Diário da Cuesta
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Idealizada pelo ex-governador da Guanabara, Carlos Larceda, a FRENTE AMPLA uniu as lideranças de Lacerda, João (Jango) Goulart e Juscelino Kubitschek, visando a redemocratização do País e a realização de eleições diretas para Presidente da República. Lançada em 1966, por Lacerda e JK, foi probida em 5 de abril de 1968, pelo Ministro da Justiça, Gama e Silva. Com AI -5, assinado pelo Presidente Costa e Silva, houve o fechamento total e a cassação de praticamente todos os membros da FRENTE AMPLA.
Mais de 50 anos passados e continua a dúvida histórica: Golpe Militar ou Contragolpe contra Comunistas? Em 1966, recém lançada a Frente Ampla, Armando Delmanto participou do lançamento do livro “Crítica & Autocrítica, de Carlos Lacerda, em pról da Frente Ampla.
Mas o BRASIL ESTÁ DOENTE, desde a implantação da REPÚBLICA que vivemos uma total irrealidade institucional...
E hoje – é pacífico o entendimento! – estamos com o ESTADO BRASILEIRO totalmente dominado por forças não republicanas, para dourarmos a pílula eis que, na verdade, a força política de esquerda, com fundamento no FÔRO DE SÃO PAULO, praticamente aparelhou a estrutura estatal, as universidades e a mídia nacional...
A solução para o resgate da soberania nacional será a convocação de uma CONSTITUINTE: uma ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE!
Mas para que seja possível uma solução cívica é necessária uma intervenção cirúrgica no Estado Brasileiro, possibilitando, assim, que se criem as condições para a CONSTITUINTE!
Repetindo: “NÃO PARA A DITADURA MILITAR!”
A solução cívica para o Brasil requer a lucidez e a compreensão de que com o atual Poder Legislativo, com o atual Poder Judiciário (agindo fora e contra a Constituição Federal) e com o atual Poder Executivo, acuado e tendo que “barganhar” com os demais poderes republicanos cada ato importante para a gestão do país, SERÁ IMPOSSÍVEL COMBATER A CORRUPÇÃO, ESTABELECER O PLENO ESTADO DE DIREITO E UMA BEM ESTRUTURADA DEMOCRACIA!
Assim, apresentamos para os brasileiros interessados soluções para nossa Nação. São temas a serem debatidos pela sociedade organizada... Ficando a certeza de que para essa solução cívica NÃO colocamos como encargo ou função das Forças Armadas, mas, sim, que é OBRIGAÇÃO dessas mesmas Forças Armadas DEFENDER A PÁTRIA quando a corrupção, a má gestão e o compromisso com países de esquerda que já “sugaram” o tesouro nacional está predominando perigosamente a estrutura do Poder Pátrio! Salve, brasileiros patriotas!
AVANTE! (AMD)
EXPEDIENTE
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Militares: poderia ser LACERDA mas terminaram MALUF...
REGISTRO HISTÓRICO:
Em 1964, CARLOS LACERDA é o LÍDER INDISCUTÍVEL da Revolução que impediu, a pedido da população brasileira, que o Brasil vira-se comunista; em 1966, LACERDA era a esperança do Brasil como presidente (adiaram as eleições e acabaram cassando LACERDA...); SEM desestruturar e limpar o Congresso e o Judiciário dos comunistas e corruptos, foi encerrado o ciclo dos militares com MALUF sendo o candidato oficial do Governo (derrotado por Tancredo) ERRAR DE NOVO?!? Hoje temos o PR BOLSONARO - eleito democraticamente pelo povo brasileiro - e vamos perder, de novo?!?
ARQUIVO:
Quando conheci Paulo Salim Maluf, então candidato ao Governo de São Paulo, ele NÃO tinha nada que o desabonasse... De Chefe do Jurídico da FRUTESP (primeira empresa a ser privatizada, com sucesso, pelo governador Paulo Egydio Martins, para a Cooperativa dos Produtores de Laranja), fui convidado por Maluf para ser Vice-Presidente Executivo da CAIC
É impossível não lembrar É uma volta no tempo O ano? Era 1980 e eu ocupava o cargo de Vice-Presidente Executivo da CAIC – Companhia Agrícola, Imobiliária e Colonizadora. Tinha dois departamentos: o Jurídico e a Auditoria. No primeiro, coloquei como Chefe do Jurídico, a Dra. Dione Prado Stamato,Procuradora do Estado e que já fora Chefe do Departamento Jurídico da CEAGESP e, no segundo, coloquei o Dr. Antonio Hermínio Delevedove, advogado tributarista. Pois bem, o Departamento Jurídico (22/05) detectou uma falsificação grosseira em um contrato de fornecimento de peças para tratores (a CAIC – hoje, CODASP –prestava serviços pesados de terraplenagem, regularização de estradas rurais, construção de barreiras e tanques para os proprietários rurais e era ligada à Secretaria da Agricultura).
mente entreguei o relatório pessoalmente (24/05) ao Chefe da Casa Civil, Calim Eid e, não obtendo da empresa e nem do governo o apoio para regularizar a situação, entreguei (28/05) ao Secretário da Agricultura, Guilherme Afif Domingos, a minha carta de demissão
Pela gravidade da irregularidade cometida, através de amigos comuns, mantive contato (26/05) com o Senador Franco Montoro, então candidato ao Governo Estadual em 1982.Como se tratava do primeiro caso concreto de corrupção do governo de Paulo Maluf, Montoro encaminhou-me no mesmo dia para uma conversa com o Deputado Estadual José Yunes, que fora encarregado por Montoro de fazer a denúncia da tribuna da Assembléia Legislativa. No mesmo sentido, procurei (26/05) o Dr. Nelson Marcondes do Amaral, então presidente do Tribunal de Contas do Estado e com quem havia iniciado a minha vida profissional como seu secretário e tive uma orientação definitiva:“Delmanto, você é jovem e tem um nome a zelar, peça demissão imediatamente!”
O deputado federal José Henrique Turner, me relatou que encontrara Maluf, tempos depois, e este lhe dissera:
“O Delmanto quer ser o Vestal do Mundo!”
É Registro Histórico (AMD)
O Contrato de 36 milhões de cruzeiros fora aprovado sem autorização da Diretoria e com falsificação de assinatura. Tomando ciência da irregularidade, encaminhei relatório conclusivo (23/05) ao presidente da CAIC, David Mlynarz Neto, posterior-
O grande Tribuno do Brasil, o ex-governador da Guanabara, CARLOS LACERDA, esteve em Botucatu, Paraninfo dos Formandos do IECA/1964 e em Avaré, em 1957, à frente da “Caravana da Liberdade”. Na solenidade, no BTC, o político brasileiro foi saudado pelo Arcebispo de Botucatu, Dom Henrique Golland Trindade: “...que aquele ginásio, palco de tantas lutas físicas, recebia agora o campeão da palavra, o governador da Guanabara.”
A imprensa botucatuense destacando o destaque político de Carlos Lacerda: desde sua liderança como porta-voz do movimento comunista até sua liderança civil que viabilizou a queda de João Goulart e impediu a comunização do Brasil (Vanguarda de Botucatu – Junho/1977)
“União Democrática Nacional (UDN) foi um partido político brasileiro fundado em 7 de abril de 1945, frontalmente opositor às políticas e à figura de Getúlio Vargas e de orientação conservadora. Seu lema era uma frase apócrifa de Thomas Jefferson «O preço da liberdade é a eterna vigilância» e seu símbolo era uma tocha acesa O «udenismo” caracterizou-se pela defesa do liberalismo clássico e da moralidade, e pela forte oposição ao populismo. Além disso, algumas de suas bandeiras eram a abertura econômica para o capital estrangeiro[2] e a valorização da educação pública[3]. O partido detinha forte apoio das classes médias urbanas e de alguns setores da elite. Concorreu às eleições presidenciais de 1945, 1950, e de 1955 postulando o brigadeiro Eduardo Gomes nas duas primeiras e o general Juarez Távora na última, perdendo nas três ocasiões Em 1960, apoiou Jânio Quadros (que não era filiado à UDN), obtendo assim uma vitória histórica Em 1965, ano de sua extinção, fez uma Convenção, em São Paulo, com o lançamento da candidatura de Carlos Lacerda à Presidência da República (dados WIKIPÉDIA)
Fundação: 7 de abril de 1945
Extinção: 27 de outubro de 1965”
Em 1966, já cursando a Sociologia & Política, participei do lançamento do livro CRÍTICA & AUTOCRÍTICA, de CARLOS LACERDA.
A UDN está voltando? Parece que sim. E voltará com o mesmo ímpeto moralizador que caracterizou a sua luta democrática. Tendo participado politicamente desse partido político, acho importante o registro da minha participação, com 19 anos de idade, como Delegado à Convenção Nacional da UDN que lançou CARLOS LACERDA como candidato udenista à Presidência da República. Contudo, teve suas pretensões frustradas pelo AI nº2, de 27 de outubro de 1965, que extinguiu os partidos políticos e acabou com a eleição direta para Presidente da República. Pois bem, meu pai, Antônio Delmanto, era o presidente do Diretório Municipal de Botucatu da UDN, tendo obtido a maior votação proporcional da história política municipal como candidato a vereador (11,54% do total), de 1947 e conseguido eleger a maior bancada da Câmara Municipal. Pertenceu ao Diretório Nacional e Estadual da UDN. Tendo recepcionado o Brigadeiro Eduardo Gomes quando candidato a Presidente da República, em uma grandiosa recepção em Botucatu. Da mesma forma, juntamente com seus correligionários, participou ativamente da Convenção Nacional da UDN que lançou a candidatura presidencial de CARLOS LACERDA, em 1965, na capital paulista.
Por ocasião do falecimento de CARLOS LACERDA, MEU PAI DEU O SEGUINTE DEPOIMENTO:
“Pude conhecer de perto esse grande líder. Carlos Lacerda representa, tanto quanto Ruy Barbosa e Armando de Salles Oliveira, a inteligência, a cultura e a política brasileira. Ele foi o grande líder nacional após a queda da Ditadura de Getúlio Vargas. Era um homem boníssimo. Fiz várias campanhas com ele, juntamente com Sodré, o Herbert e o Padre Godinho. Com ele participei do Diretório Nacional da UDN. Como ele, comecei na UDN e nela continuei até a extinção dos partidos políticos. Eu como Delegado da UDN de Botucatu, e o meu filho Armando, como Delegado da UDN de Pardinho, em 1965, votamos na Convenção Nacional do partido, em Carlos Lacerda como candidato oficial da UDN à Presidência da República (1966). Lacerda teria sido o maior Presidente do Brasil de todos os tempos. É uma perda irreparável”.
“O Delmanto quer ser o Vestal do Mundo!” - “primeiro
caso concreto de corrupção do governo de Paulo Maluf “
“O Delmanto quer ser o Vestal do Mundo!”
da imprensa até a posse de Maluf... “primeiro caso concreto de corrupção do governo de Paulo Maluf “
“JAMAIS PODERIA PACTUAR COM AS IRREGULARIDADES DENUNCIADAS QUER PELA MINHA FORMAÇÃO MORAL, QUER PELA MINHA FORMAÇÃO PROFISSIONAL...”
(Notícia publicada na primeira página do jornal “O ESTADO DE S. PAULO”, de 31/05/1980 - sobre a saída de Delmanto da CAIC))
É impossível não lembrar É uma volta no tempo O ano? Era 1980 e eu ocupava o cargo de Vice-Presidente Executivo da CAIC – Companhia Agrícola, Imobiliária e Colonizadora. Tinha dois departamentos: o Jurídico e a Auditoria. No primeiro, coloquei como Chefe do Jurídico, a Dra Dione Prado Stamato, Procuradora do Estado e que já fora Chefe do Departamento Jurídico da CEAGESP e, no segundo, coloquei o Dr. Antonio Hermínio Delevedove, advogado tributarista. Pois bem, o Departamento Jurídico (22/05) detectou uma falsificação grosseira em um contrato de fornecimento de peças para tratores (a CAIC – hoje, CODASP – prestava serviços pesados de terraplenagem, regularização de estradas rurais, construção de barreiras e tanques para os proprietários rurais e era ligada à Secretaria da Agricultura). O Contrato de 36 milhões de cruzeiros fora aprovado sem autorização da Diretoria e com falsificação. Tomando ciência da irregularidade, encaminhei relatório conclusivo (23/05) ao presidente da CAIC, David Mlynarz Neto, posteriormente entreguei o relatório pessoalmente(24/05) ao Chefe da Casa Civil, Calim Eid e, não obtendo da empresa e nem do governo o apoio para regularizar a situação, entreguei (28/05) ao Secretário da Agricultura, Guilherme Afif Domingos, a minha carta de demissão
Pela gravidade da irregularidade cometida, através de amigos comuns, mantive contato (26/05) com o Senador Franco Montoro, então candidato ao Governo Estadual em 1982 Como se tratava do primeiro caso concreto de corrupção do governo de Paulo Maluf, Montoro encaminhou-me no mesmo dia para uma conversa com o Deputado Estadual José Yunes, que fora encarregado por Montoro de fazer a denúncia da tribuna da Assembléia Legislativa. No mesmo sentido, procurei (26/05) o Dr. Nelson Marcondes do Amaral, então presidente do Tribunal de Contas do Estado e com quem havia iniciado a minha vida profissional como seu secretário e tive uma orientação definitiva: “Delmanto, você é jovem e tem um nome a zelar, peça demissão imediatamente!”
O deputado federal José Henrique Turner, me relatou que encontrara Maluf, tempos depois, e este lhe dissera:
“O Delmanto quer ser o Vestal do Mundo!” (Blog do Delmanto, 22/08/2019)