ACADEMIA DE LETRAS COMEMORA O NATAL COM JANTAR E CULTO ECUMÊNICO ESPECIAL
“Culto Ecumênico Especial de Natal e Jantar de Confraternização da ABL - Academia Botucatuense de Letras de Botucatu”
A noite (25) foi duplamente festiva para os Membros da Academia Botucatuense de Letras de Botucatu. Começou com um Culto Ecumênico Especial de Natal as 18.00, contou com a condução do Arcebispo Dom Maurício Grotto de Camargo e do Reverendo Clayton Leal da Silva, realizado nas dependências da Convivência Madre Teresa -Sala Esperança. O tema abordado foi “Eu não vim julgar o mundo, mas para salvá-lo”( João 12-47), e foi discutido pelos participantes Membros da ABL e da Pastoral da Educação, deixando paz nos semblantes e na alma de cada um deles. Posteriormente reuniram-se aos outros confrades, confreiras e famílias para um delicioso jantar de confraternização na Casa do Líbano



Acompanhe as edições anteriores em: www.diariodacuesta.com.br Monumento aos Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira no Parque Brigadeiro Eduardo Gomes e Parque Carlos Lacerda (Aterro do Flamengo), RJ, inaugurado em 1960.



Uma obra que homenageia a Força Aérea Brasileira (FAB), composta por uma escultura de metal. A outra, feita em granito, representa os pracinhas da Marinha, Aeronáutica e Exército. E a terceira lembra os combatentes e os civis mortos em operações navais, representado por um painel de azulejos. Localizado no Aterro do Flamengo, o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, popularmente conhecido como Monumento aos Pracinhas, foi concluído em 1960 por solicitação de membros da Força Expedicionária Brasileira (FEB). A construção, que iniciou em 1957, foi projetada pelos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas Marinho. Página 3
“Dancing days”

De Lourdes Camilo Souza
Ouvindo uma música veio uma lembrança alegre dos tempos de discoteca lá no Mocó, e dançávamos ao som das Frenéticas :- “Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nesta festa”
A pista de dança lotava e a moçada literalmente se soltava naquele ritmo contagiante.
Lembro que o Zé Martin estava por lá e dançamos, faltou espaço na pista para o par espalhafatoso.
Numa coreografia maluca o Zé segurou minhas mãos e saímos rodando, rodando, que quando a música acabou, tudo ficou rodando na minha cabeça mais que o globo de luz estroboscópica, e perdi o equilíbrio!
Minha sorte foi que o meu amigo conseguiu me segurar antes que eu beijasse o solo.

Rimos muito, e fomos tomar uma cerveja estúpidamente gelada antes de voltarmos para dançar mais ao som de “ Lança perfume” da Rita Lee.
“Desculpe o Auê, eu não queria magoar você”
E outras mais do Lulú Santos.
Quanta música gostosa que embalava as noitadas. Voltávamos para casa com o sol nascendo.

Eu chegava pé ante pé em casa para não acordar meus pais, mas adivinha que estava na varanda com a cara brava, o Zé Camilo, com o pézinho batendo bravo no chão e perguntando “porque a senhora não chegou um pouquinho mais tarde? “
Posso dizer que aproveitei muito a minha vida.
Dancei muito nos bailinhos de outrora.
Carnaval começava pela matinê na AAB e depois continuava até acabar a última marchinha, o chão lotado de confete e serpentina.
Depois passávamos lá no Tatão para tomar uma canja que dava a substância para irmos até o último grito na madrugada de terça feira.
Na quarta feira de cinzas estava que era só o pó da rabiola.
Acordava sem voz, num cansaço gostoso de quem pulou muito.
Mas era divertimento sadio, sem bebedeira, sem drogas, uma alegria genuína.
“Tempo bom, não volta mais, saudades de outros tempos iguais”.


Monumento aos Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira no Parque Brigadeiro Eduardo Gomes e Parque Carlos Lacerda (Aterro do Flamengo), RJ, inaugurado em 1960.
Rio de Janeiro: Cidade Maravilhosa!
Monumento aos Soldados Heróis da Segunda Guerra
Em 1965, o Rio era exemplo para o Brasil de administração séria, competente e revolucionária!
O Brasil tem com orgulho duas áreas consideradas modelos de atuação positiva da Administração Pública no resguardo e na criação de espaços destinados ao urbanismo, paisagismo e lazer: o Parque Ibirapuera, em São Paulo e o famoso Aterro do Flamengo, com os Parques Eduardo Gomes e Carlos Lacerda.
O destino da imensa área entre o Aeroporto Santos Dumont e a Avenida Rui Barbosa começou a ser traçado em 1952. Com o desmonte do Morro de Santo Antônio - derrubado para dar lugar à Avenida Chile, na região que hoje abriga os prédios da Petrobras e do BNDES - toneladas de entulho ficaram sem destinação. Surgiu então a ideia de usar esse material para aterrar a área entre o Museu de Arte Moderna e as proximidades da Praça Paris, onde aconteceria, em 1955, o Congresso Eucarístico Internacional. A transferência do entulho prosseguiria até 1958, com o aterramento chegando próximo ao Catete.
O descampado chamou a atenção da arquiteta e paisagista autodidata Lotta (Maria Carlotta) Macedo Soares, que convenceu o então governador Carlos Lacerda a abandonar a ideia de fazer uma via expressa à beira-mar, com quatro pistas e uma mureta, e construir ali uma versão carioca do Central Park, de Nova York. Foram dois anos para criar o conceito do parque e outros três na infraestrutura, que incluiu a construção de um emissário submarino e o aterramento com entulho da obra do Túnel Rebouças e areia do fundo da Baía de Guanabara (dragada com uma máquina semelhante à usada na abertura do Canal do Panamá).
No fim das contas, o Rio ganhou uma área de lazer de 1,2 milhão de metros quadrados com quadras polivalentes, campos de futebol, playground, anfiteatro, pistas de skate e de aeromodelismo, restaurante e marina. Sem falar nas 11.600 árvores, de 190

A excelente administração do governador Lacerda no Rio de Janeiro o credenciou a ser candidato a Presidente da República, em 1966. Infelizmente, as eleições foram canceladas.
espécies diferentes. Assinando isso tudo, uma espécie de who is who da arquitetura, urbanismo e paisagismo verde e amarelos: Afonso Reidy, Ethel Bauzer Medeiros, Jorge Moreira, Carlos Werneck de Carvalho, Sérgio Bernardes, Luiz Emygdio de Mello Filho e Hélio Mamede formaram o time inicial do Grupo de Trabalho para a Urbanização do Aterrado Glória-Flamengo. O ajardinamento foi encomendado a ninguém menos que Roberto Burle Marx. Curiosamente, cerca de 40% do projeto tombado não estão prontos até hoje. A área do parque, que hoje se estende até o início da Praia de Botafogo, teria, por exemplo, duas bibliotecas, que nunca foram construídas. E a atual Marina da Glória seria apenas um atracadouro. A inauguração aconteceu em 1965. Um dos eventos comemorativos da abertura do parque foi no dia 17 de outubro daquele ano. Oficialmente, são dois parques: o Brigadeiro Eduardo Gomes (do Aeroporto Santos Dumont até o Monumento aos Pracinhas) e o Carlos Lacerda (do monumento ao Túnel do Pasmado). É Registro Histórico.


“Ondas” em gramado em frente ao MAM, com duas espécies de gramínea, formando curvas que remetem as ondas. Palmeiras Imperiais para deixar tudo mais monumental. Pura bossa!
É considerado hoje a maior área de lazer à beira mar do mundo

Viagens # Fé

Gesiel Júnior
Visitando a Basílica de Santa Cecília no Trastevere, em Roma
A Basílica de Santa Cecília, padroeira dos músicos, ergueu-se sobre a antiga residência da nobre romana no bairro de Trastevere, ao sul do Vaticano. Conta a tradição, que no século III a jovem cristã, culpada de tentar converter o marido, Valeriano, e o cunhado, Tibúrcio, foi torturada durante três dias no subsolo da atual igreja; no terceiro dia, ainda não sufocada pelos vapores escaldantes, foi decapitada pelos seus algozes.
A Lenda Áurea conta que o Papa Urbano I (175-230), testemunha da tortura, sepultou o corpo da mártir entre os bispos e consagrou a casa, transformando-a em igreja. O edifício tornou-se uma basílica primitiva no século VI, graças a São Gregório Magno.
O templo, entretanto, passou por contínuas re-
construções e ampliações: segundo uma lenda, a mártir apareceu ao Papa Pascoal I (775-824), revelando-lhe o local exato onde seu corpo, que nunca havia sido encontrado, estava sepultado; o pontífice transpôs o local e ergueu a igreja em forma basilical no mesmo lugar da anterior.
Entre os séculos XII e XIII, foram acrescentados o claustro, o átrio e a torre sineira. Em 1599, durante as obras de renovação, o Cardeal Paolo Sfondrati (1560-1618) abriu o túmulo de Cecília, revelando assim o corpo milagrosamente intacto, vestido de branco e com feridas no pescoço.
A partir do século XVI, a basílica foi continuamente restaurada, com a adição da entrada monumental do século XVIII que preserva as antigas colunas de granito rosa e mármore africano, obras do arquiteto barroco Ferdinando Fuga (1699-1782).

O interior, dividido em três naves, apresenta na abóbada o afresco Apoteose de Santa Cecília, pintado por Sebastiano Conca (16801764). Na abside encontra-se o mosaico do século IX representando a bênção do Redentor com os santos Paulo, Cecília, Pedro, Valeriano e Ágata
Sob o altar, encontra-se a famosa estátua de mármore de Santa Cecília, do escultor lombado Stefano Maderno (1576-1636), representando a mártir deitada sobre o lado direito, com as mãos amarradas, o rosto voltado para o chão e a ferida de seu martírio visível no pescoço, escultura barroca considerada uma obra-prima.
Enquanto no centro do pátio da igreja há um cântaro (grande vaso romano), nos seus porões foram descobertas algumas salas referentes a uma central termal e a antigas habitações, das quais ainda se conservam os pisos de mosaico preto e branco.
• Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 57 livros sobre a história regional.