NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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Hoje é dia de homenagear e prestar continência a todos os heróis brasileiros que serviram a Pátria durante a Segunda Guerra Mundial. É uma justa homenagem aos Pracinhas, que representaram bravamente o País, fazendo história no Teatro de Operações da Itália, ao final daquela Grande Guerra.
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Portugal receberá
12 aviões Super Tucano da Embraer
Portugal entra em nova fase de modernização militar com a chegada dos primeiros Super Tucano da Embraer com as entregas se estendendo até 2028. A versão OTAN do renomado avião de ataque leve e de treinamento avançado será entregue à Força Aé-
rea Portuguesa e Portugal passa a ser o primeiro operador mundial desta variante específica, desenvolvida para atender rígidos requisitos técnicos e de interoperabilidade da Aliança Atlântica (OTAN).
Diário da Cuesta
Força Expedicionária Brasileira (FEB)
Força militar enviada pelo Brasil à Europa para lutar ao lado dos Aliados, contra o Eixo, na Segunda Guerra Mundial. Foi constituída em agosto de 1943 e entregue ao comando do general-de-divisão João Batista Mascarenhas de Morais. Adotou como emblema uma cobra fumando, em alusão àqueles que diziam que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil participar da guerra. Durante a fase de estruturação da FEB, diversos oficiais brasileiros foram enviados aos Estados Unidos para se familiarizar com os métodos militares norte-americanos. No final de 1943, foi decidido que o destino do corpo expedicionário brasileiro seria o teatro de operações do Mediterrâneo. O 1º Escalão da FEB, chefiado pelo general Zenóbio da Costa e composto de aproximadamente cinco mil homens, desembarcou na em julho de 1944. Em setembro, desembarcariam os 2º e 3º Escalões, comandados, respectivamente, pelos generais Osvaldo Cordeiro de Farias e Olímpio Falconière da Cunha. Até fevereiro de 1945 ainda chegariam à Itália mais dois escalões, além de um contingente da Força Aérea Brasileira (FAB) com cerca de quatrocentos homens, sob o comando do major-aviador Nero Moura. Ao todo, o Brasil enviou à Itália pouco mais de 25 mil homens.
As forças brasileiras integraram-se ao V Exército norte-americano, comandado pelo general Mark Clark, que por sua vez fazia parte do X Grupo de Exércitos Aliados. O objetivo maior dos Aliados na Itália naquele momento era manter o exército alemão sob pressão, de modo a não permitir que seus comandantes deslocassem tropas para a França, onde se preparava a ofensiva final das forças aliadas no ocidente.
O Brasil no teatro de operações Exatamente sete meses e 19 dias foi quanto durou a campanha da FEB na Itália. De 16 de setembro de 1944, quando um batalhão do 6° Regimento de Infantaria iniciou a marcha que redundaria nas conquistas de Camaiore e Monte Prano, até 2 de maio de 1945, dia em que a ordem de cessar fogo foi expedida pelo comando do 4° Corpo do V Exército americano, ao qual a FEB era subordinada, os brasileiros se empenharam em várias batalhas.
A FEB lutou na Itália em duas frentes. A primeira foi na região do rio Serchio durante durante o outono de 1944, e a segunda no vale do rio Reno, em plena cordilheira apenina. Aí, por mais de dois meses os soldados brasileiros enfrentaram um rigoroso inverno e, sob o fogo constante do inimigo, alcançaram seus maiores feitos: as conquistas de Monte Castelo, em 22 de fevereiro de 1945, e de Montese, em 14 de abril, e o aprisionamento da 148ª Divisão Alemã, de remanescentes de uma Divisão de Infantaria Italiana e de forças blindadas do Afrika Korps, em 28 de abril.
A missão mais importante que coube à FEB foi, sem dúvida, a tomada de Monte Castelo. A elevação, dominada pelos alemães, era uma posição estratégica que impedia o 4° Corpo de Exército de prosseguir a marcha até Bolonha, objetivo maior do comando das Forças Aliadas na Itália. No dia 24 de novembro de 1944 foi feita a primeira ofensiva. Depois de se apoderarem do monte Belvedere, ao lado de Castelo, os brasileiros sofreram uma violenta contra-ofensiva alemã que os obrigou a abandonar as posições já conquistadas. No dia 29 os Aliados iniciaram a segunda ofensiva a Monte Castelo, igualmente barrada pelos regimentos de infantaria alemães. No dia 12 de dezembro iniciou-se o também frustrado terceiro assalto dos expedicionários brasileiros a Monte Castelo, que não durou mais de cinco horas. Mesmo assim, as vanguardas da FEB conseguiram chegar além da metade do caminho programado.
O dia 19 de fevereiro de 1945 foi a data estabelecida pelo comando do V Exército para o início de nova ofensiva, que ficaria conhecida como Operação Encore. Nela seriam empregadas todas as forças do 4° Corpo de Exército, visando a expulsar o inimigo do vale do rio Reno e persegui-lo até o vale do rio Panaro. A missão dos brasileiros seria desalojar os alemães de Castelnuovo de Vergato, do Monte Soprassasso e, mais uma vez, de Monte Castelo. A grande vitória finalmente ocorreu em 21 de fevereiro.
Do início de março a meados de abril de 1945 houve um período de menor número de operações. O comando aliado organizava, então, o plano final da campanha da Itália, a chamada Ofensiva da Primavera, destinada a levar com rapidez à derrota definitiva teuto-italiana. Foi estabelecido que caberia à FEB seguir na direção de Vignola, o que veio a acarretar os vitoriosos ataques a Montese e Zocca. A partir dessas vitórias iniciou-se a perseguição aos alemães que batiam em retirada. Seguiram-se o cerco a Colecchio, Fornovo di Taro, a rendição de divisões inimigas e a corrida para o vale do Pó. Prosseguindo em direção a Turim, os brasileiros ocuparam a cidade de Alessandria, em 30 de abril.
De 8 de maio - data da rendição da rendição da Alemanha e portanto do fim da guerra na Europa - até 3 de junho a FEB foi empregada na ocupação militar do território conquistado e começou a preparar seu retorno ao Brasil. Quando o 1° Escalão regressou ao Brasil, em 18 de julho de 1945, 454 mortos, ficaram enterrados no cemitério brasileiro localizado na cidade de Pistóia, perto de Florença. É Registro Histórico.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Parque Brigadeiro Eduardo
Gomes e Parque Carlos Lacerda (Aterro do Flamengo)
Diário da Cuesta
Monumento aos Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira no Parque Brigadeiro Eduardo Gomes e Parque Carlos Lacerda (Aterro do Flamengo), RJ, inaugurado em 1960.
Rio de Janeiro: Cidade Maravilhosa!
Monumento aos Soldados Heróis da Segunda Guerra
Em 1965, o Rio era exemplo para o Brasil de administração séria, competente e revolucionária!
O Brasil tem com orgulho duas áreas consideradas modelos de atuação positiva da Administração Pública no resguardo e na criação de espaços destinados ao urbanismo, paisagismo e lazer: o Parque Ibirapuera, em São Paulo e o famoso Aterro do Flamengo, com os Parques Eduardo Gomes e Carlos Lacerda.
O destino da imensa área entre o Aeroporto Santos Dumont e a Avenida Rui Barbosa começou a ser traçado em 1952. Com o desmonte do Morro de Santo Antônio - derrubado para dar lugar à Avenida Chile, na região que hoje abriga os prédios da Petrobras e do BNDES - toneladas de entulho ficaram sem destinação. Surgiu então a ideia de usar esse material para aterrar a área entre o Museu de Arte Moderna e as proximidades da Praça Paris, onde aconteceria, em 1955, o Congresso Eucarístico Internacional. A transferência do entulho prosseguiria até 1958, com o aterramento chegando próximo ao Catete.
O descampado chamou a atenção da arquiteta e paisagista autodidata Lotta (Maria Carlotta) Macedo Soares, que convenceu o então governador Carlos Lacerda a abandonar a ideia de fazer uma via expressa à beira-mar, com quatro pistas e uma mureta, e construir ali uma versão carioca do Central Park, de Nova York. Foram dois anos para criar o conceito do parque e outros três na infraestrutura, que incluiu a construção de um emissário submarino e o aterramento com entulho da obra do Túnel Rebouças e areia do fundo da Baía de Guanabara (dragada com uma máquina semelhante à usada na abertura do Canal do Panamá).
No fim das contas, o Rio ganhou uma área de lazer de 1,2 milhão de metros quadrados com quadras polivalentes, campos de futebol, playground, anfiteatro, pistas de skate e de aeromodelismo, restaurante e marina. Sem falar nas 11.600 árvores, de 190
espécies diferentes. Assinando isso tudo, uma espécie de who is who da arquitetura, urbanismo e paisagismo verde e amarelos: Afonso Reidy, Ethel Bauzer Medeiros, Jorge Moreira, Carlos Werneck de Carvalho, Sérgio Bernardes, Luiz Emygdio de Mello Filho e Hélio Mamede formaram o time inicial do Grupo de Trabalho para a Urbanização do Aterrado Glória-Flamengo. O ajardinamento foi encomendado a ninguém menos que Roberto Burle Marx.
Curiosamente, cerca de 40% do projeto tombado não estão prontos até hoje. A área do parque, que hoje se estende até o início da Praia de Botafogo, teria, por exemplo, duas bibliotecas, que nunca foram construídas. E a atual Marina da Glória seria apenas um atracadouro. A inauguração aconteceu em 1965. Um dos eventos comemorativos da abertura do parque foi no dia 17 de outubro daquele ano. Oficialmente, são dois parques: o Brigadeiro Eduardo Gomes (do Aeroporto Santos Dumont até o Monumento aos Pracinhas) e o Carlos Lacerda (do monumento ao Túnel do Pasmado). É Registro Histórico.
“Ondas” em gramado em frente ao MAM, com duas espécies de gramínea, formando curvas que remetem as ondas. Palmeiras Imperiais para deixar tudo mais monumental. Pura bossa!
É considerado hoje a maior
área de lazer à beira mar do mundo
Uma fauna nas cédulas do Real
Edil Gomes
Na correria do dia a dia, não notamos que em todas as cédulas que circulam do real, trazem alguns animais da nossa Fauna, algumas delas ameaçadas de extinção, vamos ver quem são eles:
2 reais: Recebe alguns nomes dependendo da região, como Tartaruga-de-pente, tartaruga-legítima, tartaruga-de-escamas ou tartaruga-verdadeira (Eretmochelys imbricata), encontrada em mares tropicais e subtropicais. Espécie criticamente ameaçada de extinção devido à caça indiscriminada. Tem como habitat natural recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas. A espécie tem uma distribuição mundial, com subespécies do Atlântico e do Pacífico.
5 reis: A garça-branca-grande (Casmerodius albus egretta), também conhecida apenas como garça-branca, é uma ave da ordem Pelecaniformes. Pode ser encontrada em todo o Brasil. Trata-se de uma ave completamente branca, tem bico longo e amarelado, e as pernas e dedos negros. Mede, em média, 90 cm. A íris é amarela.
10 reais: A arara-vermelha ou arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) é uma espécie de ave psitaciforme, nativa das florestas do Panamá, Brasil, Paraguai e Argentina. Sua alimentação é baseada em sementes, frutas e coquinhos. A observação de bandos de araras vermelhas expandindo e migrando está tornando possível a ocorrência desta espécie na divisa dos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, onde já era considerada extinta.
20 reais: O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é um primata endêmico do Brasil, da família Callitrichidae e gênero Leontopithecus. Ocorre exclusivamente na Mata Atlântica brasileira, no estado do Rio de Janeiro, mas alguns já observaram sua ocorrência no sul do Espírito Santo. Atualmente, são encontrados principalmente na Reserva Biológica Poço das Antas e na Reserva Biológica União, e vivem nos estratos mais altos da floresta. Podem ser encontrados em trechos de floresta secundária. Já foi considerado como uma subespécie, hoje é uma espécie propriamente dita, como as outras espécies de micos-leões.
50 reais: A onça-pintada (Panthera onca), também conhecida como onça-preta (no caso dos indivíduos melânicos), é uma espécie de mamífero carnívoro da família dos felídeos encontrada nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano. Apesar da semelhança com o leopardo (Panthera pardus), a onça-pintada é evolutivamente mais próxima do leão (Panthera leo). Ocorre desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas está extinta em diversas partes dessa região atualmente.
100 reais: A Garoupa (Epinephelus marginatus), conhecido pelos nomes comuns de garoupa-verdadeira, garoupa-crioula, piracuca e garoupa-preta, é um peixe que pertence à família Serranidae. Viveː no Mar Mediterrâneo; no Oceano Atlântico perto dos Açores, frente às costas do sul do Brasil, do Uruguai e do norte da Argentina e no Oceano Índico frente às costas de Moçambique e Madagascar. Geralmente a uma profundidade entre os 10 e 50 metros, chegando às vezes até os 200 metros, especialmente nas áreas de fundos rochosos ou em grutas.
200 reais: O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), também chamado guará, aguará, aguaraçu, lobo-de-crina, lobo-de-juba e lobo-vermelho, é uma espécie de canídeo endêmico da América do Sul. Suas marcas lembram as de uma raposa, mas não é uma raposa nem um lobo. É a única espécie do gênero Chrysocyon e provavelmente, a espécie mais próxima é o cachorro-vinagre (Speothos venaticus). Ocorre em savanas e áreas abertas no centro do Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia, sendo um animal típico do Cerrado. Foi extinto em parte de sua ocorrência ao sul, mas ainda é encontrada no Uruguai.
(Com informações de divulgação)
Viagens # Fé
Gesiel Júnior
Basílica de São João de Latrão: a igreja mais importante dentre todas
Geralmente denominada apenas de Basílica de São João de Latrão, a Arquibasílica do Santíssimo Salvador e dos santos João Batista e João Evangelista tem uma honraria especial que passa despercebida pelos visitantes de Roma: ela é a catedral do bispo de Roma – ou seja, do papa – e por isso está acima de todas as demais igrejas do mundo, inclusive da Basílica de São Pedro, por ser a mais antiga no Ocidente.
Como quase tudo na Cidade Eterna, esse templo tão importante também foi construído sobre ruínas, primeiramente de um quartel do século I e depois de um palácio da família Laterani, sendo que daí vem o nome do templo, herdado por Fausta, a mulher do imperador Constantino que, no século IV, doou-o ao chefe da Igreja Católica.
Foi consagrada como basílica pelo Papa Silvestre em 9 de novembro de 324, e é daí a origem da festa litúrgica celebrada nessa data, pois é de especial importância porque o templo foi a primeiro dedicado a Jesus
Erguida no espaço do velho palácio, a basílica passou por, pelo menos, três grandes reconstruções. No século IX foi quase destruída por um terremoto, no século XIV sofreu dois grandes incêndios e sua fachada atual, neoclássica, foi completada em 1735. Desde 1924 nela estão inumados os restos mortais do Papa Leão XIII (1810-1903).
para todos os batistérios do mundo.
Na noite entre 27 e 28 de julho de 1993, em retaliação a sermões do Papa João Paulo II (1920-2005) sobre as associações mafiosas, a Máfia italiana explodiu uma bomba que devastou a fachada do Vicariato de Roma, que fica na lateral do templo, restaurada quatro anos depois.
Regina Célia e eu estivemos na Basílica de Latrão por quatro vezes. Quem a visita não pode deixar de reparar em alguns detalhes que retratam essa história tão rica. Lá está hoje a estátua gigante de Constantino que decorava as antigas termas nos arredores da Fontana di Trevi; as suas portas centrais de bronze eram as portas da Cúria Romana; e lá está o primeiro batistério do mundo, que serviu de modelo
Na sua fachada principal se lê: “Papa Clemente XII, no quinto ano de seu pontificado, dedicou este edifício a Cristo, o Salvador, em homenagem aos Santos João Batista e João Evangelista”
Nessa arquibasílica o bispo de Roma tem a sua cadeira como sinal de seu ensinamento, de seu magistério e de sua presidência. Por isso o ministério petrino começa quando o papa eleito toma posse da cátedra de São João de Latrão, o que deve acontecer em breve, quando for escolhido o sucessor do Papa Francisco.
• Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 54 livros sobre a história regional.