Uma pessoa trair a confiança de outra é algo tão antigo que é comum dizer uma frase com mais de 2 mil anos de existência na hora de mostrar surpresa com as atitudes de alguém: “Até tu, Brutus?” Essa frase teria sido proferida pelo ditador romano Júlio César, no momento de seu assassinato no Senado Romano, do qual participou seu filho Marco Júnio Bruto, ou Brutus, seu enteado que foi reconhecido pelo padrasto durante o atentado no dia 15 de março de 44 a.C. Júlio César estava no auge de sua popularidade e prestígio militar. Foi quando proferiu a frase que entrou para a história.
(Livro “Júlio César”, de Wiliam Shakespeare, tradução de Carlos Lacerda, 1965, Editora Record)
JÚLIO CÉSAR
Júlio César foi um dos grandes nomes da história romana, fazendo parte do primeiro triunvirato e sendo também ditador da república romana
Júlio César foi um político e militar romano que marcou história ao ser um dos grandes nomes do último século da República Romana. Nasceu em uma família aristocrata de baixa influência, mas conquistou fama por suas habilidades como militar. Foi Governante da Hispânia e o responsável por derrotar as tribos gaulesas e por conquistar a Gália.
Ocupou diferentes cargos da política romana, chegando a ser Cônsul na década de 50 a.C. Foi parte do primeiro triunvirato, junto de Pompeu e Crasso, tornando-se ditador perpétuo depois de derrotar Pompeu na guerra civil. Foi assassinado por um grupo de senadores romanos insatisfeitos com o seu governo e acúmulo de poder.
Resumo sobre Júlio César
• Caio Júlio César era membro dos Julii, uma família aristocrática de baixa influência nos círculos romanos.
• Tornou-se chefe de sua família aos 16 anos, mas fugiu de Roma por conta da perseguição promovida por Sula
• Ficou conhecido por ser bem-sucedido no exército romano e também como advogado.
• Foi parte do Primeiro Triunvirato, formado junto de Pompeu e Crasso.
• Tornou-se Ditador Perpétuo ao final da guerra civil, sendo assassinado por um grupo de senadores romanos em 44 a.C.
EXPEDIENTE
DIRETOR:
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.
Armando Moraes Delmanto
Marco Antônio (Marlon Brando)
“Eles são todos homens honrados. E eles todos são conspiradores tramando o assassinato do imperador. Para contar com o apoio das massas, entretanto, eles sabem que precisam que sua causa ganhe a simpatia do admirado Brutus.”
Em Roma, (exatamente nos idos de março de 44 A.C., como tinha sido previsto) César (Louis Calhern) é assassinado, pois os senadores alegam que sua ambição o transformaria em um tirano. Mas Marco Antonio (Marlon Brando) consegue, em um inflamado discurso, reverter a situação e os conspiradores são obrigados a fugir. A partir de então dois exércitos são formados, um comandado por Marco Antonio e Otávio (Douglass Watson) e o outro por Cássio (John Gielgud) e Brutus (James Mason), sendo que este segundo exército é numericamente inferior, mas os conspiradores preferem cometer suicídio a serem capturados.
A obra de Shakespeare
Júlio César mostra a situação política em Roma em 44 antes de Cristo e aborda temas como disputa de poder, jogos políticos e de manipulação Na trama, o governante Júlio César está cada vez mais poderoso e influente. E, por isso, acaba sendo assassinado por um grupo de políticos, que antes o apoiava.
Quem comanda o ataque é Bruto, pupilo de César, que justifica o ato dizendo que a ambição desmedida do líder estava conduzindo-o à tirania e a única maneira de manter o povo livre e salvar a democracia era por meio de sua morte. O povo romano não só aceita a explicação como ovaciona Bruto feito um herói. No entanto, Marco Antônio, aliado de César, discursa em seguida e é tão eloquente e arguto em seu pronunciamento, que convence os cidadãos de que César não era ambicioso e Bruto é um traidor. Na sequência, os conspiradores são perseguidos, e Marco Antônio busca assumir o poder do Império.
Nossa sugestão é explorar os dois discursos, comparando-os. Você pode até pedir que duas pessoas, voluntárias, fiquem responsáveis pelos papéis de Bruto e Marco Antônio. E o restante da turma represente o povo e vote na apresentação mais convincente. Será que o resultado será igual ao da obra de Shakespeare?
Essa representação pode render também boas discussões. Será que as falas dos políticos de agora têm esse mesmo poder de dissuasão? Será que, hoje em dia, as pessoas mudam de opinião rapidamente, ao gosto do orador mais sedutor?
O ator Marlon Brando interpretou Marco Antônio no filme “Júlio César”, de 1953
Outra sugestão é apresentar à turma as características da retórica, a arte da persuasão, que já existia na Idade Média e era ensinada nas universidades. É bem possível que os todos fiquem curiosos para saber mais a respeito dessa técnica.
Aproveite também para contar que, no original em inglês, a fala de Bruto é em prosa e a de Marco Antônio, em verso. Por que será que Shakespeare fez isso? Certamente, não foi uma escolha fortuita do escritor. Estudar as características da duas manifestações literárias pode dar pistas que ajudem a elucidar essa questão.
Este é um gancho também para falar da importância do pensamento questionador. Todos têm clara a diferença entre senso comum e senso crítico? Na opinião deles, o povo romano, ao exaltar Brutus e execrá-lo em seguida, age de forma ponderada? Usa o senso comum ou exercita o bom senso? E atualmente: será que a maioria das pessoas costuma analisar criticamente o que escuta, assiste ou lê?
A análise do personagem Bruto também pode render ótimos trabalhos. Em sua defesa, ele afirma que matou o líder para o bem de Roma. O que acham desse argumento? Ele pode ser relacionado ao pensamento do autor Nicolau Maquiavel, que diz que os “fins justificam os meios”? Esse conceito continua fazendo parte do mundo atual?
A peça Júlio César ganhou versões para o cinema e a TV. Destaque para a produção de 1953, que recebeu vários prêmios e tem o ator Marlon Brando no elenco, e para o filme de 1970, com Charlton Heston.
CULTURA & EVENTOS
Carnaval 2025 em Botucatu: Uma Festa Inesquecível!
A cidade de Botucatu viveu uma experiência carnavalesca inesquecível em 2025! A folia, que começou em fevereiro e se estendeu por março, foi marcada por uma programação diversificada e animada, que agradou a todos, desde crianças até adultos e pets.
A festa começou com o baile da Associação Esportiva Rebola Botucatu, na AAB, e seguiu com a apresentação da Corte Carnavalesca no Teatro Municipal e o Grito de Carnaval no BTC. Em março, a folia ganhou ainda mais força, com bailes nos Dragões da Vila, no BTC, na Associação Atlética Ferroviária, na Associação Atlética Botucatuense e na antiga EFS, que foi palco para a Folia do Caipira, animadíssima.
A Avenida Dom Lúcio foi palco de subidas e descidas dos bloco Timelo, da Associação Atlética Botucatuense e do Unidos da Demétria, enquanto a Prefeitura de Botucatu, em parceria com a Secretaria da Cultura, com programação especial para as crianças, defronte à Pinacoteca e para a população aberta na Avenida do Fórum, Demétria e Rio Bonito, entre outros.
O Shopping Park Botucatu também se juntou à festa, com uma programação diversificada para todos os dias, incluindo adultos, crianças e pets. E o sucesso foi total!
Botucatu provou, mais uma vez, que sabe fazer um Carnaval inesquecível! Viva o Carnaval 2025!
Notas&Fotos
Adelina Guimarães
Aimê Cristina dos Santos e Joel Adriano Rodrigues Dias, Rainha e o Rei Momo do Carnaval 2025 da Prefeitura de Botucatu
Foliões do Bloco da AAB antes de desfilar na Avenida Dom Lúcio
Noite de Carnaval na Nova Liba
Bloco Unidos da Demétria na Avenida Dom Lucio Folia do Caipira na Estação
Foliões num dos bailes da Associação Recreativa Dragões da Vila