Com quem ficará Colombina?!?

“Com quem ficará a Colombina? Com o ingênuo e sentimental Pierrô ou com Alerquim – seu rival no amor de Colombina – sempre vestido com fantasia feita de retalhos triangulares coloridos, representando o palhaço, o cômico, o farsante?!?
Os 3 são personagens da Comédia Italiana, uma companhia de atores que se instalou na França entre os séculos XVI e XVIII para difundir a Commedia dell’Arte, forma teatral original com tipos regionais e textos improvisados. Colombina era uma criada de quarto esperta, sedutora e volúvel, amante do Arlequim, às vezes vestia-se como arlequineta, em trajes de cores variadas, sempre tendo uma queda irresistível por Pierrô (Pierrot)...
Pierrô e Colombina? Ou Colombina e Alerquim?
Ou a Colombina “entrou num botequim, bebeu, bebeu, saiu assim, assim Dizendo: Pierrô cacete, vai tomar sorvete com o Arlequim...” E ficou com um animado folião fantasiado de Zorro até o final do baile...feliz!” (AMD)
CARNAVAL DO POVO: #BORAPRARUA! Rio tem Carnaval de Rua!
Estão voltando os bailes de salão no carnaval e, agora, segundo o excelente jornalista e escritor Ruy Castro, “finalmente superamos a ditadura das escolas de samba que, de 1970 a 2000, nos condenou a assistir pela televisão à alegria dos que saem nelas...”Absolutamente, certo!
Já dissemos que o mega carnaval com as Escolas de Samba dando show e espetáculo é válido, atrai turistas e promove o carnaval Mas o CARNAVAL BRASILEIRO é muito mais É a alegria dos foliões nos salões de baile e também – com destaque! – nas ruas de suas cidades


A retomada das ruas da Cidade Maravilhosa pelos Blocos Carnavalescos (“Cordão da Bola Preta” e “Banda de Ipanema”) é maravilhosa É o Rio pulsando, alegre e no comando da maior festa popular brasileira!

na Bahia, volta com força total no Rio de Janeiro, acabando com a chamada Ditadura das Escolas de Samba. Claro, que o grande espetáculo das Escolas de Samba continuará, MAS o povo do Rio, o carioca volta a fazer o seu próprio carnaval, que já teve seu esplendor no passado. E São Paulo, seguindo o Rio, vem com uma vitalidade impressionante!

Vamos ao artigo de Ruy Castro:
Rio volta a brincar o Carnaval
Bloco de rua, escola de samba, feijoada, show na praia, baile de clube --você escolhe. No Rio, nesta época, tudo isso tem a ver com Carnaval. Voltou a ter.

Blocos na rua...NA RUAAA!!!!!
O final de semana foi com tudo no mundo da folia. Mais de 200 blocos agitaram os últimos finais de semana que antecedem o Carnaval, mas o ápice será no domingo. Durante o meio da semana, poucos blocos foram para a rua, mas o que veio aí no final de semana foi uma verdadeira festa pelas ruas da cidade. Blocos como Simpatia É Quase Amor, Empolga às 9, Carmelitas, Banda de Ipanema e Suvaco de Cristo sairão às ruas neste domingo
No Rio de Janeiro e em São Paulo. O Carnaval de rua, com efetiva participação da comunidade já é uma realidade nestes dois grandes centros Tradicional em Pernambuco e

Finalmente superamos a ditadura das escolas de samba, que, de 1970 a 2000, nos condenou a assistir pela televisão à alegria dos que saíam nelas e, estes, cada vez mais, eram os gringos que recebiam a fantasia no hotel e só ouviam o samba quando chegavam à avenida. No que nos cansamos de bater palmas para eles, fomos espiar lá fora e redescobrimos a verdadeira passarela, da qual nunca devíamos ter saído: as ruas.
Foi tão sutil que quase não deu para perceber. Um dia, por volta do novo século, grupos de amigos começaram a se organizar em blocos e sair para desfilar. Ao fazer isso, receberam a adesão dos jovens do bairro. No ano seguinte, mandaram fazer camisetas e surgiram as primeiras fantasias. De repente, as adesões eram aos milhares e vindas de toda parte. Com isso, pelo gigantismo que assomou a coisa, a prefeitura precisou interferir, e os blocos agora têm de pedir licença para desfilar. Não importa o tamanho --desde os tipo família, que vão de 10 ou 20 mil pessoas, aos gigantes como o Simpatia É Quase Amor e o Suvaco do Cristo, com suas centenas de milhares, e o Bola Preta, que pode chegar a 2 milhões neste Carnaval.
Retomando uma tradição de três séculos, o Rio, hoje, respira Carnaval pela cidade inteira. Bebe-se, come-se, dança-se, canta-se e beija-se como nunca nos últimos tempos. E o verbo que melhor define tudo isso também voltou: brinca-se o Carnaval. (Folha de S. Paulo)
RUY CASTRO: Escritor e jornalista, já trabalhou nos jornais e nas revistas mais importantes do Rio e de São Paulo. É considerado um dos maiores biógrafos brasileiros, escreveu sobre Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmem Miranda. (Blog do Delmanto))
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Eu sou aquele pierrô...
Ah, o Carnaval de outros tempos... Não era esse Carnaval Espetáculo, Carnaval Mega Evento... É bom também, atrai turistas e encanta a Nação com os desfiles monumentais do Rio de Janeiro e, depois, de São Paulo. Tem o Carnaval da Bahia e o tradicional Carnaval de Pernambuco/ Olinda. Mas o Carnaval de Cada Um, ou seja, o Nosso Carnaval dos Bailes, das Fantasias , das Marchinhas, dos Amores Roubados e dos Amores Surgidos...é que são lembrados
E é nesse Carnaval onde a interação entre foliões acontecia e era bonita encontra, na composição de Zé Kéti, “Máscara Negra”, cantada pela Dalva de Oliveira, o seu retrato mais fiel. Sim, nes-



sa música dedicada ao Reinado de Momo, temos o trio famoso do amor, do encontro e do desencontro: Pierrô, Colombina e Alerquim! O mesmo tema tratado com criativo humor por Noel Rosa em Pierrô... E é nesse Carnaval vivido por todos que compareciam aos bailes carnavalescos, com suas marchinhas inesquecíveis e suas músicas consagradas, que se desenrolava o romance de tantas Colombinas maravilhosas, ora indo para os braços de um Pierrô sonhador, ora caindo pelo envolvimento alegre e esperto de um Alerquim. O final era sempre imprevisível, assim como os grandes amores...
Com quem ficará a Colombina? Com o ingênuo e sentimental Pierrô ou com Alerquim – seu rival no amor de Colombina! – sempre vestido com fantasia feita de retalhos triangulares coloridos, representando o palhaço, o cômico, o farsante?!?
Os 3 são personagens da Comédia Italiana, uma companhia de atores que se instalou na França entre os séculos XVI e XVIII para difundir a Commedia dell’Arte, forma teatral original com tipos regionais e textos improvisados. Colombina era uma criada de quarto, esperta, sedutora e volúvel, amante do Arlequim, às vezes vestia-se como arlequineta, em trajes de cores variadas, sempre tendo uma queda
irresistível por Pierrô (Pierrot)...
“Tanto riso, oh quanta alegria Mais de mil palhaços no salão...”
E o salão de baile era o cenário do desenrolar desses imprevisíveis amores O cronista Rubem Braga registrou com maestria essa mágica dos encontros e dos desencontros, em uma de suas crônicas inesquecíveis, ele escreve:
“E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval – uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito – e depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado – sem glória nem humilhação...”
Pierrô e Colombina? Ou Colombina e Alerquim?
Ou a Colombina “entrou num botequim, bebeu, bebeu, saiu assim, assim Dizendo: Pierrô cacete, vai tomar sorvete com o Arlequim...” E ficou com um animado folião fantasiado de Zorro até o final do baile...feliz... (AMD)
É bom saber O artista plástico e conhecido webdesigner botucatuense Marco Antonio Spernega, foi quem idealizou a Cuesta de Botucatu estilizada e com todo o seu simbolismo: a escarpa, o verde representando as nossas matas e o azul do céu... A criação do Spernega valorizou a nossa CUESTA que teve, em sua estilização, o impacto que as obras dos grandes artistas tem. Vejam no Expediente o logotipo do Diário da Cuesta! Marco Spernega tem exposto seus trabalhos em concorridas exposições. Esta ilustração é uma obra de arte e de simbolismo histórico!
ARTIGO
“Chiquita
bacana
Lá da Martinica
Se veste com uma casca de banana nanica”
MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA

Ah os carnavais de outrora...
As marchinhas, as fantasias, o frisson do grito de Carnaval...
Os carnavais de rua, confete, serpentina..
Os desfiles das melhores fantasias.
Começava uma semana antes própriamente dito.
E o pessoal em grupos ia “brincar o carnaval”.
Reuniam-se na casa de algum amigo já fantasiados preparando para a ida ao clube.
Muitos faziam uma maratona, ficavam um pouco em cada clube para verificar aonde estava o baile mais animado.
E já faziam um estoque de saquinhos de confete e serpentina.
Durante o baile você via que os rolinhos coloridos de serpentina abriam e cruzavam o teto do clube.
E conforme os foliões cruzando o salão cantando e pulando ao ritmo das marchinhas, jogavam confetes uns nos outros.
Ao final dos bailes o piso estava cheio desses artefatos.
E tinha as garrafinhas de lança perfume.
Em geral os rapazes miravam o pescoço das garotas, e espirravam aquele jato geladinho e perfumado.
Mas tinha os engraçadinhos que acertavam nos olhos. Posso assegurar que ardia muito.
Muitos se intoxicavam com o cheiro.
Tinha os desfiles das escolas de samba e os blocos de rua muito animados.
Ao final desses desfiles o pessoal já ia para seus clubes ou associações.
E era entrar ao primeiro grito e sair exausto com

o último.
Muitas vezes iam ver o sol nascer.
No dia seguinte estavam todos lá, na matinê, para ver o carnaval das crianças.
Ao final dos bailes de Carnaval, o pessoal exausto e faminto ia tomar uma deliciosa canja lá no Tatão.
Uma ocasião participei de um grupo de amigas fantasiadas de bermudas e casaquetos de um tecido que lembrava jornal.
Tínhamos como acessórios um lencinho vermelho amarrado ao pescoço, um charmoso chapéuzinho coco preto e uma bengala.
Éramos umas 7 ou 8 amigas.
Ficou muito bonito o conjunto.
Infelizmente não tenho fotos, mas tenho uma vaga lembrança de ter saído arrastada do clube depois de ter bebido um refrigerante “batizado”, e ter brindado umas bengaladas nas pessoas com quem cruzava.
Nada que uma injeção de glicose aplicada com precisão na veia pelo Dr. Jorginho Saad, que trabalhava no plantão no PS da Misericórdia, daquela madrugada fatídica, não me curasse.
Á noite compareciam já com novas fantasias, novo ânimo, e assim até a terça feira; fechando com chave de ouro.
E na quarta feira de cinzas os católicos compareciam na missa para receber as cinzas, e o perdão dos pecados carnavalescos.
“A LENDA DO ARLEQUIM”
Conta a lenda… que vivia em Veneza, no seu lindo e imponente palácio, uma Condessa muito rica que todos os anos, no Carnaval, organizava um grande baile de máscaras e para o qual convidava todos os rapazes e raparigas da cidade.
A Condessa só fazia uma exigência aos convidados: tinham que ir mascarados.
E, durante a festa, era sempre premiado o convidado que melhor se apresentasse.
Então, em todas as casas de Veneza, as mães esforçavam-se por fazer os mais belos fatos de carnaval. Só Arlequim não iria ao baile, porquanto sua mãe era muito pobre e não podia fazer-lhe nenhum traje.
Os amigos, vendo o Arlequim tão triste, resolveram dar-lhe os bocados dos tecidos que sobraram da confecção dos seus trajes. E, com tais bocados de tecido, a mãe de Arlequim conseguiu fazer uma linda fantasia, cortando-os em losangos iguais e combinando habilidosamente as diferentes cores. Assim, o pequeno Arlequim pôde entrar no Palácio da Condessa.

E mais conta a lenda que foi precisamente o Arlequim quem, nesse ano, ganhou o prémio por se ter apresentado com o fato mais vistoso e original.
E quando a Condessa lhe perguntou como é que ele, tão pobre, tinha arranjado tão lindo traje, ele não hesitou em responder: - O meu fato foi feito com a bondade dos meus Amigos e o coração de minha Mãe.”
CULTURA & EVENTOS

TERMÔMETRO 1
Botucatu está em ebulição desde o início de fevereiro quando a sequência de eventos culturais e pré-Carnaval já aqueceram o clima. A partir de ontem a Associção Atlética Ferroviária,
Notas&Fotos
Adelina Guimarães
a Associação Atlética Botucatuense, o Botucatu Tênis Club, as Casas Noturnas, Comunidades até no Rio Bonito, entre outros receberão os foliões até 4 de março para celebrar essa grande festa popular brasileira.

TERMÔMETRO 2
A Prefeitura Municipal e a Secretaria da Cultura contam com extensa programação do Carnaval 2024 para todas as idades. Os eventos ocorrerão em Botucatu, até a Avenida do Fórum e Rio Bonito. A programação, aberta à toda população está no Boletim Cultural, inserido nesta página.
E vocês pensam que parou aí? Não!! O Shopping Park Botucatu preparou interessante programação para a folia., Começará hoje, dia 1º com o Show Carnaval no Park com duas apresentações imperdíveis às 14:00 e às 19:00 horas.

Nos dias 2 e 4, domingo e terça a folia será das crianças, 15:00h às 18:00 horas. Primeiro com Oficina para os pequenos confeccionarem suas máscaras e em seguida o Bailinho de Carnaval, recheado de diversão e alegria. Leve suas crianças, tudo gratuito.

E tem mais, Carnaval com Acaso 102 no dia 3 de março às 20 horas no palco da Praça. E os presentes poderão sambar. Imperdível.
E no dia 4, terça-feira será o Carnaval Pet. Sim seu cão poderá participar dessa festa também no Carnaval UAU. Leve-o fantasiado para o lado da Loja Claro e concorrerá a prês de fantasia.