Diário da Cuesta
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“Somos a TV Colina, sim, com muito orgulho!
Trazemos, em nossa “criação”, a genética “caipira”, com MUITO ORGULHO, e não queremos perdê-la, de forma alguma!”
Página 6
(do livro “Gente de Dantes”, de Luiz Baptistão, 2004. Da esquerda para a direita, o 3º é o Jayme e o 4º é o Sebastião, os irmãos Almeida Pinto).
Páginas 2 e 4
Evento Cultural da ABL – Academia Botucatuense de Letras, nas comemorações de seu 53º Aniversário, com a apresentação do Debate sobre a obra “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, e a defesa de CAPITU. É uma peça teatral, a “Defesa de Capitu”, escrita, dirigida e interpretada pela Acadêmica Carmem Lúcia Erbúneo da Silva. Na apresentação teremos um JURI, com 7 jurados, sob a presidência de um Magistrado (Juiz), o Acadêmico João Francisco Gabriel (juiz aposentado) e todas as formalidades que constituem um autêntico Tribunal do Juri. Compareça a esse TRIBUNAL CULTURAL DO JURI!
“Somos a TV Colina, sim, com muito orgulho!
Trazemos, em nossa “criação”, a genética “caipira”, com MUITO ORGULHO, e não queremos perdê-la, de forma alguma!”
CLAUDIO MANSUR SALOMÃO
Somos a TV Colina, sim, e com muito ORGULHO !
Trazemos, em nossa “criação”, a genética “caipira”, com MUITO ORGULHO, e não queremos perdê-la, de forma alguma !
E é com essa consciência que trazemos uma proposta de solidificarmos a posição do jornalismo regional.
Com regular frequência e na condição de presidente do Grupo JBMS de Comunicação, mantenedor de algumas emissoras genuinamente “caipiras”, a exemplo da TV COLINA, tenho manifestado meu entendimento quanto a necessidade de um maior protagonismo ao “Jornalismo Regional”.
Me parece cada vez mais claro de que as redes sociais vem desempenhando um papel “informativo” dinâmico e ágil, com muita informalidade e precisão !
Isso tem feito com que os tradicionais “tele jornais”, por exemplo, não apresentem mais “furos” ou “grande novidades” e, sim, uma maior profundidade naquilo que já foi noticiado !
Entretanto, esse é um fato pontual e restrito aos grandes centros e ou grandes eventos, usuais em continentes, países e capitais afora !
Já, o Jornalismo Regional traz para a própria região os fatos de interesse daquela coletividade e que, raramente merecem destaque ou manchetes nas mídias globais !
O Jornalismo Regional foca na cobertura de notícias, eventos e questões que afetam uma determinada área geográfica, como cidades, estados ou regiões. Este tipo de jornalismo desempenha um papel importante na comunicação, informando a população local sobre assuntos relevantes para a sua vida, desde política e economia até cultura e educação e o esporte.
O Jornalismo Regional tem, em seu DNA, o verdadeiro papel de se aproximar de uma Comunidade e, com isso, além de trazer informação e conhecimento, promove Cidadania !
O Jornalismo Regional fornece informações relevantes para a população local, ajudando-os a compreender melhor os acontecimentos que afetam a sua região
Ao abordar temas de interesse local, o jornalismo regio-
nal contribui para a formação da opinião pública e para a promoção da transparência.
Ademais, a proximidade com a comunidade permite que os jornalistas regionais entendam melhor as necessidades e preocupações dos cidadãos, tornando suas reportagens mais impactantes e significativas naquele contexto local e regional.
O Jornalismo Regional ajuda a fortalecer a identidade local e a dar voz às comunidades, expondo temas locais essenciais para um desenvolvimento e crescimento desejável
O Jornalismo Regional promove a elevação da estima de toda uma comunidade que, além de ganhar voz e vez, consegue acompanhar o “dia a dia” daquela região, fazendo com que todos se sintam parte integrante daquela coletividade e dos fatos a ela pertencentes !
E é com esse espírito que sugeri a adoção do nosso “slogan” principal: “uma emissora do interior, feita para o interior” Assim é com esse espírito que chega a TV COLINA ! (Fonte: Amilton Cesar Franco)
Roque Roberto Pires de Carvalho
“aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”. (George Santayana-1863-1952)
Nossa 25ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil sediada em Botucatu, uma das 28 Subseções instaladas no Estado de São Paulo no ano de 1932 e isso tem tudo a ver com o movimento militar revolucionário, contemporânea que é, do fato histórico ocorrido a partir do dia 9 de julho do mesmo ano. 93 anos são passados...!
Os livros de História do Brasil informam que após a Proclamação da República em novembro de 1889, instalada a República dos Estados Unidos do Brasil, dois anos após é proclamada a primeira Constituição Republicana onde candidatos de Minas Gerais e São Paulo se revezavam em eleições para Presidente da República e para interromper essa dicotomia do café com leite também chamada de república oligárquica ou República Velha; Getúlio Vargas que havia perdido as eleições em 1930, em um movimento militar é empossado como Presidente e instala um governo provisório passando a governar por Decretos, nomeando Interventores para a governança dos Estados. Descontentes com essas indicações, São Paulo esperando contar com o apoio de outros Estados (apoio que não existiu) inicia um movimento popular com discursos inflamados de civismo em praças públicas reunindo multidões e exigindo uma nova Constituição. Em um dos comícios realizado na Praça da República no dia 23 de maio houve violenta repressão por parte das forças governistas. Cinco, entre jovens e adultos foram feridos com tiros de fuzil. Tiveram óbito imediato Mário Martins de Almeida que era domiciliado em São Manuel e estava São Paulo; Euclides Miragaia; Antonio Américo Camargo de Almeida; Dráusio Marcondes de Souza tinha 14 anos e faleceu cinco dias após a refrega e Orlando de Oliveira Alvarenga, faleceu no dia 12 de agosto de 1932, seus nomes foram inscritos no “Livro Heróis da Pátria” existente no Panteão de Brasília. Seus restos mortais se encontram no obelisco em homenagem aos “Soldados Constitucionalistas” ao lado de mais 713 combatentes mortos em campanha. Os funestos acontecimentos do mês de maio de 1932 motivaram o povo, estudantes da Faculda-
de de Direito e governantes paulistas encetarem uma revolta imediata contra o governo central, tendo agora como Bandeira a sigla MMDC em honra aos heróis, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. O nome de Alvarenga ficou fora em razão de que seu óbito só ocorreu em agosto de 1932. Os quartéis da Força Pública (hoje Polícia Militar) recebendo ordens do General Izidoro Dias Lopes, antigo revolucionário de 1924 mobilizou suas tropas com a precária logística da época e a convocação de civis e militares em todo o território do Estado de São Paulo. No dia 9 de julho de 1932 Botucatu realizava no Clube 24 de Maio o “Baile galos de S.Roque” quando chegou a notícia de que São Paulo dera início a Revolução com intensa mobilização de civis. O baile foi interrompido e imediatamente um Livro foi aberto para registrar nomes de voluntários e assim a cidade entrou em alvoroço para completar efetivos para a frente de batalha que seriam desenvolvidas no Vale do Paraíba, Baixo Paranapanema e região de Itararé. Historicamente, Botucatu se destacou pela participação da igreja católica durante a Revolução. Sabe-se que o Bispo da cidade, Dom Carlos Duarte da Costa (18881961), doou parte do tesouro da Diocese e organizou um Batalhão conhecido como “Batalhão do Bispo”. Esse Batalhão foi reconhecido e autorizado ao exercício das convocações, obtendo êxito. Não obstante seus esforços Dom Carlos foi exonerado de suas funções em Botucatu, por “má administração da Diocese”(1937) retornando ao Rio de Janeiro onde faleceu. Além desse batalhão, Botucatu fez parte da composição da “Brigada do Sul – Batalhão Universitário Fernão Salles” constituído pelas cidades de Bauru, Itapetininga e Itu, comandado pelo general Ataliba Leonel. Esta revolução como é conhecida terminou no dia 2 de outubro de 1932 com o armistício celebrado na cidade de Cruzeiro. O povo paulista não se sentiu derrotado pelas forças federais pois, no ano seguinte foi instalada uma Assembleia Nacional Constituinte para elaborar uma nova Constituição sendo certo que em 1934 a mesma foi promulgada, com o país conseguindo novos direitos como por exemplo o voto feminino. A chamada “terra de ninguém ficou silenciosa”, recolhendo seus mortos e feridos. Os bravos sobreviventes voltaram aos seus pagos. Os que deram suas vidas por São Paulo repousam no Monumento para eles construído no parque do Ibirapuera na capital paulista.
FONTE: PINTO, Sebastião de Almeida, “Botucatuense no Setor Sul”/1957; VALIO, Luiza de Jesus, “Botucatu, OAB-SP, 85 anos” Portal Terra dos Passarinhos/2025.
Roque Roberto Pires de Carvalho email:roquerpcarvalho@gmail.com