Diário da Cuesta
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Presidente da Itália Sergio Mattarella, visitou o Museu da Imigração em São Paulo, localizado na antiga Hospedaria de Imigrantes, estrutura por onde passaram centenas de milhares de estrangeiros – sobretudo italianos - entre os séculos 19 e 20. O museu está em funcionamento desde 1993 e preserva a história de cidadãos estrangeiros recém-chegados ao Brasil. Hoje, a principal atração é a exposição que apresenta os trabalhos de preservação e pesquisa realizados. O Presidente Mattarella é um jurista e político italiano, exercendo a presidência desde 2015. Foi membro da Câmara dos Deputados entre 1983 e 2008 e foi juiz da Corte Constitucional. É natural de Palermo, na Sicília.
O Brasil tem cerca de 30 milhões de descendentes e São Paulo é considerada a maior cidade italiana do mundo: são cerca de 6 milhões de descendentes na Capital e na Grande São Paulo, chegando a 20 milhões no estado todo. A Cidade de Milão, por exemplo, não ultrapassa 5 milhões de habitantes.
A visita do Presidente italiano, Sergio Mattarelli, representa a importância da ligação histórica entre o Brasil e a Itália. Após ser recebido pelo Presidente da República e pelo Presidente do Senado, Mattarelli esteve em São Paulo, acompanhado das autoridades, em visita ao Museu da Imigração em homenagem histórica aos 150 anos da Imigração Italiana no Brasil.
O país recebeu, nos séculos XIX e XX, um fluxo enorme de italianos inicialmente para o trabalho nas lavouras. Eles influenciaram a cultura e os costumes brasileiros
NELSON NIERO NETO, COM VINICIUS GALERA
O Brasil é o país com o maior número de descendentes de italianos do mundo. Segundo a Fondazione Migrantes, que organiza o Rapporto Italiani nel Mondo, são cerca de 30 milhões de brasileiros. O número corresponde à metade do total das pessoas com ascendência italiana do mundo — excluídos os nascidos em solo italiano, evidentemente. No dia 21 de fevereiro, é celebrada aqui a memória dos que saíram da Itália para tentar uma vida melhor no Brasil. É o Dia do Imigrante Italiano.
Em meados do século XIX e início do XX, o Brasil recebeu um fluxo enorme de italianos. O processo começou entre 1850 e 1860, segundo Rita do Val, coordenadora do curso de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina, onde mantém uma linha de pesquisa sobre migrações e refúgios. A população italiana, nesse período, estava arrasada. O processo de unificação do país não foi pacífico. Foram guerras, conflitos e revoltas que assolaram a região onde hoje é a Itália — e onde antes havia diversos reinos independentes.
Além disso, o país começava a passar por um processo de industrialização, mas não havia emprego para todos que saíam dos campos em direção às cidades. Nos campos, a situação não estava melhor. O governo do recém unificado território não tinha condições para subsidiar ou coordenar a produção agrícola. A população italiana passava fome em um país pobre e marcado por conflitos.
Países do outro lado do Atlântico, como o Brasil e os Estados Unidos, passaram a ser vistos como opções para fugir da pobreza e buscar oportunidades. No caso do Brasil, algumas características transformaram o país em polo de atração para os italianos.
Brasil no século XIX
Em meados de 1850, o Brasil começava a dar os primeiros passos para abolir a escravidão, processo que só terminaria em 1888. A Lei Eusébio de Queirós, aprovada em 1850 sob pressão do Reino Unido, proibia a entrada de escravos em território nacional. Sua eficácia a curto prazo é questionada, mas nas décadas seguintes outras leis foram aprovadas e, gradualmente, sufocaram o modelo escravista no país. As fazendas do Sudeste, com destaque para São Paulo e Minas Gerais, logo começaram a sentir a escassez de mão de obra para trabalhar nas lavouras de café.
“Não havia, de fato, essa escassez, já que a população de ne-
gros recém-libertos era numerosa, mas havia um desejo do governo brasileiro de embranquecer a população do país”, afirma Rita. Esse pensamento foi influenciado pelo movimento eugenista, que surgiu na Europa e defendia a superioridade do homem branco em relação aos asiáticos, indígenas e negros. “No Brasil, somava-se a esse pensamento um reflexo das centenas de anos de escravidão: entre assalariar aquele que havia sido seu escravo até outro dia e pagar por um imigrante europeu, os fazendeiros brasileiros escolheram a segunda opção.”
E o apoio do governo nesse sentido era forte: havia escritórios brasileiros na Itália que faziam propaganda do Brasil como uma terra de oportunidades. “Os pequenos agricultores vinham com a ideia de que aqui as terras eram baratas, vastas e férteis”, explica Rita O Brasil também oferecia subsídios para a mudança, como o pagamento do custo da viagem, para incentivar a população italiana. “Foi, de fato, uma campanha migratória do governo brasileiro”.
Mão de obra italiana
A imigração italiana no Brasil teve duas fases. Na primeira, famílias inteiras vieram para trabalhar no campo. Em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, o café estava em franca expansão na segunda metade do século XIX e era a principal atividade econômica do Brasil No sul do país, os italianos se dedicaram à produção de uva e de vinho, atividades a que já estavam familiarizados. “Diferente do café, que já era um produto consolidado no Brasil, a cultura de uva no Sul do país foi introduzida pelos italianos, que trouxeram o conhecimento do cultivo e as tecnologias de sua terra natal”, explica Rita.
Em um segundo momento, no início do século XX, o interesse do governo brasileiro em trazer famílias inteiras diminuiu. Indivíduos passaram a vir, sozinhos, para suprir a demanda das fábricas paulistanas. É a segunda fase da imigração italiana no Brasil, que influenciou a maneira de pensar e de se organizar da mão de obra urbana.
O fluxo de imigração seguiu intenso até a década de 1920, aproximadamente. Fatores diversos, como a eclosão da 1ª Guerra Mundial e o excesso de mão de obra no Brasil, diminuíram o interesse do governo em atrair imigrantes. Na Itália, o processo de saída do país também passou a ser controlado pelo governo, o que dificultou a imigração. As influências da cultura italiana e os costumes desse povo, entretanto, permaneceram como uma das marcas da sociedade brasileira.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Muito interessante descobrir nas entrelinhas da história de países e de pessoas, a importância que as sociedades secretas exerceram com uma atuação efetiva e objetiva. Em nosso país a Abolição dos Escravos, a Independência de Portugal, a educação, orientação e formação de Dom Pedro II, a Proclamação da República, a Revolução de 1930, a Revolução Constitucionalista de 1932, a Constituinte de 1933 e as Constituintes Estaduais de 1934 sempre se admirava a coerência e a firmeza dessas sociedades secretas. E, na história da Unificação Italiana, mais uma vez, a presença dessas sociedades. No processo de unificação do país, com a sociedade “Jovem Itália”, sob o comando de Mazzini, conquistava os jovens italianos e, especialmente, os camponeses e os operários. Vejam quanto era avançada a sociedade e amplo os seus objetivos. E a atuação de Giuseppe Garibaldi, no Brasil, apoiando Bento Gonçalves, líder maçon, contra a política extorsiva do Império em relação aos proprietários e fazendeiros do sul do Brasil. Foi a mais longa guerra civil que tivemos e acabou com o poder imperial aceitando grande parte das
A Itália comemora em 17 de março o aniversário de 163 anos de sua Unificação. Nas páginas internas, artigos emblemáticos da imprensa botucatuense sobre o importante evento e sobre a importante colônia italiana de Botucatu
de Vittorio Emanuele, o banqueiro e fazendeiro Camilo Benso – Conde de Cavour, que se revelou um excelente administrador e estrategista político, a nível interno e internacional,
Continentes,
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longa e bem sucedida experiência de luta, representando a corrente republicana, que à frente de seus camisas vermelhas mobilizou todos os italianos pela causa comum. Garibaldi
139, o relato dos jogos da colônia italiana: “Uma referência aqui deve ser feita ao jogo do queijo, praticado por elementos da colônia italiana. Arranjavam um queijo bem curado, desses de tipo comum. Enrolavam a sua volta uma cinta ou correia. E lançavam-no pela rua, para ver quem o atirava mais longe. Os praticantes dessa modalidade, usavam a avenida do Campo Santo, hoje D. Lucio, para teatro de suas façanhas, que terminavam sempre em comedorias e bródios, no José Bolognini, o popular Geppo Entre os jogadores de queijo, figuravam o banqueiro Francisco Botti, Julio, Rafanelli, Tognozzi, José Bolognini, Adolfo Dinucci e Adolfo Pardini, Nardini, Lovato, e outros bons italianos do passado. O desembargador Alcides de Almeida Ferrari naquele tempo jovem advogado, era um dos competidores desse esporte, cujas partidas terminavam em suculentas macarronadas, cujo fromaggio era o que tinha estado em jogo. Na casa de José Bolognini onde se jogava tresetti e se bebia bom chianti, funcionava o Fanfulla Clube. Curiosa sociedade de gastronomos e amigos do vinho. Após as patuscadas, os comensáveis faziam uma coleta, para adquirir caixões de defuntos. Para enterrar indigentes, é bom esclarecer, e que nunca faltavam. José Bolognini contou-me o Prof. Raymindo Cintra para os amigos, era o Major. E fazia aniversários natalícios, quatro vezes ao ano...a pedido dos amigos, que não dispensavam os cabritos magistralmente preparados pela senhora Bolognini...”
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4 A bela península itálica era um mosaico de pequenos reinos, com dialetos próprios, que não compartilhavam sequer a mesma língua e cultura. O processo de unificação da Itália, que culminou no ano de 1861 e que, agora, comemorou o seu Sesquicentenário (150 anos) em 20011, na verdade foi se estruturando aos poucos. O presidente Napolitano deu início, na cidade de Reggio-Emilia , aos festejos pelo 150º aniversário da Itália Unida com homenagem à “tricolore” e à sua longa História. Desde quando foi símbolo da República Cispadana, Cisalpina, Lígure, Romana, Anconitana, Partenopea , de tantos grupos insurreicionais existentes na Península para reivindicar a liberdade de todo povo italiano, até quando foi proclamada Bandeira da República Italiana , em 2 de junho de 1946 A bandeira tricolor , por exemplo, símbolo cívico da Nação Italiana surgiu há mais de 200 anos . Tornada símbolo oficial em 1946 , as cores da nossa bandeira de fato foram estabelecidos pelo Senado de Bologna , há o registro ( Senato di Bollogna ), de 18 de ottobre 1796: UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA
“Montado em seu cavalo, Garibaldi é o Capitão. Nas verdes ondas do campo, A sua rédea é o timão.” Érico Veríssimo Os versos reproduzidos por Érico Veríssimo em O Continente , primeira parte de “O Tempo e o Vento”, mostram a força com que a imagem desse grande herói está enraizada em nossa cultura popular. A história sempre registra os feitos dos heróis autênticos. Giuseppe Garibaldi foi um deles. Chefe Militar Revolucionário , desde moço participara das lutas políticas em prol da unificação de seu país. Pertenceu à “Jovem Itália”, uma sociedade secreta (maçônica) fundada (1831) por Giuseppe Mazzini , que se notabilizou em procurar atrair para a causa da unificação italiana a presença de expressivos segmentos da sociedade, como os camponeses e os operários. Garibaldi , perseguido politicamente, participou como exilado político de lutas no Uruguai e no Brasil . No Uruguai , lutou ao lado de Venâncio Flores. No Brasil , participou da Guerra dos Farrapos, já com sua imagem firmada no Brasil , tendo seus feitos cantados e glorificados nas canções de campanha. A Guerra dos Farrapos foi o mais longo movimento de contestação do Poder Central . Esse movimento foi auxiliado pela maçonaria e liderado pelo Coronel Bento Gonçalves. Segundo Érico Veríssimo a Guerra dos Farrapos terminou “com honra para os dois lados”. A figura carismática de Giuseppe Garibaldi sempre esteve ligada à presença forte de Anita Garibaldi . Na famosa Retirada da Laguna , o grande guerreiro deixou expressa a importância de Anita: “À testa de alguns homens, resto de tantos combatentes que tinham, com justa razão, merecido o título de bravos, eu ia a cavalo. Orgulhoso dos vivos, orgulhoso dos mortos... Ao meu lado, a mulher digna de toda admiração. Que me importava pois não possuir senão o que tinha comigo? Que me importava servir a uma República pobre, que não pagava ninguém e da qual, ainda que fosse rica, eu não teria aceitado coisa alguma?” Na mini-série “A Casa das Sete Mulheres” a Rede Globo retratou a presença desses dois heróis: “Esse personagem amou de verdade as duas mulheres. Uma era energia pura, a outra transmitia só amor”, diz Thiago Lacerda , intérprete do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi , sobre seus amores, Anita (Giovanna Antonelli) e Manuela , sobrinha de Bento Gonçalves... Antonelli que vive um dos mais conhecidos personagens da história do Brasil, Anita Garibaldi teve seu figurino composto a partir da visualização dos quadros de Toulouse Lautrec e vestimentas de peões gaúchos. “ Anita é uma forma masculina dentro de um corpo feminino. Dá outra inspiração e uma nova visão de vida”, diz a atriz. Com 18 anos, Anita conheceu Giuseppe Garibaldi: foi amor à primeira vista . Com o fim da breve República Juliana o casal segue para o sul. Anita combate ao lado de Garibaldi em Santa Vitória passa o Natal de 1839 em Lages e toma parte no combate das Forquilhas (Curitibanos), quando é presa mas consegue uma fuga espetacular Na retirada da tropa, o casal teve seu primeiro filho, Menotti (1840 ). No dia 26 de março de 1842, Anita e Giuseppe se casam na Igreja São Francisco de Assis, já em Montevidéu , onde depois nasceram os filhos Rosa, Tereza e Riccioli Poucos meses antes de Garibaldi terminar a sua heróica participação no Rio de La Plata, Anita viaja para a Itália com os filhos , onde Giuseppe chegaria em abril de 1848 , no comando do navio Speranza já rebatizado de Bifronte. Depois de morar em Genova e Nice, Anita segue ao encontro do marido que comanda a Legione Italiana . No dia 19 de agosto de 1849, Anita falece nos braços do esposo em pranto, longe dos filhos num quartinho da casa dos irmãos Ravaglia, em Mandriole . Após a morte de Anita, Giuseppe , triste e derrotado, voltou ao exílio para percorrer parte da África, Espanha, Inglaterra e América do Norte . Alexandre Dumas admirador e amigo de Giuseppe Garibaldi , publicou sua obra “Memórias de Garibaldi”, baseada no relato diário do grande guerreiro . Nesse trabalho, Alexandre Dumas retrata com emoção a figura de Anita Garibaldi , mostrando a sua importância como musa e companheira do grande herói dos dois continentes... (revista Peabiru, nºs 09/10 –maio/junho e julho/agosto de 1998).
Nº 489 QUINTA-FEIRA , 02 JUNHO DE 2022
A unificação da Itália ocorreu sob o comando de três lideranças indiscutíveis: a primeira delas, o Rei Vittorio Emanuele II , da Casa de Savóia , que desde o Reino da Sardenha/Piemonte (1848), passou a lutar seriamente pela unificação italiana; a segunda liderança, a que representava a corrente monarquista é a do Ministro de Vittorio Emanuele o banqueiro e fazendeiro Camilo Benso –Conde de Cavour , que se revelou um excelente administrador e estrategista político, a nível interno e internacional, viabilizando o apoio, num primeiro momento de Napoleão III à causa da unificação; e a terceira liderança é a do herói de dois Continentes , a de Giuseppe Garibaldi já com longa e bem sucedida experiência de luta, representando a corrente republicana , que à frente de seus camisas vermelhas mobilizou todos os italianos pela causa comum. Garibaldi representou a grande liderança militar e política do movimento, sabendo reconhecer, mesmo sendo republicano convicto, a liderança de Vittorio Emanuele II , como Rei da Itália, para evitar a divisão da grande pátria com que sempre sonhara
Itália: Buon Compleanno! A 2 de junho de 1946 , a Bandeira Tricolor –símbolo cívico da Nação Italiana! –passou a ser a Bandeira da República Italiana! O ANIVERSÁRIO DA ITÁLIA é comemorado no dia 02 de Junho. BUON COMPLEANNO! Página 4
UMBERTO I (UMBERTO PRIMO) : “O REI BOM” Após o falecimento de Vittorio Emanuele II –o grande arquiteto da unificação italiana –seu filho, Umberto I, assume o trono e se revela como o consolidador da unificação e como o pacificador das divergências naturais do país, antes dividido entre tantos ducados, reinos e repúblicas... Pelo apoio que sempre soube prestar de forma positiva às vítimas das inundações, terremotos, epidemias de cólera e outras tragédias nacionais, foi aclamado pelo povo como “O BOM”. Interessou-se, particularmente, pela política externa italiana, sendo o responsável pela reaproximação com a Alemanha e a Áustria . Em um atentado terrorista ocorrido em 1900, após 22 anos de um reinado que serviu para consolidar definitivamente a unificação da Itália , morria assassinado Umberto I –“O REI BOM”! GIUSEPPE GARIBALDI / ANITA GARIBALDI
Thiago Lacerda e Giovanna
Antonelli representaram
Giuseppe Garibaldi e Anita Garibaldi na mini-série “A Casa das Sete Mulheres” PÁGINA 4
21/02 - Dia do Imigrante italiano
Maria De Lourdes Camilo Souza
Aliou-se duas situações precárias; na Itália: com vários reinos e revoltas, viviam grave crise político econômica social nos idos de 1800 e 1900, e no Brasil após a libertação dos escravos, pela Princesa Isabel, havia a necessidade de mão de obra nas fazendas.
Foi então que os primeiros imigrantes, deixaram sua amada pátria, suas terras, e vieram tentar a vida em um país novo, em busca de vida melhor.
Partiram no navio La Sofia, do porto de Gênova, numa expedição denominada Tabacchi comandada por Pietro Tabacchi.
Trazia pouco mais de 380 famílias da região do Trentino, região que na época pertencia ao reino austro húngaro.
E foi assim que os primeiros imigrantes italianos atracaram em Vitória no Espírito Santo, no dia 21/02/1874.
Grande parte deles eram lavradores.
Muitos deles foram levados para as plantações de café de Santa Cruz, naquele estado.
Outros foram para Santa Catarina
O Brasil tem o maior número de imigrantes italianos.
A partir daí foram chegando e se instalando em várias regiões do nosso país.
Trouxeram sua cultura, suas tradições, culinária, artes.
Como forma de homenagear o maior movimento imigratório ocorrido em nosso país foi criada esta data, pelo senador Gerson Camatta do Espírito Santo através da lei 11.687 2008 que estabelecia a data de 21 de fevereiro como Dia do Imigrante Italiano
Foi então que por sua coragem e por seu sonho, seu trabalho, e consequente miscigenação com o nosso povo contribuíram para o desenvolvimento do nosso país.
Num desses navios, com seus patricios, meu avô Gijo: Giovanni Luigi, com apenas 9 anos veio com a Nonna Constantina Miatello, morar em Avaré aonde constituiu a nossa familia.
Tenho muito orgulho de ter descendência italiana.
Delegação é composta por maioria de mulheres e contará com recordista em participações
A delegação brasileira nos Jogos Olímpicos Paris 2024 está fechada. Com 276 atletas em 39 modalidades, o Time Brasil vai ter maioria feminina pela primeira vez na história. Serão 153 mulheres, o que representa 55% do total . Na última edição, em Tóquio 2020, eram 47%.
O aumento da participação feminina é fruto de um trabalho do Comitê Olímpico do Brasil (COB) em parceria com as Confederações Brasileiras de modalidades olímpicas desde os Jogos Rio 2016.
“Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. Com esse objetivo foi criada, em 2021, a área Mulher no Esporte no COB. As confederações também fizeram investimentos específicos no Feminino. Foi realmente uma estratégia que deu certo, e temos mais atletas se destacando internacionalmente”, comentou Mariana Mello, gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB e subchefe da Missão Paris 2024.
A ascensão das mulheres brasileiras faz com que exista uma projeção de outra marca importante a ser alcançada em Paris: elas conquistarem mais pódios do que os homens do Time Brasil, assim como aconteceu nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023. A expectativa é respaldada pelos recentes resultados de grandes nomes como as já medalhistas olímpicas Rebeca Andrade, Beatriz Ferreira, Rayssa Leal e Ana Marcela Cunha, dentre outras.
O maior número de vagas em esportes coletivos foi determinante para que as mulheres fossem maioria no Time Brasil. Elas obtiveram vagas no futebol, vôlei, handebol e rúgbi, enquanto os homens confirmaram seus lugares no vôlei e no basquete.
O número de atletas pode sofrer pequenas alterações pela rea-
locação de vagas para brasileiros ou por conta de lesão comprovada.
Vale lembrar que os Jogos Olímpicos de Paris serão a primeira edição em que existirá igualdade de gênero em relação ao número de atletas participantes. Em uma ação do Comitê Olímpico Internacional (COI), as 10.500 vagas foram preenchidas por 5.250 mulheres e 5.250 homens.
Modalidades com brasileiros
O Time Brasil estará em ação em 39 modalidades: Águas abertas, Atletismo, Badminton, Basquete (masculino), Boxe, Canoagem slalom, Canoagem velocidade, Ciclismo BMX Racing, Ciclismo BMX Freestyle, Ciclismo estrada, Ciclismo Mountain Bike, Esgrima, Futebol (feminino), Ginástica artística, Ginástica rítmica, Ginástica trampolim, Handebol (feminino), Hipismo Adestramento, Hipismo CCE, Hipismo Saltos, Judô, Levantamento de Pesos, Natação, Pentatlo moderno, Remo, Rúgbi (feminino), Saltos ornamentais, Skate, Surfe, Taekwondo, Tênis, Tênis de mesa, Tiro com arco, Tiro esportivo, Triatlo, Vela, Vôlei, Vôlei de praia e Wrestling.
Maiores delegações brasileiras
Os 276 atletas do Time Brasil em Paris 2024 representam a quarta maior delegação olímpica da história, atrás apenas da Rio 2016, Tóquio 2020 e Pequim 2008.
Entrada na Vila
A ginástica artística será a primeira modalidade brasileira a entrar na Vila Olímpica, na próxima semana, no dia 18 (quinta-feira).
Maior número de medalhas em uma edição
O “Time Brasil” conquistou 21 medalhas nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, que foram disputados em 2021 por conta da pandemia. Naquela edição foram 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes, feito que assegurou a 12ª colocação no quadro de medalhas, tanto em número de ouros quanto em quantidade total de medalhas.
Modalidade com mais pódios
O judô brasileiro foi ao pódio 24 vezes em Jogos Olímpicos (4 ouros, 3 pratas e 7 bronzes) e é a modalidade com a maior sequência de edições seguidas conquistando medalhas para o Time Brasil. São dez, desde Los Angeles 1984. Vela e atletismo dividem o segundo posto com 19 medalhas cada.
Atletas com mais participações
Campeão olímpico e dono de dois bronzes, o cavaleiro Rodrigo Pessoa disputará a sua oitava edição dos Jogos Olímpicos de verão e se tornará o maior recordista brasileiro, superando Robert Scheidt (vela) e Formiga (futebol), com sete.
Considerando qualquer edição de Jogos, Pessoa igualará Jaqueline Mourão que tem três participações em edições de verão e cinco de inverno.
Os Jogos Olímpicos de 2024 terá início no dia 26 de julho, se encerrando em 11 de agosto.