Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Julho de 2019

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O LÁBARO Diocese de Taubaté - SP

Distribuição Gratuita

Desde 1910 - Edição nº 2.179 - Julho 2019

Jubileu de Ouro do movimento Shalom

A palavra Shalom vem do hebraico e, em seu sentido mais geral, significa paz. Há muitos detalhes e muitas nuanças nessa palavra, que pode designar paz consigo, paz com os outros, paz com Deus e até paz com a criação. Em todos os casos, a essência da palavra é a paz. Com esse

nome oportuno, o Movimento Shalom, nascido na Diocese de Taubaté há cinquenta anos, comemorou o seu jubileu com muita alegria e muita festa. Dom Wilson Angotti, Dom Murilo Krieger e até shalonitas de Mariana, MG, estiveram presentes nas comemorações marcadas pela

recordação do passado e pelas esperanças futuras. Veja a crônica da atual coordenadora do Movimento, Juliana Pellogia, nesta edição.

PÁG. 06

Nesta Edição

Pastoral Urbana - PÁG. 09 ““Vem e segue-me “ Mateus 19, 6.

Entrevista sobre o Dízimo: Pe. Sílvio - PÁG. 10

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Editorial Julho, na Diocese de Taubaté, é o mês do dízimo. Tempo de adesão e, antes de tudo, de conscientização. Para os católicos, o dízimo se reveste de um sentido muito particular, se comparado com a história do dízimo. Vasculhando as fontes da Escritura e da história da Igreja, há momentos em que se esbarra com noções que não correspondem ao atual modo de compreender o dízimo no catolicismo. Alguns exemplos ajudam a pensar. Para o católico, dízimo não é obrigação imposta por Deus, até porque Deus não precisa de dinheiro. Também não possui um valor taxado, que precisa ser sempre cumprido, sob o risco de uma oferta ser defeituosa ou injusta. Dízimo não é moeda de troca com a graça de Deus, muito menos uma forma de persuasão, para convencer Deus a me dar o que quero. O que é, então, o dízimo? Para os católicos, ele é um senso de fé e de pertença comunitária, ele nasce da consciência das necessidades da Igreja e da responsabilização pessoal por ela. Todos os batizados são Igreja e, por isso, responsáveis por socorrê-la em suas demandas. Dízimo não é tributo, é ato de fé madura, independentemente do numerário oferecido. A moeda da viúva, que deu de seu pouco, por fé, foi do agrado dos olhos de Jesus.

Opinião

Gente grande

Quando eu era criança, meus mestres diziam que eu devia crescer, ser responsável, cumprir com meus deveres e saber andar com minhas próprias pernas. Essa foi a imagem que, desde então, fui construindo em minha cabeça e que, para mim, correspondia a uma pessoa adulta, gente grande. Fisicamente falando, a primeira recomendação não pude cumprir, como eu gostaria que fosse, muito a contento passando do metro e sessenta e sete. Quanto a segunda sempre entendi que se tratava de assumir para si os próprios encargos e a autoria dos próprios feitos, também aqueles que não são bons. Evidentemente, ser responsável significa cumprir com os próprios deveres, sem empurrá-los para outros o seu cumprimento ou a fama pelo mal resultado. É correto, contudo, pedir ajuda e delegar trabalhos, coisa do bom senso, outra qualidade de gente adulta que me ensinaram e não listei acima. Andar com as próprias pernas significa ser autônomo, saber autodeterminar-se. Mas não se entenda aqui na linha do

individualismo arrogante que só sabe dizer “eu é que sei”, “eu é que mando no meu nariz”. Entendo que a pessoa autônoma é aquela que, com prudência e discernimento, vai tomando decisões e realizando coisas sempre pautada por princípios éticos como a verdade, a honestidade, a correteza e o bem de todos. Ela não precisa ser acionada ou vigiada quanto às normas, deveres e responsabilidades. Uma vez as conhecendo as realiza corretamente, simplesmente porque é o correto a se fazer. Não age assim somente quando ordenada ou porque alguém está de olho. Ela faz porque é adulto, é gente grande. O contrário disso, gente imatura, que nunca cresceu, fica fugindo de suas responsabilidades e, magoado, vive reclamando que nunca recebeu ajuda suficiente. Na verdade, nunca se esforçou como devia. Ou ainda, só funciona se alguém estiver vigiando, incentivando ou determinando suas ações. Tem aqueles que vivem esperando um messias poderoso que vai lhe resolver todas as coisas, sem nenhum esforço. “Deitados eternamente” esperam que as coisas boas

aconteçam por si mesmos. Há os que aprontam, fazem coisas erradas, depois, inventam todo tipo de subterfúgio para escapar da responsabilidade de seus atos. Mesmo na religião isso se manifesta. Tem pecador que sabe que pecou, mas, em vez de simplesmente confessar, busca se justificar diante do confessor. Muitos vivem a mística do bebezão. Sempre implorando colo a Deus. Alguns, em vez de simplesmente professar eu creio, numa fé adulta, vive atribuindo as coisas a intervenção sobrenatural: Deus, Nossa Senhora, anjos, santos. Deixam de fazer a sua parte. Vivem uma religião que beira a superstição. Seguindo a linha do pensamento inicial, ser gente grande na religião, ser um cristão adulto significa agir sempre de acordo com o evangelho, seguindo convicções cristãs. Quem ouve o Divino Mestre, dele aprende, pratica o que ouviu e ensina outros a fazer o mesmo, esse será grande no Reino de Deus. Eu entendo: será gente grande no Reino de Deus. Pe. Silvio José Dias

Entre Lula e Bolsonaro, eu fico com Sheherazade A entrevista do general Antônio Hamilton Martins Mourão ao jornalista Pedro Bial em sua Conversa com Bial de 16.7.2019, se não provocou a polêmica esperada, surpreendeu os telespectadores pela sobriedade, segurança e bom senso do entrevistado. Bial, esperto e sorrateiro, bom jornalista que é – finalmente postado no lugar que lhe é devido ao invés de dirigir a boçalidade que é o tal BBB – tentou arrancar dele material para incendiar a mídia assanhada que quer sempre ver o circo pegar fogo. Ele não caiu. Católico, participante assíduo das missas dominicais da igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, entendo que o seu nome possa ser tema de nossas considerações não simplesmente pelo cidadão que é, mas, principalmente, pela posição que ocupa, comodatário do Palácio Jaburu em Brasília.

Já foi autor de várias declarações não propriamente polêmicas, mas que suscitaram uma gritaria nos meios de comunicação social que, na verdade, já não conseguem tocar a sensibilidade do grande público, banalizadas que estão as notícias políticas em razão do aluvião de fake news que inunda a grande mídia e, principalmente, as redes sociais. Neste sentido ele é um homem de palavra fácil, apesar do seu aspecto sisudo de militar de poucos amigos. É honesto e sincero quando se manifesta. Tem um humor de canto de boca, desafeito a gargalhadas, mas, sutil e inteligente. Considerando que os últimos anos de nossa república foram decisivos para a ascensão dos vices, convém prestar-se atenção nesse homem. O titular do Planalto anda ousado demais, lixando-se para a

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Departamento de Comunicação da Diocese de Taubaté Avenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070

opinião pública e para a tolerância dos seus eleitores que esperavam dele mais do que um trombador. O enfrentamento com o Congresso recusando-se a negociar apoio é altamente positivo e não me venham dizer que emendas orçamentárias sejam ferramentas de corrupção por si só. Em última instância são, sim, um atendimento a pleitos populares em que se utiliza o dinheiro público em favor do bem público, ainda que leve a reboque o bem político dos parlamentares agraciados. Mas, nosso presidente insiste em fazer slackline entre o Congresso e o Planalto com uma esticada pelo STF. Onde entra Mourão nessas minhas considerações? Achei de bom senso as suas afirmações em maio de 2018 sobre uma possível intervenção militar no vida política do Brasil: “Tem gente que quer as Forças Armadas

Diretor: Pe. Silvio José Dias Editor: Pe. Marcelo Henrique de Souza Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial: Pe. Leandro A. de Souza, Pe. Celso L. Longo, e Henrique Faria. Diagramação e Designer: Pe. José Ronaldo de Castro Gouvêa, scj Impressão: Katú Editora Gráfica

incendiando tudo. E a coisa não pode ser assim, não pode ser desse jeito. Não concordo. Soluções dessa natureza a gente sabe como começam e não sabe como terminam.” Eu gostaria muito que ele tivesse se constituído no superego do presidente. No entanto, parece que o presidente não tem medidas, nem limites, nem autocensura para seus arroubos. Sendo assim, entendo que, pelo menos, em caso de emergência, estaremos mais bem servidos do que nos servimos na quase-presidência de Tancredo Neves, e nas presidências de Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff, três dos seis presidentes do período pós ditadura militar. Sheherazade tinha razão? Em tempos de Google, se você não entendeu, dá uma clicadinha só. Henrique Faria

Tiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuita Site: www.diocesedetaubate.org.br email: olabaro@diocesedetaubate.org.br www.facebook.com/olabaro As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.

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Palavra de nosso Bispo

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A oração em família

“Rezem sem cessar. Dêem graças em todas as circunstâncias, porque esta é a vontade de Deus a respeito de vocês em Jesus Cristo” (ITs 5,17-18). O empenho pastoral deste ano, em nossa Diocese, é conscientizar que a iniciação à vida cristã deve se dar na própria família. A oração é um meio especial para se alcançar esse objetivo. Oração é ter o coração voltado para Deus; é colocar-se na presença do Senhor; é diálogo, proximidade com Aquele que nos chamou à existência e nos atrai a si. Assim como encontros e conversas entre amigos aprofundam, fortalecem e mantém a amizade, isso também a oração realiza em nossa relação com Deus. Na condição humana, o Filho de Deus aprendeu a rezar no ambiente de sua família e de seu povo, indo semanalmente à sinagoga que, para os judeus, é casa de oração e de escuta da Palavra de Deus (cf. Lc 4,16). Nos Evangelhos, são inúmeras as referências a Jesus que reza. Ele reza em todas as circunstâncias e nos momentos mais decisivos de sua vida e missão. Sua oração é sempre expressão de confiança e disposição em fazer a vontade do Pai: “não seja feita a minha vontade, mas a tua” (Lc 22,42). Assim deve ser também nossa oração. A oração de Jesus exprime sempre uma atitude filial de amor e confiança. Jesus ensina que em nossa oração não precisamos multiplicar as palavras, como que tentando convencer a Deus sobre aquilo que precisamos e pedimos (Mt 6,7). Ensina também que que a oração verdadeira não consiste em ficar falando “Senhor, Senhor”, mas em fazer a vontade de Deus (cf. Mt 7,21); portanto, é uma oração que está em sintonia com a vida voltada para Deus. Como podemos recorrer a Deus pedindo o que precisamos se não atendermos ao que Ele nos pede? Deus não precisa de nossa oração, ela serve a nós e nos ajuda a configurar nossa vida à vontade de nosso Senhor.

Por isso, a oração é essencial a nós pessoalmente e à família cristã. Além da oração comunitária, que fazemos na igreja, e além de nossa oração pessoal, é importante desenvolver a prática da oração em família, igreja doméstica. Pela oração, a família se coloca diante de Deus e Deus se faz presente na vida da família. Assim se cria ambiente favorável para a vivência e a transmissão da fé. A oração em família pode ser uma dificuldade diante do ritmo de vida atual, mas não pode ser por nós negligenciada. A dificuldade ou a falta de hábito de oração são reais e como tal devem ser considerados, refletidos e superados para proveito da família e sua vivência cristã. Cada família procure estabelecer o momento mais oportuno para reunir seus membros e, juntos, rezarem. Isso tem que ser feito com decisão, empenho da vontade e persistência. Uma educação autenticamente cristã não pode prescindir da experiência da oração. Se não se aprende a rezar em família, depois será difícil conseguir preencher esse vazio. Pela oração, a família cristã intensifica a união entre seus membros e deles com Deus. Maneira privilegiada de oração é rezar com a Palavra de Deus. Essa prática é chamada de “lectio divina” ou leitura orante e vem dos primeiros séculos da vida da Igreja, da prática de oração dos mosteiros. Com isso, alimenta-se a espiritualidade cristã iluminando a vida com a Palavra de Deus. Essa prática tem suas raízes na própria oração de Jesus que é permeada do conhecimento da Sagrada Escritura. O cultivo desta forma de oração em família servirá tanto para a iniciação cristã de seus membros como para seu fortalecimento na fé. Após o sínodo para a família, o Papa Francisco, em sua exortação apostólica, diz: “A

família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito Santo” (n. 29). “A Palavra de Deus é fonte de vida e de espiritualidade para a família. Toda a pastoral familiar deverá formar os membros da igreja doméstica, através da leitura orante da Sagrada Escritura” (n.227). A família que quiser proporcionar a evangelização de seus membros e o fortalecimento da espiritualidade cristã poderá dedicarse à oração seguindo os três passos da leitura orante: LER o texto bíblico (breve trecho de um livro da Bíblia que se lê em sequência); PARTILHAR o que o Senhor inspirou e o que cada um refletiu; REZAR a partir daquilo que a Palavra de Deus nos transmitiu. Essa deve ser uma oração espontânea e pode ser de súplica, de louvor ou ação de graças. (Veja explicação mais detalhada na página 9). A família cristã que cultivar a prática da oração intensificará a sua espiritualidade e vida cristã, contribuirá para a experiência de encontro com Deus e criará ambiente propício para se transmitir a fé. Esse é o maior valor que pais cristãos poderão transmitir a seus filhos. A experiência de oração na família pode ser mais determinante para a vida cristã que a instrução que eles possam receber. Tome a iniciativa e cultive o hábito da oração em família. Dom Wilson Angotti


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Encontro diocesano do Setor Juventude

Diocese em Foco

Seminarista Renato

No dia 30 de junho, domingo, às 8h30 realizou-se nas dependências da Faculdade Dehoniana, a Formação Diocesana do Setor Juventude. Houve o acolhimento dos jovens vindos das diversas cidades que compõem a Diocese de Taubaté, aos Grupos de Oração, Grupos Paroquiais de Jovens e Movimentos Juvenis ali presentes. Aproximadamente cem participantes. No desenvolvimento das atividades, padre Toninho com maestria soube articular o conteúdo da Exortação Apostólica com as realidades concretas dos participantes, a fim de se aproximar mais das inquietações trazidas pelos jovens, suas expectativas e seus anseios. Também mencionou segundo a estrutura do documento o tesouro imprescindível contido nas Sagradas Escrituras, com exemplos de personagens do Antigo e do Novo Testamento, de forma a trazer para o presente o contributo pessoal que eles exerceram. Dentre esses personagens, foi destacado o papel singular da Virgem Maria, a jovem de Nazaré, como aquela

que está no coração da Igreja, modelo da juventude que deseja seguir Cristo com docilidade, como a Serva do Senhor (Lc 1,38). Foram mencionados alguns exemplos presentes ao longo da história de nossa Igreja, na vida dos santos, tais como: São Francisco de Assis, que “ainda muito jovem e cheio de sonhos, ouviu o chamado de Jesus para ser pobre como Ele e restaurar a Igreja com o seu testemunho”; Santa Teresa do Menino Jesus, Beato Pier Jorge Frassati, Beata Clara Badano (Chiara Luce), dentre outros. Após o término das atividades, padre Cipriano Alexandre de Oliveira, Assessor do Setor Juventude fez os agradecimentos à presença do padre Toninho, de sua dedicação à juventude por tantos anos, e em especial, a Diocese de Taubaté. Para finalizar, houve a celebração da Santa Missa. Dentre as experiências que os jovens fizeram neste encontro, segue-se uma partilha feita pelo Fábio Henrique da Silva Rocha, membro da coordenação

diocesana da juventude: “O encontro de formação Diocesana da Juventude foi surpreendente! O documento do Papa Francisco “Cristo Vive” demonstrou ser muito atual, a ser um grande apoio na evangelização da juventude. Os grandes amigos Padre Toninho e padre Cipriano sempre com uma linguagem jovem e acolhedora fizeram do encontro, um momento agradável de aprendizado e troca de ideias. A participação dos jovens de diversas cidades e paróquias da nossa diocese deu um brilho mais que especial ao encontro. Com muita alegria mostraram a beleza da unidade da Igreja! O interesse e a participação dos presentes foi muito positivo na formação! É certo que eles estarão propagando os conhecimentos adquiridos. Fica aqui os meus agradecimentos a todos os jovens e paróquias envolvidas e a gratidão infinita a DEUS, que mais uma vez nos proporcionou experimentar o seu grande Amor que é sempre atual e eficaz para cada momento”!

Padres participam de retiro anual

A última semana de junho foi uma ocasião de muita graça para o clero da Diocese de Taubaté. Tanto os padres diocesanos, como os padres religiosos que atuam em paróquias, participaram do retiro anual do clero. Esse momento de exercícios espirituais acontece todos os anos, por volta desse período, e visa oferecer aos padres uma oportunidade para o aprofundamento na fé e para o reabastecimento das forças em Deus. Como nos últimos

anos, o retiro deste foi realizado nas dependências da Vila Kostka, mosteiro administrado pelos jesuítas, localizado em Indaiatuba, SP. O pregador desta edição do retiro foi o revmo. Pe. Rafael Solano Durán, cura da catedral de Londrina, PR. Nascido na Colômbia, veio para o Brasil ainda jovem e já soma mais de duas décadas nestas terras. Possui vasta experiência na área da formação sacerdotal, tendo atuado como reitor de

seminário por longo período, e é pós-doutor em teologia moral. Além de uma erudição ampla, mostra destreza na lide com questões contemporâneas na esfera eclesial e religiosa, bem como se comunica com vivacidade e clareza. Tratando de temas diversos e pertinentes à vida presbiteral, pe. Solano usou como eixo de todo o retiro uma única passagem, que aprofundou em cada reflexão que fez: o evangelho da piscina de Betesda (Jo 5). No

Da redação

trecho meditado, um homem paralítico há trinta e oito anos, que aguardava a chance de curar-se nas águas daquele tanque tido por milagroso, é curado, mas pelo poder de Jesus. A salvação e a graça estão em Deus, e não em coisas miraculosas. A reação dos padres ao retiro foi muito positiva. Alguns o consideraram um dos melhores retiros de que já participaram em seu tempo de vida sacerdotal.

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Diocese em Foco

“Tudo tem o seu tempo” (Ec 3,1) Ao amado Povo Deus da Diocese de Taubaté! Ao redigir serenamente estas linhas, tenho presentes as palavras do Apóstolo: “Eu plantei, Apolo regou mas é Cristo quem faz crescer” (1Cor 3,6). O desapego das realidades efêmeras são como que consequências dos “êxodos” que constituíram minha caminhada humana e sacerdotal. As mãos trêmulas e inseguras com que as redijo, colocam-me diante da inexorabilidade da vida. Conto, presentemente, 99 anos de idade e 79 anos de ministério sacerdotal! Tempus fugit... O encalço da “terra da promessa”, figura da sublime vocação sacerdotal, para a qual fui misericordiosamente chamado, até o grau máximo, no episcopado, exigiu um paulatino abandono aos designíos da Divina Providência: maravilhas insondáveis da Graça! Fui aquiescendo a estes “êxodos”, acomodandolhes a minha personalidade e habituando-me, em face do imperativo da vocação, a dizer “adeus” sempre que isto se fazia necessário. Particularmente, se me afiguram especiais as datas de 1 de fevereiro de 1933, 3 de novembro de 1971 e 1 de maio de 1981: nelas, disse “adeus” que marcaram para sempre o fio da minha existência e vocação. Em 1933, com treze anos de idade, um menino cheio de sonhos e anseios, levado pelas mãos carinhosas do saudoso papai, ingressava no distante Seminário Apostólico de Manhumirim, para encetar a formação missionária e sacerdotal na escola do grande Pe. Júlio Maria de Lombaerde. Professo na Congregação dos Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, ordenado sacerdote, Pároco na inesquecível Paróquia de Nossa Senhora das Dores do Indaiá e Reitor no seminário local, plenamente realizado humana e sacerdotalmente, no ano de 1971, o Santo Padre Paulo VI determinava-me tudo abandonar, e seguir para Lorena como Pai, Pastor e Pontífice. Anos depois, em 1981, após deixar, na obediência e corresponsabilidade, a amada Igreja Diocesana de Nossa Senhora da Piedade, exatamente na ocasião em que se instalava o novo Bispado de São José dos Campos o Ex.mo Sr. Núncio Apostólico, em nome do Santo Padre João Paulo II, determinava que

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Carta do Dom Atônio deixasse a diocese da Campanha da Princesa transplantando-me para Taubaté, como quinto bispo, sucessor do grande amigo, o santo Dom José Antônio do Couto SCJ. Devo dizer, recordando a expressão célebre de Santo Agostinho, Bispo de Hipona, que vindo ser o vosso bispo, na vetusta Taubaté, ao largo de qualquer temor, senti-me, desde o princípio, um de vós, plenamente acolhido e integrado em vosso meio. Desde que aqui cheguei, precedido pela vossa história secular, conscientizei-me que se não pudesse engrandecê-la mais, fazê-la mais feliz e mais próspera, não pudesse eu corresponder pelos meus esforços às esperanças de seu povo, de sua gente; não pudesse eu ser tudo aquilo que a Igreja pede de um pastor, seria isto uma decorrência de minhas limitações, mas amá-la e servi-la como um amigo e um pai, isto eu poderia fazer, pois que dependeria exclusivamente de meu coração e de minha bondade. Hoje, declino a convicção de que vós me amastes por primeiro e com maior intensidade. Fizestes-me repleto de alegrias e realizações. Do alto de meus 99 anos, dos quais quase 40 foram inteiramente ao vosso serviço, devo testemunhar-lhes que tenho sido imensamente feliz, sendo vosso bispo. Os anos passaram céleres! Brevemente, na hora assinalada pela soberana vontade do Autor da vida, comparecerei ao tribunal da Misericórdia. Levo a consciência da missão cumprida com fidelidade e a convicção de que recebi muito mais do que pude ofertar! Destarte, batendo à minha porta tantos apelos, se me afigura a necessidade de um novo “êxodo”, talvez o derradeiro, para melhor viver a minha vocação. Nos últimos anos, particularmente nestes primeiros meses de 2019, tenho sentido de forma aguda as consequências que me impõe a idade avançada. Embora, pela graça de Deus, goze de boa saúde e de disposição, menos ou mais regular, sinto-me fragilizado para o estilo de vida, sobretudo as atividades pastorais, que, até o presente, foram-me ordinárias. Consultei minha consciência, colocando ao “fio da balança” as razões que justificaram, até o presente, minha permanência nesta diocese e concluí que é chegado o momento de recolher-me para junto dos meus, nestas Minas Gerais de minha naturalidade. Aqui, viverei os dias que me restam, à sombra benfazeja da grande Mãe de Deus, Senhora das Mercês, na terra onde me criei, onde estão sepultados meus pais e irmãos, tendo por companhias minhas extremosas irmãs, meu cunhado, e tantos sobrinhos e sobrinhas radicados nesta localidade e em cidades vizinhas. Subirei, nos meus dias derradeiros, já com passos incertos e vacilantes, mas com o mesmo coração disponível de outrora, os degraus do altar onde iniciei meu caminho no serviço a Deus como coroinha, para ofertar à Trindade Santa, na cruz da patena, o dom de minha vida e vocação. É esta a minha decisão [...]. Apresento-vos, portanto, caríssimos filhos e amigos queridos, na impossibilidade de dirigir-me em particular e pessoalmente, minhas sentidas despedidas e a afirmação de minha gratidão imorredoura. Dirijo-me a todos, indistintamente, saudando de forma reverente

Da redação o Ex.mo e Rev.mo Sr. Bispo Diocesano, Dom Wilson Luís Angotti Filho; o Rev.mo clero; os Religiosos e Religiosas, sobretudo membros dos institutos criados ou regularizados em nosso governo pastoral, que consideramme fundador ou fundador secundário; as autoridades constituídas, civis e militares; os Sr.s Seminaristas e os inúmeros benfeitores, entre os quais os queridos funcionários e amigos mais próximos, que tanto se dedicaram, sobretudo no período de minha emeritude e que, por certo, me apoiando, não deixarão, no entanto, de lamentar minha partida. Declino uma palavra especial, em abono da justiça, para homenagear S. Ex.a Rev.ma Dom Carmo João Rhoden SCJ, com quem vinha residindo desde que lhe transmiti o governo diocesano, em 1996. Registro, ad perpetuam rei memoriam, gratidão e apreço pela pessoa de meu Ex.mo sucessor. Trago vivas as alegrias proporcionadas pela fraterna comunhão que nos uniu como religiosos e bispos, nestas décadas de mútuas benfeitorias. Prezado Senhor Bispo, Dom Carmo João, rezo ao bom Deus para que retribua, em graças e bênçãos, vossa caridade para comigo e queira recompensá-lo pela paciência e longanimidade, em face de meus defeitos e limitações! Externo, igualmente, minha amizade e gratidão aos irmãos e demais familiares de S. Ex.a Rev.ma. Hoje, consola-me perceber que vós outros, confortando-me com seu adjutório nas horas mais laboriosas de minha missão pastoral, galhardeando-me com vosso extremado carinho em minha velhice e perdoando sempre meus defeitos e insuficiências, concedem-me, ainda, a alegria de sua amizade, de eu ser de vossa terra e família, outorgando-me a nobreza de seu nome e os direitos de vossa cidadania. Nada mais poderia desejar, além de que, quando os vossos filhos e os filhos de vossos filhos estiverem à frente dos destinos desta futurosa diocese e perguntarem: quem foi Antônio Affonso de Miranda, se lhes pudesse responder: foi um missionário Sacramentino, nosso bispo, mas, sobretudo, um taubateano que amou esta diocese e sonhou, com as veras de seu coração, com a plena felicidade e santificação deste Povo! Evidente que nutro vivas esperanças de estar ainda muitas vezes entre vós. Minhas despedidas, neste sentido, se afiguram como um “até logo”. Não poderia, porém, transferirme para estas Minas Gerais, sem impetrar as expressões de minha deferência, significandovos o apreço de minha amizade fraternal. Rogo a Deus, pela poderosa intercessão de São Francisco das Chagas e de Nossa Senhora Aparecida, que abençoe abundantemente a vós, vossas famílias, trabalhos e empreendimentos. Estejamos sempre unidos no serviço de Deus, particularmente em cada Santa Missa, revivendo a máxima do Apóstolo: “Como há somente um Pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único Pão” (1Cor 10,17). Mercês, 21 de junho de 2019. Dom Antônio Affonso de Miranda SDN Bispo Emérito de Taubaté


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Movimento Shalom se reúne para celebrar o Jubileu de Ouro

Destaque

Juliana Peloggia

Festa do Jubileu de Ouro reúne centenas de shalonitas que tiveram suas vidas transformadas com a experiência de Shalom.

São 50 anos dedicados a evangelização dos jovens, e milhares de pessoas, que tiveram suas vidas transformadas pela experiência de Deus que o Shalom proporciona em seus retiros, se reuniram neste dia para celebrar esta data especial para a história do Movimento O Movimento Shalom se reúne para celebrar seu Jubileu de Ouro e relembrar a história de 50 anos dedicados a missão de evangelizar os jovens. A festa aconteceu no último dia 14 de julho, na Casa de Shalom, e começou com a celebração da Santa Missa, às 10 horas da manhã, presidida pelo bispo diocesano Dom Wilson Angotti Filho, e concelebrada pelo fundador do movimento Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger e pelo padre Cipriano Alexandre de Oliveira, atual diretor espiritual do Shalom. c Afinal, Shalom não é um momento em nossa vida; é uma experiência de amor que se deve levar consigo e viver ao longo de nossos dias”, disse Dom Murilo durante sua homilia, enquanto fazia a reflexão sobre a parábola do Bom Samaritano, evangelho do dia. Ao final da Santa Missa, Dom Murilo entregou ao Movimento Shalom a benção apostólica do Santo Padre, o Papa Francisco, que ele havia solicitado ao Vaticano em razão da comemoração dos 50 anos do Movimento. A benção foi recebida com muita alegria pelos shalonitas presentes, e assim está: “Sua santidade Francisco concede com todo

o coração a desejada benção apostólica ao Movimento Shalom de Taubaté por ocasião do Jubileu de Ouro de fundação e invoca, por intercessão de Maria Santíssima, a abundância das graças divinas”. Na sequência, Dom Wilson anunciou que a Casa de Shalom será reaberta para retiros neste segundo semestre, uma grande notícia recebida com imensa alegria, também. Visto que há quase um ano as atividades do Movimento estavam sendo realizadas na Casa de Cursilhos, por conta da interdição da Casa de Shalom para reforma elétrica. De acordo com o Dom Wilson, a primeira fase da reforma já terminou e

os amigos desta diocese, o que tornou a festa do Jubileu ainda melhor. Nos primeiros anos de existência do Movimento, muitos padres e frateres de outras dioceses vinham fazer os retiros em Taubaté e levavam a experiência para suas cidades, o que fez com que o Movimento se propagassem para várias Dioceses em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Hoje, o Shalom de Taubaté mantém contato com o Shalom de Mariana, estreitando os laços de relacionamento e trocando informações sobre retiros. Foi uma alegria inexplicável receber nossos amigos de Mariana e sentir o carinho deles com a gente. O Shalom é uma experiência de amor. Experiência do amor de Deus e experiência de amor com o próximo. Uma experiência que deu certo há 50 anos e ainda hoje continua a arder no coração de milhares de pessoas que puderam passar por esse Movimento. O Movimento surgiu em 1969, quando acontecia, no Conventinho, o 1º Encontro de Juventude da Diocese de Taubaté, uma experiência que já estava sendo realizada em São Paulo e foi trazida para Taubaté pelo padre Zezinho. Os encontros para jovens ainda eram novidade e foram uma resposta ao Concílio Vaticano II, que pedia uma maior participação dos leigos na vida da Igreja. Mais tarde, esse 1º Encontro

“Jubileu não é um ponto de chegada, mas é um tempo para ouvirmos novamente Jesus nos dizer: ‘Vai e faze tu o mesmo’. a Casa de Shalom seria reaberta a partir deste dia da comemoração do Jubileu do Movimento. O Movimento Shalom ganhou três presentes muito especiais em seu aniversário: a benção papal, a notícia da reabertura da Casa de Shalom e a presença dos nossos amigos shalonitas da Arquidiocese de Mariana. Os shalonitas da Arquidiocese de Mariana, situada em Minas Gerais, fretaram um ônibus e enfrentaram uma viagem de pouco mais de oito horas de estrada para prestigiar

Casa do Wils re

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Destaque Jornada de Shalom está com inscrições abertas O retiro será nos dias 22, 23 e 24 de agosto, na Casa de Shalom Se você ficou com vontade de conhecer o Movimento Shalom, sintase convidado para participar da Jornada. O encontro é direcionado para jovens acima de 18 anos e tem como objetivo promover o encontro com Deus, fazendo com que o jovem sinta-se amado e acolhido por nosso Deus, que é infinita misericórdia. O retiro será nos dias 22, 23 e 24 de agosto, na Casa de Shalom. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: shalom_contato@outlook.com O Movimento pede apenas uma contribuição de R$ 35,00 para ajudar nos custos com a alimentação que será fornecida o retiro. Caso ainda não tenha 18 anos, também neste segundo semestre, haverá o retiro para adolescentes de 14 a 17 anos: o Perseverar, que será realizado nos dias 27, 28 e 29 de setembro, também na Casa de Shalom. As inscrições ainda não estão abertas, mas as novidades serão publicadas na página do Facebook:

ficou conhecido como 1ª Jornada de Shalom, pois foi nele que se deu início ao Movimento Shalom, resultado da dedicação e empenho do Dom Murilo, na época ainda frater. Pode-se dizer que o Cursilho é nosso Movimento irmão, visto que no princípio o objetivo do Shalom era proporcionar uma experiência parecida com a que acontecia no Cursilho para os filhos dos cursilhistas. Os anos foram passando, e o Movimento, que começou sem muita pretensão de se tornar algo duradouro, foi se estruturando e atraindo cada mais a atenção de milhares de jovens da Diocese, mudando a vida de famílias inteiras. É certo dizer que o mesmo carisma de 50 anos atrás continua até hoje, o carisma que se fundamenta na sagrada escritura, em João 12,21: quando os gregos vão até os discípulos pedindo para ver Jesus. “Queremos ver Jesus”. Esse é o objetivo de toda atividade do Movimento Shalom. Os shalonitas estão comprometidos com a missão de mostrar o caminho de Cristo aos jovens; assim como os discípulos apresentaram Jesus aos gregos. “Não é uma tarefa fácil, nós sabemos. Nossa sociedade está com os

valores invertidos, segundo os quais tudo é permitido sob o pretexto da realização pessoal e da alegria momentânea. Mas o caminho que nós nos propusemos a seguir é assim mesmo: estreito e difícil. Mas é onde está a felicidade verdadeira que é a alegria de estar próximo de Deus”. afirma a coordenadora do Movimento. Cinquenta anos se passaram desde a fundação do Shalom, e para relembrar a história, os shalonitas estão preparando um vídeo-documentário que contará todas as etapas do Movimento Shalom. Após a benção final da Santa Missa, foi passado um pequeno trailer do vídeo para atiçar a curiosidade dos presentes, mas o vídeo final só será exibido no final do ano, no dia 15 de dezembro, Dia de Confraternização Cristã (DCC), um dia de festa para os shalonitas encerrarem o ano do Jubileu com chave de ouro. Após a exibição do vídeo, a coordenação do Movimento entregou algumas homenagens para alguns shalonitas que foram importantes para a história do Movimento, e depois todos foram convidados para um almoço festivo, onde puderam se confraternizar e relembrar boas histórias do Movimento Shalom.

Casa de Shalom é reaberta para a celebração do Jubileu do Ouro do Movimento Shalom de Taubaté. E Dom Wilson anuncia que a partir deste segundo semestre, os retiros poderão voltar a ser realizados nesta Casa.

Dom Murilo entrega a benção apostólica do Santo Padre, o Papa Francisco, ao Movimento Shalom, dada por Sua Santidade em ocasião do Jubileu de Ouro do Movimento.

Padre Cipriano (atual diretor espiritual do Movimento Shalom), Dom Wilson e Dom Murilo (bispo primaz da Arquidiocese de Salvador e fundador do Movimento Shalom) se preparam para iniciar a Santa Missa.

Coordenadoras do Movimento Shalom da Arquidiocese de Mariana e do Movimento Shalom da Diocese de Taubaté se reúnem com o fundador do Movimento, Dom Murilo.

Há 50 anos, o Movimento Shalom vem se dedicando a missão de evangelizar os jovens, seguindo o carisma original expresso na Sagrada Escritura em João 12, 21: “Queremos ver Jesus”.

Um dia de festa para o Movimento Shalom e toda a Diocese de Taubaté, pois em sintonia com a Igreja, o Shalom ajuda a Diocese a chegar aos jovens, levando Cristo a eles.

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Em Tempo

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Celebração do aniversário da diocese Pe. Celso Longo, pároco

Com uma Santa Missa realizada às oito horas da manhã na Igreja Catedral de São Francisco das Chagas no dia 7 de junho, foi celebrado o aniversário de 111 anos da Diocese de Taubaté. Na celebração, que foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Wilson Luís Angotti Filho e concelebrada por alguns sacerdotes, renderam-se graças a Deus pela bela história da Diocese. Fundada por São Pio X em 7 de junho de 1908, a Diocese de Taubaté teve por primeiro Bispo Dom Epaminondas Nunes d’Ávila e Silva. Dom Wilson é o sétimo Bispo a pastorear a Igreja Particular de Taubaté. Inicialmente, a Diocese possuía um território muito maior do que atualmente. Após os desmembramentos que deram origem às demais dioceses que compõem, no presente, a Arquidiocese de Aparecida, o território da Diocese de Taubaté abrange, hoje, onze municípios (Taubaté, Tremembé, Pindamonhangaba, Caçapava, Jambeiro, Redenção da Serra, Natividade da Serra, São Luís do Paraitinga, Santo Antônio do Pinhal, Campos do Jordão e São Bento do Sapucaí). Com 49 paróquias, a Diocese tem sua população estimada em aproximadamente 630 milhões de pessoas.

Férias: tempo de descanso

Na sucessão constante do tempo, a rotina se torna um grande perigo ao qual o homem se expõe. Seja na vida profissional ou na vida de estudos acadêmicos as regras e os horários que insistentemente se repetem numa rotina frenética vão, dia após dia, lentamente, tornando opacos nossos olhos para as belezas e os prazeres que se nos apresentam nas situações mais corriqueiras da vida, como estar em família, ler um bom livro e aproveitar a companhia de bons amigos. Talvez seja por esse motivo que o período de férias é ansiosamente aguardado por trabalhadores e por estudantes, que o vislumbram como um tempo propício e necessário de quebra da rotina e de retomada de energia para as atividades que, sabem, os aguardam ao término do tão merecido tempo de descanso. Entretanto, o momento ansiosamente esperado não raras vezes se esvai tão rapidamente que parece não vivenciado da forma como se

havia sonhado e planejado. O homem que busca a fuga da rotina está tão habituado a ela que os momentos de descanso são substituídos por novas rotinas igualmente exaustivas a aprisionadoras. É fundamental, portanto, recuperar não apenas a necessidade, mas também a sacralidade do tempo do descanso como um momento de refrigério físico, intelectual e espiritual. O descanso físico é, provavelmente, o aspecto primordial para o desejo das férias, isso porque o desgaste físico é o mais fortemente sentido. O corpo é primeiro cartão de visitas do homem, o elo que une as pessoas, a primeira forma de expressão que possuímos e o mais perfeito templo de Deus. Logo, o complexo mecanismo chamado corpo humano, assim como qualquer outro mecanismo, necessita de atenção e de reparo. Aproveitar o tempo de férias para o descanso físico é aceitar a humana condição do limite e restaurar

as forças esvaídas ao longo dos meses de trabalho e de estudo, tomando novo fôlego e adquirindo novo vigor. Cuidar bem do corpo - dom gratuito do amor de Deus - dando a ele o merecido descanso é cooperar com a criação divina, “ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Cor 6,19). O segundo aspecto do tempo de férias é o descanso intelectual, que não se refere somente a estudantes ou a alguns trabalhadores em específico e que vai muito além de um mero ‘não fazer nada’. O descanso intelectual é a fuga de tudo aquilo que desgasta intelectualmente o ser humano e que as vezes não é perceptível em claros sinais sensíveis. É deixar de lado o celular sem a preocupação de responder imediatamente esta ou aquela mensagem ou e-mail recebidos e conectarse consigo e com o meio à volta, reassumindo o controle da própria vida, usando o

tempo livre de modo criativo e novo. “O descanso se faz pelo oposto”, afirma padre João Batista Libânio, de modo que, para um bom descanso intelectual movimentar-se um pouco será sempre positivo. Por fim, férias é também tempo de descanso espiritual. Para o homem que crê será Deus o seu lugar de pleno descanso, como diz Jesus: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,28). Tal lugar de descanso não exige do homem uma busca desesperada pelo que está fora, mas um reencontrar o que está dentro e que de algum modo foi sufocado pelos excessivos afazeres e problemas da vida. Sobre isso nos escreve Santo Agostinho: “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu te amei! Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!”. Seminarista Júnior Rangel, 3º ano de teologia

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Tema Pastoral

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Pastoral urbana: espiritualidade para a cultura das cidades

Nos últimos anos, no Brasil, por causa da crescente mil e uma vozes que gritam entre as buzinas das cidades se ela urbanização, vem-se falando sobre “pastoral urbana”. Tanto os for capaz de descobrir e de criar uma espiritualidade à altura estudiosos da pastoral quanto os documentos da Igreja estão da vida que se leva entre os prédios e às fábricas. refletindo sobre isso. Mais recentemente, as novas Diretrizes Pe. Marcelo Henrique Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023, Editor as DGAE, trazem como ênfase do agir pastoral os desafios e as possibilidades inerentes à vida nas cidades. O primeiro passo a ser dado na evangelização desses espaços é analisar profundamente o que é a cidade e quais as marcas específicas de sua cultura. Essa análise precisa ser feita com dois olhares, o da ciência que investiga e conhece as causas e os processos, de um lado, e o do Evangelho que ilumina e guia a vida cristã, de outro. Feita a análise e antes de propor caminhos para o agir pastoral, convém propor alguns princípios de espiritualidade para a cultura urbana. Isso porque o agir não se fundamenta apenas em conclusões teóricas, mas especialmente em atitudes interiores diante da realidade em jogo. A pergunta que se faz, aqui, é: qual poderiam ser os princípios de espiritualidade cristã a guiar o agir pastoral no complexo mundo urbano? Vejamos alguns elementos que podem ajudar a responder essa questão. Primeiramente, uma espiritualidade do sentido. A cidade é um lugar artificial, se comparado à vida no campo. Na cidade não há a natureza exuberante, o ritmo solar, o cantar dos pássaros, o cheiro bom de terra molhada, como é nas roças. Se, por um lado, o estilo de vida urbano possibilitou uma maior mobilidade no espaço e uma flexibilização do ritmo natural do tempo, por outro, ele não dá conta de preencher a vida das pessoas de sentido. O que se vê pelas ruas e nas igrejas são pessoas cansadas, perdidas, humanamente exauridas pela rotina de trabalho, de trânsito e de relações virtuais. A cidade trouxe progressos materiais e técnicos, mas ainda deve em termos de progresso O folheto acima pode ser solicitado nas paróquias da Diocese. humano e espiritual. O desafio da pastoral urbana é, pois, desenvolver com as pessoas uma vida significativa, em que Cristo seja o coração pulsante do cotidiano e do agir, dos relacionamentos e do descanso. Em segundo lugar, uma espiritualidade do profundo. A velocidade alucinante da cultura urbana, seu interesse por coisas mais do que por pessoas, suas relações virtuais e líquidas, dentre outras coisas, fazem da cidade um lugar de superficialidades. Notar bem que não se trata de uma intenção consciente das pessoas, nem de uma falta de caráter que leva a escolher o mais fácil no lugar do mais significativo, mas de um contexto gritantemente desfavorável à profundidade, especialmente à profundidade espiritual. Tal realidade é tão gritante que mesmo as religiões são afetadas por ela: na busca por manter fiéis, na pior das hipóteses, ou de querer se adaptar aos novos tempos, na melhor delas, as religiões tem cedido, sem discernimento, ao modo de vida superficial. A teatralização do culto, o barulho que substitui o silêncio, a histeria dos gritos psicologicamente preocupantes são sinais de que a profundidade deu lugar a buscas rápidas e fáceis de Deus, ao estilo fast food. João da Cruz e Inácio de Loyola perdem para o iFood, porque demoram demais e dão muito trabalho. Por fim, uma espiritualidade orgânica. Se a vida urbana é artificial no seu espaço e no seu tempo, não é diferente no âmbito das relações humanas, extremamente mediadas pelas redes sociais. Por espiritualidade orgânica, aqui, entendo uma espiritualidade que favoreça encontros reais, não virtuais. Isso acontece tanto na esfera da oração, na celebração da missa e de um retiro de fim de semana, por exemplo, como na esfera da informalidade, quando há uma quermesse paroquial ou um outro evento promovido pela comunidade. Em tempos de desencontros reais, as igrejas podem ser espaços privilegiados para encontros, através de suas ações religiosas e sociais. Em suma, a crescente cultura urbana provoca a Igreja a mudanças no seu modo de ser e de agir. Estudar o estilo de vida urbano e descobrir nele, à luz da fé, caminhos de sentido é uma missão da pastoral. A Igreja só encontrará seu espaço entre as

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Entrevista

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Dízimo: uma experiência de fé vivida na comunidade Pe. Jaime Lemes, msj

O mês de julho, na Diocese de Taubaté, é dedicado à conscientização sobre o Dízimo na Igreja. Nesta edição, o Pe. Sílvio Dias, ecônomo da diocese e assessor diocesano da Pastoral do Dízimo, fala sobre o importante trabalho realizado por essa pastoral nas paróquias.

O LÁBARO: O que é a Pastoral do Dízimo e como é a sua atuação nas paróquias? Pe. Silvio: A Pastoral do Dízimo é uma ação eclesial que colabora ativamente na formação e manutenção da comunidade de fiéis. Sua finalidade principal é implantar, organizar e dinamizar o funcionamento do Dízimo na comunidade. E ainda, ela deverá planejar ações de motivação permanente para a contribuição do dízimo pelos fiéis. Na Diocese de Taubaté, Pastoral do Dízimo está organizada em âmbito diocesano, paroquial e comunitário com suas respectivas equipes. Nas paróquias e comunidades, a equipe local usa de muita criatividade para dinamizar o Dízimo. O LÁBARO: Quais são os desafios que essa pastoral enfrenta ainda hoje? Pe. Silvio: Um grande desafio da Pastoral do Dízimo é levar a superação da compreensão reducionista de que ela existe para arrecadar fundos, quando esse não é o seu principal objetivo. Essa visão estreita dificulta a adesão de novos agentes para essa pastoral, pois muitos membros da comunidade justificam-se dizendo que não gostam de mexer ou falar de dinheiro. Isso acontece mesmo com padres e diáconos que, por esse motivo, deixam de incentivar o Dízimo não apoiando os esforços dos agentes dessa pastoral, ainda que sem perceberem ou querer. E sem a participação efetiva dos padres, a Pastoral do Dízimo não consegue cumprir com sua missão nem logrará resultados de um trabalho generoso de agentes dedicados. O LÁBARO: Na Igreja, o Dízimo não é uma esmola ou uma simples oferta. O que é então? Como devemos entendê-lo e qual a sua finalidade? Pe. Silvio: De fato, vai uma diferença muito grande entre esmola, oferta e doação e o Dízimo. Enquanto esse modo de colaborar é esporádico e decidido pelo doador mesmo, o Dízimo é uma contribuição sistemática e periódica de um membro da comunidade. Desse modo, o fiel participa do sustento da Igreja, agindo de modo corresponsável na manutenção de sua paróquia e comunidade local. O Dízimo, por isso, é paroquial, ou seja, a “sua contribuição se faz na sede da paróquia, na comunidade ou setor da paróquia em que o fiel participa”, logo se entende que, “o dízimo se distingue de doações feitas a outros tipos de comunidade, associações, meios de comunicação e entidades beneficentes”, assim ensina, em seu n. 49, o Documento 106, da CNBB. O Dízimo não é uma contribuição que segue regras que cada um estabelece para si mesmo, mas segue aquelas ensinadas pela Igreja; tampouco nasce da decisão pessoal de destinar sua colaboração para essa ou aquela entidade, mas para a sua comunidade. E será a paróquia, seguindo um planejamento, que destinará o que é arrecadado para o Dízimo para as despesas e investimentos de que tem necessidade. O LÁBARO:O mês de julho, na Diocese de Taubaté, é dedicado à conscientização sobre o Dízimo. Quais ações estão sendo desenvolvidas pela pastoral neste período? Pe. Silvio: Neste ano, o tema do Mês Diocesano do Dízimo é “Quem ama partilha”, um convite aos fiéis a entenderem o Dízimo como uma contribuição generosa que brota de um coração que ama a Deus e os irmãos. As ações desenvolvidas neste mês não diferem muito das atividades já realizadas sistematicamente pela Pastoral no ano todo. Plantão do Dizimista, sorteio de brindes, Oração do Dizimista, preces, palestras sobre o tema entre outras, são atividades que no Mês do Dízimo ganham mais intensidade. Além dessas, propõem-se Círculos Bíblicos, Terço do Dízimo, visita aos dizimistas, feira do Dízimo, confraternização e muitas outras coisas que nascem da rica criatividade de nossos agentes.

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O LÁBARO: Como falar do Dízimo frente à crise econômica que ainda estamos vivendo? Pe. Silvio: Primeiro quero lembrar que a Pastoral do Dízimo fala de um modo de ser cristão participante ativo de uma comunidade, antes de falar de dinheiro. Contudo, sua ação visa a contribuição financeira dos membros da comunidade. Em relação à crise econômica atual, assim como em outras já vividas no passado - e, certamente outras virão no futuro, pois crises sempre teremos – vale a mística ensinada pelo Dízimo inspirada numa frase de São Paulo: “Cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento” (2Cor 9,7). A contribuição que cada um decide dar no seu dízimo deve ser fixada por uma consciência retamente formada. Ela deve expressar a generosidade decidida por um coração que ama, mas não pode ser um peso para o dizimista tirando-lhe o que é necessário para o seu próprio sustento e o de sua família. O LÁBARO: O Documento 106 da CNBB, que trata sobre o dízimo, apresenta as suas dimensões. Quais são elas e qual o significado de cada uma dessas dimensões? Pe. Silvio: O Documento 106 apresenta quatro dimensões do Dízimo. Elas são apresentadas depois de uma reflexão bíblica sobre o Dízimo, fazendo-nos entender que essas dimensões se fundamentam na Bíblia. A primeira dimensão é a Religiosa, pois o Dízimo é entendido como uma realidade de fé. Nasce da experiência de Deus, pois se trata de uma resposta de amor a Deus que nos amou primeiro. A segunda é a Eclesial, porque o Dízimo é também uma experiência fraterna, surgida da alegria de se sentir irmão entre os irmãos de fé na comunidade, quando então, o Dízimo exprime concretamente o sentimento de pertença à Igreja contribuindo conscientemente numa comunidade local. A terceira dimensão é a Missionária, porque é uma contribuição que visa a realização da evangelização. Nesse sentido, as contribuições feitas não podem ser vistas como pertencentes somente à comunidade local, devendo ser destinado para suas despesas e investimentos de modo exclusivo. O Dízimo se destina também a partilha com as comunidades sem recursos, aquelas dentro da mesma paróquia, ou diocese, ou mesmo socorrendo comunidades carentes mais distantes. Por fim, a quarta dimensão é a Caritativa, concretizando o cuidado comunitário dos mais pobres. Essa dimensão social não pode ser esquecida. Lembrando também, que a caridade é, a um só tempo, ação pessoal e comunitária. Nessa dimensão, assim como na Missionária, a comunidade que foi agraciada pela doação dos dizimistas, se torna doadora generosa para ajudar o próximo.

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Agenda de Agosto

Dia do Padre (Missa e confraternização) Catequese – Reunião c/ Sub-Região Past. Aparecida Past. Vocacional – Reunião com os membros

10h 08h30 09h – 10h30

Past. Carcerária – Formação para novos agentes Past. Vocacional – Reunião c/ coord. Coroinhas Encontro Vocacional Encontro Vocacional Past. Familiar – Reunião da Comissão Diocesana Conselho de Formadores Forania São Bento – Reunião dos padres Festa de São Lourenço - Missa e Confraternização dos Diáconos Past. Criança – Enc. De Coordenadores de Ramos Past. Carcerária – Formação para novos agentes Missa Abertura Diocesana Semana Nac.da Família Semana Nacional da Família Past. Criança – Capacitação Missão Conselho Presbiteral Forania N. Sra. D’Ajuda – Reunião MESCE – VI Encontrão – Forania de Caçapava Catequese – Reunião da Equipe Diocesana PASCOM – Escola Comum.Pastoral: Design Gráfico 3 Past. Carcerária – Formação para novos agentes Past. Criança–Capac.Acomp.Nuticional (Ramos sem) Encontro Diocesano de Coroinhas Setor Juventude – Reunião Diáconos – Formação: Forania Menino Jesus Reunião Geral do Clero Diáconos – Reunião do núcleo Past. Carcerária – Formação para novos agentes Past. Vocacional – Lual Vocacional CF – Reunião Ordinária Sub-Região Pastoral Apda. Past. Dízimo – Encontro Diocesano de Formação Ordenação Presbiteral Diác. Douglas S. Sloboda CF – Reunião Ordinária da Comissão Diocesana Catequese – Reunião Equipe Dioc. com Forania

14h30 16h 08h – 16h 08h – 16h 19h30 09h 08h 08h 08h – 12h 14h30

08h – 17h 09h 09h 07h30-11h 08h30 14h – 18h 14h30 08h – 16h 13h – 17h 15h 19h30-20h30 08h30 – 12h 19h30 14h30 19h30 09h 08h – 16h 09h 09h 09h

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A definir Paróquia São Pedro Par. S. José Operário - Tté Lar Santa Verônica Par. S. José Operário - Tté Seminário Cura D’Ars Seminário Cura D’Ars Comun. N. Sra. de Lourdes Seminário Cura D’Ars Par.Sto.Antônio-S.A. PInhal

Catedral Cúria Diocesana Lar Santa Verônica A definir Paróquias A definir Cúria Diocesana Par. Sto. Antônio de Pádua Caçapava

Paróquia São Pedro C. Pastoral Sta. Teresinha Lar Santa Verônica Área 1 - Taubaté A definir C. Pastoral Sta. Teresinha A definir

Seminário Cura D’Ars Cúria Diocesana Lar Santa Verônica Par. S. José Operário - Tté Par.S.Vicente de Paulo-Tté A definir Par. N. Sra. Aparecida - Tté Par.S.Vicente de Paulo-Tté C. Pastoral Sta. Teresinha

Anuncie aqui! olabaro@diocesedetaubate.com.br

FELIZ Aniversário !

Agosto: Celebrando a Vida!

20 - Pe. Fernando Nascimento

- Ordenação 17 - Dom Carmo João Rhoden, scj. (episcopal) Bispos, Padres e Diáconos 19 - Pe. Victor Hugo Porto - Aniversários Natalícios 25 - Pe. Álvaro Mantovani 10 - Diác. Carlos Alberto Carvalho da 31 - Diác. Misael da Silva Cesarino 31 - Diác. Nicola Ângelo Di Stefano Silva 10 - Diác. Carlos Domingos Colaboradores 10 - Diác. Edvaldo dos Santos - Aniversariantes 13 - Mons. Jose Oswaldo Clemente 13 - Mons. Marco Eduardo Jacob Silva 05 – Nair de Moura – Par. Sto. de Pádua (Caçapava) 15 - Pe. Silvio José Dias 07 – Juracy Soares – Par. S. João Bosco 16 - Pe. Roque Rodrigues de Souza (Taubaté) 17 - Pe. Alberto Martins 07 – Maria Helena – Par. Espírito 19 - Pe. José Batista da Rosa

Santo (Taubaté) 07 - Maria Augusta – Par. Sgdo. Coração de Jesus(Taubaté) 07 – Renato Mateus – Par. S. Fco. Das Chagas (Taubaté) 10 - João Batista – Par. do Menino Jesus (Taubaté) 13 – Valeria Prado – Par. N. S. Bom Sucesso (Pinda) 14 - Anderson de Oliveira – Par. Sra. Aparecida (Taubaté) 15 – Julio Cesar – Mitra Diocesana 16 – Paulo Ricardo – Par. N. S. Bom Sucesso (Pinda) 23 - Lucelia Souza – Par. São Cristovão (Pinda) 25 - Mario Roberto – Par. N. S. Bom

Sucesso (Pinda) 25 – Sheile Regina – Par. Sto. Antonio de Pádua (Caçapava) 26 – Osmar Donizetti – Par. N. S. Aparecida (Taubaté) 26 – Herminia Rodrigues – P. N. Sra de Fátima (Pinda) 29 – Maria Aparecida – Par. S. José Operário (Taubaté) 29 – Carmem Lucia – Par. N. S. do Belém (Taubaté) 30 – Ana Prado – P. N. S. Natividade (Natividade da Serra) 31 – Rosimeire Cristina – P. N. S. Rainha dos Apóstolos (Pinda)


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Foranias, Paróquias e Horários de Missa FORANIA SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

FORANIA SENHOR BOM JESUS

Vigário Forâneo: Pe. Celso Luiz Longo

Vigário Forâneo: Pe. José Vicente

PARÓQUIA DA CATEDRAL DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

PARÓQUIA JESUS RESSUSCITADO Matriz Nossa Senhora Rosa Mística

Pe. Roger Matheus 3632-3316 SÁBADO 12h • 16h DOMINGO

7h • 9h • 10h30 • 18h30 • 20h CONVENTO SANTA CLARA SÁBADO 7h • 19h DOMINGO 7h • 9h • 11h • 19h Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas) DOMINGO 8h30 Igreja de Santana DOMINGO 9h30 (Rito Bizantino) Casa João Paulo II - Missão Sede Santos Domingo 9h e 19h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO Pe. Silvio Dias 3632-2479

Matriz Santuário de Santa Teresinha DOMINGO 6h30 • 8h • 9h30 • 17h • 19h - SÁBADO 19h PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOA Côn. José Luciano 3608-4908

Igreja de Santo Antônio de Lisboa (Vila São José) DOMINGO 7h • 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Pe. Rafael 3633-2388

Matriz: São José Operário SÁBADO 12h • 18h. DOMINGO 7h • 10h30 • 18h • 20h

Pe. Edgar Delbem, sjr.

DOMINGOS 8h30 • 19h QUINTAS FEIRAS 19h30

TODO O DIA 13 DE CADA MÊS 19h30

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE

Pe. Frederico Meireles Ribeiro

Matriz: N. Sra. das Graças

DOMINGO 6h30 • 8h • 11h • 19h30

Igreja São Francisco Xavier

Pe. Fábio Modesto 3633-5906

Matriz: São Pedro Apóstolo DOMINGO

8h • 9h30 • 17h • 18h30 • 20h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉM

FORANIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Vigário Forâneo: Pe. Décio Luiz da Silva Santos

Vigário Forâneo: Pe. Joaquim V. dos Santos

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Pe.Antônio Fernando 3631-1023

Matriz provisória: Exaltação da Santa Cruz DOMINGO 19h30 ..................................................... Comunidade Nossa Senhora de Fátima DOMINGO 10h PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA Pe. Arcemírio, msj 3681-1456

Matriz: Sagrada Família DOMINGO 8h • 10h30 •17h • 19h

SAB 19h30 • DOM 9h30

PARÓQUIA SANTA LUZIA

PARÓQUIA Nª SRA. APARECIDA Côn. Paulo César Nunes de Oliveira SÁBADO 19h30

DOMINGO 7h • 10h30 • 19h

Pe. Paulo Vinícius 3632-5614

Matriz: Santa Luzia DOMINGO: 8H • 10H • 19H30 PARÓQUIA DO MENINO JESUS

PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Pe.Aléscio Aparecido Bombonatti, msj. 3681-4334

Pe. Felipe Dalcegio, scj 3621-4440

Matriz Imaculado Coração de Maria

Matriz: Sagrado Coração de Jesus SÁBADO 17h DOMINGO 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA SENHOR BOM JESUS Pe. José Vicente 3672-1102

Matriz: Basílica do Senhor Bom Jesus DOMINGO 6h30 • 8h30 • 10h30 • 15h • 18h • 20h Igreja São Sebastião SÁBADO:18h PARÓQUIA SÃO JOSÉ Pe. Alan Rudz 3672-3836

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO

Vigário Forâneo: Pe. Ricardo Luís Cassiano

FORANIA NOSSA SENHORA d’AJUDA

FORANIA MENINO JESUS

Matriz: São José (Jardim Santana) SÁBADO 18h30 DOMINGO

7h30 • 10h30 • 17h • 19h30

PARÓQUIA ESPÍRITO SANTO Pe. Gilberto Heleno, scj 3602-1250 DOMINGO 7h • 10h • 19h30

SÁBADO 19h

DOMINGO 8h • 11h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJA Pe. Geovane, scj 3411-7424

Matriz: Santuário São Benedito DOMINGO 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Pe. Celso Batista de Oliveira, sjc 3686-1864

Matriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) SÁBADO 19h DOMINGO 8h • 18h PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO Pe. Rodrigo Natal 3622-6517 SÁBADO 18h

DOMINGO 10h • 17h • 19h30

PARÓQUIA SÃO JOÃO BOSCO Pe. Ricardo Luís Cassiano 3631-2510 DOMINGO 7h • 10h • 19h

Pe. Leandro dos Santos 36522052

Matriz: Santuário Nossa Senhora do Bom Sucesso DOMINGO 7h • 9h • 11h • 18h

Pe. Ederson 3653-4719

Matriz: São Benedito DOMINGO 7h • 9h30 • 18h • 19h30

Matriz: São José Operario SÁB 17h30 (Com. NSra Saúde) • 19h (Matriz) DOMINGO7h • 9h30 • 11h • 19h30 PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUA Pe. Décio Luiz 3652-6825

Matriz: Santuário Santo Antônio de Pádua DOMINGO 7h • 9h • 19h .................................................... Comunidade de São Pedro: Vila Bandeirante DOMINGO 17h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA Côn. Luiz Carlos 3652-1832

Matriz: Nossa Senhora da Esperança DOMINGO 07h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO PIO X Frei Alexandre, OFM Convento 3653-1404

Matriz: São Benedito DOMINGO

6h30 • 9h30 • 11h • 18h • 20h PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Carlos Alberto 3652-8459

Matriz: Menino Jesus DOMINGO 6h30 • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORES

(Jambeiro)

Pe. Osmar Cavaca 3978-1165

Matriz: Nossa Senhora das Dores DOMINGO 8h • 19h

Pe. Celso Luiz Longo 3621-5170

Matriz Nossa Senhora do Belém DOMINGO 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Pe. Leandro Alves 3621-8145

Matriz: SÁBADO: 19H DOMINGO: 7H 10H30 19H30

Pe. Kleber 3642-2605

Matriz: São João Batista DOMINGO 7h • 9h30 • 11h • 18h30 • 20h SÁBADO 16h PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO

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O LÁBARO Envie suas dúvidas, sugestões e críticas! olabaro@diocesedetaubate.org.br facebook.com/olabaro (12) 3632-2855

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Mons. José Eugênio 3642-1320

PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APÓSTOLOS (Cidade Jardim) (12) 3522-7574 Côn. Joaquim Vicente dos Santos

Matriz: SAB 16h DOM 8h • 19h N. Sra. Perpétuo Socorro: SAB 19h DOM 10h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Pe. Gabriel Henrique de Castro 3637-1981Igreja Matriz: São

Vicente de Paulo (Moreira César)DOMINGO 7h • 9h • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS Pe.Vitor Hugo Porto 3522-5318

Matriz: DOMINGO 7h, 10h,18h30 Com. N. Sra. Aparecida: DOMINGO às 8h30 Com. Pinhão do Borba: DOMINGO às 8h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA Côn.Amâncio 3642-7035

Matriz: Nossa Senhora do Rosário de Fátima DOMINGO 7h30 • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)

Pe. Cipriano Alexandre Oliveira 3643-6171

Matriz: São Miguel Arcanjo DOMINGO 7h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César) Pe. Antonio Carlos Monteiro 3641-1928

Matriz: São Benedito (Vila São Benedito) DOMINGO 8h

PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO Cidade Nova Côn. Elair 3648-1336

Igreja Matriz: São Cristóvão DOMINGO 7h • 19h PARÓQUIA SANT’ANA Pe. José Afonso Lobato 3527-1758

Igreja Matriz: Sant’ana SÁBADO 19h30 DOMINGO 8h • 19h 3º DOMINGO 11h (Motociclistas)

FORANIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Vigário Forâneo: Pe. Antônio Cláudio

PARÓQUIA JOÃO PAULO II (Taubaté) Pe. Luís Paulo

DOMINGO 19h

PARÓQUIA SANTA CRUZ (Redenção da Serra) Pe.Antônio Cláudio 3676-1228

Matriz: Santa Cruz DOMINGO 9h • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE

(Natividade da Serra)

Pe.Alexandre 3677-1110

Matriz: Nossa Senhora da Natividade DOMINGO 9h30 • 19h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (Bairro Alto - Natividade da Serra) Pe. Paulo Donizete 3677-4152

Matriz: Nossa Senhora da Conceição DOMINGO 10h15 PARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSA (São Luiz do Paraitinga) Pe. Álvaro (Tequinho) 3671-1848

Matriz: São Luiz de Tolosa DOMINGO 8h • 10h • 19h

FORANIA SÃO BENTO Vigário Forâneo: Pe. José Batista da Rosa

PARÓQUIA SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS (Campos do Jordão) Pe. José Alberto L. Cavalcante 3662-1740

Matriz: Santa Teresinha do Menino Jesus DOMINGO 7h • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Campos do Jordão) Pe. José Eliomar Soares, sjc 3663-1340

Matriz: São Benedito DOMINGO 10h30 • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDE (Campos do Jordão) Pe. José Rosa 3662-7068 DOMINGO 10h • 20h

PARÓQUIA SÃO BENTO (S. Bento do Sapucaí) Pe. Ronaldo, msj 3971-2227

Matriz: São Bento DOMINGO 8h • 10h • 18h

PARÓQUIA SANTO ANTONIO (Santo Antônio do Pinhal) Pe. Marcelo Sílvio Emídio 3666-1127

Matriz: Santo Antônio DOMINGO 8h • 10h • 19h


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