Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Agosto de 2018

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O LÁBARO Diocese de Taubaté - SP

Distribuição Gratuita

Desde 1910 - Edição nº 2.170 - Agosto 2018

Photo by Kaitlyn Horton

O Evangelho da família, alegria para o mundo

Mais uma vez, a Igreja no Brasil convida os cristãos católicos a celebrarem a Semana Nacional da Família. Esta iniciativa pastoral, que vem crescendo ano após ano, tem por objetivo proporcionar reflexões sobre a realidade da vida em família para toda a Igreja. Além disso, por estar situada dentro do mês vocacional, a Semana Nacional da Família é ocasião propícia para

celebrar a vida cristã que acontece no seio familiar. Este ano, com o tema O Evangelho da Família, alegria para o mundo, as reflexões trazidas, sobretudo, pelo subsídio Hora da Família, produzido pela Pastoral Familiar do Brasil, abordam temas de grande importância para a vivência do testemunho cristão com alegria dentro da realidade familiar, vista como uma boa notícia para o

complexo mundo atual. A realização do IX Encontro Mundial das Famílias com o Papa, que ocorre na Irlanda, também neste mês, dá o pano de fundo para as reflexões em todo o país. Saiba mais sobre o que as comunidades de toda a Diocese e de todo o Brasil estão refletindo neste tempo tão especial!

PÁG. 06

Fotos Arquivo Pessoal

Nesta Edição

Pastoral da Sobriedade - PÁG. 09

Entrevista: Diácono Thomas - PÁG. 10

“Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!”.Sl 127.

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Editorial

Toda vez vocação e ainda nada de vocação. Assim é todo agosto. Falamos muito, ouvimos pouco. Vocação é “escuta” de um “chamado”. Por que a Igreja não tem mais vocações? Ora, porque não ouvimos! Não ouvimos a Palavra do Senhor, não ouvimos a pregação da Igreja. Na verdade, ouvimos, mas só aquilo que é interessante para nós, aquilo que é cômodo, que é “o de sempre”. Vocação é “escuta atenta” que chacoalha a poeira da mesmice, que joga pra cima tudo o que não deixa a gente caminhar. Por que a Igreja não tem vocações? Por que nos acostumamos! Mas isso não é bom? Não, não é. Acostumarse não é coisa boa. Acostumar-se significa acomodar-se. Na filosofia, diferencia-se “costume” de “hábito” justamente neste sentido: costumes são práticas recorrentes, que já se tornaram quase automáticas, robóticas; hábitos são práticas constantes, mas conscientes, refletidas e lúcidas. As vocações brotam da “escuta acordada” do Deus vivo que fala à sua Igreja. Mas nós, a Igreja, estamos sonolentos. Ouvimos de olhos semicerrados e cabeça avoada. “Senhor, desperta tua Igreja, ajuda-nos a ouvir teu chamado, desperta os ouvidos de nossa fé”. Quando teremos mais vocações? Quando abrirmos os ouvidos. Porque chamar, Deus sempre chamou.

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Opinião

E o número dos que foram abortados?

Domingo, 29 de julho, a Folha de São Paulo publicou em primeira página a seguinte manchete: “SUS gastou R$ 486 mi com complicações por aborto”. Em seguida, em chamada para reportagem sobre o tema, passa a listar uma série de números estatísticos que falam de mulheres internadas por complicações derivadas de aborto provocado, os números das que morreram por isso e as cifras gastas com o tratamento. Mas, onde vão lembradas, quantificadas estatisticamente, as vidas inocentes interrompidas injustamente, sem capacidade de se defenderem dos agressores que lhes cortaram o fio da vida antes mesmo de nascerem? O jornal revelou a razão desse levantamento de dados feito pelo Ministério da Saúde: “instruir” o Supremo Tribunal Federal na ação que julgará a liberação para o aborto até a 12a semana da gravidez. Assim o PSOL, que entrou com a ação no STF, favorecendo mulheres que colocaram em risco a própria vida na tentativa de eliminar uma outra que crescia em seus úteros, ganha a defesa do Governo Federal, via Ministério Público. Já os inocentes ainda em formação, cuja vida foi interrompida, terão como

defensores, avisa a Folha, pessoas ligadas às igrejas cristãs e ONGs defensoras da vida, as quais entram no tribunal, naquele da opinião pública e seus formadores antes do STF, com o rótulo de atrasados, retrógrados, contrários ao progresso, obscurantistas e por aí vai. O governo quer tratar a questão como saúde pública, como se gravidez fosse doença. A justiça, como instituição de Estado defensora dos direitos, olha só para as mulheres que abortam. Estatísticas e argumentos fornecidos pelo governo só lembram os direitos das que abortaram. E a vida nascente? Quantas foram extintas? E o mal que lhes foi causado? Mas esses números não interessam aos que querem, por qualquer meio, legalizar a matança de vidas inocentes antes mesmo que nasçam ou possam defender-se de seus agressores ou protestar por seus direitos. Esses serezinhos humanos são sempre ignorados nos discursos dos favoráveis a liberação do aborto. Pe. Silvio José Dias

Positivismo à parte, sugestões para se implementar a ordem e o progresso

Você tem, com certeza, meu caro leitor, ponderações de caráter genérico sobre as eleições muito mais bem balizadas pelas orientações oficiais da Igreja no Brasil, através de documentos da CNBB pouco divulgados pelos nossos pastores que se intimidam ou se amuam, quando o assunto é política, diante dos ambões em nossas igrejas e capelas. Sejamos honestos: são mesmo bem genéricas essas considerações ainda que venham com um estofo filosófico e teológico consistentes que, não se pode negar, beiram o exibicionismo acadêmico dos seus redatores. Eu gostaria de ser mais pontual em minhas considerações, embora tenha que me policiar para não me arvorar em dono da verdade. Sendo assim, reduzo minha opinião a dois aspectos fundamentais: a importância capital do discernimento ao escolher, nas próximas eleições, os candidatos à Câmara federal e ao Senado da República. Não seria o caso de defenestrar radicalmente os candidatos à reeleição, mas olhar com mais carinho novos nomes ou alguns outros que tenham um passado parlamentar irretocável. É uma estupidez votar em candidatos folclóricos ou em candidatos à reeleição que apresentem um currículo pífio de sua atuação no Congresso, bem como levar em conta o simples regionalismo ao escolher “candidatos da terra” sem o menor pedigree para o cargo. Nós estamos falando de Brasil, âmbito que prevalece sobre o provincianismo, bairrismo e, principalmente, curralismo eleitoral. Veja com atenção e honestidade que atualmente o País é dominado politicamente por bandidos que alçaram o Poder pela força de seus currais, oriundos de unidades federativas em que a sedução eleitoral acontece pelos métodos mais prosaicos, quando não criminosos. A escolha certa dos membros do Legislativo é que vai ditar o comportamento do chefe

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do Executivo. Vale também para a escolha dos membros da Assembleia Legislativa (deputados estaduais), com uma ressalva: a regionalidade do candidato pode ser levada em conta pela proximidade do Poder estadual com as instâncias municipais. Por ordem de importância, uma segunda consideração é sobre a escolha do presidente da república. Os candidatos que se apresentam no momento formam um coquetel político dos mais diversificados. Alguns são folclóricos, outros entram na disputa para abiscoitar verbas eleitorais, outros para lançar seu nome, outros para satisfazer o ranço dos seus partidos, outros para vender miseráveis segundinhos de TV, outros somente para atazanar a nossa paciência no horário eleitoral. Dos treze que se apresentam, três ou quatro têm alguma cancha política que os habilita à concorrência. Eu disse “à concorrência”, porque, sinceramente, ao exercício da presidência eu vejo apenas dois. Desses, procure ver quem tem mais experiência administrativa, mais seriedade, mais postura de estado, melhor currículo político e administrativo, melhor trânsito entre a alcateia parlamentar, história consistente de serviço à comunidade e que, de preferência seja menos verborrágico, coisa rara entre políticos. Não se iluda pelo canto da sereia ou pelos discursos dos falastrões. Considere com muita responsabilidade, e até com certa renúncia às suas preferências, que o Brasil vive o estado de direito, que nós temos lei e sob a sua égide nos é assegurada a justiça e a paz social. Neste sentido, não jogue fora o seu voto, que seria o mesmo que estar lavando as mãos neste processo dolorido de recolocar nosso país nos trilhos da ordem e do progresso, positivismo à parte, bem entendidos. Henrique Faria

Diretor: Pe. Silvio José Dias Editor: Pe. Marcelo Henrique de Souza Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial: Pe. Leandro A. de Souza, Pe. Celso L. Longo, e Anaísa Stipp. Diagramação e Designer: Pe. José Ronaldo de Castro Gouvêa, scj Impressão: Katú Editora Gráfica

Tiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuita Site: www.diocesedetaubate.org.br email: olabaro@diocesedetaubate.org.br www.facebook.com/olabaro As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.

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Espiritualidade gerada pela Palavra de Deus

Palavra de nosso Bispo

Neste ano dedicado aos leigos, aproveito este espaço para refletir aspectos a eles relacionados. No último artigo, escrevi sobre a “espiritualidade integral” que abrange elementos como: conversão, discipulado, vivência comunitária, formação e missionariedade. Neste artigo vamos ver como a espiritualidade cristã é gerada pela Palavra de Deus. Recordemos que espiritualidade é viver segundo o Espírito de Deus. Espiritualidade não é, pois, algo realizado em determinados momentos como orações, celebrações ou práticas de piedade, mas refere-se à totalidade da vida, conduzida sob a ação do Espírito Santo. Perguntamo-nos aqui como a espiritualidade se relaciona com a Palavra de Deus. No processo histórico da constituição da Bíblia, livro da Palavra de Deus, o Espírito Santo sensibiliza e move o povo a perceber e a viver uma experiência de Deus. Esta experiência significativa é, sob a ação do mesmo Espírito, colocada por escrito de modo a servir de referência para quem se dispuser a fazer o mesmo caminho com Deus. Somente aqueles que se deixam guiar pelo Espírito Santo são capazes de compreender o sentido mais profundo da Sagrada Escritura. O Espírito Santo que inspirou a vivência e sua escrita é que dá a graça de compreender o que é lido e de viver segundo a vontade de Deus. Assim, pela ação do Espírito Santo, a Escritura atinge seu objetivo de conduzir as pessoas à comunhão com Deus; é fonte de espiritualidade fazendo-as viver de maneira que Lhe seja agradável. A leitura da Palavra feita sob a ação do mesmo Espírito, nos leva a viver em comunhão com o Senhor. Deus que se entrega a nós por sua Palavra, mais que uma simples resposta, espera que nós nos entreguemos a Ele. O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Dei Verbum (n. 21), sobre a Palavra de Deus, diz: “Nos Livros sagrados o Pai que está nos céus vem carinhosamente ao encontro de seus filhos e com eles fala. É tão grande o poder e a eficácia que se encerra na Palavra de Deus que ela constitui sustentáculo e vigor para a Igreja, e, para seus filhos, firmeza da fé, alimento da alma, pura e perene fonte da vida espiritual”. A liturgia e toda escuta comunitária da Palavra de Deus são “lugares” privilegiados desta profunda experiência espiritual. O mesmo documento conciliar nos recomenda que: “A leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração a fim de que se estabeleça o diálogo entre Deus e o ser humano; pois, a Ele falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando

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lemos os divinos oráculos” (DV. 26). Ele nos fala por primeiro, pois nos dirige sua Palavra; nós mesmos somos fruto de sua palavra criadora. Nossa oração é ato de resposta a Deus e empenha-lhe nossa vida. Em nossa Diocese, com o intuito de favorecer esse fecundo diálogo com Deus temos, insistentemente, pedido que cada família se dedique à leitura orante da Palavra, reunindo-se ao menos uma vez por semana. Para isso, propusemos os passos metodológicos: ler, partilhar e rezar. Ler para termos contato com o texto sagrado e aquilo que o Senhor tem a nos comunicar. Partilhar para meditar de modo comunitário e nos instruir com aquilo que o Espírito Santo suscita na mente e no coração de cada um. Rezar como maneira de estabelecer um diálogo com Deus que nos fala por sua Palavra; sendo esta ocasião para agradecer, pedir e louvar. Estabelecendo uma analogia, podemos dizer que a leitura coloca alimento em nossa boca; pela meditação partilhada nós o mastigamos; e pela oração saboreamos o que o Senhor nos ofereceu. A Palavra de Deus, por nós lida e rezada comunitariamente, gera, nutre e impulsiona nossa fé e nossa espiritualidade. Desta maneira Cristo é formado em nós. Experimentamos algo semelhante ao que aconteceu com Nossa Senhora: sob a ação do Espírito Santo, acolhemos a Palavra de Deus e, ao dizermos nosso sim, Cristo é gerado espiritualmente em nós! Consideremos esse resultado de “ter Cristo em nós” e a consistência de tal espiritualidade que é gerada pela ação do Espírito Santo e do acolhimento à Palavra de Deus. Reconheçamos quanto isso está distante de outras espiritualidades que se apoiam em orações devocionais, em práticas piedosas, ou em leituras de livrinhos adocicados... Qual é a espiritualidade que você tem buscado? Dom Wilson Angotti

Nota sobre a decisão judicial que ordena a demolição da

No dia 02 de agosto, p.p., foi publicada pela 1a Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – Comarca de Pindamonhangaba, SP, sentença que ordena a demolição total ou parcial da igreja nova, situada no Bairro Santana, em Pindamonhangaba, bem como a preservação da igrejinha antiga que fica ao lado da nova construção. A ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, motivada por um grupo de pessoas da cidade, alega que a igrejinha antiga está revestida de um valor histórico e arquitetônico e que a nova igreja interfere na estrutura e na visibilidade da antiga. No entanto, em análise técnica realizada em setembro de 2009, o laudo, com base nos critérios para a classificação de um bem cultural, concluiu que, embora a igreja antiga possua elementos históricos e artísticos característicos da região do Vale do Paraíba Paulista e certo valor afetivo para a comunidade local, o imóvel passou por diversas fases construtivas ao longo do tempo

Igreja Matriz da Paróquia Sant’Ana, de Pindamonhangaba – descaracterizando aspectos originais da arquitetura – e, por isso, não possui valor arquitetônico que justifique o tombamento. No que se refere aos valores de utilização, a construção também não é contemplada, já que o seu espaço interno não mais comporta o número de pessoas da comunidade que ali congrega – principal fator motivador da construção da nova igreja. Ao proferir tal sentença, a autoridade competente do referido tribunal que julgou esse processo ignorou aspectos relevantes a serem considerados, a saber: a opinião da comunidade local, principal atingida por essa decisão; que o novo templo erigido, cujo início das obras já completaram 18 anos, é resultado do duro trabalho das pessoas daquela comunidade que, ao longo desses anos, colaboram solidariamente para a construção de um espaço adequado para celebrarem a sua fé, já que a igreja antiga, construída há muitos anos igualmente com recursos da própria comunidade, não mais atende

às necessidades atuais. E, mesmo que a obra da nova igreja ainda não tenha sido regularizada, houve a aprovação tácita do poder municipal, vista que a construção não foi embargada. Além disso, em vigorando tal sentença, a comunidade ficaria totalmente desprovida de local para realizar as celebrações litúrgicas e as atividades pastorais. A Diocese de Taubaté lamenta profundamente tal acontecimento e recorrerá da decisão, a qual considera unilateral e lesiva à comunidade. Na oportunidade, também conclama a população, especialmente a da Paróquia Sant’Ana, para que se mobilize e se manifeste em defesa de seu patrimônio material, expressão de sua comunhão eclesial. Taubaté, 03 de agosto de 2018. Assessoria de Comunicação Diocese de Taubaté


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Diocese em Foco

Pastoral do Dízimo da Sub-Região de Aparecida reúne agentes em Taubaté

Fátima Moreira

Aconteceu no dia 22 de julho, no Seminário Diocesano Cura D’Ars, em Taubaté, o Encontro Anual da Pastoral do Dízimo promovido pela Sub-Região de Aparecida. A Sub-Região reúne as dioceses de Aparecida, Taubaté, São José dos Campos, Lorena e Caraguatatuba. No total participaram 160 agentes representando essas cinco dioceses. O tema refletido nesse ano foi “Ano do Laicato e a Pastoral do Dízimo”, apresentado pelo Diácono Vanderci José Sales, da Diocese de São José dos

Campos. A coordenação do evento esteve a encargo do Pe. Marcus Vinicius da Silva, membro do clero da Arquidiocese de Aparecida e Assessor da Pastoral do Dízimo na Sub-Região. Evidentemente, a Coordenação Diocesana da Pastoral do Dízimo da Diocese de Taubaté foi encarregada da organização do encontro. Além da palestra sobre o tema, os participantes vivenciaram momentos de oração em comum, de partilha de experiencias e de trabalhos desenvolvidos na sua própria diocese e momentos de

Oração Vocacional

Jesus, mestre divino, que chamastes os apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelo nosso caminho, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas, e continuai a repetir o convite a muitos jovens. Dai coragem às pessoas convidadas. Daí forças para que vos sejam fiéis como os apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do Povo de Deus e de toda a humanidade. Amém.

amizade e fraternidade. O encontro foi encerrado ao final da tarde com a Santa Missa. Dom Wilson Angotti, Bispo Diocesano de Taubaté, acolheu os participantes saudando os agentes e dirigindo palavras de incentivo para os trabalhos pastorais. Compareceram também, para dar seu apoio aos presentes, Pe. Silvio José Dias, Assessor da Pastoral do Dízimo da Diocese de Taubaté e Pe. Claudio Cesar Costa, da Diocese de São José dos Campos.

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Diocese em Foco

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Regional Sul 1 Promove encontro da Pastoral da Saúde

No sábado dia 04 de agosto de 2018, o Regional Sul 1 – SP, CNBB, realizou encontro da Pastoral da Saúde Sub Regional Aparecida, envolvendo toda Arquidiocese de Aparecida e as Dioceses de Taubaté, Lorena, São José dos Campos e Caraguatatuba (sendo que esta ultima não pode comparecer). O evento ocorreu no Seminário Bom Jesus em Aparecida, tendo como tema Central: A dimensão do serviço. O Agente da Pastoral da Saúde é aquele que serve com alegria. Tirado do Evangelho de João 13, 01 a 09. A abertura foi realizada pelo Arcebispo de Aparecida Dom Orlando Brandes, que fez um acolhimento aos presentes e frisou sobre a importância de Servir a Jesus com Alegria. Foi ministrada palestra pelo Teólogo da Diocese de Taubaté, Alexandre Baylão, de acordo com o Tema central proposto. Seguindo a programação, houve apresentação das Dioceses presentes iniciando por Aparecida, Lorena, Taubaté e finalizando com São José dos Campos. Todas apresentaram suas ações, a forma como atuam e realizam a missão de Pastoral. Assim conheceu-se um pouco de cada Diocese da Sub Regional Aparecida. No período da tarde o palestrante Fernando dos Reis Brasílio de Araújo coordenou atividade em grupo onde se discutiu sobre o atendimento da Saúde Pública em toda região, o grau de satisfação e resolução. Ainda se refletiu sobre Missão da Pastoral da Saúde diante das desigualdades nas estruturas políticas e sociais”. (CF 2012-259). Tendo como lema: Com tua força, oh Senhor! Nós veremos um mundo novo. (Ap 21,1-7). As

Ana Regina de Oliveira Gama conclusões dos grupos foram apresentadas em plenária a conclusão da discussão foi muito assertiva e coerente para todos os presentes. Ainda no período da tarde ocorreu a reunião com todos os coordenadores de diocese a começar por Dr. João e Mary, Aparecida, Edson, São José dos Campos, Irmã Elza, Lorena, Ana Regina, Taubaté, Caraguatatuba não compareceu. A reunião foi realizada com o coordenador do Regional Sul 1 SP, Sr. Gimenes. Discutiu-se a situação do Regional e necessidade de se criar uma Comissão para cuidar dos assuntos da região. A comissão deverá ter como membro os coordenadores diocesanos e mais 3 membros, a ser decidido por cada diocese. Com essa decisão encerrou-se a reunião. Quanto ao evento foi muito proveitoso e ocorreu na mais perfeita harmonia, com participação de 150 agentes encerrou-se às 15:30h com a celebração da Santa Missa que foi presidida por Dom João Inácio Miller – Bispo da Diocese de Lorena e Referencial do CNBB Regional Sul 1 para as pastorais sociais.de Pastoral da Saúde as atividades durante o dia encerraram às 17hs, tendo excelente avaliação dos participantes que retornaram para suas Dioceses de origem com ótimos conhecimentos a serem transmitidos e aplicados nas três dimensões da Pastoral da Saúde: Solidária, Comunitária e Política Institucional em vista da prevenção e manutenção da qualidade de vida e saúde. Taubaté, 04 de agosto de 2018.

Mural de fotos das Festividades Juninas

Paróquia Menino Jesus de Taubaté

Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Taubaté

Paróquia Santa Teresinha de Campos do Jordão

Paróquia São João de Caçapava

Paróquia São José de Tremembé


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Destaque

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O Evangelho da família, alegria para o mundo

Photo by Simon Matzinger

A cada ano, já faz algum tempo, a Igreja no Brasil celebra a Semana Nacional da Família nos dias que se seguem ao segundo domingo de Agosto, dia dos pais. A prática, que é assumida em muitas Dioceses do país, vem se tornando cada vez mais comum e, felizmente, torna-se mais uma oportunidade para que todas as comunidades eclesiais reflitam sobre temáticas importantes relacionadas à vida familiar. Além do costume que vem se estabelecendo, atualmente as comunidades baseiam-se de modo especial no magistério do Papa Francisco para fazer a reflexões da Semana Nacional da Família: a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia, publicada em 19 de março de 2016, tem sido de fundamental relevância para as reflexões. Na esteira da Amoris Laetitia, a Semana Nacional da Família deste ano reveste-se de especial importância por oferecer aos católicos brasileiros a oportunidade de se inteirarem e de se prepararem para a celebração do IX Encontro Mundial da Famílias com o Papa Francisco, a ser realizado entre os dias 22 e 26 de agosto em Dublin, na Irlanda. Contando com os esforços e com a atuação da Pastoral Familiar e procurando envolver todas as pastorais e movimentos na promoção e na celebração da Semana Nacional da Família, a Igreja apresenta às comunidades, para este ano de 2018, o tema “O Evangelho da Família, alegria para o mundo”. A proposta do tema central é apresentar e ressaltar o lado positivo da família, a família como boa notícia, como um bem, um dom de Deus, segundo indicou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB e Bispo de Osasco (SP), Dom João Bosco Barbosa de Sousa na introdução do subsídio Hora da Família 2018.

A seguir, apresentamos considerações sobre as diversas temáticas abordadas na Semana Nacional da Família deste ano, as quais, sob a luz do tema central, abordam a realidade da vida cristã em família em diferentes aspectos, apresentando-a sempre como verdadeira alegria e, portanto, boa notícia para o mundo atual. A vivência da família à luz da Palavra de Deus: as famílias cristãs, de modo especial, são convidadas a viver à luz da Palavra de Deus e isso implica que desenvolvam e cultivem um relacionamento com a pessoa de Jesus Cristo mediante a fé, de modo que Ele seja não apenas um convidado para o relacionamento conjugal e familiar, mas sim o convidado por excelência, habitando no seio familiar. Partindo do texto bíblico das Bodas de Caná, esta temática leva as famílias a refletirem sobre o lugar que dão a Jesus em seu cotidiano e sobre o tipo de relacionamento de fé que têm ou buscam ter com Ele. Família e desafios atuais: não é novidade para ninguém que assumir viver os valores cristãos, em todas as épocas, mas sobretudo na atual, é colocar-se na contramão do mundo que oferece sempre princípios contrários àqueles que Jesus nos deu no seu Evangelho. Tal realidade, componente do ser cristão, também se verifica na vida familiar. Há diferentes desafios que se apresentam às famílias católicas na atualidade, tais como: egoísmo, indiferença, falta de diálogo e de perdão. Somem-se a isso alguns outros elementos que se fazem presentes no cotidiano das famílias, como o alto poder da tecnologia na vida das pessoas (leia-se: celulares e redes sociais, especialmente) e as dificuldades provenientes do mundo do trabalho (no Brasil, sem dúvida, a realidade atual do desemprego deve ser considerada com atenção). Todos estes desafios

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Destaque existem e não podem ser ignorados. As famílias são convidadas a enfrentá-los assumindo os valores que a fé cristã lhes comunica, procurando, assim, servir ao Senhor em meio aos conturbados cenários do mundo atual. A vocação da família à santidade: a recém lançada Exortação Apostólica Gaudete et exultate (alegraivos e exultai), do Papa Francisco, publicada em 19 de março passado, traz à tona a reflexão sobre o chamado à santidade no mundo atual. Tal vocação, comum a todos os batizados em seus respectivos estados de vida, como já ensinou o Concílio Vaticano II, é também um convite direcionado às famílias. Não obstante os diversos desafios a que estão sujeitas, as famílias devem buscar corresponder ao chamado de Deus para serem santas. Mesmo que a santidade seja uma realidade pessoal e, portanto, relacionada com a opção individual, a família torna-se local de aprendizado e de incentivo à santidade por ser aí o ambiente natural onde os valores da fé são transmitidos e recebidos. Além disso, a santidade também é uma realidade comunitária: todo o povo do Senhor é chamado a ser santo como Ele o é. A vivência do amor no matrimônio e na família: esta temática convida as famílias a descobrirem no comum de todos os dias a realidade do amor, do querer o bem do outro não apenas pelo desejo, mas também pela ação concreta que o desejo motiva. Partindo do texto bíblico da perda e do encontro do Menino Jesus no Templo de Jerusalém aos doze anos (Lc 2,41-51), a reflexão sobre a vivência do amor no matrimônio e na família mostra que Maria Santíssima vive este amor preocupando-se com seu Filho, ao passo que Ele demonstra, pela resposta dada aos pais, que a família que não busca o amor do Pai fica perdida e nunca tranquila. Fala-se também da realidade da obediência dentro do seio familiar, da qual Jesus é modelo. A fecundidade do amor da família: dimensão constitutiva do Sacramento do Matrimônio, a fecundidade é abordada na reflexão proposta às famílias não apenas pela necessidade de estarem sempre e naturalmente abertas à vida, mas também mediante a vocação que elas têm de serem defensoras da vida em todas as suas fases, desde a concepção até a morte

Photo by Drew Hays

natural, conforme ensina a Igreja. Acolher a vida que chega como um presente de Deus é o primeiro passo de uma existência toda ela a favor da vida, promovendo as pessoas e opondo-se a toda e qualquer ameaça contra este supremo dom concedido por Deus a toda pessoa. Ser fecundo a vida toda é amar, é doar e multiplicar vida na vida do outro, especialmente dentro da família. Anunciar hoje o evangelho na família: abordando a dificuldade de se falar de Deus e do evangelho de Jesus Cristo para os próprios familiares, realidade enfrentada pelo próprio Senhor em sua terra natal (Mc 6,1-3), a reflexão deste tema conduz as famílias a uma constante atitude de conversão. Sob o impulso do Espírito Santo, que é o agente da evangelização por excelência e primado, cada pessoa pode anunciar a verdade do Senhor e do seu evangelho mesmo diante das naturais resistências dentro da própria família. Animados pelos dons do Espírito, não há de ser o velho ditado “em casa de ferreiro, espeto é de pau” um empecilho à evangelização dentro da própria família, convidada a criar entre seus membros disposição e hábito de escuta e de correção fraterna. Espiritualidade e oração na família e na sociedade: a última reflexão proposta às famílias aponta para a necessidade que cada cristão tem de crescer e de se fortalecer individualmente no seguimento de Jesus Cristo, configurando-se a ele, o que é a meta da espiritualidade cristã. Esta necessidade, embora individual, necessita de apoio e pode obtê-lo, de modo especial, no ambiente familiar. Se as famílias forem verdadeiros locais de crescimento espiritual, de assimilação e de vivência dos valores de Cristo, a transformação da sociedade torna-se consequência. Não se trata de planos mirabolantes, mas de realidade dos fatos: se, no seio de suas famílias, as pessoas forem fortalecidas espiritualmente, suas atitudes hão de ser cristãs em todos os ambientes da vida cotidiana. Uma sociedade melhor só se constrói com pessoas melhores. E a família é o melhor local para se formar pessoas melhores: é nela que as bases de pessoas melhores são lançadas, cultivadas e fortalecidas. Pe. Celso, pároco


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Em Tempo

Pe. Jaime Lemes, msj

Papa Francisco muda texto do Catecismo sobre a pena de morte

considerada, depois de um processo regular, réu de se redimir. como uma resposta adequada à gravidade de Por isso, a Igreja ensina, no Novo alguns delitos e um meio aceitável, ainda que Catecismo, à luz do Evangelho, que “a pena Na manhã de quinta-feira do dia 02 extremo, para a tutela do bem comum”. de morte é inadmissível, porque atenta contra de agosto foi publicada a decisão do Papa No entanto, hoje, torna-se cada vez a inviolabilidade e dignidade da pessoa, e se Francisco que revisa o texto do Catecismo mais viva a consciência de que a dignidade compromete, com determinação, em prol da sobre a pena de morte (n. 2267), mudando o da pessoa não fica privada, apesar de cometer sua abolição no mundo inteiro”. entendimento a respeito deste tema. O Santo crimes gravíssimos. Além do mais, difundeO evento reuniu mais de 2.500 Padre havia recebido, no dia 11 de maio deste se uma nova compreensão do sentido das missionários de 24 países do continente ano, o Prefeito da Congregação para a Doutrina sanções penais por parte do Estado. Enfim, americano. da Fé, Cardeal Luís Ladaria, em audiência, foram desenvolvidos sistemas de detenção A delegação brasileira foi composta de durante a qual aprovou a nova redação. mais eficazes, que garantem a indispensável 175 pessoas dos 18 regionais da Conferência “Durante muito tempo, o recurso à pena defesa dos cidadãos, sem tirar, ao mesmo Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). de morte, por parte da legítima autoridade, era tempo e definitivamente, a possibilidade do CNBB vai ao STF para defender o direito à vida legislação como está, destacou a importância de considerar os reais No último seis de agosto, durante o segundo dia da audiência sujeitos a serem tutelados e citou propostas alternativas à prática, como pública convocada pela Ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa o apoio da Igreja. “O direito à vida é o mais fundamental dos direitos Weber para discutir a descriminalização do aborto até a 12a semana e, por isso, mais do que qualquer outro, deve ser protegido. Ele é um de gestação, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado. representada por Dom Ricardo Hoepers e pelo padre José Eduardo de Os Poderes da República têm obrigação de garanti-lo e defendê-lo”, Oliveira, manifestou a sua posição contrária. A audiência foi realizada disse, citando a nota. O Pe. José Eduardo apresentou estatística que contraria dados em vista da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSol), que apresentados pelos grupos que defendem a descriminalização do questiona os artigos 124 e 126 do Código Penal, que criminalizam a aborto e que mascaram a verdadeira realidade da prática de aborto no Brasil. “Exatamente ao contrário do que foi sustentado aqui pelos que prática do aborto. Dom Ricardo, bispo de Rio Grande (RS), especialista em estão interessados em promover o aborto, quando se legaliza o aborto o bioética, e Padre José Eduardo, da diocese de Osasco (SP) e membro número de abortos aumenta, e não diminui. É no primeiro mundo onde da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, se praticam mais abortos, e não no Brasil. Por favor, não mintam para discursaram no Supremo Tribunal apresentando as razões pelas quais a o povo brasileiro. Nós somos uma democracia. Como disse o Ministro Barroso, democracia não é somente voto”, concluiu. Agora, ainda Igreja Católica é contra a descriminalização do aborto. Em sua fala, Dom Ricardo tomou como base a nota da CNBB sem prazo determinado, a Ministra Rosa Weber deverá elaborar o seu “Pela vida, contra o aborto”, divulgada em abril de 2017. O bispo parecer, que será encaminhado para apreciação dos outros ministros apresentou razões de ordem ética, moral e religiosa para manter a do STF.

A realização vocacional na vida do padre

O mês de agosto é o mês vocacional para a Igreja no Brasil. Isto se deve, todos sabem, à festa de São João Batista Maria Vianney, o Cura d’Ars, padroeiro e modelo dos sacerdotes. Ser sacerdote não é uma questão pura e simples de escolha como “profissão” de vida. Há uma frase de Jesus, no evangelho: “não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao pai em meu nome, ele vos conceda” (Jo 15,16). Esta frase, mais do que profética, é uma afirmação de Jesus para dizer que é Ele que escolhe os seus discípulos mais próximos, os apóstolos, ou seja, os bispos e os padres de hoje. Nós sabemos e acreditamos que quem escolhe o papa e o ilumina e guarda, é o Espírito Santo. Porém, lá na juventude, o papa, quando resolveu entrar para o seminário, não era ele que resolvia sozinho: era Jesus quem o chamava. Quando o menino não tem vocação, não tem o chamado específico e explícito de Jesus, ele pode até se encantar com os ritos, a liturgia, as vestimentas, os hinos e cânticos ou até querer ser igual o seu pároco, que é seu ídolo na juventude. Mas mesmo que entre para o seminário, dificilmente ficará, e se insistir porque tem uma força grande de vontade, pode vir até ser um bom “operário” do altar, mas não será feliz. Todos nós sabemos em nossa experiencia pessoal de vida, seja padre ou pai ou mãe, desta ou daquela profissão, ou até mesmo enquanto aluno desta ou daquela faculdade: se não se é feliz, não há realização. E quem não se realiza como pessoa não realiza nada para a

sociedade maior. Porque só se dá aquilo que se tem. A realização do ser humano está ligada à sua vocação, seja leiga ou clerical. Este é o ano do laicato, onde estamos tentando conscientizar nossos cristãos de que precisam, primeiro, ser santos para, depois, assumirem o seu quinhão na “messe”. De uma certa forma, eles e elas também são “operários” da messe. Eu não tenho medo de dizer que se você não tem vocação matrimonial você pode até levar um casamento bem realizado e satisfatório, mas nunca os dois serão felizes se um não é. Existe uma expressão popular que diz: “quando um não quer dois não brigam”. Ao contrário, isso também vale para o amor. O mesmo com o sacerdote. Há quem diga que padre e freira usam aliança na mão esquerda porque “casaram-se” com Jesus. Posso estar errado, não estou escrevendo aqui como teólogo (fiz o curso de teologia necessário para a ordenação), mas não me sinto categorizado ou abalizado para escrever como teólogo. Estou escrevendo como padre, já com 35 anos de sacerdócio. Como padre eu sei que não me “casei” com Jesus. Eu fiz voto de castidade, para ser vivido no celibato. Tenho medo de estar contradizendo algum padre da patrística ou teólogo do Magistério, mas estou falando tranquilo como aquele, que como os apóstolos, largaram tudo e seguiram Jesus. Não sinto que se “casaram” com Ele. Eu prefiro me ver como Tomé (cheio de dúvidas e com pouca fé), que ao toque de Jesus lhe confessou: “meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,28). Eu tenho sido tocado constantemente por Jesus. Tomé pôde pôr o dedo nas chagas e a mão

no lado aberto do peito de Jesus Ressuscitado. Eu não posso. O máximo que posso é tocar no pão e no vinho quando, no altar, invoco o Espírito Santo para transformá-los, transubstanciálos em Corpo e Sangue De Jesus. Pronto! Ai está a maior realização vocacional da vida do padre. Aí está o êxtase do sacerdócio. Um dia um amigo meu, com todo respeito e com toda a sinceridade, me disse: “Fred, você acredita que com essa boca suja e com esse coraçãozinho duro, você levanta as mãos, chama o Espírito Santo e ele vai vir, obedecendo você? Quem você pensa que é?” Quis responder e ele já veio com outra assertiva: “não me venha com história da misericórdia de Deus”. Eu não disse nada, mas me lembrei de meu pai. Quando eu disse que ia ser padre ele me disse que eu poderia fazer muito mais pela Igreja e pelos pobres como “homem normal” do que como padre. Eu disse: até posso. Trabalhava na Ford, dava aula na faculdade, tinha alunos particulares de inglês e muito mais. Mas para o meu pai eu respondi com segurança e confiança. Pro meu amigo eu não disse nada. Mas a resposta que sempre dou quando me perguntam qual é o segredo da realização vocacional do padre é ser como Maria: receber o Espírito Santo na hora da consagração, como ela em Nazaré e “dar à luz” Jesus vivo na patena e no cálice, como se o altar fosse o novo presépio de Belém. A partir daí, é entregar-se a Jesus, pregando a palavra e “tocando” no menor, já que ele disse: “tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fazeis” (Mt 25,40). Padre Fred, pároco

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Tema Pastoral

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Pastoral da Sobriedade: Em Jesus, gerando vida aonde há morte!

Vivemos em um mundo fortemente marcado por inúmeros problemas sociais. Dentre eles, destaca-se a triste realidade das drogas que, por sinal, decorre ou gera muitas outras situações conturbadoras em nossa sociedade. Recordemos do Plano Diocesano de Pastoral (2016-2019) quando apresenta a droga como problema em si mesmo, bem como outras situações negativas como o aumento da violência e da criminalidade. Considera-se que 25% da população brasileira esteja direta ou indiretamente ligada ao fenômeno das drogas. Cada vez mais cedo os adolescentes entram neste mundo infeliz das drogas, carregando outras quatro pessoas chamadas de co-dependentes (membros da família e amigos). Sem dúvidas, a sensação de que estamos sempre “apagando incêndio” ou “enxugando gelo” se torna cada vez mais uma constante em tempos atuais, sobretudo, quando as muitas iniciativas não são para a prevenção da pessoa, mas simplesmente para tentar recuperá-las depois de tantos fracassos em diversos ambientes sociais. Com efeito, vale recordar o parágrafo 422 do Documento de Aparecida referente aos dependentes de drogas: “A Igreja não pode permanecer indiferente diante desse flagelo que está destruindo a humanidade, especialmente as novas gerações. Sua tarefa se dirige em três direções: prevenção, acompanhamento e apoio das políticas governamentais para reprimir essa pandemia”. Diante deste contexto que destaco a importância das inúmeras pastorais sociais de nossa Igreja, sobretudo, a Pastoral da Sobriedade que tem uma missão sublime e, ao mesmo tempo, desafiadora. Conforme o site da Pastoral da Sobriedade nacional (www.sobriedade.org.br) ela é uma ação concreta da Igreja na Prevenção e Recuperação da Dependência química. Além da dependência química atua também combatendo em outros tipos de dependências, vícios e situações que nos levam a afastar do exercício do AMOR em todas as suas dimensões, ou seja, na falta de fraternidade, solidariedade e tudo o que diz respeito ao pecado em si. Espalhada em inúmeras dioceses do nosso Brasil, esta pastoral busca a ação conjunta e integrada com todas as pastorais, movimentos, comunidades terapêuticas, casas de recuperação para, através da pedagogia de Jesus, resgatar e reinserir os excluídos, propondo uma mudança de vida através da conversão. Para isso, busca a prevenção e a recuperação da sobriedade, por meio dos encontros do grupo de autoajuda vivenciar um itinerário fundamentado e baseado no Santo Evangelho, inclusive, no que diz respeito a prevenção e atuação política (não partidária). Sem dúvidas que a prevenção é a prioridade. Mas para que isso possa acontecer de forma eficaz é necessário um trabalho conjunto enquanto diocese, paróquia e forças vivas da sociedade a fim de que possam verdadeiramente promover a vida plena a todos (cf. Jo 10,10). Neste sentido, recordemos as palavras do parágrafo 64 das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (2015-2019): “Por meio da promoção da cultura da vida, os discípulos missionários de Jesus Cristo testemunham verdadeiramente sua fé naquele que veio dar a vida em resgate de todos, comprometendo-se de modo especial com os pobres e excluídos, em vista da construção de uma sociedade justa e fraterna”. A promoção da cultura da vida se fortalece cada vez mais quando o trabalho em conjunto fica cada vez mais expressivo. É isso que dá condições para uma ação evangelizadora eficiente, não só para uma pastoral, mas para toda a nossa Igreja. Conforme mencionado no parágrafo anterior, os grupos de autoajuda da Pastoral da Sobriedade se baseiam no Santo Evangelho a partir de um itinerário muito específico. Ao todo são 12 passos a serem vivenciados ao longo destes encontros. São eles: Admitir, Confiar, Entregar, Arrepender-se, Confessar, Renascer, Reparar, Professar a fé, Orar e vigiar, Servir, Celebrar e Festejar. A partir da oração da Sobriedade extraída do site nacional desta pastoral podemos compreender suscintamente estes 12 passos: “Senhor, ADMITO minha dependência dos vícios e pecados, e que sozinho, não posso vencê-los. Liberta-me! Senhor, CONFIOem Ti, ouve meu clamor. Cura-me! Senhor, ENTREGOminha vida, minhas dependências, em tuas mãos. Espero em Ti. Aceita-me! Senhor, ARREPENDIDO de tudo que fiz, quero voltar para a tua graça, para a casa do Pai. Acolhe-me! Senhor, CONFESSO meus pecados, e publicamente, peço teu perdão e o perdão dos meus irmãos. Absolve-me! Senhor, RENASÇO no teu Espírito para a Sobriedade. O homem velho passou, eis que sou uma criatura nova. Batiza-me! Senhor, REPARO financeira e moralmente a todos que, na minha dependência, eu prejudiquei. Ajuda-me a resgatar minha dignidade e a confiança dos meus. Restaura-me! Senhor, PROFESSO que creio na Santíssima Trindade e peço a ajuda da Igreja, com a intercessão de todos os santos. Instrui-me na tua Palavra! Senhor, ORANDO E VIGIANDO para não cair em tentação, seremos perseverantes nos teus ensinamentos. Dá-me a tua Paz! Senhor, SERVINDO, a exemplo de Maria, nossa Mãe e de todos, queremos, gratuitamente, fazer dos excluídos os nossos preferidos, através da Pastoral da Sobriedade. Senhor, CELEBRANDO a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada. Alimenta-nos no Corpo e Sangue de Jesus! Senhor, FESTEJANDO os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por um século sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho. Amém”. A missão do agente da Pastoral da Sobriedade é expressar o amor gratuito do Pai, que desperta a solidariedade com o mundo e com a humanidade, sobretudo, com osque são excluídos. É uma atuação especial como resposta frente a problema de uso das drogas e outras dependências, tendo a terapia do

amor como elemento essencial. A partir desta dinâmica a proposta é mudança de vida, valorizando a própria pessoa e enfrentando de maneira real o problema da exclusão social, miséria e da violência. Uma expressão significativa da Pastoral da Sobriedade é “o milagre se dá na perseverança”. Para que a recuperação da pessoa aconteça é preciso perseverança. Tal atitude conduz a pessoa a redescobrir a si mesma, a sua autoestima e sua fé. Em poucas palavras, traz da morte para a vida! Em nossa diocese de Taubaté, os trabalhos da Pastoral da Sobriedade acontecem atualmente em quatro paróquias: Santo Antônio de Lisboa e Mãe da Igreja (Taubaté), Santa Teresinha do Menino Jesus (Campos do Jordão) e Santo Antônio (Santo Antônio do Pinhal). “Diante da vivência dos 12 passos do programa de vida nova da Pastoral da Sobriedade e da perseverança dos participantes vemos e sentimos na pele quão gratificante é o amor misericordioso de Deus. A partilha de cada membro nos enriquece e vemos pessoas chegarem cheias de medo, angústia, toda chagada... saírem leves e transfigurados. Isso só é possível através da terapia do amor incondicional de Jesus Cristo por cada um de nós”, afirma Antonio de Paula Oliveira, coordenador da Pastoral da Sobriedade da Paróquia Santo Antônio de Lisboa de Taubaté. Estes encontros semanais acontecem todas as segundas-feiras as 19h30 no salão paroquial da referida paróquia. Já na paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus de Campos do Jordão os encontros acontecem todas as terças feiras das 19h30 até as 21h30 na sala São Francisco da Matriz Santa Teresinha. Segundo o coordenador paroquial, José Carlos, da Pastoral da Sobriedade desta referida paróquia a ajuda acontece também às famílias, sobretudo, quando se faz necessário internar algum familiar em alguma comunidade terapêutica. Os encontros do grupo de autoajuda da paróquia Mãe da Igreja de Taubaté acontecem todas as segundas-feiras às 20h na comunidade Santa Cruz, enquanto que os encontros do grupo de autoajuda da paróquia Santo Antônio (Santo Antonio do Pinhal) acontecem nas quartas-feiras às 19h30 na comunidade São José. Em poucas palavras, a Pastoral da Sobriedade, sobretudo, em nossa diocese de Taubaté, visa cada vez mais gerar vida plena em Jesus a estes nossos irmãos dependentes químicos. Caso alguma paróquia queira implantar esta pastoral social entre em contato com o nosso Secretariado Diocesano de Pastoral. Juntos, em comunhão, avante na missão a serviço da vida plena para todos! Pe. Gabriel Henrique de Castro – Assessor do Colegiado de Organismos e Pastorais Sociais (COPS)


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Entrevista

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Diácono Thomás Ranieri a caminho do sacerdócio Por Pe. Jaime Lemes, msj

os 27 anos de idade, Thomás Ranieri da Silva tem se dedicado intensamente ao exercício do diaconato, recebido em março deste ano, e se prepara para a Ordenação Presbiteral, no próximo 22 de setembro, na Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, em Pindamonhangaba, sua cidade natal. O filho de seu Luiz Marcelino e dona Maria Helena vive a alegre expectativa desse momento que será, em suas palavras, o dia mais feliz de sua vida.

O LÁBARO: Como surgiu a sua vocação ao sacerdócio e como foi tomar a decisão de fazer esse caminho? Diác. Thomás: Percebi que faltava algo na minha vida, na juventude. Foi nessa época que, participando de um grupo de jovens de minha paróquia, fiz um encontro pessoal com Deus. Comecei a me envolver cada vez mais na comunidade, a perceber o apelo de Deus na minha interioridade, e crescia o gosto e a identificação com as coisas de Deus. O LÁBARO: Como a sua família acolheu a sua decisão de entrar para o seminário? Diác. Thomás: Para minha família foi uma surpresa, porque na minha infância não havia dados sinais claros de vocação sacerdotal. Mas sempre tive o apoio de meus pais, que me incentivam naquilo que me faz feliz. Fomos crescendo na consciência do chamado de Deus, e acolhendo-o como um nobre propósito, um caminho de realização pessoal e de serviço para a comunidade. O LÁBARO: Que avaliação você faz do tempo formativo no seminário e que aspectos significativos desse tempo gostaria de destacar? Diác. Thomás: O seminário é um tempo fundamental para o discernimento mais profundo e amadurecimento da vocação. Me proporcionou alargar meu horizonte espiritual, humano, pastoral e intelectual, que chamamos de dimensões da formação presbiteral. Destaco a convivência com os amigos de seminário que experimentam o dom da mesma vocação. Em nosso processo formativo, não é só importante conviver com padres que nos sirvam de bons exemplos, mas de amigos seminaristas que se esforçam para corresponder com generosidade e autenticidade à vocação. O LÁBARO: Em algum momento pensou em desistir da vocação? Se sim, o que o levou a continuar? Diác. Thomás: No tempo de seminário é natural conviver com alguns momentos de crise vocacional. Questões sobre ser essa mesma a vontade de Deus, sobre o carisma, se temos potencialidades espirituais, intelectuais e humanas para abraçar esse compromisso para toda a vida, surgem no processo. Expressa que o período de discernimento não tem sido irrefletido, à margem do “eu profundo”, automatizado pela rotina e as múltiplas e exigentes atividades. Quando essas perguntas são vivenciadas numa abertura de coração à Deus na oração, amadurece e fortalece o discernimento. Nesses momentos de autoquestionamento, prevaleceu a intuição espiritual de que Deus me chama, apesar de meus limites. Nessas ocasiões fazemos memórias dos momentos marcantes em que o Senhor nos deu sinais de sua eleição. Voltamos àquelas experiências fundantes de nossa história vocacional, que revitaliza, e dá segurança para avançar para águas mais profundas. O LÁBARO: Que trabalhos pastorais você realizou como seminarista e qual a importância desses trabalhos para a sua formação? Diác. Thomás: No período formativo tive a oportunidade de acompanhar múltiplas pastorais, presentes em nossas paróquias, os Movimentos como Cursilho de Cristandade e Shalom. No processo pastoral foi muito interessante ter trabalhado também na Pastoral Vocacional. Esses trabalhos me deram mais experiência e sensibilidade pastoral. O LÁBARO: No dia 16 de março deste ano, você e o Patrick foram ordenados diáconos. Como está sendo este tempo de ministério diaconal? Diác. Thomás: Tem sido um período muito rico. Tendo já terminado os estudos básicos de filosofia e teologia, isto tem possibilitado vivenciar o ministério diaconal de forma mais intensa e integral junto ao ritmo de trabalhos pastorais na paróquia do Senhor Bom Jesus, Tremembé. Um tempo de bastante aprendizado e de fundamentar a

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virtude do serviço. O LÁBARO: No próximo mês será a sua ordenação presbiteral. Qual a sua expectativa e como está se preparando para esse momento? Diác. Thomás: É um momento muito gratificante e realizador. Tem sido uma alegria compartilhada entre minha família, minha paróquia de origem e amigos de paróquias por onde trabalhei. A expectativa é de ser um momento marcante espiritualmente, o dia mais feliz da minha vida! O LÁBARO: Estamos no mês das vocações. Que mensagem você deixa para os jovens que estão no processo de discernimento da vocação? Diác. Thomás: Diria aos jovens para não terem medo de fazerem as perguntas fundamentais da existência diante de Deus. Qual a vontade de Deus para minha vida, em sua Igreja? Ter a coragem do autoconhecimento que nos personaliza, e que não nos faz reféns dos padrões culturais que muitas vezes nos alienam de nossos dons, e do engajamento vital com o projeto de Deus. Santo Agostinho afirmou que “Deus é mais íntimo de nós, do que nós de nós mesmos”. A vontade de Deus para nossa vida é um caminho seguro de realização humana, porque Deus nos conhece, e nos personaliza, para além de nossa autopercepção muitas vezes fragilizada.

Fotos Arquivo Pessoal

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Agenda de Setembro

P. Saúde – Congr. Brasileiro e Assembleia Nacional

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CF – Reunião Ordinária da SubRegião Pastoral Apda.

09h

P. Pessoa Idosa – Reunião Equipe Diocesana P. Familiar – Reunião Comissão Diocesana

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Equipe Administrativa e Executiva 05

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Equipe Diocesana de Coordenação de Pastoral Independência do Brasil / Grito dos Excluídos

19h30 09h 14h30

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Cúria DiocesanaTaubaté Colégio Padre Anchieta Com. N. Sra. de Lourdes Cúria Diocesana Cúria Diocesana

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Mãe Rainha – Romaria diocesana Dia todo ao Santuário P. Criança – Pré Assembleia 08h – indicativa 12h P. Familiar – Reunião da Sub-Região Aparecida 08h – P. Vocacional Encontro Vocacional 16h 08h – P. Dízimo – Formação Diocesana 16h RCC – Retiro de Coordenadores

Atibaia Sala da Pastoral - Cúria Diocese S. José Campos Seminário Cura D’Ars A definir Casa Frei Sérgio - CPV

08h – Seminário Cura 16h D’Ars Mãe Rainha – Adoração a Jesus Capela Eucarístico Sacramentinas Cúria Reunião com os Vigários Forâneos 09h Diocesana CF – Reunião Ordinária da Comissão 19h30 Diocesana 09h – Sala da P. Criança – Encontro de Áreas 12h Pastoral - Cúria Forania S. Francisco das Chagas – Par. Sto. 10h Reunião Antônio Lisboa P. Vocacional – Encontro Vocacional

P. Carcerária – Missa a São Dimas 15

Fac.S.Camilo – São Paulo

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A definir

Assembleia da Sub-Região Pastoral 08h – São José dos Aparecida 13h Campos MESCE – 2º Enc. Diocesano 08h – Par. N. Sra. do Espiritualidade c/Coord. 12h Belém

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08h30 – Cúria 11h Diocesana P. Saúde – Reunião da Comissão Colégio Padre 09h Diocesana Anchieta Diáconos – Formação permanente

Atos da Cúria Diocesana • Concessão do Ministério Extraordinário da Sagrada Documentos expedidos pela Cúria Diocesana no período de 02 de julho a 07 de agosto de 2018: 65. Dentre Comunhão Eucarística (MESCE) – Paróquia São João Bosco estes destacam-se: Taubaté; • Concessão do Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) – Paróquia Sant´Ana Pindamonhangaba; • Concessão do Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) – Paróquia N. Sra. Rainha dos Apóstolos - Pindamonhangaba; • Anuência ao CAEP da Paróquia São João Paulo II - Taubaté;

FELIZ Aniversário !

Setembro: Celebrando a Vida!

- Ordenação

Bispos, Padres e Diáconos

- Aniversários Natalícios 10 - Diác. Carlos Alberto Carvalho da Silva 10 - Diác. Carlos Domingos 10 - Diác. Edvaldo dos Santos 13 - Mons. Jose Oswaldo Clemente 13 - Mons. Marco Eduardo Jacob Silva 15 - Pe. Silvio José Dias 16 - Pe. Roque Rodrigues de Souza 17 - Pe. Alberto Martins 19 - Pe. José Batista da Rosa 20 - Pe. Fernando Nascimento

• Concessão do Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) – Paróquia N. Sra. das Graças – Pindamonhangaba; • Autorização para venda de imóvel: Paróquia São João Bosco – Taubaté; • Aprovação da Oração Jubilar: 90 anos da criação da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus – Campos do Jordão.

03 - Frei Antônio José Corniatti, OFMconv. 07 - Diác. Antonio Donizete dos Santos 07 - Diác. José Roberto Macedo 07 - Diác. Pedro Luiz dos Santos 07 - Diác. Sinvaldo Souza Amorim 07 - Diác. Washington Luiz Marcondes Leite 16 - Pe. Josenias Gonçalves dos Santos, sjc. 17 - Côn. Francisco Carlos Euzébio 20 - Diác. José Carlos dos Santos Mendrot 21 - Pe. José Fernandes de Oliveira, scj. 29 - Diác. José Waldyr Pereira Júnior

Colaboradores - Aniversariantes

02 – Lucas Camargo – Par. N. Sra D’Ajuda (Caçapava) 05 – Rozilda Batista – Mitra Diocesana 06 - Natalia Ivo - Par. S. Jose Operário (Caçapava) 08 – Jane Pereira – Par. São Sebastião (São Sebastião) 09 – Aparecida Vieira – Par. São Bento (São Bento do Sapucaí) 10 – Juliana da Silva – Par. São José (Tremembé) 11 – Marcela Pereira – Par. N.S. Bom Sucesso (Pinda) 12 - Ronaldo José Moreira - Par. N. Sra. Aparecida (Taubaté) 12 – Ana Paula Bahia – Par. Sr. Bom Jesus (Tremembé) 12 – Rosimeire Monte – P. Sta. Terezinha do M. Jesus (Campos do Jordão) 15 – Cristiane Ferreira – Par. São Cristovão (Pinda) 16 – Diego de Paula – Par. S. Pedro

Apostolo (Taubaté) 17 – Maria de Fátima – Mitra Diocesana 18 – Tamires Gaspar – Par. S. Pedro Apostolo (Taubaté) 19 – Maria das Dores – P. Sto. Antonio de Pádua (Caçapava) 19 – Vera Cruz – Par. N.S. Bom Sucesso (Pinda) 19 – Rosana Maris – Par. Sgdo. Coração de Jesus (Taubaté) 20 – Maria Celia – Par. Sant’Anna (Pinda) 20 - Simone Cristina - Mitra Diocesana 25 – Ana Angélica – Par. N.S. Mãe da Igreja (Taubaté) 26 – Evanilde Margareth – P.N.S. da Esperança (Caçapava) 28 – Ana Paula – Par. São Benedito (Pinda) 28 – Monica Marina – Mitra Diocesana 29 - Helena Cristina - Par. Sto. Antonio de Lisboa (Taubaté)


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Foranias, Paróquias e Horários de Missa FORANIA SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

FORANIA SENHOR BOM JESUS

Vigário Forâneo: Pe. Celso Luiz Longo

Vigário Forâneo: Pe. José Vicente

PARÓQUIA DA CATEDRAL DE SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

PARÓQUIA JESUS RESSUSCITADO Matriz Nossa Senhora Rosa Mística

Pe. Roger Matheus 3632-3316 SÁBADO

12h • 16h

DOMINGO

7h • 9h • 10h30 • 18h30 • 20h Convento Santa Clara SÁBADO

7h • 19h

DOMINGO

Pe. Edgar Delbem, sjr.

DOMINGOS 8h30 • 19h QUINTAS FEIRAS 19h30 TODO O DIA 13 DE CADA MÊS 19h30

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE

7h • 9h • 11h • 19h

Pe. Frederico Meireles Ribeiro

Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas) DOMINGO 8h30

DOMINGO 6h30 • 8h • 11h • 19h30

Igreja de Santana DOMINGO 9h30 (Rito Bizantino) PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO Pe. Silvio Dias 3632-2479

Matriz Santuário de Santa Teresinha DOMINGO 6h30 • 8h • 9h30 • 17h • 19h - SÁBADO 19h PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOA Côn. José Luciano 3608-4908

Igreja de Santo Antônio de Lisboa (Vila São José) DOMINGO 7h • 10h • 19h30 PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Pe. Rafael 3633-2388

Matriz: São José Operário SÁBADO 12h • 18h. DOMINGO 7h • 10h30 • 18h • 20h

Matriz: N. Sra. das Graças Igreja São Francisco Xavier

Pe. Fábio Modesto 3633-5906

Matriz: São Pedro Apóstolo DOMINGO

8h • 9h30 • 17h • 18h30 • 20h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉM

FORANIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Vigário Forâneo: Pe. Décio Luiz da Silva Santos

Vigário Forâneo: Pe. Joaquim V. dos Santos

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

Pe.Antônio Fernando 3631-1023

Matriz provisória: Exaltação da Santa Cruz DOMINGO 19h30 ..................................................... Comunidade Nossa Senhora de Fátima DOMINGO 10h PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA Pe. Arcemírio, msj 3681-1456

Matriz: Sagrada Família DOMINGO 8h • 10h30 •17h • 19h

SAB 19h30 • DOM 9h30

PARÓQUIA SANTA LUZIA

PARÓQUIA Nª SRA. APARECIDA Côn. Paulo César Nunes de Oliveira SÁBADO 19h30 DOMINGO 7h • 10h30 • 19h

Pe. Paulo Vinícius 3632-5614

Matriz: Santa Luzia DOMINGO: 8H • 10H • 19H30 PARÓQUIA DO MENINO JESUS

PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Pe.Aléscio Aparecido Bombonatti, msj. 3681-4334

Pe. Felipe Dalcegio, scj 3621-4440

Matriz Imaculado Coração de Maria

Matriz: Sagrado Coração de Jesus SÁBADO 17h DOMINGO 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30

PARÓQUIA SENHOR BOM JESUS Pe. José Vicente 3672-1102

Matriz: Basílica do Senhor Bom Jesus DOMINGO 6h30 • 8h30 • 10h30 • 15h • 18h • 20h Igreja São Sebastião SÁBADO:18h PARÓQUIA SÃO JOSÉ Pe. Alan Rudz 3672-3836

PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO

Vigário Forâneo: Pe. Ricardo Luís Cassiano

FORANIA NOSSA SENHORA D’AJUDA

FORANIA MENINO JESUS

Matriz: São José (Jardim Santana) SÁBADO 18h30 DOMINGO

7h30 • 10h30 • 17h • 19h30

PARÓQUIA ESPÍRITO SANTO Pe. Antônio B., scj 3602-1250 DOMINGO 10h • 19h

SÁBADO 19h DOMINGO 8h • 11h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJA Pe. Geovane, scj 3411-7424

Matriz: Santuário São Benedito DOMINGO 7h • 9h30 • 17h30 • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Pe. Celso Batista de Oliveira, sjc 3686-1864

Matriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) SÁBADO 19h DOMINGO 8h • 18h PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO Pe. Rodrigo Natal 3622-6517 SÁBADO 18h DOMINGO 10h • 17h • 19h30

PARÓQUIA SÃO JOÃO BOSCO Pe. Ricardo Luís Cassiano 3631-2510 DOMINGO 7h • 10h • 19h

Pe. Luís Lobato 3652-2052

Matriz: Santuário Nossa Senhora do Bom Sucesso DOMINGO 7h • 9h • 11h • 18h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

Pe. Ederson 3653-4719

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Pe. Leandro Alves 3621-8145

Matriz: SÁBADO: 19H DOMINGO: 7H 10H30 19H30

Mons. José Eugênio 3642-1320

Matriz: São José Operario SÁB 17h30 (Com. NSra Saúde) • 19h (Matriz) DOMINGO 7h • 9h • 19h30

Matriz: São Benedito DOMINGO 7h • 9h30 • 18h • 19h30

PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUA

(Cidade Jardim) (0xx12) 3522-7574

Pe. Décio Luiz 3652-6825

Matriz: Santuário Santo Antônio de Pádua DOMINGO 7h • 9h • 19h .................................................... Comunidade de São Pedro: Vila Bandeirante DOMINGO 17h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA Côn. Luiz Carlos 3652-1832

Matriz: Nossa Senhora da Esperança DOMINGO 07h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO PIO X Frei Alexandre, OFM Convento 3653-1404

Matriz: São Benedito DOMINGO

6h30 • 9h30 • 11h • 18h • 20h PARÓQUIA DO MENINO JESUS Pe. Carlos Alberto 3652-8459

Matriz: Menino Jesus DOMINGO 6h30 • 10h • 19h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORES

(Jambeiro) Pe. Osmar Cavaca 3978-1165

Matriz: Nossa Senhora das Dores DOMINGO 8h • 19h

Pe. Celso Luiz Longo 3621-5170

Matriz Nossa Senhora do Belém DOMINGO 10h • 19h30

Pe. Kleber 3642-2605

Matriz: São João Batista DOMINGO 6h30 • 9h30 • 11h • 18h30

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PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APÓSTOLOS Côn. Joaquim Vicente dos Santos

Matriz: SAB 16h DOM 8h • 19h N. Sra. Perpétuo Socorro: SAB 19h DOM 10h

PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULO Côn. Geraldo 3637-1981

Igreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César) DOMINGO 7h • 9h • 19h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS Pe.Vitor Hugo Porto 3522-5318

Matriz: DOMINGO 7h, 10h,18h30 Com. N. Sra. Aparecida: DOMINGO às 8h30 Com. Pinhão do Borba: DOMINGO às 8h30 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA Côn.Amâncio 3642-7035

Matriz: Nossa Senhora do Rosário de Fátima DOMINGO 7h30 • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)

Pe. Cipriano Alexandre Oliveira 3643-6171

Matriz: São Miguel Arcanjo DOMINGO 7h • 10h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César) Pe. Antonio Carlos Monteiro 3641-1928

Matriz: São Benedito (Vila São Benedito) DOMINGO 8h

PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO Cidade Nova Côn. Elair 3648-1336

Igreja Matriz: São Cristóvão DOMINGO 7h • 19h PARÓQUIA SANT’ANA Pe. Antonio Carlos Gonçalves 3527-1758

Igreja Matriz: Sant’ana SÁBADO 19h30 DOMINGO 8h • 19h 3º DOMINGO 11h (Motociclistas)

FORANIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Vigário Forâneo: Pe. Antônio Cláudio

PARÓQUIA JOÃO PAULO II (Taubaté) Pe. Luís Paulo DOMINGO 19h

PARÓQUIA SANTA CRUZ (Redenção da Serra) Pe.Antônio Cláudio 3676-1228

Matriz: Santa Cruz DOMINGO 9h • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE

(Natividade da Serra) Pe.Alexandre 3677-1110

Matriz: Nossa Senhora da Natividade DOMINGO 9h30 • 19h PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (Bairro Alto - Natividade da Serra) Pe. Paulo Donizete 3677-4152

Matriz: Nossa Senhora da Conceição DOMINGO 10h15 PARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSA (São Luiz do Paraitinga) Pe. Álvaro (Tequinho) 3671-1848

Matriz: São Luiz de Tolosa DOMINGO 8h • 10h • 19h

FORANIA SÃO BENTO Vigário Forâneo: Pe. José Batista da Rosa

PARÓQUIA SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS (Campos do Jordão) Pe. José Alberto L. Cavalcante 3662-1740

Matriz: Santa Teresinha do Menino Jesus DOMINGO 7h • 9h • 19h PARÓQUIA SÃO BENEDITO (Campos do Jordão) Pe. José Eliomar Soares, sjc 3663-1340

Matriz: São Benedito DOMINGO 10h30 • 18h

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDE (Campos do Jordão) Pe. José Rosa 3662-7068 DOMINGO 10h • 20h

PARÓQUIA SÃO BENTO (S. Bento do Sapucaí) Pe. Ronaldo, msj 3971-2227

Matriz: São Bento DOMINGO 8h • 10h • 18h

PARÓQUIA SANTO ANTONIO (Santo Antônio do Pinhal) Pe. Marcelo Sílvio Emídio 3666-1127

Matriz: Santo Antônio DOMINGO 8h • 10h • 19h


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