Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Maio de 2022

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O LÁBARO Diocese de Taubaté - SP

Distribuição Gratuita

Editorial A fé na ressurreição de Jesus Cristo é a luz que ilumina os caminhos da Igreja Sinodal na comunhão, participação e missão. Na presente edição do jornal “O Lábaro”, correlacionamos o tempo litúrgico da Páscoa com o processo sinodal da Igreja.

Desde 1910 - Edição nº 2.206 - Maio 2022

Diretrizes Pastorais Diocesanas são prorrogadas até 2027

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Palavra do Bispo Domingo é nossa Páscoa semanal. No Antigo Testamento, para os judeus, o dia consagrado ao Senhor era o sétimo dia da semana, ou seja, o sábado. No Novo Testamento, com a ressurreição de Cristo no domingo, o primeiro dia da semana, este ficou consagrado como o dia do Senhor.

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Tema Pastoral

Na dinâmica litúrgica do tempo pascal, podemos encontrar elementos que despertam em nós o desejo de “caminhar juntos”, da sinodalidade. A vivência do Tempo Pascal prepara-nos para acolher a presença do Espírito Santo que ilumina a Igreja, realiza a comunhão e dá fecundidade à missão.

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Entrevista

Pe. Rodrigo, pároco da Paróquia São Sebastião, em Taubaté, se tornou, no Brasil, um dos principais propagadores da devoção à Divina Misericórdia. Aos 17 anos de sacerdócio, completados neste mês de maio, ele fala do significado e importância dessa devoção para a Igreja.

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As Diretrizes Diocesanas de Pastoral, aprovadas na Assembleia de 2019 com vigência até 2023, foram prorrogadas até 2027. Após consulta ao clero, representantes dos CPP’s (Conselhos Paroquiais de Pastoral), das 49 paróquias, em Assembleia Diocesana Pré-sinodal, ocorrida no dia 02 de abril de 2022, juntamente com o bispo diocesano, Dom Wilson Angotti, foi concluído que devido à situação da pandemia da Covid-19, o necessário isolamento social da ocasião e a suspensão de muitos trabalhos pastorais, não foi possível

colocar em prática, satisfatoriamente, os Planos Pastorais, a partir das Diretrizes Diocesanas. Sendo assim, ficou estabelecido o adiamento da próxima Assembleia para daqui a 4 anos, conservando as Prioridades Diocesanas: Família, Juventude e Catequese, para a elaboração e definição de Projetos Pastorais até 2027. Confira mais detalhes da notícia, e a análise da decisão, comentada pelo coordenador diocesano de Pastoral, Cônego José Luciano Matos Santana.

Igreja no Brasil

Diocese em Foco

A 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que ocorreu de 25 a 29 de abril de forma online, aprovou a tradicional Mensagem ao Povo Brasileiro.

Jornada Diocesana da Juventude reúne centenas de jovens em Taubaté. O evento promovido pelo Setor Juventude tem caráter peregrino e espiritual e busca ajudar a crescer na fé do ressuscitado, em unidade e na missão.

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“Deus, que ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará também pelo seu poder”. (1 Cor 6,14)

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Editorial

Opinião

A fé na ressurreição é um dos mistérios centrais da vida cristã. Por isso afirmou São Paulo, “[...] e se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia, e vazia também é nossa fé” (1 Cor 15,14). Trata-se do evento que ilumina os horizontes da Igreja e lhe concede forças, na esperança e no sentido, para caminhar como Igreja sinodal na construção do Reino de Deus rumo à meta definitiva. Ocasião em que a humanidade, ressuscitando com Cristo, encontrará vida plena Nele, pois Deus será “tudo em todos” (cf. 1 Cor 15, 28). A Igreja vivencia em todo o mundo, desde o ano passado, um processo eclesial que tem como orientação e conscientização anunciar uma igreja de identidade sinodal, em que seus membros caminham juntos na comunhão, participação e missão. Na presente edição do jornal ‘O Lábaro’, correlacionamos o contexto litúrgico do Tempo Pascal com o atual processo sinodal da Igreja, retomando alguns aspectos do término da fase Diocesana do Sínodo, e explorando a riqueza e importância da reflexão sobre a ressurreição. Como Igreja, caminhamos juntos, mas não na obscuridade da morte como realidade última, mas sob a luz superabundante da vida que venceu a morte, do Deus que abriu as portas da eternidade aos que o amam e buscam fazer Sua vontade.

Defesa incondicional do direito à vida

A vida é inviolável. O direito à vida assim como a dignidade humana é afiançado por Deus, pois “a vida, sobretudo a humana, pertence unicamente a Deus: por isso, quem atenta contra a vida do homem, de algum modo atenta contra o próprio Deus” (Evangelium Vitae, n. 9). Por isso a Igreja defende a vida desde a sua concepção até o seu fim natural. Com isso, é dever inalienável do cristão opor-se irredutivelmente ao aborto. Devemos defender a vida inocente que está para nascer. Mas a defesa da vida não se resume na oposição ao aborto. O cristão, inspirado pelo Cristo, que veio ao mundo “para que todos tenham vida” (Jo 10,10), se empenhará para que a vida humana, em qualquer etapa ou situação, seja protegida contra qualquer ameaça. Disto podemos concluir que não é cristão defender ou promover a violência que extingue ou cerceia a vida. Não é cristão apoiar políticas que excluem pessoas do acesso aos bens que fomentam a vida e lhe dão qualidade. Não é cristão aceitar a pena de morte, porque a vida é concedida e tirada por Deus. Não é cristão concordar que se diminua os direitos que garantem a dignidade da vida humana. Desrespeita a vida uma consciência amortecida que não se escandaliza com a desigualdade social, quando tantas vidas, entre elas recém-nascidos e crianças, são condenadas a uma vida miserável e sem esperança de melhorar. Inibem a vida de ser vivida na sua plenitude o preconceito, muitas vezes envernizado com pontos surripiados à fé. Em defesa da vida é preciso defender o meio ambiente da ganância assassina que

invade, queima, depreda e mata em busca de enriquecimento pessoal disfarçado de interesse nacional. As alterações climáticas decorrentes da depredação ambiental levam morte, dor e sofrimento que diminuem a vida. A vida humana depende da vida dos outros seres viventes que habitam esse planeta, nossa Casa Comum. Importante compreender, à luz do evangelho, que a defesa da vida assim como a defesa da verdade deve ser feita sob as leis de um estado de direito. Pois a violência gera somente a violência. “Todos que usam da espada, pela espada perecerão” (Mt 26,52). A vida em uma sociedade livre e democrática “precisa de regras de convivência cuja livre violação exige uma resposta adequada. Isso implica que a autoridade pública legítima possa e deva ‘impor penas proporcionais à gravidade dos crimes’ e que se garanta ao poder judiciário ‘a necessária independência nos termos da lei’” (Fratelli Tutti, n. 264). Compreendendo que a profissão da fé exige a sua integridade, que ser Igreja é estar em plena comunhão com seu magistério e que ser cristão é estar em total acordo com os princípios do evangelho não é aceitável defender a vida apenas para alguns e para outros não, é incompreensível comover-se por uma situação que ameaça a vida, como é a questão do aborto, e mostrar-se insensível quando o valor da vida é também ignorado em situações sociais de desigualdade, preconceito e de desrespeito aos direitos humanos. Pe. Silvio José Dias

Quando movidos por amor, pensamos diferente Os tempos desafiadores que a humanidade vivencia na cultura e na sociedade, opõe frente a frente, e por vezes, sem a consciência prévia e a articulação e sínteses necessárias, a permanência e a mudança, o mesmo e o outro. É assim em relação aos valores da sociedade e também em relação à instituição, Igreja Católica Apostólica Romana. A defesa absoluta da permanência em alguns âmbitos é ideologia. Naturalmente, excetos a Tradição e os dogmas da fé que são tesouros inegociáveis da verdade relevada por Deus. A defesa absoluta da mudança, também é ideologia. Apressado modismo, e o fascínio infantil pela novidade. Permanece tão antiga como nova, a máxima do filosofo Aristóteles: “A virtude é o meio”. Evidente, para além da beleza dessa expressão, encontrar a virtude do meio é um processo árduo e doloroso muitas vezes. Mas é o caminho justo, sensato e adequado. A dramaticidade da dita correlação e embate entre conservar e progredir no âmbito eclesial, no que diz respeito às texturas dos valores e das ênfases pastorais, se reveste de um elemento nobre, ao mesmo

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tempo que problemático. Os que lutam por conservar ideias e práticas do passado, os que lutam e defendem para avançar para novas sensibilidades e interpretações, podem fazê-lo em sentidos opostos, mas motivados por um mesmo combustível, a caridade. O filósofo cristão Paul Ricoeur chamou essa realidade de “Ideologia da conciliação a qualquer preço” e a “ideologia do conflito a qualquer preço”, ambas derivadas de uma compreensão equívoca da pregação cristã do amor. Pela “ideologia da conciliação a qualquer preço” nega-se de antemão, e preconceituosamente, qualquer conflito em relação ao progresso, a aprender com o novo a dar respostas atuais aos novos problemas, a buscar a pertinência e permitir que o Espírito Santo ensine coisas novas, as que somos hoje, capazes de compreender, por graça do mesmo Espírito, no contexto da realidade atual e do progresso da humanidade. Pela “ideologia do conflito a qualquer preço”, os ditos progressistas, em nome do que consideram importante como progresso, podem ser displicentes e desatentos aos elementos essenciais e configuradores do cristianismo. Uma frase bíblica, simplifica e

Diretor: Côn. José Luciano Matos Santana Editor: Pe. Thomás Ranieri da Silva Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial: Pe. Marcelo Henrique de Souza, Pe. Julius Rafael Silva de Barros Lima e Valquiria Vieira. Diagramação: Valquíria Vieira Revisão: Ana Regina de Oliveira e Wilse Mara Galvão

ilumina todas essas considerações: “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, irá ensinar-vos todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,16). Fazer aprender e fazer lembrar é uma obra da graça, é atuação do Espírito Santo. Conservar e progredir são obras do mesmo Deus que nos ilumina. Esse caminho de articular permanência e mudança nunca foi fácil na história da Igreja e na sociedade, mas é preciso conceber a equilibrada percepção do que é o amor nesse quesito. O amor cristão não é aquele que evita o conflito a qualquer preço, não é aquele que entra em conflito a qualquer preço, mas nas palavras do pensador cristão, Paul Ricoeur, é aquele que “engendra o conflito”. Engendrar o conflito é encontrar a serenidade no caminhar juntos como Igreja, na comunhão, participação e missão, como propõe o atual sínodo dos bispos. É preciso essa instância de unidade, para que em nome do amor, não nos distanciemos e nos agridamos, nós que somos irmãos. Pe. Thomás Ranieri

Impressão: Katú Editora Gráfica Tiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuita Site: www.diocesedetaubate.org.br email: pastoral@diocesedetaubate.org.br www.facebook.com/diocesedetaubate As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.


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Palavra de nosso Bispo

No Antigo Testamento, para os judeus, o dia consagrado ao Senhor era o sétimo dia da semana, ou seja, o sábado. Com a intenção de dar um significado religioso à semana, que marca o ritmo de nossa vida, o primeiro capítulo do livro do Gênesis, apresentou a obra da criação no período de uma semana. Nos seis primeiros dias Deus realizou a obra da criação e no sétimo “descansou”, após concluir uma obra “muito boa” (cf. Gn.1,31). A intenção era dar uma dimensão religiosa à semana relacionando-a com o trabalho e o repouso de Deus, consagrando assim a atividade humana. No Novo Testamento, com a ressurreição de Cristo no domingo, o primeiro dia da semana, este ficou consagrado como o dia do Senhor. Pela ressurreição de Cristo, nós fomos recriados; recebemos vida nova em Cristo, fomos resgatados do pecado e da morte (cf. 2Cor.5,17). Desde o domingo da ressurreição de Jesus até hoje os que são discípulos do Senhor se reúnem aos domingos para celebrar a Páscoa semanal e os dons da “recriação” e da salvação. Um episódio narrado no evangelho, escrito por João (20,19-31), apresenta o Senhor ressuscitado que se faz presente junto aos discípulos, que estavam reunidos no domingo da ressurreição e também no seguinte. A partir desse texto, vamos destacar e considerar sete motivos

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DOMINGO É NOSSA PÁSCOA SEMANAL que nos revelam o valor e a importância do a vida restaurada, torna-se responsável em domingo para nós cristãos. proteger e promover a vida onde quer que ela se apresente ameaçada. Além disso, também • Segundo o relato bíblico, acima participa da missão de anunciar a Palavra que citado, ao anoitecer daquele primeiro dia da liberta e salva e de conduzir os irmãos a Deus. semana, ou seja, no próprio dia da ressurreição, • Depois, Jesus soprou sobre os Jesus entrou e pôs-se junto dos discípulos que discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo”. estavam reunidos, naquela ocasião. Naquele Isso recorda o sopro de vida do Criador sobre dia Tomé não estava com eles. Oito dias o homem modelado da terra, dando vida ao mais tarde, ou seja, no domingo seguinte, ser terreno (cf. Gn.2,7); assim, o Ressuscitado os discípulos estavam reunidos e Jesus, transmite vida nova aos discípulos que estão novamente, se colocou junto deles. Assim se reunidos em seu nome. Ele os recria! Os que confirmava o que dissera: onde dois ou mais acolhem o Cristo são conduzidos pelo Espírito estiverem reunidos em meu nome eu estarei Santo e destinados à ressurreição e à vida em com eles (cf. Mt.18,20). Desde os primeiros comunhão com Deus, na eternidade. tempos da vida da Igreja, os discípulos de • Jesus diz aos discípulos: “A quem Jesus se reúnem em seu nome. Reunir-se perdoardes os pecados eles lhes serão em comunidade é uma forma de encontrar o perdoados; a quem não os perdoardes eles Senhor que se faz presente, especialmente, lhes serão retidos”. Assim, por mandato do por meio de sua Palavra e da Eucaristia. próprio Jesus e por intermédio daqueles que • Estando com os discípulos, Jesus os Ele enviou, todos poderão receber o perdão e saúda repetidas vezes, dizendo: “A paz esteja viver reconciliados desfrutando da graça e da convosco!” A paz é o dom do Ressuscitado! comunhão com Deus. O Ressuscitado é fonte Por sua morte e ressurreição, Jesus nos de perdão, de vida e de salvação para todos os restaurou e nos resgatou do pecado, que que O buscam e vivem unidos como igreja. desfigura nossas relações com Deus e com o • Por fim, na manifestação do próximo. A paz é a condição do ser humano Ressuscitado aos discípulos reunidos, há a reconciliado com Deus, consigo mesmo, com cura da vacilante fé de Tomé. Aquele que, no os seus semelhantes e com toda a criação. A dia da ressurreição do Senhor, não estava com paz é fruto da condição harmoniosa que brota os discípulos não acreditou no testemunho da relação filial para com Deus, fraterna com dos que tinham encontrado o Ressuscitado. o semelhante e de senhor que cuida da criação, Porém, no domingo seguinte, estando unido à segundo o projeto de Deus. comunidade, a falta de fé lhe foi curada. Vendo, • Depois de desejar-lhes a paz, Jesus ele acreditou. Não simplesmente acreditou mostrou-lhes as mãos e o lado aberto pela no que viu, mas, vendo Jesus ressuscitado lança. Com isso, o Senhor ensina seus professou sua fé proclamando-O como Senhor discípulos que o Ressuscitado é o mesmo que e Deus. Estar unido à comunidade faz superar foi crucificado. Ele até poderia ter ressuscitado a descrença e fortalece a fé. com suas chagas cicatrizadas, mas esse A partir desses elementos destacados sinal foi mantido para animar e ensinar aos do texto de João 20, 19-31 podemos perceber discípulos que os sofrimentos e a morte não os dons do Ressuscitado, comunicados à têm a palavra final da história e que, para comunidade dos discípulos que se reúnem no ressuscitar é necessário enfrentar os desafios domingo, dia de nossa Páscoa semanal. Reflita da vida, mantendo confiança em Deus. sobre isso com alguém de sua família ou com • Jesus disse aos discípulos reunidos: quem ainda não entende e não consagra o Como o Pai me enviou, também eu vos domingo como dia do Senhor. envio. O Ressuscitado faz com que seus discípulos participem da mesma missão que Dom Wilson Angotti o Pai lhe confiou. Portanto, o cristão, tendo Bispo Diocesano


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Diocese em Foco

Na manhã do dia 14 de abril, às 9h, Dom Wilson Angotti, bispo diocesano, presidiu a Missa Crismal na Catedral de São Francisco das Chagas, em Taubaté, com a presença de todo o clero, religiosos, seminaristas e expressiva presença do povo de Deus. Durante a tradicional celebração, também conhecida como Missa dos Santos Óleos, o bispo diocesano, lembrou o tema e o lema da Campanha da Fraternidade

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Missa do Crisma reúne clero da Diocese de Taubaté 2022: Fraternidade e Educação - “Fala com Sabedoria, ensina com amor” (Pr 31, 36), e destacou em sua homilia o ministério de ensinar do sacerdote, a partir do exemplo de Jesus, afirmando: “Recordemos que todos nós, sacerdotes, fomos ungidos e enviados para ensinar os pobres. Anunciar e ensinar destacam-se na atividade de Jesus. Quantas vezes nas Escrituras nós podemos perceber que Jesus ensinava os seus discípulos? Jesus ensinava a multidão, Jesus contava parábolas para a multidão e para os discípulos, depois em particular, ele os ensinava, explicava-lhes o sentido das parábolas.” Dom Wilson falou também sobre a necessidade de criar oportunidades de ensinar e anunciar a Palavra de Deus. “A fé e a Igreja de Jesus Cristo nascem e se alimentam da Palavra de Deus. É a Palavra que suscita a fé, Palavra que entra pelo ouvido e gera a fé no coração. A fé e a Igreja são alimentadas pela Palavra de Deus, portanto, não podemos perder oportunidades, antes, criar oportunidades para anunciar a Palavra, uma Palavra que ensina, que orienta”, enfatizou. Ao exemplificar essas possibilidades, citou a importância e oportunidade de exercer esse ministério na catequese, uma das prioridades pastorais da Diocese de Taubaté: “Não perder as oportunidades de anunciar e ensinar pela catequese. Destaco aqui a boa repercussão da experiência do ano

Da Redação passado, dos padres dando catequese, que continuem na nossa missão primeira, ensinar; é para isso que nós fomos enviados.” A missa do Crisma, na Quinta-feira Santa, recorda também a instituição do sacerdócio e, por isso, todo o clero reunido junto ao bispo diocesano realizou a renovação das promessas sacerdotais. Na rica e significativa celebração eucarística, por fim, Dom Wilson abençoou os Óleos dos Enfermos, Catecúmenos e consagrou o Óleo do Crisma. Os Óleos, logo após a celebração, foram entregues aos párocos para serem usados nas paróquias e comunidades, durante todo o ano. Ao final da celebração, Dom Wilson pediu aos padres que fizessem chegar aos paroquianos sua mensagem de Feliz Páscoa. E, após a bênção final da celebração, o bispo cumprimentou individualmente cada padre e diácono presente na celebração. Fotos: Mário Celso dos Santos

Paróquias celebram a Festa da Misericórdia

Da Redação Oliveira, falou durante a homilia de viver as experiências da misericórdia a partir do encontro com Jesus. “Jesus é o rosto da misericórdia, em Jesus, Deus se revelou misericordioso, perdoando as nossas faltas, curando as nossas feridas, nos devolvendo a vida de filhos, a vida eterna. Jesus é o rosto encarnado da misericórdia, Jesus teve um corpo, teve feridas, para nos dizer que ninguém vai passar por este mundo sem trazer em seu corpo as marcas da dor, da ferida e do sofrimento, mas ali é lugar de encontro com Jesus, as feridas, as misérias são espaços para fazer a experiência da misericórdia. Deus nos ajude a sermos misericordiosos”, falou.

A festa da Divina Misericórdia foi instituída no ano de 2000 pelo Papa João Paulo II para toda a Igreja e desde então, o segundo domingo da Páscoa passou a ser o “Domingo da Divina Misericórdia”. Em 2022, paróquias da Diocese de Taubaté celebraram com festa este dia. No presente ano, a paróquia São Sebastião, em Taubaté, promoveu a referida celebração com uma grande festa na qual houve a oração do terço, louvor, pregação, bênção e entronização dos quadros da Divina Misericórdia e culminando com a Santa Missa. A festa contou com a presença do Ministério Canthares e do cantor André Leite. Os fiéis levaram, em número expressivo, suas imagens de Jesus Misericordioso descrito por Santa Faustina para serem abençoadas. A

festa da Misericórdia apresentou o tema “A humanidade não encontrará paz, enquanto não se voltar com confiança para a Minha misericórdia”, trecho do diário da Santa. A Paróquia Sant’Ana, em Pindamonhangaba, também celebrou a festa da Misericórdia com uma preparação de nove dias, sendo que no domingo, dia 24 de abril, a missa das 19h30 contou com a participação da cantora católica Eliana Ribeiro. A Paróquia São João Paulo II, em Taubaté, também celebrou a Divina Misericórdia, com a participação do povo no tríduo preparatório e no domingo da solene festa. Os fiéis celebraram também a Divina Misericórdia na paróquia São Miguel Arcanjo, em Pindamonhangaba, ocasião em que o pároco, padre Cipriano Alexandre de

Foto: Pascom - Paróquia São Miguel Arcanjo

Ainda em Pindamonhangaba, a festa da misericórdia também foi celebrada na paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, nas comunidades Imaculada Conceição, São Geraldo Magela e na matriz. O objetivo das celebrações era levar essa devoção aos fiéis.


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Diocese em Foco No dia 24 de abril, festa da Divina Misericórdia, o Setor Juventude promoveu a Jornada Diocesana para a Juventude. Com a retomada gradual das atividades – que ficaram suspensas durante dois anos por conta da pandemia - o evento contou com a presença de mais de quatrocentos jovens das cidades que compõem o território diocesano, representantes dos diversos movimentos e expressões juvenis e grupos paroquiais, além de seminaristas e padres. A Jornada Diocesana da Juventude tem caráter peregrino e espiritual e busca ajudar a juventude a crescer na fé do ressuscitado, unidade e na missão. O objetivo é viver a nível diocesano aquilo que os jovens do mundo todo vivem nas Jornadas Mundiais da Juventude, sempre convocadas pelo Santo Padre. O evento teve início às quatorze horas no Convento Santa Clara, em Taubaté. Animados por cantos e preces os jovens foram acolhidos e passaram a integrar uma verdadeira fraternidade. Era por volta quatorze e trinta quando todos eles seguiram em alegre caminhada pelas ruas do centro da cidade

5 Jornada Diocesana da Juventude reúne centenas de jovens em Taubaté Maio 2022

Da Redação

dirigindo-se até a Catedral e conduzindo, à frente, a cruz missionária. Logo que chegaram na Catedral, local que sediou todo o restante do evento, os jovens foram acolhidos por Dom Wilson, nosso bispo diocesano. Em suas palavras, Dom Wilson incentivou os jovens a manterem despertos a alegria e o espírito missionário para anunciarem ao mundo a ressurreição do Senhor, sobretudo àqueles que por algum motivo se afastaram do convívio da comunidade, a que os presentes responderam com uma calorosa salva de palmas. Além desse primeiro momento inicial, os jovens rezaram juntos o Terço da Divina Misericórdia e tiveram a oportunidade de ouvir também algumas palavras de incentivo do assessor diocesano para a juventude, padre Junior Rangel, recém nomeado para o

ofício. A jornada se encerrou com a Adoração ao Santíssimo Sacramento e a Santa Missa Solene, ambas presididas pelo assessor para a juventude. Todos esses momentos foram, sem dúvidas, uma boa oportunidade para que os jovens reencontrassem o ânimo espiritual e se animassem mutuamente na missão do anúncio do evangelho a tantos que a ainda não o conhecem. Em nome do núcleo de coordenação do Setor Juventude manifestamos nossa gratidão a todos os que colaboraram para a realização do evento e rogamos que sobre todos venham as bençãos do Senhor Ressuscitado. Reiteramos que o próximo evento a ser realizado pelo Setor Juventude será a Formação Diocesana, que em breve será divulgada em detalhes.

Seminarista Marciano é instituído Acólito por Dom Wilson Angotti

O seminarista da Diocese de Taubaté Marciano Inácio Batista vivenciou mais um dia importante e significativo em seu itinerário de discernimento e resposta vocacional no dia 22 de abril, em sua cidade natal, Santo Antonio do Pinhal. Na celebração eucarística, presidida pelo Bispo Diocesano Dom Wilson Angotti, e concelebrada pelo pároco da paróquia

Santo Antônio, Pe. Luis Lobato dos Santos, e outros sacerdotes, o seminarista Marciano foi instituído acólito. A celebração teve seu início às 19h30, e contou ainda com a presença de familiares, amigos e paroquianos locais, além dos demais seminaristas da Diocese de Taubaté. A partir do rito de instituição dos acólitos do Pontifical Romano, o bispo diocesano conscientiza das atribuições próprias do ministério do acolitato, quando após a homilia da celebração expressa as palavras do ritual: “[...]participareis de modo especial do ministério da Igreja, que tem por ápice e fonte a Eucaristia, pela qual se edifica e cresce o povo de Deus. Hoje vos é confiada a missão de auxiliar os presbíteros e diáconos no desempenho de suas funções, e também a de distribuir a sagrada Comunhão aos fiéis, mesmo enfermos, como ministros extraordinários” (Pontifical Romano).

Da Redação O ministério do acolitato é o último passo ministerial preparatório às ordens sacras, precedendo o primeiro grau da ordem, o diaconato. Através do exercício desse ministério, o vocacionado ao clero se aproxima ainda mais dos ofícios do altar, colaborando com os ministros ordenados nas celebrações eucarísticas.


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Destaque

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Diretrizes Diocesanas de Pastoral são prorrogadas até 2027

Por Valquíria Vieira

As Diretrizes Diocesanas de Pastoral, aprovadas na Assembleia de 2019 com vigência até 2023, foram prorrogadas até 2027. Após consulta ao clero, representantes dos CPP’s (Conselhos Paroquiais de Pastoral), das 49 paróquias, em Assembleia Diocesana Pré-sinodal, ocorrida no dia 02 de abril de 2022, juntamente com o bispo diocesano, Dom Wilson Angotti, foi concluído que devido à situação da pandemia da Covid-19, o necessário isolamento social da ocasião e a suspensão de muitos trabalhos pastorais, não foi possível colocar em prática, satisfatoriamente, os Planos Pastorais, a partir das Diretrizes Diocesanas. Sendo assim, ficou estabelecido o adiamento da próxima Assembleia para daqui a 4 anos, conservando as Prioridades Diocesanas: Família, Juventude e Catequese, para a elaboração e definição de Projetos Pastorais até 2027. O coordenador diocesano de pastoral, cônego José Luciano Matos Santana, explicou que a motivação para a prorrogação das

Diretrizes é uma decisão prática, pois ainda não foi possível cumprir os planejamentos pastorais paroquiais dos anos de 2020 e 2021 de modo satisfatório. “Considerando a paralização de muitos trabalhos diante da situação da pandemia (2020), a proximidade do Jubileu em 2025 anunciado pelo Papa Francisco, a atualidade das nossas Diretrizes Pastorais e permanecendo numa linha de continuidade da ação evangelizadora em nossa Diocese, discernimos pela prorrogação”, explicou. Todos os anos, as paróquias elaboram um Plano Pastoral atendendo às Diretrizes Diocesanas, retomando as atividades que cada paróquia deverá realizar. Neste o ano, como Projeto Pastoral, foi realizado ao menos um encontro para casais e outro para jovens. A Diocese prioriza as famílias e o fortalecimento da experiência cristã, especialmente pela leitura orante da Palavra de Deus, como instrumento de transmissão da fé. Para a juventude, a Diocese pede que as paróquias

ofereçam meios para o aprofundamento da fé cristã e engajamento dos jovens. Por fim, a permanente missão evangelizadora da formação e catequese é um trabalho contínuo e de especial atenção da diocese, para propiciar constância na vida do cristão. De acordo com o Cônego Luciano, os Planos Pastorais Paroquiais poderão continuar o que ficou paralisado em 2020, por causa da pandemia. “Com a prorrogação das Diretrizes até 2027, teremos a oportunidade de fortalecer as prioridades já definidas e que atendem urgências evangelizadoras do nosso tempo: família, juventude e catequese/ formação”, concluiu padre Luciano. O documento das Diretrizes Diocesanas é fruto de um longo processo de escuta que expressa a unidade da Igreja Diocesana, elaborado após consulta à inúmeros fiéis nas paróquias e ao clero, concretizando a comunhão eclesial na diversidade de carismas, dons, ministérios e serviços. Conheça cada diretriz das prioridades pastorais


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Igreja no Brasil

7 BISPOS DIVULGAM MENSAGEM AO POVO BRASILEIRO Maio 2022

A 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que ocorreu de 25 a 29 de abril de forma online, aprovou a tradicional Mensagem ao Povo Brasileiro. Sob o tema “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), a mensagem aborda a solidariedade do povo no tempo da pandemia,

Fonte: CNBB a preocupação com a situação da fome, desemprego e a exploração do meio ambiente. A carta aborda ainda o processo eleitoral deste ano e reforça a responsabilidade de toda a sociedade na escolha candidatos e candidatas comprometidos com a defesa integral da vida. Confira a Mensagem ao Povo Brasileiro:


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Pela fé dos jovens: uma nova comunicação da fé

Intenções do Papa O Papa Francisco nos pede que “rezemos para que os jovens, chamados a uma vida em plenitude, descubram em Maria o estilo de vida da escuta, a profundidade do discernimento, a coragem da fé e a dedicação ao serviço”. Onde estão os jovens? É uma interrogação comum nas paróquias católicas do mundo todo. Muitas vezes se fala da incredulidade dos jovens, principalmente daqueles que se tornaram jovens na passagem do século XX para o século XXI. Porém a escuta das gerações jovens diz outra coisa: revela uma sensibilidade religiosa que não se extinguiu e que se exprime através de formas diferentes do passado que se tornam irreconhecíveis para quem cresceu e viveu numa tradição católica: incerta, confusa, solitária, e no entanto profunda e sensível. Percebemos emergir um mundo jovem suspenso entre passado e futuro; nele permanecem alguns poucos hábitos, pensamentos e comportamentos adquiridos da antiga religiosidade, mas onde surgem desejos, procuras e exigências inéditas que lutam por se exprimir de forma adulta e encontrar na comunidade cristã espaços e palavras para se conectarem à tradição e evoluir para modelos de vida cristã novos e amadurecidos. Muitos jovens já não frequentam a Igreja, mas Deus não desapareceu do seu horizonte existencial. É este o ponto de apoio para uma nova comunicação da fé, como processo interior do qual os jovens possam encontrar ajudas, instrumentos, diálogos para conduzir de maneira positiva a própria busca. E a comunidade cristã pode encontrar neles energia, questões de vida, provocações para inovar a forma de crer, acompanhando os tempos. Podemos usar a seguinte imagem para entender a condição religiosa dos jovens: a da brasa que jaz sob a cinza. Quem olha distraidamente, vê só a cinza; quem sabe ir mais além dá-se conta de uma vida possível , de trazer a descoberto. Quem saberá soprar sobre a cinza e tornar a brasa novamente capaz de arder e produzir luz e calor? Este é o desafio para a Igreja e para toda a geração adulta quem tem no coração os jovens e o futuro da fé na sociedade. Muitas vezes a ausência sentida de jovens na Igreja tem menos a ver com ausência de crença e mais no fato de os mais novos quererem uma Igreja em que possam acreditar.

Professor José Pereira da Silva

É necessário criar novos programas ou maneiras de atrair os jovens, os responsáveis eclesiais também precisam responder a algumas das preocupações mais profundas. O futuro exige da Igreja em relação aos jovens mais do que um discurso teologicamente certo, mas sim um novo dinamismo. As novas gerações pedem à Igreja uma explosão de um amor genuíno e verdadeiro que dê sentido ao viver. A dificuldade que os jovens sentem de entender a Igreja, e desta os compreender, tem sido um dos motivos mais apontados para o afastamento da juventude das propostas católicas. A linguagem que os jovens entendem é a linguagem daqueles que dão a vida, de quem está ali por eles e para eles, ajudando-os a viverem a fé com coerência. É preciso se libertar de esquemas que já não são eficazes porque não entram em diálogo com a cultura atual dos jovens. Os jovens precisam ser acolhidos cordialmente, nos momentos de sofrimento ou de tédio, como também aqueles das alegrias. Os jovens precisam descobrir ou redescobrir a vida cristã e eclesial através do serviço. O crescimento e abertura ao dom divino da fé e da caridade é o serviço. Os jovens não pedem para ser dirigidos e não querem imposições, mas estão prontos a caminhar juntamente com quem caminhou à sua frente e se deixa acompanhar por eles. A espiritualidade dos jovens é marcada pela diversidade de tempos e de modos na sua experiência. A espiritualidade dos jovens

é multiforme, não codificada, não contra a religião, mas pós religião. Jovens que procuram uma espiritualidade muito personalizada, cuja característica principal é favorecer a relação consigo próprio e a própria interioridade. Os jovens estão abertos à espiritualidade e é ligada à sua própria biografia. Uma espiritualidade ligada à vida. Uma espiritualidade que encontre novos canais de expressão. Isto exige tempo e confiança. A igreja tem o desafio em tornar novamente fascinante o encontro com o Deus de Jesus Cristo, Ele que é mais interior do que a própria interioridade. A fé não é um conjunto de conteúdos, é liame de amor e filiação. Ajudar os jovens a renovarem e aprofundarem a experiência pessoal do amor de Deus e de Jesus Cristo. O Espírito Santo está talvez traçando novos caminhos na relação da Igreja com os jovens, caminho sempre a trilhar com audácia. A Igreja jamais pode desistir dos jovens pois não pode desistir do presente e do futuro, sempre com esperança. Buscar sempre caminhos de integração. Não é só a Igreja e a sociedade que estão em causa: é a dignidade e possibilidade de sentido e felicidade de cada irrepetível ser humano. Certa vez o Papa Francisco disse: “A Igreja precisa ainda de mais primavera, e a primavera é a estação dos jovens”. É preciso reconstruir uma relação baseada na proximidade e na gratuidade da escuta, dedicando mais tempo ao encontro com os jovens.

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Tema Pastoral

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O Tempo Pascal e seus aspectos da Sinodalidade

Foto: Pascom - Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso

Como Diocese de Taubaté, celebramos no início de abril, a conclusão da fase diocesana do Sínodo dos Bispos. Num momento de encontro, convivência, oração e reflexão, acolhemos e ouvimos tudo aquilo que veio das nossas comunidades eclesiais, despertados pela ação do Espírito Santo. Primeiramente, não podemos pensar que nossa responsabilidade terminou, é preciso continuar caminhando juntos para a edificação do Reino, como rezamos na conclusão da Prece Eucarística V: “e a nós, que agora estamos reunidos e somos povo santo e pecador, dai força para construirmos juntos o vosso reino que também é nosso”. A vivência do tempo pascal, constrói na “comunidade do Ressuscitado”, os elementos básicos para a continuidade da atividade missionária. Acompanhar a liturgia diariamente e dominicalmente, neste tempo, é degustar de uma narrativa que suscita entusiasmo, esperança e renova nossas forças, diante de tantos desafios eclesiais, sociais, profissionais e pessoais. O tempo pascal, suscita a “alegria da Ressurreição”, e ensina-nos a ver os sinais de vida nova na família de batizados, que somos cada um de nós. À luz das inspirações pascais, embarcamos no espírito sinodal, do caminhar juntos, com o Crucificado-Ressuscitado e como Igreja Povo de Deus. Caminhar juntos, é o princípio da sinodalidade. Entre os objetivos deste acontecimento eclesial, que vem sendo construído desde o ano passado e o seguirá até 2023, está a importância da escuta, para tal a “sinodalidade é muito mais do que a celebração de encontros eclesiais e assembleias de Bispos, ou uma questão de simples administração interna da Igreja; ela «indica o específico modus vivendi et operandi da Igreja, o Povo de Deus, que manifesta e realiza concretamente o ser comunhão no caminhar juntos, no reunir-se em assembleia e no participar ativamente de todos os seus membros na sua missão evangelizadora” (Documento Preparatório do Sínodo). Na dinâmica litúrgica do tempo pascal, podemos encontrar elementos que despertam em nós o desejo de “caminhar juntos”. Destacamos a dinâmica das aparições do Ressuscitado, onde manifesta-se a um grupo de mulheres (1º domingo da Páscoa), aos apóstolos reunidos no cenáculo (2º domingo da Páscoa), ao grupo de pescadores (3º domingo da Páscoa), na imagem do Bom Pastor (4º domingo da Páscoa), na orientação aos discípulos de que serão reconhecidos pelo amor (5º domingo da Páscoa) e pelo acolhimento da Palavra, preparando-os para acolher o Espírito Santo (6º domingo da Páscoa), vivenciando o sentido do testemunho (Ascensão), para abrir o coração e a vida para acolher os dons (Pentecostes). O tempo pascal é celebrado como um único dia, desde o Domingo de Páscoa até Pentecostes. A vivência deste período prepara-nos para acolher a presença do Espírito Santo, ou seja, Aquele que conduz à vida da Igreja, ilumina os passos e aquece os corações. Viver este tempo litúrgico é encontrar os sinais da sinodalidade suscitados pelo Espírito Santo, ou seja, sem Ele, não caminharemos juntos, a comunhão será uma fábula, a participação, uma mera quantificação e a missão, um

Pe. Kleber Rodrigues da Silva fracasso. Lembremo-nos: “a liturgia é essencialmente manifestação do Espírito de Cristo glorificado”. O tempo pascal tem essencialmente uma dinâmica batismal, tanto no caminho mistagógico que se abre para os batizados na Vigília Pascal, como para todo o corpo eclesial. A sinodalidade é também envolvida da consciência do dom e da tarefa, que recebemos no nosso batismo. Caminhar juntos, é responder a identidade cristã, como membro ativo e efetivo da comunidade, oferecendo os dons, os ministérios e os carismas para o pleno cumprimento da atividade missionária. A sinodalidade é perceptível, na medida em que ouvimos a Sagrada Escritura, de modo particular os textos dos Atos dos Apóstolos e do Apocalipse de São João. “No primeiro milénio, ‘caminhar juntos’, ou seja, praticar a sinodalidade, era a maneira habitual de proceder da Igreja, entendida como ‘Povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo’” (Documento Preparatório do Sínodo). Ouvir a evolução das primeiras comunidades cristãs, com a dinâmica do anúncio, do serviço, do celebrar, do testemunho e do martírio, é entender basicamente o que significou para eles, construir comunhão, participação e missão. Além do que, este itinerário, relavado também pelos relatos apocalípticos, ajuda-nos a celebrar toda a dinâmica da esperança, da confiança e do pleno cumprimento na festa da eternidade, quando então veremos a “cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino [...]. A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Não vi templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois, a glória de Deus é a sua luz e a sua lâmpada é o Cordeiro” (Apocalipse 21,10-11.14.22-23). Que o tempo pascal, ajude-nos a continuar vivenciando e testemunhando o espírito sinodal.


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Entrevista

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Pe. Rodrigo Natal: um sacerdote devotado à Divina Misericórdia

No dia 24 de abril, Segundo Domingo da Páscoa, foi celebrado o Domingo da Divina Misericórdia, celebração instituída pelo papa São João Paulo II no ano 2000, por ocasião da canonização da santa polonesa Faustina Kowalska, cujo diário narra as suas visões espirituais de Jesus Misericordioso. Pe. Rodrigo, 43, pároco da Paróquia São Sebastião, em Taubaté, se tornou, no Brasil, um dos principais propagadores da devoção à Divina Misericórdia. Aos 17 anos de sacerdócio, completados neste mês de maio, ele fala do significado e importância dessa devoção para a Igreja. O LÁBARO: O senhor se tornou um grande divulgador da devoção à Santa Faustina e da espiritualidade da Divina Misericórdia. De onde veio o interesse e como começou esse trabalho? Pe. Rodrigo: Costumo dizer que a Divina Misericórdia me escolheu. Em 2004, fui nomeado diretor geral da Rádio Cultura, emissora que pertencia à nossa Diocese. Quando soube da necessidade de algum locutor assumir a recitação do Terço da Misericórdia na grade de programação, eu atendi prontamente, pois a rádio estava se estruturando e era importante ter toda a programação preenchida. Desde o início, consegui perceber o quanto a espiritualidade da Misericórdia é uma profunda e preciosa ajuda para a nossa alma; para nossa vida que tantas vezes se depara com as fraquezas humanas, limites e pecados pessoais e sociais; e para ecoar o amor, o perdão e a fraternidade. Tivemos também a inspiração das Semanas da Misericórdia, quando percorri a Diocese, visitando as paróquias, sempre com expressiva participação dos fiéis, de onde eram transmitidos o momento oracional e a Santa Missa. A partir dessas experiências, escrevi livros sobre a espiritualidade, compus e gravei canções com este tema e tenho o apostolado com mensagens de Misericórdia, na Paróquia São Sebastião, em Taubaté, onde atuo como pároco, e também nas redes sociais e missões pelo Brasil. O LÁBARO: Santa Faustina Kowalska é uma jovem santa polonesa que viveu no Séc. XX, e foi canonizada pelo papa São João Paulo II no ano 2000, portanto, uma santa do nosso tempo. O que ela tem a nos ensinar e que aspectos de sua vida mais lhe chama à atenção? Pe. Rodrigo: Creio que encontro nas palavras do próprio papa São João Paulo II, por ocasião da Canonização de Santa Faustina, o ensinamento mais claro e perfeito. Ele escreveu: “Escondida no convento em Cracóvia, [Santa Faustina] fez da sua existência um cântico à misericórdia”. E ele expõe o seu desejo: “A sua mensagem de luz e de esperança se difunda no mundo inteiro, leve à conversão aos pecadores, amenize as rivalidades e os ódios, abra os homens e as nações à prática da fraternidade. Hoje, ao fixarmos com ela o olhar no rosto de Cristo ressuscitado, fazemos nossa a súplica de confiante abandono e dizemos com firme esperança: Jesus, eu confio em Vós!” (Homilia 30/04/2000). O LÁBARO: Uma das marcas dessa devoção é o Terço da Misericórdia, rezado atualmente por muitas pessoas que o acompanha diariamente pelas redes sociais. Por que rezar o Terço da Misericórdia? Pe. Rodrigo: Por vários motivos: 1- Jesus nos pede, em diversos diálogos com Santa Faustina Jesus apareceu à Santa Faustina e lhe pediu para divulgar a misericórdia divina através de três meios: a imagem com a inscrição “Jesus, eu confio em Vós”, a festa da Divina Misericórdia, a oração que ele a ditou: “O Terço da Divina Misericórdia”.

Pe. Jaime Lemes, msj 2- Os papas São João Paulo II e Francisco o recomendam. Fazendo da Divina Misericórdia o tema do seu papado, São João Paulo II trabalhou incansavelmente para ajudar a cumprir a missão que Jesus deu à Santa Faustina quando lhe disse para levar sua mensagem para toda a humanidade. Em 2013, o Papa Francisco mandou distribuir aos fiéis da Praça de São Pedro o “Misericordina”, o remédio da misericórdia: uma caixinha com a imagem do Senhor da Divina Misericórdia, a explicação do Terço da Divina Misericórdia e um terço para rezá-lo. 3- Recebemos grandes graças Jesus disse à Santa Faustina: “Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte. Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia” (D. 687). O LÁBARO: : No segundo domingo da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia. Qual a importância dessa celebração? Pe. Rodrigo: A Santa Faustina, em seu Diário, descreveu que o próprio Jesus deseja que a Festa da Misericórdia seja celebrada no segundo domingo da Páscoa e introduzida no Calendário da Igreja: “Eu desejo que haja a festa da misericórdia no primeiro domingo depois da páscoa, esse domingo deve ser a festa da misericórdia” (D. 49). Esse dia deve ser uma oportunidade para todas as pessoas chegarem mais perto da fonte de perdão e de bondade do Senhor, que disse: “Na minha festa, na Festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte da Minha Misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei”(D. 206).

O LÁBARO: Em que medida a prática devocional pode ser um caminho de evangelização? Que lugar essa prática ocupa na vida do povo católico, especialmente na diocese de Taubaté? Pe. Rodrigo: O desafio hoje é resgatar o valor, a beleza e a importância da verdadeira devoção popular na pastoral de conjunto da Igreja. A piedade é como um eixo motivacional para o crescimento da fé que conduz o cristão a adentrar o mistério pascal e a assumir o papel de protagonista da evangelização. O mundo nos provoca a evangelizar de modo novo e criativo. As exigências do tempo presente fazem amadurecer a certeza de que a evangelização no mundo moderno exige linguagem, métodos e técnicas diferentes. Nossa responsabilidade na obra evangelizadora aumenta ainda mais. O Papa João Paulo II nos legou a síntese do seu magistério: “O culto da Divina Misericórdia não é uma devoção secundária, mas dimensão integrante da fé e da oração do cristão”. Aqui, em nossa Igreja Particular, nossa diocese, a prática dessa espiritualidade não poderia ser alheia à forte expressão que tem ecoado na universalidade da Igreja. Podemos contemplar muitos e riquíssimos frutos espirituais de seus devotos, como a busca pela Confissão sacramental e pela Comunhão Eucarística. O LÁBARO: Como o senhor descreveria todo esse tempo de vivência devocional e como ela tem contribuído para o exercício de seu ministério? Pe. Rodrigo: Existe uma certeza: se confiamos em Deus, Ele se encarrega de dirigir a nossa vida, mesmo quando há sinal de morte. Não tem sido diferente comigo, simplesmente porque sou Sacerdote, pelo contrário, tenho uma busca constante de conversão e, como não contar com a Divina Misericórdia? Resumo a minha resposta, consciente de que se eu experimento a Misericórdia, tanto preciso ajudar a outros a fazê-lo também. – Isso tudo pra mim é claramente Misericórdia!


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Espiritualidade

Durante o tempo da quaresma é muito comum se falar de penitências, sacrifícios, jejuns. Há quem leve essas práticas bastante a sério e realmente vai crescendo na virtude e há aqueles que gostam de tocar trombeta nas esquinas, como os fariseus, contando seus feitos de Hércules para ganhar aplausos dos outros. De todo modo, penitenciar-se está na pauta da fé ao menos uma vez por ano, durante cerca de quarenta dias. O que agrada a Deus, todavia, não é o sacrifício em si, mas os frutos que dele derivam. Deus não ama o sofrimento, mas a vida nova que brota da vitória sobre o

Campanha A Missão da Igreja é Evangelizar e com esse objetivo a Diocese de Taubaté conta com duas casas que já acolheram muitos encontros, formações e momentos de oração. Com o passar do tempo, pelo desgaste comum do uso e por necessidade de oferecer locais adequados que acolham esses encontros eclesiais com certo conforto e dignidade, a Diocese de Taubaté lançou uma Campanha em prol da reforma das duas conhecidas casas, a do Shalom e a de Cursilhos. A Campanha de arrecadação de fundos para as respectivas reformas é organizada pelo bispo Diocesano, Dom Wilson Angotti junto aos grupos eclesiais de Catequistas, Setor Juventude, Cursilho de Cristandade, Shalom, Aldeias de Vida, Equipes de Nossa Senhora, Equipes de Casais com Cristo, Pastoral Familiar, Renovação Carismática e RHC.

11 Inversão penitencial: o caminho da Páscoa Maio 2022

Pe. Marcelo Henrique, reitor do Seminário (filosofia) mais recentes, de “inversão penitencial”. Consiste em lutar pela alegria, em encontrar caminhos para cultivá-la, em alimentar o canto das criaturas no mais profundo do coração humano. Curioso como é sempre mais fácil fazer sacrifícios que fecham a cara do que caminhar na direção de um sorriso mais largo e de um serviço mais gratuito. Em certa medida, quem se penitencia pode ficar fechado em si mesmo, na sua dor, na sua autocomplacência, enquanto quem busca a alegria se vê forçado a sair de si. Não se vive alegre e fechado em si mesmo por muito tempo, pois essa alegria individualista desmorona diante da primeira pessoa com que se entra em contato. A alegria do Evangelho é transbordante e atinge as pessoas ao redor! Para ser prático, poder-se-ia seguir algum dos seguintes exercícios pascais. 1. Evitar murmurações; 2. Na oração, cantar louvores a Deus, dar-lhe glórias; 3. Ao fim do dia, fazer uma retomada do que se viveu pecado e a morte. e elevar ação de graças por tudo o que Deus Para isso, os cristãos têm o tempo tem permitido e concedido; 4. Investigar, na da páscoa como hora de colheita de tudo o oração, na confissão, na escrita de um diário que foi plantado na semeadura quaresmal. espiritual, as causas mais profundas das Mais: a própria páscoa é um convite a novos tristezas frequentes; 5. Fazer o propósito de exercícios, mas não de penitência e, sim, ser causa de alegria nos ambientes em que se de alegria. Deveríamos falar de “exercícios vive. pascais” com a mesma naturalidade com Esses são apenas alguns exemplos, que dizemos “exercícios quaresmais”. No mas cada pessoa poderá encontrar o seu caso pascal, a busca não seria vencer-se, mas caminho concreto para viver mais a alegria alegrar-se! pascal. Como se canta na vigília pascal, “eis a Essa lógica da festa, do júbilo, do Luz de Cristo! Graças a Deus!”. louvor pode ser chamada, com alguns teólogos

Diocese de Taubaté lança campanha para reformas das casas Shalom e de Cursilhos Para a primeira etapa da Campanha, os grupos eclesiais já estão cadastrando colaboradores que farão suas doações através de 06 boletos com valor fixo (R$30, R$50 ou R$100.) As casas Shalom e de Cursilhos são parte da história de muitas pessoas que, em oportunidades especiais, vivenciaram momentos de retiro, oração e encontro com Cristo. As reformas e adaptações vêm para atender às atuais urgências da Evangelização. Por conta da referida necessidade pastoral, a obra da Casa Shalom já está em andamento, com projeto de reforma e ampliação. A Casa de Cursilhos que recentemente recebeu intervenções de urgência será o próximo projeto de recuperação. A intenção é que esses espaços de Evangelização atendam melhor aos encontros eclesiais; por isso cada colaboração é importante.

Da Redação Cada doador que quitar os seis boletos desta primeira etapa da Campanha irá concorrer a um sorteio de prêmios. Para aderir à Campanha basta entrar em contato com um membro dos grupos eclesiais organizadores. Mais informações pelo e-mail pastoral@diocesedetaubate.org.br Grupos Eclesiais que participam da organização da Campanha: Catequistas, Setor Juventude, Cursilho de Cristandade, Shalom, Aldeias de Vida, Equipes de Nossa Senhora, Equipes de Casais com Cristo, Pastoral Familiar, Renovação Carismática e RHC. A colaboração de todos é essencial para a realização das reformas. “Quem ajuda a evangelização recebe recompensa de evangelizador” (cf. Mt.10,41). Faça parte desta obra evangelizadora.


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Páscoa do Senhor

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Retomada das celebrações com a presença de fiéis marcam a festa da Páscoa na Diocese

Benção do Fogo Novo presidida por Dom Wilson na Catedral de São Francisco das Chagas. Foto: Pascom Catedral.

Sábado Santo: batismo do catecúmeno durante Celebração da Vigília Pascal na Paróquia Nossa a clebração da Vigília Pascal na Catedral de São Senhora D’Ajuda, matriz de São João Batista de Caçapava. Foto: Pascom N.S. D’Ajuda. Francisco das Chagas. Foto: Pascom Catedral.

Domingo de Páscoa na comunidade São Roque da Paróquia São Luís de Tolosa em São Luiz do Paraitinga. Foto: Pascom Sao Luís de Tolosa.

Domingo de Páscoa na comunidade São Roque da Paróquia São Luís de Tolosa em São Luiz do Paraitinga. Foto: Pascom Sao Luís de Tolosa.

Vigília Pascal: músicos da paróquia N.S. Aparecida em Taubaté com o pároco Côn. Paulo César. Foto: Pascom N.S. Aparecida.

Procissão da Ressureição: Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Quiririm/Taubaté. Foto: Pascom N.S. da Conceição.

Vigilia Pascal na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Quiririm/Taubaté. Foto: Pascom N.S. da Conceição.

Celebração da Vigília Pascal na Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso em Pindamonhangaba. Foto: Pascom N.S. do Bom Sucesso.

Benção do Fogo Novo na Paróquia São João Bosco em Taubaté. Foto: Pascom S. João Bosco.

Benção do Fogo Novo na Paróquia N.S. da Natividade em Natividade da Serra. Foto: Pascom N.S. da Natividade.

Celebração da Vigilia Pascal na Paróquia N.S. da Natividade em Natividade da Serra. Foto: Pascom N.S. da Natividade.

Atos da Cúria

Foram 26 os documentos expedidos pela Cúria Diocesana no período de 11 de abril a 12 de maio de 2022. Dentre estes se destacam:

• Anuência ao CAEP: Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança. • Anuência ao Revmo. Frei Bruno Luís de Melo Pereira como Assistente Eclesiástico da Comunidade Aliança Jesus Agora (CAJA). • Concessão do Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) – Paróquia N. Sra. de Fátima de Pindamonhangaba. • Autorização para reformas na Capela São Pedro de Catuçaba Paróquia São Luís de Tolosa.

• Decreto de Nomeação do Revmo. Pe. Leonardo Feliciano, sjc, Vigário Paroquial da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Campos do Jordão. • Decreto de Nomeação do Revmo. Pe. Leandro Calazans de Oliveira, sjc, Vigário Paroquial da Paróquia N. Sra. da Conceição do Quiririm. • Provisão de Pároco da Paróquia N. Sra. da Conceição do Quiririm ao Revmo. Pe. Júlio Cesar de Melo Almo, sjc. • Anuência ao CAEP: Paróquia São Pio X. • Autorização para a Paróquia São Pio X realizar Quermesse no espaço denominado “Campo do Padre”.


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