juiz de Fora MG: Filosofia. Curitiba PR: Teologia. Faculdade Salesiana de Juiz de Fora MG: Pedagogia. Junto a nós Pe. João Miguel teve as seguintes funções: Vigário Paroquial da Paroquia Nossa Senhora das Dores, em Jambeiro: 08/03/1999. Vigário Paroquial da Paroquia Nossa Senhora d’ Ajuda em Caçapava: 08/09/1999. Pároco das Paróquias Nossa Senhora da Natividade e Nossa Senhora da Conceição, Bairro Alto, Natividade da Serra: 06/01/2001. Ao mesmo tempo foi Vigário forâneo do Setor Serra do Mar. Vigário Paroquial da Paroquia Santa Luzia: 18/10/2002.

Atos da Cúria Foram 43 os documentos expedidos pela Cúria Diocesana no período de 15 de fevereiro a 10 de março de 2021. Dentre estes destacam-se: • Anuência ao novo Tesoureiro da Paróquia Santa Luzia: Sr. Leonardo Henrique Vilas Boas; • Cumprimentos por ocasião do Centenário da Arquidiocese de Belo Horizonte; • Nota de falecimento “in memoriam”: Pe. João Miguel da Silva; • Autorização para ajuizar ação de usucapião: Paróquia São João Paulo II; • Concessão de Uso de Ordem ao Revmo. Pe. Luiz Antônio de Brito para atuar na Fazenda Esperança – Pindamonhangaba; • Concessão de Uso de Ordem aos Diáconos Dehonianos que exercerão ministério em paróquias da Diocese; • Orientações para a Semana Santa e Páscoa; • Autorização para ajuizar ações de usucapião: Paróquia Santo Antônio do Pinhal; • Aprovação do Projeto de reforma da capela São Lourenço: Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso; • Anuência ao CAEP da Paróquia São Benedito de Campos do Jordão; • Concessão do Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) – Paróquia Nossa Senhora do Belém; • Comunicado às Paróquias e a todo o povo sobre destinação da Coleta da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021.

Vigário Paroquial da Paroquia Nossa Senhora do Rosário (Comunidade do Belém) 30/12/2003. Vigário Paroquial da Paroquia Santíssima Trindade: 15/03/2006. Pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo, em Pindamonhangaba: 20/04/2010. Pároco da Paróquia de Santo Antônio, em Santo Antônio do Pinhal: 03/12/2013. Cooperador da Paroquia Nossa Senhora de Fátima, em Taubaté: 2016 e 2017. Cooperador da Paroquia Nossa Senhora das Dores, em Jambeiro: 2018. Ainda em 2018, sabendo-se portador de câncer, afastou-se das atividades oficiais para cuidar da saúde. Somos gratos ao bom Deus pela vida e pelo ministério do Pe. João Miguel e a ele pelo trabalho em prol da Igreja em muitas de nossas paróquias. Pe. João Miguel tantas vezes presidiu a Liturgia na terra... Esteja agora participando da Liturgia celeste e seja o grande intercessor em prol desta Igreja Particular de Taubaté. Nossas preces em seu favor cheguem até o coração de Deus. Descanse em paz, Pe. João Miguel!!! Côn. Elair Fonseca Ferreira Vigário Geral Mons. Irineu Batista da Silva Chanceler do Bispado

Carta


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Março 2021

A serviço da evangelização!

ABRIL solidário DOE SANGUE, DOE VIDA

Jesus Cristo nos ensina em seu evangelho Jo, 10,10, “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham

em abundância” .

A Pastoral da Saúde convida você para fazer uma boa ação.

DE 01 ATÉ DIA 30 DE ABRIL DE 2021 irá acontecer a Campanha do “ABRIL SOLIDÁRIO”.

VÁ ATÉ O HEMONUCLEO DE TAUBATÉ Av. Inglaterra, 190, Jardim das Nações, Taubaté - SP, CEP:12030-450 Tel.: (12) 3624-1273

NESSE PERIODO DE PANDEMIA É PRECISO AGENDAR O HORÁRIO PARA DOAÇÃO

às 2ªs e 4ªs feiras das 11h às 17h 3ª, 5ª e 6ª feira das 08:00h às 11:00h , e das 13:00h às 16:00h. Sábados das 07:30h às 11:00h

Anuncie aqui!

comunicacao@diocesedetaubate.org.br


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