Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Julho de 2020

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O LÁBARO Diocese de Taubaté - SP

Distribuição Gratuita

Desde 1910 - Edição nº 2.190 - Julho 2020

O Festival Sacrum Mídia de Música - Música e união! -

Julho é o mês do frio e, com ele, vem muita coisa boa: pipoca, chocolate quente, vinho e muita música. Os festivais de inverno já são esperados por muitos. De fato, é uma delícia juntar passeio, boa companhia, comida boa e música para o coração. Este ano, porém, impossibilitou os

festivais de acontecerem presencialmente. A Paraíba e ao mundo. internet estava aí, contudo, para salvar o evento. Confira, nesta edição, um relato sobre Em Taubaté, diversos artistas foram reunidos essa experiência nascida da necessidade dos para realizar o 1º Festival Sacrum Midia de tempos de pandemia e do amor à cultura. Música Sacra. Com jovens e veteranos músicos e PÁG. 06 cantores, ele tem levado a arte ao Vale do

Nesta Edição

Artigo Pastoral: Diaconato - PÁG. 09

“Vem e segue-me!” Mt 19, 21.

Entrevista: Seminarista Adriano - PÁG. 10

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Editorial

A coisa não passa. Quando a pandemia começou, as expectativas eram de que fosse apenas uma fase (como em um vídeo game) ou um episódio (como nas séries da Netflix). A coisa, entretanto, continua. Há muita coisa envolvida: política, saúde do povo, desemprego, vida religiosa, descaso social etc. O fato é que a Covid se tornou uma criatura que espreita nas sombras, pronta a dar o bote em quem não se cuidar. Mesmo assim, há os que insistem que é tudo exagero ideológico. O que está exagerado é achar que tudo é exagero ideológico, maximizando o mal do outro, e afirmando, ad nauseam, a própria bondade “pura”, não ideológica. O estrago estava feito quando opuseram “verdade” e “ideologia”, porque, desde então, todos se dizem da “verdade” e ninguém reconhece suas posições “ideológicas”. Menos afirmações prontas e absolutas e mais justificação ajudariam. Justificar não é tentar salvar uma mentira. Filosoficamente, é dar as razões das próprias afirmações, mostrando os princípios e as finalidades do que se diz. É demonstrar que há verdade na “verdade” que se afirma. Muita desumanidade seria desmascarada se a “verdade” passasse pela justificação. Certos eram nossos professores quando nos cobravam: “justifique a sua resposta”.

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Opinião

De “volta ao normal”. Qual normal?

Tomando conhecimento Média, agora de novo no Covid-19 a fim de que mais de algumas coisas nessa século 21, a elite de ricos e um CNPJ não seja cancelado pandemia foi impossível não poderosos se isola em seus (que se acontecer será só recordar tempos passados da castelos fechados fugindo temporariamente, claro, até história da humanidade. Há do contágio e deixando o fim da pandemia e novo um anseio por uma volta ao a mercê da peste e da crescimento econômico). Dessa gente imprudente normal e quando escuto essa morte os pobres. De seus iluminados que sai às ruas, rompendo o expressão é a palavra “volta”’ condomínios, que se fixa em minha mente. pela luz da razão, da ciência isolamento, os que não são Parece que já voltamos a um e em nome do propalado bom empregados de um CNPJ, são normal, mas àquele da Idade senso, criticam a população trabalhadores informais, sem Média, quando a vida valia que sai às ruas, esse povo investimentos ou reservas pouco, principalmente a dos que se aglomera em filas, financeiras guardadas no se amontoa em transportes banco, que precisam ganhar mais pobres. Parecem ter no dia a dia, o pão que mata Leio nos jornais que públicos. endinheirados compraram esquecido que esses são os a fome da sua família. Bom senso? Que ou alugaram casas em trabalhadores convocados condomínios fechados, em para tocar a economia, esperar de uma sociedade cidades ou lugares fora do fazer o comércio funcionar. que se mostra criativa epicentro da pandemia, para Distraídos com suas selfies para pensar num plano usufruírem de um isolamento e postes simpáticos, não progressivo para reabrir mais confortavelmente. percebem que “essa gente”, bares e restaurantes enquanto Ricos e famosos exaltam na sua maioria, são os é relapsa com a educação o isolamento social desde empregados de sua empresa, dos filhos sem planejar as suas mansões com mais ou da empresa da qual são adequadamente a volta às esperando aulas? Sobre isso, Marcos metros quadrados que investidores vantajosos. São Nogueira, comentador de os campinhos de futebol lucros frequentados pelo pessoal CPFs convocados a arriscar assuntos culinários, resume da periferia. Como na Idade o seu cancelamento pela o que sinto quando escreveu em sua coluna semanal na Folha de São tempo para cuidar da educação formal bar da esquina”. Sacrifica-se o futuro das Paulo: “Para quem acompanha a rotina dos sem prejudicar a rotina profissional. Que crianças pela cerveja gelada acompanhada filhos, está evidente que as aulas a distância os professores têm uma razão de existir”. de petiscos. Um país que desdenha da são insuficientes. Que as crianças não E ele conclui galhofando: “Perdemos o educação e se engalfinha por frivolidades têm paciência nem disciplina para estudar ano escolar. Perdemos a noção do que é pode esperar um futuro grandioso? sozinhas; que os pais não têm preparo nem importante de fato. Mas sempre teremos o Pe. Silvio José Dias

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Departamento de Comunicação da Diocese de Taubaté Avenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070

Diretor: Pe. Silvio José Dias Editor: Pe. Marcelo Henrique de Souza Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial: Pe. Leandro A. de Souza, Pe. Celso L. Longo, e Henrique Faria. Diagramação e Designer: Pe. José Ronaldo de Castro Gouvêa, scj Impressão: Katú Editora Gráfica

Tiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuita Site: www.diocesedetaubate.org.br email: pastoral@diocesedetaubate.org.br www.facebook.com/olabaro As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.


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Palavra de nosso Bispo Esse título é uma frase do livro de Josué (cap. 24) e se constitui como tema da Semana da Família, a ser celebrada entre 9 e 15 de agosto. O objetivo é levar-nos a refletir sobre a vocação da família cristã, que é servir ao Senhor e à sua Igreja. Humanamente, falar em servir, tem uma conotação de submissão. Porém, servir a Deus tem uma dimensão de libertação. Quanto mais formos submissos a Deus, mais livres seremos. Deus nos concedeu o Espírito de seu Filho, que, em nós, clama Abbá, Pai. Se nos guiarmos por esse mesmo Espírito, serviremos a Deus como filhos e não como escravos. “Já não és escravo, mas filho” (Gl 4,7). Quando Jesus, o Filho por excelência (que tem a mesma natureza divina do Pai celeste) foi tentado pelo diabo, que lhe ofereceu a posse de todos os reinos do mundo se o adorasse, Jesus respondeu dizendo: “Ao Senhor teu Deus adorarás e somente a Ele servirás” (Mt.4,10). O serviço a Deus é um ato de amor filial e libertador. No Antigo Testamento, servir a Deus tinha dupla conotação: servir no culto, ou seja, nos sacrifícios oferecidos e na manutenção do templo e, o segundo aspecto, servir a Deus por uma conduta conforme a sua vontade. Ainda no A.T. afirma-se que servir a Deus pela obediência se antepõe ao culto. No primeiro livro de Samuel (15,22), lemos: “O que o Senhor prefere? Que lhe ofereçam holocaustos e sacrifícios, ou que obedeçam à sua palavra? Obedecer vale mais do que oferecer sacrifícios. Ser dócil é mais importante do que a gordura de carneiros oferecida nos sacrifícios”. Jesus é o Filho obediente; Ele veio para fazer a vontade do Pai (cf. Lc.2,49). Essa fiel obediência de Jesus ao Pai o levou à cruz. Jesus foi obediente até à morte. Sua obediência nos salvou.

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Eu e minha família serviremos ao Senhor! A cruz é expressão de sua obediência até às últimas consequências. Assim Jesus serviu ao Pai fazendo-lhe a vontade, e a nós reparando nossa recusa em obedecer. Jesus expressa isso ao dizer: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc.10,45). O único culto agradável a Deus, que prestamos como cristãos, é oferecer o sacrifício de Jesus Cristo que, pela obediência, entregou a vida por nós. Cada vez que celebramos a Eucaristia (a missa) é esse sacrifício de Jesus que é atualizado pelo Sacramento. No contexto da última ceia, ao instituir a Eucaristia, Jesus ensinou: “Eu vos dei o exemplo para que como eu fiz vós façais também” (Jo.13,15). Portanto, obedecer ao Pai e viver ou entregar a vida pelos outros é o que o Senhor espera de nós, seus discípulos. Aqui temos uma importante indicação às famílias cristãs: devemos servir a Deus pela obediência, por uma vida que seja conforme à Sua vontade, seguindo assim o exemplo de Jesus, que foi obediente ao Pai e dedicou a vida pelos irmãos. Nas famílias cristãs, ainda no colo dos pais, os filhos devem aprender a fazer a vontade de Deus. Só poderemos fazer o que o outro quer se nos dispusermos a ouvir e a dar atenção ao que o outro tem a nos dizer. Assim também só poderemos fazer a vontade de Deus dando atenção e procurando conhecer, por meio de sua Palavra, o que Ele quer de nós. É no seio da família cristã que temos que aprender a amar e servir a Deus. Como haverá quem escute e aprenda se não houver quem anuncie e ensine? Foi em função disso que Jesus incumbiu seus discípulos de ensinarem a todos tudo o que dEle aprendemos. “Ide, fazei discípulos ... ensinai-lhes a observar

tudo o que eu vos ensinei” (Mt.28,19). Serviremos ao Senhor atendendo ao que Ele nos pediu. Portanto, anunciar a Palavra, ensinar o que aprendemos do Senhor, ministrar catequese, realizar a leitura orante da Bíblia, transmitir a fé aos filhos, etc., constitui-se como serviço ao Senhor. Na carta aos Filipenses (cap. 2), o apóstolo Paulo diz: “Os outros buscaram seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo. Mas ele (Timóteo), vós sabeis que prova deu: como um filho junto do pai, ele se pôs comigo ao serviço do evangelho”. Atualmente, as ocupações da vida, o desejo de conquistar objetivos pessoais, a busca em saciar nossas necessidades materiais, facilmente, podem nos levar a viver movidos pelos nossos próprios interesses e a menosprezar o serviço ao Senhor. Por isso, Jesus faz um sério alerta aos seus discípulos (Mt.6, 24): “Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro”, ou seja, servir a Deus e aos seus próprios interesses. Não permitamos que esse “rival” se interponha entre Deus e nós, distanciando-nos de serviLo como convém. Em síntese, SERVIR A DEUS significa: participar e manter o culto, obedecer ao que o Senhor nos pede, sobretudo no amor a Deus e ao próximo, anunciar e ensinar a outros tudo o que do Senhor nós aprendemos. Assim agindo, cada cristão, consciente e decididamente, poderá reafirmar: EU E MINHA FAMÍLIA SERVIREMOS AO SENHOR. Dom Wilson Angotti


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Vox Cordis continua encantando com seus 5 anos de história

Diocese em Foco

Coordenação Vox Cordis

O Vox Cordis surgiu do sonho de uma das coristas, a soprano Aline Ferreira. A proposta era unir um grupo de pessoas para cantar somente uma música na festa de Nossa Senhora de Fátima, no Parque Sabará, em Taubaté. O primeiro convite foi ao Thom Souza, o regente do coro, em seguida ela chamou cerca de doze pessoas com timbres de vozes diferenciados. A primeira apresentação foi no dia 17 de maio de 2015, e deste dia em diante o Vox foi recebendo diversos convites, ganhando visibilidade e por meio de audições, o grupo foi aumentando conforme o interesse das pessoas e a

necessidade do coral. Com 4 anos de caminhada, o Vox Cordis sentiu que a missão que Deus confiava era maior, e então as músicas foram surgindo nos corações dos coristas, até que gravaram o seu primeiro CD. O Vox Cordis é um coral cristão e ecumênico, uma junção de pessoas que amam a Deus e o louvam de todo coração, independente de religião. A formação atual conta 10 sopranos, 10 mezzo sopranos, 11 contraltos, 7 tenores, 5 barítonos e 5 músicos na banda, todos sob a regência de Thom Souza. Hoje, com 5 anos temos um CD com 10 faixas e com o título “Nossa

Oração”, lançado no dia 19 de outubro de 2019. Além das músicas cristãs, o Coral Vox Cordis tem em seu repertório músicas populares, o que o diferencia de outros tantos corais da região. Os ensaios geralmente acontecem aos domingos (podendo ser alternado de acordo com a agenda de eventos), às 15h, na comunidade Nossa Senhora de Fátima, no Parque Sabará, em Taubaté. No momento, por conta da pandemia do novo coronavírus, seguimos com ensaios on-line e movimentando nossas páginas com LIVES e vídeos caseiros.

Cursilhos de Taubaté lançam Podcast Sabe quando, até pouco tempo atrás, podíamos nos sentar ao redor de uma mesa com alguns amigos e jogar conversa fora, e vez ou outra surgia um assunto interessantes, até polêmico, e todo mundo opinava? Pois é, até isso nos foi tirado nesse estado de coisas atual. Mas o cristão, e os cursilhistas, por ser parte de um movimento cristocêntrico, sabem muito bem, que nosso Senhor já disse: “Eis que faço nova todas as coisas”. Foi para preencher essa lacuna criada pela pandemia da Covid19, que o Paulinho, no diminutivo, embora tenha lá seus 1,90m, sugeriu que mantivéssemos essas conversas, cada um em sua casa, respeitando as regras de distanciamento social, mas agora gravando-as e publicando no formato de Podcast. E se essas conversas girassem em torno de temas que nos permitissem crescer enquanto cristãos e, ao mesmo tempo, nos aproximasse de pessoas com quem

normalmente não teríamos contato? E se esse bate-papo alimentasse um dos tempos do Cursilho, o Pós-cursilho? Pronto! Nasceu o Pós-Cast. “Eis que faço nova todas as coisas”. Desde 30 de março, já foram produzidos mais de uma dezena desses bate-papos, onde nós, Paulinho, Jean, Presunto e Fetão, puxamos os mais diversos assuntos, os mais diversos mesmo, desde filmes para não pirar na quarentena, até doutrina social da Igreja, passando por comidas para não engordar em casa, literatura, música, arte, família e esperança, sempre com um convidado, mais interessante que todos nós juntos. Embora seja um projeto criado e tocado por cursilhistas, é um espaço aberto e caloroso para todas as pessoas, independente de movimento religioso ou mesmo religião. Os episódios ficam disponíveis no Spotfy, e é quando se chega na internet que se tem a real dimensão de que a “messe é grande”.

Jeferson Mendrot, cursilhista

O Pós-Cast nasceu na pandemia, mas tem a fé e a esperança de sobreviver a ela, e então, quando pudermos novamente nos sentar ao redor de uma mesa, como amigos, olhando nos olhos, frente a frente sem telas e internet, continuaremos a ligar o microfone e produzir mais e mais episódios. Se você também está com saudade de papear com amigos, procura o Pós-Cast lá no Spotfy, acompanhe os episódios, e, porque não participar de um?


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A importância do culto a Maria na Igreja

Prof. José Pereira da Silva

Maria. Mas, às palavras abençoantes proferidas por aquela mulher do meio da multidão, Jesus respondeu de modo significativo: “Ditosos antes os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,28). Ele quer desviara atenção da maternidade entendida só como um vínculo do sangue para a orientar no sentido daqueles vínculos misteriosos do espírito, que se formam com o prestar ouvidos e com a observância da Palavra de Deus”(n.20). “Feliz daquela que acreditou...” (Lc 1,45). “Estas palavras de Isabel podem ser postas ao lado do apelativo Cheia de Graça (Lc 1,28) da saudação do anjo. Em ambos os textos se revela um conteúdo mariológico essencial, isto é, a verdade acerca de Maria cuja presença se tornou real no mistério de Cristo, precisamente porque ela ‘acreditou’. A plenitude de graça, anunciada pelo anjo significa o dom do próprio “Ditoso o ventre que te trouxe e os seios Deus; a fé de Maria, proclamada por Isabel que te amamentaram” (Lc 11,27). Lemos na quando da Visitação, mostra como a Virgem de Carta Encíclica Redemptoris Mater ( Mãe do Nazaré tinha correspondido a este dom” (R.M. redentor), do Papa João Paulo II,de 25.03.1987 12). : “Estas palavras constituíram um louvor Sempre que a Igreja penetra mais para Maria, como Mãe de Jesus segundo a profundamente no insondável mistério da carne... e a fizeram sair, de algum modo, de encarnação, ela pensa em Maria, Mãe de Cristo seu esconderijo... Jesus é carne e sangue de com entranhada veneração e piedade.

As palavras de Isabel “feliz daquela que acreditou continuam a acompanhar a Virgem Maria... de época para época, para onde quer que se estenda, através do testemunho apostólico e do serviço da Igreja, o conhecimento do mistério salvífico de Cristo. E assim se cumpre a profecia do Magnificat. “Hão de me chamar bem-aventurada todas as gerações, porque fez em mim grandes coisas o Todo-poderoso”(Lc 1,48-49). Aqueles que, de geração em geração, no seio de diversos povos e nações, acolhem com fé o mistério de Cristo, Verbo Encarnado e Redentor, não só se voltam com veneração e recorrem confiadamente a Maria, como a sua Mãe, mas na sua fé procuram também o apoio para a própria fé. E precisamente essa participação viva na fé de Maria decide sua presença especial na peregrinação da Igreja, como novo Povo de Deus espalhado por toda a terra”(R.M 27). Que os ensinamentos da Igreja fortaleçam nosso empenho em render culto de amor filial à Maria, Mãe de Deus e nossa, modelo e companheira de jornada para o céu. Em Maria de São José.

Testemunhos virtuais dinamizam o mês do dízimo

Pe. Gabriel Henrique de Castro, Administrador Paroquial

A paróquia São Vicente de Paulo da cidade de Pindamonhangaba utilizou mais uma vez da criatividade virtual para dinamizar o mês diocesano de conscientização do dízimo. Diante da limitação de atividades presenciais com os fiéis, tornou-se necessário fazer uma adaptação necessária para que acontecesse a dinâmica de conscientização do dízimo. Com o auxílio da Pastoral da Comunicação (PASCOM), juntamente com a aprovação do administrador paroquial, Pe. Gabriel Henrique de Castro, bem como a própria Pastoral do Dízimo foi possível realizar vídeos semanais com testemunhos de alguns fiéis dizimistas de nossa comunidade paroquial, além de uma transmissão ao vivo detalhando mais elementos sobre o dízimo, inclusive como compromisso solidário. Em quase todos os vídeos publicados em nossa página da internet, ficou clara que a contribuição do dízimo acontece enquanto

resultado da acolhida encontrada em nossa paróquia. Aliás, conforme sabemos a acolhida é elemento constitutivo do ser de todo discípulo missionário de Jesus Cristo. Quando o fiel se sente bem acolhido não só por uma pessoa ou grupo, mas por toda comunidade paroquial, temos este e tantos outros resultados positivos. Essa experiência feita virtualmente com os dizimistas foi de grande valia e mais uma vez confirma a importância de evangelizarmos pelas redes sociais, inclusive, em tempos de pandemia do novo Coronavírus. Os vídeos realizados também tiveram outros resultados positivos: chegada de novos dizimistas, aumento na consciência de que é compromisso solidário (fidelidade), ânimo para os agentes da Pastoral do Dízimo e dinâmica enquanto pastoral de conjunto. Estes são alguns frutos, dentre tantos outros que colhemos enquanto comunidade paroquial, diante dos sinais da

infinita misericórdia e bondade do Senhor. A Ele nossa louvação e ação de graças por inúmeros esforços realizados durante este mês de julho e, ao mesmo tempo, por todos que realizam e, no futuro, começarão a realizar tal experiência de amor, enquanto tradução da fé em obras (cf. Tg 2,14-26). Vale a pena também partilhar que ao longo deste mês de julho realizamos após as missas das 9h e 19h30 momentos de transmissão ao vivo pela nossa página paroquial sorteando lembranças para os dizimistas enquanto expressão de gratidão de nossa paróquia por tamanha fidelidade e pela feliz contribuição para a realização do Reino de Deus. Que o Bom e Amado Jesus continue fortalecendo e animando aos nossos dizimistas por esse compromisso solidário em favor de nossa Igreja, inclusive em âmbito diocesano e paroquial.


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Destaque

O Festival Sacrum Mídia de Música – música e união!

O Festival alcançou mais de 15 mil visualizações nas transmissões dos concertos.

A pandemia nos obrigou ao afastamento, mas a música sempre nos aproximou, tanto do conhecimento uns dos outros, quanto da fé e da graça divina. Quando pensamos nesses quatro meses em que todos nós precisamos repensar nosso modo de vida social, nossas noções de liberdade, nosso modo de comprar, nossas supostas necessidades, nossa maneira de procurar a arte, nosso jeito de apreciar o belo, podemos concluir que encontramos um novo modo de viver. A Covid-19 também trouxe consigo cancelamentos de todos os tipos de reuniões, incluindo

nossas missas e cultos, casamentos, concertos, recitais, shows, e deixou atrás de si um grupo gigantesco de músicos profissionais e músicos em formação completamente desprovidos do seu meio de vida, seu sustento. Nesse momento nossas mentes se unem para transformar a tristeza em aprendizado, a impossibilidade em oportunidade, e com a ajuda podemos criar beleza, elevar as almas, reconquistar a confiança e estimular nossos artistas a se manterem em pé. Pensando nisso, o Padre Marcelo, reitor do Seminário Cura D´Ars procurou pelos amigos, Padre Matheus, cura da nossa Catedral e pela professora e mezzo-soprano Mere Oliveira, fundadora e diretora do Ópera Studio do Vale; a esse esforço se juntou o Padre Rafael da Paróquia São José Operário. Assim, o Ópera Studio do Vale com seus cantores e pianistas elaborou uma programação com 11 (onze) concertos, de 7 a 30 de julho, que privilegia a música de concerto, especialmente a música sacra, desde os compositores do período Barroco, como Handel, Vivaldi, até compositores contemporâneos, e sempre, ao final de cada programa, cada artista trouxer uma canção sacra de conhecimento popular.

Os concertos foram transmitidos pelas redes sociais do facebook e do instagram das igrejas anfitriãs, bem como pelo facebook do Ópera Studio do Vale, e as pessoas poderiam colaborar com os artistas fazendo depósitos de qualquer valor numa conta bancária. Os jovens cantores do projeto, com o apoio de sua diretora, apresentaram-se brilhantemente, e a popularidade das apresentações pode ser verificada pelo número significativo de visualizações dos concertos: mais de 15 mil até hoje. “Nossa região costuma reservar o mês de julho para intensificar a valorização de sua cultura musical. O Festival de Inverno de Campos do Jordão é o carro chefe de inúmeras iniciativas que foram surgindo e se solidificando com o passar dos anos. Em 2020 nos deparamos com uma infeliz notícia: para preservar a vida, teríamos que nos manter distanciados, evitando todo ambiente que promova aglomeração. Ora... a criativa arte de nossa gente não poderia se dobrar a este legítimo impedimento! Se fisicamente não podemos nos encontrar para desfrutar da bela arte musical, o Festival virtual


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Destaque Sacrum Mídia de Música veio preencher essa lacuna! Valorizemos nossos artistas! Horas de trabalho e dedicação merecem nossos aplausos e também nossa doação, como reconhecimento àqueles que elevam nossas almas com maestria e encanto. Parabéns a todos os envolvidos nesta iniciativa!” Pe. Roger Matheus dos Santos Cura da Catedral de Taubaté Temos visto ao longo das últimas décadas, pessoas que pagam fortunas para assistir a shows de famosos, mas não prestigiam os artistas de suas próprias cidades, que dedicam anos e anos à sua formação musical, e realizam trabalhos de beleza irrefutável; esperamos que o póspandemia nos tenha ensinado a sermos mais cooperativos e a valorizarmos os artistas da nossa terra.

O Festival Sacrum Mídia de música sacra é um fato memorável na cultura local do Vale do Paraíba. Terra de artistas, escritores, cientistas que marcaram a história, o Vale vê, agora, jovens e veteranos músicos e cantores, filhos de nosso chão, rodando o mundo nas redes. Se os festivais de inverno não foram possíveis, presencialmente, ele tem chego a muitas casas, virtualmente. É o Brasil mostrando sua riqueza. São as margens do Paraíba dando seus frutos para a cultura. Coisa mais linda essa! Padre Marcelo – Reitor do Seminário Cura D´Ars O Festival Sacrum Mídia de Música não acaba aqui, os vídeos estão nas páginas das nossas igrejas e do Ópera Studio do Vale, caso você não tenha assistido, é só visitar as páginas.

Confira aqui alguns depoimentos músico é para nos preparar para o dos nossos artistas sobre o Festival: palco, a atividade musical é realizada para o público, porém neste ano com “Minha experiência foi muito boa, o início da pandemia e do isolamento positiva, além eu de evoluir mais fazendo social, toda a programação foi a arte que eu gosto muito de fazer ainda cancelada e com isso nossas atividades me trouxe um ganho pessoal e um alivio já não eram mais possíveis de serem emocional nesse período pandêmico realizadas, ao receber o convite para muito bom. Me sinto honrada em fazer cantar no Festival, foi muito importante parte desse Festival de música e levar para mim, a experiência tem sido muito aos espectadores minha arte”. enriquecedora e a mensagem ainda mais. Marcela Mayra - soprano Ao cantar sobre o amor e a esperança em Deus, tem sido reconfortante saber “Foi uma experiência muito que de alguma forma podemos ajudar positiva. Para mim que sou novo na alguém nesse momento tão delicado, cidade, para conhecer o mundo musical mas além disso, essa mensagem antes de da região, conhecer um pouco mais e em tudo tem acalentado o nosso coração.” profundidade a vários compositores de Túlio Lopes – barítono música sacra, e os cantores, e músicos do Vale de Paraíba. Embora seja um “Foi uma experiência única, que eu evento sem público presencial, o fato nunca imaginei que iria passar. Cantar de ser transmitido ao vivo deu a mesma pras câmeras sem nenhum público é emoção que se fosse um concerto diferente. Não ter aquele carinho aquela numa sala cheia de pessoas. Foi muito troca de energia faz falta pra gente que gratificante. Agradeço às pessoas que esta ali na frente, mas foi uma delícia ver planejaram este projeto, tanto a Mere, depois os comentários ver a quantidade como às pessoas responsáveis das de pessoas que a conseguimos atingir igrejas e do seminário onde a gente se levando música de qualidade pras elas!” apresentou, e aos músicos envolvidos”. Patrícia Bessa - soprano Miguel Ticona - pianista A música reúne em si o lirismo da “Neste Festival, tive a oportunidade poesia e a beleza do som, mas somente de fazer um concerto solo inteiro pela a pré-disposição ou o talento, não são primeira vez. Isso no formato online, suficientes para a realização de um que está se popularizando por ser espetáculo que leve a cabo a mensagem, acessível, e eu pude fazer parte dessa que os compositores ao longo dos séculos popularização! Me desafiei a cantar nos deixaram como legado. A música coisas novas e a resposta do público tem sacra, que por vários séculos confundiusido muito positiva, me encorajando a se com a história da música de concerto, fazer mais e cada vez melhor. Só consigo e sua riqueza poética e histórica, deve ser grato por isso!” sempre ser estudada e apreciada, para Danilo Garrão - tenor tornar mais belo nosso presente, e para garantir a sensibilidade do futuro. “O 1° Festival Sacrum Mídia de música tem sido muito marcante por Mere Oliveira, diversos fatores. O nosso estudo como cantora e professora


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A lembrança dos homens bons: dez anos da morte de um padre

Padres morrem. Nisto não há nenhuma Benedicto Gomes França (então, coadjutor da instalou o Seminário da Diocese, sendo seu novidade, afinal, os padres são seres humanos Paróquia de São Luís); ali, o jovem Tarcísio fez primeiro Reitor. e, embora revestidos da graça de Cristo ao os cursos secundário e médio. Quatro anos depois, deixou a Diocese de receberem a Ordenação Sacerdotal de um jeito No Seminário Central do Ipiranga, em São Maringá e, entre dezembro/1964 e abril/1965, tão singular que lhes imprime no próprio ser Paulo, cursou Filosofia e Teologia (1935-1941). foi Vigário Auxiliar da Paróquia de São Gabriel, uma mudança definitiva, isso não lhes modifica Foi ordenado padre em 07/12/1941 na Catedral no bairro de Itaim Bibi, em São Paulo. em absolutamente nada o fato de serem de São Francisco das Chagas, em Taubaté, pela Em 02/05/1965 retornou à Diocese de humanos e mortais. imposição das mãos de D. André Arcoverde Taubaté e assumiu a Paróquia de São Luís de A Igreja que caminha neste mundo de Albuquerque Cavalcanti (segundo bispo Tolosa, em sua terra natal. Logo em seguida, costuma lembrar-se dos mortos não apenas da Diocese). Passou os primeiros anos de seu foi nomeado Cônego Catedrático e passou a na oração cotidiana, quando oferece em sacerdócio como auxiliar em sua terra natal, integrar o Cabido Diocesano. sufrágio deles o Santo Sacrifício da Missa, mas junto ao Monsenhor Ignácio Gioia. Ao completar 40 anos de Sacerdócio também faz memória dos defuntos ao recordar Assumiu o encargo de vice-Reitor do (07/12/1981), foi-lhe conferida pelo Papa João a importância que tiveram na edificação da Seminário Diocesano Santo Antônio em 1945, Paulo II a dignidade de Monsenhor, título que comunidade de fé. ficando à frente do mesmo por três anos, recebeu das mãos de D. Antônio Afonso de Isso se aplica, logicamente, a todos substituindo o Pe. Theodomiro Lobo, afastado Miranda. os fiéis; contudo, não se pode negar que a por motivo de saúde. Deixou a Paróquia em fevereiro de importância dos sacerdotes na vida da Igreja Em 20/02/1948, foi nomeado Pároco de 1991, tornando-se Pároco Emérito. Continuou e como pastores do rebanho resulte em que na terra natal até o final de seus dias, Dez anos se passaram desde seu residindo sejam lembrados com carinho e saudade por cercado pelo carinho de seus conterrâneos, todos que os conheceram e, não raro, sejam falecimento, que foi uma grande auxiliando seus sucessores e atendendo a mesmo admirados por seus exemplos por muitas pessoas que o procuravam em busca demonstração de amor do rebanho aqueles que apenas ouvem falar deles, sem de conselhos e orientação espiritual. os terem conhecido pessoalmente ou com Apesar da enfermidade e idade ao se despedir do pastor num eles convivido. avançada, sua última grande aparição Quando se faz parte de uma Diocese memorável cortejo fúnebre pelas pública, de quem se tem gratíssima memória mais que centenária, como a de Taubaté, em São Luís do Paraitinga, aconteceu ruas da histórica cidade. tudo isso tem um sentido muito mais forte. durante a enchente que devastou a cidade A história desta Igreja Particular ostenta Jambeiro, ali permanecendo por dois anos. Em em 02/01/2010. Na ocasião, quando já havia notável elenco de legados admiráveis deixados agosto de 1950, depois de breve permanência começado a cair a Igreja Matriz, Monsenhor por grandes homens de Deus ao longo de cento em Santa Isabel, foi nomeado Pároco da Igreja Tarcísio saiu na janela de sua residência para e dez anos. Alguns mais conhecidos, outros Matriz de Santo Antônio, em Guaratinguetá. abençoar e consolar o seu povo que se via em anônimos para muitos, mas admirados pelo seu Retornou à formação dos sacerdotes tamanha aflição; um momento inesquecível e povo: são muitos. Suas histórias atravessam as entre 1952 e 1958, sendo Reitor do Seminário inexplicável para todos os que o presenciaram décadas e, muitas vezes, extrapolam os limites Diocesano Santo Antônio, onde também (digo por experiência própria). do esquecimento inevitável oriundo da morte. lecionou Latim, Francês e Português. No Dez anos se passaram desde seu Dentre tantos ilustres membros do mesmo período, acumulou as funções de falecimento, que foi uma grande demonstração Clero Diocesano de Taubaté figura o nome Vigário substituto da Paróquia de Santa Cruz, de amor do rebanho ao se despedir do pastor do Monsenhor Tarcísio de Castro Moura, em Redenção da Serra. Ainda em 1958, assumiu num memorável cortejo fúnebre pelas ruas da cujo décimo aniversário de falecimento foi a Capelania do Sanatório Vicentina Aranha, em histórica cidade. Ao longo da década que ora celebrado em nove de julho próximo passado. São José dos Campos. se completa e nos anos vindouros – Deus o O tão bem lembrado Pároco Emérito Já no início de 1959, deixou a Diocese permita – permaneceu e permanecerá viva a da Paróquia São Luís de Tolosa, na pequena para ser Reitor do Seminário Diocesano de lembrança da vida deste homem que foi um São Luís do Paraitinga, nasceu há mais de um Jaboticabal e, no final do mesmo ano, retornou padre... normal. século, em 07/02/1916, em sua querida terra a Taubaté para ser Mestre de Disciplina no Para mim, que fui coroinha dele mesmo já natal, onde teve a graça de terminar os seus dias Ginásio Diocesano Santo Antônio, onde emérito na Paróquia, ele foi a grande inspiração contando 94 anos de vida e 68 de sacerdócio, também lecionou. Nesse mesmo ano foi vocacional da infância e adolescência; foi e dos quais 26 foram vividos como pároco de sua designado Capelão do Carmelo da Sagrada continua sendo uma referência (destas que amada São Luís, ali permanecendo por mais 19 Face e São Pio X, em Tremembé. fazem muita falta na atualidade). Se pudesse anos como emérito, até sua morte. Em 1960, requisitado por D. Jaime resumir toda a vida dele num epitáfio a ser O filho de Benedicto de Moura e de Luiz Coelho, Bispo de Maringá-PR (de quem incrustrado em sua lápide, apenas duas palavras Luíza de Castro Moura (d. Luizinha) e irmão fora colega de turma no Seminário Central seriam utilizadas, as quais, creio, dariam de Benedicto e Paulo entrou para o Seminário do Ipiranga, em São Paulo) e pelo Núncio conta de expressar muito bem tudo o que ele Diocesano Santo Antônio em 27/02/1931, Apostólico da época, D. Armando Lombardi, representou e representa: FOI PADRE. contando 15 anos, encaminhado pelo Pe. foi trabalhar em Maringá, onde fundou e Pe. Celso Luiz Longo


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Tema Pastoral

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A luz da vocação diaconal Pe. Patrick Alves, Assessor dos Diáconos Permantes

Tradicionalmente em agosto, celebramos na Igreja o mês vocacional. Neste artigo gostaria de fazer memória a uma vocação específica que pode passar despercebida: o diaconato. No dia 10 de agosto fazemos memória do patrono dos diáconos em nossa diocese, São Lourenço. Mais que o nome de uma cidade mineira, São Lourenço foi um diácono que serviu a Igreja de Roma no século III. Conta-nos a história que o prefeito de Roma exigiu de Lourenço os bens da Igreja. O Santo assim reuniu os órfãos, viúvas, cegos... e pediu para que chamassem o prefeito, e disse: “Eis aqui o nosso tesouro, que nunca diminui e pode ser encontrado em todo lugar”. Sentindo-se contrariado, o Prefeito lançou Lourenço a um braseiro, no qual no auge do sofrimento disse: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”. A ele é dedicado uma das sete basílicas papais em Roma. É de se esperar que os católicos percebam na liturgia um diácono. Um homem de túnica branca e estola colorida na transversal, que proclama o evangelho, prepara as oferendas, purifica os vasos sagrados e despede do povo, com o: “ide em paz, que o Senhor vos acompanhe”. Mais que isto, os fiéis deveriam perceber no diácono o serviço. À luz da última ceia, não existe a fração do pão, sem antes o lava pés e o diácono quando está presente na Santa Missa, nos recorda esta verdade. De forma equivocada pode-se pensar que o diácono seja uma espécie de ministério de suplência presbiteral, um “padre incompleto”, que está ali na paróquia para suprir a falta do pároco em alguma atividade. Mas, não! Como todos os sacramentos, o diaconato está inteiramente enraizado em Cristo e não nas circunstâncias hodiernas. Não podemos ter como ponto de partida para a sua compreensão a figura do presbítero, mas do próprio Cristo. Pela encarnação do Verbo, o Senhor de tudo venho ao nosso encontro por meio do seu filho, Jesus Cristo (Cf. Rm 1,3; Fl 2, 6-8). Deste esvaziar de Deus, que se fez homem, o Filho se fez servo (diácono) da humanidade, tornando-se exemplar a todos. Pelo batismo, que nos insere no corpo místico de Cristo, todo cristão se configura também a Cristo-servo, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate pela multidão” (Mc 10,45). Pela graça batismal, deveríamos cultivar uma consciência diaconal, de servir a quem quer que seja, pois de maneira oposta aos poderosos que abusam de seus poderes, os discípulos de Jesus estão prontos a serem servos de todos (Mc 10,42-43). A partir desta premissa averiguamos o quão o sacramento da ordem no grau do diaconato tem sua razão de existir a partir de Cristo Jesus. Todavia, dado o fato de que todo batizado é chamado a servir, o que um diácono ordenado tem de diferente e de específico em relação aos demais batizados? Será no aspecto do “ser” e não do “fazer” que encontraremos o específico deste grau do sacramento da ordem. Mais que servir as pessoas numa área profissional, no qual todo batizado é chamado a dar seu melhor ao próximo, um diácono da igreja é consagrado a um servir de modo apostólico. A ordenação diaconal vincula o diácono ao seu bispo e seu presbitério de modo que este responde a um chamado de servir de forma estável os anseios da sua igreja particular. Assim, os diáconos são os colaboradores naturais do bispo. Seu ministério de serviço apostólico compreende-se como o auxílio qualificado da continuação da “diaconia” de Cristo no mundo. Fortalecidos pelo sacramento da Ordem, os diáconos executam tarefas caritativas e sociais em nome da hierarquia e devem favorecer o apostolado laical, por meio do seu testemunho. Santo Inácio de Antioquia disse: “Todos reverenciem os diáconos como a Jesus Cristo, e de igual modo o bispo que é a imagem do Pai, e os presbíteros[...] como a Assembleia dos

Apóstolos; sem eles não se pode falar de Igreja”. Importante que promovamos uma concepção do sacramento da ordem não centralizada no sacerdócio, mas do Cristo-Servidor. De tal forma que nenhum ministério é sem o outro e juntos tornam presente a pessoa do Cristo em toda sua plenitude. O diácono, melhor que os sacerdotes, pode ser pai de família, colega de trabalho, estar em realidades privilegiadas. Deve ele com seu testemunho restituir aonde passar o gosto pelo serviço tão mal visto pelo mundo. Vivendo tal alegria do evangelho, o diácono é luz no mundo para àqueles que desejam viver integralmente seu batismo e se configurar mais perfeitamente ao Cristo-Senhor.


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Entrevista

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Seminarista Adriano: paixão pelo Evangelho e pelas comunicações

S

Pe. Marcelo Henrique, editor

eminarista há três anos, Adriano Vieira alimenta um amor por Jesus, pela Igreja e pelas comunicações. Fotógrafo amador, mas sensível, gosta de estudar e de aprender sobre redes sociais e o mundo virtual. Inclusive, escolheu como tema de sua monografia da faculdade de filosofia a questão da cibercultura, a partir de um filósofo contemporâneo, Pierre Lévy. Nesta entrevista, Adriano comenta um pouco sobre suas leituras e suas percepções sobre o mundo virtual e a situação da Igreja nestes tempos super conectados. 1. Adriano, qual sua relação com os meios de comunicação? Minha relação com os meios de comunicação começou quando eu ganhei meu primeiro computador, quando a internet ainda era “discada”, por volta do ano de 2004. Eu gostava da interação que o computador e a internet me proporcionavam. O mundo virtual sempre me fascinou. Sempre gostei de fotografia, também, e a possibilidade que eu tinha com o meu primeiro celular, de comunicar a beleza do que via através da foto, me encantava. E com a evolução dos meios de comunicação, o mundo virtual tornou-se muito presente em minha vida, por exemplo, hoje o celular faz “parte de mim”. Eu posso fazer muita coisa com ele: uma ligação, mandar um e-mail, tirar foto, escutar música, ler livros, navegar na internet, usar o GPS, pagar uma conta no banco, participar de uma aula online. ou seja, em um único aparelho eu tenho diversas possibilidades. 2. Por que escrever uma monografia sobre ciberespaço e cibercultura? Um dos pressupostos para escolher um tema para a monografia é que seja um assunto que a pessoa goste, então eu escolhi sobre o mundo digital e as relações humanas. Quis fazer uma análise filosófica de como o mundo digital tem modificado as relações humanas. O que temos hoje é um ciberespaço, ou seja, é um lugar onde o território não é físico, mas virtual, e nele acontece a interação virtual por pessoas que estão na internet. Interagimos com as pessoas no ciberespaço, fazemos compras, conhecemos diversos lugares, escutamos músicas, vemos filme, etc, tudo no ciberespaço, de modo virtual, não físico. E o resultado disso é uma Cibercultura, que é o resultado da interação entre os homens e as máquinas mediadas pela internet. 3. Vivemos tempos conectados e a Igreja está na rede... ela precisa estar. Quais as vantagens disso? Temos acompanhado que a realidade da internet está crescendo cada vez mais, que as pessoas estão cada vez mais conectadas e que a Igreja, podendo utilizar-se desses meios digitais, tem um alcance muito maior. O uso da internet para a evangelização pode atingir muito mais pessoas para além do templo físico. É como diz Jesus no evangelho de Marcos 16,15: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. No contexto atual, o mundo inclui também o mundo digital, anunciar a boa nova, promover a espiritualidade, falar do amor de Deus também na internet. Outro exemplo é a interatividade que temos através das redes sociais: os avisos pastorais, eventos da comunidade, podem ser também todos

online, tendo uma maior potência na sua comunicação. 4. Quais os desafios você percebe para as PASCOM’s (Pastorais da Comunicação) nesses tempos de pandemia? Vejo que o grande desafio para a pascom nesse tempo de isolamento social é levar para os fiéis aquilo que está acontecendo dentro da igreja, com qualidade. Isso implica no investimento tanto na formação dos agentes, quanto nos equipamentos. Os equipamentos de uso da pascom são de alto valor, o que acaba dificultando o investimento, e ter um equipamento bom faz toda a diferença na hora das transmissões. Contudo, é preciso ter alguém que sabia manuseá-los. É preciso investir na formação dos agentes, tanto para o uso dos equipamentos, quanto para a organização da comunicação entre as pastorais e também entre a comunidade e o povo. 5. Poderia deixar uma mensagem àqueles que trabalham com comunicação na Igreja? É muito bom ver o empenho das pessoas que, mesmo com muitas dificuldades, seja por falta de um bom equipamento ou por não terem um conhecimento na área da comunicação, se esforçam por fazer o melhor. Muitas vezes usam o seu próprio equipamento para as atividades da pascom, não medem esforços para que a Palavra de Deus chegue a todos. Perseverem, invistam na formação pessoal, pois muitas pessoas estão dependendo dos meios de comunicação para participarem das celebrações e sentirem o amor de Deus mais perto delas.


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Atos da Cúria Foram 34 os documentos expedidos • Carta Pastoral-econômico - “Práticas pela Cúria Diocesana no período de 30 para enfrentamento na ação pastoral”. de abril a 21 de julho de 2020. Dentre • Carta sobre “Motivações para o estes destacam-se: Retiro Espiritual do Clero em tempo de Pandemia”. • Decreto “Protocolo Reabertura das • Decreto de Publicação do Protocolo igrejas com acesso dos fiéis – Celebração para a Proteção de Menores e Pessoas Copos Christi”. Vulneráveis – Província Aparecida. • Autorização para realizar reformas • Decreto de Nomeação do Revmo. na capela Santo Expedito – Paróquia São Pe. Gilson Paulino Júnior, Administrador José de Tremembé. Paroquial da Paróquia Jesus Ressuscitado –

FELIZ Aniversário !

Tremembé. • Carta sobre “Concessão de readmissão gradual dos fiéis e participação nas celebrações”. • Autorização para compra de automóvel – Paróquia Catedral São Francisco das Chagas. • Autorização para ajuizar ação de usucapião de área do Cemitério da Irmandade do Santíssimo – Paróquia N. Sra. do Bom Sucesso.

Agosto: Celebrando a Vida!

Bispos, Padres e Diáconos - Aniversários Natalícios 10 - Diác. Carlos Alberto Carvalho da Silva 10 - Diác. Carlos Domingos 10 - Diác. Edvaldo dos Santos 13 - Mons. Jose Oswaldo Clemente 13 - Mons. Marco Eduardo Jacob Silva 15 - Pe. Silvio José Dias 16 - Pe. Roque Rodrigues de Souza 17 - Pe. Alberto Martins 19 - Pe. José Batista da Rosa 20 - Pe. Fernando Nascimento

19 - Pe. Victor Hugo Porto 25 - Pe. Álvaro Mantovani 31 - Diác. Misael da Silva Cesarino 31 - Diác. Nicola Ângelo Di Stefano Colaboradores - Aniversariantes

05 – Nair de Moura – Par. Sto. de Pádua (Caçapava) 07 – Juracy Soares – Par. S. João Bosco (Taubaté) 07 – Maria Helena – Par. Espírito Santo (Taubaté) 07 - Maria Augusta – Par. Sgdo. Coração de Jesus(Taubaté) 07 – Renato Mateus – Par. S. Fco. Das Chagas (Taubaté) 10 - João Batista – Par. do Menino Jesus - Aniversário de Ordenações (Taubaté) 17 - Dom Carmo João Rhoden, scj. 13 – Valeria Prado – Par. N. S. Bom Sucesso (Pinda) (episcopal) 14 - Anderson de Oliveira – Par. Sra.

Aparecida (Taubaté) 15 – Julio Cesar – Mitra Diocesana 16 – Paulo Ricardo – Par. N. S. Bom Sucesso (Pinda) 23 - Lucelia Souza – Par. São Cristovão (Pinda) 25 - Mario Roberto – Par. N. S. Bom Sucesso (Pinda) 25 – Sheile Regina – Par. Sto. Antonio de Pádua (Caçapava) 26 – Osmar Donizetti – Par. N. S. Aparecida (Taubaté) 26 – Herminia Rodrigues – P. N. Sra de Fátima (Pinda) 29 – Maria Aparecida – Par. S. José Operário (Taubaté) 29 – Carmem Lucia – Par. N. S. do Belém (Taubaté) 30 – Ana Prado – P. N. S. Natividade (Natividade da Serra) 31 – Rosimeire Cristina – P. N. S. Rainha dos Apóstolos (Pinda)


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Foranias, Paróquias e Horários de Missa FORANIA SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

FORANIA SENHOR BOM JESUS

Vigário Forâneo: Pe. Celso Luiz Longo

Vigário Forâneo: Pe. José Vicente

PARÓQUIA DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS Pe. Roger Matheus 3632-3316

PARÓQUIA JESUS RESSUSCITADO Matriz Nossa Senhora Rosa Mística

Catedral sábado 12h • 16h

Pe. Edgar Delbem, sjr.

7h • 9h • 10h30 • 18h • 20h Convento Santa Clara sábado 7h • 19h domingo 7h • 9h • 11h • 19h Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas) domingo 8h30 Igreja de Santana domingo 9h30 (Rito Bizantino) Casa João Paulo II - Missão Sede Santos Domingo 9h e 19h

todo o dia 13 de cada mês 19h30

domingo

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO Pe. Silvio Dias 3632-2479

Matriz Santuário de Santa Teresinha domingo 6h30 • 8h • 9h30 • 17h • 19h - sábado 19h

Domingos 8h30 • 19h quintas feiras 19h30

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE

Pe. Frederico Meireles Ribeiro

Matriz: N. Sra. das Graças

domingo 6h30 • 8h • 11h • 19h30

Igreja São Francisco Xavier

Côn. José Luciano 3608-4908

Igreja de Santo Antônio de Lisboa (Vila São José) domingo 7h • 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Pe. Rafael 3633-2388

Matriz: São José Operário sábado 12h • 18h. domingo 7h • 10h30 • 18h • 20h

sab 19h30 • dom 9h30

PARÓQUIA Nª SRA. APARECIDA Côn. Paulo César Nunes de Oliveira sábado 19h30

domingo 7h • 10h30 • 19h

PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS Matriz: Sagrado Coração de Jesus sábado 17h domingo 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA SENHOR BOM JESUS Pe. José Vicente 3672-1102

Matriz: Basílica do Senhor Bom Jesus domingo 6h30 • 8h30 • 10h30 • 15h • 18h • 20h Igreja São Sebastião sábado:18h PARÓQUIA SÃO JOSÉ Pe. Alan Rudz 3672-3836

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO Pe. Fábio Modesto 3633-5906

Matriz: São Pedro Apóstolo domingo

8h • 9h30 • 17h • 18h30 • 20h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉM

Matriz: São José (Jardim Santana) sábado 18h domingo

7h30 • 10h30 • 17h • 19h30

PARÓQUIA ESPÍRITO SANTO Pe. Gilberto Heleno, scj 3602-1250 domingo 7h • 10h • 19h30

FORANIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Vigário Forâneo: Pe. Décio Luiz da Silva Santos

Vigário Forâneo: Pe. Joaquim V. dos Santos

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Pe.Antônio Fernando 3631-1023

Matriz provisória: Exaltação da Santa Cruz Domingo 19h30 ..................................................... Comunidade Nossa Senhora de Fátima Domingo 10h PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA Pe. Arcemírio, msj 3681-1456

Matriz: Sagrada Família domingo 8h • 10h30 •17h • 19h

Pe. Felipe Dalcegio, scj 3621-4440

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOA

Vigário Forâneo: Pe. Ricardo Luís Cassiano

FORANIA NOSSA SENHORA d’AJUDA

FORANIA MENINO JESUS

PARÓQUIA SANTA LUZIA Pe. Paulo Vinícius 3632-5614

Matriz: Santa Luzia Domingo: 8h • 10h • 19h30 PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Jaime P. Lemes. 3681-4334

Matriz Imaculado Coração de Maria sábado 19h

domingo 8h • 11h • 19h

Pe. Leandro dos Santos 36522052

Matriz: São João Batista domingo 7h • 9h30 • 11h • 18h30 • 20h Sábado 16h PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO

Matriz: Santuário Nossa Senhora do Bom Sucesso domingo 7h • 9h • 11h • 18h

Pe. Ederson 3653-4719

Matriz: São Benedito domingo 7h • 9h30 • 18h • 19h30

Matriz: São José Operario sáb 17h30 (Com. NSra Saúde) • 19h (Matriz) domingo7h • 9h30 • 11h • 19h30 PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUA Pe. Décio Luiz 3652-6825

Matriz: Santuário Santo Antônio de Pádua domingo 7h • 9h • 19h .................................................... Comunidade de São Pedro: Vila Bandeirante domingo 17h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA Côn. Luiz Carlos 3652-1832

PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJA Pe. Geovane, scj 3411-7424

Matriz: Santuário São Benedito domingo 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Pe. Celso Batista de Oliveira, sjc 3686-1864

Matriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) sábado 19h domingo 8h • 18h PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO Pe. Rodrigo Natal 3622-6517 sábado 18h

domingo 10h • 17h • 19h30

PARÓQUIA SÃO JOÃO BOSCO Pe. Ricardo Luís Cassiano 3631-2510 domingo 7h • 10h • 19h

Matriz: Nossa Senhora da Esperança domingo 07h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO PIO X Frei Alexandre, OFM Convento 3653-1404

Matriz: São Benedito domingo

6h30 • 9h30 • 11h • 18h • 20h PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Carlos Alberto 3652-8459

Matriz: Menino Jesus domingo 6h30 • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORES

(Jambeiro)

Pe. Osmar Cavaca 3978-1165

Matriz: Nossa Senhora das Dores domingo 8h • 19h

Pe. Celso Luiz Longo 3621-5170

Matriz Nossa Senhora do Belém domingo 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Pe. Leandro Alves 3621-8145

Matriz: Sábado: 19h Domingo: 7h 10h30 19h30

Pe. Kleber 3642-2605

Participe do Jornal

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Envie suas dúvidas, sugestões e críticas! pastoral@diocesedetaubate.org.br facebook.com/olabaro (12) 3632-2855

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Mons. José Eugênio 3642-1320

PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APÓSTOLOS (Cidade Jardim) (12) 3522-7574 Côn. Joaquim Vicente dos Santos

Matriz: sab 16h dom 8h • 19h N. Sra. Perpétuo Socorro: sab 19h dom 10h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Pe. Gabriel Henrique de Castro 3637-1981Igreja Matriz: São

Vicente de Paulo (Moreira César)domingo 7h • 9h • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

Pe.Vitor Hugo Porto 3522-5318

Matriz: domingo 7h, 10h,18h30 Com. N. Sra. Aparecida: domingo às 8h30 Com. Pinhão do Borba: domingo às 8h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA Côn.Amâncio 3642-7035

Matriz: Nossa Senhora do Rosário de Fátima domingo 7h30 • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)

Pe. Cipriano Alexandre Oliveira 3643-6171

Matriz: São Miguel Arcanjo domingo 7h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César) Pe. Antonio Carlos Monteiro 3641-1928

Matriz: São Benedito (Vila São Benedito) domingo 8h

PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO Cidade Nova Côn. Elair 3648-1336

Igreja Matriz: São Cristóvão domingo 7h • 19h PARÓQUIA SANT’ANA Pe. José Afonso Lobato 3527-1758

Igreja Matriz: Sant’ana sábado 19h30 domingo 8h • 19h 3º domingo 11h (Motociclistas)

FORANIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Vigário Forâneo: Pe. Antônio Cláudio

PARÓQUIA JOÃO PAULO II (Taubaté) Pe. Luís Paulo

domingo 19h

PARÓQUIA SANTA CRUZ (Redenção da Serra) Pe.Antônio Cláudio 3676-1228

Matriz: Santa Cruz domingo 9h • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE

(Natividade da Serra)

Pe.Alexandre 3677-1110

Matriz: Nossa Senhora da Natividade domingo 9h30 • 19h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (Bairro Alto - Natividade da Serra) Pe. Paulo Donizete 3677-4152

Matriz: Nossa Senhora da Conceição domingo 10h15 PARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSA (São Luiz do Paraitinga) Pe. Álvaro (Tequinho) 3671-1848

Matriz: São Luiz de Tolosa domingo 8h • 10h • 19h

FORANIA SÃO BENTO Vigário Forâneo: Pe. José Batista da Rosa

PARÓQUIA SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS (Campos do Jordão) Pe. José Alberto L. Cavalcante 3662-1740

Matriz: Santa Teresinha do Menino Jesus domingo 7h • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Campos do Jordão) Pe. José Eliomar Soares, sjc 3663-1340

Matriz: São Benedito domingo 10h30 • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDE (Campos do Jordão) Pe. José Rosa 3662-7068 domingo 10h • 20h

PARÓQUIA SÃO BENTO (S. Bento do Sapucaí)

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Pe. Adilson F. Chaves 3971-2227

Matriz: São Bento domingo 8h • 10h • 18h

PARÓQUIA SANTO ANTONIO (Santo Antônio do Pinhal) Pe. Luis Lobato dos Santos 3666-1127

Matriz: Santo Antônio domingo 8h • 10h • 19h


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