Jornal O Lábaro | Diocese de Taubaté | Abril de 2021

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O LÁBARO Diocese de Taubaté - SP

Desde 1910 - Edição nº 2.194 - Abril 2021

Distribuição Gratuita

Seminaristas diocesanos são ordenados diáconos

A edição do “O Lábaro” do mês de abril destaca a Ordenação Diaconal de José Amarildo Rangel Júnior, Julius Rafael Silva de Barros Lima e Miguel Gustavo de Almeida, ordenados pela oração da Igreja e pela imposição das

mãos de Dom Wilson Angotti Filho, bispo diocesano de Taubaté. A ordenação realizada no dia 14 de março, domingo, às 9h da manhã, na Igreja Catedral São Francisco das Chagas em Taubaté, é motivo de alegria e

confiança ao povo de Deus que persevera na oração, pedindo ao Senhor da messe que envie operários para sua messe (cf. Mt 9, 38). Confira mais informações e as destinações pastorais dos novos diáconos na matéria destaque.

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Nesta Edição

Diocese em Foco: Unificação do Seminário - PÁG. 04

Tema Pastoral: As pastorais sociais na Pandemia - PÁG.

“ Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; eterna é a sua misericórdia!” Sl 117

www.diocesedetaubate.org.br

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A serviço da evangelização!

Editorial A formação (educação) cristã é sempre um desafio. Existem elementos desafiadores presentes na natureza humana (paixões, egoísmo, orgulho, etc). Existem, também, variáveis culturais complexas, próprias de cada tempo (como hoje, o subjetivismo, individualismo, etc.). No entanto, é preciso encarar esses desafios com coragem e como missão. Ser humano é humanizar-se. “A glória de Deus é o homem vivo” (Santo Irineu). A formação cristã para todo homem e em todo tempo, terá Cristo como seu referencial fundamental: “Ele é a imagem do Deus invisível [...]” (Cl 1,15), e a orientação do crescimento humano tem n’Ele sua meta “[...] até que alcancemos todos nós a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, o estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4,13). Na cultura da informação acelerada, dispersiva e ansiosa, o jornal “O Lábaro”, que existe em função da informação eclesial, não perde de vista seu olhar para a informação que integra, forma e educa. Esta edição de “O Lábaro” enfatiza a formação cristã, celebra o dom do caminho de discipulado, e mais do que pessoas informadas, quer gerar pessoas configuradas a Cristo.

Opinião

Páscoa é celebração da vida que vence a morte No Brasil, todavia, contam-se os mortos numa velocidade estarrecedora. Resultado de tantos enganos, descuidos e má vontade. Antes, nessa pandemia que vivemos, ao que parece, morreu a sensibilidade e a capacidade de empatia de muitos de seus habitantes. São uns que fecham olhos e ouvidos e não querem ouvir falar de pandemia nem de mortes, como se essa atitude fosse apagar as estatísticas ou afastar o vírus e a morte do seu círculo de convívio ou da bolha de conforto em que se encapsulou. São outros que esbravejam e insultam vítimas da doença ou da carestia decorrente da pandemia acusando-os de chorumelas e de fraqueza moral no enfrentamento da dura realidade. São jovens “vendendo saúde”, garotos e garotas sarados cheios de vitalidade e sequiosos por baladas e diversão. Sua justificativa é a socialização mas seu desleixo se transforma em desprezo aos mais velhos, aos que sofrem

comorbidades e em franco desrespeito a sociedade como um todo empenhada em limitar os meios de transmissão do vírus mortal. Sem sucesso, porém. São cidadãos “politizados” pela última postagem dos gurus das redes sociais, protestando defender sua própria liberdade concordando com a Lei apenas quanto aos seus direitos ao mesmo tempo em que os nega aos outros. Mais triste é ver cristãos, pessoas que se intitulam gente do bem multiplicando falsas informações e teorias conspiratórias estapafúrdias. É gente que faz novenas pra santo, que frequenta missa ou culto dominical, que cita passagens bíblicas e na sequência, destilam ódio contra seus “inimigos” preferidos. Tem católico praticante que não checa as fontes daquilo que replicam em suas redes sociais, sem pensar no mal que causam mesmo porque não veem pessoas mas apenas a tela do celular. Do Evangelho, lembram somente os versículos

que cabem no seu quadrado. Celebrar a Páscoa é celebrar a vida. É converterse das práticas que promovem a morte para atitudes que semeiam a vida. Por enquanto, o vírus do egoísmo e da indiferença parece estar vencendo, na esteira do novo coronavírus e da pandemia provocada por ele. Esse é “um vírus que se espalha pelo pensamento de que a vida é melhor se for melhor para mim e que tudo ficará bem se for bom para mim”, como denunciou o Papa Francisco no início da pandemia. Esse vírus já é muito antigo e difícil de vencer. Muitas Quaresmas, tempo de conversão, já aconteceram e ele permanece firme. Outras Páscoas serão celebradas antes que ele seja vencido. No final, contudo, assim creio, assim crê a Santa Igreja, Cristo vencerá, Ressuscitará. E com ele ressuscitaram todos os que viveram de acordo com o seu Evangelho. Aleluia! Pe. Silvio José Dias

NAS CATACUMBAS DA PANDEMIA De novo, os fiéis católicos não podem participar presencialmente das celebrações da Semana Santa e da Páscoa em razão da pandemia. As igrejas podem receber os fiéis para orações pessoais, mas não podem reuni-los para o culto a fim de não gerar aglomerações, mesmo que tenham exemplarmente seguido todos os protocolos impostos pelas autoridades sanitárias desde o retorno das atividades religiosas presenciais. A medida, decretada pelo governo, deixa margem para questionamentos. Há muita incoerência em toda a situação. É inegável que a pandemia deve ser combatida. Há pessoas morrendo todos os dias. Porém, os interesses políticos prevalecem sobre o bom senso em muitos casos, como ocorreu, por exemplo, nas eleições do final de 2020, quando a pandemia parece ter entrado de férias. Fechar as igrejas e os comércios também traz prejuízos para a sociedade. Sabemos que não é fácil decidir em momentos críticos como o presente, mas que há incoerências no modo de se combater a pandemia hoje em nosso Brasil, isso há. Contudo, chama a atenção a variedade de reações dos fiéis católicos quanto ao fechamento das igrejas para o culto público. A grande maioria (mas, infelizmente, não todos!) sente dolorosamente não poder se reunir em comunidade para celebrar a Eucaristia, ainda mais por ocasião das festas pascais. Para além desse sentimento (quase) geral, começam os

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Departamento de Comunicação da Diocese de Taubaté Avenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070

posicionamentos, defendidos, infelizmente não poucas vezes, com agressividade: uns dizem que não precisa ir na igreja, pois Deus está em todo lugar; outros dizem que acompanhar as transmissões on-line das celebrações “é a mesma coisa” (o que e uma mentira: pode ser o único meio possível e ter relativo valor, sim; ser a mesma coisa de participar presencialmente, isso não, pois, virtualmente, não se pode receber os Sacramentos); há quem diga que estamos sendo covardes e cedendo, como também há quem diga que devemos defender a vida (o que é óbvio) e outros defendem que o fim do mundo chegou; enfim... Não faltam pontos de vista. Dentre tantos possíveis, um me chamou a atenção, particularmente: ouvi de um irmão sacerdote que nós, Igreja, estamos “abafados” neste tempo, como acontecia no início da Igreja, nas catacumbas onde os cristãos se reuniam escondidos para celebrar a Eucaristia em tempos de perseguição do Império Romano. Como bem observou este irmão sacerdote, foi no tempo das catacumbas que a Igreja mais floresceu em santidade e cresceu no Senhor. Esses foram os frutos daquele abafamento forçado. Hoje, as catacumbas são outras, em contexto muito diferente daquele da Igreja dos primeiros séculos. Porém, são catacumbas: a Igreja vive um abafamento forçado. Deus permita que, deste momento difícil, a Igreja saia melhor do que antes. Isso

Diretor: Côn. José Luciano Matos Santana Editor: Pe. Thomás Ranieri da Silva Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes MTB 62839/SP Conselho Editorial:Pe. Celso L. Longo, Pe. Marcelo Henrique de Souza, Valquiria Vieria. Diagramação e Designer: Diác. Julius Rafael Silva de Barros Lima Revisão: Ana Regina de Oliveira Impressão: Katú Editora Gráfica

só será possível, entretanto, se a nossa reação for semelhante à dos primeiros cristãos: total fidelidade a Cristo. Sem ela, os lamentos por templos fechados e Missas on-line não passarão de (mais) motivos para brigas. Que maravilha se todos os católicos transformarem suas casas em verdadeiros santuários do Senhor nestes momentos desoladores! Que coisa estrondosa se os fiéis, mesmo com o coração triste por não poderem estar presentes nas igrejas, levarem a sério a participação on-line nas celebrações com a mesma determinação que tinham os primeiros cristãos diante da perseguição romana. Se lembrarmos que eles caminhavam para serem devorados pelas feras cantando louvores a Deus, notaremos que estamos bem longe da fidelidade a Cristo que se espera de cada um de nós. Deus nos dê força para reagirmos como cristãos autênticos e nos livre de sermos falsos lamentadores. Abafada, a Igreja passará por isso; assim garante a Palavra d’Aquele que, Senhor e Esposo da Igreja, purifica-a pelas provações. Das catacumbas de hoje, em frente às nossas telas de celular, de computadores e de TV, suba ao Senhor o bom odor do sacrifício pascal: a fidelidade do Cordeiro seja por nós imitada. Pe. Celso Luiz Longo Tiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuita Site: www.diocesedetaubate.org.br email: pastoral@diocesedetaubate.org.br www.facebook.com/diocesedetaubate As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opinião deste veículo.


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Palavra de nosso Bispo Entre o clero, no tocante à formação dos novos padres, frente a um desafio ou outro que surge, não é raro ouvirmos a expressão: “Isso é coisa que deve ser trabalhada desde o tempo de formação”. De fato, o período institucional de formação é a base de todo o exercício do ministério. Porém, é impossível prever e preparar uma pessoa para todos os eventuais desafios que ela poderá enfrentar ao longo da vida. Nos sete anos básicos da formação procura-se construir a base para que, diante dos desafios que surgirem, a própria pessoa possa responder da melhor maneira possível. É importante ter claro também que não só o período regulamentar de formação, mas toda nossa vida é um grande caminho formativo, diríamos, um aprendizado continuado. Isto, porém não nos exime de investir atenção e recursos nos anos institucionais para a formação básica dos futuros presbíteros. Para tornar conhecido o processo formativo, creio que seja interessante apresentar aqui, mesmo que brevemente, como tem sido a formação regular, aqui na Diocese de Taubaté. O caminho inicia-se com o jovem interessado, sendo apresentado por seu pároco e acolhido para um processo de discernimento e acompanhamento orientado pela Pastoral Vocacional. Esse período pode ser de alguns anos, porém, em via de regra, não menos de um ano completo. O candidato participa de encontros mensais de discernimento e espiritualidade. É acompanhado pelo padre responsável pela Pastoral Vocacional e sua equipe, entre os quais dois psicólogos que atendem individual e coletivamente, buscando conhecer sobretudo as motivações dos candidatos. Uma vez aprovados no acompanhamento prévio, o Padre responsável pela Pastoral Vocacional, os encaminha a um retiro de admissão e envia as informações sobre cada candidato aos membros do Conselho dos Formadores. Durante o retiro cada candidato passa por entrevista com cada um dos membros que

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A FORMAÇÃO É A BASE DE TUDO compõem o Conselho dos Formadores, constituído pelo Bispo, Vigário Geral, Reitores e Formador Espiritual do Seminário, Coordenador Diocesano de Pastoral e o coordenador da Pastoral Vocacional. Cada um destes, na entrevista, aborda aspectos previamente estabelecidos, com o intuito de melhor conhecer os candidatos, sua história de vida e suas disposições. De posse das informações provenientes do processo de acompanhamento vocacional e concluídas as entrevistas, esse Conselho reunido define os candidatos que serão ou não admitidos ao seminário. Em nossa Diocese, as atividades do chamado “ano propedêutico” são distribuídas entre o ano obrigatório de acompanhamento prévio e o primeiro ano de seminário. A formação regulamentar básica se dá durante o período de sete anos, sendo três anos de estudo de filosofia e quatro de teologia. Durante os três primeiros anos o intuito é de formar o discípulo de Cristo. Os quatro anos seguintes o objetivo é a configuração a Cristo. Esses princípios orientam o processo formativo organizado segundo as dimensões: humano-comunitária, espiritual, intelectual e pastoral-missionária. Para isso, os seminaristas são acompanhados pessoal e comunitariamente pelos reitores do seminário. Espiritualmente, contam com orientação comunitária do formador espiritual e individualmente, no foro interno, com os diretores espiritais que lhes são designados. Existem os momentos para oração pessoal e os encontros para oração comum, celebrações comunitárias e retiros espirituais. Academicamente, os seminaristas seguem o curso regular na faculdade de filosofia e, posteriormente, de teologia e contam com aulas extracurriculares, semanas formativas e outros cursos realizados no próprio seminário aproveitando, inclusive, período de férias acadêmicas. Contam com orientação psicológica dada de modo coletivo e direcionamento individual para casos específicos. Fazem estágio pastoral

nas paróquias, sendo nos primeiros anos, confrontados com situações humanas de sofrimento e pobreza e, nos anos seguintes, a proposta cristã aplicada em pastorais específicas, pelas quais exercitarão a própria liderança. Uma vez ao ano, em geral no período de férias, realiza-se trabalho missionário, onde atuam conjuntamente em um local determinado. Os reitores das casas da filosofia e da teologia são responsáveis por formações específicas mensais, seguindo o plano formativo estabelecido pela Diocese. Além da formação coletiva, fazem o acompanhamento individual por meio de conversas regulares sobre o aproveitamento de cada seminarista. Cabe também aos reitores fazer, por escrito, o escrutínio anual de cada seminarista e partilhar os resultados nas reuniões regulares do Conselho de Formadores e no Conselho dos Presbíteros neste, sobretudo, em vista às solicitações para ministérios de leitor e acólito, como também para o diaconado e presbiterado. Como bispo, além do acompanhamento junto com o Conselho de Formadores, celebro mensalmente com os seminaristas e, a cada semestre, tenho conversa individual com cada um, oportunidade em que trato sobre a caminhada que fazem, as dificuldades que enfrentam e o aproveitamento pessoal. Dessa maneira temos conduzido a formação dos nossos futuros padres e somos reconhecidos e gratos pela seriedade e dedicação como esse trabalho tem sido realizado. Dom Wilson Angotti


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Diocese em Foco

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Seminário Diocesano realiza unificação das etapas formativas

Seminarista Erik Cunha

Segundo o Diretório para a Formação Presbiteral do Seminário Diocesano Santo Antônio de Taubaté, todo o processo formativo se fundamenta nas atuais Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, documento que trata sobre o dom da vocação prebiteral promulgada em 2016, e Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, promulgadas em 2018 e aprovadas pela Santa Sé. Três são as etapas da formação inicial dos futuros padres de nossa Diocese: o Propedêutico, os Estudos Filosóficos ou Discipulado, e os Estudos Teológicos ou Configuração. Essas etapas visam a formação de cada seminarista, trabalhando as quatro dimensões

da formação (humano-comunitária, intelectual, espiritual e pastoralmissionária) e têm o objetivo de formar o candidato ao sacerdócio enquanto pessoa, discípulo e pastormissionário. Nesse percurso, cada um faz um profundo processo de discernimento e amadurecimento acerca de sua vida e vocação, sendo provocado a configurar-se a Jesus

Cristo, o Bom Pastor. Anteriormente, nosso Seminário Diocesano de Taubaté encontrava-se disposto em dois espaços físicos: a Casa Filosófica, cujo padroeiro é São João Maria Vianney, localizada na Vila São José; a Casa Teológica, cujo padroeiro é Santo Tomás de Aquino, localizada no bairro Alto São Pedro. Contudo, vivemos um momento ímpar em nossa Diocese com a construção de uma nova ala e a unificação das etapas em um mesmo espaço físico, que se encontra na Vila São José. O nome Seminário Diocesano Santo Antônio permanecerá em vigor e cada etapa terá seu respectivo processo e seu ritmo, mas com momentos de convivência fraterna entre ambas, como os momentos de oração comunitários e as celebrações eucarísticas. Assim, o endereço oficial atual é Avenida Tomé Portes Del Rei, nº 565 - Vila São José Taubaté-SP. Atualmente, são vinte e três seminaristas residentes em nosso Seminário, sendo quatorze da etapa filosófica e nove da etapa teológica. Um acontecimento importante também, foi a unificação das

redes sociais, visto que cada etapa possuía um perfil no Instagram e uma página no Facebook. Essa unificação aconteceu no dia 20 de fevereiro, data festiva por ocasião dos 111 anos de fundação do Seminário Diocesano Santo Antônio. Os nomes das redes sociais são @seminariosantoantonio para a página do Facebook e @seminario. santoantonio para o Instagram. Em tempos de pandemia, os canais de comunicação têm sido fundamentais

para aproximar, unir e evangelizar. Além disso, terão conteúdos formativos que contarão um pouco da vida do Seminário, visando o despertar de mais vocações para nossa Diocese. Peçamos que o Senhor envie operários para a Sua messe, despertando jovens cada vez mais dispostos e disponíveis ao sacerdócio, como bem testemunhamos ao longo dos 111 anos de nosso Seminário Diocesano. E como escreveu Dom Wilson, nosso Bispo Diocesano, na edição janeiro e fevereiro do Jornal O Lábaro em 2020: “rezar pelas vocações é missão de todos nós”!


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Diocese em Foco

Os diáconos permanentes da Diocese de Taubaté receberam no final do mês de março sua formação permanente. Devido a fase emergencial não foi possível reunir presencialmente o nosso diacônio. Nossa reflexão parte da oração na qual o bispo faz ao entregar o Evangelho no dia de nossa ordenação diaconal: “Recebe o Evangelho de Cristo, do qual foste constituído mensageiro; transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e procura

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O DESAFIO DA DIACONIA EM TEMPOS DE PANDEMIA

realizar o que ensinares”. Uma vida de leitura devota aos evangelhos, amor em pregar a Palavra de Deus e testemunho formam a síntese do que constitui o mensageiro para a Igreja. Muito se diz que ficamos totalmente limitados pelo distanciamento social a servir o próximo. Será? Ler os evangelhos, pregar a Palavra e testemunhá-la não pode ser condicionada ao estarmos em contato com as multidões (Mt 6,2), mas deve ser um hábito que

se tem por amor a Deus e aqueles poucos do nosso dia a dia. Para sermos mensageiros por hora, peçamos a graça de Deus de evangelizarmos com o pouco que nos é permitido. Porque é sendo fiel no pouco que Deus nos confiará mais (Lc 16,10). Pe. Patrick Alves de Carvalho Assistente Espiritual dos Diáconos Permanentes Créditos fotográficos: Pascom - Paróquia São José Operário-Tté

55º dia Mundial da Comunicação Social Papa Francisco na mensagem do 55º dia Mundial das Comunicações Sociais, com o tema: “Vem e verás” (Jo 1,46) nos convida a uma comunicação autêntica, como a comunicação do próprio Jesus. O convite a viver uma comunicação transparente e honesta, deve abranger todas as realidades comunicativas, seja na Igreja, política e social. O convite “vem e verás” faz com que a comunicação não seja de forma parcial e acomodada, fazendo com que a comunicação seja auto referencial ou pré-fabricada, indo contra a chamada crise editorial. A forma de combater esse comodismo nas informações, se dá no que diz o Papa de “gastar a sola dos sapatos” ir em busca da verificação das informações. A eficácia da ação comunicativa

do “vinde e vereis” é testemunhada pelo evangelista João, no diálogo de Filipe com Natanael, convidando-o a ouvir Jesus. Ao vê-lo e ouvi-lo sua vida muda. Na mensagem o Santo Padre agradece aos jornalistas que de forma verdadeira e imparcial mostram as realidades noticiadas pelo mundo, alertando para o “risco de narrar a pandemia ou qualquer crise só com os olhos do mundo mais rico”, havendo a desigualdade da justa distribuição das vacinas contra Covid-19 e do atendimento médico em geral, além dos cuidados necessários para receber a digna alimentação para aqueles que vivem na pobreza. O Papa também mostra a realidade das redes de comunicação e suas expressões sociais, onde a verdade é anunciada e o

fato negativo é aquilo que faz com que as inverdades acabem destruindo a fé, a esperança e a caridade. Por fim nada substitui o ver pessoalmente, pois os discípulos ouviam a Jesus mas também viam seus gestos e atitudes, fazendo com que a boa nova do evangelho fosse difundida sobre o mundo. Estejamos atentos como Filipe e Natanael de não semente ir e ver Jesus Palavra, que hoje se faz presente em nossa vida, mas que tenhamos a coragem do testemunho propagando a verdade que é Jesus Cristo na mesma atitude do “Vinde e Vede”. Diácono Julius Rafael S. de B. Lima Assessor da Pastoral da Comunicação


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Destaque

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Diocese de Taubaté ganha três novos diáconos transitórios que se preparam para a Ordenação Presbiteral

Da Redação

Novos diáconos para a Diocese de Taubaté! Os jovens José Amarildo Rangel Júnior, Julius Rafael Silva de Barros Lima e Miguel Gustavo de Almeida, após um itinerário formativo de oito anos, foram ordenados diáconos por imposição das mãos do Bispo Diocesano Dom Wilson Angotti. A ordenação estava prevista para o dia 19 de março, Solenidade

de São José, esposo de Maria, mas foi adiantada para o dia 14 do mesmo mês (4º Domingo da Quaresma), devido às novas restrições sanitárias impostas pelo Governo do Estado de São Paulo, diante da pandemia de Covid-19, que impossibilitaria a ocorrência de celebrações presenciais a partir do dia 15, segunda-feira. Dessa forma, seguindo

todos os protocolos sanitários necessários, contando com a presença de representantes do clero, familiares e amigos próximos, os seminaristas foram ordenados na Igreja Catedral São Francisco das Chagas em Taubaté, às 9h. A celebração foi transmitida por meio das redes sociais da Igreja Catedral, oportunizando que muitas pessoas pudessem rezar pelos novos


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Destaque

diáconos em seus lares. Na celebração, em sua homilia o bispo diocesano Dom Wilson Angotti destacou que o ministério do diaconato tem como identidade fundamental o serviço. E convidou os novos diáconos a viverem intensamente a dinâmica do serviço no período transitório em que exercerão esse ministério, pois trata-se da base sólida de toda a vida sacerdotal que eles se preparam para receber, em ocasião

ministros ordenados são chamados a levarem a esperança sólida que brota da fé segura e consistente”. Os ordenados tiveram a oportunidade de expressarem sua gratidão a Deus, ao bispo diocesano e a todos os corresponsáveis pelo processo de formação. Os agradecimentos dirigiram-se também aos familiares, aos amigos e ao povo de Deus, que foram importantes no incentivo vocacional durante o itinerário formativo.

Silva de Barros Lima exercerá seus trabalhos pastorais na Paróquia do Menino Jesus, situada na cidade de Caçapava. E por fim, o diácono Miguel Gustavo de Almeida estará à disposição da Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda, também na cidade de Caçapava. A ordenação é ocasião de agradecer a Deus por ouvir a prece do seu povo que clama por vocações a serviço da Igreja. É ainda, um incentivo para que a Igreja

oportuna. Diante do contexto social desafiador que a sociedade atravessa, à luz dos textos litúrgicos do dia, afirmou Dom Wilson Angotti: “Os ministros da Igreja devem estar a serviço do anúncio da salvação, levando esperança em um mundo tão marcado por sofrimentos, discórdias, guerras, pandemia. Os

Ao final da celebração eucarística, Dom Wilson Angotti apresentou as designações pastorais dos novos diáconos ordenados. O diácono José Amarildo Rangel Júnior exercerá seu ministério diaconal na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na cidade de Campos do Jordão. O diácono Julius Rafael

Diocesana de Taubaté persevere na prece e continue a pedir: “que o Senhor da messe, envie operários para sua messe” (cf. Mt 9,38).

Créditos fotográficos: Lúmini Fotos e Paulo Oliveira.


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Ano Josefino

José, filho de Jacob ou de Eli (paternidade discutida, de acordo com os dois testemunhos discordantes dos Evangelhos de Mt 1,15-16 e de Lc 3,23), casado com Maria, com um filho de nome Jesus, e de profissão naggara, que na língua local, o aramaico, podia significar artesão, carpinteiro ou marceneiro, em grego téktôn. São esses os dados pessoais que podemos recolher dos Evangelhos em relação à personagem que o evangelista Mateus apresenta como ator principal do nascimento e da infância de Jesus, diferentemente de Lucas, que privilegia a mãe Maria. Uma figura modesta, portanto, apesar da conclamada descendência davídica, documentada pela genealogia colocada na abertura do Evangelho de Mateus (1,1-17). A esta tem de acrescentar-se um posterior dado histórico ligado ao nascimento do filho Jesus, mas muito difícil de definir na sua cronologia precisa. Trata-se de um recenseamento imperial romano imposto pelo governador da Síria, Quirino, de acordo com uma modalidade étnicotribal e não residencial, evocado pelo Evangelho de Lucas (2,2). O registro devia ser feito na sede originária da ascendência do clã familiar. É, precisamente, Lucas a assinalar que “José da Galiléia, da cidade de Nazaré, teve de subir à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém porque pertencia à linhagem e à família de Davi” (2,4). Olhar à experiência desconcertante vivida por José por ocasião do nascimento

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José, o homem Justo

do filho, ocorrida durante os dias daquele recenseamento, talvez em 7/6 a.C., num alojamento improvisado em Belém. Vejamos o texto de Mateus: “Assim foi gerado Jesus Cristo: a sua mãe Maria, sendo noiva de José, antes que fossem viver juntos, encontrou-se grávida por obra do Espírito Santo. José seu esposo, dado que era um homem justo e não queria acusá-la publicamente, pensou repudiá-la em segredo. Enquanto, no entanto, estava a considerar estas coisas, eis que lhe apareceu em sonho um anjo do Senhor, e disse-lhe: José, filho de Davi, não temas tomar contigo Maria, tua esposa. Com efeito, o menino que está gerado nela vem do Espírito Santo; ela dará à luz um filho, e tu chamá-lo-às Jesus: Ele, com efeito, salvará o seu povo dos seus pecados” (1,18-21). No Antigo Israel, o casamento compreendia duas fases distintas, mas ligadas. A primeira era o noivado oficial, cuja ratificação tinha um relevo particular para a mulher: apesar de continuar a residir na casa paterna, era considerada já esposa do futuro marido, pelo que toda a infidelidade era rubricada como adultério. A segunda fase compreendia a celebração nupcial, com a transferência para a casa do esposo, com cantos, danças e banquetes, evento evocado por uma sugestiva parábola de Cristo, a das jovens sábias e desleixadas (Mt 25, 1-13). A narrativa acima citada colocase na fase do noivado: “antes que fossem viver juntos”, a noiva-esposa

Maria “encontrou-se grávida”. José está perante uma opção dramática, a do repúdio em sentido estrito, de tal maneira que Mateus usa o verbo grego apolýsai, o termo técnico do divórcio, com todas as consequências penais e civis dramáticas para mulher. Nem sempre no judaísmo se aplicava a letra da lei bíblica, que era implacável: “Se a noiva não for encontrada em estado de virgindade, então fá-la-ão sair da entrada da casa paterna e a gente da sua cidade lapidála-á (apedrejar) até à morte” (Dt 22, 2021). É fácil a referência à cena que se consumará na esplanada do templo de Jerusalém com a adúltera prestes a ser lapidada e salva por Jesus com a célebre frase: “Quem de vós está sem pecado, lance primeiro a pedra contra ela” (Jo 8,1-11). José está apaixonado por Maria e não sabe como tornar menos cruel para ela a condenação. Como “homem justo”, isto é, correto (não pode avalizar com o seu nome uma criança de pai desconhecido), mas também manso e compassivo por aquela que era já a sua mulher, opta por um repúdio secreto, sem o procedimento legal oficial, evitando a entrega formal do libelo de repúdio, diminuindo assim também o eventual risco do recurso à lapidação por parte da parentela. 20.03.2021

Prof. Dr. José Pereira da Silva


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Tema Pastoral

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A importância das pastorais sociais em tempos de pandemia Padre Gabriel Henrique de Castro - COPS

“Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). A partir desta máxima evangélica, podemos afirmar significativamente a identidade das pastorais sociais. Elas articulam de modo inseparável a vivência evangélica, com a inserção concreta na realidade. Em tempos de pandemia, o testemunho de cada pastoral social na promoção e defesa da vida, se faz mais do que necessário. Assim como Jesus Ungido pelo Espírito Santo, “[...] andou por toda a parte, fazendo o bem [...]” (cf. At 10,37-38), também as pastorais sociais têm a mesma missão: fazer o bem, em meio às dificuldades próprias deste tempo, reinventando-se, e com criatividade, ser sinal de vida e de ressurreição, em meio a tantos sinais de morte. O trabalho das pastorais sociais de nossa diocese em tempos de pandemia está sendo, em sua grande maioria, realizado de forma virtual. Exemplo claro são as “visitas” feitas pelos líderes da Pastoral da Criança às famílias através de telefonemas e redes sociais, em geral. Destaca-se também a Pastoral da Pessoa Idosa, que por meio destas novas tecnologias, tem realizado suas reuniões e demais encontros, redobrando a consciência dos idosos a permanecerem em suas casas e tomando todos os cuidados possíveis. Logicamente que nada substitui o trabalho presencial, mas em tempos de pandemia, os recursos midiáticos são importantes para que a ação pastoral se desenvolva. De forma presencial e ativa com os devidos cuidados, destacam-se muitas paróquias de nossa diocese de Taubaté, que realizam trabalhos de assistência às famílias carentes que, por sinal, estão sendo intensificados neste momento em que aumentam os números de desempregados. De forma prática, destacamos a ação social Santo Expedito da paróquia São José, na cidade de Tremembé. Mensalmente, são 8 toneladas de alimentos arrecadados, possibilitando que mais de 400 famílias carentes sejam assistidas por esta ação social da paróquia. Essa ação também conta com a participação das conferências da Sociedade de São Vicente de Paulo. Também a paróquia Santo Antônio de Lisboa, na cidade de Taubaté, tem realizado um trabalho semelhante de assistência às famílias carentes. Desde o mês de março de 2020, esta campanha de arrecadação de alimentos tem ocorrido intensamente, tendo um cadastro de 150 famílias e já totalizam aproximadamente 1800 cestas básicas entregues às famílias, desde o início dessa campanha. As paróquias São Vicente de Paulo e São Benedito, situadas no

distrito de Moreira César, cidade de Pindamonhangaba, também realizam um trabalho dinâmico de arrecadação de alimentos nas casas, seguindo todas as medidas sanitárias de proteção. As duas paróquias conseguem arrecadar mensalmente, um pouco mais de 1 tonelada de alimentos, atingindo assim a média de 80 famílias. Já a paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança, em Caçapava, desde o mês de março do ano de 2020 até o presente momento, já beira a 900 cestas básicas arrecadadas e distribuídas, sem contar os alimentos avulsos doados. Essas e tantas outras ações sociais de nossa Igreja nestes últimos tempos, ecoam como esperança, proximidade e coragem ao nosso povo por dias melhores. Com efeito, a atuação das pastorais sociais, enquanto pura expressão do Evangelho de Jesus Cristo, busca também pelo diálogo e pela parceria com tantos outros grupos e entidades, intensificar a promoção e a defesa da vida do ser humano. Em tempos difíceis, urge a consciência a favor da vida humana, que está para além de qualquer ideologia ou realidade econômica. O papa Francisco, em sua carta encíclica Fratelli Tutti (sobre a fraternidade e amizade social) no parágrafo 22 diz que, infelizmente, no mundo atual predominam “inúmeras formas de injustiça, alimentadas por visões antropológicas redutivas e por um modelo econômico fundado no lucro, que não hesita em explorar, descartar e até matar o homem”. Diante disso, continuemos sem medo como Igreja de Cristo Jesus a nossa missão: promovendo todos os homens e o homem todo.


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Entrevista

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Unificação dos Seminários Diocesano Pe. Marcelo Henrique, Reitor

Pe. Thomás Ranieri, editor

3) Como serão articulados os momentos de convivência entre as fases formativas e os momentos particulares de cada etapa? Os formadores estamos nos baseando em dois critérios para distinguir e para articular as duas etapas formativas (Filosofia e Teologia ou, nos termos mais recentes da Igreja, Discipulado e Configuração). O primeiro são as razões formativas: cada turma tem seus objetivos pedagógicos, conteúdos e exigências próprios. O segundo são as razões práticas: por exemplo, como as aulas começam cedo e seria incômodo criar dois horários distintos para a oração da manhã, faremos a prece matinal juntos. Desde que o prático não atrapalhe o pedagógico, optamos sempre pelo mais funcional. 4) Como essa unificação pode colaborar na visibilidade e da pertinência do Seminário no cenário evangelizador da Diocese e para o despertar vocacional? Padre Marcelo Henrique de Souza, terceiro ano como reitor da filosofia, vigário da paróquia Nossa Senhora do Rosário, membro da equipe de comunicação diocesana. 1) Quais os benefícios da unificação das etapas formativas num ambiente residencial compartilhado?

Recordo-me de alguém me dizer que, mais até do que o padre, o seminarista é a pastoral vocacional mais efetiva entre os jovens. São jovens evangelizando jovens. Nesse sentido, a unidade do Seminário de Taubaté poderá reforçar o espírito vocacional da casa, de modo que os jovens se sintam atraídos pela vida que aqui se vive: convivência, estudos, orações etc. Todos nós, padres, temos ótimas recordações dos tempos anteriores ao nosso ingresso ao seminário. Visitar a capela, ver os seminaristas, conversar com eles sobre vocação, eram coisas que nutriam a nossa vocação. Por isso, acho que mais gente, mais movimento, trará também mais vitalidade vocacional para esse espaço.

Diversas dioceses trabalham com esse modelo de seminário unificado, às vezes, inclusive, unindo diversas dioceses em um único seminário interdiocesano. Algumas vantagens desse formato são: redução de gastos típicos (água, luz, manutenções etc.); diminuição da distância simbólica entre os seminaristas ingressantes e os veteranos; fortalecimento 5) O seminário é considerado como uma casa aberta da consciência de unidade eclesial (todos somos Diocese de Taubaté); enriquecimento das relações interpessoais e do ao clero, pela lembrança e vínculo que cada qual traz do mútuo aprendizado. De início, penso nesses fatores positivos. seu período de formação e pela fraternidade sacerdotal que se inaugura desde a relação seminário-presbitério. O senhor acredita que a unificação das etapas formativas 2) Quais os supostos desafios que essa nova configuração pode fortalecer de algum modo a fraternidade presbiteral? pode apresentar ao processo formativo de forma geral? Com certeza! Como eu disse, relações tem seus percalços Gerenciar uma casa, na sua dimensão material, não é fácil. e não são simples de gerenciar. Porém, estou profundamente Mais complicado, porém, é a gestão das relações humanas. convencido, por observação, por escuta dos mais velhos e por Penso que um grande desafio será favorecer relações saudáveis experiência pessoal de que o tempo de seminário é fundamental e maduras. A cada ano, tudo pode mudar. Os processos formais para as relações no clero. É aqui que começam as boas podem ser os mesmos (aulas, atividades etc.), mas são as amizades, as parcerias evangelizadoras, a troca de motivações pessoas que compõe o ambiente vital de qualquer lugar. No vocacionais, o testemunho edificante que alimenta a fraternidade seminário não é diferente. A cada ano, não é só uma turma que no presbitério. É claro que o tempo e as circunstâncias mudam entra e outra que sai da formação, mas todas as relações entre rotas, para bem e para mal. Boas amizades podem se perder e formadores, seminaristas, colaboradores mudam. É necessário, colegas indiferentes podem se tornar grandes amigos. Porém, então, estar sempre atento aos sinais de transformação no clima respeito e até admiração, que também nutrem a fraternidade, da casa, nos graus de sociabilidade, nas formas cristãs de vida podem ser conquistados no tempo da formação. Ser amigo é comunitária. Além disso, redistribuir os ambientes, conforme muito bom, mas saber ser irmão em Cristo é mais fundamental. as necessidades de cada etapa, poderá ser um outro desafio E para isso não é preciso ser amigo, mas, sim, saber respeitar inicial, que com o tempo se tornará rotina. e conviver.


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Atos da Cúria

Foram 41 os documentos expedidos pela Cúria Diocesana no período de 11 de março a 08 de abril de 2021. Dentre estes destacam-se: •Aceitação do seminarista Eduardo Miguel da Silva - IMSJ para admissão das Ordens Sacras •Aceitação do Seminarista Marciano Inácio Batista para admissão das Ordens Sacras •Declaração de ordenação diaconal de José Amarildo, Miguel Gustavo e Julius Rafael •Concessão de Uso da Ordem ao padre Waldeley de Souza •Concessão de Uso da Ordem ao Frei Josimar de Oliveira Barros •Anuência ao CAEP da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Taubaté •Anuência ao CAEP da Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança – Caçapava •Decreto de nomeação de Cerimoniário oficial para a Diocese – Padre Marcelo Henrique de Souza •Autorização para a Paróquia São Luís de Tolosa ajuizar ação de despejo •Autorização de reforma nas dependências da matriz da Paróquia São Benedito -Campos do Jordão •Autorização para Paróquia São Benedito de Campos do Jordão contratar serviços advocatícios •Autorização para regularizar documentação da capela Santa Luzia – Paróquia São Benedito – Campos do Jordão •Concessão de MESCE À Paróquia São José – Tremembé •Concessão de faculdade ao padre Gabriel Henrique de Castro para binar, terna ou quaternar •Concessão de ministério de leitor a Eduardo Miguel da Silva – IMSJ •Concessão de ministério de acólito a Eduardo Miguel da Silva – IMSJ •Autorização para a Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso – Pindamonhangaba assinar contrato com a empresa “Origem Cultural” em vista do restauro da igreja Vila São Jose da Vila Real.

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