O LÁBARO
Diocese de Taubaté - SP
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Atualmente o catecumenato voltou com todo vigor à práxis da Igreja e os catecúmenos vem aumentando cada vez mais. Isto praticamente é consequência da reforma proposta pelo Concílio Vaticano II que inclusive encaminhou a redação de um ritual denominado Ritual da Iniciação Cristã de Adultos e o propôs para toda a Igreja. Em nossa Diocese, este ano, vinte e um adultos
A vocação ao batismo, a ser Igreja, é o mais importante dos sacramentos, porque confere a identidade fundamental do ser cristão. Perdoa do pecado original, associa a Cristo e a Igreja, e é a semente que poderá desabrochar na consciência e na entrega vocacional na maturidade.
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recebem o batismo. O catecúmeno Anthony Luiggy Ciangoli, da paróquia Nossa Senhora de Fátima em Pindamonhangaba, falou ao Jornal O Lábaro sobre o seu processo de preparação para o batismo e, da mesma paróquia, o catequista Fabrício da Silva Batista Lopes expressou sua satisfação em ser instrumento de Deus para os adultos que procuram pelo batismo.
O ser humano recebeu uma incomparável dignidade ao ser criado à imagem e semelhança de Deus. Homem e mulher Deus os criou. Portanto, ambos, em sua diversidade e complementaridade têm a mesma dignidade.
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Os vinte e um catecúmenos que recebem o batismo este ano se encontraram com o bispo diocesano Dom Wilson Angotti, no dia 04 de março de 2023, na Catedral de São Francisco das Chagas para a celebração do Rito Catecumenal e entrega do Símbolo da Fé.
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No dia 31 de março de 2023 a paróquia São
Luís de Tolosa, da cidade de São Luiz do Paraitinga, celebrou os seus 250 anos de criação.
Para celebrar essa data recordamos a história
da paróquia, os fatos marcantes, os párocos que por lá estiveram e ajudaram o povo a rezar, registramos o tríduo em preparação ao jubileu e a celebração de Dedicação do Altar e da igreja Matriz.
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Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo, (Atos 2, 38)
O Concílio Vaticano II, na Constituição Pastoral Gaudium et spes, nos relembra que “a razão mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à união com Deus. É desde o começo da sua existência que o homem é convidado a dialogar com Deus: pois, se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele por amor constantemente conservado; nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e se entregar ao seu Criador” .
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O ano vocacional promovido pela Igreja no Brasil não é uma mensagem que embora dirigida a todos diga respeito somente a consagrados ou a membros do clero. Não é uma mensagem a todos, falando sobre alguns. É uma conscientização de todos para todos. Articulando o universal com o próprio, o geral com o específico.
Isso significa dizer, e ponderar, que todo ser humano é vocacionado. Todos são interpelados por Deus a compreenderem a vida pela força de um convite pessoal a amizade com Ele, e a destinar a vida à construção do Reino.
Antes de qualquer trabalho específico a ser realizado na Igreja, antes de qualquer carisma de vida a ser vivenciado no mundo, antes de casar, ou ordenar-se padre ou fazer-se religioso, está o chamado ao batismo. A convocação a pertencermos ao povo de Deus, que caminha na história rumo a salvação por Ele oferecida.
A vocação ao batismo, a ser Igreja, é o mais importante dos sacramentos, porque confere a identidade fundamental do ser cristão. Perdoa o pecado original, associa a Cristo e a Igreja, e é a semente que poderá desabrochar na consciência e na entrega vocacional na maturidade. Os homens se fazem padres e religiosos, porque vivem sua identidade batismal e se consagram ao serviço de Deus para os demais batizados, as mulheres se tornam religiosas, para testemunharem vivamente as graças e responsabilidades do batismo. Homens e mulheres se dão em casamento, como um serviço amadurecido em função do outro e da prole cristã, dos futuros batizados.
Uma reflexão e conscientização nessa perspectiva, faz ressaltar a importância do protagonismo do leigo cristão na Igreja e na sociedade. Ajuda a superar a cultura clericalista que as vezes limita a ação da Igreja nos ministros ordenados. Dá um senso de profundidade maior sobre sua própria identidade cristã e gera um senso de responsabilidade mais claro sobre sua própria e inalienável missão. Por isso, trata-se de um fermento fundamental a lançar sobre a massa.
Quando um rapaz começa a pensar em ser padre, ele começa a ficar mais observador daqueles que já o são. O pároco da sua paróquia, o padre das redes sociais, o padre apenas lembrado nos livros de história, todos passam a habitar uma espécie de távola redonda na mente do vocacionado. Aos poucos, ele começa a pedir a cada um que diga o que é ser padre, que o demonstre com atitudes e que confirme, com provas de fogo, que o seu jeito de ser padre é o “certo”.
O certo é que não existe modelo absoluto de padre, que nenhum indivíduo sozinho é capaz de condensar a quintessência do ser presbítero. Por isso mesmo é que Deus chama gente de todo o tipo: novos e velhos, práticos e teóricos, gestores e místicos, fortes e frágeis, ponderados e intensos. Não há padre-modelo, só Jesus é o Mestre-modelo. A partir Dele cada padre e vocacionado vai tentando construir a sua identidade e o seu serviço ministerial. Cada padre, porém, oferece ao mundo, à Igreja e aos jovens vocacionados uma faceta da identidade
A serviço da evangelização
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O Deus que se revela nas páginas da Bíblia é especialista em desconcertar os homens e seus esquemas feitos para atender sua visão estreita de mundo ou seus interesses particulares. Essa é a impressão que experimentei ouvindo, nessa Quaresma, a tocante história de Susana, no Livro do Profeta Daniel (Capítulo 13). Chamou minha atenção o versículo 44: Deus havia concedido a graça da sabedoria a um adolescente. O que era esperado de anciões, o povo encontra num jovem (cf. v. 50). Assim Deus mostra que o Espírito sopra onde quer. Por graça de Deus, Susana, inocente da acusação que dois anciãos depravados lhe imputavam, foi salva pela sabedoria de um adolescente. Esse Deus que desconcerta o concerto dos homens impondo sua Sabedoria. Esse Deus que irrompe na história para libertar, desestruturando sistemas organizados para explorar, estabelecer privilégios para uns e condenar o resto a trabalhar na manutenção desse status quo.
Outro jovem enviado por Deus, Jeremias recebe a missão de desmascarar a falsidade dos discursos dos sacerdotes e chefes do povo (Jr 1,17-18). Apanhou, foi perseguido e maltratado (Jr 18,18; 20,2). Mais uma vez, por meio inesperado, Deus desconcertou o que interesses humanos haviam acertado para si mesmos.
Deus, por critérios próprios e desconcertantes, por várias vezes escolheu, diferentemente dos pensamentos e esquemas humanos. Davi, um adolescente menosprezado por seu pai, foi escolhido como rei de Israel (1Sm 16,6-12). Amós era um pastor e agricultor, foi enviado por Deus como profeta a despeito dos protestos de um sacerdote funcionário do rei (Am 7,10-17). Só para ficar em mais dois exemplos do Antigo Testamento.
e da missão de um presbítero. Eles são referências, como que placas indicadoras no caminho, que ajudam o jovem a se encontrar a si mesmo na fé, na Igreja e no sacerdócio.
Basta olhar para a nossa própria história de Igreja. Conhecemos padres que eram bravos de dar medo, mas que estavam sempre presentes e atuantes junto ao seu povo, especialmente em horas de sofrimento. Já vimos padres que pareciam frágeis demais, até na saúde, mas que testemunhavam uma santidade “invejável” dentro de suas limitações. Cumprimentamos padres tímidos no dia a dia, mas que, ao subirem no púlpito, mostravamse eloquentes pregadores. Assistimos padres velhinhos, vestidos sem ostentação, a ponto de ninguém dar nada para eles, que mais pareciam fofos vovôs, mas que surpreendiam com a lucidez de suas orientações na hora das confissões.
Um padre é só um padre, com muitos limites e alguns talentos, como qualquer pessoa. Já um clero, um grupo de padres, é uma potência: cada um oferece a Deus, à
Quando lemos os evangelhos percebemos como Jesus segue nessa prática de desconcertar esquemas preestabelecidos. Se Ele fosse considerar critérios humanos não teria escolhido os doze homens que chamou para serem apóstolos. Gente do povo e de baixa qualificação: pescadores, um cobrador de impostos, um extremista, homens da Galileia distante de Jerusalém, centro religioso dos judeus. Para escândalo até mesmo de seus discípulos ensinava as mulheres (Jo 4,27), rompendo com um tabu que levou ao protesto até mesmo de uma mulher (Lc 10,40). Jesus denunciava os esquemas humanos que tentam substituir a Vontade Divina pelos seus próprios interesses (Mc 7,8-13).
E quanto aos “concertos” humanos de hoje? De tantos católicos que para defender o que definiram ser a pureza da Igreja ignoram a novidade do Evangelho: Deus prefere o pobre, o enfermo, o pequenino, o pecador aberto à conversão. Essa gente que fica irritada com os ensinamentos do Papa ao pregar a Doutrina Social da Igreja, que pede justiça e igualdade para os pobres e recorda que o Divino Mestre sempre ensinou que é preciso ter misericórdia com o próximo. Essa gente que difama a CNBB por recordar, na Campanha da Fraternidade deste ano, os que passam fome, e noutros anos, outras questões de injustiça social que clama por conversão e mudança, mas é ignorada pela sociedade e pela maioria de nós cristãos. Desconcertados pela Palavra de Deus busquemos a conversão. Se algo na pregação da Igreja, fiel ao evangelho, incomoda, eis o ponto que precisa de conversão interior e mudança de atitude. Deixai-vos desconcertar por Deus!
Pe. Silvio José DiasIgreja e ao mundo o que tem de capacidade e de competência, cada um faz o que pode e serve como consegue. Obviamente que todos devem procurar aprender mais e qualificar seu serviço prestado, mas o que quero dizer é que cada um acaba por ter o seu estilo, o seu jeitão de ser. E tudo isso, em última análise, é bom para a Igreja. Por isso não dá para ter inveja do dom de cada irmão, pois o que falta a um, o outro é capaz de suprir. E quem ganha é o povo de Deus.
Se alguém procura um padre-modelo, talvez se frustre ao notar que não vai achar ninguém. Talvez encontre alguém à sua imagem e semelhança e, por isso, numa aparência de virtude e numa projeção de personalidade, vai acha-lo “o melhor padre de todos”. Mas isso acaba sendo injusto. Modelo é só Jesus, e as referências não podem ser reduzidas a uma só. Bendito seja Deus pelos diferentes tipos de padre, pois cada um deles atende uma necessidade da evangelização e cumpre um aspecto da salvação.
Pe. Marcelo HenriqueDiretor: Côn. José Luciano Matos Santana
Editor: Pe. Thomás Ranieri da Silva
Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP
Conselho Editorial: Pe. Marcelo Henrique de Souza, Pe. Julius Rafael Silva de Barros Lima e Valquiria Vieira.
Diagramação: Valquíria Vieira
Revisão: Ana Regina de Oliveira e Wilse Mara Galvão
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“Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher ele os criou” (Gn.1,27).
pedirei conta da vida do irmão” (Gn.8,5). A harmonia da criação foi alterada pelo pecado. Pelo pecado o ser humano altera aquilo que, na ordem da criação, Deus considerou bom. O pecado é sempre pessoal, mas altera a relação da pessoa com Deus, consigo mesma, com o outro e com o mundo onde se situa. Na raiz dos problemas que afligem a convivência humana está o pecado de cada um de nós e suas consequências sociais, pois o pecado de cada um repercute sobre os outros. Para nós cristãos, a consciência da universalidade do pecado (cf. 1Jo.1,8) vem sempre unida à universalidade da salvação realizada por Cristo (cf. Rm.5,17) que tem como meta a plena e realizadora comunhão com Deus, na eternidade (ICor.2,9).
A dignidade e o reconhecimento dos direitos humanos estão fundamentados na concepção que temos do ser humano. Inspirada pela Revelação de Deus, expressa na Sagrada Escritura, a Igreja vê no ser humano a imagem de Deus. O ser humano recebeu uma incomparável dignidade ao ser criado à imagem e semelhança de Deus. Homem e mulher Deus os criou. Portanto, ambos, em sua diversidade e complementaridade têm a mesma dignidade. Além disso, por sua encarnação, ao assumir a humanidade, o Filho de Deus uniuse de algum modo a todo ser humano. Assim sendo, somos convidados a reconhecer em toda e qualquer pessoa, próxima ou distante, conhecido ou desconhecido, e sobretudo no pobre e em quem sofre, um irmão “pelo qual Cristo morreu” (cf. Rm.14,15). Essa relação de todo ser humano com Deus pode vir esquecida ou intencionalmente negada, mas nunca eliminada.
O relato bíblico da criação apresenta o senhorio do ser humano sobre toda criação. Esse domínio do homem sobre as criaturas, simbolicamente, se expressa ao dar-lhes nome (cf. Gn.2,19-20). Tal domínio não é egoístico ou despótico, mas de quem é responsável em cuidar, de quem é guardião da criação, de tudo aquilo que “Deus viu que era bom” (Gn.1,10). O ser humano é guardião da criação como um todo e da vida do seu semelhante. “Ao homem
Numa sociedade justa, tudo deve ser orientado para o bem e a realização plena da pessoa, não só no aspecto terreno, mas também em sua dimensão transcendente. A pessoa não pode ser instrumentalizada em função de projetos econômicos, sociais e políticos mesmo em nome de um progresso da sociedade no presente ou no futuro. É necessário vigiar sempre para que nada prejudique a pessoa e para que seus direitos e sua liberdade sejam sempre respeitados. A liberdade é um atributo que o ser humano tem como imagem de Deus. Na possibilidade de agir de acordo com uma opção consciente e livre se manifesta sua dignidade. Ele pode escolher e conduzir seu destino: diante dele estão a vida e a morte, o bem e o mal, ele pode escolher o que preferir (cf. Eclo. 15,17).
A liberdade humana é ampla, mas não é ilimitada. A Bíblia ilustra isso ao dizer que o ser humano pode comer de todas as árvores do jardim, menos da árvore do conhecimento do bem e do mal (cf. Gn.2,16-17). O homem é chamado a aceitar a lei moral que Deus lhe dá. Ele exercerá sua liberdade e será feliz dentro dessa aceitação, pois tudo o que Deus nos pede é para nossa felicidade e para nosso bem. Nossa consciência sempre nos indica essa lei natural, inspirando-nos o que devemos fazer e o que devemos evitar.
A igualdade entre as pessoas consiste no fato de que todas têm a mesma dignidade:
“Deus não faz acepção de pessoas” (At. 10,34). Esse é o fundamento da igualdade e fraternidade entre os homens, independentemente da sua raça, nação, sexo, origem, cultura, classe, saúde ou deficiência. Os direitos humanos se fundamentam na dignidade do ser humano e em Deus seu criador. O magistério da Igreja reconheceu como de grande valor a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela ONU, em 1948. São João XIII disse que tais direitos são “universais, invioláveis e inalienáveis” (Pacem in Terris, n.144). São João Paulo II disse que essa declaração é “uma pedra miliária (um marco referencial) no caminho do progresso moral da humanidade” (Discurso na Onu, em outubro de 1979). Intimamente relacionado ao tema dos direitos humanos são os deveres humanos, pois no relacionamento humano, ao direito natural de uma pessoa corresponde o dever de reconhecimento e respeito por parte dos demais (cf. S. João XIII, Pacem in Terris, n.30). Na encíclica Centesimus Annus (n. 47), São João Paulo II sintetizou os ensinamentos sobre os direitos humanos de João XIII, do Concílio Vaticano II e de Paulo VI, com o seguinte texto: “O direito à vida, do qual é parte integrante o direito a crescer à sombra do coração da mãe depois de ser gerado; o direito a viver em uma família unida e num ambiente moral favorável ao desenvolvimento da própria personalidade; o direito a maturar sua inteligência e liberdade na procura e no conhecimento da verdade; o direito a participar no trabalho para valorizar os bens da terra e a obter dele o sustento próprio e dos seus familiares; o direito a fundar livremente uma família e a acolher e educar os filhos, exercitando responsavelmente a sua sexualidade. Fonte e síntese destes direitos é, em certo sentido, a liberdade religiosa, entendida como direito a viver na verdade da própria fé e em conformidade com a dignidade transcendente da pessoa”. É importante frisar que a todo direito corresponde um dever; e que o direito dos povos são os direitos humanos ampliados ao coletivo.
Dom Wilson Angotti Bispo DiocesanoDom Wilson visitou duas escolas do território paroquial, uma Escola Particular da Rede Anglo e a Escola Estadual Wilson Pires César. Nos dois espaços educacionais, o bispo conversou com a direção, com os professores e com os alunos. Ainda no segundo dia da visita, o bispo esteve na Comunidade São José, para um momento de oração pela saúde e bênção aos enfermos e idosos. A noite, Dom Wilson presidiu a celebração do Sacramento da Crisma aos catequizandos preparados pela catequese da paróquia Nossa Senhora das Graças.
No terceiro dia da visita, 11 de março de 2023, o Bispo se encontrou com os catequistas e catequizandos das fases da Primeira Eucaristia e da Crisma e também realizou uma Assembleia Pastoral Extraordinária.
A Paróquia Nossa Senhora das Graças, na cidade de Pindamonhangaba, recebeu a Visita Pastoral do Bispo diocesano, Dom Wilson Luís Angotti Filho, de 09 a 12 de março de 2023.
Na quinta-feira, 09 de março de 2023,
o bispo chegou à Paróquia já no período da noite e foi acolhido pelo Pároco Padre Vitor Hugo Porto e pelo povo na Igreja matriz onde celebrou, às 19h30, a missa estacional da visita.
Na sexta-feira, 10 de março de 2023,
No último dia da visita, 12 de março de 2023, Dom Wilson se encontrou com os membros do CAEP (Conselho Administrativo Executivo Paroquial) e à noite presidiu a Santa Missa de encerramento, na qual agradeceu ao pároco e a todo o povo pelo acolhimento recebido durante os dias da visita pastoral.
A Pastoral da Saúde reuniu os agentes da Diocese de Taubaté para uma formação diocesana no dia 25 de março de 2023.
O encontro aconteceu no Lar escola Santa Verônica e abordou o tema “Fome espiritual e material” em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade 2023.
O seminarista Ricardo José conduziu uma primeira parte da formação, em seguida a palestrante convidada, Adriana Mussi, fez uma abordagem sobre o tema da violência contra a mulher.
Segundo a coordenadora diocesana da Pastoral da Saúde, Ana Regina Gama, a formação foi um momento de aprendizado e paz.
Mais de setenta agentes estiveram presentes na formação que visa atualizar e fortalecer os trabalhos da Pastoral da Saúde na Diocese de Taubaté.
Os agentes participantes da formação atuam nas paróquias das cidades de Taubaté, Pindamonhangaba, Caçapava e Tremembé.
expressar concretamente a caridade na Coleta Nacional da Solidariedade.
Este ano a coleta aconteceu no dia 02 de abril e do total arrecadado 60%, parte que cabe à Diocese, será destinado a três projetos sociais que visam atender as necessidades básicas de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Em reunião Geral do Clero, foram escolhidos os três seguintes projetos:
Lar Vicentino de Caçapava que atende idosos a partir de 60 anos de idade (ambos os sexos), atualmente com 30 idosos atendidos, sendo oferecidos serviços na área da assistência social com objetivo de garantir a proteção integral dessas pessoas com moradia, alimentação e atividades sociais e comunitárias.
O gesto concreto da Campanha da Fraternidade acontece todos os anos no Domingo de Ramos, na ocasião, todos os cristãos católicos do Brasil são convidados a
Vila São Vicente de Paulo de São Luiz do Paraitinga que atende idosos acima de 60 anos (ambos os sexos), atualmente com 22 idosos atendidos com todos os cuidados básicos que estejam necessitando, sendo uma
Da Redação
instituição de Longa Permanência.
Ação Social da Paróquia Santo Antônio de Lisboa em Taubaté que atende pessoas em situação de rua. A ação oferece alimentação, roupas e assistência espiritual, sendo distribuídas 100 marmitas, por semana (aos sábados), em diversos bairros do município de Taubaté.
Os outros 40% da arrecadação é destinado ao Fundo Nacional de Solidariedade, que é administrado pelo Departamento Social da CNBB, sob a orientação do Conselho Gestor da entidade.
Todo ano, o Departamento Social da CNBB publica um edital específico, a previsão em 2023 é que seja publicado no dia 10 de abril, com critérios, para seleção dos projetos sociais em todo o Brasil. São priorizados aqueles que estejam em sintonia com os objetivos gerais e específicos da Campanha da Fraternidade vigente no ano.
a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e reformado toda a fachada da Igreja Matriz, além da troca dos altares. O segundo tendo feito a pintura do interior da Matriz e entregue ao artista taubateano, Álvaro Pereira, a decoração do teto da igreja.
No dia 31 de março de 2023 a paróquia São Luís de Tolosa, da cidade de São Luiz do Paraitinga, celebrou os seus 250 anos de criação.
Para celebrar essa data recordamos a história da paróquia a começar pelo dia 31 de março de 1773 quando foi erguido na praça principal (entre a praça atual e a Praça Euclides Vaz de Campos — pracinha), o pelourinho, representando o reconhecimento oficial do Rei de Portugal, Dom José I, para a nova Villa de São Luiz. Ato contínuo, Dom Frei Manoel da Ressurreição, terceiro bispo de São Paulo, cria a Paróquia, desmembrada da freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Facão (atual município de Cunha). Em julho do mesmo ano o bispo de São Paulo nomeia o primeiro vigário para a Paróquia recém-criada, Padre José Gonçalves da Cunha, natural de Taubaté.
Ao longo de duzentos e cinquenta anos foram vinte e oito párocos que passaram pela paróquia e ajudaram o povo a rezar. Destaquese figuras marcantes como Cônego Benjamin de Toledo e Mello, responsável pela criação da Santa Casa de Misericórdia, do Mercado Municipal e que batizou na Igreja Matriz da Paróquia, em 5 de fevereiro de 1873, Oswaldo Cruz.
Monsenhor Ignácio Gióia e Monsenhor Tarcísio de Castro Moura foram figuras importantes. O primeiro tendo reconstruído
Paróquia que viu nascer em seu solo futuros padres com histórias marcantes como o Cônego José de Valois de Castro, importante intelectual e político, que participou da assinatura do Convênio de Taubaté, em 1906 e, como Senador da República, foi o responsável pelas negociações pela manutenção das relações diplomáticas do governo brasileiro (recém proclamada a República) e o Vaticano. Ainda, o Monsenhor Antônio Nascimento Castro, que criou e dirigiu este jornal — “O Lábaro” entre os anos de 1910 e 1942.
Nos 250 anos da Paróquia, o povo que viu as águas do Paraitinga derrubarem sua Igreja Matriz em 2010 e a viu reconstruída em 2014, participou da solene celebração de Dedicação do altar e da Igreja Matriz, fato este que marca para sempre que seu solo e seu altar agora estão definitivamente consagrados a Deus. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Wilson Luís Angotti Filho, na ocasião o bispo entregou ainda uma cópia da Bênção Apostólica do Santo Padre, o Papa Francisco, ao pároco Padre Ricardo Luís Cassiano e os fiéis paroquianos pelos 250 anos de criação da paróquia.
Tradições seculares como a Festa do Divino, que congrega a todos os luizenses na festa da partilha e do agradecimento à terceira pessoa da Santíssima Trindade que sempre derramou muitas graças sobre este povo, seu trabalho e suas lutas e que vê nos símbolos da devoção popular como a bandeira do Divino, o estandarte que o identifica como um autêntico devoto do Divino Espírito Santo.
Em preparação aos 250 anos da Paróquia São Luís de Tolosa foi realizado um tríduo, de 28 a 30 de março, com a presença dos padres luizenses, José Amarildo Rangel Junior,
Especial graça de Deus para as pessoas e para a Igreja!
Durante a liturgia da Vigília Pascal deste ano, período litúrgico apropriado para o acolhimento dos que desejam se tornar católicos, acontecerá o batismo de 21 adultos em algumas paróquias da nossa diocese.
Esses adultos, denominados catecúmenos, desde a Igreja nos primeiros séculos, foram devidamente preparados para receberem o sacramento do Batismo. É incluído nessa preparação para o batismo o Rito de Iniciação Cristã de Adultos, ocasião em que estes se tornam integrantes do Corpo Místico de Cristo, Igreja Católica.
O catequista Fabrício da Silva Batista Lopes, da paróquia Nossa Senhora de Fátima em Pindamonhangaba, atua na catequese de adultos e externou ao jornal O Lábaro seus sentimentos sobre esta sua missão. “Sintome satisfeito por ter oportunidade de ser um canal de Deus para as pessoas. Percebendo que estamos chegando até o catequizando, ajudando na mudança de vida, torno-me profundamente realizado; estou realizando a minha missão”.
Catecúmeno recebe o Simbolo da Fé em rito catecumental com o bispo diocesano. Foto: Pascom Catedral
O catecúmeno Anthony e o catequista Fabrício na ocasião do Rito Catecumental e entrega do Simbolo da Fé. Foto: Pascom Catedral
Etimologicamente falando, a palavra catecúmeno provém do termo grego “kateco” que significa fazer eco, ou seja: instruir por palavra. Em latim é traduzido por cathecumenus. Genericamente falando, catecúmeno é aquele que recebe instrução para ser admitido ao batismo.
Relacionada com a palavra catecúmeno está a expressão catecumenato. O catecumenato é, no Cristianismo, o período de formação do fiel em preparação para o batismo.
O Catecismo da Igreja Católica, no § 1248 assim o define. O catecumenato, ou formação dos catecúmenos, tem por finalidade permitir a estes últimos, em resposta à iniciativa divina e em união com uma comunidade eclesial, que levem a conversão e a fé à maturidade.
A Palavra “Catecúmeno” muito presente no vocabulário atual da Igreja, é na verdade muito antiga. Com raízes já
Anthony Luiggy Ciangoli, catecúmeno da paróquia Nossa Senhora de Fátima em Pindamonhangaba, perguntado sobre este processo de iniciação assim se manifestou: “Sempre fui à missa com a minha noiva, porém com o passar do tempo, a Palavra de Deus me chamava a ser algo novo, alguém melhor. Nisso, senti a necessidade de procurar a catequese para me aprofundar na santa doutrina, receber os sacramentos e participar como cristão do Corpo de Cristo. Foi um processo muito bom, aprendi o básico sobre a vida cristã e como crescer na fé. Todos os momentos, foram marcantes para mim... a cada semana aprendia algo novo que me motivava. Após dois anos, vejo chegar este momento tão significativo, que é o do batismo e eu: membro do Corpo de Cristo” foram palavras do Anthony.
no Novo Testamento era uma expressão constante na Igreja dos Primeiros Séculos. A partir do século II, foi se organizando o “catecumenato”, importante instituição para a vida da Igreja, especialmente nos séculos IV e V. Era uma expressão da seriedade que a Igreja dava à preparação religiosa para as pessoas receberem os sacramentos. A partir do século V, o catecumenato entrou em decadência e praticamente os catecúmenos desapareceram. Talvez uma das razões para tanto foi o incremento do batismo de crianças.
Atualmente, o catecumenato voltou com todo vigor à práxis da Igreja, e os catecúmenos vem aumentando cada vez mais. Isto praticamente é consequência da reforma proposta pelo Concílio Vaticano II, que inclusive encaminhou a redação de um ritual denominado Ritual da Iniciação Cristã de Adultos e o propôs para toda a Igreja.
Como o adulto se prepara para o batismo na nossa Diocese?
Por adulto, se entende a pessoa com 18 anos ou mais. O adulto interessado deve, primeiramente, procurar a secretaria da paróquia em que reside, e ali receberá todas as informações necessárias. Em tempo oportuno, será convidado a participar da catequese para adultos. Esta, tem a duração de dois anos, ocasião em que o catecúmeno tem a oportunidade de se iniciar na vida em Cristo.
O resultado da percepção de que os 2 campos de atividade da Igreja: evangelização e sacramentalização não podem ser considerados opostos, mas complementares. Um exige o outro. A evangelização, necessariamente, deve levar o fiel à vida sacramental, e a vida sacramental supõe no fiel o mínimo conhecimento do que é o sacramento e desenvolver a sua vida cristã numa comunidade eclesial. A causa de muito abandono da Igreja por parte de fiéis devese ao fato da evangelização e da catequese insuficientes. Nossos últimos tempos foram marcados por uma predominância da sacramentalização em detrimento da formação religiosa.
Não existe um tempo e um modo oficialmente definidos para o catecumenato. Cabe a cada Bispo em sua Diocese definir a duração e o como.
do processo: como aprofundar o sentido e a experiência da Igreja Sinodal? Como aprofundar e insistir nos aspectos de formação e espiritualidade, que têm sua fonte primordial na Palavra de Deus? Frente à polarização, como buscar a unidade da Igreja, com diálogo, proximidade, justiça e paz?
Por terceiro, elencaram as prioridades a serem discutidas na Primeira Sessão da Assembleia Sinodal: respeitar a religiosidade popular, com empenho na Evangelização; resgatar o senso de pertença à Igreja, a partir da dignidade batismal; promover uma formação catequética que gere comunhão e participação na Missão; e superar a Pastoral de Conservação com o ardor missionário, sinal de Conversão.
O Processo Sinodal segue em frente! Estamos rumo à Primeira Sessão da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá em Roma, de 4 à 29 de outubro de 2023. Na dinâmica do caminho sinodal, nossa Diocese, via Conferência Episcopal, recebeu o Documento da Etapa Continental (DEC) – como todas as Dioceses do mundo. O DEC é um instrumento privilegiado para a realização, na etapa continental, do dialogo das Igrejas Locais, entre elas e com a Igreja Universal (DEC 106).
Atendendo à solicitação da Secretaria Geral do Sínodo, e mantendo o processo de escuta, diálogo e discernimento, Dom Wilson Angotti, nosso Bispo Diocesano, convocou a Equipe Sinodal Diocesana para um encontro
A Páscoa é o centro da vida cristã. Embora nós tenhamos um dia para liturgicamente celebrar a vitória de Cristo sobre a morte, a dinâmica da vida cristã é Pascal.
A eucaristia é o sacramento - por excelência - que atualiza a presença do Ressuscitado entre nós.
Os outros sacramentos também estão intimamente alinhavados ao mistério do sepulcro vazio.
O cristianismo não é possível quando não assumimos a ressurreição como uma regra de vida.
Todos os dias nós precisamos ressuscitar nossas esperanças, vencer os grilhões da morte, da descrença, do pessimismo. É responsabilidade de cada cristão a promoção
num ambiente orante, de abertura ao espírito de comunhão com Deus e com o outro –conforme orientação do DEC – realizado em 7 de fevereiro de 2023. Neste, refletiram sobre o Caminho Sinodal na Diocese, em sintonia com a Igreja na América Latina, a partir de três questionamentos: Intuições; Desafios; e Prioridades.
Por primeiro, os membros da Equipe Sinodal levantaram as Intuições que mais ecoam: a realidade de uma Igreja que escuta, atenta ao outro, que consulta as Instâncias de Comunhão; a realidade missionária da Igreja em saída, que vai ao encontro de todos; e a realidade de uma Igreja sensível aos mais pobres, feridos e desfavorecidos.
Por segundo, apontaram as questões a serem enfrentadas nas próximas fases
O Papa Francisco, no discurso de abertura do Sínodo, no dia 9 de outubro de 2021, motivou toda a Igreja a pôr-se a caminho: “O Espírito nos guiará e concederá a graça de avançarmos juntos, de nos ouvirmos mutuamente e iniciarmos um discernimento sobre o nosso tempo, tornando-nos solidários com as fadigas e os anseios da humanidade”.
A Fase Continental na América Latina e Caribe do Sínodo foi concluída no dia 31 de março de 2023, a síntese desta estapa foi enviada à Secretaria Geral do Sínodo.
O documento reúne as contribuições do que foi vivido nas dioceses e experiências participativas alimentadas pela diversidade social e cultural de cada região. Uma síntese em 107 parágrafos, reunindo 423 sínteses com intuições, tensões e temas a aprofundar, aos quais se juntou o resultado de algumas outras realidades. Caminhemos juntos, pois, na Força do Espírito Santo e, com Maria, rezemos pela próxima fase do Sínodo dos Bispos.
da vida, o empenho por não deixar crescer as estruturas que matam e oprimem.
Comemorar a Páscoa é assumir publicamente o compromisso de que seremos promotores do perdão, da misericórdia e da justiça.
É assumir, misticamente, o compromisso de oferecer a Jesus as estruturas de nossas vidas, para que Ele viva em nós e por meio de nós.
Encarnar a ressurreição é o compromisso que se desdobra das promessas batismais.
Não é possível conciliar a dinâmica da vida nova com a reprodução da cultura de morte que tantas vezes prevalece em nossas sociedades.
O testemunho cristão é Pascal. Nossas
atitudes, palavras, pensamentos e sentimentos precisam exprimir o comprometimento que o sepulcro vazio nos pede.
Todo cristão tem em si as possibilidades do Ressuscitado. Os múnus de Cristo estão em nós. Múnus régio, profético e sacerdotal. Cada um deles capacitando-nos de forma específica, derramando sobre a nossa Antropologia os favores da Cristologia.
O Papa Francisco pede que “rezemos pela maior difusão de uma cultura da não violência, que implica um cada vez menor recurso às armas, seja da parte dos Estados, seja da parte dos cidadãos”.
Deus ao criar o homem, a mulher e todas as criaturas tinha um projeto. Deus a tudo criou para formar uma grande fraternidade e comunhão. A violência é uma das formas de destruir essa fraternidade e comunhão.
Existe diversos tipos de violência que podemos resumir em: violência estrutural, violência física, violência simbólica. Cada tipo de violência exige um tipo de abordagem e diferentes encaminhamentos.
A sociedade tornou-se insegura e ameaçadora da convivência pacífica e harmoniosa. Uma lógica do ódio está presente em muitos momentos da sociedade. Conflitos violentos são notícias constantes na mídia. Vive-se um clima de medo.
Assiste-se ao crescimento da criminalidade, a percepção da violência e o sentimento de insegurança. O tema da violência é importante quando se fala em segurança pública. Existe a responsabilidade do poder público. A criminalidade espalha-se pela sociedade e manifesta-se de diferentes formas em todas as classes sociais. A violência no meio familiar tem crescido. A injustiça social colabora no crescimento da violência.
A justiça, a paz e a tranquilidade no mundo são construídas sobre os pilares do respeito pelos direitos fundamentais do outro, especialmente os direitos à vida, o livre exercício dos direitos políticos, econômicos e
Há alguns dias fui surpreendido com a notícia que um promotor público teria proibido nas escolas de Taubaté o uso de expressões como “Deus te abençoe” ou a oração do Pai nosso. O ocorrido desperta a discussão sobre vários temas importantes, como a liberdade de expressão religiosa, a intolerância etc., mas gostaria de tratar aqui apenas de um aspecto, que me parece ter passado despercebido e que penso ser a base para a proibição apresentada: a questão da laicidade do estado.
Primeiramente convém definir o sentido em que uso o termo “laico”. Por laico (que vem do grego laikós, de laós = povo, mais o sufixo ikós, que designa “uma parte”1 ) designo aqui “o que não é religioso”. Assim, o estado moderno seria laico, por não servir a uma religião, mas à toda sociedade. Ledo engano!
Ora, por mais que a expressão possa parecer estranha, “o capitalismo deve ser visto como uma religião”2 , pois mesmo que se apresente como um sistema racional, “científico”, seus fundamentos estão em pressupostos que não podem ser demonstrados “cientificamente”. O capitalismo tem seus dogmas, como “a mão invisível do Mercado (financeiro)” que conduz todas as coisas do melhor modo possível3 (melhor para quem?), ou a “teoria do gotejamento” (“quando houver bastante para os ricos, vai sobrar também para os pobres”), criticada pelo Papa Francisco: “esta opinião nunca foi confirmada pelos fatos” (Evangelii Gaudium 54). O capitalismo tem seu culto: suas catedrais e basílicas são os
culturais.
A violência, o terrorismo, a supressão de vidas humanas deve ser sempre condenadas. Esses atos se opõem ao amor de Deus e ao próximo.
Sejam quais forem os problemas a serem enfrentados, os meios violentos são condenáveis. Precisamos encontrar soluções que se harmonizem com o respeito a Deus e à humanidade.
Toda relação verdadeira com Deus deve gerar amor e harmonia nas relações de cada um com os seus semelhantes e com toda a criação.
Um mundo sem violência e alicerçado na paz só pode ser construído sobre as bases sólidas de uma ética da solidariedade, de um sentimento de pertencer, de amor e respeito mútuos.
É preciso sempre o esforço de acabar com a escalada da violência. É preciso de políticas públicas que enfrentem a violência, porém também é preciso construir pontes de amizade e companheirismo. O verdadeiro instrumento da paz é o homem como indivíduo, a paz começa com você e comigo.
Cada pessoa é um agente promotor ou um agente perturbador da paz. Os conflitos interpessoais só terminam quando cessam os conflitos intrapessoais de pessoas perturbadas.
Quem está em paz consigo mesmo aprende a viver em paz com os outros. Quem deseja vencer o ciclo da violência e deseja a paz precisa aprender a amar.
É preciso pensar que uma sociedade sem violência é possível. O amor mútuo e
a benevolência entre as pessoas supõe uma sociedade serena em que as pessoas vivam.
A vontade de Deus é que cada um respeite os direitos dos outros e se disponha a trabalhar para construir uma sociedade sem violência. O respeito pelos direitos dos outros procede do espírito de justiça, portanto, ela é necessária para construção de relações sem violência.
Essa justiça se manifesta no respeito à vida desde o momento da concepção até o momento da morte natural, no respeito aos indefesos e fracos, no respeito à liberdade religiosa, na eliminação da discriminação contra pessoas motivada pelo idioma, pela condição social, pela origem étnica, pela cor ou pelo sexo. Trabalhar pela igualdade dos cidadãos de uma sociedade.
Como nos diz o Compêndio da Doutrina Social da Igreja: “Não é possível amar o próximo como a si mesmo e perseverar nesta atitude sem a firme e constante determinação de empenhar-se em prol do bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos. (...) Nesse caminho é necessária a graça, que Deus oferece ao homem para ajudá-lo a superar as falhas, para arrancá-lo da voragem da mentira e da violência, para sustentá-lo e incentivá-lo a tecer de novo, com espírito sempre renovado e disponível, a rede das relações verdadeiras e sinceras com os seus semelhantes” (n.43).
A superação da violência exige a formação da consciência para novos valores em especial dos valores do Reino de Deus para que haja uma sociedade de paz.
bancos e shoppings, onde se pratica o culto das operações financeiras, manobras bolsistas, compra e venda de mercadorias. Com a possibilidade de transações on line, 24 horas por dia, 365 dias por anos, conseguiu-se até mesmo uma imitação degenerada da prática católica da adoração perpétua! O capitalismo tem também sua moral: a lei do mais forte e a criminalização dos pobres. Trata-se da religião que tem o dinheiro como deus, como já notava um economista liberal, ao dizer que todas as funções que antes a religião desempenhava, agora são desempenhadas pelo dinheiro4 Ora, a uma religião que cultua algo produzido por mãos humanas (ou seja, o dinheiro), nós chamamos de idolatria, sendo o dinheiro “o ídolo mais comum na terra”5
Antes do surgimento dos estados modernos, os mais ricos e poderosos governavam diretamente. Assim, por ex., Salomão tinha uma riqueza fabulosa (cf. 1Re 10,14) e era ele mesmo quem governava (1Re 5,1) e fazia julgamentos do povo (1Re 3,1628). Com o desenvolvimento do capitalismo e o surgimento dos estados modernos, operouse uma distinção entre aqueles que detêm o poder econômico (os multibilionários) e os que assumem a liderança de uma nação (presidentes, deputados, magistrados etc.).
Mas não pense alguém que o poder mudou de mãos: por detrás de uma fachada democrática (= governo do povo!), continuam mandando os mesmos donos da riqueza e do poder, com a diferença que agora ficam escondidos atrás de uma estrutura político-jurídica. Mas
experimente algum governante, legislador ou juiz querer contrariar seriamente os interesses dos grandes capitalistas! Logo acontecem mortes, impeachment ou prisões.
O estado (moderno) e o direito (estatal) são estruturas a serviço do grande capital, e sem as quais o capitalismo não pode existir. Por isso “estado laico”, é uma contradição de termos: o estado (moderno) existe a serviço da “religião do dinheiro”. Desse modo, seus agentes, sejam eles governantes, legisladores ou juristas, no fundo, são servidores de uma fé idolátrica.
Por isso, o bom promotor de justiça que está preocupado com o “Deus te abençoe” nas escolas, é mais religioso do que ele mesmo pensa! Mesmo não queimando incenso ou fazendo orações, pelo próprio cargo que exerce, está a serviço de uma divindade cruel, um ídolo que mantêm na miséria e no sofrimento milhares de pessoas. “Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro” (Lc 16,13), dizia Jesus, é preciso fazer uma escolha! Pelo jeito, ela já foi feita, mesmo quando disfarçada pela expressão chic “laicidade do estado”.
1 Ignace de la Potterie, L’origine et le sens positiv do mot ‘laïc’, NRT 80 (1958) 841-842.
2 Walter BENJAMIN, O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo.
3 Cf. Adam SMITH, A riqueza das nações.
4 John Maynard KEYNES, Teoria geral do emprego, do juro e da moeda.
5 Como até mesmo Lutero reconhecia, ao comentar o 1º mandamento, em seu Catecismo maior.
Quando se falava em vocação, quase que automaticamente se pensava nas pessoas do Bispo, do Padre, do Diácono, dos religiosos. Felizmente, nos tempos atuais, vemos que a compreensão acerca da vocação tem se tornado mais clara, não está mais relacionada apenas à figura religiosa, mas também se compreende que os fiéis leigos são vocacionados. Porém, faz-se necessário relembrar que todos, pelo batismo, somos vocacionados à comunhão com Deus.
O Concílio Vaticano II, na Constituição Pastoral Gaudium et spes, nos relembra que “a razão mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à união com Deus. É desde o começo da sua existência que o homem é convidado a dialogar com Deus: pois, se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele por amor constantemente conservado; nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e se entregar ao seu Criador” .
O pecado fez com que o homem se distanciasse de Deus e de Seu projeto de amor. Vemos que no livro do Gênesis, Adão e Eva viviam em plena comunhão com Deus, mas essa comunhão é perdida com a desobediência do primitivo casal. Apesar disso, Deus sempre manifesta seu amor aos homens, mesmo diante da sua rejeição.
Ao contemplarmos a História da Salvação vemos que Deus sempre deu o primeiro passo indo ao encontro da humanidade: fez aliança com Noé; elegeu Abraão para congregar a humanidade dispersa; formou Seu povo Israel libertando-o da escravidão do Egito; falou pelos profetas; e enviou o Filho Jesus, mediador e plenitude de toda revelação. Como nos ensina o Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Dei Verbum, Deus Se revela para que o homem tome conhecimento de Si e de Sua vontade: Aprouve a Deus. na sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cfr. Ef. 1,9), segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tornam participantes da natureza divina (cfr. Ef. 2,18; 2 Ped. 1,4). Em virtude desta revelação, Deus invisível (cfr. Col. 1,15; 1 Tim. 1,17), na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos (cfr. Ex. 33, 11; Jo. 15,14-15) e convive com eles (cfr. Bar. 3,38), para os convidar e admitir à comunhão com Ele . Diante do exposto, é válido relembrar que pelo Sacramento do Batismo nos tornamos membros de Cristo. Por Cristo, no batismo nós recebemos a filiação divina, isto é, nos tornamos filhos no Filho. Com seu sacrifício redentor, Jesus restitui a amizade entre a humanidade e Deus; nos reconciliou com o Pai. Na obediência do Filho nós fomos justificados (cf. Rm 5,19).
Perante ao ato de Deus que nos oferece Seu amor nós somos chamados a dar uma resposta e essa resposta nos leva à comunhão com Ele. O homem só será plenamente realizado se corresponder ao amor para o qual foi destinado. É preciso que nos lembremos que fomos
criados para Deus, e por isto, somente n’Ele está nossa realização, como nos ensina Santo Agostinho: “Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em Ti”.
Contudo, o homem só será plenamente realizado vivendo a vocação à comunhão com Deus. Fora do esforço de corresponder ao amor de Deus o homem sempre viverá de buscas. Buscará sempre se preencher, mas nunca será saciado. Deus nos dá a graça de participarmos da Sua vida divina por meio do Batismo, mas devemos
Entrevista
O LÁBARO: Estamos vivenciando o 3º Ano Vocacional. Qual a importância desse acontecimento para a Igreja?
Frei Acacio: Celebrar e vivenciar este ano vocacional será uma oportunidade de nos levar a refletir sobre o papel e a identidade de cada vocação, lembrando que por meio do nosso batismo, todos temos vocação. Assim, a nossa vocação é uma resposta a uma iniciativa de Deus. Precisamos compreender nossa verdadeira vocação, seja ela como leigo ou como consagrado a Deus, e então analisar como tem sido minha resposta a Deus.
O LÁBARO: O lema do Ano Vocacional, “Corações ardentes, pés a caminho”, é uma referência aos Discípulos de Emaús. O que a experiência daqueles discípulos tem a nos ensinar nos dias de hoje?
Frei Acacio: A experiência dos discípulos de Emaús: o caminho, as dúvidas, a revelação, o encontro, a recuperação vocacional da missão. Esta experiencia, também nós religiosos estamos vivenciando hoje; estamos neste caminho, redescobrindo a essência da vida consagrada. Neste caminho, nós, consagrados, devemos olhar com gratidão o percurso que já foi caminhado, “viver com paixão o presente” e “abraçar com esperança o futuro”.
A vida consagrada, ou vida religiosa, é uma forma de viver a vocação cristã. Homens e mulheres, chamados a trabalhar pela construção do Reino de Deus, consagram suas vidas a Cristo, pela profissão dos votos. Seja pela vida contemplativa, seja pelo apostolado missionário, com uma diversidade de carismas, são, nas palavras do Papa Francisco, “testemunhas da alegria do Evangelho”, semeadores do Reino. No contexto do Ano Vocacional, Frei Acacio Giovanelli, 35, da Congregação dos Irmãos dos Pobres de São Francisco, nos fala da beleza da vida consagrada. Frei Acacio é sacerdote, tem 11 anos de vida religiosa, é Mestre de Noviços da sua congregação, também é vigário da Paróquia Sant’Ana em Pindamonhangaba e coordena o núcleo da CRB na Diocese de Taubaté.
O LÁBARO: O que é a Vida Consagrada e qual a importância dela dentro da Igreja?
Frei Acacio: A: Falar de vida consagrada é falar de amor. O amor de Deus que escolhe e o amor da pessoa que abraça esse chamamento. A vida consagrada é uma comunhão de corações, um encontro permanente e um diálogo de amor, entre o Coração de Deus e o coração humano. Portanto, a vocação religiosa é vivenciada por homens e mulheres que dizem “sim” a Deus e entregam suas vidas, em plenitude, a seguir Cristo e servi-lo no outro. A vida Consagrada caminha com a Igreja, A vida religiosa está inserida no próprio coração da Igreja. Ela é um elemento decisivo para a sua missão, já que exprime a íntima natureza da vocação cristã.
O LÁBARO: Há uma diversidade de Ordens, Congregações, Institutos e Comunidades, masculinos e femininos, que integram esse universo da Vida Consagrada. Em que se diferenciam e em que se assemelham?
Frei Acacio: A diferença: Cada Ordem religiosa, Congregações, Institutos e Comunidades tem seu carisma próprio; ou seja, seus fundadores decidiram e, depois, a Igreja os aprovou para viver a radicalidade do Evangelho. Os fundadores lhes deram normalmente uma regra de vida e Constituições ou apenas Constituições, que lhes dão organização e normas de vida comum.
A semelhança: Aqueles que respondem livremente a este apelo à vida consagrada vivem os conselhos evangélicos por amor ao Reino dos Céus. Mas o que são estes conselhos evangélicos? São a pobreza, a castidade e a obediência.
O LÁBARO: Já há algum tempo, pesquisas demonstram a queda de vocações à vida religiosa e sacerdotal, também no Brasil. Qual a sua análise sobre isso, e de que modo a celebração de um ano vocacional pode ajudar a mudar esse cenário?
Frei Acacio: Estamos vivenciando um tempo de profundas mudanças de época e um modo mais superficial de viver a fé. A sociedade, hoje, está cada vez mais embrenhada no hedonismo que atualmente é o sinônimo muitas vezes de consumismo ou individualismo. Assim, em sua forma extrema, significa também buscar prazeres imediatos sem medir as consequências ou pensar no outro. Nesta filosofia de vida não há espaço para se comprometer com o Evangelho. Portanto, a celebração de um ano vocacional pode ser um grito urgente no meio desta realidade, despertando a própria vocação da Igreja em si: “a Igreja diz que se reconhece como uma Luz no meio do povo, a ‘Luz dos Povos’. Sua vocação é ser uma luz indicativa, mas também instrumento de salvação de Deus, sinal e sacramento da união de todos com Deus e da unidade da espécie humana”.
O LÁBARO: A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) é um organismo que promove a unidade e a convivência entre as diversas comunidades religiosas. Como acontece essa organização na Diocese de Taubaté e que atividades são realizadas?
Frei Acacio: Na diocese de Taubaté, a CRB é dividida em dois núcleos: Taubaté e Campos do Jordão. O objetivo destes núcleos é animar e promover a comunhão entre os membros dos diversos Institutos Religiosos na Diocese. Durante o ano, são promovidos diversos encontros e celebrações com o objetivo de viver a Intercongregacionalidade.
O LÁBARO: Deixe uma mensagem aos nossos leitores.
Fr. Acacio: A vida consagrada nasce de um encontro com Jesus. Ela move-se por um duplo caminho: por um lado, a iniciativa amorosa de Deus, da qual tudo começa e à qual devemos sempre regressar. Por outro lado, a resposta da pessoa, que é o verdadeiro amor quando é dado sem desculpas, e quando decidimos imitar Jesus, pobre, casto e obediente. Jovem, não tenha medo de dizer sim à felicidade. A felicidade de encontrar Deus pelo caminho. Siga as orientações que Ele lhe passar, se seu coração arde, não deixe a chama apagar. Pedimos também que continue rezando pelos que são chamadas ao sacerdócio e à vida consagrada! Paz e bem!
A serviço da evangelização!
Pense num leigo que sabe mais que a maioria dos padres, e que usa sua inteligência e conhecimento para peitar a CNBB, os padres da Teologia da Libertação e até o Papa.
Ele está puxando outros leigos e até seminaristas, jovens padres e freiras para suas postagens.
Um leigo teólogo ultra mega preparado, chamado Tertuliano, por volta de 155-220 era de um rigorismo teológico e moral imbatíveis. Era um super leigo!
Discutir era com ele! Inteligentíssimo, talvez não houvesse ninguém tão culto na Igreja do seu tempo.
Mas acabou separado do resto da Igreja e unindo-se aos cismáticos.
Não aceitava que o peitassem. Estava acima do clero da época e agiu como se estivesse acima da hierarquia da Igreja.
Outro apologeta leigo, depois ordenado padre à revelia do seu bispo, era cultíssimo, uma sumidade em Bíblia e Teologia. Chamava-se Origenes (185-254). Seu sobrenome era Adamantius (homem de aço).
Místico e ascético foi mais um leigo radical! Acabou se emasculando por levar a sério demais uma passagem dos evangelhos.
Torturado por ordem do imperador Décio, foi martirizado como queria, mas não morreu disso.
Livre, continuou sua obra, agora com a coroa do martírio. Era “o” super catequista da época!
A educação é o grande santuário do saber e da construção das personalidades através das práticas escolares e dos estudos dos conteúdos programáticos. A comunidade escolar é, por si, toda educativa, em que cada um contribui, a partir da sua função, para o desenvolvimento humano dos estudantes.
Neste ponto, as mulheres compõem a grande força de colaboração nas atividades escolares. Elas são, histórica e culturalmente, as maiores responsáveis pelos primeiros anos da vida escolar das crianças. Reconhecer o valor das mulheres na educação é reconhecer a sua contribuição substancial aos estudantes, à construção do saber e à sociedade. Este artigo prioriza a temática de enaltecimento da mulher, como se faz necessário, e também como reflexão proposta pelo Pacto Educativo Global. Importante também pontuar que, na comunidade escolar, há muitos homens que se dedicam a formar gerações e continuar no tempo a ciência acumulada ao longo dos milênios pela humanidade. Todos e cada um têm seu valor, e por isso merecem nosso respeito e consideração.
Dentro deste cenário de valorização das mulheres na comunidade escolar, há de se observar a importância de formar a cultura de valorização e respeito às meninas e moças do mundo inteiro na vida acadêmica. Em pleno século XXI, em tempos de tantas tecnologias, num momento em que muitas nações são ricas e as conquistas sociais indicam avanços
As Igrejas cristãs reconhecem que estes leigos, gigantes da fé, marcaram o cristianismo. Seriam 100%, se não fosse seu radicalismo. Ou era do jeito deles ou não seria certo!
Inteligentíssimos poucos cristãos sabiam tanto como eles.
Então, o que deu errado com eles? Porque outros milhares de leigos sempre aceitaram os Papas e Bispos do seu tempo!
São Cipriano estabeleceu os limites da laicidade e da hierarquia. Querendo ou não, a Igreja tem uma hierarquia e ela está com o Papa e com os bispos.
Uma Igreja pode ser excessivamente clerical ou excessivamente laical. Mas o leigo que se rebela contra o Papa ou contra a CNBB ou contra os bispos da sua região está saindo do rebanho.
Os historiadores da fé rejeitam até hoje algumas das teorias e de práticas que levaram famosíssimos leigos a romper com a Igreja local e com a de Roma.
Nestes 20 séculos de fé cristã muitos leigos ajudaram a mudar a Igreja.
Eram freiras, mulheres, homens de corações e inteligentes que deram novos pensamentos para a Igreja Católica: Tereza, Catarina, Thomas Morus, H. Chesterton, Graciano (monge), Etienne Gilson, Erasmo de Rotterdam, Henri Bergson.
Aceitaram a autoridade católica do seu tempo.
Porém muitos outros acabaram rompendo com o catolicismo, porque insistiram no seu jeito de ser cristão ou
católico.
Vários até acabaram fundando sua própria igreja, já que a Igreja de Roma não aceitou seu radicalismo!…
Por que razão escrevo esta postagem?
Porque há leigos peitando o Papa Francisco, a CNBB e qualquer padre que ouse atualizar a catequese atual.
Não sendo do jeito deles, desafiarão qualquer padre catequista dizendo que os verdadeiros católicos são eles e não o Papa e os bispos da CNBB.
Afinal garantem que sabem de cor e salteado a Bíblia, o CIC, e o CVII, a DSI e todos os documentos da nossa Igreja.
Tertuliano e Orígenes nos séculos 2 e 3 também sabiam. Lutero e Henrique VIII também tinham vasta cultura, mas brigaram com os Papas e Bispos e outros Teólogos da época! E cindiram a Igreja no século XVI. Hoje, século XXI, há leigos craques em debater e dominar a Internet, e tentando provar que são mais católicos do que as autoridades católicas de Roma e do Brasil. E estão arrebanhando outros leigos e até jovens padres para as suas teses.
Veremos no que vai dar este confronto! Nós também estudamos a História da nossa Igreja!
culturais importantes, é inconcebível o tratamento desigual, a que título for. Aqui destacamos, em especial, restringir o sexo feminino ao direito e acesso à educação. Brada aos céus agir desta forma, justamente em tempos onde se tem conhecimento que as potencialidades individuais são da competência intrínseca da pessoa e não de variáveis como sexo, condição social, etnia e outros fatores.
A educação é um espaço de respeito e tratamento de equidade. Na verdade, vai para além do conceito de igualdade. Esta é baseada pelo princípio de que todos devem ser regidos pelas mesmas regras e devem ter os mesmos direitos e deveres. Já a equidade reconhece que não somos todos iguais e que é preciso ajustar esse “desequilíbrio”. Enquanto a igualdade busca tratar todos da mesma forma, independentemente da sua necessidade, a equidade trata as pessoas sob medida.
Compatibilizar estes dois princípios na comunidade escolar permitirá dar a todos, mulheres e homens, as mesmas oportunidades e atender ao maior número de pessoas em suas necessidades específicas, sejam elas quais forem: corporais, psíquicas, espirituais, familiares e sociais. Devemos criar condições justas para que as meninas e moças possam exercer sua dignidade numa sociedade que respeitam as pessoas, tendo como essência o ensinamento maior de Jesus: “Como eu vos amei, vós também amai-vos uns aos outros.”
(Jo 13, 34b).
O Santo Padre, o Papa Francisco, na Encíclica “Fratelli Tutti” (no. 23), alerta sobre a questão do direito das mulheres dizendo que: “o mundo ainda está longe de refletir claramente que as mulheres têm exatamente a mesma dignidade e direitos que os homens.” Sua Santidade chama a atenção para a falta de coerência entre os discursos e as práticas. Para ele, as mulheres ainda sofrem situações de exclusão, maus tratos e violência por terem menos oportunidades para defenderem seus direitos.
Aos cristãos, em especial a nós católicos engajados na messe da educação, é dever de ofício e dever de vocação à missão de educador condenar todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres. Construir espaços de respeito mútuo, amor à ciência, aprender a boa disciplina, preservar os sonhos e ideais apesar das dificuldades da vida, acreditar no ser humano, preservar o dom da fé e fazer sua contribuição na Igreja, na educação e na sociedade são tarefas urgentes e necessárias. Cabe a nós, educadores, entender os processos de vida de cada um e oferecer esperança aos estudantes. São bons instrumentos para levar as novas gerações a viver o seu melhor: cultivar projetos nos corações e ter como metodologia o bálsamo que alivia as dores dos corações. Desta forma, poderemos construir uma sociedade mais justa.
Promover a mulher favorecendo sua participação nas decisões e no processo educacional
Pe. Edgar Delbem, sjr
Com a Missa de Quarta-Feira de Cinzas, celebrada no dia 22 de fevereiro, a Igreja deu início ao Tempo Litúrgico da Quaresma, que são os 40 dias em que os cristãos entram em penitência, jejum e reflexão em preparação para a Páscoa.
Para propiciar uma possível experiência pessoal com a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, durante a quaresma diversas práticas penitenciais são realizadas pelos fiéis em suas comunidades. No período quaresmal, a comunidade
cristã entra em uma reflexão profunda e em um intenso retiro espiritual, sendo convidada a conversão e, assim, a ter uma nova vida. Registramos nesta edição alguns acontecimentos do período da Quaresma.
Papa Francico atende confissões do fiéis durante 24h Para o Senhor em Roma. Foto: Vatican News
Catecúmenos participam do Rito Catecumenal com o Bispo Diocesano, Dom Wilson Angotti. Foto: Pascom.
Atendimento de Confissão durante a celebração das 24h para Senhor na Catedral de S. Francico das Chagas. Foto: Pascom.
Pároco da Paróquia Nossa Senhora D'Ajuda acompanha éis na caminhada penitencial pelas ruas de Caçapava. Foto: Pascom.
Paróquia Nossa Senhora da Natividade leva fiéis à caminhada penitencial até o morro da torre. Foto: Pascom.
Paróquia São Vicente de Paulo, em Pindamonhangaba, celebra a Via Sacra. Foto: Pascom.
Paróquia Nossa Senhora da Saúde faz procissão da penitência. Foto: Pascom.
Paróquia São João Bosco, em Taubaté, realiza caminhada penitencial. Foto: Pascom.
Foram 58 os documentos expedidos pela Cúria Diocesana no período de 28 de fevereiro a 31 de março de 2023. Dentre estes se destacam:
• Concessão de Uso de Ordem ao Revmo. Diác. Alex Simão Baptista, scj.
• Concessão de Uso de Ordem ao Revmo. Diác. Fernando Teckler, scj.
• Concessão de Uso de Ordem ao Revmo. Diác. Mário Henrique da Costa Nunes, scj.
• Autorização para a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus realizar eventos em comemoração aos cem anos de História em Taubaté.
• Autorização para que sejam administrados os Sacramentos da Iniciação Cristã nas Paróquias: São Pio X em Caçapava, N. Sra. Aparecida em Taubaté, Santo Antônio de Pádua em Caçapava, N. Sra. do Rosário de Fátima em Pindamonhangaba, Santa Teresinha do Menino Jesus em Campos do Jordão, Espírito Santo em Taubaté, São Sebastião em Taubaté, São Luís de Tolosa, N. Sra. das Dores em Jambeiro, Santíssima Trindade em Taubaté, e São Miguel Arcanjo em Pindamonhangaba.
Padres da Forania Bom Jesus se reuniram para mutirão de confissões. Foto: Pascom.
• Aprovação da Oração para o Jubileu de Ouro da Paróquia São José de Tremembé.
• Autorização para transferência de Titularidade dos Imóveis da entidade extinta: “Serviço Comunitário de Assistência Paroquial” para a Paróquia Sagrado Coração de Jesus.
• Autorização para o “Encontro Novo Fôlego” promovido pelas Equipes de Nossa Senhora.
• Autorização para Ir. Maria de Schoenstatt, do Santuário de Atibaia, assessorar o 17º Encontro Diocesano do Movimento Apostólico Shoenstatt.
• Acolhimento do pedido dos Seminaristas: Adriano Vieira Pereira, Renan Claudino dos Santos Matheus, e Wellington Giovane Santos, para a admissão à Ordem Sacra.
• Termo de devolução de Livros de Crismas das Paróquias: N. Sra. d´Ajuda, São Pio X, N. Sra. da Natividade, N. Sra. das Dores, Senhor Bom Jesus, Santa Cruz, N. Sra. da Conceição do Bairro Alto, N. Sra. do Bom Sucesso, São Bento, N. Sra. do Rosário, São Luís de Tolosa.
• Concessão de Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) – Paróquia N. Sra. da Boa Esperança.