DIGESTO ECONÔMICO, número 412, janeiro e fevereiro 2002

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D I C E

'Estamos fazendo uma verdadeira revolução

educação brasileira. Quase todas as crianças brasileiras já estão na escola e, em algum tempo, o analfabetismo não existirá mais no Brasil".

Fernando Henrique Cardoso

Presidente

Alencar Burti

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O ano que passou

Editorial

Feliz 2002

Posição da FacespnACSP

Balanço de fim de ano

Fernando Henrique Cardoso

Variações sobre o fundamentalismo

Miguel Reale

A questão étnica no Brasil

Marco Maciel

1 “P O estilingue ' ^ Jarbas Passarinho

AN0LVII-N2 412

ISSN 0101-4218 Antonio Gonlijo de Carvalho (1947-1973)

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(Criação e Produção]

Sandra Vastano e a vidraça

1 A Racionamento e população

* ' Jayme Lerner

7 Z Terra incógnita ^ J. O. de Meira Penna

7 Q Uma história naturalista da História ' ' Benedicto Ferri de Barros pi A ficção de Josué Montello

Leodegário A. de Azevedo Filho

Globalização e liberdade

Alan Greenspan

^^P'^^f'smo privado com dinheiro público ^ Suely Caldas

Por ações afirmativas nos negócios

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Rubens Barbosa

Brasil, grandeza e mediocridade

Paulo IMapoleão Nogueira da Silva

A televisão e a liberdade de imprensa

Amoldo Wald

Trabalho e vida

Jan Wlegerínck

NOSSA CAPA - O Marco da Paz. da Liberdade e do Desenvolvimento, inaugurado, oficialmente, no dia 7 de dezembro de 200 J. na comemoração dos i07 anosdaACSP. Idealizado por Caetano Brancati Luigi. coordenador das Sedes Distritais da entidade. Está instalado no Pátio do Colégio, em São Paulo.

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Publicação bimestral da Associação Comercial de São Paulo dedicada à análise e discussão de assuntos politicos, econômicos, jurídicos e sociais que interessam ao empresário, bem como à sociedade em geral, JANEIRO - FEVEREIRO - 2OO2KI

o ano que passou

número de janeiro e fevereiro do DIGESTO foi sempre dedicado ao balanço do ano findo e às perspectido futuro. Não fugimos a essa regra, que nos acompanha há meio século e um pouco mais. O ano que passou não foi tão mal quanto dizem uns e nem tão bom quanto dizem outros. É a eterna luta entre pes simistas e otimistas, no meio dos quais, no famoso “juste milieu”, firealistas, que somos nós, os que estamos em realidade e sabemos de suas arestas, não

vas rem para embelezar a América, na sua ge neralidade repleta de cidades horríveis, digfosse possível.

páginas, todas de valor intelectual, sem exceção, emb haja quem não concorde, o que é humano. Q DIGESTO cem sido editado com matéria de alto nívçl e excelente apresentação. É revista para ser guardada ç consultada, sobretudo em face dos acontecimentos que têm abalado várias nações, entre outras a nossa querida Argentina, onde cida des tão belas concor-

cam os nas, se de uma reforma comcontato com a raro cortantes. O ano que passou teve, de fato, dias bons para muitos empresários e dias maus para outros, como vida das pessoas, das empresas e das evidentemente, considerações de

O ano que passou não foi tão mal quanto dizem uns e nem tão bom quanto dizem outros

pleta, tendo como exemplo o que fez Pedro, o Grande, na, antiga Santa Rússia, e o barão Hausmann, em Paris, a mais en cantadora cidade do mundo, em todos os sentidos. Temos, pois, muito pouco a dizer para chamar a atenção dos nossos fiéis leitores, mas o que está publicado vai, certamence. despertar a atenção de quem começou a leitura dos artigos. São todos excelentes. Confirmar é fácil, sobre- tudo tendo o presidente da República em primeiro sempre ocorre na nações. Estas são. j r j filosofia elementar. Também, não iríamos defender nesta coluna a “coisa em si de Kant, ou a teoria a a lei dos três estados de Comte, analogia de Hegel, nem e outras digressões filosóficas, que nao cabem^numa revista, mas só em livros, sobretudo, como dirá qual quer gaiato, dos que dão sono. O DIGESTO cumpriu seu dever. Foi editado com matéria de interesse per manente. Não poucos leitores se manifestaram, alguns para criticarem este ou aquele autor, mas, no geral, foram todos positivos com o nosso esforço, que se manifesta durante mais de meio século, para preencher o interesse dos inveterados freqüentadores de suas 6 lugar.

A FACESP e a ACSP manifestam a esperança de que 2002 será um ano de crescimento üa economia

POSIÇÃO DA FACESPnACSP

Os empresários brasileiros enfrentaram, em 2001, mais um ano de grandes dificuldades, em que aos problemas estruturais que vêm prevalecen do na última década, como os juros altos e a tributação elevada e caótica, se somaram a instabilidade decorrente do cenário externo, como a crise argentina, a desaceleração econômica norte-americana, o baixo crescimento da Europa e a estagnação do Japão, além dos atos terroristas ^ seus desdobramentos e, no plano interno, o racionarnento de energia. Iniciado com grande otimismo virtude do ritmo acelerado da economia que se obsen^a-va desde o segundo semestre de 1999, o ano de 2001 í"egistrou incremento modesto do PIB, inferior a 2%, afetado pela queda significativa da produção industrial e, em consequência, do baixo nível de vendas do cornércio, além da menor expansão do setor de comunicações.

A reação observada nos últimos meses não foi sufici ente para reverter o desempenho medíocre da economia, mas sinaliza com melhores perspectivas para 2002, em bora as questões estruturais ainda persistam, e o Banco Central mantenha os juros ainda elevados. O cenário externo apresenta sinais de melhora, com a expectativa que a economia americana comece a se recuperar, saindo da recessão, ainda no primeiro semestre.

malidade, criam e fazem sobreviver um empreendimen to individual ou de reduzido porte, apesar de todos os obstáculos que se lhes apresentam, têm revelado sua coragem de correr riscos, sua capacidade de adaptação às freqüentes mudanças do cenái.o econômico e das regras do jogo, a vontade de iucar e a determinação necessária para continuar gerando riquezas, oferecendo empregos e conduzindo o Brasil ao desenvoKámento.

Esse papel relevante dos empresários nem sempre é reconhecido pelos governantes e legisladores, os quais, muitas vezes, em vez de atuarem como parceiros da c asse empresarial na luta para aumentar a produção de riqueza, se preocupam mais com a repartição da riqueza existente como se esse fosse o melhor caminho para re uzir a pobreza, embora a história do Brasil e do un o tenham demonstrado com clareza que o forta- ecimento da livre iniciativa é a maneira mais eficiente para promover o desenvolvimento econômico e social dos países.

Internamente, a reação da balança comercial, redu zindo a pressão sobre a taxa cambial e melhorando a avaliação do risco-país pelos investidores externos, abre a possibilidade para que o Banco Central possa reduzir e os consumidoSelic ou dos compul-

custos financeiros para as empresas res, seja pela diminuição da sórios.

A discussão do projeto do IPTU de São Paulo foi um exernp o essa visão distorcida sobre o papel e a impor tância a atividade empresarial para o bem-estar da pop ação, pois, além de colocações ofensivas em relação ^ suas posições, que sempre levavam em consideração os mteresses maiores da coletividade paulistana, foi aprova- o novo aumento de tributação, como se as empresas pudessem suportar indefinidamente a drenagem de seus recursos, aplicados na geração de riquezas, para sustentar -- setor público que se recusa a reduzir gastos tar sua eficiência.

os um e aumen-

2002 um ano mais

Apesar de se poder esperar para favorável para a economia, os empresários brasileiros deverão continuar enfrentando os desafios normais do mercado, a instabilidade característica de um país cujas instituições são inadequadas para enfrentar aglobalização e a abertura para o mercado internacional e as dificulda des de competir interna e externamente com seus produ tos, devido ao elevado “custo Brasil”.

Apesar de tudo, a Federação das Associações Comer ciais do Estado de São Paulo e a Associação Comercial de São Paulo manifestam a esperança de que 2002 será um ano de crescimento da economia, com oportunida des para os empresários continuarem a promover o desenvolvimento do País e aproveitam para manifestar a todos os seus diretores, conselheiros e associados Feliz 2002, extensivo ao povo brasileiro, e que a paz, a solidariedade e o entendimento predominem no Brasil e no mundo. *

um

A classe empresarial, no entanto, desde os grandes empreendedores, conhecidos e respeitados por todos, até microempresários anônimos que, às vezes, na infor- os Diário do Comércio - 27.12.2001

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