

Diário da Cuesta

Óleo sobre tela do gênero de pintura histórica, é considerada a primeira grande obra do pintor brasileiro
A PRIMEIRA MISSA DO BRASIL
(26 DE ABRIL DE 1500)
Foi um marco para o inicio da História do Brasil e descrita por Pero Vaz de Caminha em Carta a El-Rei D. Manuel, que enviou ao rei de Portugal, D. Manuel I (1469-1521), dando conta da chegada ao Brasil, então Ilha de Vera Cruz, pela armada de Pedro Álvares Cabral que se dirigia à Índia.
Turismo tem crescimento recorde em Botucatu

Botucatu está em festa pelo impressionante recorde histórico de crescimento no setor turístico da cidade. Os números da arrecadação provenientes dos serviços turísticos apresentaram um aumento de 86% em relação ao auge do turismo em 2019.
Apesar da significativa queda de 40% nas receitas turísticas em 2020 devido à pandemia, Botucatu conseguiu retomar seu crescimento em 2021, alcançando um aumento de 27%. Esse crescimento continuou de forma notável de 2021 a 2022, registrando um impressionante aumento de 97%. Este avanço é, sem dúvida, resultado da recuperação do mercado turístico e das estratégias de desenvolvimento implementadas na cidade.
Os dados foram extraídos do sistema ISS municipal considerando o ISS dos meios de hospedagens, agências viagens e receitas advindas dos guias de turismo. O setor de ISS vem fazendo esse acompanhamento anual junto a Secretaria Adjunta de Turismo. (Fonte: Tribuna de Botucatu)
(ilustração de Vinício Aloiseao pé do Gigante, as Três Pedras)

A Chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil: O Marco Inicial de uma Nação
No dia 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral e sua frota avistaram pela primeira vez as terras que viriam a ser conhecidas como Brasil. Esse momento histórico marcou não apenas a descoberta de um novo continente, mas também o início de uma jornada que moldaria o futuro do país.
A chegada de Cabral e sua tripulação representou um ponto de virada na história não apenas pela exploração geográfica, mas também pelo encontro de culturas e civilizações. A primeira missa celebrada em solo brasileiro, no dia 26 de abril de 1500, simbolizou a introdução do cristianismo na terra que mais tarde se tornaria o maior país católico do mundo.
A realização da primeira missa no Brasil sob o signo da cruz foi um ato simbólico que influenciou profundamente o desenvolvimento cultural e social do país. A presença da Igreja Católica desempenhou um papel central na colonização e na formação da identidade nacional brasileira.
Além disso, a chegada de Cabral e sua frota desencadeou uma série de eventos que moldaram o futuro do Brasil. A colonização portuguesa trouxe consigo não apenas colonos e missionários, mas também exploradores, comerciantes e escravos africanos, criando uma sociedade multicultural e diversificada.
A exploração e exploração colonial que se seguiu após a chegada de Cabral deixou um legado complexo e controverso na história do Brasil. Enquanto a colonização trouxe desenvolvimento econômico e cultural para o país, também trouxe consigo injustiças, desigualdades e injustiças que ainda reverberam na sociedade brasileira contemporânea.
Apesar dos desafios e controvérsias, a chegada de Pedro Álvares Cabral e a realização da primeira missa

no Brasil representam um marco fundamental na história do país. Esse evento inaugural marcou o início de uma jornada tumultuada, mas também o nascimento de uma nação destinada a se tornar uma das mais influentes e vibrantes do mundo.

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A PRIMEIRA MISSA NO BRASIL


Foi um marco para o inicio da História do Brasil e descrita por Pero Vaz de Caminha em Carta a El-Rei D. Manuel, que enviou ao rei de Portugal, D. Manuel I (1469-1521), dando conta da chegada ao Brasil, então Ilha de Vera Cruz, pela armada de Pedro Álvares Cabral que se dirigia à Índia.
Participaram da missa os portugueses que faziam parte da expedição, cuja maioria era composta por marinheiros. Cabral e Caminha também estavam presentes. Pero Vaz de Caminha fez este relato interessante:
“Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão de ir ouvir missa e pregação naquele ilhéu. Mandou a todos os capitães que se aprestassem nos batéis e fossem com ele. E assim foi feito. Mandou naquele ilhéu armar um esperável, e dentro dele um altar mui bem corregido. E ali com todos nós outros fez dizer missa, a qual foi dita pelo padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes, que todos eram ali. A qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção.
Ali era com o Capitão a bandeira de Cristo, com que saiu de Belém, a qual esteve sempre levantada, da parte do Evangelho. Acabada a missa, desvestiu-se o padre e subiu a uma cadeira alta; e nós todos lançados por essa areia. E pregou uma solene e proveitosa pregação da história do Evangelho, ao fim da qual tratou da nossa vinda e do achamento desta terra, conformando-se com o sinal da Cruz, sob cuja obediência viemos, o que foi muito a propósito e fez muita devoção.
Enquanto estivemos à missa e à pregação, seria na praia outra tanta gente, pouco mais ou menos como a de ontem, com seus arcos e setas, a qual andava folgando. E olhando-nos, sentaram-se. E, depois de acabada a missa, assentados nós à pregação, levantaram-se muitos deles, tangeram corno ou buzina, e começaram a saltar e dançar um pedaço.”
Aparentemente alguns indígenas acompanharam pacificamente a missa católica, parecendo copiar os movimentos feitos pelos portugueses, como o de se sentar. Este fato, fez com que Caminha concluísse que a futura conversão dos nativos ao catolicismo seria uma missão fácil e tranquila
Nos dias seguintes, os portugueses tentaram mostrar para os índios o respeito que tinham com a cruz, se ajoelharam um por um e a beijaram. Alguns índios fizeram o mesmo gesto, o que fez com que fossem considerados inocentes e fáceis de evangelizar. Vaz de Caminha pede ainda para o rei que venha logo o clérigo para batizá-los a fim de conhecerem mais sobre a fé deles.
“Quem sabe desses infantis visitantes guardarão tão profunda impressão do que ali observaram, que ainda um dia virão por ele atraídos fazer parte de nossa comunhão nacional?
”
O dia é ainda marcado como feriado, em Portugal, no município de Belmonte, terra natal de Cabral.
A cruz usada na missa está exposta no Tesouro-Museu da Sé de Braga, tendo sido usada na missa de inauguração da cidade de Brasília. (WIKIPEDIA)

“Pílulas do Dr. Ross”
Maria De Lourdes Camilo Souza
Naqueles tempos da minha infância tinha um almanaque.
Era uma revistinha pequena tinha de um tudo: desde receita culinária, de xarope, remédios caseiros como o cará; para verrugas. Piadinhas, algumas notícias sobre os artistas de cinema, e propagandas.
Tinha uma propaganda dessas pílulas do Dr. Ross
Eram bolinhas pequeninas com sabor de açúcar, com finalidade de cura de doenças diversas.
Emulsão de Scott, Biotônico Fontoura, Anapion e outros que apareciam com suas propagandas nas páginas dessa revistinha que adorávamos folhear.
Pensamentos filosóficos que copiávamos.
Receita de como tirar a baba do quiabo, como tirar a casca do pimentão, como dessalgar o bacalhau.
O conteúdo era variado.
Versículos da Bíblia e a sua interpretação como pílulas voltadas para o espírito.
Acabávamos memorizando alguns deles, pois davam o alimento para a alma.
Naquela época não tínhamos ainda a televisão, apenas o rádio.
Fazíamos visitas aos parentes e amigos, não perdíamos os desfiles nas datas comemorativas.
Frequentávamos o cinema pelo menos 3 noites por semana.
Principalmente quando faziam a semana do cinema noir, do cinema italiano, francês, americano.
Costumávamos depois da sessão de cinema nos reunir ali no Bosque próximo á Cinderela e contar piadinhas.
Ríamos até a barriga doer.
Assistimos todos os filmes do Carlitos, Mazzaropi, Gordo e Magro, faroeste das matines no Cine Cassino. Grande sucesso concorridíssimo foi Marcelino Pão e Vinho.
Fizemos coleção das revistas Capricho, Manchete e lemos inúmeras fotonovelas.
As pílulas não eram sómente para a saúde física, tinhamos um outro livrinho com saudáveis e diárias lições para a alma.
Tinha os livros proibidos que tratavam de assuntos tabu para as meninas e moças.
Líamos escondido e depois discutíamos os assuntos em conversas reservadas.
Pílulas do Dr. Ross: uma pílula PUM, duas pilulas: PUM PUM ...
Era assim a propaganda delas no rádio. E ríamos muito...
Quando morava ali na Costa Leite, eu e a Carmen Castilho, minha vizinha querida, passávamos horas encarapitadas no muro da frente da casa contando piadinhas, ela tinha grande memória e contava uma atrás da outra e ríamos como loucas.
Ontem após me deliciar com um picolé, vi com curiosidade que tinha uma inscrição no palito.
Pensei o que será? Um prêmio?
Ou a troca do palito marcado por outro picolé?
Era essa a frase:
“Praticar Alegria Faz Bem”
