Diário do Comércio - janeiro 2006

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SHALOM, SHARON

Surpreendido por um adversário imbatível, seu próprio corpo de 77 anos, gordo e frágil, o comandante dos nervos de aço de Israel, Ariel Sharon, luta pela vida, mas já está praticamente afastado do poder. Só quando ele voltar do coma induzido, talvez no domingo, é que os médicos avaliarão os danos causados ao seu corpo pela forte hemorragia cerebral. Shalom, Sharon, pág. 8

Jornal fala bem de Lula. (É dele)

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73 MIL EMPRESAS NO SIMPLES PAULISTA

DCULTURA

São Paulo em janeiro convida a passeios pelos museus e galerias. Pinturas de Miró (acima) e ilustrações de Alex Cerveny (ao lado) estão nesse roteiro de degustação de arte. E divirta-se com Valiant acima, dir.), um filme com o melhor espírito de férias.

E no 5º dia do ano, mais chuva

Ainda não parou de chover em 2006. E já são sete os mortos em SP. A chuva de ontem alagou a rua Guaratinguetá, na Mooca (foto), e outros 13 pontos na cidade. As regiões mais atingidas foram a central e oeste. Às 19h30 contavam-se 116 quilômetros de congestionamento. Página 5.

Alckmin amplia limites do faturamento para adesão ao Simples. Ventura (foto), dono do Varejão Araguaia, foi salvo pela nova tabela. Economia/1
Leonardo Rodrigues/Hype
Jefferson Coppola/Folha Imagem

Procuradoria recupera R$ 800 mi em dívidas

AProcuradoria-Geral

da Fazenda Nacional (PGFN) conseguiu identificar erecuperar R$800 milhõesem dívidastributárias cujos responsáveishaviam "desaparecido" em cerca de 100 operações fraudulentas de incorporação, cisão e fusão de empresas.Nessasoperações, companhiasdevedoras deixam de existir e o governo tem dificuldade de encontrar os antigos devedores. Os setorescommais ocorrênciasde fraudes desse tipo são os de telefonia, financeiro, de prestação de serviços, cigarros, bebidas e de combustíveis.

Os casos foram encontrados depois que aPGFN montou um "esquadrão"deprocura-

HONDA A marca vendeu no Brasil 57.039 unidades em 2005, aumento de 12,5% sobre 2004.

CARTEL NO SETOR DE TRANSPORTES

Oserviço de transporte de veículos novos no País virou caso de polícia. Empresas e caminhoneiros que transportam carros dos pátios das montadoras para as concessionárias – os chamados "cegonheiros" –estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) por realizar greves e organizar piquetes com o suposto objetivo de impedir a competição no setor.

Apesar de ainda não terem sido concluídas, as

WAL-MART E SONAE

Amilionária aquisição da rede de supermercados Sonae pelo grupo americano Wal-Mart foi formalmente apresentada ontem aos órgãos de defesa da concorrência. As secretarias de Direito Econômico (SDE) e de Acompanhamento Econômico (Seae) terão de dar pareceres sobre o impacto que a fusão terá na concorrência entre os supermercados e verificar se não haverá prejuízos ao consumidor. (AE)

BRASIL TELECOM

ABrasil Telecom Participações anunciou ontem que sua operadora de telefonia fixa, Brasil Telecom S.A., pretende fazer provisões de R$ 622 milhões relativos ao resultado anual de 2005. Esta é a segunda vez que a Brasil Telecom divulga fato relevante sobre provisões desde que a nova administração assumiu, em setembro do ano passado. Em outubro, a empresa divulgou provisão passiva de R$ 83,3 milhões. (Reuters)

A TÉLOGO

dores em todo o Brasil para recuperar as dívidas de um grupo reduzidode contribuintes que são os maiores devedores do País. Nesse grupo, estão 3,3 milinscriçõesna dívida ativa da União de contribuintes pessoas físicas e empresas, que devem acima de R$ 10 milhões. Eles representam cerca de 40% dototaldeR$320bilhõesdadívida ativa da União. Investigação– No trabalho de investigação, os procuradores cruzaram as informações dos grandes devedores com os dados da Receita Federal para chegar aempresas quedeixaram deexistir depoisqueas operações foram feitas. Isso foi possível porque as companhias,quandorealizam uma

apurações já serviram para que a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, pedisse ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a condenação de duas entidades do setor por formação de cartel. Em parecer enviado ao Cade, a SDE pede a condenação da Associação Nacional das Empresas Transportadoras de Veículos (ANTV), hoje em processo de liquidação, que na época das denúncias, em 2002, era formada por 12 empresas, e também do Sindicato Nacional dos Transportadores

cisão, aquisição e fusão, são obrigadas a fazer um balanço e apresentar uma declaração ao Fisco, além de também comunicar queestãoencerrando suas atividades. Com os dados da Receita,osprocuradores começaram aidentificar oscoresponsáveis nasações de cobrança das dívidas que já estavam tramitando na Justiça. Segundo a procuradora-geral adjuntada FazendaNacional, Telma Bertão Correia Leal, essas operações são o principal instrumento paraos donosde empresas tentarem se desvencilhar, do ponto de vista societário, das suas obrigações com opagamentodasdívidas tributárias. "Éumcalote", resumiu a procuradora. (AE)

CHINA Política automotiva incentiva produção de carros populares e combustíveis alternativos.

Rodoviários Autônomos e de Pequenas e Micro Empresas de Transportes Rodoviários de Veículos (Sindicam). (AE)

IMPORTAÇÕES AFETAM A INDÚSTRIA

Oaumento das importações em 2005, de 17,6% sobre 2004, minou um processo de substituição competitiva de importações que começava a se desenhar no Brasil desde a desvalorização do real, em janeiro de 1999. E o aumento acima de 20% das compras externas, estimado para este ano, deve deixar a indústria brasileira em uma situação ainda mais difícil. Nas semanas que se seguiram ao fim do câmbio fixo, seis anos atrás, os preços de

insumos e matérias-primas importados subiram em torno de 30%, elevando os custos da produção dos fabricantes de eletrônicos, softwares e autopeças. O dólar em queda estimula a substituição da produção local por importados e propicia a transferência de produção brasileira para outros países, segundo o diretor do Departamento de Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), professor Antonio Corrêa de Lacerda, da PUC. (AE)

DASLU: ARTIGOS DE LUXO EM LIQUIDAÇÃO

Nem a Daslu, a butique mais cara do País e freqüentada por uma seleta clientela endinheirada, ficou imune ao clima de liquidação que tomou conta do varejo de artigos de vestuário neste início de ano. Desde ontem a loja paulista faz um bota-fora dos estoques da coleção de verão, que deve durar até o começo de fevereiro. Os descontos são de 50% para itens com a marca Daslu e de 70% para os importados.

Com isso, o preço de um par de sandália rasteira feminina, que era vendido por R$ 398, custa na liquidação R$ 199. Um vestido de babado, que saía por R$ 660, é vendido por R$ 330. Assim como os demais varejistas, a loja oferece a possibilidade de parcelamento das compras com desconto no cartão de crédito, de acordo com as condições oferecidas pelas administradoras. Em alguns casos, pode chegar a até 10 vezes. (AE)

Superávit do agronegócio bate recorde em US$ 38,4 bi Risco Brasil cairá se crescimento econômico for maior, dizem analistas Vale do Rio Doce capta US$1 bi e e paga 100 pontos abaixo do risco-país

Governo investiu 60% mais no País

Os investimentosdo governo federal somaramR$ 18,4 bilhões no ano passado, o que representa um aumentode60%emrelaçãoaototal de 2004, quando foi de R$ 11,2 bilhões, e quase o triplo dosR$ 6,5bilhõesgastos no ano de 2003. A informação foi divulgadaontempelo Ministério do Planejamento. Emnota, oministrointerino João Bernardo Bringel afirmou que o governo terá capacidade de pagar entre R$ 14 e R$ 15 bilhõesdos investimentosem 2006,superando omontante

de R$ 11,5 bilhões pagos em 2005. O total de custeio e investimentos em 2005 foi de R$ 82,8 bilhões,dos quaisR$ 82,2 bilhões foram empenhados. Dessetotal, a União liquidou R$ 73,9 bilhões pagos, aí incluídosR$5,5 bilhõesde"restosa pagar" de anos anteriores. De acordo com análise técnica do Ministério, o primeiro ano do governo Lula foi marcado pela necessidade de promoveroajustefiscaldascontaspúblicas, a fim derecuperar a credibilidade,controlar ainflação e diminuir o risco-Brasil. Por isso,2003teve nívelbaixodein-

vestimento, que começoua ser recuperado em 2004 com o Projeto Piloto de Investimentos (PPI)–conjuntodeprojetosque ficam fora do cálculodesuperávitprimário.Esses projetos, voltados para melhoriasde infra-estrutura, consumiram R$3,5 bilhõesem 2005,e osinvestimentosdiretosem rodovias atingiram R$ 4,5 bilhões. O Estadoretomou osinvestimentosemferrovias,suspensos desde a privatização das linhas da Rede Ferroviária Federal, e incluiu a Ferrovia Norte-Sulno PPI,em queinvestiu R$ 324 milhões. (AE)

Investimento volta aos emergentes

Um estudo do banco HSBC, com base em dados da consultoria Emerging Portfolio Fund Research, mostra que os fluxos de investimento para mercados emergentes foram retomados em novembro de 2005, após interrupção no mês anterior por conta do fraco desempenho desses mercados.

"Continuamos no campo que espera inflação e juros baixos e preços de commodities elevados, uma combinação que deverá continuar a estimular a liquidez para as ações de mercados emergentes", afirmaram os estrategistas do banco britânico.

Segundo eles, de uma forma geral os fundos emergentes mantêm uma posição overweight (acima da média) para a América Latina e underweight (abaixo da média) para a Ásia e Europa emergente. "Na margem, eles reforçaram essas posições, em

particular fortalecendo os overweights no Brasil e reduzindo a exposição à Coréia do Sul." Eles acreditam que essa ênfase na América Latina vai continuar, com o reforço de recursos de investidores não dedicados aos emergentes. (AE)

Esse foi o resultado do cruzamento de dados de devedores com os da Receita

Uniformes, corte e costura, e casamento

O complexo comercial que abrange a Avenida Tiradentes e a Rua São Caetano no bairro da Luz e parte do Bom Retiro é famoso por concentrar lojas especializadas em artigos para confecção por preços abaixo do mercado

Osarredores daLuz, na RuaSãoCaetano e na Avenida Tiradentes, reservam espaço às noivas, mas também guardam lojas especializadas em uniformes e outras que só vendem máquinas para corte e costura. "Ospreçossão mais emconta quenos outroslugares e aqui temos muitas opções de escolha",disse acostureira Cláudia Oliveira, enquanto pesquisava, de loja em loja, um novo modelo para incrementar sua oficina. É naRua SãoCaetano queas noivasentrame saemdemais de 50 lojas, uma seguida da outra, à procura do vestido ideal paraacerimônia."Háquemencomende o modelo com mais deum anode antecedência", contaavendedoraDeniseGonçalves, da Talento Noivas. "Dependendo do figurino e da quantidadedebordados,ovestido podedemorar paraficar pronto." Na Talento, um modelocusta apartirdeR$1,5 mil. Para alugar, cerca de R$ 700. A ruatem movimentoo ano todo, mas os meses mais agitados estão mudando."Maiojá não éomês maisforte,como era antigamente", diz a lojista Elza Pinheiro,da IDNNoivas. "Amelhorépocaparanós,agora, é janeiro e fevereiro." Os noivos não foram esquecidos.Algumaslojas vendem roupas só para eles, como a Sandes. "Nossos modelos têm corte de alfaiataria e tecidos importados dos EUA e da Europa", diz a vendedora ElizabethAntunes. "Costuramos ternos para venda ou aluguel a R$ 1,5 mil."

EAlémdos quarteirõesdedicadosàtradiçãodocasamento, a Rua São Caetano abre espaço para lojas especializadas em máquinas de cortee costura. Há todos os modelos e marcas, com preços e formas de pagamento os mais diversos, para compra, venda e troca. "A época de melhores negócios é a da mudança dasestações",diza vendedora AnaPaula deSantos, da Peça-Peça. "Do inverno parao verão,osmateriais etecidos deconfecção sãosubstituídos eos empresáriosprecisam de novos equipamentos." Na região da Luz, os clientes são os pequenos empreendedores. JánoBomRetiro,que também concentra algumas lojas dessas máquinas, são as grandes empresas que costumamcomprar."Nosmudamos para aRuaSãoCaetano pelo lugarser conhecido daspessoas da área", diz o técnico Luís Carlos, da M.K-Kort. Para vestirbem –Virando a esquina da Rua SãoCaetano, na AvenidaTiradentes espalham-se diversas lojas que só

vendemuniformes.Tem de roupas para médicos a peças para militares, garçons e motoristas, tantopara prontaentrega como confecções sob medida, alémdecalçados e acessórios. "Vendemos no varejo e no atacado, com preços de fábrica paratodos", dizo sócio-proprietário da Mototex, MarcelodeCarvalho. Nessaloja,o preçomédiode um uniforme completo é de R$ 60."Apartir de trinta peças,aceitamos encomendas de qualquer modelo", conta. Algumaslojas sãoespecializadas em roupas camufladas, comoACaserna."Calças em estilo militarsão as peças de maior saída", diz a vendedora Rosângela Alves. O forte da Jomal, que está na rua há mais de 30 anos, também são os uniformes militares.Na regiãohá também modelospara fanfarras infantis e roupas de bombeiros."Paracomprarumaroupa militar deve-se ter a identidade do exército ou da polícia", diz o lojista Romildo Santana.

OceanAir amplia rotas no País

m meioaturbulência,o presidente daOceanAir, German Efromovich, apresentou planos de expansão para2006,numvôodeestréiade umdosdezjatosFokkerMK-28, adquiridos da American Airlines. Com capacidade para100 passageiros, a empresa investiu US$ 200 milhões na compra das aeronaves e reservou R$ 15 milhões para divulgar a companhia que, apesar do nome inglês, ébrasileira. "Passaremosa operar vôos de média e longa distâncias,ligandoinicialmente capitais do Sudeste ao Nordeste do País", disse Efromovich. A partirdo dia9 dejaneiro, as novas rotas partirão de São Paulo e Rio de Janeiro, para o Nordeste, com foco, neste primeiro momento, nos destinos mais procurados no verão: Salvador, Maceió, Aracaju, Recife e Fortaleza."A novamalha permitirá conexõescomosdemaisvôosda OceanAir para cerca de 30 destinosno interiordoBrasil, ondea companhia já opera comtrês aviões turbohélicesFokker F-50 (48 acentos) e sete EMB Brasília (30 acentos)", disse o executivo. Além disso,a companhia deveintegraros vôos da

Avianca, empresa aérea colombiana pertencente ao grupoSinergy (que comandaa OceanAir), quepartem doRio deJaneiroeSãoPaulocomdestino a diversos países da Europa,América do Sul, Centrale do Norte.O grupo também controla a Vipsa, do Equador, e a Wayra, do Peru. Mercado – Segundo Efromovich, aOceanAir faturou R$ 100 milhões no ano passado edeveencerrar2006 nacasa dosR$400milhões."Nototal,o grupo faturaráUS$1,4bilhão nesteano, edevesair daatual participação de 1% do mercado doméstico para 6%."

Oexecutivo também afirmou que a empresa não planeja abrircapital até ofinal de 2007. "É importante lançar açõespara ocrescimentodas empresas, mas isso só deve acontecer quando o negócio estiver consolidado", disse. Promoções – A OceanAir iniciarávôosnodia16de janeiro aR$ 200 (ida evolta) ligando os aeroportos do Galeão, no Rio, a Congonhas, em São Paulo. Atenta também à alta estação, a empresa oferece pelo segundo ano consecuti-

voo pacote Passe Verão, que ligaos trechos de Salvador, Maceió, Aracaju, Recife e Fortalezapelo preçofixode R$ 399. A promoção termina no dia 3 de março de 2006. "Aumentamos nossas ofertas de vôos, os preços estão mais baixos queosde2005, ecomoo lançamento foi feito com antecedência maior, esperamos melhores resultados. Tambémtrocamos astradicionais barras de cereaise saquinhos de batatas fritas por um cardápio de refeição mais leve no verão e mais encorpado no inverno", disse Efromovich. Sem citar o nomeda Gol, ele aproveitou aoportunidade paracriticaraconcorrente."Oferecemos tarifas competitivas, sem fazer propaganda enganosa. No País há empresas em que atarifa baixaévirtual, pois,ou secompra com seismesesde antecedência, ou nada se encontra",disseoempresário,que tambémé proprietáriodaempresa Marítima, que atua nossegmentos de inspeção submarina, engenhariae empreendimentosoff-shore edeexploração e produção de petróleo.

Tanure desiste de comprar a Varig

O empresário Nelson Tanure, proprietário da empresa Docas Investimentos, retirou a oferta pelo comando da Fundação Ruben Berta (FRB), controladora do grupo Varig. O anúncio foi

feito ontem durante as assembléias extraordinárias do Colégio Deliberante da fundação, ocorridas no Rio de Janeiro. A desistência estava prevista no acordo firmado no final de 2005 entre a Docas e a FRB, pelo qual Tanure pagaria

US$ 112 milhões pela aquisição de 25% das ações ordinárias da fundação. Tanure, porém, ainda estaria interessado na VarigLog e Varig Engenharia e Manutenção (Vem) e pagaria US$ 139 milhões. (AE)

A Rua São Caetano é famosa pelas lojas de vestidos de noivasLoja de uniformes na Tiradentes
Sonaira San Pedro
Patrícia Cruz/LUZ
Ana Laura Diniz

OPINIÃO

RESENHA NACIONAL

2006 NÃOTRAZ GRANDESRISCOS

Oano de 2005 fica para trás, marcado pela explicitação do desagradável, mas, em certa medida, inevitável, tradeoff de curto prazo entre inflação e expansão da atividade econômica. O PIB terá crescido pouco, em ritmo bem inferior ao da média mundial e do grupo de economias emergentes. Na verdade, a performance econômica de 2005 ficará abaixo do nosso próprio potencial de crescimento de longo prazo. Este é o aspecto desagradável do ajuste antiinflacionário produzido pelo endurecimento da política monetária, até setembro.

Sóem2007existirá apossibilidade concretadequeo crescimento medíocrecom inflaçãosobcontrole mudeparamelhor

Entretanto, do lado dos ganhos, a inflação, repetindo o ocorrido ao longo de 2003 e 2004, apresentou salutar trajetória de queda, convergindo um pouco mais para a meta desejada de longo prazo, de, aproximadamente, 4,0%.

Ainda em termos de resultado, colhemos mais um ano de elevado saldo de balança comercial, com conseqüente melhora adicional de nossas condições de solvência externa. No terreno da política econômica, vista como um todo, a crua realidade é que pouco se fez para melhorar a qualidade dos chamados “fundamentos” econômicos do País.

Ao que tudo indica, 2006 começa com inflação um pouco mais baixa e crescimento um pouco mais alto comparativamente a 2005. Já o ano seguinte, dependendo da habilidade do presidente eleito de fazer uso de seu período de “luade-mel” com o Legislativo e da coesão de sua base de apoio, poderá ser de importantes reformas,

propulsoras do crescimento. A demanda agregada situa-se hoje em patamar inferior à oferta, atestado irrefutável de que juros reais excessivamente altos têm sim o poder de esfriar a atividade econômica, mesmo no Brasil, país onde vários canais de transmissão da política monetária estão sabidamente obstruídos, por questões institucionais, como alta proporção de dívida Selic e baixo volume de crédito total, por exemplo. As raízes da recuperação de demanda são fáceis de identificar: continuidade da distensão monetária, adicional expansão do crédito (ainda

que em ritmo mais moderado), crescimento da massa real de salários, leve relaxamento fiscal, e depreciação do câmbio real, devendo-se esta a uma combinação de intervenções do BC com queda de juro em ritmo superior ao esperado pelo mercado. Em resumo, o ano de 2006 não traz nem grandes riscos, nem motivo para euforia com o desenrolar da economia. Em relação a 2007, existe a possibilidade concreta de que este panorama de crescimento medíocre com inflação sob controle mude para melhor. A revitalização política que virá das urnas munirá o novo governo com a força necessária para implementar, em seu primeiro ano de mandato, reformas-chave que destravem a armadilha do baixo crescimento potencial. Até lá, porém, muita água vai rolar. TRECHOSDOEDITORIALDA MCMCONSULTORES ASSOCIADOS WWW MCM-MCM COM BR

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Nunca antes neste país...

Nosprimeiros passosde2006,sempre é bom recordar que: Nunca antes neste país... houve um descobrimento,até Cabral aqui aportar em abril de 1500.

Nunca antesnestepaís...foicelebradauma missa, até Frei Henrique de Coimbra realizá-la.

Nunca antes neste país... houve em território brasileiro degredados e exploradores atrás das riquezas da terra, atécomeçarem a chegar os condenados e aventureiros no Século XVI.

Nuncaantes neste país... houve escravidão humana, até o tráfico se instalar em território da colônia portuguesa e permanecer vigente, oficialmente, até 13 de maio de 1888.

Nunca antes neste país... houve ciclo do ouro e exploração do pau-brasil, até começarem a ser extraídas as nossas riquezas.

Nunca antes nesse país (dando um salto de algunsséculos)...houve República,antesdofim do Império.

Nunca antes nesse país... para encurtar a história, houve um governopresidido por um exoperário, de um partido de matiz socialista, que chegou ao poder prometendo uma gestão ética, moralizadora e comprometida com os anseios populares.

Nuncaantesnestepaísse...viutamanhaonda de decepção, de desvio de comportamento e de

ocupaçãopartidária damáquinaedoscofres públicos.

Nunca antes neste país...umpresidente da República disse tantas vezes "nunca antes nesse país", como se antes dele nada tivesse existido.

Enuncaantesnestepaístantosefalouepouco se fez como até agora...

Resumindo: que o ano de 2006 propicie, como nuncaantes neste país,a oportunidade dogoverno ouviros legítimos anseios das mais distintas camadas de formação dasociedade eagir, dentrodos princípios legais, éticos e morais,não em busca da reeleiçãopelapermanência nousufrutodopoder, masparadaraosbrasileirosumexemplodecomo as coisas podem e devem ser feitas. Casoconsiga agirem nomedos interessesdo Brasil e não eleitorais ou do PT, o presidente Lula poderá,defatoededireito,valer-sedamuletaretórica queusa e abusae dizer que"nunca antes nestepaísumgovernantedesnudou-seempraça públicaparamostrarasvíscerasdeseugovernoe mostrar ao País que feztudo o que era possível, de forma clara e transparente, para a prevalência daverdade,daseriedade, da honestidade edo exemplo positivo vindo de cima." Aí sim,será umtestemunho práticodeatravessar ahistória ida e por vir.

L ulapodevaler-sedamuletaretóricaparamostrarasvíscerasdogoverno

Condomínio e planejamento

ANTONIO PACHECO COUTO

Surpresasagradáveissãosempre bem vindas. Ninguém gosta, no entanto, das más notíciasde última hora.Em alguns casos é possível evitá-las, sobretudo no que se refere ao bolsodos cidadãos. Nesse sentido, umaboa dose deplanejamento eoutra de bom senso são essenciais.

Quem moraem condomíniosbusca, evidentemente,conforto,segurançaeserviçosintegrados.Nas grandes metrópoles,o conceitode qualidade de vida passa invariavelmente pela praticidade de se ter tudo muito próximo de casa ou ao alcance de alguns cliques do mouse. Por esse motivo,o nível de exigênciados condôminosbrasileiros,demodo geral,edospaulistanos,deformaparticular, écadavezmaisalto. E comotudo tem um preço,é imperioso que hajauma programaçãomínima dasmelhorias que se pretende obter no ambiente de moradia. Se, regra geral, todas as pessoas procuram fazer contas ao programar atividades para os meses seguintes, assim como as empresas também traçam suas metas e definem orçamentos, os milharesdecondomínios podemedevemrealizaro planejamentode2006,principalmente em relação às despesas. O alerta é fundamental paraque os moradoresnão sejam surpreendidoscom altas expressivasnovalordaquota condominial de um mês para o outro.

De imediato é necessário que o síndico convoqueaassembléiademoradores,preferencialmente neste primeiro bimestre, para discutir, eminentemente,osgastosdoano.Umdositensprincipais deve seroprovisionamentodo décimo-terceiro saláriodosfuncionáriosdocondomínio.Explicase: como a folha de pagamento costuma representarmaisdametade dovalordocondomínio, somando-sesalários eencargos, opagamento obrigatóriode um salário amais para cada funcionário no final do ano tem impacto de 15% a 20% nos valores das quotas pagas pelos moradores.

Assim, o ideal é parcelar essa despesa ao longo de 12 meses, rateando o valor previsto entre a totalidade doscondôminose aplicando odi-

nheiro no mercado financeiro. Entretanto, a adoção dessa salutar medida depende de aprovação da assembléia,mediante quorum estabelecido pelalegislação. Igualmente necessário é planejar as obras e reformas que se pretende realizar nasáreascomunsdosedifícios aolongo do ano. Nessecaso, oideal éverificar osrecursos existentes noFundo de Obras doprédio para estimar o valor complementar necessário e efetuar o rateioentre os condôminos, também apósa aprovaçãodaassembléia. Outramedida recomendável éverificar nos órgãoscompetentes ascertidões trabalhistas,pagamento de impostos e, claro, checar toda a documentaçãodo prédioafimde evitarfuturospassivos que podem ser desconhecidos.

Oinício do ano éo momento ideal para rever asdespesas, cuidarda valorização,avaliarse osprestadoresdeserviçosestãoaptos eseno mercadonão existem empresascom serviços melhorese mais completos.Nestecaso,opreçobaixonãodevesera bússola.Estafilosofiapoderá trazer, nofuturo, grandesedesagradáveissurpresas.Ébomlembrar quenomercadoatualdeserviçosparacondomínio háumaofertadeserviçosporempresasdeexcelente qualidade a preços muitos competitivos.

Além disso,os síndicosdevem aproveitaro períododeplanejamentoparareveroscontratoscom os prestadores de serviços, como empresas de terceirização de mão-de-obra e de manutençãode elevadores,portõesautomáticose bombas.Para essa tarefa, a administradora de condomínios é uma grandealiada. É importante, ainda,o checklist das áreascomuns, verificando-se itenscomo extintores e caixas d’água.

Complanejamentoeestratégia,agestãodocondomínio será sempre mais eficiente e racional, gerando-sea desejadaeconomia, oquecertamente contribuirá para reduzir, conseqüentemente, a inadimplência condominial.

JOÃODE SCANTIMBURGO

DE FIDEL CASTRO

Assisti na legendária Catedral de Notre Dame, em Paris, às exéquias de François Mitterand. Todos os chefes de Estado, de governo ou presidentes de Senado ou Câmara, do mundo inteiro, estavam presentes na formidável nave, homenagem de pedra e arte à Notre Dame, mãe de Deus.

A televisão transmitia ao vivo a celebração, o esplêndido e incomparavelmente belo rito litúrgico da Santa Madre Igreja a um grande homem. Circulando pela nave, a câmera focalizava os presentes e insistentemente focalizava Fidel Castro, o mais colhido por ela. Como se vê, o líder máximo mantém intacto o seu carisma.

Ainda agora vejo confirmado esse dom de sua personalidade, na visita que lhe fez o presidente Evo Morales, eleito para governar a Bolívia. Nos tempos da realeza dizia-se que foi pagar tributo de vassalagem.

Fidelconservao prestígiodo revolucionário heróicoque, paradoxalmente, empobreceuCuba eopovocubano.

Lembremos que um companheiro romântico de Fidel Castro, Che Guevara, queria fazer da Bolívia a Sierra Maestra da América do Sul e que foi este gesto abnegado que levou-o à morte numa emboscada. Mas uma guerrilha como a vitoriosa em Cuba já não daria resultado, pois os tempos são outros. Direi que é tarde, muito tarde, como exclamou em um sermão famoso o frei brasileiro Mont’Alverne. Fidel Castro já não é o mesmo, é um homem doente, vencido pela realidade das imposições sociais e econômicas do mundo moderno e, portanto, sem forças para aventuras ousadas como seria a que tentasse executar. No entanto, lembremos que, além de Evo Morales, Fidel Castro pode contar com os amigos Lula e Chávez, da Venezuela, e, provavelmente com o presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez. Reconheçamos que Fidel Castro conserva, ainda que abalado, o prestígio mundial de revolucionário heróico, que, paradoxalmente, empobreceu Cuba e o povo cubano.

Sebastião Moreira/AE

ÍNDICE USADO PARA CÁLCULO DE REAJUSTE DE TELEFONIA FIXA ENCERROU

2005 EM 1,22%

IGP-DI TEM A MENOR VARIAÇÃO DA HISTÓRIA

Ainflação medida peloÍndice Geral dePreços –Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou em 2005 a menorvariação desuahistória: 1,22% contra 12,13%em 2004. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que desde 1944 faz o cálculo do índice, utilizado principalmente como indexador do reajuste de contratos de telefonia.

Ofortalecimentodo real frente ao dólarfoi apontado como o principal auxiliador do recorde apresentado. "A menor taxa de câmbio causou um impacto muito grande para a economiabrasileira", destaca ocoordenadorde Análises Econômicas daFGV,Salomão Quadros. Para ele, a variação de 1,22% representa o início da queda da inflação, quedeve ocorrer durante todo o ano de 2006. "Quem ganha com isso é o consumidor", comenta.

Antes do resultadode 2005, a menor taxa anual do IGP-DI era a de 1998, quando a taxa subiu1,71%."Noque depender do indicador, ainflaçãovai cair, e muito", afirma o economista-chefe da Global Asset Management, PedroPaulo Bartolomei da Silveira.

Cuidados – Apesardosíndices divulgadosna últimasemana apontarem um bom ano para os consumidores, com previsão de queda nas taxas de

juros e na inflação, é preciso "muita cautela". Segundo EmílioAlfieri,economistadoInstituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a ansiedade emtorno depossíveis melhoras pode acabar virando uma grande decepção. Ele lembra queem1998, quando o IGP-DI apresentou a menortaxaatéentão,oseconomistasdaépoca comemorarame previramumaqueda maiorpara o ano seguinte. Mas, surpreendentemente, o índice, que era de 1,71%, subiu para 19,98% em 1999. "Isso ocorreu porque oBanco Centralcontrolava o dólare não conseguiu mais segurar a força damoeda norte-americana. Foi um grande susto para a economia", afirma.

Déjà vu– Segundoo economistadaACSP,é precisocui-

dado principalmente por este ser um ano eleitoral. "As campanhas com acusações de baixo nível e levantamento de teses populistas podem assustar o investidor", diz Alfieri. Em 2002 foi assim.OIGP-DI,que erade 10,41% em 2001, subiu para 26,42% nas eleições presidenciais. "O Brasil pode vivenciar um déjà vu", diz Alfieri. Influências – O IGP-DI é compostopor trêssub-índices: o Índice de Preços no Atacado (IPA), que encerrou 2005 com queda de 0,97%;o Índicede Preçosao Consumidor(IPC), com alta 4,93%;e o ÍndiceNacional de Construção Civil (INCC), 6,84% positivo.Desses,segundoo economista JasonVieira,daGRCVisão,oIPA, que representa 60% do IGP-DI, foi o que mais sofreu influência da desvalorização do dólar. Vanessa Rosal

Reflexo na dívida com a União

Avariaçãode 1,22% do IGP-DI em2005 deve melhorar tambéma situação fiscal de estados e municípios. Isso porque o índice é o indexador da dívidacom a União. "O IGP-DI baixo certamentevai darumafolga para os estados e os municípios. Até parainvestir, se quiserem", avalia o coordenador de Análises Econômicas do Instituto BrasileirodeEconomia da FundaçãoGetúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

Umestudodo Institutode Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirma que a situação fiscaldosestadosé relativamente boa na maior parte dos

casos ea tendência éde queda contínua da dívida por conta do patamar baixo do IGP-DI. No trabalho,os pesquisadoresFábio Giambiagi e Mônica Moraconcluemque amaior parte dos estados quitará sua dívidaemprazo de 30 ou 40 anos previstos quando do refinanciamento com a União, considerandoumcenário sem choques cambiais eumcrescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% ao ano. Dúvidas – Asdúvidas sobre a capacidade fiscal dos estados, considerando as condições atuais de refinanciamento, concentram-se emAlagoase noRio Grande do Sul. Além

desses, apenas São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso doSulnãoatendem hojeà condição de que sua dívida líquida seja de, no máximo, duas vezes a receita corrente líquida acumulada em 12 meses. Para esses quatro últimos estados, porém, a tendência é de que se enquadrem dentro desse limite nofuturo.Ea interpretação do Tesouro Nacional é de que esse limite só deve ser considerado a partir de 2016. Os pesquisadores recomendam, ainda, a manutenção das condiçõesatuais dosrefinanciamentosdaUnião para os estados, feitos durante o governo anterior. (AE)

INFRA-ESTRUTURA

Tapa-buraco começa segunda-feira

Aoperação "tapa-buraco" do governo federal começará na próxima segunda-feira em cerca de 12mil quilômetrosderodovias federais, em 20 Estados, entre eles São Pauloe Minas Gerais, ambos governados pelo PSDB. O governo federal pretende acelerar os trabalhos para concluir as obras mais urgentes aindanos três primeiros meses do ano.

As principais rodovias federais que cruzam São Paulo estão na lista das estradas nas quaisa operaçãocomeçará já na segunda-feira. Na Fernão Dias (BR 381), serão realizadas

obras desde o entroncamento com a Via Dutra, na Grande São Paulo, até a divisa com Minas, emum trecho total de 90 quilômetros.Também serão tapados osburacos da Régis Bittencourt (BR 116) entre Taboãoda Serraeadivisa como Paraná. No litoral norte, haveráobras nos56,3quilômetros daBR101,entreUbatubaeadivisa com o Rio de Janeiro. O governo também fará a recuperação dos144quilômetrosda BR-153,entre Lins ea divisa com o Paraná, e do trecho de 32 quilômetros daBR 459 da divisa de São Paulo com Minas Gerais até Lorena.

Solução ou problema – Parte das obras será realizada em caráter emergencial, sem licitação. Por esse motivo, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) anunciou a decisão de investigar os aspectos da operação. Ele vai convocarpara depor o ministrodos Transportes e diretores do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre. "Essacoisa deempreiteiras contratadas sem licitação parece tentativa de substituir ovalerioduto peloburacoduto", afirmou Tuma . "Se o 'valerioduto' secou, pode aparecer o 'buracoduto' para abastecer as campanhas." (AE)

Adequação de portos terá fiscais

Um grupo técnico vai acompanhar aimplantação, nosprincipais portosexportadoresdo País,deprocedimentos desegurançacom base no Código Internacional de Proteção de Embarcações e Instalações Portuárias (ISPS Code). Além de avaliar ostrabalhos, o grupo poderá recomendaraogovernosançõesaosterminais que não se adaptarem. Coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a equipe terá representantes de outros ministérios.O relatório de fiscalização deverá ser apresentado até dezembro. Objetivo – OISPS Code é um conjunto de normas inter-

Produção de álcool referente à safra 2005/2006 aumentou 11,8% em relação à anterior

Governo se reunirá com usineiros

Representantes dos ministériosda Agricultura ede Minase Energiadevem se reunir na próxima semana com produtores de álcool para discutir alternativas para conter a alta nos preços dos combustíveis. Desde o início do ano, o valor do álcool aumentou cerca de 6% nos postos de combustíveis, segundo dados da Federação Nacional do Comércio deCombustíveis eLubrificantes (Fecombustíveis). O preço da gasolina também subiu2%no mesmoperíodo porque ela possui 25% deálcool na mistura.O setor sucroalcooleiro alega que a alta ocorreu em razão da entressafra da cana-de-açúcar,que vai de dezembro a abril.

No entanto,dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento(Conab) mostram que a produção de álcoolreferenteà safra

2005/2006 registrou um aumento de 11,8% (o equivalente a16,977bilhões delitros)em relação à safra anterior. Segundo oMinistérioda Agricultura, a idéia do governo é encontrar uma solução conjunta com o setor, sem a necessidade de adotar medidas drásticas para ajustar os preços, que são controlados pelo mercado. Nova safra – Osdois ministérios avaliamquenãoexiste motivo para aumento no preço doálcool, umavezque oestoque atualdosetor,deaproximadamente 4 bilhões de litros, ésuficiente paraatender os consumidores atéo início da próxima safra, em abril ou maio deste ano. A partir dela, o Ministério da Agricultura estima que o preço do combustível deve se estabilizar, podendo cair 30% até o final do primeiro quadrimestre de 2006. Naopinião dapesquisadora Heloísa Lee Burnquist, do

CentrodeEstudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidadede São Paulo(USP),o governo agirámal seintervirno mercadodo álcoolparacontera altadepreços."Se o governo deixar, oconsumidor vai se retrair e o preço do combustível se normaliza", afirmou. EmSão Paulo,segundoela, o preço do álcool está acima da média histórica, mas ainda não atingiuonívelde2003, quando houveintervenção. A pesquisadora atribuiuosaumentos ao excesso de demandacausada, sobretudo,pelo aumento na frotade carros com motorbicombustível."O que se vendehojeé oque se projetava para 2007", disse. Heloísa não acreditaqueos usineiros estãoretendo aprodução para forçar a alta do combustível. "Isso provocaria desconfiança no mercado externo", afirmou. (Agências)

G-7 pode mudar relação com Brasil

Odiretor-gerente do fundo deinvestimentos Pimco, Mohamed El-Erian,em artigopublicadoontem nojornal Financial Times, afirma que a decisão do Brasil de pagar antecipadamentesua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Clu-

be de Parisdemonstra a melhora da situação do País. Segundo ele,a iniciativabrasileirasinaliza amaiorconfiança queospaíses emergentes estão demonstrando em sua atuação na economia mundial. O analista observa que isso representa um desafiopara os protagonistas maistradicionais da economiainternacional, como o G-7 e o FMI, que precisam se adaptar à nova estrutura do sistema global. ElErianobservou queessefenômeno não está limitado ao Brasil, ocorreem outrospaíses emergentes edeve se espalhar ainda mais. (AE)

nacionais para evitar a ação de terroristasem portosou embarcações. O ISPS Code foi instituído pela Organização Marítima Internacional (IMO) em 2002, um ano após os atentados terroristas em Nova York. Por ser um dos países signatáriosda IMO, o Brasil comprometeu-se a cumprir as novas regras de segurança. (AE)

Ernesto Rodrigues/AE 23/07/2003

NoWeblogdePedro

Dóriaaimagemdeum

HommerSimpson assistindoaoJornal

Nacional,usadapor

WilliamBonner, ganhoueco internacionalquando

Dórialeunacolunade

DannyWestneat, noSeatle Times, umartigo consternado sobreanotícia maislidaem2005 nositedojornal.

Bonner estava certo

Émais ou

menos assim: William Bonner estava certo. O que não resolve a depressão do colunista Danny Westneat: "Ao fazer a contabilidade dos

lidas na edição online do Seattle Times Um programa então organiza as dezenas de milhares de matérias de 2005 num ranking. Não por importância, impacto ou mesmo lirismo, mas pelas histórias que atiçaram mais pessoas a por o dedo no mouse, clicar, abrir e, presumivelmente, ler.

O que me traz ao sexo com cavalos. A matéria no último verão sobre um homem que W

cliques em nosso site, agora sabemos quais as matérias mais

morreu ao ter o cólon perfurado enquanto fazia sexo com um cavalo foi a matéria mais lida do ano passado.

Tem mais: quatro das 20 matérias mais lidas do ano estavam relacionadas ao incidente. Não publicamos nossos números de tráfego mas, vai por mim: o número de leitores destas matérias foi imenso. Foi o material mais lido nos 109 anos da história deste jornal."

O que dizem os leitores do blog

É verdade, o Bonner estava certo. O que faltou acrescentar é que talvez ele, com essa mentalidade, e a nossa mídia, podem estar contribuindo para isso. Lamentável!

ANATEREZA

ANA@ENGER COM BR

Aqui onde eu trabalho, perguntei à maioria dos funcionários e ninguém leu essa notícia, nem escutou nada sobre o assunto. Acho que estamos fora do Globo. JANE

GUERRAS18@HOTMAIL COM

Cada vez mais os "Hommers" da vida têm acesso à informação - boa ou não - e exercitam o pensar, opinam, decidem, governam. E depois, ainda se fala em ética. Conversa para boi dormir, como diria Bonner, é o que vende - e engana! ROBSON

SCIOLABR@YAHOO COM

EMANOEL ARAUJO AFINAL, JEFFERSON DE

DÉ isso que quero vender: vergonha na cara

Ao agradecer o título de Personalidade de Vendas do Ano, na ADVB, José Galló, decidiu "vender" a bandeira de uma revolução de valores. Abaixo, trechos de seu discurso.

Comopersonalidadedevendas, oquegostariadevender para vocês? Diante do panorama inquietante do país - da grande falta de valores, miséria, violência e indecência na política-vislumbroumaúnicareaçãopossíveleurgente:apostar nos princípios e valores que pautam nossas vidas pessoal e profissional, hoje suplantados por atitudes e práticas distorcidas. Nós não compactuamos com essa realidade. Precisamos e devemos mudar. É isso que quero vender hoje aqui. Um artigo que anda escasso no cotidiano brasileiro, valores fundamentais que nos fazem falta, pois dão sustentação à verdadeira democracia. Parece que já não sabemos diferenciar valor de contravalor na sociedadepermissivae passivadehoje.O aviltamentodospadrõeséticos, afalta delegitimidadedas instituiçõese suacrescente deterioração e a falta de punição aos que legitimam os contravalores minam e paralisam nossa capacidade de reação. Estamostodos anestesiados.Mas sequisermos- equeremos, com certeza - viver em um país sério e justo precisamos nos impor erestaurar nossos valores. Liberdade,justiça, honestidade, ética, respeito, transparência,dignidade, bem estar social. São valores. Injustiça,desonestidade, deslealdade, oportunismo, corrupção, esperteza. São contravalores.

Quemvaiganhar estabatalha?Acrise políticabrasileirados últimos meses é amaior prova de que vivemos uma carência enorme de valores. Fatos recentesevidenciamqueperdemoso bom senso e a noção de justiça e de ética. Os escândalos, a corrupção, o mau uso de verbase o comportamento de muitos homens públicos geram ainda mais incertezas.Arotina deescândalos,queculminou com a descoberta do mensalão, escancarou asinúmeras negociatas entre governos, partidos, empresas públicas e privadas.

Diante da profusão de atos ilícitos,já aceitamosbarbaridades como fatos banais. Estamos mesmo anestesiados! De onde vieram os milhões do mensalão que circularam por gabinetes, malas e cuecaspaís afora?Da sonegação,do contrabando, da pirataria,doabuso depoder, daconivência,do desvio, daimpunidade, do "deixa pra lá". Da ausência de valores!

nar,de gerenciarempresase entidadesenasatitudes demuitoshomenspúblicos quedetêmopoder políticoeeconômico nesse país. Um governo, assim como uma empresa ou uma entidade, precisa ter valores e projetos claros. O que pensar quando dois senadoresda República e umdeputado federal ameaçam "dar uma surra" no presidente do país? A que ponto chegamos,senhores! JánosperguntamosqueBrasilqueremos? Somos responsáveis e temos que sair dessa passividade comurgência. Nós,empresários,líderes,homens emulheres de bem, políticos corretos, trabalhadores que queremos viver em umpaísdignoprecisamosde atitude.Éhora deacordar dessa isenção preguiçosa e assumir nossas responsabilidades. O Brasil somos nós.

Épreciso superar velhos e confortáveis hábitos que nos conduzem pela mesma trilha e dizer o que ainda não se disse e precisa ser dito. Quando deixamos de sonhar ou de ter esperança,sucumbimos tanto na vidapessoal, como profissional ou coletiva. Cabe a nós dar um basta à corrupção e à ineficiência, práticas que só se expandem em sociedades precárias e fracas. A utopia está tanto nos grandes movimentos sociais que a história conheceu,como nospequenosatosde cadaumdenós, quepodem mudar o nosso Brasil. Proponho uma reflexão profunda e um trabalho incessante pela recuperação dos valoresqueaprendemoscom nossas famílias. Vamos expor nossa revolta, nos transformarmos em verdadeiros agentesque podemredimir estepaís. Não podemos deixarque oscontravaloresvençam esta guerra. O país que queremos paranossosfilhose netos nãoé este.Queremos um país que gaste menos e onde todos paguem menosimpostos;um país queaplique bem os recursos arrecadados;queinvistaemsaúde, segurança, educação, geração de empregoe no bem estar da população.

Enquantocombatemos aspráticas irregulares queafrontam as leis no país,como explicar que um produtopirateado -um filmeem DVD- tenhachegado ao avião do presidente da República? A naturalidade com que convivemos com a pirataria mostra nossa flexibilidade em relação ao crime. Falta seriedade no combate ao mercado informal e aos vícios criminosos que interferem na economia.

Para onde vão os recordes da arrecadação federal? O Estado criado para gerire servir, recolhe milhõesem impostos e não devolve nadaà população. Elemesmoconsomeos 40%doPIB.Nãopodemosmaispermitirospequenosdelitosque geram os grandes delitos. Quando não exigimos nota fiscal, nos tornamos cúmplices da ilegalidade que se instaurou no país. E se sonegamos, não podemos exigir saúde, educação, trabalho, produção, segurança, direitos básicos do cidadão. Há uma grande ausência deprincípios na forma de gover-

Vamos levantar a bandeiradosvalores que aprendemos,eliminar os contra-valores, voltarasentirorgulho, divulgar as boas ações, as boas práticas, os valores verdadeiros e fazer do Brasil um paísdigno e justo, que traga futuro para todosnós. Chega detolerância, virtude brasileirahoje tão permissiva.Comocidadãos,somosagentesdamudança.Eamudança está em dizermos não aos agentes dos contravalores. Confiantenaminha capacidadedevenda,comacerteza de quevendioproduto"Valor"eencontreiecoemcadaumdevocês, finalizo lembrando um artigo do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro:"Somosa matéria-primadessepaíse temosmuitascoisas boas, masnos falta aindamuito parasermos os homense mulheresquenosso Brasilprecisa.Essesdefeitos,essaesperteza brasileira congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, real e ruim, tem que acabar". A responsabilidade é de todos nós!

JOSÉGALLÓ, CEODASLOJASRENNER

evemos, com muito orgulho, sim senhor, saudar esta esperança, que é Jefferson De. A ele cabe a responsabilidade de botar os pontos nos is, como se dizia antigamente, e quando penso o quanto a imagem do negro foi vilipendiada pela cinematografia nacional é de dar arrepios. Quanta gente de talento se perdeu nessa barbárie de preconceitos, de racismo, de lugares comuns nos personagens criados pelo cinema brasileiro, feito de empregadas domésticas, de ladrões, de assassinos cruéis, de personagens históricos destorcidos. Tanto exotismo e tanto folclore.

Pergunta-se: de onde vem tanta raiva? Tanto desprezo? Será por puro gozo? Que, certamente, existe certa ingenuidade perversa, ninguém duvida. Com certeza, conscientemente, ninguém poderia explicar.

O certo é que não se explicam as mesmas omissões na historia da memória. Por que tanta perversidade silenciosa contra esses milhões de negros chegados aqui à força, para construir este país pilhado por seus conquistadores e colonizadores impiedosos?

Foram mesmo milhões de negros triturados na lavoura da cana de açúcar, do café, na mineração do ouro e do diamante. Como era um caminho sem volta, sempre estiveram aqui com raiva, é certo, mas mesclou-se a essa raiva do cativeiro a música, a alegria, o riso de sua própria miséria. Tiraram de seu patrimônio intangível, seus deuses, seus orixás, para suportar tanta dor, resignando-se ao sofrimento da senzala e muitas outras atrocidades.

Foram fundadores da identidade nacional e transformaram a língua, o paladar, o olfato. Mas foram esquecidos quando construíram e criaram os períodos de inegável riqueza do País, caracterizando-se, então, a exclusão com que são tratados, quando lhes foi negada até mesmo a possibilidade de contarem sua própria história.

Eis que surge Jefferson De, como um alento de esperança. Alguém como ele, muito esperado, com esse olhar de pura generosidade. Esse olhar de dentro, não estrangeiro, de quem sabe que sentiu e ainda sentirá na própria pele as mazelas instituídas contra a dignidade e a cidadania.

Seu documentário sobre Carolina de Jesus, assinala essa sensibilidade e talento em contar a história daquela mulher em meio ao desespero, ao abandono, e mesmo assim, a força de criar - contrariando a adversidade - sua inexorável história. Além de soluções plásticas admiráveis, o magistral roteiro - denso, contido, sem apelos exóticos, que tomou vida com a bela interpretação de Zezé Motta, com seu final, que persiste ressoando em nossos ouvidos, como o eco do registro da solidão e do desespero. Da menina a chamar, repetidas vezes, a mãe.

Quantagentede talentoseperdeu nessabarbáriede preconceitosnos personagens criadospelo cinemabrasileiro

Bravo, Jefferson De! Você é nossa grande esperança. Por que você não veio antes? Para registrar o talento, a força dramática de Grande Otelo, Agnaldo Camargo, Ruth de Souza, Antonio Pitanga, Lea Garcia, Zózimo Bulbul, Haroldo Costa, Aizita Nascimento, Luiza Maranhão, Milton Gonçalves? E de tantos outros, ainda, que desapareceram, sem deixar rastro. Mas há diante de você, todos esses novos e jovens atores de sua geração, com talento, garra e sensibilidade. Mas pense que todo cineasta é um ser político, que a história do cinema, no tempo, não furtou dessa linguagem esse poder de persuadir, de registrar as transformações históricas de uma sociedade em mutação, mesmo quando se recorre ao passado, como você, brilhantemente, o fez. EMANOELARAUJOÉCURADOR

Bovespa altera regras dos níveis de governança

Idéia é adaptar níveis 1 e 2 e Novo Mercado às exigências dos investidores

Apóscinco anos do lançamento do Novo Mercadoedos níveis 1 e 2 das práticas diferenciadas de governança corporativa, aBolsa de Valoresde SãoPaulo(Bovespa) implementará alterações no regulamento de listagem desses segmentos. Entre as novidades estãoa exigênciapara empresas de nível 2 e do Novo Mercado de quepelomenos 20%dos membrosdoConselhode Administração sejam independentes;a possibilidade de ampliação do mandato dos conselheiros para até dois anos; a modificação do percentual de tag along (direito de alienação de ações ou venda de controle)para açõespreferenciais de 70% para 80% no nível 2; e a exclusão da exigência de realizaçãode distribuição pública de ações para o ingresso no Novo Mercado.

Segundo o superintendente-geral da Bovespa, Gilberto Mifano, as novas regras entrarão em vigor a partir do próximodia 6de fevereiro,e asempresas participantes terão até o fim de abril para adequar seus estatutos ànova regulamentação. Para ele, as alterações vêm

paraadaptar asnormas àevolução das próprias companhiaslistadas, às exigências dos investidores eàsmudanças na regulamentação do mercado de capitais. Além disso, as mudanças vão uniformizar asnormas dabolsa comas da Comissão de Valores Mobiliários(CVM),órgãoresponsável pela fiscalização do mercado. "Essas mudanças seguem as tendências dos mercados interno e externo e tornam as empresasmaisatraentes aos investidores", disse. Para a superintendente de Relações com Empresas da Bovespa, MariaHelena Santana, o aperfeiçoamento das práticasatende àsmudanças quejá vêm ocorrendoem grande partedascompanhias, como no casodo fimda exigênciade distribuição pública de ações parao ingressono NovoMercado,por exemplo."Verificamosquemuitas companhias conseguem alcançar o free float (quantidadede açõesdisponível para negociação) mínimo de25% semrealizar ofertapública",disse."Quandoas empresas entram no Novo Mercado, elas já se comprometem em alcançare manteraomenos

25% das ações em circulação. Desse modo, uma distribuição públicaterá que ser feita,de qualquer maneira, seeste percentual não for alcançado."

Alterações — O prazo para adequaresse percentualmínimode25% deaçõesemcirculaçãotambém foialteradonos níveis1e2de governança.A possibilidadede concessãode prazo adicional para a adaptação foi estendidaa situações comoaumentode capitale oferta de aquisiçãode ações em função de tag along. "O prazode seismeses instituídoanteriormente era limitado e insuficienteparaarecomposição da empresaem circunstâncias desfavoráveisde mercado", comentou Maria Helena.

No caso de empresas com controle difuso (exercido por acionista commenos de 50% docapital votanteou porgrupo de acionistas que não tenha interesse comum), a Bovespa, na ausência deacionistacontrolador caracterizado, poderá dispor sobrea responsabilidadepelarealizaçãodaofertapúblicade compradas açõesdos demais acionistas se houver saída do Novo Mercado. Maristela Orlowski

Bolsa recua e risco tem alta

A BolsadeValores de São Paulo(Bovespa) fechou em leve baixa ontem, desvalorização vistapor analistascomo uma simples pausa após quatro dias dealta, masque não afeta a perspectiva de subida daBovespa. OIbovespa, principalindicador da bolsa paulista,encerrou o pregão comlevebaixade0,19%, em 34.936 pontos. Com esse resultado, o índice reduz para 4,42% oganho acumuladono ano. Nos dois pregões anteriores a Bovespa havia batido recordes históricos. O volume financeiro somou ontem R$ 2,08 bilhões, giro superior à médiadiária de R$ 1,6 bilhão registrada em 2005.

"Acho quea forçada Bovespa não terminou,principalmente porque o fluxo de recursosparaomercadodeaçõesestá muito favorável", afirmou o analista dacorretoraSocopa Daniel Doll Lemos.

Entreas baixasmais rele-

vantes ficaram as ações preferenciais da operadorade telefonia fixa Brasil Telecom,que recuaram 2,92%depois que a empresa informou que pretende fazer provisão de R$ 622 milhões no resultado de 2005. Naponta oposta, ospapéis preferenciais da mineradora Caemitiverama maioralta, 4,12%, eo maiorvolume, R$ 233,5 milhões. O papel foi impulsionadopor rumoresde que a mineradora estuda adquirir a mina de Rio Verde, que equivale a 10% da produção da companhia.Outra especulaçãoem relaçãoà empresa, segundoCatarina Pedrosa,analistadaBanifSecurities,foiade que a mineradora vai pagar dividendos altosrelativosao exercício de 2005."ACaemi deve divulgar, junto com os resultados, um dividendoalto, porque tem bom volume de caixa", afirmou a analista. A exemploda bolsa,a taxa derisco brasileiratambém

saiu ontem de seu nível recorde – nesse caso, de baixa –, mas ainda ficou abaixo da casa dos 300pontos-base. Nohorário de fechamento dos negócios no mercado financeiro brasileiro,oindicador estava em 298 pontos-base,deacordo com a Enfoque Sistemas. Dólar — O aumentodas posições vendidas em câmbio no mercado futuro eo fluxocambial positivo determinaram o comportamento dodólar àvista, apesardosleilõesdo Banco Central. Amoeda norte-americanafechouodia valendoR$ 2,289paracompraeR$2,288para venda, com baixa de 0,13%. Além da continuidade do fluxo comercialfavorável, houve ingressos de investidoresinteressadosem migrar paraa Bovespa. Na Bolsade Mercadorias e Futuros (BM&F), os nove vencimentos de dólar futuro projetaram baixas, com aumento do volume negociado. (Agências)

Empresas estreantes exibem bom desempenho

Omercado brasileiro lembrará de2005 como um dos melhores anos em desempenhodas açõesnaBolsade Valoresde São Paulo (Bovespa). Segundo analistas, o maior destaque foi no número de Initial Public Offerings (IPOs), mecanismo que permite auma empresa abrir seucapitalepassaraserlistada na bolsa de valores. Com perspectivaspositivas para a Bovespa em 2006, o investidor devepermanecer atento às IPOs, recomendam especialistas de mercado. "Embora os volumestalvez não cheguem aos alcançados noanopassado,e apesar dos riscos inerentes a esse tipo de investimento,asnovas emissões de ações devem continuar a ter bom desempenho", afirmao consultorda ConsCred Investimentos Olavo Dias. Em 2004foram seteas companhias queabriram ocapital e, no ano passado, o mecanismo foi utilizado por outras nove empresas.RenarMaçãs, Submarino,Localiza Rent a Car, Energias doBrasil,OHL Brasil,NossaCaixa eCosan estão entre as que negociam ações no Novo Mercado (seg-

mento especial da Bovespa em que são negociadas apenas ações ordinárias, que dão aos acionistasdireito avoto). TAM e UOLaparecemlistadasnonível 2de governança corporativa, em que as empresas secomprometem aadotar rígidas regras de relacionamento com seus acionistas. Resultados — Os números comprovam osbonsresultados das ações das novatas. Segundo a consultoria Economática, dez das 20 empresas que fizeram IPOs na América Latina em 2005 apresentaram rentabilidade positiva.As ações daLocalizativerama maior valorização, apresentando evoluçãode 152,82%desdea abertura (em maio do ano passado), depois de um começo difícil. "Naabertura dosnegócios, o papel da empresa valia R$ 11,50, abaixo do esperado pela Localiza na montagem da operação", lembra Dias. Em seguida, na lista das maiores altas, ficaram as ações de Submarino(91,95%),Ideal (77,18%), Energiasdo Brasil (52,17%), Cosan (41,94%)e OHL Brasil (41,17%).

Crescimento — Para Dias, o movimento das ações eviden-

cia uma nova oportunidade paraosinvestidoresque gostam de risco epretendem diversificar suas aplicações. Apesar dos bons ventos, o diretor de Operações de Bolsa daCorretora Novação,Carlos Alberto de Oliveira Ribeiro, ressalta que, em se tratando de um mercado de risco, o investidor deve optar pela multiplicidade da carteira. "A dica é fazer um mix de setores, comprandoaçõesdosramos de consumo, mineraçãoeenergia", afirma. Para quem se preocupa comliquidez (facilidade para vendadasações), Ribeiro recomenda as ações da Natura, que em 18 meses acumularam ganhos de 206%. Mais estréias— De acordo com analistas, 12 companhias devem abrir o capital ao longo deste ano. Entre elas, a Lupatech, lídernacional emválvulas industriais para os setores de petróleo e gás,a Bematech, companhia que produzimpressoras edesenvolve soluções paraautomação varejista e bancária, a American Banknote, que faz impressões de segurança, a construtora Gafisa e a mineradora MMX. Ana Laura Diniz

BB: recordes em comércio exterior

Na esteira do forte desempenho da balança comercial brasileira, o Banco do Brasil (BB) bateu recordes de financiamento ao comércio exterior ao longo do ano passado. De acordo com informações divulgadas pelo banco estatal ontem,

nas linhas de Adiantamento sobre Contratos de Câmbio (ACC) e Adiantamentos sobre Cambiais Entregues (ACE), o BB movimentou US$ 11,9 bilhões em 2005, o que representa um crescimento de 31,7% na comparação com o volume do ano anterior. O acumulado das operações de ACC, de ACE e de Câmbio Pronto atingiu US$ 34,2 bilhões, montante 31,9% superior ao volume contratado em 2004. A participação do BB no mercado de câmbio exportação no ano passado foi de 27%. (AG)

Mifano: regras passam a valer no próximo dia 6Papéis do Submarino subiram 91% desde a estréia
Milton Mansilha/LUZSérgio Castro/AE–30/03/2005

poLítica Vedetismo

OPMDB virou a vedete entre os partidos que devem disputar a sucessão presidencial. A legenda é paquerada por PT e PSDB. Até o PFL fala em coligação com os peemedebistas. Mas, o PMDB ainda não caiu no pio de nenhuma legenda. Seus dirigentes continuam defendendo a tese de que o partido terá candidato próprio a presidente.

O PT chegou a admitir que cederia ao PMDB a vice na chapa encabeçada por Lula. A ala governista do partido, conduzida pelo senador José Sarney, ainda não entregou os pontos e continua tentando convencer a cúpula a apoiar a reeleição de Lula. O PMDB mantém a disposição de realizar as prévias em março para a indicação do candidato.

O partido já tem dois pré-candidatos que vão se inscrever para disputar as prévias, o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) e o governador Germano Rigotto (RS). O governador do Paraná, Roberto Requião desistiu de se inscrever para as prévias. Requião decidiu ser candidato à reeleição. Até o presidente nacional da sigla, Michel Temer, já fala em se candidatar.

TEMPO DE TV

O PMDB desperta o interesse de outras legendas porque dispõe de um largo espaço de campanha na televisão. Além disso, o partido está constituído em todos os estados, tem vários governadores e bancadas representativas nas casas legislativas. A paquera em cima do partido vai continuar.

COMPROMISSO

O PSDB também tentou atrair o PMDB. Pensou inclusive em convidar o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, para ser o vice na chapa tucana. Temer já avisou a petistas e a tucanos que qualquer coligação só será possível no 2º turno.

IRRITAÇÃO

Com medo de que o partido poderia optar pelo apoio a um petista (Lula) ou a um tucano (Serra ou Alckmin) o exgovernador Anthony Garotinho reagiu na hora. Intensificou suas viagens pelos estados cabalando o voto do convencional peemedebista. Garotinho vai disputar as prévias do partido.

REGRA 3

O presidente do STF, Nelson Jobim, é outro pretendente à legenda do PMDB. Mas, o ministro só aceitaria ser o candidato à sucessão de Lula se tivesse o consenso no partido. Jobim, por enquanto, se recusa em disputar as prévias. O ministro deve saber que o consenso não existe no PMDB.

ENTENDIMENTO

Admite-se, em Brasília, que as conversações entre o presidente do PFL, Jorge Bornhausen e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), inclua a discussão sobre a coligação dos dois partidos ainda no 1º turno. Fala-se muito na hipótese dos dois partidos apoiarem a candidatura de Jobim.

PREFERÊNCIA

A versão que corre nos bastidores é que a cúpula do PFL, no entanto, já teria optado pela candidatura de José Serra. Portanto, favorável à coligação com o PSDB. Informa-se também que Serra e pefelistas já conversaram em torno de um programa de governo e de campanha.

EM MARÇO

Assessores no Palácio dos Bandeirantes admitem, por outro lado, que a escolha do candidato tucano só será consolidada em março. Portanto, os alkmistas desmentem o apoio antecipado de pefelistas a Serra, como já admitiu anteriormente o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia.

ANTECIPAÇÃO

A cúpula do PT insiste para Lula decidir se será candidato à reeleição até 31 de março,

PRESIDENTE REFORÇA SUA CANDIDATURA

Oporque o partido começa a debater a estratégia de campanha e as coligações em abril. Os petistas não querem que Lula deixe para decidir muito depois disso.

CANDIDATURAS

Também o PDT continua rechaçando a idéia de se coligar com alguém no 1º turno. O partido não aceita também retornar às bases do governo no Congresso nem aceita apoiar a reeleição de Lula. O partido tem mais um pré-candidato, o governador Ronaldo Lessa. Portanto, são três os pretendes à legenda do PDT. Os outros dois são os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Peres.

BATE-BOCA

Depois que a saia entre os dois ficou justa, José Serra resolveu acabar com o bateboca entre ele e o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes. Tudo começou quando o prefeito acusou o ministro de não liberar verbas para obras em São Paulo, como as que seria utilizadas na construção de um piscinão para reter as enchentes no Pirajussara.

ALÇA DE MIRA O alvo da oposição agora na CPMI dos Correios é o Instituto Florestan Fernandes, ligado ao PT. A oposição quer investigar como ocorreu o patrocínio da Petrobrás de R$ 9 milhões à instituição. Se preciso for, a oposição vai esticar os trabalhos na comissão.

REUNIÃO

Líderes partidários foram convocados para um almoço na segunda-feira com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo. É desejo do presidente fixar uma datalimite para a votação dos processos de cassação dos deputados envolvidos com o mensalão. É mais um cutucão de Rebelo no Conselho de Ética.

EXTRAS

A Câmara dos Deputados deve começar no dia 16 a apreciar o projeto que acaba com o pagamento das convocações extraordinárias da Casa, informa o presidente Aldo Rebelo. Mas, espera-se uma reação negativa do chamado baixo clero que não admite perder os extras no fim do ano.

VERGONHA

Parece que até o presidente Aldo Rebelo ficou envergonhado com a ausência total de deputados nas sessões da Câmara, embora a convocação custe aos cofres da União cerca de R$ 100 milhões. Em tempo: a convocação extra do Congresso foi decidida pelos presidentes Renan Calheiros e Aldo Rebelo.

presidenteLuizInácio Lula da Silva deve anunciar a candidatura à reeleição entre ofim de fevereiroe começodemarço,segundoochefeda Secretaria de RelaçõesInstitucionais da Presidência da República, Jaques Wagner. Lula, porém, já começou acampanha, lançando neste fim desemana 1,2milhãodeexemplaresdeum jornal comseus maiores feitos. Aofalar portelefonepara aRádio Metrópole,deSalvador, Wagner afirmou queLulatem conversado sobre a reeleição e o autorizou atratar do assunto com os partidos da base aliada. Embora o presidentenão tenha concedido autorização para o anúncio oficial da candidatura, Wagner atem como certa. "Eu diria que há um consenso dentrodo PT e da base aliada emtorno dacandidaturadele, atéporqueé umacandidatura fortíssima e competitiva", disse, anunciando também aprópriacandidaturaa governador daBahiapeloPT. "É vontade dele (Lula) ter uma candidatura forte num Estado tão importante como a Bahia." O chefe da Secretaria de RelaçõesInstitucionaisda Presidência da República também seria um consenso para a legenda na Bahia. Descanso – Enquanto Wagner especulava sobre a candidaturadopresidente,ele,aprimeira-dama, Marisa Letícia Lula da Silva,eofilhoLuizCláudioLula da Silva, chegavam à Base Naval de Aratu (BA), a 40 quilômetros da capital baiana, para iniciar o descansode quatro dias. NaBaseNaval,existemcasasde veraneio na Praia deInema, usadas pelaMarinha parahospedar oficiais, familiares e amigos. Apraiaéisolada,por um muro de alvenaria, da Praia de São Tomé de Paripe, muito freqüentada pelos moradores do subúrbio ferroviário da capital. A presença de Lula deixou os barraqueiros e freqüentadores da Praia de São Tomé na expectativa de ver o visitante ilustre, mas, apesar do dia ensolarado, ele não arriscou o banho de mar pelo menos numa área próxima à parede, de forma que pudesse ser visto por populares.

LULA DECIDE REELEIÇÃO ATÉ MARÇO, DIZ WAGNER.

Festa– Um grupodetrabalhadoressiderúrgicos festejava a presençade Lula.Dizendo-se da "mesma origem", que o presidente, o operador Carlos Alberto Fraga afirmou que teve a idéia deorganizarafesta de confraternização defim deano

dos colegas da Usina Siderúrgica da Bahia na barraca de praia mais próxima da proteção da baseassimquesoubedapresença dele no Estado. "Vamos festejaro presidente,poisé umcara queraloumuitoaté chegar lá", disse afirmando ter reservado

TEMER REVELA POSSÍVEL CANDIDATURA

O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse que pode ser candidato a presidente da República, caso o partidoleve-o nessa direção. Temerafirmou que tem sidocobradopor diversosmembrosdalegenda paraquese candidate nas eleições deste ano.

No entanto,ele comprometeu-sea coordenara estratégia eleitoral peemedebista. "Se me perguntarem se eu gostaria de ser presidente, é claro queeu gostaria. Mas, como sou coordenador desse processo, eu só poderia me colocar nessa posição se as coisas caminhassem nesse sentido", disse. Temerinsistiuque nãoentraránadisputa comogovernador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), e o secretário de Governo e Coordenação do Rio, Anthony Garotinho. (AE)

uma garrafadeconhaqueDomecq para oferecer a ele. Fraga se disse decepcionado comagestãodo"companheiro". "Ele poderia ter feito mais, esqueceu as raízes, deixou-selevarpor empresários eacredito que não vá se reeleger."

Revista – Antes mesmo de Lulavoltaraotrabalho,ogovernocomeçaadistribuir,nestefim de semana, 1,2 milhão de exemplaresdo"jornaldeprestaçãode contas", com as ações da administração federal nos trêsprimeiros anos de gestão do presidente Lula. A publicação, em formatotablóide,tem36 páginas impressas a cores. A produção e impressão ficaram a cargo da agênciade publicidadeLew, Lara e custaram R$ 976 mil.

A gazeta– maisuma ofensiva do Poder Executivo Planaltonoanoeleitoral–narraosfeitos que oPalácio do Planalto considera os mais positivos, como "ações de cidadania, em educaçãoe saúde,democracia e diálogo, construção de novas universidades, desenvolvimento econômicoeemprego, políticaexterna, abertura de ferrovias, melhoria de portos e aeroportos, retomada daindústria naval,consertos derodovias e novas hidrelétricas". Enfim, as realizaçõesdo Executivoque,lamentou Lula,na entrevista para o "Fantástico", domingo,nãopuderam aparecer na mídia, que deu destaque ao noticiário sobre corrupção. Polêmica – Entre os capítulos,um provocarápolêmica:o que aborda o combate à corrupção. Segundo a publicação, este foi o governo que mais combateu a corrupção, o crime organizadoe a lavagem dedinheiro. Os exemplares serão distribuídosem órgãos públicos,Congresso,Judiciário,escolaspúblicas,CaixaEconômica Federal, consulados e embaixadas, prefeituras, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. A Lew, Laratambém produziu, porR$ 20 milhões,as peças publicitárias sobre realizações daUnião quesãodivulgadas pelaTVemcincoEstados eno Distrito Federal. A agência, junto coma Matisse, temcontrato deR$ 146milhõescom aPresidência até setembro. (Agências)

DOIS COMPANHEIROS PARA O STF

Opresidente Luiz Inácio Lulada Silva vai indicar este ano mais um ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF).Segundoa assessoria de imprensado STF,avagaserá aberta dia 19, com a saída do ministro Carlos Velloso, que se aposenta compulsoriamente, por completar 70 anos.

Oex-presidentenacional do PT, Tarso Genro, disse ontem que será um "juiz da Constituição" e não um defensor dos interesses do governo, caso seja nomeado por Lulaparaavaga.Genro consta de uma lista estudada pelo presidente,contendonomes que poderão ocupar as vagas –além de a aberta por Velloso –as que surgirem daspossíveis saídas do presidente do Supremo Tribunal, ministrosNelson Jobim,e doministro Sepúlveda Pertence.

Candidatos – Arelaçãoinclui nomes de petistas que, como o ex-presidente nacional do PT, possuem formação jurídica, mas se voltaram para a vida política, entreeles osdeputadosLuiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) e Sigmaringa Seixas (PT-DF). Genro disse que ainda não discutiu o assunto com o presidente e insistiu que prefereaguardaraté que a questão adquira uma forma mais concreta. "Eu confesso que estaé uma idéiaque nunca esteve nas minhas prioridades", afirmou. "Mastambémnão me espanto, já que sou dessa área". Greenhalgh disse quese sente honrado por ter sido lembrado comouma alternativapara preencher uma das vagas que poderão serabertas. "Ficosatisfeito de ter meu nome lembrado para esta função", afirmou. Mesmo assim,Greenhalghinsistiu que esta é uma decisão que cabe exclusivamente ao presidente

Lula em momento oportuno. Greenhalgh defendeu,no entanto, que, caso tenhao nome, de fato,na lista dos mais cotados,a motivação,"certamente", não é partidária. "Não acho que

meu nome esteja sendo lembrado pelo fato de eu ser um deputado do PT", afirmou. "Eu acho que meu nome está sendo lembrado pelo trabalho que eu fiz nos tribunais", acrescentou.

Já o deputadofederal Sigmaringa Seixas (PT-DF) descartou uma possível indicação de seu nomeao STF. "Isso é especulação, não sou candidato, o presidente Lula não vai me indicar", assegurou Sigmaringa, também cotado para uma das três vagas. "Não tenho interesse,o presidente nãoestá pensandonisso. É tudo especulação", insistiu. Ao enviar um nome para substituirVellosonoSTF, Lulacompleta, neste ano, cinco indicações para o Supremo desde que assumiu o governo, em 2003: Joaquim Barbosa, Antonio Cezar Peluzo e Carlos Ayres Britto, em 2003, e Eros Grau, em 2004. (Agências)

Comitiva presidencial rumo ao aeroporto: Lula de folga na Bahia.
Alan Marques/Folha Imagem
Greenhalgh e Genro são cotados para substituir Carlos Velloso no STF
Valter Campanato/ABr Wilson Dias/ABr

Sonhos, desejos e uma bela coleção

C om curadoria de Emanoel Araujo, a mostra Odorico Tavares: A Minha Casa Baiana –Sonhos e Desejos de Um Colecionador exibe obras reunidas durante 20 anos – entre as décadas de 1950 e 1970 – pelo jornalista e

poeta Odorico Tavares (1915-1980).

Há trabalhos, entre outros, de Portinari, Di Cavalcanti, Manabu Mabe, Picasso, José Pancetti (Três Mulheres, foto), além de 35 peças dos séculos 17 e 18, da imaginária religiosa barroca, e de mobiliário dos

Férias no Masp com Portinari e coleção Pirelli

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) oferece este mês visitas guiadas por seu acervo permanente e mostras. Coordenados pelo educador Paulo Portella Filho, os tours acontecem até 27 de janeiro, de terça a sexta. Os destaques ficam na 14ª Coleção Pirelli-MASP de Fotografia e na exposição Cândido Portinari - Série Bíblica, que inclui obras como O Pranto de Jeremias, de 1944 (foto) As visitas têm duração de 30 minutos. Masp - Av. Paulista, 1578, metrô Trianon/Masp, tel.: (11) 3251-5644 ramal 2113. Terça a domingo das 11h às 18h. Ingresso: R$ 10. Grátis para menores de 10 e maiores de 60 anos.

Miró: cores e formas inconfundíveis

N o Instituto Tomie Ohtake está em cartaz a exposição Mirabolante Miró, com as obras multicoloridas e inconfundíveis do talentoso espanhol. A curadoria é de Jean Frémon e Fábio Magalhães. São 178 gravuras e 28 pôsteres concebidos nas duas últimas décadas de vida do artista. As litografias (metal e pedra) e xilogravuras (madeira), em grandes dimensões, pertencem ao acervo da Galeria Lelong de Paris e são consideradas referência na arte do século 20. Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima, 201, Pinheiros, tel.: (11) 22451900. De terça a domingo, das 11h às 20h. Até 6 de fevereiro. Grátis.

São Paulo em janeiro. Eis a cidade dos sonhos de quem gosta de morar aqui, percorrer os caminhos urbanos e descobrir as atrações da metrópole como se ela tivesse apenasmetadeda população.Retirados aqueles que debandaram em busca de mar e montanha, hámenos gentenas ruas,cinemas semfilas, restaurantes semespera. Paraver exposições, são semanas particularmente agradáveis. Nada daquele acotovelamento na frente das obras que ocorre nas grandes exposições.Semaglomeração, pode-seolharcom calma, chegarmais perto eapreciar defato a visita. É a época parade adentrar os corredores dasgalerias e museus. Talvezcom uma passada nocafé ou noparque aoredor, como na Pinacoteca, que tem ao seu lado o belo Parque da Luz. Oferecemos um roteiro com mostras interessantes,paraserem apreciadasna tranqüilidade do janeiro paulistano.

séculos 18 e 19. A mostra segue depois para Salvador e Recife. Galeria de Arte do Sesi - Av. Paulista, 1313, Metrô Trianon-Masp, tel.: (11) 3146-7405. De terça a sábado, das 10h às 20h; domingo, das 10h às 19h. Em cartaz até 30 de abril. Grátis.

Viagem pelo mundo em 80 obras

Esta primeira retrospectiva da artista Anna Maria Maiolino, a exibição Entre Muitos traz uma seleção de 80 obras, entre gravura (na foto, Série Ações Matéricas), desenho, vídeo, fotografia, pintura, escultura, instalação. O conjunto

reúne trabalhos executados dos anos de 1960 até hoje, distribuídos por várias salas da Pinacoteca. A curadoria é de Paulo Venancio Filho. Anna Maria, embora nascida na Itália, naturalizou-se brasileira. Estudou

e já mostrou seus trabalhos em mais de três dezenas de mostras e bienais. Pinacoteca do Estado - Praça da Luz, 2, tel.: (11) 3229.9844. De terça a domingo, das 10h às 18h. Em cartaz até 08 de janeiro de 2006. Ingresso:

Mais arte na cidade na página

Fotos: Divulgação

Clássicos da Cinédia no CCBB

Acelebração dos 75 anos da Cinédiacontinua noCentroCultural

Banco do Brasil até o dia 15, com filmes produzidos entre as décadas de 1930 a 1950. Centro Cultural Bancodo BrasilRua ÁlvaresPenteado, 112,Centro, tel. (11) 3113-3651.Ingresso: R$4 porsessão ou R$ 8 pelo Cinepasse, válido para todas as sessões da mostra.

Programa da semana

Nesta sexta, dia 6

14h, Alô, Alô Carnaval

16h, Somos Dois

18h, Berlim na ´Batucada 20h, O Ébrio

Sábado (7) 14h, Caídos do Céu 16h, Pureza 18h Ganga Bruta 20h, Romance Proibido

Domingo (8)

14h, O Dia É Nosso 16h, 24h de Sonho 18h, Um Beijo Roubado 20h Ganga Bruta

Quarta (11) 14h, Mulher

16h, Alô, Alô Carnaval 18h, O Dia É Nosso

20h, Caídos do Céu

Quinta (12) 14h, Romance proibido 16h, Um Beijo Roubado 18h, Berlim na Batucada 20h, O Ébrio

Sinopses

Alô, Alô Carnaval, de Adhemar Gonzaga,1936. Com Carmem Miranda, FranciscoAlves eMário Reis.Dois produtores montama revistaBanana da Terra no cassino da Urca. Desfile de grandes nomesbrasileiros dorádio e do teatro popular da década de 1930. Berlim na Batucada, de Luiz de Barros, 1944. Com Procópio Ferreira eDelorges Caminha.Paródia musical. Diretor de cinemaamericanochega ao Rio e seencanta com a musicalidade e a irreverência do morro.

Caídos do Céu,deGuilherme Teixeira(pseudônimode LuizdeBarros), 1946. ComDercy Gonçalvese Walter D'Ávila.Comédia.Casaldeanjosdoséculo 19 vem à Terra do século 20 resolver um problema burocráticodaRepartição do Céu.

GangaBruta,deHumbertoMauro, 1933. ComDéaSelvaeDurvalBellin.

Absolvido após assassinar a mulher na noitedenúpcias, engenheiro vai trabalharemcidade do interior,onde provocará nova tragédia. Mulher, de Octávio Gabus Mendes, 1931. ComCelsoMontenegroeCarmemVioleta. Acossada pelo desejo dos homens, jovemfavelada tenta viversozinhaaté desmaiardefomenumaruadacidade. Levadaparaacasa de um escritor, torna-se sua amante. O Dia É Nosso, de Milton Rodrigues, 1941.Com Oscaritoe Nelma Costa. Entrea populaçãoda pequena cidadeestá umpossível ganhadorda loteria, o que irá revelar o verdadeiro caráter dos habitantes. O Ébrio, deGildadeAbreu,1946. ComVicenteCelestinoeRodolfoMayer. Um homem distinto, traído pela esposa epelosamigos,fingemorrereassumea identidade de um vagabundo. Pureza,deChiancadeGarcia,1940. ComProcópio Ferreira eConchitade Moraes. Perseguidopolíticochegaà cidadezinha de Pureza, onde se envolve em triângulo amoroso. Adaptação do romance de José Lins do Rego. Romance Proibido, de Adhemar Gonzaga,1944. Lúcia Lamourssi, Dercy Gonçalves e Grande Otelo. Em meio aoEstadoNovo,oamordeduasjovens pelo mesmo homem leva a mais rica a mudar-se para o interior do País onde se dedicada a causas sociais. Somos Dois, de Milton Rodrigues, 1950.ComMarinaCunhaeDickFarney. Jovemvaipara acidadegrande ese apaixonaporumrapazloucoquecanta como seu ídolo, um artista famoso. Enredo e diálogos de Nelson Rodrigues. 24hs de Sonho, de Chianca de Garcia,1941.Com ConchitadeMoraes,e Aristides Penna. Campeã mundial de tentativas de suicídio vê frustada mais umainiciativaesegueconselhodeum motorista de táxi dublê de filósofo: passar as últimas 24horas de vida em um hotel de luxo.

SHOW A flauta virtuose de Altamiro Carrilho

Completando 63 anos de carreira e com 103 discos gravados, Altamiro é considerado uma lenda viva do choro brasileiro. Neste show, acompanhado de Mauricio Verde (cavaquinho), Pedro Bastos (violão 7 cordas) e Eber de Freitas (bateria e percussão), traz um repertório composto por clássicos do choro, como Rosa, Tico-Tico no Fubá, Carinhoso e Brasileirinho, além de composições próprias.

Sesc Santana - Teatro- R$ 15,00; R$ 10,00 (usuário matriculado). R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes). R$7,50 (+60 anos e estudante). Dias 07 e 08/01. Sábado, às 21h e domingo, às 19h.

MEMÓRIA

Aplausos para Radamés

O gaúcho Radamés Gnatalli (1906-1988), na foto, nasceu no dia 27 de janeiro, mesma data em que, 150 anos antes, nascera Wolfgang Amadeus Mozart. Em 2006, os dois compositores serão lembrados em São Paulo, em eventos já agendados. O Teatro Municipal montará, ao longo do ano, cinco óperas do compositor austríaco, entre elas, A Flauta Mágica. Mas é para Radamés que o público da cidade deverá dirigir atenção especial. Afinal de contas, trata-se de um artista genuinamente brasileiro, que

O F I C I NA

influenciou unanimidades, entre elas, Ary Barroso e Tom Jobim. Radamés é definido como um músico completo, segundo declaração do violonista Fábio Zanon em entrevista concedida ao crítico Irineu Franco Perpétuo. "Ele transitava com enorme desenvoltura entre o popular e o erudito", diz Zanon. Esta é também a opinião do pianista Arthur Moreira Lima, divulgador entusiasta da obra de Radamés em concertos pelo País e em registros discográficos - o mais notável, Piano Brasileiro - Vol. 10, editado pela Azul

Casa das Rosas promove oficina gratuita de contos nas férias de janeiro

A oficina Erro, mas escrevo, que será promovida pela Casa das Rosas em janeiro e fevereiro de 2006, já está com as inscrições abertas. Destinada a escritores e interessados em geral em literatura e redação, o objetivo da oficina é fornecer noções básicas sobre a estrutura do conto. As aulas, que serão realizadas aos sábados, serão divididas em parte teórica e prática. O objetivo é que cada aluno desenvolva sua própria linguagem literária por meio de exercícios em sala e de leituras de diversos autores consagrados. Serão debatidos conceitos de escritores como Júlio Cortázar, Garcia Marques, Ricardo Piglia e Jorge Luís Borges (foto). O conto moderno será analisado e comentado tomando como base também a leitura de clássicos como Bliss (de Katherine Mansfield), The Killers (de Ernest Hemingway), Baleia (de Graciliano Ramos), entre outros. Erro, mas escrevo será ministrada pelos escritores Marne Lúcio Guedes e Fernando Ória, com experiência na escritura de contos, assim como na área de roteiros e dramaturgia. Ao longo do curso, cada participante se dedicará a escrever um conto, que deverá ser finalizado até a última aula.

A oficina é gratuita. Os interessados deverão pagar apenas uma taxa simbólica de matrícula de R$ 10. Será uma ótima oportunidade para que os paulistanos experimentem este mergulho no precipício da criação. Tempo de férias, tempo de ser.

Oficina de contos – Erro, mas escrevo Casa Das Rosas - Av Paulista , 37, Paraíso. Do dia 14 a 25. Horário: aos sábados, das 14h às 17h.

Inscrições: no local.

Contatos: Marne Lúcio Guedes (marnelucioguedes@bol.com.br) Fernando Ória (oria@uol.com.br) donnycorreia@casadasrosas.sp.gov.br

CURSOS NO SESI

Altamiro e sue Regional, sempre um espetáculo de técnica e emoção

Joana, a trágica Medéia de nossos tempos

HMusic em 2003. Pianista, compositor e arranjador, Radamés transitou entre o rádio e o cinema, nos anos de 1940 e 50, fazendo arranjos para grandes intérpretes e trilhas sonoras. Com facilidade e fluência, compôs peças curtas para voz e instrumentos solo, além de música de câmara e sinfônica. O primeiro evento para lembrar o centenário de nascimento de Radamés está marcado para 15 janeiro, no Sesc Belenzinho (telefone 6602-3700): recital da pianista Rosária Gatti, às 11h, com ingressos de R$ 1 a R$ 5.

Família Mozart. E festa para a Osusp

A família Mozart (Leopold e Amadeus) foi contemplada pelotrompetista Guy Touvron, acompanhado pela Orquestrade Câmara de Praga.De Leopold, pai deAmadeus, Trouvoninterpretao Concerto para Trompete, Trompas e Cravo, em Ré Maior. De Mozart, o filho genial deLeopold, apresenta trechosda famosaópera A Flauta Mágica.CDlançadopelaHarmonia Mundi, (abaixo, esq.), importado. E um belo documento: para marcar os30anos daOsusp(Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo),acaba desereditado,sob patrocínio daprópriaUSP, umCD junto a um livrinho comemorativo. No repertório,a Suíte Nº 2de VillaLobos e amanumental Sinfonia Nº 6 de Tchaikovsky.Esta gravada em 2004easuíte, em2003.Asduas performances fazemparte do Projeto Academia realizadonaSalaSão Paulo,soba direçãodoregente CarlosMoreno,queassumiu aorquestraem 2001, com sucesso. A Osuspcedeuumaquantidadelimitada desse CD (abaixo, dir.) para distribuição gratuita. Informações para os interessados:Revista Concerto, pelo telefone 5535-5518.

Sesi-SPabre inscriçõesparacursos gratuitosde iniciaçãoaoteatro oferecidospelosNúcleos deArtesCênicas (NACs)em 17unidades doEstado.Asinscriçõespodemserfeitasentre até 31de janeiro,com iníciodas atividades previsto para 1ºde março e términoem30denovembro.Cadaunidade oferecerá80 vagas.Os cursosestão disponíveis nosCentros deAtividades do SESI de A.E.Carvalho, Vila das Mercês, Vila Leopoldina –na capital -, e também em Santo André, Mauá, Osasco,Santos, Mogidas Cruzes,Sorocaba, Araraquara, Birigüi, Marília,Rio Claro, Franca, Piracicaba, Campinas I e Campinas II. Os interessados devem procurar a SecretariaÚnica deumas dasunidadesparafazer amatrículadeacordo comoseguintecalendário:de3dejaneiroa17 dejaneiro–atendimento exclusivo aosbeneficiáriosdoSesi; de 18 de janeiro a 31 de janeiro, as vagasserão abertasà comunidade.Informações pelos telefones (11) 31467425 e (11) 3146-7426.

á poucomaisde30anos, ChicoBuarque ePaulo Pontes criaram – a partir da tragédia grega Medéia, de Eurípedesumdosclássicos doteatromusical brasileiro – a peça Gota d'Água, de cuja trilhaconstam algumascanções que ocupamhojecadeiracativanahistória da música nacional, como Bem Querer, Basta umDia e a própria Gota d'Água Em sua adaptação, Chico e Paulo Pontesmudaramatragédiadeépocaeendereço: de Corinto, na Grécia do século5A.C,paraumsubúrbiopaupérrimo do Rio de Janeiro dos anos 70. Medéia também recebeuumoutronome, Joana, brasileira comum, dona de casa comdois filhosparamanter. Masalgo permaneceuimutável nestatransposição - a dor da heroína, traída e abandonadapelomaridoembuscadeuma companheira com mais posses. E é estador-que segundoChicoBuarque não sai no jornal - que passa a guiar os passos daatriz GeorgetteFadel em uma nova montagem de Gota d'Água em cartaz no Sesc Ipiranga a partir da próxima quarta-feira, dia 11. "Mas éuma dorque possuimuitas dimensões", diz a atriz."Há a dor individual,da mulhertraída,quenãoé

menorque ador socialde serpobre, de pertencer a uma classe esquecida e humilhada. Meudesafio é tentardar um equilíbrio para uma históriatão complexa". Amontagem,queficará emcartazsomente àsquartas-feiras até 29 de março, limou praticamente metade dos mais de 4 mil versos compostospor Chico para a versão original. Daí oadendoaotítulo: Gota d'Água Breviário. "Se optássemos pela encenação integral,teríamosumespetáculo com mais de três horas de duração", diz Georgette. "Agora ficamos com uma hora e meia. É claro que, num texto deste porte, muitas pérolas ficaram de fora, mas a densidade da obra estáintacta, esua compreensão também. Confiamos no texto e não inventamos moda". Dirigida por Heron Coelho, esta nova versão de Gota d'Água foi concebida para teatro de arena e todas as músicas serão mostradas ao vivo,com três instrumentistas acompanhando o elenco de sete atores.

Gota d'Água Breviário, estréia quarta, dia 11, no Sesc Ipiranga, Rua Bom Pastor,822,tel.: (11)3340-2000.Quarta, às 21h. Ingressos a R$ 10.

Folclore pernambucano

D urante os 11 anos que permaneceu no grupoMestre Ambrósio, o músico e ator pernambucano Helder Vasconcelosgravoutrês CDse excursionou pelos Estados Unidos, Japão e Europa.Há poucomais deum ano,no entanto, Vasconcelos decidiu deixar os companheirosdebanda umpoucode lado e centrar fogo em um trabalho solo de ator. Nasceu daí sua primeira peça teatral,o musical Espiral Brinquedo Meu,criado emparceriacom osatores do grupo Lume, da Unicamp, e que estréia amanhã no Sesc Belenzinho. Espiral Brinquedo Meu é totalmente inspirado no folclore pernambucano. O espetáculo, que não possui uma história lineara ser contada, sustentasenosritmos, cançõese nos principais personagens das festas populares daquele estado, como o cavalo marinho, famoso teatro deruafeitononorte de Pernambuco, na região da Zona da Mata, e o maracatu rural, cortejocarnavalesco que pode ser visto nas ruas de Recife e Olinda. Três personagens criados porVasconcelos se encarregam da narrativa de Espiral. Oprimeiro delesé SeuMariô, um tipo didático que explica à platéiaosignificadodecada passagem no palco. Depois vêm Cuidado-Com-a Rua, misturade anfitrião emestre de cerimônia e,porúltimo, Dona Florinda, brincante de coco. Além de responderpelacriação eatuaçãonoespetáculo, Vasconcelos também assinou a trilha sonora. Espiral Brinquedo Meu - Estréia amanhã noSesc Belenzinho,Avenida Álvaro Ramos, 915, tel.:(11)66023700. Sábado e domingo às 19h. Ingressos a R$ 15.

V

cutirainfidelidadehumana.Masnãose limitou a descrever apenas triviais relatos deciúmes: osquatro personagens de sua trama, os casais Felipe e Daniela e Andréia eCarlos,carregam traumas herdados do regime militar chileno. Infiéis ganha hoje sua primeira montagembrasileira,que entraemcartazno Centro Cultural São Paulo, com direção deReginaldoNascimento e elenco composto pelos atores da Kaus Cia. Experimental de Teatro. Em Infiéis, de la Parra construiu uma dramaturgia semelhante à estrutura dosjoguinhosdemontar,emqueosucesso da brincadeira depende da destrezae maestria com que seacrescenta cada peça da engrenagem, sobo risco de ver desmoronar o conjunto todo. Assim, a explicação das cenas iniciais da peça, por exemplo, só se dará jáao finaldo espetáculo. O primeiro casal da história, Felipee Daniela, foram namoradosno passadoe agora tentamrecuperar a relação, só para poder colocar um novo pontofinaldepoisde algumtempo. A outra dupla, Daniela e Carlos, pareceganhar força quandoa primeira se enfraquece. Masisso também não deveservistocomotimismo-jáqueos quatro estão fadados aum eterno rompimento.

Infiéis faz parte de um conjunto de peças publicadas hápouco mais de um ano pelo Teatro Escola Célia Helena,em umlivrobatizadode Teatroda América Latina.

Infiéis, estréia nesta sexta, dia 6, no Centro CulturalSãoPaulo, RuaVergueiro, 1000, tel.: (11) 3277-3611. Sextaesábadoàs21h,domingoàs20h.Ingressos a R$ 12.

INFIÉIS

áriascamas estão dispostas no palco, no intuito de criar a imagem de um labirinto. Lençóis são agitados em cena,ora a esconder, oraa revelar a figura dos atores. Personagens que nunca parecem estar onde realmenteestão equenão secansam de cruzara fronteiraentreosonho eavigília. Com estes elementos que desrespeitam propositadamente as noções detempo eespaço,o dramaturgochileno Marco Antonio de la Parra escreveu, em 1988, a peça Infiéis, em que recorreaumjogo dememóriasparadis-

Infiéis: o humano em debate
Gota D´Água: tragédia recriada
Divulgação
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Espiral: tensões
Arquivo DC
Gilda de Abreu, diretora de OÉbrio

SENADOR QUER AFASTAMENTO DE DIRETORIA DA CAIXA ECONÔMICA

Osenador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentará umaavalanche de requerimentos àCPMI dosCorreios contra a diretoria da Caixa Econômica Federal (CEF), incluindo o pedido deafastamento provisório.Ajornalistas,ele afirmou ontem que pedirá a convocação para depoimento do presidente da CEF, Jorge Mattoso, e o afastamento provisório e o indiciamento dos 12 membros do conselho diretor da Caixapelo Ministério Público Federalpor improbidade administrativa.

O senador se animou com a divulgação nesta semana de um relatóriopreliminardoTribunal de Contasda União (TCU)queconcluiuqueaCEFteriabeneficiadoo banco BMG na compra da carteira de crédito consignado. Segundo a assessoria da Caixa, a compra da carteira "ocorreu dentro da mais absoluta normalidade".

Dias levantou essaquestão na CPMI em novembro do ano passado. O BMG vinha sendo investigado pela comissão por ter concedido empréstimos ao empresário Marcos Valério – suposto operador do esquema do mensalão –que alimentaram o caixa do PT.

Senador tucano Álvaro Dias, em seu gabinete: convocação imediata do presidente da CEF, Jorge Mattoso, na CPMI dos Correios.

"Caso a CPI nãoaprove (os requerimentos), vou analisar a possibilidade deencaminhar ospedidos pessoalmenteao Ministério Público", disse Dias. INSS – De acordocomoparlamentar, queintegra a CPMI,o relatóriodoTCUapontaaindaaparticipação do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) nas operações irregulares. O INSS teria firmado convêniocomo BMG, afrontandonorma internaque prevêesse tipo de operaçãosomente com a Caixa e com o Banco do Brasil. "A autorização foi dada portelefone eoINSS forneceu ainda ao BMG o acesso a seu banco de dados, outros indícios de operação fraudulenta", apontou. O TCU estranhou, aindasegundo Álvaro Dias, que apesar de 15 bancos já operarem em 2004 com crédito consignado e sete destes tivessem oferecido à Caixa seusserviços, somente o BMG foicontemplado coma aquisição, num prazo de 18 dias úteis, enquanto o pleito dos outros bancosaindaesperampor uma decisão. Nos requerimentos, o senador pedetambémo bloqueiodos bens dos membros do conselho diretorda CEFedoBMG"para que,comprovadoodanoilegalao patrimônio público, sejam revertidosrecursospara asindenizações devidas". A CPMI deve analisaros requerimentossó daqui a duas semanas. (Agências)

Fernando Donasci/Folha Imagem

PAGAMENTO

RENAN.

Opresidente do Congresso, senadorRenanCalheiros (PMDB-AL), disse ontem, em Maceió, que o Legislativo precisa acabar com "essa excrescência"do pagamento emdobro da convocação extraordinária. "Essa coisa tem de ser varrida da Constituição Federal", afirmou, acrescentando que a convocação é uma boa oportunidadeparaacabarcom "essa pouca-vergonha". Para Renan, aconvocação tambémé importante para avançar na pauta de votação de matérias relevantes quetramitam no Congresso. "Grande parte dessa pauta avançou no Senado – a reforma tributária, a reforma política – e precisa caminhar com maior rapidez na Câmara, queandou muito tumultuada em 2005, teve de substituir o seu presidente; por isso, as coisas nãoandaram suficientemente", avaliou.

Convocação– "Nós precisamos votara LeiGeral da Microempresa; nós precisamos avançar na desburocratização do Brasilpara facilitar avida do País, da sua economia", afirmou. "A convocação extraordináriaé um cenáriodesgastante,mas eradetodos oscenárioso menos desgastante", disse. Emdezembro,o senadorexplicouque "o preço político maior seria a não-convocação, poiso Paísnãopode parar".Renan lembrou que a convocação

Olíder do PTnoSenadoe presidente da CPMI dosCorreios, Delcidio Amaral (MS), refutou ontem a existência de um 'acordão' que seria feito na Câmara pelo partido comaslegendasaliadas parainocentar osdeputados que receberamrecursos doesquema montadopeloempresárioMarcosValério Fernandes de Souza, apontado como o operador do mensalão.

"Acordão étotalmente fora de propósito. Acredito no bom sensodos deputados", afirmou Delcidio. "Duvido que hajaacordo nesse sentido até porque estaríamosdandoum tiro nopé. Assim, não vamos poder andar nas ruas", completou o senador.

Delcidioargumentou que tentar fecharumacordopara salvar parlamentares de terem os mandatoscassados"é um risco enorme" para o Congresso. "É muito perigosoo Congresso tomar uma decisão corporativa",disse. Eleobservou, no entanto, que é "preciso ficar atento" para que não sejam feitos eventuais acordos.

Queiroz – As declarações de Delcidioforamdadasdoisdias depois deorelatordaCPMI, deputadoOsmar Serraglio (PMDB-PR),tercondenado a existência do suposto entendimento. Em dezembro, os deputados livraram da cassação o deputado RomeuQueiroz (PTB-MG), acusado de ser o beneficiário de R$ 452 mil das contas de Valério.

Isenção – O líder doPT na Câmara, Henrique Fontana (RS), e o deputado Sandro Mabel (PL-GO)cobraram deSerraglio responsabilidade e isenção nas declarações sobre a existência de um acordão. "Cabe lembrarque na listade denunciados ao Conselho de Ética constam nomes de parlamentares de partidos como PT, PFL, PSDB, PP, PTB e PL, o que nos leva a concluir que a acusação lançada pelo deputado Osmar Serraglio atinge parte significativa doparlamento", afirmou Fontana.

Julgamentos – O plenário daCâmara só deverájulgar processosdecassaçãoou arquivamento contra parlamentares a partir de fevereiro, informou ontem o deputado CarlosSampaio(PSDB-SP),integrante do conselho erelator do processo contra o deputado Pedro Corrêa (PP-PE).

Ele esperaque, atéa primeira semana de fevereiro, o conselho conclua os trabalhos de seis a sete parlamentares,dos 11 processos que estão no con-

com um acordo "não vamos poder andar nas ruas". O senador disse acreditar no bom senso dos deputados.

selho. "Euimagino que as votações no final dejaneiro eas cassações irãopara oplenário no início de fevereiro", disse. Reunião – O presidente do conselho, Ricardo Izar(PTBSP), e Serraglio discutem na segunda-feira uma forma de trabalho conjunto que impeça qualquer tipo de acordão. "Depois do episódio de Romeu Queiroz, nós começamos a nos organizar", afirmouo deputado. "Eu nãoseise existeacordão, mas vamos evitar essa possibilidade", explicou ele. Izardisse que, na próxima semana,pelo menos quatro dos 11 processos que estão em análise noconselho devemestar prontos para seguir à votação do plenário. O deputado informou aindaqueo conselho se reunirá para ouvir testemunhas emprocessos contra Corrêa, João Magno (PT-MG) e Josias Gomes (PT-BA).

Coragem – Segundo o deputado, o conselho precisa ter coragem de pedir a cassação e também aabsolvição, quando é o caso. Ele destacou que uma

parte da imprensa anuncia que será sugerida a cassação nos 11 (processos)que restam,mas esclareceu que a situação dos parlamentares envolvidos está sendo analisada em separado pelo conselho. Na opiniãode Izar,o conselho foi prejudicado pelo prazo fixado para aconvocação extraordinária. Eleexplicou que o conselho,desdeo começo, pediuuma convocaçãoextraordinária não remunerada, a partir de 16 de dezembro, mas para todos os deputados. "Eunão entendi, até agora, como conseguiram fazer uma convocação a partir do dia 16 de janeiro. Na pior das hipóteses, deveria ser feita a partir do dia3dejaneiro,masparatodos osdeputados Para teruma idéia: vou trabalhar asemana toda, de segunda a sexta, e vou ficar aguardando os deputados voltarem a plenário e esperaro prazodecinco sessões. Está tudo errado. Foi uma convocação mal feita porque deveria ser para todos os deputados", afirmou Izar. Salários – Dos 55 deputados que vão abrir mão dos salários extras pagos pela convocação extraordinária, apenas sete deles sãointegrantes do ConselhodeÉtica, órgãocomposto por 30parlamentares, entretitulares e suplentes. Foi justamente Izar, e integrantes do conselho, que pressionaram o presidente daCâmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP),paraque ele decidissepela convocação. (Agências)

Presidente da CPMI não quer relatório paralelo sobre investigações

Delúbio

Presidente do Senado, Renan Calheiros, quer acabar com salário dobrado dos parlamentares durante convocação extraordinária

foi feita para o plenário começar a funcionar somente a partir do dia 16. "O problema é que as pessoas estão cobrando a presença dos parlamentaresantesdesta data,mas aconvocaçãoparao plenário é a partir da semana que vem; aí, sim, nós vamos conseguir avançar na pauta", declarou. Renan admitiu que assumiu o compromisso, por ocasião da convocação, dereduzir orecesso parlamentar, que, segundo ele,é muito longo. "A proposta queestamos defendendoé reduzir o recesso para um mês em julho e um mês no final do ano, de 20 de dezembro a 20 de janeiro do ano seguinte", julga. Opresidente doCongresso acredita que o Legislativo não pode mais conviver com mordomias como o pagamento em dobro de salário. "O Congresso tem dedar asrespostasque asociedade cobra e essa convocação é, sobretudo, uma oportunidade paraque nós possamos dar essasrespostas", acreditaRenan, quenãoquis responderse devolveu ou não o salário extra pago aos parlamentares.

Ministro daSaúde –O presidentedo Congresso estava acompanhado do ministro da Saúde,SaraivaFelipe. Renane Felipe participaram de um almoço comcerca de 60 dos102 prefeitos alagoanos. Na ocasião, o ministro da Saúde fez um balançodasaçõesdo SistemaÚnico de Saúde (SUS) na região e pôs o ministério àdisposição dasprefeituras e do governo de Alagoas. Nototal,foramliberados para ogoverno estadual em 2005, pela pasta da Saúde, cerca de R$ 40 milhões. (AE)

Apesar da autoconvocação, Conselho de Ética só retoma os trabalhos na segunda-feira.

O ex-tesoureiro expulso do PT

Delúbio Soares confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone

A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

Opresidenteda CPMI,DelcidioAmaral, irritou-se ao ser perguntado sobre a possibilidade de um parlamentar da base do governo apresentar relatório paralelo ao do deputado Osmar Serraglio ao fimdos trabalhosdacomissão. Eleafirmou que, caso isso aconteça, não irá colocar o relatório paralelo em votação.

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Mendonça

O

segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

O ex-tesoureiro

da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

Conselho de Ética O conselho decidiu fazer uma espécie de boca-de-urna para pedir que os deputados aprovemem plenárioos pareceres dos relatores. O objetivo é não repetir o caso de Romeu Queiroz (PTBMG), condenado no conselho por ter recebido dinheiro do caixa 2 de Marcos Valério, mas absolvido pelos colegas. CPI dos Bingos Opresidenteda GtechFernandoCardoso acusou Rogério Buratti e Waldomiro Diniz de tentativa extorsão quando da renovação do

publicitário Duda Mendonça, da DM9, confirmou ter recebido dinheiro de Marcos Valério no exterior. Os repasses,
Lamas
do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro
Para Delcidio Amaral,

Indicadores Econômicos

REFORMAS AUMENTAM

O "PASSE" DO IMÓVEL

Mesmo que seja mais caro, vende primeiro o imóvel que estiver recém-reformado e bem conservado

Oestadode conservação de um imóvel determinaseu valor de mercado. Consertos e reformas básicas podemdeixar a propriedade mais atraente evalorizar "seu passe" na horada negociação eatéacelerara venda.Uma avaliação feitapelo Sindicato daHabitação de SãoPaulo (Secovi-SP) constatou que, se um edifício tem dez apartamentos em exposição para venda e um deles, por estar mais conservado esemnenhumajuste para fazer,estiver mais caro, certamente este será o primeiro a ser vendido. "Mesmo queoproprietário tenha de desembolsar R$ 20 mil para fazeruma reforma básica,esse investimento compensa porquetrará a valorizaçãodo imóvel. Além de tornar avenda mais rápida, o dinheiro voltará para as mãosdo proprietário porque ele poderá cobrar a maispelo imóvel", diz FábioRossiFilho, diretor de Lançamento da Vicepresidência de Comercialização e Marketing do Secovi-SP. A mesma opinião tem o diretordaEmpresaBrasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia, queacredita que todo imóvel deve passarpor umapequena reforma antes deser exposto para venda."Se sãooferecidas duasopçõesparao comprador,ele vaiescolheroimóvel que está mais bonito e que dará mais qualidade de vida para a família", afirma.

A reforma de espaços comerciais pode garantir uma valorização de até 30% do imóvel.

Luiz Paulo Pompéia

Entre as reformas classificadas comoessenciais porambos estão:pintura, limpezadas janelas, pisos e azulejos da cozinhae do banheiro,ajustes nos armários,conserto deespelhos e vidros. "Apessoaprecisa se sentir bem ao entrar no imóvel. É importantedeixar tudoarrumadoe nolugarcerto. Nadade sujeira, ferrugem ou madeira mal conservada", diz Pompéia. Ele cita como exemplo a conservação dos fios de energia elétrica que,nasuaopinião, é mais importante do que a troca do encanamento."Não éuma reforma necessária se os fios estiverem no lugar. Mas, se por algum motivo estiverem à mostra,o idealé consertar porque o ambiente se torna mais agradável", diz o diretor. Areforma no encanamento, de acordocom Pompéia, pode ser deixada para o novo p ro p ri e tá r io . "Alémde ser uma reformacara, já que precisaquebrar aparede para mexer na tubulação, também pode não serinteressante para o novo dono, no casode optar pelatrocado circuito para instalar água quente, por exemplo. Ou seja, é arrumar para o outro quebrar e fazer tudo novamente." Áreas externas – Para Rossi Filho, do Secovi, a conservação de uma propriedade vai além de sua parteinterna.Nocaso deumapartamento, elediz que vale a pena reunir os moradores para fazer uma limpeza ou reforma no prédio. "São pequenos investimentos que

Almoce com...

... elegância, requinte, charme e bom gosto, no alto do prédio da Bovespa.

Pintura e reparos em imóveis residenciais e a readequação de estacionamentos e banheiros de espaços

valorizam muitoovalor de mercadode umapropriedade na hora da venda", enfatiza. Outro tipo de reforma – essa um poucomaisaudaciosa –, proposta por Pompéia, é transformaro imóvel residencial em comercial. Isso vale para propriedades localizadasem regiõesque estãopassando poruma mudançadeperfil, com o aumento do número de escritórios ede prestadoresde serviços.Pompéiaalerta que, antes de ingressar nessa nova empreitada, já que ela exigirá investimento maior, o dono do imóvel deveverificar se realmente éuma tendênciado bairroese épermitidoporlei instalar um negócio na região. "É um investimento grandioso,masumareformaqueimplique alteraçãode alguns espaços do imóvel pode valorizar sua venda em até 30%", afirma. Emalgunscasos,segundoele,a valorização doimóvelcompensa os gastos da reforma e aumenta o lucro da venda.

Entreas mudançasquepodemser feitas noempreendimento, Rossi citaa transformação de um banheiro grande emdoispequenos, aquebra da parede deum quarto pequeno para aumentar uma sala ou a destruição de um muro para ampliar o estacionamento. "São pequenas modificaçõesque trazem um rendimento satisfatório", diz.

Márcia Rodrigues

Lojistas incentivam reforma da casa

Varejistas da construção civilaproveitam esta época do ano para aliar seu interessepelarenovação dos estoquesà demanda dos consumidores que incluem a reformadacasa entrenoplanejamento do ano novo.

A Casa& Construção, presente em São Paulo e Rio de Janeiro, oferece liquidação com descontos que variam de 10% a 70%. "Há itens de todos os nossos departamentos em liquidação",garante MauroFlorio, diretor de Marketing da C&C. Entre eles,cerâmicas, metais, tintas, portas e janelas. Segundo Florio,a empresa oferece entrega gratuita, em até 48 horas na capital, Grande São Pauloe Rio deJaneiro. Para compras a partir de R$ 500, o cliente com cartão C&C Visa terá direitoao parcelamento em até dez vezes sem juros. "Temos outros planos. Comprasa partirdeR$ 900podem ser parceladas em seis vezes, com pagamentoda primeira parcela só em março", acrescenta Florio. A rede ainda oferece serviço exclusivo de mãode-obra, com indicação de

construtoras conveniadas. Segundo oexecutivo, recente pesquisa da C&C mostrou que 98% dos clientes que utilizaramoserviçoo qualificaram como ótimo e bom. Maxi descontão – Já a Telhanorte programoupara janeiro a campanhapromocional MaxiDescontão, com descontos de até50%. Torneiras para lavatório, por exemplo, custam a partirdeR$17,90 elâmpadas eletrônicas, R$ 4,99. A rede Telhanorte também lançoua"QuartaFeiraFortedo

Preço Baixo", dia reservado para ofertas especiais, viabilizadas pormeio de parcerias com seus fornecedores. Entre os planos de pagamento está o parcelamento emtrês vezes sem juros e entrada, com a primeiraparcelapara sete de abril. Há, ainda, financiamento especial para aposentados. Na "Liquidação Comparou Comprou", da Dicico (antiga DiCicco), osdescontoschegama até40%e abrangemtodas as linhas de produtos. Fátima Lourenço

Para Luiz Paulo Pompéia, da Embraesp, todos os imóveis deveriam ser reformados antes da venda
comerciais
garantem
bons negócios
Caio Guatelli/AE
Fotos: Paulo Pampolin/Digna Imagem
Na liquidação da Dicico, os descontos chegam a 40% em toda a linha

Lorde se entregou, diz que é inocente e acusa traficante rival

Preso acusado de ataque a ônibus

Apontado como provável mandantedo ataque aoônibus da linha 350, que matou cinco pessoascarbonizadas em novembro, no Rio de Janeiro, Anderson Gonçalves dos Santos, o Lorde, se apresentou no início da madrugada de ontem à polícia carioca. A prisão foi resultado de um acordo entre os advogados do bandido e aPolícia Civil, masLorde negou participação no crime.

OnomedeLorde apareceu em um bilhete deixado ao lado dequatro corposdepessoas que também estaria envolvidas como crime."Tá aíos que queimaram o ônibus.... Só falta o safado do pela-saco do Lorde (sic)", diziao bilhete.Segundo ochefe dePolícia,delegado ÁlvaroLins, o bandido acusa um rival pelas mortes. "Lorde atribui aotraficante Mica,que é desafeto dele, a ordem para o ataque. Os quatro mortos teriam sido assassinados a mando de Mica", disse.

Liberdade – Depoisdeficar 27 dias presa sob suspeita de participação noataque, SabrinaAparecida MarquesMen-

TREMOR

Um tremor de 4,3 graus na escala Richter atingiu sete cidades do Paraná, às 21h de quartafeira, assustando milhares de pessoas, mas sem causar ferimentos ou danos materiais. O epicentro ocorreu em Telêmaco Borba, a cerca de 200 quilômetros de Curitiba, e o abalo foi sentido num raio de 50 quilômetros, nas cidades de Ponta Grossa, Castro, Tibagi, Ortigueira, Reserva e Imbaú. A causa do tremor, segundo o geólogo

des, de 21 anos, deixou a Polinter na noitedequarta-feira após a Delegacia de Repressão a Entorpecentes pedir à Justiça que revogasse a prisão. Sabrina havia sido presa nove dias depois do ataque após acusação de uma menina de 13 anosqueparticipouda chacina. A adolescente disse que Sabrina eraconhecidatambém comoBrenda, namorada de Lorde.Porém,ficou constatadoque Sabrinae Brenda não são amesma pessoa,e quea verdadeira Brenda está foragida. Seu retrato foi divulgado. Chacina – O ataqueao ônibus ocorreu no dia 29 de novembro do ano passado, na PenhaCircular,zonanorte do Rio. Depois que o ônibus parou,atraído porduasjovens, um homem entrou e ordenou a saída do motorista e dos passageiros. Ele ateou fogo ao veículo logo em seguida. Cinco pessoas foram carbonizadas. O crime teria sido represália à mortede um integrantedo grupo de Lorde, Leonardo de Souza Ribeiro, de 22, o Ciborg, que teria sido baleado por policiais militares. (Agências)

Ó RBITA

Augustinho Rigoti da Universidade Federal do Paraná, foi a acomodação das rochas sedimentares de Telêmaco Borba.

O tremor foi detectado pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, que o classificou de

Cidade sofre com a chuva. Mais uma vez.

O número de mortes relacionadas à chuva, no estado, já chega a 7. Ontem foram 14 pontos de alagamento.

Como acontece desde o primeirodiade 2006,a chuvaforte causou transtornos novamente ontem. À tarde, a capitalregistrou 14 pontosde alagamento, novedelesintransitáveis, segundo informação do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), que colocouacapitalpaulista em estado de atenção por causado riscodeinundaçõese deslizamentos.O córrego Pirajussara transbordou por volta das 19h.

Parte dos pontos intransitáveis eramna avenidaMoreira Guimarães, na rua Doutor Mário Vicente, na avenida Rubem Berta, na avenida dos Bandeirantes e na avenida Ibirapuera. Às19h30, a cidade tinha 116 quilômetros de congestionamento. Os regiões mais atingidas foram a central e oeste. Os bombeiros socorreram pessoas ilhadas emdiversos pontos.Uma delas estava na alameda Guaramonis, perto do Aeroporto de Congonhas. Havia pessoasilhadas também nas ruas Frei João e Morais de Barros, ambas na zona sul.Outraocorrência foina avenidaProfessor Inácio de Anhaia Melo, na zona leste. Mortes –Sete mortesrelacionadas às chuvas já foram registradas no estado. Ontem, os bombeiroslocalizaram ocorpo deAntonioJoséFerreira Barbosa, de 68 anos, desaparecido desde segunda-feira, quando caiu em um córrego em Sorocaba .Na madrugada de terça, em Francisco Morato, Bianca de Souza Sodré, de 19, e sua filha, Beatriz Rodrigues de SouzaSodré,de sete meses,

"excepcionalmente forte" para os padrões brasileiros. Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, chefe da seção operacional da Defesa Civil, ao contrário de outros abalos registrados no estadocomo o de seis meses atrás na região de Cascavel, este não foi reflexo de terremoto na região dos Andes. "O epicentro foi aqui", disse.

O Paraná registrou 13 abalos nos últimos cem anos, mas este foi o mais intenso. Novos tremores poderão ocorrer, devido ao acomodamento das placas. (AE)

morreram no deslizamento de umacasa. Na mesmamadrugada,em VárzeaPaulista,Maria Lopes de Almeida e Marília Lopes dos Santos, de 12, também mãe e filha, morreram soterradas no bairro Vila Real. Na cidade de São Paulo, Julival Santos Silva, de 40, morreu aocair comseu Escortem umcórregona CidadeDutra. Elelevavauma vizinhaque sentiu-semal para ohospital. Em Sorocaba, Sônia dos Santos Lemos Pinho, de 31, morreu na quartaao seratingida porum raio no quintal desua casa no Jardim Califórnia. Prejuízos – Ummurocaiu sobre barracos da favela da Rocinha, nazona sul,na noitede quarta-feira.Ninguém ficou ferido, mas a Subprefeitura do Jabaquara interditou e desocupou áreas onde há risco de des-

lizamentoe novosdesabamentos. Muitosforamparaa casade amigose parentes,outrosestão alojadosem umclube comunitário. Osbairros da Freguesiado Ó, Perus, CasaVerde, Pirituba eJaraguá, nazona norte;Lapa eButantã, na zonaoeste;e M'Boi Mirim, na zona sul, estão em estado de alerta devido ao risco de deslizamentos e desabamentos. Outras 17 regiões permanecem em estado de atenção devido ao acumulado de ocorrências.Dezdelas ficam na zona leste. O estado de alerta é o terceiro emumaescala dequatroestágios(observação, atenção,alerta e alerta máximo). Desde 1º de novembro, quando a Defesa Civilimplantouumplano contra alagamentos, toda a cidade está em estado de observação.

Alagamento na avenida Dr. Ricardo Jafet, às 18h15 de ontem, durante forte temporal que atingiu a cidade
Caio Guatelli/ Folha Imagem

Heróis das alturas

Lições e diversão com Valiant, o pombo

Um drama de fuzileiros no Oriente Médio e um infantil estão entre as melhores estréias

Soldados de cabeça oca

Lúcia Helena de Camargo

Jarhead,otítulo originalde Soldado Anônimo, que estréia no Brasil nestasexta, dia6, significaliteralmente"cabeçadejarro".Emoutraspalavras,cabeçaoca. Jarheadéumapelido dado aosmilitaresiniciantes.E mesmoquemnuncaleu notícias sobreasguerrasnasquais osEstados Unidos se metem, vendo o longa-metragemacharáadequadoocodinome. Trata-seaqui de umaadaptaçãodo best seller de 2003 de mesmo título do veterano de guerra americano Anthony Swofford,que aos 20anos participou da primeira Guerra do Golfo e da Guerra do Kwait, no verão de 1990. Vividopeloator Jake Gyllenhall, queconseguelevar àtelaobom-humordoautor,o longa-metragem conta com a direção de Sam Mendes, premiado com oOscarpor Beleza Americana. O diretor sabe como poucos incluir ironias para mostrar o ridículodassituações.Exemplo:o sargento-Staff (Jamie Foxx, ótimo como sempre) abre seu almoço e faz cara de "era sóo que faltava" ao deparar-se com macarrão ao molho "marinara".

Ele, afinal, é um "mariner"... Enquanto o recrutatem sua resistência física e psicológica testadas no limitedoinsuportável,sobo escaldante sol dos desertos do Oriente Médio, ouve-se Don't worry, be happy ("Não se preocupe, seja feliz"), canção BobbyMcFarrin,de1988.Allen Troy (Peter Sarsgaard)faz onecessário contraponto cínico ao ingênuo bommocismo deSwofford etem-se uma tramaque seriaquase divertida,não tratasse ela de guerra. Ao conteúdopouco consistente das mentes dos soldados pouco é

acrescentadoduranteo treinamento.Há orecrutaarrastadoà forçapelos veteranos no dormitório do quartel, paraquesejamarcadoaferro quente.Depois, obrigadosadecorar frases de efeito segundo as quais eles não podem sobreviver semsuasarmas, acabam catatônicos ao perder o fuzil. Mais:elesouvem pelo rádioo pronunciamento de Saddam Hussein que diz ser a Jihad islâmica,ou guerra santa, o único caminho para combateros infiéis. Lavagem cerebral processada, ficam ainda mais sedentosdesangue árabe.Epermanecem, ao mesmo tempo aterrorizados

SoldadoAnônimo: no alto, Swofford (Gyllenhall) e Troy (Sarsgaard) finalmente em combate; acima, Jamie Foxx

e ansiosos com a luta que virá. Nãofaltamos clichês desempre dos filmes deguerra: a cumplicidade criadaentre os paresque jamais se dissipa, em razão do convívio obrigatório e do impacto vivido em conjunto.Há, aliás,tempo desobra paraestabelecer laços e para que os jovens e

OUTRAS ESTRÉIAS

treinados fuzileiros acabem àbeira da demência, enquantoesperam começaruma guerraque talvezjamais seinicie. Concentrados, sópensam em sexo,fazendopiadassobre mulheres e namoradas dos outros, sendo que a maior preocupação de cada um é saber se a sua própria não o está traindo com outro homem. Para afastar o tédio, jogam futebol, trocam pornografia,promovemlutasde escorpiões e se embebedam. Os incêndios nos campos de petróleo, imagem que ficou mundialmente conhecidanaGuerra doKwait,dãoa medida da temperatura àqual chegamas vaziascabeças dos militares, levadosaatos desconexos,aliperdidos no meio do óleo e do fogo.

Nafestaem quecomemoramoencerramento da guerra que durou, na prática,quatrodias,descarregamosfuzis com tiros para o alto. Essa é a maneira que encontram de processar a catarse pela espera de 62 dias no deserto. Opresidente americanonaépoca era George Bush. Conta-se aqui aventuras desoldados comunse deguerras passadas.Mas não ésegredo que se escolheu mostrar essa história para falar de outra guerra próxima dali, a do Iraque, e da insensatez do George Bush atual, que envia para lá muitos outros "jarheds".

Soldado Anônimo (Jarhead, Estados Unidos, 2005, 123 minutos). Direção: Sam Mendes. Com Jake Gyllenhaal Com Jake Gyllenhall, Peter Sarsgaard, Jamie Foxx. UIP.

Duas comédias e uma ficção científica

D idi, O Caçador De Tesouros (Brasil, 2005, 85 minutos).

Direção de Marcus Figueiredo. Neste filme indicado apenas para crianças fãs do eterno trapalhão Renato Aragão, Didi é o mordomo de Dr. Samuel Walker (Cecil Thiré), pai de Pedro (João Paulo Bienemann), menino de 10 anos, que é o grande companheiro de aventuras de Didi. Ao achar um mapa entre duas folhas coladas de um velho álbum de fotos, Didi e Pedro irão para um misterioso hotel abandonado, no interior de São Paulo, onde podem existir pistas sobre a história do avô de Pedro, um tenente da força aérea britânica, que morreu no fim da segunda grande guerra, em circunstâncias estranhas. Didi, que sempre sonhou em ser um caçador de tesouros, é a pessoa que pode achar o ouro, libertar os fantasmas e recuperar o status de um herói que foi considerado covarde e ladrão. Um fantasma adolescente e dois fantasminhas, uma moça bonita e um misterioso e mitológico guardião irão ajudar. Mas o capitão, os três soldados desertores e um rapaz alegre irão tentar impedir.

2 046 - Os Segredos do Amor (2046, China/ França/Alemanha/Hong Kong, 2004, 129 minutos). Direção do chinês Wong Kar Wai. Com visual exuberante, trata-se de uma ficção científica com toques de romance. Mo Wan Chow (Tony Leung Chiu Wai), apaixonado por uma cantora de cabaré misteriosamente desaparecida, decide escrever um livro de ficção científica. Ele pensa ter escrito sobre o futuro, mas, na verdade, foi sobre o passado. Em seu romance, um trem misterioso sempre parte para ano de 2046 e seus passageiros só têm um objetivo ao chegar no destino: recuperar suas memórias perdidas. O personagem principal é interpretado pelo mesmo ator de Amor à Flor da Pele (2000), também dirigido por Wong Kar Wai e leva o mesmo nome do personagem anterior. 2046 é o número do quarto do hotel onde os amantes se encontram e o lugar para onde vão as pessoas que querem recuperar a memória perdida. Chow se envolve com uma cortesã (Zhang Ziyi), com a filha do dono do hotel (Faye Wong) e com uma jogadora (Gong Li).

S e Eu Fosse Você (Brasil, 2005, 115 minutos). Segundo filme com direção de Daniel Filho, que fez também A Partilha. O casal de protagonistas é o mesmo dos astros principais da novela Belíssima, da TV Globo: Tony Ramos e Glória Pires. Nesta comédia um tanto rasteira e de enredo sem grandes inovações, o diretor estende para quase duas horas a trama mil vezes usada no cinema da troca de corpos entre Cláudio (Tony Ramos) e sua mulher, Helena (Glória), casados há duas décadas. O marido é um publicitário falastrão. A mulher, cândida e plácida, lidera com dedicação um coral infantil. Claro que eles não se entendem. Assim, uma conjunção astral faz com que os dois troquem de corpos. Sem saber como reverter a situação, os dois começam a aprender a viver como o outro e descobrem que não é fácil ser uma pessoa do outro sexo. Sim, você já viu esse filme, leitor. Anunciada como comédia romântica. Com Thiago Lacerda, Glória Menezes e Patrícia Pillar no elenco, que conta ainda com Dênis Carvalho, Ary Fontoura e Jorge Fernando como o ufólogo.

Valiant, um pequeno e frágil pombo, alista-se no exército durante a Segunda Guerra Mundial. Em Londres, ele recebe a missão de voar até a França, buscar um importante documento e trazêlo de volta, secretamente, de volta até a Inglaterra. Mas nada será fácil para a valente e determinada ave.

Trata-se da animação ValiantUm Herói que Vale a Pena produzida por John H. Williams (Shrek 1 e 2) e dirigida por Gary Chapman.

Fotos: Divulgação

Jamie Oliver e convidados: viajando pela Itália e descobrindo iguarias nas ruas, casas e mercados. No GNT

Como sempre sonhou em fazer parte do Serviço Real de PombosCorreios, Valiant não mede esforços para concretizar as missões, mas alguns obstáculos podem ser bem difíceis de transpor, principalmente a falta de estímulo demonstrada por muitos ao seu redor.

Seu tamanho e aparente fragilidade são indícios que não contam a seu favor, mas não desanimam Valiant. Em uma lição para o público infantil, ele consegue o que quer e segue afirmando que o importante é o espírito de luta. Durante a vida militar, o pequeno recruta conta ainda com apoio de alguns atrapalhados amigos: Bugsy, Snoby e os dois pombos irmãos Charlie e Tango. Assim, o guerreiro da turma não segue sozinho.

Além da missão de entregar uma mensagem secreta da resistência francesa para as Forças Aliadas, eles precisam fugir das garras do falcão inimigo, General Von Torto, e ainda resgatar um importante oficial seqüestrado pela figura do mal.

O risco de ser devorado pelos falcões e o tempo ruim não impedem Valiant de enfrentar os inimigos, afinal ele tem a seu cargo a missão mais importante da Segunda Guerra Mundial. Essa tarefa de transpor distâncias para transportar mensagens era bastante comum na época das grandes guerras, ensina o filme nas explicações finais. Muitos pombos-correios salvaram vidas humanas exercendo este difícil papel. A contribuição e a importância do desempenho desses animais nas guerras foram o ponto de partida para a criação de Valiant, cujo nome guarda semelhanças com a palavra "valente", fazendo sentido mesmo na versão dublada, única disponível nas salas brasileiras. O desenho animado mostra de forma divertida a história destes verdadeiros heróis voadores.

Filhos, como cuidar

Bebês e adolescentes. Quem tem filho numaououtraidadejáseflagroupensando como seria bom ter um manual para ajudar a educar os anjinhos. A TV, vez ou outra, também mete sua colher tentando cooperar nessa tarefa, como essas duasnovas atrações quevão ao ar hoje pelo Discovery Home & Health. A primeira, A Chegada do Bebê (sextas, às 23h30),mostra, numaespécie de reality show, as primeiras36 horas de umcasale seu novo bebêemcasa –aquelacoisinhaque come,dorme, chora e suja uma fralda após a outra, e que exige dos paisuma lista interminável de habilidades que precisam ser aprendidas: como segurar o bebê, alimentá-lo,trocarfraldas.Às 10he às 18h, o canal estréia outra atração, desta vezbatizada de Anjolescentes, programa no qualdois especialistas dão conselhosparatentarajudarfamíliase seus filhos adolescentes, oferecendo dicas sobre a maneira como se relacioname sugerindonovasformas de comportamento para todos.

À mesa, na Itália

Valiant: pombo pequeno, mas corajoso e determinado a cumprir à risca suas missões na guerra

Acima, o crítico Amir Labaki e Silvio Tendler, diretor do filme. Abaixo, Juscelino

Kubitschek: Canal Brasil

Outra estréia saborosa neste primeiro mêsde 2006acontece neste sábado, dia, 7, às21h, no canal GNT.A estrela principal é o darling das panelas da Inglaterra, ochef Jamie Oliver.Além de um restaurante cinco estrelas em Londres ede um vitoriosoprograma de culinária na TV (exibido em várias partes do mundo), Jamie ficou conhecido por sua luta contra a junk food, na qual passou um ano tentando convencer educadores, merendeirase milhares de estudantes inglesesa se alimentar comcomidas mais saudáveis. Jamie agoraestádevolta,apósregistraruma viagem que fez de trailer pela Itália. A aventura,batizadacomo A grande fugade Jamieparaa Itália,vaidar aotelespectador um retrato da gastronomia italiana com o charme peculiar do chef inglês. O programaterá seis episódios de meia-hora e vai percorrer regiões como aSicília, Marettino, Farfa, Le Marche, Puglia e Amalfi. No programade estréia,Jamie visita a Sicília, e vai conferir as comidas servidas nos mercados derua. Descobre queos sicilianos gostam muito de saladas e peixes e que a culinária ali tem grande influência árabe e norte-africanas. JK, o documentário

Na esteirade estréia daminissérie JK, na Rede Globo, o Canal Brasil exibe neste domingo,dia 8, às 16h,o documentário Os Anos JK, Uma Trajetória Política (1980),de SilvioTendler,que mostra ahistóriapolíticabrasileiraa partir de1945 até ofimdosanos 70, tendo como personagem central o presidente Juscelino Kubitschek. Utilizando-se de vasto material de arquivo, Tendler,emsuaprimeiraincursãonum longa-metragem,discute sobre um dos períodos mais democráticosda nossa história política recente, como o suicídiodo presidenteGetúlioVargas em 1954 eacrisepolíticaqueameaçou aposse deJuscelino,eleitoem 1955, o homem que deu ao Brasil uma nova capital,em 1960.O filmemostra também a renúncia de Jânio Quadros, setemesesapós JKempossá-locomo seu sucessor em 1961,o Movimento Militar em 1964 e a cassação de JK pela ditadura. O críticoAmir Labaki entrevista o diretor SilvioTendler antes da exibição do documentário.

Buena Vista/DivulgaçãoSony Pictures/Divulgação
Didi e Pedro: aventuras com tesouros e fantasmas2046: visual exuberante e trama rebuscada

ALCKMIN SANCIONA TABELA PARA ATRAIR

73 MIL EMPRESAS

A nova lei amplia os limites de faturamento para adesão ao sistema em São Paulo

Mais73 mil empresas devemaderir aoSimples Paulista, segundo estimativadogoverno do Estado de São Paulo. Ontem, o governador Geraldo Alckmin sancionou oProjeto de Lei n° 708/05, que amplia os limites de faturamento para adesão ao sistema simplificado de tributação."Essa medidaprova para o governo federal que épossíveldiminuir acarga tributáriacom responsabilidade", afirmou Alckmin na sede do Sebrae-SP.

Com isso, o Simples Paulista passa a ter quatro faixas de enquadramento. Sea empresa tem faturamento anualde até R$ 240 mil, é isenta de Imposto sobreCirculação deMercadorias e Serviços (ICMS); de R$ 241 mil até R$ 760 mil passa a pagar alíquota de 2,2%; até R$ 1,2 milhão, 3,2%; e até R$ 2,4 milhões, 4,2% de imposto.

Além disso, as alíquotas passam a ser aplicadas de maneira progressiva, a exemplo do cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para fins de tributação mensal. "Assim,seumacompanhiafaturar R$ 241 mil no ano, por exemplo, pagaráimpostoapenas sobre R$ 1 mil", explicou Alckmin na solenidade. Beneficiados – Uma das empresas beneficiadas será o Varejão Araguaia,de SãoBer-

nardo doCampo. Segundoo sócioAntônio Lopes Ventura, aempresateria que sair do Simples Paulista para poder ampliaro negócio."Com anova tabelapoderemos aumentaro faturamento emanter a carga tributária reduzida", afirmou Ventura.

A proprietária da Líder AssessoriaContábil, Arminda Budemberg, também comemoroua sançãoda novatabela. "Cerca de 50 dosmeus238 clientes somente vão poder permanecer no Simples Paulista este ano por conta dos novos limites", afirmou.

Asempresas exportadoras tambémserão beneficiadas com as novas regras do governopaulista. Issoporquetudo o quea companhia faturar com exportação nãocontará em relação ao Simples.

A medida foi festejada tambémpor microempresascomo alojade bonecasPretaPretinha. "Apartir dejulho vamos exportar nossas bonecas para a França e a Alemanha, e mesmo com o aumentode faturamentovamos podercontinuarno Simples",disse LúciaVenâncio, uma das sócias.

Fim dos informais – O superintendentedo Sebrae-SP,José LuísRicca,lembrouaindaquea medida deve diminuir o número demicros eempresas depequeno porte informaisno estado,numtotalde2,6milhõesho-

je. "A medida vai incentivar a formalização, além dediminuironúmerodeempresasque fecham nos primeiros cinco anosde funcionamento por causa do excesso de burocracia e carga tributária", disse. Atualmente, SãoPaulo tem1,3milhões demicroe pequenas empresasformais, que representam97% das companhias paulistas e empregam cerca de 67% dos trabalhadores do estado. Outros projetos – O governador Alckmin aproveitou a ocasiãopara sancionartambémo projeto "Microempresa Competitiva", que possibilita àsmicros buscarcrédito no banco Nossa Caixa pagando juros de 1,89%ao mês. Segundo ele, haverá um total de R$ 100 milhões disponíveis para empréstimos. De acordo com o gerente da unidadedeapoioa financiamento e capitalização do Sebrae-SP,FábioCampos,ovalor mínimo deempréstimo na linha é deR$ 5 mil eo máximo é de R$ 30mil para pagamento ematé 24meses. "Amicroempresa poderá financiar até 80% do valortotaldo investimento", esclareceu o gerente. Outralei sancionada ontem pelogovernador éa que isenta do ICMS os domicílios que consomem até 90 kwh por mês de energia.

Laura Ignacio

Uma armadilha no sistema federal

A pesardos novos limites doSimples Federalterem sido festejados pelos empresários, as novas faixasde alíquotas determinadas pelo governo federal podem fazer com que seja mais vantajoso o regimede tributaçãopelo lucro presumido. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Serviços ContábeisnoEstadode São Paulo (Sescon-SP),José Maria Chapina Alcazar, a medida embute um aumentode 44% na incidência de tributos e contribuições no Simples.

Para Chapina, os empresários desavisados que se enquadrarem noSimplesporconta dosnovos limites de faturamento correm o risco de pagar

mais imposto do que se optassem por um regime comum de tributação. "Isso porqueoslimites foram ampliados, mas as alíquotas também", disse. A MP n° 275 ampliou de R$ 120 mil para R$ 240 mil o faturamento máximodasmicros e de R$ 1,2 milhão para R$ 2,4milhões das empresas de pequeno porte que quiserem optar pelo Simples. Para o comércio, por exemplo, a alíquotamínimafoi de 8,6% para 12,6%, segundo ogerente geral da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Motta. Ele afirmou que para a empresa que tem custo com folha de pagamentode até R$6 mil por mês, em média, pode ser melhor o lucro presumido. "A

grande vantagem do Simples é queele eliminaos20% decontribuição previdenciária sobre a folha de pagamento. Se a empresa não tem folha, e considerando as novas alíquotas, o lucro presumidopodeser melhor", disse Motta. ParaChapina, sópara empresas com custo de folha acimade 8%dofaturamentoo Simples é mais benéfico. Masos especialistas alertam que o mesmo raciocínio não vale para o Simples Paulista. "A diferença é que para quem opta pelo Simples Paulista as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadoriase Serviços (ICMS)são muito menores do que as comuns", explica Motta. (LI)

SDE E SEAE ATUARÃO JUNTAS

A pós doisanosdeexperiência, asSecretarias de Direito Econômico (SDE) e de Acompanhamento Econômico (Seae) formalizaram ontem a decisão de atuar em forma conjunta naanálise defusões, aquisições e condutas das empresas. Comisso,as secretarias – que são vinculadas a ministérios diferentes – querem consolidar a redução de burocracia e de tempo na avaliação dos efeitosqueessasoperações têm sobre os mercados e os consumidores. Segundo as estatísticas oficiais, o tempo médiode análise das operações submetidas aos órgãos de defesa da concorrência noPaís caiu

de 39,7 dias em 2003 para 27,4dias noano passado.As duas secretarias funcionam como espécies de agências investigadoras dos reflexos econômicos de fusõesou de denúncias de práticas não competitivas das empresas. Ao final da apuração, os relatóriossão enviados ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade),que faz o julgamento final. Avanço – "A atuaçãoconjuntaé umaformade osistema avançar, enquanto se aguarda uma reestruturação definitiva", comentou osecretário deDireitoEconômico, Daniel Goldberg. Essa nova estrutura a que o secretário

se refere consta de um projeto de lei enviado em setembro passado pelo governo ao Congresso Nacional. A proposta, em linhas gerais, unifica as três estruturas hoje existentes nosistema (Cade,SDE e Seae) e determina que os impactos econômicosde fusões sejamanalisados antesdeo negócio ocorrer e não depois, como ocorre atualmente. Desde janeiro de 2004, alguns casos já estão sendo escolhidospara seremanalisados conjuntamentepela SDE epelaSeae.Entreosexemplos mais recentes está a venda das fábricas de suco de laranja daCargill no Brasil para a Cutrale e a Citrosuco. (AE)

É possível diminuir a carga tributária com responsabilidade GeraldoAlckmin, governadordeSãoPaulo

Os pesquisadores Fábio Giambiagi eMônica Mora, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),concluíramque aprefeitura de São Paulo, dificilmente, conseguirá enquadrarse no limite de endividamento previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) dentro de dez anos,esugeremseu afrouxamento imediato.

Para eles, a dívida paulistana com o governo federal cresceu tanto que a solução será mudar a regra para todos os Executivos municipais,igualando-os aos governos dos estados e tornando possível que o Palácio doAnhangabaú possa cumprir a meta. Nas cidades, segundo a regra atual, o máximo que o débito poderáatingir em 2016 seráiguala 1,2vezareceita de 12meses;nosgovernos estaduais, a fronteira é maior e chega a duas vezes. "É muito difícilque o municípiodeSão Pauloconsigaalcançaro limitede1,2", dissea pesquisadora,autora, com

Giambiagi, do estudo "Federalismo e endividamento subnacional:uma discussãosobre a sustentabilidadeda dívidaestaduale municipal",noqual fazem o diagnóstico. Fácilalteração – De acordo comGiambiagie Mônica,aalteraçãopodeser feitasemmexer diretamente na LRF, mas pormeioderesoluçãodoSenado. A lei prevê a existência do limite, mas é a Resolução 40 da Casa quefixa o númerode 1,2 para os municípios.

Mônicadisse queasituação daprefeitura de SãoPaulo é bempior atéquea dosestados de Alagoas e Rio Grande do Sul, quetêm ospiores indicadores fiscais entre as administrações estaduais (veja texto na página 5). A avaliação dos pesquisadores é a de que a maioria desses executivos quitaráa dívidadentro das condiçõeseprazosprevistos norefinanciamentocoma administraçãofederal feitona gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Condições – "As condições de financiamento propostas

contadora Arminda Budemberg (acima,à esq.)diz que seus clientes ganharão com a medida e a empresária Lúcia Venâncio (acimaàdir.) vê facilidade para exportar. Lopes Ventura (aolado)diz que aumentará o faturamento sem pagar mais impostos.

pelaUnião ao municípiode SãoPauloforamas mesmas que as dos estados, mas o município não conseguiucumprir a exigência de desembolsar20% àvista,que dariadireitoa jurosde6% (anuais),e os juros foram a9% ao ano, mais o IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna)", disse Mônica. Este ano, comoo IGP-DI de 2005 ficou em 1,22%, no nível maisbaixoda história,oindexador contribuirá para dar um alívioaos estadoseadministrações municipais. O trabalho diz que "o município de São Paulo combina condições desfavoráveis". Entre elas os juros mais altos e um estoquededébito relativamente elevado. "Ao flexibilizaros limites, semsuscitar maiores modificações no aparato institucional, caminhase na direção de fortalecê-lo", dizotexto. Oestudomencionatambémque "arigidezda legislação freqüentemente induziu a buscar os meios para contorná-la". (AE)

Leonardo Rodrigues/Hype
Medida deve reduzir a informalidade, segundo José Luís Ricca, diretor do Sebrae-SP (emprimeiroplano),
A

Mercado imobiliário aposta em

juros menores para crescer

Expectativa é de que, além do custo menor do dinheiro, a ampliação de Viracopos impulsione novos negócios

OacenodadopeloBanco CentraldequeoComitê de Política Monetária (Copom) poderá baixar ainda mais os juros nos próximos meses ea consolidaçãoda ampliação doaeroporto Internacionalde Viracopos,em Campinas,são as apostas do mercado imobiliário local para o aquecimento das vendas de imóveis tanto residenciais quanto comerciais.Essa é aavaliação feita por duas instituições que representam o mercado em Campinas: a Associação Regional da Habitação (Habicamp) e o Sindicato da Habitação de São Paulo, regional Campinas (Secovi). Segundo Rui Scaranari, diretor do Sindicato, o mercadolocal fechou 2005 comumnúmerodelançamentos 23% maiorcomparado a2004. Como índice,de acordo com o diretor, foram implementados em Campinas 800 novos condomínios verticais ehorizontais. "Para o ano que vem estamos otimistas. Não diria eufóricos, mas otimistas. Estamos apostando no aumento das linhas de crédito dos bancos privados, que voltaram a investir na construção civil", diz Scaranari. Essaslinhasde créditoaqueodiretordo Secoviserefere começaram a chegar ao mercado imobiliário em 2004 por determinação do Banco Central. No ano passado, o mercado imobiliário brasileiro recebeu R$ 3 bilhões em contratosassinados emtodooPaís,chegando, em 2005, a R$ 4,6 bilhões. "No ano passado, 55% foram para a produção e 45%, para imóveis prontos. Isso também se refletiu em Campinas, com o aumento na construção e nas vendas”, disse Scaranari. Para 2006, a estimativa é de que ovolume de crédito no País cheguea R$6 bilhões apenas com o financiamento dos bancos privados e R$ 2 bilhões devem vir da Caixa Econômica Federal. Altopadrão – Em Campinas, quemdeterminou o aquecimento do mercado imobiliário, no ano passado, foi oimóvel dealto padrão,classificado pelasimobiliárias como "diferenciados". Foi nesse caminho que a imobiliária Home Hunters direcionou o foco de seus negócios apartirdosegundosemestrede 2005."Evamos manter nossos negócios, também neste ano, voltados para os imóveis de alto padrão, que é o que deu certo no ano passado”, dizRenata Cristina,responsável pelaárea de locação da imobiliária.

A Habicamp percebeu queo aquecimento do mercado, no segundo semestre deste ano, na Região Metropolitanade Campinas, aconteceu, principalmente,em Campinas e Vinhedo. De acordo com o presidente da Associação,Sinval Dorigon,cada umadasduas cidades tem suas vantagens.Campinas,porabrigar cada vez mais empresas de São Paulo, e Vinhedo, pela proximidade de São Paulo e ao mesmo tempo de Campinas. Apenasa cidadede Campinasteveaprovadas,em 2005, pela prefeitura, a construção de 15.493 unidades habitacionais ecomerciais, quesomam umaárea de10 milhões de metros quadrados. Em Vinhedo, foram 2.299

unidades com 1,4 milhão de metros quadrados ao todo.

SegundoDorigon, levantamentodaHabicampmostrou que,no departamentoimobiliário daprefeitura de Campinas existiam nacidade, em 2000, 134.038casas e 67.784apartamentos.Jánoanopassado,osnúmeroschegaram a 141.423 casas e 123.408 apartamentos. Isso mostra que, apesar da criseconstante como apontam os empreendedores, o setor cresce. Talvez não na velocidade e no volume queos empreendedoresdesejariam, mas o crescimento está presente. "A ampliação do aeroporto de Viracopos, nosso marco no desenvolvimento de Campinas,também estáajudando muito nesse crescimento", observou o presidente da Habicamp.

ÓRBITA

TRÂNSITO

OCampinas Shopping, localizado no trevo da rodovia Anhangüera com Santos Dumont, estará realizando, entre os dias 10 e 29 de janeiro, um evento para orientar crianças com idade de 5 a 11 anos sobre educação no trânsito. Uma minicidade itinerante, com réplicas de ruas e semáforos, será instalada dentro do shopping e servirão para transmitir noções de cidadania, segurança no trânsito, comportamento de pedestre e de motoristas às crianças. a instalação será da Porto Seguro. A minicidade funcionará das 14h às 19h e terá entrada gratuita.

FISCALIZAÇÃO

Durante o período de chuvas, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) vai monitorar, todos os dias úteis, das 8h às 18h, o trânsito nos distritos de Sousas e Joaquim Egídio. O monitoramento deverá ser feito durante os primeiros três meses do ano. O objetivo é agilizar o atendimento feito por técnicos e agentes nos casos de ocorrências e emergências. No período noturno e nos finais de semana a Empresa vai manter rondas periódicas de vigilância. Em 2005, houve danos em pontes e alagamentos com as chuvas.

FESTA

Valinhos promove a 57ª Festa do Figo e 12ª Expogoiaba entre os dias 14 e 29 deste mês, no Parque Municipal “Monsenhor Bruno Nardini”, com entrada franca e apresentação de 120 grupos musicais, a maioria deles da própria cidade. A festa acontecerá de terça a sextafeira a partir das 18h, com shows a partir das 19h30. Aos sábados e domingos, o parque abrirá mais cedo, às 10h, com apresentações musicais somente depois das 19h30. Os shows vão mostrar diversos ritmos como rock, pop rock, sertanejo a samba, pagode e axé.

Estamos otimistas, esperandono aumentodas linhasdecrédito RuiScaranari, diretordoSecoviCampinas

Prefeitura libera boletos de cadastro rural

ASecretaria de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo, da Prefeitura de Campinas, está com aproximadamente mil boletos para o pagamento do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) que devem ser entregues aos proprietários rurais da cidade. O imposto, federal, é arrecadado pelo Instituto

Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) por meio das administrações municipais. Com o dinheiro o Instituto atualiza o cadastro do imóvel rural. O prazo para o pagamento é 20 de janeiro.

Como o governo federal tem dificuldades para enviar a cobrança diretamente aos proprietários rurais acaba remetendo os boletos à

prefeitura, que se encarrega de distribuí-los. A administração municipal informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está à espera dos contribuintes, na Secretaria de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo, no 5º andar do Paço Municipal, no setor do Grupo de Desenvolvimento Rural Sustentável (GDR) para que retirem seus boletos. (MT)

Comercial – A ampliaçãodo aeroportode Viracopos tambémdeve impulsionarosnegócios,na avaliaçãodo presidente da Cariba Empreendimentos, Franklin Gindler. "Campinas, hoje, disputa moradores e empresas diretamente com São Paulo. Temos um custo de vida muito menor e a questão da logística, com Viracopos, vai determinar novas mudanças para a cidade", diz ele.

Para2006, aapostaé deque oaquecimentose dêcom maisintensidade nomercadodecomerciais, queregistrourecuperação no quatro trimestre doano passado. Atéentão,mesmo semosnúmeros dosetor, segundo Gindler,o queaconteceunosprimeiros mesesde2005, com a desaceleraçãonas vendas, foi ummovimento de retraçãodo mercadodevidoaovolume delançamentos que se viu nos três anos anteriores.

A voltaporcimaveio depoisde um lançamentoda Rossi Incorporadora, em agosto passado. O condomínio PraçaCapital,próximoàsrodoviasDomPedroI,Anhangüera eao Trevode MogiMirim, teráinvestimentos de R$ 30milhões em trêsanos . Jávendeu, na fasede lançamento,480unidadesem umtotaldeR$ 60milhões. "Foi quando o mercado percebeu que ainda havia fôlego para as vendas" , disse o presidente da Cariba, que acha que os negócios estarão aquecidos ainda neste semestre, commaislançamentos apenasapartirde julho."Atélá, esperamos que tudoo que foi construídoem Campinas esteja ocupado", completou.

Construção– Parao vice-presidentedo Sindicatoda Construção Civil (Sinduscon), regional Campinas, João Coelho, 2006 será, no máximo, a mesma coisa que se viu em 2005: um período fraco para as vendas e a construção civil. "Nosso setor não espera muita coisa este ano, a não serque apolíticadefinanciamentohabitacionalrealmente seja estabelecida", observou o vice-presidente. Mário Tonocchi

(19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br

Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200

Cidade encerrou 2005 com 800 novos condomínios verticais e horizontais. Número de lançamentos foi 23% maior do que no ano anterior, segundo o Secovi
Mercado de empreendimentos empresariais é aposta para 2006, como o Trade Tower (acima)

GASTRONOMIA

Programa para o Dia de Reis, no Rei do Filet

Lúcia Helena de Camargo

inauguração em 1929 e pratos servidos para célebres paulistanos

No Dia de Reis, a pedida é comercomo um.Assim, adica é o Moraes – O Rei do Filet. Semluxoou sofisticações desnecessárias, o restauranteentrou para a históriagastronômicadeSão Paulo unicamentepelaexcelênciadesuacomida. Inaugurado em 1929, já acolheu em suas mesas os escritores modernistas Mário e Oswald de Andrade, para ficarentre osmais célebrespaulistanos. Hojecom duas casas,na região centraleemCerqueira César,serve cincotoneladasde filémignontodos os meses.

Desde1985ganha todoanootroféu da revista Quatro Rodas pela qualidade da cozinha. Devidamenteenquadrados ependuradosnosalão principal, nemseriam necessáriospara atestar aos clientes o que se vê no prato: filé de primeira, servido com 16 acompanhamentosdiferentes, tudo preparado na hora pelo simpático ItamarOliveiraLima, quecomandaacozinha há cinco anos. Aosfamintos,recomenda-se o filé de 430 gramas, que pode ser simples (R$37,90),acompanhadodoclássicoe delicioso alho seco (R$ 46,80), com brócolis alho e óleo (R$ 52,60), estes os três mais vendidos na casa. Há ainda o filé à parmegiana (R$ 53), com palmito exportação (R$ 60), entre outras delícias.Paraos carnívorosmoderados,a dicaé o Mini-filet, com 230gramas, criado na década de 1980 durante o Plano Cruzado. "Na época foi necessáriodiminuiropesoparapoderatender a todosos clientes", relataFábio Corrêa Bento, nutricionista do Moraes. Doquecuida umnutricionistaem uma casa que possuientre suas22 guarnições as generosas porções de

ADe cortes com Cabernet resultam bons vinhos

variedade Tannat, originária do do sudoeste da França, da região de Madiran, junto aos Pirineus, produz vinhos tintos, encorpados, tânicos e até "duros", que com estágio em madeira e com o tempo podem tornar-se muito interessantes. Também do corte de Tannat com Cabernet-Franc ou Cabernet-Sauvignon podem resultar muito bons vinhos. Quando não cortados, esses vinhos devem permanecer pelo menos por 20 meses em madeira. Atualmente a Tannat ocupa a Europa apenas cerca de três mil hectares.

Por outro lado, a variedade foi levada do país basco (o Madiram é no país basco) para a América do Sul, onde se aclimataram bem, principalmente no Uruguai.

Ao redor de 1870, o basco Pascoal Harriague fez vir da França a Tannat para o Uruguai, onde a variedade tomaria seu nome. A uva seria com a Folha Noire e as Moscatéis, a base viticultura do país. Atualmente o vinhedo uruguaia ocupa 9,4 milha, sendo a Tannat sua principal variedade. As principais regiões são as de Colônia, San José e Canelones junto ao Rio da Prata e Artigas e Rivera no norte, próximo à fronteira brasileira.

Nos últimos anos, mudas de Tannat do Uruguai foram plantadas na Argentina e Rio Grande do Sul, onde tem gerado vinhos corretos, cortados e varietais. Do mesmo modo que ocorrem com a Malbec na Argentina, da Tannat no Uruguai; tem resultado vinhos superiores aqueles de sua terra de origem.

Provaremos hoje dois Tannat muito interessantes, um gaúcho e um uruguaio.

prepara o inigualável filé

Coroa doce

P ara a sobremesa, a sugestão é o Bolo Rei, que lembra o formato de uma coroa e simboliza as prendas que os três reis magos, Melchior, Baltazar e Gaspar, ofereceram ao menino Jesus em seu nascimento. O recheio de frutas cristalizadas,

castanhas e ameixas tem intenção de lembrar as jóias e parte externa representa o ouro e a mirra. O aroma do bolo, o incenso. O bolo é vendido por R$ 26 (450 gramas) e R$ 42 (750 gramas), na Doceria Holandesa. SAC: (11) 3331-3188.

alho e óleo (R$ 8,20), batatas fritas (R$ 6,50) e cebola frita (R$ 6,10)? Não está entresuas tarefasinformarquantas calorias têm cada prato ou balancear a alimentação dosclientes, pois quem vai em busca do famoso filé definitivamente não estápensando no regime. "Oriento a higiene e o abastecimento, para que tudo seja sempre fresco", diz. "Não usamos, por exemplo, carne congelada."

O inigualável alho é um capítulo muitoparticularno Moraes.Um dos segredosrevelados sobreos 200quilos servidosao mês: apreparação demora cincodias, entrefritura, transferência de um tacho para outro, descanso, secageme outrostratamentos que eles não revelam. Tentar reproduzir emcasa é perda detempo, segundo Bento. "Eu próprio, conhecendo todos os processos, já tenteifazer, mas não consegui,porque épreciso transferir de uma panela à outra na temperatura certa, além de outras instruções muito específicas."

O vasto cardápio dispõe ainda saladas, bebidasvariadas (chopeBrahma, R$ 3,30) e recentemente passou a ter o prato executivo Filet 2000, que ao custode R$18,20 ofereceumfilé de130 gramas acompanhadode duasguarnições, mini-salada e sobremesa. Para começar a comer com os olhos oujá escolhero pratoantesde sairde casa, o cardápio e a história podem ser consultadosno site dorestaurante (http://www.filetdomoraes.com.br).

Moraes - O Rei do Filet - Praça Júlio Mesquita, 175, Centro, tel.: (11) 3221-8066; e Alameda Santos, 1105, tel.: (11) 3287-6365.

HAPPY HOUR

Brindando com coquetéis

Animado Dia de Reis. No Rei das Batidas

Armando Serra Negra

Hoje éDiade Reis,dedesmontaraárvorede Natal, guardaropresépio etirara guirlanda da porta de casa. Fim da folia iniciadano 24 dedezembro, celebração da visita de Belchior, Baltazar e Gaspar, os três reis magos vindos do Oriente atrás de uma estrela misteriosa. Louvaram comouro,incensoemirrao deus-menino, nascido numa manjedourade Belém.Porque, então, não brindar oprimeirofimdesemana de 2006 com um caprichado coquetel de cachaça (R$ 4,00) ou vodka (R$ 4,50) no tradicional boteco de um outro rei? Fundado no aniversário deSão

Paulo, em25 dejaneiro de1970, oRei das Batidascontinua empunhandoo cetro na mesma esquina36 anos depois, passando incólumeàs reformas viárias da região quepoderiamter afastadoboa partedesua clientela. "Quandoabrimosas portas,afrondosa paineira ainda estava ali, protegendo os passantes do sol e do calor, com suasombrarefrescante",lembraogarçomOsmar Afrísiodos Santos,apontando para a confluência das avenidas Francisco Morato, Vital Brasil, Lineu de Paula Machado e Valdemar Ferreira, quedá acessoàUniversidade deSão Paulo. Outros tempos, a majestosa

paineira foi podada, houve quem chorasse de tristeza. Masno Rei das Batidas outro chorinho, despejado alegremente nos copos, continua jorrando. Afrísioéumgarçomatípico.Formado em pedagogia, é escritor, poeta, autordedoislivros.Corre comsua bandeja pelo salãoe terraço, orgulhando-se de já ter aberto 1,4 milhões de garrafasde cerveja: "Foio pessoal daPolique calculou,numamédiade 125 por dia", sorri. Biblioteca com 1500livros,de causarinveja aqualquer intelectual, ele tem muitas históriaspara contar."Orecorde deconsumo é da turma da FEA-USP (Faculdade

de Economia e Administração) que numa tardede confraternização, em 2004, bebeu 90 caixas de cerveja". Outra: "Uma gata chegou aqui, tomou oitobatidas emuma hora,e aindasaiu sóbria!". São 15 marcas de cachaça, 16 de cerveja, uísques,porções, lanches. Tipos de batida? Desnecessáriocontar, num lugar que érei. Mas há algumas curiosas: leite de tartaruga, pé na cova, volta ao mundo,banhodelua, etc. As receitas? Vá até lá e confira!

Don Laurindo Tannat - 2001

Vinho da vinícola homônima, do Vale do Vinhedos, Garibaldi (RS), tel/fax: (54) 459-1600.

É um vinho de uma pequena vinícola, mas de alto nível, a ponto de dispensar representação fora de sua origem de produção limitada (25.000 garrafas em 2001), o vinho, de 13º GL, é de coloração vermelha-rubí, intensa, com aromas que lembram cacau, pimenta e baunilha. Na boca o vinho é potente, equilibrado e macio. Seus taninos foram bem arredondados pela madeira, resultando um vinho encorpado e harmônico, que nos reconcilia com a variedade. Ótima relação custo-benefício. Preço R$ 30. Avaliação 88/100.

Pisano RPF Tannat 2003

O vinho de 14º GL é elaborado por uma das vinícolas mais reputadas do Uruguai, a Pisano, em sua versão RPF (Reserva Personal de la Família), em Progresso, Uruguai. É representado pela Importadora Mistral, tel.: (11) 3372-3400.

De coloração vermelha escura, com reflexos violáceos, brilhantes e límpido o vinho tem aromas completos de frutas vermelhas, toques de baunilha e frutas secas. Na boca o vinho é potente amplo, com madeira, trufa e cacau. Os taninos potentes mas macios completam o perfeito vinho. Retro olfato e retrogosto longos. Um ótimo vinho. Preço R$ 50. Avaliação 90/100.

Cotações:

● Regular - 50 a 60 pontos sobre 100 possíveis

● Bom - 60 a 70 pontos

● Muito Bom - 70 a 80 pontos

● Ótimo - 80 a 90 pontos

● Excelente - acima de 90 pontos.

Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (FIJEV), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, São Paulo, 2003.

Paris, 24 de maio de 1976. Num dos salões do Hotel Intercontinental, nove juízes, escolhidos entre a nata da comunidade francesa do vinho, iniciam uma degustação às cegas. Em julgamento, famosos exemplares franceses (Bordeaux, Burgundy) e algumas garrafas muito menos conhecidas de produtores californianos. George M. Taber, único jornalista "infiltrado" na degustação, não perde um detalhe. Quando as provas começam, percebe os juízes indecisos, com dificuldades em identificar os vinhos. Só esse titubear já era uma vitória americana. Mas as surpresas não pararam aí. Taber, que acaba de lançar o livro Judgment of Paris(Scribner Book Company), acrescenta saborosos detalhes ao furo revelado na revista Time daquele 1976. Um dos jurados, proprietário do badalado restaurante Grand Véfor, enche sua taça com um Freemark Abbey

Chardonnay 1972, faz pose com o copo para apreciar o bouquet,e declara: "Ah!, de volta à França!" Ulalá! A casa acabava de cair. Ele continuava na Califórnia, no Vale Napa. A grande tragédia, para os franceses, veio com os resultados finais: o Chardonnay Chateau Montelena 1973, com assinatura do enólogo Mike Grgich, foi o melhor entre seus pares. E o Cabernet Sauvignon Stag's Leap Wine Cellars venceu nada menos do que um Château Mouton Rothschild. O Chardonnay Montelena é obra do imigrante croata Mike Grgich, que

avaliação do temido Robert Parker. http://www.grgich.com/html/news_taberarticle.html http:www.grgich.com/html/winery.html

Julgamento de Paris
Rei das Batidas - Avenida Valdemar Ferreira, 231, Butantã, tel: (11) 3031-5795.
Sérgio de Paula Santos
Fotos: Noélia Ypê/Digna Imagem
Rei das Batidas: instalado na mesma esquina há 36 anosO garçom Osmar Afrísio dos Santos: muitas histórias para contar
Fotos: Tânia Rego/LUZ
Moraes:
Itamar
com alho, servido com porção de brócolis
Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

Em coma, estado de Sharon é crítico

O primeiro-ministro de Israel ficará em coma induzido por até 72 horas. Especialistas acreditam que os danos no cérebro de Sharon foram extensos.

Depois de ser submetido auma operação de sete horas, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, continuava ontem em situação crítica e deverá permanecer sedadoe comrespiraçãoartificial por até72 horas, quandoos médicos esperamfazeruma avaliação de seu quadro."Estamos lutando por sua vida, sem concessões", declarou o diretor do Hospital Hadassa, Shlomo Mor-Yosef, em Jerusalém, ondeo primeiro-ministro permanece internado na UTI. Quando perguntado se Sharonteriacondiçõesdevoltarao trabalho, Mor-Yosefrespondeu que as previsões para o futuro são quase impossíveis: "Devo dizerque, no quese refere ao futuro, nas atuais circunstâncias isso não será possível", afirmou. "Não podemos saber quais serão os resultados dacirurgia, seeleterá suashabilidades afetadas. Somente depoisde sairdocomateremos umaavaliação."Ochefe do hospital disse que um dado positivo éo fato deas pupilas deSharon responderemàluz "o que significa que a mente está funcionando". Ontem à noite, jornais israelenses noticiavam que os danos sofrido por Sharon eram extensos. Opiniões – Diante do quadro do paciente, neurologistas acreditam queaschancesde ele sobreviverou serecuperar plenamente sãopequenas. Derrames hemorrágicos como odeSharon secaracterizam por sangramento no cérebro e são menos comuns que os derrames causados por coágulos sangüíneos, mas geralmente sãomaisletais.Cercade 17% dos derrames são causados pela ruptura de um vaso sangüíneo no cérebro, e menos da metade dos que sofrem esses derrames sobrevivem além de um mês, segundo a American HeartAssociation.Além disso, muitos dos que sobrevivem sofrem danos debilitadores . "Estaé,provavelmente,uma das condições neurológicas mais críticas que enfrentamos", disse o dr. David S. Liebeskind,especialistaem derrames da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). "Trata-se de uma doença muito grave e, infelizmente,comum. Lidamos com ela todos os dias."

Acondição de Sharoné agravada pelo fato deque ele está acima do peso, é hipertensoevemsendotratadocomanticoagulantes depois do derrameleveque sofreu em 18 de dezembro. Na ocasião, ele teve alta dois dias depois e retomou suas funções no governo.

Chances – Aschances de Sharon sobreviverao derrame são inferiores a 20%, na avaliação do dr. Philip Stieg, diretor do departamentodeneurocirurgia do Weill Cornell MedicalCollege emNovaYork. "É altamente improvávelque ele saia dessa um indivíduo com capacidade de andar e conversar", disse Stieg. "Estamosfalandodeuma pessoade77 anosmorbidamente obesa.Os prognósticos paraelesão extremamente sombrios."

A maior prioridade no tratamento de uma hemorragia cerebralédrenaro excessode sangue para reduzir a pressão e bloquear a origem do sangramento. Estaúltimapodeser umatarefa difícil,ouaté impossível, a depender da localização do rompimento.

Oprocedimento normalparaisso éa cirurgiaconvencional, mas a UCLA e outras instituições investigam maneiras de introduzir um catetér no cérebro por meio de uma artéria, tanto para drenar o sangue comopara fecharoferimento.

Além disso, disse Liebeskind, o tratamento é, na verdade, uma série de cuidados auxiliares– manter baixa a pressão sangüínea, garantir a boa hidratação e evitar que ele tenha febre, condições que poderiam piorar o quadro geral." (AE)_

Sharon

durante a guerra dos Seis Dias, em 1967, no deserto do Sinai. À esquerda, o primeiro-ministro de Israel no Muro das Lamentações, em fevereiro de 2001.

ARIK ENCARA SEU ÚLTIMO INIMIGO

A harai, aharai -era o grito de guerra do jovem capitão Ariel Sharon. Sigam-me, sigam-me - ele gritava, e partia à frente dasmais audaciosas e inesperadas batalhas da história militar israelense. Os soldados iamatrás. Iriamonde quer que fosse, avançando sob fogo cerrado. Só recuariam se perdessem dois terços das tropas. Se hojeo generalAriel Arik Sharongritasse aharai, Israel ainda oseguiria. Mas ele sofreu um maciço ataque de um inimigoinvencível, opróprio corpode77anos,gordo,frágil, comandado por nervosde aço.Se sobreviver, nãoserá mais o mesmo. Nem seu País. Foi na sua Unidade 101, base lendáriado modernoexército israelense, que Arik teve seu primeiro encontro com a morte.Eraa guerradaIndependência, 1948, e sua brigada lutava para conquistar o convento deLatrun, entreJerusalém eTel-Aviv. Umabala perfurou-lhe o estômago. Um soldado o carregou para a vida.OrdensdocapitãoSharon: não deixar nenhum ferido em campo de batalha, mesmo à custademais feridos, ou mortos. Aharai, aharai (pronuncia-se arrarai) - e a tropa o seguia. Nascido naPalestina sob mandato britânico, aos 14anos elejá carregavaarmas, operando em organizações paramilitares clandestinas que defendiam os colonos judeus. Tinhaa fama derebelde, nãocumpriaordens,e geralmenteas excedia. Excesso: esta sempre foia marcadeSharon. Talvez por isso o chamavam de Trator, Elefante e Rei de Israel. Nada o brecava. Uma vez, em 1956, ele levou seus pára-quedistas asaltar atrás daslinhasegípcias, no passo de Mitla, no deserto do Sinai, paraum furiosoataque emqueperdeudezenasdesoldados.Outravez,elepenetrou com um comando em território jordaniano para a Operação Kibia, um engano que custou muitas vidas civis. Aquele capitãoeratãorebelde que o general Ezer Weizman,paidaForçaAérea israelense, escreveuem suas memórias: “Na guerra, eu o seguirei no meio do fogo e da tormenta, masa vidapolítica tem valores diferentes”. Tão rebelde que o fundador de Israel, David Ben Gurion,perguntou-lhe: “Arik, você já paroudementir?” Tãorebelde, que o primeiro-ministro Me-

nachem Beguin, em seu primeirogoverno, recusava-lhe a promoção a ministro da Defesa, justificando-se: “Sharon é capaz de cercar com tanques o prédio do governo”. Mas Sharon se tornouministro daDefesade Beguin por um único motivo: só ele, então o“rei dacolonização” na Cisjordânia e Gaza, ocupados por Israel na guerra dos Seis Dias, em 1967, seria capaz de retirar os colonos fixados em Yamit, no deserto do SinaidevolvidoaoEgito em troca do primeiro acordo de paz com um vizinho árabe. Como só ele outra vez, recentemente, conseguiu retirar oscolonos deGaza. Ambos os lados o respeitam e o temem.

Aharai! Arebeldiade Sharon deu-lhe acompleta confiança de seus soldados. Ele os comandou na contra-ofensiva da guerra de 1973, lançada pelo Egito quando os israelenses se recolhiam ao seu dia religio-

Sharon e seu arquiinimigo Yasser Arafat, em outubro de 1998, nos Estados Unidos. O vice-primeiro ministro Ehud Olmert ao lado da poltrona vazia de Sharon. Abaixo, menino palestino com cartaz antiSharon: "Vá para o inferno".

so mais trágico, o Yom Kippur, o Dia do Perdão. Cumpria sua própria agenda,e nãoordens superiores.Derepente,láestava ele, no outro lado do canal do Suez,cercandotodoo 3º Exército egípcio.Negou-lhe água e comida, estrangulando-o enquanto o mundo inteiro protestava. Mas o mundo nunca lheimportou. Omundo, ele dizia, nada fez enquanto Israel era atacado de surpresa,portodososlados,esuapopulação estavajejuando erezando nas sinagogas. “Quem nãoé meuamigo, é meuinimigo”-eledizia. Ao estourar a guerra no Líbano, em1982,amarcadoexcessode Sharon brilhou. O porta-voz militarisraelense deixoude falar com osjornalistas locais ou estrangeiros. Os ministros do núcleo duro do governo Beguinsediziam porforado queacontecia, desinformados, não consultados. Prevista parachegarsóaté a45kmda fronteira Norte de Israel, a in-

vasão do Líbano excedeu, entrando em Beirute e envolvendo aSíria. Sharon perseguiu seu arquiinimigo Yasser Arafat casaa casa, pulverizando edifícios em que ele passava a noite, até expulsá-lo para a Argélia. E vinte anos depois, ironia do destino, o primeiro-ministroSharoneopresidenteda AutoridadePalestina, Arafat, se reencontraram para transformar aCisjordânia numa nova Beirute. Beguin e Sharon queriam impor uma nova ordem no Líbano. Comtanques esoldadoselegeram omaronita Bashir Gemayel,soterrado em seu QG por uma poderosa bomba às vésperas da posse. As forças cristãstomaram as ruasparauma vingança, quandoIsrael era senhorabsoluto em Beirute. As milícias falangistas penetraram nos campos palestinos de Sabra e Shatilla eperpetraramum massacre. Uma comissão de inquérito responsabilizou

Sharon“indiretamente” por nada ter feito para impedi-lo, ou interrompê-lo.Eelecaiu do Ministério da Defesa. Eu vivi um dos excessos de Sharon. Estavaem Beirute quandoo cessar-fogofoiobtido pelodiplomata americanoPhilip Habib,no verão de 1984. Os sinos das igrejas repicavam. Tiros eram disparados para o ar por libaneses eufóricos. Mas... o que vinham fazer naquele momento os aviões israelenses sobre Beirute? Eles cruzaram 220 vezes os céus da cidade. Despejaram 44 mil bombas. O presidente Ronald Reagan chamou Beguin ao telefone etransformou asaudação israelense, shalom (paz), numa ordem.

Era Sharon. Forado governo, só lembrado nas ruas comoo “buldozer”,elemudou de vida. Tentouserrecebido naCasa Branca.Ignoraramno. Costurou um acordo secreto com o Líbano. Invalidaram-no imediatamente. Organizou excursões turísticas e políticas às colônias da Cisjordânia e Gaza, quando os EstadosUnidos as denunciaram como “obstáculos para a paz”.Repudiaram-no. Mas ele voltou. E precisou apenas passear provocativamente pela esplanada doTemplo, onde hoje estão as mesquitas de Omare Al Aksa,para provocarumanova intifada palestina queo reconduziuao poder, há 5 anos. Os israelenses o elegeram comoantídotoao terrorismo crescente eaos distúrbiospermanentes na Cisjordânia e Gaza. Só ele, Arik, para enfrentálos. Aharai! Dominante, durão, Sharonreduziua oposição afragmentosnoParlamento. Coma estratégiamilitarde surpreender atodos, mas agora em guerra política, ele abandonouopartidoLikud, que fundouà reveliade Menachem Beguin, e criou o Kadima,ou“PraFrente”,mais ao centro. Agora ele admitia a idéiadedesterraralgumasdas colônias da Cisjordânia de que tanto antes se orgulhara e defendeu. O herói de guerra passou a ser visto também como um herói da paz. Aharai! O Kadima já era o favorito das eleições demarço. Mas o Kadima era Sharon. E Sharon retirou-se para oseu rancho na quarta-feira, preparar-se para uma minicirurgia no coração na manhã seguinte, quando foi surpreendido pelo seuúltimoeimbatívelinimigo, o próprio corpo. Um âncora da TV israelense, Yair Lapid, perguntou-lhe numa entrevista: -Oqueé queopovoainda não conhece a seu respeito? Então, ele sorriu timidamente, erevelou:“Euadoro filmes românticos”.

Ariel
(acima)
AFP/Thomas Coex AFP/Israel Out
Moisés Rabinovici
Imagem acima mostraria Sharon em ambulância. Ao lado, judeu ortodoxo junto ao hospital Hadassah, em Jerusalém
AFP/Israel Out
AFP/Israel Out/Avi Ohayon
Reuters/Ibraheem Abu Mustafa
AFP/Channel 10
Reuters/Eliana Aponte

SHALOM, SHARON

Surpreendido por um adversário imbatível, seu próprio corpo de 77 anos, gordo e frágil, o comandante dos nervos de aço de Israel, Ariel Sharon, luta pela vida, mas já está praticamente afastado do poder. Só quando ele voltar do coma induzido, talvez no domingo, é que os médicos avaliarão os danos causados ao seu corpo pela forte hemorragia cerebral. Shalom, Sharon, pág. 8

Jornal fala bem de Lula. (É dele)

Página 3

73 MIL EMPRESAS NO SIMPLES PAULISTA

DCULTURA

São Paulo em janeiro convida a passeios pelos museus e galerias. Pinturas de Miró (acima) e ilustrações de Alex Cerveny (ao lado) estão nesse roteiro de degustação de arte. E divirta-se com Valiant acima, dir.), um filme com o melhor espírito de férias. E no 5º dia do ano, mais chuva

Ainda não parou de chover em 2006. E já são sete os mortos em SP. A chuva de ontem alagou a rua Guaratinguetá, na Mooca (foto), e outros 13 pontos na cidade. As regiões mais atingidas foram a central e oeste. Às 19h30 contavam-se 116 quilômetros de congestionamento. Página 5.

Alckmin amplia limites do faturamento para adesão ao Simples. Ventura (foto), dono do Varejão Araguaia, foi salvo pela nova tabela. Economia/1 Leonardo Rodrigues/Hype
Jefferson Coppola/Folha Imagem
Edição de Campinas concluída às 23h50

F UTEBOL

É diferente do que se pensa ser o mundo das mulheres, especialmente da mulher de baixa renda. Não há ligação profunda entre homem e a mulher

Rose Marie Muraro, escritora que ganhou o título de patrona do feminismo no Brasil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, falando sobre o que as mulheres não dizem aos homens, mas falam no consultório.

Bola à prova de reclamação

Todo ano é a mesma ladainha. É só o Campeonato Paulista começar e os goleiros, especialmente dos clubes de maior tradição, reclamam da qualidade da bola. Sempre encontram um defeito: às vezes muito leve, outras, muito pesada, lenta ou rápida demais. Em 2005, o problema foi a cor, acinzentada, que dificultava a visualização. Desta vez, a Topper lançou o modelo Kv Carbon 12 e garante que não há motivo para chiadeira. "Por quase dois anos a bola passou por vários

testes práticos, no gramado, e em laboratórios", explica Márcio Utsch, presidente da São Paulo Alpargatas, que se apóia na opinião dos próprios goleiros. "O Rogério Ceni, o Fábio Costa, o Marcos e o Sérgio aprovaram a bola pessoalmente". A Topper informa que a nova bola tem como diferencial o fato de ter 12 gomos, e não 32, como o modelo antigo. Por possuir menos pontos de costura - 920 contra 1440 -, o equipamento gera menos atrito e resistência com o ar.

Otan vigiará espaço aéreo nos jogos

A Alemanha vai pedir ajuda da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para fazer a segurança durante a Copa do Mundo. A estratégia foi revelada por um funcionário do ministério do interior alemão, que pediu à agência de notícias AP para não ser identificado. A idéia é que a Otan forneça aviões para vigiar o espaço aéreo dos estádios, para evitar que aeronaves privadas passem pelo local durante os jogos. (AE)

I NVENÇÃO

Beijo com proteção e sem culpa

Um spray que promete combater as doenças transmitidas durante beijos, como placas bacterianas, cáries e os microorganismos Streptococcus e Staphilococcus, que atacam a garganta, deverá ser uma das maiores novidades do Carnaval da Bahia neste ano. Desenvolvido à base de própolis por um laboratório ligado à Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o produto, batizado de Beije, será lançado oficialmente durante o Carnaval, para a alegria dos foliões de plantão.

EM CARTAZ

C ULTURA

Caetano publica carta contra Gil

Depois de Paulo Autran e do poeta Ferreira Gullar foi a vez de Caetano Veloso criticar o Ministério da Cultura, de Gilberto Gil. Em uma carta aberta publicada ontem, Caetano defendeu Gullar, que se envolveu em uma polêmica com o secretário de Políticas Públicas do Ministério, Sérgio Sá Leitão, e disse que "se um ministério demonstra não aceitar críticas... estamos sim a um passo do totalitarismo". Gil disse que considera o debate saudável e prova que a sociedade está atenta ao trabalho do Ministério.

Henfil

Faixa de R$ 38 mil

Cerimonial abre licitação para comprar um novo apetrecho

Das poucas certezas que sepodetersobre a sucessão eleitoral, uma foi revelada ontem: o próximo presidente do Brasil vai receber uma faixa presidencial novinhaem folha,queserácomprada nos próximos doismeses pelo Palácio do Planalto. Símbolo maior das cerimônias de posse dos chefes da nação há cem anos, a nova faixa seguiráomodelo tradicional, verde-e-amarelo e com o brasão daRepública. Masprometeser coisa fina, com dezenas de detalhesbanhadosa ouro. Preço estimado: R$ 38 mil. A compra foisugeridapelo cerimonialdo Palácio, que considera a atual velha demais paraa suaimportância. Oprimeiro presidentea vesti-lafoi Fernando Collor de Melo, que tomou posse em 1990. O edital de compra do famosoapetrecho érecheado dedetalhes. Suadescrição ocupa97 linhasdo documento,publicadono "site"da Presidência.Em resumo,anovafaixaterá 1,67

Issei Kato/Reuters

metro decomprimentoe12 centímetrosdelargura, será confeccionadaemcetimnascores verde-bandeira/amareloouro/verde-bandeira (nessa ordem), não poderá ter emendas ou costuras, e será ornamentada 23 estrelas representando os estados da federação. Tudo em ouro 18 quilates.

Afaixateráaindafranjascom 90cordões artesanaisde ouroe terá queser entregue acondicionada em uma caixa de policarbonato cristal transparente, com uma placa 250 vezes mais resistentes que o vidro. Instituída por decreto em 1910 por presidenteHermes

daFonseca,a faixajámotivou lendas dahistóriado Brasil. Dizem que a faixa utilizada por João Goulart, antes do golpede1964, foi levada para o exílio por seu cunhado, Leonel Brizola,que ateria guardado na esperançadeum diaser eleito para o cargo. No dia 1º de janeiro de 2003, a passagem da faixa de Fernando Henrique Cardoso para Luiz Inácio Lula da Silvaprovocou uma gafe. Sem esconder o nervosismo, FHC deixou cair os óculos aotirar afaixa para entregá-la. Lula, então, se abaixou para pegar e por pouco a faixa também não caiu. (AOG)

Zé do Caixão recebe prêmio

Após 50 anos fazendo cinema no País, período no qual realizou 38 filmes (e deixou outros 20 inacabados), um veterano cineasta conseguiu uma proeza: pela primeira vez foi premiado num concurso de cinema federal. O veterano diretor José Mojica Marins, o Zé do Caixão, que fará 70 anos em 13 de março e, até então, nunca ganhou um centavo do governo para fazer seus filmes, vai receber R$ 1 milhão do Concurso Público de Apoio a Obras Cinematográficas de Baixo Orçamento, da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Ele comemorou a premiação em uma churrascaria na zona sul de São Paulo com picanha sanguinolenta e drinques coloridos.

Trabalho escravo na produção de carne

O Brasil exporta carnes a preços competitivos porque usa trabalho escravo na produção, informou ontem o jornal britânico 'Daily Telegraph'. No mesmo dia, o ministro da Agricultura em exercício, Luís Carlos Guedes Pinto, respondeu duramente às acusações e disse que notícias como essa são uma tentativa de brecar o forte crescimento das exportações brasileiras. "Considero leviana a acusação e a rechaçamos de forma veemente." dailytelegraph.news.com

S AÚDE

CARTOON

Os irreverentes Fradinhos, criados pelo cartunista Henfil, estão na mostra Henfil do Brasil. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112.Das 12h às 20h. Só até 15/01. Grátis. Tel.: 3113-3651.

G

Cinzeiro que

Abra a boca e dê um clique

Com design interessante, o cinzeiro Smellkiller não mascara odores, mas os neutraliza usando apenas água e ar. A ausência de produtos químicos é uma vantagem, e torna o produto seguro para ser usado onde há animais e crianças. Custa US$ 34,95 na Amazon. www.amazon.com/gp/product/B0001 YH7HE/ref=nosim/002-26069599958456?n=284507

Dor de cabeça e mal oclusão dentária tem ligação? O uso excessivo de flúor pode ser prejudicial aos dentes? E os enxaguatórios bucais? Podem ser utilizados diariamente? Para esclarecer estas e outras dúvidas a internet é uma boa opção. O site da OdonWeb relaciona as dez dicas mais lidas sobre saúde bucal e ainda deixa à disposição do internauta um link com todas as informações já publicadas pela home com destaque sobre uma orientação específica. www.odontoweb.com.br/ uol/dicas.asp

MENSAGEM - Cerca de 3,5 mil estudantes de caligrafia japonesa participaram de concurso com frases de feliz ano novo. Alguns protestaram contra as regras de classificação da disputa, que se chama "Kakizone" e acontece todos os anos em Tóquio.

I NFORMÁTICA

Jogo abre feira de Las Vegas

Windows Vista, Xbox360 e a criação desoftwares voltados paraaparelhos de entretenimento doméstico foram os destaques dodiscurso de Bill Gates, o co-fundador da Microsoft, na abertura oficial da Consumer Electronics Show (CES 2006),maior eventodetecnologia deconsumo nosEstados Unidos, na noite de quarta-feira, em Las Vegas. Sobre o Windows Vista, Gatesdisseque osubstitutodo XP, com lançamento previsto paraeste ano,estará centrado na segurança e na organização ebuscadeconteúdo multimídia.

O presidentede honrada Microsoft falou também sobre aparceria comserviços dedispositivos móveis- e exibiuoTreo 700w,daPalm,

Lee Celano/Reuters

primeiro smartphone que roda oWindows.Não pararam poraíasnovidades anunciadas por Gates. Ele revelou quejuntocomarede de TVa cabonorte-americana Starz, aMicrosoft vai estrear em breve um serviço de download de filmes e seriados.

Sobre o Xbox,Gates disse queas vendasdoconsole, lançado em novembro últi-

Bill Gates, o co-fundador da Microsoft, apresenta o jogo Xbox 360 durante abertura da Feira de Las Vegas

mo, superaramas expectativas. "Esperamos comercializar entre 4,5 milhões e 5,5 milhões deunidades doaparelhoatéjunho desteano",ele previu.Amanhã, será avez de Larry Page, co-fundador do Google, falar na CES 2006. Ele deve confirmar (ou não) os planosdelançarnomercado americano um PC barato,equipado com um sistema operacional próprio. A TÉLOGO

Agência Nacional de Saúde suspende registro de 144 operadoras de planos de saúde

Parente de atual fornecedor de placas vence licitação do Detran Novo tratamento aumenta sobrevida a pacientes com câncer no ovário

IPods, risco para os ouvidos

Pesquisadores da Northwestern University, nos EUA acreditam que os minúsculos fones de ouvido usados em MP3 players portáteis como os iPods, podem causar danos à audição. Colocados diretamente dentro dos ouvidos, eles aumentam de seis a nove decibéis o som. CD players portáteis e walkmans também causam o problema, mas como os iPods têm capacidade de armazenamento e baterias com longa duração, aumenta o risco.

L ITERATURA

Inscrições para o Prêmio Jabuti

Estão abertas as inscrições para o 48º Prêmio Jabuti, o mais tradicionais prêmio literário brasileiro. Podem concorrer obras publicadas no País entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2005. As inscrições vão até o dia 15 de abril. Neste ano, os principais prêmios, Livro do Ano de "Ficção" e de "NãoFicção" vão pagar R$ 3 mil. A apuração dos votos será em junho e a premiação, em agosto. As inscrições podem ser feitas pela internet na Câmara Brasileira do Livro. www.cbl.org.br

L OTERIAS

O ator Jon Stewart foi escolhido pela Academia para apresentar a entrega do Oscar deste ano. Ele já comandou o Grammy em 2001 e 2002.
C OPA
C INEMA
Primeiro a vestir a atual faixa (com Lula) foi Fernando Collor de Melo
Ivo Gonzales/AG.
O Globo

EM SÃO PAULO,

A DESIGUALDADE É DESIGUAL

Pesquisas desmentem teses sobre a divisão em bairros ricos e pobres

No livro São Paulo - Segregação,Pobreza eDesigualdades Sociais (336 páginas, R$ 55), coordenado pelos cientistas sociais Eduardo Marquese Haroldo Torres, e publicado pela Editora Senac São Paulo, do Serviço Nacional do Comércio, ficamos sabendo, em resumo, que os desiguais nãosão iguais. Nas palavras do editor Marcus Vinicius Barili Alves: "É característico do municípiodeSãoPauloque,mesmoemalgumas desuas regiõestidas porhomogêneas, se verifique uma flagrante heterogeneidade das situações de pobreza. E é evidente, além disso, que um fator se destaca como condicionantedocenárioheterogêneo–opróprioterritório. Incorporar portantoo território nas estratégias da política de combate às situações de pobreza impõe-secomo prioritáriopara opoder público nessa metrópole."

Emoutraspalavras, as diferentes pesquisas divulgadas pelo livro, que envolvem todasas ciênciashumanas, dasociologia àeconomia, dageografia humanaà antropologia,passando atépelaarquiteturae,principalmente, pela estatística – tendem a desmentir oque écorrentenamídia, quenacidade há um "Centro Velho" e um "CentroNovo", ambosrodeados por"bair-

Cros ricos" e "bairros de classe média alta", estes por suavez circundados por "bairros de classe média" (pouco se usao "baixa")etodos, finalmente, ameaçadoramente cercadospor uma "periferia". Também,segundo amídia osbairrosmaisprósperosseriamhabitadosporpessoas dealta renda, alta escolaridade, e brancas, enquanto os bairros maispobres seriampovoados por habitantes de baixa renda,baixa escolaridade. E negros. Osestudos publicados nolivro, entretanto, realizados com precisão quase microscópica,corrigemessavisão emostram quea realidadeé muitomais complexae muitomaisheterogênea.

mais do que as classificações da mídia, confirma exatamenteo sensocomum dos paulistanos, que estãoacostumados a mudar sucessivamente de ambientes sociais simplesmente atravessando uma rua.

Ao contrário do que parece acontecer em outros países do mundo, como particularmente a França (como vimos pelas depredações recentes) e os Estados Unidos (comovimos pordepredações mais antigas), em São Paulo a segregação dos pobres, dos de baixa escolaridadeedosnegrosémuitomaisdiluída.

Existem pobres enegros mesmo nos bairros mais ricos, e existem pessoas ricas e brancas mesmonos bairros mais pobres e mais periféricos. Isso, aliás,

Assim,há umadesigualdadeentre os desiguais. Uma pessoa de baixa renda, jovem e negra, por exemplo, temmuitomais oportunidades, se mora em Pinheiros, do que umapessoanas mesmascondições que moreem Parelheiros. A pessoa que moraem Pinheiros está muito mais próxima das áreas que são fonte deempregos, têmmelhorescondições de assistência de saúde públicae de educação pública e tem muito maiores redes de relacionamentos sociais e possibilidadesde informaçãoque podemajudála a levar uma vida melhor do que a pessoa que vive em Parelheiros. Conforme asregiões comparadas, até mesmo um negro que vive numa área central pode viver melhor do que um brancode renda até mesmo um tanto maior que vive numa área periférica.Adiferença derendapodeser minimizadaeatémesmoinvertidape-

los menores gastos de condução rumoaotrabalho,aos hospitaiseàsescolas e até aos centros comerciais - tudo isso, empregos, saúde pública, educação pública, em condições melhores do que as disponíveis ao branco, e abastecimento de produtos melhorese maisvariados, sem contar o acesso maior à administração pública em geral e mesmo a entidades assistenciais- porexemplo.Nolivro, selevantam mapasegráficos detalhados da disposição territorial, região por região, da segregação, da pobreza e das desigualdades sociaise étnicasna grande cidade. Ficamossabendo, por exemplo, que nem todas as famílias negrasoudeorigem nordestina têm grande número de filhos - isso varia de bairro para bairro.

A uma realidade assim heterogênea nãocabe aplicar umapolítica públicahomogêneade reduçãodasdesigualdades sociais. As políticas públicas têm deserdiferenciadas, concluem os autores.

Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro) e do livro internético O Poder Virtual (www.carosamigos.com.br).

Diório/AE-Favela de Heliópolis/2004

J.F.

QAquiles Rique Reis

ue poder é esse, o dessa mulher que tantonos encanta? Que canto tem ela que tanto nos enfeitiça? Que graça tanta ela tem que tanto nos emociona?Que dom é esse, odessa mulher,meu Deus?De onde ela veio? Por qu e ela se foi assim como se aqui nunca tivesse estado?

Quetalento éesseque surgena telacomoque seequilibrandonum falso arame? Que mulheré essa que adentraopicadeiroe se entrega às feras? Que moça éessa que molecamente se fantasia e nos escancara os dentes? Que canto é o dessa fera que brinca com as notas como o leão humilha apresa indefesa? Quetão trejeitosa é essa fêmea que tanto chora, que tanto gargalha? Que dom é esse, meu Deus, que vós destes a essa mulher para que ela, sobreumbanquinho, pareçasobrevoar nossas cabeças,como se balançasse num trapézio? Quesoluços destes a essa mulher, Deus, permitindo que deles brotassem lágrimas que lhesdestroem a m aq u ia g em , mas não lhes treme a voz? Que tamanho dom é odessa moça que, ao desfraldar abandeira nacional cerzida em pura chita, revelaseus 13 músicos em mágica silhueta?

ram Marias eClarices. Ah,essecoqueiro que dá coco... No final a roda se faz; a ciranda se dança;a vidasegue rápida.Sobrea cabeça os aviões e os sonhos mais lindos.Essa menina,essa mulher,essa senhoraestá postaaos nossosolhos: despida, seca.

ElisRegina CarvalhoCosta - Série Grandes Nomes - TV Globo (Trama), o DVD, é dele que tento lhe falar, leitor. E ele é mais do que um registro, ele é afonte deum futuroque seantecipousem quesuspeitássemos;que corroeu-nos a vida, e principalmente a de Elis, sem que disso nos déssemos conta.

Quando avozmedra,veiasarrebentam, saltam; o bofetão estala; a reação tarda; a ilusão atordoa, fascina. Que dom é esse, quando ameiguice dá lugar à ferocidade?

Que dom é esse que tem esse anjo solto,tão sólido, tão frágil; tão meu, tão nosso, tão de ninguém? Anjo que nem a ele próprio pertence; que nem mesmoSeu,meuDeus, pareceser. Anjo da solidão, do disparate, que sobreviveentre avidaea mortebalançandosobreoabismo queseabree sefechasob ospéssaltitantesdesse querubim assanhado, alquebrado em mil pedaços. A luz se acendee o coro,feito aquele grego,entoa sonsguturais. Rodeadaporele, aquelaaquemvós destes tanto dom, Deusmeu, não demonstra o medoque, entretanto, lhe corrói o ventre. E vem à memória a vidaque elaviveu; olamento que ela não fez e a música que lhe fez ainda mais linda. Resta a fogueira viva; o momento que se esvai célere. O Braziltámatando oBrasil eeu deipra maldizer o nossolar, enquanto cho-

Risadas: sempre a melhor alternativa

om poucas estréias na TV nesta época do ano, o aparelho de DVD vira o principal centro de entreteninento da família durante as férias domésticas. Quem decidiu ficar em casa pode dar uma passada na locadora, ou mesmo preguiçosamente (e com preços mais baratos, na maioria dos casos) encomendar pela internet os

F ãs da série Friends, não adianta chorar e espernear. Resta apenas rever os episódios. Já no mercado, a décima e última temporada lançada em DVD resolve as pontas soltas da trama, com Mônica e Chandler concretizando a adoção dos bebês, a despedida de Rachel e aparições especiais de Dakota Fanning, além de Cristina Applegate e Danny de Vito. A cena para arrancar lágrimas é a da despedida, na qual Joey, Pheebe, Rachel, Ross, Monica e Chandler reúnem-se pela última vez. Mas quando se pensa que a cena será fatidicamente séria, vem uma piada. Com quatro discos, o último traz uma retrospectiva dos erros de gravação. Warner. R$ 119,90.

Com lançamento previsto para o dia 24, mas já em pré-venda nas lojas, a comédia romântica Procura-se Um Amor que Goste de Cachorros (Must Love Dogs) conta a história Sarah Nolan (Diane Lane), uma professora que reluta em aceitar os pretendentes sugeridos por sua família, após uma traumática separação. Quando aceita colocar um anúncio procurando namorado, impõe uma condição: que o homem ame cachorros tanto quanto ela. John Cusack surgirá como o pretendente com chances de chegar ao coração dela. Baseado no livro de mesmo título de Claire Cook, o filme tem roteiro e direção de Gary Goldberg. Warner R$ 44,90.

mais novos lançamentos em DVD, sem sair de casa. Depois, é instalar-se no sofá e assistir filmes e as séries favoritas, de uma tacada só, em maratonas particulares. Muitos lançamentos chegam agora, de olho neste período de férias. E as lojas dispõem de muitos novos títulos, lançados no Natal. Selecionados aqui algumas séries como Friends, que se

E m Os Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers), John Beckwith (Owen Wilson, de Starsky & Hutch) e Jeremy Klein são dois amigos têm o inusitado hobby de invadir festas de casamento sem serem convidados, para aproveitar o clima de romance e seduzir mulheres desavisadas. Um dia, porém, John envolve-se com Claire (Rachel Adams, de Diário de Uma Paixão)a filha de um influente político, vivido por Christopher Walken. A moça está noiva e a trama se complica, com John tentando manter as mentiras, que – como se espera – avolumamse, tornando-se um problema. O elenco traz ainda Vince Vaughn, Will Ferrell. Já nas locadoras. Playarte.

Osimpático e riquíssimo casal Jonathan e Jennifer Hart (Robert Wagner e Stephanie Powers) resolve mistérios em Casal 20 (Hart to Hart). A primeira temporada da série dos anos de 1980 chega agora em uma caixa com quatro DVDs, com 23 episódios. Sempre acompanhados pelo leal mordomo Max (Lionel Sander), casal viaja e soluciona mistérios envolvendo tráfico de drogas, assassinatos e vigaristas que tentam se apossar de sua fortuna. O primeiro episódio mostra o acidente de carro que incita marido e mulher em suas habilidades sherlockianas. Criada pelo escritor de best-sellers Sidney Sheldon. À venda. Columbia Pictures. R$ 144,90.

No show, roteirizado por Luis CarlosMaciel,Elis sedilaceracantando Essa Mulher,deJoycee Ana Terra. Música tão lindacomo quase proféticanosversos quepareciamantecipar o destinodaquela que aentoa tão fascinantemente: "De manhã cedo essa senhorase conforma/ Bota a mesa, tira o pó, lava a louça, seca os olhos/ Ai, como essa santa não seesquece/ De pedir pelas mulheres, pelos filhos, pelo pão/ Depois sorri meio sem graça/ E abraça aquele homem, aquele mundo, que a faz assim feliz/ De tardezinha essa menina senamora/ Seenfeita, sedecora; sabe tudo, não faz mal/ Ai, como essa coisa é tão bonita/ Ser tãocantora, ser artista, isso tudoé muito bom/ E chora tantodeprazere de agonia/ De algum dia,qualquerdia, entenderde serfeliz/De madrugadaessa mulher faztanto estrago/Tira aroupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar/ Ai, comoessa louca se esquece/ Quanto os homens enlouquece nessa boca, nessechão/Depois parece que acha graça/ E agradece ao destinoaquilo tudoqueafaz tãoinfeliz/ Essa menina, essa mulher, essa senhora/Em que esbarro a toda hora nos espelhos casuais/ É feita de sombra e tanta luz/ De tanta lama e tanta cruz/ Que acha tudo natural." Menos de dois anos após a gravação(03/11/80)dirigida por Daniel FilhoparaaTV Globo,ElisReginamorreu (19/01/82) por consumo excessivo de cocaína.

Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.

despediu da TV, chegando à décima e última caixa de DVDs no mercado, e um hit dos anos de 1980, Casal 20, no qual marido e mulher resolviam mistérios. Há ainda as comédias Golpe Baixo, com Adam Sandler e Chris Rock; Kung Fusão,e Os Penetras Bons de Bico. O critério desta seleção é oferecer diversão e risadas, pois sabe-se que que rir é sempre uma boa alternativa. (LHC)

Aescrachada comédia KungFusão (Kung Fu Hustle) explicase no subtítulo: De desastre ambulante a mestre do Kung Fu. Mas não diz tudo. A revista Entertainment Weekly assim definiu o filme: "Imagine Kill Bill se encontrando com Looney Tunes". A parte do cartoon fica mais evidente nas peripécias do atrapalhado herói, com o longametragem lembrando mais uma mistura de filmes do Jackie Chan com desenhos animados do Pernalonga e Patolino. Dirigido por Stephen Chow (diretor e ator de Kung Fu Futebol Clube). O coreógrafo, Yeun Wo Ping, trabalhou em longas sérios, como O Tigre e o Dragão e Matrix. Nas locadoras. Columbia Pictures.

R efilmagem de outro longa de mesmo título, a comédia Golpe Baixo (The Longest Yard) traz Adam Sandler e Chris Rock, e boas cenas de futebol americano, para quem aprecia. O anterior trazia Burt Reynolds como um ex-jogador profissional que, preso, organiza na penitenciária um time de presidiários que deveria servir de treino para o time dos guardas. Mas, claro, os presos querem é ganhar dos guardas. Burt Reynolds faz uma ponta na versão atual, que conta ainda com a aparição de ex-jogadores famosos. Nos Estados Unidos, sua bilheteria passou de R$ 100 milhões. No Brasil, sai direto em DVD. No mercado. Sony Pictures Home. R$ 30,90.

EArte para quem quer. Arte para quem não precisa. Arte boa e barata.

Arte para quem quer. Arte para quem não precisa. Arte boa e barata.

Você já foi à Estação Pinacoteca? Não? E ao Museu da Casa Brasileira? Também não? Então este é o mês para a primeira experiência. Faça uma visita.

scultura,pintura, gravura. Escolha suaartepreferidae encontrará na cidade uma exposição com obras de artistas muito ou pouco conhecidos, retrospectivas,coleçõesde acervos.Reclamardotrânsito e da poluição é a praxe, já que se mora em uma cidade difícil de viver. Mas as dificulda-

des são compensadascom essavastidão de opçõesde lazer e cultura. Há quanto tempo vocêmora por estas bandas, caro leitor? Quantasvezesjá foiaoMaspou àEstaçãoPinacoteca?Esta instalada no prédio de 1914, projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo para servir de armazém à Companhia Soroca-

bana, e que durante o regime militar abrigou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops). Já esteve no Museu da Casa Brasileira? Se a respostafornegativa, queClaudia Moreira Salles o incentive a dar uma passada porlá. Eficaa dica:depoisdavisita, valeentrar em seu elegante restaurante. (LHC)

Ilustrações inspiradas

A exposição Alex CervenyDesenhos de Ilustrações reúne 200 desenhos realizados a partir de 1999 pelo gravador, escultor e pintor e aquarelista. A maioria dos trabalhos é de ilustrações criadas para a coluna de Barbara Gancia no jornal Folha de

S. Paulo, e para os livros Vejam como eu sei escrever, de José Paulo Paes (Editora Ática), e Pindorama, de Paulo Tatit e Sandra Peres (Cosac & Naify). Nascido em 1963, Ceverny participou da 21ª Bienal de São Paulo, da mostra Viva Brasil Viva, na Suécia, e outras

exposições internacionais. Ele desenvolve atividades ligadas ao ensino livre da arte na cidade. Estação Pinacoteca - Largo Gal. Osório, 66, Luz, tel.: (11) 3337 0185. De terça a domingo, das 10 às 18h. Até dia 29. R$ 4. Grátis aos sábados.

Três décadas de móveis para usar e mostrar

A trajetória de 30 anos de trabalhos da designer de móveis Claudia Moreira Salles está em cartaz no Museu da Casa Brasileira. Há cerca de 30 peças, entre cadeiras, poltronas, sofás, bancos, mesas, entre outras. Entre as obras, Cadeira Quase Mínima (foto) Museu da Casa Brasileira - Av. Faria Lima, 2705, tel.: (11) 3032-3727. De terça a domingo, das 10h às 18h. Até 5 de março. R$ 4. Domingos, grátis.

Aluna de Segall no Centro Britânico

I nês Benou, que estudou com Lasar Segall, exibe InterferênciasSérie Cósmica, mostra com 79 obras, entre gravuras tridimensionais, aquarelas com colagem e pinturas, como Peixes (foto) Centro Brasileiro Britânico - Rua Ferreira de Araújo, 741, Pinheiros, tel.: (11) 3814-4155. De segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. Até 31 de janeiro. Grátis.

na Estação Pinacoteca, em a mostra Do Amazonas a Paris: Lendas Indígenas de Vicente do Rego Monteiro. traz a São Paulo o indianismo de vanguarda do artista, que viveu até 1970,

livros Lendas, Crenças e Talismãs dos Índios do Amazonas e Algumas

de

Curadoria de Jorge Schwartz, fica em cartaz até 26 de fevereiro. No dia 18 deste mês serão lançados em Paris, na Maison de l´Amérique Latine, os

REALE JR, O FISCAL

DAS CRISES POLÍTICAS.

Com a experiência de quem atuou nos bastidores da CPI do PC Farias, em1992, eredigiuo processode impeachmentquederrubou oex-presidente Fernando Collor de Mello, o jurista e ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior,inicia 2006 com ofirme propósito de mobilizara sociedadecivil emfavor dasinvestigações daCPMIdos Correiose dareformada legislaçãoeleitoral–ainda quesejaparaentrar emvigorsomente em 2008/2010.

Acusado porintegrantes do governode favorecer interessesda oposição – por ter sido ministro da Justiça, ainda que por três meses, durante o governo Fernando Henrique e ter renunciado ao cargo assim que percebeu a pressão do governo para desistir da intervenção no Espírito Santo, na época dominado pelo crime organizado – Reale afirma que, apesar de não estar oficialmente desligado do PSDB, está completamente desvinculado das atividades políticas.

Prova disso é o apoio de entidades da sociedade civil como o Ministério Público,oInstituto dosAdvogados,aConfederação NacionaldosBispos do Brasil (CNBB) e a Associação Comercial de São Paulo, entre outras, ao movimento Da Indignação à Ação, no qual é um dos líderes. Em conjunto comoPró-Congresso,grupodeparlamentaresquepregaa aprovação de uma reforma política profunda, o movimento liderado por Realerealizou noanopassadouma sériedeatospúblicos contraacorrupção e promete movimentar Brasília já no fim do mês de janeiro.

O senhor já está preparado para redigir o impeachment do presidente Lula assim como fez com o ex-presidente Collor? Não, absolutamente. Énecessário esperar o término das CPIs. Agora é que estão sendo feitos os cruzamentos dedados. A partir disso é que se examina se écaso ounão deimpeachment. Os fatos vão ditar. Não posso responder antecipadamente qual será a postura do movimento, mas posso dizerque nãoestá afastado um estudo dessa questão.

O que podemos esperar do movimento Da Indignação à Ação em 2006?

Pretendemos estendê-lopara outras entidades, para o movimento trabalhistae outros estados. Vamos trazer testemunhas importantes que não foram ouvidaspelas CPIs.Ao invés de parlamentares, convocaremos a imprensa para fazer as perguntas em sessões públicas. Não posso adiantar os nomes dessas pessoas por segurança. Numa outra fase vamos estabelecer contatos diretos como TribunalSuperior Eleitoral (TSE) a fim de melhorar oambienteeleitoral.Defendemos a apresentação das contas dos partidos em audiências públicas, o aumento do número de auditores e a criação de um disque-denúncia, para comunicar irregularidadesdurante ascampanhas. E vamos lutar pela reforma política. Já sugerimos ao Tribunal Superior Eleitoral a criminalização do apoio político a prefeitos evereadoresque recebamqualquer vantagemeconômica de candidatos, para entrar emvigor naseleições municipais de 2008.

Quais seriam as reformas políticas mais urgentes ?

Eu diriaque ovoto distrital misto para cidadesondehá dois turnos, já para vigorar em 2008. Regras de fidelidade partidária, limitações de gastos de campanha eformas de financiamento de campanha. Eu defendo um financiamento misto, parte pago pelos cofres públicose,paranão sobrecarregar, parteseriapagopela iniciativa privada, só que aí com total transparência e prestação de contas em audiências públicas.

Como o senhor avalia o trabalho da CPMI dos Correios?

Acho queestãoconseguindo até fazer coisas demais. Há uma dificuldade já denunciada por alguns membros no fornecimento de dados pelo Banco Central e Banco do Brasil. E,

apesardisso, uma sala dedocumentos para serem analisados.Háuma rede de corrupção montada: é dinheiro que vai para fora e é internacionalizado por várias contas. A populaçãoprecisaentenderqueo processo criminal nocasode gestãofraudulenta de empresademoraunscincoanos.Imaginenesse caso. A apuração é lenta por sua natureza.

Que tipo de comparação pode ser feita entre as crises nos governos Collor e Lula? Collor não tinhaum partido político, não tinha uma tradição de luta partidária espalhada peloPaís. Ele ganhoua primeira eleiçãodireta porque empolgou por sua figura. Não tinha enraizamento nem subs-

ção, para garantirsua manutenção no poder. Oque existe demaisgraveagora,ameuver, é o domínio do aparelho do estado pelo aparelho partidário.

O senhor faz esta afirmação com base em fatos ou em dados que estão sendo investigados nas CPIs?

'Amigos' do PT foram alocados em cargos, o que resultou na paralisia daadministração pública. Eram 1.100 servidores em cargos de comissão no governo anterior.Hoje são3.300. Além disso, o PT dava o minis-

PR), há de avançar num relatório que comprove a existência depagamentos aparlamentaresantesde votações importantes. A própria CPMI do Mensalão constatou isso.

O senhor acredita que houve uma total descriminalização pública do caixa 2? Teoricamente sim.Houve uma banalização do tema por partedo PT,comose nãofosse nada demais. Caixa 2 é crime de falsidade ideológica na prestaçãodecontase sonegação fiscal.Sem contar quele-

Folha Imagem/Arquivo/16-08-05

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trato. O PT tem história e tinha amarca dalutapelaética, fez uma larga oposição.

Esta crise política é mais ou menos grave que a do Collor?

Essa crise é mais grave. O caso Collor era um grupo de amigos quese reuniu para fazer um assalto a empresas privadas.Um jogoquaseprimário perto da sofisticação que se revestiua corrupção de hoje. Não havia a conspurcação das instituiçõese ocomprometimento da democracia a fim de levantar dinheiro para a reelei-

neiro do governador Aécio Neves (PSDB-MG). A oposição foi omissa em não defendera questão,masacho queo tiro saiupelaculatra.Essefoi umdesastrequea sociedade não vai admitir. O Congresso vai ser duramente cobrado nas eleições de outubro.

Como ex-ministro tucano, há como desvencilhar esse movimento de suas próprias convicções partidárias?

Há uma tentativadedenegrir, desqualificar o movimento DaIndignaçãoàAçãopor-

AE/Arquivo/17-08-05

Folha Imagem/Arquivo/16-08-05

O mote do combate à corrupção serviu a todos os interesses: dos que defendem o governo Lula (acima, à esq. e abaixo, à dir.) aos que querem o impeachment do presidente (acima, à dir.). Não faltaram protestos bem-humorados, como o dos servidores federais no Rio (à esq.).

tério para um determinado partido masnão davaestrutura para o cargo. Não repatriava o poder político, preservava. Mantinha as rédeas da estruturaministerial. Epara obter apoio, compravacom dinheiro. Transformou o jogo democrático em um jogo sujo. Sempre houve facilitação de emendas no Congresso, mas não houve uma ação pré-ordenada para tero apoioda base. Não havia umacerto. Haviauma compra. Sei que o relator da CPMI dos Correios, o deputadoOsmar Serraglio(PMDB-

vanta a desconfiança da sociedade sobre a origem do dinheiro. Isso porque quem doa para um partido e não quer aparecer se esconde, porque vai ser beneficiado lá na frente.

Em sua opinião, qual foi o significado da absolvição do deputado Romeu Queiroz (PTBMG) do processo por quebra de decoro parlamentar?

Foi umapizza dedois sabores. De um lado, os que pagaram e de outro os parlamentaresquereceberam.Tudo isso como toque do tempero mi-

que eu sou tucano. Estou inscrito no partido mas completamentedesligado das atividades partidárias. Tenho amigos do PSDB masnenhuma ligação. A ação do movimento com o Pró-Congresso,grupo deparlamentares que defendea reforma política, éumarelação depessoas inconformadas com a passividade. Não existimoscomoestrutura legal. Apenas conseguimos catalisar o apoio de entidades igualmente inconformadas com a atualsituação, mas que não

têm qualquer ligação ou preferências partidárias como o Ministério Público, aAssociação Paulista de Funcionários Públicos, a Associação Comercial deSãoPaulo,a Confederação Nacionalde Bisposdo Brasil (CNBB), movimentos de direitos humanos...Temos atéum novo site no ar: www.indignacao.org.

Por que o senhor fez um alerta de que pode haver recorde de votos brancos e nulos em 2006? Porque a sociedade está destituída de qualquercrençano processo democrático,principalmentenaCâmarae no Senado, mais do que no Executivo.Nas eleiçõespara deputadosfederaisaspessoas já votam comcertadificuldadee indiferença. Agora as pessoas estão perplexas eessa sensação está se espalhando entre as camadasmaispopulares. Depois dessa crise política, se não houver maior participação popular, se não houver um movimento deindignação que defenda as investigações, a puniçãodos culpadosea crençade que mudar é possível, o risco de abstenção, de votos nulos, brancos ou na eleição de 'cacarecos' será enorme.

Qual é a sua opinião sobre um mandato único de 5 anos?

Sou afavor.Cincoanosé tempo suficiente. Seis já dá um certo esgotamento.A única medidaaprovada na revisão constitucional foi a redução do mandato para quatroanose não se falou em reeleição no parágrafo posterior.Sou absolutamente contra, na cultura brasileira, à reeleição.

Por que o 'não' explícito à reeleição no Brasil?

Porque na nossa cultura há uma mistura do público com o privado que vem do início da história do Brasil edeixou muitas marcas. Por exemplo: 60% dos documentos públicos deixados por Rui Barbosa, que foi onosso primeiro ministro da Fazenda, eram relativos a pedidosebenefícios concedidos a amigos e conhecidos dele,dopresidenteeatéde expresidentes da República. ParecequeoEstado trabalhoue ainda trabalha à serviço do nepotismoe do clientelismo. E essa culturapermanece atéos dias dehoje entre amaioria da população e também em todas as esferas do poder público. Essa crise é mais grave. O caso Collor era um grupo de amigos que se reuniu para fazer um assalto a empresas privadas. Um jogo quase primário perto da sofisticação que se revestiu a corrupção de hoje.

Miguel Reale Júnior

O BRASIL NÃO ACREDITA NO SUICÍDIO DO GENERAL URANO BACELLAR

Oministrodas RelaçõesExteriores, Celso Amorim, considera pouco provável ogeneral Urano Teixeira daMatta Bacellar,comandantedas Forças dePaz da Organização dasNações Unidas (ONU)em PortoPrincipe, capitaldo Haiti, terse suicidado.Urano Bacellar,de57 anosde idade, foiencontrado mortono últimosábado com um tiro na cabeça, na varanda do quarto do hotelondemorava.Aversãodesuicídiochegou ao governobrasileiro nopróprio sábado.Também foi cogitada pela ONU. Em busca de respostas para as circunstâncias da mortedo oficial, queainda é ummistério, o governofederalenviouuma equipedeoitoespecialistas ao Haiti, ontem. Desembarcaram em PortoPrincipeum analistadeinteligênciada Agência BrasileiradeInteligência(Abin),um delegado daPolícia Federal,um médico-legista do InstitutoMédico-Legal de Brasília, dois peritos criminais da Política Federal, doisoficiaisdo Exército(umgeneral eum coronel) e um representante do MinistérioPúblico Militar.A equipedeverá acompanhar depertoasinvestigações. Nosábado, opresidente LuizInácioLula da SilvasolicitouàONU umaamplotrabalho paradescobriras causasquelevaram o oficial à morte. Ontem,em entrevistacoletiva concedida em PortoPrincipe, o embaixador chileno Juan GabrielValdéz,chefe daForçaMilitardaMissão dasNaçõesUnidas para a Estabilização do Haiti (Minustah)e representante especialdaONU paraaquelepaís, falou sobre amortedo general brasileiro. Segundo Juan Valdéz, que representa pessoalmente KofiAnan,éimpossíveladiantar qualquer informaçãoantes deo laudo dos especialistas revelarem o que de fato aconteceu. Perícia – Umacomissão internacional de investigação da ONU ficaráresponsável pelaperícia, quecontará com a ajuda de um legista brasileiro. Valdéz contestou a versão de suicídio afirmando que ela ochocava."Éuma campanha de ódio que não vou tolerar, conseqüência de uma indústria de rumores que conheço bem", reagiu o embaixadorchileno.Valdézdisseaindaqueeraamigo deUranoBacellar,a quemclassificou de "um profissional generoso, de corageme de valor", que, segundo sua avaliação,teria dado provas suficientes deser dignodessas qualidadesdurante todo o período em que serviu no Haiti, Além de compartilhar com o embaixador chileno da não crença na versão de suicídio, o governobrasileirotem umapreocupação:aque dizrespeito à possível saída do Brasil do comandomilitar das Forças de Paz daONUno

A liderança do Brasil no aspecto militar dessa operação não tem sido contestada pela Organização das Nações Unidas

Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores

HaiticomamortedeUranoBacellar.OBrasilestá à frente da missão de paz no país desde junho de 2004, quando astropas chegaram lá quatro mesesapós aquedadoex-presidente JeanBertrand Aristide. Para Celso Amorim, a possibilidade de o Brasilperder ocomando éremota.Segundo ele,"a liderançadoBrasilno aspectomilitardessa operação nãotem sidocontestada pelaONU". Mas reconhece que a decisão dapermanência doPaísà frentedasForças de Pazcabe unicamente à Organização. Nessa questão,o governobrasileiro recebeu dois apoios de peso: da secretária de Estado dos Estados Unidos,Condoleezza Rice,e dosecretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Anan. Ambos defendem a manutenção do Brasil no comando. Com amorte de Urano Bacellar, as tropas da ONU passam a ser chefiadas, interinamente, pelogeneralde brigadachileno EduardoAldunate, segundoinformaçõesdaassessoria de imprensa do batalhão brasileiro em PortoPrincipe. Aldunate,que ocupava a função de vice-comandante, seriaposteriormente substituídoporummilitar de mais alta patente. Momento inadequado – A escolha do nome que substituirá o general brasileiro morto caberá à ONU,queconvida umpaísaassumiro posto. Maspara ovicepresidente brasileiroe ministro daDefesa, JoséAlencar, omomento é inadequado para se discutirse as tropas brasileirasdevem ou não continuar na missão de paz no Haiti. "Esse acontecimento não pode ser razão para recuarmos de lá nempodemos fazerissoagora", declarouJoséAlencar ao ser questionado se a morte do general Bacellar não reacenderia a polêmicasobre a permanênciado Brasil em Porto Príncipe e até mesmo no comandodamissão, uma reivindicação do governo brasileiro junto à própria ONU. "Não é hora de questionar a missão porque foi um fato que aconteceu que temos de cuidar, sob penade prejuízopara nossaimagem",disse o vice-presidente, após participar,no sábadoà noite, dareunião deemergência noItamaraty, realizada com o intuito de definir o envio do avião brasileiro ao Haiti.

O momento, destacou Alencar, é dever a questão humanitária e saber como tudo aconteceu,porqueaindanãosesabeo quehouve. "Morreu um general brasileiro, comandante da força de paz. Estamospreocupados, tanto que mandamosuma equipeparavero queaconteceu", completou,referindo-se àequipe queseguiu ontem para Porto Príncipe. (Agências)

ELEIÇÕES NO HAITI, AGORA EM FEVEREIRO.

O1º turno daseleições no Haiti foi remarcado para 7 de fevereiro. O anúncio ocorre um dia depois da morte do generalbrasileiro, que esperava comandá-las.Ontem,Lulaafirmou queo Brasil vaicontinuar "apoiandoo povohaitiano na construção da paz e na normalização política do país", e pediu uma ampla investigação sobreamortedomilitar. (Leia mais nesta página).

A crise no Haiti começou em 2004, com uma rebelião na cidade de Goinaves, que depois atingiu a capital Porto Príncipe. Oconflitoprovocoua intervençãoda ONU, que enviou à regiãoforças de paz lideradas pelo Brasil . A Missão de Estabalização da ONU no Haiti (Minustah) foi criada pelo Conselho deSegurança em fevereiro de 2004, após a queda do então presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, em meio a uma profunda crise política.

A missão conta 7.500 homens procedentes de14 países, sendoque o Brasiltem o maior contingente no país --1.213 efetivos- seguido pelo Nepal, Jordânia e Sri Lanka, com 750 militares cada um. Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Espanha e Marrocos também contribuem com soldados. (AG)

O TRANQÜILO MILITAR DA MIRA PRECISA

Pouco antes de embarcar,emagosto, parao Haiti, o generalUrano Teixeira da Matta Bacellar afirmou emumaentrevista ao jornal Zero Hora, de Porto Alegre, que a missão da ONU naquele país eramuito importante para o Brasil e para o Exército. Zero Hora acrescentou que o general gaúcho,nascido em Bagé, afastou-se de vez do Rio Grande doSulao decidirse tornar um pára-quedista. A escolha levou Urano a passar a maior parte de sua carreira militar no Rio de Janeiro, sede da

de Infantaria PáraQuedista do Exército. Segundoo jornal,oscolegas que se formaram comele na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1969, o definiam como um sujeito tranqüilo, quietoe comamira precisa,o que lhe rendeu a reputação de exímioatirador.Urano também participou dos cursos mais difíceis do Exército, como mestre de saltos eprecursor pára-quedista. Aos 57 anos, Urano recebeu suamissãomais difícil: comandar 6,7mil soldados de mais de uma dezena de nacionalidades na pacificação de um país onde a violência não dá trégua, em substituição ao general Augusto HelenoRibeiro na função que virou alvo de críticas de grupos de direitos humanos.Urano estava preparadopara amissão:"Meu trabalho no EstadoMaior do Exército, em Brasília, já tinha alguma ligação com operações de paz. Também acompanhei de pertoo trabalho do general Heleno." Parao general, oprincipal desafio erarealizar aseleições haitianas, que ele esperava concretizar emoutubro ounovembro do ano passado. Ontem, um dia depois desua morte, as eleições foram finalmente marcadaspara opróximo dia 7 de fevereiro. (Leia mais nesta página.)

Naentrevista, garantiuque nãohaviaperdidoasraízesgaúchas: "Sou um sofredor do Grêmio. O que posso fazer? Ojornal tambémregistrou que, longe da família, sua novacasaseria um quarto de hotel emPorto Príncipe.Foi nesse quarto que encontraram Urano morto. (AG)

Carlos Barria/Reuters
Urano: torcedor do Grêmio e mestre de saltos.
Eduardo Muñoz/Reuters
Brigada
Uma equipe de oito especialistas brasileiros embarcam em Brasília rumo a Porto Príncipe

FUTEBOL DE NORTE A SUL

A bola já tem data para começar a rolar na maioria dos Estados brasileiros

OPiauí é a única das 27 unidadesda Federação (considerando-se os 26 EstadosmaisoDistrito Federal) emque abolaainda nãotem data para começar a rolar. Nas demais, está aberta — ou prestesacomeçar —atemporada dos campeonatos estaduais. O primeiroa seriniciado foi o Campeonato Cearense,no último sábado.Ontem, foidada a largada para a disputa dos campeonatos Baiano, Goiano, Pernambucano eSergipano. No meiodestasemana, além do CampeonatoPaulista, começam também oCatarinense, o Gaúcho, o Paraense e o Paranaense. No próximo final de semana, será a vez dos campeonatos Carioca (que neste ano completa seu centenário), Alagoano, Amazonense, Capixaba, do Distrito Federal, Paraibano eRoraimense.No mapa ao lado, você confere o início e o número de clubes de cada campeonato.

Copa SP: paulistas na frente

D os 22 grupos que formam a primeira fase da Copa SãoPaulo de FutebolJúnior, disputadapor88equipes de todo opaís,12são liderados porequipes paulistas:Américade SãoJosé doRio Preto(no A), Botafogo de Ribeirão Preto (no B), Corinthians (D), Primavera de Indaiatuba (G), Votoraty, de Votorantim (H), Barueri(I),Taboãoda Serra(K), União São Joãode Araras(L), Campinas (N), Palmeiras (Q), Santos (U) e Juventus (V). Alémdestes,estãoem segundo lugar —e,portanto, com boaschances deconquis-

tar umadas dez vagaspor índice técnico — os seguintes times de São Paulo: Comercial deRibeirão Preto (Grupo B), São Carlos (D), Lençoense (E), Santo André (H), Atlético Sorocaba (I), Rio Branco de Americana (L), Portuguesa (N), Força (O), Inter de Limeira (Q), Nacional (R), São Bernardo (T) e Taubaté (U). Entre os grandes clubes paulistas, o único já eliminado é o São Paulo. CampeãodaCopa São Paulo duas vezes, em 1993 e em2000, o Tricolornão pode mais se classificar, após as derrotas para o Brasiliense (1 a 0),

naquarta,epara oMoto Clube-MA(2a1), no sábado, em jogosdisputados emAraraquara. AFerroviária, adversária do São Paulo pela última rodada, amanhã, também perdeuparaMoto(1a3) eBrasiliense (2 a 3) e está fora. Maior vencedor da história dacompetição,comseistítulos conquistados (em 1969, 1970, 1995, 1999,2004 e 2005),o Corinthians seguefirmena luta pelo heptacampeonato. Depois dasvitórias por goleada sobre o Cene-MS (5 a 0), na terça-feira, e o Ceres-RJ (4 a 0), no sábado, o time entra em campo

para enfrentar o São Carlos, na quarta,praticamente classificado. Outra equipe quase lá é o Santos,que fez4a1 no Angra dosReis-RJnaquarta, 5a2no Ipiranga-MGnosábadoedecide oprimeirolugardogrupo com o Taubaté amanhã. Únicodos grandestimes paulistas que ainda não foi campeão da Copa São Paulo (o melhorresultado é ovice em 2003), o Palmeiras decide o primeiro lugar de seu grupo com a Inter de Limeira na quarta. O Alviverde empatoucom oIraty (2 a2), naquarta,egoleouo Botafogo-PB (5 a 0), no sábado.

Sem Ronaldo, Real patina

F oi mais um domingo para a torcida do RealMadrid esquecer. O time empatou sem gols com o Villarreal, fora de casa, viu o time apenas manter a sextaposição, a 13pontos do líder Barcelona, e de quebra ficou mais uma vez sem Ronaldo,que saiunametade doprimeiro tempo com nova lesão muscular na perna direita.

A contusãode Ronaldofoi a deixa para a estréia de Cicinho, que substituiu o compatriota e atuou por cerca de 60 minutos como meiaavançado, peladireita - Júlio Baptista foi jogar como centroavante. Ronaldo será examinado hoje, para saber a gravidade da lesão, a mesma que o havia afastado dos últimos jogos do ano passado. "Nãocorri riscos,estava bem durantetoda asemana", disse Ronaldo.

O empateentre oquinto eo sextocolocadosfoi mais um bom resultadona rodadapara olíder Barcelona,quefezsua lição de casa, ao derrotar por 2 a 1 o Espanyol, no clássico catalão, e,com o empatedo Osasuna emcasa comoRacing Santander, 1 a 1, assegurou o título simbólico de "campeão de inverno", já que não pode mais ser alcançadono primeiroturno. O luso-brasileiro Deco, autor do primeiro gol da equipe, foi parar no hospital, após um choqueacidental como companheiroThiago Motta, mas recebeu alta ontem.

A grande surpresano Velho Mundo ocorreu na terceira rodada da Copa da Inglaterra: o ManchesterUnited nãosaiu do 0 a 0 com o Burton Albion, atual 14º colocado naquinta divisão. Pelo regulamento, haverá um novo jogo entre as duas equipes- bomnegócio para o Burton, que obteve patrocínio especial para sua série com os gigantes ingleses.

ITÁLIA

18ª rodada Reggina 1 x 1 Fiorentina Palermo 1 x 2 Juventus

Cagliari 2 x 1 Udinese Chievo 3 x 1 Lecce Empoli 1 x 3 Messina Lazio 4 x 1 Ascoli

Sampdoria 0 x 2 Livorno Siena

Livorno3410421

ESPANHA

Atacante sofre lesão, dá lugar ao estreante Cicinho e time empata com Villarreal

Em campo, Kia e Dualib

Campeãobrasileiro emilionário,pelomenos naaparência,o Corinthiansprometepagarhojeaosseusjogadoresoprêmiopela conquistadotítuloe,assim,pretendeestrearnoPaulistão,jánestaquarta-feira,comosjogadoresconcentradosapenasnadureza que será a temporada de 2006. Outros problemas, no entanto, ainda estão por ser resolvidos no Parque São Jorge.

Oprincipal éa convivênciacadavez menosamistosa entreos dirigentesdoclube,encabeçadospelopresidenteAlbertoDualib, eseussóciosnofutebol,osinvestidoresdaMSIrepresentadosno Brasil por KiaJoorabchian.O Corinthiansquer odinheiro da MSI,masnãoquerainterferênciadeKia,quenãorasgadinheiro, mas adora aparecer como rico padrinho do time. As conseqüênciasdas relações deterioradasentre o cartolae o investidor,alémdasmuitasviagens deDualibaLondres,sãoa queda do poder aquisitivo do Corinthians, que nem sequer conseguiuatéagoracontratarumsubstitutoparaFábioCosta,eaincerteza no dia-a-dia do futebol, como este atraso inexplicável no pagamento do prêmio pela conquista do título brasileiro. ÉverdadequeoCorinthiansfoicampeãobrasileiroem2005no coroamento de uma temporada em que seus dirigentes e patrocinadores cometeramerros sucessivos nacondução dofuteboldosquais,osmaisóbviosforamascontrataçõesporcritériosmais econômicos do que técnicos e as repetidas trocas de treinadores. Em 2006, porém, a vida dos corintianos será mais difícil. As dificuldadesjá começamno CampeonatoPaulista. Éinacreditável, maso campeão brasileiro estrearánesta quarta-feira, em Bauru, contra o Noroeste, às 15h30 - isso mesmo, 15h30, ou, naverdade,14h30,descontadoohoráriodeverão.Enãoesqueça que o time voltou das férias na quarta-feira.

Nãoé àtoa queTevez, acostumadoa ummínimo deorganizaçãonofuteboldaArgentina,estáinsistindoemtreinarpelomenos20diasantesdevoltaraos jogos.Elesabeoquantoserádura estatemporada emquedisputará oPaulistão,a Libertadores,o Bras ileirão (e, quem sabe, o Mundial) pelo Corinthians e a Copa doMundopelaArgentina.Estrear comumasemanade"preparação"éluxoquesomente super-atletascomoKiaeDualibpodem se dar.

MEMORIAL ECUMÊNICO

Maisumgrande clubedofutebol paulista resolvecuidarde sua história: o Corinthians vai inaugurar o seu Memorial no dia 23 com uma festa bastante ecumênica -alémde reunir Dualib eKia, querlevar opresidente Lula,o governadorAlckmineoprefeitoSerraaoParque São Jorge.

SILÊNCIO ANIMAL

Edmundoresolveunão dar mais entrevistas antesda estréia doPalmeiras noCampeonato Paulista.Não querserobrigado afalardorecenteedoantigoacidentes de automóvel no Rio.

VIVA O RIVAL

Decontratonovo comoPalmeiras,o goleiro Sérgioé o maiortorcedor dorivalMarcos nestecomeço detemporada: "Torçoporele.ÉanodeCopa,o Marcos vai precisar estar bem paraser convocado." Só assim Sérgioteráchanceemalgunsjogos do Palmeiras.

DESCONFIANÇA Animadoscom avolta de Vanderlei Luxemburgo,os torcedores do Santos estãomeio desconfiadoscomotimequeele está armando.

ENFIM

É hoje,prometem osdirigentes do Morumbie orepresentantedo jogador: Amoroso, finalmente,assinará onovocontrato com o São Paulo.

INGLATERRA

Siena205-723 13 Reggina195-918 14 Empoli185-1120

O PRIMEIRO

Os jogadores do São Paulo voltamaotrabalho amanhã, mas aprincipal estrelado campeãodomundojádá duro no CTdesde sexta-feira. Rogério Ceniestá tratandoojoelhodireitonaesperançaderesolveros problemasnomeniscosempassar por uma cirurgia.

DE NOVO

OfenômenoRonaldovoltoua sentir acontusão nacoxa direita, ainda no primeiro tempo do 0a0deontemcomoVillarreal,e vai se transformando em preocupação paraParreira. Seráque o craque do Real Madrid chegará inteiro à Copa do Mundo?

CHORÃO

RubensBarrichellomudoude escuderia, mascontinua com a mesma conversa fiada de sempre.Em entrevistaà revista Autosport,opilotodaHonda reconheceuque,emmatériadetalento, "provavelmente Michael tenhaumpoucomais",masvoltouachoramingar:"Senoscolocarem numa mesmaequipe, comasmesmascondições,acho que eupoderia muitobem sero campeão."

GOL DE LETRA

"Sei que não cheguei ao meu limite. Isso me impulsiona a voltar às pistas." - Maurren Maggi,que voltou atreinarapós dois anos afastada dos saltos por uso de doping, ao repórter Alessandro da Mata, do jornal Lance!

*Com Agência Estado e Reuters

FRANÇA

Copa da França - 1ª fase

Vannes 1 x 2 Lorient

Cannes 1 x 1 Agde (pênaltis: 3 x 4)

Sainte-Geneviève 5 x 0 Mulhouse

Longuenesse 0 x 4 Caen

Corte 2 x 3 Rennes

Drancy 0 x 4 Metz

Lyon-la-Duchere 2 x 1 Toulouse

Saint-Etienne 0 x 1 Lille

Saint-Louis Neuweg 1 x 2 Colmar

Strasbourg 4 x 0 Nancy

Vermelles 0 x 4 PSG

Amiens 2 x 0 Plabennec

Chateauroux 2 x 0 Yzeure

Dijon 2 x 1 Forbach

Montpellier 2 x 1 Hyeres

St-Pryve-St-Hilaire 0 x 6 Sannois

Fontenay le Comte 0 x 1 Vitre

Calais 3 x 2 Troyes

Moulins 3 x 3 Istres (p: 5 x 3)

Saint-Lo 0 x 2 Ajaccio

Brive 0 x 0 Bois-Guillaume (p: 4 x 5)

Bastia 3 x 3 Louhans (p: 3 x 1)

Brest 3 x 0 Nice

Nantes 2 x 1 Valenciennes

Oissel 1 x 2 Sochaux

Roye 1 x 0 Alencon

Wasquehal 1 x 3 Bordeaux

Le Mans 0 x 1 Lens

Noisy-le-Sec 0 x 1 Auxerre

Rhone-Vallee 0 x 6 Monaco

Grenoble 0 x 4 Lyon

Olympique 4 x 0 Le Havre

Pseudojornalista dissimulado, entreguista, antipatriota, peitado" - do general Andrade Nery sobre o colunista Olavo de Carvalho

Reagindo com fúria burlesca ao meu artigoda semana retrasada, o generalAndrade Nery, por extenso Durval Antunes Machado Pereira deAndrade Nery, vice-presidente da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, está fazendo circularpelainternetuma nota repleta de solecismos, na qual me chama de “pseudojornalista dissimulado, entreguista, antipatriota, peitado, defensor intransigente de uma política globalizantequepriorizaumasónaçãodando-lhe o direito de explorar todos os povos” (sic).

Eunãosolicitariaaatençãodoleitorpara semelhanteestupidezse esta fosse apenas um insulto pessoal e não, como de fato é, um sintoma elucidativo daquilo mesmo que denunciei no meu artigo: o esforçomaciçodetraidores e usurpadores para colocar as nossasForçasArmadas aserviçode tudo o que elascombateram no passado. Pelasuaposiçãona Adesg,Andrade Nery está bem equipado paradar umasubstantiva contribuição a esse esforço, e é sóisto oque tornaas suaspalavras dignas de exame. O teor mesmo das imputações é tão ridículo, tão inverso ao conteúdo expressode tudoo queescrevi,disseefiz aolongodaminhacarreira jornalística,que nenhuma dificuldade séria impedirá oleitor de perceber,à primeira vista, que o general não tem a menoridéiadoque estádizendo:é apenas um papagaio de bordel a repetir mecanicamente coisas feias que ouviu de prostitutas. Com efeito, o encanecido oficial, nos intervalosfurtivosdo seu convívio perfeitamenterespeitável com velhos companheiros de farda,freqüentaocírculoderedatores da Hora do Povo, aquela publicação eminentementefecal que, no centenário de Stálin, celebrouo ogrogenocidacomo “o maior democrata da humanidade”(sic),e cujamisteriosasobrevivência com tãopoucos leitores eanúncios sóveio asercabalmenteexplicada mediante a revelação das propinas que, por conta do tristementecélebre projeto“oilfor food”,receberade Saddam Hussein.Nashoras sombrias em que o peso da dignidade castrense se torna excessivo e os instintos baixos da mendacidade atávica clamam por soltar a franga, é nesse submundo mentalque ogeneralNery buscaalívioereconforto,nãosóintoxicando-se daquela droga impressa, mas ajudandoa produzi-lasob a forma de invencionices convenientemente anti-americanas, bem ao gosto de seus camaradas defarra ideológica,publicadas emconfraternização promíscua comasde outrasmacacasdeauditório de Mao Tsé-tung, Fidel Castro e Pol-Pot. Oqueseouvenumambientedessesnão serepeteem casa.Deposita-sediscretamente naprivada do esquecimento. A não ser, é claro, quandose tem avocaçãoincoercíveldapapagaiada.Aíoque o sujeito faz é empoleirar-se na janela do prostíbulo e repetir o discurso inteiro que ouviu lá dentro, surpreendendo-se de que os transeuntes distraídos não parem para aplaudi-lo.

O que o general Nery escreveu de mim só fica bem no recinto fechado daredação da Horado Povo. Fora daí, alardeadopara o mundo, acéu aberto, é umagafe medonha,umvexame colossal, além dedelitoprevistonas leis penais do país.

O general chama-me de todos aqueles nomes para dar a impressão de ser um tribuno indignado, erguidoemdefesa deumanobre instituição, a Escola Superior de Guerra,queteriasidoatacadapor mim.Bela comédia.Naverdade,

MuNDOreAL

O grande rombo

eu nada disse contra aESG, mas tudo contra o estado atual em que se encontra. Nada contra a instituição, tudo contra os que hoje se servem dela parafinalidadesopostasàssuasmetas originárias.Defenderesses farsantes e usurpadores não é defender a instituição: é aviltá-la, é cuspir na sua história, fingindose de seu advogado. Atacá-los não é falar mal dela: é honrar os que a criaram, é dar voz aos mortos que já não podem se defender. Taladiferençaentreoempreendimento do general Nery e o meu. A ESG de hoje não é mais a de ontem.Masnãoéasuacontinuação, ofrutode umaevoluçãonormal. Éa suanegação,oseu opostosimétrico. Não há conciliação entre elas. Quem ama a primeira, odeia a segunda, e vice-versa. OprópriogeneralNery forneceaprova dessa transformação. Leiam o seguinte parágrafo (transcrevo sem correções):

“Assimforam encomendados(à ESG) planos de governonaárea energética, planospara melhoria das comunicações - o que à época eraum caos,poisse demorava quatro dias para falar do Rio de Janeiropara Manaus- domínio

do entreguismo, chamavam-na de vendida ao imper iali smo ianque, deservidorada exploraçãointernacional. Nessetempo, aESG recebeu vultosas tarefas do governo e se desincumbiu delascomeficiência e patriotismo inigualáveis. Nãoé estranhoque tantascoisas boas para o país fossem feitas por umainstituição acusadadetrabalhar a serviço de interesses estrangeiros, como representante local de uma concepção de segurança continental “imposta por Wall Street”? O general não faz idéia de quanto me honra ao macaquear, contra mim, o discurso comque os inimigos do Brasil tentaram enlameara imagemda instituição que hoje ele finge servir para melhor servir-se dela. Não por coincidência, de todas as realizações daESG queconstam da sua lista,só uma corresponde aoperíodoatual, àchamadaredemocratização ou Nova República: trata-se de um plano para o desenvolvimento demotores a álcool, já antigo, masagora - surprise! -- “oferecido a Cuba para solução de suas carências, face ao atual valor do petróleo, e o embargo pelosEstados Unidos da

mudou, que dá namesma servir ao Brasil ou a Cuba, é uma fraude tão manifesta, tão despudorada, que só por endossá-la ogeneral jáfaria jusao estatuto de inimigo da pátria, de traidordas Forças Armadas,de agente de influência a serviçogratuito ou remunerado, pouco importa- daquiloque existe de pior no mundo. E sua atuação na ESG éa provamais evidentede quea entidade,paradizer omínimo, traiua si própria ehoje se empenha em cortejar seus inimigos de ontem. Sabercomo sedeu essatransformaçãoéoutroproblema.Nãofreqüentoa Escola,só observosuas manifestaçõesexteriores, assustando-me com oespaço cada vez maioraliconcedido aagentesde influênciadedicados a fazer das Forças Armadas brasileiras um instrumento do comunismointernacional. Quando, alguns anos atrás, o sr. Márcio Moreira Alves chegou a ser cogitado para reitorcivildainstituição, amudança que elasofrera ao longo dos anos se tornou visível demais para ser ignorada. O sr. Moreira Alves, pouco antes, tinha voltado de uma viagemà Amazônia, en-

americanas na Amazônia e, naturalmente, a expansão do “imperialismo ameri cano” através doPlano Colômbiae atividades similares. Afalsidade desse diagnóstico saltava aosolhos de quem quer que conhecessealgodo movimento comunista. Desde logo, a extinção da URSS nãofoi acompanhada de nenhuma modificação substancial navelha KGB, que só mudou de nome mas nem sofreu cortes noseu orçamento, nem foi expurgada de seusvelhosquadroscomunistas,nemteve alteradas as suas funções tradicionais.Falarem “fimdo comunismo”, nessas circunstâncias, eratão ridículoquanto teria sidoproclamara extinçãodonazismo se, morto o Führer, a Gestapo continuasse a funcionar sem ser incomodada. Desdeo começodosanos 90,era previsível a qualquer momento a revivescência do comunismo sob outro nomequalquer. Quandoa IVAssembléiado Forode São Pauloproclamou seuobjetivode “reconquistar na América Latina tudo oqueperdemos noLeste Europeu”, ignorar esse perigo trornou-secegueira suicida.Ho-

daenergianuclear,tecnologiapara agroindústria, tecnologia de ponta na área de engenharia. destaforma,nasceramaUsinadeTucuruí, Itaipu, ampliação da Usina de Paulo Afonso, Furnas, a Usina Nuclearde Angrados Reis,Embrapa, I.T.A, Embraer, bem como odesenvolvimentodos motores a álcool, plano hoje oferecido a Cuba para solução de suas carências, faceao atualvalor dopetróleo,e oembargo pelosEstados Unidos da América.” Tudo o que ele diz aí é verdade. A ESGrealizou grandestrabalhos paraopaís. Sóquetodoselescom exceção do último,e já veremos por quê -- foram realizados entre a fundação da Escola e o fim dochamado “governo militar”, em1988. Nesse período,a instituição,comsua “doutrinadasegurança nacional”, servia ao Brasil e aos valores tradicionais da civilização cristã quenortearam a construção do país. Ela era o centro intelectual da defesa da nacionalidade-edasegurança continental --contraaameaçacomunista vinda de Cuba. Por isso os comunistas aodiavam, tanto quanto hojeodeiam amim, efalavamdela nosmesmostermos queo general agora usa contra mim.Consideravam-naotemplo

América”. Nãoliguem paraa regência preposicionalcapenga. O homenzinho apenas exerce seu direito ao analfabetismo funcional.Oqueimporta éainformação: o apologista da nova ESG não tem a alegar em favor dela senão o que a velha ESG fez pelo do Brasile o que ela, agora, fazem benefíciode Cuba.Paraele, jáse vê, as duas coisas são igualmente patrióticas. Tanto faz defender o Brasil contraumaditaduraestrangeira quefinanciavaasubversão armadanonossoterritório, nas décadas de60-70, ou ajudar essaditadura afazerexatamente omesmo, agora.Com um agravante formidável:comparadas aosfeitos das FARC,as guerrilhasdosanos70eramumaescaramuça demoleques; aolado do ForodeSão Paulo,avelhaOLAS de Fidel Castro (Organización Latino-Americana de Solidariedad) eraum clube de futebol de botão. Se naquela época a ESG serviu como um poderoso cimento para dar solidez à “grande barreira” erguida contra as ambições cubanas, muito mais obrigação teria de fazê-lo hoje, em vez de dar força auma ditadura que subsidiou e orientoua matança de tantos soldados brasileiros. Fazer de conta que a ESG não

tusiasmado com a transformação ideológica das nossas tropasde fronteira, que, dizia ele, varavam noitesestudando asobras deHo Chi Mihn e sonhando com uma guerra na selva... contra os narcotraficantes? Não. Contra os guerrilheirosdasFarc,queentravame saíam do nosso território como se fosse sua própria casa? Não. Sonhavam com umaguerra contra os marines americanos. Era esseo mesmo Exército das décadas de 60 e 70? Quantos soldados brasileiros a Marinha americana havia matado, para quenossos jovens oficiaisa odiassem tanto? Queextraordinários benefícioso Brasilhavia recebido do movimentocomunista internacional,paraque nossas tropas se oferecessem para morrer a serviço dele? Não acompanhei a transformação da ESG capítulo por capítulo, masobserveique,tãologo veio abaixo aditadura soviética,intelectuaisiluminados,civise militares, se aproveitaram da impressão do momentopara proclamar queomovimentocomunista internacional já não era problema e que nosso inimigopotencial, daí por diante, eram os EUA. Como prova disso, alegavam a presençaconstante deONGs

je, quando opoder no continente estánasmãos dosChávez,dos Evos Morales, dos Kirchners e dos Lulas, continuar a ignorá-lo é cumplicidade criminosa. Mas, na ESG, os Andrades Nerys estão preocupados é com o “avanço do imperialismo americano”. Ora, só umobservador perverso e malintencionado, ou ainda maisburrodo queopróprioAndrade Nery jamais conseguiria ser, não percebe que as entidades americanas que interferem na Amazônia, comopor exemploo Conselho Mundial das Igrejas, a Fundação Rockefeller e agentes deGeorge Soros, não representam demaneiraalgumaosinteresses nacionaisdos EUA, mas, ao contrário, estão profundamenteassociadas aomovimento esquerdista e anti-americano que se esforça para quebrar a espinha do poder nacional americano e transferira soberaniado paísparaorganismos internacionais. Nãohá ninguémque ignoreisso nos EUA - mas, graças a onipresença de agentes de influência na mídianacionale em entidades comoaESG,essainformaçãoainda nãochegou ao Brasil.Claro: é precisoocultá-la aqualquerpreço, pois ela modifica radicalmentea visão do quadro estratégico

O general não faz idéia de quanto me honra ao macaquear, contra mim, o discurso dos inimigos do Brasil" - reage Olavo de Carvalho

internacional e dilui perigosamente o empenho de juntar forças no mundo inteiro para um ataque multilateral aos EUAempenho apoiado pelas mesmas organizações que os intelectuais iluminadosdescrevem como pontas-de-lança do “imperialismo ianque”. Quantoao PlanoColômbia,obra de um presidente cujas conexões ideológicas não escapamnem a velhinhos com Alzheimer desde que ele se elegeu com a ajuda do governo da China e depois se tornou protetor daespionagem chinesa em Los Alamos, o seu único efeito, previsível demais para ser coincidência, foi desarmantelar os velhos cartéise transferir todo o seu poder às Farc. Se isso é imperialismo americano, eu sou o Andrade Nery em pessoa. Dentro dos EUA, até as crianças de escola sabem que há uma briga de foiceentre o nacionalismo americano, tradicionalista e conservador, e o esquema globalista associado às fundaçõesbilionárias, àintelectualidade enragée, ao movimento neocomunista e aos organismos administrativos internacionais. Juntar tudo no mesmo saco e catalogá-lo sob o rótulogeral de“imperialismo americano” só é possível no Terceiro Mundo, onde a população ignora tudo da políticainterna americana e podeser facilmente ludibriada paradesviar seuressentimento das verdadeiras centrais globalistas edespejá-losobre os EUA. Patifes como AndradeNerynãofazemoutracoisana vidasenão colaborar com esse gigantesco esquema de desinformação, no qual se depositam asmaisaltas esperançasde“reconquistar na América Latina o que perdemos no Leste Europeu”. Se para isso tentam parasitar as glórias da velha ESG, é porque sabem que só por meiodo engodo podemmanipular as Forças Armadas, transformando a “grande barreira” no “granderombo”por ondea tropainteira dos tradicionais inimigos do Brasil vem entrando para galgar todos os altos postos e cobrirse de glórias usurpadas. Durante anosfui, nagrande mídia brasileira, oúnico jornalista empenhado em defender as ForçasArmadascontrao bombardeio de calúnias, sabendo que este, no fundo, vinha das mesmas fontes da “nova doutrina estratégica” que ia ganhando terreno na ESGeportoda parte.Porterassumido essaposição, sofritoda sorte de ataques e boicotes, recebi inumeráveis ameaças de morte, vi minha família ser difamada e perdi três empregos. Recebi duas condecorações, uma do Exército, outra da Aeronáutica. Senti que compensavamtudo aquilo.Não tenho estômago para assistir a esse espetáculo grotesco de um agente deinfluênciacomunista posar de advogado da honra militar enquanto eu faço o papel do malvadinho, do inimigo, do bandido. É absurdo demais, é insano demais. É o mundo de Pirandello, de Kafka, de Ionesco, o mundo daRainhadeCopas.Éarealidade transformando-se emsátira desi mesma.Um engenheirodorombo falando emnome da “grande barreira”! Valha-meDeus!Até quepontoeste paísvaiconsentir em deleitar-se no fingimento, na farsa, na burla geral?

PS -Noterceiroparágrafodeste artigo, o leitor não deve enxergar nenhuma insinuação maldosa contra asprostitutas, essas boas moças que tanto alegraram a nossajuventude.Como diriaoeminente Agamenon Mendes Pedreira, o jornalista mais sério do Globo,a únicacoisa em comum entre elas e osAndrades Nerys é que elas mudam de posição a pedido do freguês.

Janusz Kapusta/Corbis

ALMANAQUE

OS ESTADUAIS

ESTÃO DE VOLTA

Atemporadade 2006dofutebol profissional brasileiro começa nesta semana,com a volta dos campeonatosestaduais. Acima, Antônio Casemiroda Costa,primeiro presidente daLiga Paulista de Foot-Ball (LPFB), de 1901 a 1904, posa ao lado da primeira taça disputada no país. Ele mesmo a ofereceu,quandofoi organizado o Paulista de 1902, pioneiro no Brasil. O troféu ficoude posse definitivado SãoPaulo Athletic, tricampeãode 1902 a1904 ecampeão também em 1911. 0

À espera dos craques

O São Paulo, campeão do mundo, promete oficializar hoje a permanência de Amoroso. O corintianoTevez quer mais tempo de preparação antes de voltar a jogar pelo campeão brasileiro. Passe Livre, na página 8

FORÇA TOTAL

DO PAÍS

PAULISTA: O MAIS ANTIGO

Depois do Paulista (1902), seguiram-se oscampeonatos daBahia (1905);Riode Janeiro(1906);Pará (1908); Amazonas (1914); Minas, Paraná e Pernambuco (1915); Piauí(1916);EspíritoSantoeParaíba(1917);Maranhãoe Sergipe (1918); Rio Grande do Sul (1919); Cearáe Rio Grande doNorte (1920); Santa Catarina (1924); Alagoas (1927);MatoGrosso(1943); Amapá eGoiás(1944);Rondônia (1945); Acre (1947); Brasília (1959); Roraima (1974); MatoGrossodo Sul (1979) e Tocantins (1993). 0

RECORDES E RECORDISTAS

Nenhum clube ganhou mais campeonatos estaduais que o ABC, no RioGrande doNorte:são 48títulos.Decacampeãode1932a1941, étambémo recordistaemtítulos seguidos,aoladodoAmérica-MG, outro que faturou o estadual em Minas dez vezes consecutivas, entre 1916 e 1925. O maior artilheiro em uma edição de estadual é Pelé: em 1958, fez 58 gols no Paulista.

“Foi apenas mais um Paulistinha.” (Vampeta, campeão mundial pelo Corinthians em 2000, desmerecendo anos depois a conquista do Paulista de 1977, ano em que a equipe foi campeã após 22 anos.)

Em 2005, os títulos de campeão mundial e da Libertadores ficaram no Estado de São Paulo,como SãoPaulo. Ode campeão brasileiro também, com o Corinthians,assimcomo o da Copa do Brasil, vencida pelo Paulista de Jundiaí. Nãoéàtoa quenesteiníciode temporadatodas as atenções voltam-se para o Campeonato Paulista. A competição começa na próxima quarta-feira (veja as duas primeiras rodadas abaixo) e será disputada em turno único e pontos corridos, como no ano passado. Se ofutebol noEstado jáera forte, começa 2006 ainda mais reforçado. Para quebrar um jejum de títulos no estadual que jáentra emseu22ºano, oSantos, além de repatriar o técnico Vanderlei Luxemburgo (demitido do RealMadrid), trouxe nada menos que onze reforços, o equivalente a um time todo novo: Fábio Costa e Roger (goleiros), Neto(lateral), Manzur (zagueiro),Fabinho eMaldonado(volantes), Cléber (meia), Jonas, Gilmar, Galvão e Reinaldo (atacantes). Seu maior trunfo,no entanto, residiráno fatode que,ao contrário de seus principais rivais, o Santos não disputa a Li-

O Santos traz de volta o goleiro Fábio Costa e o Palmeiras, o atacante Edmundo. Até o São Paulo, campeão mundial, e o Corinthians, campeão brasileiro, se reforçam, com Rodrigo Fabri e Rafael Moura. E o futebol paulista, que já era forte, está mais forte ainda para a abertura de seu campeonato, nesta quarta-feira

bertadores, podendo dedicarse no primeiro semestre deste ano exclusivamente ao Paulista e à Copa do Brasil. Outro que se reforçou com jogadores experientes foi o Palmeiras. A aposta do técnico Leão para pôr fim a um período de quase dez anos sem vitórias no estadual e fazer bonito na Libertadoresreside nolateral-direito e meia Paulo Baier, ex-Goiás, e no lateral-direito Amaral,ex-Fortaleza; noatacante Edmundo, ex-Figueirense; no lateral-esquerdo Márcio Careca, ex-Brasiliense; nos zagueiros Douglas, ex-São Caetano, e Valdomiro, ex-Santo André; enoatacante Enílton, ex-Juventude. Mesmocom os títulosde campeãomundiale campeão brasileiro, São Paulo e Corinthians também se reforçaram. O Tricolor, que busca o bi na disputa estadual, trouxe o meia Rodrigo Fabri e trocou detécnico:sai Paulo Autuori, que foi para o futebol japonês, e entraMuricy Ramalho,campeão estadualcincovezes seguidas nos últimos cinco anos, por Náutico, Internacional e SãoCaetano.No Corinthians, asnovidadesaté agorasãoo atacante Rafael Moura, exPaysandu,e Xavier,volante que era do Vitória, da Bahia.

Arquivo Celso Unzelte
Celso Unzelte
Robson Fernandjes/AERobson Fernandjes/AE
Evelson de Freitas/AE
Marcelo Ferrelli/AE

OPINIÃO

RESENHA INTERNACIONAL

C

HILE: REVOLUÇÃO PELOVOTO?

Os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais chilenas mostraram que o candidato do centro e da direita possui um caudal de votos suficiente para aspirar a vencer a candidata socialista no segundo turno, no dia 15. O Chile poderia servir, assim, de importante contrapeso ao risco de um desvio populista que parece acentuar-se no continente, com os resultados das recentes eleições na Bolívia e com o eventual desenlace das eleições presidenciais de abril próximo no Peru, se continua a ascenção nas sondagens eleitorais do coronel Ollanta Humala, o chamado “Chávez peruano”, que já beira os 22% das intenções de voto.

ComooChile caminhaparaa esquerda cooptandoou neutralizandoos setoresmais conservadores

Neste contexto, os chilenos têm a possibilidade histórica de marcar um ponto de inflexão eleitoral no avanço das esquerdas continentais, paralelo ao ponto de inflexão político que significou a série de escândalos no governo do presidente brasileiro Lula e em seu Partido dos Trabalhadores, ao ponto de estar comprometida sua aspiração a um segundo mandato.

Michelle Bachelet, uma pediatra de 54 anos, militante socialista, obteve 45% dos votos, o que sem dúvida não é pouco. Porém, sua trajetória nas preferências dos chilenos parece ser descendente. Até alguns meses atrás, as sondagens de opinião indicavam que ela se imporia no primeiro turno. Entretanto, a partir de novembro começou a cair. Um caminho ascendente, inverso ao de Bachelet, tem sido o que vem precorrendo

o empresário Sebastián Piñera, defensor da propriedade e do livre mercado, cuja candidatura foi lançada em meados de 2005, obtendo no primeiro turno 25% dos votos. Em terceiro lugar, situou-se o engenheiro Joaquín Lavín, candidato da direita com 23%. E em quarto, Tomás Hirsch, com 5%, apoiado por heterogêneo espectro de comunistas, ecologistas e “anti-sistemas” em geral. Uma frase pronunciada por Michelle Bachelet na noite de 11 de dezembro, ao conhecer-se os resultados do primeiro turno, poderia ser um ponto de meditação para os chilenos a respeito do pensamento real da candidata: “Quando a Concertación (conjunto dos partidos de esquerda que a apóia) sai às ruas, a direita se põe a tremer”. Alguns observadores chilenos fizeram notar que com essa frase Bachelet agitou os fantasmas da “via chilena ao socialismo”, levando a nação trasandina a um abismo do qual escapou quase por milagre. Tal como analisou com perspicácia o jornalista Rafael Gumucio em recente artigo para o jornal The New York Times, no Chile, para que o país caminhe para a esquerda sem sobressaltos, inclusive para levar atrás de si ou, pelo menos, neutralizar os setores mais conservadores do catolicismo desse país, precisa-se de uma aparência de que as coisas permanecem as mesmas. TRECHOSDAANÁLISEPUBLICADA PELODESTAQUEINTERNACIONAL EDISPONÍVELTAMBÉMNO WWW.MIDIAS

Afif Domingos Vice-Pres dentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto

Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Ed tor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino MaradeiJr.(marino@dcomercio.com.br)e MasaoGoto Filho (masaog@dcomercio.com.br) Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Rosel Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e Ricardo Ribas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice

Icebergs à deriva na Argentina

ROBERTO FENDT

Omeu provedor de internet trazia na capa do seu noticiário eletrônico matéria dando conta de que "Dois icebergs estãoà deriva em águasdo oceano Atlântico, em frente à costaargentina, a mil quilômetros ao sul de Buenos Aires. O fato incomum nessa latitude foi anunciado nesta quarta-feira pela polícia marítima local".

Nem tudo o que acontece na Argentina é incomum;algumascoisas sãobastantecomuns. Um exemplo: o país vizinho fechou o ano com a inflaçãoem 12,3%. Esse percentualé ligeiramente superiorao dobroda inflaçãode 2004, que ficou em 6,1%. Trata-se da maior taxa de inflaçãoanual desde2002, quandoo paísamargava os efeitos do fim da paridade cambial e as conseqüências da desvalorização do peso. Mas isso são águas passadas; o pior da história éque ainflaçãodo mêsdedezembro (1,1%no mês)foia maisaltaparaum dezembronosúltimos quinze anos. Trocando em miúdos: a inflação está acelerando e só Deus sabe qual será a inflação de 2006. O que tem feito o governo para controlar a inflação?Coisascomuns.Porexemplo,diantedos fatos, o governo simplesmente negou a aceleração dainflação: oministro doInterior, Aníbal Fernández,afirmouqueainflaçãodedezembro "éinevitáveldevido àsazonalidade".Deduas, uma: ou o ministro não sabe o que é sazonalidade, ou andatomandoaulas dedespistamento com o governo brasileiro. O mesmo se aplica ao controle de preços. O governo continua pressionando ossupermercados paraque nãoreajustem os preços dos produtos que vendem. Novamente, nada de incomum: o governo argentino

já vemfazendo issohá maisde umano, comos resultados já comentados. Ora,nãohánadamaiscomumem política econômicaabaixo do Equador quecontrolar preços. Especialistasem escrita cuneiforme que traduziramo Códigode Hamurabi mostraramque,infelizmente, oscontrolesdepreços praticados na Mesopotâmia no século 18 A. C. não deram certo. A experiência foinovamente repetida nos estertores do império romano; debalde. Após aDescoberta da América,quando osgaleões voltavam àEspanha abarrotados deouroe prata,o aumentoda oferta de moeda local destruiu o "preço justo", provocandoa maiorhiperinflaçãoconhecida até as suas sucedâneas do século 20.

Aspiruetasnãoparamaí.Aopagarantecipadamentesua dívidacom o FMI, o governo argentino só pode ter tidouma deduasatitudes. Ousimplesmente deu uma barretada, mostrando que nãohálimitespara acapacidadedeerrarnas contas: odinheirodoempréstimo doFundo custa muito menos que o custo do giro da dívida em pesosargentina. Oupretende continuar a controlaros preços em geral, inviabilizando qualquer acordo com oFundo. Nesse caso, fica mais elegante pagar e dispensar um novo acordo que levar um "não". Estão àderivanãosomenteicebergsna Argentina; está começandoa ficar àderiva ogoverno dopresidente Kirchner,que persisteem fazer experimentos econômicos heterodoxos, contrariados por milhares de anos de evidência histórica em contrário.

A inflaçãoestáacelerandoesóDeussabequalseráainflaçãode2006

O advogado Zé Dirceu

ARTHUR CHAGAS DINIZ

Éem espanto que se lê nos jornais a acusaçãoqueo TribunaldeContas da União faz àCaixa Econômica Federal (CEF)deirregularidades emoperações com o BMG. Este último é participante ativo do Valerioduto, quase sempre simulando empréstimos aMarcos Valérioque são,verdadeiramente, comissões ou corrupção. A comissão maior foi gerada, certamente, com a autorização do governo (leia-se Zé Dirceu) para débito em conta corrente deempréstimos contraídos por aposentados junto ao BMG. Este último era o maior operador de créditos consignados do Brasil,embora seja (oufosse) umbanco pequeno com características regionais. O que oTCU aponta agora é quea CEF comprou os créditos consignados gerando um lucro instantâneo paraobancodaordemdeR$119 milhões. São partes emersas do gigantesco pântanomoral em que foimergulhado o País depois que foi “aparelhado” pelo PT. Dizem que o deputado e ex-ministro Zé Dirceu comandava todaessaoperação. Tevecúmplices,entreeles, certamente, o famigerado Delúbio Soares, agora obrigado a devolver à Secretaria de Educação de Goiás dois anos de vencimentos como professor por aulas não dadas. É certo que Delúbio nunca enganou.Nuncadeu uma aula sequer. Ospagamentosefetivados aDelúbio foram uma exemplar demonstração de subserviência. E Zé Dirceu? O que anda fazendo agora, ou que papel representa? O que sesabe é que Zé Dirceuandou uma ou duas semanas no Rio de Janeiro, aparentemente curtindo o ócio. Ele ficou hospedado na casa do

banqueiro Walter Appel, para quem teria intermediado,empassado recente,umcontratode prestação de serviços com a Varig. O contrato era detal vulto quefoi suspensopela administraçãoanterioraatual,semqueoBancoFatortenha protestado parcelas do pagamento pelos serviços prestados à empresa aérea. Oque relatamamigosdaPetrobrás équeZé Dirceu funcionou como advogado de defesa da empresa deNelson Tanure,presidente dogrupo Docas. A Petrobras cobrava uma conta de US$160milhões doestaleiroIshikawajima.Zé Dirceu teria sido tão eficientena sua nova roupagemdeadvogado queconseguiurevertera questão e transformou o grupo de Tanure de devedor de US$ 160 milhões em credor atendido de US$100 milhões. Seé verdadeintegral esta versãodonovopapel deZéDirceu,querepresentoucomsucesso ocomercianteCarlosHenrique eoguerrilheiro Daniel,eu nãosei.Mas que o homem é impossível, isto lá é.

Osucesso de sua primeira incursão semi-oficial noterrenodaadvocacia (administrativa?)podeestimular a potencial clientela. Os riscos são baixos. Até Waldomiro Diniz, com depoimento gravado,ainda nãofoijulgado.O primeirobeneficiário do mensalão, Roberto Jefferson, cassado, já está fazendo propaganda política da filha.O que é proibido por lei. Os responsáveis por crimes eleitorais aguardam julgamento. Cada vez mais esperançosos. ARTHURCHAGASDINIZÉ PRESIDENTEDOINSTITUTOLIBERAL

E ZéDirceu?Oqueandafazendoagora,ouquepapelrepresenta?

JOÃODE SCANTIMBURGO

REGRESSOAO

TERCEIRO MUNDO

Quem conhece a vida de Talleyrand, o maior ministro das Relações Exteriores que o mundo teve, sabe que a diplomacia é na ciência política um dos capítulos mais importantes e mais complexos, que seria longo para mim aqui discernir.

Com estas considerações, penso que o presidente Lula não pode ter conhecimento do que seja e do que exija uma ciência e sua prática em tal dimensão, que tem ocupado em várias nações e em vários tempos espaços consideráveis e sagacidades não fáceis de serem encontradas. Escrevo isto numa síntese de articulista para lamentar que estamos em face de um novo Regresso, muito diferente do imperial. O presidente Lula não tem conhecimento nem preparo - e isto não o desmerece - para entrar nessa seara diplomática e no seu não raro nebuloso aspecto.

OpresidenteLula nãotem conhecimentonem preparo-eistonão odesmerece-para entrarnaseara diplomática

Éportanto, um despropósito o presidente pretender conduzir a política exterior, da qual tem apenas sumária noção, aos caminhos tortuosos do Terceiro Mundo, que perturbaram as relações internacionais do Brasil em passado ainda recente. Que vem a ser o Terceiro Mundo? Quem o criou, com raro êxito, ao fazer dele uma analogia com o Terceiro Estado-Regime,eo que temos nós, que evoluímos para o estágio de nação desenvolvida? Que vínculo temos com as nações do Terceiro Mundo?

Fico por aqui, certo de que estas interrogações não terão respostas adequadas. Fique-se atento na política exterior do governo atual. Será interessante para os estudiosos da realidade brasileira.

JOÃODESCANTIMBURGOÉ MEMBRODAACADEMIA BRASILEIRADELETRAS JSCANTIMBURGO

Céllus

Só mistério na morte do nosso general da paz

O vice-presidente e ministro da Defesa José Alencar e o ministro Celso Amorim não crêem na versão de suicídio do comandante da ONU no Haiti, general Urano Bacellar. Uma equipe brasileira de investigação voou para Porto Príncipe (fotos). Página 5

Aaaaaarvore!!!!!!

A chuva atrasou o tratamento e retirada de árvores ameaçadas, como as da espécie exótica Tipuanas (foto), plantadas na década de 30 na alameda Casa Branca, esquina com a Santos. Frágeis, elas podem cair a qualquer momento. A Prefeitura ainda não conseguiu cumprir a meta de tratar 834 delas, condenadas pelo IPT. Veja os prejuízos de 15 dias de temporais no mês de dezembro em São Paulo. DCidade/3

Guerra de palavras

Mundo Real, por Olavo de Carvalho, na página 12

Começa o campeonato

Luxemburgo (acima, à dir.) volta ao Santos e vai à luta pelo título do Paulista, que começa dia 11. Ronaldo sai de campo. Machucado O susto, em jogo do Real Madrid (acima, esq.). DC Esportes

Na rota de acessibilidade

1º projeto: Vila Maria a Sto. Amaro. DCidade/1 e 2

Janusz Kapusta/CorbisAlex
Maurício Tupã/AEAlbert Gea/Reuters
Eduardo Munoz/Reuters
MIlton Mansilha/LUZ
Lindomar Cruz/ABr

Jornal em hebraico com notícias sobre a saúde do primeiro-ministro

Sharon começa a ser acordado

O prognóstico do neurocirurgião argentino José Cohen é que o primeiro ministro de Israel tem todas as chances de sobreviver, talvez possa voltar a entender e falar, mas não poderá voltar ao cargo

Oprimeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de 77 anos, deverá ser retirado hoje do coma profundo induzido pelos médicos do Hospital Hadassah, em Jerusalém, onde está internado desde a noite de quarta, quandosofreu umderramecerebral. Oanúnciofoi feito ontem pelo diretor do hospital, Shlomo Mor-Yosef.

"Umaequipemédica avaliounamanhã de ontem, domingo, dia 8, os diferentes exames com escaneamento por tomografia computadorizada e observou uma ligeira melhora notamanhodoedema cerebral", disseMor-Yosef aosjornalistas. Ele advertiu, noentanto, que o estado de Sharon "ainda écrítico, masestável". Segundoo médico, osangue, que se espalhoupeloladodireitodocérebrodeSharon,está bem drenado. Os sinais vitais estão normais e a febre, no "limite do normal".

Seessas condiçõessemantivessem,disseMor-Yosef, os médicos reduziriam a profundidade da anestesia, podendo, a partir daí, constatar os danos causados pelo derrame no cérebro doprimeiro-ministro. "Amanhã estaremos em condições de informarmelhora situação do cérebro dele",antecipou o médico, ontem. Ao sair do coma profundo, Sharon será submetido a estímulos, cuja resposta indicará a extensão do dano e as seqüelas deixadas pelo derrame. O fato de o derrame ter ocorrido do ladodireito do

cérebroé favorável porque Sharon é destro, o que significa quesua memória efala estão situados no hemisfério esquerdo. Umaimagem detomografia feita na sexta-feira mostrou que o tecido do lado esquerdo não foi afetado. De acordo com o neurocirurgiãoargentino José Cohen, que comandou as três cirurgias (num total de cerca de 16horas) a queSharon foi submetido na quinta e sextafeira, o primeiro-ministro "tem todasaschances de sobreviver", talvez possa entender efalar,masnãopoderá voltar ao cargo. Cohen, de39 anos,foi trazido paraIsraelpelo chefe do Departamento de Neurocirurgia do hospital, Felix Umansky, t am bé m nascido na Argentina, que oconheceu numa conferência em seu país natal. Em 2002, Cohen montou a Unidade deNeurocirurgia Endovascular do hospital. Sucessão - Foi aprimeira vez que um médico diretamente envolvido nocaso afastou ahipótesedeSharon reassumir achefia de governo.Com isso,intensificam-se asespeculações sobre quem deverá sucedê-lonaliderança do partido Kadima (Adiante),fundado porSharonem novembro, para aglutinar

de Sharon do coma profundo

dissidentes doLikud, dedireita, lideradospor ele, edo Partido Trabalhista, vinculadosao ex-primeiro-ministro Shimon Peres. A posição do vice-primeiroministro Ehud Olmert, que chefia o governo interinamente, pareceu mais sólida no domingo, depois que Peres, visto como um possível postulante, anunciou seu apoio a Olmert na liderança do Kadima. Em entrevista à rede de televisão

AFP-27/12/1983

Homem que tentou matar o papa será solto

UCNN,Peres,de82anos, disse que "discutiua questãoconsigo mesmo" e concluiu que não quer voltar a ser primeiro-ministro de Israel, mas dedicar-se exclusivamente ao processo depaz, oquepoderá fazercomo um deputado do Kadima. Shimon Peres foi o mais bem colocado em duaspesquisas feitas pelos jornais Haaretz e Yediot Ahronot, naquinta-feira. Ambas mostraram que o partido Kadima elegeria 42 dos 120

Ó RBITA

TERREMOTO

Um forte terremoto estremeceu ontem a Grécia, causando danos leves no sul do país e deixando pelo menos três feridos. O tremor, de 6,9 graus na escala Richter, chegou a ser sentido em partes da Itália e do Oriente Médio, cerca de 1200 quilômetros a sudeste do epicentro, a 200 km ao sul de Atenas.

deputados daKnesset(Parlamento unicameral) sob a liderança de Peres, eentre 39 e 40, sob Olmert. Segundo a pesquisa do Haaretz, os trabalhistas obteriam 18 cadeiras e o Likud, apenas13. Aseleiçõesparlamentaresestão marcadaspara 28 de março.

Prefeitode Jerusalémdurante dez anos (1993-2003), período em que promoveu a instalaçãodecolonosjudeus na cidade, Omert, de 60 anos,

apoiou a controvertida decisão de Ariel Sharon de desocupar a Faixa de Gaza, em agosto do ano passado. A medida enfrentou enorme resistência dentro do Likud, o partido de Sharone de Olmert,e do governo, e motivou a criação do Kadima.

O vice-primeiro-ministro é tido como umhábil articulador de bastidores, embora não goze de muita popularidade. Lourival Sant'Anna (AE)

CAI HELICÓPTERO: 12 MORTES

Um helicóptero americano Black Hawk caiu hoje no norte do Iraque, matando as 12 pessoas que estavam a bordo – quatro tripulantes e oito passageiros. O Exército dos EUA confirmou que todos eram cidadãos americanos, mas não informou se havia algum civil a bordo. Em um dos piores fins de semana desde a invasão do Iraque, em março de 2003, cinco marines foram mortos em vários ataques no oeste do

país. A queda do Black Hawk e a morte dos marines ocorreram em meio à libertação do engenheiro francês Bernard Planche, depois de mais de um mês de cativeiro e após seus seqüestradores ameaçarem matá-lo se a França não finalizasse sua "presença ilegítima" no país. Esta foi a mais mortífera queda de helicóptero desde que um Sea Stallion caiu por causa do mau tempo no oeste do Iraque em janeiro de 2005, matando 31 americanos.

GRIPE AVIÁRIA: MAIS 5 CASOS

mtribunal turcoautorizou alibertação na próxima semana de Mehmet Ali Acga (à dir.), que em 1981 tentou assassinar o papa João Paulo II. O tribunal aprovou o documento emitido pela prisão de Istambul onde Agca está detido, segundo o qual o preso já cumpriu sua pena. Em2000, depois de passar19 anos em prisõesitalianas,Agcafoi condenadoà prisão perpétua pelo assassinato de um jornalista, pena depoissubstituídapordezanosdedetenção.Em dezembro de 1983, João Paulo II visitou Ali Agca na prisão e o perdoou (alto). Reuters

PEREGRINOS

Cerca de 2,5 milhões de muçulmanos começaram ontem a sua peregrinação anual de Meca para Mina. Medidas de segurança foram reforçadas depois que há três dias um hotel ruiu, matando 76 pessoas. Há 60 mil seguranças no trajeto, para evitar acidentes como o de 2004, em que 251 foram pisoteados.

Cinco novos casos de contágio humano de gripe aviária foram registrados na Turquia, três deles na região da capital Ancara e os outros dois em Van, informou a agência noticiosa turca Anadolu. Segundo a agência, o ministério da Saúde turco informou que cinco pessoas hospitalizadas na Turquia estão contaminadas com o

Umit Bektas/Reuters

vírus H5N1. Desse total, três são crianças, que permanecem hospitalizadas em Ancara, de acordo com do governador da capital, Kemal Omal. Algumas famílias perderam vários membros em razão da doença, como Marifet Kocyigit (à esquerda na foto, sendo consolada por amiga), mãe de três crianças que morreram atingidas pela gripe aviária no país.

Shlomo Mor Yosef, diretor do hospital Hadassah: anúncio sobre a saída

DEU NO BLOG

OBlogdoJosias descreveoque encontrarnapraiade SãoTomédeParipe, separadaporummuro dapraiadeInema, ondeLula descansa(abaixo)

LO muro de Aratu

lê-se: “Área

JOSIASDESOUZA FOLHA

ula e Marisa tomaram nesta sextafeira o primeiro banho de mar nas águas da praia de Inema. Deu-se por volta das 8h, sob sol brando. Depois, protegidos por um toldo, os dois permaneceram na praia até as 10h. O primeirocasal é hóspede da Base Naval de Aratu, situada a cerca de 30 quilômetros de Salvador. No recanto da Marinha, a praia

é privativa. O presidente e sua mulher estão separados do povo por um muro. Do outro lado, está a praia de São Tomé de Paripe, freqüentada por moradores da periferia de Salvador. Sobre o paredão que separa as duas praias, vigiado por marinheiros, estão assentadas duas placas. Uma delas, maior, anota: “Propriedade da União/Marinha do Brasil/Entrada Proibida.” Na outra, menor,

Militar/Proibida Entrada.” Recomenda-se a Lula que experimente cruzar a muralha. São Tomé de Paripe proporciona melhor divertimento do que Inema. Ao contrário da pasmaceira verificada sobre as areias controladas pela Marinha, do outro lado ouve-se música em alto volume, come-se um bom acarajé e bebe-se cerveja estupidamente gelada.

O que dizem os leitores do blog

Espera Lula tomar uminha, Josias, que ele escala o muro e vai pro lado dos pobres, sempre mais divertido.

HELENA,ARARAQUARA

Frequento São Tomé de Paripe. Gostaria apenas de lembrar que se Lula pular ou não o muro, a sua história e a sua alma estão onde o acarajé, a cerveja gelada e a cultura popular estão. E é isso que essa direita estúpida não aceitará jamais. Ou será que Josias de Souza e outros que tais, quando vão em férias à Bahia, ficam hospedados no subúrbio ferroviário de Salvador, dançando arrochae bebendo Schincariol? JUCA,SALVADOR,BAHIA

Fui tentar passar as férias de fim de ano em Salvador, mas não consegui, pois fui assaltado perto de Feira de Santana. Ficamos (eu, mulher e filho de 10 anos) duas horas sequestrados. Roubaram tudo. Ainda bem que o presidente do "povo" não anda mais de carro. A polícia? Estou esperando até hoje... MARCOSBRAZ,IPATINGA,MG

BENEDICTO

FERRIDE BARROS

2006 EM

PERSPECTIVA

PEscreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Com chuva e sem cobertura

Acobertura deste periódico sobre as enchentes dos últimos dias está um pouco acanhada. Lembro-me de que em anos anteriores havia cobranças para que realizassem as obras que conteriam os prejuízos.

Naquela época, este jornal não deixava pra trás nada que pudesse prejudicar a ex-

prefeita. Eram reportagens das mais diversas tragédias, inclusive as enchentes. Gostaria que vocês cobrassem mais do prefeito e do governador, uma vez que este está há quase doze anos no poder e sua contribuição para a cidade é ridícula. E o prefeito ainda não fez absolutamente nada, principalmente na

região do Córrego Pirajuçara. Este jornal deveria ser menos politiqueiro e mais favorável à população. A imprensa é a que mais atrapalha o desenvolvimento do País, por causa desse joguinho de apoiar este e ferrar aquele, sempre pensando na próxima eleição.

JOAQUIMROBERTOPEREIRA, JKITPEREIRA@HOTMAIL COM

Enchentes de mais, cobranças de menos

Aharai, Sharon

Amatéria de Moisés Rabinivici sobre Ariel Sharon (DC de sexta) aliou à informação, emoção sem pieguice. O jornal não precisa ser impessoal sempre. Colocar "Aharai" em meio à idéias me deu a sensação de participar da lide do batalhador.

MIRIAMMERMELSTEIN MI-ME@UOL COM BR

OGuilherme Afif Domingos, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), agradece os votos e deseja a todos um Feliz 2006

NicolauJacobNeto,João deScantimburgo,Milton Eduardo Roberto, Diretor Comercial da AMP Soft, JoséCarlosStangarlini, DeputadoEstadual,Mauri, Teolinha efilhos, Luiz FernandoR. deSá Moreira, Reliance D.T.V.M. Ltda., Ana Maria S. Gonçalves, Banco Bradesco S.A., Walter e Beatriz, Elvio Aliprandi, Ex-presidente e Membro do ConselhoSuperior daACSP,MarioAmato, MembrodoConselhoSuperior daACSP, MarioNajm, Membronato doConselho Consultivo daACSP, Dorival e família,Tonico Ramos e família, LucianoWertheim,MembrovitalíciodoConselho Deliberativo da ACSP, Clélia Teixeira, Lar Escola São Francisco,Alencar Burti,Ex-presidenteeMembro doConselhoSuperior daACSP, MinistroOlavo Drummond,Itamar Musse, WalterMalouf, MoacirCossia,BancoGMAC, KorteeKorte Advocacia, CamiloZarzur, Disal Corretora deSeguros, Wanderson Cunha, Praxi Solutions, André Beer, Membro do ConselhoSuperiordaACSP, ClaudioR.Contador,FunensegFundaçãoEscolaNacionaldeSeguros-Funenseg, Antônio FábioRibeiro eMagda,Rafik HusseinSaab,Membro natodo Conselho Consultivo da ACSP, bastos e Monteiro Advocacia, Banco do Brasil S.A., João Elísio Ferraz de Campos, Presidente daFenaseg, EsquemaImóveisAdm.Com. Ltda.,LuizCarlos Melo,AssociaçãoBrasileiradas Empresas Importadoras de VeículosAutomotores, ArmandoVergiliodos SantosJúnior, Tricury Construções e Participações Ltda., Norton Glabes Labes,BradescoCapitalizaçãoS/A., FlávioLuizRiccoNunes, Luiz Henrique Azambuja, Brasilprev Seguros e Previdência S.A., Adolfo Neves Martins da Costa, Michel Temer, Presidente Nacional do PMDB, Jorge Gerdau Johannpeter, Presidente da Gerdau Açominas S/A., Walter Núñez Martinez, Prima Escola Montessori de São Paulo, Alberto Srur e Senhora, Eduardo de Barros Pimentel, Fundação de Rotarianos de São Paulo, MauroCésar Batista,AcademiaNacionalde SegurosePrevidência, Fausi & Cezário Ltda., José Roberto Cury, Escola Santo Inácio, Banco Santander, Luiz Carlos Pereira de Almeida, Corauci Sobrinho, Deputado Federal, Manoel Félix Cintra Neto,

Presidente da BM&F,Adão Benedito, Membro Natodo Conselho Consultivo da ACSP, João Fortes Engenharia S/A., Marcel Domingos Solimeo, Homero Sarti e Luiza Helena Sarti, José NêumannePinto, AntonioSalimCuriati,Deputado Estadual, MyryamAthie,Vereadora, MariaCarolinaeEmidio, BuonnyProjetos eServiços, AdemirCossiello, DiretorPleno da ACSP, João Leopoldo B. de Lima, Funenseg - Fundação Escola Nacional de Seguros - Funenseg, Marcos Augusto Coelho doNascimento, Membrovitalíciodo ConselhoDeliberativo da ACSP, Luiz Carlos Santos, Deputado Federal, Plano & Plano Construções e Empreendimentos Ltda., Eneida Bonito, DiretoradaRotaéreaBrasil,Finasa, SociedadeBrasileirade CiênciasdoSeguro,Ferraz deSampaioAdvogadosAssociados, PanelliMottaCabrera, VittorioEmanuelePrimoRossi, Vicente Renato Paolillo, NovaVeículos Chevrolet, Rádio PanamericanaS/A.,AlbertoBadraFilho,EletromidiaComercial Ltda.,RafaelPalladino,PanAmericano,PauloHirai,Milliman doBrasil Ltda.,EdgarS.Valesin,Vice-presidentedoGrupo Dallas, L.C. Andrade Jr., Toyota do Brasil, Salles Chemistri, Teresa Nóbrega,Poletto PeassonPossamai, RonaldE. M.Y. Dumani,GodofredoFrancoDiniz, CoordenadordaUnidadede Assuntos Legislativod CNI, Central de Vendas em Informática, ThiagoGimenezGomeratti, Supervisor deProdução do Bradesco Vida e Previdência, Luiz Gonzaga Souza de Oliveira, Superintendente Executivo do Bradesco Vida e Previdência, MarcoAntônioM.Soncin,SuperintendentedeÁreadoBradescoVida e Previdência, Luiz Carlos Delben Leite, Gunnar A. Murillo, GMAC,Rádio EldoradoLtda., F.Silveira, MilleniumEditorial Group, QBE Brasil Seguros, José Cândido de Freitas Júnior, Hugo Eneas Salomone, Aprígio Eduardo de Moura Azevedo - MajorBrigadeirodoAr,ComandantedoIVComar,ViniciusCamarinha,Deputado Estadual,Luiz ArnaldoPereirada Cunha Junior, Diretor-presidente da Prodam, Senador Delcídio Amaral, Jorge SarhanSalomão, Membro nato doConselho Consultivo daACSP,ClubedeDiretoresLojistasdoRiodeJaneiro-CDLRio e Maj. Brig. Ar Jorge Godinho Barreto Nery.

osto que o futuro a Deus pertence, as dúvidas principais devem estar voltadas para os depoimentos. Em se tratando de ano eleitoral, principalmente para os do governo e dos políticos. É difícil distinguir a voz da inteligência na zoeira das tripas. O cérebro trabalha em silêncio, mas os interesses promovem gritaria e estardalhaço que a mídia converte em manchetes. Confundemse boatos com realidades. Deve-se, assim, tomar com uma pitada de sal todas as opiniões relativas ao desempenho da economia nacional no ano em curso. E não só as do governo e dos políticos, como a de economistas e comentaristas em geral. Previsões relativas a 2005 revelaram-se redondamente errôneas a respeito de 6 macroindicadores globais do desempenho econômico desse ano, como se ninguém mais entendesse como funciona a Economia. E a avaliação do desempenho econômico hoje se sumaria numa avaliação do "desenvolvimento", como indicador global da melhoria de vida do povo de qualquer nação.

Os governos – e este mais do que nenhum – são vezeiros na prática da apropriação indébita dos resultados, creditando-se pelo êxito alcançado pelo esforço de outros e debitando seus erros e fracassos a terceiros. Quando essa manipulação é inviável, por colidir com a evidência dos tatos, recorrem à confusão de exaltar êxitos estatísticos e de pesquisa pontuais para encobrir desastres globais. Se nada disso funciona, botam na frente dos burricos da fábula a cenoura de êxitos futuros. Foi essa a estratégia estridente da mercadologia governamental, relativamente a 2005. Um ano de desastre, quer em comparação com a economia mundial global, que cresceu a uma taxa de 4%, quer com relação a países emergentes, que cresceram muito mais do que isso. Não chegamos a 3%. Fechamos o ano na rabeira, como cerra-filas. E só não fomos pior graças essencialmente ao agronegócio, soja e boi.

desastre foi retoricamente transformado em êxito por comparação com desempenhos de governos passados em fases adversas da conjuntura mundial, e o sacrifício de 2005 foi legitimado para "ajustar os fundamentos que assegurarão um ciclo virtuoso de crescimento sustentável." A retórica é irresistível. Quanto ao futuro, para 2006, Palocci acena à frente dos burricos com um crescimento próximo de 5% - quase o dobro de 2005. Que "fundamentos" dão verossimilhança a esse cenourão? O êxito proporcionado pela política à Economia foi a contenção da inflação. Os superávits proporcionados pela atividade empresarial privada permitiram liqüidar antecipadamente a dívida com o FMI. Mas as taxas de juros continuam no teto mundial e os buracos da infra-estrutura se alargaram. Contam-se para 2006 com dois fatores favoráveis: um externo, referente à conjuntura da economia global. Os desastres climáticos que atingiram a Terra nos diversos continentes por si só asseguram um poderoso estímulo ao aumento de investimentos e da atividade econômica em geral. Internamente, a política aposta na enxurrada da abertura de verbas para todos os setores e fins.

Odesastrefoi transformadoem êxito.Masosjuros continuamnoteto eosburacosda infra-estruturase alargaram.

Aincógnita da equação está em se saber até a que ponto a economia brasileira poderá se desenvolver para aproveitar a melhoria da conjuntura econômica global. Até que ponto as estruturas, as finanças e a iniciativa empresarial terão condições de superar os óbices que a política e o desgoverno apresentam ao desenvolvimento do povo e da Nação? Os juros, o fiscalismo, a burocracia, a incompetência permanecem como os grandes mata-burros do desenvolvimento nacional. O triunfalismo retórico exsudado pela megalomania presidencial é inepto para superar essas realidades. E a enxurrada de verbas eleitoreiras dificilmente terá tempo para soterrar os mata-burros existentes e permitir que os burricos alcancem o cenourão brandido pelo ministro. Retórica não tampa buracos nem aterra mataburros.

BENEDICTO FERRIDEBARROSÉESCRITOR PAJOLUBE@TERRA COM BR

Eduardo
Nicolau/AE
Joedson Alves/AE

COMEÇA A MARATONA DA FUVEST

Em São Paulo, a segunda fase começa bem. Inspirada em textos de Chico Buarque, Drauzio Varella e Millôr Fernandes

Textos de ChicoBuarque, Drauzio Varella e Millôr Fernandes rechearam a prova dissertativa de português da Fuvest, no primeiro dia de provas da segunda fase da Fuvest, nestedomingo. Oexamefoi elogiado por alunos eprofessores. "O conteúdo era muito bom, não exigia decoreba e visava o candidato que lê, escrevee temvisãocrítica", disseo professor do Curso Objetivo Nelson Dutra. Todas as questões cobravam interpretação de texto e quatro delas estavam ligadas à bibliografia obrigatória. Sobre "Macunaíma", de Mário de Andrade, foi preciso explicar porque o personagem é "umacontradição de si mesmo". Um poema de Manuel Bandeira e trechos de obras de Machado de AssiseEçadeQueirozcompletavam a parte de literatura. Para o coordenadorde português do Curso Anglo, Dacio de Castro, a prova não foi difícil, mas simrigorosa. "Exigiu umaleitura maduradas obras", disse."Achei aprimeira fase de português terrível. Hoje foi um alívio", disse o vestibulando Pedro Batalha, de 17 anos,candidatoauma vaga em Geografia. A questão cinco transcrevia

parte da letradamúsicaVai Passar, de Chico Buarque, e pedia para que o aluno interpretasse o significado de "dormia" no trecho "dormia... a nossa pátria mãe tão distraída".Em seguida, o aluno precisava encontrar um recurso expressivo sonoro na letra. "A resposta era aaliteraçãodasletras TeSno trecho que fala das tenebrosas transações", disse o professor do Objetivo. Otextode Millôr falava do País "àbeira doabismo" epedia paraque a frasefosse reescrita. Aprimeira questão,com baseem umtexto deDrauzio Varellasobre doenças como aids e hanseníase, também pedia a criação de uma frase. Redação - O trabalho foi o tema da redação da Fuvest. O assunto foi considerado fácil por candidatos e professores.

Para o candidato Paulo Victor Graciliano 18 anos, candidatoa vaga em Administração de Empresas, que fez o exame em Campinas, elogiou a prova "É um assunto atual, não foiumtemafilosófico que fugia do cotidiano."

Participaram daprova 29.340dos 31.104convocados, um índice de 5,67% de abstenção.Os examesdessa,queéa última etapa da Fuvest, vão até quinta-feira, dia 12. (AE)

Chuvas causam oito mortes no Estado

Pode chegar a oito o número de mortos pelas enchentes no Estado de São Paulo – duas pessoas morreram em Sorocaba, uma na capital, duas em Francisco Morato e duas em Várzea Paulista. O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) concluiu ontem reparos naadutora deSorocaba, rompida porum deslizamento.O abastecimento de 300 mil pessoas, cortado na segunda, começa a se normalizar hoje.Na capital, apósumdia

TRIBUTÁRIA

ICMS/SP - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS

DERIVADOS DE PETRÓLEO ECOM

ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE O contribuinte deverá entregar as informações relativas às operações interestaduais que promover com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ou com álcool etílico anidro carburante cuja operação tenha ocorrido com diferimento do lançamento do imposto com observância de programa de transmissão eletrônica de dados. O contribuinte obrigado a prestar essas informações por meio de transmissão eletrônica de dados deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação (Convênio ICMS n 3/ 1999, Cláusula décima sexta, na redação dada pelo Convênio ICMS no 33/2005, Cláusula primeira): a) TRR: nos dias 02 e 03.01.2006; b) contribuinte que tiver recebido o combustível de outro contribuinte substituído, exceto TRR: nos dias 04 e 05.01.2006; c) contribuinte que tiver recebido o combustível exclusivamente do sujeito passivo por substituição: no dia 06.01.2006; d) importador: nos dias 02, 03, 04, 05 e 06.01.2006; e) refinaria de petróleo ou suas bases: e.1) até o dia 13.01.2006, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases; e.2) até o dia 23.01.2006, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes. (Arts. 423-A e 424-A (na redação dada pelo Decreto no 49.910/2005) do RICMS/SP, art. 20 da DDTT e Ato Cotepe no 42/2005 e Comunicado CAT no 52/ 2005)

DIA 9 ICMS/SP-SubstituiçãoTributáriacontribuinte enquadrado em código de CNAE-Fiscal que não identifique a mer-

Índios participam de exercício de guerra

Bento 16: não à "cultura dominante da morte"

Osemchuvas fortes,sefaziao trabalho de limpeza. Segundo aDefesaCivil,1.039 pessoas perderam as casas nos últimos dias -249 estão emabrigos de emergência e 790, em casas de amigos ou parentes. De acordocom oCentro de Gerenciamento de Emergências (CGE), nos primeiros cincodiasdomês choveu165,5 milímetros , oequivalente a 69% da médiahistórica de chuvas para o mês, que é de 239 milímetros.

cadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição; energia elétrica; fumo e seus sucedâneos manufaturados; pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha; tintas, vernizes eoutros produtos químicos; veículo novo ;veículo novo de 2 rodas motorizado - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de dezembro/2005.

DIA 10

ICMS/SP–CNAE´S - 17213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960 - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de novembro/2005. ICMS/SP - Fabricantes de telefone celular, latas de chapa de alumínio ou de painéis de madeira MDF - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de novembro/2005. ICMS/SP– Industriais ou atacadistas de pequeno porte (art. 11, § 3 , das Disposições Transitórias, na redação dada pelo Decreto no 49.472/2005) - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de novembro/2005.

ICMS/SP–CNAE´S -01112 a 01708, 02119 a 02135, 05118, 05126, 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290, 16004, 26913, 26921, 45110 a 45608, 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195; 55131 a 55190, 55247, 60305, 63118 a 63401, 65102 a 65994, 72109 a 72907, 74110 a 74993, 85111 a 85324último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de dezembro/2005. ICMS/SP - REMESSA INTERESTADUAL EM CONSIGNAÇÃO INDUSTRIAL - ENTREGA DE ARQUIVO ELETRÔNICO - Entrega pelo consignante à repartição fiscal aque estiver vinculado, em meio magnético, de demonstrativode todas as remessas interestaduais efetuadas em consignação e das correspondentes devoluções, com a identificação das mercadorias (art. 474-A, inciso II). ISS - RECOLHIMENTO DO IMPOSTO - CONTRIBUINTES EM GERAL - Pagamento do imposto relativo às prestações de serviço efetuadas no mês de

MilitaresdasForçasEspeciais doExército treinam índios em exercíciosde guerra. A informação, divulgada ontem pelo jornal Extra, foi confirmada pelocomando do Exército, que alegou que aparticipaçãodos índios é voluntária e não inclui uso de munição nas operações realizadas no Rio, Goiás e Amazonas. As fotos divulgadas

mostram índios mirando em fuzis Colt M16 sob orientação de militares. A participação dos índiosnãofoi aprovada pela Fundação Nacional do Índio (Funai). AComissão de Direitos Humanos da Câmara protestoucontraotreinamento.Para aprocuradora doMinistério Público Ela Wiecko, o local que aparece nas fotos pode ser São Gabriel da Cachoeira (AM).

Janeiro/2ª semana

dezembro/2005, bem como do imposto retido na fonte no referido mês (art. 80 do RISS, aprovado pelo Decreto no 44.540/ 2004). As diversas instruções para cálculo e recolhimento do ISS estão previstas na Portaria SF no 14/2004. ISS - PROFISSIONAL AUTÔNOMO E SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL -RECOLHIMENTO DO IMPOSTO - Recolhimento do imposto relativo ao trimestre outubro/ novembro/dezembro/2005, pelos prestadores de serviços sob a forma de trabalho pessoal (profissional autônomo) e pelas sociedades de profissionais (sociedade uniprofissional). Art. 19, § 1o, do RISS - Decreto no 44.540/2004. Simples - Pagamento, pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (Simples), do valor devido sobre a receita bruta do mês de dezembro/2005.

IRPJ/CSL/PIS/Cofins - Incorporações imobiliárias - Regime Especial de Tributação -Recolhimento unificado do IRPJ/CSL/PIS/Cofins, relativamente às receitas recebidas em dezembro/2005 pelas incorporadoras que tiverem optado pelo Regime Especial de Tributação (RET), na forma da IN SRF n 474/2004. Comprovante de Juros sobre o Capital Próprio – PJ - Fornecimento, à beneficiária pessoa jurídica, do Comprovante de Pagamento ou Crédito de Juros sobre o Capital Próprio no mês de dezembro/2005. IPI(excetoodevidoporMEouEPP) - Pagamento do IPI apurado no 3 decêndio de dezembro/2005, incidente sobre produtos classificados nas posições 84.29, 84.32 e 84.33 (máquinas e aparelhos) e nas posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veículos automóveis e motocicletas), todos da TIPI. IPI (exceto o devido por ME ou EPP) -Pagamento do IPI apurado no 3o decêndio de dezembro/2005 incidente sobre produtos classificados nas posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis).

papaBento16 criticouontema existência do que ele acredita que seja uma"culturadominante da morte", quecolocaria nomesmo nívelas drogas, a falta de solidariedadee o sexo como diversão.Ele desenhouum quadro negativo do tempo atual na cerimônia que celebrou CapelaSistina debatismo de10 crianças (foto). O papa seguiu o hábito de seu antecessor João Paulo II aodar pessoalmente osacramento nodia emque a tradição cristã lembra obatismo de Jesus deNazaré.Segundoele,a "culturada morte" se revela na fuga pela droga, na fuga do real, na felicidadefalsa que se mostra pelodesprezo aooutro. "Éa ´coisificação´ do homem, que jánão é pessoa, mas mercadoria",condenou. Parao papa,o verdadeiro sentidoda vidaestá nosmandamentos de Cristo. (AE)

PrevidênciaSocial(INSS)GPS- Envio, ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre os empregados, da cópia da Guia da Previdência Social (GPS) relativa à competência dezembro/2005. Havendo recolhimento de contribuições em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias. Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado (municipal, estadual ou nacional), a empresa deverá antecipar o envio da GPS.

DIA 13

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatosgeradoresocorridosnoperíodode1o a 10.01.2006, incidente sobre rendimentos de: a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuidos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos.

Cofins - Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mês de dezembro/2005:

• Cofins -Entidades Financeiras e Equiparadas.

• Cofins - Demais Entidades.

• Cofins – Combustíveis.

• Cofins - Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária

• Cofins não-cumulativa PIS-Pasep - Pagamento das contribuições cujos fatos geradores ocorreram no mês de dezembro/2005:

• PIS-Pasep - Faturamento (cumulativo)

• PIS – Combustíveis

• PIS - Não-cumulativo (Lei n 10.637/2002)

• PIS-Pasep - Folha de Salários

• PIS-Pasep - Pessoa Jurídica de Direito Público

• PIS-Pasep - Entidades Financeiras e Equiparadas.

• PIS - Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária. Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico cujos fatos geradores ocorreram no mês de dezembro/2005:

• Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior,atítuloderoyaltiesouremuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência técnica, cessão e licença de uso de marcas e cessão elicença de exploração de patentes.

• Incidente na comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível (Cide-Combustíveis)

IPI(excetoodevidoporMEouEPP)

- Pagamento do IPI apurado no 1 decêndio de janeiro/2006 incidente sobre produtos classificados no Capítulo 22 da TIPI (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres).

IPI(excetoodevidoporMEouEPP) - PagamentodoIPIapuradono1o decêndio de janeiro/2006 incidente sobre produtos classificados no código 2402.20.00 da TIPI (cigarros que contêm fumo).

IPI(excetoodevidoporMEouEPP)

- Pagamento do IPI apurado no mês de dezembro/2005 incidente sobre todos os produtos (exceto os classificados no Capítulo 22, nos códigos 2402.20.00, 2402.90.00 e nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI).

IPI(excetoodevidoporMEouEPP) - Pagamento do IPI apurado no mês de dezembro/2005 incidente sobre os produtos do código 2402.90.00 da TIPI (“outros cigarros”).

DIA 15 ICMS/SP - ARQUIVO MAGNÉTICO-OPERAÇÕESEPRESTAÇÕESINTERESTADUAIS -Remessa pelo contribuinte usuário de sistema eletrônico de processamento de dados, às Secretarias de Fazenda, Finanças ou Tributação das Unidades da Federação, de arquivo magnético com registro fiscal das operações e

prestações efetuadas no mês anterior (Convênio ICMS n 57/1995, e alterações posteriores, e Portaria CAT no 32/1996, na redação dadapela Portaria CAT no 92/ 2002).

ICMS/SP - ARQUIVO MAGNÉTICO COM REGISTRO FISCAL DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES REALIZADAS - CONTRIBUINTES DO SETOR DE COMBUSTÍVEIS Oscontribuinteseosimportadoresde combustíveis derivados de petróleo, inclusive solventes, as usinas e as destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive solventes, e os Transportadores Revendedores Retalhistas (TRR) deverão enviar à Secretaria da Fazenda arquivo magnético com o registro fiscal de todas as operações e prestações realizadasaqualquertítulonomêsanterior (art. 1 da Portaria CAT n 95/2003). ICMS/SP - ARQUIVO MAGNÉTICO COM REGISTRO FISCAL DAS OPERAÇÕES E RESTAÇÕES REALIZADAS - REVENDEDOR VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS E CONTRIBUINTES QUE ADQUIRIREM COMBUSTÍVEIS - O revendedor varejista de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo deverão enviar à Secretaria da Fazenda arquivo magnético com o registro fiscal de todas as operações e prestações realizadas, a qualquer título, no mês anterior, com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível (art. 2o da Portaria CAT no 95/2003). Nota: Oparágrafo único do art. 210 do Código Tributário Nacional (CTN) estabelece que os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição

Fonte
Aluna faz prova da Fuvest na Escola Politécnica da USP
Robson Fernandes/AE
O Globo

O

local fez adaptações para permitir o acesso de portadores de deficiências, mas os resultados ainda são incipientes.

Prefeitura estuda rota de acessibilidade entre Vila Mariana e Santo Amaro

Projeto prevê rampas, calçadas com piso podotátil e um corredor com vans e ônibus para portadores de deficiências, entre o metrô Santa Cruz e o Terminal Santo Amaro. A secretária Mara Gabrilli espera apoio do comércio. Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP, elogiou o projeto, mas destacou que a acessibilidade deve começar pelas calçadas da cidade.

Falta de conscientização e de informação. Essas palavras explicam porque São Paulo possui poucas vias com acessibilidade para os Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) (com algum tipo de deficiência) e também para idosos com mobilidade reduzida. Essa parcela da população corresponde a 3 milhões – de 10 milhões que vivem no município, segundo o IBGE. A maioria dessas pessoas circula com dificuldade pela cidade, seja pela condição das calçadas (muitas vezes sem rampas, com piso inadequado, escorregadio ou destruído), seja no acesso aos ônibus. Para contemplar parte dessas pessoas, a Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Seped) desenvolveu um projetopiloto intitulado Rota de Acessibilidade. Segundo a secretária da pasta, Mara Gabrilli, o objetivo é que PNEs e pessoas com mobilidade reduzida possam circular por São Paulo com mais facilidade. Para isso, as calçadas serão reformadas e devem receber rampas e piso podotátil (com desenhos que comunicam alterações no trajeto, se há escada ou rampa à frente, para o deficiente visual), e um corredor viário com vans e ônibus adaptados com piso baixo. A rota ligará o metrô Santa Cruz ao Terminal Santo Amaro, percurso que corresponde a 11,2 km (ida) e 10,7 km (volta), formado pelas ruas Pedro de Toledo/Borges Lagoa, avenidas Ibirapuera, Vereador José Diniz e Adolfo Pinheiro. O custo do projeto é de R$

26 milhões e, segundo Mara, os recursos integram o orçamento deste ano. "Dependemos apenas de um 'sim' do prefeito", afirmou. Após a aprovação, o prazo para as obras será de seis meses.

Projeto - Se aprovada, a Rota de Acessibilidade deverá permanecer em testes durante seis meses no bairro de Vila Mariana, escolhido por ser o que mais concentra fluxo de PNEs e idosos em ônibus (cerca de 890/dia, de acordo com dados da Seped).

A região também possui instituições especializadas como a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

"Focamos a ação com os ônibus e vans justamente porque o Serviço de Atendimento Especial (Atende), da Prefeitura, contempla apenas pessoas com deficiências graves, e prioriza destinos como hospitais e escolas. Queremos oferecer uma alternativa para que estas pessoas também possam ir ao cinema", exemplifica. Mara ressalta que o projeto também prevê uma parceria com o Metrô, que determinará a acessibilidade em todas as estações que alimentam o projeto-piloto. A rota também está vinculada à existência de equipamentos públicos que possuem acessibilidade, como hospitais e escolas.

"Além disso, nesse percurso, estamos levantando quantos equipamentos públicos ainda precisam se adaptar", afirmou. Após o período de testes, o objetivo da Seped é multiplicar o projeto para outras regiões da cidade. "Como São Paulo é muito grande, vamos

começar por esta região. A intenção é criar rotas de acessibilidade por toda a cidade", afirma. Expectativas - O projeto da Seped vai ao encontro das expectativas da região. "Infelizmente, existem muitos prédios e calçadas carentes de acessibilidade para atender deficientes e idosos. Em Santo Amaro, por exemplo, observo que falta rebaixar calçadas e aprimorar o atendimento", afirma o superintendente da Distrital Santo Amaro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Aloysio Luz Cataldo.

Quem vive na pele o problema da região é o diretor-coordenador da Casa de Cultura de Santo Amaro, Adelino Ozoris Neto II, cadeirante há 31 anos. "O primeiro e grande problema é a acessibilidade nas calçadas. Em Santo Amaro, existem algumas quebradas. Quando tenho de passar por elas, sou obrigado a ir pela rua, correndo o risco de ser atropelado. Como é um bairro antigo, muitas calçadas têm larguras insuficientes, com postes no meio do trajeto, por onde a cadeira de rodas não passa", afirma. Adelinotevea coluna quebrada durante um treinamento militar, é tetraplégico, e até conquistar a independência com uma cadeira de rodas motorizada e um automóvel adaptado com motorista, usava transporte público. "Um ônibus adaptado da linha que utilizo chegou a demorar quatro horas", diz. Quem compartilha dessa opinião é o jornalista Renato Laurenti, tetraplégico há 21 anos em decorrência de uma fratura na coluna cervical. "Se eu não tivesse carro, não sairia de casa", afirma. Segundo ele, quem pensa

Abdala Hesser, presidente da Associação dos Comerciantes da rua João

que só deficientes precisam de acessibilidade se engana. "Um idoso fica com três deficiências (visual, auditiva, física). Um dia todos precisarão de acessibilidade, de uma guia rebaixada, de um banheiro adaptado", diz. Falta de informação - Além de a população desconhecer a importância da acessibilidade, outro fator que limita a apresentação de projetos é a ausência de uma disciplina sobre o assunto em faculdades de arquitetura e engenharia. "As pessoas não convivem com o deficiente. Se existem poucos deles nas ruas é porque há ausência de guias rebaixadas, calçadas em péssimo estado e transporte ineficiente", diz o jornalista. Para Ana Maria E. C. Barbosa, Supervisora de

Comunicação e Coordenadora do site Rede Saci, quando se constrói uma edificação, o projeto deve nascer acessível. "Sai mais barato do que ter de reformar depois", afirma. Segundo a Seped, o custo de construção de uma rampa de acesso é de aproximadamente R$ 30 a R$ 50 o metro quadrado. Ela aponta outro problema quando o assunto é a construção de rampas e banheiros acessíveis. "É preciso haver padronização. Não sou deficiente, mas já vi banheiros sem maçanetas ergométricas e barras em altura inadequada. No caso das rampas, nem todas seguem a inclinação indicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN)", alerta. Mara Gabrilli confirma a

carência de informações sobre a acessibilidade por parte de profissionais. "Por isso, lançaremos o Livro de Mobilidade Acessível, com um check list dos padrões em construção. Além disso, daremos um curso a todos engenheiros, arquitetos e fiscais da rede municipal para que contemplem a acessibilidade nos projetos públicos", destaca a secretária. Mais informações na página 2

Célia de Souza Aranha Machado, cadeirante, em uma loja da rua João Cachoeira.
comércio
Cachoeira: comércio mais acessível

MAIS DE 1,2 MILHÃO DE PESSOAS EMPREGADAS

Esse é o resultado de novas ocupações formais, ou seja, com carteira assinada, esperado pelo Ministério do Trabalho e Emprego para 2005. Se confirmado, será o segundo melhor resultado dos últimos 10 anos

Aexpectativade quea economia cresça em ritmo maisacelerado em 2006 alimenta a perspectiva do Ministério do Trabalho eEmprego (MTE)de contabilizar, ao final do governo Lula, 5,2 milhões de novas vagas com carteira assinada. Ou seja, pouco mais da metade da promessa de 10 milhões de novas vagas feitadurantea campanha presidencial.

A contabilidade ministerial considera a possibilidade de que sepossagerar,aolongo deste ano, os mesmos 1,5milhão de postos formais de trabalho criados em 2004. Além disso, espera que o fechamentodos númerosde2005contemple as projeções que têm sidodivulgadaspelotitular da pasta,o ministro Luiz Marinho, de geração de 1,2 milhão de novospostos. Se confirmado, este será o segundo melhor desempenho na geração de empregos formais, na série dedez anos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MTE.

1,5

milhão é o número de novas vagas de emprego com carteira assinada para 2006

"É possível esperar um resultado ainda melhor em 2006, mais parecido com o de 2004. A economia vai crescer em ritmo mais acelerado", afirma Rogério Nagamine, assessor especial do ministro Marinho. O impulsonaeconomia, segundosuaanálise, viráda queda das taxas de juro (Selic e TJLP),"fundamentais paraestimular investimentos".

Destaques – Noano passado,o setorcommaior taxade crescimentona geraçãode postos formais de trabalho foi a construção civil. No acumulado dejaneiroanovembro doCaged,o setorcresceu 11,45%, com criação de exatas 115.391 vagas formais.

"O crescimento foi puxado pela melhora das regras para o

financiamento à habitação", diz o assessor ministerial. Asegundamaiortaxa de crescimento vem da agricultura (7%),seguidado comércio (6,73%), indústriaextrativa (6,43%),serviços (6,36%), administração pública (5,55%), indústriade transformação (4,76%) eserviços industriais de utilidade pública (4,15%). Em termos absolutos,o destaque fica para o setor de serviços, com geração de 617.105 vagasformais. Ocomércio, abrangendo atacado e varejo, criou outras 375.943. A terceira melhorperformance ficapara a indústria da transformação, comoa de alimentos, com 280.820 novos postos de trabalho com carteira assinada. Rendareal– "O que vemos desde 2004 é uma tendência da formalização do mercado", comenta Guilherme Maia, economistada Tendências. Para ele,osdados da pesquisa mensal de emprego do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE) são mais relevantes na horade fazer projeções por também considerarem o emprego informal. Maisqueageração devagas, Maia considera que o destaque de 2006 será a recuperação da rendareal."Em2005 houve recuperação da ocupação eda renda, commaior peso para aocupação",afirma. Tanto que ele projeta para a massa salarial de 2005 um crescimento em tornode5% sobre a base do ano anterior. "Para 2006 a estimativa também é de5%. O que mudaé o perfil. A participação da renda será maior", detalha. O dado é bom, do ponto-de-vista da massa."Haverá ganho acima da inflação,oquevai gerar consumo e crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)." Ele projetaparaeste anouma expansão de 3,4% para o PIB.

Impulsionado pela melhora nas regras de financiamento habitacional, o setor de construção civil foi campeão em taxa de crescimento até novembro: 11,45% sobre 2004. Foram 115.391 novos empregados.

Empresas vão investir para reter talentos

Cercade 80% das empresas detodoo mundo, e91%das brasileiras, independente do seu porte e área de atuação, declaram que planejam aumentaros investimentos de 2006 em ações voltadas ao desenvolvimento de seus funcionários.

Segundo a pesquisa Talento Global,realizada pelaDeloitte Touche Tohmatsu, consultoria com atuação em 150 países, incluindo o Brasil, as empresas estão preocupadas, especialmente,comaatraçãoeretenção detalentos. Oestudofoi feitoa partir de questionários respondidos por executivos de recursos humanosde 1.396corporações, em 60 países. Ele abrange todos os continentes e reflete a percepçãoda indústriamanufatureira, instituições financeiras, empresas de telecomunicações, tecnologia e bens de consumo, entre outras áreas.

Perda de profissionais – No âmbito mundial, 74% dessas empresas afirmamquejá vivem ou devem viver, dentro de trêsacinco anos,aperda de profissionais que atuam em cargosexecutivose técnicos–preocupaçãopresente em80% das empresas brasileiras. Além disso, mais da metade das corporações (da amostragem total, etambémentreas brasileiras) informa que já vive, ou viverá nos próximos anos,perda decargosoperacionais e administrativos.

De acordo com a pesquisa, a preocupaçãodas empresaslevaem contaatendência dediminuição do número de jovens entre 15 e 29 anos no mercado

de trabalho; o fato de que a média da população se torna mais idosa; alémdo crescimentodo contingentede pessoas em idade para se aposentar.

"Em empresas de vários segmentos, como o setor público e as instituições financeiras, a manutenção dequadrosaltamentequalificados éfundamental. A iminência de perda de profissionais em cargos estratégicos, muitos deles hoje às vésperas da aposentadoria,

constitui umapreocupação crescente", analisa Vicente Picarelli Filho, sócio-diretorda DeloittenoBrasil. Segundo ele, esse problema já faz parte da realidade brasileira.

Formação deficiente– A gestão do capital humano torna-se ainda mais preocupante, deacordo comoestudo, por contadadeficiência geral da formaçãodos profissionais–aspectoressaltado especialmentepela indústriamanufa-

Difícil é segurar os bons

A maioria das empresas reconhece que deve reter talentos em seu quadro. O que não se consegue é transformar essa sensibilidade em prática, analisa o consultor Saul Bekin, professor de marketing e endomarketing no MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA-USP). Com base na experiência acumulada ao longo de 18 anos dedicados ao tema, Bekin estima que apenas

25% dos talentos são identificados pelas empresas brasileiras. Mesmo nesses casos, segundo análise do especialista, não há ações estruturadas para que eles sejam efetivamente aproveitados e preservados. "De uma maneira geral, a preocupação da empresa brasileira é pagar conta e crescer. Não sobra para investir em pessoal", comenta o consultor.

tureira, maior grupo de empresas na pesquisa. Além disso, algumas corporações enfrentam dificuldades para treinar e agregar valor aos seus talentos. O fenômeno é global. "O talento é um ativo escasso,difícilde captare reter", diz Picarelli. Para ele, as empresas precisam criar estratégias queas tornemverdadeiros "ímãs de talentos". No varejo, atrair profissionais com esse perfil é uma preocupação acimadamédia verificada nosdemais setores pesquisadas:76% delasapontamessanecessidade como uma "questão crítica"da área de recursoshumanos(contra 69% da amostra global). Impactonos negócios– As dificuldades decorrentes dessas questões, segundo resposta das empresas, afetam especialmenteas definiçõesdas suas estratégiasde negócioligadasàprodutividade, eficiência, inovação e na capacidadede conciliaras exigênciasdeproduçãocom as necessidades do cliente.

A pesquisa apontaainda queas empresas brasileiras, quandocomparadas àsda América Latina, denotam uma maior sensibilidade naassociação entre qualidade doseu capital humano e obtenção das metas mais estratégicas. Entreas corporaçõesnacionais, 80% declararam-se dispostasa promovermudanças em sua cultura empresarial para melhorar a capacidade de atrair,retere desenvolvertalentos. Na amostragem global, a porcentagem é de 69%, contra 59% na América Latina.

Evelson de Freitas/AE
Fátima Lourenço

Hora está chegando

Aescolha do candidato do PSDB à sucessão presidencial deve ocorrer até 31 de março, data-limite para que o indicado possa renunciar ao cargo, seja o governador Geraldo Alckmin seja o prefeito José Serra. O escolhido terá de obedecer à Lei de Desincompatibilidade.

Alckmin está sendo aconselhado a deixar o governo em fevereiro para criar uma situação embaraçosa para Serra. Mas o governador só pode renunciar ao mandato se for o escolhido.

Se o indicado for Serra, acredita-se que Alckmin não deixe o cargo, por exemplo, para se candidatar ao Senado. Dificilmente o candidato do PSDB deixará de ser o governador ou o prefeito de São Paulo. A outra alternativa no partido seria a candidatura de Aécio Neves. Mas o governador de Minas está mais inclinado a se candidatar à reeleição, dado ao seu amplo favoritismo nas pesquisas. O condutor do processo de escolha será o presidente do partido, senador Tasso Jereissati, mas o ex-presidente FHC deve ter participação destacada na hora de decidir.

SITUAÇÃO

Se a escolha no PSDB levar em consideração apenas a situação dos candidatos nas pesquisas, Serra seria o beneficiado. O prefeito é, por enquanto, o único tucano que derrotaria Lula nos dois turnos, caso a eleição se realizasse hoje.

AVANÇO

Existe um grupo de tucanos acreditando que se continuar subindo nas pesquisas Serra poderia "matar" a eleição ainda no 1º turno. Sobretudo, se Lula continuar despencando. Mas Alckmin também sobe: se a eleição fosse hoje, o governador iria para o 2º turno empatado com Lula.

PESQUISAS

Alckmin continua entendendo que a colocação dos candidatos nas pesquisas não será fator determinante para a indicação do PSDB. Para o governador, a escolha deve obedecer a uma soma de fatores. Alckmin acha que vai crescer mais em função de sua gestão em São Paulo.

TRABALHO

A VOLTA

O Conselho de Ética da Câmara volta a trabalhar hoje, promete o presidente Ricardo Izar. Nada menos do que 11 deputados estão na fila da degola. Um dos primeiros processos a ser concluídos, nesta nova fase, é o do deputado Pedro Corrêa (PP), cuja cassação será proposta pelo relator Carlos Sampaio (PSDB).

ESCAPA

Quem deve salvar o mandato é o deputado Vadão Gomes (PP): até agora, o Conselho de Ética não conseguiu reunir provas que incriminem o deputado paulista. É provável que o parecer no Conselho de Ética seja pela absolvição de Vadão Gomes. O deputado confia na salvação do seu mandato.

FIM DA FILA

PESQUISAS VÃO DEFINIR O CANDIDATO DO PSDB

OPSDB está "decidido"a lançarseu candidato à presidência daRepública até o final de março. Para isso,está contratandoinstitutos de pesquisaspara saberquem vaiparaadisputa:oprefeitode SãoPaulo, JoséSerra,ou ogovernador de São Paulo, Geraldo Alckmin. As primeiras sondagens deopinião começama serfeitas aindanestemês.A decisão foi tomada pelo presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves,e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram descartados. Mas háquem acrediteque o candidatoseja conhecidologo após o Carnaval. "Acho que tanto a militância como o eleitor esperam pelo nome do candidatodoPSDB.Arrisco que poderemos conhecer o nome logoapós oCarnaval,no começo de março", afirma o deputadoEdson Aparecido,da executiva estadual do partido. A decisão de escolher o candidato de acordo com os índices

das pesquisas podefavorecer Serra, que aparece em todas as pesquisas divulgadas à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no primeiro e segundo turno. Alckmin perde para Lula nos dois turnos. Mudançade estilo- O governador deSão Pauloparece não se importar com o método da escolha. Em vez disso, mudou seu habitual estilo cordato e passou a adotar uma conduta mais agressiva. Numa estratégia para pressionar Serra a desistirde sua candidatura, Alckmin disse ontem que irá se deixar ocargo para disputar sucessão de Lula. "Meu nome está à disposição, quem quiser ser candidato,se nodia 2de abril estiver no governo está inelegível. Então nós vamos sair antes",afirmou.Para ele, as pesquisas que mostram Serra na frente na disputa eleitoral são"fotografia dopassado". Alckmin voltou a garantir que não pretende se lançarpara o Senado, embora pesquisas tucanas mostrem que ele consegue bater o candidato petista, o senadorEduardo Suplicy,que

vai tentar uma nova reeleição. Pesquisas - O PSDBestá em contato comdois institutosde pesquisas: o Instituto IndicatordePesquisa,deOrjan Olsen; e o Instituto de Pesquisas Sociais, de Antonio Lavareda, velho conhecido do PSDB e do ex-presidente Fernando Henrique. Os dois podem ser contratadosouapenasum deles. A encomendatucanaé para que as sondagens de opinião comecem aindaneste mês.As planilhas com as tabulações e a indicação de quem deverá ser o candidato têm começar a serem entregues ao partido no começo de fevereiro.

O prefeitoJosé Serraestá nu-

ma posição delicada e não rebate as declarações de Alckmin. Se foro candidatovaiprecisar do apoio do governador, o grande caboeleitoral emSãoPaulo. MasSerra já está cuidando de armar seuquadrodealianças. Depoisdefalarcomasduasalas do PFL- dossenadoresJorge Bornhausen e Antônio Carlos Magalhães - ele começou a falar com o PMDB. Na sexta-feira, almoçoucomopresidentedoSTF, Nélson Jobim, que vai deixar o cargo este anoe nãodescartaa possibilidadedeserocandidato a vice-presidenteindicado pelo PMDB. O problema é que o PT também quer Jobimparavice na chapa de Lula. (Agências)

LULA VOLTA, DEPUTADOS NÃO.

OA cúpula do PSDB não vai esperar pela indicação do candidato para iniciar as conversações com outros partidos. Seus dirigentes já conversam, por exemplo, com lideranças do PFL. A coligação dos dois partidos pode vingar novamente em 2006, como ocorreu em 1994 e 1998.

O Conselho de Ética deve deixar para o fim da fila os processos de cassação dos deputados petistas, todos acusados de envolvimento com o mensalão. Casos de João Paulo Cunha, Josias Gomes, João Magno e José Mentor. Seus processos devem estar concluídos no final de março ou em abril.

RELATÓRIO

presidente Luiz Inácio Lula da Silva reassumehoje suastarefas, após umdesconsode quatro dias na Bahia. Ele a primeira-dama MarisaLetícia ficaram na Base Naval de Aratu, a 40 km de Salvador. Já a maioria dosdeputados federais e senadores, quedeveriamestar em Brasília, pois foram convocados extraodinariamente e estão recebendo por isso,continuam emfériaspor praias do Nordeste, enquanto

outrosestão foradoPaís.A previsão otimista é que os trabalhosretomem nodia16. Até lá, o plenário de Câmara e Senado é ponto de encontro de turistas.

A convocação extraordinária do Congresso, que entra em seu 22° dia, está rendendo acada parlamentar R$443 por dia, o equivalente a quase um salário-mínimo e meio. Neste período, em que a maioriadosdeputadose senadoresnão foivista emBra-

sília, as cenas freqüentes de plenários e corredores vazios aumentaram odesgaste da classe política. Até sexta-feira passada, 62 deputadose seis senadores haviam desistido de embolsar osvencimentos extras. Os presidentesdo Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Aldo Rebelo,tentarão aprovar pelo menos um projeto que mudeesse cenário. A proposta, porém, divide os parlamentares. "Não vamos acabar com o

recesso,mas reduzí-lo,para 45 ou 60 dias", afirma Rebelo. Os deputadose senadores têm férias de três meses. Também pode ser votado o projeto que acaba com a verbaextra porconvocação. "Vergonha é matar e roubar. Prefiroganhar, pordentro, limpo,doque porfora. Não quero ser um deputado que depende de empresários", afirmao deputadoMarioNegromonte, líderdoPP. (Agências)

Celso Ferreira/AEJoséFerreira/AEEdJunior/AEEd

ACENO

O PSDB não deixa o PT namorar o PMDB sozinho. Tucanos e petistas já trabalham para assegurar o apoio do PMDB no 2º turno, caso o candidato peemedebista não passe do 1º turno. Tucanos e petistas acreditam que o PMDB terá candidato próprio, como promete o presidente do partido, Michel Temer.

TEMPO NA TV

Mas PT e PSDB ainda tentam convencer o PMDB a não sair com candidatura própria. Os dois partidos estão de olho no ótimo tempo de campanha que o PMDB dispõe na televisão. O PMDB, porém, já está em campanha, por exemplo, com o exgovernador Anthony Garotinho, e já marcou prévias para março, apesar da resistência do grupo governista.

CANDIDATURA

O PDT deve registrar a participação de três précandidatos nas prévias do partido: os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Péres e o governador Ronaldo Lessa. De modo que o partido não vai apoiar a reeleição de Lula como pretende o PT. O PDT só admite apoiar outro candidato no 2º turno.

Os tucanos já aceitam que Osmar Serraglio inclua no relatório final da CPMI dos Correios o nome do senador Eduardo Azeredo (PSDB) por seu envolvimento com o valerioduto na eleição de governador em Minas em 1998. Os tucanos não querem dar pretexto para o governo tentar inviabilizar o relatório.

CONVOCAÇÃO

A CPI dos Bingos, dominada pela oposição, volta ao trabalho no dia 17 e deve discutir, já na primeira semana, a convocação do ministro Antonio Palocci. Os integrantes da comissão cansaram de ouvir a promessa do ministro de que compareceria espontaneamente para depor, coisa que não fez até agora.

ACORDÃO

Osmar Serraglio, relator da CPMI dos Correios, voltou a denunciar a suposta existência de um acordão entre partidos para salvar deputados da cassação. Serraglio disse que está na obrigação de advertir a sociedade porque ouve versões nos corredores da Câmara sobre o possível acordão. PT e PP negam.

VEDETE

A bordo do avião que fazia o percurso Porto Seguro-São Paulo, o presidente da CPMI dos Correios, Delcidio Amaral, foi festejado pelos passageiros. Foi solicitado para tirar fotos ao lado de mocinhas assanhadas. Delcidio é chamado de o "muso da CPMI".

SURGE OUTRA CONTA DE DUDA

Aindasemsessõesplenárias nesta semana, o Congresso tentaganhar ritmo de trabalho com os depoimentos agendadospara aCPMIdos Correios eparao Conselho de Ética da Câmara. Depoisde ouvir apenas três pessoassemanapassada,aCPMI dosCorreios temprevistos 11 depoimentos em suas subrelatorias. O Conselho de Ética volta aouvir testemunhasnos processos de cassação dos deputados acusados de envolvimento no mesalão.

Correios – Amanhãa subrelatoria de normas de combate à corrupção, sob a presidência do deputadoOnyx Lorenzoni (PFL-RS), ouve, o presidente doConselho deControle de Atividades Financeiras (Coaf), AntônioGustavo Rodrigues, que dará informações sobre movimentações financeiras suspeitasda empresa SMP&B, dopublicitárioMarcos Valério. Àtarde,amesmasub-relato-

ria ouve o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Sérgio Darcy da Silva Alves, sobreas formasprevistas na atual legislação para coibir a lavagem de dinheiro do país. Ambos foram convidados a comparecer à CPMI para auxiliar os parlamentares. Ainda amanhã a sub-relatoria de Resseguros do Brasil (IRB), cujo relator é Carlos Willian (PMDB-MG), agendou três depoimentos: Ernesto Tzirulnik, da Companhia Fiação e Tecidos Guaratinguetá; Carlos MuriloGoulart BarbosaLima, doIRB;e Alessandro Serafin Octaviani Luis, da Companhia de Seguros Aliança da Bahia. A sub-relatoriamarcou ainda doisdepoimentos para a quarta-feira:Carlos Campolina, da Usiminas, e Rodrigo Botelho Campos, de Furnas. Ainda na quarta, a sub-relatoria de fundos de pensão,presidida pelo deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), de-

ve ouvir Magda das Chagas PereiraePedroEvandro Ferreira, ambos diretores financeirosdaPrece Previdência Complementar,para falarsobre indíciosde operaçõesirregularesnaquela empresa.Na quinta-feira, serão ouvidos dois funcionários da Prece, sobre o mesmo assunto: Pedro JoséMercadorMendeseRicardo Afonso das Neves Leitão. Dudaduto – O presidente da CPMI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disseque nofimdeste mêsparlamentares da comissão deverão ir a Washington e Nova York tentarobteracessoadocumentos liberados com a quebra do sigilo bancário da contaDüsseldorf, do publicitário Duda Mendonça. A novidade é que Justiça americanadescobriue bloqueou, em Miami, uma novaconta do publicitário.As autoridadesamericanas comunicaram ao Brasil a existência da conta após a filha de Duda, Eduarda, ter tentado fazer

um saque no ano passado. Os parlamentares querem acesso as duas contas. "Precisamos entender essa questãoda conexãointernacional dosrecursos parafazer um cruzamento de informaçõescom os dadosdeque já dispomos", afirmou Delcídio. Os documentos da conta Düsseldorf foramenviados aoMinistério da Justiça, à Polícia Federal e aoMinistérioPúblico, mas não foram para a CPMI. Conselho– O Conselho de Ética ouvehoje odepoimento de Paulo Goyaz, testemunha de defesanoprocessodo deputadoPedroCorrêa(PE),presidentenacionaldoPP. Amanhã, o conselho ouve os depoimentos do ex-secretário de Direitos Humanos Nilmário Miranda e dom Lélis Lara, testemunhas de defesado deputado João Magno (PT-MG). Na quarta, o conselho ouve outra testemunha de Magno, deputado Mário Negromonte (PPBA). (Agências)

João MagnoDelcídio AmaralACM NetoDuda Mendonça

possam andar e comprar"

Mara: "É preciso incentivar o comércio"

Comerciantes da rua João Cachoeira já adotam providências para permitir o acesso de portadores de deficiências em seus estabelecimentos

"Quando estive na ruaJoão Cachoeira, depois da revitalização, fiz compras no camelô, que erao único lugaracessível", afirmouo jornalistaRenato Laurenti, tetraplégico há 21 anos.

Em atitude menos radical, MaraGabrilli,titulardaSecretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Seped), também tetraplégica,não aprovoutotalmenteos acessosaos estabelecimentos comerciais da mesma rua, uma das primeiras a prever a acessibilidade durante a revitalização concluída em 2003. Emuma vistoria técnicare-

cém-realizada, a secretária e um grupo de 20 pessoas comdiferentestiposde deficiência,detectaramque de 120 lojasna João Cachoeira apenascinco possuíam rampas. "Nosso objetivoéincentivaroslojistasaadequarem seus estabelecimentos. Não adianta estar em uma rua comcalçadaacessível,seaslojas têm degraus", afirmou. Outros problemas encontrados foram a ausência de mapas embraile ede telefonespúblicospara deficientesvisuais.O objetivo da Seped é conscientizarlojistas detodos ossetores comerciaisde SãoPaulopara queosdeficientespossam ir aos shoppings por opção e não por obrigação. "Queremos que

essas pessoas desfrutem do prazer de andar pelas ruas e fazercompras", afirmouasecretária Mara Gabrilli. Vagas – Além de incentivar a adequação das lojas, existe aindaaproposta de elaboração de uma lei que obrigue a reservadevagasparadeficientes a cada 100 metrosem ruas comerciais e a criação de um selo de credibilidade para o comércio. "O selo vai gerar uma competição altamente positiva, paraque lojistasqueiram sercadavezmaisacessíveiseatrairo turistae omunícipe", afirmaa secretária.

Conscientização – A secretária da Seped afirmou que uma das estratégiaspara

conscientizaro comerciante está no enaltecimento daqueles que já se adaptaram e na distribuição de material informativo neste mês."Vamos divulgar oquanto écomercialmente interessante paraos lojistas essa adequação. Nos primeiros diaso movimento pode cair um pouco, por conta da obra. Mas depois vai valer a pena, jáque existem emSão Paulo três milhõesde pessoas com algum tipo de deficiência emobilidade reduzida.Aslojas podem abrir suas portas paraesse nicho de mercado", afirmou Gabrilli. O projeto, com participação daFecomercio,visa atingir ainda outras 17ruas comerciaise os próximos objetivos, segundo Mara, são as ruas JoaquimNabuco (zonasul) erua do Oriente (Centro).

Exemplos – Abdala Hesser, presidente da Associação dos Comerciantes da RuaJoão Cachoeira e proprietário de umaloja demodamasculina está há27 anosno mesmoendereço. Ele foi um dos primeiros a oferecer aos consumidoresum comércioacessívelna João Cachoeira. "Na verdade, minhalojatem umarampa suave e quando a fiz pensei que poderia ser uma forma de as pessoasentraremnaloja sem perceber. Mas, por acaso, serviude acessoa deficientes", conta.

Há dez anos no mesmo endereço, a loja de moda femininaLivreAcesso fazjusaonome, por possuir, desde a sua inauguração, uma rampa na entrada. "Esse acessofoi pensadoporque tenho muitas clientes em cadeiras de rodas. Além disso, a rampabeneficia atodos, deficientes ou não", afirma a gerente Neide Pereira de Lima. Umadas clientesda loja,Célia deSouza Aranha Machado,de 74 anos, está emcadeira de rodas em virtude de uma artrite e prótese de fêmur.

A filha Luiza Elena de Sou-

Afif: "Projeto é bom, mas deve começar

pelas calçadas"

O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, acredita que o projeto de acessibilidade em estudo na Prefeitura, em tese, é certo, desde que comece pelas calçadas antes de ser estendido ao comércio. “Como temporariamente portador de necessidades especiais, fiquei horrorizado quando tive de usar calçadas públicas. Não há respeito a guias rebaixadas e não há nenhuma autoridade tomando algum tipo de providência. É bonito fazer

za Aranha Machado,de 42 anos, a leva para passear e fazer compras na João Cachoeira, onde costumam gastar cercadeR$ 300porsemana. "A calçadaestáboa,masnas lojas com degraus é difícil entrar,tanto paraquem usacomopara quemempurra acadeira", afirma Luiza. ParaAntonio José Tomaz, proprietário da loja de produtosnaturais MundoVerde, que possui uma rampa na en-

um projeto para a mídia. Quero ver o projeto real, com iniciativas do Poder Público. A secretaria deveria procurar a Associação Comercial de São Paulo e apresentar esse projeto”, afirmou. Segundo Afif, o planejamento do sistema viário e de transporte é o primeiro passo para a acessibilidade. “É interessante que o projeto comece pelo Poder Público e pelo sistema viário. Senão, serão criadas apenas normas para o comércio, enquanto o Poder Público fica protegido”, concluiu. (RT)

trada de seu estabelecimento, o lojista é só um elo em relação ao todo, já que, em sua opinião,a principaldificuldade encontrada pelo portador de deficiência éo instrumento utilizado para chegar até as lojas: o transporte."Como profissional devarejo acredito que temos deencantaro cliente de todas as formas, inclusive no acesso àloja. É um atrativo a mais para chamar as vendas", conclui. (RT)

Não apenas o comércio deverá cooperar com o projeto. O Poder Público precisa investir na conservação das calçadas da cidade, bastante danificadas.
Mara Gabrilli: "Queremos que essas pessoas
Caminhar pelas ruas de São Paulo é uma espécie de corrida de obstáculos

Nova decisão contra o ISS

Mais três empresas deSantana de Parnaíba conseguiram se livrar daobrigatoriedadede cadastro na cidade de São Paulo e de retenção do Imposto sobre Serviços (ISS)que incide nosnegócios comclientes dacapital. O juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública da capital,Rômolo Russo Júnior, concedeu limi-

nar à Episodio Promotions, à Art Contrast Design &Merchandising e à Credicomm Consultoria e Negócios. Segundo a Lei nº 14.042/2005,quecomeçouavigorar no último dia 1º, as empresas com sede fora da capital mas que prestam serviço em São Paulo têm de se cadastrar naprefeiturapaulistana. Ese não estiverem cadastradas, a

FALÊNCIAS & CONCORDATAS

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 6 de janeiro de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente:AMB Centher Distr. de Auto Peças e Acessórios Ltda.-EPP - Requerido: West Pico Auto Posto Ltda. - Rua Manoel Bento da Cruz, 247 – lotes 42, 43 e 44 - 02ª Vara de Falências

Requerente: Pró-Saúde Assistência Médica Ltda. - Requerido: Pires Serviços de Segurança e Transporte de Valores Ltda. - Rua Alfredo Pujol, 1102 - 01a Vara de Falências

tomadora deverá fazer a retençãodo ISSnafonte erecolhê-lo para São Paulo. Até agora, cerca de 30 mil prestadores de serviço já foram beneficiados com decisões contrárias à nova lei. Territorialidade – Na liminar obtida pelasempresasde Santana do Parnaíba, o juiz declarou que a retençãodo imposto, aindaque inspiradaem razõesadministrativas, fere o princípio daterritorialidade e compromete a isonomia tributária prevista na Constituição.

As empresas foram defendidas peloadvogadoFrancisco Gurgel Rodrigues. Os argumentos foramos mesmosusados pelos advogados Raul Haidar e Sandro Mercês ao defendera Lokal,umadas primeiras a conseguir liminar. "Atribuirao tomadoraresponsabilidade pelo pagamento do tributo quando o prestador o vem pagando é inconstitucional", alega Haidar. "A retenção da nova lei, alémde desrespeitara Lei Complementar n° 116, representa bitributação", afirma. Emdezembro,o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados de São Paulo

(Seprosp) também havia conseguido liminar semelhante. Poá – APrefeitura de Poá, pela Secretaria de Assuntos Jurídicos, apresentou no fimde 2005Ação Direta de Inconstitucionalidade ao Tribunal de Justiça, alegandocrime de legislação na lei paulistana. A arrecadação proveniente da taxa de ISSdasempresasregistradas na cidade resulta em 30% da receita municipal. Segundo a Prefeitura, isso representa cerca de R$ 30 milhões anuais. Hojeexistem 16milprestadoras de serviço na cidade. Segundoo vice-presidente da Associação dos Contabilistas dePoá(Asconp), PauloTakamura,aorientaçãodaentidade para as empresas é para não se cadastrarem. "Aconselhamos que elas aguardem a decisão da Adin de Poá ou entrem com ação em juízo", diz. Peloúltimo balanço feito pelaSecretaria de Finanças do Municípiode São Paulo, foram feitas11,3 milsolicitações decadastramento: 320 foram deferidas, 2,8 mil estão em análise e as restantes aguardam documentação.

Laura Ignacio

A retenção da nova lei do ISS paulista representa bitributação, com nítido efeito confiscatório. RaulHaidar

Juiz dá sentença contra alteração no ITBI

A9ª Vara da Fazenda Públicada Capital de SãoPaulo concedeu, naúltima semanadedezembro,aprimeirasentençadeque se temnotíciacontra aalteração da base de cálculo do Imposto sobre Transmissão de BensImóveis Intervivos (ITBI), conforme Decreto nº 46.228/05, publicado pelo prefeitoJoséSerra.Amodificação, que atualiza o valor venaldo imóvel e, conseqüentemente, aumenta o tributo, foi considerada ilegítima pelo juiz Otávio Augusto de Oliveira Franco por majorar o imposto "sem lei que ampare o aumento". Segundoojuiz,"abasedecálculodoITBI, qualsejao valor venal do imóvel,não pode ser alteradapor decreto doPoder Executivo porque oaumento depende de lei,em sentido formal e material, impossível que ocorra tal majoração sem que haja previsão legal específica". Parao advogado Fernando

COMUNICADOS

Lottenberg, autorda açãoque resultouna sentença,oque mais intriga na alteração da base decálculo éo fatode aPrefeitura sustentar que aatualização dos valoresfoi feita com base em informações coletadas nomercado imobiliárioe, até agora, não ter apresentado nenhum documento comprovando a veracidade do levantamento. "APrefeitura precisa mostrar de forma clara como chegou aesses valoresporque até agora ainformação não vem sendo conduzida de forma transparente ", disse. Várias ações tramitam na Justiça contra a alteração doITBI. Até agora foramobtidas sete liminares favoráveis ao contribuinte. A Secretaria de Negócios Jurídicos informou que não sabe quantas ações foram ajuizadas,mas que vai entrar com recurso contratodas. Asecretaria também disse que ainda não foi notificada da sentença. Márcia Rodrigues

EDITAL

SECOVI-SP – SINDICATO DAS EMPRESAS DE COMPRA, VENDA, LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS DE SÃO PAULO Edital - Contribuição Sindical Patronal de 2006 Em cumprimento ao disposto no artigo 605 da CLT, ficam notificados todos os condomínios residenciais, comerciais e mistos, shopping centers e as empresas cujas atividades econômicas sejam representadas pelo SECOVISP, associadas ou não, de que deverão recolher até o dia 31 de janeiro em curso, a Contribuição Sindical Patronal para o exercício de 2006, sob pena de incorrerem nas penalidades estipuladas no art. 600 da CLT. As guias para recolhimento também podem ser obtidas no site da CEF – www.caixa.gov.br. São Paulo, 5de janeiro de 2006. Lair Alberto Soares Krahenbuhl -Presidente em exercício -SECOVI-SP09-10-11/01/2006

AVISO DE LICITAÇÃO

CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 17/01/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 15:00 horas do dia 20/01/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 16:00 horas às 17:00 horas do dia 20/01/2006 Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO

INTERNET Google terá loja de venda de vídeos pela web. O serviço será chamado de Google Video Store.

LIQÜIDAÇÃO ATRAI CONSUMIDORES

Pelo décimo-terceiro ano consecutivo, a tradicional megaliqüidação para queima de estoque do Magazine Luiza, uma das grandes redes varejistas do País, atraiu centenas de pessoas na cidade de Campinas, interior do Estado, no último sábado. Para conseguir levar para casa produtos com preços até 70% menores em relação ao período anterior ao Natal, consumidores começaram a fazer fila em frente à loja na última quarta-feira. Caso da aposentada Elsa Tereza Silva, a primeira da fila, que entrou na loja às 5 da manhã e duas horas depois saiu com um DVD, uma cama, um armário e um fogão.

Os preços para o consumidor idoso subiram 5,05% em 2005, abaixo da inflação registrada pelo segmento em 2004 (6,58%). Segundo a Fundação Getúlio Vargas, foi o menor nível desde 1998. Mas a FGV mostrou que, desde o Plano Real, os idosos sofrem mais com a inflação que o consumidor médio, devido ao impacto que reajustes em preços administrados têm no orçamento deles. (AE)

VISITA

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, vem ao Brasil dia 18 e fica até o dia 19.

Consumidores encontraram produtos com até 70% de desconto

O balanço das vendas de Campinas ainda não está finalizado. Mas segundo Marcos Antônio Borges, gerente da loja, estima-se que nas 280 lojas, de um total de 360 que a rede possui, os três milhões de pessoas que entraram nos

Oministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, pediu na última sexta-feira à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que solicite ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria-Geral da União (CGU) o acompanhamento de todos os procedimentos da operação tapa-buraco, prevista para ser iniciada hoje em rodovias federais e

magazines tenham deixado em compras o equivalente a R$ 50 milhões nas seis horas de duração da megaliqüidação (das 5h às 11h). Volume equivalente às vendas de uma semana de movimento.

Mário Tonocchi, de Campinas

federais estadualizadas. Dos 26,5 mil quilômetros de estradas em que o governo fará obras de recuperação, será dispensada licitação para cerca de 7,4 mil quilômetros. Para os restantes 19,1 mil quilômetros, a administração federal fará aditamentos em contratos existentes com construtoras para que ponham em prática a operação de emergência. (AE)

US$ 40 MILHÕES NA CONTA DA VARIG GLOBOSAT

ASecretaria de Direito

Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, quer o fim da exclusividade de comercialização dos "Canais Globosat", cujo destaque é a programação esportiva. No entendimento da SDE, a negociação exclusiva com emissoras pertencentes ao sistema Net/Sky, que é feita pela empresa Globosat Programadora, do grupo Globo, prejudica a livre concorrência no mercado de TV por assinatura. O julgamento será dia 18. (AE)

Acompanhia aérea portuguesa TAP planeja depositar US$ 40 milhões na conta da Varig no início desta semana. Esse dinheiro já estava previsto desde que os portugueses compraram as subsidiárias

VarigLog (logística e transporte de cargas) e VEM (Varig Engenharia e Manutenção) por US$ 62 milhões, em novembro. Os recursos serão obtidos porque a TAP vai comprar

recebíveis do cartão de crédito Visa gerados com a compra parcelada de passagens. O dinheiro ainda não havia sido viabilizado porque a Petrobras

Distribuidora, fornecedora de combustível para os aviões, havia retido recebíveis como garantia. Parte do dinheiro será usado para a Varig quitar uma dívida de US$ 56 milhões com empresas de arrendamento. (AE)

FECHAMENTOPARANÁ ESPERA LAUDO DE AFTOSA

Ogrupo frigorífico Margen anunciou o fechamento de seis unidades de abate de animais até o fim de janeiro. Três das unidades encontram-se em Mato Grosso do Sul. O gerente do grupo, Adalberto José da Silva, explica que a medida se deve aos embargos sofridos pelo País depois da descoberta dos focos de aftosa e à política cambial brasileira. (AE)

FORÇA-TAREFA

Em 2005 as Forças Tarefas Previdenciárias fizeram 25 operações, 158 mandados de prisão e economizaram R$ 4,5 milhões em benefícios, além de recuperar quase R$ 140 milhões, segundo balanço do Ministério da Previdência Social. (AE)

A TÉLOGO

Oenterro dos 1,8 mil animais da Fazenda

Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (PR), condenados à morte por causa da febre aftosa, está condicionado a um laudo a ser concluído nos próximos dias. O enterro dos animais na própria fazenda é uma das exigências da Organização Mundial de Saúde Animal para liberar o mais

rapidamente possível as exportações de carne bovina das regiões onde é constatada a febre aftosa. O procedimento libera as exportações do produto em um período de seis meses. Se os animais forem abatidos em frigorífico, quando se permite o aproveitamento das carcaças, a liberação ocorre em um ano e meio. (AE)

COOPERCITRUS E FERROBAN: ACORDO

ACooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo (Coopercitrus) e a Ferrovias Bandeirantes

S.A. (Ferroban) assinam, na próxima quarta-feira, acordo de parceria para o transporte de 1 milhão de toneladas de açúcar e até 300 mil toneladas de soja por ano do interior para o Porto de Santos. A Coopercitrus vai disponibilizar sua estrutura de armazenamento e transbordo aos associados e empresas da região e a empresa do complexo Brasil Ferrovias fará o transporte. (AE)

BNDES aprova financiamento de R$ 10,5 mi para a Besa Projeções caem e mercado aponta Selic de 17 pontos no 1º trimestre Elektro terá 500 mil clientes residenciais isentos de ICMS

5,05%

PIBB tem ganhos de 57,8% em 12 meses

OPapel Índice Brasil Bovespa (PIBB), ativoque agrega ações pertencentes ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial (BNDES),jádespertouo interesse de cerca de 120 mil investidores, que devem estar contentes com a aplicação: nos últimos 12 meses, o fundo valorizou 57,85%, mais do que a bolsa de valores no período. Ofatodejuntaremumsópapel umpacotede ações de50 das principais empresas brasileiras é uma boa explicação para o sucesso. O rendimento do PIBB reflete a variação da carteira do IBrX-50, índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)queé formado porpapéisde50 grandes companhias –entre elasgigantes como Petrobras e Vale do Rio Doce e bancos de grande porte como Bradesco e Itaú. Mas emsua reedição, o investimentoincorporou desvantagens, segundo analistas. Issoporque, diferentemente do que ocorreu noprimeiro lançamento,oinvestidor do PIBB 2 perdeu a garantia do capital investido até o valor total de R$50 mil(atrativodaprimeira edição). Sem essa vantagem, na avaliação do diretor da corretora Fator, Luís Eduardo Mello, este não é um bom momento paraaplicarno PIBB. Além disso, depois que os papéis valorizaram nos últimosmeses,o custodeaquisição de cotas aumentou.

De qualquer forma,analistas como o diretor da corretora Petra, Ricardo Binelli, dizem

que o PIBB pode ser uma boa opçãodediversificação para os pequenos investidores. "O PIBBéantesdetudopedagógico. Ele ensina o pequeno aplicador aperderomedo do mundo das ações", afirma. Segundo ele, para os grandes investidoresa vantagem do PIBB é o fato de poderem acompanhar o desempenho do mercado de ações, pois o pacote tem os papéis mais negociados do mercado. Não houve surpresa no desempenho doconjunto de açõesdoPIBBem2005, de acordocomo economistada consultoria Global Invest Pedro Paulo Bartolomei da Silveira. Segundo ele, a tendência da bolsa foi dealta o ano inteiro, tanto aqui como lá fora. Renato Carbonari Ibelli

Febraban defende transferência

AFederação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou ontem nota em que defende operações de cessão de crédito entre bancos. Odocumentoresponde denúncias feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de que houve irregularidades na transferência de créditosda Caixa Econômicaao Bancode Minas Gerais (BMG). "A cessão de crédito contribui para aumentar a oferta de recursos ao público com menores custos finais para os tomadores", avalia aentidade. A Febraban lembra queope-

rações de cessão de crédito entre instituições financeiras têm sidoutilizadas há décadas no SistemaFinanceiro Nacionale sãonormatizadas pela Resolução CMN nº 2836, de 30 de maio de 2001. "A cessão de crédito constitui importante instrumento de pulverização do risco no âmbito do Sistema Financeiro e uma modalidadeimportante de captação de recursosparaas instituiçõesbancárias", acrescenta o documento. A entidade afirma que, para a parte que compra os créditos, a operação "em nada difere de outras modalidades, como são os investimentos em títulos públicos ou emCertificados deDepósitos Interfinanceiros". Naoutra ponta,observa a Febraban, a instituição que cede oscréditos podeespecializar-se numa determinada modalidade com ganhos de escalae conseqüente reduçãode custosoperacionais."O mercado brasileiro tem sido muito ativo na realização de tais operações,sendoque as mencionadasnonoticiário conformam-se àprática domercado amplamente seguidapelos agentes financeiros." (AE)

POUPANÇA PERDE RECURSOS

As contas de caderneta de poupança tiveram no ano passado uma perda líquida de recursos de R$ 2,717 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC) em sua página na internet. O

resultado só não foi pior em função do expressivo ganho líquido de recursos ocorrido no último mês de 2005. Pelos dados do BC, em dezembro, os depósitos em poupança superaram os saques em pelo menos R$ 4,348 bilhões.

O patrimônio total das aplicações em poupança terminou 2005 em R$ 168,734 bilhões. O valor é cerca de US$ 10,5 bilhões superior ao saldo de R$ 158,266 bilhões existente em dezembro de 2004. (AE)

Promotoras no dia do lançamento do PIBB: boa opção de investimento
Evandro Monteiro/Digna Imagem
Ricardo Lima/Virtual Photo

Árvores ainda ameaçam paulistanos

Prefeitura não cumpriu a meta de tratar 834 árvores condenadas pelo IPT. Ventos e chuva causaram a queda de espécies e prejuízos à população.

Comojá éesperadonoverão,aschuvas e os ventos fortes castigam São Paulo. Além de enchentes,alagamentos e deslizamentos, uma outra consequência das tempestades é a queda de árvores,queprejudicaa populaçãotantonoaspecto da segurança quanto no da perda da qualidade do ar. E foi justamente a chuva a culpada pelo atraso da Prefeitura no tratamento e retirada de árvores condenadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Além disso, um dos principais causadores destesincidentes,osfungos eoscupins,ainda não foram controlados pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente que lançou, no ano passado, o Manual Técnico da Poda para padronizar o procedimentopor funcionáriosterceirizados da Prefeitura.SegundoodiretordaDivisãodeProdutosFlorestais doIPT,OswaldoPoffo, eoengenheiro agrônomo José Manoel Gobbi, ainda existem podas malfeitas na cidade, que comprometem a saúde das árvores.

São Paulo teve 15 dias de chuvas fortes em dezembro, índice que ultrapassou a previsão da Secretaria deCoordenação dasSubprefeituras, que haviacalculadoquea chuvaseriade oito dias. A informação também serviu de explicação paraofatodeoórgãonãotercumpridoa meta de removerou tratar todas as834 árvores queestavam comrisco dequeda atéo finalde 2005, identificadas em um estudo do IPT.

Na primeira fase, até o mês de outubro, aproximadamente 422árvores haviam sido retiradas.Na segundafase, queaconteceu entrenovembroe dezembro, ametaeraa remoçãoou tratamento de412 espécies.Até ofinal doano passado, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras executouo trabalho emapenas 232 árvores, mas garante que irá concluir o restante até o final deste mês.

Quedas –Asquedas deárvoresforamrecorrentesnomês passado. Um doseventos que mais chamoua atenção foia queda deuma árvorede 15metrossobreum ToyotaCorolla,na Avenida Nove de Julho, zona sul da capital, que deixou duas pessoas feridas. Para se ter uma idéia, de janeiro até novembro de 2005 foram registradas 503 quedas de árvores, que atingiram 32 pessoas e causaram uma morte na capital.

A Secretariada Coordenaçãodas Subprefeituras disseque nenhuma das árvoresque caiu nos últimos dois meses havia sido previamente identificada peloIPT. "Isso é umatremenda falácia, só estudamos menos de 1% do total da população arbórea de São Paulo", explicou Oswaldo Poffo. Para ele, a Prefeitura está fazendo uma má gestãoneste sentidoporque paroude estudar acondição dasárvores dacidade. "Nomínimo deveriam ter solicitado um estudo de 2005.Mas areferênciadelesé estapesquisafinalizada em outubro de 2004, que está ultrapassada", afirmou. Segundo OswaldoPoffo,umadas regiões que mereceria um novo mapeamento é o Centro de SãoPaulo, que concentra incidênciaalta de cupins.Somenteno bairrodoPacaembu,por exemplo, 75% dos imóveissãoatingidospela praga. "O Centro é uma região castigada, onde prevalece um sistema construtivo que utilizavamadeiranasfundações, quealimentam os cupins", disse. Podas – Outra medida que o diretor do IPT reprovou éa situaçãodas podasde árvoresna cidade que, segundo ele,são feitas apenas emergencialmente. "A poda de copa rebaixada em épocadeverãoéalgoqueoprópriomanualcondena. Esó está sendo feita porque háchuva e vento,ou seja,semplanejamento, poisdeveria ter sido feita antes", disse Poffo. O Manual Técnico da Poda, a que o diretor do IPT se refere, foi lançado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente e publicado em Diário Oficial do Município no final do ano passado. Disponível para download no site da Prefeitura, o manual é de conhecimento dos técnicos municipais, segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras. No entanto,há algunsdias, umcaso específico chamou a atenção da jornalista e moradora da Bela VistaRegina Macedo. Ela presenciou uma poda drástica em uma árvore da espécie tipuana na esquina da alameda Santos com a rua Padre João Manoel. "O trânsito estava parado e, de repente, compreendi o que acontecia: um caminhão com guindaste e muitos operários recolhendodo meiodapistagrossos galhosdevárias árvores cortadas. Fiquei indignada porque acredito que deve-se evitar podas durante a primavera eo verão,exceto emcasos extremosou quando galhos estiverem representando algum perigo", ressaltou.

Avaliação – O engenheiroagrônomoJosé Manoel Gobbi analisou as árvores deste trecho dos Jardins, a convite do DC. A avaliação do especialista confirmaascríticasàPrefeitura.Ele considerou que houve uma poda drástica na árvoredeespécie tipuanae estranhouo fato de apenas uma ter sido atingida. "Não há sinais de

ataquesde cupinseeste nãoerao momentode podar. A fase de crescimento ocorre agora, entre agosto e março. O período de poda deve ser entre março e julho, quando a árvore descansa. Se estivesse condenada, aPrefeitura não teria se preocupado em podar desse jeito", afirmou, depois deretirar ascascas daárvore embusca de sinais de cupins.

Como exemplo, o engenheiro mostrou um tocodeumaárvoreretiradaporqueestavaoca,em razão de ataquede fungos e cupins,na mesma rua. Era o que teria acontecido à tipuana que sofreu a poda drástica. Em relação às outras árvores da região, Gobbi ressaltou que o corte estava correto, mas que a ausência de produtos fungicidas, um tipo de tratamento fitossanitário, pode favorecer a contaminação das árvores.

A SubprefeituradePinheiros informou que não utiliza produtos fungicidas por orientação do Depavi e que a árvore cuja poda foi drástica é umadas condenadaspeloIPTe seráremovida posteriormente.Noperíododefevereirodoano passado até agora, 150 árvores foram podadas e 106 removidas naquela região da cidade. Até o dia 15, 33 serão podadas e 19 removidas. "Quem executa as podas são empresas terceirizadas com a supervisão dos técnicos da Subprefeitura de Pinheiros", afirmou o chefe de gabinete Dorivaldo Andrade Ribeiro. (RT)

Fotos de Alex Ribeiro/DC
Árvore com risco de queda foi cortada na região dos Jardins. Tronco estava oco devido ao ataque de fungos.
Poda de tipuana próximo à rua Oscar Freire, na região dos Jardins, realizada na última quinta-feira pela Eletropaulo
Poda deveria ter sido feita antes do verão
Engenheiro Gobbi: "não havia sinais de cupins"
Nesta, o corte está certo, mas faltou fungicida
As tipuanas foram plantadas na década de 30

A avenida das casas quase prontas

Vicente Rao reúne lojas de construções pré-fabricadas

Apresençade12 lojas especializadas navenda decasas pré-fabricadas não deixa dúvida.A AvenidaProfessorVicenteRaoéoprincipal pontode referência para consumidores interessados na aquisição deprojetos residenciais que unempraticidadee rapidez na construção.

A via já chegoua abrigar 23 empreendimentosna metade da década de 90, mas uma mudança no perfil dos compradores, cada vez mais exigentes, e o estreitamento da classe média paulistana levaram muitos a desistirem do negócio ou mudarem para pontos onde os custos são menores. Para se ter uma idéia da retração desse mercado, basta saber que desde oano 2000 cincoempresas fecharam as portas.

A maioriadosestabelecimentos quepermanece narua defende que a falta deprofissionalismo foi o principal problema enfrentado por aqueles que não conseguiram seguir em frente. "Aparentemente,

parece simples administrar um comérciodecasaspré-fabricadas, mas a realidade é outra. Depois da venda, há a gestão da obra, o prazo a ser cumprido. Situações emque geralmente as deficiências da gestãovêmàtona", dizLuiz Aparecido Cordeiro,proprietáriodaSPSantana, presente na avenida desde 1996. Ele afirma que o comprador de casas pré-fabricadas deixoudeser aquelequeestáinteressado em comprar uma casade70m² edispostoaenfrentar problemas durante a obra. "Atualmente, a maioria dos clientes que atendemos contrata a construçãode imóveis commais de 130 m²e são extremamente exigentes quanto ao prazo de entrega. Sãoprofissionais liberaise consumidores comaltarenda", descreve o empresário. Na SP Santana, a liderança das vendasestá no comércio decasas construídascomtijolos ecológicos, uma variedade que não demandaqueima para ser produzida e tem maior

resistência. "A metade das60 casasque comercializamoseste ano é de tijolos. As de madeira vêm em segundo lugar, com 30% de participação, e as de alvenaria comumedeconcreto modulado respondem por 20%do faturamento." Segundoele, asvantagens dascasas detijolossão oapeloestéticoe o custo em relação aos projetos de alvenaria comum,que chegam a ser 25% menores. Público alvo – As fabricantes de casas pré-fabricadas focam as vendas em moradores de loteamentos instalados nos arredoresde São Paulo. "Geralmente são famílias que optamporsairdeseus apar-

tamentosnacapital para viver em casas localizadas em regiões mais tranqüilas, onde têmcontato comanatureza", dizo empresário.Ele dizque o valor do metro quadrado das construções gira em torno de R$ 800, o que permite a aquisição do terrenoe construção pelo valorde mercado de um apartamento.

Alvenaria – Nas Casas Ferraz, as vendas ficam entre 60 e 70 casas porano, dosquaisa metadeé deprojetos emalvenaria. "O paulista tem preferência pela residência em al-

venariaquando oimóvelserá destinado para moradia.É uma questão cultural. As casas de madeira têm origem no Sul,região onde ganham a preferência dosconsumidores",explica JairoRomanini, que há 20anos éresponsável pelas vendas da empresa. Ele lamentao declínio do mercadoe atribuioproblema àquedanarendada população. "Atualmente, comercializamos metadedo que costumávamos vender na década de 90", afirma. Juliana de Moraes

TRANSFORMAÇÃO NO SETOR

Para Wilian Nakamura, coordenador regional de negócios da Precasa, a crise pela qual o setor de construções pré-fabricadas passa é, na verdade, um período de transformação. "Hoje, os clientesquerem projetospersonalizados, o que foge ao conceito proposto por muitas empresas do segmento. Além disso, o não cumprimento do prazodeconstruçãodo imóvel deixou de ser admitido."

As vantagens de contratação de uma casa pré-fabricada como, porexemplo, aprevisibilidade noscustos, agoradeve ser acrescida da boa prestação de serviços, um diferencial que tem definido a permanência dos empreendimentos nesse mercado. "Na SP Santana, 80%dos negóciosrealizados são resultado de indicações de clientes satisfeitos", acrescenta LuizAparecido Cordeiro, proprietário da loja. Projetossemcusto– Como diferencial, a Precasa entrega aschavesdeumimóvelemseis mesese incluio serviçodas fundaçõesnovalordaconstrução. Para projetos maiores, uma arquiteta orienta e coloca no papel todososdesejos do cliente sem qualquer custo.

Nakamura, coordenador da Precasa, com a arquiteta da loja, Erika Ruggiero

"Comoobjetivode conquistarmos maiorcompetitividade,estamos emnegociação coma CaixaEconômica Federal para facilitar o acesso ao crédito para construção de imóveis em alvenariaem lojas de pré-fabricados. Essa é a única chance de voltarmos a atender consumidores com menor renda", acredita Nakamura, da Precasa. (JM)

Governo reúne-se com usineiros e pede álcool a R$

Representantes do governo edosusineiros reúnem-se na próxima quarta-feira, dia 11, para tentar um consenso sobre mecanismos para a redução do preço do álcool. O encontro ocorrerá no Ministério da Agricultura, informounasexta-feira Fernando Moreira Ribeiro, secretáriogeralda Uniãoda Agroindústria Canavieirade São Paulo (Unica). Ogovernoproporáque os usineiros reduzamo preçodo litrodoálcool anidro(aquele que é misturado à gasolina), na usina,para R$1,durante operíodo daentressafra, quedura até maio. Atualmente, o preço do produto é de R$ 1,09. No caso deas negociaçõesfracassarem, o governo poderá decidir pela alternativa de diminuir a mistura de álcool na gasolina e reduzir o imposto sobre os combustíveis, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). OvalordeR$ 1jáfoifixado em acordo em 2003, entre usineiroseopresidenteLula,lem-

brou Nelson Huber, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, pouco antes de participar, na sexta-feira, de uma reunião sobre o tema, no MinistériodaFazenda. "Pode haver uma negociaçãoe ser mantido ovalor acordadonaquela época", afirmou. Nareunião prevista para ocorrer nesta semana, outro ponto aser conversado éa questãodo estoque regulador. Segundo Ribeiro, o setor nãopleiteou linhadefinanciamento para fazer estoque. "Não temos propostana mão. Mas fomos chamados a negociar", afirmou.

Sem efeito– Quantoà possibilidade de o governo reduzir de 25% para 20%, o percentual deálcool anidroadicionadoà gasolina,odiretor da Unica disse considerara opçãoinócua."Nãoestá faltando produto", lembrou. O déficit da entressafra, em torno de 1 bilhão de litros de álcool, seria compensadopela antecipação da produção – que normalmente ocorre em maio –

1

para o mês de março, disse. "Já nos comprometemos com o governo a moer a cana maiscedo", afirmou. Essa antecipação geraria cerca de 800 milhões de litros de álcool. Somados ao estoque de 4 bilhões, seriamsuficientes parasuprir as necessidadesao longo da entressafa de cana.

Crise agendada – Os problemasassociadosà volatilidade do preço do álcool na entressafra sãouma espécie de crise agendada, esomam-seaos constantes altose baixos da história da utilização do álcool como combustível. "A questão da energia e combustíveis, de uma forma geral, é um assunto delicado no mundo todo", comentou Rosalino Fernandes, coordenador do comitê de Gás VeicularNatural,do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP). Fernandes acredita que as oscilações que permearam, nos últimos 30 anos, o uso do álcool como combustível, contribuiram paraestimulara conversão de carros à gás. Fátima Lourenço/AE

Marcos Fernandez/Ag. Luz
Vista da Avenida Vicente Rao, que tem 12 lojas de materiais para casas pré-fabricadas. Há alguns anos, havia outros pontos-de-venda.
Marcos Fernandes/Ag.
Luz

eM DIa

com As DisTrItAIs

Notícias dos postos avançados da ACSP

Pinheiros recebe Prêmio Quality

N o final do mês de dezembro, 50 empresas e instituições foram homenageadas com o Prêmio Quality, entre elas a Distrital Pinheiros da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na gestão do superintendente atual, Ricardo Granja. O prêmio foi concedido pela participação e integração da distrital com a comunidade daquela região da cidade.

Outras empresas e pessoas foram reconhecidas e escolhidas para a premiação, entre elas a Cars SystemSistemas de Segurança de veículos, Canal 21 - TV Bandeirantes, Dudu Braga por meio da ONG, Medial

Saúde, o repórter Marcelo Resende e o programa Beto Hora, da Rádio Bandeirantes. A premiação foi realizada no clube A Hebraica.

foram

Ricardo Granja, superintendente da Distrital Pinheiros, recebe o Quality no clube A Hebraica

Feira da Saúde

OConselhoda MulherEmpreendedorada DistritalSantoAmaro, aFraternidadeFeminina CruzeiroDoSul, LionsClub Planalto Paulista, Rotary Club SantoAmaro/Crescer e Y’ Men’s Club São Paulo/Santo Amaro realizaramem novembro,uma Feira da Saúdena Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, na Vila Prél. Em torno de 800 pessoas puderam realizarteste dediabetes,drenagem linfática,exames de pressão arterial e também receber orientação sobrehigiene bucal. Foram distribuídasescovasdedente elanches. AFeira da Saúde só foi possível graças a doações de empreendedores e à participação de voluntários.

As bilheterias do Anhembi começam a vender amanhã, das 12h às 19, os ingressos de arquibancada para o Carnaval deste ano em São Paulo. Nos outros dias, a venda será feita das 10h às 19h. Os preços dos ingressos variam de R$ 40 a R$ 90. Serão aceitos dinheiro e todos os cartões de crédito e débito. A entrada será pelo portão 1 no Pavilhão Parque Anhembi.

Também é possível adquirir ingressos pela internet. Outra opção é o Disk-Ingresso, que atende pelo (11) 2191-6900 para todos os setores, inclusive arquibancadas. O serviço atende das 9h às 18h, de segunda a sábado.

EDINHO

Oex-goleiro Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, inicia esta semana o tratamento ambulatorial contra dependência química de drogas no Instituto do Padre Haroldo, em Campinas Edinho optou por ir à instituição uma vez por semana, em vez de ficar internado. No regime de internação, ele só receberia visitas uma vez por mês e seria obrigado a acordar às 5h30, trabalhar na horta, lavar sua roupa e cozinhar. Edinho ficou preso de junho a dezembro por envolvimento com o tráfico.

AIPTU

bancada petista da Câmara Municipal promete entrar, nos próximo dias, com uma ação popular contra a Prefeitura de São Paulo. A alegação é que o novo carnê do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), que começa a ser distribuído amanhã, fará propaganda das obras da atual administração em 2005. Na carta à imprensa, da liderança do PT, o partido descreve a medida como uma forma de "trampolim político eleitoral do prefeito". Serra é um dos possíveis candidatos do PSDB à presidência da República. Geraldo Alckmin é outro pré-candidato.

A assessoria do prefeito José Serra negou o fato e disse que o modelo apresentado é ilustrativo. O original irá conter os projetos da Prefeitura para 2006. Os boletos chegarão às casas de 2,8 milhões de munícipes. O IPTU desse ano terá atualização monetária de 5,5% no valor pago. A novidade é que o contribuinte pode pagar à vista ou optar pelo parcelamento em 10 vezes. Quem pagar a vista terá um desconto de 8,5%. Ivan Ventura

DOAÇÕES

efesa Civil do Município está recebendo donativos que serão encaminhados às famílias que foram afetadas pelas chuvas dos últimos dias em São Paulo. Roupas e alimentos não perecíveis podem ser entregues na sede da Defesa Civil, na rua Afonso Pena, 130, Bom Retiro. Estima-se que cerca de 700 famílias tenham sido atingidas pelas enchentes provocadas pelas fortes chuvas deste início de ano. Os locais mais afetados foram a região do córrego Pirajussara e do Jardim Lapena, em São Miguel Paulista. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 199.

VACINA

OInstituto Butantan recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) a cepa do vírus H5N1, causador da gripe aviária, o que propicia a produção da primeira vacina contra a doença na América Latina. A expectativa do Butantan é fabricar pelo menos 20 mil doses neste ano, caso haja êxito nos trabalhos de pesquisa e testes . Com as 20 mil doses, suficientes para imunizar quem tiver contato com pessoas contaminadas em outros países, São Paulo fará parte de uma força-tarefa mundial contra a gripe aviária.

Cerca de 800 pessoas
atendidas na feira

Indicadores Econômicos

6/1/2006 0,26%

Com Serra, quem quiser votar em FH vai se sentir representado. Tenho medo do Alckmin. Ele é muito desconhecido. Aqui no Rio ninguém o conhece. Não sei o que ele pode fazer, qual a sua plataforma. Ainda não ganhou o meu voto. Da escritora Danuza Leão, que votou em Lula em 2002 e diz que jamais vai repetir a experiência, na revista Istoé Dinheiro. www.istoedinheiro.com.br

S EGURANÇA

Hackers cada vez mais ativos

Um levantamento do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento (Cert) de Incidentes de Segurança no Brasil mostra que o número de tentativas de fraudes bancárias e financeiras pela internet cresceu 579% em 2005, em relação ao ano anterior. Em 2004, as tentativas de fraudes não passavam de 5% do total de incidentes reportados. Em 2005, chegaram a 40%. Os números são relativos a incidentes relatados ao Cert, mas nem todos realmente ocorreram.

Em 2005, o total de notificações somou 68.000, número 10% menor do que o registrado em 2004 (75.722). Segundo o Cert.br,

S ACRIFÍCIO

a queda se deve à diminuição no número de notificações sobre alguns tipos de vírus. Entre os scans reportados no último trimestre de 2005, os ataques feitos a servidores remotos à procura de senhas, foram maioria, representando cerca de 45% do total. O crescimento dessas varreduras foi observado quando os ataques de força bruta passaram de 6% em 2004 para 37% este ano. O Cert.br é o único grupo que mantém estatísticas atualizadas de incidentes, que são reportados voluntariamente no Brasil desde 1999. (AFapesp) www.cert.br

Em Bangladesh, jovem tatua a palma da mão com henna para as comemorações islâmicas ao sacrifício do filho do profeta Ibrahim, no dia 11. S AÚDE

Proteína pode estar ligada à depressão Uma equipe de pesquisadores descobriu que uma proteína, batizada como p.11, pode ter um papel importante para desencadear estados depressivos, o que abriria a possibilidade de novos tratamentos para a doença. A p.11 regularia a reação do cérebro à serotonina. A pesquisa mostra que medicamentos que aumentam as proteínas p.11 no cérebro têm efeito antidepressivo. Os especialistas sabem que há uma ligação entre a serotonina e a depressão, mas ainda não sabem o que provoca a doença.

R OCK

U2: ingressos de R$ 160 a R$ 1.000

Os ingressos para as duas apresentações do grupo irlandês U2 em São Paulo - nos dias 20 e 21 de fevereiro - começarão a ser vendidos no próximo sábado. Os valores ficam entre entre R$ 160 e R$1.000 e as compras podem ser feitas nas lojas da rede de supermercados Pão de Açúcar e no site da Ticketmaster. Esta é a terceira visita da banda ao Brasil. A banda escocesa Franz Ferdinand abrirá as apresentações brasileiras da turnê Vertigo www.ticketmaster.com.br

VISUAIS

O escocês David Batchelor e o brasileiro João Paulo Feliciano apresentam juntos trabalhos inéditos. Em comum, a reutilização de materiais simples para criar formas inusitadas. Galeria Leme. Rua Agostinho Cantu, 88. Telefone: 3814-8184. Das 10h às 19h. Grátis.

G @DGETDUJOUR

Controle a eficiência de aparelhos elétricos

O "Kill A Watt" exibe o consumo e a eficiência de qualquer eletrodoméstico. O aparelho mostra o consumo por hora, dia, semana, mês ou ano e pode revelar ainda voltagem, freqüência de linha e flutuação de energia. Custa US$ 30 na P3 International. www.p3international.com/products/ special/P4400/P4400-CE.html#

L ITERATURA

F AVORITOS

Uma aula de economia de água

O site da Universidade da Água mostra diversas maneiras de acabar com o desperdício de água. Há testes para verificação de vazamentos, cuidados com a caixa de água e uma lista de hábitos diários que, se modificados, trazem vantagens para todos. Também é possível saber a quantidade de água desperdiçada por uma torneira com gotejamento. As dicas são acompanhadas de ilustrações que mostram como a mudança de pequenas atitudes traz grandes benefícios. www.uniagua.org.br

Espião à brasileira

Terceira obra do escritor Luis Eduardo Matta, 120 Horas, lembra John Le Carré

Envolvidona construção de uma bomba atômica naSíria,um físico éfriamente assassinado depois deanostrabalhandonoobscuro programa nuclear daquelepaís. A morte é o estopim para uma série de acontecimentos macabros, como uma carta misteriosa anunciando, por meio de um poema, um monumental ataque radioativo em plena Semana Santa católica para todo o Oriente Médio. A trama do livro 120 Horas (Planeta) se parece com uma daquelas que consagraram o romance de suspense de John Le Carré ou FrederickForsyth, masum detalhe torna-a particular: o físicoé umbrasileiro, Aurélio Amorim, e sua desventura começa no Rio de Janeiro. Trata-se,na verdade,daterceira obra do escritor brasileiro Luis Eduardo Matta, que decidiu enveredarpor umcaminho quase intransitável na literatura nacional, a do thriller de

espionagem. "É algo diferente das histórias policiais que, normalmente, estão presas ao mesmo esquema, ou seja, o desvendar de um crime",comenta ele que, além de lançar o livro terça (10) na Livraria Cultura doShopping Villa-Lobos, participa de um debate sobre o que chamaLiteratura Popular Brasileira. Ao seu lado, estarão os também escritores Vera Carvalho Assumpção e Fabio Silvestre Cardoso. Adiscussão prometelevantar polêmicas. Admiradorde folhetins(especialmenteasnovelasdetelevisão) desdea adolescência, Matta nunca se conformou coma ausênciade históriasambientadas noBrasilquebuscassem apenas prender aatenção do leitor, fascinando-ocom umsuspense que o levasse a viajar, imaginariamente, pelo mundo. Assim como 120 Horas, que une terrorismo com alta costura,todas assuasobras têmum diferencial comum: a voz dife-

rente que permeia a maioria de seuslivros,umcontroledetom e dematizes quesão oseu ofício. "O quedifereminhas histórias das escritas por americanos eingleses éo tratamento comos personagens",acredita Matta. "Não faço descrições preconceituosas dos povos do mundo árabe e também procuro dar mais calor à narrativa, diferente do pragmatismo dos autores de língua inglesa." Luis Eduardo Matta já ouviu críticosqueentendema LPB apenas como uma sucessão de clichês.Defato, oescritornão tem a pretensão de ser original e sua trama é muito bem entrelaçada,cheia de reviravoltas, como deveser umbom livro do gênero. O tema vai acalorar a discussão deterça, que, se nãoforconclusiva, aomenos vai apresentar um autor competente. (AE) 120 Horas, de Luis Eduardo Matta. Planeta. 437 págs. R$ 37. Livraria Cultura/Shopping Villa-Lobos. Av. Nações Unidas, 4.777, tel.: (11) 3024-3599. Terça, 19h30.

A RQUEOLOGIA

Achado muda

história da escrita

Um fragmento de texto agora divulgado mostra que a escrita surgiu entre os antigos maias da América Central na mesma época em que aparecia entre outros povos da região. O texto, achado no templo em San Bartolo, Guatemala, foi datado entre 300 a.C. e 200 a.C.. Até agora, acreditava-se que os maias tivessem desenvolvido sua escrita bem mais recentemente. A escrita maia é baseada em hieróglifos que lembram os egípcios, mas combina também símbolos fonéticos.

DOMINGO AO SOL - Milhares de banhistas aproveitaram o domingo de sol na praia do concorrido Balneário Rincão, na cidade de Criciúma, Santa Catarina, na tarde de ontem. A previsão da meteorologia para a região é mais calor.

I NTERNET

Blockbusters by Google

AGoogle vai estrear agoraum novoserviço, uma loja online paraa vendade downloads de vídeosde esportes,entretenimento e notícias. O serviço,batizadodeGoogleVideo Store, trará programas do canal CBS, clipes musicais da SonyBMG,noticiários do ITN e material da NBA.

O objetivo do Google é criar ummercado aberto,no qual qualquer um que produza vídeos possa vendê-los pela web.Os downloadsserão feitos por meio de um software ao estilo do iTunes, da Apple.

Outras novidadesanunciadas peloGoogleincluem a participação em um pacote de softwaresque serádistribuído gratuitamenteonline porváriasempresas rivais da Microsoft, na tentativa de enfraquecer o lançamento do Windows Vista. Além disso,a empresajá

A TÉLOGO

decidiu investir ainda mais em seuserviço debiblioteca digital, apesar dosproblemas e das controvérsias.

O serviço colocou neste fim desemanaàdisposição dos internautas as páginas doGoogleBook Search-exGoogle Print - com mais de 10 mil obras sem proteção de copyright. Entreos livrosoferecidos gratuitamente aos internautas estão novelasde Henry James,biografias de novaiorquinos famososedocumentos sobre a Guerra Civil nos Estados Unidos.

O ambicioso projetodo líderdossistemas debuscas de digitalizar cerca de 20 milhões de títulos das bibliotecasdasuniversidades de Harvard, Michigan, Stanford,Oxforde da Biblioteca Pública de NovaYork,provocouprotestosdeorganizações representativasdeeditoras eescritores norte-ame-

ricanos, em razão do possível dano que ele poderia causar aos direitos autorais. A Europa também gritou. Por outra razão. O presidente da biblioteca nacional francesa, Jean-Noel Jeanneney, descreveu o Google Book Search, na época de sua criação, em outubro de 2005,como"a confirmaçãodo risco da dominação do pensamento inglês, de como as futuras gerações conceberão o mundo".

O Googlerespondeuàs duas críticas.Sobre aprimeira,dissequeo serviçoofereceráobrascujosdireitosautorais já estiverem vencidos. As demais terão apenas fragmentos publicados. Quanto à segunda, afirmou queostemores são infundados."Vamos expandiroprojetopara os principais idiomas do mundo",garante Jennifer Grant,gerentede marketing do Google Book Search. (AE) http://books.google.com

Instituto Butantan recebe amostra do vírus da gripe aviária para produzir primeira vacina

Piloto brasileiro Jean Azevedo é punido no Rali Dacar, caindo da 9ª para a 11ª posição

Termina a blindagem da companhia aérea Varig contra pedidos de falência dos credores

ELEBRIDADE

Objetos de Elvis vão a leilão

Centenas de discos raros de Elvis Presley e outros itens do cantor, comprados por Julie Wall - que roubou quase US$ 1 bilhão de seu empregador durante dez anos para montar a coleção - serão leiloados na Inglaterra. A decisão foi de um tribunal britânico que determinou que o dinheiro da venda seja restituído ao empregador, no caso, a prefeitura de North Kesteven. A fã de Elvis tinha a função de depositar o dinheiro arrecadado com parquímetros na conta da prefeitura. Mas ela embolsava as libras para montar sua coleção.

2005 negativo: 38 indígenas mortos

A agência de notícias Prensa Latina divulgou no fim de semana que 38 indígenas foram assassinados no Brasil em 2005. A notícia, sem muito destaque na imprensa local, foi divulgada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Foi o maior número de assassinatos nos últimos 11 anos. Do total, 28 mortes foram registradas no Mato Grosso do Sul, considerado o estado com conflitos mais graves relativos às terras demarcadas. Segundo o Cimi, nos últimos 11 anos foram registrados 240 assassinatos de índios, cerca de 22 por ano. F UTEBOL

Cresce 'exportação' de craques

Em 2005, o Brasil exportou 878 jogadores de futebol, segundo a CBF. Em 2004, se transferiram para clubes estrangeiros 857 atletas brasileiros. Os craques não vão apenas para a Europa, mas também para países como Moldávia, Cazaquistão, Haiti, Chipre, Estônia, Omã e Malta. Mas o principal destino dos jogadores brasileiros em 2005 foi Portugal. Cerca de 150 atletas foram para lá. Mas o mercado brasileiro também recebeu de volta 487 jogadores em 2005, a maioria brasileiros que não se adaptaram fora.

Guto Kuerten/Folha Imagem
Daniel LeClair/Reuters
Shafiq Alam/AFP

Fontana, da Matic: faturamento vai crescer 30% até o ano que vem O simulador de corridas produzido pela Matic está em fase de testes nas áreas de lazer de shopping centers e já tem pedidos do exterior ARRANJOS PRODUTIVOS

UNIÃO GARANTE FUTURO DOS PEQUENOS

Calçados femininos, roupas infantis, móveis, brinquedos, bordados, jóiase cerâmicas. Esses sãoalguns dos produtosque ganharamforça no interior de São Paulo com as ações dos chamados Arranjos Produtivos Locais (APLs). O projeto foi colocado em prática pela Federaçãodas Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Microe Pequenas Empresas (Sebrae), mudando a realidade de importantes pólos industriais do estado.

Cidades como Jaú, Vargem Grande do Sul, Porto Ferreira, Ibitinga, CerquilhoeTietê nunca mais foram as mesmas, principalmente depois que as APLspossibilitaramo desenvolvimento do setor de exportação entre as pequenas empresas, fatojamais imaginado anteriormente pelos empresários pertencentes ao grupo.

Como funciona – O projeto reúne empresas localizadas em um mesmo território, possibilitandoa elasa manutenção de vínculos de articulação, interação, aprendizagem e cooperação entre si. Dentro do conceito, essas pequenas empresas interagem, participam dereuniões semanais,trocam informações,compram produtos em conjunto e elaboram estratégias de exportação.

O Sebrae-SPatua em20 arranjos produtivos locaisno Estado de São Paulo, tendo a Fiesp comoparceira em sete deles. Nesses projetos, a metodologia foi desenvolvida de maneiraconjunta entreas duas entidades. Nasdemais localidades, o Sebrae-SP tem uma atuaçãoespecífica com foco no desenvolvimento territorial, contandocom a participação efetiva dos empresários no projeto.

Segundo Paulo Roberto, gerente de desenvolvimento territorialdo SebraeSP,a atuação em Arranjos ProdutivosLocaispossibilita asustentabilidade dosmicrose pequenos negócios, além de estimular processos locais de desenvolvimento. "Qualquer ação das APLs deve permitir a conexãodoarranjo comos mercados", disse, durante o 1º Encontro de Arranjos Produtivos Locais, realizado na sede da Fiesp, em São Paulo. Pesquisa – Estudos indicam que 99% das empresas no Bra-

sil são micros epequenas, e 60%dos empregos estãonesses empreendimentos. O presidentedaFiesp, Paulo Skaf, afirmou que,terminado oprimeiro ano, um bom percentual dessas empresas deixa de existir. Nofinal doquinto ano, mais de 60% já fecharam. "Quem perde com isso não é o microempresário, e sim, o Brasil. OPaísprecisa dessas empresas para entrar num ritmo de crescimento sustentável e dedicar toda a sua energia ao trabalho", disse. Aforteatuação dosArranjosProdutivos Locaisnesse cenário visa a transformar as"micros empequenas" e as "pequenas em médias"paraqueelasnãodesapareçam do mercado.

Exportação – Umas das principais atividades desenvolvidasdentrodoprojetoestá relacionada com o comércio exterior. Micros epequenas empresas quejamais imaginaramexportarseus produtos, começam atransformar osonho em realidade. É o caso da cidadedeBirigui,que possui 180 indústrias de calçados e já desenvolve fortemente um trabalho de exportação, com a ajuda do Arranjo Produtivo Local e da Associação dos Exportadores deBirigui(Brazon). Fundada em 1999, o objetivo,naépoca,eracriarumaassociação para desenvolvera prática,jáque as micros epequenasempresas nãotinham forças paraisso."Aidéiaera unir essas empresas para que, juntas, participassem dasfeiras internacionais",explicou Rossana Codogno, gerente administrativa da Brazon. No início, a associação tinha aparticipaçãode15 empresas, mas ao longo do tempo algumas foram desistindoporque osresultados estavam previstos para ocorrerem no longo prazo. "Hoje temos apenas dez empresas associadas", disse Rossana. Ela explicou que, paraentrar para o grupo,é precisoque aempresa tenha umforte diferencial. "Paraqueos produtossejam exportados,é necessário que seja diferente.O comércioexterior exige isso." As exportaçõesdo grupo são feitas para 28 países,dentreelesosda AméricadoSule Europa, além de Estados Unidos.O valorexportado em 2005 foi de US$ 1.662.359. Vanessa Rosal

Cooperação reduz custos com matéria-prima

EmVargem Grande do Sul,aatuaçãodo Arranjo Produtivo Local fortaleceu aproduçãodacerâmica vermelha – as empresas tiveram um ganho de produtividadede9,5%,se comparado ao período anterior ao surgimento dos APLs.

Ações de cooperação tambémforamessenciais parao sucesso, como a compraconjuntadelenha,quegerouredução de 15% no preço e regularidade do fornecimento.

Enxovais –EmIbitinga, no segmento de cama, mesa, banho e enxovais, as empresas tiveram ganhode produtividade de 30,6%. Esse resultado é explicado pelo aumento do valor agregado dos produtos, conseguidograças ao retorno à produção de bordados,com maior valor percebido pelo consumidor.

Umexemplo desucessoem Ibitinga é a Stansina. De acordo com o sócio da empresa, AquilesSina,a atuaçãodos

APLs não trouxe nenhum crescimento significativoem faturamento. Em contrapartida, percebeu-se um grande desenvolvimento emprodutividade, equipamentos e tecnologia

"Essa éabase paracrescer", afirma o empresário.

EmSãoJosé doRioPreto,o arranjo produtivo local destacou a produção de jóias. O projeto foi desenvolvido durante o período de forte desvalorização cambial ocorrido no final de 2002 e início de 2003.

O ourotem seuspreços cotados em dólar e representa cerca de 80% doscustos das jóias. Apesar do cenário negativo do setor, a produtividade das empresas aumentou 42,5% e os níveis de emprego cresceram em torno de 25%.

Mais empregos – Jáem Itu, Tatuí eTambaú, oprojeto envolve indiretamenteum total de 250 empresas e 8,4 mil funcionários. Aparticipação direta éde 17 empresas emItu, 20 em Tatuí e 26 em Tambaú. Nesta primeira fase, estão sendo realizados diagnósticos dasempresas,consultoria de produçãocom oServiço Nacionalde Aprendizagem Industrial ( Senai), além de trabalho comportamental para construção de vínculo e desenvolvimentode confiança,com o objetivo de construir um plano estratégico e fortalecer a governança local. (VR)

Mercado externo fica mais próximo de microempresários

Do setorde entretenimento aodemobiliário, os arranjos produtivos vêmajudando asempresas adesenvolveremmercados e potenciais clientes. Esse é o caso da Matic. A empresa trabalha há 30 anos na área de entretenimento e produzdiversão para as áreas de lazer em shoppings e bufês.

José Carlos Fontana, sócio da empresa, diz que os grandes produtores do segmento estão situadosnoexterior e que foiprecisoinovarpara podercompetircom eles no mercado interno."Com aajuda doarranjo produtivo,não apenas conseguimosnos igualar aos produtos internacionais comotambémconcorrer com eles lá fora", diz. Feiras no exterior – Fontana refere-se às feiras internacionais de quesua empresaparticipou em 2005, juntamente com outras do segmento, como a principal estratégia paraconseguir exportar. "Trabalhando em parceria, tudo melhora, desde o preço para participar do evento atéaformadedemonstrar os produtos no estande. Percebemos que há mercado para todos no exterior", afirma.

Atualmente,aMaticexporta para a Europa, principalmente paraEspanhae Hungria, um brinquedo chamado Taco Ball. "Deixamos o produto exposto numa feirainternacionale conseguimosatrair compradores",relembraFontana. Ele revelou que já existe um novo produto em testes no Brasil paraser exportado. Trata-se de um simulador de corridas, desenvolvido em conjunto com a Escola Politécnica daUniversidadede SãoPaulo(USP). "Instalamosobrinquedo em algunsshoppings e o resultado émuitoanimador", comemora o empresário.

Oobjetivoéexportarosimulador para a África e América do Sul. Segundo José Carlos Fontana, por meio das exportações, a expectativa é aumentar ofaturamentoematé 30% até o próximo ano.

Móveis –Na cidadede Mirassol, o projeto beneficiou a produção de móveis. As empresas da APL tiveram ganho deprodutividade de13,4%. Por meio de comprascooperadas e, com vistas às exportações, cincodelas uniram-se para custear a viagem de um representante para a África e aEuropa,ondefoifeitaa divulgação de mostruário e prospecçãode clientes.Recentemente, 14 indústrias montaram um consórcio de exportação.

Segundo Newton Cláudio Silva Pinto,sócio daempresa Móveis Sipiolli, a expectativa para o futuro do arranjo produtivo na cidade é que se espalhepor outros setoresda economia. "Oobjetivo écriar novos postosdetrabalho e agregarmaisempresas aessas, que foram as pioneiras no arranjo do municípiode Mirassol",diz.A previsão de crescimento da empresa para o próximo ano é de 15%. Roupas infantis – Situada na cidade de Tietê, a Dapaluk produzroupasparabebês e crianças até 11 anos de idade. Com a ajuda daAPL, teve crescimento de 20% no segundo semestre de 2005, em relação ao mesmo período do ano passado. Partedocrescimento deu-se graçasàs exportações. "Começamos a participarde eventosinternacionais em conjunto.Sozinhos,não conseguiríamos arcarcom todos os investimentos necessários para participar" diz Sandra Floriam Themer, sócia proprietária da empresa. Esse ano a Dapaluk já exportou para o Panamá e Portugal. "Nosso objetivo é trabalhar 35% de toda a nossa linha para a América do Sul e países de clima quente", diz Sandra. Segundo ela, exportar para a Europaficamaiscomplicadoporque o clima é outro e não há tecnologia necessária no Brasil para atender a essa demanda. "Mas nossa coleção para o verão de2007 já está pronta", adianta Sandra. (VR)

Carlos
Fabricante de enxovais ganhou em produtividade no APL
Divulgação

Mercadorias que sobraram das

No último sábado, milhares de pessoas correram àloja do MagazineLuiza em Campinas aindademadrugada.Estava aberta a 13ª liqüidação anual da rede, que acontecesempreno primeiro sábado do ano e que foi acompanhada por outras280 lojasespalhadas por sete estados.

Em seis horas de duração (das 5h às 11h),a "Liqüidação Fantástica"conseguiuvender,apenas na loja central de Campinas, aproximadamente 15 mil itens com descontos que chegavam a até 70%. Nas 280lojas, das360que arede tem,estima-se que tenhamsidovendidos 125 mil itens, com um faturamento calculado em R$ 50 milhões.Apenas o faturamentode Campinasainda nãofoi divulgado.O balanço final deverá sair entre hoje a esta terça-feira. Segundoo gerenteregional de Campinas, MarcosAntônio Borges, queimarseusestoques tem-se mostrado aindaum bom negócio para as grandes redes de varejo como o Magazine Luiza, umadas gigantes do varejo no País.

mais baratos

Queima de estoque anual da rede, que durou seis horas, fez consumidor ficar na fila desde a última quarta-feira. Faturamento estimado é de R$ 50 milhões.

de redução de custos", afirmou Borges. Caso a caso – Para oferecer os descontos de até 70% oMagazineLuiza trabalhou com deduções "produto a produto", reajustando os preços de acordo com o estado geral de cada item, alémde consideraro volume de peças oferecidas. "Com o mesmo preço da promoção também parcelamos as compras em até 24 meses", diz Borges. A loja tambémoferece nessas

"Com essa 'limpeza' de início de ano podemos recompor a lojacom os mais recentes lançamentos", diz Borges. Se porum lado as vendas das mercadorias que sobraram do ano anterior podem ser encontradas a preços bem abaixo do normal, o consumidor não tem alguns serviços por parte daloja nessas liqüidações, como, por exemplo, eventuais montagens deprodutos que costumam serfeitas pelovarejo na residência docliente, como armários. "Só isso já nosdá uma boamargem

megaliqüidações produtos muito baratos. Caso do ferro de passara seco, que tinhapreço deR$36,90e estava sendo oferecido, no sábado,por R$ 9,90.Nas

últimas liqüidações o produto chamariz de "preço irresistível" foia panelade pressão.

Borgesfala empelomenos 12 milpessoas que tenham passado pelos corredores daloja deCampinas nasseisemqueduraramas vendas. Já em toda a rede estima-se que entraram nos magazines pelo menos três milhões de pessoas.

A liqüidaçãodoMagazine Luizachamou aatenção. Na unidade central, em Campinas, localizada no cruzamento da rua 13 de Maio com Francisco Glicério, a fila para receber asenhapara aentradacomeçouase formarnaúltima quarta-feira. Primeira achegar,aaposentadaElsa Tereza Silva da Cruz entrou na loja às 5he saiu duas horas depois com um DVD, uma cama, armário e umnovofogão. "Éo se-

Estima-se que apenas

gumproduto atrativo -, também foram adquiridos produtos em dobro, como no caso do ferro de passar. Cadauma das quatro pegoudois ferros deR$ 9,90, númeromáximo permitido por cliente. "É para dar de presente quando a gente tiver um casamento",contou Paula, que guardou o dinheiro durante 2005 para pagar à vista. Semconseguir mantera poupança naprevisão de gastos quequeria fazerna

gumaspessoas que se posicionaram na saída da loja oferecendo carretos para quemnãotinha como levar as compras para casa. Vedetes – Os eletroeletrônicosforam as vedetes daliqüidação. Nesteano, osDVDs, televisores ecâmara fotográficas digitais foram as vedetes. Na fila desde o dia anterior à abertura daloja, ovigilante MarcosRoberto deAlmeidaentrou com a intenção de levar apenas um televisor de21 polegadas. "Guardei o dinheiro o ano todo paraisso". Horasdepois já discutiacom a mulher se, além do televisor, também levaria a máquina delavarealgunspequenos eletrodomésticoscomo o ferro de passar. Também com uma única intenção de compra, a vendedora de uma loja no centro da cidade, Cristiane da Silva, ligou ao meio-dia da sexta-feira parao MagazineLuiza perguntandose haveriapromoção de máquina delavar louças.Reclamou. Ficouna fila desdeàs18hdasextaequando entrou disseram que não havia esse item na liqüidação. "Fiquei chateada", disse a vendedora, que acabou levandouma boneca, um ventilador e uma furadeira. Ônibus – Já o aposentado João Coelho encontrou o que queria: um colchão ortopédico. "Vim especialmente para ver se achava esse tipo de colchão porque estou precisando para aliviara dornas costas", disse o homem que teve de levar o produto para casa de ônibus.

PREVIDÊNCIA

A penas sete mil dos 27 mil aposentados de Campinas convocados para realizar o recadastramento do censo previdenciário o fizeram até o momento, de acordo com informações do Instituto de Previdência em Campinas. Com a prorrogação do prazo, os segurados com finais de benefício 1, 2, 6, 7 têm até o final de fevereiro se apresentarem nos bancos. Os finais 3 e 8 têm até março e os carnês com finais 4, 5, 9, 0, até abril. Quem não fizer terá o beneficio suspenso já no próximo mês de abril.

ESCOLA

APrefeitura de Campinas aumentou de R$ 3,3 milhões no ano passado para R$ 4,6 milhões este ano o repasse de verbas para as 42 duas entidades filantrópicas da cidade que trabalham com educação infantil para crianças de zero a 6 anos. De acordo com a administração, devem ser atendidas, este ano, 4.852 crianças, 3.448 delas no período integral. Os recursos para as entidades de educação especial também passaram de R$ 1,4 milhão em 2005, para R$ 1,6 milhão em 2006. Nesses casos o número de parceiras passou de 15 para 18 instituições aumentando o atendimento de 1.370 para 1.761.

MORADIA

ACompanhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab) prorrogou o prazo de transferência das 134 famílias que ainda estão na favela da rua Moscou, uma das áreas de risco habitadas em Campinas, para o residencial Olímpia previsto para ser feito na segunda quinzena deste mês. As chuvas que caem na cidade desde o início do ano, de acordo com a Companhia, estão atrasando a finalização das obras para onde já foram levadas 316 famílias. Falta concluir as redes de água e esgoto, de galerias e pavimentação das ruas do residencial.

gundo ano que participo. Estoumuito contentecom o que consegui economizar", disse. Nove horas antes de a loja abrir as portas, a dona de casa Paula Michele Arruda dos Santos foi para a fila com a mãe e duas amigas para comprar"oque estava precisando para a casa e mais algumas coisinhas". Segundo ela, em uma compra de aproximadamente R$ 600 – pelo menos até o momentoem que foi questionada, já que o valor poderia aumentar caso fosse encontrado maisal-

megaliquidação,o frentistaPaulo Martins deixou de lado as compras de final de anopara entrar na promoçãodo último sábado. Depois de dois diasnafila,por R$ 1,6 mil, levou uma máquina de lavar roupas e umanova camadecasal. Parcelou tudo em 24 vezes, mas não conseguiu colocar as mercadorias no Gol. "Tive de contratar um carreto por R$ 50. Não fazmal. A gente vai pagando tudo do jeitoque pode",disse. Amédiade preço era de R$ 50 para al-

Sem muitodinheiro, a agente de serviços geraisTereza LurdesAntônio entrouna loja às 6h15 depois depassar amadrugada na fila. "Comprei só o ferro de passar por R$ 9,90. Está bem barato ea gente tem de aproveitar", disse. Na onda da megaliqüidação,lojas vizinhas abriram duas horas mais cedo, também comofertas especiaisparao sábado.Aesperança dos lojistas era de que quem não conseguisse entrar no Magazine ou não encontrasse oque estava procurando entrasse na loja ao lado. MárioTonocchi

vendas de final de ano puderam ser encontradas a preços bem menores por quem se dispôs a ficar na fila por até dois dias
Fotos de Ricardo
em Campinas 12 mil pessoas tenham passado pelos corredores da loja (à esq.). A vendedora Cristiane da Silva (acima) saiu frustrada porque não encontrou o que precisava. Maioria dos que conseguiram o que queriam tiveram de carregar mercadoria nas costas.

Hora da verdade: ele poderá ainda ser primeiro-ministro?

Página 6

Só mistério na morte do nosso general da paz

O vice-presidente e ministro da Defesa José Alencar e o ministro Celso Amorim não crêem na versão de suicídio do comandante da ONU no Haiti, general Urano Bacellar. Uma equipe brasileira de investigação voou para Porto Príncipe (fotos). Página 5

Aaaaaarvore!!!!!!

A chuva atrasou o tratamento e retirada de árvores ameaçadas, como as da espécie exótica Tipuanas (foto), plantadas na década de 30 na alameda Casa Branca, esquina com a Santos. Frágeis, elas podem cair a qualquer momento. A Prefeitura ainda não conseguiu cumprir a meta de tratar 834 delas, condenadas pelo IPT. Veja os prejuízos de 15 dias de temporais no mês de dezembro em São Paulo. DCidade/3

Guerra de palavras

Mundo Real, por Olavo de Carvalho, na página 12

Começa o campeonato

Luxemburgo (acima, à dir.) volta ao Santos e vai à luta pelo título do Paulista, que começa dia 11. Ronaldo sai de campo. Machucado O susto, em jogo do Real Madrid (acima, esq.). DC Esportes

Na rota de acessibilidade

1º projeto: Vila Maria a Sto. Amaro. DCidade/1 e 2

Janusz Kapusta/CorbisAlex
Maurício Tupã/AEAlbert Gea/Reuters
Eduardo Munoz/Reuters
MIlton Mansilha/LUZ
Lindomar Cruz/ABr

Serra, é a vez do Alckmin!

Queria saber o por quê do entusiasmo do prefeito José Serra em disputar a Presidência. As pesquisas são feitas em todo o País, só que os brasileiros de outras cidades e estados lembram-se do Serra no governo federal e na campanha presidencial de 2002, mas não sabem o que ele anda fazendo em São Paulo: nada!

para doispontos@ dcomercio.com.br

E isso a campanha eleitoral irá mostrar muito bem quando começar. Ele vai despencar do altar ou das alturas dos números das pesquisas onde está hoje colocado. Isso tudo sem contar a sua promessa, registrada em cartório, de que governaria a cidade até o fim do mandato. Vou lhe dar um conselho, prefeito:

deixe a candidatura para o governador Alckmin, que tem o que mostrar para o Brasil. Ele sim vai ter condições de derrotar o PT. E o senhor trate de visitar os hospitais e postos de saúde de São Paulo pra ver a calamidade que seu governo está fazendo na saúde pública. WILSONDESOUZA, P

Serra: problemas com a Saúde e os carnês.

Quer dizer, então, que é mais prático, mais operacional e mais econômico enviar 20 milhões de carnês do IPTU aos contribuintes do que enviar apenas dois milhões? Senhor prefeito, responda: tem "mutreta" aí nesta jogada, não? É dar munição, e com razão, para a oposição.

EDSONARAÚJO

EDSON ARAUJO@BES ADVBR

Como o novo salário

engorda a ração do Leão

Mais umavez, a não-correção da tabela do Imposto deRenda das pessoas físicas durante este ano,acaba significando umamaior carga tributáriapara oscontribuintes.

A defasagem entre os atuais valores e osque seriam praticados se adotada a correção pelo IPCA - Índice de Preços aoConsumidor- Amplo (medido pelo IBGE, entre as famílias com renda de 1 a 40 saláriosmínimos) éde 39,3723%, acumulados no período de janeiro/2002 a novembro/2005.

Se considerarmos a variaçãodoINPC-ÍndiceNacional dePreços ao Consumidor, tambémmedido peloIBGE - só que entre as famílias com rendade 1a 8salários mínimos, a situação

assume proporções maisgraves,uma vez que, no mesmo período, este índice teve uma variação ligeiramente superior à do IPCA. A última correçãoda tabela ocorreu em 2004. O reajuste aplicado foi de10,00%. Mesmoassim, já na época houve uma sériedecríticase protestos decorrentes do fato de que a inflação acumulada noperíodo, medida pelo IPCA,variou 32,34%, dejaneiro de2002 a dezembrode 2004. Naquela oportunidade, consideradoo critério deutilização do IPCA, ficou"para trás" umacorreção de 22,34%, que é maior que a praticada. O aspecto que vem sendo apontado pelos mais diversos segmentos da sociedade, sobretudo dos órgãos de representação dos traba-

lhadores, comosendo passívelde maiorescríticas, é que a cada ano as simples reposições de índices inflacionários aos salários têm significadoa mudançade status das pessoas físicas, quepassam dacondição de isento para a de contribuintes ou mudam paraa faixamais elevada de tributação. Ressalte-se queisso ocorre sem que haja efetivo ganho real. Ao contrário, tendo em conta as difíceiscondições da economia e as duras negociações coletivas de trabalho, comprincipal reflexo nosreajustes salariaisdaídecorrentes,é fácil entenderque mesmo com eventuaisperdas, sem o repasse da inflação, atabela, epor conseqüência opróprio Impostode Renda,acabaalcançandoum universo cada vez maior de

pessoas e emníveis maiselevados detributação. Outra questão diretamente relacionada é o não-realinhamento dos valores das deduções sujeitas a limites, tais como o de abatimento por dependente e as despesascom educação, estas últimas, paraos efeitosdadeclaração anual de ajustes.

Para uma melhor visualização da diferença, vejam abaixoatabela atualea sua projeção considerando-sea correçãode 29,37%, índiceque acumula o "expurgo" do IPCA praticado nacorreção de 2004 = 10,00%.

Atualmente, um contribuinte com um ganho de R$2.150,00 por mês, que tenha dois dependentes, irá pagar R$ 112,80. O mesmo contribuinte, consideran-

do-sea aplicaçãodatabela com um reajuste daordemde29,37% e irápagar R$51,21 de imposto. Observando osvalores, chegamos à conclusãodeque, sehouvera correção da tabela nos termos acima,teríamos um redução no pagamento do impostode 54,60%. Nos últimos anos, o contribuinte teve umagravamento em torno de 30% na carga tributária. O mais prejudicadoésempreo contribuintePessoa Física, que, por enquanto, está esquecido pelas autoridades. Ou melhor, parecesóser lembradono momento de entregar expressiva parcela de sua renda aovoraz leão da Receita Federal. ANDREILOPEZBORDINÉ SÓCIO-DIRETORDA ASSESSOREBORDIN CONSULTORES

BENEDICTO FERRI DE BARROS CONFLITODE PODERES

Nos 67 anos do Império brasileiro fomos regidos pela "Benjamina", a Constituição elaborada por Benjamin Constant por encomenda de Napoleão Bonaparte durante seus Cem Dias, considerada o melhor texto constitucional pelos especialistas na matéria. Essa constituição se inspirava no modelo inglês do governo de gabinete parlamentarista. O único modelo de governo que resolvia o problema da conciliação entre Executivo e Legislativo, posto que o chefe de governo era o líder do partido que vencera as eleições para o parlamento. Com a República, caímos sob a influência do modelo norte-americano. As províncias se converteram em "Estados" e a unidade do Brasil se transformou do dia para a noite nos "Estados Unidos...do Brasil", com suas Constituições, bandeiras e governos autônomos, para gáudio dos régulos provincianos que, ainda hoje, exercem o patronato feudal sobre "seus" Estados. De lá para cá tivemos 7 Constituições e à pacífica convivência unitária vigente desde a ascensão de Pedro II ao trono, tivemos a interminável série de sublevações e revoluções estaduais que marcam toda a história republicana.

A"O

PDavidMorton escreveunarevista ForeignPolicycomo foicosturada(epor quem)acampanhado Não,contrao desarmamento. PedroDória,noseu Weblog,reproduziu umtrechoda reportagem. Vejaaoladoe comente.

Brasil é um teste ao controle de armas"

esquisas indicavam, conforme o último mês de campanha chegava, que os defensores de controle de armas tinham todas as razões para ficarem otimistas. Até meados de setembro, apoio para o desarmamento corria por volta de 73%, graças em parte ao apoio do governo federal, da Igreja Católica e da TV Globo, um grande grupo de

mídia. E, no entanto, quando os brasileiros foram para as urnas entregaram ao movimento internacional de desarmamento uma de suas derrotas mais arrasadoras, rejeitando o banimento por uma margem de 2 para 1. O número de civis que têm armas legais no Brasil é estimado em dois milhões. Em outras palavras, uns 59 milhões votaram para preservar uma prerrogativa a qual a maioria

deles nunca fará uso. Não houve apenas uma razão para a derrota acachapante. Mas poucos duvidam que a campanha na televisão fez diferença. Durante as três semanas, o apoio ao desarmamento despencou. "Eles não falaram sobre armas", explica Guaracy Mingardi, um pesquisador paulistano ligado à ONU. "Eles falaram sobre direitos." A idéia de que

a posse de armas é um direito humano tão caro quanto, por exemplo, o direito de expressão, era novo para a maioria dos brasileiros. Tal linha de argumento não existiria não fosse a National Rifle Association of America (NRA), que desenvolveu, testou e lapidou a mensagem. A NRA, talvez o maior lobby político dos EUA, serve de padrinho espiritual para os grupos pró-

armas em todo o mundo. E eles vêem seu trabalho de evangelização da causa como algo que deve ultrapassar as fronteiras. Antes do referendo, o porta-voz da NRA, Andrew Arulanandam, disse: "Nós vemos o Brasil como o teste do movimento favorável ao controle de armas. Se os proponentes do controle vencerem no Brasil, os EUA serão os próximos."

Legislativo e o Judiciário. Isto é, a ameaça de um desmantelamento da estrutura do próprio Estado, composto de poderes que Montesquieu vira como "independentes mas harmônicos". (Um dos maiores erros de conceituação e leitura da teoria e da realidade política inglesa cometidos por esse pensador, ao interpretar a constituição do governo inglês, como denunciado por numerosos analistas.)

OPoder Judiciário sempre foi tido como a instância suprema do Direito, e isso ele é sob todos os regimes constitucionais legítimos. Qualificam-no como um "poder neutro", em certo sentido acima e fora dos poderes do Estado e da política. Mas é evidente que ele só pode manter essa majestade se permanecer fora do alcance e da influência do Executivo e da Política, o que já deixou de acontecer desde que o Executivo adquiriu a prerrogativa de nomear ministros para a Suprema Corte.

Casoseagrave ocontencioso entreoLegislativo eoJudiciário,que outropoderserá árbitronascrises deEstado?

perturbação mais recente produziu a Constituição de 1988, forjada pelo processo espúrio de um Congresso ordinário que, usurpando poderes constitucionais, e violando toda a teoria e praxe consagradas da experiência constitucionalista, produziu o que seu líder e mentor aptamente denominou de "Constituição dos Miseráveis". Sob seu regime vivemos. E a ele devemos, entre outras calamidades, a que nos dias correntes configura a ameaça de um confronto de conseqüências imprevisíveis entre o

Na atualidade, os 11 ministros do STJ foram nomeados pelos chefes do Executivo, 4 ministros nomeados pelo governo atual que brevemente nomeará mais três. Na opinião da Associação dos Magistrados brasileiros, o STF é "o tribunal menos eficiente e o mais parcial do Judiciário brasileiro. E devido precisamente a isso. Neste caso, a autonomia da Suprema Corte perde seu tradicional caráter de isenção jurídica ao julgar questões políticas que são do foro do Poder Legislativo. Assim, mesmo sem se entrar no mérito das decisões que tem tomado, supondo-se que todos seus julgamentos continuam politicamente isentos e juridicamente puros, não parece que convenha nem ao Judiciário, nem ao Legislativo – e ainda menos à "harmonia" do Estado brasileiro, que ele se envolva em assuntos de natureza eminentemente política, como o que motivou a presente disputa de jurisdição em questões eminentemente políticas, como vem fazendo. Pois, caso se agrave o contencioso aberto entre o Legislativo e o Judiciário, que outro poder poderá servir de árbitro para crises de Estado ?

Carnêbomba
Valéria Gonçalvez/AE
Neco Varella/AE

Aviso prévio

Lula atendeu ao apelo do partido e deve anunciar em fins de fevereiro ou início de março se será ou não candidato à reeleição. O presidente atende também ao pedido de ministros e outros colaboradores de escalões inferiores do governo que vão se candidatar e precisam deixar os cargos até 31 de março. Antes, porém, de fazer o anúncio, Lula vai se reunir com partidos aliados para saber se poderá contar com uma sólida base de apoio.

Os primeiros partidos a serem procurados pelo presidente serão os tradicionais PSB e PCdoB. Mas, Lula está de olho sobretudo no PMDB, PP, PTB e PL. O presidente, se quiser, pode decidir se será candidato em junho, mês da convenção. Acontece que o partido quer antecipar o anúncio também porque em abril serão promovidas nos estados reuniões com os aliados e será discutida a questão das coligações.

O ministro Jaques Wagner não tem dúvidas: acha que Lula será candidato à reeleição. O anúncio deve coincidir com a execução de várias obras no governo federal, como a recuperação da malha rodoviária.

ENTENDIMENTOS

Embora o partido reserve o mês de abril para fechar os acordos com os aliados, a cúpula do PT começa já a conversar com lideranças para decidir as futuras coligações. A princípio, o PT acha muito difícil, por exemplo, convencer o PMDB a apoiar a candidatura de Lula.

ALIANÇA

Convencidos de que o PMDB terá candidato próprio, os petistas querem ao menos assegurar o apoio peemedebista no 2º turno. Acontece que também o PSDB namora o apoio do PMDB. A ala governista do partido, conduzida por José Sarney e Renan Calheiros ainda trabalha pelo apoio a Lula.

PRÉVIAS

Discute-se ainda no PMDB a possibilidade de serem adiadas as prévias fixadas para março. Mas, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, reage e não admite o adiamento. Rigotto precisa disputar as prévias antes de renunciar ao mandato para ser candidato. A data-limite para a renúncia é 31 de março.

INTERESSE

Se as prévias no PMDB forem adiadas, o maior beneficiado será o exgovernador do Rio, Anthony Garotinho, que não exerce mandato. Prévias marcadas para depois de 31 de março inviabilizariam de vez a candidatura de Germano Rigotto.

PARTICIPAÇÃO

Ainda é incerta a eventual participação do presidente do STF, Nelson Jobim nas prévias do PMDB. O ministro já teria comunicado a Lula que deixaria o cargo em março para se filiar a um partido político, possivelmente o PMDB. Jobim quer ser candidato nas eleições de outubro.

MAIS UM

O dado mais novo no PMDB é a possibilidade admitida por Michel Temer de também participar das prévias. O presidente do partido diz que está sendo pressionado para se candidatar à sucessão de Lula. Portanto, as prévias no PMDB podem ser a mais disputada de todas.

DISPOSIÇÃO

Diante da pressão para deixar o cargo antes de março, o governador Geraldo Alckmin responde que continua à disposição do partido e admite que renuncia até 1º de abril. Alckmin diz que se o partido precisar está pronto para disputar a sucessão presidencial. Parece que o governador não gostou da idéia de renunciar em fevereiro.

PESQUISAS

Se o PSDB sustentar a disposição de contratar pesquisas para nortear a escolha do candidato, a vantagem será de Serra. O prefeito de São Paulo vem liderando todas as pesquisas e ainda é o único tucano que derrotaria Lula nos dois turnos. O sistema de pesquisa para a indicação do candidato, portanto, privilegia o prefeito.

DECISÃO

A informação é quente: o tucanato teria resolvido contratar pesquisas, até o final de fevereiro, para a escolha do candidato, o que poderia ser mortal para o governador Alckmin. O governador está em desvantagem e é menos conhecido do que Serra em algumas regiões do País. Mas Alckmin aposta no início da campanha pela TV para se tornar mais conhecido.

IRONIA

Tucanos adeptos da candidatura de Serra apostam que se viesse a tentar a vaga ao Senado, Alckmin derrotaria Eduardo Suplicy (PT). Os serristas dizem que as pesquisas para o Senado apontam vitória do governador sobre o petista.

DESFEITO

Embora entendendo que pode renunciar ao cargo até 2 de abril, para ficar à disposição do partido, Alckmin não admite disputar o Senado em caso de não ser o candidato a presidente. Alckmin está cada vez mais convicto de que Serra não renunciará à prefeitura para ser candidato.

ESCOLHA.

A dúvida agora é saber se o PSDB não vai escolher o candidato a presidente antes de 31 de março. É possível que os serristas pressionem o partido para indicar logo o candidato. Em tempo: esquenta no PSDB a disputa entre Serra e Alckmin.

FUTURO

O PSOL esmerilha o programa de campanha da senadora Heloisa Helena à presidência da República. O partido tem medo de não conquistar os 5% de votos exigidos, no mínimo, para a Câmara, pela cláusula de desempenho. Os cálculos no partido são de que Heloisa Helena alcance 12% dos votos para presidente.

NA JUSTIÇA

PFL e PSDB estudam a possibilidade de recorrer à Justiça para impedir que o PT distribua 1 milhão e 200 mil exemplares de uma cartilha que presta contas dos três anos de governo Lula. Pefelistas e tucanos acham que a cartilha é um instrumento de campanha eleitoral. As cartilhas custaram R$ 970 mil.

Governador garante que sua candidatura não vai se dissipar com o tempo

Depoisde garantir que vai deixar o governo doEstado, em abril,paradisputar apresidênciada República, o governador Geraldo Alckmin deuontem mais um passo para tornar sua candidatura irreversível.Para ele,sua candidatura possui amelhor curva eleitoral, o que equivale dizer que tem mais chances de crescimento dentro do PSDB. Com isso, menosprezou o prefeito de São Paulo, José Serra, que até agora aparece em todas as pesquisas eleitorais publicadas com o melhor desempenho, batendo opresidente LuizInácioLulada Silvanos doisturnos.Cientistase analistas políticos e consultores de campanhas eleitorais acham que Alckmin está certo. "Se aspesquisas doPSDB levarem em consideração apenas aopiniãodoeleitor,Alckminseráo candidato. Umapesquisa comoa queo PSDB está encomendandonão leva em consideração apenaso queo candidato pode crescer, mas também um fatoimportante, que éa sua rejeição. Nessesentido, oAlckmin levamuita vantagem",diz o consultor de Marketing Político, Marco Iten. A direção nacionaldo PSDB decidiuna semanapassada

ALCKMIN PARTE PARA CONSOLIDAR CANDIDATURA

contratar dois institutos de pesquisas(IndicatoreodePesquisas Sociais) para através de tabulaçõesfeitas em sondagens eleitoraisescolher ocandidato tucano que vai disputar à presidênciadaRepública. Até março, o partido espera ter uma resposta. Oprazo para a desincompatibilização do cargo público é o dia 31 de março.

Erro – "Qualquerque foro candidato do PSDB consegue ganhar do Lula no segundo turno. Acho que o Alckmin cometeu um erro imenso que foi demorar para se lançar candidato. Agora, ele corre atrás do tempo perdido e deixa o discurso maisincisivo. Setivesse levantado acrista antes, teria viabilizado melhorsua candidatura", afirma o cientista po-

lítico Gaudêncio Torquato. O diretor do Instituto de Pesquisas GPP, Paulo Guimarães, afirma que a intenção de utilizarpesquisasparaaescolhado candidato não pode se resumir apenasa pesquisasqualitativas. "É preciso levar em consideração, alémda rejeiçãodo candidato e de seu possível crescimento,também asarticulações políticas. Nesse ponto, Alckmin tem de melhorar", afirma Guimarães. Inteligente – Talvezpensando nisso, o governador mudou sua postura e passou a ser mais atirado. "De qualquer forma, essa disputa entre o Alckmin e o Serra só faz bem para o PSDB. É inteligente,pois polarizatodas as atenções nos dois candidatos do partido. Além disso, não deixa espaço na mídia pa-

ra o surgimento de uma outra candidatura. Também devemossalientar que a máquina eleitoral do PSDB começa a ser colocada em pratica muito antes da eleição e quando definirem o candidato, ela já estará funcionando, o que ajuda a candidatura", avalia Iten. Para oconsultor demarketingeleitoral, adisputa entre Serra eAlckminpode esconder umagrande jogadaeleitoral. "Essa minha opinião é mais de feeling do que baseada em alguma informação. Acho que oSerra estaservindo apenas para lançar e alicerçar melhor a candidatura do governador. No fundo, acho que o candidatojá foiescolhidoe éo Alckmin", afirma Iten. A tentativa de consolidar a candidatura é acompanhada à distânciapelos articuladores deSerra, que preferenãose pronunciar sobreas declarações de Alckmin. Mas,os serristas seapressam emmandar um recado: "O governador está noseu direito de se lançar candidato, mas quem vai decidir o nome que vai para a disputa ainda é o partido", disse o secretário de Governo municipal, Aloysio Nunes Ferreira, coordenaro da campanha de Serra em 2002. Fernando Lancha

UMA ATITUDE INTELIGENTE. OU NÃO?

Aestratégia do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin(PSDB), de se lançarpublicamente como pré-candidato tucano à PresidênciadaRepública provocoupolêmica.Na avaliaçãoda cientista política Lúcia Hippólito a atitude de Alckmin foi "inteligentee perfeita".Aação dogovernador, segundo ela, obriga o prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB),também pré-candidato,a "sair da toca".

"O governadorAlckmin faz o quetem que fazer: provocaro prefeito Serra até sair uma definição.Interessaao governador cobraruma definiçãodeSerra edo PSDB sobre quem será o candidato, aomesmo tempo emque sepultaaidéiadequeSerraéoúnico candidato tucano."

ComoAlckmin nãopoderáser candidato à reeleição ao governo

estadual, Lucia acrescenta que "não havia outra alternativa".

Aotentar imporacandidatura mediantea estratégia do fato consumado, o governador de São Paulo, segundoobservadores, jogouumacartade altorisco.Aescolha deum candidatocompetitivoapresidenteorienta-se por uma lógicaqueleva em conta o apoio popular e a capacidade de liderança e articulação política do pretendente.

Opinião pública – Alckmin aparecebem perante a opinião pública, conta com avaliação pessoal estupenda no Estado, mas é Serra quem lidera as pesquisas e parece bem situado entre os líderesregionais do PSDB,alémde contar com apoio sólido no PFL. O anúncio de Alckmin rompe o pactonalegenda,segundooqual o nome seria escolhido em março e decomum acordo. Parao líder

do PSDB no Senado, Arthur Virgílio(AM), AlckmineSerra terãode aceitar, sem contestação, a escolhado partido."Não pode haver divisão: um dos dois será escolhido e quem for preterido não pode ficar fazendo muxoxo", disse.

O PFL, principalparceiro políticodoPSDB,reagiu com cautela. "Não me meto nessa seara", disse o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).

OprefeitodoRio,César Maia, que jáfoiocandidatopreferido doPFL,avisouqueaeventualcandidaturadeAlckminpoderialeválo a pensar de novo em concorrer à presidência. Maia já havia declarado que só abençoaria a aliança doPFLcomoPSDBseocandidato fosse Serra. "Quem decide é a executiva do PFL,mas (contra Alckmin) eu seriaestimuladoaconcorrer", afirmou. (Agências)

Bruno Miranda/Folha Imagem

RIGOTTO TEMEM

POSSÍVEL ALIANÇA

DO PT COM O PMDB

Na tentativade desfazer qualquer pretensãodo

PTemalinhavar um apoio do PMDB à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, garantiu ontem em entrevista à Rádio Eldorado que seu partido terá candidatura própria à presidência da República em 2006. A declaração foi dada no mesmo dia em que seu oponente no PMDB, o governador do Rio Grande do Sul,Germano Rigotto,comunicou oficialmenteàcúpulado partido que disputará as prévias para a eleição presidencial e fez questão de reforçar a importância da candidatura própria. Disputa interna– Ocomunicado de Rigotto foi feito durante um encontro em São Paulo com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer,o deputadoDelfim Netto e oex-governador paulista OrestesQuércia. Aprévia do PMDB estava marcada inicialmente para 5 de março mas a data deve ser alterada. Durante a reunião, os trêslíderes partidários aceitaramalterá-la devidoà proximidade do carnaval. "A dataé muitoimportante, pois o prazo de desincompatibilização é 31 de março. As prévias precisam serrealizadasantes

'LULA NÃO DEIXARÁ NENHUM LEGADO AO BRASIL', DIZ CRISTOVAM.

Oex-ministrodaEducação CristovamBuarquedisse em entrevista publicada na edição de ontem do jornal cearense O Povo que a gestão do presidente LuizInácioLula daSilva não deixa nenhum legado ao Brasil. Segundo ele,oBolsa-Família, considerado um dos carros-chefe dosprogramas sociais dogoverno, começou na sua gestão como governador do Distrito Federal e queLula apenastirouo seu viés

desse prazo, ou os governadores serão obrigados a deixar o cargo semter asegurançadeque serão escolhidospara representar o partido nadisputa presidencial. Devemos marcá-la para, no máximo, entre os dias 15 e 18 de março", disse Rigotto. Terceiravia – Apesar da disputainternaquedivide Garotinho e Rigotto, ambos usam suas forças emproldacandidatura própria e concordam com a idéia de que o PMDB será a terceira via vitoriosa da eleição desse ano. "É fundamental para o nosso partido ter umcandidato próprio. Nós seremosaopçãoentreos partidos que já estiveram no podere nãocumpriramsuaspromessas,e vamos vencer", disse Rigotto em discurso semelhante ao que vem sendo propagado pelo ex-governador do Rio. No domingo,Rigottoesteve emCuritiba com o governador doParaná, Roberto Requião (PMDB)embusca deapoio. Na avaliaçãodo candidatogaúcho, aspré-candidaturas apresentadas até agora são um "aquecimento" do processo eleitoral, que só estará um pouco mais claro a partir de abril. Alckmin – Rigotto preferiu não comentar a decisão do governador deSão Paulo,Geraldo Alckmin (PSDB), de deixar o cargo antesem 1º de abrilpara trabalhar na pré-candidatura. "No meu modo de ver, este processo vai modificar-se, rapidamente", avaliou, sobrea definição do quadro sucessório. (Agências)

educacionalpara juntá-losa outros programas já existentes de caráter assistencialista.

Segundo ele, que foi demitido do cargo de ministro por telefone, Lula não tem nada que possa dizer: "O meu governo mudou o rumo do Brasil em tal coisa. Pode ter, ele,pessoalmente. Umoperário que chega a presidente é ummarco,não há dúvida nenhuma.Mas nãoháumlegado transformador para o Brasil. Isso que eu acho que um candidato a presidente tem que trazer em 2006.Mostrarque épossível transformar responsavelmente". Ex-petista,filiado ao PDT, Buarquedissequese opartido quisersua candidatura, está pronto para disputar.

PT: Alianças – O coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT,GleberNaime,negou ontem que o partido estude alianças como PMDBparaa disputaeleitoral nos Estados. Segundo ele, a legendaaindaavaliaasituaçãono âmbito estadual e só tomará uma decisãosobre possíveis coligaçõeseleitorais dentro de alguns meses. "Nós não estamosestudando alianças ainda.Este éum assunto que ainda precisa ser debatido", afirmou. Ocomandodo PL,porsuavez, decidiu mantero apoio aoPT na eleição presidencial, caso Lula decidadisputarareeleição.Paraisso, o PLaceita até mesmoabrir mão da posição de indicar o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, como ocorreu em 2002, quando o partido lançou o vice-presidente e ministro da Defesa,José Alencar, para compor. (Agências)

de

IZAR REBATE CRÍTICAS NA VOLTA AO TRABALHO

Opresidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), protestou ontem contra notícias divulgadas pela imprensa de que o órgão nãoestaria trabalhando durante o período de convocaçãoextraordinária doCongresso. "Oconselho nãoparou nenhumminuto.Sónasemana passada,tivereuniõescomtrês relatores", afirmou. Izarreafirmouque oconselho votará pelo menos seis processos decassação dedeputados até o final da convocação, no dia 14 de fevereiro. Ele confirmou a conclusão, ainda nesta semana, dos relatórios finais sobreacassação dosdeputadosProfessor Luizinho(PTMG), Pedro Corrêa (PP-PE), Roberto Brant (PFL-MG) e Wanderval Santos (PL-SP). Izar eo relatorda CPMIdos Correios, deputado Osmar

Serraglio (PMDB-PR), ontem em reunião,reafirmaram otemor de quepartidospromovam umacordão quandochegar o momento da votação no plenário daCasa, a partirda primeira semana de fevereiro. O relator do processo contra Corrêa, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), disse que entregará seu relatório na quinta-

PF CONFIRMA NOVA CONTA

APolícia Federal (PF) obteve ontem a confirmação de uma segunda conta no exterior em nome do publicitário Duda Mendonça, que trabalhou para o governo. A informação foi transmitida, oficialmente, pelo Ministério Público dos Estados Unidos ao procurador-geral da República, Antônio

Fernando de Souza, que pediu à PF para convocar Duda e a filha dele, Eduarda, para depor.

A PF quer saber a origem do dinheiro e, se ficar constatado que a fonte é o valerioduto, pedirá a prisão preventiva de Duda. A CPMI dos Correios quer ir aos Estados Unidos para investigar as contas de Duda. (Agências)

feira eque pretende lero texto na próxima segunda-feira. Depoimento – Em depoimento ontem ao conselho, o advogadoPauloGoyaz–testemunhadedefesade Corrêa–afirmou ter recebido R$ 964,36 mil doPP para defendero então deputado Ronivon Santiago (que perdeu o mandato em 2005)em36 processosmovidos contra oparlamentarno Acre. Goyaz informou ainda que, com os descontos do imposto de renda, o valor caiu para R$700mil.Segundoele,o PP ainda lhe deveR$ 240mil emhonorários.Corrêaéacusado de receber R$ 700 mil de um total repassadoaopartido de R$ 4,1 milhões de reais. Filho– Além dos processos emque trabalhou paraRonivon, Goyazdissetambémter defendido ofilho doex-deputado em outro processo. Os honorários desse serviço, informou,estão incluídosnos R$ 964,36 mil recebidos do PP. Na opinião de Sampaio, que acompanhou ontem a sessão, o depoimentonãotrouxe novidades relativasao pontoque ele considera mais importante: a relação do PP com o PT. "A destinação dodinheiro não é importante. O que importa é a ligação dos partidos", disse o relator. (Agências)

Presidente do Coaf é convidado pela CPMI a falar sobre a SMP&B

Ex-secretário de Direitos Humanos depõe hoje no Conselho de Ética

Delúbio

O ex-tesoureiro expulso do PT Delúbio Soares confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios Não há consenso entre os integrantes da CPMI em torno da conclusão dos trabalhos da comissão no início de março. O relatorOsmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou quepretende apresentaro seu relatório final logo depoisdo Carnaval. Mas o sub-relatorACM Neto (PFL-BA) disse ontem que não aceita a proposta.

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética O conselho voltou ao trabalho ontem. Hoje deveser ouvido oex-ministro Nilmário Mirandae o bispo LélisLara, testemunhas do processo contra o deputadoJoãoMagno (PT-MG). Amanhã será ouvido odeputado MárioNegromonte (PP-BA), testemunha do processo contra o deputado Pedro Corrêa (PP-PE).

Mendonça

O publicitário Duda

Valério no exterior. Os repasses, segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

Lamas O ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPI dos Bingos Opresidenteda GtechFernandoCardoso acusou Rogério Buratti e Waldomiro Diniz de tentativa extorsão quando da renovação do contrato da empresa com a CEF. Ele negou que tenha pago a extorsão, mas não explicou porqueaGTech deu R$5 milhõesa WalterSantos Neto, suposto intermediário da operação.

Mendonça, da DM9, confirmou ter recebido dinheiro de Marcos
Izar (à esq.) e Serraglio querem traçar estratégia que evite acordãoConselho
Ética ontem: Alencar se distrai com revista sobre Dirceu.
Daniel de Cerqueira/O Tempo/AEJoedson
Rigotto, governador do RS.Garotinho, secretário do Rio.

Exportar nem sempre é fácil para pequenas empresas

Apesar de o volume de exportações na região ter sido recorde, em 2004, empresários reclamam da burocracia

Ovolume de produtos que deixaram a região de Campinas rumo ao mercado externo bateu recorde em 2005. Dados do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), regional Campinas,registramumtotalde US$2,7bilhõesemexportações no ano passado, gerados da venda não apenas de produtos, mas também de serviços. O resultado fez o superávit comercial de Campinas ultrapassar os U$$ 120 milhões. Comparadosa 2004,o totalexportado, emdólares, representa um aumento de 35%. Uma recuperação da economia local já que, em 2004, as exportações somaram US$2 bilhões,com umsaldo dabalança comercial regional negativo de US$ 354 milhões. Embora o resultado tenha sido positivo, olhando apenas para os dados pode-se pensar que todo o processo é fácil e rápido. Mas nem sempre os pequenos investidores têm fôlego para negociar diretamente com o mercado externo.A faltadeapoio dogoverno eaburocracia são apontados porpequenos empresários deCampinas como empecilhos ao fechamento de novos negócios. É preciso perseverança euma dose de paciênciapara dar certo, dizem os que conseguiram.

"Quase desisti", conta o empresário Celso Costa, no ramo de livros há 15 anos com a loja Air Books. Ele diz que, ao decidir exportar, enfrentou muitas dificuldades. "Não há umguia paraexportaçõesmostrandoos caminhos que devem ser seguidos. Por isso tive de ir atrás de tudo sozinho. Li bastante sobre o assunto e busquei informações na internetaté conseguir contato comum comprador do exterior", diz Costa.

Documentos – As dificuldades,porém, nãopararam aí. Ao fechar os primeiros negócios, Costa sentiu o peso da burocracia brasileira. "A Receita Federal exige um número absurdo de documentos para liberar a exportação. Quando você pensa que já entregou todos, eles pedem outro", diz ele.

Porcontadisso,aAir Booksenfrentou,porváriasvezes, problemas com os compradores. "Já aconteceu de eu dar prazo de 40 dias para a entrega dos pedidos e, devido àburocracia, sóconseguirenviar oslivrosdepois de60 dias. O cliente, que pagou adiantado, achou que eu tinha ficado com o dinheiro. Quase perdi o cliente", lembra.

Atémesmoquemnão temmaterialfísicoparaentregar, comoas empresasde informática que vendem software, enfrentam problemas na hora de exportar. "O custo paramanter umaempresa noBrasil éaltíssimo, se comparadoa outros paísese nossos produtos acabam não sendo tãocompetitivos lá fora", explicaBruno Guiçardi, diretor de operações da CI&T Software. Além disso, explica Guiçardi, é necessário investir na divulgação da empresa forado País. "Precisamos participar de feiras, investir em marketing no mercado externoparaque outrospaísessaibamque oBrasiltambém tem tecnologia para exportar. Etudo isso é muito caro", conta ele.

Para baratearesses custos, muitas empresasda região decidiram juntar forças, se associaram e criaram um consórcio.O consórciodá suportefinanceiro àscompanhias para que promovam seus produtos. Foio que fez a Pro-

grammer’s Informática, junto coma CI&Te outrasdez empresas do ramo. "É uma alternativa menos custosa de as empresas participarem de eventos, vender seus produtos láfora semque issopese demaisno caixa",diz opresidentedaempresa,LuisMárioFernandes.Elecontaquea iniciativa abriuoportunidades denegócio atodos osenvolvidos no consórcio.

A alternativa de ter parceiros foi adotada também pela Air Books, que se associou a outra empresa, especializadaemexportações. "Essaempresa fazaponte entreos potenciais clientes e a empresa. Facilita muito o trabalho de pequenas companhias como a minha", diz Costa. Essas associações parecem mesmo ser o caminho. Para se teruma idéia,a CI&T,a AirBooks ea Programmer’s cresceram acima dos 100% a partir de 2004. Em 2005, a Programmer’sexportou125%amaisdoqueem2004.Para dar conta da demanda a empresa precisou dobrar o número de funcionários. Na CI&T foram 150% a mais. Cristiane Prezotto

Para pequenas empresas, como a Air Books, de Celso Costa, (primeira foto, acima) as dificuldades são maiores para se exportar. O que faz com que muitas se associem a outros pequenos empresários com o objetivo de vender lá fora. Caso da CI&T Software (foto do meio, acima), que tem Bruno Guiçardi como diretor. Na última foto, funcionários da Programmer's na criação de software

Chuva eleva preços na Ceasa

As chuvas que caíramno finaldedezembro e início de janeiro nacidade elevaram o preço das verduras vendidas nas Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), quarto maior entreposto de abastecimento do País. O preço do quilo da alfacelisaedacrespa,alémda chic ória, s u bi u 66,7% passando R$ 0,60 para R$ 1,00, nas vendas no atacado. O excesso de água atrapalhou o cultivo da hortaliça além de dificultar o transporte,segundo produtores. Outro produto cujo preço subiu segundo o balanço feito pela própria Ceasa foi da batatainglesa,que ficou 57,1%maiscarao quilo.A batata lisa passou a custar 41,9% mais. As chuvas difi-

Impacto foi maior nos preços das hortaliças e dos legumes

cultaram a colheita do produto. Com isso, o preçodo quilo da cenoura também subiu. custando 34,4% mais. O quiloda couve-flore do repolho passou a custar 10% e17,5%maisnoperíodo,respectivamente. Jáo do chuchu subiu 75% e passou de R$ 0,40 para R$ 0,70. Aschuvastambém ajudaram a elevar o Índice Geral de Vendas da Centrais, que leva em consideração o "Qu adro Geralde Ofertas",composto por 30 itens vendidos por atacadistas.Napesquisaregular, realizadapelaCentrais entre 28 dedezembro de2004e6dejaneiro,acesta subiu 8,38%. No geral, 18 itenstiveram seus preços elevados; nove, reduzidos e sete, mantidos. Mário Tonocchi

INSTALAÇÃO

ntre os dias 24 de janeiro e 19 de fevereiro estará aberta no Shopping Iguatemi de Campinas a Casa do Mickey, uma réplica da residência do personagem animado de Walt Disney instalada na Disney World, em Orlando, nos Estados Unidos. Tanto a casa quanto a decoração remetem aos desenhos animados produzidos pela Disney. A casa poderá ser visitada de domingo a sexta, das 14h às 20h e aos sábados das 10h às 20h. A entrada é gratuita. As crianças também poderão brincar com o jogo da memória, o quebra-cabeças ou colorir desenhos.

TEATRO

AAssociação dos Profissionais de Teatro de Campinas (APTC) promove, entre os dias 13 de janeiro e 14 de fevereiro, a 21ª edição da Campanha de Popularização do Teatro. Nesse período haverá apresentação de 16 espetáculos para o público adulto e 13 para o público infantil nos teatros Castro Mendes, Luís Otávio Burnier do Centro de Convivência Cultural e Carlito Maia, no Bosque dos Jequitibás. Os preços dos ingressos são populares: R$ 5 para peças adultas e R$ 4 para infantis. Podem ser adquiridos nas bilheterias dos teatros.

ESTUDOS

OCentro de Educação Profissional de Campinas "Prefeito Antonio da Costa Santos" (Ceprocamp) espera receber pelo menos 10 mil inscrições de jovens e adultos para as 2.014 vagas dos 26 cursos de qualificação profissional que estarão sendo oferecidos neste ano. O Centro abriu as inscrições desde ontem até o próximo dia 13. Também há vagas do curso pré-vestibular. Os critérios de seleção são a renda familiar, idade maior de 15 anos e o grau de escolaridade, além da reserva de 10% das vagas para afrodescendentes e 10% para portadores de deficiência.

13013-001 PABX: 2104-9200 ÓRBITA

Considero (a China) um aliado político, ideológico e programático do povo boliviano.

Do presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, ao presidente chinês Hu Jintao, ontem. Jintao se comprometeu a estimular investimentos de empresas chinesas no setor de gás da Bolívia, e propôs programas bilaterais de cooperação em tecnologia, serviços médicos e educação.

Seqüestro de Rembrandt e Rubens

Dois ladrões entraram no Museu da Cidade de Novi Sad, norte de Belgrado, na Sérvia, no domingo, amarraram os guardas e levaram quatro telas a óleo.

As obras roubadas são: O rosto de Cristo, de um autor anônimo holandês do século 16; A morte de Sêneca, de Rubens, Paisagem com pescadores, de Pier Francesco

Mola e o retrato que Rembrandt fez de seu pai (acima, em sentido horário). O diretor do Museu, Drago Njegovan, assegurou que o valor das pinturas roubadas é de vários milhões de euros. Só o Rembrandt está avaliado em US$ 4,4 milhões já tinha sido roubado antes, em 1983 e foi encontrado dois anos mais tarde, na Espanha. F UTEBOL

Por um gramado mais limpinho

O grupo Keep Britain Tidy (Mantenha a Grã-Bretanha Limpa)está em campanha para que os jogadores de futebol parem de cuspir - em campo e nos companheiros. Em carta ao sindicato dos atletas, o grupo ressalta que cuspir é mau exemplo para as crianças e um ato nascido do ódio. "O futebol faz muito para unir os povos e combater o racismo. É hora de parar com as cusparadas", diz o grupo, que classifica o cuspe como “costume imundo para parecer macho”

C OPA2006

Jogadores alemães apostam no Brasil

A Seleção Brasileira está com muito prestígio entre os jogadores que atuam no Campeonato Alemão. Segundo uma pesquisa publicada pela revista Kicker, 49,8% dos atletas da Primeira Divisão acham que o Brasil ganhará a Copa do Mundo. A seguir vêm as seguintes seleções: Alemanha (23 4%), Argentina (11,5%), Inglaterra (4,3%) e Holanda (3%). Na mesma pesquisa, Ronaldinho Gaúcho é apontado como o melhor jogador do mundo por 84% dos entrevistados.

BO BARDI

G @DGETDUJOUR

Uma bola de futebol que flutua

Em ano de Copa do Mundo, veremos uma grande variedade de "gadgets" relacionados ao mundo da bola. Este brinquedo é bem interessante: um disco que lembra a bola de futebol, mas que flutua no ar movido por hélices. Pode ser usado dentro e fora de casa, como um "frisbee". Funciona com 4 pilhas AA e custa £9.95 na Gadget Store. www.thegadgetstore.com/ TemplatePages/Product/ 1421/692/1.htm

inéditas como A

Mecânica, além de grafismos e cenários arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992). Masp. Avenida Paulista, 1578. Telefone: 3251-5644. Das 11h às 18h. R$ 10.

F AVORITOS

Quem é quem no Senado. E mais

O site do Senado Federal oferece uma série de informações sobre os senadores em exercício de mandato, como projetos realizados, indicação de seus partidos políticos e endereços para contato. Para os interessados em notícias, a página principal dá acesso ao Jornal do Senado, a Rádio Senado e a TV Senado. O internauta também pode consultar em Legislação a íntegra de leis, a Constituição Federal e o Regimento Interno. Há ainda links com a história da casa, biblioteca e licitações e contratos. www.senado.gov.br

Fim do mito amazônico?

Areia do deserto tem maior biodiversidade que solo da Amazônia, aponta estudo

Pegueumacolherdesopa de solo da Amazôniae outrade areiado deserto deMojave, na Califórnia. Agorasegureuma em cada mão e pergunte a qualquer pessoana rua:qual das amostras esconde a maior biodiversidade de bactérias? A resposta, segundo uma análise científica queserá publicada hoje, é a areia do deserto. Algo surpreendente até mesmo para osautores dapesquisa."Não era nemde longe oque esperávamos encontrar", diz o cientista Robert Jackson, da Universidade de Duke, nos EUA. Oestudobuscapreencherum imensovazio deconhecimento sobre a diversidade e distribuição demicrorganismos dosolo em escala continental. Os cientistas analisaramamostras de solode 98localidades naAméricadoNorteedoSul,incluindo florestas tropicais,pradarias, tundra, desertos e vários outros ecossistemas. E, para a surpresa de todos, o resultado foi o contrário do que se vê na superfície. Debaixodosolo,a biodiversi-

dade dosdesertose pradarias mostrou-se muito maior do que a da floresta. Às vezes, o dobro. Avariedade de micróbiosé tãogrande quetorna difícilfazerumacontagem.Jackson,entretanto, estima queonúmero deespécies- incluindoas amostras mais "pobres" - esteja na casa dos milhares. "Mesmo quando falamosde umabiodiversidade ‘menor’, estamos falando de um número gigantesco de espécies", disse Jackson. Outro estudo, publicado em 2005 na revista Science, chegou a calcular 1 milhão de espécies de bactéria por grama de solo em um campo agrícola alemão. Asestimativas sãofeitasa partir de seqüênciasde DNA chamadas 16S,que ficamnos ribossomosdascélulase são específicasparacada espécie de bactéria. Elas funcionam comoum códigode barrasgenético,queoscientistaspodem "escanear" para ter uma idéia da biodiversidade de microrganismos presentes em cada amostra.Segundo Jackson,é possívelcontar exatamenteo

número de espécies,mas isso exige umtrabalho monumental. "Estamos preparando esse cálculopara3 das 98amostras", adianta. "É algo que nunca foi feito."

Aconclusão dapesquisaé que a biodiversidade de bactérias no solo varia, principalmente,de acordocom opH (ácido, neutro ou alcalino), independentemente de fatores climáticoscomo temperatura e chuvas - que regulam a distribuiçãode faunae flora aoredor doplaneta. Foramestudados soloscom pH3.5 (ácido) até9.0(alcalino). Osdemaior biodiversidade foram os de pHneutro(próximo de7),enquantoa menorficoucomos de pH muito ácido - justamente, os de floresta tropical. OssolosdaAmazôniaincluídos no estudo foram retirados do ParqueNacionalManu, no Peru.Os cientistasgostariam deterfeitocoletas noBrasil, mas, segundo Jackson, as restrições eram tãograndes que desistiram.Oestudo está publicado na revista PNAS (AE)

Um dos 70 imigrantes que tentaram chegar às ilhas Canárias, no fim de semana. Eles e os companheiros deixaram a costa africana em dois barcos que foram interceptados por autoridades européias e foram abrigados pela Cruz Vermelha.

S OCIEDADE

O chefe anti-corrupção

Ao afirmarontem que daráênfase aocombate àcorrupção,o novo superintendente da Polícia Federal (PF) em São Paulo, Geraldo José de Araújo,disseque "asociedadeestá muitoexigente, obrasileiro jánãoémaistolerante".

Araújo defendeu como punição exemplar, "deixar o corrupto, literalmente,de cuecas, sacar tudo dele." "É a maior punição que pode haver",insistiu. "Temcoisa que dóimais no bolso?" Araújo alertou queeles(os corruptos) aperfeiçoam-se e que aPFtem procurado acompanhar,"mas édifícil". Ele reconheceuque,"emalgumas coisas, os corruptos estão à frente e a PF sabe que tem de esmerar mais".

Para Araújo, "a PF é um órgãoquedá exemploatodos porque cortana própriacarne". "Nãoimporta se dói,

A TÉLOGO

mas, se o corte tem de ser feito, que seja, porque não pode prosperar. Isso é um câncer e, se não atuar com precisão cirúrgica, provoca metástase, é um perigo".

Aos 53 anos,mineirode Patos de Minas, Araújo está há 32 anos na PF. Durante oito anos dirigiu a PF no Paráem2001, a equipedele capturou o deputado Jader Barbalho (PMDB). Entre 1993 e 1995, ele foi adido policial na Embaixada doBrasil naColômbia. Na semana passada, assumiu ocomandodaPF em São Paulo. "A PF está respondendo aos estímulos da sociedade, dentro das suas possibilidades e limitações ", declarou. Ele disse estar "impressionado, masnão assustado"como desafioquetem pela frente.Apenas umadelegacia toca 3.400 investigações acerca de crimes financeiros, envolvendo investi-

F AMOSOS

Björk, a mais excêntrica

A cantora e atriz islandesa Björk foi considerada a pessoa famosa mais excêntrica do mundo em uma pesquisa feita pela rede de televisão britânica BBC. De acordo com a enquete, seu senso de moda extravagante e seu comportamento no mínimo estranho a fazem merecedora do posto. O segundo lugar da lista é do ex-campeão de boxe Chris Eubank. Também mereceram "menções honrosas" pelo comportamento estranho e atitudes bizarras o cantor Ozzy Osbourne (5º), a estilista Vivienne Westwood (8ª) e o músico Elton John (11º).

I SRAEL

Sharon recebe ajuda da cabala

Rabinos da corrente cabalista deram ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, hospitalizado desde a semana passada, o novo nome de Haïm, vida, em hebraico, para de ajudá-lo a recuperar a saúde, disse ontem o jornal Maariv Segundo a tradição da cabala, o destino de uma pessoa doente pode ser modificado se contar com um benefício suplementar, mesmo que a vontade final seja a do Senhor.

Etanol, uma nova independência

gados por lavagem de dinheiro, sonegação e evasão. Araújo rejeitouo rótulo de polícia política para a PF. Ele afirmou que a instituição nãoé instrumentopolíticodogoverno Lula."APF é técnica, somos a polícia do cidadão.Não vejo aPFcomopolícia política.As ações são muito mais positivas para a sociedade brasileira do que para o governo. O governo é passageiro, nós somos permanentes. Daqui a pouco haverá outro governoe nóscontinuaremos independentes." Sobre críticas quea PF recebeu por operações como a realizada naDaslu, anotou: "Toda ação tem duas conotações, porque agrada a alguns edesagrada aoutros."O "mensalão"?"Estou surpreso, ninguémesperavaaquilo.Foiuma decepçãoparaa população. (AE)

Sem-terra ocupam a fazenda do ex-governador Paulo Egydio em Paraguaçu Paulista

Rali Lisboa-Dacar 2006 faz primeira vítima; brasileiro Jean Azevedo está em décimo lugar Cantor Jorge Aragão é internado no Rio, com dores no peito e hipertensão arterial

Em sua edição de ontem, The Wall Street Journal destaca a produção brasileira de etanol que, ao lado das novas descobertas de petróleo, é uma das razões pelas quais o Brasil espera se tornar independente na área de energia. O jornal destaca o valor mais barato do álcool em relação à gasolina e dá um exemplo: é possível economizar US$ 350 por ano abastecendo um Fox com etanol em vez de gasolina. A reportagem conta ainda os sucessos e insucessos do Proálcool e fala da criação dos carros com motor flex, que aceita álcool e gasolina.

Na telona, um Brasil diferente

Numa matéria de meia página na edição nobre de domingo, o The New York Times comparou o filme 2 Filhos de Francisco ressalta o sucesso de crítica e de público da produção brasileira candidata a uma indicação para o Oscar. Na quinta-feira, o filme foi exibido para 500 convidados num evento do consulado brasileiro em Los Angeles; na sexta, foi exibido no Festival de Palm Springs com honra especial. Tudo isso deixa produtores e entusiastas do filme otimistas sobre a conquista da estatueta.

Juan Medina/Reuters
FIM DO SONHO -

A GRANDE FESTA DOS ELETRÔNICOS

CES 2006 reuniu novidades para todos os gostos em Las Vegas

Umavez por ano, durante quatro dias no início de janeiro,Las Vegas deixa de ser a capitaldosjogos deazar para se transformar no centro mundial das novidades tecnológicas. Aviõesehotéislotados com meses de antecedência provam que, no mundo das grandes feiras, sempre haverá espaço para os eletrônicos. Há alguns anosa indústriade tecnologia percebeu isso. Tanto que as empresas do setor abandonaram outros eventos para se reunirem na International ConsumerElectronics Show, ou simplesmente CES. A versão 2006 do evento, encerrada no último domingo (dia8),nãodecepcionou. Foram 2.500 expositores mostrando as últimas novidades emáudio, games, imagemdigital, entretenimento, redes domésticas, equipamentos portáteis ecomunicação sem fio, além de um congresso com

Gigantescas telas são destaque

ACES se transformou no palco dos produtos que entrarão nas listas de desejos dos consumidores nos próximos meses, como as televisões de plasma gigantes exibidas pela Philips, LG, Samsung, Panasonic e Daewoo. A LG chegou ao evento com um modelo de 102 polegadas e perdeu por pouco para o produto da Panasonic –um display de plasma progressivo (1080p) de 103 polegadas com resolução de HDTV com mais de dois milhões de pixels. A empresa japonesa mostrou o protótipo do equipamento que, diz, reproduz a mesma imagem precisa do centro para todos os cantos da tela, com contraste de 3000:1, e o mesmo brilho apresentado pelos atuais modelos

199 apresentações. Osorganizadores estimam maisde150 mil visitantes de 110 países. Astros da música, dos esportes e de Hollywood estiveram presentes nos estandes ounasapresentaçõesde executivosda indústria apoiando as novas tecnologias. A lista incluiu nomes como Tom Cruise, Tom Hanks, Robbie Williams, Stevie Wonder, MorganFreeman, DanBrown, RonHoward, GooGoo Dollse Justin Timberlake. "Este evento éMeca,a visão de ummundo melhor, um mundo que apenas a tecnologia pode proporcionar", exagerou Gary Shapiro, presidenteeCEOdaConsumer Electronics Association (CEA, organizadorada feira),nodiscurso de abertura da CES. Aposta arriscada – O primeiro palestrante do evento foi Howard Stringer, chairman eCEOdaSony,queapresentou ao públicoo SonyReader, um dispositivo do tamanho de um

Fotos: Reuters e Divulgação

caderninho de notas e com tela em preto e branco para a leitura de livros eletrônicos. Apesar de defender o casamento entre tecnologiaeconteúdoedaraos consumidores opção de escolha (quando,como, ondee em qualformatoelesqueremacessar umconteúdo),o aparelho que chega ao mercado americano em meados deste ano por

Entre as novidades da Philips, o PET320 (à esq.), aparelho de DVD que cabe na palma da mão, e o protótipo do Entertable (acima), plataforma que permite jogar em uma tela LCD touchscreen de 30 polegadas

de 50 polegadas com alta definição da marca.

A Philips mostrou o PET320, aparelho de DVD que lembra os tocadores de CD portáteis e cabe na palma da mão. Com tela de cristal líquido de 3,5 polegadas ajustável e alto-falantes estéreo integrados, o PET320 reproduz DVDs graváveis e regraváveis, CDs e arquivos em JPEG e MP3. A empresa holandesa exibiu também um telefone IP sem fio em parceria com a Skype, o VoIP321, e o protótipo do Entertable, plataforma que reúne os recursos dos jogos para computadores (como campos e níveis dinâmicos) com a interatividade social e as peças reais dos jogos de tabuleiro em uma tela LCD touch screen de 30 polegadas. O produto ainda não tem data para chegar ao mercado. (ReM)

cerca deUS$ 400 éuma aposta ainda arriscada.Primeiro porqueo mercadodee-books, apesarde ter surgidopraticamentejuntocoma internet, ainda não decolou. Segundo, porque seu custo é muito elevado para um produto que oferece apenas uma função. Na mesma quinta-feira, Bill Gates mostrou os novos atrativos doWindowsVista,próximaversãodosistemaoperacional. Gates mostrou o Flip 3D, ferramentaqueajudaaalternar entre múltiplasjanelas abertas noWindows; o Sidebar, barra que agrega pequenosaplicativos deinformação comoRSS e resultadosesportivos;o Photo Gallery, programa para aedição básica de imagens que lembra muito o iPhoto da Apple (o usuáriopode fazeralterações na fotosemperdero arquivo original); eo WindowsMedia Player11, parte do Windows Vista Media Center, que passa a aceitarsinal detevêa cabo(pa-

drão eem alta definição)sem a necessidade deum set-topbox ou outro adaptador qualquer. Por falarem altadefinição, Gates disseque aMicrosoft pensa emoferecerumdrive externo de HDDVD, umdos formatos futuros deDVD, paraos usuários do console Xbox 360. Gates ainda mostrouo preview da nova versão de um dos jogos mais popularesda casa, o simulador de vôo Flight Simulator,quechega àslojas de todoo mundo no final do ano. Alémde imagensem alta resolução, o Flight Simulator X inclui novas aeronaves, cenáriosdetalhados extraídos do mundo real, mais de 24 mil aeroportos e experiências desafiadoras, como a de enfrentar a cegueira provocada pelo brilho do metal ou da pintura reflexiva de outras aeronaves.

Papai Noel faturou R$ 458 mi

No Natal, ecommerce cresceu 61% em relação a 2004 Página 4

Pilote uma super máquina no jogo Moto GP 3 Página 6

Leia mais sobre a CES nas próximas páginas

Por Renata Mesquita
Bill Gates (à esq.), da Microsoft, mostrou, entre outras coisas, os novos atrativos do Windows Vista; e Howard Stringer, CEO da Sony, exibiu o Sony Reader
Cerca de 150 mil pessoas estiveram na CES

Um show de imagens com esses celulares

A Samsung foi a empresa com maior número de lançamentos na Coréia e na feira CES, com destaque

Oanonem bemcomeçoue já está pleno de novidades chegando com a Consumer Electronic Show,de LasVegas, encerrada no domingo. As fabricantes Samsung, LGe Sony Ericsson aproveitaram a realizaçãoda maior feira de tecnologia deconsumo do mundo e anunciaram novosmodelos (alguns foram lançadosno final do anono mercado coreano enorteamericano). Aênfase desses lançamentos, pelo menos entre as duasfabricantes coreanasSamsungeLG,foiparaa transmissãodetelevisão digital, a menina dos olhos dos serviços da telefonia móvel paraesteano.Mashátambémnovidades emmodelosqueprivilegiam o design.

HSDPA - Da Samsung, o primeiro para alta velocidade

Tanto a LG como a Samsung disputam mundialmente o mercadodecelulares prontos parareceberem multimídia e sinais de tevê e começam a oferecer modelos prontos para o padrãoeuropeudetevêdigital DVB-H (Digital Vídeo Broadcasting- Handheld) e para MediaFlo(deForwardLink Only), umaplataforma dedistribuição de mídia desenvolvida pela Qualcomm nos Estados Unidos.Sem falarnosaparelhos queasduas coreanas já lançaram no ano passado para o sistema multimídia asiático T-DMB (Terrestrial Digital Multimedia Broadcasting, transmissões via terrestre) e SDMB (transmissõesvia satélite). São produtos avançados para a realidade brasileira, ondejá existemalgumasiniciativas de tevê móvel, masnada comparado aoque seconsegue comas velocidades de transmissão da 3G de fato, sem falarda variedadede canaise conteúdos.

Além de telasmaiores, para permitir visualizar osprogramas de forma mais confortável, os aparelhosapresentam uma ergonomia avançada, sempre de olho no que o usuário deseja, um produto elegan-

tee quenão sejatão pesado. Quemdeu umshowmesmo foi a Samsung, com vários produtos parao mercadocoreano e em exposição na CES. Umdelesera oSPH-B2300, para CDMA1xEv-DO(tecnologia T-DMB), tela de cristal líquido quepode sercolocada na posição horizontal (para tevê) ou na vertical, para funcionar comotelefone. Acâmera é de 2 Mpixel e ele também traz MP3. Com peso de 144,5 gramas,o preço estimadonaCoréia é de US$ 600. Um aparelho dual que permite visualizarprogramação

tanto por transmissão terrestre como por satélite também foi lançado,na semanapassada, pela Samsung. O modelo B4100 deve chegar ao mercado no primeirotrimestredeste ano. O aparelho SCH-B330 é slim epossui umaantena embutidaparareceber aprogramação. Seudiferencial éque é oprimeirocom tecnologia DMB com câmera de 3 Mpixel, a mais poderosa entre os aparelhos paratevê.Ébomlembrar quea Samsung játem um telefonemóvel com 8Mpixel (V8200).Outros telefonesmóveis para TV (já disponíveis na

Coréia) são o B250, o B300, o B340 e o B4100.

A coreanalançou, ainda,telefones para CDMAEv-DO comMediaFLO destinadosao mercado norte-americano. Essa tecnologia permite ao usuário baixar programas para o celular em horasde pouco fluxo (via operadora) para assistir nahora desejada,ou recebera programação em streaming (temporeal). Outrostelefones com capacidade para TV, Bluetooth, com câmeras e que operam em altas velocidades são o A900, o t809 e o d807.

Semreceber sinaisdeTV,

SPH-B2300Da Samsung, com tecnologia T-DMB para receber sinais de tevê e 3G

mas entreos celularesque primam pelo design, o destaque é paraoP300ou"thecard"(ocartão) noformato quadradoe fininho, pesando apenas 70 gramas ecom 8,9 mmde espessura, conexãoBluetooth e88 MB de memória interna para salvar as músicas em MP3. Outro com poderdememóriaéo Z510para 3G,com150MBe apenas 15 mm de espessura. Na CES também foram mostrados os telefonesZX10e ZX20, este último devendo estar no mercado norte-americano apenas no segundo semestre.Trata-sedoprimeiroapare-

Ligações Skype com telefones convencionais

Provedor de telefonia via internet fecha alianças com fabricantes de eletro-eletrônicos, para simplificar o uso do serviço como uma alternativa transparente de chamadas de baixo custo

ASkype anunciouumasérie deacordos com líderes do mercado de eletrônicos, para que seus serviços possam ser estendidos aos usuários de telefones convencionais. Com as novas facilidades, na prática, o Skype passa a funcionar como qualquer outra operadora. Ou seja, o mesmo aparelho telefônico pode ser usado tantopara asligações pelaredetelefônicatradicionalquantopara as chamadasvia internet.Os lançamentosforam apresentados na Consumer Eletronic Show. "Se a Skype ficasse restrita a comunicações de voz PC a PC, acabaria com uma fatia pequena do mercadodeVoz sobreIP,oque nãojustificariao valorquea eBaypagou pelacompanhia(entre US$2,5bilhõeseUS$4bilhões).Comasnovasiniciativas,podeuniversalizarseusserviçose expandira atratividade de suaoferta", avaliaLisa Pierce,da ForresterResearch."Aaliança comfabricantesdeeletro-eletrônicos temopotencialde massificar o mercado de telefonia via internet. Ao deixarde ficarrestrito ausuários dePCs ehandsets,oserviçoganhaumainterfacemaisfamiliara umpúblicomaisamplo",dizWillStofega,gerente de pesquisas de VoIP do IDC. Com os novos produtos, os usuários podem alternar, suasligações pelarede telefônicaou pela internet,assimcomocontinuamausarasfacilidades típicasdos aparelhostelefônicos. Tambémé possível receberchamadas tantoda redepública quantodoSkype.Alémdasimplificaçãodaforma de usar o Skype, outro atrativoé que não há necessidade de contratar um provedor de VoIP. "Se a ligação é de um terminal da RPT (rede públicadetelefonia)paraoutrodaRPT,adiscagemé comoefetuamoshoje.No casodeligaçãoSkype

Por Vanderlei Campos

O Creative Skype Phone Plus, permite ligações via internet sem um PC

O Ipevo Xing permite a conexão de até 4 handsets

para Skype, ou de Skype para Skype out (que interconectaa rede Skype à RPT) existe uma listaqueverificaonúmerocorrespondente aos endereços Skype, ou Skype out", explica Nelson Ito, gerente de negócios estratégicos da AméricaLatina da D-Link, que lançou o DPH-50U. O dispositivo conta com duas conexões RJ-11, uma para entrada da linha telefônica e outra para o aparelho, além de uma conexão USBpara oPC. ODPH-50U custaU$ 70 nos EUA. SegundoIto, o produto deveestar disponível no Brasil em 6 meses.

O D-Link Skype USB tem conexões para entrada da linha e para o aparelho

O Ipevo - Fly, telefone sem fio

A Panasonictambém anunciou olançamento de um telefone sem fio, habilitado para ligaçõesviaSkype."Aparceriacom aSkype vaifazer comque aschamadas viainternet não fiquem maisrestritas a usuários avançados, o que pode tornar essa modalidadedetelefonia aopçãopreferencial para redução de custos", afirma Frank Lasorsa,vice-presidente de produtos emarketing da divisão decomunicações da companhia.O aparelho também faz ligações na rede convencional. Entreosoutroslançamentosincluem-seoCreative Skype PhonePlus,o Ipevo Fly-1Cordless Handset, o Ipevo Xing e o VTech USB7100 Phone, que permitea conexãode atéquatro handsets.A Netgear,fabricante dedispositivosde redepara pequenas empresas, divulgou o desenvolvimentode umtelefonemóvelWi-Fi, comconexãoaos serviçosSkype. "Ousuáriopode fazerchamadas emqualquerlocalquecontecom coberturaWiFi", resume Patrick Lo, CEO da Netgear.

lho comtecnologiaHSDPA (High Speed Downlink Packet Acess), ouseja, quepode atingir velocidades de até 3,6 Mbps edesenvolvido emparceriacoma Qualcomm (que instalou omodem interno).Só para se ter uma idéia, para baixarumamúsicade4MBnoformato MP3 precisaremos,no máximo, de 10 segundos com essas velocidades. Máquinadotempo – A LG, por suavez, anunciouque lançará aparelhos para recepção de tevêtanto paraopadrãoeuropeu DVB-H como para o americano Media FLO (este em setembro, emparceria coma operadora Verizon Wireless).Em dezembro, a gigante coreana mostrou um modeloquevai agradar emcheioaqueles que não queremperder umminuto deseusseriadospreferidos,graçasa um sistema embutido no telefone e que ela chamou de "máquina do tempo" (time machine).Significaquese ousuário estiver assistindo algumprograma eotelefonetocar,elepoderá salvar o vídeo automaticamente e continuar vendo quandoterminar aligação. Os aparelhos com esse recurso são o SB130eoKB1300paraSDMB (transmissão por satélite).O telefonetambémpossuisom estéreoe recursosmultimídia como câmerade 2Mpixel,MP3e memória de 300 MB. Facilidades que só os coreanos terão, por enquanto.

A Sony Ericsson lançou na CESo seu novo Walkman W810i, praticamente igualàs versões anteriores (W600 e W800), só queagora ele é um EDGE(evoluçãodaGPRS)que opera em quatro freqüências (850/900/1800/1900 MHz), ou seja, nos quatro cantos do mundo, etraz umbotão dedicado para músicas. Além da câmera de 2 Mpixel e da conexão Bluetooth, o celular é capaz de fazer uploads de músicasdiretamentedoPCvia USB ou cartão Memory Stick de 512 MB –para cerca de 150 faixas, gerenciadas por um software interno.O W810ideve chegar às lojas americanas a partir de maio.

Exibindo suas fotos nas ligações telefônicas

A Eastman Kodak e a Skype apresentaram na Consumer Eletronic Show a versão beta do Kodak Photo Voice, que permite a apresentação de fotos comcomentários simultâneos durante uma chamada pelo Skype.O software pode serbaixado,sem custo, em www.kodakgaller y. com/photovoice.

"Hoje, é comum ter familiares e amigos espalhados por várias partes do país ou do mundo. Poder mostrar fotos recentes e, ao mesmo tempo, explicar em que circunstâncias foramtiradas émuitointeressantepara conservarosrelacionamentos pessoais", diz Sandra Morris, gerente-geral de serviços de imagens para consumidores da Kodak. "As reuniõesde família emtorno dorádio, da TVou do telefoneviva-vozagorapassamaocorreremtorno do computador. O Kodak Photo Voice é um passo importante nessa evolução", afirma.

Fotos:

"Nosso objetivo é tornar a tecnologia mais fácil de usar e um serviço simples de comunicação via Internet, como o Skype,muda aformadeaspessoaspermaneceremem contato", argumenta James Bilefield, vice-presidente de desenvolvimento de negóciosda Skype. Ele acrescenta que a grande inovação é sentir a reação deum parente ou amigo quando vêem determinada foto, transmitida durante umaconversa. (VC)

MODELOS LG - Com recurso Time Machine, também para televisão, seus conteúdos podem ser salvos enquanto se fala no telefone
A940 - Da Samsung, um dos modelos para recepção de tevê

LULA E SERRA TAPAM BURACOS

Sullivan/Getty Images/AFP
Cruz/LUZ

Mais CES: óculos, robôs e câmeras

Feira também trouxe novidades em software, como os inúmeros lançamentos da Google, e digitais ainda mais potentes

AMotorola aproveitou a CES para lançar uma nova versão de seu celularcom iTunes,o ROKR E2. Com sistema operacionalLinux,oaparelho tem interface USB 2.0 (para transferência de arquivos mais rápida), rádioFMeé compatível com diversos formatos de música. Omodelo daCES incluía cartãode memória de 2 GB, comcapacidade paraarmazenar 500 canções.

Outra novidade é o OROKR, óculosde sollançado em parceria com a Oakley com recursos de celular (via telefone Bluetooth compatível) e tocador de música. Os dois produtosdesembarcam no Brasil nesteprimeirosemestre. A Motorola disseaindaqueincluirá o soft de buscas do Google em grande parte dos aparelhosque chegarão às lojas de todo o mundo este ano.

Para crianças e fãs de todas as idades, a Lego mostrou o kit de robótica Mindstorms NXT, prometido paraagosto. Segundoa empresa, opacote estámais inteligente, sofisticado e intuitivo e pode ser usado por novatos e iniciados na artedecriar robôs –em 30 minutos é possível montare programarumautômato, diz a Lego. Os robôs (como o AlphaRex, exibidona CES,que anda, vê,sente e fala)usam microprocessadoresde 32bitse podemserprogramados em PCs ou Macs –e podem ser controladospelo celular ou pelo PDA, via Bluetooth.

Umatela, dois programas –Uma das inovações mais curiosas destaCESfoiexibida pela Sharp: umatela decristal líquidocomvisãoduplaquepermite que osusuários assistama dois programas ao mesmo tempo. O que oconsumidor vêdepende do ângulode suavisão. Assim, quem está aolado direitodo

O estande com televisores da Sharp era parada obrigatória para os visitantes da CES, encerrada no domingo

A tela LCD da Sharp (acima) permite que os usuários assistam a dois programas ao mesmo tempo; e o estande da novidadeira Google (à dir.)

LCD assiste a uma coisa (ao noticiário, porexemplo), enquanto quemestá dolado esquerdo vê outra, como um filme. Ainda falando em telas, a Fujifilm lançou no evento quatro modelos decâmeras digitaisda linha FinePix. A compacta V10 de5 megapixels,porexemplo, trazsuapartetraseiraquaseque totalmentepreenchidapelo visor LCD de três polegadas. Esta câmera é altamentesensível à luz (um bom recurso tanto para

ambientes escurosquanto para os extremamente iluminados) e traz uma série de joguinhos. NosEstadosUnidos,chega às lojas em março por US$ 349. Já a Kodak exibiu sua primeira digitalcom duas lentes,a EasyShare V570com tecnologia RETINA que traz uma grandeangularde 23mm e uma lente dezoomóptico(39-117mm)em umcorpocompactocommenos de 2,5 centímetros de espessura. Omodelo serálançadomun-

Alcatel compra empresa nacional de tecnologia

A multinacional francesa adquiriu a GMK por US$ 15 milhões e reforça a sua atuação no mercado de contact centers

Afrancesa Alcatel (www. alcatel.com.br), um dos principais players do mercado de soluções para comunicação do mundo, anunciou semana passada a compra da GMK (www.gmk. com.br), empresa nacional com forte atuação no segmento de auto-atendimento por voz para contact centers, também conhecido por URA (Unidade de Resposta Audível). O negócio envolveu montante de US$ 15 milhões e já estão previstos investimentos de mais US$ 3 milhões em desenvolvimento de novas tecnologias e num centro de formação de profissionais.

Segundo Jonio Foigel, presidente da subsidiária brasileira da Alcatel, a iniciativa vem dar continuidade à estratégia iniciada em 2000, quando a companhia adquiriu a Genesys, empresa 100% focada no desenvolvimento de aplicações para contact centers. "A Alcatel era muito voltada para as operadoras de telecomunicações. Precisávamos ampliar nossa atuação no mercado corporativo e essa foi a razão da compra da Genesys."

Apesar de a Genesys ser uma grande fornecedora mundial de softwares de gerenciamento de contact centers, no Brasil ainda tem uma atuação tímida, que precisava ser reforçada. "A forma que tínhamos para acelerar rapidamente nossa atuação no mercado nacional neste segmento era adquirir uma empresa já consolidada, por isso a escolha da GMK, que é líder em soluções de autoatendimento por voz."

A GMK nasceu em 1984 e atualmente, possui uma carteira com mais de cem clientes, com forte presença nos setores de serviços financeiros e outsourcing. A GMK será integrada à Alcatel Telecomunicações S.A., subsidiária da Alcatel no Brasil, e seus funcionários farão parte do centro de excelência da Genesys para o mercado local de contact centers. Esta aquisição fortalecerá a presença de

dialmentenofimdo mês,com preço sugerido de US$ 399.

A Toshiba levou para a feira uma nova linha de tocadores portáteis de mídia com disco rígido, plataforma Microsoft Windows Mobile Portable MediaCenterechips Freescale.A família S Series inclui modelos de30 GBe60GB, comtelasde 2,4 polegadas, que reproduzem áudio, vídeo, fotos e programas gravados da TV. Google, Google, Google –

Umadas recordistas de anúncios da CES foi a Google. Além daparceriacom aMotorola, a companhia lançou sua própria lojavirtualde vídeos(Google VideoStore), um pacote de softwaresgratuitos efechou parcerias coma DivX(para expandir oalcance daplataforma GoogleVideo em dispositivos portáteis)e coma Intel(para a inclusão de uma ferramenta de buscas na recém-lançada plataforma de vídeo digital Viiv).

O Google Pack (http://pack. google.com) foi criado com a pretensãode sero"pacote de programas essenciaispara um PC", que pode ser baixado e instalado com apenas algunscliques.Inclui os títulos Adobe Reader 7, Ad-Aware SE Personal, GalleryPlayer HD Images, Google Desktop,Google Earth, Google Pack Screensaver, Google Talk, Google Toolbar, Mozilla FirefoxwithGoogle Toolbar, Norton AntiVirus 2005Special Edition, Picasa, RealPlayer e Trillian, alémdo GoogleUpdater, ferramenta para o gerenciamentointeligentedetodooprocesso de download, instalação e manutenção dos programas.

Já a Google Video Store ofereceráo "aluguel"deconteúdos em vídeo, como programas de TVabertaeacabo,transmissões esportivas, de produtoras independentese degrandes estúdios.Alistadeparceirosjáinclui CBS,NBA,SonyBMG,Greencine.comeGetty Images,entre outros. O conteúdopoderáser acessado peloGoogle Video e em iPodse noPlayStation Portable, da Sony. A loja entra no ar em breve, em http://video. google.com,masapenasparaos norte-americanos. Renata Mesquita

apto a resolver o problema que motivou a ligação. "O mercado está receptivo a soluções integradas. Recentemente, implantamos o contact center da Brasil Telecom. O core do sistema era da Genesys, a integração foi da Alcatel e na ponta havia sistemas URA da GMK e de outras empresas. Agora, estaremos oferecendo uma solução completa."

Foigel, presidente da Alcatel BR

Divulgação mercado da Alcatel e da Genesys e suas habilidades em oferecer soluções às empresas brasileiras e de toda a América Latina. Todos os clientes da GMK continuarão a ter suporte em suas atuais plataformas. Soluções complementares – Segundo Foigel, há uma forte sinergia entre a GMK e a Genesys. A primeira atua no front end, fazendo o primeiro atendimento ao cliente. Já a Genesys faz aplicações de gerenciamento, ou seja, após o atendimento eletrônico, redireciona a chamada para o atendente ou departamento

Segundo Edélcio Fazzio, antigo presidente da GMK e que agora assume a divisão GMK na Alcatel, vários clientes já trabalham com soluções GMK no front end e Genesys no gerenciamento "Essa aquisição permite à GMK e a seus colaboradores darem um passo adiante, permitindo-nos a oferta não só de soluções avançadas de autoatendimento por voz, mas também do portfólio completo e líder da Genesys", afirma. "Esperamos nos integrar à Alcatel e ter o suporte financeiro e a força de uma companhia global."

Para Wes Hayden, presidente e CEO da Genesys, a compra irá acelerar a estratégia de expansão da companhia na América Latina. "Ao trabalhar de maneira bastante próxima a todo o corpo diretivo, apoiaremos fortemente a base atual de clientes da GMK e expandiremos nossos investimentos no Brasil, com o objetivo de oferecer escala e presença geográfica para melhor servir esse mercado. Juntos, pretendemos ampliar nossa experiência e ofertas em aplicações de voz XML e autoatendimento, bem como nossas soluções completas de contact centers." (CO)

Jonio
Reuters/Steve Marcus
A Lego levou o robô Alpha Rex, que anda, vê, sente e fala
O ROKR E2 traz uma série de melhorias
O ROKR, óculos-celular fruto da parceria Motorola - Oakley
Reuters/ Rick WilkingReuters/Rick Wilking
Fotos: Divulgação

Aqualidade eo estado do asfaltodas ruas e avenidas de São Paulo estão entre osprincipais problemasenfrentados pelos paulistanos. Buracos, asfalto de má qualidadee asconstantesobras demanutenção colaborampara oaumentodo tráfegointensoenfrentado diariamente por quem anda de carro ou de ônibus. Até omomento, aatual gestão demonstra interesse em amenizar e, caso seu projeto tenha êxito, reduzir esse quadro. Empresasdosetor de pavimentaçãoe frezagem(processo de retirada do asfalto velho) avaliam o atualprogramade recapeamento como um dos maiores já contratados por uma Prefeitura paulistana. Segundo a Secretaria das Subprefeituras, responsável

pela coordenação dos trabalhos, aproximadamente96 quilômetros jáforam recapeados e frezados – o que equivale a 1 milhão de metros quadrados. Bairros como a Vila Madalena, Santana e Pinheiros estão dentro dessafasedostrabalhos, considerada a segunda parte do projeto. Ontem, foi a vez das ruas do Centro receberem novo asfalto. Até agora, cerca de 47% da segunda fase,que deveterminar atéo primeiro semestre deste ano, foi entregue. Ao todo, serão recapeados 250 km de vias na cidade, num total de 2,8 milhões de metros quadrados de ruas e avenidas.

Comquatrofasesdeaçãoprevistas, a Prefeitura gastará cerca de R$ 79 milhões na recupera-

çãodoasfaltodacidade.Atéofinalda gestãoSerra,cerca de1,6 milquilômetrosserãorecuperados. Todoo piso seráfrezado e recapeado.

Máquinas – Empresas do setor de pavimentação e frezageminformaram quepraticamente 60% de todas as máquinas para realizar esse tipo de trabalho estão em São Paulo. A produção de emulsão asfáltica e britaspara composiçãodo novo piso têm aumentado, desde agosto de 2005, cerca de 15%aomês,devidoaos pedidos da Prefeitura. Reconhecendo as diferentes característicasdecadaregiãoda capital, a Secretaria das Subprefeituras apenas coordena os tra-

balhos e realiza as licitações para a compra do material necessário.O trabalhodiretoérealizado porcada subprefeiturade acordo com suas prioridades. Divisão – Bairroscomgrande concentração decaminhões, ônibus e avenidas de grande circulação, trabalham a frezagem (retirada do asfalto degradado) commais intensidade, já que a nova capa asfáltica podeser prejudicadacom o tráfego de veículos pesados. Um exemplo disso é o estado deconservação doasfaltoda avenidaConselheiro Moreira deBarros, umadasprincipais vias de ligação de Santana com

a região do Tucuruvi, Jardim São Paulo e Parada Inglesa, que nãopermitiaafluidezdeveículos leves e pesados, o que prejudicava atémesmoocomércio daregião.Entreosmesesdeoutubro enovembro, asubprefeitura recapeou3,3milmetros quadrados, atingindo desde a alameda AfonsoShcmidt atéa avenida Parada Pinto.

Marginais – No caso das marginaisTietêePinheiros, a Secretaria das Subprefeituras garante que o material escolhido para recapear as duas vias suportará a pesada quantida-

de de carros e, principalmente, de caminhõesquecirculam por elas diariamente. O tipo de piso escolhido é, segundo os técnicos da Prefeitura, duas vezes mais resistente do que o aplicado normalmente. Assim como nosbairros, ostrabalhos nasmarginais seráefetuado em etapas e prevê, na primeira, a recuperaçãode12mil metros, entre as Pontes João Dias e Morumbi, na Pinheiros, e entre as Pontes da Casa Verde e Bandeiras, na Tietê. Davi Franzon

Grupo usaria mísseis para resgatar presos no Interior

A PolíciaMilitar frustrou, na madrugada de ontem, umatentativa deresgate no Presídio de Segurança Máxima Presidente Bernardes, na região oeste do estado, considerada a prisão mais segura do País. Por volta da 4h, um grupo se preparava para explodir a muralha da detenção com mísseis, mas foi surpreendido pelos PMs que fazem a segurança nas guaritas de observação. Houve tiroteio e, na perseguição aos bandidos, a polícia deteve um homem e duas mulheres e apreendeu cinco carros e farta muniçãopesada, de uso proibido ou restrito às Forças Armadas. NilsonLima Parrilha,de31 anos, condenado pordois homicídiosetráficodedrogas,foi preso na periferia de Presidente Prudente, seis horas depois da tentativa de resgate. Ele estava com uma perua Zafira, onde a polícia encontrou um míssil e um lança-míssil, que

VANS NO RIO

Uma manifestação de motoristas de vans parou o trânsito no centro do Rio ontem. Eles estacionaram 1.200 veículos na avenida Presidente Vargas, interrompendo o tráfego. Os manifestantes exigiam o cancelamento de um edital de licitação do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado (Detro-RJ) que, segundo a categoria, reduzirá o número de vans circulando no Rio, e ameaçaram permanecer na avenida por tempo indeterminado. No fim da tarde, representantes dos manifestantes reuniram-se com o secretário de Governo e Coordenação, Anthony Garotinho. Muitos vestiam do avesso a camisa usada no protesto que dizia "Garotinho vai acabar com as vans". Até as 19h o encontro continuava.

segundo aPolícia, seriamusados para explodir a muralha do presídio. Duas mulheres,RenataRamosde Oliveira,de27 anos,e Edilaine Feitosa Vieira,de23, também forampresas. Elasestavam em umCorsae ajudariam na fuga dos detentos. Em outros três carros (Astra, Meriva eZafira),abandonadospelosbandidos,osPMsencontraram mais um míssil e dois lanças-mísseis com telescópio, sete fuzis, duas metralhadoras e 502 cápsulas de fuzis, além de 14 carregadores desse tipo de arma, celulares e rádio-comunicadores. Os carros foram roubados em São Paulo e no Paraná.

Cães – Com o auxílio de cães amestrados, soldados passaramo dia ontem procurando os bandidos nazona rural de Presidente Bernardes, periferia de Presidente Prudente e municípios vizinhos. Técnicos do Grupo Tático de

CAMPO LIMPO

AViação Campo Limpo deixará de operar suas 13 linhas na região metropolitana conforme decisão da Secretaria de Transportes Metropolitanos e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). A empresa foi considerada incapaz, economica e tecnicamente, de prestar o serviço de transporte à população. Foram constatadas deficiência na operação das linhas e prática reiterada de infrações graves.

Ações Especiais(Gate)também chegaram ontem à cidade dePresidente Prudente para analisar os mísseis,que possuíam um selo do Exército. Segundo o Gate, os mísseis, que têm cerca de 1,5 metro de comprimentoe 30centímetrosde diâmetro cadaum,sãode fabricação caseira, mas possuem alto poder de destruição. Informação – Areaçãoda PM foi possibilitada porque haviaa informaçãodequea penitenciáriasofreriaumatentativa de invasão. "Na noite de sexta-feira, a PolíciaRodoviária havia apreendido, em Santa Cruz do Rio Pardo, um armamento pesado que seria usado numresgate.Então,ficamos atentos", contou a tenente Sílvia Andréia Pinto. Segundo ela, a polícia não conseguiu descobrir a identidade dos detentos que seriam resgatados, nem se a tentativa foi articuladapor algumafacção criminosa. (AE)

NA PRAIA

Mais de 8 mil crianças de 9 a 11 anos da rede pública do interior irão à praia neste mês. É a etapa Interior na Praia, da Fundação Prefeito Faria Lima (Cepam), ligada ao governo estadual. Os primeiros grupos desembarcaram ontem em Santos. Este ano, 16 cidades do litoral, incluindo Cubatão, estarão recebendo estudantes de 177 municípios.

Segundo empresas do setor de pavimentação, 60% das máquinas que realizam esse trabalho estão em São Paulo. A avenida Brigadeiro Luiz Antonio é uma das principais vias que estão sendo recapeadas na capital.

Milton Mansilha/Luz
Ó RBITA

Tecnologias que podem dar certo

Costumodizer quese um produtode tecnologia está à venda, é porque já está ultrapassado.Devezemquandoresolvodarumapesquisada na internet paraver oque anda acontecendo em termos de desenvolvimento tecnológico avançado. São pesquisasque são elaboradaspor grandes empresase disponibilizadas paradivulgação,mesmo que ainda demorem anos para chegar ao mercado. Muitas delas ficam só na teoria, mas acabam servindo de base para outras que podem darcerto. Outras chegamao mercadoeseu sucesso vaidepender da utilidade e se vai cair no gosto do público. Das que selecioneipara a coluna de hoje,tenho quase certeza de que o notebook com tela em 3D –que já está disponível– não irá decolar.

Aparelhos pessoais movidos a combustível

A empresa japonesa Toshiba desenvolveu um protótipo de uma célulade energiamovida a combustível, que pode ser utilizada tanto em telefones celulares quanto câmeras digitais,PDAs (computadores de mão)e notebooks.Elas são bastante compactase permitirão grande autonomia, além de poderemser trocadasfacilmente: o combustível, à base demetanol, viráacondicionado em cartuchos e, quando o

Veja o que vem sendo desenvolvido no mundo que poderá ganhar o mercado em alguns anos que estiver em uso terminar, bastará que o usuário o substitua por um novo.

Outra queprometelançar produto semelhanteé a NEC, que promete uma bateria capaz de manter um notebook em funcionamento por até cincohoras. Empoucosanosexpectativa é que essa autonomia passe para 40 horas. Os preços paraos consumi-

tirar energia da glicose do sangue eisso farácomqueseja possível geraraté 100watts. O desafio,porém,é equilibrar a quantidade a ser utilizada, já que ela é necessária para que o corpohumanocontinue em funcionamento e movimento. A idéia é utilizar o excedente nãoaproveitadode açúcar,

utilização de óculos especiais. O SharpActius RD3Dincorpora uma tecnologia chamada LCDTFT 3D(cristal líquido de matriz ativa com imagem tridimensional), e provocaa sensaçãodequeas imagens estão fora da tela. Mas ela também pode ser configurada para exibiçãoem

rio possa exploraro ambiente em três dimensões fora da tela. As aplicações, além de games, são para CAD, medicina, topografia e tudo o que requerer visualização 3D. Para reduzir o cansaço visual, o usuário pode regular o efeito de profundidade. O preço? Cerca de US$ 3.299,00, oucercade dez mil reais, nos Estados Unidos.

dores finais ainda são mantidosem segredo, mas nãofaz sentido que sejam lançados a preços que não sejam pelo menos atraentes.

Odos) estão certos de que encontraram a fórmula de viabilizar projeções 3D inteiramente no ar,sem a necessidade deuma tela de projeção. Através de misturasde componente de carbono a cristais líquidos compostos de moléculas orgânicas quealinham-se emuma direção determinada, eles geraram propriedades óticas não lineares um milhão de vezes maiores do que qualquer outro material conhecido. Comosempre acontececom novas descobertas desse tipo, ouso inicial seráacadêmico. Estão em testesa utilização dessa novatecnologia no campo astronômico, que possibilitaráaos astrônomos visualizarocéuholograficamentee, dessa forma, obter resultados mais precisosdedistância entre os corpos celestes, já quer a visualização seráemtempo realeemtrês dimensões.

Terceira dimensão A Sharpjaponesa lançou o primeiro notebook com imagens 3D, sem a necessidade da

Matrix Cientistas do Panasonic's Nanotechnology Research Laboratoryanunciaram oinício dodesenvolvimento de uma "bateria humana". A idéia é reproduzido a partir dos alimentos ingeridos. Para quem assistiu ao filmeMatrix, aassociação é inevitável.

modo normal. Basta que o usuário aperte um botão para utilizar os aplicativos que não são em 3D,comoplanilhas e processadores de texto. Ele vem com três jogos instalados queutilizam essatecnologia eum conjuntode aplicativos gráficos, para que o usuá-

Cristal líquido holográfico Você se lembra do primeiro filme Guerra nas Estrelas, quando o robô R2D2 projeta o pedido desocorro daPrincesa Leapara ObiWan Canobi? Aquele foi umefeito que simulavauma projeção holográfica, quecomeça atornarse realidade.

Engenheiros da Universidade Penn State (EstadosUni-

Possibilitará também uma forte reduçãode custos,já que osdispositivos utilizados nos telescópios atualmente são caros e de difícil manipulação. Esse novo material –espécie de filme– jácustaapenasalguns centavos e, segundo cientistas da universidade, poderá custar mil vezes menos. A previsão édeque ainda demore cerca de 10 anos para tornar-se comercialmente viável para o grande público. gojunior@videopress.com.br

Como anda o comércio eletrônico no Brasil

O e-commerce brasileiro já conta com quatro milhões de pessoas, ou seja, 13% do total de usuários que já efetuaram alguma compra ou venda via web

comércio eletrônico, ou e-commerce,que conceitualmente édesignado pela capacidadedecompraevendadeprodutos eserviços pelainternet, tem crescido emtodo omundo. Recentemente a americana Pew Internet &AmericanLifeProject divulgouuma pesquisarelatando que,nosEstadosUnidos,um em cadaseis usuários de internet jávendeuoucomprou algum produto ou serviço na rede,eque,em geral,issoé feito emsitesde classificados online, como por exemplo o CraigList, eBay, entre outros. No Brasil, guardadas as proporções, essa realidade não é muito diferente.Segundo osite e-commerce (www.e-commerce.org.br) cercadequatro milhões debrasileiros, 13%do total dos usuários, járealizaram compras ou venderam regularmente pela internet. Já para o diretor-presidente do Mercado Livre, Stelleo Tolda, essa fraçãode internautas que fazem transações eletrônicas, apresentada pelas empresas de pesquisa, não é real. "Estima-se que o Brasil tenha atingido a marca dos 30 milhões de

internautas nesteano. Desses, eu acreditoque cerca de6 milhões (20%), já tenham feito uma compra ou venda pela internet", explica o diretor-presidente, que aponta para o baixo

percentual como um indicativo de oportunidades para as empresas que atuamno comércio eletrônico. "Esse percentual indica uma grande oportunidade de completarmos,com essaspessoas, orestante docopo.É umindicativo de que a oportunidade é imensa, maselaprecisa ser capturada."

Mas se por umlado todo esse crescimento do comércio eletrônico têm sido visto como um celeiro de oportunidades, por outro, aindaprecisa romper coma barreirada desconfiança entre os consumidores do mundovirtual.Segundoa WebShoppers aponta emseu relatório, divulgado no início de 2005,o constante crescimento domercado eletrônico, que passou de R$ 549mi, em 2001, para os atuais R$2,3 bi, prova que ose-consumidores estão cada vez mais confiantes com este tipo de comércio.

"Onosso desafioécultural. Precisamos vencer as barreiras que as pessoastêm comrelação ao comércio eletrônico",

comenta Stelleo. E quando se fala em barreiras culturais e clima de desconfiança, nãose pode deixarde abordar a procedência dos produtos oferecidos pelos sites de comércio, principalmente quando estessãode terceiros,como no Mercado Livre. "O que procuramosfazer éorientare educaros participantes do mercado. No casodovendedor,nóstentamos orientar assuas açõescomo comercianteese,porumacaso,ele tiver um produto novo e em quantidade, exigimosentãoo seucadastro comopessoajurídica", diz.

Ferramentas – Além disso, comvistanuma maior segurançapara osseus usuários, o Mercado Livre dispõe de algumas ferramentas, como é o caso do mercadopago, uma forma de intermediação realizada pelopróprio site.Comele, ovendedor só recebe o pagamento pelo produto vendido após o comprador acusar o recebimento e a satisfação na compra. O site dispõe também deuma equipe demonitoramento que

avalia os itens oferecidos e monitora as condutas quefogem ao padrão. "Nós temos acompanhado asestatísticas. Aincidência de problemasapresentados em nosso siteé de uma para cada 10 mil transações." Stelleo também se mostra muitoconfortável, quando questionadosobreahipótesede produtosroubados estarem sendo vendidos pelaInternet. "Isso nunca chegou ao nosso conhecimento, mas é possível de acontecer, assimcomo oé para umjornal que faz anúncios. A situação éa mesma.Nós temos um histórico de colaboração com asautoridades e seela nos solicita informaçõessobre os usuários, obviamente,a gente fornece. Essas solicitações são bastante comuns." Em São Paulo, segundo dadosapresentados pelaassessoria deimprensa doProcon,de janeiroanovembrodeste ano, foramregistradas 29 reclamações, referentesao comérciode internet. Dentreasprincipais questões apresentadas, estavam: problemas com contratos, pedidos e orçamento, envolvendo rescisão, descumprimento,erro etc.; reclamações gerais; desistência de compra, ocasionando cancelamentos; venda enganosae ademora ou não envio de produto. Parao sitee-commerce,tanto o perfil do internauta brasileiro, como do mercado eletrônico, estão bem definidos e têm as seguintes características: o internauta, em sua grande maioria, é do sexo masculino, com idade superioradezoitoanos,denível universitário eproveniente das classes A (44%) e B (40%) do Sudeste do país.

Acima, o site do www.e-commerce.org.br, com dados sobre a evolução do mercado eletrônico no país Natal eletrônico faturou R$ 458 milhões

O comércio eletrônico brasileiro mostrou fôlego de sobra neste Natal. O faturamento do setor no período que foi de 15 de novembro a 23 de dezembro alcançou os R$ 458 milhões, um recorde em vendas –e um crescimento de 61% em comparação ao ano anterior e de 125% em comparação a 2003.

A empresa de pesquisa e marketing e-bit, responsável pelo levantamento junto a mais de 450 lojas online, inicialmente esperava um faturamento de R$ 420 milhões. Mas logo nos 15 primeiros dias de dezembro o volume negociado pelo setor chegou a R$ 209 milhões.

O sucesso é creditado a fatores como aumento da confiança do e-consumidor neste novo canal de compras, promoções, opções de pagamento, entrega em casa, agilidade e conforto. As compras foram originadas por iniciativa do cliente, pela digitação direta do nome da loja no navegador, ou com a ajuda das promoções via e-mail.

Jáo mercado eletrônico, que teve, num período dequatro anos, uma taxa média de crescimento de 38%, com faturamentoprevisto, para2005,de R$2,3 bi, apresenta, dentre os produtos mais vendidos, CDs e DVDs (26%), livros erevistas (24%), saúde e beleza (7,2%), produtos de informática(6%), telefonia celular (3,3%), entre outros.

O ranking de produtos mais vendidos pela web neste Natal foi liderado por títulos de CDs e DVDs, que representaram 19% do total. As categorias de Livros e Revistas e de Eletrônicos aparecem empatadas em segundo lugar, com 16% das compras.

Renata Mesquita

CORPO DE GENERAL MORTO DEVE CHEGAR HOJE

São poucas as dúvidas que ainda pairam sobre a morte do general Urano Teixeira da Mata Bacellar, que comandava a missão de paz no Haiti. Há 99% de chances de ele ter mesmo cometido suícidio.

Depois de uma reunião com representantes da Missão das Nações Unidas para aEstabilização doHaiti (Minustah), diplomatas e militares brasileiros decidiram ontem de manhã, em Porto Príncipe,transportarocorpo do general Urano Teixeira da MataBacellar imediatamentepara o Brasil, dispensando formalidades que pudessem adiar o traslado.

Ocorpo dogeneralBacellar, que morreu na manhã de sábado em seu apartamento no Hotel Montana,em Petion Ville, foi congelado emvezde ser embalsamado, para não atrasar oembarque, previstopara as 20h de ontem (23h no horário de Brasília), num avião Hércules da Força Aérea Brasileira. O atestado de óbito, providenciadopela Embaixada do Brasil, registrou parada cardíaca como causa da morte. O avião vai pousar em Brasília, onde será feita a autópsia. Essadecisão foi tomadapara poupar mais sofrimentoà famíliado general, cuja mulher mora no Rio. Só com o laudo da autópsia será possível saber se o general Bacellar, que era co-

mandante daForça Militarda Minustah, de cerca de 7.300 homens de 20 países, se suicidouou foi assassinado. Há maisde 99% dechance de ter sido suicídio,massó com a biópsia isso será confirmado. Hipóteses – Oembaixador do BrasilnoHaiti,PauloCordeiro deAndrade Pinto,disse que, embora se considere essa probabilidade, outras hipóteses, como o assassinato, não foram descartadas.Oembaixador falousobre a mortedo general apósuma homenagemà sua memória no pátio do hospital militar da Minustah. Representantesde todos os contingentes da ONU que servem em Porto Príncipe participaram. Coberta com as bandeiras do Brasil e da ONU, a urna com o corpochegou carregadapor seissoldadosbrasileiros eficou depositada num suporte diante da guarda de honra. Diplomatas, militares e peritos brasileirospassaramboa parte da manhã discutindo nãomaisacausadamorte,mas as circunstâncias queteriam levadoogeneral aosuposto suicídio. Por exemplo, a revelaçãodeque, sexta-feira,véspera da morte, ele telefonou ao

capelãoparasabera horada missa de domingo. Algunsdetalhes, que ainda serãoinvestigados: 1)Adona doHotelMontana,Gart Cardozo, que mora numa casa vizinha, ouviuodisparo;2)O

primeiro a ser avisado da mortefoio motorista do general Adulnate, vizinho de apartamentodogeneralBacellar;3)A bala,que entrou pelaboca e saiu pela nuca, não foi encontrada, tendo-se perdido na ma-

ta que cerca o hotel; e 4) A porta doapartamento dogeneral não foi arrombada. Missão – Ficou decidido ontem que o Brasil continuará no comando damissão internacional no Haiti. Para assumir o

Sharon sai do coma, move

perna.

Ocomando foi indicado o general José Elito Carvalho Siqueira,comandante da6ªRegião Militar,em Salvador .Ele foi chefe dasegurança doPalácio doPlanaltonogoverno Fernando Henrique. (AE)

braço e

Médicos não fazem previsões.

primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon,de 77anos,começou ontem a respirar espontaneamente emoveu a mão e a perna direitas ao sair do coma induzido aque estavasubmetido desdea quarta-feira, quando sofreu um derrame cerebral. Os ligeiros movimentos foram uma respostasaestímulos dedor

O neurocirurgião

Félix Umansky (acima) recusou-se a especular sobre a extensão do dano causado pelo derrame ao cérebro e a prever como Sharon voltará do coma. À esquerda, orações pela recuperação do primeiro-ministro.

provocados pelosmédicos. Sua pressão sanguínea subiu levemente,como resultadoda diminuição dos remédios. "São sinaismuitopositivos, porque significam que o tronco cerebral está funcionando", disse o diretor do Hospital Hadassah, Shlomo Mor-Yosef, às 17h em Jerusalém (13h em Brasília).Otroncocerebral divide osdoishemisfériosdocérebroe é oresponsável pelacapacidade cognitiva e por movimentos voluntários.Quandoelepára,a vida se torna vegetativa.

Dose – Osmédicoscomeçaram a reduzir a dose de anestesia por volta das 10h, depois de exames confirmarem que seu cérebro estavabem drenado da hemorragia de quarta-feira e a pressão cerebral estava normal. Imediatamente, segundo odiretor dohospital,Sharon começou a respirar espontaneamente, embora continuasseconectado aaparelhos."O estado dele ainda é grave e crítico", ressaltou Mor-Yosef, como sempre faz.

De acordo com o médico, o plano era continuar a reduzir a dosagem de anestésicos nas 24

horas seguintes, e avaliar as reações de Sharon a estímulos.

O chefe doDepartamentode

Neurocirurgia do hospital, FélixUmansky, recusou-seaespecular sobre aextensãodo dano causado pelo derrame ao cérebro e a prever como Sharon voltará do coma. Umansky disse que a equipe não esperava mais do que o resultado que vem sendo obtido: "Não é um paciente jovem. Ficou sob quatro dias de anestesia. Passoupor trêsoperações difíceis. Nessascondições,o quadroépositivo." Segundo ele, se os sinais continuarem nessa direção, indicarãoque Sharon poderá viver "por conta própria", ou seja, sem o auxílio de aparelhos. Àpergunta sobreasporcentagensdechances do primeiro-ministro, Umansky respondeu: "Não trabalhamos com porcentagens, mas com realidade."

Félix Umanskydesautorizou ontem o médico argentino José Cohen, que afirmaraque Sharon nãopoderia voltarao cargo deprimeiro-ministro. Ele disse que não se pode fazer esse tipode afirmaçãoneste

momento. Também nascido na Argentina, Umansky foi o responsável pela contratação de Cohen, de 39 anos, que conheceu numaconferêncianaArgentina, e que em 2002 montou a Unidade deNeurocirurgia Endovascular do hospital. José Cohen disse que Ariel Sharon nunca voltaria ao cargo. "Nãose podefalardessa forma. Nãopodemos dizer, nestemomento,quais vãoser as funções cognitivas dele. Poderá falar,caminhar? Nãopodemos dizer nada disso. É uma profissão que tem de ser realista, e não de suposições. Vice –Sharonfoisubstituído interinamente por seu vice, Ehud Olmert, de 60 anos, que acumula o cargo de ministro das Finanças. Ele parece o mais cotadoparaliderar opartido Kadima (Adiante).

Criado por Sharon em novembro, apósresistênciasde seu partido, Likud,à retirada israelense da Faixa de Gaza, o Kadima reúnedissidentesda agremiação de direita e do PartidoTrabalhista, lideradospelo ex-primeiro-ministro Shimon Peres, de 82 anos. (AE)

Eduardo Munoz/Reuters
Urna com o corpo do general Urano foi coberta com flores, com as bandeiras do Brasil e da ONU e carregada por seis soldados brasileiros
Menahem Kahana/AFP Photo
Patrick Baz/AFP Photo

Kimberly-Clark aposta nos

RFIDs e pode revolucionar varejo

Como o "efeito borboleta", o uso das etiquetas inteligentes por grandes fabricantes poderá alterar radicalmente as cadeias de suprimento no comércio mundial.

AKimberly-Clark, gigante norte-americana debensdeconsumo,anunciouque vai testar a implementação em largaescaladeetiquetas inteligentes com radiotransmissores (RFIDs)a partirdeste ano. Aempresaé um gigante de US$15 bilhõesnosEUA, esua entrada no uso datecnologia pode revolucionar o varejo. Como o "efeito borboleta", o uso dosRFIDs porgrandes fabricantes poderá alterarradicalmente ascadeias de suprimento no comércio mundial. A Kimberly-Clark produz itens de grande visibilidade mundial, como os lenços Kleenex e as fraldas Huggies. A empresa sediadaem Dallas, Texas, foi a primeira corporação industrial dos EUA a incluir etiquetas de código eletrônico(EPC)em suas linhas comerciais, em abril de 2004.

Desdeentão,a KimberlyClark participa ativamente do consórcioEPCGlobal Inc,que estabelece os padrões internacionais para o uso de RFIDs. Agora, aempresa dizque vai incluiretiquetas com radiotransmissores em 144 produtos de sua linha.

Para testar a viabilidade das etiquetas, aKimberly-Clark construiu uma áreadetestes específica emsua sede,um laboratório commaisde1.800 metros quadrados. Os executivosdaempresa dizem queo RFIDdará aosetorde varejoa capacidade de atingir uma eficiência em tempo real quesó indústrias altamente tecnológicas possuem hoje, como a fabricante japonesa deautomóveisToyotaMotorCorp. ea americana produtora de computadores Dell Inc. Tony Assink, executivo-chefe de informação da KimberlyClark, diz que o RFID vai permitir que a empresa ligue para uma loja do Wal-Mart e pergunte porqueum determinado produtonão estána prateleira, umavez que sesabe que

Osvírus, worms, cavalos de tróia, programas espiões e um semnúmero de pragas virtuais não querem saber de férias. Ao contrário, estão atacando com tudo neste início de 2006. De olho neste crescente mercado, a Kaspersky Lab, uma das principais fabricantes mundiais de antivírus, vai implementar até 31 de janeiro uma oferta para os usuários de

Samsung lança impressoras a laser para mercado corporativo

Oobjetivo éambicioso:liderar o mercado brasileiro de soluções para impressão.Para isso,a coreana Samsung está ampliando sua linha deimpressoras, como lançamentodeduas famílias de modelosvoltados aomercado corporativo.Osnovosprodutos prometem alta produtividade e economia. "Alinha corporativa complementa nossoportfólio de impressoras no Brasil e reforça a meta de liderar o mercado local,comprodutos queagregam tecnologiaavançada edesign", afirma João Yazaki, gerentedeprodutodalinhadeimpressoras da Samsung. As famílias são a ML-2550,

Pragas virtuais não saem de férias; Kaspersky reduz preços

computadores no Brasil –o Verão Sem Vírus. Através de sua representante brasileira, a EsyWorld, a Kaspersky vai comercializar seu programa de proteção SoHo (small office/home office) Kaspersky AntiVirus Personal, com validade de um ano e atualização da base de dados de hora em hora, por R$ 69. O Kaspersky Anti-Virus Personal monitora todos os pontos de entrada do computador e oferece também proteção contra spywares, adwares e outros tipos de malware que roubam dados e senhas. O programa também verifica infecções em arquivos, e-mails e scripts, além de limpar pastas compactadas.

Corporações – Já chegou ao Brasil a nova versão do

que traz também o modelo ML2551N,eaML-3560-queagrega os modelos ML-3561N e ML3561ND. Todos integram o conceito "SmartOffice" daSamsung, que permite menos trabalho, mais produtividade, economia de tempo e de espaço e baixo custo de impressão. Um toque – Com alta performance (25 páginas por minuto) e memória de 32MB expansível para 160MB,aML-2550éfácil de operar–o controledo trabalho é feito pelovisor de LCD e, ao apertarumúnico botão,o usuário podecancelar otraba-

háprodutosnoestoque. Um cenário assim, porém, pode estar ainda 10 anos no futuro. Atualmente, a KimberlyClark está procurando incorporar as etiquetas com RFIDs em suas próprias operações, e expandir esseuso paraos fornecedores, parceiros comerciais e clientes. Alguns céticos acham quea tecnologiaé cara demais para poder ser distribuída em itens muito baratos, comocaixasdelençosde papel. Atualmente, os pesquisadores estão tentando reduzir o custode cada RFID para US$0,10–atualmente,está na casa dos US$ 0,30. Entretanto, alguns dizemque mesmose o RFID custa apenar um centavo de dólar, ele ainda será caro de-

mais paraa distribuição universal no varejo. Assink acha queo setorvai superar essas dificuldades. O executivo concordaque asetiquetas transmissorasprecisam custar menos. Ele também diz que é essencial a ampliação de seuuso na cadeiade suprimentos –um processo que pode demorar de cinco a dez anos, já quevarejistase fabricantes têm ritmos diferentes na adoção da tecnologia. E os RFIDs não funcionam bem em certos ambientes(ochip tem dificuldades para transmitir seu sinalatravés delíquidos e metais, por exemplo). Mas esses problemas não impedem oprojeto daKimberly-Clark. Tony Assink diz

estar mais confiante na explosãodousodeRFIDshoje do que estava em 2000, quando a empresa considerouo usoda tecnologia pela primeira vez. As etiquetas inteligentes são classificadas como projeto estratégico prioritário dentro da Kimberly-Clark, e o orçamento paraodesenvolvimento aumenta ano a ano. Segundo oexecutivo,o uso dos RFIDs vai aumentar a visibilidade dos produtos daempresa dentro da cadeia de suprimentos. Assink diz que a meta é a total transparência no caminho do produto, desde os fornecedores de matérias-primas atéa embalagemfinal, na prateleira do varejista. sergiokulpas@gmail.com

Kaspersky Anti-Virus 5.5 for Microsoft ISA Server 2004 Enterprise Edition, voltado para a proteção contra vírus em redes corporativas. O programa faz o monitoramento antivírus de arquivos transferidos usando os protocolos HTTP e FTP através do Microsoft Internet Security and Acceleration Server 2004 Enterprise Edition. Se algum código malicioso é detectado, o sistema bloqueia qualquer transmissão do código, impedindo a penetração de arquivos infectados e páginas da web na rede corporativa.

Localize a revenda mais próxima pelo telefone (11) 3337-6463 ou no site www.esyworld.com.br . (RM)

lho, por exemplo. Também com um toque é possível acionar o modo duplex(frente everso), o que facilita aimpressão egera economia de tempo e papel. Pequenas e médias– Projetados parapermitir facilidadee eficiêncianotrabalho de impressão empequenas emédias empresas, os equipamentos da família ML-3560, ML-3561N e ML-3561ND são fáceis de instalar,compatíveiscom todosos sistemasoperacionaisealtaperformance: a velocidade de impressão chegaa 35páginas por minuto. Com memóriade 32MBexpansívelpara288MB,o modeloML-3560tambémconta com uma porta paralela USB 2.0 e temcapacidade detoner para 12mil páginas.A ML-3561N tem portas paralelas, USBe rede, enquanto o modelo ML3561NDtemsistemaduplexpadrão paraimpressão frentee verso automática. As impressoras Samsung (www.samsung.com.br) têm garantiade umanoe vêmcom manual em português. (RM)

RFIDs quase invisíveis na ponta de um dedo (à esq, ao alto), minúsculos RFIDs em um frasco (à esq.); o transmissor é o quadrado cinza no centro (acima)
Fotos: Divulgação
Fotos:Divulgação
Divulgação

Pilotar umamoto de corrida é uma arte parapoucos, jáquenecessita de muitatécnica para realizarmovimentos precisos. O piloto precisa tersanguefrio o suficiente paraconseguir fazermanobras arriscadaspara garantir milésimosde segundo sobre seus adversários.

Os fabricantes de motos, por outro lado, não poupam ao desenvolvercadavezmaistecnologiaspara transformar essas possantes emverdadeirassupermáquinas, capazes de atingir velocidades incríveis, em uma combinaçãode beleza,física e sofisticação.

O jogo MotoGP3: Ultimate RacingTechnology, lançado recentemente pelaTHQ e MovingImagem eEditora, promete noscolocarnadireção dessasbelasmáquinas em um dos campeonatos mais respeitados do gênero, o Mundial deMoto GP,aFormula 1 das motos.

Equipes, pilotos e pistas da temporada Moto GP 2004 foramrecriadas usandográficos de última geração para trazer a experiência mais autêntica possível para o jogador, que poderá controlar motos de corridaspersonalizadasde 250 bhp,chegando à incríveis 320 km/h.Rossi, Biaggi,Gibernau, Barrose muitasoutras feras do motociclismo estarão no seu caminho nos dezesseis circuitos doGrand Prix,em uma competiçãodifícil ede extrema técnica.

Pilote uma moto a 320 km/h

Desafie Valentino Rossi e outras feras do motociclismo mundial em MotoGP 3: Ultimate Racing Technology Por Fábio Pelegrini

de rua, o Extreme. Esse modo é para desafiaro jogadorem uma das tradicionais corridas do segmento,a qual já reveloutalentos para a competição oficial.

Já para os mais radicais, se a opção de correr entre os melhores do mundo no campeonato oficial não é o suficiente, o game traz o modo de corrida

As categoriasapresentadas no título são 600, 1000 e 1200 cilindradas, tantonas competições derua quantona categoria Moto GP. O gamer pode escolher entreos níveis:Novato, Profissional e Campeão. Existe ainda um nível chamado Lenda, que só é destravado se o jogador conseguir vencer as eta-

pas anteriores. Nas corridasderua nãohá tantas regrase sóos melhores se sairão bem. O gamer encontrará belos cenários pelo caminho, comoos arranha-céusde Tóquio, as ruas escondidas de Barcelona,o interiorempoeiradodaAustrália, as montanhasirregulares daItália, as maravilhosas praiasdo Riode Janeiro e até as fortes curvas da Autobahn alemã.

A tela do jogo é bem completae traz informações importantes ao jogador, como a mar-

cação da melhor volta e a atual, a diferença de tempo entre competidores, posiçãoe número devoltas.Algumasvezes umaseta deassistência do piloto aparece no visor para indicar adificuldade dascurvas –ao seaproximar deuma manobramais arriscada em alta velocidade aseta mudapara o vermelho, por exemplo. Nomodo Carreira,totalmente reformulado,o piloto pode personalizaro designde sua moto, o uniforme, capacetee atécriar ologotipo desua equipe. Mantendo a distribuição de pontos e atributos pelas quatro habilidades –curvas, freios, velocidades máximas e aceleração– , a novidade desse modo é que os pontossó são ganhos nas provas do campeonato enãodurante os treinos classificatórios,o quetornaa disputa ainda mais acirrada. Ranking – O Moto GP 3 traz um novosistema de ranking, que éa classificaçãoda habilidadede cadapiloto. Ele varia quando opiloto ganhaou perde e é baseado no desempenho completo em uma corrida ou emtodasua carreira.Sempre que dois pilotos estiverem competindo diretamente, ele é

usado para determinar a chance de um piloto ganhar. Assim, a movimentação do ranking é calculada não só para a colocação, mas também para a probabilidade de vitória.

O pilototambém podese conectar àredeparacontinuar otorneio online,só que agora contra jogadores reais. No modo multiplayer, o piloto também pode correr com até quatro jogadores no mesmo PC, com a tela dividida ou com até15 outrospilotos por

O game reproduz equipes, pilotos e pistas da temporada Moto GP 2004 usando gráficos de última geração para trazer a experiência mais autêntica possível para o jogador, que ainda pode personalizar as motocicletas

rede TCP/IP ou pela web, pelo GameSpy.

Outra novidade équeo gamer pode alternar entre um torneio e outro a qualquer momento, disputando uma prova no circuito oficial e depois continuar o torneio de rua.Isso porqueo sistema depontuação dehabilidades serve para os dois,assim comoa disputa online pode valer pontos no jogo offline.

Apesar do game não ter sido traduzido parao nossoidioma, omanual emportuguês é bemcompleto e traz informações importantes sobre os modos de jogos, detalhes técnicos e, principalmente, algumas dicas quepodem sero seudiferencial para sua vitória. Quantoaoquese refereà parte sonora, não decepciona, mas também não é a grande atração dojogo –asmelodias e os efeitos são muito simples para o que sugere a emoção do título. Em resumo, esta é a chance paraaqueles quesempre sonharam em pilotar uma moto de1200cilindradase se tornar umValentino Rossinas pistas de moto-velocidade.

MOTOGP 3: ULTIMATE RACING

TECHNOLOGY

Distribuição: Moving Imagem e Editora Telefone: (11) 3071-1390

Requisitos mínimos: Windows, 98, ME, 2000 ou XP, processador Pentium lll 1.0 Ghz ou AMD Athlon 1.0 Ghz, 128 MB de memória RAM, leitor de CD-ROM 4X, 950 MB de espaço livre em disco rígido, placa de vídeo 3D de 64 MB (GeForce 3 ou ATI RADEON) e placa de som, ambas compatíveis com Directx 9.0 Idioma: Software em inglês e manual em português

Preço sugerido: R$ 69,90

Faixa etária: Livre

Informações: www.movingeditora.com.br

O formato certo para suas fotos

Para aproveitar ao máximo sua nova câmera digital nessas férias de verão, saiba mais sobre os formatos de fotos que ela produz em relação aos tamanhos de cópias que serão impressas

Como os negativos das câmeras de filmes convencionais 35 mm, a imagem digital pode ser copiada e ampliada muitas e muitas vezes, porém, a qualidade decresce na proporção ao aumento do tamanho. Isso quer dizer que imagens de 2 megapixels, por exemplo, não podem ser reproduzidas em cópias de 40 x 50 cm, ocorrendo a pixelização ou o aumento das fotocélulas ou dos pontos que formam a imagem. Segundo os testes, fotos de 2 megapixels ficam boas na impressão de 20 x 25 cm.

A imagem digital é formada por pixels, mínimas unidades visuais que se unem para constituir sua leitura geral. Nos manuais e, às vezes, na própria câmera, existe a relação entre os pixels e os formatos. A capacidade de 2 megapixels do nosso exemplo contém 1.600 pixels na largura e 1.200 na altura, ou 1.600 x 1.200 pixels, fatores que multiplicados resultam aproximadamente em 2 megapixels. Por outro lado, a resolução é a qualidade da foto refletida por essas unidades que armazenam informações das cores, sombras, brilhos e outros detalhes. Portanto, não é aconselhável desrespeitar a exatidão dos pixels gravados em 2 megapixels. Querendo

uma ampliação do tipo pôster, 24 x 36 cm ou até 40 x 50 cm, a resolução ideal é de 5 megapixels ou 2.560 X 1.920 pixels (veja a tabela nesta página). Há uma vantagem com esse tamanho ou maior: você pode imprimir apenas uma porção da imagem, recortando a foto no programa de tratamento e de manipulação que acompanha a câmera. Outro ponto importante em relação aos formatos para impressão é a forma de salvar as imagens nos computadores. O padrão normal das digitais é o JPEG (Joint Photographic Expert Group), conhecido como arquivo jota-pégue, relativamente pequeno e fácil de trabalhar. Mas esse arquivo traz um pequeno problema e para evitá-lo não abra e salve muitas vezes as fotos JPEG, porque a compressão das imagens é acumulativa.

Abrindo e salvando muitas vezes, gradativamente elas chegarão a um ponto em que suas características originais de qualidade e exatidão desaparecerão.

Aí vai um pequeno truque: se você pretende tratar as fotos tiradas, salve-as no formato TIFF (Tagged Image File Format), que não possui esquemas de compressão. Faça todas as manipulações desejadas e vá salvando em

TIFF. Quando finalizar, grave em JPEG e já poderá armazenálas em CDS e mandar imprimir sem ter perdido as peculiaridades originais da foto. Com referência a enviar imagens via internet, o ideal é utilizar formatos de baixa resolução de 640 x 480 pixels ou 1.024 x 768 pixels, tornando-as mais leves para circular no ambiente virtual. Mas nada impede que você as envie com resoluções de 4, 5, 6 ou mais megapixels. Outra dúvida de muitas pessoas é sobre a capacidade dos PCs em receber e visualizar as fotos. Se você possui um sistema antigo do tipo 386 ou 486 com Pentium I, poderá ter certas dificuldades com fotos de alta resolução, de 4 ou 5 megapixels. Uma boa configuração do PC é a que se encontra hoje no mercado com Pentium III, 550 MHertz, 128 MB de memória RAM e placa de vídeo de 16 MB. Essa máquina básica raramente criará problemas com suas fotos digitais. As noções da capacidade de resolução e de formatos de fotos e os tamanhos também em relação à resolução estão nas tabelas mostradas na página. Anote as informações e anexe ao manual da sua câmera. Na dúvida, as tabelas sempre servirão como guia.

Fotos: Divulgação
Nessa tabela é possível conferir a diferença nos formatos de impressão
Fotos: Ana Maria Guariglia

CAPITAL PAULISTA ENCERRA ANO COM A SEGUNDA MENOR

INFLAÇÃO EM SP É A MENOR DESDE 1998

Em 2005,ocustodevida na cidade de São Pauloregistrou amenor elevação dos últimos sete anos, segundo dados divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De janeiro a dezembrode 2005,o Índicedo Custo de Vida (ICV) apresentou altade 4,54%. Avariação é maiorapenasdoqueaapresentada em 1998, quando o ICV teve alta de 0,49%.É a segunda menor taxa de toda ahistória do indicador, iniciada em 1959. Em 2004, o ICV subiu 7,7%. "Foi uma inflação muito boa. Ninguém pode reclamar", afirmou a coordenadora da pesquisa,Cornélia NogueiraPorto. Elalembrou que, no início do anopassado, aexpectativa era de uma variação de 5% a 5,5% do ICV para 2005. Em sua avaliação, a elevação controladadospreçosdeve-se principalmente a dois fatores: a valorização do real em relação ao dólar eo reflexo deuma renda da populaçãoaindareprimida, o que segurou o consumo. Pressões – Amaioraltaentre osgrupos doICVno anopassado foi em Transportes, que avançou 9,62%. O grupo Educação e Leitura exibiu uma elevação de 8,28%, enquanto Saúde avançou 6,37% no período. Já osgrupos Equipamentodoméstico(1,04%), Despesas Pessoais(0,92%), Recreação (0,89%) eVestuário(- 0,25%) apresentaram variações muito abaixo do resultado final.

Outra boanotícia éque os preços subiram menospara as pessoas mais pobres. O ICV para famílias comrenda mensal média de R$377,49 ficou em 3,8%. Já para as famílias intermediárias, com ganhos mensais médios de R$ 934,17, a variação foi de 4,09%, enquanto para as de maior poder aquisitivo, comrendimento médio deR$ 2.792,90,a inflaçãoficou na casa dos 4,94%. "Os resultados díspares têm origem na forma como cada família distribui seus gastos, que se altera deacordocomoseu poderaquisitivo", explicoua coordenadora do ICV. IPC-S – Enquanto isso, na primeira quadrissemana de janeiro, a disparada nos preços dosalimentos (de 0,75%para 1,42%)levou aoaumentoda inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S). O indicador encerrou o período com alta de 0,69% ante 0,46% na semana anterior. Para aFundação GetúlioVargas(FGV),a inflação maiorjáera esperada,visto quejaneiro étempo depreços altos no varejo.

Segundo o economista da FGV, André Braz,houvecombinação de elevações de preços em alimentos in natura e alimentos processados. Na avaliação do técnico, a alta não é preocupante. "Sãoaumentos causados por efeitos pontuais", afirmou, comentando que o cenárionãodeve constituirtendência sustentáveldeinflação alta no longo prazo. (Agências)

FALÊNCIAS & CONCORDATAS

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 9 de janeiro de

na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente:Vicunha Têxtil S.A. - Requerido: Comércio de Confecções e Acessórios Duque Ltda. - Rua Oriente, 505 loja 09 - 02ª Vara de Falências Requerente:Fênix Ind.e Comércio deAlimentos Ltda. - Requerido: Bar e Empório Santa Rita Ltda. - Rua Manoel Ferreira Barbosa, 340 - 01 Vara de Falências

Requerente: Comércio de Alimentos Landi Ltda. - Requerido: TheBurger Lanches Ltda. - Rua Jumana, 235 - 02ª Vara de Falências Requerente: Joanir de Souza GonçalvesRequerida: Gazeta Mercantil S/ARua Ramos Batista, 444 - 01ª Vara de Falências

Mercado espera queda da Selic para 17,5%

O BancoCentral(BC) não deverá acelerar o ritmo de queda dos juros, aposta a maioria dos analistas financeiros, segundo mostra o resultado da pesquisa semanal Focus. Ocorte seriadeapenas0,5 ponto. OComitê dePolítica Monetária(Copom) realizana semana que vem sua primeira reunião deste ano. Ao longo de 2006, o Copom se reunirá oito vezes,e nãomaisuma vezpor mês, como foi até agora. Ataxa, com isso,recuaria

dos atuais18% e passariaa ficar em 17,5%, menor nível desde novembro de 2004. "Os sinais dados pelo BC até o momento sãode manutenção do gradualismona trajetóriade queda dosjuros",afirmou a economistado BancoFibra, Maristela Ansanelli.

O focode maioratenção do BC no momento, na opinião da economista,éa possibilidade de repasse da inflação mais altadoúltimotrimestredo ano passado para 2006. (AE)

Janeiro começa com alta nas exportações

Passadaa celebração das cifras recordesno comércio exteriorbrasileiroem2005 –saldo positivode US$44,764 bilhões e exportações de US$ 118,309 bilhões –, a balançacomercial estreou em 2006 com o registro do superávit de US$745 milhões na primeira semana dejaneiro. Deacordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior(Secex), as exportações do período somaram US$ 2,124 bilhões, e as importações,US$ 1,379bilhão. Os números ainda estão muito longe de garantir o cumprimento do objetivo do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC)defecharo anocom um volume de US$ 132 bilhões em exportações. Mashá algunssinaispositivos na primeira semana de um mês que, tradicionalmente, disputa comfevereiro otítulo de mais fraco do ano em comércio exterior.O primeirosinal foi a elevação do movimento nos portos e aduanas, em relação a janeiro do ano passado. A média diária de exportações foi de US$ 424,8 milhões na semana, cifra 19,8% maior que a de janeiro de 2005. A de impor-

tações alcançou US$ 275,8 milhões, o que representou um aumento de 10,1%.

A taxa mais alta de crescimento dos embarques do que dos desembarquesreflete o mesmo comportamento do comércio de bens do Brasil com o mercadoexterno nosúltimos dois anos. Deve-se a variáveis como o baixo crescimento da economia do País, o nível modesto de investimentos e a valorização cambial. Petróleo – Os dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram aindaque,pelomenos na primeira semana do ano, houve superávitpara o Brasil nas trocas de petróleo e derivados.Osetor lideroua lista de embarques, com média diária deUS$ 57,911milhões, valor 148,7% maior que o verificado em janeiro de 2005.A média diária de importação alcançou US$ 44,590 milhões, o que indicaum saldo positivo médio de US$13,321 milhões ao dia. A Secex constatou que houve expansão de 53,4% nas exportações deprodutos básicos, emrelação a janeiro de 2005,porconta do desempenho do setor de soja, cujas vendas cresceram 55,1%. (AE)

Calçados: faturamento recorde

A sexportaçõesde calçados fecharam 2005 com o recorde histórico de US$ 1,880 bilhão, segundo dadospreliminares (que nãoincluem partes de calçados) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex)doMinistériodo Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior. Odesempenho ficou1,3%acima do US$1,846 bilhão registrado em 1993. Na comparação com 2004, o resultado cresceu 4%.

CONVOCAÇÕES

Apesar daqueda de11% no volume de paresexportados em 2005, os números mostram que o calçado brasileiro está se reposicionando junto aos compradores internacionais. "A despeito das dificuldades, nossosempresáriostêm conseguido alternativas numa nova faixa de produtos com preço médio mais alto e forte conteúdodemodae qualidade.", disse opresidente da Couromoda, Francisco Santos. (AE)

TUPAN ENERGIA ELÉTRICA S. A. CNPJ/MF nº 02.800.821/0001-38 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 22 DE NOVEMBRO DE 2005. 1 - DATA, HORÁRIO E LOCAL: Vinte e dois de novembro de dois mil e cinco, às 14 hs. (quatorze horas), na sede social, situada na Rua Paula Souza nº 326, sala 02, bairro da Luz, em São Paulo-SP; 2“QUORUM”: Estavam presentes os acionistas detentores, em conjunto, da totalidade das ações do Capital Social, conforme assinaturas no Livro de Presenças; 3-DIREÇÃO DOS TRABALHOS: Assumiu a Presidência dos trabalhos a representante legal da acionista Galf Empreendimentos Ltda., Sra. Ana Maria Gonçalves Furlan, que convidou o Diretor Vice Presidente, Sr. Caio Weil Villares, para exercer as funções de Secretário; 4 - INSTALAÇÃO DA ASSEMBLÉIA - ORDEM DO DIA: Tendo em vista a presença dos acionistas que, em conjunto, representavam atotalidade do Capital Social, a Sra. Presidente declarou a Assembléia regularmente instalada, independentemente das formalidades legais de convocação, de acordo com o disposto no parágrafo 4º do Artigo 124 da Lei nº 6.404/76. Na seqüência o Sr. Secretário, assumindo a palavra, informou que os trabalhos da Assembléia, conforme o convite efetuado atodos os acionistas, obedeceriam àseguinte Ordem do Dia: a) registro em ata, para os devidos fins perante terceiros, da atual composição acionária da Sociedade em vista das cessões de ações efetuadas que resultaram em alteração de percentuais, exclusão de acionista e admissão de novos acionistas; b) apreciação de Proposta da Diretoria para aumento do Capital Social passando do valor atual de R$ 11.750.000,00 (onze milhões e setecentos e cinqüenta mil reais) para R$ 26.120.840,00 (vinte e seis milhões, cento e vinte mil e oitocentos e quarenta reais) por subscrição particular de ações; 5 - DELIBERAÇÕES: a) Como primeiro item da Ordem do Dia, o Sr. Secretário distribuiu a todos os presentes cópias do quadro atualizado de acionistas, em valores percentuais, que já era, evidentemente do conhecimento de todos. Não havendo o que se debater a respeito, o quadro foi aprovado, por unanimidade, conforme adiante se transcreve:Galf Empreendimentos Ltda.- 30,86%; Bimetal Ind.e Com.de Prod. Metal. Ltda. - 26,80%; Arcadis Logos Energia S. A.- 20,18%; Alexandre Herculano Coelho de Souza Furlan - 1,27%; Pedro Antonio Coelho de Souza Furlan - 0,85%; Velci Luiz Kaefer - 10,02% e Roberto Kaefer – 10,02%, perfazendo, portanto, 100%; b) Na seqüência dos trabalhos, como item b e último da Ordem do Dia, foi apresentada ao plenário a seguinte PROPOSTA DA DIRETORIASenhores acionistas: Tendo em vista atender às necessidades futuras de aportes de Capital com recursos próprios dos acionistas para a execução das obras da PCH Rondonópolis, a Diretoria propõe aos senhores acionistas um aumento do Capital Socia passando do valor atual de R$ 11.750.000,00 (onze milhões e setecentos e cinqüenta mil reais) para R$ 26.120.840,00 (vinte e seis milhões, cento e vinte mil e oitocentos e quarenta reais), sendo o acréscimo, no valor de R$ 14.370.840,00 (quatorze milhões, trezentos e setenta mil e oitocentos e quarenta reais), proveniente da subscrição pelos acionistas, na proporção das respectivas participações, de 14.370.840 (quatorze milhões, trezentos e setenta mil e oitocentos e quarenta) ações, ao preço unitário de R$ 1,00 (um real), com integralização de 10% (dez por cento), ou seja, R$ 1.437.084,00 (um milhão, quatrocentos e trinta e sete mil e oitenta e quatro reais), no ato, em dinheiro, ficando a parcela restante, no valor de R$ 12.933.756,00 (doze milhões, novecentos e trinta e três mil e setecentos e cinqüenta e seis reais), a ser integralizada, também em dinheiro, até 31.12.2006. Se aprovada esta proposta, e considerando o valor já integralizado até a presente data, inclusive, o Artigo 5º do Estatuto passará a vigorar com a seguinte redação: Artigo 5ºO Capital Social é de R$ 26.120.840,00 (vinte e seis milhões, cento e vinte mil e oitocentos equarenta reais), totalmente subscrito, dividido em 26.120.840 (vinte e seis milhões, cento e vinte mil e oitocentos e quarenta) ações, todas ordinárias e do valor nominal unitário de R$ 1,00 (um real), sendo 10.074.291 (dez milhões, setenta e quatro mil e duzentas e noventa euma) integralizadas

EDITAIS

SECOVI-SP – SINDICATO DAS EMPRESAS DE COMPRA, VENDA, LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS DE SÃO PAULO

Edital - Contribuição Sindical Patronal de 2006 Em cumprimento ao disposto no artigo 605 da CLT, ficam notificados todos os condomínios residenciais, comerciais e mistos, shopping centers e as empresas cujas atividades econômicas sejam representadas pelo SECOVISP, associadas ou não, de que deverão recolher até o dia 31 de janeiro em curso, a Contribuição Sindical Patronal para o exercício de 2006, sob pena de incorrerem nas penalidades estipuladas no art. 600 da CLT. As guias para recolhimento também podem ser obtidas no site da CEF – www.caixa.gov.br. São Paulo, 5de janeiro de 2006. Lair Alberto Soares Krahenbuhl - Presidente em exercício -SECOVI-SP09-10-11/01/2006

Calçados em alta, exportação também: vendas recordes lá fora
Sebastião Moreira/AE 12/05/04

Trabalhadores começaram a operação às 8h de ontem e não houve a necessidade de fechar todas as pistas das estradas

APetrobras está disposta a conversar com o governo do presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, mas ainda não tem nenhuma proposta formal de administração em sociedade das suas refinarias instaladas em território boliviano. A estatal desmentiu as informações da agência boliviana de notícias Fides de que estaria disposta a dividir a gestão das refinarias. Segundo a empresa, ainda não há nenhuma conversa sobre o tema. A empresa deve

Odepartamento de estatísticas da China revisou o crescimento do PIB do país em 2004 de 9,5% para 10,1%, depois da conclusão de um censo econômico, informou o departamento. O novo número de 2004 ficou em 15,988 trilhões de yuan ou cerca de US$ 1,931 trilhão.

A revisão fez da China a sexta maior economia do mundo em 2004, saindo do sétimo lugar. (AE)

Ogoverno do presidente venezuelano Hugo Chávez continuará, em 2006, sendo um grande comprador de títulos da dívida argentina. O anúncio do interesse venezuelano nos "Bônus Kirchner", forma como Chávez se refere aos títulos emitidos pelo governo do presidente Néstor Kirchner, seu principal aliado político na América do Sul, foi realizado pelo ministro das Finanças da Venezuela, Nelson Merentes. (AE)

Não há sinais de que o vírus da gripe aviária que se espalha pelo leste da Turquia esteja sendo transmitido entre seres humanos, afirmou ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS), que confirmou quatro casos de gripe aviária na parte asiática do país. (Reuters)

Começam as obras de recuperação das estradas nacionais

Somente em São Paulo serão gastos R$ 4,4 milhões na reforma das rodovias

AVARIG Crise fez eficiência operacional cair de 79 para 67 pontos entre novembro e dezembro.

iniciar o diálogo após a posse do novo presidente, em 22 de janeiro. Antes disso, poderá haver negociações durante a visita de Morales ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva,

Oministro da Fazenda, Antonio Palocci, voltou ontem ao trabalho, após um período de férias iniciado em 26 de dezembro. Ao chegar à Fazenda, após reuniões no Palácio do Planalto, o ministro não quis confirmar a informação de que o superávit primário do setor público teria sido de 4,97% do PIB em 2005. "Vamos esperar os números oficiais", disse. As projeções de mercado para o superávit em conta corrente deste ano subiram de US$ 7,5 bilhões

Ogovernador Geraldo Alckmin sancionou ontem o projeto de lei que cria a Defensoria Pública de São Paulo, órgão responsável pela defesa de todos os cidadãos que não podem pagar pelo trabalho de advogados, e vetou a contratação de advogados que não são concursados.

dia 13, em Brasília. O presidente da estatal, Sergio Gabrielli, reafirmou que está disposto a conversar, mas que não foi procurado por representantes de Morales. (AE)

Cássio Casseb (foto), de 50 anos, assumiu ontem a presidência do Grupo Pão de Açúcar. O executivo reuniu-se com 500 funcionários na sede do grupo líder do varejo de supermercados, em São Paulo. Sua meta é melhorar os resultados. Em novembro, o grupo registrou queda real de 4,5%. Em valor, as vendas líquidas somaram R$ 1,129 bilhão, alta de 6,3%. (AE)

para US$ 8 bilhões em pesquisa semanal do Banco Central (BC). Há quatro semanas estas previsões estavam em US$ 6,57 bilhões. As expectativas de superávit da balança comercial para este ano aumentaram de US$ 36,98 bilhões para US$ 37 bilhões. Esta foi a segunda elevação consecutiva destas previsões, que estavam em US$ 36 bilhões há quatro semanas. Para 2005, as estimativas de superávit em conta corrente são de US$ 15 bilhões. (AE)

O "trem da alegria", como era chamado o artigo que aceitava orientadores trabalhistas e advogados sem a necessidade de concurso, não foi aceito pelo governo, que alegou inconstitucionalidade do item. "A única forma de ingresso na Defensoria é por concurso público", disse o governador. (AE)

EUA denunciam dumping na exportação brasileira de suco de laranja Consumo de combustíveis no País cresceu 2% até novembro OceanAir briga na Justiça com a Gol por hangar em SP

sobras de recuperação nasrodovias federais que cortamSão Paulocomeçaram ontem às 8 horas. Ao todo, 642 quilômetros de cinco estradaspaulistas devempassar pela operação tapa-buracosdo ProgramaEmergencial deTrafegabilidade eSegurança nas Estradas, com a aplicação de R$ 4,4 milhões.

A rodovia Régis Bitencourt (BR-116), que liga São Paulo ao Sul do País, é a que mais necessita de reparos, já quepossui 300 quilômetros comproblemasde crateras.Aestrada éa querecebeumaior concentraçãodefrentesdetrabalho:quatro, quese somam àsduas que já atuavam no local. Segundo o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), as seis equipestrabalhamnotrechoentre adivisa dacidade deSãoPaulo como município de Taboão da Serra até à divisa do Paraná.

O segundo maior trecho, com um total de 143 quilômetros, é o da Rodovia Transbrasiliana (BR-153),que liga São Paulo a Minas Gerais e este estado ao Paraná.

A presença de homens e máquinas tambémesteve intensa ontem durante todo o dia na Fernão Dias (BR-381), que liga SãoPauloà capitalmineira, Belo Horizonte. Na rodovia, as obrasalcançam90 quilômetros, desdea divisa entreSão Pauloe MinasGeraisaté oencontro com a rodovia Presidente Dutra, na altura da cidade de Guarulhos.

NaRio-Santos (BR-101),outros 56 quilômetros estão em obras desde Ubatuba,nolito-

ral norte paulista, até a divisa deSão Paulocom oRio deJaneiro.A menorextensão dos trabalhos, 32quilômetros, fica naBR-459,entreadivisadeMinas Gerais com São Paulo até o município de Lorena, na região do Vale do Paraíba, altura da rodovia Presidente Dutra. De acordo com o Dnit de São Paulo, os reparos não prejudicam o tráfego de veículos e nenhuma pista precisou ser totalmente interditada. De acordo como órgão,aúnica empresa contratada em regime de urgência foia Construtora Planalto, responsável pelas obras na BR-153.Nos demais trechos,a execuçãocoubeà Delta S/AEngenharia, quejá havia fechado um contrato em processo de licitação.

Outros estados – O plano de recuperação das estradas tambémteveinício nosoutros estados da Federação. Na BR040, que liga o Distrito Federal aMinasGerais,as máquinas estavam na pista desde as 7 horas de ontem. Na rodovia serão

recuperados 153 quilômetros. De acordo com o supervisorde manutençãodoDnit para Goiás e Distrito Federal, Luiz Uranir, sónessa estrada serãogastos R$3 milhões."A BR-040 é considerada o maior problema da região em função do intenso tráfego", explicou Uranir. No região em volta deBrasília,serãoinvestidos R$ 10 milhões.

Dinheiro bem gasto – Ao visitar o quilômetro sete da BR040, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, garantiuqueos R$440milhões que o governofederal pretende investir na recuperação das rodovias federais e estaduais serão bem empregados. "Se não fizermos esses investimentos agora, eles sairiam mais caro mais tarde", disse. Nascimento voltou a afirmarque, apesarde aintervençãoem 26mil quilômetrosem rodoviasde25 estadosbrasileiros seremergencial,o governo já garantiu que, ao longo de 2006, será feito um trabalho de prevenção nas estradas. Contratos – No Rio de Janeiro,equipes deempresascontratadas pelo Dnit já trabalham nas obras derecuperação daRodovia BR 101, no trecho norte fluminense queligaacidadede Manilha, na região metropolitana,ao Estadodo EspíritoSanto. Aestrada foiobjetodedisputa entreosgovernosfederaledoestado – agovernadora Rosinha Garotinho(PMDB)recorreu à Justiça para fazer as obras de emergênciaqueaadministração federalnãorealizava.Serãoaplicados mais de R$50 milhões em oitorodoviasfederais quecortam o Rio de Janeiro. (Agências)

Monalisa Lins/AE
Operação tapa-buracos
DOW JONES
Índice da bolsa de Nova York passou de 11 mil pontos pela primeira vez desde 2001.
Funcionários da Delta Engenharia trabalham em um trecho de 90 quilômetros da rodovia Fernão Dias
Marcelo Carnaval/Ag O Globo
Celso Júnior/AE

Ampliada a isenção de ICMS no programa Simples Paulista

Lei que altera o regime tributário simplificado das micro epequenas empresaso Simples Paulista. Com a alteração do Simples Paulista, além de ampliar o limite de isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) para empresas que faturam até R$ 240 mil/ano (antes era de R$ 150 mil anual), as empresas de pequeno porte que faturarem até R$ 2,4 milhões/ano não precisarão migrar para outro regime tributário.

O projeto inova também ao permitir que produtores rurais e indústria realizem vendas para outros contribuintes sem perder acondição de micro e pequena empresa. Eas receitas das exportações deixam de comprometer os limites anuais de faturamento das microempresas e das empresas de pequeno porte.

A seguir a íntegra da lei.

LEINº 12.186

DE 5 DEJANEIRODE 2006

Altera a Lei nº 10.086, de 19 de novembro de 1998, que dispõe sobre o regime tributário simplificado da microempresa e da empresa de pequeno porte do Estado de São Paulo.

O GOVERNADORDO

ESTADODE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Passam a vigorar com aseguinte redação os dispositivos adiante indicado da Lei nº 10.086, de 19 de novembro de 1998:

I - O artigo 1º:

“Artigo 1º - Para fins do disposto nesta lei, consideram-se:

I - microempresa, o contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de ServiçosICMS que, cumulativamente:

a) realizar exclusivamente operações aconsumidor ou prestações a usuário final, sendo permitida a realização de operações ou prestações com contribuinte também beneficiário deste regime tributário simplificado, desde que haja preponderância econômica de operações com consumidor ou prestações ao usuário final;

b) auferir, durante o ano, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).

II - empresa de pequeno porte, o contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços - ICMS que, cumulativamente:

a) realizar exclusivamente operações a consumidor ou prestações a usuário final, sendo permitida a realização de operações ou prestações com contribuinte também beneficiário deste regime tributário simplificado, desde que haja preponderância econômica de ope-

rações com consumidor ou prestações ao usuário final; b) auferir, durante o ano, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões, e quatrocentos mil reais).

§ 1º - Entendem-se por: 1 - operações a consumidor aquelas realizadas com não contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços - ICMS ou aquelas em que as mercadorias não devam ser objeto de comercialização ou industrialização pelo destinatário;

2 - prestações de serviços a usuário final as realizadas para não contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços - ICMS ou as que não estejam vinculadas a operações ou prestações subseqüentes de comercialização, industrialização ou prestação de serviço.

§ 2º - As exportações ficam equiparadas às operações ou prestações de que trata o § 1º.

§ 3º - A receita bruta anual referida neste artigo será:

1 - a auferida no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro;

2 - calculada à razão de um duodécimo do valor, por mês ou fração, caso o contribuinte não tenha exercido atividade no período completo do ano.

§ 4º - Observado o disposto no “caput” do artigo 8º, não se aplica a restrição prevista na alinea “a” dos incisos “I” e “II” ao contribuinte microempresa ou empresa de pequeno porte, com atividade econômica de produção rural ou industrial.

§ 5º - Para fins de enquadramento, não será considerado o valor das operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias e serviços até o mesmo valor da receita bruta efetivamente auferida em operações e prestações realizadas no mercado interno, observada a disciplina estabelecida pelo Poder Executivo.” (NR); II - o artigo 2º.

“Artigo 2º - Não se enquadra no conceito de microempresa ou de empresa de pequeno porte previsto no artigo 1º:

I - a empresa:

a) constituída sob a forma de sociedade por ações;

b) em que o titular ou sócio seja pessoa jurídica ou, ainda pessoa natural domiciliada no exterior; c) em que o contribuinte, o titular ou o sócio participe do capital de outra empresa; d) em que o contribuinte, o titular ou o sócio já tenha participado de microempresa ou empresa de pequeno porte desenquadrada de ofício do regime por prática de infração fiscal; e) que possua mais de um estabelecimento, ressalvado o disposto no §1º”.

II - o contribuinte que e xerça as seguintes ativid ades:

a) importação de produtos estrangeiros, exceto quando destinados à integração no seu ativo imobilizado;

b) armazenamento ou depósito de mercadorias de terceiros;

c) prestação de serviço de comunicação;

d) operação com energia elétrica;

e) operação ou prestação de serviço de transporte de combustíveis ou de solventes;

f) operações ou prestações de serviço sujeitas ao regime jurídico da substituição tributária, quando definido na legislação como responsável pela retenção do imposto devido nas operações subseqüentes;

g) as de caráter eventual ou provisório;

III - o contribuinte que tenha auferido, no ano imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões, quatrocentos mil reais) ou, caso não tenha exercido atividade no período completo do ano, superior a um duodécimo desse valor multiplicado pela quantidade de meses ou fração de mês de atividade.

§ 1º - Para os efeitos da alínea “e” do inciso I, não se considera estabelecimento diverso:

1 - o depósito fechado que o contribuinte mantenha exclusivamente para armanezamento de suas mercadorias;

2 - o estabelecimento que o contribuinte mantenha exclusivamente para fins administrativos ou para exposição de seus produtos;

3 - no caso de atividade integrada, outro estabelecimento do mesmo titular voltado para as atividades agropecuária ou extrativa, vegetal ou mineral de geração, inclusive de energia, de captura pesqueira ou de prestação de serviços a elas relacionadas.

§ 2º - O disposto na alínea “c” do inciso I não se aplica:

1 - à participação da microempresa ou da empresa de pequeno porte em centrais de negócios ou em consórcio de exportação ou de venda no mercado interno;

2 - à simples detenção de ações de capital de sociedade anônima, negociadas em Bolsa de Valores”. (NR);

III - o artigo 3º.

“Artigo 3º - O enquadramento do contribuinte em qualquer dos regimes de que trata esta lei será efetuado, conforme disposto em regulamento, mediante declaração de sua opção pelo regime, contendo no mínimo:

I - nome e identificação da pessoa natural ou jurídica e seus sócios;

II - número da inscrição estadual;

III - declaração de que:

a) preenche o requisito mencionado na alínea “a”

dos incisos I ou II do artigo 1º, exceto na hipótese prevista no § 4º do artigo 1º; b) preencherá o requisito da alínea “b” do inciso I ou II do artigo 1º;

c) não se enquadra nas vedações indicadas no artigo 2º;

d) está ciente de que sua permanência no regime está condicionada à observância das disposições estabelecidas na legislação; e) autoriza a empresa administradora de cartão de crédito ou de débito a fornecer, à Secretaria da Fazenda, relação dos valores referentes às suas operações eprestações de serviços.

§ 1º - O enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte fer-se-á segundo a receita bruta anual prevista, cujo valor não poderá ser inferior à receita bruta auferida no exercício imediatamente anterior, observados os limites estabelecidos na alínea “a” do inciso I ou na alínea “a” do inciso II, bem como o disposto no § 3º, todos do artigo 1º.

§ 2º - O enquadramento condiciona-se à aceitação, pelo fisco, dos elementos contidos na declaração, inclusive quanto aos valores econômico-fiscais indiciários da capacidade econômica do contribuinte.

§ 3º - O contribuinte que, a critério do fisco, não preencher as condições previstas, inclusive quanto àincompatibilidade com o limite fixado para a microempresa ou empresa de pequeno porte, terá seu enquadramento recusado de pronto.

§ 4º - Se, para fins do disposto no § 3º, forem necessárias diligências ou análise adicional de seu pedido, o contribuinte será notificado da decisão do fisco, no prazo de 30 (trinta) dias contado da data da entrega da declaração.

§ 5º - O indeferimento comunicado após o prazo previsto no § 4º produzirá efeitos a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente à data da notificação.

§ 6º - Será admitida a interposição de recursos, sem efeito suspensivo, uma única vez, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da notificação do despacho de indeferimento”. (NR);

IV - o artigo 5º:

“Artigo 5º - Nas hipóteses previstas nos incisos I e II, do artigo 4º, o contribuinte deverá comunicar a perda de sua condição de microempresa ou empresa de pequeno porte à repartição fiscal a que estiver vinculado, no prazo fixado em regulamento.

Parágrafo único - Equipara-se à declaração falsa o descumprimento daobrigação referida neste artigo”. (NR); V - o artigo 12:

“Artigo 12 - O regime especial de apuração aludido

no artigo 8º consiste no pagamento mensal de imposto, calculado da seguinte forma:

I - sobre o valor da operação ou prestação relativo a cada aquisição de mercadoria ou serviço, ainda que destinados ao ativo imobilizado ou ao uso e consumo, aplicar a tributação, base de cálculo e aliquota previstos na legislação para a correspondente mercadoria ou serviço;

II - do valor obtido na forma do inciso I, deduzir o valor do imposto destacado no documento fiscal relativo à correspondente aquisição da mercadoria ou do serviço tomado no período; III - sobre o valor das operações ou prestações r ealizadas no período por empresa de pequeno porte, será aplicada a tributação conforme tabela aba ixo:

RECEITA BRUTA MENSALTRITUBAÇÃODEDUÇÃO

Até R$ 60.000,002,1526%R$ 430,53

De R$ 60.000,00 a R$ 100.000,003,1008%R$ 999,44

Acima de R$ 100.000,014,0307%R$ 1.929,34

§ 1º - O regime especial de apuração do imposto previsto neste artigo não abrange as situações a seguir indicadas, hipótese em que o imposto quando devido deverá ser pago na conformidade da legislação própria;

1 - o valor do imposto devido no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior;

2 - o imposto que deva ser recolhido na qualidade de responsável;

3 - o produtor não equiparado a comerciante ou industrial e o transportador autônomo.

§ 2º - Para fins de apuração do valor do imposto, serão excluídos os valores referentes a:

1 - relativamente aos incisos I e II;

a) hipóteses abrangidas pelo § 1º;

b) mercadoria ou serviço cuja operação ou prestação seja não tributada ou isenta do ICMS;

c) retorno da mercadoria, quando da sua remessa para venda fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículo; d) saída de mercadorias a título de devolução; e) mercadoria adquirida ou serviço tomado de contribuinte paulista também beneficiário de regime tributário simplificado previsto nesta lei; 2 - relativamente ao inciso III, a entrada de mercadorias a título de devolução.

§ 3º - No documento fiscal deverá constar, além dos demais requisitos:

1 - o valor da operação ou da prestação, consistente no resultado obtido na forma do § 2º;

2 - a indicação em separado do valor do imposto incidente, contido no valor do item 1.

§ 4º - A microempresa cuja receita bruta, no decorrer do ano de fruição da isenção, ultrapassar R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), terá suspensa a isenção prevista no inciso II do artigo 10 e recolherá o imposto a partir do primeiro dia do mês subseqüente, aplicando a tabela constante no inciso III.

§ 5º - O contribuinte ao verificar que sua receita bruta superou, durante o ano de fruição do benefício, o limite fixado na alínea “b” do inciso II do artigo 1º será desen-

quadrado do regime tributário simplificado previsto nesta lei a partir da data da constatação do fato, ficando sujeito à legislação geral do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços - ICMS a partir do primeiro dia do mês subseqüente”. (NR).

Artigo 2º - Ficam acrescentados ao artigo 6º da Lei nº 10.086, de 19 de novembro de 1998, o inciso V e o § 3º, com a redação que se segue: “V - deixou de cumprir as demais obrigações tributárias, especialmente oregular recolhimento do imposto apurado mensalmente ou devido nos termos do § 1º do artigo 12”. (NR); “§ 3º - O contribuinte desenquadrado do regime tributário simplificado fica sujeito à legislação geral do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços - ICMS, nos termos de disciplina estabelecida pelo Poder Executivo”. (NR).

Artigo 3º - Ficam revogados os dispositivos adiante indicados da Lei nº 10.086, de 19 de novembro de 1998: I - o inciso V do artigo 4º; II - o artigo 17.

Artigo 4º - A microempresa, assim definida nos termos da Lei nº 6.267, de 15 de dezembro de 1988, inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS na data da publicação desta lei, que teve a isenção prevista no inciso I do artigo 8º, assegurada pelo artigo 17, ambos da Lei nº 10.086/98, deverá solicitar seu enquadramento no regime simplificado tributário nela disposto, nos termos de disciplina a ser estabelecida pelo Poder Executivo, até o primeiro dia do segundo mês subseqüente à data de publicação desta lei.

Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2006.

Palácio dos Bandeirantes, 5 de janeiro de 2006

Geraldo Alckmin

Eduardo Refinetti Guardia Secretário da Fazenda Fábio Augusto Martins Lepique Secretário-Adjunto, Respondendo pelo Expediente da Casa Civil Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 5 de janeiro de 2006.

DOE 06/01/06

PRESIDENTE VOLTOU A SOLICITAR QUE PARLAMENTARES VOTEM PROJETOS DE INTERESSE DO GOVERNO

LULA PEDE APROVAÇÃO DE LEI GERAL

Opresidente Luiz Inácio Lula daSilva voltou a pedir ontem, durante o programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que o Congresso voteprojetos deinteresse do governo. Ele citou as propostas da Lei Geral de Micro e Pequenas Empresas, da Pré-Empresa edoFundo de Desenvolvimento da Educação Básica."Seforemaprovados esses três projetos, o Brasil estará se preparando para enfrentar nospróximos anosum grande impulsono desenvolvimento", afirmou.

Lula lembroua importância das micros e pequenas empresas para o desenvolvimento da economia do País. Daí, segundoele, a necessidade dese atender uma das principais reivindicações desse setor. "As microse pequenas empresas são responsáveis pormaisde 60% dos empregos gerados no Brasil atualmente e nós queremos fazer uma lei que possa facilitar a criação eo funciona-

mento de uma empresa. Agindo dessa maneira, estaremos garantindo que haja mais oferta de empregos,mais salários, maisconsumo emaiscrescimento da economia brasileira", afirmou o presidente. Pré-fabril – Lula destacou ainda a possibilidade de criação da pré-empresa, que facilitaria avida do cidadão que quer começar um negócio. O presidente acredita que a aprovaçãodo projeto daLei Geral da Micro e Pequena Empresa poderá ajudara aumentar as exportações brasileiras. Ele lembrou que oBrasil tem exportado muitos produtos da categoriade manufaturados, com maior valor agregado.

"Quantomais empresasnós tivermos, quanto mais facilitarmoso processodeexportaçãodos produtosbrasileiros, maisteremos divisasemdoláres,mais teremossaldo debalançacomercial, maisgeraremosempregos no Brasil.Por isso é que éum projeto importante. É um projeto que foi dis-

cutidocomo Sebrae, comos parlamentares,com asempresas, foi discutido com a sociedade como um todo", disse. Mas, até agora, os apelos recorrentesdopresidente não surtiram efeito. Segundo o consultor legislativo do Sebrae nacional,Afonso Marcondes, o projeto da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa continua parado desde a aprovação pela comissão especialda Câmara, em dezembro passado.

A previsão éde quea votaçãodanovalegislação ocorra entre 15 de janeiro e 16 de fevereiro. "Com o apelo do presidente LulaparaqueoCongressodê prioridadeà LeiGeral,esperamos queela sejavotadapelosdeputados na semana do dia15dejaneiro", afirmou Marcondes.

Ainda assim, a aprovação dalei podedemorar mais.Issoporque seaCâmara dos Deputados modificar o atual projeto, ele ainda precisará ser votado pelo Senado. Laura Ignacio/Agências

Retração chega às pequenas

C omo reflexo da queda da atividade econômica brasileira noterceiro trimestrede 2005, as micros e pequenas empresaspaulistas tiveram em novembroqueda de 5,7% no faturamento real em relação ao mesmo mês de 2004, e de 6,5% sobreoutubrode2005.Os resultados interrompem a trajetóriadecrescimento iniciada emmaio,segundo aPesquisa de Conjuntura- Indicadores Sebrae-SP, divulgada ontem. Em valores estimados, a queda representaperda dereceita na ordem de R$ 1,2 bilhão nacomparação com novembro de2004, e de R$1,4 bilhão em relação a outubro de 2005. O setordo comércio foi o que registrou maiorrecuo defaturamento em 12 meses encerrados em novembro: 7,4%.

Segundo o economista do Sebrae-SP,Pedro JoãoGonçalves, nos meses anterioresas grandesempresas já mostravam sinais de desaceleração, tanto que foi registrada a queda de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. " O comércio já reclamava queo consumidorestava no seu limite de endividamento, mas arodavai parandoaos poucos", afirma Gonçalves. O economistaexplica que o recuo atingiuo comércio em cheio porque, com a desaceleração da economia, as grandes empresascompram menosinsumos e componentes. "Além domais, o comércioestava

com nível muito alto de faturamento, então sentiu um baque maior. O setor vinha de uma alta de 7,6 %", recorda. Nacomparaçãocom outubro de 2005, a queda de 9,6% no faturamento do comércio justifica-se porque novembro não teve nenhuma dataespecial, como o Dia das Crianças. Outros setores– Asmicros e pequenas empresasdaindústria eserviços tambémtiveram quedade faturamento em12 meses e encerraram com retração de 4,8% e 3,3%, respectivamente. Também interferiu neste resultado a base de comparação elevada, já que em novembro de 2004 oganho dessas empresas teve a maior taxa de crescimento (8,2%) desde 1998, quando a pesquisa começou. Mesmo com a queda de faturamento, de novembro de 2004 a novembro de 2005 os peque-

nos negócioscriaram100 mil novos empregos, o que levou o setora atingircercade 5,85bilhões de postos de trabalho. Expectativas – Para o mês de dezembro,a expectativaé de que as vendas definal de ano revertam o quadro de recuo, já que 57% dos pequenos negócios estão no setor comercial.

"Para fazerque oprimeiro semestre deste ano seja positivo, precisamos da combinação devários fatores:controleda inflação e conseqüente recuperação da rendareal dos brasileiros, além da queda dos juros básicos nos próximos meses, o que proporcionaria um aumento dos postos de trabalho", analisao superintendentedo Sebrae-SP, José Luiz Ricca. O universo dolevantamento foram 1,3 milhão de micros e pequenas empresasformais do Estado de São Paulo. (LI)

Novas regras de telefonia: nem tudo é bom para o consumidor

A s novas regras que vão regular o setor de telefonia fixa nos próximos 20 anos no Paísnãoforampositivasparao consumidor. A afirmação é da advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Daniela Tretter. Segundo Daniela, uma das principais mudanças,aconversãodecobrançadacontado telefone fixo de pulso para minuto ocorreu de forma equivocada, com o aumento da tarifa. Aassinaturabásicadotelefone fixo é outro ponto criticado pela representante do Idec. "A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) celebrou os novos contratos ignorando essa questão, como se a assinatura fosseumconsenso social,comose todos estivessem achando certo pagar a assinatura", disse a advogada.

Daniela ressaltou, porém, que a obrigatoriedade de detalhamentoda conta telefônica, uma das exigências que as empresas terão de cumprir,vai beneficiar o consumidor. Paraaadvogada,amudança na forma de reajuste das tarifas tambémpode serconsiderada benéfica. Hoje, elas são corrigidas pelo Índice Geral de Preços –Disponibilidade Interna (IGP-DI), quesofreinfluência do dólar. Agora, o IGP-DI será substituído pelo Índice Setorialde Telecomunicações (IST), no qual terá maior peso o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação ao consumidor. "Essatroca podeserapontada comobenéfica para o consumidor, embora o ideal fosse a correção peloIPCA,totalmente.Mas,comoelepesabas-

tante na formação do índice setorial, vamos ter uma situação muito mais próxima da situaçãofinanceira doconsumidor, doreajuste do salário,do reajuste da cesta básica", disse. Outras– Entre as mudanças trazidas pelas novas regras firmadas entre as concessionáriase aAnatel, em 22 de dezembro doano passado,estão o direitodos consumidoresde suspender os serviços por período de 60 a 120 dias sem ônus de religação, com limite de uma suspensão por ano. Valores cobrados de forma indevidaserão ressarcidosem dobro. Oconsumidor deverá também receber comunicação prévia seseunomefor incluído no cadastro de inadimplentes.OIdec recomendaquese reduzam o número e a duração de chamadas locais. (ABr.)

Pereira, assessor jurídico do Setrans-ABC (ao lado), diz que a edição da MP 275, considerada a princípio um presente para o setor, transformou-se em um embrulho de desvantagens

Comemoração vira dor de cabeça

Apóscomemorar aedição daMedida Provisória 275,que ampliaolimite defaturamento das empresas para o enquadramento no Simples Federal, o Sindicato das Empresasde Transporte de Cargas do ABC (Setrans-ABC) fez as contas e concluiu que o governo quer tirar do setor a possibilidade deseenquadrar neste regime de tributação. "Ogovernofederal aplicou um golpe nos contribuintes ao editaraMP275comoaumento das faixas de tributação", disse o assessorjurídico doSetransABC, Marco Aurélio Guimarães Pereira. A MP amplia de R$ 120 mil para R$ 240 mil anuais ofaturamentodasmicroempresas,edeR$ 1,2 milhão para R$ 2,4 milhões o das pequenas empresas. Pereira explica que a diferençaentrea tributação pelo

Simples daquela pelo lucro presumido poderáchegara R$ 4,8 mil anualmente para umaempresa de transporte, que fature R$ 190 mil, por exemplo. Segundo ele, pelo Simples essa empresa vai recolher R$ 25.650 e pelo lucro presumido, R$ 20.842. Regras eexceções – As empresas de transporte de cargas, juntamente com as de agências de viagens, escolas de formação decondutorese serviços de manutençãoelétrica sãoas exceções do setor de serviços para seenquadrar noSimples. Mas as regras que valem para elas não são as mesmas das que atuam no comércio. Asalíquotas doSimplespara essas prestadoras de serviço são50%superiores àsdocomércio. Enquanto uma empresa comercial que fatura R$ 1,2 milhão/anorecolhe 9% pelo

Simples,uma transportadora com o mesmo faturamento pagará 13,5%. Por esse motivo, o Setransingressou na Justiça com um mandado de segurança para obter o direito de equiparar as duas alíquotas. Segundo ele, as empresas no Simples nãoprecisamenviar inúmeras obrigações acessórias como ocorre com empresas que estão no lucro realou presumido. "Querem monitorar o máximo possível de empresas e, para isso, usam o corretor, que também se prejudica porter dificuldadeemrepassar os custos administrativos", afirma Pereira, que também é advogado e sócio da Paulicon, empresa de contabilidade. Paraele,antes daMP275,o Simples já não era vantajoso para algumas empresas. "Agora, ficou pior para todas."

Adriana David

IR: sai primeiro lote da malha fina

A Receita Federal liberou ontem a consulta à lista do primeiro lote residual, com 146.078 declarações de contribuintes com direito a restituições que somam R$ 199,99 milhões. Na virada de 2005 para 2006, eram 900

mil os contribuintes que estavam na malha fina do IR.

A tendência é de que seja liberado um lote residual uma vez por mês até dezembro. A partir de junho, a Receita começa a liberar também os lotes regulares

relativos ao IRPF deste ano. O dinheiro da restituição do lote divulgado ontem estará disponível para saque no dia 16, com correção de 13,02%. Informações no site da Receita Federal (www.receita.gov.br). (AE)

Fórmula de Ricca para crescimento: melhora da renda e queda de juros
Marcos Peron/Virtual Photo
Marco Aurélio Guimarães
Leonardo Rodrigues/Hype

COMO POUPAR PARA TER FUTURO TRANQÜILO

Com o fim da inflação, brasileiro cada vez mais se preocupa com aposentadoria

Todo santo mês, o profissionalliberal da área decomunicação

Lizimar Dahlke, 44 anos, deposita R$ 101 em um plano de previdência privada, alémde fazerregularmente contribuição do mesmo valor ao InstitutoNacional deSeguridade Social (INSS). "Daqui a 20 anos, devo ter uma aposentadoria decerca de R$ 2.200, somados os recursos do INSS e do plano privado", calcula. Dahlke éum dos quase40 milhões de brasileiros que investemsuas reservasdeolho no futuro, para garantir renda mensal quando chegar a hora de diminuir o ritmo. "Com disciplinae planejamento, fica mais fácil alcançaruma aposentadoria tranqüila", afirma. Segundoespecialistas, eletem razão: é preciso pensar em longo prazo. Mas de nada adianta poupar hoje e abandonar o projeto amanhã.E quanto mais cedo o trabalhador começar a investir, mais altos serão os rendimentos no futuro. "Seja rigoroso na hora de escolher ofundo deinvestimento em que vai aplicar o dinheiro,procurando conhecer todas as regras do plano em detalhes",aconselha o economistado siteFortuna, Marcelo D'Agosto. Antesde

tomaruma decisão,otrabalhador deve conhecer todos os custos e taxas cobradas em cadaaplicação eanalisaro aspecto fiscal. "Os bancos e seguradorassão muitobons emfalar dosbenefícios decadainvestimento, mas não lembram os clientes dosimpostose da taxade administração",alerta D'Agosto. "É preciso ficar alerta a todos os pormenores." Por contados desequilíbrios da previdência oficial, muita gente tem investido nos planosprivados. "Acredito queamelhor opçãoseja um modelo misto, como governo garantindo a aposentadoria básica e o restante vindo de um plano privado", diz a especialista em finanças pessoais da BankriskConsultoriae Treinamento, Márcia Dessen. "Até porque, com crise ou não, o sistemaoficialnãosatisfaz aposentadorias mais altas." Nos anos 60, o salário de um aposentadodoINSSeragarantidoporquatro contribuintes. Hoje essa relação é de 1,4 trabalhador para cada inativo, de acordo com dados da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp)."O aumento da expectativa de vida da população, a diminuição da natalidade, a mudança nas relações de trabalho, fraudesde diver-

sos tipose osistema derepartição simples, em que os trabalhadoresativosfinanciam as aposentadoriasdos inativos, foram os responsáveis por essa disparidade entre arrecadação e despesas", diz Márcia.

Cuidados – "O INSS sempre pagou os ordenados às pessoas quecontribuíram",afirmao economista e professor de Ciência Política daUnicamp Armando Boito Jr. "Já no caso daprevidênciaprivada, se a instituição financeira declararfalência,oinvestidorpodeperder todaa suareserva", alerta. Épor issoque queminveste na previdência privada deve se manter atento. Mas a partir de 2006, a Lei 11.196, que incorporou a MP do Bem,deve segregaropatrimônio dos fundos dos recursos própriosdas seguradoras."Assim, o dinheiro fica protegido nocasodeuma liquidaçãoextrajudicial dainstituição",destaca o vice-presidenteda Anapp, Marco Antonio Rossi. Entretanto, ainda nãohá prazo paraque amedida sejacolocada emprática, porquea leiprecisa ser regulamentada pela Superintendência deSeguros Privados (Susep),pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central (BC).

Sonaira San Pedro

Patrimônio já soma R$ 72 bilhões

Longe dos temposde in-

flação altíssima, quando era preciso gastar rapidamente osalário antesque ele sedesvalorizasse,obrasileiro está aprendendo a poupar ejá começa ase acostumar depois de quase 11 anos de estabilidade da moeda. Não foi à toa que a indústriade fundos de investimento seincrementou nesse período. Entre as diversas opções deaplicaçãofinanceiras, os planos de previdência privada foramosque maiscresceramnos últimos anos, de acordo com dados da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp).

De menos de R$ 1 bilhão, em 1994, as reservas desse investimento hoje alcançam o montante de R$ 72 bilhões. "Apro-

veitandoessadisposição das pessoas para guardar dinheiro, os bancos e seguradoras desenvolvem produtos com as maisdiversas características, voltados paraos maisdiferentes perfis de investidor", diz o vice-presidente da Anapp, Marco Antonio Rossi. Crianças — E foramos planos de previdência para os menores de idade que mais ganharamespaço no mercado, com um crescimentode23% em 2005. "De cada 20 planos de previdência, um é destinado a crianças eadolescentes,pago pelos pais", afirma Rossi. Com planos apartir dos R$50 mensais, é possível que se chegue aos 20anos de idadecom uma poupança suficiente para bancar uma boa faculdade, dar iní-

cio à vida profissional ou mesmo continuarinvestindo para se aposentar mais cedo. Mas, aexemplodasnovas gerações, as pessoas demais idadecorrem atrásdotempo perdido.Muitoscomeçam a pagar a previdência privada ou a aplicar em outros fundos delongo prazoaos40 anosou até mais tarde. É o caso da professorade GeografiaWilma Caez. Ela começou a investir em dezembropassado, aos45. "Penso em sacar esse investimento daqui a duas décadas, como umarenda complementar à aposentadoria pública", planeja.Os especialistasda área ressaltam: começar a investir mais tarde custa mais, mas sempre é tempo de pensar em garantir o futuro. (SSP)

Planos para todos os perfis

Um planode previdênciadepende da idade atual do investidor, da idade da aposentadoria, de quanto apessoa pode contribuir, de quanto se pretende receber no futuro e da rentabilidade da aplicação."Dá para adaptar a contribuição mensal aoorçamento doméstico,reduzindo um pouco o quanto receberána aposentadoria,esticandoo tempo deacumulação e aumentando a idade de se aposentar", diz o diretor da Santos Seguros, Joaquim Amaro. Mas não existe mágica. "SevocênãoganhaR$15 mil por mês, não adianta querer receber isso durante a aposentadoria", observa.

Opçõesnão faltam para quem quer investir. "Sempre haverá um plano que se encaixe perfeitamenteemseuperfil",dizo economistado site Fortuna Marcelo D'Agosto. Para ele, esses investimentos devem se destacar pela flexibilidade, para que o participante possa suspendê-los oucontar com resgates antecipados se

for necessário. "Outro aspecto importanteé atransparência", diz D'Agosto. "O investidor deve ser informado sobrecomoseu dinheiroestá sendo aplicado e qual o desempenho da carteira de aplicações." PGBL ou VGBL? — Na hora de começar a investir, é preciso escolher entre os planos. O Plano Geradorde BenefícioLivre (PGBL) permitea deduçãodo Impostode Renda (IR)de até 12% da renda bruta do contribuinte. "Eledá incentivofiscal das aplicações e pode ser usado na declaração do IR", destaca a superintendente de Previdência PrivadadoSantander, Marlene Rainer. Na hora da retirada,o IRé cobradosobreo capital e os juros. Já o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é indicado aos isentos de IR, pois não dá benefício fiscal. "Nesse caso, o IR é cobrado sobre a rentabilidade, também na hora do saque", diz Marlene. O novo regime de tributação do IRnosplanos,que entrou emvigor nocomeçode 2005,é

indicado paraquem pretende deixaro dinheiroinvestido por mais de dez anos, com rendamensalacimadeR$ 2.500. Conforme anovatabela,regressiva, a taxa para o saque de recursos investidos poraté dois anosé de35% ecai cinco pontos percentuais a cada dois anos. "A alíquota do IR baixa até os 10% se o dinheiro ficar aplicado por dez anos ou mais", dizo diretorcomercial da BrasilPrev, Marco Barros. Quem for isento do pagamento de IR deve escolher a tabela progressiva doimposto, pois a menor alíquota do novo regime de tributação é de 10%.

"As pessoasque começarema receber a aposentadoria privada em menos de cinco anos devem optarpelatabelaantiga do IR", recomenda Barros. "Em umperíodo deaté quatro anos, os tributos da nova tabela correspondema 30%,um valor superiorà maioralíquotadatabelaantiga,que éde 27,5%." Nahoradaescolha, é precisoficar atento para não perder dinheiro. (SSP)

De cada 20 planos de previdência, um é destinado a crianças e adolescentes

Na avaliação da consultora especializada em finanças pessoais Márcia Dessen, o ideal é o trabalhador adotar um sistema misto para guardar dinheiro para quando se aposentar. Nesse modelo, o governo garante uma aposentadoria básica, por meio do INSS, e o plano privado fica com a complementação dessa renda, que muitas vezes é insuficiente.

Risco-Brasil tem novo piso histórico. Bolsa recua.

OEMBI+ Brasil, indicador quemedeo risco doPaís, chegouaofinaldatarde de ontemem282 pontos-base, em queda de 3 pontos no dia. Esse é o novo piso histórico do risco brasileiro. O cálculo do risco-país foi criado pelo bancode investimentos JP Morgan para medir o grau de confiança internacional nos países emergentes. Quanto menor um riscopaís, maior a confiança do investidor estrangeiro na economia correspondente. O EMBI+ é calculado com base nos juros pagospelostítulos decada economia. O EMBI+ da Argentina encerrou o dia aos 459 pontos, com baixa de 1 ponto. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o dia foi de realização de lucros dos investidores,depois dossucessivos recordes de pontuação do Ibovespa na semana passada.

O índice encerrou o pregão em35.337pontos,comdiscreta

desvalorização de 0,39% em relação ao fechamento anterior. A queda reduz para 5,62% osganhos acumulados pela bolsa paulista em 2006. "Apesar depequenas correções poderemacontecer em curto prazo,fica difícil imaginar eventos que possam inverter o momento positivo da bolsa brasileira", avaliou oUnibanco em relatório. O volumefinanceiro ficou em R$ 1,83 bilhão no primeiro dia de negócios da semana, acima da média diária de 2005, de R$ 1,6 bilhão. Ações — A blue chip Petrobrasregistrou oscilaçãonegativade0,02%, paraR$40,84. Outro papel de destaque foi Caemi PN, que cedeu 1,55% depois da valorizaçãode 13% que teve na última semana. Naponta oposta, um dos destaques de alta ficou com Companhia Siderúrgica Nacional ON, que avançou 2,56%,combom volumede

negócios, depois que a corretora Merrill Lynchelevou a recomendaçãodopapel para o nível de compra. Jáa maior alta do Ibovespa foi Telemig PN, que disparou 7,45%. Háexpectativa demudança no Conselho de Administração da empresa em reunião convocada para 23 de janeiro, conformeedital deconvocação publicado ontem.

"Acreditamosque a perspectiva de troca dos administradores seja positiva, visto que a uniformização da administração nasdiversas empresas dacadeia societáriaparece umacondiçãoimportante para a alienação da empresa", comentouobancoBrascanemrelatório para clientes. Nesta terça-feira o mercado acompanha dados de produção industrial de novembro noBrasil; e, nos Estados Unidos, os estoques no atacado. (DC/Reuters) Leia sobre o dólar comercial na página 7 deste caderno.

Paulo Pampolin/Hype

5,62%

Genética bovina: Brasil entra na disputa

Em dez anos o País poderá se tornar um grande fornecedor de genética bovina para países tropicais. O Brasil é hoje o terceiro no ranking do setor.

Oano de 2005 não foi fácil para apecuáriabrasileira. Focosdefebre aftosa descobertos em alguns estadosdo paíscausaram prejuízos ao setor que vinha batendo recordes na balança comercial elevando oBrasila serconhecido internacionalmente pela qualidadedesua carne.Porém, apesar do tumulto, os investimentos em genética bovina não pararam de crescer. O Paísé,atualmente,o terceiro no ranking mundial quando o assunto é melhoramento genético, ficandoatrás apenas de Estados Unidos e Austrália. O crescimento do setor está ancorado no trabalho de agropecuáriasligadas a grandes grupos, como a Jacarezinho, braço rural do empresário Alexandre Grendene, ou fazendas tradicionais,comoaBonsucesso, da família Zancaner, e a Casa BrancaAgropastoril, de Paulo de Castro Marques. As três companhias comercializaram150mildosesdesêmenem 2005. As pesquisas de melhoramento genético englobam as principais raçaszebuínas criadas no País,comoneloree brahman,taurinas, como angus, e animaishíbridos como bradford – cruzamento da raça inglesaherefordcom zebuíno – e também simental.

Sóa Jacarezinho,quetrabalha com Nelore há 40 anos em Valparaíso,interiorde São Paulo, comercializou 80 mil doses de sêmen de touros ditos provados em2005. Noano passado, o grupo começou um projeto pecuário no oeste baiano, entre as cidades de Cotegipe e Vanderlei, com investimento de R$ 30 milhões. "Até 2010 pretendemos ter38mil animais nelorena Bahia",afirma ogerente-geral daagropecuária, IanDavid Hill.Segundo ele, a região tem potencial para a pecuária, mas é carente de tecnologia genética, serviço que a Jacarezinho oferece.

Selecionados – Para selecionarosanimais melhoradores genéticos, que doarão sêmen, as agropecuárias trilham um longo edetalhado percurso. Segundo Hill, todosos bovinos têm o desempenho controlado individualmente. "Acompanhamos desde quando afêmea fica prenha,passando pelos períodos de nascimento, desmame e pós-desmame do bezerro", conta. O objetivo, segundoMichel Caro,proprietárioda fazenda Bonsucesso, é ter bezerros melhores que os próprios pais. O controle implicaem pesar o animal em jejum, avaliar visualmente características co-

mo precocidade,musculatura e perímetro escrotal durante as etapasde desmamee denovilho. "Isso ajuda na escolha de animais com excelente performancede ganhode peso,aliado a uma carcaça de muita musculosidade e rápida deposiçãode gordura.As fêmeas possuem muitafertilidade e precocidadesexual, características fundamentais para o aumento de desfruteno rebanho", afirma Hill. Do agrupamento dos dados, cria-se um índice, que funciona como uma nota de corte nas provas vestibulares. Acima daquele valor, oanimal segue em frente, está bem colocado. Abaixo édescartado. "Descartamos animais em cada etapa dos testes. Mesmo os bovinos que passaram por duas avaliações podem ser descartados se apresentarem características indesejáveis, defeitosgraves e falhas de andrológico (qualidade do sêmen)", afirma Hill. Procedimento similarde seleçãoé adotado nafazenda Bonsucesso, quetambém trabalhacomNelore,e pelogrupoCasaBranca Agropastoril, quemelhora raçascomo simental, angus e brahman. Segundo o veterinário da Jacarezinho, Fernando Boveda, dosanimais queiniciam oteste, apenas entre 18%e 20% estão aptos paraserem reprodutores. "Da seleção, algunssão retidospara areposição dorebanho da fazenda. Cerca de 2% são destinados ao teste de progênie (que compara o animal com os pais) paraterem o seu desempenho confirmado", afirma. Se o resultado for positivo,eles sãoconsiderados provados, superioresgeneticamente. "E aí poderão integrar onossogrupodetouros doadores de sêmen." Mercado seletivo – Naponta, a genética desenvolvida pelas agropecuárias contribui parao aumentode ganhosdo pecuarista. "Mas não dá para encarar como brincadeira, o mercadoestá extremamente seletivo", afirma Paulo de Castro Marques, da Casa Branca Agropastoril. Hill completa: antes de investir, o criador tem de estabelecer o objetivo da seleçãoe as característicasa serem selecionadas. Eaíbuscar ajudaprofissionalpara traçar um diagnóstico e começar a melhoraro rebanho."Oganho genético dependerá em grande parteda porcentagem de utilização de inseminação artificial do rebanho e de investimentos em material genético (uso de sêmen de reprodutores provados)", conclui.

Portaria cria câmaras setoriais

P ortarias do ministro interino da Agricultura, Luís

Carlos Guedes Pinto, publicadas ontem no Diário Oficial da União,criam as Câmaras Setoriaisda CadeiaProdutiva da Cachaça, de Hortaliças, Ciências Agrárias,de CulturasdeInverno, de Milhoe Sorgo, Aves e Suínos, de Açúcar e de Álcool, de Leite e Derivados, de Negociações Agrícolas Internacionais e de CarneBovina.Nas portarias são designadososintegrantesdas Câmaras,doMinistério da Agricultura e dos ministériose órgãos de classe afins,tanto patronaisquanto de empregados. (AE)

Preço do café

dispara na bolsa de Nova York

Oaumento na procura e a queda na produçãode caféfizeram com que o preço da matéria-prima– o grão verde, que torrado e moído faz o colorido nas xícaras do mundo todo – apresentasse aumento de 11,7% na Bolsade Nova York,no períodode2a 6dejaneiro. É a maior alta dosúltimos seis meses. Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), NathamHerszkowicz, as indústrias dosetor, quecompravam a saca do café arábica tipo 8 por R$ 170 no final de setembro do ano passado,sóencontraram ofertas acima de R$ 215 neste início de janeiro. A alta nos preços era espera-

da desdenovembrode2005. "Mas não sabíamos que seria tão expressiva", diz o diretor. Para oBrasil, oaumento do café representaprós econtras. Herszkowicz afirma que, para os exportadores brasileiros a notícia é boa. As vendas externas chegaram a US$ 2,9 bilhões em2005. Ea expectativa éde que esse númerosejaaté 15% maior em 2006. Mas o consumidor vai gastar mais para tomar um cafezinho. O preço do quilo do produto custa atualmente R$ 8,90. O reajuste pode chegara 15%atéo finaldejaneiro. "O custo do café foi o que menos subiu nos últimos 11 anos.Em 1994oconsumidor pagava R$ 7,20 o quilo do produto", diz Herszkowicz.

Neide Martingo No final dos testes apenas 20% dos animais se tornam reprodutores

Frutas dão o tom das festas do interior

Étempo de uva, goiaba e figo, estrelas das tradicionais festascriadas para divulgar a colheita e as cidades produtoras, na região de Campinas, interior de São Paulo. A temporada deste ano começa no próximofinal de semanae segue até fevereiro.Nasexta-feira, serãoabertasas festasdauva de Louveira eJundiaí.No sábado tem início a de Valinhos, do figo e da goiaba. Vinhedo, tambémcomfesta dauva, escapada concorrência erecebe osvisitantes emfevereiro, a partir do dia 4. Itupeva cancelou a quarta edição da sua festa da uva porcausa das chuvas fortes que atingiram a cidade. Valinhos, Vinhedo, Louveira e Jundiaíesperam receber, juntas, 910 mil visitantes. As cidades integram o Circuito das Frutas de São Paulo, formado ainda por Jarinu, Itatiba,Morungaba e Indaiatuba. Alémde comprardefrutas frescasdiretamente dosprodutores, opúblico dispõede parque de diversões, praça de alimentação, comércio de produtos variados, exposições eapresentaçõesculturais. Emboraa uva, o figoe a goiababatizemas festas, os visitantes encontramboadiversidade de frutas da época. A mais conhecidada região é 57ª Festa do Figo de Valinhos, que ocorre todos os anos desde 1949.Há12anos,ofigoganhou a companhiada goiabae o evento passou a se chamar Festa do Figo e Expo Goiaba. Os organizadores esperam500 milvisitantes,50mila mais que no ano passado.Mais extensa,temprogramaçãodeterça-feira a domingo. Nolugar de atrações musicais conhecidas, que atuam co-

mo chamariz de público, a festade Valinhos terá120shows musicais deartistas daregião. "O objetivoé que a festaseja a atração e não os músicos", comentou o presidente da festa e secretário municipal de Desenvolvimento Social e Habitação, Aldemar Veiga Júnior. Outra atração do ano passado, aSaudosa Maloca, reprodução de um boteco onde se apresentam grupos que interpretam músicas de Adoniram Barbosa,nascido em Vali-

nhos, seráreeditada esteano, aos finais desemana."Num espaço mais amplo, porque os visitantes gostaram muito", explicou o secretário.

Asfestasde Valinhos,Vinhedo eLouveira terãoentrada gratuita. Vinhedo espera receber 200 mil visitantes, mesmo públicode 2005, emtrês finaisdesemanadefevereiro,de 4 a 19, de quinta-feira a domingo. Louveira estima que 60 mil pessoas passem pelos três finaisdesemanadefesta,desex-

ta-feiraadomingo.Em2005foram 50 mil visitantes. OeventodeJundiaí, opioneiro, teve sua primeira edição em1934, mas deixoude ocorrer vários anos e hoje é bienal. Este ano, esperam os organizadores, afesta deverá receber 200 mil visitantes entre 13 e 29 de janeiro, de sexta-feira a domingo.Os ingressoscustam entre R$ 5 e R$ 15. Veiga Júnior comentou que as festas aliam tradição, turismo edivulgam as cidades Brasil afora. (AE)

Fotos: Paulo Liebert/AE
As pesquisas de melhoramento genético englobam as raças zebuínas criadas no País, como a nelore e brahman, e as taurinas, como a angus

NOSSO REPÓRTER PERCORRE A MECA DOS PRODUTOS FALSIFICADOS E DESCOBRE QUE HÁ QUEM TRABALHE

RUA 25 DE MARÇO TENTA SER LEGAL

Odia mal começou para amaioria daspessoas e pelas recémabertasportas do Metrô São Bentoum mundode sacolas, bolsas emochilas abrem passagemnasmãosdegentepredispostaaencheressesacessórios de mercadoriasqueserãocompradasna25deMarço,amaistradicional rua de comércio popular doPaís. Todomundo comprana 25porquenelaseconseguedetudo,edetodasasformas,emboraa mais habitual seja a ilegal. No "três por dez" dos camelôs, compram-sedeCDs aperfumes,claramentefalsificados.Quem procuraos boxes de shoppingspopulares daregiãotambém tem grandechancedevoltarparacasa com um tênis "Mike" no pé ou lâminas de barbear "Gillate". Háaté mesmoalgunslojistas comfirmaconstituídaquepreferemenganar consumidores, pregando que nota fiscal só se emite quando a compra é grande. Pelomenos, essa foia forma encontradaporelesparacompetir com os concorrentes ilegais, afinal,seria "desastroso economicamente" se a loja desse nota fiscal, e portanto pagasse os tributoscorrespondentesa cada uma das mercadorias vendidas. Omercado deprodutosfalsificados e os "jeitinhos" para burlar afiscalizaçãoesonegarimpostos são verdadeiros tabus na região. Ninguémfalaoficialmente sobre essas questões. Não há números oficiais e alguns segredossósãocomentadosàboca pequena, entre interlocutores de absoluta confiança. Mas algo sempre surpreende na rua do vale-tudo. Em meio ao vaivém degentenosagitados corredores do shopping Mundo Oriental – uma das galerias populares da região, que pertence a Law Kin Chong(preso no ano passadosob a acusaçãode ser o maior contrabandistadoPaís), um cartaz escrito à mão chama a atenção: "Aqui passamos nota". A estimativa do número de lojas regularizadas no Mundo Orientalvariade10%a40%das150que existem no local.

A placa aponta paraum dos poucos boxes da galeria que não fecha a cada batida dapolícia e onde, há quatro anos, Armando Abdelvende equipamentosparasomautomotivo."Meulucroé menor que o de quem vende contrabando, masescolhi trabalhar dentro da lei porque acredito que teria mais prejuízo se perdesse tudo a cada fiscalização da polícia", afirma. "Trabalho com margem pequena, de 10%, e ganho na quantidade", completa. Transformação– Talvez por efeito das duras blitze da Receita Federal, aopçãoportrabalhar corretamente tem sido cada vez mais vislumbrada por donos de

boxesemgaleriasda25.Nomesmo Mundo Oriental, um consumidorpáraemfrenteàvitrinede uma grande loja, uma das maioresdoshopping,ecomeçaaanalisar. Mão no queixo, olhar desconfiado... Logo desferea pergunta maisouvida peloslojistas da 25: "É original?".

A pergunta faz sentido, já que afamadaruaéadeseramecada falsificação, eo produtoexposto na loja é um dos prediletosdos falsificadores, orelógio.O pior, segundo Valmir Saluti, dono da loja, é conquistar a confiança dos revendedores. A fama da rua assustamuitas marcas, quenão querem ver seus produtos em meio a cópias deles próprios. "Antigamente, dentro ou fora da lei, aqui só era vendido produto original. Oque atrapalhoutudo foiapirataria",dizoproprietário do estabelecimento.

Mas nãoé sópela desproporçãodospreçosqueoslojistasque seguem alei saemprejudicados – dentro do shopping há "genéricos"derelógiosautênticosvendidos por Saluti a R$ 170 que são oferecidos pela bagatela de R$ 30. A cada fiscalização, ainda que sua loja não seja fechada como amaioria, Salutificasem vender."Ninguém entra num prédio tomado pela polícia."

Galeria Pagé – Vizinha do MundoOrientalficaaGaleriaPagé, a mais tradicional de São Paulo. É comum entrar em uma pensando estar na outra. O empurraempurra é o mesmo, as filas para usar os elevadores são igualmentelongas.Sóconversandocomos lojistaspara sentirumadiferença importante:o local estápreocupadocom afiscalização.Alugar umdos200boxesdagaleriacusta em médiaR$10mil, preçoque pode cairse o locatáriotiver empresa aberta e estiver disposto a vender legalmente.

Na mesma regiãoda 25 de Março,naladeira Porto Geral, oShopping PortoGeral mantém umapostura denão aceitar produtos ilegaisem seu interior. "Pela 25 passa todotipo de gente, inclusive quem só compra original. Podia montar minha loja em outro lugar,mas prefirorelacioná-la com um local onde só se encontra coisa boa", comenta Solange Miranda, que há oito meses vende perfume em um box do Porto Geral. Será esteum sinalde quea 25 de Março caminha para a legalidade? Não. Quem afirma é o presidente da Univinco, a associação dos lojistas da 25, Jorge Dib. "Por ser uma rua decomércio popular,sempre vai aparecer oportunidade para a ilegalidade. O que se pode fazer é não deixara situação sair do controle", diz. Renato Carbonari Ibelli

Cobrança telefônica pode prejudicar empresas

Empresasde telemarketing ativo ou que possuem departamentos de call center não estão completamente satisfeitascomo novo modelo de tarifaçãotelefônica queseráimplantado entremarço e julho, de acordo com a programação dos novos contratos de concessão.O novosistema, que medirá o faturamento por minutos, substituiráo atual plano por pulsos nas chamadas locais.Apesar dacobrançapor minuto permitir um maior controle quanto ao tempo gasto nas ligações, as chamadas acima de três minutos ficarão mais caras.

Como numerosasempresas de call center vendem seus produtos utilizando um tempo superior a três minutos nas ligações, representantes do setor já procuram alternativas administrativas e operacionais para fugir de um indesejável aumento em suas contas. Comparação – O atual plano baseia-se na cobrança de um pulso (cerca de R$ 0,11 sem tributos)nocomplemento da chamada,umpulso aleatório em até quatro minutos e, a partir deste, um pulso a cada qua-

tro minutos.Onovométodo, por minuto, baseia-se na cobrança de um tempo inicial mínimo de conversação de 30 segundosetarifaçãodoexcedente a cada seis segundos.

As novasregrasalteram apenas a telefonia fixa local e deverão ser implementadas gradualmente pelasoperadoras em todo o País.

Gerenciamento – A Car System, empresa que atua na área desegurança automotiva,efetua por meio de seu call center cerca de 12 mil ligações por mês. Na maioria das vezes, somente para concretizar as venda já negociadas. Dessa forma, a empresanão gastamuito tempo edinheiro comtelefonemas. Mesmoassim, osuperintendente da companhia, Él-

cioVicentini,acreditaqueanova formade tarifaçãoprejudicará suas chamadas.

"Temos um sistema de gerenciamento online e de controladoria queminimiza otempo do vendedor no telefone", afirma Vicentini.Alémdisso,a Car System,assim comomuitasoutras empresas,têmdescontos nas ligações.

Dequalquer forma,parao presidente da Associação Brasileira de Telemarketing (ABT), Topázio Silveira Neto, o sistema de tarifas por minutos é mais interessante para as empresas do setor. "Como muitas pessoas debaixarenda passarão a ter acesso à linha telefônica, as empresas ganharãonovos consumidores", acredita ele.

Apesarde reconhecerqueo novomodelopode encarecer as chamadas acima de três minutos, Neto diz que as empresas podem optar por planos diferenciadosjuntoàs operadoras. "Em um primeiro momento haverá um certo impacto no setor.Posteriormente, não acredito em prejuízos, já que apenas de 10%a 15% do total da movimentaçãotelefônica dessas empresas provém do telemarketing ativo", explica. Polêmica – Para Fátima Lemos, técnica de defesa do consumidor do Procon-SP, a nova forma de tarifação tornará as contas telefônicasmais caras. "Defendemos a transparência nas descrições das ligações efetuadas. Noentanto, essa mudança transferirá reajustes paraasempresase consumidores", afirma a técnica. De acordo com a Fátima, não há um consenso sobre a metodologia utilizada pela Agência Nacional de Telecomunicações(Anatel) paradefiniras novas regrasdos contratosde concessão de telefonia. (Leia mais sobre a opinião de órgãos de defesa do consumidor sobre o assunto na pág. 5).

André Alves

Walmir Saluti, proprietário de uma loja de relógios regularizada no Mundo OrientalArmando Abdel vende som com nota fiscal
Patrícia Cruz/LUZ
Boxes regulares e irregulares se misturam no Mundo Oriental Consumidores lotam as escadarias das galerias da região
Patrícia Cruz/LUZ
Élcio Vicentini, da Car System, teme que mudança nas regras aumente sua conta de telefone

OPINIÃO

RESENHA NACIONAL QUEMTEMMEDO

DE SERRA?

Dia desses, um interlocutor me surpreendeu com uma afirmação categórica, surgida lá das certezas mais íntimas: “Serra é perigoso porque é contra o sistema de metas de inflação”. Contraditei, lembrando que jamais tinha lido qualquer coisa a respeito. Ainda tentei ponderar que se pode, e não estou dizendo que seja necessariamente o caso do tucano, ser favorável ao sistema, mas, eventualmente, crítico de sua aplicação e do número perseguido. O meu conviva, uma dessas pessoas que dizemos “de mercado”, não quis saber e tampouco confiou em mim: Serra seria contra o tal caminho e, se for eleito presidente, pode tentar inviabilizá-lo. Eu quis saber o que o tucano deveria fazer para acabar com aquela sua impressão: segundo ele, deixar claro, desde já, seu compromisso com o tal sistema.

Muitosgostariam queSerraassinasse anovaCartaaoPovo Brasileiro, arrancando dele, precocemente, um “fica tudo como está"

Entendi o que o meu interlocutor queria. A conversa de “metas de inflação” era, e nem ele sabia, mero diversionismo. O que realmente o deixaria feliz seria uma Carta ao Povo Brasileiro, desta feita assinada por Serra, garantindo que nada vai mudar; que o Brasil está tão maduro institucionalmente, que um governo pode ser substituído sem que a gente nem mesmo note. Quando o PT assinou aquele documento, expondo-se ao servilismo para ganhar as eleições (afinal, seus sequazes já tinham feito e vinham fazendo coisa bem pior), acenaram com a

irrelevância da política, que passaria a ser, então, apenas o locus das trapaças, das vigarices, das manhas, das artimanhas, das bravatas. O valerioduto se encarregaria da canalha. O Brasil que interessa, o dos negócios entre o Estado e o seleto grupo de privados que conta, este ganhava uma blindagem contra qualquer interferência da política. Esse papo, pois, de que Serra é contra o regime de metas é mero pretexto para tentar arrancar dele, precocemente, um “fica tudo como está”. E a mesma, se me permitem, malandragem tenta envolver o governador Geraldo Alckmin, a quem se atribuiriam, então, essas virtudes “continuístas”. São distorções (acho eu) opostas, porém combinadas. No fim das contas, o que surge como óbvio é que aqueles que fingem temer Serra têm mesmo um candidato não do coração, mas do bolso: Lula. Ele é a Gilda dos mercados!

Esqueçam, rapazes: para certos negócios, jamais haverá um presidente como ele! Seja Serra, Alckmin, Garotinho ou o Cacareco Como intuem que um segundo mandato do Apedeuta traria na rabeira uma grave crise, estão tentando alguma alternativa. Querem um novo Bel’Antonio, só que menos trapalhão. Se, na poesia, a vida é sonho, na política, a vida é lobby. Ok, estão jogando o seu jogo. O que não quer dizer que devam contar com a nossa ajuda. TRECHOSDOCOMENTÁRIODE REINALDOAZEVEDONAREVISTA PRIMEIRALEITURA WWW PRIMEIRALEITURA COM BR

Alfredo Cotai Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino MaradeiJr.(marino@dcomercio.com.br)e MasaoGoto Filho (masaog@dcomercio.com.br) Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Rosel Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e Ricardo Ribas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura,JulianadeMoraes,KellyFerreira

Expectativas positivas...

Um indicador interessante que costumo acompanhar é o do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor, medidopelaConfederação Nacional daIndustria. Oboletim comas perspectivas para 2006 diz que o consumidor recuperou assuas positivamenteneste ano de eleições quase gerais. Afirma o Índice que houve um avançono último trimestre de 2005, que costuma crescer em relação ao trimestre anterior devido às expectativas usualmentemais positivasem relaçãoao novo ano. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, entretanto, houve queda na expectativa positiva de 1,9%, devido à piora das expectativasdeevoluçãodoemprego.Segundo a CNI, oindicador referente às perspectivas quanto a 2006 foi o que registrou maior aumento: 16,3%. Mas, mais do que refletir especial otimismo emrelação a estenovo ano,esse crescimento expressivo se deve às perspectivas especialmente negativasvigentesnoterceiro trimestrede2005.Cresceram osquesitos de expectativa de renda, compras, enquanto se manteve constante a expectativa de emprego.

Como mencionei, gosto de acompanhar esses indicadores, notadamente porque se baseiam e refletem em números o comportamento estatísticoda economia, ainda que expectativaseja sempre subjetiva. Éum exercício interessante constatar o que o consumidor está pensando ou desejando, ou, ainda,esperando,quando se projetaessecontingentedeinformaçãonocenário da vida política do País.

Parece certoadmitir quehouve, finalmente, um amadurecimento que descolou o desempenho da economia das sacudidas sempre inesperadas da vida política. Foi um avanço significativo.Deoutraparte, ficanoconsumidorressabiado (leia-se,eleitor)uma desconfiança,um

descrédito, umdesalento sobrea vidapolítica, quefazemasexpectativas positivasparaoano perderem dimensão diante domedo de que os desatinosde quemgoverna, fazasleis ejulga, não tenha fim. Concordando com a expectativa positiva para o desempenho da economia, atrevo-me a ter uma negativa no aspecto político, na medida em que o ano eleitoral deverá lavar roupa suja do adversário em praça pública, mais do que já houve em 2005.

Consideremosatípico oanoquepassou. Erainimaginável,parao mais otimista adversário do PT, supor que o partidoentraria num processo de autodestruição de sua credibilidade, suas bandeiras e lideranças, como acabou acontecendo. A atipicidadedo exercícioanterior, comtoda sujeiraque trouxeà tona,e avulnerabilidade revelada pelosdetentoresdo poder(mesmo no Legislativo), não permitem construir o mesmo cenário de otimismo doconsumidor parao eleitor,aindaquena maioriadasvezes seja a mesma pessoa. Então,paraserconclusivo,vamos ficarassim: nem otimistas demais, nem pessimistas demaisemrelaçãoaos aspectoseconômicose políticos da vida brasileira em 2006. Podemos e devemos seguir trabalhando com dedicação, afinco,honestidade(refiro-meanós, comuns mortaispagadoresde impostos)eorandocom fervor para que a campanha eleitoral não seja o festivalde atrocidades,show demisérias ecoleção de infâmias, como promete ser. Comoeternootimista acreditoquetudovai melhorar. Aliás, eu pensava assim atéver o presidente Lula de sunga numa praia da Bahia. Alguém, pelo amor de Deus, dê-lhe um par de bermudas de presente. Como ser otimista diante de tal imagem?

V amosficarassim:nemotimistasdemais,nempessimistasdemais.

A tranca, o alarme e o cachorro

FERNANDO NEVES

Sabe-sequeas microepequenasempresas têm um papel relevante na economia nacional. São responsáveis por uma boa parcela da geração de renda e de empregos noPaís. Ironicamente,devido aoreduzido capital para investimentos, estas empresas são as que mais sofrem com restrições, principalmente tecnológicas, oque impactanegativamentenaspossibilidades dereduçãodecustos e otimizaçãode recursos. Neste sentido, são, também,asmaioresvítimasdas pragasdisseminadas pela Internet.

Amaioria dasmicroepequenasempresas não tem, sequer, um servidor. Muitas partem para softwarespirataspara garantiralguma proteção o que, além dos riscos da contravenção,geralmentetrazemproblemasdefuncionamento.Desta forma,o conceito dequalidade, paraos menores,acaba setornando relativo,já que, por motivos óbvios, o segmento é extremamente sensível a preço.

Faltamofertas adequadasparaestesegmento. Os fabricantes de softwares apenas recentemente começaram a pensar em soluções que dêem conta de suas necessidades próprias e que sejam, ao mesmo tempo, acessíveis financeiramente. Por outro lado, é difícil para os fornecedores formatarem uma política de segurança,totalmenteadequada, jáqueadiversidade de necessidades e particularidades éextensa. Dequalquerforma,pode-seatribuiraestafatia domercadoumterrenofértil para iniciativas.De qualquermodo, asperspectivas para estas companhiassão mais que

positivas, com estimativa de crescimentona demanda por tecnologias de segurança compatíveis. Assim, osfornecedores precisamtrabalhar nosentidodeentenderasdemandasespecíficas destesegmentopara, então,alinharastecnologias. E, para ser efetiva, a solução tem que atendera algumasregrastambém:precisam serfáceis de instalar e atualizar, ter muitos recursos, bem como ser tecnicamente competente. Além disso, fica muito difícil conseguir efetividade de softwaresde antivírus eanti-spam, jáque a maioria dessas companhias não tem os recursos para realizar seus próprios testes, o que requer a garantia de fornecedores idôneos.

Felizmente, jáépossívelencontrar produtos comestas características, com custo e facilidades administrativas, fundamentais para redes pequenas. Obviamente, alémdas soluções, as microe pequenas empresas precisam receber já pré-formatados os elementos básicos relativos às políticas de segurança, que incluem a conscientização dos usuários. A participação e o entendimento dofator humano nouso datecnologia é umfator-chave naefetiva proteção,seja elafísica ou mesmo lógica dos ativos digitais das pequenas e médias empresas. A proteção do elo mais fraco é que torna a corrente forte.Apenas assim,integrando atranca, o alarme e o cachorro, pode-se minimizar os riscos digitais. FERNANDONEVESÉPRESIDENTEDAGAIAINFORMÁTICA

JOÃODE SCANTIMBURGO A IMPORTÂNCIA DO SIMPLES

Éo Simples Paulista, uma lei baixada para facilitar o desenvolvimento das empresas, principalmente as de menor até médio porte, um fator de real valia para acelerar o arranco do desenvolvimento que nos coloca entre as grandes potências econômicas do mundo.

Circunstanciadas reportagens em números anteriores a esse deram a medida dessa benemérita lei, que está em vigor para fazer alcançar o objetivo referido. Tanto micros e pequenas empresas, e até mesmo as médias, vão se beneficiar e, por via de conseqüência, levarão os benefícios até mesmo às grandes empresas, e teremos assim o universo empresarial aplicado em um uníssono ao desenvolvimento, do qual carecemos.

Deixandodeser empreendedor,no qualsempre malogra,oEstado favoreceatodasas categoriasdosetor empresarial.

Está aí para os liberais em que consiste a ação do Estado na economia. Deixando de ser empreendedor, no qual sempre malogra, o Estado favorece a todas as categorias do setor empresarial com redução de impostos, política de assistência financeira coordenada com a redução de juros e estímulo à micros, pequenos e médios empresários a se valerem destas vantagens para solidificarem negócios e desenvolvê-los no sentido superior da política desenvolvimentista do governo.

OSimples Paulista é uma bela idéia; está viva e favorece, pelos dispositivos que o criaram, uma faixa empresarial que necessita de recursos para apoiar os menos fortes, os que necessitam verdadeiramente de apoio para se manter e crescer. Vê-se por aí que a importância do Simples Paulista não será assaz louvada; dentro de alguns anos será possível fazer um balanço dessa criação recente do governo para dar apoio às empresas de todas as categorias que dele necessite. J

Joedson
Alves/AE

LULA E SERRA TAPAM BURACOS

Sullivan/Getty Images/AFP

System Spy, sistema de rastreamento portátil de veículos por GPS, disponibiliza a posição do veículo a cada cinco minutos, ou deacordo com suanecessidade. O equipamento possibilita monitorar o deslocamentodo veículopela internet,com informações precisase atualizadas.Ele pode serinstalado em qualquerponto de alimentaçãodo veículoe funcionacom bateria backup para seis horas de uso.

Comparado ao sistema fixo de controle de frota, o aparelho teve o tamanho reduzido,16 x13cm.O preço,R$1.990 maisR$99ao mêsparamanutençãodo sistema.

Outra novidade da empresa, não especificamente pararastreamentos, éo sistema anti-sequestroque possuidois botõesde pânico,quepodem serinstalados em pontos escolhidos pelo cliente, e queao serem acionadosemitem sinais luminosos"só" captadospor câmerasde vídeo,públicas ouparticulares. OLume System tem preço de R$ 600 mas será comercializado em janeiro por R$ 299.

Motos - A Car System aposta no serviço deproteção amotos,com bloqueadore rastreadordesenvolvidos parao usoem motocicletas. Os sistemas atendem todos os tipos de moto e têm no baixo consumo deenergia ena instalação,que nãomodificao sistemaoriginal destesveículos, seus principais diferenciais

OrastreadorCar SystemMotoéindicado para moto acima de 350 cilindradas e é vendidopela empresa por R$ 1.990 e a taxa de monitoramento é de R$ 99. O Bloqueador Car System Moto é mais indicadopara motosmenores porconta docusto-benefício edo consumode energia adequado à capacidade deste tipo deveículo. OsistemacustaR$ 649eo monitoramento,R$ 29cobrado apósseis meses de carência.

Pelo celular - A Claro lança seu sistema derastreamento elocalização deveículos via celular com tecnologia 100% nacional. Com o SIM Móvel, é possível visualizar,

no celular, o nome da rua, bairro, cidade e até a velocidadeque oveículo anda.

"Acreditamos que o rastreamento deveículos viacelular oferece segurança ecomodidade ao consumidor. A tecnologia utilizadagarante velocidade na transmissão dedados e oserviço implicaem redução noscustos de segurança", afirma o diretor regional da Claro, Eduardo Giestas.

Ovalor dosistema com a instalação incluída éde R$ 510,e o interessado pode verificar os aparelhos compatíveis diretamente com a operadora.

Control Loc- Umsistema híbridode rastreamento prevendo economia para as transportadoras é a aposta da empresa que lançouno mercadooControl LocTotal, baseado na tecnologiaGSM/GPRS e dispositivo que permite plugara antena do sistemasatelital,que podeseradquirida de formaopcional, evitandocom issoa necessidade de comprara antena para todos os veículos dafrota. Hoje, os equipamentos disponíveis no mercado oferecem as duas tecnologias acopladas, o que encarece o produto.

Outroserviçooferecido éoDelivery, acessadopormeio dosistemaControl Web, que permite ao transportador acompanharostatus deentregaecoleta da carga em temporeal, permitindo a visualização do tempo de parada de cada veículo, a proporção de tarefas executadase aexecutar, alémde mostraro status de ocupação de baú, com dados atualizados online. 100% recuperados - A Graber garante

Rastreadores, localizadores, via satélite, via celular, vale tudo para coibir a ação dos bandidos que andam soltos por aí. E há soluções feitas na própria empresa, como aconteceu na Transportadora Americana.

que seu sistema de segurança é eficaz no combatea roubodeveículos ecargas, recuperando, nosúltimos seisanos, 100% dos carros e caminhões roubados. Das cargas roubadas e monitoradas, houve 95% de retorno com rapidez para as mãos dos proprietários. "Monitorar é pouco.A segurançadocliente vaialém domonitoramento, épreciso umplano de segurança", explica o gerente de Marketing da Graber, Robson Tricarico. Ele dizque,antesde contratarestetipode serviço, deve-se tomar, também, outros cuidados."A maiordica desegurança que posso dar é para que se contrate uma empresa legalizada e especializada em segurança."

A empresa,além doserviço derastreamento,oferece umasérie deitens como, Balcãode Socorro,Atendimento Personalizado, Treinamento Anti-Sequestro, Relatório Logístico, Investigação Preventiva e Análise de Risco de Rotas.

O preço do kit é a partir de R$ 1.250 e a taxamensal demonitoramento custaa partir de R$ 150. "A Graber possui pacotes

especiais adaptadosàs necessidadesde cada cliente", completa Tricarico.

Feito em casa -Também é possível fazer "em casa" seu próprio sistema de proteção, como aTransportadora Americanaque, recentemente, colocouem operaçãoum sistema, exclusivo, desenvolvido e programado pela equipe da própria empresa, quepermite nãoapenas orastreamento convencional da frota.

OTACell permiteatualizaremtempo real as informações quanto à realização de todasas etapasoperacionais decoleta, transferência,entrega ebaixa dascargas, frete afrete, cliente a cliente."O grande diferencial do TA Cell é a sua flexibilidade, pois permite a discriminação do status de cadacarga individualmente,sem anecessidade de atrelar esta informação à do veículoque atransporta, comoacontecia até hoje inclusive nos sistemas por celular. Isso significauma garantiaa maisque a transportadora oferecea seusclientes", esclareceo gerentedeSistemas daTA, Dalton Vecchini.

IRÃ NUCLEAR DESAFIA O MUNDO

País retoma o seu programa de pesquisas nucleares e provoca reações iradas. O caso pode ir para o Conselho de Segurança da ONU.

OIrã retomou ontem seu programa de pesquisas na área nuclear, provocando reação irada dos Estados Unidose da União Européia, que ameaçam levar ocasoao Conselho de Segurança da Organização dasNações Unidas (ONU) para decidirsobre a aplicaçãodesanções aopaís. As pesquisas foram reiniciadas nas instalações de Natanz, cujolacrefoi rompidodiante deinspetores da AgênciaInternacional deEnergia Nuclear (AIEA), órgão da ONU. Em novembrode 2003,o Irã firmouumacordocomaUnião Européia para suspender toda a atividaderelacionada como enriquecimento de urânio, já que a direção da AIEA concluíra que o país não estava conduzindo de modo transparente seu programa nuclear. O Irã sustenta que seu objetivo é apenas aprodução deenergia elétrica, para tornar-se menos dependente de gás e petróleo, mas os EUA, Israel e países da UE acusam o país de ter planos de fabricar armas nucleares. O que preocupa a comunidade internacionalé ofato de as pesquisas poderemincluir experiências para enriquecimento de urânio, combustível

das usinaspara produçãode energia elétrica e também usado em armas atômicas. Negativa – Ao dar a notícia, ovice-presidente daOrganização de Energia Atômica do Irã,MohammadSaeedi,negou que oIrã pretendaretomaro processo de produção de combustívelnuclear."Háumadiferençaentre pesquisa eproduçãode combustívelnuclear.A produção do combustível ain-

O general está vencendo a morte

Oprimeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de77 anos, teveontem oque pode ser consideradaa suaprimeirareação decarátercognitivo,desde quesofreuumderrame cerebral,háuma semana. Osmédicosdo Hospital Hadassah registraram variações na sua pressão sanguínea ao ouvir a voz de seus dois filhos. Omri e Gilad, que passam todo o tempo ao ladodo pai,emumquarto daUTIneurológica, também têmtocado osacordes deMozart favoritos deSharon, natentativa deestimulá-lo, enquanto ele volta do coma profundo induzido. O diretor-geral do hospital, Shlomo MorYossef, informou ontem queo primeiro-ministro reagiu a estímulos, movendo o braço esquerdo, e realizou movimentos mais amplos do que os de segunda-feira com o braço e a perna direita. Desde a manhã de segunda-feira, quando os médicos começaram a reduzir a dosede anestesiaede outrosmedicamentos, Sharon passou a respirar espontaneamente, ainda que conectado a um aparelho. "O plano para as próximas 24 horas é continuar reduzindo a anestesia", disseMor-Yossef aos jornalistas, ontem em Jerusalém. À pergunta sobrecomo os médicos acreditam que Sharon voltará do coma, o chefe do Departamento de Anestesia e Cuidados Intensivos do hospital, Charles Weissman, respondeu apenas: "É muito cedo para dizer". Nofimde semana,oneurocirurgiãoargenti-

da está suspensa", disse.Jáo diretor da AIEA,o egípcio MohamedElBaradei, informou o conselho da agência que oIrã pretende realizar enriquecimento de urânio em pequena escala, em Natanz. Numcomunicado,aagência explicou que a pesquisa incluirá a inserção de gás hexafluorídico de urânio em centrífugas. Essas máquinas podem purificarogás deurâniotantopara

utilizaçãoem usinascomopara o uso em armas. Escalada –Ogovernoamericano advertiu que o enriquecimentode urânioseráconsiderado "uma escalada séria" e o Irã corre o risco de ser levado ao Conselho de Segurança se continuar seguindo o atual curso nocamponuclear.Em declaraçõesem Viena,o embaixadoramericano naAIEA, GregoryShulte, disseque "o

regime continuaescolhendo o confrontoem vezdacooperação, um passo que aprofunda o isolamento do Irã e prejudica os interesses de seu povo". Diplomatas europeus disseram que chanceleres da França, Grã-Bretanha eAlemanha sereunirãoamanhã,em Berlim, com o chefe da política Externada UE,Javier Solana,para decidir quemedidas tomar. Mas o chanceler britânico, Jack

no José Cohen, que conduziu as três operações dedrenagemdosangue nocérebrodeSharon, afirmou em entrevista que o primeiro-ministro nãopoderia voltarao cargo.Segunda-feira,o chefe doDepartamento de Neurocirurgia do hospital, Félix Umansky, disse que "não se pode dizer, neste momento, quais vão ser as funções cognitivas dele".

Weissman, que tem passado a maior parte do tempo no quarto de Sharon, disse que ele gozava, antes doderrame, de "muito bomestado físico", e que "sua recuperação tem sido a esperada em tais condições". Médicos não envolvidos no caso têm comentado que a obesidade de Sharon dificultaria sua recuperação.

Mor-Yossef informouainda que "a pressão sanguínea, a pressão intracraniana e a febre do primeiro-ministro estão dentro dos limites". Na sua avaliação, houve uma "ligeira melhora na condiçãoneurológica",emboraoestadodeSharon continue "grave crítico, mas estável". (AE)

Straw, insistiu que o conflito com o Irã temde ser resolvido por meiosdiplomáticose outros meios não-militares. Combustível – Ogoverno iraniano já havia anunciado, na semana passada,que retomaria a pesquisa nuclear do ciclo do combustível, um processo ligadoao enriquecimentodeurânio, pondofimauma suspensão de dois anos. AAIEA descobriuque, em 2003,oIrãrealizouuma pesquisa atômica em segredo, o que incluiuo enriquecimento deurânio,aparentementefeito desde a década de 80. Apesar disso, aagência não temprovasde queo governoiraniano tenha trabalhado em armas de destruição em massa. Pacífico –Emcontrapartida, o governo do Irã diz que o programa nuclear desenvolvido temfins pacíficos.Em 2005,os iranianos suspenderam o programa de processamentoe enriquecimento deurânio,após um acordo com uma equipe formada por britânicos, alemães e franceses. Em agosto passado,o governoiraniano retomousuas atividades nuclearesna usinade Isfahan.A açãofezcom que aUE interrompesse as negociações. O Irã interrompeu seu programa de pesquisanuclear no final de 2003, quando o país era governado por moderados. No entanto,achegadaao poder da corrente ultraconservadora do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, instalou a políticade desafio einterrompeu a negociaçãoentre Irã e a União Européia. (AE)

Corpo de militar passará por necropsia hoje

Brasil indicará um segundo nome para o comando da missão de paz no Haiti

Palestinos votam

O ministro da Defesa de Israel,Shaul Mofaz,anunciouontem queospalestinos que moram em Jerusalém Oriental poderãovotar naseleiçõespara oParlamento palestino, marcadas para o dia 25.

O anúncio põe fim a semanas de suspense sobre a realização ou não das eleições, já que a Autoridade Palestina se recusava a promover opleito sem a participaçãodos eleitores do lado árabe de Jerusalém, ocupado por Israel desde 1967.

Segundo Mofaz, os moradores poderão votarnas seisagênciasdo correioisraelense nesseladodacidade,ouemAbuDis,ummunicípiocontíguoaJerusalém, politicamente considerado parte da Cisjordânia. (AE)

O corpodo comandanteda forçade pazda ONU noHaiti, general UranoTeixeira da Matta Bacellar, encontrado morto no sábado, será submetido a necropsia hoje cedo em Brasília, antes de seguir para sepultamento no Rio. A principal suspeitaé de suicídio, masainda não estão descartadasashipóteses de acidente ou mesmo assassinato. Hoje àtarde, será divulgado o laudo preliminar da necropsia. O laudo definitivo só estará pronto em uma semana. O caixão seguirá amanhã para o Rio de Janeiro tão logo o corpo seja embalsamado.

Ogovernobrasileiroindicará um segundo nome além do quejá foi indicado para que a ONU escolha o novo comandante da missão de paz.A informação foidada ontem pelo vicepresidente daRepública, José Alencar, que se reuniu pela manhãcom representantes do Exército. Aindicação deum segundo nome, alémdogeneral José ElitoCarvalhoSiqueira, anunciadosegunda-feira, foiumaexigência das Nações Unidas. (Agências)

Iranianos removem um barril com urânio para uso em pesquisa. O conteiner havia sido lacrado pela Agência Internacional de Energia Nuclear.
Behrouz
Moradores de Jerusalém Oriental poderão votar nas eleições para o Parlamento palestino, no dia 25
Urna com o corpo do general chegou em Brasília
Menahem Kahana/AFP Photo
Beto Barata/AE

Novidades para todos

Embora não esteja entre os maiores salões, Detroit tem grande importância, pelo tamanho do mercado que representa: 15 milhões de veículos/ano

MERCEDES-BENZ GL

GRANDE E LUXUOSO

A Mercedes-Benz continua investindo pesadono segmento dos veículos Sports Utility luxuosos. Para a mostra americana de Detroit, a marca leva o seu novo Classe GL, comcapacidade parasete pessoas confortavelmente, excelente desempenho on e off-road e, claro, muita tecnologia.Anova linhaéoferecida em quatro versões: GL 320 CDI com motor V6 de 224 cavalosde potênciamáxima; GL 420 CDI com propulsor V8 diesel que gera 225 cv e torque máximo de 71,35 mkgf;GL500 comumV8de 5.5 litrosque desenvolve285 cv (lançado na Nova Classe S); e GL 450 de 4.6 litros de 250 cv.Todas asversõescontam com transmissão automática 7GTronic.

O Classe GL é um veículo grande -possui5,08metros de comprimento, 1,92 metro de largura e 1,84 metro de altura. Para se ter uma idéia, o

SUBARU B5-TPH

Classe M,que jáé consideradoum sportutilitygrande mede 4,78 m de comprimento,1,81 mdealturae 1,91de largura. Com isso, os ocupantes do Classe GL contam com um ótimo espaçointerno. Segundo a montadora, a distância médiaentre osassentos éde 815 mm ea disposição pode ser organizada de acordo com o número de passageirose debagagem. Os assentos individuais traseirospodem serarmazenados automaticamente apenas com um toque em uma tecla. Naversão decinco lugaresa capacidade do compartimentodebagagem éde 1.240litros,podendochegara 2.300 litros.

OUTRO CONCEPT CAR

TPH, ou Turbo Parallel Hybrid, é o nomedo carroconceito que a japonesaSubaru está apresentando neste Salão de Detroit.Trata-sedeumveículo equipado com anova geração domotor quatrocilindrosde2.0 litrosqueutiliza

Ciclo Miller, alémde transmissãoautomáticadequatrovelocidades.

Essemotor apareceu,pela primeira vez,no luxuososedan Mazda Millenia, no ano de 1990.Existem informações de que a Subaru pretende equipar, em 2007, o Forester e o Impreza. Mas há muito mais para se ver no estande damarca que avança no mercado norteamericano.

NISSAN VERSA

ESPAÇO VERSÁTIL

A Nissan é outra marca orientalque cresceumuito lános Estados Unidos,obviamente queapós achegada dosuperexecutivo brasileiro, CarlosGoshn,porlá.ParaDetroit, anovidadeé oveículode nome Versa que vem do conceitode"espaçoversátil"proporcionadopelo interiorespaçosoe comboacapacidadedecarga. Mas este é um nome para o mercado americano. Se for comercializado em outros países,comono Brasil, por exemplo, certamente

LEXUS LS

será batizadocom umoutro nome,por questõesmercadológicas.Ele tempropulsor dequatro cilindros,DOHC, de 1.8 litro, que gera 121,6 cavalos de potência e 17,9 mkgf de torque máximo. Segundoo fabricante,oconsumomédio decombustível éde16,1 km/lcomatransmissão Nissan Xtronic CVT.

DE OLHO NA EUROPA

AToyota,que operanomercado americano de luxo com amarca Lexus,aproveitaoSalão deDetroitde 2006, para apresentara versãoLS quevai chegarao mercadono primeiroquadrimestre desteano. Éuma novaversãodo modeloquea marcaproduz há20anos, consideradoum sedanpara otransporte deexecutivos, pois conta com muito luxo. Onovo LexusLS marcauma mudançadentroda fabricante comseu novodesenho. Essedesign temcomo principalapelo oreposicionamentoda marcadentro domercado deautomóveis. Outro aspecto da estratégia tem como objetivo conquistar espaço no mercadoeuropeu, para competir com marcas de luxo como a BMW, Mercedes-Benz

e Audique fazemmuito sucesso porlá. A Lexus,por sua vez, é muito mais conhecida nos EUA e Japão. Onovodesign damarcaindicaesportividade emuito, masmuito charmemesmo. Parece um outro veículo depoisde umatransformação plástica por queele passou, porém o nome não deixa dúvidas que o modelo faz parte da família Toyota,aliás a divisão de carros luxuosos da marca.Quanto aopacote tecnológico,o fabricante oriental prometenovidades paraumcurtoperíodocomo, porexemplo, aintrodução de tecnologia híbrida.

ESPAÇO PARA QUATRO

A Jaguar, marca pertencente à Ford Motor Co., também está presente em Detroit. Nessa edição, a novidadeé oJaguarXK Cabriolet, com espaço suficiente para quatro ocupantes. O belo esportivo está equipado com motor V8 de4,2 litrose 298cavalos depotênciaque atinge a velocidade máxima de 250 km/h (controlada eletronicamente), atingindo ainda os 100 km/hem poucos6,3segundos. Curioso ainda é o seu sistema de capota que leva, apenas, 18 segundos para levantar ou abaixar. Mas certamente os outros modelos da marca também estão fazendo sucesso no estande.

DODGE CALIBER

PARA BRIGAR COM O GOLF

Tinha queser mesmoem Detroit para a DaimlerChrysler, através de sua marca Dodge, apresentar aos americanoso seu SUV compactoCaliber.Mostrado como conceito em Genebra de2005, foiconcebidoparaconcorrercomo Volkswagen Golf. Ele tem o mesmonível depreçosdo Golf e a empresa acredita noseu sucessodevendas. Curioso é saberque o desenvolvimento do Caliber teve acooperação dajaponesa Mitsubishi Motors.

DC ARR

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GRAND CHEROKEE. LUXO E FORÇA

São Paulo, 11 de janeiro de 2006

DETROIT págs. 3 e 8

Uma mostra do que pode ser visto no Salão de Detroit. Luxo e, principalmente, utilitários esportivos. Lá estão os principais fabricantes de veículos de todo o mundo, incluindo os mais novos, como China e Coréia.

CHEROKEE págs. 4 e 5

O Grand Cherokee, que chegou ao Brasil há mais de 10 anos, apresenta sua última versão, com um motor de dar água na boca. É gastão, mas dá enorme prazer de dirigir. E tem também muito conforto e luxo no interior deste Chrysler.

PROTEÇÃO págs. 6 e 7

Qual a melhor forma de proteger seu veículo? Mostramos várias opções, como a luz que só é detectada por câmeras de vídeo e que poderão dar o alerta no caso de seqüestro. Há também o projeto desenvolvido por funcionários de uma transportadora e uma série de equipamentos, inclusive para motos, por preços variados.

Agenda

18 de janeiro

A GM fará o primeiro lançamento do ano, no seu Campo de Provas, em Indaiatuba/SP. A fábrica não informou o modelo.

Eles apostam no carro pequeno

Ésurpreendente a incapacidade de alguns construtores na nossa cidadede outras também - de levantar prédios que comportem, nas suas garagens, com uma certa decência os veículos que temos. Como que imitando as nossas ruas, boa parte de nossas garagens parece verdadeiros paliteiros, com colunas à fente, à direita, à esquerda, na traseira. Em qualquer lugar. E lá vamos nós, manobrando nossos populares, nossos médios e, pior, nossos grandes. Se o carro tem direção hidráulica, ótimo, a tarefa fica ligeiramente mais fácil. Porém, se é um daqueles pequeninos monstrengos que só vêm com motor e quatro rodas, além de um propagado "ar quente", entrar em determinadas vagas torna-se um suplício.

De olhos fechados somos capazes de chegar à nossa vaga, fazendo bonito. As colunas parecem não mais existir, aquele vizinho chato, que sempre deixa a sua vaga menor, colocando o carro dele quase ocupando dois lugares, não mais nos incomoda. Viramos craque em matéria de manobra. Poderíamos, até mesmo, fazer um "bico" nestes estacionamentos que usamos pela cidade. Mas aí vem algo que podemos comparar ao pior dos pesadelos. Como existem vagas piores que a sua - se é que isto é possívelchega a hora do famigerado sorteio anual das vagas da garagem do prédio.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos

DiretordeRedação Moisés Rabinovici

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Repórteres

Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Diagramação

Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281

GerenteComercial

Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

ImpressãoS/AOEstadodeS.Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro

"Tem que entrar de ré", palpitam alguns. "Bobagem", replicam outros.

"O problema está atrás do volante", ironizam os bem-humorados, deixando-nos ainda mais alucinados com o tamanho da vaga, com as dificuldades impostas pelas colunas do edifício.

E lá vamos nós, aprimorando a cada dia nossa performance no estacionar o carro. Chega o dia em que não há mais mistério.

Aí, fica-se sonhando com aquela vaga, cobiçada por todos. Aquela, logo na entrada da garagem, sem colunas dos lados. Sem carros dos lados. Maravilhosa! Perfeita! Cabe carro de qualquer tamanho e não exige prática, habilidade ou direção hidráulica. Mas a realidade é triste e você pega a última vaga da garagem, aquela realmente infernal. Como não dá pra trocar de apartamento, você troca o carro, por um menor. Se eles soubessem fazer garagens, não teríamos este problema, não é mesmo?

Vai querer quantos metros de livros?

Nas lojas, clientes pagam até

R$ 300 o metro do livro. Para decorar o escritório. Economia/6

Agora, o FMI 'empresta' apoio eleitoral

Diretor do FMI celebrou quitação da dívida (foto). "O Brasil já pode andar com as próprias pernas", disse Lula.

Brasil capta US$ 1 bilhão

O Tesouro vendeu bônus global com vencimento em 2037. Economia/1

Oburaco éeleitoral

Governo e deputados da base governista lançaram o tapa-buraco na Bahia em tom eleitoral. O TCU está de olho. E o PFL já quer convocar o ministro dos Transportes. Página 3

Cherokee. A

Testamos o poderoso Cherokee V8 Hemi, um exemplo de luxo. Saiba também quais são as grandes novidades do Salão de Detroit.

Divulgação

OPINIÃO

RESENHA INTERNACIONAL

SHARONE

O IRÃ

Tem sido impressionante a repercussão do que vem acontecendo com Arik Sharon, um senhor de 77 anos, a dias dos 78, general aposentado, herói de muitas guerras desde a sua primeira, aos 16 anos de idade. Um homem que fôra internacionalmente condenado por seu nacionalismo e patriotismo extremados e se transformara de guerreiro implacável em símbolo e esperança de uma solução política do conflito que o fizera famoso. O homem que tendia a fechar a sua carreira de guerreiro como realizador determinado de paz.

Estáemjogobem maisdoqueo conflitocomos

palestinos:Sharon simbolizavauma barreiraàsambições deliderançadoIrã.

A doença de Sharon não foi usada para preencher um vácuo, falta de dramas e tragédias para o noticiário. Como é notório, ninguém é insubstituível, porém, em certos quadros e épocas, certas ausências inesperadas desequilibram. Não há dúvida alguma de que, se for o caso, será muito problemático preencher o espaço que ele ocupa. Nenhum outro líder israelense no momento tem as condições que soma para avançar para um entendimento. Muito provavelmente, mais uma decisão unilateral de separação dos palestinos numa linha fronteiriça que ele mesmo chamou de concessões dolorosas.

Há, havia, bem mais em jogo do que o conflito com os palestinos. Sharon simbolizava uma barreira às ambições de liderança regional que o Irã não confessa nem desmente. Teerã tem consciência de como Sharon pensa a segurança de Israel no caso da possibilidade do Irã se

incorporar ao clube das potências atômicas. Por incrível que pareça, Israel é obstáculo a ambições hegemônicas iranianas no Oriente Médio.

O país de Sharon ainda é a única democracia ocidental na região, onde existem organizações que a desejam transformada em região de teocracias anti-ocidentais.

A importância de Sharon decorre do que as políticas que ele assumiu significam nas preocupações dos países dependentes do petróleo sobre suas fontes. Ele realmente conquistou novo conceito pela coragem com a qual desmanchou as colônias judias na Faixa de Gaza contra fortíssimas oposições internas e até ameaça de quebra do consenso nacional israelense. Foi a primeira vez na história de Israel moderna, iniciada em 1948, em que houve um recuo de terras conquistadas aos palestinos. A operação Gaza provou que Israel tinha liderança com a coragem de fazer concessões. Sharon criou o Kadima, novo partido, ao entender que o Likud, do qual fora um dos criadores, tendia a um extremismo que inviabilizaria quaisquer tentativas de uma solução do conflito com os palestinos e isolaria o País. O Kadima promete terras por segurança. O partido só se viabilizará se mantiver as idéias e objetivos que ele enunciou.

O país continuou funcionando normalmente nesses dias. Como será? TRECHOSDOCOMENTÁRIODE N

Afif Domingos Vice-Pres dentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotai Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha,

João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino MaradeiJr.(marino@dcomercio.com.br)e MasaoGoto Filho (masaog@dcomercio.com.br) Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Rosel Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e Ricardo Ribas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto,

Liberdade para empreender

GUILHERME AFIF DOMINGOS

AConstituição Federal, em seu capítulosobrea Ordem Econômica,assegura a liberdade de iniciativa, garantindo atodocidadãoo direito de exercer uma atividade econômica independentemente dequalquer autorizaçãoprévia, anão ser nos casos previstosem lei. Esse dispositivo constitucional, no entanto, foi neutralizado pela excessiva intervenção governamental na vida econômica do País,quetudosubmeteu ao controle da burocracia e fez com que a atividade individual, por mais simplesque fosse, ficasse inviabilizada ou condenada à informalidade. Com isso,restringe-se a capacidadede criação de empresas e ageração de empregos, condenandoumamplo segmentodapopulaçãoa viver em condições precárias, dependendo da política assistencialista queameniza amiséria no curto prazo, mas condena os assistidos à pobreza permanente.

Estudodo BandoMundialapontaumaalta correlaçãoentre burocracia excessivae subdesenvolvimento, e revela que a burocracia no Brasil seconstitui emsério obstáculonão apenasà abertura, masà sobrevivência eao crescimento das empresas, apresentando elevado custofinanceirodiretoeindireto, comoônusrepresentado pelos prazos excessivos para o cumprimento das obrigações burocráticas. Isso coloca o País em posição desfavorável nas comparações internacionais,querevelamque nasnaçõesmaisdesenvolvidas sãomuitomaissimplesas exigências a que estão submetidas as empresas. Grandeparte do emaranhado burocrático brasileiro decorre de uma legislação tributária caótica e irracional, calcada em uma parafernália detributosquelevam àmultiplicidadede controles e obrigações acessórias, que se superpõem erepresentamcustosexcessivosquese somam àelevadatributação eprovocam não apenas um alto graude informalidade, mas de desestímulo ao ato de empreender. Não bastassem as exigências resultantesdo sistema tributário,aburocraciano Brasiltemumavidaprópria, resultante da herança colonial, em que o passado cartorial e intervencionista, no qual toda as atividades eram uma concessão da Corte, leva à necessidade dealvarás, licenças prévias,

registros e outras obrigaçõesformais que colocam o cidadão na dependência do burocrata, sem que tenha prazos para responder às solicitações. Épreciso uma reformatributária que permita racionalizar o sistema, reduzir o número de tributos esimplificar as obrigações acessórias. Muito se pode fazer de imediato para eliminarexigências burocráticas desnecessárias, que independem do regime fiscal.

Asugestãoquea ACSPencaminhouaopresidente Lula em 2004, e que foi parcialmente encampada no projeto de lei que permite a criação da pré-empresa,que dependeráapenas deum registro simplificado e uma única tributação, encaminhado pelo Executivo ao Congresso, se aprovado, poder representar importante avanço para propiciar não apenas a formalização de milhares demicroempreendimentos enegóvios individuais, como estimular o surgimento de novas atividades individuais, ou de porte reduzido, que ofereçam ocupação e empregos para vasta camada da população brasileira. Isso não substitui, no entanto, a necessidade de um amplo programa de desburocratização e, principalmente, a realização de uma verdadeirareformafiscalque deve,naverdade,serum novo pacto federativo, que garanta aos municípios maioresreceitas e atribuições,e quese baseieemumprograma gradativodereduçãodo tamanhodoEstado,para permitirquesediminua também a carga tributária.

Oempresário brasileiro não enfrenta apenas os obstáculos naturais da economia de mercado, mas também as barreiras resultantes da burocracia e datributação excessiva,quedificultama vidas das empresas e explicam o alto grau de informalidade da atividade empresarial no Brasil. Reduzir aburocracia é um primeiropasso, importante, mas não suficiente. É preciso que o Brasil faça uma"revolução"pela liberdadedeempreender, para que oPaís possa não apenas crescer,mas modernizar sua estrutura produtiva, com aumentoda produtividadee dacompetitividade, incorporação de maior parcela de sua população ao mercadode trabalho ede consumo,e melhor distribuição dos resultados do progresso.

U maverdadeirareformafiscalrepresentariaumnovopactofederativo

As agências reguladoras e o PT

ARTHUR CHAGAS DINIZ

Duranteo governo FHC foramimplantadas diversas agências reguladoras, entre as quais, a de Petróleo, a deEnergiaeade Comunicações, respectivamente ANP, ANEEL e ANATEL. Parecia promissor o fato de que as agênciasteriam receitas próprias, decorrentes de suas atividades de fiscalização de empresas concessionárias e, ainda, de novas concessões. Desse modo, por exemplo, o leilão de novas áreas de prospecção de petróleo geraria receitas para a ANP. E assim sucessivamente. Os contratos de concessão seriam indexados, impedindo as concessionárias, algumas monopolísticas nas áreas concedidas, deexercerem o chamado "poder de mercado". Investidores estrangeiros e nacionais concorrem isoladamente ou formando gruposde controle. No entanto,o objetivo principal das agências reguladoras era o de proteger o consumidor.

As diretorias das agências foram constituídas, então, de especialistas consagrados no setor, advindos necessariamente do Estado ou de estatais que monopolizavam estes setores. O que se imaginoué quehaveria umasubstancialredução nos quadros dos ministérios que gerenciavam as

respectivas áreas de atuação. Isso não aconteceu e passamos a pagar impostos crescentes para um número cada vez maior de ministérios, inclusive odeTelecomunicaçõeseodeEnergia.Omaisimportante,alémde defendero consumidordo chamado "poder de mercado", era que os marcos reguladores das atividades englobadas nessas e emoutrasagênciastornassemoPaísmaisestável eatraenteparaoinvestidorexterno.Issotambém não aconteceu.

Agora, a palavra de ordem do governo (e) doPT éo"controlesocial das Agências".Isto significaincluir nos quadros de gestão sindicalistas e petistasdenaturezaeformaçãoprofissionalvariada.Este chamado "controlesocial" é, simultaneamente, um fabricante de cargos com alta remuneração e a garantia de decisões de péssima qualidade.Substituiu-seo julgamentotécnico pelo ardor político. Pobre país, pobres cidadãos que sustentam com40%dototalqueganham trabalhandoum"controle social"infelizefora de tempo!

ARTHURCHAGASDINIZ

ÉPRESIDENTEDOINSTITUTOLIBERAL

C ontrolesocialnasAgênciaséumagarantiadedecisõesdepéssimaqualidade

JOÃODE

SCANTIMBURGO

LEMBRAR

Em dia da semana passada, antes do almoço, minha enteada perguntou-me se eu já havia assistido na Rede Globo a algum capítulo do seriado biográfico sobre Juscelino Kubitschek. Foi para mim uma surpresa saber desse feito televisivo sobre Juscelino, pois assisto muito pouco à televisão. Juscelino não esperava essa consagração, de resto bem merecida. Juscelino tomou posse em 1955 com o slogan "Cinqüenta anos em cinco"; a maioria da população não acreditou, pois geralmente promessa de político não tem merecido crédito. Mas o que se viu depois do dia da posse foi o cumprimento da promessa, com a qual Juscelino acreditou ficar bem com a opinião pública.

Algunspredicados fizeramde Juscelinoomais dinâmico,arrojado eambicioso presidentedetodaa históriarepublicana

Juscelino foi um político e um cidadão portador de alguns notáveis predicados, dentre eles cito o de saber escolher os assessores e os colaboradores como, por exemplo, o grupo que elaborou o Programa de Metas, todo ele realizado. Teve com ele o cérebro notável do meu saudoso confrade na Academia, Roberto Campos.

Entre outros predicados, cite-se o otimismo, a simpatia pessoal, a crença no seu destino e a confiança inabalável em si mesmo. Foram esses predicados e outros mais, que não vou citar, que fizeram de Juscelino o mais dinâmico, o mais arrojado, o mais ambicioso presidente de toda a história republicana brasileira.

O seriado da Rede Globo vem num momento oportuno, pois dá à opinião pública a oportunidade de cotejar homens públicos de alta posição, uns vitoriosos e outros não. Insisto, pois, em afirmar que faz um bem enorme ao Brasil a Rede Globo lembrar Juscelino. JOÃODE

DEU NO BLOG

Pré-candidatoà PresidênciapeloPFL, mesmotendo antecipadosua renúnciaemfavorde umacandidaturade

Serra,oprefeitodo Rio,CésarMaia(dir), apontouemseu blogasrazões políticasque impediriamuma adesãounânime aogovernador GeraldoAlckmin.

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

"Sem carisma e sem idéias, Alckmin seria arrastado pelo populismo"

Aprécandidatura Alckmin comete alguns erros. O mais grave deles é supor que a campanha se resolve na escolha do candidato do PSDB. Não é assim, especialmente para ele. Como governador de SP de dois mandatos, candidato majoritário a prefeito -no meio deles - com ampla e permanente cobertura dos meios de comunicação, o

fato de seu nome ficar na casa dos 5% fora de São Paulo mostra que sua chance passa pela construção de pontes e aliados. Seu perfil político indefinido não dá aos políticos base para a agenda da campanha. Vários que com ele estiveram saíram falando de sua cordialidade, de sua simpatia e de seus comentários óbvios sobre o governo Lula e sobre o Brasil. Mas não ouviram afirmações

políticas claras, seja sobre políticas regionais, reposicionamento da política econômica com vistas ao crescimento, e sequer sobre política externa. Não parece - a eles - ter conhecimento de política internacional. Quase todos acham que sem carisma e sem idéias precisas, seria arrastado por qualquer discurso populista. E não querem correr

este risco. Para estes interlocutores, os contatos com FHC nunca mostram entusiasmo com Alckmin, além das declarações positivas sobre a pessoa física do governador. Sobre a pessoa jurídica: nada. Vários líderes de forças políticas convergentes - e não se trata apenas do PFLtêm dúvidas da competitividade de sua candidatura. E para o PSDB, estar mais um

IMPOSTOS

AITR: a burocracia reduz

OImposto sobre a Propriedade Territorial Rural– ITRéconsiderado um tributo com nítido caráter extrafiscal, sendo utilizado não apenas comvistas aodesestímulo de latifúndios improdutivos, mas também de forma a promovere incentivar a utilização racional dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente. Ganham destaque neste contextoasisenções relativas a talimposto, especialmente aquelas que beneficiam áreasrurais destinadasà preservação domeioambiente, seja em função da mera manutenção da vegetação nativa, seja emrazão de sua utilização de forma ecologicamente sustentável.

Em linhasgerais,as isenções tributárias, devendo ser instituídas porlei,trazem emseu bojo a redução total ou parcial do tributo, excluindo bens, pessoas ou situações (fatos) do ônus datributação.Em se tratandode isenções condicionadas, a indicação de requisitos a serem preenchidos pelo contribuinte para que possaaproveitar obe-

o incentivo

nefíciofiscaldeve ser feita pela lei isentiva, de forma expressa,não deixando ao Poder Executivomargem para a criaçãode exigências burocráticas que dificultem a sua fruição. Com efeito, no que dizrespeito àsisenções para fins de ITR, legislaçãoambiental (artigo 104, §único, daLei de Política Agrícola - Lei n° 8.171/91) prevê que são isentasda tributaçãoas áreas (i)de preservação permanente, (ii) de reserva legal e (iii) de inte-

período fora do governo, sem ter bases expressivas (vide eleição municipal de 2004) fora de SP é o risco de vir a ser um partido parlamentarmente de porte médio, como aliás quase aconteceu após 2002. Aliás, Aécio tem dito que se o candidato não for de consenso no partido e com compromissos com os governadores do próprio partido, ele vai tratar da eleição dele e cada um que se vire! Leia a íntegra deste texto no site da seção Dois Pontos

resse ecológico para a proteçãodos ecossistemas (assim reconhecidas peloórgão ambientalresponsável), nestas últimas incluídas as RPPNs (ReservasParticulares do Patrimônio Nacional), e as Áreas de Proteção Ambiental e as ÁreasdeRelevante Interesse Ecológico. Poroutrolado,a legislação tributária, mais especificamenteo artigo 10 da Lei nº 9.393/96, também relaciona como isentasdo ITRas áreas enumeradas pela Lei de Política Agrícola, além

As escolhas de Estela

daquelas comprovadamente imprestáveis e quetenham sidodeclaradas de interesseecológico pelo órgãoambiental competente,e áreas sob regime de servidão florestal. Ocorre que, aoregulamentar a Leinº 9.393/96, oDecretonº 4.382/02 condicionouo aproveitamento desse benefício fiscalao averbamento das mencionadas áreas nocartório de registro de imóveis competente.

Con sidera ndo que ovalorenvolvido nas isençõesdeITRtratadas no presenteartigo éa proteção domeioambiente, eventuais exigências burocráticas condicionantes, por parte do Poder Executivo, devemserflexibilizadas para admitir meios alternativos de comprovação darealidadedas áreas isentas pela legislação fiscal e ambiental,de modoa permitir a fruição do benefício fiscal.

RODRIGOMAITTODA SILVEIRA

ÉSÓCIODEMAITTO,VIEIRA, SILVAEVASCONCELLOS ADVOGADOS

(RMAITTO@MVSVCOM BR).

Omodelo tributário brasileiro induz ao desvio de recursos, à corrupção e não satisfaz aos anseios da população na área da educação, saúde, segurança pública, transportes e desigualdade social. Deve ser feita a descentralização, a reforma tributária que favoreça o local onde os recursos são arrecadados, pois é no município que o cidadão vive. Hoje os recursos nunca chegam. Os prefeitos são verdadeiros pedintes e as migalhas, quando chegam, passaram antes por vários caminhos, corrupção de todo tipo através de deputados inescrupulosos. Um país do tamanho do Brasil é difícil governar. Por que não descentralizar, dando autonomia aos estados e municípios? Estão com medo de dividir o poder? Reforma tributária e política já! ADEMIRRIGHI, JOAÇABA,SC

CAMARAJBA@SOFTLINE COM BR

ROBERTO

FENDT

MEUSPALPITES

PARA 2006

Todo mundo dá palpites sobre a Economia no início de cada ano. Nada mais justo que eu dê os meus. Começo pelo PIB. Como não deve ser surpresa para ninguém, o desempenho do PIB brasileiro pode ser influenciado positivamente pelo crescimento da economia mundial. O elo de ligação são as exportações: se o mundo cresce, aumenta a demanda por produtos de todas as procedências, incluindo o nosso país. Para atender ao aumento da demanda, crescem as vendas e a produção, e com elas o PIB. Não é pouca coisa: as exportações já representam mais de dez por cento do PIB brasileiro; se o valor adicionado pelas exportações aumenta 10%, por exemplo, isso acresce 1 ponto de porcentagem ao PIB. Aliás, por essa simples continha já se pode entender a importância das exportações para o crescimento do PIB brasileiro: dos 2,5% de crescimento do PIB no ano passado, parte importante dele se originou nas exportações.

Dito isso, é bom que o pano de fundo da economia mundial em 2006 seja positivo. Vivemos em um "ambiente muito positivo" da economia mundial, que passa por um "momento encorajador". Palavras de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu. Para ele, o crescimento da economia mundial em 2005 é sustentado e até poderá acelerar em 2006. Portanto, começamos bem. A questão é: vamos aproveitar, ou vamos perder o bonde, como se dizia antigamente? Sim, porque não há nenhuma relação obrigatória entre o crescimento da economia mundial e o crescimento do nosso PIB. Se quisermos, botamos tudo a perder. Já o fizemos: em 2003, o mundo cresceu 4% e nós, míseros 0,5%.

Meu palpite: vamos crescer menos que poderíamos e o crescimento que tivermos será muito influenciado pelo festival de gastança eleitoral que mal se inicia. Será um crescimento, em parte, de tapa-buracos. Meu palpite para a inflação também não é tão róseo como os de alguns colegas economistas. A gastança eleitoral poderá transbordar para os preços; essa gastança é do tipo keynesiano, em honra do economista heterodoxo de Cambridge – o que quer dizer que não se está investindo e aumentando capacidade produtiva: se está literalmente tapando buracos com o dinheiro do contribuinte. Além disso, as expectativas do mercado, expostas nos boletins Focus semanais do Banco Central, vêm mostrando crescimento. Não sei se refletem uma tendência, ou não. De qualquer forma, sou de opinião que a inflação será maior que a desejada pelo Banco Central em 2006. Ficarei feliz em errar, ao comparar meu palpite com os fatos no final do ano, especialmente porque as estimativas para a inflação mundial são encorajadoras.

Vamoscrescer menosque poderíamos. Seráum crescimento, emparte, tapa-buracos.

Finalmente, no resto do mundo as taxas de juros continuam baixas. Na área do Euro, por exemplo, estão 20 pontos básicos (0,20%) abaixo das taxas de novembro de 2005. Embora o Federal Reserve ter elevado a taxa básica nos EUA, tudo indica que o processo de aumento lá está chegando ao fim. Como fica a nossa taxa de juros? O mercado espera uma redução, até o final do ano, para 15%. Meu palpite acompanha o mercado. Poderá ficar menor, caso persista a tendência de redução do Risco-Brasil e caso se mantenham as expectativas de desvalorização modesta do câmbio em 2006.

Pmatéria publicada no DCarro, A Escolha da Estela, é muito boa para jornal do bairro ou folhetim de circulação interna. A editora não sabe o que quer, pois inicia a matéria falando que quer comprar um carro com valor intermediário (abaixo de R$ 50.000) e acaba a matéria dizendo que comprou um carro justamente nesta faixa de preço. Além disso, as opiniões dadas são típicas de quem não conhece mesmo nada de carro. A dirigibilidade do CrossFox é excelente e é óbvio que por ser mais alto, nas curvas ficamos com a impressão de que o carro vai tombar. Mas isso é só impressão; daí dizer que o carro é instável, vai um longo caminho. E mais: o que a editora espera de um carro completo? Para ser boa, como as matérias que normalmente são publicadas no DCarro, faltou muito.

VINÍCIUS VCOSSO@UOL COM BR

A idéia da matéria "A Escolha de Estela" era relatar como uma pessoa sem conhecimentos específicos pode selecionar um carro dentro de um universo de escolhas préestabelecido por ela. E todas as indecisões descritas pela autora da reportagem fazem parte da peregrinação de um consumidor normal. Pelos conhecimentos que demonstra ter, o leitor certamente teria outros critérios de escolha: é "A Escolha de Vinícius".

A difícil escolha de modelos na faixa mais disputada do mercado de automóveis

N ão entendo como a matéria publicada no DCarro não considerou ou comentou o Corsa Hatch. Há uma versão SS com todos os requisitos solicitados e com preço competitivo. Minha sobrinha comprou esta semana por R$ 42.000,00. L

oderia tudo ficar melhor ainda se nesses últimos três anos as reformas que faltam tivessem sido realizadas; se a escalada da carga tributária que asfixia o empreendedor e os consumidores tivesse sido contida; se a capacidade de empreender não tivesse sido cada vez mais sufocada pela crescente regulamentação; e se não tivéssemos por política econômica apenas um enxugar gelo, segurando a inflação, enquanto o mundo continua crescendo mais que nós.

André Penner
Marcos Peron/Virtual

Jogo na mesa

Geraldo Alckmin admitiu ser definitiva sua decisão de renunciar ao governo do Estado antes de 1º de abril para ser candidato do PSDB à presidência da República. O governador, portanto, vai se colocar à disposição do partido. Parece que Alckmin confia 100% na promessa de José Serra de não renunciar à Prefeitura. O governador não vê motivos para duvidar da promessa que o prefeito fez em plena campanha de cumprir os quatro anos de mandato. Alckmin será substituído no governo pelo vice, Cláudio Lembo (PFL). Alckmin e Serra são os tucanos que disputam a legenda do PSDB. A outra opção, que era Aécio Neves, foi posta a nocaute. O governador de Minas será candidato à reeleição: seu favoritismo é amplo nas pesquisas. O PSDB já encomendou pesquisas para ajudar o partido a escolher o candidato. Se a indicação obedecer apenas os índices das pesquisas, Serra pode levar vantagem sobre Alckmin. As pesquisas revelam que se a eleição fosse hoje, Serra seria o único tucano a bater Lula nos dois turnos. Alckmin, ao se lançar candidato, ignorou o resultado das pesquisas.

BRAÇO DE FERRO

O fato de Alckmin ter decidido deixar o cargo até 1º de abril não significa, por enquanto, que Serra jogou a toalha. O prefeito também está à disposição do partido. O prefeito, como dizem os serristas, tem a seu favor a preferência da maioria dos eleitores. Hoje, o PSDB voltaria ao poder se disputasse a eleição com Serra.

CRESCIMENTO

Mas, Alckmin acredita que ainda vai crescer nas pesquisas em função de sua gestão em São Paulo. O governador acha que se tornará mais conhecido quando a campanha ganhar fôlego. Tanto Serra quanto Alckmin jogam no desgaste cada vez mais evidente de Lula.

ENTENDIMENTOS

Enquanto Serra e Alckmin disputam a legenda, a cúpula tucana se preocupa em amarrar futuras alianças. O partido dá como certa a coligação com o PFL, possivelmente já no 1º turno. Mas, o partido está de olho sobretudo no PMDB. Os tucanos querem costurar um acordo com os peemedebistas no 2º turno.

PRÓPRIO

O PSDB gostaria de fechar o acordo com o PMDB ainda no 1º turno, mas o partido está convicto de que os peemedebistas terão candidato próprio. O PSDB, então, tenta amarrar o compromisso no 2º turno, caso o candidato do PMDB não passe do 1º turno.

NAMORO

Também o PT paquera o apoio do PMDB. Tanto PT quanto o PSDB estão querendo usar o tempo que os peemedebistas tem de campanha na televisão. A ala governista do PMDB, conduzida pelos senadores José Sarney e Renan Calheiros ainda tentam convencer seu partido a apoiar a reeleição de Lula.

MAIS UM

Outro partido que será assediado por petistas e tucanos é o PDT. Mas, a exemplo do PMDB, também o PDT terá candidato próprio à presidência. O partido tem três pretendentes dispostos a disputar as prévias: o governador Ronaldo Lessa e os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Peres.

CHAPA

Jorge Bornhausen, presidente do PFL, pode ser o candidato que o partido vai indicar para a vice na chapa tucana, caso vingue a dobradinha com o PSDB. Até agora, o líder do PFL no Senado, José Agripino, era o favorito para a vice; mas, Bornhausen entrou no páreo.

TRADICIONAIS

Os primeiros partidos que o PT vai procurar para propor alianças são o PSB e o PCdoB. Mas, os petistas não querem perder de vista também o PP, PTB, PL e sobretudo o PMDB. O PT confirma que em abril apressa a discussão sobre as alianças nos estados. A cúpula do PL já se mostrou favorável a uma aliança com o PT.

JOGO ABERTO

Nelson Jobim não joga apenas para ser candidato à sucessão de Lula: atua também com a possibilidade de ser o vice do petista. Jobim quer deixar o STF em março para se filiar a um partido político. Seu desejo é ingressar no PMDB, partido ao qual já foi filiado.

CANDIDATURA

Assumindo o governo de São Paulo em substituição a Geraldo Alckmin, Cláudio Lembo poderia abrir caminho para facilitar o lançamento de candidato ao governo estadual pelo PFL. O partido alimenta o sonho de ter candidato ao governo paulista, sendo o mais cogitado o empresário Guilherme Afif Domingos.

DOBRADINHA

Lembo, no entanto, acha melhor a manutenção da chapa constituída por PSDB e PFL. Acontece que os tucanos estão sem candidato com bom potencial de votos. O melhor deles é FHC, mas o expresidente continua afirmando que não será candidato. Os pretendentes à legenda do PSDB são o ex-ministro Paulo Renato, o secretário de Governo da prefeitura, Aloysio Nunes Ferreira e o vereador José Aníbal.

RECONVOCAÇÃO

A CPMI dos Correios quer convocar novamente Duda Mendonça para depor sobre sua segunda conta bancária descoberta em Miami. Os integrantes da comissão continuam pressionando o Ministério de Justiça para fornecer dados obtidos nos EUA sobre a conta Dusseldorf do marqueteiro.

PROCESSOS

Presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar confirma que quatro dos 11 processos de cassação de deputados serão concluídos nos próximos dias: os de Pedro Corrêa (PP), Roberto Brandt (PFL), Wanderval Santos (PL) e Professor Luizinho (PT).

DESÂNIMO

O PFL está com medo de que o desânimo domine as CPIs. O partido acha que as investigações entram numa fase de marasmo e, por isso, reuniu suas lideranças para evitar o desânimo e pedir mais ação. Só a CPMI dos Correios voltou a trabalhar.

O TOM POLÍTICO DA

OPERAÇÃO TAPA-BURACO

Apresença do chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência daRepública,Jaques Wagner, pré-candidato agovernador da Bahia, nos eventos em que o ministrodos TransportesAlfredo Nascimento participou ontem noEstadodeuotompolíticoàliberação de recursos da Operação Tapa-Buracoe acendeunovas críticase olhares parao que seestá chamandode "açãoeleitoreira". Um séquito de deputados da base governista, entre os quais, Walter Pinheiro(PT-BA) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), alémdeprefeitosecorreligionários petistas, acompanhou Wagner e Nascimento. Em vez de assinar a liberação dosrecursos nasede dogovernoda Bahia, o Ministério dos Transportesdecidiu marcar a solenidade para aCompanhia Docasdo Estadoda Bahia(Codeba), órgão federal dirigido peloex-prefeitodeItabuna(BA) GeraldoSimões(PT),compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe da Secretaria deRelações Institucionaisda Presidência da República negou qualquer caráter eleitoreiro na operação, mas voltou a dizer que pretendesercandidatoa governador e queLula deve anunciar a candidatura à reeleição no fim de fevereiro. Candidatura – "Tenho uma

decisãopessoal, já declarei ao presidenteda Repúblicaaminha vontade e a do PT da Bahia, que eu coloque meu nome (para governador)", declarou Wagner, afirmandoqueaúnicacoisaque o faria desistir seria uma eventual convocação do presidente para coordenar a campanha dele. "Faço parte de um projeto nacional que está totalmente vinculado ao projeto do presidente Lula: se ele me chamar para uma coordenação de campanha, eu dificilmente poderei negaresseconvite", disse, afirmando que, por outro lado, Lula preocupa-seem tercandidatos fortes a governador.

Em campanha – Com isso, o chefe da Secretaria de Relações Institucionaisda Presidência começaasemexer.Nofimdesemana, participou, em Cairu

(BA), do lançamento do projeto da Petrobras para restaurar o Convento de Santo Antônio e fez campanha política. Ontem, circuloucomoministro dos Transportes em Salvador e nas cidades que ele visitou para vistoriaroiníciodasobrasdaTapaBuracos(FeiradeSantanaeAlagoinhas, onde não ocorreram manifestaçõesde correligionáriosemfavordareeleiçãodeLula). Amanhã, Wagner participa datradicionalfestadaLavagem do Bonfim,muitousada como palco pelos políticos baianos. Conflito – A acusação feita pelo Planalto de que governadores receberam recursos do ministério dos Transportes para a manutenção de estradas federais"estadualizadas"gerouconflito entreNascimentoeo governador PauloSouto (PFL).O

Outdoors da campanha publicitária lançada recentemente pelo governo federal estão espalhados por várias cidades brasileiras. Acima, na favela Cidade Alta, no Rio de Janeiro.

ministro insistiu em dizerque existeno ministériouma"pendência" das verbas repassadas para as"estadualizadas" (estradas).Souto, porsua vez,negou haver qualquer obrigaçãoda Bahia emrelação aoMinistério dos Transportes. Planejamento ruim – O governador deMinas Gerais,Aécio Neves(PSDB) afirmouontemqueoPlanoEmergencialde Recuperaçãode Rodovias, iniciado pelogoverno federalnestasemana, sóconsagra "aabsolutaincapacidadede planejamentodo governo"."Essafalta de planejamento, fazendo que o governo inicie essas obras nesse períodochuvoso,éalgoquenão épedagógico, quenão deveser seguido porqualquer administrador público", afirmou.

Aécio reiterou queos investimentos são insuficientespara assegurar a durabilidade das obras. "O governo fala em investir R$ 440 milhões para recuperar26 milquilômetros derodovias. Infelizmente, os recursos podem não estar sendo aplicados adequadamente."

Ele criticouapresençade palanques e do "caráter eleitoreiro" doprojeto. "Estoufazendo umalerta paraque o governotratecom seriedade este projeto e não coloque a propaganda partidária acima da responsabilidade com as obras." (Agências)

TCU: FISCALIZAÇÃO RIGOROSA.

Opresidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministroAdylson Motta, disse ontem que a Corte fiscalizará "com todo o rigor" as obras da Operação Tapa-Buraco, iniciada na segunda-feira pelo governo federal em maisde 12 mil quilômetros de rodovias, em 22Estados. Segundo Motta, o TCU deve fiscalizar mais intensamente as obras tocadas por empresas em que já foram detecta-

dos indíciosdeirregularidades. Empresasque estãoexecutado obras emregime emergencial (sem licitação) tiveram problemas com o TCU. No Senado – O senador José Jorge (PFL-PE)encaminhou àComissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senadorequerimento convocando para depor o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e o diretor-geral do DepartamentoNacional deInfra-Es-

trutura Terrestre, Mauro Barbosa da Silva. Nascimento disse ontem desconhecer as denúncias de que empreiteiras sem "ficha limpa" estariamsendocontratadas pelo governo. "Sóseforamcondenadasnogoverno anterior:ascontratadas agorajá estavamexecutando obras para o ministério." Para osenador, porém,é preciso esclarecerumasériededúvidassobreaoperação.Jorge afirma quea preocupação noPaís é

"generalizadasobreainiciativado governo de gastar R$ 440 milhões com contratos sem licitação, utilizando-se de critérios cujadefinição estão a cargo somente do Poder Executivo, sem a participação da sociedade brasileira". O presidentedo TCU pretende marcar uma reunião, ainda neste mês, com os ministros dos Transportes eda Casa Civil, Dilma Rousseff, para obter mais detalhes sobre o plano. (AE)

Ministros Alfredo Nascimento e Jaques Wagner, em cerimônia em Salvador.
Fernando Vivas/Ag. A Tarde/Agência O Globo
Ana Carolina Fernandes/Folha ImagemAna Carolina Fernandes/Folha Imagem

LULA EM CAMPANHA, COM

O APOIO DO FMI

Visita do diretor-gerente do FMI celebra antecipação do pagamento da dívida

Adecisão deantecipar, em dois anos, a quitação da dívida de US$ 15,5 bilhões junto aoFundo MonetárioInternacional (FMI)significa "asuperação vitoriosa de mais uma etapadapolíticaeconômicabrasileira" e uma mensagem para o próprio País e parao mundo: ade queoBrasil"jápodeandarcomas próprias pernas". A declaração foifeitaontem pelopresidente LuizInácioLuladaSilva,durante encontro no Palácio do Planalto com odiretor-gerente doFundo, RodrigodeRato,queveioaoPaís aconvite deLulapara celebraro pagamentoantecipadoàinstituição.Umacomemoraçãocomforte ingredienteeleitoral, umavez que o pagamento foi efetuado no fim do ano passado e não havia necessidade dessa encenação.

"Mostramos que os pessimistas estavam errados. Fomoscapazesdeprovar oacerto de quemsoubeconfiarnoBrasil.Tomou adecisão certaquem compreendeuqueoBrasiltem uma sociedademadura", disseopresidente.Duranteodiscurso,Lula assegurouque osinteresseseleitoraistambémnãocomprometerão a estabilidade da economia. Elogios – Odiretor-gerente doFundo, Rodrigode Rato, elogiou a condução econômica do governo Lula, que permitiu pagar com um prazo de dois anos deantecedência adívida deUS$ 15,5bilhõescom ainstituição internacional.

Segundo ele, em três anos de governo, oBrasilconseguiu aproveitar ao máximo uma conjuntura econômicamundial favorável, o País melhorou a confiança ereduziu orisco-paísao

nívelmais baixo já alcançado. Além disso, as exportaçõesdobraram e levaram as reservas internacionais a um nível mais confortável, fatores que permitiramanteciparo pagamento da dívida com o Fundo. "Desde o início de seu governo,opresidenteLulaassumiuo compromisso inquebrantável de manter a inflação sobcontrole porconhecerseusefeitos para a população brasileira, sobretudoosmais pobres",elogiou o diretor-gerente.

Rodrigo de Rato também des-

O Brasil finalmente deixou para trás um longo período de instabilidade econômica. Não haverá mais décadas perdidas. Rodrigo de Rato

tacoua atuação do BancoCentral(BC),quesoubefazerosajustes necessários para atingir as metasdeinflação."OBrasilfinalmente deixou para trás um longo período de instabilidade econômica. Como resultado, não haverá mais décadas perdidas." O dirigente do Fundo ainda destacouopapeldoFMI,porseu apoio ao Brasil, e pela decisão de elevar onível definanciamento ao País, num momento de incerteza no mercado internacional.

Segundoele,ofatodeoBrasilter conseguido pagar adívida com antecedência provaque a decisão da entidade foi acertada. Ratopreviuainda queoBrasildeverácrescer4%nesteano,abaixo dos 5% previstos pelo ministro da Fazenda Antonio Palocci. Decisão madura – Oministro Palocci, que também esteve noevento quecelebrou opagamentoda dívidaontem,disse queaquitação antecipadados débitos como FMI,por partedo governo brasileiro, "foiuma decisão madura esustentada em fatos econômicos sólidos".

Segundo Palocci, a decisão não significa uma mudança dos rumoseconômicos,mesmoporque, conforme ressaltou,a políticaeconômicabrasileira"nunca foienempoderiaserumaimposição do FMI, massim uma opçãoresponsáveldeajustaraeconomia do Paíse promover o crescimento econômico sustentado e a taxas elevadas".

"A antecipaçãodo pagamento, além de refletir a melhora de nossosindicadores earedução de nossa vulnerabilidade a choques externos,faz parte de redução e melhora do perfil da dívidapública externa,a qualinclui o pré-pagamento de nossos credores do Clubede Parise a gradual eliminação do C-Bonds (títulosda dívidapública),herdados dos anos 1980", frisou. AlémdePalocci,tambémparticipou do encontrocom RodrigodeRatoopresidentedoBanco Central, Henrique Meirelles. No dia 13 dedezembro, ogoverno informou que opagamento da dívida seria antecipado e, no dia 27,comunicou quejá tinhaquitado a dívida. (Agências)

País pode ter grau de investimento

Seja quem for o candidato que ganheaseleições desteano, o próximo presidente daRepúblicadeve tambémcolocar afaixa de "grau de investimento",uma espécie deselodequalidade concedido pelas agências internacionais declassificação de risco para os investidores aplicarem o seu dinheiro em umpaís. Aexpectativa da equipe econômicaé de que o Brasil receba o grau de investimento já em 2007, se forem mantidasa políticade ajuste fiscal e a estratégia de melhora da composição da dívida pública, interna e externa. Areceita do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI),Rodrigo deRato, para o Brasil alcançar o grau de investimento temsidoperseguida pelo governo. Ela consisteemumadívida com prazos devencimento mais longos, menos sujeita à variação do dólar e em um valor que represente uma proporção cada vez menor do Produto Interno Bruto (PIB). Mas esse esforço acabou se chocando com a política de

juros altos para conter a inflação, que fez aumentar a dívida e reduzir o ritmo de crescimento da economia brasileira. Apesar de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter conseguido avanços significativos namelhora doperfil dadívida pública ede considerar que a avaliação atual do Brasil pelas agências classificadoras de risco não faz justiça a essa evolução, o forte peso dos papéis atrelados à taxa de jurosainda éumpontode grande vulnerabilidade na política econômica brasileira. Redução da dívida – Por um lado, foi reduzida quase a zero a dívida interna corrigida pela taxade câmbio, o que conta pontos a favor do País. Por outro,53%dos títulospúblicos ainda têmcorreçãopelataxa básicade juros(Selic),o queé visto como uma fragilidade. Com o aumento dos juros pelo Banco Central,os papéisatrelados à variação da Selic,as chamadas Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), foram os maioresresponsáveis peloaumentodadívida interna du-

rante o ano passado.

O estoque da dívida pública estavaemR$959,5bilhõesecaminha rapidamente para R$ 1 trilhão. Noiníciodo governo Lula, o estoque da dívida equivalia a R$ 623,19 bilhões.

Nasua estratégiademelhorar a composição da dívida no sentido de tornar seu comportamento maisprevisível, oTesouro reduziu a quantidade de títulos corrigidos pela taxa de câmbio eaumentouaparticipação de papéis atrelados a índices de preços e dos prefixados (com taxa definida na hora doleilão). Poroutrolado, adívida de curto prazo, com vencimentoem12meses, aindaé bastante elevada: 42,59%.

Estratégia – Para 2006, a estratégia é acelerar a redução do estoque de LFTs. O governo acredita que essa tarefa será facilitada porque atendência éde essespapéis se tornaremmenos rentáveis, devido aos cortes sucessivos na Selic. Ao mesmo tempo, a idéia é aumentar o volume de prefixados ede títuloscorrigidos pela inflação. (AE)

Economia "blindada para não crescer"

A economia brasileira está "blindada para não crescer", avaliou o economista Luiz Augusto Estrella Faria, numa referência à proteção em torno do ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Para Faria, nem o temor do aumento da inflação serve de justificativa à política econômica baseada em juros e alto superávit primário. "A inflação não é um problema, é um fantasma que se levanta para justificar a falta de criatividade do governo", disse ele durante a apresentação da Carta de Conjuntura de janeiro, análise mensal elaborada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão da Secretaria de Coordenação e Planejamento do Rio Grande do Sul. Na Carta, Faria escreve sobre o "pesadelo blindado", criticando a "lógica" da política econômica. (AE)

Tesouro vende US$ 1 bilhão em bônus.

OTesouro vendeu ontemUS$1bilhão em bônus global com vencimento em 2037, na primeiraoperaçãono mercado externo desteano.Com isso, chega a US$ 4,5 bilhões o montante captado pelo governo paracumprir ametade US$9 bilhões estabelecidaparao biênio 2006/2007. "Ogoverno estáaproveitando o risco baixo", comentou o operador de mercados emergentesdeumacorretoraemSão Paulo. Nosúltimosdias,o risco-país – medido pelo banco JP Morgan–vembatendosucessivosrecordesdebaixa.Ontem,o

Vencimento: 2037.

indicadorrondava 280pontosbásicos sobre os treasuries, os títulos norte-americanos.

O papel saiuao preço de 94,856%dovalordeface, garantindorendimento (yield) de 7,557% ao investidor. O cupom foi de 7,125% ao ano e o título foi emitido com spread de 295pontos-básicossobre os treasuries de 30 anos.

Opapelpassa asero de maior duraçãonomercado porqueoGlobal 2040,apesar de tervencimento maislongo, tem opção decompra apartir de agosto de 2015 – ou seja, embute a possibilidade de ser recomprado pelo Tesouro. A li-

quidação financeiradaemissãoserá nodia18. Ademanda chegou a US$ 3 bilhões, segundo fontes do mercado. Nanoite desegunda-feira, os bancos líderes da operação, Deutsche Bank eUBS,disseram em e-mail enviado a potenciais investidores que o Brasil já havia estabelecido um rendimentoindicativo de295 pontos-básicos acima dos títulosde referênciadoTesouro norte-americano. Naúltima emissão, feita em 29 de novembro,oBrasilcaptou US$500 milhões, na reabertura de uma emissão debônuscomvencimento em 2034. (Reuters)

O diretor-gerente do FMI, Rodrigo de Rato, Lula, Antonio Palocci e Henrique Meirelles durante cerimônia
Jamil Bittar/Reuters

PROCESSO DE PEDRO CORRÊA

Oprocessode quebrade decoro parlamentar contrao deputado PedroCorrêa (PP-PE)serávotado amanhã, de acordo com o presidente do Conselhode Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP). Ele afirmou, ontem, que o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) irá apresentar o relatório sobreCorrêahoje, eamanhã, esse relatório será lido e colocado em votação. Izar admitiu que a votação poderá até ser realizada na próxima segunda-feira, casoalgum parlamentar peça vistas na quinta. O presidente fez aafirmação após consultar aMesa Diretora da Câmara que, segundo ele, disse que o conselho não precisa esperar o início das sessões deliberativas, previsto para a próxima semana, para votar os relatórios no conselho. Izar disse ainda que nas próximas duas semanas oConselho de Ética colocará em votação os processos contra seis deputados acusadosde quebrade decoro parlamentar devidoàs denúncias de recebimento de dinheiro para votar matérias de interesse do governo.

mos mostrar que o Conselho de Ética foi o órgão que mais trabalhou neste período de convocaçãoextraordinária. Não há nenhumprocesso paralisadoaqui. Não estamosretardando nada", respondeu Izar. Além do processo contra Pedro Corrêa, segundo Izar, estão na fila para serem votados, nesta ordem, os processos contraos deputados Roberto Brant (PFLMG),Wanderval Santos (PL-SP), ProfessorLuizinho (PT-SP),João Paulo Cunha (PT-SP) e João Magno (PT-MG). Defesa – O ex-ministro Nilmário Miranda, que foi titular da Secretaria Especialde DireitosHumanos, disse ontem que o deputadoJoãoMagno(PT-MG) não

COAF SOUBE DE

OUTRA CONTA DE DUDA SÓ NA SEXTA-FEIRA

OSurpresa – "Vamos fazer uma surpresaparaa sociedade. Va-

merece sercassado,apesarde ter admitido que recebeu R$ 426 mil do PT por meio das agências de publicidadede MarcosValério, recursos não declarados. Nilmário depôs no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara em defesa de Magno. Nilmário reconheceu que Magno errou aoreceberos recursos e não declará-los à Justiça Eleitoral noprazoestipulado. Porém, afirmou que para esse erroas punições devem ser mais brandas. "Acassação nãoé a mais indicada." (Agências)

CPI DOS BINGOS VOLTA À 'NOVELA' PALOCCI

Opresidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB),confirmou ontemque oministroda Fazenda, AntonioPalocci, deverá depor, como convidado, entre os dias 24 a 27. Ele adiantou que, atélá,aCPI iráprocurarentrar em entendimentocom oministro para definir a data. Caso Paloccinãoconfirmeodiado depoimento, no entanto, Efraim adiantou que "não existirá outra saída senão colocar em votação o requerimento de convocação".

Em dezembro, Palocci chegou a encaminhar carta à presidência da CPI solicitando a ampliação do prazo paradepor, justificando quesua agenda estaria lotada, argumento que foi aceito tanto pelas oposições como pela base do governo. Denúncias– O ministroterá que explicar, entre outras coisas, denúncias decorrupção durante operíodo em quefoi prefeito da cidade de Ribeirão Preto e que dizem respeito a pagamento mensal de propina por parte de alguns empresários. O dinheiro arrecadado,conforme as acusações, era repassado aos cofres do PT para ser usado em

futuras campanhas eleitorais. Palocci nega as acusações. Investigação – APolícia Civil de Ribeirão Preto confronta os documentoscontábeis apreendidos naempresa Leão Leão com os pedidosaoDepartamento de Água e Esgoto da cidade, todosrelacionadosaos pagamentos feitos por serviços de varriçãoderua.Cercade dez pessoas serão ouvidas, entre elas, o ex-secretário de Governo daprefeituraDonizetiRosa (na

administração Palocci). Relatório – Efraim também adiantou queo relatórioparcial sobrea renovaçãonocontrato da Caixa Econômica Federal com a Gtech podeserapresentado no dia 18. Nele vão constar os nomes de Rogério Buratti, exassessorde Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto,e Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil. (Agências)

Ministério da Justiça só comunicou formalmente o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na segunda-feira sobre a existência de uma segunda conta bancáriaem Miami,do publicitário Duda Mendonça, marqueteiroda campanha de eleição presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. A informação é do presidentedo Coaf, Antônio Gustavo Rodrigues, que lamentou ontem,emdepoimentoà CPMI dos Correios, a falta de acesso do Conselho a informações sobre movimentaçõesfinanceiras no exterior de Duda e do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O Ministério da Justiça teria conhecimento dessaconta de Duda desde novembro de 2005. Acesso – "Eu acreditoque seria interessante oórgão de inteligência ter acesso a esse tipo de informação. O que mata esse trabalho é a falta ou o excesso de informação", disse Rodrigues.Por solicitaçãodo Ministério da Justiça,o Coaf

enviou na segunda para os Estados Unidospedido deinformaçõessobre umasegunda conta bancária de Duda. Fincen – Opedido deinformações sobre dados cadastrais e eventuais operações suspeitas foi encaminhadoao Fincen, órgão vinculadoao Departamento do Tesourodos Estados Unidos, que equivale ao Coaf. "Na últimasegunda-feira, oCoaf recebeu um e-mail do Ministério da Justiça que queria ajuda paraidentificaruma segunda conta deDuda Mendonça noexterior. Nós mandamoso pedido para o Fincen", disse. Rodrigues contouquetomou conhecimento informal deuma segundacontabancária do publicitárionaFlórida no final datarde de sexta-feira."Era entre18he 19hquan-

do o Ministérioda Justiça nos informou da conta no exterior", afirmou o presidente do Coaf. A matéria da revista Veja sobre a segunda conta bancária de Duda saiu no sábado. Opresidente doCoafinformou ainda que o órgão pediu informações em17deagosto de 2005 aos Estados Unidos sobre a Dusseldorf, offshore de Duda Mendonça, com sede nas Bahamase contabancária em uma agência de Miami. "Masaté hoje nãohouve nenhuma resposta. Tem muito tempo queenviamos orequerimento e isso deveria ter sido cobrado", admitiu Rodrigues Empenho – "Tenho tido contatocomautoridadesdo Finceneelesnãotêmconhecimento desses requerimentos", afir-

mouo relator-adjunto da CPMIdos Correios,Eduardo Paes (PSDB-RJ). Em sua avaliação,oCoafnãoestáseempenhandojunto às autoridades norte-americanas. Emagostodo anopassado,

Duda Mendonça afirmou em depoimento àCPMI querecebeu R$ 10,5 milhões na conta Dusseldorf como parte do pagamentopela campanhadas eleições de2002 doPT. Além dos EstadosUnidos, oConselho também pediu informações aos governos das Bahamas, Panamáe Uruguaisobre movimentações financeiras no exterior de Duda. SMP&B – Durante o depoimento, Rodrigues voltou a informarque,emoutubro de 2003oConselho avisouoMinistério Público Federal em São Paulo das movimentações atípicas nas contas da agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério Fernandes deSouza.Essainformação jáhavia sidodada a integrantes daCPMI em agosto de 2005. Em 2002, o Ministério Público Federal em São Paulo fez uma investigação sobrea SMP&B SãoPaulo Comuni cações, que temos mesmos sóciosda SMP&B. Naépoca, oCoaf não detectou nenhuma movimentação suspeita nas contas da empresa. A partir de meados de 2003, o Banco Central baixou uma norma que obriga os bancos a informarem ao Coaf os saques em dinheiro acima de R$ 100 mil. Em outubro de 2003, o Coaf avisou oMinistério Público em São Paulo sobre a volumosamovimentação noboca do caixa da SMP&B. (AE)

Ex-diretora do fundo Prece pode ser levada pela polícia à CPMI dos Correios

Delcidio e Izar se encontram hoje para evitar acordo que livre deputados da cassação

Delúbio

O ex-tesoureiro expulso do PT

Delúbio Soares confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira

O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

Diretores de investimento do fundo de pensão da Companhia de Águas e EsgotosdoRiode Janeiro(Prece)vãodepor hoje na subcomissão dos Fundos de Pensão. O fundoé uma dasentidades que teriam tido prejuízo na compra de títulos decorretoras, suspeitasde envolvimento com o valerioduto.

Valério O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética O bispod. LélisLara disseontem que, duranteos 29 anos em queconhece João Magno(PT-MG), nunca soubede envolvimento deleem casosde corrupção. Depondo como testemunha de defesa do deputado, o bispo afirmou que o deputado "seportou deforma correta" desde o começo do escândalo.

Mendonça O publicitário Duda

da DM9, confirmou ter

dinheiro

Os repasses,

ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

Lamas O ex-tesoureiro do PL,

Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves

Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPI dos Bingos Opresidenteda CPIdosBingos,senador EfraimMorais (PFL-PB),afirmou ontemquea prioridadedacomissãona próxima semana, quando retoma os trabalhos, seráa votação dorelatório parcial sobre as irregularidadesna Gtech, empresa quepresta serviçosno processamento de loterias para a CEF.

Mendonça,
recebido
de Marcos Valério no exterior.
segundo
Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B,
Izar (à dir.) conversa com João Magno (ao centro)
Ailton de Freitas/AG
Celso Junior/AE
Rodrigues foi convidado a depor na CPMI dos Correios
Beto Barata /AE
O ministro (à dir.) deve depor até o fim do mês

5,42%

ao mês é a taxa média de empréstimo pessoal cobrada pelos bancos privados no País

Juros bancários caem

0,02 ponto

Aprimeira pesquisa mensal de taxa de juros bancários do ano daFundação Procon-SP, divulgada ontem,revelou uma pequena queda na taxa média de empréstimo pessoal. De acordo com a pes-

ATAS

quisa, feita em 3 de janeiro com dezinstituições financeiras,a taxa média de janeirofoide 5,42% ao mês (88,42% ao ano), umdecréscimo de 0,02 ponto percentual sobre dezembro do ano passado (5, 44%). A taxamédia docheque es-

MINERAÇÃO JUNDU LTDA.

CNPJ/MF: 60.628.468/0001-57 - NIRE: 35.217.935.191 INSTRUMENTO PARTICULAR DE ALTERAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL DE SOCIEDADE LIMITADA. Pelo presente instrumento particular, SANTA VERÔNICA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA., sociedade com sede em São Paulo, SP, na Av. Santa Marina, 482 – 1º andar, Sala 1, Água Branca, CEP: 05036-903, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.402.837/0001-67, NIRE: 35.216.816.652, com seu contrato social consolidado na alteração contratual de 09.01.2004, registrada na JUCESP sob o nº 45.560/04-3, em sessão de 11.02.2004, por seus diretores, os senhores Roberto Luiz H. Corrêa Netto, brasileiro, casado, industrial, CREA 40747D,CPF/MF385.072.347-04.eCarlosWilliamdeMacedoFerreira,brasileiro,casado,engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 5.031.227 SSP-SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 045.745.918-20, ambos residentes e domiciliados em São Paulo, SP, com endereço comercial na Av. Santa Marina, 482, 1º andar, sala 1, Água Branca, São Paulo, SP, CEP: 05036-903 e, UNIMIN DO BRASIL LTDA., sociedade com sede na Cidade de Jaguaruna, Estado de Santa Catarina, na Estrada Geral do Morro Bonito, km 02, CEP: 88715-000, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 56.139.066/0001-11, NIRE: 42.203.171.262, em 17.06.2002, por seus diretores, os senhores Lieven Cooreman, belga, casado, engenheiro civil, portador da Cédula de Identidade para estrangeiros RNE n. V332670-S-DPMAF/DPF e inscrito no CPF n. 227.551.748-03, residente e domiciliado em São Paulo, SP, eHamilton Mário Fortunato, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 11.165.396-4 SSP-SP e inscrito no CPF/ MF sob o nº 001.704.848-66, residente e domiciliado em Jaguaruna, Santa Catarina, ambos com endereço comercial na Estrada Geral do Morro Bonito, km 02, Jaguaruna, Santa Catarina, CEP: 88715-000, representando a totalidade do capital social da MINERAÇÃO JUNDU LTDA empresa com sede em Descalvado, SP, na Rodovia SP-215, Km 116, CEP: 13690-000, CNPJ/ MF nº 60.628.468/0001-57, NIRE: 35.217.935.191, com seu contrato social consolidado na última alteração contratual, datada de 30.03.2004, registrada na JUCESP sob o nº 192.012/046, em 29.04.2004, têm entre si justo e contratado o que segue: 1. Nos termos do inciso II do artigo 1.082 do Código Civil (Lei nº 10.406 de 10/01/2002), as sócias deliberam reduzir o capital social de R$ 58.901.074,00 (cinqüenta e oito milhões, novecentos e um mil e setenta e quatro reais), para R$ 52.901.074,00 (cinquenta e dois milhões, novecentos e um mil e setenta e quatro reais), importando em uma redução de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), que serão restituídos, para as sócias, da seguinte forma: a) R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), para sócia SANTA VERÔNICA e; b) R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), para sócia UNIMIN. 2. A redução do capital é realizada com a extinção de 6.000.000 (seis milhões) quotas e sem alteração de seu valor unitário, qual seja, R$ 1,00 (um real). 3.Em decorrência da redução do capital social eda extinção das 6.000.000 (seis milhões) quotas, fica alterada a cláusula 5ª do Contrato Social, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Cláusula 5ª - Ocapital social da sociedade, totalmente integralizado, é de R$ 52.901.074,00 (cinqüenta e dois milhões, novecentos e um mil e setenta e quatro reais), divididos em 52.901.074 (cinqüenta e dois milhões, novecentos e um mil, setenta e quatro) quotas de R$1,00 (um real), cada uma, assim distribuídas entre as sócias: a) - SANTA VERÔNICA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA com 26.450.537 (vinte e seis milhões, quatrocentos e cinqüenta mil, quinhentos e trinta e sete) quotas, no valor total de R$ 26.450.537,00 (vinte e seis milhões, quatrocentos e cinqüenta mil, quinhentos e trinta e sete reais), representativa de 50% do capital social; b) - UNIMIN DO BRASIL LTDA. com 26.450.537 (vinte e seis milhões, quatrocentos e cinqüenta mil, quinhentos e trinta e sete) quotas, no valor total de R$ 26.450.537,00 (vinte e seis milhões, quatrocentos e cinqüenta mil, quinhentos e trinta e sete reais), representativa de 50% do capital social. Parágrafo único - A responsabilidade de cada Quotista é limitada ao valor das quotas por ele subscritas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.” E, por estarem justas e contratadas, assinam o presente em 3 (três) vias de igual forma e teor, na presença de duas testemunhas abaixo assinados. Descalvado, 22 de dezembro de 2005. SANTA VERÔNICA EMPREEND. E PARTICIPAÇÕES LTDA. Roberto Luiz H. Corrêa Netto - Carlos William M. Ferreira; UNIMIN DO BRASIL

Lieven Cooreman - Hamilton Mário Fortunato.

1ª - Maria

da

- RG: 8.941.241-SSP/SP - CPF/MF: 645.980.048-00; 2ª - Silvia Ferreira da Rocha- RG: 29.301.880-7 - CPF/MF: 271.613.498-77. Visto:

EDITAIS

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS/SP TOMADA DE PREÇOS Nº 001/2006 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 20.400/2005 Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, do tipo menor preço global, tendo como objeto contratação de empresa especializada para construção de CEMEI no Jardim Itamaraty, no município de São CarlosSP, com fornecimento de mão-de-obra, materiais, equipamentos e ferramentas. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da PMSC, sito à R. Major José Inácio, 1973, Centro, São Carlos, fone 3307-4272, a partir do dia 11/01/06 até o dia 25/01/06, no horário das 09h às 12h e 14h às 16:30h mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidos na Sala de Licitações até às 10 horas do dia 30/01/06, quando após orecebimento, iniciar-se-á sessão de abertura. São Carlos, 10 de janeiro de 2006. Paulo José de Almeida -Presidente da Comissão Permanente de Licitações.

SECOVI-SP – SINDICATO DAS EMPRESAS DE COMPRA, VENDA, LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS DE SÃO PAULO Edital - Contribuição Sindical Patronal de 2006 Em cumprimento ao disposto no artigo 605 da CLT, ficam notificados todos os condomínios residenciais, comerciais e mistos, shopping centers e as empresas cujas atividades econômicas sejam representadas pelo SECOVISP, associadas ou não, de que deverão recolher até o dia 31 de janeiro em curso, a Contribuição Sindical Patronal para o exercício de 2006, sob pena de incorrerem nas penalidades estipuladas no art. 600 da CLT. As guias para recolhimento também podem ser obtidas no site da CEF – www.caixa.gov.br. São Paulo, 5de janeiro de 2006. Lair Alberto Soares Krahenbuhl -Presidente em exercício -SECOVI-SP09-10-11/01/2006

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 002/2006- FAMESP/HEB PROCESSSONº 002/2006 - FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 002/2006-FAMESP/HEB

Acha-se à disposição dos interessados do dia 11 de janeiro a 07 de Fevereiro de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS - PREGÃO Nº 002/2006-FAMESP/HEB- PROCESSSO Nº 002/2006-FAMESP/HEB - REGISTRO DE PREÇOS Nº 002/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de copos plásticos descartáveis; tampas para copos descartáveis e pote descartável, tampa descartável, bandeja descartável, para o HOSPITAL ESTADUAL BAURU, conforme especificações constantes do anexo II. As amostras deverão ser entregues do dia 23de janeiro a 27 de janeiro 2006. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 08 de Fevereiro de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 11 de janeiro de 2006. Prof. Dr. Pasqual Barretti -Diretor Presidente - FAMESP

pecial, entretanto, permaneceu inalteradapeloterceiro mês consecutivo,em 8,31%ao mês (160,54% ao ano).

Cautela – Paraostécnicosdo órgão, essa leve queda das taxas de empréstimos "evidencia a cautela do mercado financeiro, frente aos rumos da política monetária". De acordo coma Fundação Procon-SP, há previsões de uma desaceleraçãodocrédito para pessoa física ao longo de 2006, apósdois anosconsecutivos de expansão. A fundação recomenda ao consumidor dar

prioridade aopagamento de dívidas nesteinício de ano e utilizar o cheque especial só em situações emergenciais e de curto prazo. Campeões de taxas – Na pesquisa de juros para empréstimo pessoal, a instituição financeira que cobrou a maior taxafoi oItaú(5,95%),enquanto a menor foi a registrada na Nossa Caixa (4,25%). No levantamento dos juros do cheque especial, amaior variação percentual é dos bancos Banespa/Santander e Itaú (8,50%), e a menor, da Caixa

Econômica Federal (7,95%). Em janeiro de 2006, dois bancos registraram queda nos juros para empréstimospara pessoa física em relação ao mês de dezembro.A CaixaEconômicaFederal reduziu seusjuros de 5,24% para 5,05% ao mês (diminuição de 0,19 ponto percentual evariação negativade 3,63%). A taxa do HSBC teve uma queda de 4,99% para 4,97% ao mês(diminuiçãode 0,02 pontopercentual evariação negativa de 0,40%). As demais instituiçõesfinanceiras mantiveram suas taxas.

OProcon-SP observouque osdados coletados se referem às variaçõesmáximas pré-fixadaspara clientesnão preferenciais;para ocheque especial foi considerado o períodode30 dias.No caso de variação da taxa do empréstimopessoal,o tempo estipulado foi de 12 meses, prazo utilizado pelas instituições pesquisadas. O levantamento foi feito nos bancos HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú,Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco. (AE)

ACUSA GOVERNO DE QUERER

'POLITIZAR' STF

OPFL está preocupado com asarticulações, dentro do governo, para que as três novas vagas, que vão surgir no Supremo Tribunal Federal(STF), sejam ocupadas por petistas. Para o presidente nacional do PFL, JorgeBornhausen(SC),a indicação de ministros para o STF não pode politizar a instituição. Segundo ele, o PFL não aceitará que o presidenteLuiz InácioLula da Silva partidarize as indicações. Bornhausen não quis,no entanto, comentarsobre apossibilidade de o ex-ministro e expresidente nacional do PT, Tarso Genro, ser escolhido para umadas vagasnoSTF."Sesomoscontra a partidarização, nãoprecisamosfazer afulanização. Nós esperamos que o presidenteLula, orientadopor seu ministro da Justiça, venha a indicar nomes de notório saber jurídico e sem vinculação partidária", afirmou.

O PT rebateu ascríticas por meio do próprio Tarso Genro e do líderdo PT naCâmara, Henrique Fontana(RS). ParaGenro são "casuísticas",e "autoritárias" as tentativas de alterar as regrasquegarantem ao presidente da República o direito de indicar os ministros do STF. Trata-se deum tribunal"político", ressaltouo ex-presidentedo PT,"como em qualquer parte domundo", quejulga as demandas sob a luz da Constituição, também "política".

Nocurto prazo,as trêsvagas quedevem serabertas no Supremosedevema que: Carlos Velloso completa 70 anos e se aposenta ainda este mês; SepúlvedaPertence deveantecipar sua aposentadoriadopróximo ano paraeste; e opresidente do STF, Nelson Jobim, deve se afastar para disputar as eleições. Nomeações – Somadasàs indicações anteriores, Lulaterá nomeado sete dos 11 ministros. Além de Tarso, há outros dois petistas cotados para ocupar uma cadeira no tribunal: os deputadosLuizEduardo Greenhalgh (SP) e Sigmaringa Seixas (DF). Tarso está em plena campanhanos bastidores,mas nega qualquer pretensão à vaga. Ontem, além de Fontana, o presidentedaCâmaraAldo Rebelo (PCdo B-SP)saiu emdefesade Tarso. "Essedebate édesnecessário porque meu nome não está sendo apresentado, não tenho nenhuma demanda", declarou o ex-ministro. "Ascorporações têm todoo direito de manifestar sua opinião, o que acho estranho é politizar essa questão. Tenta-se impugnar o direito de o presidente indicar o ministro, como prevê a Constituição", disse Tarso.

Emnotadivulgadaontem,Fontana disseque"aocontráriodo quemuitosdizem"Tarso Genro não está em campanha para ser indicado e garante queo ex-ministro atende aos requisitos constitucionais exigidosparaocargo de ministro do STF: notável saber jurídico e reputação ilibada.

Requisitos– "O ex-ministro Tarso Genro é reconhecidamente um notável jurista, com livros publicados nas áreas de Direito e Política,noBrasil enoexterior. Em 1998,foi professorconvidadodaUniversidade deAndaluzia, na Espanha, e tem proferido aulas em cursos de pós-graduação em várias universidades brasileiras.É umintelectual reconhecido no meio jurídico acadêmico e profissional", destaca a nota do líder petista.

Segundo o líder oPT, a prevalecer a natureza das críticas dirigidas ao ex-ministro Tarso Genro, todas as nomeações feitas por governosanteriores estariam sob suspeição.

"Oex-ministroTarsoGenro é íntegro, probo e de grande saber jurídico. Agir de forma preconceituosa em relação ao ex-ministroé imperdoável", completou Aldo Rebelo. (Agências)

'KIRCHNER ERA DESCONHECIDO TAMBÉM', DIZ ALCKMIN.

Ogovernador deSão Paulo, GeraldoAlckmin (PSDB), se comparou a Néstor Kirchner, aoafirmarontem que o presidente da Argentina também eradesconhecido da maioria da população antes das eleições. Alckmin aposta naexposição da campanha eleitoral para chegar mais próximo do eleitor.

"Não tenho preocupação em ser maisconhecido.Alguém naArgentinasabiadonomedo Néstor Kirchner?(Ele era) governadorde umEstado lá... ninguémsabia",afirmouAlck-

min. Kirchner governou a província de Santa Cruz, na Patagônia, sul da Argentina.

"Isto é sempre assim. Para issotem campanhaeleitoral, tem rádio, temtelevisão.É muitobomvocêterumaavenida para poder caminhar", ponderou Alckmin após cerimônia de entrega de viaturas para a Polícia Civil e o Detran.

W.O. – O governador assumiusua candidatura àPresidência pelo PSDB em dezembro e no domingo anunciou que deixará o cargo até o início de abril,prazo máximopara poderconcorreràs eleições.

RECESSO MENOR É NECESSÁRIO, DIZ PRESIDENTE

DA CÂMARA.

Opresidente da Câmara dos Deputados,Aldo Rebelo (PCdoB-SP), voltou a defender ontem a redução do recesso parlamentar. "Acho queé umanecessidadeparao País e para o funcionamento do Congresso",afirmou odeputado. Para ele, tantoa proposta que reduz para 45 dias quanto a que estabelece orecessode60 diassão boas.Aldovai sereunir na segunda-feira com os líderes dos partidos para tratar das matériasque jáconstamdapauta da convocação extraordinária. Entre as matérias estão a resolução que trata dopagamento extra, a proposta de emenda à Constituição (PEC) quetrata do recessoparlamentar,a PECdo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Pressão – Um grupo de deputados do Conselho de Ética da Câmara visitou Aldo ontem para pedir que seja posto em primeirolugarna ordemdevotações em plenário o projeto que extingue o pagamento de salário extra aos parlamentares durante convocações extraordinárias. O pedido conjuntofoiproposto pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG)e aprovado peloconselho. Delgado argumenta que o fim do pagamento extra evita o desgastedos parlamentarese "a hipocrisia e a demagogia" das

Trajetória política de presidente argentino (à dir.) é lembrada pelo governador paulista (à esq.)

Elerefutou acríticade queestaria se antecipando às instâncias partidárias ao realizar o anúncioa trêsmesesde uma possível decisão do PSDB, disse achar benéfico que o partido tenha mais que um aspirante aocargo de presidentedaRepública e mencionou um termoesportivo paraexpressar sua idéia. "Não quero ser candidato, como se diz no esporte, por W.O."E explicou:"Ninguém quer, então vaivocê. É muitobomterváriaseboasopçõesparapoderrefletirbastante e escolher bem." Alckmin disputa a indicaçãodopartido com oprefeito de São Paulo, José Serra, considerado concorrente mais forte por parceladostucanos por seu desempenho naspesquisas. Serra ganharia no primeiro e no segundo turnos do pre-

PFL FICA ANIMADO COM DISPUTA TUCANA E JÁ FALA EM CESAR MAIA

Adoações a instituições de caridade. "De que adianta o deputado levar um chequena instituição de sua cidade, sua base eleitoral posar para fotos, avisar para todos que está fazendo doação?", questiona Delgado.Ele disseter encaminhado seu salário extra a uma instituição de caridade. O deputado Edmar Moreira (PFL-MG) disse que é uma "prática comum" parlamentares preencheremrecibosdeque doaram certa quantia a uma instituição, mas ficarem com uma parte e destinarem um valor bem abaixo do declarado para ações assistenciais.Ele dissequenão citará nomes nem fará denúncia formal àpresidência daCâmara ou ao conselho. (Agências)

sidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve sair candidato. Pesquisas– Mas se depender de pesquisas em poder do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o candidato seria Alckmin, e não Serra. FHC tem concordadocom aavaliação de alguns marqueteiros para os quais as chances de expansão da candidatura de Alckmin sãomaiores que as de Serra,cujasubida, segundo eles, deve-sebasicamente à forte queda de Lula. Outras pesquisas, no entanto, garantemaforçadeSerra. Seu crescimento, por exemplo, está distribuído por todo o País enãoapenasnaregiãosudeste, principalmente emSão Paulo, como acontece com Alckmin. Nesse caso, a superioridade de Serra é esmagadora. Ele tem votosemtodoosEstadosebate Lula nos dois turnos. O problemaé saberseele mantémessa posição até o dia do pleito.

Paulistério – Em entrevista ontem de manhã a uma rádio donordeste, Alckmin disse que nãopretende montarum 'paulistério' –um ministério composto apenas com nomes paulistas – e revelou que pode atéter umvicedonordeste. "Eu pretendo fazer um governo brasileiro, queestimule o desenvolvimento regional. A escolhade umviceé maispara a frente, mas eu entendo ser natural que o nordeste, sendo a segunda região brasileira com maiorpopulaçãodo país,é evidentequeprecisa ter umaparticipação condizente com essa grande representação."

Ogovernador garantiuainda que pretende dar seqüência aosinvestimentos feitos pelo governo Lula em obras no nordeste, como a Transnordestina eatransposiçãodoRio São Francisco, mas criticou a forma como o dinheiro vem sendo gasto nesses projetos. "O que o Brasil precisa melhorar é a qualidade do gasto público. O que nós temos visto são gastos correntes muito elevados e falta de investimento", disse Alckmin.

Alckmin também evitou maiores comentáriossobre a possibilidade de se deparar com uma outra disputa, dessa vez, com o prefeito do Rio, Cesar Maia(PFL). Ogovernador disse apenas: "Eu gosto do Cesar Maia.Passeia ter mais apreçopor ele quando vi que elegostade xadrez. Ogovernador não deu um xeque-mate, deu um xeque de dama, né? Eu fiz um grande roque (nesse jogo, o ato de rocar para proteger o rei)?Gosteidaconversa",ironizou. (Agências)

disputa entreo governador de SãoPaulo, GeraldoAlckmin, eoprefeito JoséSerrapela candidaturado PSDB à Presidência da República valorizou o PFL. Como aliado dos tucanos oucom candidatopróprio, o partido ganhará uma posição estratégica no maior Estadodo País.Eenquanto ostucanos não se decidem, a cúpula do PFL decidiumanter de péa candidatura presidencial do prefeito do Rio, Cesar Maia, até março, sócom oobjetivo deganhar tempo para que se resolva a brigainterna doPSDB."Evidentemente asituaçãofortaleceuo PFL", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Por causa da legislaçãoeleitoral, oPFL podeherdar, emabril, o governode SãoPauloe aprefeitura da capital, com os vices Cláudio Lembo e Gilberto Kassab, respectivamente. Issoocorrerácaso Serra deixe a prefeiturapara disputar o Planalto e Alckmin, preterido, deixe o governo para disputaro Senado."Nãocomento ahipótese, embora ela exista, porque este é um assunto da alçada do PSDB", disse presidente nacional doPFL, senadorJorge Bornhausen(SC)."Masestasituaçãoressaltaaimportânciadasaliançasestaduais,a meuver maisrelevantes do que uma eventual composição de chapa presidencial." Aliança– Nos bastidores, a aliançadoPFLcomoPSDBnacorridapresidencialé dada como certa.Embora odiscurso oficial seja o da não-interferência na disputa tucana, a avaliação predominante na cúpula pefelista hoje é a de que o melhor perfil para polarizara eleiçãocom oPT dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva em qualquer cenárioé o deSerra. "O PSDB tem dois nomes de qualidade para disputar a presidência e o PFL não vai opinar sobre nenhum deles", declarou Bornhausen.

Opartidoaguardaumadecisão doCongressooudaJustiçaEleitoral sobre a regra da verticalização, que proíbe a formação de coligações nos Estados diferentes das aliançasformadas para as eleições presidenciais. "Se a regra for derrubada, aumentam as chances delançarmos candidatopróprio, porque isso não prejudicaria a formação de alianças nos Estados",disseolíderdoPFLnaCâmara, Rodrigo Maia (RJ). Bornhausendisse ainda queo PFL mantém os planos de lançar o ex-deputado Guilherme Afif Domingos candidato ao governo de SãoPaulo. Issopodeocorrer, segundo ele, mesmo que haja aliança nacional e os tucanos também lancem um candidato. (Agências)

Rodrigo Paiva/AE
Pefelistas em reunião para analisar o quadro das eleições de outubro
Celso Junior/AE
Aldo: líderes decidem na segunda prioridade de votação em plenário.
Celso Junior/AE

Duas das maiores empresas do Brasil, a Companhia Vale do Rio Doce e a Petrobras, assinaram ontem um memorando de entendimentos para avaliar investimentos em conjunto nas áreas de exploração, produção e geração de gás natural em Moçambique. A atuação de cada uma das empresas na parceria ainda não está definida, mas esta poderá ser a primeira incursão da Vale na exploração e produção do hidrocarboneto, afirmou o presidente da companhia, Roger Agnelli. Segundo ele, uma das alternativas avaliadas é a criação de uma empresa em

OÍndice de Preços no Varejo (IPV), divulgado ontem pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), terminou 2005 com alta de 2,52%. O valor está bem abaixo do registrado em 2004, que foi de 6,07%. Em dezembro, o índice subiu de 0,15% para 0,19%, principalmente devido ao desempenho de jornais e revistas (4,05%) e de combustíveis e lubrificantes (1,67%). (Agências)

Pressionada pela alta nos preços dos alimentos, a inflação de São Paulo duplicou no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S). Os preços na cidade subiram 0,44% até 7 de janeiro, ante alta de 0,19% até 31 de dezembro.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), há possibilidade de a inflação continuar em alta nas próximas apurações. (AE)

Acirculação de veículos nas rodovias concedidas à iniciativa privada subiu 2% em 2005 em relação a 2004. É o que revela a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). No ano passado, houve alta de 2,5% no movimento de veículos leves e de 0,7% no de pesados. (AE)

Odesempenho das loterias federais em 2005 ficou abaixo do esperado pela Caixa Econômica Federal. No ano passado, a arrecadação das nove modalidades de loterias atingiu R$ 4,36 bilhões, aumento de apenas 3,5% em relação ao montante de 2004. O crescimento de 2004 sobre 2003 havia sido de 23%, e no ano imediatamente anterior, de 44,8%. A meta era atingir uma arrecadação de R$ 4,5 bilhões em 2005. (AE)

BOVESPA Raymundo Magliano Filho foi eleito para o sexto mandato à frente da bolsa paulista.

Moçambique para a exploração de gás, na qual a Vale poderá ter participação. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que as empresas farão estudos geológicos e sísmicos em

Oíndice do varejo online, indicador que mostra o volume de vendas pela internet nos segmentos de automóveis, turismo e bens de consumo, cresceu 32% em 2005, na comparação com o ano anterior, somando R$ 9,9 bilhões. O índice é elaborado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) e pela eConsulting. As vendas online representam 3,43% do

Moçambique e não descartam uma negociação direta com o governo para a concessão das áreas de interesse. Hoje, apenas uma empresa estrangeira produz gás natural em Moçambique. (ABr.)

varejo total do País, segundo estimativas a partir do índice-base do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comunicado, os responsáveis pela pesquisa avaliam que o comércio eletrônico teve um crescimento acelerado no Brasil nos últimos três anos, mas que ainda sofre com a desconfiança dos consumidores. O número de compradores online passou de 4,3 milhões para 4,8 milhões. (AE)

Opreço do álcool nos postos paulistas subiu 3,5% na primeira semana do ano, em comparação com a última semana de 2005. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o combustível fechou a semana passada com preço médio de R$ 1,457 nas bombas de São Paulo. A alta registrada no

AMatsushita, maior fabricante de eletrônicos do mundo (dona da marca Panasonic), anunciou ontem que investirá US$ 1,6 bilhão para construir a

eEstado é maior do que a média nacional, de 2,86%, informou a agência. O preço médio no País, porém, é superior: R$ 1,650 por litro. O preço da gasolina continua acompanhando a alta do álcool, mas em menor ritmo. Na primeira semana de janeiro, o preço da gasolina no País subiu 0,52%; em São Paulo, a alta foi menor, de 0,45%. (AE)

maior fábrica mundial de telas de plasma. A nova unidade de produção será construída ao lado de instalações já existentes na cidade de Amagasaki, no oeste do Japão. (Reuters)

FUNDOS DE PENSÃO CRESCEM 29%

Opresidente da Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Fernando Pimentel, estimou ontem

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

Mercado de água mineral ganha impulso no verão

Overão chegou e, com ele, asaltas te mp er atu ra s. Nessa épocado ano as pessoas bebem mais água. De acordo coma Associação Brasileira das Indústrias deÁgua Mineral(Abinam), 40% da produção anual de 5,1 bilhões de litros de água mineral são vendidos no verão. A entidade estima faturamento 15% maior para o setor em 2005 na comparação com o ano anterior, ultrapassando a casa dos R$ 500 milhões.

A região Sudeste produz 53% da água mineral consumida no Brasil — 37% dessa produçãoestá apenas no Estado deSão Paulo. Atualmente existem cerca de300 engarrafadoras de água e cerca de 9 mil distribuidoras no País. Na avaliação deespecialistas, osetor só não cresce mais por causa da alta carga tributária embutida

no produto. "Hoje, do valor da água mineralvendida noBrasil, 41% correspondem a tributos. Essa carga é absurda", afirma o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia.

Consumo – No Brasilo consumo de água mineral por pessoanãoatinge30litrosporano.

O índice é considerado baixo –no México, por exemplo, o consumo anual por pessoa é de 90 litros, e noOriente Médio ultrapassa 200 litros.

O fatoé que o Brasilainda possui água em abundância e de qualidade, enquanto no exterior ela é ruim ou até mesmo escassa, de acordo com o engenheiro sanitarista da ONG Universidade da Água,Carlos Eduardo Palma.

20 litros – O comerciante FranciscoNunes dos Reis é proprietário da distribuidora de água mineral Vila Nova, no bairro daVila Nova Concei-

ção, região nobre de São Paulo. Ele diz que 80% de suas vendas são de garrafões de 20 litros. A nutricionista egerente comercial dadistribuidora de água mineral Blue Water, que fica no bairro da Vila Sônia, na zona oeste da cidade, Ivani Vega Soares, diz que no verãoconsegue vender até 35% mais água mineralque em outras estações do ano. De acordocom aseção paulistadaAssociação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), que representa 600 estabelecimentos comerciais no estado, os três critérios usados pelos comerciantesparacomprar a água mineral que seus clientes consomem são qualidade, preço e marca. Segundo a entidade,raramente um cliente faz exigências quanto ao tipo de água mineral servido pelo estabelecimento.

Fábio de Lima

que os 365 fundos de pensão existentes no País fecharam 2005 com uma carteira de investimentos da ordem de R$ 330 bilhões, com crescimento de 29,41% em relação a 2004. (AE)

Gerdau conclui compra da Sidenor junto com parceiros Chávez: EUA impedem Embraer de fabricar aviões para a Venezuela Brasil usará "todos recursos" contra sobretaxa dos EUA a suco de laranja

Segundo a Abinam, 40% da produção anual de 5,1 bilhões de litros de água mineral são vendidos no verão. Francisco Nunes dos Reis (ao lado) vende mais galões de 20 litros.
Parceria da estatal com a Vale do Rio Doce foi acertada ontem
Fábio Motta/AE
Nilton Fukuda/AE

Procon: menos reclamações

Número de queixas em Campinas, em 2005, registrou recuo, segundo balanço divulgado ontem. Um dos motivos para a queda foi a informatização dos sistemas, que reduziu as idas do consumidor ao órgão

Houve,também, economiana postagemde notificações

AndersonGianetti, diretordoProconem Campinas

Consumidores estãomais exigentes

WagnerBastos, professorde marketingdaPUCCampinas

Os atendimentos e asreclamações registradaspeloDepartamento de Proteção aoConsumidor deCampinas (Procon)caíram 5,3%em 2005comparado a 2004, segundo balanço divulgado ontem. O ano fechoucom55.068 reclamações, enquanto em 2004 foram 58.138.

Um dos motivos do recuo é a desburocratização do atendimento. Segundo Anderson Gianetti,diretor do Procon Campinas, os números apresentados até meados de 2005 eram infladosdevidoàburocraciaque fazia com que os consumidores voltassem até três vezes em 90 dias ao órgão para acompanhar ou receber respostas de suas reclamações.

“Além da diminuição donúmero depessoas presentesnos guichêsde atendimento, houve uma considerável economia na postagemde notificações", disseGianetti, que teve, em 2005, dos 55.068 atendimentos, 32.751reclamações registradas, que viraram processos. Os demais atendimentos foram encaminhamentos para outros órgãos ou apenas informações sobre dúvidas dos consumidores.

Estatística – A queda nosatendimento ficavisível no quadro estatístico do trabalho desenvolvido pelo órgão no decorrer de 2005.Noiníciodoanopassado, em relação a 2004, as reclamações aumentaram 12,6%, em janeiro, e 16,7%, emfevereiro. Ocrescimento nos dois primeiros meses é considerado normal levando-se em conta o aumento nas vendas e nos serviços no final de ano. Os atendimentos, mesmo caindo nos meses seguintes, se mantiveram com saldo positivoem

2005 em relação a2004, chegando a crescer 0,9% emjunho.Jáemjulho,com o processo de informatizaçãoe readequação do sistema do Procon, houve queda de 22,3% no atendimento mensalem relação ao mesmoperíodo de 2004. Esse índice continuou negativoaté ofinal do ano passado. Aindaem 2005, dos 32.751 registros, 25.192 foram reclamações. Cálculos dejuros e contasa pagar questionadas somaram2.157.Das32.751 reclamações feitas, 19,33% foram da telefonia fixa en-

total das reclamações. Meia-volta – Os planos de saúde ficaram em nono lugarcom 4,57%,seguido pelas empresas que fornecem energia elétrica, com 2,55%. A Companhia Paulista deForçae Luzque aparecia com o maior númerode reclamações,deu meia-volta ecaiu para a 10ª posição. De acordo como gerente do Departamento de Atendimento ao Cliente daCPFL, Milton BiralFilho, a criaçãode páginas na internet para o atendimento de segmentos específicoscomo os sitespara

IMPOSTOS

AEm 2005, foram confirmados 115 casos da doença. Mas o anunciado ontem foi o primeiro infectado do tipo autóctone

quanto bancose financeirasreceberam 11,70%das queixas. A telefônica celular teve 9,14%do totalde reclamações, enquanto os eletroeletrônicos, 8,86%. Apesar de ter omaior número de reclamações, a telefonia fixa é a que resolve mais rapidamente os casos. "98% são solucionados em até10 dias”, disse Gianetti. Em seguidaaparecem osprestadoresde serviços,com 7,23%, os revendedores de veículos novos e usados, com 5,99%, os revendedores oufabricantes de móveis,com 5,3% e asoperadorasde cartões decrédito,com 5,31%do

ASecretaria de Saúde de campinas informou, ontem, que está confirmado o primeiro caso de dengue em Campinas, em 2006, classificado como autóctone – quando a pessoa é infectada no próprio município. Segundo a Vigilância em Saúde, não a cidade não tinha casos autóctones registrados nos últimos seis meses. Em 2005, foram confirmados 115 casos em Campinas.

relacionamento e soluçõesde problemas com imobiliárias, ospróprios departamentos dedefesa do consumidor e as prefeituras ajudaram na queda dos índices de reclamações. "No ano passado, fizemos um investimento de R$ 3,2 milhões no nosso call center que soluciona 75% dosproblemas dos consumidores. Os sites tambémrespondem por 20% dos atendimentos", observou o gerente. SegundoBiral Filho, os investimentos da CPFL na área deatendimento erelacionamento com os consumidores éconstante. "É um trabalhoque deveser

A pessoa infectada reafirmou para a Vigilância em Saúde que o vírus da dengue está em circulação na cidade. Na região do bairro Jardim Campos Elíseos, na divisa entre as regiões noroeste e sudoeste, onde foi registrada a ocorrência, a secretaria informou que foi realizado uma espécie de arrastão para tentar encontrar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti Também levou um trabalho de educação a

realizado com freqüência. Estamos sempre procurando formasdeatender melhor os clientes. Mantemos nossa estrutura funcionando 24 horas por dia. Nossos atendentes estão preparados para receber as ligações e executar os procedimentosdesolução em tempo real”, diz Biral. Paraoprofessordemarketingpromocional do curso dePublicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica (PUC)deCampinas egerente de marketing promocional daagência de publicidade M52, Wagner Bastos, a CPFL, da forma como ogerente deatendimento anuncia seu relacionamentocom os clienteséumexceção entre as empresas brasileiras.

"Hoje, asempresasestãomuito preocupadas em dizer que possuem um sistema de atendimento ao cliente, mas efetivamente isso não existe", observou. Bastos cita dois casos onde ele mesmo está com problemas:um de uma distribuidora de TV a cabo eoutrode umaempresadetelefoniafixaque, apesar deserem grandes corporações, não conseguematenderaospedidos de solução feitos.

"A cada dia que passa os consumidores ficam mais exigentes. Em um futuro próximo, as empresas que não tiverem um sistema de atendimentoe solução eficientepara osproblemas dos consumidores estarão mortas", diz Bastos.

Isso também vale para as pequenas e médias empresas."Hoje, qualquer umpode fazerum site e colocar láum 'faleconosco'. No entanto, ninguém está preocupado em estruturar umsistema de atendimento eficiente e capacitado", concluiu o professor. Mário Tonocchi

ser feito com a população local. Em Campinas, segundo as autoridades, existe a possibilidade da ocorrência de casos de dengue hemorrágica, o tipo mais grave, que pode levar à morte. A cidade tem um plano de contenção da dengue incluído nas diretrizes do Plano Verão Campinas. O plano prevê medidas para prevenção também da leptospirose e da febre maculosa. Mário Tonocchi

Prefeitura de Campinas começa a enviar para os 372 mil contribuintes da cidade, a partir do próximo dia 23, os carnês do Imposto Predial e Territorial urbano (IPTU). Segundo a administração, 30% dos contribuintes terão reajustes no valor do imposto este ano em relação ao ano passado. Os aumentos chegam a até 500%. A primeira parcela vence dia 13 de fevereiro para os carnês residenciais entregues nas imobiliárias, indústria, comércio e serviços. A cobrança residencial deve ser paga entre os dias 14 e 16 e para os aposentados, dia 17.

LICITAÇÃO

A Secretaria Municipal de Infra-Estrutura da prefeitura de Campinas lança, até o final do primeiro semestre deste ano, licitação pública para a substituição das grades de boca de lobo furtadas na cidade. De acordo com a secretaria, hoje, são repostas pelo menos cinco grades ao dia feitas pelo Departamento de Ação Integrada ao custo de até R$ 200 cada. Para coibir os crimes a administração diz que vai intensificar a fiscalização nos pontos de compra e venda de ferrosvelhos da cidade, para onde, segundo a prefeitura, são levadas as grades.

ESCOLAS

As empresas Dimatex Indústria e Comércio de Confecções Ltda. e Mac do Brasil Comercial Ltda venceram o pregão presencial para fornecimento do kit de uniforme escolar para 30 mil alunos das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef). O anúncio foi feito ontem pela administração municipal. As empresas devem entregar, em 45 dias, os 30 mil kits compostos de duas camisetas, uma calça comprida, duas bermudas, uma jaqueta, dois pares de meias e um par de tênis. O custo total da concorrência para a prefeitura será de R$ 525 mil.

Executiva (2004 - 2007) Presidente

Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276

Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br

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Fotos de Ricardo Lima/Virtual Photo
Mais gente reclamou da telefonia

PESQUISA APONTA QUE 83% DOS EXPORTADORES SENTIRAM OS EFEITOS DO "MENSALÃO" NOS NEGÓCIOS

SIM, A CRISE POLÍTICA AFETA A ECONOMIA

Apreocupação dos exportadores brasileiros em relação à políticaeconômica foi finalmente traduzida em números. No final de 2005, a AssociaçãoBrasileira de ComércioExterior(Abracex)consultou 250 empresasexportadoras,70%delasemSãoPaulo, e entre as constatações está o fato de que 83% foram prejudicadas pelo temor das repercussões da crise política na economia. Os parceirosinternacionais dessas companhias tambémsedisseram atingidos: 77% sentiram no dia-a-diaos efeitos do mensalão. Além disso, aretração de negóciose investimentosgerou medoem 76% dos entrevistados. Mais de metadedos exportadores (60%) sedisseram assustados coma lentidãona

Justiça brasileira.Masa valorização do real em relação ao dólar é quase uma unanimidade: 89% dos empresários ouvidos afirmam que as vendas externas foram prejudicadas. Mesmo assim, o otimismo prevalece, já que57% pretendem continuar exportando. O patamar idealpara osetor, segundo55%das pessoas ouvidas, seria amoeda norte-americana valendo entre R$ 2,40 e R$ 2,60 (o dólarcomercial fechou ontem a R$ 2,261 para a venda).E,finalmente, osjuros: 87% disseram que a taxa elevada atrapalha os negócios.

Eleição – Aocontráriodo queocorreuem2002,osuperintendenteda Abracex,Benedito Pires de Almeida, acredita que oanoeleitoralpodetrazernovidades positivas para o setor. "Seabalança comercialsus-

tentaa políticaeconômicado governo,é certoque algo será feito para que as vendas externasnão sejam desestimuladas", afirma. Ele detalha,porém, que os empresários do setor estão desanimados. "Um representante de multinacional comentou que as exportações não estão dando lucro. Mas enquantonão registraremprejuízo, o movimento continua." Equívoco – Embora exista a convicção de que os números nãomentem, oeconomista e professordoutordaPUCAntônio Corrêa de Lacerda analisa que há um equívoco na interpretação de83% dosempresários, que vêem na crise política problema para odesenvolvimento dosnegócios."Naverdade, a responsável foi a política monetária.Além disso,o câmbio afeta as exportações." Paraele, asreclamaçõesdos empresáriosnãosão apenas

"choradeira", especialmente quando se verifica que a participação do Paísno comércio mundialé pouco mais de1%. "Qualquerpaís emergenteexporta ao menos o dobro." Maduro – O presidente do Sindicatodos Economistasdo Estado de São Paulo, José Roberto Cunha, usa o amadurecimento do mercado financeiro comojustificativa nademora dos empresários admitirem queacrisepolíticaatrapalhava aeconomia."OBrasiljáestásuficientemente maduro para enfrentardiversassituações.O segundo semestre de 2005 foi umperíodo mais difícil. Só aí apareceram os temores", diz. Mesmoassim,Cunha salienta que a apreensão poderá aumentar em 2006. "Há o temordeque algumasdenúncias maisgravessejamdivulgadas no ano eleitoral."

Neide Martingo

Indústria perde fôlego e cresce só 0,6% em novembro

Aprodução industrial cresceu apenas0,6% emnovembrona comparaçãocomoutubro eregistrou igual variação na análise com novembro de 2004, sepultandoas esperançasdeuma reação mais forte da economia no quarto trimestre. O mês foi marcado poruma "reaçãomodesta" da indústria, que não foi suficiente para reverter a trajetória dequedada atividade, segundo o chefe da Coordenaçãode Indústria doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Silvio Sales. Coma reaçãofraca de novembro, a produção industrial reduziu o índice acumulado no ano, de 3,4% observado até outubro, para 3,1% em 11 meses.O dado de 12 mesestambém recuou, de 4,1% apurados até outubro para 3,5%. Sales sublinhou que, com a recuperaçãodiscreta,o índice de média móveltrimestral–considerado oprincipalindicador detendência –manteve trajetória declinante, "o que sugere que o processo de nor-

malização de estoques prossegue". O trimestre encerrado em novembro registrou queda de 0,5% na produção ante o terminado em outubro. Na opinião dotécnico,"há um consenso de que na passagem do segundo para o terceiro trimestre houve formação de estoquena indústria.A pergunta agora é como o setor abre 2006, como está a normalização dos estoques", disse Sales. À espera doCopom– No mercado financeiro,osdados fracos daproduçãoacentuaram as apostas de um corte superior a0,5 pontopercentual na taxa básica de juro (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem. Já o diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Sérgio Gomes de Almeida,disse que,apesarde fraca, a produção industrial de novembro mostrouuma ligeira recuperaçãodaatividade. Segundo ele, a indústria brasileira viveu no quarto trimestre

do ano passado um movimento atípico: as encomendas do varejo para o Natal foram adiadaspor conta da insegurança do comérciosobre asvendas, dadonãomedidopelasestatísticas e projeções, e pelo incremento de importações.

Para Gomes de Almeida, o dado de novembro estálonge designificar qualquer"recuperação a caminho". OIedi projeta queocrescimento da produção industrialem2006 seguirá a mesma linha do que a verificadaem 2005."Continuaremos neste ano com essa trajetóriafraca, crescendoao redor de 2,5%", afirmou. Sem fôlego – Odiretor do Departamentode Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), BorisTabacof, avaliou que os resultados da indústria mostram queosetorcontinuaa perder dinamismo. Ele disse que "os dados de novembro mostram que a propagada recuperação da atividadeno quartotrimestre não se comprovou na realidade, na prática". (AE)

Índice de construção desacelera

A pesardamelhora do setor de construção em 2005, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) desacelerou em relação a 2004 e encerrou o ano com altade 6,98%, ante 10,95% do ano anterior. O índice, calculadopelo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE), registrou alta de 0,48% em dezembro, resultado acima do 0,26 de novembro.

Segundo o IBGE, a desaceleração noano foi conseqüência do comportamento dos materiais de construção, querecuaram de13,94%em 2004 para 6,38% em 2005. Já a mão-de-obra acumulou alta de 7,83%, contra variação de 6,96% em 2004. Em dezembro,o custonacional por metroquadrado foi de R$ 543,13, sendo R$ 317,30 demateriaise R$ 225,83 de mão-de-obra.

COUROMODA

Agora muito além do salto alto

São Paulo será palco, de 16 a 19 deste mês, da 33ª edição da Couromoda, maior feiradecalçados eartigos de couro da América Latina.O eventovaireunir 1,2mil expositores noParque deExposições do Anhembi,e apresentaráas novascoleções de inverno e verãode aproximadamente 3 mil marcas. Trata-se de umaimportante vitrinepara a indústria brasileira de calçados, pois seus expositores representam 90% da produção nacional, quetotaliza cercade 700 milhões de pares por ano. Mas nem só de calçados vive a Couromoda. Nesta edição, que pretendeatrair4,5 mil compradores de 70 países, serão lançados bolsas, artigos de viagem, confecções eacessóriosdemoda.Os organizadores do evento estão otimistas quanto ao númerodevisitantes. "Além dos estrangeiros, contatamos quase30 milvarejistasno Brasil.Acredito em um númerosuperior a 65mil visitantes",diz FranciscoSantos, presidente da feira. Mercado – O crescimento do evento,com aconstrução de um novo pavilhão para o setor deconfecções eo aumentode 25% na área destinada aos calçadoseartigos esportivos,reflete a expansão do setor calçadistanacional, adespeitodas alardeadas perdascom avalorização do real frente ao dólar.

Atualmente,o ProdutoInterno Bruto (PIB)dacadeia coureiro-calçadista noBrasil, docurtume ao varejo,é de R$ 56bilhões. OPaís jáé oterceiro maior produtor de calçados do mundo, comcerca de 700 milhões de pares produzidosem2005, umcrescimento de 2,6% em relação a 2004.

Além disso, é o quinto maior consumidor mundial, com 523 milhões de pares no ano passado,e o quarto maior exportador mundial do produto, com 190 milhões de pares em 2005, oque gerouumfaturamento de US$ 1,88 bilhão, valor 4,4% acima no resultado de 2004, apesar da redução de 22 milhões de pares exportados. "O País está investindo na exportaçãode produtos com alto valoragregado, já que é

ENo mês, a região Nordeste registrou a maior alta,com variação de 0,67%, pressionada pelos reajustes salariais em Pernambuco.A segunda maior elevação foi registrada no Sudeste(0,58%), pressionada pelas altas salariais em Minas Gerais. Noano, aregião Norteteve a maior taxa (9,3%), seguida por Nordeste (7,33%), Sul (6,71%), Sudeste (6,62%)e Centro-Oeste (6,08%). (AE)

praticamente impossível concorrercom aChina nos calçados mais baratos. A alta tributação praticadano Brasiltambém atrapalha nosso volume deexportações", afirma Elcio Jacometti, presidente da Associação BrasileiradaIndústria de Calçados (Abicalçados).

A abrangência das exportações,antes direcionadas apenas aosEstados Unidos,diversificou-se nos últimosdez anos.Atualmente,o Paísexporta 50% dos calçados para os EUA, 9,4% para o Reino Unido, 6% para a Argentina, 3% para o México e 2,8% para a Espanha. Varejo– Existem noBrasil cerca40 mil pontos-de-venda decalçados,o que representa 23 mil razões sociais. O faturamento do setor varejistaem 2005 atingiu R$ 27 bilhões, um crescimento de 6,3% em comparação com 2004. "Como 2006é anode Copa doMundo,acreditamos em um crescimento nalinha de calçados esportivos. Para fomentarainda maisocrescimento do varejo, trabalharemos para associar o calçado como um objeto de desejo para presentesem datasfestivas, como acontece atualmente com os eletrônicos", conclui Antonio Espolador Neto,presidente daAssociação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac). André Alves

Feiras da moda dominam o País

stáaberta atemporada da moda 2006. O mês de janeiro promete esquentar o setor no País, literalmente dos pés à cabeça. A partida foi dada no Rio de Janeiro com a Rio Fashion Outono-Inverno. Até o dia 14, estilistas, manequins e gente famosa percorre estandes e marca presençanos desfilesnoMuseu de Arte Moderna (MAM).

Emseguida,de18a 23,o "mundinho fashion" se muda para a capital paulista, especificamente para o Pavilhão daBienal. ASão Paulo Fashion Week, principal semana de moda do País, apresenta mais de 50 marcas. Na seqüência, de 24 a 27, mais duas feiras ocorrem simultaneamente. Uma delas é a Fenin – Feira Nacional de In-

verno, que invade a capital do cinema nacional, Gramado, na SerraGaúcha.Nesta 10ªedição, uma das novidades é o Salão LingerieBrasilSul, que reunirá fabricantes de u nderwear, meias e acessórios. O outro evento é o 30º Encontro da Moda, no Centro de convenções FreiCaneca, em São Paulo, com foco em moda feminina e jeanswear. (AA)

Fotos: Alex Ribeiro/DC
Organizadores da Couromoda apresentam novidades para 2006Santos, presidente da feira
Elcio Jacometti, da Abicalçados

M EIOAMBIENTE

ele

for candidato, o partido não tem alternativas para brigar com o PSDB. Do cientista político Luiz Werneck Vianna, sobre a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva concorrer à reeleição este ano, na revista Foco. www.focoeconomia.com.br

Sensores contra o mau cheiro

Cientistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, desenvolveram um aparelho para controlar remotamente o mau cheiro e quantidade de gás metano, existente em depósitos de lixo. A idéia é usar o "nariz eletrônico" para ajudar comunidades e empresas de lixo que enfrentam problemas com os depósitos, especialmente quem mora perto de lixões e sofre com os odores. Além disso, o gás metano contribui com o aquecimento global e o controle das emissões é ecologicamente correto. O aparelho tem quatro sensores e "suga" os ar

O compositor, pianista e cantor

Johnny Alf interpreta músicas de Mais Um Som, seu álbum mais recente, gravado no Japão. Ainda no programa, os clássicos Rapaz de Bem, Céu e Mar e Ilusão à Toa.

Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141. Telefone: 5080-3000. 21h. R$ 15.

Uma discussão moral

regularmente para a análise. As informações são analisadas num computador remoto que determina se a quantidade de gás metano e o mau cheiro atingiram níveis "inaceitáveis". O ar analisado é filtrado, antes de ser devolvido à atmosfera. Com os métodos tradicionais, a medição é feita semanalmente. Durante este período, o mau cheiro pode aumentar muito. O produto possibilita a monitoração em tempo real e permite que as companhias de lixo tomem providências antes que este problema atinja grandes proporções.

MPB

S AÚDE

Celular não causa danos às células

A agência de notícias Reuters destacou ontem a discussão, pela sociedade brasileira, sobre a liberação do aborto. Numa reportagem que mostra que acontecem no País 1,4 milhões de abortos clandestinos por ano, muitos deles com complicações pós-cirúrgicas que custam ao governo US$ 35 milhões, a agência mostra que existe uma batalha legal, moral e também religiosa em relação ao tema "que está apenas começando".

A radiação de celulares não causa danos às células humanas, embora ainda não haja nenhuma conclusão definitiva sobre efeitos cumulativos. A conclusão é de um estudo da Unicamp segundo o qual as células só são afetadas quando a radiação é superior a 20 watts por quilo de massa corporal, número dez vezes maior que o limite estabelecido internacionalmente. Os telefones celulares no mercado apresentam taxas aproximadas de 1.5 e 1.6 watts.

C OPA2006 C IÊNCIA

▲ A 149 dias da abertura do Mundial, a Alemanha enfrentou críticas aos estádios. O mais visado foi o Olympiastadion, em Berlim, que sediará a estréia do Brasil contra a Croácia, em 13 de junho.

G @DGETDUJOUR

Porta-arquivos sem segredos

Um melhoramento óbvio, mas que demorou muito: um drive USB portátil com uma pequena tela onde podem ser vistos os nomes dos arquivos gravados. O Royal EZVue Vista Flash Drive custa de US$ 49,99 a US$ 149,99 e tem capacidade para até 1 GB. O visor pode ser usado sem conectar o drive ao computador. www.royal.com Lula é a única

Uma casa no centro do poder

Ex-presidiário troca São Paulo por uma árvore na Esplanada dos Ministérios

Elenunca freqüentou escola, viveu 18 anos numa penitenciária, passou por um hospital psiquiátrico e resolveu mudar de vida: pegou o pouco que tinha,foi paraBrasília edefiniu seu endereço:"terceira mangueira em frente ao Congresso Nacional".Mas acasa naEsplanada dos Ministérios não foi conquistada "de caso pensado". "As coisas aconteceram e, olha aí,nãocainemumagotadechuva aí dentro", diz,orgulhoso,o paulista Mário Sérgio Xavier de Macedo,de 40anos. Omaterial da casa foi garimpado da lixeira do Ministério da Defesa. Acessórios vieram de outros prédios daEsplanada e das embaixadas.E élá,garante, queencontraas maiorespreciosidades. "Tem material elétrico, latinhas; até um transfor-

mador encontrei", diz, mostrando o aparelho transformado em banco para visitas. É da porta-janela-varanda de casaqueeleacompanhao vaivém de políticos em seus carros ou manifestações, como a vigília na Esplanada durante oprocesso decassação deJosé Dirceu, o protesto de caminhoneiros e Zumbi Mais 10. "O que menos gostei foi o dos gays, quepediamcasamento entre pessoas do mesmo sexo. Isso não é coisa de Deus." Evangélico, eledeixa a casa apenaspara irao culto."Minha casa aí fica sem proteção. E já fui roubado. Levaram tudo o que tinha", conta, mostrando o boletim de ocorrência, lavrado no 2º Distrito Policial, em que consta a perdade uma malade náilon. Mesmo quando estáem casa, ele não fica totalmente tranqüi-

lo."Tudoé muitoviolento.Não sou homem de ter medo, mas é sempre bom ficar atento", explica.Márioafirma quegostoudo atraso dogovernoemretirara decoração defim de anoda Esplanada. "Fica mais iluminado. É mais seguro."

"Eu, que nuncaestudei, que fui preso por injustiça e também parei no manicômio sem precisar, estou aqui, no centro dopoder, comquem manda emtudo isto",diz.A idéiainicial erapedir proteção ao MinistériodaJustiça eumarevisão de seu caso. Macedo diz ter cumprido pena de 18 anos por umhomicídioe agorasesente perseguido pelo mandante do crime. "Ia ficar acampado. Disseram que não podia. Aí, Deus falou para eu fazerestacasa. Nãotemcomo tirar.Sepassarinho pode, por que eu não?

INVERNO NO RIO - Até sexta-feira, o Museu de Arte Moderna (MAM) Janeiro será palco dos desfiles de moda outono/inverno do Fashion Rio. Entre os destaques de ontem, as criações delicadas e femininas da grife Virzi.

M EMÓRIA

Psicodélico, aos 100 anos

Divulgação

Lixo químico 'produz' urso hermafrodita

Pesquisadores dos países árticos descobriram que os ursos polares, além de ameaçados pelo derretimento do gelo no Ártico, estão sendo envenenados por produtos químicos usados nos países desenvolvidos para reduzir a inflamabilidade de tecidos chamados PBDE (difenil poilibrominado). O PBDE se acumula nos tecidos adiposos dos ursos e, segundo os cientistas, contribui para uma taxa alta de hermafroditismo entre a espécie: 2% do total de fêmeas são hermafroditas.

F AVORITOS

Tudo para o bom investidor

A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) mantém em seu site diversos serviços para facilitar o dia-a-dia do internauta. Um deles é o WAP BM&F, tecnologia que disponibiliza cotações de mercados futuros por intermédio do celular. O WebTrading é outra ferramenta que funciona como um simulador de negociação. A página ainda contém links com download de arquivos emitidos pela BM&F, pregão ao vivo, programação de vídeo conferência e muito mais. www.bmf.com.br

OLSDé um improvável motivopara uma festa. Aindaassim, o químicosuíço AlbertHofmann, pai do ácido e primeira cobaia da droga, celebra hoje seu centenário com boa saúde e planejando comparecer a um encontro científico internacional sobre a droga.

Oalucinógeno deHofmann inspirou a geração hippie dos anos 60 e foi imortalizado na música Lucy in de Sky with Diamonds, dos Beatles, apesar de a banda negar a correlação.

Hofmann, ainda participa de pesquisas

Oquímicosuíço- quefaz caminhadasdiáriasna pequena vilaem que vive, nas montanhassuíças,com sua mulher Anita, de 70 anosdescobriu adietilamida-25 do ácido lisérgico em 1938 enquanto trabalhava para os Laboratórios Sandozpesquisando derivadosdo Clavicepspurpúrea,fungo que atacava o centeio.

Hofmman foi a primeira pessoaatestar adrogaquando uma pequena quantidade da substânciapenetrou em seu corpopelo dedodurante

uma experiência laboratorial em1943."Eusenteinodivãde casa e comecei a sonhar", contou ele sobre sua primeira experiência com o alucinógeno. "Tive visõesmaravilhosas. O que eu pensava aparecia em cores e emimagens. Durou umas duas horas".

Três dias depois, oquímico experimentouumadose maior que provocou uma "viagem de terror". Oque o cercava assumiu imagens ameaçadoras. Uma vizinha que foi a sua casa para entregarleitequeelepedira se transformou numabruxa malvada. Mesmocomesta eoutras

Festa muçulmana é alvo de protestos

Em diversas partes do mundo muçulmano foram realizadas ontem as comemorações do Eid alAdha, festividade durante a qual ovelhas são sacrificadas em memória de parentes mortos e as crianças recebem trocados para comprar doces. Este ano, as comemorações foram acompanhadas de protestos de ativistas em defesa dos animais que, mascarados de ovelhas, realizaram uma manifestação na Bélgica (foto)

Guerra contra costumes grosseiros

Depois da ONG que quer acabar com as cusparadas dos jogadores nos campos de futebol ingleses, Pequim anunciou guerra contra o hábito. A prefeitura local quer erradicar em 2006 cinco costumes grosseiros de seus cidadãos: cuspir em qualquer parte, jogar lixo no chão, criar tumulto nas portas de metrôs e ônibus, ziguezaguear no tráfego e deixar os animais sujarem as calçadas. Para combater o cuspe, a prefeitura instalará recipientes com papel a cada cem metros nas ruas e fornecerá sacos descartáveis para as pessoas.

experiências ruins, Hofmann insiste que a droga pode ter uso médico, particularmente na pesquisa psiquiátrica.A drogaexagera conflitos e problemas internos e, acredita-se, poderia ajudar areconhecer e tratar doenças como a esquizofrenia. P op u l ar i z ad a pelo ativista político norteamericano TimothyLeary, que mais tarde ficaria conhecido como o "guru do LSD", a droga ficou associada aos dizeres "ligue, sintonize e caia fora". O conselho repetido por Learyglamurizou oalucinógenonosanos 60.Masa reputação da droga não é das melhores. O governo americanoproibiuo LSDem1966. A medida foi seguida por diversos outros países. "O uso incorretoe inapropriado fez o LSDse tornar meu filho problemático", desabafou Hofmann aolançar em 1979o livro LSD -Meu filho problemático (AE)

Apple antecipa lançamento de novos modelos do iMac, com processador Intel Em Minas, preso consegue liberdade condicional mas pede para voltar para a cadeia Campanha contra prostituição infantil começa amanhã em 8 capitais, inclusive São Paulo

L OTERIAS

Bingos e feriados prejudicam apostas O desempenho das loterias federais em 2005 ficou abaixo do esperado pela CEF. A arrecadação das nove modalidades de jogos foi de R$ 4,36 bilhões, apenas 3,5% acima do montante de 2004. O crescimento de 2004 sobre 2003 havia sido de 23% e no ano imediatamente anterior de 44,8%. Entre os principais motivos para o baixo crescimento relacionou a maior competição das loterias e bingos estaduais, além dos jogos não legalizados, que atraíram os apostadores, e dos feriados que os afastaram. www.cef.gov.br Concurso 1548 da QUINA 10 22396974

Segundo

N ORUEGA
Lançada ontem, a moeda de 20 coroas norueguesas marca o centenário da morte do dramaturgo Henrik Ibsen, no dia 16.
Ayrton Vignola/Folha Imagem
Pawel Konpczinsky/Reuters
Primeiro sorteio

Luzes, brilho e muitas "máquinas"

Sob neve e a ameaça de quebra de montadoras, prossegue nesta semana uma das mais importantes mostras

MOTORCAR

Durante omês dejaneiro, oclima dacidade americanaDetroit éde invernototal. Nevee friofazem parte da vida dosque moram por lá. Porém,na chamadacapital mundialdo automóvel -- nome dado por abrigar a sede de muitos fabricantes de automóveis -- ela brilha para o mundo. Desde o dia 8 até 22 de janeiro, entretanto, o clima deve man-

CADILLAC ESCALADE ESV/EXT

ter-se quente, já que estão abertas as portas da18ªediçãodo SalãodeDetroit,ou NAIAS (NorthInternational AutoShow). E paira sobre o salão o peso da ameaça de que a GM, a maior das montadoras, possa chegar ao fim, tamanho o número de problemas enfrentados pela gigante.

Neste ano,o temaescolhido foi"Drive yourSenseWild",ou algocomo"dirijao seu senso selvagem", para a mais importanteexposição decarros domundo.

MAIS UM SPORT UTILITY

ACadillac éumamarca americana ede muitosfãs. Está presente em Detroit, com sua nova proposta para o segmento dos SUV: o Escalade,equipado commotor de 6 litros de oito cilindros. Com essa motorizaçãoe a transmissão automática de quatrovelocidades onovo Cadillacdesenvolve 345cavalos de potênciamáxima e oferecetorque máximode 52,49 mkgf a 4.000 rpm.

Omodelo possui5,05metros de comprimento etem capacidade para sete ocupantes. Espaçotambém noporta-malaspara abagagem: 455 litros. Porém, se os bancos forem rebatidos, este número sobe para 3.065 litros. Na lista de equipamentos de série há muitos itens deconforto, comoo ar-condicionadoautomático e os bancos (motoristae passageiros)ajustados eletronicamente.

FORD EDGE CONCEPT

VENDAS EM ALTA

CUV, ouCrossover UtilityVehicles ou,simplesmente, veículosutilitários ‘de cruzamento’ são uma nova tendência automotiva. Essa nova fatia é responsável pelo maior crescimentode vendasno mercado norte-americano (EUA e Canadá),e devemultrapassar os utilitários esportivos. Dentrodessequadro, aFord apresenta o CUV Edge. Peter Hor-

Serãomilhares depessoas, dosquatro cantos do mundo, circulando pelas ruas do COBO Center para ver de perto as novidades automotivas. Sua importância é tão grande que todas as marcas, inclusive as recém-chegadas chinesas,aproveitam o eventopara aavant-première deseus modelos que,em um curtoperíodo, estarãodesfilando pelasruas mundoafora, inclusive aqui no Brasil. E mais uma vez os destaques ficam por

VOLKSWAGEN PASSAT WAGON

VARIANT É O NOME DELA

Curiosa mesmoé ahistória da Volkswagen. Amarca alemã se fazpresente no mercado americano e apresenta, em Detroit, a nova versão de seu Passat Wagon,ou Variant,queconta com as seguintes dimensões:4,77 metrosdecomprimento, 1,82 metrode largura, 1,52metro dealtura. Ou seja,é 6 mmmais alto queo modelo vendido atualmente, devido à forma da carroceria e às barras no teto. O porta-malasé bem espaçoso603 litros--,perdendo apenas para o Me rced esBenz ClasseE, chegando a 1.731 litros com osbancos traseiros rebatidos.

E o número quatro estará presente na

bury,diretor-executivo dedesign da Ford,acha que "Comoo Fusion fezpara o segmentode sedãs de porte médio, o Edge trará umadose fortede desenhoe personalidade americanos a esse quentemercado decrossovers".

Ele temmotor 3.5 litros,V6, além de caixa automática de seis marchas desenvolvida especialmente para ele.

conta dos concept cars -- ou carros conceitos-- quesãoexpostos pelasmarcas para "sentir"o futuro deseus prováveis produtosatravés daopinião dequem circula por lá. Um segmento que marca presença,graças àfantástica aceitaçãodo público americano,é o dosSUV. Aparecem ainda as SUT, big trucks, como prováveisdonas domercado. Confira,a seguir, parte do que está sendo apresentado nesse Salão de Detroit de 2006.

MINI TRAVELLER

vida deste novo Passat, que terá umagama comcarroceriaquatro portas,quatromotorizações(duasagasolina e duasdiesel) e quatroopções deacabamento: Trendline, Advance, Sportline e Highline. A versão de entrada, a Trendline, será equipada com motor TDI de 140cavalos depotência.O câmbiomecânico temelementoscomuns comoutros modelos do Grupo Volkswagen comoo Audi A4,e o Golf. Agoraé esperarpela resposta do consumidor.

PEQUENO GRANDE

Outra novidadeem Detroit estáno estandedaBMW, com a ousada marca Mini. É a releiturado pequenomodelo quecompleta,nesta mostra, 45 anos.E, mais uma vez,osresponsáveispelocarro acertaram na concepção do Traveller, ou,viajante. Ele traz mais espaçointerno em relação àsversões anteriores. Ogrande tetosolar mais lembra umagrande janela envidraçada e umaporta dianteira avantajada, para fácil acesso Luxo é o que não falta. Com interior na cor cinza, tem detalhesde couronessamesmacor ecom outrosacabamentosemaçoescovado e forração especial de carpete tambémna corcinza. As portastraseiras abrem-se para fora commais espaço para oporta-malas. Naverdadeo MiniTraveller émais um veículo familiar tamanha as suas dimensões e espaço. É mesmoa primeiraaposta da marca na área dos chamadoscompactos superpremium onde oluxo é fator obrigatório na concepção do veículo.

Fotos: Divulgação

Livros só para decorar a estante

Há quem julgue o livro pela capa. E ainda pague entre R$ 100 e R$ 300 por metro, ou 20 unidades, na tentativa de deixar a casa ou o escritório com ares mais acadêmicos. Quem ganha são os donos de sebos, que cobram cerca de R$ 5 por um exemplar com bela estampa, mas completamente obsoleto.

Todo mundosabe que o brasileiro não chega aler doislivrosem um ano. Mas comprálos só para fazer volume na estante ou para combinar com o tom do sofá e a mesinha de centro é novidade. "Vale usar tudo na decoração.Menos fazercara deconteúdodiantede folhas que você nunca leu", brinca a designer de interiores Vilma Massud. Quem prefere decoraracasadessaforma é abonado,jovem,enãogostade economizar quando o assunto é bancaro intelectual. Eos sebossão verdadeirosparaísos paraos quequeremrecheara estante com livros envoltos em belas capas, mesmo que sejam exemplares obsoletos.

A moda se espalhou detal jeito que, em alguns lugares, o preço da compra pode ser literalmentecalculado pelocomprimento dafileiradelivros. "O cliente chega aqui e diz qual amedidaque precisapara completar sua estante, escolhe os exemplares e a gente mede na fita a fileira completa", explica avendedora do seboe livraria O Belo Artístico MaristelaOliveira.Os negociados por metrosãoosexemplares desatualizados, encalhados, mascom aparênciaalinhada. "O preço do metro varia de acordocom acapa, entre R$ 100 e R$ 300", diz Maristela. Os mais procurados são os romancesfranceses, o quemais tem na loja, com capa de couro: um metro soma cerca de 20 unidades do gênero.

Alguns clientes mais exigentes preferem obrasraras, de arte ou filosofia. Aí, o preço dos exemplares é por unidade: a partir dos R$ 5. E o valor final de uma estanteou biblioteca cheia podeassustar. Háquem já tenha gasto R$ 18 mil – o preço de um carro popular – em cerca de 500 livros, numa compra à vista, para lotar um escritório comexemplaresque nunca serão usados."Semana passada, um advogado comprou 300 obras de Direito para

rechear a estante", conta MessiasCoelho, donodo seboque leva seu nome,na regiãocentraldacidade. Nessalivraria, os maioresclientessão os advogados recém-formadosque estão montando um escritório. "Eles compram livrosjásuperados,que nãovalem maisna consulta das leis atuais, só para fazer volume", diz Messias. Outros exemplares muito procuradossãoosdos filósofos da Antigüidade, como Platão, Sócrates eAristóteles. "Eles também levam muitos livros deliteratura, massó setiverema capa bem feita", diz Messias. "Essesprofissionais fazem tudo isso para impressionar as pessoas, seus clientes,ese passaremporleitores exímios."Realmente,dá para ficar impressionado com esse, digamos, "caradurismo".

Cara de conteúdo

Se você também quer decorarasaladecasaouoescritório combelosexemplares "folhosos", esqueça as enciclopédias. Elas já saíram de moda. Opte por livros de diferentes cores e espessuras. "Intercale alguns títulos em pé com outros deitados,misturados abolas devidro, esculturas e pequenos vasos, que dão sensação de movimento àestante",explica o decorador e professor do Centro de Decoração do Senac, RômuloRussi."É precisodeixar algunsespaços livres entre uma pilha de livros e outra para não carregaroambiente."

Revistas de modae decoração encaixadas entre os exemplares também ajudam. Outra dica é trocar as prateleiras de madeira por algumas devidro. "Assima estantefica com um visual mais clean (limpo)", diz Russi. E, para que nem todosostítulos fiquem expostos, mas se mantenham à vista – já que o objetivo é ostentá-los –, proteja as obrasatrás de portas de vidro. Também vale embutir spots no teto com a iluminação voltada para os exemplares. "Assim, eles ganhammais destaqueno am-

biente", diz o decorador. Antes de colocar os livros na estante, Russi pesquisa quais deles são mais adequados para cada proposta de decoração. "É preciso estar atento ao perfil de cada cliente", diz. "Para pessoasmais jovens,recomendo romances, ficção e livros de design e moda, alémdaqueles que tratam de assuntos leves e atuais." Quer dizer: não adianta abarrotar a estante de um rapazcomlivrosdahistória da religião porquenãovaicolar. "O perfil dos clientes mais con-

de arte ou filosofia.

servadorescombinacom histórias de época, política e economia, sem esquecer de títulos clássicos entre esses livros", afirma o decorador. Para conservar É melhor que a estante fique em lugar arejado e que receba a luz do sol. Para evitar fungos e bolor,limpe as capas com espanador e pano semi-úmido. Seoslivrosforemmantidosem ambientefechado, intensifique oscuidados e useum aparelho desumidificador.

Clientes mais exigentes preferem obras raras
Mas os mais vendidos no sebo O Belo Artístico são os romances franceses.
Sonaira San Pedro
Acima, à esq., Messias Coelho, do Sebo Messias, que tem um setor só de títulos jurídicos. Ao lado, o arquiteto Rômulo Russi ensina como decorar a estante.
Fotos: Alex Ribeiro/DC

Esporte muda a vida de jovens carentes de SP

Programa Menor Aprendiz em Esporte, do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo, envolve jovens de 14 a 24 anos em diversas atividades esportivas

Aliar formação esportiva, técnicae humana para transformar jovens carentes em cidadãos. Este é o diferencial oferecido pelo projeto para aprendizes que os clubes de São Paulo elaboraram. Através do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi-Clube), meninos emeninas de 14 a 24 anos têm a oportunidade de, durante o período de dois anos, transformar suasvidas ese preparar tanto para a vida profissional quanto para a pessoal.

O programa deaprendizes formatado para os clubes paulistas,batizado ProgramaMenorAprendizemEsporte, foi elaborado em maio doano passadopelo Sindi-Clube, contempla atividades teóricas epráticas em diversasárease está começando a ter a adesão de grandesclubes. Dozedeles já encamparamo projetooficialmente, beneficiando cerca de 200 jovens até agora.

Entre osadolescentes beneficiados está Fábio Roberto da Silva. O jovem de 16 anos, que já gostava de esportes antes de entrar para o programa dentro doClubePaineirasdoMorumby,afirmaqueteve suavida transformada desde que aderiu ao projeto no ano passado. Para ele, esta é uma oportunidade para concretizar seus planos de continuarestudan-

Cdoede fazer a faculdade de Educação Física. F á bi o conta que as atividades desenvolvidas pelo clube, como as aulas teóricas e práticas, eo contatodireto com osfreqüentadores do espaço o estimularam a lutar para realizar o sonho de ser professor de educaçãofísicaeatuaremclubes.E a rotina diária de ir para a escolae depois para oclube edesenvolvertodas astarefas,comoacompanhar algunssócios ematividades esportivaseassistir asaulaspráticas,também o ajudaram a adquirir disciplina.

Acima, os aprendizes Douglas de Lima Araújo Pereira (esq.) e Fábio Roberto da Silva que, além de aprender uma profissão, também estão transformando os voluntários (abaixo) do projeto, como Picasso, Teixeira Rosa e Fernanda, todos da "escola" instalada no Clube Paineiras

Eleconta, orgulhoso,que "antes de entrar no programa tinha que pedir dinheiro para a minha mãee agora tenho o meu. Agora, vejo as atividades noclube eissofezo desejode ser professor deeducação física aumentar".

No segundo anodo Ensino Médio,Fábio gostadevideogame, como todo jovem da sua idade, e de sair com os amigos. Segundo ele, o relacionamento com a famíliatambém melhoroudesde que entrou parao programa de aprendizes do Sindi-Clube. "Estou maisres-

ponsável e brinco menos."

Engenharia –Este é o sonho profissionalde DouglasdeLimaAraújoPereira.Aos14anos ehá três mesesnoprograma, ele já sabe o que quer para o seu futuro. Apesar de gostar de todos os esportes oferecidos pelo Paineirase jáconhecer bemas regras de tênis, o jovem aprendizdemonstrabastante segurança aocontar seus planos profissionais.

"Acho queagora seioque quero.Estou mais responsável,acordo maiscedo econsigofazer tudoo que aescola manda eastarefas noclube", diz.Na oitavasérie doEnsino Fundamental, Douglasafirma que a família está contente com esse novo estilo de vida. Influências – O programa de aprendizes ajudou atransformar outras pessoasno ClubePaineiras. Os funcionários

quese envolveramcom oprojetoe quereceberam osjovens desdeo início dasatividades dizem que também foram influenciados positivamente. Este éo casodaassistente administrativa AdrianaRodrigues. Ela é voluntária e participa das aulasensinando noçõesdeadministração aos jovens."Comecei aconhecer tambéma vidados meninose meninas e passamosa conver-

sar sobreoutrostemas.Eles também têm muito a oferecer", conta a voluntária. Esta também é a opinião de Fernanda Kerbeg Nogueira Garcez. Analista derecursos humanos e orientadora do Projeto Aprendiz em Esportes, elatemconvivênciadiáriacom os jovens participantes. "Ajudei a elaborar as aulas e vejo o progresso deles", conclui. Paula Cunha

Idéia não é formar só esportistas

"Nossa preocupação é não apenas dar condições ao jovem de aprender uma profissão, mas também torná-lo um cidadão"

riar um programa diferenciado para aprendizes que cumpra todos os requisitos legaise,ao mesmo tempo, avance na formação dosjovensenvolvidos eseja adequadopara aatividadeesportiva. Esta foi a preocupação doSindi-Clube aoelaboraresse seu projeto. O diretor-executivodo Sindi-Clube,Armando PerezMaria,explicaqueparacriar um programaespecíficoaentidade procurou não apenas a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) eoMinistério doTrabalho,como também entidadescomo o Senai, SesceSenac paraobter orientação. Descobriuque não havia cursos adequados à realidade dosclubes epartiu paraa criaçãode umprogramaespecífico paraatuar neste campo. Foicriadoo cargodeorientador, que supervisiona o desenvolvimento dasatividades dos instrutores quesãoencarregadosdeensinar aos aprendizes nos clubes todo o conteúdo teórico e prático.

"Nosso programafoi homologado pelo Ministério do Trabalho,pelo MinistérioPúblico do Trabalho epeloConselho Municipal dosDireitosda

Criança edoAdolescente (CMDCA)", diz Perez Maria. Odiretor executivodaentidade ressalta a importância do trabalho de auditoriainstala-

do desde o início das atividades do projeto quegarante a adoção integral do programa nos clubesque estãoaderindo a ele. "Nossa preocupação é

não apenas darcondiçõesao jovemdeaprenderumaprofissão, mastambém torná-loum cidadão."

Estímulos eambição – O

consultor do Sindi-Clube e criador do projeto, Reginaldo Teixeira Rosa, reforça este objetivo ao afirmar que o programa utilizao esportepara ensinar noções de autonomia nos jovens de acordo com regras ditadas pela ética. "Ele vai aprender que pode ter ambições maiorese quedevem estudar nãosó parase tornarem esportistas ouprofessores de educação física." Para SérgioPicasso,supervisorde programase eventos esportivosdo ClubePaineiras do Morumby, todos os envolvidos noprojeto, instrutorese supervisores, acabaramtornando-se multiplicadoresdas informações queobtêm nos cursos equesãoministradas através da andragogia, que engloba técnicas específicas para ensinar adultos.

Perspectivas –Além de multiplicaro programa de aprendizesem outrosclubes,o Sindi-Clube pretende, a médio prazo, formatar o projeto para clubes especializadosem atividades culturais. (PC)

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype
Reginaldo Teixeira Rosa, consultor do Sindi-Clube e criador do projeto
Armando Perez Maria, do Sindi-Clube
Alex Ribeiro
Sérgio Picasso, supervisor de programas e eventos esportivos do Clube Paineiras

CHEROKEE V8 HEMI. ESTE É UM GRANDE JEEP

No passado ele foi a febre entre os off-road. Virou moda. As vendas cairam mas o luxo cresceu.

Olançamento do primeiro Jeep Grand Cherokee, em 1992, coincidiu com aépoca de abertura do mercado para importações de veículos. Logo, o primeiro modelomundial off-road dealto luxose tornou umaverdadeira febrede vendas.Foramtantas quechegou até a vulgarizar o produto. Foi rotulado de carro de jogador de futebol, de novo rico etc.

Emsua terceirageração,onovo JeepGrandCherokee, estáno ápicedo conjuntoluxo,robustez edesempenho. Com aaparência mais esportiva, rodagemmais precisa, mais estável e com um pacote de novos itens de conforto, o novo Cherokee tem mais um enorme atributo: o excelente motor Hemi V8 de 5.7 litros.

O design ganhoumaturidade. Na frente, agrade de sete aberturasé marcantee estáflanqueadapelos faróisredondos.O capômais longoe opára-brisas maisinclinado dão umaaparência mais leve,sem perdera "musculatura" tradicional do modelo.

Sua aparência foi suavisada pela Chrysler, mas ainda mantém a característica principal que mais atraiu o consumidor: robustez. Sua suspensão está mais firme e o motor tem força de sobra para "carregar" o carro em qualquer situação.

As lanternas traseiras com lentes vermelhas translúcidas e a tampa formam um conjunto luxuoso e vigoroso. Nointerior, muitoluxo,conforto eumbelo painel.O espaçointerno, graçasà maiordistânciaentreeixos, éum dosmaioresdosegmento. NonovoGrandCherokeehá confortosobrando paratodos osocupantes.Os bancosda versãoLimited,são emcourodequalidade. Ocursoda poltrona dianteira foi aumentado em 50 mm. Na traseira, o assento é 17 mm mais altoque os dianteiros para proporcionarmaior visibilidadeparaospassageiros, quetêm excelente posição para as pernas.

O conjunto de duas cores, superiores escuras e inferiores claras, popularmente chamado de saia-e-blusa, utilizado em todo o interior, não é feio,mas poderia ser mais elegante numa única tonalidade. Elessão construídos e projetados especificamentepara darconfortoemviagens delonga distância.O paineldeinstrumentoscom iluminaçãopor LEDs oferecemostradores pretos com gráficosbrancos e indicadores vermelhos para facilidade de leitura em todas as condições, circundados por anéiscromados. No portamalas uma solução inteligente: um novo painel reversível é acarpetado de um lado e plástico, com uma bandeja, fácil de limpar do outro.

Um "canhão" - É uma verdadeira usina de força o motor Hemi V8, com 326 cv, entreos melhores da categoria em aceleração, chegando de 0 a 100km/h em 7,4 segundos. A máxima, 208 km/h. Uma grandevantagem, para reduzir o consumo, éo sistemade Multi-DesligamentoCilindros (MDS). Com aceleração constante ou leve, tanto na cidade comonaestrada,ele desativametadedoscilindrosresultando numa economia de combustível de até 20%. Neste SUV, nada econômico, isso faz uma grande diferença. Sem a utilização do MDS, na cidade o consumo é de 4,7 km/litro e na estrada de 8,3 km/litro.Mas só com muito amor, carinho e grande dose de respeito pelo seu bolso.

Qualquergraçanoacelerador, omotoristadoGrand Cherokee V8 5,7 Hemi vai ver quando parar no posto para abastecer. Não tem perdão. A médiados dois trechos é de 6,5 km/litro. Muito bom, né?

Acelerando - Para os amantes do bom motor, acelerar o Grand Cherokee é um prazer só. A qualquer leve toque no aceleradorrespondeprontamente. Chegaaserdivertido, numa viade pista simples. Dependendoda velocidade, quando o motorista pisa para ultrapassar, os demais carros parecem estar parados.

A transmissão automática de cinco velocidades utilizada é outrodestaque deste SUV,com escalonamentobom e suavidadenatroca.Ecomo jáestásetornandoitem obrigatório em qualquer carroque respeite o consumidor,

quando na posição manual, movendo a alavanca de câmbio para a esquerda ou para a direita a partir da posição "Drive", o câmbio não solta a marcha. Ou seja, se o motorista deseja dirigir em quarta marcha ele não "solta" a quinta.

Um diferencial é o Quadra-Drive II, que leva a capacidade Jeepa umnívelaindamais altousandoDiferenciais

Eletrônicos de Deslizamento Limitado (ELSD) — dianteiro, central etraseiro —oferecendo omáximo emcapacidade fora de estrada. O ELSD substitui os eixos progressivos VariLokutilizados nageração anteriordosveículos Jeeppara umarespostaaindamais rápidaacondiçõesdiferentesde rodagem e maior capacidade de torque.

ComQuadra-DriveII, oJeepGrand Cherokee é o único veículo no mercado que oferece engate eletrônico de influência rápida no torque para os eixos dianteiro e traseiro.A transferênciade torque,portanto,é maisrápida equase 100%do torque pode ser distribuído para qualquer uma das quatro rodas.

Menos "mareadas" - Uma das grandes reclamações dosclientes doGrand Cherokeeera asensação deinstabilidade ede inclinaçãonas curvas.Reprojetadamelhorou a rodagem e a dirigibilidade na estrada semcomprometer odesempenho foradeestrada. Asuspensãodianteirade braços sobrepostos proporciona mais reaçãoeresistência aosmovimentoslaterais da carroceria. Isto dá maior sensação de precisão dadireção econtrole aomotorista, otimizando osbenefícios do novo sistema dedireção hidráulicade pinhãoe cremalheira. O eixo traseiro acionado por cinco braços decontrole, com amortecedores telescópicos e molas helicoidais, oferece uma base maior para controle do eixo traseiro e aumenta a rigidez lateral para uma reação compatível com a nova suspensão dianteira. Omodelo top da Jeep, hojeé um carro muitomais agradável, mesmo numa estrada sinuosa. Umshowàparte - O equipamento de áudio do Jeep Grand Cherokee é um rádio AM/FM/CD 6 discos com compatibilidade MP3 eum sistema de somde seis alto-falantesdaBoston Acoustics.Estaéa segundavezna indústria automotiva (a primeira foi no Chrysler 300C) que um equipamento de áudio de alta qualidade foi usado como equipamento original. A antena do rádio está localizada no vidro dajanela traseira. Osistema de somda Boston Acoustics temum amplificadorde 276watts eseis altofalantes- duasunidades defreqüência media-para-altade 8,9cmnopainel deinstrumentos,doisreprodutoresde baixafreqüência(woofers) de15,2x22,9 cmnasportas dianteiras e duas unidades detamanho similar nas laterais da área de carga.

E, além de andar bem e confortavelmente nas ruas e estradas pavimentadas, o Grand Cherokee é bom também de off-road.

Divulgação

Vai querer quantos metros de livros?

Nas lojas, clientes pagam até R$ 300 o metro do livro. Para decorar o escritório. Economia/6

Irã nuclear é ameaça

Agora,

o FMI

'empresta' apoio eleitoral

Diretor do FMI celebrou quitação da dívida (foto). "O Brasil já pode andar com as próprias pernas", disse Lula.

Brasil capta US$ 1 bilhão

O Tesouro vendeu bônus global com vencimento em 2037. Economia/1

Oburaco éeleitoral

Governo e deputados da base governista lançaram o tapa-buraco na Bahia em tom eleitoral. O TCU está de olho. E o PFL já quer convocar o ministro dos Transportes. Página 3

Venda de Cepacs garante o término do complexo viário da avenida Roberto Marinho (foto): beneficia a Prefeitura com novos recursos e os empresários, com mudanças no zoneamento. Página 9

Testamos o poderoso Cherokee V8 Hemi, um exemplo de luxo. Saiba também quais são as grandes novidades do Salão de Detroit.

Ferreira/AE
Divulgação

"De olho" na sua frota

Opções para monitorar e rastrear veículos e motos, evoluem em 2006

ANDERSON CAVALCANTE

As boas alternativas no mercado de monitoramento e rastreamento veicular são cada vez maiores. Para onovo ano,vale apena aumentara proteção contra os roubos de veículos e cargas.

A empresa Omnilink,por exemplo, lançou recentemente seu novo site onde é possível encontrar informações sobre as tecnologias de rastreamento, além do históricoda empresaeadescrição dosseus principais produtos, o internauta que acessar www.omnilink.com.br terá acesso a várias novidades, que levam muita informaçãopara osinteressados emconhecer o "mundo" do rastreamento. Outra novidadeda empresaé orastreador autônomo de carreta RI Solar com receptorGPS alimentadopor energiasolar.Seu diferencialéa possibilidadede rastrear carretas,independente docavalo queesteja rebocando,além dautilização depainéis solaresassociados abaterias recarregáveis,que permitema captaçãoe armazenamentode energiapara seupróprio funcionamento. Exposto à luz solar o rastreador é alimentado por esta energia e asbaterias sãorecarregadas. Quandonão está exposto(à noite ou emdias nu-

Para seqüestros, o Lume System tem sinal de alerta, só "visto" por câmeras de vídeo. Ele é acionado por botões instalados em locais onde só o dono do carro conhece. Assim o carro poderá ser localizado. Mas ele não funciona como rastreador, apenas como alerta. Sistemas completos estão à disposição no mercado.

blados), o Solar utiliza a energia armazenada nas baterias com autonomia de operaçãosuperior a10 dias,dependendo das configurações e condições de uso.

Onde está? - ACar System apresenta novidadesna áreade proteçãoautomo-

tiva.Entre elasorastreador portátilque facilita a "vida" de frotas terceirizadas com dificuldades paralocalizar entregadorese transmitir aos clientes informações precisas sobre o local e horário de chegada de suas encomendas. Para atender essa necessidade, o Car

André Penner

Cepacs: leilão garante fim de obras

Dinheiro arrecadado com pregão possibilitará a conclusão da ponte que ligará as avenidas jornalista Roberto Marinho e engenheiro Luís Carlos Berrini, na zona oeste, à marginal Pinheiros. Negociação beneficia a Prefeitura, com a entrada de recursos, e os empresários, com mudanças no zoneamento.

Com um orçamento apertado para este ano, aPrefeitura de SãoPaulo encontrou uma saída para tocar obrasque estão paradaspor faltadeverba:a venda, por meio de leilões,dos Cepacs (Certificadosde Potencial Adicional de Construção). O acertopermitirá aomunicípio arrecadarfundos e ao empreendedor, construir acima do coeficientepermitido pelozoneamento da região. Uma boa troca para ambos.

A ponteque ligaráas avenidas jornalistaRoberto Marinhoe engenheiroLuísCarlos Berrini, ambas na zona oeste, à marginal Pinheiros, será beneficiada pelavendade Cepacs daoperaçãoÁguas Espraiadas. Praticamenteparadas desde o final de 2004, as obras serão retomadas ainda neste primeiro semestre de 2006. Para este ano, o orçamento prevê R$ 43 milhões para o

MÍSSEIS

Oprojeto, valor insuficiente para a suafinalização, jáque aprevisão,apresentadaainda na gestão de Marta Suplicy, era de R$ 122 milhões. Leilão – Diante disso, a Prefeituraorganizou,nofinal de 2005,um leilão deCepacsda Operação UrbanaÁguas Espraiadas. Realizado pelo sistema de negociação da bolsa eletrônicadaBovespa,oleilãoterminou com anegociação de 56,5 miltítulosdaoperação. Nofinaldo pregão,ovalortotal negociado ficouem R$ 20,96 milhões, sendo que alguns lotes foram comprados por R$ 371,00 cada título, valor R$ 1,00 superiorao divulgado pelaPrefeitura paulistana(R$ 370,00 por título).

Para o secretário municipal deFinanças, Mauro Ricardo Machado Costa, a venda superou asexpectativas da Prefeitura, já que a previsão era de vender cerca de 50 mil Cepacs, com uma arrecadação próxi-

s mísseis com inscrição do Exército eram artefatos improvisados cujo poder de destruição ainda é desconhecido. O bando responsável pela operação também era "inexperiente e pouco inteligente", segundo a polícia. Mas o resgate frustrado, na segunda-feira, de presos da penitenciária de Presidente Bernardes, onde estão líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e outros criminosos, provocou apreensão nas autoridades do Ó RBITA oeste paulista. A polícia acredita que um dos alvos era o cabeça do PCC Marcos Herbas Camacho, o Marcola. "Estão tirando experiência para daqui uns dias vir com um ataque maior", disse o delegado Arlindo Ribeiro de Sales, da Delegacia de Investigações de Presidente Prudente. (AE)

madacasados R$ 18,5 milhões. "Depoisdesseresultado, iremos realizar pelo menos mais um leilão de Cepacs da Operação Águas Espraiadas", informou o secretário.

A obra – O projetoda ponte prevêduas viasde ligação,cadauma comaproximadamente 1,2milmetrosdeextensão. Asduasserão suspensas por cabosde aço,num modelodenominado ponte estaiada. Para especialistasetécnicos do setorde construção,essemodeloéapropriadoparaaregião devido à rapidez para a conclusão da obra, cerca de 25% maisrápidodoque sefosse usado concreto comum.A utilização dos cabos implica tambémuma reduçãode cercade 15% nos custos.

O engenheirocivil Carlos Sampaio, no entanto, alerta para o risco de abandono das obras.Sampaiodizqueaestrutura, caso fique muito tempo parada, pode ficar comprome-

ASSALTO

Oinvestigador de polícia Juarez

Marques dos Santos e um ladrão morreram ontem durante uma troca de tiros na Vila Nova Conceição, na zona sul. O policial estava de carona com um amigo em direção ao trabalho quando foi abordado pelo assaltante. O comparsa do bandido acabou sendo reconhecido mais tarde, em uma blitz, e foi preso junto com a namorada. Na casa dela, a polícia encontrou a arma do crime.

O projeto da ponte prevê duas vias de ligação, cada uma com cerca de 1,2 mil metros de extensão. As obras recomeçam ainda no primeiro semestre.

tida,obrigando aPrefeitura a refazer partesdo projeto, gerando umnovocusto desnecessário. "Oprojetotinha previsão inicial para oprimeiro semestrede2005, mascoma mudança de governoacabou paralisado. Espero que ela saia finalmentedo papel.Omodelosustentado porcabos éuma boa alternativa para São Paulo", comentou o especialista. Redução do Tráfego – Com aconclusãodo projeto,a Prefeitura prevê umareduçãode 20% no trânsito da região, colaborando principalmente nos horários de picos. A ponte facilitará a vida tanto de quem trabalhana regiãoda Berrini,comopara osmoradores doMorumbi e do Brooklin.

Davi Franzon

No maior relax, a 60 km de São Paulo

A proximidade com a capital paulista é uma das tantas qualidades do resort Village Eldorado, em Atibaia. Lá a ordem é relaxar, seja se exercitando ou brincando com os filhos na área de 1 milhão de metros quadrados de Mata Atlântica, seja deitado ao sol à beira de uma das três piscinas

O resort oferece completa infra-estrutura, com atrações para todas as idades

Logo ali, ao lado de Atibaia,a apenas60 quilômetrosdeSãoPaulo, há umlugar paradescansar o corpo e esquecer as preocupações do mundo. É o Village Eldorado, uma mistura dehotel ecolôniade fériasque se esparramapor mais de um milhão de metros quadrados de Mata Atlântica. Ali, há atividades para o dia inteiro: futebol, tênis,vôlei, basquete, arvorismo, hidroginástica, paintball, sauna,cooper, caminhada, fitness... Mas você também pode escolher não fazer nada e se largar na poltronadocinemado hotelouficarlagarteandoaosol, àbeira deumadas trêspiscinas da área de lazer. "Quantospalitinhos estãoespetados nestalaranja?",pergunta-lhe um dos monitores

apontando paraafrutalotada de palitos,enquanto vocêtoma umacervejinha nobar.Cada hóspedeapostaemumnúmero, tentandoadivinhar aquantidadeexata. Daíapouco, orecreador volta com a resposta e o prêmiodequemacertou.À noite, são osmonitores quecantam o bingo,convidam-lheparaassistir aum filme –bons lançamentos em DVD – ou deixam você à vontade para curtir a música ao vivo eos petiscos deum barzinho, ali dentro do hotel. Criançada– Se a preocupaçãoécom ospequenos, saiba que oVillage Eldoradotem instalaçõespensadasparaeles,que são entretidostodoo dia pelos recreadores:eles inventam atividades, levamascrianças ao parque, brincam na terra com elas e ainda as acompanham no

Accor Hotels, AD Comunicação, Air France, A&G, Alternativas Ecoturismo, Amaradei Comunicação, Amazon Ambassador, Amazon Ecopark Jungle Lodge, Ambiental, Aroldo Araújo, Assimptur Assessoria, Arteiras, Asstur –Campos do Jordão e Anice Aun Assessoria, Centro de Turismo Alemão, Busch Entertainment, Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico, CDI, Chaits Comunicações, Cia Nacional de Ecoturismo, Climb, Club Med, Delta Air Lines, Designer Tours, Dinâmica Assessoria, Egom Assessoria, Equipe EcoAção, Equipe Interep/Hertz, Embaixada da República da Polônia, Emigê, Estúdio de Comunicação,

Factual Comunicação, Freeway Brasil, GP Marketing, High Trip, Hip Hotels, Holofote Comunicação, Holiday Mall, Informa Assessoria de Imprensa, Inforpress, Insert Comunicação, Insider2, Interamerican, Journal Assessoria de Comunicação & Entretenimento, Ketchum, Kur Spa, Lagrimas Hotels & Emotions, Lapa Palace Lapinha, Lisboa, LatinEPR, Latitudes, Le Bristol Paris, Lucia Paes de Barros e Equipe, LVBA, Maison de la France, Maxpress, Mecânica de Comunicação, Mobility, Nina Marciano Comunicações, Nob Hill Tour Operator, Orlando CVB, Parágrafo2 Comunicação, Pousada do Rio Mutum, Praia

almoço eno jantar, sevocê preferir. Assim, nem os pais têm de acompanhar opique daprole e nem os filhos precisam mostrar o "bom comportamento" exigido pelos maiores. E todos ficam no maior relax. As refeições são uma boa hora para se juntar a novos companheiros. Quemchega lápela primeiraveztem a impressão deque os hóspedes são"amigosde infância",habitués do hotel. Quenada! Acabaramde se conhecer durante uma partida defutebol ouna caminhada damanhã. E os monitores tratam de juntar todo mundo ao longo das atividades. Jáque tocamos no assunto "comida", é bom adiantar que a variedadee aqualidadedos pratos agradamos quese acomodam por ali. Muita gente repete tudo, até a sobremesa. E, com certeza, você também irá exagerar em algum momento. A cidade – Mesmocomtanta coisa parase fazer diae noite, tem quem prefira transpor os limitesdo hoteledar umpasseio pela cidade. O ponto mais alto de Atibaia, a 1.450 metros, é a Pedra Grande:uma plataforma naturalpara saltos de asa-deltas e páragliders. Nos fins de semana de bons ventos, eles colorem os céus e assanham a vontade de voar até de quempreferemanteros pés bemfirmesnochão. Dá para experimentar um vôo duplo

SERVIÇO

Village Eldorado: Rodovia

Dom Pedro I, km 75.5, Atibaia. Tels. (11) 4411-0533 e 0800/171888, site www.hoteiseldorado.com.br. Diárias a R$ 368 por casal, com pensão completa. Vôo duplo custa de R$ 125 a R$ 150, tel. (11) 4411-7619.

ou apenas caminhar pelas trilhas próximas dali. A cidade é a maior produtora brasileirade tapetesarraiolos, feitos artesanalmente de fios de lã de carneiro com uma técnica vinda do Alentejo. Os 1.500 artesãosatibaiensesproduzemtapetinhosde6cm²,paratelefone, a 12m². Essas lembrancinhas são encontradas facilmente nas lojas de artesanato da cidade. À noite, o movimento na Avenida Lucas Nogueira Garcez pára o trânsito,comosbaresedanceterias das redondezas. A diversão estará garantida para quem ainda tiver fôlego. Para explorar o terreno, há

Fim de sociedade agita o setor

Odo Forte EcoResort & Thalasso Spa, Pressto, QSA Comunicação, Ralcoh, RCI, Refúgio Ecológico Caiman, Roberto Pol Imprensa e Marketing, Rogler Comunicação, Santa Mônica Convention & Visitors Bureau, São Paulo Turismo, São Paulo Convention & Visitors Bureau, Secretaria de Turismo de Munique e Multireps, South Africa, Scritta, Spa Sorocaba, Tática Comunicação, Terra Mater, The Leading Hotels of the World, The Setai, Trópico Comunicação, Vera Moreira Comunicação, VIPCOMM, Voice, Virtuoso Brasil, Visual Turismo, Assessoria de Imprensa do Wet’n Wild, Way Comunicações, Universal Orlando Resort, X-Mart, ZDL.

mercado de agências de viagens corporativas sofreu uma reviravolta no início do ano. A marca TQ3, que era controlada pela alemã Tui e pela norte-americana Navigant, passou a ser domínio exclusivo dos norte-americanos. Isso porque, a empresa alemã – uma das maiores operadoras de turismo do mundo –decidiu centralizar suas operações na área de turismo de lazer, se desfazendo das unidades de viagens corporativas. Agora, a empresa vai focar na área de turismo marítimo e de grupos de lazer. A Tui deixou a sociedade com a Navigant, que passa a controlar a marca TQ3 e as empresas que utilizam a franquia da marca. Na Europa, a Tui tinha unidades próprias com a marca TQ3, dentro da empresa TQ3 Travel Solutions Management Holding GmbH. Essa unidade foi vendida para o grupo holandês BCD, acionista principal da WorldTravel BTI. O valor da negociação não foi divulgado. Mercado – Agora, a dona da BTI passa a gerenciar as contas que eram próprias da Tui como TQ3 na Europa e assume os escritórios que eram da empresa alemã. As negociações mudam a configuração mundial das grandes agências de turismo corporativo, alçando os holandeses para o possível terceiro lugar, depois da Amex e da Carlson Wagonlit. O acordo ainda precisa ser aprovado pelo controle da Tui e por órgãos de defesa da concorrência. A

expectativa é que até o fim do primeiro trimestre desse ano a venda esteja efetivada. No Brasil, a BTI ganha com a melhoria no ranking da sua controladora, mas a negociação não afeta tanto suas operações. Phelipe Spielmann, da BTI Brasil, comemorou o acordo e a conquista dessa nova posição no mercado internacional.

Existe a expectativa que as empresas que usavam a marca TQ3 que pertenciam a Tui deixem de operar com a marca até 30 de junho. Pode ser que a BCD adote uma terceira marca unificada para toda a sua área de viagens corporativas.

Acordo – Outro ponto que pode mudar é com relação ao acordo Navigant e TQ3. Atua no Brasil uma unidade própria da Navigant, e a Avipam usa a franquia TQ3. Alguns analistas questionam a racionalidade de ter duas unidades do mesmo grupo, competindo entre si, no Brasil.

O presidente da Navigant no Brasil, Richard Karol, explicou que a novidade não afeta a operação da empresa no País. Fernando Slomp, presidente da Avipam, explicou que essas mudanças compõem um processo antigo de negociação, mas que ele aguarda novas decisões e a concretização da compra.

atividades na mata, como o arvorismo
Os muitos espaços de lazer ajudam os hóspedes a fazer amigos
Por Sonaira San Pedro
Sonaira San Pedro

SEGUNDO CÁLCULO DO SINDICATO DOS POSTOS, QUEDA PODE CHEGAR A R$

0,04 POR LITRO NAS BOMBAS

ACORDO DEVE REDUZIR PREÇO DO ÁLCOOL

Ogoverno fe chou ontemum acordo com os usineiros parafixaro preço do litro do álcool nas usinas em R$ 1,05 durante o período de entressafra,que vaiaté abril. Há duas semanas, com o último reajuste,o litro doálcool nas usinas chegou a R$ 1,09. O entendimento com os usineiros deverá provocar, na expectativado governo,uma redução no preço do combustível na bomba, beneficiando o consumidor que, desde o fim de2005, sofre comos aumentos no valor do álcool. A queda do preço do litro nos postos deve ser de R$ 0,04, segundo o presidente do sindicato dos comerciantes do setor noEstado deSãoPaulo, oSincopetro, José Alberto Paiva Gouveia. Ele diz que, nocaso dagasolina, aquedaparao consumidor deve ficar perto de R$ 0,01 por litro.

O acordo foicomemorado pelo governo e foi especialmente significativo, para o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.Não podendo renunciar à condição de plantadorde cana,Rodrigues intercedeu junto ao presidente Luiz InácioLula da Silva esustentouque seriapossívelfirmar um acordocom osempresários do setor. Caso contrário, ele próprio se sentiria extremamente constrangido.

De fato, depois de uma longa reunião, Rodrigues e os ministros daFazenda, Antonio Palocci, edaCasaCivil,Dilma Rousseff, além do interino deMinas eEnergia, Nelson Hubner,anunciaramo acordo com os usineiros, sem que o governo tivesse de lançar mão de "medidas drásticas". Demanda – "A reunião teve umvalorhistórico", afirmou Rodrigues, explicandoqueo Brasil vive um momento de

demandacrescentede etanol, tanto no mercado interno, com a produção de veículos bicombustíveis,como nointernacional.Desdeasemanapassada,o governotentava encontrar uma saída para barrar a escalada dos preços do álcool.

A propostainicialdogoverno era de manter o acordo fechado na entressafra de 2003, em que olitro do álcool nausina foifixado emR$ 1,00. Rodriguesdisse que,de lá paracá, houveinflação de 20%, o que poderia resultar em valor superior a R$ 1,05.

Ainda como partedo esforço para barrarnovosaumentos, o governo pretende zerar a alíquota do imposto de importação sobre o álcool, que hoje é de 20%. A proposta será encaminhada pelo ministro Palocci para apreciaçãodo presidente Lula, mas ainda não há data fixada para o envio, segundo o Ministério da Fazenda. (AE)

FLEX TEM IPVA DE GASOLINA

Os veículos com motor flex (movidosa álcool ou a gasolina) caíram no gosto do consumidor brasileiro. Númerosda Associação Nacional do Fabricantes de VeículosAutomotores (Anfavea)mostram queem2005a participação dos bicombustíveis no total das vendas de carros novosfoi de 53,6%, enquanto a fatia dos veículos movidos só a gasolina foi de 40%. Os flex ganharam mercado porque dãoaomotorista opção para economizar, mas essa economia só ocorre na hora de encher o tanque. No Estado de São Paulo, a alíquota de Impostosobrea Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) cobrada dosveículos comsis-

tema bicombustívelé igualà dos modelos a gasolina, que é maior doquea aplicada aos veículos movidos a álcool.

Hoje,emSão Paulo, quem temumautomóvelflex paga 4%dovalor do veículodeIPVA. Um proprietário de carro a álcool paga 3%. Na prática, quem adquire umveículobicombustívelzero quilômetro por R$ 30milprecisa desembolsarcom oimpostooutros R$ 1,2 mil. E esse percentual de 4% vai continuar sendo aplicado ao longo de 2006.

Projeto – A última chance de redução do imposto ocorreu no fim de 2005, quando deputados estaduais se mobilizaram paraaprovar umprojeto de lei que reduziria para 3,5% a

alíquota dos flex. Oprojeto precisavaser sancionadopelo governador Geraldo Alckmin até 31 de dezembro para entrar em vigor em 2006, o que não aconteceu. A assessoria de imprensa da Secretaria da Fazenda disse que o projeto continua sendo analisado, já que o reflexo de sua implantação se refletiria na arrecadação do estado. Masagora, sesancionado, só passará a vigorar em 2007. Em 2005 as vendas de carros flex ultrapassaram a marca de 1 milhão de unidades. Em dezembro passado, osveículos comessatecnologia atingiramo recordede73% departicipação no mercado brasileiro (veja reportagem ao lado) Renato Carbonari Ibelli

Montadoras: recordes em 2005

Aindústria automobilística confirmou resultado recorde deprodução de veículos em 2005, com 2,447 milhões de unidades –aumento de 10,7% em relação aos 2,210milhõesdecarros produzidos em 2004, até então omelhor desempenhodo setor. Os números, previstos pelas fabricantes no mês passado,foram consolidados com o balanço divulgado ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Outro recordefoi obtido na exportação,que somou US$ 11,187 bilhões, 33,5% acima de 2004. Os executivos das montadoras passaram o ano reclamando davalorização do real em relação ao dólar e acreditam que o efeito negativo da perda de competitividade com os reajustes de preço nos produtos exportados aparecerá neste ano. A projeção de au-

mento das vendas externas de veículos, no entanto, é de 2,7%, para US$ 11,5 bilhões.

AAnfavea prevêparaeste ano produção 4,5% acima de 2005, perto de 2,55 milhões de unidades.As vendasdevem ser7,1% maiores, somando 1,82 milhão deveículos. No ano passado, foram vendidos no País 1,714 milhão de automóveis,comerciais leves,caminhões eônibus. Oresultadoé 8,6% maiorque ode 2004, massitua-secomoo quarto melhor do setor. Flex – Em dezembro, foram vendidos 183,6 milveículos, melhorresultadomensal desde outubro de 1997. Modelos flex,que rodamcom álcoolou gasolina, responderam por 73%dasvendas,amaior fatia do mercado desde o lançamento datecnologia, em 2003. No ano,a participaçãonasvendas foi de 53,6%; carros a gasolina responderam por40%,a die-

sel, 4,6%; a álcool, 1,8%. Emprego – O nível de emprego nas montadoras caiu pelosegundo mês seguido.Em dezembro, 500 vagas foram fechadas e o setor encerrou o ano com107,4 mil funcionários, maior número desde 1997 (115,3 mil trabalhadores). O pior resultado foi registrado no segmento de máquinasagrícolas, comqueda de 23,8% naprodução, para52,8 mil unidades, e de 38,5% nas vendas, para 23,2 mil. AFiat recuperoualiderança nasvendasperdidaparaa GM em2004. Vendeu404.392 automóveis e comerciais leves e obteve 24,9% do mercado. A concorrente vendeu 365.251 unidades eficou com 22,5% das vendas, perto da Volkswagen,com 21,6%e vendas de 350.509 veículos. A Ford manteve oquarto posto, com 12,1% de participação e 195.565 carros vendidos. (AE)

Joedson Alves/AE
Em reunião, governo e usineiros acertaram que litro do álcool nas usinas será

Bornhausen agita sucessão de

São Paulo

No Palácio dos Bandeirantes, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (na foto, com o vice-governador Claudio Lembo) disse que é bem-vinda uma aliança entre seu partido e o PSDB na disputa pela presidência da República. E admitiu que o PFL pode sair com candidato próprio na briga pela sucessão de Alckmin. Página 3

Álcool: R$ 1,05

Acordo do governo com usineiros estabelece uma redução de R$ 0,04 por litro nas bombas, durante o período de entressafra, que vai até abril. O último reajuste elevou o preço a R$ 1,09. Economia/1

Papa e a pizza são paulistanos

E ficam também criados os dias da família mineira, do Pico do Jaraguá, do Orgulho Heterossexual e do Palmeiras. É a Câmara de SP em ação.

O diretor do Instituto Ágora, Gilberto de Palma (foto), criou o Prêmio Joinha para os projetos de lei mais esquisitos dos vereadores de SP em 2005, como o de tornar a pizza um prato típico paulistano - o mais votado até agora. Vote também no site www.eleitor.org.br De Olho na Câmara, página 5

Mínimo: R$ 350

Depois de um avanço nas negociações entre o governo e centrais sindicais, o salário mínimo deve passar de R$ 300 para R$ 350. Mas o acordo ainda não foi fechado, porque há discordância sobre a data de sua vigência. Sindicalistas querem 1º de março. O governo, 1º de maio. Economia/3

Patrícia Cruz/LUZ
Márcio Fernandes/AE
Divulgação

Prejuízos com a seca em Santa Catarina já somam R$ 240 milhões e afetam 41 cidades.

Maior produtor mundial de café, o Brasil consolida sua participação no mercado externo que, no ano passado, superou 28%. "Isso não ocorria há 30 anos", informou ontem o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Linneu da Costa Lima. Para o secretário, o crescimento da participação brasileira se deve à melhora na qualidade do produto e aos preços competitivos, que permitem a exportação do café brasileiro para mais de 60 países. Prevendo um crescimento da demanda mundial para 146 milhões de sacas nos próximos 10 anos, Costa Lima advertiu que o Brasil precisará elevar gradualmente a produção para 60 milhões de sacas/ano, a fim de atender às necessidades do mercado mundial, ou seja, destinar 24 milhões de sacas ao consumo interno e 36 milhões para exportação. A demanda global está estimada atualmente em 119 milhões de sacas. (AE)

Osecretário da Receita Federal, Jorge Rachid, assinou ontem a Instrução Normativa nº 608, que regulamenta as novas faixas de receita bruta e os percentuais de enquadramento das micros e pequenas empresas no Simples, previstos na Medida Provisória 275, de 29 de dezembro de 2005. O limite para microempresa passou de R$ 120 mil anual para R$ 240 mil. (AE)

TÍTULOS

ACompanhia Vale do Rio Doce (CVRD) informou ontem que detentores de US$ 176 milhões em títulos externos de dívida aderiram à oferta de recompra. O valor corresponde a 58,6% do montante principal, de US$ 300 milhões. Esses papéis pagam 9% e vencem em 2013. (AE)

ADU PONT A fabricante de produtos químicos reduz projeções de lucros em razão dos furacões nos EUA.

Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa) recebeu o certificado NBR ISO 9001:2000 – Sistema de Gestão de Qualidade – da Fundação Vanzolini. O processo de certificação demorou dois anos e envolveu toda a equipe de colaboradores da entidade (80 pessoas).

Segundo o gerente executivo da Acisa, Luis Antonio Sampaio da Cruz,

Acom o desenvolvimento de procedimentos específicos voltados ao gerenciamento do sistema e sua documentação, a Acisa passou a ter maior agilidade na tomada de decisões. Houve melhoria da eficiência dos serviços prestados, bem como no relacionamento com o associado, pois todas as sugestões ou reclamações são documentadas e encaminhadas à área responsável, resume Cruz.

MÍNIMO SERÁ DE R$ 350

negociação entre governo e centrais sindicais avançou e o salário mínimo deve ser elevado dos atuais R$ 300 para R$ 350. O acordo, porém, não foi fechado porque há discordância sobre quando entrará em vigor o novo valor e sobre o reajuste da tabela do imposto de renda..

Os sindicalistas querem a antecipação da vigência para 1º de março e o compromisso do governo de que, a partir de 2007, o reajuste seja em janeiro. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o valor de R$ 350 é compatível com o Orçamento da União deste ano, desde que mantida a correção em 1º de maio. (AE)

GRIPE AVIÁRIA RECEITA FISCALIZARÁ SEUS FUNCIONÁRIOS

OMinistério da Saúde anunciou medidas contra a disseminação da gripe aviária. Serão distribuídos informativos em portos e aeroportos e as bagagens de viajantes procedentes de locais de risco serão inspecionadas. (Agências)

A TÉLOGO

AReceita Federal vai monitorar o patrimônio de seus próprios funcionários em busca de sinais de enriquecimento ilícito, com o objetivo de combater a corrupção. Todos os 23 mil servidores do órgão passarão periodicamente por "varreduras" em sua movimentação financeira, recolhimento Imposto de Renda, eventuais remessas ao exterior, receitas com atividade rural, pagamento de IPVA, gastos com cartão de crédito, operações imobiliárias, empréstimos e sinais exteriores de riqueza. (AE)

Varig terá de enfrentar hoje a Justiça dos Estados Unidos China tem superávit nas exportações de US$ 102 bilhões

Diretor da ANP diz que crescimento do País é "débil"

BRASIL E ÁRABES: BONS NEGÓCIOS

OBrasil atingiu o patamar de US$10,5 bilhõesno fluxo comercialcom os países árabes em 2005. Segundo a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o montante superou a previsão e cresceu 28,3%emrelação a2004, quandoo fluxo comercialsomou US$ 8,2 bilhões. "No início do ano, tínhamos a meta de crescimento das exportações brasileiras em 13% e acabamos com elevação de 29% em relação a 2004", comemora o presidente da Câmara Árabe, Antonio Sarkis Júnior. De acordo com dados da Secretaria deComércioExterior (Secex), as exportações brasileiras para os países árabes totalizaramUS$ 5,2 bilhões eas importações, US$ 5,3bilhões, resultando no crescimentode 28,3%. No acumulado do ano, ocorreu déficit de US$ 104,2 milhões para o Brasil. Sarkis revela ainda que o objetivo da liga era chegar à conta corrente de US$ 16 bilhões em 2009, mas, com o sucesso dosempresários árabes no Brasil, a previsão é de que o País chegue a esse montante atéo finalde2007. "Odesempenho de 2005 mostra o sucesso da parceria da Câmara Árabe com a Apex-Brasil", diz. Mais vendidos –Os produtos mais exportados pelas empresas brasileiras aos países árabes em 2005 foram o açúcar (25,3%),o frango (17,7%),o

minério de ferro (12,4%), a carne bovina congelada (8%) e o óleo desoja(3,1%).Segundo Sarkis, a gripe aviária não afetou o volume de exportação do frango brasileiro, que em comparação com 2004 aumentou 39,3%. "Hoje, 27% do frango exportado tem como destino os países árabes", afirma. Quanto às importações, concentradas em petróleo e fertilizantes, a previsãoé de estabilidade. "Como o preço do petróleo está estável, acreditoque o fluxo de importações permanecerá assim também", explica Sarkis. Estimativas – Para este ano, a previsão decrescimento das exportaçõesbrasileiras éde

20%."Issoporque aCâmara Árabe vai focarações em produtos manufaturadosde maior valor agregado, como veículos, aeronaves, equipamentos médico-odontológicos,calçados, confecções de moda e construção civil", diz o presidente da Câmara. "Nosso secretário-geral, Michel Alaby, adiantouaindaqueaToyotado Catar já pediu informações sobre construtoras brasileiras." Outro exemplo de diversificação é o acordo entre o Brasil e a Tunísia para baratear os custos de engarrafamento e distribuiçãode azeiteea parceriaentre as associações da indústria calçadista brasileira e tunisiana. Laura Ignacio

Alex Almeida/Folha Imagem

Afunção da Câmara Municipal de São Paulo é, pelo menosem tese, apresentareaprovarprojetos com impacto efetivo e de utilidade para a cidadeeseushabitantes. Mas,semdarmuita atenção aesta premissa, grande partedos projetos de lei apresentados pelos vereadores trata de assuntos de pouco interesse para coletividade,como mudançadenomesde ruasepraças, criaçãode datas comemorativas e, nos casos mais extremos, legisla em causa própria. De olho nessa situação, o Instituto Ágora, que acompanha odia-a-dia do legislativomunicipal, decidiu criaro troféu Joinha, queserá concedido ao projeto de lei mais bizarro apresentado em 2005 pelos vereadores paulistanos. Uma lista comos quinze projetosdemaior"destaque" foi colocada em votação no site www.eleitor.org.br. Lá, o interessadopoderáescolher a proposta que considera mais "importante" para a cidade. Entre os candidatos estão o título de cidadão paulistano ao papa Bento XVI, a criação dodiado SãoPauloFutebolClube –comoresposta o vereador EdivaldoEstima(PPS) apresentou o dia do Palmeiras –, e o dia do Pico do Jaraguá, além da obrigatoriedade do uso de terno feminino para todas as mulheres que estiverem no plenário da Câmara. Os eleitos – Entre oseleitos, o projetode autoria dovereadorAntonioCarlosRodrigues (PL)beneficia aprópriacategoria, ospolíticos. O texto pede o cancelamentodas multas para todos oscandidatos autuadospor propaganda irregular. Procurado para comentar qual a relevância do seu projeto para a cidade de São Paulo, o parlamentar não foi localizado pela reportagem do Diário do Comércio. Até ontem, o projeto mais votado no site como "bizarro" era o da vereadora Myryam Athiê (PPS) que oficializa a pizza como prato típico paulistano. Esseimportante projeto jáhavia receb ido 37% dos votos dosinternautas. Gilberto de Palma, diretor do Instituto Ágora, conta que o foco da iniciativa é mostraraos vereadores que existe uma fiscalização ativa sobre o trabalho de cada um. "Nãotemosaintenção de julgar o parlamentar.

Prêmio ao estrambótico

Segundo o dicionário, estrambótico é algo que não é comum, esquisito, extravagante, de mau gosto, ridículo. E o título vai para um vereador da cidade.

ATENTADO

Um posto da Polícia Militar na avenida Braz Leme, na zona norte, foi alvo de um tiroteiro ontem por volta das 4h15. Ninguém ficou ferido.

De acordo com o delegadotitular do 13º DP, na Casa Verde, Ítalo Miranda Junior, os criminosos estavam em dois carros, um Palio e um Stilo, e passaram atirando em frente ao posto. Eles teriam usado pistolas calibres 380 e 40. Os policiais que estavam de plantão se esconderam atrás de alguns móveis e não foram baleados.

Miranda Junior informou que que há a possibilidade de solicitar à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) as imagens das câmeras de trânsito (radares) instaladas ao longo da avenida Braz Leme. O objetivo, segundo o delegado, é tentar identificar os veículos usados no crime.

OBRAS

APrefeitura quer ligar Guaianases, na zona leste, à Marginal do Tietê. Para isso, pretende construir uma avenida de 1,5 km e um viaduto, que vão unir obras já existentes, formando uma ligação de 19 km. Com a obra, que deve ser anunciada no dia 25 pelo prefeito José Serra, a Prefeitura quer desafogar o trânsito na Radial Leste. Mais de 17 km da ligação já estão prontos, mas a falta do trecho de 1,5 km entre Itaquera e Artur Alvim impede que a via seja usada como opção de acesso direto à Marginal. (AE)

VIADUTO

Oprefeito José Serra quer riscar de vez do mapa o viaduto Diário Popular, no Parque D. Pedro II, região central, ao lado do Palácio das Indústrias. Ele pediu à Secretaria de Infra-Estrutura e Obras (Siurb) a demolição do viaduto. "Essa obra é uma aberração", disse. "É um trambolho que atrapalha toda a recuperação da região." No fim do mês, técnicos da Siurb entregarão ao prefeito o projeto de um novo sistema viário do local. Entre as sugestões estão a construção de um pontilhão sobre o rio Tamanduateí e de uma alça de acesso à avenida do Estado. Inaugurado em 1969, o viaduto, de 540 metros, liga a rua do Gasômetro à Avenida do Estado. O piso tem buracos e fissuras e, para Serra, reformá-lo exigiria muito dinheiro. (AE)

Estamos,comumaboadosedehumor, demonstrando nossa fiscalizaçãosobre cada projeto apresentado, já que eles representam um custoà sociedade", explicou. Palma informa que,emmédia, 70%dosprojetosapresentados durante o ano de 2005 foram classificados como de baixo "impacto", ouseja, que não apresentaram grande relevância para a população ou para a cidade de São Paulo.

Segundo odiretor, emsetembro doano passado, 80% dos textos apresentados eram de baixa importância, um número preocupante, já que a cidade necessita de ações concretas principalmente nas áreas de saúde, educação, transportes e habitação. "Dentro desse número estão asmudançasde nomes de ruas ede praças, a criação de datas comemorativas e a concessão detítulos de cidadão paulistano. Ou seja,nenhum projeto com umimpacto de política pública efetiva", afirmou Palma. Eleitoreira – O diretor do Ágora avalia como "eleitoreira" a maioria dasações propostas pelosvereadores, jáquegrandeparte possuium público específicocomo alvo,como, porexemplo, a criaçãodo dia imigrante italianoe do samurai. Na análise de Palma, os vereadores apresentam essesprojetos pensandonos votosque virão dacomunidade beneficiadas nas próximaseleições. "Combomhumor,mostraremos aos parlamentares nossa atençãosobre os projetos apresentados. Esperamos que a população também passe a acompanhar o dia a dia na Câmara Municipal", disse Palma. Na primeira semana de março, data em que o Ágora divulgaráo relatóriosobre ostrabalhos executados pelo legislativo paulistano noano passado, será anunciado qual foi o projeto escolhido como o mais bizarro de 2005.

do Ágora: "Estamos, com humor, mostrando nossa fiscalização sobre cada projeto apresentado"

Palma,
Patrícia Cruz/Luz
Ó RBITA
Davi Franzon

SEGMENTOS DE PAPEL, PAPELÃO E CELULOSE SE ALINHAM COM DESEMPENHO TÍMIDO DA ECONOMIA

MAU SINAL: EMBALAGEM CRESCE POUCO

Considerado a "embalagem das embalagens" e,portanto, um dos termômetrosda economia,osetor de papelão ondulado encerrou 2005 com expansão de 2,4% sobre o ano anterior, índice acima da expectativa de 2,02% divulgadanoinício de dezembro pela Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO).

Os dados fazem parte da préviadivulgada ontem,que mostrou recuode5,6%nas vendas de dezembro, que atingiram 177,5mil toneladas.Na comparaçãocom omesmo mês de 2004, entretanto, houve crescimento de 5,3%.

Segundo o presidente da ABPO, Paulo Sérgio Peres, o faturamentode2005deveráalcançar cerca de R$ 5,36 bilhões, cifra 6% superior à registrada no ano anterior. "Apesar disso, a venda de 2,157 milhões de toneladas ficou muito aquém da estimativa que tínhamos no final de 2004, que era a de crescer entre 3% e 4%", diz.

Celulose – Mais animado, o presidente daAssociação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Osmar Zogbi, prevê que o balanço de 2005 da indústria de celulose deverá alcançaraproduçãode10 milhões de toneladas. Eo de papel,de 8,6 milhões.Mas a entidade quer mais.Para isso, prevêinvestimentos de US$14,4 bilhõesaté 2012para o desenvolvimento do setor. Segundo Zogbi, a participaçãode ambasas indústriasna balança comercialbrasileira continua muitopositiva,com crescimento de 82% nas exportações de celulose na última década. Em valores, atingiu US$ 3,5 bilhões em 2005, propiciandoumsuperávit de US$ 2,6 bilhões. "Esses números representamexpansão de12,5% nas vendas em relação a 2004", diz.Jáasvendasde papelse mantiveram estáveis, com avançodesomente0,9% na mesma comparação.

Embalagem – Na contramão do papele celulose,o setorde

embalagens em geral se estabilizou. Omotivo seriaa desaceleração econômicaocorrida no terceiro trimestre. Uma pesquisa daAssociação Brasileira deEmbalagem (Abre)revela que a produção física naquele período recuou3,39% emrelação ao mesmo trimestre de 2004. Oque demonstra que a retomada iniciadano segundo trimestre – quando a produção dosetor cresceu2,36%– não conseguiu se sustentar.

"Os números ficaram muito abaixodo previsto",lamentao presidente da Abre, Fábio Mestriner. Por isso, o executivo não acredita que o setor trará resultadospositivosnobalanço de 2005. "Prevemos, e torcemos, para um recuo de apenas 0,2%, oqueseriaum bomresultado nocenário dosegundosemestre", acrescenta.Para esteano, eleacredita emmelhordesempenho por conta daCopa do Mundo edaseleições."Tenho certeza de queesses eventos aquecerão o mercado." Vanessa Rosal

Sapato brasileiro na Argentina

A empresa brasileira de calçados Paquetá abrirá uma fábrica na cidade de Chivolcoy, na província de Buenos Aires. A instalação implicará investimentos de US$ 10 milhões no primeiro ano. Na etapa inicial, ela empregará 100 operários, para posteriormente chegar a 2 mil pessoas. O anúncio foi realizado pela secretária de Produção da província, Debora Giorgi, que explicou que a empresa produzirá 100 mil pares de tênis por ano com a marca Diadora, mas não descarta produzir calçados femininos. A secretária celebrou o desembarque da empresa brasileira no país. Agora, diz ela, espera-se um incremento na produção de calçados, hoje em 70 milhões de pares por ano. (AE)

com recuo de 3,39% na produção física em relação ao mesmo período de 2004

Petrobras anuncia investimento em Santos e na Guiné Equatorial

APetrobras deverá produzir cerca de 20 milhões de metros cúbicos de gás no pólo BS-500, localizado na bacia de Santos, a partir de 2010. Além disso, deverão serproduzidos namesma área de 150 mil a 200 mil barris depetróleo,informou ontem opresidente daestatal, José Sérgio Gabrielli. Para alcançaresses resultados, Gabrielliinformou quea empresa e seus parceiros deverão investir cerca de US$ 18 bilhões nos próximos 10 anos, dosquais US$12 bilhõesapenas daPetrobras. Os investimentos serão feitos em atividadesde exploraçãoe desenvolvimento da produção na bacia de Santos, localizada sob as águasdolitoralsuldoRiodeJaneiro, passando pela costade São Paulo, Paraná e parte norte do litoral de Santa Catarina. O Plano Diretor daPetrobras para a bacia de Santos prevê cinco pólos de produção na área. Além do BS-500, Merluza (com potencial para atingir de 9a 10milhõesde metroscúbicos de gás por dia em 2010), Mexilhão (que terá capacidade de até 15 milhões de metros cúbicos de gás), pólo Sul (produçãofutura estimada de3 mi-

lhões de metros cúbicos de gás diariamente)e o pólo Centro (ainda em fase exploratória). Menordependência – "Já a partir do segundo semestre de 2008, a companhia espera acrescentar ao mercado brasileiro cerca de12milhões de metros cúbicos de gás por dia produzido na bacia de Santos", informou a Petrobras.

A estatal prevê que até o final de 2010 esse volume deverá se elevar para aproximadamente 30milhões demetros cúbicos por dia, contribuindo significativamente parareduzir adependência nacionaldo

gás importado.Atualmente, o Brasil importa cerca de 30 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia da Bolívia. Exploradores – Também ontem, a Petrobras informou que adquiriu 50% departicipação em contrato de partilha de produção na Guiné Equatorial, na África Ocidental.No diaanterior, a estatal anunciou a intenção de explorar a costa de Moçambique,tambémna África, continente onde a companhia tem aumentado sua presença, com destaque para a Nigéria, mas com planos para Angola, Tanzânia e Líbia. (Reuters)

Rosa Chá assina de toalhas a lingerie

Garçon,barmane professor até se tornar empresário. Aliás, um dos mais bem-sucedidos do segmento têxtil, sobretudo quando o assunto é moda praia.Diretamente do tradicionalbairro comercialdo Bom Retiro,ondetudocomeçou,emSãoPaulo,Amir Slama, aos 41 anos, comandaas operações da Rosa Chá em todoo mundo. São23lojas no Brasil (sendo 11 próprias) e 12 franquias(além de estar presente em 380 multimarcas) e duas lojas internacionais, uma em Lisboa e outra em Miami. A aposta agorasãoas parcerias com empresas fortes de outros setores da indústria têxtil. Desde 1988 produzindo moda brasileira, a Rosa Chá mantém apreocupação demostrar um produto diferenciado, com uma qualidade que siga os parâmetros de posicionamento adquiridos nos mercados brasileiro e internacional. A entra-

danodisputadoe exigente mercado norte-americano, em 1997,acabou pavimentandoa presença, desde fevereiro de 2002,no glamourososegmentoeuropeu. Tanta exposição, nacional e internacional, leva a marca adesenvolverduascoleções porano, quevão além de biquínis e maiôs, uma gama de saídas de praia (pareôs, camisões, toalhas),vestidos, saias, shorts e blusas desenvolvidos para integraro mixdos produtos principais da grife. Expansão – Mas, além da produção Rosa Chá, Slama ainda encontra tempo para desenvolver parcerias. Assim aconteceu com um dos mais recentesacordos firmados. Com a Lupo, Slama criou lingerie pela primeiravez. Maiorfabricante de meias e cuecas do País, a empresa,há 84 anos no mercado, lançou a linha sem costura Rosa Cháby Lupo.Desenvolvendo há mais de dois anos a lingerieda Loba,amarca, combase

emseu know how,elaborouacoleção desenhada por Slama utilizando microfibra com o sistema easycare, fácil de lavar e com secagem rápida. Maso empresárioeestilista tambémalinhava outras parcerias. Como aque assinou com a Speedo,em 2004, para assinar a linha Speedo by Rosa Chá; com a top inglesa Naomi Campbell, madrinhadalinha Made in Brazil by Rosa Chá. Já comoutragigante emseu setor, aMelissa, o estilista uniu plástico e sisal para criar um modelo inspiradonocangaço brasileiro. Mas, pormeio da parceria com a Karsten, Slama concebeuuma peça quetem tudo para se tornar um hit no próximo verão: uma toalhamochilaconfeccionadaem algodãofelpudo.A toalhase transforma em uma bolsade praia, perfeita paralevarprotetorsolar, óculos,garrafinhas de água e outros apetrechos. João Jacques

Rosa Chá, famosa pela moda praia, investe em novos parceiros, como a Lupo, para lingerie
Apesar do aumento das exportações em 2005, setor de embalagens sentiu os efeitos da desaceleração no terceiro trimestre,
Paulo Pinto/AE
Alex Almeida/Folha Imagem
Marta Suplicy, Aloísio Mercadante e Gabrielli, no evento da Petrobras
Divulgação/Rosa CháArquivo DC
Rosa Chá agora aposta em parcerias com outras empresas têxteisAmir Slama, mentor da marca

Ele entrou no cérebro de Sharon. E o salvou da morte.

O neurocirurgião José Cohen (foto) comandou as três cirurgias no primeiro-ministro

Durante 15 horas, o futuro de Israele, em larga medida, do Oriente Médio- esteve literalmenteem suasmãos.Argentinode 39anos, que chegou ao país há cinco, o neurocirurgião José Cohen conduziu as três cirurgias no cérebro do primeiro-ministro Ariel Sharon. A primeira delas, após chegar inconsciente ao Hospital Haddassah, em Jerusalém, na noite do dia 7. Nascido em Rosario, de família judia origináriadaPolôniae daEspanha,etrazido por um conterrâneo, Félix Umansky, chefe do departamento deNeurocirurgia dohospital, Cohen é especialista em neurocirurgia endovascular, uma subespecialização dedicadaa radiologias intervencionistas, por meio de catéteres, balões e stems.

Essa especialização foi implantada por ele no Haddassah. E já se tornou referência no Oriente Médio. Numa entrevista exclusiva à Agência Estado,Cohen, quecomandaemmédia 300a 400 cirurgias por ano, conta como foram as operações, explica o que foi feito no cérebro de Sharon e analisacom cautela o futurodo primeiroministro.Após terdeclaradoqueSharonnão reassumiria o cargo, afirma agora que é prematuro fazer previsões.

O senhor estava no hospital quando o primeiroministro chegou?

José Cohen- Eu estavade plantãoe operava emoutrasalade cirurgiaquandomepediram para chamar um substituto e ir avaliá-lo.

Ele foi imediatamente submetido à cirurgia?

Cohen - Quandoele chegouforam feitasmanobrasderessuscitação,ele foiconectadoaum tubopararespirar,foifeitaumatomografia do

crânio e se detectou a hemorragia cerebral. Se começou a dar medicamentos para melhorar a coagulação e se preparou a cirurgia de urgência.

Nesse momento, o senhor sentiu algo diferente do que costuma sentir em outras cirurgias?

do terminamos a primeira cirurgia, o levamos à tomografia computadorizada,vimos queera possívelajudarmais efizemos uma segunda etapadacirurgia,por maistrêshoras,queconsistiu na retirada de mais coágulo.

E isso começou a que horas?

Cohen - Terminamos a primeira às 5 horas da manhã,começamos asegundaàs6 eacabamos por volta das 9 da manhã.

Quanto durou a terceira cirurgia e o que foi feito?

Cohen -Seis horas. Drenamos parte do hematoma, reduzimosa pressão,pusemos catéteres dentro das cavidades do cérebro para drenar líquido céfalo-raquidiano.

Serão necessárias novas cirurgias?

Cohen - Agora não. No futuro talvez tenha de corrigir o defeito do coração, repor o osso e pode precisar colocar uma válvula para drenagem do líquido céfalo-raquidiano.

Que defeito ele tem?

Cohen - Ele nasceu comforamen ovale, um pequeno orifíciono coração.Praticamente 20% dapopulação temessaanomalia. Mas o foramen ovale aberto pode estar relacionado com infarto do coração.

Ele fica entre as duas câmaras superiores do coração, e foi por aí que passou o coágulo que causou o infarto cerebral do dia 18 de dezembro?

Cohen - Exatamente.Foium infartocerebral muito pequeno, mas suficiente para o primeiroministro receber uma medicação anticoagulan-

te, que, de alguma forma, foi a causadora dessa hemorragia que tivemos de operar agora.

E isso é um risco normal para a medicina?

Cohen - É um risco aceito. Sabe-se que o equilíbrio entre as medicações que damos para prevenir umtipodeacidentevascularcerebral (AVC) podem causar outro tipo de AVC.

E justamente no dia seguinte ao derrame, ele ia tampar esse orifício?

Cohen - Exatamente.

Foi uma terrível coincidência?

Cohen - Foi.

O senhor disse que ele não poderá reassumir o cargo de primeiro-ministro...

Cohen - Acho muito prematuro pensar nisso. Após uminfartoou uma hemorragia cerebral há um período longo de recuperação, que pode nãoser otempodapolítica. Preocupo-memais pelo Arik(apelido de Ariel) Sharonpessoa que pelo primeiro-ministro. Quero que ele volte para sua casa e possa levar uma vida em família.

E isso poderia acontecer quando?

Cohen - Vai levarbastante tempo, acho que serão semanas, se não meses.

Na terça-feira, a pressão sanguínea dele variou quando ele ouviu a voz dos filhos. Isso quer dizer uma atividade cognitiva?

Cohen - Exato. Escutar, entender e reagir a estímulos. Isso é alentador. Tomara que se mantenha. (AE)

ADVOGADOS

Cohen -Nacirurgiaemsi, confesso-lheque não.Porque agenteestátão acostumadoafazer isso que está automatizado. A gente sabe como abrir, como operar. Não vemos apenas primeiros-ministros. Temos crianças de cinco, seis, sete anos, mulheres de 20, 30 anos, que também são situações de muita responsabilidade e estresse. Havia quantos profissionais na sala de cirurgia?

WadihHelú-WaldirHelú

AdvocaciaCível-Comercial-Família-Tributária

Escritórios:

RuaJoséBonifácio,93-9ºandar,conj.91-CEP01003-001

Av.NovedeJulho,4.887-10ºandar,conj.101-B-CEP01407-200

Fones: (11) 3242-8191e (11) 3704-3407

Cohen - Três. O professor Umansky, JoséGoldman, residentede neurocirurgiadeTucumán, na Argentina, e eu.

Quando começou a primeira cirurgia e quanto tempo durou?

Cohen - Porvoltade 23h30 (dodia 7). Durou seis horas, mais ou menos.

E o que se procurou fazer?

Cohen - Drenaro sangramentoereduzir apressãodentro do crânio. Para isso, retira-se o coágulo e o osso que cobre o cérebro para que ele tenha espaço e possa sair, não fique pressionado pelo osso do crânio.

Na quinta-feira (dia 8), houve nova cirurgia?

Cohen - Exatamente. Quan-

Avi Hayun/AFP

IPC DA FIPE ROMPE A ESTABILIDADE DOS ÚLTIMOS MESES E REGISTRA AUMENTO

ANO COMEÇA COM ALTA NA INFLAÇÃO

Ainflação na cidade de SãoPaulorompeu a estabilidade dosúltimos dois meses de 2005 e registrou alta de 0,46% na primeira prévia de janeiro, segundo os cálculos da Fundação Institutode PesquisasEconômicas (Fipe).O levantamentodoÍndicede Preços ao Consumidor (IPC), feito no período de 8 de dezembro de 2005a 7de janeirode 2006, comparado aos30dias anteriores, mostraquehouve aceleração média nos preços em todos os grupos apurados. Asmaiores altas foramem educação (0,59%, contra 0,17% emdezembro) enoitemdespesas pessoais, que passou de 0,65% para1,21%. Em educação, a alta é maior nesta época por causa das matrículas.

Osalimentos tambémpressionarama taxa,comum avançode 0,14%, o dobroda oscilaçãoanterior(0,07%). O grupo habitação saltou de 0,07%para 0,18%. Os gastos com transporte tiveram alta

de 0,8%, contra 0,71% na prévia anterior. Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: saúde 0,24%, contra 0,14%; e vestuário 1,07%, contra taxa de 0,87%. A pesquisa da Fipemede a variação média de preços de produtos e serviços para as famílias na faixa de renda de um a 20 salários mínimos.

IGP-M – Jáo aumento de 5,74% no preço da soja levou à aceleração daprimeira prévia

do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) dejaneiro, que subiu 0,4%,mais de seis vezes acima doregistrado em igual prévia de dezembro (0,06%). Acima dasexpectativas do mercado financeiro, que esperava algo entre 0,08% a0,35%,apréviadejaneirofoia maior taxa em nove meses. Porém, o resultado de alta foi minimizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou ontem o indicador. Segundo o coordenador de Análises Econômicas da FGV, SalomãoQuadros, oaumento nopreço dasojateve maisforça nessa prévia de janeiro. Isso porque o peso do produto, na formação da inflação do atacado, praticamente triplicou apósalteraçõesestatísticas, já anunciadaspelaFGV em dezembro. "Não é que o preço da soja tenha subido tanto assim. Mas é que, agora, esse produto pesa nainflaçãodoatacado. Qualquer elevação vai ter impacto no indicador do atacado", disse o economista. (AE)

Governo freia aumento de ônibus

Um grupo de trabalho formado por representantes do Ministério das Cidades e da Frente Nacional de Prefeitos deve apresentar até fevereiro uma proposta para enfrentar as altas de tarifas de transportes coletivos urbanos que vêm ocorrendo em todo o País. A previsão é do secretário nacional de Transportes e Mobilidade Urbana no Ministério das Cidades, José Carlos Xavier. Ele explica que o que vem sendo discutido é um acordo em que os prefeitos assumem o compromisso de reduzir as tarifas, ao mesmo tempo em que o governo federal contribuirá com recursos nesse sentido. "A perspectiva é terminar os debates ainda em janeiro, para ter uma proposta em fevereiro. A idéia é que entre em vigência ainda neste ano", disse. (ABr)

Janeiro é o pior mês para as escolas particulares

Apesar deo governo federal divulgar com estardalhaço alguns resultados positivos da economia brasileira,arealidade demuitasfamílias ébem diferente.A inadimplênciacrescente mostra que as pessoas não conseguem honrar compromissos. Prova disso são os números registrados pelas escolas particulares. Entre janeiro esetembrodo anopassado,a inadimplência foi de 15%. Em igual período de 2004, o índice foi de 11,2%. Issosignificouumaaltade33% na falta de pagamento.

O diretor-executivo do Sindicato dos Estabelecimentos de EnsinodoEstadodeSão Paulo(Sieeesp), Roberto Prado, afirma que a maioria dos devedores citaumacrisefinanceira como a responsável pelainadimplência. Segundo ele, o reajuste das mensalidades este ano deverá ser, em média, de 8%. "Mas pode chegar a 15%, dependendodecadaestabelecimento", diz. Eleafirmaquea primeira atitude dos representantes das escolas é tentar uma negociação. "Caso ela não aconteça, a matrículadoaluno, noanoseguinte, não é renovada. Mas os documentos sãoentreguesao responsável sem problemas."

Prado diz quea maioria das escolasdeSãoPaulocolocanos contratos uma cláusula que permite que elas registrem o nome dodevedor no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). De acordo com dados do Ministério da Educação e Cultura (MEC), háno Estado deSão Paulo 8.652 estabelecimentos particulares. No Colégio Mo-

rumbi Sul, no bairro de Campo Limpo, na capital paulista, estão matriculados 1.100 alunos, do maternal ao ensino médio. A média de inadimplência fica entre 10% e 15%. Masem meses "complicados", como janeiro, o índice pode chegar a 20%. "Oprimeiroaviso doatrasoao inadimplente é feito por carta, após 30 diasdo vencimento, comabordagem suave.O segundo também, maso texto é escrito 60 dias depois e com algunstermosum poucomais ameaçadores. Depois de 90 dias, mandamos o nome para o SCPC", dizVirgínia NelliOrszagh, encarregada do departamento de cobrança da escola. Nesta época doano, ela costumaatenderaté25 pais de alunos interessados em negociar ou pedirdesconto.O número dechequesdevolvidos aumentou 5% em 2005 em relação a 2004 na Morumbi Sul. Cadastro – Deacordo com o advogado daACSP MaximilianoMigliacci,a escolatemo direito de cadastrar o nome do devedor no SCPC. "Trata-se de umaprestaçãode serviços. Se não houverpagamento dovalor devidoà partecontratada, o credor pode recorreraocadastrodoSCPC", afirmaoadvogado da entidade.

Neide Martingo

IGP-M teve influência da soja
Jonas Oliveira/Folha Imagem

Ações e fundos são opções, em vez da previdência privada

Garantir o futuro por conta própria exige disciplina, mas pode trazer bom retorno

Éprecisopoupar para garantiruma aposentadoria tranqüila – isso éconsensoentreos especialistas,quelouvam a iniciativa de muitos brasileiros de não ficar esperando apenas o benefício do Instituto NacionaldeSeguridade Social (INSS). Além dos já conhecidos planosdeprevidência privada, há variadas opções para quem quer assegurara renda nofuturo. "Complanejamentoe disciplina,dá para garantir uma boa aposentadoria esem complicação",diz o economista da consultoria GRC Visão Jason Vieira. "Masotrabalhador precisa pensar em longo prazo, começar a investir e não abandonar o objetivo amanhã", observa. Fundos de investimentos, títulosdoTesouro Nacional, imóveiseações são boas opçõesdeaplicação,desde que sejam operados com prudência."O trabalhador deve ter o cuidado de escolher um investimento que condizcom seu perfile avaliar se é mais conservador ou agressivo, sempre pensando no grau de risco que está disposto a correr até a aposentadoria", diz Vieira.

E, como tudo na vida tem um preço, quem aceita correr mais riscos tem melhores chances de obter rentabilidade maior nas aplicações.

Entre as alternativas disponíveis paraos que quereminvestir pensando na aposentadoria, destacam-se os fundos de investimentos. Eles são compostos por títulos emitidos pelogoverno federal,com rentabilidadepré (fundos de renda fixa) ou pós-fixada (fundos DI). Os gestores do banco

Imóveis também trazem riscos

P ara fugir dos bancos e suas taxas de administração, muita gente prefere aplicar dinheiro em imóveis para garantir a aposentadoria. "O investidor pode optar por imóveis, mas sabendo que também há riscos", diz o economista da consultoria GRC Visão Jason Vieira. Ele cita como exemplo a compra de um apartamento de R$ 100 mil. "Como o aluguel é normalmente de até 1% do valor do imóvel, o investidor vai demorar cerca de nove anos para recuperar o valor aplicado." Isso sem contar os gastos com o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), com reformas necessárias pela deterioração e com o condomínio, caso fique desocupado. O investidor corre, ainda, o risco de não conseguir vender o imóvel quando quiser ou de negociá-lo por um preço inferior ao de mercado. "Por outro lado, um apartamento, uma casa ou um escritório pode ser uma ótima aplicação se o investidor comprar em um lugar com potencial de valorização", destaca Vieira. A formação de patrimônio é uma das vantagens dos imóveis. (SSP)

que vende as cotas do fundo compramospapéiscomo dinheiro do investidor e se encarregam de administrá-los. Arecomendação dosespecialistas é que o investidor avalie muito bem cada tipo de fundo, observandoseuhistórico derentabilidade eas taxascobradas pelas instituições financeiras. "Boas opções podem ser os fundos menos comuns, pois os bancos de varejo tendem a oferecer fundos poucosrentáveise com encargos deadministraçãomais altos", alertao economista chefeda Global Invest Asset Manage-

Para garantir a aposentadoria, o trabalhador precisa pensar em aplicação de longo prazo, começar a investir e não abandonar o objetivo amanhã. Jason Vieira, economista

ment, Pedro Paulo Silveira. Compra direta – Se preferir gastarmenos coma administração dos recursos,oinvestidor tem a opção de comprar diretamente do governoos títulos do TesouroNacional –os mesmosquefazem parte das carteiras dos fundos. Basta um cadastro no sistemado TesouroDireto,quepermitea compra e venda de títulos públicos na internet ( no site www.tesourodireto.gov.br).

"Nessecaso, ocusto do investidorestá ligadoapenasao trabalho da corretora quevai

intermediar as comprasno TesouroDireto", dizaespecialista em finanças pessoais da Bankrisk Consultoria e Treinamento, Márcia Dessen.

Ainda nesse segmento, existe o Fundo de Aposentadoria ProgramadaIndividual (Fapi), que tem características dos planos de previdência privada, como a dedução de até 12% do Imposto de Renda. Os papéis que compõema carteira doFapi têmmenor riscoe, por isso, é indicado para quem tem perfil conservador.

Ações –A bolsadevalores tambémtemse revelado uma das melhores opções para quem procura alternativas parauma aposentadoria sossegada financeiramente. Ela, porém, é muito mais volátilque os títulospúblicos no dia-adia. "Nabolsa, orisco daaplicação vai depender das ações em que se investe", afirma Márcia. A recomendação, no caso das reservas para aposentadoria,é acompradepapéis de empresas sólidas, com bons indicadores financeiros.

"De qualquer forma, o investimento em ações só é indicado para quem tem parte das reservas financeiras em outras aplicações. Essa precaução é válidaparaque oinvestidornão perca muito se a bolsa cair bastante em determinado período", recomenda Márcia.

Para investir em ações, o aplicador tem duas opções. Ele pode comprar cotas de fundos deações nosbancos ouoperar diretamente no endereço eletrônicoda Bolsade Valoresde São Paulo (Bovespa) (www.bovespa.com.br), com a intermediação de uma corretora. Sonaira San Pedro

8,6%

Perspectivas positivas para países emergentes

Umdos maiores fundos de investimentos em mercadosemergentes domundo, o AshmoreInvestments, com sedenailha deGuernsey, no Canal da Mancha, afirma que as perspectivas para esses países em 2006 são positivas. O diretor de pesquisa do fundo, Jerome Booth, avalia que poderá ocorrer maior volatilidade com as eleições em vários países emergentes, principalmente naAmérica Latina, masela serácontrabalançada pela forte demanda dos ativosdesses mercadospelos investidores institucionais. O Ashmore foi ofundoem emergentes queatraiuo segundo maior volume de recursosdosinvestidoresnomundo em2005 (US$608milhões ),ficando atrás apenas do Pimco. "A dívidaemergente em dólares está começandoa exibir ascaracterísticas de migração para uma classe de ativosde qualidade,com

os investidores elevando as alocações mais rapidamente em respostaa preços atraentes", afirma Booth. Segundo ele, a queda nos últimos dois anos dos spreads nos tradicionais índices para a dívida emergente, como o EMBI do banco JP Morgan, deverá limitar os recursos nas mãos dos investidores."Mas esses índices tradicionais vão se tornar cada vez menos relevantes para os retornos dessa categoria de ativos,com osinvestidores migrando para produtos específicoscompotencial deganhos mais atraentes", diz. Jerome Boothavalia ainda que os ativos emergentesdenominados em moedas locais deverão ter um desempenho melhor doque em 2005,caso o dólar não se valorize. Se a moeda americanase depreciar–aposta majoritárianosmercados internacionais–, essesativos terão um desempenho ainda mais positivo. (AE)

Caixa: R$ 53 bi em contas de poupança.

ACaixa Econômica Federal (CEF)fechouo ano passado com saldo de R$ 53 bilhõesem contas dacaderneta de poupança,comcrescimentode 8,6% emrelaçãoa 2004. Ao todo, são 29 milhões de clientesdetodos os tipos, de todas as faixas de renda e idades – mais que o dobro do registrado no ano 2000, quando eram 13,6 milhões. Somente em 2005, a Caixa abriu 3,9 milhões de novas contas de poupança, de pessoas que ainda acreditamna segurança da aplicação. Além de ser o único investimento quase 100% garantido, por ser deumbanco estatal, apoupançaaindatem vantagens como a isenção da cobrança de ImpostodeRenda, CPMFe IOF, aliadas à liquidez imediata. Arentabilidade acumulada no ano de 2005 foi de 9,16% para os poupadores.

Segundo dados da consultoria Economática,a poupança registrouno ano passadoo maior ganho real desde 1999. A análise foi baseada nos resultados obtidos até novembro passado, com ganho real de 3,71%, descontadaa inflação medida pelo IPCA. O ganho real em 2004 foi de 0,5%.

Na Caixa, a captação líquida de R$ 1,06 bilhão em dezembro, que foi recorde dos últimos três anos, garantiu ao banco participação de 32% no mercado depoupança, mantendo a liderança no setor. A meta para 2006é ultrapassar R$57 bilhões de saldo, com mais de 32 milhões de clientes. (AG)

Indicadores Econômicos

Oprefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT)vetou um artigo incluído pela Câmara Municipal no projeto de lei nº 593 apresentado pela administração municipal,nofinal doanopassado. Oprojeto criava incentivos fiscais a micros epequenas empresas quese instalassemna cidadeouàs que ampliassemsua produção. Com a rejeição daemenda, publicada ontem no Diário Oficial do Município, permanecem com direito aos descontos nos impostos apenas asmédias e grandes empresas que trabalham com base tecnológica. A Câmara pode derrubar vetos do prefeito, o que não deve acontecer com a lei de incentivos.

Na argumentaçãoda rejeição da proposta daCâmara inserida nalei, o prefeito diz que a mudança não passou por análise técnica como aconteceu com o texto formulado pelo executivoe queissoleva àinconstitucionalidade. A emenda, segundoo veto, "prevê, semnenhuma análise orçamentária ou de viabilidade técnica, pelos órgãos competentes do Município,a ampliaçãode benefícios fiscais às microempresas e empresas de pequeno porte que se instalaremou expandirem suas atividades em Campinas",dizo textodoveto, concluindo que o Legislativo nãopodegerardespesas ou propor renúncia fiscal ao Executivo.

Perfil – O prefeito ressaltaqueoprojetofoiidealizado para "atrair um segmen-

Artigo que foi incluído pela Câmara Municipal criava benefícios fiscais a empreendedores que se instalassem na cidade de Campinas ou ampliassem sua produção

to de empresas cujo perfil não seassemelhaao das microempresase empresas depequeno porte".De acordo comSantos, aspequenase micros já possuem tratamento diferenciado em relação às demaisempresas e somente "poderão se beneficiar dos incentivos previstos nesta Lei se trouxerem um grande retorno para a cidade em termos de emprego, receitas evaloradicionado no Imposto Sobre a Circulaçãode Mercadorias e Serviços (ICMS),de tal modo quejustifique adispensa do tributo".

Parajustificara renúncia fiscaldo município,o prefeito diz que, levando em consideração a proposta do Legislativo e considerando o limite federal para empresade pequeno porte,com ofaturamento anual de R$ 1,2 milhão, estariam enquadradasnos benefícios fiscais aproxi-

madamente 13,1 mil empresas de um universo de 13,4 mil na cidade.

"Restaria cercade300 empresas submetidas à normaltributação, o que mostra o grande impacto orçamentário que a concessãodoincentivo fiscal de forma generalizada pode causaràs finançasmunicipais", diz o prefeito.

Sebrae – Distante da questão política, o analista técnico do Serviço Brasileiro deApoio às Microe Pequenas Empresas(SebraeCampinas), André Santos, acha que apresentar benefícios apenaspara asgrandes empresasé umrisco que a administração municipal não deveria correr, apesarde aparentemente osresultadosserem mais expressivos pelo volume queas grandes empresas podem apresentar.

"Agrande empresatambém tem o risco de fechar ou de ir embora", disse o

Para o Sebrae, apresentar benefícios apenas às grandes empresas é um risco que a administração não deveria correr

dores de Campinas. Para o vereador oposicionista Artur Casseb Orsi (PSDB), o prefeitoperdeu umagrande oportunidade deapresentar à cidade um projeto de leique abrangessetodo o empreendedor do município,da microàgrande empresa da cidade, com os incentivos de investimentos, geração de empregos e de receita.

analista.Santos defendea extensão dos benefícios também paraas pequenas e micros que, no País, assumem 65% da mão-de-obra contratada.

Com incentivos e benefícios a desejar em todas as esferas públicas,o Sebrae, de acordocom Santos, passa, este ano,a realizar gestões e lobbies também no âmbito municipal. "Até agora estávamos realizando trabalhos junto aos governos federal e estadual.

A partir deste anovamos promoveras microse pequenasempresas junto às prefeiturasna tentativa de ampliar os benefícios e incentivosque ascidades podem oferecer para elas", observou o analista.

Oposição – As alterações feitas no projeto de lei de incentivos fiscais da atual administração municipal foram para oposição naCâmara, queseresumeanove dos33verea-

2005 teve

2,8 mil chamados

ADefesa Civil de Campinas atendeu, de janeiro a dezembro de 2005, 2.857 ocorrências devido ao recebimento de 68.694 ligações telefônicas no número 199. Na época mais crítica do órgão, o verão, foram 193 alagamentos, 48 inundações de residências e cinco enchentes. De acordo com o coordenador da Defesa Civil da cidade, Sidney Furtado, também foram analisados, na operação Verão 20052006, riscos de desabamento de 272 localidades, com 193 ocorrências de deslizamentos e erosão causadas pelas chuvas, que desalojaram 1.538 famílias e deixaram outras 125 desabrigadas. Não houve

"Infelizmente, empresas com250, 300empregados, não conseguirão se enquadrar na lei como ela permaneceuapós o vetodo prefeito", disseovereador, que conclui afirmando ainda que irá trabalhar para derrubar o veto, mesmo sendo muito difícil já que a administração municipal tem ampla maioria no Legislativo.

OprojetodoprefeitoHélio de Oliveira Santos prevê benefíciosfiscaispara trêsimpostos porseis anos, renováveispor mais tempo dependendodo retorno da empresa para o município. Tambémestá previstaisenção do pagamento das taxas e emolumentos. No ImpostoPredial e TerritorialUrbano (IPTU) poderáser permitidauma redução de 50% até 100% no valordo impostosobre a parte destinada ao investimento oferecido pela empresa.Para oImposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (INSSQN)a redução dosatuais 5%pode chegara 2%eno Imposto de Transmissão de Bens Inter-Vivos a redução pode chegar a 50% na base de cálculo. Mário Tonocchi

registro de mortes, mas cinco pessoas ficaram feridas.

Para a Operação Verão 2005-2006, implantada em 1º de dezembro de 2005, a Defesa Civil está monitorando 64 áreas de risco da cidade apontadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) como potencialmente perigosas para sofrer inundações e nove sujeitas a escorregamentos, além de duas outras localidades que podem apresentar erosão. Segundo Furtado, nesses locais já foram realizados trabalhos preventivos com 3.750 famílias e 1.260 alunos de escolas da rede pública de ensino da cidade. De acordo com o balanço anual apresentado ontem pela Defesa Civil também foram feitos projetos de orientação à população como o Defesa Civil na Escola, Operação Inverno, Operação Estiagem e implantação da Rede Nacional de Rádio Amador. Márcio Tonocchi

SEGURANÇA

A Secretaria de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública de Campinas adquiriu, ontem, por R$ 390 mil, 400 coletes à prova de bala, dezenas de capas para uso em áreas externas e 25 capacetes para o patrulhamento em motos que serão utilizados por membros da Guarda Municipal. As compras foram feitas por meio de pregão eletrônico, informou a administração municipal. Segundo o secretário Mário de Oliveira Seixas o investimento vai proporcionar aos 647 guardas municipais mais condições de segurança.

FUTEBOL

AGRSA, empresa de âmbito nacional de serviços de alimentação, assinou contrato de patrocínio com o time da Ponte Preta para todo Campeonato Paulista deste ano. Além do novo patrocinador, o time já conta com apoio do Paulistão Supermercados e da escola de idiomas CNA. A GRSA tem sete marcas especializadas, 1.200 clientes, fornece 700 mil refeições por dia e atende 1,7 milhão de consumidores por mês em escolas, aeroportos, terminais rodoviários e estações de metrô. Tem 20 mil empregados e faturou, em 2005, R$ 975 milhões.

CURSOS

Os cursos de informática básica e para auxiliar de escritório foram os mais procurados nos dois primeiros dias de inscrições dos 26 cursos de qualificação profissionais que estão sendo oferecidos pelo Centro de Educação Profissional de Campinas Prefeito Antonio da Costa Santos (Ceprocamp). Na segunda e terça-feira 1.311 pessoas se inscreveram para as 2.014 vagas. Outras 225 vagas são oferecidas para o curso pré-vestibular. As inscrições vão até amanhã. A prefeitura anunciou que espera pelo menos 10 mil inscritos.

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DEFESA CIVIL
Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

A doença que virou sinônimo de sucesso

Da intolerância ao glúten nasceu um novo negócio

LETREIRO

A s atividades da Cia. Sem Trigo deixaram a escolha do nome um pouco óbvia, reconhece Isolda Liamara Selmi, a dona da empresa. Afinal, os produtos, biscoitos, quiches, broinhas e pães são fabricados sem glúten. Quem batizou o negócio foi uma cunhada de Isolda. "As pessoas que têm a doença celíaca, a intolerância permanente ao glúten, não têm opções para comer. Além de ter resolvido o meu próprio problema, consegui ajudar os que enfrentam a mesma questão", afirma a empresária. (NM)

Uma dascaracterísticas doempreendedoréotalentode transformar obstáculos em experiências que enriquecem o negócio. No caso de Isolda LiamaraSalmi,a questão vai um pouco além. A contradição marcou a história dela, pois foi um problema de saúdequemudou a vidada empresáriaparamelhor. Aos 48anos Isoldadescobriu que tinha a doença celíaca – intolerância permanente ao glúten. Ela já era portadora,mas a doença sóse manifestouao enfrentar problemas familiareseprofissionais.Os sintomas tornavam os dias difíceis: corpo dolorido, enjôo, dor abdominal. Foram necessários três anos e muitos exames paraque os médicos diagnosticassem a doença, causada pela ingestão do glúten. Quando issoocorre, asubstânciafica na parede do intestino e causa intoxicação ao portador.

O glúten é um elemento presente no trigo, cevada, centeio, aveia, malte e derivados, produtos que aempresária não pode consumir.

Nasce uma idéia – Foi da necessidade de se alimentar que a empresa Cia. Sem Trigo sur-

Fotos: Alex Ribeiro/DC

giu.Comonão encontravano mercado alimentos parapessoas portadoras da doença celíaca, Isolda resolveu, literalmente, pôr a mão na massa. No lugar da farinha de trigo, usava emsuas receitasfarinha de arroz, fécula de batata ou de mandioca.Deu certo. Oprimeiro produto, o Tuilles, fez sucesso em casa. Trata-se de um biscoito salgado e crocante, parecido com um produto francês,descobertopor uma funcionária deIsolda. Porisso o nome: Tuilles significa telhas na língua francesa. Feito à base de mandioca,ganhou sete sabores: entre eles tomate seco, manjericão e queijo, além de duas versões doces, de chocolate e castanhas de caju. Logo surgiu o estímulo para fazer os produtos para vender, mas também o receio de ousar. "Pensava nas pessoas portadoras da doença que poderiam ter opções de alimentação. Mas não tinha certeza se deveria irà frente nonegócio", afirma Isolda, que é psicóloga.

Ostemoresderamlugar à ousadiae à criatividade. Ela continuoupesquisandoe lançouas broinhas Amaretto, o quiche quatro queijose o pão de forma fatiado (congelado), todos sem conservantes. Aempresa, quecomeçouna casa do irmão, ex-sócio, ocupa hojeumespaçode 64metros quadradosnaVilaSônia. Em cadacanto dolocalhá amarca registrada da empresária.As caixas de madeira pintadas por ela; as paredes texturizadas; as antigas cadeiras de família que ganharam cores novas pelas mãos de Isolda.

Alémdofaturamento –Atualmente, os produtos da Cia.Sem Trigosãovendidos empelomenos 30 pontos no Brasil. "Mas a compensação financeira nãoé a mais importante.Muita gente liga para agradecer aminha iniciativa–são pessoas que têm o mesmo problema meu", afirma. Osprodutos sãomaiscaros do que os tradicionais. O preço do pão de forma, por exemplo,

é 50% maior. "Nosso diferencial em 2005 foi o crescimento do número de pontos de venda fora de São Paulo", diz Alexandre SalmiBorges, filhode Isolda e responsável pela empresa. Mesmo assim, a expectativa inicial é de que o faturamento tenhaaumentado35% em 2005 em relação a 2004. Desafios – Aos 54 anos, com a doença controlada e com sucesso profissional, Isolda agora se dedica mais à pesquisa e ao desafio de encontrar representantes,pessoas do setor alimentício, que possam divulgar a Cia. Sem Trigo pelo País. O próximo passo é fabricar em escala cada vez maior, mas sem perder o toque artesanal que marcatodos os produtos. "Se aumentarmos a produção, o preço poderá cair e mais pessoasterãoacessoaos alimentos",acredita Isolda.Aosempreendedores,ela sugere determinação e paciência. "É preciso fazer tudo com o coração e enfrentar o medo de ousar."

Neide Martingo

SEGREDO

A empresária Isolda dá algumas sugestões para os atuais e futuros empreendedores: "É preciso fazer tudo com o coração, em primeiro lugar. As pessoas têm de colocar a mão na massa sem medo". Além disso, ela diz que é necessário saber transformar problemas em saídas positivas e experiências que enriqueçam o negócio. (NM)

PEDRA

S ão dois os desafios da empresa. Primeiro, produzir em escala cada vez maior, mas sem descartar o aspecto artesanal. O segundo, encontrar representantes que divulguem o nome da Cia. Sem Trigo pelo País. "Os bons vendedores são imprescindíveis a qualquer negócio", afirma Isolda. (NM)

Mão na massa: Isolda prova uma de suas criações na Cia. Sem Trigo, tudo sem glútenToque artesanal marca toda a produção

COM DESCONTO

Mesmo depois de sofrer críticas dopresidente do Tribunal de Contas da União(TCU), ministroAdilson

Motta, a medida de contratar empresas sem licitação para a Operação Tapa-Buracos serámantida pelo Ministério dos Transportes. Ontem, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) divulgou nota oficial informando que as empreiteiras que serão contratadas dessa formadeverão estarcom'todasas obrigações eospagamentosde tributos exigidos em dia'.Caso contrário, serão impedidas de assumirqualquer obra. Serádada prioridade a empresas que já tenhamassumidoobraslicitadasde trechos próximos, desde que tenhamcapacidade técnicapara realizar o serviço em questão.

Desconto – O Dnit também publicou ontem uma nova instruçãonoDiárioOficialdaUniãocom recomendações para a execução do programa, sugerindo que seus escritóriosregionais busquem descontos de pelo menos 20% –emrelação àtabela– nospreços dos serviços que serão executados em caráter emergencial.

Apesar das obrasterem começado na segunda, oórgão ainda não informou quais são as empresas contratadas sem licitação.

Segundo anota, oprograma é chamadode polêmico sópor quemdesconhece seus propósitos.Naterça-feira,Mottadisseque nãohá justificativaspara oDnit deixar de abrir licitações, pois a situação de abandono das estradas nacionais não configurarianovidade ou imprevisto. (Agências)

CPMI QUER MINISTRO DA JUSTIÇA

Enquanto oCongresso continua em marcha lenta, apesar da convocação extraordinária, a CPMI dos Correios segue a todo vapor com depoimentos quase diários em suas sub-relatorias. Mas o assunto do dia ontem foi a possibilidade de a comissão convocaro ministroda Justiça, Márcio Thomaz Bastos, paradepor sobreasuposta existência de uma segunda conta do publicitário Duda Mendonça no exterior. Oministério teria conhecimento dessacontabancária desde novembro, mas avisou o Conselho deControle deAtividadesFinanceiras (Coaf) somentena sexta-feira. Rastreamento sigiloso dos técnicos da CPMI revela que as contas de Duda receberamR$701,3mi-

MANOBRA

Autoconvocação: corredores vazios e apenas manutenções.

lhões nos últimos cinco anos. Planalto – A maiorparte dessa soma foi injetada nas contasdo ex-marqueteiro do Paláciodo Planaltoa partirde 2003 quando o presidente Luiz Inácio Lula daSilvaassumiua

presidência da República. O caminho do dinheiro investigado pela comissão concentra-se em quatrocontas bancárias ligadas aomarqueteiro.A maisrentável,a denúmero 9070504, recebeu

Olíder interino do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA), surpreendeu osintegrantes doConselho de Ética ontem quando dois minutos antes dahora de seu depoimento, pediu adiamento, por motivo de doença. Com isso, conseguiu umareviravoltana ordem dos processos de cassação que favoreceu o presidente de seu partido, Pedro Corrêa (PE): de primeiro da lista, ele passou para quarto. O prejudicado foio deputado

●● ●● ● TRABALHISTA (dissídios individuais e coletivos)

●● ● REPRESENTAÇÃO COMERCIAL

Rua Mário Amaral, 335 - Paraíso S. Paulo/Capital - Tel/Fax: (11) 3885-0423 www.advrns.com.bradvrns@aasp.org.br

Roberto Brant (PFL-MG) único oposicionista entreos11processados por suspeitas de se beneficiarem do valerioduto. O relatordo casode Brant, Nelson Trad(PMDB-MS),encerrou ontem mesmo as investigações e prometeuapresentar seuparecer no início da semana. Hoje serão encerradasas investigações deWandervalSantos (PL-SP) e Professor Luizinho (PT-SP). Acorrida paranãosero primeiro da fila se explica: há a percepção de que o primeiro a enfrentar o plenário da Câmara, depoisda márepercussãoda absolvição de Romeu Queiroz (PTB-MG), dificilmente escapará da cassação. (AE)

OpresidenteLuiz Inácio Lula da Silva tem sobre a mesa uma lista com oito nomes de juristas para escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em substituição ao ministro Carlos Velloso, que se aposenta na próxima semana por ter completado 70 anos. Originalmente com onze nomes, a lista foi reduzida com a retirada das indi-

R$646,1 milhões nos últimos cinco anos.A empresatitular dessa conta é a Duda Mendonça &Associados Propaganda Ltda. Era por meio dela que o marqueteiro recebia os repasses da conta com a presidência da República e ainda recebe os pagamentosda Petrobras– o contrato de Duda com a estatal foi renovado. Pelamovimentação expressiva, essacontaé prioridade dosperitos quefazem aanálise. Eles já mostraram transações "suspeitas" no valor de R$377 milhõesnela. Sãooperaçõesregistradas apenas como "payments", que não têm identificação do beneficiário ou do depositante. Segundo carta enviada por Duda à CPMI, tratam-sede pagamentosa fornecedores. (Agências)

cações de três militantes petistas: o ex-ministro eex-presidentedo partido, Tarso Genro e os deputados federaisLuizEduardoGreenhalgh e Sigmaringa Seixas. A nomeação de um deles para o STF, agora ou no futuro, não estátotalmentedescartada, mas foi temporariamente afastada em razão da forte reação dos meiospolíticose jurídicoscontra o risco de aparelhamento da corte suprema do País. Paraevitar odomínioabsoluto doExecutivo sobreoSTF, osenador Jefferson Peres (PDT-AM) apresentou um projeto de Emenda Constitucional ao Congresso paramudaroprocessodeescolha dos membros do tribunal. (AE)

Assim como opresidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que já defende a idéia, agora é a vez do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), dizer que quer pôr em votação no dia 18 a redução dorecesso parlamentare ofim do pagamento de salário extra nas convocações extraordinárias doLegislativo."Nóstemos de aprovara reduçãodorecesso", afirmou Renan. Segundoele, aemendaconstitucional quereduzo recesso de90 para60dias existedesde 2000, mas só agora o Senado resolveu votá-la, no momento em que oLegislativo é alvode críticas pela convocação, que se encerraráem 14 de fevereiro. Na avaliação do presidente do Congresso,as convocações serão desnecessárias, caso o Legislativoconsiga diminuiroperíodo de suspensãotemporáriadas atividades.

Renan incluirá napauta da convocação osprojetos demudança da legislação eleitoral encaminhados pelo Tribunal Superior Eleitoral,entreeles, oque fortalece as penalidades para crimes eleitorais e o que permite a reabertura da contabilidade de partidos e candidatos. Reunião delíderes – Aldo se reúne na segunda-feira com os líderes dos partidos paratratar das matérias que já constam da pauta da convocação. (AE)

Palocci é esperado na CPI dos Bingos entre os dias 24 e 27

CPMI dos Correios deve convocar para depor o ex-diretor de Furnas Dimas Fabiano Toledo

Delúbio O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério.

Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios Opresidenteda CPMI,senadorDelcidioAmaral(PT-MT), eopresidente do Conselho de Ética, deputadoRicardo Izar (PTB-SP),decidiram que osdois órgãosvãotrabalharem conjuntocomo formade evitarochamado'acordão' com oobjetivo desalvar parlamentares dos processos de cassação.

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética Depoisque outratestemunhafaltou, Ricardo Izarlamentou que oórgão não disponha dos poderes que as comissões parlamentares de inquérito possuem de convocarcoercitivamente as testemunhas. O órgão só tem poderes para convidar as testemunhas e se elas não comparecem, atrasam os trabalhos.

Mendonça

O

segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

O ex-tesoureiro

dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPI

aCPIameaça de novo votar o requerimento de convocação.

publicitário Duda Mendonça, da DM9, confirmou ter recebido dinheiro de Marcos Valério no exterior. Os repasses,
Lamas
do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido
dos Bingos O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, deverá depor, como convidado, entre os dias 24a 27 de janeiro. Atélá, a presidência da CPI irá procurar entrar em entendimento como ministropara definir a data. Caso Paloccinão confirme o dia do depoimento,
Celso Junior/AE

Testei antes e coloquei em prática todo o conhecimento do livro com pesquisas e constantes adaptações. Mas geralmente as pessoas têm a tendência de fazer o contrário, ou seja, escrever o livro e depois ver se dá certo.

Do consultor norte-americano Stephen Covey, autor de Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente

Eficazes, que vendeu 16 milhões de exemplares depois de testar por 15 anos as regras.

L UXO

Histórias do poder fashion

Acaba de chegar às vitrines brasileiras da Louis Vuitton o primeiro livro oficial da marca, que relata e ilustra, em 540 páginas e 650 fotos, a trajetória da empresa de moda mais poderosa do mundo. Louis Vuitton, the Birth of Modern Luxury tem versões em francês, inglês, alemão e russo e é digno de colecionadores. Escrita por Paul-Gérard Pasols, tarimbado jornalista francês que foi diretor de Comunicações da marca entre 2002 e 2003, o livro conta, em 12 capítulos, a história das três primeiras gerações da família

B RASIL

Fábio Gonçalves/Agência O Dia/AE

General Urano Bacellar, que comandava a força de paz da ONU no Haiti, morto no dia 7, foi enterrado ontem no Rio. Laudo do IML apontou suicídio.

T ECNOLOGIA

Apple: recorde de vendas no Natal

A uma média de vendas de 100 unidades por minuto, a Apple fechou os últimos três meses de 2005 com um saldo de 14 milhões de aparelhos iPod comercializados, quase metade do total vendido durante o ano todo. O motivo do sucesso, segundo a companhia, foi a popularidade do aparelho nas listas de compras de Natal e Ano Novo nos EUA. Na esteira do iPod, a loja virtual de músicas digitais iTunes vendeu cerca de 850 milhões de canções e oito milhões de vídeos durante 2005.

Monarco, integrante da ala de compositores da Velha-Guarda da Portela. Acompanhado pelo conjunto Samba Raro. Praça de Entrada dp Sesc Pinheiros. Rua Paes Leme, 195. Telefone: 3095-9400. 20h. Grátis.

Vuitton, o avanço meteórico da companhia até se tornar líder mundial em artigos de luxo, a estréia na moda com a chegada do designer e estilista Marc Jacobs e as parcerias com os mundos da arte, do esporte e da cultura. Obrigatório para compreender por que a marca é uma usina de criação e dinheiro, líder no setor com 336 lojas pelo planeta e faturamento anual de US$ 8 bilhões.

Louis Vuitton, the Birth of Modern Luxury: Editions de la Martinière, formato 24 x 31 cm, 540 páginas, 650 fotos, R$ 320 nas butiques LV.

T ERRORISMO

Londres testa novo sistema de segurança

Um novo sistema de segurança de alta tecnologia, similar ao usado nos aeroportos para detectar a presença de explosivos entre os passageiros, começa a ser testado hoje na estação de metrô londrina de Paddington. Os testes serão feitos entre as pessoas que viajam no trem Heathrow Express, que liga a capital ao principal aeroporto britânico e duração de quatro semanas. Cerca de 3 milhões de pessoas usam o metrô de Londres diariamente.

M ODA

Levi´s terá jeans adaptado ao iPod

O anúncio do recorde de vendas do iPod pela Apple (leia ao lado) foi acompanhado por um comunicado da fabricante de jeans Levi Strauss. O jeans mais tradicional do mundo terá agora um mecanismo de interação com o tocador de MP3 da Apple, o mais popular. O jeans modelo RedWire DLX terá um controle remoto, ponto de conexão instalado no bolso da calça e vem com fones de ouvidos. O RedWire DLX deve ser lançado em agosto e deve custar cerca de U$ 200 (cerca de R$ 450).

Ecos da intolerância

Homem invade sinagoga em Moscou e esfaqueia pelo menos oito pessoas

Um homem esfaqueou diversas pessoas em uma sinagoga situada no centrode Moscou ontem, informarampoliciais etestemunhas. Pelo menos oito pessoas foramlevadasa umhospital próximo depois do ataque, ocorrido por volta das 17h30 (horário local) na sinagoga Chabad Bronnaya, disse Anatoly Zuyev, procurador-geral de Moscou. Dez pessoas teriam ficado feridas. Um cidadão norte-americano,umisraelense e um tajique estão entre as vítimas. Umasecretária dasinagoga, que seidentificou somentepecomo Tatyana, disse que ouviu as vítimasdo ataquegritando, mas comentou que o agressor parecianãodizernadaenquanto esfaqueava as pessoas.

Na versãorelatadaporum líder comunitário, testemunhas disseramqueo suspeito vestia uma jaqueta de couro, tinha a cabeça raspada e dizia: "Vou matar pessoas, vou matar judeus".

O suspeito foi detido pela polícia moscovita, disse uma fonte nacorporação. De acordo com aagência de notícias

Após o violento ataque, fiéis são retirados da sinagoga

Interfax, o homem tem poucomais de 20 anos e reside em Moscou. Aindasegundo a agência, quatro de suas vítimas estão em condições críticas de saúde. AvrahamBerkowitz, diretor-executivo das comunidades judaicasdaextintaUnião Soviética,qualificou oataque como anti-semita. A imprensa russa informou que o suspeito estásendointerrogado eocrime está sendo investigado como crime de ódio. (AE)

PRESSÃO DA ESTRÉIA - O Corinthians estreou ontem no Campeonato Paulista com derrota para o Noroeste, por 1 a 0, em Bauru. No lance acima, Carlos Tevez, do Corinthians, numa acirrada disputa de bola com jogadores do Noroeste.

M UNDOVIRTUAL

Pesadelo argentino em Santa Catarina

O jornal argentino Clarín publicou ontem, com chamada de capa, uma matéria sobre a violência sofrida por cinco famílias de Córdoba em uma praia de Santa Catarina. Eles tiveram a casa invadida por assaltantes, foram agredidos e roubados em R$ 5,6 mil, cinco celulares, jóias e aparelhos eletrônicos. O caso aconteceu na praia de Mariscal, e o Clarín destacou a reportagem com um quadro repleto de conselhos para os argentinos que pretendem “passar férias mais seguras” nas praias brasileiras.

Partitura de Mozart é reunida

Uma partitura de Mozart, de 1773, dividida por sua viúva para aumentar o valor, foi reunida 170 anos depois e será exibida pela primeira vez no sábado, na Biblioteca Britânica de Londres. A exposição comemora o 250º aniversário do artista. Na Alemanha, foi lançado ontem um selo para marcar a data.

E DUCAÇÃO

Google, agora para acadêmicos

G

Mude seu jeito de digitar

O teclado CRAAAAW da WolfClaw chama atenção pelo design inusitado. Assim como o mouse e outros periféricos, os teclados estão passando por uma grande revisão, e esse modelo é um dos mais elegantes. Ainda sem preço definido pelo fabricante, o teclado circular deve chegar ao mercado em fevereiro. www.wolf-claw.com/#

SAMBA

Ninguém é perfeito

QF AVORITOS

Estágios começam no mundo virtual

Encontrar uma oportunidade de estágio pode ser mais fácil se o estudante começar a busca pela internet. Uma boa opção é o site do Centro de Integração EmpresaEscola, CIEE, que coloca à disposição um serviço de consulta de vagas para alunos de nível médio, técnico e superior em todo o País. Jovens portadores de deficiência também têm seu espaço na página principal, com uma lista de oportunidades de estágio. Para consultar alguns links é necessário fazer cadastro no site. www.ciee.org.br

ue a internet é um ambiente cheiodeinformações inusitadas já se sabe. Mas um museu dedicado ao papel higiênico é umaidéiaque sairiadepouquíssimos cérebrosbrilhantes. No site do museu, com o sugestivo domínio nobodysperfect.com (ninguém é perfeito) háumahistóriacompleta desse item que teve importância fundamental para a civilização. A história do papel higiênicodisponívelnositeé divertida, criativa, mas talvez não exatamente fiel aos registros edocumentos da época. Mesmo assim, todas as perguntasmaiscuriosas, como:oque aspessoasusavamantes do papelhigiênico, quando e como foi inventado estão lá respondidas. Aparentemente, como a maioria das grandes invençõesdahumanidade, inclusive o próprio papel, oprimeiro papel higiênico foi uma criação dos chineses, no século 14.Antes disso,havia uma série de alternativas para essa criação que facilitou,

e muito a vida doméstica.

O site também tem uma coleção defotos dos principais papéis criados e usados na era moderna e até uma pequena galeria de arte relacionadaa esteobjetode usocotidianoe, atualmente, insubstituível. Há ainda uma gift shop. No meio das informações sérias,muitas piadascomo uma frasedo humoristaJerry Seinfeld-quemmais?-sobrea importância de um museu do gênero ea ressalva deque nenhumrolode papelfoisacrificado na criação do museu. http://nobodys-perfect.com/ vtpm/index.html A TÉLOGO

Itens da exposição virtual: papéis antigos eram embalados como livros e tinham formato oval ou de lenço

Conferência reúne na Austrália os seis países que mais poluem o meio ambiente

Depois de nove anos de restauração, Santos reabre Teatro Coliseu, inaugurado em 1924

Em atrito com artistas e intelectuais, Gilberto Gil tenta acabar com crise no ministério

O Google lançou ontem no Brasil o Google Acadêmico, a versão em português do Scholar, uma ferramenta de busca direcionada à educação. O buscador localiza artigos científicos, trabalhos acadêmicos e outras publicações de instituições e entidades brasileiras como USP, Capes e PUC. Não há trabalhos em outras línguas traduzidos para o português. Blogs, notícias de jornais e outras fontes não acadêmicas ficam de fora do resultado. http://scholar.goog e.com.br.

H OLANDA

Bebê é oferecido de graça na internet

Um bebê de um ano foi oferecido de graça por sua mãe em uma página de internet de leilões na Holanda. O anúncio, retirado ontem do site www.marketplaats.nl, dizia: "(O bebê) não tem nenhuma doença, e estou dando porque tenho tantas preocupações na cabeça que não sou muito boa para ocupar-me com crianças". Cerca de 150 pessoas teriam acessado o anúncio. Uma delas teria oferecido dois euros e meio pelo bebê. L OTERIAS

EM CARTAZ
M ÚSICA
Alex Silva/AE
Johannes Simon/AFP
Karpukhin/Reuters
Reproduções

OPINIÃO

LENTEDE

AUMENTO

JUROSREAIS ECRESCIMENTO

Dados preliminares, veiculados pela imprensa ao longo da semana, indicam que o superávit primário do setor público ao longo de 2005 atingiu 4,97% do PIB. Esse é o melhor resultado fiscal desde o início do Plano Real, em 1994.

Apesar do superávit primário de cerca de 5%, o setor público ainda apresenta déficit nominal de cerca de 2%, dado que as despesas financeiras devem superar os 7% do PIB. Com déficit nominal dessa ordem e crescimento do PIB abaixo de 3%, a relação Dívida Líquida do Setor Público/PIB, um dos principais indicadores de solvência econômica do País, deverá permanecer em

Arecuperação éinsuficientepara garantirotrabalho dosjovens,onível deempregoe osinvestimentos produtivos

torno de 51%. Para reduzir esse indicador será necessário aumentar o crescimento do PIB, e/ou aumentar o superávit primário, e/ou diminuir o peso dos juros sobre a dívida.

Quanto ao comportamento dos preços, os últimos dados indicam que o IPCA de 2005 ficará em torno de 5,5%. Para 2006 espera-se inflação ainda menor. O reduzido aumento dos preços no atacado em 2005 contribuirá para desonerar o impacto dos preços administrados na composição do IPCA. A manutenção da valorização do Real e o esgotamento das possibilidades de aumento do preço do petróleo no mercado internacional também ajudarão a segurar os preços em 2006. Com expectativa de inflação cadente, para reduzir os juros reais (que atualmente

rondam os 13% ao ano), o Banco Central precisa acelerar a queda dos juros nominais.

Os últimos indicadores do nível de atividade apontam para uma frágil recuperação da economia no fim de 2005 e início de 2006. Esse ritmo de recuperação ainda é insuficiente para garantir o crescimento necessário à incorporação dos jovens ao mercado de trabalho, à redução do nível de desemprego e, sobretudo, ao incentivo aos investimentos produtivos.

Somente com redução dos juros reais é que a economia pode crescer o suficiente para enfrentar esses problemas. A fim de surtir efeito positivo na atividade econômica em 2006, a queda dos juros reais precisa ser efetivada ainda no primeiro semestre.

Os últimos indicadores do mercado financeiro também contribuem para que a autoridade monetária acelere o ritmo da queda dos juros. O dólar continua a se desvalorizar em relação ao real, o risco-país rompeu o piso dos 300 pontos, os juros futuros se aproximam dos 16% ao ano e o índice Bovespa já ultrapassou os 35.000 pontos. Esperamos que o Banco Central, de posse desses dados e atento às conseqüências da política monetária praticada em 2005, contribua para que o País não volte a desperdiçar as oportunidades geradas pelo positivo contexto macroeconômico internacional. TRECHODOCOMENTÁRIODE

Ribeiro, Alfredo Cotai Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno,

e Walter Shindi Iihoshi

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato

Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety

A força do consumidor

OLAVO DE CARVALHO

Um jornalou noticiário deTVque anuncia cobertura equilibrada e em seguida recorta o noticiário conforme aspreferênciasideológicasdeseusredatoresouosinteresses político-financeiros de seus proprietários comete delito de propaganda enganosa. Podesermultadoeatéfechadopor meiodeumasimples queixaàDelegaciadeProteção aoConsumidor. Bastariameia dúziade cidadãos apelar a esse simples recurso de autodefesa, e os leões da grande mídia estariam no dia seguintemiandocomogatinhosrecém-nascidos. Eles só continuam rugindo porque o leitor ainda não percebeu que o chicote está na mão dele. Nos EUA não foi preciso nada disso para quebrar o monopólio esquerdistada grande mídia, porque os prejudicados tiveram dinheiro bastante para fazer programas de rádio e sites de jornalismo eletrônicoque acabarampor desmoralizar gigantes como o NY Times, a CBS e a CNN. Tiveramdinheiroparalançar umnovocanalde TV, a Fox News, que rapidamente desbancou seus concorrentes pelo método simples e prático deapresentartodasas notíciaspelosdoislados, confrontando a direita e a esquerda. Tiveram dinheiro paralançar dezenasde livroscomo The New Thought Police, de Tammy Bruce (líder feminista lésbicaque ficouchocada coma mendacidade das feministas da mídia), Coloring the News, de William McGowan e sobretudo os dois do exrepórter da CBS, BernardGoldberg, Bias e Arrogance, que descreviam a situação intolerável. Tiveramdinheirotambémparamontaro Media Research Center.Usando métodoscientíficos -

comparação de centimetragem, estatísticas de palavras usadas para rotular os politicamente indesejáveis, etc. -, esseinstituto de pesquisas tornou a provado viés esquerdistaumarealidade conhecida por todos os leitores e anunciantes, gerandoumapressãoformidávelsobreasempresas jornalísticas. Quando estive nosEUA em 2001, o chefedoMediaResearch Center,BrentBozellIII, me disse que em dois anos o império esquerdista dagrande mídiacomeçaria aruir.Achei queera otimismodemais, mashojevejoqueeleestava certo.Umlivrorecém-lançado, South Park Conservatives-The RevoltAgainstLiberalMediaBias, de Brian C. Anderson (Washington, Regnery, 2005), mostra quea fortelezaesquerdista, seainda não caiu, está ao menos bastante abalada.

NoBrasilnãohá nadadisso.Alémdo monopólio da mídia, a esquerda tem o monopólio dos subsídios estatais e privados, conquistado aolongo de quatro décadas de infiltração, ocupação de espaços e chantagem emocional barata, sem contar, é claro, a reverência compulsiva da classe rica ante a pseudo-intelectualidade ativista, que lhe parece, em comparação com ela própria, a reencarnação moderna da Academia Platônica. E ainda há o Observatório da Imprensa, montado por um pool de organizações ativistas parasustentar a hegemonia esquerdista e ao mesmo tempo assegurar que ela não existe.

A única chance de que a verdade não desapareçapor completodos jornaise dosnoticiários de TV está nas mãos dos consumidores.

A mídiarugeporqueoleitornãopercebeuqueestácomochicote

Educando a pressa

CRISTOVAM BUARQUE

Emjaneirode 2003 sugeri ao presidente Lula e ao ministro Gushiken que a primeira fala presidencial em cadeia nacionalfosseparasaudaravoltaàsaulas.Seria a oportunidade de falar da importância desse dia. Dizer às famílias que a educação se faz na escola eem casa, elembrar a importânciados pais naformaçãodosfilhos.Eraaoportunidadedeexplicitar o programa de governo para a educação, reafirmar ocompromisso com os professores, maior participação federal na educação básica, acabar com o analfabetismo e criar o Fundeb. O ministro foi claro de que o assunto não merecia sermencionado em cadeia nacional.Em janeiro de2004, jáfora doMEC, volteia fazera sugestão,por meiodecarta,semresposta; em 2005 também insisti; e faço o mesmo agora. Mas não tenho ilusões de que para o governo Lula a volta às aulas seja um assunto importante. Ofato éque,durantetodos estesanos,Lula raramente falou de educação e quando mencionao assunto,trata deensinosuperior outécnico. A educação básica quase nunca aparece em seus discursos.Em 2004, vio discursode Lula sobrepobrezana Chinaemesurpreendique nem umaúnica vez tenha aparecidoa palavra educação. Pedi o discurso por escrito e constatei querealmentenãoestava lá.Mas,noprimeiro programa derádio desse anoLula citoua educação básica, dizendo queo futuro dela dependedaaprovaçãodo Fundebesuademoraserá culpa do Congresso. Ele demorou muito a falar emeducação básicae agora faloude maneira equivocada.

1º equívoco:responsabilizar e cobrara rápida aprovação de um projeto que ele engavetoudurante doisanos.OFundeb foielaborada noprimeiro anodo governo.Como ministro, coordeneia elaboraçãoe entregueiuma proposta nofim de2003. Opresidente demorou e agora quer que o Congresso aprove sem discutir,semmelhorar, omaisrápido possível, aquilo que elemesmo esperou dois anos para enviar ao Congresso.

2º equívoco:dizer que oFundeb trarámais R$ 4 bi para a educação básica, sem dizer que só será por volta de 2010.Lula não disse que para 2006 o Fundeb prevê aaplicação de apenas R$ 1,3bi,dinheiroqueparecemuitoparaquemnão sabe queo Brasiljá aplicapouco maisde R$50 bilhõespor anoemeducaçãobásica. Lulapropõeumaumentoinsignificante: R$0,15por dia/aula por aluno.

3º equívoco:Lulanãodissequeoprojetoapresentado em 2003previa recursos no valorde R$ 4,3 bi desde o primeiro ano, quatro vezes mais do que aquele apresentado agora em 2005.

4º equívoco: não dizer que mais dinheiro pouco vai servir se não vier acompanhado de outras açõesepropostasquecontinuamdormindo nas gavetas do Planalto.

OMECnão éumbanco paraapenas transferir dinheiro. Quando os estados não recuperaram as estradas, o governo federal interveio. Quando os municípios relegam seus compromissos com aeducação, ogovernofederal,apenas transfereum poucodinheiro elava as mãos sobre odestino das crianças. Ao lado de um Fundeb, o governo precisadefinir uma lei de responsabilidade educacional, nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal. Precisa determinarmetasnacionaispara todas as escolas do Brasil. Comprometer prefeitos e governadores comrealizações enão commais gastos apenas.

Depois de três anos sem tocar no assunto, Lula falou em educação básica, mas cometeu duas verdades incompletas que juntas correspondem a uma imensa ilusão:que está agindo rápidoeo Congressodevagar; eque odinheiro quepropõeémuito esuficientepararesolvera crise da educação brasileira, se o Congresso colaborar. Talvez seja coincidência que 2006 seja um ano eleitoral.

CRISTOVAMBUARQUE

ÉSENADORPELOPDT-DFEEX-MINISTRODAEDUCAÇÃO

JOÃODE SCANTIMBURGO ARMADILHA PARA OS EUA

Tem excelentes e bem remunerados assessores o presidente dos Estados Unidos. Mas o que às vezes espanta é que o chefe de uma Nação de tal poderio desconhece as regiões do mundo onde intervém, por não ser informado ou não estar suficientemente preparado para a missão que se avoca. Vem logo à mente o Vietnã, com seus desastres militares e o Apocalipse Now, do conhecido filme de Francis Ford Coppola. Diante de seus malogros, a Presidência americana deveria fazer uma revisão no grupo de assessores e retirar das grandes e famosas universidades de seu país valores reconhecidos pela inteligência e conhecimento, que provêm de regiões dos Estados Unidos que querem efetuar sua política internacional na linha dos interesses americanos e, eventualmente, também para as nações amigas.

SerádifícilosEUA alcançaremvitória. Serádificílimosair doIraquecom derrotamenorquea sofridanoVietnã. Quesirvadelição.

Serve de exemplo para essas considerações a intervenção no Iraque. Pretenderam os Estados Unidos atrelar o Iraque à democracia americana e suas instituições. Demonstrou o presidente George W. Bush, que ordenou a invasão do Iraque, não conhecer o que é o Iraque e como agem os povos fanatizados pelo islamismo da região invadida pelos boys americanos .

Ficou patente a dificuldade que os Estados Unidos estão encontrando para deixar o Iraque com um governo próprio subordinado à concepção democrática de que são um dos portadores mundiais.

Creio ser dificílimo alcançar vitória nessa missão, inclusive dificílimo será, também, sair do Iraque com derrota menor que a sofrida no Vietnã. Que sirva de lição a armadilha iraquiana ao atual presidente e aos presidentes futuros, nas suas investidas catequizadoras da política democrática american

A moda do Bom Retiro

A Rosa Chá cresce em parcerias no Brasil e já está em lojas em Lisboa e Miami. Economia/4

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

No DC Boa Viagem uma nova perspectiva de Orlando e Tampa, sem passar pelo império Disney. Veja o mundo em 4-D e de ponta-cabeça.

Bornhausen agita sucessão de São Paulo

No Palácio dos Bandeirantes, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (na foto, com o vice-governador Claudio Lembo) disse que é bem-vinda uma aliança entre seu partido e o PSDB na disputa pela presidência da República. E admitiu que o PFL pode sair com candidato próprio na briga pela sucessão de Alckmin. Página 3

Álcool: R$ 1,05

Acordo do governo com usineiros estabelece uma redução de R$ 0,04 por litro nas bombas, durante o período de entressafra, que vai até abril. O último reajuste elevou o preço a R$ 1,09. Economia/1

O Papa e a pizza são paulistanos

E ficam também criados os dias da família mineira, do Pico do Jaraguá, do Orgulho Heterossexual e do Palmeiras. É a Câmara de SP em ação.

O diretor do Instituto Ágora, Gilberto de Palma (foto), criou o Prêmio Joinha para os projetos de lei mais esquisitos dos vereadores de SP em 2005, como o de tornar a pizza um prato típico paulistano - o mais votado até agora. Vote também no site www.eleitor.org.br De Olho na Câmara, página 5

Mínimo: R$ 350

Depois de um avanço nas negociações entre o governo e centrais sindicais, o salário mínimo deve passar de R$ 300 para R$ 350. Mas o acordo ainda não foi fechado, porque há discordância sobre a data de sua vigência. Sindicalistas querem 1º de março. O governo, 1º de maio. Economia/3

Patrícia Cruz/LUZ
Márcio Fernandes/AE
Divulgação
Edição de Campinas concluída às 23h40

Pagamento com dinheiro vivo tem desconto?

Ocidadão de menor renda, que não tem cartão de crédito e nem cheque, quando faz compra com pagamento à vista acaba subsidiando os de maiores rendas, que possuem cartão de crédito e cheques.

Quando eu comecei a fazer compras sempre obtinha desconto para pagamento à vista. Naquele tempo não existia cartão de crédito no Brasil. Era certo que iria para a cadeia se você emitisse um cheque sem fundos. Além de se incomodar com processo judicial. Com o passar dos

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

tempos chegaram os cartões de crédito. Os cheques deixaram de ser uma ordem de pagamento à vista para ser transformar numa intenção de pagamento. Interpretação dos juízes. Ninguém mais foi preso e o Poder Judiciário deixou de ter processos daí decorrentes. Depois, o Poder Judiciário decidiu que os preços anunciados à vista poderiam ser pagos com cheques ou com cartão de crédito, considerando tais resgates como se fossem em dinheiro. Mas na vida real não é a mesma coisa. O comerciante,

Meias verdades

O assessor de Lula apontou falhas, mas não contou tudo

O presidente "não se submete a questionamentos" de jornalistas

O PT errou no "trato" com a mídia

Não há o menor planejamento também na área de Comunicação

Ninguém "tem coragem para dizer a verdade" a Lula

NoWeblogde PedroDóriafoi reproduzidauma informaçãopublicada narevistaForeign Policysobrea influênciadaNational RifleAssociationof America(NRA)na campanhado plebiscitosobreo desarmamentono Brasil.Ocomentário aoladoreduza importânciadoapoio.

quando decide aceitar o cartão de crédito, tem que pagar comissão para a administradora do cartão. Essa comissão varia de 2% a 5%.

E ainda tem que esperar cerca de 30 dias para receber o crédito. Quando aceita cheque, sofre a inadimplência com o cheque sem fundo, em torno de 2% do valor negociado. Assim, fica impossibilitado de dar desconto se a compra for paga em moeda corrente.

Os juízes decidem de acordo com a lei. Cabe aos clubes lojistas promover uma alteração na lei, dizendo

Pagamento à vista com desconto é privilégio só para quem tem cartão de crédito ou cheques?

Há poucos dias, jornais e blogs reproduziram trechos de uma entrevistaconcedida pelo jornalista e professor da USP, Bernardo Kucinski, no início de dezembro, ao sítio "AgênciaRepórter Social". Nela,ele fazuma sériede críticas ao governo e à imprensa. Umas me parecem acertadas; outras, fora de qualquer propósito.

Antes,porém, épreciso lembrar ao distinto público de que o professoré assessorespecial da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal. Desde 1998, é responsável por uma crítica diária de tudo (ou quase) queé publicadona imprensa, material que éentregueaopresidente da República.

Segundoo professor, "nós(o governodo qual faz parte) fomos ousados em alguns campos sociais, na política externa, mas conservadores, retrógradose atéburros napolítica econômica". Ameu ver,ele erra quando fazelogios aos ditosprogramassociais e aossupostos avanços

Li a matéria postada por um blog na edição de ontem ("O Brasil é um teste ao controle de armas") e devo salientar que não comungo com a tese ali levantada, de que a NRA tenha sido a motivadora da acachapante derrota do Sim no referendo sobre o comércio de armas. Muito antes do início da propaganda dita gratuita fiquei convencido de que o Não seria vitorioso. Certa noite, no Programa do Jô,o

tema veio à baila e quando ele manifestou-se claramente pelo Não a platéia aplaudiu calorosamente. Alí percebi a força da proposta e que o rumo dos acontecimentos estaria inveretendo-se. A meu ver, o divisor de águas deu-se no horário "gratuito"; ficou claro um embuste. Onde o sim era não e o não significava sim. Para aqueles que não gostam de pensar, e por tanto não se atrevem a formular teorias conspiratórias, ficava claro que se a pergunta é um embuste, o

expressamente que pagamento à vista é entendido como pagamento em moeda corrente. Ou dizendo que quando a compra à vista for paga em moeda corrente poderão dar um desconto adicional.

O projeto de lei para sanar essa iniqüidade poderia ser elaborado por algum desembargador ou jurista.

E a defesa do projeto no Congresso deveria contar com o empenho de um grupo de deputados ou senadores.

HÉLIOMAZZOLLI CRICIÚMA,SC MAZZOLLI@TERRA COM BR

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

na política externa. E quanto àpolítica externa, éprecisolembrarque oaumento das exportações e do saldo da balança comercial pouco tem a ver com a eficiência do governo.É fruto,isto sim, do esforço dos empresários brasileiros.OgovernoLulada Silvafez muito barulho neste campo. Mas, naprática, colheu quase nada. Kucinski acerta quando faz críticas à política econômica. Talvez ele, comopetista de longa data, pretendesse que o governo desse curso às maluquices e bravatas que orientaram, notempode oposição, os documentos do partido. Teria sido uma tragédia. Nem por isso se pode negar que, para usaras próprias expressões domestre,a política econômica atualé, sim, "conservadora, retrógrada e burra". Acertaainda oprofessor quando afirma, entreoutrascoisas,(1) que o presidente "não sesubmete aquestionamentos" de jornalistas, (2) que o PT er-

propósito é falso e traiçoeiro; ficava claro que o tal "desarmamento" tão propalado por setores da mídia e do governo, não era, na verdade, um desarmamento, mas sim um óbice à atuação daqueles que exercem plenamente a cidadania.

A NRA tem 19 milhões de associados, e com esse capital tem, por certo, enorme força, como qualquer associação que conta com essa expressão, e muitas teses aqui levantadas tem como inspiração a luta da NRA. Mas,

com ou sem a NRA, o fato é que não conseguiram retirar o direito ao acesso do cidadão à arma de fogo. O Direito legitima a defesa, ou a defesa carece de instrumento para o seu exercício. Não há que se falar em direito de expressão, com censura de imprensa ou de informação. Assim, portanto, ao retirar o instrumento de defesa, está nulo o exercício do Direito, e em estando nulo ele deixa de existir. Não tratamos de padrinhos

DEPUTADOS?

Crou no "trato" com a mídia,(3) que,exceto ele (Kucinski),no governo, ninguém "tem coragempara dizera verdade" aLula e (4) que"não há o menor planejamento", também na áreadeComunicação.O crítico, porém,errafeioquandoafirmaque Lula sempre foi "maltratado" pelamídia: "Tudo era distorcidopara mostrá-lo como propenso à corrupção".

Ora,ninguém foi tão protegido como Lula da Silva. Questionar sua formação intelectual precária e sua inexperiência era praticamente pedir para ser queimado em praçapública.E issonão fazmuito tempo.Atéonde me lembro, jamais li ou ouvi algo que fizesse referência à sua "propensão àcorrupção". Ao contrário. Lulae o PT sempre saíram na fotocomo ospaladinosda moralidade. Deu no que deu.

MILTONFLÁVIOÉ

VICE-LÍDERDOGOVERNO

NAASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

MILTONFLAVIO@AL SP GOVBR

espirituais de pró-armas; tratamos de padrinhos do Direito e o direito de escolha é fundamental. Vê-se que a maioria da população não tem arma, mas não quer perder o direito de escolher, tampouco quer impedir que outros pensem diferente.

MARCO

URÉLIO

orre na Câmara dos Deputados projeto que aumenta a representação naquela Casa de 513 para 521 representantes. Perguntado por que colocou o projeto na pauta, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, explicou que isso teria como finalidade realinhar a representação de determinados estados por conta de seu crescimento populacional. Acontece que, conforme a Constituição, a representação na Câmara obedece a uma fórmula que se refere ao contigente representado. O número mínimo de deputados por estado é 8 e o máximo segue a tal fórmula. São Paulo, o estado mais representado, tem hoje 69 deputados federais. Aparentemente, é formalmente defensável. Contudo, sob a perspectiva da qualidade da representação e das deliberações que se dão na Câmara, um aumento ulterior do já exagerado número de deputados não servirá aos interesses dos cidadãos. É gente demais disputando espaços. Num ambiente em que há mais de 500 pessoas buscando um lugarzinho ao sol, não há discussão racional que resista. É freqüente que leis aprovadas no plenário sejam de tal forma distorcidas por intervenções localizadas, oriundas de uma multiplicidade de fontes, que às vezes são autocontraditórias, ilógicas e por aí vai.

Asituação nos estados e nos municípios não é tão grave, mas nem por isso é livre de distorções. O Acre tem 24 deputados estaduais. O mais votado (o sr. Raimundo Angelim Vasconcelos, do PT, que em 2004 elegeu-se prefeito de Rio Branco) recebeu 6.266 votos. Já a Assembléia Legislativa de São Paulo tem 94 deputados. O candidato do PT menos votado foi Fausto Figueira, com pouco mais de 61 mil votos. O menos votado do PSDB recebeu 73 mil votos. No município de Rio Branco, capital do Acre, o número total de votos para vereador foi de 125.255. Houve 162 candidatos, dos quais 14 foram eleitos. O número total de votos consignados a candidatos eleitos foi de 32.716. Já na

capital paulista 1.216 candidatos a vereador receberam um total de 4.716.516 votos. Os 55 eleitos receberam 2.280.751 votos. O vereador mais votado em São Paulo, Antonio Goulart dos Reis, do PMDB, obteve 67.594 votos, mais do que os eleitos de Rio Branco. (Números, estatísticas e análises sobre o processo eleitoral, com ênfase sobre os padrões de financiamento, podem ser encontrados no projeto Às Claras da Transparência Brasil: www.asclaras.org.br.

Parte das disparidades na proporcionalidade de representação é inevitável. Não há fórmula de composição parlamentar que dê conta de todas as variáveis, incluindo-se as políticas, menos afetas a análise numérica. Nenhum país consegue ter uma representação “perfeita”. Contudo, no Brasil parece que a coisa fugiu ao controle.

Nenhumpaís consegueteruma representação perfeita.Masno Brasilpareceque acoisafugiuao controle.

Há argumentos fortes em favor de se garantir uma representação mínima a estados pouco populosos, levando assim a desproporcionalidade intencional. Mas por que o Acre precisa de oito deputados federais? Por que não 3? E qual é a justificativa para que exista Câmara de Vereadores em Xiririca da Serra, com uma população de cinco mil habitantes, e que, como outros 82% dos municípios brasileiros, depende de repasses federais e estaduais para existir? A resposta está na Constituição, que fez dos municípios entes federados. Um contrasenso.

As preocupações com a representação brasileira amplificam-se quando se suspeita que parte dos deputados federais e estaduais e dos vereadores estão lá para fazer negócios, conforme se noticia sistematicamente na imprensa.

Uma Assembléia Legislativa quase inteira, a de Rondônia, entrou na festa da uva da propinagem (salva-se um deputado do PT). Nenhum foi cassado – o que, num país sério, levaria à intervenção pura e simples e fechamento da casa legislativa por excesso de impudor. Mas às instituições brasileiras falta pudor.

C

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Arquivo DC
Sérgio Moraes/Reuters

PSDB em campo

Acúpula do PSDB já contratou pesquisas que vão auxiliar o partido na indicação do candidato à presidência da República. O partido pretende escolher o candidato até março. A legenda do PSDB está sendo disputada pelo governador Geraldo Alckmin e prefeito José Serra.

Por enquanto, Serra está levando vantagem sobre Alckmin nas pesquisas. Se a eleição fosse hoje, por exemplo, o prefeito derrotaria Lula nos dois turnos. Se o candidato fosse Alckmin haveria empate técnico entre o tucano e o petista, num possível segundo turno.

Alckmin não acredita que a escolha do candidato se dará somente levando em conta a posição dos candidatos nas pesquisas. O governador admite que as pesquisas retratam apenas a situação de momento. Para o governador, a campanha começará para valer quando os candidatos forem para a televisão.

O governador paulista já comunicou o partido que até 1º de abril vai renunciar ao mandato para ficar à disposição do partido. Se Serra quiser fazer o mesmo terá de deixar a prefeitura até 31 de março.

FORA DO CARGO

Para serem candidatos, Alckmin e Serra precisam se desincompatibilizar dos cargos até 31 de março. O governador já decidiu renunciar ao mandato, mas o prefeito prefere esperar pela escolha do candidato. O PSDB promete que a decisão acontecerá antes da datalimite da renúncia.

CONSUMADO

Deixando o cargo, Alckmin coloca Serra numa situação incômoda. É o tal do fato consumado. O perigo para Alckmin é se as pesquisas continuarem apontando vitória de Serra. Há tucanos acreditando que se continuar crescendo Serra poderia se eleger já no 1º turno. É um otimismo exagerado na opinião de analistas.

PODER

O PSDB quer voltar ao poder em 2007. Por isso, o partido prefere esperar pelas pesquisas antes de se pronunciar sobre o candidato ideal. Serra prefere falar pouco. Evita comentar a decisão de Alckmin, mas reconhece que o governador reivindica a candidatura legitimamente.

ALIANÇA

Os ensaios preliminares indicam que o PSDB deve fazer nova dobradinha com o PFL. A pré-candidatura de Cesar Maia fez água. O PFL pode indicar o vice na chapa tucana. Hoje, o partido dispõe de dois aspirantes à vice: o líder no Senado, José Agripino e o presidente do partido, Jorge Bornhausen.

COM O PMDB

Como o PMDB está disposto a lançar candidato próprio, o PSDB se apressa em tentar amarrar o apoio peemedebista no 2º turno. Isso, na hipótese de o PMDB não ir além do 1º turno. As prévias do PMDB devem ser disputadas por Anthony Garotinho, Germano Rigotto (governador do RS) e possivelmente Michel Temer.

INCÓGNITA

Continua misteriosa a possibilidade do ministro Nelson Jobim deixar o STF para ingressar no PMDB. O ministro sonha em disputar a sucessão de Lula. Se não der, Jobim aceitaria ser o vice na chapa petista. O ministro teria prometido a Lula deixar o Supremo em março.

AFASTADO

Luiz Eduardo Greenhalgh, deputado federal pelo PT de São Paulo, garante que não consta de seu projeto político ser ministro do STF. O nome de Greenhalgh consta de uma lista de prováveis indicados para o Supremo pelo presidente Lula. Está

Os tucanos Serra, Alckmin e Aécio travam disputa pela pré-candidatura. Bornhausen alinhava

ALCKMIN ESQUENTA A DISPUTA NO PSDB E PÕE O PLANALTO EM ALERTA

Ehavendo reação do mundo jurídico contra a indicação de políticos para o STF.

INÚTIL

Até o momento, tem sido inútil o trabalho desenvolvido pelos senadores José Sarney e Renan Calheiros que tentam convencer o PMDB a apoiar a reeleição de Lula. Michel Temer, presidente do partido, joga água fria na pretensão dos governistas peemedebistas. O PMDB não abre mão de ter candidato próprio, avisa Temer.

2º TURNO

Lula quer contar com as alianças do PT com o PP, PTB e PL, enquanto sonha com o PMDB. O presidente tenta, ainda em vão, alcançar de novo o apoio do PDT. Este partido, no entanto, comunica que também vai concorrer à presidência com candidato próprio. Acordos, só no 2º turno.

ÍNDICE

Geraldo Alckmin admite que esperava iniciar uma campanha eleitoral para a presidência, pelo rádio e televisão, com 8% ou 9% de índice de intenção de voto nas pesquisas. O governador se surpreende porque está alcançando um índice em torno de 20%. Alckmin acha que pode crescer no desenrolar da campanha.

MAIS UM Alckmin acrescentou à lista de pré-candidatos do PSDB ao governo paulista seu secretário de Educação, Gabriel Chalita. O partido já tem outros pretendentes à legenda, como o ex-ministro Paulo Renato, o deputado Alberto Goldman, o secretário de governo da prefeitura, Aloysio Nunes Ferreira, e o vereador José Aníbal.

COLIGAÇÃO

O PSDB alimenta o sonho de concorrer ao governo de São Paulo com o apoio do PFL. Mas, os pefelistas acham que é hora de o partido ter candidato próprio, principalmente se o vice Cláudio Lembo assumir o cargo em substituição a Alckmin. O candidato mais forte que o PFL tem é o empresário Guilherme Afif Domingos.

VIAGEM

Integrantes da CPMI dos Correios ainda não decidiram se viajarão para os Estados Unidos atrás de dados de contas bancárias de Duda Mendonça naquele país. Há dúvida quanto à eficiência da viagem. A CPMI prefere esperar pelos dados que o Ministério da Justiça tenta obter das autoridades americanas.

mborao prefeito de São Paulo,José Serra, insista emdemonstrar que não tem pressa paradefinir suacandidaturaà presidênciada República peloPSDB– apesar de sero mais cotado, por ora, nas pesquisas – e o governador de Minas, Aécio Neves, tenha assumido um tom cada vez mais críticoemrelaçãoa Geraldo Alckmin, o governador de São Paulo segueemcampanha própria. E longe dosoponentes mais próximos adianta-se na discussão de um programa políticodo PSDBparao Paíse jáacena paraumapossível aliança com o PFL – que elegeu Fernando HenriqueCardoso por duas vezes. A atitude pró-ativade Alckmincomo pré-candidatovem esquentando a disputa interna no PSDB. Ontem, em entrevista à Rádio Jovem Pan, Aécio Neves negou que hajadivisão dentro do partido mas fez questão de fazer mais uma críticavelada ao governador paulista. "Opartido(PSDB) tem larga experiência no exercício do poder e não podemos nos dar ao luxo de ter rompantesdeindividualismo", disse. "Oprojeto do partidoestará sempre acima dos projetos individuais. Quandoissonão ocorreu, o partido perdeu as eleições," completou Aécio. Pesquisas– Ogovernador mineiro disse ainda que o partido se reunirá em março para decidir quemserá ocandidato e que o encontro terá como base os resultados de pesquisas

encomendadas e a opinião das bancadas na Câmara, no Senado e nos diretórios do PSDB. Na tentativa de neutralizar esse discurso, Alckmin propôs que a cúpulatucana se reúna para ouvir as propostas de governo dos pré- candidatos para então definir quem encabeçará a chapa majoritária da legenda. "Queroexpor minhas idéiase discutir questões substantivas", disse. Em seguida, o governador de SãoPaulo deu uma resposta clara àAécio: "Estou plenamente de acordocom ogovernador Aécio. A decisão sobre o candidato deve ser coletiva e eu trabalho para ser ocandidato, mas nissonãohá nenhum rompante de individualismo", disse. Programa– Alckminentende que,ao expor as idéias,cada pré-candidato possa colaborar com a composição de um programa de governo único da legenda.Segundo ogovernador, a questão fiscal deve ser um dos assuntoscentrais dosprojetos que serão propostos pelo novo governo."Por que o Brasil não cresce mais?A carga tributária pesada, os juros maiores do mundo,um governo atual de improvisação e que não tem reformas estruturantesbarram o nosso crescimento", disse.

Falam que o Alckmin não tem tempero, que é um picolé de chuchu. Mas é preciso cuidado: é um picolé de chuchu com tempero de pimenta malagueta.

Assessor do Planalto

Ontem o prefeito José Serra falou pela primeira vez, a contragosto, sobre a declaração de Alckmin de que irá se descompatibilizar do governo do estado até 1º de abril e a decisão de se candidatar apenas à eleição presidencial. "Não me sinto nemme sentirei pressionado. Não vejo como pressão o que o Alckmin falou.É um direito dele enão tenho nada a acrescentar a esse respeito". "Se tiveralguma coisa para dizer, eu chamo aimprensa edigo", completou Serra, irritado. Aliança – Em reunião no Paláciodos Bandeirantescom o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), juntamente com os também pefelistas, ClaudioLembo, vice-governadorde São Paulo,eGilberto Kassab, vice-prefeito da Capital,Alckmin seadiantou na costura de aliançasedisse que gostaria de repetir este ano a mesmaparceria daseleições que levaram o tucano FernandoHenriqueCardoso ao Planaltopara dois mandatos.

"O governador repetiu o que tem dito, da boa experiência entre o PSDBe o PFL eda importância dessa aliança continuar ", disse Bornhausen. Apesardaperspectivade osdois partidoscaminharem juntos neste pleito, o presidente do

PFLlembrou que o fato de os tucanosnãoteremum candidato forte para a sucessão estadualem SãoPaulo influencia umaprovável candidatura própria de sua legenda. O nomemaiscotadoé odopresidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos."Se houver aliança nacional, temos de fazer uma reengenharia estadual", comentou Bornhausen. Chuchucom pimenta–A antecipação do debate sucessório apartirdoposicionamentodeAlckmin acendeu uma luz amarela no Palácio do Planalto.Apesardeconsiderar Serra um adversário mais difícil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a assessores, em conversas reservadas , que o governador tem um potencialde crescimentoainda desconhecido, portanto não deve ser desprezado. "Falam que o Alckmin não tem tempero, que é um picolé de chuchu. Mas épreciso cuidado: éum picolé de chuchu com tempero de pimenta malagueta", reforçou um assessor.

Os pré-candidatos ao governo de São Paulo pelo PT, Marta Suplicye AloizioMercadante, também não desistiram da própria candidatura em favor de um nome comum e participarãodasprévias dopartido. AconvençãodoPTestámarcada para maio. (TN/Agências)

renovação de aliança do PFL com PSDB em 2006.

FIM DE SEMANA COM A FAMÍLIA EM ATIBAIA

A apenas 60 quilômetros de São Paulo, o resort Village Eldorado é a dica para o lazer de pais e filhos. Pág. 4

ORLANDO Nos parques de diversão

Esqueça um pouco o império Disney. O 'DC Boa Viagem' percorreu um outro roteiro de complexos de diversão. Universal Studios/Islands of Adventure, SeaWorld, Wet’n Wild e Busch Gardens reúnem atrações que vão de safáris e visita a aquários gigantes até filmes incríveis em 3-D e 4-D. Tudo isso hospedandose em hotéis com todo luxo. Págs. 2 e 3

ALTAS EMOÇÕES: montanhas-russas são imperdíveis. No Busch Gardens, a Sheikra (à dir.) dá um mergulho radical. Lá está ainda um enorme zoológico (abaixo, à esq.). Na Universal (à esq.), monstros do cinema inspiram atrações. Já o mundo marinho fica no SeaWorld (abaixo). E há mais água no Wet'n Wild (acima)

Divulgação

Quatro parques de sonhos

Não é só na Disney que visitantes do Estado norte-americano da Flórida podem se divertir. No grupo formado pelos parques Universal Studios, SeaWorld, Wet’n Wild e Busch Gardens há atrações para crianças e adultos. E a dica para aproveitar ao máximo a viagem é comprar um pacote que engloba todos eles

Por Sergio Leopoldo Rodrigues

Você pode ir a Orlando,na Flórida, uma cidade que tem a área de São Paulo mas com 1,2 milhão de habitantes, andarem montanhas-russasde múltiplos loopings,emváriostrens-fantasma,visitaraquários enormes com tubarões-martelo, ver shows de baleias orca treinadas, afagar golfinhos (e até nadar com eles), fazer safári entre leõesegirafas,escorregaremtoboáguasde primeiríssimo mundo e assistira filmes em 3-De 4-D sem nemsequer entrar na famosa Disney World.

E mais: você pode ficar em hotéis luxuosos que garantem acesso próximo e um tíquete especial"fura-fila" para todas essas diversões. Terá à disposição centenas de souvenirs (os de Halloweensão os maisprocurados),semesquecer dosdeliciososhotdogs, burguers, algodõesdoces,balasespeciais eatépirulitos com temas escatológicos, inspirados na série da NBC para a tevê Fear Factor,com apresentaçõesao vivo,onde vocêpode participar tomando, por exemplo, um suco de minhocas! Tudoisso morana concorrente daDisney, uma associação

De City Walk basta atravessar uma ponte e você estará diante dos portões da Universal Studios e do Islands of Adventure, um parque que simula o reino mágico do cinema, com ruas e bairros onde foram feitas várias tomadas reproduzidas nas telas de todo o mundo. O vicepresidente de marketing do parque, Dave Goodman, como todos em Orlando, não fala de cifras, mas garantiu que os brasileiros estão entre os cinco visitantes mais freqüentes nos parques, que recebem cerca de 5 milhões de pessoas por ano.

Dentro da Universal, prepare-se para caminhar muito, portanto, roupa bem leve, tênis e uma mochila pequena são indispensáveis. E não se preocupe: há um banheiro a cada esquina, sempre limpo e com arcondicionado. Além dezenas de lojas de tudo que se possa imaginar em roupas, bolsas, filmes, DVDs, CDs, bonequinhos, brinquedos, bijuterias, etc. Há fast food, refrigerantes e guloseimas em geral saindo pelo ladrão. Mas um lugar legal e diferente para comer é a

bem pensada entre quatro grandesparques temáticos: a UniversalStudios/Islands of Adventure,o SeaWorld,o Wet’n Wild e o Busch Gardens, o único que fica na cidade de Tampa, a uma horade Orlando.Faça chuva, façasol (quede julhoa outubroéde estorricaraalma!),tudo estaráfuncionandodireitinho, limpinho e seguro, como manda o figurino. Não só para crianças, mas também para adultos e idosos.

Para fazer o roteiro que inclui os quatro parques é preciso enfiara mãono bolso,porque ficarmenosdo quedois diasem cada um deles é o mesmo que curtir um videoclipe ao vivo. Cada ingresso diário custa, em média, US$ 60 por pessoa e só tem choro se comprar um pacoteantecipado para vários dias em todos os parques (o Flex Ticket). Nesse caso, o ideal é consultar uma agência de viagens de sua confiança.

Sequiserumavisitasemperdadetempo,umaboadicaéterum guia. Enquanto você circula por grandes avenidas, ruas e pontes sem um buraquinho que seja, o guia pode indicar os melhores (e mais baratos) restaurantes nos parques.

De quebra, se sobrar tempo, ele pode levar você a um shopping elegante ou a uma super-loja para deixar maluco aqueles que se empolgam com eletrônicos. Umbom guianão vaisairpor menosdeUS$ 100por dia.Em tempo,há muitosbrasileiros residentesemOrlando quefazem bemessetrabalho.Comooshownãopáranuncanessemundoda alegria, só será possível contar nesta reportagem um pouquinho de cada um dos múltiplos passeiose diversões que podem encantar quem gosta de (re)viver sonhos e ilusões da infância.

Valedestacar aindaos trêsexcelentes hotéisda cadeiaUniversalOrlando: oPortofino, oHard Rocke oRoyal PacificResort, ligados por lagos e canais artificiais que podem levar você debarco,romanticamente,até CityWalk,umpequenobairro inaugurado em2001, com restaurantes, danceteriase lojas, porta de entrada para o parque da Universal... Boa diversão!

A viagem foi oferecida pelo Busch Gardens e SeaWorld, pela American Airlines e o Universal Orlando Resort

I- O mundo mágico do cinema...

caverna dos tubarões, um restaurante cujas paredes formam um enorme aquário onde desfilam todos os tipos de tubarões e outros peixes coloridos, enquanto você se delicia com pratos do mar! Se estiver sentado coladinho ao vidro (que suporta o peso de um elefante por metro quadrado) poderá ver um tubarão-martelo ao vivo a uma distância de menos de 20 centímetros. Se você estiver hospedado nos hotéis da Universal terá à

disposição um "fila rápida", uma espécie de "fura-fila" para entrar nos brinquedos e filmes. E pode acreditar que é uma mão na roda, na hora de curtir os lugares mais concorridos. Como o Fear Factor Live, onde você vai ver (e participar) de desafios que põem a vida em risco e comer coisas 'nojentas'! Imperdível – Não deixe de ir também na montanha-russa de alta velocidade baseada no filme A Vingança da Múmia e assistir ao Shrek em 4-D, pois durante a sessão, há efeitos reais

de um

Universal Studios e Islands of Adventure têm ruas e atrações que reproduzem sucessos da telona, como Terminator 2 (acima) e Homem Aranha (abaixo, à esq). Fear Factor Live (abaixo, à dir.) é inspirado na série da NBC para a tevê. Nele, o visitante irá comer coisas 'nojentas'

com ventinhos, borrifadas de água e cadeiras tremendo que colocam você dentro do filme. A versão de Homem Aranha é ainda mais realista, porque

Os parques da Universal são cheios de aventuras mas há um outro lugar que também agrada visitantes de 8 a 80 anos: o SeaWorld (Mundo do Mar), onde você vai poder ver cara-a-cara peixes-boi, pingüins, ursos polares, morsas imensas e golfinhos que vêm até a borda do lago para serem afagados. Destaque para dois shows aquáticos: o Blue Horizons, um espetáculo com os golfinhos amestrados, e o The Shamu Adventures, uma baleia orca "assassina" que faz acrobacias incríveis. Dá gosto ver! (S.L.R.)

você estará preso num carrinho que sobe e desce por túneis com telas em 3-D.

Se você gosta de filmes tem Jimmy Neutrons, Homens de

II - E mais aventuras
No SeaWorld Orlando há a chance de comer diante
aquário gigantesco
Baleias e golfinhos são estrelas no parque que reverencia o mar
Preto Terminator 2
Twister, ET e muito mais. À noite dê um passeio por City Walk ao som do verdadeiro rock. E se ainda tiver energia, vá a uma discoteca. (S.L.R.)

III - Busch Gardens e Wet’n Wild

OWet’n Wild fica em Orlando mesmo, próximo ao circuito dos outros parques e dos hotéis. Trata-se de um parque para quem gosta de cair literalmente na água! São piscinas enormes com correnteza, rodamoinhos e, o que mais atrai jovens de todas as idades, os toboáguas! Um maior que o outro. Mas para ir ao Busch Gardens é preciso viajar cerca de uma hora até Tampa, outra cidade da Flórida. Vale a pena por alguns motivos, além beleza dos parques e jardins. Primeiro, por causa da Sheikra a montanha-russa do tipo "dive coaster", a mais alta da América e das três do mesmo tipo no mundo, que começou a funcionar em maio de 2005.

A Sheikra quebra um recorde: um mergulho vertical em 90 graus! Você vai despencar de 61 metros de altura (um edifício de mais de 20 andares) e chegar a uma velocidade de 112 quilômetros por hora! Depois de um looping há

A montanharussa Sheikra – a mais alta da América –é um dos destaques do parque Busch Gardens

outra queda de 42 metros que leva direto a um túnel subterrâneo com água. Delírio – Os carros dessa montanha, com três fileiras de oito assentos cada, ficam 1,20 metros fora dos trilhos, como se fossem asas... Quem anda diz que é um delírio.

Fica em Busch Gardens também um dos maiores zoológicos da América do Norte, onde estão mais de 2 mil animais de 300 espécies, 30 delas sob ameaça de extinção. No ano de 2003 chegou o casal de rinocerontes brancos, que

No Hard Rock Hotel, a decoração homenageia as estrelas do rock, entre elas Elvis Presley, que também é tema da suíte presidencial

Se há uma coisa gostosa é ficar num belo hotel.

A Universal pensou nisso e oferece três exemplos de bem servir. O Portofino Bay Hotel é o mais fino, mais luxuoso e, portanto, o mais caro. Instalado numa baía artificial à beira de um lago que recria o clima da riviera italiana, possui uma praça onde, freqüentemente, são apresentados shows e concertos de música clássica e de jazz. Os detalhes da arquitetura "a la italiana" abrigam 750 quartos elegantíssimos, cujas mobílias são renovadas de três em três anos. Para as crianças há quartos contíguos, com camas especiais, tevê, som, jogos eletrônicos. Para agradar a todos há um spa e piscinas à vontade.

A relações públicas dos três hotéis, Katheline Elliot, cita as qualidades de cada um. Para quem gosta de ambiente com luxo descontraído, o Hard Rock –

com 650 quartos – é o ideal. Decorado com temas (e objetos raros) que lembram as estrelas do rock mundial, desde Elton John, Kiss, Eric Clapton e Deep Purple, até o rei Elvis Presley, que é homenageado com "Graceland". Trata-se da suite presidencial de 120 m², cuja diária custa nada menos que US$ 1,7 mil. Katheline garante que ela fica ocupada 80% dos dias do mês. Serviço de primeira – O Royal Pacific Resort, cercado de lagos e canais que se comunicam com os outros dois hotéis e com a City Walk. Como em todos os outros, os serviços são de primeira, com variados ambientes, academias de ginástica, jardins, etc.

Um detalhe: depois da meia-noite os restaurantes não funcionam, por isso algumas pessoas não hesitam em mandar vir uma pizza do delivery mais próximo. Outra singularidade é o café da manhã cobrado à parte,

O Wet'n Wild é ideal para quem quer se aventurar em águas refrescantes: há de toboáguas de todas as formas a piscinas com correnteza ou até com rodamoinhos

pode ser visto bem de pertinho, aliás, como todos os outros animais dali.

É possível escolher: o safári sobre um caminhão –onde uma girafa vem comer folhas na sua mão –ou pelo trenzinho (Serengeti Express Train), que atravessa praticamente todo o parque, onde vivem antílopes, búfalos, avestruzes, abutres africanos, além de pássaros tropicais, elefantes, tigres, hienas, gorilas, leopardos, leões e muitos outros. (S.L.R.)

O elegante Royal Pacific Resort, também dentro da Universal, foi construído em meio a lagos e canais

porque muitos hóspedes, especialmente os americanos, preferem tomálo dentro dos parques. Mas os três hotéis servem cafés da manhã deliciosos, com

tudo o que se pode imaginar. Portanto, valem a pena os R$ 15, em média, por pessoa a mais nas diárias, que variam de US$ 250 a US$ 400. (S.L.R.)

PACOTES PARA ORLANDO

Portofino Bay Hotel: o mais luxuoso e também o mais caro dos hotéis do complexo. Em seu interior e nos 750 quartos, tudo remete ao charme da riviera italiana

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versal Studios, Islandsof Adventure e CityWalk custa a partirdeUS$1.312por pessoaemquartoduplo. Tel. (11) 3677-3612, site www.ci.com.br.

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poLítica Estratégia

Oprefeito José Serra vai continuar evitando fazer comentários sobre a decisão do governador Geraldo Alckmin de se afastar do governo até 1º de abril, na expectativa de viabilizar sua candidatura à presidência da República, pelo PSDB. Serra parece ter sentido o golpe desferido pelo governador. O prefeito, contudo, acha que o governador tem todo o direito de tomar a posição que julgar mais conveniente.

Enquanto o prefeito cai no mutismo, Alckmin dá início às conversações com outros partidos tentando amarrar acordos, como serve de exemplo seu encontro no Palácio dos Bandeirantes com o presidente do PFL, Jorge Bornhausen. Por ora, Bornhausen continua defendendo o lançamento de candidato próprio à presidência, que é o prefeito do Rio Cesar Maia. Mas, admitindo que uma nova coligação com o PSDB pode vingar.

Apesar da iniciativa de Alckmin, a cúpula do PSDB continua defendendo março como o mês em que será feito o anúncio do candidato do partido. Os tucanos encomendaram pesquisas que vão auxiliar o partido na indicação do candidato, fator que até o momento favorece José Serra.

PESQUISAS

O PSDB vai analisar as pesquisas que servirão para apurar qual o candidato que teria mais chance de crescer durante a campanha e qual teria mais facilidade de amarrar alianças com outros partidos. Os pesquisadores já estão em campo e o prazo para terminar o levantamento é fim de fevereiro.

CRESCIMENTO

Tucanos, como o expresidente Fernando Henrique Cardoso, admitem que Alckmin tem mais chance de crescer do que Serra. Segundo esses tucanos, Serra já teria alcançado o topo da preferência do eleitor. Os serristas contestam esse entendimento admitindo que o prefeito vai crescer mais e pode até se eleger ainda no 1º turno.

IRRITAÇÃO

José Serra não consegue esconder a irritação com perguntas da imprensa sobre o comportamento de Alckmin. O prefeito economiza palavras. Há quem no PSDB, como o governador de Minas Aécio Neves, condenando ações individualistas. Muitos entenderam que Aécio quis dar um recado ao governador paulista.

ALIANÇA

Predomina no PSDB a tese de que o partido disputará a sucessão presidencial com uma chapa completada pelo PFL, porque a candidatura de Maia não emplacou. O vice do candidato tucano pode ser o presidente do PFL, Jorge Bornhausen ou o líder do partido no Senado, José Agripino.

EXTENSÃO

Os tucanos querem amarrar, já, um acordo com o PMDB: os peemedebistas apoiariam o PSDB no 2º turno caso o seu candidato não vá além do 1º turno. O PMDB já avisou o PSDB e o PT que possíveis acordos sòmente no 2º turno, porque o partido terá candidato próprio.

TRABALHISMO

O PT ainda não desistiu de atrair de volta às bases do governo no Congresso o PDT, embora este partido imite o PMDB e diz que acordo só no 2º turno. O PDT vai promover prévias para a escolha do candidato próprio entre o governador Ronaldo Lessa e os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Peres.

ENGRAÇADO

Quem anda se divertindo com a disputa pela legenda do PSDB entre Serra e Alckmin é Lula. O presidente diz que os tucanos vão rachar, seja qual for a escolha do candidato a ser anunciada em março. Assessores palacianos informam que para Lula o

Pré-candidatura de Geraldo Alckimin pelo PSDB à presidência mobiliza aliados de Serra. Cúpula tucana age discretamente para evitar conflitos.

SERRISTAS ENTRAM EM CAMPO

Dcandidato tucano será mesmo Alckmin.

ESTADUAL

A decisão de Alckmin de renunciar ao mandato até 1º de abril tem reflexos na eleição de seu sucessor. O vice de Alckmin é do PFL: Cláudio Lembo. Assumindo o governo, Lembo teria condições de facilitar o lançamento de candidato próprio pelo PFL.

NOME FORTE

O PFL mantém a disposição de lançar um bom candidato à sucessão paulista, como admitiu Bornhausen, no encontro com Alckmin. O partido lapida, por exemplo, a candidatura de Guilherme Afif Domingos, que está melhor nas pesquisas do que os pré-candidatos do PSDB.

CHAPA

Mas, o PSDB quer disputar o governo paulista com o apoio do PFL, isto é, seu vice seria um pefelista. Acontece que os précandidatos do PSDB estão com baixo índice de intenção de voto nas pesquisas. O melhor candidato que os tucanos tem é FHC, mas o ex-presidente continua rechaçando a idéia.

VANTAGEM

Levantamento preliminar indica que a maioria dos convencionais do PT é favorável à candidatura de Marta Suplicy ao governo estadual. Os petistas reclamam do comportamento do senador Aloizio Mercadante nas CPIs. Segundo esses petistas, o senador não defende o partido dos ataques da oposição.

DIFICULDADE

A oposição que atua na CPMI dos Correios continua encontrando dificuldade de obter dados sobre as contas bancárias de Duda Mendonça no exterior. Por isso, intensifica as investigações nas contas que o marqueteiro mantém no Brasil. E vai aos EUA, na próxima semana.

DEPOIMENTO

A CPI dos Bingos mantém o prazo até o dia 26 para o ministro Antonio Palocci comparecer expontâneamente para depor sobre as denúncias de corrupção no seu tempo de prefeitura de Ribeirão Preto. Se o ministro continuar fazendo forfait corre o risco de ser convocado.

AMEAÇA

A oposição fala em convocar (ou convidar?) o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para depor em CPI. A oposição acusa o ministro de estar dificultando o Congresso a obter informações sobre as supostas contas bancárias de Duda Mendonça no exterior. A última conta foi descoberta em Miami.

esde queo governador de São Paulo, GeraldoAlckmin, lançoua précandidatura a presidente pelo PSDB,osaliadosdoprefeitoda capital paulista, José Serra, entraram em cena para manter a situação sob controle e evitar o confronto interno. A estratégia é trabalhar para que onome dele tenha consenso dentro e fora do partido e, se for o escolhido nas consultas internas da legenda, que a candidatura seja lançada por Alckmin, num gesto de unidade. Preocupados e surpresos comadecisãodo governador de São Paulo, um grupo de deputados da sigla passou as últimas 48 horas em reuniãona cidade, tendo à frente o deputado Juthay Magalhães Júnior (PSDB-BA), considerado um dos principais interlocutores de Serra. Aintenção é buscar

um ambiente de cordialidade entre as duas facções, mas, ao mesmotempo, fortalecero movimento pró-Serra.Parao público externo, os deputados tentamminimizar os efeitos das declarações de Alckmin, afirmando que ele apenas confirmou o óbvio.

Unidade – "Não há ameaça de confronto.É necessárioe fundamentalaunidade, sob pena de pagarmos um preço alto", afirmou o líderda agremiaçãona Câmara,Alberto Goldman (SP), que também participoudas reuniões,junto comosecretário-geral do PSDB, deputado Eduardo Paes (RJ), e o deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ).

Nas últimas conversas com políticosde confiança, Serra considera que estámaduro o suficiente paraencarar aseleições de2006.Noentanto,ressalta que saiu de duas campa-

nhas pesadas e, por isso, só poderá encarar uma nova missão com a adesão completa do partido. "Mas parece que estou aqui(naPrefeitura) hátrês anos", brincou há dias, tentando enfatizar a dedicação e o fato de ter se preparado para enfrentar asquestões administrativas do município.

Esse discurso, por sua vez, serve deestímulo aospartidários dele,apesarde todos admitirem que a situação de Serraé dramática enão permite erros. "Eleprecisa estaratento pois já sai perdendo a Prefeitura", disse um parlamentar ligado ao governador. A decisão dalegenda deveserdecidida em 60 dias e os partidários de Alckmin e do prefeito insistem emafirmarquenãohaverádisputa na convenção. Todos querem evitar conflitos.

Aécio - Enquantoos 'serristas' serevezamemreuniões,

Alckmin prosseguetambém nas conversaspara explicaros motivos que o levaram a antecipar a decisão. Na próxima semana, irá a Belo Horizonte conversar com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), queterá papelfundamentalna decisãopartidária. O governador paulista tem um discursopronto: "Políticaé momento". Alckminafirma que está no cargo há 12 anos, está bem - avaliado e apresenta pesquisas, até mesmo de 2002, quando estavaabaixodoexprefeito Paulo Maluf (PP). PFL –O prefeitodo Rio,CésarMaia(PFL), disseontem que defenderá olançamento, pelo partido, de candidatura presidencial própria se o PSDB lançar Alckmin. Se a opção do partido for a favor de Serra , o prefeito do Rio voltou a dizer que pode abrir mão da candidatura. (Agências)

PMDB AGE CONTRA GAROTINHO

AExecutiva Nacional do PMDB reúne-seem Brasília, no dia 24, para adiar por umaouduassemanas as prévias marcadas para 5 de março. A manobra favorece a articulação de uma candidatura alternativaàdoex-governador Anthony Garotinho à presidência. Namesmareuniãoserá prorrogado também o prazo de inscrição dos candidatos que terminaria em 15 de fevereiro. Os governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, do Paraná,Roberto Requião, eo presidente do Supremo Tribunal Federal, NelsonJobim, nestaordem, são as opções possíveis, segundo opresidente do PMDB, deputado Michel Temer. "Se vencer asprévias, Garotinhoserá o candidato do partido,sem dúvida,masjáoinformei com franqueza que ele não conta, hoje,com oapoioda maioriados governadoresede outras lideranças do PMDB", disse Temer .

Manobra– Aala do PMDB mais próxima ao governo, que tinhaexpectativas emtorno de Jobim, trabalha hoje para lançar Roberto Requião. "Não seremos irresponsáveis de descartarum candidato que arranca de 15% a 20% dos votos nas pesquisas, mas Garotinho não é o candidato do coração", disse o deputado Geddel VieiraLima (BA), da ala

oposicionista do partido. As préviasdo PMDBserão decididas por 18 mil delegados e membros queexercem mandatos– eleitoresquevemsendo trabalhados há meses por Garotinho. "É respeitável o trabalho decorpo-a-corpo queo Garotinho vem fazendo, mas o cenário mudounamedidaemque as préviasse transformaram em

realidade política", analisou o presidentedo Senado,Renan Calheiros(PMDB-AL). "Rigottoe as outras lideranças começaram a se articular", disse. A reuniãoda Executiva será precedida de conversas entre os governadores Jarbas Vasconcelos (PE), Joaquim Roriz (DF), Luiz Henrique (SC),oex-presidente José Sarneye oex-governador Orestes Quércia, entre outros. Jogo aberto– O PMDB aproveita a indefinição do governo e do PSDB para marcar terreno, mas quer se preservar para composiçõesfuturas. "Senãochegarmos à reta final, de qualquer forma oPMDBserádecisivo no segundo turno", disse Temer. Formalmente, oPMDBé o maior partido político do Brasil, com nove governadores, 21 senadores, 81 deputados, cerca de mil prefeitos e oito mil vereadores, mas desde 1994 não disputa aPresidência comcandidato próprio. (Reuters)

Garotinho não tem o apoio da cúpula do PMDB. Temer dá o recado.
Patrícia Cruz/LUZPaulo Pampolim/Digna Imagem

Wanderval: a um passo da cassação

DEPUTADO DO PL SERÁ O PRIMEIRO

A SER JULGADO EM PLENÁRIO

Sobrou parao deputado Wanderval Santos (PL-SP). Como amaioria dosdeputados envolvidos no valerioduto está recorrendo a todos os artifícios para evitar que seu processo de cassaçãoseja o primeiroa ser julgadonoplenáriodaCâmara,os integrantes doConselho deÉtica agiram rápido ontem e conseguiram notificarpublicamente oadvogadoMarceloBessasobreofim da instrução do processo de Wanderval.MarceloBessanãotevecomofugirdoflagrante enquanto assistia à sessão. Há uma convicção noCongresso dequeoprimeiroaser julgado depoisda absolvição, em dezembro,de RomeuQueiroz (PTB-MG), será punido com a perda do mandato. Seria uma satisfação da Casa à sociedade. O advogado tinha ido ao conselho entregar aorelator Chico Alencar (PSOL-RJ) dados do sigilo telefônicodoassessor de Wanderval, Célio Marques, autor dosaque deR$ 100mil nascontas do empresário Marcos Valério. Quando foi visto no plenário, foi chamadoa se sentarmais na frente. Quando a secretária lhe entregou aintimação,elesaiu do plenário sem assiná-la. Intimação – Mas o presidente Ricardo Izar (PTB-SP) considerou aintimaçãoválida assimmesmo, pelo fato de ter sido pública. Mais tardeo advogadorecebeu a intimação por fax em seu escritório. O documento avisa que, na próximaterça-feira, às 14h, será lido e votado no Conselho o relatório em que Chico deverá pedir a cassaçãode Wanderval. Chico disse que não deverá haver pedido de vista. "BobeouRomário estufaarede. Estava lá, foi notificado, porque está todo mundo fugindo. No finaldoano passadotodos queriam apressar a ida ao plenário. Com a ressaca Romeu Queiroz agora deu uma virose generalizada eestá todo mundo fugindo das notificações", comentou o deputado Chico Alencar. Bessa diz que não considera quetenhacaído numaarmadilha. "Alguém tinha que ser o primeiro depois do Romeu Queiroz. Não posso acreditar que o plenário vácassar uminocente, sem provas, só porque ele é o primeiro depois do Romeu Queiroz.Nãomepassa pela cabeça que isso seja só um teatro com final conhecido", disse.

O segundo da lista será o deputado Roberto Brant (PFL-MG). Na sequência entram os processos contraprofessor Luizinho(PT-SP) e Pedro Corrêas (PP-PE). (AG)

Aautoconvocação do Congresso Nacional já nasceu sobcríticas, afinal quase R$ 100 milhões serão gastos com salários extras para deputados e senadores. O Conselhode Éticada Câmaradeuse folga e só retomou os trabalhos na segunda-feira e aCPI dosBingos atéagora nãodeu as caras, só para citar dois exemplos. Para apaziguar um pouco os ânimosdaqueles quecriticam, 73 parlamentares (a última atualização éde quarta-feiraà noite) recusaram oadicional da convocação extraordinária, devolveramo que receberam ou informaram que doaram ou vão doar o dinheiro aentidades assistenciais. Parase ter uma idéia, o número representa apenas 12% dos 513 deputados federais e 81 senadores. As notícias de que pelo menossete dessesparlamentares não cumprirama promessade doar para entidades a remuneração extrarepercutiu ontem no conselho. O deputado ChicoAlencar(PSOL-RJ) considerou que essasatitudesprovocam mais desgaste na imagem daCâmara. "Odesgaste daho-

ATÉ AGORA SÓ 73 DEVOLVERAM SALÁRIO EXTRA

ra aqui na Câmara vem dessa história de prometer doar o extra e não fazê-lo."

Falta de decoro – O presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), advertiu ontem que a comunicação pública e oficial deuma doação não concretizada é falta de decoro. Izar lem-

brou,no entanto, quenãolhe cabetomar ainiciativa deprocessarquem querqueseja.O conselho só age quando provocado por uma representação apresentadapor umpartido político, ou quando lhe chega às mãos denúncia considerada procedente pela

corregedoria da Câmara. O deputado Marcello Siqueira (PMDB-MG) anuncioucom destaque naimprensadeJuiz deFora,sua baseeleitoral, o envio de recursos para entidadesda cidade.Mas atéquartafeira,astrês entidadesindicadas não tinham sido sequer informadas da doação. Promessa – Também em Juiz deFora,a SociedadeSão Vicentede Paulo, entidadefilantrópicaquetrabalha com comunidades carentes, não recebeu até ontem recursos prometidospelo deputado Júlio Delgado(PSB-MG). Hátambémcasos comoo dodeputado Paulo Baltazar (PSB-RJ), que doou o salário extra a uma ONG presidida pelopróprio emVolta Redonda, no Rio de Janeiro. "Cada um faz o que quer com o dinheiro que recebe, mas quem anunciou que vai doar tem que concretizar. Pessoalmente, acho que a única devolução possível deve ser feita paraos cofrespúblicos.Qualquer coisa fora disso tem intençãoeleitoral", disseo deputado RodrigoMaia (PFL-RJ),que não vaidevolver odinheiro. "Não estou fazendo nada de errado." (Agências)

CASO BANESTADO: DOLEIROS SOLTOS.

Opresidentedo SupremoTribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, determinou ontem que a Justiça Federalcumpra aordem de soltaros doleiros docaso Banestado. Eliott Maurice Eskinazi, Dany Lederman e Hélio Renato Laniado são acusados de crimes de evasãodedivisas, gestão fraudulenta de instituição financeira, sonegação fiscal, formaçãodequadrilha elavagem de dinheiro.

DNIT REBATE CRÍTICAS À OPERAÇÃO

TAPA-BURACO

Odiretor-geral doDepartamento Nacional de Infra-Estruturade Transportes (Dnit),Mauro Barbosa,rebateu as críticas feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de que parte das obras da Operação Tapa-Buracos está sendo feita sem licitação. Mauro Barbosa afirmou aLei 8.666,a chamada Lei das Licitações, prevê a dispensa de concorrência em casos de "situação emergencial ou calamitosa" que a justifique. Barbosa disse ainda que vai implantar ações paraaumentar o controle dos gastos. "Hoje se tornou um debate político. Nós estamos tratando uma operaçãode tapa-buracos como uma operação de exceção. Tapar buraco, para quem tem a responsabilidade deoperar umapistaou umpavimento,é umaoperaçãode cotidiano. Estouimplantandoações de controle interno para que tenhamos todosos gastosauditados eaplicados de acordocom a legislação brasileira", disse. O líder doPFLna Câmara,RodrigoMaia(RJ), entrouontem com representaçãonoTCUpedindo a anulação da contratação de trêsempresas deengenharia queatuarãonaoperação.Odeputado pede ainda que o TCU faça inspeção paraapurarirregularidadesnas contratações deempresas sem licitação. (AG)

Elesforam presospelaPolícia Federal naoperação denominada Farol da Colina que desmantelou o esquema de lavagem de dinheiro utilizandoagências do Banestado.Agora, elespoderão responder ao processo em liberdade. De acordo com o Ministério Público Federal, os denunciados movimentaram entre 1995 e 2002 cerca de US$ 1,2 bilhão nas contas Watson, Braza, Best, Wipper, Taose Durant, nosbancos

Banestado de Nova York e Merchants Bank/NY.

A operaçãoFarol daColina foi uma das maiores ações já realizadaspelaPolíciaFederal para cumprir123mandadosde prisão e 215 de busca e apreensão. Oitocentos agentes e delegados foram mobilizados(AG)

Delcidio: presidente da comissão. RELATÓRIO FINAL DA CPMI DOS CORREIOS SAI ATÉ 15

DE MARÇO

Opresidente da CPMI, senador DelcidioAmaral (PT-MS), disse ontem que o relatório final da comissão deverá ser votado até 15 de março. A decisão foi tomada na quarta-feira em conversa com o relatorOsmar Serraglio (PSDB-PR). Ele informou, noentanto, que pretende reunir-se com os subrelatores de Normas de Combate à Corrupção, deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS),e deFundos de Pensão, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), para ajustar os prazos. Mas o sub-relator para movimentação financeira da CPMI , Gustavo Fruet(PSDB-PR), jáavisou queachapouco provável que seja totalmente apurada a circulação dodinheiroqueenvolveriaumpossível esquema de caixa 2 em campanhas eleitorais, apesar das quebras de sigilo de pessoas físicas e jurídicas realizadas pela CPMI. (Agências)

CPI dos Bingos quer ouvir Palocci entre os dias 24 e 27

Delcidio confirma que CPMI vai aos Estados Unidos para ver contas de Duda Mendonça

Delúbio

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira

O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios Umacomissão detrêsparlamentares viajará aosEstados Unidos na próxima semana, por um período de três dias, para colher informações sobre contas no exterior do publicitário Duda Mendonça.Acomissãomanterá contatoscom autoridades americanas em Nova York, Miami e Washington.

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética Depoisque outratestemunhafaltou, Ricardo Izarlamentou que oórgão não disponha dos poderes que as comissões parlamentares de inquérito possuem de convocarcoercitivamente as testemunhas. O órgão só tem poderes para convidar as testemunhas e se elas não comparecem, atrasam os trabalhos.

Mendonça O publicitário Duda Mendonça, da DM9, confirmou ter recebido dinheiro de

exterior. Os repasses, segundo ele, eram para pagar dívidas

PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

O

mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, deverá depor, como convidado,

aCPIameaça de

o requerimento de convocação.

Marcos Valério no
do
Lamas
ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos,
CPI dos Bingos
entre os dias 24a 27 de janeiro. Atélá, a presidência da CPI irá procurar entrar em entendimento como ministropara definir a data. Caso Paloccinão confirme o dia do depoimento,
novo votar
Alencar: dizer que vai doar e não fazê-lo desgasta mais a Casa.
Lindomar Cruz/ABr

Não que o filme seja ruim. É algo, filosoficamente, ainda pior. Os ingleses já deram ao mundo espectros melhores

Todo mundosabedesdepequenininho que ocinema é o campodafantasiados sonhosedos delírios,masvamosdevagar. Às vezes há muita pressa. E, assim, Escuridão passoudoponto.Nãodápara acreditar (não é um defeito, pois filmenão éparatercredibilidade)mas sempreépossívellamentar que se gastecom isso tanto tempo(de dinheironemsefala, poisnãoénosso).

Nãoque ofilmesejaruim. Éalgo,filosoficamente (seé que aexpressão cabe), aindapior. Contraria a lei eterna de que o cinema é "a arte das imagens luminosas em movimento".Pois quasetudoaquiéescuro, dark, mentalmente antes de tudo, como nãoesconde o título original.

É difícil, sem luminosidade, contar do que setrata na escuridãoda tela, tanto nas imagens como no chamado enredo. Passa-se numa paisagem áspera,nebulosa,depenhascos emar revoltoembaixo,comumapraiaaosabor dosilhéus mas tão hostilque ne-

nhuma sandália havaiana pisaria na sua areiaescura. Muitotriste. Éesse o ambiente,comovelhas(quedãotítulo aoromanceemquesebaseou), pastando bucólicas. Como éum filme escuro inglês, torna-se inevitável que ali que os mortose fantasmasmorem. Pois é logo neste lugar que chega a vivae louraAdelle (MariaBello), coma filhaadolescente Sara(SophieStuckley), tentandoreconquistar omaridoJames (SeanBean).Foi umapéssimaidéia dalouranervosa queespanca atémovéis equevivia gritandoe batendo nafilha. Naquelapaisagem tediosa,tãoa gosto da literatura de horror inglesa,começam aacontecer coisas impossíveis. Reencarnações, fantasmasdepelee ossoentramem cena. Algo espreitacom olhos malignos. Vários deles são de ovelhas que se suicidam jogando-se dopenhasco, "cansadasda vida",como alguémcomenta. Muitosanosantes, porém, quem pulavam eram pessoas. Uma delas, a pequena Ebrill (Abigail Stone),

Impulsividade: jovem substitui o vício de chupar o dedo

afogada há meio século, ressuscita, cresceeaparece. Saramorreafogada nomar masparatudose dáumjeito. Asduasmeninasmortasatéqueseentendem, para desesperode Adelle, que se acha viva. Um barbudo e cético morador da casa,Daffyd (Maurice Roeves), explica, antesde ser atropelado e morto por ovelhas, que tudo faz parte delendasgalesassobre gente que partepara oAlém, masa menina perdida nas águas pode voltar. É impossível entender o que se passa além doresumo feito acima. Eo diretor JohnFawcett,espertamente, não insiste em explicar. Limitou-se a seguir o manual de sustos e ribombos na trilha sonora. Também não tem importância porque o estrago para a platéia já estava feito. Epensar que os ingleses jáderam aomundo espectros melhores, é de chorar. (GM) Escuridão (The Dark, Inglaterra, 2005,93 minutos). Direção de John Fawcett. Maria Bello, SophieStuckey, Sean Bean. Playarte.

Zathura: volta para a casa só depois que o jogo acabar

Cuba em cena, alta sociedade e uma aventura espacial

Feira das Vaidades (Vanity Fair, EUA/Inglaterra, 2004, 141 minutos). Direção de Mira Nair (Casamento à Indiana). Adaptação do clássico homônimo da literatura inglesa de William Makepeace Thackeray (1811-1863), também autor de Barry Lyndon, levado ao cinema por Stanley Kubrick. Neste drama, Reese Whiterspoon (E Se Fosse Verdade...) interpreta a inglesa Rebecca "Becky" Sharp no início do século 19. A moça é uma "alpinista social", que arma mil estratégias para chegar à aristocracia londrina, enquanto a Europa assiste à ascensão e queda de Napoleão e à Guerra dos Cem Dias. A Inglaterra inaugura sua primeira ferrovia e declara a abolição da escravatura. Becky torna-se professora das filhas do excêntrico aristocrata sir Pitt Crawley (Bob Hoskins) e vira protegida da irmã dele (Eileen Atkins). Mas ela envolve-se com o sobrinho da patroa (James Purefoy) e tudo pode mudar. Imagem Filmes.

Impulsividade (Thumbsucker EUA, 2005, 96 minutos).

Direção de de Mike Mills. A tradução literal para o título seria "chupador de dedo". Aos 17 anos, o jovem tímido e desorientado Justin Cobb (Lou Taylor Pucci) ainda chupa o dedo. Depois de tentar de tudo para se livrar do vício, ele consegue com ajuda de seu dentista (Keanu Reeves). Protegido pela mãe (Tilda Swinton) e incompreendido pelo pai (Vincent D'Onofrio), Justin começa a ter mais problemas quando passa a compensar suas frustrações consumindo todo tipo de droga, de maconha a antidepressivos. O protagonista ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Berlim em 2005. Columbia Pictures.

Soy Cuba - O Mamute Siberiano (Brasil, 2004, 90 minutos). Direção de Vicente Ferraz. O documentário redescobre, através de depoimentos dos atores e técnicos, a superprodução Soy Cuba rodada nos anos 60, no auge da Guerra Fria, pelo famoso diretor soviético Mikhail Kalatozov, junto com uma equipe de mais de 200 pessoas. Premiado como Melhor Documentário no Festival de Gramado. Imovision e Riofilme.

Zathura - Uma Aventura Espacial (Zathura, EUA, 2005, 113 minutos). Direção de Jon Favreau. História extraída de livro de Chris Van Allsburg (o mesmo de O Expresso Polar e Jumanji). Após a saída de seu pai (Tim Robbins) para o trabalho, deixados aos cuidados da irmã mais velha (Kristen Stewart), Danny (Jonah Bobo), de seis anos de idade, e Walter (Josh Hutcherson), de 10 anos, ficam sem o que fazer e começam um jogo que acaba por lançá-los em uma distante galáxia. Os garotos permanecerão no espaço até que consigam acabar o jogo. Columbia Pictures.

Conselhos

Renato Pompeu

autor gaúcho Moacyr

Scliar é um dos mais famosos e importantes escritores brasileiros contemporâneos, e um dosmaistraduzidos noExterior.Mas ele também é médico de renome; teve importante atuação na saúde pública em diferentes níveis de governo – e mantém uma coluna sobre problemas clínicos no jornal Zero Hora de Porto Alegre, de que foram extraídos os textos do livro O olhar médico –Crônicas de medicina e saúde (184 pá-

ginas, R$ 32,90),recém-publicado pela Editora Agora.

Com desenvolturae sólido bom senso, baseados num profundo saber médico,Scliar discorreem termos claros e nítidos a respeito de temas às vezes controvertidos–porexemplo se se deve ou não dizer a uma pessoa queelaestá comumadoençamuito grave ou mesmoterminal, uma decisão espinhosa não só para o profissional como também paraa família. Ele conseguetratar comeqüanimidade outros assuntos polêmicos, como o dachamada medicina naturaloualternativa, dizendo, com humor característico, que ela envolve riscos semelhantes aos da medicina convencional, agravados pelo fato de que os estudos sobreefeitoscolaterais dos medicamentos alternativos são em bem menor número e bem menos exaustivos do que os referentes aos medicamentos de fábrica. Uma arma didáticapoderosade Scliar é o seu humor proverbial – manda, por exemplo, não seguir as regras de etiqueta de arrumação da mesa para refeições e assimnão deixar saleiro ao alcance doscomensais, porque sal além da contafazmal.Assim como também fazemmal, igualmenteem doses alémda conta, oaçúcar eo ál-

cool.Sobreasbebidas alcoólicas, Scliardesfazo mito de queelasdespertam a criatividade. Esse mitosurgiu, entre outras coisas, porque o alcoolismo é mais constante entre os grandes escritores do que entre as pessoas comuns. O escritor-médico explica que o que acontece não é que o álcool favorece acriatividadedoescritor, mas que o escritor justamente recorre às bebidas alcoólicas quando atravessa períodos de esterilidade artística, buscando no álcool um consolo, e não uma fonte de inspiração. Muito engraçado, e informativo, é o textodeScliarsobrecomadresepapagaios,esses companheirosindispensáveis de quem não pode se levantar da cama.O papagaio é deuso exclusivodos homens;acomadreé deuso comumentrehomensemulheres–eo interessante é que Scliar revela que os homens são muitomais desajeitados do que as mulheres no manejo das comadres.Novamentede muito bom sensosãoseus conselhos arespeito dos exercícios: "pequenopasso, grande avanço", recomenda, para os que, iniciantes, queremlogo setornar grandes atletas. Scliarconta comohámecanismos biológicos controláveise incontroláveis; entre os controláveis inclui a res-

Cidade Baixa: um grande filme

Esmero em cada fotograma

Aquiles Rique Reis

Cidade Baixa, o excelente filme de Sérgio Machado, foi concebidopela obsessãoque tem seudiretor pordesvendar oque se passa na cabeça de sua gente. A fita nasceu antes mesmo de a primeira cena ser gravada. Assim, ela começou a ser parida antes de vir à luz o primeiro grito: "Roda!"

A trama principalenvolve três personagens: Naldinho(WagnerMoura) eDeco(LázaroRamos),doisamigosde infância, que sobrevivem de fretes e trambiquesa bordo deum pequeno barco avapor, eKarinna (AliceBraga), umajovemquedeixasuafamíliaepartepara Salvadorem busca deum "gringoendinheirado". Jánaviagem, entre Cachoeirae Salvador,cada um dosbarqueirosmantém relação sexual com Karinna, relacionamento que, mais tarde, se revelará como centro de todas as ações da fita. Cidade Baixa é composto de "pequenos filmes" que se entrelaçam para realçaro "grandefilme" quede fato ele é. São mini-historinhas, a serviço do objetivo final, concebidas por um ótimo roteiro a cargo do próprio diretor e de Karim Ainouz. Assim é, por exemplo, nas cenas da rinha de galo, em queSergipano (José Dummont) agride Decocom frases racistas, que culminam com Naldinho sendo esfaqueado;assimtambém acontece quandoKarinna começaa sentirosprimeiros sintomasdegravidez, sem, no entanto, revelar quem seria o pai da criança que ela carrega no ventre; ou ainda quando Deco intensifica seutreinamento numaacademia de boxe e passa a realizar algumas lutas, sendo inclusive "convencido" a entregar uma delas; ou nas orgias "armadas" no barco para enganar gringos que buscam divertimentocom mulherese drogas,sendoque numadessasfestasse dáum suicídio. Desses "pequenos filmes" se constituem os ingredientes quefazem de Cidade Baixa umgrande filme; através deles é que se demonstra aeloqüênciadoelenco colocadoà disposição de Sérgio Machado. Concebido para fluir principalmente através das imagens que brotam da imaginação de seu diretor, às palavras restase contentarem sercoadjuvantes.Nãoque elassejamtratadascom

poucocaso,aocontrário,massaltaaos olhos a enorme importância dada às imagens.Ficanítidoo esmero com quecadafotogramaécuidadopelodiretor.E a exuberância física dostrês atores principais é exposta a cada momento.Seus corpos jovense belos emolduramconflitosquenadatêmde beleza ou jovialidade. Isso lhes dá vida e realismo incomuns.

Os diálogos parecem ter sido gravados, se é que de fato assim não o foram, sem um script definido antecipadamente. Fátima Toledo, preparadora deatores de Cidade Baixa, conseguiuaproeza decriara informalidade com que Deco e Naldinho semanifestam. As gíriase interjeições (e eles as usam com naturalidade extraordinária) saem da boca dos atoresem formade diálogoscomoosquese ouvementreosjovens não só de Salvador, como também de qualquer cidade brasileira.

Carlinhos Brown eBeto Villares criaramamúsica quesonorizaossonhoseos desacertosvividospelos personagens quetão bemsintetizam apersonalidadedeumapartedosbrasileiros.Umpovoque seviraevaiem frente; que contrariaa previsibilidade de um destino que parece lhe reservar apenas a tristeza e o desalento, mas que,noentanto, ofazpareceralegre, empreendedor, cidadão.

Em Cidade Baixa as relações humanas causam impacto positivamentebelo,mesmoem seusmomentos mais sórdidos ou violentos, exatamentepor não se acanharem em demonstrar que ali a realidade está cruae nua, arevelar queum sem númerodebrasileiros está sujeitoa ter o mesmo destino de um Deco, de umNaldinho ou de uma Karinna. O resultado que se vê é caloroso. Sérgio Machado se valedetudo isso efaz cinema comoquem desenha.Filma comosecriasse umpoema pintado em cores fortes. Foge de clichês folclóricos; dá banana aos estereótipos; não ressalta nem idealiza possíveis mocinhos nembandidos populares. Dá asas à vivacidadee a explode na tela.

piração, que pode ser regrada em benefício daboa saúde.Ataca "aindústriadasdietas", aoafirmarque"comer demais é problema, comer de menostambém".Departicular interesse são suas crônicassobre as dificuldadessexuais –ataca especialmenteoque chama de"estranhas fantasias" sobre o sexo, os "mitos" sobre a menopausa, vê o que há de "mitologiae verdadecientífica" nas noções comuns sobre a sexualidade, discute "o normal e o patológico" nas questões de ciúme. Acima de tudo, Scliar aconselha que o casal discuta francamente as suas dificuldades sexuais, não se limitando ao famoso "Foi bom para você?", mas falando umao outro bem claramente sobre o quesente e o que deixa desentir, sobreo quegostaria e o que não gostaria que fosse feito. Numacrônicaaomesmotempocuriosae importante, Scliar mostra como a impotência masculina pode ser usada nostribunais, pelamulher, comomotivo de separação e de divórcio, em diferentes países.

Como bom médico, o autor nos chama aatenção para o fatode que coisas que nos parecem doentias, como a dor, a ansiedade e o esquecimento, podem ter função terapêu-

tica. Ele ilustra essa situação com o fato, bem conhecido dos médicos, de quehá pessoasque nascemcom a incapacidade congênita de sentir dor–edequeissoestálonge de constituir uma benção. A pessoa que não sente dor, por exemplo, está maissujeita asofrer queimaduras graves do que as pessoascomuns; além do que não percebe que fraturou ossos e assimdemora a receber os cuidadosadequadosparaessas

situações, ede tudoisso, inferimos, decorre umamortalidade maisprecoce. Em suma, uma reunião de bons conselhos.

Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de "Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória " (Ediouro), e do romance internético "O Poder Virtual (www.carosamigos.com.br).

Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, ed. A Girafa.
Feira
Vaidades:
Três trambiqueiros em Salvador: ótimas atuações
Videofilmes/Divulgação
Moacyr Scliar e seu livro: a arma didática poderosa é o seu delicioso e proverbial humor
Fotos: Divulgação
Imagem Filmes/Divulgação
Fotos: Columbia Pictures/Divulgação

GASTRONOMIA

Comida para agradar ao cérebro e

ficar na memória

Chef alemão dá

curso na cidade

Lúcia Helena de Camargo

Heinz Beck é alemão, mas comanda há 11 anos a cozinha italiana do restaurante La Pergola, localizado no último andar do Hotel Cavalieri Hilton, único da cidade a conquistar a cotação máxima de três estrelas do Guia Michelin, o mais respeitado e concorrido guia gastronômico do mundo. Perder ou ganhar uma estrela já levou casas à fortuna ou à bancarrota, e chefs ao prestígio global e ao suicídio. Pela primeira vez no Brasil, a convite da Universidade Anhembi Morumbi e e da marca italiana De Cecco, Beck ministra na próxima terça, dia 17, a aula A Arte da Sedução dos Neurônios através da Boa Comida, no Centro de Gastronomia da universidade. Além de aprender alguns segredos culinários do famoso chef, os participantes poderão degustar dois pratos executados por ele durante o workshop, pelo qual cada aluno paga R$ 120. No dia seguinte, quarta (18) ele chefia a cozinha em jantar no restaurante Leopolldina, que funciona dentro da loja Daslu. Misturando a culinária italiana e brasileira, terá pratos como carpaccio de lagostim sobre gelatina de limão com papaia, caviar e granita de cachaça e filé de robalo em crosta de verduras sobre caldo de feijão preto. A R$ 350 por pessoa, o evento já está com convites esgotados. Uma das lições mais enfatizadas pelo chef diz respeito ao movimento slow food, que surgiu na Europa e vem ganhando adeptos ao redor do mundo. Ele prega a redução no ritmo da vida diária e que as pessoas dediquem mais tempo às refeições, saboreando cada prato demorada e atentamente. "Jantares e almoços devem ser momentos prazerosos, de paz e reflexão", diz. Dessa premissa parte o curso. Ele pretende explicar que os neurônios permitem estabelecer uma conexão direta entre os sabores desfrutados e a memória afetiva mais remota. "Aliar lembranças agradáveis às possibilidades da gastronomia significa permitir o engrandecimento da alma", completa Beck. Na pauta da aula estão ainda explanações sobre como imprimir na comida os próprios sentimentos, usando como ferramentas a harmonia de cores, sabores e aromas.

Depois de passar uma semana fazendo turismo no Rio de Janeiro, Beck chega a São Paulo para trabalhar. Assim, além da aula e do jantar, também lança na cidade seu livro Arte e Ciência do Serviço, publicado pela editora Anhembi Morumbi, às 18h, na Livraria Mille Foglie (Rua da Consolação, 3542, Jardins, tel: 113083-6777). Com 400 páginas, cada exemplar custará R$ 220. A obra traz orientações sobre a atividade de receber e servir, desde organização da mesa ao gerenciamento dos restaurantes e decoração do ambiente.

HAPPY HOUR

Na parede, posters de jazzistas. O espaço para charutaria. Casa abre às 17h30 e funciona até o último cliente. Nas nas quintas, sextas e sábados, conjuntos tocam às 21h.

Armando Serra Negra

Acada ano o público é brindado com inúmeros bares e restaurantes novos, geralmente inaugurados antes das festas, entre novembro e dezembro. Seguem o adágio da entrada com o pé direito, pulando as sete ondinhas. Um deles é o Miquelina Bar e Arte, especial pela proposta: "Estamos na fronteira entre os bairros e o centro", explica Lorival Weckwerth, um dos sócios, tomando uma iniciativa de nível, diante da revitalização do centro de São Paulo.

Na única cidade do mundo em que o metro quadrado central é menos valorizado do que o periférico, ele criou um boteco transado e inspirado em épocas passadas: localização, decoração, iluminação, atendimento, menu, animação com música ao vivo, reunidos numa casa antiga finamente restaurada.

promocionais para doses do uísque irlandês Jameson (R$ 9), e escoceses Chivas Reagal 12 anos (R$ 12), 18 anos (R$ 25) e Royal Salute 21 anos (R$ 70); este, destilado à saúde da rainha Elizabeth II, por sua coroação em 1953, e sob a salva de 21 tiros de canhão.

ADEGA Vinhos verdes

Leve, é o mais indicado no verão

Sérgio de Paula Santos

Verão, calor, é a época ideal para se consumir o vinho verde. Leve, fresco e acidulado, com baixo teor alcoólico, é o vinho mais indicado para a ocasião. De modo algum é um vinho sazonal; pode (e deve) ser tomado sempre, mas sabe melhor, como se diz em Portugal, no verão. Cabe sempre lembrar que no caso, "verde" não é cor, mas tipo de vinho. O "verde" – opõe-se a maduro – é produzido a partir de variedades de uvas que não atingem um teor de açúcar alto, delas resultando um vinho seco, acidulado, fresco, pouco alcoolizado e elegante. O sabor característico do vinho verde é condicionado por três fatores:

1) A(s) uva(s), como já se falou, que mesmo em madura ácida e com pouco açúcar.

2) O microclima, da região entre os rios Douro e Minho, no norte de Portugal. Como o Minho corresponde à fronteira entre Portugal e Espanha, na margem direita do rio, na Galícia espanhola, o micro clima também propicia vinhos verdes regionais, e por sinal, muito bons.

3) A vinificação, em que ocorre além da fermentação alcoólica, uma segunda fermentação maleo-lática, que é normal em vinhos tintos e excepcional nos brancos. Destas fermentações resultam um depósito, um pó branco, às vezes abundante (de tartaratos), nos verdes tintos, motivo pelo qual é chamado de "vinho-farinha."

Por muito tempo o vinho verde foi considerado um vinho secundário, mesmo em sua terra, talvez por ser produzido também domesticamente, para consumo familiar ou possivelmente também por sua curta vida – o vinho deve ser consumido bem jovem, em dois ou três anos. Com as alterações pelas quais vem passando a vitivinicultura de Portugal, a sensível melhoria da qualidade dos vinhos do Douro e do Alentejo, chegou agora à região dos Vinhos Verdes, com o controle rigoroso das fermentações e seleção de castas e leveduras. Do ponto de vista histórico o cultivo de vinho no Minho é anterior à nacionalidade e mesmo aos romanos, datando de dois mil anos, e tendo, ao contrário da maioria das outras regiões da península, sofrido muito pouco sob o domínio muçulmano, de 8 séculos, em que a vitivinicultura foi prejudicada. Com relação ao comércio, existem documentos, do Século XIV, relativos ao envio do vinho de Monções à Inglaterra. Escolhemos para as degustações de hoje dois vinhos verdes brancos, bem representativos da vinicultura do Minho a tradicional e a moderna.

Casal Garcia Vinho Verde Branco2004

É o protótipo do vinho verde tradicional, de baixo teor alcoólico, 9,5° GL. Vinho de coloração amarelo-pálida, com reflexos esverdeados, de aroma floral. O vinho, bem jovem, é leve, fresco, acidulado e elegante. Nítida "agulha" (sensação picante na boca), o que o torna muito agradável. Acompanha bem peixes e frutos do mar, com os quais faz um "maridage" perfeito. Ótimo custo-benefício. Elaborado pela empresa Aveleda, comprado na rede Pão de Açúcar. Preço: R$ 32. Avaliação 82/100.

Alvarinho Deu La Deu 2003 - Branco

O vinho leva o nome da variedade da uva de que resulta, a Alvarinho, cepa emblemática do Minho e uma das mais interessantes uvas brancas da penínsulas, com grandes vinhos, bem característicos. De aroma floral delicado, lembra um Riesling renamo. Na boca é igualmente delicado, frutado, fresco e acidulado, com agulha não muito intensa. O vinho é produzido pela Adega Cooperativa de Monção e é um dos grandes Alvarinhos, os mais reputados de todos os vinhos verdes. Casa-se igualmente bem como mariscos e frutos do mar. Adquirido na Casa Santa Luzia, Alameda Lorena, 1.471, tel.: (11) 3083-5844. Preço: R$ 71. Avaliação 84/100.

Cotações:

Estratégia inteligente: bancos, escritórios e órgãos públicos de um lado (Câmara dos Vereadores, Fórum João Mendes etc), teatros do outro (Imprensa, Abril, Bibi Ferreira, Oficina, TBC), o Miquelina é ponte entre as regiões. "Traremos a boemia paulistana de volta à origem". Posters de jazzistas aguardam os clientes a partir das 17h30, despedindose do último quando vai embora. No palco, os conjuntos afinam os instrumentos a partir das 21h nas quintas, sextas e sábados, no vão da escada artnouveau, acesso para os outros dois andares.

No copo, cervejas e drinques criativos

O empresário não cede à cartelização: "A Imbev não permite trabalhar com outras cervejas – nacionais ou importadas – que não sejam de sua linha, e não estamos a fim de atar o rabo com ninguém". Por isso, o bar é dos poucos a oferecer a Itaipava, fabricada em Petrópolis, que vem ampliando cada vez mais seu mercado devido à higiene incomparável das latinhas. As únicas com "camisinha" – papel alumínio envolvendo a tampa –protegem os consumidores do contágio por leptospirose, doença fatal transmitida por urina de rato. Entre as vítimas, o pai de Daniella Sarahyba, modelo de renome internacional, quando a menina tinha apenas dez anos de idade. Questão de saúde pública, a precaução deveria ampliarse a todas as latas, sem exceção, por lei. Sede: long neck loira (R$ 3), morena (R$ 3,50); caipirinha (R$ 8), caipiroska (R$ 9). Fome: picadinho da madrugada (R$ 16), picanha aperitivo (R$ 21), mix de cogumelos (R$ 22). Seja recebido pelo sorriso de Érika à porta, penacho na cabeça ao estilo can-can, e curta o centro!

Privilegiando a distribuidora Pernot Riccard (proprietária da Seagram), além de 20 outros rótulos, têm preços

● Regular - 50 a 60 pontos sobre 100 possíveis

● Bom - 60 a 70 pontos

● Muito Bom - 70 a 80 pontos

● Ótimo - 80 a 90 pontos

● Excelente - acima de 90 pontos.

Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (FIJEV), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac São Paulo, 2003. Um

Gattinara para Eurípides

Vinhos e uma boa mesa. E está montado o cenário ideal para o encontro entre paixão e ciência. Pelo menos no premiado romance "Aqueles Cães Malditos de Arquelau" (Editora 34), de Isaías Pessotti. Ex-professor titular de Psicologia da USP, especialista em história da loucura, ele mesmo louco por manuscritos e cozinha, o nosso Umberto Eco (modesto, Pessotti só admite a admiração pelo escritor de O Nome da Rosa) faz na sua ficção a defesa intransigente do estar à mesa. De preferência, acompanhado de Barbarescos "dionisíacos", Barberas "honestíssimos" e Gattinaras. O vinho Gattinara, elaborado com as uvas Nebiollo e um pouco de Bonarda, é de um vermelho intenso, perfumado como violeta. saído da região de Vercelli, casa bem com a história de Pessotti, já que teve como entusiasta um cardeal com nome de arroz, Mercurio Arborio. Em Aqueles Cães... , jovens pesquisadores, anos 60, estão debruçados sobre o

Commentarium, manuscrito inédito do século XV assinado por um desconhecido Lutércio. O grupo estuda em Milão, mas busca pistas em todo o fértil terreno piemontês, entre villas, igrejas, conventos e estradinhas. (Ah! E trattorias!). Sensibilidade e razão equilibradas graças aos vinhos locais, os acadêmicos cruzam informações e descobrem: o autor do Commentarium é Luís III de Monferrato, que teve de se esconder sob o pseudônimo Lutércio para fazer um elogio eloqüente ao grego Eurípides, "Cavaleiro da Paixão", e à sua galeria de figuras: Medéia, Orestes, Fedra, Hipolito, Ifigênia e Dioniso.

Fotos:
Miquelina Bar e Arte - Rua Francisca Miquelina, 306, Bela Vista, tel.: (11) 3107-5506.

Meirelles entra galeria dos clássicos

OJardineiro Fiel (The Constant Gardener), de Fernando Meirelles, concorre este ano em três categorias do Globo de Ouro, prestigiada premiação de cinema que antecede ao Oscar. O filme está no páreo para Melhor Filme - Drama; Melhor Atriz Coadjuvante (Rachel Weisz) e Melhor Diretor. Meireles tem como adversários Woody Allen (Match Point), George Clooney (Good Night, and Good Luck)e Peter Jackson (King Kong). O Globo de Ouro, com 13 categorias para cinema e 11 para televisão, é organizado pela Hollywood Foreign Press Association (associação de imprensa estrangeira de Hollywood), um grupo de cerca de 90 jornalistas. A lista de vencedores sai no dia 16 (segunda-feira), pouco antes do anúncio dos indicados ao Oscar. Este ano, o ator Anthony Hopkins vai receber o prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto da obra.

Quando o cinema nasce da literatura

Quem vence no jogo das adaptações?

Ronaldo Gomes

Aadaptação de um livro, como é o caso de O Jardineiro Fiel, dirigido por Fernando Meirelles, é a fórmula mais consagrada do cinema. Oprimeiro filme americano, como hoje é entendido – que conta uma história,comcomeço meioefim–foibaseado naobrade

Thomas F. Dixon Jr. Nascimento de Uma Nação, dirigido por D. W. Griffith, é de 1915.

Desdeasprimeirasdécadasdoséculo20,quandocomeçou a se popularizar, o cinemacontou com a literatura como principal e quase exclusiva fonte. F.W.Murnau disfarçou a história de Drácula, em 1922, para fazer Nosferatu, porque não havia conseguido os direitos para filmar o romance de Bram Stoker.Mudou apenas onome dopersonagem principal, interpretado por Max Schreck, e os lugares onde a trama se desenrola.

Matrixmistura tudo. Faz literatura de ficção, exercício de roteiro, quebracabeças com games. É uma nova linguagem, determinada a desafiar limites.

AGuerra dosMundos, clássico da ficção científica, baseado em H.G. Wells (à esq.).)

Mais fielao originalde VictorHugo, AlbertCapellani havia escalado Henri Krauss para o papel de Quasímodo em Notre-Dame de Paris,já em1911.Sónaversãoamericana de Wallace Worsley, feita em 1923, o corcunda entraria no título do filme, com marcante atuação, embora muda,deLonChaney. Depoisdele,vieramdezenas. Charles Laughton, Anthony Quinn e Anthony Hopkins foram algunsdos atoresque interpretaramQuasímodo ao longo do século passado.

Apenas para as adaptações de Stephen King seriam necessárias centenas de páginas e muitas mais para Shakespeare. Mas um grande escritor não garante nada. Ótimos livros derampéssimosfilmes e, às vezes, histórias fracas,confusasounomáximopassáveis, resultaram muito bem nas telas.

As exceções só apareceram na virada para o século 21, com Quentin Tarantino, que trabalha a partir do próprio cinemaedeantigassériesdeTV;comasváriasadaptaçõesde games, como Tomb Raider; e comos irmãos Andy e Larry Wachowski natrilogia Matrix, quemistura quasetudo que se move ou rasteja. Mas a literatura nunca deixou de ser a base principal e o problema pararoteiristas e diretores continuouo mesmo: comotranspor parao cinemaoconteúdo deum livro?O que é"filmável",porexemplo,naobradeJamesJoyce? Quemrespondeu foioutro"irlandês",John Huston,em Os Vivose osMortos,seu últimofilme. Comaajuda dosfilhos Tony(roteirista)e Anjelica(atriz),Hustonnos legaumtrabalho sensívele delicadoa partirde Dublinenses. Usando muitomaisaatmosferacriadapelasimagensepelodesempenhodosatoresdoquepropriamentepelotexto,odiretor constrói a mais bela despedida que poderia dar à sua família e a seu público. Não podemos esquecer, porém, que cada livro e cada filme são únicos e, por isso, exigem soluções diferentes. Uma fórmula muito usada pelo cinema americano, no entanto, é a "atualização"e "realocação"dahistória, criandopontos de referência e contato com o público médio, como no caso da nova versão de Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Nela, StevenSpielberg reduza tragédiadeuma guerrainterplanetáriaaodrama dorompimentodocotidiano deumafamília nova-iorquina. Ocasomaisincrível,atéhoje,éodeCharlieKaufmanque como sugestivotítulo Adaptação contaahistória dopróprio trabalho de fazer umroteiro baseado num livro sobre orquídeas, juntocom um irmão gêmeoinventado exclusivamente para o filme. Enquanto eles se digladiam para ver quem"adapta"melhor, opúblicovaiassistindo oqueestá sendo feito por ambos (interpretados por Nicolas Cage). Fazer um roteiropara cinema é transformaruma narrativa naquilo que pode ser visto e ouvido. A sucessão de cenas deve proporcionar umentendimento perfeito de todososaspectos dahistória.QuandoDavidCronen-

berg decidiu dirigir Spider em 2002, pediua Patrick McGrath um roteiro sobre sua própria obra. A primeira versão, conta o diretor, não tinha nada de cinematográfico. Foi preciso muita discussão para convencer Mcgrath de que era necessário mudar para obter na tela o mesmo efeito perturbador do romance.

A fidelidade de Meirelles

Em Cidade deDeus, trabalho anterior deFernando Meirelles, o roteiro foi a parte mais demorada da produção. No filme vários personagens do livrode Paulo Lins desapareceram e outros foram fundidos. O roteirista Bráulio Mantovani também criou um narrador para dar coesão a uma história que teve vários episódios cortados ou condensados. Mas um roteiro está longe de ser um filme. A diferença é a mesma entre ler uma partitura e ouvir uma sinfonia. E exige de toda a equipe omesmo entrosamento que dos músicos de uma orquestra. O Jardineiro Fiel não é exceção.

Desde 1965,quando MartinRitt dirigiu O Espiãoque Veio do Frio, com Richard Burton no papel principal e roteiro de Paul Dehn, John le Carré se tornou sinônimo de sucesso natela, sejano cinemaou naTV. Commais de umadezenadeadaptações,àsvezescom roteiropróprio, le Carré chegou mesmo a produzir. Seus livros, que no começotratavam da GuerraFria enunca abandonaram totalmente o ambiente da espionagem, têm sempre um tom escuro e uma visão ácida do mundo.

Em O Jardineiro Fiel, a história de John le Carré é contada, em boa parte, do odioso ponto de vista de Sandy Woodrow, umtípicodiplomataocidentaleumcrápula,um homem perdidamenteapaixonado que,comooescorpião daanedota, nãoconsegue superar opróprio caráter. Olivro nos mostraosabjetos meandrosdapolítica internacionale a corrupção inerente à pobreza do terceiro mundo. Nele, a Áfricaéoquesempreestarámaisalém,omundoquenunca será entendido pelo Ocidente, que ausa edescarta sem mesmo se aproximar dela.

Jáofilme ébemdiferente.As cenassãoredistribuídas, revelando o enredo lentamente, em meio a doses fartas de desconfiança e preconceito, nosso preconceito. Tessa -- Rachel Weisz em atuação apaixonada -- é uma ativista radical que não teme nem o amor de um diplomata britânico. Ralph Fiennes desempenha o contido e sensível Justin Quayle, que só está feliz em seu jardim ou ao lado da mulher, enquanto a sombraArnold Bluhm -- HubertKoundé, encarnando um Oteloàsavessas- cresce dominandoumambiente que cultiva a hipocrisia.

A história é despida de seus aspectos mais detetivescos e sereduz aoessencial. Adireção deMeirelles ésegura a pontodechamaraatençãoparaaqualidadedossapatosde Justin,quedestoamdetodo ocontinenteafricano,sem usar o recurso óbvio do close. E se mantém, ao contráriodo que afirmaram muitos,esteticamente irrepreensível ao fotografar a pobreza.

Na tela, O Jardineiro Fiel é o que se pode ver e ouvir e muito mais, é uma cara para a África.A câmera na mão, emplanos aparentementeimprovisados, comonum telejornal,mostra o povo nas ruas e mercados. Povo pobre ao mesmo tempo sofrido e belo,mas nãoumamultidão.São homens, mulheres ecriançascom expressões naface,exibindoocolorido dasroupas, são gentecom sentimento e uma cultura que independe de dinheiro.

O que Meirellesnos faz compreender é o que levou Tessa a lutar até o fim eacaboutransformandoJustinaolongodesuabusca porconhecê-la.Ofilme nos dá achancede entender os sentimentos quemovem ospersonagens: o profundo amor de um homem por uma mulher e de uma mulher pela humanidade. Podemos pedir mais?

Nas fotos maiores: NascimentodeUma

Nação(alto), O JardineiroFiele Cidade de Deus (cartaz francês).

Acima, D. W. Griffith, diretor de NascimentodeUma

Naçãoe Fernando Meirelles, que dirigiu OJardineiroFiele CidadedeDeus.Na foto maior, abaixo, Klaus Kinski em Nosferatu, filme de Werner Herzog.

Stoker
Hugo
Dixon King
Joyce Carré

A mulher ideal é uma mistura de coisas para mim. Deveria sorrir como Nicole Kidman, ter a personalidade de Julia Roberts, a ambição de Jennifer Lopez e o corpo de Michelle Pfeiffer. Beleza é essencial.

Do ator norte-americano George Clooney, um dos mais cobiçados de Hollywood, ao afirmar que talvez nunca se case. No jornal The Sun.

REESTRÉIA

Recolhimento de IRRF, Cofins, Pis-Pasep e IPI 180 anos da execução de Frei Caneca (ao lado, em óleo de Murilo la Greca) que proclamou a Confederação do Equador em 1824

Lazer ameaçado

Greve de funcionários deixa parques paulistanos sem serviço de limpeza

Desdeterça-feiranãoé feitaa limpezade seis parques da cidade. O motivo é a greve dos funcionários da empresa contratada pela Prefeitura para a manutenção - a Dima Construçõese Serviços. NoParque do Carmo, zona leste, a administração foiobrigada ainterditarosbanheiros porcausa do acúmulodesujeira.NoTrianon, nosJardins,hálixoe folhas espalhadospelo chãoe aslixeiras estão transbordando.

O espetáculo Milágrimas, criado e dirigido por Ivaldo Bertazzo, volta ao cartaz com a participação de 42 jovens bailarinos. Teatro Sesc Pinheiros. Rua Paes

195.

3095-9400. 21h. R$ 20.

R ELIGIÃO

Vaticano resgata honra de Judas

Judas Iscariotes, o discípulo que traiu Jesus com um beijo, vai ganhar uma nova chance na fé dos católicos. O Vaticano propôs a "reabilitação" do homem que recebeu "30 moedas de prata" para revelar aos soldados romanos quem era o homem que se dizia filho de Deus. O argumento do Vaticano para tentar resgatar a imagem do discípulo - durante séculos um "bode expiatório" do cristianismo e malhado em manifestações de rua no Sábado de Aleluia - é simples: Judas não era deliberadamente mal, ele apenas "cumpriu um papel nos planos

F UTEBOL

Na contagem regressiva para chegar ao gol mil, Romário marcou ontem mais dois, contra o Rio Branco. Agora, faltam só 56 gols para chegar lá.

S AÚDE

Remédios antiaids, agora mais baratos

A Fundação Bill Clinton anunciou ontem um acordo com quatro indústrias para reduzir os preços de medicamentos antiaids, kits de diagnóstico e testes para acompanhamento da doença. Os preços cairão até 30%. Desde o ano passado, o Brasil está habilitado para comprar remédios via fundação. Mas a lista de produtos vendidos com descontos não era atrativa para o governo: a maioria dos itens já era produzida por laboratórios nacionais. Agora, o País deve economizar US$ 24 milhões por ano.

G @DGETDUJOUR

Mouse, mas pode chamar de cartão

divinos". Segundo o jornal London Times, a proposta é do monsenhor Walter Brandmuller, que comanda o Comitê Pontifício de Ciência Histórica e acredita que a revisão da história de Judas "resolveria o problema de uma aparente falta de piedade de Cristo em relação a seus discípulos". A reabilitação de Judas poderia, também, ajudar o Vaticano - em especial o papa Bento XVI, com sua mal explicada relação com o regime nazista, na juventude - a aprimorar o relacionamento entre cristãos e judeus, uma das prioridades de seu pontificado.

C IÊNCIA

Britânicos tentam clone mezzo a mezzo Um grupo de pesquisadores da universidade londrina de King's College pretende clonar embriões a partir de óvulos de coelho e núcleos de células humanas. Os embriões seriam formados, na maior parte, por matéria procedente de coelhos, mas teriam DNA humano e seriam usados exclusivamente na pesquisa sobre o desenvolvimento de células-tronco e doenças genéticas. A idéia teve como base a lendária fertilidade dos coelhos.

T RABALHO

Beleza rende salários mais altos

Pessoas de boa aparência conseguem melhor remuneração. A constatação daquilo que era apenas uma desconfiança é do estudo O Impacto Socioeconômico da Beleza, da Universidade Federal Fluminense. O estudo indica que as pessoas bem cuidadas conseguem obter uma remuneração de 5% a 10% superior a das pessoas consideradas de aparência simples. O diferencial de salários vale tanto para homens quanto para mulheres e é controlado por outras variáveis, como educação e experiência.

F AVORITOS

Trabalho e emprego em tempo real

No Parque daIndependência, zona sul, oadministrador DanielVarelaconseguiu convenceralgunsgrevistasalimparem os sanitários. "Aslixeiras ainda comportampapéis eembalagensjogadas pelosvisitantes,porque nomeio dasemana eles são poucos", disse Varela.

Na PraçaBuenosAires,em

Higienópolis, a varrição não está sendofeita e aslixeiras já estão lotadas. "A situação deve seagravar nofim desemana", disse o administrador da área, Euler Paixão Alves Peixoto. "A Dima ainda não pagou o 13ºsalárionemfezopagamento do mês dedezembro", informou João Luiz Bossilo, assessor da Imprensa do Siemaco, sindicato dostrabalhadores emconservação e limpeza urbana de São Paulo. "Desde novembro a empresa não fornece tíquetesrefeição e cesta básica."

Na quarta-feira, os trabalhadores fizeram uma protesto. "Aempresaalegou que não tem dinheiro nem parafornecerovale-transporte eestá commuitas dívidas",explicou Bossilo. ADimanãoquiscomentar o assunto.

ASecretariadoVerde edo

Meio Ambienteafirmouque não fezos pagamentos à Dima relativos a outubro e novembro -oprazoparaquitaroserviçode dezembro vence no fim deste mês."Nãofizemosospagamentosporquea empresanãoapresentou os documentos que comprovam que ela cumpriu as obrigações trabalhistascom os funcionários, como repasse ao INSSeao FGTSefornecimento decestasbásicas", disseochefe de gabinete da secretaria, Hélio Neves."Alei meimpedepagamentossea empresanãocumpre essa exigência." Ontem, Dimaapresentouos documentos deoutubro. Opagamento deve ser liberado hoje. A empresa assinou contrato com a Prefeitura em junho e teria comprovado, então, capacidadefinanceiraparacumpriras obrigações trabalhistas. (AE)

FINAL FELIZ - Sete mineiros da Ucrânia foram resgatados ontem com vida de uma explosão na mina de carvão onde trabalhavam, no interior do país. Na semana passada, doze norte-americanos morreram em acidente semelhante na Virgínia Ocidental.

R OCK

U2, em um só show

Teremos apenas um Beautiful Day com o U2 em fevereiro. Depois de muitas especulações, apenas o show do dia 20 no estádio do Morumbi, em São Paulo,foi confirmado ontem. A prometida apresentação do dia 21 ainda é uma incógnita e "depende de confirmação da banda".

Oespetáculofazparte da Turnê Vertigo 2006 e a venda de ingressoscomeça napróximasegunda-feira, apartir das10h nas lojas do Pão de Açúcar (veja lista abaixo)

Reprodução

U2 incluiu o Brasil na turnê Vertigo graças a uma mãozinha do jogador Ronaldo

Rival da Barbie é sucesso de vendas

O império da boneca norteamericana Barbie foi definitivamente destruído, pelo menos nos países árabes, por uma boneca de véu e toda coberta. Lançada há quase um ano, a boneca Fulla, que tem quase as mesmas medidas da Barbie e foi uma criação da indústria de brinquedos para valorizar os "valores muçulmanos". A boneca vem com véu e hijab (um vestido usado por muçulmanas por cima das roupas que cobre o corpo e deixa o rosto e as mãos de fora), além de um tapete para orações, cor-derosa. A boneca é a mais popular no Egito e no Kuwait.

TV e jornais ignoram conflitos

Conflitos e crises graves não têm espaço na mídia, denunciou ontem o grupo Médicos sem Fronteiras (MSF). "O silêncio é o melhor aliado da injustiça", disse Nicolas de Torrente, diretor norteamericano do grupo. O MSF divulgou sua lista anual sobre as dez histórias de catástrofe humanitária que menos atenção receberam dos meios de comunicação. O continente mais pobre do mundo, a África, foi palco de metade das piores crises listadas - República Democrática do Congo, Sudão, Somália, Uganda e Costa do Marfim. Outros locais esquecidos são Haiti, a Colômbia, o norte da Índia e a Chechênia. A falta de atenção sobre a necessidade de pesquisa sobre a aids e avanços no combate à doença completa a lista de notícias não divulgadas.

Pantanal sob ameaça

O mouse MoGo é um exemplar da nova geração de mouses, mais confortáveis e ergonômicos. Sem cabos para atrapalhar, o MoGo usa a tecnologia bluetooth para se conectar ao computador. Criado para laptops, é fino como um cartão e pode ser guardado dentro do próprio laptop, na área para PC Cards. O lançamento será em março e o preço, US$ 70. www.newtonperipherals.com/ Mogo_Products.htm

O site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é o lugar certo para quem procura por informações trabalhistas. Abono salarial, segurança e saúde no trabalho, seguro desemprego e FGTS são apenas alguns dos temas abordados no portal. O internauta também encontra uma série de informações úteis no link Relações de Trabalho. A navegação pela página inicial pode terminar com uma visita ao museu virtual do ministério que mostra a história do trabalho no País, conquistas e evoluções. www.mte.gov.br

Mas ainda nãohá motivos para os fãs lamentarem o showúnico.Durante entrevista coletiva ontem, em São Paulo, os organizadoresdo evento informaram que o "estádio do Morumbi e a produção estão preparados tambémparaoshowdodia21".A esperança veionas declarações de Luiz Oscar Niemeyer e Alexandre Accioly, representantes da Planmusic eda Accioly Entretenimento. Alexandre Acciolycontou que a banda decidiu voltar aospalcos brasileiros em

A TÉLOGO

função de um telefonema do jogadorde futebolRonaldo paraovocalista doU2.Bono aproveitou a ligação para convidá-lo para a apresentação na Dinamarca e Ronaldo pediu,então, que abanda voltasse ao Brasil. O show de abertura, às 20h, será dabanda escocesaFranz Ferdinand.Acensura éde16 anos, mas os organizadores queremdiminuir a restrição para 14 anos. São aguardadas 73 mil pessoas. Os ingressos oscilam de R$ 200 a R$ 230, comdireitoameiaentradapara estudantes e limite de 10 unidades por pessoa. Paula Cunha

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site da Ticketronic (www.ticketronic.com.br) ou nas seguintes lojas da rede Pão de Açúcar: Lojas 24h: Santana: R. Voluntários da Pátria, 1723 Borba Gato: Av. Santo Amaro, 5460 Moema: Av. Ibirapuera, 3068 Tatuapé: Rua Serra de Japi s/n Real Parque: Av. Major Sylvio de Magalhães Padilha, 13.000 Ricardo Jafet: Rua Prof. Serafim Orlandi, 299 Outras lojas: Alphaville: Al. Madeira, 152 (Barueri) Shopping Villa Lobos: Av. das Nações Unidas, 4777 Jardim Paulista: Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 3126;

Uso intensivo de estradas dará direito a descontos de 2% a 50% em pedágios de SP

Israel: ministros do Likud deixam governo e anunciam filiação ao Kadima, de Ariel Sharon

Relatório da Anistia Internacional sobre assassinato de ativistas indígenas leva crise à Funai

A agência de notícias Reuters divulgou ontem que o Pantanal, "a maior área alagada do mundo", está sendo destruído pelo crescimento das fazendas e da atividade mineradora. Citando um relatório da ONG Conservation International. Apesar de menos comentado do que o caso da Amazônia, diz o texto da agência, o Pantanal, com seus 77.230 metros quadrados, tem sido igualmente afetado pelo desmatamento, que já destruiu 17% da vegetação natural. Se continuar o ritmo de destruição, em menos de 50 anos a área toda terá sido destruída. A Conservation International monitora a área com satélites e concluiu que no Paraguai, a destruição do Pantanal já atinge 45% da vegetação.

Alexander Khudotioply/Reuters
Leme,
Telefone:
Tasso Marcelo/AE

Débora vive a última tragédia de Nelson

A atriz global desce aos abismos rodrigueanos em

Oprimeiro Nelson Rodrigues na vida de DéboraFalabella é,naverdade,o últimoNelsonRodrigues.Concluída no início de 1980, durante um período em que o dramaturgojá estavahospitalizado,a peça A Serpente servecomoporta de entrada da jovem atriz mineira, que no momento vive Sarah Kubitschek na minissérie JK, no universorodriguiano no qual os incestos, traições, intrigas sexuais, assassinatos, suicídios e paixões proibidas são tão numerosos como os bicheiros na zona norte do Rio.

Em A Serpente, que veio a públicopoucos mesesantesde sua morte,NelsonRodrigues nãoeconomizouno tom ao narrar a história de duas irmãs, Ligia eGuida, que casamno mesmo dia e passam a dividir um único apartamento com seusrespectivos maridos.A parede queseparaos quartos dos doiscasais,noentanto, oculta umterrenopantanoso no qual o dramaturgo chafurda com um invejável talento folhetinesco. Nas dependências de Ligia (a atriz Mônica Ribeiro) não há sexo; seu marido, Décio,queixa-sedeuma persistentecrise de impotência que só lhe dá trégua na companhia de outrasmulheres. No quartodeGuida(Falabella),ao contrário,oslençóissãodesfeitos todas as noites.

Um anoapóso casamento, Ligiaprocura airmã,a quem presta contas de sua vida monástica ecomunica seudesejo de suicídio. Magnânima, Ligia recorre auma soluçãocaseira: empresta, poruma noite,seu próprio marido paraquea irmã sinta-se, finalmente, casada. "Esta atitude, que vai da generosidade àprepotência,desencadeia algunsfatos comos quais elanãopoderámais lidar", diz a atriz, que já começou, esta semana, a gravar em Campinas apróximanovela das seis da Globo, Sinhá Moça onde surge comoprotagonis-

A Serpente Sérgio

ta. "Ela dispôs do marido como se ele fosse sua propriedade. A felicidade fez com que Guida se sentisse a dona absoluta daquelelugar,maso preço aser pago é muito alto".

A Serpente é o segundo trabalho de DéboraFalabellasob a batuta da também mineira Yara de Novaes,quea dirigiu, no ano passado, em Noites Brancas, de Dostoievski,um espetáculo marcado pelo lirismo do texto domestrerussoeporumaatuaçãovertiginosa doelenco,submetido a um trabalho corporal que beirava a exaustão. Em A Serpente, o vigor físico continua exigido, mas apenas para acentuaro ritmo ligeiramente nervoso da montagem.

Em quase três décadas, A Serpente járecebeuperto de 50 montagens, o que não preocupa a diretora. "NelsonRodrigues possuialguns meandros nos quais cada encenador pode adentrar de maneira diferente. É possívelfazer milmontagens de cada uma desuas peças – e todas serão distintas".

Entre asdiferençaspropostas porNovaes, agora, estão um cenário engaiolado, cujos limitessão impostos porfios de náilon que violam a intimidade dos casais, e a trilha sonora calcada num funk que utiliza comoestribilho ospróprios diálogos da peça, como a sugerir um ar de videoclipe para esta última tragédiarodriguiana.Sealguém pensaremrir durantea encenação,osestímulos nãoprecisam serreprimidos."Nelsoné risívelem muitos aspectos. Os críticos diziam queele nuncaconseguiu escreverumatragédia pura, semprehouve oriso, mesmo comosinônimode nervosismo", tranqüiliza a diretora.

A Serpente, Teatro Faap, Rua Alagoas, 903, Higienópolis, tel.: (11) 3662-7233. Sexta e sábado às 21h, domingo às 18h. Ingressos de R$ 40 a R$ 50.

Arte, caminhos e desvarios

No fim dos anos 90, o público brasileiro foi apresentado à incensada dramaturgia de uma jovem escritora francesa de origem paquistanesa, Yasmina Reza, campeã de prêmios na Europa e nos Estados Unidos. A peça que abriu as portas dos teatros brasileiros para Yasmina foi ART, uma discussão sobre os caminhos – e os desvarios –da produção artística ao longo do século 20. Em sua primeira montagem nacional, a peça reuniu os atores Paulo Goulart, Paulo Gorgulho e Pedro Paulo Rangel. Depois de ART, um novo sucesso da dramaturga emplacou por aqui – Três Versões da Vida, com Denise Fraga à frente de

O viúvo Wilson (Chico Tenreiro) e o fanfarrão Orlando (Cuoco) com Kelly (Adriana Lessa), garota de programa que provoca a reviravolta no espetáculo

Terceira idade, versão divertida

um competente e hilariante elenco. ART está de volta a São Paulo, agora em montagem assinada por Alexandre Reinecke e com Mário Schoemberger, Tato Gabus Mendes e Marcos Breda no elenco. Os três vivem amigos próximos que começam a se estranham depois que um deles, o mais rico, gasta uma fortuna na compra da obra de um famoso artista plástico –mas o tal quadro não passa de uma moldura branca. (SR)

Francisco Cuoco, em O Último

Bolero

Francisco Cuoco é paulistanodoBráse formado pelaEscola de Arte Dramática da USP.Apesardisso,éumdosnomes mais arredios dos palcos de São Paulo. Sua última apresentaçãonacidade se deuem 1982, com a peça Heda Gabler, de Ibsen, em que dividiu a cena com aatrizDina Sfat. Apartir desta sexta, dia 13, o galã de novelas como Pecado Capital, Selva de Pedra e O Astro começaa redescobrir o caminho de casa. A responsável por este bilhete de voltadeCuocoàcidadeéapeça O Último Bolero, um divertido

retrato da terceira idade,que chega ao Teatro das Artes com direção deGracindo Júnior. "SeiquePauloAutran,Antonio Fagundes e Marcos Caruso têm um público cativo aqui em São Paulo", diz o ator. "Espero que eu também tenha. Chegou a hora de conferir".

Escrito por João Machado, filho do artista plástico Juarez Machado, O Último Bolero se passaaolongodeuma noite, emum pequeno apartamento em Copacabana, bairro que, segundo GracindoJúnior,pode ser visto comoa mais fiel amostragemdetodo o Riode Janeiro. É neste conjugado que moraoviúvoWilson(personagem doator ChicoTenreiro), homem de 73 anos que parece caminhar para a morte ocupado apenas em cultuar a saudade da ex-mulher, jogar enfadonhas partidas de xadrez e distribuir pão amanhecidopara ospombosdapraça.Seu melhor,e talvezúnico,amigo éo fanfarrão Orlando(Cuoco), que neste dia completa 77 anos e não parece nada preocupado em fazer um balanço de sua vida. Atéporque oresultado ocuparia uma única linha: ele foi sempre um folgado cheio de dívidas.

"Na noite em que Orlando completa 77 anosexplica Cuoco–seuamigo Wilsondecide fazer uma festinha. Mas está tudo deprimente demais, com três balõezinhos de gás decorando aquele apartamento minúsculo. Orlando, então, põe em prática um plano inusitado:convocapara afestauma garota deprograma,Kelly (Adriana Lessa), o que provoca uma grande reviravolta nos rumos do espetáculo". O Último Bolero é, naspalavras de Cuoco, uma peça que faz umretrato pouco convencional daquela fase da vida hoje chamadademelhoridade,apoliticamente incorreta velhice. "É o retrato hilariante e otimista de dois homens que já passaram dos70anosesempreencararam a vida de forma distinta", acres-

centa Gracindo Júnior. (SR) Apesarda presençadeuma garota de programaemcena, Cuoco garanteque o quese vê entre os personagens é uma relação muito mais afetuosa do que sexualizada. "A chegada de Kelly, é claro, põe fogo naqueles dois velhinhos, a ponto de Wilson providenciar às pressas meia dúzia de preservativos. Mas a prostituta compartilha, também, de um grande segredo, o que torna a história muito mais humana". Com O Último Bolero FranciscoCuocopretende agora dar início aum período em queo teatro passe a ocupar sua agenda com mais frequência. "Eu meafasteidos palcosporquea televisão sempre exigiu muito de mim. Quero aprender a conciliar teatro com televisão, como muitos atores fazem". (SR)

O Último Bolero, Teatro das Artes, Shopping Eldorado, tel.: (11) 3034-0075. Quinta e sábado, 21h; sexta 21h30 e domingo às 20h. Ingressos de R$ 30 a R$ 60.

Divulgação
Em cena, Mário Schoemberger, Tato Gabus Mendes e Marcos Breda
Débora Falabella: Sarah Kubitschek na minissérie JKe no palco, entra no universo rodriguiano dos incestos, traições, assassinatos e paixões
Cuoco: um grande segredo torna a história muito mais humana
ART, Teatro Procópio Ferreira, Rua Augusta, 2823, Bela Vista tel.: (11) 3083-4775. Espetáculos sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 19h. Preços dos ingressos: de R$ 40 a R$ 50.

MEDIDO PELO IPCA ACUMULA ALTA DE 5,69% EM 2005 E FICA ACIMA DA META DO BANCO CENTRAL

INFLAÇÃO É A MENOR DESDE 1998

das tarifas de transporte coletivo amenizaram a inflação medida pelo IPCA ao longo do ano passado

Meta deverá ser cumprida neste ano

OBrasil não terá dificuldadesem manterainflação dentro da meta para esteano, de 4,5%,com teto em 6,5%. "Será possível ficar até abaixo da meta, próximo a 4,2%", dizMarcela Prada,economista da consultoria Tendências. O cenário positivo desenhado porela deve contar, entreoutrositens, coma menor pressão do consumo. "Revisamoso cenárioparao PIB (ProdutoInternoBruto), comprojeçãode3,2%para2006

contra os 3,4% anteriores." O motivo,segundoela, foiadivulgação dos últimos dados da produção industrial, que não mostraram recuperação no quarto trimestre de 2005. A favorda meta –A desaceleração do IGP-Mem 2005 também pesa afavor da meta de 2006, ressaltam Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal e Alex Agostini, da Austin Rating. AAustin projetainflaçãode 4,7%para2006,comcenáriofa-

vorável no primeiro semestre e maior pressão no segundo, com recuperaçãodo preçodas commodities e eleições. Para Alfieri, o único fator de risco para cumprir a meta em 2006 poderia virdos debates eleitorais. "Se durante a campanha asteses populistasganharem corpojunto aoeleitorado, o mercado poderá se precipitar." Aindaassim,o acumulado chegaria no máximoaotetode6,5%, opinao economista da ACSP. (FL)

prefere negociar o valor com o inquilinoRosana Ramalho: sem reajustes

Donos de imóveis evitam reajustes

Engana-sequem pensa que inflação baixa é boa para todos os segmentos da economia brasileira. A afirmação é do administrador de empresas Cassiano Mathias, dono de quatro apartamentos nazona nortede São Paulo. Pressionados pelos baixos índices geraisde preços (IGP-M e IGP-DI)e pela grande oferta de mercado, proprietários deimóveis passaram a abrir mão dos reajustes contratuais de aluguéis. O motoristaMarco Rodrigues conseguiuconvencer o proprietário dosobrado de dois quartos onde mora, na zona oeste da cidade, a desistir doreajuste do contratode locaçãoque venceu emdezembro. "Pago R$ 650 mensais e ele queria aumentar para R$ 800. Mas como sabe que eu sou bom inquilino e pago em dia, ele aceitou manter o preço." Há dois anos,a consultora de vendasMaria do Carmo Inácio nãofazreajustes nos contratos de aluguéis dos três imóveis da família, na zona sul dacidade."Épreferívelmanter ovaloracorrer oriscodeperder um bominquilino eter o imóvel vazio por meses. O prejuízo seria bem maior."

Ela também prefere acertar a negociaçãodiretocomo locatário. "Sem correções nos valores, não há sentido algum ter de repassar 6% do valor do aluguel para uma imobiliária administrar o negócio", disse. Regraprópria –Quando Maria do Carmodeciderene-

gociar a quantia paga mensalmente, ela não se prende às taxas existentes no mercado. "A conversa é direto com o inquilino. Geralmente, acertamos um acréscimo de 10%", disse. O método pode soar estranho, posto que o IGP-M encerrou o ano de 2005 com a taxa histórica de 1,21%, mas este parece ser o comumentre os proprietários que negociam os aluguéissem ointermédio das imobiliárias.O queimpera, explicou o analista de sistemas Clóvis Freitas, é o consenso entre as duas partes. Freitas tem cinco imóveis alugados sob a mesma regra. "Passei cincoanos semreajustar o valor dos imóveis. Recentemente, aumentei oaluguel deumapartamento de dois quartos no Brooklin", contou. Ele queria passar de R$ 550 para R$ 800. Acabou acertando o reajuste para R$ 700. "A negociação atendeu parte do meu propósito sem complicar o orçamento do inquilino."

Segundo a técnicade enfermagem Rosana Rita Ramalho da Silva, que tem três imóveis da família alugados, a situação domercadoimobiliário caminha às avessas. "Há mais de dez anos, as taxas de reajustes variavam de 30%a 40%.

Atualmente, não consigo nem fazer o reajuste irrisóriodo IGP-M porque os inquilinos se negam a pagar", disse. Ilusão – Parao economista daGRCVisãoJason Vieira, é ilusório afirmar que quando a inflação é baixa alguns setores

Aredução da alta nos preços dos transportes edosalimentos foi a principal contribuição para que a inflação recuasse dos0,55% registradosem novembro para 0,36%, emdezembro. Comessa performance, a inflação oficial de 2005, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),acumulou 5,69% contra 7,6% em 2004. É o menor índice desde 1998, quando o acumulado ficou em 1,65%. O resultado ficou acima da meta estipulada pelo Banco Central, que era de 5,1%, mas dentro do teto, de 7%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),responsável pelaapuraçãodoíndice, pesarama favordaredução dainflação anuala"boaoferta"de produtos agrícolas – apesar do decréscimo de 5,5% na safra do ano – e a estabilidade de preços em alguns itens, como os de higiene pessoal, por influência

do câmbio do dólar.

A pressãode alta veio dos reajustes nas passagens de ônibus urbanos em algumas capitais; do aumento nos preços internacionais do petróleo,com reflexo no preço local da gasolina; além dos salários dos empregados domésticos e tarifas deserviçospúblicos, como energia elétrica e telefone fixo.

Bom resultado – "A trajetória de queda do IPCA é nítida. O resultado (acumulado de 5,69%)está mais paraa meta, de 5,1%,do quepara oteto, de 7%. É um bom resultado", diz o economista Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal,daAssociaçãoComercial de São Paulo (ACSP). Alfieri comenta que nos últimos anos o acumulado da inflação temcaído,em média, doispontos. Foi 12,53% em 2002; 9,3%em 2003;7,6% em 2004, e agora, 5,69%. "Essa é a parte forte do governo Lula."

"Mas oPaís pagaem termos de crescimento e geração de

emprego. O Banco Central deveria dar um peso à inflação como prioridade número um, não como prioridade única", afirmaAlfieri.O ideal,ressalta, seria haver maior equilíbrio entre crescimento e inflação. Credibilidade– Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, também defende quepossaser feitoum ajuste no sistema de metas, ainda que considere o resultado do IPCA de 2005muito positivo.Agostini analisa, no entanto, que esse sistema pune muito a economia, porque trabalha com o "índice cheio", sem excluir os preços administrados. Como essesvaloresnãosofrem o efeito da política monetária (e se tem de alcançar uma meta), sobra pouca margem paraospreçoslivres, queacabam controlados pelos aumentos da taxa Selic pelo governo. "Juros altosatraem maisinvestidores, mas diminuem o ritmo da produção e do emprego."

Fátima Lourenço

da economiasaem perdendo. "Se os proprietários de imóveis sentem o impacto é porque os aluguéis sofrem com a demanda e a oferta. Quando há grande quantidade de imóveis nomercado,a possibilidade de negociação torna-se escassa", afirmou ele.

Não à toa, acrescentou o economista, os imóveis se transformaramnum dospioresinvestimentos financeiros."Soma-se a essa realidade o fato de o brasileiro estar acostumado a umacultura dejuros altos. Muitos reclamam, mas o IGPMnãoservepara darlucros. Eleé apenas uma ferramenta corretiva", ressaltou.

O advogado Éder Souza Rego, do grupo Hubert, que atua na intermediação de negócios e na administração de condomínios,também afirmouque a reclamaçãopor parte dos proprietários não faz sentido. "Coma estabilidade econômica do mercado nacional, ninguém tem perdas significativas. Nada justifica os proprietários quererem reajustes de 10% a 15%", disse.

Noentanto, Rego admitiu que, para sanar essaspequenasperdasdeajustes contratuais, amaioria dosproprietários passou a trabalhar com umamargem apelidada de "pseudo-perda". "Muitos supervalorizaramo preçoinicial doaluguel paracompensar a perda futura, que se traduz no baixo ou nenhum reajuste dos contratos", finalizou. Ana Laura Diniz

Preços
Maria do Carmo Inácio
Fotos: Tânia Rego/LUZ

OPINIÃO

RESENHA NACIONAL

DEOLHONAS

CANDIDATURAS

Apassagem de ano foi marcada, politicamente, por dois temas com alguma relevância: a autoconvocação extraordinária do Congresso e o anúncio pelo governo da Operação Tapa-Buraco nas estradas federais. A autoconvocação do Congresso vem sendo marcada por fortes críticas da opinião pública e da mídia. Com altos custos para os cofres públicos – calculase que algo em torno de R$ 100 milhões – o fato é que deputados e senadores não conseguiram produzir praticamente nada até este momento. E o anúncio Operação e de investimentos em outras obras de infra-estrutura

AcúpuladoPSDB terádedefinirum métodoparadecidir quemseráseu candidato,semfazer dopreteridoum derrotado.

proporcionou um juízo contraditório na mídia e em setores da opinião. Além destes temas, os espaços da imprensa vêm sendo ocupados de forma crescente pelas eleições. No âmbito dos governistas, o ministro das Relações Institucionais, Jacques Wagner, fez saber que o presidente Lula avaliará até final de março se lançará sua candidatura à reeleição. No PT crescem as pressões para que Lula defina logo sua candidatura. No âmbito do PMDB, armou-se nova disputa em torno da data da convenção que irá decidir se o partido terá ou não candidatura própria. O grupo independente - no qual se incluem os oposicionistas -, que controla a direção do partido, marcou a convenção para o dia 5 de março. Anthony Garotinho e o governador gaúcho, Germano Rigotto, ambos

pré-candidatos assumidos, estão particularmente interessados na manutenção desta data. Os governistas do PMDB, no entanto, querem adiar a convenção, pois julgam que o quadro eleitoral não estará ainda definido. Muitos apostam na recuperação do presidente Lula nas intenções de voto. Este setor quer levar o PMDB a apoiar Lula, ocupando o posto de vice na chapa. A maior parte dos observadores, no entanto, avalia que o PMDB deverá mesmo decidir-se por uma candidatura própria. Neste caso, é possível que o atual presidente do STF, Nelson Jobim, também assuma a condição de pré-candidato.

No PSDB, o quadro se tornou mais complexo, por duas razões. Até poucas semanas, o prefeito José Serra era dado como candidato quase natural do partido, principalmente porque aparece na frente de Lula já nas simulações de primeiro turno. As últimas pesquisas, no entanto, revelaram que a candidatura de Alckmin também vem se tornando competitiva. Além disto, Alckmin adotou uma postura mais arrojada na postulação da condição de pré-candidato. Anunciou que vai se desincompatibilizar antes do prazo final para se dedicar à pré-candidatura.

A cúpula do PSDB terá de definir um método para, no tempo certo, decidir quem será seu candidato a presidente sem fazer do preterido um derrotado. T

e-mail: acsp@acsp.com.br Pres dente Guilherme Afif Domingos Vice-Pres dentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotai Neto, Carlos R.P.Monteiro,

Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio, LúciaHelena

A lógica de Alckmin

Estranhei o "frisson" causado na mídia e juntoaospolíticospelo anúnciofeito pelogovernador GeraldoAlckminde que vai sedesincompatibilizar dentro do prazo legal, portanto até o final de março, paraconcorrer às eleiçõesde outubro. Quem acompanha com mais atenção a vida política do Paíssabequeo governadorpaulistanãopode ser candidato à reeleição e, indo além, sabe que se ele ficar no cargo até 31 de dezembro de 2006 ficará de fora de cargo público até as eleições de 2008 que, ainda assim, serão municipais.

A outra alternativa é esperar uma possível vitória do PSDB nas eleições presidenciais, sem se desincompatibilizar, e aguardar um convite paraserministroou outrocargodenomeaçãona esfera federal. Convenhamos que é pouco para quemfoi eleito nasurnas deputado estadual, deputadofederale governadordomaispoderoso (ainda) estado da Federação.

A lógica deAlckmin é mais oumenos como seu perfil, serenae fria: sai paraser candidato e não ficar no limbo político por alguns anos. Não quer perder o capital acumulado até aqui. Quem sai para disputar uma eleição, até por uma questão de estratégiapessoal, só pode fazê-lo dizendo que vai sehabilitar ao cargo máximo emdisputa. O governador deSão Paulo, portanto, deixará o cargopara ser candidato a presidente da República. Só que isto não depende só dele e poderá, por mil motivos, ser candidato aoSenado oumesmo adeputado federal,

para não ficar sem mandato. É de uma lógica totalmente compreensível. Como sub-produto do anúncio de que deixará o governo paulista paraser candidato à Presidência, ganha uma exposição na mídia e, portanto,temseunome maisdivulgadojuntoaos eleitores, bem acima do que teria se dissesse que sairáparasecandidataraoSenadoouàCâmara. A polêmica que provocou já lhe rende frutos de visibilidade facilmente mensuráveis.Pode ser atéque Alckmin permaneçaaté ofinaldeseu mandato no cargo. Acho improvável.

Quem aposta na hipótese de que o PSDB não pretende"entregar"o governo do Estado e a prefeitura paulistana(casoSerrasejaocandidatoàPresidência e Alckmin deixe o governo do Estado) aoPFL nãosabenada dasrelaçõesentre asdireções dos dois partidos em São Paulo e mesmo anível nacional.Os atuaisvices, CláudioLembo, de Alckmin e GilbertoKassab, de Serra, fazempartedeum acordopartidárioquejátem históriade honraetradição,que começoucom Marco Maciel como vice de FHC.

De minha parte, portanto,está entendidaa posição do governador. Como também, particularmente, não criticarei Serra, caso deixe a Prefeitura para disputar a Presidência, porque ele cumpriu a principal missão: livrou São Pauloda reeleição,que seriafunesta,da entãoprefeita da capital.

A lógicadeAlckminéserenaefria:saicandidatoparanãoficarnolimbo.

Apocalipse pedagógico

ARNALDO NISKIER

Oatual estágio da educação brasileira, com60 milhões dealunos, analisado no 7° Fórum Nacional das Entidades MantenedorasdeEstabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), mostrou que estamos ainda com graves deficiências. Foram 17 pronunciamentos, envolvendo especialistas do MEC, reitores e diretores de escolas superiores privadas. O ministro do STF, professor Carlos Ayres de Brito, fez um discurso muito aplaudido. Deu novo ânimo ao setor, mostrando que, com muita bravura, será possível encontrar as soluções adequadas. "Usem a coragem, pois é uma palavra oriunda do francês e que tem o prefixo latino cor, coração. Com bonssentimentos, iremos ultrapassar a crise."

A caminhada é longa. Depois da LDB no 9.394/96, foram 1.531 atos reguladores do Ensino Superior, entre os quais 535 portarias e 368 resoluções. A vida de cada um desses documentos costuma ser brevíssima, até porque muitos deles chegam a agredir dispositivos legais de mais alta hierarquia. A palavra bagunça não diz tudo.

A expansãodo ensinosuperiorprivadoparou. Sehouver este anoum crescimentode 5% será muito.Como não háestoque dealunos do ensino médio com capacidade financeira para enfrentar a mensalidade média de 425 reais, a crise está colocada.

Um aspecto ainda não explorado é o dos fundos de pensão, detentores de 13% do nosso PIB. Como sãoentidades dedireito privado,poderiam ser criadas condições para que os seus próprios participantes tenhamo direito de matricular os seus dependentes, com um sistema factível e inteligente de financiamento junto às entidades privadas de educação. Para alguns, não existe somente uma crise. Ocasoémais sério,umverdadeiro apocalipse pedagógico. A estagnação está prevista até

2010, tornandoirreal ameta docurioso Plano Nacional deEducação, que prevê para aquele ano 8 milhões de estudantes no nível superior. Do jeitoqueascoisas estão,nãochegaremos sequer a 7 milhões.

O quadro étrágico: as classes A eB estão na escola; asclasses C eD somentepodem pagar mensalidades de, no máximo,180 reais, oque tornaimpraticávelaoferta debomensino.Os professores teriam aviltados ainda mais os seus salários. Onde ficaria a qualidade do ensino? E a tão decantada pesquisa?

Questionou-se muitoo dispositivoconstitucional da indissociabilidade ensino-pesquisaextensão.Defendeu-seumaaplicação mais adequada de metodologia do ensino à distância. Grandes países do mundo desenvolvido estão fazendo a mescla do presencial com o EAD, commuitoproveito.O Brasiljátememoperação cursos que abrigam380 mil estudantes na modalidade, o queé um bom sintoma,a ser estimulado pelas autoridades, como os membros do Conselho Nacional de Educação. A Inglaterra funciona assim desde 1972. Os EUA agora se entusiasmam pela idéia.

Qual o melhor caminho? perguntou o professor Hermes Figueiredo, presidente do Semesp.A resposta é complexa. As vagas cresceram mais do que a demanda. Hoje, temos 4 milhões de estudantes do nível superior.Desse total, somente cerca de 650 mil estão freqüentando gratuitamente as escolas oficiais. Épreciso contrabalançar esses dados, sabido que a maior prioridade nacional situa-senos primeirosgrausdeensino, ondeestudam46milhõesde criançasejovens. Precisamosurgentemente de novas técnicas de gestão empresarial. Essa é a verdade. ARNALDONISKIERÉMEMBRODAACADEMIABRASILEIRA DELETRAS

JOÃODE SCANTIMBURGO CINCO

VOLTAS

Notícia divulgada há dias indica que o presidente Lula já deu em seu novo Air Bus, em número de viagens, o equivalente a cinco voltas da Terra, ou seja, 200 mil quilômetros. O menino de Garanhuns lembra um garoto pobre que vai à festa de aniversário e lá se empanturra de bolo, desmaia e acorda num hospital, tendo à sua cabeceira o amigo rico. Num país rico de povo pobre, o presidente da República gastou muito com a sua pessoa projetada na tela fascinante da Terra, como um brinde dos deuses ao retirante de pau-de-arara de Garanhuns.

Muito bem, agora caberia ao Congresso Nacional pedir ao presidente da República uma exposição detalhada de suas viagens, quais os resultados colhidos, ademais da projeção de si mesmo nos seus contatos com autoridades supremas dos países visitados.

Opresidenteda Repúblicagastou muitocomsua pessoaprojetada natelafascinante daTerra. Comeuboloe seempanturrou.

Cinco viagens em torno da Terra são uma longa viagem, que custa muito e é paga pelo contribuinte de um dos mais anárquicos sistemas tributários do mundo, excepcionalmente pesado, como demonstramos com números inquestionáveis em edição recente. Vê-se que o presidente Lula foi faminto à mesa dos recursos financeiros da União para se impor, como deseja, no cenário mundial dos chefes de Estado de prestígio, pelo verbo ou pela riqueza dos países que governam. Concluindo, direi como modesto contribuinte que as cinco voltas devem ser melhor esclarecidas, em nome da ética política e administrativa.

JOÃODESCANTIMBURGOÉ MEMBRODAACADEMIA BRASILEIRADELETRAS JSCANTIMBURGO@ACSPCOM BR

345 MORREM ATIRANDO PEDRAS NO DIABO

No final da sagrada peregrinação à Meca há três pilares. São o símbolo do diabo e devem ser apedrejados, até o pôr-do-sol. Atrasada, uma multidão pressionou para frente. E muitos peregrinos caíram. Pânico. Pisoteamento. 345 mortos (foto ao lado).

Flores para Ali Agca

O homem que tentou matar o papa João Paulo II há 25 anos foi saudado com flores ao ser libertado da prisão na Turquia. Página 8

O CRIME ATACA A POLICIA

5 MORTOS, BASES BALEADAS

A semana em que a bandidagem venceu a polícia culminou, ontem, com a execução de um PM na Vila Maria (foto). Foi o único assassinato atribuído ao crime organizado, o PCC, em vingança à frustrada tentativa de resgate de presos na Penitenciária de Presidente Bernardes. Nos outros confrontos, policiais reagiram a assalto e seqüestro, e foram mortos. Todos os ataques, na página 5.

DCULTURA

A global Débora Falabella mergulha nos abismos trágicos da peça A Serpente, último texto de Nelson Rodrigues para o teatro. É a grande estréia da semana. Entre os cartazes de cinema, o filme A Marcha dos Pingüins garante emoções ao mostrar imagens exuberantes da Antártida. E mais: a boa literatura de Moacyr Scliar e o happy hour que resgata a autêntica boemia do Velho Centro de São Paulo.

Leonardo Rodrigues/Hype
Divulgação

MINISTROS BATEM CABEÇA SOBRE

Ogoverno não se entende sobre a possibilidade deantecipar o pagamento do salário mínimo de R$ 350 de maio para março. Os ministros do Planejamento, PauloBernardo, e do Trabalho, Luiz Marinho, deramdeclarações opostas sobre o assunto. Bernardo disse que "é possível" sim antecipar o reajuste do mínimo.Marinho, porsua vez, nega que isso possa ocorrer. Aantecipação dopagamento do salário mínimo para março foiumadas condições impostas ontem pelo movimento sindical, emreunião comLuiz Marinho, para aceitar o acordo emR$ 350.Alémdisso, ossindicalistas pediram que a partir de 2007 o mínimo seja reajustado em janeiro. Outra exigência colocada para entrar em acordo com o governo foi a correção de 10% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física.

Oministro doTrabalhodisse quese reuniu como ministrodaPrevidência, Nelson Machado, para avaliar oimpacto de um mínimo de R$ 350

a partir de março. "Vimos que o impacto seria de mais de R$ 2 bilhões. Desse jeito, essa formulação de R$ 350 já não seria possível." O ministro explicou que cada mês antecipado produz umimpacto naPrevidência de R$ 1,068 bilhão. Bernardo, por suavez, disse que a área econômica tinha feito as contas para elevar o mínimo para R$ 340, mas acentuou que a decisão será do presiden-

te Luiz Inácio Lula da Silva. Além do orçamento – Na proposta orçamentária em discussãono Congresso,o valor proposto parao saláriomínimo éde R$321. Masnas negociações com parlamentares, o governo tinha aceitado eleválo para R$ 340. O governo tenta a difícil engenharia de aumentaropisosalarialo máximo que puder sem desequilibrar as contas públicas. (AE)

Serra autoriza parcelamento

Oprefeito de São Paulo, José Serra, sancionou ontem o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI),que pretendeaumentar a arrecadação do município permitindo o parcelamento de dívidas.Anovaleiprecisaapenasser regulamentada, oque ainda não tem prazo. O Executivocalcula quea nova leivai beneficiar cerca de 1,25 milhão decontribuintes inscritosna dívida ativa do município. No total, o débito de pessoas físicas e jurídicas já atinge aproximadamente R$ 36 bilhões – somando aos inscri-

ATAS

Álcool: entidade nega o tabelamento de preços

Otos na dívida ativa os 1,3 milhão que possuemprocessos administrativos e ainda tentam negociar seus débitos. São oferecidas duas opções aos contribuintes além da quitação à vista do montante principal do débito: parcelamento em até12 ou em até120 vezes. Se parcelar em, no máximo, um ano,o contribuintedeve arcar com parcelas iguais e sucessivas, com juros de 1% ao mês. Já osque optaremporaté 10anos de pagamentoterão de arcar com parcelasacrescidas dejuros equivalentes à Selic (taxa básica). Em todos os casos, ne-

nhuma parcela poderá ser inferior a R$ 50 para pessoas físicas e R$ 500 para empresas. A nova legislação faz parte do pacote tributário criado pelo prefeito Serra em2005. AlémdoPPI,ele enviou e aprovou na Câmara Municipal a nota fiscal eletrônica, criou o Conselho Municipal de Tributos,aumentou onúmero de auditores fiscais e deu benefício salarial por metas atingidas.O Executivotambém fez mini-reforma tributária, apelidada pelo vereador José Police Neto (PSDB)de "Super Receita do Município". (DC)

PARTSIL – EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ(MF) Nº 61.314.787/0001-50 – NIRE Nº 35.300.125.631

Ata da Reunião do Conselho de Administração Realizada em 22 de novembro de 2005 Data, Hora e Local: 22 de novembro de 2005, às 9:00 horas na sede social, São Paulo/SP. Quorum de Instalação: Presente a totalidade dos membros do Conselho de Administração, a saber: Presidente: Francisco José da Silva, Vice-Presidente: Edna da Silva, Conselheiros: Geraldo José da Silva Filho, Eunice da Silva Gomes Cunha, Lídia Leila da Silva e Leonilda da Silva de Ângelo. Composição da Mesa

Diretora dos Trabalhos: Sra. Eunice da Silva Gomes Cunha, Presidente da Reunião e Sra. Lídia Leila da Silva, Secretária da Reunião. Convocação: Os Srs. Conselheiros foram convocados pelo Presidente do Conselho de Administração, Sr. Francisco José da Silva. Ordem do Dia: Deliberar e votar as matérias a serem submetidas à apreciação dos Srs. Acionistas da Companhia na Assembléia Geral Extraordinária de 22 de novembro de 2005, a saber: Relatório da Diretoria, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2004. Deliberações: Aprovados, sem restrições, com base no disposto do Inciso V, do Artigo 142, da Lei nº 6.404 de 15/12/ 1976, o Relatório da Diretoria, o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras correspondentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2004. Os referidos documentos contábeis estão isentos de publicação de conformidade com a alínea II do artigo 294 da Lei nº 6.404 de 15/12/1976. Observação Final: Deliberação tomada por unanimidade de votos. Encerramento: Ata lavrada, lida, aprovada e assinada para o devido registro e arquivamento na Junta Comercial do Estado de São Paulo e posterior publicação na forma da lei. São Paulo, 22 de novembro de 2005. (aa) Eunice da Silva Gomes Cunha: PresidentedaReuniãoeLídiaLeiladaSilva: SecretáriadaReunião. ConselhodeAdministração: (aa) Francisco José da Silva; Edna da Silva; Geraldo da Silva Filho; Eunice da Silva Gomes Cunha; Lídia Leila da Silva e Leonilda da Silva de Ângelo. A presente é cópia fiel do original lavrado no livro próprio em poder da sociedade. (a) Eunice da Silva Gomes Cunha: Presidente da Reunião. Certidão: Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob nº 9.116/06-0 em sessão de 06/01/2006. Cristiane da Silva F. Corrêa, Secretária Geral.

EDITAIS

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 001/2006- FAMESP PROCESSO Nº 011/2006 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 13 de janeiro de 2006 até o dia 27 de janeiro de 2006 das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 01/2006- FAMESP, PROCESSO Nº 011/2006 - FAMESP, que tem como objetivo a aquisição de SAL GROSSO, classificação cascalhão ou dente de cavalo, saco plástico de 25 Kg, para registro de preço por um período de 12 meses, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de

O presidente da Unica ainda adianta que haverá outras reuniões entre governo, distribuidores e revendedores para aperfeiçoar o mercado e buscar mecanismos que amenizem a volatilidade do setor. Safra– A região Centro-Sul, responsável por 85% da produção brasileira de cana-de-açúcar, moeu 336 milhões de toneladas nesta safra (2005/06), volume 2,1% acimadoperíodo 2004/05. Esta safra foi eminentementealcooleira,comprodução de 14,4 bilhões de litros, ou 5,9% acima da anterior.

Quanto àsexportaçõesda região, as de álcool devem fi-

acordo entre governo e usineiros para fixar o preçodo litrodoálcool nas usinas em R$ 1,05 durantea entressafra, quevai até abril, não implica um tabelamentodepreços. A constataçãoé deEduardoPereira de Carvalho, presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica). O executivo acredita no sucesso da proposta devido à antecipação da safra, provavelmente para março, que deverá reforçar osestoques atuaisem cerca de 850 milhões de litros. Alémdisso,asentidades pretendemimplantar um novo mecanismode estocagemdo álcool que evite grandes variaçõesdospreços nos períodos de safra e entressafra. Carvalho defende a importânciadeseaproveitar omomento de discussão para informar a sociedade sobre a natureza da formação de preços do álcool junto ao produtor."Os preços não são fixados, mas são conseqüênciadireta darelação entre oferta e demanda em cadamomento. Dessaforma, é natural que ocorram flutuações dospreços parabaixo no início da safrae para cima na entressafra", afirma.

LICITAÇÕES

carna casade1,850 bilhãode litros, 5,2%abaixo domesmo período anterior. Cerca de 60% desta cifra é formada pelo álcool combustível. "O preçomédio destasafra é o segundo menor dos últimos seis anos, o que demonstra que a atual repercussão é frutode uma flutuaçãoacentuada.Ela pode ser combatida por meio de estoques reguladores, mercado futuro e contratos de longo prazo com distribuidoras de combustíveis", diz Carvalho. Veículos – Com o aumento da produção e a queda das exportações, eleacreditaqueo estoque será suficiente para atendero crescimento da demanda interna, em razãodo crescimentodas vendas dos veículos com motor flex(movidos aálcooloua gasolina). Motivo também para o aumento em investimento para construção de novas usinas. André Alves

PREGÃO PRESENCIAL Nº 002/2006

OBJETO:

de mão-de-obra com fornecimento de materiais p/implantação do novo sistema de iluminação da Avenida Murchid Honsi. Limite p/entrega dos envelopes 01/02/2006 às

Celso Junior/AE
Aldo Rebelo recebe Marinho para discutir impasse sobre mínimo e IR
Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da Unica, diz que a flutuação de preços do álcool combustível se deve à entressafra da cana-de-açúcar
Marcos Fernandes/LUZ

Emseuex-blog, oprefeitodoRio, CesarMaia, pré-candidato àPresidênciapelo PFL,bateuforteontem nosargumentos usadospelo governador GeraldoAlckminao anteciparoanúnciode queserácandidato naseleiçõesde outubro.Maia(esq)já anunciouquepode renunciarseSerra (dir)forcandidato.

E

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

"Pode ter sido o obituário de Alckmin nesta eleição"

Ajogada de Alckmin deu um sinal de desespero. Quem tem maioria na convenção não se estressa. Ele já havia dito várias vezes que era pré-candidato. Então para que sair gritando que

é candidato ? Sinal de que tem minoria na Convenção, e de que se deixasse tudo rolar, não seria o candidato. Saiu fazendo declarações que mostram essa debilidade. Sua comparação com Kirchner ("ele

também não era conhecido"), mostra desconhecimento completo da política argentina.

A eleição se deu entre peronistas apenas: o candidato do prestigiado

presidente Duhalde ( o Kirchner), e o desgastado presidente Meném, que de tão desgastado desistiu do segundo turno a que tinha direito. E assim mesmo Kirchner teve 20% dos votos.

Na hora de rever o valor do aluguel

Muitos lojistas desconhecem seus direitos

Arevisão do aluguel éumdos fatores primordiais parao desenvolvimento das atividades dolojista. Tanto o locador comoo lojista, ou seu sucessor, em casode vendadoponto comercial, não havendo mútuo consenso entreas partes,poderão, após trêsanos de vigência do contrato, pleitear em juízo a revisão do valor do aluguel, conforme preceituao artigo 19 da lei 8.245/91.

O lojista deverá instruir a demandacom elementos básicos, tais

como: avaliação de bolsa de imóveis, de imobiliárias, de engenheiros especializados, anúncios de locação de lojas semelhantes ouum laudoprovisório, para que ojuiz possa quando despachara iniciale semaudiênciada outraparte, fixar o valor do aluguel provisório. O lojista pode argumentarqueo valor locativoestá muitoalém daquele praticado no imóvel, sendo inevitável a sua redução, por influência de fatores externos, que o estão depreciandoe dimi-

.Li a matéria que vocês fizeram no jornal sobre Orlando. Do que adianta fazer a propaganda se depois de esperar meses pela entrevista o visto é negado, como aconteceu no meu caso. Com o pacote pago à vista fui ao consulado. Uma mulher lá negou o visto para mim e meu marido, alegando que não tínhamos vínculos no Brasil e nem dinheiro para voltar. Nós levamos toda a documentação pedida e nada foi verificado; simplesmente negaram. Estou revoltada: em dois minutos acabaram com nosso sonho

nuindoa suapotencialidade. Poderá justificar de várias formas, tais como: construções vizinhas, grandenúmero de lojas fechadas, interdiçãodevias de acesso, ausência de lojas âncoras, má distribuição do mix e outros fatores determinantes.

Os dois métodos básicos para a determinação do valor locativo do imóvelsão: Método da Remuneração de Capitais,baseado novalor de vendado imóvel quedetermina oaluguelcomo aexpectati-

va de rendimento do capital empregado e Método Comparativo, que determina o locativo porcomparação direta comimóveis semelhantes.No casoespecífico de shopping centers, o método mais usual é o comparativo. Estamos presenciando nesses anos de PlanoRealummercadode locação estagnado, ou melhor, empurrando, parabaixo,os valores locativos.

MARIOCEVEIRAFILHO, CERVEIRA,DORNELLASE ADVOGADOSASSOCIADOS WWW CERVEIRAEDORNELLAS COM BR

Considerei infeliz a manchete de capa de ontem, equiparando o prefeito José Serra e o presidente Lula com atuações eleitoreiras na Operação Tapa-Buracos. O presidente teve quatro anos para agir e mesmo tendo dinheiro nada fez, ao passo que o prefeito José Serra está no seu segundo ano de mandato.

Suas declarações reiterativas são vistas como intranqüilidade e açodamento. Aécio bateu forte falando em arroubos individualistas. Serra deve estar com um leve sorriso nos cantos dos lábios. Pode ter sido o obituário de Alckmin nesta eleição.

A ação revisional de aluguel se processa pelo rito sumário.

O juiz designa audiência de conciliação, instrução e julgamento e não havendo concordância nomeará um perito.

As diferenças entre o aluguel pago e o aluguel fixado serão executadas nos próprios autos da ação.

Quando a ação for proposta pelo empreendedor e o lojista não pagar as diferenças, poderá sofrer Ação de Despejo por Falta de Pagamento.

Na ação de despejo por falta de pagamento, cabe ação revisional de aluguel.

Ao mesmo tempo em que os parabenizo pela luta incansável por menos e menores tributos, e pela instalação de um Impostômetro, gostaria de sugerir que outros impostômetros fossem instalados pela cidade, de modo a criar um clima de melhor compreensão com o que está acontecendo no País com respeito a este assunto. As marginais seriam excelentes locais para os novos equipamentos, pois informariam também pessoas que cruzam a cidade de SP por diversos motivos. Que tal outras associações comerciais fazerem o mesmo?

EMANOEL ARAÚJO TUNI, AMUSA DE VLADIMIR

O que eu adoro em ti, não é a tua inteligência, não é o teu espírito sutil, tão ágil, tão luminoso, Ave solta no céu matinal da montanha. nem é a tua ciência do coração dos homens e das coisas. Manuel Bandeira Poesias Escolhidas

Eles eram um casal e tanto, viviam numa bela casa de arquitetura despojada, na rua mais bonita da Península dos Ministros, à beira do lago Paranoá, em Brasília, Distrito Federal. Aquela casa tinha uma atmosfera de casa de fazenda, lembrava, pela sua singeleza, uma casa mineira; tinha lindos móveis, belos quadros, esculturas africanas, barrocas e modernas, mas tinha, sobretudo, o afago sempre amigável do casal. Tuni e Vladimir Murtinho, ele diplomata, ela artista gráfica e restauradora.

Suasgravuras,em águaforteeágua tinta,seresolviam atravésdelinhas sinuosas, vigorosas,num grafismosensual.

Vladimir, sempre tratado como Embaixador Murtinho, carinhoso, era impecavelmente elegante, refinado, perspicaz, de inteligência rápida e muito sensível. Conhecia profundamente arte brasileira, mas era mesmo um colecionador de grandes amigos, e à sua volta podia se ver Aloísio Magalhães, Rossini Perez, Rubens Ricúpero, Alfredo Ceschiatti, Mari Vieira, Bruno Giorgi, Sergio Prado, Athos Bulcão, apenas para citar alguns nomes de seus amigos, admiradores de sua verve e de sua generosa mesa - a número um de Brasília. Ele exercia, de fato, o papel de Embaixador, pelo muito que amava a Nova Capital, que viu nascer e para a qual muito colaborou, na ocasião da transferência do Ministério de Relações Exteriores, se ocupando de seus interiores, do acervo cultural do atual Palácio do Itamaraty, de

nomeado bom gosto e rara sensibilidade. Era o sempre presente na organização dos eventos culturais internacionais do Ministério da Cultura, à época do Ministro Weffort.

Tuni - assim era conhecida - com esse nome delicado de quatro letras, que tinha profundamente a ver com sua figura. Falava leve e pausadamente, sua allure tinha um certo ar oriental, nunca conversávamos sobre seu tempo de gravadora ou de artista gráfica no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, mas falávamos, muitas vezes, sobre restauração. Quem me introduziu a essa quase secreta atividade de seu universo foi seu neto Bernardo Pericás, e assim,

Semprefoidifícil separaraquelas individualidades, talaharmonia. Quandopensoem Tuni,vejoVladimir, ouquandopenso emVladimir, vejoaTuni.

lamentamos que se tenha perdido uma talentosa artista.

Suas gravuras, em água forte e água tinta, se resolviam através de linhas sinuosas, vigorosas, com figuras dançantes e emaranhadas num grafismo sensual. Nas pequenas chapas surgiam outras obras onde apareciam maternidades ou figuras de santas hieráticas com um fundo de formas, uma abstração com planos marcados por manchas delicadas. Para mim sempre foi muito difícil separar aquelas individualidades, tal a harmonia que havia naquela união, e assim, sempre quando penso em Tuni, vejo Vladimir, ou, quando penso em Vladimir, vejo a Tuni.

Um dia, assim como em passe de mágica, perdemos a Tuni. Ela silenciou e ingressou em universo só dela, para a nossa desmedida tristeza, mas sua figura estava ali, quieta, como quem olha para o mundo indecifrável, e seu Vladimir estava a seu lado, silente, carinhoso, com seu invejável amor para a sua eterna Musa Tuni.

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BENONIAS CARDOSO/AE
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Bandidos atacam e matam policiais

PM foi atingido ontem em viaduto (foto). Mais quatro policiais foram mortos desde terça-feira.

Desde a manhã de terça-feira, cinco policiais foram mortos na cidade em diferentes ocorrências. A morte mais recente aconteceu ontem, às 7h45. O soldado PM LuizCláudio Monteiro,de 37 anos,foiexecutadoatirosdeespingarda calibre 12 e de pistola no viaduto Curuçá, na Vila Maria,zona norte.Monteiroestavasozinho,em pé, ao ladodo Corsa da PM. O soldado estava naPMhavia10 anos.Deixou uma filha de 9 anos.

Estecrimeeosataques a duas bases da Polícia Militar já foram atribuídos à facção criminosa PrimeiroComando da Capital(PCC),segundoo secretário o secretárioda Segurança,Saulo Castro de Abreu Filho. O PCC estaria agindo em represáliaà apreensão de armas, nasegunda-feira, que seriam usadas para facilitar a fuga depresos naPenitenciária de Presidente Bernardes. Oprimeiroa sermortofoio policialcivil JuarezMarques dos Santos,de40 anos, que reagiua umatentativadeseqüestro relâmpago e trocou tiros com os criminosos, na Vila

Nova Conceição, zonasul da cidade. Osegundocrimefoi na madrugadadequarta.O cabo da PMAntônio Aparecido Decreci,de 44anos, euma amiga foram abordadospor doishomens quando chegavam aum postode gasolina numGol. Elesforamencontrados baleadosaoladodo carro pouco depois. Oterceiro crime aconteceu tambémna quarta-feira. Por voltadas 15h, opolicialcivil Hélio Ramos daSilva, de 49, sacoudinheiro numcaixaeletrônicoefoimortoemumatentativa de assalto, na zona sul. O quarto assassinado foi o soldado da PM Aparecido Jesus Fernandes.Fardado, Fernandes foi atacado por dois homens em uma moto na zona norte. O assassino foi capturado. Ataques do PCC – Os assassinos do PM morto ontem pela manhãestavamemum Fox preto, um Polo vermelho e numa motocicleta Twister vermelha. Na fuga,os criminosos pegarama ruada Gávea,para ter acesso à via Dutra, mas cruzaramcom outrocarro daPM, umGol, narua Carmópolisde Minas, sob o viaduto Curuçá. OsoldadoRicardo DomingosdeOliveira, 28anos,tambémestava sozinho. Recebeu um tiro no braço e a bala atravessou o tórax. Ele está internado noHospitalMunicipal da Vila Maria em estado crítico.

Horas antesdos atentados aospoliciais dazonanorte,o soldado José Flávio da Silva, de33 anos,conseguiuescapar damorte.Por volta da0h15, dois motoqueirosatiraram numposto policialna ruaCoronel HastimphilodeMoura, no Morumbi. Salvo pelo colete àprovadebala,osoldadoseferiulevemente comestilhaços devidro. AsoldadoBeatriz RosângelaVieira dePaula,de 33 anos, não se feriu. Depoisdosataques, Saulo colocoua políciaem estadode alerta. A secretaria suspendeu folgase pôshomens dedepartamentos especializados para investigar os atentados.

Detenção – À tarde, a Polícia Civil deteve cincohomens num sobrado da rua Alexandrede Miranda, naCasaVerde, zona norte. Policiais chegaram ao grupo graças a uma denúncia anônima. Foram apreendidos pistolas calibre 45, 380 e 40, além de um Golf um Gol e duas motocicletas. Há indícios deenvolvimento deambosno ataque àbase daPM daavenidaBrás Leme,em Santana,na terça-feira, quando dois policiais não se feriram.

OgovernadorGeraldo Alckmindisse ontemque oscriminosos do PCC serãocapturadosondeestiverem. "Aresposta vai ser dura no sentido deprenderesses criminosos que agem de forma covarde".

Em 2006, menos camelôs no largo 13

A pós apres e n ta r, ontem, umbalanço das ações do anopassado, o subprefeito deSanto Amaro, José Antonio BarrosMunhoz (foto menor),criticou a gestãoanterior, afirmou que encontrou uma subprefeitura abandonadae colocouaredução nonúmero de ambulantes ilegais co-

mo a principal meta para este ano. O largo 13 de Maio, em Santo Amaro,é conhecidocomo um dos locais mais problemáticosda cidadequando o assunto é camelô. Munhoz informou que utilizará omesmo modelo aplicado noBrás, zona centralda cidade, onde a Prefeitura intermediou a negociação entre um grupo privado, a GSA, e a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), para alocação de um terreno,

transformando-o em área para os camelôs. "O modelo com a iniciativa privada é o mais viável. Não há como acabar com essecomércio, mas podemos organizá-lo", disse. Área – Alémdessaparceria,a subprefeitura também negocia a locaçãodeumaáreapertencente a um antigo frigorífico. O local, comcerca de 6mil metros quadrados,poderá abrigarcercade600ambulantes.Apósalocação, o terreno iriapara aini-

ciativa privada, que negociaria direto com os camelôs. Com essas ações, Munhoz espera reduzir o número de ambulantesconcentrados no largo 13 de Maio de 1,8 mil para um número entre 700 e 800. Nenhum desses camelôs é legalizado. "Depois de organizar o espaço, passaríamos a cadastrar e liberar os Termos de Permissão de Uso", explicou. O subprefeito garante que, nomáximo, atéa primeirasemanade abril,oscamelôs jápassarão para as áreas escolhidas. Duplicação – Além de tentar resolver a situação dos ambulantes, aSubprefeituraestá acompanhado a obra de duplicação da avenida Vereador José Diniz. O projeto prevê uma extensão em1,8milmetros, percorrendo asavenidasVicente Rao eMarechal Deodoro. "O prefeito já nos deu o aval para a obra. Ele mesmo avalia como uma ação essencial para a região", disse o subprefeito. No caso daavenida JornalistaRobertoMarinho,o projeto prevê o prolongamento até a ligação com a Washington Luiz. Davi Franzon

Luludi/22/11/2005

Subprefeitura de Santo Amaro quer organizar os ambulantes ilegais
Hype

26% DOS CONTRIBUINTES QUE TENTARAM ACERTAR AS CONTAS COM A RECEITA FORAM EXCLUÍDOS DO PAES

FISCO EXCLUI 97 MIL DO PARCELAMENTO

OParcelamento Especial (Paes), programa criado em 2003 pelogoverno federal para facilitar o pagamentodedébitos tributários de pessoas jurídicas e físicas, excluiu97,5mil contribuintes até o final de 2005. Frente ao total deadesões(374.646) onúmero éexpressivo:representa 26% do total de contribuintes que se dispuseram a acertar as contas com o fisco federal. Segundo especialistas, as razões das exclusões são diversas, entre elas, o atraso no pagamento das parcelas e erros da Receita Federal ou da ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional.

De acordo com a Receita, o programa arrecadou R$ 2,55 bilhões de janeiro a outubro de 2005, contra R$2,745bilhões no mesmo período de 2004.

As empresas puderam aderir ao Paes até31 de agosto de 2003. Após homologação da Receita, os empreendimentos passavam a pagar a dívida em parcelas de no mínimo 1,5% da receita bruta, em prazo de até 10 anos. Para optantes do Simples a parcela mensal é de 0,3%dareceitabruta, com prazo de até 15 anos.

A Lei n° 10.684/03, que instituiu o Paes, determina que o contribuinte seráexcluído do programa, na hipótese de inadimplência, portrês meses consecutivosouseis mesesalternados dasparcelas. Outra causa comum deexclusão, segundooadvogadoRégisTrigo, doescritório MarcondesAdvogadosAssociados,são os

equívocosda Receita."Háempresas que tentam fazer a compensação de pagamento realizadoa maior e ofisco assume como se fosse um débito.Por causa deste débito, a empresa é excluída do parcelamento", explica. Isso porque a Lei do Paes determina quequem tiver novos débitostributáriospode ser excluído do programa.

A advogada Adelara Carvalho Lara, do mesmo escritório, lembra que, para aderir ao parcelamento, a empresa declaravao quequeria parcelar, mas muitas vezes era surpreendida – ao receber a homologação da Receita– comum valormuito maior."Às vezes,a Receitacolocava no Paes débitos que aindaestavam sendo discutidos judicialmente e aempresa era excluída do programa", diz. "Hápedidos derevisãodesses valores semrespostadesde 2004", acrescenta Lara.

O advogado Luiz Rogério Sawaya Batista, do escritório Nunes eSawayaAdvogados

Associados, afirma que uma causa comum de exclusão é a falta de pagamento de tributos vencidos após a adesão ao Paes."Quando aempresapassa por um momento de crise, ela consegue pagar o Parcelamento Especial, mas vai deixandoem abertotributosvencidosposteriormente porcontadaalta carga tributária atual", diz o advogado. Novo Paes – Batista lembra que asempresasemdificuldade financeira quequerem escaparda falênciaesperam por um novo programade parcelamentopara poderem se beneficiarcom anovaLei de Falências."As empresas em processo de recuperação judicial precisam apresentar as certidões negativas de débitos para quea recuperação seja deferida pela Justiça. O problemaé quea maioriadelas sóconseguiráessas certidõesse houverum novoprograma de parcelamento", diz. Mesmoassim,o governo Lulanão acenacom apossibilidadede criarum novoPaes. De acordo como presidente da República, a meta para este ano é beneficiar principalmente as pessoas quejá pagam impostos. "Aqueles que pagam começam a se sentir frustrados porque pagamdireitinho e, quando chega um ano,vemo governoe faz um Refis (primeiro refinanciamento de dívidas tributárias) para beneficiar quemnão pagou. Quatro anos depois, aparece outro engraçadinhocom proposta de outro Refis, ou seja,está semprenegociando paraos quenão pagaram,em detrimentodas pessoasjustas que pagaram durantetodo o tempo os seus impostos", afirmouopresidenteem dezembro do ano passado.

Laura Ignacio

IMPALA

Anvisa proíbe a venda de esmaltes da Impala por problemas de fabricação.

CONTAS DE LUZ

De 2002 a 2005, 42% dos recursos arrecadados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com contas de luz pagas pelos consumidores ficaram retidos para formar o superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida) nas contas do governo. A arrecadação da agência somou R$ 867,6 milhões de 2002 até o ano passado. (AE)

FALÊNCIAS

Onúmero de falências e concordatas teve queda em 2005, de acordo com estudo divulgado ontem pela Serasa. As falências decretadas recuaram 17,8%, para 2.876 registros. Os requerimentos de falências fecharam o ano em queda de 31,4% em relação a 2004, atingindo um total de 9.548 ocorrências. O volume de concordatas deferidas caiu 43,8%, para 68 registros. (AE)

CONTRATOS DE GAVETA DE IMÓVEIS

Mutuários da Caixa Econômica

Federal que têm contratos em atraso sofrerão uma pressão mais forte este ano. A Empresa Gestora de Ativos (Emgea), estatal que administra cerca de 850 mil contratos de financiamento imobiliário antigos da Caixa, vai acelerar a retomada dos imóveis dos mutuários inadimplentes. A estatal lançou ontem campanha para incentivar a regularização dos

"contratos de gaveta". Nesse tipo de negócio, o mutuário vendeu o imóvel numa transação particular sem o conhecimento do banco credor. Para a regularização, a Emgea oferece condições favoráveis. O novo mutuário, que adquiriu um imóvel com "contrato de gaveta", deve procurar uma agência da Caixa, levando a documentação do imóvel. Depois de avaliar o caso, o banco apresentará proposta de regularização. (AE)

ANP ESTUDA ÁREAS DE EXPLORAÇÃO

AAgência Nacional do Petróleo (ANP) já tem R$ 45 milhões garantidos para a realização de estudos de potencial nas áreas de reserva de óleo e gás brasileiros neste ano. Depois de pesquisadas, essas áreas poderão ser concedidas para exploração pelo setor privado ainda em 2006. A afirmação foi feita ontem pelo diretor da ANP, John Forman, durante a cerimônia de despedida

dele do cargo. Segundo Forman, as concessões para exploração dessas áreas serão oferecidas na 8ª Rodada de Licitações da agência, prevista para este ano. Forman explica que a ANP já entregou, em dezembro do ano passado, ao Conselho Nacional de Política Energética, a relação das áreas que poderão ser licitadas a partir da 8ª Rodada. O conselho deve avaliar a lista ainda neste mês. (AE)

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Ford anuncia reajuste de 1,5% nos preços dos carros

Estudo aponta que a Ásia vai dominar cenário econômico mundial

Seca provoca prejuízos de R$ 237 milhões nas lavouras do Paraná

Paulo Pampolin/Digna ImagemNewton Santos/Digna Imagem
Luiz Rogério SawayaRégis
Trigo Palotta
Ó RBITA
A TÉLOGO
DÉFICIT O déficit comercial dos EUA caiu mais que o esperado, para US$ 64,2 bi, em novembro.

Imperadores do gelo

Com imagens exuberantes, A Marcha dos Pingüins exibe saga rumo à procriação na Antártida

Lúcia Helena de Camargo

Odocumentário A Marchados Pingüins chega ao Brasil prometendofazersucesso. Nos EstadosUnidos,jáarrecadou US$80milhões, perdendo no gênero apenas para Fahrenheit 11 de Setembro, do polêmico Michael Moore. Nemsempreos filmes muito vistos pelos americanos fazem boa bilheteria também por aqui, mas é difícil não se deixar conquistar pela saga dos pingüins imperadores,que percorremcentenasde quilômetros pelo gelo daAntártida paraencontrar umlugarseguronoqualpossam garantira preservação de sua espécie. Nos trailers exibidos no Brasil, o filme trazia o título A Marcha do Imperador, como no ori-

A Marcha do Imperador, o livro

M ilhares de pingüins imperadores caminham em fila indiana, pelas geleiras fantásticas da região Antártica, filhotes pedem comida e se aconchegam, mais geleiras com visual de tirar o fôlego. Essas e outras fotos estão entre as 200 imagens do livro A Marcha do Imperador (Prestígio Editorial, 136 páginas, R$ 39,90), que chega agora às livrarias, pegando carona no lançamento do documentário A Marcha dos Pingüins. Tanto livro como filme contam a saga dessas obstinadas aves, que marcham 200 quilômetros em busca de um local favorável à procriação, onde o gelo permaneça sólido ao longo de nove meses, período necessário para acasalar e chocar os ovos. Há passagens no livro que fogem um pouco do tom, romantizando o que é apenas instinto de sobrevivência. "O amor frutificou", diz o texto, para informar que o acasalamento deu resultado. Quando a fêmea precisa botar o ovo sem deixá-lo cair na neve (que pode congelá-lo), incute-se nela pensamentos complexos e apreensões: "Ela teme por tudo a perder, vivendo momentos de profundo desespero. Para acolher seu ovo, há um tapete de gelo enorme, brilhante, duro, cortante como um diamante". Chega a ser piegas, mas descontados os exageros, o livro vale pela história por si só interessante dos pingüins imperadores e pelas belíssimas fotos de Jérome Maison. (LHC)

ginal francês e no livro, mas os distribuidoresbrasileiros e americanos mudaram o nome, parafacilitar acompreensão pelo público. A jornada começatodo mês de março no oceano. Milhares de pingüins imperadoresiniciam sua marcha em fila indianaparao terreno de reproduçãotradicional da espécie. Quando chegam às camadas de mar congelado (banquisas), instalam-sealidurante nove meses, período necessário paraacasalar, chocaros ovos e criar os filhotes. Asfêmeas ficamnolocal apenas otempo necessário para a procriação, iniciando emseguida suaviagem de retorno ao mar. Os machos permanecem quatro meses guardando e chocando os

Desajeitados, mas sempre organizados, os pingüins imperadores seguem sua rota

Comédia

Tudo em Família é pastelão de Natal e Ano Novo

Sorriso de Diane Keaton quase salva filme previsível

Geraldo Mayrink

ovos, períodoque passamem completojejum.Quando os ovos começamaeclodir,restam somente 48 horas que conseguirão sobreviver sem comida. As fêmeas então retornam, trazendo o alimento.

Ágeis na água, os pingüins sãoextremamente desajeitados em terra. Mas apesarde seus corpinhos pouco aerodinâmicos, eles avançam. Sempre organizados, enfrentam tempestades, ventosetemperaturas queàs vezesalcançam os 40 graus negativos, seguindo a meta de procriar. O diretor, Jérôme Maison, é um fotógrafofamiliarizado com as terras austrais e antárticas, que percorre há dez anos para produzir documentários. Para rodar A Marcha dos Pin-

güins, ele passou 13 meses na Antártida. A fotografia, um dos principais trunfos da fita, é comandada porele juntamente com Laurent Chalet. O longa é narrado em primeirapessoaporumavozmasculina e outra feminina que interpretam um casaldepingüins. O original em francês trazasvozesdeCharlesBerling e Romane Bohringer. Para a versão eminglêsapenasonome de Morgan Freeman aparece nos créditos de narração. Em português, ouvimos Patrícia Pillar e Antonio Fagundes.

Um pouco atrasado com os festejos, Tudo em Família é um conto de Natal que não se deseja a ninguém. Mas quem sabe o velho de saco cheio apareça lá, com alguma razão, e muitos presentes serão trocados. A família Stone não é qualquer uma. Fora do comum, embora com aparência normal e próspera, comandada pela matriarca Sybill (Diane Keaton), mãe de cinco filhos e mandona, embora condenada à morte por uma doença recém-descoberta. Como se trata de uma comédia, os desentendimentos se instalam, como nos filmes italianos, a partir do momento

em que um dos filhos, Everett (Dermot Mulroney), chega lá com a namorada Meredith (Sara Jessica Parker, aquela de Sex and the City), que fala por todos os cotovelos e acha, com justiça, que todos a odeiam, principalmente a irmã de Everett, a agressiva Amy (Rachel McAdams). Outro filho (Ty Giordano) é surdo e gay, levando para as festas o namorado negro. O chefe da casa, Kelly (Craig Nelson), assiste a tudo com calma. Até que Meredith não suporta mais tanta normalidade e convoca sua irmã Julie (Claire Danes) para ajudá-la a enfrentar a família hostil. O que segue é previsível,

com gente escorregando em pratos de comida, e bolos e tortas lambuzando as caras e roupas novas. O Natal é isto, um pastelão. Mas não deixa de ser algo surpreendente num filme tão comportado que um casal troque de par, depois que uma das partes acabe bêbada na cama de mais um filho, Ben (Luke Wilson), e outra dupla se forme, trocando imediatamente alianças. É um Natal instantâneo, com um leve e distante tempero erótico. Só que o filme se arrasta lentamente, apesar do esforço do elenco e de uma trilha sonora bonita. Tudo foi escrito e dirigido por um certo

Thomas Bezucha, de quem nunca se ouvira falar antes, cabendo à grande Diane Keaton o papel sorridente de pairar sobre tudo, à distância, como se nada tivesse a ver com aquilo. Passado o pior, quando o filme termina, só o espírito natalino motiva a platéia a desejar a toda a equipe um feliz ano novo, que cresçam e desapareçam.

Tudo em Família (The Family Stone, Estados Unidos, 2005, 120 minutos). Direção de de Thomas Bezucha. Com Sarah Jessica Parker, Dermot Mulroney, Diane Keaton, Claire Danes. Fox Film.
As irmãs Julie (Claire Danes) e Meredith (Sara Jessica Parker), com a mandona mãe Sybill (Diane Keaton): trama fraca, mas boa trilha sonora
Fox Film/Divulgação
CINEMA
A Marcha dos Pingüins (La Marche de L'Empereur, Estados Unidos/França, 2005, 85 minutos). Direção de Luc Jacquet.

Foram apedrejar o diabo: 345 mortos.

Policiais e médicos trabalham na remoção de mortos e feridos no caminho de Al-Jamarat, os três pilares que representam o diabo, em Mina

Um corre-corre durante uma das etapas da peregrinaçãoanual(o hajj) dos muçulmanos a Meca, na Arábia Saudita,causou ontem a morte de pelo menos 345 pessoaseferimentosem 289,segundo dados preliminaresdo MinistériodaSaúde.A maioria dos mortos é originária do sul da Ásia, segundo a TV saudita. Foi a pior tragédia do hajj em mais de uma década. As vítimas foram esmagadas quando sedirigiam, em meio a milhares de outros fiéis, ao Al-Jamarat,os três pilares querepresentamo diaboe ficam em Mina, a poucos quilômetros doslocais sagradosde Meca. OAl-Jamaraté um conhecido gargalo para a multidãode cercade2,5 milhõesde pessoas que este ano realiza a peregrinaçãoa Meca,umdos preceitos do islamismo. Os pe-

Aregrinosdevem lançarpedras contra essas colunas para livrar-se de seus pecados. Malas – Segundo o general Mansour al-Turki, porta-voz doMinistério doInterior, otumultocomeçou quandoosperegrinosiam realizaroúltimo dostrêsdiasdelapidação do diabo, pouco antesdo pôr-dosol.Algumas malascaíramde umônibus eperegrinoscomeçaram a correr e a se amontoar. Os pilares seencontram sobre umagrande ecompridaponte depedestres sobre a planície deserta de Mina. O corre-corre começounabase deumadas rampas de acesso à ponte. As TVs árabes mostraram fileiras de cadáveres estendidos sobremacas no pavimentoe cobertos comlençóis. "Escutei gritose ao olharparatrásvi gente saltando unssobre os outros.A polícia cercouolugar. Começaram a retirar cor-

pos. Não pude contá-los. Eram muitos",relatoua peregrina egípcia Suad Abu Hamada. A confusão aumentou porquemilhares depessoas sedirigiam para os pilares enquantooutras buscavamo ladoda saídana ponte.Feridosforam levados para os hospitais de Mina, Meca e Riad. Sete – Desde 1990 houve sete tumultos com grande númerode mortesperto dospilares representando o diabo. No hajj deste ano, o desmoronamento de um hotel que abrigava peregrinos, no dia 5, em Meca, causou amorte de76 pessoase ferimentos em dezenas.

Depois das sucessivas tragédiasnos anos 90,asautoridades melhoraram a circulação nos lugares por onde devem passar obrigatoriamente os milhões deperegrinos. Ampliaram a ponte e as rampas de acesso, além demanter uma

forçade segurançade cercade 60 mil homens para controlar a multidão e impedir ataques de extremistas islâmicos.

Clérigos emitiram editos religiosos(fatwas) autorizando osperegrinosacomeçaroritual do apedrejamento pela manhã. Essa etapa tem de ser cumprida depoisdasprecesdomeio-diae antes do pôr-do-sol.

Alémdisso,ogovernosaudita passou nos anos 90 a limitar o número de participantes do hajj, estabelecendo quotas por país.Paracada 1milhãodehabitanteséautorizadooenviode mil peregrinos. As autoridades temem que o evento seja usado para atentados ouprotestos de radicais islâmicos.

Em 1987, 402 pessoas, incluindo 275 iranianos partidários do aiatoláRuhollah Khomeini, morreram num protesto emMeca contraa políticaamericana no Oriente Médio. (AE)

Mehmet Ali Agca, o turco que disparou contrao papa João Paulo II em 1981, foi libertado ontemdepoisde passarmais de 25 anos em prisões na Itália e na Turquia. Ao sair da prisão, militantes nacionalistas que lutaram ao lado dele em batalhas de rua contra esquerdistas na década de1970 oaplaudiram e jogaram flores. Agca,de 48anos, cumpriu sentença tanto pelatentativa de assassinato do papa quanto pelo homicídio de um jornalista turco. Ele foi libertado cinco anosdepoisdetersidoperdoado pelo papa João Paulo na Itália, onde ficoupreso por20 anos antesdeserextraditado paraaTurquia. Agcapermanecerá em liberdade até a decisão de uma corte de apelação. Protesto – Depois de solto, Agca – que inicialmente estava algemado– se apresentouem umcentro de recrutamento militar.Ao partir,semalgemas, ele entregou a repórteres uma cópiada capa deuma revista Time mostrando ele e o papacom amanchete: "Por que perdoar?" Agca, que havia fugido do recrutamento na décadade70,foientãopara um

O Irã nuclear vai para a ONU

secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleeza Rice,disse ontem que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve se encarregar da "postura desafiante" do Irã e exigir a suspensãode seuprograma nuclear.Rice, noentanto, não respondeu se oConselho de Segurança da ONU optaria por tentar punir o Irã. "Está muito claro que todos acreditam que uma linha muito significativa foi ultrapassada", disse. Rice afirmou ontem que a decisão do governo do Irã de remover os lacres de uma parte de suas instalações de enriquecimento de urânio como um "escaladadeliberada" e uma"perigosa provocaçãoa todaacomunidadeinternacional", quenão podeficarsemresposta. Elanãoespecificou outros movimentos possíveis contra o Irã, masdisse que está"seriamente preocupada" com relação às operações secretas do Irã. Mais cedo, Reino Unido,França e Alemanha concordaramqueadisputa deveserencaminhadaàONU pelaAgênciaInternacional de

Energia Atômica. "Não estamos prontos ainda para falar sobre medidasespecíficas" aserem adotadas contra o Irã, disse Rice. A secretária afirmou que tem esperança de que o Irã perceba a união ao redor do mundo contra a sua decisão, citando adesaprovaçãodaRússiacom Teerã, como exemplo. Negociar – No mínimo, a administração do presidenteGeorge W.Bushquerque oIrãretome asnegociações com a UniãoEuropéia. O subsecretáriodeEstado,NicholasBurns,planeja viajaraoReinoUnido,França eAlemanha ainda hoje para coordenar a estratégia. Burns também vaimanter conversações coma Índia. OConselhode SegurançadaONUvaitentar punir o Irã com sanções políticas ou econômicas porcausa deseusprocedimentos secretospara desenvolver armas nucleares.

Almoce com...

Em visita à Índia, o senador John Kerry, democratade Massachusettsqueperdeuas eleições de 2004 para o presidente George W. Bush, reforçou a mensagem de Condoleeza. Usando a mesma linguagem da secretária de Estado, ele

exame derotina numhospital militar. Não ficou clarose o Exército exigirá que ele sirva. "Estamos contentes. Agradecemos enormementeao estado turco", disse seu irmão, Adnan. "Ele levaráuma vida como qualquer outro turco". Do lado deforadohospital, 250 esquerdistas protestaram contra sua libertação. Atentado – Agca disparou contra opapaenquantoele passava em carro aberto pela praça São Pedro, em Roma, em 13 de maiode 1981, efoiimediatamente capturado. João Paulofoibaleadonoabdômen, na mão esquerda e no braço direito, mas recuperou-se. Os motivos do atentado nunca foram explicados por ele. Muitos turcos ficaram surpresos com a decisão de um tribunal conceder liberdade condicional aAgcadepois de ele cumprir quatroanos emeio pela morte de um colunista esquerdista, Abdi Ipekci, em 1979. Ele fugiu de uma prisão militar nomesmo ano.Ativistas de direita foram a Istambul para celebrara libertação.Agca, que já se autoproclamou o Messias, nunca passou por exame psiquiátrico. (AE)

afirmou queo "Irãtomou aperigosa etola decisão de confrontar não apenas os Estados Unidos, mas toda a comunidade internacional". União Européia – OcomissáriodeRelações Exteriores da União Européia, Javier Solana, estará hoje na capital americana. A decisão de Teerã de fazer gestos que abrem o caminho para o reinício das atividadesde enriquecimentode urânio é vista pela administração Bush como uma fortejustificativada posturaquea Washington tem mantido sobre o assunto. Aposiçãoamericana foireforçadapelocompromisso queo ministro dasRelações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, assumiu com Condoleeza,num telefonemanaterça-feira ànoite, de não bloquear uma votação de uma resolução naAgênciaInternacional deEnergiaAtômica (AIEA) para encaminhar a questão iraniana ao Conselho de Segurança.Moscou indicou que manteriaumaposição deabstenção. Segundo fontes oficiais americanas, o compromisso não se estende,porém, às deliberações dopróprio CS. Ali, tanto a Rússia, um aliado tradicional do Irã,comoa China,que mantêm boas relações com Teerã, têm poder de veto.

Segundo fontes americanas,a administraçãoconcentraráagora seusesforçospara convencera China aapoiar o exame do casopelaAIEA. O objetivo de Washington é produzir uma decisão da AIEA antesde Bush comparecer ao Congresso, no fim do mês, para seudiscurso anual sobreo estado da união. A razão é que oembaixadoramericano na ONU, John Bolton, assume a presidência rotativa do Conselho de Segurança por um mês a partir de 1º de fevereiro, deixandoos EUAna posição ideal para colocar o programa nuclear iranianonotopoda agenda. No mínimo, Washington insiste na retomadadasnegociações com governos europeus. (AE)

Agca, livre, mostra capa da Time com a manchete "Por que perdoar?" Stringer/Reuters

VARIG INICIA VÔOS PARA MUNIQUE E

TENTA SAIR DA CRISE

A companhia aérea pagou US$ 56 milhões para evitar a redução de sua frota

Deolho na Copa do Mundo, a Varig inicia vôospara Munique, na Alemanha, no próximo dia 15. O anúncio foi feito ontem pela empresa, que tenta evitar o arresto deaviões pela Justiça de Nova York, requerido por companhiasde leasing internacionais.

A Varigteve suafrota reduzidanosúltimos mesespelo agravamentodacrisefinanceira, que a levou ao pedido de recuperação judicial no Brasil, em junho de 2005. Com menos aviões, a mais antiga empresa aérea brasileira perdeu mercado para as concorrentes TAM e Gol e viu seu índice de eficiên-

cia operacional despencar. Ontem, a Varig pagou US$56milhõesparaevitaruma reduçãoaindamaiornasuafrota, que, segundo fontes próximas ao processo, poderia chegar a40 aviões,dos 57em operação atualmente. Alémde garantir essasaeronaves, a empresafechou umacordo coma Boeingpara arecuperação de mais dois aviões. Subsidiárias – A notícia de que aempresavendeusuas subsidiárias VarigEngenharia eManutenção(VEM) paraa aéreaportuguesa TAP,e aVarigLogpara ogrupo deinvestimentos Matlin Patterson, por US$ 72,2 milhões, animou a negociação com ações da compa-

nhia, que ontem subiram 5,52% no pregão da Bovespa. A compra das duas companhias já havia sidofeita pela Tap, por US$ 62 milhões,em dezembro do ano passado, mas um acordo entre a empresaportuguesa eo gruponorte-americano garantiu a divisãodosativos eaelevaçãoda proposta, rendendoum recurso adicional à Varig. Segundo fato relevante enviado à Bolsade Valores de São Paulo (Bovespa), o grupo Matlin Patterson pagará US$48,2 milhõespelaVarigLog, sendo US$45,6 milhões à Tap e US$2,6 milhões à Varig,como complemento do preço original. (Agências)

Embraer perde contrato com EUA

A Lockheed Martin deve perder o contrato bilionário de fabricação de avião de espionagem para o exército norte-americano. A perda será um revés para a Embraer, parceira da Lockheed no programa. Fontes do setor aéreo afirmam que o programa Aerial Common Sensor, de US$ 4,6 bilhões, não irá adiante. O projeto está suspenso desde setembro passado, quando ficou claro que os novos sensores do avião seriam muito pesados para o aparelho fabricado pela Embraer. Várias opções foram

consideradas, inclusive a troca da aeronave. O exército deu à Lockheed prazo até ontem para que revisse as alternativas. Agora, "a decisão de encerramento do programa parece inevitável", afirmou Loren Thompson, analista do Lexington Institute. (AE)

Cintura alta no inverno

Mulheres, corram para a academia ouentão terão poucas opções de figurino para oinverno.A maioria das coleções mostradas ontemnos desfiles do Fashion Rio aposta na volta dascinturasaltas, sempre marcadas. Quem nãotiver com tudo no lugar, só poderá usar os modelos amplos de saia, osque vão abrindoe disfarçam o quadril.

Outra tendênciaé oda moda retrô.Referênciasanos 60 ganham disparado, nos cabelos,namaquiagem enas capas. Mas outras décadas também marcam presença, como os anos70,presençaforteno styling da TNG.

Nos desfiles de ontem, um dos destaques foi a marca Lucy in the Sky, que se inspirou na naturezae apresentouestampas de tons fortes, como roxo, verde, amarelo e laranja.

Jáa grifepaulistaCarmelitas, depois de algumas edições sem desfilar,marcou suavolta ao Fashion Rio com uma coleção composta basicamente por combinações de jeans e blusas leves, em tecidos fininhos.

A estilista baiana Marcia Ganem apostou nopreciosismo das peças artesanais brasileiras e nos babados em mangas e golas para a moda inverno.

O estilista Walter Rodrigues criou peças volumosas de organza de marfim, imitando as formas dos quimonos japoneses

Já Walter Rodrigues criou peças volumosas e leves de organzade marfim,imitandoas formas dos quimonos. Raica – Jáforadas passarelas, só se ouviufalar em Raica. Nenhum outro nome foi tão falado nos dois dias de desfile. A top,que ostentao badaladotítulodenamoradado jogador Ronaldo, causou umimenso alvoroçono camarimdaTNG, grife pela qual desfilou na noite de quarta-feira. (Agências)

Hope invade as praias

AHope, uma das maiores marcas de lingeries do mercado nacional, acabade lançarsua linhapraia, com biquínis e maiôs. "As peçasjá começaramachegar às lojas e estão sendo bem aceitas pelo mercado", diz a responsável pelo marketing eestiloda marca, Sandra Chayo. Diferentemente da maioria das marcas de biquínis, que optamporvender asduaspeçasjuntas, aHopeestáapos-

tando em vendê-las separadamente, já queas estampas da coleção combinam entresi. "Pensamos nas mulheres que usam tamanhos diferentes nas partes de cima e de baixo do biquíni", afirma Sandra. "Assim, a mulher também monta seu próprio modelo."O preçomédio de cada peça é R$ 26. Amarcacolocouno mercado36modelos, queforamdesenvolvidos e aprimorados durante dois anos. As estampassão diversas:estilo cash-

mere, floral, étnico, xadrez, listras e psicodélico,com detalhes metalizados e apliques manuais cortados a laser. Os maiôsvêm no modelo tomara-que-caiae também com cores e estampas diversificadas. "É um teste e, se o conceitofizersucesso, devemos apostar numa segunda coleção", afirma Sandra. Aexpectativa éaumentar o faturamento da empresa em 20% neste ano. Sonaira San Pedro

Setor de cosméticos cresce 5% ao ano

O setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresceu, nos últimos 10 anos, a uma taxa média de 5% ao ano, bem acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,4% ao ano no período. Essa é uma das principais conclusões do estudo sobre o impacto socioeconômico da beleza –de 1995 a 2004, feito pela Universidade Federal Fluminense (UFF). O estudo foi coordenado pela diretora da faculdade de economia, Ruth Dweck, e ressalta que a indústria brasileira de cosméticos

Walter Rodrigues abre o desfile com inspiração nipônica
A modelo Raica causou alvoroço
Márcia Ganem usa peças artesanais
Marcos D´Paula/AE Liliam Rama/AE Camila Maia/Ag. O Globo
Patrícia Santos/AE

Fiesp: apesar das novas vagas, 2005 foi "só tristeza"

Mesmocom onívelde

emprego na indústria paulistafechando o ano com alta de 2,4%, o querepresenta aabertura de 48.419 postos de trabalho, o diretor do Departamento Econômico daFederação dasIndústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),Paulo Francini, disse ontemque2005 foi"sótristeza". Para ele,umadas causas do desempenho considerado fraco foi a política monetária ortodoxaadotada pelogovernofederal,comjurosaltosevalorização do real na compara-

ção com o dólar. "A alta de 2,4% é muito próxima do crescimento previsto para o Produto Interno Bruto. E quando o PIB anda chocho, tudo fica chocho", afirmou Francini. Em dezembro, o nível de emprego da indústria paulista teveseu pior desempenho mensal desde 2000, com queda de 2,16%,na comparaçãocom novembro. Aotodo, foramfechados 45.818 postos de trabalho no mês passado. De acordo com a Fiesp, estatisticamente, a queda é igual à apresentada em dezembro de 2003, quando

INDUSTRIAIS ESTÃO PESSIMISTAS COM NÍVEL DE EMPREGO

Expectativa é de produção maior, mas vagas não devem seguir o movimento

Eo nível de emprego caiu 2,14%.

Segundo Francini, se for considerado o índice com ajuste sazonal, no qual a queda é de 0,04%, ocomportamentodo emprego industrial em dezembroficou dentrodoesperado, já que sempre recua. No mês passado, dos 47 sindicatos pesquisados, 26 demitiram funcionários, 12 contrataram e 9 mantiveram o mesmo número de empregados. Os que mais demitiram foram matérias-primaspara fertilizantes (5,98%), calçados de Franca (5,52%) eestamparias de metais (5,16%), congelados e supercongelados(2,82%). Os que maiscontrataram forammármores egranitos (5,77%), bebidas em geral (2,5%), rações balanceadas (2,15%) e relojoaria (0,64%). Para 2006, a entidade projeta crescimento entre2,5%e 3,5% para o PIB. "O emprego deve ficar dentro desse patamar", disse Francini. (AG)

mbora as empresas apostem numa nova aceleração da produçãonesteano,asperspectivas para o emprego nas indústrias de transformação neste primeiro trimestre são as pioresdesde1998. Préviada SondagemConjuntural daIndústriade Transformação, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra quedas 489empresas consultadas, que juntas faturam cerca deR$200 bilhõeseempregam 513 milpessoas, 32%pretendemdemitirmais doquecontratarneste primeirotrimestre do ano, contra apenas 11% que planejam contratar mais. O saldo negativode 21 pontosé o pior resultado da série desde 1998, quando ficou nos

mesmos 21 pontos negativos, época em que a crise financeira internacional jogou a economiabrasileira emforte recessão. O indicador também ficou abaixo da média histórica dos últimos noveanos, de oito pontos percentuais negativos. "Parece um prenúncio de queo ano não vaiser muito bom para o emprego industrial. A indústria vai voltar a produzir mais, mas vai demorar para retomar a contratação de pessoal", afirmou o coordenador de sondagens conjunturais da Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, o economista Aloísio Campelo. Ele sereferiu aofato deque, de acordo com a prévia da sondagem,opercentualde empresas que esperamum au-

mentodaproduçãoneste primeiro trimestre (38%) foi maior do que as que esperam uma queda (34%), com saldo positivo de quatro pontos. A média histórica desseindicador nos últimos nove anos é de dois pontos positivos. "Há uma claramelhora nas perspectivas da indústria para a produção nos próximos meses", disse Campelo, ao comentarosaldo relativo àprodução neste trimestre.

Quanto àsexpectativas para ocomportamento da demandaatémarço, 26% das empresas apostam em aumento, contra 30%, em queda, com saldo de quatropontos negativos, quetambém émelhorquea médiahistórica,de oito pontos negativos. (AG)

Pesquisa mostra força do interior

Em busca de menores custos de produção, o setorindustrial doPaís voltou sua atenção para as pequenascidades nos últimos cincoanos. Nesse período,de cada quatro novos empregos criados pela indústria, três foram emmunicípiosdistantes das regiõesmetropolitanas. Apesar da interiorização, a geração de empregos industriais continua concentrada nas regiõesSul eSudeste,segundo pesquisa elaborada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a pedido do Serviço Nacional deAprendizagem Industrial (Senai).

O pesquisador João Luiz Sabóia, da UFRJ, coordenador do estudo, afirmou ontem que esse movimento começou na dé-

cada de 90 e constata-se – ao analisaro período de 2000 a 2004 – que ele se intensificou. "Há vantagens para as indústrias em ir para o interior, como menor carga fiscal, proximidade de insumos e de infra-estrutura logística", disse. Concentração – A pesquisa revelou também que apesar de todo omovimento dointerior, eleainda se concentra nas regiõesmais desenvolvidas.Por isso, municípios do interior de São Paulo – como Campinas,

São José dos Campos e Franca –sedestacamentreosquemais geraram empregos industriais nos últimos cincoanos. Além deles, também estão em destaque cidades do Sul do País, como Blumenaue Joinville(Santa Catarina)eCaxiasdoSul (Rio Grande do Sul). O coordenador doestudo citou como explicações o fato de nessas regiões ser maisdesenvolvida a malha viária e a proximidade de portos para escoamento da produção. (AE)

Vida nova em Campinas

Há quase dois anos, a executiva Gilceli Ribeiro trocou a estabilidade de um emprego de 10 anos em São Paulo – e o bom salário numa multinacional – pela qualidade de vida do interior. Em 2004, depois de passar algum tempo em Campinas ajudando a empresa em que trabalhava a abrir uma filial, ela decidiu que não queria mais voltar.

Ela conta que apenas alguns dias depois de ter pedido demissão recebeu propostas e logo estava empregada – ganhando 20% menos, mas mais feliz. Hoje, Gilceli é coordenadora de Marketing e Atendimento da Kärcher, fabricante alemã de máquinas de alta pressão, localizada em Paulínia, na região de Campinas. Cristiane Prezotto

Das indústrias ouvidas pela FGV, 32% pretendem demitir mais que contratar no primeiro semestre do ano
Fabiana Beltramin/Folha Imagem

MÚSICA

O samba, muito vivo. Ao vivo.

A essência do samba. Em dois álbuns-verdade.

André Domingues

Lembra daquela ironia do Paulinho da Viola em Eu Canto Samba ("Há muito tempo eu escuto esse papo furado dizendo que o samba acabou/ Só se foi quando o dia clareou")?Pois foi comprovada novamente.Os dois maiores movimentosde renovaçãoepreservação do ritmo brasileiro mais tradicional acabam mostrar sua maturidade, lançandoseus primeiros discos: AComunidadeSamba daVela dopaulistanoSamba daVela,e Renascença Samba Clube, do carioca Samba do Trabalhador. Muitoeles têmemcomum,mas,em especial, umabusca obstinadapelaessência do samba, sua verdade mais profunda. Isso se reflete em diversos aspectos,comoo respeitoquasesagrado que têm pelos mestres do passado, como o lendário Candeia, ou a opção de ambos por gravarem tudo ao vivo esem nenhumtipo de maquiagem deestúdio. Issotambém sepercebe nasua clara preferência porprestigiar os compositores, aqueles que lidam mais intimamente com essa essência em seu ofício.

A proximidade entre os dois movimentos, contudo, não implicou numa padronização. Ocompositor Moacyr Luz, idealizador do Samba do Trabalhador,explica adiferença:"Tenhoa maioradmiraçãopelos meninosdo SambadaVela, meidentifico profundamente com eles, mas o que fazemláéumsambatão dedicado,

Maluquices do feirante

Moacyr.

Com chamada até na Finlândia.

O compositor e cantor

Chico César (foto), paraibano de 41 anos, sobe ao palco do Sesc Vila Mariana nesta sexta, dia 13, no sábado (14) e no domingo (15), no show de lançamento de seu 6º CD, De uns tempos pra cá (gravadora Biscoito Fino). Acompanhado pelo Quinteto da Paraíba, com 12 faixas, o cantor executa as canções autorais que integram o novo trabalho, compostas por ele desde a década de 80. Uma novidade na apresentação é o formato camerístico do show. De uns tempos pra cá, lançado dez anos depois de seu primeiro disco, traz canções como Utopia na qual relata episódios da época em que fazia faculdade em João Pessoa. "É uma espécie de comentário irresignado sobre a não-aprovação das eleições diretas para presidente pelo Congresso Nacional", diz. Sesc Vila Mariana, Rua Pelotas, 141, Vila Mariana, tel.: (11) 5080-3000. Hoje (13) e sábado (14), às 21h; domingo (15), às 18h. R$ 10 (mais de 60 anos, estudantes e aposentados) a R$ 20.

que chega a ser religioso, com uma série de restrições à comida e à bebida durante as reuniões. Já o nosso usa as reuniões para cada um cozinhar, fazer muita comida de panela, trocar copos de cachaça, enfim, celebrar a segunda-feira, dia de descanso dos músicos", diz ele.

Operfil dosfreqüentadorestambém muda de um para outro. EnquantooSamba doTrabalhador mescla "cascudos" enovatos, que cantam para uma pequena multidão – chega a duas mil pessoas –, o Samba da Vela reúneum público menor, entre 150 e 400 participantes, e apresenta, basicamente, sambistas ainda pouco conhecidos.

Ascomposiçõesentoadas nas duasrodastambém têmsuaespecificidade.No movimentopaulistano entram apenas músicasinéditas, ao passo que,no carioca, estas costumam ser tocadas apenas nas primeiras horas de cada reunião, deixando o encerramento a cargode obras já conhecidas.

De qualquer forma, ambos os discos trazem momentos preciosos. Em Renascença SambaClube,vale destacar as participações dos já renomados Toninho Geraes eÉlson, cantando seus sucessos Amor e Festança e Brilha Para Mim,eestréiasdeLuizaDionísioe LucianoMacedo,intérpretes de Conceição da Praiae Cantodos Cafezais.O excelente Wanderley Monteiro, que caminha a passos largos para entrar

"M oacyr é o rei dessas maluquices", diz o parceiro e vizinho Aldir Blanc, comentando a criação do Samba do Trabalhador. E fala com autoridade. Há cerca de dois anos, na feira da rua Garibaldi, na Tijuca, onde os dois moram, ele presenciou Moacyr abrindo uma barraca de bebidas e tira-gostos que renderia um DVD na Finlândia, um documentário na BBC inglesa e um punhado matérias nos jornais locais.

MEMÓRIA

Os pianos de Bobby, em leilão na Christie´s.

Esse negócio de procurar amigos é um traço da minha personalidade Moacyr Luz

Foi tudo muito simples - e incrivelmente inusitado. Moacyr caminhava entre as barracas, como faz toda sexta-feira, e um feirante lhe ofereceu ostras. O sambista recusou, dizendo que não sabia nem abrir, mas o vendedor não se deu por vencido, dizendo que abriria uma por uma se fossem provadas ali mesmo. Veio a luz. Moacyr resolveu ir até sua casa, pegar umas cervejinhas e, na feira mesmo, arranjou um banquinho, um caixote emprestado e

D urante 30 anos, o cantor e pianista Bobby Short (foto) se apresentou no bardo hotel Carlyle, em Nova York. Grande intérprete de compositores daBroadway (ColePortereGeorge Gershwin,entreoutros), Bobby era umsímbolo novaiorquino; esteve duasvezes no150 NightClub, doMaksoud Plaza,gravou umálbum editadopeloselo Eldorado,e deixou farta ebeladiscografia. Morreuem marçode2005,aos 80anos.Emfevereiro, seus pianos, da marca Bechstein, no valor, cada um, de US$ 40 mil,serão leiloados pela famosa Christie´s. (Acima, dois CDs de referência: Swing That Music e How´s Your Romance?) V I S UA I S

no time dos "cascudos", também brilha, com a faixa Somos Nós Já no disco do Samba da Vela, chamam a atenção algumas criações dos quatro fundadores, os já calejados Paqüera, Chapinha, Magnu Souza e Maurílio de Oliveira.Mas também vale destacar algunsnovatos,comoo percussionista Leandrinho -guarde esse nome! –, queassina Jurei com Wagner Almeida. Como o disco foi todo cantadoem coro por120 pessoas pertencentes à comunidade do movimento – uma forma inteligente de valorizar acoletividade –, nãohá intérpretes queroubemacena.Isso, porém, não significa que o Samba da Vela ainda não tenha revelado grandes

um pano de prato. Resultado: ficou lá até o meio da tarde, quando os garis pediram que desmontassem tudo. Na semana seguinte, a farra se repetiu, mas com alguns amigos convidados. Logo virou um hábito. Não demorou para que Moacyr comprasse seu próprio espaço na feira, ampliasse o cardápio com peixes e camarões fritos na hora (graças à colaboração da vendedora de tapiocas) e recebesse visitas ilustres, como Paulinho da Viola, Jaguar,

vozes. A cantora Graça Braga – guarde também esse nome! –, co-autora de Ingratidão, que o diga. Sejano Samba do Trabalhador, sejanoSambadaVela,o quemais impressiona é a capacidade do samba de se renovar,a despeito das marés da moda. MoacyrLuz criou uma frase para definir avitalidade do Rio de Janeiro, mas quebem aplica seu filho ilustre, o samba: "A cada hora, o Riotiraumaflecha docorpodeSão Sebastião, seupadroeiro,estancao sangue e cria nova vida, novas mitologias". Se a analogia vale, pode ter certeza de que, com os presentes lançamentos, saíram maisduas flechas, e das grandes!

Hermínio Bello de Carvalho e Jards Macalé. Sem falar em Aldir, é claro.

"Esse negócio de procurar idéias que possam reunir amigos é um traço da minha personalidade", explica Moacyr, traçando um paralelo entre a feira ao Samba do Trabalhador.

Mas é preciso um aviso: quem quiser conhecer a barraca de Moacyr Luz deve chegar somente após as 11 horas. É que o horário é de sambista, não de feirante.

F otografias deEduardo Longman

e JuanEsteves compõema mostra Cotidiano – O olhar sensível, em cartaz atéquarta,dia18.Otrabalhode umfazcontrapontoao dooutro. Eduardo é apaixonado pela paisagem urbana epelo usoda cor,apresentando 12 fotos objetivas, com imagens do cotidiano da cidade (foto). Juan,conhecidoporseusretratos,usaumaPolaroidSX 70nos12trabalhos queexibem interiores edetalhes, emcores esmaecidas. Com curadoria de Antonio Carlos Abdalla, uma antiga discussão permeia a exposição: o que, afinal, transforma a fotografia e lhe dá o valor de obra de arte? A vida do fotógrafo, seu vanguardismo, estarno lugarcerto ena hora certa, o retratado e o ambientequeenvolveuo resultado final são fatores de peso. Mas não trata-seapenas disso. Sem respostas certeiras nem imediatas, ovisitanteé

convidado a descobrir por si, depois de examinar os olhares dos fotógrafos impressos nas imagens. Os perfis dos dois fotógrafos são diversos.Eduardo Longmanépaulistano, formado pela USP e começou a fotografar em 1974. Expôs pela primeira vez na 14ª Bienal de São Paulo. Durante três anos organizou o ensaio Em busca dohumano comregistros do centro da capital paulista e seus habitantes, exposto noMuseu da Imagem e do Som (MIS). Juan Esteves, também paulistano, fotógrafo profissional, participou de 18 exposições individuais e 60 mostras coletivas nacionais, além de ter expostonosEUA, Japão, Holanda, entre outros países. Publicou os livros 55 Portraits e São Paulo en mouvement (co-autoriacom Anne Louyot), e suas fotos integram mais de 60 livros no Brasil e exterior. Cotidiano –OOlharsensível Espaço Nossa Caixa - R. Álvares Penteado, 70,Centro, tel.:(11) 32446838. Segunda a sexta, das 10h às 16h. Grátis.

Niemeyer

Um dos maiores nomes da arquitetura mundial, o brasileiro Oscar Niemeyer é o personagem de um programa especial que oRepórter Cultura,daTV Cultura,exibe nesta sexta,dia 13,às 2h30. Apesar dohorário ingrato,o programa,batizado como O Arquiteto do Século,é convidativopara quemquernão só entender sobre as linhas e curvas arquitetônicas saídas da pranchetadeNiemayer, masde suavisãohumanista de mundo. O programa viaja pelo Brasil eEuropa para mostrar algunsprojetosda carreirade Niemeyer,que também revela um pouco de suaintimidade, fala sobre suacarreira atéconseguir serreferênciamundial, de seus sonhos, decepções e esperanças.

Catástrofes

Uma série especial do History Channel tem chamado cada vezmais atenção de queméfãde documentários. Trata-se de Desastres da Engenharia, quevaiaoar neste sábado (14),às13h, que mostra catástrofes produzidaspelos maioreserros de cálculo domundo. O episódio deste sábado mostra acidentes com o da ponte da Interestadual 954 entre Connecticut e Nova York; a queda de um avião particular do jogador de golfePayne Stewart e o rompimento de uma represa no século 19, que inundou a cidade de Johnstown, na Pensilvânia. E relembra umacidente ocorrido no dia4 de maio de 1988,em LasVegas,quando umaexplosão ocasionou uma comoçãosuperior a3º na escala Richter.

Globo de ouro

NO CCBB

O Centro Cultural Banco do Brasil continua, nesta terça (17) as sessões do projeto O Fenômeno das Novas Orquestras Apresentação do grupo de percussão corporal Barbatuques (13h) e da Orquestra de Contrabaixos Tropical (19h30). Rua Álvares Penteado, 112, Centro, tel.: (11) 3113-3600. R$ 6 e R$ 3.

Hollywood dá a largada a sua primeira grande premiação do ano, o Globo de Ouro, que sinaliza as possibilidades de atores, atrizes,produtores, filmese diretoresconquistaremo prêmio máximo da Academiade Cinema, oOscar. Este ano, temos um motivo a mais para ver a festa: torcerpara queo brasileiroFernandoMeirelles conquisteo prêmio de melhor diretor por O Jardineiro Fiel. O Canal Sony exibe com exclusividade na segunda, 16, às 23h, a 63º edição do Globo de Ouro, diretamente do BeverlyHilton Hotel, em Los Angeles. O prêmio foi criado pela Hollywood Foreign Press Association, quereúne correspondentes estrangeiros em Los Angeles, e éconcedidoaosmelhores da TV dos EUA e do cinema americano e internacional. Nototal, concorrem24categorias: 13 de cinema e 11 de TV. Entre as séries indicadas estão Desperate Housewives (cinco indicações), Commander inChief (três indicações), Lost (três indicações), Everybody HatesChris (indicação deMelhor Série Cômica) e Medium (indicaçãoà Patrícia Arquette de Melhor Atriz em Série Drama).

Regina Ricca
Divulgação
Desperate Housewives: cinco indicações para o Globo de Ouro
Memorial da América Latina: uma das muitas obras de Niemeyer
Magu Souza, Samba da Vela: artista calejado

BOLSA OPERA ACIMA DOS 36 MIL PONTOS, MAS NÃO SE SEGURA. DÓLAR RETOMA TRAJETÓRIA DE QUEDA.

BOLSA E DÓLAR CAEM, RISCO-BRASIL SOBE

Ofluxo positivoestrangeiro continua sustentando osnegóciosnaBolsa de Valoresde SãoPaulo(Bovespa). O Ibovespa, o principal indicador da bolsa paulista, chegoua baterrecorde durante o pregão, mas não resistiu à realização de lucros pela tarde, influenciada pela queda das bolsas em Nova York. O dólar, depoisde doisdiasem alta,voltoua caire adivulgação da inflação medida pelo IPCA não mudou a expectativa para a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Não há consenso sobreocortedataxadejurosSelic na próxima semana, se será de 0,50 ou 0,75 ponto percentual. O Ibovespa resistiu muito na casa dos 36 mil pontos, mas entrou no negativo na última hora do pregão e fechou em baixa de 0,48%, com 35.779pontos. Com esse resultado,a bolsa acumula alta de 6,94% em janeiro. Ovolume financeirosomou R$ 2,271 bilhões.

Nesta semana,a bolsa realizou lucros em três dias e em nenhum deles a queda do Ibovespa superou 1%. Ontem mesmo, sempre que o índice perdia fôlego e chegava perto desse nível, ascompras eramretomadas. Antesdeperderfôlegoàtarde,o Ibovespa chegou a bater recorde duranteopregão,ao somar 36.286 pontos (0,93%). O motivo para o bom desempenho continua sendo o capital externo. Abolsa informouque, até segunda-feira,o saldomensalde investimentoestrangeiro estava positivoemR$820milhões,valor consideradobem elevadoparaapenasseis dias úteis. Mas, na terça-feira, teriam saído cerca de R$ 50 milhões, segundo fontes do mercado. Câmbio – Já o dólar comercial, após subir 1,51% nos últimos dois dias, operou em baixa e fechou a R$ 2,265 (-0,83%). O Banco Central (BC) voltou a ser seletivonosleilões,nãovendeu integralmente a oferta de swap reverso e só aceitou duas propostas na operação de compra.

Apesar da elevação do riscoBrasil,quepassou dos278 pontos-basena quarta-feira para 286 ontem, os investidores no mercado futuro de câmbio voltaram a apostar na queda dos preços. Isso influenciou diretamente o comportamentoà vista.Ogiro financeirodiminuiu 25% para US$ 1,858 bilhão. No mês, a perda acumulada da moeda americana ante o real está em 2,58%.

"A tendência geral é de quedadodólar,e agora,comojápassouessaetapa de ajuste, oritmo voltou",disse MiriamTavares, diretora de Câmbio da AGK Corretora.

Selic – De manhã, a divulgação do IPCA de dezembro, em linha com as previsões dos analistas, não dissipou a divergênciadasapostasdomercado sobre o tamanho do corte esperado para a taxa básica de juros na próxima reuniãodo Copom, que vão de 0,50 ponto a 0,75.OBancoCentral anunciou para hoje mais uma oferta de swap reverso. (Agências)

Bancos federais ganham mais

Os bancosoficiais federais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal,Banco daAmazôniae Bancodo Nordeste)aumentaramsuasreceitascom prestação deserviçosem51,7%ao longo dos trêsprimeirosanos do governoLuiz InácioLula da Silva. O resultado faz parte deumestudodaAustinRating elaborado com base nos balanços dos bancos até setembro. "Éum aumentototalmente em linha com o que podemos verificar no caso dos grandes

bancos privadosdo País",disseo presidentedaAustinRating, Erivelto Rodrigues. De acordocom oestudo, os ganhos dessesquatro bancos com a prestação de serviços foram deR$ 6,663 bilhõesno período de janeiro a setembro de 2002. Em 2005,nomesmo período, as receitas haviam saltado para R$ 10,108 bilhões. A maior partedos recursos, segundoRodrigues, veioda cobrança detarifas."Nocaso do BancodoBrasil,ospesos são mais equilibrados em fun-

ção da forte atuação do banco na administraçãode cartãode crédito e de recursos de terceiros", disse o analista. Serviços– Osserviços, segundo olevantamento, járespondem por cerca de 15% das receitas totaisdos bancos."Este percentual já é superior aos 13% que os bancos ganhavam coma flutuaçãoinflacionária antes daestabilização de 1994", disse Rodrigues. O percentual de ganhos com a receita inflacionária correspondia a cerca de 4% do PIB. (AE)

BM&F conquista estrangeiros

Ovolumenegociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) cresceu 19,35%entre 2004 e 2005, saltando de US$ 6,394 trilhõespara US$ 7,632 trilhões. Oscontratos negociadosaumentaram 10,11% em relação a 2004, passando de 179,7 milhões para 197,9 milhões. Segundo o presidentedo Conselho deAdministração da BM&F, Manoel Félix Cintra Neto, 2005foi um anode recordes para o mercado de ativos futuros. "Emnovembro,por exem-

plo,superamosamarcade1milhãode contratos negociados a cadadia", disse. Ele afirmou que, mesmo em dezembro, quando a liquidez é tradicionalmente menor por conta das festas de final de ano, a média se manteve na casa do milhão. "O ano de 2005 foi importante para a internacionalização daBM&F", disse Cintra Neto. Tanto que 20% das operações foram feitas por estrangeiros ou por investidores não-residentes noBrasil. "Essasignificativaparticipação deinvestidores de outros países acompanhou a crescente credibilidade do Brasil", completou. Destaques – As negociações de minicontratos de boi gordo, de Ibovespa e de dólar pela internet ganharam liquidez, de acordo como vice-presidente do Conselho de Administração, Renato Diniz Junqueira. Foram cerca de 1 milhão de minicontratos futuros negociados, contra apenas 68 em 2004.

Os futuros agropecuários tiveram volume recorde: 1 milhão de contratos, aumento de 3,7% emrelaçãoao ano anterior. O giro financeiro foi de US$ 10,137 bilhões, 29,7% acima do registrado em 2004. Noano passado, foramnegociados naBM&F contratos equivalentes a 882 mil toneladas de açúcar, o que representa 3,3% da produção nacional. De álcoolanidro foramcomercializados766milmetroscúbicos, ou 9,3% da produção.

"Através daparceriada Abraceel (Associação Brasileirados AgentesComercializadores de Energia Elétrica), começaram os pregões mensais para negociação dos contratos de curto prazo de energiaelétrica", disse Junqueira. Nos cincorealizados desdeo mêsde agosto,foramnegociados1.009 contratos, comvolumefinanceiro de R$ 12,5 milhões. O próximo pregão será no dia 31. Sonaira San Pedro

Alencar fala de juro com

Ovice-presidente e ministroda Defesa,José Alencar,esteve ontem comopresidentedoBancoCentral, Henrique Meirelles, para um "encontro de trabalho".

"Não conversamos apenas sobre isso (os juros). Falamos sobrequestõesligadasaoBrasil como um todo", disse Alencar.

Meirelles

O vice-presidentenão quis detalhar o conteúdo da conversa, mas disse que sua opiniãosobre ocomportamento da taxa de juros "não mudou". Desde oiníciodo governo, Alencarmantém umapostura crítica em relação à decisão do BC de elevar as taxas de juros para conter a inflação. (AE)

Patrícia Cruz/LUZ
Cintra Neto, presidente do Conselho de Administração: 2005 foi o ano da internacionalização da BM&F

345 MORREM ATIRANDO PEDRAS

NO DIABO

No final da sagrada peregrinação à Meca há três pilares. São o símbolo do diabo e devem ser apedrejados, até o pôr-do-sol. Atrasada, uma multidão pressionou para frente. E muitos peregrinos caíram. Pânico. Pisoteamento. 345 mortos (foto ao lado).

Flores para Ali Agca

O homem que tentou matar o papa João Paulo II há 25 anos foi saudado com flores ao ser libertado da prisão na Turquia. Página 8

O CRIME ATACA A POLICIA

5 MORTOS, BASES BALEADAS

A semana em que a bandidagem venceu a polícia culminou, ontem, com a execução de um PM na Vila Maria (foto). Foi o único assassinato atribuído ao crime organizado, o PCC, em vingança à frustrada tentativa de resgate de presos na Penitenciária de Presidente Bernardes. Nos outros confrontos, policiais reagiram a assalto e seqüestro, e foram mortos. Todos os ataques, na página 5.

DCULTURA

A global Débora Falabella mergulha nos abismos trágicos da peça A Serpente, último texto de Nelson Rodrigues para o teatro. É a grande estréia da semana. Entre os cartazes de cinema, o filme A Marcha dos Pingüins garante emoções ao mostrar imagens exuberantes da Antártida. E mais: a boa literatura de Moacyr Scliar e o happy hour que resgata a autêntica boemia do Velho

Centro de São Paulo.
Leonardo Rodrigues/Hype
Divulgação

Indaiatuba terá centro de eventos

Cidade conseguiu liberação de R$ 3,2 milhões da Caixa Econômica Federal para iniciar as obras

Deolho nademandareprimidadecentrosde convençõesna RegiãoMetropolitanade Campinas (RMC) e na saturação desses espaços na capital de SãoPaulo, acidade deIndaiatuba saiu na frente de Campinas e vai iniciar a construçãodeummegacentroparaarealizaçãodeeventosde grandeporte naregião.Oprojeto, aindaemandamento na Secretaria de Desenvolvimento da cidade, já obteve a liberação de R$ 3,2 milhões da Caixa Econômica Federal (CEF), por meio de uma emenda parlamentar que destinou dinheiro ao fundo perdido do Orçamento Geral da União (OGU).As obrasdevem começarainda esteano, logo que o projeto de construção estiver concluído.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento de Indaiatuba,Edmilson FernandesGarcia,o novo centro deverá ocupar umárea construída de 12 mil m² e será capaz de comportareventos commaisdecinco milparticipantes, como osqueacontecemem São Paulo. Garcia diz que o projeto é modular e que o centro será construído em etapas. A primeira, com 2,3 mil m², vai absorver o dinheiro remetidopela União, alémde uma contra-partida da administraçãomunicipal de R$ 400 mil. "É uma obra muito cara só vamos conseguirrealizar ao longo dos anos", disse o secretário.

Segundo Garcia, também está prevista a instalação de uma rede hoteleira dentro do centro de convenções para acomodar os participantes dos eventos. "O projeto tem tudopara dar certo. Além do espaço ser grande,estamos aoladodo AeroportoInternacionalde Viracopos,em Campinas, queestáemfase deampliação",disse."Por isso estamos apostando na transferência de convençõesde São Paulo para aRMC,já que o mercado nacapital está saturado. Tambémcontamos coma demandaregional,que sofrecomafalta deopções",completou o secretário. Além do dinheiro para o centro de convenções,a OGU também remeteu, via CEF, R$ 500 mil para a construção de um centro de apoio ao turista e R$ 195 mil para a realização de obras de infra-estrutura urbana. A cidade tem hoje 147.050 habitantes e faz parte dos circuitos das Frutas e da Ciência e Tecnologia. Com a economiavoltadapara asindústriaseo turismo,deacordo como secretário,o centrode convenções,deve setornar fundamentalpara o desenvolvimentolocal quando começar a funcionar.

A empresária e presidente do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, Alexandra Caprioli Fontolan, vê o novo centro de convenções de forma muito positiva para a região, mas lamenta o fato dele não ser construído em Campinas, já que era uma reivindicação antiga da cidade. Segundo ela, há décadas se discute em Campinas a necessidade dese criarum espaçopara estafinalidade, mas faltouiniciativa. "Enquanto estávamosem discus-

são, Indaiatuba foi ao governo federal pediu o dinheiro, recebeu e vai fazer o projeto acontecer", disse. Mas, mesmo sem sediar o novo centro de convenções, Campinas também será beneficiadacomo seulançamento. De acordo com Fontolan, até que Indaiatuba consolideumaredehoteleiracapaz deatenderaopúblico queparticiparádoseventosnacidade,Campinas,porter maisestrutura, deveráabsorvertodas ashospedagem. "Também temos como trunfo o fato de Campinas ser um grande centro de compras, o que vai atrair naturalmente os participantes das convenções de Indaiatuba para a cidade", disse a empresária.

Hoje, Campinas tem um dos maiores hotéis brasileiros em capacidade para atender a convenções de médio porte, o The Royal Palm Plaza, de acordo com agentes e promotoresde eventoseconvenções. Fontolanconfirma a informação e ressalta que o hotel tem hoje dois amplossalõescomcapacidade paraatender1,5milpessoas cada. "É um hotel espetacular com uma capacidade deatendimento maravilhosa,mas aindaassim não vamos desistir de construir umcentrocomoo deIndaiatuba em nossa cidade", disse.

MárioTonocchi

Averba liberada pelo Orçamento Geral da União (OGU) para a construção do centro de convenções de Indaiatuba faz parte de um pacote de R$ 9,2 milhões repassados pela Caixa Econômica Federal (CEF) para 17 municípios da região de Campinas, esta semana. O dinheiro saiu dos ministérios do Esporte, Turismo e das Cidades. Campinas vai receber R$ 1,330 milhão que serão investidos na recuperação de praças de esporte de bairros da periferia. A prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que não existe, ainda, nada de concreto nas discussões para a implantação ou não de um centro de convenções na cidade e que por isso não foram solicitadas verbas para este fim neste momento.

De acordo com a CEF, do total liberado para Campinas, R$ 280 mil vão para a modernização de núcleos de esporte e de lazer e a recuperação de equipamentos de quadras de esporte. Outros R$ 600 mil vão para a implantação de núcleos de esporte recreativo e de lazer em alguns bairros. Além disso, também serão disponibilizados R$ 94 mil para projetos e atividades jurídicas e administrativas. A Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região (AANCR) vai receber R$ 106 mil para a para elaboração do sistema de gestão da qualidade, incluindo procedimentos e elaboração de documentos para quatro certificadoras de atestado de qualidade de serviços e produtos.

Além de Indaiatuba e Campinas outras três cidades da região serão contempladas com a verbas. Americana, por exemplo, vai receber R$ 848 mil e Monte Mor, R$ 637,5 mil. A cidade de Pedreira vai receber R$ 790 mil para aplicar em esporte, inclusão digital e infra-estrutura urbana. Também estão com verbas liberadas as cidade de Artur Nogueira (R$ 78 mil), Capivari (R$ 224,9 mil), Cosmópolis (R$ 321,7 mil), Engenheiro Coelho (R$ 97,5 mil), Hortolândia (R$ 224,2 mil), Jaguariúna (R$ 100 mil), Mombuca (R$ 120 mil), Nova Odessa (R$ 65 mil), Rio das Pedras (R$ 48,7 mil), Santo Antônio de Posse (R$ 20 mil), Valinhos (R$ 178 mil) e Vinhedo (R$ 312 mil). Nessas cidades a prioridade é o esporte. (MT)

COMBUSTÍVEL

Opresidente do Sindicato dos Proprietários de Postos de Combustíveis de Campinas e Região (Recap), Emílio Roberto Martins, criticou, ontem, o acordo firmado entre o governo federal e os usineiros que reduziu em R$ 0,03 o preço do álcool anidro junto aos produtores. De acordo com Martins, nas bombas, a redução pode significar queda de pouco mais de meio centavo, ou ¼ dos R$ 0,03, chegando a R$ 0,0075. "Para o consumidor tudo vai continuar como está", afirmou o presidente do sindicato.

AMBIENTE

Campinas assinou, ontem, o termo de adesão ao programa Municípios Educadores Sustentáveis (MES), do Ministério do Meio Ambiente. O Programa, de acordo com o Ministério "visa utilizar todos os espaços e estruturas já existentes no município para a realização de um processo continuado de educação para a sustentabilidade, trabalhando duas das principais reivindicações dos brasileiros: Educação e Meio-Ambiente". As cidades que assinam o acordo com o Ministério recebem o "Selo Município Educador Sustentável".

CURSO

AAssociação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) mantém abertas as inscrições para seus cursos de férias na área de informática. A partir do dia 16 (segunda-feira) começam as aulas teóricas e práticas dos programas Windows, Word, Excel, Power Point e internet. No dia 17 também iniciam os cursos de montagem, manutenção e configuração de microcomputadores. Todos os cursos da Acic têm duração de dois meses. Mais informações pelos telefones (19) 2104-9209 ou 2104-9210 ou pelo e-mail cursos@acicnet.org.br.

Diretoria Executiva

Museu da Imagem e do Som (MIS) apresenta hoje e amanhã dois clássicos do cinema policial mundial dentro do ciclo mensal de exibição de vídeos. Com direção de Roman Polansky, e elenco formado por Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston, “Chinatown” será apresentado hoje às 19 horas. Com 130 minutos, o filme mostra um detetive particular

contratado por uma mulher misteriosa que o envolve em uma trama com especulação imobiliária, corrupção e mortes. Amanhã, às 16 horas, começa a exibição de “Os Intocáveis”, de Brian De Palma. Na Chicago dos anos 30, o jovem agente Eliot Ness (Kevin Costner) tenta acabar com o reinado de terror e corrupção instaurado pelo gângster Al Capone (Robert De Niro). Para isso ele recruta um

pequeno time policiais incorruptíveis. A crítica classificou a fita como um grande filme de gângsters, com belas cenas de ação e personagens bastante delimitados em suas características. O Museu da Imagem e do Som está instalado, hoje, no Palácio dos Azulejos, na rua Regente Feijó, número 859, no centro da cidade. A entrada é gratuita.

- CEP 13013-001 PABX: 2104-9200

Fachada do The Royal Palm Plaza, centro de eventos de Campinas

Surge uma nova Vila Olímpia na zona oeste

A Barra Funda vai se transformar nos próximos anos, segundo especialistas

Antes identificado comdepósitos, armazéns egalpões industriais deixados pelo império da família Matarazzo, hoje uma reserva de terrenos cobiçados para torres comerciais, o bairro da BarraFunda, nazonaoeste dacapital paulista,está passando por um intensoprocessode transformação. Muita coisa mudouporlá na última década. E a aposta do mercado imobiliário tem sido a construção deempreendimentos residenciais,segmentoquehápelomenos cinco anos atrai o interesse degrandesincorporadoras e construtoras. Uma daspioneirasfoi a incorporadora Klabin Segall que lançou, em 2000, o condomínio Cores da Barra. Nesses últimos anos não foram rarasasofertasdenovasopções de moradia no bairro.

Um grande impulsopara a região veio em 2004, com o projeto "Bairro novo",do governo da ex-prefeita Marta Suplicy. O plano previa a criação do primeirobairro planejado dacidade, modificandototalmente as estruturas arquitetônica e urbanística da região, masestácongelado desde o início do mandato de José Serra. Entre as propostas estavam a construção de prédiosde apenas seis andares,deuma praça a cada quatro quarteirões, de umparque edeum clube para os moradores.

Irreversível – Enquanto o prefeito não decide o que fará com o projeto, a iniciativa privada vem se encarregando de não deixar a idéia continuar no papel. Mesmo sem o apoio da Prefeitura, arevitalizaçãoda Barra Funda começou, e sem

chance de retorno. É o que afirma o presidente da Setin Empreendimentos Imobiliários, Antonio Setin. "Temos percebido umgrande númerode lançamentosnobairroe isso pareceser apenas oiníciode umprocessoirreversível",afirma. "A Barra Funda será uma nova Vila Olímpia nos próximos 10 anos", prevê. Um breve passeio pelas ruas largase planasdo bairrocomprova que a afirmação de Setin tem fundamento. Váriosempreendimentos, residenciais e comerciais, já saíram da planta e outros devemser inauguradosem breve.A própriaSetin, depois deerguer o Hotel Ibis, há seisanos, iniciou em novembropassado aconstrução detrês torresresidenciaispróximasao MemorialdaAmérica Latina. "Quandoconstruí o primeiro prédio residencial na VilaOlímpia, aregião tinhaa mesma cara que a Barra Funda hoje, com pouca ofertade comércio eserviços", conta. "E atualmente a Vila Olímpia é umdosbairrosmaismodernos e valorizados da cidade", acrescenta o empresário. Acessofácil – Segundo Setin, a Barra Funda é ainda mais atraente do que era aVila Olímpia. Principalmente por causa do acessorápidoe fácil do bairro a rodovias que ligam acapitalaointeriordeSãoPaulo ea outros estados do País, como Castelo Branco, Fernão Dias, Dutra, Anhangüera e

Bandeirantes, além de ser próxima de regiões importantes dacapital.ASetintambémtem na Barra Funda uma das unidades do projeto Mundo Apto, com apartamentos dedois dormitórios, lançado em 2004. Outraempresa queacredita no potencial da regiãoé a Klabin Segall que, depois doCoresda Barra,lançou, em2005, o Spherano bairroda Pompéia,bempróximoà região. "Como tivemos muito sucesso no nosso primeiro empreendimento,resolvemos continuar investindo nas proximidades daBarra Funda",afirma agerentede Marketingdaempresa, Marcella Carvalhal. "É muito gratificante acompanhar oprogresso do bairroe saber que estamos contribuindo para a revitalização de uma parte da cidade", observa. Mas não é somente a facilidade de acesso que está atraindo compradores de imóveis. O retorno, em alguns casos, dobrado,do investimentotambémanima qualquer umque busca uma aplicação segura. SegundoMarcella,os apartamentos –de trêsdormitórios, com 93m² – do Coresda Barra hoje são vendidos a R$ 160 mil, 70% a mais do que valiam quando foram construídos. "E atendênciaé dequeospreços dosimóveisdaregião comecem a ficar cada vez mais caros em breve", afirma. Os preçosiniciaisdosapartamentosdas trêstorres daSetin, que ficarão prontas em novembro de 2007, estão no intervalo entreR$ 110 e R$140 mil. De acordo coma empresa, a previsão é de que esses valores aumentem 40% até a entrega. Márcia Rodrigues

Galpões dão lugar a terrenos

Umasériede fatorescontribuiupara a explosão imobiliáriadaBarra Funda. Primeiro vieramas inaugurações do shopping West Plaza e do Memorial da América Latina, responsáveis pelo início da revitalizaçãodobairro na últimadécada. Logo em seguida vieramos fórunscriminal e trabalhista, atraindo os empreendimentos.

Vários outros atrativos foram levados em consideração pelosnovos investidores:proximidade combairros jávalorizados, como Pompéia, Perdizes e Lapa,e o fácil acessoàs principaisrodovias doestado

e à Marginal Tietê. "Por ter sido durante anos um bairro industrial, outra grande vantagem é quesuasruassãobemmaislargas do que as de outros bairros, para garantir o fácil acesso de caminhões", diz Fábio Rossi Filho, diretor de lançamento da vice-presidência de Comercialização eMarketingdo Secovi (sindicato da habitação).

Com todasessas vantagens, lembra Rossi Filho, não demorou muito para surgirem o CentroEmpresarial Água Branca eumasériedenovos prédios comerciais na região.

Apesar de não ter números exatosdo crescimento deem-

preendimentos na Barra Funda, Rossi Filhodizque amudança noperfil do bairroé visível. E vem resultando no aumento da venda dos antigos galpõesusados porindústrias desativadas–oque,naopinião dele, ofereceuma ótimaoportunidade de negócios. "Quemtemdinheirodeveinvestir na região. É preciso aproveitar agora, momento em que os terrenos e galpões não estão tão valorizados, parapensar em erguer um grande empreendimento.Oretornodoinvestimento certamente acontecerá nos próximos cinco anos", conclui Rossi Filho. (MR)

Nos próximos anos, torres residenciais e comerciais devem tomar conta do horizonte da Barra Funda.
Fotos: Alex Ribeiro/DC

A VOLTA DE POPÓ

Arx Silva/AE/Arquivo-17/07/2005

Acelino Freitas, o Popó, último boxeador brasileiro a ser campeão mundial, preparaseu retorno.Fora dos ringuesdesde julho,o excampeão mundialdos superpenas edos leves quer disputar o título mundial da OMB (Organização Mundial deBoxe), em abril – dia 22 ou 29 –, no ringuedo FoxwoodsCassino, em Mashantucket (EUA). Oadversárioainda nãofoi confirmado. "Quero acertar tudo esta semana para iniciar os treinamentos",disse olutador baiano, de 30 anos.

A OMB vai destituir o norteamericanoDiego Corrales do título doslevesdaentidade. Corrales nocauteou Popó em 2004,mas, por questãofinanceira, em vez de conceder a revanche ao brasileiro, optou por duas lutas seguidas contra o mexicano Jose Luis Castillo. Com otítulo vago,Popó -o primeiro doranking-teriaa chance de enfrentar um adversárioque esteja entreos dez primeiroscolocados.A opção mais provável é o norte-americano Zahir Raheem,29anos, terceirodo ranking daOMB, quetem bom cartel: disputou

R

28 lutas, com 27 vitórias (16 nocautes) e uma derrota. Outra alternativa seria o mexicano Julio Diaz, décimo pela OMB, preferido de Popó. "Ele participoudemuitos treinos preparatórios de meus comba-

tes. O conheço muito bem e sei o caminhocorreto paraderrotá-lo", disse Popó. Diaz, de 26 anos, nunca foi campeão e perdeu três vezes em 35 lutas. Popó planeja iniciar os treinamentos no início de feverei-

ro. "Desta vez, deverei treinar naFlóridaou emPortoRico para fugir do frio norte-americano",disse oex-campeão mundial, quenormalmente se prepara na Califórnia. Apróximaluta dePopóde-

Brasileiro deve lutar em abril, nos EUA, para recuperar o título mundial dos leves da OMB

vesertransmitidapelosistema pay-per-view da Globosat, que temacordoverbalcomo pugilista. Segundo fontesda Rede Globo,não háchance de transmissão em canal aberto. Wilson Baldini Jr./AE

Federer: atenção total

oger Federer nãodeve ter dificuldades para chegar à segunda rodada do Aberto da Austrália: enfrentana madrugadadeamanhão uzbeque Denis Istomin,número 195do mundo, quefoi convidadopela organização do torneio. Mesmo assim, o líder do ranking não quer saber de dar moleza. "Nuncaouvi falar nele, masnão deveser subestima-

Suíço pega novato uzbeque na estréia no Aberto da Austrália

CORRIDA DE RECUPERAÇÃO – O Brasil 1 bateu ontem novo recorde de velocidade na Volvo Ocean Race: percorreu 504 milhas náuticas (930 km) em 24 horas. O time liderado por Torben Grael tenta recuperar cerca de dois dias de atraso em relação aos líderes, depois de problemas que obrigaram o barco a voltar à África do Sul para reparos.

do.BatiCarlosMoyá quando erao número300do mundo,e ele o quarto." Istomin, que estréia em Grand Slams, mostrou confiança. "Para mim, seria bom ganhar", disse. Outro favorito ao título, Andy Roddick, estréia hoje diante do suíço Michael Lammer. O russo Marat Safin, contundido, não defenderá o título conquistado no ano passado. Os dois representantes do Brasilnachave principaldo Aberto da Austrália estreariamnamadrugada de hoje: Marcos Daniel pegaria o francês Julien Benneteau e Ricardo Mello enfrentariaGillesMuller, de Luxemburgo.

100% Osasco

O Finasa/Osascovenceu o Pinheiros por 3 a 1, ontem,emOsasco,e mantevea invencibilidade na Superliga feminina, comcinco vitórias em cinco jogos - mesma campanhadoMacaé,quefolgouno fimde semana.O líderé oRexona/Ades, que venceu os seis jogos disputados- sábado,bateu o Minas por 3 a 0, no Rio. Um dos dois invictos cairá na quarta-feira, no duelo entre Macaé e Rexona, em Macaé. O Osascojoga amanhã contrao

Minas, em Belo Horizonte. Na Superligamasculina,o líderé oCimed(SC), quevenceu no sábadoo Santo André por 3 a1 etemoito vitórias e umaderrota.O vice-líderéo Banespa, atual campeão, que bateu o Lupo/Náutico por 3 a 2, emSão Bernardo, etem sete vitórias e duas derrotas. Na quarta-feira, o Cimed defende aliderança contraoOnLine, em São Leopoldo (RS); o Banespa visita nodiaseguinteo UCS, em Caxias do Sul.

O Paulistano recebe hoje o COC/Ribeirão, às 20h, para a segunda partida da final do Paulista masculino de basquete. O time começou mal a primeira decisão de um clube da capital em 18 anos: perdeu por 110 a 82. O técnico do Paulistano, José Neto, quer a reação de sua equipe, que também joga em casa o terceiro jogo, na quarta-feira, às 20h. Até agora, o time perdeu só um jogo em casa, contra Franca. O destaque é o ala Renato, de 28 anos, tetracampeão paulista pelo Ribeirão.

O time do interior aposta no ala Alex, que já passou pela NBA e foi o cestinha do primeira jogo, com 30 pontos.

Time masculino conhece rivais no Mundial

A ustrália, Qatar, Turquia, Grécia e Lituânia, nesta ordem, serão os adversários do Brasil no Mundial de basquete masculino, que será no Japão, de 19 de agosto a 3 de setembro. A seleção está no Grupo C, que será em Hamamatsu, cidade com grande colônia brasileira.

"Temos chance de lutar por uma boa classificação", afirmou o treinador Lula Ferreira, que apontou como principais rivais Lituânia e Grécia, campeã européia.

O Grupo A tem os atuais campeões mundial (Sérvia e Montenegro) e olímpico (Argentina). Os EUA estão no Grupo D, ao lado da Itália, vice-campeã olímpica.

Ourinhos fica perto de vaga na final feminina

O

Ourinhos pode chegar amanhã à final do Nacional de basquete feminino. Depois de duas vitórias em casa contra o Catanduva (85 a 56, na quinta, e 81 a 54, no sábado),o time joga como visitante, às 20h. No primeiro turno, em Catanduva, o Ourinhos bateu o rival por 82 a 50. A outra semifinal, entre São Caetano e Sport, está empatada em 1 a 1, após dois jogos no ABC paulista. Nesta semana, haverá duas partidas no Recife, terça e quinta, e o time pernambucano pode ser o primeira representante do Nordeste a chegar a uma decisão feminina no Brasil.

David Gray/Reuters

Leão faminto: R$ 2,32

Alckmin planta acordo com PMDB Em campanha, o governador Alckmin dialoga com o PMDB. E também planta muda no parque Villa-Lobos. Página 3

De olhos em você, sem piscar Um Big Brother São Paulo está em estudo. DCidade/7 e 8

Chile elege a sua primeira presidenta

Página 6

Lula entra em campo com o FMI (de novo)

Lula ficou no banco de reservas na pelada de ontem (foto), mas hoje está escalado para falar sobre o fim da dívida com o FMI, em cadeia nacional, por 9 minutos. Pág. 4

Palmeiras, de virada. E goleada do Corinthians

Corrêa (foto) comemora gol que fez no 2 a 1 do Palmeiras (líder do Paulista) contra o Marília. E o Corinthians espantou a crise com goleada de 5 a 1 contra a Portuguesa Santista. O campeonato continua no meio da semana com a estréia do São Paulo. DC Esporte

Ueslei Marcelino/Folha Imagem
Renato Stockler/Folha Imagem
Paulo Pinto/AE
Patrícia Cruz/Luz
Alex
Ribeiro/DC

PINGA FOGO

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Sem dúvida é impressionante como o Eymar Mascaro consegue sempre dizer o óbvio em sua coluna, mas hoje (dia 11) foi demais, quando citou o nome do Guilherme Afif como opção do PFL para o governo paulista. Isto sim é ser tendencioso e, acima de tudo, puxa-saco. Uma nota desta me causa indignação, por ser o DC um veículo de comunicação sério. Por favor, mais atenção com este tipo de fofoca ou de manipulação. Se o Guilherme Afif estiver ao par (e com certeza está), deveria assumir a posição e se afastar imediatamente desta instituição.

MARCOSUGEDADEMATOS MARCOS@MPACK COM BR

.Agradecemos pela exclusividade que o leitor dedicou à leitura do DC na semana. O fato, porém, é que toda a imprensa brasileira noticiou que "o PFL alimenta o sonho de ter candidato ao governo paulista, sendo o mais cogitado o empresário Guilherme Afif Domingos". A primeira notícia foi dada pela Folha na terça, um dia após as declarações do governador, e a última pelo Valor na sexta. O PFL deseja vê-lo candidato, mas não se trata ainda de postular a candidatura. A irritação e agressividade da carta apontam como motivação um interesse político contrariado. Se e quando a indicação vier a ocorrer, obviamente será respeitado o calendário eleitoral

BENEDICTO FERRI DE BARROS O DESASTRE

LULA-PETISTA

DEscreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Eis o formador de opinião

Toda campanha minimamente planejada objetiva atingir o chamado "formador de opinião". Considera-seoportuno incorporar ao grupo de apoiadores de qualquer candidatura a forçade comunicação e oamplo leque de relacionamentos pessoais e profissionais que o tal "formador"parece deter,comoum capitalpolítico pessoal,e cujameta consisteem absorverseu prestígio e receber, de sua credibilidade, os votos que parecem estar agregados a estes. O processo político brasileiro,no entanto, falha duas vezes quando o planejamento de campanhas eleitorais dedica-sea conquistar esse importante instrumentodeconceituaçãoedivulgaçãodecampanhas políticas e seus candidatos. A primeira grande falha está na incapacidade prática dos partidos políticos em identificar essas lideranças - tradicionais ou potenciais. Pessoas interessadas na militânciapartidáriae naconstruçãodecarreiras políticas não encontram acesso fácil ao ingresso e à ascensão na hierarquia partidária.

Os partidossãofeudos,máquinasde uso de pessoas ou grupos. Verdadeiros "business" para a comercialização de legendas, tráfico de influência,canal parabenefíciopróprio. Opensamento político comum quereina impede ou refutao ingressodeliderançasquepossam geraralgum grau de risco desta hegemonia no "negócio".

Asegundagrande falha estánainterpretação

Os partidos políticos falham em identificar essas lideranças

Não existem canais abertos para a participação sincera dos diferentes segmentos da sociedade

Na publicidade, o formador de opinião é definido como o indivíduo com poder de renda

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

sobreo"formadorde opinião",quesebaseia no incorreto aproveitamento doconceito publicitáriodeformadordeopinião.Napublicidade,oformadordeopinião é definido comoo indivíduo com poderde renda, deconsumo ede instrução, requisitosque ocolocam comoalvopara asdiferentes abordagens com o intuito de fazê-lo consumidor de toda sorte de produtos e serviços. Essa conceituação mercadológica foi erroneamente absorvida pela classe política- e nem poderiaser diferente,tendo emvistaque omarketing político foi invadido por publicitários sedentos porcontas milionárias...Parao bom marketing político, formador de opinião é o indivíduo com alto grau de percepção de sua realidade e alto grau de mobilização social - num clube, numa sala de aula, numa favela, num movimento social. Veremos o quadro partidário e político brasileiro evoluir - também no sentido moral - quando os partidos forem verdadeiramente abertos e democráticos, quando o processo eleitoral receber a forçado voluntariadoeda sociedadecivile, éclaro, quando os partidos políticos e seus candidatos tiverem a consciência de que os eleitores já não desejam pirotecnia política e publicitária - mas apenas campanhas eleitorais honestas, planejadas e afinadas com o pensamento do cidadão comum. MARCOITEN, AUTORDOLIVRO'ELEIÇÃO-VENÇAASUA!'

Garotinho ameaça Alckmin em pesquisa

Geraldo Alckmin (PSDBSP) não esconde uma preocupação: Anthony Garotinho (PMDB-RJ). Pesquisa feita em dezembro pelo instituto Ipsos Opinion mostra que Garotinho continua no seu encalço. E confirma que um dos principais problemas de Alckmin é o fato de ele ser pouco

conhecido fora de São Paulo. A pesquisa é usada por Alckmin mensalmente para medir seu desempenho. Serve para consumo interno. A mais recente está sendo comemorada pelo prefeito José Serra. Escancara as dificuldades de Alckmin na disputa. Na simulação do primeiro turno, em um

dos cenários testados pela pesquisa, Lula aparece com 31% das intenções de voto. Alckmin fica em segundo com 19%, mas tem Garotinho na cola com 15%. Quando Serra substitui Alckmin, as coisas mudam: Serra lidera com 38%, Lula tem 31% e Garotinho apenas 9%. O desconhecimento de Alckmin fica claro na análise dos atributos dos candidatos. Lula,

por exemplo, dispara no quesito “gente como a gente” com 50%. E Serra aparece com 41% no quesito “experiência administrativa”. Alckmin não consegue passar de 15% nos dois quesitos. E quando atinge esse percentual, uma vez apenas, é identificado como um “empresário bem sucedido”, Bem sucedido ele é, empresário, não.

O governador, no entanto, pode se animar com o seu “potencial de crescimento”: 44%. É o segundo mais alto. Dá para entender melhor por que nas últimas semanas Alckmin tem feito tanto barulho? Ele precisa distanciar-se de Garotinho.

epois da "punhalada pelas costas" (Lula), de sua vilegiatura em Paris Dirceu declarou que o PT era para ele "uma página virada". Tudo conforme às leis da História, da Política, do Poder e da Psicologia. Mesmo no infinito dos céus não há lugar se não para um único deus. Zeus reinava sobre todos os demais. Só nos infernos havia outro reinado, o de Plutão, mas Zeus estava acima dele. Assim, quando na cacunda de Lula o PT minoritário encampou o governo, as leis gerais da sociedade, da política, do poder e da psicologia, passaram a funcionar. O cabecilha e fac-totum do partido, Dirceu, e Lula, ícone do PT, que jamais fora executivo de coisa nenhuma, entraram em rota de surda e camuflada colisão. Na realidade operacional, nem o mais desinformado cidadão ignorava que Dirceu atuava como o verdadeiro manda-chuva do governo e do partido, a exemplo dos super-ministros como Richelieu e Mazarino, que governavam, enquanto os monarcas franceses fais-néant se divertiam com as pompas, as circunstâncias e as mordomias do cargo. O messias Lula dava várias voltas em torno do mundo pregando a redenção dos pobres da humanidade, colhendo os rapapés e mimos com que os governantes satisfazem suas vaidades recíprocas, às custas, naturalmente, de dinheiros do povo.

Não há exemplo nenhum no mundo em que líderes revolucionários vitoriosos assumam poder efetivo sem previamente liqüidar os "companheiros" que o ajudaram a vencer. É a primeira lei do poder e da política. Seja para a direita de um Hitler, seja para a esquerda de um Stalin. As circunstâncias e a ignorância histórica e teórica, tanto de Lula como de Dirceu, os impediram de cumprir com esse primeiro mandamento do poder político. Não foi isto somente, entretanto, que transformou o mandato Lula numa geléia de desastres, seja para seu governo, seja para o PT. A falha básica e seminal que fundamentava todo o

partido e seus componentes se achava na sua concepção pervertida da Ética, segundo a qual os fins justificam os meios. Os "fins sociais" justificariam tudo, desde a corrupção a assassinatos. Radicais pensam que o poder pode tudo. Inclusive colocar no Planalto, em sala vizinha, como sub-chefe da Casa Civil, um Waldomiro Diniz, amigaço de velha data. Todo o esquema de corrupção, iniciado com o Caixa 2 confessado por Lula em Paris, detonou a erupção vulcânica do oceano de lama que afogou o governo e o PT.

Independentemente disso, a gestão petista estava condenada ao fracasso, pela escassa ou nula experiência governamental e administrativa dos seus quadros. A penca de próceres petistas despencou do seu engaço. Ninguém sabia de nada nem era responsável por coisa nenhuma. Além de Mercadante, a única figura petista que escapou à matança dos inocentes foi o ministro da Fazenda, a quem se creditara o êxito da economia. Um êxito que consiste em ficar na rabeira do desenvolvimento mundial, inclusive dos paises emergentes.

Seusmalesse prolongarãopor décadas.Oúnico benefícioseráa prevençãocontra outopismoeo radicalismo.

Esta rápida e sintética súmula do mandato Lulapetista não dá conta de todo o fracasso e desastre dessa gestão. Seus males se prolongarão por anos e décadas. O remoto benefício que se poderá tirar desse período é a prevenção contra o utopismo e o radicalismo político. Pode-se esperar uma conscientização e vigilância maiores da cidadania sobre seus governantes e políticos em geral. Mas será um processo demorado e penoso porque dependerá dos próprios políticos, a última espécie humana que todos os povos conseguiram domesticar.

Enquanto isso continuaremos a crescer pelo esforço geral do povo, abaixo, entretanto, de nossas necessidades e potencialidades. Salvo a eleição de um político não-corrupto e capaz, com a disposição de um Hércules para limpar as estrebarias não de Áugias, mas de Lula e do PT. Sem isso, só a imprevisível intervenção de Deus, que se diz ser brasileiro.

Marcos Fernandez/Luz AREDAÇÃO

Perigo de racha

Acúpula do PSDB não admite um racha no partido em função da escolha do candidato à presidência da República. O partido já tomou algumas providências, como anunciar o candidato ideal sem necessidade de prévias. Os tucanos encomendaram pesquisas para serem auxiliados no momento da indicação do candidato.

A legenda tucana é disputada por dois paulistas: o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra. O governador já avisou o partido que vai renunciar ao mandato até 1º de abril para ficar à disposição da cúpula, enquanto Serra caiu no mutismo e ainda não decidiu se seguirá os passos de Alckmin renunciando a Prefeitura. O prefeito não quer comentar mais o assunto, embora reconhecendo no governador o direito de fazer suas reivindicações políticas. Hoje, as pesquisas favorecem Serra. O prefeito derrotaria Lula nos dois turnos. Se a escolha se der apenas em função das pesquisas, Serra será o beneficiado. O partido, no entanto, vai indicar o candidato que tiver mais possibilidade de crescer durante a campanha.

CONDIÇÕES

Além de pretender saber qual dos dois – Serra ou Alckmin – tem mais condições de crescimento, o PSDB vai apurar qual o candidato que mais atrairia o apoio de outros partidos. A cúpula tucana está preocupada em conseguir um amplo leque de apoio a seu candidato.

CONVERSAÇÕES

Os tucanos já iniciaram o processo de consultas a outras legendas, como, por exemplo, o PFL. Os pefelistas ainda admitem que podem lançar candidato próprio, que é o prefeito do Rio César Maia, mas sem afastar a hipótese de uma coligação com o PSDB, como em 1994 e 1998.

RACHADO

Quem pode rachar novamente é o PTB. Os petebistas em Brasília estão mais próximos de Lula, enquanto o partido em São Paulo continua obedecendo à liderança de Geraldo Alckmin. O PTB é um dos partidos que mais apóiam Alckmin na Assembléia Legislativa, além de participar do secretariado estadual.

NOVELA

Depois de conversar com Jorge Bornhausen sobre o possível apoio do PFL à sua eventual candidatura, Alckmin quer manter entendimentos com dirigentes do PMDB. O negócio é tentar acertar o apoio peemedebista no 2º turno, porque o partido de Michel Temer quer ter candidato próprio.

NAMORO

Outro partido que é paquerado pelos tucanos é o PDT, mas a evidência é que os trabalhistas lancem candidato próprio. O candidato favorito é Cristovam Buarque, que vai disputar as prévias do partido com outro senador, Jefferson Peres e com o governador Ronaldo Lessa.

APOIOS

Apesar de dizer que só vai anunciar se é candidato possivelmente em março, Lula não quer ficar atrás dos tucanos e também pensa nas coligações que pode amarrar. O PT dá como certas as alianças com o PSB e PCdoB mas alimenta coligações também com PT, PTB, PL enquanto sonha com o PMDB.

APOSTA

Lula aposta todas as fichas na candidatura tucana de Geraldo Alckmin. O presidente admite que o governador vai vencer o braço-de-ferro com José Serra. Para Lula, Serra não terá condições de renunciar a Prefeitura 1 ano e 3 meses depois de ter assumido o cargo. Alckmin tem a mesma linha de raciocínio de Lula.

IRREDUTÍVEL

A posição do PMDB é inflexível: não vai apoiar o candidato de outro partido no

governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), précandidatoà Presidência daRepública, afirmou ontem que estáempenhado em formar alianças dentro do PSDB e também de outros partidos parapromoversuaprécandidatura. Ele considera que um acordo com o PFL seria a "aliança natural",mas busca também o apoio do PMDB, mesmo que apenasno segundo turno. "Nós somos primos", afirmou, ao lembrarque o PSDB surgiu deum desmembramento do PMDB.

"Quase todos nós, tucanos, somos oriundos dovelhoe bom 'Manda Brasa',o MDB", disse o governador, ao inaugurar projeto deampliação do ParqueVilla Lobos,emSão Paulo,na manhãde ontem.A declaração vem um dia depois de Alckmin afirmar que, quem querque sejao escolhidopelo PSDB, terá seu apoio.

É plantando que se colhe: Alckmin planta muda no parque Villa Lobos.

ALCKMIN BUSCA

APOIO DENTRO E FORA DO PARTIDO

1º turno porque disputará a eleição com candidato próprio. O recado é dado por Michel Temer sobretudo aos senadores José Sarney e Renan Calheiros, que continuam trabalhando em favor do apoio do partido a Lula.

ÍNDICES

Os tucanos teriam recebido outra pesquisa em que Lula perderia a eleição para José Serra por uma diferença de 14 pontos se a eleição fosse hoje. Lula teria 37% dos votos contra 51% do prefeito. Mas, a mesma pesquisa aponta vitória do petista sobre o governador por uma margem de 7 pontos: 44% contra 37%.

BOMBEIRO

Os tucanos fizeram um apelo para que FHC atue como bombeiro para apagar o fogo que existe entre Alckmin e Serra, que brigam pela legenda do PSDB. O expresidente prometeu sair a campo para conversar com outros integrantes da cúpula e sobretudo com o prefeito e o governador.

QUEM É QUEM

Gabriel Chalita, secretário estadual da Educação, tem o apoio do governador Geraldo Alckmin na hipótese de pretender ser outro précandidato do PSDB ao governo de São Paulo. Outros dois pretendentes à legenda tucana são ligados a Serra: Aloysio Nunes Ferreira, secretário de Governo da prefeitura e José Aníbal, líder do prefeito na Câmara. Outros dois pré-candidatos estão no muro: deputado Alberto Goldman e o exministro Paulo Renato.

CANDIDATURA

Independentemente da intenção do PSDB de ter novamente o apoio do PFL, os liberais trabalham para ter candidato próprio ao governo paulista. Seu provável candidato, o empresário Guilherme Afif Domingos, tem potencial de voto maior do que os pré-candidatos tucanos.

INCÔMODO

Situação delicada vive hoje Luiz Marinho: como ministro do Trabalho, Marinho tem de ficar contra a antecipação do pagamento do novo salário mínimo de maio para março. O novo valor deve ser de R$ 350. Acontece que Marinho era presidente da CUT, entidade que reivindica a antecipação.

IMBRÓGLIO

A partir desta semana a Câmara dos Deputados deve começar a apreciar o projeto que reduz os períodos de recesso parlamentar e elimina o pagamento de salários extras quando o Congresso é convocado. Mas, parece que Câmara e Senado não falam a mesma língua na apreciação do projeto.

PMDB – No PMDB, Alckmintem procurado estabelecer contatos com o governador doRio Grandedo Sul,Germano Rigotto; com o deputado federal Michel Temer (SP), e com a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus e seu marido, Anthony Garotinho. "Mesmoque oPMDBtenha um candidato a presidente no

LULA QUER

PALOCCI COMO COORDENADOR DE CAMPANHA

Opresidente Luiz

Inácio Lula da Silva começou a analisar nomes para a coordenação da sua possível candidatura à reeleição. Um dos mais cotados seria o do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, de acordo com o blog do Noblat. Palocci foi o coordenador da campanha vitoriosa de Lula em 2002. Na época, prefeito de Ribeirão Preto, reeleito em 2000, ele assumiu a coordenação após a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, então no cargo. De acordo com o blog, Palocci já teria sido avisado pelo presidente que seria convocado para o cargo, e teria aceitado. O ministro teria imposto a condição de que seu possível sucessor não mexesse na condução da

primeiro turno nãohárazão para não se manter um bom canalde diálogo,denegociação."

Sobre o PFL, Alckmin avalia como sendo a aliança mais "natural" caso os pefelistas não tenham candidato próprio, visto

queos doispartidosjá seuniram em eleições anteriores, inclusivena últimacampanhaa governador,com aescolhado pefelista Cláudio Lembo para vice de Alckmin. "O Brasil não vive mais o bipartidarismo, vive pluripartidarismo.É preci-

O presidente, que assistiu ontem a uma partida de futebol entre amigos, teria dito que, se candidatar, quer o ministro Palocci como coordenador de campanha.

política econômica e de que pudesse ser, ao mesmo tempo, candidato a deputado federal.

Da equipe que coordenou a campanha de Lula em 2002, sobrou apenas Palocci. José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil, presidente do partido na época e considerado o cabeça da campanha vitoriosa de Lula, saiu do governo sob acusações de chefiar o esquema do Mensalão, teve seu mandato de deputado

soaliançaspara governar e alianças para ganhar eleição." Alckmin afirmou ainda que procuraráo presidentedo PSDB, Tasso Jereissati, para alinhavar sua candidatura pelo partido. "Primeiro você precisa saber quemsão oscandidatos, depoisvocêdiscuteas alianças." Ele afirmouque o partido já trabalha emum projeto para a campanha eleitoral. Maisdomesmo – O governador aproveitou para criticar o presidente Luiz InácioLulada Silva aocomentarasinformações de que Lula considera uma eventual disputa eleitoral contra Alckmin "mais imprevisível earriscada"do que contrao também tucanoJosé Serra,prefeito deSão Paulo. "Euespero que ele acerte mais como analistapolíticodo quecomogovernante", afirmou. Alckmin esteve namanhã de ontem no Parque Villa Lobos, na zonaOeste da Capital, para inaugurar um projeto de plantiode 12 mil árvorese de ampliação daárea doparque, dos atuais 350mil metros quadradospara 770milmetros quadrados. Emritmo decampanha,ele caminhoucerca de umquilômetroentre os freqüentadores do parque, cumprimentou muitaspessoas, distribuiu autógrafos, beijou crianças e tirou fotos. (AE)

cassado e está afastado do partido. Outros integrantes da equipe – como o tesoureiro Delúbio Soares e o exsecretário-geral do partido, Silvio Pereira – saíram do PT sob acusações de corrupção. Outras opções – Outros nomes teriam sido cogitados, como o do atual ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, candidato já declarado ao governo da Bahia. O ex-ministro da Educação, Tarso Genro, também teria perdido a vez

depois de sua passagem pela presidência do partido, quando criticou abertamente o governo e chegou a dizer que talvez Lula não devesse ser candidato. Sossego – Ontem, o presidente Lula passou o dia na Granja do Torto, em Brasília, mas não houve encontros com políticos. Pela manhã, ele assistiu a um jogo de futebol organizado entre alguns amigos que foram convidados para passar o dia na Granja. (Agências)

Valéria Gonçalvez/AE
Celso Júnior/AE
Beto Barata/AE

LULA VAI À TV E

INSPECIONA OBRAS DA BR-101

AE/ArquivoAE/Arquivo

Opresidente Luiz

Inácio Lula da Silva dá início hoje a uma ofensiva política, em ritmo de campanha, ao visitar obras da rodovia BR-101 em JoãoPessoa(PB), Natal(RN)e Recife(PE), alémdeocupar umacadeia derádio eTV ànoite. Lula faz pronunciamento às 20h15,sobreadecisãodogovernode quitar adívidado Brasil como FMI.Numafala denove minutos, o presidente vai fazer uma avaliação do impacto positivodamedidaparaoPaís–economia de U$ 900 milhões em juros quenão serão pagos com a antecipação do pagamento de empréstimos de U$ 15,5 bilhões feitosaofundo.Aindadurantea semanaLula recebe os presidentes Néstor Kirchner da Argentina (na quarta-feira) e Hugo Chávezda Venezuela(quinta-feira), além de ir ao Rio e liberar verbas para a Saúde.

As votações devem ser retomadas no Congresso nesta semana, um mês depois do início da convocação extraordinária.

Na Câmara, o presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP), tem reunião marcada com os líderes partidários às12h30 paratratar davotaçãodaresoluçãoquetratado pagamentoextra, a proposta de emenda constitucional (PEC) que trata do recesso parlamentare aPECdo Fundode Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A sessão destinada a votações está marcada para as 18h30. Antes, às 14 horas, haverá uma sessão apenas de debates. A CPI dos Bingos retoma os trabalhos, paralisados há quase um mês.

Herrmann – Aldo também se reúnehojecom ocorregedorgeral Ciro Nogueira (PP-PI) para tratar das suspeitas levantadas pela CPMI dos Correios, de que o deputado João Herrmann (PDT-SP) recebia uma "mesadi-

Amanhã é dia de Mentor no Conselho de ÉticaTarso depõe na CPI dos Bingos

nha"(R$ 79mil)da empresade transporte aéreo Beta (Brazilian ExpressTransportes Aéreos).A Beta é acusada de fraudar licitações dos Correios para o transporte aéreo noturno. O PDT anunciou a suspensão da filiação de Herrmann até o esclarecimento dosfatos. Odeputado disseserinocenteecolocousuas contas bancárias à disposição para esclarecimentos. Pauta trancada– Apauta da Câmara estátrancada porduas medidas provisórias (MPs) e um projeto de lei. Uma das MPs é a 266/05, que abre crédito extraordináriodeR$673,6 milhões para três ministérios (Transportes, Integração Nacional e Cidades). A outra é a 267/05, que transfere o seguro de crédito para exportação do Instituto de Resseguros do Brasil(IRB)paraoMinistériodaFazenda. O terceiro item que tranca a pauta é o Projeto de Lei 6.272/05, que cria a Receita Federal do Brasil, também conhecida como Super-Receita. No Conselho de Ética, será ouvido hoje odeputado MárioNegromonte (PP-BA), testemunha de defesa no processo contra o presidente doPP, deputadoPedro Corrêa (PE).

● Terça-feira – O Conselho de Ética apresentao parecersobre o pedido de cassação do depu-

tadoWandervalSantos(PL-SP). Antes,estáprogramado odepoimento do deputado José Mentor (PT-SP). A CPMI dos Correios ouve FranciscoMarques Carioca, MarcusValerius PintoPinheiro de Macedo e Reginaldo Reges Menezes Fernandes,na sub-relatoria de Contratos. São ligados à Skymaster – uma das empresas suspeitas de praticar irregularidades emlicitaçõesdo Correio AéreoNoturno. Asubrelatoria de Normas de Controlede Corrupçãorecebe como convidadosJorgeRachid,secretário da Receita Federal, e AntenorPereira MadrugaFilho,do

Ministério da Justiça.Já a subrelatoria deFundos dePensão ouveJosé Raphael Oliveira da Silva, FernandoCesar BrazTeixeira e Gildásio Amado Filho, todos do fundo Nucleos. A CPI dos Bingosretomaos trabalhos e ouve o depoimento do economista PaulodeTarso Venceslau, ex-militante do PT expulso do partido em 1998. Ele denunciou irregularidades envolvendo a empresa Consultoria para Empresas e Municípios (CPEM) e o partido.

● Quarta-feira – A CPI dos Bingos apresenta relatório parcial sobre a renovação do contrato da Caixa Econômica Fede-

ralcomaGtechem2003.OConselho deÉtica ouvedepoimentos de Paulo Fernando de Lima, MauroGeosvaldo Silva, José Mariade Abreu Dutra,Everaldo A. Farias e Nelson de Oliveira S.Filho, testemunhasarroladaspelo deputado Josias Gomes (PT-MG). Na CPMI dos Correios estáprevisto o depoimento de José Roberto Salgado, do banco Rural. A sub-relatoria de Fundos de Pensão ouve Sérgio de Moura Soeiro, Jorge Luiz Gomes Chrispim, JoãoLuiz Ferreira Carneiro (todos da Euro), Julio Victor Bittencourt Fabbriani,LuizClaudio Lins Fabbriani (da Dilon).

● Quinta-feira – Centrais sindicaise governo fazemnova reunião para definir o valor do salário mínimo. Easub-relatoria de Fundos de Pensão da CPMIdosCorreiosouve Alexandre Gastaldel Leonardo (Quantia),LauroJoséSenradeGouvêa (Quantia), Joaquim Cândido de Gouvea, Isaac Sassoun (Laeta) e Cezar Sassoun(Laeta).A CPI dos Bingos ouve os depoimentos de Éder Eustáquio Macedo e dosprocuradores deCampinas RicardoJoséGasquesdeAlmeida Silvares e Fernando Pereira Vianna Neto. (Agências)

O ex-diretor financeiro do Institutode Resseguros do Brasil(IRB),José Eduardo Batista, rebateu ontem o relatório apresentado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou prejuízo de R$ 1,095bilhão eminvestimentosda estatalno governo Fernando Henrique Cardoso, duranteo anode 2002. Batistaqualificoua auditoria de "inconseqüente" e "absurda". O relatório doTCU está no levantamento publicado pelojornal OEstado de S. Paulo que mostradesvios deR$ 2,2bilhões em verbaspúblicas, segundo auditorias do tribunal e da Controladoria-Geral da União (CGU) enviadas à CPMI dos Correios. Os trabalhos descobriram irregularidadesem contratos firmados pela Uniãotantono governo Luiz Inácio Lula daSilva quanto na gestão Fernando Henrique Cardoso. A auditoria criticada por Batista é a que identificou as maiores perdas em dinheiropúblico. Segundo o relatório,o IRBteve prejuízos de US$ 438 milhões ao fazer aplicações"desastrosas" no exterior em 2002. (AE)

Depois de um mês, CPI dos Bingos retoma trabalhos amanhã.

Delcidio diz que relatório final da CPMI dos Correios será votado até 15 de março

Delúbio

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Mendonça O publicitário Duda Mendonça, da DM9, confirmou ter recebido dinheiro de Marcos Valério no exterior. Os repasses, segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

O

mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira

O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPMI dos Correios

Uma comissão de três parlamentares, aindanão escolhidos, viajaráaosEstados Unidos nesta semana, por um período de três dias, para colher informações sobre contasno exteriordo publicitário Duda Mendonça. A comissão manterá contatos com autoridadesamericanas em Nova York, Miami e Washington.

Conselho de Ética O presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), anunciou que os relatórios sobre os deputados Wanderval Santos (PL-SP) eRoberto Brant(PFL-MG), deverão ser lidos e votados nesta semana. Segundo ele, é possível que o processo sobre odeputado ProfessorLuizinho (PTSP) também entre nessa lista.

CPI dos Bingos Está marcado para amanhã odepoimento do economista PaulodeTarso Venceslau, ex-militante do PT (foi expulsodo partidoem 1998)e doex-secretário de finanças da prefeitura de São José dos Campos.Na quarta,aCPIdeverá apresentar relatório parcial sobre a renovação do contrato da CEF com a Gtech.

Lamas
ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos,
Aldo: reunião com o corregedor para tratar do caso Herrmann.
Joedson Alves/AEMarcos Peron/Virtual Photo

DO LEÃO ESTÁ MAIOR EM 2006

Obrasileirojá começou o ano pagando mais impostos que em2005, segundo o Impostômetro (www.impostometro.com.br), mecanismoadotado pelaAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP), que mostra o quanto União, estadose municípios arrecadaram desde a primeira horade 2006.Ontem, 15ºdia do ano,o impôstômetromostrava avoracidade do Leão: mais de R$ 34,157 bilhões recolhidos. Em2005,o mesmo montante foi atingido apenas no dia 16 de janeiro. A expectativadoInstituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) é de que esse número chegue a R$ 72 bilhões no dia 31 de janeiro, o que corresponderia a uma média de aproximadamente R$ 2,322 bilhões por dia, montante superiorà médiadeR$2,106 bilhões em janeiro de 2005,

quando foramarrecadados perto de R$ 65,301 bilhões nas três esferas do governo. Após dezembro, a arrecadação de janeiro é a segunda maior de todo o ano, pois refleteaeconomia doúltimotrimestredoano anterior. "Embora o primeiro trimestre tenha umabaixa atividade econômica, ele é o de mais alta arrecadação", dizo presidente do IBPT, Gilberto do Amaral. BrasilnaUTI – Apesar de a arrecadação começar o ano em elevação, asprojeçõesdo IBPT não apontam aumento da carga tributária para este ano. Em 2005,asestimativaseramencerrar como equivalentea 37,5% do ProdutoInterno Bruto(PIB) e, para 2006, a projeção é de que essepercentual baixepara 36,5%. "Mas ainda é uma carga alta", diz Amaral. A carga máxima,segundoele,teriaqueserde 33% do PIB. "O paciente (Brasil) continua na UTI, com respira-

dor artificial."

Segundo o tributarista,a diminuição da carga em 2006 seráconseqüência das mudanças tributárias federais e estaduais,com aMP doBem ereduçõesdaalíquotadoImposto sobreCirculação deMercadorias eServiços (ICMS)para alguns setores de diversos estados brasileiros."Embora ogoverno federal perca arrecada-

çãocomaMP doBem,elevai compensar com a melhora na máquina arrecadatória", diz. "Ogoverno tambémpode enviaroutro"pacotinho" do Bempara tentarvoltar àcarga coma qualo presidenteFernando Henrique terminou o mandato: 35,84%", sugere. Tabela doIR – Análises do IBPT mostram que a correção da tabela do Imposto de Renda

(IR), que pode ocorrer a qualquer momento, principalmente porestarmosemumano eleitoral, também provocaria reduçãoda carganeste ano.Se aumentar ostributos, ogoverno federal corre o risco de mais desaprovação, movimento contrário ao praticado pelos governosestaduais. "Osestados profissionalizaram suas gestões,o cidadãoconsegue

veros resultados.Ogoverno Lulatemcoisas boas,como Bolsa Família e ProUni, que fazemdiferença nas pequenas comunidades. Mas é insuficiente para mostrar que algo importanteestásendofeito.Os governadores foram maisespertos!Desoneraram sua carga antes eganharamum alto índice de aprovação", conclui. Adriana David

MP 275 deixa o Simples complicado

AFALÊNCIAS & CONCORDATAS

ajuizados no dia 13 de janeiro de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente:Antônio Carlos Corrêa - Requerido: EBID – Editora Páginas

- Av. Itaquera, 8.05001 Vara de Falências Requerente: D’Mais Distribuidora de Petróleo Ltda. - Requerido: Auto Posto São Lourenço Ltda. - Av. Cupecê, 5.495 - 02ª Vara de Falências Requerente:Aços Groth Ltda. - Requerido: Nast Comércio de Ferro e Aço Ltda. - Rua Ipopoca, 159 - 01ª Vara de Falências Requerente: Cobravel Factoring Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Didam Comércio e Representações Ltda. - Rua Sarah Bernard, 274 - sala 34 - 01ª Vara de Falências

Petróleo Ltda.- Requerido:

Itaquera

DIA 16

ICMS/SP – CNAE –64203último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de dezembro/2005.

ICMS/SP- Substituição Tributária -sorvetes eacessórios - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de dezembro/2005.

ICMS/SP - GIA ELETRÔNICA - A GIA Eletrônica relativa ao mês de referência dezembro/2005 deverá ser apresentada por meio da Internet (www.pfe.fazenda. sp.gov.br), pelos contribuintes com o último dígito do número de inscrição estadual 0 e 1 (art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT no 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CATno 46/2000,naredaçãodaPortaria CAT no 49/2001 e da Portaria CAT n 91/2002): Nota: Na hipótese de o dia do vencimento para apresentação indicado na tabela recairemdianãoútil,atransmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia (art. 20, parágrafo único, do Anexo IV da Portaria CAT no 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CAT no 46/2000).

ICMS/SP - DEMONSTRATIVO DO CRÉDITO ACUMULADO (DCA) - Oestabelecimento que apropriar, receber em devolução, lançar excesso de reserva ou utilizar, por transferência, reincorporação ou compensação, créditoacumuladodeveráapresen-

tar à repartição fiscal da respectiva jurisdição, o Demonstrativo do Crédito Acumulado (DCA) (PortariaCATno 53/1996,alteradapelas Portarias CAT nos 68/1996, 15/ 1997, 38/1997, 71/1997, 71/1998 e 37/2000).

ICMS/SP - PRODUTOR - RELAÇÃO DAS ENTRADAS E SAÍDASDEMERCADORIASEMESTABELECIMENTO DE PRODUTOR - Para fins de utilização de créditos do ICMS, o produtor deve apresentar o citado documento à repartição fiscal a que estiver subordinado, com informações relativasaomêsanterior(PortariaCAT no 17/2003).

Previdência Social (INSS)Recolhimento das contribuições previdenciárias relativas à competência dezembro/2005 devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial quetenhaoptadopelorecolhimento na condição de contribuinte individual, pelo empregador doméstico (contribuição do empregado e do empregador), bem como pela cooperativa de trabalho em relação à contribuição descontada dos seus associados como contribuinte individual. Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior.

Previdência Social (INSS) Contribuinte individual, facultativo eempregador doméstico - Op-

ampliaçãodos limites de faturamentopara o enquadramento no Simples Federal, pela Medida Provisória 275/05, de R$ 120 mil para R$ 240 mil, e de R$ 1,2 milhão paraR$2,4milhões anualmente, gera aumento de carga tributária de até 66,6%. O aumento da arrecadação foi detectado por estudo feito pelo Sindicatodas Empresasde Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), considerando as alíquotas que incidem no comércio. Aentidadecalculou que, com exceção das empresas que faturam atéR$60mil,o aumento da carga varia de 7,5% a 66,6%, sendo essa última para as que faturam entre R$ 90 mil e R$120 mil. Segundoo assessor dapresidênciadoSesconSP, José Constantino Júnior, esses aumentos são conseqüência da falta de correção monetária das faixas desde 1999. Os reajustes para fins tributários deveriam ter sido feitos com base no IGP-DI. Com aMP 275,as alíquotas do Simples também foram elevadas para as faixas acima de R$ 1,2 milhão. Então, uma empresa que estava na última faixa,ou seja, que tinha fatura-

Janeiro/3ª semana

ção pelo recolhimento trimestralRecolhimento das contribuições previdenciárias relativas às competências outubro e/ou novembro e/ ou dezembro (4o trimestre/2005), dos segurados contribuintes individuais e facultativos que tenham optado pelo recolhimento trimestral e cujos salários-de-contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, bem como do empregador doméstico que também tenha optado pelo recolhimento trimestral das contribuições (parte do doméstico e parte do empregador), cujo empregado a seu serviço tenha salário-de-contribuição igual ao valor de um salário mínimo, ou inferior nos casos de admissão, dispensa ou fração do salário em razão do gozo do benefício.

• Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior.

DIA 17

ICMS/SP - GIA ELETRÔNICA - AGIA Eletrônica relativa ao mês de referência dezembro/2005 deverá ser apresentada por meio da Internet (www.pfe.fazenda. sp.gov.br), pelos contribuintes com o último dígito do número de inscriçãoestadual2,3E4(art.20do Anexo IV da Portaria CAT no 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CATno 46/2000,naredaçãodaPor-

taria CAT no 49/2001 e da Portaria

CAT no 91/2002): Nota: Na hipótese de o dia do vencimento para apresentação indicado na tabela recairemdianãoútil,atransmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia (art. 20, parágrafo único, do Anexo IV da Portaria CAT no 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CAT n 46/2000).

DIA 18

ICMS/SP - GIA ELETRÔNI-

CA - A GIA Eletrônica relativa ao mês de referência dezembro/2005 deverá ser apresentada por meio da Internet (www.pfe.fazenda. sp.gov.br), pelos contribuintes comoúltimodígitodon[umerode inscriçãoestadual5,6e7(art.20do Anexo IV da Portaria CAT no 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CATn 46/2000,naredaçãodaPortaria CAT no 49/2001 e da Portaria CAT no 91/2002): Nota: Na hipótese de o dia do vencimento para apresentação indicado na tabela recairemdianãoútil,atransmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia (art. 20, parágrafo único, do Anexo IV da Portaria CAT no 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CAT n 46/2000).

DIA 19

ICMS/SP - GIA ELETRÔNICA -AGIA Eletrônica relativa ao mês de referência dezembro/2005 deverá ser apresentada por meio da

Antonio Marangon: "Mais um serviço da ânsia arrecadatória do governo"

mento de até R$ 1,2 milhão, recolhia 8,6% de tributos. Agora, a empresa que estiver no limite do Simples, faturandoR$2,4 milhões, vai recolher 12,6%, o que correspondea 46,5%a mais de impostos. Pelos cálculos do Sindicato, o correto seria aplicar a alíquota de 8,6% para essa última empresa. Opresidente doSescon-SP, Antonio Marangon, espera que o Congresso Nacional, ao analisar a MP, reajuste apenas as faixas de receita do Simples e mantenha as alíquotasvigentes até então. "É a proposta mais compatível com as finalidades doSimples. A MP está desfigurandoesse regime, tornando-o mais um instrumento a serviço da ânsia arrecadatória insaciáveldo Poder Público", afirma. Adriana David

Internet (www.pfe.fazenda. sp.gov.br), pelos contribuintes com o último dígito do número de inscrição estadual 8 e 9 (art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT no 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CATn 46/2000,naredaçãodaPortaria CAT no 49/2001 e da Portaria CAT no 91/2002): Nota: Na hipótese de o dia do vencimento para apresentação indicado na tabela recairemdianãoútil,atransmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia (art. 20, parágrafo único, do Anexo IV da Portaria CAT no 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CAT n 46/2000).

DIA 20

IPI (exceto o devido por ME ouEPP)- PagamentodoIPIapurado no 1o decêndio de janeiro/2006 incidente sobre produtos das posições84.29,84.32e84.33(máquinas e aparelhos) edas posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veículos automóveis emotocicletas),todosdaTIPI.Código 1097

IPI (exceto o devido por ME ouEPP)- PagamentodoIPIapurado no 1 decêndio de janeiro/2006 incidente sobre produtos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis).

Previdência Social (INSS) Paes- Pagamento da parcela mensal, acrescida de juros pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), pelos contribuintes que optaram pelo Parcelamento Especial de Débitos (Paes) perante a Previdência Social (INSS), de acordo com a Lei no 10.684/2003. Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior. 4103 (utilização de identificador no CNPJ) 2208 (identificador no CEI).

ICMS/SP – CNAE´S -15431, 41009; 50300 a50423, 52116 a 52795;55212a55239,55298,60100 a 60224, 66117 a 66303, 67113 a 67202, 70106 a70408, 71102 a 71404, 73105, 73202, 75116 a 75302,80136a80993,90000,91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a92622, 93017 a 93092, 95001 e 99007 - último dia pararecolhimentodoICMSapurado no mês de dezembro/2005. Informe de Rendimentos Financeiros - Fornecimento, pelas instituições financeiras, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e demais fontes pagadoras, do Informe de Rendimentos Financeiros relativo ao4o trimestre/2005,aosseusclientes (pessoas jurídicas), exceto quando a fonte pagadora fornecer, mensalmente, comprovante com todas as informações previstas na IN SRF no 268/2002.

O impostômetro marcou ontem, dia 15 de janeiro, a mesma arrecadação que no ano passado chegou um dia depois
Alex Ribeiro/DC

LULA, COMO LÍDER, ESTÁ ACABADO, DIZ CRISTOVAM.

Osenador Cristovam Buarque (PDTDF), 71 anos, é um dos précandidatos à presidência da República. Disputa dentrodesua legendaachancede uma candidatura com o também senador Jefferson Peres.Nascidono Recife, fez carreira política na capital do poder. Professor de economia daUniversidade FederaldeBrasília, jácomandou o governodo DistritoFederal. Recentemente,deixou o Ministério da Educação (foi o primeiroministrodapastano governo Lula), depois de passarpor uma'fritura' preparadapeloexministro da Casa Civil e ex-deputado federa José Dirceu. A experiência parece ter deixado mágoas. Para ele, Lulaestá acabado comolíder, mas aindapode se reeleger, graçasaos programas sociaisde caráterassistencialista.

Em entrevista ao Diário do Comércio, Cristovam diz que o melhor para os movimentos sociais e as organizações de esquerda seria uma derrota de Lula e a vitória do PSDB. "Assim, essesmovimentos ganhariam força para ressurgir. Caso o Lula se reeleja, terá um PT minoritárioe será prisioneiro dadireita. Para os conservadores, será um excelente negócio. Vai fazer o que a direitaquer eserá umValium para inibir os movimentos sociais", afirma.Para o pré-candidato do PDT, o Brasil precisa se apoiar em três vertentes para sair da crise – entre elas, a educação. Recentemente, o senador veioa públicocriticaro atraso na implantação do Fundo de Valorizaçãoda EducaçãoBásica(Fundeb). Segundo ele, o plano foi entregue em 15 de dezembro de 2003 e Lulalevouquasedois anospara mandá-lo ao Congresso. Cristovam promete ainda ressuscitar osCiepsde Brizola.Diz que aplicar em educação não significa apenas construir escolas, mas edificar um novo plano de ensino – o que vaidesde melhorremuneração para professores até melhores materiais didáticos. Eembora diga que hoje se gasta muito na educação –masdeformaerrada– defendeinvestimentos maiselevados, emtorno de R$ 20 bilhões por ano.

O senhor é um dos précandidatos à presidência pelo PDT. Defenda sua candidatura. Primeiro, é bom frisar que entreino PDThápouco tempo. Por isso, não me sinto no direito de pleitear uma candidatura, apesarde serbrizolistadesde 1961, quando ainda estudante em Recife, carregava a bandeira dalegalidade.Em1989,voteino BrizolaenãonoLula.Nuncame

Infelizmente, a gente gasta muito dinheiro de forma errada na educação. Pretendemos mudar esse cenário.

Não subestimo a força de Lula. Caso se reeleja, terá um PT minoritário. Se o PSDB vencer, os movimentos sociais ressuscitam.

O senador e exministro da Educação, Cristovam Buarque, hoje pré-candidato à presidência pelo PDT, pretende ressuscitar os Cieps de Brizola por todo o País.

afastei do Brizola e do Darci Ribeiro, massóentreiagora no partido. Por isso, não vou pleitear.Mas seopartido acharque sou um bom nome estou disposto a aceitar a candidatura.

Como o senhor define sua candidatura?

O Brasilvive ummomento muito singular. Conseguiu em 2002, pela primeira vez, sair do vício de eleger um presidente ligadoa aristocracias.Elegeu um operário de um partido de esquerda,quefrustrou a opinião pública. Em 2006, o povo vai voltar a escolher: continuar no que está, voltar para trás ou ir em frente. Temos de escolher entre o pré-Lula, o pós-Lula ou oLula. Creioquehoje oúnico partido que pode oferecer uma proposta pós-Lula é o PDT, de preferênciaaliadoa outros

Se investirmos num programa educacional para todos os brasileiros, começaremos a criar empregos. Permitiremos que os pobres comprem camisas.

partidos comoo PPS, PVe, se possível, o PSB e PCdoB.

O que seria o pós-Lula?

Seria enfrentar os três grandes desafios do País, que são os três 'R'. O primeiro é a Retomada da nacionalidade brasileira. Nós perdemosisso. O País está em processo de diluição no cenário global. Se consegue isso fortalecendo as ForçasArmadas,dando segurançaaos nossosrecursos naturais, que vão ser invadidos num futuro próximo. Aliadoaisso, deveremoster umapolítica industrial,agrícola e de infra-estrutura. Com isso retomamosa nacionalidade.

O segundo R é a reversão da desigualdade. Para se chegar a isso,devemos quebraralógica. Não é o crescimento econômico quevairevertera desigualdade. Sem isso é difícil reverter a desigualdade, mas com crescimentoeconômico é muito possível continuar com a desigualdade. Para reverter a desigualdade é preciso duas coisas:políticas sociais dirigi-

das ao povo (saneamento básico, educação em horário integral,habitação). Depoisdo choque social podemos fazer o crescimentoeconômico, mas pelabase. Fizemosocrescimento dos50anosemcinco, baseando tudo na criação da indústria automobilística, construindo cada vez mais automóveissempremais luxuosos, dizendo que até mesmo o flanelinha sairia da pobreza limpando vidros na esquina. Não é verdade. Mas se investirmos num programa educacional paratodososbrasileiros,começaremosacriar empregos epermitiremosque os pobres compremcamisas,sapatos. Aí vai ter o industrial quevaiganhardinheiro,eteremos o engenheiro que vai comprar o carro. Se a gente dobra o salário dos professorese ga-

rante livro para todas as crianças, criamosa dinâmica.Teremos que ter a criação de milharesde empregos nas gráficas. Isso é o crescimento pela base, através do emprego para a classe pobre que não tem qualificação.Essesempregos vão produzir os bens quea classe pobre precisa. Isso é o incentivo social. O Bolsa Escola é esse tipo de incentivo e não o Bolsa Família, onde você transfere a renda apenas. No Bolsa Escola, a mãe fiscaliza a criança na escola. O terceiroR éa recuperação da credibilidade do político ou da política.Quando duaspessoas se reúnem pode serpor política, mas também por amor. Quando três ou mais se reúnem épor questãopolítica. A credibilidade democrática da respeitabilidadeestá em falta. A estabilidade monetária do Brasil também depende da recuperação da credibilidade. EssestrêsRs passam por muita coisa, como vimos, mas a principal delas é a educação. E o PDT tem a cara da educação.

Quando se fala em PDT e educação logo vem à lembrança os Cieps de Leonel Brizola. É essa sua proposta para o Brasil?

A minhaidéia éa queeu comecei a fazer no Ministério da Educação. Para mim, os Cieps são a cidade inteira. Em vez de ter umaescola Cieps, vamos ter cidades Cieps.

Como isso seria feito? Todasasescolasda cidade funcionando em horário integral. Todos os professores ganhando bem.Todas asescolas combibliotecas ecomputadores. Nãodá para fazerisso em todas as 5.561 cidades, vamos fazer a cada ano em um grupo de cidades. Quando estive no Ministério daEducação, comecei em 29 cidades.Dá para fazer um município virar uma cidadeCiep em dois anos, se formunicípio pequeno. As grandescidadesdemoramuns oito anos.

Foram dois anos para fazer essas 29 escolas. Nessa proporção vai levar séculos para implantar o sistema em todo o País... Primeiramente, não consegui fazer porque saí antes do tempo. Leva doisanos. Só fiquei 13 meses no governo. Usei esse tempo para montar o programa.Só transferio dinheiroquando estavasaindo do ministério e acabaram parando o programa.

Demora muito?

Noprimeiro anonãose faz nada mesmo. Mas até ofinal do governo, daria para ter feito oprograma emmaisde 800cidades. Ou seja, em 10 anos daria para ter feito em todo o País enãoemséculos.Teríamosque

ter para a Educação no primeiroano um orçamentodeR$7 bilhões e no último ano um orçamento de R$ 20 bilhões. Não se investiu nem 1% disso.

Mas como é que se vai gastar mais em educação? O governo teria de arrecadar mais e quando se fala em elevar a arrecadação o governo entende em aumentar impostos ou criar novos tributos. Essa é a saída? Vai precisar demais dinheiro e para isso basta aumentar a eficiência. Paraisso, já tenho um projeto no Senado, que cria aLeide Responsabilidade Educacional. Hoje,a Leide Responsabilidade Fiscal (LRF) identificase oprefeitoé bom, se ele gastoumuito com Educação. Quero saber se ele é bom ao fazer melhorias pela educação, seja no ensino dascrianças, seja na remuneração e preparação dos professores. Para isso, estabelecemos notas para oprefeito. Seelenão atingiras metaseducacionais ficainelegível. Mas para isso o governo federal tem que investir.

A ex-prefeita Marta Suplicy não atingiu o porcentual com gastos em educação e aprovou uma lei para readequar a situação, levando para a pasta despesas que não eram dela. Nem por isso ficou inelegível. De que adianta a mudança?

O povo não sabe o que é essa coisade Lei deResponsabilidade Fiscal. Mas entende quando um prefeito ou governante nãocumpriu as metas para a educação. E entende isso porqueacompanha deperto, já que seus filhos estão matriculadosnas escolas. Se um prefeito fica inelegível pela Lei

de Responsabilidade do Ensino, não tem como ele se justificar para o povo. Infelizmente, a gente gasta muito dinheiro deformaerradana educação. Pretendemos mudar esse cenário. Assim mudamos o Brasil, com uma transformação responsável.

Sua candidatura vai procurar por coligações?

Isso vocêtem defalar coma direção nacional do PDT. Não memeto emcoligações.Sei que adireção temconversado muito com o PPS e o PV. Com o PCdoBe PSB também, mas menos. Até porque eles estão dentro do governo Lula.

Como seria um debate entre Lula e Cristovam na disputa pela presidência?

Voudizer asmesmascoisas que dizia há 20 anos. Ele vai ter que dizer hoje coisas diferentes do que dizia antes.

Com que a população vai se irritar mais?

Isso nãoposso dizer,até por causadocarismaquetemoLula,que também temumprograma social, o Bolsa Família, que transfere renda e é muito mais cômodo. Para receber basta matricular a criança. Deveríamos cobraro aprendizado da criança e não apenas a sua presença.

Lula tem chance de ser reeleito? O Lula como líder está acabado,maspode serreeleito. Hoje existe um empate entre ele e o PSDB. O seu trunfo para tentar controlar a agenda da eleição é oBolsaFamília. O PSDB fará o discursodo préLula, da nostalgia, o que é muitoprecário.Eunãosubestimoa força de Lula em nenhuma hipótese, mas ele desapareceu como figura transformadora. Caso se reeleja, terá um PT minoritário e será prisioneiro da direita. Para os conservadores, será um excelente negócio. Vai fazer o que a direita quer e será umValium parainibirosmovimentos sociais. Se o PSDB vencer, osmovimentos sociais ressuscitam.

O senhor está se preparando para uma possível campanha? Começou uma dieta? Sim,jáperdi 10 quilos.Afinal, um homem não pode ser aomesmotempogordo,careca esexagenário!E opresidente Bushjá disse:'Comoé queum cara pode ser presidente se não controla a própria cintura?'

Fotos: Marcos Fernandes/LUZ

PIRATARIA

Os Estados Unidos mantêm acesso de produtos do Brasil e elogiam combate à pirataria.

FEIRA DE MODA

GIROU R$ 304 MI

OFashion Business, feira de negócios que funcionou em paralelo à Fashion Rio na semana passada, movimentou R$ 304 milhões em vendas ao mercado interno, 20% acima do valor do ano passado, superando a estimativa inicial dos organizadores.

Com o resultado da feira deste ano, as oito edições já realizadas do evento somaram R$ 1,85 bilhão. O Fashion Rio é realizado em duas edições ao ano, uma voltada à coleção outono/inverno e a outra à primavera/verão. O principal destaque do encerramento do evento foi o desfile da top Gisele Bündchen (foto)

A diretora-geral do evento, Eloysa Simão, disse acreditar que o crescimento de negócios deverá ficar entre 10% e 15%. Além das vendas ao mercado interno, foram feitos negócios de US$ 8 milhões para o exterior. Outros US$ 3 milhões deverão ser fechados em vendas

DÓLAR

A moeda se mantém estável no mercado paralelo e fecha em R$ 2,41 para a venda.

externas de roupas. Camiseta – Um produto polêmico tem sido oferecido a turistas por camelôs do centro do Rio. É uma camiseta cuja ilustração

imita uma placa de trânsito, na qual os tradicionais bonequinhos de sinalização são substituídos por figuras de adolescentes armados. O souvenir custa R$ 15. (AE)

ESTRANGEIROSPALOCCI: UM "CALA BOCA"

Osaldo de investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ficou positivo em R$ 771 milhões nos 10 primeiros dias de janeiro, mostrou balanço divulgado na sexta-feira. Os estrangeiros compraram

R$ 5,5 bilhões e venderam R$ 4,7 bilhões. (DC)

Preocupado com sinais de divisão na equipe econômica, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, emitiu na sexta-feira nota oficial em que "desautoriza e desaconselha" quaisquer manifestações públicas da equipe sobre temas fora da competência de cada um. A nota é resposta às

PARA LEVY

declarações atribuídas ao secretário do Tesouro, Joaquim Levy, com criticas à atuação do Banco Central no mercado financeiro e explicita "um certo desconforto" com os juros elevados da economia. As declarações de Levy ao jornal Valor Econômico foram consideradas inoportunas pela Fazenda. (AE)

SUPERTUCANOSBOLÍVIA QUER SÓCIOS NO PETRÓLEO

Ogoverno brasileiro trabalha nos bastidores para tentar convencer a administração do presidente americano George W. Bush a não bloquear a venda de aviões de treinamento Supertucanos da Embraer para as forças armadas da Venezuela. (AE)

OApresidente eleito da Bolívia, Evo Morales, anunciou que a Petrobras será sócia da Yacimientos Petrolíferos Fiscales de Bolívia (YPFB), a antiga empresa estatal do setor que foi desmobilizada nos anos 80 e deverá ser recriada em seu governo. Disposto a atrair capitais estrangeiros a seu país,

Morales deixou claro que protegerá os investimentos privados e que seu governo não tomará a iniciativa de estatizar as companhias que exploram o petróleo e o gás. O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, confirmou a parceria, mas disse que ainda não começaram a ser negociadas as condições. (AE)

BNDESINDÚSTRIA PERDE RITMO

s aprovações de financiamentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atingiram R$ 54,5 bilhões em 2004, volume 44% superior ao de 2004. Para 2006, a previsão inicial é de R$ 60 bilhões. (AE)

A TÉLOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Banco do Brasil vai criar financeira até o mês de março Portuguesa TAP continua querendo entrar no capital da Varig

Laboratório Pfizer pagará US$ 1,3 bilhão por direito à insulina inalável

Os dados da produção regional confirmaram a continuidade do processo da desaceleração da atividade industrial em novembro. Oito dos 14 locais pesquisados apresentaram crescimento, mas os índices acumulados mostraram perda de ritmo

na atividade, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São Paulo, que responde por 40% da produção nacional, teve um aumento de apenas 0,3% ante igual mês de 2004, abaixo da média nacional registrada no período, de 0,6%. (AE)

Apostas de corte de 0,5 a 1 ponto na Selic

Apesardas primeiras préviasde inflação dejaneiro terem mostrado índices mais altos do que em dezembro, analistasestão apostando na manutenção do ritmode quedadataxa dejuros básica da economia, a Selic, na próxima reunião do Comitê de PolíticaMonetária (Copom) do Banco Central (BC), quecomeçaamanhãe terminana quarta-feira.Mas não há consenso. Desta vez, as expectativassedividem em três tamanhos de cortes: de 0,5 ponto, 0,75pontoe 1ponto percentual.Naúltima reunião, ocomitêbaixoua Selic de 18,5% para 18% ao ano. Naavaliação dosprofissionais demercado,agorao BC deve levar em consideração a fraca produção industrial, segundo osócio-diretordaMB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, que considera umcortede0,75ponto uma decisão ainda conservadora. Paraele, queda dessa magnitude não é suficiente pa-

ra permitir um crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), como espera o BC. "O corte ideal seria de 1 ponto. Espaço há, mas não acho que está no rol das possibilidades."

Menos reuniões – Segundo o economista da GRC Visão Jason Vieira, a redução do número dereuniões doCopom influencia o aumento do corte para 0,75. Até 2005, eram 12 reuniões,umapor mês.Apartir deste ano, elas serão realizadasaproximadamente acada 45 dias. "Já que o número de reuniões foireduzido, perde sentido cortar apenas0,50 ponto agora", comentou. Ele disse que as primeiras reações daquedadojuros(quetiveram início emsetembro) serãovistas somente a partir de março. Já para oeconomista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Emílio Alfieri, se o BC determinar um corte de 0,75pontopercentual,aeconomiacontinuará namesma situação. "Aparentemente,0,75 éumaaceleração, mas,narealidade, nãoé", diz. "Seantes o

Banco Central cortava 0,5 a cada 30dias, nofinal deseis meses a Selic era reduzida em 3 pontosnototal. Masagora,reduzindo 0,75 a cada 45 dias, a taxa tambémfica reduzidaem 3 pontos",comparou. "Naverdade, não muda nada." Para Alfieri, o ideal é cortar 1 ponto percentual para acelerar um pouco mais a economia. Na opinião do presidente do Instituto Brasileiro de Executivosde Finanças de São Paulo (Ibef-SP), Walter Machadode Barros, oBC continuaráapostando no afrouxamento da política monetária, mas não na velocidade desejada pelo setor produtivo da economia.

"Aexpectativaé de que ocorraamanutençãodessapolítica monetária no primeiro quadrimestre de 2006. Depois, o BancoCentral deverá fazer uma análise do comportamento daeconomia edo consumo, para então decidirse preserva a atual políticadejurosouse impõe um esquema mais apertado", avaliou Barros. Maristela Orlowski

Decisão pode sair na quinta

Uma decisão sobre o novovalor do salário mínimo e, possivelmente, sobreo reajustedatabeladoImpostode Renda de pessoa física (IRPF) deveráser tomada atéquintafeira. Se governo e sindicalistas chegarema umentendimento, opresidenteLuizInácioLulada Silvadeveráreceber ospresidentes das centrais sindicais. Oministro doTrabalho,Luiz Marinho, negou que haja divergências entre ele e o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão,Paulo Bernardo,a respeito da possibilidade de antecipar a vigência do novo salário mínimo deR$350 reaispara março, como pedem as centrais sindicais. "Não há divergência", afirmou Marinho. "Ele (Bernardo) só falou o óbvio: que, se o presidente decidir que épara antecipar, nós o faremos." Na quinta-feira da semana passada, Marinhohavia afirmado quenãohaveriacondições de antecipar o reajuste do

mínimo de maio para março por causado elevadocusto da medida: R$ 2,163bilhões.Logodepois,sem saber dasdeclaraçõesdo colega,Bernardo disse que era possível, sim, elevar o mínimo a partir de março,desdequeoutrasmedidasfossem adotadasparaevitar um rombo no Orçamento. O custo maior com o aumento do mínimo poderia, segundoBernardo, sercompensado

com um reajuste menor na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). "Eletinha acabadodevoltar de férias enãosabiaque,nos últimos dias, o carro játinha andado um pouco", justificou Marinho. "Se ele, que é o ministro doPlanejamento, achaque é possível, eusó posso achar bom", acrescentou, brincando. "Mas é preciso avaliar essas questões com os pés no chão." Segundo Marinho, éintenção dogoverno Lulaterminar o mandatocom a tabelade recolhimentos do IR corrigida de acordo com a variação da inflação. "A idéia é chegar ao fim do ano sem nenhuma defasagem", explicou o ministro. Marinho acha que o governo temcondiçõesdeatender às duas reivindicações das centrais: corrigir o mínimo e a tabela do IR sem desequilibrar o Orçamento. Mas, para tanto, precisará reduzira transferência de verbas referentes àLei Kandir aos estados. (AE)

Lindomar Cruz/ABr
Marinho: carro andou um pouco
Patrícia Santos/AE

AUMENTA A IMPORTÂNCIA DAS MARCAS PRÓPRIAS

Itens que levam logotipos de supermercados ou lojas movimentam

R$ 6,9 bilhões ao ano no País. Diretor do Wall Mart lança um livro para incentivar pequenos empresários a entrarem nesse setor.

Eles nãoaparecem na televisãoe nãopossuem slogans marcantes. São relativamente novos ebaratos e nãotêm nomes conhecidos.Mesmo assim, podem ser considerados a grande sensação das redes varejistas naatualidade, capazes de competir, de igual para igual, comoslíderesdevendas. O fenômeno é denominado "produto demarcaprópria". São itens que levam o nome de uma rede de supermercado, de umvarejistade materialde construçãoou de qualquer outro tipo de loja. Juntos,essesprodutos movimentamR$ 6,9 bilhõespor ano no País e representam 6% do mercado como um todo. Segundo resultadosdas principais empresas que trabalham com a estratégia, é possível agregar valor e fortalecer o negócio vendendo esses itensexclusivos. "O produto torna-seumpatrimônio, para uma atividade de comércio ou qualquer outro empreendimento", afirma odiretor da

multinacional Wal-Mart eautor do livro Marca Própria, Roberto Nascimento. Lançada recentemente pela editora Brasport,a publicação incentiva o leitor a investir em sua própriamarca paragarantir aperpetuação doseuestabelecimento com menos esforços, melhores controles e maiores lucros. "Quero despertar o interesse do pequeno e médio empresário e mostrar que todos podemlucrar com

isso", afirma Nascimento. Bons produtos – Neide Montefano, coordenadorado Comitê deMarcas Própriasda Associação Brasileira deSupermercados (Abras), destaca que tudo o que é produzido hojenosetortambémévoltado para as classes A e B, ao contrário do que se imagina. "Portanto, a estratégia deve ser pensadacomcuidado edeforma ampla. Hámercado paratodo tipo de marca própria", diz.

Cereais matinais da rede de hipermercados Extra, do grupo Pão de Açúcar. A empresa gastou R$ 7 bilhões para desenvolver novos ítens em 2005 e deve continuar a investir neste ano.

Passos Iniciais –É necessário pensar em uma marca expressiva. Apenas copiar uma tendênciaouseguir ospassos da concorrência não resolve, porque o objetivo é traduzir algo único e intransferível.

Nascimento explica que, antes de tudo, é importante pensar no produto que se pretende lançar comespírito deinovação."Paradespertarointeresse do consumidor", diz.

Mas, criada a marca,é necessáriopensar nasquestões legais. O registro deve ser solicitado ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),órgãofederal que protege, regulamenta e cuida das patentes no Brasil.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) realiza um trabalho voltado para a orientação da indústria nesse sentido. "Queremos incentivar o mercadopor meio da atuação dos pequenos empresários noprocesso",diza coordenadora. O site para consultas é o www.abrasnet.com.br.

Vanessa Rosal

LÍDERES DO SEGMENTO

Atender esatisfazeras necessidades dosconsumidores é o objetivo de qualquer empresa. Com as marcaspróprias,não édiferente.Que odigam as grandes redes desupermercados do País. Percebendo a oportunidade de negócio oferecida pelos produtos exclusivos, elas investem e criam novas estratégias a cada ano.

Éocaso doGrupoPãode

Açúcar, detentor das bandeiras Extra e Compre Bem, que gastou R$ 7 bilhões no anopassado paradesenvolver 200 novositens com marcasdesuas redes.Em publicidade interna foram gastos mais R$ 11 milhões em 2005. A gerente de Marcas Próprias do grupo, Luciene Schedenffeldt, diz que a grande estratégiaagora é inovar nas embalagens. "O objetivo é ser diferente."

Jáo Wal-Martapresentou crescimento de 30% na re-

gião Sudeste e 40% na região Nordeste emrelação aoano passado no que diz respeito ao comércio de marcas da rede. O diretor da empresa, RobertoNascimento, afirmaque osucesso vemda propaganda"boca aboca" dosclientes. "Alcançamosa marca de 6,5 mil ítens." A expectativa é manter o mesmo crescimento em 2006.

Já odiretordoCarrefour, Paulo Rego,afirma que a empresa vendeu 11% mais em 2005 sobre o ano anterior deprodutos commarcada rede de hipermercados. Mercado – Uma pesquisa recente da ACNielsen sobre o segmento mostra que 88% dos consumidores brasileiros conhecem marcas próprias desupermercados ante 78% registrados na mesma pesquisa realizada há um ano. A sondagem, mostra ainda que em 2005 foramcriados 39 mil itens (VR)

Copa do Mundo e eleições movimentam mercado de brindes

Dois grandeseventos prometem movimentar o mercado de brindes do Brasil neste ano:a Copa doMundo e as eleições gerais, na qual serão eleitosonovopresidentedaRepública,governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Deolho nessesimportantes nichos de mercado, muitas empresas de diversos setores já começaram a traçar suas estratégias de venda. No entanto, como o Tribunal Superior Eleitoral(TSE) ainda não divulgousua resolução quantoà proibiçãoouliberação de brindes nas campanhas, muitos empresáriosestão receososquantoaoplanejamento aser adotado.Já afabricação de artigos para a Copa, totalmenteliberada, está em pleno andamento. De acordocom oTSE, cada eleição dispõe de normas diferentes em relação à política de brindes. A assessoria de imprensado Tribunal acredita que asnormas eresoluções para o próximo pleito devem sair até maio. "Como tudo aindaestáindefinido, temosde nos prepararparaqualquer decisão que vier", afirma Douglas Alves, proprietário da Still, empresa que atua no setor de brindes desde 1993. Lucratividade – A Still fabrica 12 produtose terceiriza aproduçãode outros15.Entre a gama de itens da empresa destacam-se os bonés, camisetas, apitos, canetas e chaveiros.Nos anoseleitorais,a Stillaumenta seufaturamento em 10% ao mês, ao longo de seis meses (antes e durante as eleições). No período que antecede e durante o mundial defutebol, aempresa lucra 18% mais ao mês. "Em termos denúmerode clientes, a Copa trazumaumento de 40% ", explica Alves. Na época eleitoral,a quantidade de itens vendidos pela

Stillé maiorquenosmeses que antecedemo mundialde futebol. O valor desses produtos, porém, é menor. O carro-chefe é a caneta, responsável por 50% das vendas. Outra empresa do setor que aguarda ansiosamente os eventos de 2006 é a Banderart, que desde 1966 fabrica bandeiras, banners, estandartes e faixas. Como oprincipal evento paraacompanhia éa Copa do Mundo, quando costumaaumentarseu faturamento em 20%, as eleições acabamficandoem segundo plano. "As eleições nunca foram muito lucrativas. Mas se tivermos encomendas vamos atender", afirma Alexandre Calimanis, proprietário da empresa. O carro-chefe são as bandeiras brasileiras, estocadas desde julho passado. Pagamentoà vista– Para Luiz Roberto Salvador, diretor-presidente da Bríndice, empresa organizadora da maior feira do setor de brindes doBrasil, cerca de 30% a 40% das fabricantes de brindes se beneficiam com as eleições e a Copa."Objetos que emitem sonssãoboas opções paraa Copa. Paraas eleições,indicaria itens de baixo custo,como porta-pente, lixade unha,canetas, entre outros", afirma. O executivo alerta quanto aos riscos que as empresas sofrem ao prestarem serviços aos candidatose partidospolíti-

cos. "As empresas devem receber o pagamento à vista. Se mesmo com os candidatos que conseguem se eleger existem problemas, imaginecomos derrotados no pleito. Devido a isso, atualmente cerca de 85% das empresas de brindes já recebem àvista o pagamento.", explica Salvador. O usual é receber 50% do combinado no pedido e a outra metade na entrega dos produtos.

O coordenador-geral do Programa deAdministração de Varejo (Provar), da Universidade deSão Paulo (USP), CláudioFelisonide Ângelo, acredita que quanto antesacompanhia puderreceber o pagamento pelo serviço prestadoao candidatoé melhor. "Oscontratos devem estarbemdefinidos. Além disso,é preferível receberà vista do queparcelado, mesmo que a empresa tenha de conceder descontos", afirma. Felisonidiz que os dois eventos são lucrativos e mobilizamo Brasil,masdeforma diferente. Enquanto a Copa remete a um ambiente festivo, de alegria e superação, a eleição é encaradacomouma obrigação. "Há o perigo de a empresa ter aimagem prejudicada por serelacionarà política, atualmentesem credibilidade no País.Contudo,o comérciode brindes é importante e vai continuar", diz o especialista. André Alves

Patrícia Cruz/Ag. Luz
Douglas Cruz, empresário da Still, produz principalmente bonés, camisetas, apitos, canetas e chaveiros para a Copa do Mundo
Divulgação
Tânia Rêgo/Luz
Nascimento, diretor do Wal-Mart e autor do livro Marcas Próprias

B RAZILCOMZ

Da atriz Luana Piovani sobre o desfile da modelo Gisele Bündchen no Fashion Rio, na semana passada. No blog da atriz. http://contato.luapio.blog.uol.com.br

País é 119º em risco de gripe aviária

A BBC consultoria britânica Maplesoft divulgou no fim de semana um estudo que indica que o Brasil ocupa a 119ª posição num ranking sobre o risco de enfrentar uma epidemia de gripe aviária em humanos, caso o vírus H5N1 sofra uma mutação e possa ser transmitido de pessoa para pessoa. O ranking, que analisa de 161 países, foi feito com base em dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), da FAO (o órgão das Nações Unidas para agricultura e alimentação) e do Instituto de Recursos Mundiais. O 119º lugar não é uma posição das mais tranquilas, e corresponderia

a um risco médio de enfrentar uma epidemia. Bangladesh, Ruanda e Burundi estão no topo da lista de risco extremo, enquanto que Finlândia, Noruega e Islândia ocupam as últimas posições do grupo de baixo risco. Embora o Brasil tem baixo risco de surgimento da doença (148º lugar), em outros dois quesitos fica no nível médio: risco de disseminação (52º lugar) e capacidade de contenção (111º lugar). Os Estados Unidos aparecem na posição acima do Brasil no ranking geral, em 118º lugar, mas os dois países têm a mesma nota 5,89.

▲ Parque de Pequim, na China, decorado para a celebração do ano novo lunar. O ano do cão começa no dia 29.

M

'Playboy' chega à Indonésia

"Catastrófica para a moralidade do país" e "um desastre". É assim que a organização muçulmana Nahdlatul Ulama, mais importante organização muçulmana da Indonésia, com cerca de 40 milhões de membros, classificou a chegada, em março, a revista Playboy ao país. A editora responsável pela publicação prometeu que, na Indonésia, será vendida uma versão atenuada da popular revista norte-americana, sem a utilização de ensaios fotográficos de nudez.

EM CARTAZ

F OTOGRAFIA

Objeto do desejo fora de linha

A japonesa Nikon Corp., produtora das câmeras japonesas que já foram objeto máximo de desejo dos amantes da fotografia, vai deixar de produzir câmeras que usam filmes e lentes para estas máquinas. A companhia vai se concentrar em aparelhos digitais. As rivais Kodak e Canon já tomaram este caminho, mas a Nikon ainda resistia no mercado tradicional. Enquanto as vendas das máquinas com filmes caem, as câmeras digitais se tornam mais populares e já representam 75% das vendas da empresa.

CONTEMPORÂNEA

A mostra coletiva BR 2005 faz um panorama da arte contemporânea e apresenta obras de artistas como José Rufino, Afonso Tostes e Diego Belda (autor de Flatbed, foto). Galeria Virgílio. Rua Virgílio de Carvalho Pinto, 426. Telefone: 3062-9446. Das 10h às 19h. Até sábado. Grátis.

G @DGETDUJOUR

Relógio de pulso de outras épocas

Em uma era de telas de cristal líquido e papel eletrônico, o Digibeat da LED Watch Stop é definitivamente um gadget retrô: seu visor é LEDs verdes, como as primeiras calculadoras dos anos 70. O preço é um pouco salgadoUS$ 154,95 - e é preciso tocar no relógio para ver as horas. www.ledwatchstop.com

Brasil fora da Antártida

País precisa de pelo menos R$ 10 milhões para continuar com sua base de pesquisas

OPrograma AntárticoBrasileiro pode ser paralisado por falta de segurança e condições detrabalho paraos pesquisadores, caso não sejam garantidos para o projeto pelo menosR$ 10milhões noOrçamento daUniãodesteano –que ainda aguardaaprovação do Congresso. "Se o dinheiro não sair, corremos o risco de interromper os trabalhos a partir doinverno, levandoo Brasila jogarfora22anosdepesquisae investimentos",dizo secretário-executivoda ComissãoInterministerial de Recursos do Mar, almirante José Eduardo Borgesde Souza, queestá há ummês naestação brasileira na Antártida,batizada deComandante Ferraz. "Nada dissoterácontinuidade sem o comprometimento efetivode todosos setoresgo-

vernamentais", afirmao almirante, apontando a necessidade de apoio dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Planejamento. "Estamostrabalhando duro, lutando paraobter osrecursos paraas obrasnão pararem."O objetivo é que a base seja renovada até2007, escolhidocomo o Ano Polar Internacional. Será umaoportunidade para especialistas brasileiros participarem depesquisas desenvolvidas por outros países, absorvendoconhecimentos e compartilhando equipamentos. Para isso, no entanto, é necessário que a estação esteja em boas condições e seja capaz de abrigar cientistas de outros nacionalidades.Experimentos desenvolvidos na Antártida são fundamentais para o avanço do conhecimento em áreas como a meteorologia.

O programa brasileiro foi criado ainda no regime militar em 1982,sete anos depoisde o Paísteraderido aoTratadoda Antártida. As 28 nações signatárias desse tratado assumiramocompromissoderealizar na região apenas pesquisas para fins pacíficos. Para manter uma estaçãono continente, que é considerado território internacional, cadapaís precisa realizar experimentos científicos com regularidade. O Brasil mantém na estação Comandante Ferraz um efetivo de 25 pesquisadores, 25 funcionários de manutenção e 10 militares. Cerca de 20 pessoas permanecem na base no inverno,masno verãoelarecebe até 120 pesquisadores. A estação é apoiada pelo Navio Oceanográfico Ary Rongel e poraviões daForçaAérea Brasileira. (AE)

IMIGRAÇÃO - Como acontecem todos os anos no período de inverno europeu, o céu é coberto por milhares de pássaros que iniciam uma longa viagem rumo à África do Sul, para fugir das temperaturas gélidas da Europa.

Violência para turistas

UF AVORITOS

Poupe tempo, antes de sair de casa

Precisa ir até algum posto do Poupatempo e não sabe o endereço mais próximo ou o horário de funcionamento? Quer saber quais são os serviços disponíveis de cada local? Então acesse a internet e confira estas e outras informações oferecidas no site do Poupatempo. Há também informações sobre a localização do Poupatempo Móvel, que atende em pontos diferenciados da cidade a cada semana e orientações sobre a emissão de documentos, além do telefone do Disque Poupatempo, para tirar dúvidas. www.poupatempo.sp.gov.br

m produto polêmico tem sido oferecido a turistas ecariocas por camelôsdo Centrodo Rio. Trata-se de uma camiseta cujailustração imitauma placadetrânsito, naqualos tradicionais bonequinhos de sinalização são substituídospor figurasde adolescentesarmados. Umameninacarregao quepareceum fuzil ea figuramasculina aparece de bonéportando uma pistola. Embaixo do desenho, a frase: Welcome to Rio de Janeiro (Bem-vindo ao Rio de Janeiro).

Policiaisda Delegaciade Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) está reprimindo a venda e no fim da semana passadaprendeu Sônia Regina da Costa, de 43 anos,eAntenor Morais Neto, de 41, que tinham as camisetas expostas numa daslojasdo camelódromo da ruaUruguaiana. Com o casal, detido por apologia ao crime,foramapreendi-

das 14 camisetas, algumas com outrasimagensestilizadas, como a de pessoas decapitadas. Na delegacia, os vendedores assinaram um termo em que secomprometem a nãomais comercializar o produto.Eles vão responderà acusação em liberdade.Apenapara apologiaé de três aseismesesde detenção. Nos últimos meses, a camiseta tem feito sucesso entre os camelôs do centro, especialmente nomercado popular darua Uruguaiana, onde é distribuída para osoutrosambulantes. O souveniré vendido por R$ 15 e pode ser encontrado até no modelo babylook. Embora a mensagem em inglês sugiraquea camiseta seja direcionadaaos turistas,os vendedores dizem quesão os próprios cariocas os que mais compram a camiseta. A diretora de marketing da Riotur, Glória de Brito, teme que o que ela classifica de

"brincadeira deextremo maugosto" afetea imagem dacidade. "Ofatode umturista comprar não sei se influenciaaimagemdacidade, mas nospreocupa aimprensa internacional", disse. "É uma distorção que pode contribuir negativamente para a formaçãodos jovens.Há uma grande diferença entre negar umarealidade epropagá-la. Trabalhamos para resolvernossos problemas, não precisamosvestir essa camisa. Há violência em várias partesdo mundo,como o terrorismo,e nenhumpaís faz camiseta", disse Glória. Já para osecretário estadual deTurismo, SérgioRicardoa camiseta não vai macular aimagem dacidade, que este ano deve receber 2,3milhõesde turistas. "Os turistas vão embora desejando voltar e não citam a segurança como problema. Éidiotaquemfabricou essas camisetas emaisidiota quem compra".

Plutão vai receber pela primeira vez a visita de uma missão espacial, a sonda New Horizons.

O diretor de cinema brasileiro, Fernando Meirelles concorre hoje ao Globo de Ouro. Lula e Kirchner se reúnem na quarta-feira em Brasília, após turbulência entre os dois países.

Fogo destrói retiro de Hemingway

Um incêndio destruiu no fim da semana passada o museu Ernest Hemingway e o bar The Compleat Angler na ilha de Bimini, nas Bahamas. A localidade era um dos lendários retiros do escritor norte-americano nos anos 1930 e o bar era um de seus pontos preferidos. As Bahamas estão diretamente ligadas a obras como O Velho e o Mar e, mais especificamente, To Have and Have Not, que ele escreveu em Bimini. A lenda de Hemingway tornou-se um grande chamariz, e o Compleat Angler criou um museu que incluía centenas de fotografias e objetos do escritor espalhados pelo ambiente, que foram destruídos pelas chamas.

Mensalão acaba em samba

Fazer pose de político envolvido em escândalos, denúncias e tráfego de influências neste carnaval custará apenas R$ 1,80 para o folião. O escultor Armando Valles, que há 40 anos faz máscaras carnavalescas, fez do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, do exdeputado Roberto Jefferson (em duas versões, a normal e a com olho roxo), do exdeputado José Dirceu (PT-SP), do chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Luiz Gushiken e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva os modelos da temporada 2006. O sucesso é tanto que ele já vendeu 20 mil peças da "linha mensalão" para as Lojas Americanas, que pediu 70 mil unidades.

M ÚSICA

O diário de Mozart, na internet

A Biblioteca Britânica digitalizou e colocou na internet o "diário" (obra intitulada "Catálogo de todos meus trabalhos"), de Mozart. Escrito entre fevereiro de 1784 e dezembro de 1791, quando morreu, o compêndio traz 145 composições. No site, além de folhear o manuscrito, é possível ver anotações do compositor sobre o título das obras, quem as financiou, quais instrumentos são necessários para sua execução e até ouvir alguns trechos. www.bl.uk/onlinegallery/ ttp/ttpbooks.html

MIT, império sob ameaça A Áustria usará seu período na presidência da União Européia para promover a criação de um centro de estudos europeu para rivalizar com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e deter a fuga de gênios para os EUA. O ranking anual das universidades do mundo, feito pelo Times de Londres põe sete instituições americanas entre as 10 primeiras, com Harvard e o MIT no topo da lista. As universidades européias estariam perdendo excelência.

C ARNAVAL
M EMÓRIA
Fayez
Nureldine/AFP
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Hoje é dia de Daspu! Sou muito mais
T ECNOLOGIA

Indicadores Econômicos

E Ariel Sharon ainda não voltou do coma

Oprimeiroministro de Israel, Ariel Sharon, de 77 anos, foi submetido ontem a uma

traqueostomia no Hospital Hadassah de Jerusalém, onde está internado desde o dia 4 após sofrer um derrame cerebral. O hospital informou que a traqueostomia foi realizada para que Sharon possa respirar com mais facilidade e sem a ajuda de aparelhos. Ainda segundo o hospital o líder israelense foi submetido pouco antes a uma nova tomografia computadorizada.

O exame mostrou que não houve nenhuma mudança com relação à tomografia anterior e seu quadro prosseguia grave, mas estabilizado. O estado comatoso de Sharon e a traqueostomia são um mau sinal, disse o doutor Philip Stieg, diretor de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina

Weill-Cornell, em Nova York. "Sugerem que a lesão cerebral é tão grave como pensamos. Ele não está melhorando. Devem ser feitas coisas para mantê-lo com vida", acrescentou.

Todos os sedativos foram suspensos ontem, numa tentativa de despertá-lo do coma induzido. (AE)

A Nasa recuperou ontem a cápsula lançada pela sonda Stardust, contendo amostras de poeira do cometa Wild

- O líder do Kuwait, o xeque Jaber al-Ahmad al-Sabah, que reconstruiu a nação depois que tropas norte-americanas tiraram as forças de ocupação de Saddam Hussein em 1991, morreu ontem aos 78 anos.

OUTRO COMANDO FEMININO –Ellen Johnson-Sirleaf torna-se hoje a primeira mulher a assumir a presidência da Libéria e a primeira presidente eleita da África, com o desafio de reconstruir uma nação devastada pela guerra e com 80% da população desempregada. A guerra civil, que durou de 1989 a 2003, deixou 200 mil mortos e levou mais da metade da população de 3 milhões a deixar o país. (AE)

A revista Time terá na capa o campeão Bode Miller, que esquiou bêbado e não hesita em repetir a dose

O que é Factoring?

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Factoring

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CHILE ELEGE SUA 1ª PRESIDENTA

Michele Bachelet, ex-ministra de Defesa, garante, com 53% dos votos, quarto mandato consecutivo ao Partido Socialista após redemocratização no país. Michele venceu em 12 das 13 regiões do país.

Asocialista Michele Bacheletserá aprimeiramulher adirigir o Chile.Com 67,23%dos votos totalizados, Bachelet tinha53,22% dosvotos, enquanto seurival da Renovação Nacional (RN), Sebastián Piñera, obtinha 46,77%, de acordocom o boletim oficial lido pelo subsecretário deInterior,JorgeCorrea Sutil. A vitória de Bachelet dá à Concertação de Partidos pela Democracia - coalizão formada paracombateraditadura de Augusto Pinochet (de 1973 a 1990) - o quarto mandato consecutivodesde aredemocratização do país. A candidata venceu Piñera em 12 das 13 regiões do país. Bachelet chega ao Palácio de La Moneda emmarço,após uma campanha na qual prometeu intensificar os programasdeassistênciaaosmaispobres, com o objetivo de reduzir a desigualdadesocial nopaís. Oresultadodeontem confirma atendênciaprevista pelas últimas pesquisas de opinião pública. Bachelet foia candidata maisvotada noprimeiro turno, com 45,95% dos votos. Piñera tinha recebido pouco mais de 22% dos votos. Logoapós a divulgação do boletim, partidáriosde Bachelet ressaltavam o marco histórico que representa a eleição de uma mulher para a presidênciadoChile,umpaís noqual mulheres e homens têm de votar em seções separadas. Allende - Bachelet, nascida em1951,começouaserformada no universodos quartéis.Seu pai AlbertoBachelet, erabrigadeiro da ForçaAérea. Nofim dos anos 60, início dos 70, Bachelet ingressouna Juventude Socialista ecomeçouseucurso de medicina naUniversidade doChile.Nessaépoca,opaidela era considerado um dos oficiais mais leais aoentão presidente socialista, Salvador Allende. Ogolpe quederrubouAllendeem11 desetembro de1973 marcaria sua vida para sempre.

Nomesmodia,todaafamíliade Bachelet foi presadepois da recusade seupaiemcolaborar com a novaordem política. Alberto Bachelet, Michelle e a mãe dela, a arqueóloga Angela Jeria, foramsubmetidos aintensas sessões de tortura nos porões da repressão pinochetista."Um requinte deperversidadenesta históriaeraqueoshomensescolhidospara torturarAlberto e sua família foram seus ex-subordinados", diz Andréa Insunza. "MichelleBachelet sentiu-se traída, nãosó pelossuboficiais, mas por sua própria pátria." O paideBacheletnãosairiadaPrisãoPública deSantiago. Em marçode1974,aos51anos,morreude ataque cardíaco emsua cela, em conseqüência dos maus-tratos que sofrera. Após a morte de Alberto, Bachelet e amãe foram autorizadas a exilar-se. Primeiro para a Austrália, depois para a Alemanha Oriental.No exílio,ela continuavaa militar no Partido Socialista chileno, então proscrito no Chile. O aprofundamento nos estudos de temas militares e de defesa foi na verdade, uma busca de entender a si mesma e aos fatos que marcavam sua vida. Bachelet voltou aoChile em 1979,ainda atuando naclandestinidade. Nuncafoi um quadrodestacado dadireção do PS. Ela participava do círculo dos socialistas que sofreram maisduranteo exílio,queforam para ospaísesda cortina de ferro, e não dos que se exilaramnaEuropa Ocidentalou nos EUA, que ganharam visibilidade na luta contra a ditaduraesetornariamdepois os principais dirigentes da Concertação. Era o que se chamava de um quadro de base do partido, leal à sua doutrina. Seu nome para a presidência do Chile começoua surgir naturalmente,com o aval das pesquisas, depoisque eladeixou o Ministério da Saúde (para o qualtinha sido designada por RicardoLagos)para oda Defesa. (AE)

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Michele Bachelet deposita seu voto na urna durante eleição que a consagrou como presidenta do Chile
2.
AFP/Nasa
AFP/Time
AFP/Yasser Al-Zayyat

Industrial pede socorro

Mesmo tombadas, casas construídas no final do século 19 estão condenadas pelo descaso do poder público. Algumas, inclusive, foram demolidas.

Um dos bairros mais antigos de Campinas pede socorro e luta para manter literalmente em pé seus símbolos operários. As casas construídas pelos ferroviários que povoaram a Vila Industrial, a partir do final do século 19, e que são tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), estão em ruínas.

O caso mais emblemático se deu no final do ano passado, quando uma das casas, construída em 1908, foi demolida. O imóvel oferecia riscos às moradias vizinhas. “Ali não havia outra saída”, assegurou Dayse Ribeiro, técnica do Condepacc. Assim como outras residências do bairro, a casa era sustentada por pedaços de madeira.

A demolição gerou indignação por parte de alguns moradores do bairro e tristeza de ver um pedaço importante de Campinas se deteriorando. “A história agora está no chão”, diz a dona de casa Valéria Souza. Outros moradores, como Avelino Lopes, vizinho do casarão demolido, temem por seu patrimônio. A casa dele está cheia de rachaduras e chegou a ser interditada pela defesa civil. “Se a casa cair outros imóveis podem ser afetados. E quem vai pagar meu prejuízo?”, questiona.

Mas o caso serviu, principalmente, para a cidade voltar seus olhos para o bairro. E percebeu-se logo que se não houver investimentos em curto prazo outros imóveis tendem a cair por si só. Logo atrás da Estação Cultura, onde estão instalados a secretaria de Cultura e o Condepacc, vários imóveis só estão em pé graças a grandes toras de madeira que servem como vigas.

Por dentro a situação é ainda pior. A maioria dessas casas sofre com infiltrações nas paredes e no teto. Isso

Casas serão mapeadas

Os imóveis do centro histórico de Campinas e da Vila Industrial, que existiam na cidade nos mapas de 1929, estão sendo inventariados. O objetivo do inventário é localizar os imóveis que resistiram ao tempo e fornecer uma base para uma política de preservação do sítio histórico.

O projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) dentro do Programa de Pesquisa em Políticas Públicas, envolve a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Prefeitura.

Para a pesquisa, que será feita em dois anos, a Fapesp está liberando R$ 120 mil. Equipes da Coordenadoria Setorial do Patrimônio Cultural (CSPC) e do Centro Interdisciplinar de Estudos da Cidade (Ciec) do Departamento de História da Unicamp, estão trabalhando nos levantamentos. (CP)

A maior parte do bairro se transformou em ruínas. As poucas casas que sobraram sofrem com infiltração nas paredes e no teto.

quando há paredes. Telhados são cada vez mais escassos. Até batentes de portas e janelas não existem mais. Muitas dessas casas estão abandonadas ou tomadas por moradores de rua.

Segundo a historiadora Maria Lucia Rangel Ricci, que está fazendo um amplo levantamento de todos os bairros de Campinas para o centro de memória da Unicamp, durante muitos anos não houve preocupação alguma em preservar a história. “O Condepacc tombou essas casas, mas não houve nenhuma ação efetiva para mantê-las em pé”, afirma.

Agora, a Prefeitura quer saber como estão os imóveis que formam o patrimônio cultural e artístico de Campinas. A Coordenadoria Setorial do Patrimônio Cultural (CSPC) também vai registrar todos os imóveis históricos do bairro, avaliando os riscos de cada um. Segundo o secretário de Cultura e presidente do Condepacc, Francisco de Lagos, a intenção é buscar recursos para tentar salvar esses patrimônios. Quando e de onde virão esses recursos ainda não se sabe.

Mas a pesquisadora Maria Lucia Rangel Ricci dá uma dica para que as futuras gerações possam conhecer esta parte da memória campineira. “É preciso investir em educação e conscientização. A comunidade precisa conhecer sua história para querer preservá-la.” CristianePrezotto

PLANTAS

ASecretaria Municipal de Infra-Estrutura, podou, em 2005, cerca de nove mil árvores plantadas nas calçadas e praças públicas de Campinas, segundo balanço divulgado pelo Departamento de Parques e Jardins. De acordo com a prefeitura, cinco equipes fizeram o trabalho seguindo programação elaborada a partir dos pedidos da população que chegam por meio do Sistema 156 e também das vistorias feitas por técnicos. Os galhos e folhas retirados vão para o aterro sanitário Delta A e são triturados e maturados para fabricação de terra vegetal.

SERVIDOR

OCentro de Atendimento Médico Ambulatorial (Ceama) de Campinas, que atende aproximadamente 66 mil funcionários públicos de 42 cidades da região inaugura, nos próximos meses, sua sede própria em um terreno de 10 mil m² doado pelo estado na Vila Brandina. Hoje o Ceama fica em um prédio anexo do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Arqueológico e Turístico de São Paulo (Condephaat), o prédio do Instituto não pode passar por alterações.

CRECHES

Atendendo a uma exigência da Justiça, a prefeitura de Campinas vai construir este ano seis novas creches na cidade com investimentos de R$ 4,8 milhões para abrir 1,6 mil novas vagas para crianças de zero a seis anos. Estima-se que hoje o déficit seja de pelo menos 18 mil vagas. A entrega das novas unidades atende as determinações de uma ação civil pública, movida pelo Ministério Público, em 1998. A ação exigiu da administração municipal, em dezembro de 2004, a entrega de seis unidades, em 2006, três em 2007 e uma em 2008.

Fotos: Ricardo Lima/Virtual Photo

VENDAS DO BRASIL VÃO MUITO ALÉM

DA AGRICULTURA

Que o Brasil é um dos principais exportadores de produtos agrícolas do planeta, todo mundo sabe. O que é de conhecimento de poucos é que, a cada ano, aumenta na balança comercial a participação de itens de maior valor agregado: duchas para a China, interruptores para o Caribe e aviões onde o céu permitir.

Oqueo Brasilexporta? A respostaa essa pergunta incorpora, cadavez mais,uma gama imensade produtos,atéhá poucos anos bem distantes das plataformas brasileiras de embarque para o exterior. "Operfil dasnossas exportaçõesvem melhorando", afirmou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, ao anunciar, no iníciodeste mês,acoleção derecordes da balança comercial brasileira,com vendas de US$ 118,309 bilhões em 2005. É claro que commodities como ferro, sojae petróleo mantêm peso considerável nas vendas externas brasileiras. Emconjunto, esses produtosbásicos representaram 29,3%das exportações de 2005.No entanto, a participaçãode mercadorias commaiorvaloragregadocresce e contribui para a melhoria da qualidade da pauta, conforme disse o ministro.

Aquantidade demanufaturados embarcadosaumentou 12,7% sobre 2004. Em valores, 23,5%, somando US$ 65,145 bilhões ao final de 2005. Os semimanufaturados, tipo açúcar bruto, pelese couros,cresceram 19,3% e acrescentaram quase US$ US$16 bilhões às vendas brasileiras.

O Curtume Touro,de Presidente Prudente, cidade do interior de São Paulo, está entre as empresasque contribuíram para essa diversificação. Suas exportações aumentaram 20% no ano passado, com recorde defaturamentoda ordemde US$ 16 milhões, disse FernandoRodriguesCarballal, diretor administrativo do curtume. "O Brasil é o maior fornecedormundialdecouro.Asexportações têm crescido todos

os anos", afirmou o executivo. Para 2006, a expectativa é de, pelomenos, manterovolume devendas externasde 2005.A dificuldade, segundo ele, éa taxa de câmbio do dólar. Com 390 funcionários, a empresa processa 1,5 mil peles pordiaetem 80% dofaturamento gerado pelasexportaçõesde couroacabado esemiacabado.Apesardevender lá fora há 25 anos,a maior participação ocorreu nos últimos três,contouo executivo,que exportapara aEuropa,Estados Unidos e China, além deTurquia, Israel e Vietnã. Eletroeletrônicos – Os materiais eletroeletrônicos também são destaque entre os produtosque agregamvalor àbalança comercial brasileira. Aquecedores, celulares e interruptores são alguns dos produtos que contribuíram para a boa performance do segmento no ano passado, que somou US$ 4,965 bilhões, um crescimento de 59% sobre 2004. Nessa área, o Brasil vende desdeum interruptor residencial até a versão destinada a uma subestação de distribuição deenergia, porexemplo,explica Luiz SérgioVasconcellos Lima,diretor daAssociaçãoBrasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica(Abinee). "Exportamos interruptores de tomadas residenciaishámuitosanos,para toda a América Latina."

Na América do Sul, o País representaquase 50%doconsumo desses produtos.Poresse motivo, grandes fabricantes fazem daqui sua base para produção eexportação, dinâmica incentivadapelopróprio governo.O diretorda Abineeexplicou que as multinacionais dosetortêmfábricalocalesubsidiária em outras praças. A fa-

bricação de interruptores residenciais demandagrandes investimentos, escala efôlego para adaptar oproduto. "Afinal,cada país adotaum padrão", justificou Lima. Concentradamais nomercadolocal, nocasodosinterruptores,a brasileira Fame acrescentasuas duchasechuveiros à pauta de exportação. ParaJosé CoelhoSilva,diretor comercial da empresa, os compradores de destaqueestão no Caribe, América Latina, Filipinas,Índia, Egito,África eChina.Segundo ele,aFame éa única empresa do segmento de material elétrico, no Brasil, certificadapelo governo chinês para comercializar seus produtos naquele mercado.

Céu de brigadeiro – A relaçãode produtos com valor agregadoé longae muitosdos seusitens servemdepassarela para incrementar negócios. No vácuo docrescimentoda exportação de aviões, porexemplo, nasceuháquatroanosa H.T.AIndústria,Comércio,Importação e Exportação. Trata-se de uma associação entre 11 fornecedoras de serviços e produtosàEmbraer, capacitadosa implementara usinagem de peças estruturais de aeronaves; afazertratamentossuperficiais paraproteção contraagressões externas emontagem de subconjuntos, como portas.

A propostaera ampliarnegócios,aproveitandoa demanda do mercado externo, disse PauloRoberto Campos Rocha, gerente daH.T.A.Os primeiros contratos do grupo não acrescentaram valor às exportações doano passado. AH.T.A,noentanto, játem carteira de US$ 10 milhões em exportações para 2006. Fátima Lourenço

20%

Apex ajuda pequenos e médios

Uma grandecontribuição à diversificação da pauta de exportação resultadas açõesdaAgência de Promoção deExportaçãoe Investimentos (Apex-Brasil). Existem 420 projetos de promoção comercial e 15,8 mil empresas inseridas nos programas daagência,informa seu presidente, Juan Quirós. "Mais demil novosprodutos foram incorporados à pautade exportação", acrescenta. Ele garante quenãohouve, em2005,entre empresários vinculados aos projetos da Apex,quem interrompesseas vendas. "Mas há sim um efeito maior do dólar sobre a pequena emédiaempresaparasua sustentação no mercado externo", afirmouQuirós.Mesmo assim, segundo ele, todas as empresas inseridas nos programas aumentaram as vendas para o exterior no ano passado,emíndicesque variam de 15% a 85%. "O mercado da América Latinafoidosque mais cresceu", comemorou. Desafio – O desafiopara esteano éconsolidar os mercados abertos e manter as pequenas emédiasempresasnos programas daagência. AAlemanha, por conta da Copa do Mundo, será o principal foco.

"Vamos investir R$ 22 milhões e esperamos um retorno de US$ 420milhões.Bebidas, alimentos,material esportivo e plásticos são alguns dos produtos aseremapresentados àquele mercado. No caso do setor plástico, América do Sul e África do Sul também serão prospectadosem2006, disse Wagner Delarovera, gerente do ExportPlastic,parceria da Apex-Brasil edo InstitutoNacional do Plástico (INP). Associada ao projeto, Alessandra VicentinZambaldi, sócia da AlpesIndústria eComérciodePlásticos, de São Paulo,exportafilmePVC em bobinas para embalagens industriais, maisuma versãotu-

Segundo Quirós, mais de mil novos produtos foram incorporados à pauta de exportação

piniquim para exportação. O ano de 2005,segundo Alessandra, sónão foimelhor pelo efeito do câmbio.Mas suas exportações cresceram cerca de 4%. "O programa e a participação emfeiras ajudaram a abrir o mercado na Europa", afirmou Alessandra. Emoutro segmentodeplástico, o de embalagens flexíveis, Emma de Almeida, gerente para comércio exterior da Packduque, contou que a empresa dobrou o volume de exportações em 2005,quandotambémconquistou dois novos mercados. Os Estados Unidos, umdeles,apartirde "umtrabalho muito bom com o Export Plastic", disse Emma. (FL)

Fotos: Divulgação/Curtume Touro
Carballal, do Curtume Touro, cuja exportação aumentou
em 2005, lembrou que o Brasil é o maior fornecedor de couro do mundo
Evandro Monteiro/Digna Imagem 13/09/04
Tânia Rego/LUZ
Alessandra Zambaldi, da Alpes: filme PVC em bobinas para embalagens industriais agora na Europa
Divulgação/Fame

O Fórum Social Brasileirovai capitalizar a roubalheira petista, explicando-a retroativamente como delito de neoliberalismo..."

No tempo da ditadura, os esquerdistas damídia, embora conservassem o poder sobre as redações, se sentiamisoladose constrangidos. Não tanto pela censura quanto pela hostilidade geral da população às guerrilhas. Deprimia-osque opovonãogostassedeverrecrutas e civis brasileiros ser feitos em pedaços por carros-bombas. Magoava-os profundamente queninguémvissenadadeheróico em “justiçar” com tiros nas costashomensdesarmados, que ninguém admirasse a nobreza de sentimentoscom que o capitão Lamarca esmagava a coronhadas a cabeça de um prisioneiro amarrado. Hoje,esses episódiossumiram tão completamente dos mesmos jornais que os denunciavam, que já parecem invencionicesretroativas dadireita. Na época, os próprios jornalistasdeesquerda eram obrigados a contar tudo tim-tim por tim-tim, sem poder em contrapartida expor ao menos em detalhesa suaparte, ospadecimentosque seusamigosterrorristas sofriam – oh, quão injustamente!– emretribuição das bombas edas emboscadas. Tinham os mais altos cargoseosmelhoressalários,mas eram tão incompreendidose infelizes queprecisavam consolar-se mediante festinhas de embalono Copacabana Palace. Terminaramachando que drogas esurubastinhamum alto potencial revolucionário, e não estavamde todo errados, já que acabaram conseguindo maiseficazmente corromper asgerações seguintes do queganhar algumasimpatia dos contemporâneos para a violência revolucionária.Vindo a calhar com a estratégia gramsciana que então começava a ser importada, o modeloamericanode“guerracultural” da New Left, que no início julgavam desprezível e burguês nacomparaçãocomas propostas truculentas deChe Guevara e Régis Débray, acabou sendo a tábua de salvação que lhes permitiu sobreviver para reinventar depois a história daquele período, fazendo da derrota das guerrilhas uma espetacularvitória publicitáriaeuma fonteinesgotávelde verbas consoladoras. Mas nãofoi só nisso que a esquerda midiática se americanizou. A época foi também a do afluxomaciço de brazilianists, que emborafossem também quase todos de esquerda – algunsdeles tão enragésquanto qualquerguerrilheiro--,eram bemrecebidos pelogoverno porconta das instituições que os patrocinavam. Muita coisa que a esquerda local não podia dizerera dita pela boca desses medalhões, de onde o discurso esquerdistasaía perfumadocom oaroma da superior neutralidadeacadêmica da Ivy League.

Aos poucos, o hábito de respaldar-seemdeclarações de americanos apresentados como insuspeitos tornou-se um dispositivo usual da retórica esquerdista. Na verdade homenscomo RamseyClark, John K. Galbraith, Jimmy CarterouTed Kennedyeramafinaflordoesquerdismo chique. Estavam comprometidos atéagoelacom aajudaàsubversão noTerceiro Mundo. Masa simples insistência geral daesquerdana lendade que ogolpe militarviera de Washington dava a qualquer americano,por contraste, a autoridade para falar contra a direitalatino-americana sem parecernem umpouquinho esquerdista. O mesmo aconteciacom jornais patologica-

A esquerda americanizada

Os turistas brincavam de se jogar na piscina quando chegou o boliviano que trazia pó. Jogaram-no também. Desespero geral".

mente mentirosos em favor da esquerda, como New York TimeseWashington Post,que ante a platéiatupiniquim ignorante, podiam ser citados como modelos de isenção profissional pelosimples fatode ser americanos. A geração seguinte de esquerdistas continuou usando omesmo truque,mas porautomatismo paspalho e sem saber que era truque. Quando um EliakimAraújo, ardidode dorespetistase embriagado dealegria vingativapelademissãode BorisCasoy, compara desvantajosamenteo exâncora daRecord a“respeitados jornalistas do horário nobre”daTVamericana,incluindo entre estes últimos dois notórios vigaristas de esquerda como Peter Jennings e Dan Rather,ele pareceacreditarmesmo noque diz,coitado. Amalícia dos gurus impregnou-se emseusdiscípulossobaforma de ingenuidade perversa. Eles jánãomentem porastúcia. Mentemporqueninguém os ensinou a fazer outra coisa.

Notinha horrível

Quanto àsfestinhasnoCopacabana Palace,não falogenericamente. Háuma crônica inesquecíveldeDaniel Más sobre isso, publicada na extinta revista Visão. Segundo o cronista, até a expressão “AnosDourados”,usadapara designar de maneiraaparentemente paradoxal uma época também carimbada como “Anos de Chumbo”, se originou entre o pessoal da mídia e do show business por alusão a unspacotinhosdourados em quevinha acocaína. Oepisódio é edificante. Um dia, turistas estavambrincando de jogar-se uns aos outros na piscina do hotel, enquanto a turminha espertadosbrasileiros, nasmesas emtorno,aguardavaachegada deumboliviano que trazia opó.Derepente, aterrorizados, viram o sujeito entrando e sendo agarrado pelos brincalhões. Não houve tempo nem de gritar. Foi o desespero geral: todo mundo pulando na água, atrás dos

papeizinhos dourados...

Abramoffpara brasileiros

Vocês devemter lidona mídia brasileira que o caso das verbasilegaisdo lobistaJack Abramoff é “um escândalo republicano”, que a investigação vai arrasaro baseparlamentar de George W. Bush etc. e tal. Tudo besteira.

O noticiáriointernacional que se publica noBrasil copia servilmenteoNew YorkTimes,oWashingtonPost,aReutersedemaisfontesda“grande mídia” americana, mas o fato é que essa mídia, vista desde aí, fica bem maior que aqui. O NY Times,aos domingos,picode vendas, tira pouco mais de um milhão de exemplares. Que é isso, perto dos 38 milhões de ouvintes diários do conservador Rush Limbaugh?Sevocê somarasplatéiasdeLimbaugh comasdeoutroscomentaristas conservadoresde sucesso, comooeleganteBillO’Reilly,ouo explosivo MichaelSavage, mais ascolunas semanais de articulistas de direita distribuídosacentenasdejornais,como as de David Horowitz, Don Feder, Thomas Sowell, Ann Coulter, verá que, nadisputa de público, a “grande mídia” é titicadegalinha (semcontaro fato deque acredibilidade dos jornalõesestámuito baixaentre seus próprios leitores, não passa de 30 por cento). Por isso ela pode mentir à vontade, e quanto mais impopular mais mente, em puro desespero, em puraapelação.É ocrepúsculo dos ídolos. Berrandoe apanhando.Aqui todomundosabeque as coisassão assim. O pessoal só lê esses jornais para saberqualaopiniãodosdemocratas,nãoaverdadedoqueestá acontecendo. Quem quer a verdade compara o jornalismo deesquerda comode direitae tira suas próprias conclusões. Oproblema éque noBrasil (1) a mídia esquerdista chique americanaaindatem prestígio,o pessoaldas redações acreditamesmoque o NY Times seja umafonte confiável; (2)nãoexiste aínenhumRush Limbaugh; o jornalismo de di-

reitaé raquítico.Resultado: Tudooque noBrasilseaceita como verdadefactual sobre a política dos EUA é apenas a versão esquerdista, conscientementedeformada,conscientemente militantee cada vez mais fanática, cadavez mais descarada. Onoticiáriosobreo caso Abramoff é um exemplo típico. Aqui os republicanos riem quando lêem que o escândalo é parao ladodeles. Riemporque conhecem a lista dos políticos de oposição que embolsaram dinheiro domega-vigarista. Nadamenos denoventa por cento dos senadores democratas estão nela (v. a lista inteira em http://www.newsm ax . co m/ a rc h iv es / ic / 2006/1/6/100900.shtml). John Kerry, por exemplo,levou cem mildólares. Hillary Clinton, mais modestamente, doze mil. Eassimpor diante.Quandoligarem o ventilador judicial, o grossodasustânciafecalvaiparaesselado. Osdemocratassó estão fazendoonda na mídia. NahoraH,terãodeescolherentre a pizzaria e acadeia. Ninguémna própriaesquerdaignoraisso,masparaqueestragar prematuramenteum prazer que,pornatureza,jáestácondenado a ser breve?

É por essas coisas que, quandooNYTimesalardeiaaqueda depopularidadedopresidente, jamaisacomparacom asua própria,paranão admitirovexame. Bush, no ponto mais baixo, aindatinha mais credibilidade do que todaa grande mídia americana somada. Infelizmente, noBrasil, ninguém tem a menor idéia disso. OsEUA quese vêem daísó existemnaimaginação esquerdista. São uma entidade fantasmafabricadapela esquerda americana para consumo próprio, e que acaba sendo maisconsumida noTerceiro Mundodoque aqui,comotodo produto americano que o mercado interno rejeita como demodé.

Duas estratégias

Há hoje emdia pelo menos duas maneiras de inserir um

país do TerceiroMundo na estratégia comunista internacional. A primeira é usar os instrumentos clássicosdopopulismo radical, declarando guerraàiniciativaprivadaeao capitalestrangeiro.Asegunda é transferir a guerra do campo econômico para o cultural e jurídico, anestesiando os investidores internacionais por meio de umapolíticaeconômica maisou menos“ortodoxa”eassimganhartempopara irminandoascrençastradicionais do povo e implantando discretamente,em lugardelas, novas leis e costumes “politicamentecorretos” que, no prazodevido, acabarãoinevitavelmente rendendo frutos aindamais explosivosque qualquer espalhafato“antiimperialista” de Hugo Chávez e Evo Morales. Qualquerprofissional do comunismo que tenha alguma competênciae seriedadesabe quenão fazsentidopreferir uma via ou a outra. A escolha não depende de preferências individuais, mas da sábia adaptação às circunstâncias, mudando derumo quantas vezes seja necessário para desorientar as vítimas e, no conjunto, fazer avançar o processo de maneira irreversível. Ter não uma, mas duas estratégias alternadasou combinadas é, aliás, o mínimo que se poderia esperardecérebros versados nadialética deMarx, onde a revolução avança por meio da administração inteligente das contradições. NoBrasil, asduas estratégias citadas correspondem à via petistaoriginária eà via tucana. Por ter sido eleito paraimplantar aprimeira edepoisadotado asegunda, osr. LuísInácio Lula da Silva é chamado detraidorpela massa ignara. Nos altos círculos do Forode São Paulo, Fidel Castro e HugoChávez riem dessa indignação histéricaporque sabem queLula nuncafoi tãofiel àestratégia global do movimento. A duplicidade de vias permite que,nas horasde aperto, a esquerda tire proveito publicitário até de seus próprios cri-

mese desvarios.Quandoalgum corruptode esquerda é pego em flagrante, basta acusá-lo de traidor, de vendido para a direita, mesmo quando ele nãotenha roubadopara si próprioe simpara oesquema partidário, oqueé precisamente ocasodoMensalão.O FórumSocialBrasileiro,quese anuncia para breve, está programado exatamentepara esse fim: capitalizar a roubalheira petista, explicando-a retroativamente como delito de “neoliberalismo”...

Outro exemplo: a esquerda americana envia à Amazônia uns “missionários”do Conselho Mundial das Igrejas parafomentarentre osíndios ambiçõespoliticamente corretíssimas de “nações indígenas” independentes,enquanto a esquerda brasileira, explorandoa ignorâncianacionalde queessa entidadeé pró-comunista,aproveita o caso para denunciar o “imperialismo americano”. Mais caracteristicamente ainda, presidentes americanos notoriamente pró-esquedistascomo Jimmy Carter e Bill Clintonincentivam adestruição dasforças armadaslatino-americanas, último baluarte deresistência anticomunista no continente, enquanto agitadores locais se infiltram nasacademias militares e em think tanks como a Escola Superior de Guerra para incitar naoficialidade, com base nisso, o ódio anti-americano.A operaçãocompleta-se quando em seguida aparecem líderes tradicionais da esquerdaafagandoos militareseinsinuandoque estána horade “superarvelhos ressentimentos”eunir-se “contraoinimigo da pátria”. Multiplicados ad infinitum, ardis como esse acabamnão apenas surtindo efeito, mas consolidando-se comoesquemas deraciocíniopadronizados, que proliferam espontanemente e se adaptam por automatismoa mileumacircunstâncias diversas. Para militantes comunistas tarimbados,essasoperaçõessãopura rotina.

Nicolas Vial/Corbis

OPINIÃO

LENTEDE AUMENTO A POLÍTICA FISCALEM 2006

noticiário das

Oúltimas semanas tem estado repleto de notícias sobre a intenção do governo de aumentar gastos em 2006. Ao que tudo indica, vivenciaremos, neste ano, um típico ciclo fiscal de vésperas de eleição. Quais as conseqüências de uma expansão fiscal em 2006?

Como reagirão a política monetária e o crescimento frente a um aumento de gastos?

Começando pelos dados largamente veiculados na imprensa, é importante notar que a somatória de R$ 14 bilhões de investimentos, orçados para 2006, cerca de R$ 13 bilhões em restos a pagar, reajuste de 7,0% da tabela do Imposto de Renda Pessoa

Tudoapontaparaum relaxamentoda políticafiscal. Masoinstintode sobrevivência políticapodeimpedir umafarrafiscal.

Física, e aumento do salário mínimo para R$ 350 delineiam um quadro incompatível com a meta de superávit primário. Isto porque nossa conhecida rigidez orçamentária impossibilita compensar gastos em outras áreas, além de ser virtualmente impossível, felizmente, que sejam aprovados novos aumentos de impostos neste ano.

A primeira pergunta fundamental é: o governo descumprirá a meta de superávit primário de 4,25% do PIB em 2006? A resposta parece não. O mais provável é que as despesas de investimento, ao fim e ao cabo, não cresçam tanto. O próprio cálculo político é que nos leva a tal conclusão, visto que se a sociedade e os mercados perceberem que a expansão fiscal ultrapassará o limite do aceitável, reduzir-se-ão as chances de reeleição do presidente Lula. Ampliação dos gastos

públicos, a partir de patamar já elevado, é seguramente prejudicial para o crescimento de longo prazo da economia. No entanto, é provável que um aumento dos gastos do governo impulsione, via canais keynesianos tradicionais, a economia brasileira no curto prazo, ou seja, em 2006. O importante, contudo, é notar que tais aumentos “aquecem” a economia via impulso de demanda agregada. Os benefícios sobre a atividade são, portanto, temporários. O ideal seria que a demanda privada sob a forma de investimento, consumo e exportações líquidas fossem os fatores de “preenchimento” deste hiato, e não os gastos do governo. No entanto, em termos de pressão sobre a inflação, o que importa é a demanda como um todo, e não sua “qualidade”. Em resumo, tudo aponta para um relaxamento da política fiscal em 2006. Cremos, entretanto, que o instinto de sobrevivência política do Presidente impeça a instalação de uma farra fiscal e, portanto, ainda não temos base para duvidar do cumprimento da meta de superávit primário de 4,25%.

Maquiavel e o salário

AJOÃODE SCANTIMBURGO O GOVERNOEM CAMPANHA

Quem encerra nas mãos o poder usao numa campanha eleitoral, e tem usado e usará sempre enquanto não houver uma sanção eficaz, de lei dura, contra quem assim procede, com vantagens sobre o concorrente.

mínimo

OBERTO FENDT

seus empregados, acrescido de todos os tributos eencargos.Umaempresaformalsóiráempregar alguémseovalor daprodutividadedotrabalho dessa pessoapelo menosigualar osalário mínimo. Caso contrário, não contratará.

Domingos Vice-Pres dentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotai Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Finalmente, apesar do sinal implícito na idéia de aumentar gastos ser ruim para o País, não parece que um relaxamento “controlado” do aperto fiscal impedirá a Selic de continuar declinando ao longo do primeiro semestre do ano, dada a ociosidade de fatores de produção hoje vigente na economia. TRECHOSDOEDITORIALDA MCMCONSULTORESASSOCIADOS WWW MCM-MCM COM BR Fundado em 1º de julho de 1924

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio, LúciaHelena de Camargo,MárciaRodrigues,NeideMartingo,PatríciaBüll,Paula

verdadeira liberalidade consiste em sersovina comoque éseue emser generoso com o que pertence aos outros,escreveu Maquiavel no Príncipe. O conselho se aplica como uma luva a alguns líderes sindicais e ministros atuais, para não dizer ao senhor Presidente, quando todos prometemreajustesgenerososdosalário mínimo. Ora,o salárioéum preço– opreçopelo usodo trabalho.Emqualquersociedadeháduas formas de determinar os preços.No limite, ou um sábio onisciente fixa todos os preços ou essa incumbência fica com as forças impessoais da demanda e da oferta no mercado.

Umexemplodoprimeirocaso:estiveem1989 naentãoUniãoSoviética. Haviafilaparatudo. Um dia, no hotel, comi um bolo diferente, muito gostoso. Perguntei de que era feito. Não lembro mais dos ingredientes, exceto que levava um kopek (centavo derublo) defarinha. Issomesmo: não se dizia meio quilo de farinha, se dizia meio kopek, porque desde 1917, meio quilo de farinha custava um kopek. E esse foi o preço por mais de 70 anos na URSS. É claro que nos anos de quebra de safra não havia farinha para todos. Alguns ficavam sem farinha, já que o preço não servia de mecanismo de racionamento da escassez. Nomercado detrabalho ocorre o mesmo, quando opreço (salário)deixa derefletir ovalor da produtividade do trabalho. O salário mínimo é o pisoque uma empresa formalpode pagar a

Como o senhor Presidente, que prometeu dobrar o valor do salário mínimo durante o seu mandato, os líderes sindicais e os ministros não vão meter a mão nobolso para pagar o reajuste do saláriomínimo, é fácildiscutir se onovo valordeveserde350,360ou400reaismensais.Nenhum desses heróis contribuiu para aumentar a produtividadedotrabalhona proporçãoem que discutem o reajuste do salário mínimo.

Se a vida da demagogia é fácil, não é fácil avida dotrabalhador menosqualificado, cujovalor daprodutividade doseu trabalho é inferior ao do salário mínimo acrescidodosencargos. Teráqueprocurarum "biscate"nomercado informaldetrabalho,onde já labuta mais da metade da força de trabalho brasileira. O mesmo se aplica à legião de empregados domésticos: ou vai faltar emprego para toda essa gente, ou simplesmente o novo salário mínimo não vai "pegar".

Enquanto isso, alguns sábios em Brasília continuamasearvorarpoderesde fixarimpunemente o preço dotrabalho de menor qualificação, com enorme generosidade, como diria Maquiavel, já que quem vai pagar são "os outros".

Maior que Mussolini, maior que Hitler

CÂNDIDO PRUNES

Osgovernantes brasileiroshámuito perceberam asvantagens de ter a classe artística a seu favor. Contar coma simpatiadeatores,cantores, compositores, pintores eescritores é extremamenteútil emvárias situações.Aprimeira,e mais óbvia, é duranteas campanhas eleitorais. A declaração de voto deum artista pode assegurar a eleição. Mas há também outra circunstância emque o apoiodo beautiful people é fundamental:quandoa popularidade de um governo ficaameaçada pela mediocridade,arbítrio,ou corrupção,a classeartísticaé peça essencial paraconvencer aopinião públicasobreobrilhantismo,a justezaeacorreçãode quem ocupa o poder. Por isso, ao longo dos anos, foram criados muitos mecanismos para que legalmente os governantes possam transferir recursos do contribuinte para a classe artística. Leis de incentivo à chamada“cultura” inserem-senesseconceito. As empresas podem destinar parte do que seria pago a título de impostos para iniciativas de natureza cultural. Apesar de diminuir a arrecadação, em tese a sociedade receberia em troca o benefíciodeum “investimentosocial”ou“cultural”.Osgovernantes sabem que éatravésdas empresas estatais que os cofres públicos podem ser abertos com maior generosidade a “iniciativas artísticas” em troca de apoio, complacência

ou mesmo de um útil silêncio. Mas a renúncia fiscal nãoé o únicoinstrumento. Os próprios ministérios, em especial o da Cultura, existem para financiar projetos, quando não, contratar diretamente artistas. Ou então indiretamente, através de publicidade governamental veiculada em jornais, revistas, cartazes, rádio ou televisão.

Getúlio Vargas foi o primeiro presidente a empregar em larga escala essa estratégia.Desde suachegada ao poder, em 1930, ele tratou o mecenato estatal com o maior cuidado. Concedeu todo tipodevantagemou benessepossívelàclasse artística, inclusive sua presença até em teatro de “rebolado”.Tantoque, em plena ditadurado Estado Novo, o ator Reis e Silva foi capaz de escrever,no jornal Correio daNoite,a seguintefrase: “Para mim o Sr. Getúlio Vargas é o maior homem do mundo. Maior que Mussolini, maior que Hitler!” É importante, pois, que o eleitor se lembre de Reis eSilva em2006 todavez emque olharou assistir a alguma propaganda eleitoral feita por cantor, ator, escritor, etc. O dinheiro estatal costuma comprometer a capacidade de julgamento da classe artística.

CÂNDIDOPRUNES

ÉVICE-PRESIDENTEDOINSTITUTOLIBERAL

Esse é o momento que os teólogos chamam, com lógica implacável, de ocasião próxima do pecado O presidente Lula não é o primeiro e não será o último dos detentores do poder a dele se aproveitar para fazer campanha eleitoral e reeleger-se. Mas é a primeira vez que disputa uma reeleição na plenitude do uso de seu enorme poder. Por esse motivo, a diferença entre o titular no posto e outro candidato sem estas atribuições, que defendemos a tese da extinção do direito reeleitoral, do qual se valeu pela primeira vez na nossa história o expresidente Fernando Henrique Cardoso.

Lulanãoéo primeiroenãoserá oúltimodos detentoresdopoder aaproveitar efazercampanha parareeleger-se

Se fôssemos americanos estaríamos de acordo com a reeleição, pois nos Estados Unidos as leis vigentes são eficazes. Em outros países, como a França, Alemanha, para citar apenas dois, as leis são severas, ao passo que no Brasil elas são frágeis, favorecendo candidatos como o presidente Lula, enquanto seu adversário ficará na planície, contando unicamente com os seus méritos e sua posição na opinião pública.

Areeleição se justifica ao permitir ao titular que se reelege um longo governo de oito anos. Não foi o caso do governo anterior e não seria o do atual, com dois períodos de quatro anos e suas referidas limitações. Verificou-se, pois, na experiência anterior, que ela não correspondeu ao propalado em governo e em comícios, que o titular do posto tem a seu favor oito anos para desenvolver um plano de desenvolvimento sustentado, do qual muito necessitamos.

Em suma, o governo está em campanha por assim o permitir a legislação eleitoral em vigor. Mas, reitero que sou contra a reeleição no atual regime presidencialista.

Céllus

Leão faminto: R$ 2,32 bi por dia

O Impostômetro da

Alckmin planta acordo com PMDB

Em campanha, o governador Alckmin dialoga com o PMDB. E também planta muda no parque Villa-Lobos. Página 3

De olhos em você, sem piscar

Um Big Brother São Paulo está em estudo. DCidade/7 e 8

Chile elege a sua primeira presidenta

Página 6

Lula entra em campo com o FMI (de novo)

Lula ficou no banco de reservas na pelada de ontem (foto), mas hoje está escalado para falar sobre o fim da dívida com o FMI, em cadeia nacional, por 9 minutos. Pág. 4

Palmeiras,

de virada. E goleada do Corinthians

Corrêa (foto) comemora gol que fez no 2 a 1 do Palmeiras (líder do Paulista) contra o Marília. E o Corinthians espantou a crise com goleada de 5 a 1 contra a Portuguesa Santista. O campeonato continua no meio da semana com a estréia do São Paulo. DC Esporte

Ueslei Marcelino/Folha Imagem
Renato Stockler/Folha Imagem
Paulo Pinto/AE
Patrícia Cruz/Luz
Alex Ribeiro/DC

Instituições elaboram projetos de instalação de câmeras nas ruas para tentar coibir crimes e resolver conflitos.

Especialistas concordam que o equipamento auxilia a segurança, mas alertam: a legislação que protege a privacidade deve ser respeitada.

Tiros,bombaevideota-

pe. A onda de ataques desencadeada contra a Polícia Militar na semana passada e a explosão de umabomba narua25 deMarço, no fim de 2005, trouxeram novamente à tona o debate sobre omonitoramento por câmeras desegurançanacidadecomoformadecoibirou apurar os atos de violência. O assunto é tema de projetos da Prefeitura e também da Polícia, que estudamautilização dosequipamentoscomo alternativa para melhorar a segurança. Na zona suldacidade,o monitoramentoéestudadocomomedida pararesolverconflitos entremoradores e travestis.

Naúltimaquarta-feira, umacâmerainstalada em um prédio nobairro Saúde, na zona sul, ajudou nas investigações do assassinato do policial Hélio Ramos da Silva, de 49 anos, por uma

polícia, que tambémtem acessoà redeprivadadecâmeras. "Na Inglaterra, aconteceram aproximadamente 600 assassinatos em um ano. O Brasilé um dos três países mais violentos do mundo, com 50 mil assassinatos por ano", comparou. Para o pesquisador,ainstalaçãode câmeras tem de estar integrada a um sistema de monitoramento,de inteligência ede alarme paracertas situações programadas. "O alarme poderia disparar quando umapessoa seaproximasse deoutra, quandocair oufizer movimentosbruscos",afirmou.Outro critérioqueocoronelcitaéainstalaçãodos equipamentos em locaisque concentram alta incidência de criminalidade. Emboraa câmera seja um instrumento útil para a polícia, José Vicente destaca que esteé apenasumitemdentro deoutrasmedidas quedeveriam sertomadaspelas autoridades para melhorar o trabalho da polícia, da justiça e do sistema prisional. "Há deficiências em todos os pontos. Um exemplo é o Código de Processo Penal, de 1941, que permite a um criminoso pelomenos40oportunidades deescapardapri-

dupla de motoqueiros. O policial levou tiros na cabeça epescoçoemorreuantesdechegarao pronto-socorro doHospital doJabaquara. "As imagens nãotêm muita definição eserão tratadas no Instituto de Criminalística", informou o delegado Luiz Antonio Ribeiro Longo, do 35º Distrito Policial (Jabaquara). A partir da gravação, quatro suspeitos foram detidos,mas nenhumdeles foi reconhecido por testemunhas do assassinato.

O aumento da segurança na cidade de São Paulo é o principal motivo para a instalação decâmeras nasruas. AGuarda Civil Metropolitana estudaomonitoramento de algumas vias da capital, mas ainda não divulgou os detalhes do projeto, que será feito emconjuntocomaPolíciaMilitar.Aintençãode instalar ascâmeras foi divulgadapelo Subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, depois da explosãode umabombacaseiracolocada emumalixeira na rua 25 de março, no Centro de São Paulo, no dia 23 de dezembro.

A principal dificuldade na viabilização desses projetos é o custo financeiro, já que exige o envolvimento de pessoas no monitoramento. Para seter umaidéia, aCompanhia deEngenharia de Tráfego (CET) investeem torno de R$ 80 mil para comprar e instalar uma câmera nova, poste, fibra ótica e rede de dutos.

Segurança - Para oCoronel da reserva da Polícia Militar de SãoPauloe pesquisador do Instituto Fernand Braudel de EconomiaMundial, José Vicente da Silva Filho, a instalação de câmeras pela esfera pública permitiria auxiliar o trabalho dapolícia naidentificação doscriminosos,e principalmente, daquelesque atentamcontrao patrimônio, nas ruas centrais e comerciais. "A ação criminosa sempre é planejada eo bandidoprefere locais vulneráveis, onde há maisoportunidadedecometer o crime", disse.

Ocoronelilustraessa afirmaçãocomaexperiência de Londres,onde ascâmeras, alémdeprevenirataquesterroristas, também flagram crimes comuns e ajudam o trabalho da

Câmera instalada em trecho da rua Boa Vista, no Centro (acima). Na foto ao lado, a sala de controle do sistema de monitoramento da CET.

soas na cidade, e atuacomo uma ferramenta na resolução de conflitos.

Este é ocaso dos moradores que fazem parte da Sociedade Amigos de Cidade Jardim, bairronobre dazona sul de São Paulo, que querem coibir a prostituição na avenida Lineu de Paula Machado (em frente ao Jóquei Clube deSãoPaulo),comuma estratégiapolêmica: instalar quatro câmeras de monitoramento que registrarãoasplacasdoscarros quepararem para solicitar serviços de travestis e prostitutas. A idéia é divulgar as imagens em um site na Internet. "Constantemente sofremos o constrangimentodeterpessoasdesnudasnaportadecasa, que ainda usam osnossos jardins como banheiro",justificouo diretordaSociedadeAmigos da Cidade Jardim, Eduardo Resstom. Parceria – Oprojetoestásendo realizadoem conjunto com o Jóquei Clube de São Paulo e também prevê a instalação de duas câmeras na rua Tajurá e uma na cabeceira da ponte Bernardo Goldfarbcom avenidaEusébio Matoso, namarginalPinheiros. Ainiciativa tem um custo de R$ 120 mil, valor que seria rateadoentreos moradores,ojóqueieum investidor da iniciativaprivada. O objetivo,alémdetentar espantaraprostituiçãodo bairro é tambémaumentar asegurança na região, já que as câmeras seriam monitoradas por um postopolicial. "Pedimosà Prefeitura para instalar placas proibindoo estacionamento de carrosnaavenida.Os veículosquepararemterão as placas registradas pelas câmeras e, com isso, serão multados", disse Resstom.

são, desde que tenhaum advogado. Além disso, o Brasil é o único país a ter duas polícias, com dois critérios, e isso atrapalha o processo de prevenção e de controle da criminalidade", disse. Realidade –ParaogeógrafodaUniversidade de São Paulo (USP) Wagner Costa Ribeiro a instalação de câmeras segue o critério da realidade deviolênciaquecada paísvive."EmLondres, onde aviolência afetaa coletividade,o estado instalaas câmeraseoclima édemilitarização urbana. No caso brasileiro, a segurança acabaficando nasmãosdosindivíduos", comparou.Embora nãohaja ataquesterroristas no País, Wagner também observa traços demilitarização davida cotidiana, nas situações mais singelas. "Aqui as pessoas aceitam serem revistadas na porta dobanco. Emtroca deuma aparentesegurança, asociedadeestáse deixandopassar por situações vexatórias", ressaltou. Na opinião do especialista, as câmeras resolvem o problema da segurança apenas no imaginário das pessoas. "Mas ocidadão não estará seguro, só se sentiráprotegido.Elepode sofrerumassalto mesmo sob as lentes da câmera", afirmou. Conflitos –A tendênciade monitoramento das ruas também acompanha outro fenômeno social: o dafalta de compreensão entreas pes-

A Subprefeitura do Butantã informou que ainda não recebeu o projeto da Sociedade Amigos de Cidade Jardim . Assim que chegar, a propostadeverá passarpor umaanálise técnicae jurídica."Comos travestisnãohánegociação. Elesnãoqueremsair destaavenidaporqueganhammuitodinheirodosclientes, pessoasde alto poder aquisitivo. Queremos que estas pessoas mudem de lugar", concluiu o diretor. Mesmoconsiderando asituação expostapor Resstom de difícil julgamento,a professora ti-

tular dafaculdade e da pós-graduação em psicologiaclínica da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Marlise Bassani, considera importante que os relacionamentos entre pessoas da mesma comunidadesejam resolvidoscom regulamentos comuns ediálogos."É importante envolver acomunidade na discussão desses problemas", afirmou. Privacidade – Adifusão decâmeras demonitoramento nacidade develevar emconsideraçãoo direitodeir evir eodireito deimagem. O projetoem estudo naCidade Jardim,na opinião do conselheiro daOrdem dos Advogados do Brasil (OAB/SP), Carlos Maluf Sanseverino, entra em conflito coma Constituição. "Uma situação é colocar a câmera na porta de casa e ver quem está entrando na propriedade. Outra é divulgarimagens deuma ruanaInternet. Apessoaqueexpõeimagensque trazemum dado privativo e particular pode estar incorrendo em crime de direito de imagem", afirmou. Segundo Sanseverino,a sociedade sempre deve ser alertada quando exposta às câmeras de segurança. "Nonosso entender, a violação à Constituição ocorre quando há gravação escondida, sem aviso", disse. Embora aprivacidade seja um direitodo cidadãoefaçapartedapolíticadeatuaçãodaCET no uso de câmerasno trânsito, podem ocorrer exceções. Um caso cômico ocorreu quando a câmera flagrou um casal fazendo sexo no interior de um veículo estacionado dentro de um túnel. "Comoocarroficouum tempoláeestavaatrapalhando o trânsito tivemos que dar o zoom para saber o que acontecia. Avisamos os técnicos de campo e uma viatura foiao local. Este foi o único caso anormal, pois orientamos os funcionáriosa tercuidado nahora degirar acâmera, que tem uma definição ótima", explicou o coordenador do Departamento de Controle de Semáforos 1 da CET, Ager Pereira Gomes.

Patrícia Cruz/Luz
Rejane Tamoto
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ALMANAQUE

OS 100 ANOS DO CAMPEONATO CARIOCA

UH/Arquivo do Estado de São Paulo

Começou no final de semana a edição de 100 anos do CampeonatoCarioca, disputado pela primeira vez em 1906. Acima, os vascaínos Wálter Marciano, Laerte e Orlandoaparecem novestiário apósaconquista dotítulodocinqüentenário dacompetição,em 1956. O Vasco já havia sidocampeãocomuma rodadadeantecipação, ao derrotar o Bangu por 2 a 1. No dia desta foto, 23 de dezembro de 1956,pela última rodada do campeonato, o campeão apenas empatou com o Olaria: 1 a 1. 0

SEIS EQUIPES NA PRIMEIRA DISPUTA

Terceirocampeonato aserdisputadonoBrasil (depois apenasdo Paulista,de 1902,edo Baiano,de 1905), o Carioca começou no dia 3 de maio de 1906, com um jogo entre Fluminense e Paysandu, no antigo campo Guanabara. O Tricolor goleoupor 7a1,gols deHorácio Costa Santos(três),Emílio Etchegaray (dois),Edwin Cox(um) eW. Murray (contra). C. Hargreaves fez o gol do Paysandu. Daquela primeira edição participaramtambém Rio Cricket,Botafogo, Bangu e Football & Athletic. 0

FLUMINENSE, O CLUBE MAIS VEZES CAMPEÃO

O primeiro CampeonatoCarioca foi vencido pelo Fluminense, que também éo atualcampeão estadual e o clube com maior número de conquistas:30. Em seguida, vêmoFlamengo,com28campeonatos; o Vasco, com 22; e o Botafogo, com 17. O América ganhou sete vezes otítulodecampeão carioca,a última delasem1960. O Bangu, atualmente nasegunda divisão, foi duas vezes campeão, em 1933 e 1966.O São Cristóvão uma, em 1926, e o extinto Paysandu outra, em 1912. 0

"Os teamsalmejavam mais alguma coisa do que uma simples vitória, porque visavam a conquista daTaçaColombo, prêmio do Campeonato do Rio de Janeiro." (AGazeta, sobre o primeiro jogo do Carioca.)

Alguns campeonatos estaduais pelopaís resgataramneste anoo TorneioInício, competição em que todos os times do campeonato se enfrentam em jogos eliminatórios, apurando-se um campeão no mesmo dia e local.

Na semana passada, no Amazonas, quem ficoucom o título do Torneio Início foi o Fast. Ontem, em Minas, o campeão doTorneio IníciofoioDemocrata de Sete Lagoas.

A partir de hoje, os corintianos ganhamumespaçoparavercercade 500 objetos ligados à história do clube e rever 300 horas de jogos e golshistóricos: aChopperiaEstádio eMuseuPreto &Branco,na Rua Coelho Lisboa, 247, Tatuapé.

São Paulo, sob nova direção

Com Muricy Ramalho, o campeão do mundo abre luta pelo bi paulista.

Página 2

Barcelona, incomparável

Ronaldinho e companhia fazem a melhor campanha da história.

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O VELHO PALMEIRAS

Foicomo em 2005. Ou mesmo como já havia acontecido narodada de abertura do Campeonato Paulista, na quintafeira, quando, a despeito de ter contratado meio time para este ano,o Palmeirasprecisoudos gols de dois velhos conhecidos (oszagueiros DanieleGamarra) para vencer o Ituano,no Parque Antarctica,devirada, por 2 a 1.

Ontem, em Marília, uma vez maisfoi oadversário doAlviverde que saiu na frente,com umgoldo lateralBruno,um ex-palmeirense, aos43minutos do primeiro tempo. Até ali, fazia-se justiça ao melhor futeboldo Marília apartir dos 10 minutos de jogo. Uma situação que só mudaria no intervalo. Na voltapara osegundo tempo, Leão colocouCorrêa e Ricardinhonos lugares de Amaral e Cristian.Paulo Baier foipara alateraleteve maisliberdadepara criare oPalmeiras passou a dominar o jogo. Primeiro,Corrêa, defalta,empatouapartida,aos21.Depois, Washington (que também haviaentrado no segundotempo,no lugarde Edmundo),virou para 2 a 1,aos 30, após assistência de Ricardinho.

“Como estamosno inícioda temporada, há apreocupação grande com odesgastefísico, porissoo timeprecisa usar mais a cabeça queos pés e não correr desnecessariamente”, avisouLeão.Ele gostoutanto docomportamento da equipe no segundo tempo quepode manteraformaçãocomtrêsza-

Com gols de Corrêa e Washington — dois jogadores do time do ano passado, que ontem começaram no banco —, Palmeiras vira o jogo em Marília e chega à liderança, com duas vitórias nos dois primeiros jogos

gueiros, comMarcinho jogandocomo falso defensor, liberandoos lateraisPaulo Baiere Lúcio para atacar, no jogo contra o São Bento, quarta-feira, às 20h30, no Parque Antarctica. “Quando jogamos assim, o Lúcioencostouno Brunoenãoo deixou mais jogar, e o Danilo não teve liberdade para sair”, exemplifica.“Éuma tática realmenteinteressante, aser estudada.” O atacante Edmundo foi substituído pela segunda vez por Washington — já havia saídode camponos 2a1 sobreo Ituano —,mas ainda temcrédito comLeão.“Eleestábuscando o seuespaço, procurando o melhor posicionamento”, observouo técnico.“Quando seencontrar, vaiser muitoútil para oPalmeiras.”O jogador reconhece queestá longe do ideal: “Nesse momento, temos de superarasdificuldades de entrosamento e falta de preparo físico. O importante é que os resultados estão aparecendo”.

Goleada. E ainda falta Tevez.

D epois daderrota por 1a 0 na quarta-feira, na estréia contra o Noroeste, em Bauru, e do resto de semana tumultuado em que Tevez pediu (e ganhou) dispensa para viajar à Argentina, esperava-se um Corinthiansdiferente paraenfrentar aPortuguesaSantista, ontem, no Pacaembu. Mesmo sem seu melhorjogador, a equipe pressionou o adversário desde o início. Com oito minutos dejogo, jáhavia perdido um pênalticom Carlos Alberto (que chutou fora) e feito doisgols,com Rafael Moura, osubstituto deTevez, aos 6, e Nilmar, aos 8. Além disso, aindanoprimeirotempo,

Rafael Moura acertou a trave, Nilmarerrou uma finalização na carade Ronaldo e Marcelo Mattos tentou chutar a gol de vários pontos do campo,sem sucesso.A PortuguesaSantista só descontariaaos 46 minutos, com o grandalhão Lincoln, de cabeça.

Nointervalo,Carlos Alberto, machucado, deu lugar a Élton,e ojogadorde apenas1,56 metro dealtura nãodesperdiçou a chance.No primeiro minuto, inicioua jogada que resultou no segundogol de Nilmar. Aos 41, Élton ampliou para 4 a 1. Aos 45, Nilmar fechou o placar, aplicando um chapéu no zagueiro Acciolyantes de

bater com estilo.“Foibonito aquele gol, né?!”, comentou no vestiário o jogador, que com os três golsmarcados ontemtornou-seo artilheiroisolado do Campeonato Paulista. “Eu estava mesmoprecisando marcar. Mas foi boa essa goleada parao timevoltaraganhar confiança.”

Nilmar fez três, Élton um e o Corinthians chegou aos 5 a 1 contra a Santista

Novo Santos mostra sua cara

Na vitória por 2 a 0 sobre o Mogi,meio time não estava entre os titulares em 2005

Noroeste também é líder, ao lado do Palmeiras

Dois jogos, duas vitórias, com 100% dos pontos conquistados. Das 20 equipes que disputam o Campeonato Paulista,apenas duas podem se orgulhardessa campanha.Uma é o Palmeiras. A outra, o Noroeste. Os números da equipe de Bauru, aliás, são rigorosamenteiguais aosdo time do Parque Antarctica, que marcou quatro gols e sofreu dois.

Fábio Costa, Neto,Luís Alberto, Manzure Kléber; Fabinho, Maldonado, Wendel (depoisCléber Pernambucano) e Luciano Henrique(depois RodrigoTabata); Jonas e Geílson (Reinaldo). Do time do Santos que enfrentou e venceu o Mogi Mirim por 2 a 0, ontem, na Vila Belmiro, mais da metade dos jogadores não estava entre os titulares em 2005, incluindo-se nessa relação o técnico Vanderlei Luxemburgo. Uma mudança que começoua sedesenharna quinta-feira,no empateem 1a 1com oSãoBento, emSorocaba, e se aprofundou ainda mais no sábado, com as dispensas de Giovanni, Luizão e Cláudio Pitbull.“Estamos vivendoum momento difícil. Foi necessário o afastamentode três jogadores etomamos essadecisão difícil,masimportante para o Santos. Agora, vamos em frente”, justificou o técnico Vanderlei Luxemburgo.

Apesar de ainda ser um time em transição, sementrosamento e com muitos jogadores porestrear,oSantos mostrou algumas virtudes na vitória de ontem.

Oesquemacomtrês volantes (Fabinho, Maldonado e Wendel), por exemplo, deve dar maissegurançaàdefesa, principal ponto fraco do time no ano passado. O resultadode ontem, porém,deveu-semuito maisao desempenho de alguns jogadores, comoLucianoHenrique,o encarregadodesubstituirGiovanni,queàforça do conjunto. Aos15minutos,ele atuou como ponta. Driblou um zagueiroe cruzouparaa área. Geílsonnão completou, mas Wendelbotouopépara abrir o placar. Outro destaque foiKléber. Foi dele olançamento paraLuiz Albertomarcar o segundo, de cabeça, aos 7 do segundo tempo.

Celso Unzelte
Fotos: Paulo Pinto/AE
J. F. Diorio/AE
Ricardo Nogueira/AE

Apesar de ser consideradoum dos trunfosno monitoramentodo trânsitoda cidade, osistemada Companhia de Engenharia de Tráfego não tem nem 10 anos: foi instalado em 1997 e, apesar de novo, é o que está há mais tempo consolidado nas ruas dacidade. Na correria do trânsito e no meio dos congestionamentos, poucas pessoas percebem que estão sendo observadas. Nos principais cruzamentosda Capital existem 58 câmeras com zoom de alta definição e comcapacidaderotatória de 360graus.Nos túneis, são 73 câmeras.

O coordenador do Departamento de Controle de Semáforos 1 da CET, responsável pela área central, Ager Pereira Gomes, explicou que o sistema funciona24 horascom oobjetivo deverificar as condições de fluidez e possíveis interferências no trânsito,comoa ocorrência de acidentesouveículosquebrados.A cadaturno, um técnico monitora as câmeras enquanto outro é responsável pelos semáforos. "Se for detectado um problema no trânsito dealgumarua monitorada,os funcionárioscomunicam um técnico de campo que verifica o que está acontecendo", disse Ager.

Na concepçãoda CET,a principalvantagem nousodestesistemaé nãoprecisarterumtécnico em cada cruzamento. "É uma economia de pessoal", explicou o coordenador. Ager ressaltouque ascâmerasexercemafiscalização no trânsito apenas quando veículos estacionam emlocalproibidoourealizammanobrasilegais. "AscâmerasdaCETnão têm afinalidade de monitorar a segurança das pessoas, já que estão posicionadas para as vias", disse.

PREVENÇÃO

APrefeitura continua promovendo serviços de manutenção e limpeza em toda a cidade de São Paulo. O programa "Operação Verão 2006" será realizado até o dia 31 pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras e de Serviços, por intermédio das

No exterior – Omonitoramentoporcâmeras de segurança está cada vez mais incorporado ao dia-a-dia do brasileiro, embora não haja no País umsistematãoeficazcomo oqueexistenaInglaterra, por exemplo, ondemais de 2 milhões de câmeras registrama rotina da cidade.O sistema funciona como um "big brother" urbano e foiimplantado paraflagrar e coibirações de grupos terroristas.

Subprefeituras. A intenção é minimizar os transtornos provocados pelas chuvas neste período. Serão executados serviços de

limpeza de bocas-de-lobo, operações tapa-buraco, varrição, poda de árvores e corte de mato. Além da pintura de guias, sarjetas e postes e remoção de cartazes “lambe-lambe” de postes e muros. A operação está sendo realizada de terça a domingo, entre 8h e 18h. Nos fins de semana é realizado um grande mutirão envolvendo todas as subprefeituras.

Inspirados em Londres, os nova-iorquinos tambéminvestem em monitoramento por câmeras. Vera sociedadepor meiodas lentes,24 horas por dia, faz parte de uma "cameramania" difundidanessespaíses.No BlogBLDG (bldgblog.blogspot.com/2005/07/psyc ho v id eo g ra p hy -f o rt res s- u rb anism.html#113651659265899091),o artigo deGeoff Manaughchama ofenômeno de"psicovideografia",que seriaodesejode filmar cada centímetro do espaço urbano, como se a cidade fosse umsubset de filmagem. O investimentono sistema,segundoele, seriaum dos maioresdesde que osfilmes Hollywoodianos passaram a existir.

TRANSPORTE

Portadores de neoplasias malignas (tumores) em tratamento de quimioterapia, radioterapia ou cobaltoterapia e de insuficiência renal crônica que fazem hemodiálise até três vezes por semana agora terão gratuidade no sistema de trens metropolitanos, metrô e ônibus intermunicipais. Os interessados podem solicitar o benefício no posto de serviço da CPTM na estação Barra Funda, no posto da EMTU, na estação Jabaquara, e no posto da estação Tatuapé do Metrô. A gratuidade também poderá ser estendida a um acompanhante. A carteira de gratuidade vale por até dois anos e os bilhetes especiais devem ser revalidados a cada seis meses.

Câmeras da CET instaladas na avenida Paulista com o objetivo de auxiliar no controle do tráfego. Em alguns casos, o sistema pode flagrar infrações dos motoristas.

A cidade,que também foi vítima de ataques terroristas, estaria se tornando uma fortaleza urbana,paraEricLupton,dojornal The New York Times, citado no artigo. Manaugh diz que as câmeras trazem apenas uma segurança cognitiva. No site www.enjoy-surveillance.org/category/the-art-of-surveillance hátrabalhos efotos nosquais ascâmeras aparecem demaneiras e formasmais inusitadas.A maiscuriosaéa notícia deque dois cães da raça Pastor Alemão serão os novos recrutaspoliciais da cidadeNorthumbria (noroesteda Inglaterra).Eles usarãona cabeçacâmeras comluzes infravermelhas quetiram retratos de criminosos mesmo no escuro. (RT)

RUBÉOLA

Oestado de São Paulo registrou o menor índice de rubéola da história no ano passado. Foram 27 casos, contra 2.566 registrados em 2000. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os índices da doença festão caindo gradativamente. Em 2001, foram 1.490; em 2002, reduziram para 258; em 2003, 179; e em 2004, 129. Para controlar a doença, a secretaria disponibiliza a vacina contra a rubéola nos postos de saúde. A rubéola é uma doença contagiosa causada por vírus. A transmissão é por via oral. O período de incubação pode ser de até 20 dias e os sintomas mais freqüentes são febre, manchas vermelhas e ínguas no pescoço e na nuca.

EDUCAÇÃO

Apartir do dia 13 de fevereiro, 500 escolas estaduais de ensino fundamental terão aulas em período integral, das 7h às 16h. O projeto beneficiará mais de 138 mil alunos de 1ª a 8ª séries. Das 1.084 escolas estaduais da capital, apenas 61 unidades terão período integral nessa primeira fase do programa. O período integral funcionará em 216 municípios do estado, distribuídos em 87 diretorias de ensino. Pela manhã, acontederão as aulas previstas no currículo. À tarde, oficinas culturais, atividades esportivas, aulas de reforço, informática, leitura, práticas de educação ambiental e meditação. Serão servidas três refeições por dia aos alunos.

Ó RBITA
Luiz Prado/Luz

DÓLAR DESFAVORÁVEL DESANIMA EXPORTADORES

Fabricantes de balas, sucos e móveis apertam margens de lucro para evitar as perdas com as exportações. O ritmo de crescimento das vendas no mercado externo diminuiu e agora as empresas apostam em ações promocionais e parcerias com distribuidores e varejistas para impulsionar o consumo no País.

Oclima de euforia passou. A desvalorização do dólar frenteà moeda brasileira estáfazendo alguns empresários desistirem de exportar paraevitar prejuízos.A saída agora é voltar a apostar no mercado interno.

"As perdas com as exportaçõespassama comprometer o desempenho da empresa até no mercado interno", disse o fabricante das Balas Juquinha, Giulio Sofio.

O empresáriocontou que, até junho de 2005, a empresa produziacerca de 7 mil quilos de bala e 6 mil quilos de pirulito por dia, dosquaismetadeseguia para 47 países, como África do Sul,Estados Unidose Austrália. "Delá para cá,as exportações cessaram. Tive que demitirpartedo quadrode funcionários", lamentou.

Segundo Sofio, a queda do dólar somada à falta de ética de algunsconcorrentes, quevendem produtos sem emitir nota fiscal, são fatais para o setor. "Nossa estratégia é atuar mais fortemente no varejo, para tentar compensar as perdas sofridas com as exportações, mas o problema é que o mercado nacional está estagnado", disse. Sem amargar fortes prejuízos, já que a Erlan Balas e Bom-

bons cresceu7% em2005 eespera manter opercentual este ano, a diretoraRosalina Vilela afirmou que a situação para quem exporta também está complicada devido ao aumento exacerbadodo açúcar. "Exportamos para 15 países, que absorvem 30%de nossaprodução. Queremos manter nossa atuação e, ao mesmo tempo, impulsionaras vendas no mercadointernopara pequenos distribuidores", afirmou. SegundoRosalina, aempresareduziu amargem delucro em 6% em razão da alta no preço do açúcar e da queda do dólar. "Senãodiminuíssimosa margem em razão do aumento docustodamatéria-prima,poderíamos terumaqueda de 20%nasvendas", avaliou.O ideal,calculou Rosalina, seria queo dólar mantivesseuma cotação mínima de R$ 2,70. De acordo com dados da Associação Brasileirada Indústria de Chocolates,Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), 24% da produção do setor foi dirigida às exportaçõesno anopassado, crescendo aproximadamente 4% em relação a 2004. "Se nosso setorenfrenta dificuldades em comercializar produtos quecustam R$ 0,10, imagine os demais segmentos",

ressaltou Getúlio Ursulino Netto, presidente da Abicab. Freio demão – Por conta dessecenário cambialnebuloso,o sócioe diretordaCitro Cardilli ComércioImportação e Exportação, Valdemir Cardili, não tem investido no mercado externo. Fabricante do suco Citrus, a meta da empresa para este ano é fortalecer a marca no mercado interno ebuscar parcerias comoutrasempresas. "Temos projetos para exportar. Mas é a longo prazo. A estimativaserávender de10%a20% da nossa produção", disse. Para a diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagens (Abre),Luciana Pellegrino, mais importante que exportar émanteresforços para não perder os mercados jáconquistados."A tendênciadosetor éadeinsistir nas exportações", afirmou. Esse é o caso da Zanzini Móveis."Cerca de30% daproduçãovai parapaíses daAmérica Central, Américado Norte e Europa", disse o coordenador de sistemas de gestão da empresa, Paulo Fernando Grael. "Aindanãodefinimos as estratégias para este ano, mas certamente continuaremosa apostarno mercadoexterno", afirmou o executivo. Ana Laura Diniz

Giulio Sofio, proprietário da fabricante de balas Juquinha, exportava para 47 países.

Jandaia quer fortalecer marca no País

Enquanto alguns empresários amargam prejuízos com as exportações, o diretor comercial do suco Jandaia, Luís Eduardo Figueiredo, só tem motivos para comemorar. "O mercado de sucos cresceu de 20% a 25% nos últimos cinco anos e as exportações decolam a todo vapor", disse o executivo.

De acordo com ele, 6% do faturamento da empresa está ligado às vendas externas, que seguem para 18 países, como Estados Unidos, Caribe, Argélia e

Angola. "Devemos investir mais fortemente nas exportações, já que nossa meta é aumentar essa fatia para 9% neste ano", disse. Paralelamente às políticas agressivas de inserção no mercado externo, a Jandaia deve implementar uma série de promoções nas principais redes de supermercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém do Pará, em comemoração aos 65 anos da empresa.

Na compra de três garrafas de suco pronto

para beber, o consumidor que pagar R$ 1 a mais terá direito a um copo e a uma jarra de suco de vidro. "Serão muitos modelos em 90 dias de promoções para consolidar ainda mais a marca e disparar as vendas no País", disse. Em 2005, a Jandaia cresceu 26,4% em relação a 2004. O objetivo agora é ampliar para 30%. "Se confirmado o cenário de crescimento do PIB e da política governamental de fortalecimento do dólar, vamos atingir essa meta", avaliou. (ALD)

Cerca de 50% da produção de balas e pirulitos da Juquinha seguiam para o mercado externo
Na Zanzini Móveis cerca de 30% da produção é destinada ao exterior
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Divulgação
Paulo Pampolin/Digna Imagem

Começa a busca do bi

São Paulo do técnico Muricy estréia na quarta-feira, descansado porém desfalcado

OSão Paulo será a última equipe a estrear noPaulista, nesta quarta-feira, em buscado bicampeonato, foradecasa,contraoSantoAndré. Em relaçãoa seus rivais, entrará em campomaisdescansado. Em contrapartida, da equipe que foi campeã paulista, da Libertadores e mundial em 2005, faltarão o melhor atacante (Amoroso, que foi para o Milan), um dos ídolos (Cicinho, vendidoao RealMadrid) e o artilheiro, goleiro e capitão (Rogério Ceni, ausente das oitoprimeirasrodadasporcausa deuma operaçãonojoelho).

Mesmo assim,o técnicoMuricy Ramalho não aceita desculpas: “Quem pensa que a gente estáforadabriga está muito enganado. O São Paulo vai brigar por esse título. Temos condições para isso, apesardos desfalques”. Como compensação para tantos nomes que deixaram o elenco, Muricy teve apenas a contratação do meia Rodrigo Fabri. Mesmoassim, eleapostanoconjunto:“Temos uma boa base que está sendo montada há tempos. Vamos apostar nesseentendimentopara enfrentarosoutrosdeigualpara igual.”

Fluminense larga com goleada

N arodada deaberturado ano do centenário do Campeonato Carioca, oFluminense obteve omelhor resultado,ganhando bemseu jogodeontem eliderandoo Grupo A.No EstádioGiulite Coutinho,emÉdson Passos, o Tricolor goleou a Portuguesa por 4a 0, com trêsgols no primeiro tempo— marcados por Evando, aos 6, Gabriel Santos, aos 17, e Adriano Magrão,aos 37minutos— eum no segundo (novamente Adriano Magrão, aos 43). Com o resultado, o Flu lidera seu grupocomo mesmonúmero de pontos de Americano e Nova Iguaçu, que, no sábado, bateram Cabofriense (3 a 2) e Flamengo (1 a 0), porém tem maior saldo de gols. No Grupo B, o líder, também pelo saldode gols, éo Botafogo, que ontem ganhou do Friburguense por 3 a 0 na Ilha do Governador, gols de Neném,

Americano 3 x 2 Cabofriense

Flamengo 0 x 1 Nova Iguaçu

Vasco 3 x 1 Madureira

Fluminense 4 x 0 Portuguesa

2ª rodada

Londrina 2 x 1 Paraná

Nacional 1 x 1 J. Malucelli

Márcio Rodrigues/Fotocom.net

aos45minutos do primeiro tempo, Marcelinho, aos 24, e Reinaldo,aos27 dosegundo. O Vasco fez 3 a 1 no Madureira ontem, em São Januário, e também tem três pontos. Ygor, aos 7 do primeiro, Morais, aos 18, e Alex Dias, aos 23 do segundo, garantiram avitória vascaína. Rafael, aos 30 do segundo, descontouparaoMadureira. O

RIO DE JANEIRO

Grupo APVSGP

1 Fluminense3144

2 Americano3113

3 Nova Iguaçu3111

4 Cabofriense00-12

5 Flamengo00-10

6 Portuguesa00-40

1 Rio Branco6226

2 J. Malucelli4112

3 Atlético-PR3114

4 Iraty3104 5 Cianorte3103 Galo Maringá3103

7 Nacional10-21

8 Francisco Beltrão00-21

Volta Redonda, que no sábado fez2 a1no América,também estreou vencendo. Pelo Campeonato Gaúcho, o Grêmio fez 3 a 2 no Santa Cruz, fora de casa. O Inter só estréia naquinta-feira, contra o Gaúcho, no Beira-Rio. No Paraná, Atlético,CoritibaeParanáperderam. Em Minas, o campeonato começa na quarta-feira.

Grupo BPVSGP

1 Botafogo3133

2 Vasco3123

3 Volta Redonda3112 4 América00-11 5 Madureira00-21

6 Friburguense00-30

Grupo BPVSGP

Evando marcou o primeiro gol do Tricolor nos 4 a 0 sobre a Portuguesa

R. G. DO SUL

2ª rodada

Veranópolis 2 x 0 São Luiz Novo Hamburgo 1 x 0 São José-Cachoeira

Caxias 0 x 2 Passo Fundo

Glória 1 x 0 Brasil de Pelotas

Santa Cruz 2 x 3 Grêmio

Gaúcho 2 x 2 Ulbra

Farroupilha 1 x 3 Esportivo

Grupo 1PVSGP

1 Gaúcho4125

2 15 de novembro3111

3 Passo Fundo3103

4 Ulbra1002

5 Internacional0000

6 Caxias00-30

Grupo 2PVSGP

1 Grêmio6247

2 Esportivo3122

3 Veranópolis31-13

4 Farroupilha1001

5 São Luiz10-21

6 Santa Cruz00-32

Grupo 3PVSGP

1 São José - POA3122

2 Novo Hamburgo3111

3 Glória3102

4 SãoJosé-Cachoeira3102

5 Juventude0000

6 Brasil de Pelotas00-30

Sob as ordens de Leão

ÉverdadequeoPalmeirasfoiumnoprimeirotempo,umtanto atarantado e nada criativo, e outro no segundo, mais organizado namarcaçãoemaisdispostonoataque,masobomtécnicoEmersonLeãoexageraaodarênfaseàsmudanças,denomeseposicionamento da equipe, por ele providenciadas no intervalo. "Na primeiraetapa, corremosde formaerrada, marcamosde forma erradae nãotivemos iniciativa.Depois dointervalo, fizemostudoaocontrário",exagerou otécniconaentrevistaapóso jogo,dandoaentenderquepodemantero3-5-2dosegundotempo, com Marcinho Guerreiro mais perto dos zagueiros, no compromisso desta quarta-feira, contra o São Bento. EmMarília, o esquema funcionou, principalmenteporque PauloBaiereLúcioganharam liberdadenasaçõesofensivaseo meio-de-campo ficoumais povoado,facilitando amovimentaçãodo timeque aindaestá longede suasmelhores condiçõesfísicas.Dificilmente,porém,Leãovaiadotaro3-5-2comomodelo único ou mesmo preferencial ao longo do campeonato.

Por ora, é uma opção pragmática. Vale enquanto durar. Leãojá tinhadito aotime,com absolutasinceridade, quenão vaicobrarbomfutebol,masresultados.AestaalturadoCampeonatoPaulista,oqueimportaémarcarpontos.Foicomessaidéia, comendo sempre pelas beiradas, que elelevou o São Paulo ao títulode campeãoestadualem2005 eéassimque querfazerdeste Palmeiras o campeão de 2006.

Leãoévaidoso,massabeoquefaz.Tememmãosumgrupode boaqualidade técnica,talvez aindaum poucoreduzido paraas múltiplasobrigações doPalmeiras durante todaa temporada, mas de bom tamanho para este começo de ano em que disputará oPaulistãoe,daquia pouco,afasepreliminardaLibertadores, contrao insignificanteDeportivo Táchira,daVenezuela. Osucesso nestas duas empreitadas dará força moral ao time. Daquiapouco,elecontaránovamentecomJuninhoPaulistae terá Edmundoemboaforma,oquerepresentaráumduploe substancial reforço.O Palmeiras seráum efetivocandidato aos títulosdaLibertadoresedoCampeonatoBrasileiroquandoLeão jánãopuderatribuirasvitóriasàsmudançasporelemaquinadas no vestiário.

TEVEZ É DÚVIDA

NoParqueSãoJorge,maisimportante do queos 5 a 1de ontem sobre a Portuguesa Santista éo retorno,marcado parahoje, de Carlitos Tevez, apósalguns dias em Buenos Aires. Nenhum corintianosabeainda se ocraqueargentinovaienfrentaroJuventus, quinta-feira,noPacaembu.

DESRESPEITO NA VILA

Eramclaros os sinas de que Luxemburgo nãoficaria muito tempocomGiovanni,masadispensadoídolosantistanavésperadasegundarodadadoPaulistãoéum desrespeitoqueoSantos não deveria autorizar.

UM E OUTRO

Tambémdispensado porLuxemburgo,a quemtratacomo pai,Luizãoquer muitovoltar parao SãoPaulo.Neste caso,o São Paulo ainda não sabe bem o que quer.

FINALMENTE

Demorou, masfinalmentea Ponte Preta conseguiu vencer um jogofora decasa: os2 a0 de ontem sobre o Santo André , no EstádioBrunoJoséDaniel,quebraramotabuqueduravadesde 29 de julho do anopassado, quando o time campineiro tinhavencidooSantospor1a0na Vila Belmiro.

GRAÇAS A LEÃO

Marcos confessou ao repórter Juliano Costa, da Agência Estado, que andava mesmo desmotivadoatéqueLeão desembarcou no Parque Antarctica e fez sua cabeça.Agora,Marcosgarante que, se depender de sua dedicação,vaià CopadoMundo mais uma vez.

MARACANÃ

Depoisdenovemesesfechado para reforma,o Maracanã reabriránodomingocomoclássico Botafogo x Vasco.

ROMÁRIO NA COPA

Estáquase certo:por200mil dólares,Romário deve comentar osjogos da Copado Mundo paraaTelevisa,doMéxico.Fará duplacomo técnico Carlos Bianchi,que acaba de perder o emprego no Atlético de Madri.

A PROMESSA DE FELIPÃO

Luiz Felipe Scolari completa hoje três anos nocomando da seleçãoportuguesaprometendo levá-la pelo menosàsquartasde-final da Copa do Mundo.

GOL DE LETRA

"Fiquei 50 gramas mais leve."Maguila , que perdeu parte do dedoanulardireitonuma máquinadecortarcapim,masnãoperde o humor, a Erica Akie Hideshima, no Estadão de ontem

*Com Agência Estado e Reuters

N enhumdos grandesclubesdeSão Pauloconseguiu se classificar para as oitavas-de-final da 37ª CopaSão PaulodeFutebol Júnior.São Paulo e Palmeiras já haviam sido eliminadosna primeirafase. Sábado,foi a vezde Corinthians e Santos. Em SãoCarlos, oCorinthians nãofoi além deum empate(1a1) comoFortalezano tempo normal, em que o Alvinegro chegou a desperdiçar um pênalti, cobradopor Wil-

liamedefendidopelo goleiro Douglas. Nos pênaltis, deu Fortaleza, 7 a 6, acabando com o sonho corintiano de conquistar o terceiro título seguido e o sétimo nahistória dacompetição. Em Limeira, o Santos perdeupara aInterpor3 a2.En-

PARANÁ
frentam-se agora: América-SP x Fortaleza; Figueirense x Paulista; Grêmio Barueri x Paraná; Moto Clubx Grêmio;Paysandu x Comercial-SP;Inter-SP x Coritiba;Inter-RSxBahia; e América-MG x Juventus.
Fortaleza elimina Corinthians nos pênaltis e Santos perde da Inter
Marcelo Ferrelli/AE

ACSP EXPORTA RÉPLICA DO

MARCO DA PAZ PARA O MÉXICO

Monumento, que pretende inspirar a cultura da paz nas pessoas, foi construído na cidade de Hidalgo

GIr

Agendas da Associação e das distritais

Amanhã

■ Imposto - A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e entidades que participaram da Frente Brasileira Contra a MP 232 apresentam o movimento De Olho no Imposto. Às 11h, na sede do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo (Sescon/SP), avenida Tiradentes, 960. Quarta

■ Exterior – O departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) promove o Doing Fashion Business in the USA.O evento contará com a participação do CEO da Imex Trading, Evangelos Stomou, e do consultor de marketing internacional Alexandre Manetti. Às 8h30, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre).

■ Cívica – Reunião da Comissão Cívica e Cultural da ACSP coordenada pelo vicepresidente Francisco Giannoccaro. Às 15h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/11º andar, sala Abílio Borin.

Eventos divulgam a programação dos 452 anos da cidade

Entre os dias 20 e 24, a Secretaria Municipal de Cultura apresentará espetáculos na Praça da Sé, no Vale do Anhangabaú,noLargodoPaissandue em terminaisdeônibus. Os eventos fazem parte da divulgação do aniversário de São Paulo,no dia25.Nodia 20,na Sé, haverá apresentaçãode grupos afro-brasileiros, às 12h e às 18h. Dia 22, a festa continua nos parquesIbirapuera, daJuventude, do Carmo, do Ipiranga e Trianon. Os eventos começarão às 14h, com exceçãodo Ibirapuera, que será às 12h.

OMarco daPaz está conquistando o mundo. Recentemente,o monumento demármore idealizado porGaetano Brancati Luigi, assessor especial dao presidênciadaAssociação Comercial de São Paulo (ACSP), para inspirarnaspessoasa cultura dapaz, ganhou uma réplica em tamanho natural na cidade de Hidalgo, no México. O interesse por erguer o Marcoda Paz na América Central partiu daempresa mexicana Cruz Azul,uma dasmaioresfabricantes de cimento do mundo. Aindaesteano, segundoLuigi, há grande chance do Marco ser levado para outras cidades das américas e Europa. A históriade comoo Marco da Paz transcendeu os limites do Pátio do Colégio é curiosa. Começou em 2003,quandoo Brasilsediou apartida de quartas-de-final da Libertadores das Américas, entre Santos e Cruz Azul, do México. Os nomes semelhantes da empresa e do clube de futebol não são coincidência. O time mexicano é mantidopela empresaque patrocinou o Marco. Paraquem não se lembra, aquele jogoterminoucomvitóriadoSantos,aindaassim,os diretoresdaempresa decidiram ficarparaconhecer São Paulo. Foi quando viram o símbolo pela primeira vez. "José Luis Nieto Lugo, um dos diretoresdaCruzAzul,disseque

o Marco sintetizava tudo o que eles queriampara seu país, e me procurou", comenta Luigi. Paisagem – Algumtempo depois, como mostramasfotos, osímbolo passou afazer parte da paisagem dacidade mexicana. Mas não se pode colocar um ponto final na relação estabelecida entre a Cruz Azul e o Marco da Paz. Segundo o assessor da presidência da ACSP, a empresa de cimento se propôs a difundir o espírito do Marco da Paz pela América Central,etemprojetode levantar réplicas na Costa Rica. "Tanto a Cruz Azul, quanto a Associação, são empresas que possuem coração e alma, que se preocupamcom o social, por isso investiram na proposta do Marco", diz Luigi. Fundadaem 1881, aCruz

Azul éhoje umadasmaiores empresasdo segmento.A companhia fabrica sete mil toneladas pordiade cimento e distribui essa produção pela América Central e pelosEstados Unidos. Sino – O Marco da Paz foi criadoem1999, quando,por intermédio deLuigi,aAssociação Comercial financiou a reposição do sino da torre da igreja do Pátio do Colégio, roubado havia quinze anos. Como conta o assessor, no dia da colocação do sino, ao vê-lo entre as formas de arco da torre do Pátio, veio a inspiração para a construção do Marcoda Paz. Há negociações paralevaro símbolo também para Barcelona (Espanha), Roma (Itália) e Buenos Aires (Argentina). Renato Carbonari Ibelli

Acima, o Marco da Paz que agora enfeita uma praça na cidade de Hidalgo. Na foto acima, à esquerda, Luigi e Guillermo Alvares.

INCOMPARÁVEL

Parece que o Real Madrid finalmente está fazendo aspazes com as vitórias e o bom futebol. A vitória por 4 a 2 sobre o Sevilla,com uma nova exibição de gala etrês gols de Zinedine Zidane, reacende as esperanças da torcida nesta temporada,em queoReal aindadisputa a Copa do Rei e a Liga dos Campeões da Europa, mas em nada alterará a luta pelo título espanhol, poiso Barcelonafechou o primeiro turno do campeonato com 46 pontos, sete a maisdo queo vice-líderOsasuna.OReal,com33,éoquarto colocado.

Ao bater o Athletic Bilbao por 2 a 1, com gols do brasileiro Ronaldinho Gaúcho (de pênalti) edo argentino Messi, o Barcelonachegouàdécima-segundavitóriaconsecutiva no Campeonato Espanhole manteve umainvencibilidadeque já dura16 rodadas. Além disso, aumentou a distância para o Osasuna,que perdeunosábado para o Valencia por 2 a 0. No campeonato amplamente dominadopeloBarça, Ronaldinho chegou ao seu 11º gol, o que o coloca como viceartilheiro, atrás apenas de seu companheirodeequipe, ocamaronês Eto'o, quejámarcou 18gols. Todos estesnúmeros, aofinal do primeiroturno, confirmamo amplofavoritismo do Barcelona na luta pelo bicampeonato. Éa melhor campanhadotime catalãono Campeonato Espanholem todos os tempos. O Barcelona terá problemas, no entanto, na próxima rodada, quandoreceberá oAlavés. Eto'o está dispensado para disputar a Copa das Nações da ÁfricaeDeco,expulso ontem

Cpor revidar com um soco no rosto uma falta deGurpegui, também não poderájogar. O treinador FrankRijkaardevidentemente não gostou da atitude do jogador, que, segundo ele, "caiu na provocação do adversário", mas ressalvou:"O futebol é um esporte de muita emoção e nem sempre dá para manter a cabeça fria".

Rijkaard fez questão de marcar um contraponto ao elogiar com entusiasmoa atuaçãode Ronaldinho Gaúcho,que curiosamente não repetiuo de-

ITÁLIA

sempenho brilhante de outras partidas recentes. "Ele foi muito bem marcado, mas teve presença decisiva nos momentos realmenteimportantes", lembrou o treinador. "Converteu o pênalti e iniciou a jogada do nosso segundo gol."

Oselogios aobrasileiroque ganhou todas os prêmios de melhorjogadordo ano em 2005indicam aesperança- ea confiança- do técnico de que ele resolva os problemas que o Barcelona certamente terá com a ausência de Eto'o e Deco.

ESPANHA

19ª rodada

1 x 1 Celta

Ronaldinho e Messi levam o Barcelona à melhor campanha da história na Espanha

INGLATERRA

FRANÇA

12 Siena215-725

13 Ascoli204-520

14 Reggina195-1018

15 Empoli185-1321

18 Cagliari153-1418

19 Treviso122-1512 20 Lecce123-1915

2 Osasuna3912726

3 Valencia36101128

4 Real Madrid33101233

5 La Coruña329726

6 Villarreal318825

7 Celta309-220

8 Sevilla298422

9 Zaragoza276225

10 Getafe257-124

11 Racing Santander235-516

12 Espanyol215-617

13 Real Sociedad216-1026 14 Atletico Madrid204-218

15 Cádiz205-714

16 Betis194-1015 17 Málaga174-523

18 Mallorca174-1418

19 Athletic

Melhores que o mundo

apitão da seleção brasileiradefuteboldeareia,oveterano JúniorNegão lideroua equipenavitóriapor6a4sobre a seleção do Resto do Mundo, ontem, em Maceió. A partida marcou oinício dapreparação daseleção para aCopado Mundo da Fifa, que será em novembro, no Rio. "Nosso condicionamentofísico e entrosamento fizeram a diferença na partida", disse o capitão. Oportuguês Madjer ratificou as declarações de Júnior Negão. "Tivemos apenas umdia de treino. Se tivéssemos nospreparado melhor, iríamos mais longe." Juninho, Buru e Daniel marcaram os outros gols do Brasil nojogo;Hernâni(2),Madjereo francês Sciortino descontaram para a seleção do mundo.

Júnior Negão marcou três gols na vitória do Brasil sobre a seleção do Resto do Mundo, em Maceió

VITÓRIA DE LUTO – O espanhol Marc Coma, campeão do Rali Dacar na categoria motos, faz homenagem a seu excompanheiro de equipe Andy Caldecott, que morreu em acidente ocorrida durante a competição. Nos carros, a vitória ficou com o francês Luc Alphand, e nos caminhões, com o russo Vladimir Chagin - o brasileiro André Azevedo foi o quarto colocado.

João Pires/Divulgação
Finbarr
O'Reilly/Reuters

OPINIÃO

BOLÍVIA: OVÔO

CURTO DO CONDOR

Opresidente eleito da Bolívia, Evo Morales, pode até querer seguir os passos de Hugo Chávez, da Venezuela, mas as cartas que ele tem para jogar, no campo econômico e regional, indicam que ele não poderá cumprir grande parte de sua agenda de esquerda. Quem afirma isso é Álvaro Vargas Llosa, diretor do Centro para a Prosperidade Mundial do Independent Institute Para iniciantes, apesar de Morales ter dito que gostaria de nacionalizar a indústria de petróleo e redistribuir terras de propriedade privada, ele está longe de ter uma receita que chegue ao tamanho da receita do petróleo que Chávez teve ao formar sua base de apoio. Além disso, muitos dos que apóiam Morales querem maior autonomia regional e já disseram que irão resistir a tentativas para cessão de poder ao governo central.

Moralesestálonge deterumareceita quechegueao tamanhodareceita dopetróleocomque Chávezformou suabasedeapoio

E, por fim, Morales terá que se entender com o Brasil, que no momento é um dos poucos investidores estrangeiros na Bolívia. Caso Morales tente ignorar essas limitações, as conseqüências podem ser o suicídio político, afirma Vargas Llosa. "A Bolívia já teve

governos de esquerda antes que foram derrubados pelas mesmas pessoas que os conduziram ao poder", escreve Llosa. "O presidente Carlos Mesa, que substituiu Gonzalo Sánchez de Lozada em 2003 depois de violentas manifestações, teve o apoio

Seapolítica americanadesejao desenvolvimentoda

Bolívia,deveeliminar asrestrições protecionistasde comércio

da população quando ele rompeu com contratos de gás natural assinados com investidores estrangeiros e liderou uma virulenta campanha contra o Chile. No entanto, com tudo isso, as massas se voltaram contra ele, forçando-o a renunciar em junho."

Se os formuladores de políticas públicas americanos desejam estimular o desenvolvimento econômico da Bolívia e promover boas relações no hemisfério, acrescenta Vargas Llosa, devem eliminar radicalmente as restrições protecionistas de comércio, ao invés de trabalhar para reprimir o plano de descriminalização do cultivo da coca, defendido por Morales.

TRECHOSDOCOMENTÁRIODA

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João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura

A carga tributária em 2005 e a tendência para 2006

Comopontode partida,podemosiniciar dizendo que"ogovernoé oprimeiroegrande sóciodetodoempresário", talvez seja uma frase revestida de ironia, mas se analisada friamente tem no fundo grandesverdades. De 1994a 1998,a arrecadação nacional total detributos, em variação ascendente ano aano, foi respectivamente de69,34%pelaUnião, 26,39% pelosEstados e Distrito Federal e 4,27 pelos municípios. Noiníciodadécadade1950acargatributária, na relação entre tributos e Produto Interno Bruto (PIB),oscilava emtorno de15%.Comessa pressão tributária, os governantes de então atendiam razoavelmente às necessidades das administrações federal, estadual e municipal. O forte crescimento dapopulação e a rápida industrialização doPaís nas décadas de1950 e 1960, tendo como conseqüência a intensificação da vida urbana, levaria, a um quadro econômicoesocial maiscomplexo,amaiores emaisvariadas demandas por serviços prestados pelo Estado. Por isso mesmo acargatributária,ao longo das duas décadas seguintes, evoluiu para algo emtorno de 25%do PIB, nívelque, mantido constante, estaria atéhoje compatível com o estágio de desenvolvimento do País. Veja bem,a partir da promulgaçãoda Constituiçãode 1988a cargatributária disparou, deu-seoinícioaum regimederepartiçãode rendas tributárias mais favorável aos Estados e municípios, sem a correspondente transferênciade encargos,e aUnião criouuma gamade contribuições que escapam à repartição aos demais entes federativos. Desde então a carga tributária aumentouincessantemente,alcançando em 2004uma fatia correspondente a35,7% do PIB. No Brasil, ocorre mais de uma mudança tributária por hora, umrecorde mundial. Uma pesquisa exclusiva mostra que, para ficar nessa corridamaluca,as empresasgastam12bilhões de dólares por ano. Para se ter uma idéia doque representa a atual carga tributária em termos de pressão sobreos contribuintes,vale assinalarque oInstituto Brasileiro de Executivos Financeiros calculaque, unspelos outros,osbrasileiros eresidentes no Brasiltrabalham mais ou menos 138 dias/ano exclusivamente para pagamento deimpostos. Uma verdadeira asfixia. Asdeclarações dogoverno paranão aliviaro fardo fiscal sobre as costas do cidadão é a necessidade de equilíbrio orçamentário. Contudo, os contribuintesdeverão observara máqualidade dos gastos públicos, e este é o cerne da questão tributária. É preciso inverter essa seqüência,para darracionalidade aum programade governo compatível com o equilíbrio estável e necessárioentre osetor privadoeo setorpúblico. É preciso, nessa ordem, começar a reduzir a despesa para propiciar uma redução consistente da carga tributária.

Ofraco desempenho do PIB brasileiro em 2005 deverá levar o País a um novo aumento na carga tributária. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) calcula que 37,61% de todas as riquezas produzidas em 2005 no Brasil serão usadasnopagamento detributosfederais,estaduais e municipais, contra 36,8% em 2004. Será um novo recorde histórico. A estimativa considera uma receita de R$730,8 bilhões com impostos e um PIB de R$ 1,943 trilhão no acumulado do ano. Contudo, a carga tributária de 2005 sódeverá ser conhecida agora, na segunda quinzena do mês, por causa do fechamento das contas de estados e municípios.

Mas aarrecadação de impostosfederais continua batendo recordes. Até novembro de 2005, o crescimento havia sido dequase 5,5% em relação aoano anterior,já descontadaa inflação.

Para 2005, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributáriojá falaem umacarga totalde mais de 37% do Produto Interno Bruto, o que seria um novo recorde. Até setembro, cada brasileiro teria pago em tributos R$ 329,61 a mais do que em 2004.

Nos últimos anos, a carga vem crescendo ano a ano, segundo a própria Receita Federal. Houve apenas um ligeiro recuo em 2003. Pelos estudos da Receita Federal, a carga tributária de 2004,a última divulgada,chegoua 35,91% do PIB. Devemos lembrar que o Estado é uma máquina improdutiva e retira a sua sobrevivência, com voracidade, por meio dos impostos e taxas. Lembrando sempre que se a carga tributária aumenta é porque o governo gasta mais.

Por fim, lembramos que, nos termos dos artigos 153, 155 e 156 da Constituição Federal/88, atualmente o bolo dos imposto e contribuições está dividido da seguinte forma:

União: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto deRenda depessoa física e (IRPJ/IRPF); ImpostosobreOperaçõesdeCrédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); Imposto sobrea PropriedadeTerritorial Rural (ITR); Impostode importação de produtos estrangeiros (II). Contribuição Provisóriasobre MovimentaçãoouTransmissãode ValoresedeCréditose Direitos de Natureza Financeira (CPMF); Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins; ContribuiçãoSocial sobre o Lucro LíquidoCSLL; Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás naturale seus derivados, e álcool etílicocombustível - Cide; INSS FGTS

Estados: Imposto sobre as operações relativas à circulação de mercadorias esobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS); Impostosobre apropriedadede veículosautomotores (IPVA); Impostosobre aTransmissãoCausa Mortise Doação,de Quaisquer BensouDireitos (ITCMD).

Municípios: Imposto sobrea Propriedade Prediale Territorial Urbana (IPTU); Impostosobre atransmissão"inter vivos",a qualquertítulo,porato oneroso,debensimóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis (ITBI); Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS).

Essas informações comprovam a voracidade do Estado, o qual denominamos "sócio" pelas retiradasperiódicasque temfeitonosúltimos anos, também chamadas de "tributos". Contudo,aindaresta uma esperançapara2006,nos primeiros sinais de mudança que vieram com a o Decreto 5.618/05 (que reduziu a zero a alíquota do IPI para diversos produtos) e a Medida Provisória nº 255 (MP do Bem).

Com relaçãoao Estado,podemos mencionar que São Paulo inseriu na legislação do ICMS várias operações com redução ou desoneração do imposto. E no município podemos mencionar a extinção da Taxa de Lixo paulistana.

SEBASTIÃOGUEDESDEARAÚJOÉ

ADVOGADOECONSULTORDOCENOFISCO

É precisodiminuirdespesasparaumareduçãoconsistentedacargatributária

JOÃODE SCANTIMBURGO PRÉ-CANDIDATOS SEMELHANTES

Um jogador de bilhar diria que o PSDB, de que é líder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, encontra-se perplexo diante de uma sinuca, a de escolher para lançar candidato à próxima eleição presidencial Geraldo Alckmin ou José Serra. É curioso ter dois pré-candidatos muito semelhantes, pois têm como nota principal na postura que adotaram em política a simplicidade, a honestidade e a discrição. O governador Geraldo Alckmin está fazendo um bom governo, sem alarde com a propaganda legal, permitida por lei. Rigorosamente idôneo, Alckmin é médico de formação. José Serra é também modesto, discreto e eficiente em todos os seus trabalhos e atividades. De Alckmin não sabemos se fala línguas. De Serra sabemos que fala seis, mas esse atributo está se vendo em Lula que pode ser superado.

SerraeAlckmin sãodoiscandidatos semelhantes, atendendobem aoqueespera aopiniãopública.

Dizíamos há dias, num destes artigos, que no PSDB uma corrente estava esquecendo a oportunidade única de escolher Serra, pois se não for escolhido não terá outra oportunidade igual, pois as oportunidades não se repetem. Alckmin deve ter trunfos pessoais seguros, porquanto até já anunciou a sua renúncia no governo de São Paulo. Pode se dizer que os dois candidatos são bons e que ficaria bem para o Brasil um governo tecnicamente estruturado sucedendo uma crise violenta de idoneidade moral, como está demonstrando a CPI do mensalão e mensalinhos, dos saques milionários a torto e à direita. Deve se contar, ainda, que Lula não perdeu a chance de ser bem sucedido e, portanto, fulminar as candidaturas do PSDB, pois não há dúvidas para todos os observadores que Lula vai continuar sua luta pela reeleição, e que Serra e Alckmin são dois candidatos semelhantes, atendendo bem se eleitos ao que de um e de outro espera a opinião pública.

Ai, que calor!

Àbeira-mar, na piscina,nos parques. É assimque opaulistanoestá aproveitando overão intenso.Ontem os termômetros marcaram a temperatura máxima do ano nacapital: 33,9graus,ultrapassando o recorde de domingo, 32,9 graus. O calorsó não foi mais forte do que o de 14 de outubro de2005, quandochegoua 34graus,segundo oInstitutoNacional deMeteorologia (Inmet). O clima quentelevou muita gente para as praias do litoral paulistaepara clubeseparquesdacidade."É principalmentenestesdiasqueas pessoas devem lembrar de se proteger com filtros solares, se hidratar com muito líquido e alimentos leves", disse a chefe da clínica dermatológica do

Calor na cidade bateu recorde ontem: dentro dos ônibus, passageiros sofriam com a temperatura; no parque, o dia foi de muito sol e lazer

Hospital do Servidor Público Municipalde SãoPaulo,Dogdana Victória Kadunc. Litoral – Omovimentonas estradasrumo ao litoralfoiintenso no fim desemana. A Baixada Santista recebeumaisde 237mil veículosentresexta-feira e domingo. O retorno dos turistas que passaram o fim de semananas praiaspaulistas exigiu muita paciência.Quemestava em Praia Grande e no Guarujá, litoral sul, levou de quatro a cinco horas para conseguir sairda cidade eentrar no Sistema Anchieta-Imigrantes. Pela Mogi-Bertioga, que leva ao litoral norte, omotorista gastou 1h30só parapassar pelotrecho deserra. Em diasnormais, o percurso é de 30 minutos. Em Maresias,em SãoSebastião, litoral norte de São Paulo, o calortambém foi forte, e às

17h de domingo ainda era de 33graus. Ascondições debalneabilidade nolitoral norte também permaneceram boas na maior parte das praias. O melhoríndice foi alcançado em São Sebastião, onde apenas a praia Pontal da Cruz está imprópria para banho, segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologiade SaneamentoAmbiental).A PraiaGrande, emUbatuba, também ficoulotada, mesmo com cobrançade estacionamentoesem asmesase cadeirasqueosquiosques foram proibidos de usar.

Na cidade – Os dias ensolarados deixaram o ar de São Paulo seco e com baixa umidade. Na cidade, uma opção gratuitade lazeré visitarparques e clubes. As duas piscinas do Clube da Cidade (CC), de Pirituba, receberam uma média

diáriade 1500pessoas,segundoa SecretariaMunicipaldos Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo. Oórgão organiza durante o verão o programa Super Férias, eoferece àpopulação aulas de hidro-aeróbica e atividades destinadasa criançase jovensportadores denecessidades especiais.

Na zona leste, o CC da Moocaatraiucercade milpessoas pordia.Oclube possuitorres em formato de chafariz dentro da piscina adulto, uma infantil e dois tobogãs. Segundo informações da secretaria, para participar das atividades doprograma a pessoa precisa ir a um

CC,levaruma foto3x4efazer exame médico, gratuitamente, no horário das 8h às 17h.

Previsão – Para os próximos dias a previsão ainda é de muito calor, comtemperaturas entre 19 e 30 graus. Mas podem ocorrer chuvas isoladas,segundo previsõesda Climatempo. Mesmo com o calor um pouco mais ameno, a médica Dogdana Victória Kadunc recomenda que as pessoas evitem exposições solarese atividadesfísicas noperíodoque vai das 10h às 15h.

"É importante se proteger do sol,usando filtrossolarescom fator mínimo 30, anti UVA e

UVB(ultravioletaA eB).A aplicaçãodeveser feitaem quantidades generosas, em todas as áreas expostas do corpo, para evitar queimaduras", disse. Além de produtos,a especialista disseque ouso dechapéu eóculos escuros também ajuda na proteção da pele. "Os cuidados devem ser redobradosaté os20 anos,quandoa cargasolar prejudicamais as célulase pode resultar em câncer de pele no futuro. Tenho pacientes com60 anos, que se protegiam com filtros, mas que forammuitoexpostosaosol e hoje têm câncer", disse. Rejane Tamoto

PINGAFOGO

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Em 2006 as contas de telefone serão cobradas de maneira diferente, e para "beneficiar" o cidadão ficarão mais caras. Hoje, um pulso é igual a R$ 0,14 e um pulso é igual a 4 minutos. Logo, um minuto é R$ 0,035 . Só que os pulsos são vendidos de 4 em 4, para "facilitar" a vida do consumidor. Esse pessoal está metendo a mão no bolso do cidadão. A maneira honesta de cobrar o minuto seria R$ 0,035, ou seja 1/4 do pulso. O serviço telefônico no Brasil é muito caro. Ícaro Schuett Moraes CARTAPUBLICADANODIA

Prezado senhor Ícaro, há um mês você teve publicada uma carta na seção Dois:Pontos , reclamando sobre o custo dos telefonemas. Bem, a sua "sugestão" foi ouvida e vamos pagar agora bem mais. O ministro Hélio Costa nos presenteou com um aumento de até 600% na ligação, e parece que também haverá cobrança quando recebermos as ligações. Teria sido melhor se as cobranças por pulsos continuassem Mas, é claro, sempre há alguns insatisfeitos que ferram todo mundo. Parabéns, você foi premiado!

ENG.FRANCISCOHABLJR., ZOCOR@

PAULO SAAB A VEZDAS MULHERES

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Uma nova Torre de Babel foi reconstruída na Internet por meio de uma de suas principais formas de comunicação:a Web (World WideWeb). Nos últimos15 anos, aWeb acumulouum imensoconteúdo interativoque permite aprender,resolver problemas pessoaisou profissionais, se divertir e interagir em qualquer lugar do planeta. Porém, somente a capacidade de falar, escrever e ler bem não são suficientes para utilização de toda informação existente para uma infinidade de propósitos. Na rede mundial existe informação de todos os tipos e para todos os gostos.

O desafioagora éadquirir opleno domíniodo usodesta moderna Torre de Babel. Estima-sea existência de cerca de 600 bilhões de páginas disponíveis na web (aquelas que teriam acesso via "www"), mas nem sempre estão linkadas em outras páginas publicamente, ou são criadas dinamicamente apenas no momento que são visualizadas (páginas on-the-fly) ao acessar bancos de dados (públicos ou privados), ou muitas vezes solicitam oregistro prévio do usuáriocom o pagamento de assinaturas ou não, para em seguida serem liberadas para consulta. A chamada Web profunda (deep Web) ou invisível, lembraa figura de um iceberg, tendo referência asua parte submersa, não visível a quem está "navegando".Uma imensabibliotecadeinformaçãodigital, mas diferentemente das bibliotecas tradicionais, organizadas e catalogadas, não tem nada de organização. É interessante perceber que apesar dos muitos povos que a utilizam, independentemente de cor e raça ou credo, existe ummeio comumde comunicação entre eles, que também não depende da marca do computador ou tipo de sistema operacional que seja utilizado. Estamos falandoda própria Web pelaWeboudepáginas específicas que atendem pelonomede mecanismos de buscas,buscadores ou search engines. São programascomputacionais desenvolvidos como objetivo de indexarinformaçõesdescritivase temáticasdas páginase/ousites daInternet em bases de dados, com a finalidadedepossibilitararecuperaçãode documentos solicitados pelos usuários, segundo a forma de busca e os critérios adotados.

A Web visível por estes mecanismos pode chegar a cerca de 20 bilhões de links cadastrados.Ou seja, também conhecida pelo termo surface Web,a quantidade de páginas que qualquer usuáriopode ter acessoautomaticamente pormeio do uso das search engines generalistas na atualidade, atinge "apenas"omáximode3,3% dototalestimadodepáginasdisponíveisparaconsulta.Parece insanoconsiderarquealguém, algum dia, poderia reclamar por não conseguir acessar todas as outras 580 bilhões depáginas, que por estimativa, devem existir na Web.

Aquestão é uma só: quantidade não é qualidade, além de querer encontrar, é preciso saber escolher as fontes de informações apropriadas ou o buscador apropriadoe "aprender"ausar cadaumdeseus recursosoferecidos. Se você fizer uma busca na Web apenas com uma única palavra, e usar um buscador generalista, vai receber uma lista, muitas vezes com milhões de resultados e nem sempre os primeiros desta lista são os mais relevantes. Se optar por usar buscadores do tipocatálogode diretórios,ficarásurpreso como número muito inferior de resultados apresentados,mascommuitomais precisão.

Para que o resultado das buscas na Web por meiode search engines recebacada vezmais um toque humano, diversas novas idéias e teorias estão em discussão. Além de métodos específicos para acesso segmentado da deep Web, mecanismos de buscas especialistas em determinados assuntos, a teoria da Web Semantic e sites de busca em comunidades ou aqueles que recebem o trabalho participativo ou colaborativodosinternautas.

Afinal, as perspectivas são muito boas quanto aevolução da tecnologiados mecanismos de buscas, mas por enquanto nos resta apenas nos condicionarmos nas escolhasmais precisas para nos locomovermos com desenvoltura cada vezmaior pela Torre deBabel reconstruída que é a Web.

Nunca

ó uma perguntinha: e como seria eleição sem o Caixa Dois? Nos meus 17 anos de profissional de

jingle, desde 78, quando trabalhei para a eleição de

Tancredo Neves para o Senado, nunca vi um só político pagar os serviços com nota. Me parece espantosa a ingenuidade dos jornalistas que cobram hoje dos que trabalham com marketing político uma castidade que nunca, jamais, foi regra, não é de estranhar que Duda Mendonça, Nizan Guanaes e Nelson Biondi não pretendam participar das

próximas eleições (nota de hoje no Ancelmo Góis, em O Globo). Como seriam pagos os seus serviços? Mudaram as regras: como serão pagos agora os profissionais que vão trabalhar no marketing de eleições? Os políticos vão, finalmente, confessar abertamente quem financia suas campanhas?

EDUARDOFAVARETTO, CRIADORDO IBUSCAS,GESTORDESOLUÇÕESPARA INTERNET, ÉESPECIALISTAEMTECNOLOGIA DAINFORMAÇÃO WWW IBUSCAS COM BR Olho no olho

"Infelizmente,Júlio, nestepaísos políticossósão atingidosquandose fazumbarulhomuitomasmuitomesmogrande,manchando sua'imagem'. Quehajanesta eleiçãouma fiscalizaçãoefetiva, pelapopulaçãoe pelosmeiosde comunicação,para quenãosejameleitos apenasaquelesque têmsuasesferasde influênciae facilitadoresde recursos, conquistadosjáem sujeirasanteriores.

Searegradenadaser pagodeforma honestajádágrandes margenspara aconteceroquesevê poraí,quehaja mesmopressãopara queatransparência movaaregrapara umaposiçãomenos injusta.Umeleitor precisaconhecer melhoremquemestá votando".

Elas chegaram, e já faz algum tempo, para ficar. As mulheres já tomaram conta da cena e se destacam hoje em quantidade e qualidade em ares como o ensino, medicina, jornalismo e, aos poucos vão consolidando presença na vida política e partidária no País e no mundo. Isto não quer dizer que antes não se destacavam. Havia qualidade. Hoje há, como mencionei, qualidade e quantidade. A Alemanha elegeu como primeira ministra uma mulher. A GrãBretanha teve a conhecida Madame Thatcher. Nos Estados Unidos, madame (ou miss) Rice é a Secretária de Estado, o que equivaleria no Brasil a ministra das Relações Exteriores, com muito mais poder. O Chile acaba de eleger uma mulher presidente da República. No Brasil houve uma tentativa anterior de se lançar Roseana Sarney candidata à Presidência, mas o flagrante de uma situação (criada ou não) de desconforto político eliminou a pretensão naquela oportunidade. Em nosso país as experiências mais recentes de mulheres no Executivo não foram animadoras. Benedita da

Asexperiências recentesde mulheresno Executivonão foramanimadoras: Marta,Rosinha, Benedita...

Silva e Rosinha Mateus como governadoras do Rio de Janeiro não chegaram a ser um sucesso. Na capital paulista, o terceiro maior orçamento do Brasil, a Gestão Marta foi um desastre. Tanto que a população não a reelegeu.

Na vida parlamentar, o Brasil tem assistido se destacarem nomes que ocupam espaço na mídia ainda que não pelo brilho intelectual os das idéias, mas pelo temperamento (ou destemperamento) ousado e agressivo em situações de grande espaço no noticiário.

Políticas de origem mais humilde, que têm no campo partidário e legislativo espaço de ascensão social e mesmo de poder, tendem a ser em número cada vez maior, assim como muitos se destacam, ficam ricos e ganham popularidade, sendo homens, no futebol. É apenas uma constatação. Particularmente, acho que a contribuição feminina é bem-vinda e deve ser estimulada. Considero a mulher, profissionalmente, mais dedicada, empenhada, que o homem, em geral. Outra constatação, apenas. Na vida partidária deveria haver mais espaço espontâneo. Deveria partir delas, também, o interesse. As mulheres da classe média brasileira estão ainda distantes da atividade.

Raramentese observauma políticanascidana classemédiaeque interpreteos anseiosdessa grandecamada

Existem, no Brasil, na vida pública, mulheres de origem humilde ou sucessoras de dinastias tradicionais. Raramente se observa uma política nascida e criada no seio da classe média e que interprete os anseios dessa grande camada da população. Elas estão sendo chamadas, pela própria vida, a ocupar também um bom espaço, ou o perderão para outras que, na persistência, no grito, ou mesmo algumas no talento, falarão em seu nome. Mesmo que não digam o que a mulher da classe média brasileira pensa. Acostume-se, todavia, o leitor, daqui para frente, e fique feliz com isso, a ver cada vez mais mulheres ocupando espaço tradicional do homem na política nacional e internacional. E conforme-se porque elas estão apenas sendo competentes nos vazios existentes deixados pela incompetência dos homens.

Eu, de minha parte, em casa, me rendi há tempos. Elas são absoluta maioria em tudo. E o que fazem, fazem bem feito. Fica faltando apenas a maior participação das mulheres da classe média brasileira na vida política nacional. PAULOSAAB

Fato consumado

Além de não responder às declarações de Geraldo Alckmin, José Serra decidiu voltar a atacar o governo federal com o objetivo de polarizar a campanha com Lula. O prefeito quer mostrar ao partido que tem mais condições de brigar com Lula é ele e não o governador. A luta de Alckmin e Serra pela legenda do PSDB é pública.

José Serra confia nas pesquisas entendendo que o partido escolherá como candidato presidencial aquele que tiver melhores condições de vencer o petista. Hoje, as pesquisas beneficiam o prefeito: se a eleição se realizasse agora, Serra venceria Lula nos dois turnos por uma diferença superior a 10 pontos porcentuais. O mesmo não acontece ainda com Geraldo Alckmin.

O governador mantém a decisão de deixar o cargo até 1º de abril para ficar à disposição do partido. Tanto ele quanto o prefeito terão de renunciar aos cargos até 31 de março se quiserem ser candidatos. Alckmin já decidiu que vai renunciar, mas Serra ainda não tomou uma decisão semelhante.

PREFERÊNCIA

O tucanato admite que José Serra leva vantagem sobre Geraldo Alckmin, em função das pesquisas. Acha que o resultado das pesquisas pode influenciar a cúpula do partido não hora de indicar o candidato. Alckmin acredita que ainda dispõe de tempo para virar o jogo.

CONVENÇÃO

Os tucanos admitem também que Geraldo Alckmin teria mais chance de vencer

Serra se batesse chapa com o prefeito na convenção. Mas, o partido não quer que a disputa chegue à convenção e nem às prévias. O tucanato acha que tanto a convenção como as prévias racham o partido.

INDICAÇÃO

O PSDB promete apontar em março o seu candidato à presidência. O partido está à espera dos resultados das duas pesquisas que encomendou para auxiliá-lo na hora da escolha. As pesquisas devem estar concluídas em fins de fevereiro.

NA FRENTE

Alckmin procura neutralizar as ações de Serra quando faz sondagens de dirigentes de outros partidos para tratar de futuras coligações. O governador também pretende mostrar ao tucanato que sua força junto a outras legendas é reconhecida. O primeiro partido que Alckmin procurou propondo aliança foi o PFL.

SONHO

O grande sonho de Alckmin e Serra é atrair o PMDB. Os dois précandidatos tucanos gostariam de amarrar um compromisso com os peemedebistas no 2º turno, uma vez que o PMDB mantém a disposição de ter candidato próprio. Mas, por enquanto, o PMDB descarta qualquer acordo com outro partido.

TAMBÉM O PT

Quem trabalha no PMDB para levar o apoio do partido a Lula são os senadores José Sarney e Renan Calheiros. O PT é mais ousado do que o PSDB: quer que o PMDB feche com Lula ainda no 1º turno. O que mais interessa aos partidos é o tempo de campanha que o PMDB tem na televisão.

MAIS APOIO

A direção do PDT comunica ao PSDB e ao PT que não vai apoiar candidato de outro partido no 1º turno, porque pretende disputar a eleição com candidatura própria. O partido tem três pretendentes à legenda dispostos a concorrer nas prévias: o governador

Ronaldo Lessa e os senadores

Cristovam Buarque e Jefferson Péres.

JUIZ SURPREENDE

ALDO E RENAN

OFEZ ÁGUA

Jorge Bornhausen ainda vai tentar viabilizar a candidatura de Cesar Maia à presidência, embora as pesquisas apontem que o prefeito do Rio ainda não emplacou. Se não der, é quase certo que o PFL faça uma nova coligação com o PSDB já no 1º turno, um repeteco de 1994 e 1998.

SUSPENSÃO

O governador Geraldo Alckmin desautorizou seus colaboradores, como os secretários estaduais, a continuarem criticando o vice paulistano Gilberto Kassab, perfeitamente entrosado com o prefeito José Serra. O governador não teria gostado das farpas contra o viceprefeito porque atiçaram o PFL. Alckmin não quer atrito com os pefelistas, futuros aliados do PSDB.

RESPONSÁVEL

Gilberto Kassab é apontado como o grande articulador do PFL em 2002, que levou o partido a apoiar a reeleição de Alckmin. Os pefelistas ficaram chateados com os secretários estaduais que não querem que o vice assuma a prefeitura no caso de Serra ser o presidenciável tucano.

INSCRIÇÃO

O PMDB estará em festa amanhã, em Brasília: é que o governador Germano Rigotto, do Rio Grande do Sul, prometeu registrar sua candidatura para disputar as prévias com o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho. Apesar de ser pressionado, Michel Temer ainda não decidiu se também disputará as prévias.

APOIO

Germano Rigotto quer o apoio dos governadores do PMDB. Mesmo assim, Rigotto estaria em desvantagem entre os convencionais. Garotinho está em campanha há mais tempo e venceria a parada se as prévias fossem realizadas hoje. Rigotto reivindica também o apoio do exgovernador Orestes Quércia.

RELATÓRIO

O Conselho de Ética da Câmara deve promover hoje a leitura do relatório no processo de cassação do deputado Wanderval dos Santos (PL), acusado de ser um mensaleiro. Acredita-se que o relator peça a cassação de Wanderval, que ainda acredita na absolvição quando a cassação for votada no plenário.

PERIGO

Se for expulso do PDT, João Herrmann não poderá disputar a reeleição para a Câmara, porque acabou o prazo de filiação partidária. Herrmann foi suspenso pela direção do partido porque teria recebido indevidamente doações mensais de uma empresa investigada pela CPMI dos Correios.

s presidente da Câmara, AldoRebelo (PCdoB-SP), e do Senado, RenanCalheiros (PMDB-AL), foram intimados ontem pelo juiz federal Márcio José de Aguiar Barbosa acortarossaláriosdos parlamentaresquenão comparecerem às sessões do períododeconvocaçãoextraordinária do Congresso. O mandado de notificaçãoeintimaçãoé fruto de uma ação popular impetrada pelo advogado Pedro Elói Soares. A decisão surpreendeu vários parlamentares no primeiro dia de votação no plenário da Câmara. Renan se recusou a receber a notificação. Pelodespacho de Barbosa,a não-suspensãodos salários sujeitará cada Casa a multa diária de R$ 100 por parlamentar quenão comparecer. "Isso não merecenem resposta. Por favor, com todo o respeito", afirmouRenan,sobre sereceberia ooficial,a quem mandoufalarcomumadvogadodo Senado. Aldo reiterou que vai aplicar o regimento da Câmara e cortar o ponto dos parlamentares faltosos. "Os parlamentares foram alertados de forma reiterada que vamosaplicaro regimentono corte da remuneração", afirmou o deputado, lembrando que afalta amais deum terço das sessões pode levar a abertura de processo de cassação. Presença– Apesar da determinaçãodojuiz,não hácomo comprovarapresençadedeputados esenadores noCongressonoprimeiromêsdaconvocação (16 de dezembroa 13 de janeiro), segundo o secretáriogeraldaCâmarados Deputados, Mozart Vianna. De acordo com ele,apresençaécomprovada exclusivamente pela presençaemplenário,quesó co-

Comunicado

meçou a acontecer a partir de ontem. Reação – A decisãodo juiz surpreendeu osparlamentares. Alguns líderes reagiram àmedida, acusando o juiz de interferência indevida no Legislativo. "Éuma interferência, como quase fez o Supremo Tribunal Federal no caso José Dirceu. Esta é uma questão interna daCâmara edo Senado e não tem cabimento nenhum juiz interferirnisso"argumentouRodrigo Maia (PFL-RJ). "A Câmara deixou um flanco aberto, perdeucredibilidadee dámargem para um juiz tomaruma medida como esta que não tem coerência e expõe ainda mais a Casa",reagiu o líderdo PSB, Renato Casagrande (ES).

Aldo quer submetera apreciação oprojeto deresolução do deputadoRaulJungmann (PSB-SP), que reduzpara45 dias o recesso parlamentar, e a proposta de emenda constitucional(PEC)que acabacomo pagamento de saláriosextras nos períodos deconvocação extraordinária. Segundo José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da minoria, para facilitar as votações ficou decidido que o governoiráretirar aurgência constitucional do projetoque cria a Super-Receita, que ficará para a próxima semana.

Sessão – A primeira sessão da Câmara teve a presença de 426 deputados- faltaram 87nomomentoemquefoivotada e aprovada a primeira proposta do dia, a Medida Provisória 266.EstaMPabre créditoex-

traordináriodeR$673,6 milhões paraosMinistérios dos Transportes, da Integração Nacional e das Cidades. Crédito de exportação – Os deputados também aprovaram o projetodelei de conversãoà MP267/05–que transfere,do Instituto de Resseguros do Brasil parao Ministério da Fazenda, aadministração doseguro decrédito para exportação.O artigo 9º, incluídopelorelator, Nelson Marquezelli (PTB-SP), autorizaa Uniãoa compensar eventuaisprejuízos deexportadores quandohouver paralisações nos portos e aeroportos. A bancada oposicionistaqueria suprimir oartigo, argumentandoqueele poderia provocar

prejuízos aos cofres públicos. Masa basealiadaalegou queo dispositivoé importante para proteger as exportações. O artigo 10, incluído pelo relator Nelson Marquezelli (PTB-SP), e também aprovado, autorizaogovernoa firmar convênios para fiscalizar as condições sanitáriasdos portos e aeroportos, quando houver grevesdos servidoresresponsáveis por essa tarefa, mas apenas com órgãos públicos. Osdeputadosaprovaram o requerimento dolíder doPFL, deputado RodrigoMaia(RJ), pela retirada de pauta do Projeto de Lei 6.272/05, do governo, quecriaaSuper-Receita. (Agências)

ÀS EMPRESAS DO COMÉRCIO LOJISTA E CONTABILISTAS

Diante da insistência da associação civil autodenominada SINDESHOP em apresentar-se como representante sindical desse segmento do comércio lojista de São Paulo, vê-se o SINDILOJAS-SP obrigado a, uma vez mais, alertar a categoria no sentido de que a mencionada associação NÃO PODE EXERCER PRERROGATIVAS SINDICAIS E, PRINCIPALMENTE, COBRAR CONTRIBUIÇÕES.

Como já esclarecido em outras oportunidades, o SINDESHOP teve o seu pedido de registro tempestivamente impugnado pelo SINDILOJAS-SP – representante oficial de lojas de rua, shopping centers e outlets -, e por mais outros vinte e dois Sindicatos, perante o Ministério do Trabalho.

O SINDILOJAS-SP alerta os seus representados de que são falsos os argumentos elencados em comunicados divulgados por essa associação entre lojistas e contadores, dando a entender já possuir personalidade sindical, em razão do que se arvora no direito do exercício de prerrogativas que não possui, senão vejamos:

•A afirmativa contida em um dos comunicados, no sentido de que o SINDESHOP“é sindicato legalmente constituído”é de todo enganosa, posto que até o momento só possui o registro de seus atos constitutivos em cartório, o que lhe confere a condição de simples associação civil.

•Seu pedido de registro no Ministério do Trabalho e Emprego, que, uma vez obtido, lhe daria a personalidade sindical, foi recusado, tendo em vista as diversas impugnações apresentadas por entidades sindicais legalmente constituídas e acolhidas sob o argumento de “conflito de representação”. O acolhimento de tais impugnações foi publicado no D.O.U. de 9 de dezembro p. passado.

•O argumento segundo o qual “as entidades sindicais tornam-se pessoas jurídicas desde sua inscrição e registro no Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas”, da mesma forma, não procede. Eis que o Art. 8º, Inciso I, determina que “a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente...”. Com efeito, o Ministério do Trabalho e Emprego é o único órgão competente para efetuar os registros de novas entidades, conforme o disposto na Portaria 343, de 4 de maio de 2000, com redação da Portaria nº 376, de 23 de maio de 2000. Tal procedimento, diga-se, há muito foi aceito pelo próprio Supremo Tribunal Federal e não consiste apenas de decisões isoladas de instâncias judiciais inferiores, mas de jurisprudência consolidada daquela Corte Suprema.

•Sem a expedição do competente registro pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o pretenso sindicato está, sim, impedido de exercer prerrogativas sindicais apenas atribuídas àquelas entidades que possuam, efetivamente, o documento de que se cuida, como a celebração de convenções coletivas de trabalho e o recolhimento de quaisquer contribuições de natureza sindical.

Não bastassem as informações inverídicas, adequadamente rebatidas acima, essa associação conclui um dos comunicados induzindo as empresas ao erro, ao sugerir que “na dúvida” as empresas de shopping centers devem proceder à consignação em pagamento da contribuição sindical, devida nesse mês de janeiro a todas as entidades representativas de categoria econômica devidamente reconhecidas.

Tal orientação é das mais nocivas e tem como objetivo, única e exclusivamente, gerar confusão no meio sindical, além de não desonerar as empresas de sua responsabilidade contributiva. Como estabelece o próprio Artigo 895 do CPC, citado, a consignação em pagamento só poderá ocorrer se houver dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o que não é, absolutamente, o caso. A única dúvida em questão é a que está sendo semeada entre as empresas do setor que, há muito, já sabem qual é a sua verdadeira entidade representativa.

As contribuições sindicais, ao contrário do alegado pela referida associação, só podem ser pagas por meio de Guia Sindical Patronal Urbano, com o devido código de Entidade Sindical que a mesma, evidentemente, não possui.

Dos reiterados comunicados do SINDESHOP à categoria legitimamente representada pelo SINDILOJAS-SP, resulta claro que seu verdadeiro intuito é o de confundir, como já declinado, para na confusão beneficiar-se da arrecadação de uma contribuição que não lhe é, nem nunca lhe foi devida.

O SINDILOJAS-SP reitera, neste ensejo, que já adotou e que adotará, sempre que necessário, todas as medidas judiciais e administrativas em face do seu nefasto comportamento.

A Diretoria
Aldo Rebelo comanda reunião de líderes para definir a agenda de votações
Joedson Alves/AE

RELATOR DEVE

PEDIR CASSAÇÃO DO DEPUTADO

PEDRO CORRÊA

Depoisde ouvirontem odepoimento do líder do PP na Câmara,MárioNegromonte (BA), o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) concluiu e já entregou o relatório contra odeputado Pedro Corrêa (PE),presidente doPP, quedeve ser pelacassação. Falta agora o Conselho de Ética marcar a data da reunião paraa apresentação do parecer. Na semana passada, Negromonte não compareceu ao depoimentono conselho para evitar a conclusão do processo, o que faria com que Corrêa fosse o primeiro parlamentar a ir a plenário este ano.

Negromente alegouquetinha fato relevantepara apresentar, mas fora acometido por uma virose. Ontem, porém, o relator disse que ele não apresentou nenhum fato que mudasse sua convicção. O empresário MarcosValério disseque repassou R$ 4,1 milhões para o PP de Corrêa, mas Negromonte disse que o partido só recebeu R$ 700 mil, dinheiro que teria sido usado para pagar os honorários do advogadodo deputado Ronivon Santiago (AC), que foi cassado. Segundo ele, o então líder do PP José Janene (PR) foi autorizado pela executiva do partido a conseguir dinheiro com o PT

para pagaros honorários,mas afirmou quenão houveuma reunião formal e que, por isso, nãofoi feitaatada reuniãoda executiva. Batomna cueca– Indagado pelo deputado Nelson Trad (PMDB-MS) por que quatro deputados do PP estão envolvidosnoescândalo –Pedro Corrêa, PedroHenry (MT),José Janene e Vadão Gomes (SP) –,Negromontedissequeopartidoestápagando pelo apoio dado aoPT. "O PPestá pagando o preço pelo apoio dado, mas não tem batomna cueca. Ninguém provou nada até agora contra eles." O deputado disse ainda que seu partido jamaisaceitaria dinheirodo extesoureiro do PT Delúbio Soaresse soubesse daverdadeira origem dos recursos. Fila – O conselho deve realizar hoje a leitura e a votação do processo contra o deputado Wanderval Santos (PL-SP). O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), relator do processo, acredita que não haverá pedido de vista. O próximo processonafilaéo do deputado Roberto Brant (PFL-MG). O presidentedo conselho,Ricardo Izar (PTB-SP), queria notificar ainda ontem Professor Luizinho(PT-SP)e Corrêapara tentar votar esta semana os relatórios contra os três. (AG)

●● ● TRABALHISTA (dissídios individuais e coletivos)

●● ●● ● REPRESENTAÇÃO COMERCIAL

Rua Mário Amaral, 335 - Paraíso S. Paulo/Capital - Tel/Fax: (11) 3885-0423 www.advrns.com.bradvrns@aasp.org.br

CORREGEDORIA – O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), enviou ontem à Corregedoria da Casa, cópia da defesa antecipada do deputado João Herrmann (PDT-SP), acusado pela CPMI dos Correios de receber uma mesada em torno de R$ 3 mil da empresa de transporte aéreo Beta. Nervoso com as suspeitas e empenhado em evitar uma denúncia ao Conselho de Ética, o próprio Herrmann tomou a iniciativa de procurar Rebelo ontem, com documentos que explicam a razão dos depósitos da Beta a seu favor. A CPMI suspeita de que a empresa, em parceria com a Skymaster, fraudava licitações dos Correios. Na sexta-feira, o PDT suspendeu o deputado até a investigação ser concluída.

PAULO DE TARSO, EXPULSO DO PT

EM 97, DEPÕE NA

CPI

DOS BINGOS.

ACPI dos Bingos voltaao trabalho comatomada de quatro depoimentos e a apresentação do relatório parcial sobre a renovação do contrato da Caixa Econômica Federal(CEF)com aGtech para a operacionalizaçãode toda a rede lotérica do País, incluindo o processamento da apuração dos ganhadores, rateio e repasse de prêmios. Hoje, os senadoresouvem o economista Paulo de Tarso Venceslau. Ex-secretário de Finanças de São José dos Campos, Venceslau teria denunciado, emabril de 1997,ao presidente do PT,naépoca Luiz InácioLuladaSilva, irregularidades envolvendo a empresa Consultoria Para Empresas e Municípios (CPEM), prestadora de serviçosa diversas prefeiturasdo partido.Segundo o economista, o esquema de corrupção era operado por Roberto Teixeira, compadre e amigo do presidente Lula desde a década de 80. Venceslau foi expulso do PT. Relatório – A apresentação do relatório parcial sobre a Gtech estáprevista paraamanhã. Aempresa éresponsável

pelo processamento de loteriasdaCEFdesde1997,conforme contrato que obtevepor meiode licitação pública.Segundo denúncias, Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil, e Rogério Buratti,secretáriodoministro daFazenda Antônio Palocci quando este era prefeito de Ribeirão Preto, pediram propinaà Gtechem troca da renovação do contrato com a Caixa, no início de 2003. Outros três depoimentos estão previstosparaocorrer na quinta-feira: os do servidor do Ministério da Fazenda lotado noRiodeJaneiro ÉderEustáquio Macedo e dos promotores de Justiçade CampinasRicardoJosé Gasques de Almeida Silvares e Fernando Pereira Vianna Neto. Olíder doPFLnoSenado, José Agripino(RN), disseque o ministro da Fazenda, AntonioPalocci, devecomparecer ainda esta semana ou no máximonapróximaà CPI."Não passa pela minha cabeça se ele vemounão.A dúvidaéseele vai vir nesta semana ou na próxima",disse.O presidenteda CPI,Efraim Moraes (PFL-PB) deve ligar para o ministro para tratar do assunto. (AS)

CPI dos Bingos vai apresentar nesta semana relatório parcial sobre a multinacional Gtech

Delúbio O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira

O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

O relatorOsmarSerragliodisseque vai destinar um capítulo do relatório final a "assuntos pendentes", que não puderam serinvestigados por faltade prazo ou de documentos. Segundo ele, existem temas, como fundos de pensão, sobre osquais seráimpossível terminar as investigações até o fim de fevereiro.

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética

O presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), anunciou que os relatórios sobre os deputados Wanderval Santos (PL-SP) eRoberto Brant(PFL-MG), deverão ser lidos e votados nesta semana. Segundo ele, é possível que o processo sobre odeputado ProfessorLuizinho (PTSP) também entre nessa lista.

Mendonça

O publicitário Duda

DM9, confirmou

Os repasses, segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

Lamas O ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação

CPMI do Mensalão

dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPI

Mendonça, da
ter recebido dinheiro de Marcos Valério no exterior.
da
ter recebido
dos Bingos Está marcado para hoje o depoimento do economista Paulo deTarso Venceslau, ex-militante do PT (expulso do partidoem 1998) edoex-secretáriodeFinanças da
Sergio Lima/Folha Imagem
Mário Negromonte: PP está pagando preço por ter apoiado PT.
Joedson
Alves/AE

TODOS NO PALANOUE

O prefeito Serra subiu ontem no palanque eleitoral, onde já estavam o presidente Lula e os governadores Alckmin e Rigotto. Eleições, página 5

CALOR

A polícia chega ao covil dos piratas

Até uma gravadora de CDs foi descoberta na 1ª blitz do ano (foto) contra a pirataria. Pág. 8

Recorde: 33,9

Ótimo para quem estava no litoral ou na 'praia' do Ibirapuera (fotos acima). Mas abrasador nas ruas. Página 12

Morno, nas lojas

As liquidações de verão (foto ao alto) pegaram os consumidores cautelosos e a economia desaquecida. Economia/1

100 mil fãs, e só 70 mil ingressos, poucos caixas para o atendimento, muitos 'espertinhos' nas filas: o resultado foi uma grande confusão. Página 9

a 3ª via, uma alternativa ao PSDB e ao PT. Seja quem for o candidato do PSDB, nós vamos buscar apoio se esse nome não estiver no 2º turno. Germano Rigotto
Halsey Madeira/Agência Facto/AE

IPC-S Educação e álcool elevam inflação para 0,76% na semana encerrada em 15 de janeiro.

IMPORTAÇÕES CRESCEM 11,2%

Abalança comercial começou o ano dando sinais de aquecimento no mercado interno. Na segunda semana de janeiro, a média diária das importações foi de US$ 306,6 milhões, o que representa um aumento de 11,2% em relação à primeira semana do mês. Por outro lado, a média das exportações foi de US$ 413,6 milhões (queda de 2,6% sobre a semana anterior). Entre os dias 9 e 15 de janeiro, as vendas somaram US$ 2,068 bilhões e as importações, US$ 1,533 bilhão, o que

GRIPE

Mais uma vítima fatal da gripe aviária, agora na Turquia, volta a assustar a Europa.

resultou em um superávit de US$ 535 milhões. Governo e economistas prevêem que um dos fatores que devem ajudar a economia a crescer em 2006 é o aquecimento do

mercado interno, com as compras internacionais. Eles apostam que o saldo da balança comercial deve fechar o ano um pouco abaixo dos US$ 44,7 bilhões registrados em 2005. (AE)

CIMENTOPLANEJAMENTO: RECURSO IGUAL

As secretarias de Direito Econômico (SDE) e de Acompanhamento Econômico (Seae) recomendaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a adoção de medida cautelar num contrato entre as empresas Camargo Corrêa e Cimento Rio Branco. O contrato prevê que a Rio Branco desative sua fábrica de cimento branco e o compre da Camargo Corrêa. (AG)

OAministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou ontem, em Curitiba, que o governo federal manterá o mesmo nível de investimento aplicado em 2005. A previsão é de que sejam usados R$ 18,5 bilhões em 2006, repetindo o valor investido em 2005. "Apesar de estarmos com a discussão orçamentária paralisada no Congresso,

realizamos algumas reuniões desde outubro e vamos começar os investimentos antes da votação", disse. Entre os recursos está a liberação da segunda parcela de R$ 75 milhões para o Projeto FuraFila, em São Paulo. De acordo com o ministro, a administração federal ainda tenta liberar as verbas para a adoção do Fundeb, programa que prevê a extensão do ensino fundamental. (AE)

SERASA ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO

inadimplência de pessoas físicas fechou 2005 com alta de 13,5% sobre 2004, de acordo com levantamento da Serasa. O indicador revelou que as dívidas com cartão de crédito e financeiras tiveram a maior participação na inadimplência de pessoa física em 2005 (34,4%), seguidas por cheques sem fundos (33%), dívidas com bancos (29,9%) e títulos protestados (2,7%). (AE)

Marcado para ser iniciado hoje, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o enriquecimento de urânio em escala industrial realizado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) foi adiado. A mudança de data é um problema recorrente, já que o começo das atividades foi prorrogado por quase dois anos, em função da insistência da Agência Internacional de Energia

Atômica (AIEA) em ter acesso à tecnologia brasileira. A inspeção teria como objetivo garantir que o material produzido não seria usado em bombas atômicas. Segundo a assessoria de imprensa da estatal, a nova data de inauguração depende "da agenda das autoridades".

A Fábrica de Combustível Nuclear está funcionando em fase de testes desde agosto. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Petrobras cancela licitação de gasoduto na Amazônia

Estudo mostra queda de trocas comerciais no Mercosul Embraer avalia entrada no novo mercado da Bovespa dia 19

COUROMODA

Setor reclama do câmbio

Na abertura da 33ª edição da Couromoda – Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e ArtefatosdeCouro–ontem,emSão Paulo, políticose representantes do setor elogiaram o esforço dosindustriais dosegmentocalçadistadiantedasdificuldades econômicasdo Paísem 2005. Noentanto, todosforam enfáticos ao criticar a atual política cambial e as elevadas taxas de juros e carga tributária. "As exportações do setor calçadista foram muito prejudicadas no ano passadoem decorrência da Selic (taxa básica de juros) e do câmbio. Aprendemos a controlar a inflação e agora precisamos ter como meta a eficiência tributária, paragerar mais empregos erenda", disseo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência da República. Além dele, participaram da cerimôniade aberturado evento, o prefeito José Serra, também pré-candidato, o ministrodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Fur-

lan, e representantes dosetor coureiro-calçadista. O prefeito José Serra criticou asituação docâmbio."Temos de criar leis de responsabilidade cambial,paranãocontinuarmos a perder mercado para os chineses", afirmou. Apostas – Reconhecido em todo omundo comoprodutor de calçados e artefatos de qualidade, o Brasil tem este ano um grande desafio a vencer no mercado externo: oferecer produtos de maior valor agregado e forte conteúdo de moda. Essas são as apostas da Democrata, uma das marcas líderes no País em sapatos masculinos. Para isso, a empresa está lançando na Couromoda 250 novos modelos de sua coleção outono/inverno. Entreo desenvolvimento dos produtos, feira e marketing, amarca investiu cerca de R$ 1,5 milhão. Uma das principais preocupaçõesdafabricanteécomodesign. "Nossa área de desenvolvimento pesquisou novos materiais e formatos para trazer as tendências de rua e de comportamentos sociaisparaaslinhasdamarca",disseo diretordemarketing daDe-

mocrata, Marcelo Paduletto. Aempresa exportaatualmentepara58países,oquerepresenta 47%desuaprodução.Por dia, sãoconfeccionadoscercade8mil pares. Paraeste ano, coma abertura de uma nova unidade fabril em Santa Quitéria,no Ceará, a marca pretende aumentarsua produção para 9 mil pares/dia. Influência feminina– Depois de realizar pesquisas com lojistase consumidores,a Democrata detectou que a mulher brasileira tem uma grande influência na compra do calçadomasculino.Poressemotivo, umacampanhajá estásendo planejada para incentivar as vendas do Dia dos Namorados com a ex-modelo e apresentadora de TV Adriane Galisteu. Outraempresa que aposta em uma beldade como estrela publicitária é a grife do estilista ArthurCaliman,quetraz Karina Bacchi nos comerciais. Suacoleção temmodelos em seda, cetim e jerseynas mais diversas estampas, como onça e leopardo. A novidade fica por conta do lançamento de saias e tops da marca. André Alves

No alto, à esq., Karina Bacchi –estrela das campanhas de Arthur Caliman. No alto, à dir., Alckmin, Serra e outras autoridades. À esq., exposição de calçados e acima, Paludetto, da Democrata.
Patrícia Cruz/Luz
Sebastião Moreira/AE

TV Digital deve chegar em 2007

Os testes começarão em meados deste ano e no começo do próximo ela estará disponível para o público

Tenho recebido muitas perguntas sobre TV Digital e as questões são as mais variadas: "Vou ter que trocar de TV?"; "O que vai melhorar para mim?"; "Quanto vai custar?". E por aí vai. Vou tentar responder de maneira clara a essas e outras questões baseado no que o mercado e mesmo o Ministro das Comunicações Hélio Costa tem dito em entrevistas.

A primeira coisa a ser dita é que o Brasil terá que escolher um padrão para a transmissão e recepção da TV digital. Atualmente existem três padrões no mundo: o americano, o europeu e o japonês. Não interessa aqui o que cada um faz e como funciona, mas existem diferenças e o Brasil terá que escolher um deles para implantar por aqui. Nos últimos anos perdemos muito tempo discutindo o desenvolvimento de um padrão exclusivamente brasileiro, o que foi descartado, felizmente. Digo isso porque se não temos condições nem para desenvolver tecnologias muito mais simples, que dirá um sistema completo de TV Digital. Antes que alguém se adiante em criticar o que estou dizendo, isso nada tem a ver com capacidade para desenvolver; cientistas capazes até que temos, mas a infra-estrutura oferecida é que são elas. Pois bem, o ministro vem dizendo que iremos optar por um dos três padrões até no máximo o mês de março,

porém com adaptações. Vale dizer que seja qual for o escolhido, ele irá sofrer modificações para adaptá-lo à realidade brasileira, que é muito diferente da americana, européia ou japonesa. Ele só não disse que implantações serão essas e como serão feitas, mas terão que ser implementadas até o mês de julho, pois as primeiras transmissões, em regime de teste, estão previstas para acontecer na cidade de São Paulo, durante a Copa 2006 na Alemanha. Aprovados os testes, está previsto que ela entre em operação até no máximo o começo de 2007 e é aí que começam a ocorrer as mudanças para os usuários finais e público em geral. No primeiro momento, que

deverá durar alguns anos, ninguém será obrigado a trocar de TV. As transmissões serão híbridas, ou seja, os sinais transmitidos pelas emissoras de TV serão digitais e continuarão a ser analógicos, que é o sinal recebido hoje por qualquer TV aberta. Mesmo quem optar por receber sinal digital não terá que trocar de TV imediatamente. Poderá adquirir uma caixa, semelhante à de TV a cabo, que nada mais é do que um receptor e decodificador de sinal. Serão ofertados no mercado vários padrões de caixa, desde o básico, que apenas recebe o sinal e possibilita ver a grade de programação até os mais sofisticados, com inúmeras

Charme francês e alta tecnologia nos lançamentos da LaCie

Drives externos de alta capacidade e design ultramoderno da companhia francesa já estão à venda no varejo brasileiro

funções: gravar um programa, acessar a internet pela TV, interagir com a programação em tempo real ou mesmo acionar a TV remotamente, via celular ou internet. Um exemplo que sempre dou e que fica mais fácil agora que o Big Brother está no ar, é a votação no paredão. Quando a TV Digital estiver em funcionamento, além da escolha ser feita do modo tradicional, via telefone e site, quem tiver TV Digital poderá votar via o controle remoto. Da mesma forma, essas consultas que o Fantástico realiza semanalmente querendo saber a opinião sobre determinado assunto, poderá ser feita em tempo real, também pelo controle remoto.

Assinados por designers mundialmente famosos,eles parecemobjetos dedecoração. Alguns são alegres e multicoloridos, outros em discretostons cinza eprata, para combinar com o ambiente oucom apersonalidade do usuário. Emboramuitoscaibam na palma da mão, podem armazenar centenasde Gigabytes e até 1 Terabyte. Assim são os drives externos da LaCie, que chegam ao Brasil através de acordo fechado com

a ControleNet,distribuidora focada em soluções para storage, edição de vídeo, wireless e security. Oprimeiro grupo de equipamentos para armazenamento de informações a chegar ao paísé compostoporHDs portáteis, externos,para notebooks e compatíveis com Apple.Já osprodutosda linhaoptical sãodrives DVDe CD-RW com a tecnologia LightScribe. Há15anosnomercado de tecnologia, presente nos EstadosUnidos,Canadá, México, países da Europa e Ásia, a francesa LaCie atuacomsoluções externas dearmazenamento de

- HD drive USB com capacidade para 60 GB (azul)

dados queauxiliam no gerenciamento diário de informações digitais. Seuprincipal nichode mercado são os periféricos para PCse Macintosh,oque lhegarante um faturamento anual na casa dos US$ 700 milhões e destaque na lista da Paris Nouveau Marché, umsegmento dabolsa de valores parisiense. Alémdatecnologia,aempresa atenta também para o design diferenciado deseus produtos. As criações ficam a cargo do designer francês Philippe Starck, que criou em 2004 dois mouses ópticos para a Microsoft; do designerNeilPoulton edamundialmente conhecida agência Porsche Design GmbH. O menor – Recentemente, a LaCieapresentouas primeiras novidades para 2006. Odestaque foipara oLittleBig Disk, desenhado porNeil Pulton e considerado o menor drive externo do mundo em sua categoria(320 GB),com vi-

sual integrável aos novos notebooksMacintosh,muitousados comoestaçõesportáteis detrabalho. Plugand play,o dispositivo écompatível tambémcom o sistema Windows XP/2000. Outro lançamento atraente é o Skwarin, um charmoso HD driveUSB,do tamanho de uma caixa de CD,com efeitovisual 3DcriadopeladesignerKarim Rashid.Acapacidade de armazenamento é indicada pelascores fashion–azul turquesa (60GB) e pink (30 GB).

JáoRugged éumsuperHD externo dealumínio comrevestimento de borracha colorida, resistente a quedas e em três versões, para armazenar 80, 100 ou 120 GB. Estas novas vedetes ainda não têm data para estrear no Brasil.

"Lego"– Disponível nas cores da bandeira francesa –vermelho, branco e azul– a família BrickdaLaCieéformada por HDsexternos modulares,que se encaixam uns nos outrose permitem ao usuário "brincar" com a armazenagem de dados, montando conjuntos de acordo com suas necessidades.

AfamíliaBrick, em módulos com capacidade para 40, 80 e120GB, desembarca no Brasil ainda neste mês de janeiro. Também está chegando oTwoBig–com designultra moderno e compacto, é um HD externo de altíssima capacidade, quearmazena 500 GB ou 1Tera de dados.

No varejo – Diversos produtos LaCie já estão disponíveis em lojas virtuais como Submarino, Americanas.com e Fnac. O maisrecente lançamentoé a versão externa do gravador de DVD Light Scribe, cujos recursos de impressão a laser permitemo registro de imagense textos no versoda mídia gravada –ideal para empresas que desejam imprimirsua marca em DVDs promocionais, por exemplo.

Nesta versão externa, o mesmo hardwareda autoraçãode áudio evídeo podeser utilizado em qualquer computador

A faixa de preço entre o básico e o mais sofisticado para os consumidores ainda não está definido, mas certamente terá que ser barato. O que irá determinar quanto tempo as transmissões ficarão híbridas é a aceitação do mercado para o novo padrão, mas acredita-se que ela será relativamente rápida e irá demorar muito menos tempo do que a troca dos aparelhos preto e branco pelos coloridos, que demorou quase 30 anos para ter toda sua base trocada. Nos Estados Unidos, por exemplo, está previsto que a partir de 2008 a TV analógica deixe de existir e a transmissão passe a ser 100% digital. Em termos de melhoria para os usuários, basicamente

com capacidade deconexão Fire Wire, USB ou ambas. O modelo pesa pouco maisde trêsquilose chega ao mercado porR$ 999, com pouca diferença de preçoem relação àversão interna, que custa em torno de R$ 800. Companhia perfeita parao notebook Apple Mac Mini, o mini HD externodaLacietanto pode serusado como back-up do Mac Mini hard drive quantocomo adição de capacidade de armazenamento ou facilitador de transferência de arquivos para outros computadores. Tem capacidade de 160GB (quatro mil horas de música, um milhão de fotos ou 300 horasde vídeo) epreço de R$ 1.350.

serão duas: qualidade de imagem e som. Os fantasmas serão definitivamente exorcizados das telas, as palhas de aço colocadas na ponta da antena interna para melhorar a recepção retornarão para a cozinha e o som será no mínimo estéreo, podendo chegar a 5.1 canais caso o usuário tenha um hometheater. Porém haverá diferença na qualidade de imagem entre os tipos de televisores: quem tem um comum, um pouco mais antigo, terá melhora na imagem, mas nada comparado a uma TV nova, com resolução maior e tela plana, por exemplo. Isso porque um aparelho comum trabalha com 540 linhas de resolução e os mais modernos, já prontos a receber o sinal da TV Digital, trabalham com 720 linhas. Como quanto maior a quantidade de linhas melhor a qualidade de imagem, a diferença será sentida. Essas são as melhorias imediatas que o público em geral irá sentir ao adotar o padrão digital em suas casas. Porém, a grande aposta do governo é quanto à inclusão digital da população distante dos grandes centros, pois será possível ter muito mais canais do que hoje, inclusive programação 100% regional, não importando o tamanho da localidade. E além da programação, um canal exclusivo para acesso à internet, coisa que é praticamente impossível hoje em regiões distantes. gojunior@videopress.com.br

Lapsemalta– Aparceriacom a LaCie vai possibilitar à ControleNet atender aum mercado emfranco crescimento,o desoluções para notebooks. Segundo Antonio CarlosOliveira, diretor de vendasda distribuidora, esse é um dos setores que mais cresce no mundo.

- HD externo de

Fotos:Divulgação
SKWARIM
LITTLE BIG DISK - Menor drive externo (320 GB)
BRICK FAMILYfamília de drives externos modulares
RUGGED

Na primeira blitz do ano, acharam até fábrica de CD

Asemanacomeçoucomuma nova blitznarua25 deMarço,noCentro da capital paulista. Na operação, realizadapela SubprefeituradaSé, em parceira com a Guarda Municipal Metropolitana,SecretariaEstadual daFazendaeCET, foramapreendidos 3,5milprodutos piratasou contrabandeados,entrebrinquedos, roupas, eletroeletrônicoseCDs. Amaioriadasmercadorias estava em um prédio na rua da Cantareira, 411. Apesar de ser residencial, o edifício funcionavacomodepósito de mercadoriasque abasteciamas lojas com produtoscontrabandeados. Lá foi apreendido também um computador usado para falsificar CDs e DVDs. Os fiscaistiveram dearrebentar oscadeados e as portas para entrar no local, que apresentava condições precárias, com fiação elétrica aparentee infiltrações.Oprédiofoi lacradopeloContru por falta de segurança. De acordo a Prefeitura,o objetivodablitz foidefiscalizar edetectar irregularidades de estabelecimentos comerciais, mercadoria pirata e comércio ambulante. Para o Secretário de Serviços e subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, que acompanhou a operação, "a força-tarefa é mais uma ação para combater as irregularidades da região". A fiscalização prossegue hoje,a partir das 7h,quando os funcionários queparticipamdaoperaçãose reunirão na rua da Cantareira, 390. No balanço divulgado ontem pela Subprefeitura da Sé, 14 estabelecimentos (lojas, guardavolumes) foram intimados a apresentar licença de funcionamento e a realizar obras de segurança. Em dois deles, mercadorias foram apreendidas por falta de nota fiscal. A operação apreendeu também 15 veículos por falta de documentação–seisdelestransportavam mercadorias sem nota fiscal – e 19 dezenove barracas de ambulantes que vendiam produtos sem nota. Participaram da operação a Guarda Civil Metropolitana (GCM),a Companhiade Engenharia de Tráfego (CET), o Departamento de Transporte Público (DTP), o Departamento de Controle e Uso do Solo (Contru) e a Secretaria da Fazenda, além das polícias Militar e Civil. Shopping – Fiscalizaçõesanterioreschegaram a realizar 370 vistorias nas regiões da Nova Luz, Campos Elíseos, Bom Retiro e a mesma região doMercado Municipalque agoraé novamente alvo deblitz. Em dezembro doano passado,foi realizadauma operaçãode combateà piratariae aoscrimes decontrabando pelaPolícia Federalno shopping25 deMarço. Olocal

pertence ao empresário Law Kin Chong, apontado comoum dos maiorescontrabandistas do país e que cumpre pena na PF, na Lapa. Em 23de dezembro,uma bombacaseira explodiu na rua25 de Março e feriuao menos 15 pessoas. O impacto da explosão destruiu a lixeira em que a bomba foi colocada, parte de um semáforo elevou opânico paracerca de100 mil pessoas quepassavam pelo local.Na época, a polícia trabalhava com a hipótese de "retaliação" da chamada máfia do contrabando às operações que a PF promove na região. (Agências)

Ladrões roubam 150 computadores do INSS

No posto do Tatuapé, bandidos entraram por uma janela lateral, sem grades, renderam o vigia e lotaram um caminhão com mais de uma centena de CPUs, instaladas há duas semanas

Mais de 150 computadores praticamentenovos, quehaviam sidoinstalados háapenas duassemanas, foramroubados da agência do INSS do bairro do Tatuapé, na zona leste da capital.Os ladrões pularam o muro da agência, porvolta das7h30m de domingo, e entraram no prédio por uma das janelaslaterais quenão temgrade. Lá dentro, eles renderam eamordaçaramo únicosegurança que estava de plantão, pegaram a chave do prédio e abriram o portão.Outros dois ladrões estacionaramum caminhão,que foi carregado com os equipamentos do INSS. Ontem de manhã, técnicos instalaram alguns computadores novos que ainda não estavam sendo usados. A direção do INSS informou ontem que deve religar algumas das CPUs antigas e que não estavam sendo usadas. Além disso, computadoresde outrasagênciasdevemser emprestados.Aagência doTatuapérecebe,em média, mil pessoas por dia.

Operação realizada ontem pela Subprefeitura da Sé resultou na apreensão de 3,5 mil produtos piratas, 19 barracas e 16 veículos sem documentação

Antônio Carlos Lima, gerente regional da PrevidênciaSocialdoestadodeSãoPaulo,disse queoINSStem umcontratocomumaempresa desegurança eque umapessoafaz avigilância durante24horas."Infelizmente issonãofoisuficiente para coibir a açãodosmarginais, que acabaram levando esses 150 equipamentos. Nósacabamosdecompraresses modelospor meio de um pregão eletrônico. Nós estamos trocando 27milequipamentos,todooparquede informática da Previdência Social. O custo unitário doscomputadores é deR$ 850,00.Nós estimamos aí um prejuízo de R$ 127 mil", disse Lima. O gerente disse que está trabalhando para a reposição dos equipamentos.Segundo ele, até amanhãoposto deveráestarcomatendimento normal. "Estamosatendendo oscasos deinformação e orientação, os casos de perícia médica e da manutenção de benefícios", afirmou. Novohorário –Desdeontem, váriasagências do INSS expandiram o horário de atendimento aopúblico.São23das26agênciasda capital e sete da GrandeSão Paulo. O funcionamento será das 8h até 18h ou de 7h às 17h. A ampliação, como explicou a assessoria de imprensa do INSS, faz parte das ações de melhoria do serviço. "Nemtodas asunidadesabrirão durante10 horas diárias por não terem meios técnicos, recursos humanos e logísticos necessários,ou porque a demanda não justifica a ampliação do horário", explicou uma nota da Previdência Socialdivulgadanasexta-feira.Ohoráriodeagendamento para períciamédica também foi aumentado, passando a ser das 7h às 21h. As agênciasnão distribuirãomaissenhaseaspessoas que estiveremno posto,mesmo depoisdo fim do expediente, serão atendidas.

Um show de filas e caos em SP e no Rio

Asegundaturnê do U2 pelo Brasilnão poderia ter nome mais adequado: "Vertigo"(vertigem, em inglês). Antesde se empolgar com as músicas do quarteto irlandês, em 20 de fevereirono Morumbi, milhares de fãs que se aglomeraram ontem nos pontos-de-venda, enfrentaram a falta de organização e os furadores de fila. Foi preciso esperar 12horas ou mais, sob solforte, numcaos desnecessárioe jamais vistoem outros grandes espetáculos no Brasil. Em nota,a Accioly Entretenimento ePlanmusic, responsável pela vinda da banda, pediu desculpas ao público pelos transtornos. A produção estimou que mais de 100 mil pessoas procuraram ingressos ontem,enquantoonúmerodeen-

tradas disponíveis para o show do dia 20era de 73 mil. Assim, confirmouoficialmente arealizaçãodo segundo showno dia 21. As informações sobreesseespetáculoserão divulgadas quinta-feira. Filas –Nos 12 pontos-devenda –10 lojas do Pão de Açúcar em São Paulo e 2 no Rio –, as filasformadas nofim desemana não andavam quando os guichês abriram,às 10h.No Shopping Villa-Lobos e na avenida Brigadeiro Luís Antônio, nosJardins,havia apenas um caixa.A dentistaSilviaRigote, de25anos,eraaprimeiradafila na Brigadeiro. Chegou no sábado de manhã. Mas não foi a primeira a comprar ingresso. LucianaAzevedo Santana,grávida de 7 meses, teve esse privilégio.Ela encabeçava afila preferencial.

Os fãsse irritaram coma esperteza de quemdeturpavao direito a atendimento preferencial. Na avenida Ricardo Jafet, zonasul, pernaquebrada oupar de muletassignificavam deficiência física.Mães e avósconvocadas para comprar ingressosehouve quem cobrasse R$170,00 paraguardar lugar nafila.Outroslevaram crianças de colo. NoVilla-Lobos, osportões do Pão de Açúcar foram fechados às 11h30 e apenas quem estavadentro(muitosdeles tinham furado afila)ficou. Diante da pressãodo público, funcionários prometeram, no fimda tarde,distribuir milsenhas, cada umadando direito a um ingresso,masprodução do show haviaanunciado que cada pessoa poderia comprar até 10 ingressos.

No

– A

de

Açúcar de Copacabana e Barra

Tijuca as filas que haviam se formado no domingo chegarama quase 1 quilômetro ontem. Em Copacabana, às 13h, havia 3 mil pessoasna fila. Os organizadores informaram que a procura foi maior do que se esperava. Segundo as empresas, os problemastécnicos foram contornados, as pessoas receberam senhase poderão comprar até 10 ingressos, como prometido. Quem tentou adquirir a entrada via internet, ontem, também enfrentou problemas. Devidoaogrande volumede acessos, ficou difícil conseguir acessar ositeTicketronics (www.ticketronics.net) durante todo o dia. (AE)

Pão de Açúcar, na avenida Brigadeiro Luis Antonio: longa fila de espera para comprar um ingresso. Um segundo show do U2 foi confirmado.
Rio
exemplo
São Paulo, houve tumulto também noRio. NaslojasdoPãode
da
Hipólito Pereira/AOG
Em Copacabana, a confusão não foi diferente e a polícia foi chamada

TESOURO

DÍVIDA MOBILIÁRIA VAI ALÉM DE R$ 1 TRI

Oestoque da dívida pública mobiliária federal interna deverá ultrapassar a marca deR$ 1 trilhãoem 2006. A informação foi dadaontem pelo secretário do Tesouro Nacional, JoaquimLevy, durante apresentação doPlanoAnual de Financiamento(PAF) do ano. Em dezembro de 2005, essa dívidaerade R$979,7 bilhões. Nasmetas doTesouro, essevalorficará entre R$1,13 trilhãoe R$ 1,2 trilhão no fim de 2006. Para a dívida pública federal, aestimativaanunciadaédeque oestoquepassede R$ 1,157 trilhão no fim de 2005 para um valor entre R$ 1,28 trilhão e R$ 1,36 trilhão em 2006. Segundo Levy, as necessidades de financiamento da dívida pública federal em 2006 são deR$419,4 bilhões. Essasnecessidadesrefletem osvencimentos da dívida pública mobiliária interna de R$ 451,4 bilhões e de R$ 30,1 bilhões referentes à dívida pública federal externa.Aoanunciaroplano,o

secretário enfatizouseus principais objetivos. Um deles é reduzir oscustosdo financiamento no longo prazo, assegurandoa manutençãodeníveis prudentesde riscoecontribuindopara o bom financiamento dos mercados de títulos públicos. Outrosobjetivos do Tesouro são o alongamento do prazo da dívida e a redução do percentual de débitos com vencimento em 12 meses. Mudança deperfil – Levy destacou aindaa importância demudança doperfil dadívida,enfatizando a eliminação quase completa dos papéis cambiais. Simultaneamente,o Tesouropretende acelerara troca dostítulosindexados à Selic por papéis pré-fixados. Os cenários de estresse traçados pelo Tesouro apontam para uma redução significativa do riscode financiamento da dívida pública. Levy disse queeventuais turbulências no mercado financeiro provocariamimpacto limitado na dívida pública. (AE)

Mercado aposta em corte de 0,75 ponto percentual na Selic

A s apostas do mercado concentram-se em um corte de0,75ponto percentualna reuniãode hoje eamanhã do Comitê dePolíticaMonetária (Copom). A taxa de juros, com isso, passaria dos atuais 18% para17,25%, menor percentual desde novembro. É o que mostra apesquisa demercado Focus, feita semanalmente pelo Banco Central (BC). Até a semana passada,a maioriadas instituições financeiras apostavam num corte de 0,5 ponto. As previsões para o final do ano continuaram estáveis em 15%. Nesse cenário, a taxa real de jurospoderia chegarao final do ano em 9%. A mudança dasapostas ocorrida após 11 semanasnão chegou a pegar de surpresa analistasde mer-

cado. "A pesquisa reflete o que osanalistasjá diziam",disseo economistada Arx Capital, Alexandre Sant'anna. A única surpresa, segundo ele, foi o estudo captaressapercepção aindaantes dareunião doCopom. O processo de adaptação dapesquisaaos dadosda atualidade costumaser mais demorado emrazão dametodologiausadapelo BC,que trabalha coma mediana das expectativase não com amédia. Com isto, as chances de oscilações bruscas nas projeções ficam reduzidas. A apostaem 0,75ponto percentualdecorte dosjuros,segundo Sant'anna, está baseada nosindicadoresdequea economia nãoestátãoaquecida como se esperava. (AE)

R$ 18,7 bi para habitação

Ofinanciamentoà habitação vaidispor de pelo menosR$ 18,7 bilhões em 2006, incluídos recursos públicos e os do Sistema Brasileirode Poupança e Empréstimos (SBPE). Do previsto para 2006, R$ 12 bilhões são recursos públicos e parte deles, R$ 10,3 bilhões, já estão disponíveis na Caixa Econômica Federal (CEF). Os números foram apresentados ontem por Jorge Mattoso, presidente da CEF, e Márcio Fortes,ministro dasCidades, durante balanço sobre a aplicação dos recursos de 2005emhabitação –o maior

investimento dobanco nosetor nos últimos dez anos. Boas notícias – Mattoso considera "alvissareiras" as perspectivaspara 2006. Nos dez primeirosdiasdoano,a CEF emprestou perto de R$ 220milhões,recordeparaoperíodo. O ano de 2006 também marcaa retomada dosfinanciamentos para a classe média, com recursos da poupança. Em 2005, osrecursos federais destinados à habitação privilegiaram famíliascom renda de atécinco salários mínimos. "Foi um ano de númerosextraordinários", disseo ministro Fortes. Foram

R$ 9,2 bilhões para o setor, ante R$ 6,2 bilhões de 2004. Novos recursos – Na contabilidade de 2005 ainda é preciso somarR$ 1,6 bilhão(do Orçamento Geral daUnião, repassados pelaCEF paraações de desenvolvimento urbano), totalizando recursospúblicos deR$ 10,8 bilhõesao setor. A CEF,naquele ano,contratou maisde R$10,6bilhões emhabitação, entre financiamento, consórcio imobiliário e desenvolvimento urbano.

Entretanto, João Cláudio Robusti, presidente do SindicatodaIndústria daConstrução Civil (Sinduscon-SP), fez

Estimativasindicam que o volume destinado aos financiamentos imobiliários deve crescer 50% neste anoegerarpertode R$7bilhões a mais em empréstimos para novas operações de créditodoque em 2005.É oque prevê o presidente da Associação Brasileira das Entida-

des de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Décio Tenerello. "O valor total disponível esteanodevechegara R$ 15 bilhões", diz. Segundo ele,desse total, cercadeR$7 bilhões virão dos bancos privados, R$ 2bilhõesdaCaixa EconômicaFederaleR$ 6bilhõesdo FundodeGarantia

do Tempo de Serviço (FGTS). Em2005,váriosbancosprivados reduziram os juros e aumentaram o prazode pagamentodosfinanciamentos,possibilitando que a indústria de imóveis desse um salto. A Nossa Caixa,porexemplo,anunciou, emdezembro, aredução das taxas para 7% ao ano.

O benefícioé válidopara os primeiros 36 meses dos contratos de financiamento de imóveis avaliados em até R$ 40 mil. Para valores acima disso, ou até R$ 100 mil,a cobrançaéde 8% ao ano.Já os imóveis de até R$ 150 mil possuem taxa de 10%. Acima desse valor, os juros cobrados chegam a 12%.

em 2006

duasressalvas ao "avanço indiscutível" da Caixa Econômica em 2005. Pediu maior agilidade para os processos e inversão da equação segundo a qual a maior parte dos recursos é destinada ao "atendimento habitacional (reformas,por exemplo), e não ao setor produtivo (novos imóveis)". "Faremos o quefor possível para melhorar", disse Mattoso. OpresidentedaCEF classificou ofinanciamento paramaterialdeconstrução como "atos democráticos de financiamento", que também geram emprego nas empresas.

Fátima Lourenço

Financiamentos imobiliários devem crescer 50% neste ano

R$ 15

bilhões deverá ser o montante disponível para o crédito imobiliário em 2006, segundo a Abecip. R$ 10

"O objetivoé ampliar acarteira decrédito habitacional", diz o diretor de operações daNossaCaixa, Natalino Gazonato. O Itaú também reduziu, em setembrodoano passado, a taxa de 12% para 8% nos imóveiscom valoresentreR$50

mil e R$ 100 mil. O valor é aplicado nosprimeiros36meses de contrato. Após esse período, a taxa volta para os 12%. Concorrência – O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estadode SãoPaulo(CRECI -SP), José Augusto Viana Neto, diz que o crescimento do mercado causa umasaudável disputa entre os bancos que oferecem o serviço. "Isso émuito bom, porque com a liberação do dinheiro, novos e m p re e n d imentos são construídos e, con seqüe ntemente, novos empregos são gerados", diz. Para opresidente do Sindicato da Habitação (Secovi - SP), Romeu Chap Chap, a classe média e de baixa renda foram asprincipais beneficiadaspelos financiamentos em 2005. "Este ano marcará, semdúvidaalguma, aefetiva retomada daindústria imobiliária nacional", conclui. Vanessa Rosal

Jorge Mattoso, da CEF: "Em 2006 Caixa já emprestou R$ 220 milhões"Márcio Fortes: R$ 9,2 bi ao setorCláudio Robusti: reformas
Leonardo Rodrigues/Hype

pessoas nos caixas no

varejo

Nos EUA, tecnologia gera rendimentos de US$ 161 bilhões em 2005

Aautomatização dos caixas no varejo ("self-checkout", em inglês) é uma tendência que deve seracompanhada comatenção. Deacordo comumapesquisada consultoriaIHLConsultingGroup, osrendimentos obtidos nosEUAcomcaixas que dispensam apresençahumana chegaram a US$161 bilhões em 2005 (o dobro doano anterior) epodem atingir US$ 454 bilhões em 2008.

Apesquisa da IHL nãoavaliou apenas as projeções de rendimentos, mas também a composição demográfica e preferências dos consumidores, edetectou tendências interessantes.

Segundo a pesquisa, os consumidoresmais jovens preferem fazer pagamentos de compras diretamente com máquinas automáticas, e têm pouca paciênciaparainteragircom umfuncionário. Entre os gêneros, os homens gostam mais dos caixas automatizados do que as mulheres –talvezporque apreciem menos oprocesso dacompra, e

querem abreviá-lo. Masaadoção decaixasautomatizados estálonge deser generalizada.Os executivosde tecnologia dos grandes varejistas encontram muita resistência à idéiade dispensara presença humana no término do compra. Mas para Greg Buzek, presidente da IHL Consulting, os diretoresdessas empresasnão mostram grande conhecimento sobre os consumidores. Buzekcitao exemplodarede Target nos EUA. A Target é uma das gigantes do varejo a recusar oscaixas automatizados. Segundo Buzek, a Target acreditaque oscons u m i d o re s nãogostam de processar suas comprassozinhos.Mas a pesquisa daIHL mostrouque 22% dos clientes da Target usam caixasautomáticos"otempotodo", em outros estabelecimentos comerciais. Além disso, a pesquisamostrou que 99%dos entrevistados disseram que usam caixasde pagamentoautomáticoregularmenteemcompras.Já a redeKmart foi uma das pri-

meiras aadotar atecnologia –e suspendeu seu uso logo depois, devido à falta de interesse dos clientes. Arede acaboude fundir-seàSears,eé possívelque volte atentarusarcaixasautomatizados em breve. Uma das conclusões mais curiosas da pesquisa da IHL é que o uso dos caixas automáticos no varejoaumentadeacordocoma instalaçãodesses caixas naslojas.Emoutraspalavras, ao ver mais caixasautomáticos naslojas, osconsumidores sesentem mais confortáveis para usá-los. O uso de caixas automatizados para compras não é novidadenosEUAeEuropa.Ospostos de combustíveis há anos usam máquinas para o pagamento

Internet nas alturas

Provedor Mandic é o primeiro no Brasil a oferecer aos usuários a possibilidade de navegar na web em viagens aéreas

Sair na frente é com ele mesmo. Provedor pioneirodainternetnoBrasil, AleksandarMandic agora resolveuvoar aindaalto, mais exatamente a 30 mil pés, e tornar-se oprimeiroprovador do paísadisponibilizaraos usuários conexãoà webdentro de aviões, através do programa Connexion by Boeing.

A Mandic, que já oferecia conexões Wi-Fi, está lançando o mandic:boeing, um ambiente virtual empleno vôo.A conexão, via wireless, possibilita ao usuário navegarem altavelocidade,sem limite de tempo, por uma taxa fixa cobrada diretamente emsua conta do mandic:mail.

Aconexão nasalturas,através do serviço da fabricante de aeronaves Boeing,jáestádisponível diariamente emuma centena de aviões, distribuídos em vôos para vários países,comoBrasil, Alemanha, Estados Unidos,Japão, China, Israel,Singapura, Argentina, Egito e Índia, entre outros. Diversaslinhas aéreas possuem parceria com a conexão via Boeing, e tudo que o passageiro necessita para surfar na internet durante as viagens é de umprovedor deacesso –no caso do Brasil, a Mandic. Entre as companhias que possuem jatos equipados da Boeing estão Lufthansa –que voa de São Paulo paraa Europa–, Japan Airlines (JAL), Linhas Aéreas de Singapura, SAS e El Al. Como funciona – A bordo de umvôo comConnexionby Boeing, o internauta, em vez do discadorconvencional, usaum navegador, como o Internet Explorer,onde indicaseue-mail da Mandic e a senha de acesso. Aconexãoé feitapormeio de umaantena, montada na própria fuselagem do avião, quefaza comunicaçãocom

Os caixas automáticos facilitam as compras; à esq., consumidora passa os produtos por uma máquina de selfcheckout em supermercado norteamericano, mas são os jovens que preferem usar os caixas automáticos

automático, evárias lojas de conveniência oferecem a opção. O argumento das empresas que fabricam esses caixas para o varejoé queasmáquinas vãomelhorar aqualidade do serviço, transferindo opessoaldos caixas –onde eles acrescentam pouco valor ao processo da compra– para tarefas de maior envolvimento com o cliente, como levar as compras até o automóvel, preparar refeições que serão vendidasprontas, fazer arranjos florais e desempenhar funções naspastelarias epadariasdaslojas. Éclaroqueessa tecnologiatambémrepresentaa possibilidadedareduçãopurae simples de pessoal nas lojas. O dado mais interessante da

pesquisa éque aspessoas entre 19e 25anospreferem oscaixas automatizados, porque fazem parte deuma geraçãomuito familiarizada com tecnologias desse tipo. E cerca de 48%dos entrevistados disseramque preferem não depender de uma pessoa parafinalizar suascompras.Umageraçãotalvez mais individualista, que prefere interagir com máquinassofisticadas do que com humanos. O presidente da IHLteoriza queanovageraçãoencaraacortesia profissional do atendimento nos caixas como algo forçadoe artificial–algo que os maisjovensabominamnaexperiênciadeconsumo.Buzektambémressalta adiferença entre gênerosnousode caixasautomatizados. Apesquisa da IHL mostra queo carrinhotípico do consumidor masculinoésempremenoscheiodoqueo da mulher, eque oshomens prefe-

rem as máquinas porque compram menose nãotêm paciência para esperar em filas com poucos produtos no carrinho. Um dado da pesquisa mostra que 52% dos entrevistados se mostramincomodadosquando o pagamentoautomático éinterrompido emandamento devido a algum problema técnico, tornando necessária a intervenção deum funcionário.Para os entrevistados, essas falhas do equipamento ainda são muito freqüentes, e isso desestimula o seu uso.Uma preocupaçãodos varejistas eraque aadoção dos caixasautomáticosfizesse aumentara incidência de furtos. Mas a pesquisa indicou que, após um pico inicial defurtos naslojascommáquinas,o número de delitos caiu rapidamente, com mudanças na política de segurança e posicionamento das máquinas. sergiokulpas@gmail.com

um satélitegeo-estacionário e transmiteos dadosparaas estações em terra. Dessa forma, o sistema garante uma comunicação segura. Pormeiode umaredecompartilhada, avelocidadepara navegar é comparável à de uma conexão de bandalarga, viaTV acaboouADSL. Aconexão com cartão wi-fi é a mesmafeita em terra, e alatência dos dados é mínima, em média um segundo, ou menos. Para navegar, é preciso computadortipo notebook (PC) com sistemaoperacional Windows 95 ou versão avançada, ou notebook Apple Macintosh com OSX do mac ouOS9 e Open Transport 2.6, além de cartão wi-fi configurado e operacional da rede 802.11b. Onavegadorpodesero Internet Explorer a partir da versão 5.0ou Netscape comSSL e

Javascripthabilitado. Após entrar, basta selecionar uma das opçõesde pacotede navegação. O internauta pode pode permanecerconectado ouse reconectar quantas vezes for necessário durante o vôo, por uma taxa fixa. "Queremosconsolidar não apenas maisuma parceria, coma Boeing,mas tambéma aproximaçãocom nossos usuários,poiseles poderão utilizar os serviços da mandic em qualquer lugar do mundo.", diz Aleksandar Mandic. Oprovedor Mandicoferece acesso discadoe acessobanda largaWi-Fiem todoo Brasile no exterior, operando em mais de 150 países. Rachel Melamet

Mais informações: www.mandic.com.br/ boeing.

1,77%

AEntre no armário para se divertir

A Disney traduziu para o português o jogo baseado no filme "As Crônicas de Nárnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa"

história infanto-juvenil

"As Crônicasde Nárnia", criada em 1950 pelo escritor C.S.Lewis, nãosó setornouum grandesucesso nas telonas do cinema, como reacendeuavontadepela leitura demuitos fãsdesse clássico da literatura inglesa. Não impressiona ofato de a WaltDisneyPictureseaWalden Mediadaremachance aos amantes datramamergulharem de cabeça na superproduçãoaotransformarem ofilme em ótimogame paracomputador, com o mesmo título e história.Antesde qualquercoisa,é

precisoparabenizaraDisneydo Brasil, pela iniciativa de trazer o jogo localizado, ou seja, por ter a sensatez detraduzir ostextos e fazer a dublagem para o nosso idioma, já que se trata de um jogo para crianças e jovens. O não entendimento dahistória edas tarefaspedidaspodedificultara jogabilidade e aconclusãodo objetivo da missão. Voltando à análise,a história do gamefoi baseada nofilme e, assimcomonolonga,ojogotraz momentos emocionantes. A fuga dosirmãosPedro, Susana, EdmundoeLúciadacasaparao abrigo antiaéreo,para seprote-

geremdoataqueda2.ª Guerra Mundial,éum deles.Ojogo também mostraalgumas cenas do filme, como a viagem para casa do velho professor Kirkie, queficalonge da cidade onde estão acontecendo os ataques; e a descoberta do guarda-roupa. Essaexperiência nosconvida a entrarna imaginaçãode uma criança em uma aventura sem precedentes. Umportalescondido no guarda-roupa, descoberto porLúcia, levaos irmãos aomundodeNárnia,terrahabitada por criaturas estranhas e mágicas,ameaçadas poruma malignafeiticeira.Abruxatenta

dominaro mundoencantado trazendo o frio, em uma era glacial sem fim. Os irmãos deverão se juntarao grandeleão Aslam para lutar elivrar essemundo das garras da Feiticeira Branca. O guarda-roupa seráa chave paracadaum dos 15níveis do jogo, que poderão ser escolhidos aleatoriamente. Porém, a históriaébeminteressanteseseguida a ordem cronológica. O jogador também poderá optar pelo personagem, lembrando que cada um tem habilidades diferentes e que se expandem na medida em que se avança na partida.O maisvelho dosirmãos, por exemplo, é o líder do grupo eo mais forte entreas crianças.Alémdisso,suahabilidade com a espada o torna mais eficiente nos combates. Susana tem maturidade, paciência e mira precisa, sendo uma ótimaopção quandoo inimigo está a uma certa distância. O jovem Edmundo tem uma agilidade natural para escalar e cruzartrilhasinacessíveis. Jáa pequena Lúcia tem em suas mãoso poder dacura,através da Poção da Flor do Fogo.

AS CRÔNICAS DE

Requisitos

Além de usar as habilidades decada personagem, ogamer poderá formar equipes, combinando golpes.Ou seja, dependendo do desafio a enfrentar, poderáseassociaraoutroirmão

Pevensie. Pedro e Susana juntos, por exemplo, podem destruiralvoseinimigosmaisaltos, já que Pedro carrega Susana nas costas, dando-lhemaisaltura para atirar projéteis.

Durante a aventura, os irmãos podem recolher moedas de Nárnia,queservirãopara comprarnovashabilidadesereforços queficam disponíveisao longo dos níveis e a qualquer

As pequenas que não negam fogo

De marcas pouco conhecidas, essas maquininhas cumprem bem o seu papel

ÉO resultado dos testes com essas máquinas surpreendeu e foi muito interessante

muitocomumadquirir câmerasdigitais que possuem marcasconhecidas em todo o mundo. Às vezes, por causa dessa atitude, perde-se a oportunidadedeterumaboacâmerae porumpreçoaté maisem conta em relação àquelas conhecidas.Éo casodascâmeras Genius eAiptek, quenãoperdemnadapara outras da mesma linha. O modelo da Genius éa G-Shot P611 (cerca de R$600), da linha G-Shot, bastanteusadanos EUAe comuma delicada capa móvel para proteger a objetiva. A capacidade de resolução é de 3 Megapixels (2.032 x1.520 pixels), éfininha ecabe nobolso ou nabolsa. Seguea tendência das digitais, usandoo sensor CMOS paracapturadasimagens, fatorque possibilita seu tamanho diminuto.

Possuiapenas zoom digital dequatrovezes, recurso que tem famade roubara qualidade da imagem e distorcê-la. Apesar disso,pode ser usada certaperspicácia emdeterminadascenas. Alcança6,3Megapixels, masnão é indicado em situações em que a fotografiaédepaisagensdistantes.Essa resoluçãoé forçadae osensor foi confeccionado para fotos de3 Megapixels.A resolu-

ção de 6,3 Megapixels vai causar oaumento dospixels, ospontosqueformam a imagem, fazendocom queperca a nitideznecessária paraessetipo de imagem.

A G-Shot P611 é do tipo 3 em 1: câmera,vídeoe webcam. Nos testes, essesrecursos tiveram bomdesempenho.Tem memória interna de16 Megabytes, mas utiliza cartõesde memória SD (SecureDigitalCard)e MMC(MultiMediaCard). O pacote incluio CDROM PhotoSuite e PhotoVista para editar imagens. Nas filmagens, acapacidade éde 320 x 240 ou 24fotos por segundo, com formatoMPEG-1. Utiliza duas pilhas alcalinas do tipo AAA e pesa 82 gramas.

A PocketCam 3MB (R$ 799) é produzida pela Aiptek, outra marca um tanto desconhecida, porém,éidealparaquemvaise iniciarna eradigital.Possui3 Megapixels,zoom digital de quatro vezes, visor de 1,5 polegadaeutilizacartõesCF(CompactFlash), que acompanha a câmera. Grava vídeos no formato AVI, muito fáceis de pro-

duzir em computadores,possibilitando cortes e montagens. Como utiliza pilhas AA, o ideal é adquirir as recarregáveis.

Jáa PocketCam 4000(cerca de R$ 1.250), da Aiptek, tem resolução de 4Megabytes,com função de webCam, gravação de vídeos com som, e memória interna de 16 Megabytes.

Dispõeaindadevários recursos internos comodatador pararegistrar datanasfotos, flashcomredutordeolhosvermelho,efeitos para fotografar empreto-e-brancoou recurso sépia ezoom digitalde quatro vezes. Pesa200 gramase vem com umsuporte demão, além de programas paraproduzir imagens de 360 graus. Para vocênãosepreocuparcompilhas e baterias, ela játraz quatro pilhas AA1800mAhrecarregáveis e um carregador Power Bank de 120 volts. Paraostestes dastrêscâmeras, fotografamos texturas de materiais variados, panos, desenhosemadeiras.Porpossuir cores fortes, contrastese tonalidades, as texturasmostram a potencialidade dasmáquinas em relação à objetiva e o sensor de captura das imagens. As fotosforamtiradas àluzdodia normal, sem uso deflash e nas capacidades de resolução de cada uma delas.

momento do jogo. O inventário mostratodos ositensque jáforam comprados, os que ainda nãoforamequantas moedas, bônus ouestátuas (úteisna batalha contra a Feiticeira Branca) o jogador ainda tem. Aqualidade gráficadogame émuitoboa,comambientesque reproduzemde formadetalhada oscenários geladosdo filme e as assustadoras criaturas de Nárnia. Além disso, foram inseridosalgunstrechos dofilme paraaumentaraemoção.Osom é de primeira, commúsicas e efeitos sonoros que colocam o jogador no clima da aventura.

O fim das câmeras Contax e Kyocera

O "British Journal of Photography" (www.bjp-online.com/public/showPage. html?page=210204) anunciou que a manufatura de câmeras 35 mm tradicionais da Contax e Kyocera encerrou as atividades e os produtos digitais devem seguir o mesmo caminho até o final de 2005, fato que marca o fim de uma era.

Um porta-voz da Kyocera na Inglaterra confirmou ao jornal britânico que a fábrica já cessou a produção de equipamentos, incluindo a câmera eletrônica Contax G2. As operações nos EUA também foram fechadas e a distribuição dos produtos foi transferida a um distribuidor norte-americano, a empresa Tocad. Segundo conta o jornal, o executivo Frazer Allen, da Kyocera na Inglaterra, disse que a companhia tomou a decisão devido aos problemas de mercado e por razões financeiras. Allen também disse que Kyocera está planejando concentrar seus negócios no setor de telefonia celular, embora continue fabricando outros produtos eletrônicos. Apesar desse anúncio, há rumores circulando sobre lançamentos de novos equipamentos da Contax de formato médio para profissionais, como o Mark II 645. Mas Allen nada confirmou.

A história da Contax começou com Carl Zeiss, que fabricava lupas de alta qualidade em 1846. Em 1925, passou a fabricar máquinas fotográficas e, no ano seguinte, comprou quatro pequenas empresas: Ica, Contessa-Nettel, Ernemann e Goertz para formar a Zeiss Ikon AG, que passou a competir com os fabricantes da lendária Leica. Entre 1932 e 1938, a Zeiss Ikon comercializou o modelo Mark I, que foi topo dos equipamentos da época, e até 1945, fabricou a Mark II.

Depois da 2ª guerra mundial, a companhia foi dividida com a Alemanha, porém, essa divisão não representou problemas para a Carl Zeiss, que apresentou a primeira câmera de formato 35 mm na feira Leipzig Spring Fair, em 1949. Era a Contax S, produzida pela Zeiss do lado Ocidental do país e que fez grande sucesso entre os fotógrafos.

No final dos anos 60, na competição entre os equipamentos fotográficos, o Japão ganhou destaque. Por outro lado, as condições econômicas da Alemanha fizeram Carl Zeiss cessar a produção, acabando por fazer um acordo e se associando a Yashica, uma das indústrias eletrônicas gigantes do Japão. O primeiro produto dessa união foi a Contax RTS, lançada na feira da Photokina,

na Alemanha, em1974.A Kyocera, fundada em Kioto, no Japão em 1959, adquiriu a Yashica e a marca Contax foi incluída na transação. As instalações industriais da Yashica do Brasil localiza-se na cidade de Sorocaba (SP). (AMG)
PocketCam 3MB da Aiptek
PocketCam 4000, também da Aiptek Genius G-Shot P611
Além de usar as habilidades de cada personagem, o gamer poderá formar equipes, combinando golpes

ALTA NA PRODUÇÃO DE ÁLCOOL ELEVA O PREÇO DO AÇÚCAR

O açúcar refinado já está mais caro 5,25% no mercado. Isso porque os produtores deram prioridade para o álcool, que ganhou a preferência do consumidor brasileiro graças aos carros com motores bicombustíveis. A entressafra do produto também está forçando a alta de preços, que só devem cair a partir de maio.

Parteda produção de cana-de-açúcar que poderia ter sido destinadaàfabricaçãode açúcar seguiu para a de álcool. O resultado foi a alta generalizada nos preços da mercadoria. O produto continua sendo o que proporciona maiores lucros aos empresários do setor. No entanto, é o álcool que tem mais chancesde alcançar novos mercados no exterior. Isso graças,principalmente, aos elevados preços do petróleo e, por aqui, ao sucesso dos carros bicombustíveis, segundo a analista econômica Giovana Araújo, daConsultoriaDatagro,quecompila dadosdosetor sucro-alcooleiro.

Em razão de os usineiros darem prioridade à produção do álcool, o açúcar refinado registrou alta de 5,25% no mercado brasileiro. Já o cristal teveaumentou2,03% desdeo início de dezembro de 2005, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Outro fatorque determinou o aumento de preço do açúcar no mercado interno é que o valor do produto também está atrelado às cotações internacionais, segundo Giovana. Além disso, o País passa pelo períodode entressafra. "O resultadoéumasafrajusta. A trajetória de alta de preços não deve se dissipar facilmente, mesmo com o início da nova safra em abril", diz a analista. Apesarde afastarapossibilidade de faltar açúcar no mercado nacional, Giovana sinali-

za que, ao contrário do álcool, que tem o preço definido pela oferta nasusinas, o açúcar acompanha os valores do mercado internacional,porser uma commodity com peso nas exportações brasileiras.

Efeitos –A indústria também está sentindoos efeitos da altano preçodoaçúcar, principalmente os fabricantes de doces e balas. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Getúlio Ursulino Netto, se reúne hoje com empresários do setor e o presidente da União da AgroindústriaCanavieirade São Paulo (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho, na tentativa de um acordo para o segmento. Segundo a pesquisadora do Centrode EstudosAvançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), Heloísa Burnquist, o consumo interno anual de açúcar no Brasil tem se mantidonamédiade 55quilos por pessoa. "O uso de mais de 50% da moagem de cana para a produção de álcool contribuiu para odesequilíbrionopreço. Talvez haja umaleve redução na cotação no começo da safra, em abril", acrescenta Heloísa. Moagem –A região CentroSul, responsável por 85% da produção decana-de-açúcar noPaís,moeu 336 milhõesde toneladas,volume2,6% abaixodaprevisãoinicialdaUnica, de 345 milhões de toneladas na safra 05/06, em abril de 2005. "Em comparaçãocom os328,9

milhões de toneladas do período 04/05, houve incremento de 2,1%. E o nível de açúcar total recuperável (ATR), que mede o volume de matéria-prima utilizadapara transformação em açúcar e em álcool, teve umaumento de 2,6%", diz o presidente daUnica, Eduardo Pereira de Carvalho.

Ele afirmaque asafra 05/06 foi basicamente alcooleira, comaproduçãode14,4bilhões de litros no Centro-Sul, ou seja, 5,9% acima dos 13,593 bilhões delitros da safra anterior. A produção de açúcar somou 22,05milhões detoneladas, 0,3%abaixodos 22,122 milhões da safra 04/05. Quanto àsexportaçõesda região, conta o presidenteda Unica, as de álcool devem girar em tornode 1,850bilhão de litros, 5,2% abaixo de 1,952 bilhão de litros do mesmo período anterior. "Já os embarques de açúcardevem totalizar 14,5 milhões de toneladas, valorpróximoaos14,25 milhões detoneladas registrados na última safra", revela. Novas usinas – Segundo Carvalho,na próximasafra, 19 novas usinasdevem entrar em operação noPaís. "Essas novas unidades devem ajudar com um acréscimonaprodução nacionalde 15milhões de toneladas de cana", afirma. Aexpectativaéde quesejam moídas aproximadamente 410 milhões de toneladas de can-de-açúcar paraaprodução de açúcar e álcool.

Ana Laura Diniz

A produção de açúcar na safra 2005/2006 somou 22,05 milhões de toneladas do produto. Apesar disso, o açúcar refinado está 5,25% mais caro desde dezembro.

Embrapa inaugura em abril usina de biodiesel

AEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa) inaugura até abril uma usina termoelétrica com capacidade parautilizaratémil litrosde biodiesel do óleode dendê por dia. Um convênio no valorde R$806mil foiassinado no fim do ano passado, no Rio de Janeiro,para aconstrução da usina pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), com apoio do Comando Militar da Amazônia (CMA).O convênio com o Exército servirá para um projeto mais ambicioso: construção deusinasdebiodiesel nas áreas de fronteira da Amazônia,onde asForças Armadasmantêm pelotões e não há energia elétrica. De acordo com o pesquisador da Embrapa Ricardo Lopes, ausina serádesenvolvida no campo experimental do Rio Urubu, no município de Rio Preto da Eva, a 80 quilômetros deManaus, onde aempresa tem uma plantação de 412 hectares de dendê. Este ano serão plantados cercade100hectares dedendezeiros. NoBrasil, 80% doóleo de dendêvem do Pará. Na AméricadoSul,o maior produtoré aColômbia. Os campeões mundiais são Malásia e Indonésia. (AE)

As usinas da região Centro-Sul são responsáveis por 85% da produção nacional de açúcar e álcool
Ernesto Rodrigues
Mauricio de Souza/AE
Alex Silva/AE

Turismo de negócios em expansão

A cidade de Campinas e região vêm atraindo grande número de convenções corporativas, mesmo nos meses de férias

Ofinaldesemana do executivo Layr Malta não foi reservado ao descanso com a família. Danoitedesexta-feiraatéa tardede domingoelee mais 50 pessoas, entre profissionais liberais, diretores e funcionários deempresas, mergulharam em um programa de treinamento intensivo nas dependênciasbucólicas de um hotel fazenda em Campinas.Mesmo em janeiro, mês de férias,oseventos corporativos disputam espaço com o lazer nas agendas hoteleiras e deixam antever um ano bastante promissor parao segmento. Segundo empresários do setor, o turismo de negócios devecrescer20%em 2006 graças a diferenciais na região cada vez mais valorizados na organização deeventos, sobretudopor clientes de São Paulo.

Proximidade com a capital, acesso rápido a várias rodovias, diferentes opções para entretenimento e a tranqüilidade interiorana são qualidades que tornaram a região uma das maisatraentese competitivas praçaspara oturismo de negócios.

De acordo com o Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, 6 mil eventos sãopromovidos anualmente para cerca de 2,5 milhões de participantes. Eles vão desde pequenas reuniões, a partir de R$ 500,00, à convenções de indústrias farmacêuticas e automobilísticas e congressos médicos que podem custar até R$ 900 mil. O setor responde por 12 mil postos de trabalho, dos quais 4 mil diretos, e gera uma receita da ordem de R$ 1 bilhão.

"A hotelaria regional oferece, em quantidade e emqualidade,o quede melhor existepara oturismo de negócios",enfatiza SheilaGuedes,gerente de eventosdoTheRoyalPalm Plaza Hotel Resort. "Só ficamos atrásquando odestino é o Nordeste do País". Em 2005 o hotel sediou perto de mileventos,80% dos quais para clientes do eixo São Paulo-Rio, como a Caterpillar, multinacional fabricante de equipamentos para terraplenagem.

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Evento realizado em uma das salas do Hotel Royal Palm Plaza, em Campinas

Layr Malta, da Leader Training, prefere realizar eventos no interior por ser um atrativo a mais para os funcionários

Sheila Guedes, do The Royal Palm Plaza Hotel Resort, acredita que a região só fica atrás do Nordeste do País, quando o assunto é a expansão do turismo de negócios

A empresa, com sede administrativa na capital, convida anualmente 1,5 mil clientesdo Brasil e da América Latina para visitar a fábrica em Piracicaba. Segundo Marta Okamoto, coordenadora de eventos da companhia, a logística do encontro é muito facilitada pela localização estratégica do hotel, perto de rodovias edo aeroporto de

ntre 1999 e 2004, 24 novos hotéis foram construídos, todos eles com espaço para eventos. Essa expansão, que elevou de pouco mais de 2,5 mil para cerca de 6 mil quartos a capacidade regional, foi resultado de investimentos diretos que ultrapassaram R$ 200 milhões e consolidou a vocação da região para eventos de negócios.

Acidade de Campinasvai começar, no próximo dia 23, um trabalho social com moradores derua. Umaparceriafeita entre a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic),prefeituraeo Fórumde EntidadeseÓrgãos, queatuajuntoàpopulaçãoderua,feznascera "Casa deCidadania",um espaço deconveniência para queelespossamter acesso ahigienepessoal,

Fátima Renzzo, do Hotel Vacance, acredita que o interior tem mais opções de lazer e entretenimento do que a capital para oferecer aos participantes dos eventos

Viracopos. "Antes hospedadosemSãoPaulo,osparticipantes tinham que acordar às5 horas parapoder escapar doscongestionamentos echegar pela manhã à fábrica. Era uma loucura", conta a executiva. "Quando umevento precisa aliar infra-estrutura e opções de lazer e entretenimento, os hotéis do interior sãoimbatíveis",dizLeôncio

Emblemático dos investimentos realizados na região é o The Royal Palm Plaza Hotel Resort, com 52 mil m² de área construída, erguido há sete anos pelo grupo Arcel. A Accor Hotels foi uma das redes internacionais que fincaram suas bandeiras em território campineiro, construindo dois hotéis das marcas francesas Ibis e Mercure no centro

refeições noturnas,trabalho com grupos de reflexão e sócio-educativos e, futuramente, oficinas. Para disponibilizar o novo espaço, umprédio localizadonoTerminalCentral, abaixo do Viaduto Cury, foi recuperado e estruturado pararecebê-los."AAcicdooua iluminação e osmóveis.Esperamos, comoespaço, dar um pouco de dignidade paraestes moradores, queantescomiamnas ruas enão tinhamlocal pa-

de Arruda, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor). Com 28 mil sócios,a entidade écliente assídua de espaços daregião, como o Hotel Fazenda Solar dasAndorinhas–uma fazendacafeeirarestaurada naregião rural de Campinas –,e oHotel Vacance, na estância hidromineral de Águas de Lindóia.

financeiro e comercial da cidade. Blue Tree Hotels, Sol Inn e Meliá também investiram em unidades e, até mesmo quem nasceu com um perfil inicialmente para o lazer, acabou estruturando-se para atender o público corporativos. É o caso do Hotel Village Eldorado, em Atibaia, onde os eventos, após a remodelação das instalações, com maior

ra tomar banho", diz o viceprefeito deCampinas e presidentedaAcic, Guilherme Campos Júnior. A prefeitura cadastrou entidades assistenciais e voluntários que distribuíamalimentos nas praças da cidade para ajudar no projeto. "Será um trabalho coletivoporque contaremoscom oapoio de todos", garante a coordenadora setorialde acolhimento e referenciamento social daprefeitura,Cátia

Vantagens – "Temos áreasmuito mais amplas do que os melhores hotéis dacapital eproporcionamos alternativas de lazer tanto internamente quanto nas cidades em que estamos localizados", observa Fátima Renzzo, coordenadora deeventos doVacance.O aumentonaprocura fezcom que o hotel inaugurasse recentemente um novosalão de convenções para 1.650 lugares e abrisse espaço na agenda em janeiro,mêstipicamente de fériasfamiliares, para eventos corporativos. Nancy Cônsole,gerente administrativa do Solar das Andorinhas, também constata o fenômeno atípico para a época: 40% do hotel,que tementreclientes empresas como Ambev, Perdigão, Motorolae Petrobrás,estão ocupados neste mês com eventos. "É sinal de que o ano promete superar as expectativas", acredita. Os 544eventos realizados em 2005 responderam por 80% da ocupação do lugar, com um crescimento de 10% sobre o ano anterior.

Segundoela, os organizadores de eventos já perceberam vantagensna promoção deencontros em locais queunemadequada infra-estrutura com ambiente agradável e opções de lazer, o que explica o aumento da demanda e o otimismoentre os hotéis da região que têm essa peculiaridade.

"Proporcionamos um clima de descontração ao executivo para queele se sinta bem e sua cabeça estejapreparada para receber e assimilar informações", argumenta Nancy. Foi porisso queo grupo de Layr Malta isolou-se no SolardasAndorinhasnum final desemana. PresidentedaLeaderTraining, especializada em treinamentos corporativos, o executivo explica que só longe dos centrosurbanos consegue proporcionar o resultado pretendido aos participantes de seus cursos de imersão, realizadostrês vezes pormêsnohotel."Elesdesligam-setotalmente darotina e de assuntos de trabalho e voltam renovados". PauloCesarNascimento

valorização da área campestre, passaram a responder por 70% da sua receita, revela a gerente Suzana Pinheiro. “Uma das novidades foi o arvorismo, muito procurado pelas empresas para treinamentos em equipe” Há reservas para quase 100 eventos em 2006, 70% dos quais para empresas de São Paulo, da grande São Paulo e do interior. (PCN)

Rose Gonçalves da Silva. "Éumprojetoquetemtudo paradarcerto. Vai requerer carinho eatenção, poisnão será apenas acomida.Também vamoscomeçarasocializá-los,oferecendo cursos", afirma Maria do CarmoMartinez Gonçalves da Costa, da Associação MariaPortado Céu,do bairroSantaGenebra.Aentidade,queatende cercade 350moradoresde rua, estaráoferecendojantardesegundaàquarta-fei-

agência central do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Campinas, localizada no centro da cidade, estendeu, ontem, o horário de atendimento como determinou o Ministério da Previdência Social. As portas abrem agora das 8 às 18 horas. Antes, atendia das 8 às 14 horas. A agência recebe, em média, 1,2 mil pessoas ao dia. A resolução do Ministério atinge as 1.197 agências do INSS de todo País. Em assembléia realizada em São Paulo, na semana passada, os servidores cogitaram entrar em greve contra a mudança.

ESCOLAS

ASecretaria de Educação de Campinas encerra hoje o prazo de inscrições para os pedidos de transferência para as escolas municipais de ensino fundamental e para os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) II, equivalente ao supletivo de 5ª a 8ª série. O resultado das transferências vai ser divulgado pelas escolas na próxima sextafeira. Segundo a secretaria, terão prioridade as crianças e jovens que mudaram de bairro ou de cidade depois do cadastro feito em setembro ou que estão fora da escola.

DIVERSÃO

Oparque temático Hopi Hari, localizado na rodovia dos Bandeirantes, em Vinhedo, apresenta, de amanhã até o final deste mês, uma adaptação da peça teatral "A comédia dos erros", de William Shakespeare. A peça está incluída no valor do passaporte do parque vendido antecipadamente a R$ 29,90. Na bilheteria o preço da entrada é R$ 42,00. Crianças com menos de um metro de altura e adultos com mais de 60 anos têm entrada franca. As apresentações acontecem todos os dias de funcionamento normal do parque, às 15 horas.

- 2007)

Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276

ra na Casa de Cidadania. Além dela, as entidades parceiras são o Instituto Amor ao Próximo, Grupo Aliança de Amor, Projeto Amor (Igreja Batista), CentroEspírita Luz do Caminho, Ceasa, Comunidade Renascimento, N.E. Alziro Zarur, TocadeAssis, Voluntários do mercado informal e Fórum de Entidades e Órgãos. Os interessados emparticiparpodem ligar para (19) 2116-0228 ou 2116-0231.

Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br

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Fotos: Ricardo Lima/Virtual Photo

Temos de denunciar e combater o ódio e a falta de compreensão, a injustiça e a violência que continuam a espalhar preocupação na alma de homens e mulheres de boa fé.

S AÚDEMENTAL

Do papa Bento 16, ontem, ao rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni. Bento 16 se disse preocupado com os sinais de crescimento do anti-semitismo no mundo.

Exercícios

e dieta contra doenças

Idosos que se exercitam três ou mais vezes por semana têm menor probabilidade de desenvolver o mal de Alzheimer e outros tipos de doenças mentais, segundo uma nova pesquisa divulgada nos EUA. O estudo descobriu também que há evidências de que ter uma vida ativa pode ajudar a manter a mente sã. A pesquisa, publicada na revista Annals of Internal Medicine, não definiu se alguns tipos de exercícios físicos podem ajudar mais que outros, mas mesmo uma atividade corporal considerada leve, como a caminhada, contribui no combate à doença. Já na Grã-Bretanha, a

C OPA2006

Fundação de Saúde Mental divulgou ontem um estudo mostrando que aumento de doenças mentais, registrado nos últimos 50 anos, pode estar ligado à má alimentação. O estudo cita males como depressão (baixo consumo de peixe), esquizofrenia (baixos níveis de ácidos poliinsaturados), mal de Alzheimer (consumo insuficiente de legumes e verduras na dieta) e síndrome do Déficit de Atenção (baixos níveis de ferro e de ácidos graxos). O estudo está disponível na internet. www.annals.org www.mentalhealth.org.uk

Ao lado

I NTERNET

Preso hacker que lesou EUA

A polícia espanhola prendeu um jovem de 18 anos que, na semana passada, teria invadido computadores do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, comprometendo seriamente a segurança da base naval de Point Loma, em San Diego, na Califórnia, onde é feita a manutenção de submarinos nucleares. O hacker faria parte de um grupo de ciberterroristas que, em suas ações contra órgãos do governo americano, teria causado prejuízos de mais de US$ 500 milhões. Seu nome não foi divulgado.

EM CARTAZ

a

M ÍDIA

CNN, censurada em território iraniano

O governo iraniano proibiu a operação da rede norte-americana de televisão CNN no país, "até segunda ordem", por causa de erros na tradução de declarações do presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad. No sábado na capital iraniana, Ahmadinejad defendeu o direito de seu país de continuar pesquisando a tecnologia nuclear. A imprensa estatal iraniana acusou a CNN de traduzir "tecnologia nuclear" como "armas nucleares", sugerindo que Ahmadinejad defendia o direito de Teerá de ter a bomba atômica.

JAZZ

Elite do conhecimento

MEC quer incentivar desenvolvimento de habilidades de alunos superdotados

Quemdisse quesóos maus alunos precisam de atenção? Pela primeira vez, os pequenos superdotados ganharão tratamento especial do governo. O Ministério da Educação acaba de liberar perto de R$ 2milhões paraque, ainda nestesemestre,cada Estado crie pelo menos um centro de apoioaosalunos superdotados das escolas públicas.

A nova política se justifica. Especialistas estimam que até 5%da populaçãotenhaaltas habilidades acadêmicas. Apesar do número considerável, muitos talentos se perdem pelocaminho porfalta deincentivo.O Censo Escolar de 2004 apontou só 2.006 superdotadosnas escolaspúblicas eparticulares doPaís,oque não

chega nem a 0,005% dos 43 milhõesdealunos daeducação básicaregular(da1ªsérie do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio).

Os superdotados são pessoas que têm facilidade em determinada área do conhecimento.No caso dascrianças, as características mais comuns são andar e falar mais cedo, ser mais curioso, ter boa memória e se relacionar com crianças mais velhas.

"Quando se identifica um superdotado, recai sobreele toda apressão dagenialidade. Masessa éuma idéiasedutora e mentirosa", diz o neuropsicólogoDanielFuentes,do HospitaldasClínicasda USP. "O gênio éumapessoa quedeu uma colaboração ímpar para o mundo, como Einstein e Mo-

zart. Umgênio ésempre um superdotado, mas nem todo superdotadoé umgênio", acrescentaa psicólogaAngela Virgolim.

A identificaçãodeuma criança superdotada é normalmente feita por entrevistas com a família e testes de QI, inteligência emocional e aptidões. Muitos só se descobrem superdotados quando fazem testes de orientação vocacional antes do vestibular.

Segundoespecialistas, asuperdotaçãotemorigemgenética.Mas, porsisó,não basta.A característica só se desenvolve se for estimulada. O novo programa do Ministério da Educaçãopretende justamenteincentivar osestudantes queestãonestasituação e,quemsabe, surja daí um gênio. (AE)

PROTESTO ZEN - Ontem, 5 mil monges budistas anti-alcoolismo protestarampacificamente - em Bangcoc, contra os planos da empresa Thai Beverage PLC. A fabricante da cerveja e o uísque mais consumidos do país quer entrar para a bolsa de valores.

H ISTÓRIA

E MPB

A Banda Mantiqueira, com 13 músicos - liderados pelo compositor, clarinetista e saxofonista Nailor Provetaapresenta show de música instrumental, combinando jazz e MPB. Bourbon Street. Rua dos Chanés, 127. Telefone: 5095-6100. 22h30. R$ 20.

G @DGETDUJOUR

Fones ganham tecnologia bluetooth

A tecnologia de comunicação sem fio bluetooth permite a evolução do design de muitos aparelhos. Esse modelo de fone de ouvido da Nextlink é provavelmente um dos menores no mercado, tem ótima qualidade de som (tanto na recepção como na transmissão) e tem linhas elegantes. Por US$ 89. www.nextlink.to

F AVORITOS

Planeje suas férias. Navegando.

Programar as férias pela internet pode ser fácil e prático com a ajuda de vários sites. Alguns trazem indicação de destinos no Brasil. Outros dão sugestões que vão além das fronteiras tupiniquins. Há dicas de hospedagem, ecoturismo, passagens aéreas, cruzeiros e muito mais. O viajante também encontra informações sobre passaporte, aeroportos, transporte de animais e vistos. Boas dicas para boas férias. www.feriasbrasil.com.br www.decolar.com.br www.planetaviagem.com.br

A América dos chineses

Jason Lee/Reuters

Quem descobriu a América? Aocontrário doque sepensa, esta pergunta pode não ter uma resposta tão simples como aque todosaprendemos na escola. A primeira viagem transatlântica de Cristóvão Colombo - aquela que permitiua chegada doseuropeus ao Novo Mundo e que ficou conhecida comodescoberta daAmérica -podenão tersido a primeira visita de um estrangeiro de outro continente à região.

Um livro publicado em 2003 naEuropatambém aponta que a China chegou primeiro poraqui.Em 1421: O ano em que a China descobriu o Mundo, o historiador Gavin Menzies já levantavavários indícios dessa primeira visita.Masum fatonovoreforça essa tese.

A indicação veiodeum mapa reencontrado na China e que levantou a polêmica quede queoschinesesteriamsidoo primeiropovoa "descobrir" aAmérica. Oalmirante chinês Zeng He teria visitado a região entre 1405 e

A TÉLOGO

Alvo de polêmica, mapa chinês pode levar uma revisão da história

1418, quaseum séculoantes da viagem de Colombo. O mapa do século 18 - mais precisamentede1793 -queé uma réplica de um original chinês de 1408, foi encontrado eveioapúblico ontem. Nele aparecemtanto aAmérica do Sul quando a do Nortee, aparentemente, estas nãoteriam sidoas únicas descobertas do almirante chinês Zeng He: a Áustrália e a Antárticatambém constariam das suas "descobertas". O mapa foi encontrado em

2001 em um sebo de Xangai e divide os especialistas. Alguns garantem que os detalhes correspondem aoconhecimento doschineses sobre o mundo no século 15. Outro grupo está convicto de que a história oficial ainda é a correta e a única aceitável. Esbarrandono eurocentrismo das ciências humanas, oschinesesestão diantede um momento crucial. O país quemaiscrescenomundoestaria prestesa reescreverum capítulo da história.

Brasil adia, mais uma vez, enriquecimento de urânio. Atividades têm sido adiadas há 2 anos

Pesquisa sobre Antártida recebeu R$ 10 milhões da Marinha, e ainda precisa de recursos

Carlitos Tevez se reapresenta ao Corinthians e faz questão de negar que seja privilegiado

Selic, também para inglês ver

O jornal britânico Financial Times, na expectativa em relação à taxa de juros básica no Brasil, publicou ontem uma análise apontando que o BC deve acelerar a redução da taxa Selic. Destacando a dificuldade de crescimento do País e os números "desconcertantes" do PIB, que constituem um "pobre alicerce" para o presidente Lula o jornal aposta: "espere um corte de pelo menos 0,75 pp e mais reduções nos próximos meses".

S ÃOPAULO F UTEBOL

Ronaldinho e Cafu no time ideal

Os brasileiros Ronaldinho Gaúcho e Cafu foram eleitos para a seleção ideal do futebol europeu em 2005, na pesquisa feita pela Uefa, com a votação de 1,5 milhão de torcedores. O time teria Petr Cech (do Chelsea), como goleiro; Cafu (Milan), John Terry (Chelsea), Carles Puyol (Barcelona) e Paolo Maldini (Milan) na defesa; Luis García (Liverpool), Steven Gerrard (Liverpool), Ronaldinho Gaúcho (Barcelona) e Pavel Nedved (Juventus) no meiocampo; e Samuel Eto'o (Barcelona) e Andriy Shevchenko (Milan). O treinador seria José Mourinho (Chelsea).

A RTES

Morre pintor

Raúl Anguiano

O pintor mexicano Raúl Anguiano (1915) morreu no fim de semana de insuficiência cardíaca na Cidade do México. Um dos mais respeitados artistas do país, ele foi professor de artes na Universidade Autônoma do México. Seu estilo combinava abstração com futurismo e tratava de política e religião, como em El Rebozo, de 1983 (abaixo).

da Torre Eiffel, em Paris, foi instalada ontem
bola de futebol gigante que viaja o mundo para promover o Mundial de 2006.
Nas duchas do vestiário masculino de um tradicional clube de São Paulo, o aviso: proibido fumar. Quem ousaria - ou conseguiriadesafiar tal proibição? ▲
Armando Serra Negra
Chaiwat Subprasom/Reuters

Ano de Copa. E das telas grandes e da alta resolução Ano de Copa. E das telas grandes e da alta resolução

A proximidade do mundial de futebol e a promessa da estréia da TV digital no Brasil despertam o interesse pelas novas tecnologias de imagem

Ano de Copa do Mundo. Ano em que os brasileiros ficarão concentrados na frente da TV durante boa parte do tempo. Os mais fanáticos, então, não vão querer perder nenhum detalhe das melhores jogadas dos craques na Alemanha. Nessas horas, o melhor mesmo é conferir lance por lance em uma televisão com tela grande e com boa resolução, onde nada se perde. E para os torcedores são muitas as opções em televisores, com tamanhos para todas as necessidades e ambientes, e tecnologias complexas que garantem mais qualidade de som e imagens. Os televisores, aliás, devem repetir o sucesso de vendas do ano passado, quando foram comercializados cerca de 9 milhões de aparelhos, segundo a EletrosAssociação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, especialmente antes da Copa. "O primeiro semestre de 2006 será o nosso segundo Natal", afirma o gerente de Negócios de Televisores da Philips, Caio Catto. Embora a grande concentração de vendas seja ainda de tevês de tubo (os tradicionais CRT), os novos

Plasma ou LCD?

Para quemestá procurando algo high tech e pode desembolsar um pouco mais nadacomoas novidadesdeplasmaecristallíquido(LCD),comtelas cadavez mais finase maiores. A Panasonic mostrou o protótipo de uma TV deplasma de 103" na CES.ASamsungjáhavialançado, noanopassado,umade102".Mas não precisamos tanto, até porque esse aparelhos valem um apartamento. O consu midor está se contentando com42" –preço médio de R$10mil. As TVs de plasma trazem flexibilidadede tamanhos com 50", 60" e acima de 100", enquanto queastelas decristallíquidoainda têm limitações (26" e 32" são as mais populares).

modelos de plasma, cristal líquido (LCD) e até os de projeção (DLP) não farão feio, passando de 60 mil unidades em 2005 para 240 mil neste ano, segundo estimativas dos fabricantes.

Só a LG, marca que detém mais da metade do mercado de televisores de plasma no País, pretende vender, neste ano, 100 mil unidades com essa tecnologia e outras 50 mil em cristal líquido, além de apostar também nas telas de projeção (DLP), segundo a gerente de Produtos, Fernanda Summa. No exterior, com o barateamento desses aparelhos de alta tecnologia, a previsão é que a telas de plasma e de LCD devam representar 40% do total de televisores de telas planas, sendo que 10 milhões de unidades (plasma e LCD) serão comercializadas somente nos Estados Unidos, segundo a Consumer Electronics Association, que reúne a indústria eletrônica norteamericana e foi a promotora da maior feira do segmento, a CES, realizada no começo deste mês em Las Vegas. Se este é o momento de trocar o aparelho da sala ou do home theater enquanto espera o Mundial da

Alemanha, o consumidor precisa, antes de ir às compras, definir o que vai querer, pois poderá ficar confuso diante de tantos formatos e sistemas de projeção, principalmente se o vendedor também não estiver muito informado sobre os tipos, vantagens e desvantagens de

Nos dois sistemasa imagem é formada por células minúsculas entreduas placas de vidro que emitem luz aoreceberem energia elétrica.Essasimagenssãoformadaspelobrilho demilhõesdepixels luminosos. A diferença é que o LCD produz imagens utilizandoocristal líquidoe,noplasma, elassãoformadas porgasescontidos em células (o mesmo princípio das lâmpadas fluorescentes). "Parao telespectadortudose resume em qualidade de imagens muito semelhante. O que vai fazer adiferença mesmoé opreço, porque uma TV de plasma de 42" é mais barata do que uma LCD de 32" (cercade R$21 mil)",diz FernandaSumma,daLG.CaioCatto, daPhilips,no entanto,prevêque as LCD tendem aevoluir não só

em tamanho e aspectos técnicos comobaixarde preço,àmedida quea produção da polegada de cristal líquido fica mais barata. Os consumidores ainda precisam ficar atentos a outras peculiaridades. Oplasma temmais contraste (quanto maior o contraste –3.000:1, 5.000:1 ou 10.000:1–, maisrealismonas imagens), enquantoqueoLCDoferece mais brilhoe consomemenosenergia. As de cristal líquido, por terem sidodesenvolvidaspara PCs, não suportam bem asimagens com muitos movimentos, podendo manter alguns "fantasmas", pois têm um número de pixels mais alto do que as de plasma. Estas, por sua vez, perdem definição à medida quea tela cresce.Mas, todos esses problemas começam a ser solucionados pelos fabricantes. Outro aspecto importante. A maioria dos novos modelos vem preparadaparaTV dealtadefinição (HDTV), ou seja, são wi-

descreen (16:9) e trazem conexões CVI (vídeo componente) ou HDMI (que substitui nove cabos e é capaz de transmitir áudio em até oito canais e vídeo de alta definição, simultaneamente). Alémdisso, aTVprecisa terresolução de 720 linhas. "Maso sinaldigital daprogramação também deve vir nessa resolução senão ela estará sendo subutilizada",explica Catto.Éclaro que,com adefinição do modelo deTV digitaleoinício dastransmissões da programação,os televisores deverão ter, ainda, um conversor de sinais digitais.

Projeção – AsTVs de projeção sãooutronichoondealgunsfabricantes apostam,como aprópria LG,aToshiba eaSamsung. Embora seja considerada tecnologia de passagem do tubo para as telas planas, as DLP (Digital Light Processing) atraem porque começaram aperder peso,ganharam telasenormeseopreçonãoétãosalgado.Uma DLPde52" podesair por R$ 12 mil e uma de plasma de 50"nãosaipormenosdeR$ 22 mil. Aimagemnatecnologiade projeção é criada por milhões de espelhosmicroscópicosdentrode um chipgarantindo maistons de cinza e 16 milhões de cores.

Cabeao consumidor decidir se ele tem espaço em casa e folga no bolso para levar um televisor desses para casa em 2006. (BO)

cada modelo. No Brasil, 98% dos consumidores ainda compram os tradicionais televisores CRT (de tubo) por serem os mais baratos, com qualidade de imagem e uma vida útil de 10 anos. O CRT, para quem não se lembra, utiliza um canhão que emite descargas de elétrons na

superfície de fósforo com as cores verde, azul e vermelho formando a imagem. Com os modelos de telas mais amplas e formatos widescreen, os modelos de tubo ganharam cara nova a preços bem em conta –variando de R$ 1.500 a R$ 5.000 (dependendo do tamanho e de características mais avançadas, como

conexões para receber sinais de alta resolução).

Caio Catto, da Philips, acredita que esses aparelhos ainda têm espaço garantido no mercado brasileiro nos próximos cinco anos, principalmente agora que elas vêm preparadas para receber sinais de alta definição. Mais sobre a TV Digital nas págs. 3 e 4

Fotos: Divulgação
Acima, TV de cristal líquido da LG de 23" com DVD embutido; à dir., TV de plasma de 42" da Philips; abaixo, TV de projeção DLP da Toshiba, de 62"

CONSUMIDOR DEU PREFERÊNCIA ÀS COMPRAS DE MENOR VALOR: USECHEQUE

CAUTELA MARCA VENDAS DA QUINZENA

Oconsumidor entrou em2006 comcautela no orçamento, e deu preferência às compras com cheque na primeira quinzena do ano. A aquisição de produtos de menor valor, principalmente roupas e calçados, típicos de verão, impulsionou ocrescimentode

7,3% nas consultas ao Usecheque – que reflete as vendas à vista – nos primeiros 15 dias de janeiro na comparação com o mesmo período de 2005.Jáas comprasaprazo não deslancharam, apesar das tradicionais promoções de início de ano.Asconsultas aoServiço Central de Proteçãoao Crédito (SCPC ) aumentaram apenas 1,1% na mesmacomparação, movimento considerado fraco. Naopinião doeconomista

Emilio Alfieri,do Institutode

Economia Gastão Vidigal,da Associação Comercialde São Paulo (ACSP), o resultado destaca umcomportamentoresponsável e conservador por partedoconsumidor."Ocrédito, com os juros elevados, não é atraenteneste momento. Além disso,muitosestãoem férias e preferem comprar roupasparapraiaecalçadosleves,

usando o cheque", afirma. Alfieri ressalta que esse quadrodeve semanteraté ofinal domês e, provavelmente,se alongar atéo Carnaval,"se o tempo continuar bom".

Inadimplência – Segundo o economista, a inadimplência estácontrolada, mas ele lem-

1,1%

foi o aumento das consultas ao SCPC na primeira quinzena do mês sobre igual período de 2005

bra, porém, que os dados de janeiro ainda não refletem o impacto do maior volume das vendas de dezembro.

"Somente em março poderemos fazer essa análise." De acordo com Alfieri, embora com crescimento,os números de registros recebidos (3,4%) e cancelados (2,1%) pelo SCPC estão dentro do previsto.

Desânimo – Na análise do presidente daACSP, Guilherme Afif Domingos, o desânimo revelado pelo consumidor neste início de ano em relação às compras a prazo reflete a preocupação como desaquecimento da economia, a permanência da crise política e a lentidão da quedadataxa básicadejuros (Selic), mesmocom adesaceleração dos índices de inflação. "OCopom (ComitêdePolítica Monetária) deve avaliar o bom comportamento dos índices de inflação e a redução da venda no varejo em sua próxima reunião. Caso contrário, os juros altos irão afetar o desempenho industrial,quejáestá fraco", afirma Afif Domingos. O presidente da ACSP destaca que reduzir a Selic em apenas 0,5% ponto percentual significaria um recuoemrelação às decisões anteriores. "Parece que interessa a alguns setores a manutenção da política monetária excessivamenteconservadora", diz. Embora reconheça a necessidade de um esforço fiscal intenso, Afif Domingos. acha que há espaço para uma redução maior dos juros, sem arriscar o controle da inflação. Alexandre Ventura

Descontos de até 70% atraem consumidores aos shoppings

Passou o Natal, época de comprar por impulso. Mas, para quem se conteve e não voltou para casa com a sacola cheia, agora é a hora da vingança. Lojistasda maioria dos shoppings de São Paulocomeçaram asjátradicionais promoções de início de ano, e estampam em suas vitrines descontos que vão de 10% até 70%. Embora não faça previsões, aAssociaçãodeLojistas de Shoppings (Alshop), acredita queas vendas de janeiro e fevereiro sejam maiores que as do mesmoperíodo do ano passado. Um dos motivos é o estoque, conseqüência de um Natal aquém do esperado. NoCenterNorte, cercade 60% das 475 lojas que o shopping abriga já aderiram às promoções. A maioria de confecções,que sãoasque acabam tendo maior flexibilidade na hora de oferecer descontos. Em média, é possível comprar roupas hoje pagando 40% menos que no Natal. "Para quem trabalha com venda de roupa, ainda é cedo para oferecer desconto muito grande.Nãodáparaqueimaro estoquede verãode umavez porque sóseria possívelrepor com moda inverno. E, com esse calor,nãovenderíamos na-

da. Osdescontos precisamser graduais",dizDeniseDias do Carmo, gerente de uma loja de vestuário do Center Norter.

Dividir – A estratégia dos lojistas é repartir excessos de estoqueentreospontosdevenda, paramanter opúblicoaté ofinal do verão. "Nossa previsão é acabar com oestoque só nofinal de fevereiro", dizCláudia Duarte,também gerente de uma loja do Center Norte. "Os shoppings ainda não divulgaram ascampanhas deliquidação na mídia, que atraem público. Por isso, o lojista que exagera agorapoderá ficar sem mercadoria mais tarde", diz Luis Augusto Ildefonso, superintendente da Alshop. Uma dessas campanhas é o Liquida SãoPaulo,que deve ocorrer de 15 a 19 de fevereiro.

Mesmo assim, já épossível encontrar preços atraentes. No Shopping Ibirapuera,lojasde jóias oferecemdesconto deaté 70%. Brinquedos e bebidas também sãoencontrados pela metadedo preço. Bom para o consumidor paciente. "Nafamíliaétradiçãofazeras compras de Natal no ano seguinte. Claro que, quando o presente é para amigos, fica chato dar depois. Mas os filhosjá entenderam, pois aumenta a chance de ganhar tudo que querem", diz a consumidora Giovana Rocha. Mas nem todomundo consegueseconter."NoNatalexiste aqueledesejo depresentear, não tem como passar de mãos vazias", diz a aposentada ClacildeTavares, que também aproveita as liquidações. Renato Carbonari Ibelli

Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Para aproveitar os preços das liquidações, consumidores dão preferência às compras com cheque
Giovana aguarda os descontosDenise, gerente de loja, dosa excesso de estoque para ter sempre clientes
Liquidação exposta na vitrine, cliente dentro da loja Clacilde comprou no Natal, e também agora
Patrícia Cruz/LUZ

Novos recursos

turbinam programas de mensagens

Os instant messengers mais populares fazem de tudo para ganhar novos usuários e quem ganha são os internautas

Milhões de pessoas se comunicam diariamente pelos mensageiros instantâneos. Uma pesquisa recente da Informa Telecoms & Media estima que o mercado de mensagens –de texto (SMS), multimídia (MMS), instantâneas (IM), de pontoaponto (P2P)–deve gerar receitas mundiais de até US$ 120 bilhões. Boa parte desse crescimento virá de novos mercados como países da Ásia Pacífico e América Latina, e o resto deve virdograndeaumentodo usode mensagens pelos usuários corporativos. Na verdade,os comunicadoresinstantâneos (instantmessengers) há muito tempo deixaram de ser apenas umpassatempo de adolescentes para se transformarem em ferramentas de produtividadeem várias profissões queexigem comunicação simplificada e rápida. Além, é claro, de eliminarem barreiras edistâncias entre familiareseamigosaoredor do mundo. Sãoos preferidospor 8 entre 10 adultos e usados por 10 entre 10 adolescentes. Paramantera fidelidade de usuários cada vez mais exigentes eatrairnovos adeptos,os desenvolvedores agregaram recursos aos comunicadores como videoconferências mais dinâmicas, integração com outrosserviçosdoportaleprogramas dee-mail, recadosde voz, ligação dePC para PCou para outros telefones,compartilhamento de fotos, segurança etc.

Esta éa razãopara osinstant

Amessengers seremos programas maisqueridos emais acessados pelosinternautas.Uma pesquisa do instituto Radicati Group estimaque,nesteano, cerca de 870 milhões de pessoas estarão utilizando algum tipo de comunicador instantâneo. Cresce ouso dessesprogramas em outros dispositivos móveis como celulares e handhelds conectados a redes sem fio. ICQ – Um dosprogramas mais antigos da rede é o simpático ICQ –http://www.icq. com– que durante anos reinou absoluto no mundo de mensagensinstantâneas. Pioneiro entreos programas de chat, o ICQtevesua primeiraversão lançada em 1996, aindapela

Mirabilis, empresa israelense de tecnologia. Em maio de 1997, o ICQ já registrava 1 milhão de usuários. Hoje,emboraositedoICQ informe que ele tenha 190 milhões de assinantes,a gentesabe que nem todas essas pessoas usam o programa ainda, já que o número (UIN) fica guardado, e os internautasacabammigrandopara outros softwares. Sabemos que o ICQ perdeu muito de sua popularidade nos últimos anos, mas, mesmo assim, baixeia nova versão 5.0.4, emportuguês, usando meu antigo UIN e experimentei os novosrecursos. Agora podemser adicionadosvários plugins oferecidos pelo servi-

Telas do Messenger (esq.), um dos mensageiros mais usados no mundo, e do ICQ (acima), o comunicador instantâneo mais antigo da rede

ço Xtraz. Eles permitem envio de cartões, as telas do chat são customizadas com fotos, desenhos, caricaturas e avatares. Pode-se jogar online com os amigos,baixando osjoguinhos pelo site, e usar uma agenda para lembrardatasimportantes. Um avanço do ICQ é o push-totalk, que permite aos internautas conversarem como seestivessem numwalkie talkie.Esse mesmorecurso seráincorporado na nova versãodoMSN Messenger, em 2006. O MSN Messenger, da Microsoft, é um dos mensageiros maisutilizados no mundo, comuma base estimada pela própria MSde 185milhões de usuários, sendo 14,4 milhões

Integração e telefonia

o lado do MSN, o Yahoo! Messenger é outro programinha que ficoumuito mais interativo neste ano. Uma das boas novidades para os assinantesdos doisprogramasé queapartir dosegundotrimestre de2006 osdois mensageirospermitirão integração total, e seus usuários trocarão mensagens entresi. Oacordo deinteroperabilidade foi anunciado emoutubro entrea Microsoft eoYahoo!,e vai resultar na maior comunidade de instant messengers do mundo,commaisde 275milhões de participantes. Além datroca de mensagens,osinternautas poderão visualizar a presença onlinedeamigose adicionar novos contatosdos dois serviços para a sua lista. O Yahoo! Messenger (http://br.messenger.yahoo. com/),com cerca de105 milhões de usuários, também está já naera dacomunicaçãopor voz sobreIP, permitindoque os internautas possamfazer ligações de PC para PC e falar como se estivessem ao telefone. Se o

internautaestiver offline, ele poderá recebermensagens gravadas de seu interlocutor. As próximasatualizações do Yahoo Messenger, previstas para 2006, permitirãoque os assinantespossamfazerereceberligaçõespara telefones comuns. O custo doserviço "phone out" será de1 centavo de dólaro minuto, nos EUA,mas será possível chamar paraoutros 150 países. A tarifaçãoserá calculada com base no local de destino. Outracuriosidade do Yahoo! éacampainhadachamada quepode serpersonalizada. No Yahoo! Messenger com voz, um dos destaques é a facilidade para enviar arquivos e compartilhar fotos. Na mesmajanela damensagemé possível,agora, enviaraté300 imagens por veze visualizar a mesma fotoque apessoa tem do outro lado da linha. A transferência de arquivos pode ser feita aoarrastar esoltar ostextos, planilhas etc.para a janela de mensagens. Paraenviar umalista depessoasaoutrosusuáriosda mesma turma ou da mesma empre-

O AIM (à dir.), da AOL, cuja versão 6.0 Triton acaba de sair do forno, e o Yahoo! Messenger (abaixo), que está na era do VoIP

no Brasil. A versão 7.5, lançada em agosto, dá melhor qualidadeà vozeaosvídeos, alémde backgrounds dinâmicos. O MSN 7.5 (http://messenger.msn.com.br)sóroda no Windows XP por causa de alguns recursos avançados, como uma mensagem de voz que complementa a conversapor áudio. Issopermite queo usuário grave pequenos trechos sonoros para um ou mais destinatários. Aintegração comoutros serviços do portal MSN ficou mais fácil, graças ao novo botão para pesquisasnoMSNBuscas. Nesteano, aMicrosoftlançará uma versão mais dinâmica do MSN,o WindowsLive Mes-

senger 8.0,cujo betaestá sendo testado por usuários. A primeira impressão do Live Messengeré queele ficouumpouco mais confuso embora bem mais completo. Na barra de ferramentasdacaixinhainicialépossívelgerenciar alista decontatos,classificando-a por status (online ou off), ou grupos (família, trabalho, amigos). Útilparaquem temumnúmero grandedecontatos no MSN, oprograma ficou mais interativo ealgumas tarefas podem ser feitas antes de abrirmos uma caixa de diálogo com o interlocutor, pois os ícones parainiciar umaconversa já constamao ladodos nomes da lista do usuário.

sa, para que eles compartilhem informaçõesentre si, basta ir até o menu Ações e Enviar Lista do Messenger para as pessoas selecionadas. A partir daí, pode haver uma conversa coletiva.

AIM ganha poderes – Outro mensageiro que tem espaço garantido entre os internautas, especialmente os norte-americanos,éo AIM,da AOL,cuja versão 6.0 Triton acaba de sair dofornoe estádisponívelpara download no site americano (http://www.aim.com). Aliás, aúltimaediçãodisponível do AIM em português éa 5.5 (depois dessa jásaíram as versões 5.9 e agora a Triton, em beta). OAIM éum dosmensageirosmais populares nosEUA, pela facilidade de uso mas estavaficando paratrás emrelação aosseusconcorrentes. Agora, ele está com novode-

sign, capacidade de enviar textos para o celular do contato da lista dousuário, além depermitir chat por voz e vídeo. Paraquem searriscara ter mais um mensageiro como o Triton, deve saber que ele exige WindowsXP e oMacromedia Flashinstalado.Alistadecontatos (Buddy List) é capaz de armazenar 500 pessoas e a agenda online outras 5 mil. A função de clicare arrastar arquivos para compartilhar com amigos exigiuumrecurso adicionalpara evitar os spammers, umfiltro

O Google Talk (à esq.) só tem 900 KB de tamanho e, com o Skype (acima), é possível trocar mensagens de texto e enviar arquivos e links

IMCatcherquecaptura remetentes indesejáveis. O Google,claro, nãopoderia ficar atrás e também lançou nesteanooGoogleTalk(http://google.com/talk), bem maissimples, mas que traz a comunicação por voz (com microfone e caixa de som). Um fator negativo é que comunicador é para os internautas assinantesdo Gmail.com,ficando limitado àqueles que já são cadastrados ou que serão futuramenteconvidados a entrarem nele. Ao baixar o Google Talk, o in-

ternauta terá seus contatosdo Gmail transferidospara lá. Os sistemas operacionais compatíveissão Windows 2000 ou superiores. Os usuários de Linux também têm acesso ao programa. A vantagem é que elesótem900KB de tamanho. Skype – O Skype,que foi adquirido pelo eBay neste ano, nãoé bemum programa de mensagens instantâneas –tem genteque nemsabeusaro recurso dobate-papo, pois ele ficou conhecido comoum programade VoIP. AlémdeWindows,eletambémtemumaversão par Linux e para MAC OS. Masseas pessoasnãoquiserem utilizaro ótimorecurso da voz ou da telefonia (ele faz ligaçõesde PCparaPCou atépara os telefones convencionais dentro efora doBrasil, bastando comprar umcrédito), podem recorrer ao bate-papo com mensagens detexto paraenviar arquivos, links ou informações rápidas. A versão 2.0, já disponível para download em www.skype.com e incorpora vídeoàconversaegarantemais qualidade devoz, alémde permitir a organização de grupos de amigos na lista. (BO)

Fotos: Divulgação
Por Barbara Oliveira
Fotos: Divulgação

tentam escapar do incêndio pelas janelas de um edifício na Rússia

Incêndio

mata nove e fere 15 na Rússia

Pelo menos nove pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas ontem num incêndio em um edifício comercial localizado em Vladivostok, na Rússia, informou o departamento local do Ministério de Situações de Emergência. A cidade é o principal porto russo no Oceano Pacífico. O incêndio, que começou no sétimo andar, no escritório do banco estatal Sberbank, destruiu os três últimos dos nove andares do prédio. Algumas pessoas, desesperadas com o fogo e a fumaça, pularam das janelas na tentativa de escapar do incêndio, disse um porta-voz do ministério à agência de notícias russa Itar-Tass.

A maioria das pessoas que estavam no edifício foram evacuadas pelo Corpo de Bombeiros, mas outras ficaram presas nos escritórios por causa do fogo que atingiu as escadas. Como as chamas se alastraram rapidamente pelo restante do edifício, muitas pessoas que estavam dentro do prédio foram impedidas de utilizar as saídas de emergência para sair.

O resgate das vítimas demorou para acontecer porque os bombeiros tiveram dificuldades de chegar com o carro e com os equipamentos de resgate nas proximidades do prédio. Um estacionamento externo não atendia às regras russas de segurança e dificultou sua passagem.

Segundo o porta-voz do ministério, o número de mortes por incêndio no país alarmante. Chega a ser cerca de dez vezes maior do que o registrado todos os anos pelos Estados Unidos, justamente pelo desrespeito de alguns edifícios às normas de segurança do país.

O porta-voz ainda disse que das vítimas, cinco pessoas morreram no local e quatro no hospital. Outras 15 vítimas estão internadas com feridas de diversas gravidades. Até o final da tarde de ontem o incêndio já tinha sido contido.

Promotores públicos disseram que vão investigar o motivo do acidente e das saídas de incêndio do prédio estarem bloqueadas com grades de metal. (Agências)

COM VITÓRIA DE BACHELET, AMÉRICA DO SUL PASSA A TER SEIS PRES

Esquerda, volver

Nodiaseguintede seu incontestáveltriunfo no segundoturno da eleição presidencialdo Chile,MichelleBachelet, recebeu emsuacasa, emSantiago,o presidenteRicardoLagos para um café da manhã. Ela iria se reunir mais tarde com vários dirigentes partidários da Concertação, a coalizão departidos que governa oChile desde1990, paracomeçar adesenharaformação deseugabinete.A julgarpeloquedeuaentenderemvários discursosenaentrevista coletivaque concedeu ontem para meios de comunicação chilenos, váriospostos do Executivo serão ocupados por mulheres. De acordo com jornalistas chilenos, duranteo cafédamanhãcom Lagos,o presidente convidouBacheleta viajar comeleparaLaPaz,paraapossedopresidente eleito da Bolívia, Evo Morales, nodomingo. Nacoletiva, Bacheletes-

quivou-sede confirmaro convite."Na verdade, não projetonenhuma viagem até a posse", disse a primeira mulher da história chilena asetornar presidente. "Só a partir de agora vou começar a planejar tudo o que deverei fazer." Indagada sobre como manejaria as questõesdepolítica externanaAméricadoSul,Bachelet afirmouquesededicará à busca de acordos comerciais com todos os paísesda região. "Temos dedesenvolver uma políticaexterior que nos permita chegar aos melhores acordos,os melhores avanços comos países vizinhos, pois os desafios que temos em comum sãomuitos. Com boas políticas de integraçãoe cooperação, massemprelevando emcontaobemestare os interessesdoschilenos, vamos levar adiante asrelações com nossosvizinhose seuspresidentesdemocraticamente eleitos."

O Chile mantémuma disputa histó-

rica com a Bolívia,que reivindica a devolução de pelo menosparte de sua costa marítima perdida na Guerra do Pacífico.Tambémpreocupaa chancelariachilenaa possibilidadedaeleição emabrildo militarnacionalistaperuano Ollanta Humala, que tem uma retórica marcadamente anti-Chile. No plano interno, Bacheletreiterou que manteráo bem-sucedidomodelo econômico chileno, mas destacou que a principalmetadeseugovernoseráareduçãoda desigualdadesocial."Temos apenas quatro anos para fazer isso, e não temos o direitode errar", afirmou, lembrandoque areformaconstitucionaldoanopassadoreduziudeseispara quatro anos o mandato presidencial. Vítima de tortura durante a ditadura do general Augusto Pinochet (19731990),a vitória de Bacheletmarca a mais recente virada para a esquerda na política da América Latina. (AE)

Pessoas

ENTES DE ESQUERDA

Max Rossi/Reuters

SEMANA DE MODA

exibiu uma peça da coleção Outono/Inverno 2006/2007 do estilista Roberto Cavalli.

convoca reunião da AIEA

Acrisesobre aqu nuclear iraniana tensificou ontem a decisãoda França,Grã tanha e Alemanha de p umareunião de emergê da cúpula da Agência Int cional de Energia Atô (AIEA), nos dias 2 e 3, par tação sobre o envio do ca Conselho de Segurança da ONU. Caberia ao CS dir se aplica sanções con Irã por ter retomado na s na passada suas pesquisa ra enriquecimento de ur rompendo um acordo fi do em 2004 para congelar atividade nuclear. A decisão de pedir a reu de emergência foi tomad um diadenegociaçõe

Londresentre diplomat França, Grã-Bretanha, E Rússiae China –países poderdevetono CS–, m Alemanha. Todas as sei ções concordaram em que tem desuspender suas a dades nucleares, já que a ção da AIEA afirma não t mo confirmar se seu prog nuclear temfins pacífico mo sustentao governoir no. "Cabe ao Irã o ônus de para darà comunidade i nacional

programa nuclear tem pr sitos exclusivamente p cos", declarouo chancele tânico, Jack Straw. Aparentemente, os Est Unidose seus aliados e peus não conseguiram vencer aRússia e aChin bre o envio de uma resol ao CS, com ameaça de ções ao Irã. Russos e chin mantêm boas relações co ciais com Teerã e se mos relutantes em ir além da são diplomática. Osgovernos daAlema França,Inglaterra e dos dos Unidos também in ram gestões para garan apoio brasileiro. Um d países com assento na AI Brasil teráquesepronu se os europeus eos ame nos conseguirem conv umareunião de emergê da agência,nomêsque para decidir a questão. (A

Sharon abre os olhos, mas continu em coma

Oprimeiro-min de Israel, Ariel ron, entreabriu olhos por alguns segu pela primeira vez depo sofrerum derrame cere no último dia 4 e ser sub do a diversas cirurgias. Entretanto, os mé d alertaramquenãoexist nhum sinal de queolíd raelensede77anos e prestesa sairdocoma e perar a lucidez. O episódio destaca c uma tênue mudança na s ção deSharon atrai a ate do país 11 dias depois de e sofrido um grave derram televisão israelense, div médicos observaram que os olhospodeter sido ap um reflexo. Deacordo com o Hos Hadassah, de Jerusalém, ron abriuosolhos qua seusfilhoso fizerames uma gravação com avo um de seus netos. "Não h médicos no quarto no mento. Afamília disse houve umpiscardos olhos,mas osignificado dico do gesto não está cl disse YaelBossem Levy ta-voz do hospital. Horas depois, um com cadooficial reiterou que houve mudança no quad primeiro-ministroe seu do continua sendo "gr mas estável" (AE)

Michele Bachelet: manutenção do modelo econômico chileno
Martin Bernetti/AFP Photo
– A ex-Spice Girls e supermodelo britânica
Victoria Beckham, mulher do jogador David Beckham, ala e meio campo do Real Madrid, foi destaque ontem na Semana da Moda de Milão, na Itália. Ela
John D. Mchugh/AFP Photo
Mulher protesta em Londres contra decisão iraniana

Supermercadistas ganham um novo

portal de negócios

A finalidade é estreitar laços entre fornecedores e pequenos varejistas, ser um facilitador nas questões burocráticas de compras/cotação e gerar oportunidades

Por Carlos Ossamu

Emumprimeiromomento, o menor preço e a garantia de entregasão os fatoresmais importantesparaospequenose médios supermercadistas na horada compra. Porém, muitosjá se convenceramdequeo melhor negócio éaquele quelevaem conta osvalores agregadosoferecidos pelo fornecedor,por meio deumprocessopermanente de colaboração e parceria. São ofertas de treinamento, apoio no merchandisinge na gestão do negócio, entre outros serviços, que,se porumlado apresentam custos,poroutro trazem benefícios e adicionam valor.Porinvestirnonegóciodo varejista,os fabricantes,atacadistase distribuidoresrecebem um tratamento diferenciado. Pensando nessaestratégia,o empresário Geraldo Aniceto, dono dopequeno supermercado São Sebastião, de Barra Mansa (RJ), e um dos coordenadores do Comitê Gerenciamento por

O objetivo do site é estreitar os laços entre fornecedores e pequenos e médios varejistas e reduzir a burocracia no setor de compras

Categorias da Associação ECR Brasil, lançou o Anicetoweb (www.anicetoweb.com.br), para estreitaros laçosentre fornecedorese pequenose médios varejistas e reduzir a burocracia no setor de compras. Segundoexplica Aniceto, com osserviços oferecidospelo portal, oprofissional devendas torna-se um verdadeiro consultor,porconheceroperfildoconsumidor, dos produtos que fornece e por auxiliar o comercianteadefiniro mixdaloja.Além disso, ganha tempo com a reduçãodevisitasaocomprador,po-

dendo dedicarmais atenção a atividades que promovam aumento de giro e rentabilidade, e a diminuiçãodecustosoperacionais com a automatização de todo o processo. "Para os supermercadistas, o benefício é poder avaliar melhor quaisas ofertas mais vantajosas.Pagar umpreçoligeiramente maiorcompensa quando o custo final é menor, em razão dos benefícios agregados. Dessa forma, a rentabilidade passa a ser maior." Oportaljá estáemfuncionamentoe temcomoassociados, alémdoSão Sebastião, outros

Quatro modelos de TV digital disputam o mercado brasileiro

A promessa do governo é definir o padrão em fevereiro e os primeiros testes devem ser feitos durante as transmissões da Copa da Alemanha

Ocomércio detelevisores

mais sofisticados também deve ser estimulado neste anoa partirda definiçãodo governoem relação ao padrãodeTVdigitalaseradotado, o que deve acontecer em fevereiro. Além dos três sistemas já existentes láfora, o japonês ISDB-T; o DVB-T europeu e o norte-americano ATSC, o Brasil também desenvolveu ummodelo própriode TV digital, o SBTVD, cuja primeira fase de testes foi concluída em dezembroe mobilizou1.300pesquisadoresde79 universidadeseinstituiçõesde pesquisaem 10meses de trabalho.

O resultadofoiintegrado pelo Centro dePesquisas eDesenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), deCampinas (http://sbtvd.cpqd.com.br) eincluiudesde otratamento etransmissão doconteúdo, comoas imagens esons, até as soluçõesque serãoutilizadaspelosusuáriosemcasa,como receptoresesistemasde interatividade. Uma característica importante do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) é que ele foi desenvolvido para TV aberta e gratuita, oque odiferencia dopadrão norte-americano,criadopara TV por assinatura.

OsistemajaponêsISDB-T(doinglês,Serviço Integrado deTransmissãoDigital Terrestre) temsido apontado como um dos favoritos pelas empresas de radiodifusão (especialmente as grandes redes como Globo, SBT e Record) e pelo governobrasileiro poroferecerflexibilidadepara aproveitamentode soluções esoftwares desenvolvidos nas universidades brasileiras. Além disso,defensores domodelo afirmam que o ISDB-T permitequea programaçãodastevês abertas seja transmitida também às telas dos celulares sem que o usuário pague por isso, dispensando, assim, as operadoras de telefonia móvel,ouseja, uminter-

cincosupermercados deVolta Redonda eBarra Mansa. Por meio do site, os supermercadistas podem se associar a outros comerciantes paraampliaro poder decompra,reduzircustosdo processo e avaliar cada fornecedor, de acordocom os serviços e investimentos oferecidos e o valor deles, em termos deporcentagem.Aanáliseérealizada a partir de uma listade dezitens,doprazode entrega de 24horas aofornecimento de auditoria ematerialde merchandising.Cada um recebe uma pontuação, de zero a um, e o totalacumulado éconvertido em valores porcentuais, ou seja, se somar três pontos, terá 3% de vantagem sobre o concorrente. Fechada a negociação, relatórios mostrama performancede cadaparticipantee dospreços cotados,comparaçãoem relação aos dos concorrentes, itens emfaltanos fornecedoresou vendidoscom exclusividade, a carência de marcas requisitadas freqüentementepelo varejo e que podemvir aser comercializadas, ganhosobtidospor ser ranqueado etc.As informações

permitem analisar oportunidades e o próprio desempenho. "A iniciativafacilita ao pequenovarejoabuscapeloalcance deeficiência eo desenvolvimentode parcerias,principais metas da associação", diz Claudio Czapski, superintendente da AssociaçãoECRBrasil, que busca processoseficientes para otimizar aprodutividade entre a indústria e o varejo. Osassociadosdevem pagar uma mensalidadeporusuário. Para varejistas,a tabelacomeça em R$ 95 para um usuário; de doisacinco usuários,há um desconto de5%, quepode chegar a50% para mais de40. Para fornecedores, a utilização de recursos básicos, como cotar produtoseimprimirpedidos,égratuita. Mas para usar todos os recursos oferecidos,a mensalidade é de R$ 190.

Compras online – O Mercado Eletrônico (www.me.com. br),empresa especializadaem e-marketplace, está ampliando seu foco de atuação, com o objetivo deoferecer produtose serviçosespecíficospara o segmentoSMB(empresas de pe-

queno emédio portes).A partir deste mês,a empresa coloca à disposiçãodos seus 38 milfornecedores o"Comprador Light",um pacote simplificado de serviços,que permitiráa otimização deprocessos decompras.Comopacote,asempresas poderão realizarcotações epedidos de compras pela web. "O produtofoi desenvolvido porque as empresas estão cada vez mais exigentes em seus processos de compras e, na medida que esta atividadeé cada vez mais estratégica, aumenta a competitividade em seus mercados de atuação e, conseqüentemente, aperfeiçoa e amplia suas vendas", diz Eduardo Santos, gerente de vendas corporate-SMB do Mercado Eletrônico. Na sua opinião, atualmente o reflexo das iniciativas das grandes corporações tem impacto nas pequenas e médias. "O ideal é começar com um pacote enxuto defuncionalidades, combaixo investimento, a fim de as empresascomprovaremosresultados, comoreduçãodecustose de prazo, e adquirirem a cultura de transacionar pela internet."

mediárioamenos nocaminho.Issoserápossível desdequeosaparelhosdisponhamderecursos(um chip) para receber a programação. Fato que deve motivar muitos debates sobre quemdeve produzir e distribuirconteúdoseoperarasredes, funções regidaspor regulamentos específicos.

Osjaponesesaindaacenamcom a isenção de royalties na transferência de tecnologia para o país. Mas os europeuscontra-atacam e oferecemfinanciamentos paraos nossos institutosde pesquisae de desenvolvimento voltados para o projeto daTV digital e atéa incorporar em seus sistemas os aplicativos brasileiros, caso seja escolhido o seu sistema DVB-T (Digital VídeoBroadcast Terrestrial,outelevisão digital terrestre), aliás o mais

usado no mundo todo.

Seja qual for o modelo a ser adotado,ele deveráproporcionarvantagens ao consumidor brasileiro, comumsistema dealtaqualidade de som e de imagem, além de garantir maior interatividade entre os serviços disponíveis e o telespectador. Este, aliás, éum ponto importanteparaainclusãodigitalesocial, pois ocidadão poderá teracesso a serviços e informações disponíveis na internet através da televisão. Ele poderá participar de pesquisas ou testes ereceberáosresultadosna hora, ou ainda interagir em programasdeauditório, verdeváriosângulosecomopçõesdeáudioosprogramas preferidos, fazer compras ou alugar algum serviço, tudo com aajudado controle remoto,semo usodotelefone.NosEUA,Inglaterra e Coréia já é possível comprar pizzas pelo televisor e o pagamento é feito com cartões de crédito. Os primeiros testes com a TV digital, segundo o Ministério das Comunicações,começam emjunho em10mil residênciasdeSãoPaulo e Riode Janeiro. Esses telespectadores receberão as transmissões digitais diretamente da Alemanha duranteosjogos daCopa.Serãoos testespreparatóriosparaasprimeiras transmissões comerciais, previstaspara 7de setembro–feriado da Independência. Mesmoquem nãotiverum aparelho pronto paraa TV digitalpoderá desfrutar,emborade forma limitada, dos recursos que o novo sistema vai proporcionar,graças aosconversores (set-top boxes) a serem fabricados pela indústria brasileira (parecidos comaqueles daTV acabo).Os decodificadoressãoresponsáveis por reproduzirem os sinaisdigitais nos televisores ainda analógicos. Essas caixinhas serãovendidas por cerca deR$60, nasversõesmaisbaratas, podendo chegar a R$ 300. Barbara Oliveira

O "Comprador Light", pacote simplificado de serviços, permitirá a otimização de processos de aquisições

TODOS NO PALANOUE

O prefeito Serra subiu ontem no palanque eleitoral, onde já estavam o presidente Lula e os governadores Alckmin e Rigotto. Eleições, página 5

CALOR

A polícia chega ao covil dos piratas

Até uma gravadora de CDs foi descoberta na 1ª blitz do ano (foto) contra a pirataria. Pág. 8

Recorde: 33,9

Ótimo para quem estava no litoral ou na 'praia' do Ibirapuera (fotos acima). Mas abrasador nas ruas. Página 12

Morno, nas lojas

As liquidações de verão (foto ao alto) pegaram os consumidores cautelosos e a economia desaquecida. Economia/1

100 mil fãs, e só 70 mil ingressos, poucos caixas para o atendimento, muitos 'espertinhos' nas filas: o resultado foi uma grande confusão. Página 9

Seremos a 3ª via, uma alternativa ao PSDB e ao PT. Seja quem for o candidato do PSDB, nós vamos buscar apoio se esse nome não estiver no 2º turno. Germano Rigotto
Halsey Madeira/Agência Facto/AE

SERRA E ALCKMIN DIVIDEM O PALANQUE

GOVERNADOR FAZ PEREGRINAÇÃO

PELO PAÍS PARA

DIVULGAR IMAGEM

Ogovernador de São Paulo, GeraldoAlckmin dáa largada nesta semana a uma peregrinaçãopelo País,com o objetivo de tornar seu nome mais conhecido fora do Estado e consolidar alianças que possam fortalecer sua candidatura na disputa interna no partido.

A agenda de viagens começará na quinta-feira, com uma palestra em Porto Alegre. O encontrocontarácoma participação da deputadafederal YedaCrusius, que é cotada como candidataao governogaúchopelo

PSDB. No fim de semana, ogovernador paulistapassará por Aracaju e por Recife. "Vou nesta semana começar a viajar pelo País, sempre nos finais de semana, durante a noite, nos feriados. Sempre sem prejudicar o gover-

no do Estado", declarou Alckmin, que desde a semana passada intensificou sua agenda de eventos públicos. Eletambém faránospróximos dias uma visita ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves. O mineiro é considerado um importante aliado numa eventual disputa à Presidência, mas sua força será ainda maior no processo em que oPSDB definirá quemserá o candidato. Aécio – juntamente com o presidentenacionaldo PSDB, Tasso Jereissati, e o ex-presidenteFernando Henrique Cardoso – forma o grupo de cardeais tucanos que chancelará a escolha do candidato pelo partido. A agendade viagensde Alckmin dará prosseguimento a contatosiniciados jánofim doano. Alckminjá estevenos Estados doParaná,MatoGrosso, Goiás, Alagoas e Santa Catarina. Trabalho – Um parlamentar tucano ligado ao governador afirmouqueaidéiaéintensificarcontatospolíticos foradoEstadode SãoPaulo para poder desqualifi-

carumdosprincipaisargumentos dos que apóiam a escolha do prefeito José Serra como candidato do PSDB: o de que Alckmin é muito forte dentro de São Paulo, mas tem pouca influência fora de sua região. "Nossotrabalhoagoraé de articulação política.Ampliar aliançasnãoétãodifícil quanto reverter umarejeiçãoconsolidada", ironizou o parlamentar. No entendimentodosaliados

de Alckmin, a eventual candidatura do prefeito Serra representaria um recall de outras eleições. Para os serristas, esse é um trabalho que o prefeito não precisa fazer."Serranãotemesseproblema. Ele lidera nas pesquisas em quase todasasregiõesdoPaís",disseum dos articuladores de sua candidatura."JáosíndicesdoAlckminfora de SãoPaulo sãopreocupantes", completou o tucano. (AE)

LULA POSA DE CANDIDATO NO NORDESTE

Mesmo dizendoque não tem pressa em definir se disputará a reeleição, opresidente LuizInácio Lula da Silvagastou o dia de ontem emvisitasa trêstrechos em reforma da Rodovia BR-101 Nordeste com discurso de campanhaeleitoral. "Governadoré para estaraqui mesmo,prefeito é para estar aqui , deputado é para estar aqui mesmo, candidatos é para estarem aqui mesmo", disse em Goiana, a 60 quilômetros do Recife, para saudar a presençadealiados epedirapresença deles nas inaugurações que realizará até o fim do ano. Ao lado dele,quatro pré-candidatosa governadordePernambucointegrantes da base aliada – opresidentenacional do PSB, deputado Eduardo Campos; o ex-ministro da Saúde HumbertoCosta;o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI),deputado Armando Monteiro Neto(PTB) eo deputadoInocêncio Oliveira (PL). Lula aproveitou até para exaltar o acerto de contas com o FMI. "Somos donos do nosso nariz". Recado– Antes, em São José de Mipibu, a 30 quilômetros de Natal, Luladisse quecontinuará a viajar.Também falou,indireta-

mente, paraogovernadorde SãoPaulo,GeraldoAlckmin eo prefeito da capital paulista, José Serra, que travam duelo pelo PSDB para representar o partido na disputa à Presidência. "Candidatura tem hora de definir. Se alguém tem pressa em definir com antecedência,quedefina. Eu não tenho essa preocupação agora".

Chapéu – Acompanhado do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e dos senadores Fernando Bezerra (PTB-RN) e Ney Suassuna (PMDB-PB), ao ser indagado sobrea confiançados tucanos emvencer a disputa neste ano, Lula riu. Repetiu que, no momento, a única preocupação écomaconduçãodoPaís. "Quem deve ter preocupação são osadversários.Euestou

Lula visita obras e ri da confiança tucana: "Quem deve ter preocupação são os adversários".

tranqüilo porque tenhode governar até o dia 31 de dezembro. No momento certo, vamos decidir quemé candidato; seeu sou ounão soucandidato;e aítodo mundo ficará sabendo".

Antesda entrevista, opresidente rebateu críticassobreo uso eleitoreiro das obras. "Eu até pedi paranão montarpalanque para dizer que não é campanha porque, lamentavelmente é assim: se você não faz, vira campanha do adversário, se você faz diz que é campanha sua. Entre não fazer efazer, eu prefiroser criticado fazendo, porque pelo menos o povo sofre menos".

O presidenteaproveitou para dizer que só estava na Paraíba porque outros governantes prometeram aduplicação daBR101,masnão cumpriram.Perto

dele, estava o governador Cássio Cunha Lima (PSDB). As obras visitadasontem não integram a operação tapa-buracos. A ampliação da BR-101 permitirá aturistas estrangeirosvisitar todo olitoral do Nordeste. Lulalembrou que,comarodovia,elepoderá realizarumsonho que tem desde os 25 anos: o de viajar por todo o litoral de carrodonorte aosul doPaís.Um projeto de lazer, disse, para quando deixar a Presidência. Reeleição –O presidentefaloude tudo,atédo mandatode cinco anos. "Eu acho que a reeleiçãonão éumacoisaboa parao Brasil, acho que,nofuturo, nós vamos ter que abolir a reeleição dalegislação eleitoral brasileira", afirmou ao visitar Mata Redonda (PB). "Acho que era melhor que o presidente tivesse um mandato de cinco anos sem reeleição, como era antes". E repetindo o discurso feito no programade rádio"Cafécom Presidente", afirmou que embora seja um ano eleitoral, não abrirá mão de inaugurar obras. "Ninguém planta uma árvore e não quer comer o fruto. Agora se está na hora de colher, por quevai deixar para os adversários?", questionou Lula. (AE)

PT QUER ALIANÇA, MAS RIGOTTO NEGA.

Opresidente Luiz Inácio LuladaSilvaconvidouos presidentes do Senado, Renan Calheiros(PMDB-AL), eda Câmara, AldoRebelo (PCdoB-SP), para almoçar hoje com ele, no Palácio do Planalto. Embora a pauta oficial da conversa seja a retomada dasvotações na Câmarae no Senado,Lulapretendemesmosaber quais são os planos do PMDB para as eleições. A tendência do PMDB é ter candidato próprio. Lula, porém ainda nãoperdeuaesperançadefazero partido mudar de idéia – hipótese considerada remota no atual cenário político. Na prática, gostaria de ter um vice peemedebista na chapaà reeleição–o seupreferido é Nelson Jobim, atual presidente do Supremo Tribunal Federal–,massabequeserádifícil.Tentará ter o apoio de fatias expressivas do PMDB nos Estados.

Lula quer palanques fortes estaduais para lançar sua candidaturaaumsegundo mandato. Além de uma aliança sólida, precisa de tempo na TV para defender seu governo no horário eleitoral gratuito. O partido com o maior tempo na propaganda eleitoral é o PMDB. Nesta semanahaverá intensa movimentação depré-candidatose governadorespeemedebistas em Brasília. O governador do RioGrandedo Sul,Germano Rigottodeveirhojeàcidade para inscrever seu nome nas prévias doPMDB,queestãomarcadaspara março e definirão quem disputará a Presidência pelo partido. O secretário de Governo do Rio, o ex-governador Anthony Garotinho, já está inscrito. Sem racha – "Seremos a terceira via, uma alternativa ao PSDB e aoPT", disse Rigotto ontem,em

São Paulo.O governadorafirmou quenãovai desistir de sua précandidatura edescartoua possibilidadedeoPMDBracharapósas prévias. Elegarantiu aindaque seu partido empunhará a bandeira da candidaturaprópria atéo fim e, portanto, não dará aval nem a Lula nem ao PSDB no primeiro turno da eleição. "Seja quemfor ocandidato do PSDB – o governador Geraldo Al-

uma ofensivacontraa estratégia do governador Geraldo Alckmin de impor o seu nome como candidato do PSDB à presidência da República, oprefeito JoséSerra mudou depostura, partiu para o contra-ataque e adotou um discursodecandidato–embora não assuma se deixará a prefeiturapara concorrer à sucessão deLuizInácioLula daSilva. Aempresáriosna abertura da 33ª Feira InternacionaldeCalçados,ArtigosEsportivos e Artefatos de Couro (Couromoda), em SãoPaulo, Serra não só propôs mudanças na política econômica do País como assegurou que as alterações serãoimplementadasno futuro. "O Brasil pode funcionar. A nossa economia pode funcionar, com uma taxa de juros bem menor, uma taxa de câmbio bem maior e estabilidade de preços. Vocês estejam certos deque isso épossível e issoserá feito emnossoPaís", disse o prefeito. Ele aindapropôs acriação de umaleide responsabilidade cambial que incluiria a implantaçãodeumsegurono câmbio para momentos de turbulência na economia. E, em resposta à perguntasobre quemfariatais mudanças, Serra foi lacônico: "Apopulaçãobrasileira,através do processo eleitoral deste ano", disse, desconversandosobre sua possível candidatura. Distância – Apesar de chegarem juntos ao pavilhão de exposições doAnhembi, os tucanos não mantiveram contato muito estreito durante o evento – que marcouoprimeiroencontropúblicodos doispolíticosdesde que Alckmin lançou sua précandidatura. Sentaramseparados e não trocaram palavras enquanto osdiscursostranscorriam.Apesardanítidadistância entre os dois, Alckmin afirmou que continua mantendo uma relação "muito boa" com seu colega departido. "Estamossempretrabalhando embenefício da população", disse. Perguntado sobre o fato de o prefeito paulistano ter adotadoumdiscursotípico deprécandidato, Alckmin insistiu que vê comnaturalidadea postura adotada por Serra. "Eu acho muito natural que o prefeito José Serra aborde questões de natureza nacional. Ele é uma dasgrandeslideranças donossoPaísetemumprofundo conhecimento das questões nacionais", disse Alckmin. Discurso – O próprio prefeito Serra tentoudesvincular otom de seu discurso de uma eventualpré-candidatura à Presidência da República este ano. "Eu nunca deixei de falar sobre políticas nacionais. Eu sou o prefeito de uma cidade que está

intimamenterelacionada ao que acontece no Brasil, pelo tamanho, pela importância, pela industrialização, pelodesenvolvimento. Então,questões da política de desenvolvimento do País estarão sempre presentes aqui em São Paulo." Emseudiscurso,Serraainda criticou a política de geração de empregos do governo federal, mas seu alvo preferencial foi apolíticaeconômica."Temos queter uma política que gererendae empregos parao nosso país e isso só poderá ser feito com uma política econômica com credibilidade,com direção e com rumo. Isso é o que oBrasil precisa parao futuro", disse, completando: ""Não vamosresolveroproblema social no Brasil sem emprego. Pode-se fazer qualquer políticacompensatória, mas, sem emprego e renda para família, não tem jeito."

Acordo – Alckmin passou boa parte da cerimônia ao lado dogovernadordoRio Grande doSul,Germano Rigotto (PMDB)edissequevêcombons olhosa pré-candidaturadele (leia mais sobre o assunto nesta página). O governador de São Paulo defendeu, mais uma vez, umapossível aproximação entre PSDBe PMDB parase fortalecer num segundo turno. Sobre a possibilidade de um acordoentreos doispartidos, Alckminafirmou: "Sedepender de nós, sempre." Ele reconheceu, no entanto, que é muito provável que as duas legendas mantenham uma candidaturaprópriaparao primeiro turno das eleições deste ano. Entrevista – Mais cedo, em entrevista àrádio CBN, Alckmin afirmou que o partido aindavaidefiniroscritériosparaa escolha docandidato evoltou a insistir não há briga entre ele eSerra. "OSerratem ditoque nãoé candidatoese forcandidato nãotem nenhumproblema. Não é briga você colocar o seu nome à disposição do partido e à disposição da sociedade", afirmou o governador. Ele adiantou que quem apostar numa divisão entre os tucanos, vai perder e deixou claro que vai apoiar qualquer que seja o candidato escolhido pelo partido para concorrer ao Palácio do Planalto. Alckminelogiou a estabilidade econômica conquistado pelo governo Fernando Henrique Cardoso e que, no governo Lula, há uma perda de oportunidade. "OBrasil estáperdendo tempo. É o lanterninha do crescimento. Esse ano que passou só o País só ganhou do Haiti na América Latina e no Caribe.Éumcrescimentobaixopor nãoter feitoasreformas, por não ter ousadia", afirmou o governador. (Agências)

ckminou oprefeitoJosé Serra–, vamos buscar o seu apoio se esse nomenãoestivernosegundoturno", argumentou Rigotto. (AE)

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Prefeito José Serra: críticas à política econômica do governo Lula.
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Governador Geraldo Alckmin: relação com Serra continua 'muito boa'.
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BRASIL: UM CEMITÉRIO DE PNEUS?

No "tiroteio" entre fabricantes, reformadores de pneus e ambientalistas, a pergunta: o que fazer com pneus velhos?

Em todo mundo, pneus usados sempre foram considerados sério problema para o meio ambiente e saúde pública. Quando abandonados acumulamágua daschuvase setornamo localperfeito paraprocriação domosquito transmissorda denguee febre amarela urbana. Para minimizar a questão há quem aposte na reformade pneus, uma soluçãoque tem estimulado a batalha entre reformadores e fabricantes. Além do benefício ao meio ambiente, o fator econômico tem sido decisivo na escolha do pneu reformado, que pode custarde50% a70%dovalordeum novo.Aeconomiaé possível por 72% de material remanescente do pneu original ser aproveitado e apenas 28% substituído.

Inícioda batalha- AResoluçãoConama n°258/99 exige que paracada quatro pneus fabricadosou importados,cinco sejamdestruídosoutenham umadestinação ambientalmente adequada.

As empresasreformadoras depneus alegamestar cumprindo a legislação e, além disso, criaram o programa Rodando Limpo,que em umano reduziu oscasos de dengueno Paranáem 99,7%(demais de10 milcasos, para apenas 27). O projeto deverá abranger, também, todos os Estados nordestinos até o final de 2006.

"Além de nunca reconhecer esse esforço (das empresas reformadoras de pneus), o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente, fazem carga incondicional contra importações de matéria-prima (pneususados), considerando tais importações um desastre para a Nação. Enquanto isso as

multinacionais dos pneusnão cumprem sua obrigação ambiental eainda são favorecidas.O Ibamamulta emR$ 0,30por pneu não coletado, sendo que o custo para destruiçãodestes édeR$1,60 porpneu, tornando-se um estímulo para o descumprimento das normas", revolta-se o deputado federal pelo PMDB do Paraná, Max Rosenmann.

Segundo odeputado, somenteem 2004 (em 2005 estima-se números parecidos) o Ibama aplicou multas referentes a quase 70 milhõesdepneus deautomóvel,depoisde denúncia formulada atravésde representação criminal da Associação Brasileira da Indústria de PneusRemoldados (ABIP), contraos presidentesdasmultinacionais, por crime ambiental, e contra o presidente doIbamapor crimedeprevaricação,encaminhando o processo à Polícia Federal.

Para Rosenmann,os representantesdo Ibama, Ministériodo MeioAmbiente ede multinacionaisfabricantes nãotêmconsistência para afirmar que a importação de pneus usados, exclusivamentepara uso comomatéria-prima industrial,causadanos ao meio ambiente e à ecologia. "Afinal, os pneus inservíveis coletados são processados nas fábricas de cimento, onde substituemocoquede petróleoimportado,comvantagemecológica eeconomizando divisaspara aNação sem qualquer risco para o meio ambiente". Para o deputado, asmultinacionais se sentem prejudicadas com a presençada concorrência dos pneus remoldados. Os fabricantes são responsáveis por cerca de 85% dos pneus usados anualmente descartados no Brasil, enquanto as empresas de reforma ficam com apenas 15% deste material.

Maggion;Pirelli; Rinaldi;Michelin;Tortuga). Parao assessor jurídico da associação, Renato Poltronieri, a utilizaçãodestespneus"é umaconversasedutorapelo custo do produto", masquestiona a "propaganda enganosa" que foi feita. "Não discutimos a qualidade do produto,mas aformaquetentam atrairoconsumidor, afirmando que estão vendendo pneus novos".

Para todosos métodos dereforma, oConselho Nacionalde Trânsito(Contran)estabelecea gravaçãoda palavra"reformado" edamarcada empresaresponsável peloserviço. OConselhoNacional deAuto-RegulamentaçãoPublicitária (Conar)nãoacatou orecurso proposto recentemente pelaBS Colway – líderno Brasil em reformasde pneususados peloprocesso deremoldagem –e mantevedecisão anteriorde proibira empresa deutilizar otermo ‘pneunovo’ emsuas propagandas e merchandisings.

A associação de fabricantes garante que não é contrária ao comércio de usados reformados e vê o segmento como complementar ao da indústria de pneus novos. Quanto à acusação dos reformadores de que os fabricantes não cumprem suaobrigação ambiental, aassociação garante que a legislação é impraticável e que não existem tantos pneus usados disponíveis para que possa cumprí-la.

"Estas empresasimportam milhõesde pneuse acabam utilizando parte destespara dizer que recolherama sua cota imposta nas leis. Deque adianta importar lixo para depois destruí-lo".

Atravessando a fronteira - Até a União Européia decidiu dar "palpite" nesta guerra, denunciando o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) por impor barreiras àentrada depneus reformadosno País."Os fabricantesde pneusnoBrasiljá destinamascarcaças inservíveis deacordo coma suaprodução, conforme determina aResolução 258/99.Não énada sensatoque tenhamos que destinaro que é produzidonos outros países, onde foram gerados empregos, receitas e impostos", avalia o diretor-geral da ANIP, Vilien Soares.

Segundo a União Européia, opneu reformado tem a mesma qualidade do novo e por isso não é correto que o Brasil coiba a importação.

"Nãosepode dizerqueumpneu reformadotema mesmaqualidadedeumnovo. Tantoéqueasmontadoras na Europa não colocam pneus reformados em seus veículos novos" ", completa Vilien.

Ibama - O coordenador-geral de Controle e Qualidade Ambiental do Ibama, Marcio Freitas, explica que o órgão não faz as leis e não está do lado dos fabricantes e nem dos reformadores. "Estamos do lado da legislação. Fazemos o

controlee fiscalizaçãodo queimpõe alei. Aimportação de pneus usadosé proibida no Brasile as empresas conseguem trazer estes produtos à custa de lobby, muito dinheiro e sabe-se lá mais o quê".

Quantoà multasobrepneusnão recolhidos,Freitas explicaque nãoéassim quefunciona:"a legislaçãonão fala em valor por pneu não coletado. A punição administrativa para o não recolhimento tem o teto de R$ 10 milhões, como todas asempresas envolvidas eram primárias, cobramos uma multa de R$ 6 milhões que pode ser considerada acima da média. Estas contas de R$ 0,30 por pneu não recolhido não tem o menor sentido".

Marcio aindaexplica queo Ibamanão temcomo fiscalizarse entreospneusrecolhidos pelasreformadoras estão pneus importados pela própria empresa, mas garante que"somenteem2004 foramimportados7,5milhões pneus usados e reformados apenas 2,5 milhões. "Enquanto todo o mundo, inclusive a União Européia, tenta se desfazer deum dosprincipais emais nocivosproblemas ambientais, o Brasil tem que arcar com 5 milhões de pneus usados que foram revendidos sem reforma ou viraram lixo importado", completa Freitas.

O outro lado - A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) representa os fabricantes de pneus e câmarasdearnoBrasil etemcomoassociadosoito empresas (BridgestoneFirestone; Goodyear;Levorin;

"Não há diferença se o pneu é importado quando novo ou não. Todo pneu, um dia, será usado e se tornará 'lixo indesejável'. O mais importante é que todos encontrem uma contrapartida ambiental pelos pneus que importam ou fabricam ". Francisco Simeão, presidente da BS Colway.

Pesquisa - Estudo realizado em 2004 pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade de SãoPaulo (USP), identificou que cerca de 22 milhões de pneus são trocadosanualmente noPaís, sendo46,8% de pneus usados que podem retornar ao mercado para seremainda utilizados nos veículos ousubmetidos a algumtipo de reforma e 53,2% de pneus inservíveis que não têm mais utilização veicular.

Com relação aos 53,2% dos pneus inservíveis, 26,5% têmdestinação ambientalmente adequada e regulamentada se transformandoem combustívelde fábricasde cimento, soladosde sapatos,tapetes para carros, alémde usona construçãocivil. Os outros 26,7% dos pneus inservíveis têm destinação não controlada ou informal, sendo parte utilizada indevidamente em olarias e caieiras, e parte em pátios de estacionamentos, autódromos, taludes,recifes artificiais e processos artesanais.

Rodolfo Buhrer
Fotos: Divulgação
Divulgação

Ingresso para U2 a R$ 500

As filas para o show da banda irlandesa acabaram. Depois da confusão da segundafeira, muita gente ficou sem ingresso, com uma senha na mão, e ainda não sabe se irá ao Morumbi no dia 20 de fevereiro. Pela internet (foto acima), ontem, ingressos de pista foram negociados por até R$ 500.

Asvendaspara oshowda bandairlandesa U2,no dia20 de fevereiro, foram encerradas depoisde filasquilométricase muitaconfusão. Masnainternet o comércio de entradas para o espetáculo estava a todo vapor ontem. No site Mercado Livre,por exemplo,o valordo ingresso chegavaa R$500 no final da tarde. O site, no entanto,não seresponsabilizapelas vendas e até proíbe a comercializaçãode entradasparaespetáculos. Assim,seo compradorpagarenãorecebernãopode reclamar. Alguns vendedores chegarama colocarimagens dosingressos eaté ainformarque não eram cambistas,mas que

vendiam os ingressospor motivos de viagem ou pessoal. Os preços para osingressos de pista variaram durantetoda a tarde,assim comoasnegociações entre compradores, que pechinchavam,e os "cambistas" virtuais.

Dia 21 –As lojasdoPãode Açúcar não venderãoos ingressospara osegundoshow doU2,que aconteceem21de fevereiro tambémno Morumbi.Omotivo, segundo informações fornecidas ontem, foi a confusãoque aconteceunasegunda-feira, quandoforam vendidos os ingressos para a apresentação do dia 20.

Os detalhessobre asvendas de ingressos para o segundo

espetáculo serão divulgados amanhã. A produção adiantou queserãoinstaladospostosem diversos lugares da cidade.

Na segunda-feira, 12 lojas do Pão de Açúcar (10 em São Paulo e duas no Rio de Janeiro) venderam as entradasem guichêsmontados pelaprodução do evento, a Accioly Entretenimento e Planmusic.Em todos oslocaishouveconfusão: foram 73 mil lugares e mais de 100 mil pessoas nas filas.

Na avaliação da rede de supermercados, os clientes acabaram responsabilizando a marcapelas confusões, quando, explicam eles,o Pão de Açúcaréapenasumpatrocinador."Disponibilizamos paraa

vendaapenas oque foirequerido pela produçãodo show", dizPauloPompilio, dosetor de comunicação da empresa Procon – A diretora de Fiscalização do Procon,Joung Won Kim,disse ontemque, seficar comprovada irregularidade na venda dos ingressos, a multaprevista noCódigo doConsumidorvariadeR$200,00 a R$ 3 milhões. "À primeira vista, aprincipal irregularidadefoi limitar os postos que vendiam a meiaentrada. Isso colaborou para aumentar a confusão." A organização terá 15 dias para entregar documentos esclarecendo detalhes sobre o esquema de venda de ingressos. (Agências)

Lixo deixado pelos fãs do U2 junto ao muro do Parque Villa-Lobos, na Lapa. Muita gente ficou sem ingresso, mesmo após ter ficado horas na fila. Para o show do dia 21 ainda não estão definidos os pontos-de-venda.

Abolição da escravatura em SP

Vereadores sugerem medidas para tentar melhorar situação de bolivianos que trabalham como escravos na capital paulista (foto)

Foi finalizado orelatóriodaComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investigou, por um semestre,o usode mão-deobra escrava, especialmente boliviana, em São Paulo. A intenção dos vereadores é trazer mais dignidade para os milharesde estrangeiros que trabalham em regime de semi-escravidão na cidade, além de fazer com que eles sejam incluídos em um sistema de trabalho legalizadoe, consequentemente, contribuam com a economia local.

Um dos pontos principais do relatório,segundo avereadoraSoninha, relatoradaComissão, é a sugestão da criação de um selo de origem, que identifiqueasempresas que não utilizam mão de obra análoga à escrava em seus processos de fabricação.

Segundo a assessoriade Soninha, que ajudou na elaboração dotexto final, aintenção é que asempresas queaderirem a este selo – que deve ser criado por projeto de lei – sejam obrigadasa cumprirexigências quecomprovema legalidade de seu processo de procedência. Entre elas, realizarfiscalizações rotineiras (agendadas e surpresas) inloco dos terceirizados e "quarteirizados" para conhecer as oficinas de costura e seus funcionários.

Atualmente, essasações são pouco realizadas pelas empresas e, mesmo assim, envolvem apenas os terceirizados, aqueles comquemasgrandes re-

Bolivianos procuram

seus direitos

Imigrantes recorreram à Justiça Trabalhista para receber três meses de salários atrasados

A lém do trabalho dos vereadoresem proldossemi-escravos bolivianos, ao que tudo indica, os próprios imigrantes começaram a tentarreverter essa situação. No início de dezembro do ano passado,dois bolivianos recorreram à Justiça Trabalhista de São Paulo para exigir pagamento de salários por um período de três meses que teriam trabalhadosem receberqualquer remuneração. Os trabalhadores, quenão possuemdocumentaçãobrasileira, foram admitidos pelo dono da confecção– também boliviano – em 15 de janeiro do ano passado com a promessa de receberR$1,00por peça produzida, com pagamento mensal. Entretanto, todos os termos da contratação foram descumpridos.

Segundo eles, cadaum produziu, desde então, 500 peças por mês, em uma jornada diária de 16 horas, sem intervalo, desegundaa sexta-feira.Os bolivianos declararam na ação que receberamdo contratante apenas R$ 100,00 (R$ 50,00 cada),referenteaopagamentode vale-alimentação. Acomida, no entanto, era fornecida pelo próprioempregador, "sem os cuidados habituais de higiene, no próprio local de trabalho". Somente aosdomingos osempregados podiam deixar o local detrabalho, quetambém servia como moradia.

Três mesesdepois, em15 de março do ano passado, as pessoas quetrabalhavam naconfecção – todas de forma ilegal –foram dispensadas sem justa causa, sem aviso prévio e sem verbas rescisórias. (CC)

des,como Marisae C&A,têm contratodireto. Masoproblemado usode mão-de-obraescrava é encontrado especialmente nos "quarteirizados", que são contratadospelos terceirizadosa preços ínfimos, comoR$0,20porpeça.Aintenção da CPI é que as redes sejam responsáveisinclusive poressa ponta da produção. Além de receberemvalores mínimos por seu trabalho de até mais de 10 horas diárias, os bolivianos ilegais que residem em São Paulo – entre 50 mil a 70

mil –vivemconfinadosnas "fábricas",inclusivecomcrianças, e muitas vezes não podem sequersairà ruaparanãochamar atenção ou não fugir. Políticas – Outro pedido do relatório será para que a Prefeitura implantealgumaspolíticas públicasemfavordesses bolivianos, especialmente na áreade saúde,como aulasbásicas de espanholpara funcionários dos postos públicos. A taxa quecadaboliviano devepagar ao GovernoFederalpararegularizar suasitua-

ção no País (cerca de R$ 800,00) também é motivo de questionamento do relatório. Soninha acredita ser impossívelpara um trabalhadorsemi-escravo, querecebe nomáximo R$0,30 por peça, juntar essa quantia. Mas os própriosredatores do relatório sabem que a reduçãoda taxaé praticamenteimpossível, já que além de ser baseadana lei do imigrante, foi estabelecida em um acordo mútuo firmado entre o Brasil e a Bolívia, exatamente como objetivo de regularizar a situa-

ção dos ilegais de ambas as nacionalidades nos dois países. Por enquanto, o que tem sido feito, segundo a própria PolíciaFederal, éa concessãoda regularização aosbolivianos sem o pagamento da taxa e, em seguida, o cadastramento desses imigrantes na Receita como devedores de R$ 800,00. Luz – Há pouco mais de um mês,noentanto, aArgentina aprovou uma determinação quepode trazeruma novaluz aos imigrantes. Opaís vizinho lançou um plano nacional de

regularização de imigrantes, que já está sendo estudado pelavereadora epor seus assessores–a intenção ésaberseo plano tem viabilidade para ser adotado no Brasil ou, pelo menos, servir de base para uma proposta brasileira. O relatório final da CPI será analisado pelos vereadores assim quea Câmara retomar suasatividades, dia1º. Emseguida, será enviado à Brasília paraseranalisadopelos órgãos competentes. Clarice Chiquetto

AVIAÇÃO

A Webjet volta a voar em 30 dias. Novos investidores injetaram R$ 10 mi na companhia.

Oministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse ontem que a queda no preço do álcool, já verificada nas usinas, ainda não chegou ao consumidor porque provavelmente as distribuidoras do combustível dispõem de estoques adquiridos a preços cobrados antes do acordo entre governo e usineiros. "É preciso consumir esse estoque para que o reflexo do preço na usina surja na bomba", afirmou Rodrigues, após cerimônia em que deu posse a Célio Porto no cargo de secretário de Relações Internacionais e do Agronegócio e ao novo

Especialistas em gripe aviária reunidos na China disseram ontem que o mundo precisa de US$ 1,4 bilhão para enfrentar a doença e preparar os países para a eventualidade de surgir um vírus capaz de provocar pandemia. A gripe aviária matou ao menos 79 pessoas desde 2003 e já chegou às portas da Europa e do Oriente Médio. (Reuters)

PERDIGÃO

Após a reestruturação, controle da empresa deve ser pulverizado.

chefe de gabinete, Maçao Tadano. "As informações que temos são de que, nas usinas de açúcar e de álcool, o acordo já foi implementado. Então, os preços já caíram abaixo daquele nível combinado na semana passada", disse o

Aalta nos preços dos combustíveis levou à aceleração da inflação na cidade de São Paulo medida pelo Índice de Preços ao ConsumidorSemanal (IPC-S). Os preços na capital paulista subiram 0,55% no IPC-S de até 15 de janeiro, contra aumento de 0,44% no indicador de até 7 de janeiro, segundo informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

ministro, referindo-se à fixação do preço do litro do álcool anidro em R$ 1,05 na usina, por acordo entre governo e usineiros. "Essa redução ainda não chegou aos postos de gasolina por razões que ainda estamos detectando", observou. (AE)

Brasil tem 12,2

milhões de internautas

OAo comentar a inflação alta em São Paulo, o vicediretor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, Vagner Ardeo, afirmou que houve elevações mais intensas nos preços de álcool combustível (de 5,83% para 10,12%) e de gasolina (de 0,64% para 1,78%). Ele disse que a inflação pode continuar subindo na cidade em janeiro. (AE)

ELEVAM IPC-S EM SP BANCO MUNDIAL INDÚSTRIA CONSOME MENOS ENERGIA

Os mercados emergentes se dirigem para outro forte ano em 2006, mas suas economias ainda devem enfrentar taxas de crescimento irregulares e pobreza, previu ontem a Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), braço do Banco Mundial para o setor privado. (Reuters)

Oconsumo de energia elétrica pela indústria teve queda de 1% em novembro, em relação ao registrado em igual mês de 2004, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal responsável pelos estudos de longo prazo do setor no País. Segundo a EPE, o consumo da indústria ficou abaixo das estimativas,

sinalizando o fraco ritmo da atividade industrial. O comércio, ao contrário, aumentou muito o consumo, com variação de 7,8% em novembro na comparação com novembro de 2004. Na avaliação da EPE, o aumento do turismo estaria impulsionando o consumo no comércio. Nas residências, o consumo subiu 6,2%. (AE)

RESSEGUROS PREÇOS DO MATERIAL ESCOLAR

Opresidente da Brasil Resseguros S.A. (IRB), Marcos Lisboa, anunciou mudanças que pretendem dar maior competitividade ao setor para tornar suave a transição para um mercado livre, caso o Congresso aprove a abertura do mercado ressegurador. A partir de 2007, as seguradoras terão de apresentar plano de negócios para renovar o contrato com o IRB. (AE)

ABrasil fechou 2005 com12,2 milhões de usuários ativos de internet residencial, segundo levantamento do Ibope/NetRating. Esse total equivale a um crescimento de 12,4% sobre dezembro de 2004. De acordo com o estudo, cada um desses usuários navegou por 17h59 em dezembro –34% mais do quenofinal de 2004e cinco minutosmais do que em novembro. O Brasil continua liderando oranking detempode usoda internet entre os 11 países medidos,na frente de Estados Unidos, Japão,Austrália, França,Alemanha,Itália, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido. Segundo o Comitê Gestor daInternetno Brasil, em dezembro,onúmero de

domínios .br chegou a 858.596, contra 850.228 em novembro. Na comparação anual, em termos de número deusuários, todas as categorias apresentaram alta, exceçãofeitaa Ocasiões Especiais, queficou estável. Osmaiores aumentos percentuais foram: Viagens e Turismo(93%),Casae Beleza (67%), Família e Estilo de Vida (48%), GovernoeEmpresas Sem Fins Lucrativos(44%), Educação eCarreira (39%), Automóveis(39%), Informações Corporativas(38%) eNotícias e Informações (33%). "Ocrescimento dessas categorias é, emparte,explicado pelo aumento do número de usuários de banda larga no País", dizo coordenador de análise doIbopeInteligência, Alexandre Sanches Maga-

lhães. "Quem usa conexões rápidas costuma navegar mais tempo e realizarmais tarefas do que o usuário que usa linha discadae,hoje, cercade62% dosinternautasativosresidenciais já usam banda larga." Quando comparamos dezembro de 2005 com o mês anterior, ocrescimento ocorreu apenasem OcasiõesEspeciais, que congrega os sites de cartões de felicitações (31%), Automóveis (10%)e eCommerce (6%)."Aquedana maioria dascategorias foiobservada nos anos passados e é atribuída aoinício dasférias escolares, quando uma parte dos internautasresidenciais viaja e deixa de usar a internet em seus domicílios", explica AlexandreMagalhães, nocomunicado do Ibope. (AE)

Fundação ProconSP divulgou ontem pesquisa de preços sobre material escolar na cidade de São Paulo. Entre os 113 itens pesquisados, o giz de cera apresentou a maior diferença, chegando a 284,62%. A pesquisa, realizada entre os dias 4 e 6 de janeiro, cotou os preços em nove estabelecimentos comerciais nas cinco regiões da capital. A papelaria Nobel se EX-SECRETÁRIO PROPÕE FIM DO COPOM CONSTRUÇÃO

Aindústria brasileira de materiais de construção encerrou o ano passado com queda de 10,96% no faturamento real (deflacionado pelo INCC, Índice Nacional de Custo da Construção), segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Em termos nominais, o recuo no faturamento do setor alcançou 2,7%, mas o nível de emprego nas indústrias cresceu 0,6%. (AE)

Às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre mais um corte na taxa básica de juros, economistas defenderam a reformulação do colegiado, seja para simplesmente extingüi-lo ou defender que a secretaria do Tesouro Nacional seja incorporada às discussões e tenha direito a voto. A extinção do Copom foi defendida pelo exsecretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo

recusou a participar do levantamento. A loja Japuíba, na zona norte, teve a melhor média de preços. Dos 56 itens pesquisados, 35 tiveram o menor preço, enquanto a Pontocom, na zona oeste, foi a loja mais cara: dos 60 itens comparados, apenas quatro tiveram melhor preço. A papelaria Artesco, na zona sul, foi a que teve o maior percentual de produtos: 84% dos itens pesquisados. (AE)

Amir Khair. Segundo ele, o presidente Lula deveria decretar o fim do Copom e deixar a taxa de juros flutuar e, portanto, passar a ser definida diretamente pelo mercado. Khair, que é ligado ao PT, defende um ritmo mais acelerado para a queda das taxas de juros. "Poderíamos ter cortes de juros de 1 ponto percentual a cada reunião do Copom", disse. Com isso, a taxa de juros nominal poderia chegar ao final do ano em torno dos 10%. (AE)

Governo brasileiro rejeita modelo de TV digital dos Estados Unidos Empresa desenvolve turbina flutuante para geração de energia

UOL está em segundo lugar no ranking de buscadores

O brasileiro lidera ranking de tempo gasto na internet. Foram 17h59 por usuário no mês de dezembro. O período é 34% maior que o de dezembro de 2004.
Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura: estoques antigos
A Citrosuco, empresa do Grupo Fischer, deixou a Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus).

Nunca se fabricou tanto no País

2005 foi o melhor de todos os tempos (quase 2,5 milhões) e, mesmo com o câmbio ruim, exportações cresceram

Oanode 2005 foio melhor na história da indústria automobilística emprodução. Foramfabricados 2.447.600 veículos no Brasil, um crescimento de 10,7% em relação a 2004, conformedados da Associação Nacionaldos Fabricantes deVeículos Automotores–Anfavea.

Apesardo recordehistórico, dezembro teve uma queda de 6% em relaçãoa novembro ese a comparação forfeita comdezembro de 2004, houve um crescimento de 6%.No último mês do anoas montadorasproduziram200.332 veículos,contra 213.119 denovembro e188.990 de dezembro de 2004.

Oaumento daproduçãode veículos no Brasil vem crescendo nos últimosanos, comexceção de2002, quandocaiude 1.817.116 para 1.791.530. A recuperação veio logono ano seguinte. Em2003 foramproduzidos 1.827.791 veículos, superando osdois anosanteriores.

Outra quedade produçãofoi registrada em 1998e 1999. Em 1997aproduçãofoi de 2.069.703, caindo para 1.586.291 em 1998 e para 1.356.714 no ano seguinte. O início da recuperação começou em 2000, quando foram produzidos 1.691.240 veículos. A barreira dos 2 milhões só foi ultrapassada novamente em 2004, quando a produção chegou aos 2.210.741 de unidades. No segmento de automóveis, a produção caiu 4% em dezembro, em relação a novembro, mas teve um aumento de8,7% se comparado com omesmo mês do ano anterior. Os comerciais leves tiveram uma redução de 7,4% em relação aomês anterior, e uma queda de 2,7% comparado com dezembro de 2004. Os caminhões tiveram uma

queda mais acentuada, de 26,7% se comparado com novembro, e de 8,5%comparando comdezembro de 2004.Um dado interessante naprodução decaminhões é que a maior queda de dezembro comparadacom novembro foi nos médios, que caíram 34,7%. Mas se a comparação for feita com dezembro de 2004, houve um aumentode 7,3%. Se compararmos como anoanterior o crescimento vai para 9%.

No geral aprodução de caminhões em 2005foi 8,5% maior do que 2004, quando foram produzidos 116.104 caminhões.

Os semileves foramos que mais perderam. Em 2005 se produziu 14,4%menos caminhão desta categoria doque em 2004. O melhor desempenho no acumuladodo anofoicom ossemipesados, crescendo 10,7%.

Os ônibus tiveramo melhor desempenhoentre osveículos fabricados noBrasil. Ocrescimento de 2005 foi de 22,6%, com uma queda de35,5% em dezembro,comparando-se como mês anterior.Apesar daprodução deônibus urbanoster crescido 18,3% foram os rodoviários que puxaram o crescimento, com aumento de 42%.

Cai1.0,cresce flex- A venda do carro 1.0está diminuindo de 2004 para 2005em quase dois pontos porcentuais. Compradores migraram para carros até 2.0, que cresceram dois pontos. Enquanto isso,o bicombustívelfoi a vedete do ano. Em dezembro a sua produção chegou a 73%, somando 53,6%no acumulado do ano. Em2004, 21,6%. As exportações, apesardas críticas quanto ao câmbio, foram 25,9% maiores em 2005.

SPFW investe em um novo papel

Evento quer mostrar crescimento da moda brasileira

Embrulhadasem papelão. É assim que chegam ao público as coleçõesoutonoinverno 2006da 20ªedição da SãoPaulo Fashion Week (SPFW). O maior evento da indústria damoda nacionalcomeçahoje às11he continua até odia 23,período em que mais uma maratona de lançamentos toma conta dos salões da Bienal,noIbirapuera. Logo na entrada, aparece um túnel de papel e papelão de 3 metros, por onde os convidados devem passar para chegar à área comum do evento. O papelão é utilizado como símbolo em uma ambientação assinada pela cenógrafa Daniela Thomas. Paredes, mobiliário einstalações concebidoscomessematerial remetem à capacidade de interagir, construir e desconstruir.

Nesta edição,46 desfiles, de 43 grifes diferentes (algumas delas com versões masculinas e femininas) apresentam cores, tecidos e silhuetas que devem delinear as próxi-

mas estações. Tudoplenode referências àsdécadas passadas, emclara releiturae reciclagem de looks consagrados. Nessa perspectiva, nada mais natural que o emprego do papel,símbolode efêmero, na ambientação do evento. Em sua 20ª temporada, a SPFW também quer significar o início de um novo ciclo da moda brasileira.Os primeiros dez anos,de acordo como diretor-geral e criador do evento, Paulo Borges, evidenciaram o papeldamostracomo principalresponsável pela consolidação da moda brasileira, transformandoo setor em mercado potencial de negócios e projetando o País. Agora, a intençãoé reforçar essa identidade,motivando um novo olharparao futuro da segunda década,que começa já."Neste inverno2006, somos convidados a retomar a história da qual participamos, aceitar maiores desafios, intensificar as transformações necessárias e planejar asnovas ações para a ostensiva rea-

lidade quese tornouo mercado nacional", afirma Borges. Estréias e tendências – Se alguns nomes desistiram de participar do evento, como o cariocaCarlos Tufvesson,a 20ª edição do SPFW terá três novas marcas e a volta de uma das pioneiras. Patrícia Viera, Karlla Girottoe Zigfreda estréiamna passarelapaulistana,e agrifeMariaBonita, umadas fundadoras da SPFW, retorna ao evento. Entre os veteranos,Lino Villaventura aposta em uma

coleção envolvente com misturas de tramas etexturas, tudo inspiradonaimagem de uma boneca de porcelana francesa. Na coleção, ênfase aos azuise fitilhos de cetim que,segundo oestilista, "surgirão retorcidos, formando quadros de colorido intenso com espaços geométricos inovadores." Valdemar Iódice investe na glamourização feminina. Com os olhos voltados para os elegantesbailes demáscaras, apresenta uma coleção de

vestidos longos e casacos. "Uma silhueta descomplicada,comuma sensualidade que sedestaca nasfendas, no acinturamento", diz.O inusitadoficaporconta dosacessórios com peles de peixes. Do fundo mar para o ar, a Ellustraz umamulherforte eliberta: a mulher-pássaro. Nesse vôo rumo ao outono-inverno, muita sofisticação no uso de materiais como sedas, tafetás, adamascados e jeans com acabamentosem fumê,asfáltico, metalechumbo.Opreto predomina nacartela, emque ganhamrealceextra aplicações de pedras, plumas e metais. Preferida dasjovens descoladas,a estilistaFábia Bercsek faz alquimia e mescla estampas, texturas e desejos.

Já a Huis Closvem com malhas de lã e de linho, tudo em fina harmonia com modelagem e acabamento impecáveis. Ternura epersonalidade, porsua vez, guiamos passosdas criaçõesde RaquelDavidowicz paraagrifeUma.Ocontraponto é visto nos tecidos delicados

emcontraste com uma alfaiataria de múltiplos botões. Emmomento deexaltação, dois íconesda MPB,as cantoras MarinaLima eMaria Rita, sobem àpassarela. Nãopara desfilar, maspara embalar,ao vivo, os figurinos de Maria Bonita e Fause Haten. Está aberta atemporada deshows da São PauloFashion Week. Agora é ocupar os disputados assentos na primeira fila. João Jacques

UMA PONTE PARA O VAREJO

Distante daagitação dos l ou nge s dos patrocinadores, háoutro tipo de burburinho. Tratase da São Paulo Fashion Week Preview, local especial para negócioscom oobjetivode mostrar as pré-coleções aos compradores de lojas multimarcas e franqueados. O quese esperacomesse espaço éimprimir umanova dinâmica aomercado. Osestilistas mostram a coleção em

Aprimeira mão aos compradores brasileiros.Assim,as vendas podemser antecipadas,e as marcas têmprazo suficiente para produzir.

A primeira edição da SPFW Preview, com as pré-coleções Verão 2007, está agendada paramaio, comduração de uma semana, e deve mobilizar 500 dos principais compradores de moda do País. Outra novidade de apelo comercial é a FWHouse, pro-

movidapela Luminosidade, empresa responsável pela organização da SPFW. "É uma iniciativaparaaproximar a imprensae oscompradores nacionais eestrangeirosdas marcas brasileiras e facilitar o ingresso de novos estilistas", explica o produtor Gabriel Del Corso. Cerca de 50 marcas e estilistasvão ocuparsuítes, emquatroandares do Blue Tree Towers, em São Paulo, de 18 a 27 de janeiro. (J.J.)

EXPOSIÇÕES PARALELAS

exemplo de edições anteriores, exposições paralelas acontecem na São Paulo Fashion Week (SPFW). Desta vez, a possibilidade de novos olhares sobre um mesmo alvo é explorada na exposição de Rogério Cavalcanti, com curadoria de Daniela Thomas e Paulo Borges. Durante três anos o fotógrafo registrou os desfiles, posicionando-se em locais interditados aos profissionais (sempre agrupados no pit, uma espécie de tablado à frente da passarela). Essa aventura resultou em perspectivas e ângulos inusitados de momentos que marcaram a

trajetória da moda. Outra exposição paralela homenageia os 25 anos da revista i-D. O conceito de identidade permeia toda a mostra, que ainda tem filmes, fotografias, gráficos e até aromas especiais. A exposição foi inaugurada em Londres e passou por Paris. E, de São Paulo viaja para Nova York. (J.J.)

NOVIDADES EM SAPATOS INFANTIS

As empresas de calçados infantis presentes na Couromoda 2006 –Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro – apostam suas fichas no conforto, praticidade e até na customização de seus artigos. Representadas na sua grandemaioria por fabricantesde Birigui, maior pólo calçadista infantil do País, as marcasestãootimistaspara este ano, principalmente em razão da Copa do Mundo. Deacordocomo diretorda Kidy Calçados Infantis, RicardoGracia, 2005 nãofoi um bom ano para o setor. "A instabilidade políticae a baixa do dólaremrelação aoreal nos prejudicaram bastante, jáque exportamosmuito", afirma.A empresa vendepara 47países cerca de 10% da produção, ou

20 mil pares por dia.

Customização – Para crescer 10% este ano, a Kidy aposta emtrêslançamentos na Couromoda:o tênisSticky, que vem com um dispositivo que possibilita aumentar em dois números o seu tamanho; o modelo Copa do Mundo, para futsal com uma bola de brinde; e oColorê, em que acriança tem aliberdadedepintar seu calçado. "O Colorê é um tênis para meninas de 3 a 8 anos. Eles são confeccionados em lona e vêm com canetinhas para que as garotas possam customizá-los", explica Gracia. Elasticidade – ATip Toey Joey, com sede em Franca, interiordeSãoPaulo,decidiuprestar atençãono mercadonacional, após passar um ano e meio vendendo apenas para a Austrália e Nova Zelândia. Ao par-

ticiparda Couromoda,a empresaapresenta os mesmos produtos que fazem sucesso lá fora. São 14modelos de tênis, sapatênis, botinhas e sandálias, paracrianças de zero a dois anos de idade. "Desenvolvemos um sistema em que o sapatinho fica mais fixo nos pés, por um elástico na parte traseira. São produtosfeitos100%em couroe ideais para os pequenos não desamarrarem", diz a diretora de marketing e vendas da Tip Toye Joye, Ana Mc Inerney. Já aKlinProdutos Infantis acreditaque aeuforia da Copa do Mundo vai aumentar todo o consumo do País, inclusive desapatos e artigos para crianças. André Alves

Croquis da entrada da Bienal e de uma
das roupas da Ellus para a São Paulo Fashion Week

É SIMPLES! MAS HÁ QUEM NÃO PENSE ASSIM

D e Sérgio Marchionne, CEO do Grupo Fiat, sobre o que espera dos resultados financeiros da Fiat Auto para 2006: "Voltaremos a ganhar dinheiro. É simples assim." Enquanto isso, em Detroit, as coisas não seguem tão simples assim. Além do frio intenso deste inverno no norte dos Estados Unidos, há empresas, como a gigante General Motors, que enfrenta sérios problemas para sobreviver às dificuldades que vive.

FOI DIFÍCIL, MAS EMPATOU

Odesempenho de vendas do mercado americano em 2005 praticamente empatou com o de 2004. As quase 17 milhões de unidades comercializadas

O primeiro nunca se esquece

AMWM-International inicia ainda neste primeiro semestre de 2006 exportação dalinha demotores diesel Acteon parao México. A informação foi confirmada pelo presidentemundial daInternational Engines, Jack Allen, durante passagem por São Paulo.

O objetivo dacompanhia é iniciar o fornecimento em volume próximoa milmotores neste ano, mas com perspectivas de elevar esteíndice de acordo com a demanda.

Os motores serão,de início, utilizados em ônibus.

Além de representar importante degraupara chegartambém aomercado estadunidense, o pedido é emblemático: trata-se, na prática, do primeiro negócio conjunto fechado pela nova companhia, nascida após a aquisição da MWM pela International Engines.

Comdireito atoda sinergiae complementação delinhas que os executivosda empresajustificaram comoum dosprincipais motivos dacompra: a linha Acteon éMWM, mas será comercializada noMéxico soba marca International.

A PERVERSA MATEMÁTICA DOS IMPOSTOS SOBRE VEÍCULOS ON

superaram em apenas 0,5% o resultado do ano anterior. Motivo do "avanço": queda nas vendas das gigantes

General Motors e Ford, mesmo com políticas de grandes descontos. ON & OFF

SÓ FESTA: HONDA

LÁ E SCANIA AQUI

AHonda ri à toa nos Estados Unidos: venceu as concorridas eleições do Carro do Ano e Utilitário do Ano 2006, com novo Civic e o picape Ragtime. O resultado foi anunciado durante o Salão de Detroit deste ano.

Enquanto isso, no Brasil, a Scania do Brasil comemora: em 2005 conquistou maisuma vezaliderança de vendas no segmento de caminhões pesados. Com 5,2mil unidadescomercializadas, ficou com 25,8% de participação no seu segmento.

O Detran deSão Paulo refez seus cálculos em relação àfrota deveículos circulante nacidade deSão Paulo: atualmentesão 5,3 milhões.Em fevereirodo anopassadoeles somavam 5,8 milhões. Esta diferença de quase 500 mil veículosa menosé representada pela retirada do cálculo, de veículos que possuem seu licenciamento ematraso porlongosperíodos eque sãoconsiderados forade circulação, embora todos saibam que

eles continuam circulando desegunda asegundapelasruase avenidasdacidade, impune-mente. E, quaseque aomesmo tempo, foianunciado também oaumento médiode 43%no valorcobradopelo DPVAT, ouseguro obrigatório, neste ano de 2006. O caso ilustra a perversa matemática aplicada pelo Governo de São Paulo com relação aos impostos sobre veículos. Comoos valores podemserconsideradosaltos,muitosproprietáriosdei-

xamde pagar licenciamento, IPVA e tudo mais queos cercam.Assim,são "retirados" da frota e o bolo total ficamenor paraatingiro mesmovolumerecolhido pelosgovernos no ano anterior.

E, assim, os impostos e taxas sobem. Comosempre. Ou seja: cada vez mais, menos veículospagamecadavez maiso valorsobre osque estãocom ascontasem dia aumenta.E cadavez mais crescea impunidade daqueles que não pagam.

GENERAL MOTORS E SUA "REGIÃO" LAAM

Aunidade da GM que concentra as regiões da América Latina, África e Oriente Médio, a LAAM, melhorou em 20% seu desempenho em 2005 com relação ao ano anterior. Segundo Maureen Darkes, presidente da divisão, foi o melhor resultado obtido desde sua criação, respondendo por 17,7% das vendas totais da GM no mundo. Nada a ver com a matriz, que mostra maus resultados.

NÃO SÓ O MELHOR AQUI MAS TAMBÉM...

Os resultados financeiros da Ford Brasil em 2005 não serão apenas os melhores em seus 86 anos de presença no País. Serão, também, os melhores dentre todas as unidades da montadora no mundo. E viva Camaçari, fábrica responsável por isso. O exgovernador gaúcho Olívio Dutra (PT/RS) deve estar se mordendo de raiva.

DUAS HISTÓRIAS:

FRANÇA E EUA

Aindústria automotiva francesa encerrou o ano passado com expansão de 2,7% nas vendas ao mercado interno com relação a 2004: 2,5 milhões de unidades contra 2,4 milhões. Por montadora a líder foi a Renault, que está trazendo o novo Mégane para o Brasil. Enquanto isso, quem diria, a alemã Volkswagen poderá comercializar nos Estados Unidos o GX3, apresentado como protótipo no Salãode LosAngeles e cuja melhor definiçãoé mistura de automóvel com moto:eletem trêsrodase dois assentos, estilo semelhante ao quejá fizeram Mercedes-Benz e Peugeot. Veremos o que acontece.

Divulgação
Allen, indo ao México, mas de olho nos EUA

17/1/2006

1,63% foi a queda ontem do dólar comercial. A moeda americana fechou os negócios a R$ 2,31 para compra e a R$ 2,312 para venda.

TODOS DE OLHO NO IMPOSTO

Nossa meta é que a sociedade, consciente do quanto paga de impostos, possa cobrar a contrapartida em serviços públicos de qualidade.

Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da OAB-SP

Quanto mais trabalhadores souberem que ao comprar um fósforo se paga imposto, melhor. As mudanças não vêm de cima, mas de baixo.

João Carlos Gonçalves, o Juruna, da Força Sindical

Até 1º de maio, o movimento De Olho no Imposto, lançado ontem, vai recolher pelo menos 1,5 milhão de assinaturas para iniciar um projeto de lei popular que regulamente o que já está garantido pela Constituição: o direito de saber quanto pagamos de impostos em mercadorias e serviços. De Olho no Imposto estão as entidades que formaram a vitoriosa Frente Brasileira contra a MP 232, em 2005, entre elas a ACSP, o Sescon, a OAB, a Força Sindical e o IBPT (a lista completa, cédula para adesão, palestra e links para ferramentas da campanha estão no portal www.deolhonoimposto.org.br). O presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, está iniciando a coleta de assinaturas hoje, em São José do Rio Preto: "Nosso desafio é ganhar as ruas para formar cidadãos educados e conscientes". Economia/1

"No Brasil, abolimos a monarquia, mas não a corte. Agora, cada um que aderir ao De Olho no Imposto se tornará um protagonista", disse o presidente da ACSP, Afif Domingos, à esquerda.

CPI PRENDE MARCUS VALERIUS, O OUTRO.

"Da mãe também seria bom", disse o advogado e ex-funcionário da Skymaster Marcus Valerius (foto) à CPMI dos Correios, ao ouvir que seria quebrado o sigilo bancário da esposa e da filha. Foi preso por desacato.Pág. 5

Quem ganha, quem perde. É a guerra dos pneus

9 minutos que abalaram o

O FMI rendeu bônus eleitorais a Lula, mas pode agora lhe render o ônus da Lei. O PSDB entrou com representação no TSE pelos 9 minutos em que ele mais se promoveu do que informou, em cadeia nacional. Pág. 6

Patrícia Cruz/LUZ
Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo
Mauricio Lima/AFP

OPINIÃO

LENTEDE

AUMENTO R

UMOSFISCAIS

EM 2006 NÃO

DEVEMASSUSTAR

Aliberação mais acelerada de dotações do grupo Outros custeios e capital pode mudar a sazonalidade do gasto, mas não colocará em risco o superávit primário programado.

A Operação Tapa-Buraco pode estar sendo equivocadamente vista como sinal de que Lula pode aumentar irresponsavelmente os gastos para turbinar as chances de sua reeleição.

Ações desse tipo podem apenas piorar a qualidade do gasto e se explicam mais pelo que evitam de desgaste do que pela conquista de apoios. Os políticos brasileiros sabem que estradas esburacadas irritam e lhes causam maiores

AOperação Tapa-Buraconãoé sinaldequeLula podeaumentar gastosparaturbinar aschances desuareeleição.

prejuízos nas proximidades das eleições. Outras iniciativas que podem dar a mesma impressão serão a contratação de mais funcionários públicos concursados e a liberação mais acelerada de dotações do grupo "Outros custeios e capital". Neste se incluem emendas dos parlamentares e outros gastos que facilitam os apoios eleitorais nos Estados e municípios.

Desembolsos mais rápidos podem mudar a sazonalidade do gasto, mas não porão em risco o superávit primário programado.

De outra parte, três fatores ajudarão a inibir a expansão dos gastos: (1) a nãoaprovação do Orçamento da União, o que levará o o governo, nos próximos, três meses, a viver dos "restos a pagar" e de duodécimos das dotações previstas na

proposta orçamentária, o que costuma contribuir para a redução do ritmo das despesas, relativamente a exercícios anteriores; (2) a natural dificuldade de promover gastos de investimentos: atrasos na concessão de licenças ambientais, dificuldade de cumprimento de regras burocráticas e recursos que costumam acontecer em licitações públicas; (3) a entrada em vigor, a partir de julho, das restrições previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal por conta das eleições: proibição de contratar servidores, aumentar o endividamento e iniciar obras não licitadas até o final do primeiro semestre. Além do mais, o açodamento com que foram registrados

empenhos no final do ano, para assegurar "restos a pagar" expressivos, pode significar que boa parte não será liqüidada, inclusive por conta do conhecido déficit de gestão das áreas setoriais do governo. Por tudo isso, é baixo o risco de o processo eleitoral redundar em nãocumprimento da meta de superávit primário. Não será surpresa se, mais uma vez, essa meta for superada. COMENTÁRIODE MAILSONDANÓBREGA PUBLICADONO BOLETIMTENDÊNCIAS WWW TENDENCIAS COM BR Artur

EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio,

O pior por-vir

BENEDICTO FERRIDE BARROS

Venhoacompanhando omandatoLula desde o período de sua campanha. Talvezhaja ultrapassadotrês centenaso número de artigosque escrevi sobre o tema. E deve montar a algumas dezenas os que não tive oportunidade depublicar por razões naturais de falta de espaço editorial. Porsurpreendentequepossaterparecidosua vitória, ela não representou nenhuma inovação na temáticapolítico-eleitoral brasileira. Antes dele, Jango,JânioeCollorlevantaramcomo bandeira imbatível o repúdio a tudo o que estavaaí.Ecomoo brasileiroestásemprecontrao governo, porque o governoestá sempre contra os brasileiros, mais uma vez a oposição venceu. E, mais uma vez, traiu as esperanças do povo. Diferença se há é no vulto do desgoverno, que bate porsua incompetência,corrupção eindecência o recorde histórico de todas as calamidades anteriores. No saldo desse mandato se acha o fato capital, do ponto de vista sociológico-políticodeque,não obstanteoEstado,asclasses políticas continuaram a crescer e aumentaram sua ordenha sobre a economia da população produtiva e consumidora.

Pela generalidadee vulto do escândalo que atingiu igualmente a todosos poderes do Estado, em qualquer outro país e sob qualquer regime, a crise que atravessamos poderia ter exorbitado a área política eter desfechado em algo de proporções gigantescas e calamitosas sobre asquais éinútil especular.Mas,como desdehá muitoestamos divididosem doisBrasis, odos

PF, os cidadãos comuns e ordinários, e os FP, os filhos da Pátria,queé a classeprivilegiada dos políticos, tudo ficou circunscrito à área política, do Estado e do governo.

Na atualidade, o fosso existente entre essas duasclasses de brasileiros,unidospor uma desunião xifópaga (se o leitornos permite o paradoxo), atingiu um limiteextra-terreno, se é que podemos empregar essa metáfora para tentarexprimiroqueocorre. Eoqueocorreé que perdemos totalmente o interesse de acompanhar o alargamento da crise, a ampliação das maracutais, das falcatruas, dos escândalos, dos roubos. Nossacapacidade de surpresae deindignaçãoestão lotadas.Não se passaumdiasemque maisumrombodemilhões de dólares bata o recorde de outros roubos desvendados.

Uma fortuna já foi gasta pelos diferentes setores dogoverno na investigação e apuração dos fatos. Nunca na história humana talvez se haja gasto tanto dinheiro para enquadrar tantos bandidos e certamente para punir tão poucos.

Mas isso não é o pior. O pior está em que muitos deles estão sendo premiados com polpudas aposentadorias, que outros saíram pela retaguardapara voltarpela portadafrente. Epior do quetudo, éque detodo odinheiro dopovo ilegalmente aplicado, gasto e foragido, de antemão sabemosque pouquíssimo,se algo,virá a ser recuperado.

D odinheiroforagidodopovo,pouquíssimoviráaserrecuperado.

A CPI e as

eleições

ARTHUR CHAGAS DINIZ

Odeputado Gustavo Fruetinforma quemais doque40%dos dadossolicitados pela CPI dosCorreios a diversas fontes não foram atendidos.

Os relapsos são desde a Receita Federal até bancos onde beneficiários do mensalão movimentaram recursos. ÉdifícilterresultadosemumaComissãodeInquérito que envolve direta ou indiretamente desde Lula até assessores ribeiropretanos de Palocci. Duda Mendonça - que recebia os pagamentos do PT oude seusfiliados noexterior eque éum importante elo no esquemapetista de corrupçãoaparentemente, por razões menores, não terá a movimentação de suas contas esmiuçada. Já tivemos a absolvição,pelo plenário da Câmara,de RomeuQueiroz, caracterizado pelo Conselho de Ética como mensaleiro. A Câmara tem mostrado que a ética não é um elemento de referência no julgamento da culpa do indiciado. O dramaé quedaqui adois mesesse encerraa CPI dos Correios O governoLulla achaque acrise estarácontrolada. Asestatais jácomeçaram ainvestir paralelamentenapublicidade. Acredite,atéaIn-

fraero está gastando um monte de dinheiro. Petrobrás e Banco do Brasil,nem se fala! Oficialmente, o orçamento com publicidade vai crescer 46% esse ano.

Opagamento antecipadoao FMI,ao invésde secaracterizarcomoumaburriceeconômica(era empréstimomuito maisbaratoquea dívidainterna que a substituiu) será mostrado como um novo "grito do Ipiranga". Finalmente, dizem os petistas, independentes! Até a famosa "Operação Tapa-Buracos" será decantada como uma reabilitação da estrutura viária do País. Ora, chamar de emergência a inconseqüência de casos de abandono é fazer pouco do cidadão comum.

Os reclamosdeFruetvão cairnovazio. Não só porque o PSDB já acertou oque queria,comoporque vaiestar mobilizado para fazer a anti-campanha doPT. E anenhum dos doispartidos interessa esticar o assunto do financiamento irregular decampanhas políticas eo usodas chamadas "sobras de campanha". ARTHURCHAGASDINIZ ÉPRESIDENTEDOINSTITUTOLIBERAL

JOÃODE SCANTIMBURGO

PARCERIA INTERNACIONAL

Opresidente recém-eleito na Bolívia, Evo Morales, já visitou Fidel Castro, em primeiro lugar, e depois visitou o presidente Lula. Homem de esquerda, mas de uma esquerda que, pela pressão dos novos tempos, está sendo reciclada, elogiou a economia liberal nas declarações à imprensa em São Paulo, sem, no entanto, explorar a eficácia ou não dos clichês, como se fazia alguns anos passados. O que de interessante ficou da visita do presidente Morales ao presidente Lula foi o convite feito ao brasileiro para uma parceria da Petrobrás com a estatal boliviana, para a exploração do petróleo no altiplano andino. Já tivemos negociações com a Bolívia e temos negócios com os vizinhos, mas houve interrupções no cumprimento de contratos, sem, no entanto, quebra do interesse de ambos os lados por uma parceria que os habilite a se imporem mais do que se impõem como produtores de petróleo.

Vemoscom otimismoaatitude dopresidente Moralesao promoveraparceria naexploraçãodo petróleoandino

Areferência que fizemos aos novos tempos deve ser tomada como uma etapa já vencida, no curso da história, por países que passaram por várias fases ideológicas e que estão, hoje, liberados de alguns tótens que os embalavam. Essa trajetória era fanática e incompatível com os reclamos por um desenvolvimento liberto de malhas ajustadas, num mundo que se expande cada vez mais na plena liberdade econômica. Vemos com otimismo a atitude do presidente Morales e sua proveitosa visita ao colega brasileiro, igualmente de esquerda, para promover a parceria internacional que nos libertará dos suprimentos estrangeiros de petróleomesmo que sejam conservados para a eventualidade de mudanças bruscas nos fornecimentos do bruto -, em um mundo eletrizado por várias paixões, ainda que postos a caminho de uma democratização e liberdade econômica para maior bem-estar das massas desfavorecidas, que caracterizam grande parte do globo.

Céllus

Sexta-feira 13: dia da maldade ou da mudança?

É de uma tristeza e de uma revolta

imensuráveis a foto do PM morto no DC do dia 13. É uma foto que traduz bem o que se pensa da sextafeira 13, dia de bruxas, monstros e maldades. Está mais do que na hora de aparecerem líderes que vejam no poder público uma chance de mudar os rumos da sociedade, que tenham coragem

de ousar, mudar e fazer valer os anseios e sonhos da população, e não apenas políticos interessados em "se dar bem", vendendo a segurança, saúde e educação de quem precisa e confiou neles. Revolta ver uma polícia despreparada, com veículos e equipamentos ultrapassados, moral baixa, sem perspectiva de futuro

e reconhecimento. Sei que o problema é mais abrangente e profundo, mas enquanto não temos educação de bom nível, postos de saúde e hospitais, precisamos de uma força policial que iniba e sufoque estes grupos criminosos que impõem ainda mais sofrimento à população. Onde estavam os que lutam

Revolta: uma polícia acuada e sem perspectiva

por "direitos humanos" quando estes policiais foram mortos? Parabenizo o DC pela campanha de redução de impostos, mas seria muito bem vinda uma campanha permanente pelo patriotismo, pelo orgulho de ser brasileiro e lutar pelo bem estar do próximo.

ROBERTO FENDT O MELHOR

DOSMUNDOS POSSÍVEIS

CRapadura também é cultura

Notícias recentes dão conta de que há anos uma empresa alemã empenhada na comercialização de produtos orgânicos é proprietária da marca “Rapadura”, que se destina a assinalar e identificar o produto açúcar. A notícia veiculadainsistentemente namídia nacional,une osbrasileiros em face de uma causa comum: o repúdio pela apropriação indevidadeidentidadepuramentebrasileira.Emquepeseagravidade da questão, a qual tende a ser resolvida através de vias diplomáticas, seguindoa linhada resoluçãodo caso“cupuaçu”,a indignaçãocoletiva nacional,além delouvável, ésurpreendente eparadoxal, devendo,pelo menos,ser objetode algumas reflexões indevidas.

Tem-se, então, que a expressão “Rapadura”, objeto da indignação cívica corrente, foi registrada como marca, que constitui um dos elementos de propriedade intelectual de uma companhia.Traduzindo aquestão de impactos diplomáticosem termos privados, poder-se-ia postularque os brasileiros, capitaneados na figurado Estado, seriam detentores defato dos direitos associados com a expressão “Rapadura”, enquanto que a sociedade alemã seria a sociedade concorrente que, de forma duvidosa e reprovável, se apropriou de direitos de propriedade dos brasileiros.

Oufanismocorrenteé representativoemerecedordeatenção, especialmente porpermitir que os brasileiros,como um todo, sintam, em escalas substancialmente menores, as mazelasqueafetamosdetentores dedireitosdepropriedadeintelectual. Curiosodestacar, outrossim,que osentimento derevolta é paradoxal, haja vista que não é culturalmente comum verificar, no Brasil, sentimentos de reprovação pela utilização indevida dos direitos de outrem. Em excelente artigo assinado pela repórter Luciana Brafman, publicado na Folha de São Paulo,em14dedezembro,foirelatadoqueoconsumodeitenscontrafeitos nos segmentos de roupas, tênis e brinquedos faz com que o Estadobrasileiro deixe de arrecadar R$12,8 bilhões por ano em tributos. Pela avaliação do texto pode-se notar que parcelado mesmopúblico quese senteperplexo pelautilização indevidada expressão“Rapadura”adquire produtosfalsificados pelopreço e, conseqüentemente,despreza, conscientemente, os interesses, direitos, investimentos e esforços do criador do produto original.

Anacronismos à parte, o fato éque, quando se trata de propriedade intelectual, as perdassó são sentidas quando impactam diretamente oofendido, como no casoda expressão“Rapadura”.Emtermos gerais,talconstatação representa a falta de incentivo e de cultura à valorização da propriedade intelectual. Sintetizar a sensibilidade da ques-

tão “propriedade intelectual” não é o escopo deste breve arrazoado, que objetiva apenas atentar para o fato de que os sentimentos de repulsa e indignação vivenciados por aqueles que vêem palavra do seu dicionário ser empregada indevidamente e de forma altamente reprovável não são exclusivos. O caso “Rapadura” auxilia na ilustração das mazelas vivenciadas pelos detentores de direitos de propriedade intelectual que, ao contrário da questão referida que tende a ser resolvida de forma diplomática, não vislumbram uma resolução prática e efetiva aos seus anseios. Uma possível amenização do impacto causado pelodesrespeito aosdireitos depropriedade intelectual podeser deslanchadaatravés domaior aproveitamento dasliçõestrazidaspelocasosobanálise.Porexemplo,acriação de uma cultura que valorize e respeite a propriedade intelectual associadaaosprodutosecriaçõesé fundamentalpara aprimorar noções de cidadania e de civilidade. Nainexistênciadestesconceitoscomuns, deve-se refletir, com atenção, se são legítimas e fundamentadas as queixas nacionaispelautilização,por outros,daexpressão“Rapadura”. Afinal,como dizem,educação vemde casa.Se nãotivermos educaçãoem nossacasaou nonossopaís, dificilmentelograremos êxito em exigir educação de terceiros.

OURYLOPESADVOGADOS

Ora, qualquer que seja o indicador fiscal, o resultado da política fiscal é ruim. O governo afirma que reduziu a dívida líquida, como proporção do PIB, de 51,7%, em dezembro de 2004, para 50,9% em novembro de 2005 (os números são do Banco Central). Ora, em primeiro lugar a dívida líquida do setor público consolidado aumentou em valor absoluto, entre as duas datas, em 27,9 bilhões de reais. A dívida líquida do governo central – União mais Banco Central –aumentou de 49,4 bilhões. Qual é a mágica? A dívida dos estados diminuiu em 5,7 bilhões; a dos municípios, em um bilhão; e as estatais passaram de devedoras a credoras líquidas, por um valor de 14,7 bilhões. Não tem mágica: a dívida líquida só diminui quando ela se refere ao setor público consolidado e quando comparado com o PIB (que provavelmente está superestimado nos cálculos).

Osindicadores mostramum desempenhopífio napolíticafiscal. Eaindavãonos dizerqueesseéo melhordos mundos.

ândido, o Otimista, julgava estar vivendo sempre no melhor dos mundos possíveis, segundo os ensinamentos de seu tutor, mestre Pangloss, na devastadora sátira de Voltaire à filosofia de Leibniz. Como Cândido, somos informados pelos Panglosses de plantão que também vivemos no melhor dos mundos possíveis. A corrupção corre solta? É assim que todo mundo faz, sempre fez e sempre fará, informa-nos o Senhor Presidente. As estradas deterioram ao ponto de se tornarem intrafegáveis; por quê? Ora, porque o dinheiro da manutenção de 2005 foi transferido para pagar a Operação Tapa-Buracos do ano eleitoral de 2006. Um escândalo? Não é assim que pensa o ministro dos Transportes: ''Em ano eleitoral não se pode parar as obras. As pessoas vão sempre reclamar. Reclamam quando não se faz a obra e quando se faz a obra diz que o momento é impróprio''. Sempre se fez, sempre se fará. Não é o melhor dos mundos?

A"E a vida vai se desenrolando em histórias desconexas"

Conheci o economista Paulo de Tarso Venceslau, que neste momento presta depoimento na CPI dos Bingos, no final da década de 1960. Paulo de Tarso era companhia constante de José Dirceu. A partir do momento em que Dirceu passou a ser alvejado pelo interesse insalubre

do DOPS e do CCC (Comando de Caça aos Comunistas, com forte presença entre os estudantes de Direito do Mackenzie), Paulo de Tarso se responsabilizou por sua segurança. Arregimentava uns sujeitos forçudos que protegiam Dirceu e, quando havia manifestações, as demais lideranças estudantis. Participou do

seqüestro do embaixador Elbrick, que foi depois trocado por presos políticos brasileiros, entre eles Dirceu e Travassos. Antes de se envolver com a luta armada, ainda durante a fase da resistência estudantil, tanto Dirceu quanto Paulo encontravam guarida na casa de meu pai, o jornalista Claudio Abramo. Havia sempre

cama, comida e conforto para quando eles -- e ainda Luiz Travassos, morto num estúpido acidente de trânsito no Rio, e Luiz Raul Machado, que de tão torturado nunca se recuperou completamente -aparecessem. Com a dissolução do regime militar, perdi Paulo de Tarso de vista. Apenas soube dele em 1997, quando foi

expulso do PT por ter exigido investigações a respeito de negócios e influências envolvendo o PT e o empresário Roberto Teixeira. Fica só a sensação, presente ao longo de toda a crise do mensalão, de que a vida vai se desenrolando em episódios e histórias desconexas que se somam numa grande inutilidade.

gora, uma coisa é achar e dizer que tudo o que é, é o melhor possível. Outra coisa é simplesmente dizer que é, o que não é. Exemplo? O Senhor Presidente anda nos dizendo que fez um grande negócio pagando antecipadamente o que o país deve ao FMI. Mas não nos disse quanto custou esse prépagamento. Não nos disse que o empréstimo do FMI tem as menores taxas de juros do mercado; nem que precisou aumentar a dívida brasileira, que tem as maiores taxas do mercado, para comprar os dólares necessários para saldar a dívida. Além dos buracos provisoriamente tapados, que mais tem o PT a apresentar aos senhores eleitores? Na campanha eleitoral, a política econômica vai aparecer como a grande realização, e dentro dela o grande astro será a política fiscal, já que ninguém do governo terá coragem de defender em público a política monetária do Banco Central.

Mas a história não pára aí. No cálculo da dívida líquida está (corretamente) excluído o total de créditos do Tesouro Nacional contra os estados e municípios. Esses créditos decorreram da renegociação dessas dívidas para com a União. O valor renegociado é da ordem de 326 bilhões de reais (17% do PIB), com vencimento em 30 anos. Por fim, a dívida bruta do setor público consolidado aumentou em 3,1% do PIB entre dezembro de 2004 e novembro de 2005, em lugar de diminuir, como mostram os números da dívida líquida; e o déficit nominal do governo central também aumentou, passando de 1% para 3,4% do PIB –cada vez mais longe de ser zerado, como sugeriram alguns.

Trocando em miúdos: de todos os indicadores da política fiscal, nossos Panglosses foram descobrir um que mostra alguma coisa boa (a dívida líquida), embora "dando adeus com chapéu alheio". Todos os demais indicadores mostram um desempenho pífio da política fiscal que, a despeito de tudo, será alardeada como a grande realização do governo. E ainda vão nos dizer que é assim mesmo, que esse é o melhor dos mundos possíveis.

Mário Lalau/Futura Press
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Ainda no muro

Está chegando a hora do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso descer do muro para ajudar a cúpula do partido a escolher o candidato do PSDB à presidência da República. A escolha está entre o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra. O ex-presidente tem feito elogios aos dois pré-candidatos, embora reconheça que Serra teria mais condições de "bater mais forte" em Lula.

Mas, recentemente, FHC fez um comentário que agradou o governador. Segundo o ex-presidente, Alckmin teria mais chance de crescer durante a campanha porque Serra já teria atingido o topo. Vê-se que FHC dá uma no cravo e outra na ferradura. Por isso, está chegando a hora da decisão: o tucanato prometeu que o candidato será indicado até março. Alckmin e Serra continuam brigando pela legenda do PSDB. O governador já admitiu publicamente que vai renunciar ao mandato até 1º de abril para ficar à disposição do partido, enquanto Serra continua indefinido, não sabendo se também vai optar pela renúncia na prefeitura.

PANOS QUENTES

De regresso ao País, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati terá trabalho para apaziguar a guerra entre Serra e Alckmin. Tasso quer disciplinar a luta entre os dois pré-candidatos. O senador acompanhou do exterior o comportamento dos dois presidenciáveis e se assustou sobretudo com a decisão de Alckmin de renunciar ao mandato.

DIFICULDADE

Os tucanos responsáveis pela indicação do candidato comentam que é difícil decidir quando se trata de dois bons pré-candidatos. Por isso, o partido contratou duas pesquisas qualitativas para saber quem pode crescer mais e quem vai ter mais facilidade de fechar acordos com outros partidos.

FAVORÁVEL

Hoje, as pesquisas beneficiam José Serra. O prefeito derrotaria Lula nos dois turnos. O índice de Alckmin nas pesquisas indica empate técnico com o petista no 2º turno. Mas, o governador está convicto de que crescerá mais durante a campanha devido à sua gestão em São Paulo.

ELEITOREIRO

O presidente Lula está usando a mídia para desmentir que esteja tirando proveito eleitoral na sua programação de tapar buracos nas rodovias que cortam o País. O presidente dispõe de uma verba de R$ 28 milhões. Lula acusa a oposição de não querer que o governo recupere as rodovias para poder explorá-las na campanha.

SONDAGEM

PSDB e PT tentam amarrar acordos para o 2º turno, sobretudo com o PMDB. Os dois partidos sabem que os peemedebistas terão candidato próprio. Por isso, falam em alianças mas só no 2º turno. Tucanos e petistas estão de olho no tempo de campanha que o PMDB tem na tevê.

INÚTIL

Tem sido inútil o trabalho desenvolvido pelos senadores José Sarney e Renan Calheiros, que ainda tentam convencer o PMDB a não ter candidatura própria porque seria melhor apoiar a reeleição de Lula. Michel Temer nega qualquer possibilidade de apoio a outro candidato no 1º turno.

PRÉVIAS

Por enquanto, o PMDB mantém março como o mês ideal para realizar as prévias entre o ex-governador Anthony Garotinho e o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Realizar as prévias depois de março seria inviabilizar a candidatura de Rigotto. Mas

CÂMARA PÕE FIM AO SALÁRIO

EXTRA EM CONVOCAÇÃO

ARenan continua em campanha para adiar a data.

DATA CERTA

Se for mantida a decisão do PMDB de realizar as prévias no dia 5 de março, para a indicação do candidato a presidente, o ministro Nélson Jobim fica fora da disputa. O presidente do STF ainda sonha com o adiamento das prévias.

DECISÃO

Os dois pré-candidatos à presidência pelo PMDB, Anthony Garotinho e Germano Rigotto já tomaram a decisão: o governador do Rio Grande do Sul se inscreve hoje para disputar as prévias e o ex-governador do Rio vai deixar o secretariado de Rosinha Matheus para cabalar o voto de 20 mil delegados do PMDB.

MESMA RAZÃO

O PDT está na mesma situação do PMDB: não pode comprometer o apoio a nenhum dos candidatos no 1º turno porque o partido optou pela candidatura própria. Cristovam Buarque é o favorito dos trabalhistas mas terá de vencer as prévias duelando com outro senador, Jefferson Péres, e com o governador Ronaldo Lessa.

ÂNIMO

A vitória da socialista Michelle Bachelet à presidência do Chile serviu de injeção de ânimo para a senadora Heloísa Helena, virtual candidata ao PSOL à sucessão de Lula. Mas, por enquanto, as pesquisas continuam apontando que a senadora teria hoje no máximo de 6% dos votos.

MÍDIA

O medo da cúpula tucana é que a briga pública entre Alckmin e Serra ganhe a preferência da mídia em prejuízo do noticiário sobre a crise no PT e as investigações que continuam nas CPIs. Para alguns tucanos, as CPIs já não chamam mais a atenção do público como anteriormente.

UNIÃO

Os tucanos temem também que a guerra entre Serra e Alckmin venha a atingir um ponto que prejudique a campanha do partido, quando um vai precisar certamente do outro. Os tucanos preferem dizer que quem radicalizar a briga não são os pré-candidatos e sim seus assessores.

CONTAS

A CPMI dos Correios escolhe esta semana os parlamentares que devem ir aos Estados Unidos em busca de dados sobre contas bancárias de Duda Mendonça naquele país. Tem sido em vão os esforços da comissão para obter no Ministério da Justiça informações sobre os dados recebidos de autoridades americanas.

Câmaraaprovou ontem projeto de decretolegislativo quepõe fimao pagamentode saláriosextras paraosdeputados e senadores durante as convocações extraordinárias do Congresso. Com isso, numa decisão considerada histórica, rompeu uma prática que existe desde 1902, conforme pesquisa feita pelodeputado RaulJungmann (PPS-PE). A votaçãofoi simbólica,sem registrono paineleletrônico.Todosospartidos manifestaram-se favoravelmenteaofimdopagamentodos subsídios. Para entrar em vigor, a mudança depende agorada aprovação do Senado, onde não haveráresistência àproposta. "Salário extranunca mais",disseHenriqueFontana(PT-RS),líder da bancada petista. Avotaçãodaproposta que reduz o recesso parlamentar de 90 para 45 dias, que começou a ser discutida ontem, deve ser votada ainda hoje.

Ficouclaraavontadedosparlamentares de acabar com o pagamentodossaláriosextras,um dos fatores que maiores desgastes têm provocado ao Poder Legislativo,jánavotação dorequerimento deurgência parao projeto. Dos 513 parlamentares, 470estavam presentes.Destes, 459votaramafavordaurgência parao projetoeapenas 9foram contrários (e uma abstenção). Recuo – "Omaisimportanteé queapartirdeagoranãohaverá nenhumpagamento",disseJosé Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da minoria. Mesmo o PFL, que defendiaa manutençãodopagamento caso o Executivo fosse o autorda convocaçãoextraordinária,recuou. "Éofim dodebate que dura anos, amanhã vamos entrar na pauta que a sociedade espera",afirmou Rodrigo Maia (RJ), líder do PFL.

A decisão tomada ontem não vale para a atual convocação. Deputados e senadores já receberamumaparcela dos extras.

Vão receber a segunda. Aplicase aío preceitolegal deque nenhuma legislação retroage para prejudicar.

Nos17anospós-Constituição de 1988 só não houve convocação do Congresso de 2002 para 2003 e de 2004 para 2005. Em todas as sessões extras os parlamentares receberam, cada um, dois salários. Só a convocação deste anopagou mais deR$ 15 milhões em extras. Pior: no primeiro mês os plenários ficaram fechados. O desgaste do Legislativo chegou ao seu limite máximo. E o tabu caiu depois de 104 anosde convocações.Semprequealgumparlamentartentava acabar com opagamento dos salários extras, havia uma revolta.A argumentaçãoera sempre a mesma: se o trabalho é extra, temde haverpagamento de salários, também extras.

Revolta– Umdosnovedeputados que tiveram coragem de sedeclararcontráriosaofimdos subsídios, AlbertoFraga(PFL-

DF) revoltou-se. Disse que a votação só ocorreu porque o Congressofoi "pressionado" pela imprensa. "Acabamos com a ditadura militar e vivemos a ditadura da imprensa". Ele chamoude "oportunista" o projeto de decreto legislativo que acabou com os extras, apresentadopelo deputadoRenato Casagrande (PSB-ES) efoi juntado a outros três. Animados comavitóriaconseguida, os partidos decidiram apoiar a aprovação deemenda constitucionaldo deputado NiciasRibeiro (PSDB-PA), quereduz de 90 para45 dias orecesso parlamentar. A mesmaemenda acaba com o pagamento dos extras. Pode parecerredundância, mas, ao pôr na Constituição o fim dos salários extras, ficará difícilqueafórmulasejaretomada no futuro, porqueuma emenda constitucional exige o voto de pelomenos 308deputados e49 senadores, quórum difícil de ser alcançado. (Agências)

O INÍCIO DE UM ACORDO ELEITORAL

Opresidente Luiz Inácio Lula daSilva e aala do PMDB capitaneada pelo presidentedo Congresso,senador Renan Calheiros (AL), deram ontemo primeiropasso paraum acordo eleitoral, que começa por palanques estaduais.Na contramãodo movimento pelacandidaturaprópria do partido – que será reforçado hoje com a inscrição do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, pré-candidato apresidente, nas prévias –, Renan deu esperançasa Lula: disse que ainda é possível uma composiçãodoPTcomoPMDB para a eleição.

Um novo laudo pericial sobreo assassinato doprefeito de SantoAndré, Celso Daniel(PT),reforçaa tese do Ministério Público de que o petista não foi vítima de crime comum, como defendem a Polícia CivileoPT.Olaudo confir-

Em almoço naResidência Oficial do Torto com Renan e o presidentedaCâmara,AldoRebelo(PCdo B-SP), Lulapediu aosaliados queintensifiquem os acordos regionais, independentemente do anúncio da candidatura dele à reeleição. Re-

PARA LEGISTA, CELSO DANIEL FOI TORTURADO.

ma atese de queDaniel foi torturado antes de morrer. Para o legista Paulo Argarate Vasques, a forma como

nan, por sua vez, pediu-lhe que anuncie omais rápidopossível aentradanopáreo,explicitando adisputacontrao PSDB.Lula resiste. Argumentaque éprecisoobservar melhor ocenário político."O que nós achamosé que o PT e os aliados não precisam ficar paralisados, aguardando uma definição do presidente", afirmou o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República,JaquesWagner, outro participante do almoço. Por orientação de Lula, a operação política em busca dos acordos regionais será intensificada. Renan disse ao presi-

Daniel foi morto não é condizente com as hipóteses de seqüestro- relâmpago, latrocínioouextorsão mediante seqüestro.A tesede tortura foi levantadaprimeiro pelo perito Carlos Delmonte Printes,morto no ano passado Segundo o legista, antes

dentequeatesedacandidatura própria do PMDB ganhou força interna, mas pode se enfraquecer. O argumento é que nenhum dos candidatos postos –o secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio, Anthony Garotinho, eRigotto –tem densidade eleitoral. Renandefendeuoadiamento das prévias do PMDB, de 5 para 19demarço. "Nãoprecisamos de qualquer candidato: precisamos deum que unifiqueo partido. Como não chegamos a um nomequeuna,quedeixemosisso para depois." Para ele, fazer prévias agoraé "um tirono pé, uma burrice". (AE)

demorrer, Danielfoibaleado norosto, tevesuas costasqueimadas com canoderevólver incandescente etinhamarcas de ferimentos por estilhaços– os assassinos atiravam contra o chão paraque osestilhaços atingissem Daniel. (AE)

Celso Junior/AE
Surpresa: dos 513 parlamentares, 470 estavam presentes no plenário durante a votação.
Lindomar Cruz/ABr
Renan: possível aliança com PT.

SEXTA-FEIRA

Odeputado ChicoAlencar (PSOL-RJ) recomendouontem acassação do mandatodo deputadoWanderval Santos (PL-SP) por envolvimento noescândalo domensalão. O Conselho de Ética votará o parecer na sexta-feira. Wanderval recebeu R$ 150 mil do esquema operado pelo empresário Marcos Valério de Souza. Em sua defesa, Wanderval alega que o ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ) havia pedido a um assessor seu que sacasse os recursos. Para Alencar, isso configura cumplicidade com Rodrigues. "O representado(Wanderval), na verdade, com ele se acumpliciou em todos os atos decorrentes desta sujeição, aí se incluindo orecebimentopelas mãos de um funcionáriode seugabinete de recursosilícitos, provenientes doesquema valerioduto", disse Alencar em seu parecer na reunião do conselho. Suplente – Após a leitura do parecer, o deputado José Carlos Araújo (PL-BA), que exerce a função desuplenteno conselho, apresentou um pedido de vista, adiandosuavotação.O presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), marcou a análise do relatório para a manhã de sextafeira.Araújodisseque nãoestá convencidodeque Wanderval tenhacometidoalgum atoque exija a pena máxima, que é a cas-

sação do mandato. Antes deAraújo, o deputado NelsonTrad(PMDB-MS), integrante do conselho, comentou o parecer eo voto deChico Alencar. Tradafirmou que ovoto foi correto eque o algoz deWanderval foi Carlos Rodrigues. O processo contra o parlamentar foiabertodepoisquea CPMI dos Correios divulgou que o motorista de Wanderval sacou R$ 150 mil das contas de Valério na agência do banco Rural em Brasília. Wanderval explicou que osaque foifeitosem oseu conhecimento, amando deRodrigues, querenunciou aomandato. A explicação não convenceu ChicoAlencar: "WandervalSantos forjou para si uma espécie de mandato secundário. Ele assumiu os riscos pelos resultados." Responsabilidade – O relator criticou o fato de Wanderval autorizar seusfuncionários aatenderem os pedidos de outros parlamentares. "Ele (Wanderval) chamou para si a responsabilidade por todos os atos daí recorrentes." ChicoAlencar disseainda que o mandato parlamentar tem princípios comuns ao da administração pública e que regras de outras instituições não devem ser levadas em conta. Wanderval e Rodrigues pertenciam à Igreja Universal.

Segundo Izar, os próximos pareceres a serem apresentados ao conselho serão osdos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). Ao todo, 11deputados enfrentam processodecassação acusados de envolvimentocom omensalão. (Agências)

Mentor (à esq.) demorou mais de uma hora para apresentar sua defesa ontem no Conselho de Ética

MENTOR: DINHEIRO DE VALÉRIO ERA DE CAIXA 1.

E

m depoimento no Conselhode Éticada Câmara, odeputado José Mentor (PT-SP) negou qualquer envolvimento como esquema de caixa 2 montado pelo empresário Marcos Valério de Souza e pelo ex-tesoureiro doPT Delúbio Soares. Mentorreafirmou que recebeu R$ 120 mil em dois cheques,umdeumsócio de Marcos Valério e outro da empresa 2S,como pagamentode umserviço prestadopor seu escritório de advocacia. "Não pode ser caixa 2 se o di-

nheiro temorigemedestino conhecidos esefoirecolhido imposto sobreo pagamento. Istoé caixa1",disseMentor, que usou uma hora e quinze minutos para apresentar sua defesa.Acompanharamo depoimento a mãe, o irmão, a mulher e a filha do deputado. Banestado – Mentor negou também quetenhabeneficiadoo banco Rural norelatório final da CPI do Banestado, da qual foi relator. Segundo o deputado, aCPIfoiencerrada sem umaconclusão porque houve "muita resistência" à in-

vestigação sobreas circunstânciasdavendadobancoEconômico para o banco Bilbao Vizcaya. Mentor disseque sua relação comMarcosValérioocorreu em 2003, durante preparativos para a campanha de 2004, mas queacabou nãofechando contratoscomas agências do empresário parafazer campanha em cinco cidades do interiordeSão Pauloondetem maior atuaçãopolítica. "Éverdade quefizalgunstelefonemas e me reuni algumas vezes com Marcos Valério,mas não

foram nemcentenasnem milhares", disse. Alguns deputadospetistas estiveram nasessão doconselho para cumprimentar e acompanharpartedo depoimento de Mentor, como o Professor Luizinho(SP), quetambém respondeaprocesso por suspeita de envolvimento no esquema do valerioduto. Bate-boca – A longa inquirição do relator Edmar Moreira (PFL-MG)levou oadvogado dopetista, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, a protestar contra oqueconsideroufalta de focona investigação."Com todo respeito, não estou entendendoolink dasperguntas com o caso do deputado Mentor. Gostaria que se voltasse ao cerne da acusação, senão ficaremos flutuando sem voltar ao pontocentral"disse Mariz.O depoimento deMentor durou cinco horas.

Moreira perguntava sobre a campanha doirmão deMentor, o deputado estadual AntônioMentor, àprefeitura de Americana, em 2004. O relator não gostou quando a deputadaAnn Pontes (PMDB-PA), quepresidiaa sessão,pediu quedesseasrazões para os questionamentos. "Não justificonadaa ninguém",reagiu Edmar Moreira. A demora nasperguntas do relatorpreocupou opresidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), que suspendeu a sessão para que odeputado ChicoAlencar(PSOL-RJ) pudesseler orelatórioque acassação (leia mais ao lado) do mandato de Wanderval Santos (PLSP). Quando a sessão foi retomada, havia só quatro deputados presentes. (Agências)

Vice-presidente do banco Rural depõe na CPMI dos Correios

CPI dos Bingos divulga hoje relatório sobre renovação de contrato entre a Caixa e a Getch

Delúbio

O ex-tesoureiro do PT Delúbio

Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério.

Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone

A diretora-executiva da SMP&B

Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

O relatorOsmarSerragliodisseque vai destinar um capítulo do relatório final a "assuntos pendentes", que não puderam serinvestigados por faltade prazo ou de documentos. Segundo ele, existem temas, como fundos de pensão, sobre osquais seráimpossível terminar as investigações até o fim de fevereiro.

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética

O presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), anunciou que os relatórios sobre os deputados Wanderval Santos (PL-SP) eRoberto Brant(PFL-MG), deverão ser lidos e votados nesta semana. Segundo ele, é possível que o processo sobre odeputado ProfessorLuizinho (PTSP) também entre nessa lista.

Mendonça

O publicitário Duda Mendonça, da DM9, confirmou ter recebido dinheiro de Marcos Valério no exterior. Os repasses, segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

Lamas O ex-tesoureiro

valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPI dos Bingos ACPIvai ouviromédico-legistaPaulo Vasques, autor de um laudo que conclui queo ex-prefeitodeSanto AndréCelso Daniel foi "brutalmente torturado" antes de ser assassinado, em 2002. A convocação de Vasques foi aprovada no ano passado, masadivulgaçãodonovo

do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os

'ESQUEMA DE CAIXA 2 DO PT COMEÇOU HÁ 13 ANOS'

É uma pena que o Mercadante não esteja aqui porque eu iria me confrontar com ele, olho no olho, sobre o que realmente ocorreu.

Paulo de Tarso

Ele (Okamoto) circulava arrecadando dinheiro que nunca foi contabilizado nas prefeituras. Está mais para Delúbio que para Marcos Valério.

Paulo de Tarso

Ele (Lula)é pernicioso para o PT e para a política nacional. Lula destruiu um partido que levará anos para se recuperar. É um caudilho.

Em depoimento ontem à CPI dos Bingos, o economista Paulode Tarso Venceslau denunciou queoesquema de caixa 2 do PT teve início há 13 anos nas prefeiturasdo interior de São Paulo. Segundo ele, o esquema foi posto em prática pela Consultoria para Empresas e Municípios (CPEM), empresaquepertence aRobertoTeixeira,compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Paulo de Tarso, que foi expulso do PT em 1998 após fazer as denúncias, a empresa procurava os prefeitos petistas oferecendo serviçosparamelhorara arrecadação do ICMS, mas o lucro não era contabilizado, sendo repassado ao partido. A arrecadação do ICMS é feita pelo estado, mas parte é repassada aos municípios. Elerelatou que em 1995registrou em cartório carta encaminhada a Lula, na época presidente do PT, revelando o esquema de arrecadação patrocinado pela CPEM. "Tirei uma cópia e entreguei nas mãos de todos os dirigentes: senador Mercadante, senador Suplicy, mas o silêncio continuou", afirmou. Peregrinação– Oeconomistadisse quepassouquatroanosperegrinando paraimpedir queaempresacontinuasseburlandoacobrança do ICMSdas prefeituras,com documentosrasurados efalsificados, masque ninguémlhe deu atenção."Levei parao AloizioMercadante queficouchocadíssimo, levei parao JoséDirceu,leveiparao GilbertoCarvalho,quehojeé chefe-de-gabinete do Lula e nada aconteceu."

Paulo deTarso desafiouAloizio Mercadante (PT-SP) a comparecer à sessão para tratar de declarações que, segundo o senador Tião Viana (PT-AC), teriam sido feitas pelo líder do governo. Viana disse terouvido Mercadante afirmar que Paulo de Tarso denunciava um esquema de caixa2noPT"porquetinhaódiodeLula".Oeconomista refutou a afirmação: "É uma pena que o Mercadante não esteja aqui porque eu iria me confrontarcomeleolhonoolhosobreoquerealmente ocorreu". Mais tarde, Mercadante reagiu falando que"o PTfez oque tinhaque serfeito. Afastouaempresa(CPEM)suspeita".JáSuplicy disse ter enviado na ocasião uma carta para Lula pedindo explicações.

Caudilho – Paulo de Tarso classificou Lula de "caudilho", afirmou que o presidente "rasgou o estatuto do PT" e disseque os militantes"que não dizem amém para Lula" não têm oportuni-

dadenalegenda. "Eleéperniciosopara oPTe paraa políticanacional. Luladestruiu umpartido que levará anos parase recuperar. Eles fizeramum estragonaesquerdabrasileira quea direita nunca conseguiu fazer", afirmou ele. Okamoto – O ex-petistaacusou o atual presidente do Sebrae, PauloOkamoto, a quem comparou ao ex-tesoureiro doPT Delúbio Soares,de sero principalarrecadador doesquema decaixa 2."Eleera oarredacador,apesar dena época não ser nada no PT, de não ter cargo no PT. Ele estámais para Delúbiodo quepara Marcos Valério.Circulava arrecadandodinheiroque nunca foi contabilizado nas prefeituras", afirmou Paulo de Tarso. Para oeconomista, Okamoto éo "bate-pau" dedirigentesdoPT,noesquemadearrecadação de verbas e disse que usa esse termo ao se referir a "pau-mandado", "que executa qualquer tarefa", sem querer saber se é licita ou não. Quando foi questionado pela comissãode sindicância do própriopartido sobre as açõesde Okamoto, Lula limitou-se a reconhecer que Okamoto ajudava muitona campanhamas quesua colaboraçãoera muitomais logística."Ele vendeadesivo. É o gerente da gráfica", teria alegado Lula, segundo relato de Paulo de Tarso. Infraero – O depoente, que foi secretário de FinançasdeCampinaseSãoJosédosCampos,disse ainda, que soube que quem manda na Infraero hoje é o compadre Teixeira. "Se fizerem uma apuração hoje, vão ver quem é que manda na Infraero", afirmou ele. "Tem mais mistérios na Infraero, hoje,doqueaviõesdecarreiranoar",acrescentou Segundo o ex-petista, a ligação de Lula com o seu compadre é tão grande, que "por mais de 10 anos" Lulamorou"degraça" emumacasadeTeixeira, cujo aluguel, na época, era cerca de R$ 1,4 mil. Ao ser questionado pela morte do prefeito de Santo André Celso Daniel, Paulo de Tarso disse que nãotem opinião formada sobre ocrime, mas afirmouque podegarantir queexistia um esquema de arrecadação irregular de dinheiro com empresasde transportes.Segundo ele,os petistas que faziam parte da prefeitura, incluindoCelso Daniel, sabiamdetodo oesquema. Prova disso, segundo Paulo de Tarso, é o fato de o empresário Ronan Maria Pinto, conhecido pelas"falcatruas" nomeio detransportes, terpermanecido nocomando dotransporte localdurante a gestão petista na cidade. (Agências)

CPMI PRENDE UM MARCUS VALERIUS

Oadvogado eexfuncionário da empresa detransporteaéreo Skymaster Marcus ValeriusPinto Pinheiro de Macedo foi preso ontem, em flagrante, por desacato,quando prestavadepoimento naCPMI dosCorreios. A prisão foi determinada pelo presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral (PT-MS).

O requerimento de prisão foi apresentado pelo deputado Geraldo Tadeu (PPS-MG), que foi interpelado por Marcus Valerius, aopedir a quebrado sigilo bancário da esposa e da irmã do advogado. "Da mãe também seria bom", afirmou o advogado, quando o parlamentar fez o pedido.

Marcus Valerius foi preso com base no Artigo 331 do Código Penal, que trata de desacato afuncionário público no exercícioda função. A detenção prevista vai de seis meses a doisanos. Ao deixara comissão, conduzido pela polícia do Senado, o advogado disse que oatoda CPMI foiarbitrário. "Fuihumilhadoe constrangido como cidadão", afirmou ele, que prestoudepoimento na Polícia do SenadoFederal, no Congresso,efoiliberado por volta das 22h.

Mentiras– O sub-relator, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), jáhavia ameaçadoantes prender o advogado pelas respostasevasivase mentiras no depoimento. MarcusValerius, quetrabalhou para aempresa aérea Skymaster, acusada de irregularidades em licitação do correio aéreo noturno, não quis responder aos parlamentares o destino de R$ 1,036 milhão sacadoemespéciedascontasda firma, entre fevereiro de 2000 e julho de 2001. A CPMI suspeita

que a quantia foi usada para pagar propinas nos Correios. O advogado disse apenas presumir que o dinheiro tenha servidopara pagamentode leasing (arrendamento)de aeronaves. Segundoele,as retiradasforamfeitaspelo segurança Francisco Carioca, a pedido do sócio da Skymaster João Marcos Pozzetti. Acusação – O relatorda CPMI dos Correios, deputado OsmarSerraglio (PMDB-PR),refutoua acusaçãodivulgada pela imprensa esta semana de que a CPMI não consegue cruzar dados de deputados acusados de receber o"mensalão" por falta de informações. Ele negou queaReceita Federal esteja dificultando o envio dos dados. "Nós não aguardamos dados da Receita porque não pedimos", afirmou.

SerragliodissequeaCPMIdo Mensalão –criada parainvestigar seos parlamentares realmentereceberamdinheiro ilegal por meio do "valerioduto" e encerrada em novembro – "obstruiu" os trabalhos da CPMI dos Correios. "QuandoaCPI (do Mensalão) foicriada, ficoudefinido que as investigações relativas aos parlamentaresseriam feitas lá. A CPI dos Correios não responde a isso porque não teve oportunidade de avançarna sua investigação." (Agências)

da Receita Federal (abaixo).

RECEITA INVESTIGA 75 PESSOAS ENVOLVIDAS EM

DENÚNCIAS

AReceita Federalinvestiga,desde queseiniciaram os trabalhos da CPMI dos Correios, em junho, 75 contribuintes – entre pessoas físicase jurídicas,envolvidos nas denúncias apuradas. Segundo o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid,detodos esses procedimentosde fiscalização que foram abertos, somente um foi concluído. Trata-se de uma pessoa física, cujo nome não foi revelado por causa do sigilo fiscal, que gerou um crédito tributário (impostodevido àReceita, incluindo multa e juros) da ordem de R$ 760 mil. Rachid participou ontem de uma audiência públicana Subcomissão de Normas de Combate à Corrupção da CPMI para debater medidase projetosque poderiam inibircrimes financei-

ros noPaís. Na audiência,ele informou que, em todo 2005, a fiscalização daReceita atingiu230 mil contribuintes, sendo mais de 200 mil pessoas físicas. Numareunião bastante tranqüila para o secretário da Receita, omomento mais difícilfoi quando eleinformou nacomissão que o acordo firmado entre o órgão e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)permitiráque, nestaseleições,qualquer cidadãodenuncie irregularidades praticadas por candidatos.

Polêmica – A informação causouincômodo nosparlamentares, preocupadoscom possíveis denúncias vazias feitas por políticos concorrentes. "A medida é uma porta aberta para os adversários políticos", disse o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). O senador Heráclito Fortes (PFLPI), por sua vez, sugeriu que a Receita tambémfaça investigação do denunciantee oresponsabilize, caso a denúncia seja vazia. Para tentartranqüilizar depu-

tadosesenadores,Rachid afirmou que as denúncias serão tratadas com sigilo absoluto e serão levadas adiante pela Receita somente se contiverem "elementos mínimos" para que o órgão dê início às investigações. Sigilo absoluto – "Se adenúncia não tiver esses elementos mínimos, serádeclarada inepta earquivada", disse."Sei que aseleiçõesesquentamos ânimos, mas nós trataremos com absoluto sigilo essas informações e também trataremos demodo estritamente tributário", completou. Rachiddedicouum longo tempo da exposição para afirmar que o Congresso deve estudar a possibilidade de a Receita fornecer a órgãos do governo informações sobre funcionários públicos envolvidos com irregularidadesfiscais.Segundo ele, hoje, a Receita recebe muitas informações, mas devolve pouco para os órgãos da administração federal. (AE)

Lindomar Cruz/ABr
Paulo de Tarso depôs na CPI dos Bingos e reafirmou que avisou Lula em 1995 sobre esquema de corrupção
Paulo de Tarso
Na CPMI dos Correios: Marcus Valerius, da Skymaster (acima) e Jorge Rachid,
Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo
Lindomar Cruz/ABr
Agliberto Lima/AEVirtual Photo/Arquivo/12-08-2005

queda de 23%

Pesquisa divulgada pelo Procon apontou diminuição no valor de alguns itens e mostrou que preços podem variar em até 6.880%

Apesquisa anual da Coordenadoria deDefesa do Consumidorde Campinas(Procon) queverifica avariação do preço do material escolar em papelarias, atacadistas e hipermercados da cidade, realizada este ano entre os dias 5 e 12 deste mês, registrou queda de 23%, em média, nos preços de 48 itens pesquisados em relaçãoao mesmoperíodo no ano passado. Aomesmo tempo aanálisedesteano também mostrou diferençasde até6.880% nospreços.É o casoda borracha brancaquepode serencontrada entre R$ 0,05 e R$ 3,49. Esseitem tambémfoi apontado como o de maior diferença napesquisa realizada entre10e 14 de janeirode2005, quando variou 7.400% com preços de R$ 0,04 até R$ 3,00.

Deacordo comodiretor do Procon, Anderson Gianetti, apesarda quedanos

preços, o consumidor deve ficar atento à variação dos preços. Uma dica é utilizar a pesquisa feita pelo órgão comoguia de compras. Maso estudonão levaem consideração a marca dos produtos paracalcular o preço. "O consumidor deve ficar atento à qualidade pois nem sempre o mais baratosignifica um bom produto.Além disso,também temos preços mais altosquandoos produtos são ligados a licençasde desenhosanimados eheróisde TV,porexemplo", disse Gianetti. Pesquisar também é o que semprefaz a cabeleireira Mara Alexandrina Gonçalves que ontem passou porquatropapelarias deCampinasembuscados melhores preços. "Mas a qualidade é fundamental. Se tiver que pagar mais caro para ter um produto melhor ou mais duradouro faço a opção por ele", disse a mulherquefez todasas

compraspara osdois filhos na mesmalojajáque também precisava de pagamento facilitado. Proprietária desde 1973 da Papelaria Modelo, no centro, Neiva Harada, presenciouaquedanospreços dos itens escolares este ano. Paraela, aconcorrência com os produtos chineses, mesmoqueesses tenham uma qualidade muito ruim, ajudou o comércio a reduzir os custos dos produtos nacionais ou mesmo importados de qualidade. "Jáo papel,cotado emdólar, deveria ter baixado maiso preçodefábrica,o que não aconteceu",comentou a comerciante.

Sem redução de custo na produção e com preços tabelados, os livros mantiveram os preços estáveis este ano, segundo a gerente da Livraria Pergaminho, Cida Martins. De acordo com agerente, asaída estásendo fazer acordos com as escolas. "Quanto maior o volume de vendas mais conseguimos baixar os preços. Éa estratégia queadotamosnosúltimostrêsanos", observou a gerente. Preços – A pesquisa anual do Procon não leva emconsideração oslivros tabelados, mas avaliaos cadernos que puxaram pra cimaa médiade23% na queda geral dos 48 itens

Ao lado, consumidora observa o valor de uma agenda. Ao alto, a cabeleireira Mara Alexandrina, pesquisa os preços em mais uma papelaria. Acima, a proprietária Neiva Harada, que reduziu os preços na sua loja.

pesquisados. Segundo o Procon, a alta nos preços dos cadernos verificada nas pesquisas de 2005 e deste ano ficou em 200%. Além da alta nos cadernos, o departamento também encontroupreços elevados em mais cinco itens. Em outros três os preços permaneceram osmesmos e os demais da lista de 48 ítens domaterial básico caíram. Já as diferenças entreos cadernos,semlevar em consideração as marcas, este ano, chegaram a 1.100%, tanto para a brochura quanto para o espiral, considerando o mais barato e o mais caro. MárioTonocchi

do

(0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200

A nova geração Passat Variant

Rápida - Com motor 2.0 16V de 150 cv de potência, o SW acelera de 0 a 100 km/h em10,5 segundose amáxima de205 km/h. Produzido na fábrica de Endem, na Alemanha,a versãoComfortline éequipada com transmissão de seis velocidades Tiptronic. Seu preço, R$129.732.

Chega ao mercado, custando R$ 130 mil, a sexta geração da SW da montadora de São Bernardo do Campo. Mas esta máquina vem da Alemanha.

Irmãomaisnovo doPassat,lançado aquiemoutubro, oPassatVariant reúne as mesmas características do sedã. O motor é o mesmo, transversal FSI de 2.0 litros. Nele o sistema joga a gasolina diretamente nascâmaras decombustão, sem que os injetores borrifem gasolina nos coletoresde admissão.A montadoragarante que o recurso proporciona a melhor combinaçãoque seconhece entrealto desempenho e baixos consumo e emissões de poluentes.

Nesta sexta geração, a VW aumentou a Variant 9,2 cm no comprimento e 7,4 cm

nalargura, comparadoao modeloanterior, ficando com 4,77 metros e 1,82 m, respectivamente. O aumento das medidas beneficiouo habitáculodo carro,que oferece mais conforto aos seus ocupantes. O bagageiro tem 603 litros (108 a mais do que o anterior). E o tanque de combustível também foi aumentado para 70 litros. "Oobjetivoda Volkswagenémantera liderançano segmentochamado 'BPremium', fortalecendoa imagem deluxo e sofisticação da marca", afirma o diretor de Vendase Marketingda Volkswagendo Brasil, Paulo Sergio Kakinoff.

Riqueza nos detalhes - Entre os itens de conforto oferecidos, o sensor de chuvade refração,instalado na basedo espelho retrovisor interno, analisa a intensidade de água no pára-brisa e programa o acionamento e velocidade do limpador. Esse mesmo dispositivo entra em contato com ocomputador que comandao ESP (sistemade freios),executa outrafunção dirigidaà segurança:quando começaa chover,a possibilidadede acúmulode água nos discos de freio é logo erradicada. Équeossensores "conversam"entresie determinam que as pinças aproximem-se omáximo possíveldosdiscos, semtocálos, para aumentar a velocidade do ar por ali e providenciar a secagem dos discos. O motoristaalheio aeste movimento,nada percebe.

Há umsistema nocarro, masque,

Além da imponência das linhas, o conjunto de luzes traseiras é destaque nesta nova geração Passat Variant. Há também a injeção direta de combustível, por enquanto, único disponível por aqui.

legalmente, jamaispoderá ser usado,é o ALS (Automatic Light Sensor), que liga as luzes na entrada detúneis ou quando a intensidade da luz cai bruscamente, desde que selecionada previamente essa função. Aívem oproblemacoma lei,quenão permitevelocidades acimade 120km/h: ao ultrapassar140 km/h aoperação de acendimento automáticose repete.Ela também ocorre quando está chovendo, e o sensor de chuva ativo.

Quando equipado com faróis de xenon (opcionais),o PassatVariant oferecerecurso ainda inédito noBrasil, o AFS: em "contato" com sensores ligados ao sistema de direção, os faróis "fazem a curva" junto com o carro, eliminando pontos cegos em manobras noturnas.

Duascoisasque jáexistememoutros carrosvendidos nomercado, masque destacam-se na SW: a existência de um porta guarda-chuva na porta do motorista. Outra: achave eletrônicaelimina ouso de um corpo metálico e o miolo tradicional. Para ligar ou desligar o motor, desde que a chaveesteja alojadaemseunicho, omotoristasó precisadarumleve toquena chave, empurrando-a contra o painel.

Eu não sou o tipo de jogador que rouba os impostos do seu país. Tudo que eu pago é declarado. Não há nada de errado. Eu tenho certeza disso. Podem investigar. Do jogador Roger, ontem, durante treinamento no Corinthians, sobre a denúncia da revista Veja de que a Receita Federal investiga uma transação de cerca de R$ 340 mil feita por ele no exterior.

L ITERATURA

'Cabana do Pai Tomás' vale US$ 1 milhão

A "Cabana do Pai Tomás", que ficou famosa em um romance sobre a escravidão nos EUA, foi vendida por US$ 1 milhão. O patrimônio histórico do país foi adquirido pelo condado de Montgomery (Maryland), perto de Washington. Nesta semana, quando os norte-americanos comemoram o aniversário de nascimento do líder negro Martin Luther King, defensor dos direitos civis, foi celebrada a cerimônia de compra da casa colonial de três dormitórios com uma "cabana" adjacente. A idéia é restaurar o edifício, estudar sua história e transformá-lo, provavelmente, em

museu. A última proprietária, Hildegarde Mallet-Prevost, faleceu em setembro aos 100 anos, e sua família decidiu vender a casa e a cabana adjacente onde viveu Josiah Henson, o escravo cuja autobiografia inspirou, em 1849, o romance A Cabana do Pai Tomás, de Harriet Beecher Stowe. Josiah Henson nasceu em Maryland em 1789 e viveu como escravo durante 41 anos. Em 1830, imigrou com a família para o Canadá, onde escreveu sua autobiografia. Por isso, existe outra "cabana do pai Tomás" em Ontário, Canadá, mas os historiadores americanos não a consideram digna do título. A RTE

T ECNOLOGIA

Toshiba cria um elevador que levita

A Toshiba Elevator and Building Systems Corp. divulgou ontem que o primeiro elevador de levitação magnética será lançado até 2008 e usará a tecnologia maglev - capaz de suspender objetos combinando atração e repulsão magnéticas - nos elevadores. Os elevadores maglev serão mais confortáveis, silenciosos e rápidos. É a mesma tecnologia usada nos trens de alta velocidade, mas o único trem maglev que faz transporte de passageiros localiza-se na cidade de Xangai, na China.

EM CARTAZ

Centros de fraudes virtuais

Protegidos pelo anonimato, 'bandidos virtuais' roubam senhas e e-mails nas lan houses

AAdele Bloch Bauer I, quadro de Gustav Klimt, integra uma exposição em Viena, Áustria. Uma decisão judicial determinou que cinco obras do pintor fossem devolvidas à herdeira, que preferiu que mantê-los na Áustria.

E STADOSUNIDOS

Pastor de 100 anos casa-se pela 3ª vez

O reverendo James Rual Chalk cita seu livro favorito da Bíblia, o Gênese, que diz: "Não é bom que o homem esteja sozinho". Então pela terceira vez em seus 100 anos, casou-se, agora com a amiga Evelyn Johnson, de 68 anos. Chalk havia feito um sermão do mesmo altar onde se casou, uma semana antes. O pastor conhece Evelyn desde 1982. O marido dela morreu em 1999, e a segunda mulher de Chalk, Lois, faleceu no ano passado. O pastor e sua nova mulher têm, juntos, quatro filhos, 10 netos e 14 bisnetos.

CINEMA

Ciclo de filmes argentinos dirigidos por Adolfo Aristarain (foto) e Alejandro Agresti. Hoje: A Praia do Amor, de Aristarain. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112. Telefone: 3113-3651. Às 19h. R$ 8 e R$ 4. Até 29/01. www.bb.com.br

iPod já dita a moda masculina

I NGLATERRA

'Assassino' tem de indenizar vítima

F AVORITOS

Um clique em prol dos desaparecidos

A empresa americana Koyono acabou de lançar uma jaqueta masculina de algodão stretch impermeabilizado, que vem com um atrativo a mais: uma área no forro com botões de controle que podem ser conectados a um iPod. O preço sugerido no exterior é de US$ 179. www.koyono.com/products/ blackcoat_work/description.html

A internet tem sido uma das melhores opções para quem procura por pessoas desaparecidas. No site da instituição Desapareceu o usuário tem a oportunidade de fazer a busca pelo nome da pessoa ou por meio do link Galeria de Fotos. A página também oferece um serviço para cadastrar os dados do desaparecido e exibe, a cada novo acesso, a foto de alguém que está sendo procurado e que pode significar o fim de uma procura. www.desapareceu.com.br

slan houses,quejásão 12 milno estado de SãoPaulo -se transformaram em ponto de ação fixos do crime organizado, disseminadoem quadrilhas especializadas. Os hackers invadiramesses espaçose,segundoosindicatodacategoria, os criminosos cibernéticos roubam ali senhas bancárias e endereços de internauta. Depois, vendem as informações em leilões virtuais. As senhas são moeda de troca na internet. A ausência de controle de identificação dos usuários desses estabelecimentos deixou emalerta osproprietários daslan houses."Temos deadmitir que pode ser perigoso mandarcurrículosefazertransações bancárias nesses locais. Umhacker podeestar aolado da vítima", diz o presidente do

sindicato, Laércio Santos. De acordocomaFederação Brasileirade Bancos(Febraban), os investimentos das instituições bancárias em segurança paraevitara açãodoshackers são cerca de US$ 1,2 bilhão por ano. No entanto, nos primeiros nove meses de 2005,o volume acumuladode fraudespela internet saltou 688%, comparado a igual período de 2003. O pesquisador Marcelo Lau, do NúcleodeCiênciaForense da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) explica que primeiro os hackers enviamfalsosavisosdedívidas, cartões apaixonados, denúncias de traiçãoe atéprogramas para proteção do computador. Ao abrir essas janelas, automaticamente os bandidos passama acompanharas açõesdo internauta, como transações

bancárias.Em poucotempo,o bandidovirtualjá temonome, RG,CPF,endereço esenha do banco do internauta,que são vendidas em salas de bate-papo específicas."Nas lan houses, o bandido trocaa senharoubada por dinheiro, programas ilegais de computador,número de contas bancárias e de cartões de crédito. Depois, o comprador faztransferênciasde dinheiro, pagamento dedespesas ecompras", conta Lau. A vítima sófica sabendo que caiu nogolpe ao conferir oextrato bancário.Aosaberque mordeu aisca do criminoso, a primeira medida é registrar um Boletim de Ocorrência. Em seguida, o internauta deve seguir a sua agência bancária. Segundo aFebraban, em maisde 95% dos casos,osbancos reembolsam os clientes lesados. (AE)

CENA ABERTA - Silhueta do ator espanhol Xavier Bobés, da companhia de teatro Playground. Bobés, que apresentou o espetáculo Duo no festival de teatro de Burgos, contracena com um boneco e parte do cenário de seu espetáculo é seu próprio corpo.

A prévia do Oscar

Kevin Winter/AFP

Ainglesa Rachel Weisz conquistou oGlobo de Ouro deatriz coadjuvante porsua atuação em OJardineiro Fiel, filme do brasileiro FernandoMeirellessobreumahistória de amor que se passa em meio à pobrezadaÁfrica."Fiqueiextremamente felizpelapremiaçãodaRachel. Elaestá mudandosua carreirae isso vai ajudá-la", declarou o diretor - queconcorriaaoGlobo de Ourodemelhordireção pelotrabalho.Mas ogrande ganhadorda63ºedição do GlobodeOuro foimesmo O segredo de Brokeback Mountain, emumanoite emqueforam premiados os filmespreocupados com temas políticos e homossexuais. O filme levou quatro prêmios: de melhor drama do ano, melhor diretor, para Ang Lee, melhor canção, para o argentino Gustavo Santaolalla, e melhor roteiro. Mas também perdeu três dos prêmios a que concorria. Entreelesestão ode melhor ator, para Heath Ledger, e de melhor atriz coadjuvante pa-

A atriz Rachel Weisz, coadjuvante no filme

ra Michelle Williams. Philip Seymour Hoffman, ganhou o Globo de Ouro de melhor ator dramático por seu trabalho em Capote, no qual interpreta o escritor homossexualTruman Capote. Na categoria de musical oucomédia,o destaque foi JohnnyeJune (WalktheLine),

uma biografia do músico JohnnyCash,quelevou os Globos de Ouro de melhor filmedo ano,de melhor atriz,para ReeseWitherspoon,edemelhor ator,para Joaquin Phoenix. Felicity Huffman levouo Globo deOuro demelhor atrizdramáticapor Transamerica.GeorgeClooney ficou com o prêmio de melhor ator coadjuvante por Syriana. Além do Globo de Ouro demelhor atorcoadjuvante, o atortambém concorriaaos prêmios de melhor diretor e de melhor roteiro por Good Night, and GoodLuck.O melhorfilmeestrangeirofoi o palestino Paradise Now Natelevisão, o Globode Ouro de melhor atriz de série dramática foi para Geena Davis por Commander in Chief Lostfoi escolhida a melhor série dramática e Desperate Housewives ganhou o prêmio demelhor série de comédia ou musical. Oprêmiodemelhor atrizdesérie de comédia ou musicalfoi para Mary-Louis Parker, pela série Weeds A TÉLOGO

Campinas suspende cobrança de taxa sobre túmulos e devolverá valores cobrados

Le Mans, da França, oferece à diretoria do São Paulo 4 milhões de euros por Grafite

Estudo da FEA-USP mostra que aumentou a preocupação de médias empresas com social

Kevin Reeves, um britânico de 40 anos, foi condenado por um tribunal britânico a 15 meses de prisão e a pagar 2 mil libras por danos e prejuízos à mulher que deveria ser sua vítima voluntária, Christine Ryder, de 53. Segundo o jornal The Times, ela conheceu Reeves em um hospital psiquiátrico onde foi internada após tentar suicídio e pediu que ele conseguisse alguém disposto a matá-la por 20 mil libras. Reeves aceitou a proposta, recebeu 4 mil libras adiantadas, mas não cumpriu o acordo e justificou-se dizendo que ele mesmo tinha matado o assassino contratado e que tinha utilizado o dinheiro para indenizar à viúva.

Jornais fazem 'bonito' na crise

O jornal norte-americano Christian Science Monitor constatou em sua edição de ontem que os jornais brasileiros ganharam pontos com os leitores graças à cobertura sobre a crise política. Citando o exemplo do carioca O Globo, o periódico diz que, "numa era em que editores e jornalistas de muitos países estão perdendo prestígio e respeito, os escribas do quarto poder do Brasil são alvo de elevada estima".

E DUCAÇÃO

Idioma chinês nas escolas inglesas

O Brighton College, no sul da Inglaterra, decidiu transformar o mandarim em matéria obrigatória no currículo de seus alunos. Os 1.200 alunos do Brighton College estudam diversas línguas estrangeiras, entre elas o francês, o espanhol e o latim. A justificativa da escola para incluir o mandarim no currículo é preparar melhor os alunos para os desafios que enfrentarão com a ascensão da economia chinesa.

M ARKETING

Mila, do desenho para os negócios

Mila e sua turma, personagens da série de desenhos animados que a maioria das crianças conhece da TV RÁ-TIM-BUM, agora está no mercado de licenciamento. Com suas mensagens ecologicamente corretas e ligadas à prática de esportes, artes, música e brincadeiras da infância, Mila já está em cerca de dez produtos, entre eles cadernos, estojos, mochilas, brinquedos educativos e revista da editora On Line. www.revistaonline.com.br

C INEMA
O Jardineiro Fiel, do diretor
brasileiro Fernando Meirelles
Herbert Neubauer/Reuters
Felix Ordonez Ausin/Reuters

Todo o conforto sobre quatro rodas

Viajar por toda parte levando a casa junto: essa é a intenção dos que investem milhares de reais na compra de veículos como os motorhomes. No Brasil, impostos e leis limitam crescimento do mercado.

Viajar mundoafora sobre quatro rodas tendo a comodidade de uma casa confortável não é um sonho difícil de realizar. Os trailers e motorhomes são boas opções para quemtemespíritoaventureiro, busca maior liberdade e tem alguma reserva financeira para investir.Vantagens comomenor custo de hospedagem, em comparação com diárias de hotéis,emaisintensaconvivência social e familiar, além da possibilidadede mudar quando o local não estiver mais agradando falam mais alto para os proprietáriosdosveículosde recreio. Apesarde o setor atravessarumperíodo recessivo, por causa de problemas com a legislação, écrescente ointeresse crescente na aquisição de trailers e motor-homes.

De acordocom odiretor da Associação Brasileira de Campismo (Abracamping), Luiz Edgar Tostes, existem no Paíscerca de350 campings apropriadosparaabrigar esses veículos. "As pessoas que viajam assim geralmente buscam umaformaalternativa de hospedagem, com maior contato com a natureza. É um estilo de vida", afirma.

Tostes diz que o perfil do campista mudou. Em vez de procurar apenas o contato mais próximo com a natureza, ele quer também ter conforto, limpeza e liberdade de trânsito, possíveis nasviagenscomos veículos de recreio. Hoje a frota de motorhomes no Brasil é de 3 mil veículos— nos Estados Unidos chega a 1,7 milhão.

Preços — Os veículos de recreio produzidos no Brasil equiparam-seaoseuropeus e americanosemtermos de estrutura, conforto e acabamento.Mas aexpansão domercado nacionalélimitada pelos preçosaltos (acimade R$ 80 milno casodosmotor-homes e de no mínimo R$ 10 mil para ostrailers), por causa dapequena demanda e pelo fato de nãoexistirracionalização da produção— queainda hojeé artesanal. A fabricaçãode cada motor-homeconsome em média 5 mil horas de trabalho. "Além disso, a carga de impostos sobre os veículos é elevada e não existe qualquer forma de financiamento ao comprador", afirma Luiz Tostes. Outra grande limitação para a indústria, segundo ele, é a legislação. O Código de Trânsito Brasileiroexige carteiradehabilitação categoriaE paraos motoristasde veículosquelevamtrailers —a mesmaexigidapara motoristasdecarretas com carga de40toneladas— embora os trailers sejam veículosleves. Osmotorhomes,por sua vez, exigem carteira de habilitação da categoria D. "O trailer sempre foi uma forma popular para acampar, pelo custo relativamente baixo epor oferecermais confortoe segurança que uma barraca. Essaexigência do código de trânsito praticamente paralisoua indústria",diz Tostes.O Brasil é o único país do mundo com essa restrição.Mas tramita noSenado umprojeto delei para derrubar aexigência da habilitaçãoE paraosmotoris-

tas de veículos de recreio, permitindo que quem tenha a carteira B possa guiá-los. Sobrevivente— Uma das únicasfábricas de motor-homesdoBrasil éaCityTrailer, localizada emSãoPaulo. Segundo oproprietário, MaurícioMatheus, em 2004o País produziusomente10 motorhomes e 30 trailers turísticos. "Os trailers comerciais têm mais demanda. Aindaassim, apenasaMotor Trailer,de Pirassununga, no interior paulista, aindafabrica modelos novos", afirma. ACity Trailer constrói, reforma, vende e faz a manutenção de motorhomes. De acordo com Matheus, um motorhome usado pode custar de R$ 80 mil a R$ 130 mil, dependendo do ano do ônibus e

das opções de conforto e acabamento internos. Ele diz que hoje é forte a demanda pelos serviços de personalização. "Muitos clientes querem todos os acessórios de conforto que uma casa pode ter."A City Trailertambémmontaestruturas para consultórios médicos e odontológicos, entre outros. Vantagens — Umtrailerde4 a 6,5 metros de comprimento, segundo o empresário, custa de R$ 30 mil a R$ 140 mil. Já um similar usado, comcapacidadepara atéseispessoas, saide R$ 10 mil a R$ 25 mil. "O seguro de um veículo de recreio custa cerca de 8% de seu valor, mais baixo que seguro de carro. E acredito que nuncahouveno Brasil uma ocorrência de assalto a trailers ou motorhomes."

ParaMatheus, arelaçãoentre custo e benefício de um veículo de recreio é bastante vantajosa. Ele garante que é mais viável comprar umdelesdo que uma casa na praia, levando em contao conforto ea liberdade de deslocamento. Além disso,não háperda de dinheiro na hora da venda. "O setorsó nãocresceporcausa da falta de divulgação dos benefíciosdesses veículos edas péssimas condiçõesdasrodovias", acrescenta Matheus. Viajante — "Temos aliberdade deter uma casade frente para o mar." Esta frase é pronunciada com muito orgulho pelo microempresário Ivan Franco. Ao lado da esposa, ele jáviajou paraFlorianópolise conheceu muitaspraias abor-

do de seu motor-home. Franco já está com seu segundo veículo de recreio. Ele resolveu comprar o primeiro modelo há cinco anos, por ter enfrentado faltade vagas emhotéisno Carnaval. "Comomotor-home, posso tercasa de campoou de praia em qualquer lugar. Em março, pretendo ir para o Nordeste com a família", conta. O microempresário pesquisou bastante antes de comprar seuatual modelo,quecustou R$ 140 mil e tem 28 metros quadradosde muito conforto. "A parte maisdifícilé comprar o ônibus.Recomendo acompra de um modelo não muito rodado. Trata-sede um tipode veículopara terparasempre,já que é difícil vender", informa. André Alves

Quem tem um motorhome acha que vale mais a pena investir nesse tipo de veículo para passear do que gastar dinheiro com diárias de hotéis. E sem perder em conforto. Acima e ao lado, etapas do processo artesanal de fabricação do veículo.
O empresário paulista Ivan Franco tem um motorhome de 28 metros quadrados. Com ele, já foi até Florianópolis e agora pretende passar uma temporada no Nordeste. Nas fotos, detalhes do interior de um motorhome e de um trailer: há desde pias
Divulgação
Fotos: Marcos Fernandes/LUZ

DC ARR

Um teste diferente na página 3, com o caminhão tricampeão do Rally dos Sertões, que poderá participar do desafio maior, o Dakar, na sua próxima edição.

Páginas 4 e 5

São Paulo, 18 de janeiro de 2006
Arte sobre foto Céllus/Divulgação

LULA NA TV GERA REPRESENTAÇÃO

OPSDBentrou com uma representação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo pronunciamento emrede nacionalderádio eTV na noite de segunda-feira. Para o partido, a iniciativateve caráter eleitoral einfringiu alegislação, o que configura crime de improbidade administrativa.

A ação que alegendaapresentou ontem ao TSEe à Procuradoria-Geral da República sustenta que Lulafez publicidade eleitoral extemporânea, durante a fala. A sigla alega que ele fez "promoção pessoal" e usou o pronunciamento "não pararessaltar a importância da quitação do empréstimo" para com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas sim para, "de forma

dissimulada", propagandear que perseguirá, "ainda com mais determinação, as metas básicas de seu governo".

O governo anunciara que Lula falariaà Naçãosobre aquitação antecipada da dívida do País com o FMI. No texto do processo, a agremiação reproduz opronunciamento edefineostrechosque consideradepublicidadeeleitoral, como,porexemplo,o quedefende "geraçãode emprego, melhoria da educação ecombate àmiséria" eassegura queeste2006"seráumano de muitas conquistas".

O PSDB argumenta que a leitura da fala evidencia o "total

desrespeito aoprincípio daimpessoalidade" e torna "indubitável a prática de propaganda eleitoral extemporânea". Opartido

lembra que esta não é a primeira vez que o TSE analisa uma representaçãoenvolvendo Lula na práticade propagandaeleitoral fora do tempo próprio e defende a apuração das responsabilidades ea adoção demedidas por parte da Procuradoria-Geral.

A ação foca a questão da campanha inoportuna e afirma que a legislação define que a convocação de rádio e TV só deve ocorrer emcaso denecessidade depreservaçãoda ordempública eda segurança nacional, ou no interesse daadministração pública. Além disso, a legenda cita o artigo36da Lei9.504para afirmar que"a propagandaeleitoralso-

menteé permitidaapóso dia5 de julho do ano da eleição". "O presidente está rompendo todas as regras, de maneira absolutamente descarada. Ele perdeu osescrúpulos. Precisamos dar um freio nisso", disse o presidentenacional da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), referindo-seaopronunciamento eà Operação Tapa-Buraco, iniciada pela administração federal.

A representação do PSDB contra Lula foi entregue ao TSE pelos líderes do partido na Câmara, AlbertoGoldman (SP),e noSenado,ArthurVirgílio (AM),e pelo secretário-geral da legendadeputado Eduardo Paes (RJ). (AE)

FALTA GOVERNO AO PAÍS, DIZ SERRA.

mum encontrocom

Ecerca de 200 prefeitos tucanos do Estado de São Paulo no hotel Crowne Plaza, o prefeito da cap ital paulista, José Serra (PSDB), elevou o tom de candidato. Disse que falta ao País "governo" e que o presidente Luiz InácioLuladaSilvaage como se chefiasseuma ONG, aocriticaro comportamento doBanco Centralem relaçãoà taxa de câmbio no Brasil.

Serra estavaprocurando esclarecerdeclaraçõesfeitas na véspera,quando pareceu que estavapropondoumaLei de Responsabilidade Cambial. "É umproblema de definição, não precisa ter lei. Precisa ter governo, um presidente da Repúblicaquedetermine essas coisas. O que falta no Brasil é governo que funcione, porque o Brasil não é uma ONG e o atual presidenteda República funcionacomo sefosse (presidente) de ONG", acrescentou. "A política econômica tem que ter responsabilidade cambial, porqueo precipícioemqueo câmbio foi jogado está provocandoo fechamentodeindústrias eficientes, queestavam voltadas para a exportação", insistiu o prefeito.

Guerra velada – Embora não assuma publicamente, Serra disputa com o governa-

dor paulista, Geraldo Alckmin, a indicação para ser o candidato do PSDBà Presidência da República nas eleições deste ano,quando Luladeve tentar a reeleição. Ontem, aos prefeitos,Serra aproveitou para cobrar unidade do partido na definiçãodoscandidatos que concorrerão este ano. Bronca– Diante da platéia formadamajoritariamentepor aliados políticos de Alckmin e com apresença dopróprio governadornoevento, Serraexpressou descontentamento. "Divergências internasdevem ser tratadas internamente, não em jornais ", cobrou o prefeito. Segundoele,apublicidadedas disputas internas dará munição aos adversários tucanos, enfraquecendo a legenda para a eleição. "Vamosresolvertudo internamente para estarmosunidosna batalhaparao lado de fora", argumentou. Serra deixouo local pouco depois do seu discurso, justificando que participariadeum eventoprogramado anteriormente pela Prefeitura,mas fez questão de mostrar que sua relaçãocom Alckminnãomudou, apesar do que vem sendo divulgado."EueAlckmincontinuamostão amigosquanto sempre". E negou que tenha sido cobrado pelosprefeitos do PSDB por uma definição sobre

suacandidatura. "Éumpessoal agradável", ironizou.

O presidente do PSDB, senadorTasso Jereissati (CE),descartou a possibilidade de brigas entreo prefeitoe ogovernador. "Nãovaiterdisputa, porque nãovou deixar",disse. "Eu soumacho", brincouo senador. ParaJereissati, nãoé da tradiçãodoPSDBdisputarcargos em convenção e, seguramente, haverá consenso na escolha do candidato para as eleições de outubro. Sucessão estadual– Ainda durante oseu discurso,o prefeito admitiuqueoPSDBnão conta, até o momento, com nomes bem posicionados nas pesquisasparadisputaro governo paulista. Minimizou, entretanto, esse fato ao alegar que, noEstado, ostucanos administram 30% das cidades, mais de50%dapopulaçãoe que têmcondiçõesdeforjar um candidato com chance de vitória. E ao comentar a recémcriadaCPIdas Privatizações, Serra pediuquenãosejadesviado ofoco de"questões que têm abalado o País". "Não houve problema nas privatizações do governo passado", afirmou."Se tivesse,não vejopor que nãoexaminá-las,desde que não se tire o foco, pois estas nãosão as questões quetêm abalado o País". (Agências)

ALCKMIN GARANTE UNIDADE

Durantea reuniãocom prefeitos do Estado, o governador deSão Paulo,GeraldoAlckmin, assumiuo compromisso de ser "o primeiro a erguera bandeirae trabalhar" para a candidatura tucana a presidente caso seja preteridoe a opção do partido recaia sobre JoséSerra, ousobre ogovernador mineiro, Aécio Neves. Hoje, GeraldoAlckmin seencontrará com Aécio noPaláciodas Mangabeiras, residência oficial do governo de Minas Gerais. "Se oprefeito Serra foro candidato, voutrabalhar, usarmeu prestígio e minhainfluência para a campanha dele, como trabalhei, aliás, na campanha pela Prefeitura da maior cidade do País e que o PSDB nunca tinha ganho", disseAlckmin, admitindoassim

a possibilidade de não ser o candidato do partido apresidente. Neste momento, Serra, que também discursou na reuniãode prefeitos tucanos, já havia deixado oauditório doHotel Crowne Plaza, onde ocorreu o encontro. Alckmin minimizou o fato de aspesquisas deintenção devotoso colocaremem situaçãoinferior aSerra na disputa com o presidente Lula."Níveldeconhecimento é uma coisa, e outra é intenção de voto. O Didi (jogador de futebol) dizia que treino é treinoe jogoé jogo",ponderou. Para reforçar sua linha argumentativa,lembrou que,em 1998,o entãogovernador paulista Mário Covas disputava a reeleição e queo favorito,segundo aspesquisas,em julho daquele ano, era Paulo Maluf.

"O Maluf tinha 43% das intenções devoto e todosos outros, somados,chegavam a41%. O que os jornais diziam é que Malufganhava noprimeiroturno", salientou. Ao final do segundo turno, asurnas derama Covasa reeleição.

Governo de SP– Como Serra, Alckmintambém admitiuqueo PSDB ainda não possui potenciaiscandidatosao governo do Estadoliderando pesquisas de intenção de voto. Mas ressalvou, entretanto, "que o partido já administrao Estado há 12 anos, com ele e Covas, e os governos tucanos no Estado possuem"o maioríndicedeaprovação da história". "Nenhuma eleição é fácil, mas temos todas ascondições dedar continuidadeao nosso trabalho", apontou. (AE)

Dutti/AE
PSDB: presidente infringiu a lei.
Prefeito posa de candidato e dá bronca em tucanosNova estratégia do governador: apoio ao partido.
Bruno Miranda/Folha ImagemNiels Andreas/AE

TODOS DE OLHO NO IMPOSTO

Nossa meta é que a sociedade, consciente do quanto paga de impostos, possa cobrar a contrapartida em serviços públicos de qualidade.

Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da OAB-SP

Quanto mais trabalhadores souberem que ao comprar um fósforo se paga imposto, melhor. As mudanças não vêm de cima, mas de baixo.

João Carlos Gonçalves, o Juruna, da Força Sindical

Até 1º de maio, o movimento De Olho no Imposto, lançado ontem, vai recolher pelo menos 1,5 milhão de assinaturas para iniciar um projeto de lei popular que regulamente o que já está garantido pela Constituição: o direito de saber quanto pagamos de impostos em mercadorias e serviços. De Olho no Imposto estão as entidades que formaram a vitoriosa Frente Brasileira contra a MP 232, em 2005, entre elas a ACSP, o Sescon, a OAB, a Força Sindical e o IBPT (a lista completa, cédula para adesão, palestra e links para ferramentas da campanha estão no portal www.deolhonoimposto.org.br). O presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, está iniciando a coleta de assinaturas hoje, em São José do Rio Preto: "Nosso desafio é ganhar as ruas para formar cidadãos educados e conscientes". Economia/1

Domingos, à esquerda.

CPI PRENDE MARCUS VALERIUS, O OUTRO.

"Da mãe também seria bom", disse o advogado e ex-funcionário da Skymaster Marcus Valerius (foto) à CPMI dos Correios, ao ouvir que seria quebrado o sigilo bancário da esposa e da filha. Foi preso por desacato.Pág. 5

Caixa 2 do PT existe há 13 anos

A denúncia é do expetista Paulo de Tarso Venceslau, expulso do partido. Ele falou ontem à CPI dos Bingos. Pág. 5

Quem ganha, quem perde. É a guerra dos pneus

9 minutos que abalaram o PSDB

O FMI rendeu bônus eleitorais a Lula, mas pode agora lhe render o ônus da Lei. O PSDB entrou com representação no TSE pelos 9 minutos em que ele mais se promoveu do que informou, em cadeia nacional. Pág. 6

Patrícia Cruz/LUZ
Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo
Mauricio Lima/AFP

CAMINHÃO DE RALLY pág. 3

Entenda melhor os segredos e descubra as dificuldades de pilotar o caminhão de Rally do tricampeão dos Sertões, André Azevedo. Muita força e pouco conforto na máquina capaz de atravessar desertos.

PNEUS REMOLDE

págs.

4 e 5

O que fazer com pneus velhos? Veja o que dizem fabricantes, reformadores e ambientalistas. A principal discussão: O Brasil deve importar "lixo"?

RECORDE DE PRODUÇÃO pág. 6

Em meio a várias crises, nunca se fabricou tantos veículos como em 2005. Veja quais tipos venderam mais e quem perdeu força no último ano.

PASSAT VARIANT pág. 8

Já nas revendas Volkswagen, custando em torno de R$ 130 mil, a nova Passat Variant, maior em largura e comprimento que o modelo anterior. O motor é o mesmo do sedã, um 2.0 com injeção direta.

Agenda

21 de janeiro

Na edição em que comemora 50 anos, a mais tradicional corrida do automobilismo nacional, a Mil Milhas Brasil, chega cheia de novidades ao Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Entre as modificações, destaque para o novo horário de largada. Para facilitar a visualização do público a corrida terá luz verde às 12 horas e encerramento por volta das 23h. Assim, como janeiro é verão, serão cerca de sete horas de luz natural. Entre os 54 carros no grid de largada, estão confirmados modelos como Ferrari, Lamborghini, Aston Martin, Maserati, Corvette, Saleen, MercedesBenz e Porsche.

Ingressos podem ser adquiridos nas bilheterias do Autódromo de Interlagos das 9 às 18 horas.

MUDANÇA

NOVO PRESIDENTE DA TOYOTA MERCOSUL

Shozo Hasebe é o novo presidente da Toyota Mercosul, que engloba as empresas no Brasil e na Argentina. O expresidente, Hiroyuki Okabe, completou cinco anos no Brasil em 2005. Durante sua gestão o Corolla foi modernizado e lidera o mercado no seu segmento.

Divulgação

O AGRESSIVO GOLF FLASH

"E sportividade, sofisticação e exclusividade são os principais atributos da nova série especial Golf Flash". Assim a Volkswagen apresenta a versão limitada do Golf desenvolvida a partir do modelo equipado com motor 1.6. O preço começa em R$ 51.490. Divulgação

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos DiretordeRedação Moisés Rabinovici

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Diagramação

Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

GerenteComercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51 ImpressãoS/AOEstadodeS.Paulo OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro

NOVO MÉGANE: COM CÂMBIO DE SEIS MARCHAS

Oprimeiro carro nacional equipado com câmbio de seis marchas será o Renault Mégane, à venda em março. O sedã, produzido no Paraná, virá com motor 2.0 16V . Batizada de NDO, a caixa de câmbio é de origem Nissan. Ela pesa apenas 48 kg.

NOVIDADE
Divulgação

Uma das funcionárias da ACSP com algumas das crianças assistidas pelo Cuida, aguardam a chegada do Papai Noel e dos presentes no Natal de 2005

Ajuda a entidades sociais vai além das doações

Aatuação de diversasempresas no campo da responsabilidade social tem evoluído de ações assistencialistas,como as simples doações de dinheiro, alimentos eroupas, para iniciativas que integrama participação deseus funcionáriosedacomunidade no entorno da instituiçãopara ampliar etransformaro atendimento apessoas carentes.

Apesardesta evolução,as contribuições tanto em dinheiro quanto em material continuam sendo essenciaisparaa sobrevivência de algumas entidades quedesenvolvem ações sociais para ajudar comunidades carentes.

AAssociaçãoComercial de São Paulo(ACSP)criou um projeto, batizado Programa ACSP Esperança, para auxiliar diversasinstituições queatendemcriançasportadoras do vírus HIV, dão apoio a filhos de dependentes químicos, a famíliasqueabrigam criançase adolescentes em situaçãode risco, moradores de rua e clubes de mães.

O programa arrecada doações mensais de R$ 6,00 de 645 funcionários daACSP. A quantia é descontada da folha de pagamento e utilizada na aquisição de materiais solicitados pelas entidades de acordo com as suas necessidades.

Em 2006,o totalde instituições auxiliadas passou de cinco para seis com a entrada da Laramara, que atende deficientes visuais. Uma sétima entidade será indicada pelos funcionários da ACSP durante o ano.

Atividades – Além das contribuições, todos na ACSP são estimulados a manter algum contato com as crianças e adolescentesassistidos porestas instituições. Visitas das criançasà sede da Associação acontecem periodicamente e passeios são programados e suas datas divulgadas com antecedência.

A seguir,veja ahistória destas instituições e estimule seus funcionários e colaboradores a doar não só dinheiro e alimentos, mas tambémaparticipar de visitas e atividades que ajudem a melhorar a qualidade de vida destas pessoas.

CASA VIDA

T

ambém conhecida como Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, a Casa Vida fica no Belém, zona Leste de São Paulo, e cuida de crianças de 0 a 12, todas portadoras do vírus HIV. Composta de dois lares, a entidade oferece aos seus pequenos assistidos atendimento médico, psicológico, pedagógico, social e odontológico. Entre as atividades oferecidas destacam-se equoterapia, fisioterapia, informática e terapia ocupacional. O endereço da casa é rua Serra de Jairé, 1.433, Belém. Telefone para contato: (11) 6606-2185, com irmã Leonice.

FRATERNIDADE TOCA DE ASSIS

A Fraternidade Toca de Assis existe há 11 anos e sua principal atividade é a recuperação de moradores de rua. Através de ações como a oferta de moradia e de atividades terapêuticas, a entidade abriga e orienta 140 pessoas. Fundada em 1994, ela tem as suas atividades baseadas na evangelização dos assistidos. Os interessados em ajudar podem entrar em contato através do telefone (11) 4703-4225 ou procurar a sede da instituição na rua Yolanda Savioli, 117, Jardim Carmel, Cotia.

A Toca de Assis (acima e à esq.) aposta na evangelização de seus assistidos, antigos moradores de rua, para a sua recuperação para voltar a conviver na sociedade

CUIDA – CENTRO UTILITÁRIO DE INTERVENÇÃO E APOIO AOS FILHOS DE DEPENDENTES QUÍMICOS

O Cuida oferece tratamento preventivo destinado a crianças e adolescentes que convivem diretamente com dependentes químicos. Ele é mantido pela comunidade católica Santos Mártires e atende 98 menores no Jardim Ângela, na zona Sul da capital paulista. Atualmente, a instituição necessita da ação de voluntários para incrementar

as atividades lúdicas oferecidas aos menores assistidos. Precisa, também, de um aparelho de DVD para utilizar os discos doados à instituição. Os interessados em trabalhar como voluntários ou que desejem doar algum material podem visitar a instituição na rua Doutor Azevedo Sodré, 60-A, Jardim Ângela. O telefone para contato é (11) 5833-8234.

O conceito de lar substituto é a base de atuação da Associação Maria Helen Drexel. Fundada em 1973, ela atende 80 menores em oito lares localizados na zona Sul da capital paulista. A instituição abriga crianças e adolescentes em situação de abandono ou risco. Eles são indicados pelo Juizado de Menores e ficam sob a tutela de uma mãe social. Há uma equipe de 20 funcionários e outra de voluntários como médicos, psicólogos, pedadogos e assistentes sociais. Eles oferecem suporte e orientação a estas novas famílias.

A instituição fica na rua Miguel Sertil, 590, Brooklin Novo. Os interessados em ajudar podem entrar em contato pelo telefone (11) 5044-9023.

CLUBE DAS MÃES

A Oficina Profissionalizante Clube de Mães nasceu em 1997 e, além das atividades de auxílio e orientação profissional a mulheres, ampliou suas atividades e criou o "Projeto Brasileirinho Cidadão", que atende e capacita crianças de 5 a 14 anos. Entre suas principais atividades estão as aulas de informática, idiomas, artesanato, teatro, modelo e manequim, canto e reforço escolar. O público atendido é o do bairro de Santa Cecília que esteja matriculado na rede pública de ensino. O endereço da entidade é rua Apa, 236.

Revista grava conteúdo em CD para cegos

Os deficientes visuais de Ribeirão Preto eregião, quenão têmacesso àsinformações impressasem veículos de comunicação locais,terão apartirdeste mês aediçãodarevista "Expressão" em áudio, com textos e anúncios gravadosem CD.É aprimeira experiência da revista a partirdo projeto do operadorde telemarketing,o deficiente visual Carlos Henrique Balduíno. Arevistaem áudio éa forma mais barata, pois a primeira ediçãodo projeto foiimpressaembraile,apenas em um lado do papel porque não existena cidade uma impressora em braile para frentee verso, que custa R$ 45 mil. "Vamos seguir oprojeto com CDaté conseguirmos uma impressora em braile emfrente everso", dizele. Noprojeto-piloto, aedição foiimpressaem braile.A ediçãonormal, com68páginas, ficou com 218 páginas em braile.

Balduíno gravou a revistaem CD,no projeto"Doe Sua Voz". A intenção é gravar 200exemplares por edição. Para isso,é preciso aumentar o cadastro de deficientesquereceberão os CDs.Hoje, são28. Osinteressados em se cadastrar devemligarparaotelefone (16) 3628-5696. (AE)

MARIA HELEN DREXEL
A Toca de Assis dá casa e comida a exmoradores de rua
A entrega dos presentes recolhidos entre os funcionários da ACSP, com a presença do Papai Noel, foi um dos pontos altos da festa de final de ano no Cuida
Fotos: Luiz Prado/Luz
Divulgação

NOSSO ASTRONAUTA MAIS PERTO DO CÉU

O astronauta brasileiro Marcos Pontes treina em simulador da nave espacial Soyuz, no centro de treinamento de cosmonautas Gagarin, em Star City, perto de Moscou, na Rússia. Marcos será o primeiro astronauta brasileiro a realizar uma missão espacial. A equipe partirá da base de Baikonur, no Casaquistão, em 22 de março, na nave russa Soyuz-TMA8. O brasileiro ficará oito dias em órbita, na ISS. Seus companheiros permanecerão seis meses na estação. Pontes realizará nove experimentos no espaço.

GAgendas da Associação e das distritais

Hoje ■ UniSant´Anna –O superintendenteda DistritalSantana, João de Favari, participa do jantar em homenagem ao comandantedoCPOR, cel.PauloRoberto Cardoso. Às20h,Buffet Algazarra, avenidaNova Cantareira, 4256.

E o Brasil no espaço

O País, responsável por 5% dos trabalhos publicados, é considerado o mais produtivo cientificamente dentro do Observatório Gemini, um consórcio internacional de dois grandes telescópios no Chile e no Havaí

Como poucotempo de que dispõe, o Brasil tem sido o país mais produtivo cientificamente dentro do Observatório Gemini, um consórcio internacional de dois grandestelescópios no Chilee no Havaí.Em cincoanos de pesquisa, o Paísfoiresponsável por 5%dos trabalhospublicados, apesar de ter apenas 2,5% de participação no projeto, ou o equivalente a até 18 noites de observação porano.Segundo o último balançodivulgado, isso corresponde a pelo menos o dobro da produção científica de outros países participantes, que incluemEstadosUnidos, ReinoUnido,Canadá, Chile, Austrália e Argentina. Quantitativamente, os númerosnãoparecemtão impressionantes. Mas o destaque é para a produtividade. "Isso é importanteporquemostraque estamos fazendo bom uso do telescópio e do dinheiro público que é investido nele", disse o astrônomo Eduardo Cypriano, do Instituto de Astronomia, Geofísica eCiênciasAtmosféricas(IAG) daUniversidadedeSão Paulo. Eleé um dos autores do 200º artigo científico publicado com dados do observatório, ao lado dos colegas Claudia Mendes de Oliveira e Laerte Sodré.

A publicação dotrabalho, na revista The Astronomical Journal, foi comemorada como um marco pelo observatório, que até re-

centemente estava com uma produção científica abaixo do desejado. Desses200estudos, 10têm umbrasileiro comoprimeiroautor, sem contar vários outroscomo co-autores.Ostrabalhos incluem estudosdeestrelas, galáxias e nebulosas. Diplomáticos, os cientistas evitam secomparar aos colegasdeoutros países.Masodiretor do observatório, Jean-René Roy, não poupou elogios ao esforço brasileiro. "Defato comparado aos outrospaíses parceiros com maior participação, comoEUA(50%),Reino Unido (25%) e Canadá (15%), o Brasiltem sesaído muitobem em termos de publicação de trabalhos", disse. Segundo Roy,os brasileirosforamduas vezes maisprodutivos queos canadenses,três vezes mais que os americanos e quatro vezes maisqueos britânicos."É preciso cuidado aotirar conclusõessobreissomasnão há dúvida dequea comunidade astronômica brasileira tem feito uso muito eficiente dos telescópios Gemini". Desde aconstruçãodoprimeiro telescópioem 1994 o Brasil já investiu R$ 7,5 milhões no observatório. O País seprepara paraparticipardo projetoe daconstrução deinstrumentos paraos telescópios GeminiNorte eGemini Sul.O Brasilterá US$2milhões,de um total de US$ 75 milhões, para a montagem daspeças e treinamento de pessoal. (AE)

Atlas V não foi para o espaço, ontem, por causa de ventos fortes
Charles W. Luzier/Reuters

Emoção pura: é o caminhão de rally

Avaliamos o caminhão de rally do tricampeão dos Sertões, André Azevedo, e descobrimos como a vida é dura

CÉLIA MURGEL

Com este Mercedes-Benz 1728 FlexTruck 4x4Rally, opiloto André Azevedo foi tricampeãodo Rally dosSertões nacategoria Caminhões.Ele quereste mesmoveículo paraparticipar dopróximo Dakar.Nesteano, comum Tatra, veículoproduzido naRepública Tcheca, ele chegou em 4º lugar.

Nós andamos no Mercedes e descobrimos que a vida de piloto e navegador em umaprova derallynãoé nadafácil. Solavancos, muita poeira, alta velocidade, freadas bruscas,adrenalina... Agora,imaginerodar quilômetrosdentrode umcaminhãosem nenhumconforto! Asuspensão é dura,nada de forrações eo ruído interno, ensurdecedor, ainda que o capacete diminuao barulho.Astrocas deinformaçõesentre pilotoenavegador sãopossíveis só pelo microfone e fone de ouvido. O design externo chamaa atenção, já que há adesivos portodos os lados. É visívelque setrata deum caminhãode corrida.André explicaque oseu éderivadodo modelode produção,com algumas modificações, claro, para agüentar as duras provas do rally.

A fábrica explica que na parte mecânica, omodelo épraticamenteo mesmoencontradonas revendas.Todas aspeças utilizadas são itens que constam nas prateleiras de uma loja de autopeças especializada damarca. Para movero 1728 FlexTruck conta com motor eletrônico DaimlerChryslerOM 926LA, deseis cilindros, 7.2litros. Retrabalhadopela engenhariada Mercedes,atinge cercade 430cavalos depotênciamáxima –o original gera 280 cv.

André explica que embora em muitos

trechoso caminhãoatinja150 km/h,a força nas baixas rotações é imprescindível para conseguir enfrentar outros caminhos que requeremvelocidades menores.Durante aavaliação, no local detreinos do piloto emSão José dosCampos (SP), pudemosperceber oexcelente torqueem baixae sentimosoquantoa suspensãoé dura, como em qualquer veículo de competição.

E, conforto, é coisa que o caminhão de rally nãooferece. Durante ostestes percorremosum camporepleto deondulaçõese foipraticamente impossívelficar sentada tranqüilamenteno banco.Você pula atodo instantee, senão estiver pilotando,precisa daajuda do"santantônio"para sesegurar.Quando ocaminhãopára sente-seum alívio,mesmo após apenas uma hora "chacoalhando". Imagine numa prova de rally onde André

Ele não prima pelo conforto, mas já levou para o caminhão de rua muitas coisas usadas nas provas. Tal e qual acontece na F1.

eseu atualnavegador MaykelVilarta (Sertões e Lisboa-Dakar) permanecem horas ali dentro...

Na verdade, a cabineé um item totalmentediferente domodelo deprodução. Não tem forrações (daí o barulho), os bancossão dotipo concha,o painel cheio de botões, e a segurança de piloto, navegadore apoio(o caminhãoconta comtrês ocupantesnorally)na boléiaé reforçada pelo "santantônio". A Mercedes explicaque entrealgumas dasevoluções implementadas nas versões de rua, há os reforçosda cabineque oscaminhões passarama tergraçasaos testesfeitos durante as provas de rally.

Não é complicado - Pilotar o caminhão não é o mais complicado. O mais difícil é fazê-lotendo queprestar muitaatenção no caminho que se está percorrendo, pois

muitas vezesé preciso frearrápido, reduzir... Nãoé fácil.Imagine a150 km/h? SegundoAndré Azevedopilotar noRally dos Sertões é mais fácil do que pilotar no Rally doDakar. A vegetação émais conhecida, fala-se português e não há a sensaçãode seestar perdido.No Dakara maiorpreocupação estánas dunasda Mauritânia. "Você está no meio do Saara e nãohávidaem volta",contaAndré,que disputou o temido Rally Lisboa-Dakar. Depoisdealgumas voltascomotricampeão AndréAzevedo peloimenso campo repleto de buracos e muita poeira, chegou aminha vez de pilotar.A velocidadefoi menor,éclaro,e nãoseria diferente.Afinal, Andréconhece oMercedes como a palma da mão. Sabe todos os seuslimites. Masnão decepcionei.Descobrique éágilquando necessário,freia bem e faz curvas mais radicais. A posição de dirigir é boa,mas a suspensão dura castiga qualquer pessoa. Conforto zero! Acho que André Azevedo e seu navegador Maykel Vilarta já são campeõespor agüentarem tantas horas ali dentro.

Sílvio Porto

DE OLHO NO IMPOSTO

CRUZADA PELA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

Foi dada a largada para a coleta das assinaturas necessárias para a elaboração do projeto de lei popular que pretende tornar o tema imposto mais transparente

Começa hoje acoleta das 1,5milhãode assinaturas pelo movimento De Olho no Imposto, quepromete ganhar as ruas do País. Representantesde entidades queparticiparamda FrenteBrasileira contraa MP 232 se uniram novamente e lançaram ontem, na sede do SindicatodasEmpresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (SesconSP), o novo movimento pela transparência dos impostos. "Nosso desafio éganhar as ruaspara formar cidadãos educadose conscientes, prontospara a mobilização popular", afirmou Guilherme Afif Domingos,presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Com 1,5 milhão de assinaturasserá possívelenviar ao Congresso Nacional um projetode leipopularpararegulamentar o parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal, que diz: "A lei determinará medidas para que os consumidores sejamesclarecidos acercados impostosque incidam sobre mercadorias e serviços".

Se o projeto de lei for aprovado, a sociedade poderáexigir que seja impresso nas notas fiscais o valor dos tributos embutidos no preçodoserviço ou produto adquirido. Só assim o consumidor saberá, por exemplo, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que 45% do que é pago na conta de água são impostos; 48% da

conta de luz é carga tributária, e 47% da conta de telefone. Eé justamenteparapromoveraconscientizaçãodapopulação sobre essese outros impostos, queo movimentopromoveráos FeirõesdoImposto (ver texto abaixo). "Nossa meta équeasociedade, consciente de quantopagadeimpostos, possa cobrar a contrapartida em serviços públicos de qualidade",afirmou LuizFlávio Borges D´Urso, presidente da Ordemdos Advogados do Brasil (OAB-SP), entidade respon-sávelpelaelaboração do texto do projeto de lei. Em todo canto – A coleta das assinaturas será feita em praçaspúblicas, shoppingcenters, grandes lojas de varejo e nas próprias entidades. Opresidente doSindicato dosLojistasdo Comércio de São Paulo, RuyPedro de Moraes Nazarian, vai divulgar a campanhaaos30 mil associadospormeiodositedenotícias dosindicato. "Tambémvamos deixar a lista com lojistas para

que possam captar assinaturas de clientes e funcionários."

Já o diretor-superintendente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop),Luis AugustoIldefonsodaSilva,disse quevai propor que os centros de compras montem quiosques para coletar assinaturas. Cronograma– Ontem, também foi divulgado o cronograma de ações do movimento (ver tabela ao lado) e ficou combinado que o prazofinal para a coleta será 1º de maio, Dia do Trabalho. Nessa data, a Força Sindical prometecolher milhares de assinaturas no evento anual que realiza para comemorar a data. "Quanto mais trabalhadores souberem que ao comprar um fósforo se paga imposto, melhor. As mudanças não vêm de cima, masde baixo", disse JoãoCarlos Gonçalves,o Juruna, da Força Sindical. Também participaram do lançamento da campanha entidades do setor deserviços, médicos, dentistas, indústria de software, academias de ginástica,distribuidoras deveículos, grupos culturais, administradores e economistas. Quem quiser acompanhar as adesões, saber a relação de eventos emotivos paraaderir à campanha pode acessar o site www.deolhonoimposto.org.br. "No Brasil, abolimos a monarquia, mas não a corte. Agora,cadaumque deixar sua assinaturase tornaráprotagonistadeste movimento", finalizou Afif Domingos.

Laura Ignacio

AUXÍLIO NOS CÁLCULOS

Alémde buscarmais de 1 milhão deassinaturas pelo País, o movimento De Olho no Imposto tem comodesafio conscientizar a população de que há tributos embutidos no preço de todosos produtoseserviços consumidos no dia-a-dia. Por isso, os municípios alcançados pelomovimento terão a chance de conhecer as três ferramentas desenvolvidas pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) na luta contra a alta cargatributária:oFeirão doImposto, a Calculadorado Imposto e o Impostômetro.

De olho na internet

A campanha por mais transparência nos impostos, conduzidapela ACSP, ganhou um reforço: já está no ar o site De Olho no Imposto,que traz informações sobre a forma como são cobradososimpostosnoBrasil. No www.deolhonoimposto.org.br, o consumidor poderáimprimir folhasde adesão à campanha que pretende recolher as assinaturas

Hoje,opalcodolançamentodo movimentoéSãoJosédoRioPreto,cidadedointeriordoEstadode São Paulo, aomeio-dia, na Praça RuiBarbosa (Centro).Apopulação poderá ter umaaula de educação fiscal por meio dos instrumentos da ACSP. Eassinar o documento de modo consciente. O queoferece – O Feirãodo Impostoé umasimulaçãode um supermercado onde são expostos produtos muito consumidos pela população, com etiquetas mostrando o preço e os impostos que carregam. Para que cada cidadão saiba o quanto paga de impostos so-

Reprodução

bre a renda, bens e o que consome, foi criada a Calculadora do Imposto. Ela pode ser acessada pelo site www.calculadoradoimposto.com.br

O Impostômetro é uma espécie de "taxímetro" de tributos que mostra quanto os brasileirosrecolhemaos cofres públicos federal,estaduaise municipaisa cadasegundo. Pelo site www.impostometro.com.br consumidores, empresários etrabalhadores descobrem o quanto já foi arrecadado em 2005 e 2006, com base em dados divulgados pelo próprio governo. (LI)

de apoio ao projeto de lei popular que assegure a transparência sobre os impostos. Tambémestá disponívela pesquisa encomendada pela ACSPà Ipsos/Opinion, de-

Afif Domingos e representantes das entidades que fizeram parte da Frente Brasileira contra a MP 232 se uniram para mais uma prestação de serviço à sociedade. Desta vez, eles buscam a adesão de 1,5 milhão de brasileiros para enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei popular que regulamente o que a Constituição Federal já garante: determinar medidas que esclareçam quanto os consumidores pagam de impostos

Arrecadação de 2005 é recorde

ONo endereço eletrônico www. deolhonoimposto. org.br o consumidor tem acesso a uma série de ferramentas que ajudam a esclarecer sobre os impostos

monstrandoque amaioria dos brasileiros não sabe como sãocobrados osimpostos e desconhece que paga tributos sobre tudo o que recebe, consome e adquire.

recolhimento de tributosadministradospela Secretaria daReceita Federal teve um crescimento real (descontada a inflação) em torno de 8% em 2005, segundo informouontemosecretárioda Receita, Jorge Rachid. Se confirmado opercentual, cujonúmerofinalserá divulgado na próxima semana, a arrecadaçãoirá aR$ 340bilhões, oque representa 17,7%do Produto Interno Bruto (PIB). Ovolume serárecordepara a arrecadação de tributos federais, obtido apesar de todos os programasde desoneração anunciados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Os números foram divulgados pelo secretário durante depoimento na audiência da sub-

relatoria deNormasdeCombate àCorrupção da CPIdos Correios. Rachid lembrou que, de janeiro a novembro, a arrecadação cresceu7,6% emtermos reais. Até novembro, a receita administrada pelaSRF estava em R$ 310,7 bilhões. Osdados disponíveisna área técnica do governo federalmostramquehouve aumento tambémda receitacom os tributos estaduais e municipais. Com isso, os técnicos trabalham com a hipótese de que a carga total (União, estados e municípios)tenha superado em mais de um ponto percentual do PIB a carga de 2004. Fiscalização – Na audiência, Rachid também apresentou medidas e projetos que poderiaminibircrimes financeiros

no País. Ele disse que, em todo 2005, afiscalização daReceita atingiu230 mil contribuintes, sendo mais de 200 mil pessoas físicas.Aaçãogerou crédito tributáriode R$ 51,5bilhões. Rachid disse que, desse valor, uma parte ainda está em discussãoea outrafoipaga ou parcelada,ou encaminhada paraadívidaativa,paraserfeita cobrança judicial. Desconforto – Numa reunião bastante tranqüila para o secretárioda Receita, omomento mais difícil foiquando ele informouna comissãoque o acordo firmado entre o órgão e oTribunal SuperiorEleitoral (TSE) permitirá que, nestas eleições, qualquer cidadão denuncie irregularidades praticadas por candidatos. (AE)

Patrícia Cruz/LUZ

Começa a temporada do Circuito das Frutas

Nove cidades da região de Campinas se preparam para receber 970 mil pessoas nas festas deste ano. A previsão é que 302 mil toneladas de frutas como figo, uva, caqui, goiaba, pêssego, laranja, morango, ponkan e nectarina sejam vendidas durante os eventos.

EVista de uma plantação de figo. Circuito quer incluir no roteiro visitas ao local como atração turística.

Apresentações musicais dividem espaço nas feiras com barracas de frutas, doces e trabalhos artesanais

staabertaatemporada2006doCircuitodasFrutas. Asfeiras, que acontecem emnove cidades da região de Campinas, esperam, este ano, a visita de 970 mil pessoas. Também está prevista a venda de 302 toneladas de frutas. Algumas festas, inclusive, já começaram. É o caso das cidades de Jundiaí, Louveira e Valinhos, que terminam no próximo dia 29. De 4 a 19 de fevereiro é a vez de Vinhedo sediar a festa da uva. Todas as cidades estão bastante otimistas com os eventos de 2006. Espera-se um aumento médio de 20%, tanto no volumede visitantesquanto nasvendas, emcomparação aodesempenho doano passado.Sóas quatroprimeirasfestasdevem faturar R$ 2,5 milhões. Não é um valor significativo,naopiniãodos produtores, mas vale como vitrine das colheitas. "Circulando pela festa, vi muita gente dizendo que nunca tinhacomidofigo. Porisso,mostrara fruta nestescasos émais importante do que faturar", disse o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Jundiaí, Pedro Pelegrini. Os primeiros eventos já estão comprovandoo presságio positivo dos produtores, já que vêm superando as expectativas de público e vendas. Em Jundiaí, segundo Pelegrini, o aumentonacomercializaçãodentrodopavilhão deexposições aumentou 20% emrelaçãoaoanopassado.Enquanto em 2004 os 250produtores queparticiparamda festa venderam100caixasdedoisquilosdeuvapordia,sónos dois primeiros dias da festa deste ano foi contabilizada a venda de120 caixasem cadaum. Jundiaíespera vender 27 toneladas de frutas e receber 150 mil visitantes. Grande produtor defigo e goiaba emValinhos e Itatiba, ÂngeloFabiano, acreditaque acriação doCircuito das Frutas vai ajudar, no futuro, os produtores. "O circuito é novo, por isso não podemos medir o que nos trouxe de benefícios. Mas divulgar e mostrar o nosso trabalho é sempre bem-vindo", observou. Fabiano chega a fornecer 700 mil caixas de dois a três quilos de figo e goiaba para o comérciodo interiorpaulistaeparaa Ceagesp,maior centro de distribuição de frutas da capital, a cada safra. Circuito – Campinas briga desde2000 paraentrar no Circuito das Frutas. Já teve o apoio do governadorde São Paulo, Geraldo Alckmin, mas foi vetada pelas outras cidadesque incluíramrecentemente Morungaba no roteiro. Mas Campinas, entretanto,não desisteda idéia. No início do ano, o vice-prefeito e secretário de Indústria, Serviços e Turismo de Campinas, Guilherme Campos Júnior, participou da reuniãodediscussãoda programação do Circuito, em Jarinu. O atual presidente do Circuito e prefeito de Jarinu, Vanderlei Gerez Rodrigues, disseque seriamuito importanteCampinasintegrararota.Ele sebaseounos dadosqueCamposJúnior levou sobre oagronegócio da cidade e reafirmou a importância do ingresso de Campinas, principalmente para os pequenos produtores.

Criado em 2000 pela Secretaria Estadual de Turismo, o Circuito, além de Jundiaí, Valinhos, Vinhedo e Louveira une as cidades de Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu e Morungaba naprodução defrutas. Nessascidades são produzidasfrutastípicasdoclimatemperadocomofigo, uva,caqui, goiaba,pêssego,laranja, morango,ponkan, nectarina, acerola, abacate, entre outras.

Da área total de 1,6 mil m² das nove cidades, 850 m² são utilizadosparaaplantaçãode frutas.Hoje,aregiãocolhe, em média, 171 mil toneladas por ano. A receita bruta da produçãodos novemunicípios éde R$246 milhões, segundo aSecretaria da Fazendade São Paulo.O faturamentocom oagronegócio gera11.864 empregosdiretos e conta com oito mil pequenas propriedades. MárioTonocchi

Ocircuitoénovo, porissonão podemosmediro quenostrouxede benefícios.Mas divulgaremostrar onossotrabalhoé semprebem-vindo AngeloFabiano

Shows e turismo local

Asfestas dascolheitas de frutasdoCircuito não se resumem apenasnaexposição ecomercialização defrutas. Para atrairo público sãoorganizados grandes shows.Para este ano, a cidade de Louveira–que espera120milpessoase avenda 50toneladas defrutas–, programoua apresentação de RioNegro & Solimões, Rastapé, Teodoro e Sampaio, KLB, Marjorie Estiano eFábio Jr.. Jundiaí apresenta Batom na Cueca, Titãs,Edson eHudson,CPM 22,Bruno eMarrone,Boka Loka,Rio Negro&Solimões, Banda Calypso, Inimigos da HP, além de atrações locais. Jáa 57ªFesta doFigo ea 12ª Expogoiaba, em Valinhos,têm como atrações principais 120 bandas de rock, pagode, sertanejo e MPB se apresentandoemvários palcos, que serão montados no local. A expectativa da organização é que as festas recebam 500 mil pessoas e vendam 125 toneladas de frutas. Em Vinhedo, a 45ª Festada Uvaabre asportas no dia 4 de fevereiroe prometeteratrações musicais atéo seuencerramento,no dia19.Estão programadas asapresentações dabanda Blitz, Felipe Dylon,Paulo Ricardo, Marjorie Estiano, Zé Ramalho, KikoZambianchi, calouros do Raul Gil e Banda

Barrada Saia.Na cidadesão esperadas 200 mil pessoas e a comercialização de 100 toneladas de frutas. Além das mostras da colheita e dos shows, o Circuito das Frutas também oferece o turismo paraos visitantes. De acordo com o presidente da AssociaçãodeTurismo Ruraldo CircuitodasFrutas, José Luiz Pizzato, entretanto,ainda faltaminvestimentoe auniãodetodos ossetores envolvidosno setor parao trabalho decolar. "A coisa já pegoue nãotem maisretorno.O turismono Circuito das Frutas veio para ficar, mas ainda temos muito o que fazer para atingir as expectativas dos produtores rurais como, por exemplo, as visitas de um dia à produção e osroteiros e passeios regionais", disse opresidente da associação. De acordo com Pizzato, hoje, pelo menos1,5 milhão de pessoas visitam o Circuito todos os anos para participar de passeios emparques temáticos e nas propriedades rurais. Nesses locaispodem serfeitas cavalgadasecaminhadas. O visitante também temàdisposiçãoacomidada fazenda, além de produtos artesanais como vinho, cachaça, geléias, queijos, bolos, sucos ou frutas. Há, também, aopçãodecolherasfrutasdiretamente no pé. (MT)

ÓRBITA

SEGURANÇA

Aprefeitura de Campinas informou, ontem, que concluiu as estruturas para a implantação da Central Integrada de Monitoramento de Campinas (Cimcamp) que vai ocupar 521m² de um prédio na Vila Industrial. A administração quer centralizar a vigilância de 162 pontos da cidade com câmeras. Inicialmente serão instaladas 17, que também vão monitorar ocorrências no trânsito, emergências do Samu, da Defesa Civil e da Setec. O Cimcamp também vai abrigar a sede da Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec).

ANIVERSÁRIO

OCentro Corsini completa amanhã 19 anos de fundação com a entrega de um novo consultório odontológico construído com doações de pessoas físicas e jurídicas. Referência mundial para trabalhos de prevenção e tratamento para a Aids, o Centro trabalha principalmente com pessoas carentes e luta constantemente com a falta de dinheiro, já que tem as doações feitas em campanhas como única fonte de renda. Além do tratamento, o Corsini também realiza campanha de prevenção contra a doença.

TECNOLOGIA

Oprojeto de mostra itinerante de ciência NanoAventura, criado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em parceria com o Instituto Sangari e a prefeitura de Campinas, acontece a partir do dia 23 de janeiro, no Market Place Shopping Center, em São Paulo. A exposição, instalada no ano passado na Unicamp, apresenta os conceitos da Nanociência (estudo da natureza em escala atômica) e da nanotecnologia, criação de técnicas e produtos baseados na escala atômica.

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276

Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br

Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br

Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200

Fotos: Marcos Peron/Virtual Photo

A

São Paulo Fashion Week (SPFW) está para amodaassim como ataxa Selicestáparaos juroscobradosna práticapelos bancos.É sóum parâmetro. O que vemos nas passarelasé tendência,éconceito, queorienta oscostumes nas ruas. Assim foi com Ricardo Almeida. Ele abriu os desfiles da coleção outono/inverno da20ª SPFW onteme surpreendeu pela simplicidade.

Após umatraso deuma hora, osmodelos desfilaramem volta de uma plataforma, em um cenáriobem"masculino", ondetrêshomensfaziamasvezes demecânico, mexendono Camaro, ano 1967. Acor predominante foi a preta. Os blazers eram compridos ou tradicionais. Mas foram exibidos com boinas eecharpes.Teve tambémblazercomgoladepele (industrializada)e gravata listrada. "Ano passadofomos mais vanguardistas, agora, tudo oque apresentamos pode perfeitamenteser usadono dia-a-dia", analisou o estilista.

Os artistas, que normalmente estão na passarela, optaram por ficar na platéia. Entre eles, o ator Fábio Assunção e o diretor Jaime Monjardim.

Política e moda – O prefeito deSãoPaulo,JoséSerra,viveuum dia de astro. Foiele quem provocoufrissonentreosfotógrafos,depois de atrasaremcercadeuma horaodesfile,porterchegadotarde."Nãoentendo nadademoda, nãotenhoroupas doRicardoAlmeida,masgostodeverdesfiles", disse. "A indústriada moda gera 20 vezesmaisemprego quea siderúrgica", completou.

Osegundodesfiledo SPFW foi da Umapor Raquel Davidowicz.Apropostadamarcafoi chamaraatençãoparaaondade violêncianomundo,mostrando

SPFW começa com desfile inusitado e visita de político

As grifes apresentaram cenários diferentes, com carros e árvores na passarela, enquanto mostravam suas coleções outono/inverno.

emoção e sensibilidade. Os tecidos com motivos militares eram leves e os coturnos ganharam linhassuavizadas, em meio a uma ambientação florestal. A consultora de moda GlóriaKalilafirmou queagrife mostrou equilíbrio. "Este é um momento de restrições econômicas. Qualquer peça vista na passarela ganha outra cara na loja.E issoqueestáaí,aspessoas podem usar", disse. Renascentismo – Alexandre Herchcovitch, por sua vez,foiconceitual. Inspirado na épocarenascentista –mais precisamente no quadro "A Dama com Arminho", de Leonardo DaVinci, o estilista le-

vou às passarelas dez bandeiras, que representavam as edições da SPFW. Vestidos na altura do joelhoou compridos, jaquetinhas e calças tinham algo emcomum: váriosbotões. A novidade ficou por conta das mangas bufantes. O desfileda Rosa Chá foi o mais animado. A torcida do SãoPaulo Futebol Clubefez umabatucada, enquanto as peças de moda praia do estilistaAmirSlamaeramapresentadas. Os bíquinis estavam comportados e femininos. Fitinhas,babadinhos, coresclaras e transparências chamavam a atenção e lembravam lingerie. Neide Martingo

No alto, Herchcovitch relembra as edições da SPFW com bandeiras comemorativas. A esq., a modelo perde um sapato e tira o outro para continuar o desfile. Acima, carro e modelos de Ricardo Almeida.

EVENTO DEVE GERAR R$ 2 BI

Odiretor da São Paulo Fashion Week (SPFW), Paulo Borges, define-se como um produtor, que virou empresário. Ele é o pai do

evento, que reúne 3 mil profissionais em 24 mil metros quadrados de área ocupada. Em dez anos, esta é a 20ª edição do evento, que realiza 46 desfiles até o dia 23 de janeiro. As perspectivas de Borges são boas. Ele acha que o evento pode gerar negócios de até R$ 2 bilhões nos próximos seis meses, o que representa um aumento de 20% em relação à coleção outono/inverno de 2005.

Exportações – As vendas ao mercado externo também devem crescer – 30% no curto prazo, disse o diretor.

"Queremos profissionalizar o estilo brasileiro de fazer moda. Vamos contaminar o mundo de Brasil." Para ele, "bem vestido" quer dizer ter auto-estima elevada e bom humor. "Os estilistas fazem as propostas para que as pessoas possam adotá-las e construir uma imagem para elas próprias", completou.

A mãe da SPFW é a transformação, o tema desta edição. Toneladas de papelão foram usadas na construção de verdadeiras esculturas que revestem quilômetros de paredes da Bienal, onde ocorre o evento. (NM)

Modelo da coleção Ricardo Almeida, que utilizou muito blazer preto, boinas e echarpes
Robson Fernandjes/AEFlávio Floridal/Folha Imagem
Grife Uma critica violência com roupas militares e ambiente florestal

Mais mudanças para os motoboys

Portaria municipal modifica alguns tópicos da lei que regulamenta motofrete. Algumas reivindicações da categoria foram atendidas, mas provisoriamente.

Alguns tópicospolêmicos da lei que regulamentaa profissão de motofrete na Capital passarão por mudanças. As alterações foram publicadasontem,pormeiode uma portaria,no Diário Oficial do Municipio. Entre as novas alterações, destaca-se a "anistia" da Prefeitura para o uso da placa cinza por esses profissionais e a suspensão da obrigatoriedade da placavermelha. De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e o Departamento de Transporte Público (DTP) o objetivo é facilitar e acelerar a regularização dos motofretistas e seus veículos no sistema.

A SMT alerta, porém, que as mudanças são de caráter temporário e, conforme for aumentado o número de cadastrados, prevalecerá o texto original da nova lei. As novas medidas foram baseadas nos pedidosfeitosporentidadesligadas aos motoboys. Eles exigiam um prazo maior para regulamentação das motos.

Segundo o novo texto da portaria publicada no D.O, a primeiraalteraçãoé adesuspender aexigênciadocondutor,noato do cadastramento ou da renovaçãode cadastro, da apresentação da pontuação

relativa à Carteira Nacional de Habilitação expedida pelo Detran. A alegação da secretaria é quea obrigaçãoquanto aonúmerode multascompeteapenas ao órgão fiscalizador,no caso o Detran enão a a funcionários da secretaria.

Emcontrapartida, osprofissionais de motofrete poderão optar pela apresentação de Certidões Negativas de Distribuição Criminal, ou pelo Atestado de Antecedentes.

Placa – Outra mudança é a que refere à placaque será utilizadapelos motoboys.Naalteração,asecretariadará um prazo de seis meses (a contar dadata depublicação daportaria, no casoontem) paraos motofretistas trocarem a placa comum (cinza)paraa de aluguel (vermelha), necessária paraa exploraçãodoserviço.

Duranteesse prazotambém será aceitaa co-propriedade da moto, que pode ser adquirida no Detran.

Aquestão daretirada de uma segunda viado chamado Condumoto,ocartãodeinscrição no Cadastro Municipal dos Condutores também foi alterada.A pastaalerta que,em casos de perda, roubo, danos ou extravio será preciso apresentar um Boletim de Ocorrência, feito pessoalmente ou pela

Ordem para atacar bases da PM partiu de cadeia

A Secretaria deSegurança Públicainformouque as ordensparaatacarospostosda Polícia Militar emSãoPaulo partiramda Penitenciáriade Segurança Máxima de PresidenteBernardes, apóstentativa frustrada de libertação de presos.Para a PM, os atentados foram solucionados. Nos ataques, um soldado morreu. Na madrugadade terça-feira forampresoso mecânico Denis Diorge Yatsunami, de 31 anos, conhecido como Japonês ou Koga, e o office-boy Cleverson Ramos da Silva,de 22, o Nego Cleverson. Os dois cumpriam ordens de supostos líderesda facção criminosa que, com os ataques, buscavam subir na hierarquia da organização. Um dosmandantesseria Marcelo Vieira, de 34, conhecido como Capetinha, foragido. Tambémforam apresentados AdevanirLeandro Rezende e Chaiene Rezende do Nascimento. Com eles, estavam as armas usadas no ataque à base daPMnazonasul. APolícia apresentoutambém ummetalúrgico,preso acusadodefabricararmas evenderpara grupos criminosos de São PauloedoRio, JoãoLuizInácio Gomes (o Jota), Paulo Freire da Silva (o Pedrão),Giovani Lopes Ferreira (Seu Jô) e a mulher dele, Magda da Silva Mere. Eles foram presos em Mauá, naGrande SãoPaulo,e naCidade Tiradentes, extremo leste da capital. Segundo a polícia, Jota foi o organizador do plano frustrado de resgate de presos em Presidente Bernardes. Transferências – ASecretaria deAdministração Peniten-

ciária transferiu ontem 66 presos de Presidente Bernardes, inclusive MarcosWillians HerbasCamacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC).Dessetotal, 54 foramparaaPenitenciária de Avaré, quatro para o Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Bernardes, onde há o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), e os demais para prisões da região oeste. Marcolacontinuará noregime normal, mas cumprirá pena numa cela sozinho. Em Bernardes eleestavapresocom outrosoitodetentos.Amedida é uma respostaà tentativade fuga dodia 9, quandoesses 66 presos foram encontrados em celas com as grades serradas. Também ontem, ojuiz-corregedor dospresídios dacapital Carlos Fonseca Monnerat, negou pedidodo Ministério PúblicoEstadual(MPE) para incluir no RDD cincopresos apontados como autores do plano de fuga. São eles, Marcola, JoséCarlos Rabelo(Pateta), David Stockel Ulhoa Maluf (Macgyver), RobertoSoriano (Betinho Tiriça) e Julio César Guedes de Moraes (Julinho Carambola). (Agências)

internet,e opagamento dataxamínima de serviços públicos, no valor de R$ 12. Já para a renovação docartão,amulta cumulativa, quetinha aumentoacada30diasdeatrasonarenovação, seráfeita por taxa única não cumulativa.

Baús – Onovo texto ainda permite a utilizaçãodos chamados baús de abertura traseira.Antes, eramaceitosapenas osque possuíam abertura no teto do baú. Também será obrigatória a instalação de faixas refletoras, que tornarão a motocicleta mais visível. Sobre oscoletes deproteção esegurança,a secretaria tambémnão usará,porenquanto, as normasdesegurança estabelecidas pelo Inmetro. Serão adotadas critériosdopróprio DTP, pois o Inmetro ainda precisará analisar e, em seguida, emitir laudos sobre os coletes à venda no mercado.A medida só terá validade atésair o relatório final do Inmetro. Dados da secretaria apontamqueatualmente13milpessoasestão regulamentadasna Capitalpaulista, um número pequeno perto das 107 mil profissionais ainda irregulares. A expectativada pastaé quecategoria seja regulamentada até o fim do ano.

RBITA

SHOW DO U2

Somente no dia 27, a Accioly Entretenimento vai divulgar quando e onde os ingressos do segundo show do U2, em 21 de fevereiro, começam a ser vendidos. Os bilhetes para a primeira apresentação, apesar de esgotados, ainda estão longe das mãos das pessoas que "reservaram" os convites depois de receber uma senha nas filas de segunda-feira. Pelo menos 20% das 2.997 pessoas que pegaram senhas não tiveram o telefone anotado. Quem está nesse grupo deve ir à loja do Pão de Açucar em que recebeu a senha, com documentos, procurar o gerente e deixar um número para contato.

A Accioly decidiu adiar a divulgação dos detalhes da venda dos ingressos, prometida para hoje para "cuidar de toda a estrutura para que a operação de vendas ocorra sem transtornos". (AE)

Plenária

(informações, debates e busca de soluções)

Dia: 30 de janeiro de 2006, segunda-feira

Horário: às 17 horas

Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

Ivan Ventura
Arquivo/DC
As novas medidas publicadas foram baseadas nos pedidos feitos por entidades ligadas aos motoboys
Ó

Fizemos dois comerciais juntos. Ela é uma

pessoa adorável, mas no filme que estou escrevendo não há nenhum personagem com seu perfil, de semideusa.

Do cineasta Fernando Meirelles, na Folha de S. Paulo, dispensanado, delicadamente, a top Gisele Bündchen de seu próximo elenco. Gisele disse em várias entrevistas que gostaria de participar de um filme dele.

D IREITOSHUMANOS

EUA e Brasil são alvo de críticas

O grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch disse ontem que a tortura e outros abusos cometidos pelos EUA na guerra contra o terror prejudicaram a credibilidade norte-americana e abalaram a defesa pelos direitos humanos no mundo todo. O grupo afirmou que Washington deveria indicar um promotor especial e o Congresso deveria criar uma comissão independente para investigar os abusos. O relatório anual da entidade abordou mais de 70 países. O governo do presidente George W. Bush vem sofrendo fortes críticas de grupos ativistas

E DUCAÇÃO

Na China, 215 jovens rejeitados pelas escolas e famílias por serem "não educáveis" passaram a receber treinamento militar.

T ELEVISÃO

'Capitão Kirk' vende cálculo renal

O Capitão Kirk, astro da série de TV Jornada nas Estrelas, William Shatner, vendeu seu cálculo renal por US$ 25 mil ao cassino on line GoldenPalace.com. No ano passado, Shatner foi internado às pressas quando gravava o bemsucedido seriado de TV Boston Legal, para extrair o cálculo renal. Shatner, que está com 74 anos, era o comandante da nave espacial Enterprise em Jornada nas Estrelas O dinheiro vai para a organização de caridade Habitat for Humanity, que retira das ruas os sem-teto dos países em desenvolvimento.

C OMPORTAMENTO

norte-americanos e internacionais e também de governos estrangeiros pelo modo como interrogou e deteve suspeitos em sua guerra contra o terror, desde 11 de setembro de 2001. O grupo também criticou o constante desrespeito dos direitos humanos no Brasil, citando a violência policial, os esquadrões da morte da polícia, as condições das cadeias, a violência rural, os conflitos pela terra e a impunidade. Segundo o relatório, "a impunidade é a regra no Brasil, com poucos crimes dos direitos humanos sendo efetivamente investigados ou julgados".

L AZER

Direitos autorais garantidos

Já se instalou no Brasil a Motion Pictures License Corporation (MPLC), entidade criada nos EUA para monitorar o cumprimento das leis de direitos autorais nas exibições de filmes. Os primeiros alvos da atuação da MPLC são as exibições de DVDs em clubes, condomínios, associações e empresas, que serão liberadas mediante pagamento de taxa básica que varia de acordo com o perfil de locais de exibições e o número de espectadores.

F UTEBOL

Brasil mantém

liderança na Fifa

O Brasil manteve a liderança do ranking de seleções da Fifa, o primeiro de 2006, divulgado ontem, com 839 pontos - um a menos do que em dezembro de 2005. A República Checa, com 796, está em segundo e em terceiro a Holanda, com 790. A Argentina continua entre os dez primeiros, na quarta colocação. Para a elaboração do ranking, a Fifa levou em consideração o desempenho nas últimas 21 partidas. Quem mais subiu foi Bangladesh - 17 posições. O próximo ranking será divulgado no dia 15 de fevereiro.

LEONILSON

Exposição de trabalhos do cearense Leonilson (1957-1993), que combinam poemas, frases, palavras, bordados e desenhos. Galeria Luísa Strina. Rua Oscar Freire, 502. Telefone: 3088-2471. Das 10h às 19h. Até dia 27.

G @DGETDUJOUR

Controle remoto para uma nova era

F AVORITOS

Consumidor consciente na rede

Quais são os direitos básicos do consumidor? Como mover uma ação na Justiça? Quais são os prazos para reclamar? O site Em Defesa do Consumidor traz a resposta destas e de muitas outras dúvidas comuns a muitos cidadãos brasileiros. Há também a íntegra do Código de Proteção e Defesa do Consumidor e um guia com dicas úteis para a hora das compras ou a contratação de produtos ou serviços. A página ainda esclarece dúvidas enviadas por e-mail gratuitamente. www.emdefesadoconsumidor.com.br

Homem não tem pena

Pesquisa mostra que os homens têm prazer com o mal alheio. As mulheres, não

Por que, na história, tem sido ohomem - e nãoa mulher -oencarregado de castigar criminosos e infratores das normas sociais? Uma resposta, segundo um novo estudo do cérebro, équeo homem não sentepenapelador alheia quando quem a sofre é um infrator mas, ao contrário, desfruta do castigo. A mulher, por outrolado, parece se identificar com a dor dos outros. É isso que indica uma fotografiado cérebrode homense mulheres nomomentoexato em que presenciam um suposto infrator recebendo um choque elétrico leve. Os cientistas ainda não sabem se a diferença de atitude é biológica ou adquirida socialmente, maseles garantemque estáaí aexplicaçãopara ofato

de osexomasculinotersido sempre o encarregado de castigar delinqüentes. A pesquisa, dirigidaporTania Singer,da UniversityCollegeLondon,foipublicadanaedição online da revista Nature Oscientistas escanearamos cérebros de 16 homens e 16 mulheres depois de um jogo com outras pessoas que, sem que os participantes soubessem, não eram voluntários, mas sim atores. Alguns atores respeitavam as regras, enquanto outros fingiam. Cada voluntárioobservava o momento em que um jogador "honesto"e um "trapaceiro" recebiam choques elétricos leves nasmãos.Nocasodo"honesto", os cérebros de homens e mulheres mostravam atividade nas áreasrelacionadas à dor, o que indicavaquese identificavam

comosofrimento.No casodo "trapaceiro",os cérebros das mulheres mostravam uma reação, oque nãoocorriacom os homens.Emoutrazonadocérebro associada a sensaçõesde gratificação, os cérebros masculinos revelavam em média uma reação maior ante o sofrimento do"trapaceiro"doqueanteosofrimento dojogador "honesto". Essa atividadenão foiobservada em mulheres. Um questionáriorevelou que os homensexpressavam um maior desejo de vingança contra o "trapaceiro" que as mulheres. Noshomens, quantomaiorera odesejoexplícito devingança, maiorera a reaçãonaárea de gratificação de seucérebro quandoo "trapaceiro" recebiao choque elétrico. Esta correlação não apareceu nas mulheres. (AE)

DIVERSÃO PAPAL - Na audiência semanal das quartas-feiras, o papa Bento 16 recebeu ontem uma trupe de artistas circenses. Durante o encontro, o papa anunciou que a primeira encíclica de seu pontificado será publicada no dia 25 de janeiro.

C ONSUMO

O resgate da cachaça

Acaba de chegar ao mercado uma nova maneira de beber cachaça. Trata-se de Attitude, lançamentoda empresa mineiraGRM Brasil para conquistaro mercadojovem. Consolidada neste segmento, aempresa,que lançou em 2002 a cachaça premium GRMemParis, está entre as mais prestigiadas fabricantes do mundo, com prêmios de melhor destilado tanto no Brasil quantonos EstadosUnidos e Europa. Onovo produtochegaa restaurantes,bares esupermercados propondouma bebida bidestilada de sabor suave, com teor alcoólico de 38%. Isso, entretanto, não fazcomque percaascaracterísticasde umproduto competitivo e de qualidade, namedida certapara ser consumida pura e gelada ou compondo abase de drinquese caipirinhas. "Nossoobjetivo é atrair os jovens, que ainda têm um certo preconceito na hora de tomar cachaça",afirma

A TÉLOGO

Frei Galvão, quase santo

Médicos legistas da Itália reconheceram oficialmente o segundo milagre atribuído ao Frei Antônio de Sant’Anna Galvão. Com isso, o religioso deve se tornar o primeiro santo brasileiro. O milagre será mantido em sigilo até que seja confirmada a canonização do atual beato, que depende da assinatura de teólogos, cardeais e do papa Bento XVI e pode levar três meses. A postuladora da causa é irmã Célia Cadorin, a mesma que conseguiu a canonização da primeira santa brasileira, a Madre Paulina. Nascido em Guaratinguetá, em 1739, Frei Galvão entrou aos 21 anos para a Ordem dos Frades Franciscanos Menores. Em 1774 fundou o Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz. É lá que está enterrado o corpo do frei, padroeiro dos arquitetos, e que são distribuídas as pílulas milagrosas dele - pequenos pedaços de papel com orações.

Etanol, o novo açúcar brasileiro

O jornal britânico The Guardian publicou em sua edição de ontem um artigo sobre a "revolução energética" brasileira. Para o jornal, o Brasil estaria "liderando o mundo na fuga dos combustíveis fósseis" com iniciativas como o incentivo ao uso de álcool no mercado externo, para se tornar exportador do produto. O jornal brinca dizendo que os brasileiros colocam quantidades imensas de açúcar no café de manhã, e nas caipirinhas à noite e agora "estão cada vez mais colocando o açúcar em seus carros na forma de etanol". O próximo passo é colocar o álcool no mercado externo, mas o País enfrenta problemas para exportar: portos e a infraestrutura de transportes antiquados.

L UXO

Michelle Araújo, diretora da GRM - sigla para Gosto Requintado Mundial. O design exclusivo e arrojadodagarrafaconfirma a inovação dessabebida que ganhou status, deixando para traz o preconceito. Hoje,entreos destilados,acachaça temlugar de destaqueea preferênciade um grande número de consumidores.E paramelhor se posicionar junto, principalmente, ao públicojovem, a estratégia inicial de marketing é convidar esse público a experimentar e, como o próprio nome sugere, "a tomar uma atitude", "a mudar o conceito".

No primeiro ano, o investimento inicial para lançar Attitude éde R$ 2milhões, sendo que parte desse montante será direcionado ao treinamento de bartenders."Ao contráriodolançamento da GRM, que foi feito na França, o Brasil é a nossaprioridade paraaAttitude,tendoemvista o crescimento de consumidores decachaçanoPaís. Atualmente, são produzidos 1,3bilhão delitrosporano masapenas 1%desse totalé exportado", complementa a empresária.Oobjetivoé comercializar inicialmente 10 milgarrafaspormês,atingindo,em dois anos, a meta de 100 mil garrafas. João Jacques

Exame com formandos mostra que novos médicos sabem pouco sobre saúde pública

Curta "BerlinBall", da brasileira Anna

é selecionado para o Festival de Berlim

Torcida valiosa para a seleção Para homenagear o Brasil durante a Copa do Mundo, a joalheira Fernanda Padovani criou uma linha especial de colares e anéis, a Brasilis. Desenhado e trabalhado manualmente pela designer, o colar, todo em ouro, tem inúmeros diamantes no contorno do mapa do País. "A dureza da pedra significa a resistência dos jogadores e torcedores", diz, acrescentando que, mais do que um símbolo nacional, o amuleto traz sorte e boas energias com elegância. O colar com pingente custa R$ 4 mil e

EM CARTAZ
Arturo Mari/Osservatore Romano/AFP
Nova marca da mineira GRM quer atrair o público jovem
Azevedo,
Polícia britânica descobre plano de seqüestro de filho de Tony Blair, diz tablóide The Sun
Divulgação
Liu Jin/AFP

O MOVIMENTO DE OLHO NO IMPOSTO COMEÇA A PEREGRINAÇÃO PELO INTERIOR DO ESTADO

CARAVANA CHEGA A RIO PRETO

Aprofessora Antonia Maria DelCampo garante: nunca mais iráàs compras com a inocência de antes.Com ardesurpresano rosto, afastando e aproximando os óculos para ter certeza de queaquilo quevia era real,a professora não seconformou aodescobrirquea garrafinha de água mineral que sempre a ajudou a enfrentar o forte calor de São José do Rio Preto, no interiorde SãoPaulo, poderia custar pouco mais de R$ 0,50 se não fosse a carga tributária que recai sobre o produto, e queacabaelevando opreço para cerca de R$ 1,20. E esse não é um "privilégio" das garrafas de água. Todo produto ou serviço tem um percentual do preço que chega ao consumidor influenciado diretamente pelos impostos. Não foi à toa que,depoisde conhecera realidade,a professora aderiu ao movimento De Olho no Imposto, propostaquebusca transparência nacobrança dos impostos por meio da mobilização popular. Conheça melhor o movimentoacessando osite www.deolhonoimposto.org.br

O movimento vai percorrer outras 16 cidades do interior paracoletar1,5milhãodeassinaturas queserãoencaminhadasao CongressoNacional, junto com um projeto delei popular, para garantirquesejaregulamentado o parágrafo 5º do artigo 150 da ConstituiçãoFederal.É ele que garante aoconsumidor odireito de saber quanto paga de imposto nas mercadorias e serviços. "Não estamosaquiparadizer sea tributação sobre cada produto é abusiva ou não. Mas para formar no cidadão a consciência de que o imposto existe e que ele deveria retornar à so-

ciedade como investimento para aumentar a qualidade em transporte,saúde eeducação públicos", afirmou Guilherme Afif Domingos, presidenteda Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP), durante a abertura do movimentona CâmaraMunicipal de São José do Rio Preto. Aolado doprefeito da cidade,EdinhodeAraújo(PPS),Afif Domingos conclamou todosa participardo movimento. E conseguiu a adesão de diversas entidades locais,que se comprometeram a difundir a campanha entre a população. "Queremos divulgar tambéma necessidade de se simplificar a legislação dos impostos. Hoje ela é feita para confundir", disse Flávio Marques Alves, presidente da Ordemdos AdvogadosdoBrasildeRioPreto.Elecitou que 112 tributos compõem o sistema tributário brasileiro, expressos em 181,8 mil artigos da Constituição, que se dividem em 423,9 mil parágrafos. O prefeitode RioPreto também prometeu apoio."Vamos divulgara idéiapelacidade. Sabemosda importânciado movimentoporque sentimos

seus efeitosdiretamente", disse Araújo. Ele se referia ao fato de pouca gente conhecer a formacomo osrepassesdo queé arrecadado são feitos.Hoje, 60% acabam na União; 25%, no Estado; e 15%, no município. "As pessoas moram nas cidades, que, por receberem a menorfatia do repasse, acabam apelando para assuplementações de verba. Mas issochega junto deacordospolíticos que estimulam a corrupção", comentou Afif Domingos.

Indignação – Se depender dos moradores de São José do Rio Preto, o De Olho no Imposto será um sucesso. A visitação ao Feirãodo Imposto,que simulaumsupermercado,foiintensa durante todo o dia.

Quem passava pelaPraça RuiBarbosanãoresistiaemobservaras gôndolas,onde os produtos expostos traziam nas etiquetasquantodopreçofinal é conseqüênciada cargatributária. "São produtos que consumimosnodia-a-dia. Se ao menos tivesse a certeza de que não vou enfrentar fila na próximavez queprecisarira um posto de saúde ou que as estradas não têm maisburacos,eu até concordaria com o que é cobrado. Mas isso não acontece", disse o eletricista Manuel Rosa Pinho. O movimento ganhou a assinatura dele também.

Rumo à meta – Em Rio Preto, a meta é colher 20 mil assinaturas. O Feirão do Imposto continuará até sexta-feira, mas as assinaturasserãocoletadas por mais um mês. Hoje, a caravana chega a Ribeirão Preto. Leia maissobre omovimento De Olhono Imposto,napág.10, emartigoassinado pelo presidenteda ACSP, Guilherme Afif Domingos. Renato Carbonari Ibelli, de São José do Rio Preto

Déficit recorde na Previdência

Sem queo governo tenha conseguidoimplantar o prometido "choquede gestão", ascontas daPrevidênciaSocialapresentaramem2005 um déficit recorde de R$37,57 bilhões. Orombo,divulgado ontem pelo Ministério da Previdência Social, foi 11,3% (em valores atualizados pela inflação medida peloINPC)maior do que o de 2004. O governo pagou R$ 146,01 bilhões em aposentadorias, pensões e outros benefícios e arrecadou R$ 108,43 bilhões com as contribuições.

Com a correçãoda inflação, o déficitfechou o ano em R$ 38,22 bilhões. Oresultado só não foipiorporque houve uma melhorado mercadoformal de trabalho em 2005 e o governo conseguiu implantar algumas medidas de aperfeiçoamento dos controles da arrecadação, recuperação de créditos e pagamento de benefícios. Noinício doanopassado,o governo chegou a fixar a meta deum déficitdeR$ 32bilhões, depoisqueopresidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou um

"choque de gestão" e foi lançada, comalarde, umaestratégia de ação para conter o desequilíbrioentrereceitas edespesas nas contas da Previdência. Mas como nem todas as medidas foram implementadas, a meta foi deixada de lado. A última expectativa do governoera a de que o rombo chegasse a R$ 39,3 bilhões. Por isso, o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, comemorou o resultado, que ficou R$ 1,8 bilhão abaixo dasestimativasdoMinistério da Previdência. (AE)

Jucesp tem novo presidente

Opresidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (SesconSP), Antônio Marangon, será o novo presidente da JuntaComercial do Estado de São Paulo (Jucesp). A nomeação, feita pelo governador GeraldoAlckmin, foi publicada ontem do Diário Oficial do Estado "É honrosa esta nomeação. Comoconhecedor dasdificuldadesdos cidadãospaulistas, farei o possível para que a Jucesp sejaum órgão eficiente e exemplar", disse Marangon. Empresário contábil,Marangon é bacharel em Ciências Contábeis e pós-graduado em Contabilidade para Gestão Empresarial.Além deex-vicepresidente daAssociação das Empresas de Serviços Contábeis (Aescon-SP) na gestão 2000/2003 eda FederaçãoNacional dasEmpresas deServiços Contábeis (Fenacon), ele também é ex-superintendente da distritalPenha daAssociação Comercial de São Paulo (ACSP) eatualmente fazparte da diretoria plena da ACSP. Em 2005, Marangon se des-

Marangon, nomeado por Alckmin

tacou como um dos líderes da Frente Brasileira contra a MP 232, medida provisória que, se não fosse derrubada, au-

mentaria a cargatributária das empresas, principalmente as do setor de serviços.

Atribuições– Criada em 19 de julho de 1890, a Jucesp é responsável pelo registro das empresasdeatividades mercantis, além da expedição de certidões, ofíciose atividades referentes aos armazéns gerais, leiloeiros e tradutores públicos, entre outros.

Segundo a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, instituição à qual a Junta é subordinada, a posse de Marangon ocorre hoje, às 15h30, no Páteo do Colégio. Laura Ignacio

Luiz Prado/LUZ
Quem visitou o Feirão do Imposto se indignou com os impostos que incidem sobre os produtos. E deixou a assinatura.
Fotos: Daniel Gallo

Mensagens ao pai

desaparecido há 1 ano no Iraque. Sem respostas.

engenheiro seqüestrado descreve em blog o sofrimento da família

Rodrigo Vasconcellos, de 26 anos, escreveu para o pai, o engenheiro João José de Vasconcellos Jr. Como faz há 12 meses, esperou a madrugada e um novo dia começar no Iraque para contar exatamente um ano do seqüestro do pai, ocorrido em 19 de janeiro de 2005, e registrar num blog mais uma mensagem para ele. Num diário que escreve na internet, Rodrigo encontrou uma forma de manter a conversa que tinha diariamente com Vasconcellos pela rede, quando o pai trabalhava para a construtora Norberto Odebrecht no Iraque. Uma conversa na qual hoje somente Rodrigo fala. Desde que o brasileiro foi levado por insurgentes iraquianos, há um ano, quando se dirigia ao aeroporto para voltar ao Brasil, o filho e a família tiveram de se acostumar ao silêncio. O blog de Rodrigo é um retrato do cotidiano árido enfrentado por uma família até então feliz, agora machucada pela subtração violenta do pai e submetida até hoje à total ausência de informações concretas sobre o seu paradeiro. Junto com o tio Luiz Henrique de Vasconcellos, Rodrigo tornou-se o principal interlocutor da família com o Itamaraty e a Odebrecht sobre os esforços feitos para encontrar o engenheiro. Primeiro a saber do rapto e comunicar à família, ele continua fazendo esse papel. Filtra as poucas informações que recebe para tentar minimizar a ansiedade dos parentes e cuida de cada um como acredita que seu pai faria. É principalmente sobre essa responsabilidade que ele escreve.

"Criei o blog como uma forma de eu poder me expressar, desabafar. Achei que um dia ele poderia chegar a ler. Pensei que seria interessante ele saber como eu estava ali, naquele momento. Falo também dos meus irmãos, dos meus avós e da minha mãe para ele saber que, apesar dos momentos difíceis, estamos indo bem", diz Rodrigo. Ele conta que a mãe, Tereza, de 47 anos, e os irmãos, Tatiana, de 24, e Gustavo, de 17, ainda se sentem muito frágeis para falar publicamente. No entanto, com a voz calma e equilibrada, emoções sob controle e até mesmo alguns sorrisos, Rodrigo demonstra que o tempo ensinou a família a superar a ansiedade e retomar o dia-a-dia. Embora reconheça que as chances de Vasconcellos ser encontrado vivo são cada vez menores, o filho mais velho diz que ainda tem esperanças de um desfecho feliz. "Eu tenho que ter, é minha obrigação como filho. Não posso fechar essa porta. Não posso simplesmente decidir que ele morreu porque posso estar preparando a família para algo que pode não ser verdade. Também não posso dizer firmemente que ele está vivo. Qualquer caminho que a gente tome pode nos surpreender. Prefiro ficar neutro", disse. Ele revela que, durante o ano que passou, no contato em que os negociadores chegaram mais próximos de uma informação concreta, um informante dizia que Vasconcellos estava morto e chegou a estabelecer um preço. A informação não foi confirmada e nem a negociação financeira por um suposto corpo vingou. Assim como os tios declararam, Rodrigo também acha que faltou um posicionamento público do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como mais uma tentativa de sensibilizar

os seqüestradores. A família nunca conseguiu uma audiência no Planalto. Rodrigo não se furtaria a apertar a mão do presidente, mas diz que apenas um discurso de Lula o teria satisfeito. "Um anúncio da própria pessoa do presidente, reafirmando que o Brasil foi contra a guerra, realmente faltou. Não quero que me liguem do governo amanhã e nos convidem para ir a Brasília. Para mim, é mais interessante ele fazer um pronunciamento público, falando que está envolvido no caso, que espera receber informações. Os grupos querem reconhecimento político. Por mais que sejam interessados em dinheiro, o reconhecimento político dá importância ao caso", analisou. Quanto ao Itamaraty e à Odebrecht, Rodrigo não tem reservas e reconhece o esforço para localizar Vasconcellos. Ele afirmou que a família tem recebido da construtora toda a assistência de que precisa. Classifica como "pessoas extraordinárias" o embaixador para o Oriente Médio, Afonso Ouro-Preto, e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, com quem falou diretamente várias vezes durante o ano que passou. Mas a preocupação principal de Rodrigo está na família. Nos textos que escreve para o pai, ele registra o estado emocional de cada membro, fala dos tios e avós. Ele demonstra preocupação maior com o irmão mais novo e Tereza. "A mãe tem seus momentos de altos e baixos, como tudo na vida. Ultimamente a vejo muito bem, ela está forte. Tenho tentado ajudála nisso. Depois de uma conversa que tivemos ela melhorou muito", escreveu no dia 8 de julho. Rodrigo disse que a mãe busca conforto na doutrina espírita e que já conseguiu deixar de usar o relógio de duplo mostrador com a

hora local do Iraque que usava no ano passado, quando concedeu à Agência Estado

de

poucas entrevistas. No diário virtual, Rodrigo empreende uma contagem dos dias do seqüestro e registra para o pai, a cada número redondo, o seu estado de espírito. "Eu sei pai, já te prometi parar de contar os dias, mas não consigo. Sempre quando acordo, a primeira coisa que me vem na cabeça é isso. Mais um dia sem você", escreveu no dia 28 de julho. Com o passar do tempo, expressões otimistas como "logo estaremos juntos" vão dando lugar a testemunhos de angústia. "A falta de notícias me deixa triste. Não posso pôr em palavras a sensação que isso me traz. É como se os ombros pesassem, às vezes chega a dar uma sensação como se a pele estivesse ardendo de tanto nervoso", escreveu no dia 12 de novembro. Rodrigo também lembra o passado feliz e sempre exibe uma foto do pai em momentos marcantes com a família. Escreve ainda sobre a vida que segue, sobre o cotidiano na faculdade de informática, os fins de semana na praia, a nova namorada. Um sinal dos novos objetivos da família para este ano: retomar a vida normal sem esquecer Vasconcellos. No Natal, quando, depois de anos, toda a família reuniu-se, Rodrigo não quis escolher uma foto do pai para o blog. E justificou: "O verdadeiro motivo é que no dia 25 de dezembro de 2004 foi a última vez que meu pai esteve em casa, com a família. Quando tomamos café da manhã juntos pela última vez, quando nos falamos pela última vez, olho no olho, nada de webcams. Dói e dói muito. Sinto saudade. Chega a ser pior que isso, sinto falta. Por isso não veremos fotos de ninguém aqui hoje. Deixo aqui minha saudade". (AE)

uma
suas
Rodrigo Vasconcellos: chances do pai ser encontrado vivo são cada vez menores
Filho de

BAHIA TRIO MARAVILHA

Um é pouco, dois é bom, tres é demais! Num pedaço abençoado do sul do Estado, a chamada Costa do Descobrimento, Porto Seguro, Arraial d’Ajuda e Trancoso formam um roteiro de fazer cair o queixo, dotado de beleza natural e infra-estrutura de primeira. Págs. 2 e 3

O 'DC Boa Viagem' embarcou num cruzeiro a bordo do Island Star, navio que fica por aqui até março. Pág. 4

Falésias, como as da Praia da Pitinga, em Arraial (no topo), margeiam esse trecho de litoral baiano. Porto Seguro (acima e ao lado) exibe marcos da história do descobrimento do País. E a natureza em Trancoso (abaixo) esbanja exuberância, entre rios e extensas faixas de areia

Sergio Borges/Agência O Globo
Mônica Pereira/Agência O GloboMarco
André Pinto/AE
Antonella Salem

EXPECTATIVA DOS ANALISTAS É DE QUE AUMENTO DOS EMPRÉSTIMOS COMPENSE QUEDA DOS JUROS

CRÉDITO FAVORECE AS AÇÕES DE BANCOS

Com aforte expansão da ofertade crédito para o consumidor e asaltastaxas dejuros,as açõesde bancos são boas opções para os investidores no mercado acionário, segundoosanalistas do setor. "Pelofato de2006serum ano eleitoral, os juros podem diminuirpor conta da política, o que não deve afetar a lucratividade dos bancos", diz Guilherme Moraes, consultor financeiro da Alpes Corretora.

Ele diz que, mesmo com umapossível diminuiçãodos juros ao longo do ano, o investidor que tem ações de bancos não precisase p re o cu p ar, pois a queda dessas taxas deve trazer benefícios para as instituições financeiras por meio do aumento da procura por crédito. "Os bancos vão ganhar com o aumento do volume de operações", destaca. "Em um cenário de inflação controlada, estabilidade econômicae jurorealalto, osbancos aparecem entre as melhores aplicações na rendavariável."NaBolsa de Valoresde São Paulo (Bovespa) são mais negociados no segmento papéis de Bradesco, Itaú, Unibanco e Banco do Brasil.

recuperação de30% atéo fim do ano. "O Itaú tem feito uma campanha agressiva de divulgaçãode linhasde crédito, o queacaba se refletindo na expansão da carteira", diz Elaine Rabello, consultora financeira da corretora Coinvalores. Além doItaú,oBradescoé citado pelos especialistas como um investimento com bom potencialdeganhos. "Esperamos que o número de clientes do Bradescoaumente até25% em 2006 e o banco tem muitas participaçõesem empresasde capital aberto, o que é positivo", diz o analista da corretora Socopa Daniel Doll Lemos. "O Bradesco deve acompanhar obom desempenho da bolsa de valores."

é o potencial de valorização das ações do banco Itaú na bolsa de valores neste ano, segundo projeção da corretora Magliano

Itaú — Consultores financeirosindicamo Itaú como o banco que tem maior potencial derentabilidade em 2006.De acordocom acorretora Magliano,ospapéisdo Itaútiveram valorização menor do que as ações deoutros bancos em 2005 e, por isso, a aposta é em

Doll Lemos também indicaa compra de açõesdo Un iban co. "Noano passado, oUnibanco trabalhou com focototal naredução de custos, oque o ajudou aaumentarseu lucro", observa o especialista. Estatais — Na ponta oposta, osanalistasnãorecomendama compra de ações de bancos estatais,com exceçãodoBanco do Brasil. "Os papéisdesses bancosnão devemsubir,pelo menos no curto prazo", afirma oanalista financeiro daPetra Personal Trader Ricardo Kobayashi. "Mas o Banco do Brasil suporta melhor a queda dos juros porque tem forte atuação no crédito agrícola,programa ligado à poupança e com juros prefixados, independente do rumo da política monetária." Sonaira San Pedro

os bancos

Queda generalizada nas bolsas

Asbolsasde valores despencaram ontem no mundo todo. E dois indicadores de inflação da economia brasileira desagradaram aos investidores.Essacombinação de cenários negativos deixou o mercado de juros futuros mais conservador emrelação àdecisãodoComitê dePolítica Monetária (Copom) sobre a taxa básica da economia (o corte de 0,75 ponto percentual só foi anunciadodepois doencerramento dos negócios nos mercados). A piora lá fora também afetou os mercados de câmbio e de ações no Brasil. Influenciada negativamente pelo mercado externo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou em baixa durantetodo opregão,parafechar com desvalorizaçãode 0,88%, em 36.119 pontos. O dia jáamanheceu prometendo uma jornada difícil para a bolsa paulista. Nanoite de

terça-feira saíramosbalanços das gigantesYahooeIntel, considerados bastantenegativos pelos analistas. Com isso, a bolsa do Japão deu início ao efeito dominó de queda dos mercados quese estendeu da ÁsiaparaaEuropae,emseguida,paraasAméricas. Abolsa japonesa fechou mais cedo para evitar perdas maiores. Petróleo — A continuidade da alta dos preços do petróleo, na manhã de ontem, só ajudou a ampliar a piora no cenário internacional. Aqui, nesseambientejá desfavorável,saíram doisindicadores de inflação que não agradaram aos analistas – o IGP-10 e a segunda quadrissemana do IPC-Fipe (leia maissobre osíndicesna página1 deste caderno) Operadores discutiram se os dois dias consecutivos de baixanabolsa representam uma tendência ou setrata-sede uma realização pontual, que reflete a boa gordura acumula-

da nesteiníciodeanoetambémapioradocenáriointernacional. "Se o petróleo continuar subindo, a bolsa pode até estressar um pouco. Mas não haverá crise por causa disso", comentou um operador. Ele lembrouque ofluxo de capitalexterno continuamuito favorável ao mercado doméstico.Atéaúltima sextafeira, a Bovespa registrava um saldo de estrangeiros positivo em R$ 1,152 bilhão este mês. E na segunda-feira teriam entrado R$ 230 milhões.

Dólar— Pelo segundodia seguido, o cenário externo ruim fez o dólar comercial oscilar em alta o tempo todo e encerraracimadosR$2,30.Nofechamento dos negócios, a moeda americana subia 0,52%, cotadaaR$ 2,323paravenda. No fim da tarde, o risco-Brasil calculado pelobancoJP Morganestavanamínima dodia, em 291 pontos-base, depois de chegar a 301 pontos. (AE)

JP Morgan tem lucro de US$ 2,6 bi

OJP MorganChase & Co. divulgouontem alta no lucro trimestral, destacando que a venda de negócios compensou a fraca receita com corretagem eperdas relacionadasaoau-

mento dos pedidos deconcordata. Oterceiromaior bancodos Estados Unidos teve lucro noquarto trimestre de 2005 de US$ 2,7 bilhões, contraresultadode US$ 1,67 bilhãoem igual pe-

ríodo do ano anterior. Excluindo despesas relacionadas à comprado Bank One, em 2004,e a recuperaçãodeseguros,o lucrofoi de US$ 2,6 bilhões no último trimestre. (Reuters)

Títulos da Turquia levam vantagem sobre os brasileiros

Obanco Credit Suisse diminuiuontem aintensidade de sua recomendação overweight (acima da média do mercado) para a dívida externa do Brasil e alterouparaneutra suarecomendação para os bônus da Ucrânia para aumentar a exposição à Turquia em seu portfólio. "Nós mantivemos nossa posição overweight no Brasil em relação à Turquia por algum tempo",afirmaram osestrategistas do banco em nota distribuída para clientes."Mas, ao longo dos últimos dois meses, os ativos turcos ficaram mais baratos em relação aos do Brasil em aproximadamente 70 pontos-base", disseram. Segundo eles, atualmente os títulos turcostêm um potencial para ganhar 20 pontos-base amaisdoqueosdoBrasil. "Apesarde continuarmosotimistas com ocontínuo crescimento econômicodo Brasile de não prevermos sérias incertezasantes da eleiçãopresidencial, após sua forte performance superiorà deoutros países, preferimos realizar parte dos lucros de nosso amplo overweight noBrasil ediversificar parte de nossa posição naTurquiaparabuscar uma melhor valorização", afirmaram."No caso da Ucrânia, há orisco de perdasfiscais sérias causadaspela recentealta no preço do gás, aliada às crescentes tensões políticasgeradas pelas eleições de março." OCredit Suissetambémreduziu sua exposição aos ativos do Peru diante do crescimento do candidatopresidencialOllanta Humala nas pesquisas eleitorais do país.

O relatório do banco foi divulgado em um período de otimismo em relação à economia brasileira, refletido naqueda do risco-Brasil. (AE)

Artur de Leos/LUZ
Entre
estatais, Banco do Brasil é o único na lista de recomendação de compra de ações neste ano

Edição de Campinas concluída às 23h45

O interior começa a ficar de olho no imposto

A campanha De Olho no Imposto chega hoje a Ribeirão Preto, depois de iniciada ontem em São José do Rio Preto (foto), onde espera obter 20 mil assinaturas para acabar com a falta de informação sobre os impostos embutidos nas mercadorias e serviços. Economia/ 5

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

PAGO, LOGO EXIJO

Leia editorial do presidente da ACSP e Facesp, Guilherme Afif Domingos, na página 10

DIA DOS CANDIDATOS

Temer e Quércia na Câmara dos Deputados: oficialização da candidatura de Rigotto (acima) pelo PMDB. Aécio e Alckmin (alto, à dir.), em Minas: articulações. Ao lado, Serra visita a São Paulo Fashion Week: desfile fora da passarela. O vai-e-vem dos candidatos está na página 6

Bahia do trio maravilha

Na Costa do Descobrimento, os encantos de Arraial d´Ajuda (foto), Porto Seguro e Trancoso. São três pedaços abençoados da Bahia, feitos de beleza natural e infraestrutura de primeira. DC Boa Viagem

Animação na praia da Rosa Chá

O desfile da Rosa Chá, no SPFW, foi o mais animado de ontem.Os biquínis estavam comportados, mas alguns lembravam lingerie. Eco/4

Daniel Gallo
Paulo Whitaker/Reuters
Alan Marques/Folha ImagemMaria Tereza Correia/Estado de Minas/Agência O Globo
Caio Guatelli/Folha Imagem

O interior começa a ficar de olho no imposto

A campanha De Olho no Imposto chega hoje a Ribeirão Preto, depois de iniciada ontem em São José do Rio Preto (foto), onde espera obter 20 mil assinaturas para acabar com a falta de informação sobre os impostos embutidos nas mercadorias e serviços. Economia/ 5

PAGO, LOGO EXIJO

Leia editorial do presidente da ACSP e Facesp, Guilherme Afif Domingos, na página 10

DIA DOS CANDIDATOS

Temer e Quércia na Câmara dos Deputados: oficialização da candidatura de Rigotto (acima) pelo PMDB. Aécio e Alckmin (alto, à dir.), em Minas: articulações. Ao lado, Serra visita a São Paulo Fashion Week: desfile fora da passarela. O vai-e-vem dos candidatos está na página 6

Bahia do trio maravilha

Na Costa do Descobrimento, os encantos de Arraial d´Ajuda (foto), Porto Seguro e Trancoso. São três pedaços abençoados da Bahia, feitos de beleza natural e infraestrutura de primeira. DC Boa Viagem

Animação na praia da Rosa Chá

O desfile da Rosa Chá, no SPFW, foi o mais animado de ontem.Os biquínis estavam comportados, mas alguns lembravam lingerie. Eco/4

Daniel Gallo
Paulo Whitaker/Reuters
Alan Marques/Folha ImagemMaria Tereza Correia/Estado de Minas/Agência O Globo
Caio Guatelli/Folha Imagem

Bem-vindo à Costa do Descobrimento

Neste trecho histórico do litoral sul da Bahia, onde Pedro Álvares Cabral avistou pela primeira vez as terras brasileiras, Porto Seguro, Arraial d'Ajuda e Trancoso convidam a uma viagem permeada de monumentos, igrejas, casario, praias paradisíacas, falésias, rios, riachos e manguezais Por Neide Martingo

Bom dia. Depois de conhecer o sul da Bahia, percebi que existem várias maneiras de fazera saudaçãomatinal. Quemmora ou trabalhaem Porto Seguro e nos distritos de Arraial d’Ajuda e Trancoso deseja bom dia com os olhos, com os gestos, com o coração. Pode parecer apenas um detalhe, mas éo que provocamais saudade deste trecho abençoado dachamada CostadeDescobrimento, que inclui ainda outras maravilhascomo Caraíva e Santa Cruz Cabrália. Foinestaregiãoque,em22de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral avistou a terra brasiliso Monte Pascoal, ao sul do município. Ecos da história envolvemmonumentos,igrejas, casario e a própria natureza feita de praias paradisíacas, falésias, rios, riachos e manguezais.

ARRAIAL D’AJUDA

Arraial d'Ajuda é o lugar para quem procura infra-estruturaeumpoucodeagito.Aocontrário do que muitos pensam, o calor não é um problema. A temperatura agradável e a brisa semprepresente tornamo destino prazeroso. São 18 quilômetros de belas praias. As falésias que beiram o mar completam a visão do paraíso.

O Beco dasCores e a Brodwaysãoos pontosdeencontro. Repletos de lojas de artesanato e de charmosos barzinhos – todos com música ao vivo– fervilhamsobretudo à noite. Ehárestaurantespara todos os gostos: italianos, franceses, alemães, tailandeses. O Aipimse destacapeladecoração– itensencontrados em

BOA VIAGEM

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos

Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br

Sub-editora

ambientes requintadosforam misturados a objetos rústicos e compuseram um cenário inusitado e de bom gosto. Não é difícilencontrar apresentações de música ou de capoeira nas praias à noite, como na Praia do Parracho, uma das maisconhecidas. Aspessoas, aliás, não vão para casa depois do jantar. Elas vão para as areias, ondea diversãobaiana é garantida.

PORTO SEGURO

Quem está à procura de axé e de festa,encontrouo lugar.A Passarela do Álcool é um clássicoem Porto Seguro. Vários barzinhos, lojas de lembrancinhas e barraquinhas disputam os visitantes. As bebidastêm nomes inesquecíveis. Impossível não rir ao ler o menu: Beijo na Boca,Sonho de Noiva, Amor Sem Fim, Amor Ardente, Topa Tudo... Éfácil reconhecer osmoradores de Porto Seguro. Eles andam dançando. As músicas vêm das enormes caixas instaladas na praça principal. Uma personagem bastante conhecida no local é Margot, uma drag queen que faz "show" na praça com a participação dos turistas, há20anos.No final da apresentação, elapassa a"caixa da Margot". A arrecadação não passa de R$ 40 por noite, mas oentretenimentoécerto. "Lembro de um japonêsque desmaiou quando sentei no

colodele",diverte-se Margot. A única cena que desanima são asadolescentes de14 ou15 anos que "acompanham" senhoresturistaseuropeusenorte-americanos. Paradançar naspistas omelhor é ir para a Ilha do Aquário. Entreuma coreografiaeoutra, ovisitante repõeasforçasadmirandotubarões, lagostas e estrelas domaremenormes aquários."Ésomdepreto,defavelado, mas quando toca, ninguém ficaparado". Esseé orefrão da música que mais faz sucessoentreos adolescentes de classe média alta que freqüentam aIlha. Temrock, axé,funk, pagode,lambada paraatender a preferência do turista. O dono do lugar, Ciro Leite, afirma que para manter tudo funcionando são necessáriosR$20 miltodo mês.Retratosqueficamnalembrança de quem moraem um centro urbano. Mas nem tudo é agito. Quem visitaPorto Seguro não pode deixarde conhecer oParque Municipal MarinhodeRecife deFora. Trata-se de uma área de preservação ambiental onde são encontradas 16 das 18 espécies decorais existentesno mundo. O encanto fica por conta dos peixinhos que se aproximam dos mergulhadores. Como o solo é forrado por ouriços, o idealé que oturista caminhe com um confortável par de tênis de lona. As lanchas e escunas carregadas de estrangeiros não páram de chegar. A área de

12 quilômetros de praias unem Trancoso (acima à esq.) e Arraial. Na primeira, tudo gira em torno do Quadrado, cujo destaque é a Igreja de São João Batista (à dir.). Já em Arraial, um dos pontos de encontro chama-se Brodway (à esq.), com seus bares de música ao vivo. Porto Seguro (acima) é point do axé

visitaçãoé demarcada–mesmo assim, muita gente não respeita a limitação. Todo lugartem apiada para "pegar" turista. Porto Seguro não é diferente. Os moradores garantem que existe o churrasco de guaiamum. Depois das risadas, todos sentam àmesa para degustar ocrustáceode maneira tradicional: munidos de martelinhos, os comensais começama "destruir"o prato principal. A visão éum tanto grotesca, mas quem experimenta garante que é gostoso. Definição – "Se cercaréhospício, se cobrir, é circo". É assim a explicação bem-humorada que o advogado Mahomed Saigg faz de Porto Seguro, onde morahá 18anos.Eleveiodos EstadosUnidos passarumfim desemanaenuncamaisvoltou. "Quis apenas visitar um amigo e fui ficando. Aqui encontrei qualidade de vida.As pessoas demonstramum olhar feliz, quenão seencontra emoutros lugares", afirma Saigg.

TRANCOSO

Um"quadrado", uma"esquina do mundo". Assim é Trancoso, lugar hippie-chique quefascinaturistas detodoo mundo. É lá que está situada a sede da Fundação Quadrilátero do Descobrimento e a bela Igreja de São João Batista.

Situada no alto de um outeiro, a pequena vila do século 16 fundada por jesuítas é hoje um point badalado de paulistas no verão e um lugar ideal para fugir do estresse em baixa temporada. OsladosdoQuadrado, a praça principal, são formados por fileiras de casas simplese bemcuidadas,ocupadas pelos próprios nativos ou porpousadas, restaurantes e lojinhas cheias de objetos originais.Comércio muito simples, mas cheio de estilo. Oartesanatoéfrutodainspiração de artistas, artesãos,arquitetose designersdevárias partes do planeta que escolheram Trancosocomo moradiae fonte dacriatividade. AIgreja de São João Batista impera no cenário. Conservaemsuafachada umasimplicidade marcante,comoo frontãocurvilíneo sem molduras e as grossas pilastras que o sustentam. Ao todo,12quilômetros de praias unem Arraial D'Ajuda a Trancoso, numtrajeto quepode ser feito até a pé. Quer mais?

A Praia do Espelho, entre Trancoso eCaraíva, éoutra caminhada perfeita para andarilhos. Também acessível de carro, éconsiderada umadas mais bonitas de toda a região, visita imperdível. Água cristalina, areia branquinha... um lugar que poderia facilmente ser chamado de paraíso na terra.

Eles ganharam qualidade de vida

O que mais se vê em Porto Seguro, Arraial d'Ajuda e Trancoso são turistas que viraram moradores. O dono do restaurante Maré, em Arraial D'Ajuda, Eduardo Oberlaender é um paulista que largou tudo em nome da qualidade de vida. Ele está há 20 anos no sul da Bahia. Eduardo trabalhava com comércio exterior na Avenida Paulista. "A barriga do meu chefe não parava de crescer atrás da mesa. Não queria ser como ele no futuro", diz. Além de um corpo esbelto, o empresário conseguiu construir um dos restaurantes mais procurados da região. Uma das novidades é o pastel de aratu, um caranguejo vermelho. A advogada Flaviana Borem e a artista plástica Priscila Boscariol também são personagens que chamam a atenção em Arraial. Elas fazem parte da equipe de entretenimento do Arraial D'Ajuda Eco Resort. Ambas se conheceram na pós-graduação em hotelaria feita em São Paulo e escolheram a Bahia para colocar em prática tudo o que aprenderam. No fim do mês, somando salário e gorjetas, cada uma embolsa R$ 2 mil. Se vale a pena? "Estamos felizes aqui. Foi difícil encontrar um lugar para desenvolver o trabalho, mas não me arrependo", diz Flaviana, conhecida como Fly. (N.M.)

Marco André Pinto/AE
Mônica Pereira/Agência O GloboAntonella Salem
Snorkelling: imperdível em águas do sul baiano, repletas de corais
Divulgação/Arraial d'Ajuda Eco Resort

Indicadores Econômicos

Responsável pela re-

tomada da Operação Urbana Água Branca,região oeste de SãoPaulo, oprojetoBairro Novo, elaborado na gestão Marta Suplicy (PT) em 2004, terminouemumatrocadeacusações entre a Prefeitura e o escritóriodo arquitetoEuclides Oliveira e seus parceiros. Vencedores do concurso que escolheu o melhor trabalho para a região, eles acusam a Prefeitura de suspender o contrato sem aviso prévio, utilizá-lo sem autorização e não pagar honorários.Ovalor,segundoosarquitetos, é de R$ 325 mil.

Realizado por meiode uma parceria entre aEmpresa Mun icipal de Urbanização (Emurb), Institutode Arquitetos do Brasil (IAB) e a Secretaria dePlanejamentode São Paulo (Sempla),o concurso premiou o melhortrabalho, que seria implementadono novo bairro a partir deste ano –contandocom a possível reeleição de Marta Suplicy.

Até ofinal de2004, Euclides Oliveira, um dosarquitetos responsávelpelo projeto,conta que o contato com a Prefeitura foi satisfatório, com o trabalhosendo desenvolvido junto àEmurbecomopagamentode parte dos honorários dos profissionais, cerca de R$ 50 mil.

Apósaseleições, ecomavitória de José Serra (PSDB), Oliveira diz que tudo mudou. Ele afirma nãotersido notificado da suspensãodo contrato (o prefeito pediu uma reavaliação de todosos contratosdo período Marta Suplicy emuitos foram suspensos). "Não sabíamos da suspensão, nem mesmo que o projeto não tinha mais um gestor. Fomos notificadospeloPaulo Sophia, presidente do IAB. Estávamos trabalhando sem ter mais vínculo com a Prefeitura, masnãosabíamos disso", contou.

Segundo Oliveira, seu escritório e os demais envolvidos –Mag Projetos,Ester Stiller, Quantum Consultoria e a Zape Paisagismo– tentarampor diversas vezesentrar emcontato com a Emurb e encontrar uma solução para o caso, o que nãoaconteceu, segundo ele, por descaso. "Apenascoma intervenção do Paulo Sophia

Bairro Novo.

Tão novo que não saiu do papel

Arquitetos vencedores do concurso Bairro Novo, realizado em 2004, alegam que o projeto foi suspenso pelo prefeito José Serra e que os honorários não foram pagos

conseguimos um reunião com o prefeito José Serra. No encontro ouvimosque ninguém receberia,já quese tratavade uma obra eleitoreira da gestão Marta Suplicy. Oprefeito disse que poderíamosprocurar a justiça contraa Emurb", contou Oliveira. O arquitetogarante quea Emurb ainda utiliza o projeto

deseuescritóriona região, principalmente coma retomadadasOperaçõesUrbanas.Para ele,isso deixaclaro a"apropriação indébita" do trabalho de todos os envolvidos.

IAB –Paulo Sophia avalia como complexa e delicada a negociação entreosparticipantesdo concursoe aPrefeitura.Em umaconversa como

presidentedaEmurb, oengenheiroMarco AurélioCosta Guimarães, em novembro do ano passado, Sophiadisse que foirecíproco ointeresse emresolver o problema. "Fiquei de pedir todo o processo de contrato para os arquitetos eenviá-lo ao presidente da Emurb. Ele garantiu que irá rever os motivosda suspensãoe ame-

lhor forma para acertar o valor devido. Existe uma boa vontade dolado da Emurbpara resolvero caso",contou opresidente do IAB. Sophia lembra que o caso nãopode prejudicararelação entre o poder públicoe os arquitetos. Afinal, segundo ele, a categoria tem todo o interesse em colaborar na busca de

saídas viáveis para os espaços vazios ou degradados existentesem SãoPaulo.No entanto, as administrações públicasprecisamdeixarde subutilizar os arquitetos quando procuram soluções para seus problemas urbanos.

Emurb –A Emurb, por meio de suaassessoria técnica, informou quenunca houve desinteresse pelo programaBairro Novopor setratar de um programa da gestão anterior. Oórgãoalega falta de viabilidade social e econômica como os principais fatores da suspensãodo contrato com os arquitetos vencedores do concurso.

No caso do projeto para a Água Branca, aEmurb afirma queo problemaé quetrabalho não se enquadrou na Lei de Zoneamento,o queobriga aPrefeitura a enviar um novo projetode leipara CâmaraMunicipal tratando do assunto.

A Emurbainda classificouo trabalhodos arquitetoscomo "extremamente restritivo",superandoatéaleidozoneamento.Além disso,de acordocom a empresa, o projeto teria impacto em áreas particulares, o queleva ainiciativa privadaa participar doprojeto, o que também não ocorreu.

Outro argumento da Emurbé queo projetopriorizavaimóveispara asclasses média emédia alta,modelo forado foco pretendidopela empresapara aregião. Para utilizaro trabalhodosarquitetos, a Prefeitura alega que uma sériedemodificações deveria ter sido realizada, o que também não aconteceu.

Em relação aos valores devidos,a Emurbinformaque qualquer custo precisa da aprovaçãodo ComitêGestor doFundodaOperaçãoUrbana ÁguaBranca.Como não houve a aprovação do projeto pelo Fundo, conseqüentemente,a dívidacom os arquitetos não pode ser paga.

Deacordocom informações da Emurb, 50% da dívida comosarquitetos jáfoipaga e, caso as adequações necessáriassejam efetuadasno projeto do novo bairro, o escritório e seusparceiros receberão o valor restante.

Davi Franzon

Quando a balsa encosta no pier do Arraial d'Ajuda Eco Resort, uma baiana com trajes típicos está à espera dos visitantes, preparando um acarajé. Para uma pessoa que nunca foi à Bahia, o petisco, guardadas as devidas proporções, faz as vezes de um bom e velho hot dog. Mas como tem pimenta, provoca o medo do paulista de (literalmente) primeira viagem, que pensa: "Vai me fazer mal". Que nada. Essa é a primeira experiência de quem se hospeda neste complexo hoteleiro no sul da Bahia. O perfil do turista que faz a opção pelo lugar: gente que não quer saber do agito de Porto Seguro. O interesse é pela natureza, por caminhadas e paz, junto com infra-estrutura de primeira. Mundo as águas –Instalado em um local privilegiado entre Arraial e Porto Seguro, o resort é banhado pelo Rio Buranhém e pelo mar e oferece ainda um dos maiores parques aquáticos do País. Em meio a uma reserva natural de Mata Atlântica, em frente à praia do Mucugê, O Eco Parque convida a toboáguas, piscinas e tobogãs.

De volta ao resort, há massagistas, especialistas em "relaxamento" – shiatsu e pedras quentes –, aulas de alongamento, cinema, academia de ginástica e salão de jogos. Para as crianças, atividades específicas, como as brincadeiras na praia e na piscina, aulas de capoeira, aulas de origami e curso de iniciação no mergulho.

Mas o Arraial D’Ajuda Eco Resort também oferece programas "externos". As opções são golfe (em Trancoso no Terravista), mergulho, passeios de lancha – os roteiros são Recife de Fora, Rio Buranhém, além das praias (Trancoso, Espelho e Caraíva) – e os ecológicos (os turistas são levados num veículo off road com motorista e guia para as praias do Espelho e Caraíva); e os passeios de van para Trancoso, Rio da Barra, Taípe, Pitinga e Reserva Pataxó da Jaqueira. Sem falar no city tour em Coroa Vermelha.

"Queremos que o resort seja apenas um lugar para o turista dormir. O interessante é que ele passe o dia fora, conhecendo lugares e costumes. Oferecemos conforto e boa alimentação. A experiência de vida do visitante é prioridade para nós, para que ele possa voltar", afirma o proprietário Carlos Niquini. (N.M)

Um porto seguro e confortável na região

Localizado entre Arraial e Porto Seguro e banhado pelo Rio Buranhém e pelas águas claras do litoral baiano, o Arraial d'Ajuda Eco Resort é lugar certo para quem procura sossego. Entre as facilidades, há um enorme parque aquático, massagens ao ar livre, cinema e vários passeios pelas praias vizinhas

Fotos: Divulgação/Arraial d'Ajuda Eco Resort

A decoração rústica-chique convida a boas horas de bate-papo nas áreas comuns do resort. No Eco Parque, em frente à Praia do Mucugê, toboáguas e piscinas de todos os tipos e tamanhos

para Arraial D'Ajuda há uma balsa que funciona por24 horas (R$ 10 para ocarro,maisR$2 por pessoa). Depois do Rio Buranhém,

sãomaisseis quilômetros até Arraial.Delá paraTrancoso,asplacas indicam ocaminhonuma estrada sem nome (33 km).

ONDE DORMIR E COMER

PORTO SEGURO Porto SeguroPraia: Avenida Beira Mar, 1.500, tel.(73) 3288-9393, www.por toseguropraiahotel.com.br. Diante da Praia de Curuípe,oferece boa infra-estrutura de lazerenegócios. Diáriasporcasala partir R$ 291, com café da manhã. VelaBranca Resort: Rua Dr.Antonio Ricaldi, 177, tel. (73) 3288-2318, www.velabranca.com.br. A localizaçãoé paraládeprivilegiada: naCidade Alta, no sítio histórico do Descobrimento. Diárias para casal a partir de R$ 256, com café da manhã. Restaurante Recanto do Sossego: Praia do Mutá, 145 km, tel. (73) 3672-1266. Cozinha variada. Colher de Pau: Tr. Augusto Borges, 56, Passarela do Álcool, tel. (73) 3288-1574. Variada.

ARRAIAL D'AJUDA Hotel Paraíso do Morro: Estrada doMucugê,471,tel.(73)3575-2423, www.paraisodomorro.com. Dica de um hotel pequeno(são 12 quartos) e confortável. Diáriasa partir de R$ 240 por casal, com café. Pousada Pitinga: Estrada daPitinga, 1.800,PraiadePitinga, tel.(73) 3575-1067, www.pousadapitinga.com.br.Da AssociaçãoRoteiros de Charme, não aceita menores de 12anos.Diárias apartirdeR$308 por casal, com café da manhã. Maré Bar e Restaurante: Praia da Pitinga, tel. (73) 3575-2457. Especialidade, pratos a base de pescados. Aipim: Becodo Jegue,s/nº tel.(73) 3575-3385. Cozinha variada. TRANCOSO Villasde Trancoso: Estrada doArraial, Praia dos Nativos, 2 km, tel. (73) 3668-1151. Apenas cinco bangalôs charmosos. Diárias a partir de R$ 720 por casal, com café da manhã. Pousada EstrelaD’Água: Estr. do Arraial, Praia dosNativos, 1,5km,

3668-1030, www.estreladagua.com.br. A mais luxuosa de Trancoso, funciona na antiga casa de Gal Costa,hoje expandida. Diárias a partirde R$760porcasal, comcafé da manhã incluído.

SERVIÇO

Arraial D’Ajuda Eco Resort: Ponta do Apaga Fogo, Arraial D’Ajuda, Porto Seguro, Bahia. Tel. (73) 3575-8500, site www.arraialresort.com.br. Reservas em São Paulo pelo tel. (11) 3161-6459. Diárias a partir de R$ 617 por casal, com café da manhã – preço válido de 29/1 a 5/3.

Restaurante CapimSanto: Praça SãoJoão,s/nº,tel. (73) 3668-1122. Também é uma excelente pousada. Serve peixes e frutos do mar. Cacau: Praça São João, s/nº, tel. (73) 3668-1266. Cozinha variada.

Em meio à natureza destaca-se o complexo hoteleiro, que conta ainda com um parque aquático. Simpáticas baianas dão as boas-vindas aos hóspedes, que se rendem aos seus acarajés e, mais tarde, às mãos ágeis de massagistas
A charmosa Pousada Estrela D'Água, Trancoso, já foi a casa de Gal Costa
Divulgação

Mesa posta: a ousadia de quem acredita em uma idéia

Do sangue empreendedor surgiu a Mesa & Cia

J

oseph Alfassi queria um nome simples para o negócio, com um logotipo que ficasse na lembrança do consumidor. E conseguiu. Hoje, sua maior alegria é encontrar a etiqueta da Mesa & Cia nos lugares que freqüenta, como ocorreu em um de seus passeios pelo Mercado Municipal. "Quando saio em um sábado à noite, por exemplo, não tem essa de cinema. Se estou em um lugar onde são vendidas toalhas, paro tudo e vou pesquisar. Não desligo do meu negócio. Sou empresário durante 24 horas", garante.

os 25 anosdeidade, apósse formarem Administração de Empresas,o jovem empresário Joseph Alfassi continua pedindo orientações àqueles que foram seus professoresna faculdade. Interessado,a disciplina queele mais apreciava era Empreendedorismo, motivoque ofezarriscar carreira "solo" no lugar de buscar uma colocação em uma multinacional, ou empresas familiares, aexemplode seus colegas. "Meus amigos preferiramtrabalharnaempresa da família. Eu tive coragem de começar do nada", orgulha-se. Oqueele chamade"nada"é uma fábrica de toalhas de mesa, a Mesa & Cia, que fica no Bom Retiro, conhecido reduto de preços baixosda capital paulista. Lá, ele integra a produçãodas toalhasdemesa eo escritório. Oempresárioera considerado "louco" poralguns colegas, que ansiavam por um estágio em grandes empresas; e"ousado"por aqueles quesonhavam emter o próprio negócio, como ele. Alfassi se destaca por ter trilhadoo caminhoinversode seus pares. Ao invés de começar como trainee para depois arriscar carreira "solo", foi logo abrindoo próprionegócio.A explicação está na ponta da língua: "Quando eu tiver 40 anos e quiser me desfazer da minha empresa, ainda tenho espaço no mercado de trabalho. Mas, se estivesse empregado em

Depois das toalhas, as luvas uma grande companhia, não teria coragem de arriscar o seguro pelo incerto", diz. Erros e acertos Há18 meses,quando inaugurou a Mesa &Cia, o que Alfassi mais fazia era olhar para o teto."Aprendi comos erros. Encontrei obstáculosque nem imaginei existirem", diz.

Eleachava, porexemplo, que o código de barras do produto poderia ser criado pela própria empresa. "Puro engano.Descobri queexisteuma associação paulista eoutra

brasileira que se encarregam disso.E,claro, tivequepagar para terdireito a um código nas minhas toalhas", conta. O princípio A idéiade fazertoalhas surgiu pela simplicidade: era só cortar, fazerbarra, empacotar e vender, pensava ele. Equívocode principiante."Comecei vendendo no próprio Bom Retiro.Foiquando descobrique meu produto era mais caro que aconcorrência eque émuito difícil conquistar um cliente." Por isso, depois de muito "apanhar", chorar (literalmente)àmesaemqueocupanaempresa e tentar esquecer a vontade de sair correndo, que surgiu muitas vezes, o empresário finalmente fez "pensamento firme"."É comopularde bungee jump. Eu mergulho, ou não, na hora certa. Resolvi me jogar no negócio, mais por teimosia."

Pelojeito,estádandocerto.E nãoépor menos. Alfassitem sangue de comerciante correndo nas veias. A mãe é libanesa, o painasceu emIsrael, ejá tinhaexperiência econtatosno ramo de cama, mesa e banho.

Diversificação Ele tem aproximadamente 40funcionários terceirizados. O segredo: "Encontrar representantes quesaibam vendero produto"."Já tivemais de 100 vendedores.Hoje são20,nos quaisconfio.Mas preciso de outros e não encontro."

A importância desses profissionais,segundo Alfassi, pode serconferidapelasmudançasqueocorreram aolongo dos 18 meses da Mesa & Cia. Amaioriasurgiuapartirdesugestõesdos representantes.

Um exemplo foi a ampliação dos produtos, como capa para galão de água e botijão de gás, luva térmica, pano de cozinha, puxa-saco e aventais.

No ano passado, a aposta da

empresa foi a toalha dupla face: de um lado tecido, de outro, plástico."Foi o carro-chefeda empresa. Meu faturamento dobrou em relação a 2004", garante oempresário. Para2006, ele pretende trilhar o caminho dasexportações. Alfassi afirma que a conversa com empresáriosangolanos estáadiantada."Será oanoda virada.Vou organizar melhor o negócio, lucrar e crescer", aposta. Ironicamente,do que ele maissentefalta éde um chefe pararesolveralgunsproblemas que surgem. Mas quando faz o balanço, nãohesita emresponder: "Valeu a pena. Aprendi muito mais do qualquer trainee Isso ninguém tira de mim."

A ampliação dos produtos oferecidos pela Mesa & Cia ajudou a dobrar o faturamento da empresa no ano passado sobre 2004

SEGREDO PEDRA

Para fazer sucesso, é preciso aprender com os erros, não ter medo de ousar e ser humilde para ouvir os mais experientes. Essa é a sugestão do empresário Joseph Alfassi para os jovens empresários. A palavra de ordem, segundo ele, é pesquisar. "Antes de mais nada, verifique como os concorrentes trabalham; descubra todos os detalhes das embalagens, do preço, da matéria-prima; veja onde o produto pode ser vendido, em qual local ele ainda não está totalmente presente. O medo de perguntar e de ousar não pode existir", aconselha.

O maior desafio para Joseph Alfassi, atualmente, é encontrar representantes para apresentar os produtos da Mesa & Cia em todo o Brasil. Ele já teve mais de 100 vendedores. Hoje, eles não ultrapassam 20. "Já contratei pessoas que não eram do segmento de cama, mesa e banho e não deu certo porque eles não entendiam do setor e nem tinham contatos", explica o empresário. De acordo com ele, muitas das mudanças que ocorreram nos 18 meses de funcionamento da empresa surgiram a partir de sugestões dos representantes.

Uma das apostas da Mesa & Cia, que quer conquistar o mercado internacional, são os puxa-sacos.
Fotos: Patrícia Cruz/LUZ
Joseph Alfassi apostou tudo na criação da Mesa & Cia, que começou confeccionando toalhas, e hoje faz também panos de prato, luvas e capas
LETREIRO
Neide Martingo

FÉRIAS

Estrela no verão brasileiro

Pela primeira vez no País, o Island Star percorrerá a costa brasileira até 12 de março. O ‘DC Boa Viagem’ embarcou no roteiro inaugural, em dezembro. Confira as novidades

Depois de conquistar pelo ambiente informal, marca registrada das viagens que promove com o seu primogênito Island Escape, a companhiaIslandCruises está empenhada em fazer de um cruzeiro marítimoumaopção de lazer cada vez mais acessível ao bolso dos brasileiros.A últimainiciativa foi colocada em prática em dezembro, com o lançamento de seusegundonavionacosta brasileira,o IslandStar,que levou 1.300 hóspedes a uma viagem inaugural,partindode Santos,comumaparadaemBúzios, no Rio de Janeiro. Nos quatro dias de pura diversão,os convidados, a maioriaagentes deviagens, puderampagartodasasdespesasfeitas no navio no cartão de crédito (obrigatoriamente internacional) em até cinco vezes, sem juros.Segundo osorganizadores, éaprimeiracompanhiadosetor a oferecer prazos tão vantajosos para o custeio de despesas não incluídas no preço do pacote. Comoopreçodetudodentrono navio é cotado em dólar, a novidade deve agradar adeptos e marinheiros de primeira viagem, como a auxiliarde enfermagem Ângela Maria."Estou pensandoemfazeroutro cruzeiro, ainda mais agora, com o pagamento tão facilitado", comemorou. Afinal, uma garrafa deágua mineral de 1,5 litro, à disposição em cada cabine, custa U$S 2,30 – quase R$ 5,50. Numa latade Coca-Cola,cobra-se US$ 2,05 e numa garrafa de cerveja long neck, US$ 3,50.

Fartura – Bebidas àparte, é possível satisfazer o apetite no café da manhã, almoço e jantar e durante as madrugadas no Restaurante Beachcomber, quefunciona no sistema self service efica aberto24horas. No restaurante, situado no deck11,todas asrefeições esobremesas estão incluídas no pacote. Os pratosquentes e frios são diferentes a cada dia.

É possívelsaborear desdeum tradicional peixefrito,feijão preto e um improvisado baião de dois até uma saborosa mussaka, prato deorigem grega. Ainda comoopção gastronômica, há o The Grill, que cai na preferência dos mais jovens aficionados emhambúrgueres, cachorro quente e batata frita. Todos oslanchesservidos também estão incluídos no preço do pacote, que custam a partirde US$ 279 (4 noites) e US$ 479 (7 noites) por pessoa, em cabine interna dupla. Quem preferir umambiente maisformal, podeoptar por mais duas casasdentro donavio: o Steak House e o Oásis. Ambos servem pratos à la carte, mas épreciso desembolsarUS$ 12 eUS$ 8 porpessoa, respectivamente, para garantir reserva. Tamanhoédocumento– Viajar num navio do porte do Star é um programa inesquecível e relaxante. O tamanho impressiona: são210 metrosdecomprimentoe 30delargura, 753cabines, 47 mil toneladas e capacidade para divertir 1.875 hóspedes. Leva-se pelo menos doisdiasparaconhecerdeperto todasassuasdependências.Até lá, a maioria acaba se perdendo pelo caminho até chegar à cabine. Afinal, são dez andares. E emcadaum,umadiversãodiferente. Passa-sepelo teatrode dois andares, cassino, academia de ginástica (fruto de uma parceria com a Companhia Athlética), boate, piscinas e uma infinidadede bares. A diversãoestá em todaparte e não pára. Nos elevadores,é um sobe-e-desce de genteotempo inteiroquerando aproveitar todos os serviços oferecidos a bordo. Salta aosolhos também a quantidade média de alimentos e bebidasconsumidos nonavio numa viagem de sete dias. De 4 mil litros de leite a 1.500 litros de chope... (veja quadro abaixo) Mesmo considerando que boa parte da alimentação é incluídanopreçodo pacote, os

Fotos: Lulu Costa/Divulgação

São 10 decks, cada um com uma atração diferente: de restaurante 24 horas a piscinas e academia

ingleses dão muito mais lucro à companhia que os brasileiros, motivo peloqualo Star permanecerá em território brasileiro apenas no verão, até 12 de março, com roteiros entre Salvador, Ilhéus, Búzios, Florianópolis, Ilhabela, Rio, Santos, Paraty, Porto Belo, além de Buenos Aires e Punta del Este. "Temos a intenção de estender a temporada no Brasil e isso talvez sejapossível no futuro. Por enquanto, o País é uma grande opção no inverno europeu", disse o presidente da Island Cruises, Patrick Ryan, depois de informar que os ingleses geram umareceitade US$110 por pessoa/dia, enquantonoBrasil oconsumo é de US$ 80 dólares/dia.

Custos – Até lá, o País deverá resolveralguns problemasinternos queatrapalham ocrescimentodo turismonaárea de cruzeiros.Entreasprincipaisreclamações dos empresários do setor estão a falta de infra-estrutura na maioria dos portos para as paradas do navio, os altos custos dos terminais e das taxas de embarque. Os preços ainda sãoproibitivos se comparados com outros países. No Porto de Santos, por exemplo, é preciso desembolsar cerca de US$43 para embarcar. No de Palma de Mallorca,na Espanha,cobra-se US$ 10 e no porto de Miami, US$ 12. Além disso, cada parada do navio em Santos custa US$80 mil àscompanhias de cruzeiros. "A lei de cabotagem é outro empecilho, pois cada Estado possui umainterpretação diferente", conclui Ryan.

A viagem foi oferecida pela Island Cruises e pela Sun & Sea

SERVIÇO

Island Star: roteiros e preços, consulte seu agente de viagens ou a Sun & Sea, tel. (11) 31565600, site www.sunsea.com.br. Mais informações pelo www.islandcruises.com.br.

Gestão de viagens tem mudanças em 2006

Osetor de turismo começou o ano com muitas mudanças. O BSP, sistema que unifica parte do pagamento de passagens aéreas das empresas ligadas à Iata (Associação Internacional de Companhias Aéreas), reduziu o prazo de faturamento, que antes era geralmente três vezes ao mês e passa a ser semanal. Isto é, antes os agentes de viagens de lazer e corporativo precisavam fazer o desembolso do pagamento das passagens a cada dez dias, agora o prazo cai. Muitos contratos entre agentes e empresas precisaram ser revistos.

Já prefeitura de São Paulo mudou a forma de recolhimento do ISS, gerando para agentes de viagens e prestadores de serviços em geral de fora do município o risco de bi-tributação. Por fim, as redes de hotéis ligadas ao Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) e o Blue Tree fecharam um acordo com os agentes de viagens corporativos do TMC e do Favecc para acabar com o faturamento de extras de contas corporativas. Segundo o diretor do Fohb, Paulo Salvador, os gastos extras feitos, como lavanderia ou room service, não serão mais faturados, deverão ser pagos no momento do check-out.

Pagamento – Assim, quando uma empresa, como uma indústria farmacêutica, por exemplo, resolve fazer um evento fora da sua cidade-sede e convida vários médicos para um hotel, na hora do check-out não será mais possível faturar aquela água que foi consumida no frigobar. O cliente vai ter de pagar e buscar o reembolso, se for o caso, da empresa que o convidou. O mesmo funciona com executivos da empresa.

Os gestores de viagens de grandes empresas não ficaram satisfeitos com a novidade. Por isso, o recém-criado grupo chamado Travel Managers Group (TMG) tem o desafio de tentar reverter a decisão do Fohb. Comandando a área de viagens da Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (igreja mórmon), Kathia Moreira está responsável pela área de Comunicação do TMG. Ela explicou que o acordo fechado com as agências de viagens corporativas, representadas pelo Favecc e TMC, não é interessante para as empresas-clientes. Por enquanto, a decisão do Fohb já está vigorando, mas algumas empresas conseguiram modificar parcialmente essa nova regra. Os acordos estão sendo fechados de forma paralela entre clientes e hotéis.

Dados do Fohb – O Fohb divulgou o desempenho do setor entre janeiro e outubro do ano passado. Os dados indicam uma leve melhora com relação ao período anterior. A taxa de ocupação média ficou em 61% entre janeiro e outubro de 2005, frente a um índice de 56% no mesmo período de 2004. Entre todas as regiões, a única que apresentou queda na ocupação foi o Norte do País, passando de 85% nos primeiros dez meses de 2004 para 80% no ano passado. Apesar disso, a região ainda tem o melhor índice do País. No Sudeste houve crescimento de 12%, passando de 52% para 58% de ocupação. A diária média subiu de R$ 110 para R$ 118. O Centro-Oeste e o Nordeste foram as regiões com a melhor valorização, mais de 10%. O Sul, que apresentou um crescimento de 9%, continua registrando a diária mais baixa do País, com R$ 98. No Sudeste e no Norte o valor é de R$ 145. Com aumento de ocupação e valorização das diárias médias, a receita por apartamento subiu de R$ 61 para R$ 72. O Rio de Janeiro, com diária média de mais R$ 300 e ocupação de 57%, continua sendo destaque. A entidade é composta por 19 operadores, sendo 13 nacionais e seis internacionais. A amostragem é composta por 222 meios de hospedagem, o que representa um total de 30.735 unidades habitacionais.

Saiba mais sobre o TMG – O grupo definiu as divisões de estudo, o comando e os desafios imediatos do grupo. Durante o encontro de dezembro, algumas diretrizes foram traçadas. Primeiro foram eleitos três coordenadores: Ana Modesto, da Embraer, Renato Novellino, da Basf, e Felipe Oliveira, da Roche. Além disso, a entidade criou cinco grupos: Mercado e Comunicação, Pesquisa e Estatísticas, Administração e Tesouraria, Soluções Tecnológicas e Mercado Aéreo. O TMG é composto pelos gestores das áreas de viagens das empresas Embraer, Roche, Basf, Philips, Carrefour, Clariant, Santander, Bank Boston, GM, Scania, Promon, Multibrás, Sadia, CSN, Accenture, Alcoa e Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

OPINIÃO

RESENHA NACIONAL EFEITOS

NEGATIVOS DOS JUROSALTOS

Três pesquisas mensais divulgadas pelo IBGE mostram que a atividade econômica no mês de novembro foi inferior às previsões do mercado.

A Pesquisa Industrial Mensal Produção Física divulgada no dia 10, aponta um crescimento da produção em novembro de apenas 0,6% frente ao mês anterior. Fato positivo apresentado pela pesquisa foi o crescimento da produção da categoria Bens de Capital, que aumentou 4,0% em novembro de 2005 em relação a outubro e 2,2% frente a novembro de 2004, indicando que o setor industrial está investindo

Apolíticado

BancoCentral prejudicouprodução esalários.Em2006a políticamonetária vaiprecisarde aperfeiçoamentos.

em ampliação de sua capacidade produtiva e modernização de suas instalações. O setor de Bens de Consumo Duráveis, que ao longo de 2005 vinha puxando o crescimento industrial, sofreu retração no mês de novembro, com queda de 0,1% em relação a outubro e de 1,4 % em relação a novembro de 2004.

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada anteontem, aponta queda de 0,6% no nível de emprego industrial em novembro de 2005 frente ao mês anterior e de 0,9% em relação a novembro de 2004. Dos setores produtivos, o que apresentou melhor desempenho na criação de empregos ao longo de 2005 foi o de bebidas e alimentos, e o que apresentou pior desempenho foi o de calçados e artigos de couro. A reduzida inflação registrada no setor alimentício permitiu a expansão da sua produção e a criação de empregos.

A Pesquisa Mensal de Comércio, também divulgada anteontem, aponta um crescimento no volume de vendas do comércio em novembro de 2005 de 0,26% frente ao mês anterior e um crescimento de 0,18% no faturamento nominal do comércio no mesmo período de comparação. Em relação a novembro de 2004, o volume de vendas cresceu 4,87% e a receita nominal cresceu 8,78%. Em ambas as comparações, os setores de veículos e peças e de móveis e eletrodomésticos tiveram o melhor desempenho e os setores de combustíveis e lubrificantes e supermercados tiveram o pior desempenho. Os setores típicos de varejo, menos sensíveis ao crédito e mais sensíveis ao nível de renda da população, enfrentaram maiores dificuldades em 2005. As três pesquisas reforçam a avaliação de que os efeitos das altas taxas reais de juros praticadas pelo BC ao longo de 2005 foram mais nocivos ao nível de produção, emprego e salários do que previam os principais analistas. A baixa inflação projetada para 2006 indica a necessidade de maiores quedas na taxa de juros. Como há uma defasagem histórica entre redução dos juros e aumento da atividade produtiva, para colher frutos ainda este ano o governo precisa aperfeiçoar desde já sua política monetária.

Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Ed tor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio,

De olho no imposto

GUILHERME AFIF DOMINGOS

Os governos aumentam continuamente os impostos das empresas e de seus produtos,comose elaspudessemabsorver indefinidamente a majoração dos tributos. Na prática, o que se verifica é que as grandesempresas,quetêmpoderdemercado,repassam tais aumentos a seus preços, transferindo integralmente aoconsumidor oscustos datributação.Osempreendimentosde menorporte, quando não conseguem repassar os impostos para seus preços, acabamcaindo na informalidade total ou parcial como condição de sobrevivência. Como, no entanto, osistema tributário brasileiro não é transparente,a população não percebe que os tributos lançados contra as empresas ou seus produtos são, na verdade, pagos pelo consumidor aoadquirir bens eserviços. Assim, grande parcela da população, por estar isenta do IR devido à baixa renda, não sabe que paga impostos,emuito,quandoconsome.Porissonãose manifesta quando o governo aumenta a tributação, comose issonão aatingisse e,ainda, considera que os serviços que o Estado lhe oferece são gratuitos,representandoumbenefíciodecorrente da generosidade dos governantes. Comoo ditopopulardizque "acavalodado nãoseolha osdentes",o cidadão não apenas aceitacom passividade apéssima qualidade dos serviços, como ainda se mostra agradecido por ter acesso a eles,apesar de sua precariedade. Sua atitude frente ao Estado, em função desse desconhecimento,é a desúdito, quese contenta com a generosidade daCorte em lhe oferecer esse mínimo indispensável. Paraqueapopulação brasileirapossareagira essa situação é preciso que seja informada de que paga, quanto paga e como paga os tributos, dandotransparênciaaumsistemaquecaracteriza-se pela falta de informação sobre os impostos e contribuições embutidos nos preços de mercadorias e serviços em geral. Por isso a ACSP e a FACESP, emconjuntocomoutrasentidades,iniciaramontem em São José do Rio Preto a campanha De olho no imposto, quevisa obterum milhãoe meiode assinaturas de apoio a um projeto de regulamen-

tação do dispositivo constitucional que assegura ao consumidor o direito de saber quanto paga de impostos quando consome. Essa campanha,emsua fase inicial, constará de eventos em mais de 50 cidades das 18 regiões administrativas da FACESP,nos quaisdeverão estar presentes dirigentes das mais de 400 AssociaçõesComerciaisedemaisentidadespromotorasdetodooEstadodeSãoPaulo.Atravésdesses eventosseprocuraránão apenasinformaràpopulação, como mobilizá-la emfavor da transparência fiscale estimular acidadania. Instrumentos como o Feirão do Imposto, que mostra o quanto de tributos está escondido nos preços dos produtos consumidos normalmente pela população, a Calculadorado imposto,quepermitea cadacidadãosaberqualéacargatributáriaquesuportaindividualmente, eo Impostômetro,que éum relógioquemarca,segundoasegundo,quantoosgovernos já arrecadaram,serão mostrados nas cidades visitadas, bemcomoestarão disponíveis no site www.deolhonoimposto.org.br, bemcomo as demais informações sobre a campanha e a forma de participação através da Internet.

Oque se espera da campanha, além da coleta de assinaturas de apoio ao projeto, é que o consumidor se conscientize de que, como contribuinte, tem aobrigação defiscalizar comoé gastoo dinheiro quedá ao Estadoe, como cidadão,o direito deexigir dosgovernantes acontrapartida em serviços compatíveis com a tributação. Mobilizar oscontribuintes-cidadãos éa únicaforma de pressionar governos e parlamentares para queo dinheiro arrecadado sejamelhor utilizado, com a racionalização dos gastos públicos, o que permitirá reduzir atributação e criar melhores condições para o crescimento econômico e o desenvolvimento social.

Éprecisoqueocidadãobrasileirodigaaosgovernantes: Pago, logo exijo! Exijo melhores serviços! Exijo impostos racionais e moderados! Exijocondições paraqueoscidadãos possamtrabalhar e desenvolver o Brasil!

O CIDADÃONÃOSABEQUEPAGAIMPOSTOMESMOQUANDOTEMPOUCARENDA

Ano-Novo com presente de grego

ANTONIO MARANGON

Lembram-se daMedidaProvisória 232, editadanaviradade2004para2005?Ela aumentava os tributos de diversas categorias, entreelas, a dosprestadores de serviços. Graças à luta da sociedade civil organizada, acabou sendo derrubada.Agora, a situaçãoserepete: nacaladadanoitedodia 29dedezembro de 2005 o governo, com a MP 275, elevou novamente a tributação das micro e pequenas empresas enquadradas no Simples Federal. Estudo elaborado pelo Sescon-SP nosprimeirosdias deste novo ano comprovanossos argumentos. Os dados indicam que a criação de faixas derecolhimento, chegando a R$2,4 milhõesdareceitabrutaanual,foiapenasumamedida defachada. Narealidade, asautoridades tributárias inseriram porcentagens mais altas para as respectivas alíquotas. A MP 275 alterou a Leinº 9.317/96,quecriouo Simples, eampliou o valor das faixas de recolhimento sobre a receitabruta, masasalíquotas foramelevadas nasfaixas acimade R$1,2 milhão,valor dolimiteanteriormentevigente. Dessa forma, as empresas com faturamento na última faixa, isto é deR$ 1,2 milhão,que recolhiam8,6%, passarãoa pagaralíquota de12,6%, oque equivalea um aumento percentual de46,5. Em função da ausência de correção das faixas desde 1999, apenas asempresas comfaturamento brutode até R$ 60 mil não tiveram, em 2005, elevação de tributos. As demais, até a faixa de R$ 1,2 milhão,

tiveram aumento variando entre 7,5% e 66,6%. Trata-se de um disparate, de um absurdo! Comopodeogoverno elevartributosnumasistemática criadajustamente paradesonerar asmicro e pequenas empresas? A proposta mais compatível com as finalidades do Simples é reajustar as faixas de receita do regime tributário mantendoasalíquotas vigentes,o queesperamos seja acatada pelo Congresso ao votar a MP.

Não podemos admitir novo aumento da carga tributária. Nos últimos dois ou três anos, os setores produtivos vêm-seinsurgindocontraesseabuso tributário. Os contribuintesestão saturados de pagar impostos e se sentem vítimas de estelionato,pois nãorecebem emcontrapartida bonsserviçosbásicos.Osgrandesartíficesdosmovimentoscontraoaumentodetributossãoasentidades dasociedade civilorganizada,tendoà frenteos empresários contábeis, representados pelo Sescon-SP, as demais entidades da classe, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a OAB-SP e o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), entre outras. Se a história se repete, então podemos dizer que nossas vitórias contra a elevaçãodeimpostostambémserepetirão. Estamosalertaseprontos paradefenderabandeira queempunhamosontemehoje:menosimpostos e mais justiça social e fiscal! ANTONIOMARANGONÉPRESIDENTEDOSESCON-SP

Passei um dia no Haiti, entre dois vôos, para conhecer o país exclusivamente pela sua capital, Porto Príncipe. Obtive alguns folhetos de propaganda, um livro sobre o Haiti, que perdi, e fui embora com a impressão de estar no país mais desgraçado do mundo. Um povo que vive abaixo do nível de miséria, que é o que se via observando as ruas e as praças da capital. Quando lá estive, era ainda o tempo do Papa Doc, uma ditadura brutal e sangüinária, praticante do vodu, prática pseudoreligiosa de que temos imagens, no Brasil, em alguns terreiros espalhados pelo país. O Haiti está, neste momento, em situação efervescente, de inteira anarquia. Tropas da ONU foram destacadas para a paz e fazer o país retornar ao regime de livre exame e consulta eleitoral.

OHaitiprecisa sergovernado comordeme decência,oque, aomeuver, pareceimpossível acontecer

Ao Brasil coube enviar soldados e um comandante, o general Urano Teixeira da Matta Bacellar. Deste general pouco sabemos. Estava em fim de carreira, sabe-se que era aplicado aluno do seu ofício e que poderia prestar bom serviço ao País, como prestou, sendo esse o motivo para comandar a força da ONU. Suicidou-se provavelmente sobre pressão da angústia diante do espetáculo que via, da massa miserável que nada pode esperar do mundo. O Haiti precisa ser governado com ordem e decência, o que, ao meu ver, parece impossível.

Tenho poucas considerações a fazer sobre o Haiti, conheço pouco, praticamente nada. Pode-se dizer que o Haiti é um remanescente do colonialismo do século XVIII, prolongado no século XIX e até hoje vivendo como uma infeliz nação. O que há no Haiti é o regime servil, ainda que oficialmente façam seus efêmeros ou ditatoriais governos. Curioso que para governos negros os negros são considerados escravos de fato. O que se pode dizer do Haiti é somente isso, depois do tiro que levou deste mundo o prestimoso general Urano Bacellar. É tudo que se sabe do pobre Haiti.

Céllus

. Evo Morales (dir), recém-eleito presidente da Bolívia, tomará posse no domingo sem terno e sem gravata. Todo mundo já parou e pensou como a exigência do terno-e-gravata chega a ser uma afronta? O presidente Morales transformou em ação o pensamento. Aliás, acho que até a elegância sairá ganhando muito se a moda pegar. Como simples calças e camisas são infinitamente mais baratos do que ternos, nossos olhos serão poupados daqueles políticos e todas as autoridades que insistem em usar o "paletozinho" (muitas vezes verdinho ou azul clarinho) de quando pesavam uns 20 quilos menos e fica, na linguagem de outro político, "infechável", expondo aqueles vexatórios barrigões.

A Presidência da República publicou no Diário Oficial da União a suspensão da licitação da compra da nova faixa presidencial para realizar ajustes, pois a faixa iria conter 23 estrelas quando o correto são 27 estados (26 mais o Distrito Federal). A que ponto chegou o desrespeito ao País. Barbaridade!!

CLAUDIO WEBER

ABRAMO IRRESPONSABILIDADE

PAROXÍSTICA

CVigiando a Internet

Ogovernador Geraldo Alckmin sancionou a Lei12.228,cujopropósitoéregularousode Internet emcybercafés e lan houses.Tal lei obriga a criaçãode cadastros dos usuárioscom inclusão de nome, endereço,número de umdocumento de identidade, e para os menores de idade até mesmo o nome da escola e o horário das aulas. A lei também deixa bem claro que qualquer um quese recuseounãotenha documentodeidentidade terá o acesso negado à internet. E, de acordocomalei,os dadosficarãoregistradosporno mínimo60 meses,sendoqueestes dadosestarão disponíveis para absolutamente qualquer pessoa, jáque "os §§6º e 7ºdo art. 2º"permitem tanto. Claroqueo projetodeleiqueveioa serestalei, propostapelodeputado ViníciusCamarinhado PSB, é “combater” o crime informático. Em suma, uma lógica bem Ahnenpaß Continuandoaanálisedoprojetodelei,temosa citação que parece ser o resumo da Bíblia feita pelo Papa: "Parece que nossas autoridades ainda não enxergaramo imenso perigo queconstitui ofuncionamento de "cyber-cafés" sem qualquer tipo de controle. Utilizando um terminal deacesso público à Internet, uma pessoa pode praticar uma série de crimes, desde umsimples spamatécoisasmais gravescomodifamação, extorsão,chantagem, ameaça, fraudesde cartões decrédito, acessonão autorizadoa sistemasinformáticos e disseminação de pornografia infantil, só para citaralguns. Senesses estabelecimentos nãoseexige identificação dosusuários, as pessoaspodem praticar esses crimes sob completo anonimato." O texto em questão é do juiz Demócrito Ramos Reinaldo Filho, que foi subitamente considerado Supremo Sacerdoteda SegurançaInformática. Seus ensinamentossãoincontestesesagrados,embora omesmoseutilize deumamicroempresapara que seuCPF nãoapareça no Whois,e nãoseja capaz de utilizar seu próprio sobrenome para registrar seu site InfoJus. O juiz, oops, Supremo Sacerdote nosdá inúmeras frasesde saber como“não há anonimato na Internet a não ser para aqueles experts mesmo”, und so weiter.

Essa lógica de cadastros utilizando documentos deidentidade, que Geraldojá sancionouparacelularese atéviagensdeônibus,éa mesmalógicadonazismo, decriaruma casta de cidadãos e outra sendo o resto. Aqueles quetêmaprovaçãoestatal podemutilizarosserviçospúblicos, aindaque comuma vigilânciain-

Alckmin sancionou a Lei 12.228, que regula o uso de internet em cybercafés e lan houses

É obrigatório o registro com nome, endereço, e documento de identidade,

Menores devem comprovar a matrícula escolar

Éa lógica nazista de criar uma casta de cidadãos e outra sendo o resto

fernal. Quem não tem, queviva em guetos. Estas iniciativas não encontramnenhum embasamento técnico,visto que asprisões estão cheiasde celulares, e gente de todo o tipo anda de ônibus. Ah, os e-bandits logoinventarão algopara fazerdesta lei, letra morta. Então, proponho que os usuários de internet no estado deSão Paulo façamuma fila nafrente do Palácio dos Bandeirantes, na véspera do dia 11 de fevereiro, parapedir proAlckmin aautorização de acesso à internet. Para evitar demoras na fila, é recomendável levar um exame de DNAmt RODRIGOVELEDA NAOSOUUMNUMERO@YAHOO COM

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O tempo corre a favor de Lula

EUmdiadepoisde registraroatofalhode Lula,admitindoque nãoserácandidatoà reeleição,o BlogdoNoblatanalisa asituaçãodo presidenteeachaque eletemmaiséque empurrardebarrigaa decisão.

m 2007 não estarei mais aqui, disse Lula diante de 50 reitores de universidades federais e de 30 funcionários do Ministério da Educação no terceiro andar do Palácio do Planalto. Este blog registrou o fato em primeira mão. E ele está hoje nos jornais e na boca de quem se ocupa de políticapor prazer ou obrigação. A assessoria de Lula confirmou

que ele de fato cometeu a frasemas evitou tentar explicá-la. Reitores que a ouviram divergem quanto ao que Lula quis dizer: se insinuou que desistirá da reeleição, se admitiu que será derrotado ou se apenas quis destacar que a educação é importante, independentemente de quem esteja na Presidência. Ora, só quem pode afirmar com segurança o significado da

frase de Lula é ele mesmo. E só quem pode explicar porque ele a pronunciou é Lula. A não ser que ele autorize alguém a fazêlo. Tudo indica que não o fará. E isso pouco importa a essa altura.

O tempo corre contra os demais aspirantes a candidato - e a favor de Lula. Alckmin terá de largar o governo de São Paulo até março se quiser ser candidato a

qualquer coisa. Serra, também. César Maia (PFL) teria de largar a prefeitura. Garotinho está de saída da secretaria de Governo de sua mulher no Rio. Lula não precisa sair de onde está. E é prudente que dê mais um tempo para anunciar o que fará. Valerá a pena tentar a reeleição se não conseguir montar uma confortável coligação? No

momento, fora o PT, ele só conta com o apoio do PC do B. Perdido o PMDB, Lula será obrigado a se juntar com os partidos do mensalão se quiser dispor de um razoável tempo de propaganda. Um prato feito para a oposição ("No ar, o programa da coligação do mensalão!)

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orre no Supremo Tribunal Federal o julgamento de uma reclamação formulada em 2002 pelo Governo FHC em favor do sr. Ronaldo Sardenberg, ministro de Ciência e Tecnologia daquele governo. Acontece que, quando ministro, o sr. Sardenberg usou um avião da FAB para fins particulares, transportando sua família em viagem de férias. Isso lhe rendeu uma ação proposta na Justiça Federal de Brasília por improbidade administrativa. Sardenberg foi condenado. O Governo FHC entrou então reclamação no Supremo, argüindo a competência da Justiça em lidar com o assunto da improbidade administrativa quando o acusado é um “agente político” – eleito ou nomeado.

Pois bem, seis integrantes do Supremo já votaram favoravelmente a Sardenberg, acompanhando o voto do relator, o sr. Nelson Jobim (claro!). A decisão oficial só não saiu ainda porque o ministro Joaquim Barbosa pediu vistas. Seu voto será dado em março. O único ministro que até agora votou contra o voto do relator foi Carlos Velloso. Ao declarar seu voto, Velloso apontou as gravíssimas conseqüências da decisão iminente: abrirá as portas para contestações idênticas a respeito de cerca de dez mil ações por improbidade administrativa (incluindose aquelas contra Maluf, Pitta e companhia bela) que os Ministérios

Públicos federal e estaduais moveram contra “agentes políticos”. É assim que se comporta a corte suprema brasileira. O sujeito acusado de roubar não poderá ser julgado pelo ato de roubar, caso acusação centrar-se na improbidade administrativa, a qual conta com uma legislação modernizada. Só haverá o caminho pedregoso da legislação penal, além de sanções administrativas relacionadas à responsabilidade fiscal.

Em outras palavras, o que o Supremo sinaliza aos “agentes políticos” é –roubem à vontade, pois a chance de serem levados à Justiça será mínima. Entre outros prejuízos, o governo federal fica ainda mais distante da

possibilidade de mover ações contra prefeitos (e governadores) e seus secretários que fizerem mau uso do dinheiro público que lhes chega pela via das transferências constitucionais e voluntárias (educação, saúde, os programas do tipo Bolsa Família etc.). Como mais de 82% dos municípios brasileiros não arrecadam o suficiente para cobrir suas necessidades, dependendo de transferências federais e estaduais, e como o controle interno nesses municípios praticamente inexiste, a turma vai nadar de braçada, ainda mais do que já fazem hoje. Entre outras coisas, a decisão iminente do Supremo fere de morte o programa de fiscalização de estados e municípios empreeendido pela Controladoria-Geral da União, o qual, por meio de convênios com os Ministérios Públicos estaduais, tinha como principal arma exatamente processos movidos por improbidade

OSTFsinaliza aosagentes políticosque roubemàvontade, poisémínimaa chancedeserem levadosàJustiça.

administrativa. Dos seis ministros que votaram favoravelmente a esse despautério, dois já se aposentaram e três fizeram saber que não alterarão seus votos nem que a vaca tussa. Resta a possibilidade, remotíssima, de que um ministro que já votou volte atrás (eles podem fazer isso).

Por suas conseqüências prejudiciais ao interesse coletivo, o assunto mereceria uma mobilização forte, chamando os ministros do Supremo à responsabilidade. Chega a ser quase inacreditável que uma tal quantidade de pessoas sobre as quais pesa a responsabilidade última a respeito da administração da Justiça se comportem dessa forma. Sem dúvida os votos daqueles que abrigaram a reclamação interposta conterão doutas considerações de natureza processualística. Também sem dúvida, à exceção do voto do ministro Vellloso, essas manifestações terão passado ao largo da concretude da situação julgada e, ainda mais, das conseqüências que advirão da decisão. Assim é o STF. Uma gente que não presta atenção no mundo e que exerce suas funções com paroxismos de irresponsabilidade.

CLAUDIO

Batendo chapa

Embora remota, não está totalmente afastada a hipótese de Alckmin e Serra baterem chapa na convenção do PSDB, apesar de a cúpula do partido garantir que o candidato será anunciado no início de março. Fala-se inclusive que a escolha do candidato pode ser anunciada em fins de fevereiro. Mas, os alkmistas acham que o governador deve ir à convenção se o indicado for Serra. É cada vez mais acirrada a guerra entre os dois précandidatos. Os serristas estão irritados com a insistência com que Alckmin fala que o prefeito não será candidato porque prometeu, durante a campanha, exercer os 4 anos de mandato. Os serristas lembram que a política é mutável e que as circunstâncias atuais exigem que Serra seja o candidato do PSDB.

Tasso Jereissati regressou anteontem ao País disposto a reimplantar a disciplina no partido. O presidente do PSDB não quer ver o partido rachado. Foi por isso que a cúpula evitou marcar prévias. Enquanto isso, Serra e Alckmin radicalizam posições.

PESQUISAS

Os tucanos admitem que as pesquisas podem ter peso decisivo na escolha do candidato. Se a tese prevalecer, Serra leva vantagem. As pesquisas continuam apontando que se a eleição fosse hoje, o prefeito venceria Serra por uma diferença de 14 pontos.

IMPORTÂNCIA

Já, Alckmin, diz que a importância das pesquisas é relativa. O governador garante que o forte de uma campanha começa quando os candidatos forem para a televisão. Alckmin entende que tem obras a exibir na tevê e que por isso sua tendência é de crescimento.

APOIO

Alckmin garante também que vai lutar até o fim pela legenda do PSDB. Mas, num encontro com prefeitos, o governador admitiu apoiar Serra se o prefeito for o indicado. O conselho de assessores é para que Alckmin vá até a convenção caso Serra seja indicado pela cúpula partidária.

VIAGENS

O governador Geraldo Alckmin recomeçou a viajar para se tornar mais conhecido. O governador vai visitar o sudeste, o nordeste e o sul do País. Em Belo Horizonte, Alckmin se encontrou com o governador Aécio Neves. Pode ser agendado também um encontro com o governador Germano Rigotto (PMDB), em Porto Alegre.

PARTICIPAÇÃO

Está confirmado que o expresidente Fernando Henrique Cardoso terá participação efetiva no processo de indicação do candidato. Por enquanto, o ex-presidente prefere elogiar os dois précandidatos, embora realce que o prefeito tem mais jeito para "bater" em Lula.

FORA DO GOVERNO

Anthony Garotinho, précandidato do PMDB à sucessão de Lula, marcou para o dia 31 a data de sua saída do secretariado de sua mulher, Rosinha Matheus, para se dedicar exclusivamente à campanha. Garotinho volta a viajar pelo País em tempo integral.

PRÉVIAS

A data das prévias no PMDB pode ser transferida de 5 para 19 de março, a pedido de Garotinho. Motivo: 5 de março fica muito próximo da data do fim do carnaval. Por enquanto, as prévias no partido serão disputadas por Anthony Garotinho e Germano Rigotto.

MAIS TRÊS

Diz-se no PMDB que não está superada a possível participação de outros

PRESIDENTES DO BRASIL E DA ARGENTINA FAZEM AS PAZES

governadores nas prévias do partido, como Roberto Requião (PR), Jarbas Vasconcelos (PE) e Joaquim Roriz (DF). O único que está fora das previsões é o ministro Nélson Jobim, presidente do STF.

2º TURNO

Portanto, com as prévias confirmadas para março, o PMDB afastaria definitivamente a hipótese de fazer qualquer acordo com o PSDB ou o PT no 1º turno. O partido terá candidato próprio e futuras composições com outras legendas somente no 2º turno.

ALIANÇAS

Por enquanto, está praticamente certo que a única coligação assegurada do PSDB, até agora, ainda no 1º turno, é com o PFL. O PT de Lula também está com dificuldade de amarrar acordos: os petistas dão como viável, por enquanto, acerto com o PCdoB. O PT tenta conquistar também uma aliança com o PSB.

TRABALHISTAS

PT e PSDB não tiveram sucesso na investida que fazem na tentativa de conseguir o apoio do PDT a seus candidatos. Os trabalhistas só admitem fazer acordo no 2º turno. O partido também vai realizar prévias para a escolha do candidato. O PDT tem três postulantes: os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Péres e o governador Ronaldo Lessa.

REIVINDICAÇÃO

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo, André Di Ríssio, promete dar dor-de-cabeça ao governador Geraldo Alckmin, na luta por melhores salários da categoria. Um delegado em São Paulo, no início de carreira, ganha R$ 3 mil 100, enquanto o delegado em Mato Grosso recebe R$ 8 mil 500 e o do Acre, R$ 6 mil 100, informa a associação.

ANISTIA

José Dirceu já contatou amigos e antigos correligionários para ajudá-lo a conseguir mais de 1 milhão de assinaturas para que possa apresentar projeto popular sugerindo sua anistia. O exdeputado e ex-ministro, que foi cassado na Câmara por seu envolvimento com o mensalão, acredita que pode conseguir o perdão.

CASSAÇÃO

O relatório de Chico Alencar (PSOL) propondo a cassação do mandato do deputado evangélico Wanderval Santos (PL) deve ser votado amanhã no Conselho de Ética. Depois, o projeto vai a plenário. O deputado é acusado de ter recebido R$ 150 mil do suposto operador do mensalão Marcos Valério.

Aprimeira visita de Estado do presidente argentino Néstor Kirchner ao colega brasileiroLuizInácio Lula da Silva, em Brasília,foi marcada pela troca de apoio e reforço político. "Nós dois ganhamos as eleições e existimos,politicamente, exatamente para resolver os desafios que outros não ousaram resolver",disse Lula. Ambos reconheceram ter culpa no tratamento dispensado ao Mercosule prometeramrealizar encontros semestrais. As discussões em torno da aplicação de salvaguardas nocomércio bilateral ficarãosob aresponsabilidade de seus ministros. Em seu discurso, Kirchner ressaltou que agora,mais do que nunca, Brasil eArgentina estão dispostosa "romperum passado" e a intensificarem a

relação.Lula fezquestãode destacar asconquistas alcançadaspelos doispaísesnas áreas de ciência e tecnologia, políticas industriais, trabalho, saúde, intercâmbio militar, cultura,esporte ecomunidadesfronteiriças."Esses avanços não seriampossíveis sem umaparceriaeconômica cada vez mais sólida", disse ao elogiar Kirchner. Superação– Opresidente brasileiro destacou que ele e o colega argentino superaram as expectativas doscéticos. "Aqui viemos apenas reconhecer que temos muito por fazer, mas que já fizemos, nesse pouco tempo, muito mais do que os céticosesperavamque fizéssemos", disse. Kirchner retribuiu a gentileza.Disseque os brasileiros "podem sesentir orgulhosos do presidente que têm" e cha-

mou Lula de "irmão latinoamericano,amigo ecompanheiro",classificando suavisita como mais um elo da cadeia queune oBrasileArgentina. Ao longo do seu discurso, o argentino destacouque hádesatençãodosprincipaissóciosdo blococom paraguaiose uruguaios e propôs que ambos façam um esforço conjunto para contornardesequilíbrios ereforçar o Mercosul. "Separados,o quepodemos fazer é relativamentepouco. Juntos podemos levar adiante o sonho de uma integração sulamericana e latino-americana, baseada na paz, na justiça social ena democracia",acrescentou Lula. O presidente lembrou que Argentina e Brasil superaram suas dificuldades econômicas,citando opagamentodasdívidas dosdois países com o Fundo Monetário

(FMI). "A decisão, em particular, reforça a determinação daArgentina edo Brasilderedefinirem,demodo coordenado, seu lugar no mundo", avaliou Lula. Troca de presentes– Noalmoço, Lula deu a Kirchner um conjunto de 11 camisas do Corinthians e recebeu uma do Racing.Apósoencontro, confirmou a disposição de colaborar nareindustrialização argentina. "Estamos abertos a propostas para aperfeiçoar os acordos setoriais que temos emáreas prioritárias, como a automobilística", disse Lula. O assunto também foi debatido entre a ministra da Economia da Argentina, Felisa Miceli, oministrodeDesenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, LuizFernando Furlan e um grupo de técnicos dos dois países. (Agências)

POSSE NO DNIT VIRA ATO POLÍTICO

Acerimônia de posse oficialdo novodiretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura deTransportes (Dnit), Mauro Barbosa da Silva, transformou-se ontem em mais um palanque relacionado àoperação tapa-buraco em andamento nas rodovias federais.

A cerimônia se transformou em ato político do PL (partido de Nascimento),principalmente do PL de Goiás (Estado de origem de Barbosa). Em seu discurso, Barbosa elogiou com entusiasmoolíder doPLna Câmara, SandroMabel (GO)–que esteve ameaçado de cassação por envolvimento noesquema do mensalão. "É uma pessoa que admiro muito."

O diretor-geral do Dnit, informou que determinou à corregedoria da autarquia, a aberturadeuma sindicânciapara investigarassuspeitas defavorecimento na execução da operação tapa-buraco no Estado do Piauí.

Segundo denúncia publicadaontem pelo jornal Correio

Braziliense, o chefe da sede regional piauiense do Dnit,Sebastião Braga,fez um aditamento de contrato para a empreiteira Jurema realizar obras da operação tapa-buraco na BR-402. A empresa seria controlada por dois irmãos do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI),cunhado de Sebastião Braga, que o teria indicado para o cargo.

Transparência – Ao falar com a imprensa,Barbosa destacou queestádeterminado adar transparênciaàs atividades do órgão, daí a decisão de investigarimediatamente essasuspeita no Piauí."Apalavraagoraé transparência no Dnit", disse. Barbosa afirmou ainda que dos26.400quilômetrosde rodovias aseremrecuperados, 12% já foram concluídos.

Denúncias – Durante a cerimônia de posse, o ministro dos Transportes, AlfredoNascimento,recomendouaonovodiretor-geral que apure qualquer tipode denúnciaquesurgir. "Não se preocupe com as denúncias, pois serão muitas", afirmou. "Mas, acontecendo

umadenúncia,apure!Querofazer o trabalho corretamente."

Nascimento elogiou o trabalho deBarbosa. Segundoele, o

O que é Factoring?

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa.

Troca de elogios e presentes: Néstor Kirchner recebe de Lula uma camisa de Carlito Tevez, do Corinthians, e presenteia o colega brasileiro uma camisa do Racing.
Internacional
diretor do Dnit tem uma carreira como auditor da Controladoria-Geral da União e está "acostumado a fiscalizar". (Agências)

COPOM MANTÉM CONSERVADORISMO

NA QUEDA DOS JUROS

OComitêde Política Monetária (Copom) doBanco Central decidiu ontemreduzir ataxa básica de juros (a Selic) em 0,75 pontopercentual,para 17,25% aoano –a taxa mais baixa desde novembro de 2004. A decisão foi unânime, mas demorou para sair: o encontro durou quase cinco horas. Para opresidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme AfifDomingos, aredução de 0,75 pontorepresenta amanutençãoda política conservadora do Copom.Ele comentouque a expectativa da classe empresarial era de um corte maior, dadas as quedas dos índices de inflação e a forte desaceleração da atividade econômica. "Consideramos que há espaço para uma queda maior dos juros, sem comprometer o

combate àinflação, quecontinua aser indispensável",afirmou Afif. "O cenário atual justificariaum corte atémaior que um ponto percentual", acrescentou Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP. Decepção —Tharcísio Souza Santos, economista do MBA de negócios da Fundação ArmandoÁlvares Penteado,ficou decepcionadocom adecisão."Éamesmacoisaquemanter as reduções de 0,5 ponto, já queasreuniõesdoCopomneste ano deixaram de ser mensais", disse, lembrando que o próximo encontro só será realizado no mês de março. "O mercado deve reagir bem ao corte de 0,75 ponto", disse o presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec),Milton Milioni. Segundoele,umcorte

maior na primeirareuniãode 2006poderiaser vistocomo uma atitude eleitoreira.

Juros reais— Para o Brasil sairda posição decampeão mundial dos juros reais, o Copom teria de cortar sete pontos percentuais da Selic, isto é, reduzir a taxa básica de 18% para 11% ao ano, de acordo com cálculos da consultoria GRC Visão. Portanto, um corte de 0,5, 0,75 ou até 1 ponto percentual na reunião de ontem não refresca em nada essa situação. De acordo com o economista Jason Vieira,da GRCVisão, a taxa dejuros real doBrasil (descontada a inflação pelo IPCA projetadapara os próximos 12 meses) passa de 12,6% para 12,1%, com o corte de 0,75 pontopercentual na Selic. Com uma queda de 1ponto percentual, a taxa real cairia de 12,6% para 11,9% anuais. Fátima Lourenço/AE

IGP-10 tem alta de 0,84%

Pressionada por altas de preços de alimentos e de combustíveis, a inflação medida peloÍndiceGeralde Preços -10 (IGP-10) atingiu em janeiro o maior nível em nove meses, subindo 0,84% – 14 vezes superior à taxa de dezembro (0,06%) e acima das expectativas do mercado financeiro. Porém, para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou ontem o indicador, a aceleraçãonão refleteaumento generalizadodepreços, mas um momento passageiro. O períodode coletade valorespara oIGP-10foide11 de dezembroa10de janeiro. Os preços no atacado (que têm maior peso na formação do índice) foram os grandes responsáveis pela aceleração, subindo 1,03% em janeiro, contra queda de 0,16% em dezembro. Câmbio — Segundoo coordenadordeAnálisesEconômicas da FGV, Salomão Quadros,

afortevalorização doreal em relação ao dólar no ano passado causou aqueda devários preços, que agoraretomaram seu patamar normal. "O efeito benéfico do câmbio na inflação praticamente acabou", disse. Entreos destaquesdas elevaçõesquepuxaramparacima ainflaçãonoatacado estãoa disparada nos preços de produtos agrícolas (de 0,61% para 2,32%) eo fim dadeflação nos preços dos produtos industriais (de-0,41% para0,63%). Esse segmento está sendo fortementeinfluenciadopelopreço do álcool hidratado, que subiu de 4,93% para 5,04%. Novarejo, os preços também aceleraram, mas em menor intensidade.A inflaçãoao consumidor registrou altade 0,59%, ante 0,53%emdezembro,graças às aceleraçõesde valores em cursos formais (de estabilidade para1,29%) eem combustíveis e lubrificantes

Cepea lança índices para o agronegócio

OCentro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepa) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), lançou ontem quatro índices

desenvolvidos para aprimorar a análise da evolução das exportações do setor agropecuário brasileiro. Os novos índices medem valor e volume ou qualidade. A periodicidade da maioria dos indicadores será mensal (apenas um deles será anual).

Segundo o coordenador científico do Cepea, Geraldo Sant'Ana de Camargo Barros, foram coletados cerca de 1,5 milhão de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), além de informações de outras instituições.

Ana Laura Diniz

(de 0,02% para 1,23%). Os reajustes naconstrução civilpassaram de0,39% emdezembro para 0,16% em janeiro. Fipe — OÍndicedePreçosao Consumidor da Fundação Institutode Pesquisas Econômicas(IPC-Fipe)subiu 0,59% na segunda quadrissemana do mês, 0,13 ponto percentual acimada primeira quadrissemanade janeiroe maisque odobro doresultado apuradoem dezembro (0,29%). Por conta desse resultadoelevado, ocoordenador doIPC-Fipe, Paulo Picchetti, revisou para cima a projeção do IPC para este mês, de 0,45% para 0,60%. Assim como no IGP-10, o álcool combustível pressionou o indicador,subindo 12,82% na segunda quadrissemana. Asdespesas comeducação lideraram a alta no IPC-Fipe e subiram 2,10% no período. Picchettidissequeesse aumento era esperado. (AE)

Na avaliação de Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, o cenário econômico atual permitiria queda de até 1 ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira
Marcos Fernandes/LUZ
Taxa caiu 0,75 ponto percentual, mas economistas vêem espaço para corte maior

CPI DOS BINGOS PEDE INDICIAMENTO DE 34

RURAL: 'BOOM' DE AFILIADOS DO PT

FOI GARANTIA DE EMPRÉSTIMO.

Adireçãodo banco Rural aceitou como garantia adicional para a concessão de empréstimo de R$ 3,3 milhões ao PT a expectativa de aumentodo montante arrecadado com ascontribuições de filiados ao partido, segundo ovice-presidentedo banco Rural, José Augusto Salgado, em depoimento ontem à CPMI dos Correios.

Protegido por um habeascorpus do Supremo Tribunal Federal, que permitia a ele ficar calado,Salgado explicou que JoséDumont, entãopresidentedainstituição emorto em 2004, fez anotações, escri-

tas a mão, em ofício enviado pela agência doRural em São Paulo para a sede do banco em Minas Gerais,sobre agarantia adicional do empréstimo ao PT, em maio de 2003. Boom– "Era natural prever que a arrecadação com as contribuições aumentaria, uma vez que estava havendo um boomdefiliados",afirmouSalgado. OPT cobra deseus filiados até 20% de contribuição de seus salários. No ano passado, a arrecadaçãodo partidocom as contribuições foi de cerca de R$ 20 milhões. Em 2002, antes de chegar ao governo federal, o PT arrecadou R$ 341 mil. No depoimento, Salgado afirmou que o Rural "não teve em nenhum momentovantagemdoPToudogovernofederal" pelos empréstimos feitos à SMP&B eGrafiti, duasempresas deMarcos ValérioFernan-

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desdeSouza. Dos R$ 55 milhões que Valério diz ter pego emprestado para repassar ao PT, cercade R$ 29milhões foram obtidos junto ao Rural. O restantefoinoBMG. Salgado disse que tomou conhecimento de que os recursos eram repassados parao PTsomente em janeiro de 2005, em uma conversa com Valério. Salgado afirmou ainda que a instituição não transferiu recursos para contas no exterior de Marcos Valério ou do publicitário Duda Mendonça. "Jamais o Rural teria motivos para fazer créditos na conta de Duda Mendonça no exterior. Se issoocorreu, foramclientes que fizeram depósitos nas contas", disse Salgado. (AE)

ACPI dosBingos apresentou ontem um relatórioparcial em que conclui que houve pagamento de propina na renovação do contrato da CaixaEconômicaFederal com a multinacional Gtech. Mas o relator Garibaldi Alves (PMDB-RN) não conseguiu descobrir quanto foi pago nem quem realmenterecebeu odinheiro. Trinta e quatro pessoas e trêsempresas foramlistadas para serem indiciadas por envolvimento no esquema. Lista – Na lista estão o presidente da Caixa, Jorge Matttoso; Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil; Rogério Buratti, assessordeAntonioPalocci na prefeitura de Ribeirão Preto; Ademirson Ariovaldo da Silva, atual assessor de Palocci no Ministério da Fazenda.Outroex-assessorde Palocci, WladimirPoleto, pode ser indiciado. Poleto depôs à CPI sobre o suposto envio de dinheiro de Cuba para o PT. Ademirsonpodeserindiciado por formação de quadrilha, corrupção passiva, improbidade administrativae crime contra oprocedimentolicitatório.Mattoso, por prevaricação, descumprimento da lei de licitações e improbidade administrativa. O relatório – que será votado apenas na semana que vem – apenas cita os nomes de Antonio Palocci e do ex-ministro-chefeda CasaCivil José Dirceu. Garibaldiexplicou queofatode Palocciterficado forado

relatório parcial não é garantia de que seu nome não será citado mais adiante. "Não o exclui do relatório final, até porque ele nãoé objeto de investigaçãodestesub-relatório esim do caso de Ribeirão Preto", disse, referindo-seàsinvestigações sobre supostas irregularidades na gestão de Palocci. Garibaldi recomendoua aprovação deum projeto de decreto legislativo vedando a

Não exclui (Palocci)do relatório final, até porque ele não é objeto de investigação deste sub-relatório e sim do caso de Ribeirão Preto Garibaldi Alves

prorrogação do contrato a partir de maio deste ano. Segundo aCaixa, ocontrato–de R$650 milhões – já está em fase de transição e a Gtech será substituida dentro do prazo. Nota – A Caixadivulgou nota acusandoo relatório de conter errosdeinformaçãoe de ser um instrumento político-eleitoral. Anotanãocomenta o indiciamento de Jorge Mattoso. Para a Gtech, que também divulgou nota, o relatório "baseia-se em suposições, sem comprovar qualquer irregularidade no rela-

cionamento com a Caixa". Okamotto – A CPIdos Bingos aprovoutambém ontema quebra do sigilo fiscal, telefônico e bancário do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Ele está sendo investigado por ter pago do próprio bolso uma dívidadeR$29.400 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com oPT. A CPI quersaber se Okamotto realmente pagou a dívida de Lula com o PT. Emdepoimento naCPI,em novembro, Okamotto,que é amigodeLula,disse quesaldou o débito sozinho e com recursos próprios. A oposição levantou a suspeita de que a dívida teria sido quitada com o dinheiro do caixa 2 que alimentou o valerioduto. O presidente do Sebrae informou ainda quea dívida foilançada na contabilidade do PT como empréstimo por um erro contábil eque sónãocontou paraLula para não constrangê-lo. Denúncia – Okamotto também é investigado pela suspeitadearrecadarrecursos para campanhas do partido entre empresasque tiveramcontratos com prefeituras petistas do interior de São Paulo, segundo denúncia do ex-petista Paulo de Tarso Venceslau, que depôs na terça à CPI. Paulo de Tarso disse que o compadre de Lula, Roberto Teixeira, seria o gestor desteesquema (começadoem 1993). ACPI aprovourequerimento que convoca Teixeira para depor. Ontem ele foi submetido a um implante de cinco pontes de safena. (Agências)

CPI dos Bingos convoca Roberto Teixeira, compadre de Lula, para explicar denúncias de corrupção

Delúbio

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira

O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

Ovice-presidentedo bancoRural,José RobertoSalgado, classificou como mentirosas asdeclaraçõesdoex-superintendente do banco Carlos Godinho de queos empréstimos àsempresas de Valérioforam feitosparanão serempagos. Ele afirmou que realizou reuniões com Valério para cobrar as dívidas.

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética Amaioria dos integrantes do conselho que estavam ontem na Câmara é a favor dacassação dodeputado Professor Luizinho (SP) e comunicou ao relator, PedroCanedo (PP-GO), a disposição de derrubar o parecer, se ele mantiver a decisão de absolver o petista. Canedo lerá hoje o relatório final do processo.

Mendonça

O publicitário Duda

DM9, confirmou

Os repasses, segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

Lamas O ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação

CPMI do Mensalão

recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

dos

Os promotoresFernandoViana eRicardo Silvares,do MinistérioPúblico Es-

deCampinas, deverão ser ouvidos

sobre o

que investiga a morte do prefeito Antônio daCosta Santos, o Toninho do PT, assassinado em 2001. Para a família e amigos de Toninho, o crime teve conotação política.

Mendonça, da
ter recebido dinheiro de Marcos Valério no exterior.
da
ter
CPI
Bingos
tadual
hoje
processo
Os senadores Garibaldi Alves (à dir.) e Efraim Morais (à esq.) apresentaram ontem relatório parcial da CPI
Lindomar Cruz/ABr

MINISTRO DO TRABALHO PREVÊ QUE EMPREGO FORMAL ALCANÇARÁ

REGISTROS EM CARTEIRA EM QUEDA

Acriaçãode empregos com carteira assinada diminuiu o ritmoem 2005. No ano passado, o mercado detrabalhoabriu1,254 milhão de postos de trabalho, contra1,523 milhão registrado em 2004.Mesmo assim, 2005apresentou osegundo melhor resultadoda sériehistórica do CadastroGeralde Empregados e Demitidos (Caged)do MinistériodoTrabalho. Osdados foramdivulgadosontem peloministrodo Trabalho,Luiz Marinho. Ele previu que pode chegar a 5 milhõeso númerodeempregos formais a serem criados nos quatro anos do governo Lula. Marinho admitiu a desaceleração na abertura de postos e atribuiu essa perda develocidade à política de juros do Banco Central. Para este ano, no entanto, o ministro é bastante otimista. Ele acredita que a taxa de juros básica da economia pode cair mais rapidamente, chegandoaofinalde2005emtorno de 13%. Isso, aliado a um cres-

cimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 5%, fará, segundoMarinho, comque a criação de postos de trabalho volte a ficar no nível de 2004. A estimativadoministro para o crescimento da economia é maior do que a do Banco Central, queespera 4%, ea do mercado, que projeta 3,5%. "Contando com o emprego informal, a economia solidária e a agricultura familiar, teremos gerado 8 milhões de empregos no primeiro mandato

FALÊNCIAS &CONCORDATAS

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 18 de janeiro de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Etgran Mineração Ltda. - Requerido: Granimar S/A Mármores e Granitos - Rua Alencar Araripe, 1261 - 02ª Vara de Falências

Requerente: Eletromega Comercial Ltda. - Requerido: Apoio Serviços Elétricos Ltda. - Rua Hiroshima, 323/331 - 02 Vara de Falências

Requerente: Macroplast Ind. e Comércio de Plásticos Ltda. - Requerido: Unimolde Ind. e Comércio de Moldes Ltda. - Rua Samuel Arnold, 569 - 02ª Vara de Falências

Requerente: Klabin S/A - Requerida: Granja Saito S/A - Rua Betrano, 537 - 01ª Vara de Falências

Requerente: Excim Importação e Exportação

EDITAIS

Ltda. - Requerido: Vestro Modas Ltda.Rua Prof. Cesare Lombroso, 320 - 02ª Vara de Falências

Requerente: Ripasa S/A Celulose e PapelRequerida: Embalagem Zenith Ltda. - Rua Santa Catarina, 641 - 02ª Vara de Falências Requerente: Ripasa S/A Celulose e PapelRequerida: Lingraf Indústria Gráfica Ltda. - Estrada dos Monos, 25 - 01ª Vara de Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requerente: Eletrofer Elétrica e Ferragens Ltda. - Requerida: Eletrofer Elétrica e Ferragens Ltda. - Rua da Paz, 1104 - 02ª Vara de Falências

do presidente Lula", disse. Oministronegouque Lula tenha prometido, em algum momento, criar 10 milhões de empregos em quatro anos. "Não houve a promessa de gerar esse montante. Esse númeronunca estevenoprograma de governo",afirmou. Segundo ele, o que o presidente sempre disse foi que o País precisa criar 10 milhões de empregos para conseguir acomodar quem chega ao mercado e também para absorver quem está desempregado. Nos 36 mesesdegoverno Lula, a criação de postos de trabalho com carteira assinada medida peloCaged jáalcança 3, 422 milhões. É quase o dobro do saldo verificado em todo o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. No período de 1999 a 2002, foram criado 1,815 milhão de empregos. Em 2005 os setores que mais contribuíram para a criação de empregos foram os de serviços (569.705), comércio (389.815),indústria de transformação (177.548) e construção civil (85.053). (AE)

Para analistas, crise do petróleo é passageira

Adisparada nascotações do petróleo nos últimosdias éproblema pontual e, pelo menos por enquanto,não deveafetaros preços dos combustíveis no País, avaliam especialistas do setor. Aopinião corrente éde queas crisesdo Irãe daNigéria, que justificaram a alta recente, não terão longa duração. O consumidor só correrá risco caso as exportaçõesdo Irã, que tema segunda maior reserva mundial depetróleo, sejam suspensas. "Pode ser que, em meio a essacrise, opetróleoaté bataos US$70 por barril, mas não se podedizerqueháumatendência dealta nomédioprazo", aponta o analista da consultoria GRC Visão Jason Vieira. Na sua opinião,a tendêncianatural é de queda,já que a relação entre oferta e demanda está equilibrada e o inverno americano foi menos rigoroso do

AVISOS AOS ACIONISTAS

quese esperava, com menor consumo de derivados para o aquecimento de residências e comércio. "Se olharmos apenasfatores estruturais, atendência éde que opetróleofique, em 2006, no mesmo nível de 2005",opina odiretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires. Impulsionado pelosproblemasclimáticos noGolfo do México, o barril de petróleo atingiu, no ano passado, um valor médio de US$ 59, quase US$6abaixodofechamentode hoje em Nova York. O governo iraniano decidiu romper os lacresdaAgência InternacionaldeEnergia Atômica(AIEA) e voltar a operar suas centrais nucleares. Além disso, tem dado declarações polêmicas acirrando os ânimos no OrienteMédio.Para agravar o cenário, a Nigéria enfrenta greves eseqüestros no setor de petróleo. (AE)

Miniusina vai produzir biocombustível

AUniversidadede Brasília (UNB) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveram uma miniusina paraa fabricaçãode um biocombustível feito à base de óleos vegetaise gordura animal,capaz desubstituiro óleo diesel tradicional, produzidoa partir do petróleo. Segundo um dos coordenadores da pesquisa, Joel Camargo Rubim, da UNB, o equipamento tem capacidade para produzir 500 litros de bioóleo por dia. Pormeio deum processoconhecido comocraqueamento, a usinaproduz biocombustível–quepodeserusado tantonum trator como num gerador de energia – a partir de substâncias como óleo de soja ou de dendê. Oobjetivo dogoverno étornar essaminiusina disponível a comunidades de pequenos produtores rurais de áreas mais isoladas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País, que têmmaior dificuldade de acesso ao diesel tradicional, seja pela distância dos centrosprodutores, sejapelopreçodesse combustível. Com a usina, disse Rubim, essas comunidadespoderiamter "independência energética",uma vez que usariam para energia seu próprio biocombustível. O desenvolvimento da usina foi financiadopelos ministérios doDesenvolvimento Agrárioe da Ciência e Tecnologia e pela Fundação Banco do Brasil. (AE)

Luiz Marinho admitiu que foram abertas poucas vagas em 2005
Givaldo Barbosa/AGMarcello Casal Jr/ABr
Biocombustível será feito a base de óleo vegetal e gordura animal

ALCKMIN BUSCA O APOIO DE TASSO E AÉCIO

durante oficialização

RIGOTTO SE LANÇA COMO A 3ª VIA

Com o lema da terceira viaentrePTePSDB,o governador doRio GrandedoSul, Germano Rigotto(PMDB),lançou ontem suapré-candidaturaà presidênciada República,em cerimônia prestigiadapela presençade dezenas delíderes e parlamentares. Até agora, o único adversário de Rigotto no PMDB,nasprévias agendadas paramarço,éosecretáriodeGovernodoRio Anthony Garotinho, que saudou a pré-candidatura do governador:"Quanto mais candidatos o PMDB ofereceraoBrasil,mostraráagrandeza do seu quadro político. Para mim, será uma honra disputar asprévias com ogovernador Germano Rigotto". "Hoje, temos uma federação enfraquecida, masvamos apresentar uma nova proposta de pacto federativo, com as atribuições claras de cada um. O PMDB não pode mais ficar a reboque de outros projetos. É a terceira via ao PT e ao PSDB, é o PMDBcorrendoporfora",afirmou Rigotto, ao dizer que che-

ga o momento de a legenda dizer se quer ter identidade e cara própria ou prefere ficar a reboque de projetos alheios. Parase contraporaoavanço de Garotinho, que há três meses percorre o Brasil em busca do apoiodepeemedebistas, Rigotto lembrou quea candidaturavitoriosaao governo gaúchosurgiucomo"um sonho", em que elelargou com 2% dapreferência doeleitorado,contraos 37% registrados em favordo ex-governador AntônioBritto(PPS) eoutros 38% obtidospelopresidente doDiretórioRegionaldoPTno Estado e ex-ministro das Cidades, Olívio Dutra. Rumos– O governador destacou que, mesmo tendo participado dos últimos governos, o PMDB nãotevea Presidência, nemtampoucoaVice-Presidência ou o Ministério da Fazenda para "daros rumos"de queo País precisava, com mais crescimento econômico e desenvolvimento social. Ele dirigiu-se ao deputado Delfim Neto (PMDBSP),ali presente, para lembrar

que trabalhara sem sucesso na aprovação da reforma tributária,como presidente da comissão especialencarregada doassunto. "O governo Fernando Henriqueimpediuoavançodela;o governo Lula fez um remendo, em vez de fazer uma reforma", queixou-se.

Elogios– A fala deRigotto agradou à platéia eclética de peemedebistas de todas as alas. O pré-candidato foielogiado tanto por representantes do grupo governista,queaindatrabalhaa alternativa deuma aliançacom o PT,comopor parlamentares identificados como simpatizantes de uma parceria com o PSDB. "Foi um discurso competente que expressa a vontade do PMDBdevira seropartidodo presidente da República para promover as mudanças necessárias",disseodeputadoMoreira Franco (PMDB-RJ).

O presidente do PMDB, deputado MichelTemer (SP),persistentedefensor dacandidatura do partido ao Planalto e que também estava presente,argumentouque opartido como

maior número de senadores, de governadores e de prefeitos, além de deter a segunda maior bancada de deputados, deve ter candidatura própria.

Aposta – Já o presidente do diretório paulista doPMDB, apontado pelas pesquisas como favoritonabrigapelo governo de SãoPaulo,OrestesQuércia, discordou das declaraçõesdo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), segundo as quais oscandidatosque apareceram até agora não somam. "É a opinião dele, que respeitamos, masdiscordamos", contestou Quércia, ao apostar que opartido terá candidato a presidente",e mais:"O Rigotto tem condições de somar o partido em torno de sua candidatura e de levar o PMDB à vitória."

Em relação ao jantar do presidenteLulacomabancadadesenadores marcado para hoje, Rigottofez umapelo:que osparlamentares nãodigam queo PMDB nãoterá candidato.O presidenteLuladeve discutir apoios parasua candidaturaàs eleições de outubro. (Agências)

Ogovernador deSão Paulo,Geraldo Alckmin (PSDB), levou adiscussão de sua pré-candidatura aoPaláciodoPlanalto aopresidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), eaogovernador de Minas Gerais, Aécio Neves, no momento em que especulase que o ex-presidente FernandoHenrique Cardoso já teria optado pelo prefeitodeSão Paulo, José Serra. Presente ao jantar na casa de Tasso em Brasília na noite de terça-feira, osenador Arthur Virgílio (AM), líder da bancada, disse que, apesar da disputa interna, o partido está seguroque nãofará préviase quea legenda vai submeter os dois interessadosa critérios técnicos que serão elaborados. "Tenho aconvicção de que Fernando Henrique é precisamente afigura mais importante tanto para dizer a um que ele será o candidato quanto para dizer ao outro que não será ele. Não haveria de emitir uma opinião prévia", disse Virgílio. Ele afirmou que FHC vai se reunir com Tasso, Serra e Alckmin quandoretornarda viagem ao exterior.

Estive com o expresidente Fernando Henrique e ele não me disse nada da maneira como me disseram e saiu no jornal. José Serra (sobre o apoio de FHC)

"Seria o fim da picada não resolvermos de forma inteligente o problema agradável que é ter excesso, de ter o Ronaldinho Gaúcho e o Ronaldo Fenômeno", comparou o senador. Para ele, ao contrário de um jogo de futebol, apenas um deles irá a campo.

Aécio–Aécio Neves também é descrente sobre a definição deFHC. "Eunãoacredito queo presidenteFernando Henrique tenhauma decisão tomada, comonenhum denós deva ter, inclusive, estrategicamente nesse momento, porque nãoéhoradecontarapoioàde-

cisãode A,contraa decisãode B. O partido terá a decisão que for melhor para o nosso projeto", disse após almoço com Alckmin em Belo Horizonte. O governador mineiro disse que aescolha dependeráde consultas as bases do partido, aos diretóriosregionaiseas bancadas. "Masnão existeum critérioformal." Enquanto ele não especificou os critérios do partido, Virgílio sugeriu a avaliação daspesquisas,oconfronto entre o histórico dos adversários, o reflexo da saída de Serra no primeiroano degestãonaprefeituradeSãoPauloe as conversas com os aliados. Serra– O próprio prefeito de SãoPaulo, disseontemque, em recenteencontro comFernando Henrique Cardoso, não ouviu qualquer manifestação de apoio. "Estive com o ex-presidente Fernando Henriquee ele não me disse nada da maneira como me disseram e saiu no jornal", disse Serra, referindo-se à reportagem publicada na Folha de S. Paulo de ontem, na qual o ex-presidente estaria manifestando a integrantes do partido sua preferência por Serra no PSDB. Descrente– Alckmintentou desqualificar a notícia em Belo Horizonte."A própriamatéria diz que essa notícia já tinha sido veiculada e que o presidentejátinhacorrigido". Elenão foi claro sobre ter obtido o apoiodeAécio. "Oprocesso político não é para resolver em horas. É um processo de amadurecimento eé conversa,entendimento. Eu estou otimista, animado. Acho importante a gente colocar as coisas. Conversa muitoproveitosa", disse Alckmin. DeMinas,ogovernador voltou a São Paulo e hoje segue em visita a Porto Alegre (RS). (Agências)

Maria Teresa Correia/Estado de Minas/O Globo
Aécio e Alckmin juntos Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte.
Temer e Quércia cochicham
da pré-candidatura de Germano Rigotto (acima) à Presidência da República pelo PMDB
Roberto Stuckert Filho/AG
Alan Marques/Folha Imagem

CÂMARA APROVA O MENOR RECESSO DO MUNDO

FIM DO EXTRA PASSA NO SENADO

OSenado aprovou ontemoprojetodedecretolegislativoque põe fim ao pagamento de salário extrapara deputadosesenadores durante a convocação extraordinária.A propostafoi aprovada em votação simbólica,sem registro no painel eletrônico menos de 24 horas depois de passar pelo crivo da Câmara. Em umasessãoque durou quase três horas, mais de 40 senadores subiram à tribunaparasemanifestar afavor do fim do pagamento dos subsídios.A exceçãofoi osenador Wellington Salgado (PMDB-MG),suplentedo ministro Hélio Costa (das Comunicações),que assumiuposicão contra a proposta. "Essedinheiro emduplicidadefoi criadoparaque nãohou-

vesse convocação a qualquer momento. Tiram-se direitos porque asociedade quer. Meu votovaisercontraqualquercoisa que tire dinheiro e direito do cidadão", disse Salgado. Minutosdepois,elevoltouatrásedissequeiriaacompanharoPMDB e votar a favor. Pressão– "Estamos cortando na própriacarne eestamos fazendoisso porque fomos pressionados", disse o líder do PMDB, senador Ney Suassuna (PB). "Não há justificativa para semantero pagamento desse extra", completou Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comemorou. "Seessaconvocação não servisse paranada, serviria pelo menos para extinguir essa excrescência, que é o

pagamento em dobro. Essa medida e a redução do recesso, que será votada na próxima semana vai fazer falta para muita gente, cujo discurso tem servido para deturpar a imagem da instituição", disse Renan. Os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo(PCdoB-SP), eRenanfecharamum acordopara queaemenda constitucional com a redução do recesso parlamentarsejavotadaatéasemana que vem, até quarta-feira. O fim do pagamento das convocações extras só começará a valer a partir da legislatura deste ano,que começano dia15 de fevereiro.Apartirdeagora, os 513 deputados e81senadores receberão 15 salários ao ano: os 12 salários mais o 13º e duas ajudas de custo que são pagas no início e no fim do ano. (AE)

Ainda sob fortepressão da sociedade, o plenário da Câmara aprovou ontem, por 466votosaum, apropostade emenda constitucional(PEC) quereduz de 90 para 55 dias o recesso parlamentar.A deputada Suely Campos (PP-RR) foi a únicaa votarcontraa PEC,que aindateráquepassarporumsegundoturnonaCâmarae, se aprovada, será encaminhada ao Senado. "Comorecessode55 dias passamos a ter o menor recesso parlamentar do mundo democrático", comemorouo presidentedaCâmara,AldoRebelo (PCdoB-SP).

Na verdade, oCongresso do Brasil passará a ter recesso igual ao do Parlamento da Alemanha,queatéentãotinhaomenor recesso do mundo. Antes de votara reduçãodorecesso, olíder doPTB, JoséMúcio Monteiro (PE), fez uma pesquisa sobre as férias parlamentaresem todoo mundo e descobriu que o da Alemanha era o menor.

A decisão foi tomada um dia depois de a mesma Câmara acabarcomopagamentodesalários extras durante convocação extraordinária. "Foi fruto da pressão da sociedade brasileira. Estamos fazendo o dever de casa", disse o deputado Orlando Desconsi (PT-RS), em discurso no plenário.

Acordo – Em reunião pela manhã como presidente da Câmara, oslíderesdospartidos selaram acordo sobre a redução do recesso, que no fim deano devecomeçarem 23de dezembro e terminar em 1º de fevereiro. O do meio de ano irá de 18 a 31de julho. Os líderes também acertaram que a convocação só poderá ser feita pelospresidentes daRepública, da Câmara e do Senado se tiver a aprovação da maioria abso-

lutadas duas Casas.Nocaso da Câmara, por 257 votos; no Senado, por 41. Aprincípio, os deputados queriam reduzir o recesso para 45 dias. Mas houve resistência. Os deputadosoptaram então por incluir o Natal e o Ano Novo no recesso. Antesda votação,Aldodissequea redução do recesso parlamentarfoium avanço

importante que fortalece o Poder Legislativo, mas frisou que não se pode comparar o recesso às fériasdos demaistrabalhadores assalariados."Orecessonãoé férias, orecessoé paraoparlamentarque tem suaatividadeem Brasíliater tempo para ter contato com os seuseleitores. Muitos precisam do tempo para prestar contas de seu mandato e receber aavaliação de seus eleitores, para que depois não se diga que são deputados copa do mundo,que só aparecem de quatro em quatro anos". Salário extras – Também foi incluído notexto da emenda constitucional aproibição de pagamento de saláriosextras no caso daconvocação extraordinária. A decisão dos líderes de repetir naConstitui-

ção oque já consta do projeto de decreto legislativo aprovado na terça-feirapelaCâmara deveu-seaofato de que, com isso, no futuro será muito mais difícil retomar o pagamento. Afinal, para mudar a Constituição são necessários no mínimo308 votosnaCâmarae 49 no Senado. A exemplodoque ocorreu naterça-feira,quandofoi extinto opagamento adicional durante a convocação extraordinária, deputados continuaram a reclamar da imprensa, à qual atribuíram a pressão pela redução dorecesso e ofim do pagamento de extras. Reclamações – "Infelizmente, estamos a reboque da imprensa",disse odeputado Adão Pretto (PT-RS)."Logo nós,quesempre lutamospela liberdade de imprensa. Ela está tratando comose fôssemostodos bandido, tudo marginal", prosseguiu. Pretto disse que repassouseussaláriosextras ao MST."Enãoqueroquea imprensa publiqueisso", afirmou elequefezacomunicação da doação feitapor meio da TV Câmara, que estava no ar. Alberto Fraga (PMDB-DF) também manteve seus ataques aosmeios de comunicação. "Estáà disposição da mídiao meu contra-cheque. Verão que o salário líquido é de R$ 9 mil e não deR$ 30 mil,como falam. Eu tenho família, chego em casaemejustificodiantedemeus filhos, todos os dias. Digo que não éverdade o quedizem de nós", declarou.

Tanto Pretto quanto Fraga votaram pela reduçãodorecesso, apesar das críticas. "Esse texto é fruto de um amplo entendimento das diferentes lideranças da Casa", disseInocêncio Oliveira(PL-PE), autor do texto final da emenda.

Laycer Tomaz/Agência Câmara
Proposta foi aprovada em plenário por 466 votos a favor e apenas um contra, da deputada Suely Campos.
Luiz Cruvinel/Agência Câmara
Aldo: 'foi um avanço importante'.

UNILEVER A Unilever vai investir R$ 25 milhões na unidade de Pouso Alegre, em Minas Gerais.

ALIMENTOS:

VENDAS EM BAIXA

A s vendas reais da indústria de alimentação no mercado interno cresceram aproximadamente 2,37% em 2005, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia). A entidade divulgou ontem o resultado do desempenho do setor no ano passado. "É um crescimento pífio, quando o crescimento vegetativo da população está em 1,9% ao ano", afirmou a entidade, em comunicado distribuído à imprensa. O baixo

Público aproveita a feira para conferir novidades

FUSÃO

A rede de TV e Rádio Bandeirantes pediu na Justiça a suspensão da fusão da Sky e DirecTV.

desempenho é atribuído pela Abia à alta da taxa de juros em vigor hoje no País e à valorização do real frente ao dólar. Para 2006, a Abia

prevê uma recuperação das vendas reais da ordem de 3,5% a 4%, com crescimento na produção entre 4,5% e 5%. (AE)

RIO TINTOTV DIGITAL: REABERTA NEGOCIAÇÃO

A Rio Tinto aumentou a produção de suas minas e usinas no quarto trimestre, por causa do crescimento da demanda global por commodities industriais, em particular na China. A produção de cobre refinado aumentou 5% e a de alumínio, 3%. (Reuters)

O governo decidiu reabrir as negociações comerciais com todos os três padrões de TV digital — japonês (ISDB) europeu (DVB) e americano (ATSC) —, apesar de o padrão japonês ser o único que atende a todas as especificações necessárias.

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, defendeu a criação de linhas de crédito do Banco Popular para o parcelamento em "30, 40 a 50 vezes" da compra do conversor que será usado para que os aparelhos de TV analógicos recebam as transmissões digitais. (AG)

VARIG FÓRUM ECONÔMICO: ENERGIA NA PAUTA

O sócio do fundo de investimento Stratus, parceiro da TAP na AeroLB, Alberto Camões, disse ontem que existem conversas preliminares com a companhia aérea portuguesa para a compra de 20% da Varig. (Reuters)

A TÉLOGO

A s preocupações de que uma eventual crise de energia possa prejudicar o crescimento econômico global irão dominar a cúpula anual de líderes políticos e industriais da próxima semana em Davos, na Suíça. A reunião, organizada pelo

Fórum Econômico Mundial, deve atrair cerca de uma dúzia de chefes de Estados e 735 presidentes-executivos ou presidentes de empresas. Os preços de energia devem liderar a pauta do encontro, que será realizado de 25 a 29 de janeiro. (Reuters)

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Empresas já podem entregar a declaração da Rais de 2005 Falsificação de moedas de euro triplica nos últimos dois anos Varig, Gol e TAM dão descontos para atrair passageiros no Carnaval

Indústria de calçados inova para aumentar as vendas em 2006

Fabricantes apostam em novos materiais, como cristais, piercings e adesivos

Para aumentar ainda maiso crescimento de4,4% no faturamento do setor calçadista obtido em 2005 em comparação a 2004, muitas empresas estão apostando em produtos diferenciados, inusitados e até mesmo exóticos,comalto valor agregado. Esses calçados estãosendo apresentadosna Couromoda2006, maior feira de calçados e artigos de couro da AméricaLatina, quetermina hoje, em São Paulo. A opção por produtosdiferenciados e com maior sofisticação em termos de tecnologia tem por objetivo ajudar os fabricantes a fugirem da concorrência com os produtos fabricados na China,que produz calçadoscom preços mais competitivos.

Sandálias – A microempresacatarinenseAiapé,comapenas cinco meses de existência, quer aproveitar o potencial de negóciosgerados na Couromoda para divulgar e negociar seus produtos.A marca está lançandotrês linhasde calçados inéditos no mercado: a sandália meia sola, com soladodeborrachaque vemcom uma meiaembutida; asandália sem tiras, com um adesivo à base de látex que, quandoarrancado, proporciona ao consumidor asensação de estar

descalço, porém com o confortodosolado deborracha;eas sandálias customizadas.

"Oferecemosuma garantia de quatro mesesnas sandálias sem tiras. Nas customizadas, as pessoas podem montar seus visuais de acordo com suas personalidades", afirma EugênioFerrão, diretor-comercial daAiapé. Naprática, asandália customizada vemcom três furos nosquais oconsumidor pode encaixar e combinar adereçosde moda.A empresaesperaquedentro de90diassua produção diária triplique dos atuais mil pares por dia, em razão dos contatos e negócios concretizados na feira.

Radical – A marca de tênis americano Converse All Star, comfábrica noRio Grandedo Sul, está lançando na Couromodacerca de250 novos modelos.Todos eles sãoinovaçõese atualizaçõesdomodelo clássico com soladoe biqueira deborracha. Novosmateriais, como couro, velcro, zíper e novas estampas traduzem a atual filosofiada empresadeseguir astendênciasda moda.Entre os lançamentos, destaca-se o modelo Skull, que vem com um piercing aplicado no olho da caveira desenhada na lateraldo tênis.O piercing,inclusive,pode serusado pelocon-

sumidor,jáqueéfeitodeaçocirúrgico.Osdoismodelos do Skull chegarão aos pontos-devendanomêsde março,com preço sugerido ao consumidor de R$83, comcano alto,e por cercadeR$99 oquevaiquase até a altura do joelho. Peles – Já o estilista Sam Abdo,proprietáriodagrife de bolsase calçadosque levaseu nome,comercializava seus produtos de luxo somente no mercado externo. Com a participação na Couromoda, ele espera vender seus artigos a partir do próximo mês em cerca de 100 lojasportodo oBrasil. A grife existe há um ano e exporta para os Estados Unidos e Europa. Entreas famosas quejá adquiriram os produtos de Sam, destacam-se as atrizes Paris Hilton e Cameron Diaz. O grande diferencial de suas peças é que todas elas vêm com cristalSwarovsky. "Acredito queeventos comoo SãoPaulo Fashion Week ajudam a difundir o consumo dos artigosde luxo", diz o estilista. Seus sapatos, que custam entreR$ 250 e R$ 700,possuemforrositalianos.Asbolsas,por suavez, custamentre R$500e R$1,8 mil. A mais cara delas é a bolsa modelo Alli, feita com peles de jacaré, coelho e raposa. André Alves

Modelo apresenta sandália sem tiras da Aiapé
Sandália fica presa aos pés por meio de um adesivo
Marcos Fernandes/LUZ

Ribeirão já tem até serviço funerário

D esde o início deste ano está aberta em Ribeirão Preto a empresa Carrinho do Céu, quepresta serviçofunerário para animais domésticos (cães, gatose atéaves), além de táxi para os mesmos (para exames veterinários,banhoe tosa, estética, dentista, ofurô e hotéis).Elis Regina Rodrigues, uma das sócias, que teve aidéia doserviçofunerárioe fez uma ampla pesquisa do ramo nos últimos meses, ainda pretende lutarpela criaçãona cidade deumcemitériopara os animais. Por enquanto, sua empresa oferece o cemitério virtual, pela internet, aos clientes (donos do recém-falecidos bichinhos deestimação): a foto do animal é colocada no site da empresa e só o dono tem senha e acesso.

Elis Regina começou a pensar no serviço funerário em agosto do ano passado, quandoperdeua suacachorra, umacockerchamada Bita, com 12 anos, e não conseguiu dar um destino "digno" ao seu corpo. "Ela era meiga, dócil, e tive de colocá-la num saco de lixo preto e no caminhãode coleta do Centro de Zoonoses, que a levou ao aterro sanitário. Foimuitodoloroso,

pois o Centro de Zoonoses faz um trabalho sério, mas não o controle emocional do dono do animal", disse. Foi então que Elis Regina começoua pesquisar o ramo de serviços funerários e de táxi. "Não encontrei nada do gênero e nem existia umcódigo declassificaçãocontábilpara abrira empresa", disse. Elise asócia,NádiaHelena Euzébio, investiram R$ 100 mil nacompradedoisveículos,um para o serviço funerário e outro para ode táxi, alémdo serviço de internet e equipamentos para o escritório.

Atendimento – Quando o serviço funerário do animal doméstico é solicitado (R$ 30), em meia hora o veículo funerário do Carrinho do Céu chega à casadocliente.Aspessoaschegam paramentadas, colocam o animal numa embalagem branca,lacram, depois num saco funerário branco e, em seguida, o depositam numa urna metálica fixadentro doautomóvel. Olocalondeo animal morto estava também édescontaminado.

Depois, afunerária encaminha os restos do animal ao Centro de Zoonoses, que toma asdemais providências.Ao

Aqui jaz nosso melhor amigo

Os zelosos donos de animais – sejam eles cachorros, gatos, papagaios, coelhos ou hamsters – já encontram um lugar apropriado quando perdem o seu melhor amigo. Empresas oferecem sepultamento, funeral e até cremação.

QuandoNex Gorducha,umacachorra vira-lata de 14 anos foi desta para melhor, o advogado Manuel Nunes quis prestar asúltimas homenagensà sua companheira de longa data. Ele ligou para o Jardim do Amigo, um cemitériode animais e, em poucas horas, o corpo da cachorrinha foi retirado epreparadoparaovelório.Chegandolá, Manuelencontrousua"amiga"dentrode um caixãozinho, de banho tomado, pêlo escovado e rodeada de flores. Ele sedespediu de Nex Gorducha e acompanhou seu enterro. No túmulo da cachorrafoi colocada uma lápide com nome, data de nascimento e de morte. "Ela já tinha se tornado um membro da família. Gorduchamerecia descansarneste recanto", disse Manuel.Eufemismoscomo"última homenagem" e "hora da separação" estãoincluídosnopreço, quevariadeR$160a R$1.080,já com ofuneral e asepultura, alémdo condomínio anual cobrado pelo cemitério.

O Jardim do Amigo existe há 11 anos e no seu gramado estão enterrados 6,5mil animais, entre cães, gatos, papagaios,coelhos e hamsters. Assim comoManuel, osdonos semprevisitam ostúmulos dosseus "amiguinhos"quejá seforam. E o negócio é levadotão a sério que, uma vez aoano, no diade São Francisco,um padre vai até o cemitério dar a benção. "Quando as pessoas moram em outra cidade e querem fazer o sepultamento aqui,podem ficar emnossa pousada",explicou RosângelaFernandes,que gerencia os serviços do cemitério.

Cremação – Outra maneira de dar um último adeusaoseucompanheiro deestimaçãoépor meio dos serviçosoferecidospelo Pet Memorial, o único crematório da América Latina para animais. Desembolsando entre R$ 525 e R$ 945, orabecão refrigeradobusca obichinho deestimaçãoem qualquerhorárioeonde eleestiver. Enquanto o animal é mantido em uma câmera fria e tem seu corpo preparado, um dos funcio-

contrataro serviço, ocliente tem aindaoacessosigilosoe privado à foto no site.

"Enterrar os animaisem terrenos baldiosé um crime, pois podemcontaminar osolo e a água", disse Elis. Do dia 1º até o dia 17, foram feitos 15 serviços funerários e 20 de táxi (R$ 25 ida e volta). "Está superando as minhas expectativas", disse Elis. As empresárias ainda pretendem investir na informação à população, distribuindo panfletos e folders nas ruas e avenidas. No site, ametatambém édivulgar feiras de animais, vendas, adoçõesenamorosdos animais de estimação.

Cemitério – A partir de fevereiro, Elis espera que a Câmara Municipal deRibeirãoPreto abraespaço para acriaçãode um cemitério para os animais, como os que já existem em São Paulo, Campinase Piracicaba. Para tanto, as sócias já colhem assinaturas em abaixo-assinados. De acordo com Elis, uma vereadora se comprometeu a colocar a idéia em discussão. Cercade15 animaisdomésticosmorrem diariamente em Ribeirão Preto, que tem cerca de 70 mil cães e gatos. (AE)

nários da empresa vai até a casa da família para agendarovelórioe acremação."Nestashoras temosde sermuitocautelosos,pois aspessoas estão tão abatidas como se estivessem sofrendo pela morte de um parente próximo", disse Jorge de Souza, o Mulato, um dos supervisores do Pet Memorial. No Pet Memorial, o velório acontece em uma capela e, depois da cremação, o dono pode levar ascinzas paracasa,emuma urnapersonalizada."As pessoas que preferemdeixaras cinzas do animal aqui, podem visitar seu amigo em datas especiais", diz Jorge.

Quem achaque esteritual épara poucoscachorrospaparicados,engana-se:o PetMemorial tem seis mil associados e realiza cerca de 200 cremaçõespormês."Seoplanofunerárioforfeito ainda em vida, os descontos chegam a 20% do valor total", acrescenta Jorge.

Uma empresária que preferiu não revelar o nome acredita que cuidar docorpo do seu poodle Astolfo foi a única coisa que ela pôde fazer por ele depois da morte. O cachorro sofria com a metástasedeumcânceresefoiháum mês. "Quandosoubedagravidadedadoença,procurei oserviço do PetMemorial e, depoisdo falecimento do meu cachorro, pude acompanhar todas as etapas do funeral de perto", diz ela, que garante ter recebido toda a atenção necessária deumassessorenviado àsuacasa."Ficotranqüila por ter certeza de que Astolfo está descansando em paz", completa.

SERVIÇO

Pet Memorial - avenida Sadae Takagi, 860, São Bernardo. Tel: (11) 4343-5000 e site www.petmemorial.com.br.

Jardim do Amigo - rua José Águila Sanches, 64, bairro de Ambuitá, Itapeva. Tel: (11)4144-2512.

No Jardim do Amigo (acima) o enterro é feito num grande gramado. Abaixo, serviço funerário de Ribeirão.
Sonaira San Pedro

Éder confessou a ajuda petista ADVOGADO DO PT BANCA DEFESA DE MOTORISTA DOS DÓLARES CUBANOS

Testemunha-chave da denúncia de queo PT recebeudólaresvindos de Cuba,o motoristaÉderEustáquio Soares Macedo prestou depoimento ontem na CPI dos Bingos assessorado pelo advogado do PT Hélio Silveira. O motorista, que dirigiu em São Paulo o Ômega que transportou as três caixas de uísque supostamentecontendo US$ 3 milhões para a campanha dopresidente LuizInácio Lula da Silva, só confessou ter recebido o auxílio jurídico depois de serintensamente pressionado pelos senadores e de ser ameaçado de prisão. Silveira já estevena CPI dos Bingos ano passadodefendendo AdemirsonAriovaldo da Silva,secretário particular do ministro da Fazenda, Antônio Palocci.

Visivelmente em pânico diante da pressão exercida pelos senadores, Éder Eustáquio, que estava acompanhado poroutra advogada, acabou admitindo que mentira e que Hélio Silveira esteve, inclusive,momentos antes na sala da CPI, no início da sessão.A revelação deixou os parlamentares petistas constrangidos e os de oposição com acertezade quea testemunha foi orientada pelo PT a se calar. Poletto– Eustáquio admitiu ter ido ao aeroporto de Amarais, em Campinas, para buscar o economistaVladimir Poletto,ex-assessor de Palocci,que trazia as caixas de Brasília. Mas, antes que qualquer senador perguntasse, ele disse que não viu a bagagem de Poletto, o que gerou desconfiança nos senadores.

Durante a sessão, a CPI descobriu queo motoristaantecipou a viagem do Rio de Janeiro, onde vive, para Brasília, onde prestou depoimento, de ontem para quarta-feira. O pedido para a antecipação deseu bilheteaéreo, pagopela CPI,foifeito aoSenado pelaassessora doMinistério da FazendaIlma Lima.Encurralado,Éder acabou revelando que passou a noite em um hotel cinco estrelas, mas se recusou a dizer quem pagou a diária. Após o depoimento, policiaisfederais, à pedido da CPI, descobriram queo quarto foipago pelo próprio HélioSilveira, quetambém estavahospedado lá.Dois assessores daFazendaassistiram ao depoimento.

Toninho do PT– Encarregados do inquérito sobre o assassinato do prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho de PT, em setembro de 2001, ospromotores deCampinas José Gasques de Almeida Silvares eFernando PereiraVianna Neto afirmaramontem,naCPI dos Bingos,não existirem"indícios"dequeele foivítima de uma crimede mando.Segundo Silvares, não há nenhum elemento que relacione sua morte ao assassinatodoprefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrido há exatos quatro anos.

Caixa – A CPIdivulgou nota rebatendo aposiçãoda Caixa Econômica Federalsobre oparecer preliminardo relatorGaribaldi Alves (PMDB-RN), apresentado na quarta-feira. O relator afirma que houve pagamento de propinana renovação do contrato da Caixa com aGtech epedeo indiciamentode34 pessoas.ACaixa chamouo parecer de "instrumentoeleitoral".A CPIafirma, na nota divulgada ontem, que o relator não pretende polemizar com a Caixa. (Agências)

FICA COMPROVADO O MENSALÃO

No relatório final que será apresentadoentre 15e 20 de março, aCPMI dos Correios confirmará que houve o pagamento de mensalão a parlamentares aliados ao governo, oferecendo informações mais consistentes sobre as fontes derecursos,osbeneficiáriosea relaçãocomeventuais votações na Câmara, exibindo os valores, datas e forma de repasse dos recursos. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) será incluído também como beneficiário do valerioduto em 1998, quando disputou a reeleição para o governo de Minas Gerais. A CPMI poderá recomendar o indiciamento de Azeredo, mas está afastada a possibilidade de pedir a abertura de processo por falta de decoro parlamentar. Reunião – Asituação dele foi incluída ontem durante reuniãoentreopresidente da comissão, Delcidio Amaral (MS), e o relator, deputado Osmar Serraglio(PMDB-PR), que aprovaramo esboço do parecer final, que terá mais de 500 páginas.Serragliodisse que não pedirá que o senador

Delcidio (à esq.) e Serraglio aprovaram ontem esboço do relatório final

do PSDB de Minas Gerais seja processado,umavezqueoempréstimo aconteceu em 1998, quando eleeragovernadore não parlamentar. Amaral não quis antecipar se o documento final incluirá outros parlamentares. No relatório parcialque foiencaminhado ao ConselhodeÉtica, foram listados 18 deputados. "Estamos cruzando os novos dados para verificar se vem alguma coisa nova", afirmou. O principal objetivo agora da CPMI é aprofundar os da-

dos para relacionar os saques comas votações de matérias de interesse da administração federal na Câmara. No esboço divulgado ontem, além dos empréstimos aos banco Rurale BMG, oesquema do empresário Marcos Valério teria sido montado tendo também como origem dos recursos o fundo da Visanet, financiamentos privados erecursos externos.

Detalhes – Em relaçãoao financiamento privado, a CPMI conclui as investigaçõesdos

repasses da Telemig Celular, AmazôniaCelular eUsiminas para asagências depublicidade DNA e SMP&B, de Valério. Não faltarão no parecer final os detalhesdoscontratosdas agênciasdepublicidade com órgãos públicos.

A situação dosfundos de pensãotambém receberá um tratamentodetalhado nodocumento final segundo esboço feito pela CPMI. Ao publicitário Duda Mendonça, será dedicado um capítulo em que será analisada a movimentação financeira dele, os principais contratosde publicidade no que se refere à licitação e à execução dos trabalhos.

Para evitar as dificuldades que aconteceram com as CPIs do Mensalão e Banestado, que divulgaram os relatórios perto do prazo de encerramento, Delcidio disse queosparlamentares agoraterãotempo para discutiro documentoantes de votá-lo. Oficialmente, a CPMI terminará em 15 de abril. O senador afastou também a possibilidade de um relatório alternativo pelo PT. "Isso não existe, o que existe é voto em separado." (Agências)

BATE-BOCA NO SENADO

Os senadores Aloizio Mercadante(PT-SP) e Antonio CarlosMagalhães (PFL-BA) discutiramno plenário do Senado ontemsobre o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT). ACM acusou o PT de estar por trásdas mortes doprefeito e do legistaCarlos DelmontePrintes. Dizendo que a CPI dos Bingos vai trazer outro legistadocaso Danielpara depor, o ACMdisse: "Um vocêsjáconseguirammatar...",no que foiinterrompido aos gritos porMercadante. "Quem matou, quem matou?"

GOLDMAN: SERRA NÃO SERÁ PRÉ-CANDIDATO.

Opré-candidato agovernador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB)afirmou ontemque o prefeito JoséSerra(PSDB),só será candidato a presidente se for para atender a um eventual pedidodo partido. Segundo ele, há um consenso dentro da legenda de que Serra se encontra numa posição que o impede de pôr uma pré-candidaturana mesa,porter iniciadohá apenasumano omandato na Prefeitura de São Paulo. "Ou ele é candidatoou não é",disseGoldman,ressaltando que"ninguémécandidato de si mesmo". Com base nisso, o pré-candidatodo PSDB agovernador de São Paulo descartou também a possibilidade de o candidato da agremiação ser escolhido numa convenção, onde seriam postos lado a lado os nomes do prefeito de São Paulo e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que continuou ontem sua peregrinação pelo País. Disputa – "Ele (Serra), certamente, não vai para convenção nem paranenhum processode disputa", acrescentou. Segundo Goldman, o prefeito encontrasenumasituaçãomuitodiferente da deAlckmin, queestá no fim do mandato e reúne as condiçõesnecessárias para pôro nome à disposição do PSDB. Serra, por sua vez, ainda não assumiu publicamente aprécandidatura,mas continuou ontem discursando como can-

Oex-presidente Fernando Henrique Cardoso previu ontemuma jornada difícil para opresidente Luiz InácioLula daSilva. Elenão se mostrouimpressionado com a possibilidade de os bonsnúmerosdaeconomia "vitaminarem" sua candidatura. "Lula vai precisar tomar muita vitamina.Não seestá sediscutindo a situação econômica, atéporqueele seguiumuitoo que estava sendo feito por nós, massima situaçãopolíticae moral. Não vai ser fácil para ele convencer o povo de que o que se diz não é verdade. De minha

Goldman: há consenso no partido. Serra (acima, à esq.): críticas ao governo federal. E Alckmin (acima, à dir.) feliz com o resultado da sua campanha Brasil afora.

didato evoltou a criticara políticamonetária dogoverno, ao comentar o corte da taxa básica de juros pelo Banco Central. "O BC errou nos juros, isso é inquestionável", disse a jornalistas."FoiumapolíticaerradadoBanco Centrale do governo Lula."

Críticas – Serra atacoutambém agestão dapré-candidata a governador Marta Suplicy (PT)comoprefeitada capital paulista. Segundo Serra, houve enormes desperdícios de dinheiro público na administração petista em São Paulo e, para

'LULA PRECISARÁ DE MUITA VITAMINA PARA DISPUTAR ELEIÇÕES', DIZ FHC.

parte, acho que ele não merece ser reeleito, mas opovo é que vaidecidir", afirmounumaentrevista coletiva à imprensa antesdeproferir umapalestrana Universidade de Oxford.

O ex-presidente desmentiu osrumoresde quejáteriadecididoapoiarà pré-candidatura do prefeito de São Paulo,José Serra(PSDB),à presidênciada

ele,ogovernodo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode repetireste tipodeesbanjamento, caso siga o mesmo modelo administrativo. "Isso (o desperdício) é generalizado em SãoPaulo,nosgastoscompavimentação, nascomprasde leite, de oxigênio parahospitais, na canalização de córregos e para tapar buraco nas ruas", afirmou. "Se for padrão municipal do PT, o kit PT para administração, sem dúvida nenhuma, há desperdício de dinheiro público também na administração federal", acrescentou.

Campanha – Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, continua em campanha percorrendo oPaís eafirma terse admirado com os resultados."Eu estou trabalhando para ser candidatoeachoqueascoisasestão indomelhordoqueeuimaginava. Elas vieram até mais depressa", disse. Ontem, em Porto Alegre, disse que a população brasileira quer menos discurso e mais resultado. "Na política, há um enorme abismo entre o falar e o fazer",afirmou, ao desembarcar na capital gaúcha, onde foi recebidopormilitantes tucanoscom uma faixadefendendo a candidatura dele. "O Brasilquermenosblablablá, menos discursoe maisresultado, mais prática", declarou. Reeleição – Alckmin evitou defender o mandato de cinco anos para presidente da República. Segundo ele,tanto faz quatro anos com reeleição ou cinco anossem reeleição.Para o governador quatro anos "dá para trabalhar bem".

Sobre como pretendiaenfrentaroprefeito da capital paulista, JoséSerra (PSDB),na disputa interna do partido pela indicação a presidente, Alckminevitou polemizar."Não pretendo derrotar Serra. Pretendo estarunido para trabalhar pelo Brasil." Ele voltou a dizer que a disputa interna é saudável eafirmou quequem apostar na divisão da legenda errará. (Agências)

República.Eledisse queosdois pré-candidatos dopartido, Serra eo governadorde SãoPaulo, Geraldo Alckmin, "são bons candidatos, têmcredenciais". Mas observou: "Posso falar bem de um ou do outro, mas não vou dizer que deve ser este ou aquele. É um engano imaginar que a seleção de um candidato será feita pormim,ou pelopresidentedo PSDB, Tasso Jereissati, issonão seria democrático." Decisão – Paraele,o PSDB não deveterpressa naescolha docandidato e acredita que a decisãoserátomada semanecessidade de umaprévia. Disse, ainda, que"o ideal" é quese tome uma decisão até março. SegundoFHC, aspesquisas eleitorais–queapontam Serra como um candidatomais forte do que Alckmin – não devem determinara escolhadocandidato tucano. "O PSDB não está preocupado com pesquisa, pois ela é um estado transitório", disse. "Tem de vero potencial, não adiantater mais (pontos) agora. E no futuro, vai ter mais?" Ele ressaltou que outros fatores têm que ser levados em conta. "Quem vaiestarrealmente disponível,quevairenunciarpara começar." (Agências)

Brant na sessão do Conselho

RELATOR PEDIR CASSAÇÃO DE PROF. LUIZINHO

Confiante de que seria absolvido no processode cassação que responde no Conselho de Ética da Câmara, o deputadoProfessor Luizinho (PT-SP) foisurpreendido ontem com o parecer do relator Pedro Canedo (PP-GO), que recomendou aperda do mandatodo petista. Luizinho disse não ter dúvidade queCanedorecebeu "pressão violenta" para "mudar o relatório".O relatorconfirmou "pressões de dentro e de fora da Casa, dasociedade organizada, para condená-lo e para absolvêlo" e negou que tenha mudado o parecer na última hora. Também ontemfoi lidoo parecer do relator Nelson Trad (PMDB-MS) pelacassaçãodo mandato dodeputado Roberto Brant(PFL-MG). Comohouve pedido de vistas (prazopara análise) nos dois casos, o conselho votará o relatório de Brant na próxima terça-feira e o de Luizinho na quarta-feira.

R$ 20 mil– Luizinho foiprocessado porque um assessor de seu gabinete, José Nilson dos Santos, sacou R$ 20 mil do esquema do caixa 2 do empresário Marcos Valério Fernandes de Souzae doex-tesoureiro doPT Delúbio Soares. Antes de deixar o plenário do conselho, o petista protestou:"Nãopodedar pena demortepara quembate uma carteira epara quemassassina." Ao perceber que parecia admitir algum tipo de culpa, o deputado acrescentou: "Ou para alguém quepassou naruae fuiconfundido. Eu fui confundido."

Com o pedido de cassação de Luizinho, aavaliação geral dos integrantes do conselho é que ficou impossível levar adiante qualquer tentativa de "acordão" entre os partidos dos deputados processados. Pelamanhã,durante a leitura do relatóriode Brant um grupo de conselheiros estava preocupado com uma composição paraderrubar orelatório quecondena Brant,com votos do PTe do PP emfavor do pefelista. Temiamque acontrapartida fosse a aprovação de um possívelpedido deabsolvição de Luizinho,com votosdoPFL. "O voto do deputado Pedro Canedo consolida a unidade do conselho. Não há chance de acordão", disse Nelson Trad, que antestinhaditonão aceitar "pressão, ameaça,chantagem e toda essa quinquilharia podre". Avaliação – Na avaliação de grande parte dos conselheiros, a tendência será de a maioria acompanhar osvotosdosrelatores. Dosonze processadosno conselho por envolvimento no valerioduto, cinco são doPT e quatro do PP. Como um deputado do PP condenou um petista, também não há mais garantia de que haverá solidariedade entre as duas legendas. Processado pelo recebimento de R$ 102,8 mil do caixa 2 de Valério quando disputoua prefeitura de Belo Horizonte em 2004, Brant reiterou que não cometeu qualquer ilegalidade porque usou o dinheiro para pagar programa de televisão veiculado antes da campanha. Nelson Trad entendeu, porém,que odiretório regional do PFL tinha que ter declarado orecebimento dodinheiro e que Brant deliberadamentenão cumpriuaLei dos Partidos Políticos. Brant disse ter "o feeling" de que será absolvido pelo plenário da Câmara, que dá a palavra final nos processos do Conselho de Ética. (AE)

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PRESSÃO FAZ

OPINIÃO

RESENHA NACIONAL

SUCESSÃO: CENÁRIO AINDAINDEFINIDO

Apesar da intensificação das articulações e dos movimentos em torno da definição de estratégias e candidaturas para a eleição presidencial, no fundamental o cenário da sucessão ainda está indefinido. Por enquanto, o que se apresenta são apenas tendências e probabilidades. O presidente Lula, por exemplo, tende a ser candidato. Mas reservou-se o tempo e o direito de anunciar se concorrerá ou não à reeleição apenas em final de março ou abril. É certo que o PSDB terá candidato, mas aumentou a incerteza sobre quem será o nome escolhido pelo partido. A disputa entre o prefeito José Serra e o

Naspróximas semanasserão conhecidasas candidaturaseo relatóriofinalda CPIdosCorreios

governador Geraldo Alckmin se acirrou a partir da semana passada. Se Alckmin subir nas pesquisas, ficará mais difícil para o prefeito encontrar um argumento plausível para justificar sua desincompatibilização para concorrer à Presidência da República.

A direção do PSDB busca, a partir desta semana, definir regras para a escolha do candidato. Os líderes tucanos querem encontrar um método que leve a um consenso interno em torno de um dos nomes. Consenso que, por enquanto, se anuncia difícil de ser alcançado. Além de pautarse pelas pesquisas dos institutos, o próprio partido contratou pesquisas qualitativas e quantitativas para munir-se de dados para decidir. Alckmin, no entanto, tem insistido na tese de que o desempenho nas pesquisas não pode ser o principal critério para a escolha do candidato. Outro partido que está

envolto com dificuldades para definir critérios para a escolha do candidato é o PMDB. Já são dois précandidatos inscritos: Anthony Garotinho e o governador gaúcho, Germano Rigotto. Mas antes de definir os critérios, o PMDB tem uma convenção marcada em 5 de março para decidir se terá ou não candidato presidencial. A ala governista do partido insiste em uma aliança com o presidente Lula. Todos os analistas, no entanto, sugerem que esta possibilidade está cada vez mais fraca e que o PMDB marchará para a candidatura própria. Rigotto defende a realização de uma prévia partidária.

Enquanto as articulações em torno da sucessão presidencial se intensificam, apenas nesta semana a Câmara e o Senado tiveram suas primeiras sessões deliberativas da convocação extraordinária. O Congresso está sob intenso bombardeio de críticas por conta do alto custo e do fracasso da convocação extraordinária. Em resposta, cancelou o pagamento de salário extra para as próximas convocações extraordinárias e pode reduzir as férias parlamentares de 90 para 45 dias.

Na CPI dos Correios parece que está se formando um consenso tácito entre governistas e oposicionistas para estabelecer a conclusão dos trabalhos antes do prazo previsto.

Domingos

Carlos Maradei, João de Scantimburgo,

Promessa não-cumprida

GUILHERME AFIF DOMINGOS

Ogoverno, através de seu ministro da Fazenda, AntonioPalocci, dosecretário da Receita Federal e de outras autoridades, afirmouque nãohaveria aumento da carga tributária em 2005 e que as medidaspropostas na MP232 apenasbuscavamcompensarperdasresultantesdoalíviofiscal concedido a alguns segmentos. Verifica-se agora, pelos dados divulgados pela Receita Federal, que a arrecadação federal bateu novo recorde em 2005, apresentando aumento realde 5,65%,para umaexpectativa de crescimento do PIB da ordem de 2,5%, o que significaqueacarga tributáriaelevou-seainda mais, apesar do nível insuportável em que já estava.Pode-seimaginardequantoteriasidooincrementodatributaçãono anopassadoseasociedade não tivesse reagido e o Congresso rejeitado a famigerada MP 232!

Nada parece deter a fúria arrecadadora do governo. Quandopromete fazer o bemem matériafiscal, deixa os contribuintes aindamais preocupados, pois sempre procura incluir algum item (algunsaparentementebenéficos, mas queno finalrepresentam novoônus para empresas ou cidadãos),como se observourecentemente com a MP 275, editada no dia 29 de dezembroequealterouoespíritoinicialdoSimples, qual seja, adesoneração do pequeno empreendimento.

Apretexto deregulamentaraLei 11.196/2005, resultado de uma ampla negociação entre governo, Congresso e vários segmentosempresariais, anova MPdeixou decorrigir asfaixasde receitabruta, congeladasdesde 1997, e ainda aumentou as alíquotas incidentes sobreempresasde pequenoportequefaturam até R$ 2.400.000,00, elevando também a tributaçãodas empresascontribuintesdoIPIeasde serviços, desfigurandocompletamente aquilo que deveria ser um benefício fiscal.

Só nos resta esperar que o Congresso restabeleçaoespíritoque norteouaaprovaçãodaLei 11.196, pois ficou evidente que as afirmações do governo sobre a renúnciafiscal, ali prometida, não merecemcrédito, tendoemvistaocrescimento constante e acentuado da arrecadação.

Está na hora da sociedade cobrar das autoridades o cumprimento de suas promessas,especialmente ade não aumentar a carga tributária,mas essa cobrança não pode mais seramigável, pois a via dos compromissos pactuados não está tendo sucesso. Por isso amobilização iniciada com a campanha De olho no imposto precisa avançar rapidamente, para que os contribuintes passem agora a exigir os seus direitos e a pressionarem o Congresso para que ponha limites à ganância e ao arbítrio do Fisco.

A FIRMAÇÕESDOGOVERNOSOBRERENÚNCIAFISCALNÃOMERECEMCRÉDITO

Super-Receita: boas intenções no papel

AULO ANTENORDE OLIVEIRA

Aintenção dogovernoem unificaras estruturasda SecretariadaReceita FederalcomaSecretaria daReceita Previdenciária pode ser vista como uma iniciativa extremamente positiva, no sentido de reduzir a carga tributária e a burocracia, fazendocom quediminuaocusto-Brasil, asonegaçãoeainformalidade. Noentanto,amá condução do processode fusãotem feito com que todas as potencialidades desta inovação passem despercebidas ou se percam.

JOÃODE

SCANTIMBURGO

DEFESADOS RICOS

Henrique Meirelles concedeu curiosa entrevista à reportagem que "cobre"jargão da imprensa - o Banco Central. Declarou que os ricos sabem se defender da inflação. Estava eu certo ao dizer que os ricos souberam se defender de tudo, inclusive da inflação, desde Babilônia, Bizâncio e o Império do Meio, nas mais longínquas eras. Sob Basileu II, em Bizâncio, Typhon III, na Síria, Assomar V na Babilônia, sempre os ricos souberam se defender. Por exemplo, no Brasil sob José Sarney, sob Collor e outros presidentes com inflação violenta, os ricos ganharam muito dinheiro, enquanto os pobres ficaram mais pobres, segundo chavão sempre mencionado no Brasil para atacar um princípio de capitalismo.

SobSarney,Collore outraspresidências cominflação violenta,osricos ganharammuitoe ospobresficaram maispobres

Durante toda a história da humanidade, em qualquer época, os países souberam sempre defender o lado dos ricos, enquanto o lado dos pobres continuou sempre desprotegido. Banqueiro de brilhante carreira no setor privado, Henrique Meirelles sabe, portanto, do que fala, ainda que tenha sido muito sumário na sua resposta a propósito da inflação.

DFerri de

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Os condutoresdo processo de criaçãoda Super-Receita cometeram alguns erros que fizeram com quea Medida Provisória258, quea criou, perdesse sua eficácia, e agora podem fazer com queoPL6.272,comomesmoobjetivo,tenhasua votação prejudicada.

Em primeiro lugar, não ocorreram os atos preparatórios da discussão. A edição de um decreto determinando a atuação integrada entre osórgãoseocompartilhamentodeinformações só ocorreu após o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional, que por sua vez somente ocorreuporque aMedida Provisória perdeueficácia. Tal decretodeveria ter sidoeditado como medida preparatóriahá cerca de umano, antes da integração de estruturas.

Emsegundo lugar,faltouinteresse emdebateroprojetocoma oposiçãoecomasociedade. O próprio relator escolhido pelo governoevitou debater a matéria. E em terceiro lugar, a falta de consideração com ofator "recursoshumanos". Ao contrário dosempregados na iniciativa privada, os servidores públicos só podem fazer oque é previstoem lei.A falta deuma definiçãoclaradoquecadaservidoririafazer,bem como a desconsideração de sua experiência e a indefinição sobre suas carreiras foram elementos catalisadores da revolta dos servidores para com o projeto.

Casoo governoconsigasuperar estes equívocos e promova a integração dos órgãos,prevendo, inclusive,aparticipação dasociedade nas discussões, a Super-Receita poderátornar-seumdosprincipais atoresdalutapeladiminuiçãodacargatributária e no combate à sonegação e à informalidade. Casocontrário, seráapenasmaisuminstrumento prejudicial ao bom contribuinte.

e resto, no momento atual é fácil qualquer brasileiro se defender de qualquer inflação, por estar esse fenômeno econômico sob inteiro controle. A administração econômico-financeira do ministro Palocci, do banqueiro Meirelles e dos economistas do Ministério da Fazenda e Banco Central conduziram, até agora muito bem, a política econômica, operando um verdadeiro milagre na apuração inflacionária, que está agora sensatamente acima da deflação, que seria desastrosa para a moeda brasileira.

Portanto, ricos e pobres no atual regime, estão podendo conviver, pois a defesa dos ricos alcançou também os pobres com preços estáveis e acessíveis. Tem razão neste momento o banqueiro Meirelles, "et tout le monde et son per

.

Fez muito bem nosso caro governador em anunciar sua candidatura a Presidência. Político não-profissional, de perfil baixo, administrador nato, há muitos anos no governo sem que nenhuma denúncia de irregularidade tivesse sido apontada em suas administrações, é sem dúvida alguma um dos brasileiros mais bem credenciados a dirigir este barco sem rumo. Chega de políticos "profissionais", de falsos líderes, de sociólogos, de sindicalistas, pois esses só afundaram nosso país. Precisamos é de um administrador competente e esse perfil, com o perdão da intimidade, nosso “picolé de chuchu” tem. Força governador, pois eu acredito que sua hora chegou. Um dia, se Deus quiser, a competência irá prevalecer.

Até agora, nenhuma característica dos précandidatos à Presidência nos dá tranqüilidade. Contudo, a honestidade e a conduta reta do governador Alckmin mostram que, talvez, ele possa rechaçar a bandalheira política que assola o País. Mas seu próprio partido não enxerga assim. O enaltecimento do sr. Serra é prematuro, embora também tenha demonstrado ser homem com algum propósito sério e com trabalho razoável em andamento. Seria muito cedo para o alçarmos em pedestal tão alto. Há de se relembrar condutas não tão honrosas no seu passado. Desculpem-me se não agrado com meus comentários, mas é o que sinto. Se o nosso povo deixar de se vender nas eleições, talvez nosso país saia da bandalheira em que está.

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Na Copa vamos ganhar a tevê digital?

Os testes da nova tevê podem começar durante a Copa. A indústria nacional vai participar da escolha do modelo?

Como pode a televisão deixar explicítas a fornicação e a lascívia? Não somos obrigados a aceitar o que a mídia coloca. Somos manipulados e acham que o errado é certo. E os valores e a integridade, deixaram de existir? Somos adultos e sentimos vergonha de ligar a televisão e ver às 21h sexo explícito. Todos os canais estão assim; será que isso é normal? Será que sua família aceita isso tão facilmente? Onde está a ética, o respeito com as famílias brasileiras, onde está a vergonha de nossos líderes?

Não aceito e não quero que os meus filhos se tornem desrespeitadores para com as outras pessoas. O início de toda violência na sociedade é a permissão de atos ilícitos entrando em nossas casas. Nas novelas, por exemplo, é ensinado como adulterar, como roubar, como ser desonesto, etc.

Está demais!

BENEDICTO FERRI DE BARROS A CHINAVEM VINDO

Es brasileiros, de uma forma geral, gostam de trocar seus aparelhos de televisão antes de uma Copa do Mundo de Futebol. Trata-se de evento de imensa popularidade e que, por ocupar tamanha importância nos corações dos espectadores, aparentemente justifica tal troca. Portanto, não é de se estranhar que o início dos testes da televisão digital no Brasil esteja agendado, precisamente, para a próxima Copa, embora o início da comercialização esteja previsto apenas para 7 de setembro de 2006.

Atualmente, aguarda-se definição quanto ao padrão a ser utilizado, dentre os internacionais existentes: o europeu (DVD), o japonês (IFDB) e o norte-americano (ATSC).

A meta do governo é decidir qual será o padrão adotado pelo Sistema Brasileiro de Televisão Digital (“SBTVD”) até fevereiro. O SBTVD usa ferramentas de cada um dos três sistemas internacionais para atender à necessidade brasileira. Nossa decisão não passa pelo que os americanos acham, ou pelo que os europeus querem, ou pelo que os japoneses pretendem.

Durante evento em que foram apresentados os principais resultados das pesquisas até o momento, o ministro Hélio Costa disse que pleiteou a inserção de uma emenda ao Orçamento de R$ 200 milhões do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico. O dinheiro seria usado para financiar a continuidade dos estudos, pois após a definição dos padrões de transmissão faltará ainda resolver questões como a implantação e a parte industrial. A competição para a produção será intensa. Há genuíno interesse em incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos digitais sem que o sistema profundamente estudado e elaborado resulte em uma aberração tecnológica, o que fatalmente inibiria a exportação de televisores digitais brasileiros. Dificilmente será repetido o mesmo erro cometido com a televisão em cores, quando, no auge do

Quem não puder comprar a tevê digital ficará com uma “caixa conversora”. Quanto vai custar esta adaptação?

regime militar, adotou-se um sistema próprio de transmissão, o polêmico PAL-M, adotado apenas por dois países: Brasil e Laos.

Os aparelhos modernos já são preparados para o sistema digital, porém, considerandose o baixo poder aquisitivo do cidadão brasileiro, parece despropositado forçar cada um dos telespectadores a adquirir um novo e dispendioso televisor apenas para continuar assistindo seus canais de sempre quando for iniciada a transmissão digital. A solução para este impasse veio na forma de uma “caixa conversora” capaz de reproduzir o sinal digital nos televisores preparados apenas para o sistema analógico. Tais caixas podem chegar ao mercado com preço final de R$ 60,00 a R$ 70,00, em sua versão mais simples, podendo, os modelos que disponham de ferramentas mais sofisticadas chegarem ao preço de R$ 400,00.

m um ano, 2005, a China triplicou seu movimento comercial com o mundo, ficando em terceiro lugar, logo após os EUA e a Alemanha. Os motivos desse feito assombroso ocorrem como episódio de um desenvolvimento histórico que pode ser datado da liqüidação da era de Mao-Tsé-Tung e sua Revolução Cultural. Ele é apenas uma das evidências de uma mudança extraordinária, efetuada num período de 29 anos, pouco mais que uma geração. Há três ordens de motivos que possibilitaram esse e outros fatos que vêm colocando a China na ponta-de-linha do cenário mundial: são motivos políticos, culturais e econômicos. Politicamente, repudiou o ideologismo utópicomarxista-revolucionárioalienígena de Mao, e sem alterar sua estrutura autoritária de poder e de governo voltou-se para o realismo pragmático, que constitui um dos mais profundos e tradicionais traços de seu espírito. Do ponto de vista de política econômica, isto significou reconhecer o êxito do "capitalismo" e já na década de 80 adotar os princípios e estratégia do que se chama de "economia de mercado." Na prática, isto significou reconhecer que na atualidade o mercado é o mundo, e que a economia se faz com o capital. Sem o qual não há nem investimentos, nem aumento de produção e renda, nem modernização possível. Continuando politicamente fechada por dentro, economicamente ela se voltou para fora. E assim, no seu processo de desenvolvimento, não foi pequeno o impulso que recebeu de investimentos mundiais.

entretanto, a uma visão de concretude e a uma habilidade manual extraordinariamente mais apuradas do que a linguagem alfabética e conceitual ocidental. Considere o leitor o que é desenhar com pincel, à mão livre, um kanji que pode exigir até 47 toques de pincel.

Do ponto de vista econômico, há fatores gerais e especiais a serem levados em conta. O mais geral é que nestes 30 anos mais recentes houve uma mudança radical na distribuição demográfica chinesa, que diminuiu na zona rural e passou a crescer na zona urbana. A despeito dos rígidos controles políticos exercidos sobre a natalidade, a China cresce demograficamente uma São Paulo por ano. Abraçando o mercado, o capitalismo e os capitalistas, a China percebeu com facilidade o óbvio. É que o mercado paga preços mais lucrativos pelos produtos chamados de "alto valor agregado", produtos que se diferenciam dos primários, entre outros

Nascoisas humanasnãohá capitalmais importantee produtivodoqueo própriohomem. Pontofinal.

aspectos, por sua novidade, por menor uso de matérias-primas em comparação com a tecnologia empregada. Assim, parte substancial do superávit obtido pela China no seu comércio com o mundo reside no fato de que ela importa matérias-primas e insumos básicos do agronegócio e os transforma e vende como produtos de ponta-de-linha. Muitos desses bens podem até dispensar mão-de-obra. Mas, se for preciso, a China a tem a preços os menores do mundo.

OA expectativa dos especialistas é a de que, em setembro, sejam utilizadas até 10 mil caixas conversoras, pois o Brasil já detém a tecnologia necessária para sua fabricação e poderá passar a produzí-las localmente em poucos meses. A posição do governo parece ser no sentido de defender a indústria nacional, para que participe positivamente desse desenvolvimento, mas sempre em linha com as tendências internacionais. O SBTVD vem sendo estudado por 20 consórcios universitários coordenados por um comitê de pesquisa e desenvolvimento, cujo resultado, até o momento, foi classificado como “muito bom” pelo ministro. Com a experiência adquirida como repórter e administrador de uma rede televisiva, Hélio vem demonstrando grande preocupação com o tema e indica que não medirá esforços para que o Brasil seja capaz de dominar a tecnologia da televisão digital da maneira mais eficiente e econômica possível.

Do ponto de vista cultural, são inumeráveis os fatores que potencializaram sua rapidíssima mudança, dependente essencialmente da assimilação da moderna tecnologia de produção. Genericamente falando, a reverência que imemorialmente prestam ao saber, à educação, aos mestres e ao ensino. Como detalhe específico, a habilitação mental proporcionada por sua linguagem ideográfica escrita, o kanji, que vista por muitos como abstrusa e pouco racional, induz,

aspecto pirotécnico da economia chinesa deixa na sombra um fato talvez mais assombroso, que por sua obviedade passa desapercebido. É que a Alemanha, com um território e população infinitamente menores do que a China, ainda a supere em matéria de transações no mercado mundial. Certamente por se concentrar, ainda mais, em produtos de valor agregado maior. Isso pressupõe uma habilitação cultural mais alta do seu capital humano. O que, obviamente, só pode ser conseguido por um sistema educacional mais desenvolvido. E, se alguma conclusão final ainda precisa ser enunciada, dada sua obviedade, é que nas coisas humanas não há capital mais importante e produtivo do que o próprio homem. Ponto final.

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Alckmin: destaque para um político "novo"

Indignação

Ogovernador Geraldo Alckmin não está gostando do comportamento da cúpula do PSDB, que estaria privilegiando o prefeito José Serra às vésperas da escolha do candidato à sucessão de Lula. O governador não gostou, por exemplo, da decisão de que o programa de televisão do partido, que deve ir ar em março, optou por criticar o governo federal ao invés de permitir a exibição de obras que estão sendo executadas no Estado.

Paralelamente à irritação de Alckmin, veio a informação de que o ex-presidente FHC estaria optando pela candidatura de Serra, por considerá-lo mais bem preparado para o exercício da presidência. O prefeito nega que esteja sendo protegido pelo ex-presidente. FHC, somente ontem, veio a público para dizer que considera tanto Serra quanto Alckmin "bons candidatos". Sabe-se, porém, que o FHC terá participação importante na hora da indicação do candidato tucano.

Geraldo Alckmin faz novo giro pelos estados. Quer se tornar mais conhecido e crescer nas pesquisas. Além de campanha junto ao eleitor, o governador aproveita para estreitar seus laços com os tucanos da cúpula partidária.

ENCONTROS

Na nova viagem que iniciou Alckmin fez questão de se encontrar com Tasso Jereissati (presidente do PSDB) e com o governador de Minas, Aécio Neves. O governador paulista caititua o voto da cúpula e reafirma sua disposição de renunciar ao mandato até 1º de abril para ficar à disposição do partido.

HORA DO PFL

Pode acontecer de Alckmin renunciar ao mandato mesmo que o partido escolha Serra como candidato. Nesse caso, o PFL assumiria o governo do Estado com Cláudio Lembo e a prefeitura com Gilberto Kassab. Tanto um quanto o outro prometem dar continuidade à administração dos titulares.

NÃO ASSUMIU

Nos encontros que vem sustentando com integrantes da Executiva do partido, Alckmin tem reclamado pelo fato de Serra não assumir a candidatura presidencial, como ele. Alckmin insiste em dizer que Serra não será candidato por ter prometido ao eleitor exercer os 4 anos de mandato de prefeito.

CONDENAÇÃO

Membros da Executiva do PSDB engrossam a reclamação de que Serra e Alckmin estão expondo publicamente as divergências internas. Para os serristas, por exemplo, o debate público entre o prefeito e o governador pode servir de munição para o inimigo comum: Lula.

CRITÉRIOS

Um dos critérios adotados pelo PSDB e que deve pesar na hora da indicação é que o candidato esteja bem situado nas pesquisas e tenha condições de amarrar acordos com outros partidos, sobretudo no 2º turno. Alckmin não quer que as pesquisas tenham o peso decisivo na escolha do candidato.

COMO ESTÁ

Se o critério das pesquisas prevalecer, Serra deve levar vantagem sobre Alckmin. Veja-se, por exemplo, que se a eleição fosse hoje, o prefeito venceria Lula nos dois turnos, enquanto o governador terminaria o 2º turno tecnicamente empatado com o petista. A próxima rodada de pesquisas deve mostrar uma variação nesse quadro.

PREFERÊNCIA

O PFL não esconde que tem certa preferência pela candidatura de José Serra. Isso já foi dito com todas as letras pelo prefeito do Rio, Cesar Maia, que estaria disposto, se fosse o caso, a retirar sua candidatura para apoiar o colega de São Paulo. Mas, os pefelistas procuram se conter na sua torcida por Serra.

TÁTICA

Serra e Alckmin vão radicalizar mais o discurso contra o governo federal. Os dois tucanos querem mostrar que estão preparados para enfrentar Lula na campanha. Quem provar que sabem "bater" no presidente. Quem começou a radicalização contra o governo federal foi Serra, seguido por Alckmin. Ontem, o prefeito paulistano fez carga contra os juros.

REAÇÃO

Marta Suplicy também não tem gostado de comentários feitos pelo presidente Lula de que o senador Aloizio Mercadante estaria melhor preparado para enfrentar a campanha de governador em São Paulo. A ex-prefeita gostaria que o presidente ficasse neutro até a hora da escolha do candidato.

MAIS UMA

O ex-petista Plínio de Arruda Sampaio se prepara para ser o virtual candidato do PSOL à sucessão de Alckmin. A senadora Heloísa Helena quer que Plínio se candidate ao governo paulista para dispor de um palanque para sua campanha

Presidencial no Estado. Plínio deve tirar votos do PT.

TRIBUTOS Virtual candidato do PFL ao governo de São Paulo, o empresário Guilherme Afif Domingos continua sua peregrinação pelo Estado recolhendo assinaturas para futura apresentação no Congresso de um projeto popular que obrigue o governo a informar quanto recolhe de imposto em cada produto vendido.

FORÇA DA IDÉIA

A meta de Afif é recolher cerca de 1 milhão E 500 mil assinaturas durante a cruzada que faz pela transparência tributária. Depois de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, os próximos municípios a serem visitados pelo empresário são: São Carlos, Araçatuba, Presidente Prudente e Bauru.

VOTOS Alckmin está convencido de que o seu candidato ao governo paulista iniciará a campanha com 35% de índice de intenção de voto. O governador admite que o adversário do candidato tucano será do PT, mas evita fazer prognóstico sobre o nome do seu rival preferível.

CORRIDA

Mercadante está promovendo reuniões no interior do Estado para neutralizar a vantagem de Marta Suplicy no diretório paulista. O senador é, até prova em contrário, o candidato da preferência do governo federal, sobretudo de Lula. Mas, a exprefeita tem a preferência de membros do diretório.

UNIDOS SOB UMA MESMA MATRIZ ENERGÉTICA

Opresidente Luiz

Inácio Lula daSilvareuniu-se em Brasília como argentino Néstor Kirchner – com quemjá haviase reunido na quarta-feira– e o venezuelano Hugo Chávez, para falar sobre a construção de um megagasoduto que transportará gás natural das jazidas do Caribe venezuelano para o Brasil, a Argentina, o Uruguai, o Chile e o Paraguai. Os primeiros estudos mostram que a obra pode custar de US$ 17 bilhões a US$ 25 bilhões e deve levar seis anos para ser concluída. Participaram da reunião, entreou-

trasautoridades, os ministros de energia dos três países. "Esse gasoduto terácerca de 7.000 km, com quase 1 milhão de postos de trabalho, uma boa partena Venezuela. Vaidinamizar de forma assombrosa as empresasdeferro,deaço, as fábricas de tubos, as empresas de construção", disse Chávez. Ele calcula que os investimentos sejam recuperados em um prazo de cinco a oito anos. "Como o preço do petróleo foi para cima, o do gás também pode ir. Se você tem um dólar para investir aí irmão, invista". Chávez agregou duas novas iniciativas à reunião. Primeiro,

PRESIDENTES ORGANIZAM 'FMI DA AMÉRICA DO SUL'

Aodeixar aGranjadoTorto depoisdoencontro com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que os três presidentesiniciarama discussãosobreacriação de um Banco do Sul – uma espécie de 'FMI da América do Sul'– e informou que foi criada uma comissão técnica para tratar da proposta. Chávez disse tersugeridoqueo capitaldobancosejaformado por 50% das reservas internacionais dos países. Segundoele,essebanco ajudaria países da região que enfrentam crise e ofereceria apoio a projetos de desenvolvimento.

Aindaestáporserdecidido seessainstituição será uma evolução da Corporação Andina de Fomento(CAF) ouum organismonovo."A decisão política já está tomada. Podemos colocar (no Banco do Sul) parte das nossas reservas internacionais para o financiamento deprogramas de desenvolvimento econômico e social", afirmou Chávez. "É a independência que queremos", comemorou. Chávez disse ainda que os presidentes sul-americanosacertaramumprograma deajudaparaa Bolívia,queconsistirá nacooperação sanitáriae eminfra-estruturaefinanciamento. ABolívia,o paísmais pobredaAmérica doSul,terá umnovo governo a partir deste domingo, quando o líder de esquerdacocaleiroEvo Morales,umindígenaaimará, assume a Presidência.

O polêmicopresidente daVenezuela defendeu também acriaçãode umaorganizaçãoregional militar, que reuniria os países da América Latina, e reiterou que a construção do gasoduto que passará porvários paísesda regiãoserá umfator deintegração importante da América Latina.

Eletambém fezváriascríticasaos EstadosUnidos,comoa interferência nos negóciosda Embraer – que teria recebidoum pedido para boicotar a venda de 24 aviões Supertucanos para as Forças Armadas da Venezuela (FAV) - um negócio avaliado em US$ 230 milhões. Chávez defendeu que a Embraertemtodoo direitodenegociaremqualquerparte domundo ereiterouque qualquerinterferência é "indevida". Lula, por sua vez, garantiu a Chávez que tentará convencero colega dos Estados Unidos, George W. Bush,a suspender o boicote milionário. (AG/Reuters)

defendeu a criação de pólos industriais ao longo do Gasoduto do Sul, como ele mesmo batizou o projeto, para agregar valor à matéria-prima e aumentar a capacidade de gerar empregos.A outra iniciativa proposta foi a substituição, pelo menosno Brasile naVenezuela, do uso da gasolina pelo gáscomo combustível automotivo e, dessa forma, permitir a elevação das exportações dagasolina.O presidentevenezuelano estimou que, até 2020, os ganhos do seu país e do Brasil com essa substituição chegariam a US$ 15 bilhões ou oequivalentea 4milhões de barris diários de petróleo. Reunião– Ficou acertada uma nova reuniãodos três mandatários na província Argentina deMendoza, nooeste do país, um dia antes da posse da presidente eleitadoChile, Michelle Bachelet, prevista para 11 de março. Segundo Chávez, emjulho,oprojetodeve estar "bastante avançado" para ser apresentado ao público. O venezuelano acredita que comoprojeto, aBolíviaseincorpore mais rápido ao Mercosul. Disse que seu governo está apoiando os bolivianos "com idéias, técnicos eespecialistas emlegislação"e manifestou seu desejo de que Evo Morales

IBOPE REVELA: LULA VENCERIA SERRA E ALCKMIN.

Pesquisa Ibope encomendada pela revista Istoé edivulgada na noitedeontem pelo Jornal Nacional, da TVGlobo, revela: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reverteu o quadro da pesquisa anterior– quemostrava o prefeito de SãoPaulo, JoséSerra,nadianteira das intenções de voto com uma diferença de seis pontos percentuais sobre ele. Anovasondagemmostra umempate técnico no limite da margem de erro da pesquisa– que é de três pontos percentuais – mas com vantagem para o presidenteLula.Eleobteve 35% dasintenções devoto contra31%deSerra, seguidopelosecretário de Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, com 12%, e pela senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), com 5%. Se colocado frente a outro tucano, caso do governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, o presidente Lula obtém 38% das intenções devoto, ante 17% deGeraldo Alckmin e 16% de Anthony Garotinho, os dois últimos em condição de empate técnico. A senadora HeloísaHelena tem 6%.

nacionalize rapidamente o gás natural. "Evojá disse que vai nacionalizar o gás, mas tomara que o faça rápido.Acredito queseja umamedida justa, aBolíviaé um dos países mais pobres do mundo e têm tantas riquezas, é justo quenacionalize seugás". Cháveztambém mencionouo espinhoso tema dopreçodo gás queonovogovernoboliviano pretende aumentar. "Acho que a Bolívia vai elevar um pouquinho o preço do gás, acho que é justo", disse . Fórum Social– Após o encontro, Lula anunciou que não participarádoFórum Social Mundial,aserrealizado em Caracas na próxima semana, e que também não irá ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, por razões de trabalho. Chávez negou que opresidente brasileiro esteja com medo deenfrentar protestos. "Não creio que Lula tenha medode absolutamentenada. Nós somos homens que não temos medo de nada. De nada." Fontes próximas a Lula revelaram,porém,que eleteria desistidodoencontroporestar convictode que–além deoutroseventuais desgastes– seria ofuscado por Chávez e pelo novo presidente boliviano, Evo Morales. (Agências)

A pesquisa do Ibope ouviu 2.002eleitoresem 143 mun icíp ios entre os dias 12 e16de janeiro. Enão não fez simulaçõespara o segundo turno nem a análise deevolução. (AG) É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação

Abraço de irmãos: Lula, Kirchner e Chávez firmam alianças estratégicas para fortalecer a integração e a independência da América do Sul

SÃO PAULO, 452

Entre nesta festa. Programas não faltam

Espetáculos serão apresentados em praças, parques, terminais de ônibus e bibliotecas da cidade Lúcia Helena de Camargo

São Paulo faz452anosna próximaquarta, dia25. Mas as comemorações começam já nesta sexta, dia 20. Praças, terminais de ônibus, parques,bibliotecas vãoreceber intervençõesartísticas.Ao longo da semana o Teatro Municipal traz apresentações de dançae concertos. E o grande evento acontece no dia 25,no Parqueda Independência. Apresentam-se ali Paulinho da Viola, Naná Vasconcelos, Cordel do Fogo Encantado e a companhia de teatroPia Fraus,com oespetáculo Bichos do Brasil

Atrações de aniversário durante toda a semana

No marco zeroda cidade, a Praçada Sé, apresenta-seaomeio-dia destasexta, dia20, o Grupo Sambaqui, que toca Samba de Bumbo e Jongo e Batuque de Umbigada,semprecom tamboresconstruídosartesanalmentepormembrosdoprópriogrupo.EmPinheiros,aPraçaBeneditoCalixtoserápalco, nosábado(21),às19h,daCiadeArtesdoBaqueBolado,com o show circense ao som do Maracatu de Baque Virado. Fogos - No Mercado Municipal, que também faz aniversáriode 73anos,a festada cidadecomeçana véspera.Por volta das22h da terça24, diversos gruposdos Trovadores Urbanos apresentam-se tocando músicas de Adoniran BarbosaePaulo Vanzolini,circulandopelomercado.Àmeia noite,haverácontagemregressivaequeimadedefogosde artifício. A comemoração segue até 2h da madrugada, com todosos barese restaurantesdo mercadoabertos. Osdonos dosboxes anunciam que manterãoo funcionamento atéessehorário. Algunscomerciantes prometematé estourar garrafas de espumantes para oferecer ao público. O último showda noite seráfeito pelo quartetooriginal dos Trovadores Urbanos, que canta a Sinfonia Paulistana, de Billy Blanco. Mesmo no feriado que começa, a cidade faz jus à letra dacanção: "SãoPaulo queamanhecetrabalhando, São Paulo que não pode adormecer...." Bolo gigante - Em umdos bairros paulistanos por excelência e seus muitos imigrantes italianos ali instalados, o Bixiga sedia uma das festas mais divertidas. Seguindo a tradição quejá dura20 anos,o bolodo aniversárioda cidade cresce ano a ano, mantendo-se no livro dos recordes como omaiordo mundo.Esteanocom452 metrosdeextensão, um para cada ano de São Paulo, começa a ser produzido no dia 20, naEscola Senai Horácio Augusto daSilveira, e será servido a partir das 11h do dia25. Com sabor de coco, cobertura de marshmallow e confeitoscoloridos, o bolo leva 1500quilosdefarinha(oequivalentea12.563 xícarasde chá),622quilos demargarinae55quilos decocoralado. IniciativadaSociedadedeDefesadasTradiçõeseProgresso da Bela Vista(Sodepro),a empreitadatempatrocínio da DonaBenta,MargarinaPrimoreoapoiodaFiespeSenai-SP. Distribuído gratuitamente, o bolo gigante é consumido todos os anos em seis ou sete segundos. Também no bairro boêmio do Bixiga, a Orquestra do Fubá faz seu show do aniversário de São Paulo no tradicional CaféPiu Piu.Abanda, quemistura jazzefunk comsamba, bossanovaeforró,vaitocarLuizGonzaga(O Último Pau-deArara),Dominguinhos(XotedaGameleira),alémdecomposições próprias, como Vamos Dançar Forró (Natalino Neto), Mourinho (instrumental de RicardoHertz), Couro Cru (Fernandodo Cavaco), Mata a Véiae o sucesso da banda em suas apresentações na França, Samambaia No shopping D, a homenagem àcidade é visual, com a exposição Umolharapaixonado porSãoPaulo, que exibe oito marcospaulistanos nas aquarelas deÂngela Corsari. Em cartaz até o final do mês, as obras trazem representaçõesda avenidaPaulista, TeatroMunicipal, Autódromode Interlagos, Edifício Copan, Memorial da América Latina, Pinacoteca do Estado e Museu de Arte de São Paulo (Masp). De coração - O Sesc Ipirangaentra na festa como projeto Paulistanosdo Brasil,queteráquatro noitesdeshows, do sábado (21) à quarta (25). Os artistas foram selecionados por um curioso critério: a declaração deles próprios de que são "paulistanosde coração",mas fazemmúsica regional. Sobemao palco JaneDuboc,Simoninha,Ceumar, Zé Rodrix,entre outros."Todo mundofalasobre osnordestinos em São Paulo, mas esta metrópole também abriga pessoas doPará,doMatoGrosso doSul,Amazonas,deSantaCatarina, doEspírito Santo", dizEliana Calheiros,diretora artística do evento. No dia do aniversário, apresenta-se a dupla Duofel,formada pelos violonistas Luiz Bueno,paulista, e peloalagoano FernandoMelo,além dasul-mato-grossense Alzira Espíndola e a paranaense Alice Ruiz.

Acima, Pia Fraus e seus bichos, espetáculo que será apresentado no dia 25; ao lado, aquarela de Ângela Corsari com retrato do Autódromo de Interlagos

Paulinho da Viola, a grande atração no Parque da Independência no dia do aniversário da cidade

PROGRAMAÇÃO

Nesta sexta, dia 20 12h - Paissandu/PatriarcaViralatisse

12h - Praça da Sé - Sambaqui

13h - Trianon - Banda Palhaçal

18h - Term. Pq. D. PedroCoco Seco

18h - Praça da Sé - Zabandá

19h - Trianon - Ilú Oba de Min Sábado (21)

13h - Biblioteca Monteiro Lobato - Cia Caracaxá

14h - Term. Pq. D. Pedro - Banda Palhaçal

15h - Term. Lapa - Pé no Terreiro 19h - Praça Benedito CalixtoBaque Bolado

21h - Sesc Ipiranga - Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga, tel.: (11) 3340-2000. Jane Duboc e Mario Gil.

Domingo (22)

12h - Parque IbirapueraMaracatu Ilé Alafia

14h - Pq. Juventude - Batucada de Bamba

14h - Parque do CarmoViralatisse

14h - Parque AclimaçãoMangangá

14h - Parque Ibirapuera (outro ponto) - Bloco da Bica

14h - Parque do IpirangaBatuntã

14h - Trianon - Sambaqui

20h - Sesc Ipiranga - Simoninha e Luis Vagner

Segunda (23)

12h - Patriarca - Orquestra de Berimbaus

12h - Paissandu - Zabandá

12h - Praça da Sé - Coco Seco

13h Trianon - Pé no Terreiro

18h Term. Pq. D. PedroMangangá

18h - Term. Bandeira - Batucada de Bamba

19h - Trianon - Café, concerto & Lanternagem

Terça (24)

12h - Praça da Sé/PatriarcaBatuntã

12h - Trianon - Bloco da Bica

12h - Paissandu/Municipal

Maracatu Ile Alafia

13h - São Bento / AnhangabaúCaracaxá

17h - Term. Pq. D. Pedro - Café, Concerto & Lanternagem

18h - Patriarca/Praça da Sé - Ilú Oba de Min

18h - Term. Bandeira - Mangangá

19h - Term. Pq. D. PedroCoco Seco

19h - Term. Jabaquara - Caracaxá 19h - Term. Santo AmaroOrquestra de Berimbaus

19h - Trianon - Baque Bolado

21h - Sesc Ipiranga - Ceumar e Zé Rodrix

22h - Mercado Municipal, Rua da Cantareira, 306, tel.: (11) 33266664. Shows com os Trovadores Urbanos. À meia noite, contagem regressiva e queima de fogos. Quarta (25)

Parque da Independência (Museu do Ipiranga): 10h - Pia Fraus - Bichos do Brasil

16h - Paulinho da Viola 18h - Naná Vasconcelos 20h - Cordel do Fogo Encantado 20h - Sesc Ipiranga - Duofel e Alzira Espíndola e Alice Ruiz Mercado Municipal - boxes abertos até as 16h e música ao vivo pela manhã e à tarde. Bares funcionam das 18h até às 21h. Bixiga - Distribuição do bolo de 452 metros - Rua Rui Barbosa (entre a Rua Conselheiro Carrão e a Praça Dom Orione). Às 11h. Grátis. Café Piu Piu - Rua Treze de Maio, 134, Bixiga, tel.: (11) 3258-8066. Às 21h30, show da Orquestra do Fubá. Couvert artístico: R$ 10. Quem chegar antes das 21h, ganha um drinque Piu Piu (suco de pêssego, licor de pêssego e espumante). Até dia 30 Exposição Um olhar apaixonado por São Paulo - Shopping D - Av. Cruzeiro do Sul, 1.100, Canindé, tel.: (11) 3311-9333. De segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 12h às 20h. Grátis.

Paulo Pampolin/Hype
Orquestra Fubá, que faz show
Fotos: Divulgação

Comédia de sabor amargo

Espetáculo retrata corrupção, operações ilícitas e enriquecimento ilegal

Sérgio Roveri

"Comobrasileiro, espero que o País melhore e a peça saia logo de cartaz". Proferida assim, alguns dias antes da estréia, a frase pode soar como um desvario, ainda mais sevinda da boca de um dos autores do texto e protagonistadoespetáculo.Maséoquepensa MarcosCaruso sobreseu novotrabalho em parceria comJandira Martini, Operação Abafa, comédiadesabor amargo que se propõe a retratar a onda de corrupção, operações ilícitas e enriquecimentoilegal quefezmorrer na praia a ética brasileira. "Seria muito bomseoBrasilmudasserapidamente, apontodeste espetáculonãorefletir mais anossarealidade".Aoseulado, uma Jandira Martini maisrealista emenda: "Mas acho muito difícil".

O prognóstico da atriz talvez indique queesteja reservadoà Operação Abafa o mesmo destino de outros es-

petáculosdadupla, como Porca Miséria e SuaExcelência,o Candidato: uma longevidade rara nos palcos brasileiros,medidaemanosdesucessodepúblico."Nãoestoupreocupado como tempo que oespetáculo possa ficar em cartaz, mas com a pertinência do que ele tem a dizer", revela Caruso. "Não escrevemos umapeça para que ela bata o recorde de bilheteria do trabalho anterior".

Marca registrada da dupla, a realidade nacional voltaa ser matéria-prima em Operação Abafa.Mas o discurso, agora, tende a dar um rosto ao conflitoentreosanseios individuais eo aparatodeumestadocorrupto. Na história,cinco amigosdaépoca defaculdade – uma turma que empunhava cartazesebravatascontra oregime militar –se encontra hoje, 38 anos apósas passeatas,diantede umdilema: aceitarou não participarde uma

campanha publicitária criada para enaltecero atualgovernobrasileiro.

Por motivos diversos –mas tendo como raiz comum a crise econômica – os cinco estão quebrados. Sem emprego e sem perspectivas, eles parecem se alimentar ainda dossonhos da geração de68. Mas só que agora receberam umaoferta considerávelpara negociar este sonho: R$ 300 mil para que cadaumdelesseplantediantedeuma câmera de televisão e diga: há 38 anos eu atirava pedras e hoje eu atiro flores. O país mudou!

Porca Miséria foium espetáculo queabordava acrise econômica",diz Jandira."Agora nós estamos falando de uma geração que sonhou tanta coisa e hoje não sabe mais como se comportar diante de tantos escândalos que vê.É umapeça quepergunta até ondevocêlevaria adianteseusprincípios políticos quando sua sobrevivên-

cia está ameaçada".

Caruso afirma que Operação Abafa não tem umdestinatário específico –seacarapuçaservir, quecadaumsinta-sevontadepara vesti-la."Massei que vão dizer que é um espetáculo contra ogoverno. Ospetistas, dependendo do grau de comprometimento que tiverem com o partido,podem sair ofendidos do teatro".

Dirigidapor EliasAndreato, apeça traz no elenco,além dos dois autores,osatores MiguelMagno,NoemiMarinho,FrancarlosReise Tânia Bondezan.

Operação Abafa, Teatro Vivo, Avenida Doutor Chucri Zaidan, 860, tel.: (11) 5105-1520.

Quarta a sexta, às 21h30; sábado às 21h e domingo às 18h. Ingressos a R$ 50.

CARTUNISTAS

Humor sul-americano em exibição

Trabalhosdosmelhorescartunistasdestapartedocontinente estão reunidos na mostra Cartunistas da América do Sul, que será aberta neste sábado, dia 21, e está prevista para ficar em cartaz até 26 de fevereiro, na Galeria Nobre,nosespaçosAlternativoeOctogonalenoGrandeSalão da Caixa Cultural. Quem os conhece de tiras de jornais, pode ver exibidos em grandes dimensões os quadrinhos com o humor afiadíssimo de Laerte, autor, entre outros livros, de Overman - O Álbum, O Mito e Gatos - Bigodes ao Léu, ambos da editora Devir, vendidos a R$ 23. Vale também para tomar contatocomospersonagensdebochadosdeAngeli(Luke & Tantra -Hormônios emFúria, Devir, R$23), alémde Chico Caruso, Jaguar, Lan, Miguel Paiva (Sentimento Masculino: Manual de Sobrevivência na Selva, Record, R$ 21,90), e o humorferinodeMillôreLuisFernandoVeríssimo,alémdosdesenhos de Ziraldo, entre os profisionais brasileiros. Da Argentina vêm Nik, Caloi e Maitena. Do Chile, Aetós e Jimmy Scott; da Bolívia: Luis. Do Paraguai, Casartelli e Nico. Da Colômbia, Pepón, Vladdo. Do Uruguai, Arotxa. Do Equador, Pancho Cajás e Bonil. E Carlin, do Peru. Com aprodução sul-americanana áreado humorismo gráficoemplenaebulição, diversaspublicações,salõesde humor e animações trazem ao público a riqueza do universo das ilustrações, charges, caricaturas, cartoons, tiras e histórias em quadrinhos, entre outras criações produzidas por artistas com trajetória na arte de representar, com bom humor, as peculiaridades humanas por meio do desenho. Esta é mais uma chance para conhecer interessantes obras Cartunistas da América do Sul - Caixa Cultural - Edifício Sé, Praça da Sé, 111, Centro, Galeria Betetto (6 º andar), tel.: (11) 3107-0498. De terça a domingo, das 9h às 21h. Grátis.

Marcos Caruso, com Jandira Martini: "Seria muito bom se o Brasil mudasse rapidamente, a ponto deste espetáculo não refletir mais a nossa realidade"

Bono: na HBO, show Vertigo do U2 sem o tumulto para comprar ingressos

U2 sem filas

Depois do enorme tumulto e desorganizaçãonavendados ingressospara ver o U2 no Estádio do Morumbi, resta aos que ficaram de fora aalternativa TV. É que neste sábado, dia 21, o canal HBOPlusexibe às 23h05o concerto

Vertigo 2005: Live From Chicago,omesmo que será apresentado em São Paulo nosdias 20 e21 defevereiro próximos. O concerto de Chicago (também disponívelem DVD) foi gravado durante duas noites, e mostrou que a banda lideradapor Bono fazpor merecer tamanha correria dos fãs por um lugarao solna platéiade suasapresentações. No repertório,sucessos de ontem e de hojedo U2, como Sunday Bloody Sunday, Beautiful Day e Vertigo, PrideIntheNameOf Love,Wherethe StreetsHave No Name,One, ZooStation, The Fly e Mysterious Ways

Onda gigante

A ondaassustadora dotsunami que devastouaÁsia em26 dedezembro de 2004 já passou, mas ainda continua a provocar novas revelações dos cientistas. Éo que mostrao Discovery Channel neste domingo,dia22,às 20h,no especialexclusivo Tsunami: A Onda.Noprograma,seráreveladoque o fenômeno não foi provocado pelo gigantedeslocamentodasplacassub-

Tsunami: novas descobertas sobre as causas do fenômeno

terrâneas,comose haviapensadoanteriormente,massimpelaelevaçãodo fundo domar causadopor terremoto de 9,2 pontos na escala Ritcher em Sumatra.Oscientistastambémapontam nesse especial que a região noroeste dosEstadosUnidos(onortedaCalifórnia e as áreas costeiras dos estados do Oregon e Washington) como a área de maior risco de ser atingida por um tsunami,poissuasfalhassãomuitosemelhantes àquelas da zona de subjunção do Oceano Índico.

na Caixa Cultural

No alto, Lovestórias de Angeli; logo abaixo, cartoon de Caloi (esquerda) e o humor iconoclasta de Millôr. Ao lado, Os Gatos, do paulista Laerte

Expedição Urbenauta: viajante percorre a capital paulista navegando pelo Rio Tietê

Aniversário animado

Quarta, feriado pelos 452 anos da cidade, a TV Cultura preparou uma programação extensa para quem ficar em casa vendoTV. Para ascrianças, duas opções: às 11h25 tem o Agendinha Especial sobre o Jardim Botânico, e às 18h,o inédito Expedição Urbenauta, quetrazumviajantequepercorreacapitalpaulista navegandooRioTietê. Às 18h30 chega ClipArte, com músicas eintérpretesque imortalizaramseu amor àcidade,comoVirginia Rosa cantando Sampa,de CaetanoVeloso; oPremeditandooBrequeinterpretandoSãoPauloSãoPaulo,eopaulistaníssimo AdoniranBarbosa cantando Iracema. Inezita Barroso interpreta Ronda, de Paulo Vanzolini. Outra atração vai ao ar às 20h, no programa No Olho da Rua, no qual Gilberto Dimenstein e MariaAmélia RochaLopesvão em busca depersonagens quesimbolizam a resistência da cidade.

Regina Ricca
Mais teatro na página 6
Fotos: Arquivo DC

Caretas, roubos e correrias

Jim Carrey e Téa Leoni se cansam com As Loucuras de Dick e Jane no mundo do crime

D ick (Jim Carrey) e Jane Harper (Téa Leoni) formam um casal batalhador. Ele, executivo, está com a promoção a vice-presidente de comunicações anunciada. Ela trabalha em uma agência de turismo, na qual agüenta clientes rudes e uma chefe implacável. Porém, a Globodyne, empresa na qual Dick trabalha, vai à bancarrota em razão de fraudes praticadas por seus maiores executivos, que durante anos apresentaram lucros inexistentes para elevar artificialmente as ações da companhia. Dick é promovido com a exclusiva função de ser desmoralizado em cadeia nacional. Assim, em seu primeiro dia no cargo, no instante em que anuncia na TV a sodidez da empresa, a emissora coloca no ar ao mesmo tempo, no canto da tela, o gráfico que ilustra a vertiginosa queda no preço de suas ações, que despencam até o zero em poucos minutos. Obviamente, ele e todos os seis mil colegas perdem o emprego. No mesmo dia, Jane pede demissão, contando com o ganho extra do marido. Então o que começou relativamente sério tenta ser engraçado. E vem Jim Carrey, com suas dezenas de caretas. Na cena emblemática, Dick segura, impávido,

Lúcia Helena de Camargo

o que restou de sua sala: o vaso de ficus que desfolha diante do vento provocado pelo helicóptero no qual se afasta o presidente da Globodyne (Alec Baldwin), principal arquiteto da fraude. Este safa-se aparentemente sem danos para seu patrimônio ou sua imagem pública, reaparecendo de tempos em tempos – caçando ou em sua casa de campo – para dar declarações sobre o quanto lamenta a desgraça de tantos desempregados. Jane e Dick, que acabaram de mandar abrir um buraco no quintal para construir uma piscina, vêem seu padrão de vida cair abaixo do nível suportável. Desempregados, sem dinheiro para pagar as contas de água e luz elétrica, almoçando em restaurantes do tipo "tudo o que você conseguir comer por US$ 2,99", eles partem para pequenos roubos, depois maiores, chegando a ladrões de bancos. Sempre atrapalhados – ele mais do que ela, como se espera – conseguem relativo sucesso na empreitada. Ao mesmo tempo, ficam sabendo de outros exfuncionários da Globodyne que também descambaram para o mundo crime, do tráfico de drogas a colegas na ladroagem. E Jim Carrey gasta seu estoque de caretas. Em uma das seqüências mais

Irmãos órfãos, muitas confusões para garantir a sobrevivência Aventura infantil em Veneza

N em escola de mágicos, nem mocinhos a serem salvos. O Senhor dos Ladrões, que estréia nesta sexta, dia 20, no Brasil, conta a história de dois irmãos órfãos, que após a morte dos pais foram separados. O caçula, Bo (Jasper Harris), foi escolhido pelos tios, enquanto o adolescente Próspero (Aaron Johnson), vai para um orfanato. O mais velho foge, resgata o menor e começa aí uma série de aventuras e confusões em que os dois se metem para sobreviver e ficarem juntos. Tudo muito igual a tantas outras histórias infantis, não fosse o cenário: Veneza. Sim, é para a mais charmosa cidade italiana que os dois fogem, em busca das histórias recheadas de magia e fantasia que a mãe lhes contava. Lá, os dois se juntam a uma gangue infantil de ladrões – todos também órfãos – comandados por Scipio (Rollo Weeks, dublado por Kayke Brito), conhecido como o Senhor dos Ladrões do título, que rouba dos ricos para revender os produtos. Ele esconde um segredo que coloca seu comando em xeque.

A trupe ainda é formada por Vespa (Alice Connor, voz de Stephany Brito), a "mãezona", embora seja tão criança quanto os outros; o encrenqueiro Riccio (George Mackay) e Mosca (Lathaniel Dyer), que sonha construir um navio para navegar em busca do pai marinheiro. Juntos, eles vivem em um cinema abandonado, mas os dois irmãos são perseguidos por um detetive particular, Victor (Jim Carter), contratado pelos tios dos garotos para trazer o pequeno de volta. Entre essas perseguições, o Senhor dos Ladrões é contratado para roubar uma asa esculpida em madeira, mas seu segredo também é descoberto. Mesmo assim, ele comanda o assalto à casa de Ida Spavento (Caroline Goodall), uma fotógrafa, também órfã, que se junta à gangue. O grupo faz uma importante descoberta e Próspero vê então a chance de atingir a maioridade mais cedo e ficar definitivamente com o irmãozinho. O Senhor dos Ladrões (The Thief Lord, EUA, 95 minutos). Direção de Richard Claus, baseado no livro de Cornelia Funke. Imagem Filmes.

adequadas ao enquadramento no gênero "pastelão", Dick sai na madrugada para roubar grama dos vizinhos, pois a sua foi levada embora por falta de pagamento. Suja-se inteiro de lama, depois, volta a correr, fazer caretas e dar pulos. Téa Leoni tem mais classe, mas também entra no jogo dos tropeções supostamente engraçados. Tão a sério levou a brincadeira que durante a cena no café Starbucks, machucou o ombro de verdade ao cair atrás da caixa registradora. Fica a impressão de que a culpa por tantas correrias é da direção leve demais de Dean Parisot, que deixou Jim Carrey ser demais ele mesmo e contagiar os demais. O filme é uma refilmagem da mesma história levada às telas em 1977 com Jane Fonda e George Segal, sob o título Adivinhe Quem Vem Para Roubar?, disponível para locação em vídeo e DVD. Na época, a comédia causou certa indignação no conservador público norte-americano, reação à mensagem de propaganda de uma moral difusa que fazia apologia dos benefícios de se praticar contravenções sem a desvantagem da punição. Hoje, a saga do casal de ladrões espanta bem menos. Afinal, depois de Tempo de Violência (Pulp

Fiction), de Quentin Tarantino, em que até assassinatos por motivos banais acabam impunes, o crime no cinema nunca mais teve o mesmo peso de culpa. Além disso, trata-se de um casal de classe média que viu suas economias esvaírem-se junto com as ações de uma corporação fraudulenta. A audiência chega a torcer pelo sucesso dos roubos.

As Loucuras de Dick e Jane ainda contou com "inspiração" adicional: o escandaloso caso da Enron, empresa americana de energia que maquiou sua contabilidade durante anos, até chegar em 2001 à completa bancarrota, deixando na mão 21 mil funcionários.

A história traz na ficção um final que se gostaria para a realidade, já que o vilão maior acaba punido. O problema é aturar os trejeitos de Carrey. Mas certamente hverá quem goste, porque pastel tem sempre freguês.

As Loucuras de Dick e Jane (Fun With Dick And Jane Estados Unidos, 2005, 90 minutos). Direção: Dean Parisot. Com Jim Carrey, Téa Leoni, Richard Jenkins. Columbia Picutres.

F inalmente chega um filme que dá valor aos profissionais do rádio e TV que anunciam sol claro, chuvas e trovoadas várias vezes por dia. Em vez de intrépidos repórteres, que arriscam suas vidas por uma notícia, os modestos homens do tempo, que só arriscam suas reputaçòes. Pena que O Sol de Cada Manhã não lhes faça justiça, pois o que mostra é muito esquisito. E até insinua que a vida de seu personagem, Dave (Nicholas Cage), é um caos, mas a meteorologia pouco tem a ver com isso. A não ser pelo fato de que espectadores revoltados com seus erros vivem agredindo-o com latas de refrigerantes, sua história é igual a de qualquer homem atormentado. Com pai escritor (Michael Caine), frio e prático, embora à beira da morte, uma exmulher que deseja em vão reconquistar, uma filha gorducha e um filho assediado por um gay mais velho, Dave tem muitos problemas, e ainda por cima pratica arco e flecha. Como se não bastasse, vive em Chicago, tida como a cidade de pior clima do mundo e cujos habitantes

OUTRAS ESTRÉIAS

Crianças indomáveis, um amor irracional e a paz no Oriente Médio

Natalie Portman brilha em Free Zone, do israelense Amos Gitai

Fotos: Divulgação

dependem dos homens do tempo –o título original do filme – ao ponto de fanatismo. E o pai ainda debocha dele porque não é nem formado em meteorologia.

As nuvens negras que pairam sob a existência de Dave, porém, independem do tempo. Chova ou faça sol, ele tem sempre um ar de assustada perplexidade (e para expressar isso não há ator melhor que Cage, com sua cara de bobo) e é atrás disto que o filme vai, sem saber onde chegar. O diretor Gore Verbinski (de Piratas do Caribe) abre sua narrativa com blocos de gelo flutuando nas águas e fecha-a à luz do sol, mostrando que há esperança até para alguém tão desvalido como Dave, que acaba mudando-se para Nova York com um salário milionário. Tudo muito instrutivo , mas sem surpresas. Sempre se pode fazer esta previsão no caso de roteiros pouco inspirados como este.

O Sol De Cada Manhã (The Weather Man, EUA, 2005, 101 minutos). Direção de de Gore Verbinski. Com Nicolas Cage, Hope Davis, Michael Caine. UIP.

Ao lado, o pai e suas crianças impossíveis; abaixo, Emma Thompson como Nanny Mcphee: feia, muito feia

Um encanto de babá

Natalie Portman, entre outras mulheres: desilusão e busca da paz

O casal que se forma: ninguém é o que parece ser à primeira vista

N anny Mcphee - A Babá Encantada (Nanny McPhee, Inglaterra, 2005, 97 minutos). Direção de Kirk Jones, que faz seu segundo longa-metragem. Baseado em livro de Christianna Brand (1907-1988), o filme é bom divertimento para as crianças ainda em férias. O roteiro foi escrito pela atriz Emma Thompson (Razão e Sensibilidade), que também atua como a babá McPhee. Para controlar o comportamento de sete crianças, usa seus poderes mágicos. Bem caracterizada, convence no papel. Já Colin Firth, na pele de Cedric Brown, pai viúvo dos pestinhas incontroláveis, parece um tanto desconfortável . Com toda sua fleuma britânica, Firth patina na comédia pastelão. Pressionado por uma tia ricaça (Angela Lansbury), precisa arranjar uma esposa às pressas. Quando ele chega no ponto de achar que é incapaz de dar uma educação adequada a seus impossíveis filhos, aparece a babá McPhee, uma senhora durona e de rosto horripilante. Mas ela esconde características insuspeitas debaixo das feições desagradáveis. Por um motivo que as crianças vão adorar descobrir no filme, a cada boa ação da meninada, ela torna-se um pouquinho menos feia. A censura é livre e o longa-metragem pode ser visto e entendido inclusive por crianças pequenas. Apenas cópias dubladas entram em cartaz nos cinemas brasileiros. O elenco traz Kelly Macdonald e Thomas Sangster. O filme custou US$ 34 milhões.

Zona franca

F ree Zone (Free Zone, Israel/Bélgica/França/Espanha, 2005, 90 minutos). Direção de Amos Gitai (Kedma e Kippur). A atriz Natalie Portman (Closer) é uma americana desiludida com o noivo, que abandona Jerusalém e se deixa levar no táxi da motorista Hanna (Hana Laszlo, premiada como melhor atriz no Festival de Cannes 2005). As duas cruzam a fronteira com a Jordânia e, lá, encontram uma palestina (Hiam Abbass) que está à procura de um homem desaparecido. A "Free Zone" é uma espécie de zona franca na Jordânia, que reúne feiras de carros para povos não muito amigáveis diplomaticamente entre si: egípicios, sírios, palestinos, iraquianos, israelenses que estão ali para negócios. Não há impostos, nem alfândega, nem guerra, como se o comércio motivasse um senso de praticidade e a paz.

Louco amor

ADama De Honra (La Demoiselle d'Honneur, França/Alemanha/Itália, 2004, 111 minutos). Direção de Claude Chabrol (A Teia de Chocolate). Suspense misturado a romance. Philippe (Benoît Magimel) é um garoto de 25 anos que mora com a mãe e as irmãs mais novas em um bairro tranqüilo. Ele acaba de arrumar

pensa duas vezes quando ela lhe

forma de provar seu amor.

uma

Dick e Jane no buraco aberto para a piscina: descambam para o submundo do crime, mas são redimidos pela existência de um vilão maior
CINEMA
Dave (Nicholas Cage), o homem do tempo constantemente agredido Nuvens negras no horizonte
Imagem Filmes/Divulgação
Patrícia Büll
UIP/Divulgação
Geraldo Mayrink

QSabores paulistanos para comemorar

Um chopps e dois pastel viram dois chope e quatro pastel. De sobremesa, bolinho de chuva

Lúcia Helena de Camargo GASTRONOMIA

ualéosaborgenuinamentepaulistano?Seriam um chops edois pastel?Ou bolinhos dechuva, jáque estamos na terra da garoa? Há quem afirme que o prato da metrópole éa pizzaou mesmoa macarronadada mama. Mascomo oque vale éa comemoração,o feriadopede um almoço especial, sem trânsito ou pressa. Entre as sugestões, o bar do Mercure Grand Hotel transforma no dia 25 “um chopps e dois pastel” em “dois chope e quatro pastel”. Na promoção, quem pedir uma porção será servido em dobro. No restaurante do hotel,acontece o Almoço em Família especial pela data. E haverá música ao vivocom cançõesde compositorespaulista-

Bolinhos de chuva na festa da Terra da Garoa

De 23 a 29 de janeiro, o restaurante O Compadre teráem seu bufêa maionese paulistana,com abandeira da cidade deSãoPaulodesenhada, além do tradicional cuscus à paulista. Na quarta, dia 25, dia do aniversário, o restaurante abredecoradocom bandeirinhas da cidade, e servirá bolinhos de chuva em homenagem à Terra da

Família à mesa

O Almoçoem Família da quarta (25) no Tramonto, restaurante do Mercure Grand Hotel São Paulo Ibirapuera, tem intenção de resgatar o clima de família unida dos tradicionais almoçosdedomingo. Nocardápio, galeto assado; lasanha comqueijo, presunto e molho bolonhesa; rondelli a quatro queijos; filé à parmegiana; espaguete com três opções de molhos e bife à rolê. As famílias com mais de seis pessoas ganham uma torta como sobremesa. Obufê custa R$ 29por pessoa, sembebidas. Para criançasaté cincoanos oalmoço égratuitoe de seis a 11 anos pagam R$ 14,50. MercureGrandHotel SãoPauloIbirapuera, rua Joinville, 515, tel.: (11) 5088-4000.

Milho, palmito e toque indígena na batata jesuíta

nos,como AdoniranBarbosae PauloVanzolini.O BardoBatata aproveitaingredientesoriginários daculináriaindígena,como milho e palmito, e serve a Batata Jesuíta. O Compadre, no Shopping Lar Center, leva à mesa os bolinhos de chuva, inspirados na fama chuvosa da metrópole, além de servir a salada de maionese paulistana(comabandeirada cidadedesenhada)eaterrinade pão de Sampa (também com o mapa de São Paulo). A Empadaria da Vovó, em quatro endereços na capital, oferece 23 saboresdeempadassalgadasedocese,paraadata especial,presenteiaos clientescomdrinques à base de café, homenageando uma das maiores fontes de riqueza do Estado.

Garoa. E coloca ainda no bufê pratos oriundos da culinária de diversos povos que formaram São Paulo como é hoje. Haverácomidajaponesa,alemã, árabe, italiana,portuguesa e afro-brasileira. Orestaurante O Compadre fica no shopping Lar Center, à avenida OttoBaumgart,500,loja201,Vila Guilherme, tel.: (11) 6222-3131.

Empadas da vovó e drinques com café

N a Empadaria da Vovó, cada mesa que consumir R$ 20 no dia 25 ganha um Capuccino Freddo ou um Café Shakerato, dinques com café, um dos principais símbolos da cidade. Cada empada custa R$ 2,80. Alameda Santos, 1200. Entregas, tel.: (11) 3541-3994.

A Batata Jesuíta é o prato comemorativo para a data do Bardo Batata, casa especializada em batatas suíças na capital paulista. O recheio leva ingredientes típicos da culinária indígena, como milho e palmito. Também chamada de rosti, a batata pequena especial vai custar R$ 16; e a média, R$ 24. A casa fica na rua Bela Cintra, 1333, Jardins, tel.: (11) 3068-9852.

Convite aos encontros, espaço......para clientes fiéis ou nem tanto. É o Rudy´s.

HAPPY HOUR

Tudo lindo no bulevar Guarujá

Perto do mar, de coração aberto para o abraço da boemia

Armando Serra Negra

Há temposnoGuarujá um point só paramarmanjos, emborahoje não sejatão assim... Quando oRudy'sBar abriua porta nos idos de 1984, era apenas uma gota na Rua Rio de Janeiro, em Pitangueiras, para finalmente saciar a sede da turma que Elis Regina cantava sua desconfiança: com mais de 30. Outros botecos abriram em torno, a rua bloqueada aotrânsitode veículos, nasceu um pequeno bulevar, com deckspadronizados,exclusivodapaquera e do happy hour. A moçada mais novachegou nopedaço,concentrandoseno Avelino's- músicaao vivo,samba,pagode eaxé.OBarril tambémfoi

criadoporRudyeocompadreRicardo, em 1994. "Foi uma auto-concorrência, para serum grill eagitar maiso pedaço". Vendidotrês anosdepois, olugar ainda contacom opique damoçada, bombando entre os suspeitos... Emfrente,ótimossushisesashimis–regados asaquê gelado– noMai Ban; shots de tequila, tacos e tortillas no Key West; recomporas forças, umstop estratégico naVila do Açaí.Galera reunida,o Rudy'saumentoude tamanho, preservouasimpatiadosproprietários, obomatendimentoeobalcãooriginal, leve toque nórdico. "Nossos clientes sãociclicamentefiéis;osquemoramno Guarujá vêm todos os dias; há os de fim

de semana, osmensaiseosanuais", sorriem.Comseujeitãode viking,Ricardoéanfitrião, enquantoRudy–outroviking – cuidada infra-estrutura e culinária, passandopor láapenas para conferir a qualidadede seus acepipes: generosa porçãodebolinhode carne (R$18 com 12unidades); canapé de rosbife(R$24); aperitivodekassler(R$ 24). Com o bar, mantêm a tradição da família- opai foifundador dotradicional Winduck, em Moema. Colocou o pé naareiamontandooPeter's,ondeanovidade da temporada: Guaruçá, na pontadapraiadoTombo.Ospreçosetílicos dos bares giram em torno do mesmo frescor:chope (R$3,50), garotinho (R$ 2,50), caipirinha (R$ 7), caipiroska (R$ 9).Ótima dicapara quemnão quer gastaremestadiaéaPousadaAlbamar, entreaspraias dePernambucoePerequê: simples, limpinha, bom atendimento e café damanhã generoso (R$ 80 o casal). Lembrando queàs 11h45 destaquinta,dia19,fez24anosqueElis partiu, o meu peito percebeu... Rudy's Bar - Rua Rio de Janeiro, 274, Guarujá, tel.: (13) 3386-1697. Pousada Albamar - Estrada Guarujá-Bertioga, 5976, Km 6. Reservas pelo telefone (13) 3353-1310. Site: www.hotelalbamar.com.br

ADEGA Aromas e gostos árabes

Sérgio de Paula Santos

AimigraçãoárabeparaoBrasilérelativamenterecente,datandoparaalguns autores,de 1880 (H. PrudenteNunes), para outrosde 1847 (J. S. Sady), ou mesmo antes da chegada de D. João 6º ao país. Existe,porém,concordânciaentreos historiadores,emqueosprimeirosa chegar vieram do Líbano, bem como que o fluxo migratório das variadas origens, Líbano, Síria, Turquia, Egito ou Palestina, só se adensou a partir de 1903. É imensa a contribuição cultural, social e econômica árabe à nossa nacionalidade. Doponto devista gastronômico, aimportante contribuiçãoárabe à nossa cozinha é entretanto bem pouco divulgada, no máximo meia dúzia de livrosde receitas,emaldistribuídos, comosolacontecer.Com relaçãoàcultura árabe, duas importantes publicações vem de aparecer: 1 -AdoLivrodasMileUmaNoites,traduzidaintegralediretamentedoárabe, pela primeira vez em português pelo professor Mamede Mustafá Jaruche (EditoraGlobo, vol.1,2004). Arespeitolembre-seque existeumaedição dos SaboresdasMileUmaNoites,deJean-BernardNaudineOdileGodard,comversão em português, Difusão Cultural/Círculo de Leitores, Lisboa, 1995. ApublicaçãodoprofessorJaruchejunta-seàsdasmelhorestraduções,entre tantas realizadas, deRichard Burton para o inglês, ea de Rafael Cansinos Assens para o espanhol, todas traduções diretas e integrais. 2 - A segunda publicação, igualmentesignificativa, é Aroma Árabe, Receitas e Relatos, uma coletânea de relatos a histórias sobre tradições e costumes ligadosà cozinhaárabe. Aorigem dospratostípicos, comoa baganucheo quibe o tabule, em que se narra que, para os árabes os alimentos podiam carregar poderes misteriosos, que eram transferidos a quem os comesse. A autora, nasceu em Nablus, na Palestina, em 1951, diplomou-se em medicina em Barcelona,e posteriormenteemgeografia ehistória,sendo hojeprofessora de diversidade cultural e alimentação na Universidade de Vic, em Barcelona. Editora Senac, 2005. Com relação às bebidas, seu livro, premiado no Solon Livre Gourmand na França, tratada água, do airan,do arak, ao cafée ao chá, seuspreparos nos vários paísesárabes e aoscódigos da mesana gastronomia árabee muçulmana.Entre nósérelativamentepequena aofertadacozinha árabe.O Guia Josimar Melo cita 20restaurantes árabes, entrecerca de800 casas, bem volamente avaliadas.

Jácom relaçãoaosvinhos depaísesárabes emnossomercado existesomenteumaoferta,oChâteauMusar,doconsagradovinhateiroSergeHochar, do vale do Bekaa, no Líbano, que consegue a façanha de manter a qualidade de seus vinhos em uma região tão agitada.

Hochar 1995

Produtor Château Musar, Vale do Bekaa, Líbano. Importador: Mistral, tel.: (11) 3372-3400. Vinho de vinhedos localizados acima de 1000 metros, de solo pedregoso sobre base calcárea. Produzido a partir de uvas Cinsault (2/3) e Cabernet-Sauvignon, (1/3). De coloração vermelho escura, com aroma e frutas vermelhas e especiarias. Não passa por madeira, mas estagia por quatro anos na adega, antes do engarrafamento. Na boca é encorpado, com boa acidez, taninos macios, redondo e harmônico. Acompanha bem carnes, sugerindo-se par a as especialidades libanesas.

Preço: R$ 58.

Avaliação: 82/100

Château Musar Rouge 1998

Mesmo produtor e mesmo importador.

O vinho é o mais conceituado do país, e certamente de todo mundo árabe, Egito, Tunísia, Marrocos etc, comparável mesmo aos bons vinhos da França. De coloração rubi escura, o vinho de Cabernet-Sauvignon (1/3), Cinsaut (1/3) e Carignan (1/3), fermentadas separadamente e estagia em carvalho francês de Nevers, por 12 a 15 meses. Após 3 anos as variedades são misturas e as garrafas permanecem na adega por mais quatro anos. Com aromas complexos e duradouros, o vinho é redondo, harmônico, redondo, com toques de frutas vermelhas, baunilha e chocolate. Tem sido apreciado e distinguido por toda imprensa européia e norte-americana. Preço: R$ 157. Avaliação: 90/100.

Cotações:

● Regular - 50 a 60 pontos sobre 100 possíveis

● Bom - 60 a 70 pontos

● Muito Bom - 70 a 80 pontos

● Ótimo - 80 a 90 pontos

● Excelente - acima de 90 pontos.

Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (FIJEV), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac São Paulo, 2003.

250 anos de Porto demarcado

José Guilherme Ferreira

D ois grandes terremotos marcaram a trajetória política de Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o marquês de Pombal. Não passava de 9h45 de 1 de novembro de 1755 quando Lisboa tremeu e um incêndio devastador arrasou a cidade. Um ano depois, 1756, Pombal enfrentava outro sismo, na região do Porto. Uma crise comercial pôs fogo nas cordiais relações entre os produtores de vinho e seus maiores compradores, os ingleses. Estes passaram a brecar as importações, acusando os portugueses até de fraudarem a bebida. As ações de Pombal para reconstruir a capital foram ágeis, imprimindo os elegantes traços que a marcam até hoje. Foram eficientes também as medidas para garantir a qualidade do vinho do Porto, entre elas a demarcação das

"xistosas" terras ao longo do Rio Douro e a proibição de qualquer tipo de mistura com vinhos de outras regiões. A mais antiga área vinícola demarcada do mundo completa 250 anos neste 2006 e Portugal começa a preparar a festa. Após o decreto real de 10 de setembro daquele 1756, quando foi fundada a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, Pombal determinou a instalação de 335 marcos de granito, que passaram a delimitar os montes de onde sai o autêntico vinho do Porto. Em ano de comemorações, as degustações sempre fartas nas caves de Vila Nova de Gaia deverão ser ainda mais "encorpadas". E quem sabe não inclua um espetáculo à parte, como visitas a "lagares" ainda em funcionamento, onde grupos de homens esmagam uvas com os pés. http://

http://www.cavesvinhodoporto.com/

Armando Serra Negra
Fotos:
Divulgação

A história de uma executiva paulistana

U mromancebem contemporâneo,bematualizado,contadona primeirapessoapor umaexecutiva paulistana, ainda jovem nos seus 35 anos, eis o que nos oferece esse Retrato (312páginas,R$49),daprocuradorade

Justiça do Estado, Luiza Nagib Eluf, editado pela Conex (antiga Códex).

Divorciada, a personagem vive uma vida basicamente em três planos: o deuma executivaque lutapara afirmarseu profissionalismo em meio a executivos homens; o de uma donade-casa e mãe quedescobre que seu filhoadolescenteestá seviciandoem drogas; o de uma mulher em busca da realização amorosa. Aqui, literariamente, a primeira coisa que temos de buscar é uma comparaçãocomAMulherde30anos,ofamosoromancedo escritorfrancêsHonoré de Balzac, de meados do século 19, em que tudo que uma mulher de mais de 30 anos pode fazer é viver das glóriasde suasconquistasjuvenis.Hoje, entretanto,aos35 anos,umaexecutiva paulistanaestá começandoo auge desua beleza arigor malestácomeçandoa despertarpara as experiências mais importantes de sua vida. Umavida paraaqual asmulheres das gerações anteriores de sua família, sua mãe e avós, não a haviam preparado.Nessas gerações, no seu meio de descendentede imigrantes italianos, não haviaexecutivas, não se concebia que uma mulher fosse se divorciar ou que fosse ter outros casos amorosos que não o marido; e os homenseosfilhostinhamproblemas sim, mas de bebida, para lidar com os quais uma experiência secular e mesmo milenar tinha sido acumulada pelas mulheres. Escrito em linguagem clara e nítida, simples apesar de bem elaborada, o romance, como não poderia deixar de serhoje emdia,temseus aspectosde didatismo, auto-ajuda emisticismo.

N ascido em 20 de maio de 1799, em Tours, França, quando Napoleão Bonaparte chegava ao poder, Honoré deBalzac, autor de A Mulherde30 Anos, foi testemunha de alguns dos mais significativosacontecimentos da históriafrancesa.Balzacviveu o Império, a Restauraçãoda Monarquia, a Revolução de 1830 e as bar-

Renato Pompeu

Simplicidade, didatismo, autoajuda e coragem. Um livro escrito na primeira pessoa.

Ele mostra, através de diferentes situações concretas, o que a mulher tem de enfrentar nos dias de hoje, de competição com os homens no terreno deles -a personageméachefe dodepartamento jurídico de uma firma de moda, cujos outros chefes são todos homens e mais próximos do presidente da empresa; de irrupção do mundo das drogasnavida cotidianadeumapessoa que nunca teve problemas com isso, e recorre atodos osmeios, científicose místicos, para livrar ofilho da dependência; de busca, entre homens predominantemente machistas, de um companheiro mais adequado.

A personagem enfrenta corajosamenteum casode assédio sexual a uma subordinada por parte deum doschefes desua empresa.Enfrenta corajosamente também os problemas do filho, chegando a denunciar para a imprensa o tratamento inconveniente dos drogados e dos pacientes psiquiátricos emgeral, o precon-

Honoré de Balzac, escritor francês do clássico Comédia Humana

CONCERTOS

Homenagem

ceitocontraosdrogados porparte das escolas que sumariamente os expulsam e outras instituições.

Oromance tem aindaas atrações de mostrar o ambiente requintado em quevivemosexecutivos deumaindústria charmosa como a de moda. Há viagensaMilãoeoutrascidadesdaItália, sempreentre febrisatividades de negócios, mas com pausas noturnas para jantares elegantes e vinhos finos, àluzdevelas,empequenosrestaurantes em ruelas encantadoras.

Aqui senota queo romantismoé um valor que não se perdeu – e talvez jamais seperca. Comtoda acompetição entrehomensemulheres no mundo dos que têm poder de decisão, oamor ainda floresce eainda ofereceum caminho de redenção a dois.Enquantoseenvolve comexecutivos, profissionais liberais e políticos, a personagem sabe escolher, entre ospretendentes, aqueleque surge como mais amoroso, mais companheiro e mais dedicado. No fim, todos os problemasestão, senão resolvidos, pelo menos encaminhados – e a personagem descobre, na altura em que a vida das mulheres das gerações anteriores estava entrando numa rotina que as acompanharia até o fim da vida, de cuidar sempre dos outros, descobre que o melhor de sua vida ainda está por vir. Para isso, ela recorreu a tudo, desde a seus conhecimentos de nível superior até a sessões espíritas, desde o desafio ao machismo atéodesenvolvimentode uma empatia numamorduradouro.Enfim, uma corajosa jovemexecutiva paulistana contemporânea.

Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro), e do romance internético O Poder Virtual (www.carosamigos.com.br).

ricadas de1848. Seuprimeiro sucesso literário foi Les Chouans (ou La Bretagne en 1799), publicado em 1829. Escreveu a Comédia Humana,que abrange95romances enovelas.Teve umromancecom a polonesaEveline Hanska,"a dileta",comquemsecasou pouco ante demorrer, em 18de agosto de 1850. (MMJ)

musical à cidade

JOHNNY ALF

A volta de um estilista

Aquiles Rique Reis

Johnny Alf lançou Mais Um Som após quase 30anos sem gravar um disco com músicas novas. São 15 sambas e sambas-canções inéditos. À exceção de Ai Saudade e Arpoador, compostoscom Rômulo Gomes,os outros13são dele.Destaque para Noite sem lua E Aí Sintonia e Céu de Estrelas,nosquaisseu talento está registrado, intacto. Sua genialidadeestáali àmostra,íntegra. Pianista da escola jazzística, Alf é referência de umperíodo rico da música brasileira. Cantor de voz personalíssima, pianista de raro talento,compositor de melodias e harmonias refinadas, letristaque encarnacom maestriaumespírito que traduz toda a vivência de um grande artista. Johnny Alf chegou ao Brasil num disco gravadoparaos japoneses. Esteregistrosedeugraçasa um produtor nascido em Tóquio,Jun Itabaschi, que percebeu que tesouros não devem ser desperdiçados e trouxeàtonaum talentomusical que estava comoque, digamos, adormecido compulsoriamente.

Alfredo José da Silva, Johnny Alf, nasceuem 1929em VilaIsabel, bairro de sambistas. Nome simples. Família humilde. O pai, cabo do exército,faleceuquando eletinha apenas três anos. A mãe foi trabalharemumacasacujafamíliaseresponsabilizou pelos estudos do menino.Tinha tudopararepetir atrajetória trágica dequalquer criança pobre eórfã de pai,num subúrbio de uma cidadebrasileira qualquer. Não repetiu.Podiaserfã de Noel Rosa e certamente é. Podia ter uma enorme admiração por Pixinguinha e certamente tem. Podia ter

nascido um discípulo fervoroso de Villa-Lobos ecertamentenasceu. SeguramenteomeninoAlfredopodia tudo isso e pode muito mais. Só não poderia nos privar, por mais de duas décadas,desuamúsicaque não suporta barreiras, que sobrevivedabelezaquedesprezaomedíocre. Que nasce do talento que humilha a mesmice. Mas privou. Graçasaomercado fonográfico,aelegância damúsica de JohnnyAlf foi silenciada emdiscos.Piorparaos que amamos a música. Ojovemcariocaqueriapodertocar piano e compor. Cantar suas canções impregnadas da mais pura miscigenação. O jazz norte-americanoea músicabrasileiradiversificadaerica, estasforamas fontes ondeJohnnyAlf passou abeber a água cristalina que desce do morro emgingassutiseseencontracomo fraseadojazzístico elibertário.Negrosque criambelezas aosul eao norte.Sonsquetraduzemaalmade povos que sabem fazer de suas músicas passaportes internacionais da mais rica cidadania. Setenta e seis anos de vanguardae talentomusical, Johnny Alf continua vários acordes àfrente de seu tempo. Suas composições, seu piano, suasmelodiasefrases

musicais sãosocos no estômago de quem duvidava que fosse genial o brasileiroque,desafiando preconceitos artísticos e musicais, criasse belezasinfinitas: Rapaz de Bem; Ilusão à toa e Eu e a brisa, são apenas gotas num mar de notas de um teclado tão limpo e econômico quanto genial.

Mais Um Som, mostra Johnny Alf acompanhado por um quarteto de jovensmúsicostalentosos: Rubinho Antunes, trompete e flugelhorn;AléxisBittencourt, guitarra; Marcos Souza, baixoacústico e Ramon Montanhour, bateria. Ao melhor estilo das jam sessions, em que a músicarola solta esó têmvez os bambasnoofício, cadafaixatrazà frente um instrumento para brilhar como brilham Alf, sua música, sua voz e seu piano. Principalmente à guitarra, ao trompete e ao flugelhorn sãoreservadosgenerosos compassos paraque desfilemem solosotalento deseusexecutores. A bateriatoca suavementeas vassourinhas,e mesmo quandofaz uso das baquetas, o instrumentista prima pela delicadeza. O contrabaixo, bem,este, infelizmente,a mixagem escondeu seu pulsar. Entretanto,não demim, que assisti ao show em que o CD foi lançado e pudeperceberdoque eleécapazde tocar em prol do balanço da música de Johnny Alf. Vivas a esse brasileiro que, como poucos, sabe fazer música.E que música!

Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.

O Teatro Municipal preparou umasériedeconcertosparacomemorar os 452 anos de São Paulo. No dia do aniversário, 25 (quarta), aOrquestra Sinfônica Municipal, mais o Balé da Cidade, alémdo compositor e pianista Amaral Vieira, sob a regência de PauloNogueira, fazemum programa versátil eambicioso.Os solos de piano, a cargo de Amaral Vieira,são dedicadosaobrasdopolonêsFrédéric Chopin (1810-1849), Grande Polonaise Brilhante/Andante Spianato; e do húngaro Franz Liszt (1811-1886), Fantasia SobreTemas Folclóricos Húngaros Acompanhado da orquestra, Amaral Vieira toca obracompostaporele, O AlvorercerdoSéculo da Humanidade Depoisdointervalo,entraráemcenao Balé da Cidade, coreografado por Vasco Wellenkamp, paraapresentar uma montageminspirada na Sinfonia de Réquiem, obramonumental doinglês

BenjaminBritten(1913-1976). Nos dias 28 (sábado) e 29 (domingo), o Coral Paulistano e o Quarteto de Cordas daCidadede SãoPaulo"encenam"a emocionante Missa Crioula, deAriel Ramirez (1921),compositor argentino.Completam oprograma: Quarteto Nº 2,de Francisco Mignone (18971986 ); Romaria/Desafio/Provérbios, de Osvaldo Lacerda (1927 ); Inspiração/Uma Vez, Uma Vala/Beba Coca Cola,de GilbertoMendes(1922 ),todos brasileiros; e Four Tango, do argentino AstorPiazzolla (1921-1992).Adireção doespetáculo é da maestrina Mara Campos. Também no dia 29 (domingo), a OrquestraExperimental de Repertório,mais oCoralLíricoe oCoral Infanto-JuvenildaEscolaMunicipalde Músicaencenam Carmina Burana cantada do compositor alemão Carl Orff(1895-1982). Serãosolistas;ClaudiaRiccitelli (soprano),SebastiãoTei-

xeira(baixo) eHelderSavir (tenor).Essa montagem ganhauma cenografia extra,comefeitosdeluzeprogeçãode imagens produzidas pela empresa Imago, de Fernando Anhê. Os românticos e Britten Chopin e Liszt são conhecidos pelo trabalho que desenvolveram como compositores dedicados principalmente ao piano. Masambos fizeram marcantesincursões emoutrasáreas: música de câmarae sinfônica. Ambos escreveram concertos para piano e orquestra, transformadosem peças muitopopulares. (Cada umdelesescreveu dois.)Ambossedestacaram também comoexecutantes, como pianistas. MasLiszteraumprodígio, chamado de o Paganini do piano. Prodígio também foi Britten, que escreveusuasprimeirascomposiçõesaos quatro anos. Quando tinha 12 já compusera uma dúzia de peças, aplaudidas apresentações públicas. A sua Sinfonia de Réquiem tem o mesmo tom dramáticodeCarminaBurana esefunciona muitobemcomo trilha sonora decoreografias. É por esse motivo que o Balé da Cidadea adotoucomo score para o espetáculo no Teatro Municipal. Orff e Carmina O compositor Carl Orff fundou uma esola einventou umsistema deedu-

Britten (à dir.), compositor inglês, que viveu no século 20. Autor da Sinfoniade Réquiem, score da coreografia do Balé da Cidade (abaixo).

caçãomusical(baseado napráticado canto e da percussõ) que ainda hoje se utiliza emescolas de 1º grauno mundo inteiro. Todas as composições de Orff tiveram como ponto de apoio a vozhumana.Muitas delasforamconcebidas, inclusive, parauma configuração teatral. Alguns compositores de música pop,entre elesAndrew Lloyd Webber (autor de O Fantasma da Ópera na versãoda Broadway), chegaram aos mesmo resultado partindo de origens diversas.Orff lançamão de temas inspirados em latim, grego clássico ou francês medieval, além do próprio idioma alemão, mas a musicalidade e tônus dramático de sua obra são cativantes ecausam impactoimediato.Integram sua lavra uma dúzia de trabalhos para apresentaçãocênica, incluindo os Triunfi (trilogia composta das cantatas Carmina Burana Catulli Carmina e Trionfo de Afroditi); seis óperas, entre as quais Antígona e Édipo Rei; e três oratórios, umde Natal, outro de Páscoaeoúltimo apropósitodoDia do Juízo Final. Certamente a mais popular é Carmina Burana, gravada por dezenas deorquestras e lidae relida por maestroscélebres comoo japonês SeijiOzawa, que aregistrouem DVD aovivo,coma OrquestraFilarmônica de Berlim. Carmina Burana é de 1936, conhecida como Canções da Abadia de Benediktbeuren. Compõese de 21 poemas medievais, a maioria em latim, para solistas, coro e grande orquestra. Os temas desses versos abordam a primavera, o vinho e o sexo. É interessante ouvir esta obra com o texto à mão. Concertos - TeatroMunicipal.Praça Ramos de Azevedo, s/n, tel.: (11) 222-8689. Dia 25 (quarta): Orquestra SinfônicaMunicipale BalédaCidade. Às 21h. Dias 28 (sábado) e 29 (domingo): Coral Paulistano e Quarteto da Cidade de São Paulo. Às 17h. Dia 29 (domingo): Orquestra Experimental de Repertório - Carmina Burana. Às 11h. Programação gratuita.Osingressos devemser retirados um diaantes de cada epetáculo, nabitlheteria (de segunda a sábado, das 11h às 17h). Acima, Franz Liszt, compositor e pianista do período romântico, autor da peça Fantasia SobreTemas Húngaros, que Amaral Vieira interpretará dia 25.

Com a intenção de servir como um elo entre jovens talentos e o mercado de trabalho, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) fechou uma parceria com a Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). O objetivo é auxiliar seus associados na contratação de novos profissionais. Os empresários que tiverem vagas disponíveis poderão contatar a FMU por meio do e-mail bme@fmu.br e descrever o profissional procurado. Em seguida, a instituição consulta seu banco de empregos e confere se há alguém que se enquadra no perfil. "Encontrado o profissional, falamos com os dois lados. Caso não encontremos de imediato, cadastramos a vaga para futuros interessados", explica o coordenador de vestibular da FMU, Celso Piedemonte.

Segundo Piedemonte, já há profissionais capacitados na instituição para receber os emails com as vagas e tomar as medidas necessárias para intermediar uma possível contratação.

Meio campo – O presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, acredita que é importante criar um meio campo entre jovens talentos e o mercado de trabalho.

"Cumpriremos o papel de levar ao mercado a possibilidade de conhecer novos profissionais, ou seja,

Empregos? Aqui:

Parceria entre a ACSP e a FMU colocará jovens profissionais no mercado de trabalho. Um lado oferece a vaga e o outro, o profissional.

seremos difusores e formadores dessa ligação. Essa parceria é como uma extensão do projeto Degrau, que trabalha com aprendizes. Agora, vamos trabalhar com universitários", diz. "Este acordo é um complemento da nossa atuação no campo da aproximação do empresário com o trabalhador", completa o economista Marcel Solimeo, diretor do Instituto Gastão Vidigal da ACSP.

O banco de talentos da FMU conta com quase dois mil universitários e recémformados de cerca de 50 cursos. Uma das cadastradas é Gisele Paula da Conceição, de 25 anos, aluna do terceiro semestre de Gestão de Pessoas. Para ela, parcerias como essa são essenciais, pois auxiliam o início da carreira, geralmente complicado. "As empresas pedem profissionais jovens com

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"Encontrado o profissional, falamos com os dois lados. Caso não encontremos de imediato, cadastramos a vaga para futuros interessados", explica o coordenador de vestibular da FMU, Celso Piedemonte. Segundo ele, já há profissionais capacitados na instituição para receber os e-mails com as vagas e tomar as medidas necessárias para intermediar uma possível contratação.

muita experiência. Isso não existe. A parceria facilita a entrada no mercado de profissionais que podem ser talentosos, mas ainda não têm tanta experiência", opina a universitária, que já estudou enfermagem e procura vaga na área bancária, depois de atuar no setor administrativo de um hospital e em empresas de pequeno porte. Entre os cadastrados, a maior parte é dos cursos de direito, psicologia, educação física, fisioterapia, administração e áreas tecnológicas. Cursos novos, como gestão ambiental e sistemas de informação, também têm grande demanda. "Alunos de fisioterapia também são procurados, pois muitas têm consciência de que devem melhorar o ambiente de trabalho", diz Piedemonte. Futuro – Outra possível parceria com a FMU, ainda sem previsão, é criar no Diário do Comércio classificados de empregos dos alunos. Os anúncios trariam informações básicas sobre o candidato, como nome e área de atuação, e um código. Os interessados entrariam nos portais da ACSP e, com o código, obteriam mais informações sobre os estudantes.

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ELE ESTÁ UMA FERA!

Ameaçador e mordaz, estréia peça e quer ser deputado

Sérgio Roveri

Oestilista Clodovil Hernandes, 70 anos, observa as fotos de divulgação do espetáculo Eu e Ela, em que surge de blazer escuro, meia arrastão e sandálias de salto, e declara: "Todos perguntam se estas pernas são minhas ou se não passam de um truque de computador". Para quem quiser se certificar de que são dele, as pernas estarão à mostra a partir de quarta-feira, dia 25, quando entra em cartaz, no Teatro Brigadeiro, o musical de sua autoria. Mas outra parte do seu corpo, mais feroz e temida - a língua - estará à solta mesmo em julho, quando tiver início sua campanha a deputado federal pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão). "Os outros candidatos terão de disputar as 69 vagas restantes. Porque uma já é minha", prevê. A campanha, por enquanto, conta somente com o slogan: "Brasília Nunca Mais Será a Mesma". Com Eu e Ela, sua terceira experiência nos palcos (antes vieram Seda Pura e Alfinetada, de 1981, e Você Sabe Quem Dançou, de 87), Clodovil cerra as portas dos ateliês para abrir as dos gabinetes políticos. É um ritual de passagem arrematado com muito luxo, dos figurinos à trilha sonora, na qual despontam canções clássicas de Elis Regina, Carmen Miranda e Billie Holiday. Cenário e figurinos obedecerão a duas cores fundamentais - o rosachoque, matiz do lado feminino de sua alma, e o negro, sua porção masculina. O roteiro do musical, escrito enquanto se recuperava de uma cirurgia, tem cunho autobiográfico e, acima de tudo, democrático: o estilista já sabe que deixará o texto de lado quando sentir vontade de falar (mal) da política, da moda, da televisão, do gosto e da saúde do brasileiro, da violência, da falta de educação e de qualquer outro alvo que possa surgir diante da metralhadora em que se converteu sua boca há mais de 40 anos. Operado de um câncer de próstata

Quem vai me desacatar? Com que estofo? Não existe um só homem que me bote o dedo no nariz.

há três meses e meio - que riscou de sua vida o prazer sexual - o estilista afirma que não sente vontade de voltar à televisão, "um território de mulheres peladas", e assume que não tem, por enquanto, nenhuma plataforma política. "Por que eu iria querer um Duda Mendonça atrás de mim? Eu não vou mentir. Chegarei a Brasília e direi o que tiver vontade. Quero ver se algum político vai ser homem de me peitar". Depois de eleito (ele não tem dúvidas quanto a isso), promete continuar no palco, viajando o Brasil com um monólogo baseado na obra de Cecília Meirelles. Mas sem meia arrastão. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida pelo estilista em seu apartamento em frente ao Parque do Ibirapuera, onde ocorrem os desfiles da São Paulo Fashion Week. "Não vou ver nada. Não gosto". Diário do Comércio: Como você define o espetáculo Eu e Ela? Clodovil Hernandes: O texto começou a ser escrito em um domingo de manhã, quando eu estava na cama do hospital, me recuperando de uma cirurgia. Eu não gosto de sofrer. Sou adepto da teoria do Carlos Drummond de Andrade, que dizia que a dor é inevitável, mas o sofrimento, opcional. Criei um espetáculo que tem a ver com minha alma feminina e com minha alma masculina. A homossexualidade não tem de ser tratada como doença, mas é evidente que estamos falando de almas atormentadas. O que não quer dizer nada diante de tanta gente que é ladrão, que é assassino. A única coisa que acho ruim nos homossexuais é o fato de eles serem mais preconceituosos que os homens. Eles dizem que toda bicha burra nasce homem. Resolvi fazer o espetáculo porque nunca gostei da minha alma feminina, embora tenha sobrevivido dela. Eu nunca apreciei esta mulher em mim, briguei muito com este meu lado feminino para não fantasiar as mulheres de travesti. Hoje em dia, quem trabalha com mulheres no

melhorar, tudo vai sendo estragado.

O espetáculo é um adeus à moda, um adeus ao que eu sempre fiz. Canto sete músicas. Seis estão gravadas e somente uma, Tatuagem, do Chico Buarque, eu faço ao vivo. Não tenho a voz da Elis Regina, mas estudei muito canto. A própria Elis me dizia que não gostava da voz dela e eu não entendia como ela podia dizer aquilo. As divas morrem todas loucas. Eu sou a única diva que não vai morrer louca.

E seu ingresso na carreira política?

Sou candidato a deputado federal pelo Partido Trabalhista Cristão. Não sairia como estadual, porque acabaria virando marionete de prefeito, o que não é o meu caso. O partido ainda pensa em me lançar como governador, mas eu não quero. Não quero porque não sei fazer isso. A política que eu faço é a política que todo mundo poderia fazer. Eu não tenho nenhuma plataforma política, estão me dando um papel em branco e vou me atirar. A única coisa que pedirei aos eleitores é que acreditem naquilo que eu falo há 47 anos. Não tenho nada de novo a contar nem a prometer. As pessoas acreditam no que os políticos dizem porque as promessas vêm acompanhadas de um colarzinho e de um espelhinho. O Brasil é índio. Eu só preciso saber quem são os safados e onde estão os porões da sujeira. Isso eu vou descobrir com o tempo. Você está se preparando para as eleições?

É muito difícil trabalhar com você?

Como amigo, eu sou ótimo. Mas como inimigo eu sou divino. Eu reajo mal porque não tento enganar ninguém. Eu nunca fui vigarista na vida, nunca vou passar necessidades porque tenho várias profissões. No caso deste espetáculo, convidei vários amigos para dirigir, tentei todos, mas ninguém quis. Todos disseram que estavam muito ocupados. O Elias Andreato foi o único que voltou no dia seguinte. Como está sua situação hoje? Isso aqui que você está vendo nesta casa é resto do que eu já tive. Eu não tenho nada e não me incomodo. Mesmo pobre, a minha sandália é da Padra e a minha roupa é de algodão inglês. Mas o que eu posso fazer? É porque tudo que é bom permanece. Não ligo para quantidade. Agora eu não tenho mais sonhos, eu tenho propostas. Eu nunca amei ninguém, só minha mãe. Pelo meu pai, eu sentia respeito, mas não amor. Eu sei que sou prepotente, mas não coloco em prática esta prepotência.

Como está sua saúde após a operação?

fundo fantasia cada uma delas de travesti. Não temos mais a mulher com classe, agora todas têm um vestidinho preto. A diferença é que a grã-fina usa o vestidinho preto com calcinha da Victoria's Secret e a mulher duvidosa usa sem calcinha para ir ao baile funk e levar ferro de uma vez. Não existe mais glamour.O que existe agora, esses Fashion Week da vida, isso é moda de consumo. E com os golpes todos do consumo. Você diz tudo isso no espetáculo?

O espetáculo é só isso, um espetáculo de estética. Eu canto e brinco muito. Escrevi pensando em um monólogo, mas depois achei pretensioso. Embora eu tenha público para fazer um monólogo, tenho certeza disso. Eu sempre soube falar bem, ou não teria feito televisão. Se bem que hoje em dia pode tudo. O que é a televisão? É uma vitrine de piranhas, mulheres ordinárias se vendendo. Em vez de

Eu vou me preparar para ir a Brasília fazer o quê? Não estou disputando a Academia Brasileira de Letras. Vou encontrar um bando de desocupados olhando para o próprio umbigo e se esquecendo do Brasil. Se os homossexuais pensam que eu vou a Brasília lutar pelo casamento gay, já digo que não vou. Sou contra o casamento gay. Quem defendia isso era a Marta Suplicy, que só queria votos. Eu sou o oposto e é exatamente aí que eu vou rodar a baiana com eles. Quem vai me desacatar? Com que estofo? Não existe um só homem que me bote o dedo no nariz. Pode me assustar com uma arma na mão, e só. A dignidade humana já foi para o brejo. Eu disse para o presidente do partido que vou fazer um espetáculo em que me visto com roupas de homem e de mulher, com sandálias de salto e tudo. Ele me falou para ser ator no teatro e político quando estiver com eles. Quando eu for deputado, sei que não terei coragem de ficar de pernas de fora e salto alto no palco. Então farei um monólogo inspirado em Cecília Meirelles. Já está pronto e com patrocínio da Petrobras. Você pretende morar em Brasília?

Morar em Brasília? Por que morar em Brasília? Você tem de ir lá trabalhar nos dias que precisa trabalhar. Não vou fazer missa de corpo presente da maneira como esta sem-vergonhice é feita. Eu sempre disse para as pessoas que não acreditava no PT, que ele não era partido, e sim uma seita. Dito e feito. Como toda seita, vive dos miseráveis. Eu sempre soube que o PT e esta gentalha fariam o que fizeram, desde a época da Marta Suplicy. É uma falcatrua.

Eu tive câncer de próstata e fiz uma cirurgia que arruinou minha vida sexual. Não sei se isso vai melhorar. Mas é melhor do que ter aids, pelo menos o câncer prejudicou somente a mim. Se eu tivesse tido aids, poderia ter prejudicado outras pessoas. Minha médica me disse que nunca viu ninguém com tantos anticorpos como eu. Eu não me entrego. Câncer é uma palavra como febre, como gripe. Eu fui cantando para a sala de cirurgia do Sírio Libanês. Eu assumi em público que estava com câncer e agora participei de uma campanha de prevenção que será veiculada no programa da Luciana Gimenez. Eles vão exibir a campanha sem a minha presença lá, porque no programa da Luciana Gimenez eu não ponho os pés nem por decreto. Nem lá nem no resto da Rede TV. Você tem vontade de voltar à televisão?

Não volto, não quero mais. E que Deus não me castigue, mas não estou a fim de trabalhar nesta televisão de hoje. Duas emissoras me devem R$ 5,7 milhões, mas não quero falar quais são. Eu não guardo ódio, porque o ódio faria mal para mim. Eu seria um homem maravilhoso para uma mulher, se eu gostasse de ter relações com elas. Mas não gosto. Isso é uma coisa que eu vou conversar com Deus.

Clodovil em Eu e Ela, Teatro Brigadeiro, Av. Brigadeiro Luis Antônio, 884, tel.: (11) 31152637. Quinta e sábado às 16h e 21h, sexta às 21, domingo às 18h. Ingressos de R$ 40 a R$ 50. Patrocínio Lukscolor Tintas.

únicotexto teatral de Clarice Lispector, um representante da moderna dramaturgia francesa e a volta de uma comédia tipicamente paulistana completam a movimentação dospalcos da cidade neste fim de semana. A Pecadora Queimada e os Anjos Harmoniosos - Umelenco dequase 20 atores se reuniu para levaràcena aúnicaexperiência da escritora Clarice Lispector com um texto teatral. Assuntos caros à escritora, como o fracasso da comunicaçãoentre as pessoas, oisolamento humanoe osilêncio estão presentesnesta obra,que discute o papelda mulher na sociedade contemporânea. A encenação comemora os85 anosde nascimento de Clarice. (Teatro Sérgio Cardoso, Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, tel.: 11-3288-0136). Suíte 1 - Depoisde três apresentações no Sesc Santana, este texto do francês Philippe Minyana entra em temporada regular na cidade.Discípulo de Samuel Beckett, elepõe no palco um homem e cinco mulheres a falar do passado e de um crime que teria marcado atodos. (Teatro daMemória, RuaÁlvarode Carvalho, 96, tel.: 11-3237-1187)

Carro de Paulista - Sucessode público,acomédiade MarioViana eAlessandroMarson sepassa em um sábado à noite, quando quatro jovens da Zona Leste pegam um carro emprestadopara paquerar as garotas dos Jardinse semetem emuma série deapuros.(Teatro RuthEscobar,Rua dosIngleses, 209,BelaVista, tel.: 11-3289-2358)

Leão cada ano mais pesado

O Leão engordou 5,65% em 2005, um recorde. E o governo tinha prometido uma dieta. Economia/1 e Editorial/6

Deolhono RibeirãoimpostoemPreto

Economia/5

Empatados: Lula e Serra, Alckmin e Garotinho

Lula retomou a dianteira de Serra, que o vencia na última pesquisa, sem sair da margem de erro, o que significa empate. Página/3

Clô, deputado. E Brasília nunca mais será a mesma

Clodovil, 70 anos (foto), já se considera eleito deputado federal pelo Partido Trabalhista Cristão. DCultura/6

Parabéns, SP

No Parque da Independência, a Companhia Pia Fraus, com seus bichos (acima), será uma das atrações da festa do dia 25, aniversário da cidade. Lá estarão também Paulinho da Viola, Naná Vasconcelos e artistas de cordel. Mas as comemorações já começam hoje com rodas de samba na Praça da Sé. E continuarão ao longo da semana, até o dia 29, com espetáculos sinfônicos, música de câmara e balé no Teatro Municipal. DCULTURA

Fashion Week no parque

No 2º dia, exuberância de tecidos. Economia/4

Paulo Whitaker/Reuters

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, atribuiu o aumento da arrecadação de impostos à expansão da economia e negou aumento da carga

MENOS BUROCRACIA

Opresidente Luiz

Inácio Lula da Silva vai apresentar ao Congresso Nacional um projeto de lei que pretende reduzir o tempo médiode abertura defirmas no Paísde152diasparaaté15dias no máximo. O texto do projeto está na CasaCivil edeve ser enviado ao Legislativo nos próximos dias, informou ontemo secretáriodeDesenvolvimento da Produção do Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Antônio Sérgio Martins. Apropostaécriar aRede Nacional paraa Simplificação doRegistrode Empresas (Redesim) cujaprincipalnovidadeé o"alvarácondicionado". Esseinstrumento permitiráàs empresas recém-criadas começarem a operar enquanto buscam o alvará definitivo. "Fundamentalmente, tratase de desburocratizar e simplificar a vida dos empresários", comentouo secretário. Martins disse que a Redesim vai in-

tegrarnum único sistemainformatizado todo o processo de abertura de empresas. Alvarás — Atualmente, uma firma nova só pode começar a funcionar quando obtém oalvará definitivo, que envolve solicitaçãodevistorias do Corpo de Bombeiros, de prefeituras e a obtenção de uma série de certidões negativas, como de regularidades fiscal, previdenciáriaetrabalhista. Cada uma dessas etapas exige um processo para cada órgão público, por isso o empresário precisa apresentar amesma documentação em vários guichês diferentes. A idéia do governo é montar a infra-estrutura que permitirá a integração dos sistemas. "Esse processo jáestá em curso, pois estão em análise 19 projetos para criação dessa estrutura", afirmou Martins. Ele afirmou que outro foco de atuação será a conscientização de empresários e dosvários órgãos das esferas federal, estadual e municipal sobre a

necessidade de reduzir a burocracia. "No Brasil, não basta fazer uma nova lei, é fundamental se fazer um trabalho de mudança de cultura para que haja sinergia", resumiu.

Ranking — A competitividade no País é um dos indicadores selecionados pelo Banco Mundial, que está avaliando o grau de atração de investimentos de 12Estados efoi ontem assuntotratado noFórum Nacional de Secretários de Desenvolvimento. Odiagnóstico regional,que deverá terminar até o fim deste ano, completará outroestudo dainstituição,que colocouo Brasil no 73º lugar do ranking de paísesmais burocráticos.O levantamento mostrou que no Brasil se leva cerca de 152 dias para abrir umafirma, contra uma média de68 diasna Argentina, 51 no México e 28 no Chile.O tempo parafechar empresaspodeser de até10 anos no Brasil, contra 5,8 anos no Chile, 2,8 anos na Argentina e dois anos no México. (AE)

OS FRUTOS DA MP DO BEM

As medidas de redução deimpostos sobre projetos produtivos, transformadas em lei no ano passado com aaprovação da chamada "MP do Bem", começam a dar frutos. Ontem, os secretários estaduaisdeDesenvolvimento reunidos com o ministro do Desenvolvimento,LuizFernando Furlan,e com técnicos do governo fizeram balançopositivo dosprojetos. Diantedos primeirosresultados, os secretáriosquerem que o governo atenda agora à reivindicação de cortes de tributos para setores interessados em fornecer bens de capitala fábricas eindústriasque serão instaladas no País.

Entre esses possíveis novos empreendimentos, foram citados aconstruçãodaCompanhia Siderúrgica do Atlântico, projeto da multinacional Thyssenkrupp, no Rio de Janeiro,e umafábricade semicondutores que deve ser instalada em Minas Gerais. Os dois projetos pretendem se beneficiar daisenção derecolhimento por três anos de PIS e Cofins naaquisição de equipamentos. Amedida vale paraas novas indústriasque comprovarem que pelo menos 80% das receitas foram obtidas com exportações dos produtos. Alternativas — Segundo o secretário de Desenvolvimento daProdução doMinistério,

Antônio SérgioMartins, preocupados com a competição da indústria chinesa, os secretáriosformaramumgrupo que estudará alternativas paraas indústrias nacionaisde máquinas eequipamentosparticiparem do processo. (AE)

FOME DE LEÃO: MAIS UM RECORDE NA ARRECADAÇÃO

No ano passado, chegaram aos cofres do governo federal R$ 364,136 bilhões

AReceita Federalencerrou 2005 com maisum recorde de arrecadação. A receita total de impostos e contribuições e demais receitas do governo federal atingiu a marca deR$364,136bilhões,com um crescimentoreal —atualizado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — de 5,65% em relação a 2004. As receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal (impostos e contribuições) somaram R$ 346,955bilhões, com expansão de 8,02% ante 2004. Asdemaisreceitas (como royalties, taxas econtribuições controladas por outros órgãos do governo) atingiram R$ 17,181bilhões, montante 26,71% menor que o arrecadado no anoanterior. Os dados foram divulgados ontem pelosecretário daReceita Federal, Jorge Rachid. Crescimento — Para ele, o desempenho da arrecadação reflete a melhora no combate à sonegação fiscal e o crescimento econômico.O secretário concentrousuas explicações nosegundoitem,destacandoo

efeitodaexpansão da economianoaumentodareceita de tributos como Imposto de Renda Pessoa Jurídica(IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)eContribuição Provisória sobreMovimentação Financeira (CPMF). Entre esses tributos, o IRPJ tevemaiordestaque.Com receitas 22,47% maiores, em termosreais,doqueem 2004,o impostolevouaos cofres governamentais R$52,369 bilhões."Isso sedevea umaumento na lucratividade das empresas, reflexodocrescimento econômico", disse. Também respondendoà expansão da economia, a arrecadaçãototalde IPIteveaumento realde 7,78%, gerando em 2005umareceita deR$26,967 bilhões. Destaque para o item IPI-outros (que exclui cigarros, bebidas, automóveise importações), com crescimento de 13,57%ereceitas deR$12,968 bilhões noano passado.Outro tributo influenciado pelo nível de atividade, a CPMF, teve aumento de receita de 3,54%. Carga tributária — Rachid evitou comentarse houve au-

mento nacargatributária. "É preciso esperar o número do Produto Interno Bruto (PIB)", disse, classificando o cálculo de "mero conceito de arrecadação sobre PIB". Levando-se em conta apenasas receitasadministradaseoPIBestimadopelo Institutode Pesquisa Econômica Aplicada em R$ 1,917 trilhão, acarga tributáriafederal foi de 18,1% do PIB em 2005. Descontando-seda receita administrada as restituições de Imposto de Renda ( R$ 14 bilhões), a carga ficou em 17,36%,valor um pontopercentual acima dos 16,34%de 2002, queo governosecomprometeu a não aumentar. Para o secretário da Receita Federal, noentanto, adiscussão maisrelevante nestemomento é sobre se houve aumento de impostos ou não no País em 2005. "Ehá mais de um ano isso não acontece, pois temos devolvido o excesso de arrecadação", afirmou Rachid, lembrando que, nas decisões sobre desonerações, a Receita e o Ministério da Fazenda semprelevam emconta o equilíbrio fiscal. (AE)

Governo não sustenta promessas

Aarrecadação recorde da Receita Federal em 2005veio confirmaro que muitos já diziam: o governo não cumpre o que promete. O presidente daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP), Guilherme AfifDomingos, se recordoudas promessasdo presidenteLula de quenão haveriaaumentode cargatributária em2005. "Vamos criar o SCPA: Serviço Central de Proteção da Palavra da Autoridade", afirmou Afif.

Para ele,essenovo serviço registraria o que o governo fala e o que realmente acontece. "O cinismo está dominando o governo. Promete edepoisnão sustenta o que fala."

Opresidentedo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto

Nese: no limite dos impostos

Luiz do Amaral, lembrou que o governoafirmou queperderia R$ 2,5 bilhões por ano com a correção de 10% da tabela do Imposto de Renda. Mas houve ganhode R$3bilhões. "Aelevação da carga tributária deveria tersido divulgada com

marcha fúnebre. Isso representamais dificuldade para asociedade brasileira, que paga cada vez mais e tem menos serviços com qualidade", disse. Indignação— O presidente da Federação de Serviços do Estado deSão Paulo(Fesesp), Luigi Nese, também se indignou comaarrecadaçãorecorde. "Chegamos ao limite do pagamento de impostos", afirmou,destacando queexistem prestadores de serviços com carga tributária quechegaa 47% do faturamento. Deacordo comele, no ano passado houve o aumento da Contribuição Social sobreo Lucro Líquido (CSLL) e da alíquotade50%para asatividades deserviçosquerecolhem pelo sistema do Simples. Adriana David

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem 02/09/05
Valter Campanato/ABr - 31/12/05

Já é Carnaval. Para turistas

Nova opção de lazer noturno antecipa o carnaval na cidade e leva o visitante para uma noite animada em quadras de escolas de samba. O objetivo é atrair turistas estrangeiros, nacionais e também quem mora na capital.

São Paulo entra no clima do Carnaval 2006semdeixarde ladoosnegócios. Embaladas pelo ritmo da folia, a empresaCircuito SãoPauloem parceriacom escolas de samba do Grupo G5 – Rosas de Ouro, Mocidade Alegre, X-9Paulistana, Unidos da Vila Maria e Unidos do Peruche – lançaram o city tour Circuito Samba e Sopa. A proposta é oferecer aosturistas um passeionoturno diferenciado pelas quadras das escolas de samba. O city tour começa no tradicional restaurante Villa Távola, no Bixiga. Vans do restaurante podem buscar elevar os hóspedes noshotéis. Os turistas são recepcionados com um drinque de boas vindas e embarcam em um ônibus rumo à quadra daescola desamba. Cadadia, umaescola diferente. O city tour tem saída prevista para quartas, sextas e domingos. Durante o trajeto de ônibus,um guia conta a

história do carnaval e da escola de samba que se vaiconhecer.Jánaquadra, ogrupo éencaminhadoparaumaáreareservada,umaespéciede camarote, tem direitoa uma bebida eà companhiadeumintegrantedacomunidadeque , além de tirar dúvidas e contar curiosidades, ensina o be-a-bá do samba no pé. Francês –Sem se preocupar coma técnica apurada para dançar o ritmo nacional, o francês Yann Danjou, que participou do lançamento do city tour, logo foi contagiado pela bateria da escoladesamba Unidos daVilaMaria.Pelasegunda vez no País, ele aprovou o passeio. "Para quem é de fora, parece que São Paulo é mais para trabalho, mas, depois que você vem pela primeira vez, descobre a riqueza da gastronomia, da moda e da intensa vida noturna", disse. Depois dosamba, os turistas retornamao restaurante Villa Távola para o buffet de sopas.

Segundo odiretor daCircuito SãoPaulo, Aldo de Almeida, o diferencial do programa é a integraçãodo turistacom acomunidade dasescolas."Oturista vai percebertodaa estrutura que o carnavalde São Paulo já possuie que os ensaios não discriminam ninguém. Pelo contrário, são um mecanismo de integração".

Para Almeida, o Circuito Samba e Sopa é destinadotanto aos turistasestrangeirosenacionais como para quem mora na cidade e conhece poucodasescolas. "Notamosqueécadavez maior atendência de opaulistanoquererconhecer mais a cidade e suas atrações. Isso é bom porque ele passa a dar mais valor e falar melhor deSão Paulo,atuandocomoum agentededivulgação do nosso turismo", disse Almeida.

Para o diretor cultural e coordenador de desfile da Unidos da Vila Maria, José Ramos da Silva, ao longodosúltimoscincoanos,asescolastêmdado

EMORTE

dson de Freitas Júnior, de 31 anos, morador em Mogi da Cruzes, atropelou seis pessoas e causou a morte de três delas ontem, em Praia Grande, litoral paulista. Dirigindo um gol em alta velocidade e com os faróis apagados, ele invadiu a pista Expresso Sul, que estava interditada e servia de ponto de lazer para a população. Quatro crianças foram atropeladas e duas morreram no local. Ao tentar fugir, ele atropelou mais duas pessoas e uma morreu no local. Júnior foi preso em flagrante e vai responder por três homicídios dolosos e por lesão corporal culposa. (AE)

mais ênfase ao desenvolvimento do pólo cultural em torno do carnaval. E, por isso, atraem um público cada vez maior para dentro das quadras nos ensaios. "Esse projeto vai ajudar a mostrar para o turista de fora e da própria capital que existe mais atrativos além do desfileem si. Mostra também queocarnavaldeSãoPaulocresceanoaanocomo empresa", afirmou Ramos.

A parceria entre o G5 e a Circuito São Paulo é resultado do Programa de Desenvolvimento de TurismoReceptivo,uma iniciativado Sebrae para incentivar o turismo na capital. Fernando Vieira

Ó RBITA

CHUVA

Depois de uma semana de sol, com recorde de temperatura (33,9 graus na segunda-feira), um temporal caiu na capital na tarde de ontem. Foram registrados 12 pontos de alagamento, 5 intransitáveis. O trânsito ficou complicado e houve a queda de cinco árvores. Em Santo Amaro, zona sul, uma pessoa ficou ilhada dentro do carro.

e segunda-feira até ontem, a Subprefeitura da Sé apreendeu mais de seis mil produtos sem notas fiscais na ''Operação 25 de Março''. Ontem, mais um prédio foi interditado pelo Contru por falta de segurança. No edifício, na rua General Carneiro, 181, foram encontradas mercadorias suspeitas de contrabando e pirataria. A ''Operação 25 de Março'' está sendo realizada no perímetro formado pela avenida Senador Queiroz, rua Florêncio de Abreu, Ladeira Avanhandava e ruas Conselheiro Basílio Jaffet e Barão de Duprat. Saídas: quartas, sextas e domingos. Preço: R$ 50 por pessoa (ônibus + camarote) e R$ 12 para buffet de sopas (opcional). informações: (11) 5181-9914 e www.citytoursp.com.br

APREENSÃO

Almeida (esquerda) disse que o objetivo é aproximar o turista da comunidade, uma iniciativa vista com bons olhos por Ramos (centro), da Unidos da Vila Maria. No final da noite, a sopa recarrega as baterias.
Os ônibus fretados levam os turistas, como o francês Yann Danjou (centro) para conhecer de perto o samba paulistano. A Unidos de Vila Maria foi a primeira escola a ser visitada, na semana passada.

SEGUNDO O MINISTRO DO TRABALHO, LUIZ MARINHO, A DECISÃO DO VALOR SAI NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA

SEM ACORDO PARA O SALÁRIO MÍNIMO

Terminou sem acordo a reunião entre representantes do governo e de centrais sindicais para definir o novo valor do saláriomínimo.Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, às 10 horas, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, segundo o ministro do Trabalho eEmprego,LuizMarinho, a decisão será definitiva.

Areunião começouporvolta do meio-dia, com os sindicalistas propondoomínimode

R$ 360 em maio, ou R$ 350 a partir de março, e correção de 10% natabelado Impostode

Renda Pessoa Física. O governo estavadispostoa elevaro mínimo para R$ 350 em maio e a corrigir a tabela em 7%.

Por duas vezes, a reunião foi interrompida para que oministro LuizMarinho consultasse o presidente Lula sobre o tema discutido. A primeira consulta foifeita portelefone. Na segunda interrupção, os ministros que participavam da discussãocom ossindicalistas – além de Marinho, Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência, e Carlos Gabas, interino da Previdência – foram ao Palácio doPlanaltopara conversar com o presidente. Antes, às 18h30, foram ao Congresso Nacional,onde sereuniram com líderes da base aliada. No fim da tarde, no Palácio do Planalto, o presidente Lula

convocou tambéma ministra Dilma Rousseff, chefeda Casa Civil,para participar da discussão sobre a última proposta apresentada pelas centrais sindicais:salário deR$ 350 em abril e correção de 8% na tabela do Imposto de Renda. Impacto – O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que oimpactodaantecipação, em um mês, do aumento dosalário mínimopara R$ 350 seria de R$1,068bilhãonascontas dogoverno. Porisso, aequipe econômica pediu prazo atéa próxima terça-feirapara decidir se aceita a proposta. Inicialmente, o governo propôso reajustedo saláriomínimo para R$ 350, a partir de maio,eos sindicalistaspediram R$ 350 em março ou R$ 360 em maio. A última proposta apresentada pelas centrais sindicais foi de R$350 a partir de abril.Ascentraispedem também correção de 8% na tabela doImpostode RendaPessoa Física. Segundo o ministro Luiz Marinho, o impacto da correçãoda tabeladoImposto de Renda em 8% seria de R$ 1,1 bilhão. "Não há acordo fechado, mashá uma aproximação das possibilidades de acordo", comentou Marinho, ao informar que, até terça-feira, a equipe econômica analisaráseo aumentopodeprovocar algum desequilíbrio na economia e se vaiassegurar distribuição de renda. (AE)

Argentina vai sofrer com gargalos se não investir

Depoisde três anos consecutivos de crescimento, com o recorde histórico de 7,7% de aumento da produção industrial em2005, oseconomistas na Argentina começam a alertar paraum perigoiminente: sem investimentosem2006 para aumentara capacidade instalada, a indústria sofrerá gargalos no próximo ano, os quais colocarão em risco a sustentabilidadedo crescimento econômico argentino. Mais da metade dasindústrias está próxima do limite da capacidade produtiva, como as de metais básicos, que já alcançaram 93,7% da capacidade instalada, ou as de refinamento de petróleo, com 93,4%.

Na faixa de 71,5% a 78,9% do uso de sua capacidade instala-

da estão as indústrias de papel e papelão, substâncias e produtosquímicos, edição eimpressão, têxteise produtosalimentícios ebebidas. Oeconomista Miguel Bein explica que é necessário ter novos investimentos paraampliar aspossibilidadesprodutivas esustentar o crescimento recorde para evitar que a demanda seja maior que a oferta, o que pressionaria os preços para cima. "A capacidade industrial argentina utilizada subiu 2% no quarto trimestrede2005, em relação ao mesmo períodode 2004. Ocrescimento daindústria está sendo acompanhado por mais preenchimento da capacidade, o que indica que a indústria cresce acima de suas possibilidades de longo prazo", diz o economista. (AE)

Dirigentes das centrais sindicais se reuniram ontem com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho

Apesar da aftosa, exportação é recorde

Apesar do foco de febre aftosa que surgiu no MatoGrosso do Sulno final doanopassado,as exportaçõesdecarnebovina bateram um novo recorde em 2005. De janeiro adezembro do ano passado, as receitas de exportação do produto somaram US$ 3,149 bilhões, um aumentode 22,4%emrelação aoano de2004. Houve recorde também em volume embarcado: foram 2,3 milhões detoneladasexportadas para mais de 150 países, o que representa umaumento de18%deum ano para o outro, apesar dos diversos embargosanunciados desdeque foram detectados os focos da doença. Os dadosforam divulgados ontem pelaAssociação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Pela estatística da entidade, a Rússia foio país que mais impor-

tou carne brasileira in natura. Foram433mil toneladasde carne in natura,o que gerou uma receita cambialde US$ 525 milhões.

OEgitoapareceem segundolugar comUS$252milhões, seguido da Holanda (US$ 191 milhões), Reino Unido (US$ 181 milhões) e Itália (US$ 152 milhões). A Bulgária foi um dos destaques, apesar deseronono dalista.De2004 para 2005 as exportações para lá cresceram 115% em volume e 153% em receita. Industrial– Com relação à carneindustrializada,os Estados Unidos mantiveram a liderança. Os americanos compraram do Brasil, em 2005, US$ 205 milhões, seguidosdo ReinoUnido(US$130milhões), Venezuela (US$ 47 milhões) e Itália (US$ 31 milhões).

De acordo com a Abiec, o impactodofocodefebreaftosano MatoGrosso doSulfoimuito

pequeno nasexportações porque osgrandes frigoríficosexportadores têm hoje uma capilaridade quepermiteo remanejamentodesua produção para exportação. "O frigorífico que antes do foco exportava para Europa de MatoGrosso doSul, passouaexportarde Goiás edeixou a unidade dos estados embargados pela Europa para produzir carne industrializada para os Estados Unidos, quenão praticou qualquer restrição",diz opresidente da entidade,Marcus Vinicius Pratini de Moraes. A entidade espera que os embargos à carne brasileira sejam suspensos aindanoprimeiro semestre de 2006.

O governo abriucrédito extraordináriopara oMinistério da Agricultura, no valor de R$ 74,5 milhões, por meio de medida provisória, para programas de combate à febre aftosa, entre outros. (AG/AE)

AEB diz que exportação desacelera

AAssociação de Comércio ExteriordoBrasil (AEB) estima que os produtosbásicos (comaumento de 8%) e os semimanufaturados (3,9%) serão osresponsáveis pelo discreto crescimento das exportações neste ano. A entidade projeta alta de apenas 2,8% nas vendas externas totais, na comparação com 2005.Para osmanufaturados, a entidade aposta emtendên-

cia de baixa nas vendas externas (-0,4%).O diretor-executivodaAEB,JoséAugusto de Castro,dizque asprojeções para asexportações levamem contapelo menos cinco cenários para as commodities. O primeiro é que as exportações do complexo soja, embora maiores emquantidade,devemrepresentar receitasemelhanteà de 2005. A entidade projeta alta nas cotações de açúcar em bruto e refinado. Outra previsãoédamanutençãodasatuaiscotações de carnes de frango, bovina e suína, assim como de café e celulose.Outro cenárioéo decorreção de 10% nos preços internacionais dominério deferro. De acordo com Castro, o Brasil deve exportar 225 milhões toneladas de minério de ferro em 2006, ante os 222 milhões de toneladas no ano passado. (AE)

COMUNICADO

Geral

O Diretor Presidente da Cooperativa Habitacional Nacional -Coop, no uso de suas

atribuições que lhe confere o artigo 35 inciso 1, e em conformidade com o capítulo quarto do artigo 7º, normas e critérios A e B do estatuto, convoca seus cooperados em dia com suas contribuições estatutárias para uma Assembléia Geral, a realizarse no dia 29/01/2006 (domingo) na rua: Dr. Edson Batista de Andrade, 326 - Cibratel I - Itanhaém - SP - CEP: 11740-000, em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos sócios no mínimo, em segunda convocação com metade mais um dos sócios, e em terceira convocação com 10 (dez) sócios no mínimo. § 1- Serão excluídos da contagem do quorum estipulado, os componentes da diretoria e os membros do Conselho Fiscal. § 2 -Será observado o intervalo de 1 hora entre a realização por uma e outra convocação. Para tratar da seguinte ordem do dia - 1Aprovação de contas; 2 -Cronograma da 3ª lista de antecipação; 3 -Apresentação do novo Conselho Fiscal 2006; 4 -Sorteio de Unidades habitacionais. ItanhaémSão Paulo. Diretor-presidente. Narcizo dos Santos Miranda

EDITAL

Relações entre Líbano e Brasil mais fortes em 2006

Via de mão dupla. É dessa forma quea relação entre o Brasile o Líbanodeve seconsolidarainda maiseste ano.Com adesignação do embaixadorEduardo Augusto Ibiapina de Seixas paraa comunidadelibanesa, empresáriosbrasileiros deváriossetores daeconomiaesperam aumentar as negociações bilaterais com aquele país. Para Seixas,em primeirolugar, é necessárioque os dois países conheçam as carências e as necessidades do povo para que haja maior integração com osmercados. "Os pequenos e médios empresáriosdosetor têxtil, por exemplo,têm grandes chances deampliar seus negócios no Líbano", disse o embaixador, que esteve ontem na AssociaçãoComercial de SãoPaulo (ACSP).Oturismo, incluindoo denegócios, éoutro nicho a ser explorado. Potencial inexplorado – De acordo com Alfredo Cotait Neto, vice-presidente e coordenadordaSão PauloChamber of Commerce,da ACSP,o anode 2006 deveser de muitotrabalhoparaqueambascomunidades "importem eexportem" cultura,prestação de serviços e mercadorias. "Paratanto, realizaremos uma missão para o Líbano e aTunísia, em maio. Tantoas importações libanesas deprodutosbrasileiros quanto asimportaçõesbrasileirasde produtoslibaneses são consideradasainda irrisóriasfrente opotencial demercadodeambos ospaíses",reforçou Cotait Neto. Ana Laura Diniz

SECRETARIA DE ESTADO DA

FALÊNCIAS & CONCORDATAS

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 19 de janeiro de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Sérgio Alexandre Henrique Reis - Requerida: Panificadora Siapão Ltda. - EPP - Rua Amália de Noronha, 454 - 02ª Vara de Falências

Requerente: Phoenix Caldeiras e Aquecedores Ltda. - Requerido: Prodotti Hospitalar Ltda.- Rua Vergueiro, 2.087 - Conjunto 308

- 02a Vara de Falências

Requerentte: Fortymil Indústria de Plásticos Ltda. - Requerida: Enduplar Indústria e Comércio Embalagens Plásticas Ltda. - Rua Dianópolis, 1.50801ª Vara de Falências

Requerente:Vicunha

Marcelo Casall Jr/Abr
Augusto Seixas: bons negócios
Marcos Fernandes/LUZ

Ao lado, o presidente da marca no País, Paulo César Verardi.

Couromoda: esperança com a Copa

Terminou ontemem

São Pauloa 33ªCouromoda– FeiraInternacionalde Calçados, Artigos Esportivos e Artefatosde Couro.Osetor deprodutos esportivos, que nesta edição ocupouumaáreade8 mil metros quadrados, ou 25% mais que em 2005, acredita em um bomcrescimento nasvendas neste ano, em função da Copa do Mundo. Praticamente todas as marcas lançaram produtos alusivos ao Mundial.

Uma delasé aJoma, empresa espanhola fundada em 1965. Instalada no Brasil há um ano emeio, amarca atua somente nadistribuição dechuteiras. Na Couromoda, a Joma lançou 30 modelos de chuteirase introduziunomercado nacionalsualinhade tênis. "Cerca de 70%de nossos produtos estão relacionados ao futebol. Os tênis são todos jovens e casuais", diz o diretor da filial brasileira, Carlos Gómez.

Ograndelançamento da empresa é a linha de chuteiras

PRÉVIA DO IGP-M

Na segunda apuração de janeiro, taxa subiu 0,82%, a maior alta em 18 meses.

Facilitar, desburocratizar e fomentar o empreendedorismo. Esses são alguns dos compromissos assumidos pelo novo presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), Antônio Marangon, que tomou posse ontem. "Vou me empenhar ao máximo, e utilizarei os anos de trabalho, conhecimento e profissionalismo para tornar a Junta Comercial um prestador de serviços com excelência", disse. Participaram da solenidade o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Hédio

Opresidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Celso Limongi, negou liminar que liberaria os prestadores de serviços de municípios fora da cidade de São Paulo do cadastramento na Prefeitura paulistana. A liminar havia sido pedida em Ação Direta de Inconstitucionalidade da Prefeitura de Poá, município da Grande São Paulo, que entrará com recurso assim que a decisão for publicada no Diário Oficial do Estado. (LI)

Ricardinho, atual jogador do Corinthians e da Seleção Brasileira.São trêsmodelosdecalçados infantis e adultos que levarão o nome do craque: chuteira profissional, indoor e society."Esperamosque, com essa nova linha e aliada à Copa do Mundo, possamos crescer bastante e posicionar a marca no Brasil", afirma Gómez. Com seu nome garantido no mercadonacional, afabricanteinglesa deartigos esportivosUmbro (presentenoPaís desde 1992), também aproveitou a feira para lançar novos modelos de calçados e roupas, e firmar,mais uma vez,sua marca na mente dos consumidores e lojistas. Em 2005, o faturamento da Umbro no Brasil cresceu 10%. "Anualmente, lançamos muitas coleções que vêm obtendo sucesso", explicao presidente da marcano País, Paulo César Verardi. Moda – Para esteano, além de lançamentos que remetem à Copa do Mundo, a marca está apostando emcalçados econ-

fecçõesinspirados no futebol, porém com um visual fashion, casual e dentro das tendências damoda, ideal para odia-adia.Aotodo, os lançamentos somam cercade1,5militens. "Coleções como a do tênis Sala 5,inspirada nofutsal,e alinha Football Culture, mais casual e moderna, refletemnossa nova propostade transformaro esporte em um elemento de moda, inclusive para o público feminino", afirma Verardi. Versatilidade – Já a aposta da marca Poker é outra. Versatilidade é a palavra de ordem dafabricantegaúcha de artigosesportivos.A empresa lançou naCouromoda,entre outros produtos, um colete de dupla face que facilitaráas "peladas" entre amigos nos finaisde semana. O colete impede que os consumidores tenhamdetrocara cordouniforme entre uma partida e outra. Basta virá-lo ao avesso. O produto custarácerca de R$ 15 nos pontos-de-venda. André Alves

CANA-DE-AÇÚCAR Produção da safra 2004/2005 teve crescimento de 5,4% no Estado de São Paulo.

Silva Jr., o chefe da Coordenação da Arrecadação Tributária da Secretaria da Fazenda, Henrique Shiguemi, o secretário-adjunto da Justiça, Marcio Bueno, além de dirigentes da Associação

Vinculada ao mercado externo e quase imune aos efeitos da política econômica local, a indústria extrativa teve bom desempenho em 2005. Em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a extrativa (extração de minério, petróleo, carvão mineral) cresceu 10,54%, enquanto a indústria de transformação não se moveu além de 0,08% na comparação com igual mês de 2004. (AE)

Comercial de São Paulo (ACSP), do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (Sescon-SP) e da Junta Comercial. Maristela Orlowski

Aprodução de laranja e outros tipos de citros no Estado de São Paulo deve crescer 2,2% e chegar a 359,9 milhões de caixas na safra 2005/06, com produtividade de duas caixas por pé, segundo a Secretaria da Agricultura. EUA — Pelo fato de o Brasil vender suco de laranja a preços entre 9,73% e 60,29% abaixo do mercado, os Estados Unidos devem continuar comprando, disseram autoridades americanas. (AE)

Aldo Rebelo promete projeto para beneficiar exportadores Número de casos de gripe aviária na Turquia deve diminuir, diz OMS Celulares 3G avançam e ganham mercado na Ásia

Moda e negócios cada vez mais entrelaçados

Moda e negócios estão cada vez mais entrelaçados, ecom perspectivas animadoras. Na época dos lançamentos das coleções outono/inverno, está sendo realizada a II Edição da SemanadeModaBrasil, no Hotel Paulista Plaza, em São Paulo. O evento, que acaba domingo,trazasnovas coleções de 21grifes,com mostruários exclusivos para os lojistas. "Esperamos uma movimentação de R$ 5 milhões nesta semana, por conta da franca expansão dosetor",dizumdosorganizadores doevento, GilbertoAntonio de Amorim Filho. Os lojistas que encomendarem modelosemexposição devem receber as compras a partir de março. Entre os nomes queseespalhampelos show rooms estão Fernando Pi-

res, Letecha B, Claudia Simões, Avisrara e Vivace. "Esseeventoé dedicado a modelos refinados, e não à modapassageira", dizo estilista mineiro Ricardo Melo, à frente da marca de mesmonome. "Não me preocupo com tendências, mas com cores e tecidos. Assim, o vestido pode ser usado por várias estações." Melocriamodelos femininos de alta-costura para festas e noivas, todos com bordados empedrarias,drapeadoserendas."Emborameuescritóriofique emBelo Horizonte,participodessa semana de moda porque tenho clientes aqui em São Paulo", diz o estilista. Trabalho manual – O forte das coleções da semana de moda é o trabalho manual, como bordado ecrochê, mastambém com peças em veludo. A grifecarioca MarcDenisDe-

sign acaba de chegar ao mercado paulista com quase 100 modelos de blusasfemininas e vestidos bordados da alça à barra. "Ainda é umcomeço, mas asexpectativas sãoboas", diza gerente da marca,Ludmilla Coelho, sobre a vinda da empresa para São Paulo. Já a marca Trettiore, que tambémveiodoRiodeJaneiro, aposta em modelos de seda puracomaplicaçõese tie-dye "Acreditamos que,por serum eventofechadoeseletivo,trará bom retorno", diz a responsável pela marca, Rose Telles. E, assim, os negócios de moda seguem fortes, perto ou longe das passarelas badaladas. Serviço –A II Semanade Moda Brasilvai até odia 22 de janeiro, das 10h às 20h. OHotel PaulistaPlazafica na Alameda Santos, 85.

Sonaira San Pedro
Rose Telles, da Trettione, veio à Semana em busca do mercado paulistaCasaco bordado da Marc Denis
Leonardo Rodrigues/Hype
Patrícia Cruz/LUZ
Acima, um dos tênis lançados pela Umbro na Couromoda, que une futebol ao visual fashion.
Marangon quer prestação de "serviços com excelência" na Jucesp
Luiz Prado/LUZ
Detalhe da bata de seda bordada da marca Trettiore, apresentada na II Semana de Moda Brasil

Golas altas, romantismo e acessórios

Segundo dia de desfiles do São Paulo Fashion Week traz à tona variedade de looks, exuberâncias nos tecidos e influência de décadas passadas. Tudo assistido por celebridades.

Oromantismodeu o tom nodesfileda

Patachou, no segundo dia da São Paulo Fashion Week (SPFW). Com música francesa, as modelos mostraram peças de tricô com golas muito altas. As saias eram compridas; os vestidos,usados comcachecóis; a gravatinha complementou o look colete/casaco. Todas asmodelos pareciam viver nos anos 30 – entraram na passarela com boinas, que, junto com os sapatos rasos, deram estilo meio masculino às peças. O detalhe interessante foramasluvas –quandonão estavam vestidas, eram seguradas, com charme. E havia gente famosa na passarela. A atriz Mila Moreira disse que usa a marca há muito tempo."A Patachousempre mostraitens quepodemos usar em qualquerlugar." Outro que chamou a atenção foi o jogadorde póloRicardinho Mansur, que apareceu sem a namoradaLuanaPiovani. Ele disse que gosta de prestigiar o

trabalho dos brasileiros. "Tenho orgulho do que mostramos no exterior. As coresdo País estãoemváriaspartesdo mundo. Apesar deeupreferir usar jeans e camiseta,gosto de meinspirar noque vejonas passarelas", afirmou. No desfile seguinte, a Zapping, braço da Zoomp com focona modajovem, trouxeosconhecidosjeans e camisetas, mas comdemocracia – meninos vestiram saias por cima das calças e asmeninas, bermudas justas. Os bonés e ossuspensórios fizeram parte do conjunto, apresentado em uma imitação de rua de grande cidade. As cores foram as tradicionais: preto, marrom e roxo. ATriton foia terceira grifea mostrar as no-

vidades da coleção outono/inverno na Bienal. Casinhas com telhado vermelho decoraram a passarela e também osvestidos amplos e curtos das modelos, junto com nuvens, árvores epassarinhos. Tudoisso foitiradoda obraO PequenoPríncipe, de Saint-Exupèry.

Parecia que os apliques e bordados tinham sido extraídos dos cadernos de desenho de crianças. As meias 3/4 compuseramo estilo, usadascom sapatos finos ou botas de saltos altos.Os rapazesdavam aimpressão deterem incorporado ocantor EltonJohn,quando ele se "fantasiava"para cantar: casacos pesados, de cores fortes, estruturados ecom várias medalhas(boa idéia,segundo o cantor Supla, na platéia).

Paralelamente aos desfiles da Bienal, a marca Cavalera apresentousuas peçasao arlivre, nos jardins do Museu do Ipiranga. E fez bonito ao mistu-

rar saias plissadas com mangas cheias e muitos acessórios. Balanço – Enquanto rolava afesta naspassarelas, osuperintendente daAssociação Brasileirada IndústriaTêxtle deConfecção (Abit),FernandoPimentel, preocupava-se com a economia. Segundo ele, embora o País esteja abrindo mercados, algumasquestões impedem omaior crescimento da cadeia têxtile de confecção. "Crise política, câmbio desfavorável,jurosaltose a faltadeacordos comerciais com grandes blocos dificultamnossa vida",disse. Asexportações brasileiras cresceram 5,9% em 2005 em relação a 2004. Mas poderiam ser melhores, reclamou Pimentel. No entanto, para ele, 2006 serámelhor."As exportaçõespodem crescercercade 5%, e as vendas e a produção, 4%", afirmou Pimentel.

Neide Martingo
Fernando Donasci/Folha Imagem
Modelo desfila roupa da grife Cavalera, nos jardins do Museu do Ipiranga
Patachou: referência aos anos 30
Caio Guatelli/Folha Imagem
J.F.Diório/AE
Cavalera: mangas e saias cheias
Moda jovem e básica apresentada nos figurinos da coleção Zapping
Patrícia Santos/AE
Caio Guatelli/Folha Imagem
Clima romântico e retrô deu o tom à passagem das modelos da Patachou
Caio Guatelli/Folha Imagem
Saias longas, cachecóis e luvas estavam presentes em todas as peças da Patachou

PELA TRANSPARÊNCIA DOS IMPOSTOS CONTINUA EM BUSCA DE 1,5 MILHÃO DE ASSINATURAS

DE OLHO EM RIBEIRÃO PRETO

Depois deSãoJosédo Rio Pretoede 200 quilômetros de estradas no interior paulista, a caravana pela transparência nosimpostoschegou aseu novodestino:Ribeirão Preto. Aqui, a metaé coletar 60 mil assinaturasparao movimento DeOlhoNo Imposto, proposta que busca reunir 1,5 milhão de adesões depessoas de várias cidades para regulamentar por projeto de lei popular oparágrafo 5°do artigo150 da Constituiçãofederal,que prevê que todo cidadão tenha o direito de saber quanto paga de impostoem cada produtoou serviço que compra. Enquanto a caravana seguia naestrada, a AssociaçãoComercial e Industrial Ribeirão Preto (ACIRP),na linhade frenteem Ribeirão,montavao centro de operações do movimento – oFeirão do Imposto, instaladonaEsplanada do TeatroPedro II,no centro.Por volta do meio-dia,duas horas depoisde acoleta deassinaturas começar na cidade, mais de 400 nomes já estavam na lista. "Esse é só o começo. Agora nosso trabalhoserá difundiro movimento nacidade, por meiodasentidades,paracriarmos multiplicadores da proposta. Assim,postos decoleta de assinaturas serão montados em lojas e shoppings. Mesmo quando acabar o Feirão, no sábado,teremos umquiosque no pontoondeele estava", afirmou Francisco Pinghera, presidente da ACIRP.

Até o dia 23 de fevereiro a caravana percorrerá 17cidades. Ribeirão Preto foi o segundo destino, onde desembarcaram,além de GuilhermeAfif Domingos, presidente da Federação dasAssociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercialde SãoPaulo(ACSP), Cláudio Vaz, presidente do Centro das Indústriasdo Estado (Ciesp), representantes da Ordem dos Advogadosdo Brasil(OAB),doSescon, da Força Sindical e da Associação Médica Brasileira (AMB). "Nossa entidade aderiu ao movimento porque,como cidadãos, queremos saber por que nossoPaísestá entreos que mais forçam a carga tributária.Mas,apesar disso, não temosretornodecente.

Faltadecêncianesse País", disseo médico Eleseu Paiva, ex-presidente da AMB. Comoo médico,quem passava pelo Feirão também ficava estarrecido com os tributos. Haviafilas de moradores esperandoparaacessar os computadores instaladosno local. Eles davam acesso ao Impostômetro e à Calculadora do Imposto. O agentede viagemRomário Oliveira foi ao Feirão com a esposa Bartira. Como muitos, ele também quis saber quanto deimposto pagavaa cadaida aosupermercado. Oliveira usou a Calculadora do Imposto. "É um absurdo. Não tem impostono País,e simconfisco,porquenãoretorna nada em nosso benefício", lamentou o agente de viagem. "Precisamos formar cidadãos conscientes.Quando souberem que o mensalão, por exemplo, saiu donosso bolso, vão passara reivindicar seus direitos", comentou Afif Domingosa umauditório tomado de lideranças de Ribeirão. Fim do dia, começo de mais umaetapa dajornada dacaravanapara atransparênciados impostos. Comatropareunida,mais100quilômetrosdeestrada serão cruzadospelo movimentoatéacidadede São Carlos, o próximo destino.

Renato

de Ribeirão Preto

Leitores do DC também aderem ao movimento

I ndignação. Essaéapalavra queresumeosentimento do contribuinte brasileiro, manifestadoem cartasquechegam àredação do Diário do Comércio e do sitewww.deolhonoimposto.org.br. Conheça algumas: Quero parabenizá-los pela iniciativa de alertaaopovosobre o absurdo deimpostos quepagamos para o governo sem conseguirmos oretornoadequado. Éprecisoentender queo governo é simplesmente o gestor do dinheiro que é nosso. Com a carga tributária abusiva deveríamos tersaúde, educação,segurançae habitaçãodamelhor qualidade, mas o que vemos é umacorrupção eroubalheira gigantesca. Temos que agir!!! Leandro C. Gloria, Volta Redonda - Rio de Janeiro

Parabéns porum sitedetamanha

utilidade para o cidadão. Sou auditorafiscal daSecretariade Fazendade Alagoas ecoordenoo programa de educação fiscal no nosso Estado. Este programa é nacionale contacom a parceriada Secretariade Educação, Receita Federal e outras instituições e ensinaaprofessoresealunosoquesão tributos. Levamos para a população, através da escola, as informações sobre os tributos e sua real finalidade. Glacia Pereira Tavares, de Maceió - Alagoas

Representoo Fórum Permanente da Juventudede minha cidade, CampoMourão,no Paraná. Vamos mobilizarnossacomunidade nesta campanha do imposto, temos oenvolvimento acertado de associações de moradores, igrejas e outras entidades. Rogério Alves, de Campo Mourão - Paraná

Carbonari Ibelli,
O casal Romário e Bartira Oliveira (à esq.) se indignou com os impostos, assim como outros que passaram pelo Feirão do Imposto. Para Afif (acima), é necessário conhecer para cobrar.
Fotos: Daniel Gallo

A maioria das lojas que deveriam alterar a publicidade e restaurar a frente do prédio ainda não fez. Prazo termina no dia 31.

AAextensãodo prazovai possibilitarque asadaptações sejamfeitas

revitalização das fachadas das lojas da região centralde Campinas nãovai serconcluídaatéo próximo dia 31, como previa oprojeto inicial da prefeitura. A reforma,queatingeo quadrilátero formado pela praça Marechal Floriano Peixoto, avenidasDos Expedicionários, Campos Salles e Francisco Glicério e as ruas Costa Aguiar e 13 de Maio, principal rua do comércio da cidade, foi determinada pelas leis municipais 4.740/1997e 14.944/2004. Mas, com exceçãodaslojas da rua13de Maio, quejá retiraram a maioria das placas ebandeiras que cobriam as fachadas de seus estabelec i me n t os , pouco foi feito para melhorara aparência da região. Pelas novas regras, apartir dodia 31,o comerciante da regiãoque deseja divulgara sua loja deve ser bem discreto. Toda e qualquer forma de publicidade como placas, luminosos, bandeiras, entre outros, devem seguir em total harmonia com a arquitetura do prédio. Além disso, todas as fachadas que foram danificadas durante a retirada da publicidade anterior devem ser restauradas, seguindo a estrutura de origem do prédio. Este último item vem se mostrandoo maisproblemáticodoprojeto,jáque até mesmo os lojistas da 13 de Maio,que iniciaram a remodelação dasfachadas, ainda não começaram a restaurar seus imóveis. O presidentedaAssociação Comercial e Industrial deCampinas(Acic),

Banco

Ovice-prefeitoe secretário de Comércio,Indústria, Serviços e Turismo, Guilherme Campos Júnior, disse ontem que até a semana que vema entidade vaisolicitar aprorrogação do prazo para a prefeitura. “A administração pública ainda não retirou a decoraçãonatalinada região,o que está dificultando o trabalho dos lojistas que querem adequar oseu estabelecimentoàs novasregras até o final do prazo. Com certeza, a extensão do prazo vai possibilitar que as adaptaçõessejam feitas", disse Campos Júnior. A Acic sempre apoiou a revitalização da região e defendeu que a iniciativa das reformaspartisse dospróprios comerciantes.

Lojistas – A maioria dos lojistas, pelo menos da rua 13 deMaio,apóia amudança nas fachadas e acredita que a remodelação vai aumentaropúblico que circula tanto por ela, como pelo comércio como um todo no perímetro centralde Campinas.Até mesmo uma menor parcela dos comerciantes, que vem reclamando por ter que reformar sua fachada, concorda que a saída para alavancar as vendas na região é a revitalização. É queasobras iniciadas no local desde omêsdenovembro do ano passado, quandoa rua13de Maio foiinaugurada, vemafugentandoos clientes. O que resultou na queda de 30%nas vendasde todoo comércio.

O segundo vice-presidente da ACICe lojista da rua13de Maio,Carlos

Francisco Simões Correia, conseguiu, apesar do transtornode teradecoração natalina ainda instalada na frente de sua loja, iniciar a recuperação da fachada da ChicoModas. Melhor ainda, sem a necessidade da entrada de caminhão com guindaste para a remoção das placasde publicidade anteriores, como aconteceu commuitaslojas. "A demoranaretirada da decoração atrapalhou e está dificultandomuitoa reformulação das fachadas

Fachadas da 13 de Maio e de outras ruas do perímetro urbano central que deveriam concluir a revitalização até o próximo dia 31

para arua 13de Maio",criticou."É precisoesclarecer, entretanto, que as mudanças não devem acontecer somente nesta rua, mas em toda a área delimitada pela lei", completou Correia. Ao retirar as placas de sualoja,ocomerciantecontratou imediatamentedois arquitetos que avaliaram o que poderia ser feito para revitalizar o imóvel, levando-seemcontaas características da construção.

O secretário de Urbanismo da prefeiturade Cam-

Lojas da rua 13 de Maio que já adequaram suas fachadas às novas regras. Agora só falta a restauração do imóvel.

pinas, HélioCarlos Jarreta,único quepoderiaopinararespeito doassunto com a visão da administração municipal, não foi encontrado ontem. De acordo com a assessoria de imprensa,ele sóinformará se a prefeitura vai ou não multar os comerciantes quenão cumpriremas novas regras a partir do dia31, napróximasegunda-feira. Pelalei 14.944/04 a readequação deveria ter sidofeitaaté 120 dias a partir da data de suapublicação, queocorreunodia 14 de outubro. Foi adiada, entretanto, por causa do atraso na entrega das obras da 13 de Maio. Multa – O valor da multaparaquem descumprir o prazopara concretizara revitalização das fachadas aindanãofoiestipulado.A lei 14.944 remete a questão para o Artigo 19da Lei nº 4.740/97 que estabelece "aoinfratordas disposições desta leiserá imposta a multa de até dez vezes o valorde referênciafixado, deacordocomagravidade da falta, cobrado em dobro na reincidência". O valor de referência éa unidade fiscal do município, UFIC, hoje em R$ 1.7371. MárioTonocchi

COMBUSTÍVEL

Quatro postos de combustível em Campinas foram autuados pelo Procon esta semana por falta de informação adequada sobre os produtos comercializados e os preços. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as infrações são passíveis de multas que variam de R$ 200 a R$ 3 milhões. A definição da multa e respectivo valor só acontecerá após uma análise jurídica das infrações. A operação "De Olho na Bomba" faz parte de ação conjunta entre Procon, Ipem, polícia e a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

TRÂNSITO

AEmpresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) está testando no cruzamento da avenida Moraes Salles e a rua Irmã Serafina um novo tipo de sinalização para tentar diminuir o número de acidentes no local. Nos seis primeiros meses do ano passado foram registrados quatro acidentes envolvendo pedestres. No cruzamento passam 34 mil carros por dia. A nova sinalização é uma placa onde se lê "Olhe" com setas indicando os dois sentidos. Se funcionar a Emdec vai instalar mais placas desse tipo em outros cruzamentos do centro.

FÉRIAS

OShopping Parque D. Pedro promove, até o próximo dia 29, o evento "Férias com a Natureza", uma programação temática realizada ao ar livre com crianças de quatro a 11 anos, todos os dias, das 12 às 20 horas. Monitoradas, as crianças vão visitar uma minifazenda montada em uma área anexa do shopping e aprender a fazer animais de brinquedos, utilizando materiais recicláveis e dobraduras de Origami. Pela entrada, a organização cobra, não obrigatoriamente, a entrega de um quilo de alimento não perecível, menos sal ou açúcar.

de alimentos bate recorde de doações

Banco Municipal de Alimentos de Campinas, gerenciado pela Central de Abastecimento de Campinas S.A. (Ceasa), arrecadou 197,8 toneladas de alimentos no ano passado. O volume ultrapassou a coleta registrada em 2003 e 2004 quando, somados os dois anos, foram doadas 167,7 toneladas. A Ceasa credita esse aumento ao crescimento

no número de novos parceiros para doações entre os empresários de Campinas e às campanhas próprias realizadas em eventos esportivos e culturais da cidade. Além de conseguir novos parceiros para as doações, o Banco de Alimentos também aumentou sua arrecadação por meio do programa Sociedade Solidária, lançado em junho de 2005 que,

segundo a Ceasa, faz arrecadações permanentes em universidades, condomínios, escolas particulares, associações de moradores de bairros e lojas. Com a comida, em 2005, foram atendidas 30 mil pessoas carentes, segundo o Conselho do Banco, formado por representantes do poder público, empresários e organizações nãogovernamentais. Também

foram atendidas 134 entidades assistenciais voltadas para pessoas carentes. Qualquer um pode contribuir. Mais informações pelo telefone (19) 3746-1063, de segunda à sexta-feira, das 8 às 16 horas. Os doadores, segundo a Ceasa, recebem um relatório do Banco com prestação de contas sobre o destino de tudo que foi recebido e destinado.

PABX: 2104-9200

Marcos Peron/Virtual Photo
CIDADANIA
Ricardo Lima/Virtual Photo

BRASIL REGISTRA SUPERÁVIT RECORDE DE US$ 14,19 BILHÕES, O MAIOR DA HISTÓRIA DO BANCO CENTRAL

CONTA EXTERNA RECORDE EM 2005

Superandoas mais otimistas expectativas dos analistasfinanceiros, o Brasil obteve no ano passado o superávit recorde de US$ 14,19 bilhões na conta de transações correntes. É o maior resultado desde o início da série do Banco Central (BC), em 1947. É também o terceiro ano consecutivo emque o recorde é quebrado. O resultado, equivalente a 1,79% do Produto Interno Bruto (PIB), superou em US$ 2,48 bilhões os US$ 11,71 bilhões de 2004.

A conta detransações correntes é o resultado das exportações e importações de mercadorias e as receitas e despesas envolvendo serviços(viagens internacionais,fretese seguros), pagamentos de juros e remessa de lucro e dividendos. Para2006,a maisnovaexpectativa do BC, divulgada ontem pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, é a de um superávit menor: em tornodeUS$ 6,1 bilhões. Segundo ele, a queda vai refletir o aumentoesperadodas importações, que reduzirá o saldo da balança comercial. "Esse cenáriopositivopara as transações correntes veio em boa hora e propiciou a consolidação dascontas externasbrasileiras.Hoje temos indicadores de sustentabilidade externa em condições absolutamente favoráveis", disse Lopes.

Dividendos – O superávit foi alcançado apesar do aumento deremessasdelucrosedividendos de empresas instaladas no Brasil. No ano passado, elas remeteram para o exterior o valor recorde de US$ 12,68 bilhões. Foi um aumento de 72,88% em comparação com as remessas

de US$7,33 bilhões realizadas em2004. Emdezembro passado,porexemplo, oenvioderecursos atingiu US$2,24 bilhões, o maior volume já registrado pelo BC em um único mês. DeacordocomLopes,ocrescimento se deu por conta da elevaçãodosestoquesdos investimentos estrangeiros diretosdo País,quefezque asempresasremetessemparaoexterior o lucro obtido no Brasil. Para este ano, Altamirpreviu a manutenção da trajetória deremessas elevadas.Neste mêsde janeiroaté ontem,elas jásomavamUS$834milhões,o quefez oBanco Centralreduzir para US$ 300 milhões a previsãodesuperávit em transações correntes no período. Investimento – A expansão, entretanto, não alcançou os investimentos diretosestrangeiros.Emtodo oanopassado,o Brasil recebeu US$ 15,193bilhões,contra osUS$ 16,937bilhões de 2004.A maiorparte veio dosEstados Unidos, seguidopelosPaísesBaixos.Jáos investimentos estrangeiros em ações de empresas brasileirasnegociadas nabolsa devalores tiveram uma grande expansão e atingiram a marca dos US$ 6,451bilhões, melhor resultado desde 1997. Serviços – Acontade serviçosficou negativaem US$8,14 bilhões,valor bemmaiselevado do que os US$4,67 bilhões registrados em2004. Os itens que pesaram mais foram os gastos com serviçosde aluguel deequipamentos (US$4,13bilhões),transportes(US$1,79bilhão), viagens internacionais (US$858 milhões),alémde computação einformações (US$ 1,62 bilhão) e royalties e licenças (US$ 1,3 bi). (Agências)

Lula: corte de 0,75 ponto nos juros era o mínimo tolerável

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou com assessores que o corte de 0,75ponto percentual na taxa Selic (a taxa básica de juros) seria o "mínimo tolerável" para a reuniãoencerrada na quartafeira peloComitê de Política Monetária (Copom)."Menos queissoseriacomplicado,causaria uma crise",disseuminterlocutor do presidente. A mesma avaliaçãofoi feita por um assessor da área econômica. "Se cortassem um ponto, a decisãoseria classificadacomo política; se cortassem meio, alguém seria demitido." Um ministroinformou que, dentro do governo, a expecta-

tivaera decortede um ponto percentual. No entanto, prevaleceu a análise de que seria melhor para o governo, em ano de eleição,agir com cautela para evitar recuos mais adiante. "O BC (Banco Central) está fazendo uma programação gradual para não ter sobressaltos." Unanimidade – A reunião de quarta-feira foi a mais longa do governo Lula: 4 horas e 46 minutos. A decisão, porém, foi tomada por unanimidade. "Dando prosseguimentoao processo de ajuste da taxa de juros básica, o Copom decidiu por unanimidadereduzir ataxa Selicpara17,25% aoano, sem viés, e acompanhar aten-

tamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na estratégia de política monetária implementada desde setembro de 2005", diz o comunicado divulgado pelo Banco Central. Embora o corte da última reunião tenha sido maiordo que os de outubro, novembro e dezembro passados, quando a taxacaiu0,5ponto,a decisão do Copom significou, na prática,a manutençãodo ritmo de queda estabelecido no final de 2005. Afinal,neste anohaverá menos reuniões do Comitê (oito, em vez de 12). Por isso, seria necessário um cortedemaior magnitude para manter o mesmo ritmo de queda.

Março – A taxa de juro atual vigora até a próxima reunião do Copom, marcada para os dias 7 e 8 de março. Não haverá alterações na Selic atélá, porquea decisãodiz "sem viés",ou seja, osdiretoresdo BancoCentralnão sinalizaram nenhuma mudança até o próximo encontro. (AE)

Depois do

Copom, Skaf não vê "céu de

brigadeiro"

O presidenteda Federação dasIndústrias deSão Paulo (Fiesp),Paulo Skaf,disseontem estar convencidode que a política monetária do governo está errada, e que isso está prejudicando o Brasil. "Essa política monetáriadesaquece a economia, baixa o astral, desestimula osinvestimentos ea produção. Isso é muito nocivo para o País", afirmou Skaf, que passouo diaem Brasília,em audiências com ministros. Skaf criticou também o que chama de"teimosia" doComitêdePolítica Monetária(Copom) emdefinir pequenasreduções da taxa Selic, como ontem, em 0,75 ponto percentual. "Ficamos nasituação ridícula, na expectativada decisão de meia dúzia de técnicos. Não pode ficar mais desse jeito. Se os juros não começarem a cair, (essa política) vai comprometer o crescimento de 2006."

Aocontrário dopresidente Lula, que prevê para 2006 um "céu debrigadeiro", Skafdisse que se o Copom tivesse reduzido a Selic em 1,5 ponto percentual, com viés (tendência) de baixa, "até poderia sinalizar um céu de brigadeiro". Para Skaf, os integrantes do Copom são "técnicosdevisãofria,estreita, esó pensam namoeda e nainflação". "OBCé moedae inflação. Não importa o desenvolvimento nem o emprego." O presidente da Fiesp esteve com os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, LuizFernando Furlan, edo Trabalho,Luiz Marinho,alémdopresidentedaCâmara, Aldo Rebelo (PC do B), e dovice-presidentee ministro da Defesa, José Alencar. Ele teveaudiências tambémcom os ministros da Justiça, Márcio ThomazBastos, das Relações Institucionais, JaquesWagner, e das Relações Exteriores, Celso Amorim. (AE)

Altamir Lopes, diretor do BC, diz que o bom resultado propicia a consolidação da conta externa brasileira
Rubinho Guimarães/AE

A França se reserva o direito de usar armas 'não-convencionais' contra qualquer estado que faça uso de meios 'terroristas' para atacá-la, e isso envolve o uso de armas de destruição em massa.

Do presidente francês Jacques Chirac, ontem. É a primeira vez que a França assume a possibilidade de usar armas nucleares.

G OVERNO

Xerox custa mais do que combate à fome

Um levantamento feito pela ONG Contas Abertas, baseado em informações do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), mostra que o governo gastou, em 2005, R$ 88,6 milhões com fotocópias ou xerox. No mesmo período, foram investidos R$ 87,4 milhões pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). No primeiro ano da atual gestão, as despesas com xerox chegaram, de acordo com levantamento da ONG, a R$ 102,2 milhões. Em 2004, dentre os dez itens considerados mais onerosos para os cofres

R ÚSSIA

Em Moscou, homem esconde a cabeça sob o casaco para se proteger do frio que ontem chegou a -31 graus negativos e causou sete mortes em dois dias.

M ARKETING

Stephen King: crime e vendas por celular O escritor Stephen King, que acaba de lançar o livro Cell, tem afirmado em entrevistas que os telefones móveis são as "correntes de escravos" do século 21. O celular é o "personagem principal" de seu novo livro, que conta a história de uma mensagem de voz transmitida por telefone móvel que incita as pessoas a matar. Para divulgar o livro, foi montada uma capanha que enviará 100 mil mensagens a proprietários de celulares convivando-os a comprar o livro. A mensagem terá a voz do autor.

EM CARTAZ

públicos, o uso de fotocópias foi o único que apresentou redução, caindo de R$ 102,2 milhões em 2003 para R$ 91,4 milhões em 2004 - 11,8% a menos. Em 2005, mais uma vez, os gastos com o item voltaram a cair cerca de 3%. De acordo com o cálculos da Contas Abertas, se o preço de uma fotocópia for de 15 centavos, significa que, por dia, 1.617.525 cópias podem ter sido feitas pela União, o que dá uma média de 46.215 fotocópias por órgão dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

http://contasabertas.uol.com.br

H ISTÓRIA

A origem de Cristóvão Colombo

Cristóvão Colombo era genovês, catalão, português ou francês? A dúvida, alimentada há séculos por estudiosos e supostos herdeiros, será resolvida pela Universidade de Granada, na Espanha. Cientistas recolheram saliva de pessoas com o sobrenome Colombo e derivados para compará-la ao DNA do filho do almirante, Fernando Colombo. Ao final, pretendem mostrar com que região o DNA do cromossomo Y de Colombo tem mais afinidades e onde se situa sua origem.

M ÚSICA

Estúdio de Elvis vira estacionamento O estúdio de música localizado em Nashville onde Elvis Presley gravou, em 1956, seu sucesso Heartbreak Hotel será demolido e dará espaço para o estacionamento da concessionária de veículos do atual proprietário, Lee Beaman. O empresário comprou o estúdio em 1999 e o mantinha alugado e em funcionamento. Além de Elvis, o local também foi utilizado para gravações de nomes como Jim Reeves, Chet Atkins e The Everly Brothers, entre outros.

Construtor de bibliotecas

Pedreiro que passou 27 anos sem saber ler doa 30 mil livros para biblioteca do Rio

Opedreiro Evando do Santos doou 30 mil livros para a Biblioteca Tobias Barreto, que deve ser inaugurada até o fim do ano em Vila da Penha,nazonanorte doRio. Além deste acervo, a instituição vai oferecer cursos livres de português, espanhol e tupiguarani. O prédio, projetado por Oscar Niemeyer, terá salas de leitura e de aula e custará R$ 651 mil,financiados peloBanco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES). É a realização de um sonho de mais de oito anos.

Pedreiro nascido em Sergipe, há 46 anos,Santos chegou aoRio adolescentee nãosabia ler até os 27 anos. Aprendeu na IgrejaBatista,mas só liaa Bíblia.Nos anos80, quandotra-

balhava naurbanização dafavela da Maré, um companheiro oapresentouaosclássicos brasileiros. Em 1998, começou acolecionarlivros."Viuns 50 livros no lixo deuma loja em Brasde Pina(bairro vizinhoa ViladaPenha) epediparalevar.Tinha Os Sertões, Emília no País da Gramática e História do Brasil, de Pedro Calmon e, com eles, comecei a coleção", lembra."Depois, pedia doações e cheguei a 30mil livros, além dosque deiàs bibliotecasque fundei em outros bairros." Os livros ficaram espalhadosem sua casaeEvando queria dar mais conforto a seus leitores. Por isso, procurou rádio, jornal e revista para divulgar sua idéia. "O então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-

nômico e Social (BNDES), Carlos Lessa,ficou sabendo do meuplanos equis negociar o projeto", comemora. Por exigência do banco, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismoea de Arquivologia, daUniversidade Federaldo Riode Janeiro(UFRJ) vão supervisionar a obra. "O que é mais uma vantagem porque a biblioteca, além detrazercultura paraosubúrbio,vaidar estágio para os estudantes", comemora Evando. Ele avisa ainda que, mesmo com o financiamento oficial, novos livros ainda são bem-vindos, assim como ospedidosde criação de novas bibliotecas. "Para doar ou receberlivros,basta me telefonar que eu vou lá buscar ou entregá-los. Doação de livros: 21-2481-5336

ABANDONO - Em Santiago, um casal sem-teto se instala num mural próximo ao museu de arte da cidade. A pintura, colocada no interior de uma estrutura, mostra o deserto do Atacama. O objetivo do casal: chamar a atenção para a realidade dos sem-teto no Chile.

I NTERNACIONAL

Caso Jean Charles: faltou comunicação

A BBC divulgou ontem que o relatório da comissão de queixas contra a polícia britânica sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, deve apontar "problemas sérios de comunicação" entre os policiais no dia da morte. A oficial que comandava as operações do dia "quase não tinha dormido, por causa da falta de oficiais graduados da Scotland Yard para lidar com ameaças de homens-bomba". O relatório foi entregue à promotoria britânica ontem e seu conteúdo não foi divulgado. A morte de Jean Charles pela polícia londrina completou seis meses ontem. Várias pessoas deixaram flores e recados no memorial criado para ele na estação de metrô de Stockwell (acima).

T ERRORISMO

Bin Laden propõe trégua aos EUA

MELODIA

Luiz Melodia volta ao cartaz, com algumas de suas jóias, lapidadas na década de 70. E promete surpresas, também. Teatro Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141. Telefone: 5080-3000. Às 21h. R$ 30.

G @DGETDUJOUR

Computador do futuro, em módulos

A Sociedade de Design Industrial dos EUA escolheu o modelo "Bookshelf" como o vencedor de um concurso de design para computadores do futuro. As peças se encaixam, lembrando livros em uma estante. A CPU é o cubo central, e os periféricos e aplicativos lembram livros e revistas. Os apoios laterais embutem portas USB e entradas de força e linhas telefônicas. www.idsa.org

F AVORITOS

Na rede, sem poluição

Relação de postos de combustíveis cadastrados, glossário ecológico ambiental e qualidade das águas, do ar e do solo são informações presentes no site da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB). Lá, o internauta também encontra um link específico sobre a dengue, com medidas gerais de prevenção, sintomas da doença, modo de transmissão e outros dados úteis que podem ajudar a combater o problema. www.cetesb.sp.gov.br

Bomba fere 20 em Tel-Aviv

Gilad Kavalerchik/AFP

Um suicidapalestino detonou ontem os explosivos que levava presos ao corpo dentro de uma lanchonete na cidade israelense de Tel-Aviv, ferindo 20 pessoas,1 gravemente.O atentado aumentou as tensões diasantesdaseleições parlamentares palestinas do dia25,criandoum grande teste parao primeiro-ministrointerinodeIsrael, Ehud Olmert.

O ataque foi o primeiro em Israel desdeque oprimeiroministro ArielSharon foiinternado apóssofrer umderrame cerebral no dia 4 e pode levar Olmert a adotar duras represálias contraos territórios palestinos.

Ogovernoisraelense declarou que o atentadoé "a conseqüência direta da indiferençada Autoridade Palestina (AP) para evitar os atos terroristas contra Israel". Emdeclaraçõesàedição online do jornal Haaretz, o porta-voz do governo, David Baker, disse que aAP "continuacomsua política de não dar nenhum passo para evitar os atos terroristas

A TÉLOGO

e continua descumprindo seus compromissos em tal sentido. Continua sentada, de braços cruzados e à toa".

O presidentepalestino, Mahmud Abbas,disse queo atentado era um ato de sabotagemcontraas eleições ea segurança dospalestinos.

Ele se comprometeu a punir osresponsáveise pediuaIsrael que não bloqueie a realização das eleições.

A Casa Branca condenou o atentadoe exigiu à APque tome providências para impedir esses ataques.

O organização extremista Jihad Islâmica assumiu a autoria do ataque. Essa milícia declarou-seresponsável pelos seis ataques suicidas do

Atentado suicida em lanchonete pode resultar em represálias de Israel

anopassadoem Israele éa únicafacçãoextremista que se opõe às eleições. Segundo a Jihad Islâmica, o suicidafoi cometido por Sami al-Katib Antar, de 22 anos, morador da cidade de Nablus, na Cisjordânia. Osuicida, quesegundo testemunhasse fez passar por um vendedor ambulante delâminasdebarbear,entrou na popular lanchonete que fica em uma movimentada rua comercial perto do velho terminal deônibus deTel-Aviv. Yehiel Ohana, empregado de uma loja próxima, disse que o homem, vestido com um casacoegorro negros, despertou a suspeita por causa de seu andar vacilante. (AE)

Sexagenárias levam vagas disputadas por 25 mil candidatos em concurso público no RS

Dois terços dos cidadãos israelenses aceitariam renunciar aos bairros árabes de Jerusalém

Projeto que proíbe pai de dar palmada em filho é aprovado na Câmara e vai para o Senado

A TV Al-Jazira transmitiu ontem uma gravação atribuída a Osama bin Laden, feita em dezembro. O líder da Al-Qaeda diz que a rede se prepara para lançar mais ataques contra os EUA, mas ofereceu uma trégua "com condições justas" para reconstruir o Iraque e o Afeganistão - sem dar detalhes sobre as condições. A Casa Branca respondeu que "não negocia" com terroristas. A CIA considerou a gravação autêntica. Bin Laden dirigiu sua mensagem "ao povo americano", que manifestou desejar a retirada dos soldados americanos do Iraque, "mas (o presidente George W.) Bush se opõe a esse desejo".

L UXO

Charutos em grande estilo Clássica, discreta e luxuosa. Assim é a caixa de charutos especialmente desenvolvida pela joalheria francesa Cartier. Desenhada com motivos lineares em âmbar, traz delicado trabalho de marchetaria em ébano e coloração forte. Comercializada a R$ 7.500 nas butiques brasileiras da grife, o presente está à altura da sofisticação e do grau de exigência dos apreciadores de bons charutos.

L OTERIAS
Claudio Pozo/AFP
Andrew Stuart/AFP
Alexander Natruskin/Reuters AFP

Uso do saldo do FGTS é privilégio para poucos

Numerosas regras e burocracia restringem a retirada do dinheiro pelo trabalhador

Aidéia decomprar um imóvelpara abrigar um futuro negóciocomo saldodoFundo de Garantia do TempodeServiço(FGTS)pode ser atrativa, mas não é possível de acordo com as regras de utilização doConselho Curador doFundo. Essaé apenas uma dasdúvidasfreqüentes de quem quer usar o FGTS. Além dela, centenas de outras tornam aretiradado dinheiro uma ação complexa.

Pela regra,o Fundosó pode serusadoparacompraouconstruçãodeimóvel residencial. "Liberaro saldoparafazerreformas na casa ou adquirir casa de praia também não é permitido", diz Elimar Sousa Oliveira, gerente de Mercado da Caixa EconômicaFederal(CEF).

Além disso, a norma básica determina quesósepodecomprar imóvel no município onde o comprador exerce sua ocupaçãoprincipalou nacidade de sua atual residência.

Outra restriçãoao usodo dinheiro é o valor máximo do imóvel a ser adquirido. "Desde 28 de janeiro de 2005, esse limite édeR$350 mil.Antes,era de R$ 300 mil", diz Oliveira. O imóveléavaliadopelaCEF,masali-

beração do saldo para construção se dá mensalmente, conforme o andamento da obra. Por outro lado,é possível utilizar o Fundo para abater o valor da compra, reduzir ofinanciamento oudarlanceem consórcio imobiliário. "Seo imóvel vale R$ 100 mil,por exemplo, ele pode dar R$ 20 mil dosaldo do FGTSe financiar R$ 80 mil", diz o gerente. Primeiro imóvel – A secretária-executiva Luciana Albertassi daSilva usou oFGTS em 2005 para adquirir seu apartamento."Usei oFundomaiso dinheiro que consegui com a vendademeucarroparapagar a entrada pelo apartamento, e financiei o resto em 20 anos", conta Luciana. "E daqui a três anospodereiusaro FGTS novamente para amortizar o restante da minha dívida." Otempoconstadasregrasdo FGTS. De acordo com a CEF, o comprador só pode usar o saldonovamente apóstrêsanos da primeira transação. "Esse é o

prazo parao adquirentepoder compraroutroimóvel",diz o gerente do banco.

Contrato – Outra questão freqüentede quemquerusar odinheiro é: o contrato de compra e vendaeoregistropodemserpagos com o FGTS ou devem ser à parte? Segundo Oliveira, a CEF sempre expede ocontrato com força pública sem custo, mas o registro no cartório precisa ser pagoàparte."Somente seo comprador estiver em um consórcioimobiliário, elepoderá usaroFundoparapagaroregistro do contrato", diz. Já o Imposto de Transmissão de Bens ImóveisInter-vivos (ITBI), sempre fica a cargo do comprador. Um problema ainda comum, segundoFlávioPrando,diretor de Programas Habitacionais do Sindicatoda Habitação(Secovi-SP),é quandoo comprador imagina que a empresa depositoutodasas parcelasdo FGTS, mas ela não o fez. Prando alerta que, se qualquer regra fordesrespeitada,ocontratode compra e venda é anulado. Mesmo respeitando todas as normas,compradore vendedor precisam ter paciência: a liberação do dinheiro exige vasta documentação de ambos. Laura Ignacio

Para comprar outro imóvel usando o FGTS é preciso esperar três anos após a primeira transação
Paulo Pampolin/Digna Imagem 22/06/2005

Leão cada ano mais pesado

R$ 364 bilhões

O Leão engordou 5,65% em 2005, um recorde. E o governo tinha prometido uma dieta.

Economia/1 e Editorial/6

Deolhono RibeirãoimpostoemPreto

Economia/5

Empatados: Lula e Serra, Alckmin e Garotinho

Lula retomou a dianteira de Serra, que o vencia na última pesquisa, sem sair da margem de erro, o que significa empate. Página/3

Clô, deputado. E Brasília nunca mais será a mesma

Clodovil, 70 anos (foto), já se considera eleito deputado federal pelo Partido Trabalhista Cristão. DCultura/6

Parabéns, SP

No Parque da Independência, a Companhia Pia Fraus, com seus bichos (acima), será uma das atrações da festa do dia 25, aniversário da cidade. Lá estarão também Paulinho da Viola, Naná Vasconcelos e artistas de cordel. Mas as comemorações já começam hoje com rodas de samba na Praça da Sé. E continuarão ao longo da semana, até o dia 29, com espetáculos sinfônicos, música de câmara e balé no Teatro Municipal. DCULTURA

Fashion Week no parque

No 2º dia, exuberância de tecidos. Economia/4

Paulo Whitaker/Reuters
Edição de Campinas concluída às 23h55

País eleva importações de bens de capital

Nos primeiros 15 dias do ano, a entrada de produtos importados no Brasil aumentou 16,2%.

Odesempenho do comércio exterior nos primeiros quinze dias de janeiro apontaparaumcrescimento de 16,2% nas importações brasileiras em comparação a igual período de 2005. As compras feitaslá foratotalizaram, nesses 15 dias, US$ 2,912 bilhões, com expansão na aquisição debens decapitale de insumos destinados à produção agrícola e industrial. Éumcenário diferentedaquelegeradoinicialmentepela abertura do mercado brasileiro, na década de 90. Àépoca, importavam-se maisbens de consumo. Hoje, a pauta de importaçõesestáampliada edeve expandir-se mais ainda. Em2005, bensdecapital e matérias-primas representaram mais de 70% das compras fora do País. Esses itens cresceram 17,1% sobre o ano anterior, totalizando US$ 73,545 bilhões. Éumdesempenho recorde de importação, sem prejuízodas vendasexternas, outrorecorde da balançacomercial de2005, de US$ 118,309 bilhões. Benefícios –"Importar é uma coisa boa, fundamental para aeconomia brasileira", afirma o titularda Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ArmandoMeziat. Abalança comercial de 2005 demonstra, segundo ele,que o perfil das compras é positivo. Obenefício, exemplifica,se traduz em comprasdestinadas àampliação emodernização doparque industrialbrasileiro. Além disso, compra-se matéria-prima no exterior para baratear a exportação. É um procedimento viabilizado pelo drawback,que consiste na suspensão dos impostos de importação para insumos

usados na produção de produtos que serão exportados. O secretário ainda menciona aimportância daimportação normal comouma reguladora de mercado. "Ela serve para comprar bens de capital, quando não setemofertadeles no Brasil, ou quando o preço, aqui, é mais elevado." No ano passado, no entanto, apesar do câmbio favorável e dos números recordes das vendas externas, asimportações nãochegaram aexplodir,como sepensou num primeiro momento. "Esse crescimento acontecerá em 2006, provavelmente", pondera Meziat. Popular em alta –Para afiliados da Associação BrasileiradosImportadoresdeProdutos Populares (Abipp), o quadro não poderia ser melhor. Segundo o presidente executivo da entidade, Gustavo Dedivitis,os 35associadosaumentaram ovolumedecompras em 35% no ano passado. Criada há nove meses, a entidadetem porobjetivo"qualificar importadores sérios" que abastecem um mercado formalde produtosque custam de R$ 1 a R$ 20. Dedivitis estimaque existam60 millojasno Paísonde essesprodutossão vendidose que os 35 associados daAbipp respondam por cerca de35%do abastecimento desse varejo. Evolução do modelo de lojas de R$ 1,99, o nicho brasileiro de produtos populares é abastecido por importações da China e ainda carrega um pouco do estigma de comércio de qualidade duvidosa.A associação quer reverter essa imagem. A Abipp instituiuum selo de qualidade, à disposição dos afiliados a partir deste mês. São brinquedos, utilidades

BB aumenta operações de crédito

Oano de 2006 tende a ser oano dasimportações para o Brasil. É o quepensa RogérioFernandoLot, diretorde Comércio Exterior do Banco do Brasil. Elenão faz projeções,mas considera que as estimativas de crescimento das importações jádivulgadas, daordem de 17%, significam um bom resultado para o País. Na opinião de Lot, os maiores crescimentos nas compras externas (excluindo combustíveis) devem ocorrer entre os bens de capitais, com equipamentos para modernização das linhas de siderurgia e do setor automotivo. O BB, segundo Lot, é líder no mercado de câmbio de importaçãoetambém tem linha de financiamento para essamodalidade decompra. Em 2005, o banco fechoucomsaldode US$ 15,888 bilhões emcâmbio, com crescimentode17,7% sobre 2004 e concedeu US$ 1,76 bilhão em financiamento – mais que o dobro do ano anterior. Asoperações de drawback (isenção de imposto de importação) também são realizadas pelo BB. (FL)

AGENDA TRIBUTÁRIA

(ConvênioICMSno 3/1999,Cláusuladécimasexta,naredaçãodada pelo Convênio ICMS n 33/2005, Cláusula primeira): a) TRR: nos dias 02 e 03.01.2006; b) contribuinte que tiver recebido o combustível de outro contribuinte substituído, exceto TRR: nos dias 04 e 05.01.2006; c)contribuintequetiverrecebido o combustível exclusivamente do sujeito passivo por substituição: no dia 06.01.2006; d) importador: nos dias 02, 03, 04, 05 e 06.01.2006; e) refinaria de petróleo ou suas bases:

N&oportunidades gócios

Lula visita Reino Unido com empresários brasileiros

Opresidente LuizInácio Lula da Silva realizará, no período de 7 a 9demarço,visitaoficialaoReino Unido. O Departamento de Promoção Comercial (DPR) do Ministério das Relações Exteriores está organizando uma delegação de empresários brasileiros queterão a oportunidade de participar de encontros com importadores britânicos, de semináriosobre oportunidades de negóciose de workshops

Os eventos têm porobjetivo incentivar osurgimento de parcerias entre empresas brasileirase britânicas, visando, inclusive, a entrada em terceiros mercados, como o Mercosule aUniãoEuropéia – além de proporcionar uma visãoamplado estágio atual das relações econômico-comerciais bilaterais e das oportunidades em relação ao futuro.O programadetalhado, quandodisponível,será publicado napáginada missão na Braziltradenet (www. braziltradenet.gov.br).

domésticas, presentes, acessórios escolares, ou artigos de decoração, como os vendidos pela SoftRepresentações, deRonaldo Funtowicz, um dos idealizadores da entidade.

A Soft trabalhaem dobradinha com a Bemba Representações, de Victor Hekier, responsávelpelas importações.Eles

contam que o negócio cresceu 25% no ano passado. Este ano, esperam um aumento de 30%.

"Hoje,nãoé sóumalojade R$ 1,99 que compra produto popular. Outros lojistas estão preocupados em ter produtosque atinjamesse mercado", conclui Funtowicz. Fátima Lourenço

O ReinoUnido temo Brasil como seu principal parceiro na AméricaLatina. Asexportaçõesbrasileiras paraaquele país nos últimos anos representaram cerca de 2,7% do totalexportado pelo Brasil.Da mesma maneira, o Reino Unidofornece cerca de 2,5% das importações brasileiras.

Cerca de dois terços das ex-

portações brasileiras para o Reino Unido em 2005 (janeiro a setembro)foram deprodutos industrializados, e somente um terço corresponde a itensbásicos. Osprincipais produtos exportados do Brasil paralásão: motores,soja, rações animais, carnes, calçados, couro, minério de ferro e turborreatores, além de madeira compensada, sucos de laranja, móveis e papel. Osprodutos manufaturados representam cerca de 90% das importações brasileiras provenientes do Reino Unido. As principais mercadorias são para aindústria químicae equipamentos para geração de energia (urânio), tubosde aço,bebidas, peças para aviões e helicópteros, automóveis e máquinas e equipamentos. Interesses – O Ministério das Relações Exteriores aponta os seguintes produtos como sendo de grande potencial paraincremento dos negócios com o Reino Unido: biocombustíveis, veículos esuaspeças, açúcar, carnes, software, óleos,produtos siderúrgicose minerais,produtos decarpintariae calçados.Dúvidaspoderãoserenviadas àDivisão deOperações de Promoção Comercial, pelo e-mail: reinounido@braziltrade.gov.br. Os interessados poderão se inscrever pelo Braziltradenet até o dia 19 de fevereiro.

Abit participa de feira na Espanha

AAssociação Brasileira da IndústriaTêxtil (Abit) voltaa organizar a participação de empresas brasileiras na Semana Internacional de Moda de Madrid –SIMM, cuja 55ª edição será realizada entre os dias 9 e 12 de fevereiro, no Parque Ferial Juan Carlos I, na Espanha.

Trata-se de feiravoltada paraconfecção emgeral:moda masculina e feminina, jeanswear e streetwear, marcas e criadores, roupas de festa e acessórios. Nosetor,é amais

importante da Espanha e a segunda maior da Europa.

Aúltima edição, realizada em setembro do ano passado, ocupou uma área de 38,7 mil metrosquadrados eregistrou aparticipação de1.350 expositores de 22 países. O número de visitantes superou 25 mil, provenientes de países como Portugal, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Grécia e Leste Europeu. As empresasque participaram da SIMM registraram mais de 920 contatos.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial

Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397

e.2) até o dia 23.01.2006, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes.

Janeiro/4ª semana ICMS/SP - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE O contribuinte deverá entregar as informações relativas às operações interestaduais que promover com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ou com álcool etílico anidro carburantecujaoperaçãotenhaocorrido com diferimento do lançamentodoimpostocomobservância de programa de transmissão eletrônicadedados.Ocontribuinte obrigado a prestar essas informações por meio de transmissão eletrônica de dados deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação

e.1) até o dia 13.01.2006, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases;

(Arts.423-Ae424-A(naredação dada pelo Decreto n 49.910/ 2005) do RICMS/SP, art. 20 da DDTT e Ato Cotepe no 42/2005 e Comunicado CAT no 52/2005)

DIA 23

ICMS/SP –devido pelas microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no Simples Paulista na forma da Lei n 10.086/1998, regulamentada pelo anexo XX do RICMS/SP, relativo ao mês de dezembro/2005. ICMS/SP –CNAE´S -28223, 29114 e 29122, 29149, 29211, 29220, 29238, 29297 a 29408, 29610 a 29696 - último dia para recolhimento do ICMS apurado

no mês de dezembro/2005.

DIA 25

ICMS/SP–CNAE´S- 15113a 15229, 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206 e 60232 a60259último dia para recolhimento do ICMSapuradonomêsdedezembro/2005. Nota -. O dia 25.01.2006 é feriadonomunicípiodeSãoPaulo. Assim, os contribuintes estabelecidos na cidade de São Paulo poderão efetuar o recolhimento do imposto no dia 26.01.2006 (quinta-fei-

ra), primeiro dia útil seguinte DCide – Combustíveis - Entrega da Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e/ou Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS-Pasep e a Cofins (DCide-Combustíveis) referente à dedução efetuada no mês de janeiro/2006. IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 11 a 20.01.2006, incidente sobre rendimentos de:

a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuidos a residentes ou domiciliadosnoexterior,etítulos de capitalização;

b) prêmios, inclusive os distribuídossobaformadebenseserviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos.

IPI(excetoodevidoporMEou EPP) - Pagamento do IPI apurado no2 decêndiodejaneiro/2006incidente sobre os produtos classificadosnoCapítulo22daTIPI(bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres).

IPI (exceto o devido por ME ouEPP)- Pagamento do IPI apurado no 2 decêndio de janeiro/ 2006 incidente sobre os produtos classificados no código 2402.20.00 da TIPI (cigarros que contêm fumo).

Fonte
Eduardo Zappia/Hype
Ronaldo Funtowicz, da Soft: importados com selo de qualidade
Jim Watson/Agence France Presse/AE

OPINIÃO

RESENHA NACIONAL QUEMBRINCA COMFOGO, FAZ

XIXINACAMA

OPSDB está brincando com fogo. Todos os tucanos. Sem exceção. A seguir nesse ritmo, ainda acabarão molhados e com cara desenxabida. E, claro, trocando acusações pelo desastre. Basta olhar os números da pesquisa Ibope. Querem por aí que não se devem comparar pesquisas de séries históricas diferentes, ainda que feitas pelo mesmo instituto. É? Quer dizer que o Ibope que trabalhou para a CNI tem seriedade distinta do que trabalhou para a Editora Três? Quem sustenta essa tese? Há um mês, o mesmo instituto dava os seguintes números: Lula, 31%; Serra, 37%, Garotinho, 11%, Heloisa Helena, 4%. Hoje,

Atucanadaestá brincandocomfogo, surdaaosapelosda mamãeHistória. Aindaacabarão molhadosecomcara desenxabida.

Lula tem 35%, Serra, 31%, Garotinho, 12%, Heloisa Helena, 5%. Mostra-se um Lula em recuperação. O tucano e o petista estão tecnicamente empatados. Quando o candidato é Alckmin, o resultado é o seguinte (seguem entre parênteses os números do mês passado): Lula 38% (32%); Alckmin 17% (20%), Garotinho 16% (20%), Heloisa Helena 6% (7%). Lula está em recuperação também nesse cenário. Alckmin e Garotinho seguem empatados, mas os dois perderam votos para o... Apedeuta Os números do primeiro turno são bastante eloqüentes e confirmam algumas hipóteses que têm sido abordadas neste

Primeira Leitura. Não será assim tão fácil vencer Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda que não se tenha iniciado

um ciclo virtuoso de notícias para o governo — e ele vai chegar —, a simples renitência no Apedeuta no cargo carrega a suposição de que, bem, talvez não seja assim tão verdadeiro tudo o que se diz contra ele. Os eleitores, em massa, deram um sinal claro. Disseram aos tucanos: “Assumam vocês, com Serra; vençam as eleições”. Mas a tucanada está brincando com fogo, surda aos apelos da mamãe história, que alerta: “Quem brinca com fogo faz xixi na cama”.

Se eu fosse tucano, defenderia no partido que se mandasse uma parte de mídia e seus proxenetas de ONGs plantar batatas, que se lançasse já a candidatura de José Serra, deixando claro que Alckmin seria candidato ao Senado, com a atribuição de escolher um nome — viável, e não apenas bom de mídia — para o governo de São Paulo, em vias de ser entregue ou ao petismo ou a atraso tão maléfico quanto. E tomaria essas decisões emprestando-lhes o peso de um clamor público. Aí as virgens e vestais gritam: “Ai, deixar a Prefeitura e o governo para o PFL?”. Qual o problema? Vocês querem os pefelistas apenas para ganhar tempo de TV, mas não para dividir o poder? Por acaso o tucanato é assim tão mais progressista ou, sei lá, revolucionário do que o pefelismo? Tomara que não. TRECHOSDOCOMENTÁRIODE REINALDOAZEVEDO NAREVISTAPRIMEIRALEITURA WWW PRIMEIRALEITURA COM BR

Pres dente Guilherme Afif Domingos Vice-Pres dentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Ed tor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio, LúciaHelena de Camargo,MárciaRodrigues,NeideMartingo,PatríciaBüll,Paula

O ectoplasma e o nada

Épossível que tenha havidoum momento na vida do hoje presidente Lula em que ele tenha pensado que sua simples chegada à Presidência da República,usandocomomodelo deatuaçãoseumodo deseresuahistória devida,poderiaservirde paradigmaparaopovo brasileiro,comouma espécie de linha a seguir, de plano de governo, a partirdeseupensamento eatitude.Éprovável que tenha sido esta intenção, até prova em contrário de boa fé, que moveu o presidente no sentido de não se entregar ao estudo e conhecimentodos problemas doPaíse dofuncionamento damáquina públicaantes edepoisde suachegada ao poder.

A hipóteseda boa fé, da ingenuidade que daria ao seu desempenho um tom mais folclórico do que doloso, pode existir, mas não deve prevalecer diante de tanto desatino revelado pelas investigações em andamento e pelas declaraçõessistemáticasde ex-petistas,deque tudosemprefoi do conhecimento do então militante ou dirigente petistae hoje chefe do governoedeEstado noBrasil.Pormuitomenos, muito menos mesmo, qualquer outro que estivesse na Presidência daRepública já teria sido impedido.

O mínimo bom senso indica a inaptidão, o desencontro ea desgovernançaem vigorno País. Como, todavia,um dia o hojepresidente Lula

sonhou ou imaginou que era um predestinado, um eleito dos céus eque sua simples presença no figurino de presidente da República, além de lhe abrir as portas doparaíso, serviria para ser um Moisés no deserto da vida pública nacional, bastando posar e discursar, plantou-se nesse papel ecriouuma espécie deectoplasma que pairahojenoPlanalto,assombrandoosbrasileiroscapazesdediscernir oqueaconteceeimaginando que ilumina aos demais com sua sabedoria de Almanaque Fontoura

Com todorespeitoà pessoado presidente, estácada dia maisdifícil acreditar em sua ingenuidade e, mesmo, a alegada ignorância sobre a corrupção nos escaninhos,hoje escancarados,do seupartido e de seu governo. Como está difícil crer que ele siga acreditando queseus discursos emotivo/ocos possam gerar uma nova tábua de mandamentos ou abrir um outro Mar Vermelho para a travessia em direção à salvação.

Há um vazio, há um ectoplasma, há uma sensaçãodeausênciadeconteúdo,quedão ao ar planaltino uma securasuperior à do clima do Cerrado.

E nos ares sufocantes do Brasil Central ecoa a voz rouca, não das ruas, mas do predestinado querealizaagrandeobradelevaroPaísdonada a lugar nenhum.

N OSARESSUFOCANTESDOCERRADOECOAAVOZROUCADOPREDESTINADO

A micose e o câncer

CÂNDIDO PRUNES

Nesta fase da vida republicana em que altas autoridades gostam de explicar os acontecimentos mediante analogias, vale a pena fazer mais uma. Especialmente se for de cunho médico, numa justa homenagem ao Ministro da Fazenda.

Pois bem, o Brasil encontra-se naquela situação de um paciente com câncer generalizado e que,ao ser examinadopelomédico,estetambémidentifica umamicosenumdos dedosdo pé. E o médico, ao invés de tratar do câncer, decideconcentrar os esforços notratamentoda micose. Além disso, essemédico acredita que, uma vezcurada a micose,o estado geraldo paciente irá melhorar significativamente.

A questão dos juros no Brasil érigorosamente igual à da micose no paciente com câncer. Trata-se,sem dúvida, de umapatologia a ser tratada. Mas não é a principal causa dos problemas desaúde dopaciente. Nemrepresenta uma ameaça mortal. Com a saúde econômica daNação se passao mesmo.Os principais órgãos e sistemas estão comprometidos pela metástase do gigantismo estatal. A atividade produtiva é corroída por uma brutal cargatributária. Maisgrave:osimpostos sãocobrados por meio de um complexo sistema que empurraosagentes econômicosparaainformalidade/ilegalidade.O sistema previdenciárioestatale desorganizadoé vítimade fraudes e de um déficit crescente. O Estado se meteu a regulamentar todas as atividades, da produção, de rapadura até bailes "funk", onerando de forma insuportável o empreendedo-

rismo.A legislaçãotrabalhistae a Justiçado Trabalho empurraram para a informalidade mais de metade dos empregos. Se fosse possível curar a micose por um passe de mágica, o paciente continuaria com câncer generalizado e com a saúde cada vez mais debilitada.Mesmocurado damicose,elenão teriacomojogaruma partidadefutebol,por exemplo. E com as resistências baixas, é alto o risco de a micoseretornar. É necessário, portanto, aplicar nesse paciente uma forte combinação de químio e radioterapiaa fim de controlar o câncer.

ComoPaíssedáomesmo:somentecom a redução do tamanho do Estado e das suasmetástases (ocomplexosistema tributário, a regulamentação da atividadeeconômicaealegislaçãotrabalhista)équeo pacientepoderá recobrara saúde,ouseja, acapacidadede crescimentoeconômico.Ataxade juros cairia naturalmente num quadro em que as dimensões do Estado – e seus gastos - fossem reduzidos significativamente. Omais graveparaessepaciente éonúmero de médicos experientes que o examinaram e que só conseguem diagnosticara micose, apesar dos sinais assustadoresdo câncer generalizado. Ouserá que os médicosestãosemcoragemde enfrentarasdificuldades deum tratamento oncológico, preferindoacreditar que uma pomada no dedo do pé resolverá?

JOÃODE SCANTIMBURGO MUDANÇAS IDEOLÓGICAS

Épreciso remontar ao passado recente para articular uma tese que me parece insuscetível de contestação, a do encerramento do ciclo socialista, altamente sedutor durante o Século XIX e grande parte do Século XX, e a ascensão do ciclo liberal; ou como prefere dizer o Professor Miguel Reale, do socialliberalismo, como ideologia recorrente do mundo contemporâneo, que demonstra não se apegar a fórmulas peremptas, ainda que atraentes. Reconheço que no Chile foi eleita a presidente Michelle Bachelet, mulher do partido de esquerda, mas suas declarações à imprensa, partindo de um país com tradições socialistas já adultas, levam a pensar em novos tempos que se abrem para a economia na sua expressão de desenvolvimento, para o bem dos povos, contra os axiomas racionalistas que prevaleceram no passado.

Partimosparauma épocaseparadados preconceitos ideológicos,mas integradaao realismona naturezahumana

Lendo os termos da entrevista da presidente do Chile e as declarações do novo presidente da Bolívia, além de outras manifestações no mesmo sentido em diversos países, vê-se que estamos a caminho de uma ampla liberdade econômica, que se desvincula definitivamente – é de se esperar – de velhos influxos retóricos já fanados pelo tempo. Não hesito em afirmar que estamos na linha de mudanças inesperadas, que irão de encontro às aspirações dos povos, que tanto sofreram com ideologias sem vínculo com a realidade comprovada e sem possibilidade de comprovação. É viável, portanto, pressupor-se que se abre uma Era nova ou renovada, aproveitando velhas lutas pela concepção da liberdade e não como um atrelamento desse dado superior do espírito humano às crenças sem base. Partimos para uma época separada dos preconceitos ideológicos, mas integrada ao realismo na natureza humana e nas suas aspirações multisseculares. Direi mesmo que essas mudanças ideológicas correspondem ao realismo tomista.

Céllus

5.500 já estão de olho no imposto

Em três dias, e nas primeiras duas escalas da campanha De Olho no Imposto pelo interior de São Paulo, maisde5.500assinaturaspassaramaexigir transparêncianosimpostos.Você pode vestir esta camisa também baixando para assinar a cédula disponível no site deolhonoimposto.org.br. Economia/2

Lima/AFPEduardo

FASHION WEEK

As criações de Samuel Cirnansck marcaram pelo conceitual, ao fluírem com um mágico toque gótico (foto). E o estilista Lino Villaventura fechou a noite com brilhos, capas coloridas e bordados. A Fashion Week, que termina hoje, em Economia/4

E

o mundo virou

Sertão

Um adversário impronunciável, o tailandês Rakkietgym, e a comida lembrava algodão doce. Mas Sertão trouxe o cinturão mundial dos penas (foto). E foi para casa comer macarrão com farinha. DCEsporte/4

Mauricio
Nicolau/AE

Sobre o texto

CPEM: Mercadante defende Angela

Esquema de caixa 2 do PT começou há 13 anos, publicado no dia 18, informo que o PT agiu com rigor adotando todas as providências para averiguar a denúncia. De imediato, a prefeita Angela Guadagnin (PT), de São José dos Campos, afastou a CPEM, empresa contratada na gestão

anterior (do PRN). Simultaneamente, a prefeita buscou na Justiça reaver os recursos já desembolsados e bloqueou o pagamento dos valores ainda devidos. Já o Diretório Nacional do PT, a pedido meu e do senador Eduardo Suplicy, instaurou comissão para investigar o episódio.

A leitura dos jornais à época da denúncia já indicava a disposição do partido em apurar o fato ("Genoino e Mercadante pedem comissão de ética", n`O Estado de São Paulo), publicados em maio de 1997 concomitantemente à denúncia. Em resumo, a Prefeitura de São José dos Campos não

Angela não contratou a CPEM, diz o senador Mercadante

contratou a CPEM, não pagou qualquer valor àquela empresa e buscou na Justiça o ressarcimento dos valores pagos pela administração anterior, ao mesmo tempo em que o PT apurava a denúncia. O partido fez o que tinha que ser feito. SENADORALOIZIO

ANTONIO DELFIM NETTO COBRANÇAS

N/doispontos/

Alckmin na porta do crime

Ogovernador de São Paulo e pré-candidato a presidente, Geraldo Alckmin (PSDB), vetou o projeto – já aprovado pela Assembléia Legislativa – que proibia as máquinas de caça-níqueisem bareserestaurantesdo todooEstado. O veto pode parecer estranho, já que tal medida iria bater de frente no crime organizado. Afinal, não é novidade para ninguém que a contravençãoé responsável poressas maquininhas que aliciamjovens para o mundoda criminalidade.

Mas justifica-se pelo jeitototalitário de governar de Alckmin. Nada que não saia do Palácio vai emfrente.Nadaquecontrarieos interessesdo empresariado éaprovado pelogovernador, que começa a viajar pelo país em campanha eleitoral. Foiassim queeleagiu,por exemplo,quandoextinguiu a Decon– Delegacia de Defesado Consumidor–paraatenderavontadedasgrandesredes dehipermercados, quenão queriamum órgão com poder de polícia para coibir abusos contra o consumidor.

Ao dizer não ao projeto que proíbe os caça-níqueis, Alckmin volta a dar carta branca para os empresários dojogo, oscontraventores, tradicionais financiadores de campanhas eleitorais. O argumento de que se trata de uma legislação

Alckmin: voto inteligente

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br . .

Alckmin vetou projeto que proibia as máquinas de caça-níqueis em bares e restaurantes

O estado tem poderes para combater essa forma barata de contravenção, porta de entrada no mundo do crime.

.Fiz a opção pelo sr. Serra na eleição para a Prefeitura, já que na época, e até agora, ele demonstrou e tem demonstrado vontade política e seriedade. Porém, cabe um comentário: quando entrei naquela cabine de votação fiz uma a escolha consciente e não gostaria de ver agora o candidato que escolhi "abandonar" a cidade por quem ele tanto declarou amores e promessas de "consertar" aquilo que a senhora Marta não fez ou fez errado. Já o governador Geraldo Alckmin tem demonstrado grande seriedade e competência administrativa , grande honestidade, vontade política e exímia competência.

federal é pífio. O estado tem, sim, poderes para combater essa forma barata de contravenção, que tira dobolso da população valiosas moedas. Está mais do que provada a íntima relação entre oscaça-níqueis, oalcoolismo ea prática decrimes.Aténas portasdeescolaselesestão, livrese prontospara aliciarestudantes quecomeçam cedo nesse vício maldito.

Alckmin, ao vetaro projeto, perdeu uma grande chance de dar um basta a esta portadeentradanomundodocrime.Preferiu satisfazer aos lobbies de todos os interessados em explorar economicamente essas maquininhas. E esqueceu de que, do outro lado, existe uma população ávida em ver a proibição das máquinas de caça-níqueis.

Alckmin prova que não tem compromissos com o combate à corrupção, à degradação familiar, nemcom a violência domésticae segurançapública. Azardo Brasil. Essas pessoas, que sãovítimasda contravenção,comcertezanão pensarãoduasvezesnahorade decidirem quem votar.

ROMEUTUMA, DEPUTADOESTADUAL(PMDB), PRESIDENTEDACOMISSÃODEDEFESADOSDIREITOS DOCONSUMIDOR

Vejo nele o comandante que o País necessita, já que o atual dispensa comentários... Espero, sinceramente, que "aqueles" que farão a escolha do próximo candidato sejam coerentes e escolham de forma inteligente, ou seja, Geraldo Alckmin. Do contrário, eu vejo que o voto consciente dos eleitores serão trocados pelo voto válido ou de protesto, pelo menos aqui em São Paulo.

Não quero um prefeito presidenciável, mas um profissional ético que cumpra a administração que se lançou a fazer até o fim (o que o poder não faz!!!).

especialmente na África. De qualquer forma vale a pena continuar lutando para reduzir os níveis de proteção, porque se houver alguma liberação o Brasil será beneficiado, embora menos do que os outros. Não há dúvida que é preciso cobrar dos países ricos uma abertura muito mais generosa do que estão pensando dar.

Oum recente "Café com o Presidente", seu programa de rádio das segundasfeiras, o presidente Lula referiu-se à dificuldade de convencer os países desenvolvidos de que a sustentação da política de subsídios à agricultura está aumentando a miséria dos agricultores nos países pobres. Queixou-se da indiferença dos governos diante do agravamento dos problemas que resultam dessa política, em clara contradição com as "metas para o milênio" que anunciam o compromisso dos países ricos em eliminar a fome em escala mundial. Ele abordou a questão com propriedade, mostrando que as distorções produzidas no comércio de produtos agrícolas pelos sistemas de subsídios aos agricultores americanos e europeus, inviabilizam economicamente a agricultura do milho, do algodão, do trigo nos países pobres. O Brasil tem prejuízo -disse o presidente -, mas de alguma forma nós nos defendemos porque temos alta produtividade e tecnologia para enfrentar a competição internacional, porém, a situação é dramática nos países que têm uma agricultura pobre e já enfrentam uma situação de miséria .

Apolíticade subsídiosexiste hámaisde30anos naEuropaenos EUA.Oseuropeus "fecharam" ocontinente.

Essa política de subsídios é sustentada há mais de trinta anos na Europa e nos Estados Unidos. Ela é mais escandalosa entre os europeus, que praticamente "fecharam" o continente. Será muito difícil obter deles que eliminem aquelas vantagens comparativas que concederam às suas ex-colônias,

presidente cuidou também do problema doméstico do qual depende o julgamento de seu governo, que ele sintetizou na meta "Mais desenvolvimento com menor desigualdade social". Na essência, a questão não é muito diferente do tema anterior: a necessidade de reduzir as disparidades de renda entre as pessoas mediante o aumento da oferta de oportunidades de trabalho e da intensificação dos programas de combate à fome. Não é nenhuma maravilha, mas seu governo vem apresentando alguns bons resultados no que diz respeito à diminuição da miséria e à maior oferta de empregos formais.

Éprecisoreduzir asdisparidades derendaentreas pessoascomo aumentodaoferta deoportunidades detrabalho

Ameta-síntese está claramente ameaçada, contudo, diante da indiferença da autoridade monetária que frustrou aqueles objetivos em 2005 e insiste em retardar o crescimento este ano. Mais do que a cobrança externa, está na hora da cobrança interna que faltou no ano passado: o presidente deve exigir do Banco Central que demonstre qual o risco para a economia de baixar 100 pontos na taxa Selic (e não os ridículos 0,75 desta semana), a não ser o desejo de repetir o sádico experimento de 2005, que resultou na perda de 2% de crescimento do PIB e seus milhares de empregos para quem não está no sistema financeiro.

DEPDELFIMNETTO@ CAMARA GOVBR

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Operação plástica numa senhora de

Àsvésperas decomemorar 452anos de vida, na próxima quarta-feira, dia 25,a cidade de São Paulo vive uma reviravolta no seu sistema viário. Viadutospassando por recuperação estrutural, ruas sendo recapeadas e corredores deônibussendo ampliados. Além disso, obras grandes que estavam paralisadas comoas doExpresso Tiradentes (ex Fura-Fila e ex Paulistão), do complexo Jurubatubae doprolongamento daRadial Leste foram retomadas pela Prefeitura no primeiro semestre deste ano.

Segundo informações da Secretaria deInfra-Estrutura Urbana (Siurb), o objetivo dos investimentos no sistema viário, nas grandes obras que ocorrem nas regiões sul e leste, é interligar vias que foram criadas durante a gestão passada. Em visita àsobrasdoComplexo Jurubatuba,nazona suldacidade, o prefeitoJosé Serra disse recentemente que muitos projetos serão realizados neste ano. "Há obras na avenida Jacú-PêssegoenaRadialLeste, na zona leste, que estão em pleno andamento. Cadasubprefeitura, por exemplo, possui de60a80obraspequenas,também importantes para a cidade como um todo", disse. Jurubatuba – O complexo viário Jurubatuba, na zona sul, é umadas obras iniciadasna gestãoanterior, de Marta Suplicy (PT), que foi retomada depoisde quaseum anoparada. São 3,5 quilômetros de vias novas e duas pontes que interligarãoos bairros de Interlagos,CidadeDutraeGrajaúeos bairrosde Pedreira,Campo Grande e Cidade Ademar. Estão sendo investidos neste ano aproximadamente R$35milhões, deumtotalliberado de 70 milhões . O objetivo é que,até o final deste ano, metade da obra esteja pronta e em funcionamento, com aentrega de uma pista na avenidaMiguel Yunes, que funcionará como uma extensão da marginal Pinheiros. Aentrega dessaparteda obra, irá liberar uma ponte sobre o rio Jurubatuba, que fará a ligação do trecho final dasavenidas Interlagose dasNações Unidas ao Autódromo de Interlagos.

A Companhiade EngenhariadeTráfego (CET)calcula queaproximadamente 4mil veículostrafegarãosobre as novas pontes nos horários de pico, todos os dias, aliviando o tráfego hojebastante intenso das pontes de Interlagos e do Socorro. Desafogar – SegundoosecretáriodaSiurb, Antônio Arnaldo de Queiroz, a intenção é desafogar o trânsito daponte Interlagos e o cruzamento da avenida de mesmo nome com a Nossa Senhorado Sabará,trechoquechega areceber um fluxode 10mil veículosnos horáriosde pico,diariamente."Essaobravaifacilitaravidade 600 milpessoas que hojetêm o acessoà região muito dificultadopeloscongestionamentos. Comesse complexo,as condiçõesde vidadessas pessoas vão melhorar, além de a região ficar maisvalorizada",avaliou oprefeitoSerradurante visita ao complexo.

Osuperintendente deobrasviárias daSiurb, LuisBastos,lembrouque um dos fatores que aumenta o prazo de entrega do complexo é a necessidade de realizar desapropriações próximas às pontes. "São 130famílias que estão em área invadidade 8mil metrosquadrados edeverão ser retiradas. Com isso, acredito que a segunda etapa de obras, com a segunda ponte, será entregue em 2007", disse Bastos. Zona leste - Sem projetosnovos, asobras em vias construídas emgestõesanteriores é uma das estratégias da Prefeitura para melhorar a zona leste da Capital. Ao todo, será empenhado R$ 142 milhões na construção de 19 quilômetros deligações entrebairros daregião,com oobjetivo de facilitar o tráfego intenso, hoje realizado em pequenas vias dentro dos bairros. Para desafogar otrânsito no centro de Itaquera,porexemplo, está sendo construído um túnel sob a estação de trem Corinthians-Itaquera."A previsão éterminarmos nofinal de março. Essa obra é importante porque ligaa antiga coma nova Radial",disse adiretora de obras daSiurb, Zaira Conceição Alves de Rosa. Segundo dados dasecretaria, cercade 3 mil veículoscongestionamas

ruas estreitas do centro de Itaquera em horários depico,emsentidoaomunicípiode Poáeao bairro de Guaianases. Outro projeto que foi retomado pela Prefeitura é o do complexo viário Jacú-Pêssego, com previsãodeentregapara abril.Estãosendo feitasobrasde drenagemnocórrego,pavimentação e duas alças de acesso (um viaduto e uma rua) para integrar a nova Radial com o centro de Itaquera. Para o mês que vem,está previsto o início da construção de uma avenida de 1,5 quilômetro e um viaduto queligará Guaianases à marginal do Tietê. A intenção é de estimular o desenvolvimento da região. A obra ligará a Radial com a avenida CalimEid. Para prosseguir a ligação coma avenidaCarvalhoPinto (antigaTiquatira) está emconstrução um viaduto de200 metrossobreaavenidaÁguiadeHaia,notrechodo córrego Franquinho. Após a construção desses acessos, o motorista poderá pegar a marginal do Tietê facilmente. Para concluir a obra serão necessárias desapropriaçõesepavimentações."Tínhamosquedesapropriar 116 imóveis, masreduzimos para 45. Isso minimizou os transtornos sociais e possibilitou uma economia de R$ 7 milhões à Prefeitura", afirmou Bastos. Em março,é a vez do complexoviárioNagibFarahMaluf.Aobraqueserá iniciado possibilitará o acesso dessa avenida à estação José Bonifácio e à Nova Radial.

452 anos

A capital, que comemora mais um aniversário dia 25, passa por uma transformação em seu sistema viário. Na zona leste, está em construção um túnel que ligará a Radial Leste à Nova Radial (ao lado). Na zona sul, prossegue a construção do Complexo Jurubatuba (abaixo). Também na região leste (fotos inferiores) estão sendo construídas alças de acesso na JacúPêssego. Os repórteres RejaneTamotoe IvanVenturafizeram um raio X das reformas. Acompanhe nesta e na página seguinte.

Fotos Leonardo Rodrigues/Hype
Paulo Pampolin/HypePaulo Pampolin/Hype

O BRASIL E AS TAÇAS DO MUNDO

Nestefinal de semana, a taçada Copa do Mundo da Fifa esteve no Brasil, primeiro no Rio e depois em São Paulo, cumprindo parte de seu tour pelo planeta antes do início do Mundial da Alemanha, em junho.Ostroféusdamaior competição mundial, porém, sempre foram íntimos dos brasileiros, que os levantaram cincovezes. Na foto, o atacante Amarildo, que substituiu o contundido Pelé durante a Copa do Chile, em 1962, beija a Taça Jules Rimet, a primeira a ser oferecida aos vencedores da disputa, após aconquista do bi mundial, contra a Tchecoslováquia.

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JULES RIMET, O TROFÉU PIONEIRO

A Taça Jules Rimet (chamada inicialmente apenasde Taçado Mundo) foi esculpida em ouro, em 1930, pelo francêsAbelLefleur, paraserdisputada apartirdoprimeiro Mundial, jogadonaquele ano, noUruguai. Pesava1,8 quilo, media 55 centímetros e foi conquistada definitivamentepelo Brasil, primeiropaís avencer três vezes a competição,em 1958, 1962 e 1970. Em 1983, a Taça Jules Rimet foi roubada da sede da ConfederaçãoBrasileira de Futebol, no Rio, e jamais recuperada. 0

COPA FIFA, UMA SUCESSORA À ALTURA

A partir de 1974, entrou em cena a Copa Fifa,troféu que sucedeu a Jules Rimet e permanece até hoje em disputanas Copasdo Mundo. Tambémfeita deouro maciço, a taça pesa 5,8 quilos e, apesar do valormaterial baixo(90 mildólares),está assegurada em 20milhões de dólares.Ao contrário do queaconteciacomaJulesRimet,a posse da Copa Fifa será sempre transitória. O país campeão recebeumaréplicaetemquedevolver o troféu original depois de quatro anos, a cada nova Copa. 0

"É comoreencontrar umavelha amiga."(Bebeto,atacante tetracampeão mundial pela Seleção Brasileira nos Estados Unidos,em 1994,durante aexposiçãodotroféu que estará em disputa neste ano na Alemanha.)

Muita gente contesta os números apresentadosporRomário.Noentanto,entreos947golsqueelereivindicapara si(incluindoostrês de ontem), 71merecem algum tipo de contestação por terem sido marcadosantesde suaprofissionalização, pelo Vasco, em 1985. São sete golspelo infantil do Olaria; doispeloinfantildo Vasco; 35 pelo juvenil vascaíno; 16 pelosjuniores do mesmo Vasco; e 11 pelas Seleções Brasileiras de base.

Agora é oficial: após diversas remarcações dedatas, ainauguração do Memorial do Corinthians, no ParqueSão Jorge,ficou parao próximo dia 27, sexta-feira.

Festa com cara brasileira

Francileudo dos Santos fez

três gols na estréia da Tunísia na Copa da África

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O Palmeiras de Edmundo e o Goiás iniciam disputa por vaga na fase de grupos

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O ÚNICO 100%

Líder, único invicto, com 100% dos pontos conquistados. Eis a campanha do Palmeiras nestesquatro primeiros jogos do Campeonato Paulista. Ontem, fora de casa, contrao MogiMirim,não foidiferente: otime demoroua marcar, abriu uma vantagem de 2 a 0, sofreu um gol, passou porumcerto sufocomasconseguiu voltarparacasacom mais três pontos na bagagem. Desde1984,quando obteve oito vitórias seguidas, o Alviverde nãoconseguiatantos triunfos consecutivos em um início de Paulistão. Diferente dos outros jogos, dessa vez o time mostrou um futebol apático no primeiro tempo. No segundo, partiu para cima. Aos 7 minutos, ocorreu o lancemais polêmicodojogo: depoisdeumafalta cobrada por Corrêa, Edmundo fez o gol com a mão. Apesar das reclamaçõesveementes dosjogadoresdoMogi,oárbitroAnselmo da Costachegou aconfirmar o lance. Mas antes do reiníciodojogoo assistente FlávioMagalhães,que estava do outro lado, avisou Anselmo que Edmundo de fato utilizara a mão. O árbitro, então, anulou o lancee deu cartão amarelo para o atacante do Palmeiras. Um minutodepois, o time

Com os 2 a 1 sobre o Mogi Mirim, fora de casa, Palmeiras mantém-se isolado na liderança do Paulista. É o único entre os 20 participantes que ganhou todos os pontos disputados até aqui

de Leão abriu o marcador com Paulo Baier, que marcou seu primeiro gol pela equipe. Depoisda expulsãodeMarcinho Guerreiro, o Mogi partiu

em busca do empate e acabou tomando o segundo. Aos 18 minutos, ozagueiroLeandro segurou Gioino na área. Pênalti, que Marcinho cobrou e fez.

OMogidescontou comDinei, aos 37 minutos, mas já era tarde.“Conseguimos um grande resultado. Tivemos mais atitude”,analisouPaulo

Baier.O goleiro Marcos, um dos destaques da partida, pediucalma:“Falta muitotempo, sãosó quatro jogos, tem muito o que fazer ainda”.

Corinthians sai ganhando com gol do argentino, mas leva 2 a 1 da Portuguesa e se complica no Paulista

Virada contra Tevez e companhia

Quem assistiu aosprimeiros minutosdo jogoentre Portuguesae Corinthians, ontemà noite,no Pacaembu, dificilmente imaginaria seu final. Logo a 3 minutos, Tevez, o astro argentino do Corinthians que voltava apósuma polêmicalicença, marcou o primeiro gol desua equipe.A Lusa,no entanto, empatou dois minutos depois, com Du Lopes. E chegaria à vitória, já aos 35 minutos do segundo tempo, com um gol de cabeça de Leandro Amaral. “Até fizemos umbom jogo. Oproblemaé quetomamos dois gols dejogadas de bola

parada,eissonãopodeacontecer”, esbravejou Tevez ao final da partida. Ele eximiu de culpa otécnicoAntônioLopes, chamado deburro pela torcida, e disse que o Corinthians, apesar dasduas derrotasnos primeiros jogos, ainda podealcançar o rival Palmeiras: “Não temos que nos preocupar com outros times. Temos denos preocupar com o nosso. Foram quatro jogos, faltam 15”. Num time desfigurado, só Tevez se salvou. Foram dele os melhores lances do Corinthians. Aos 32minutosdo segundo tempo, elechegoua mandar uma bola no traves-

Palmeiras já abre vantagem

D isputadas asquatro primeirasrodadas deste Campeonato Paulista em turno único, uma equipe já se destaca das demais: o Palmeiras, líder isolado com 100% dos pontos e único invicto da competição. Elelideraà frentedo trio Paulista, Noroeste e PortuguesaSantista,que ganhou três jogos e perdeu um. Entre os grandes, o mais bem colocado é o Santos, com duas vitórias, um empate e

uma derrota. O São Paulo figura em 14º lugar, mas é sempre bomlembrarqueo Tricolor tem dois jogos a menos que a maioria dos adversários. Naquarta-feira, feriado, o São Paulo complementa a primeira rodadacumprindo um compromisso atrasadodiante do Juventus,no Morumbi.No dia 15 de fevereiro,complementa asegundarodada, diante doBragantino, emBragança Paulista.

são, mas logo depois a Portuguesa marcou o segundo gol. “A Portuguesa joga sempre para vencer. É time grande. Só estamossofrendocom alguns detalhes. Maspode tercerteza que vamos terminar o campeonato ainda mais competitivos. Otimevai seacertando. Jogador vai ganhandomais ritmo. Tá aí a vitória”, comemorou muitoo técnico Giba, da Lusa.Leandro Amaral,autordogoldavitória,nãoescondeu a satisfação em derrubar o milionárioCorinthians: “É semprebom marcar em equipes de ponta. Tem sempre um sabor especial”.

Nada mais que a obrigação

Uma vitóriaapertada, por3 a 2, jogando em casa, diante de um adversário tecnicamentemais fraco, no caso o Marília. Foi tudo oqueo Santosconseguiu ontem, na Vila Belmiro. O futebol apresentado, principalmente noprimeirotempo, foi o retrato de um time aindaem formação,desorganizadoe sentindofaltade ummelhor condicionamento físico, contraum adversárioapenas esforçado. Logo aos 6 minutos, KléberviuTabataentrandopelomeio epôsabola nasuacabeça. Adefesa do Marília parou parapedir impedimentoe Tabata concluiu, com um leve toque de cabeça. A partida parecia sob controle, até que, aos

35 minutos, Sandro Gaúcho empatou.Ainda noprimeiro tempo, aos 43, em outro cruzamento de Kléber, Jonas marcou o segundo gol santista. Nosegundo tempo,oMaríliavoltoucom maiordisposição e criou várias chances para empatar, atéqueconseguiu, aos11 minutos, numa falha grotesca de Fábio Costa (ele tentou evitar o escanteio e deu a bola de graça para Sandro Gaúcho marcar). Coube ao zagueiro paraguaio Manzursalvaro time, marcando, de cabeça, o gol da vitória, ao aproveitar uma bola cruzada em cobrança de falta de Tabata, aos 26 minutos. Depois disso, o Santos defendeuse como pôde até o final.

Gol do zagueiro paraguaio Manzur garante o apertado 3 a 2 do Santos sobre o Marília

UH/Arquivo do Estado de São Paulo
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Encontro de cardeais

FHC, Tasso Jereissati e Aécio Neves vão promover uma reunião, nesta quinta-feira, em São Paulo, para darem seqüência nos entendimentos que vão desaguar na indicação do candidato tucano à presidência da República. A escolha se dará em março e o PSDB descarta qualquer hipótese de realizar prévias. A cúpula acha que as prévias podem rachar o partido.

Os três caciques tucanos vão ouvir lideranças e suas bancadas no Congresso e se basearão nas pesquisas encomendadas para tomarem uma decisão. A indicação se dará em torno de dois pré-candidatos, Geraldo Alckmin e José Serra. Não existe uma terceira opção.

Ao contrário do que pensava, o governador Geraldo Alckmin já está aceitando o fim da reeleição com mandato presidencial de 5 anos. A tese agrada o governador Aécio Neves, que deseja cumprir um segundo mandato em Minas Gerais, para se candidatar à presidência em 2011. Alckmin tem desmentido o apoio antecipado de FHC a Serra.

Alckmin agendou encontros com lideranças de outros partidos, como o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ,o senador Marco Maciel (PFL) e Roberto Freire, presidente do PPS, todos de Pernambuco.

SURPRESA

O encontro dos tucanos ocorrerá no instante em que o PSDB recebe com surpresa o resultado da pesquisa Ibope para a revista Isto É. Em todos os cenários, Lula vence os adversários. O tucano que impõe mais trabalho ao petista continua sendo José Serra. O prefeito terminaria o 1º turno tecnicamente empatado com o presidente.

NA FRENTE

O levantamento do Ibope, no entanto, serviu para revelar que o prefeito José Serra ainda é o adversário mais perigoso para Lula. Esta foi a primeira pesquisa feita em 2006. Até então, Serra vinha liderando a preferência dos eleitores. Detalhe: outras pesquisas já estão em campo.

PREFERÊNCIA

Alckmin engole em seco quando alguém comenta que o PFL tem preferência por Serra. O governador não gosta também de ouvir a versão de que FHC se aliou a Serra. Alckmin desmente as duas versões, mesmo que Cesar Maia tenha adiantado o apoio do PFL ao prefeito de São Paulo.

INVESTIDA

O governador paulista quer mostrar ao partido que tem condições de se entender com outros partidos. Por isso, agendou os encontros com Jarbas Vasconcelos, Marco Maciel e Roberto Freire, mesmo sabendo que o presidente do PPS é um freqüentador assíduo do gabinete de Serra.

CRITÉRIOS

O PSDB quer saber qual dos dois presidenciáveis tem mais condição de amarrar acordos com outras legendas. Este é um dos critérios do partido para a escolha do candidato em março. Por isso, Alckmin se apressa em manter contatos com as lideranças de outras siglas.

APOIO

Serra e Alckmin já tentaram fazer um acordo com o PMDB, mas o partido liderado por Michel Temer mantém a disposição de ter candidato próprio. Diante desse fato consumado, os tucanos tentaram obter o apoio peemedebista no 2º turno, fato que agrada a ala oposicionista do partido.

ASSÉDIO

A exemplo do PSDB, também o PT insiste no apoio do PMDB. Os senadores governistas José Sarney e Renan Calheiros continuam tentando convencer a cúpula do PMDB a apoiar a reeleição de Lula. A resposta do PMDB ao PT é a mesma dada ao PSDB: acordos, só no 2º turno.

NAMORO

O PT continua insistindo para ter o apoio do PDT a Lula. Os petistas querem que os trabalhistas voltem às bases do governo no Congresso, mas a cúpula responde que "não". O PDT vai disputar a eleição presidencial com candidatura própria e também só admite alianças no 2º turno.

SÓ OS DOIS

A cúpula do PMDB admite que as prévias no partido serão disputadas apenas por Anthony Garotinho e Germano Rigotto. Portanto, outros governadores do partido, como Roberto Requião, Jarbas Vasconcelos e Joaquim Roriz estão fora de cogitação. Como fora está também o ministro Nélson Jobim.

SEM RECUO

Lula não recua e mantém junho a data em que pretende responder se aceita ou não ser candidato à reeleição. Mas, todos os caminhos levam para o "sim" do presidente. Lula diz que não tem pressa para se definir: quem tem pressa da decisão no PT, segundo o presidente, é a oposição.

CAMPANHA

Enquanto não for lançado oficialmente, Lula pode continuar viajando pelo país inaugurando obras. Por isso, o presidente tem o cuidado de não se declarar candidato com antecipação. A oposição força Lula a se declarar já, mas o presidente não quer morder a isca.

VERTICALIZAÇÃO

PMDB, PFL, PSB e PCdoB, os partidos que lutam para obter o apoio do PT e PSDB à sua tese, vão tentar derrubar a obrigatoriedade da verticalização nas coligações votando a emenda no dia 1º de fevereiro. A verticalização obriga os partidos a seguir nos estados as mesmas coligações acertadas no plano federal.

ABANDONO

Por enquanto, é apenas fofoca a informação de que o PSB estaria ameaçando abandonar a base de apoio ao PT no Congresso (e a campanha de Lula), se os petistas não apoiarem o fim da verticalização. Em tempo: o PSB é um dos partidos que devem apoiar a reeleição de Lula ainda no 1º turno.

CONVOCAÇÃO

Duda Mendonça será convocado para depor novamente na CPMI dos Correios, por iniciativa do senador Álvaro Dias e do deputado Gustavo Fruet, ambos do PSDB. O publicitário, que foi o marqueteiro de Lula em 2002, é acusado de ter transferido dinheiro na sua conta nos EUA antes do primeiro depoimento, em 2005.

Presidente Lula cumprimenta indígena na chegada ao aeroporto de La Paz, onde desembarcou ontem para participar da cerimônia de posse do presidente da Bolívia, Evo Morales. "Do que depender do Brasil, vamos dar nossa contribuição para que o presidente possa exercer seu mandato com democracia", disse Lula.

PRESIDENTE SEM PRESSA

Opresidente Luiz

Inácio Lula da Silva disseontem nãoter pressaem decidir se tentará ou não a reeleição e quevaiesperaro"limitedotempo"– segundoa legislaçãoeleitoral,até junho– paraanunciar sua decisão. Lula também disse nãoterpressaemdecidironovo valor do salário mínimo. "Nós temosaté maioparavotar osaláriomínimo,nãotemosquevotar amanhã", afirmou. Em rápidaentrevista concedidano aeroportode LaPaz, onde desembarcoupara participar da cerimônia de posse do presidente da Bolívia, Evo Morales, Lula ressaltou que os adversários é que precisam escolher logo seus candidatos – numa referência direta ao caso do PSDB, ondeos pré-candidatos Geraldo Alckmin e José Serra teriamque deixar seus cargos

de governadore prefeito de São Paulo se quiserem disputar a eleição presidencial.

"Eu voucontinuar andando no limite do tempoque eu tenhaque tomara decisão.Não sou obrigadoa assumircandidatura,queméobrigadosãoos adversários,quetêmque se afastar em março. Estou muito tranqüilo", declarou.

Críticas – Lula aproveitou para rebater as críticas da oposição. Segundo o presidente, os adversários não querem que ele saiade casaparainauguraras obrasdeseugoverno."Nãopossopermitir queos meusadversários fiquem dizendo que cada ato que eu faço é uma ato eleitoral, porque senão não posso mais sair de casa. Ou seja, qualquer coisa que eu faça é eleitoreira. Na verdade, eles dizem issoparaevitarque eusaia para inaugurar as coisas", disse Lula,

Contratadas

para tapa-buracos foram doadoras em 2004

Quase duas semanas após ter iniciado a operação tapa-buracos, o governodivulgounasexta-feira uma relação parcial das empresas queexecutarãoobras do programa em caráter emergencial, com dispensa de licitação. De acordo com informações obtidas na página do Tribunal Superior E l e i to r a l (TSE) na internet, algumas delas foram doadoras de recursos para ascampanha departidos da base aliada do governo e oposição nas eleições municipais de 2004. A Delta Construções, por exemplo,que,segundoas informações preliminares divulgadaspelo DepartamentoNacional de Infra-Estrutura de

AE/Arquivo/22-02-2005

Transportes (DNIT), receberá R$3,050 milhõespor obras emergenciais naBR-230, no Maranhão, e conseguiu outro contratoemergencial (de R$2,350 milhões)parafazer intervenções na BR-110, na Paraíba, foi uma importante doadora para a campanha de 2004.

Ministro Alfredo Nascimento

Segundo o TSE, as doações daempresa a partidos naquele ano somaram aproximadamente R$ 1,724 milhão, dos quaisR$ 415mil parao PT deSão Paulo.A empresa fez aindadoações aoutrospartidos dabase, comoo PL, partido do Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Iniciada no dia 9, a operação tapaburaco do governo federal envolverá R$ 440 milhões. (AE)

que no sábado esteve no Acre, ondeinaugurouapontedaintegração ligando o Brasil ao Peru. Mínimo – O presidente reiterou que tomará uma decisão sobre o novo salário mínimo amanhãe indicouque tambémnão tempressaparaavotaçãodovalor."Terça-feira voutomar adecisão do mínimo... é importante agentesófalar'dos termos' quando tiver a proposta pronta eelaborada.Sevocêficafalando antes,cada vezque aparecenos jornais, vocêcomplica asnegociações", disse. Ascentrais, queiniciaramas negociaçõesem dezembrocom apropostadeelevaro mínimo deR$300paraR$400,chegaram naquinta-feira com aproposta deR$350 apartirdeabril,um mêsantesdadata tradicional parao pagamentodo valor.Segundo Lula, porém, o prazo para continua em aberto.

AméricaLatina – Ainda no aeroportodeLaPaz,opresidenteressaltou quetodos ospresidentes da América Latina "têm a obrigação de fazer um esforço grande para que a Bolívia possa consolidar sua democracia". Lula salientou que "daquilo que depender do Brasil, nós vamosdaranossa contribuição paraque opresidente EvoMorales possa exercer o seu mandato comdemocracia,comdesenvolvimento ecom distribuição de riqueza para a parte mais pobre da população."

"Este temde sero séculoda América Latina,comojáfoi o século da Europa, já foi o século dos Estados Unidos", disse Lula eacentuou: "E issosó vai acontecer se os presidentes acreditarem, se o povo acreditar que o século 21 é o século da América Latina, da Bolívia, do Brasil". (Agências)

Alan Marques/Folha Imagem

JANEIRO QUENTE: DISPARAM AS VENDAS DE VERÃO

O calor, que finalmente chegou às regiões Sul e Sudeste do País nas últimas semanas, deu a largada para a corrida dos consumidores por ventiladores, piscinas e protetores solares.

Solforte e muito calor. Essa combinação, atribuída pormuitos a São Pedro, transformou aparelhos de ar-condicionado e ventiladores nos melhores amigos dos consumidorese fezcrescer nosúltimos diaso movimentonas lojas quevendemessesprodutos. De acordo com o presidente daAssociação Nacionalde Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Paulo Saab, avenda desses dois equipamentos, na primeira quinzena de janeiro, já superouentre8% e10%omesmo mês inteiro no ano passado. As altas temperaturas também deram mais fôlego aos fabricantes de condicionadores de ar. "As vendas estão consumindo quase100%danossa produção", afirma o gerente da Springer Carrier, Gerson Robaina. "NaregiãoSul doPaís houve um boom de interesse." Para osaparelhos quese encaixam na parede – também chamados de condicionadores de janela –, o aumento das vendas chegou a 40% se comparadoaomesmo períododoano anterior. "Para a linha split – de aparelhos que não são embutidos na parede – o crescimento foi de 23%", conta Robaina. Ele diztambém que, naregião Sudeste, oaumento das vendas nos últimos dias de janeirochegaa20%equeoprazo de entrega para oaparelho split é de no mínimo sete dias. "Temos estoque para um verão normal.Quando atemperatura sobe muito, nossa produção fica pressionada", diz.

Primeira vez – A dona de casa Rosemary GomesSouza não tinha nenhum aparelho de ar-condicionado nem ven-

tilador em sua casa até alguns diasatrás. "Vimcomprar outras coisas e meu filho me convenceu alevar umventilador de teto", afirma. "Para combater o calor, normalmente eu só abria as janelas", conta. Para o taxista Aparecido Bezerra Cruz, esperar até o verão chegarnão éamelhoropção. "Comprei dois ventiladores de teto em outubro do ano passado. Acabei pagando mais caro, mas não 'fritei' em casa", diz. Apesar do calor, a compra dessesaparelhospodetrazerimprevistosdesagradáveispara a saúde. Orepresentantecomercial Claudio Desiderio afirma quepegou umagripe porque dorme sempre de ventilador ligado. O aparelho, comprado no ano passado, é sua principal defesa contra a altatemperatura. "Minha esposanãogostadearcondicionado", lamenta. Energia – Na hora de decidir qual a melhor opção de compra, oconsumidor devecalcular o gasto de energia de cada umdeles. Deacordocom ovice-presidente comercialda Eletropaulo, Ricardo Lima, o ar-condicionadogasta,emmédia,de três adezvezesmais quilowatt/horaque oventilador. "Um equipamento de 15 mil BTUS, que funciona entre seis e oito horas, consome de 300a 350 quilowatts/hora no mês. Isso representa algo em torno deR$ 100", diz.No caso do ventilador, o consumo chega a ser 10% disso. Uma dica importante é verificar o selo que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial (Inmetro) emite para os condicionadores de ar, de acordo com o nível de consumo. Alexandre Ventura

PISCINAS RESIDENCIAIS ESTÃO EM ALTA

Muitos consumidores estãoinvestindo na construção depiscinasresidenciaispara fugir do calor."Aaltatemperaturasempre aumenta nosso movimento", afirma o diretor da Casa Amarela Piscinas, Wagner Roberto Pontes. Ele ressaltaque houve um crescimento de 20% nas vendas, na comparação entre2004e 2005, eprevê um aumento de 10% até o final de janeiro,emrelaçãoao mesmo mês do ano passado. "Nosso mercadoé sazonal, mascostumairmuitobemnessecalorabsurdo queestáfazendo emSão Paulo", diz. O diretorcomentaquebastauma semana dechuva parareduzir a procura pelo produto. Quanto custa? – O investimento para aquisição de uma piscina pode serbem alto,dependendo do projeto. Para uma piscinadeconcreto, com dimensões dequatroporseis metros,ovalor chegaaR$ 26

Omil. Para uma do mesmo tamanho emfibra, gira emtorno de R$ 18mil; eem vinil,R$ 16mil. "Esses valores incluem toda a obra,materialetrabalhadores", explicaPontes. "Mastemos projetos infantis por R$ 1 mil."

O diretor aconselha os clientesaconstruírsuaspiscinasentreos mesesdejunho esetembro,quandohámenorincidência de chuvas. "Também é muitoimportante consultarvárias empresase verificarpossíveis ocorrências no Procon."

Em casa – Asugestão, porém, não foi seguida pela paisagistaAndrea Colatrello. "Não dava mais para adiar. Tenho o espaço perfeito para umapiscina e comesse calor decidi fazer", afirma.

Ela explica que a construção fará parte de um projeto que inclui uma parede de pedras e uma cachoeira. "Fazer algo para minha casa é muito melhor do que para os clientes. Minha filha vai adorar", diz. (AV) Andrea

dias. Na rede de hipermercados Extra, por exemplo, as vendas de protetores na primeira quinzena de janeiro cresceram 25% em comparação com o mesmo período do ano passado. Para o consolidado do mês, a expectativa do setor de produtos de beleza é de

um aumento de 20% em relação a janeiro de 2004. Essa estimativa é percebida por ações de fabricantes de filtros contra o sol. Um deles, a Nature's, investiu em lançamentos e na reformulação de sua linha para este ano. O resultado? No verão 2005/2006 a empresa já

vendeu 900 mil unidades de protetor solar, 50% mais que em 2004/2005. De acordo com a supervisora de marketing da empresa, Vania Bitencour, as vendas são concentradas em dezembro para abastecer o comércio e atender à grande demanda no período de festas. (AV)

Marcos Fernandes/Luz
Rosemary Souza é convencida pelo filho a comprar um ventilador
Cruz adiantou-se na compra de ventiladores e agora vai às lojas apenas ver o preço dos aparelhos Rosemary procura o mais barato
Colatrello escolhe um modelo de piscina junto com a filha
Marcos Fernandes/Luz

Tratando as rugas da aniversariante

Além de retomar e iniciar novasobras viárias, aPrefeitura prepara um pacote de recuperações estruturais emviadutos e pontes. Grande parte já em andamento. Segundo a Secretaria de InfraestruturaUrbana (Siurb),a retomada começoupeloviaduto Pacheco Chaves, entre o Ipirangaea Mooca.Hoje,o viaduto estáparcialmenteinterditadoeaprevisãodetérmino daobra éem agosto.O viaduto Orlando Murgel, no Centro, e a ponte Cidade Jardim, zona sul, devem ser concluídos em abril.

Jáoviaduto Conselheiro Carrão, na zona leste, e o elevadodoGlicério,noCentro, serão recuperados até dezem-

bro. Mais três obras de recuperação estrutural serão realizadasem 2006, mas oslocais ainda não foram definidos. Outras secretarias também correm para agilizar mudan-

çaspara acidade. ASecretaria de Transportes, porexemplo, revelou que uma das prioridadesde2006é a duplicaçãodo corredor deônibus que compreende o trecho da avenida Vicente Rao até a rua Adolfo Pinheiro, emSantoAmaro.O início da obra é em fevereiro. Outroprojetoéa conclusão daprimeira fase do Expresso Tiradentes (antes denominado Paulistão e Fura-Fila) até o fim deste ano. O primeiro trecho vaidoSacomã, zonasul,atéo terminalParque DomPedro, no Centro,masaintençãoé chegaraté oextremo leste,em Cidade Tiradentes. Recapeamento - Um dos possíveis candidatos pelo PSDB a Presidência da República,o prefeito JoséSerra–junto com o governador Geraldo Alckmin – ressalta sempre que pode o trabalho de recuperação asfáltica em execução. SegundoSerra, as empresas que executamostrabalhos passarãoaelevaros bueiros e cobrarãoessecustodasempresas concessionáriasdeserviços."Hoje,o recapeamento deixa a rua mais alta e o bueiro se torna um buraco", disse. Paraminimizar problemas com buracos, Serraestabeleceuque asconcessionárias de serviços passem a ter mais responsabilidades quando executarem obras. Um decreto estabeleceque, aoabrir valas,as empresasdeverão seguir normas de Instrução para Reparaçãode Pavimentos Danificados.Emalgunscasos,aconcessionária terá de repavimentar a largura da faixa de trânsito deumarua,bemcomoemtoda aextensão dasquadrasabrangida,caso faça aabertura de uma vala longitudinal, pontual ou transversal. Ordem –"O grandeproblemaviário sãoosburacosque essasconcessionárias abrem. Issoacaba prejudicandoo trânsitoe asegurança daspessoas. Vamos botar ordem nisso pela primeira vez", prometeu. Segundo aSecretaria deCoordenação das Subprefeituras, 158 ruas da Capital já foram recapeadas,resultandoem 173 quilômetros de recuperação asfáltica. A previsão é chegar a 230quilômetrossomenteneste mês.O objetivoé entregar,no total, 1,5 mil quilômetros de vias recuperadas em toda a cidade. (RT/IV)

Um
O Expresso Tiradentes, antes Paulistão e Fura-Fila, também deverá ter mais uma etapa concluída
O primeiro trecho do Tiradentes irá do Sacomã ao Parque Dom Pedro
Pablo

VITÓRIA E PREOCUPAÇÃO

São Paulo ganha a primeira (2 a 1 no São Caetano), mas pode perder Grafite

Avitória de sábado, por 2 a 1, sobre o SãoCaetano, no Morumbi (primeira do São Paulo neste CampeonatoPaulista),teve tudopara agradar o torcedor são-paulino. Afinal, em campo, o time foi eficiente, fazendo 1 a 0 com Grafite logo aos 6 minutos do primeiro tempo. É verdade que sofreu o empate com um gol de Dimba logo em seguida, aos7,maschegouàvitóriacom um belo gol de bicicleta de Mineiro, aos 11 do segundo.

No entanto,apesardo bom resultado, os tricolores passaram o resto do fim de semana preocupados. Depois de Amoroso, Grafite pode ser o próximo atacante a trocar o MorumbipelaEuropa. Hoje,o Le Mans, daFrança, deveconfirmar aofertade4milhõesde euros(R$11milhões)– acima da multarescisória estipulada emcontrato— paralevá-lo. “Não quero que o São Paulo cubraaoferta,sóquero ter uma valorização peloque fiz aqui”, reivindicou o jogador.

Festa alvinegra reabre o Maracanã

Foramnovemeses de reformas, mas ontem, finalmente, oMaracanã voltou aser palco de um jogo de futebol. E em grande estilo: no clássico de muitos gols entre Botafogo e Vasco, os botafoguenseslevaram amelhor, vencendo por5 a 3e assumindo aliderançadeseugrupo, com a melhor campanha de toda a Taça Guanabara, o primeiroturno do Campeonato Carioca. São, agora, trêsvitórias emtrêsjogos. Romário, que continua correndo atrás da

3ª rodada

Madureira 0 x 3 América

Americano 2 x 2 Fluminense Portuguesa 2 x 2 Flamengo

Volta Redonda 1 x 2 Friburguense

Cabofriense 1 x 2 Nova Iguaçu

Botafogo 5 x 3 Vasco

4ª rodada

Atlético-PR 2 x 2 Francisco Beltrão

J. Malucelli 1 x 1 Cianorte

Rio Branco 3 x 0 Nacional

Galo Maringá 1 x 0 Iraty

Roma 4 x 2 Londrina

União Bandeirante 2 x 1 TCW

ADAP 1 x 0 Paranavaí

Coritiba 1 x 1 Paraná

2ª rodada

Caxias 2 x 3 Gaúcho

Passo Fundo 3 x 4 Internacional

15 de Novembro 0 x 3 Ulbra

Brasil de Pelotas 1 x

marca de 1 000 gols na carreira, fez ontem os três gols do Vasco e chegoua 947. No sábado, o Fluminense não foi além do empate com o Americano, em Campos(2a2),mesmoresultado de Portuguesa x Flamengo, no domingo. EmMinas,ocampeonatocomeçou a ser disputado neste final de semana, com vitórias do Atlético-MG, emcasa,e do Cruzeiro, fora.No RioGrande do Sul, a dupla Grenal também venceu e no Paraná Coritiba e Paraná empataram o clássico.

RIO DE JANEIRO

Grupo APVSGP

1 Fluminense721012

2 Americano7237

3 Nova Iguaçu62-43

4 Cabofriense31-15

5 Flamengo10-23

6 Portuguesa10-62

PARANÁ

Grupo APVSGP

1 Rio Branco9349

2 Atlético-PR72511

3 Cianorte7216

4 Galo Maringá7214

5 J. Malucelli6113

6 Iraty41-14

7 Francisco Beltrão20-23 8 Nacional10-92

MINAS GERAIS

1ª rodada

Grupo BPVSGP

1 Botafogo93610

2 Vasco6218

3 Friburguense62-15

4 América3116

5 Volta Redonda31-14

6 Madureira00-62

Grupo BPVSGP

1 ADAP12479

2 União Bandeirante72-14

3 Paranavaí6226

4 Londrina6208

5 Coritiba5104 Paraná5104

7 Roma31-45

8 TCW10-44

RIO GRANDE DO SUL

Grupo 1PVSGP 1 Gaúcho7219

2 Internacional6237

3 Passo Fundo6208 4 Ulbra4125

5 Caxias31-33

6 15 de Novembro31-32

Grupo 2PVSGP 1 Grêmio124712

2 Veranópolis9327

3 Esportivo6217

4 Santa Cruz31-23

5 São Luiz10-32

6 Farroupilha10-52

Ituiutaba 2 x 3 América

Atlético-MG 2 x 1 Caldense

URT 2 x 2 Democrata-SL Villa Nova 0 x 2 Guarani Ipatinga 3 x 0 Uberlândia Democrata-GV 0 x 1 Cruzeiro

ClassificaçãoPVSGP 1 Ipatinga3133 2 Guarani3122

3 Ituiutaba3115

4 América3113

5 Atlético-MG3112

6 Cruzeiro3111

7 Democrata-SL1002

8 URT1002

9 Caldense00-11

10 Democrata-GV00-10 11 Uberlândia00-30 12 Villa Nova00-41

Grupo 3PVSGP

1 Glória9326

2 São José - POA6237

3 Novo Hamburgo6204

4 SãoJosé-Cachoeira62-14

5 Juventude3112

6 Brasil de Pelotas00-52

Os profetas da derrota

Aospouquinhos,vairessurgindo naimprensaesportivabrasileiraumacertadescrençanaSeleçãoqueomundointeiroaponta,maisuma vez,comofavoritaparaganhara CopadoMundo, desta vez em campos alemães.

Cresce,poraqui,apreocupaçãodosespecialistascomamáfase de Dida, a demora na volta de Cafu aos campos, os altos e baixos deRobertoCarlos,aincerteza permanentecomazaga,asrepetidas contusões de Ronaldo, a queda na produção de Adriano. Láfora,aocontrário, osestrangeiroscontinuamembasbacados com o futebol mostrado pela Seleção em 2005, tanto nas EliminatóriascomonaCopadasConfederações,eaindamaiscoma categoriaincomparáveldeumKaká, umRonaldinhoGaúcho, um Robinho.

Osdoisladostêmsuasrazões,masadesconfiançacrescentede boa partedos analistas brasileirostalvez seja,paradoxalmente, o impulso que faltava ao grupo comandado porCarlos Alberto Parreira para se concentrar de vez na conquista do hexacampeonato em campos alemães.

ASeleçãoBrasileira, poralgumarazãoque psicólogosecientistassociaisdeveriamestudar,raramente sedeubemnasoportunidades em que foi reconhecida como favorita pelos seus. Ao contrário, costuma triunfar quando entra numa competição sob a desconfiança dos brasileiros.

A cobrança antecipada faz bem aos jogadores do Brasil - e não é dehoje. Poucosacreditavam nostítulos de1958, 1970,1994 e 2002e muitosapostaramnos canecosquenão conseguimosem 1950,1966e1998.AúnicaCopadoMundoqueoBrasilconquistou, na condição de favorito, foi a do bi em 1962.

AatualSeleção,formadapor pop stars milionárioseacostumados às glórias internacionais, precisa de uma sacudidela para não tropeçar na autoconfiança que tanto preocupa o próprio Parreira.Ascobrançasdehojepodemseroprenúnciodealegriasquese transformarão em reconhecimento depois de 9 de julho. Tecnicamente, o Brasil tem forças de sobra. Os descrentes talvez sejamo reforço psicológico queainda falta ao timena briga pelohexa.Osprofetasdaderrotacorrem,assim,oriscohistórico de errar mais uma vez.

ATAQUE

Goleada pelo Corinthians por 5 a 1 nasegunda rodada, a PortuguesaSantistatem omelhor ataquedoPaulistão:dezgolsem quatrojogos. OSantos,vizinho rico, fez sete.

EXCEÇÃO

Um belo gol, uma bola na trave emuitamovimentaçãofizeram de Tevez uma exceção no medíocre Corinthians derrotadopelaPortuguesapor2a1,ontem, no Pacaembu. Na quarta rodadadoPaulistão,ocampeão brasileiro de 2005já está a seis pontos do líder Palmeiras.

GRITO DE GUERRA

A torcida descontou no técnico AntônioLopes afrustração com o resultado no Pacaembu, que os corintianos consideram sua casa,e abriuo berreiro: "Burro, burro, burro".

O PRIMEIRO DE CADA UM

Curiosidadedos 3a2deontem sobre oMarília: foramos primeirosgolsdeRodrigoTabata,JonaseManzurcomacamisa do Santos.

O SONHO CONTINUA

O Santos continua sonhando comavoltadeDeivid.Destavez, segundo opresidenteMarcelo Teixeira, o clubequer contratálo em definitivo.

ADEUS, CELSINHO A Portuguesaperdeu a esperança de contar com o garoto Celsinho nos jogosdo primeiro semestre.DepoisdepagarUS$7 milhõespela transferência do atacante de 17 anos, o Lokomotiv, de Moscou, conseguiu convencer aFifa e a CBFa liberá-lo para oembarque imediato.ComoCelsinhoémenordeidade,a Lusa ainda vivia a ilusão de mantê-lo, por empréstimo,até que completasse os 18 anos. É O FIM

OAmérica,deSãoJosédoRio Preto, e oComercial, deRibeirãoPreto,farão afinaldaCopa São Paulo de Juniores, uma competição que vem perdendo charmeeimportânciadesdeque passou aseradministradapela FederaçãoPaulista deFutebol. Com88participantesem2006e tendo deconcorrer como futebol profissional,que aboliua pré-temporadaeestáemendando umacompetição naoutra, a copinhaentrouem fase terminal. É uma pena.

GOL DE LETRA

"Nãovejo ahorade comerum macarrãocom farinha" - Valdemir Pereira,o Sertão, aodesembarcar ontem em Congonhas como campeão mundial dos penas, versão Federação Internacional de Boxe

*Com Agência Estado e Reuters

Rubens Cardia/AE Cristiano comemora gol do América, que decide com o Comercial

Pela primeira vez em37 anos de disputa, duas equipes dointerior (Comercial, de Ribeirão Preto, e América,de SãoJosédo RioPreto) farão a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, marcada para as 11 horas da manhã da quarta-feira,dia25, aniversário da cidade, no Pacaembu. Como adecisão,assemifinais tambémforamdisputadas apenas por equipes do Estado. No sábado, em Guarulhos,JuventuseComercialempataram no tempo normal em 1a 1,golsde Müller,defalta,

parao Juventus, no primeiro tempo, e Gilvan, contra, para o Comercial,nosegundo. Nos pênaltis, o Comercial venceu por 7 a 6. Também nos pênaltis a equipe de Ribeirão Preto derrotou o Coritiba, nas quartas, e o Paysandu, nas oitavas. Ontem, emSãoJosédoRio Preto, o América classificou-se para decidir o título com uma vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio Barueri. Cristiano e Júlio César fizeramosgolsdaclassificação americana. ThiagoHumberto havia chegado a empatar o jogo para o Grêmio Barueri.

Fábio Motta/AE
Estádio volta a ser utilizado com vitória do Botafogo: 5 a 3 no Vasco

CONSELHO VOTA PEDIDOS DE CASSAÇÃO

Asemana política vai ser decisiva para a votação de novos pedidosde cassação de deputados envolvidos noesquemado mensalãoeas disputas internas de PSDB e PMDB pela presidência da República. Amanhã,aCâmara pretende retomar asvotações, tendo comoprincipais itensda pauta aapreciação dosubstitutivodecriaçãodoFundebe a criação da Super-Receita.

O PMDB realiza reunião da Executiva Nacional para decidir nova data para as prévias do partido quevão escolhero candidato à presidência. No PSDB, permaneceadisputaentre ogovernador GeraldoAlckmine o prefeito José Serra pela indicação do partido.

O presidente Luiz Inácio desistiu de participar doFórum Econ ômico Mundial, realizado emDavos, naSuíça, edo Fórum Social Mundial, naVenezuela.Lula compareceuaos dois fóruns em 2003 e 2005.

Na última sexta,o presidente da CPMI dos Correios, Delcidio Amaral (PT-MS), disse que o relatório finaldacomissãosairá até 15 de março. Ele defendeu ainda aadoção de uma nova agenda pelo Legislativo, que inclua aconclusão davotação de matérias importantes como a reforma tributária. Veja os principais fatos da semana:

Hoje – O ConselhodeÉtica aprecia orelatóriodoprocesso de cassação dodeputado Pedro Corrêa (PP-PE). Na últi-

ma sexta-feira,o conselho aprovou o pedido de cassação do deputadoWanderval Santos (PL-P)por envolvimento no escândalo do mensalão. Elejá avisouque vai recorrer dadecisãoà Comissãode Constituição e Justiça daCâmara. "Se for necessário,vou recorrer também ao Supremo Tribunal Federal", disse. Oadvogado do deputado, MarceloBessa, protestoucontra oparecer doconselho, que, segundo ele, abordou fatos não mencionados na representação encaminhada ao conselho pela Mesa Diretora. O advogadodisse que Wanderval não teveoportunidade para se defender desses fatos porque eles só apare ceram após a apresentação de documentos e dos depoimentos das testemunhas de defesa. Wanderval teria recebido R$ 150 mil do esquema do PToperado peloempresário Marcos Valério. Ao todo, 11 deputadosenfrentam processo de cassação acusados de envolvimento com o mensalão. O presidente da CPI dos Bingos, senador EfraimMorais (PFL-PB)disse que adata do depoimentodoministrodaFazenda, AntonioPalocci,pode sair hoje. O ministro deve deporsobre irregularidadesna "República de Ribeirão Preto", onde Paloccifoi prefeito,e denúnciade que donos de casas de bingodoaram dinheiropara a campanha do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

Terça-feira– NaCPI dos Bingos, serão ouvidos omédico-legista Paulo Algarate Vasques eosdelegados Edson Santi e José Pinto de Luna, a respeito da morte do ex-prefeito CelsoDaniel. Vasques trabalhou com o também legista Carlos Delmonte Printes na autópsia do cadáver de Daniel. Delmonte foi encontrado morto em seu escritório em outubro do ano passado. Está previstaumareunião de líderes no gabinete da presidência da Câmara para definir os demais itens que serão votados aolongo dasemana. Uma das prioridadesé oProjeto de Lei 6.272/05, do governo, que cria a Receita Federal do Brasil, conhecida como Super-Receita, para unificar a arrecadação dos tributos da União. Já existe acordo das bancadas para que ele seja votado na quarta.

Asvotações noplenárioda Câmara serão retomadas amanhã, às 16 horas. O destaque dapauta éo substitutivo da comissão especial que analisou acriação do Fundeb. O substitutivo do Fundeb é o terceiroitem da pauta de amanhã. O texto reúne sugestõesdas propostasdeemenda àConstituição(PECs) 415/05, 216/03 e 536/97. Se for aprovado, o Fundeb substituirá o atual Fundef. Segundo otexto dacomissão especial, as verbas da União para o Fundeb serão de R$ 2 bilhões no primeiro ano, R$ 2,85 bilhõesnosegundo,R$3,7 bilhões no terceiro e R$ 4,5 bi-

lhões a partir do quarto ano. Reunião da Executiva do PMDB vai decidir adata da realização dasprévias dopartido que escolherá o candidato àPresidência. Apréviaestá marcada para5 demarço, mas é considerada prematura e estuda-seremarcá-la para 19de março. O adiamento é defendido abertamente pelo presidentedo Congresso, senadorRenanCalheiros (PMDB-AL), que ainda tem esperança de selar umaaliança com oPT para as eleições.AnthonyGarotinho, ex-governador do Rio de Janeiro, eGermano Rigotto, governador doRio Grandedo Sul, estão no páreo. O Conselho de Ética vota o pedido de cassação do deputado Ricardo Brant (PFL-MG).

Já a CPMI dos Correios ouve o depoimento de Léo Batista dosSantos, gerente-executivo do Bancodo Brasil. E,na subrelatoriadeNormas de Com-

bate àCorrupção, prestamdepoimentoscomo convidados Paulo Lacerda(Diretor-Geral da Polícia Federal), Sérgio Fernando Moro (juiz da 2ª Vara da Justiça FederaldeCuritiba) e um representanteda Interpol.

Na sub-relatoria de Fundos de Pensão estão previstos os depoimentos de José Raphael Oliveira da Silva, Fernando Cesar Braz Teixeira e Gildásio Amado Filho, todos do fundo de pensão Nucleos.

Quarta-feira – O Conselho de Ética vota o pedido de cassação dodeputado Professor Luizinho (PFL-MG).A CPMI dosCorreios tomaosdepoimentos de Humberto Carlos Parro, ex-presidente da Fundacentro, eJoséPompeo de Campos Neto, sócio daBônus-Banval,acusada deser uma das operadoras do valerioduto.

Na sub-relatoria dos Fundos

dePensão estão previstosos depoimentos de Ermindo CecchettoJunioreJorgeLuizMonteiro de Freitas. E a CPI dos Bingos pretende votar o relatório parcialdo casoGtech/CaixaEconômica Federal, apresentado pelo relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDBRN).O relatório pede oindiciamento de mais de40 pessoas, entre elas, o presidente da CaixaJorge Mattoso,e afirma quehouvepagamento de propina quando o contrato entre as empresas foi renovado.

Quinta-feira – A CPMI dos Correios ouve o ministro Waldir Pires (ControladoriaGeral da União) como convidadodasub-relatoriade Normasde CombateàCorrupção.Estáprevisto tambémo depoimento de Marco Antônio Rocha, ex-diretoradministrativoefinanceiro da Fundacentro. (Agências)

Itamaraty vai auxiliar viagem da CPMI dos Correios aos Estados Unidos

Delúbio

Palocci vai à CPI dos Bingos. Data pode ser decidida hoje, diz Efraim Morais.

Pereira

O ex-tesoureiro do PT Delúbio

Valério

Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério.

Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira

O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda

Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

O Itamaraty vai intermediar o contato entreo ministrodaJustiça, MárcioThomaz Bastos, e o ministro equivalente nos Estados Unidos para oficializar a viagem de integrantes da CPMI até o fim do mês. O objetivoé conseguirinformações sobremovimentaçõesfinanceirasdo publicitário Duda Mendonça no exterior.

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética

Naúltima sexta-feira, oconselho aprovou o pedido de cassação do deputado Wanderval Santos (PL-P) por envolvimento com o mensalão. Elejá avisou que vairecorrer da decisãoà Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. "Se for necessário,vou recorrertambém ao Supremo Tribunal Federal", disse.

Mendonça O publicitário Duda Mendonça, da DM9, confirmou ter recebido dinheiro de Marcos Valério no exterior. Os repasses, segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

O ex-tesoureiro

disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPI dos Bingos O presidente Efraim

disse

depor

O

Lamas
do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas
Morais (PFL-BA)
tersido comunicado de queo ministro da Fazenda, AntonioPalocci,vai
nacomissão.
senadorfoi informado da decisão na noite de sábado, pelo vice-líder do PT, Tião Viana (AC). A data do depoimento do ministro, na condição de convidado, será decidida hoje.
Conselho de Ética: processo de Brant (à dir.) será votado na terça e de Professor Luizinho (à esq.), na quarta.
Diógenes Santos/Agência CâmaraEdson Santos/Agência Câmara
Delcidio Amaral: relatório da CPMI sai até 15 de março.
Célio Azevedo/Agência Senado

MAIS DE 5,5 MIL ASSINATURAS EM APENAS TRÊS DIAS

Números não contabilizam adesões de São Carlos ao De Olho no Imposto

Acidadede São Carlos, não poracaso, é considerada um dos principaispólosdetecnologiado País.O município temum dosmaiores percentuais de pós-graduados edoutoresporhabitante. Mão-de-obra fartamente utilizada nas cerca de 8 mil empresas locais e 660 indústrias, que vão de micros a multinacionais. Esse foi o terceiro destino da caravana pela transparência nos impostos. O objetivona cidadeé coletaraomenos35milassinaturas para o movimento De Olho no Imposto.Uma tarefafácil, segundo opresidenteda AssociaçãoComercial deSão Carlos, MarcosMartinelli. Fato confirmado após a abertura do Feirão do Imposto.

Jovensenem tanto,doutoresou não,a reação dos cidadãos é sempre a mesma ao descobrirque quase ametadede tudo o que pagam ao comprar um produto é tributo: pegar a canetae darseuapoio aomovimento. O esforço é para reunir1,5 milhãode assinaturas

para regulamentar, por projeto de leipopular, o parágrafo 5° doartigo150da Constituição Federal, que prevê que todo cidadão deve saber quanto paga de imposto nos produtos e serviços que adquire. Balanço – Até aúltima sexta-feira, mais de5,5 mil assinaturas foram contabilizadas emSãoJosédo RioPreto,cidade onde a carreata começou, e Ribeirão Preto, a segunda parada. Até 23 de fevereiro, a caravana vai percorrer 17

cidades. As assinaturas serão colhidas até 1º de maio. ParaGuilherme Afif Domingos, presidente da Federaçãodas AssociaçõesComerciaisdo EstadodeSão Pauloe da Associação Comercial de São Paulo, a primeira semana da jornada foi positiva. "A receptividade que tivemospor onde passamos bate com os dados da pesquisa que realizamos anteriormente(93% dos entrevistados disseram que os governos não utilizam bem o que arrecadam)", disse Afif. Em São Carlos, o auditório da regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)foi pequenopara acomodar todas as lideranças interessadas em conhecer a campanha.Uma dasautoridades presentes era Diana Cury(PMDB), presidente dolegislativolocal,que prometeu difundir o movimento na cidade."Podemos sermultiplicadores daidéia, convocando audiências públicas para tratar do assunto", afirmou.

Renato Carbonari Ibelli, de São Carlos

Abertura de empresa cai para 15 dias

Oprojeto de lei encaminhado pelo governo ao

Novo

limite para exportação simplificada

ACongresso para simplificação de abertura de empresas vai permitir que uma nova empresa passe a funcionar em até 15 dias, a partir da entrada do primeiro pedido de registro em uma junta comercial. O prazo, atualmente, é de até 152 dias, segundo diagnóstico do Banco Mundial.

O projeto, encaminhado na última quinta-feira, estabelece diretrizes para a simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários e de pessoas

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS Concorrência Pública nº 001/2006 Processo Administrativo nº 95.689/2004 Faço públlico de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de Concorrência Pública, para concessão onerosa de serviço público precedida da execução de obra pública, com critério de julgamento do tipo “melhor proposta, em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor técnica”, visando a contratação de empresa especializada, mediante concessão onerosa para, com exclusividade, realizar aadministração, operação, manutenção, exploração comercial e reforma do Terminal Rodoviário do município de São Carlos-SP. O Edital na íntegra poderá ser adquirido na Sala de Licitações da PMSC, sita na R. Major José Inácio, 1.973, Centro, São Carlos, Fone: (16) 3307-4272, apartir do dia 20/01/06 até o dia 09/03/ 06, no horário das 9h às 12h e das 14h às 16h30, mediante a apresentação da guia de recolhimento da Tesouraria Municipal, dos emolumentos de R$ 700,00 (setecentos reais). Os envelopes nºs 01, 02 e 03 serão recebidos na Sala de Licitações até às 10h do dia 14/03/06, quando após o recebimento iniciarse-á a sua sessão de abertura. São Carlos, 20 de janeiro de 2006. Paulo José de Almeida -Presidente da Comissão Permanente de Licitações.

Valor total estimado da licitação: R$ 571.642,84. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 03 de fevereiro de 2006, às 08:30 horas.

MODALIDADE: Pregão Presencial nº 004/2006

OBJETO: Aquisição de módulos pedagógicos, destinados às unidades escolares de ensino fundamental da rede municipal de ensino. Critério de Julgamento: menor preço total por módulo Valor total estimado da licitação: R$1.216.000,00. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 06 de fevereiro de 2006, às 08:30 horas.

MODALIDADE: Concorrência nº 002/2006

OBJETO: Registro de Preços p/fornecimento de ácido acético, água oxigenada, álcool, éter e outros, destinados à Sec. Mun. Saúde. Limite p/entrega dos envelopes 21/02/06 às 16:00 e abertura dia 22/02/ 06 às 08:30 hs.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 004/2006 - FAMESP/HEB PROCESSONº 008/2006 - FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 004/2006 -FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 23dejaneiroa21defevereirode2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111-FAX(0xx14) 3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru, oEDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS - PREGÃO Nº 004/2006-FAMESP/HEB- PROCESSO Nº 008/2006-FAMESP/HEB - REGISTRO DE PREÇOS Nº 004/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de Cateter Intravenoso Central, Cateter Intravenoso Média

jurídicas. Ele cria também a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas, a Redesim. A mensagem de encaminhamento presidencial foi publicada na sexta-feira no Diário Oficial da União. (AE)

ReceitaFederal resolveu dobrar o limite para micros epequenas empresasexportarem seus produtos pelo sistema simplificado. Medida publicada na sexta-feira no DiárioOficial da União eleva o limite de US$ 10 mil para US$ 20 mil. O objetivoda mudançaé estimulara participação de um número maior de empresas no comércio internacional. O limite vale para o equivalente em outra moeda estrangeira e é contadopara cadaoperação de venda ao exterior. Pelosistema dedeclaração de exportação simplificada, a documentação exigida pela Receita é bem menor. Além disso, a declaração podeser

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de abertura de licitação Processo: Pregão Presencial nº 005/06. Objeto: Aquisição de material escolar. Edital disponível no site: www.guaratingueta.sp.gov.br. Local sessão púb lica: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, CentroGuaratinguetá. Data da sessão: 08.02.06, às 09:00 horas. Valor para retirada do edital: R$ 5,00. Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Presencial nº 006/06. Objeto: Aquisição de móveis de escritório e escolares. Edital disponível no site: www.guaratingueta.sp.gov.br. Local sessão pública: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá. Data da sessão: 09.02.06, às 14:00 horas. Valor para retirada do edital: R$ 5,00.

COMUNICADOS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: PREGÃO PRESENCIAL Nº 05/2933/05/05

OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA EM TRANSPORTE DE ÁGUA POTÁVEL. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para contratação de empresa especializada em transporte de água potável através de caminhão pipa, para abastecimento das unidades escolares da Região de Guarulhos, Suzano e Arujá, que não são beneficiadas ou com deficiência pela rede pública da SABESP. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 23/01/2006 na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 06/02/2006 Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

encaminhada pelosCorreios e outras empresas de remessas. Correios – O limitealcança também as vendas pelo "Exporta Fácil" dos Correios. O exportador contrata o transporte de sua mercadoria até o país de destinoe os Correios cuidam do registro da operação no Sistema de Comércio Exterior (Siscomex). Não há custos adicionais ou burocracia. Quem recorre ao Exporta Fácil não precisa obter antecipadamente o registro de exportador e nem aguardar a emissãoda declaraçãosimplificadade exportação, como é exigido nos outros sistemas.

A secretária-adjunta da ReceitaFederal,Clecy Lionço, informou que a ampliação do

CONVOCAÇÕES

limite se alinha à medida já adotadarecentemente pelo Banco Central (BC), que fixou em US$ 20 mil o limite para as operações de fechamento de câmbio simplificado. Segundo ela, a medida dá continuidadeao processo de facilitaçãodo comércio exterior, "semprejuízo dagarantia da segurança aduaneira". As importações com uso da declaração simplificada permanecem com limite de US$ 3 mil. No ano passado, as exportaçõespordeclaraçãosimplificada chegaram a US$ 120 milhões, crescimentode 21% sobre 2004. Com o aumento do limite, aReceita espera que em 2006 cresça a participação de pequenos exportadores. (AE)

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 20 de janeiro de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: CONCORRÊNCIA Nº 05/0183/06/01 A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE avisa que acha-se aberta a Concorrência Pública, objetivando o REGISTRO DE PREÇOS PARA A EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO NOS PRÉDIOS PERTECENTES À REDE PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO

FALÊNCIAS & CONCORDATAS

. - Av. Jaguaré, 1.11202ª Vara de Falências

Fotos: Daniel Gallo
População de São Carlos confere, no Feirão do Imposto, os tributos cobrados em cada produto que consome
Martinelli: 35 mil assinaturas
Afif fala com moradores da importância de se cobrar pelo que se paga

Notícias dos postos avançados da ACSP

O bairro de Santo Amaro faz 454 anos

Em comemoração aos

454 anos do bairro de Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, o superintendente da Distrital Santo Amaro, Aloysio Luz Cataldo, participou da reinauguração do Coreto Histórico e do Paço Cultural Júlio Guerra, no último dia 13, juntamente com o prefeito José Serra.

No dia 15, foi realizada pelo SESC, em parceria com a distrital de Santo Amaro, a prova Pedestre – Aniversário do Bairro. O superintendente da distrital entregou aos vencedores o troféu Marco da Paz.

À noite, foi realizada uma missa pelo bispo da diocese de Santo Amaro, Dom

Fernando, em comemoração ao aniversário do padroeiro do bairro. Unisa – No ano passado, no dia 13 de dezembro, a distrital, representada pelo diretor conselheiro, Nelson Gonçalves de Camargo, participou do culto de Ação de Graças, na Universidade de Santo Amaro (Unisa). Idealizado e coordenado pela pastoral universitária, o objetivo do evento foi refletir sobre as realizações da universidade e agradecer a Deus pelas oportunidades de realizá-las. O evento foi coordenado pelo reitor da Unisa, Sidney Storch Dutra, e contou com a presença de várias autoridades civis, políticas e militares.

Agendas da Associação e das distritais

Amanhã

■ Exposição - O Pátio do Colégio recebe exposição da artista plástica Cristiane Carbone, sobre o tema São Paulo na linha do tempo. Às 13h, na Cripta do Museu Anchieta, Pátio do Colégio, 34.

■ Exterior – Reunião da Comissão de Comércio Exterior da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) coordenada pelo vice-presidente Renato Abucham, para discussão do planejamento para 2006. Às 17h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária.

■ São Paulo - O vicepresidente da ACSP Rogério

Amato participa do lançamento do livro Golden Book São Paulo Life - Guia da cidade de São Paulo promovido pela editora Siquini. Às 20h30, no Jockey Club de São Paulo, avenida Lineu de Paula Machado, 1.263.

Quarta

■ Centenário - O vicepresidente da ACSP Roberto Mateus Ordine participa da cerimônia de entrega do colar do centenário a

Antônio Ermírio de Moraes, promovida pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Às 16h, rua Benjamin Constant, 158.

Quinta

■ Pátio do Colégio - O Pátio do Colégio celebra missa em comemoração aos 452 anos de sua fundação. Às 12h, na capela Beato José de Anchieta, Pátio do Colégio, 34.

Atividades culturais

A Distrital Penha da ACSP, no último dia 10, reuniu as principais entidades daquela região para agendar as atividades culturais e sociais deste ano. Estiveram presentes representantes das associações Comercial de São Paulo, Viva a Penha, Advogados da Penha e OAB, as lojas maçônicas Giuseppe Garilbaldi e Penha de França,

Lapa participa de posse na Polícia Federal

N o último dia 13, o superintendente da Distrital Lapa, Douglas Formaglio, representou a Associação Comercial na posse do novo superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Geraldo José de Araújo. Participaram também do evento o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Fernando da Costa Lacerda, entre outras autoridades da região.

Butantã

presta contas e traça metas

A Distrital Butantã realizou a sua tradicional confraternização. No evento, o superintendente da distrital, José Sérgio Toledo Cruz, falou sobre a prestação de contas das atividades de 2005 e sobre as novas metas para este ano. Depois da apresentação, conselheiros, funcionários e familiares se reuniram em um jantar.

Distrital de Santo Amaro participa de eventos do aniversário do bairro e premia com o Marco da Paz os vencedores da corrida de pedestres

O vice-presidente e vicecoordenador institucional das distritais, Walter Shindi Iioshi, aproveitou a oportunidade para trazer os cumprimentos de toda a diretoria da Associação Comercial à distrital, pelo trabalho realizado e pelo apoio dado às iniciativas da entidade.

as igrejas Metodista, Paróquia Nossa Senhora da Penha e Rainha da Festa do Rosário, a Casa Cultural, Shopping Penha, Teatro Martins Penna, Memorial Penha de França, Movimento Cultural, Clube Esportivo da Penha, Rotary Clube Penha, Lions Clube Penha, Supervisor de Cultura da Subprefeitura da Penha e Irmãs Volpi (cantora de música sertaneja).

Entidades da região participam de reunião para definir calendário

O que é Factoring?

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas).

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K

Dobradinha de Kaká

aká foi o brasileiro que maisse destacounarodada deste fim de semana na Europa: com dois gols na vitória por3 a0doMilan sobreoSiena, eleajudou aequipea não perder de vista a Juventus, que derrotou oEmpoli por2 a1. "SuperKaká", saudou ojornal Gazzetta dello Sport. O Milan estáem terceiro,adez pontosda Juve, e a dois da rival Inter, que bateuo Palermo por 3 a 0Adriano não marcou.

Outro brasileiro que se deu bem naItáliafoiMancini,autor de dois gols (um de pênalti) nagoleada da Roma sobrea Udinese, 4a 1. Tambémde pênalti, Fábio Simplício marcou o gol da vitória do Parma sobre o Chievo, por 2 a 1.

Na Espanha, Ronaldinho nãobrilhoueperdeuatépênalti, mas o Barcelona manteve a liderança com a vitória de 2 a 0 sobre o Alavés - Larsson e Messifizeramosgolsda equipe, que não teve Eto'o, destaque de Camarões na Copa das Nações da África.

A vantagem ficouainda mais folgada com a derrota do Osasuna para o Villlarreal, 2 a 1. Em Madri, Robinho se destacou, com umbelogolde fora da área, e Roberto Carlos também marcou, ajudando o Real a superar o Cádiz por 3 a 1 e manter o quarto lugar - o técnico Ramón Lopez Caro enalteceu o"grandeespíritocoletivo" da equipe.

Na França e na Inglaterra, os líderes tropeçaram com empatespor1 a1emcasa -oLyon, com o Auxerre, e o Chelsea, diante do Charlton.

ITÁLIA

21ª rodada

Lazio 1 x 1 Cagliari

Internazionale 3 x 0 Palermo

Ascoli 2 x 0 Lecce

Juventus 2 x 1 Empoli

Livorno 1 x 1 Treviso

Parma 2 x 1 Chievo

Reggina 2 x 1 Sampdoria

Siena 0 x 3 Milan

Udinese 1 x 4 Roma

Fiorentina 2 x 0 Messina

ClassificaçãoPVSGP

1 Juventus56183244

2 Internazionale48152743

3 Milan46152547

4 Fiorentina43131638

5 Livorno3710424

6 Roma36101436

7 Sampdoria319634

8 Chievo318126

9 Lazio307228

10 Palermo266-329

11 Udinese257-923

12 Ascoli235-422

13 Reggina226-1121

14 Siena215-1125

15 Cagliari194-1320

16 Empoli195-1423

17 Messina183-1118

18 Parma184-1424

19 Treviso132-1613 20 Lecce133-2115

FRANÇA

11 Rennes3210-924 12 Nancy319524

Nantes308124

17 Troyes256-821

18 Ajaccio163-1613

19 Strasbourg152-1614

20 Metz142-2313

Brasileiro fez dois nos 3 a 0 contra o Siena que mantêm o Milan na rota de perseguição à Juventus

ESPANHA

Leão quer aproveitar boa fase no Paulista para embalar o Palmeiras na disputa contra o Táchira, por vaga na segunda fase da Libertadores

DESTINO: AMÉRICA

PPORTUGAL

19ª rodada Penafiel 0 x 0 Braga Gil Vicente 1 x 3 Benfica Acadêmica 0 x 0 Nacional Paços Ferreira 1 x 2 Vit. de Setúbal Vitória de Guimarães 1 x 1 Rio Ave Boavista 2 x 1 Estrela Amadora

1 x 1 Marítimo Porto 1 x 0 Naval União Leiria x Belenenses (hoje)

ClassificaçãoPVSGP

1 Porto43131931

2 Benfica40121831

3 Nacional36101324

4 Braga3611920

5 Sporting3410727

6 Vitória de Setúbal3310616

7 Boavista297625

8 Estrela Amadora257-117

9 União Leiria247-122

10 Marítimo245022

11 Rio Ave246-324

12 Paços Ferreira226-621

13 Gil Vicente216-617

14 Belenenses206-317

15 Acadêmica205-1016

16 VitóriadeGuimarães164-1610

17 Naval154-1118

18 Penafiel81-2112

almeiras e Goiás estão entre os doze times que dão nesta semana o pontapé inicial para a 47ª edição da Copa Libertadores.Serão seis duelos em mata-mata, que valem vaga na segunda fase do torneio. Recordista brasileiro em participações (13), campeão em 1999e viceem 1961,1968 e 2000, o time de Émerson Leão estréia às 21h45 desta quarta, no ParqueAntarctica, contrao Deportivo Táchira, terceiro colocadodo Venezuelano 2005. Se o Palmeiras vem embalado pela liderança invicta no Paulista, omesmo não sepode dizerdo rival,goleado por6 a2 pelo Carabobo, sexta, pelo Torneio Clausura. O vencedor vai para o Grupo 7, com Nacional (COL), Rosario Central (ARG) e Cerro Porteño (PAR). Estreante em Libertadores, o Goiás vinha poupando seus ti-

LIBERTADORES - JOGOS

Primeira fase – jogos de ida Amanhã, 24/1

Nacional (PAR) x Universitario (PER) Colo Colo (CHI) x Chivas (MEX) Quarta, 25/1

Palmeiras x Deportivo Táchira (VEN) Quinta, 26/1

Defensor Sporting (URU) x Independiente Santa Fé (COL)

tulares no Goiano. Ontem, o técnicoGeninhoescalouo time principal, que não passou de um 0 a 0 com o Mineiros. O timevisita o Deportivo, vicecampeão equatoriano, à 0h de quintaparasexta (horáriode Brasília. O vencedor vai para o Grupo 3, comNewell'sOld Boys (ARG), Unión Española (CHI) e The Strongest (BOL). Osdemaisbrasileiros jáestãonasegundafase, masSão Paulo e Paulista ficam de olho em possíveis adversários: o tricampeão da Libertadores pega o vencedor de Colo Colo x Chivas, e o campeão da Copa do Brasil vai enfrentar River Plate ou Oriente Petrolero.

Gols brasileiros na África

T em brasileiro bomde bola em todo omundo,até na Copa das Nações da África: Francileudo dos Santos, atacante do Sochaux (FRA), marcou três vezes pela Tunísia, e garantiua vitória, de virada, por 4 a 1, pelo Grupo C, que teve também a vitória de Guiné sobre a África do Sul, 2 a 0. Hoje começa o Grupo D, com Nigéria x Gana (13h15 de Brasília, transmissão da ESPN Brasil) e Zimbábue x Senegal. Das outras seleções africanas que vão à Copa, só Costa do Marfim venceu: 1 a 0 sobre o Marrocos, pelo Grupo A. No Grupo B, Togo perdeu por 2 a 0 para o Congo, e Angola levou 3 a 1 de Camarões.

Francileudo (11) comemora com Trabelsi um dos três que fez pela Tunísia contra Zâmbia
Ben Curtis/AP/AE
Max Rossi/Reuters

CPMI DAS PRIVATIZAÇÕES É UMA ARENA POLÍTICA, AFIRMA MALTA.

"(ACPMIdasPrivatizações)não vai investigar nada a fundo. Vai acabar saindo do foco assim como a CPI dos Bingos, que virou um ringue de luta da oposição. Vai servir para medir forças, interesses eleitorais, para criar um cabo de guerra."

Ousodo institutodas CPIscomo arenapolítica entre partidos, principalmente em anoeleitoral, éareceitaexata paraqueas investigaçõesacabem empizza,alertao senador Magno Malta (PL-ES) – parlamentar que presidiu em 1999 a CPI do Narcotráfico, considerada pela ONU como a mais importante do País. A afirmação ganha peso especialmente quando o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), abre uma nova CPI para investigar asprivatizações realizadasem 1990e 2002 durante a gestão FernandoHenrique Cardoso, numa claratentativadedividir aatençãodaopiniãopública entre as denúncias – já em curso, de corrupção envolvendo oPT eoutros partidosda basegovernista –com as suspeitas que pairam sobre o PSDB. Mesmo comas dificuldades enfrentadasem assumir a presidência da CPI do Narcotráfico, em seu primeiromandato, apartirdoesvaziamento dacomissãopelogoverno,Magno Maltanãoseintimidoue indiciou 824 pessoas, dando voz de prisão a 328 delas – casodo traficante FernandinhoBeira Mar edo exdeputado do Acre Hildebrando Pascoal. Ementrevistaexclusiva aoDiáriodoComércio, Malta criticaseus paresna conduçãodas comissões mistas do Mensalão e dos Correios e da CPI dos Bingos (daqual éo autor),conta detalhesdo boicotealinhavado contra a CPMI do Banestado e diz que o cidadãose sentedesanimadoquandoosdepoentes mentem na CPI e não são presos no ato. Mas, por outro lado, faz uma defesa intransigente do instituto das CPIs, as quais, segundo ele, "se conduzidas com seriedade", são "pedagógicas à sociedade".

Pesquisas de opinião indicam que o trabalho das CPIs está desacreditado. No entanto, o senhor se mantém como um ferrenho defensor. Por que? EuachoqueCPIéuminstrumentodosmaisvaliosos. Não pode acabar porqueestá à serviço da sociedade quando feito com eficácia. O problema éusaraCPI comouminstrumentopolitiqueiro. Aíum instrumentodesses sedesmoralizae asociedade tem razão de achar que acaba em pizza. O governo acabou de criar a CPMI das Privatizações...

EssaCPMIéumaarena.Vemnumanoeleitoral. Não vai investigar nada a fundo. Vai acabar saindo dofoco assimcomo aCPI dosBingos, quevirouumringuedelutadaoposição.Vaiservirpara medir forças,interesses eleitorais,para criarum cabo deguerra. Essenão éo momentode seinvestigarisso principalmentenoclimaem queo País jáestá. Vão quererficarinvestigandotudo. Muita coisa na CPI dos Bingos tá fora do foco porque estásendo usadacomo uminstrumento politiqueiro. Sou a favor da apuração das privatizaçõesmas depoisdo processoeleitoral. Nofundo pode ser que ainda haja um plano B para esvaziála. Vamos aguardar.

O senhor pensa o mesmo sobre as CPIs do Mensalão, Correios e Bingos?

Eu pensoque nós precisamos fortalecero instituto.ACPMIdosCorreiostemquecruzarinformações para darrespostasà sociedade.O povo cansoudetantas pessoasconvocadasparanada, de poucos parlamentares queestudam os docu-

mentos, chegam lá e dizem: a revista tal disse isso...Ocararesponde:nãofuieu.Sentaláefazprova de marcar X por dez horas. Foi o senhor que recebeu dinheiro?Sim, não.Na cadeiradaCPIo parlamentartemque trabalhardemaneiratala conduzir o sujeito àcontradição e apanhá-lo nos documentosda quebradesigilos.Ninguémvai para CPI assumir crime.

Alaor Filho/AE

Não há como negar que a CPI é um instrumento eminentemente político de exposição pública... Sim,atépelas regrasdecomposição da mesa quelevam em conta a representatividade dos partidos. O sujeitoque vaiser presidenteou relator é escolhidocom muito cuidado porque faz partedo grupo X ou Y. Mas aí a oposição leva tal pessoaparadeporemtalCPIporquelá tem maioria. Levantam qualquer assunto. E começa a CPI armada. Vão levaro irmão do Lula na CPI dosBingos,oministroPalocci eo presidente do Sebrae, o Paulo Okamotto. Oque eles têmpara contribuir com a jogatina? Qualquer depoente desses que não tem nada a ver comjogatina, nãovaiser responsabilizado por nadana Justiça porque esse não era o fato determinado da CPI.

pifiamente e a sociedade desacredita muito mais porque acabou literalmente em pizza, sem relatório.E setivesserelatório, qualseria?A CPMIdo Mensalãoconvocou quem?Quemdepôs naCPI dos Correios, que jáera detentora dos documentos,quejáhaviapedidoasquebrasdesigilo...Essa CPMI era para as pessoas ficarem no telefone e os parentes verem em ao vivo, pela TV.

O senhor é o autor do requerimento da CPI dos Bingos, mas também é um crítico dela...

Quando o Waldomiro Diniz (ex-assessorda CasaCivil)apareceu pegando propina eu entrei com a CPI dos Bingos

Em sua avaliação a CPMI do Mensalão teve erro de origem?

A CPMI do Mensalãosó podia terminar assim porque foicriada parafazer enfrentamentopolítico.Deveriaterdadorespostas contundentes, verdadeiras. Decidiram investigar também o governoFernando Henrique.Quando nãose usao fato determinado correto, dá no que dá, terminou

Todoesseprocesso dedenúnciascomeçou naCPIdos Bingos. Quandooassessordoentãoministro José Dirceu naCasa Civil, WaldomiroDiniz, apareceupegando propina eu entreicom aCPI dos Bingoseeles diziam que eunão conseguiria as assinaturas. Consegui. Aí começaram a fazer pressão para eunão protocolare tentaram me desqualificar. Protocolei. Tentaramme derrubar,aílevei parao SupremoTribunalFederal (STF). Alicomeçouaderrocada.Ogoverno trabalhoupara eunão serpresidente, a CPI caiu na mão do PFL, que usa a CPIpara fazer enfrentamento político. A CPI dos Bingos se tornou a CPI do fim do mundo.

Como assim CPI do fim do mundo?

OfórumdaCPI dosBingosédiscutirjogatina, não é para discutir Ribeirão Preto. Essas coisas todastem queser investigadase beminvestigadas sóque essenãoéo fórum.Qualéo fatodeterminado?Utilização decasasdebingo paraocultar bens, valores, prática da lavagem de dinheiro. Quemescreveu? Eu.De repenteficou umacoisa

O SENADOR DE MÚLTIPLAS FACES

O senador que conduziu com mão-de ferro a CPI doNarcotráfico émúsicoe umaautoridade na recuperação de dependentes químicos. Ex-viciado em drogas, Magno Malta desenvolveu um método paralivrar aspessoas dovício ehá17anoscriouo projeto Vem Viver. Hoje mantém três casasde recuperaçãoem Cachoeirode Itapemirim(ES), sob aforma de uma organização de sociedade civil de interesse público que nasceu em sua própria casa. O projeto já recuperou mais de oito mil dependentes e ostenta umadas menorestaxas de reincidência entre os internos (15%).

Antes de ingressar na carreira política (vereadorem 1993, deputadoestadual em1995, deputado federalem 1998 e senador em 2002) , de ser juradodemortedesde aatuação na CPI do Narcotráfico e se tornar o senador mais votado do EspíritoSanto com867.434 votos em 2002 – num universo de aproximadamente 1 milhão e 100mil votos válidos –Malta trabalhava como cantor de músicas evangélicas.

A venda porta-a-porta de seus discos era sua principal fontedesustento. Casado há 23 anos, pai de duas filhas, lançou no anopassado seu12º CD, Tempero do Mundo Canta o Amor, em que canta samba em parceria comBezerra daSilva, Zezédi Camargo,Netinho de Paula e Salgadinho. (TN)

frágil que desaba se for à Justiça. Tenho uma série de convocações de pessoas que mexem com jogo e que ainda não foram chamadas.

O que faltou para que as CPIs não acabassem desacreditadas?

Falta capacidade de inquirição e perspicácia de induziro indivíduo asecontradizer. Ocaravai deporcomhabeas-corpus preventivo,queéum direito dele. Agora, o que é que eu fazia na CPI do Narcotráfico? Eue MoroniTorgan (PFL-CE),relator, nuncatrabalhamos semo apoioda Polícia Federal e o Ministério Público (MP) sentado atrás de nós.Quando osujeito chegava com um habeas-corpus preventivo, não tinha problema. Eu oficiava o MP com base nas primeiras duas horas dedepoimentodele,jáo empurrava parauma contradiçãoepediaaoMPasuspensão.OMPsaía comopedidodiretoparaojuizeagentedeixavao sujeito esperando numa sala e colocava outro pra depor. Lembra que um vinha um, depois voltava outro depoente, seis, oitohoras depois? Quando ele voltava, a gente prendiaao vivo. Isso é pedagógico para a sociedade. Ainda que saia depois porque o crimede mentir na CPIé afiançável. E quandoo caranãovinha depor,agente pediaa prisão preventiva no MP.

Faltou vontade política para efetuar as prisões? Mentir para aCPI écrime.Asociedade não agüenta ver um cara como o Vladimir Poletto debochar, mentir.Dizer que bebeue nãose lembra. Ocaraestavacomhabeas-corpus,mas mentiu. Quando ocara nãovai presoo povofica emcasa desesperado e fala: vou acreditar em quê?

A CPI do Narcotráfico começou desacreditada mas terminou como uma das maiores e mais respeitadas deste País... ACPIquepresidimapeouocrimedoBrasil,revelouumestadobandidodentrodeumestadode direito e mostrou à sociedade que é possível fazer uma investigação séria. Durou quase três anos como apoiodasociedade,segmentos políticose religiosos. No relatório final, de 1.198 páginas, foramindiciadas824pessoaseempresasporenvolvimento com o crime organizado. Desse total 328 foram presas. Embora a CPI não tenha o rigor técnico deuma investigaçãopolicial, odocumento foi e ainda é o primeiro e único levantamento sistemáticodo narcotráficono País.Apartir dotrabalhodaCPI, ogovernofederal reconheceua existência de organizações criminosas no Brasil e até mandoupara o Congresso umprojeto tipificandoocrimeorganizado.Atéentão,sóadmitiaa existência de quadrilhas.

Depois dessa experiência, o senhor tem tido dificuldades para presidir uma nova comissão? Assim que cheguei no Senado fui para a CPMI do Banestado.Sem a autorização dessaCPMI eu fui aos EUA , encampei a defesa do delegado José FranciscoCastilhoqueinvestigavacomoMPalavagem de dinheiro brasileiro nos EUA. Aqui no Brasil, esse delegado era considerado desqualificado paracolaborar. Osdois promotoresdo MP de Nova York, JonathanMorgantall e o procurador-geral medisseram quese tivessemcinco ou dez delegados como o Castilho não haveria lavagemlá. Vejacomotinha umjogode interesses.A saber pelo final pífio dessa CPMI do Banestado. Na época da CPMI do Banestado havia no ar um sentimento de que essa seria ‘a CPI das CPIs’, muito mais vigorosa do que a do Narcotráfico... É.FoiapartirdotrabalhodoCastilhoedospromotores de Nova York que desaguou tudo. Jogadores de futebol, precatórios. Eu voltei com as informações eentreguei aoMP, ao presidenteda CPMIque era osenadorAntero Paes deBarros (PSDB-MT) eao relator, oMentor . Masa CPMI decidiusentaremcimado Malufporquetinha eleição em São Paulo. E eu pedi meu desligamentoporquetinhacerteza dequeelesencerrariam dizendoqueaculpa eradas sacoleirasdoParaguai. Foiexatamente noquedeu. Mesmoassim, pelaminhaexperiência,euacreditoqueaCPI,pelo poder que tem, de justiça e polícia, tem muito a acrescentar aoPaís. Oano políticotá aípro povo lembrar de quem realmentetrabalhou – não em quem apareceu na CPI como vitrine de mídia.

PETRÓLEO O preço do petróleo subiu US$ 2, após descobrir-se que o Kuweit tem metade da reserva relatada

TABELA DO IR: FOLGA DE ATÉ 16%

Apesar de o governo Lula acenar com uma correção de 7% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 2006, há folga de caixa para correção de até 16%, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Isso porque, segundo Gilberto Luiz do Amaral, presidente do instituto, os governos federal, estaduais e municipais subtraíram da sociedade brasileira um montante equivalente a quatro vezes o volume dos investimentos públicos realizados em 2005.

O estudo lembra que em 2004 o valor da carga tributária brasileira sobre o Produto Interno Bruto (PIB) foi de 36,8%, o que representou na época um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao

ODAVOS

presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vai participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, entre os dias 25 e 29. A autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi publicada no Diário Oficial da União. Já o chefe da Assessoria Especial de Lula, Marco Aurélio Garcia, acompanha a posse do presidente da Bolívia, Evo Morales.

DISPUTA

Alonga disputa societária entre a família Botelho e o grupo americano Alliant Energy pelo controle da Cataguazes-Leopoldina chegou ao fim. A empresa americana foi comprada pela Sociedade Brasileira de Organização e Participações (Sobrapar), que anunciou sua intenção de extinguir as ações judiciais envolvendo a Alliant . (Reuters)

Arquivo DC/23/02/2005

ARGENTINA País registra superávit primário de 19,52 bilhões de pesos em 2005 ou 3,7% do PIB.

PIB. Além disso, somando as arrecadações federal, estaduais e municipais –além das previdenciárias –verificou-se que o montante arrecadado em 2005 resultou em uma relação da carga tributária com o PIB próxima de 37,5%.

"No ano passado, o governo alegava que não poderia conceder correção de 10% na tabela do IR porque perderia R$ 2,5 bilhões em arrecadação. No

entanto, em vez de perder, o governo obteve um ganho real de quase R$ 2, 2 bilhões", afirma Amaral. Para o tributarista, novamente os números são uma falácia. O governo argumenta que a correção em 2006 está atrelada ao aumento do salário mínimo de R$ 300 para R$ 350, o que exigirá gasto extra, já que o valor previsto era de R$ 321.

Laura Ignacio

RODADA DE DOHA

Aretomada das negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) será tratada nesta semana, em Davos, em reuniões paralelas às do Fórum Econômico Mundial. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, desembarca na cidade suíça dia 26, empenhado em discutir como destravar as negociações. (AE)

PAÍS CRESCE NO COMÉRCIO MUNDIAL

OBrasil conquistou em 2005 maior participação no comércio global pelo terceiro ano consecutivo. De acordo com a Fundação Centro de Estudos em Comércio Exterior (Funcex), a participação do País subiu de 1,1% para 1,2%. Apesar de modesta, a diferença representa US$ 10 bilhões. O Brasil ganhou espaço porque suas vendas

Daspu vai brigar para manter nome

AEEmbraer acredita que sua nova estrutura de capital, com controle pulverizado na Bovespa, permitirá acesso ao mercado de capitais, ampliando a capacidade de financiamento para o desenvolvimento de novos produtos. O atual presidente Maurício Botelho deixará o cargo em 2007. (AE/Reuters)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Presidente uruguaio diz que o país continua fazendo parte do Mercosul Dados do PIB dos

Estados Unidos são destaque esta semana

Emissão de ações na Bovespa bateu recorde no ano passado

BIG MAC: BRASIL NO TOPO DOS EMERGENTES

externas cresceram mais do que o comércio no mundo. As exportações brasileiras avançaram 22%. Já as vendas internacionais cresceram ao redor de 13%, explica o economista da Funcex, Fernando Ribeiro, utilizando estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para 2006, contudo, a taxa de participação permanecerá estagnada, acredita ele. (AE) REESTRUTURAÇÃO

OÍndice Big Mac, que mede o custo médio em dólares do sanduíche em 30 países, mostra que o Brasil tem um dos preços mais elevados entre os mercados emergentes, refletindo a recente alta do real. Para os investidores, isso pode sinalizar que os ganhos potenciais

com os ativos brasileiros em reais são limitados. Segundo o índice, da revista The Economist, o Big Mac custava no Brasil US$ 2,74 em 16 de janeiro. Entre os emergentes, fica atrás da Turquia (US$ 3,07) e Chile (US$ 2,98). Entre todos os mercados, o Big Mac brasileiro é o 11º mais caro. (AE)

nquantoaDaslu silencia,a Daspu brilha. A atriz Luana Piovaniprestigia a grife das moças, que buscaram inspiração nasruas. Luanaescreveu em seu blog na internet que "é muito mais Daspu". Outra atriz que resolveu dar uma força foi Betty Lago, que participou de umdesfile da marca neste ano, no Rio de Janeiro. Daslu é uma referência ao nome das fundadoras (ambas Lúcia). A Daspu faz um trocadilho que remete à profissão mais antiga do mundo. A Daslu sentiu-se incomodada com a criação da Daspu, afirmando que a novidade depreciaria o nome da opção dos maisabastados. No dia28de novembro de 2005, os advogados da Daslu enviaram notificaçãoextrajudicial à Daspu, avisando sobre odesagrado com aescolha do nome,e pedindo que fosse mudado. A Daslu informaque porenquanto "não fará mais nada". "Não existem planosde tomar outras medidas", diza empresa, por meio da assessoria. Registro — Jáa Daspu vai além. Não quer mudar o nome e luta para registrara grife no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O advo-

gadoda ONG Davida,que apóiaa Daspu,MarceloTurra, afirma que os argumentos da defesa para a briga na Justiça já estão prontos. "Nãocreio realmente que a Daslu vá em frente com essas reclamações.Caso issoaconteça eexista umprocesso, temos como convencer o juiz",afirma Turra. Segundo ele, pelo fato de o público-alvo das marcas ser totalmentediferente,não hácomo oconsumidor confundir os nomes. Moda sensual— Os modelosdaDaspu(saias, blusase vestidos básicos para uso no dia-a-dia) propõemsensualidade sem vulgaridade. A pretensão deGabrielaLeite, representante daONG Davida, é resgatara elegância que marcava o estilo das prostitutas no passado. Por enquanto, as vendas dos modelos da grife Daspu são feitas apenas pelo site www.daspu.com.br

Neide Martingo

Grife quer resgatar elegância do passado
A atriz Betty Lago (de camiseta branca), que apóia a criação da grife, participou de desfile da Daspu no Rio
Cores fortes estão no figurino extravagante proposto pela marca ONG apóia iniciativa da grife
Daslu não gostou da semelhança
Fotos: Alexandre Campbell/Folha Imagem
Para Gilberto Amaral, números do governo estão distorcidos
Celso Júnior/AE-23/12/2005
Henrique Meirelles, do BC

REI DO SERTÃO

Eduardo Nicolau/AE

Cinturão de campeão mundial dos penas pela FIB (Federação Internacional de Boxe) nas mãos, um largo sorriso no rosto,Valdemir Pereira,o "Sertão", foi recebido calorosamente ontem no aeroporto de Cumbica pormaisde50pessoas, que faziam muito barulho com pandeiros e não cansavam de gritar "É campeão!". A enorme faixachamava aatençãonosaguãodoaeroporto:"O

Sertão virou mar, como o ditado diz, tornando-se número 1 para todos nós".

O quarto brasileiro campeão mundial deboxevenceu por pontoso tailandêsPhafrakorb Rakkietgym, na madrugada de sábado,emMashantucket (EUA)- decisãounânime dos jurados, que apontaram placar de 118 a 108. Antes de Sertão, o BrasilteveÉder Jofre (campeão dos galos, em 1960, e dos penas,em 1973), Miguel de Oliveira (médio-ligeiros, em 1975) e Acelino Freitas, o Popó (superpenas em 1999, leves em 2004).

Sertão,que soma23vitórias em 23 lutas como profissional, estava sem dormir desde a luta,eficousurpresocoma recepção. "Não esperava esse assédio", admitiu o campeão.

Acompanhado doempresário, Servílio de Oliveira, único medalhistaolímpicobrasileiro no boxe, e do técnicoIvan de Oliveira, Sertão só pensava em descansar com a mulher Sara, que não foi ao aeroporto porque ficou em casa preparando

o almoço. "Não vejo a hora de comer um macarrão com farinha", disse.

Nacomemoraçãopelo título, ele não pôde saborear o acarajé nem o arroz com feijão que adora - teve de se contentar com umrestaurantechinês,o únicoabertoporvoltadas2horas. "Comi uma carne doce, que não gostei, tinha gosto de

algodão doce", reclamou. Agora, Sertãonão vêa hora de reencontrar afamília em Cruz dasAlmas, interior da Bahia, com 56 mil habitantes. Umvereadorda cidadejá lhe prometeu passagem aérea e desfileemcarro aberto. "Assim quepuder, vouparalá", disse o lutador, que não visita há cidade há dois anos.

Valdemir Pereira, o Sertão, chegou ontem a São Paulo, depois de se sagrar campeão mundial dos penas diante do tailandês Phafrakorb Rakkietgym

Afestapelotítulo mundial promete sergrandenoABC, onde Sertão defende há nove anos oSão Caetano.Amanhã, o pugilista,que disputousem sucesso a Olimpíada de Sydney, em 2000, desfilará em carro aberto pelas ruas da cidade, e receberá o título de cidadão de São Caetano do Sul. À noite, a convitede NewtonCampos,

Vitória em família

N elsonPiquet, seu filho Nelsinho, Helio Castronevese ofrancês Christophe Bouchut venceramnosábado a histórica ediçãode 50 anos das MilMilhas.Como Aston Martinazul, completaramas 374 voltas da corrida em 10h36min38s659, com cinco voltas de vantagem para o quartetoformado por Tony Kanaan (campeão da IRL em 2004), Giuliano Losacco (bi da Stock Car), Raul Boesel e o portuguêsPedro Lamy,com um Mercedes. O Saleen de Antonio Hermann, Jean-Marc Gounon e Didier Theys completou o pódio. Foi a última disputa isolada das Mil Milhas, que a partir do ano que vem vão contar para o Mundial FIA GT, formadosomente porprovasde longa duração. Os pilotos lamentaramo calor intenso durante a prova - a chuva, tradicional coadjuvante das Mil Milhas, não deu as caras desta vez. A largada foi

debaixodo forte soldo meiodia."É asegundavez quevenço as MilMilhas,masagora nãodeu para pilotar mais do que 45minutos. Estouficando velho para esse negócio", brincou Nelson Piquet,quereclamou do calor"desumano" dentro do carro. O filho, contudo, foi só elogios ao pai. "Ele andou mais do que esperava, e andou bem como sempre." O pouco público presente no autódromo acompanhou uma

grande festa. Breno Fornari, o gaúchovencedorda primeira ediçãodas MilMilhas, em 1956, foi homenageado pelos organizadores com um troféu feito especialmente para ele. Suacarretera Ford 1940, o carro vencedor daquela prova, tambémpassou por Interlagos, mas apenas para ser vista. Na pista, deu lugar a supercarros como oAstonMartin dos Piquet, desde já os donosexclusivos do asfalto.

presidente da FederaçãoPaulistade Boxe, Sertãoserá homenageado na Forja dos Campeões (tradicional torneio de boxe para novatos), no ginásio do Baby Barioni, na Água Branca, em São Paulo. Noaeroporto, um dos mais ansiosos à espera de Sertão era o pugilista Washington Silva, amigo de infância e conterrâneo do campeão mundial. Foi ele quem acompanhou de perto o sofrimento do amigo e que avisou Creunice, mãe de Sertão,namanhã de domingo. "Ela riu, contouque sonhou com Sertão naquela noite já como campeão mundial". Washingtonconta que os dois começaram noboxepor acaso - a briga, em Cruz das Almas, era na rua. "Um dia que o Sertão lutou com um cara e despertou ointeresse deum professor, que levou a gente para lutar em Salvador. Ele sempre foi um cara determinado. Sabia que ele iria longe."

Zebra cipriota elimina Roddick na Austrália

A ndyRoddickdeu adeus ao Aberto da Austrália na madrugada de ontem, ao ser derrotado pelo cipriota Marcos Baghdatis (foto) por3 a 1 (6/4, 1/6, 6/3 e 6/4). Número 54 do mundo, Baghdatis enfrentanas quartas-de-finalo croata Ivan Ljubicic, que bateu o sueco Thomas Johansson por 3 a 0(7/5, 7/6 e 6/0)e já cumpre suamelhor campanha num Grand Slam. Roger Federer, número 1 do mundo, jogaria hoje cedo contra o alemão TommyHaas, porumlugar nas quartas-de-final.

Nelson Piquet, Nelsinho, Castroneves e o francês Bouchut levaram o Aston Martin à vitória nas Mil Milhas

bi nacional

Ourinhos sai na frente em luta pelo

O Ourinhos venceu oSão Caetano por71a52, ontem, em casa, na primeira partida da decisão do Nacional feminino de basquete. O time do interior,quebuscao bicampeonato eestá invictonotorneio, foi liderado pela alaMicaela,quemarcou16 pontos. Atual campeão paulista, o Ourinhos está invicto há 46 jogos e não perde desde janeiro do ano passado,quandofoiderrotado pelopróprioSão Caetano, na segunda partida das semifinais do Nacional.

Cimed vence e mantém ponta na Superliga

A vitória sobre o Ulbra/São Paulopor3 a0(25/23, 25/18 e25/19),noMorumbi, garantiu à Cimed (SC), do técnico Renan dalZotto, otítulo simbólico do primeiro turno daSuperligamasculina, com 10vitóriaseapenasumaderrota. Três times dividem o segundo lugar: Banespa, Bento Gonçalves e Minas. Entre as mulheres, o Osasco bateu o Macaé por 3 a 1 e decide com o primeiro lugar quarta-feira, no Rio, com o Rexona - os dois estão invictos, com sete vitórias.

Teddy Blackburn/Reuters
André Santos/Divulgação
José Patrício/AE

Botas e muito decote no Outono

Hoje é o último dia da São Paulo Fashion Week

Quando as pesadas cortinas escurasforam abertase osol entrou nasala(ce-

nário natural, o Parque Ibirapuera), um grupo discreto de senhoras ficou arrepiado. Tantaexpectativa tinhamotivo: elaseram bordadeiras,modelistase costureiras daRaiade Goeye,que começavaadesfilar no penúltimo dia da São Paulo FashionWeek. Entre elas, na platéia, as VJ's da MTV Didi Wagnere MarinaPerson. "Para mim o evento é um espetáculo,adoromoda" –assim Didi justificou a presença dela. "O movimento representa uma festa", declarou Marina. A atriz e modelo Angelita Feijó chamou a atenção dos fotógrafos e jornalistas: "Estou aqui porque adoro usar as roupas da Raia de Goeye". A visão

delasébem diferentede uma pessoa queestavaenvolvida na preparação do evento. A costureirae modelistaIrene Szabo trabalhou 11 horas por dia no último mês. As peças apresentadas seguem as mesmas cores mostradas pelas outras grifes: preto, marrom, cinza, bege, laranja, roxo, alguns tecidos florais. São vestidos com recortesousados nascostas, saiaslongas ecurtas rodadas, blazerse conjuntinhosde shortse casaquinhos domesmotecido. Algumas roupas ganharam pequenas pérolas e "pedrinhas" olhosde tigre.Na cabeça, boinas de tricô compridas, que chegavamao meio das costas. A novidade ficou por contada bota desalto alto (elanca) que vai até a altura da virilha (criação de Francesca Giobbi para a grife) – parecia

A estilista Raia de Goye abusou dos decotes e dos vestidos na sua coleção Lorenzo

que a modelo tinha vestido a meia por cima de um sapato. O efeito é marcante. No final da apresentação, IreneSzabo respirou aliviada e feliz. "Estou orgulhosa. Osentimentoé de missão cumprida", disse ela. O estilista paulistano Lorenzo Merlinoescolheu osproblemasdeSãoPaulocomoinspiração da coleção outono inverno. As filas,tão comunsna cidade, a poluição,o cinzado concreto estavam nas peças.A chuva nãofoideixadadefora:umvestido lembrava uma capa que

No sábado, o estilista André Lima apostou em vestidos longos, rodados e estampados

O desfile do estilista Lino Villaventura foi o mais aplaudido da noite. Ele ousou na mistura das cores, mas não deixou de trazer peças em branco e preto, bordados e fitinhas e traços aleatórios. Fause Haten beija os pés de Maria Rita após o desfile de sua coleção

protege o usuário dos pingos. Os traços retos e o cetim deram o estilo de Merlino, além das saias balonè usadas com botas.

O desfiledeSamuelCirnansckcomeçou comum quê de gótico– aténa maquiagem dasmodelos.A inspiração do estilista foi um baile de máscaras, onde havia uma assassina. Os vestidos curtos tinham cortes incertose pele(industrializada?) de animal – até nas cabeçasdasmeninas.O vestido de renda dava destaque para a lingerie,de tão decotado. As botas mais uma vez ganharam lugar dehonra, assimcomo as calçasde couro. A top carol Trentini fechou o desfile. Aesperada coleçãodeÉrika Ikezili trouxea simplicidade para o dia-a-dia. Ela usou como temaos problemasambientais – o cenário era um grande coração vermelho, simbolizando a preocupação social. Oscintos das modelos traziam escrito palavras como"vida" e "sabedoria". Acor predominantefoi opreto. Casacoscompridos, peças que marcam o corpo e conjuntos –saiaou calça com coletes e casacos jeans. O destaqueforamas peças derenda que cobriamo corpo.Por cima delas, um camisão florido. Oúltimodesfile danoitefoi feito pelo estilista Lino Villaventura -efechoucom chave de ouro.Logono início,o público aplaudiu.Luzesrevelavam as modelos, que estavam em cima de um tablado, em meioa geloseco.Uma auma, elas foram mostrando a obra de Villaventura.Os vestidos com brilhosforamcobertos por capas coloridas, feitas com bordadose fitinhaserevelavamo invernoquente imaginado peloestilista, quese inspirou nos traçosaleatórios do artistaplástico austríacoHundertwasser. As meias – vermelhas, brancas, pretas– combinavam com a sandália dourada, o mesmo tom do cabelo das meninas. Algumas peças deixavam àmostraascostase os ombros. Haviasaias rodadas, compridas. Villaventura brincou com as cores. O que tinha tudo para ser de mau gosto ficou parecendo uma obra de arte. Depoisfoi avezdositens com uma ou duas cores. O preto e o branco apareceram em desenhos retos.Aslistrasnão foram deixadasde fora.No final,Villaventura misturoutudo: cores, o preto, o branco e as listras em uma única peça. O único desfile masculino da noite, doestilista FauseHaten, teve uma convidada especial: a cantora Maria Rita. Haten não escondeu sua admiração pela cantora e beijou seus pés no final da apresentação. Neide Martingo

Merlino trouxe os problemas de São Paulo em suas peças
Eduardo Penna/AE

O atentado foi financiado por Teerã, planejado pela Síria e cometido por palestinos.

Do ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, sobre o atentado suicida em Tel-Aviv na quinta-feira. O atentado foi reivindicado pela Jihad Islâmica e deixou um morto e 19 feridos. A declaração acirrou ainda mais os ânimos dos governos iraniano e sírio.

T ECNOLOGIA

Adeus aos cartões magnéticos

Os bancos britânicos já começaram a investir num novo conceito de caixa eletrônico que, ao menos na teoria, representará o fim dos cartões magnéticos e das senhas. Usando tecnologias de identificação por rádiofreqüência e biometriaescaneamento das digitais, da íris, da palma da mão ou da faceos novos caixas eletrônicos devem entrar em funcionamento em cinco anos na Europa. O banco do futuro também terá menos filas e atendimento personalizado, garantem os entusiastas desse novo conceito. A identificação por rádio-

Quadro de Rembrandt redescoberto no ano passado vai a leilão na próxima quinta-feira na Sotheby´s de Nova York.

I NTERNET

Som digital é 6% do lucro de gravadoras

A venda mundial de arquivos de música pela internet ou por telefones celulares somou US$ 1.100 milhão no ano passado. O valor é quase o triplo do registrado em 2004, e já corresponde a 6% do faturamento das gravadoras.

Segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, nos países da União Européia, a cada dia mais pessoas optam por baixar música legalmente, o que ajuda a combater gradativamente a pirataria.

EM CARTAZ

freqüência se dá por meio de um cartão, mas que não precisa ser manuseado. Mantido na carteira ou no bolso, o cartão é reconhecido por sensores quando o cliente passa pela porta do banco. Os sensores ativam o sistema de computadores para que o atendimento seja personalizado. Quando o cliente chega ao caixa, seus detalhes já estão visíveis na tela e basta completar as operações. Para garantir a eficiência e a segurança do sistema, outras tecnologias ainda precisam ser acopladas ao banco do futuro.

C IÊNCIA

Celular não provoca tumor no cérebro

O uso de telefones celulares não aumenta o risco de tumores cerebrais, pelo menos a curto prazo, segundo um estudo das universidades de Leeds, Nottingham e Manchester, na Inglaterra. Os pesquisadores não encontraram relação entre tumores e o uso de celulares em pessoas que utilizam o aparelho com freqüência. O estudo avaliou apenas os efeitos a curto prazo, porque o uso de celulares só se popularizou há menos de 10 anos.

M EDICINA

Mulher recupera visão após ataque cardíaco

Joyce Urch, uma britânica de 74 anos, cega desde 1979 devido a um glaucoma, recuperou a visão após um ataque do coração. Joyce, que estava internada com uma infecção generalizada, sofreu um ataque cardíaco no hospital e suas probabilidades de sobreviver eram mínimas. No entanto, Joyce se recuperou e acordou um dia gritando: "Posso ver!" Os médicos desconhecem a causa da cura. A mulher, com três filhos homens e duas filhas, 14 netos e três bisnetos, emocionou-se quando conheceu sua neta mais nova.

O que o Brasil fará no espaço?

Astronauta embarca, em março, na nave russa Soyuz com experimentos nacionais

AAgência Espacial Brasileira (AEB) corre contrao tempo para preparar as experiênciasque serão levadas ao espaço pelo astronauta brasileiro Marcos César Pontes. O gerente da primeira missão brasileira à Estação Espacial Internacional,Raimundo Mussi,daAEB,afirmou queserão apenascerca dequatro mesesdesde aassinaturadocontrato coma agênciaespacial russa,Roscosmos, até o lançamento da nave russa Soyuz, previsto para 22 de março. Mussi contou que integrantes da Nasa, agência espacial norte-americana, chegaram a falar que ele esua equipe eram nuts (malucos, em inglês) aosaberemdotempo disponível parapreparar a viagem. "Passamos a ter quatro a cincomeses para preparar experimentos que normal-

mente demoram dois anos para serem preparados", disse. Para contornar a faltade tempo, Mussiexplicou queos experimentosforam selecionados entreprojetosque já tinham sido apresentados para participar de vôos suborbitais, para serem realizados em foguetes de sondagem que ficam apenas oito minutos, aproximadamente, no espaço. São foguetes do Programa Microgravidade da agência brasileira. SegundoMussi,foram escolhidasas pesquisasque mais sebeneficiarão com a disponibilidade maior de tempo na estação espacial. São sete experimentosde bioquímica,transferência decalor e reaçõesquímicas de moléculas, entre outros.

Tambémserãofeitosdoisexperimentos escolares: um sobrecrescimento vegetale outro sobre absorção de clorofila. O objetivo das experiências es-

colares, segundoMussi, éestimular o interesse dos estudantes pela pesquisa espacial. Na próxima semana,os materiaise equipamentos serão pesados.Casoo pesoexcedao limitede15 quilos,Mussinão descartaapossibilidade deo número deexperimentosser reduzido. "Talveza gente fale para ospesquisadores sevirarem para diminuir opesodo experimento", acrescentou. Marcos CésarPontes será responsável pelaexecução dos estudos."Vamos nospreparar porque para fazer experimentos em microgravidade seprecisa deuma técnica,e que não é fácil porque aqui você chega e mexe no seu experimento elánomáximovocê dáinstruções [aoastronauta]", explicou Mussi. O astronauta passará por umtreinamentode uma semana para sabercomo realizar cadaum dos experimentos. (ABr)

A água que bebemos – O sol e o calor deste fim de semana fizeram muitos paulistanos recorreram às margens da Represa Billings para se refrescar. O reservatório é responsável pelo abastecimento de água das residências de São Paulo.

P ALESTINA

Bom na academia, ruim no cotidiano

Mais da metade dos estudantes universitários norte-americanos em cursos de quatro anos de duração não conseguem resolver tarefas cotidianas como entender ofertas de operadoras de cartões de crédito e calcular gorjetas, apontou um estudo. Os estudantes não conseguem desenvolver habilidadeschave - não importando seu campo de estudo - como analisar matérias de jornais ou entender documentos. Pior: esses universitários tiveram desempenho muito melhor do que os adultos norteamericanos em geral.

Ônibus

argentino barrado no RS

A versão online do jornal argentino Clarín publicou no fim de semana o relato de um episódio em Alegrete (RS). Um ônibus com 54 turistas argentinos de Rosário e Santa Fé ficou detido das 18h de quinta-feira até as 9h de sextafeira porque estava com o pára-brisa rachado. Um segundo ônibus foi enviado para pegar os turistas, mas também estava com o párabrisas rachado. O terceiro ônibus chegou, em ordem, e conseguiu levar os argentinos. Os turistas ficaram indignados porque o primeiro veículo com pára-brisa quebrado passou sem problemas pela fronteira de Uruguaiana.

A RQUEOLOGIA Roma, antes de Remo e Rômulo

SAMBA

Dona Inah, vencedora do Prêmio Tim de Música Brasileira em 2005, inicia a série Samba na Cidade cantando Cartola, Ataulfo Alves e Noel Rosa e mais. Sesc Consolação. Rua Dr. Vila Nova, 245. Telefone: 3234-3000. Às 20h. Grátis.

G @DGETDUJOUR

Depois do iPod é a vez do iFish

Pegando sucesso no iPod, a japonesa Sega criou os brinquedos iDog e iFish. Não são leitores de MP3, mas ao serem conectados a aparelhos de som de todos os tipos, inclusive iPods, ambos movem os rabos ao ritmo da música. Custa US$ 64,90. http://toys.brando.com.hk

F AVORITOS

Doe sangue num clique

Iniciar o hábito de doar sangue pode ser mais fácil com a ajuda da internet. A Fundação Pró-Sangue mantém em seu site uma lista de endereços de postos de coleta, além de uma série de esclarecimentos para as pessoas que ainda têm dúvidas sobre a doação de sangue. A página também oferece a oportunidade de agendar a doação pela internet ou por telefone e de conferir o resultado dos exames de forma rápida, prática e segura. www.prosangue.com.br

Toque brasileiro nas eleições

As eleiçõeslegislativas palestinas da quarta-feira,as primeirasem10 anos,terãoum toquebrasileiro.O mineiro Paulo SérgioSiqueira, de49 anos,é oúnicoestrangeiro enviado pelaONU àComissão CentralEleitoral(CCE) em Ramallah,naCisjordânia, paraassegurarquetodos os eleitores palestinos façam valer seus votos.

Especialista em Tecnologia da Informação, Siqueira já atuou como consultor em diversas eleições pelo mundo,entreelasado Timor Leste, em 2003. Agora, vai coordenar a realização de um pleito numa das regiões mais conturbadas do planeta.Avotaçãocomeçou, na prática,no sábado,quando milhares de policiais foram àsurnaspara que,naquarta-feira, se concentrem na segurançado restodoeleitorado.

Obrasileiro chegouaRamallah em maio do ano passado coma incumbênciade criar o sistema de registro de eleitores e de candidatos da Autoridade Nacional

Palestina (ANP). Nãofoi uma tarefa fácil. São mais de 800 candidatose 1.273.794 eleitorescadastrados (85% dos adultos comdireitode voto)."Os palestinos têm boa formação técnica, mas faltaa elesexperiênciaem eleições", conta o Paulo Sérgio Siqueira. "A responsabilidade é grande".

SegundoSiqueira, qualquerproblema nosistema podefazer com que aprecisão do pleito seja contestada. O que tem tudo para ser uma festa democráticapodese transformar emconflito. "Aqui não se pode errar. Vale tudo", conta, acrescentando que,na Cisjordânia,asdisputassão resolvidas,muitas vezes, com ajuda de armas. Nosúltimos meses,abrigainterna pelo poderna AutoridadePalestina tem sido marcada pela violência. Uma onda de invasões de prédios públicos, seqüestrosde estrangeirose tiroteios têmvarrido osterritóriospalestinos, principalmentea Faixa de Gaza. Em Ramallah,o climaparecemenos tenso."Nãome

sinto ameaçado em Ramallah. Aquitem instabilidade política, mas não vejo a violência urbana diária de São Paulo ou do Rio", diz. Mas o brasileiro admite quejá passou porsituações desagradáveis. Uma vez, andandopela rua,presenciou um seqüestro.Em outromomento, viu homens armados atirando para o alto, no meio da rua, para lembrar a morte doex-presidente palestino Yasser Arafat. Isso sem contaro diaemquemilitantes mascarados invadiram um comitê eleitoral próximo e, com medo,a ComissãoCentral Eleitoral deu folga compulsória aos funcionários. Masnada dissofazcom que Siqueira desista de seu trabalho: "Adoro conhecer novas culturas e fazer amizadesem locais diferentes do mundo. Vou continuar minha missão por aqui", diz. Nas pesquisas de intenção de voto, o partido governista Fatah e o grupo islâmico Hamas. O partido do presidenteMahmoud Abbas tem 32% dos votos enquanto o Hamas tem 30%. (AE)

O mercado financeiro aguarda ansioso ata do Copom que será divulgada na quinta-feira.

Planalto infla investimentos, preocupado com as eleições de outubro. Dezoito produções de cinema são escolhidas para receber financiamento do BNDES.

Uma escavação sob o Fórum Romano revelou uma tumba de 3.000 anos, mais antiga que Roma. Os arqueólogos acreditam que o local é parte de um cemitério completo e estimam a data da tumba em 1.000 a.C, ou seja, 11 séculos antes da era cristã. A lenda diz que Roma foi fundada em 735 a.C. por Rômulo e Remo, filhos de Marte, o deus da guerra. Em 2005, foram encontradas evidências de um palácio real desta mesma época, o que deve levar os arqueólogos a rever os dados históricos sobre a atual capital italiana.

S AÚDE

Bactérias, cada vez mais resistentes

As bactérias encontradas no solo são resistentes à maior parte dos antibióticos, revela um estudo publicado na revista Science. Isso explicaria diversos tipos de pneumonia que afetam os seres humanos. Agora, os pesquisadores querem descobrir o mecanismo que permite às bactérias neutralizar os efeitos dos antibióticos, levando à criação de novas substâncias mais eficientes. A resistência das bactérias aos antibióticos é um problema médico crescente em hospitais e clínicas há cerca de 20 anos. Cerca de 75% dos antibióticos conhecidos são produzidos a partir de bactérias encontradas na terra. www.sciencemag.org

RTE
Lawrence Bodnard/Agência O Globo
Giulio Napolitano/AFP
Don Emmert/AFP

Indicadores Econômicos

NEGÓCIOS

A força das redes regionais de fast-food

QRedes apostam na pressa do consumidor. E ampliam negócios.

ual é a maior rede defast-food de Campinas? Errouquemrespondeu McDonalds, Bob's ou Habib's. Com 11 lojas na cidade,o GordãoLanches supera ospesospesados da área.A rede de lanchon etes nasceu há 25 anose cresceu impulsionada pelos novos hábitos dos consumidores, com tempo cada vez mais escasso para as refeições. Atentos ao fenômeno, outros comerciantes locais também se lançaram noramoe vêm expandindoseunegóciocom franquias.

A primeira lanchonete doGordão funcionavaem umantigo vagão detrem queoempresárioJoséRaffi adaptou como cozinha e instalou emumadas ave-

nidas maismovimentadas de Campinas. O lugar diferenciou-se dos demais por abrir de madrugada, o que otransformou emparada estratégica de jovens que saiam famintosdasbaladas. Detalhe: os clientes nem precisavam sair dos carros para comer, já que eram servidos no estacionamento.

“Q uando abrimos a segunda lojaé que instalamos mesas, cadeirase o delivery”, conta Carlos Bosco, diretor da rede. O G o rd ã o serve de2.8mil a 18 mil lanchespor mêsnas 21lojas que tem em 11 cidades. A rede, que faturou R$ 18 milhões em 2005 – um crescimentode 35%sobre2004 –,começa 2006 com mais quatro novas unidades. Há quem torçaonariz

para os lanches, mas também não pode esperar pelo prato àla carte.Deolho nesse consumidor nasceu há seis anosa Premiatto Express, comum mixde grelhados, massas, saladas, risotos e frutos do mar servidos em pratos individuais.“Aliamoso fast-food ao bom prato para atender quem dispõe de pouco tempopara comer”,diz Cláudio Fernandes, diretorda rede.Servindo em média 600 refeições diárias

em seis restaurantes,a rede pretende dobrar as lojas até o final deste ano. Com proposta semelhantetambémfoicriadana cidade, em 1997, a Montana Grill Express. Derivada das churrascarias-rodízio Montana Grill, dos sertanejos Chitãozinho & Xororó, a redealcançou emoitoanos amarca de41 unidadesem 23cidades e planejaabrir outras 15 em 2006. Cada loja atende cerca de 10 mil clientes e faturaem média

O Montana Grill Express está crescendo mais do que o formato original das churrascarias que impulsionaram a sua criação. A rede já atingiu a marca de 41 unidades em 23 cidades.

R$ 80 mil por mês. Inaugurado em 1889,o Éden Bar é o restaurante maisantigo deCampinas. Seuforte sempreforamos pratos à la carte. Há 10 anos, contudo, começou a oferecer osistema self-service e viu seu movimento dobrar. “A mudança atraiu um novo público, como profissionais liberais e bancários que trabalham nocentro”, revela o proprietário Daniel Santos. PauloCesarNascimento

do

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Fotos: Marcos Peron/Virtual Photo
O Gordão serve até 18 mil lanches por mês em 21 lojas que tem distribuídas em 11 cidades do Estado de São Paulo
O restaurante Éden Bar viu seu movimento dobrar com o self-service

Líderes iranianos e israelenses falam com repórteres sobre programa nuclear do Irã

Morales assume.

E Bolívia espera mudanças.

Osocialista Juan Evo

MoralesAima, de 46 anos –ex-líderesdos plantadores de coca bolivianos – tornou-se ontem o primeiroíndioem180anosdehistória da Bolívia a assumir a presidência. Maisde60%dos habitantes do paíssãode origem indígena e constituem a camada pobre da população.

Comlágrimasnos olhos, Moralesrecebeua faixa presidencial dopresidenteinterino EduardoRodríguez, para um mandato de cinco anos. Acerimônia teveapresença dedez chefes de Estado da América Latina, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chileno Ricardo Lagos eosubsecretáriodosEUApara Assuntos latino-Americanos, Thomas Shannon.Morales foi eleito presidenteemdezembro, com 53,7% dos votos. No discurso,Morales afirmou que seu governoconclui

O atual presidente da Bolívia, Evo Morales, e o vice, Ricardo Lagos, são ovacionados pela multidão que acompanhou sua posse. Cerimônia

500 anos de resistência para iniciarumaerade500anosdospovos indígenas no poder. Ele tambémfustigouomodeloeconômico de livre mercadoque começou a ser posto em prática no país em 1985. Prometeu rea-

lizar grandes transformações como a nacionalização do gás e petróleo e a convocação de uma Assembléia constituinte, prevista para julho."Na Bolívia, o modelo neoliberalnãocontinuará", enfatizou. (AE)

IRÃ ISOLADO

Em um sinal de isolamentocada vez maior diante de sua políticanuclear, oIrã começa asofrer um bloqueio de algumas das maiores instituiçõesfinanceiras domundo. Ontem,o banco suíço UBS anunciou que está cortando todas as relações com Teerã e não terá mais contas ou atividades financeirascomnenhumcliente queviva noIrã. OUBS planeja fazer o mesmo com a Síria no futuro próximo. Outro banco suíço, o Crédit Suisse, também está preocupado com a situação em Teerã.

O UBStenta negarque ainiciativa de cortarrelaçõespor um tempoindeterminado tenha relaçãopolítica eque o único motivo teria sido financeiro. Para o UBS, a insegurançapolítica doIrãtem umcerto impacto na decisão, mas o que teria sido a gota d'água seria o fato de que os custos de operação nãoestariam sendo compensados pelos lucros.Mas o tema está sendo visto na Europa comoum afastamento das instituiçõesfinanceirasdedois paísesà beiradeuma crisepolítica com o resto do mundo.

O anúncio ocorre doisdias depois dequeasautoridades no Irã,inclusiveopresidente do BancoCentral,Ebrahim Sheibani, declararamque po-

Portugal: Cavaco Silva é o novo presidente

Ele chega ao poder com a promessa de uma reforma trabalhista

derãoretirar osrecursosdo país depositados em locais que sãofavoráveisàadoção de sançõescontraTeerãno Conselho de Segurança da OrganizaçãodasNações Unidas (ONU). Governos como o dos Estados Unidos querem que a comunidade internacionaltome ações cada vez mais duras contra o Irã diante de sua insistênciaemdesenvolver um programa nuclear.

Segundo Serge Steiner, assessordo UBS, o banco já iniciou oencerramento decontas com clientes iranianos desde outubrodo anopassado."Isso vale para todas as filiais comerciais e para todos os escritórios regionais do UBS no mundo", disse. Nototalos iranianos teriam cercade900milhões de euros depositados na Suíça, grande parte deles no UBS e no Crédit Suisse. Os iranianos que vivem no exterior, porém, podem continuar a manter suas contas nos bancos suíços. Para oporta-voz doUBS, a decisão do banco também não está ligada a uma tentativa de manter boas relações com o governo dos Estados Unidos, onde o banco tem a maior parcela de suas atividades. "Não foi uma decisão política", afirmou Steiner, que voltou a insistir que simplesmente o mercado iraniano não era mais de inte-

resse. Quanto aos sírios, o banco já interrompeu parcialmente suas relações com cliente de Damasco, mas o UBS se recusouaexplicaroqueserá feito nos próximos meses. Ogoverno brasileiroteme que o programa nuclear do Irã seja submetido ao Conselho de Segurança (CS) da ONU sem o cuidadode destilar posições políticas controversasdopresidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad. Cauteloso ao tratar do tema, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que, neste momento, a suspeita de que o Irã tenha violado o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP)deve serexaminada exclusivamente no âmbito da Agência Internacionalde EnergiaAtômica (AIEA), órgão da ONU com sede em Viena. Israel– As autoridades do Irã, disseram ontem, que Israel cometerá um "erro fatal" se recorrer à ação militar para deter oprogramanuclear.Oanúncio ocorreuumdiaapósoministro daDefesa israelense, Shaul Mofaz, terdito que seupaís se prepara para frear as ambições nucleares de Teerã. Mofaz disseque Israel nãoaceitará, sob circunstância nenhuma,que o Irã desenvolva atividades nucleares. (AE)

AnibalCavaco Silva,de centro-direita, ganhou a eleição presidencial dePortugal,deontem,oquerepresenta uma derrota para os governistas socialistas. O exprimeiro ministro Cavaco Silva vinha na frente nas pesquisas de intenção de voto desde o inícioda campanha,prometendo trabalhara estagnada economia do país e o desemprego. Cavaco Silva, 66, teve 50,78% dosvotos.O esquerdista ManuelAlegreobteve20,7%eoexpresidenteMárioSoares,candidato doprimeiro-ministro José Sócrates, conseguiu 14,21%.

Em Portugal, opresidente tempoderes limitados,mas entre eles há vetos de leis, designar primeiros-ministros e dissolver o parlamento.

Nascido na região do Algarve, Cavaco foi primeiro-minis-

tro de Portugal entre 1985 e 1995, peloPartidoSocial-Democrata,de linhaconservadora, no qualingressou em 1974. Estudou Finanças em Lisboa e fez doutoradona Universidade deYork,naInglaterra. Ele disputou a presidência em 1996, mas foi derrotado por Jorge Sampaio,que cumpriu dois períodos de cinco anos no cargo, o máximo permitido pela Constituição. Depois de perderaeleição,retornouàfunção de professor de Economia. Nosseusdezanosna chefia dogoverno,Portugalingressou na União Européia e deu um saltoem seudesenvolvimento. Por serum dosmembros mais pobres do bloco,o país recebeu investimentos pesados em vários setores para que pudesse se aproximar donível dosparceiros europeus. (AE)

reuniu dez chefes de Estado da América Latina
David Mercado/Reuters
Miguel Vidal/Reuters
Cavaco Silva deposita seu voto em urna durante as eleições de ontem

Embora desde a Revolução Francesao grossodaviolência militante tenha se originado semprenas ideologiasmaterialistas eescolhido como vítima preferencial a população religiosa; embora a perseguição aos católicos, ortodoxos, protestantes e judeus tenha matado mais gente só no período de 1917 a 1990 do que todasas guerrasreligiosassomadas mataram ao longo da história universal; embora nas duasúltimasdécadasomorticíniode cristãos tenha voltado a ser rotina nos países comunistas eislâmicos,chegando afazer 150 mil vítimas por ano; embora todos essesfatos sejam de facílima comprovação e de domínio público (v. nota no fim deste artigo); e embora nas próprias nações democráticas o acúmulo delegislações restritivasexponhaosreligiososaoperigo constante das perseguições judiciais, -- a grande mídia e osistema de ensinona maior parte dos países insistem em continuarusandouma linguagem na qual religião é sinônimo de violência fanática e na qual a eliminação de todas as religiões é sugeridaao menosimplicitamente comoamais belaesperança depaz e liberdadepara a humanidade sofrida. A mentira gigantesca em que se sustenta essa campanha é tão patente, tão ostensiva,tão cínica, que combatê-la só no campo dasdiscussões públicas éo mesmo que querer parar um assassino, ladrãoouestuprador mediante a alegação polida de queseusatossão ilegais. Os mentores e autores da campanha anti-religiosa universal sabem perfeitamente que estão mentindo. Não precisam ser avisados disso. Precisam é ser detidos, desprovidos deseus meiosde agressão,reduzidosà impotênciaetornadosinofensivos como tigres empalhados. Apropagandainsistentecontra uma comunidadeexposta a risconãoésimplesexpressãode opiniões: éaçãocriminosa,é cumplicidade ostensivaou disfarçada com o genocídio. Aquelesque apraticamnãodevem ser apenascontestadoseducadamente,comosetudonãopassassedeum pacíficodebatede idéias: devemser responsabilizados judicialmente por crimes contra a humanidade. Ajurisprudênciaacumuladaemtorno das atrocidades nazistas, unâ-

A eliminação de todas as religiões é sugerida como a mais bela esperança de paz e liberdade para a humanidade sofrida"

nime em condenar a cumplicidade moral mesmoretroativa, fornece basemais quesuficiente para condenar, por exemplo, um RichardDawkinsquando saialardeandoqueojudaísmoe o cristianismo são "abuso de menores",comoseanoçãomesmadaproteçãoàinfâncianãotivessesido trazidaaomundo poressas religiões e como se elas nãofossem,hoje,oúltimo obstáculo à erotização total da infância e à subseqüente legalizaçãouniversal dapedofilia(já praticamente institucionalizadanoCanadá,umdos países mais ateus do universo). Quando o sr. Dawkins se diz avesso ao uso de meios violentos para extinguir as religiões, mas propõe os mesmos objetivos ateísticosquehá dois séculosbuscamrealizar-se precisamentepor essesmeios, elesabe perfeitamente que a ênfasedo seudiscurso,eportantoseuefeitosobreaplatéia,estánapromoção dos fins e não na seleção dos

A guerra contra as religiões

meios. Voltaire, quando bradava"esmagaia infame",negava estar incitando quem querque fosseà violência físicacontraa Igreja Católica.Mas, quandoos revolucionários de1789saíram incendiando conventos, destripando freiras e decapitando bispos, era esse grito que ecoava nos seus ouvidos e saía pelas suasbocas.Seareligiãoé,segundo o sr. Dawkins, "o maior de todososcrimes", amatançadetodososreligiosos terásempreo atenuantedagravidademenore o da sublime intenção libertadora.Quandonocomeçodoséculo XX EdouardDrumont escrevia "La France Juive", ele não tinha em mente nenhuma crueldade a ser praticada coletivamente contra os judeus. Mas é impossível ler hoje suas páginas sem sentir o cheirodas câmaras de gás. Umaúnica ebreve página vagamente anti-semita escrita porWinstonChurchillnajuventude precipitou-o numa tal crise de arrependimento, diante da ascensão donazismo,queisso decidiuorestantedasuavidade líder e combatente. Drumont, que morreuem 1917,não poderia ter adivinhadoo destino que os leitores dosseus livros dariam aosjudeus.Mas osr. Dawkins nãoprecisa adivinhar

Ludvik Glazer-Naude/Corbis

textodo perdão eda caridade, prostituindoo sentidodamensagem evangélica quemanda cadaumdenósperdoarasofensasfeitasaelepróprio, nunca pavonear-se de cristão mediante o expediente fácil de perdoar crimescometidos contraterceiros, quealiás nuncalhe deram procuração para isso. Não é um discípulo de Jesus aquele que, vendo seuirmão seresbofeteado, se apressa em cortejar o agressor oferecendo-lhe a outra face da vítima.

Fundamentalismo?

Omaisextraordinárioéqueas forçasanticristãs eantijudaicas, malescondendoseu apoioà ocupação islâmica do mundo ocidental, prevalecem-seda própria imagem sangrenta do radicalismo islâmico para projetá-lasobretodasas comunidades religiosas, sobretudo aquelas quesão vítimasusuaisda violência muçulmana, e transmitirao mundoanoção deque todas são,no fundo,terroristas. O manejoastuto dotermo "fundamentalismo"tem servidopara esseardil,quedesonraqualquerlínguaculta.Essetermodesignava originariamente certas seitas protestantes afeitas a uma

deu)tornou-se repentinamente obrigatório em toda a mídia chique, com uma uniformidade quecomprova, umavez mais,a presteza daclasse jornalística em colaborar com a reforma orwelliana do vocabulário.

Realizando um sonho de infância

Desde pequenos, os membros da futura Comissão de Desconstituição e Injustiça da Câmara Federal nutriam profundarevolta contraaspalmadas que levavam de seus progenitoresem represáliaaoexercício de direitoshumanos fundamentais,como ode tentarfurar os olhos de seus irmãozinhos, atear fogo à casa, esganar os periquitos davizinha, esticarum barbanteentreosdegrausdaescada só para ver a vovó rolando ou praticar qualquer outra daquelas truculências encantadoras queprenunciamuma brilhante maturidade de discípulos de Che Guevara.

Na adolescência, ainda parcialmente oprimidos sob a autoridade familiar, comoviam-se até àslágrimas coma perspectivadetornar-se, àimagemdo mestre,"eficientesefriasmáquinasdematar" esairmassacran-

mente associada aessa estratégia,a transferênciaprogressiva de todasas formasdecontrole social para ogrupo politicamente ativo é também um objetivo constante da subversão comunista.Todos osmeiossão usados para isso,sempresob pretextos edificantes que colocam o eventual adversário na posição incômoda de parecer umdefensor do mal.As mães que derem uma palmada no bumbumde seusfilhos,por exemplo, serão agoraencaminhadas compulsoriamente a um "programa comunitário de proteção à família". Quem pode ser contra a proteção à família?

Na URSS,osdissidentes eram encaminhados à"assistência psiquiátrica gratuita".Quem pode ser contra o tratamento gratuito dos doentes mentais?

Nos EUA, já se tornou impossível ignorar o vínculo de causa eefeitoentreasreformaseducacionais"progressistas" adotadasdesdeJohnDewey (18591952) eo crescimentoavassalador da delinqüência infanto-juvenil, um problema que o Estado já desistiu de eliminar,contentando-se agora em dedicarseao "gerenciamento dedanos", isto é, em adestrar a sociedadeparaqueaceiteoestadode

daseducativas nos bumbuns das crianças travessas. O tempo de tentar educar as safadinhas já passou:elas já estãotodas na Câmara Federal. Somadaàs demaismedidas concomitantes tomadas pelo Estado-babá para a proteção dosdelinqüentes eacriminalização de todas as formas tradicionaisdeautoridade,anovalei prometeterefeitos culturais que farão Antonio Gramsci e os fundadores da Escola de Frankfurt terorgasmos notúmulo. Deve ser - por fim! -- a liberação sexual dos mortos.

Fontes sobre a perseguição anti-religiosa

Livros:

● David Limbaugh, Persecution: How Liberals Are Waging War Against Christianity (Washington, Regnery, 2003).

● Roy Moore, So Help Me God: The Tem Commandments, Judicial Tyranny, and The Battle for Religions Freedom (Nashville, Tennessee, Broadman & Holman, 2005).

● Janet L. Folger, The Criminalization of Christianity (Systers, Oregon, Multnomah, 2005).

● Rabbi David G. Dalin, The Myth of Hitler's Pope (Washington DC, Regnery, 2005).

o futuro para calcular o efeito de suas palavras: ele conhece a históriadoséculoXX,elesabeaque resultados levamnão somente aspropostas explícitas como a deLênin, "varrerocristianismo da face da Terra", mas também o anticristianismomaissutil,mais sofisticadodeum Heidegger, que, pretendendoexpulsar Deusparafora da metafísica, convocou Adolf Hitlerpara dentroda História.O homem que, sabendo de tudoisso, se oferecepara gravarprogramas de TV que apresentam a religião comoaraizdetodosos males, comoseosmaisamplosmorticínios da História não fossem malesdemaneira alguma,essehomem é simplesmente um apologista do genocídio, um criminoso vulgar como qualquer neonazista de arrabalde.

O sr. Dawkins já ultrapassou aquele limite datruculência mentale dodesprezo àverdade, para alémdoqual toda a discussão de idéias se torna inútil.Nãose trata deprovar nada para o sr. Dawkins. Tratase de provar seu crime perante os tribunais.O delee ode inumeráveisorganizações militantes, subsidiadas por fundações bilionárias, dedicadas a fomentar portodos osmeios o ódio às religiões.

Todas as organizações religiosas que nãose mobilizarem para a defesa comum não só no campomidiático, mas no judicial,devem serconsideradas traidoras, colaboracionistas e vendidas aoinimigo. Enão espanta que usempara legitimar sua covardia abominável o pre-

leituraliteralda Bíbliaou,mais genericamente, qualquer comunidadereligiosa decididaaconservar o apegoàs suas tradições (um direito quehoje se reserva para muçulmanos, índios, africanose seus descendentes, negando-oa todoorestante daespéciehumana). Aotransferir o usodesse qualificativopara os terroristasislâmicos,a grande mídiae osintelectuais ativistas quea freqüentamcometeram uma impropriedade proposital. De um lado, esse uso camuflava o fato de queesses radicais não eram de maneira alguma tradicionalistas: eram revolucionários profundamente influenciadospelas ideologiasdemassa ocidentais - comunismo e nazifascismo --, bem como pelo pensamento "vanguardista" de Heidegger, Foucault, Derrida e tutti quanti.De outrolado,e porisso mesmo,otermoassimempregado ia-seimantandode conotações repugnantes, preparando seu uso futuro como arma de guerrapsicológicacontra as mesmas comunidades religiosas que oradicalismo islâmico tomavae toma comosuasvítimas preferenciais: os cristãos e osjudeus.Numa terceirafase,o qualificativo passou a ser usado ostensivamentecontra essascomunidades, ao mesmotempo emquese espalhavapelomundoa campanha de difamação anti-religiosada qual o sr.RichardDawkinséagorao mais espalhafatoso garoto-propaganda.DuranteainvasãodoIraque,rotularcomo"fundamentalistas" o presidente Bush (cristão) e osecretário Rumsfeld (ju-

do padres, burgueses,pais, mãesedemaisautoridades,"pero sín perder la ternura jamás". O sonho kitsch do morticínio meigoencantousuajuventudee tornou-se o ideal orientador de sua formação moral. Infelizmente, durante todoesse longo período, nada puderam fazer de substantivocontra aautoridade opressora, da qual dependiam para seusustento, vestuário, educação,lazer eoutrasmaldades a que se submetiam com paciência de verdadeiros mártires dosocialismo.Emsegredo,juravam que um dia iam acabar com toda aquela injustiça capitalista. Agora, crescidinhos, tiveram finalmente umaoportunidade da vingança redentora contra papai & mamãe. Ainda não puderammandá-losparaacadeia, mas já quebraram a espinha dorsal da suaautoridade. Aprovaram, em caráter conclusivo, o Projeto deLei 2654/03, que proíbe qualquer forma de castigo físico em crianças e adolescentes.Oprojeto seráencaminhado ao Senado, sem precisar servotado peloPlenário da Câmara.

Oincentivodiretoeindiretoà delinqüência infanto-juvenil tem sido,háquase um século, umdos instrumentos fundamentais usados pelos ativistas deesquerdapara minar aordem social capitalista, gerando dentro dela um caos infernal paraemseguidapoderacusá-la deserprecisamente issoepropor a salvação geral mediante o acréscimo decontroles estatais eburocráticos, exercidos,éclaro,por eles mesmos. Intima-

coisascomo fatalidadeinevitável. (Sugiro, quantoa esse ponto,aleituradeJoelTurtel,Public Schools, Public Menace: How Public Schoolslie toParents and Betray our Children, Charlotte T. Iserbyt, The Deliberate Dumbing Down of America, BeritKjos, BraveNewSchools: Guiding Your Child Through theDangers ofthe Changing School System,Brenda Scott, Children NoMore:HowWe Lost a Generation, Bob Whitaker, WhyJohnny Can'tThink e John Taylor Gatto, Dumbing Us Down: The Hidden Curriculum ofCompulsory Schooling. Todos esseslivrospodem ser encontrados pelosite www.bookfinder.com.) Simultaneamente,a intelectualidade ativistatiraproveito da situação que ela própria criou, imputando a violênciaadolescente, por exemplo, àsfábricas dearmas, que jáexistiamnotempoem que as crianças se contentavam com traquinagensdomésticas inofensivas.

A relatora do projetonaComissão, Sandra Rosado (PSBRN), justificou a nova lei afirmandoque"educarpelaviolênciaé umaabominação, incompatívelcom oatual estágiode evolução dasociedade". Decerto: quando um país, governado pelos gangsteresdo Mensalão intimamente associados aos narcotraficantes das Farc, chega aos 50mil homicídiospor anoeaindase preocupamais em amarrar asmãosdospoliciais do que em deter os criminosos, isso é um estágio de evolução incompatível com palma-

Internet:

● http://www.christianper secution.info/

● http://zbh.com/links/ martyred.htm

● http://www.freedomhouse. org/religion/

● http://www.christian monitor.org/

● http://www.worship.com /help/

● http://www.wayoflife. org/fbns/ state.htm

● http://www.thegreat separation. com/newsfront/ christian_persecution/

● http://www.persecution.com/

● http://www.jews4fairness.org/ index.php

● http://www.wnd.com (site de notícias em geral, acompanha regularmente as notícias de perseguição religiosa no mundo).

Todas as organizações religiosas que não se mobilizarem para a defesa comum devem ser consideradas traidoras".
● David B. Barrett & Todd Johnson, World Christian Trends, Ad 30-Ad 2200: Interpreting the Annual Christian Megacensus. William Carey Library, Send the Light Inc, 2003.
● E. Michael Jones, Libido Dominandi: Sexual Liberation and Political Control (South Bend, Indiana, St. Augustine's Press, 2000).

Em três dias, e nas primeiras duas escalas da campanha De Olho no Imposto pelo interior de São Paulo, maisde5.500assinaturaspassaramaexigir transparêncianosimpostos.Você pode vestir esta camisa também baixando para assinar a cédula disponível no site deolhonoimposto.org.br. Economia/2

FASHION WEEK

As criações de Samuel Cirnansck marcaram pelo conceitual, ao fluírem com um mágico toque gótico (foto). E o estilista Lino Villaventura fechou a noite com brilhos, capas coloridas e bordados. A Fashion Week, que termina hoje, em Economia/4

E o mundo virou Sertão

Um adversário impronunciável, o tailandês Rakkietgym, e a comida lembrava algodão doce. Mas Sertão trouxe o cinturão mundial dos penas (foto). E foi para casa comer macarrão com farinha. DCEsporte/4

Mauricio Lima/AFPEduardo Nicolau/AE

SEU $ITE DÁ LUCRO?

Veja como a usabilidade –uma metodologia de avaliação de produtos e serviços– avança no mundo virtual e ajuda os empresários a ganhar dinheiro e fazer sucesso na internet

Guardebem esta palavra –usabilidade.Ela prometeser aregrade ouro na nova fase da internetcomercial, queprioriza afacilidade de usodos sites institucionais, de varejo online e deprestação deserviços, públicos ouprivados. Se,até bem pouco tempo, a preocupação era convencero cliente a confiar na web, agora que ele já está conquistado é preciso facilitar ao máximo anavegação, para que o internauta não abandone o barco e vá surfar nas ondas do site da concorrência.

Ausabilidade tambémvem sendo avaliada fora do mundo virtual. Embora o termo tenha surgido primeiramente na indústria desoftware, hojeele é usado em várias áreas para testar sistemas de informática, sites eintranets etambém celulares, games, caixas eletrônicos de bancos e eletrodomésticos em geral.

Até uma geladeira,que parece não exigir mais do usuário do que o movimento de abrir e fechar a porta, passa por testes de usabilidade. Especialistas acompanham adona-de-casa ao supermercado, vêem o que ela compraedepoisobservam como ela guarda os produtos na geladeira. Éatravés dessaobservação que os engenheiros e designers criam novos espaços paraacomodar produtos,mudamotamanhoealturadasprateleirasedesenvolvemcompartimentos com temperaturas diferenciadas, por exemplo.

Definição – A usabilidade já tem até ISO (International Stardard Organization), a de número 9241-11,de1998. Segundo essa norma, "usabilidadeéaeficiência,eficáciaesatisfação que um grupo específico de usuários pode atingir durante a realização de um grupo específicode tarefas numdeterminado ambiente".

ParaaNasa, aagênciaespa-

COMO FAZER SUCESSO NA WEB

Veja as dicas dos especialistas em usabilidade para criar um site atraente e fácil de navegar para o seu público-alvo

1) ESQUEÇA O SOBRINHO –Por maisboa vontadee conhecimento técnico eminformática que um parente possua, o sitedeumaempresaéavitrineda marca para seu público. Contrate umprofissional gabaritado e esteja aberto às novas idéias que ele apresentar.

2) SEJA ALTRUÍSTA– Por mais quevocêgostederecursos como música ou animações, abramão delesem nome da usabilidade. O site não é para você,e sim para aspessoas que vão navegar nele. Um cursor queespalha coraçõesao se movimentar na tela vai agradar ao públicoadolescente, mas se o objetivo é vender móveisoufiltros deágua,por exemplo, esqueça.

3) "NÃOMEFAÇAPENSAR" – Otítulodolivrodonorte-americano SteveKrug (Editora QI,R$29),que define os princípios básicos dausabilidade,é aregra deouro paraos sites de varejo online e de serviços (públicos ou privados). O internauta precisa obter a informaçãoqueprecisade imediato, semficarperdido em menus complicados.

4) QUANTO MAIS, ME-

cial norte-americana,"a usabilidade refere-se à capacidade de se usar um produto de maneirafácil, efetivaeeficiente para realizar umatarefa. Se o produtoé cheiodeatributos, mas os usuários não conseguem descobrir como usá-lo oulevam um tempo enorme para realizar o trabalho, então esse produto não é usável". Overdose de TI – Os modernos celulares, cada vez mais cheios de funções além da comunicação oral, estão se tornandoexemplosclássicos de falta deusabilidade, observaa professora de Tecnologia Amyris Fernandes, mestra pelo RochesterInstitute ofTechnology de Nova York, EUA. "As pessoasestão soba pressão de um excesso de tecnologiaparaaprender",dizAmyris. "Há uma cobrança para que se saibaoperaraparelhoscomplexos, criados por engenheiros que acreditam estar certo tudo que fazem, sem pensarqueos usuários desses objetos não

LHOR – Nos sites de comércioonline, alocalização dos produtos deve ser a mais rápida e fácil possível, para que o usuário não desista e vá buscar no site concorrente. Se um produtoseencaixa emmais de uma categoria –uma câmera IP, por exemplo, pode estar em "informática"ou em"segurança"– coloque links para ele em todas.

5)VIRTUAL IGUALAO REAL – Cuide para que seu comércio virtualproporcione ao cyberclientea mesmasensação que ele tem ao comprar na

loja domundo real.Pense nas páginas de produtos como prateleiras e mostruários, dêlhe a oportunidade de arquivar ositens de quegostou numa "listade desejos"e ofereça opções de pagamento. 6) "NÃO MEXA NO MEU QUEIJO" – As pessoas criam hábitos com muita rapidez. Se você pretende fazer mudanças emumsitequejáestáháalgum tempo noar, avalie–do ponto de vista do usuário– o impacto das alterações na navegação. Fonte: Amyris Fernandez e Mercedes Sanchez

têm oconhecimento dequem os criou", avalia a professora. O problemase agravana internet, onde,segundo Amyris, a preocupação maior é saber se o site da empresa ficou "bonito" ou seagradouao dono. "Essa visão 'umbigocêntrica' precisa acabar.Oimportante antesde construir um site é saber quem éopúblico-alvoecomoelepensa,qualavisão queeletemdo desejo que quer realizar, seja de consumo ou serviços".

Lindo, mas…– Sevocê está pensando que o seu site é o único comproblemas, console-se.

O famoso Metropolitan Museum de Nova York tem um site lindo, mas que causa arrepios na professora Amyris só depensar emacessá-lo. "Os menus são inconsistentes, a navegação é difícil, os links te levam para lugares que você nãoquer acessare não há recursos para voltar", analisa. Para auxiliar os empreende-

dores que desejam criar ou reformular um site seguindo essespreceitos, Amyriscriou a Usability Expert (www.usabili tyexpert.com.br), empresa de Engenharia de Usabilidade voltada para pesquisa de comportamento eexperiência dousuário em todo tipo de interfaces. A carado usuário– Captar a visão do usuário emostraràs empresas como ele reage ao navegar nossites, inclusivecom comentários ereações faciais,é a metodologia dostestes aplicados pela consultora de usabilidade Mercedes Sanchez. Durante cinco anos, Mercedes desenvolveu projetos de internet para empresas, órgãos de governoe agênciasprodutoras de sites. Ao perceber a importância da usabilidade, não teve dúvidas: foi para os EUA fazer umcursocomamaiorautoridade no assunto–Jakob Nielsen, da Nielsen NetRatings. Hoje, a carteira de clientes da WUB (www.wub.com.br), a consultoria de Sanchez, abriga multinacionais, empresas de e-commerce e serviços, financeirase até grandescompanhias da Alemanha e EUA. "As pessoastendema confundir testes de usabilidade com pesquisasde mercado,caras e extensas. Mas não é nada disso. Um teste com cinco usuários detecta85% dosproblemas de um site", afirma Mercedes.

Fotos: Paulo Pampolin/Hype
A professora Amyris Fernandes, especialista em usabilidade de sites, reage a algumas páginas visitadas

O Mercado Municipal (foto) comemorará, junto com São Paulo, 73 anos de existência. Aqueles que quiserem aprender os segredos do sanduíche de mortadela e do pastel de bacalhau poderão participar das aulas gratuitas de culinária que serão oferecidas pelo mercadão até o dia 29.

Temporal deixa capital em estado de atenção

Uma forte chuva caiu ontem na capital paulista e deixou a cidade em estado de atenção. A chuva chegou forte em vários pontos da capital. No bairro da Bela Vista, na região central, a enxurrada levou o lixo para o meio da rua. Motoristas tiveram de se arriscar para atravessar um ponto de alagamento. O temporal foi provocado por áreas de instabilidade e pelo calor dos últimos dias. Hoje, a previsão é de tempo abafado e com pancadas de chuva. (Agências)

pastel, música e corrida

Amanhã, no aniversário da capital paulista, a Prefeitura promoverá uma série de eventos por toda a cidade, para todos os gostos e todas as idades

Nem nodia emque completa 452 anos a cidadedo correcorre descansa. E hajafôlegopara aprogramação variada queSãoPaulo irá oferecer amanhã. Espetáculos, festas, cursos,corridas, caminhadaseopçõesdepasseiosno Centro. A diversidade também está presente nos eventos, queagradam tantoaidosos, quanto agaysouesportistas, por exemplo.

Festas - O Teatro Municipal, noCentrodacidade,exibeespetáculos dedança emúsica gratuitos àpopulação durantetrês dias. Amanhã,às21h,asatrações serãoa OrquestraSinfônicaMunicipal,opianistaAmaral Vieira e o Balé da Cidade de São Paulo. Nosdias 28 e 29,às 17h, haverá apresentação conjunta do Coral Paulistano e do QuartetodeCordasdaCidadedeSão Paulo. Noúltimodia, às11h,o Teatro recebe a Orquestra Experimental de Repertório.Para participardoseventos,épreciso retiraringressosnabilheteriado teatro na véspera de cada apresentação.

No Boulevard São João, a SubprefeituradaSé,juntocoma Coordenadoriade Assuntosda DiversidadeSexualdaPrefeitura, promoverá uma festa gay gratuita, das 14h às 22h. O evento inclui shows comdragqueens, cantores, exposição de arte, decoração e livros. Esportes- Osfestejos também contemplam idosos e amantes do esporte. Amanhã, às 8h, será dada a largada da IX Corrida TroféuCidade deSão Paulo, no portão 10 do Parque do Ibirapuera, onde são aguar-

dados10 milpessoas. Acorridae acaminhada terãopercursosde10quilômetrosede5quilômetros,respectivamente,eos participantesreceberão camisetas com chips antes da prova. Os vencedores receberão medalhas e uma premiação em dinheiro, além detroféus. Deficientesfísicosevisuaistambém poderão participar. Para a terceira idade, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS)prepara umsarau, aulasde ginástica,yoga,dança japonesa e ginástica hoje, a partir das 9h, na Loja Social (rua Líbero Badaró, 569 - Centro).

Cursos - Amanhã também é aniversário do Mercadão, que completa73 anos.A dataserá comemorada com cursos de culináriae artesanatoaté odia

29. Os restaurantes do local estãoabertos atéàs 21hdurante as comemorações. Mais informaçõesnostelefones(11)66365955 / 6950-1134

Durante esta semana, o Mercadão também será opontode saída para doispasseiosque acontecem nestasemana. De terça a domingo, das 10h às 14h, paulistanos e turistas vão poder percorrer aregião da Luz àpé e conhecera história do próprio Mercado Municipal, daVila Inglesa,estaçãodaLuz,Parqueda Luz,Pinacoteca doEstado,Arcos do Presídio, Chaminé (1ª usinaelétrica deSP),Batalhão Tobias de Águiar, Museu de ArteSacra,MuseudoPresépioNapolitano, Igreja do Frei Galvão e Igrejade SantoExpedito.Outro intinerárioseráfeito das13h30 às 17h30.

O QUE ABRE E O QUE FECHA

N o feriado do aniversário da cidade de São Paulo, na quartafeira, alguns serviços municipais não funcionarão, entre eles os mercados da Lapa, Pinheiros e São Miguel. Os demais mercados municipais (Sapopemba, Penha, Guaianases, Tucuruvi, Ipiranga, Santo Amaro, Central Leste e Vila Formosa) abrirão das 8h às 13h; o Paulistano (Central), das 7h às 16h, o Kinjo Yamato (rua da Cantareira) da meia-noite às 15h, e o de Pirituba das 8h às 14h. As

feiras-livres funcionarão normalmente.

Os CEUs (Centro de Educação Unificado) estarão abertos para as atividades de esporte e lazer e para as comemorações do aniversário da cidade. Nas subprefeituras não haverá expediente nas praças de atendimento.

Os hospitais e prontossocorros municipais funcionarão em regime de plantão e as Unidades Básicas de Saúde não abrirão. Todos os parques municipais estarão abertos.

Reunião Plenária

(informações, debates e busca de soluções)

Tema

“De Olho no Imposto” Avanço da mobilização

Dia: 30 de janeiro de 2006, segunda-feira

Horário: às 17 horas

Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

TUCANOS INTENSIFICAM OS ATAQUES A LULA

FHC: PSDB NÃO PODE DEPENDER DO PT.

OPSDB não poderá esperar uma definição se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrerá ou não às eleições em outubro para definir seu próprio candidato. A avaliação é do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que garante que o processo no seu partido será "independente" da definição de Lula. "Não podemos misturar as coisas e nem depender do que Lula fará", afirmou.

Fernando Henrique, que está em Genebra para reuniões na Organização das Nações Unidas (ONU), continua se recusando a dizer se prefere o prefeito José Serra ou o governador Geraldo Alckmin como candidato à presidência pelo PSDB.

AE/Arquivo/26-07-2005

"Ambos tem chances de ganhar", disse. Para o expresidente, a questão que estará colocada na eleição será a "falta de competência e eficiência da atual administração para governar, além da questão da corrupção". Perguntado se

Lula teria chances de ganhar as eleições, Fernando Henrique apenas afirmou: eu duvido.

Apesar de declarar que o PSDB não pode esperar uma definição do PT, Fernando Henrique acha que seu partido também não pode se precipitar na escolha de quem irá concorrer. "Não adianta sair à rua agora", disse, garantindo que o PSDB estará unido. "Não vejo disposição de nenhum dos possíveis candidatos em criar problemas", afirmou. (AE)

RIGOTTO, O FAVORITO DA CÚPULA DO PMDB.

Acúpula governista do PMDB desistiu de combater a realização de eleições prévias para a escolha docandidatodopartidoapresidenteedeveaderiràcandidatura do governador do Rio Grandedo Sul, Germano Rigotto (PMDB). Inicialmente, o partidoteriatrês opções: lançarum candidato dos quadros"tradicionais", aceitar a candidatura do ex-governador do Rio Anthony Garotinho ou dar apoio, formal ouinformalmente, àreeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundoum importantedirigente peemedebista,o presidente doCongresso,senador Renan Calheiros (AL), e o senador José Sarney (AP) decidiramunir-se aalaque fazoposição ao governo contra a candidatura de Garotinho. Diante

deste acerto, a reunião da executiva nacional,convocada parahoje,às11h emBrasília, para tratar das prévias, deverá ser pacífica.

Depois de uma conversa reservada com Sarney na residência oficial da presidência do Senado, hoje cedo,Renan mudou odiscurso. "Brigar para adiaras prévias seriaum tirono pé", declarou. Inicialmente marcada para 5 de março, a consulta interna deveráser remarcadaparao dia19, apenasparadescolarasprévias da semana do carnaval. Resistência – O ex-governador do Rio também enfrenta re-

Rigotto, governador do RS.

JUSTIÇA PROÍBE MALUF DE VIAJAR PARA A FRANÇA

Osplanosdo ex-prefeito Paulo Maluf e sua mulher, Sylvia, de viajar à França não deramcerto.O desembargador Higino Cinacchi Júnior, do TribunalRegional Federal(TRF), cassou liminarmente oato da juíza Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Federal – que na semana passada havia autorizado a viagem do casal.

O pedido foi feito pelo procurador da República Rodrigo de Grandis.Ele sustentouque "é temeráriopermitir queMalufviajeparaumPaísondetem dinheirobloqueado".Pormeio de mandado desegurança ao TRF, o procurador alertou para

ofatodeque osativosdoexprefeito foram depositados clandestinamenteem Paris."É lavagem dedinheiro",destacou Rodrigo de Grandis. Maluf pretendia viajar nesta quarta-feira. Tinha planosde ficar 10 dias na França.Ele é acusado pelo Ministério Público de ter remetido US$ 446 milhões para a Suíça. (AE)

sistências dos nove governadores do partido e sabe que terá de enfrentá-los na disputa pelos votos dos 18mileleitoresque podem participar das prévias. Este colégio eleitoral é formado pelos delegados das convenções nacionale regionais, e todosos filiados que exercem mandatos, devereador a governador. Em entrevista para uma rádio gaúcha, Garotinho disse que os defensores de uma aliança comLula serãoderrotados."Estou convencidoqueapréviaseráaprovada. Os governistas serão derrotados na reunião da Exe-

cutiva Nacional.Não háclima dentro do PMDB para um adesivo do partido nem ao PT e nem do PSDB", afirmou. Mobilização – O outro candidato inscritoparaaspréviasé ogovernadordoRio GrandedoSul,Germano Rigotto.Paraele,a melhorforma de o partido quebrar a polarização entre PT e PSDB na corrida presidencial é mobilizar os peemedebistas para uma candidatura própria. "Além da marcação da prévia, precisamos lutar pela candidatura própria."

Na reunião de hoje, também será discutida uma proposta para prorrogar o prazo de inscriçãodoscandidatos(10defevereiro), o quebeneficiaria o surgimento de um terceiro nome, também para disputar com Garotinho. (Agências)

Sylvia Maluf, ao lado do marido, o ex-prefeito Paulo Maluf. Casal planejava passar 10 dias na França mas foi impedido de viajar por contraordem da Justiça.

s tucanos continuam bombardeando a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ontem intensificaram as críticas ao governo federal. O prefeito de São Paulo,JoséSerra(PSDB), précandidato a presidente, acusou ontem opresidente LuizInácio Lulada Silvade fazeruso da máquina governamentalcom finseleitoreiros."Ao meuver, ele (Lula) está excedendo-se na utilizaçãoda máquina pública paraacampanhaeleitoralenem sempreemitindo os melhores conceitos", disse, após visitar as obras do Fura-Fila.

O governadorde SãoPaulo e tambémpré-candidato do PSDBàsucessão presidencial, GeraldoAlckmin, tambémnão perdeu a chance de criticar o governo Lula em público. Alckmindisse queogoverno doPT tem uma política conservadora e medo de avançar, além de "falta de ousadia."

Apesar da crítica, Serra reconheceu que o presidente ainda é um nome competitivo na corrida eleitoral. "O Lula é competitivo; não tenho dúvida."

Acusações– Serra também acusou Lula de divulgar obras desaneamentofinanciadascom recursosdoFundode Amparo ao Trabalhador (FAT) sugerindoqueogovernofederalfazpublicidade deprojetos custeados com recursos do órgão. No ataque,SerracomparouLulaaoexprefeito Paulo Maluf (PP), que, segundo ele, tem o hábito de levaro créditoporobras quenão foram, exclusivamente, feitas na gestão dele. "Daqui a pouco (Lula), vai apresentar-se como o dono de tudo e, como o Fernando Henrique costuma dizer, vai dizer que descobriu o Brasil."

Emvisita ao Recifee na disputa pelo apoio do PSDB ao seu nome para concorreràs eleições, Alckmin reconheceu a importância de conquistar asim-

patia doseleitores nordestinos comocondiçãoessencial para chegar ao pleito com chances reais de eleger-se. "Não se elege umpresidentesemoNordeste", afirmou Alckmin ao lembrar da origem desua família,que oriunda da Espanha e Portugal chegou ao Brasil pela Bahia, seguindo posteriormente para Minas e São Paulo. "Minhas raízes estão no Nordeste. Sou um pouco baiano", disse o tucano. Em campanha – Além de pedir apoiode políticospernambucanos, Alckmin não perdeu tempo eincorporou nodiscurso a defesa de bandeiras históricas da região, como a reestruturação de uma política de desenvolvimento regional ea transposição das águas do Rio São Francisco.

Indagado sobre a fórmula que usará para frear os ataques aos tucanosdurante acampanha – já que o governador tem afirmado que pautará sua précampanha na apresentação de propostas enão nasacusações contra o governo federal – Alckmin foi taxativo. "O PSDB é um fiscalizadornoparlamento. Mas não vamos misturar isso na campanha. E nem precisamosporqueo eleitorseráo primeiro aexigir umapostura ética e coerente de todos os envolvidos na disputa."

Indecisão – Opré-candidato a governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB) disse ontem quea dificuldade do partido em definir quem será o candidato a presidente se deve ao fato de tanto Serra quanto Alckmin serem nomes fortes. Para ele,seja quemfor ocandidato tucano, Lula será um adversário "perfeitamente derrotável". "Se nós não errarmos, se escolhermos o melhor nome e fizermos uma campanha correta, equilibradae decente,como pretendemos fazer, eu acho que nossas chancessão muitograndes. (Agências)

Caio Guatelli/Folha Imagem
Aluizio Arruda/AE
Alckmin, no Recife: 'Não se elege um presidente sem o Nordeste'. Serra, nas obras do Fura-Fila: Lula usa máquina pública para campanha.
Hélvio Romero/AE

GOVERNO LULA E PT ALINHADOS. EM CARACAS

Como se pudessem serouvidosdo outro lado do Atlântico, emDavos, onde estão reunidos os homens que definem os rumosdaeconomia do planeta, milhares de representantes demovimentossociais ede organizações não-governamentais saem amanhã pelas ruas de Caracas, na Venezuela, para gritar contra aatualordemeconômica, contra a guerra e, principalmente, contra GeorgeW. Bush. Será a abertura do Fórum Social Mundial, que prossegueatéodia 29equepode mobilizar até 150 mil pessoas, segundo previsões dos organizadores. Entre as pessoas convidadaspara discursarna abertura encontra-se uma senhora iraquiana, que se opõe à presença detropas americanas em seu país, e uma afegã. Na festa de encerramento será a vezde uma senhorados Estados Unidos discursar contra aguerra.A delegaçãoamericana é a terceira maior do encontro, ficando atrás apenas da Venezuela e da Colômbia Ofórum começaembalado pela ascensãode políticos de esquerda em diferentes partes da AméricaLatina. Nasemana passada, em reunião trilateral realizada em Brasília, os presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Venezuela,Hugo Chávez,e da Argentina, Néstor Kirchner, discutiram uma possível criação de uma organização multilateralnaáreadadefesaquepoderia ser semelhantea que mantém os países europeus, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A defesa da luta dos povos muitas vezes tem representado a necessidade de ter capacidade militar Edgardo Lander, cientista social venezuelano

Penso como Gandhi: se você quer paz tem de usar meios pacíficos para chegar até ela Oded Grajew, empresário brasileiro e idealizador do Fórum

Parao cientistasocialvenezuelano, Edgardo Lander, só a longoprazoospaísesdaregião poderão deixar de atentar para a necessidade de defesa contra o assédio norte-americano. "A defesa da luta dos povos muitasvezes tem representado a necessidade de ter capacidade militar", disse.

O empresáriobrasileiro, Oded Grajew, ativista social e umdos idealizadoresdofórumacreditaqueaidéiadeampliar as forçasmilitares para prevenir agressões deve ser vista comreserva."Pensocomo Gandhi: se você quer paz temdeusarmeiospacíficospa-

ra chegar até ela", afirma. Estão programadasmais de 1.800 atividades para os próximos dias.O Brasil é opaís que vai promover mais atividades, num totalde500.Paralelamente às ONGs, o governo brasileiroestáapostando pesado no encontro de Caracas.

Autoridades federaisde diferentes escalões estarão presentes, além de quatro ministros – Roberto Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, NilcéiaFreire,da Secretaria EspecialdePolítica para as Mulheres, Paulo Vanuchi,de Direitos Humanos, e Luiz Dulci, da Secretaria da Presidência daRepública,alémdoassessor especialdo presidenteLula para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. Ogoverno teráumagrande tenda, denominada Espaço Brasil,onde pretendemostrar aos militantes sua preocupação com as questões sociais. Lá serão expostas informações sobre programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, o apoio à agricultura familiar e a reforma agrária.

OPTtambém desembarca uma tropa de choque no evento. Ela inclui o atual presidente da legenda, Ricardo Berzoini, o secretário geral, Raul Pont, e o secretáriode RelaçõesInternacionais, Valter Pomar. O expresidenteda legenda,José Dirceu, é outro que vai a Caracas para falar sobre o governo Lula e o partido – cuja imagem ficou afetadaperante após os escândalos do suposto caixa 2 e por sua política econômica, que segue à risca o figurino neoliberal. (Agências)

SERTANISTA DEMITIDO.

CRITICOU A FUNAI

Ocoordenador-geral de ÍndiosIsolados da Diretoria de Assistência da Fundação Nacional do Índio (Funai), SydneyPossuelo, foidemitido. A portariade demissãosaiu ontem no Diário Oficial da União (DOU),umasemana depois deleter criticado,em entrevista, opresidente da Funai, Mércio Pereira Gomes,que afirmaraque osíndios têm terra demais. Osertanista dissequeGomesestavafalandoa língua dosgrileiros, madeireiros e garimpeiros, que estão tomando as terras dos índios, e cobrou dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva uma posiçãomais firmenapolítica indigenista do governo.

Possuelotambém évisto noexterior comoo maisimportante defensor de direitos indígenas do Brasil na atualidade.Por suaatuação, elefoi condecoradonoano passadocomotítulodeherói do Império Britânicopela RoyalGeographic Society. Foi um reconhecimento por sua dedicação aos povos isolados dafloresta,atividade da qual era o coordenadorgeral do governo Lula. Osertanista começouater seutrabalho reconhecidoem 1991, quando foinomeado presidente da Funai pelo presidente FernandoCollor. Entresuasprincipaisconquistas estão a demarcação em área contínuadareservadosIanomami, amaior do Brasil,e de

maisdecemterrasindígenas, umrecordena históriado País. Seu último feito notável foitornarviáveladifícilaproximação com os guerreiros arrediosda etniados índios corubos, no Amazonas. Na década de 80, destacou-senafrente de atração dos índios Araras, no Pará. Napresidência da Funai, realizou uma ampla reforma administrativa epromoveu a aproximação com as Organizações Não-Governamentais (ONGs) do setor indígena.Paciente comos índiose polêmico no trato com os brancos do governo, foi demitido da Funaiem1993, após trombar de frente com a equipedo presidenteItamar Franco. (AE)

O sertanista Sydney Possuelo em expedição na aldeia Korubo, no Vale do Javali, no Amazonas

COMO FICAR DE OLHO NO IMPOSTO

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O Paraná também

já está de olho no imposto

Economia/4

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Em cada cédula cabem dez adesões. Heloisa Marcatti conseguiu mais nove assinaturas entre seus companheiros de trabalho. Podem ser impressas quantas cédulas forem necessárias.

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Novo no site: o anteprojeto de lei da transparência dos impostos

AVISO AOS LEITORES
O Diário do Comércio não circulará dia 25, feriado municipal na capital paulista.

OPINIÃO

RESENHA INTERNACIONAL

A EPIDEMIADO ESTUPROÉTNICO

Na Austrália, Noruega e Suécia, há um crime racial específico ocorrendo: homens islâmicos estupram mulheres ocidentais por razões étnicas. Isso é sabido porque os criminosos declaram abertamente suas motivações sectárias.

Adolescentes australianas foram sujeitadas a horas de degradação sexual durante uma série de violações em grupo em Sydney, entre 1998 e 2002. Os criminosos moldaram a razão para suas ações em termos explicitamente étnicos: as vítimas eram chamadas de "sluts" e "porcas australianas" enquanto abusadas. Na Corte Suprema australiana em

NaFrança,ondeas agressões tornaram-senada alémdecorriqueiras, asvítimassabem queapolícianão asprotegerá.

dezembro de 2005, um estuprador paquistanês declarou que suas vítimas não tinham direito de dizer “não”, porque não escondiam o rosto sob o véu.

E australianos foram ultrajados quando o sheik libanês Faiz Mohammed deu uma conferência em Sydney na qual informou sua audiência que as vítimas de estupro não tinham ninguém mais a responsabilizar, a não ser elas mesmas. Mulheres vestindo pouca roupa convidam homens a estuprá-las, disse ele.

Na França, Samira Bellil quebrou seu silêncio - após resistir a anos de violações repetidas em um dos projetos públicos de casas muçulmanas - e escreveu um livro, In the hell of the tournantes, que chocou a França. Ela explicou que, para as gangues, "toda menina da vizinhança que fumar, usar maquiagem ou vestir roupas atraentes é

uma prostituta". Este fenômeno de violência sexual islâmica contra as mulheres deve ser abordado urgente, mas, em vez disso, encontramos jornalistas, acadêmicos e políticos ignorando-o, ponderando ou banindo aqueles que ousam discutir. Na França, onde as agressões tornaram-se nada além de corriqueiras, as vítimas sabem que a polícia não as protegerá. Caso se queixem, Samira Bellil diz saberem que, junto com suas famílias, estarão ameaçados. Mesmo assim, muçulmanas nos guetos franceses estão lutando contra os crimes e a negligência policial. Em um movimento chamado Não somos nem prostitutas, nem capachos, estão esforçando-se

para enfrentar a violência intrínseca que flagela sua vizinhança e a cultura que a desculpa.

O número de violações cometidas por muçulmanos na última década é tão incrivelmente elevado que não pode ser visto como desconexo ao comportamento cultural implícito, uma vez que publicamente é reforçado e sancionado pelos líderes religiosos islâmicos, ao responsabilizarem as vítimas e desculparem os criminosos.

Em três décadas de imigração em países ocidentais, o Islã causou levantes e destruição em cada país, nenhum outro programa de imigração encontrou problemas de nãoassimilação e ambigüidade religiosa. TRECHOSDOARTIGODE SHARONLAPKINPUBLICADOPELO FRONTPAGEMAGAZINE EDISPONÍVELNO WWW MIDIASEMMASCARA ORG

Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotai Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João

Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio, LúciaHelena de Camargo,MárciaRodrigues,NeideMartingo,PatríciaBüll,Paula Cunha,Rejane

Os desafios da presidente Bachelet

ROBERTO FENDT

Michelle Bachelet não somente será aprimeiramulherapresidiroChile.Terátambémummandato de quatro anos em lugar de seis anos (edeoitoanos, naConstituiçãode1980).Além disso, ogovernochefiado por Bacheletterá maioria no Congresso, diferentemente dos governos anteriores da Concertación. Finalmente, a oposição reuniu mais de 46% dos votos e não é mais, como no passado, a oposição do "terço", como a denominavam os chilenos. As mudanças na área política colocam dois tipos de desafio. O primeiro decorre da obtenção damaiorianoCongressopelospartidos que formam a Concertación. Diferentemente dos demais governos da frente social-democrata que vem governando o Chile há vinte e cinco anos, o governo de Bachelet poderá aprovar qualquer lei que dependa apenas de maioria simples.

Até o governosocial-democrata de Ricardo Lagos, a prática política determinava que se celebrassemacordoscom aoposição noSenado para a aprovação de leisde interesse do Executivo. Que fará a presidente Bachelet? Manterá a política de acordos, que permitiu extraordinária estabilidade política ao país, ou será tentada a usarsua maioriapara imporlegislação, ignorando a oposição? Nãose tratadeumaquestão defilosofiapolítica: a votação de reformas na previdência social chilena será um teste prático dessa questão. Tanto Michelle Bachelet como Sebastián Piñera prometeram, durante a campanha eleitoral, reformarosistemaprevidenciário.Oconteúdodessas reformas no bem sucedido sistema chileno, e a buscaou nãode consensocoma oposiçãosobre elas, poderá dar o tom desse início de governo. Umsegundopontoé areduçãodo mandato presidencial para quatro anos. A experiência brasileiramostraquequatroanoséumperíodocurto para grandesprojetos oumudanças. Masé possível fazer com sucesso emum mandato de quatroanos:escolherumaequipedeprofissionaisem políticas públicas, comum claro diagnóstico do

que fazer e com grande competência de como fazer.Como aconteceaqui,umtime de amadores não terá tempo parapreparar-se durante o mandato–nãoterátemposequerdeaprenderagastar o que o orçamento da república destina aos diversos programas da administração. Quanto às prioridades, a opinião pública chilena identifica o desemprego (hoje entre 8 e 10% versus 5a 6%na décadade noventa)e ocrescimento da delinqüência como as duas áreas de maior preocupaçãodo cidadão.A despeitode todoo crescimentoeconômico,odesemprego está em alta. Quais serão as prioridades da presidente Bachelet?

OChile passa nesse momento por uma situação muito favorável, graças melhoriadeseustermos detroca–arelação entre preços de exportação e de importação, que, no período 2003-05, foi de nada menosde 39%.Essa melhoriaé explicada,entre outrasrazões, peloaumento de107%dopreço emdólardocobre(principalprodutoexportado) e de 82% no petróleo (principal produto importado). Em umpaís com grande aberturapara o exterior, como o Chile, issosignifica que o crescimento real da renda nacional (22% no quadriênio) foi maior que o do PIB real (17%). Emrazãodesseganhoderenda,háumagrande pressão de alguns grupos para um aumento significativonosgastosdogoverno. Esse aumento visaria atender à percepção de que as prioridades devem ser atender os desafios sociais e aumentar aigualdadede oportunidadesnasociedadechilena.Atéquepontoonovogovernoserátentadoa suporqueoatual cenáriointernacionalépermanente,enãoconjunturalepassageiro,talvezsejao maior desafio do governo Bachelet. Estará em jogo, nessa decisão, a disciplina macroeconômica que permitiu ao Chile ser o único país da região a caminho do desenvolvimento sustentado – disciplinaimposta duranteo governomilitar elegitimada e mantida pelos governos civis social-democratas que o sucederam.

H ÁPRESSÃOPARAAUMENTOSIGNIFICATIVONOSGASTOSDOGOVERNO

A nova presença do profissional liberal

RANCISCO ANTONIO FEIJÓ

Quando se fala em trabalhador, pensamos imediatamente na figura do trabalhador com carteira assinada, o que enfrenta o chão dafábrica, balcão da loja, guichê do banco,a lavoura, etc. Aquele que,emtese,temasdependênciaseconômicase funcionaisatreladasaocontrato detrabalho. Dificilmente sefala noprofissional liberal, aquele que trabalha comcarteiraassinadaou não, não obstante possa ter dependência econômica de seu empregador, por lei deve exercer sua atividade com total liberdade eindependência, respondendo, para isto, civilmente, pelos atos que praticar. É normalmente um indivíduo de classe média, alguns conseguindo alcançar posições importantes no contexto profissional, fazedores de opiniãoe conhecedoresprofundos dosproblemas que afligem o País e o mundo. São vistos peloFisco comosendoaquelesque têmcondiçõesde evitarpagamentodeimpostos. Nãohá umaestatísticaexataque permitaavaliaronúmero de liberais, pois nem todos estão registrados em seus conselhos ouordens, mas esse númerodeve girarao redorde 5milhões deprofissionais.

A ConfederaçãoNacional dasProfissões Liberais – CNPL, quepassamos a presidir desde dezembro último,reúne naárea sindicaltodas essas categorias profissionais através de apro-

ximadamente600sindicatose 38federações. Um considerável universo, infelizmente desconhecido de grandepartedapopulação. Com certeza, aculpa é do profissional liberal, que prefere ficar vinculado ao sindicato preponderantedos trabalhadoresdaempresaque otem como empregado celetistaou, sendo autônomo, não seinscreve e nem contribuipara a sua categoria profissional.

Nossa entidade não pretende discutir somente assuntos emblemáticos, como o valordo salário mínimo, a correçãoda tabelado Impostode Renda, etc. Queremos que o profissional liberal passe a ser conhecido pelo público que se utiliza de seus serviços e pelas autoridades, quando se discutir questões que afligem o País,poisnão existe nada que se pretenda fazer que não dependa daopinião de pelomenos umaárea representadaporum profissionalliberal.ACNPL sai a campo para divulgar quem é e quem são seussubordinados e asentidades que constituemogrande sistemasindicalliberalbrasileiro, oque fazemose podemosfazer eo quepodemos oferecer e já estamos oferecendo à comunidadebrasileira, emprol deum objetivocentral: trabalhar. FRANCISCOANTONIOFEIJÓÉPRESIDENTEDA CONFEDERAÇÃONACIONALDAS

JOÃODE SCANTIMBURGO MULHERESNA POLÍTICA

Tem o latinoamericano, ou mais apropriadamente o latino, a fama de ser falocrata. É uma fama antiga, que entra ano, sai ano, persiste em se manter, embora a ascensão da mulher a cargos políticos da administração pública seja cada vez mais evidente e com mais possibilidades de se repetir em países ainda avessos ao feminismo triunfante.

Tivemos no século XIX a regência do Império pela Princesa Isabel, que numa das vezes em que substituiu o imperador assinou a Lei Áurea, para a extinção da nefanda escravatura.

Esperemosque essemundo melhoresoba inspiração, aparticipaçãoea colaboraçãoda mulher

Na Argentina, sua história registra duas mulheres com preponderância política: Evita, mitológico ídolo dos descamisados, foi mais que Perón, seu marido, pois dominou o cenário político e até mesmo o artístico. Ainda na Argentina, uma presidente assumiu o poder e o exerceu, Isabelita, imposta por seu marido Juan Perón. Na Nicarágua, Violeta Barrios de Chamorro foi eleita presidente da República e promoveu o retorno do país às franquias democratas, embora com muitos obstáculos a vencer, por ser longo o discricionarismo na América Latina. Nas monarquias européias as mulheres têm brilhado: na Inglaterra, Vitória, a imperatriz da Índia; na Rússia, a grande Catarina II, com a sua disposição para mandar e para admitir amantes em seu leito. Na França, apesar da Lei Sálica, houve mulheres que brilharam, como, por exemplo, a Madame de Maintenon, ao lado de Luís XIV e outros que deixo de citar.

O que acaba de ocorrer com a presidente chilena recém-eleita Michelle Bachelet e mesmo no Brasil, depois do novo Código Civil - obra de grandes juristas brasileiros, sob a presidência do eminente Professor Miguel Reale - é que a mulher se destaca em igualdade de condições. Esperemos que esse mundo melhore sob a inspiração, a participação e a colaboração da mulher, que embeleza o mundo.

Imposto único, simples de verdade

Quando será que vamos ter um sistema tributário "simples" de fato e não esse que aí está, muito complicado, com alíquotas aplicadas de acordo com o faturamento, começando com 3% e indo até 12,6%. Simples seria um imposto que tivesse só uma alíquota, por exemplo 4%, para

todos os ramos de negócio, e que fosse obrigatório para todos, até para os partidos políticos. Simples seria um sistema que obrigasse todo comerciante especificar na nota fiscal ou no cupom o valor das mercadorias, o imposto cobrado em cada transação e o total que estamos pagando. Esse

imposto, que poderemos chamar de IVA, seria dividido entre a Federação e os Estados e seria um sistema que não tivesse mais que 3 ou 4 impostos: o Imposto de Valor Agregado, citado acima, o Imposto Social sobre a folha de pagamento, para suportar os encargos da Previdência Social, o Imposto de Renda

Seria simples se na nota fiscal estivessem discriminados todos os impostos

Como matar o patriotismo

Conforme o Aurélio, democracia é a doutrina ou regime político baseadonos princípiosda soberania populare da distribuiçãoeqüitativado poder.Atravésde eleições livres, os cidadãos de uma democracia conferem poderes aos seus líderes conforme definido na lei.

Oqueseconfirma hoje,foiditopelaminha nona, falecida em 1993,italianadagema, há quasetrês décadaspassadas:"A maioriados nossos governantes não são corretos." Cabe salientar, queesta frasefoi ditanuma épocaem queo"fiodobigode"valiaalgumacoisa,ondeo regime autoritário reinava soberano e o marketing eas mensagens subliminaresestavam gatinhando.

Como podea "maioriaesmagadora" dapopulação, pacificamente, aceitar quase tudo o que éimpostoporaquelesqueobrigatoriamente deveriam proteger os interesses da coletividade, e ainda, sancionar leis e emendas contrárias ao interessecomum, violando diretamente os princípios pelo qual lhes foi confiado o cargo público?

Vivemos tempos do apagão. Do "faz de conta" que o governo governa e, nós, o povão, fazemos de conta que acreditamos. A impressão quetenho équeummanto negro,apaziguador, como um pacto obscuro e inconsciente, domina a vontade popular e determina os caminhos destafictíciademocracia,envolvida vezououtra comirresponsabilidades,corrupções e impunidade.

O que diria hoje minha sábia nona, em relação asminhas indagações?Certamenteja-

Geraldo Alckmin tem demonstrado grande seriedade e competência administrativa, grande honestidade, vontade política e exímia competência. Não quero um prefeito presidenciável, mas um profissional ético que cumpra a administração que se lançou a fazer até o fim (o que o poder não faz!!!).

mais saberemos, mas por conhecer sua austera descendência,eu arriscaria a dizer:"- Eles, os governantes, só fazem o que permitimos que façam."

Sorte a dela não estar neste mundoe não presenciar opartido e homem quegozava de suaconfiança sereleito democraticamente.E a esperança depositada neste homem simples,do povo,em parteanalfabeto, deberço humildeedesfavorecido, quesimbolizavaa esperança, a fé e o caráter necessário à revolução moral. Digna de despertar o adormecido patriotismo dojá tãodiscriminado povobrasileiro, e ser capaz deproliferar a política do bem, da genuína ética e moralidade, tanto cobrada de nossos governantes.

Sorte dupla, em ser poupada e não ver este mesmohomem e seugoverno envolvidos namaior crisee esquema decorrupção no berço do Palácio do Planalto. E ainda, a de não ser uma testemunha da história atual , que expõe o Brasil ao mundo: seus representantes, suas mazelas e falcatruas enraizadas no governo. E retrata a tamanha indignaçãoe surpresado povo brasileiro,que no fundo sabe que é o responsável e tem exatamente o governo que escolheu. Afinal, vivemosnumpaísdemocrático: sónãoépermitido deixar de votar.

JULIOCARLOSALVES, EMPRESÁRIOEPRESIDENTEDA ONGSOSTANCREDÃO CAMPINAS,SP JULIO-SP@DESIGNSLAB COM BR

da Pessoa Física e da Jurídica, o IPTU no âmbito municipal, o de Importação e Exportação e, talvez, o atual IPVA. Simples seria se o governo, no total desses impostos, não cobrasse mais de 15% sobre o faturamento das empresas e dos cidadãos.

PAULO

SAAB

MUDANÇANO

SUPREMO

TAs margens plácidas

Oque podemos aprender quando ouvimos o Hino Nacional?

Pode-se dizer que é uma honra. Só que para muitos perdeu o valor. Foi-se o tempo em que, quando começávamos a cantar o Hino Nacional, colocávamos a mão direita no peito e com muita emoção cantávamos: “Ouviram do Ipiranga...”. Cadê o patriotismo, cadê o amor pela Bandeira Nacional? Só cantamos o hino quando há jogo de futebol, à frente o Brasil de Ronaldinho, Ronaldo, rumo ao “Hexa”... Estamos perdendo nossa identidade de cidadão brasileiro e nos tornando num povo sem ética. Dá a entender que não temos mais a obrigação de ensinar a nossos filhos o dever para com Deus e a Nação. Vale lembrar que vivemos em um país onde a desigualdade é muito grande, mas, mesmo com essa diferença, não podemos perder nosso endereço, para que não nos tornemos numa civilização sem pai e mãe. Lutemos já. Peço aos nossos governantes que coloquem nas escolas, nas empresas, essa reverência, para que o País tenha como elo o respeito dos cidadãos e que outras nações vejam que, apesar das dificuldades, somos um povo abençoado e que honramos nosso país! REGINALDOBONFIM

Discordo da carta publicada ontem em defesa do governador Geraldo Alckmin. O PSDB é um partido que trabalha só para os mais abastados. Votei no sr. Serra para prefeito e em Alckmin para governador e estou arrependido. Não vejo melhorias em São Paulo. No trânsito, os marronzinhos só conhecem três tipos de multas: rodízio, semáforos e estacionamento. No final do ano o DC publicou que, se o governador assinasse a tempo, o IPVA dos carros flex seria reduzido de 4% para 3%, já aprovado pela Assembléia. Depois, nada. Nós, motoristas precisamos ter cuidado ao votar neste partido, para não ganharmos outra herança, como os pedágios do sr. Covas.

Rramita no Congresso Nacional projeto de lei de autoria do senador Jéferson Peres, do Amazonas, que pretende mudar a forma como são indicados atualmente os ministros do Supremo Tribunal Federal. Hoje, aliás, e já não é de agora, a indicação é feita pelo presidente da República e meramente avalizada pelo Senado. O senador amazonense quer criar novos mecanismos de ampliação do nome a ser indicado, de modo que a responsabilidade não caiba exclusivamente ao detentor momentâneo da chefia do Poder Executivo. Merece apoio, de saída, a iniciativa de Peres, por dois bons motivos. Até prova em contrário, esse senador tem se revelado uma das reservas morais do parlamento brasileiro. Espero não estar enganado. E também porque considero suspeita a indicação feita pelo chefe de um Poder que, posteriormente, terá seus atos julgados pelo indicado.

Penso que todo cargo público, sem exceção, a não ser os eletivos, deveriam ser preenchidos por rigorosas provas públicas. Na iniciativa privada, essa história de "cargo de confiança", eufemismo para a nomeação de amigos, parentes e correligionários derrotados, se chama "cargo de competência". Quem tem competência trabalha e se torna de confiança. Cada vez que leio ou ouço história de que o cargo, no governo, é de "confiança", já enxergo ali uma manobra rasteira para nomear alguém em alto salário público sem nenhuma competência. Pode até ter. Muitos têm, mas fica o ar de maracutaia em relação ao cargo.

esta saber se ao próprio governo interessa que haja essa mudança. Embora a Constituição fale em harmonia e independência entre os três poderes da República, a supremacia do Executivo é flagrante. Está aí mais um detalhe, na escolha dos membros do STF. Mais do que isso, o Senado é quem aprova a indicação. E todo governo, inclusive este atual, forma uma base de apoio dentro do Congresso, onde está o Senado, em troca de nomeações, favores, verbas orçamentárias para a região de votação do parlamentar e outros métodos que podem e devem existir, que acabam dando à submissão do nome mero caráter de confirmar, sem maiores questionamentos, o que o "chefe" manda.

O problema é que o poder público no Brasil só está se mexendo para diminuir seus privilégios e minimizar os abusos em função da pressão popular, especialmente via mídia. O Congresso é assim também. Sem pressão, com o distanciamento popular, aumenta os privilégios, as mamatas, os autobenefícios. E, muito particularmente, com tudo o que tem acontecido de podre na vida pública, envolvendo a privada, nestes últimos

Asupremaciado Executivoé flagrante. Estáaímaisum detalhe,na escolhados membrosdoSTF.

meses, grande parte da população está enojada e fechou-se ainda mais no distanciamento, em vez de se aproximar da vida política.

Merece, pois, atenção o projeto do senador Jéferson Peres. Os nomes dos membros do Supremo Tribunal Federal devem ser filtrados e avaliados através de uma carreira de sucesso e imparcialidade e não só nos atributos de "reputação ilibada e notório saber jurídico". Depender da amizade ou escolha pessoal de um único nome, ainda mais de cargo tão politizado como o de presidente da República, é tirar parte da imparcialidade que a função exige. E vale lembrar, também, que ao assumir o novo ministro deveria dedicar-se a isso e não a querer fazer carreira política de retorno, valendo-se da expressão do novo cargo.

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Falou e disse

Às vésperas de uma reunião que terá em São Paulo na quinta-feira, com Tasso Jereissati e Aécio Neves, FHC desmente que tenha preferência por Serra ou Alckmin como candidato tucano à sucessão de Lula. O ex-presidente enaltece as qualidades dos dois pré-candidatos.

Portanto, FHC nega que teria optado, já, pela candidatura de Serra.

FHC esclarece também que a escolha do candidato do partido não ficará a cargo dele e do presidente Tasso Jereissati. Lembrou que a indicação é mais complicada. O partido deve ouvir as lideranças no Congresso e vai tomar por base as pesquisas contratadas para mostrar qual dos candidatos tem mais facilidade de amarrar acordos com outras siglas.

O ex-presidente não se contenta em fazer o desmentido. FHC aproveita para atacar o governo do PT, dizendo que Lula não merece ficar mais um dia na presidência, depois de concluído o mandato. Ironicamente, FHC lembra que Lula deu continuidade à sua política econômica. Foi mais um cutucão no petista.

REELEIÇÃO

FHC voltou a defender o instituto da reeleição e concordou com Lula quando o petista fala que não dá para executar um programa de governo em apenas 4 anos de mandato. A diferença entre os dois é que Lula defende um mandato presidencial de 5 anos sem direito à reeleição.

NEGATIVA

O ex-presidente FHC vai à reunião de quinta-feira disposto a recusar qualquer convite para disputar o governo de São Paulo. FHC reafirma que não será mais candidato a cargos eletivos. O ex-presidente sabe, no entanto, que terá poder de decisão na escolha do candidato tucano.

COLIGAÇÕES

A cúpula do PSDB está atenta para um detalhe: vai analisar minuciosamente qual deles – Serra ou Alckmin –tem mais poder de sedução para atrair coligações. O partido está preocupado em acertar alguns acordos para o 2º turno. Os tucanos estão de olho no PMDB, PDT e PTB.

TEMPO DE TV

José Sarney, governista do PMDB, acha uma loucura o partido lançar candidato próprio à presidência. Se dependesse de sua vontade, o PMDB apoiaria Lula já no 1º turno. O PT está de olho no tempo de campanha que os peemedebistas tem na televisão. Mas, qualquer acordo com o PMDB só no 2º turno, garante Michel Temer.

CONDIÇÕES

Sarney acha que com a verticalização ainda em vigência o PMDB fica impossibilitado de lançar candidato próprio. A verticalização obriga os partidos a fechar a mesma coligação em nível nacional e estadual. O partido, porém, acha que pode derrubar a verticalização ainda este mês, com a ajuda de outros partidos.

O VICE Lula voltou a oferecer a vice na sua chapa ao PMDB, de preferência o ministro Nelson Jobim. Detalhe: Jobim deve deixar o STF em março para se filiar a um partido político, possivelmente o PMDB. Os peemedebistas pediram ajuda a Lula para derrubar a verticalização.

EXEMPLO

Se a verticalização não cair, também o PTB enfrentará problemas. O partido pode se coligar com o PT em apoio à reeleição de Lula, mas, em São Paulo, o PTB está fechado com o governo estadual do PSDB. O PTB apóia Alckmin na Assembléia Legislativa e participa do secretariado estadual.

LULA AGORA

TRANSFERE AO PT ÔNUS DA REELEIÇÃO

Apesar de insistir que não está preocupado em ser candidato, o presidenteLuizInácio Lula da Silva passouo diaalinhavandoestratégias para as eleições deste ano.Querque oPTassumaa tarefa de lançá-lo à reeleição e vote contra a verticalização. O assunto foi discutido em uma sériede reuniõesreservadas ontemna Residência Oficial do Torto.

manter a neutralidade na votaçãoda matéria noCongresso. O PTé a favor da verticalização, mas Lula é contra. "O presidente reafirmou que não é simpático à tese da verticalização.Não achaqueela sejagarantidora de verdadeiras alianças", comentou.

RECUSA

Nas inserções do partido na televisão, a direção do PDT tem feito críticas ao governo Lula. É mais uma revelação dos trabalhistas que não têm qualquer interesse em voltar às bases do governo. E, muito menos, apoiar a reeleição de Lula. O PDT reafirma que terá candidato próprio à presidência.

CONTENTAMENTO

A senadora Heloísa Helena ficou satisfeita com a pesquisa Ibope/Isto É. Virtual candidata à sucessão de Lula pelo PSOL, a senadora alagoana considera bom o índice que alcançou na pesquisa: média de 6%. O índice é considerado bom porque a senadora ainda não faz campanha.

CHAPA

Heloísa Helena ficou lisonjeada ao saber que uma ala do PDT vai propor ao partido a Indicação de um vice na chapa encabeçada pela senadora do PSOL. Falase inclusive que o vice seria outro senador, Jefferson Peres (AM).

CANDIDATURA

O PPS pode lançar a candidatura do deputado Roberto Freire à presidência da República. O partido não quer optar pelo apoio ao PT ou ao PSDB. O PPS participou da primeira fase do governo Lula com a indicação de Ciro Gomes para o ministério. Depois, o partido rompeu com Lula.

CONVOCAÇÃO

A CPMI dos Correios pode votar ainda esta semana os requerimentos da senadora Heloísa Helena e deputada Denise Frossard convocando Duda Mendonça para depor novamente. O marqueteiro está sendo acusado de ter movimentado mais de uma conta bancária no exterior.

AMEAÇA

Duda Mendonça resolveu jogar pesado: está ameaçando abrir o bico se vier a ser convocado. O marqueteiro diz que vai contar tudo sobre as três últimas campanhas envolvendo candidatos de vários partidos. Um dos ameaçados é o senador Aloizio Mercadante, que teria usado dinheiro do caixa 2 na campanha de 2002.

VAI DEPOR

Antonio Palocci cedeu a decidiu marcar seu depoimento na CPI dos Bingos. A informação Foi dada pelo senador Tião Viana que, no sábado, telefonou para o presidente da Comissão, senador Efraim Moraes confirmando a decisão do ministro. A data do depoimento pode ser decidida nas próximas horas.

"Eu nãovou moveruma palha parasercandidato",disse Lula.Na prática, ele espera que o PT pare de brigar com aliados nos Estados e lhe ofereça as condições necessárias parao palanquedareeleição–sem que precise entrar na linha detirodosadversárioscomantecedência. "Não sou eu que tenhode fazer isso", argumentou. "É o PT". A tática tem o objetivo de preservar a figura do presidente.

Ao longodo dia,Lula repetiu que sua cabeça está "voltada" para a agenda de governo. Lula ficou encantado com a iniciativa do governadordo Acre, Jorge Viana (PT), que, no sábado, fezum "apelo" para que ele concorraà reeleição. Aolado deViana,em cimade umpalanquemontado para anunciar um assentamento rural, o presidente sorriu.

Verticalização – No encontro com os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, da Justiça,MárcioThomaz Bastos, e da Integração Nacional, Ciro Gomes, e o secretário de RelaçõesInstitucionaisda Presidência da República, Jaques Wagner, Lula também foi questionado sobre o que fazer se a regra da verticalização for mantida. A norma obriga os partidos a reproduzirem nos estados a aliança nacional, o que dificulta, por exemplo, o casamentode papel passado entre o PT e o PMDB.

"Todos sabem aminha posição sobre isso", respondeu Lula."AgoraéoPTquetemdever o que fazer". Mais tarde, no Planalto,Wagner disseque procuraria os líderes do governo e do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP) e Henrique Fontana (RS), para verificar se o partido poderiaao menos

Berzoini – Nos encontros que manteve separadamente com opresidentenacionaldo PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), Lula também afirmou que o partido precisa ajudar a derrubar essa regra. Os senadores do PMDB fizeram o mesmo pedido a Lula. E o presidente cobrou dos ministros o andamento de projetos na área de infra-estrutura, para que o governo mostre mais serviço no último ano do mandato. 'Muy amigo' – Recém-chegadoda Bolívia, onde participoudaposse do presidente Evo Morales, Lula exaltou o líder socialistaquefezcarreira pública como líder dos plantadoresde coca."Sou amigodo Evo hámuito tempotenho uma relação com elehistórica e, portanto, eu estou feliz. Feliz porque aAméricaLatina está dando uma demonstração de avanço. As pessoas mais progressistas estãosendoeleitas em todos os países", disse. Lula sereferia àascensão de Hugo Chávez (Venezuela), Tabaré Vazquez(Uruguai), Néstor Kirchner (Argentina) e da socialista Michelle Bachelet (Chile). "Pela primeira vez, nós estamos percebendo a possibilidade de os países da América Latinadeixarem de ser tratados apenas como países pobres oupaíses deTerceiro Mundo ecomeçaremaentrar no rol dos países desenvolvidos", disse . (TN/Agências)

A

SUSPENSÃO DA OPERAÇÃO

TAPA-BURACO

Os procuradores da República Luciano Rolim e Paulo José Rocha Júnior pediram a suspensãoda Operação Tapa-Buraco, lançada em dezembro pelo presidente LuizInácio Lulada Silva para a realização de reparos nas estadas federais.RolimeRochaJúnior contestam a portaria que autorizou a contratação, sem licitação pública, de empreiteiras escolhidas para tocar as obras. "Embora seja públicoe notório o estado deploráveldasestradas brasileiras, não houve nenhumdesastre ou eventoem proporções aensejar a'decretação de estado de emergência' em 18% da malha rodoviária federal asfaltada", afirmam ambos no processo.

Sem comentários – A assessoria do governo e a AdvocaciaGeral daUnião(AGU)informaram que não comentarão a decisão do Ministério Público Federal (MPF) – que entrou com uma açãocivilpúblicacontra oDepartamento Nacional de Infra-

estrutura de Transportes(Dnit) para suspender a contratação das empresasque trabalhamna operação. "Ainoperância daadministração federal, sob a alegação de falta de recursos, não podese transmutar ememergência parafinsde contrataçãode obrascomdispensade licitação", alegam os procuradores. TSE –Ontem, oministro Marco Aurélio Mello – que assume a presidência do Tribunal SuperiorEleitoral (TSE) em junho –pediu para que Lula evite atos de campanha em eventosoficiais. O alerta, no entanto, não alterará o cronograma do Palácio do Planalto. AassessoriadeLula prometeu apenas'evitarexcessos'. Além de solenidades públicas em Brasília, Lula deve visitar um assentamento em Andradina (SP) na sexta-feira. (Agências)

Recém-chegado da Bolívia, Lula passa o dia discutindo as eleições MPF PEDE

A NOVELA PALOCCI PODE ESTAR PERTO DO FIM

Oministro daFazenda, Antonio Palocci,deve prestardepoimento na CPI dos Bingos na quinta-feira. A ida dele à comissão estava sendo acertada ontem com o presidente da CPI, senador Efraim Morais(PFL-PB). "A data maisprováveléquintafeira. Foi difícil ele vir. Agora, não vamos ficar escolhendo dia", afirmou o relator da CPI, senador GaribaldiAlves Filho (PMDB-RN).

Olíder doPFLnoSenado, José Agripino (RN), disse ter conversado por telefone com o ministro eeste teriasolicitado quea marcaçãodadata leve em conta fatos relevantes que possam ocorrernaeconomia brasileira. "Nãoqueremos

massacraro ministro nem segurá-lo aqui até as 5 horas da manhã,não. Mastemosobrigação de investigar e esclarecer os fatos relacionados ao 'clube deRibeirão Preto'",afirmou, referindo-se ao período em que Palocci foi prefeito daquela cidade.

Respeito – De acordocom o senador,seráuma audiência dura, mas respeitosa. Agripino disse que a oposiçãonão tem intenção de desrespeitar Palocci porque isso poderia gerar turbulência e inquietar o mercado. "Nossaintençãoé apenas a de esclarecer as questões que colocam o ministro sob desconfiança porque a desconfiança tambémpode provocar inquietação."

O senadorTião Viana (PTAC) já tinha dito, no sábado, que Palocci estaria disposto a comparecer mais uma vez ao

Senado paradúvidas dosparlamentares sobre economia ou sobresuagestão como prefeito. "A minha expectativa é que elevenha logo.Pessoalmente, achoquequantomais rápido ele vier, mais rápido estará livre dasdúvidas quepairam sobre a sua gestão na prefeitura deRibeirão Preto",afirmou Viana, quetambém émembro da CPI dos Bingos. O petista dissequea CPIjá "vasculhou" 13 mil contratos da prefeitura de Ribeirão Preto, realizados na administração Palocci,"e não encontrou nada". Segundo o parlamentar, "o ministro está sereno e conscientedasua responsabilidade dedarexplicaçõesà CPI". Tião Viana acrescentou que o depoimento dePalocci não vai prejudicar a economia, que,a seuver,está "sólidaem todos os indicadores".

Assessores – A oposição quer explorar, no depoimento, qual o conhecimento de Paloccisobrea atuaçãodosassessores e ex-assessores que o acompanhamdesde queele foi prefeito de Ribeirão Preto. Paloccicomandoua cidade por duas vezes, de 1993 a 1996 e de2001 a 2002,quando deixou o cargo para assumir o Ministério da Fazenda.

Entre osnomessobreos quais pesamacusações estão Rogério Buratti,secretário de governo na primeiragestão de Palocciem Ribeirão,Ademirson Ariovaldo da Silva, ex-chefe-de-gabinete dePalocci na prefeitura e, hoje, seu assessor especial,e Vladimir Poleto, outroex-secretário de Palocci. (Agências)

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VALÉRIO AMEAÇA ABRIR O BICO

OempresárioMarcosValério ameaçarevelaraoMinistério Público Federal tudo o que sabe sobre as transações queteria efetuadocom políticos,principalmente aqueles ligadosao PSDB de MinasGerais. No domingo,Valérioseencontrou comdoisprocuradoresfederais para tentar, pela segunda vez, o benefícioda delação premiada. Em troca da redução de pena, ele darianomese documentosdasoperaçõesde caixa2executadas pelas agências de publicidade SMP&B e DNA. Valério pediu atémesmo um encontro como procurador-geralda República,AntônioFernandode Souza,que está em fériase só deve sepronunciar após o dia30. Há quemenxerguena movimentaçãomaisuma história de chantagemprotagonizadapelo empresário."Eleestáfazendo uma série de ameaças. Está dizendo que contará tudo o que sabe em troca da delação premiada", afirmou um senador, pedindo para se manter no anonimato. (AE)

CORRÊA: RELATOR PEDE CASSAÇÃO.

Odeputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), relator do processo contra o presidente nacional do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), votou pela cassação do mandato. Em seu voto, o relator diz que umexame cuidadosodos fatos aponta para a responsabilidade do deputado no "recebimento de recursos irregulares, obtidos junto a instituições bancárias envolvidas nas transferências das quantias sem prestaçãode contas ou comprovação daorigem, em deliberado descumprimento da legislação".

Aleitura dorelatório foifeita pelo deputado Gustavo Fruet(PSDBPR) ontemporque Sampaio está viajando. Pedro Corrêa não estava presente àsessão do Conselho de Ética da Câmara, mas assistiu à leitura do relatório pela TV. "O próprio relator disse que eu não tive aproveitamentopróprio, nãopeguei dinheirodeninguém.É uma coisa boa", afirmou Corrêa. Vista – Comoo deputado Benedito deLira (PP-AL)pediu vista do processo, o conselhovai definir nareunião de

hoje se avotaçãodoprocesso contra Corrêa será realizada após duassessões doPlenário ou se devem aguardar o retorno de Sampaio, previsto para o final desta semana. Honorários – Em depoimento ao conselho, Corrêa admitiu saques de R$ 600 mil, feitospelochefedegabinete do PPJoão CláudioGenu.Disse ainda que recebeu R$ 100mil em dinheiro, pagos pela ex-diretora da SMP&B, Simone Vasconcelos.Segundo o deputa-

do, o dinheirofoi usado para pagar partedos honoráriosdo advogado Paulo Goyaz, que defende o deputado Ronivon Santiago(PP-AC)em processos judiciais movidos pelo PT. O conselho vota nesta semana os relatórios pró-cassação dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). (Agências)

CPI dos Bingos deve votar relatório do caso Gtech/Caixa Econômica Federal amanhã

Delúbio

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira

O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

Orequerimento paraconvocaçãode

Duda Mendonçadeve seraprovado na quinta-feira, maso depoimentodo publicitário só será marcado depois que parlamentares daCPMI foremaos Estados Unidos tentarobter os dados das contasdele no exterior.A viagem está marcada para a próxima segunda-feira.

Valério

O empresário Marcos Valério afirmou que vai encaminhar à CPMI dos Correios provas de que prestou serviços à Visanet. A comissão descobriu um desvio de R$ 10 milhões, que teriam origem no Banco do Brasil e destinados ao PT.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética José Janene (PP-PR), processado por envolvimento com o mensalão, encaminhou sua defesa por escrito na sexta-feira earrolou como testemunhasem seu favor, entreoutros, odeputado cassado José Dirceu(PT-SP), oex-tesoureiro petistaDelúbioSoares eopresidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

ve

O

Mendonça

O publicitário Duda

DM9, confirmou ter

dinheiro

Valério no exterior. Os repasses, segundo ele, eram para pagar dívidas do PT, das campanhas eleitorais de 2002. Valério negou a versão de Duda.

Lamas O ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o

Genoino O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

Mendonça, da
recebido
de Marcos
ao PL.
CPI dos Bingos
ministro da Fazenda, Antonio Palocci, deve prestar depoimento na CPI na quinta-feira. A ida dele à comissão estava sendo acertada ontem com o presidente da CPI,senador EfraimMorais (PFL-PB). Segundo o relator, senador Garibaldi Alves Filho(PMDB-RN), odepoimento de-
ocorrer ainda nesta semana.
Faz três meses que a comissão de inquérito tenta ouvir Palocci
Lindomar Cruz/ABr
Roberto Stucket Filho/AG
Pedro Corrêa (à dir.), ao deixar o Congresso ontem.

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O Paraná também já está de olho no imposto Economia/4

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No Jockey, mostra de quadros de Mário Gruber (foto) que retratam a cidade aniversariante. Para comemorar, não faltam programas grátis: dança, música, passeios... páginas 8e9 Tragédia, página 7

Ai que site

Professora Amyris (foto) avalia sites e ajuda empresários a ganhar dinheiro e ter sucesso na internet. DC Informática

Acidente mata 32 e fere 21 na Raposo

Dois ônibus da empresa Andorinha bateram defrente na noite de domingo na Rodovia Raposo Tavares, matando 32 pessoas, entre elas os dois motoristas, e deixando outras 21 feridas. As vítimasforamsocorridas em hospitais de Presidente Prudente e de Regente Feijó. Até a noitede ontem,15 pessoas ainda estavam em estado grave. Oscorposdas vítimasforam retirados do Hospital Universitário, de Prudente, e levados para o Instituto Médico Legal (IML).

O acidente aconteceu perto da cidade de Regente Feijó, a cerca de 550 quilômetros da capital paulista.

Umdos ônibus seguia deBauru para Presidente Prudente e o outro de Colorado, no Paraná, para a capital paulista. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, as causasdoacidente ainda não foram confirmadas– oque dependerá de perícia. Informações preliminaresapontamque os veículosestavamdentrodavelocidade permitida.

O lugar onde aconteceu o acidente é plano, com uma inclinação leve e o asfalto não tem defeitos

João Augusto Ribeiro, diretor regional do DER

O diretor regional do DepartamentodeEstradas de Rodagem (DER), João Augusto Ribeiro, atribuiu o acidente à imprudência de um dos motoristas. Com base em observações próprias e naanálise preliminar feita por técnicos da Polícia Científica no local, ele concluiuque um dos ônibus invadiu a outra pista provavelmente durante uma ultrapassagem mal sucedida.

Segundo Ribeiro,a rodovia tempistasimples,nãochoviaea visibilidade era boa na hora do acidente. "O motorista tinha má visão de 400 metros no sentido SãoPaulo–interior,ede750metros no sentido contrário", disse. Para ele, o acidente foi causado pelo ônibus que seguia no sentido interior – São Paulo. O mo-

torista tinha melhor visão da estradaeoveículoestavacommenos passageiros. O ônibus que saíra de Colorado,no Paraná, às 19 horas, haviafeito umaparada 20minutosantesdoacidente, em Presidente Prudente. SegundoRibeiro,o veículoqueseguiapara SãoPaulo invadiua pista contrária e bateu de frentecomo outroônibusdaempresa, que fazia o trajeto oposto.Esse ônibussaíra deBauru e seguia para Prudente. Rodovia – Prefeitos da regiãoreclamamháanosaduplicaçãoda rodoviaentre Assise Presidente Prudente.Nofim doano passado,umaempreiteira contratada pelo DER concluiua duplicação de 23 km entre Presidente Prudente e o trevo deTaciba. As obras pararama 3 quilômetrosdo localda colisão.Falta ainda a duplicaçãode 96 quilômetros. Para o diretor do DER, as condições da estrada não tiveram influência no acidente. "O lugar é plano, com umainclinação leve, e o asfalto não tem defeitos". Segundo ele, omovimento era muitopequeno nahora dabatida.Durante odia, otrechoé bastanteutilizado peloscaminhões de uma usina para o transporte de cana. Ribeiro não confirmou a informação de que umdos ônibus tentavaultrapassar umtremcanavieiro. "Ninguém viuo que aconteceu".O diretor dissequeos bombeiros e as equipes de socorrodo DERchegaram aolocalempoucosminutos.Arodoviafoi totalmenteinterditadae otrânsitodesviadoparaarodovia Assis Chateaubriand, via Rancharia e Martinópolis para evitar congestionamentos.

Uminquérito foiinstaurado ontem pela Polícia Civil de Regente Feijó para apuraras circunstâncias do acidente. (Agências)

O que é Factoring?

O MAIS GRAVE EM 60 ANOS

AAndorinha afirmou que vai dar assistência às famílias das vítimas do acidente. "Vamos assumir todas as responsabilidades e tentar amenizar o sofrimento das famílias", disse o gerente-geral José Eduardo Carvalho Chaves. A empresa assumiu o translado dos corpos e o sepultamento, além das despesas médicohospitalares dos feridos. Chaves disse que o acidente foi o mais grave já ocorrido

nos 60 anos da Andorinha. Um dos ônibus envolvidos era um carro extra, pois o carro normal da linha tinha saído lotado de Colorado, no Paraná. "Foi uma coincidência trágica, pois os dois ônibus tinham percursos diferentes e normalmente não se cruzam na rodovia", lamentou. O ônibus extra passou pela cidade de Presidente Prudente às 23h20 com apenas 14 passageiros, além

do motorista, e seguia em direção à capital de São Paulo. O ônibus que faz a linha Bauru – Presidente Prudente passara antes por Marília e Assis, tinha 39 passageiros além do motorista, e estava a cerca de 15 minutos do destino.

Segundo Chaves, tão logo ocorreu o acidente, a empresa, que tem sede fica em Presidente Prudente, acionou as equipes de socorro. "Temos pessoal

treinado e chegamos rapidamente ao local para dar atendimento às vitimas". De acordo com o gerente, a empresa tinha listas com nome e identidade dos passageiros, preenchidas na hora do embarque, mas não constavam os endereços, detalhe que dificultava a identificação. A Andorinha disse que está colaborando com as autoridades na apuração das causas do acidente. (Agências)

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas).

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Equipes de resgate chegaram ao local poucos minutos após o acidente. Polícia civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias da colisão.
Jorge Santos/Oeste Notícias/AE

A internet já está pronta para a Copa

Em junhodeste ano, abolaemcampo significa muito mais do que apenas um jogo: será realizada a batalha entre as melhores equipes do mundo, a Copa 2006. Torcedor que é torcedor não pode deixar deacompanhar depertoasnotícias e vertodososlancesdessa disputa,procurando as mais variadas informações sobre essa grande competição –sobretudoparapoderdiscutir com os amigos e parentes quais são os melhores jogadores, táticas, times e lances.

Awebéum canal certoeimportantepara aqueles quenãopodem assistir de pertoao campeonato mundial, mas querem estar atentos a tudo o que acontece por lá.

Antes mesmo do início da Copa, o internauta pode acompanhar conteúdosexclusivos, feitospara ainternet,e estaràfrente dosoutros torcedores, com informações que vão desde o desempenhodo seu time, críticasde especialistas,atravésde sitesfutebolísticosespecializados, até saber opiniões dos próprios jogadores –escritas por eles, emseus blogs (diários eletrônicos virtuais).

Paracomeçaressa navegação, aprimeira opção deve ser dar uma passadinha no site oficialdocampeonato (http://fifaworldcup. yahoo.com/06/pt), hospedadopeloYahoo!, que traz notícias em vários idiomas –inclusive português– sobreos times, calendáriosde todosos jogos,fotos,jogadoresem destaquese até promoções.

Naseção"CantodoTorcedor",porexemplo,o internauta se diverte escolhendo aqueles que são os torcedores mais malucos de cada jogo, no "Fan Of The Match". Além disso, o torcedor poderá mostrar seuapoioaoenviar umsloganà sua seleção, que poderá fazer parte da decoração do ônibus oficial da equipe.

Se você é um daqueles que acreditam ser conhecedor do assunto, os jogos virtuais do site oficial são diversões garantidas. Você saberia dizer "quem marcou o gol de empate no último minutocontra aGrécia quelevou aInglaterra para a Coréia/Japão de 2002?". Essa pergunta faz parte do Quiz (jogo de perguntas e respostas)que odesafiaráa responderdiversas questõessobre asCopas passadas,como os países vencedores, desde a de 1930 até a última campeã,e outrosdados quesó umfanático por futebol poderá responder –como a pergunta acima.

A página oficial traz, ainda, uma galeria de filmes efotos que permitem aonavegador fazer uma viagem no tempo e reviver os melhores momentos da história da Copa do Mundo, com belas imagens, os melhores gols, dribles, jogadores e os técnicos que se destacaram nessa competição.

OMSNBrasil (http://copa.br.msn.com) também está de olho nos torcedores e lançou umacobertura diferente da Copa do Mundo, trazendoos relatosdosbastidores docampeo-

Paredão de plasma de 60 polegadas também lê cartões de memória

Tevês de plasma, ao lado dos de LCD, são os objetos mais desejados pelos consumidores que estão atrás de uma imagem de qualidade e, de preferência, grande, bem grande. Para eles, a LG está lançando o modelo 60PY2R, de plasma, com 60 polegadas e já preparada para receber sinais de alta definição, o que será possível depois que o país tiver um padrão de TV digital (a ser definido ainda neste primeiro trimestre de 2006).

Além de vir na cor preta (black piano) para atender as tendências de decoração nos Estados Unidos e na Europa, um dos diferenciais do televisor LG de plasma é o slot para cartões. Ele aceita nove tipos de cartões em duas entradas, ou seja, praticamente todas as marcas do mercado, facilitando a interação do

O internauta fanático já pode acessar notícias sobre as seleções e os favoritos na competição; há diversos sites com joguinhos e relato dos bastidores da organização do evento e da expectativa dos técnicos

Os conteúdos dos sites são atualizados semanalmente e o internauta saberá o que os seus ídolos estão fazendo antes dos jogos; competições em links com perguntas e respostas também prometem atrair fãs e interessados nos resultados e bastidores do campeonato; muitos blogs mostrarão os segredos da concentração

A LG está lançando o equipamento capaz de reproduzir fotos, músicas e vídeos gravados nos memory cards

aparelho com as mídias gravadas pelo usuário em câmeras digitais, computadores e tocadores de MP3. É só inserir o cartão no slot que a tela reproduz o seu conteúdo (fotos, músicas, filmes etc.). O equipamento também atende ao mercado corporativo que exige grandes telas para suas apresentações ou reuniões a distância.

O modelo de 60 polegadas, da LG, ganhou três prêmios internacionais no ano passado: dois pelo design (concedidos pelo International Fórum Design e Reddot Design 2005) e um pela inovação (Innovations International), durante a realização da Consumer Electronics Show, de Las

Vegas, no começo deste mês.

O produto é importado da Coréia e vem complementar a linha de plasma da fabricante coreana no Brasil, onde já estão disponíveis cinco modelos: três tevês de 42, 50 e 60 polegadas e dois monitores, de 42 e 71 polegadas. Em Manaus, são produzidos os aparelhos de 42 e 50 polegadas e um monitor de 42. A LG é líder mundial em plasma e detém 70% do mercado no país para esse tipo de tecnologia envolvendo televisores e displays.

O 60PY2R tem um subwoofer de 30W RMS (hoje, a potência RMS é a que melhor representa a qualidade de um amplificador) para

natomundial,vistos porquemestádentroda disputa (os melhores jogadores da competição) através dos seus diários eletrônicos (blogs). Entre os blogueiros poderemos encontrar oscraques RonaldinhoGaúcho; Michael Owen, da Inglaterra; Edgar Davids, da Holanda; Claude Makelele, da França; Gianluigi Buffon, da Itália; Kevin Kuranyi, da Alemanha; além de Xavi Alonso, da Espanha. O conteúdo será atualizado semanalmente eestarádisponívelemsete idiomas –português, inglês, espanhol, italiano, holandês, alemão e francês. Os esportistas também terão câmeras para filmar os bastidores das concentrações, e os vídeos serão exibidos no site com legendas em português.

Outranovidadefica por conta da integração do MSN Messenger (software de comunicação instantânea da Microsoft) com as informações diárias sobre os principais acontecimentos da preparação para a Copa 2006. Basta fazer umcadastro específicoque omensageiro trará avisos sobre os gols e lances mais importantes dos 64 jogos,que também poderão serenviadospara oMSN Hotmail,casoo usuário solicite. A cobertura do MSN também contará com o conteúdo jornalístico fornecido pela Agência Placar, que irá trazer as atuais notícias das seleções participantes, principalmente a brasileira.

"Comumserviçocomo oalertas,vamosproporcionar ao usuário informação em tempo real doque está acontecendo naCopaem ummomentoemquea maioriadaspessoasestaráno trabalho", explica Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor do MSN Brasil e América Latina. Nos jornais – Os sites dos jornais nacionais também são boas alternativas para estar antenado com o que está acontecendo com a nossa seleção.O portaldoEstadão(http://www. estadao.com.br/esportes/copa2006), por exemplo, traz um especial bem completo da Copa, comnotícias sobreas decisões,treinamentosejogadores brasileiros. OUol (http://esporte.uol.com.br/copa/2006) se mantém atualizado e conta com informações sobre as cidades-sede, regulamento e uma tabela que dá uma visãorápida sobre a história das copas passadas. Já o Lancenet! (http:// lancenet.ig.com.br), portal especializado em esportes, mais arrojado e irreverente, traz um blog elaborado pelos jornalistas e comentado pelos internautas. Paraaqueles quequerermsaber apenasos resultados dos principais jogos, em tempo real, o Live Score(http://www.livescore. com) é uma excelenteopção. Esse portal traz os placares dos principais campeonatos de futebol do mundo, inclusive do Brasil. Além disso, o site mostra os resultados de outros esportes, comotênis ehockey,de formasimplese atualizada rapidamente.

TV de 60 polegadas da LG, de plasma, que chega ao Brasil importada da Coréia

reprodução de sons graves, enquanto as caixas laterais atingem a potência total de 50W RMS. O som é importante para dar mais realismo aos filmes de ação, por exemplo. A tevê está pronta para HDTV, com conexão HDMI, progressive scan (a mesma dos DVDs), resolução de 1.366 x 768 pixels e xD Engine. "São tecnologias que garantem qualidade de imagem, mais resolução, brilho e cores nítidas", observa Fernanda Summa, gerente de produtos para a área de TV da LG. O produto está disponível em lojas especializadas ao preço sugerido de R$ 54.999.

SINTA-SE UM AGENTE SECRETO COM ESTE MICRO MINI DRIVE NO BOLSO

Ele pesaapenas 50 gramas, émenorqueum cartão de crédito –apenas um pouco mais "gordinho"–, cabeemqualquer bolso e resiste a choques e quedas. O novo Micro Mini DiscoRígidoIomega lembra as engenhocas fascinantes que todo agente secreto possui em filmes de espionagem, sempre pronta a ser plugada em PCs e laptops para copiar ou baixar as informações que resolvem todos os mistérios da trama.

O Micro Mini é um dispositivoUSB dealtavelocidade, em duas versões, capaz de armazenar 4GB e 8 GB. Nada de cabos e fios: um conector USB retrátil éembutido dentroda caixadeliga do Micro Mini Disco Rígido,eliminandoa necessidade de um cabo USB separado.

A energia para seu funcionamento vem diretamente da porta USBdo computadorao qual ele é plugado –não é necessário adaptador de energia separado. Porser umdisposi-

Divulgação

tivo plug & play, o Micro Mini Disco Rígido Iomega começa a funcionar imediatamente, semprequefor conectado a um PC compatível, com porta USB1.1ou2.0e Microsoft Windows XP/2000/ME,Mac OS 10.1e superior eLinux 2.6.7 e superior.

OMicro MiniDiscoRígido vem comum CDde soluções que inclui softwares para backup automáticoe pararecuperação em caso de desastres, gerenciamento demúsicase Adobe Photoshop Album para fotos digitais. Back up – O software IomegaAutomatic Backup Pro (IAB Pro)queacompanhao Micro Mini oferece a opção de backupcontínuo emtempo real ou backupsfacilmente programáveis.É possívelsalvarmúltiplas revisõesde arquivos, backups protegidos por senha com criptografia de arquivos AES ecompressão de arquivos de até 2.6:1 em documentos descomprimidos típicos do office.

OMicroMini jáestádisponível noBrasil pelopreço sugeridodeR$ 956(4GB) e R$ 1.250 (8GB). (RM) Mais informações são encontradas no site www.iomega.com.br.

O Micro Mini armazena 4GB e 8GB, sem cabos ou fios
Divulgação

DE OLHO NO IMPOSTO CRESCE ADESÃO À CAMPANHA

Em apenas uma semana, movimento já conseguiu cerca de 20 mil assinaturas. Meta é atingir a marca de 1,5 milhão até o dia 1º de maio deste ano.

P SSO

SSO

Veja nas fotos a seguir como ser um multiplicador, mesmo de longe, do movimento para maior transparência dos impostos.

1

O primeiro passo é acessar o site www.deolhonoimposto.org.bre baixar a lista para as assinaturas em formato pdf.

2

Em seguida, o cidadão interessado deve imprimir a folha de adesão, que tem espaço para as assinaturas que serão colhidas.

Depois de apenas umasemana de seu lançamento, o movimento De Olho no Imposto, que luta pela transparência na tributação de produtos eserviços,jáconseguiu 20 mil assinaturas, número que cresce a cada instante. A intenção é obter a adesão de 1,5 milhãodepessoaspararegulamentar, por projeto de lei popular,o parágrafo5° doartigo 150 daConstituição Federal, que prevê que todo cidadão temo direito de saber quanto pagade impostoem cadaprodutoou serviço quecompra. Os organizadorespercorrem várias cidades paulistaspara disseminar a idéia. Para se engajar no movimento é simples. Qualquer pessoa, emqualquer parte do País,pode setornar ummultiplicador.Basta acessaro site www.deolhonoimposto.org.br ondeestão osdetalhes daproposta, e no ladodireito da tela entrar nolink "participe".Lá, uma cópia da ficha de coleta de assinaturas pode ser impressa. Foioquefeza estudanteuniversitária Heloisa Trujillo Marcattiassim quetomouco-

nhecimento do De Olho no Imposto. "É fundamental que a população saibaquantoestá pagando de imposto, para que possacobrara contrapartida dogoverno. Masa realidadeé quea maioriadas pessoasnão sabe que é do bolso delas que o dinheiro da educação,da saúde ou do transportesai", afirmou. "Por isso resolvi divulgar a proposta", acrescentou.

Divulgação — E a estudante foi a campo. Conseguiu assinaturas, divulgando aidéia nas ruas, na faculdade e na empresa onde trabalha. Um dos abordados por ela foi a professora de escrita fiscal Lenice Turl Soares, queconhece bem os meandros da tributação brasileira,composta pornada menos que 112 tributos. Foi fácilconseguir suaadesão. "A únicamaneira de o brasileiro saber arealsituação dos impostos é por meio de um movimentocomo esse,quepermite que todos sejam multiplicadores", comentou Lenice.

E nãosão só aspessoas que conhecem omeiofiscalque aderem à idéia. Ao ficar sabendo que 45,8% do valor da conta de luz no final do mês corres-

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pondem a imposto, o motoboy Edgard Lima Batista colaborou com sua assinatura, não semantes protestar."Se eupagoimpostoem tudo,por que nuncao governotemdinheiro paratapar osmontes deburacos das ruas?", questionou. Umadas respostasàpergunta é do auxiliar administrativo FelipeTercilio daSilva. "Apopulação não cobra dos políticos osseus direitos,aí elesfazem oquequeremcomodinheiro público", disse Silva. Depois de ter conseguido as dez assinaturas que completaramafichade adesão,aestudanteHeloisaentregouo documento no Sindicato das Empresas de ServiçosContábeis (Sescon). No site do movimento háa listade endereçospara entrega, onde é possível retirar fichas ou simplesmente colaborarcom aassinatura. "Éassim que se começa uma grande mobilização, com asidéias levadasdebocaemboca",disseo auxiliar contábilValmir dos Santos Oliveira, mais um cidadãoque aderiuaomovimento De Olho no Imposto. (Leia mais na página 4 deste caderno) Renato Carbonari Ibelli

Quem entrou no site, baixou o documento e imprimiu a lista pode, em seguida, assiná-la para ir ao passo seguinte da adesão. 5

De

4

Depois de ter seguido os primeiros passos, a estudante Heloisa parte para a divulgação do projeto, levando a lista para alguns de seus conhecidos.

Milton Mansilha/LUZ
Colhidas as assinaturas, a lista pode ser entregue em um dos postos de recebimento, todos relacionados no site do
Olho no Imposto, como o Sindicato de Serviços Contábeis.

Acima, reprodução dos quadros São João (foto 1) e Banco Azul (foto 2), símbolos da arquitetura da região central

no Jockey, durante as comemorações dos 452

A SÃO PAULO DE GRUBER Exposição traz obras que retratam o Centro

Em comemoraçãoaos

452 anos de São Paulo, o Jockey Club de São Paulo exibe de hoje até opróximodia30umaexposição do artistaplástico paulistaGregório Gruber. A mostratraz 11 obrasqueretratam as regiões centrais da cidade, como o Paissandu, largo São Bento, avenida São João e estação Júlio Prestes. Duranteaaberturadaexposição, às 20h30, também será lançado o guia de serviços ao turista São Paulo Life - Golden Book (Siquini Editorial), uma publicação bilíngueque apresenta,em maisde400páginas, ahistória dacidade, com números, bairros, tribos e 12 capítulos temáticoscomosserviçosqueametrópole oferece nos setores de compras, arte, decoração, beleza, esportes, motor, cultura, hospedagem, negócios, passeios, gastronomia,noite, entre outros.Oguia serádistribuído nas suitesdehotéisdacidade, entreeles,oEmiliano,Hyatt,Sofitel e Renaissance.

A iniciativa tem o apoio da São Paulo Turismo S/A, Federação das Indústrias do Estado deSãoPaulo (Fiesp), Federação do Comércio do Estado de SãoPaulo (Fecomércio),Associação Comercial de São Paulo (ACSP)e SãoPaulo Convention and Visitors Bureau. Exposição- "Gosto da cidade enquanto ela dorme. Por isso, adesenho quando está nua". Éassim que Gregório Gruber define os retratos que pintoudoCentrodacidade.As telas transmitem cenários insólitos, onde a arquitetura prevalece, em relação ao ser humano."Gosto dedesenharo Centro porque já moreilá. Alémdisso,é uma região por onde passam muitas pessoas durante odia.Escolhohorá-

riosem que nãohá ninguém, comoo amanhecere ocrepúsculo,para captaras luzeslaterais desses períodos, quesão cenográficasetransmitemmomentosdepaz", disse. Além disso, o artista plástico revelou que é apaixonado pela arquitetura da cidade, outro bom motivopara pintá-laquandoestá vazia.Foi dessejeito queGruberretratou ovale doAnhangabaú,umdos destaquesda mostra no Jóckey.

Projetos - Aos 25 anos de trajetória,reunindo trabalhos pintados a óleo, acrílico, pastel, aquarela,oucom técnicas

de gravura,litografia eartes plásticas, GregórioGruber ainda guarda um projeto audacioso: pintar o prédio SaldanhaMarinho, localizadono largo SãoFrancisco,região central. "É umverdadeiro museude arquitetura,comterraçose vitraisespetaculares.O únicoproblema éque éinvisitável,jáqueestámuitodeteriorado. Só de colocaro pé na escada, podemos comprometer a segurança", ressaltou. Centro - Apesar de ser um admirador daspaisagensdo Centro, Gruber avalia que a deterioraçãode monumentos

arquitetônicoséumdos problemas enfrentados na região. "Por outro lado, o centro hoje é maisdemocráticoe temuma vida culturalvoltada para a população. Essa inclusão é um dos fatores primordiaispara a sua recuperação", disse. Para quem vive de observar a cidade edelacaptarsentimentose definições,Gruber diz que São Pauloé uma terra de rápidas transformações. "Essas são as essências dessa cidade, a mudança e a luta. E é isso que seduz a todos que vêm para cá", concluiu. Rejane Tamoto

O artista plástico, Gregório Gruber, mostra sua visão de São Paulo em exposição
anos da capital
Mostra traz ainda os quadros Lampião (foto maior), Casario (foto acima em destaque) e Paissandu

Uma janela para o mundo

Com a exibição do programaBig Brother,da Rede Globo, muita gente ficacom vontade dedar umaespiadinha nos participantes, mas quem não é assinante do portal não tem acesso às câmeras da casa em http://bbb.globo.com. Por outro lado, na internethádiversas webcams aovivo com funções bem mais úteis do que bisbilhotar a vida dos outros. Quemvaidescer paraolitoral pode ver as condições do sistema Imigrantes/Anchieta no site da Ecovias em http:// www.ecovias.com.br. São imagens estáticas, atualizadas a cada15 segundos,de pontos estratégicos, como os pedágios,entrada detúneis etc. Dessa forma,o internautafica sabendoseirápegar congestionamentos na viagem. Da mesma forma,quem vai seguirpelarodoviados Bandeirantes rumo ao interior pode acessar o site da Autoban em http://www.autoban.com.br.Avantagemaquié que o usuário pode escolher entre imagensestáticasou ao vivo de diversos trechos da rodovia.O site da ViaOeste ( ht t p :/ / www.viaoeste.com.br) é outro que possui quatro webcams no trecho entreSão Pauloe Sorocaba, com imagens ao vivo. Parasabercomo andaamovimentação no litoral, um bom endereçoéo Exibir.com (http://www.exibir.com). O destaque dapágina éo Robotcam na praia de Santos. O internauta pode escolher diversos ângulos e até dar zoom –dá aimpressãodeserumacâmera giratória, que responde aos co-

mandos do usuário. O problema é que as imagens são estáticase nãosão atualizadas automaticamente–na parte superiordaimagemaparecema datae ohoráriodacaptura, eo própriousuário deve clicaro botão pressetpara atualizarou mudar de câmera. O lado voyeur do serviço fica para uma câmera no chuveiro público, mas que não permite zoom. ParaverapraiadePitangueiras, no Guarujá,o internauta podeacessar apáginaco-irmã do Exibir.com, aCentral do Tempo (http://www.central

Webcams mostram imagens ao vivo de diversos lugares do planeta, ajudando em viagens ou até para matar a curiosidade

com.br)temum serviço pago de webcampara SantaCatarina, SãoPaulo e Riode Janeiro. As praiasde São Paulosão Pitangueiras (Guarujá), Maresias (São Sebastião) e Ubatuba. Para meia hora de uso é cobrado R$ 6,R$ 11 para umahora e R$ 20 para duas horas. O internauta pode dar zoom nas imagensemovimentara câmera na horizontal. E falando em serviço pago e dar uma "espiadinha" na intimidade alheia, o site DreamCam(http://www.dreamcam. com.br) é um dos serviços de

dotempo.com.br), queopera comomesmosistema,emqueo internautapodeescolherdiversosângulose darzoom,além deteracessoa outrascâmeras estáticas.Faltaramas indicaçõesde datasehoráriospara comprovar que as imagens são atuais.Olado voyeurficapor contadeuma câmeraqueprometeuma visãodaserra,mas que de onde épossível ver várias janelas de apartamentos. Para aquelesque gostamde surfar, é importante saber as condiçõesdas ondas antes de pôro pé na estrada.O site eSurf (http://www.e-surf.

Novas câmeras IP da Trendnet prometem eficiência e economia

Elas chamam a atenção por seu design moderno, cor diferenciada e recursos avançados. Mas o que agrada mesmo ao consumidor é a economia que as novas câmeras IP de monitoramento da Trendnet proporcionam. Segundo a Network1, distribuidora de produtos de comunicação de dados, convergência, voz e segurança, que acaba de trazer os produtos para o Brasil, as câmeras TV-IP 400 da Trendnet custam em média 30% menos que os produtos similares.

Em dois modelos –IP 400 e IP 400W– as câmeras possuem recursos de zoom e Pan/Tilt (articuláveis). "A grande vantagem das funções Pan/Tilt e zoom é permitir o monitoramento em uma área muito mais ampla", explica Arnaldo Moraes, gerente de desenvolvimento de negócios da Network1, distribuidora exclusiva dos produtos da californiana Trednet no Brasil.

Autonomia – Segundo Moraes, as novas câmeras transmitem vídeos de alta qualidade sobre conexão cabeada (IP 400) ou wireless (IP 400W), graças à CPU interna e ao servidor web que possuem, que permite acessálas de qualquer lugar do mundo através de um browser. Mas suas funcionalidades permitem

conteúdoadulto quehámais tempo estánoar.Acada 15 dias, uma modelo fica à disposiçãodos associados24horas por dia,emquatro câmeras, comdireitoa shows eróticos em horários determinados. As mensalidades variam de R$ 17,90 a R$ 29,90, dependendo do plano. No exterior– Para começar a descobrir câmeras ao vivo pelomundo,comecepelositeEarthCam (http://www.earthcam.com), um portal dedicado às câmeras web e que elegeu as 25melhores webcamsdo ano passado. Há câmerasem luga-

As câmeras TV-IP 400 da Trendnet custam em média 30% menos que os produtos similares e são oferecidas em dois modelos: IP 400 e IP 400W

resturísticos comoa TorreEiffel, emParis (http://www.abc parislive.com); na cidade de Valência, na Espanha (http:// webcam.comunitatvalencia na.com/webcam.htm);aspirâmides do Egito (http://www. pyramidcam.com); emGraceland (http://www.elvis.com/ graceland/vtour/gracecam. asp), a famosa mansão de Elvis PresleynoTennessee (EUA); New Orleans (http://www. tropicalisle.com/webcam. html), pós-furacão Katrina; a cidade deSão Francisco (http://www.earthcam.com/ cams/california/sanfrancis-

co),na Califórnia(EUA),entre muitas outras. Um dos pontos turísticos maisvisitados de NovaYork, Times Square, pode ser visto de diversos ângulos em http://www.earthcam.com/ usa/newyork/timessquare. Há também exemplos curiososque forameleitosentre os melhores do ano passado,como o do Departamento de Veículos deAnchorage,noAlasca,ondeé possívelveraspessoas na fila aguardando atendimento; oua jaula deum coala na Zoológico de Riverbank, na Carolina do Sul.

também que funcionem como dispositivos autônomos. Outra vantagem da linha TV-IP 400, de acordo com Arnaldo Moraes, é o sensor CMOS, que exibe imagens mais claras e nítidas. O software IPView que acompanha o produto proporciona opções melhoradas de segurança para arquivar streaming de vídeo diretamente no disco rígido de um computador. O

programa também permite monitorar diversas câmeras em uma única tela, habilitar detecção de movimentos para acionar gravação automática e enviar notificações de alerta por e-mail. Os dois modelos já estão disponíveis nas revendas e integradores da Network1. Rachel Melamet Mais informações: tel. (11) 3049-0310 e www.network1.com.br.

Fotos: Captura de telas
Os sites da Ecovias (no alto), da Exibir.com, do Times Square e da AutoBan (acima, a partir da esq.) trazem imagens de câmeras em tempo real, que podem ajudar o internauta a planejar viagens ou, até mesmo, apenas bisbilhotar a vida dos outros
Por Carlos Ossamu
Fotos: Divulgação

Bloqueio de conteúdos impróprios na internet

Ainterneté omeiode

pesquisa mais completo que existe, pois nela é possível achar praticamente de tudo. Pode pensar emqualquer coisa,ir a um mecanismo de buscas, digitaro quedesejaenãodará outra: milharesde páginassobre o assunto estarão disponíveis emuma fraçãode segundo. Até aí, nenhuma novidade. Pode parecer incrível, mas muita gente não se dá conta dissoe nemsabe quepáginas impróprias transbordam na rede e estão ao alcance de qualquer um, desde uma criança até o mais idoso dos usuários. Pense no quedesejar: pornografia, venda de armas, instru-

ções decomo consumir e comercializar todo tipo de tóxico, aulas completas sobre como montar explosivos–comdiagramas, receitas passo-a-passo e métodos de detonação–, consumo deálcool efumo, conteúdosomente para adultos, sites de violência e maus tratos explícitosemhumanoseanimais.Esses sãoapenas alguns exemplos, mas outrostemas semelhantes estão disponíveis. E não pense quesomente sitesde língua estrangeira possuem esses conteúdos. Osde línguaportuguesatambém,com destaque paraa pornografia, endereços de construção de bombas e incentivo à utilização de drogas. Tenhoessesdados, poisdu-

Glamour,moda etop models combinam com tecnologia e celulares slimcomdesign moderno. A Motorola, uma das patrocinadorasda São Paulo Fashion Week 2006, sabe disto e desfilou seus dois novos aparelhos durante o evento –exibindo-osno seu ponto de encontro na Bienal. São celulares que devem fazer a cabeça dos mais descolados.

tra opções que podem ser configuradas em quatro níveis para cada uma.As descriçõesde cadaumasãodaMicrosoft.Asopções e respectivos níveis são:

Linguagem

Nível zero: Gírias inofensivas - Gírias inofensivas; ausência de obscenidades.

Nível 1: Blasfêmias levesBlasfêmias leves ou termos moderados para funções fisiológicas. Nível 2: Blasfêmias moderadas - Blasfêmias; referências anatômicas sem conotação sexual. Nível 3: Gestos obscenosLinguagem forte e vulgar; gestos obscenos. Uso de expressões pejorativas.

Nível 4: Linguagem crua ou explícita - Discurso de ódios extremados ou linguagem crua. Referências sexuais explícitas.

Nudez

Nível zero: NenhumaAusência de nudez

rante dois anos participei de um projeto internacional–em que fui o responsável pela língua portuguesanos vários países emque elaéfalada– quevisava justamente levantar esses tipos de sites. Foi desenvolvido para criar umimensobancode dados e disponibilizar um mega filtroparaqueos adultospossam inibir o acesso de crianças a esses conteúdos. Àprimeiravistapodeparecer censura e manipulação do que poderáestardisponívelparacada um na rede, mas é um assunto delicado.Ele émuito pessoal e cadapai tem o direitode permitir o que seus filhos podem ter acesso. Na verdade esse tipo de controleéapenaspaliativo,

Celulares de estilo brilham em evento de moda

A Motorola mostrou os fininhos

PEBL e o V3 Pink para o público descolado da São Paulo Fashion Week

À esq., o PEBL U6 e, à dir., o RAZR V3 Pink finalmente chega em fevereiro ao Brasil ao preço de R$ 1.499

pois nãoadianta filtrarconteúdo no micro de casa se o do vizinho não tem controle algum. Recebovárias consultas, por e-mail ou pessoalmente, de pais preocupados como queseus filhos acessam na web, perguntando seexiste algummecanismo de bloqueio a sites com conteúdosquenãocondizemcoma idade das crianças. A maioria desconhece uma ferramenta do InternetExplorer.Vejaospassos a seguir e, se desejar, habilite essa ferramenta.

1 No menu Ferramentas, clique em Opções...

2 Na abaConteúdo,clique emClassificação.Ela mos-

Um deles é o MotoPEBL, um pretinho, que ao contrário das modelos do SPFW, é minúsculo e de formas arredondas, e o outroéo RAZRV3Pink,um telefonefinoeelegante cujo principal atrativo, além do design, éa corrosa-choque. Eles sãolevese cabem em qualquer bolso da calça. O PEBL U6, um clamshell que devechegar embreve ao mercado, temo flipacionado com apenas um toque na parte superior, revestimento metalizado e tela com 262 mil cores. Acâmera é VGA, mas o aparelho traz também conexãoBluetooth, campainhas em MP3,discagem porvoz e pesa 100 gramas. O RAZR V3 Pink é uma versão arrojada se comparada aos modelos anteriores e mais discretosV3 (preto, prata e grafite), e por causa da cor, vai custar umpoucomais: R$ 1.499 ao chegar às lojas em fevereiro. Os V3 tradicionais custamde R$ 700a R$1.200, dependendo da cor.

O V3 Pink pesa só 95 gramas e também tem câmera e ringtones MP3. Ambos são para rede GPRS e EDGE, evoluções da GSM para transmissão mais veloz de dados.

Quem visitava olounge da Motorola na Bienalpodeexperimentar os dois telefones e imprimir fotos dosdesfiles, das modelosedos camarins coma facilidadedatecnologiaBluetooth(semfio ecom alcance deaté 10metros). As imagens iam diretamente para uma impressora e, depois deprontas,eram colocadas em porta-retratos ou camisetas criadas pelos estilistas Alexandre Herchcovitch e Katia Wille,da Zigfreda,par-

ceiros da Motorola na SPFW. Eles também foram os responsáveis pela elaboração de conteúdos como papéis de parede eprotetores de tela inspirados nas suas novas coleções, disponíveispara download aos usuários da Motorolanosite http:// www.hellomoto.com.br . Segundo a diretorade Marketing de Produtos Móveis da Motorola,Claudia Colaferro, a empresa "apostano mundo da moda como a melhor plataforma para falar sobre seu design e lançamento de produtos. Osconsumidores que buscam tecnologia estão atrás tambémde aparelhoscomos quais se identifiqueme que expressem seu estilo".

A TIM, que junto com a Motorola patrocinava aSPFW, também oferecia ringtones para celulares com a trilha sonora do evento, papéis de parede e conteúdos como fotos e vídeos dosdesfiles ebastidores. Osassinantes daTIM interessadosem acompanhara SPFW, masque nãopuderam ir até a Bienal e nem acessar as informaçõespelo site oficial, recebiammensagens instantâneas (SMS) sobre detalhes dos principais desfiles ao preço de R$ 0,22 por dia. Barbara Oliveira

Violência

Nível zero: NenhumaAusência de violência agressiva; ausência de violência natural ou acidental.

Nível 1: Lutas ou brigasAnimais feridos ou mortos; danos a objetos realistas. Nível 2: AssassinatosSeres humanos ou animais feridos ou mortos.

Incentivo a ataques a animais inofensivos.

Nível 3: Assassinatos com derramamento de sangueSeres humanos feridos ou mortos.

Nível 4: Violência gratuita ou infundada

3 Após fazer asconfiguraçõesdesejadas, clique no botão Aplicar.

4 Na janela Opções da Internet cliqueno botãoAtivar e atribua uma senha.

5

Clique em OK

Nível 1: Trajes provocantes

Nível 2: Nudez parcial

Nível 3: Nudez frontal

Nível 4: Nudez frontal provocante - Exibição provocante de nudez frontal.

Sexo

Nível zero: NenhumaAusência de representação de atividade sexual. Romance.

Nível 1: Beijos apaixonados

Nível 2: Contato sexual sem nudez

Nível 3: Contato sexual não explícito

Nível 4: Atividade sexual explícita

Aparelhos

Pantech de 5 Mpixel chegam às lojas da Coréia

Parece que,definitivamente,os celulares mais sofisticados entraram no mercado para disputarespaçonocompetitivosegmentodas câmeras digitais. A maioria dos modelos high end já embute câmeras de boa qualidade. A Pantech lançou, há duas semanas, na Coréia, dois modelos com características avançadas de câmeras digitais. Um deles, o IM-8600 tem capacidade para5 Mpixel,amesmaresoluçãodas câmeras mais vendidas hoje em dia.

O IM-8600 dispõe de uma telagiratória (ele énoformato concha) e vem equipado com a tecnologia Meca Shutter para controlar aquantidadedeluz na hora da foto e garantir mais definição –afinal5 Mpixelnão

Daí em diante todosossites com os conteúdos definidos como imprópriosserão bloqueados e será exigida a senha definida pelo usuário para ser acessado.Anavegaçãopelainternet por um adulto ficará complicada, mas basta desativar essa opção quando isso for necessário. Para retornarao bloqueio,é só ativar novamente esse controle. Claro quenão é100% eficiente, mas ajudaa bloqueara maioria dos conteúdos definidos como impróprios.

Quanto aos e-mails, esqueça. Nãohá comobloquear eficientementenenhumtipo de conteúdo que compõem as mensagens eletrônicas. gojunior@videopress.com.br

podemser desperdiçados. A câmeratambém incorporafoco automático e close.

O modelo consegue disparar 30 quadros por segundo, permitindocaptura deimagens emmovimento comboa qualidade, garante a fabricante, poiso IM-8600incorpora a funcionalidade VOD/MOD (vídeoe música on-demand) para receber imagens ao vivo, músicas, vídeos,karaokê, TV. O celular também pode ser usadocomo dispositivopara internet banking e recebimento de e-mails, com filtragem paraspams(mensagens não desejadas). O preço estimado é US$ 700.

O outroaparelho de ponta da Pantech,dotiposlider, éo IM-8700 com câmera de 2 Mpixeletelade2,2polegadasdealturadecristal líquidopadrão QVGA. O aparelho é apropriado paravideoconferências, tal o tamanhoe a resoluçãoda tela,e asimagenschegama10 quadros por segundo. O preço sugerido éde US$600. Ambos os modelos serãocomercializados na Coréia,porenquanto, e com a marca Sky. (BO)

Fotos: Divulgação

MAGAZINE LUIZA

Rede de lojas de Franca cresce 41% em 2005 e assume o terceiro lugar no ranking do setor.

FURLAN: AGENDA INTENSA EM DAVOS

Oministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, participará nesta semana, entre os dias 26 e 29 de janeiro, em Davos, na Suíça, do Fórum Econômico Mundial. Na oportunidade, além de participar de debates sobre América Latina, biocombustível e inclusão digital, o ministro terá encontros com representantes de governos e de várias empresas estrangeiras como Microsoft e Unilever. Na quinta-feira, o ministro inicia a série de encontros que terá em Davos. O primeiro será com

ADEMISSÕES O Banco Rural anunciou ontem a demissão de 400 empregados da rede de agências.

o presidente internacional da Microsoft, Jean Philippe Courtois. Na seqüência, Furlan conversa com o presidente da empresa de semicondutores AMD, Hector Ruiz. Furlan se

reunirá com o secretário de Comércio dos EUA, Carlos Gutierrez, e com o Comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, e CEOs da Unilevar e Intel. (AG)

NA FORDDISCUSSÕES SOBRE SALVAGUARDAS

Ford anunciou ontem um plano de reestruturação que prevê cortes de 25 mil a 30 mil empregos na América do Norte até 2012 e o fechamento de 14 plantas de produção, na expectativa de inverter déficits.

O lucro líquido do grupo no quarto trimestre do ano passado aumentou 19%, para US$ 124 milhões, de acordo com balanço financeiro divulgado ontem pela empresa. (Agências)

AAapenas sete dias do prazo final de negociação, ainda há pelo menos cinco pontos de divergência entre Brasil e Argentina na regulamentação do mecanismo de salvaguardas no comércio entre os dois países, também chamado de Cláusula de Adaptação Competitiva (CAC). Estão programadas até três rodadas de negociação a respeito das cláusulas para um entendimento.

As CACs, ou salvaguardas, vão limitar o comércio se um país se considerar "inundado" pelos produtos do vizinho. Os negociadores brasileiros querem evitar que o mecanismo seja aplicado de forma automática, como querem os argentinos. Querem, também, garantir que o Brasil, ao restringir as vendas à Argentina, não perca mercado para concorrentes de fora do Mercosul. (AE)

YUAN CHINA PODE SER A QUARTA ECONOMIA

polêmica em torno da valorização da moeda chinesa está de volta aos cenários político e econômico. "A China não pode ser responsabilizada pelo déficit americano", disse Ma Delun, assistente do governador do Banco Popular da China, em resposta à nova onda de pressão dos Estados Unidos para que a China acelere o processo de fortalecimento do yuan. (AE)

AChina pode se tornar a quarta maior economia do mundo, superando a França e o Reino Unido, que até 2004 ocupavam a quinta e a quarta posições, respectivamente. Hoje o governo chinês anuncia sua taxa de crescimento consolidada do ano passado e, segundo analistas, estará próxima dos 10%. Segundo o Banco Mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês poderá chegar à marca dos

US$ 2 trilhões, contra os atuais US$ 1,9 trilhão da França e US$ 2,1 trilhões do Reino Unido.

A Lehman Brothers prevê que a China deve superar o PIB da Alemanha e ocupar o posto de terceira maior potência mundial em 2010. Os analistas não descartam nem mesmo a possibilidade de a China superar seu rival regional, o Japão, em 2020, para ficar atrás apenas dos Estados Unidos como potência econômica. (AE)

TV SEM FIOEUA: VANTAGENS PARA TV DIGITAL

Agigante de telefonia móvel Nokia fechou parceria com outras empresas de tecnologia para promover o padrão DVB-H para TV sem fio. Entre as companhias que fazem parte da aliança, estão a Intel, a Motorola, a Texas Instruments e a Modeo. A parceria, denominada Mobile DTV Alliance, pretende encorajar padrões abertos de transmissão de TV para aparelhos móveis. (Reuters)

A TÉLOGO

das notícias abaixo:

Governo e centrais sindicais devem fechar hoje o valor do salário mínimo

Receita apreende 70 mil produtos falsificados

Os Estados Unidos vão oferecer ao Brasil contrapartidas comerciais e financeiras para tentar convencer o governo a adotar o padrão americano para a TV digital. "As principais vantagens são maior possibilidade de exportação e custo mais baixo", afirmou o presidente do Fórum ATSC, representante do padrão americano de TV digital, Robert Graves.

Ele assegura que o padrão americano poderá, a partir de junho, oferecer a possibilidade de uma TV digital funcionar em aparelhos em movimento, como uma TV dentro de um ônibus, por exemplo. A mobilidade é um dos requisitos exigidos pelo Brasil para a escolha da tecnologia de TV digital. Foi por falta dela que os técnicos brasileiros sugeriram o descarte do padrão americano. (AE) UE

Tons de vermelho intenso, lacinhos e mulheres peruanas

Os costumes das mulheres peruanas, destacados pela grife IsabelaCapeto, abriram os desfiles do últimodia da SãoPaulo Fashion Week.A estilistafez umaviagemaoPeruetrouxe deláas cores fortes dos indígenas andinos. Como o tema da SPFW é atransformação,o cenário da apresentação veiobem a calhar: vários rolosdepapel higiênico(o fabricanteera um dos patrocinadores da marca) viraram uma espécie de lustre. A "peça" foi colocada no centro da sala – as modelos desfilavam em volta dela. O inverno, segundo a leiturade Isabela Capeto, será colorido – os paetês são quadrados, de acordo com o estilo inca. O rústico foi combinado com os delicados bordados. O douradoestava presente em saias e vestidos. A jovem estilista Gisele Nasser inovou, trazendo como tema do trabalho Chapeuzinho Vermelho. "Meuobjetivo foi destacar o vermelho, o romantismo e o estilo college", disse. A primeira a desfilar veio a "caráter": um vestido todo vermelho,com capuz.Acor erapredominante em todasasroupas.Havia blusinhascoladas aocorpo,rendanabarra das

Cenário feito de papel higiênico saias, e muitas flores aplicadas nas peças. Os laços decoravam ocabelo, realçavamascostas nuas ou destacavam as boinas.

As bermudasforam combinadas comcorpetes elingerie. "Toda mulher temuma menina dentro dela. Por isso, escolhi elementosjuvenisparaa coleção", explicou Gisele.

A grife Zigfreda estreouna São Paulo Fashion Week.As bolinhas na estampa das peças eosapliquesdourados eprateadosforam os chamarizes.

Os vestidos estilo anos 60, tipo roupa de aeromoça, também chamaram a atenção.

Os especialistas em moda fi-

zeram umbalanço positivo dos seis dias de SãoPaulo FashionWeek."A impressão que dá é que não vamos conseguir usar nada, de tão diferentes que são as peças. Mas não é assim. As pessoas precisam de um tempo para digerir as novidades. Naverdade, temostrês fases: a indústria, o comércio e o consumidorfinal. Sósaberemosainfluênciadositensmostrados nas passarelas no dia-adia, nas ruas, daquia algum tempo", disse a jornalista e consultora de comportamento Cláudia Matarazzo. Já a consultora de moda Glória Kalil disse que a semana foi ricae cheiadeidéias. Paraela, falta apenas definiruma data paraqueaSPFWsetorne um evento internacional. Balanço –Em 2006 serão realizadas edições "preview" da SPFW, em maio e em outubro. "São eventos direcionados ao público comprador", disse Graça Cabral,uma das diretoras doevento. Estaedição movimentoucerca deR$ 2bilhões nacapital,30%a mais do que a edição passada. Nos seis dias de funcionamento houve 46 desfiles de 43 marcas. Mais de 72 mil pessoas visitaram o local. Neide Martingo

Paulo Whitaker/Reuters
Chapéuzinho Vermelho foi a inspiração de Gisele NasserCasaco da estreante Zigfreda
Laços nas roupas e cabelos
Lindomar Cruz/Abr
Patrícia Santos/AE

Nas duas últimas semanas a retração foi, em média, de 0,32% e de 10,2%, impulsionada pelo aumento de oferta

OO quilo do limão foi de R$ 0,54 para R$ 0,48, queda de 11,1%

mercado atacadista das Centrais de AbastecimentodeCampinas –CeasaCampinas registrou queda de preços nas últimas duas semanas deste mês na pesquisa que realiza com30 itens mais vendidos e mais procurados nosnegócios no atacado. Na semana passada, na média de altas e baixas dos produtos, a cesta de itens ficou 0,32% mais barata. Na segunda semanafoi registrada queda de 10,2% em média, entre os 30 produtos. Na primeira semana de janeiro, medida de28 dedezembro de 2005a 6deste mês,o percentual médio foi de alta de 8,38%. Na última pesquisa, de acordo com a Ceasa, realizada entre 13 e 20 da semana passada, a abundância de ofertas de diversos produtosfoi oquepuxou o preço de alguns produtosparabaixo. Como aconteceucom o limão Taithi que variou menos 11,1%, passandodeR$ 0,54 paraR$ 0,48 o quilo. Com produção em alta, impulsionada pelo tempo

seco da semanapassada, registraramredução de preçotambém a abobrinha brasileira (-25%), o jiló(-15,4%),opepino caipira (-3,3%), o pimentão (14,8%),o tomate(-10,7%) e a vagem macarrão, que registrou queda de 7,1% noquilo que custavaR$ 1,55 e chegou a R$ 1,44. Com exceção da alface, que anotouumaretração no preço de 13,3%, passando deR$ 0,75 paraR$ 0,65 nasemana passada,depois de registrar altasnos preços no final do ano passado enas duasprimeiras semanas deste ano, os quatroprincipaisprodutosentre ashortaliças comercializadas na Ceasa aumentaramdepreço nastrêsprimeiras semanasdeste mês. A acelga subiu 56,3%, a chicóriaaumentou 4,8% e acouve-flor registroualta de 9,6%a unidade vendida. Já orepolho verde liso teve umaumentode 14,3%, com o preço do quilo passando deR$ 0,35 para R$ 0,40.

Aalface,entretanto,jácomeçou esta semana em alta, segundo os varejistas e produtores. No caso dessa hortaliçachovaou façasolo problemaéomesmo: quebra na produção. O sol forte ou as pesadas chuvas esporádicascomo ade ontem, por exemplo,fazem com que osprodutorescolham ospés comtrêsouquatro

semanas de plantio e não emoito semanas,comodeve ser feito. Com isso, a hortaliçavai para oatacadista pequena, feia eemmenor quantidade. Mesmo apresentando qualidade inferior, o preçodo produto sobe porquehápoucooque vender no mercado.

Essa alta nos preços da alface só vaiser medida no finaldesta semana, quando for concluída a nova pesquisa daCeasa.O preço, deacordo com opresidente da Associação dos varejistas do Mercado Municipal, Edson Shimabukuru,deve continuarsubindo já queas temperaturas ouaschuvasquando caem fortes nos finais de tardede verãoprejudicam bastanteasfolhasmaissensíveis. Opreço,ontem, já estava batendo os R$ 1,15 o pé no atacado.

“Trabalhamos sempre com o queestá mais barato na Ceasaparacolocarmos empromoçãonos pontos devenda,mashácoisasque nãodácomo nocasodaalface hoje que tem pouco e está mais cara”, disse o presidente da associação que também comanda uma banca de frutas e legumes naárea externa doMercadão. Para ovarejista, entretanto, a qualidadedeve ser omais observadopeloconsumidor. “Os preços do atacado também variam de acordocomaqualidadedos

produtos, não somente pelaofertae procura”, afirmou Edson Shimabukuru . Adonade casaLuíza Marcondes de Oliveira tentafazer o máximo de economia que pode quando compra frutas e verduras para a família. De acordo com ela,aqualidade pesa bastantenomomento de decidir que produto levarpara casa. “Se você compra uma coisa com qualidade muitoruimou estraga tudona geladeira um diaou doisdepois, ou nahoradeprepararperdesebastante no momento de limpar a verdura”, disse a mulher. Ela, entretanto, admite que, quando o orçamento aperta, compra mesmooque odinheiro que está contado na carteira permite. “Deixar o jantar sem verdurase legumes nãoébom,mesmo com o preço da carne mais baixo hoje”, dissea dona de casa, referindo-se à baixa nopreço dacarne bovina nas últimas semanas. Flores – A Ceasa-Campinas também realiza pesquisassemanaisnomercado de venda de flores no atacado. A semana passa-

da, deacordocoma Centrais, foi um período de estabilidade nospreçosinclusive nos produtosdo grupo de flores efolhas cortadas, com exceção do lisiantos que com as altas temperaturas apresentou queda na produção. Com poucos produtos colocados àvenda opreço subiu 7,1% passandode R$7 para R$ 7,50 o maço. Deoutro lado, as rosas apresentam geralmente nesta épocadoanoabundância no mercado. Com isso, oproduto caiude R$ 4,40 paraR$ 4,00 a dúzia, queda de 9,1%. Já no grupo deflores eplantasemvasosoúnico produtoque apresentou variação positiva foi oKalanchôe, com alta de 4% saindo de R$ 15,39 para R$ 16a caixa com quinze unidades. Nogrupo dosprodutos para paisagismo, a cotação permaneceu inalterada.A grama esmeralda, entretanto, registrou baixa nos preços de 4,3% acompanhando um período de baixa demanda,informou o levantamento realizado na semana passada. Mário Tonocchi

AFispal – agência internacional privada de desenvolvimento do mercado de alimentos no Brasil – inicia, hoje, o Road Show Fispal Latino, uma série de cinco palestras para mostrar às empresas brasileiras fabricantes de alimentos o potencial comprador do mercado norteamericano. As palestras vão passar por cinco cidades do interior de São Paulo e funcionam como preparativo e estímulo para a participação na

segunda edição da Fispal Latino, que acontece entre os dias 10 e 12 de maio, no Miami Beach Convention Center, em Miami Beach, na Flórida, Estados Unidos. O circuito de encontros começa hoje em Marília, vai para Ribeirão Preto no dia 1º de fevereiro, chega a Campinas no dia 7, prossegue em Piracicaba no dia 8 e terminará em São José do Rio Preto em data a ser definida. A Fispal espera levar cerca de 500 expositores para o evento na Flórida,

estado por onde entram 90% das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Em Campinas, o encontro acontece no auditório da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). O evento, que conta com o apoio da prefeitura de Campinas, será aberto pelo viceprefeito e secretário de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo, Guilherme Campos Júnior, também presidente da Associação Comercial e Industrial (Acic). Os participantes terão acesso a dados do potencial do mercado formado por latinos nos Estados Unidos. Segundo estudos econômicos do Selig Center for Economic Growth, da Universidade da Geórgia, a população de origem latina residente em solo norte-americano tem poder de compra de US$ 686 bilhões, segundo análise feita em 2004. Desse volume, US$ 60 bilhões são destinados para alimentos e bebidas. Do que é gasto em comida

e bebida, apenas US$ 3 bilhões são utilizados para aquisição de produtos produzidos na América Latina, principalmente porque os consumidores não encontram esses artigos nos supermercados ou restaurantes norteamericanos. (MT)

AVISO AOS LEITORES O Diário do Comércio não circulará amanhã, dia 25, feriado municipal na capital paulista.

FISCALIZAÇÃO

Aautarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec), de Campinas, que entre outras obrigações fiscaliza o uso do solo público, garante que no ano passado bateu recorde de fiscalização para coibir o comércio irregular na cidade. Segundo a Setec, em 2005, foram feitas 2.632 intimações por uso ilegal do solo público, número 156% maior que as 2.094 pessoas intimadas em 2004. Em 2005 foram feitas 1.485 apreensões, ante 1.055 em 2004. As multas também aumentaram. No ano passado, foram aplicadas 279 multas e apenas 83 em 2004.

PONTE PRETA

Oestádio Moisés Lucarelli, sede do time Ponte Preta, será patrocinado pela Sherwin-Williams, uma das líderes do segmento de tintas no Brasil. A empresa vai fornecer com exclusividade as tintas para acabamento e manutenção do estádio. O acordo prevê o fornecimento de diversos tipos de tintas para dar um visual moderno e renovado ao local, segundo a empresa. Instalada em Taboão da Serra, em São Paulo, a Sherwin-Williams está investindo, este ano, em diversas ações de marketing.

FRANCHISING

Arede brasileira de alimentação Rei do Mate abriu sua 194º loja este mês, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. A inauguração, segundo a empresa, faz parte do projeto de expansão que visa a instalação de unidades em locais que atraem grande número de freqüentadores como hospitais, supermercados e aeroportos. Para a abertura da nova loja foram investidos aproximadamente R$ 180 mil e contratados oito funcionários que trabalharão nos 40 metros quadrados do novo ponto de venda da rede.

Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200 ÓRBITA

de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo
Consumidor quer qualidade, mas quando o dinheiro está contado leva o que cabe no bolso
A seca dos últimos dias ajudou a melhorar a produção e fez despencar o preço de alguns itens
Shimabukuru diz que o varejo opta pelos itens em promoção

JÁ ESTÁ NA INTERNET O TEXTO PARA A LEI QUE FARÁ VALER O RESPEITO À

IMPOSTOS: ANTEPROJETO DE LEI EM DISCUSSÃO

Asociedade jádeuos primeiros passos para fazer valer a Constituição Federalno quedizrespeito àtransparênciadosimpostos. Além do movimento De Olho no Impostojá tercolhidocerca de20 milassinaturas, hoje entra em debate – por meio do site www.deolhonoimposto.org.br –o texto do anteprojeto de lei que, se aprovado, vai fazer com que os consumidores saibam o quanto háembutidodetributos nas mercadorias e serviços. "As pessoasdevemtomar conhecimentodotexto esua justificativa e se manifestar pelo site do movimento até o fim de fevereiro", avisa Guilherme Afif Domingos, presidenteda Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo (Facesp) e da Associação

Comercial de SãoPaulo (ACSP). Em março, líderes do movimento irão a Brasília para apresentação doanteprojeto aoslíderespartidáriosda Câmara e do Senado. "Vamos levar o texto antesda datafinal de coleta de assinaturas para que eles já possam conhecer nossa proposta", diz Afif Domingos. O prazo para captar pelo menos 1,5 milhão de assinaturas vai até 1º de maio.

Oanteprojeto,elaboradopelo consultor jurídico da ACSP, Gastão Alvesde Toledo,regulamenta o parágrafo 5º, do artigo 150 da Constituição, que diz: "A lei determinará medidas para que os consumidores sejamesclarecidos acercados

impostos que incidam sobre mercadorias e serviços".

Com aregulamentação, poderá serexigido quenanota, cupomfiscal ou documento equivalenteconsteo quanto incide detributos federais,estaduais e municipais sobre a compra efetuada.

Cálculo – Os cálculos da carga tributária incidentesobre cada produtoou serviçoserão apurados e fornecidos, semestralmente, por instituiçãode âmbito nacional, idônea, voltada primordialmente àapuraçãoe análisede dados econômicos,a serindicadapelo Departamento de Proteção e Defesa doConsumidor, daSecretaria deDireito Econômico do Ministério da Justiça. Para que o empresário possa colocar essas informações nas máquinas que emitem a nota fiscalseránecessária uma adaptação parao cálculoda carga tributária decadaproduto e da soma total da compra. Segundo Wolney Betiol, presidente da Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Automação Comercial (Afrac), com as informações apuradas eatualizadas,seria preciso uma simples alteração nosoftwareda máquina. "E o custo seria viável", diz. Aaprovação doprojetode leicolocaránoCódigodeDefesa do Consumidor um inciso que garantirá ao cidadão o direito ao "esclarecimento acerca dos tributos que incidem sobre mercadorias e serviços".

Laura Ignacio

O movimento pela transparência dos impostos ultrapassou a fronteira de São Paulo e chegou ao Paraná. Ontem, Afif Domingos falou a empresários sobre a importância de o cidadão conhecer o que paga para exigir a contrapartida

PARANÁ TAMBÉM ADERE AO MOVIMENTO

Acampanha nacional quevisa conscientizar oconsumidor sobreos impostos embutidos em produtos e serviços, deflagrada em São Paulo por iniciativa da Associação Comercialde São Paulo (ACSP) e várias outras entidadesdeclasse, acabade chegar ao Paraná. O De Olho no Imposto foi lançado ontem à noite em Londrina, no Norte do Estado, durante palestra de

Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP. Afif Domingos destacou que o cidadão brasileiro, especialmente o mais humilde, não tem consciênciada cargatributária que incide sobre serviços e produtos que adquire, e que isso deveria retornar em forma de serviços básicos, como saúde, educaçãoe segurança. Segundo ele, a mobilização em defesa dacidadaniapermitiráqueisso seja mudado e, assim, as pessoas exigirão acontrapartida do que o governo recolhe. Ele lembrou que em 2005 a arrecadaçãochegou a R$ 731,60 bilhões,o que demonstra avoracidade dosistema tributário brasileiro. "É preciso que o consumidor saiba que é ele que paga o imposto, pois a isenção, quando existe, é apenas do imposto de renda."

O presidente daACSP enfatizou que os empresários e en-

tidades de classe têm de se mobilizar para conquistar a adesãodoconsumidorparaacampanha De Olho no Imposto, que pretende conseguir 1,5 milhão de assinaturas até o início demaio, necessáriasparaum projeto de lei popular propondo a regulamentação do parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal(veja reportagem acima),quedetermina a discriminação dos impostos que incidem sobre produtos e serviços na nota fiscal.

Perversidade – O presidente do Sindicato das Empresas de ServiçosPericiaise AssessoriasContábeis (Sescap-LD), José Joaquim Martins Ribeiro, considera queo setorprodutivo é penalizado pela carga tributária da ordem de 40%. "Pagamos impostos do padrão da Suíça, mas recebemos tratamento de países de 4º mundo por parte do governo", disse.

Tributos federais subiram para 24,2% do PIB em 2005

Acarga bruta dos tributos federais passou de 23,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004 para 24,2% do PIB em 2005, segundo estimativa feita pelo SindicatoNacionaldos Auditores Fiscaisda ReceitaFederal (Unafisco) divulgada ontem. Dototal daarrecadaçãofederal no ano passado, 52% foramprovenientes dostributos cobrados sobre o consumo, que penalizammais apopulação de baixa renda. Segundo a Unafisco,os trabalhadores comcarteiraassinada pagaram trêsvezesmais impostos do que os bancos.

A entidade estimou que a receita administrada pela Secretaria da Receita Federal subiu de17% doPIBem2004para 17,8% em 2005. O cálculo refere-se à carga bruta,que inclui acréscimos legais (multas, juros e correção monetária).

A Unafisco observouque as receitas líquidasadministradas pela Receita– calculadas com critérios fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – atingiramR$ 333 bilhões, ou seja, 17,1% do PIB. "Esse resultado é superioraos 16% do PIB planejados pelo governo para ospróximos anos, diz a nota da Unafisco. (AE)

Ele lembrou que o sistema tributário brasileiro é em cascata, por isso muitos seguem pela informalidade. "E isso não é para sonegar. É por uma questão de sobrevivência", afirmou. Já o empresário Flávio Meneghetti, presidente doSindicato do Comércio Varejista de Veículos de Londrina, entende que o resultado do movimento que busca a transparência trará seus frutos em um oudois anos, quando o consumidor se conscientizar dequeopoder público existe para servi-lo, revertendo a situação de que é ele que tem de servir o Estado. "O cidadão, como eleitor, deve exigir dos políticos que elegeuqueo representem bem, seja na Câmara de Vereadores ou no Congresso. Portanto, esse movimento é o despertar da consciência do direito à cidadania", disse Meneghetti. Sílvio Oricolli, de Londrina

Mais 120 pedidos de liminares contra o novo ISS

Atéa últimasextafeira, a Secretaria de Negócios Jurídicos do Município de São Paulo comemorava o balanço de 27 liminares negadas contra 17 concedidas às empresasou entidades quequestionaramnaJustiça anovalei paulistanado Imposto Sobre Serviços (ISS). Mas esse balanço corre o risco de se inverter. Ontem, o advogado Francisco Gurgel entrou com120 mandados desegurança com pedidodeliminar contra a nova legislação. De acordo coma Lei nº 14.042/2005, quevigora desdeodia 1º,asempresas com sede fora da capital,mas queprestamserviço em São Paulo, têm de secadastrar naprefeitura paulistana.E se nãoestiveremcadastradas,a tomadora deverá fazer a retenção do ISS nafonte e o recolher para São Paulo. O advogado, que representa120 empresas de Santana de Parnaíba, cidadeda GrandeSão Paulo, já conseguiu oito liminares favoráveis. A tese das 120 ações ingressadas ontem é a mesma das primeiras vitórias. "Alegamosinvasão de competência territoriale bitributação", diz. (LI)

Programas de fidelidade devem

respeitar vida privada dos consumidores

Em pesquisa, consumidores dizem que só darão acesso a um pequeno volume de dados pessoais, o mínimo necessário para que os comerciantes possam criar bancos de dados

Segundo uma pesquisa recente da NRFFoundation (o braço de pesquisada Federação do Varejo dos EUA), os comerciantes devembuscar umcuidadoso equilíbrio entre seus programas de fidelização e a coleta de dados privados dos consumidores. Apesquisafaz partedo relatórioRetailDemand Insights2006:WhatDrives Consumers? ("Insights sobre as Demandas doVarejo 2006:O Que Motiva os Consumidores?")

Segundo oestudo,osvarejistas sofrem uma pressão cada vezmaior paraestabelecer programas de fidelidade com seusclientes.Apesquisaaponta que onúmero de consumidores que declararam ser compradores fiéis de uma determinadaloja ourede caiupara

77,2% em 2005, comparado com 83,8% no ano anterior. Orelatóriomostraqueosconsumidores semostramdispostos einclinados aparticiparde programas defidelidade, mas os varejistasdevemtermuito cuidado na construção dessa relação com seus clientes, já que ela envolve a captação e registro de muitas informações pessoais.Os consumidoresconsultados são categóricosao dizer que só darão acessoa um pequeno volume de dados pessoais, o mínimo necessário para

Cartões de presentes são usados no processo de fidelização

que os comerciantespossam criar seus bancos de dados. Deacordocomo estudo,as informaçõesqueosconsumidores estãomais dispostosa revelar incluem seus nomes (89,8%); endereço dee-mail (78,1%);endereço residencial (60,7%), e históricode compras (46,8%). Osdados que consumidores menos desejam fornecer incluem seu peso(14,4%); renda (12,5%); cargo profissional (12,1%); empregador (10,9%) e saldo bancário (8,2%).

SegundoKathy Mance,vicepresidente da NRF Foundation, os varejistas devem ficar alertas para a linha que separa a oferta

OKI lança impressora matricial para comércio e indústria

A Microline 186 possui velocidade de 375 cps e imprime com perfeição até cinco vias

As impressoras matriciais, quemuitos consideram ultrapassadas,ainda possuem um nicho cativo de mercado, principalmente em aplicações que exigem robustez,economiae impressãoemvárias vias. Para atender esse mercado, a OKI Printing Solutions (www.okidata.com.br) lançou a Microline 186, um equipamento indicado para trabalhar em condiçõesextremas, como ambientes industriais epontos-de-venda, imprimindo, porexemplo,notas fiscaisem diversas vias.

"AML 186é uma excelente impressora, que combinaum manuseio versátil de papel comaltavelocidade edimensões físicas reduzidas", diz Richard Kenj,gerente deprodutos da fabricante japonesano Brasil, salientandoque oequipamento alcança a velocidade deimpressãode375cps(caracteres por segundo) nomodo SuperSpeed Draft. Desenvolvida e testada em condições reais de operação, a máquina conta com um sensor óptico queposiciona comprecisãoacabeça deimpressão, garantindo caracteres precisos mesmona últimapágina de um formulário de cinco vias. O equipamentoincorpora o sistemaexclusivodaOKI de tracionamento de carro de impressão, proporcionando maior precisão e durabilidade, com uma vida útil média da cabeça deimpressão demais de 200milhõesde caracteres.O modelo possui ainda interface USB e paralela, que proporcionam conectividade versátil. "Aocontráriodamaioriadas impressorasparasegmentoindustrial e pontos-de-venda, a

ML 186 possui um consumo de apenas60 watts, alémda robustez sem igual confirmada através de umMTBF(tempo médio entre folhas) de 20 mil horas", finaliza Kenj. AML186 podetambémimprimir praticamente em qualquer formulário contínuoou

O preço da impressora a laser (acima) da OKI está caindo; abaixo, a matricial Microline 186, indicada para trabalhar em condições extremas

avulso,inclusive emformatos diferenciados,poisseu sistemadetracionamento permite utilizar formulários com até 25,4cmdelargura.Alémdisso, o kitde traçãoopcional aceita documentoscom largura variando de 7,62 cm a 24,13 cm. A impressora ML 186 pode ser encontrada nas principais revendas e lojas da rede Kalunga (www.kalunga.com.br) pelo preço de R$ 699. Preço em baixa – A OKI Printing Solutions também anunciou a redução de preço da impressora laser colorida C5200n,quepassaa custar R$ 1.999. A iniciativa, segundo

a fabricante, faz parte da estratégia daempresa emtornar-se um dos principais players deste mercado."Estamos otimistas comessanova campanha, pois acreditamos que as pequenas emédias empresasterão maisoportunidade deadquirir os produtos OKI, agora por um preço ainda mais acessível", diz o gerente de Produtos Richard Kenj. Aimpressora lasercolorida C5200n é indicada para as necessidades de impressão colorida ou monocromática nos tamanhos de papel carta, ofício e A4, apresentando resolução de 1.200x 600 dpi(pontos por polegada), com velocidade de impressãoacoresde até 16 ppm (páginas por minuto) e de até 24 ppm em preto. Oequipamento possuia tecnologia digital Single Pass Color para imprimircartões de até 199 gramas e banners de até 120 cm. Além disso, tem capacidade de papel expansível de até 930 folhas. Com seu design compacto, a C5200n apresenta painel decontrole de fácil utilização que permite alterações deambientes de impressão e de rede. Outrodestaqueda C5200n sãoosconsumíveis, como cilindro e toner, que são vendidosseparadamentepara reduzir ocusto de impressão, tanto nomodocorcomo no monocromático. Nasimpressoras a laser tradicionais é preciso trocar todo o conjunto ao final dacarga de toner.A OKI também utiliza uma tecnologiadiferenciadade impressão,baseada em pentes de LEDs,quenãopossui partes móveis,tornandoo equipamento mais robusto. Carlos Ossamu

Algumas lojas já usam cartões recarregáveis para atrair clientes

de melhores serviços ao consumidordainvasãodavidaprivada. "Quanto mais confiança um comerciante estabelecer com seucliente, maiorserá achance desse consumidor se tornar um comprador fiel em longo prazo", disse ela.

Apesquisamostrouqueamídia maisinfluenteparaosprogramasde fidelidade é aTV (31,7%),seguida pelomarketing direto (21,0%). Apropaganda boca-a-boca espontânea, geralmente negligenciadaem estudos similares, tem grande relevâncianaadoçãodeprogramas de fidelidade (17,7%).

Apesar do rápido crescimen-

toda publicidadena internet,a mídia online ainda tem influência relativamente baixa sobre o cliente,noqueserefereàadoção de um programa de fidelidade. Só 3,5% dos consumidores consideram apublicidade online eficientenesse sentido.Outras mídias consideradas ineficientespelos compradoresincluem comerciais emsala de cinema (2,3%) "product placement" em programasdeTV(1,8%)eanúncios de rádio (0,4%).

Uma conclusão importante do relatório éque osconsumidores querem comprar em vários canais (loja físicas de tijolo e cimento, website e catálogo),

sempremantendosuaidentidadede consumidor,e semmuita burocracia. Hoje,os clientesestão dandopreferência aosvarejistas queoferecemumaexperiênciaintegrada de compras, em várioscanais, comdiversos métodosdepagamentoeoutras facilidades, como sistemas de pontos ebrindes cumulativos. A maioria dos consumidores consultados diz que prefere umacombinaçãodostrêscanais decompras(70,2%), comparadocomapenaslojasde tijoloe cimento (17,5%) ou só o website (2,9%). Entreosconsumidores queescolheram lojasde tijoloe cimento,os shoppings centers fechados foram a principal opção (36%), seguido pelas lojas isoladas (28,4%) e unidades em ruas comerciais (14.5%) sergiokulpas@gmail.com

IRÃ NUCLEAR SOB PRESSÃO DOS EUA

Oembaixador dos EUAnaAgênciaInternacional de Energia Atômica (AIEA),GregorySchulte insistiu ontem que a possibilidade de submeter o Irã ao Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas não significa "o fim" das soluções diplomáticas. Sem descartara intervençãomilitar, umavezautorizadapeloCS,comomeiodedemover Teerãa abandonarseuprogramadeenriquecimento de urânio, Schulte defendeu que a prioridade é uma solução negociada. Da sede da AIEA, em Viena, Schulte falou em teleconferência a cinco jornalistas brasileiros sobre a posição americana."O Irãapóiagruposterroristas.Trata-sedeumpaísondeháfaltade democraciaeondehápráticade tortura. Também é o único país que rejeitao plano depaz entre os Estadosde Israel eda Palestina", afirmou. "O Irã está fora dalinhanãosomente no programa nuclear", completou.

A boavontade deSchulte em conversar com os jornalistas brasileiros não foi gratuita. O Brasil integra a Junta de Governadores daAIEA, quedecidirá, napróximasemana,seocasodo IrãvaiparaoConselhodeSegurança.Comodisseo próprio Schulte, oBrasil é uma"voz importante" nas discussões. SchulteacentuouqueosEUA estão angariandoos apoiosnecessários para que o tema seja tratado peloConselho deSegurança.Ontem, conversou com representantesdaChina eda Rússia,queintegramo Conselho e resistiamà propostade Washington. Schulte,porém, notoua aproximaçãodasposições. Chinae Rússia,ressaltou, são países próximos ao Irã e "seriamdiretamente afetadospelo armamento nuclear iraniano".

Hamas afirma que negociar com Israel não é mais tabu

Acampanha eleitoral palestina terminou ontem na Faixa de Gaza, Cisjordâniae Jerusalém Orientalcomaspesquisas indicando vitória do partido governista, a Fatah. Mas, nas últimas semanas,o apoioa seu principal rival, o movimento islâmico Hamas, cresceu rapidamente. Esta é a primeira vez que o Hamas participa das eleições parlamentares. Ontem, um de seus líderes, MahmoudZahar,afirmou quenegociações do grupo com Israel, com mediação deterceiros, "não são mais um tabu", admitindo a possibilidade de uma negociação indireta.

"Asnegociaçõessão um meio. Se Israel tiver algo a oferecer nas questões de suspensão dos ataques, retirada e libertaçãode prisioneiros,então milhares de meios podem

ser encontrados", disse Zahar a jornalistas na Faixa de Gaza. Na campanha eleitoral, o Hamassuavizou seudiscurso para conquistar votos e a aceitação internacional. Ontem, o grupo Jihad Islâmica, pouco influente entre os palestinos, defendeu o boicote às urnas, alegando que as eleições são realizadas sob ocupação israelense.AAutoridadePalestina (AP) teme que extremistas tentem prejudicar a votação, por isso armou um grande esquema de segurança em torno dos colégios eleitorais. Mais de 900 observadores internacionais - inclusive brasileirosacompanharão a votação. Israelinformou ontem que suas forçasde segurançareceberam ordens de interromper todas as suas operações militares na Cisjordânia, para não prejudicar a eleição.

Selo iraniano e a mensagem em farsi: "tecnologia nuclear para fins pacíficos é direito absoluto do Irã"
PLAYBOY NA INDONÉSIA – Estudantes muçulmanas protestam em frente ao Ministério da Informação, em Jacarta, contra anúncio de lançamento de versão local da revista masculina Playboy.
Ddang Tri/ Reuters
Palestino guarda material para as eleições parlamentares amanhã

C UBA

Do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre os EUA, que vetaram a venda de aviões da Embraer à Venezuela. EUA e Venezuela têm relações conflituosas e o Brasil pode recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a decisão norte-americana.

Fidel abre os olhos de americanos

Após denunciar um aumento das hostilidades do governo norteamericano contra Cuba, o presidente Fidel Castro ofereceu um programa de tratamento oftalmológico aos americanos pobres e criticou as políticas de Washington. "Oferecemos operar 150.000 americanos pobres que não têm dinheiro para cuidar da vista", disse Fidel na televisão cubana. Após duros ataques contra o presidente americano George W. Bush, Fidel disse que enviaria um avião cubano para pegar os pacientes na Flórida (EUA). A oferta é "para aqueles cidadãos pobres dos EUA, de qualquer crença, de

R ÚSSIA

I NTERNET

Google confirma liderança nos EUA

O site de buscas Google foi líder no segmento nos EUA em novembro, divulgou a Nielsen Netratings. Cerca de 46% das buscas de internautas norteamericanos foram feitas pelo Google, 2,3 milhões de procuras de um total de 5,1 bilhões. O Yahoo! teve 23% das buscas e o MSN Search vem em terceiro lugar, com 11%. Os nomes mais buscados no Google foram eBay, Google e Yahoo. De acordo com analistas, porque os usuários queriam visitar sites conhecidos sem digitar os endereços nos navegadores.

qualquer pensamento, de qualquer etnia que precisarem vir a Cuba", disse. "Pergunto se o governo dos EUA vai autorizá-los ou não a vir, não vão pagar nada, não vão enriquecer o governo de Castro", disse, referindo-se à autorização concedida pelos EUA para que Cuba participe do Mundial de beisebol em troca da doeção da receita do mundial para as vítimas do furacão Katrina. Cuba ofereceu atendimento médico gratuito a mais de 175.000 pacientes de 22 países da América Latina, como parte da "Operação Milagro", implementada com o apoio da Venezuela, opositora dos EUA.

James Bond

invade Moscou

O serviço secreto russo divulgou ontem imagens de supostas atividades de espionagem de quatro diplomatas britânicos em Moscou. Entre as ferramentas de espionagem dignas de James Bond, segundo as próprias autoridades russas, estariam pedras de parques (ao lado), usadas para captação e troca de informações entre os espiões. A Rússia acusou os britânicos de financiar ONGs para que trabalhassem contra a política de direitos humanos do Kremlin.

Executivo preso por informação falsa

A Justiça japonesa ordenou a prisão do presidente do grupo de internet Livedoor, Takafumi Horie, e outros executivos da empresa, por difusão de informação financeira falsa. Uma subsidiária da empresa, a Livedoor Marketing, teria divulgado dados falsos a fim de inflou seus resultados em 2004. Outros dados teriam sido manipulados para que a empresa apresentasse lucro. Além do portal www.livedoor.co.jp, um dos mais populares do Japão, a empresa possui mais cerca de 50 negócios.

'O amor faz mover o sol'

Encíclica de Bento XVI enfrenta tabus da igreja e fala de amor e sexualidade

Comentando ontem sua primeira encíclica, Deus Caritas est (Deus éamor), opapa Bento XVIrejeitouafilantropia comoexpressãosuficientedo amorcristão."A féé algo concreto, determina nosso estilo de vida", disse. "O compromisso da caridade deve ir além da filantropia." A encíclica,a 294ªda históriada Igreja, serádivulgadaamanhã.O papatambém falousobre amor e sexualidade, um tema em que a cultura ocidental, segundo ele, está confusa. A intençãodo papaé mostrar"a humanidade dafé, deque o amor faz parte, e a aceitação do homemdesua corporeidade criada por Deus". Essa aceitação da corporeidadeencontra"nocasamentoindivisívelentre umhomem euma

John MacDougall/AFP

mulher sua forma enraizada na criação",demodoque,depois,o amor setransforma empreocupação com o outro, disposição ao sacrifício eaberturaaodom de uma nova vida humana.

"Hoje em dia a palavra amor foi tão banalizada que teme-se pronunciá-la.Temos de retomá-la, purificá-la e dar-lhe seu esplendor original".

Bento XVI citou o poeta Dante,autorda Divina Comédia,para explicar o conceito de amor que empregana encíclica."O amor faz mover osol e as estrelas", disse, citando versos do escritor italianodo período pré-renascentista. "Quero expressar para nossaépoca algoque Danteresumiu de modo audacioso.

Bento XVI disse que a consciência dessa necessidade de purificar overdadeiro significado da palavra amor é o que o

levou a escolher esse tema em sua primeiraEncíclica. Oamor de Deus"nãoésóumaforça cósmica primordial" que movimentaouniverso, masolevou a "assumir um rosto humano", sua carne e seu sangue. Outro dos objetivos do papa eradestacaro papelcentralda fé em Deus, que "não é uma teoria da qual alguém possa se apropriar ou deixar de lado".A fé é"o critério que decideo estilodevida" daspessoas,pois emum mundoemque "ahostilidadeea avidezsetransformaram em superpotências" e emquese contempla"oabuso dareligiãoatéo ódio", ohomemnecessitade"umDeusvivo", que "o amou até a morte". Aseditoras quepublicarem a encíclica deverãopagar direitos autorais, comunicou a Livraria Editorial Vaticana.

TESTEMUNHO - Homem Molécula, escultura do artista norte-americano Jonathan Borofski foi a testemunha solitária do congelamento do rio Spree, em Berlim. Ontem, a temperatura de -15 graus Celsius afastou os moradores das margens do rio

D ESIGN

Ojogo que ninguém vê

CINEMA

Ciclo de filmes que têm a cidade como personagem.

(foto) de Fritz Lang (16h) e Contos de Nova York (20h), de Woody Allen e outros diretores. Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000. Telefone: 3277-3611. Grátis.

G @DGETDUJOUR

Um teclado que cabe no bolso

Esse novo teclado da empresa Eleksen é revolucionário: feito de um "tecido inteligente", as teclas são impressas em material sensível que registras os toques perfeitamente. Ele se conecta via bluetooh a celular, laptop ou PDA e facilita o envio de torpedos e emails. Ainda sem preço definido. www.eleksen.com/?page =products/index.asp

F AVORITOS

Energia elétrica em alta velocidade

Piazza. O tema foi a inspiração da empresa Iconologic para desenvolver os mais de20 ícones para as Olimpíadas de Inverno deste ano, queacontecem em Turim, naItália.Osjogos começam no dia 10 de fevereiro e terminam nodia 26e aexpectativados organizadoreséde que mais dedoisbilhõesde pessoas assistam aos jogos. Segundo os criadores da Iconologic,o trabalhode design por trás do evento funciona como umjogoqueninguém vê, mas é arelação ea integração das imagens que dá a identidadedas competiçõescomoum só evento.

Patrocinadores, o emblema da cidade-sede,medalhas, ingressos,banners, mascotes e ícones para cada modalidade nas versões impressa, digital e em vídeo, foram construídos combasenomovimento dos esportes, no contraste, inspiradonaspalhetas decoresenas perspectivas de mestres da pintura italiana, como Michelangelo e De Chiricoe nas formas dos Alpes. www.iconologic.com

A TÉLOGO

Irmãos Cravinhos, acusados de matar o casal von Richthofen, são novamente presos

A mulher e filhos de Pinochet são colocados em prisão domiciliar por fraude e sonegação

Viagem do astronauta brasileiro à estação espacial é adiada "em nome da segurança" [Os

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) oferece em seu site uma série de serviços em benefício dos consumidores de energia elétrica. Ferramenta de busca, Conselho de Consumidores de Energia Elétrica e biblioteca virtual são alguns dos links disponíveis na página. E se o objetivo é fazer alguma reivindicação, o sistema Fale Conosco do portal recebe reclamações do consumidor através do preenchimento de um formulário. www.aneel.gov.br C

A editora alemã Klett lançou o dicionário da Copa do Mundo, uma compilação dos termos básicos do futebol em alemão, inglês, francês, italiano, português e espanhol.

Kaiser, a barganha da década

O jornal britânico Financial Times publicou ontem uma análise da compra da brasileira Kaiser pela mexicana Femsa. O negócio, que o jornal classificou como "a barganha da década", dará à mexicana 8,7% do mercado brasileiro, o que representa quase R$ 800 milhões, segundo o FT. Mas a grande sacada foi na negociação: a Femsa pagou à Molson Coors, proprietária da Kaiser, US$ 68 milhões e assumiu uma dívida de US$ 60 milhões. Em 2004, quando adquiriu a fabricante de cerveja responsável por 9 marcas, a Molson pagou US$ 765 milhões.

F UTEBOL

Palestra Itália em dia de U2

O início de temporada, com quatro vitórias seguidas no Campeonato Paulista e as contratações de peso fizeram os torcedores do Palmeiras comparecerem em massa, ontem cedo, nas bilheterias do Palestra Itália para comprarem ingressos para o jogo contra o Deportivo Táchira, da Venezuela, pelas preliminares da Copa Libertadores da América. Os 30 mil ingressos colocados à venda foram quase todos vendidos. O jogo acontece na quarta-feira, às 21h45. O confronto da volta está marcado para o dia 1º de fevereiro, em San Cristóbal, na Venezuela. Quem passar, entrará no Grupo 7, formado ainda por Rosario Central (Argentina), Cerro Porteño (Paraguai) e Atlético Nacional (Colômbia).

C HINA

Crime dos jovens é vício em internet

Mais de 13% dos adolescentes chineses são "viciados" em internet e outros 13% são "dependentes" da rede. Os números constam de um estudo da Associação de Internautas Adolescentes da China, divulgado ontem pelo jornal governista China Daily Em Xangai, cerca de 100 mil menores entram diariamente em cibercafés, o que é ilegal no país. Além disso, 33% dos estudantes do ensino fundamental querem se tornar "hackers" no futuro. Segundo mercado mundial de internet, com 111 milhões de usuários - a China écontrola intensamente o acesso à rede e já deteve 63 internautas dissidentes. L OTERIAS

Concurso 122 da LOTOFÁCIL

EM CARTAZ
Urbe.
Hoje, Metrópolis
Rossiya TV/AFP
Alex Grimm/Reuters

Civilization IV: construa a sua própria civilização

São poucos os quecurtem games de estratégia. A maioria gosta de se aventurar em mundoscheios decriaturassobrenaturais,embuscadeumavingançaounatentativade livraroseu planetadomal. Noentanto, quemrealmente gostadogênerosabe –ebem–o que significa se divertir usando o raciocínio e a inteligência. Aqui, qualquercomando erradoou uma má utilização de recursos pode custar a destruição de toda uma organização ou estratégia. O recém lançado Civilization IV (Civ 4), criado pelomagoSidMeyers(consideradooSteveSpielberg dos PCs), soma a interatividade dos jogos de computador coma possibilidade dereviver momentoshistóricos. Otítulo,quechegaaoBrasil pelas mãos da Tech Dealer, é considerado um dos melhoresgames de estratégia atéo momento, com gráficos belos e jogabilidade de primeira. Nesse game, o jogadordeve deixar a modéstia de lado e assumir a arrogância típica dos grandes imperadores. Afinal, construir toda uma civilização e mantê-la no auge é uma tarefa difícil. É preciso driblar e usar a seu favor acontecimentos que poderiam levá-loà queda ou ascensão.Fatos essesque caracterizamahistóriado mundoreale requerem astúcia –nem semprea gentileza. É assim que o gamer deve se comportar, avaliando as oportunidades com astúcia, sabendo o momento certo para fazer alianças, entrar em guerra etc. Seusatosfarãotodaadiferença,podendotransformá-lo em ícone. Se falhar, no entanto, será apenasumanotaderodapénosanaisdahistória.Essa éuma batalhacontra osmaioreslíderes detodos os tempos, movidos principalmente pela religião. "Religiãosemprefoiumfatorcríticonahistóriada humanidade. Através dela, o homem procurou o sentido do universo e seu espaço nele. A religião inspirou, iluminou e enobreceu o homem. Em nome dela, os homens ergueram prédios, escreveram livros e fizeram lindas músicas. Em nome dela, oshomenstambémmatarameescravizaram seu semelhante", explicaBarry Caudill, produtor

Jogo de estratégia traz gráficos bem detalhados e som muito realista: pode-se ver a oscilação das árvores com o vento e ouvir o barulho das ondas do mar

da Firaxis, desenvolvedora do jogo. Para sefirmar comonação, atingira supremaciaeevoluircomo civilização,oseupovoprecisará conquistar conhecimento por meio da religião. Quantomais aperfeiçoado for osistema religioso, melhor será seudesempenho. E essa "fé" pode ser espalhada pelomundo pelos missionárioscriadospelo usuário,quetêmoobjetivode converter outros povos. Quanto mais convertidos, mais bônus monetários e de bem-estar. O jogador poderá escolher entre ter como religião o budismo, cristianismo,confucionismo, hinduísmo, islamismo, judaísmo e taoísmo. Se um povo fiel pode ser umavantagem pela obediência, por outro lado, vale ressaltar que o gamer não precisa se tornar um fanático religioso para vencer. Enganam-se aqueles que pensam que CivilizationIVé só"maisumjogo"emque ovencedoré quemgaranteomaiorterritório,qualidadeémais importantedoquequantidade.Ouseja,ojogador não precisa –nem deve– preocupar-se em expandirseuterritórioo máximopossível.Umdosobjetivos é construir cidadesmenores, mas melhores, com um suporte mais efetivo à vida de seus habitantes. Essaé umacaracterística quetorna o jogoaindamaiscontemporâneo,jáqueaqualidadedevidaéumdosfatoresmaisvalorizadoshoje. A concepção do Civilization IV é diferente desde oiníciodesuacriação.Osdesenvolvedorescomeçaramaconstruir ojogoapartir domodomultijogador, viainternet, etodos osaprimoramentos elaboradosparaessemodorefletiramtambémna jogabilidade no monousuário.

Orecurso "pitboss"éum dosmaisinteressantesdo jogo.Com ele,quando alguémque estána mesma "partida online" se desconecta, ninguém perdenada,porque ojogoésalvo. Osoutrosjogadores que continuamonlinepodem se unira outros usuáriose começar novos jogos,que tambémsãosalvos quandoalguémse desconectar. Assim,quandotodosestiveremonlinenovamente,ojogopodeserretomadointegralmente.Osjogadores também podem formar times para compartilhar tecnologia e bônus.

Classy: uma gigante de 100 gramas

Lançamento exclusivo para o mercado brasileiro, essa câmera da Yashica também é webcam para comunicação na internet

Embora a indústriajaponesa Kyocera, sob o nome de Yashica, não apareça assiduamente no mercado, a marca não se tornou esquecida no cenário fotográfico. Nofinal de2005, lançoua digital EZ-5030na Austrália,Itáliae República Checa, e no Brasil, com exclusividade,adigital Classy (que custa cerca de R$ 900), compacta, como a maioria de suas câmeras 35 mm convencionais, e com capacidade de resolução de 5 Megapixels. O tamanho do monitor, de 2,5 polegadas, ocupa mais de 80% doespaço traseiro,o que possibilita umaboavisualização do assunto.

A Classy é muito simples e tem a função quatro em um, fotografa, faz vídeos de 320 x 240 pixels, grava voz e também é webcampara comunicaçãona internet. Aresolução efetivaé mesmo de 5 Megapixels (2.592 X 1.944 pixels), utilizando o formato JPEG para armazenar as fotos. Mas o que chama mais a atençãoé apossibilidade de registros de 12Megapixels (4.032 x3.024pixels)ede 10 Megapixels (3.600 x2.700 pixels), usando a interpolação. Esse processo aumentao tamanho da imagem, alterando ospixels oupontos que a formam.Apesar das imagens perderem qualidade, nãodeixa de ser uma experiência curiosa com essa maquininha. Também possuiresoluções de 3,1Megapixels(2.048x 1.536 pixels), 1,3Megapixel (1.280 x 960 pixels) e 0,3 Megapixel (640 x480pixels),e o usuário tem três opçõespara fotografar –ótima, média e básica– utilizadas geralmente

para classificar e para economizar espaço na memória. A Classy possui apenas zoom digitalde oitovezes, velocidade automática do obturadorvariandoentre 1/4e 1/1.000 de segundo e memória internade32Megabytes, expansível como uso do cartão SD(SecureDigitalCard).Entre os modosde cenário,você pode escolherentre asopções retrato, paisagem, foto noturna e de movimento. Para os testes, escolhemos fotografar aspaisagens dorio Pinheirose daavenida23 de Maio (ambasem SP).O objetivo foiconhecer aspossibilidadesda Classyemcaptar omovimento dos automóveis em seus planos próximos e afastados, incluindo as construções que margeiam tanto o rio quanto aavenida.Osresultados foram muito bons em relação àiluminação eao contraste, queressaltaram comrealismo aimpressão do deslocamento dos objetos. Memória – De acordo com as informaçõestécnicas, usando amemóriainterna de 32 Megabytes e no modo básico de gravação, emque acompressão do arquivo JPEG é bastante acentuada, pode-se armazenar cerca de 15 imagens de 12MP, 20 de10 MP, 41de 5 MP, 65 de 3,1 MP, 170 de 1,3 MP e 570 de 0,3 MP.

AClassypesa emtornode 100gramas eéalimentada por duas pilhas do tipo AAA, mas para maior rendimento, éaconselhável adquirir pilhas recarregáveis do tipo NiMH AAA. Para saber mais: www.yashica.com.br

A Classy (acima) custa cerca de R$ 900; nos testes, as fotos da av. 23 de Maio também e das margens do rio Pinheiros (em SP) captaram positivamente a iluminação e o contraste do movimento dos automóveis

Mouse, teclados e webcams

AMultilaser, empresa nacional, está lançando dois tipos de mouses ergonômicos. O mini, de 9 x 5 cm, foi desenhado para notebooks e para espaços pequenos e também para crianças e o médio, de 10 x 5,5 cm, pode ser usado e levado para qualquer local. Há também os mouses do tipo scroll de 520 dpi e três botões, e o óptico de 800 dpi. Seus preços variam de R$ 13 a R$ 28.

Na linha de teclados, os modelos Slim Multimídia e Slim Standard. Ambos seguem a tendência do mercado com design slim, o que os tornam mais leves e modernos. Possuem teclas macias que facilitam a digitação. Ambos têm conexão true plug & play (conexão automática no computador).

O teclado Slim Multimídia possui 15 teclas de atalho que dão acesso ao email, navegação na internet, pesquisa, painel de controle, volume entre outros.

Os teclados Multilaser estão disponíveis em varejistas de informática e papelarias com as opções de portas PS2 e USB e nas cores creme, preto e preto e prata (em média R$ 31).

A empresa também possui webcams, apresentadas na cor prata, com resolução máxima de 640 x 480 pixels e transmissão de imagem em 35 frames ou quadros por segundo em CIF e 10-15 frames por segundo em VGA. Também contam com o sistema Plug & Play (conexão automática ao computador), um sensor de 300 Kpixels, proporcionando alta definição de imagem. O ângulo de visão é de 52º e o sistema de exposição automático transmite a imagem imediatamente ao computador assim que a webcam é ligada. A base é um clipe que pode ser utilizado para fixá-la na tela do notebook ou em uma outra base. O modelo mais simples, sem microfone e cabo retrátil, sai por R$ 89; com microfone, R$ 93; com microfone e cabo retrátil, R$ 97. (AMG) Mais

Fotos: Ana Maria Guariglia

Guararema ganha fama de cidade das orquídeas

Município tem mais de 40 orquidários e atrai apaixonados pela flor. A ausência de geadas e chuvas de granizo e as temperaturas amenas facilitam o cultivo. Espécie mais famosa é a Catléia.

Localizada a 75 quilômetros deSão Paulo, Guararema setornou uma das maiores produtoras deorquídeas doPaís. O crescimento da produção ao longo dos últimosanos vem mudando operfil econômico da cidade. Nos finais de semana, turistase orquidófilosprocuram os cerca de 40 orquidários da região para comprar diversas espécies da planta, uma das que mais agrega em torno de si fãs apaixonados.

Os produtores do município, de apenas 24 mil habitantes, começaram acultivarorquídeas há cerca de 25 anos. Na época, a maioria dos plantadores trabalhava com rosas. "Cercade 90%delesmigraram para as orquídeas em razão do maiorvaloragregado daplanta e do crescenteaumento da demanda pela espécie", afirma Luís Gustavo Usier, secretário municipal da Indústria, Comércio, Turismo e Agricultura de Guararema. Com o avanço tecnológico na agricultura, atualmente, em um pequeno espaço de terra, o produtor tem alcançado aumento significativo na produtividade. "Guararema já está entre as cinco maiores cidadesprodutoras deorquídeas do País", diz Usier. Pioneiro – Um dos primeiros produtores a se instalar no

município, em 1979, foi Roberto Giorchino, proprietário da Orquidácea, um dos maiores orquidáriosdoBrasil, com uma produção anual média de 150mil mudas."Guararemaé uma cidade com um clima propíciopara aculturadeorquídeas, semgeadas nemchuvas de granizo", afirma Giorchino. A produção evendasanuais daempresa, que cultivasomente aespécie Cattleya, vêm crescendo entre 15% e 20% ao ano, conforme o produtor. Umdosdiferenciais daOrquidácea é o serviço de visitação do público. O local chega a receber de 80 a 100 pessoas por semana. A principal vantagem da abertura paraopúblicoé quequasetodos osvisitantes acabam comprando mudas. No entanto, além das pessoas físicas, a empresa também vendepara o atacado, emtodasasregiõesdo Brasil. "Por enquanto não exportamos, já queo mercadointernacional não consome a espécie Cattleya em grande quantidade", diz o proprietário da Orquidácea. Outra empresa que vem obtendo bonsresultados com a venda de orquídeas é a Nóbile Flores, fundada há 10 anos. Sérgio Barani, proprietário do orquidário, trabalha com a cultura da planta há 25 anos. A empresa cultiva duas espécies, os híbridos de Cattleya ea

Dendobrium. "Vendemos cercade 50 mil mudas por ano para atacadistas de todo o País, todaselas floridas,após atingir a idade adulta", afirma Barani.Opúblico consumidor é formado tanto por homens como por mulheres. Novos rumos – Em setembro do ano passado foi realizado o primeiro festival de orquídeas de Guararema, que recebeu 10 mil visitantes em quatro dias de exposição. O evento movimentouaredehoteleiraeocomércio da cidade. Os benefícios do aumento da cultura e venda de or-

quídeas já estão sendo comemorados pelos produtores. "Alémdeaumentarnossasvendas em razão do turismo, a orquidofilia estágerando empregos na cidade e mais consumidores empotencial", reforça Luís Gustavo Usier.

Já Sérgio Barani acrescenta quea prefeituraestápromovendo uma campanha que destaca Guararema como "a cidade das orquídeas".Osprodutores agora têm planos de abrir a primeiraassociação pararepresentar o setor no município.

André Alves

Gripe aviária faz mais uma vítima na China

Umamulher de 29 anos foi contaminadapelo vírus H5N1 da gripe aviária no sudoeste da China e foihospitalizada em condições críticas.A jovem,identificada apenas pelo sobrenome Cao, é a décima pessoa contaminadapelovírusno país. Seis já morreram.Cao apresentou sintomas similares ao da pneumonia em 12 de janeiro eestá sendo tratadaem um hospital deChengdu, naprovíncia de Sichuan. Nãosesabe seháoutroscasosde gripeaviária naregião ondea mulher vivia.A gripe

aviáriamatou79 pessoasna Ásia e na Turquia desde 2003. Controle – A Pilgrim's Pride Corp., segunda maior processadora de carne de frango dos EstadosUnidos, estárealizando testes contra a gripe aviária em todos os lotes de aves que chegama suas unidades. Segundo a companhia, essa é uma medida de precaução, diante da preocupação quanto à disseminaçãoda doençaem todoomundo.O Conselho NacionaldoFrango dosEUA pediu que as empresas adotassem testessistemáticos paraa identificação da doença. (AE)

ÁLCOOL 73 usinas

Oministro da Agricultura, Pesca e Pecuária, Roberto Rodrigues, disse quevai estudar os recursos disponíveis paraa implantação de 73 novasusinasaté 2012, de modo aaumentara produção do álcool no País. Rodrigues participou ontem da reunião da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool.

Segundo ele, paraatender a demanda de açúcar edoetanol, é preciso umaumento de cerca de 2,5 milhões de hectares de área plantada de cana de açúcar. Rodrigues acredita que vai haver umcrescimentono consumodecombustíveis no País, em razão da procura por carros que podem ser abastecidos com álcool ou gasolina, os chamadosflex,edareduçãoda oferta mundial de açúcar. "Se este aumento ocorrerde fato com a demanda dos carros flex, em oito anos nós vamos precisar de mais 12 bilhões de litros de etanol", disse. Preços –O acordoentre governo e usineiros para conter a disparadadas cotações do álcool ainda não alivia o bolso do consumidor, aponta apesquisa semanal de preços dos combustíveis divulgada ontem pela AgênciaNacional doPetróleo (ANP). Na semana seguinteao acordo,opreço doálcool hidratado subiu0,6% em média nospostos degasolinado País, atingindo R$ 1,735 por litro. Em São Paulo, onde se esperava umresultado mais rápido, já que o mercado está mais perto das usinas, a alta foi maior, de 1,6%. De acordo com

até 2012

aANP, opreçomédio noestado ficou em R$ 1,522 por litro. Sonegação – Asmedidas de combate à sonegação de impostos no setorde combustíveis são responsáveis pela alta nospreçosdoálcoolaosconsumidores finais, na avaliação do diretordoSindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes,Dietmar Schupp. Para o executivo,a exigência da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de adição de um coranteaoálcoolanidro, para diferenciá-lo do tipo hidratado, e o novo modelode recolhimento de Impostosobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Estado de São Paulo reduziram as fraudes e isso levou "as distribuidoras que não pagavam impostos" a elevar seus preços, oque puxou a média do mercado. "Medidas saneadorasde tributação sãomuito positivas, mas também significammais impostos quese refletem em aumentode preços",afirmou, após participar de reunião da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool no Ministério da Agricultura. Somente com o fim dos estoques de álcool comprados antes do acordo, no finaldomês, éque haverá umaredução mais significativa para os consumidores finais, na avaliação de Schupp Cerca de 80 milhões de litros deálcoolforamcompradosantecipadamente àmudança de regras de cobrança do ICMS em São Paulo para serem vendidosnomêsde janeiropelas distribuidoras do estado. (AE)

Em 2005 a cidade realizou o primeiro festival de orquídeas de Guararema. Produtores da região atraem turistas e apaixonadas pela planta.
Afeganistão é o país com maiores chances de surto da doença
Shah Marai/AFP PHOTO

.Na página 5 da edição do dia 10, o DC fez uma ampla reportagem sobre os trabalhos e planos da Prefeitura de São Paulo para o recapeamento de 250 km de ruas. Entretanto, nada se falou sobre várias ruas de intenso comércio, muito importantes em seus bairros e regiões. Embora não sejam as principais vias de acesso, estão com o leito carroçável em péssimas condições. Cito como exemplo as ruas do bairro onde moro, o Tatuapé: Azevedo Soares, Itapeti, Itapura, Coelho Lisboa, Serra de Japi, Serra de Juréia,

Euclides Pacheco, Emilio Malet, Barão do Serro Largo, Pedreira de Freitas, Tuiuti, Cantagalo, Maria Otília, Demétrio Ribeiro, dentre outras. Estas ruas têm tantas ondulações e remendos que mais parecem colchas de retalhos, tal a quantidade de pequenos consertos que vêm se sobrepondo há anos. Que tal uma reportagem sobre isso? Certamente outras ruas comerciais devem estar na mesma situação, e são todas importantes para comerciantes e consumidores

/doispontos/

Mais um tributo: o contador

Parabénspela mobilizaçãoeresultados que vocês estão conseguindocom a campanha "De Olho no Imposto". Gostaria de dar-lhes uma sugestão referente a simplificação tributária.

Atuo na área de informática e possuo uma PJ, mas na verdade sou um "empresário compulsório", pois desde quecompletei 40anos aparecem apenasoportunidadesdetrabalhocomo terceirizado.A primeiraperguntaqueme fazem é se possuo PJ. Gostariadeacrescentar umincômodoatudo o que vem sendo dito sobre a carga tributária. É a obrigatoriedade de pagar em média meio salário mínimo mensal a um contador, estando ou não estando em atividade, sendo que a média é de8 mesestrabalhados porano. Emvez deSeguroDesemprego,temoso "Encargo Desemprego",pois temos quepagaro contador mesmo estandoinativo. Embora nãoseja consenso no meio jurídico, creio que não deveríamos ser obrigados a pagar contadores, pois esse tipo de empresatrabalhapelolucropresumido, nãoé S.A.,nãotemconselho fiscaleseu"faturamento" é menor do que o salário pífio de um funcionário equivalente que atue via CLT. Em 99% dos casos há uma consultoria intermediária, que há 10anos atrásficava com20% da

Em vez de Seguro Desemprego, o empregado PJ tem o "Encargo Desemprego": pagar o contador.

O site da Receita, em parceria com o INSS, deveria disponibilizar um software que faça automaticamente a contabilidade das PJs no Simples e por Lucro Presumido.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

margem e que atualmente fica com 55%. Em compensação, os encargos subiram 100% no período e a tabelaque asconsultorias impõemno formato de oligopólio não é reajustada desde 1999. Recentementefizeram umaleiem queobrigarama intermediária a reter alguns impostos na fonte. Achoque essa leideveria avançar.Ele deveria reter tudo na fonte. Isso nos pouparia da necessidade de manter um contador. Osite daReceita Federalé outroponto. Háalguns programas lá que te orientam a pagar impostosatrasados,mas nãohánenhumprograma queteorientea pagarosimpostosnormais.Não há nada que me auxilie a fazer a contabilidade diretamente. Terei que saber como fazer pelo menos 20 declarações anuais do total exigido pela ReceitaFederaleINSS,tereiquepesquisarumsoftware no mercado e pagar mensalmente pela utilização dalicença. Portanto,proponho queosite daReceita, em parceria com o INSS, disponibilize um softwareque façaautomaticamenteacontabilidade das PJs no Simples e por Lucro Presumido, e que esse tipo de empresa seja isenta de pagar contadores. Estou certo deque ao desenvolver este programaelaterá realdimensãodocomplicado que é a legislação e preferirá simplificá-la.

ADAUTOLIMA

ADAUTO V LIMA@YAHOO COM BR

"Com uma oposição dessas, para que pagar por apoio?"

BENEDICTO FERRI DE BARROS REVENDO CONFÚCIO

Ele viveu há 2.500 anos. Segundo a imagem que dele faz Simon Leys na magnífica introdução que fez à sua tradução dos Analectos (obra em que, como no Novo Testamento, seus discípulos reuniram a memória de sua vida e idéias), Confúcio era um gigante de mais de dois metros, um esportista, que a si próprio se definia como um entusiasta, arrebatado por suas paixões. Leys o considera um messiânico como Buda e Jesus, mas diferentemente deles, um messias político. À sua época, a China vivia um clima histórico-cultural de dissolução, e ele pretendia salvá-la dandolhe uma nova ordem. Para tanto reunira à sua volta um grupo de discípulos, altamente capacitados, mas debalde tentou, durante toda sua vida, conseguir junto aos governantes provinciais um cargo que lhe permitisse implantar suas reformas.

Uma figura genial, como ele foi, estava e continua sujeito a infinitas interpretações corretas e equivocadas. Segundo a de Leys, a tradição cultural chinesa o consagrou como o professor, o mestre por excelência, reverenciado a cada 28 de setembro. Isto seria um equívoco e uma traição, ao mesmo tempo, ao ideal e pretensões de Confúcio, que se cria um reformador político.

EOjornalista AntônioMello descobriuo Macunaima(abaixo) metidonasfileirasda oposição,edebitaà forçadesuainfluência avantagemque opresidente Lularecuperou, frenteaseus adversários,na corridaparaa Presidência.

No final do ano passado, a estratégia da oposição estava dando certo. Mantinha o governo sob fogo cerrado. O presidente e seus ministros estavam sempre na defensiva, recebendo cobranças de todos os lados. Com isso, Lula despencou nas pesquisas. Aí... Aí baixou o Macunaíma (quem?) na oposição: - Ai, que preguiça! Animados com os números das pesquisas, resolveram descansar. E nada como um descanso remunerado, não? Fizeram a autoconvocação, sob pretexto de que as investigações não poderiam ser paralisadas. E foram para casa. Não apareceram no Congresso nem para pendurar o

paletó na cadeira. Erro fatal. De estilingue passaram a vidraça. O foco da revolta popular passou do governo para o Congresso. Disso se aproveitou o presidente, que partiu para a ofensiva. Sem as CPIs nos calcanhares, Lula se dedicou a inaugurar obras, tapar buracos (especialmente na própria imagem) e atacar a oposição. Deu

entrevista exclusiva ao Fantástico, fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. Como resultado, o presidente voltou a liderar as pesquisas. A pergunta que fica é: - Com uma oposição dessas, para que pagar por apoio?

adequado na vida social. É inegável que fazendo parte da constituição psíquica do indivíduo seus costumes têm maior força reguladora do que imposições legais externas. É inegável a indisposição individual generalizada com imposições externas, mesmo que se possa reconhecer sua legitimidade. É inegável que o comportamento do governante supremo de um povo exerce um efeito poderoso como modelador do comportamento individual e coletivo –seja quando é ético, seja quando é imoral.

De 2.500 anos a esta data, a "natureza humana" não mudou a estrutura de sua herança genética e a história de todos os povos pode, em todos os tempos, oferecer exemplos de tudo aquilo que é inegável nas idéias de Confúcio. Contudo, sem qualquer invalidação de sua postura, idéias e princípios relativos à natureza humana, é também um fato histórico

Épossívelformar sereshumanos semconvivência íntimacoma natureza,com umacomunidade eumafamília?

squematicamente, a reforma pretendida por Confúcio se fundava na Ética, entendida como relacionamento moral adeqüado entre as pessoas. Ele cria que isso dependesse de duas coisas principais: do exemplo emanado pelo governante e dos bons costumes sociais (ritos). Tinha grande desconfiança da eficácia de leis para estabelecer um clima ético, porque uma vez feitas todos procuram formas de burlá-las e se livrarem de seus ônus e penas. Por outro lado, bons costumes dispensam leis. É inegável que essas idéias continuam sob muitos aspectos válidas não só de um ponto de vista sociológico, como psicológico. Os indivíduos de bons costumes não precisam de enquadramento legislativo para se comportarem de modo

que de há muito nossa cultura enveredou por caminhos que contrariam a "natureza humana", a ponto de se poder especular se ainda é possível se formar seres humanos, no sentido mais simples e ao mesmo tempo mais elevado que os pensadores de todas as escolas e tempos descreveram, sob as condições sociais e culturais que vivemos na atualidade e se acentuam e agravam a cada dia. Para não ir mais longe, e sem pretender dar uma resposta, apenas colocamos a pergunta de se é possível formar seres humanos sem uma convivência íntima e continuada das novas gerações com a natureza, com uma comunidade e uma família – o que hoje não ocorre com a imensa maioria da humanidade atual?

E, para engrossar o caldo das dúvidas, se isso não imporá cada vez mais um Estado mais forte, um número maior, mais pormenorizado e rigoroso de leis, de repressão e de policiais. Algo que transcenda o modelo dos totalitarismos conhecidos e venha a se aproximar das ficções de Huxley (Admirável Mundo Novo) e de Orwell (1984). Donde a atualidade e a necessidade de muitos outros humanistas como Confúcio, a começar pela China atual.

Não se falou em asfalto novo para as ruas comerciais dos bairros
Clayton de Souza/AE

Alckmin

À espera de uma cidade mais moderna

Juntosno altare nopalanque. O prefeito José Serra e o governadorGeraldo Alckmin comemoraram ontem o aniversário de 452 anos da cidade de São Paulo, participandodeumamissanaCatedral da Sé, discursando no Pátio do Colégio,marco da fundaçãodacidade,eno Teatro Municipal.

Acompanhados de suas esposas, prefeitoe governador, participaram da missa celebrada pelo arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes. Durante o ato religioso, o arcebispo lembrou da luta pela dignidade dos cerca de dez mil moradoresderua da capital, além de recordar o assassinato de sete deles em agosto do ano passado – crimes que ainda não foram esclarecidos.

Alckmin e Serratambém levaram à comemoração seus respectivos vices, Cláudio LemboeGilbertoKassab,além de algunssecretários,vereadorese deputados estaduais e federais. Pátio – Apósumahorae meiana CatedraldaSé, osdois seguiram para um ato cívico no Pátio do Colégio. No local, Alckmin e Serra destacaram a importância de São Paulo para a economia,culturae desenvolvimento científico do Brasil.

Serra aproveitou a data para anunciaracriaçãode três novosparques nacidade:dois nos bairrosdeItaqueraeIpiranga e uma nova área verde na avenida Paulista. "Novas áreas verdes são uma necessidade da cidade", disse.

O prefeito também informouque será iniciado oprocessodedesapropriação de imóveis na região da praça da República,noCentro. Olocal abrigará a futura Praça das Artes, um conjunto de anexos do Teatro Municipal de SãoPaulo. "Lá ficará a Escola Municipal de Música, o Balé da Cidadede SãoPaulo eo Centrode Documentação Artística", disse o prefeito. Questionados sobre como seria a São Paulo dos 500 anos, Serra disse que espera que a capital continue sendo acidade das oportunidades, o ponto de começo erecomeçodevidas para brasileiros e estrangeiros. Já o governador Geraldo Alckmin disse que aposta em uma cidade integrada, com um sistema de transporte eficiente, com todos os serviços públicos e privados em funcionamento, e em plena expansão econômica e social.

Festejos – Ontem, o paulistano aproveitouoferiadodo aniversário de São Paulo para passear. O tempo quente e o sol forte levaram milhares de pessoasao Ibirapuera,zonaSul. Lá, às 8h, foi dada a largada para o9º Troféu Cidade deSão Paulo. Noparque daIndependência, no Ipiranga, a exposiçãodecarrosantigos recebeu centenas de visitantes. No Pátio do Colégio, uma fi-

GULODICE CRONOMETRADA – Bastaram quatro segundos para que milhares de pessoas devorassem um bolo com 452 metros de extensão montado em 190 mesas no bairro no Bixiga, região central da cidade. Às 10h55, milhares de vasilhas foram lançadas no doce gigante, do qual não sobrou nem migalhas. Em 2005, foram cinco segundos e em 2004, sete. O bolo deste ano era de coco com cobertura de marshmallow e confeitos coloridos e levou seis dias para ficar pronto. Este é um dos eventos mais tradicionais que acontece todos os anos no aniversário da capital.

Davi Franzon

la imensa formou-se para um passeio histórico: percorrer o Centro a bordo de trólebus antigo. Foram visitados o edifício Martinelli, primeiro arranhacéu de São Paulo, o viaduto do Chá, Teatro Municipal, a Fonte dos Desejos, no valedo Anhangabaú, praça daRepública, antigo Colégio Caetano deCampos, largoSãoFrancisco e Catedral da Sé, que ontem completou52 anos.Outros, preferiramver avistapanorâmicadacidade noaltodoprédiodo Banespa,que ontemfoi aberto a visitação.

e Serra, com suas esposas, deixam a Catedral da Sé, no Centro, após participarem de missa
Cerimônia pelo aniversário da cidade realizada no Pátio do Colégio
Arcebispo ortodoxo Damaskinos, cardeal Hummes e rabino Sobel.
Paulo Withaker/Reuters
Daniel Pera/Diario de S.Paulo/Agência O Globo
Paulo Withaker/Reuters

Embora o Carnaval de Olinda seja um evento relativamente recente, o gosto do povo da cidade pela comemoração já se fazia sentir no início do século 20, com o surgimento de diversas agremiações, como Lenhadores, em 1907, e Vassourinhas, de 1912.

Uma das marcas do festejo são os bonecos gigantes, que arrastam milhares de pessoas ao som do frevo.

Anualmente, dezenas deles invadem as ruas e ladeiras da Cidade Alta e dão um colorido especial ao período. Os bonecos chegam a medir mais de três metros de altura, e o mais famoso desses é o Homem da Meia-Noite, que está nas ruas desde 1932. Ele abre oficialmente o Carnaval de Olinda à zero hora do Sábado de Zé Pereira. Em 1967, o boneco recebeu a companhia da Mulher do Dia. Ambos encabeçam a animação à frente de 500 agremiações registradas, que alegram a cidade durante os dias de Momo.

Hoje, o Carnaval da cidade pernambucana é, sem nenhum favor, uma das maiores e mais autênticas festas populares do Brasil, atraindo milhares de foliões de vários recantos do País e do exterior. Apenas para ter uma idéia, basta dizer que a população, de 400 mil habitantes, aumenta em mais 2 milhões durante o festejo, abarrotando ruas, restaurantes e hotéis de Olinda e do Recife. Uma invasão tão grande que, todo ano, os privilegiados moradores do Sítio Histórico (e arredores) alugam quartos, salas, jardins, quintais e até mesmo árvores (para pendurar uma rede) aos visitantes que não se afastam por nada do epicentro da folia. Tudo em nome da paixão pelo Carnaval.

Divulgação

Frevo dá o tom pelas vielas no Carnaval

Uma maiores e mais autênticas festas populares do Brasil, atrai milhares de foliões.

Passarinho/Divulgação

À frente das 500 agremiações – que desfilam pela cidade animando turistas e locais – estão sempre os bonecos coloridos, que chegam a medir mais de três metros de altura e são criados pelos moradores. A celebração carnavalesca em Olinda começou no início do século 20. Hoje, reúne 2 milhões de pessoas RAIO X

O Oficina do Sabor é famoso pelas criações do chefe César Santos

COMO CHEGAR Pela TA M (tel. 4002-5700, www.tam.com.br), passagemidae-volta promocionaldeSãoPaulo ao Recifecustaapartirde R$698. Na Gol (tel. 2125-3200, www.voegol.com.br), a partir de R$ 758.

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de Carnaval, comentrada em 24/2, de R$ 3.105 a R$ 6 mil o casal. Pousada São Francisco: Rua do Sol, 127, Carmo, tel. (81) 3429-2109. Para quem não tem fôlego para subir e descer ladeiras, é a pedida, poissesitua aoladodabeira-mar. Diárias em quarto duplo a partir de R$ 99, com café. No período de Carnaval, pacote a R$ 2.100 o casal.

ONDE COMER Oficina do Sabor: Rua do Amparo, 335, Amparo, tel. (81) 3429-3331. Como o nome indica, são muitos os apelos que saem das panelas comandadaspelo premiadochefCésar Santos. Entre ospratos mais solicitados, destaque para o Jerimum Paranapucá,com camarão e surubim aomolho degraviola echá de capim-santo,guarnecido comcuscuzdebrócolis.A vistadoRecife,a partir do terraço, é outro ingrediente de sucesso da casa.

Mourisco: Praça Conselheiro João Alfredo,7, Carmo, tel. (81)34291390.Igualmente situadonaparte tombada de Olinda, tem como carro-chefe ospratos elaboradoscom pescados e frutos do mar. Irresistível não sucumbir aos sucos e sorvetes defrutasregionais, como graviola, cajá e pitanga. Olinda Café e Arte: Rua Prudente deMorais,256, Carmo, tel. (81) 3439-8561. Sopas e caféssão a especialidade desse restaurantesituadonaCidadeAltaque abriga tambémexposições. Alémdisso,o

cliente pode saborear receitas bem nordestinas, como bolos, tapiocas, queijo assado e cuscuz.

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VENEZA WATER PARK, DIVERSÃO À PARTE
João Jacques

Saindo da toca

FHC está à espera de uma declaração de José Serra confirmando seu desejo de ser candidato a presidente da República pelo PSDB. Por enquanto, apenas o governador Geraldo Alckmin decidiu abrir o jogo: veio a público para dizer que até 1º de abril vai renunciar ao mandato para disputar a sucessão de Lula. FHC aguarda que Serra faça o mesmo.

Serra, no entanto, tem prazo legal até 31 de março para deixar o cargo e proclamar sua candidatura. Mas, até lá, espera que o partido já tenha escolhido o candidato entre ele e Alckmin. Se o escolhido for Alckmin, Serra continua no exercício do mandato de prefeito.

A situação de Alckmin é diferente: o governador prometeu renunciar ao cargo, isto é, a partir de 1º de abril o governador de São Paulo será o vice Cláudio Lembo. Pode acontecer então do PFL governar o Estado e administrar a Capital. Basta que Alckmin cumpra a promessa de renunciar e que Serra seja o indicado como candidato tucano a presidente.

RENÚNCIA

O governador Geraldo Alckmin continua não acreditando na candidatura de Serra que, na campanha, prometeu exercer os 4 anos de mandato, caso se elegesse. O governador afirma que não vê motivos para duvidar da palavra do prefeito.

PESQUISAS

Os serristas contradizem os alkmistas, lembrando que Serra é o tucano mais bem colocado nas pesquisas, em condições de bater Lula nos dois turnos. A última pesquisa Ibope, encomendado pela revista Isto É, indica empate técnico entre Serra e Lula no 2º turno.

MOTIVOS

A mesma pesquisa Ibope, no entanto, revela derrota de Alckmin para Lula. É nesse índice que joga Serra para argumentar que as circunstâncias atuais fazem com que a promessa de campanha seja esquecida. Para os serristas, o partido deve lançar quem tem mais condições de derrotar Lula.

ENCONTRO

FHC, Tasso Jereissati e Aécio Neves podem se encontrar novamente hoje, provavelmente em São Paulo, para dar continuidade à discussão sobre o candidato ideal do partido. O PSDB quer saber qual dos dois, Serra ou Alckmin, seduz mais lideranças de outras siglas.

VANTAGEM

Vai pesar na balança na hora da escolha o resultado de duas pesquisas que o PSDB encomendou para ajudar o partido a indicar o candidato. As pesquisas ficam prontas em fins de fevereiro e o anúncio deve ser feito em março. As pesquisas, por enquanto, dão vantagem a Serra.

SEDUÇÃO

Outro critério que será levado em conta pelos cardeais tucanos é saber qual dos dois pré-candidatos tem melhores condições de fechar acordos com outras legendas. Os tucanos estão preocupados em fazer coligações sobretudo com partidos da expressão do PMDB.

2º TURNO

O PSDB trabalha para contar com um acordo com o PMDB no 2º turno, partindo da promessa peemedebista de ter candidato próprio à presidência. O PMDB ramarcou suas prévias para 19 de março e, por enquanto, o candidato será escolhido entre o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho e o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto.

DATA-LIMITE

Lula fechou questão no PT: só vai anunciar se é candidato à reeleição em junho. Até lá, o

presidente vai continuar viajando pelo País para inaugurar obras. Sem declarar sua condição de candidato Lula não pode ser acusado de estar usando solenidades de inauguração de obras para fazer campanha eleitoral.

ALIANÇAS

Mesmo com a decisão de Lula de só declarar sua candidatura em junho, o PT imita o PSDB e também já trabalha por alianças. Como o PSDB, o PT namora o PMDB. Os senadores governistas José Sarney e Renan Calheiros ainda trabalham para evitar que o PMDB tenha candidato próprio. Querem que o partido apóie a reeleição de Lula.

CASSAÇÃO

O deputado Cézar Schirner (PMDB-RS) promete entregar na semana que vem o relatório do processo de cassação do mandato do ex-presidenta da Câmara, João Paulo Cunha, acusado de ter recebido R$ 50 mil do valerioduto. Os deputados acham que o relator vai propor a cassação de João Paulo.

PARECER

A deputada Ângela

Guadagnin (PT-SP) ainda não sabe se apresentará relatório pedindo a cassação do deputado José Janene (PP-PR), envolvido no escândalo do mensalão. Há informações de que Ângela andou sondando a Câmara e consultado advogados para saber a extensão do estrago se sugerir a absolvição de Janene.

MICAGEM

A oposição que atua nas CPIs vai jogar pesado contra Duda Mendonça para atingir Lula. Duda será convocado para depor na CPMI dos Correios, por sua movimentação em contas bancárias no exterior. Além de Duda, a oposição vai fustigar também o ministro Palocci e o compadre de Lula, Roberto Teixeira. O alvo é cutucar Lula.

DEPOIMENTO

Duda Mendonça só irá depor pela segunda vez na CPMI dos Correios depois que os integrantes da comissão voltarem dos EUA. A viagem da comitiva de parlamentares será feita na esperança de que seus membros recolham dados atuais sobre as contas bancárias do marqueteiro nos Estados Unidos.

APOIO

José Dirceu reafirmou seu apoio à pré-candidatura de Marta Suplicy ao governo de São Paulo. O ex-deputado esteve recentemente com a exprefeita e viajou em seguida para a Venezuela para participar do Fórum Social Mundial. Dirceu está com o adversário de Marta Aloizio Mercadante atravessado na garganta.

PALOCCI, ENFIM, DEPÕE HOJE ÀS 10H NA CPI DOS BINGOS.

Se nadadererrado,o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, depõe hoje, às 10h, na CPI dos Bingos. Enquanto esta novela pode chegar ao fim, outra começou ontem: a CPI reuniuse para votar seu relatório parcial sobre o caso Gtech/Caixa, mas emendas foram apresentadas, o que adiou a sessão para a próxima terça-feira. O diafoi marcadopor negociações sobre a ida do ministro à CPI. Como Palocci havia dito que preferia ir à CPI numa quinta-feirae depoisqueo mercadofinanceiro tivessefechado, odepoimento estava marcado para o final da tarde. Mas foi antecipado para a manhã, segundo opresidente da CPI, Efraim Morais (PFL-PB). Ossenadorestemiam que a sessão estivesse vazia, já que diversos parlamentares deixaram claro que não vão perder o aniversáriodo deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), em Salvador. O senador Tasso Jereissati (PSDBCE) tambémnão estaráem Brasília – a mãe dele vai passar por uma operação.

Agenda– O ministro conseguiu adiaro depoimentopor várias vezes. Emdezembro, alegou que sua agenda estaria cheiaeintegrantesda CPI ameaçaram, maisde umavez, votar o requerimento que convocariaPalocci adepor. Ele compareça à CPI na qualidade de convidado e não como convocado.A convocaçãodo mi-

nistro significaria que ele daria seu depoimento como testemunha ou como investigado. Ribeirão – Palocci terá de explicar vários episódios à CPI, entre eles os quese referem à sua administração à frente daprefeitura deRibeirão Preto. O ministro deixou a prefeituradacidadeparaassumir a pasta,em 2003.As ligações de Palocci com ex e atuais assessores devem predominar a sessão.Senadoresjá admitiramque vãocentrarfogonas denúncias da "Repúblicade Ribeirão Preto", envolvendo vários ex e atuais assessores do ministro, como Vladimir Poleto, Rogério Buratti e Ademirson Ariovaldo da Silva.

Factoring

O que é Factoring?

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa.

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O aniversário de ACM Neto (acima) quase atrapalhou o depoimento de Palocci (à esq.)

Pa loc ci também terá de responder a perguntas sobreo suposto repasse de R$ 3 milhões deCubaparaa campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. OempresárioRoberto Colnaghi,dono do aviãoque supostamente teria transportado o dinheiro para São Paulo,declarouàCPIdos Bingos que já haviaemprestadoa mesma aeronave para o ministro daFazenda.Paloccivoou

três vezes, uma delas a co m panhado do e x- pres idente do PT José Genoino. Gtech – A CPI adiou para terçafeira a votação do relatório preliminar sobre arenovaçãodocontrato entre aGtech e aCaixa Econômica Federal. O líder do PSDB no Senado,ArthurVirgílio (AM), e o vice-líder do PT, Tião Viana (AC), querem mais tempo para examinar as oito emendas apresentadas, sete delas do senador Valdir Raupp (PMDB-RO).Asemendas de Raupp, que raramente comparece à CPI, querem excluir três diretores e o presidente da Caixa, Jorge Mattoso,da relação de indiciados pelo Ministério Publico. (Agências)

Senadores Efraim Morais (à esq.) e Garibaldi Alves durante reunião da CPI dos Bingos: votação de relatório ficou para semana que vem.
Celso Junior/AEBeto Barata/AE

O

SUPERLEÃO AVANÇOU MAIS UM PASSO, MAS PROJETO ENFRENTA FORTE REJEIÇÃO DA

CÂMARA APROVA A SUPER-RECEITA

Oplenário daCâmara dos Deputados aprovouontem a criação da Receita Federal do Brasil, a chamada Super-Receita. O substitutivo ao Projeto de Lei 6272/05, que cria a Super-Receita, teve342 votos favoráveis, 115contra e duas abstenções. Pelo menos 13 destaques sobre partes polêmicasdotexto ainda precisamservotados emplenário pelos deputados antesde o projeto ser enviado ao Senado.

A previsão é DE que eles comecem a ser analisados hoje.

No ano passado, o governo publicou uma medida provisória, a258,quecriavaa Super-Receita, mas o texto não foiaprovado peloCongresso no prazo máximo de 120 dias. A intenção era fazer um órgão unificado de arrecadação dos tributos federais e contribuiçõesprevidenciárias, para tentar alavancar o combate à sonegação fiscal.

Vários setoresda sociedade, porém, discordam da criação doórgão, sobaalegaçãode que, ao invés de facilitar, ele aumentará ainda maisa burocra-

cia. "A aprovação da Super-Receita representa mais poderes para a burocracia. Portanto, vamos terumasuperburocracia da ReceitaFederal", disseontem GuilhermeAfifDomingos, presidente da Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP) eFederação dasAssociaçõesComerciais doEstado de São Paulo (Facesp), durante lançamento domovimento De OlhoNo ImpostoemAraçatuba (veja texto abaixo). Retrospectiva – Desde a ediçãoda MP258,emjulho de 2005, oscomandos daSecretariada ReceitaFederale daSecretaria de Receita Previdenciária passaram a atuar de forma unitária. Quando a MP caducou, o governo foi obrigado a desfazer formalmente asestruturas quetinhamontado paracoordenar otrabalho de fiscalização e arrecadação. Ainda nofinal de2005, ogovernodecidiu reencaminhar a proposta ao Congresso, desta vez como um projeto de lei. O texto aprovado ontem é muito parecido com o que já tinha sido votado no ano passadopelos deputados: oparecer dodepu-

tadoPedro Novais (PMDBMA) garante que os aposentados daSuper-Receita receberão exatamente o mesmo salário e as mesmas gratificaçõesdos servidores em atividade (a chamada paridadedevencimentos), exclui otermo"geral"ao cargo desecretáriodaReceita Federal doBrasil e prevêque as indicações do presidente da Repúblicapara otitulardo cargo sejam aprovadas pelo Senado. "Não concordamos que o nome do secretário seja aprovado pelo Senado", disse olíder do governonaCâmara, Arlindo Chinaglia(PT-SP), ao se referiraumdos13 destaques, apresentados pelos petistas, propondo asupressão dessa medida do corpo da lei. Concentração – Sefor efetivamente recriada,a Super-Receita concentraráemsuas mãos a arrecadação de quase 65% dacarga tributárianacional, também formada pelos tributos estaduais e municipais. Na esfera federal, a Secretaria do Tesouro Nacional é responsável pela arrecadação de algumas taxasecontribuições econômicas. (DC/AE)

DE OLHO NO IMPOSTO

MUNICÍPIO SOFRE COM REPASSE

Acidade de Araçatuba, na região oeste do Estado de São Paulo, sofre com a falta de estrutura em hospitais,o queaumentaa filado único querealiza cirurgias, a Santa Casa. A culpa pela situação, segundo o prefeito da cidade, o pefelista Jorge Maluly, éafaltaderecursos parainvestir em leitos e equipamentos. "É o município que atende as demandas da população, mas, com o que recebemos no reparte, não há como dar conta de tudo", comentou oprefeito, durante lançamentodo movimento De Olho no Imposto ontem na cidade. Todos osmunicípios brasileiros sofrem com esse repasse. Na divisão da arrecadação dos impostos, a União fica com 60%, o estado com 25% e o município, com15%. "Sehouvesse controle por parte da União daquilo que arrecada,nãoreclamaria. Mas o que vemos é umasangria de recursosque acabam em nada", disse o prefeito pouco antes de inaugurar o Feirão do Imposto. No momento daabertura oficial do evento, cerca de 2 mil assinaturasjá haviam sidocolhidas.A metana cidade, que será ajudada pelasoutras 22 que compõem a região, será 20 mil assinaturas. "Vamos multiplicar a idéia nas fábricas, empresas e lojas. Esse tem de ser o trabalho detodas asentidades que encabeçam o movimento", disse Wilson Marinho, presidente da Associação Comercial e Industrial de Araçatuba. De volta– Depoisda mudançade rota,quelevou acaravana pela transparência dos impostos para o Paraná, o movimento De Olho no Imposto voltoua pegar as estradasdo interiorpaulista. Araçatuba foi a quarta cidade do estado a ser visitada.Hoje,a caravana

chega a Presidente Prudente. Aintençãoé obter aadesão de 1,5 milhão de pessoas para regulamentaro parágrafo 5° do artigo150 daConstituição Federal, que prevê que todo cidadão tem o direito de saber quantopagadeimpostoemcadaproduto ou serviçoque compra.Aintençãoéqueconste nas notas fiscais o quanto de imposto estáembutido novalor final do produto. "Temos aindaa culturade concentrarcada vezmaisrecursos no poder central. Com o movimento, vamos mostrar ao cidadão que é de seu bolso que saem osrecursos, e por isso é ele que precisa cobrar as prioridadesde investimentos", afirmouGuilherme AfifDomingos, presidente da Federaçãodas AssociaçõesComerciais do Estadode São Paulo (Facesp)edaAssociação Comercial de São Paulo. (ASCP). Afif Domingosanunciou ainda oCarnavalTributário, no qual serão divulgados os impostos querecaem sobreos produtos mais consumidos pela população durante a festa do Carnaval, como fantasias, confetes e serpentinas.

Renato Carbonari Ibelli, de Araçatuba

Em Araçatuba, Guilherme Afif Domingos, fala que a população precisa cobrar do governo como devem ser aplicados os tributos incidentes sobre seu consumo, como os produtos expostos no Feirão do Imposto

Sergio Lima/Folha Imagem
Projeto teve 342 votos favoráveis, 115 contra e duas abstenções. Hoje começa a análise dos destaques.
Fotos: Valdivo Pereira/Folha da Região de Araçatuba

DIA DE FESTA – A comemoração na cidade começou na madrugada (à direita), com uma queima de fogos no Mercado Municipal, que também festejou ontem 73 anos. Durante o dia, os 452 anos de São Paulo foram lembrados de várias maneiras: com exposição de carros antigos no Parque da Independência, no Ipiranga (foto maior), ou com um passeio no Ibirapuera (acima) de onde foi dada a largada do Troféu Cidade de São Paulo. No Centro, muita gente usou o trólebus para conhecer pontos turísticos (fotos abaixo).

"O Centro da cidade

vai se recuperar"

OpaulistanoAndrea Matarazzo nunca imaginouque a sua cidade fosse lhe dar tantas dores de cabeça. Ao assumir a Subprefeitura da Sé na atual administração, do prefeito JoséSerra,eleencontrou tamanhonúmero deproblemas quea jornada de12 ou 14 horas diárias de trabalho, às vezes, setornainsuficiente: "Há problemasde todaordem porque a cidade foi abandonada pelos administradores anteriores e também pela própria população. Mas ela vai se recuperar".

Quando fala em cidade, Matarazzo se refere especificamenteà área central, que está sob sua responsabilidade. E é o velho Centro que justifica seu otimismo: "A gente já percebe quea cidade estámudando. Você vai ao Centro aos domingos e encontra um grande número de pessoas passeando, coisainimaginável algum tempo atrás”.

Diário do Comércio – Qual o maior problema que existe hoje no Centro de São Paulo?

Andrea Matarazzo – É justamente esse abandono a que a cidade ficourelegada nosúltimos anos. Isso permitiu que a máfia e o crime organizado ocupassem os espaços. A deterioração de um local, de uma cidade,ocorre rapidamente, mas a recuperação exige muito tempo e trabalho.

DC – Qual foi a sua primeira providência ao assumir a

subprefeitura da Sé?

AM – Os problemas eram de tal ordem que tive de estabelecerumalista deprioridades. Procuramos fazerisso em acordo como Vivao Centro,a AssociaçãoComercialde São Paulo e também com organizações locais. Era consenso que o Centro da capital estava muito feio e sujo. Começamos tratando da limpeza, disciplinando a coletade lixo,estabelecendoa coletaaté aosdomingos. Daí passamosadisciplinara ocupação do espaço público, que é um dos problemas mais complicados atualmente.

DC – Pelo menos no Centro, o espaço público está tomado pelos ambulantes. Há como resolver esse problema?

AM – É complicado, mas há soluções para isso. Quando assumimos, havia1,4milcamelôs cadastrados, isto é, com TPU (o Termo de Permissão de Uso).Uma dasprimeirasprovidências foi proceder ao recadastramento de todos os ambulantes. Descobriu-se,então, que aproximadamente 400

dessasTPUsestavam sendo alugadas para terceiros.O que a Prefeitura dacapital pretende éalojar osambulantes –os queestão legalmenteregistrados – em locais apropriados paraisso,comoos shoppings populares (popcentros), livrando o espaço público para a circulação das pessoas.

DC – Mas não há apenas ambulantes registrados nas ruas. AM – No Centrodacapital há, pelo menos, três mil ambulantes ilegais.Masesseéum problemada Políciae otrabalho está sendo feito. Como disse, o Centro setornou um territóriodo crimeorganizado.É no Centro, por meio dos ambulantes, que a máfia do roubo de cargase docontrabandodesova suas mercadorias. Mas a fiscalização nas ruas aumentou, depósitos estãosendofechados, procura-se asfixiar o crime na sua origem. E isso precisa ser feito com muito rigor, pois não se trata de comércio informal– ,trata-sedecomércio ilegal.

Há problemas de toda ordem porque a cidade foi abandonada Andrea Matarazzo, subprefeito da Sé ▲

Monalisa
Alex Silva/AE
Monalisa Lins/AE
Clayton de Souza/AE
Clayton de Souza/AE
Arquivo/DC

A história paulistana, de metrô

A São Paulo Turismo, em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo, lançou um programa que inclui cinco roteiros, com guia bilíngüe e artistas que encenam o passado da cidade. O Turismetrô começa a funcionar neste sábado

CASADASROSAS

Ahistória da cidade de São Paulofica

ainda mais bonita e mais marcante quando contada por guias e interpretada por atores, que participaram deum minucioso treinamento e estãoaptos a contar detalhes sobre igrejas, avenidas e outros pontos turísticosdacapital.Foi pensando nisso que a São Paulo Turismo, em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo, lançou oTurismetrô,um programaque incluicinco diferentesroteiros, todoscom guia bilingüe, de baixo custo e com a presença de artistas encenandoahistóriada cidade. O programa, que operou no sábado passado em caráter experimental, começa afuncionar oficialmente neste sábado.

Cultura é um bom negócio São Paulo recebe por ano 7,5 milhões de turistas. A maioria, o equivalentea 50%, vemà cidade para fazer negócios. O que muitos não sabem, até mesmo ospaulistanos oumoradores de São Paulo, é que a capital paulista tem uma história muitorica eque pode ser apreciada em um curto espaço de tempo. Na verdade, em um dia. Porque não ficar mais um dia na cidade e curtir um passeio cultural? Qualquer um volta para casa com uma bagagem cheia deinformaçõessobre a história de São Paulo e até mesmo do País.E omelhor: aprendendo in loco

Um passe para o conhecimento O Turismetrô temquatro saídas porfim desemana. Aos sábados, há uma saída,às 9h,parao roteiro Turismo na Sé e às 14h, as saídas para os outros quatro roteiros. Aos domingos, há duas saídas: uma às 9hs (para todos os roteiros) eoutra às 14hs (tambémparaos cinco roteiros). Isso porque o número de estações dependedoroteiro,quetem limite máximo de 25 pessoas por grupo. Para participar, basta ir até a Estação Sé do Metrô, de ondepartemtodos os passeios, e procurar o balcão de informaçõesdoprojeto. Acompra do passe do metrô é o início da sua viagem cultural eoúnico custo desse percurso.

Os pontos principais e seus personagens Cada roteiro do Turismetrôtemoseupontoturístico e personagemde destaque. Entre eles, impossível nãonotar apresença deuma noivaconversando com uma floristanaPraçada Sé.Por ondeanoivapassa, chama aatenção detodos

que lá estão. E que tal se deparar com uma conversa entre uma lavadeiraeumjardineironaCasa dasRosas?Divertido?Com certeza o grupo irá se interessar tambémcomobate-papodoengraxate com um cliente na Estação Júlio Prestes. Valelembrar que toda essa encenação conta a história da cidade de São Paulo de forma bem criativa.

Os roteiros completos Turismo na Sé: Metrô Estação Sé destino Estação São Bento/ Mosteiro deSãoBento/ Largo de São Bento / Praça AntônioPrado /Rua 15de Novembro/ RuadoComércio/ Largo do Café / Praça do Patriarca / Igreja Santo Antônio / Rua da Quitanda / Centro Cultural Banco do Brasil / Patio do Colégio/ CapeladoBeato Padre Anchieta / Casa Nº 1/ Beco do Pinto / Solar da Marquesa / Centro Cultural da Caixa Econômica / Praça da Sé / Marco Zero / Catedral da Sé. São Francisco: Theatro Municipal: Metrô Estação Sé / caminhada até a Igreja da Ordem 3ª do Carmo / Igreja Nossa SenhoradaBoaMorte/ Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia / Fórum João Mendes – Tribunal de Justiça / Igreja de São Gonçalo / Casa das Arcadas / Palacete Teresa Toledo Lara (Antiga Rádio Record) / EdifícioTriângulo–PaineldeDiCavalcanti / Escola do Comércio Àlvares Penteado / Faculdade de Direito Largo do São Francisco / Igreja de São Francisco de Assis/ Igreja daOrdem 3ª de São Francisco / Praça do Patriarca / Viaduto do Chá /

Fonte dosDesejos – Monumento a Carlos Gomes – Theatro Municipal/ Shopping Light / Ladeira da Memória / Metrô Estação Anhangabaú destino Estação Sé. Turismo na Paulista: Metrô Estação Sé destino Estação Brigadeiro / Casa das Rosas / Instituto Itaú Cultural / Grupo EscolarRodrigues Alves/ Hospital Santa Catarina / Instituto Pasteur/ MetrôEstação Brigadeiro destino Estação Trianon-Masp/ ParqueTrianon/ Feirinhas/Masp /Metrô Estação Trianon – Masp destino Estação Sé.

Turismoem Memoriais: Metrô Estação Sé destino Estação Bresser / Passeio de Maria Fumaça / Metrô Estação Bresser destino Estação Barra Funda / Memorial da América Latina, Pavilhãoda Criatividade –Salãodos AtosTiradentes/ Metrô Estação Barra Funda destino Estação Sé.

Turismo na Luz: Metrô Estação Sé destino Estação Luz / Praça e Estação Julio Prestes / Sala São Paulo / Estação Pinacoteca – Memorial da Liberdade / Estação da Luz / Parque da Luz/ Café Pinacoteca/ Pinacotecado Estado /Museu de Arte Sacra – Museu do Presépio/MetrôEstaçãoTiradentes destino Estação Sé.

SERVIÇO

Mais informações sobre este e outros programas em São Paulo pelo site da São Paulo Turismo, www.spturis.com.

PRAÇADASÉ

Webjet volta com novos proprietários

Os bilhetes aéreos representam entre 60% e 70% do custo de viagens de uma empresa. Por isso, promoções, cartões corporativos, diferentes formas de pagamento, novas rotas e, principalmente, novas empresas aéreas são do interesse de um gestor de viagens em busca de redução de gastos.

A empresa que traz notícias agora já foi novidade no ano passado e parou de voar por dois meses. A Webjet, que foi lançada no ano passado como aérea low cost/low fare, foi vendida. O empresário Rogério Ottoni vendeu a empresa depois de ter tido problemas de comercialização e ter suspendido seus vôos devido à baixa ocupação. A empresa operou durante dois meses no ano passado, mas com uma única aeronave e um ataque forte da concorrência nas tarifas, faltou fôlego para continuar como estava.

A nova composição societária da Webjet conta com o Grupo Águia (do empresário Wagner Abrahão, da Planeta Brasil e da "nova" Stella Barros, nome fantasia da Assetur), Jacob Barata Filho (empresário do ramo de transportes, com a Expresso Guanabara, e um dos donos da operadora Urbi et Orbi, uma das maiores do Rio de Janeiro), e investidores financeiros, por meio de um fundo de venture capital. Apesar dos sócios antigos terem saído da empresa, a proposta de ser uma companhia de baixo custo permanece. Mas, desta vez, será mais focado na área de fretamentos, já que o grupo está ligado a uma grande operadora, a Planeta Brasil. Nos vôos regulares, as operações serão concentradas em poucas rotas – mas rentáveis.

O novo presidente interino é Geraldo Souza Pinto, irmão de Fernando Pinto, presidente da Tap, e que já foi piloto-chefe e diretor de Operações da Varig. Os detalhes da operação de compra e venda da empresa aérea não foram divulgados, mas segundo fontes do mercado Abrahão havia convidado Paulo Enrique Coco, ex-Transbrasil e Rio-Sul, para dirigir a empresa. Wagner Abrahão, também presidente do Grupo Águia, informou em comunicado que "a empresa contará com uma administração profissional, altamente experiente na indústria de aviação".

Outro custo Também compõe um importante custo para as empresas, na área de viagens, a parte hoteleira. Os

dados mais recentes do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) indicam que a diária média subiu de R$ 110 para R$ 118 no ano passado. O Centro-Oeste e o Nordeste foram as regiões com a maior valorização, mais de 10%. O Sul, que apresentou um crescimento de 9%, continua registrando a diária mais baixa do País, com R$ 98. No Sudeste e no Norte o valor é de R$ 145. A taxa de ocupação média dos hotéis que compõem o Fohb ficou em 61% entre janeiro e outubro de 2005, frente a um índice de 56% no mesmo período de 2004. Entre todas as regiões, a única que apresentou queda na ocupação foi o Norte do País, passando de 85% nos primeiros dez meses de 2004 para 80% no ano passado. Apesar disso, a região ainda tem o melhor índice do País. No Sudeste houve crescimento de 12%, passando de 52% para 58% de ocupação. Com aumento de ocupação e valorização das diárias médias, a receita por apartamento subiu de R$ 61 para R$ 72. O Rio de Janeiro, com diária média de mais R$ 300 e ocupação de 57%, continua sendo destaque. A entidade é composta por 19 operadores, sendo 13 nacionais e seis internacionais. A amostragem é composta por 222 meios de hospedagem, o que representa um total de 30.735 unidades habitacionais.

SP atrai eventos O número de eventos captados e apoiados pelo São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) em 2005 cresceu 400%. Ao todo, foram 60 eventos realizados com o envolvimento do SPCVB. O número de associados da entidade também subiu, registrando 59,4% de aumento nos últimos sete meses do ano, passando de 212 para 338. Os eventos do ano passado aumentaram o número de visitantes na capital paulista em 1,5 milhão, em relação a 2004, sendo 9 milhões de visitantes no total. De acordo com informações da entidade, estima-se que só essa diferença tenha gerado

Divulgação/Panrotas

CONSELHO DE ÉTICA VIVE DIA DE DENÚNCIA E ADIA VOTAÇÃO

Denúncia de que a cúpula doPP pressionou odeputado Pedro Canedo (PP-GO) para votar a favor da absolvição do deputado RobertoBrant (PFL-MG), feita pelo relator do processo, deputado Nelson Trad (PMDB-MS), provocouontem confusão no Conselho de Ética e adiou para hoje o julgamento. Canedo, na semana passada, mudou sobpressãoseu votoe pediu a cassação de Professor Luizinho (PT-SP).

A denúncia irritou Brant, que negou sua participaçãooude seu partido em um acordo para livrá-lo da cassação.Quando a sessão foi suspensa, o placar estava em 6x 5pela cassação do mandato. Faltam três votos: o de Canedo e de dois tucanos. Telefone – Trad relatou uma conversatelefônicacom Canedo em que o deputado do PP disse que sofreu pressão da direção do partido. Canedo confirmou umtelefonema dopresidente doPP, PedroCorrêa(PE), cuja cassação será votada na próxima semana.Segundo ele,Corrêa, ao saber que seu voto seria pela cassação,pediu queaguardassea reunião da bancada.A sessão foi suspensa. No início da

tarde, Canedo disse que foi liberado pela bancada para votar. Segundo Trad, oPP queria que Canedo não comparecesse à sessão de ontem para ser s u b s t it u í d o por outroparlamentar do partido – o deputado Celso Ru s s om a n o (SP) – que deveria votar contra oparecer do relator. A sessão foi suspensa em funçãoda discussão e, ao ser reiniciada, Canedo apresentou uma versão diferente.Ele negou ter sido pressionado ou ameaçado pelo partido. Sem pressões– "Não recebi nenhuma abordagem do PFL em relaçãoao deputadoRoberto Brant. Também não houve pressões ou ameaças do PP em nenhum momento", disse Canedo na comissão. Trad, no entanto, reafirmou o que disse e considerou normal que Canedo voltasse atrás em público. "Não vou

analisar a anatomia moral do companheiro", disse Trad. Liberdade – Olíder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), presente à sessão, reagiu."Viemos aquipara defender o Roberto Brant, mas os deputados têm a liberdade para tomar suasdecisões", disse Maia ao negar que o PFL tenhaexercidoqualquer pressão. Canedo reiterou que seu partido decidiu que ele deveria votar de acordocomsua consciência. Diante das declarações de Canedo, odeputado Edmar Moreira (PL-MG) ironizou, dizendo que o conselho "foivítimadeumtrote", jáque "a integridadefísica e moral dodeputado estãointactas".

CPMI VAI TER ACESSO ÀS CONTAS DE DUDA NOS EUA

Edmar Moreiraquestionou Canedose o PP tomou atitude semelhante nocasodo Professor Luizinho. Canedonegou a pressão no processo de Luizinho: "O meu partido não interveio eme deixou à vontade para fazer orelatório do Professor Luizinho", respondeu. Inútil – Brant negouque esteja sendo negociado algum tipode acordo entre seu partidoeo PP.Ele disse ainda que o suposto acordão é "inútil" porque quemdará apalavra final no processoserá oplenáriodaCâmara. "Quemdecide éoplenário. Eeu confio no plenário", disse Brant, indignado coma denúncia.Depois do conselho, o processo segue para o plenário da Câmara dos Deputados para a decisão final. (Agências)

OMinistério da Justiça foi informado pelo governo dos Estados Unidos, ontem, que a Promotoria Distrital de Nova York concordou em compartilhar com aCPMIdos Correios os dados dascontas dopublicitário Duda Mendonça, exmarqueteiro do Palácio do Planalto e coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por essas contas, segundo apuraram a CPMI ea Polícia Federal, teriam circulado recursosde caixa 2 do PT no exterior, oriundos do esquema operado pelo ex-tesoureiro do partidoDelúbioSoareseo empresário Marcos Valério.

Brant negou a existência de qualquer acordo usou caixa 2 em 2004

EmNovaYork– A reunião está marcada para a próxima terça-feira, às10h,emNova York.O compartilhamentode

●● ● TRABALHISTA (dissídios individuais e coletivos)

●● ●● ● REPRESENTAÇÃO COMERCIAL

Rua Mário Amaral, 335 - Paraíso S. Paulo/Capital - Tel/Fax: (11) 3885-0423 www.advrns.com.bradvrns@aasp.org.br

dados envolve tanto a conta Dusseldorf, aberta por Duda no paraíso fiscal das Bahamas, na qual foram depositados R$ 10,5 milhões do valerioduto em 2004 euma segunda, descoberta rece ntem ente pelo governo americano. No depoimento que prestou àCPMI em agosto passado, Duda não fez menção à segunda conta, descoberta rece ntem ente quando a filha do publicitário, Eduarda, tentouefetuar um saque, em Miami. ACPMI quer sabera origemdodinheiro dessa contae se foi utilizado o mesmo esquema de doleiros e operadores da Dusseldorf. Caixa 2 – Em depoimento ontem à CPMI, o ex-diretor de

Infra-Estrutura e Tecnologia dos Correios Paulo Menecucci admitiu quea campanha do deputado estadual João Leite (MG),candidato doPSBa prefeito deBeloHorizonte em 2004, tevecaixa2. Menecucci, que é filiado ao PSDB, afirmou que os R$ 205 mil que recebeu, em setembro de 2004, da conta da agência de publicidade SMP&B no banco Rural, foram para a campanha de Leite, mas não estavam contabilizados na prestação de contas dele. Segundo o ex-diretor, o publicitário CristianoPaz, umdos sóciosde Valério,foiquemo avisou dadisponibilidadedos recursos no banco para a campanha. OPSDBfaziaparteda coligação que apoiou o deputado estadual do PSB de Minas na campanha a prefeito da capital mineira. Menecucci foi diretor dos Correios nos últimos dois anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Em fevereirode 2003, passoua ocupara diretoria-comercial daestatal. Oatual diretor-comercial dosCorreios, José Otaviano Pereira, também depôs ontem à CPMI e negou qualquerdirecionamento na licitação vencida pela SMP&B para fazer a propaganda da empresa. Lula – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enquadrar o líder do PT e presidente da CPMI dosCorreios senadorDelcídio Amaral (MS), sobre a inclusão de seu nome no relatório final da Comissão. Para cobrar explicações, Lulachamou ontem Delcídio ao Planalto e criticou as declarações do relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR),que acusou Lula de negligência em relação ao mensalão. (Agências)

Conselho pode votar hoje relatório pró-cassação do Professor Luizinho

CPI dos Bingos adia para terça-feira votação do relatório Gtech/Caixa Econômica Federal

Delúbio

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério.

Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

Orequerimento paraconvocaçãode

Duda Mendonça deve ser aprovado nesta semana, mas o depoimento do publicitário sóserá marcado depoisque parlamentares da CPMI forem aos Estados Unidos tentar obter os dados das contas dele no exterior. A viagem está marcada para a próxima segunda-feira.

Valério

O empresário Marcos Valério ameaça revelar ao Ministério Público Federal tudo o que sabe sobre as transações que teria efetuado com políticos, principalmente aqueles ligados ao PSDB de Minas Gerais.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Mendonça Novas

acesso a elas. Duda deve depor para explicar por que transferiu dinheiro dias antes de seu primeiro depoimento à CPMI.

O ex-tesoureiro do

da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

Conselho de Ética José Janene (PP-PR), processado por envolvimento com o mensalão, encaminhou sua defesa por escrito na sexta-feira earrolou como testemunhasem seu favor, entreoutros, odeputado cassado José Dirceu(PT-SP), oex-tesoureiro petistaDelúbioSoares eopresidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP). CPI dos Bingos

ACPIdecidiuadiar paraterça-feiraa votação dorelatório preliminardo relator, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). Oadiamento ocorreuapedido dolíder

contas de Duda Mendonça, no exterior, foram descobertas e a CPMI tenta com a Justiça dos EUA
Lamas
PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro
Lindomar Cruz/ABrDiógenes Santos/Agência Câmara

Com a correção da tabela do Imposto de Renda, mais 400 mil pessoas ficarão isentas do tributo.

GOVERNO FEDERAL COMEÇA A FAZER AS CONTAS DAS DESPESAS EXTRAS GERADAS

IMPACTO DO MÍNIMO SERÁ DE R$

Alémdo reajuste real e antecipado do saláriomínimo, que vai paraR$350 e custaráR$5,6 bilhõesparao governo federal(R$ 4,4bilhões acima da reserva já contida na propostaorçamentária),háumasérie de outras inovaçõese concessõesque também acarretarão despesas extras para o governo federal. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, foi bastante pressionado ontem, na Comissão Mistado Salário Mínimo, sobre a possibilidade de o governo antecipar, também para abril, o reajuste dos benefícios dos aposentados e pensionistas que ganham maisque opisosalarialdo País. Desde 2004, com base noEstatutodoIdoso,o reajustedos benefíciosprevidenciários com valor supe-

Reajuste

Aatualizaçãode 8%na tabelado impostode rendafoi insuficiente para repor a inflação dos últimos 10 anos, segundo avaliação do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco). Para a diretora de estudos técnicos do sindicato, Clair Hickmann, esse índice deveriaserde 57,66%para repora inflação doperíodo. "A tabela doimposto de renda está congelada desde janeiro de 1996. Nesse período ela sofreu apenas três reajustes: em 2002, de17,5%; no ano passado de 10%; e agora de 8%", disse Clair. Segundo a diretora, para repor a inflação apenas do atual governo,o reajuste deveria ter sido de 13% e não de 8%. "A inflação do governo Lula é de 24,3%. Descontando os dois últimos reajustes na tabela ainda permanece uma defasagem de 4,63% –isso considerando o índice oficial do IPCA (Índicede PreçosaoConsumidor Amplo)", afirmou. Ela ressaltou que, sem a correção da tabela do imposto de

rior ao do salário mínimo ocorreem abril. Neste ano, conforme acordo com os sindicalistas, adata-base parao reajuste serána mesmadata. Apesar das despesas extras, Luiz Marinho garantiu que o País temcondições depagar o mínimo de R$ 350. Varejo – O reajustedosalário mínimo deve terimpactos diferentesentreos setores da economia."O aumentoacaba ajudando nasvendas", dissea gerente da Nossa Loja da Rua 25 de Março, Maria Kimori. Coma inflação estimada em 4,5% em 2006, o mínimo teve aumentorealde11,65%. "Umreajuste de R$ 50 no orçamento individual pode ser pequeno, mas se torna expressivo quando consideradoocoletivo",afirmouopresidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah.Eleacreditaque2006seráum

bomanoparaocomércio,porser época de Copa do Mundoe de eleições em todo o País. "A recuperaçãodomínimo com valores superiores aos da inflação ajuda nas negociações para acertar os pisos das categorias profissionais", disse o diretor dodepartamento sindical da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Renato Ferraiolo. Mesa farta– "As pessoas que recebem até R$ 400 devem usar esse aumento para comer melhor",afirma oeconomista do Instituto de Economia Gastão Vidigalda AssociaçãoComercialdeSãoPaulo (ACSP) Emílio Alfieri. As grandes cadeias de lojas também se beneficiam, já que aumenta a procura pelo crediário. "O pequeno reajusteno orçamentopermite esse tipo de compra."

Sonaira San Pedro/Agências

do IR decepciona

renda, ostrabalhadoresnão sentem no bolso os reajustes salariais. "Nãoadianta nadao trabalhador conseguir um reajuste no salário para repor a inflaçãoe atabelanão sercorrigida. O imposto de renda come partedoreajuste queele obteve", disse a diretora. Como ficam os salários –Antes da atualização de 8% da tabela, quem ganhavaaté R$ 1.164 não precisava pagar o imposto de renda. Agora, passará a ser isento quem ganha até R$ 1.257. Quem tinha salário deR$ 1.164 a R$2.326 estava em um patamar cuja alíquota do imposto era de 15%. Com a revisão, está nessa faixa quem temrendimentosde R$ 1.257a R$ 2.512. Parao trabalhadorqueganha maisde R$ 2.512, a alíquota do imposto de renda é de 27,5%. Antes essa alíquotaincidia sobrerendimentos acima de R$ 2.326. Quem pagará menos – Pelos cálculos do Unafisco, pelo menos650 mil pessoasserão beneficiadas com aatualização de 8% da tabela do Imposto de Renda. Cerca de 250 mil

trabalhadores pagarão menos imposto, já que passarão de uma faixa da alíquota de 27,5% para uma de 15%.

SegundoHickmann, coma atualização da tabela, cerca de 400 mil pessoas não precisarão mais pagar o imposto. "A estimativaé de que, hoje,aproximadamente 23,4 milhõesde pessoassão isentase esse númerodevechegara 23,8 milhões", destacou. O presidente Luiz Inácio LuladaSilvadecidiuna última terça-feira elevaro saláriomínimo dosatuais R$300 para R$350apartir deabrileatualizartambéma tabela doImposto de Rendaem8%, após negociações com sindicalistas. A decisão foi anunciada oficialmente pelos ministros do Trabalho, Luiz Marinho, do Planejamento, PauloBernardo, edaCasaCivil,Dilma Rousseff. Para entrar em vigor, o novo valor do mínimo precisa ser aprovado no Congresso Nacional. Já a atualização da tabeladoImposto de Renda precisa serpublicada no Diário Oficial da União. (ABr)

CONVOCAÇÕES

Resgates do PIS estão em baixa

De acordo com informações divulgadas ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), cerca de meio milhão de trabalhadoresaindanão resgataramoabonoreferente ao PIS/Pasep do ano passado. Se o trabalhador não sacar o valor até junho deste ano, perderá o direito ao benefício. O abono salarial refere-se ao ano-base daRelação Anualde InformaçõesSociais (RAIS)de 2004.Estão nessa situação 509.639pessoas tantodoPrograma de IntegraçãoSocial

(PIS) como do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Têm direito ao abono de R$ 300, do PIS/Pasep, 10.195.022 trabalhadores em todo o País.

O pagamento do abono salarial tem início no segundo semestrede cadaanoevai atéo mês de junho do ano seguinte, de acordo com o calendário divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Éimportante ressaltarque há diferença entre os calendários do trabalhador da iniciativa privada e do servidor

público, assimcomo dos agentes pagadores, quesão Caixa EconômicaFederal (CEF) e Banco do Brasil. Têmdireitoaoabonosalarial trabalhadores ou servidores públicosque estivereminscritos no PIS ouPasep há, no mínimo,cincoanos; tenhamtrabalhado, no mínimo, 30 dias para empregadores participantes dos programas; tenham sido informados corretamente na RAIS; e tenham tido umsaláriomensalcorrespondente ao valor de dois salários mínimos. (AG)

Estudo da CNI mostra que 895 empresas deixaram de exportar

COMUNICADO

Lerner -Presidente Cons. de Administração. (23,24,26/1/2006)

ESECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: PREGÃO PRESENCIAL Nº 14/0031/06/05 OBJETO: FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS ATIVOS DE REDE E SEGURANÇA, SOFTWARES E SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO, CONFIGURAÇÃO E GARANTIA ESTENDIDA. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para o fornecimento de equipamentos ativos de rede e segurança, softwares e serviço de instalação, configuraçãoegarantiaestendidaparaatenderàsnecessidadesdaSecretariadaEducaçãodoGovernodoEstadodeSãoPaulo. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 26/01/2006 na sede da FDE, na Supervisão de Licitações

ntre dezembro de 2004 e novembro do ano passado, 895 empresas brasileiras deixaramde exportar por causa davalorizaçãodo real, que reduziuacompetitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. Olevantamento consta do boletim ComércioExterior emPerspectiva, divulgado ontem pela Confederação Nacionalda Indústria (CNI). Ao deixar de exportar, asempresastêm um prejuízo duplo: elas perdem nãoapenasoinvestimentorealizado com adivulgaçãode seus produtos mas também os clientes no exterior. De acordo com a entidade, a situaçãopodepiorar nospróximos meses, jáqueasperspectivas de investimento em exportações não são boas e muitasempresas estãodirecionando seu foco para o mercadointerno. A CNI lembra queuma sondagemrealizada noterceirotrimestredo ano passadomostrou que 75,8% das pequenas e médias empresas e 45,6% das grandes tinham o mercado doméstico como alvodosinvestimentos programados para 2006.Os percentuais eram menores em sondagem feitaem 2004,relativa aos investimentos programadospara 2005: 68,3% e 51,4%, respectivamente. Mesmofazendo essaavalia-

çãonegativa, aCNIacredita que abalança comercialdeve praticamente repetir neste ano o bomresultado obtido em 2005. Segundo a entidade, apesar daqueda narentabilidade, asexportações devem crescer 10%,chegandoa US$130 bilhões, e as importações devem aumentar18%, alcançando US$ 86,5 bilhões, o que resultaria em superávit de US$ 43,5 bilhões. A previsão da CNI para as exportações é menor do que aprojeção de US$ 132 bilhões feita pelo governo Superávit – Os motivos para esperarque abalançamantenha o superávit elevado são os mesmos que permitiram ao Paísobter osaldo recordede US$ 44,8 bilhões em 2005: altas cotações das principais commodities exportadaspelo Brasil, como soja e minério de ferro, e demanda externa forte. "Não dá para prever por quanto tempo esse movimento vai durar, mas não há sinais de reversão", disse o economista da entidade, Marcelo Azevedo. Segundo a CNI, a expansão das exportações brasileiras se deve cada vez mais à elevação dos preços do que da quantidade embarcada de produtos, cujoritmoenfraqueceu no anopassado. Em 2005, a quantidade exportadacresceu em média 12,1%; em 2004, o ritmo era de 18,5%. (AE)

Agliberto Lima/AE
Grandes redes de lojas do varejo devem ser beneficiadas com a alta do salário mínimo

DC – Um dos pontos críticos da cidade é a cracolândia. O que a Prefeitura já fez e o que ainda pretende fazer por essa região?

AM – Essa região foi abandonada pelo poderpúblico por trinta anos e tornou-se redutodetráfico ede consumo de drogas. Mas não é só isso: há um comércio muito forte na área, há toda uma infra-estrutura para essaatividade.Depois deum mês conversando com lojistas,órgãosdesegurança e outras entidades,foi montada uma força-tarefa, com as polícias Civil e Militar, Guarda Civil, CET, Limpurb, Departamento de Iluminação Pública, departamentos de transporte, Sabesp, Eletropaulo,Contru,VigilânciaSanitária e Secretariade AssistênciaSocial. Desencadeou-se então uma grande operação em hotéis, bares, empresasde turismoe transporte,ferros-velhos e guarda-volumes, que resultou em vistorias, notificações e lacrações. Aárea passou a ser cuidada. Háum postopolicial permanente.Asmelhorias já são evidentes.

DC – Parece que o destino da área é ser reurbanizada?

AM – Temos umprojeto para a área, que inclui desapropriação,reurbanização e reocupação. A Câmara já aprovou leisdeincentivosparaaregião.

Vamos destinar 15 mil metros para a nova sede da Subprefeitura da Sé, alémdasáreasem que serão construídas as sedes detrêssecretariasmunicipaise da Guarda Civil. Haverá escolas e quadras. Já temos ali dentro equipamentosculturais de grande valor. Feita a reurbanização,áreas serão vendidas para a iniciativa particular.

DC

– A Prefeitura parece estar condenando os calçadões, é verdade?

AM – Criados porvolta dos anos 70,os calçadões fizeram sucesso na época, mas se transformaram num problema com o aumento da violência e do desemprego.Arestrição do acesso de veículos ao Centro espantou moradores e comércio –o quecontribuiu para a degradação dasáreas. Acredito que areaberturadealguns calçadõespara otráfegolocal pode reverter essa situação. É importante lembrar que a prioridadeserá sempre opedestre, mas a circulação de veículos não deve sereliminada. Assim, já foram feitas intervençõesnas ruas24de Maioe Dom José de Barros. Outras intervençõesdeverão serfeitas nas ruas Formosa, Sete de Abril, Florêncio de Abreu, São João, Barão de Itapetininga, XV de Novembro e vale do Anhangabaú.

DC – Há planos para o Parque D. Pedro?

AM – Quando assumimos, o Parque D. Pedro estava em petição de miséria. Está sendo promovida arecuperação.A idéia é criar um parque esportivo, além do Museu da Criança, que será um museu interativo voltado basicamente para a educação.

DC – E o que fazer pelo turismo no Centro?

AM– O Centro tem um grande potencial turístico, basta ver o número de prédios tombados. Para haver turista é preciso que a cidade esteja limpa, arrumada,agradável. Sem isso é impossível atrair as pessoas. É preciso oferecer facilidades. Há projetos para construção de garagenspúblicas, que serão importantes tambémpara as pessoas quevêm ao Centro a trabalho.

DC – Quando esse Centro dos sonhos será realidade?

AM – É claro que muita coisa estápor sefazer,mas oCentro já mudou. Mudou principalmente aformacomo aspessoas estão vendo o Centro. O Centro está na moda, virou tema da mídia. Há entidades atuando seriamente, há uma disposição de recuperá-lo. O importante é quevamosconseguir, não importa quando. Leia mais sobre o Centro da cidadeno Caderno Especial que circula hoje

Na cidade, temperatura atingiu ontem a marca dos 34,5 graus

A

cidade de São Paulo comemorou seu aniversário debaixo de muito sol e com recorde de calor. Às 16h, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 34,5 graus no Mirante de Santana, na zona norte. Ao amanhecer, a mínima foi de 20,6 graus. A máxima anterior de 34,1 graus

foi registrada domingo. O paulistano aproveitou o feriado para lotar as piscinas, os clubes e até o solarium do Sesc Vila Mariana.

Segundo o meteorologista do Climatempo, Alexandre Nascimento, o calorão e a estiagem das três últimas semanas deve terminar hoje, quando uma nova frente fria

NA LINHA DO TEMPO – Obras que retratam um pouco dos 452 anos da cidade estão na exposição de telas "São Paulo na Linha do Tempo", de Cristiane Carbone (foto), aberta na Cripta do Museu Anchieta, no Pátio do Colégio, no Centro. A exposição tem a participação da Associação Nóbrega de Educação e Assistência Social e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

vinda do sul deixa o tempo chuvoso até, pelo menos, o início da próxima semana. Hoje, o dia amanhece com céu fechado na maior parte das regiões e há risco de temporais. O sol ainda aparece um pouco apenas no norte do estado. Nos próximos dias, a frente fria se desloca lentamente e a

instabilidade persiste no estado. As temperaturas oscilam hoje entre 21 e 29 graus, ficando entre 17 e 27 graus no fim de semana.

A expectativa é que se repita o fenômeno "zacas" (Zona de Convergência do Atlântico Sul - ZCAS), que manteve a primeira semana do mês chuvosa.

No Rio – Os termômetros do Inmet registraram o dia mais quente do ano também no Rio: 40,3 graus à sombra, na praça Mauá. No verão de 2005, a máxima não passou dos 40 graus, em 15 de março, segundo o Climatempo. Não há frente fria a caminho, mas a previsão é de que o tempo comece a mudar hoje. (AE)

Milton Mansilha/Luz

PETRÓLEO

Os contratos futuros voltaram a cair e fecharam ontem abaixo de US$ 66 por barril.

EXPANSÃO DE NEGÓCIOS

Cerca de 70% dos presidentesexecutivos de empresas de todo o mundo planejam expandir os negócios no Brasil, na Rússia, Índia ou China nos próximos três anos, informou na última terçafeira a consultoria Price Waterhouse Coopers, que fez pesquisa com 1,4 mil executivos. Os dados foram divulgados no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O levantamento constatou que a expansão

As discussões neste ano estão centradas nas economias chinesa e indiana

ALUGUÉIS

Valor da locação residencial na capital paulista subiu 4% em 2005, segundo o Secovi.

no exterior está atraindo cada vez mais companhias de todos os tamanhos, que procuram novos mercados, e não é mais limitada a gigantes multinacionais em busca de custos menores em

outras regiões. A pesquisa mostrou ainda que quase dois terços dos entrevistados estão otimistas com as perspectivas atuais e futuras para a expansão global dos negócios. (Reuters)

PIB CHINÊSFURLAN QUER PROMOVER O BRASIL

AChina ultrapassou a França e a Inglaterra e tornouse a quarta economia mundial. O Produto Interno Bruto chinês superou as projeções e cresceu 9,9% no ano passado, totalizando US$ 2,26 trilhões. (AE)

Oministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, voltou a defender ontem a criação de uma agência de promoção da imagem do Brasil, em Davos, na Suíça, durante o

Fórum Econômico Mundial. Índia, Turquia e África do Sul foram mencionados como exemplos de países com trabalhos bem-sucedidos de promoção. Furlan insiste na idéia desde 2003, mas a Secretaria de Comunicação vetou o projeto. (AE)

RESSEGUROSWAL-MART AVANÇA NO INTERIOR

AComissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto de lei complementar que libera a concorrência no mercado de resseguros no Brasil.

OOWal-Mart abre hoje sua primeira loja em Sorocaba e avança no interior de São Paulo, região considerada estratégica na disputa da companhia com seus maiores concorrentes, os grupos Pão de Açúcar e

Carrefour. O Wal-Mart investiu R$ 40 milhões na loja de Sorocaba, cidade onde já estão o Carrefour, com dois pontos-de-venda, e o Extra, do grupo Pão de Açúcar, com uma loja. Até o fim do ano, o Wal-Mart deve chegar a Franca. (AE)

CARNEGÁS: GOVERNO QUER NEGOCIAR LEI

ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse na terça-feira, em evento da Associação de Criadores Suínos, que a Rússia deve liberar as importações de carne do Brasil a partir de fevereiro.

AComissão de Constituição e Justiça do Senado adiou a votação, programada para hoje, do projeto de lei que estabelece um marco regulatório para o gás. O adiamento se deu a pedido do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). Ele explicou aos senadores que o governo quer mais tempo para discutir o projeto com a oposição, já que o Ministério de Minas e Energia está elaborando um outro projeto sobre o tema. (AE)

AL: MENOR CRESCIMENTO DESDE 2003

Ocrescimento

econômico na América Latina e no Caribe deve ser neste ano o menor dos últimos anos, segundo previsão da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgada ontem. O Produto Interno

A TÉLOGO

Bruto (PIB) regional deve subir 3,9%, abaixo das taxas de 4,1% de 2005, e de 5,6% de 2004. Caso a projeção se confirme, será a menor expansão desde 2003 (1,8%).

A ONU previu que a economia brasileira crescerá 3% e a argentina, 6%. (Reuters)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

98% do faturamento da indústria brasileira de processamento de suco de laranja vêm de exportações

Distribuidoras de energia e entidades que representam os consumidores lutam contra "conta apagão"

A Cooxupé, cooperativa brasileira de cafeicultores, vai abrir sua segunda cafeteria na China

Brasil e AL ignorados no Fórum Econômico

OBrasile os países da América Latina foram praticamente ignorados nodebate sobrea conjuntura econômica global que tradicionalmente abre o Fórum Econômico Mundial, iniciado ontem, nos Alpes suíços (na cidade de Davos), com cerca de 2,5 mil autoridades, empresários, banqueiros e celebridadesde todoomundo.Esse descasorefletea exígua atenção quetem sido dedicada à América Latina no encontro. Além de seconcentrar nos temas tradicionais, como a situação das economias dos Estados Unidos, da Europa e do Japão, o encontro está dirigidoaocrescimento da relevância da China e da Índia no cenário internacional.

Entre as dezenas de seminários da agendaoficial do fórum, que vai até o próximo domingo, o único dedicado à América Latinaestá marcado

para amanhã — o "jantar ibero-americano", que todos os anos se limita a reunir autoridadese empresários latinoamericanos e atrai pouca atenção entreosdemaisparticipantes. Em contrapartida, estão programados vários seminários relacionadosà Chinae à Índia durante o fórum.

De acordo com os economistasque participam das dicussões, China e Índia continuarão superando a maior parte das outras economias nos próximos anos. AChina,por exemplo, deve crescer pelo menos 8% ao ano até 2010.

Nesse período, a moeda chinesa,o yuan,devevalorizarse entre25% e 30%,afirmou o presidente do First Eastern Investment Group, Victor L. Chu. Jáa meta daÍndia, outro grande destaquedo Fórum,é alcançaruma expansão de 10% ao ano, segundo o presidente do Grupo Sun de Companhias, Nand Khemka.

Nos dois países a população é tanto uma vantagem quanto um problema. Isso porque, em ambos os casos, são necessários enormes investimentos em infra-estrutura econômica e social, a começar pela área de saneamentobásico. Chineses e indianos também terão de cuidardos estragosambientaiscausadospelo desenvolvimento econômico.

Otimismo — A economia global terá mais um ano positivo em 2006, segundo a maior parte da elite de economistas que participa do fórum. A ironia é que muitos desses analistas reconhecem que o bom desempenho do mundo ocorre na contramão das suas próprias previsõese alertassobre os grandes desequilíbrios que, a qualquer momento, poderiam interromper o excepcional desempenho. Emoutras palavras, a economia mundial parece estar vencendo os céticos pelo cansaço. (AE)

Brasil: 5ª maior economia em 2050

Obanco de investimentos Goldman Sachs mantém a sua previsão de que o Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2050, e que é parte integrante dos chamados Brics, grupo dos grandes países emergentes que estarão entre as primeiras potências globais em meados deste século. Pela projeção, o

Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro chegará a um nível entre US$ 5 trilhões e US$ 10 trilhões, praticamente alcançando o do Japão. A sigla Brics é composta pelas iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China, e foi criada em outubro de 2003 em um relatório do Goldman Sachs. Segundo a projeção, em 2050 as maiores

economias do mundo serão, em ordem decrescente, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, Reino Unido, França e Itália. Recentemente, surgiu uma dose de ceticismo em relação ao fato de que o Brasil esteja incluído nos Brics, pois seu crescimento tem sido muito inferior aos dos três outros integrantes do grupo. (AE)

Sebastian Derungs/Reuters
Celso Júnior/AE

CRESCIMENTO DA RENDA E DO EMPREGO IMPULSIONARÁ INDÚSTRIA. MAS CÂMBIO COMPLICA

SETOR TÊXTIL: À ESPERA DE UM BOM 2006

AAssociação Brasileira daIndústria Têxtile de Confecção (Abit)prevê umcrescimento de 4%para o setor em 2006. O segmento será pautado pelo crescimento da renda e do emprego no mercado interno. Em contrapartida, a entidade não vê melhoras no comércio internacional. "Devemosmanteros mesmos patamaresdo ano passado, quando crescemos 5,9% em relação a 2004",disseo diretorsuperintendente daAbit, FernandoPimentel,emGramado, Rio Grande do Sul, ao participarda10ª Feira Nacional de Moda Inverno (Fenin). Embora os números de exportaçãosejampositivos, o executivo voltou areclamar que o câmbio e a concorrência com osprodutos chinesesprejudicam as empresas brasileiras. "Poderíamosvender mais e conquistar outrospaíses, masnão podemos concorrer com a China, que mantém seu câmbio favorávelàs exportações, enquanto aqui o real só se valoriza", resumiu.

Fortalecimento – Como pontopositivoparaaindústria demodaeconfecçãonesteano, Pimentel destacou o amadurecimentodas marcasnacionais e a forte tendência de lançamento de várias coleções ao longodoano,não apenasno início do verãoe do inverno. "O conceito fast fashion está sendo implementado aos poucos no País e tende a crescer cada vez mais", disse.

Fast fashion nada mais édo que a empresa ter coleções intermediárias entre os grandes lançamentos das duas principais estações. Uma das pioneirasnesse conceitoemtodoo mundo é a Zara, que troca os produtos emsuas lojas duas vezes por semana, mantendo apenas os elementos principais da coleção em suas araras durante o inverno ou verão. NoBrasil,a marcaderoupas masculina Dudalinosjá começou a pensar nesse conceito e, em vez de lançar duas coleções por ano, passou a ter uma grandecoleção deinverno e duas de verão. "Temos um verão muito longo e um inverno duvidoso em muitas partes do País. Por isso, achamos mais produtivo ter roupas adequadas aonosso climado que seguir as tendências européias de lançamento”,afirmou adiretora da empresa, Sonia Hess de Souza. Doladodoslojistas,o problemaéqueesseconceitoeleva oscustosepodeaumentaroestoque, caso as mercadorias não sejam vendidas. Esse pelo menos é o medo de Carlos Augusto Torres,proprietário deuma loja de roupas em Jundiaí, interior de São Paulo. "Não tenho tanto capital degirocomoas grandes lojas e tenho um pouco de receio de a mercadoria ficarencalhadana loja",disse. Ele visitou a Fenin no primeiro dia de exposição da feira e chegou a fechar algumas encomendas para o inverno. Fernanda Pressinott, de Gramado

Grifes estão adotando o conceito fast fashion: coleções intermediárias entre o inverno e o verão

Inverno

de saias e bordados

O inverno de 2006 será alegre e feminino. A aplicação de flores deve continuar em peças femininas e acinturadas. Essa foi a impressão dos visitantes na 10ª Fenin. Saias evasês, bordados e rendas à mostra farão parte do guarda-roupa feminino. Para os homens, casacos e gravatas rosa e lilás. (FP)

Lojas adiantam compras em Gramado

Oprimeiro diadeexposição da 10ª Feira Nacional de Moda Inverno (Fenin) em Gramado, Rio Grande do Sul, teve6,8 mil visitantes, uma movimentação intensa em todos os corredores, tanto nos de modamasculinae feminina, comonosde roupas infantise de lingerie. Os compradores eram de todo o País e até do exterior, masprincipalmente de lojas multimarcas dointerior do Brasil. Um deles era Cristiano Oliveira, que tem duas lojas em Lages,Santa Catarina. "Vim à feira para ver as tendências de inverno e fechar alguns pedidos, se possível todos." No fimdo dia,no entanto,

ele ainda não tinha conversadocomtodosos fabricantes quepretendia. "Vou terque ficar atéamanhã, masé melhor porque posso resolver muitas questões aqui mesmo”, disse Oliveira, que já visita a Fenin há três anos.

A movimentação da10ª Fenin parece que vai atender às expectativas dos organizadores."Acreditoqueo número de visitantes e o volume de negócios cresçam20% nesteano em comparação a 2005", disse o diretor da Expovest – empresa organizadorada feira–Júlio Viana. Em 2004, 22 mil compradorespassaram pelo local e, no ano passado, esse número subiu para 31 mil.

A boa perspectiva também ébaseada no lançamento de mais um salão de moda específico.Até oanopassado,a Fenin tinha opavilhãoprincipal e o Salão de Moda Masculina.Agora háo SalãoLingerie Brasil Sul, com 31 expositores específicos dosetor e a promoção de desfiles de moda íntima. "Os fabricantes estão satisfeitos com o resultadodo primeirodia.Outras feiras de lingerie não trazem tantos compradoresmultimarcas. Normalmente, ficam restritas alojas específicas delingerie",explicou a sóciadaNewStage, organizadora do salão delingerie, Ana Flores, que também or-

ganiza oSalãoLingerieBrasil, realizado anualmente no mês de agosto. Desfile – Oprimeirodiada Feninainda teveum desfilede moda íntima em uma das principais ruas do centro de Gramado, a Rua Coberta. Próximo aos convidados, centenas de pessoas se agruparam para assistir as modelos com peças íntimas e celebridades da TV, comoatriz Karina Bacchi,eosmodelos Paulo Zulu e Luciana Coutinho. O quese pôdeperceber em todasasmarcasé queo estilo vitoriano, com rendas e aplicações, continuará em alta no inverno, assim como cores que remetemà feminilidade,tais como rosa e púrpura. (FP)

Credores do Papa-Tudo aguardam definição da

Apesardea Interunion Capitalização estar emprocesso deliquidação há sete anos (desde 24 de dezembro de 1998), os investidores dotítulo de capitalização Papa-Tudo (de controle da empresa) ainda não conseguiram reaver os valoresaplicados. Para queisso aconteça, a Superintendência de Seguros Privados, a Susep (atual gestoradacompanhia), teriade publicar o quadro definitivo de credores.Atéagora,a Susep publicou apenas o quadro provisório. "Qualquer credor sópoderáingressar em juízo após apublicação do quadro definitivo decredores,conforme dispõe a lei número 6024 de 13 de março de 1974", afirmaa advogada Diná Solange Alves, que representa um grupo de investidores. Segundoela,aSusep deveria terfeito adivulgaçãohá muitotempo,porqueo artigo quarto da lei prevê o prazo máximo de seis meses, com prorrogação única de mais seis meses após a intervenção.

A advogada detalhaque a Susep reconhece como patrimônio da Interunion um total de R$ 101,5 milhões em ativos. Mas, relata a advogada, omite as 200 debêntures que detém daCSN (antigaCompanhia FerroLigas), quesomam aproximadamente R$ 605 milhões; títulos federalizados do governo de Alagoas, no valor aproximado de R$ 88 milhões; ações da Varig – cerca de 8% dototalda empresa; alémde nãoatribuirovalorreal do imóvel ondefunciona oHotel Nacional, no Rio de Janeiro, avaliado pela Caixa Econômica Federal em R$ 79 milhões. "Caso houvesse o correto balanço patrimonialdaInterunion, poderíamos afirmar que seusativos somamaproximadamente R$ 833 milhões. Co-

mo a empresa, de acordo com o quadro provisório publicado pelo liquidante, possui um passivo de aproximadamente R$ 101,5 milhões, percebemos que o ativo supera opassivo. Portanto,existem recursos mais do que suficientes para o pagamento detodos oscredores da massa", diz Diná.

A advogada afirmaque todos osatosforamdenunciados ao Ministério Público Federal doRio de Janeiroe também à Polícia Federal. Diná considera que há fortes indícios de que existam diversoscrimescometidos noprocesso deliquidação daInteru-

101,5

milhões de reais são os ativos da Interunion, detentora do título de capitalização Papa-Tudo

nion, dentre os quaispodecitar a"improbidadeadministrativa, gestãofraudulenta, desvio definalidade,fraude contra credores em benefício ainda não se sabe de quem". Osrepresentantes daSusep responderampor e-mailas perguntas da reportagem do Diário doComércio. Segundo a assessoria de imprensa, "foibastantecomplexae demoradaa apuração dosvaloresde algunsitensdoquadro geraldecredoresda Interunion,em especialaapuração do total dos títulos de capitalização comercializadose não resgatados em todas asséries emitidas durante o período regular de funcionamento da so-

Susep

ciedade". Sobre o não reconhecimento de vários ativos no balanço da empresa, a Susep divulgou que "todos os ativos da sociedade que se encontram suportados por documentos comprobatórios estão regularmente registrados no balanço da sociedade.A avaliaçãodos ativos,ou seja,ovalor emque são expressosno patrimônio da massa, é efetuada por critérios técnicos e legais".

A Susep informa também que o quadro geral de credores ainda está em exame. "O pagamento aos credores da massa observa uma hierarquia legal. Em30de setembrode 2005,a massa ativa da Interunion era de R$ 218.422.083,82. Já a massadepassivos atingiaasoma de R$ 647.466.939,09, resultando um déficitpatrimonial de R$ 429.044.855,27", registra aSusep, seminformar, porém, quandoo quadrodefinivo será publicado. Ofício – O deputado federal Celso Russomano(PP-SP) enviou um ofício ao procuradorgeral daRepública,em Brasília,relatandoosdetalhes do processo da Interunion. O documento foi protocolado na segunda-feira, dia12 dedezembro. "OMinistério Públicovai apurar porque os bens pertencentes ao grupo não estão listados no processodefalência. Trata-se de uma questãoque pode ser enquadrada no Código deDefesa doConsumidor. Os credores não podem ser lesados", afirma. A reportagem tentou entrar em contato várias vezes com os acionistas da Interunion; Arthur Falk não retornou às ligações. Já a secretária de Gilberto Bousquet Bomeny indicou o porta-voz da empresa, o advogadoPaulo Viana.Ele, porém,não retornou os vários recadosdeixados emsua secretária eletrônica. Neide Martingo

Divulgação

Lagoa do Taquaral repaginada

As obras devem começar em fevereiro

ODepartamento deParques e Jardins (DPJ) da prefeitura de Campinas inicia, em fevereiro, a execução de uma série de obras de revitalizaçãodo ParquePortugal,a Lagoa doTaquaral,maior áreadelazerdaregião de Campinas. Entre as ações estão programadosodesassoreamentoda lagoaque há 30 anos tinha 15 metrosdeprofundidadeehoje estácomoito -,amudança dopisoda pistainternade exercícios e caminhada que tem 2,8 mil metros de extensãocom acolocação de saibro, mais macio ao contato, oreforço na iluminação das quadras de esporte e o corte de aproximadamente 80 eucaliptos que es-

tão colocando em risco a vida dos freqüentadores. De acordo com o diretor do DPJ, Ronaldode Souza, dentrodo programaderecuperação também serão realizadas a pinturadas telas de proteçãoque circundam o parque e a reforma dos banheiros públicos, em parceriacoma iniciativa privada. “Queremosainda fecharo estacionamento1, da entradaprincipal do parque, para os carros, transformandoessa área em uma praça de alimentação eaproveitandotambém os vendedores de alimentos que já trabalham dentro do estacionamento”, disse, ontem,o diretor. Para ele, oscarros dos usuários do parque podem ser estacionados no portão

A lagoa será desassoreada, a iluminação das quadras de esporte reforçada e 80 eucaliptos condenados serão cortados, deixando de colocar em risco a vida dos freqüentadores

5, uma das oito entradas da área, maisdistante doportãoprincipal,que geralmente tem poucos veículos no estacionamento.

Ocortedas80 árvores que foram plantadas há dezenas de anos no local é necessário, segundo o diretor, porque asque foramidentificadas como perigosas correm o risco de desabar sobreaspessoas ouoscarrosquepassam doladode fora doparque.Hápouco tempo, de acordo com Souza, um dos eucaliptos caiu sobre umautomóvelCorolla quepassava pelaavenida Heitor Penteado, na pista externa. Não deixou feridos, masacelerou oestudo das árvoresque devem ser removidas.

O desassoreamentovai ser feitocomacontratação deumadraga. Essetipode trabalho já foi realizado há quase vinte anos, mas como outrasaçõesefetivascomoa eliminação do esgoto clandestino não foram realiza-

O bonde e o passeio em meio ao verde

U ma das principais atrações do Parque Portugal é o passeio de bonde. O programa acontece nos finais de semana atraindo, em média, duas mil pessoas, com ingresso a R$ 1. São quatro bondes elétricos utilizados pelo transporte público da cidade e preservados na oficina própria do parque. Eles percorrem os 2,8 mil metros junto à área de

caminhadas circundando a mata nativa, área de piquenique, fonte, a réplica exata de uma caravela portuguesa que trouxe os descobridores ao Brasil, além do parque aquático, ginásio de esportes e planetário. Os bondes foram importados por Campinas dos Estados Unidos e circularam na cidade de 1912 até serem desativados em 1968. Em 1972, com a inauguração do Parque Portugal, eles passaram a ser atração turística na área. Para a preservação, as peças de reposição são produzidas na própria

oficina do parque. A oficina especializada em bondes de São Bernardo do Campo só é acionada quando ocorre a queima do motor que precisa de enrolamento de fios da bobina.

Além dos bondes, o parque também oferece ginásio esportivo, campos e mini-campos de areia, quadras de concreto para prática de vôlei, basquete e futebol de salão, piscinas, pista de corrida e caminhada, viveiros de pássaros e o planetário. Também podem ser alugados pedalinhos e a pesca esportiva é permitida somente nos finais de semana.

das oproblema tornou-se recorrente. Hoje, segundo o atual diretor do DPJ, se a areiaque estásedepositandono fundo do lago formandoumaduna nãofor retiradaem tempo,emdez anoso assoreamentopode fazer a lagoa desaparecer.

O Parque Portugal sofre há décadas com a erosão do soloda áreaverde,assoreamentodalagoa,alémdapoluiçãoprovocada pormanchasdeóleo eesgotoclandestino que aparecem constantemente nas águas provavelmente, segundojá apontaramestudos de administrações municipais anterioresa esta,pelasligações ilegais de postos de gasolina,residênciaseoficinas mecânicas a redes de esgoto eáguafluvialquedesembocam na lagoa.

Aatual administração prometeresolvera questão.“ASanasa, nestemomento, está realizando um trabalho de identificação das ligações clandestinas

de esgotonasgalerias de águas fluviais do Bosque dos Jequitibás. Depois que aempresa terminaresse trabalho, inicia a ação na lagoa com o mesmo objetivo.Comtudoidentificado, vamosdesfazertodas essas ligaçõesque estãomatando a Lagoa do Taquaral”, disse Souza. Todas asobras previstas para a revitalização do ParquePortugal nãodevem atrapalhara visitaçãopública, segundoo diretordo DPJ. Para Souza, não será necessário interditar o local já que,por exemplo,o corte de um eucalipto podeser feito com o isolamento de área restritapara queo trabalho seja realizado com segurança.O mesmo acontece como trabalhoda draga. Nos finais de semana, pelos 648 milmetros quadrados do parque passeiam pelo menos 40 milpessoas por dia. Nosdiasúteis passam por lá 12 mil visitantes. Mário Tonocchi

O piso das pistas de exercícios será recoberto com saibro

Servidores municipais terão 14 folgas em 2006

Oprefeitode Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), decretouontem, em publicaçãono DiárioOficialdoMunicípio,11diasde feriados nacionais emunicipais etrês pontosfacultativos para os aproximadamente 15 mil servidores públicos da cidade. O decreto não estabelece se os feria-

dosquecaem naquartaou na quinta-feira poderão ser emendados. Dos 11feriadoslistados,três sãonasegunda-feira,três na sexta e os demais divididos em quatrodiasnaquinta-feirae um na quarta-feira. Com base naLei 662, de 06de abrilde1949, oprefeito decretou em Campinas como feriados nacio-

nais o dia 21 de abril, sextafeira,que comemoraTiradentes; 1ºde maio,segunda-feira, dia do Trabalhador; 7 de setembro, quintafeira,Independência do Brasil;12deoutubro,quinta-feira, dia deNossa Senhora Aparecida;2 denovembro, quinta-feira,dia deFinados;15de novembro, quarta-feira,Procla-

mação daRepúblicae 25 de dezembro, segundafeira, Natal. Já os feriados municipais estão previstosnas leis 173,de 28 dejunho de 1949 e 11.128 de 14 de janeiro de 2002. São eles 14 de abril,sexta-feira, diada PaixãodeCristo, 15dejunho, quinta-feira, Corpus Christi,20de novembro,

segunda-feira, dia da Consciência Negra e 08 de dezembro, sexta-feira, dia de NossaSenhora daConceição,padroeira deCampinas. Os pontos facultativossão27 defevereiro,segunda-feira, Carnaval; 28 de fevereiro, terça-feira, Carnaval e 1º de março, quarta-feira, Cinzas, até às 12h. (MT)

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Meio Ambiente, de Jaguariúna, promove, na próxima terça-feira (dia 31), das 10h às 12h, um seminário técnico sobre a “Análise do Uso do Princípio da Precaução à Luz de Princípios da Bioética: o Caso das Plantas Transgênicas”, com a pesquisadora e vicepresidente do Núcleo de Bioética de Londrina, Olívia Márcia Nagy Arantes. O seminário discutirá as questões éticas dos produtos geneticamente modificados.

AMAZÔNIA

U ma equipe, formada por professores e alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vai participar do Projeto Rondon. Os universitários devem permanecer por dez dias, a partir do próximo dia 3 de fevereiro, na cidade de Eirunepé, na Amazônia. A cidade está localizada a 1,2 mil quilômetros de Manaus. Sua economia formal é baseada na agricultura e pesca de subsistência. Com 30 mil habitantes, os problemas mais sérios do local são a prostituição infantil, a alta taxa de natalidade e a lepra.

PROMOÇÃO

O parque temático Hopi Hari, de Vinhedo, vai vender o passaporte de entrada, a partir de agora, também no site www.shopfacil.com.br. Hoje e amanhã, uma promoção oferece uma segunda entrada grátis na primeira compra. A promoção é limitada a 10 mil passaportes. O bilhete de entrada custa R$ 29,90 e pode ser dividido em duas vezes nos cartões Visa e Mastercard. O parque temático fica na rodovia dos Bandeirantes, km 72,5. Até o dia 27, o parque vai funcionar das 10h às 20h. Na compra pela Internet a entrada é retirada na portaria.

Francisco Simões Correia

do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br

Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br

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Bonde de 1912 importado
Fotos

Do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Marquez, em entrevista publicada ontem no diário espanhol La Vanguardia. Ele disse que problemas pessoais o impediram de concluir a segunda parte de suas memórias, Viver para Contar.

C ASOJEANCHARLES

Preso repórter que apontou erros policiais

Um jornalista da rede de TV britânica ITV, que informou sobre erros policiais na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, foi preso sob suspeita de ter roubado documentos da Scotland Yard, informou ontem o jornal The Guardian. Segundo o diário, o jornalista foi preso em meio a uma investigação policial sobre o vazamento para a imprensa de documentos da Comissão Independente de Queixas policiais, que na semana passada concluiu seu relatório sobre a morte de Jean Charles. O brasileiro de 27 anos foi morto com oito tiros em 22

C IÊNCIA

de julho na estação de metrô de Stockwell, sul de Londres, depois de ter sido confundido com um terrorista. A rede ITV informou em agosto que, ao contrário do que foi dito no início, os agentes obrigaram Jean Charles a deitar no chão antes de atirar contra a cabeça dele. Segundo The Guardian,o jornalista e produtor de TV, cuja identidade não foi revelada, obteve os documentos de forma ilegal, por isso foi preso. A história foi considerada um dos maiores furos do ano passado e rendeu à ITV um prêmio da Sociedade Real de Televisão.

Paedocypn progenetica, o menor peixe do mundo, apresentado na foto ao lado de uma moeda de 1,9 cm de diâmetro.

B IOLOGIA

DVD erótico inspira pandas a procriarem

Especialistas do zoológico da Tailândia decidiram lançar mão de um plano B para garantir que o casal da pandas Chuang Chuang (macho) e Lin Hui (fêmea) possam se reproduzir. O zoológico chegou a divulgar imagens do "namoro" dos pandas, mas os cientistas constataram que nada aconteceu entre eles. Agora, os pandas vão assistir um DVD com imagens de outros ursos acasalando para que se inspirem. Os cientistas acreditam que os pandas estejam em extinção porque raramente vêem a cópula de outros pandas.

A RGENTINA

A última marcha das mães de Mayo

A histórica líder das Mães da Praça de Mayo, Hebe de Bonafini, concluirá hoje a última "Marcha da Resistência", iniciada ontem. As marchas, de 24 horas, eram realizadas anualmente desde 1981 para pedir informação sobre o paradeiro dos filhos desaparecidos, seqüestrados pelos militares da última ditadura (197683), e o julgamento dos militares que participaram das graves violações aos direitos humanos. Segundo Bonafini, as mães estão muito velhas (ela tem 77 anos) para os exaustivos protestos.

Festa da democracia

Tranqüilidade nas urnas e conflitos de bastidores marcam eleições parlamentares

Ospalestinosforamàs urnas ontem,com tranqüilidade, na primeira eleição parlamentarem dez anos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Avotação mudaráopanoramapolíticonaregião porqueo grupofundamentalista islâmico Hamas conseguiu forte votação,segundopesquisasde boca-de-urna. Maso partidono poder, a Fatah, parece ter obtido númerosuficientedevotospara formar um governo de coalizão com grupos minoritários laicos, comosquaistemafinidadespolíticas, sem precisar recorrer, portanto, ao Hamas, seu principal rival.As pesquisasindicam que Fatah conquistará 63 cadeirasno Parlamentode 132lugares. Hamas ficaria com 58.

O brasileiro Naif Dahlih, de 28 anos, nascido em Uruguaiana (RS) de pai palestino e morador háoito anosnacidadede

Betúnia, na Cisjordânia, foium dos eleitores.Indeciso até a última hora, votou na Fatah.Para ele, apesar das denúncias de corrupção que corróem a imagem do partido, a Fatahcontinua tendo a melhor infra-estrutura política para lidar com todos os problemas palestinos. "Duvidoquealgum outro partido consiga fazer mais doque a Fatah.Apesar de tudo,ele aindaéoque maisrepresenta os palestinosmédios, que querem paz ", diz Naif. Mas nem todos os eleitores pregam a paz. A ativista BusseiraKort, de 59anos, que distribuiusantinhosdogruporadical FrentePopularpara aLibertação daPalestina (FPLP)alegou

queasaídaparaospalestinoséa luta armada, defendida pela FPLP, cujo líder Ahmed Saadat está preso há cinco anos pelo assassinato doex-ministro doTurismo israelenseRehavam Zeevi.Embom português(elamorou seis anos no Brasil, nos anos 70), reclamou:"Essas eleições são uma farsa! A Fatah está comprando votos! A solução é a luta armada contra Israel. Essa é aúnicalínguaqueoinimigosionista entende".

ACELERA, RUBINHO - O piloto Rubens Barrichello, agora na Honda, apresentou ontem seu carro da temporada, o RA106, em Barcelona. Ele não escondeu a lua-de-mel que vive com os companheiros e disse que viveu na equipe o melhor momento de sua carreira.

C ELEBRIDADE

Maradona contra Miss Bora Bora

Em mais uma de suas performances, o ex-jogador argentino Diego Maradona se envolveu em nova confusão, desta vez no Club Meditterranée de Bora Bora, na Polinésia Francesa. Os problemas começaram quando Maradona foi informado de que sua filha, Gianina, teria sido ofendida pela ex-miss Bora Bora Tumata Vaimarea. Irritado, ele atirou um copo contra a ex-miss, que sofreu um corte na cabeça e teve de levar oito pontos. O indicente ocorreu no final de semana, mas só foi divulgado ontem. Maradona foi denunciado pela ex-miss e poderá ser condenado a três anos de prisão.

Rio, mais seguro só para estrangeiros

G @DGETDUJOUR

Webcam com visão de infravermelho

LYGIA

Exposição de 138 trabalhos da mineira Lygia Clark (1920-1988): pinturas, montagens de metal (foto) e instalações. Pinacoteca do Estado. Praça da Luz, 2. Telefone: 3229-9844. 10h às 18h. R$ 4,00. Grátis, aos sábados.

F AVORITOS

Transplante de órgãos na rede

Adivinhe quem foi para Barein

Um astro pop norte-americano foi às compras ontem num shopping de Bareincobrindoo rosto comumvéu evestindo luvaseabaia,umatúnica pretausada tradicionalmente por mulheres árabes, disseram testemunhas e fotógrafos. Acompanhado de três crianças, aparentemente seus filhos, que também estavam com os rostos cobertos. O astro, que estaria no país a convite da família real, teria decididosemudarparaoGolfo Pérsico. Ele foi denunciado pelossapatos que usava:o modelomasculino não combinava com o traje tradicional das mulheres árabes.

A Genius anunciou o lançamento de uma webcam com visão em infravermelho. A câmera tem resolução de 1,3 megapixels e é ideal para ambientes com pouca luminosidade, como o quarto do bebê ou para vigilância noturna de empresas e residências. Vendido por US$ 48 na Europa. www.gadgetreview.com/2006/01/ genius-videocam-trek-310infrared.html

Quais são as partes do corpo que podem ser doadas para transplante? Existe limite de idade para ser doador ou receptor? Que critérios de compatibilidade entre doador e receptor são considerados? Estas são algumas das dúvidas que podem ser esclarecidas no site da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. O interessado também pode pesquisar os centros de transplantes espalhados pelo País e ainda conferir depoimentos de transplantados. www.abto.org.br

RESPOSTA: Michael Jackson

A TÉLOGO

Retomada de obras do Rodoanel pode ser definida hoje em audiência sobre área indígena

Google lança site na China e defende auto-censura de temas sobre direitos humanos Astrônomos descobrem planeta distante, pequeno e rochoso, parecido com a Terra

A agência de notícias Reuters divulgou ontem para a imprensa do mundo todo a nova proposta da Assembléia Legislativa do Rio: aumentar as penas de prisão para até 15 anos nos casos de crimes contra turistas estrangeiros. A idéia foi divulgada após a invasão de um ônibus com 33 turistas britânicos por uma gang, na semana passada. Eles roubaram US$ 190 mil dos turistas. Segundo a Reuters,a idéia é aprovar a lei antes do carnaval. A agência de notícias reforçou a má imagem do Rio de Janeiro no exterior e afirmou que a cidade é praticamente dominada pelas gangs do narcotráfico, que "governam as favelas e, freqüentemente, bloqueam ruas e invadem" praias.

T RANSPORTES

Metrô ganha serviço 0800

Para comemorar os 30 anos da Central de Informações do Metrô (CIN), o Metrô de São Paulo criou um novo serviço por telefone, agora gratuito, que dá informações sobre bilhetes, integrações possíveis com trens e ônibus, localização de ruas e pontos de interesse nos arredores das estações e documentos encontrados no sistema. O serviço também é capacitado para receber ligações de pessoas com deficiência auditiva.

0800-7707722

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EM CARTAZ
Hamad Mohammed/Reuters
Gustau Nacarino/Reuters
Eliana APonte/Reuters

Siga o roteiro dos tesouros da cidade. Sem pagar pedágio

São inúmeras as atrações turísticas do centro de São Paulo. Do Viaduto do Chá (cobrava-se pedágio para atravessá-lo) ao Impostômetro, que mede quanto o governo retira do seu bolso em impostos

Ocentro deSão Paulo guarda tesouros que nem todos os paulistanos conhecem. Atraçõesturísticase gastronômicas perdem-se noemaranhado de ruas, vielas,parques eviadutos, onde milhões de pessoas buscam sua sobrevivência todos os dias. É possível descobrir alguns desses tesourosandando apéou até mesmo numaromântica carruagem.Váriasempresasde turismo oferecem esses passeios por preços quevariamdeR$20aR$78.Vamos seguir alguns dessesroteiros e saber o que eles têm a oferecer.

Ponto de partida: Shopping Center Light, sede do antigo Theatro SãoJosé,reformado nos anos 20para sera sededa Light,a empresaque forneciaenergiaelétricaparaa cidade.Daípassamos para o...

Viaduto do Chá No finaldo século 19,São Paulo era pouco mais do que uma cidade do interior. O Vale do Anhangabaú aindaera dominado por plantações de chá e foi ali - para ligar a cidade velha, concentrada em torno da rua Direita, e a cidade nova, que começava a se espalharem torno da atual rua Barão de Itapetiningaqueseconstruiuaprimeiragrande obra daquela que viriaa ser uma grande metrópole: um viaduto comestrutura metálicaimportada da Alemanha e assoalho de madeira. E, o que poucos sabem: criou-se umpedágiode 3vinténspara quem quisesse atravessá-lo. Não hádados dequantos atravessamo viadutonos diasdehoje,mas seo pedágio fosse mantido certamente a Prefeitura poderiacontar com

umbomreforçodecaixa.Aliás,um dos pagantes seria opróprio prefeito,poisa sededaPrefeiturainstalou-se na outra extremidade do viaduto,no antigo prédiodoBanespa, na praça do Patriarca. Dali, o passeio segue pela rua Líbero Badaró, em direção ao...

Largo São Francisco Aqui estão aFaculdade de Direito, o Convento de São Francisco e a Igreja da Ordem Terceira da Penitência. O convento é obra de sete freis franciscanos queaqui chegaram em 1640 e o inauguraram sete anosdepois. Afaculdade seria inaugurada muitodepois,em 11 de agosto de 1827, por obra do imperadorD.PedroI,no atoque criou osprimeiroscursosjurídicos do País. Famoso por sua participaçãopolítica,doCentroAcadêmico XI de Agosto saíram três presidentesda República,onze governadoresdeEstado ecinco prefeitos da Capital. Saímos, então, em direção ao...

Marco Zero É aPraça daSé, com suacatedral quase centenária. Cominfluências góticas,a construçãofoi iniciada em 1913 e só concluída em 1954, para as festas do IV Centenário da cidade. É a maior igreja católica de São Paulo, com 111 metrosdecomprimento, torresde92 metrosdealtura,30vitraisdecorativose 112 estátuas. O roteirosegue em direção ao...

Solar da Marquesa de Santos São dois sobrados de taipade pilão epau-a-pique,característicos da arquitetura do século 18, na época com vista privilegiada para o rio Tamanduateí, a várzeado

Carmo e até os contrafortes da serradaCantareira.Aconstruçãofica entre a praça da Sé e o Pátio do Colégio. Era aliqueo imperadorD. Pedro Imantinha encontrosamo-

Paulo Pampolin/Digna Imagem/24/02/05

rososcomMariaDomitíliadeCastro Cantoe Mello, amarquesa, considerada por um bom tempo a mulher mais poderosa do País. Ao lado, está o...

Paulo Pampolin/Hype/17/01/06

Pátio do Colégio

Foiaquique a cidadenasceu, em 25 de janeiro de 1554. Ali estão o Museu Anchieta e a Igreja do Pátio do Colégio. Uma ruína de um muro em taipa de pilão é um dos bens mais preciosos:são os restos da paredemais antigada cidade. Bastante preservada, está ali também a pia batismal construída pelos jesuítase por eles usada para batizar os primeiros índios no seu trabalho de catequese. A Igreja guarda ummanto eofêmur de Anchieta, ofundador. Nossopasseio seguepelarua Boa Vista, o centro financeiro dacidade. Logo no início, uma nova atração, o...

Alex Ribeiro/DC/15/01/06

Impostômetro

Você sabia que o governo bebe quase metade doseu refrigerante?Poisé, numasimpleslatinha de guaraná estão embutidos 47% de impostos. Inconformada com a voracidade tributária, a AssociaçãoComercial de SãoPaulo resolveucolocar na entrada de suasede, bem no início darua BoaVista,um painelquemostra quanto o brasileiro está pagando de impostos. É o Impostômetro, cujos números giram com veloci-

dade digna de Fórmula-l, e que já virou atração paraos turistas. É impossívelcongelar os números, mas, às 18h10 do dia 24 de janeiro, erapossívelsaberque o brasileiro já havia tirado do seu bolso mais de 55 bilhões e 135 milhões de reais para aplacar o apetite do leão.

Paulo Pampolin/Digna Imagem/26/08/03

Mosteiro e Igreja de São Bento Omosteirofoi erguidoem1598, pelo beneditino SimãoLuís, discípulo do Padre Joséde Anchieta. A igrejaficoupronta doisanosdepois. Concebido pelo arquiteto alemão Richard Bernd, o conjunto tem estilo eclético. Externamente, há influênciagótica.Naparte interna, há traços bizantinos. Possui, talvez, orelógiomais precioso da cidade e tem missas concorridas pelo espetáculodos cantosgregorianos, todos os domingos às 10 da manhã. Outra curiosidade:ali está enterradoocorpodo bandeirante FernãoDias,quefinanciouumareforma do mosteiro por volta de 1650. Passamos, agora, para o...

Edifício Martinelli Noiníciodo séculopassado,os maioresedifíciosde SãoPaulotinham no máximo dez andares. Já eram consideradosarranha-céus. VeiooitalianoGiuseppeMartinelli, nascido em Luca, e resolveu construir um prédio de 26andares, com 105 metros de altura. Uma proeza. A descoberta de um lençol de água subterrâneo colocou aobra emrisco. Asdificuldades para contornar o problema levaram à construtoraà falência, masopróprio Martinellidecidiu tocar a obra (que, iniciada em 1922,foiconcluídaem1930).E,para provar que o prédio era seguro, eleprópriofoimorarnoúltimoandar. Nãofaltou luxo:pisos eescadas em mármore de Carrara, ferragens inglesas,portasejanelas em pinho-de-riga e cimento rosa

importadoda Suécia. No amplo terraçono topo doedifício, suntuosas festas promovidas pela elitepaulistana embalada peloslucros do café. De volta ao chão, o rumo é o...

Viaduto Santa Ifigênia Construído entre 1911 e 1913, comestruturametálicaimportada da Bélgica,é outroviadutoque cruza o Vale do Anhangabaú, ligando o largo SãoBento ao largo SantaIfigênia. Oprojeto original era dovereador JoséOswald Nogueira deAndrade (pai do escritor). Paraconcretizara obra,foi feito um empréstimo de 750 mil libras juntoàInglaterra.Foiassim que começou a nossa dívida externa. Agora, o destino é o...

Vale do Anhangabaú Até o século 17,as águas do rio Anhangabaú serviam para as pessoas lavar roupaou tomar banho. Ali,entãoterrasdoBarãodeItapetininga, estendiam-segrandes plantações de chá. Com o crescimento dacidade, oVale foise deteriorando até receber jardins no começo do século. O prefeito Prestes Maiapromoveua primeira grande reforma nos anos 40, com a criação das ligações subterrâneas. Seguiu-senovo período dedeterioraçãoatéque, nagestão de Marta Supliciy, iniciou-se nova reforma. Hoje, com jardins bem cuidados, obras de arte e três chafarizes, o Parque do Anhangabaú é o que nunca deixou de ser, mesmo nostemposmaisinfelizes:ocartão postaldocentrodeSão Paulo. Agora, a última parada:

Teatro Municipal A noitede 12 de setembrode 1911 em São Paulo foi inesquecível.Acidadeviveuseu primeiro engarrafamento. Éverdadeque existiam apenas poucomaisde cem automóveis. Mas existiam também landôs, vitórias, tílburis e

caleças.Tudoporqueeraanoitede inauguração do Teatro Municipal. Uma noite de gala, com a apresentação do cantorlírico Titta Ruffo interpretandoHamlet. Oespetáculo, previstopara começaràs 20h15,começou nohorário,com uma peça deCarlos Gomes (para satisfazeros nacionalistas)emuita gente só conseguiu chegar para o segundo ato. Não havia dúvida de que a cidade estava mudando. A construção doTeatro Municipal começou a ser pensada no começo do século passado,pois a cidadecontavaapenascomoTheatro São José, modesto segundo o ponto de vistada aristocraciapaulistana, ainda mais depois que um incêndio destruiu parte da sua estrutura.

Optou-sepor umterreno que havia no Morro de Chá e a obra foi encomendada ao arquiteto Ramos de Azevedo, que acabaria dando seu nome à praça que fica em frente aoteatro. Ostrabalhos começaramem 1903.Ramosde Azevedo imaginou o prédio como umaréplica do ÓperadeParis, mas os desenhos do projeto foram feitos por dois arquitetos italianos quetrabalhavam no seuescritório: Domiziano Rossi eCláudio Rossi. Mesmosobrenome,mas nenhum parentesco. Concebidoparaser o palcode óperas,o teatro iria assistir aoutras performances. Ali se apresentaram asbailarinas AnnaPavlova e Isadora Duncan. Ali, São Paulo deuogritodaSemanadeArteModerna, com Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral,Villa-Lobos e Anita Malfatti. O crescimento da cidade acaboupor ofuscar oteatro.Mesmo assim, outrosgrandesnomessubiram no seu palco: EnricoCaruso, Tito Schipa, Maria Callas, Sarah Bernhardt,Bidu Sayãoe atéo maestro Arturo Toscanini.Reformadoduas vezes,perdeualgumas desuas característicasoriginais.Umanovareforma,nagestão da prefeitaLuiza Erundina, procurou restauraro trabalho da equipe de Ramos de Azevedo. Tamanha a fidelidade do projeto, que a fachada externa foi restaurada com arenito retirado da mesma mina que havia fornecido o material no início do século.

André Stéfano/04/04/04
Paulo Pampolin/Digna Imagem/30/08/04
Newton Santos/Digna Imagem/30/04/04
Milton Mansilha/Luz/07/11/05
Dudu Cavalcante/N Imagem/19/07/02
Paulo Pampolin/Digna Imagem/05/08/04
Arquivo/DC
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Paulo Pampolin/Hype

Passarinho/Divulgação

OLINDA Capital brasileira da cultura

A cidade pernambucana assim foi nomeada em 2006 pelo Ministério da Cultura e pela ONG Capital Americana da Cultura. E não é à toa. Dona de um rico patrimônio histórico e cultural, com 22 igrejas, 11 capelas e tantos outros monumentos, tem como destaque seu Carnaval de bonecos gigantes. Págs. 2 e 3

DE METRÔ, CONHEÇA A HISTÓRIA

DE SP

Começam a funcionar sábado roteiros pela cidade com artistas encenando o passado. Pág. 4

FAMOSAS LADEIRAS: as mesmas ruelas de paralelepípedos que encantam turistas o ano inteiro ganham charme especial quando chega o Carnaval. Emolduradas por casarões antigos e igrejas centenárias, elas viram palco principal da festa e se enchem de colorido – com fantasias, bonecos e máscaras – e de animação –com as multidões embaladas pelo ritmo do frevo

Robson Fernandjes/AE
Hans von Manteuffel/Agência O Globo
Hans von Manteuffel/Agência O Globo
Hans von Manteuffel/Agência O Globo

Falemos então da Bolsa, a usina financeira do País

Aquela gritaria dos corretores não existe mais, foi substituída pelos computadores. Mas os negócios na Bovespa só aumentam, com seu risco e seu mistério. Afinal, aqui, 2+2 podem ser 8. Ou menos 2

Nada fala melhor da Bovespa do que os números: aqui, R$ 1,6 bilhão é a média diária de negócios (com um recorde espantoso de R$ 5,3 bilhões em marçodo ano passado); 60 mil é o número de negóciosrealizados todos os dias(se bemque,emdezembro de2004,jáchegoua 121 mil); 380 é o número de empresas listadas com ações à venda; R$ 1 trilhão éo valor total dessas ações; 80 mil estudantes de escolasdo ensino médio ede universidades(oque dámais do que várias cidades) visitam a Bolsatodos os meses;30 milhões (correspondente a toda a população doEstadode São Paulo) é o número de pessoas envolvidas até agora pelo programa depopularização do mercado de ações, lançado em 2002. Por isso, costuma se dizer que é aquique pulsa o coraçãoeconômico da cidade e, sem exagerar, do País.

Fundada em 23 de agosto de 1890, a Bolsa de Valores de São Paulo -Bovespa -mudou váriasvezes de endereço, mas nunca saiu do centro. O operador de mercadofinanceiro

Luiz Spósito, 65 anos, 44 deles passadosali dentro, ainda se lembra dos tempos do Pátio do Colégio,quando os números eram escritos com giz na pedra. E, mesmo assim, já movimentavam fortunas. Acompanhou-a napassagem peloprédio da Secretaria da Agricultura,na mudançaparaa sededa ruaÁlvares Penteado e, depois, para a XV de Novembro.

No coração econômico

A partir da décadade 90 a Bovespa consolidou-se como o maior centro de negociação de ações da América Latina. E a imagem que todos têmé da gritaria provocada pelos operadores. Eles chegaram a ser 1,4 mil, mas ultimamente estavam reduzidos a 40 - embora o volume negociado na Bolsa continuasse crescendo cada vezmais. Semse daremconta, eles estavamsendoengolidos pelo pregão eletrônico. A ponto de, no ano passado, o pregão viva-voz ter representado apenas0,14%dos negócios totais da Bolsa. “Muito diferente dos anos 90, quando tinha até gentecaída pelochão, eoperador

perdendoo sapatono meioda confusão”, lembra Spósito. Luiz Spósito ainda não se esqueceudo dia29 desetembro de 2005, quando participou do últimopregão vivavoz eusou pelaúltimavez otelefoneem que recebiada Corretora Tendência as ordens de compra e vendadepapéis. Foiseu último dia de trabalho.

“O fim já era esperado, sabíamos que estávamos perdendo a corrida paraa era informatizada, sabíamos que a correriae aadrenalina umdia iriam desaparecerdiante dos computadores. Esse dia chegou”, resigna-se Spósito.

“O fim do pregão ao vivo se-

guiu uma tendência mundial e não significa um mau momentoda Bolsa.Ao contrário,os númerosmais recentesconfirmam que a instituição passa porumadesuas melhores fases; a automatização do sistemafacilitou oprocesso denegociação”,dizRicardo Pinto Nogueira, superintendente de operações da Bolsa: “Com a popularização domercado, a comprae vendade açõesvem somando volumes cada vez maiores".

É verdade: o novo sistema garantiu mais agilidade, mais segurança e maior abrangência denegócios. Permite, por exemplo, a negociaçãode vá-

rios papéis concomitantemente;possibilitaa realização de operações estruturadasentre os mercadosde açõese dederivativos, permiteo envio de ofertas automatizadas,realiza negóciosemtempo inferior a umsegundo econfirma aoperação on-linepor meiodo enviodeordeminstantânea ao terminal que registrou a oferta.

E é mais seguro.

“Podesertudoisso,masperdeu o glamour”, sentencia Spósito.

Glamour existia principalmentenos anos40, quandoos negócios eram fechados no chamadocorbeille, espaçocircular onde se realizavam as

operações.Nesse tempo, um funcionário anunciava as empresasemordemalfabéticapara os interessados em comprar ou vender. Oprimeiro sistema on-line só foi implantado em 1972,mas otelefone, queseria amarca registradadainstituição, sóchegaria nosanos 80e, agora, é desbancado pelo computador.

Independente da forma como ospapéis sãoou serãonegociadosno futuro,umacoisa é certa: boa parte do charme da BolsadeValoresestá também no mistério e no risco. Quando se fala em Bolsa é aquela história: 2 + 2 nem sempre são 4, podem ser 8, como também -2!

Um sonho: transformar a Cracolândia em centro cultural

A idéia é demolir quase tudo, abrir praças e varrer daquele mapa os traficantes e todos os desocupados. É um plano audacioso, mas possível

Ali,por volta dos anos 30, concentrava-se boaparte da aristocracia paulistana. Mansões erguidas com material de construção importado da Europa iluminavam a cidade. Como a do milionário Elias Chaves, que construiu seu sobrado nos moldes de um palácio francês, na avenida Rio Branco. O sobrado, que chegou a ser a sede do governo do Estado de 1912 a 1965, resiste, até porque entrou para o rol dosimóveis protegidospelo patrimônio histórico. Mas o seu entorno está bastante deteriorado. Transformou-se num dos pontos mais tristes da cidade: aCracolândia. Pontode concentração de prostitutas, desocupados, mendigos, traficantes e viciados em drogas. São cercade trêsdezenas de quarteirões nas proximidades das avenidas Rio Branco,DuquedeCaxias, Ipiranga,CásperLíberoe rua Mauá, perto de 280milmetrosquadrados. Bem ali no centro ficava a antigaEstação Rodoviária (uma construção improvisada que ajudoua degradar aregião), depoistransformada em centro comercial. Um lugar velho e carcomido que, ironicamente, atraiu o que há de mais moderno: o mundo da informática, concentrado numa infini-

dade de lojas darua Santa Ifigênia e suas travessas.Mas mesmo esse comércio apresentaseus problemas:segundoas autoridades, amaioriatrabalha com contrabandoou produtos pirateados. Em situação irregulartambémestão cerca de 60% dos imóveis da região. Os hotéis que se concentraram na região atraídos pelas estações deferro(Luz e Júlio Prestes) e rodoviária entraram em colapso com a redução e até eliminação do movimento dos

trense adesativação darodoviária. Passaram aservirà prostituição, que já fazia ponto ao lado,e aotráfico dedrogas. Cenasde garotose garotasde menos de10 anosde idadefumando crack nas ruas e becos escuros tornaram-se comuns. E a própria Polícia chegou a admitir queestava diantede um problema de difícil solução. Assim, muitas lojas fecharam suas portas, outras se mudaram para outras regiões. Como parte dos projetos para

revitalização do centro, a Prefeituraanunciaumplanoaudaciosopara aregião. Querdesapropriar um miolo, composto por dez quarteirões, eoferecer pelo menosmais quinzepara a iniciativa privada, seguindo o exemplo de outrascidades, como Nova York eChicago, que chamaramos empresáriospara ajudarna recuperaçãodeáreas degradadas.

Também a convite da Prefeitura,o arquitetoPauloBastos, quesedefine como“um rato

da cidade”, chegoua elaborar uma revoluçãourbanaparao local. De acordo com seu projeto, os casarões antigos, agora transformados em cortiços, seriam recuperadose entregues à população de baixa renda. Prédios comerciais e residenciais,depois dereformados, seriam vendidos com amplos financiamentos. Muitosimóveisseriam demolidos,paraa construçãodeduas grandes praças.Essasáreas sesomariamaoutrosespaços járecu-

perados,como aSala SãoPaulo (dentro da antiga Estação da Júlio Prestes)e oprédio doantigo Dops (agora transformadoemmuseu).Comonaregião estão também a Universidade Livre de Música e a Pinacoteca, além da restaurada Estação da Luz(que vaiabrigar oMemorial da Língua Portuguesa) pode-se pensar na transformação da Cracolândia num futuro grande centro cultural. Sonho? Pode ser, mas há sonhos que se realizam.

O que era elite virou Cracolândia, um dos pontos mais tristes da cidade
Luiz Prado/Luz
Antônio Gaudério/Folha Imagem
Tânia Rego/Luz

A cidade tem disso: quem ama, cuida

Há 40anos arotina de Mário de Nichile, 64 anos, aos domingos não muda.Seja qualfor otempo, logo de manhã ele encosta sua caminhonetevermelha na praçaAntônio Prado,aolado do Edifício Martinelli, bem ali ondecomeça aavenida São João. Traz uma escada e todos osequipamentos paracuidar do seu bem mais precioso: um relógio de mais de 70 anos, construído pelo seu pai, inaugurado pelo prefeito Fábio Prado em abril de1935 e tombadopelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio (Conpresp) desde agosto de 1992. O relógio, de três faces, com 1,10 metro de diâmetrotem basedegranito eésustentadoporumacoluna

de 7metros de ferro fundido emestilo grego.Com aajuda do jardineiro Juca, amigo há 33 anos,ele verifica o mecanismo, faz ajustes quando necessários, cuida dalimpeza. Cuidatambém dojardimque cerca o relógio,aparando a grama esmeralda e tratando dassálvias, beijinhosecamarões que enfeitam o local. “A família reclama, nós podíamosestar almoçandojuntos, visitandoamigosoupasseando,masesteéumatodecidadania. Me sinto bem fazendo isso”, diz,enquantocom umatesouraeliminaas flores que estão menos viçosas. O que Mário impõe a si próprioele cobradas outraspessoas: “Nós temos a cidade que merecemos. Secada umcuidar de um pedaço,a gente

transforma a cidade”. O relógioda praçaAntônio Prado é o último de um grupo de seisou seteque foraminstalados na cidade a partir de 1933 por Ottávio de Nichile, o

pai, umpublicitárioque chegou a ganharalgum dinheiro comseusnegóciose formou osseis filhos,mas morreupobre. Eramde corda- tododia umapessoa precisavaabriro

ENTREVISTA

pedestal para puxar a corda que acionavao mecanismo. Agoraé elétrico.Serviamparafazer publicidadedosprodutosda época.Lá aparecerama CasaKosmos,a Loja Paschoal Bianco, o Café Seleto e o Guaraton,o tônico que prometia “força e saúde”. Hoje, embora a marca do Banco HSBCapareça no relógioremanescente,a finalidadenão é mais a de fazer publicidade: “Trata-se de uma colaboração do banco, queentendeuser importante preservar um bem tombado”, diz Mário. Formado em engenharia pelaFEI, Mário foi contemporâneodoprefeitoJosé Serranos tempos da UEE e, com ele, chegou aproduzir um único númerodo jornal “Nosso Tempo”, dando vozàsaspirações

estudantis,queclamavamcontraaditaduramilitar. Depois disso, jamais se encontrou com elee nunca se interessou pela política. Se pudesse, pediria ao prefeito a atuação de uma Guarda Noturna Metropolitana, “pois é à noite que ocorrem os atos de vandalismo”. Pediria também ainstalação de câmaras nas proximidades dos bensculturais euma atenção redobrada sobreo centro:“É o berço da cidade”. Maso queele maispede éa conscientização dos cidadãos: “Infelizmente, nós temos uma mentalidade de colônia. As pessoassó pensamemganhar dinheiroaqui,passearnaEuropaecriticar asnossascoisas.É essa mentalidade que pode fazer umacidade levar séculos para crescer”.

Um grito contra o crime organizado

Presidente da Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo, Marcelo Flora Stockler fala sem rodeios dos maiores problemas da região, como os camelôs. Mas reconhece o esforço da revitalização, com a ajuda da iniciativa privada

Ele é mineirode

Itajubá. Tem54 anos, 53 dosquais passados em São Paulo. Porisso, considera-se um verdadeiro paulistano.E, comopaulistano, diz:“Amo muito esta cidade; posso dizer que adoroSão Paulo. Me dói ver como ela é maltratada. Acho queprecisamos cuidarmelhor delae respeitá-la um poucomais”.

Donode umaótica na rua Riachuelo, Marcelo Flora Stockler é o presidente da Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo. Nestaentrevista, ele coloca o dedo na ferida: “Oprincipal problema da cidadesãooscamelôs e a máfia que está por trás deles”.

DC - O que a ACSP tem feito pela cidade e, mais particularmente, pelo centro?

Marcelo Flora

Stockler - Ações que venham a dar maior visibilidade do centro. Embora tenha melhorado bastante, o centro ainda passa por um processo de degradação. Estamos lutando para reverter esse quadro.Temos certeza de queisso é possível. Osargentinos conseguiram isso em Puerto Madero (Buenos Aires) e os norte-americanos também tiveram sucesso no Soho (Nova York). Temos discutidoesses problemas com asautoridades, principalmente da Prefeitura, exigindo ações epolíticas que possamcontribuir para amelhoria do centro.

camelô precisaestar inscrito na Prefeita, ele recebe seu TPU (Termode PermissãodeUso) e, assim, todos saem ganhando.Até aprópriaPrefeitura, que passa a arrecadar em cima deuma atividade,que, narua, não lhe traz nada a não ser problemas.

Em que situação isso está?

Qual o maior problema do centro?

Stockler - Sem dúvida, é o problema doscamelôs. Éum problema muitosério, sabemos que é difícil deresolver, mas agente tem oferecidoalgumas soluções. Uma delas é a criação dosPopCentros,ou shoppings populares.Sãoespaços determinados,dentro da própria região central, onde os camelôs têm condições de se estabelecerlegalmente. Isto é, a proposta é tiraro camelô da informalidade.Dentro dos Pop Centros eles têm seu endereço,comboxe determinado. A ACSP trata da constituição dasempresasdeles, gratuitamente. Para ganhar seu boxe, o

Stockler -Alguns Pop Centros jáestãofuncionando, comona Bolsade Cereais.Outro funciona ali pertodo Mercado Municipal.Tem naSenador Queiroz, na Florêncio de Abreue estásendo abertooutro,bastante grande, na rua São Caetano. Éclaro quepelo número espantoso de camelôs queexistemnasruasda cidade, teríamos de encontrar também um número muito grande de espaços, mas esse não é o maiorproblema. Oproblema mesmoé aresistência queestá sendo oposta pelocrime organizado.

Como assim?

Stockler - Toda vez que se procura encontrar soluções para o problema dos camelôs, esbarramos naquela velha argumentação de queo camelô éuma vítimade umsistema, que nãoseriajustoproibi-lo de ganhar seu pão, que se tra-

tade perseguiçãoa umaclasse desfavorecidaetc.etc., todo aquele blablabláque a gente conhece. O fatoé que por trás dos camelôs atua o crime organizado.Todos sabem que é espantoso o número de caminhões de carga que são assaltados quase todos os diasem SãoPaulo. Todossabem que é uma máfia que está fazendoisso. Eessascargas têmumdestinocerto:os camelôs. Como se tratade um material não legalizado, a única formade comercializálo é por meio dos ambulantes. Quando não são produtos quechegam diretamente do contrabando.

E a Polícia, como está agindo diante disso?

Stockler - Esse é um problemaque exigiriaa atuaçãoefetiva das três polícias: a Federal, aestadual ea municipal.Infelizmente, nenhuma delas está agindo acontento.APolícia Federal precisaria ser mais eficiente na fiscalização e apreensão de produtos contrabandeados. Aestadual deveria atuarcom maisrigor,exercendo principalmenteocontrole tributário.E aGuardaMetropolitana, que exerce o papel de polícia municipal,tem poucas condições deaplicarafiscali-

zação de forma adequada. Não deveria haver uma mudança de estratégia?

Stockler -Olha, a Prefeitura estava tentando retirar os camelôsda 25de março,quando aquela bomba explodiu, agora no fim do ano. Quer saber? Isso foicoisa docrimeorganizado. A situação está chegando a um pontoemqueo crimeorganizadoresolveuafrontarasautoridades.E oqueaconteceu? Nadase apurou e alguns comerciantes chegaram apedir paradeixar tudocomoestava, com medo de novas reações violentas. Esse problemaé antigo e tão delicadoque um dos meus antecessores, o Abrão José, que resolveu lutar para tirar os camelôs dasruas, acabou assassinado.

O que a cidade perde com isso?

Stockler - Quer ver uma coisa? Existe uma lei que proíbeo comércionasproximidades de prédios tombados ou de valorhistórico.Ninguém respeitae ninguém fazcumprir a lei. Outra coisa: o camelô monta uma barraquinha na rua, vende alimentossemas mínimascondiçõesde higiene.Ninguém tomaprovidência.Mas ocomerciante quese estabelece legalmente,recebe

quase todosos diasa visitade fiscais da Secretaria da Saúdee fazem mil exigências.

O que o senhor diz da atuação da Prefeitura?

Stockler -Eu acredito até queosubprefeito daSé,oAndréa Matarazzo, tenha toda boavontadede resolveresses problemas,mas parecequeno segundoe terceiroescalõesda Prefeitura forma-se uma espécie de blindagem em torno das questões e pouca coisa se resolve. Mas a Associação tem insistidosempre; todavezqueencontramosum buraconarua, por exemplo, lá vai um ofício.

Além dos camelôs, quais são os grandes problemas que existem no centro de São Paulo?

Stockler - Olixoé umproblema. Há muita sujeira e o serviçode varriçãonão dáconta. Háruas muitocastigadasnesse aspecto. Temos problema também com as calçadas, muitas são irregulares,outras mal conservadas. Há problema com prédios antigos, que acabamsendodesocupadose rapidamente entram em processodedeterioração. Écomum acontecerde oCorpo deBombeiros interditar um prédio porfalta desegurança. Nodia seguinteao dadesocupação,o

prédio está totalmente ocupado pelos sem-teto.

E a prostituição?

Stockler - Existe, mas existe mais ainda oproblemadas drogas.Você vêmuitas moças circulando aí pelas proximidadesdapraça João Mendes. Algumas delas são prostitutas, mas uma boa parte integra o esquema de distribuição de drogasnocentro.Vocêvê chegarem jovens de classemédia quese encontram com elas, vão paraos hotéisda regiãoesaem pouco depois. Nãosãoencontros amorosos; são encontros para obtenção ou consumo de droga. Na Cracolândia, a Prefeitura interditouvários hotéis,masissoestá se espalhado pela cidade. Esseproblema da distribuição de drogas existetambém em muitas barracas de ambulantes que vendem ervas. Ali, além das ervas, é fácil encontrar Viagra, Cialis e produtos abortivos, além das drogas mais pesadas.

A Prefeitura começa a abrir os calçadões do centro para a circulação de veículos. Como o senhor vê isso?

Stockler - Éuma boa providência. Na verdade, o calçadão só fez criar espaço para os camelôs.Muitas empresasficaram prejudicadas por isso, pois osclientesacabaramseafastando. A volta dos automóveis pode reverter essa situação.

O senhor falou muito de problemas. Mas o que tem de bom no centro?

Stockler - Ocentrotem de tudo.Ocentrotemumainfraestrutura muitoboa. Aquise tem todosos serviços indispensáveis,desde transporteatelefonia, de restaurantes a escolas e hospitais. O projetode revitalização do centro tem feito muita coisa. Principalmente coma ajudadainiciativa privada. O Vale doAnhangabaúfoi recuperado, a Ladeirada Memória também.Foramfeitas melhorias na praça Antônio Pradoe praça Ramos. Prédios históricosdegrandevalorestãosendo restaurados.Maso melhor mesmo é que se percebe um começo de conscientização sobre a necessidade de se recuperar o centro.

Mário de Nichile vela pelo relógio construído por seu pai ali no começo da São João
Patrícia Cruz/Luz
Marcelo Stockler: “O fato é que por trás dos camelôs atua o crime organizado”
Leonardo Rodrigues/Hype
Luiz Prado/Luz

Temade sucesso há dez anos, desde o lançamento dofilme Jurassic Park, de Steven Spielberg, nos cinemas do Brasil,osdinossauros estãode volta, sóque desta vezao vivo e em território paulistano. Trata-se da exposição Dinos na Oca,quecomeçahoje noParquedoIbirapuerae fica em cartaz até o dia 30 de abril. Na mostra serão apresentadas mais de 400 peças, entre fósseis de dinossaurose animaispréhistóricosquedominaram o planeta por cerca de 150milhões de anos.

"Estaé primeira vez que o Brasilrecebeuma exposição deste porte, que traz descobertas recentes de paleontólogos, como os crocodilose pterossauros encontradosem rochas brasileiras. Mostraremosfósseis de nove instituições de São Paulo,Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Do Acre viráo maior crocodilo do mundo, oPurussaurus, comcrânio de 1,5 metro de comprimento", afirma o curador, paleontólogo e professor-doutor do Instituto de Geociências da UniversidadedeSão Paulo, Luiz

Eduardo Anelli. Organizada pelasempresas GabineteCulturae Grey Sociallink, amostra terá investimento deR$ 7 milhões,com a parceria eapoio de empresas privadas, que estimam a visita de mais de um milhão de pessoas. A seleçãointernacional da exposição inclui os acervos de África, Argentina e Estados Unidos, da Fundação Project Exploration, de Chicago. Realismo – Umdosdestaques daexposiçãosão osgigantes africanos, predadores de10a 13 metros de comprimento, e um herbívoro de 22 metros, que terão uma ala específica, com98% dasossadas originais."Algumas espécies destas alas serão reconstruídas, com músculos e pele, para ajudar as pessoas a compreender melhor os hábitos dos animais,como caçavam efugiam", informa Anelli. Além disso, haverána primeira etapada exposiçãoum túnel do tempo, de 60 metros, ambientado com o clima de cadaperíodogeológico da terra, desde o silêncio até a explosão e o surgimento da primeira forma devida."A era que seráo

Na foto ao lado, o esqueleto de um Suchominus, de 11 metros, que habitou o Niger há 110 milhões de anos. Abaixo, a maior ave do mundo, Aepyornis, que viveu em Madagascar, na África, e foi extinta há 500 anos.

De volta à pré-história

destaque da exposição é a mesozóica, quando crocodilos, dinossauros e pterossauros encheram a terra", diz o curador. Educação –Segundo Everaldo Ramos, diretor da Grey Sociallink, aexpectativa éreceber mais de 80 mil crianças, alémde professores,quereceberãotreinamentoe material didático para abordar o assunto em sala de aula. Com o patrocínio das empresas Kibon e Instituto Unilever, será montado um espaço lúdico de 137 metros quadrados, onde as crianças poderão interagir com a exposição. "O espaçoteráquebra-cabeças esapatos quereproduzem aspegadas dos dinossauros. Serão

treinados 59 monitores que atenderão grupos de escolas e de visitantes para explicar a evolução das espécies, comportamentos no habitat natu-

ral e as razões que levaram à extinção", afirma Anelli. Embora a mostra traga alguns fósseis originais, a maior parte do acervo será montada com réplicas de dinossauros. "Estardiante deanimais que nunca imaginamos é uma volta aopassado.O públicovai entendera história eexperimentar novassensações, além de testemunhar um dos fenômenos mais espetaculares e extraordinários que é a evolução", ressalta o curador.

Destaques na Oca: Jobaria – maior fóssil africano da exposição, comcerca de 22 metros,viveuno períodoCretáceo (há 135 milhões de anos).

Eoraptor lunensis –um dos

pedes que se tem notícia, encontrado nonoroesteda Argentina. Suchominus –semelhante a crocodilos de 11 metros de comprimento,habitouoNiger há 110 milhões de anos e se alimentava de peixes de três metros. Afrovenator – um completo dinossauro carnívoroafricano, também do Niger, onde viveu há 135 milhões de anos. Candidodon –este crocodilo é o menorfóssil da exposição, possuiumcrâniode 10 centímetros eviveu há cercade 100 milhões de anos. Paraphysornis – uma ave carnívorade200quilosque não voava evivia onde hoje estão localizados as cidades de Taubaté eTremembé,nointerior de São Paulo.

Aepyornis –maior avedo mundo, viveu em Madagascar (África) e foi extinta pelo homem há 500 anos. Anhanguera piscator – um dos maiores pterossauros que já existiu no Brasil. Teve os fósseis encontrados na Bacia do Araripe, onde atualmente estão os estados de Ceará, Pernambuco e Piauí.

Icnofósseis–pegadas dedinossauros, mamíferos e de insetos deixadas em deserto brasileiro há 140 milhões de anos. Rejane Tamoto

SERVIÇO

De 26/01 a 30/04, de terça a domingo, das 9h às 21h. Preço: R$ 20,00 (meia entrada para estudantes com carteirinha). No ingresso Família, 2 adultos e 2 crianças de até 12 anos pagam R$ 50,00. Desconto de 20% de terça a sexta-feira, das 10h às 17h. A entrada é franca para crianças de até 5 anos, portadores de deficiência física, maiores de 65 anos e aposentados. Mais informações: www.dinosnaoca.com.br , www.ingressofacil.com.br.

Fotos de Denise Andrade/Divulgação
C.Abraczinskas, Project Exploration/Divulgação

O boy Aloísio, orgulhoso dentro da sua camisa do Corinthians,equilibraapastade documentos na ponta do dedo médio, quandosai daloja dexerox. O advogadoLoureiro, metido num terno lustroso de R$ 99, apressaopasso em direção ao Fórum para não perder a hora da audiência. Oambulante João Manoel apregoa suas quinquilharias. O pastor Amaro, brandindo suaBíblia surrada,anuncia que “os ímpios não serão aceitosnoreinodoscéus”.Ocearense Caetanoacerta atempera-

Umcoração descompassado

Textos:

turadagrelhadeonde,atéofinal do dia, sairão 500 churrasquinhos gregos, com os quais sustenta a mulher e os dois filhos há maisdedezanos.OmineiroSandoval, como faz todos os dias, de segunda a segunda, espalha seu material na frenteda cadeira de engraxate, para ganharuns trocos ereforçara minguada aposentadoria.Aolado, asescadas rolantes do metrô engolem centenas de passageiros, enquanto do outrolado oônibus daLinha 4222,do ParqueSanta Madalena, despeja dezenas de trabalha-

dores: sãocomerciários,bancários, funcionáriospúblicos.Tudoisso sepassaamenos de300 metros de ondetudo começou, 452 anos atrás:o PátiodoColégio.Ocoração dacidadefervea qualquer hora do dia. Emtempos áureos, esse coração exibia o esplendor de uma cidadequeexalavaprosperidadee a elegante elite paulistana se reuniaparaconversare tomarchá nasconfeitarias daBarão deItapetininga. Descuidado, passou a bater fraco para chegar à beira do colapsonasúltimastrêsdécadas.

A nova ordem social empurrou paracá desempregados,marginais emoradores derua. Assustadas,asfamíliasfugiram.Opróprio comércio partiu em busca de portos mais seguros. E a gritaria dos camelôs tomou conta das calçadas. Empouco tempo,perdeu-se o requinte.

Algo, porém, permaneceulatente: aforça deuma cidadeque nasceu com a vocação de metró- pole. É essa força que está fazendoo centro ressurgir,numprocesso impressionantede reconstruções - de bens e de atitudes.

Esta cidade e seu orgulho.

Mas valeu a pena crescer tanto?

Todos os números de São Paulo são grandiosos, os maiores do País, tanto quanto o orgulho dos paulistanos. Mas os problemas e os dramas sociais cresceram na mesma proporção. Valeu mesmo a pena?

Os ares eram “frios etemperados como os de Espanha” e a terra “mui sadia,fresca ede b oas águas”. Assim os missionários jesuítas que escalaramaSerra do Mar descreveramolocal em que iriam fundar uma das maiores metrópoles do mundo. Instalaram inicialmente a Vila de Santo André da Borda do Campo, em 1953, mas, acossados pelosataques dos índios, re s o lv e r a m procurar lugar mais seguro. Esse lugar era umacolina alta e plana, cercada pordois rios-o Tamanduateí e o Anhangabaúe foi ali que fundaram o Colégio dos Jesuítas, em 25 de janeiro de 1554. Colégio era uma forma de dizer. A primeira construção não passava de uma cabana de pau-apique, coberta de sapé, com 14 passos de frente por 10 de fundos. Ali, num único cômodo, se dormia, se cozinhava, se comia eseensinava.Emborativessemcontado coma ajuda dos caciques Caiubi e Tibiriçá, das tribosguaianases, os missionários enfrentavam a hostilidade deoutrosíndiose, por isso, ergueu-seuma paliçada para proteger o colégio e as primeiras casas que começavam a surgir formando o povoado de São Paulo de Piratininga. Até hoje se discute quem foi o fundador da cidade. José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, os mais citados, estavam

nogrupo dostrezemissionários que aqui chegaram, mas quemrezou amissa dainauguração do colégio foi o padre Manoel de Paiva. O certo é que, quinze anos depois, o povoado já tinha o seu pelourinhoe ganhouforos devila. Mesmo titulada como capital da Capitania de São Paulo em 1681e elevadaà categoriade cidadeem 1711,São Pauloficourelegadaaumplano secundário por quase três séculos, confinada ao triângulo histórico das ruas Direita, XV de Novembro e São Bento. Aos poucos foram surgindo outras vias. Vieram a Líbero Badaró,a Florêncio de Abreu e, em 1825, inaugurouseo primeirojardim público da cidade, o Jardim da Luz. O finaldo século 19registra

grandes transformações econômicas e sociais decorrentes daexpansão dalavouracafeeiraem váriasregiõespaulistas. Na esteira, veio a construçãoda estradade ferroSantos-Jundiaí. Em seguida, chegam os imigrantes europeus e começa umcrescimentovertiginoso na viradado século. Para se ter uma idéia: em 1875, São Paulotinha apenas 31 mil habitantes, número que passapara130milvinte anos depois. De 1895 a 1900, a população quase dobra, chegando a 239.820 pessoas. A cidadese espalha,chegamas primeiras linhas de bonde, vem a iluminação a gás e constroem-se os primeiros reservatórios de água. Começa a se formar o parque industrial e a riqueza do café faz São

Paulo entrar no século 20 com aresde “cidade moderna”, com seus trens, bondes, eletricidade, telefone, calçamento, praças, viadutos, parques,automóvel -e umnovo ritmo. Logo surgirão os primeiros arranha-céus. Em vinte anos,a população dobra. Em trinta, quadruplica. Em 1950, jásãomais de doismilhões de habitantes. Acompanhandoo aumentoda população,já navirada do século o comércio havia se expandido.Vendia-sede tudo: de charutosimportados a tecidosingleses,roupas com cortefrancês ouespeciarias do Oriente, finas bebidas, delicados perfumes. O Velho Mundo havia encontrado um portoseguro.E aeliteincorporavanovoshábitos. Em

vez dos violões, pianos ingleses;nolugar dasmodinhas, músicafrancesa; em vezdos quitutes caseiros, doces trazidos da Europa. A vida refinada traz para a cidade,alémdoTeatroMunicipal, o Consevatório Dramático (1907)e aPinacoteca (1911).A Primeira GrandeGuerra (1914) acelera o processo de industrialização. Em1917,São Paulo já se aventura a organizar uma Feira Industrial. E, para isso, inaugurao suntuoso Paláciodas Indústrias, especialmente construído para o evento. Entusiasmado,o prefeitoda época,Washington Luís, arrisca-se a dizer que São Pauloera maiordo queChicago e Manchester, juntas. Em 1920,SãoPaulojátinha 580 milhabitantese,mesmoa

queda da Bolsa de Valores de Nova York, a crise do café,a Revolução de 1930, a derrotada Revolução Constit u c i o na l i s t a (1932) nãotiram a idéia de gigantismo dospaulistas. Averticalização da cidade se acentua e, na década de 1940,o prefeito Prestes Maiacolocaempráticao seu “Plano de Avenidas”. Rasga-sea cidade para estabelecer o primado dos autom óveis. Mas, pouco depois, São Paulo começaaassistir à desconcentraçãodo seuparque industrial, que migra para municípios vizinhos, ou até mesmo paraoutros municípios mais distantes da Capital. Nas décadasseguintes,o trânsitocada vezmaiscaótico exigenovasavenidas. Vemo Metrô,surgem ospiscinões para tentar resolver os problemas das enchentes. E a cidadecontinua noseucrescimento vertiginoso. Para, só na últimadécada,alcançar 10,7 milhões de habitantes. Como em quase todas as cidades, crescimento populacional vem acompanhado do agravamento dasquestões sociais e urbanas. Problemas de habitação, transporte coletivo,questões ambientais, desemprego. Hoje, embora ainda se orgulhe do título de quarta maior metrópoledo mundo,SãoPaulo talvez searrependadeter crescido tanto.

Sidney/AE

Viagem ao coração da cidade

SÃO PAULO, 452 ANOS: O CENTRO

Este coração exibia em tempos áureos o esplendor de uma cidade próspera e elegante. Descuidado, passou a bater fraco para chegar à beira do colapso nas últimas três décadas. A nova ordem social empurrou para cá desempregados, marginais e moradores de rua. Famílias fugiram, os camelôs invadiram. Mas algo continuou a pulsar: a força de uma cidade que nasceu com a vocação de metrópole. E é essa força que está fazendo o centro ressurgir, num processo impressionante de reconstruções - de bens e de atitudes. No momento em que São Paulo ainda comemora seus 452 anos, o Diário do Comércio oferece este suplemento especial sobre o centro da cidade. Mas outros presentes virão a seguir, um em cada semana. Cadernos especiais sobre as zonas Oeste, Leste, Norte e Sul, suas riquezas e pobrezas, os sinais dos contrastes que marcam sua grandeza. Convém então refletir: valeu a pena crescer tanto?

Pátio do Colégio
Catedral da Sé
Paulo Pampolin/HypeLuiz Prado/Luz

Renova-se o centro. E ele volta a respirar, sempre

emblemático

O centro está voltando a ser o que era, as pessoas estão voltando a freqüentá-lo. Mas ainda falta muito: afinal, este é um pedaço problemático de uma cidade extremamente problemática

Os números são imprecisos. O centro de São Paulo, para uns, reúne apenas os distritos da SéedaRepública-ochamadocentro histórico.Para outros, vai muito além, englobandopelo menos oito bairros, numaáreaque abrange do Cambuci à Barra Funda, do Pari à Bela Vista- o chamado centroexpandido. Nocentro histórico, com 4,4 quilômetrosquadrados, vivempoucomenos de 70 milhabitantes.Nocentroexpandido,comáreade17quilômetros quadrados, a população écalculada em500 milpessoas.Numounoutro, muitos problemas são comunseadeterminaçãoparece única: épreciso recuperar o que está degradado.

São Paulo, 2de março de 1999:uma chuvadepouco maisdeduashorascastigaa cidade e umaenchente jamais vista coloca água até o teto da passagem subterrânea do Anhangabaú. Carrosboiando,pessoasemdesespero. Cenas de horror, mortes. As imagens desse dia ficaram gravadas na memória dos paulistanos por muito tempo. Era como se a própria cidade estivesse pedindo socorro. Emblemático natragédia, emblemático na recuperação. Hoje, o Vale do Anhangabaú está remodelado, transformou-se num boulevard,sem concessão para os automóveis. Custou caro- pertode US$250 milhões-,mas oespaçorecuperou as características de cartão postal,junto com outros espaços docentro, que estão sendo refeitos, redimensionados e cuidados.

O centro está voltando a ser o que era. O centro está voltando a respirar. E, comoseria natural, as pessoas estão voltando ao centro. Um sinalde queo centro está se recuperando é o fato de que o próprio poder público - que por muito tempo o abandonou -está voltando para o coração da cidade.A Prefeitura deixou o velho Palacete das Indústrias, no Parque D. Pedro, para ocupar oEdifício Patriarca (agora denominado Palácio do Anhangabaú), na já renovada praça do Patriarca. Junto,vieram quinzesecretarias eseisempresas ou autarquias municipais, totalizandomaisde onze milfuncionáriosna área.Poroutrolado, ogoverno do Estado resolveu instalar uma espéciede sucursaldoPalácio dosBandeirantes na rua Boa Vista. Ali,alémdogabinetedogovernador, se instalaram três secretarias e cinco empresas públicas. Novas agênciasbancárias estão sendo abertasna área.Só oBanco doBrasil inaugurou sete agênciasnos últimos dois anos. Tudo isso significa maisgente circulando, mais necessidade de serviços, mais vida. Derepente,as empresas privadas passaram a perceber que o centro estava revivendo - e que era importante investir nisso. E o dinheiro (ou a falta dele), que semprefoi ajustificativa paraa estagnação, começou a surgir. O Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID) jogou US$ 100 milhões nas mãos da Prefeitura para investimento em restaurações. Em contra-

partida, aPrefeitura deveria entrarcomoutros US$ 68milhões. Aisso sesomaramasiniciativasparticularese entrouem marchaum processo irreversível. Com os viadutos doChá e Santa Ifigênia, ao lado do Teatro Municipal e da praça Ramos de Azevedo, já recuperados, seguem-se os restauros de outros bens do patrimônio histórico-arquitetônico.Renova-se a Pinacoteca do Estado (que três anos depois receberia 42 esculturas de Rodin e a visitade150milpessoas)ea velha Estação da Sorocabana, na praçaJúlioPrestes, cede lugar para uma magnífica casa de espetáculos, a Sala São Paulo. Ao lado, o velho Dops(de triste memória), também restaurado, transforma-se em museu eganhauma escolade música, além de uma extensão da Pinacoteca. O edifício-sededa antiga Light& Power(depoisEle-

tropaulo) éentreguetambém antesda viradado século, totalmente reformado,e transforma-senum shopping center. Reformase oMuseu deArteSacra, concluem-se asobras da Catedral da Sé, finalmente reinaugurada com suas 14 torresprevistas no projeto original.Recupera-se afachada da Faculdade de Direito, no Largo de São Francisco,que revela um tom cinza-claro dostempos de suafundação,em1828.Restaura-se a Ladeira da Memória com a Pirâmide do Piques. A centenária Estação da Luz ganha um projeto pararestauro dasua fachada em estilo inglês e outro para construção deum centro de preservação e valorizaçãoda línguaportuguesa.

Restaura-se o piso do largo São Bento e das calçadas do triângulorua SãoBento, Direita eXV deNovembro. A praçaD. JoséGaspar ga-

nha novoscanteiros enova iluminação. A Unesp instala-se num prédiode 12andaresnaruaQuirinodeAndrade. O prédioda rua Riachuelo, que abrigou as secretarias estaduais de Vias Públicas edeRecursos Hídricos, construído em 1928, tombado pelo patrimônio histórico - e também restaurado -, passa a ser a sede do Ministério Público do Estado.

O Programa de Ações Locais cria oProjeto Travessia para atendimento a crianças e adolescentes em situaçãode ruano centroda cidade. Moradores de rua ganham cooperativa de reciclagemde papel,refeitório e cursos de artesanato. Linhas de ônibus são remanejadas, eliminando-seos miniterminais,que resultam em degradação. Implantase aintegraçãometrô-ônibus-CPTM. A Polícia Militarreforçao policiamento naárea centralcolocando

em ação um contingente permanente de4,3mil soldados. Ao mesmo tempo, coloca oito Bases Comunitárias Fixas na área. Ressurgena avenidaBrigadeiro Luís Antônio o velho Teatro Paramount, agora batizado deTeatro Abril. Universidades transferem unidades eatécampus paraocentro, queganha doisnovos hotéis e recupera inclusive o famoso Jaraguá, que, nos anos dourados, recebia artistasde cinema e conchavosdepolíticos eque,agora, reabrenomesmoendereço (MajorQuedinho com Martins Fontes) com 415 apartamentos. Ditoisso,pode parecer que o centro virou o melhor dos mundos. Não é bem assim. Pelo contrário, o centro ainda éum pedaçoproblemático de uma cidade extremamente problemática. O importante é que, pelo que parece, o grito de salvação foi dado a tempo.

O Vale do Anhangabaú está remodelado, transformou-se num boulevard e recuperou as características de cartão postal. Com esta e outras obras, o centro está voltando a respirar
Paulo Pampolin/Hype

Aqui se faz qualquer negócio

Sempre muito barato, embora nem sempre bom. Acompanhe esta visita à 25 de Março, ao Bom Retiro e ao Brás, conheça suas histórias e veja como se transformaram no paraíso dos sacoleiros de todo o País

Esta ruavale poruma cidade. Ou até mais do que muitas cidades. Seufaturamento anual é calculado em R$ 10 bilhões, coisa que não é qualquer município queconseguealcançar. Ali tem de tudo.Tem tecidos, brinquedos, armarinhos, bijuterias, material escolar, cortinas, material de escritório, artigos de festa e decoração, enfeites de Natal,louça, vidro, utensílios domésticos e muita coisa que a imaginação também não alcança. O nome: 25 de Março. E nasceu mesmo com avocação para ocomércio, poisantesde serruaera um trecho do leito do rio Tamanduateí,por ondecorriam as barcaças que, no final do século 19einíciodoséculo20, descarregavam mercadorias no PortoGeral. Com muitas curvas, o rio recebia as águas do Anhangabaú antes de desaguar no Tietê. O porto ficava na sétima e última volta. Daí que a rua teve vários nomes, inclusive rua das Sete Voltas. Retificado o rio e drenada toda a área, a rua passou a se chamarrua deBaixo(ou Baixade São Bento), já que estava localizada no nível abaixo do Mosteiro SãoBento.Servia,então, como divisória entre acidade alta e a baixa. Até osanos 30,os produtos comercializados na 25 de Março eram quase todos importados: porcelanas japonesas e chinesas, cutelaria alemã, rendas suíças e francesas, casimira inglesa, bebidas, perfumes. Os sírio-libaneses formavam na época a maioria dos comerciantes.Depois daRevolução de 1930, a indústria nacional consolidou-se e os produtos nacionais passaram a dominar as prateleiras das lojas. Vestuário earmarinhoeram os principais produtos, vendidos no atacado e varejo. Posteriormente, olequedeprodutos se ampliou:hoje,sepode encontrar até eletrônicos (nem todos eles de procedência assegurada). Atualmente, a rua se transformou num centro comercial, englobando edifícios egalerias das ruas adjacentes. O número exatoninguém sabeprecisar, masseguramentesão cerca de três mil empresas, em-

pregandomaisde40 milpessoas.Arua25 deMarçoeseus arredores recebem de 700 a 800 mil freqüentadores por dia. Na época de Natal o número pode passarde um milhão depessoas. Afinal, quem resiste ao tripé: bom, bonito e barato?

A ONU do Bom Retiro

O Bom Retiro já foi dos italianos, mastambém dosjudeus, dosárabes, dosarmênios edos gregos- e,agora, doscoreanos. Tantoera dositalianos quefoi ali, debaixo de um lampião a gás numa esquina da ruaJosé Paulinho, que umgrupo deles sereuniu parafundar oCorinthians, em 1910. Quando começarama chegaros judeus,vindos de diferentes países do Leste Europeu, acossados pela Primeira Grande Guerra,os italianos já estavam começando a deixar o bairro e a procurar outras regiões. A perseguição nazista na Segunda Grande Guerrafez aumentarocontingentejudeu. Eeles se dedicaramprincipalmente aocomérciode confecções.Vem dos judeus otipo de construção característico dobairro: prédios baixos, de dois ou três andares, como comércio no térreo,que atendiam a forma familiar de condução dos negócios. Nosanos 1980,osjudeus passarama sedesfazer daslojasque tinhamno BomRetiro. Os mais velhos se aposentaram ou morreram e os filhos, que tinham ido paraa universidade, nãose dispunhamacomandar osnegócios dos pais. Foram saindodo bairro, mudando-se para Higienópolis ou Jardins. E as lojas vendidas. Era a vez dos coreanos. Iniciadano começoda décadade 60, imigração seacentuou nos anos 1980. Hoje eles respondem porcerca de 70%das 1,8 milempresas doBomRetiro, segundodados daCâmarade Dirigentes Lojistas do bairro. Mesmo com a deterioração que ocorreu na região, com muitos dos prédiostransformados em pensõese cortiços, oBom Retironunca perdeua relevânciade pólo comercial porexcelênciae continuou atraindo sacoleirosde todos os cantos do País. Uma persistência quedeuresultados: o

bairro, que por muito tempo foi referência no comércio têxtil, ganhouagora ostatus de pólo da indústria da moda. Com avantagem, é claro,do preço:não éraro encontrarali por R$ 20 ou até menos uma

blusa quenos shoppingsse vende por R$ 60 ou $ 80. Ou seja, aalma da região não mudoue obairro continuasendo um dos melhoresretiros para quem se aventura a fazer compras em São Paulo.

Mais barato? Só no Brás Quem acha que os produtos da25 deMarço oudo BomRetiro são baratos é porque não conheceo Brás.Ali, nasproximidades do Largoda Concórdia,se concentrouo centrodo

comércioque reúneaslojas atacadistas de tecidos. As ruas Oriente, Maria Marcolina, Müller e Silva Teles são sinônimo de roupas baratas. Afinal, onde se pode comprar uma camisetaporR$ 3?Ouum sutiã por R$ 5? Ouuma saia por R$ 10?Ouuma calçadejeanspor R$ 15? Mas, claro, é preciso pesquisar paraencontrar produtos dequalidade,pois algunspodem nãoresistir àterceira lavada. Sejacomo for,oBrás reúne seismilestabelecimentos comerciais, que geram 70 mil empregos diretos e 250 mil indiretos. Entre 200 mil e 300 mil pessoaspassam todosos diaspelos cincoquilômetros quadrados das 55ruas da região. Também diariamente 70 ônibus desembarcam compradores e compradorasde todas aspartes doBrasil. Trata-sedo paraíso das sacoleiras. Por isso,algunsnúmeros chegam a espantar: há loja que fatura R$ 500 milpor dia e um atacadista,que nãoquer onomerevelado, contaque jáchegou a vender 300 mil calças jeans também num único dia. E, como ocorre no Bom Retiro e na 25 de Março, o comércio paralelo seaproveita disso. Pelo menos duas centenas de barracasde camelôsatulham as ruas, transformando amovimentaçãodaspessoas numa verdadeira proeza. Certamente,uma coisa inimaginável paraosertanista Brás Cubas,o primeiro dono daquela área. Suas terras se estendiam desde oConvento do Carmo até a Freguesia de NossaSenhora daPenha,atravessando os atuais bairros do Pari, Brás, Belém, Belenzinho e parte do Tatuapé. Como em outras áreas,os italianos foram os primeiros a chegare consolidarama formação dobairro.A partir do final da década de 40, começaram a chegar os migrantes nordestinos. Antes,jáhavia chegado a São Paulo Railway, o que gerou muitosempregos, ea Estação doNorte (atual Estação Roosevelt) acabou contribuindo para aumentar o fluxo de pessoas vindas deváriospontos do País.E aterceira grandeleva, mais uma vez, é dos coreanos. Se na 25 de Março e no Bom Retiro eles já dominam cerca de70% do comércio,noBrás elesmarcam uma presença maistímida: talvezuns30%. Mas, que ninguém duvide, eles vão chegar lá. A falta de políticas específicas levou à deterioração da área.Agoraa Associaçãode Lojistas do Brástrabalha para revitalizaressa partedacidade. Já foi aprovada na Câmara uma lei que requalifica as ruas comerciais. Há projetos para a restauração deprédiosea criação de boulevards, reforma de calçadas, melhoria de circulação para pedestres, paraque, alémde preçosbaixos, obairroofereçaconforto, espaço e elegância.

A 25 de Março e seus arredores recebem de 700 a 800 mil freqüentadores por dia. Na época de Natal o número pode passar de um milhão de pessoas. É o tripé bom, bonito e barato
Tânia Rego/Luz

Este pedaço é o paraíso gastronômico da cidade. Delícias de todos os cantos do planeta são encontradas no Mercado Municipal Paulistano, também chamado de Mercado da rua Cantareira, ou, para os maisíntimos, Mercadão.São 12,6 milmetros quadrados de área, 364 boxes, 1,6 mil funcionários,maisde miltoneladas de alimentos por dia. Todos os dias recebe apopulaçãode uma pequenacidade: 14 mil pessoas. O gasto mensal de água ultrapassa1,2 milhãode litros e para iluminar tudo isso e manter suas câmaras frigoríficas em funcionamento o consumo mensal de energia chega a 780kw/h.

Inaugurado em 25 de janeiro de 1933 com a assinatura de Ramos de Azevedo, teve a construção totalmente planejada para abrigar os comerciantes daregiãocentraldacidade,que vendiam seus produtos ao ar livre. Deveria ter sido inaugurado um ano antes, pois já estava pronto, mas, com a Revolução Constitucionalista, acabou sendo utilizado como quartel para os soldados paulistas. Com mais de dez metros de pédireito,sustentadopor imponentes colunas, 55 vitrais em estilo góticovindos daAlemanha, trabalhados pelo artista russo Conrado Sorgenicht,

SPense numa delícia. No Mercadão tem

Na verdade, tem de tudo no Mercadão da rua Cantareira, de qualquer parte do mundo. Faz parte de sua história, naquele prédio majestoso, hoje um patrimônio histórico

magníficas abóbodas sustentadas por arcos abaulados e telhas transparentes,o mercadofoi considerado majestoso demais para sua finalidade na época da inauguração,epoucospaulistanos acreditavam no seu sucesso.Atéporquesomenteem1939 iriam surgir as primeiras linhas de bonde (com os famosos “caras-de-pau”)que serviamas ruas próximas. Depois de quase trinta anos, entrou em processo de deterioração e até correu o risco de ser demolido. Foi salvo pelos próprios comerciantes, que conseguiramseu tombamentopelo Condephaat. Duas reformas, nos anos 70 e 80, não mudaram muita coisa, embora o próprio Conrado Sorgenicht tivesse sidochamado para restaurar seus vitrais. Mais recentemente, no bojo do movimento pela revitalização do centro, com

dinheiro do BID e da Prefeitura,tudofoirestaurado. Construiu-se um mezzanino,que acrescentou praça de alimentaçãoe mais doismil metros quadrados. Voltaram os dias de esplendor. Hoje,73 anosdepoisde sua inauguração, o Mercadão tornou-se uma das jóias da cidade. Ali,entreoutraspreciosidades,é possívelencontraro legítimo(e caríssimo)açafrão espanhol, ou a exótica pimenta da Jamaica. Atualmente, estão em alta os produtos regionais, como a polpadepequiem conserva, ou o óleo de pequi e as frutas secas cultivadas no Brasil, comoa banana,a goiabae omamão. Mas há mais de 65 marcas de azeite de oliva, cuja procedênciavai da Áfricado Sul à Grécia e passa até pelo novato Chile, que está conseguindo produzirumdos melhores

azeites do mundo. Entreas delíciaspara saboreardentrodopróprio Mercadão,oimperdívelsanduíchede mortadela do Mané e o disputadíssimo pastel de bacalhau do Hocca Bar. Mané, o criador dosanduíche, morreu nofinal do ano passado, mas a qualidadedoprodutomanteve-seinalterada:sãovendidasmais de 450 unidades por dia. A fila para o pastel de bacalhau é longa, às vezes demorada, mas vale a pena! São 100 gramas do legítimo“CodGadusMorhua”,que, há décadas, atraem milhares de paulistanose turistas,desegunda a segunda. “O que mais me gratifica- dizHorácio FerreiraGabriel,filhodofundador eatualadministradordoHocca - é ouvir comentário de pessoas que finalmente chegam ao fim da fila e dizem: “Graças a Deus, consegui!”

Para conheceraorigemda fila,éprecisovoltar53 anos no tempo, quando Horácio Gabriel, umportuguês deVila Franca das Neves, chegou ao Brasil com70 mil réis no bolso ecomprou umapequena lanchonete dentro do Mercadãojuntocom oconterrâneo Accácio. Da junção das sílabasiniciaisdosnomes dos sócios nasceu o nome do estabelecimento, que, no começo, não passava de um botequim típico, maispara atenderos madrugadores funcionários do mercado. Seu Horácio - aos 74 anos ainda bateo ponto por lá- não gostaderevelarnúmeros,mas, grosso modo, são mais ou menos mil pastéis por dia, somando todos os sabores, e cem quilos de bacalhau, comprados no próprio mercado. Outraspreciosidades têm

endereço na Rua G, boxes de 4 a 14. É ali que a família Chiappetta construiu sua história, a partir da determinação do jovem imigranteitaliano Carlo Chiappetta. Ele inaugurou o Mercadão ehoje afamília, já na terceira geração, continua tocando o negócio. Leonardo, neto do fundador, chegou a se formarem engenharia, mas, acostumado a ajudar o avô no empório desdeainfância, preferiuficarpor alimesmo. Ele acreditaque oMercadão dita as tendências da gastronomia do País: “Chefs e gourmets regularmente cruzam os corredores do Mercado Municipal atrásdeingredientes paraincrementar suas receitas”.

Hoje, afamília nãotem apenas o empório. Montou a primeira bacalhoariadacidade, um depósito paraatender os principais restaurantese já é possívelaté compraruma franquia Chiappetta.

Mercado

Municipal

Horário: de segunda a sábado, das 7h às 18h. Domingos, das 7h às 13h. Rua da Cantareira, 306, tel. 3228-0673 www.mercadomunicipal.com.br Próximo à Rua 25 de Março e ao metrô São Bento

Do cachorro-quente ao francês sofisticado

ãoPaulo tem mais de 40 tiposdecozinha, quasetodas representadas no centro da cidade. Do simples, mas disputadíssimo, cachorro-quente do PedrinhoHot Dog(ruaSão Bento, 487) ao sofisticado francês LeCasserole, notradicionalíssimo endereçodo Largo do Arouche, ocentro tem comidas para todos os gostos. E, também, todos os bolsos.Há padarias, como a também tradicionalíssima SantaTereza (fundada em 1872, sempre nas mãos damesma família),na praça João Mendes; há doçarias como a Dulca (ruaLopes Chaves, 134 - Barra Funda), com seusinsuperáveis sonhos emerengues;hápastelariascomo a Pastelaria Modelo (praça da Sé, 88), com seu pastel meialua; há sanduíches como o imbatível Bauru do Ponto Chic (Largo do Paissandu, 27); há pizzarias como a Castelões (ruaJairoGóis,126- Brás),a maisantiga dacidade;e hálugares charmosos para um simples cafezinho, como o Café do Páteo (Pátio do Colégio, 2), instalado dentro do Museu Padre Anchieta, onde o passado está em torno das mesinhas. Há nocentropelo menos uma dezena de restaurantes indicados entre os 100 melhores da cidade no ranking da revista Veja e estrelados pelo júri deexperts quefeza seleção.É só escolher. Monte Líbano - Culinária árabe, a preços razoáveis, com direito a acompanhar o burbu-

Neste roteiro gastronômico do centro, alguns dos melhores endereços da cidade

rinho da rua 25 de Março. Há mais de trintaanos no local. Rua CavalheiroBasílio Jafet, 38 - 1o andar. Tel: 3229-4413. Sujinho - Carnes, comdestaque para abisteca queninguém faz igual. Nascido (1921) de umbotecoquefazia jus ao nomena esquina da ruas da Consolação e Maceió,transformou-se numa redede quatro endereços. Av. Ipiranga, 1058. Tel: 3229-9986. Famiglia Mancini - Cozinhaitaliana. Restaurantemuitoconcorrido, porcausada qualidade das massas, servidas sem parcimônia. Rua Avanhandava, 81. Tel: 3256-4320. Jardim di Napoli - Comida

italianade ótima qualidadea preços razoáveis. O polpetone eo fileà parmigianafazemo nomeda casa,aberta háquase 60 anos. RuaMartinico Prado, 463. Tel: 3666-3022.

Kinoshita - Comida japonesade sabordelicado epreço salgado.Almoço ejantar.Não abreaosdomingos. Rua da Glória, 168 - Liberdade. Tel: 3241-3586.

Le Casserole - Cozinha francesa da melhor qualidade, há 50 anos. Ambiente charmoso eagradável. Preços razoáveis pelo que oferece. Largo do Arouche, 346. Tel: 3331-6283. Almanara - Outra cozinha árabede boaqualidade ebons

preços. Hámais de40 anosna rua Basílio da Gama, depois de tercomeçado nasproximidades da25deMarço.Hoje são sete endereços(horários diferentes em cada casa). Rua BasíliodaGama,70. Tel:32577580.

Avanhandava 34 - Pizzaria. Também da família Mancini.Cercade 40tiposdepizza, massa média,algumas com combinações surpreendentes. Almoçoe jantar(aossábados, só jantar).RuaAvanhandava, 34. Tel: 3231-0033. Terraço Itália - Instalado no 42o andar do Edifício Itália, o bar oferece deslumbrantes vistas da cidade, principal-

menteà noite, oque justifica subir os 160 metros. Av. Ipiranga, 344. Tel: 3257-6566.

StarCity - Há 52 anos servindouma boafeijoada epratos da cozinha internacional, tudo a preços razoáveis. Rua Frederico Abranches, 453. Tel: 3331-2044.

Capuano - Um endereço precioso esta típica cantina italiana.Abertaem1907,mantém atradição deservir massasde qualidade,com preçoshonestos. Rua Conselheiro Carrão, 416. Tel: 3288-1460.

Bar Brahma - Na esquina mais famosa da cidade (IpirangacomSãoJoão),oBarBrahma resistecomclassehámaisde50

anos, sustentado pela qualidade do seu chope. Tem música aovivo àssegundas, quintase domingos. Ressurgiu com forçatotal noembalo darevitalização do centro, depois de passarumperíodomeioofuscado. Av. São João, 677. Tel: 3333055. Léo - Para os amantes do chope,outroendereçonotável. Chopecremosoe inesquecíveis bolinhos de bacalhau. Mas o espaço é pequeno e a espera é grande. O problema são oshorários: desegunda asexta, das 11h às20h30; aos sábados, só até às 16h; não abre aos domingos.RuaAurora, 100. Tel: 221-0247.

Mais de dez metros de pé direito, imponentes colunas, vitrais em estilo gótico, abóbodas sustentadas por arcos abaulados: o Mercadão foi considerado majestoso demais para sua finalidade
Fabiana Teixeira

CÂMARA APROVA FIM DA VERTICALIZAÇÃO

Oplenário da Câmara aprovou ontem a proposta deemenda constitucional (PEC)quepõefimàobrigatoriedade da verticalização – regra aplicada nas eleiçõesde 2002, pela qual as coligações nas eleições estaduaisnão podemcontrariar as alianças feitas na eleição presidencial. A proposta recebeu343votosafavor,143contra e houve uma abstenção.

A matériaprecisaainda ser votadaemsegundo turno pela Câmara, sem alterações no conteúdo,paraque possaser promulgadapeloCongresso.Porse tratar de uma PEC são necessárias duas votações com no mínimo 308 votos em cada uma. Os deputadosqueseopunhamà verticalizaçãofestejaramoresultado noplenário comgritosdeeuforiaechuvade papel picado. A aprovação da emenda representou umaderrotadoPT, que luta contra a mudança daregra, numa atitude que contraria a orientação do próprio presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, favorável à liberação dascoligações estaduais.

Mesmo sem a certeza da vitória,os defensores da emenda constitucional decidiram que ela teria de ser votada ontem, porque na semana que vem as medidasprovisórias voltam a trancar as votações em plenário. Em reunião na casa do presidenteda Câmara, Aldo Rebelo, oslíderesdos partidos concluíram queasdificuldades para aprovar a emenda seriam maioresacadadia.Eles estimavam que teriam pelo menos318votos,deza mais que o mínimo necessário. O placar folgado superou as previsões mais otimistas.

A verticalização ajuda a organizar as alianças partidárias. Infelizmente, perdemos.

Líder do PT na Câmara, Henrique Fontana

Derrota– Apesardeabancada do PT ter reafirmado sua posição favorável à verticalização, o vice-líder Luiz Eduardo Greenhalgh (SP)participou dareuniãona casa de Aldo, em que prometeu trabalhar para obter entre deze 15votos entreos 90 deputados petistas.Para olíder doPTnaCâmara, Henrique Fontana, a queda da verticalização era desejo do presidente Lula, mas não representava a vontadedoPT."A verticalização ajuda aorganizaras alianças partidárias. Infelizmente, perdemos", disse.

Amaioria dospartidosé contra a regra, uma vez que ela tiraa flexibilidadeemsuas alianças para presidente e go-

ACUSADO DE ATIRAR EM CELSO DANIEL É CAPTURADO

A polícia prendeu na terça-feiraà noite,emTaboão da Serra (SP), o rapaz de 20 anos acusado de assassinar oprefeito deSanto André, Celso Daniel (PT), em janeiro de 2002. Foragido da Febem desde o dia 29 de junho passado, quandocumpria regime desemi-liberdade, Laércio dos Santos Muniz, o Lalo (foto), foi detido perto da casa deseus pais. Apé, desarmado, vestindobermudae

vernador.Coma derrubada, os partidos estarão livres para realizar as alianças. Segundo olíderdo PFL,RodrigoMaia,opartidovotoumajoritariamentepela quedada verticalização. Para ele, o resultado foi acima das expectativas, graças à articulação dos partidos. "O governador Aécio Neves (PSDB-MG) teve um envolvimento fundamental.Isso agregou votos e foi fundamental para o resultado", afirmou. Previsões – Detarde, antes da votação, ninguém se arriscava a fazer previsões sobre o resultado.A viradarepentina do PFL do senador Antonio Carlos Magalhães(BA), que decidiu apoiar a regra da verticalização, surpreendeu a Câmara. Temeroso do isolamento do seu grupo na Bahia, dificultando a reeleição do governador Paulo Souto (PFL), ACM abriu uma dissidênciadentro do PFLe passou o dia trabalhando contra a PEC. Livres para compor as alianças nos Estados, PSDB, PFL, PDT e PT tenderiam a formaruma frente em torno de um único candidato ao governo baiano, para derrotar Souto. O alertafoidado pelopróprio governador, em encontro com ACM, às vésperas da votação do projeto na Câmara. Votos – Líderes influentes do Senado entraram no corpo-a-corpo. Enquanto o senador José Sarney (PMDB-AP) procurava ACM, com apelos para que ao menos liberassealguns dos 17 votos de seu grupo na Câmara, a senadora Roseana Sarney (PFLMA) articulavano plenárioda Câmara.Maso partido mais empenhado em aprovar a proposta era o PMDB, que registrava à noite apresença de 78 de seus80 deputados,prometendo 75 votos favoráveis. Comcandidatos agovernador em pelo menos 16 Estados, amaioriadelesapoiada por partidos que deverão ser adversários do PMDB na eleição presidencial, os peemedebistas rejeitam qualquer restrição às alianças regionais. Antes da votação do texto principal, os deputados rejeitaram todasas emendasapresentadas nacomissão especialque analisouaproposta.Elasmantinham o objetivo da PEC, de acabar comaverticalização.Porém, alterariam o conteúdo da matéria,obrigandooretornodo texto ao Senado. (Agências)

camiseta, ele não ofereceu res i st ên c ia . "Eu fugi porque temo pelaminha vida", revelou. Ontem, voltoua confessar oassassinato de Celso Daniel, mas negou ter torturado a vítima. Atortura – constatada em laudopericialpelos legistas Carlos Delmonte Printes, morto no ano passado, e PauloVasques –dá aentenderqueaexecuçãoteria sidoencomendada. "Agente

OpresidenteLuiz Inácio

LuladaSilva eoPTenfrentaram ontemapenaso primeirocapítulo deuma guerra que promete se estender até abril, quando o partido definirá as diretrizes da plataforma paraa campanha da reeleição. Motivo:Lula ePTtêm visõestotalmente opostas sobre o perfil dasalianças ecomo devemser os palanques nos estados. Lula ficou contrariado com a posição da bancada do PTna Câmara, que decidiu votar a favordaverticalização. "Todos sabemo que eu penso: não quero uma camisa-de-força nas coligações. Agora, o PT tem direitode lançaroutrocandidato.Nãoprecisaesperar por mim",disse Luladeacordo com relato deinterlocutores do próprio PT.

Ajuda – A queda da verticalizaçãoé necessária,no diagnóstico do governo, para ajudar a campanha do presidente nos estados. Sem as amarras

LULA E PT NÃO CHEGAM A ACORDO SOBRE COLIGAÇÕES

dalei emvigor, partidoscomo oPMDB –objetodo desejodo Planalto – podem lançar candidatos próprios àsucessão de Lula, mas, mesmo assim, fechar alianças regionais com o PT. É comesse cenárioque ogoverno trabalha. Com a manutençãodaregra, porém,todas as coligações firmadas para a disputa presidencial têm deser repetidas nos Estados. Para o governo, a verticalização "dificulta muito" a montagem dos palanques de apoio a Lula.O PTdiscorda.Achaque somente com a obrigatoriedade das alianças determinada porlei poderáexpulsar dopalanque os partidos considerados "aproveitadores". Escaldadopela crisedo "mensalão",o

PT vêaí achance denão mais fazerdobradinhascomo PL, PTB ePP,porexemplo.Traduzindo: o partido de Lula quer voltar àsorigense reeditara Frente Brasil Popular.

Estupro– No encontro pela manhã com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), eo senador, José Sarney (PMDB-AP), Lula mais uma vez Lula declarou-se favorável à queda da verticalização. "Minha preocupaçãoé oPT. Nãoquero quea aprovaçãoda PECpareça um estupro contrao partido", disse Lula aos senadores.

Contou, ainda, que havia conversado com alguns setoresdo partidosobre aaprovaçãoda PEC,masque apenas dez ou quinze petistas votariama favor."OPT está muito refratário", disse o presidente. Em abril, no encontro nacionalmarcado paradefinir asdiretrizes do programa de governo,uma fatiaexpressiva doPT fará de tudo para restringir o le-

que das alianças ao PCdoB e ao PSB. O máximo de "concessão" autorizada seria uma composição como PMDB. Maso presidente não aceita que o partido lheimponha esseslimitese tentará enquadraro PT."Ninguémpõe canganoLula",resumiu um dos auxiliares

Antes da votação de ontem, o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e o líderem exercíciodo partidona Câmara, LuizEduardo Greenhalgh (SP), avisaram Lula que não haviam conseguido reverter a posição do partido. "Eu, como presidente do PT, sinto-me constrangido de votarcontraa orientação da bancada", afirmouBerzoini,umdos poucos que,como Lula, éfavorávelao fim da verticalização. "A maioria dos partidos brasileiros não tem perfilnacionalnemteráporcausadessa regra.É melhor,então, que os partidos possam fazer alianças que expressem coligações locais. (AE)

É INCONSTITUCIONAL, DIZ OAB.

Arquivo/AE/06-06-2005

Aregra de verticalização das coligações émotivo de polêmica jurídica desde 2002, quando foi implementada aseis meses das eleiçõespor decisão do Tribunal Superior Eleitoral(TSE).Ontem, aOABdivulgounota afirmandoqueo fimda verticalizaçãoa oitomesesda eleição é inconstitucional.

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) anunciou queentrará com mandadode segurançano STF contra a decisão da Câmara. "Entro com um mandado de segurançaalegandoviolação de direitoindividual(artigo60 da Constituição), quebra da segurança jurídica (artigo5º) edesrespeito à norma de que alteraçõesnalegislação eleitoraldevem ser feita no prazo de um ano antes do pleito (artigo 16)."

A ação de Miro poderá apenas impedir que a regra seja seguida nas eleições de 2006, sendo que a emenda valeria para as elei-

levou (Ce lso D aniel) p ra estradae eu mandei ele andar. Atirei nele", disse. "Eu sabia que era prefeito porcausa donoticiário", afirmou ao delegado Erasmo Pedroso Filho. Ojovemdeve sersolto até o dia 4 de fevereiro, quando completará 21 anos. Na próxima semana, a CPI dosBingos envia umasubcomissão a São Paulo para ouvir Lalo. (Agências)

Miro Teixeira: mandado no STF.

ções seguintes. Sua posição tem apoio da OAB. Para o presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia da entidade, o jurista Fábio Konder Comparato, considera que é inconstitucional,pois nãosepodelegislar ou tornar vigente qualquer alteração sobre a verticalização a oito meses das eleições presidenciais, já que o artigo16 daConstituiçãoimpede qualquermudança noprocesso eleitoral a menos de um ano das eleições. "É muito estranho que o governo esteja agora, atão poucotempodo pleito,levantando a questão", disse. Resposta– Comparato afirmou ainda que, caso a matéria venhaaseraprovada,aOABpodevir a se mobilizar contra a alteração. "Nãosó pode,comodeve semobilizar", afirmouo jurista, acrescentando que princípios constitucionais estão sendo ignorados. Em 2002, quando a verticalização foiinstituída pelo TSE, a OAB também disse que a mudança era inconstitucional por ter sido produzida a apenas seis meses para as eleições. O presidente da Ordem na época,Rubens ApprobatoMachado, criticou o STF porter se recusado a julgara decisãodoTSE. "Adecisão do TSE, mantida pelo STF, foi inoportuna e inadequada", disse Approbato.

Nasua avaliação,foiinoportunapois amedidafoiadotada quando os partidos já estavam negociando as alianças, no período eleitoral definido na Constituição, e inadequada porque quem deve estabelecer as regras de mudançaspolíticas,partidáriaseeleitorais é o Congresso. OTSE adotouaverticalização em resposta a uma consulta feita por um grupo de deputados, entre osquais Miro, quecobrou do tribunal uma interpretação do artigo 6º da lei eleitoral 9.504/97, que diz: "É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, oupara ambas,podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação paraa eleição proporcional dentre os partidos queintegrama coligaçãoparao pleitomajoritário".OTSEconsiderou que a circunscrição eleitoral era o Brasil. (AG)

Celso Júnior/AE
Parlamentares comemoram, com chuva de papel picado, o resultado no plenário de 343 votos a favor do fim da verticalização – e 143 contra.
Joedson Alves/AE
Márcio Fernandes/AE

CANDIDATO GAROTINHO PÕE PLANALTO EM ALERTA

Exatas24 horasdepois dea executivanacionaldoPMDBter remarcado para 19de março aseleiçõesprévias que escolherão o candidato do partidoao Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silvarecebeuem audiência o presidente doSenado, Renan Calheiros(PMDB-AL),eo senador José Sarney (PMDBAP). Lula queria conversar sobre a conjuntura política, sobre o "jogointerno"doPMDBe o riscode asprévias resultarem nacandidatura presidencial de Anthony Garotinho (RJ). Ocenárioidealpara oPlanaltoé aparceriaoficial como PMDB na eleição presidencial. Segundo um importante interlocutor do presidente, ele já definiuque quero partidoa seu lado de qualquer jeito. Se não for possível desmontar a ca ndi datu ra própriae fazer uma chapaconjunta, trabalharápara fechar uma aliança branca com setores do PMDB nos Estados. A idéia é, na pior hipótese, repetiro cenário da eleição de 2002,quandoo PMDB compôs a vaga de vice do tucano José Serra com Rita Camata (ES).Emesmo assim, regionais do partido em 15 Estados fecharam com Lula. "Em qualquer cenário o presidente terá o apoio de fatia expressiva dopartido", resumeum dirigente peemedebista.

uma avaliaçãootimista deseu desempenho. Citouvárias pesquisasquemostramo impacto favorável do reajuste recorde do salário mínimo para R$350. Diantedo entusiasmo presidencial com os números, Sarney brincou: "Nada como uma boapesquisa, heinpresidente?"

Aala governistadopartido avalia que ainda tem muita água para rolar até a convenção nacional de junho que oficializará acandidaturapresidencial doPMDB.E mesmo que as préviasapontem um candidato,elesnão consideram a candidatura própria um fato consumado.

SP 452 ANOS: TUCANOS EM TRÉGUA

Nada como uma boa pesquisa, hein presidente?

José Sarney senador (PMDB-AP)

Complô – Os aliados de Lula acreditam que o pior cenário será a vitória de Garotinho. Por isso concordaramem adiar a consulta edar mais tempo para que ogovernador gaúcho, Germano Rigotto, trabalhasse as bases, uma vez que Garotinho está em campanha há 90 dias.

Embora aala governista do PMDBnão tenha conseguido adiar as prévias para junho, como gostaria, a simples remarcaçãodadata geroureclamações. Garotinhoestaria sesentindo traído. Em conversa com Renan,portelefone, eleteria dito que a mudança seria uma "manobra contraa candidatura própria do PMDB".

As comemorações pelo aniversário de 452 anos deSão Paulo abriram espaço paraumambientede trégua entre os dois pré-candidatos do PSDB à Presidência: o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin. Na tentativade mostrarafinidade, enquanto disputampalmo a palmo a indicação pela legenda, ambos andaram de ônibus pelocentro,assistiram auma missa, visitaram o marco zero dacidadee caminharampela Praça da Sé. Juntos, se uniram em críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alckmin disse que oPaís continua sem rumo. E o prefeito reforçou que Lula "prega a deseducação" ao propor o fim doconcursopúblico. "Àsve-

zes falam que eu tenho idéias próprias,acho engraçado,não é algo que me incomoda. Não é compatível coma minhatrajetória serpaumandado",afirmou Serra, em resposta aos comentáriosdo ex-ministroJosé Dirceu, de que ele não seria um pau mandadodos empresários caso assumisse a Presidência. Mas foi o vice-governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), que deu o tom da disputa acirrada dentro do PSDB em tornoda corridapresidencial. "Eu achoqueele(Serra)deve ficar na prefeitura para ser um bom prefeito, para ficar por oitoanos",disse, numacampanha deflagradapela indicação de Alckmin. José Serra não quis comentar nenhum assunto ligadoà sucessãopresiden-

cial. “Hoje éo aniversáriode São Paulo, não é dia de falar de política”, declarou o prefeito de São Paulo. Alckminnãodeixou passar aoportunidadede sepromover durantea festa. Disseque daria umabraço emtodos os paulistanosabraçando oPrefeito ereforçou: “Serra administra a cidade com seriedade e competência.Eletem espírito público e com experiência acumuladatrabalha pelopovo paulistano".

Sobre o fim da verticalização (leia mais sobre o assunto na pág. 5), Alckmingarantiunãoter preferência sobrea questão, disseser"indiferente". Mas lembrou queo modelo prejudicouo PSDBemSão Paulo,já que a legenda não pode contar

com o apoio de três partidos. Na missa, Serra e Alckmin ouviram do arcebispo metropolitano de São Paulo, Dom Claudio Hummes, um sermão sobrea necessidade da construção de políticas sociais. " Esse ano é muito importante para aprofundarmoso projetoBrasil",disseoarcebispo,aplaudidopor cercade 2mil pessoas que lotavam a catedral. Nobanco reservadoaautoridades, os tucanos mal se falaram. Poucoantes,leramtrechos da Bíblia. Serra fez a leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo, que diz: "Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício, aproxima-se o momento de minha partida". Davi Franzon/Agências

DIRCEU CRITICA A 'CARA DE PAU' DE ALCKMIN

Apoio – Para tranqüilizar

Lula, Renan deixou claroque "com ou sem candidato ao Planalto, o PMDB está obrigado a colaborar com a estabilidade do governoe do País,ainda que com postura crítica e independente". Emcontrapartida, Lula projetouvárioscenários da corrida presidencial efez

Osaliados deGarotinhoestãopressionando opresidente do partido em São Paulo, Orestes Quércia,porterdeclarado apoio à Rigotto. Segundo o vice-presidente dasessãopaulista do PMDB, deputado Paulo Lima, não houve consulta ao diretórioestadual eoEstado terá enorme peso na decisão. A regional terá 18% dos votos das prévias. (Agências)

Em Caracas, após participar do Fórum Social Mundial, o exchefe da Casa Civil, José Dirceu, resolveu expressar sua visão política sobrea disputaentre ospré-candidatos àpresidência daRepública ea reeleiçãode Lula."O Garotinhonão vai ser candidato. O PMDB já inviabilizou a candidatura dele". Na avaliação de Dirceu, " Lula está certo em sua decisão de só falar de campanha a partir de junho". Segundo ele, são os adversários dele que desejam que ele se decida logo. ComrelaçãoaoPSDB, Dirceudisseque "Serratemuma personalidade que um amplo setor da elite, que é tucana, nãoaceita" edestacouque "Alckminnãomerece serpresidente", se for considerado os seis anos de governo dele em São Paulo."É muita carade pau delecriticar a políticade segurançapública deLula.O queo Alckminfeznessa áreafoi um verdadeiro fracasso". Dirceucontouaindaum episódiocorriqueiro."Diasatrás perguntei auma grandepersonagem davida políticabrasileira,oseguinte: ‘Qualéoprogramado PSDB edoPFL?’Ele respondeu: ‘Ô Zé, tá ficando velho? O programa deles é voltar para o poder’". (AE)

Garotinho luta contra 'inimigo oculto' dentro do próprio partido. Serra e Alckmin disputam lado a lado a indicação à presidência pelo PSDB.
Niels Andreas/AE
Mastrangelo Reino/AE

Indicadores Econômicos

2,1%

25/1/2006

Do gosto pelo café a empresária pioneira

Brasileiro não sabe preparar bem a bebida, diz barista

Ovelho café debule já não atrai tantos a d mi r a d o re s . Aqui,naterraonde maisseproduzofrutonomundo, beberaquele cafezinhovirou umverdadeiro ritualcelebrado com solenidade digna dos gourmets. E foi o gosto por essa arte que levou a psicóloga Isabela Raposeiras a se embrenhar no mundo de aromas e sabores do café e se tornar uma autoridade quando o assunto é essegrão. "Porgostarde gastronomia, me envolvi no cardápio do restaurante de minha mãe e descobri os encantos da bebida", conta. Daí para a frente, Isabela amadureceu o talento. Ela se aprimorou nos estudos do fruto do cafeeiro, venceu concursos, esmerou seus conhecimentos naEuropa ese tornou barista – expert em café, uma profissão poucoconhecida pelos brasileiros.

Hápouco mais deum ano, Isabelainaugurou a Academia deBarismo que leva seu nome. É o primeiro centro de estudos do café em território nacional. "Aidéia surgiucom a demanda do mercado e o interesse daspessoas, quecrescem no mundo todo", conta ela.A academia foi pensada como um espaçopara cursos deformaçãoe aprimoramento, consultorias,elaboração de cartas de café e degustação da bebida, além de promover o encontro entre profissionais do setor e entusiastas do café gourmet, o crème-de-la-crème dos grãos selecionados.

"Os brasileirossempretomaram os piores cafés do mercado, por não entenderem do assunto, mas,aos poucos,têm se mostrado mais exigentes", diz Isabela. "Café é como vinho: de diversos tipos, com paladar e aroma distintos em cada garrafa e a qualidade dependente da colheita." Apesar de muitas fazendascomeça-

rem a se dedicar à produção de cafésgourmet, podem-secontar nos dedos quantos profissionais brasileirosrealmente conhecem e sabem tirar todo o sabor desses grãos especiais. "Com a academia,queremos mudar essequadro, tornarconhecida a degustação do café e chamar a atenção para as peculiaridades dessa bebida", diz. E o reconhecimento como precursora dobarismoétal que, no anopassado, Isabela foinomeada diretora técnica do Campeonato Mundial de Café, que reuniu participantes do mundo inteirona Grécia. Nessa mesma época, ela também foi indicada ao The SCAE 2005 Awards for Coffee Excelence, consideradoo Oscardo Café nacategoria "JovemEmpreendedor",por terinaugurado sua própria academia. "Estudoe me dedico muito a esse trabalho.Mas nuncaé possível saber tudo", diz. Isabela já montou cartas de café, criou blends e prestou consultoria a nomes conhecidos,comooRei doMate, IBM, Esso, Banco Real, Café do Hotel e a cafeteria paulistana II Barista. "Aumentou a preocupação em se servir um bom café", afirma. "Crio drinksque não beberia, mas que percebo que outras pessoas gostam. É preciso bom senso e critério gastronômico coerente nessa profissão." E dá as dicas para que a bebidaseja apreciada pelos gourmets:o melhoré prepará-la com grãos 100% arábica, que têm menos cafeína e maior complexidadegenética, aromáticaede sabores.Abarista tambémcontaqueaáguamineral, sem cloro, leva sais que combinamcom ocafé. "Oresto da receitaé do jeitoque você gosta", diz. "Ritual e herança de famíliasão mais importantes que quaisquer regras técnicas."

Sonaira San Pedro

LETREIRO

A empresária contratou um designer para criar o logotipo da Academia de Barismo Isabela Raposeiras. "Pedi uma imagem voltada para o ensino, com elementos clássicos e científicos, já que meu café é todo embasado em ciência. Também sugeri a imagem de um livro representando o pires", conta. "Mas é preciso experimentar o café para sentir o aroma antes de qualquer coisa."

PEDRA SEGREDO

Oprimeiro obstáculo, segundo a barista, foi deixar uma profissão estável e bem remunerada por outra com salário dez vezes menor. O segundo grande desafio foi conquistar o mercado. A barista se revelou em 2002, quando venceu o primeiro Concurso Nacional de Baristas, aos 26 anos. "Todo mundo queria saber quem era aquela menina, ainda mais num meio tão patriarcal como o cafeeiro."

Dedicar-se inteiramente à profissão, fazer cursos no exterior, contratar um assessor de imprensa e não ter concorrência. Essas foram as peças essenciais para o triunfo da academia, segundo a barista, já que ela foi a primeira a investir neste mercado. "Só dou passos que minhas pernas podem alcançar. Ir devagar e sempre tem me mostrado um bom caminho", diz Isabela.

EMPREENDEDORES

CABECEIRA

P ara quem é avesso a investimentos em marketing por não entender o que significa alcançar o público-alvo e outros termos, o livro O líder genial (Editora Best Seller), de Jack Trout, explica, de forma leve e bem-humorada, o mistério do mundo dos marqueteiros. A história começa quando um CEO de uma corporação norte-americana, num passe de mágica, se torna um "gênio do marketing", após o aparecimento de um misterioso computador em sua sala. Um gênio surge do monitor e o ensina a tomar importantes decisões. Dora Carvalho

Marcos Fernandes/Luz
Isabela Raposeiras, dona da primeira academia brasileira de barismo, afirma que o centro faz o preparo do café embasado na ciência
Sala da academia de barismo
Aparelhos utilizados na academia para refinar o aroma e o sabor
Utensílios do centro de estudos para o preparo do café

CARAVANA TRIBUTÁRIA

CHEGA A PRUDENTE

A caravana do De Olho no Imposto passou por Araçatuba, com palestra de Afif Domingos (dir.), e está em Presidente Prudente. Economia/1

SUPERLEAO

AVANÇA NO CONGRESSO

A Câmara aprovou a Super-Receita por 342 a 115 votos, pendentes ainda 13 destaques polêmicos antes do voto final no Senado. Prepare-se para mais burocracia. Eco/1

Sob calor recorde, de 34,5 graus, o solarium do Sesc Vila Mariana (foto maior) virou praia. E o superbolo (acima) sumiu em quatro segundos. Páginas 7a9

ESPECIAL: O CENTRO

Diário do Comércio fez um passeio pelo Centro. E constatou que o coração de São Paulo já bate mais forte graças a ações que resgatam seus áureos tempos. Veja o que está mudando para melhor e o que sempre foi bom e ganhou vida e cores novas.

Trégua por SP

O prefeito Serra e o governador Alckmin comemoraram os 452 anos de SP com um cessar-fogo na disputa pela indicação do PSDB à campanha presidencial. Andaram de ônibus juntos (foto), caminharam pela praça da Sé e criticaram Lula. Página/6

PALOCCI NA CPI

O ministro da Fazenda (esq.) vai depor hoje na CPI dos Bingos. Página 3

Câmara aprova o fim da verticalização

Partidos não precisam mais repetir nos estados as alianças nacionais. Pág.5 Hoje, ediçãodo Argentina

Boa Viagem/1 a 3
Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
José Cruz/ABr
Valdivo Pereira/Folha da Região de Araçatuba
Edição de Campinas concluída às 23h35

CHEGA A PRUDENTE

A caravana do De Olho no Imposto passou por Araçatuba, com palestra de Afif Domingos (dir.), e está em Presidente Prudente. Economia/1

SUPERLEAO AVANÇA NO CONGRESSO

A Câmara aprovou a Super-Receita por 342 a 115 votos, pendentes ainda 13 destaques polêmicos antes do voto final no Senado. Prepare-se para mais burocracia. Eco/1

Sob calor recorde, de 34,5 graus, o solarium do Sesc Vila Mariana (foto maior) virou praia. E o superbolo (acima) sumiu em quatro segundos. Páginas 7a9

ESPECIAL: O CENTRO

Diário do Comércio fez um passeio pelo Centro. E constatou que o coração de São Paulo já bate mais forte graças a ações que resgatam seus áureos tempos. Veja o que está mudando para melhor e o que sempre foi bom e ganhou vida e cores novas.

Trégua por SP

O prefeito Serra e o governador Alckmin comemoraram os 452 anos de SP com um cessar-fogo na disputa pela indicação do PSDB à campanha presidencial. Andaram de ônibus juntos (foto), caminharam pela praça da Sé e criticaram Lula. Página/6

PALOCCI NA CPI

O ministro da Fazenda (esq.) vai depor hoje na CPI dos Bingos. Página 3

Câmara aprova o fim da verticalização

Partidos não precisam mais repetir nos estados as alianças nacionais. Pág.5

Hoje, ediçãodo Argentina Exporta

Boa Viagem/1 a
Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
José Cruz/ABr
Valdivo Pereira/Folha da Região de Araçatuba

OPINIÃO

RESENHA NACIONAL

CHEGA! DECIDI CHUTAR OBALDE!

Eu sei que a ironia é mal compreendida no País, mas não posso me conter. Se ressuscitasse no Brasil e escrevesse um texto sugerindo que as crianças pobres fossem comidas como solução para o problema social, é bem possível que algum meganha mandasse prender Jonathan Swift. Corro o risco mesmo assim. Todos sabem que meu candidato à Presidência da República era José Serra. Era. Posso rever minha posição, de braços dados com Machado de Assis, mas às avessas. “Ao perdedor, as batatas”. Se sou Serra, neste 20 de janeiro de 2006, mesmo tendo o dobro das

SesouSerra, surpreendoo partidoedeclaro: “Nãosoumais candidato. Ok,vocêsperderam. Vocêsvenceram.”

intenções de voto do segundo colocado, surpreendo todo o partido, chuto o pau da barraca e declaro: “Não sou mais candidato. Ok, vocês perderam. Vocês venceram”. Pronto. E, claro, prefeito, peço-lhe o favor de, nessa hipótese, ser “um soldado” em favor do escolhido. Há um mês, os tucanos estavam com a eleição garantida, e bastava que se criasse o devido ambiente de união, o tal clima virtuoso, essas coisas de que o PT entende muito bem (seu mal é o clepto-stalinismo, não a burrice), e tudo estaria encaminhado. Pois bem: permitiu-se que se instaurasse um debate absolutamente predador dentro do partido, chegando à mídia.

Dou um conselho a Serra: tudo o mais constante, considere a hipótese de desistir. Com Lula em franca recuperação, por que correr o risco de perder

a Prefeitura se os soldados se mostram algo reticentes? Em suma, se sou Serra, só aceito, agora, ser candidato se for por aclamação unânime, inequívoca e entusiasmada. Às vezes, prefeito, é preciso ser didático. Ainda que o país pague o pato. Bastou um mês com menos notícias negativas para Lula, com um Congresso se deixando enxovalhar por uma convocação extraordinária vexaminosa (ainda que com desdobramento virtuoso, mas a mídia foi implacável), eo Apedeuta entrou numa fase de recuperação. Dado o atual clima, com o partido dividido — e está, não adianta negar — e com Lula em ascensão, Serra não pode nem sonhar em ser candidato. Fatias do tucanato sacaram contra o patrimônio do partido. Espero que um Gabriel Chalita, por exemplo, que resolveu evocar suas quase duas décadas de militância tucana para argumentar contra a candidatura do líder, tenha uma boa idéia para enfrentar Lula. Eu o vi sacar argumentos contra a candidatura Serra com mais rapidez do que contra a do petista, o que qualifica, quero crer, se não a sua militância dos outros 17 anos, ao menos a do 18º ano. Uma coisa é fato: à diferença dos tucanos, o partido de Lula não pisa nos astros distraído. Não fosse seu clepto-stalinismo, estaríamos condenados a viver em regime de partido único. A nossa sorte é que os larápios do PT, sem querer, nos protegeram. TRECHOSDOCOMENTÁRIO

REVISTAPRIMEIRALEITURA WWW PRIMEIRALEITURA COM

Vice-Pres dentes

Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Ed tor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio, LúciaHelena de Camargo,MárciaRodrigues,NeideMartingo,PatríciaBüll,Paula

Em busca da justiça tributária

Nuncase arrecadou tanto noPaís. Ano aanonosdeparamoscomrecordesderecolhimentodetaxas,tributos eimpostos. Avida dosbrasileiros ésingrada poressa vertentedanosa. Em cada produto ou serviço tem crescido de forma geométrica a fatia do Fisco. No Brasil, a sociedadepagouR$364,136 bilhõesemimpostosetributos em2005, umcrescimento de5,65% sobre 2004. Em contra-partida, o poder público pouco investiu em saúde, educação, cultura e na infraestrutura básica. Todaa sociedadearcacoma volúpiagovernamental pelos tributos, masnunca sabe o que está pagandoequantoestápagando. Essa transparênciaé omotedacampanha “De olho no imposto”que tem como meta maiorconscientizar a população sobre a carga tributária e pressionar o Congresso Nacional a regulamentar oparágrafo 5º, doArt. 150da Constituição Federal de 1988. A OAB-SP vai colaborar na redaçãodoprojeto pararegulamentarodispositivoconstitucionalquedeterminaqueosconsumidores sejam esclarecidossobreosimpostos que pagam sobre mercadorias e serviços, que repelem investimentos internacionais e sucateiam o parque industrial, colocando milhares de cidadãos na informalidade.

Há muito tempo o cidadão brasileiro convive com um curioso paradoxo, em decorrênciadaelevada incidênciatributária.Deumlado, ele acompanha o crescimento do Produto Interno Bruto, contabilizando resultados irrisórios ou mesmo apresentando crescimentoabaixo das metas, como ocorreu no ano de 2005, quando encolheu, salvoem poucossetoresdaeconomia voltados para a exportação. De outro, vislumbra o volume nacional de arrecadação crescer coma voracidade jamais registrada, sem a devida contrapartida em serviços públicos. Pior: o cidadão não tem noção da carga que está pagando sobre cada produto que consome ouserviço quecontrata,porquea questãoda taxação no Brasil não é assunto transparente. É isso que queremos mudar.

No total, são 74 impostos, tributos, taxas, empréstimoscompulsórios, entreoutros.Ou seja, a sociedade brasileira, na forma de empresa ou pessoa física, trabalha para saldar impostos,sobrandomuitopouco parainvestimentos. Como o País pode alcançar a tão ambicionada meta de desenvolvimento auto-sustentado se a carga tributária chega a consumir 48,83% do faturamento bruto das empresas, sendoqueasmais castigadassãoasdemicro,

pequenoe médioportes,justamente asque mais geram postos de trabalho?

Essepatamarde tributação faz oBrasilser menos competitivo e está barrando investimentos em produção, uma vez os empreendedores já não mais suportam uma tributação escorchante comoa brasileira.Por isso,a sociedadeconvivecom odesemprego crescente, falta de investimentos em infra-estrutura básica, altos níveisde informalidade empresarial que chega a somar quase 39,8% do PIB, e sonegação dosimpostos emtodas camadassociais e empresariais. Na esteira das conseqüências nefastas da volúpia arrecadatória tem-se ainda um país burocrático, moroso, pesado. Umpaquiderme que se enrosca num cipoal de leis tributárias que envolvem55milartigos e33milparágrafos.São cercade 330normascriadas acadaano equase metadedasaçõesno PoderJudiciáriodecorre de questões tributárias. É uma estrutura legal a altura da carga fiscal imputada ao brasileiro. Afinal, acada R$10 detudo oque obrasileiro produz,R$ 4 vão para oscofres dos públicos. Mais: dos 13 salários anuais, o brasileiro deixa de recebecinco, abocanhadospelo governona forma de impostos. Essa extravagância tributária massacra pessoas físicas e jurídicas. Além de terde enfrentar uma altacarga tributária, os pequenos contribuintes de São Paulo que, a exemplo dos grandes, cumprem complexas obrigações acessórias, sofrem discriminação no tratamento.Estão impossibilitados derecorreraoduplo graudejurisdiçãoadministrativo, fato que viola as garantias constitucionais, como a ampla defesa do cidadão (Art. 5º, Inciso LV).

Diante desse quadroangustiante,é o casodeperguntar:oque podemos fazer? Como a sociedade pode reclamar? Uma resposta para contribuir como debatedas açõescontraesse assaltotributário: cada cidadão, cada entidade, cada grupamento social deve usar sua capacidade de indignar-se fazendo o que estiver a seu alcance para conquistar a sonhadajustiça tributária. A sociedadecivilprecisaseorganizarepressionar o Congresso Nacional, que deverá refletir o anseio da Nação, dizendo um basta ao peso e à falta de transparência da carga tributária nacional. Todo brasileiro tem o direito deconhecer o quanto paga de imposto por cada produto e serviço e, também, a destinação que é dada a esses recursos por parte do Poder Público. LUIZFLÁVIOBORGESD’URSO ÉPRESIDENTEDAOAB-SP.

Q UASEMETADEDASAÇÕESNOJUDICIÁRIODECORREDEQUESTÕESTRIBUTÁRIAS

Lulla e os letrados

ARTHUR CHAGAS DINIZ

Nessa última sexta-feira, feriado no município doRiodeJaneiro, Lulla, dentro de seu calendário eleitoral, resolveu inaugurarumafutura inauguração. Aolado daestrutura semi-destruídade um futuro hospital em Queimados, na Baixada Fluminense, fezdiscurso decampanha comose estivesse a entregar à população uma nova obra. Tudo bem, de candidatoa cargo eletivo tudo sepodeesperar.Atémesmodizerqueaindanão é candidato. Lulla é um cínico contumaz. Mente com umadesfaçatezque lhe permitiuassegurar, meses antes da crise,que daria um cheque em branco a Roberto Jefferson. O que, entretanto,foimaischocante naencenaçãodeLullaem Queimados foi a sua afirmação de que não faria concurso para mata-mosquitos pois isso daria vantagem aos "letrados". O que Lulla quer dizer com "letrados" e por que essa prevenção? Ao contrário do que possam supor muitos, o termo

"letrado" nãoquer dizer bacharel em letras. O que Lulla quer dizer é que não fará concurso porqueisso beneficiará osmais preparados. E isto, ele já deixou claro, é intolerável.

Oque nóspresenciamosemQueimadosfoi uma declaração clara contra a meritocracia. Não é outra coisa que ele vem fazendo no preenchimentode conselhosdeadministraçãoe diretoriasdeestatais, de órgãos públicos,de fundos de pensão, enfim, de toda a gama de cargos comissionados que dispõea gorda e ineficienteburocraciade Brasíliaearredores."Não voubeneficiarosletrados"soacomoumdesafio a um país com elevada taxa de analfabetismo formal e funcional. Valorizarosletrados,Lulla,dentrodeseusescopo de entendimento, deveria ser uma palavra de ordem. É lamentável. ARTHURCHAGASDINIZ ÉPRESIDENTEDOINSTITUTOLIBERAL

JOÃODE SCANTIMBURGO INFORMAÇÃO AOPRESIDENTE

Os colaboradores diretos do presidente Lula deveriam convocar ao Palácio seis conhecedores da singularidade da burocracia, das praxes burocráticas, dos trâmites de tempo com datas marcadas, dos orçamentos e das liberações orçamentárias, das verbas e suas origens e seu destino, em suma, toda complexidade da máquina burocrática. Seriam eles, esses assessores especiais, que dariam ao presidente noções seguras do que é administração pública e, em especial, do crime administrativo que poderá levar o titular do poder a um impeachment O que está se passando na administração federal é um açodamento para o início das obras públicas. Vão exigir uma mobilização total de recursos e de empresas para pôr em estado de uso as rodovias até agora deterioradas e danificadoras. Como o Brasil deu preferência ao caminhão ao invés do trem, ficou sujeito ao leito carroçável, o que não aconteceria no transporte ferroviário.

Assessores especiaisdariamao presidentenoções segurasdoque éadministração públicaecrime administrativo

O poder público construiu as rodovias, constrói e continuará construindo, mas só construir não basta, é preciso manter uma conservação permanente tão onerosa quanto a própria construção. É o que está se vendo há alguns anos no Brasil, pois faltou previsão de custo da conservação e do que o estado das rodovias acarreta em prejuízo para as transportadoras e para a economia geral do País.

Não adianta agora expor que o transporte ferroviário seria melhor, mais barato e mais seguro do que o rodoviário, sobretudo tendo o País ainda uma excelente malha ferroviária, dependendo apenas de renovação por grupos financeiros que por ela tivessem interesse. Efetivamente o caminhão é o dono da estrada, mas depende ele de um leito reparado permanentemente, em condições de transporte rentável. Em suma, informe-se o presidente.

Céllus

MPor João Jacques Passarinho/Divulgação Passarinho/Divulgação

Linda demais!

Patrimônio da Humanidade – status concedido pela Unesco em 1982 –, Olinda rende suspiros. Neste ano, é o centro das atenções nacionais e internacionais, como referencial da cultura brasileira

aurício de Nassau, casarões, tapioca, conventose Carnaval.

Por maisheterodoxasquesejam,essasreferências expressama diversidade deOlinda, Patrimônio da Humanidade (status concedido pela Unesco em 1982) e primeira cidade do País a receber a denominação de Capital Cultural Brasileira. Desbancando João Pessoa e Salvador, o título, conquistado em junho passado, foi atribuído, por meio de concurso, pelo Ministério daCultura e pela ONG Capital Americana da Cultura.

Mais doque umponto afavor do município pernambucano,a denominação obtida tem como objetivo promover e divulgar seus diversos aspectosculturais,valorizando, sobretudo, o conjunto que constitui um valioso patrimônio. O projetofoi criado justamente para promover e divulgar a diversidade cultural existente no Brasil.Visa também aavivar as raízes culturais, resgatando símbolos esquecidos, reafirmando aidentidade do povo brasileiro e, sobretudo, valorizando e preservando seu patrimônio material e imaterial.No períododeumano, Olinda passa a ser o centro das atenções nacionais e internacionais, como referencialda culturabrasileira. Deacordo com odiretorexecutivo da ONG CBC (Capital Brasileira da Cultura), Mário Vendrell, "este fato é, sem dúvida,um momento histórico". Segundo ele, Olinda,comoaprimeira capital brasileira da cultura da história,saberá aproveitar essa oportunidade para dar um novo impulso à valorização e divulgação de sua cultura. "Isso trará muitos benefícios para a cidade e, por extensão, para todo o Estado." Todaessavalorização,éfato, inclui a preservação desuas duas incontestáveisvocações naturais, uma para a folia, outra para a religiosidade. Divergentes entre si, porém não conflitantes, são muito bem representadas. De um lado, as dezenas de igrejas, muitas delas várias vezes centenárias, que quase se comprimem no Sítio Históricoe pelas concorridas procissões.Dooutrolado,uma de suas mais fortes tradições: a comemoração doperíodoem que Momo é rei, e súditos de todo o País divertem-se nas ruasrevestidasde paralelepípedos ao calor do frevo em troças, blocos, caboclinhos, maracatus e bonecos gigantes. História – Com o ano de 1535 adotado oficialmente como o de sua fundação (há divergências que situam o fato histórico dois anos depois), Olinda, outrora Marim para os índios caetés, mantém viva sua tradição cultural. Tudo começou em 1534,quandoo fidalgo português Duarte Coelho recebeu, por doação real, a Capitania de Pernambuco. Reuniu família e amigos e chegou a Itamaracá em 9 de março de 1535. No final daquele mesmo ano, em busca de um lugar seguro para edificar seu castelo e iniciar uma povoação, chegouàscolinaspróximas ao mar e, segundo as mais difundidas versões para o nome da cidade, teria exclamado: "Oh! Linda situação para se construir uma vila!". Dois anosdepois,em 12de março de 1537, escreveu o Fo-

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ral de Olinda, um precioso documento que mencionava tudo aquilo que já existia na vila fundadae distribuía osespaçosentreaquelesque vieram com ele para fundar a Nova Lusitânia. Abeleza da vilae o extraordinário progressofez com que se tornasse o mais importantenúcleodetodoaquele período histórico, atraindo ordensreligiosas (que edificaram conventos,mosteiros, igrejas e escolas) e, em 1630, os holandeses, atraídos pelo progressoe especialmentepelo açúcar. Astropas de Nassau instalaram-se nas redondezas doportodoRecife, eem24de novembro de 1631 incendiaram Olinda. Muito poucodo acervo escapou às chamas, masa vilaresistiuaté1654, quandoos holandeses foram expulsos de Pernambuco e o localvoltou aser asede dacapitania. A partir daí, começam as primeirasexperiências brasileiras naarte darestauração, reerguendo-seconventos, casarios, mosteiros e igrejas. A elevação à categoria de cidade ocorreu em 16 de novembro de 1676. Em 1827, mesmo após ter criado o primeiro cursojurídico doPaís, noMosteiro de São Bento, perdeu para o Recife o título de capital da província. Desde então, Olindapassou aser procuradapor veranistas em busca de praias ecoqueirais,alémdereligiosos atraídos pelatradição desuas 22 igrejas e 11 capelas. Maior fervor,porém, édevotado ao Carnaval, ograndechamariz dessa centenária cidade, onde profano esagradoseconfundem e encantamvisitantesde todas as raças e credos.

Debruçado sobre as colinas próximas ao mar, o Sítio Histórico guarda preciosidades

O roteiro histórico

Além de igrejas, Olindaabriga diversos monumentosque retratam a história do Brasil. São construções seculares, quesemantêm vivaspor seuusocontínuo. Tambémsão monumentos algumasedificações do século 20, como o prédio da caixa d’água, a primeira construção modernista erguida no Brasil, em 1934. Confira as principais referências arquitetônicas.

Sobrado Mourisco: Praça Conselheiro João Alfredo, 7, Carmo.Construído no século 17, possui três portas almofadadas e, no andarsuperior, existeum balcãomourisco de madeiracom losangos etreliças. Nesse solar hospedou-se, em 1859, d. Pedro II. Faculdade de Direito: Rua de São Bento, Varadouro. Criada em 11 de agosto de1827einauguradanoano seguinte,por solicitaçãoda presidência daProvíncia. Funcionou emsalasdo MosteirodeSão Bentoatéa transferência, em 1852, para o antigo Paláciodos Governadores.Em 1854,porofe-

res: Rua de São Bento, 123, Varadouro. Edificado no século17,foi oantigoPaçoda Assembléia Constituinte e Legislativa daConfederação do Equador. Abrigou cursos jurídicos, um teatro, ofórume oColégioArquidiocesano. Atualmente, funciona como sede do Executivo municipal. Imponente edifíciode arquiteturapalaciana, éiluminado por lampiões. CoretodaPraça da Preguiça: Av. Liberdade, Carmo.Todo emferrofundido, de procedência inglesa, tem base de pedra. Erguido o culo 19, sua varanda é adornadapor arabescos eencimadapor uma espécie decoroa. Antigamente,abrigava a Banda de Música. Ruínas do Senado: Rua Bernardo Vieira de Melo, Ribeira.Alificavao prédio do Senado da Câmara de Olinda, concluído em 1693. Hoje, exibe aespessura das paredes antigas, com placa contendo osdizeres: "Aqui, em 10 de novembro de 1710, BernardoVieira deMelo deuoprimeiro gritoemfavor da fundação da Repú-

Sobrados, palácios, fortes, bicas tradicionais... Olinda reúne monumentos que vão muito além das igrejas e capelas

recermelhorestrutura, foi transferida para o Recife. Forte de São Francisco (Fortim do Queijo): Rua do Sol,Carmo.A localização geográfica de Olinda tornavarelativamentefácil aentradados invasores.Apartir do século 17,portanto, intensificaram-seas construções de fortalezas. Historiadores afirmam que o FortimdoQueijo éomaisantigo da cidade. Palácio dos Governado-

blica entre nós." Casa de João Fernandes Vieira: Rua deSãoBento, Varadouro. Eiso sobrado ondehabitou efaleceuJoão Fernandes Vieira, restaurador de Pernambuco, Bicas: nasruas Henrique Diasedos QuatroCantose noLargodoRosário,as bicasda cidadeforamconstruídasna primeirametade do século 14 empedra e alvenaria. A finalidade: suprir a falta de água.

Catedral da Sé: de seu pátio tem-se bela vista para o Recife, capital de Pernambuco
Hans von Manteuffel/Agência O Globo

Brasil vira onça e carga

tributária chega a 25,26%

Opeso datributação federal sobre asociedade aumentou de 23,75% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2004, para 25,26% em2005. A diferençafoi deR$68,740bilhões e contrariou as recorrentes declaraçõesdo ministroda Fazenda,Antonio Palocci,de que o governo federal promoveria a redução gradual da carga tributária.O SindicatoNacionaldosAuditoresFiscaisda Receita Federal (Unafisco) estimavaque opercentualno ano passado seria de 24,2%. Destacada em uma pequena tabela no final da primeira páginadoResultadoFiscal do Governo Central, divulgado ontem, essa evolução foi explicada de forma curiosa pelo secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. "Aumentou um pouquinho a receita total", disse. "Os conceitos de carga tributária variam. Temos usado a receita líquida (R$ 404,419 bilhões ou 20,92% do PIB). Mas, como relação do PIB, a receita aumentou", reconheceu Levy. Ocritério consideradomais apropriadoparaaavaliaçãoda

carga tributáriaé justamentea comparação entre a receita total e o PIB. Levy, entretanto, insistiu que não houve aumentos nasalíquotas nem dasbasesde cálculo dostributosfederais em2005.Ainda lembrou que houve desonerações, que prosseguirão gradualmente. "Diminuíram vários, vários impostos." Sobrou dinheiro – O Tesouro divulgou ontem que fechou as contas de 2005 com sobra de R$ 6,148 bilhões em relação às metas definidasna Leide Diretrizes Orçamentárias (LDO). No ano, houve superávitprimáriode R$ 52,488 bilhões,o equivalentea 2,72% do PIB. Na LDO, o objetivo era mais modesto, de R$ 46,34 bilhões ou 2,38% do PIB. No ano, a receita total correspondeu a R$ 488,355bilhões, valor equivalente a 25,26% do PIB. Os gastos públicos alcançaram R$ 351,93 bilhões. As transferências daUniãopara os estados e os municípios chegaram aR$83,936 bilhõesno ano passado – bem maiores que os R$ 67,557 bilhões registrados no ano anterior.

Otimismo –Em uma espécie de compilaçãode indicadores da economia que também divulgou ontem, o Tesouro reforçou ocenário otimistacom que trabalhaemrelaçãoao crescimento da economia em 2005 (projeção de 3%) e antecipou que a dívida líquida do setor público fechou2005em 51,01% do PIB. A projeção de crescimento é considerada otimista,poisoBancoCentraltrabalha com taxa de 2,6%.

As observações do Tesouro Nacional estão no documento intitulado "OBrasil Virando Onça", umatentativa decomparação do desempenho macroeconômico do Brasil ao dos chamados"tigres asiáticos"— países quepassaram poruma grande expansãoeconômica nas últimas duas décadas. O documentoconclui que nos últimos três anos oBrasil "aproveitou obommomento paraconfirmar aresponsabilidade fiscal, superar a restrição externa,avançarna agenda microeconômica, transformar a composição da dívida pública e melhorar as condições de vida da população". (AE)

DESEMPREGO RECUA EM SP

Aregião metropolitana de São Paulo fechou 2005 com melhora no mercado de trabalhoeinverteuo quadro de atenção, sugerido em outubro pelaPesquisa Mensalde Emprego, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação da região, em dezembro, recuou 1,9 ponto percentual e fechou em 7,8% da População Economicamente Ativa (PEA), contra 8,3% da taxa nacional, que inclui outras cidades (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre). O levantamentofoi divulgado ontem pelo IBGE. "É aprimeira vezque ataxa de desocupação da região metropolitana de São Paulo fica abaixo da média nacional", comentou o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo Pereira. Em outubro, ele alertou que os números de São Paulo indicavam tendência de queda no empre-

Padilha conseguiu novo emprego go formal e redução do rendimento médio entre trabalhadores com carteira assinada. "Mas o quadro se inverteu. A região teve participaçãoexpressiva na melhora dos dados nacionais", disse. O rendimento dos trabalhadores da Grande São Paulo, outro exemplo, cresceu 2,4%emdezembro, contra 1,8% das seis regiões.

Em seu primeiro ato à frente da empresa estatal de petróleos da Bolívia (YPFB), o recémnomeado presidente da estatal, Jorge Alvarado, anunciou um plano de reestatização de duas refinarias de hidrocarbonetos — ambas controladas pela Petrobras — e de 20 estações de serviço. A informação é da agência de notícias AFP, que divulgou ainda que Alvarado teria dito que esse é apenas "um primeiro passo" para "resgate" da produção. (Agências)

Oingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma questão de tempo. Mas é preciso saber se o País quer entrar nesse clube que agrega 30 nações democráticas e de economia de mercado, entre as quais as mais ricas do mundo, segundo Donald Johnston, secretário-geral da organização desde 1996, que trabalha para aproximar a OCDE dos "países baleias" ou BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China. (AE)

Emprego novo —O nível de emprego no segmento de serviços, com15% dapopulação ocupada, cresceu 4,6% entre novembro e dezembro. Essa variação estatísticanão éconsiderada significativa pelos técnicosdo IBGE. Parao jovem JimiValter NogueiraPadilha,no entanto, ocrescimento significou o início de suavidaprofissionalna área de tecnologia da informação. Com22 anos, Padilhaformou-se em julho de 2005 e, apesardejá ter umtrabalho antes, desejava atuar nessa área.Em dezembro,entrou na Top Clean, empresa de serviços delimpeza econservação. "Fui contratado pelo departamento de tecnologia da empresa como analista de sistemas júnior." Flávio Coghi, gerente de administração de pessoal daTop Clean,contou que outras 111 pessoas foram contratadas em dezembro. Fátima Lourenço

Empresa vai investir US$ 4,6 bilhões em 2006, 37,6% mais do que no ano passado.

Ootimismo do brasileiro quanto ao futuro da economia nos próximos seis meses levou à recuperação da confiança do consumidor em janeiro, segundo pesquisa apurada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Queda da inflação e dos juros contribuíram para a alta. A instituição anunciou a quarta edição do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que subiu 6,7% em janeiro ante dezembro, que, por sua vez, teve alta de apenas 0,6% ante novembro. (AE)

Parmalat vende marca Etti para a Assolan Telefônica anuncia estratégia para atrair usuários de celular Aneel retomará em abril processo de revisão de tarifas

Cautela deve continuar

Aata da últimareunião doComitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem,indicaque oBanco Central(BC) deverácontinuar reduzindo os juros,mas sem abandonar a cautela, no próximo encontro, marcado para 7 e 8 de março. O documento trouxe avaliações positivas do cenário econômico, mas não deu sinais de empolgação dos diretores do BC em reduzir os juros de forma mais rápida. Dessa forma, a ata reforçou oentendimento dos analistas de mercado de que, se não houver nenhum imprevisto, o corte na taxa de juros em março será de 0,75ponto percentual,como ocorreu em janeiro.

"O Copom reafirma que continuará conduzindo suas ações de forma a assegurar que os ganhosobtidos nocombate

àinflaçãoatéomomentosejam permanentes. Para tanto, acompanhará com atenção, nos próximos meses, a evolução da inflação e das diferentes medidas do seu núcleo, discriminandoentre reajustespontuais e reajustes persistentes", afirma o texto da ata.

O BC avaliou que, nos levantamentos preliminares,as elevações dos preços ao consumidor no mês dejaneiro "demonstraram um ritmo acima doesperado"para oiníciodo ano. Ao mesmo tempo, porém, os númerosajudaram areforçar aimpressão de queos aumentos são transitórios.

Um exemplodecomoa inflação deu um "soluço" no início doano é o ÍndiceGeral de Preços do Mercado (IGP-M).

A primeira prévia de janeiro ficou em 0,40%, um número mais elevado do que a prévia

de dezembro (0,06%). O mesmo comportamento teve o Índice de Preços ao Consumidor (IPC),daFipe, quesubiu 0,46% na primeira quadrissemana de janeiro contra 0,29% medido no mês anterior.

"Ainda assim, os diretores do Banco Central disseram que consideram a oferta condizente com a demanda e, como a ata informa que vai distingüir os reajustes entre pontuais epermanentes,issoaumenta as chances de um novo corte de 0,75", afirmou o sócio daTendências Consultoria Integrada Gustavo Loyola, ex-presidente do BC. Conservadorismo, falta de transparênciae de explicação para aredução de 0,75 ponto foram algumas das expressões usadas poreconomistas para comentar a ata.

Alexandre Ventura/AE

Furlan em Davos: Brasil não tem metas de crescimento de longo prazo

OBrasil não tem metas de longo prazo para o crescimento econômico, para a taxa decâmbio e paraos investimentos em infra-estrutura e, por isso, ficou para trás na corridade crescimento lideradapelas economias da Índia e da China —asestrelas dofórumeconômicodeDavos.Aafirmaçãoé do ministro do Desenvolvimento, LuizFernando Furlan. Ele disseque"oBrasiltemassumido compromissos públicos com outras variáveis,como inflação e superávit primário". O Brasil, porém,lembrou Furlan, tem metas para o comércio exterior. O ministro disse que essa discussão ocorreuontem,em um debate sobreoscasos do Brasil edo México, outro país quefezodever decasadaestabilidade, mas cresce bem menos que os tigres asiáticos e que a Índia. Para Furlan, o Brasil etambémoMéxico"poderiam serprotagonistas nesse contextogeral, masperderam velocidade deconcorrência para países que há poucos anos representavam alternativas menos atraentes". NoBrasil, segundo ele, atualmente existe um grande conforto em termos de reservasinternacionais ede riscopaís. "Há uma situação inusitada de serenidade de quem dirige a política econômica e mantém os mercados tranqüilos, mas no final esse componente está associado à possibilidade de assunção de risco", afirmou o ministro.

Furlan dissetambém que o Brasil aindatem condição de ser protagonista no crescimento dos emergentes, mas acrescentou: "No momento em que alcançamosmetas estabelecidas, obrigatoriamentetemos depensar em desafiosnovos, alémda manutençãodaquilo quefoiconquistado. Emnenhum momento devemos pensar em abandonar aquilo que se conquistou", afirmou. Celebridadescomoosatores BradPitteAngelinaJolie são uma atração à parte no fórum. Ela é embaixadora das Nações Unidas para refugiados.

Agricultura — Manter a agriculturanocentrodas negociações sobre o comércio, contraaoposiçãoeuropéia,se-

Celebridades como os atores Brad Pitt e Angelina Jolie são uma atração à parte no Fórum Econômico de Davos, na Suíça. Ela é embaixadora especial das Nações Unidas para refugiados.

rá o grande desafio para os diplomatasdo Brasile dosEstados Unidos na miniconferência ministerial de amanhã. Dela devemparticipar ministros de 20 países. O objetivo é fazer um balanço do que foi feito na reunião de Hong Kong, em dezembro, e traçar roteiro para os próximos meses. O encontro não será para negociação e não deverá produzir grande resultado, disseram ontem o ministro brasileiro de Relações Exteriores, Celso Amorim, eo representantede Comércio Exterior dos Estados Unidos,RobertPortman. Mas, na prática, será retomado otira-teimaquequaselevouao fracasso a Conferência Ministerial de Hong Kong. (AE)

Sebastian Derungs/Reuters
Paulo Pampolin/Hype

OPINIÃO

RESENHA NACIONAL

LULAE SERRA DEPOISDAPESQUISA

Apesquisa do Ibope divulgada na semana passada mostra uma significativa mudança de tendências nas intenções de voto para as eleições presidenciais. Lula lidera em todas as simulações de primeiro turno. No segundo turno distancia-se de Alckmin e Garotinho e consegue um empate técnico com Serra, embora este ainda consiga uma pequena vantagem: 45%, contra 42% do presidente. Não é fácil explicar esta significativa mudança de tendências em apenas um mês. Por isto, uma visualização mais sólida do cenário eleitoral só será perceptível com novas pesquisas. De qualquer forma, o que há de mais

Acandidaturade Lulaàreeleição deixoudeserdúvida. Jáaindicaçãode

Serradepende dadifícilunião dostucanos.

evidente é que a agenda negativa, a agenda da crise, perdeu espaço na mídia e na opinião pública. Nas últimas semanas, o noticiário negativo se concentrou mais sobre o Congresso e menos sobre o governo e o PT.

Alguns especialistas sugerem que há também uma saturação da opinião pública em torno da crise e que sua exploração política passaria a render poucos resultados.

Há que se observar também que o governo conseguiu implementar algumas iniciativas positivas, tais como a redução de impostos para milhares de pequenas e médias empresas, a Operação TapaBuracos, a definição do salário mínimo em R$ 350, e uma melhora geral das perspectivas de desempenho econômico para 2006.

Os resultados das pesquisas estão produzindo conseqüências em várias frentes. Na frente configurada pelo governo, pelo PT e pelos aliados, a

candidatura de Lula à reeleição praticamente deixou de ser dúvida para tornar-se uma certeza. No PSDB, a pesquisa e outros fatores internos aumentaram o grau de indefinição. A pesquisa criou um maior grau de dificuldades para Alckmin. Além de distanciá-lo de Lula tanto no primeiro quanto no segundo turno, ela sinalizou que o governador paulista teria de disputar com Garotinho uma vaga para o segundo turno. Por isto, Alckmin decidiu agora investir em outros Estados, iniciando com um giro pelo Nordeste. Serra, no entanto, continua enfrentando dois níveis de dificuldades. O primeiro está relacionado

à justificativa plausível para deixar a prefeitura, já que o PSDB tem outro postulante à vaga de candidato presidencial. Se Serra se desincompatibilizar da Prefeitura para disputar a Presidência, sabe que irá para um jogo do tudo ou nada. Se vencer, todo o risco terá valido a pena. Mas se perder, sua carreira política poderá receber um golpe definitivo. A segunda dificuldade se relaciona ao fato surpreendente de que a maioria dos parlamentares do PSDB, segundo pesquisas de três jornais, prefere Alckmin a Serra como candidato. Isto indica que há uma resistência interna ao nome de Serra. Para sair da Prefeitura sem agregar um desgaste maior, Serra teria que sair ungido pelo partido, perspectiva que não parece fácil neste momento. TRECHOSDOCOMENTÁRIODE POLÍTICADO BOLETIMTREVISAN WWW BOLETIMTREVISAN COM BR/

Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Ed tor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio, LúciaHelena de Camargo,MárciaRodrigues,NeideMartingo,PatríciaBüll,Paula

Saudades da literatura

TendoemcontaadistinçãodeAllenTate entre a mera "comunicação" e a genuína "comunhão" de experiências fundamentais, a primeira caracterizando a mídia emgeral ea segundaa artedo escritor,é difícil escapar à conclusão de que a literatura no Brasil,seainda existe,desapareceudocenário público. Há, é claro, um Bruno Tolentino, mas o espaço que ocupa é demasiado pequeno, quase nulo para o seu tamanho. Há um Alberto da Cunha Melo, mas quem já ouviu falar dele fora do Nordeste? Hámaisdois ou três que ninguém conhece e,peloquevêemem torno, preferem mesmo não ser conhecidos. Nada do que em geral se publica e secomenta sob rótulo literário nos suplementos ditos "culturais" (faz-merir) corresponde à exigência fundamental da literatura, que é a de conservar o poder da linguagem enquantoveículodeauto-conhecimento humano (e por isso mesmo de comunhão) contra a invasão da "língua de pau" ideológica, destinadaà sedução,manipulaçãoe controle sutilda opinião popular. Que linguagem autêntica pode sobreviver aos códigos "politicamente corretos"? Não dar má impressãoa fiscaisparanoicamente maliciosos, empenhados em ver em tudo sinais de "racismo","machismo","sexismo", "homofobia", "fundamentalismo","etnocentrismo" etc. etc.etc.,--eis aprimeirapreocupaçãodequem escreve hoje emdia, isto se ele(ou he-she, pombas) nãofor pessoalmente um dessesfiscais. A simplesnaturalidadedacomunicação foiembora, como poderia subsistir averacidade da comunhão? Nada se acomoda tão confortavelmente aos novos códigos quanto a vacuidade, a

inconsciência balofa, amesquinhariaquevê num atestadode petismo (ou, pior ainda, de psolismo) osubstitutivo cabal e atésuperior das virtudes evangélicas, descartadas como criações ideológicasperemptas ou,na melhordas hipóteses, como antecipações toscas e precárias do Homo guevarianus, encarnação máximadas perfeições humanas, angélicas, divinas e motoqueiras. Taléacondiçãoparaserum escritor brasileiro hoje em dia: a total incapacidade para qualquer experiênciahumanagenuína, o perfeito ajuste da vida interior à forma dos estereótipos, a adequação harmônica,artística, entre a percepção falsa e a linguagem fraudulenta.

Dos crimes da esquerda triunfante, nenhum secompara àtotal destruição daliteratura noBrasil. Comoesse não se mede em reais, nem tem como vítimao patrimôniodoEstado,ninguém liga. Mas opatrimônio doEstado recupera-se com uma boasafra desoja euns impostos.A experiência interior e a comunhão, uma vez perdidas,não voltam mais, porque são duascoisas que, quanto menos você tem, menos sente falta delas, atéopontodesuporquejamaisexistiram,queforamapenaspalavrasilusóriasdeum extintovocabulárioideológico.Emépocasmuito maisricas, espiritualmente,do quea nossa, erguiam-se,ao menor sinaldedecréscimo da qualidadeliterária,debates intensos sobre "a crise da literatura nacional". Hoje as discussões sumiram, pela simples razão de que aquilo que cessou de existir não pode mais decrescer. E aquiloquenemexiste nemdecrescenão pode ser problema de maneira alguma.

Q UELINGUAGEMAUTÊNTICAPODESOBREVIVERAOPOLITICAMENTECORRETO?

Lulla e a mulher do vizinho

ARTHUR CHAGAS DINIZ

Há muitos anos, quando eu tinha uns trezeou quatorzeanos,mudou-se para a minha rua, na então encantadora Ipanema, um casal cuja origem erao interiorpaulista.Algunsdias depois,sabíamos todos, especialmente a garotada da rua, quevinham deRibeirão Preto,na ocasiãoapenasumamodestacidade.Ele,o chefeda casa, um italiano baixinho e barrigudo. Ela, uma mulher daépoca. Loura,vistosa, corpode violão. Passouapovoarosmeus sonhosedaturmade hormônios em ebulição.

Pouco tempodepois da mudança,a senhora melhorou extraordinariamente seu guardaroupa. A seguir, como explicou o marido, teve a sorte de encontrar numerosas jóias na rua. Pouco tempo depois, ela ganhou numa rifa – não se soubede onde– umautomóvelamericano. Aqui nãose produziam carros.E assimo casal foi enriquecendo e acabaram por comprar a melhor casada rua. Umacasa de pedra, com um terrenoequivalenteatrês vezesotamanhodas outras casas. Todas construídas em áreas de 200 metros quadrados.

A molecada – só se pode chamar assim aquele pequeno grupo de adolescentes –acabou por escrever, nomuro da casa, aexpressão "corno". A revolta do italiano eralegítima. Por que corno? Ele era apenas um homem que tinha achado uma mulher perfeita. Estas lembranças me vêm à baila quando ve-

jo, ouço, leio que Lulla diz que não sabia de nada. Fora traído. Por quem?Nãodiz,masum dos poucosque perderam, aparentemente, é quemelechamade "onossoDelúbio".Negaa existência do mensalão.Como diz ele,ninguém provou nada.

Corrupção a gente sabe que sempre existiu, mas subsídios de um partido paraumgrande númerodedeputados de outros partidos, isso eu nunca tinha visto. Deslizes como ode Lullinha/Telemar, o "spa" de quatorze adolescentes no Palácio (às nossascustas), o apoio aVavá, não justifico mas entendo. Não saber nada sobre acertos entre oBMG e o Rural efundos de pensão estatais, gerando prejuízos para todos, fica difícil acreditar. A roubalheira geral nos Correios, noIRB, os contratos daPetrobras, Duda Mendonça e os pagamentos feitos pelo PT no exterior, dá para entender? O italianinho da minha rua acabou diretor de uma grande estatal. Não sei se continua vivo. A mulher, com quem permaneceucasado a vida inteira, até alguns anos atrás, era pessoa influenteno Poder.Oitalianinhose achava,simplesmente, umhomemde sorte.Nuncaquestionou a honradez da mulher.

Será que Lulla sabe? ARTHURCHAGASDINIZÉ PRESIDENTEDOINSTITUTOLIBERAL

CANTIMBURGO DEPOISDE SHARON

Aconceituada revista The Economist dedicou em número recente o principal artigo de capa ao Oriente Médio: Depois de Ariel Sharon Sharon encarnou um momento decisivo na história do povo de Israel e da Palestina. Sabemos todos que depois que o martelo de Osvaldo Aranha bateu na mesa da ONU, para anunciar a criação do Estado de Israel, em 1948, a região da Terra Santa não teve paz. Fiz entrevista com a importante primeiraministra Golda Meyer e acentuei nas suas declarações que a disposição do povo eleito era inabalável e incontornável. Segundo ela, Israel fôra criado para fundar e dar a sua contribuição à paz do mundo até onde fosse possível. Na mesma época, fui visitar o contingente da ONU no deserto, sob comando do general Sizeno Sarmento, por quem fui recebido com grande e bem brasileira amabilidade.

Vê-se que a história dos dois povos no confronto do Oriente Médio é uma peça de crises sucessivas que, não raro, causam decepções e desesperanças.

Ahistóriadosdois povosnoconfronto doOrienteMédioé umapeçadecrises sucessivas,que causamdecepções edesesperanças.

Ariel Sharon fez o que podia para defender o Estado de Israel, ainda que seus métodos fossem criticados pela imprensa mundial. Não há como negar que a situação do Oriente Médio é imprevisível e o sucessor de Sharon deve ser um político de vasta experiência – e os há em Israel -, para continuar a obra de pacificação até onde seja possível. Seria o ideal a paz aceita pelas duas partes, a fim de que a Terra Santa pudesse ser aberta às correntes de peregrinos pela paz perpétua, com as bênçãos de Deus. Mas, na nossa perspectiva, esse ideal ainda é de um sonho de uma noite de verão. Depois de Sharon, contudo, homenageie-se o bravo prócer político de Israel pelo o que ele fez em defesa do Estado de Israel e nas decisões tomadas com o apoio dos EUA, mas não alongadas. Depois de Sharon dá, no entanto, uma esperança, a mesma que o animou; a

Clayton de Souza/AE

O PSDB precisa fechar com Serra

O que atravanca o PSDB, na maioria das vezes, é a falta de união. A disputa pela glória de estar à frente sempre, mesmo quando as tendências indiquem o contrário. Alckmin ainda não está preparado para a Presidência e com certeza dará forças ao Lula com essa briga. Serra, apesar da promessa de permanecer na Prefeitura, tem agora a chance para a qual se preparou desde sempre. Se deixar a Prefeitura com um

plano e se fizer com que seu vice o cumpra, estará fazendo como o Covas, que deixou seu plano para o Alckmin. Sem dúvida, é a vez de Serra. Precisamos agora que o PSDB conserte as falhas do segundo mandato de FHC, quando deixou que o social fosse às favas. E Serra terá que comprometer-se com a recuperação dos buracos que Lula vai deixar, apesar da operação tapaburacos.

O PSDB precisa fechar em cima de Serra e

Vapresentar para a população seu plano de governo, o mesmo da campanha anterior. Todos sabemos que o Brasil precisa de juros menores, menos burocracia, acertar o câmbio e, principalmente, criar políticas de desenvolvimento. Não será arrancando couro de uns e comprando o voto de outros que vamos fazer deste país um mundo melhor. O PSDB surgiu justamente para acomodar aqueles

que buscavam dar ao povo brasileiro perspectivas de um mundo melhor. Hoje está cheio de estrelas, que perderão o brilho sem a união. Briguem, mas briguem com seus adversários, que vão usar de todos os meios - e ainda a estrutura do governo - para convencer a população de que fizeram mais que o governo do PSDB. Briguem pela soberania do País e não pela soberba do partido.

CLAUDIO WEBER ABRAMO UMMAPA DAS DOAÇÕESEM 2004

ANOperação lava-mãos na Fernão Dias

ejam só esta placa de sinalização. Ela está fincadana rodoviaFernãoDias emambos os ladosdo túnel da Serrade Mairiporã. Quando fizemos o curso de motorista, nenhuma placa deste tipo estava prevista no código de trânsito... Trata-sedeumaplaca queeximederesponsabilidade, sem apoio de qualquer leiprevista no Código Civil, oDNIT(Departamento Nacional de Infra-Estrutura), órgão do governo federal encarregado pela manutenção da estrada. O DNIT nãoassume aresponsabilidadepelafalta deiluminaçãono túnel,culpandoo "vandalismo"pela grave falha. Ao invés de cumprir sua obrigação, repondo as luzesecriandoumsistemadesegurançaparaevitar novos vandalismos, o DNIT, órgão melindroso esuscetível, sediz magoadocom asituação e decide,sem apoiolegal,penalizartodos oscontribuintes, colocando suas vidas em risco.

A Rodovia Fernão Dias não recebe reparos, os guard-rails estão avariados em vários locais, as depressões e oscilações de pista parecem ter inauguradoum novotipode engenhariatupiniquim....

E apesar de não oferecer boa manutenção, a rodovia recebeu3 radares. Omesmo órgão,que alega não poder oferecer conforto e segurança aos contribuintesporfaltade verba,temverbaparainstalar carosequipamentos para captar multas. O que seriado País setodos os cidadãose comportassemdamesma maneira:sóusufruíssemosdo direito e não cumpríssemos os deveres? Leia bem esta placa. Ela é histórica. É o testemunhodeum modus operandi falho,dafaltadecultura, de ummomento dedecadência morale dodireito em nosso país. Quantas deverão de tornar vítimas dentro do túnel antes dos irresponsáveis do DNIT entenderem o absurdo desta iniciativa ilegal? Divulguem as fotos, a do DNIT e a versão "correta". Lute por seus direitos. Um povo que não luta e se comporta como gado, mugindo diante dos acontecimentos,colabora comosubdesenvolvimento do País. Este é mais um exemplo do governo brasileiro:um testemunhodeirresponsabilidade, desrespeito ao contribuinte e de descaso para com o cidadão.

ICAROSCHUETTMORAES

ICARODEMORAES@HOTMAIL COM

O senhor Guilherme Afif Domingos esteve na vida política por muito tempo. O que ele fez contra os altos impostos, que já eram elevados naquele tempo? Por que só agora ele levanta essa bandeira ?

Este é mais um exemplo do governo: um testemunho de irresponsabilidade, desrespeito ao contribuinte e de descaso para com o cidadão.

Trata-se de uma placa que tira a responsabilidade do DNIT, órgão do governo federal encarregado pela manutenção da Fernão Dias (foto abaixo)

Divulguem as fotos, a do DNIT (acima, à esquerda) e a versão "correta" (à direita).

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/ . .

Lamento que o leitor não saiba nada sobre nosso trabalho na área de tributos. Infelizmente, nem mesmo um breve resumo do que já fizemos caberia neste espaço. Mas gostaria de lembrar que deixei a vida pública em 1991, após ter sido deputado constituinte, candidato à Presidência e ao Senado. Na Constituinte (1987-1991), fui o autor do artigo 179, que deu tratamento tributário diferenciado às pequenas empresas. Também fui responsável pelo parágrafo 5º do artigo 150, que manda informar ao consumidor o quanto ele paga de impostos em cada produto ou serviço, que ainda não foi regulamentado. Só essa bandeira tem mais de 25 anos. Além disso, mesmo sem mandato político, como presidente do Sebrae, fui o responsável pela mobilização nacional pela criação do Simples. Naquela época a carga tributária era de 23%, hoje é de quase 40%, o que reforça nossa luta neste momento. Como havia dito antes, essa bandeira que carrego não é de agora não.

o Brasil, mesmo as questões mais simples encontram um jeito de se tornarem confusas. Um assunto fadado a isso é esse do financiamento eleitoral. A legislação brasileira sobre financiamento eleitoral é das mais aperfeiçoadas do mundo. Regulam-se montantes, que indivíduos e empresas podem doar e, principalmente, impõe-se a necessidade de tais doações serem tornadas públicas. O motivo fundamental para isso é raramente apontado. A obrigatoriedade de declaração de doações responde ao requisito de se exibirem os interesses econômicos que agem em eleições. O direito que o eleitor tem de conhecer quem financia quem e em quais volumes é atendido pela legislação de nosso país de uma maneira que não é freqüente pelo mundo.

As regras de financiamento eleitoral têm a função de servir ao eleitor – não de servir aos políticos e a determinada parcela das empresas que os financiam. Para estes, é melhor não declarar nada. O que, aliás, foi defendido pelo exdeputado Roberto Jefferson várias vezes, incluindo-se evento de que participou na Associação Comercial de São Paulo e do qual este que vos escreve também tomou parte. Mais recentemente, o sr. Ricardo Berzoini, em entrevista recente à revista Época,eo sr. Raul Pont em entrevista a um telejornal, ou seja, os dois dirigentes máximos do Partido dos Trabalhadores, subscreveram a mesma proposição jeffersoniana, a de que a informação sobre o financiamento eleitoral seria prejudicial. Quem diz isso confessa existir, em muitas doações eleitorais, intenções ocultas e/ou ilícitas. Roberto Jefferson disse-o com todas as letras. Berzoini e Pont deixaramno implícito. Não devem restar dúvidas de que outros políticos, ao longo de todo o espectro partidário, exprimirão opiniões semelhantes; o fato de não serem aqui mencionados pelo nome se deve à circunstância de eles geralmente permanecerem na moita quanto ao assunto.

informação sobre doações eleitorais serve aos eleitores, aos jornais, às ONGs, às entidades de classe, em suma, à sociedade, para que se entenda a geografia das influências que poderão vir a ser exercidas pelos candidatos eleitos. O monitoramento do desempenho dos políticos eleitos se torna mais competente, mais agudo, quando entre os fatores levados em consideração se inclui a informação sobre quem os financiou. Observe-se que exibir o fato de que uma empresa financiou um certo candidato em certo volume não deve servir como acusação de ilicitude – a doação declarada é perfeitamente legal, e quem declara a doação o faz de acordo com as regras do jogo. Não se deve, contudo, perder de vista o objetivo fundamental da disseminação dessa informação, que é permitir uma melhor vigilância sobre as condutas pós-eleitorais. Se uma empresa financiadora de

Ainformação sobredoações eleitoraispermite umamelhor vigilânciadas condutas pós-eleitorais

campanha de prefeito subitamente passa a vencer licitações, isso deve alertar a comunidade e os organismos de controle. Por que isso? Porque o financiamento eleitoral não pode ser interpretado como licença para a obtenção de favores. Isso é ilícito. Foi com o objetivo de extrair informação útil para o eleitor que, em 2003, a Transparência Brasil lançou o projeto Às Claras (www.asclaras.org.br). Realizado a partir do banco de dados sobre financiamento eleitoral disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, o projeto realiza análises diversas sobre padrões de financiamento, concentrações, distribuições e assim vai.

Um mapa do financiamento eleitoral em 2004, realizado a partir desse projeto, acaba de ser veiculado. O leitor interessado pode baixá-lo do sítio www.transparencia.org.br Há ali informação concentrada sobre o financiamento aos partidos, aos prefeitos das capitais, sobre os principais setores financiadores (construção civil foi a campeã), estudos de eficiência das principais empresas financiadoras e mais.

Caio Guatelli/Folha Imagem
boa chance de Serra, num partido cheio de estrelas.
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
Fotos de Icaro Schuett Moraes

Ao ataque

Aoposição está se recompondo nas CPIs e volta a combater o governo depois de constatar a recuperação de Lula na pesquisa Ibope/Isto É. A oposição tenta frear as andanças de Lula pelo País como candidato nãodeclarado à reeleição.

Não só a oposição joga pesado contra o presidente: também o relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio, ameaça incluir o nome de Lula no relatório. Vai acusar o presidente de negligência por não ter atuado para impedir eventuais crimes cometidos pelo PT (com o de caixa 2) e por setores do governo. Preocupado, Lula chamou no Palácio o Presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral para reclamar da decisão de Serraglio.

Apesar de sua tímida reação, Lula decidiu continuar viajando pelo País para inaugurar obras. O presidente mantém a disposição de só anunciar sua candidatura em junho, datalimite para os candidatos. Outra coisa que abalou o presidente foi a presença de Palocci na CPI dos Bingos. O governo fez de tudo para evitar a ida do seu ministro à comissão. Para irritar ainda mais o presidente, a oposição insiste em debater publicamente o assassinato de Celso Daniel.

CONTESTAÇÃO

Enquanto Lula continua viajando a inaugurando obras, opositores como o senador José Agripino prometem recorrer à Justiça acusando o presidente de fazer campanha eleitoral disfarçada em atos administrativos. O governo contesta porque Lula ainda não estaria em campanha eleitoral.

PESQUISA

A oposição ficou assustada com a recuperação de Lula na pesquisa do Ibope e acha que o presidente cresceu porque está usando a máquina do Estado para fazer campanha. Por isso, a oposição vai tentar barrar Lula. A legislação não permite participação do governante em solenidades de inauguração apenas em época de campanha.

LADO A LADO

Pela pesquisa Ibope, Lula empataria com Serra no 2º turno mas derrotaria Alckmin. É por isso que o PT prefere que Lula enfrente Alckmin e não Serra. O candidato do PSDB será escolhido em março e a indicação está entre o governador e o prefeito de São Paulo.

CORRIDA

PT e PSDB continuam namorando o PMDB. Os dois partidos querem amarrar um acordo com os peemedebistas no 2º turno, convencidos de que o partido terá candidato próprio. Mas, os governistas do PMDB ainda tentam apoiar Lula ainda no 1º turno. Em vão.

PRÉVIAS

É definitivo: o PMDB derrota os governistas que tentam levar o partido para apoiar Lula. A cúpula marcou a data de 19 de março para as prévias que vão indicar o candidato. Por enquanto, o PMDB tem apenas dois pré-candidatos: Anthony Garotinho e Germano Rigotto.

PREFERÊNCIA

A cúpula do PMDB não consegue esconder sua preferência pela candidatura do governador Germano Rigotto. É por isso que Garotinho continua reclamando dos companheiros. O exgovernador diz que se sente como um estranho no ninho. O favoritismo é de Garotinho.

CANDIDATURA

O PDT discute internamente duas propostas: uma, a de lançar candidato próprio à sucessão de Lula; outra, a de indicar o vice na chapa encabeçada pela senadora Heloísa Helena (PSOL). Três pretendentes vão disputar a candidatura: os senadores Cristovam

Buarque e Jefferson Peres e o governador Ronaldo Lessa.

CAMPANHA

Roberto Freire vai começar a viajar pelo País, provavelmente fazendo campanha presidencial. Freire descontenta o PPS. O partido acha melhor pensar mais em vencer a cláusula de barreira. Para isso, no entanto, o partido pensa em coligações e não em candidatura própria.

BAIRRISMO

Itamar Franco insiste em declarar que Minas precisa acabar com o domínio paulista na briga pela presidência da República. Na impossibilidade do lançamento de Aécio Neves (candidato à reeleição) Itamar Franco lança a candidatura de José Alencar pelo PRB.

RENÚNCIA

Geraldo Alckmin pode antecipar para fins de fevereiro sua renúncia ao governo do Estado. Antes, portanto, de o partido anunciar quem é o candidato tucano à presidência. Se o indicado for Serra depois da renúncia de Alckmin, o PFL assumirá o governo estadual e a prefeitura da capital.

PRETO NO BRANCO

Em fevereiro, deve ser divulgado um manifesto de intelectuais pressionando o PSDB a lançar a candidatura de José Serra a presidente. O prefeito precisa de um forte álibi para renunciar ao cargo 1 ano e 3 meses depois de ter sido empossado.

ÍNDICES

O PT vai encomendar suas próprias pesquisas para acompanhar o comportamento de Lula. A cúpula do partido acha que o presidente volta a ser favorito nas eleições. Possivelmente, o PT estaria se baseando na pesquisa Ibope para acreditar no favoritismo de Lula.

VERTICALIZAÇÃO

Caberá ao Tribunal Superior Eleitoral ou ao Supremo Tribunal Federal a palavra final sobre validade do fim da verticalização nas coligações já para as eleições de outubro. Isso porque a Constituição estabelece que qualquer mudança na regra eleitoral deve ocorrer, no mínimo, com 1 ano de antecedência das eleições.

CRÍTICA

José Dirceu aproveitou sua participação no Fórum Social Mundial, em Caracas, para defender o governo de Hugo Chávez e reclamar do tratamento que a imprensa brasileira destina ao presidente venezuelano. Dirceu lembra que Chávez alcança sucesso popular porque dotou seu país de importante programa social.

CONSELHO QUER CASSAR MAIS DOIS DEPUTADOS

Mais dois deputados acusados de envolvimento no valerioduto, um da oposição e um da base governista,tiveram osprocessos de cassação de mandatos aprovados ontem no Conselho de Ética. Em meio a denúncias de acordão partidário, bateboca e até choro, o conselho aprovou a cassação do deputado e ex-ministro do governo FHCRoberto Brant(PFL-MG) e do ex-líder do governo Lula Professor Luizinho (PT-SP). AvotaçãodeBrant,marcada por uma manobra do PSDB, foi mais apertada, e o placar de 7 a 7 levou o presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), adesempatarprócassação. Professor Luizinho conseguiu 5 votos a seu favor –entre eles um do PFL e outro do PSDB–,masnoveconselheiros o condenaram. Ele promete seguir o caminho do ex-deputado petista José Dirceu e recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão para atrasar o julgamento no plenário. Troca – Para a votação do processo de Brant, a mais dividida do conselho, houveaté trocade nomes. Odeputado GustavoFruet(PSDB-PR) renunciouà vaga no conselho. Em seu lugar assumiu o deputado Jutahy Magalhães Júnior (BA). Ele admitiu que a liderança do PSDB teve dificuldadesem arranjar osubstituto paraocupar avagade Fruet, mas negou que tenhaconcordado em votar a favor de Brant por pressão do partido.

"Só vimsó para votar nesse processo, mas a minha convicção é de que ele não cometeu nada que fira a conduta ética. Não estáneste esquemamontado pelo PT. Se for condenar o caixa 2, tem que condenar todo mundo", justificou Jutahy.

Defesa – Além dos votos a favor, o líder do PSDB, deputadoAlbertoGoldman(SP) fez uma defesaveemente docolega pefelistae disse queo Congresso perderia com sua saída. Branté acusado de receber R$ 102 mil da empresa Usiminas, por meio daempresade publicidade SMP&B(do empresário Marcos Valério), e não contabilizá-los emsua campanha(caixa2). "Éimpossível imaginar queo Congressotire pessoas da qualidadede Brant", disse Goldman. O relator do processo contra o pefelista, Nelson Trad (PMDB-MT),pediu a palavra para rebater Goldman eacabouprotagonizando umacaloradobate-boca como líder doPFL,RodrigoMaia (RJ). "VossaExcelênciaestá extrapolando as suas funções de relator. Ele só defendeu um ponto devista, nãolheofendeu", disse Maia. "Vossa Excelência mandanasuabancada. Aqui

sua vozé pífia", reagiuo relator, completando que a voz de Maia o incomodava. "Tenho direito a falar aqui e o senhor não émelhordoque ninguém", retrucou Maia. Farpas – Também no julgamentododeputado Luizinho houvetrocadefarpas entreo relator, Pedro Canedo (PPGO) eo deputado PauloPimenta (PT-RS). Pimenta leu recortes de jornais para mostrar que Canedo mudou o voto em razão de pressões. Canedo disse que a imprensa equivocou-se, e citou o episódio em que Pimenta foi flagrado com a listade novosbeneficiários entreguespor Valério na garagem do Senado. Osjulgamentos foram marcados pelatensãoe o constrangimento. O deBrant começou soboestigma de acordão, depois dadenúncia feita por Trad deque o PP estaria pressionando Canedo a votar pela absolvição do pefelista. Além dosvotos de três deputados do PFL e dois do PSDB, Brant contou com votos de deputados da base aliada: Ângela Guadagnin (PT-SP)e Benedito deLyra (PP-AL). O julgamento de Luizinhotambém apresentousurpresas: o tucano Bosco Costa(SE) eos pefelistas Jairo Carneiro (BA) e

Não há provas (de acordão), mas se tem orelha de coelho, jeito de coelho, a população fica autorizada a imaginar que há lebre na cartola. Chico Alencar, deputado

Edmar Moreira (MG) votaram pela absolvição, ao lado de Ângela e de Lyra. "Votei sem nenhumconstrangimento. Vou analisar cada processo e não participei de nenhum acordão", avisou Bosco Costa.Izardisse queque não está gostando do que está acontecendo nos últimos dias. "Há uma campanha sistemática para desmoralizar o conselho e, com isso, implodi-lo." Coelho– Para o conselheiro ChicoAlencar (PSOL-RJ),as duas votações mostram a clara influência dos grandes partidos noresultado e preocupam. Para ele, o mais aconselhável seria que os líderes partidários evitassem exercer pressão sobre o conselho. "Não há provas (de acordão), mas se tem orelha de coelho, feição de coelho, jeitodecoelho, apopulação fica autorizada a imaginar que há lebre na cartola", disse. Aofazer suadefesa,Luizinhoalegou que nãosabia do saque,acertado peloex-assessor como então tesoureiro do PTDelúbio Soarespara ser usado em campanhas do partido em 2004. Emocionado, o petistacitouamãeedissequenão intermediou nem deu autorização aoassessor parareceber os R$ 20 mil. (Agências)

Factoring

O que é Factoring?

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa.

Entreemcontatoconosco

PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)

E-mail:falecom@finanfactor.com-www.finanfactor.com DC

Empresa filiada à ANFAC

Professor Luizinho e Roberto Brant: plenário da Câmara deve votar primeiro o relatório de Brant, que não vai recorrer do parecer como Luizinho.

DCULTURA

CINEMA

tudo por causa de uma frase de Ariel,desiludido: "Cadaum que a gente mata dá lugar a outros, muito piores".

Munique,a superprodução, (no alto e acima) exibe a caçada aos responsáveis pela morte dos israelenses nos jogos olímpicos de 1972; ParadiseNow (à direita, acima) entra no submundo dos homensbomba palestinos

Mais uma ficção de Spielberg

Munique, filme sobre as Olimpíadas de 1972 nas quais morreram 11 atletas israelenses, gera reclamações de israelenses e palestinos

Geraldo Mayrink

Steven Spielbergtinha 25 anos em 1972 e ainda não erao maiordiretor de cinema do mundo. Acabara de dirigir paraa TV A Força do Mal, comováriosoutros antes, eeragrandecandidato à fama cinematográfica. O mal de verdade ele viu naturalmentepela televisão,quando atletasisraelenses foram mortos por terroristas nas Olimpíadasde Munique.Agora, aos58 anoseconsagrado porseusfilmes(entreelesosnotáveis E.T. e a série sobreo aventureiroIndiana Jones), resolveu tocar naquele trágico assunto, sempre com amelhordasintenções: "Quis fazer uma prece pela paz", ele disse. E mandou bala. Mas porque logoagora saiu atirando? Porque Spielbergé umcaçadordeOscarsperdidos. Ele sempre se magoou por não tertido reconhecimentoartístico pelos seus grandes filmes de agrado das platéias, ainda que o

prêmiopartisse da Academia de Cinema e é sempre contestado.Penoumuitoatéganharsete estatuetas de uma vez por A Lista de Shindler, poderoso drama sobreumoutroholocausto,mas quer mais.Afinal, seu Munique custou setenta milhões de dólares, teve a superprodução a que se acostumou como o cineasta mais rico do mundo, mas tinha umprazo acumprir.Se seufilme não fosse lançado em 2005, perderia a corrida para o Oscar (Munique estreou nos Estados Unidos no fim do ano passado, ainda a tempo). Oesforçofoigrande,masem vão. Oex-presidente BillClinton foiconsultado eajudou destacando ex-assessores para ajudar Spielberg no sentido de aparar futurasarestas diante de um tema explosivo. E as reclamações já estão aparecendo. Os israelenses acham que os assassinos do filme questionam a validade de sua missão,

Um líderdaorganização Setembro Negro, autora do atentado, Abu Daud, que até hoje vive clandestino, falou ressentido:"Sealguém realmente contar a verdade sobre o que aconteceu, falaria com as pessoas envolvidas. Eu não fuiouvido". Era sóo que faltava, ouvirumclandestino. Masos roteiristas Tony Kushner eEric Rothtiveram acesso a arquivos do Mossad, a polícia secreta de Israel, e leramtudo oqueacharam láe em outroslugares. Supunhase, com tantocuidado, que escreveriam umaobrafactual e realista, mas não é o que aparece na tela. Não é nenhum defeitoou crime.Apenas trata-sede ficção, queé o mundo de Steven Spielberg. Neste sentido, elefracassou. Fez um filme vulgar. O comando assassino e vingador chefiadoporAvner(EricBana)nãodifere em nada de outros atacantesque podemsever nasséries que passam na televisão.Matam secamente e ponto final. É o queseassistedurante164minutos, numarepetição monótona, que nem a perícia de Spielberg como diretor consegue disfarçar. Tiros e explosões colorem a narrativadeumaforma desagradável e surrada. As mulheresaparecem comopenduricalhos.Umaestágrávidado distante Avner e outra é logo executada pelo comando, porser espiã, quando seu roupão cai paraexibirosangue.Oprimeiro nu num filme de Spielberg, o cineasta dainfância, nãopoderia ser mais triste.

A ficção-verdade

de Abu-Assad

A o contrário da superprodução de Steven Spielberg, Paradise Now tem mais reflexão e menosação.O ganhadordoGlobo de Ouro deste ano merece, emborasejaumfilme sombrio, semoalegre espocardefogos que colorem Munique. São filmes incomparáveis (um muito rico, o outromuito pobre)emboratratando do mesmo assunto. O tema aquié oterrorismopalestino.É notável a diferença entre o terrorismo de Israel e este. O primeiro é multinacional e rico. Este envolve gente humilde. Passa-se na Palestina, sempre assolada e invadida por outros povos, de egípcios e romanos até ingleses, desde antes e depois de Cristo.Por istofoi criada, em 1964, a OLP (Organização pela Libertação daPalestina). Ela continua na luta. Conta-se no filme ahistória dos palestinos Khaled (Ali Suliman) eSaid(KaisNashef),amigos de infância na terra seca e desoladada Cisjordânia.Sãomandados a Tel-Aviv em missão secreta esagrada,combombas enroladas no corpo para matar judeus edespedem-se de suas famílias fazendo orações. O brilhode seusolhosanuncia oprazerpelo martírio. Não duvidam que irão para o céu. Nenhum deles tem o aspecto de terrorista assassino eparecempessoas normais,se éque existenormalidade noterrorismo. Separados nofim, mas vivos, temqueenfrentar o destino e honrar suas convicções.

O filmeé seco, desesperançado, e nem a presença de uma jovem de origenstransnacionais, Suha (Lubna Azabal), francesa criada no Marrocos e que foi parar naquele lugar, dá algum toque de romance nestas vidas. É tudo uma aridezsóque,decertaforma,lembrao velho oeste americano de tantaslendasefilmes. Parece, também,umfilmepolicial,apesar daescassezdetiros.Odiretoreroteirista Hany Abu-Assad, palestino portadorde passaporteisraelense, fezumestudosobre homens-bombas que falharam em suas ações, leu relatórios oficiais e conversou com gente que conheceu os suicidas. "Eu me dei conta de que nunca ouvimos as histórias destas pessoas, o lado delas, como justificam seus atos, não sópara as famílias como para elas mesmas", diz. Mas Paradise Now (paraíso agora, título tomado ironicamente de um espetáculo novaiorquinonos anos setenta) é ficção. Nem por isto deixadeserverdadeiroeenvolvente. Odiretor acredita quetoda aquelatragédiaumdiaseresolverá porpressãomundial.Tantoqueum dosco-produtoresdofilme,oisraelense Amir Harel, é judeu. (GM)

Paradise Now (Paradise Now, 2005, França/Alemanha/ Holanda/Israel, 90 minutos). Direção de Hany Abu-Assad.

Munique (Munich, EUA, 2005, 164 minutos). Direção de Steven Spielberg. Com Eric Bana, Daniel Craig, Geoffrey Rush e Mathieu Amalric. UIP.

Professor Luizinho beija Greenhalgh (ambos PT, acima) e Brant (PFL, esq.) vira pivô de muita discussão.

Eles dependem agora do Plenário. Página 3

ELEIÇÃO-BOMBA

Hamas, o partido dos homens-bomba, detona a esperança de paz

Os palestinos elegeram a resistência a Israel e desprezaram a herança de Yasser Arafat, o Fatah, que negociava a paz.

A reviravolta no Oriente Médio, página 12

No cinema, o Oriente Médio

Palocci enfrentou as "denúncias requentadas" da CPI por 6 horas. Foi cuidadoso em não atacar ex-assessores que o atacaram. E algumas de suas respostas não foram convincentes, deixando a dúvida no ar: contou toda a verdade? Pág.4

Serra é prato principal de almoço de grão-tucanos

Tasso e Aécio sentam-se à mesa com ex-presidente Fernando Henrique e não escondem: prefeito de São Paulo é mesmo pré-candidato à Presidência. Página 6

Fim da verticalização enfraquece partidos nacionais, diz jurista

Para Miguel Reale Jr., medida pode abrir caminho para partidos regionais, como na República Velha. Página 6

Três filmes polêmicos, em cartaz na cidade, retratam, sob ângulos diversos, os conflitos intermináveis do Oriente Médio. Munique (foto), de Spielberg, relembra a história dos 11 atletas israelenses, massacrados pelo terrorismo durante a Olimpíada de 1972. Paradise Now, do palestino Abu-Assad, e Free-Zone, do israelense Amos Gitai, praticam a reflexão para discutir a guerra. E se perguntam, perplexos: por quê? Até quando? Leia também o depoimento do jornalista Kléber de Almeida, que viu e escreveu sobre a tragédia de Munique. Estava lá, cobrindo os jogos olímpicos. Lembrando Mozart. O ano inteiro.

Com óperas, sinfonias e missas, São Paulo comemora o 250º aniversário de nascimento do mais popular compositor erudito. DCultura

Estrada esquecida leva à questão: cadê o dinheiro do imposto?

O De Olho no Imposto venceu os buracos até Prudente (foto) e está hoje em Bauru. Eco/1

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Edição de Campinas concluída às 00h10

PALOCCI DEPÕE, REBATE DENÚNCIAS E DEIXA DÚVIDAS.

Em depoimento de seis horas àCPIdos Bingos, oministro daFazenda, Antonio Palocci, voltou a negar ontem envolvimento em irregularidades comoprefeito deRibeirão Preto e na campanha do presidenteLuiz Inácio LuladaSilva, mas, ainda assim,evitou atacar ex-assessores que o acusaram de participar de várias irregularidades, como os advogados Rogério Tadeu Buratti e Vladimir Poleto. Paloccifoi taxativoaodizer queo partidonãousou caixa2 naeleiçãode Lula,aonegara doação de US$3 milhões que teria sido feita por Cuba – "caso um pouco fantasioso", segundoele –eaorebater, entreoutras, a acusação de que teria intermediadoo acordocomos donos de bingos para legalizar aatividadenoPaís,emtrocade R$ 1 milhão para a legenda. O ministroacrescentou que asdenúnciascontraele–quediz serem antigas – fazem parte do "embate político". Segundo ele, as denúncias sempre ocorrem diante de um cenário eleitoral, mesmoagora, quando afirma que não é "candidato a nada".

"Todavezquealguém acha que euvou ser candidatoa alguma coisa, os assuntos reaparecem. Nãovou sercandidato nesta eleição de 2006. Agora, o

futuro aDeus pertence.Quero continuar meu trabalho. Estou contribuindo com oPaís e o presidente Lula", afirmou. Acusações – Palocci explicou que grande parte das denúncias "requentadas" já foram, inclusive,arquivadas peloSupremo Tribunal Federal (STF) –sua duas gestões na prefeitura de Ribeirão (1993-1996 e 20012002)produziram pelomenos 30 inquéritos civis e criminais, tanto no Ministério Público quanto na Polícia Civil. Ele citou oexemplode três casos.Entreeles,a aquisição de cestas básicas para a prefeiturae contratosemergenciais por causa de uma enchente na cidade. Bem humorado, Palocci lembrou o caso de uma compra de ervilhas. "Essas ervilhas me perseguem há quatro anos", afirmou, rindo. Durante o depoimento, o ministrose mostroutranqüilo em relação à apuração de todas as denúncias."Tenho absoluta tranqüilidade.Todos essesassuntos serão mortos na Justiça, comoos outrosqueforam arquivados, porque não há o que provar contra mim. Sei o que fize oquenãofiz. Seiquenão cometias malfeitorias que querem me atribuir."

Atrito– Houveapenasumraro momento de irritação, diante da insistência do senador José

Jorge (PFL-PE) em questionar sobre a suposta doação de Cuba paracampanhaeleitoraldopresidente Lula em 2002. O parlamentar queria saber se o ministro acreditava,realmente, queo vôo que teria transportado o dinheiro levavaapenas caixasde uísque.

O ministro disse que Vladimir Poletoera umfuncionário

da Prefeitura de Ribeirão Preto com quem nãotinha nenhum contato. "Não posso responder essas perguntas sobrea viagem, senador. Nunca falei com Poleto. Eu o encontrei duas ou três vezes, mas sequerfalei comele.Eele,derepente,virou um dos meus mais importantes assessores. Quero dizer que ele não é vinculado a mim. Não

vou atacá-lo, nem defendê-lo porque não o conheço." Assessor – O ministrotambémevitouatacar Buratti.Por mais de uma vez senadores perguntaram ao ministro se seu exassessor era mentiroso, mas Palocci se esquivou. "Senador eu nãoquerotrabalhardessa forma enão quero fazer proposiçõesnesse termo. As declaraçõesque elefeznão sãoverdadeiras, mas eu não quero tratar ascoisasdessejeito",disse em resposta ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Aoposição preferiu centrar os ataques contra assessores e ex-assessoresdoministro no tempo em que ele esteve à frente da prefeitura de Ribeirão Preto. Mas alguns dos senadores questionaram sua responsabilidade por ter nomeado essas pessoas em sua equipe. "Eu estou absolutamente tranquilo sobrea minha pessoae as pessoas que eu nomeei... se uma pessoa lá do terceiro escalão alterou uma planilha, que seja investigado. Agora, não podemostransformar isso num caso nacional", afirmou o ministro em resposta ao senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Caixa2 – O ministro daFazenda afirmouque nuncausou recursosdecaixa2emsuascampanhaseleitorais.Ele lembrou queem1992foicandidatoaprefeito de Ribeirão Preto e disputou uma campanha em que tinha poucosrecursos. "Comecei a campanha em quinto lugar e acabei ganhandoa eleição numa disputa muito difícil", disse, completando que todas as suas contasforam aprovadas pela Justiça Eleitoral. ParaPalocci, acondutada diretoria da Caixa Econômica

Federal (CEF) norelacionamento com a empresa Gtech, responsávelpelo sistemade informática das loterias da Caixa, foi "exemplar". Segundo ele, não houve aditamento decontratocomaGtech. "A Caixa, desde2000, estavatentando não ficartãovinculada tecnologicamente àGtech, mas as tentativas de abrir licitação paraque outras empresas participassem da loteria forambarradaspelaJustiça",disse, sem dar maiores detalhes. Sobreo relatório parcialda CPI, observou que há incoerências nos documentos que mostram maisde 800ligações entre Ademirson Silva, seu assessorespecialhácerca de16 anos, e Ralf Barquete, outro exassessor. No final, agradeceu aos parlamentares da comissão: "Saio daqui engrandecido pelo diálogo que tive com Vossas Excelências." Ossenadores deixaramodepoimento comasensaçãode que mais uma vez Palocci saiusebem,rebatendoasdenúncias, por ser muito bem articulado. (Leia mais sobre a repercussão do depoimento de Palocci na pág.5) Dúvidas – Para orelatorda CPI,senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), o depoimento "esclareceu boa parte das dúvidas" da comissão. Osenadorressaltou,no entanto, que "alguma coisa ainda ficou nebulosa com relação ao relacionamento de Palocci com ex-assessores da prefeitura deRibeirão". Eledisse que não sabese vai incluir o nome de Palocci em seu relatório, mas esclareceu que "citaro nome nãoé a mesmacoisa que incriminar".Paraele, "odepoimentodoministro sópoderia ser equilibrado". (Agências)

Senador apresenta emendas ao relatório e CPI adia votação para terça

Delúbio

Ex-presidente do banco Santos Edemar Cid Ferreira será ouvido pela CPMI dos Correios

Pereira

O ex-tesoureiro do PT Delúbio

Valério

Mendonça Novas contas de Duda

Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério.

Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira

O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda

Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

A CPMIenvia,na próxima segundafeira, uma delegação aos Estados Unidos para negociar com a Promotoria Distritalde Nova Yorka possibilidade de compartilhamento dasinformaçõesjá repassadas aoMinistério daJustiça brasileiro sobre as contas mantidas no exterior pelo publicitário Duda Mendonça.

O empresário Marcos Valério ameaça revelar ao Ministério Público Federal tudo o que sabe sobre as transações que teria efetuado com políticos, principalmente aqueles ligados ao PSDB de Minas Gerais.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética

O conselho aprovou ontem os pareceres que recomendam a cassação dos mandatos dos deputados Professor Luizinho (PT-SP)e RobertoBrant (PFL-MG) por quebra de decoro.Asperdasdos mandatos aindadepende deconfirmação pelo Plenário, que pode acatar ou rejeitar a decisão do Conselho de Ética.

no exterior, foram descobertas

CPMI tenta

acesso a elas.

para explicar por

a

dinheiro dias antes de seu primeiro depoimento à CPMI.

O

mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPI dos Bingos ACPIdecidiuadiar paraterça-feiraa

Mendonça,
e a
com
Justiça dos EUA
Duda deve depor
que transferiu
Lamas
ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos,
Ministro Antonio Palocci na CPI dos Bingos: seis horas de perguntas.
Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo

Festa com música e dança

na

Liberdade

para

receber o Ano do Cachorro

Lúcia Helena de Camargo

Neste sábado, dia 28, começa a comemoração, no bairro da Liberdade, do início do Ano Novo Chinês, que será o Ano do Cachorro. Serão montadas 24 barracas com comidas e artesanatos típicos, além do palco, na Praça da Liberdade, que vai receber a partir das 11h30 apresentações musicais e de dança, coral infantil e outros shows de grupos formados por imigrantes chineses e seus descendentes. Durante os dois dias, as ruas da Liberdade serão invadidas por dragões, leões, máscaras e guerreiros kung fu e as ruas ficarão enfeitadas com as tradicionais

MOZART

O ano é dele. E da grande música vocal

Em São Paulo, Mozart divide espaço com outros grandes

taram todo o mundo, e estão presentes ainda hoje nas temporadas das grandescasas deópera detodo o mundo. No Brasil,a obra vocal de MozartchegoupelasmãosdoPadre JoséMaurícioNunesGarcia,quenos primórdios da nossa 'produção clássica',em1819,regeunoRiodeJaneiro o Réquiem de Mozart.

zetti,Verdi,Villa-Loboseoutros,acompanhadopelapianista russaMziaBachtourizeEmsetembro,o Coro Bach de Mainz e a Orquestra Filarmônica da Renânia, com a Grande Missa deMozart:maisde200 músicosentre orquestra e coro.

Mozarteum

Osusp - Renovação para atuais assinantes: 1 a 15 de fevereiro. Novas: 16 de fevereiro a 17 de março. SérieMosaico:atédia24demarço: Série Têmpera: até30dejunho, tel.: (11) 3091-3000. Site: www.usp.br/osusp

M ozart nasceu em Salzburg às oito da noite de 27 de janeiro de 1756, háexatos 250 anos, eteveumavida conturbadaque nãoodeixoupassardos 35anos. Prodígio comque otermo temde mais pragmático, começou a compor antes mesmo de escrever e fez suaprimeiraópera aosonzeanos. Somou nada menos que 626 composições, mas o número de obras é o menor de seus méritos.

Se não foi exatamente um inovadorcomo Haydnou Wagner,podese dizer que a opção pela vida longe da estabilidade dossubsídiospalacianos fez deMozart um inteligente descobridor do gosto popular. Esta sobrevivência como músico 'avulso' foibem-sucedida em muitossentidos. Segundo ohistoriadoralemão VolkmarBraunbehrens, Mozart sempre ganhoumuito maisdo que Haydn, echegou areceberemum único ano4.000 florins,enquanto seu pai,Leopold,recebiacercade 350 florins em Salzburg. No campo da música, livre das amarras dos círculos formais, Mozartcriou comopoucos, eexplorou de maneira brilhante a forma sinfônica, a de concerto, a escrita sacra e,com a ajudado libretista Lorenzo da Ponte, a ópera. No total de 16 óperas – 22 se considerarmosos fragmentosdainfância–encontramos algunsdosmais importantes títulos dahistória, que seespalharampelaEuropa,conquis-

Para o 250º aniversário de Mozart,as principais instituições culturais de SãoPaulo preparam uma programaçãovocal quenos reservaa oportunidadedeouvir algumasdasmaisbelas obras desse compositor, mas wagnerianose puccinianosnão precisamse preocupar,há muitomais que Mozartna programaçãovocal de 2006.

Teatro Municipal

AOrquestra Sinfônica MunicipaldeSão Paulo eo Coral Lírico apresentamemfevereiro na série Mozarteando uma das mais interessantesóperasde Mozart, As Bodas deFígaro, ea Camerata São Paulo faz uma récitade Bastião e Bastiana, baseada em Bastien und Bastienne do mesmo compositor. No mês seguinte a Orquestra Experimetal de Repertório e Jamil Maluf fazem a montagem de A Flauta Mágica, e o Teatro Municipal ainda prometepara 2006Andrea Chénier,principalóperade Giordano, plena de melodias arrebatadoras.

Osesp

A Orquestra Sinfônica do Estado deSão Paulo-Osespabre atemporada 2006 com o Réquiem de Verdi (março).Em versãode concerto faz emabril oprimeiro atodaópera A Valquíria, de Wagner, e segue com As Sete últimas Palavras de Cristo na Cruz,deHaydn(maio);OssetePortões de Jerusalémde Penderecki (junho) e, em agosto, na véspera do centenário de nascimentodeDmitri Shostakovich – outra efeméride importantíssima–, as Sinfonias 13 e14 decom obarítono Sergei Leiferkus. Ainda em 2006 a Osesp faz duas óperas do Triptico de Giacomo Puccini:Il Tabarro eGianni Schicchi (setembro),os Ch ichester Psalms de Bernstein (novembro, com oCoro da Osesp dirigidopor Naomi Munakata);e,para fechar oano,o Réquiem de Mozart (dezembro).

Cultura Artística ASociedade de Cultura Artística programouo tenor mexicano Ramon Vargas em maio,com áriase canções de Bellini, Doni-

lanternas vermelhas. Na programação estão previstos também desfiles de roupas típicas das dinastias Ming (13681644) e Ching (1644 a 1911). Haverá sessões de acupuntura, jogos de adivinhação (cai mi) e feng shui. Quem for à festa poderá também aprender gratuitamente palavras em mandarim e receber dicas de como se comportar em encontros com chineses. Os cursos serão ministrados na sede da Associação Comercial de São Paulo (Rua Galvão Bueno, 83) por professores da Escola Mandarim. Entre as informações que serão ensinadas, estão procedimentos durante uma reunião de negócios, incluindo costumes e gestos para evitar gafes. A dica número um diz respeito a contatos físicos: evite abraçar ou beijar os recémconhecidos. Os chineses não são adeptos de beijos e abraços com estranhos. Melhor ficar no usual aperto de mãos. Outra dica importante: se você pretende presentear um chinês, saiba que não se deve oferecer um relógio, porque o gesto significa "assistir um parente moribundo". Também não é elegante dar um chapéu verde, cujo significado é "marido traído". Portanto, atento aos presentes! A organização, a cargo da Junior Chamber International Brasil-China, espera receber 100 mil pessoas durante os dois dias do evento, pela primeira vez celebrado em praça pública na cidade. Calcula-se que cerca de 200 mil chineses e descendentes morem no Brasil atualmente, sendo 90% na capital paulista.

Odinheirode Mozart 9 florins valiam 1 libra

inglesa. Na Hungria, a renda anual do príncipe Esterházy, em1760,erade700milflorins. Em1784Mozartpagava12florins ao criado Liserl.

COMEMORE O ANO NOVO CHINÊS RADAMÉS

OCoro GiuseppeVerdi deFreiburgo, oCoro Barroco da Bahia e aFreiburger Kammerphilharmonie fazem em junho apresentações no Ibirapuera,comtrechosdeópera,enaSalaSão Paulo, com o Réquiem de Verdi Na mesmaSala São Paulo– sede daOsesp–emoutubroasopranoFelicity Lott interpretacanções francesas e inglesas.

USP

O Núcleo deMúsica Antiga da Universidade deSão Paulofaz nofinal demarço noTeatro SãoPedro a ópera Orfeu,de CláudioMonteverdi. JáaOrquestraSinfônicadaUSPapresenta o Réquiem deMozart em maio, com o Collegium Musicum de São Paulo,eemjunhooExsultateJubilate também deMozart,comasoprano Edna de Oliveira.

E mais

Aindasem datadefinida, oTeatro SãoPedro, quetem acústicamagnífica paraas óperas clássicas,recebea concepçãode Walter Neiva para as óperas deRossini La Cambialedi Matrimonio e Il Signor Bruschino. No Istituto Italiano di Cultura esperamos ouvir a ópera I Capuletti e I Montecchi, deBellini,e ogrupo de ópera da UniversidadePaulista–Unespdeve apresentara Ópera dos Três Vinténs, de Kurt Weill.

Rádio

ACultura FM deSP acompanh, diretamente deNovaYork,o Ano Mozart doMetropolitanOpera House.Alémdas transmissões,a rádio tem toda quinta-feira, às 22h, o programa O Mundo da Ópera, ambos apresentados pelo maestro Walter Lourenção.

Assinaturas

Cultura Artística- Renovação de16dejaneiro a10defevereiro (assinantesquenão desejamefetuar mudanças); 15 de fevereiro (assinantes quedesejamefetuarmudanças). Novas assinaturas:a partir de20 defevereiro. Informaçõespelo tel.:(11) 3256-0223. Televendas: (11) 3258-3344.Site: www.culturaartistica.com.br

Mozarteum Brasileiro - Renovaçãode1a 17defevereiro.Novas assinaturas:a partirde2 demarço, tel.: (11)3815-6377. Site:www.mozarteum.org.br

Osesp - Novas assinaturas: até 30 de janeiro. Venda por Internet e telefone:(11) 3351-8200.Site: www.osesp.art.br

VOZES, 2006

FEVEREIRO

Orquestra Sinfônica

Municipal de São Paulo e o Coral Lírico

MOZART As Bodas de Fígaro

Camerata São Paulo

MOZART Bastião e Bastiana

MARÇO

Osesp

VERDI Réquiem

Orquestra Experimental de Repertório

MOZART A Flauta Mágica

Núcleo de Música Antiga da Universidade de São Paulo

MONTEVERDI Orfeu

ABRIL

Osesp

WAGNER A Valquíria – 1º ato

MAIO

Osesp

HAYDN As Sete últimas

Palavras de Cristo na Cruz

Cultura Artística

Ramon Vargas tenor

Orquestra Sinfônica da USP e Collegium Musicum

MOZART Réquiem

JUNHO

Mozarteum

VERDI Réquiem

Osesp

PENDERECKI Os sete

Portões de Jerusalém

Orquestra Sinfônica da USP

MOZART Exsultate Jubilate AGOSTO

Osesp

SHOSTAKOVICH Sinfonias

13 e 14

SETEMBRO

Cultura Artística

MOZART Grande Missa

Osesp

PUCCINI Il Tabarro e Gianni

Schicchi

OUTUBRO

Mozarteum

Felicity Lott soprano

Osesp

NOVEMBRO

BERNSTEIN Chichester

Psalms

Osesp

DEZEMBRO

MOZART Réquiem

O nosso músico imortal

André Domingues

Édifícil arriscar qual terá sido o mais importante compositorou intérpreteda nossa música, mas o páreo de arranjadores é barbada: RadamésGnattali, disparado!Não que nosfaltem nomes habilitados,desde o sisudoAnacletodeMedeirosaosensívelDori Caymmi,passando porTom Jobim,Rogério Duprat e tantos outros. Mas Radamés, que hoje completaria seus 100anos de idade, é especial. Como argumenta o seu sobrinho (e tambémmaestro) Roberto Gnattali, "Radamés esteveem todosos momentoscruciais da MPB de seu tempo, sempre muito ativo e consciente".Eestarativoeconscientenesses momentos cruciais nãofoi simplesmente participar, masdeterminarnovos(ebons!) rumos,haja vistoque,noseletíssimo rolde arranjos fundamentaisda nossamúsica, são seus os de Aquarela do Brasil, de 1939, e o de Copacabana,de1946.O primeiro,lançado pelo Rei da Voz, Francisco Alves, numa gravaçãoquetomouosdoisladosdeumbolachão de78 rpm,tornou-se paradigmade todoo samba-exaltação – e, por extensão, de toda a produção nacionalista na MPB –, por seu estilo grandioso e seu acabamento irretocável. O segundo, cantado pelosofisticadoDick Farney, passou para a história como o "ponto de mutação" do processo de modernização queculminounabossa-nova,graçasàsaberturas inusitadas e dissonantes das vozes de seu naipe de cordas. Radamés Gnattali era gaúcho de Porto Alegre, cidade onde teve sua formação musical, aprendendo bem opiano, seu principal instrumento, mas também violino e, depois,violãoecavaquinho.Aindaadolescente, começoua tocarprofissionalmente em cinemas (fazia os difíceis acompanhamentos de filmes mudos) e orquestras de dança. Era tido como um menino-prodígio. Em1924,apresentou-se pelaprimeiravez como músico erudito no Rio de Janeiro, onde começou a passar temporadas cada vez mais extensas, até se mudar para lá definitivamente em 1930. Foi quando tudo se transformou. Empoucosmesesmorandonacapitalfederal, o guri que sonhavase tornar concertista precisou se agarrar à música popular para sobreviver. E o fezsem nenhuma mágoa."Ele conseguiuafaçanhadesedividirtranqüilamente entre amúsica erudita ea popular,sem que uma atrapalhasse a outra", conta Roberto. Nomundodorádio edosdiscos,seu prestígiocresceu rapidamente,ao ponto de,aindanofinaldaqueladécada,Radamés serconsiderado omaior doBrasil. Faziaar-

ranjos para grande partedos maiores cartazes da nossa música,fosse na gravadora Victor, fosse na poderosaRádio Nacional, e alguns compositores renomadosaté o colocavamna sualistadeexigências paracederasmelhoresmúsicasaesteouaqueleintérprete. Tal preferência se justifica. Como argumenta Roberto, Radamés criava lindas variações,dava suapersonalidade àmúsica, mas jamais a descaracterizava, por mais simples ou complexa que fosse. Em1943, Radaméselevoua figura do maestroao augeda notoriedadena MPB,estrelandooprogramaUmMilhãodeMelodias, que foi ao ar nas noites de quarta-feira por 13 anos.Ali,emhorárionobre,regiaseubelosarranjos paramúsicas novas eantigas, brasileiras ou não, tendo sob a batuta uma ótima orquestra sinfônica com conjunto regional criadaespecialmenteparaelenaNacional.Eaexplicação desse enorme investimento não era outra,senãoa própriapersonalidadedo maestro. "Radaméstinha toda umacarga de sonhos easpirações que o levavaa querer educarmusicalmenteopúblicoatravésdorádio", afirma Roberto.

Até o final de sua vida, em 1988, Radamés continuou atuante, inclusive encontrando energiapara revolucionar o choro na virada dos anos 70 paraos80,criando arranjosde acabamento camerístico para sua Camerata Carioca, formada com Raphael Rabello, Joel Nascimento, Maurício Carrilhoe outros grandesinstrumentistas. Tãotalentoso, tãogeneroso em repartir seus dons,não é de se estranhar queas principais homenagenspor seu centenário estejamvindodaqueles que o acompanharam pela vida afora. Roberto Gnattali,por exemplo,lançaemmarço osite oficialdotio,com informações biográficas, um catálogo de suas obras, além de excertos escritosegravados.Jáo pianistaLaérciode Freitas, ex-integrante do lendário Sexteto Radamés,que, nosanos 60,excursionoupela Europa e registrou algumas belas gravações, prepara um grande tributo no teatro do SescPompéia.SeráumshowcomobrilhanteLaércio e artistas do quilate de Mônica Salmaso, RobertoSion, ToninhoFerragutti,Cláudio Cruz, Alexandre Penezzi e da Orquestra Jovem Tom Jobim. Promete ser inesquecível.

Na foto maior no alto, Maldito Coração. Nas menores, da esquerda para a direita, de cima para baixo: A Caverna e As Chaves De Casa; Crime Delicado e Dizem por Aí; A Mulher do Meu Irmão e Suíte Havana

Natalie Portman (ao lado e abaixo): choro convulsivo na longa cena que retrata a dor da personagem, diferente das dores das outras

ATÉ QUE CANSEM DE SE MATAR

Cineasta israelense Amos Gitaï filma Free Zone sem se valer de um único lugar comum

Aquiles Rique Reis

No Oriente Médio conflituoso, a única coisa que salta aos olhos, escancarando sua crueza, é o fanatismo. Ali as pessoas se fundem à paisagem empoeirada e cada um a seu modo revela o jeito encontrado para sobreviver em meio à intolerância de uma guerra aparentemente sem fim.

Dando continuidade a seu cinema de singular sensibilidade, Amos Gitaï traz seu terceiro filme, abordando a cegueira desumana que leva judeus e palestinos a se odiarem e a se matarem. Free Zone trata dessa questão de forma atilada. Nele, o diretor dá asas à imaginação de ótimo documentarista que é e junta numa caminhonete de aluguel Rebecca (Natalie Portman), uma americana recém separada do marido; Hanna (Hanna Laslo), motorista judia em viagem à zona franca para cobrar uma dívida, e Leila (Hiam Abass), palestina casada com um "americano" que deve U$ 30 mil a Hanna.

Consciente de sua importância, o diretor israelense não se furta a

emprestar todo o seu talento para traduzir para o mundo aquilo que se passa na alma de cada um dos envolvidos direta ou indiretamente no conflito. Assim, ele filma sem se valer de um único lugar comum. Apenas lida com o material mais difícil de ser trabalhado, o sentimento difuso de pessoas comuns diante da barbárie das bombas terroristas e dos assassinatos cirúrgicos. Amos Gitaï revela que a trama se inspirou no relato de um motorista de sua produtora que, desempregado, resolveu se juntar a um amigo para vender carros blindados aos palestinos. Se fosse fiel à história, os personagens principais deveriam ser homens; entretanto, a opção foi por encarná-los na pele de mulheres. Esta decisão dá ao filme ares de muito mais dramaticidade. Tragédia que parece crescer quando vivida e relatada por mulheres fortes e corajosas, ainda que de aparência delicada e frágil. A carga emocional que as atrizes (suas atuações são soberbas; Hanna Laslo em especial) dão ao filme é intensa. Uma única cena entre Hanna e Leila basta para

justificar a troca: Hanna, interessada apenas em pegar o dinheiro que Leila lhe deve, só cede aos pedidos desesperados da palestina por uma carona para procurar seu filho (por quem teme pela vida) ao ouvir que ela, Hanna, deveria levá-la porque é mulher e mãe, e por isso saberia entender seu drama. Apesar de o diretor negar que a escolha da nacionalidade das três protagonistas não carrega nenhum tipo de simbolismo ("seria simplista demais", afirma), impossível não fazer tal constatação. Ao pretender fazer da ficção uma ponte para tangenciar o realismo, Gitaï deixa transparecer no semblante de cada uma das três mulheres o papel que suas nações de origem representam na guerra. A cena inicial concebida por ele tem tudo para figurar entre as mais belas da cinematografia mundial. Dentro da caminhonete Rebecca chora. Os vidros do carro estão fechados. O choro é contido, dolorido. Chove. As feições se crispam. O choro se torna convulsivo. As lágrimas escorrem levando junto a maquiagem escura daquela bela mulher. A

câmera mistura as imagens de seu rosto com aquelas que o vidro reflete. Vê-se o Muro das Lamentações. Longa é a cena. Profunda a dor da moça americana, ainda que as dores não sejam as mesmas que sentem a judia Hanna, nem a palestina Leila. A realçá-la, uma canção ("Had Gadia"), que se costuma entoar na Páscoa judaica. A letra diz que um cordeiro comprado pelo pai é devorado por um gato. Um cão morde o gato que comeu o cordeiro do pai. Um pau bate no cachorro que mordeu o gato que comeu o cordeiro do pai. O fogo queima o pau que bateu no cachorro que mordeu o gato que comeu o cordeiro do pai.

A água apaga o fogo que queimou o pau que... Nesta repetição da violência manifestada através de dores cotidianas, a ternura tem cheiro de pólvora e carne queimada.

Free Zone, feito roda-viva que sempre e sempre aniquila, está aí para agudamente nos jogar na cara um círculo vicioso mortal que gira, gira e se realimenta da dor.

Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.

Fetiches, comédias e uma autobiografia que pode ter sido inventada

M aldito Coração (The Heart is Deceitful Above All Things, 2004, Estados Unidos,97 minutos), comdireçãodeAsia Argento,é baseado no livro de mesmo título de JT Leroy,artista sobrequem sediscute se éumcantorandróginoouuma mulherchamada SavannahKnoop. No Brasil,a obra– autobiográficaou embuste – sai pela Geração Editorial. Ahistória dofilmeé sobreJeremiah, criança tirada de sua casa adotiva e jogada numa vida problemática com sua mãe adolescente, Sarah. Com ela, Jeremiahviajaatravés dasestradas ruraisdos Estados Unidosesofre muito, incluindoabusos sexuaispor partedopadrasto. ComPeterFonda, Ornella Muti, Winona Ryder e Marilyn Manson no elenco.

ACaverna (The Cave, 2005, EstadosUnidos/Alemanha,97 minutos). Terrordirigido porBruce Hunt.No interiordasflorestas daRomênia, um grupo de cientistas descobre as ruínas de uma abadia do século 12. Durante a inspeção, eles fazem umadescobertasurpreendente –o mosteiro foi construído sobre aentrada de uma gigantesca caverna subterrânea.Biólogoslocais acreditam que a cavernapossa ser a moradia de um ecossistema não descoberto, e por isso contratam um grupo de exploradores americanos para ajudá-losa investigaressas profundezas. Aequipede espeleologistas e mergulhadores, lideradapelosirmãos Jack(ColeHauser) eTyler(Eddie Cibrian) chega com equipamentos avançados para tentar desvendar o mistério. Com Piper Perabo e Morris Chestnut no elenco.

A s Chaves De Casa (Le Chiavi di Casa, Itália/França/Alemanha, 2004, 105 minutos). Direção de Gianni Amelio (Assim É que Se Ria, de 1998).Dramaque acompanhaavida de Paolo (Andrea Rossi) tem 15 anos e sofre de deficiências físicas e psicológicas provocadas pelo parto, que culminou com a morte de sua mãe. Criado pelostiosnaItália, Paoloprecisa viajar anualmente até um hospital de Berlimpara terapiadereabilitação. Gianni(KimRossi Stuart),paidomenino,ficouabaladocoma morteda mulher, mas depois de tempos acompanha pela primeira vez o filho na viagem,numa tentativade seaproximar. Mas a aparição de Nicole (Charlotte Rampling),uma mulher forte quesededicadecorpoe almaaos cuidadosdesua filhadeficiente,mudará tudo na história.

Crime Delicado (2005,Brasil, 87 minutos). Direção de Beto Brant (O Invasor). O filme é baseado no livro Um Crime Delicado, do carioca Sérgio Sant'Anna, composto por três partes: Confraria Libertina, coletânea de textos fetichistasanônimos; Woyzeck, O

Brasileiro, deFernando Bonassi; Leonor deMendonça, deGonçalves Dias, que se intercalam nanarrativa do filme. O controle marca a vida do crítico teatralAntônioMartins (Marco Ricca).Porém,ele se deixaseduzir por Inês (LilianTaublib, emseu primeiro papel no cinema). Inês mantém um relacionamento ambíguo como pintorJoséTorres Campana (FelipeEhrenberg),oquelevaAntônioa uma doentia crise de ciúme. Com Matheus Nachtergaele. Com fetichismo eum toque noir, o filme levou o prêmio de melhor diretor no Festival do Rio.

D izem Por Aí (Rumor Has It, 2005, Estados Unidos,96 minutos). Direção de Rob Reiner. Nesta comédia romântica, Sarah Huttinger (Jennifer Aniston, a Rachel da série Friends), que concordouemse casarcomJeffDaly (Mark Ruffalo), seunamorado de longa data, está apavorada com sua decisão. E agora, a irmã Annie (Mena Suvari) vai se casar e Sarah terá de voltar paracasa,emPasadena,paraassistiràcerimônia, o que significa passar um tempo com a família.No meio do casamentoda irmã,Sarah encontramotivos para crer que sua família tenha sido a inspiração para a história do filme A Primeira Noite de um Homem(1967)e se vêfreneticamente àprocura de umacópiadofilme.Suaavó,Katharine (Shirley MacLaine),seriaa mulher na qualaficçãose inspirou.Ouseja,Katharine teria dormido com o namorado da própria filha. Para provar sua tese, Sarahvai atéSão Franciscoencontrar Beau Burroughs (Kevin Costner), o homem por quem sua mãe foi apaixonada. E descobrirá...

AMulherDo Meu Irmão (La MujerdeMi Hermano, 2005, Estados Unidos, 90 minutos). Direção de Ricardo deMontreuil. Escritapelo peruano Jaime Bayly(mesmo autor que gerou o drama gay Não Conte a Ninguém).Éumdramalhãomexicanodigno da pecha. Casada há dez anos com o empresário Ignacio (Christian Meier), a provocante Zoe (Bárbara Mori) seduzo cunhadoGonzalo (Manolo Cardona). Embora o marido acabe descobrindo o caso, se mantém em silêncio por razões que cabem apenas em um dramalhão mexicano.

SuíteHavana (Suite Habana,2003, Cuba, 80 minutos). Documentáriodirigidopor Fernando Pérez. Em tom solene, odiretorcubano persegueumadezena depersonagensdurante um diaemHavana. Há avelha vendedoradeamendoins, omédico que vira palhaço em festas infantis, os pedreiros, o ferroviário, um menino com síndrome de Down. Não há diálogos. Uma radiografia respeitosa e triste da ilha caribenha.O

Outras estréias

FRASES

Tenho absoluta tranqüilidade. Todos esses assuntos serão mortos na Justiça. Sei o que fiz e o que não fiz. Sei que não cometi as malfeitorias que querem me atribuir.

Toda vez que alguém acha que eu vou ser candidato a alguma coisa, os assuntos reaparecem. Não vou ser candidato nesta eleição de 2006.

Nunca falei com Poleto. Eu o encontrei duas ou três vezes, mas sequer falei com ele. E, de repente, virou um dos meus mais importantes assessores.

Nunca soube de caixa 3, eu nunca fiz caixa 2, sei de onde vieram os recursos, foi uma campanha que teve condições de buscar recursos.

MINISTRO NÃO

CONVENCE A OPOSIÇÃO

Apesar de reconhecer a habilidade do ministro em responder a todas as perguntas de forma diplomática,a oposiçãonãoconsiderou convincente o depoimento do ministro da Fazenda, Antonio Palocci na CPI dos Bingos, que, segundo alguns senadores, aindadeixoudúvidas sobre várias das denúncias feitas contraele. "Oministrofoihábil. Não foi convincente em algunspontos, principalmente ao recusar-sea atacar os que afrontam a sua honra", resumiu o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "(Palocci) teriade ser mais incisivo,demitindo pessoas, atépara mostrarque nãotem rabopreso,ligadas aestes casose queestãoainda naadministração em torno dele. Perguntamos se Buratti era mentiroso, ele dizia: 'não falou a verdade a meu respeito'. Mas não dizia:'é mentiroso'.Ouseja, faltou aindignação",completou Virgílio.

"Aoposição esperava hoje provas concretas de Palocci", disse o líder do PFL no Senado, JoséAgripino(RN). "Palocci, quandovem falardeeconomia,temrespostapara tudo, mas, quando é para falar sobre questõespolíticas, asdenúncias sobre Ribeirão Preto, o ministro tergiversa."

Improbidade – Agripino sugeriu que o nome de Palocci fosse citado no relatório final da CPI dos Bingos "como conivente comaimprobidade, na melhor das hipóteses". "O tempo todoestáa palavrade um contra a palavra de outro. Para mim, o pior deste depoimento são asjustificativasqueoministrovem apresentandopara as suspeitas de improbidade", completou o senador.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) semostrou desolado pelas respostas do ministro. Ele alegouque"ficadifícilassim, temos informações oficiais, gravações autorizadas e que somente são contestadas, sem nada que comprovem seus argumentos." Parao senadorJeffersonPeres (PDT-AM),o ministroestá numasituação"muito delicada"porseralvo dediversas acusações. "Porque, quando se ocupa um cargo importante, é preciso repetir o velho ditado da mulher de César e não apenas ser honesto, mas também parecer honesto", alegou. "Comoministro, nãotenho dúvidas de que o ministro faz a sua parte, mas a influência de seus ex e atuais assessores deixaa desejar em relação aalguns órgãos subordinados ao Ministérioda Fazenda",disse o presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB).

A favor – OPaláciodoPlanalto gostou do depoimento de Palocci.SegundooministrodeRelações Institucionais, Jaques Wagner, o ministro da Fazenda foisegurono seu depoimento, nãoprovocandoalterações no mercado financeiro.Wagner brincou que Palocci foi tão bem que poderia ir ao Congresso mais vezes, pois a reação do mercado foi positiva. Para ele, o ministro da Fazenda agiu certo ao antecipar sua ida à CPI. "A democracia e a economia brasileiras atingiramumpatamar que os de dentro e os de fora sabem quenão éa idade umministro da Fazenda à CPI que vai abalar ogoverno ouascondições (do País)." Para Wagner, háuma tentativa de prolongamento "excessivoedesnecessário"das comissões de inquérito no Congresso Nacional. "Hámuito

tempo queeu já disseque isso pode ter um efeito bumerangue, porque acaba ficando transparente paraaopinião pública que o interesse maior não é investigare concluiras apurações, massim prolongar e desgastar", disse.

O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA)também avaliou que Paloccisesaiu bem. Mesmo assim, ele destacou que algumas dúvidas ainda não foram sanadas. "Palocci respondeua váriasperguntas, claro que algumas de modo ineficiente, mas a maioria de forma eficiente." Para osenadorTiãoViana (PT-AC), o depoimento do ministro da Fazenda encerra um capítulonocenário político. Segundo ele, Palocci saiuda CPI "mais engrandecidodo que entrou". "Esse é um episódio superado", avaliou.

Estratégia – O pré-candidato agovernadorde São PauloAloizio Mercadante (PT) afirmou que a CPI dos Bingosnão conseguiu"fazer diminuir agrandeza do trabalho doministroAntonio Palocci à frente do Ministério daFazenda." SegundoMercadante, a tentativa da comissão, cuja a maioria é oposicionista, era a de enfraquecer Palocci, objetivo que, segundo ele, não foi alcançado. A senadora petista Ideli Salvatti(SC)disse esperar que, agora, a oposição dê "um tempo"aPalocci. "Depois deste depoimento,espero que eles (partidosda oposição) parem de adotar oprocedimento para além da imaginação, que é o que a oposição tem exercido em exaustão na CPI dosBingos,jáapelidada de forma muito correta de CPI do Fim do Mundo", afirmou a petista.

CORREIOS: ROMBO DE R$ 157 MILHÕES.

Ocontrolador-geral da União,ministro Waldir Pires,informou ontemque a análiserealizadaem 600contratos vigentesdosCorreios apontaparaum prejuízo aos cofres públicos estimado até agora em R$ 157 milhões. A análise foi iniciada em julho do ano passado, com a descoberta da existênciadeumesquema de desvio sistemático de dinheiropúblico montado por políticos da base aliada do governo.

Em depoimento à sub-relatoria de Normas de Combate à Corrupção daCPMI, Piresdetalhouasmedidas queo governo estáadotandopara fechar o cerco ao desvio de recursos e pediu ao Congresso agilidade na aprovação de leis contra a impunidade de políticos, administradoreseservidores que cometem malversação de dinheiro público. "Só é possível construir a democracia se os gastos públicos forem corretos", enfatizou.

Santos – Odeputado AntônioCarlosMagalhães Neto (PFL-BA), sub-relator daCPMI responsável pelas investigações nosfundosdepensão, decidiu ontemconvocar odono do banco Santos, Edemar CidFerreira, para prestardepoimento na comissão.ACM Neto vai apresentar um requerimento que deveservotado pela comissão nasemanaque vem. Os parlamentaresquerementenderos investimentos feitos pelos fundos de pen-

são no falido Santos.

Prejuízo – Só a Real Grandeza, fundação dos servidores de Furnas, teveum prejuízo de R$ 150 milhões com os investimentos feitos empapéis do banco. ANucleos,entidade dos funcionários de estatais na área nuclear, também teve problemas com a compra de títulosdo banco novalor de R$ 7 milhões.

Ontem, em depoimentona CPMI,o investidorAlexandre Athayde Francisco, que diz ter sido sócio do corretor Haroldo Almeida Rego,o 'HaroldoPororoca', um dos investigados pela comissão, acusou,sem apresentar provas, petistas de influenciarem na gestão dos fundos. O investidor apresentou aindaumdossiêà CPMI comsupostas irregularidades em fundos.

Benedita da Silva – Entre os elementos, está uma fita que, segundo ele,mostrariadois ex-dirigentesda Cedae(CompanhiaEstadual deÁguas e EsgotosdoEstadodoRiodeJaneiro) discutindo o levantamento de recursos para a campanha da então governadora Beneditada Silvaem2002 no Rio. Os parlamentaresainda não ouviram a fita.

Athayde acusou,por exemplo, o ex-assessor da Casa Civil e ex-secretáriodecomunicação do PT Marcelo Sereno de, junto comPororoca, ter influenciado a compra de papéis do Santos pela Real Grandeza, mesmo quandotodo omercadojásuspeitava queobanco

iria quebrar. Athaydeacusou ainda, também sem apresentar elementos, o ex-ministro Luiz Gushiken de ter influenciado a Previ na operação de venda de ações da Acesita para o grupo belga Arcelor.

Lula – O relator da CPMI, deputadoOsmar Serraglio (PMDB-PR), recuou na sua decisão de citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "negligente" norelatório que apresentará, em março, sobre as denúnciasde corrupçãoenvolvendo o governo federal e suabasealiada. Ele disse que vai se limitar a relatar que Lula foi informado da existência do mensalão pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), o primeiro cassadodalista de parlamentares acusados de recebimento de mesada em troca de apoio ao governo. Ao contrário do que havia anunciado, Serraglio disse que nãovaiemitirjuízo norelatório, nemexternar qualquer convicção queabra espaçopara processo de impeachment contraLulaporcrime de responsabilidade. "Ainda não cheguei a uma definição e não tenho como emitir juízo nesse sentido, embora tenhachegado muito próximo disso." A intenção do deputadodecitar Lula no relatório deixou a bancadagovernistaempédeguerra. A senadora petista Ideli Salvatti (SC)articula comaliados a elaboração de um relatório alternativo,caso Serraglioinsista em comprometer o presidente. (Agências)

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Segundo Waldir Pires, foram analisados 600 contratos dos Correios; Athayde Francisco acusa petistas.
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De wraps e caçadores mongóis

Pratos foram inspirados em refeição com carne cortada por espadas

Lúcia Helena de Camargo

Wraps: comida embrulhada no fino pão folha, com carne, vegetais e pastas: leveza para o verão

WOs guerreiros da Mongólia: carne cortada com espadas e preparo dos pratos em seu próprio escudo

rapé paraquem gosta de sanduíche com muito recheio e quase nenhum pão.A traduçãoliteraldapalavraem inglêséembrulho,quedáaidéiaexata da comida: carne, frango, peixe ou vegetais, combinados com pastas e saladas, tudo enrolado dentro de uma fina camada depão folha. Ébom, éleve. É uma dica de comida para este verão. Pode-se escolher entre cinco opções de wraps de carne, com destaque para o Mineirinho (cubos de filé mignon, mussarela light, tomates frescos assados efolhasderúcula); seisde wraps de ave, e o mais pedido nessa categoria é o Yankee, preparado com peito de peru light, mussarela de búfala, tomates frescos assados e manjericão.Háduasopçõesdepeixes,sendo o Viking elaboradocomtirasde salmão defumado, alface americana, cebolacurada, cream cheese light e pitadas de dill fresco.Ehá aindaquatro preparados vegetarianos.ONapolitano combina berinjela, abobrinha, tomate, cebola e mussarela de búfalae azeite. Os pre-

Os smoothies: suco de frutas ou refrigerantes batidos com sorvete, para refrescar ainda mais a refeição. E as tigelas com diversas versões do grill

ços de todos ficam na casa dos R$ 20. Além dos wraps, o restaurante lançou o Wraps grill. Com menu criado pela chef Carole Crema, o prato é servido em uma tigela na qual são misturados uma carne, frango ou fruto do mar e vegetais sobre uma base de cuscuz marroquino ou arroz oriental com granola salgada. Entre asmelhores combinaçõesestãoopreparado Milão, quelevafilémignonemcubos com shitake, funghisecchi,cogumelos e ervilhas tortas (R$ 22,90); e a tigela Santiago, quelevacamarão,alho poró,ervilhastortas,abobrinha,cogumelos e amêndoas (R$ 21,90).

A inspiração para oprato veio dos caçadores da Mongólia – o país asiático situado entre a China e a Rússia. Há registros na história dizendo que no século13 essesguerreiros preparavam tirasde carne cortadas como fio da espada,combinandodepoiscom legumes, temperos e molhos. A mistura era grelhada nos escudos, com cada comensal montando sua combinação particular. Nos EUA há diversos restaurantesinspiradosnesse churrasco

mongol. OWrapsdivulgaquepediu auxíliodeuma chefparacolocar no cardápioos pratos já montados para evitar queclientes poucoafeitos àcozinha acabassem com "uma gororoba amadora e muitas vezes indigesta." Ossmoothies,sugeridos para acompanhar os wraps, são bebidas leves, que juntam suco de frutas com sorvetes erefrigerantes. O Hawai,o mais pedidoem toda a rede,é preparado com morangosfrescos batidos com frozen iogurte light e sucos naturais deabacaxi elaranja. Podeser servidocomousem hortelã(R$8,50).O Alcatraz mistura frutas vermelhas frescas batidascom frozen iogurtelight e um pouco de Pepsi light. OfocodoWraps éaalimentação saudável. Nocardápionãoseencontramfrituras,há somenteproteínas magras, muitos vegetais e produtos orgânicos. Para passar um verão leve. Wraps -Shopping VillaLobos: Avenida das Nações Unidas, 4.777, loja 347, 3º piso, tel.: (11) 3024-3961 e mais cinco endereços em São Paulo. Site: www.wraps.com.br.

Piola representa com fidelidade a terra da polenta e do radicchio, e do exclusivo e artesanal vinho Clinto

Treviso também é aqui

Piola, consulado paulistano da charmosa cidade italiana

Armando Serra Negra

Apequena echarmosa cidadeitaliana deTreviso,a meio caminho entre a péroladoAdriático, Veneza,eCortina D'Ampezzo,a eleganteestação deesquinasmontanhasDolomitas,reserva um tesouro cultural e comercial insuspeito.Além deserasede mundialda marca Benetton– estabelecidanum magnífico "palazzo delsettecento" finamente restaurado – é também a terra da polenta edo radicchio, as folhas cor de vinho que vêm caindo no paladarbrasileiro.Evinho,háo exclusivo Clinto,produzido artesanalmentepara o consumo local. Quem diria, pois, que essa cidadela medieval –de uma das regiões mais bombardeadasdurante aSegunda GuerraMundial –vêm abrindoconsulados gastro-etílicospelo mundo,com três em São Paulo, um em Campos do Jordão, outrosemCampinaseRiode Janeiro, vindo aí os de Santos, Salvador e Rio Branco, também presentes em

NovaYork,Miami, BuenosAireseSantiago de Chile? É o Piola (ponto de encontro em dialeto vêneto) famoso pela pizza eseu inigualávelsgroppino allimone(R$8),dereceitasecreta."Évodca misturada com sorvete de limão", diz Rubens Cohen, explicando que o mistério dodelicioso sorbet estána quantidade dos ingredientes e na marca especial dosorvete, que nãorevela. Dica: peçao coquetelnacaldereta, maiscaprichado pelo mesmo preço. Decoração alegre,iluminada,super colorida, estilo fashion, o primeiro Piola foi inaugurado em 1995, na ruaBela Cintra. Master da franquia, Rubens estimaum capital deR$ 400 mil a R$ 700 mil para montar o negócio,comamortização emquatro anos. Vários charmes atraem os clientes, além da excelente pizza, uma das melhores da cidade: vinho italiano exclusivo, suave,de uva sangiovese (tinto R$ 8, a taça; branco R$ 9), 41 pizzas criativas(preçomédioR$ 24),

servidas por estudantesencantadores (as) e eficientes – ganham de imediato a amizadedos freqüentadores – e uma surpresa inédita, os belos cartões postais que podem ser enviados porcortesiaparaqualquerlugar do planeta. Mas o maior de todos os atrativos ficapor conta dalinda hostess LeilaFraga(unidadeJardins), solteira, aspirante a modelo (19 anos, 1,78 de altura, manequim38). Por isso,Ford, Mega,B/Ferraz,o queestão esperando para ir até o Piola dar uma olhada namoça? Como afranquia, é lucro garantido... Drinques sugeridos: Kir (R$ 10), Kir Royal (R$ 17), Bayle'sontherocks (R$9).Eaindaháa possibilidade de flagrar alguns takes da novela Belíssima, da Globo, que estão sendo feitos lá! Piola - Jardins: AlamedaLorena, 1765, tel.: (11) 3064-6570; Moema: RuaCanário,1277,tel.:(11)5561-4377; Higienópolis: Praça Vilaboim, 49, tel.: (11) 3663-6539.

ADEGA A literatura do vinho

Sérgio de Paula Santos

Ao nos aproximar de uma centena de matérias sobre vinhos, em mais de dois anos, comentaremos também, por sugestão da editoria, publicações sobre vinhos, lançamentos, obras de referência e livros de vitivinicultura em geral. Para iniciar esse setor paralelo da divulgação enológica, escolhemos uma obra clássica, Vintage Wine - Filty years of Tasting over three Centuries of Wime (Vinhos Datados - Cinqüenta anos de Provas de três Séculos de Vinhos), de Michael Broadbent, o maior provador e conhecedor de vinhos do século passado. Foi lançado pela editora Webster e pela Christie's no final de 2002, em Londres, ao preço, na época, de 36 libras. Broadbent, que se aposentou em 1992, trabalhou por mais de 50 anos na Christie's, famosa casa de leilão inglesa, onde foi encarregado do setor de vinhos. De seus livros destaca-se justamente o que agora citamos, do qual Robert Parker comentou: "A rara arte de escrever notas de degustação inteligentes, não tem mestre maior que o incomparável Michael Broadbent." Esse livro é sua magnum opus. A obra baseia-se em cerca de 60 mil anotações transcritas em mais de cem cadernos. A obra pode ser considerada o tratamento profissional do autor e é na realidade a atualização de outra, esgotada em 1980.

Tentando dar uma idéia de seu conteúdo, de 600 páginas, em poucas linhas, podemos citar alguns dados: Dos vinhos tintos de Bordeaux, seus favoritos, aborda desde a safra de 1784 (Château Lafite) até de 2000 da qual comenta individualmente cerca de duas centenas de Châteaux. Entre os brancos, os comentários vão das safras de 1784 a 2001. Do Château D'Yquem, de 151 safras de 1784 a 2001. Do Château D'Yquem, de 151 safras, deixaram de ser provadas (ou produzidas) apenas meia dúzia.

Entre os vinhos borginhões tintos os comentários iniciam-se com a safra de 1858 (Corton – Clos du Roi), entre as quais 23 safras do Rom –mané-Conti (de 1885 a 1999), abordando inclusive a de 1992, que não foi boa. Dos brancos da Borgonha, lembra que se tomados agora, é impossível avaliar como teriam sido em jovens.

Passa rapidamente pelos vinhos do Rhône, do Loire, detém-se nos da Alsácia, desde um Tokay 1865, provado no Hugel, em Riquewir, em 1983, até os atuais Riesling, de vários produtores. Os vinhos alemães são detalhadamente comentados, lembrando o autor a grande safra de 1986. As anotações iniciam-se com um Rüdesheimer Apostelwein 1727, tirado do tonel e provado em 1983. Curiosíssimos os comentários em que provou os vinhos.

Seguem-se os vinhos da Itália, desde 1930, os Toraju húngaros, desde 1811, os Champanhes, a partir de 1857, até os gloriosos Vintage Port (Portos datados). O primeiro, de 1811, do qual não tem anotações, e um de 1815, da Ferreira, a safra de Waterloo. Cabe lembrar que a Real Companhia Velha, do Porto, possui em seus porões alguns Vintage 1792, que tivemos o privilégio de provar em 1985. Ficamos sabendo por Broadbent, porque o Vintage 1929 praticamente inexiste. Muito o procuramos (é o nosso ano), com pouco sucesso - a safra de 1929 foi declarada como sendo de 1928, por ter sido muito pequena. Dos vinhos da Madeira, as anotações datam de "cerca" 1680. Foram duas garrafas abertas com todo cerimonial possível, com a presença da televisão, em dezembro de 1999. Uma das garrafas conservou-se bem, a outra não. Comenta também o Madeira Terrantez 1795, o mesmo que provamos e descrevemos (com foto da garrafa) em O Vinho e Suas Circunstâncias foi considerado por Broadbent como magnífico. Fala também dos vinhos da Califórnia, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. Lembra algumas raridades, como o Vega Sicília da Ribera del Ducro, do Château Musar do Líbano e o do Palace do Bussaco, na Bairrada, Portugal.

Tão ou mais interessantes que as descrições dos vinhos e das safras são as informações paralelas, sobre as pessoas, os vinhedos, os eventos, as transações e leilões, enfim a infinidade de fatos e circunstâncias ligadas ao vinho que vivenciou. Afinal, no vinho como na vida, se o tempo conta, e muito, são as circunstâncias que os diferenciam e valorizam.

Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac São Paulo, 2003.

Uma taça para cada perfume

O s Riedel trabalham com vidro há mais de 300 anos. Uma linha do tempo que passa por onze gerações, a começar de Johann Christoph Riedel, nascido na então Bohemia, em1678, negociante que cruzava a Europa com luxuosas e delicadas mercadorias. Os Riedel de hoje estão presentes nas boas mesas do mundo inteiro, com seus copos especialmente desenhados e fabricados para a aventura de cada tipo de bebida. Uma revolução que começou nos anos 50, seguindo um princípio da sofisticada Bauhaus: o conteúdo determina a forma. Claus Riedel foi o primeiro a criar modelos específicos de copo para vinhos. Foi pioneiro também ao "enxugar" os desenhos: as taças passaram a ser cristalinas, janelas para a cor. As "embocaduras" ganharam a medida e forma necessárias tanto para o desenvolvimento como para o aprisionamento dos aromas. Passaram a ser "um instrumento para a mensagem" de cada vinho. Pesquisas

científicas mostram que a relação entre forma, bouquet e paladar não é obra de ficção. Os vinhos agradecem aos bons copos. A família Riedel fez fortuna com a Guerra dos Sete Anos (1756-1763). No início do conflito, produzia vidros de reposição para boa parte das janelas destruídas nos combates. Passaram também bons bocados com as confusões políticas da região. Em 1918, quando a Bohemia passou a integrar a República Tcheca, Walter Riedel tornou-se cidadão tcheco. Em 1938, com a ocupação nazista, os Riedel tiveram de deixar de lado os luxuosos frascos de perfumes para atender à demanda da guerra. Chegou a ser preso na Rússia de Stálin e, em 1945, viu os bens de sua família serem confiscados pelo governo tcheco. Os Riedel começaram a reconstruir a vida em 1956, na Áustria, graças ao acolhimento da brilhante família Swarovski. www. riedel.com

Fotos: Tânia Rego/LUZ

ENFRAQUECE SISTEMA PARTIDÁRIO

Na pressa de pôr fim à verticalização das coligações em campanhas eleitorais, apartirdaaprovação da PEC548/02,o fortalecimento do sistema político brasileiro com partidos de representação nacional, perseguidopela

Constituiçãode 1988,acabou comprometido.Os 343parlamentares quevotaram afavor damudança na quarta-feira passada abriramcaminhopara o surgimento de partidos regionais ou estaduais, alerta o jurista Miguel Reale Júnior. "Eles estão preocupados só com a coligação por causa das eleições deste ano. Mas o primeiro parágrafodo artigo17

foi substituídoe se retiroua exigência dequeospartidos tenham caráternacional", diz. Essa mudançaconstitucional estaria passando despercebida. "Em 88, se não fosse previsto esse impedimento, teríamos um partido regional formado pelo Norte, Nordeste e CentroOeste quesomaria292 votos na Câmara", revela o jurista. RealeJúnior explicaque a adoção da verticalizaçãosurgiu a partir do que chama de "umainterpretação forçada" da Constituição, feita pelo TribunalSuperior Eleitoral(TSE) emfevereirode 2002.Noentendimento do TSE, o "caráter nacional", indicaria a obrigatoriedade engessaras parcerias

estaduais e municipais ao modelodealiançanacional. No entanto, o jurista – que atuou ativamente na elaboraçãoda Constituinte de1988 –lembra queesse parágrafofoiescrito (leia a íntegra acima) para evitar a formaçãode partidos estaduais ou regionais, à exemplo da República Velha. "Aformaque osdeputados encontraram para acabar com a verticalização foi retirar o caráternacionalmasisso éfundamental para a estrutura políticadoBrasil",diz.Caso a PEC 548/02seja aprovadapela segundavez na Câmarae se torne uma emenda constitucional, Reale lembra que o País "poderá voltar a 1873", referin-

do-se à fundação do Partido Republicano Paulista que encerrou seu domínio em 1930 e quetinhacomo oponenteo Partido Republicano Mineiro. Se aalteraçãoformesmo adiante, oúnico impedimento paraaformaçãodepartidosregionais será a cláusula de barreira de 5%– que secairpara 2% conforme proposta sob tramitação na Comissão de Constituição e Justiça – poderá implicar naretomadada polarização política por estados. Tsuli Narimatsu

PMDB GANHA. PT PERDE.

Não épor acasoque o PMDB deu todos os 78 votos presentes à sessão emfavor dofimdaverticalização. "Ograndebeneficiário éo PMDB, tantoosgovernistascomo os grupos de Garotinho e Rigotto",resume o deputado Eliseu Padilha(PMDB-RS),aolembrar que são 16 os candidatos a governador pelo PMDB, todos livres para fazeras mais diversas coligaçõesnos estados. Tam-

bémparecenão haverdúvidas deque oPTfoio grandeperdedor, não apenas porque foi derrotado na tentativa de manter as parcerias estaduaispresas àcoligação nacionalparareeleger Lula. "Não podemos excluir o cenário desastroso para o PT, que é odeumleque amplo departidos apoiando Lula e os candidatos petistas isoladosnosestados", diz o deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF). (AE)

FHC: POVO TAMBÉM ESCOLHERÁ.

Oex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem, em São Paulo, que o candidato do partido a presidente não será definido apenas pela legenda, mas também pelo povo. Fernando Henrique, entretanto, refutou a idéia de que para isso, as pesquisas eleitorais serão fundamentais. "Ocandidato quem escolhe é o próprio País. É o povo, pouco apouco", afirmou, para depois complementar, dizendo que "pesquisa é um elemento, é uma fotografia do momento, é mutável".

Apóso almoçorealizadona sua residência com o presidente nacional da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), e o governador deMinasGerais, AécioNeves (PSDB),ele defendeu as"qualidades"tanto do prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB), como do governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidatos àsucessão presidencial.

Natural – Para FHC, a candidatura de Alckmin é natural por causa do término do mandato dele. "É naturalmesmo. Está terminando o mandato, é natural",afirmou.O ex-presidente afirmou que "o prefeito José Serra será candidato, se o povo quiser que ele seja".

"Se o povo quiser, não há desgaste", disse,ressaltando que Serra não tem posto a candidatura. "São os outros que o estão colocando." FHCdisse, no entanto, que ainda é cedo para uma definição e que os líderes tucanospretendemdiscutira fundoaquestãoatéo fimdemarço,quandoseencerra oprazo paradesincompatibilização dos pré-candidatos que possuem mandatos.

Gente séria – "Qualquer dos dois sãoexcelentescandidatos.Sãogenteséria, trabalhadora, quenão temenvolvimento com corrupção." Ele afastouapossibilidadedeuma nova candidatura dele a presidente. "Desde que deixei a Presidência, não fiz outra declaração: não serei mais candidato a cargo eletivo", destacou. FHC justificou a posição por acreditar que a sigla tem quadros suficientemente competentes para disputar as eleições. "Não tem sentido, a essa altura da vida, querer ser candidato." AécioNeves dissequeirá trabalhar pela unidade do partido,juntamentecom FHCe Tasso, para a escolha do candidatodo partidoà Presidência da República atéo final de março. "O presidente Fernando Henrique, o presidente Tasso eeu não seremosaqueles

que terão a prerrogativa de indicar o nome. Nós temos a responsabilidade de coordenar o processo que será de ampla consulta interna", afirmou Aécio ajornalistas, segundo sua assessoria, após encontro com os dois tucanos na capital paulista. "A coisa vai afunilando normalmente.Em março,será o momento adequado."

Disputa– Atéo momento, apenas Alckmin se declarou pré-candidato doPSDB àpresidência, mas Serratambém articulanosbastidoresparaser o nome escolhido. Enquanto Serra aparece como o tucano com melhor desempenho nas pesquisas,sondagens feitas por jornais mostram Alckmin comoopreferidodasbancadas no Congresso. Aéciodisse queTassocontinuará conversando com os parlamentares, enquanto ele buscaráos governadoresdo partido paraavaliar nasbases estaduais qual é a candidatura que "maisempolgaria". Lembrando que o presidente Lula ainda não se declarou publicamentecandidato àreeleição, embora aexpectativa geralsejaesta, equeoPMDB terápréviasem março, Aécio insistiu que este será o momento adequado para uma definição do PSDB. (Agências)

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'CLARO QUE SERRA É CANDIDATO'

Opresidente nacional do PSDB,senadorTasso Jereissati (CE),admitiu ontem a pré-candidatura apresidentedo prefeitode SãoPaulo, JoséSerra(PSDB),semque,noentanto, Serra tenha reconhecido, publicamente. Quando indagado se o prefeito de São Paulo era précandidato, Jereissati respondeu: "Claro que é candidato". Caso aescolha doprefeito se confirme, Aécio afirmou que o partido nãoterá dificuldades com relação à perda do comando dacidade. "Se ascoisas convergiremem tornodoprefeito José Serra,é opreço quese pagará," ressaltou. Silênciode Serra – Mesmo com a reuniãode alguns dos principais nomes doPSDB para discutiro futurodo partido,o prefeito José Serra insistiu em manter-seemsilênciosobre a

sucessão presidencial. Serra, queinaugurou ontemumcentro de referência para crianças e adolescentes, negou-se acomentar oencontro queaconteceu entreFernandoHenrique Cardoso, Tasso Jereissati e Aécio Neves. OprefeitodeSãoPaulo disse que não foi convidado para participar do encontro e insistiu que não vê como pressão o fato de caciques tucanos debaterem o tema da sucessão.

"É normal que se tenha papos no partido", disse. "Não vejo problema", acrescentou.Serra preferiu não comentar nem mesmo o fato de Jereissati ter afirmado, ao chegarà residência deFernando Henrique, que ele é, de fato, pré-candidato.Atéagora, Serra tem se recusado a posicionar-se sobreo assunto.Durante o evento,Serra preferiumanterse concentradoemtorno de

questões relacionadas à capital paulista. "Eu só estou preocupadoaqui com otrabalhoda Prefeitura", afirmou, ressaltando que esta é uma tarefa "suficientemente complicada". O prefeitocobrouaimprensa pornão dedicar atenção suficiente às questões da cidade. Poucasfrases – Serra soltou algumas poucasfrases relacionadas à eleição. Sobre se falará daquestãodo pleito caso alegenda manifeste o apoio ao nome dele para a candidatura afirmou, apenas: "Um dia falaremos". Acerca de qual declaração daria aoseleitores quevotariam nele para presidente, acrescentou: "Como elogio, apenas agradeço. Mais nada". Sobre oimpacto quea queda da regra de verticalização das coligações partidárias poderia ter sobre a eventual candidatura dele, o prefeito declarou que este nãoéumtema relacionado, especificamente, a ele e chamou aatençãoparaofato deaproposta ainda não ter sido votada em segundo turno na Câmara dos Deputados. Críticas àMarta – Apesar de fugir do tema do pleito, Serra criticou agestão dapré-candidata a governador Marta Suplicy (PT). De acordo com o prefeito, a gestão petista deixou que contendas políticasinternas prejudicassem oFundoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcad). "No passado, esse fundo foi burocratizado, objeto dedisputas políticas",acredita.De acordocomSerra, aatual administraçãoconseguiu atingir R$ 18 milhões em doações para o Funcad, o que equivaleria quase ao total arrecadado nos quatro anos de governo de Marta. (Agências)

O jurista Miguel Reale Júnior, que participou da Constituinte de 1988. Ao lado, íntegra do artigo 17 e abaixo a nova redação do primeiro parágrafo.
Tasso, FHC e Aécio na sacado do apartamento do ex-presidente, ontem, em São Paulo.
Agliberto Lima/AE

A comovente ciência da memória dos sobreviventes

Memórias de Vida, Memórias de Guerra, sobre o Holocausto, justifica a vida inteira do autor

Ospoetaschorama vida que poderia ter sido e que não foi; neste ensaio Memórias deVida,MemóriasdeGuerra(228páginas,R$36),do psicólogosocialFernandoFrochtengarten, editadopelaPerspectiva, sobreviventes da Schoá (oHolocausto dosjudeus duranteo nazismo)falam davida que deixou de ser. Essa é uma das poucasobrasque,sozinha,justificaavidainteira do autor. Munido de todo um arsenal teórico, que vaidesde as pesquisas da uspianaEcléia Bosi sobreas memórias de idosas operárias,até as observações dafilósofa políticaalemã radicada nos Estados Unidos, Hannah Arendt, sobre o totalitarismo, passando pelas constatações do filósofo francês Henri Bergson sobre a memóriae pelas lembranças do escritor italiano Primo Levi, elemesmosobrevivente deumcampo deconcentração, Frochtenberg nos

proporcionaumaobradeciênciaqueao mesmo tempo é um lamento poético. Ele ouviu de seus avós, de outros parentes e deconhecidos, todos sobreviventes da Schoá, suas histórias de vida de judeusradicados há séculosna Europa Oriental, identificados com suas paisagens e seus costumes, familiarizadosdesdeainfânciacommemóriasancestrais sobreoslugaresque habitavam, que de repente se viram desenraizados de seu modo de vida e do chão e dos prédios que tão bem conheciam. E que agora tentam relembrar a vida que foi eque deixou de ser, interrompida quefoipelamaiorcatástrofedahistória humana em todos os tempos. Aavó lembra do trecho de lama que separava a padaria do armazém emsuacidadezinha polonesa sem ruas calçadas. O avô, décadas depois de radicado no Brasil,visitando os lugares na Polônia de sua infância e ado-

lescência, não sente mais prazer no saboreiodascomidasdequeestavanostálgico. Em sua comovente reconstruçãodas "memóriasdevidae de guerra", Frochtengarten depara com complexosfenômenos damemóriaesta não éumalembrançaobjetiva dos fatos tal comose deram efetivamente, masé umareconstrução, feita a cadamomento, noplano individual e também no coletivo - pois da memória de cada um faz parte o que ouviram dos mais velhos e que vai costurando todoum arcabouçoatravésdo quala personalidade assimila o mundo. Nesse sentido, amemóriafala tanto do passado quanto do presente. Sim, a memória de cada um e de todos os membros de uma comunidade se referea um passadoque nãoé menos real por ser mítico; a pessoa como queseinserenas lembrançasdeseu povo, de sua cidade. Quando essa me-

móriacompartilhadasofre umadisrupção por uma alteração nas condiçõesde vidaenalocalização daspessoasedacomunidade -eadisrupção sofrida pelos judeus e outros na Schoá foi a maior da história- surge o fenômeno que Frochtengarten chama de "desenraizamento", apartirde um conceitooriginalmenteelaboradopelafilósofafrancesaSimoneWeil, que foi trabalhar numa fábrica para conhecer de perto a condição operária. Masoautornãoestácriandoapenas umtrabalhocientíficodepsicologiasocialsobreosdeslocamentos que sofrem aslembranças de quemtem uma memória de uma vida antes estável e depoisbrutalmente alteradaemtodos ossentidos -hábitos, costumes,locais, paisagens-em situaçõesextremas,de vivência da guerra e dos campos de concentraçãoedeextermínio.Seulivro éumcantosobre aperdadasreferên-

O mar que pensa e ensina

Na montagem de Cinzas, de Samuel Beckett, os mortos se pronunciam

Sérgio Roveri

Às vésperas da estréia de uma nova montagem de Esperando Godot, o mais aclamado texto teatral de Samuel Beckett, uma outra peça do dramaturgo irlandês, até agora inédita no Brasil, entra hoje em cartaz no Teatro do Sesc Pinheiros. Descoberta em 2004 pelos atores Aury Porto, 41 anos, e Renée Gumiel, 92, em uma editora francesa, Cinzas também margeia um dos temas mais recorrentes na obra de Beckett, a morte. Agora, no entanto, os jogadores mudaram de posição no campo. "Cinzas não é uma peça sobre a morte. É uma peça dos mortos, aqui são eles que se pronunciam", diz Porto, que divide a direção do espetáculo com Gumiel, sua companheira no Teatro Oficina. Beckett concebeu Cinzas, em inglês, como um espetáculo de rádio. Mais

tarde, ele próprio verteu a peça para o francês. Dos cinco personagens do texto original, a montagem brasileira conservou apenas dois – Henri, um exímio contador de histórias obcecado pela figura paterna, e sua mulher Ada, que surge em cena, quase como um espectro, apenas nos momentos em que é evocada. Os outros três personagens aparecem em gravações, uma delas feita por Paulo César Pereio. "Na verdade, podemos falar de um terceiro personagem em cena, o mar", diz Porto. "O movimento das ondas muda a percepção e a intenção dos atores. O mar pode, ainda, ser visto como um lugar em que Henri venha a terminar seus dias. Todas as pessoas que ele amava já desapareceram e é provável que ele também deseje sumir". Cinzas carrega outra digital

de Beckett - a incapacidade de se determinar onde e em qual época a ação se desenrola. Entre as várias leituras possíveis para o espetáculo, Porto cita apenas uma: a hipótese de que os personagens já estejam mortos, ou pelo menos Ada, a esposa. Os 51 anos que separam as idades de Porto e Gumiel contribuem para esta sensação. "Ela compôs a

personagem com a intenção de mostrar que Ada está em um tempo diferente daquele ocupado por seu marido. Talvez seja uma visita egressa do reino dos mortos". Segredos

Cinzas, Teatro do Sesc Pinheiros, Rua Paes Leme, 195, tel.: (11) 3095-9400. Sexta às 20h, sábado às 19h. Ingressos a R$ 10.

cias,a perdadefamiliares,aperdade modos de vida, a perda dos lugares. Assim,Frochtengarten, apar deser umpesquisadorexaustivoebemarmado teoricamente, é também um poeta que cria uma elegia. Sua obra ficaem suspenso entre um canto fúnebre e a narração de umaepopéia. Ainda mais porque,emvários momentos,oautor citasituaçõesdeoutraspopulaçõesdesenraizadas,como os habitantes das periferias dasgrandes cidadesbrasileiras. Em suma, como jáfoi dito, se trata de uma das poucas obras, na história das letras humanas, que justifica e honra, sozinha, a vida de seu autor.

Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro), e do romance internético O Poder Virtual (www.carosamigos.com.br).

Gertrude, em versão experimental

Ao término do espetáculo Peças, em cartaz no horário alternativo do Teatro Faap, não será surpresa se o público se perguntar, afinal, quem contou a história: a autora Gertrude Stein (foto) ou alguns elementos intrínsecosao teatro, comoroldanas, ganchos, cordase cortinas? Enão haverá demérito algum nestaindagação,já que a americanaStein (18741946), um dos principais nomes da fasemaisefervescente deParis,osanos 20do século passado,quando era amiga einspiradoradePicassoeHemingway, assumia seu desprezo pelas históriaslineares, dando clara preferência a narrativas que podiam, muitasvezes,dispensarousodaspalavras. Ou da lógica. Não é diferente com este monólogo, escrito em 1934, traduzido e interpretadoagora peloatorLuiz Päetow. Em Peças,Gertrude Stein, confeccionou uma espécie de bula contra os modelos convencionais das encenaçõesteatrais,colocandoo experimentalismonalinha defrentedo espetáculo. Daí a razão de os elementos cênicos rivalizarem com aimportância do autor e do próprio texto. O espetáculo, que pode ser enquadrado nasimprecisas fronteirasda performance,recuperaohorárioalternativo doTeatro Faap– nasnoites de quarta e quinta –, abandonado desde 2003,após o término da temporada de 1974SMPNF.Chamadode Lado B, este espaço ocupa os fundos do palco principal,ondeestáemcartazapeça A Serpente –e comportanomáximo30 pessoas por sessão. Peças temdireção deMárcioAurélio, que no ano passadoassinou a montagem de Sossegoe Turbulência no Coração de Hortência, peça que, com o apoio da Associação Comercial de São Paulo, percorreu o circuito universitário da capital. (SR)

Peças - Teatro Faap Coxias, Rua Alagoas, 903, tel.: 3662-7233. Higienópolis. Quarta e quinta, às 21h. Ingressos a R$ 30.

Ojazz jáfoi temade umdocumentário assinadopelo diretor Martin Scorsese. Apaixonado por música, Scorsese fez nova incursãonesseuniversocom No Direction Home: BobDylan (foto),no qualregistra momentos marcantes da carreirado compositoramericano. O filme, rodado em 2005, não chegou às salas de cinema – foi lançado recentemente no país diretamente em DVD. A boa notícia é que o TelecinePremiumvai exibirofilmenesta segunda, dia 30,às23h40.mas prepara-se: o documentário tem cerca de 3 horas de duração e exibe cenas raras de entrevistas e apresentações aovivo de Dylan, evai atrás de suas raízes no Minnesota, suas primeiras aparições até sua tumultuada ascensão ao estrelato em 1966. Traz também depoimentos não sódo próprioDylan comode Joan Baez, Pete Seeger, Maria Muldaur, Al Kooper e até do já falecido mentor de Dylan, Dave VanRonk. Umbom aquecimentoparaosfãs do diretor, que em agosto deve lançar seu aguardado longa The Departed, comLeonardo DiCaprioe Matt Damonn.

Prévia do Oscar

Atorcida para oOscarvaicomeçar. Naterça,dia31, às 11h30,vamos conhecer quaisfilmes, atores, diretores, roteiristas etc serãoindicadosparaconcorrerà78ª edição do prêmio no dia 5 de março. O canal E!Entertainment Television acompanhatudo,aovivo,de Los Angelese transmiteo anúnciodos finalistas pela Academia de Ciências e Artes Cinematográficas. Nossa expectativaaumentamaisumavezesse ano, naesperaqueobrasileiro Fernando Meirelles consiga uma indicação por Jardineiro Fiel (foto) e que DoisFilhos deFrancisco, deBrenoSilveira, tambémconsiga umlugar na corrida de melhorfilme estrangeiro. A dúvida: saber se os conservadores membros da Academia confirmarão ofavoritismodovencedordo GlobodeOuroe doFestival de Veneza dofaroeste gay O Segredo de Brokeback Mountain (2005), de Ang Lee.

Vietnã

Aaventura fracassada dos EustadosUnidos naGuerra doVietnã (1964a 1975) é destaquedeumanovasérie, Revelações, que oTheHistoryChannel exibe nesta quarta, dia 1, às 22h. O objetivo da série é trazer à tona arquivos secretos, informações confidenciais,nunca antes revelados a civis, apenas deconhecimento de organizações responsáveis por investigações. Oprimeiroepisódiovai analisara famosaOfensiva TET (a celebração do ano novo vietnamita), queresultou na suspensão dos bombardeiros pelo então presidente americano Lyndon Johnsone a ocupaçãode importantescidades do sul pelos norte-vietnamitas.

Regina Ricca
Raízes de Dylan
Na sobrecapa do livro, uma família; o autor Fernando Frochtengarten; Primo Levi; a alemã Hannah Arendt e filósofo francês Henri Bergson: discussões sobre a vida que deixou de ser
Fotos: Arquivo DC
Cinzas: espetáculo concebido para rádio e montado agora com dois atores e o mar como terceiro personagem. Na foto abaixo, Samuel Becket

1972: o massacre de Munique. 2006: Spielberg reconta a tragédia. Passados 33 anos, o terror parece imbatível. Até quando?

A fúria do terror, narrada na primeira pessoa

Kléber de Almeida

Um cidadão polonês,prisioneiro dos nazistas durante a Segunda GuerraMundial, voltoucomo homemlivreao localdo antigo campo de concentração de Dachau, na semana que antecedeu os JogosOlímpicos.Apresentou-se como monsenhor Adam Kosloviecki, e tocou numassunto que perturbava o próprio governo alemão: – Berlim, 1936: Jogos Olímpicos do Terror.Munique, 1972:Jogos Olímpicos de que tipo?

A Alemanha,aindaOcidental,esperava um clima de festa e de paz que apagassealembrançados Jogosde 36, disputados em Berlim sob a inspiração deHitler. Deramtons suavesàs faixas,cartazes,banners eaosuniformesdeatendentes, recepcionistase seguranças –as cores eram amarelo, azul claro, verde claro, laranja.

O símbolo dessa Olimpíada não era mais o Wagner de 36, músico eterno mas homemconsiderado contraditório, ateu na mocidade e, mais tarde, amigo doanarquista Bakunin,cristão e anti-semita. Desta vez era Beethoven, alemão como Wagner, mas partidáriodos ideaisdeliberdadee dejustiça da Revolução Francesa e convicto defensor do direito de expressão.

Na segunda semana da Olimpíada, o monsenhor Kosloviecki e o governo dochanceler WillyBrandttiverama resposta. Era madrugadade terça-feira, dia 5 de setembro de 1972. O bar do centro de imprensa ainda funcionava alegremente quando a notícia chegou: oito palestinos, usando máscaras e carregandosacolascom metralhadoras, fuzis egranadas, pularam uma cerca deaproximadamentedoismetros de altura einvadiram a Vila Olímpica embusca doalojamento dasdelegaçõesdeIsrael,Uruguaie Hong Kongno prédionúmero 31da rua Connolly– oendereçoque correuo mundo como Connolly Strasse,31 Eram4h30.Começava umataqueterrorista sem precedentes, que iria se desenrolar durante todo o dia perante cercade900milhõesdetelespectadorespor todo o globo. Os terroristas pertenciam àorganizaçãopalestina SetembroNegro, numareferênciaà sangrentaexpulsão dospalestinosda Jordânia em direção ao Líbano dois anos antes. Aliás foi no Líbano que esseatentadofoiplanejado emjaneiro de 1972.Os oitoterroristas chegaram a Munique 15 dias antes dos Jogos. No centro de imprensa, os jornalistas impedidosde entrarna Vila,esperavam os boletins prometidos pelo porta-voz do governo alemão.As emissoras de TV estavam instaladas num prédio próximo ao alojamento e, por isso, podiam acompanhar o movimentodospalestinosnasacada.Especialmentea figuraquemarcou oepisódio– ohomem comuma meiaenfiada na cabeça. Durante odia, foise esclarecendo como se deu ainvasão.Atletas uruguaios chegavam ao prédio no momento em que os terroristas iniciavam o assalto. Elesestavam vestidoscom uniformesdeatletas,erammorenos"e tinham o rosto pintado de preto". Dois

funcionários do Correiosda Vila tambémviramos terroristas.Mas como eles estavamcom trajesesportivos, julgaram queeles estivessemvoltando de uma festa, fato corriqueiro no dia-a-diadaVila.Ochefedadelegação deHong Kong, RaymondYung,me disse que ouviu tiros, abriu aporta e viu um homem armado no andar de baixo. Imediatamente ordenouque seus atletas fechassem as portas dos quartos. Depois arriscou mais uma vez:aí, viuum homemensangüentado cruzando o andar de baixo. A cena, na verdade, se deu assim: dentro doprédio, um palestino bate naportadeum apartamentodosegundo andar. Em alemão precário, grita: "É esta a equipe israelense?" Moshe Weinberg, de33 anos,treinador dotimedeluta israelense,que dividiao apartamento comoutrosatletas, estranha as insistentes batidas na porta. Abre uma fresta e, sentindo o perigo, joga-se contra a porta e tenta fechá-la, à força. Ao mesmo tempo,pedeem hebraicoqueosatletasdeixemoapartamento.Weinberg resistiuoquanto pôde aos dois palestinos e não saiu da frente da porta. Então, um deles recorre ao fuzil AK-47: as balas varam a porta e atingem o peito e o pescoço de Weinberg. Porta aberta, os terroristas entram, atiram e erram o alvo Gad Zavarj,lutador e colega dequartode Weinberg, quehavia acordadoe tentava fugir. Os terroristas se dirigem até os outros dois apartamentos, onde dormem mais israelenses.Acertam Joe Romano,campeãodelevantamento de peso. E são capturados nove israelenses. Seus pés e mãos são amarrados eo grupoé forçadoa entrarem um quarto no terceiro andar. O corpo de Romano foi arrastado para dentro. No final da manhã, a Alemanha e Israelconheceramas exigênciasdocomando do Setembro Negro. Um bilhetecolado najaneladoprédioexigia, em troca da vida dos nove israelenses, a libertação de 234 palestinos detidos

em prisõesem Israele deoutros dois, recém-capturados naAlemanhaOcidental. Ameaçam executar dois reféns a cadahora, se as exigênciasnão fossem cumpridas. O governo israelense, liderado pela primeira-ministra Golda Meir, decidiuignorar as exigências. Willy Brandt chega a Munique e passa anegociar,adespeitodaposiçãodeIsrael. Uma onda de boatos tomou conta de todo o centro olímpico. Era difícil descobrir o que de fato acontecia. Até que, por volta das quatro horas da tarde, o Setembro Negro exigiuum avião para levar o grupo e os reféns ao Cairo, noEgito.Entrouemaçãooministrodo

ria aos terroristas dali em diante. A hora da morte - Os oito terroristassubiramno ônibusdoexércitolevando os nove reféns, depois de amarrarexplosivosem seuscorpos.Em10 minutos chegaram ao local onde dois helicópterosmilitaresosaguardavam. Um terceiro helicóptero, comoficiais alemães e israelenses, também decolou. Ostrêshelicópterosvoaramaté Fürstenfeldbruck, a cerca de 30 quilômetros de distância. O exército e a políciafecharamaosjornalistasa única estrada de acesso.Mas a reconstituiçãodo episódio, feitoduranteamadrugada, combase emdepoimentos

da por um feddayin dentro dos segundo helicóptero. Já erammais de onze horas.O porta-vozAntersanunciou, na TV,e depoisnuma entrevistacoletiva quase às seis da manhã, que o resgatetinha alcançadoseu objetivo.Os nove israelenses estavam mortos. Cinco terroristas palestinosmorrerame três foram presos. Por pouco tempo, é verdade, pois foram libertados pelo governo daAlemanha,em 1973,em trocade umpacíficodesfecho doseqüestro de um avião da Lufthansa.

O Comitê Olímpico Internacional suspendeuosjogos por24horas.O sol estava quente às dez horas da manhã dequarta-feira, dia6 desetem-

bro,quando começouumacerimônia fúnebre no Estádio Olímpicode Munique lotadopor cercade 80mil pessoas. As bandeiras estavam a meio-pau. Uma faixa preta cobria todaa extensão datribunaoficial.Do alto da arquibancada, a Orquestra Filarmônica de Muniqueexecutava o trecho da marcha fúnebre da Heróica de Beethoven.

Em 1972, o jornalista Kléber de Almeida, atual editor sênior do DC, foi a Munique para cobrir a Olimpíada para o Jornal da Tarde de São Paulo. E se transformou no repórter-testemunha de uma tragédia que o mundo nunca esquecerá.

Interior alemão, Hans-Dietrich Genscher, que, primeiro, queria saber como estavam osreféns. Elesestavam bem. Os negociadores alemães procuram ganhar tempo prometendo libertar os prisioneirospalestinos elevá-lospara uma capital árabe e avisam que vão providenciaro avião necessáriopara conduzir terroristas e reféns até o nortedaÁfrica. Osalemães,naverdade, imaginavam a execução de um rápido resgate.Mas nãohouve temponem preparo para isso, embora mais de 500 policiaiscercassem oprédio ondeestavam os reféns e três grupos de atiradores de elite já haviam sido enviados à base aérea em Fürstenfeldbruck, um aeroportoperto deMunique, naépoca operado Otan.

O chancelerWilly Brandt,quando falava pelatelevisão, pouco antesde umônibuscinza doexércitoalemão estacionar na parte subterrânea do edifício, achava que duas coisas eram realmente inevitáveis naquele momento: a primeira seria a discussão sobre asegurança preparadapelos alemães,que,aoevitar oarmilitar de 1936, acabaram não sendo tão rigorososcomoaprincípiopareciam; asegunda, o tratamento que a polícia da-

oficiais e de outras fontes, permitiu saberque jápassavadas10danoite quando o primeiro helicóptero, os dos oficiais,pousou.Emseguida,osoutros doispousaramladoalado, aalguns metros da torre decontrole, ondese refugiaram os oficiais.Dois terroristas armadoscom fuzisAK-47 deixaramo helicóptero e se dirigiram a um 727 da Lufhthansa parado na pista. Um deles entrounoBoeingelogopercebeuque oavião nãoestavapreparadopara voar. Quando os dois voltavam para os helicópteros,nesse momento começouo massacre.Osatiradores deelite dapolíciada Baviera, dispostosem pontos estratégicos, iniciam um intensotiroteiorespondido pelos seqüestradores. Durou uns 40, 45 minutos. Dentro dos helicópteros, os palestinosexecutaram osrefénscomrajadasdemetralhadoraseaindaouviu-se uma explosão de uma granada, lança-

Eu não quero que as pessoas vejam Munique, ainda que meu filho faça parte do elenco.

Mimi Weinberg

Mimi

grita, 33 anos depois

Filme rompe o

silêncio

da viúva do 1º israelense morto

Sérgio Roveri

Durante 33anos MimiWeinberg, viúva dotreinador de luta olímpica Moni Weinberg,primeiroatleta israelensea ser morto na madrugada de 5 de setembro de 1972, quando terroristas palestinos invadiram o alojamento da delegação de Israel nas Olimpíadas de Munique, recusou-sea darentrevistas. A morte do marido tornou-se um assuntoproibidomesmocom ofilhodocasal,ohojeator Guri Weinberg.Masa chegada de Munique, de Steven Spielberg,aoscinemas deIsrael,rompeuo silêncio de Mimi.Em entrevista exclusiva ao jornal Yedioth Aharonoth, ela concordou em falar sobre seu encontro com a então primeira-ministra Golda Meir, ocorrido alguns dias após o atentado.

aolerosjornais,viqueelaestavafalando sério".

A equipede Spielbergtentou convenceraviúva arelataresteencontro com GoldaMeirdiantedas câmeras, mas ela se recusou. "Pedi para ler o roteiroe elesnão concordaram. Assim, também não concordei em participar. Acredito que eles queriam usar a cena do encontro na abertura do filme".

Munique trouxe, até o momento, apenas uma alegria a Mimi Weinberg - sua derrota no GlobodeOuro. "Assisti à premiação muitotensa.Quando vi que Munique não levou nada, pulei de alegria".

"Ela me disse que tinha dificuldades em conversar com as viúvas, os órfãos eosfamiliaresdos atletasmortos",relatou Weinberg."Mas megarantiuquejáhaviadadoinstruçõespara que os terroristas palestinos fossem eliminados,uma um,peloserviçosecretoisraelense. Eupenseique elativesse dito aquilo apenas para se ver livre de mim. Mas, nos dias seguintes,

Weinbergviu Munique duas vezes. A segunda vez, de acordocom ela, apenasparasecertificar doquanto havia odiado o longa de Spielberg. "Comjudeus comoSpielberg eKushner(oroteirista TonyKushner),nós nãoprecisamos deinimigos. Elesproduziram uma fantasia,colocaramno mesmo nívelos terroristaso osagentes do serviçosecreto israelense.Eu não quero que aspessoas vejam Munique, aindaque meu filhofaça parte do elenco".

Guri Weinberg, o filho deMimi e Moni, viveem Hollywood desde 1986. Depois de pequenos papéis emséries televisivasencontrou,em Munique, sua primeira grande chan-

ce profissional. Mas,para aceitá-la, tevede domar alguns pesadelos pessoais: no longa, Guri interpreta o próprio pai. "A vida inteira eu ouvi históriassobremeupai, maseram apenas palavras", disse o ator. "Quandochegouo momentodeinterpretá-lo, tudo se tornou realidade. Édifícil explicar, masno estúdio eu fiqueiem estado de choque o tempo inteiro".

Em entrevistas, Guri vem defendendo os atores palestinos que participaram do filme."Eles são muito simpáticos e se dizem horrorizados com o que aconteceu em Munique. Karim Saidi, o ator que atira em mim, chorou muito ecorreupara me abraçar depois que Spielberg gritou 'corta'". O mentor intelectualdosataques terroristasem Munique, o palestino M ohammed

Reuters/Arquivo DC

Daoud, tambémcriticou ofilmede Spielberg que, segundo ele, teria feito umaobra tendenciosae maissimpática àcausa israelense."Spielberg exibiu o filme às viúvas israelenses, mas se recusou a mostrá-lo aos familiares dasvítimas palestinas. Quantos civis palestinos já foram mortos antes e depois de Munique?".

2006: o rosto oculto. Espectros de 1972

Beijo, bate-boca e drama em dia de cassação

Professor Luizinho beija Greenhalgh (ambos PT, acima) e Brant (PFL, esq.) vira pivô de muita discussão. Eles dependem agora do Plenário. Página 3

ELEIÇÃO-BOMBA

Hamas, o partido dos homens-bomba, detona a esperança de paz

Os palestinos elegeram a resistência a Israel e desprezaram a herança de Yasser Arafat, o Fatah, que negociava a paz.

A reviravolta no Oriente Médio, página 12

No cinema, o Oriente Médio

Palocci enfrentou as "denúncias requentadas" da CPI por 6 horas. Foi cuidadoso em não atacar ex-assessores que o atacaram. E algumas de suas respostas não foram convincentes, deixando a dúvida no ar: contou toda a verdade? Pág.4

Serra é prato principal de almoço de grão-tucanos

Tasso e Aécio sentam-se à mesa com ex-presidente Fernando Henrique e não escondem: prefeito de São Paulo é mesmo pré-candidato à Presidência. Página 6

Fim da verticalização enfraquece partidos nacionais, diz jurista

Velha. Página 6

Três filmes polêmicos, em cartaz na cidade, retratam, sob ângulos diversos, os conflitos intermináveis do Oriente Médio. Munique (foto), de Spielberg, relembra a história dos 11 atletas israelenses, massacrados pelo terrorismo durante a Olimpíada de 1972. Paradise Now, do palestino Abu-Assad, e Free-Zone, do israelense Amos Gitai, praticam a reflexão para discutir a guerra. E se perguntam, perplexos: por quê? Até quando? Leia também o depoimento do jornalista Kléber de Almeida, que viu e escreveu sobre a tragédia de Munique. Estava lá, cobrindo os jogos olímpicos. Lembrando Mozart. O ano inteiro.

Com óperas, sinfonias e missas, São Paulo comemora o 250º aniversário de nascimento do mais popular compositor erudito. DCultura

Estrada esquecida leva à questão: cadê o dinheiro do imposto?

O De Olho no Imposto venceu os buracos até Prudente (foto) e está hoje em Bauru.

Alan Marques/Folha Imagem
Feirinha (agora legal) do Brás Página 7
Patrícia Cruz/Luz
Eco/1
Ayrton Vignola/Folha Imagem
Jorge Santos/Oeste Notícias
Para Miguel Reale Jr., medida pode abrir caminho para partidos regionais, como na República
Abed Omar Qusini/Reuters
UIP/Divulgação

No Brás, camelô é pequeno comerciante

Administrada pela iniciativa privada, afeirada madrugada do Brás,na zonaleste, agora legalmente instalada em uma área pertencente àRede FerroviáriaFederal (RFFSA),aparece como uma alternativa viável aos problemasgerados pelo comércioambulanteilegalà cidade e à Prefeitura paulistana. Nos últimostrêsmeses de 2005, a GSA, empresa que administra o espaço desde agosto do mesmo ano, conseguiu instalar mais dois mil ambulantesno local.Ototal agoraé de 3,8 mil vendedores, que antesocupavamilegalmente as ruas do bairro.

Numa visita ao local, cujo funcionamento vai das 5h às 8h, nota-se rapidamente a mudança de comportamentonos atuais"comerciantes de pequeno porte". Eles não aceitam mais a denominação de ambulantes ou camelôs, queconsideram pejorativo.

Divididos em espaços numerados eorganizados de acordo com o período de cadastramento de cada um, os comerciantes vendem produtos defabricação própria:roupas, acessórios e bijuterias ou compram produtos feitos por pequenosfabricantes erevendem em seu espaço.

A administração da GSA garantiu que produtos piratas são proibidos no local, o que impede uma concorrência desleal entre os comerciantes. Ailton Vicentede Oliveira,administrador do ShoppingPopular,dissequeumaequipe de fiscaisverifica todasas possibilidades de vendadeprodutos piratas, o que inibe a ação.

"Somenteprodutosde origem legal sãopermitidos.Diferentemente darua, aquieles cumprem essa regra, assim comoa normadenão invadiro espaço do vizinho, esteja ele trabalhando ou não", explicou Oliveira.

O administrador explicou também que a maior dificuldade encontrada noinício do projeto foimostrar aoscomerciantesque eles não ficariam confinados em um espaço totalmente fechado, sem clientes e comas vendasprejudicadas, oque, conseqüentemente, os levariadevoltaàsruasdoBrás.

"Mostramosqueissonãoaconteceria, jáque oscompradores passariam primeiro por aqui antes de seguir para as ruas comerciaisdaregião.Issofoipossível graças ao suporte dado aos motoristasdeônibus que chegam do interior e de outros estados, que passaram a utilizaro espaço comoestacionamento", disse Oliveira.

Outro problemaenfrentado na hora de legalizar a feirinha foia relação com os supostos sindicatoseentidades representativas dos ambulantes. Oliveira diz que muitos passaram a divulgar boatos, tentando prejudicar o trabalho da GSA. Paraimpediraentrada dos ônibus, os"sindicalistas" distribuíram folhetos afirmando que a empresa cobrava R$ 50 por veículo estacionado. Também foi divulgado que a Prefeituranão permitiria o funcionamento e fecharia o espaço, deixando todos sem postos de trabalho.

No entanto, a pior parte foi a invasão de um grupo durante o andamentoda feira.O caso ocorreu naúltimasemana de setembro, levando a GSA a contratar uma empresa especializadaem segurançaprivada. A ação foi organizada pelo Sindicatodos AmbulantesIndependentes, grupo que comandava a antiga feira da madrugadaque funcionava na rua Oriente, proibida pela Prefeitura de São Paulo.

Oliveiraacredita queaação foimotivadapela saídados ambulantes das ruas, onde pagavam um taxa mensal ao sindicato pelo uso do espaço. Os pequenos comerciantes tambémpagamR$ 50semanais

Somente produtos legais são permitidos. Diferentemente da rua, aqui eles cumprem essa regra. Ailton Vicente de Oliveira, administrador do Shopping Popular

para a GSA, mas recebem toda ainfra-estrutura emtroca,comosegurança, espaçorespeitado e depósito para guardar a mercadoria.

Elecontaquemesmosemdivulgação intensa, apenas no boca-a-boca,a filaparacadastramentonaprimeirafase começou na madrugada anterior ao diainformado.Até ofim dos dois primeiros dias de credenciamento,cerca de2 mil ambulantesjátinham sido aprovados. Omesmo aconteceu agora na segunda fase. Questionado sobre um possívelclima de ameaça,ele garante que as relações com esses sindicatos estão tranqüilas, já que ficou bem claro que a GSA é quem administra o local. "Eles queriam que nóssaísse-

mos do local para eles administrarem. Foi um investimento de R$ 2milhões aqui. Além de um contrato de concessão de granderesponsabilidade. Issonem foicogitado. Osinteressados em trabalhar são recebidos como todos os outros e nada mais", afirmou Oliveira. Para ele, o bom relacionamento com a Prefeitura e os comerciantes do Bráséumdos fatores que colaborou para o sucesso e crescimentodo projeto.Encontros comaSubprefeitura daMooca ecom aAlobras (Associação de Lojistas do Brás) são realizados para discutirtodas asações ligadasao comércio dentro do espaço. Oliveira avalia aFeirada Madrugada do Bráscomoa primeira"PPP" (Parceria Público Privada) realizada no âmbito municipal. E, após realizar um empreendimento que deucerto,a GSApoderáimplantar o mesmo modelo na regiãodeSanto Amaro,principalmenteno largo13 deMaio, dominado peloscamelôsilegais e pelo contrabando. O Subprefeito daRegião, Barros Munhoz, visitou o local em dezembro e convidou o administrador da GSA para conhecer a avaliar a situação do largo 13. Davi Franzon

A feirinha funciona legalmente e com toda a infra-estrutura necessária. Segundo Oliveira (primeira foto à esquerda), foram investidos R$ 2 milhões.
Patrícia Cruz/Luz

AVENIDA VIRA PRAÇA DE GUERRA NA HORA DO RUSH

Perseguição a assaltantes na Francisco Morato, zona Oeste, assusta motoristas e complica trânsito

Trêsladrões audaciosos efortementearmados transformaram aAvenidaFrancisco Morato, um dos corredores mais movimentados da ZonaOeste, numa praça de guerranahora dorushnamanhãdeontem. Elesroubaram cercadeR$ 42mildeuma agência daCaixaEconômica Federal, a 200metros de uma delegacia e de uma companhia da Polícia Militar. Na fuga, trocaram dezenas de tiros com policiaismilitares, nomeiodo tráfego intenso. Dois ladrões fugiram eo terceiro morreu, depoisde levarsete tirosdentro docarro deum refém.Um

PM foi baleado na perna e o dinheiro foi recuperado

Eram8h20deontemquando os três ladrõesestacionaram o Astra, placas CVS 9181, roubadono dia22 naáreado 99ºDP, na frente de uma loja vizinha ao banco. Poucosminutos depois, comoseestivessem aguardandoa chegadadealguém, dois deles desceram e se dirigiramà agência,ondetrês clientes aguardavam na fila.

durante assalto ficou perfurado com 19 tiros

Munidos dedoiscontroles remotos, os criminosos abriram a porta do banco e mandaram osclientesentrar.Cruzaramaaladoscaixaseletrônicos e, após abrirem a porta de acesso ao interior da agência, anunciaramoassalto.Osclientes foram trancados numa sala eosfuncionários evigilantes, que tiveram suas armas subtraídas, em outra. Obrigaram o tesoureiro a en-

tregar o dinheiro – R$ 41.800 00 – queestava disponívelpara abastecer os caixas, e a fita com as gravaçõesdo circuitointerno de segurança. Na saída, os ladrõesviram meiadúziade policiaisda RondasOstensivas com Apoio de Motocicletas(Rocam) doladode forada agência e começaram atirar. Os disparos destruíramas portas de vidro daagência eacertaram osoldado MarcosMoraes

Siqueira,quefoi socorridono Hospital Albert Einstein, onde permanece internado. Um doscriminosos –um homembranco, alto edecabelos compridos –, que portava uma pistola45ecarregavaodinheiro roubado numa mochila, foi alvejado. Ele ainda caiu no chão, mas conseguiu levantar-se e cruzara avenida, sempre atirandona direção dos policiais. Ospoliciaisoperseguiram,permitindo que o outro fugisse a pé na companhia do terceiro, que o aguardava perto do Astra. Quando se sentiucercado, o ladrão tentouroubar umMonza que transitava no sentido contrário da avenida,mas o motorista estava preso pelo cinto de segurança e não conseguiudescerdocarro.Semparar deatirar nadireçãodos PMs,o ladrão se jogousobreo motorista. Os policiais revidaram, atingindo-ocom setedisparos. Ele foi levado ao Pronto-Socorro Bandeirantes, onde morreu. Com ele, a polícia apreendeu uma pistola Glock calibre 45 e a mochila com o dinheiro. O Monza da vítima ficou perfurado com 19 tiros. "Graças a Deus o ladrãoera grande eserviu de escudo. Nasci de novo. Na hora que ouvi o tiroteio pensei que o ladrão fosse um policial civil", disse o motorista. (AE)

BLITZ FECHA PARQUE. E PICADEIRO.

O Parque do Povo, na alça de acesso daPonte CidadeJardim, na Marginaldo Pinheiros, estáinterditado.Quadras de futebol, bares, e um circoescola foram bloqueados ontem apósblitz daPrefeitura. Atividades irregulares enchem o caixa de 11 agremiações que há mais de 20 anos funcionam como clubes privados,numterrenode112milm², (equivalentea 8%da área do Ibirapuera). Detalhe: nãopagam aluguel,emuma das áreas mais nobres da capital. "Faremos um parque para ser usado por toda a população", diz o subprefeito de Pinheiros, Antônio Marsiglia Netto. Hoje, 70% do terreno perten-

cem à CEF, quase 30% ao INSS.

A Prefeitura é dona de 6 mil m² e negocia a doação do terreno

considerado áreapública pela Lei Orgânica do Município. A blitz flagrou ligações clan-

destinas de águae luz, lixo acumulado, alémde comércio e moradiairregulares. OCirco Escola Picadeiro, queestá ali há21anos,foi oprimeiroaser lacrado. "Nósfazemos trabalho social", diz a sócia Bel Toledo.Fiscaisquebraram cadeados dos campos de futebol, notificaram e interditaram bares e quebraram piso dos estacionamentos, que impede o crescimento de árvores. O advogado da Associação Amigos Parque do Povo, Guilherme Asta, diz que o parque não é um bem do Município e o tombamento pelo Condephaat, em 1995,prevêqueas entidades esportivas devem permanecer no local. (AE)

Monza que estava no sentido contrário da avenida Francisco Matarazzo
Monalisa Lins/AE
Máquinas quebram piso de estacionamento do Parque do Povo
Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem

BANCO VAI LANÇAR NO DIA 14 DE FEVEREIRO NOVAS LINHAS DE FINANCIAMENTOS PARA EMPRESAS

BNDES ANUNCIA PACOTE DE REDUÇÃO DE JUROS

OBanco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) anunciará no dia 14 de fevereiro um pacote de redução de juros de várias linhas de financiamento.

Entre os setores beneficiados estão o de máquinas e equipamentos, geração de energia elétrica,bioenergia, bensde capital e portos e ferrovias.

"Vamos apresentar um caderninhocomtodasasmudanças, todas as prioridades, todas as linhasde créditoque sebeneficiarão deumareduçãodo spread. E são muitas", anunciou ontemopresidentedoBNDES, Guido Mantega. De acordo comele, trata-se de"um momento próprio" da instituição, que quer estimular áreas prioritárias para o desenvolvimentodo País,seguindo atendência da redução da Taxa de Juros de Longo Prazo(TJLP),queé

usada comoreferência paraos empréstimosdobancoe que recuoude9,75% para 9% ao ano, no mês passado. Mantega citoucomo principal exemplo o Modermaq, linhade financiamento criada em outubro de 2004 para estimular os investimentos em máquinas e equipamentos. Desde suacriaçãoaté dezembro do ano passado, o BNDES desembolsou R$ 1,7 bilhão. O Modermaq tinhacusto fixode 13,95%aoano eera umadas menorestaxascobradas pelo banco, lembrou o presidente da instituição. Ele enfatizou quea redução do custo dessa linha só será possível por causa do recuoda TJLP edos spreads do banco.

Debêntures – OBNDESpoderá emitir debêntures de longo prazo neste ano por meio de sua subsidiária BNDES-Par, informouo diretor-financeiro

da instituição, CarlosKawall. Ele explicou que a operação, inédita, vai depender do montantequeo bancovaidesembolsar em 2006. Segundo Kawall, desembolsosde R$60 bilhões, talcomo estáprevisto paraeste ano,justificariam a emissão dos papéis de dívida Apoio –Aagênciadefomento do Estado do Rio (Investerio) foicredenciada como agente financeiro do BNDES, quedestinaráR$1,8milhãopara financiar micros, pequenas e médias empresas fluminenses. Essaquantia vaise somaraos ativos totais de R$ 6,3 milhões da Investerio,que querdesenvolver arranjos produtivos locais. A previsão é colocar à disposiçãoR$20 milhões,poisas regras do Banco Centralpermitem que a Investerio possa ter oseu patrimôniodereferência (R$ 5,4 milhões) aumentado em até 3,3 vezes. (AE)

A aposta em marcas antigas

Nãose sabese éuma tendênciade moda, como dizem, maso fatoé quealgumas antigasmarcas deconfecçãoresolveram voltara atuar no mercado. Uma delas é a conhecida marca de jovens dos anos 80, a Pakalolo, que foi comprada pelaMarisol. Outra,a tradicional fabricantede calças jeansmasculinas, Tony Marcel, que voltou comnovacara, muito mais contemporânea.Ambas estãopresentes na10ª Feira Nacional de Moda Inverno(Fenin),que terminahoje em Gramado (RS). APakalolofoi sucesso entreosjovens da década de80 e início dos anos 90. A empresa chegou a ter 160 lojasexclusivase a marca eraestampada em moletons, camisetas,calçase agendas de milhares de adolescentes.Em 1997, sem muitas explicações, a empresa fechou. Do outro lado, a Marisol, que já pensavaem atuarno segmento dos teenagers, viuuma oportunidade de entrar nesse mercado comumamarcajáconsolidada, pelo menos entre os lojistas. "Claroquepensamos queo público antigo da Pakalolo já havia crescido e que, portanto, não aproveitaríamos o conhecimento da marca. Ao mesmo tempo, ao pesquisar com os lojistas,sentimosque oretorno da confeccção para jovens seriamuito bem-vinda equeo esforço de marketing seria me-

nor do que o de produzir uma nova marca para os adolescentes”,dizodiretordemarketing da Marisol, Giuliano Donini. No iníciodo anopassado, o negóciofoiconcretizado ea marca passou a ser o maior investimentode marketingda Marisol paraesse ano."Embo-

jeans, sapatose acessórios, coma diferençadeque apartirde agora serávendida em lojas multimarcas. "Temos 4 mil clientes lojistas vendendo Pakalolo", diz Donini.

ra oplano de negóciosnão esteja fechado, acredito que gastaremos cercadeR$3,5 milhões na Pakalolo, dos R$ 20 milhões previstos para marketing de toda a empresa em 2006", revelaDonini.Outras marcasda Marisol sãoLilica Ripilica,Maju, Worghon, Tigor T.Tigre, Criativa e Mineral, além da própria Marisol. A Pakalolo foi relançada com moletons, camisetas,

Jeans –AmarcaTonyMarcel voltou porperseverançade um dos filhos do fundador da companhia, Marcelo Djanikian. Aliás, o nome da empresa é uma homenagemdo pai Joséaosfilhos Antonio eMarcelo. "Meu pai teve a fábrica pormaisde20 anose desdecedo trabalhamos com ele. Ficamos sete anos afastados do mercado de confecção, mas eu comecei a sentir falta e resolvi retomar aTonyMarcel", afirma Marcelo. No entanto, ao voltar, Djanikian quis criar uma marca diferente da antiga, sem apelo popular, com mais qualidade e com valor agregado.Agora, a companhia não tem mais fábricas próprias,terceiriza todaa produção e coloca no mercado apenas 200 peçaspor modelode jeans. "A idéia é ter muitos modelos em pouca quantidade. Queremos vender apenas para o público A, mas a um preço justo", afirma Djanikian. Ele comparaa novaTony Marcelàconhecidaecaramarca dejeansDiesel,quechegaavendercadacalçaamaisdeR$2mil. As calças TonyMarcel variam de R$ 170 a R$ 260 no varejo. Fernanda Pressinott, de Gramado

Setor

de supermecados sofre uma queda de 3,84%

Osetor de supermercados esperava que o Natalde 2005 fosse o melhor dos últimos quatro anos.Masaexpectativadeulugar à frustração: entre dezembrode 2004eomesmo mêsdo ano passado, a queda nas vendaschegoua3,84%.Osegmento apostava em um aumento de4%. Oresultadodos 12meses registrou um pequeno crescimento (emvalores reais): 2005 fechou com alta de 0,66% na comparação com o ano anterior. A semana queantecedeu o Natal também foi uma decepção: a alta verificadafoi 5% em relação a igual período de 2004. Mas a entidade esperava aumento de 10%. "Até aPáscoa, oanofluía bem; no segundo semestre, o quadrocomeçouaficardifícil", afirma o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira. Segundo ele, o endividamento dos consumidores com cartão de crédito e cheque

especial, juros altos e taxa de desemprego elevada foram os motivos do baixo crescimento. "Muitospassaram acomprar produtos de marcas populares,como ocorreu em 2003. Nem em dezembro, quando o costumeé gastar mais,diante da possibilidade de pagar em janeiro, aspessoas conseguiram comprar, em razão da renda comprimida",analisaOliveira. "A expansãodo crédito consignado fez com que os consumidores empurrasseme fizessem novas dívidas." Os produtos importados, ao contrário do que pensava o setor, não melhoraram osresultadosde 2005.Apesardeas vendas terem aumentado 17,5% em volume (dezembro de 2005), o impacto na receita foi de6%."Adepreciaçãodo dólar reduziu o preço dos importados. Maso resultadonão foi significativo", diz Oliveira. Salário mínimo – O presidente da Abrasafirmaque o aumento do salário mínimo,

de R$ 300 para R$ 350, vai injetar R$ 25 bilhões na economia até o final do ano. "Boa parte dos recursos vão para ossupermercados. Mais de 39 milhões de famílias vivem com o mínimo." Oliveiranega apossibilidade de reajuste de preços, provocado pelo aumento do mínimo. "Isso poderia afugentar o consumidor."

Já a Copa do Mundo, para os supermercadistas, não é sinônimo de bons negócios. A avaliaçãodopresidentedaAbrasé de que apenas alguns setores vão sebeneficiar. "Oconsumidor pode comprar um aparelho detelevisãooudeDVD. Essesegmento, por exemplo, pode ser aquecido, assim como os bares e restaurantes, que recebem grupos de amigos." Para 2006,aexpectativaé boa –alta de 2,5%nas vendas, segundo a Abras. O setor está investindo emnovas lojas. O crescimentofísico anual deve ficar entre 8% e 10%.

Neide Martingo

Indústria de alimentos

Duas vezesporsemana a dona-de-casa Eunice Leme vai ao hipermercado Extra,doMorumbi,em São Paulo, em busca de frutas, verdurase algumapromoção atraente. CercadeR$1,5 mil, ou20%doseuorçamentomensal, são gastos na compra de gênerosalimentícios.Dessetotal, aproximadamente 10% são destinados aos produtos industrializados. NoCompreBemdo Jabaquaraaauxiliar administrativa Flávia Renata Silva destina 50% dos R$ 400 gastos por mês no supermercadoemprodutos considerados supérfluos. "É para o final de semana. De segunda à sexta-feira comemos fora", diz. Apesar das diferenças de hábitoe renda,elas têmem comum no carrinho de compras itens comoarroz, feijão,leite, algumtipode achocolatado e enlatados.E foi para atender essa demanda que a produção nacional das indústrias de alimentação cresceu3,6% noano passado, em relação a 2004, de acordocom estudo da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia). "Háuma tendênciaparao consumo de alimentos industrializados, mesmo existindo desconhecimento sobre osetor", diz Amilcar Lacerda de Almeida, gerente de Economia e Estatística da Abia."O consumidor ainda não enxer-

ga certosprodutos básicos,selecionados eembalados em grandesfábricas, comoindustrializados", afirma. No Brasil, o faturamento das indústrias dealimentação atingiu R$ 184,2 bilhõesem 2005, ante R$ 176,1 bilhões do ano anterior. O melhor desempenho, em valores, foi o do setor de derivados de carne, com R$ 34,6 bilhões em vendas reais, um aumento de 6,2% em relação ao ano passado. "O setor que mais cresceu (16,7%) foio de chocolate,cacaue balas", diz o gerente da Abia. "Esse aumentoreflete umadiversificação nos hábitos do consumidor,que está substituindo alguns itens", diz Almeida.

Para Wilson Tanaka, presidente do Sindicato do ComércioVarejista de GênerosAlimentícios doEstado de São Paulo (Sincovaga), ocresci-

cresce

mento da indústria não teve reflexo no varejo. "Para o último ano a estimativa é de até 6% de redução nas vendas, em comparação com 2004", diz. Segundoele,aaltadosjurosprovocou uma queda nos preços pelas indústrias,paraescoara produção e reduzir os estoques. Apesar daqueda noPaís, de acordocom SussumoHonda, presidenteda AssociaçãoPaulistade Supermercados(Apas), houve um crescimentode3% nas vendas dosetorno Estado de São Paulo em2005. "Ele foi provocado, em parte, pelo aumento do salário mínimo, que trouxe para o consumo uma nova camada da população. São consumidoresquegastamentre R$ 150 e R$ 180 por mês no supermercado", afirma.Ele explica que 77% do volume vendido vai para as classes C, D, e E. Alexandre Ventura

Flávia Silva prefere supérfluos
Eunice Leme faz compras no Extra
Patrícia Cruz/LUZMarcos Fernandes/LUZ
Divulgação
Desfile de lingeries aponta as tendências para 2006

Emoção marca o retorno de alunos mineiros

O acidente com um ônibus, em Arequipa, no Peru, deixou quatro estudantes mortos, enterrados ontem em Minas Gerais. Quatro alunos ainda não retornaram

Odia deontemfoi marcado pela emoção para as famílias dos estudantesda UniversidadeFederal deMinasGerais(UFMG), envolvidos no acidente de ônibus em Arequipa, no Peru, na terça-feira. Pouco antes das 6h, o avião Hércules C 130, da Força Aérea Brasileira (FAB), aterrissou noaeroporto daPampulha com 33 estudantes e os corpos dos quatro alunos mortos. Quatro estudantes permanecem no Peru, aguardando transporte especial.

Dos estudantes que desembarcaram na capital mineira, Luís Henriquede Araújo (Ciências Sociais), Rafael Marques de Souza (Farmácia) e Rodrigo Heringer Costa (Ciências Sociais)e omotorista Adelson Fagundes foram encaminhados direto para o Hospital das Clínicas. O estado deles não é grave. Porta-vozdogruponoPeru,a estudante do 7 º período de ComunicaçãoSocial daUFMG, MarinaUtsch,queestava no ônibus,lembroudosmomentos de angústia que passou ao lado dos colegas. "Temíamos que o ônibus rolassepela ribanceirae caísseem cima de nossos colegasque foram atiradospela janela. Reunimos forças e passa-

mosa ajudaraqueles que estavammais feridose nãotinham condições de andar", disse. Velórios – Após teremsido transportadospara a capital mineira, os corpos das quatro vítimas foram levados aos respectivos velórios. O corpo de Taís Palmerston de Martino Borges, aluna de Odontologia, foienterrado noCemitérioda Saudade, em Uberaba.Em Belo Horizonteaconteceram os sepultamentos deThiers Lage Bicalho Bretas, no Parqueda Colina;Pedro CoelhoD'avila Correa, no Bosque da Esperança,e Roberto Tadeu de Melo Barbosa, no Cemitério da Paz. Apesardea maiorparte da angústia ter terminado, algumas famílias ainda vão ter de aguardar mais um pouco. Permaneceram emArequipa Lucas Motta Hauch e Juliana Fonseca Martins(da CiênciasSociais),queaindaprecisam de cuidados médicos. Júlia Perdigão (Fonoaudiologia)e PabloHendrigoAlves deMelo (CiênciasBiológicas), optaram porpermanecer para fazercompanhia aos colegas. Um avião com UTI móvel partiu nesta madrugadapara trazer os estudantes de volta ao Brasil.A expectativa édeque a aeronave desça em Minas ainda hoje. (AE)

PF apreende fósseis

à venda na Bahia

M il pedras com material fossilizado da préhistória, com peso total de duas toneladas, foram apreendidas por agentes da Polícia Federal ontem, quando estavam sendo vendidos num dos principais cartões postais da capital baiana, o Mercado Modelo, muito freqüentado por turistas. Vinte comerciantes proprietários dos boxes que comercializavam os fósseis foram indiciados em crime de receptação qualificada e podem ser condenados a penas de até oito anos de prisão.

Batizada de Operação Araripe, devido a origem dos fósseis, a região da Chapada do Araripe, no Ceará, a investigação foi realizada pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente da PF de Salvador. Os policiais localizaram parte das peças expostas nos boxes, mas a maioria estava guardada num depósito próximo ao Mercado Modelo. O comércio de fósseis no Brasil é ilegal porque as peças são consideradas bens da União. O governo federal só permite a extração do material em caráter excepcional, por arqueólogos autorizados. (AE)

INGRESSOS PARA O U2

AAccioly

Entretenimento, organizadora da turnê do U2 no Brasil, promete divulgar hoje como serão vendidos os ingressos para o segundo show do grupo, em 21 de fevereiro no Morumbi. Não foi confirmada a informação, divulgada anteriormente pela empresa, que os ingressos seriam vendidos nos guichês do Morumbi, do Anhembi e do

Pacaembu. Mas garantiu que não haverá alterações de preço. O Pão de Açúcar, que patrocina a turnê, já anunciou que não participará do novo esquema. No dia 16, a rede de supermercados viu o caos instalar-se em 12 lojas que pôs à disposição para a venda de ingressos para o primeiro show, no dia 20.

Ó RBITA

Onze pessoas foram presas na madrugada de ontem durante a Operação Bandeirante, da Polícia Federal, realizada em Guarulhos, na Grande São Paulo, e nos municípios de Taubaté e São José dos Campos, no Vale do Paraíba. A operação começou às 5h30, quando policiais

federais chegaram às residências dos acusados. Entre os 11 mandados de prisão e busca, oito foram cumpridos em Taubaté, onde era concentrada a distribuição da droga que chegava da Colômbia e da Bolívia. Na operação, ainda foram apreendidos R$ 18 mil, 37 quilos de cocaína, meio quilo de crack e uma pistola calibre 45, além de um caminhão, um carro e uma moto. (AE)

(informações, debates e busca de soluções)

Reunião Plenária Tema

“De

Dia: 30 de janeiro de 2006, segunda-feira

Horário: às 17 horas

Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

Pouco antes das 6h, o avião Hércules, da FAB, aterrissou na Pampulha
Marcelo Sant'Anna/Estado de Minas/AE

A maquete e a construção adiantada, momento do início das vendas: opção cada vez mais utilizada por construtoras que financiam a própria obra. E o comprador pode mudar em um prazo mais curto

Venda só depois do prédio pronto. A nova estratégia das construtoras.

Umprédio quase pronto euma placa indicandoo íniciodas vendas,inclusive com a opção do apartamento já decorado. Quem procura imóvel pela cidade de São Paulo percebe cada vez mais essaestratégiade comercialização, principalmente em empreendimentos de alto padrão. A vantagem para o clienteé mudaremum curtoespaçodetempo,sem terde esperar tantos anos até a finalização do projeto. Para o construtor, facilidade na venda. "Émaisfácilvender coma obra adiantada", afirma Márcio Faraj, diretor da Única Imóveis,quehá45diasiniciouacomercialização das unidades do edifícioSolar Pontedeiros, em Santana,com entregaprometida para junho de 2007. Mais queuma opção,a venda dosapartamentos emestágio avançado foi uma necessidade. Faraj explica que, por conta de compensaçãoambiental, o ínicio das obras atrasou. Muitas árvores foram retiradas e outras replantadasno terrenopara atender auma exigência ambiental.Mas ele acredita que tenha sido melhor assim. E a Mavie, construtora que há 32 anos lança imóveis na planta e é responsável pelo empreendimento em Santana, decidiu repetir a estratégia em outros prédios.Namesma região será lançado em breve outro edifício que deverá ficar pronto na mesma época. "A experiênciafoi ótima. Com o prédio de 18 andares erguido, rapidamente vendemos mais de 50% dos apartamentos.Aspessoas sentem mais segurança ao ver o empreendimento erguido e gostamdeiratéaunidadequepre-

Essa é mais uma opção para paulistanos que querem adquirir um imóvel, mudar em curto espaço de tempo, mas não sentem segurança em comprar um apartamento com o empreendimento ainda na planta

tendem comprar", afirma. "Lembro do caso Encol e tenhoreceiodeadquirir um apartamentona planta",dizo oficialde justiçaLinoBonassi, que está interessado em uma unidadedo edifício. Para quemnão serecorda,aEncol vendia apartamentos na plantaefaliuantesdeentregaruma série deles. Naépoca, Bonassi trabalhava como advogado e ajuizou ações devários mutuários contraa construtora. Ele também prefere verificar quais materiais foram usados naobra. "Secomprar naplanta, nãovouteragarantiado

A experiência foi ótima. Com o prédio de 18 andares erguido, rapidamente vendemos mais de 50% dos apartamentos.

Márcio Faraj, diretor da Única Imóveis

que será utilizado", diz.

Segurança erapidez na entrega ajudam o comprador a se programar melhor em relação, porexemplo, àdevoluçãode umimóvelalugado. Éocaso deBonassi, queachou aentrega do Solar Pontedeiros em junho de 2007adequada aseus planos de mudança.

Revestimento – Segundo o diretor da Empresa Brasileira de Estudos dePatrimônio (Embraesp), CarlosEduardo Viana, algumas construtoras, ainda poucas, lançam empreendimentos em fase adiantada das obras, que poderão ser

habitados em poucos meses – cerca de seis ou oito. "As construtoras usam capital próprioparafinanciar a obra. A intenção é vender mais rápido e por um preço mais alto",opinaLuis PauloPompéia, também diretor da Embraesp. Essaúltima possibilidadeé negada por Faraj, da ÚnicaImóveis. "Temospraticamente o mesmo preço. Os custossão atéinferiorespois, fazendoolançamentonaplanta, um apartamento terá que ser construído e depois demolidono andartérreoparaa conclusãodas obras,enquantouma unidaderealdecorada é vendida posteriormente com a própria mobília", diz. Segundo ele,a Mavieinveste capitalpróprio. Nãoutiliza financiamento bancário para não transferir encargos aos clientes. Ou seja, o cliente financia diretamentecom a construtora, em até 72 meses. "Geralmentesão pequenas empresas familiares ondeo dono é engenheiro, a mulher, arquiteta, o sobrinho, paisagista", explica Pompéia. Segundo ele, as grandes construtoras preferem vender na planta. Fazem um lançamento nessa fase para testar se há demanda. "Senão há,podem até abortar o plano", afirma. Cuidados – É necessário muitacautela nahora dedecidir a estratégiapara comercialização. Pompéia recorda-se de umcaso queacaboumal. Ele lembra do lançamentode umedifíciocomaobra finalizada que não deu certo. O problema era o local doprédio. "Não havia público para o tipo de empreendimento oferecido. Nenhumapartamento foi vendido", diz o diretor.

Adriana David

Liminar: ITBI volta para valor venal

Pelomenos doiscontribuintes paulistanos já obtiveram liminar na segunda instância permitindo opagamento do Imposto sobreTransmissão de Bens ImóveisInter-Vivos (ITBI) com base no valor venal do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

"Ainda que liminar, a decisãodo Tribunal de Justiça é importante porque podesinalizar o entendimento desse tribunalcom relaçãoaomérito da questão", disse o advogadoRoberto Junqueira, do Duarte Garcia, CaselliGuimarães e Terra Advogados.

O Decretomunicipalnº 46.228/05, que vigora desde setembro do ano passado, aumentoua base decálculodo imposto ao estabelecer a atualizaçãodovalorvenalcombase eminformações coletadas no mercado imobiliário. Junqueira defendeua CompanySA, uma das empresasque obteveliminarno TJ-SP contra onovodecreto paulistano do ITBI.A empresa deixará de pagar um incremento de R$ 87 mil de imposto. Na decisão, o desembargadorGeraldo Xavierdissevislumbrar possibilidade de lesão grave e de difícil repara-

ção caso o cálculo fosse feito com base no novo decreto. Outra decisãoliminarda segunda instância permitiu queuma empresa reduzisse em R$ 10,6 mil o pagamento do ITBI. "A liminar abreprecedente para outras empresas namesma situação",dissea advogadaque defendeu a empresa, Andréa Giugliani. Defesa – Os advogados usaramos mesmosargumentos: o novo decreto fere o princípio da legalidadepor representar aumento detributo sem previsão em lei; violao princípio da anterioridade porque a previsão de aumento

de tributo só pode valer a partir do ano seguinte e fere o princípioda segurançajurídica, pois o contribuinte não tem acessoàs informaçõesquelevaram a prefeitura a atribuir novos valores aos imóveis. A Secretaria de Negócios Jurídicosdo Municípionão soube informar sobreas decisões da Justiça, mas, em setembro,a9ª VaradaFazenda PúblicadaCapitalconcedeua primeira sentença contra a alteraçãodabase decálculodo ITBI.Naprimeira instância há pelo menossete liminares contrárias ao novo decreto. Laura Ignacio

Edifício Solar Pontedeiro, em Santana, cujas vendas começaram há 45 dias, com os 18 andares já erguidos
O apartamento decorado é vendido do jeito que está, com móveis e......toda decoração dos ambientes

Qualidade da gasolina na região começa a melhorar

As autuações dos postos em Campinas caíram para três. Na região, ficaram em 29 em 2005, ante às 68 de 2004.

De toda a gasolina analisada no Estado 8,6% estavam fora do padrão em 2005. No ano anterior, o índice de não-conformidade do produto estava em 11,3%

AAs adulterações de álcool e óleo diesel também diminuíram

s autuações com ou seminterdição de postos de combustível de Campinas caíram de 14 em 2004paratrêsnoanopassado,de acordocomlevantamentos da Agência Nacionalde Petróleo (ANP).Segundo o estudo, além da queda no número de autuações, tambémhouve redução nas interdições. Em 2004, foram 11 postos interditadosetrês autuados. Em 2006, dos três fiscalizados, portanto, comproblemas, doisforamautuadose um interditado. De acordocomo presidentedo Sindicato dos Revendedores de Combustíveis deCampinase Região (Recap), Emílio RobertoMartins,adiminuição das autuaçõesestáligadaaoaumento da fiscalização que inibe o crime que atinge os consumidores e o Estado que deixa de arrecadar impostos.Contribuíram para a redução nos índicesem2005,segundoo Recap,o reforçonafiscalizaçãoda ANPna regiãoe em todo País, além da operação doEstado deSão Paulo "De Olho na Bomba" queé feitapeloProcon, Ipem, polícia e a Secretaria da Fazenda. Outro fator que estáini-

bindo a açãodos criminososnomercadodecombustíveis, de acordocom Martins, éa novalegislação estadual, em vigordesde abril, encerrando as atividades por cinco anos dos postos flagrados com combustível adulterado. Desde aimplantação donovosistema,63postostiveramalicença de funcionamento cassada no Estado, informa a Delegacia Regional Tributária de Campinas. Apesar do aumento da fiscalização, os problemas com os postosde combustíveis em Campinas não acabam. Na semana passada,aOperação deOlhona Bomba autuou quatro postos de Campinas por falta deinformação adequada sobre os produtos comercializados eospreços.A autuação foi feita pelo ProcondeSão Paulo.Deacordo com o Código de Defesa do Consumidor,as infraçõessão passíveisdemultas quevariam de R$200 a R$ 3milhões.A definição da multa e ovalor são definidosapós análisesjurídicas das infrações.

RMC – Namaioria das 19cidadesda RMC osnúmerostambém caíram, considerando-seos levantamentos realizados em 2004eno anopassado. Apenas Santa Bárbara d´Oestee Valinhos nãotiveram nenhumaautuação

em 2004 e ocorreu uma em cada cidade em 2005. Caíramde quatro para trêsas autuaçõesemAmericana edetrêsparauma em Cosmópolis. Já em Hortolândia foram de 12 em 2004paraoitonoanopassadoeem Paulíniaas autuações e interdições caíram de seis para uma.Sumaré teve baixa de 11 para cinco e NovaOdessa registrou queda de quatro para trêsautuações.Nãoregistraram autuações ou interdições as cidadesmenores da Região Metropolitana: Artur Nogueira, Engenheiro Coelho,

Holambra, Itatiba, Jaguariúna, Pedreira eSanto Antônio da Posse. NoEstado deSãoPaulo, além da queda no número de autuações e interdições, caíramtambém os índices de não-conformidade da gasolina vendida nos postos analisados. Em 2005, de toda a gasolina analisada, 8,6% estavam fora do padrão.Em 2004esseíndice foi de 11,3%. Os problemas como álcool caíram de 9,2%,em2004,para 6,2% em 2005 nas análises das amostras. No diesel a redução de não-conformidade

foide 7,2%em 2004para 3,7% no ano passado. Naquestãodo álcoola Agência espera que a adição de um corante amarelado ao álcool anidro, a partir de agora, devareduzir ainda mais apossibilidade de adulteração. Os postos de gasolina têmquecolocar visores parao cliente ter certeza queo álcoolque estácolocandono veículoé límpido. Atéagora osfalsificadores adquiriam o álcool anidro, usado para a mistura de 25% na gasolina, adicionavam água evendiamcomo álcoolhidratado, o utilizado nos veículos abastecidos a álcool.

A ANP não possuinúmeros regionalizadosde fiscalizações. De acordo com a Agência,foram efetuadas 1,1 mil autuações e interdições durante 12mil ações de fiscalização realizadas no ano passado. Em 2004,foram20milfiscalizações.Segundo aAgência,a redução no volumede fiscalizações deve-se a um melhorplanejamento das açõesque contamdesde 2005 com a atuação dos serviços de inteligênciada ANP. Com aação dos investigadores da ANP, o volume decombustível adulterado apreendido no País passou de 1,8milhão de litros, em 2004, para 4,1 milhões no ano passado. MárioTonocchi

om uma semana de atraso, a prefeitura de Campinas deve encaminhar hoje para os Correios os 372 mil carnês para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) deste ano. A administração descobriu falhas nos cálculos e suspendeu a impressão até corrigir os erros. Os prazos de pagamento continuam os mesmos. Dia 13 de fevereiro pagam indústria e comércio, 14, 15 e 16 os imóveis residenciais e 17 os isentos, aposentados e pensionistas. 30% dos contribuintes terão reajustes de até 500% no imposto. O pagamento à vista dá desconto de 12%.

RECLAMAÇÕES

Osistema 156 da prefeitura de Campinas recebeu, no ano passado, segundo estatística do órgão, 59,8 mil pedidos de solicitações de serviços ou reclamações. De acordo com o sistema, as solicitações foram enviadas aos responsáveis. A região leste foi a que registrou o maior número de reclamações, com 20.911 (35%), seguida da sul com 15.597 (26%), norte com 10.202 (17%), sudoeste com 8.960 (15%) e noroeste com 4.168 (7%). No total, foram 510 mil atendimentos. As ligações que não solicitaram serviços pediram informações gerais.

ARTE

OEspaço das Artes do Centro das Indústrias do Estado de São PauloCiesp-Campinas mostra, de 1 a 28 de fevereiro, os trabalhos de oito artistas plásticos. Na coletiva os artistas apresentam 16 obras em óleo sobre tela e acrílicos com quadros abstratos, sobre flores e paisagens. Participam Alex Roch, Dio Pinez, Eliana Rufino, Gracielle Gomes, Maria Rachel, Marilza Casotti, Mônica Nardini e Sandra Lino. A exposição fica aberta de segunda à sexta, das 8h30 às 17h30, na rua Padre Camargo Lacerda, 37, Bonfim.

Oprefeito de Ca mpin as, Hélio deOliveira Santos (PDT),assina simbolicamente hoje os contratos comasnovasconcessionárias dotransporte coletivo da cidade. Ganharam a licitação – que oferece 15 anos de exploração do sistema públicode transporte,com possibilidade de prorrogação de mais cinco

anos–duas empresase doisconsórcios que devem entregar, no ato de assinatura, 118 ônibus novos,alémdemais20carros coletivos adaptados para portadoresde necessidades especiais. Coma entrega dosveículos para portadores de necessidades especiais, a cidade dobra o número desse tipode transporte, informoua Secretaria de

Transportes. Depois da assinaturae da entregados carros, que acontece às 10h na praça Arautos da Paz, os novosônibusseguirão emcarreataparaasregiões dos Amarais, Barão Geraldo e John Boyd Dunlop. O secretário de Transportes,GersonLuisBittencourt, espera que as novas concessionárias comecem aoperarna cidadenopróximo dia 1º de março. Ele trabalhapara implantar um sistema de transporte integrado paraatendera uma promessade campanhadoatual prefeito de adotar o bilhete único. O sistema, entretanto, esbarra nosperueiros que ameaçamficarde fora da integração comos ônibus

no novosistema detransporte coletivo de Campinas,oIntercamp,senãoreceberem daEmpresa Municipal de Desenvolvimentode Campinas S.A. (Emdec)a garantia defaturamento mínimo de R$ 16,9milaR$18,9mil.Osistemaalternativo nãoacei-

ta os R$ 10,8 mil que a prefeitura oferece como faturamento para cada operadoralternativo que trabalharcomaintegração com os ônibus. O secretário garante que com ou semalternativo, obilhete único vai ser implantado. (MT)

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R ELIGIÃO

Bento 16 visitará Auschwitz

O papa Bento 16 visitará o antigo campo de concentração de Auschwitz, usado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O papa vai à Polônia em maio, informou o presidente polonês, Lech Kaczynski. Além de Auschwitz, Bento 16 visitará Wadowice, onde nasceu João Paulo 2º, e a Cracóvia, onde seu antecessor serviu como arcebispo antes de sua eleição para a Santa Sé, em 1978. Em seu primeiro mês como papa, Bento 16 enviou uma mensagem para a comunidade judaica em Roma se comprometendo a continuar o trabalho de seu antecessor em

A FEGANISTÃO

direção à reconciliação entre judeus e católicos. Também condenou o Holocausto em um de seus primeiros discursos. Mais de 1,5 milhão de pessoas morreram em câmaras de gás e crematórios de AuschwitzBirkenau, construído pela Alemanha nazista durante a ocupação na Polônia. Bento 16 serviu brevemente na Juventude Nazista durante a guerra, quando a adesão à organização paramilitar nazista era compulsória. Ele não teria integrado o partido Nazista e sua família teria sido opositora de Adolf Hitler.

Mulheres aguardam distribuição de comida por uma ONG que ajuda o governo na recuperação do país. F ÓRMULA1

Rubinho, na Honda, à frente do alemão Os brasileiros Felipe Massa, da Ferrari, e Rubens Barrichello, da Honda, marcaram os dois melhores tempos na quarta jornada de treinos de várias equipes de Fórmula 1, ontem, no circuito catalão de Montmeló, próximo a Barcelona. Massa fez o melhor tempo do dia (1min:15s.970), muito à frente de seu companheiro de equipe, o alemão Michael Schumacher, que ficou em oitavo lugar (com o tempo de 1:16.907). Rubinho marcou 1min:16s.361.

EM CARTAZ

I NTERNET

Meio de mobilização social Uma pesquisa do instituto Pew Internet, dos EUA, mostrou que internet é o meio preferido por 45% dos norte-americanos para pedir conselhos ou buscar informações em relação à carreira, à saúde e até para comprar uma casa. O estudo, que pretendia descobrir se a rede e a troca de e-mails fortaleciam relações sociais, concluiu que, especialmente em tempos de crise, a internet é um dos principais meios de mobilização das comunidades. www.pewinternet.org

WARHOL ETC

De acervos americanos e europeus, vêm as criações de Andy Warhol (foto), Richard Prince, Vik Muniz e John Waters expostas em Hollywood Boulevard. Galeria Fortes Vilaça. Rua Fradique Coutinho, 1500. Telefone: 3032-7066. 10h às 19h. Grátis.

G @DGETDUJOUR

Adaptador de WiFi, uma pechincha

Periféricos

Terra sob o mar

Nível dos oceanos deve subir até 34 centímetros no século 21

Oaquecimento globalesquentará os oceanos e causará o derretimento de geleiras no Himalaia e na Groenlândia causando enchentesedestruiçãonas regiões costeiras. A constatação éde umestudo elaboradopor cientistas australianos e publicado na revista Geophysical Research Letters.Oestudo prevê que o nível dos oceanos aumentará,em média,entre 28e 34 centímetros até 2100. Grande parte da comunidade científica acredita quea liberação degases naatmosfera pela atividade humana provoque aretençãode calornaatmosfera terrestre, oaquecimento global.Para os australianos, somente a diminuição daemissãode gases em 50%

até 2050 poderia evitar o desastre ambiental.

"O que nós constatamos é que o nível do mar está aumentandocom opassar dotempo", relatou John Church, co-autor do estudo elaborado pela Organização de Pesquisa das ComunidadesCientíficae Industrial. "Issosignifica quehaverá aumentona incidência deen-

queprovocaráo aumento da erosão nas costas. Veremos também aumento de enchentesemnações insulares (de ilhas)".

Church analisou as marés e explicou que o nível médio dos oceanos aumentou 19,5 cm entre 1870 e 2004. Diversas nações insulares já sentem oimpacto doaumento do nível dos oceanos. Em Vanuatu e Papua Nova Guiné, no sudoestedo Pacífico, aelevaçãodoníveldomarforçoucentenas de pessoas a abandonarem áreas costeiras vulneráveis, revelam dados da Organização das Nações Unidas (ONU) ereportagens publica-

MERGULHO REVIGORANTE - Uma foca enfrentou ontem o dia mais gelado do ano na capital alemã e um dos mais rigorosos invernos da Europa com um mergulho no aquário ao ar livre do Zoo de Berlin. Nenhum outro animal do quis mergulhar na água gelada.

B ATE-PRONTO

Combate à pobreza é pop

Sebastian Derungs/Reuters

EleamaSãoPauloeconsidera o Brasil "a extremidade mais sexy do catolicismo". Habituédo Fórum Econômico de Davos, ondeexerceoseupapel de celebridadepop comenvolvimento mais consistente na reduçãoda pobreza,Bono Vox, líder do U2, deu a seguinte entrevista arepórteres brasileiros:

A venda de ingressos para o show do U2 no Brasil foi caótica, com filas intermináveis, e os ingressos foram considerados caros...

F AVORITOS

Aprenda a reciclar. Navegando.

A organização CEMPRE, Compromisso Empresarial para Reciclagem, mantém em seu site uma série de informações sobre reciclagem. As dúvidas mais frequentes podem ser esclarecidas no link Serviços. Se o objetivo é conhecer as últimas novidades, a página inicial traz sempre notícias atuais e ainda oferece ao usuário a chance de receber via e-mail o informativo da instituição. Esclarecimentos sobre programas de coleta seletiva também estão presentes no site. www.cempre.org.br

Ouvi que houve críticas. Na Austrália, houve críticas dequeos ingressos eram baratos demais e é por isto quehaviapessoasbrigando por eles. Estaríamos falsamente criando um clima deanimação. Então,em um paísémuito barato, no outro é muito caro. Olhe, elessão caros,pontofinal. Masnós trabalhamoscom pessoas localmente para tentar manterosingressos maisbaratos. Foram pessoas com uma mente mais

empresarial que a minha queorganizaramo show.Espero que o público ache quevaleu a pena.

Você está ansioso com o show no Brasil?

Eu mal posso esperar, mal posso esperar.Em primeirolugar, eu amo São Paulo, amo de todas as maneiras. Eu amo o Brasil, masa animaçãodestascidades,como Rio,São Paulo...Achoque oBrasilé a extremidade mais sexy do catolicismo. Sou irlandês, metade católico. Irlandeses são brasileiros que não sabem dançar.

Mas sabem cantar? Sabemos cantar. O show no Brasil é algo muito importante, nãoapenas paramim, masparatoda abanda.Não conseguimos dar um jeito de realizá-lo naúltimaexcursão. Agoraconseguimos,e vamos dar tudo o que temos, posso garantir a vocês.

Fale sobre a "campanha do vermelho", que o veio lançar aqui. Esta é uma nova abordagem para umvelho problema, e nós a lançamos hoje [ontem]. [Produtos de marcas comoArmani,Applee Nike, com acor vermelha serão usadas em campanhas de combate à aids]. Estamos competindo pela atenção da mídia otempo todo.É muitofrustrante não conseguir colocara crise da aids no noticiário. Por isso, nós queremos trabalharcoma Nike,comaApple, ou como Armani. Porque estas são as pessoas que sabem como obter a atenção da mídia.

Universidades particulares querem assumir avaliação do ensino e competências do MEC

Prefeitura bloqueia quadras, bares e estacionamento do Parque do Povo, na Cidade Jardim Assembléia Legislativa aprova lei que obriga médicos a notificar maus-tratos em crianças

Bebê de Angelina

já é celebridade

Vários sites na internet já divulgaram uma suposta imagem do ultra-som do bebê da atriz Angelina Jolie e do ator

Brad Pitt. A imagem saiu na revista norte-americana

National Enquirer. Depois disso, vários sites disputaram o "original": apareceu à venda no site eBay e se tornou alvo de site de apostas no cassino online GoldenPalace.com, que alegou tê-la adquirido da pessoa que ofertou o material no eBay. A imagem seria de um feto de 4 a 5 meses, provavelmente do sexo masculino. O nome de Angelina está no canto esquerdo do documento, mas Brad Pitt veio a público garantir que não é o filho do casal.

Brazilian berry contra o câncer

O potencial anticancerígeno da "brazilian berry" foi comprovado por um grupo de pesquisadores norteamericanos da Universidade na Flórida. Os cientistas publicaram no Journal of Agricultural and Food Chemistry que o fruto amazônico, mais conhecido como açaí, tem antioxidantes capazes de destruir células cancerosas. Em laboratório, os extratos do açaí foram capazes de estimular a destruição de até 86% das células de leucemia testadas. O açaí tem 75 componentes ainda não identificados e os cientistas dizem que apenas começaram a estudar a fruta. http://news.ufl.edu

C OMPORTAMENTO

Coragem para falar em público

A melhor forma de se preparar para um discurso ou palestra é o ato sexual, diz estudo publicado esta semana na revista NewScientist Segundo o psicólogo Stuart Brody, da Universidade de Paisley, Escócia, apenas relações sexuais completas produzem esse resultado, porque ajuda na liberação do hormônio oxitocina, que teria um efeito calmante. Além disso, o sexo reduziria o nível de estresse e normalizaria a pressão arterial. Mas a pesquisa não é consenso. Para alguns psicólogos, a estratégia não substitui o preparo cuidadoso do que vai ser dito. L OTERIAS

BONO VOX
Ahmad Masood/Reuters
Yuriko Nakao/Reuters
▲ Reprodução em tamanho natural de Monalisa, em chocolate, foi atração de uma feira exclusiva do doce em Tóquio. A criação é da marca Madame Setsuko.
Shiru Allagui/AFP Photo
Fiorde da Groenlândia que perdeu 5km em 2 anos

Destaques polêmicos serão votados só na próxima semana

ACâmara dos Deputados não conseguiu concluir ontem a votação do projeto de leique recria aSuper-Receita. Dos 13 pontos destacados paravotação emseparado, apenasquatro foramvotadose sóumfoi aprovado.O restantedeverá ser analisado na semana que vem. Depois, o texto passará pelo Senado. Entre os pontos pendentes há propostas polêmicas, como o artigo que prevê a possibilidade deuma novanegociação de dívidas em tributos federais. A emenda do deputado Luiz Antônio Fleury (PTB-SP), apoiada pelo PFL, permite que empresas excluídas do Refis e do Paes – os dois programas de refinanciamento de débitos tributários do governo atual e anterior – reconquistemo benefício, podendo pagar os débitos à vista e com desconto. Dos 13destaques, oúnico aprovado, por 200 votos a 165, foi o texto que pedia a derrubada da proposta do relator do projetodeleidaSuper-Receita, deputado Pedro Novais (PMDB-MA), que previa a necessidadede osfuturos secretáriosdaReceita Federaldo Brasil terem seus nomes aprovados pelo Senado antes da nomeação presidencial. Outras três emendas foram rejeitadas. Entre elas, uma proposta de autoria do deputado Francisco Dornelles (PP-RJ), queexigiaqueocargodesecretário fosse ocupado exclusiva-

mente por integrantes de carreira dos auditores fiscais. A medida foi defendida como formadeprofissionalizaçãodo órgão. Dos17secretáriosque jácomandaram aReceita,desde queela foicriada, em 1968,apenasseteperten-

ciamà carreira deauditor.O próprioDornelles,quefoi secretário entre 1979 e 1985, era procurador da Fazenda e não auditorda Receita.Oatual titular, Jorge Rachid, é de carreira. Seuantecessor, Everardo Maciel, nãoera dacasa, masa comandou durante oito anos. Também foiderrubada uma emendapelaqualos técnicos daReceita passariama sechamar"analistas tributários".O governo barrou essa proposta, temendo quea mudança de nomenclatura fosseusada pelos integrantes dessa categoria para pedir equiparação salarial aos auditores fiscais. Já os auditores queriam que seu plano de carreira fosse modificado, de modo a encurtar o tempo de ascensão na carreira, hoje de 15 anos entre o ingresso e o nível máximo. Essa proposta também foi rejeitada.

Batalha – Além dos pontos polêmicos ainda pendentes, o o governo voltará a enfrentar o fortelobbydosservidores.Afinal, uma das emendas ainda nãovotadas, deautoria dodeputadoJoséCarlos Aleluia (PFL-BA),excluio auxíliotransportepago aosfuncionários públicos do cálculo da contribuição previdenciária e do Imposto de Renda. Outra trata das novasatribuiçõesdosprocuradores da Fazenda Nacional que serão responsáveis pordefendera Uniãonosprocessos tributáriostantoda Receita comoda Previdência Social. (AE)

PRUDENTE: META DE 24 MIL ASSINATURAS

Rodovias esburacadas, sem acostamento, placasou qualquer outro tipo de sinalização. Não foi fácil para o movimento De Olho noImposto seguirontemde Araçatuba para Presidente Prudente.A rodoviaRaposo Tavares pareceter sidoesquecida pelogovernodoestado, que deveria destinar recursos para conservá-la trafegável. Apenas na região de Presidente Prudente, 18 mil veículospassamdiariamente pela rodovia. Muitos desses motoristas não sabem, mas cada um deles paga, e muito, para que o governo arrume as estradas. Em cada saco de arroz, na conta de água ou qualquer produto ouserviçoqueocidadão compra, estãoembutidos impostos, que,teoricamente, deveriam ser revertidos em benefícios paraele, comomelhoria das estradas e rodovias, o que na prática não ocorre.

A chegada domovimento De Olho no Imposto a Presidente Prudente pode ser uma ferramentaparafazer ocidadão daregião seconscientizar sobre essa realidade. O movimento pretendecolher assinaturas de 1,5 milhão de pessoas e encaminhá-lasao Congresso

Nacional para, por meio de um projetodelei popular, fazer constar nasnotasfiscais o quanto deimposto estáembutido no valor final do produto. Multiplicadores– Para RicardoAnderson Ribeiro,presidenteda AssociaçãoComercial e Industrial de Presidente Prudente (ACIPP), o importante é que o movimento consegue juntar a sociedade civil em torno de uma bandeira. "As adesões aumentam,mas otrabalho precisa prosseguir, principalmente para que asidéias cheguem às pessoas mais simples, que não têm acesso aos jornais. Por isso o engajamento de associações de bairros da cidade é importante", disse. Em Prudente, cuja meta é angariar24 milassinaturas, o Feirão do Imposto ganhou jeito de megastore. No lugar de um toldoempraçapública,o cenário foi uma antiga loja, na praça Nove de Julho, local de maiormovimento dacidade. Lá,os produtos expostostraziamem suas etiquetas,além do preço final, quanto dele equivale aos tributos.

"O consumidor reclama com razão dos preços dos produtos, mas reclama para a pessoa errada:o comerciante. O real

vilão da história são os impostos agregados a cada mercadoria durante sua cadeia produtiva. É isso que queremos mostraraoconsumidor", comentou Vitalino Crellis, presidente do Sindicatodo ComércioVarejista da Alta Sorocabana. Já GuilhermeAfif Domingos, presidente da Federação das AssociaçõesComerciais doEstadodeSão Pauloe da Associação Comercialde São Paulo, lembrou que, ao contrário do que os governos dizem, sobre "taxar" profissionais liberais eempresas,na realidade quem paga os impostos é o consumidor final. "E o pior é que no Brasil, além de pagar os impostos, ainda é preciso pagar todo o resto, como saúde e educação,porquea públicaé ruim", disse Afif Domingos. "Aspessoas acreditamque são isentas de impostos, que só pagam IPTU e IPVA. Isento não existe.Quandosetomaumcafé na esquina, 50% do valor pago por ele é imposto. É o que todos precisam saber", disse Fernando Carballal, diretor daregional de Presidente Prudente do Centro dasIndústrias doEstado de São Paulo (CIESP). Renato Carbonari Ibelli, de Presidente Prudente

Fusões fracassam pelo mundo

Estudossobre afusãodos fiscos no mundo, elaborados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização Internacional do Trabalho (OIT),Fundo Monetário Internacional (FMI) eOrganizaçãoIberoamericana de Seguridade Social, mostramque essamedida,aprovada quarta-feirana Câmarados Deputados,não é viável em muitos países. Emalguns,comoEspanhae Argentina, a fusão mostrouse um fiasco. Em outros, como Canadá, foram necessários dez anos para ser executada. Por esse motivo, muitosdefendiamadiscussãopréviada união dos dois caixas (Receita Federal e Previdência). "Votar a favor da Super-Receita, matériaque exigeuma análise profunda dos impactos sociais, é mais um desgaste para a Câmara. É uma irresponsabilidade social", afirma Carmen Bressane, presidente doUnafisco DelegaciaSindical SãoPaulo. Osestudos in-

ternacionais serão debatidos emmarço duranteseminário que está sendo organizado pelaentidade,querepresenta 1.640 auditoresfiscais daReceita Federal no estado. O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme AfifDomingos, concorda que faltou discussãoe uma simplificação daestrutura antesda fusão. Paraele,toda medida impositiva, "votada a toque decaixa" geraseqüelas irreparáveis."A Super-Receita serámontada em sistema complexo. Querem fazer a casa pelo telhado e não pelo alicerce", diz Afif Domingos. Fracassos – NaEspanha, a cobrança de tributosprevidenciários ficou centralizada no Ministério da Fazenda por doisanos. Foifeito um contrato de fusão temporário para um caixa conjunto. Mas a experiêncianão foisatisfatóriaeo paísvoltoua terduas estruturas independentes.

Na Argentina, após 12 anos de unificação,há umprojeto

de leino Congressopara separar novamenteas duasestruturas. "Lá, a unificação quebrouo sistemaprevidenciário", diz a diretora do Unafisco, Silvana Campos. O estudos tambémmostram que países da OCDE como Portugal, França, Alemanha, Itália, Coréia eMéxico não têm estrutura unificada, masos que têm são oscom cargas tributárias mais altas. Orientações – O estudo das entidadesapontaalgumas recomendações para que osistema,se concretizadaa fusão,funcione de maneira adequada: se a arrecadação previdenciária for feita por um organismo especializado estreitamente relacionado com osoutros âmbitosda Seguridade Social; se houver instrumentos próprios de cobrança judicial; e, se o órgão de arrecadação previdenciária estiver em estreito contato com osinstrumentos decontrole, inspeçãodotrabalho e da Seguridade Social. Adriana David

Milton Mansilha/LUZ 19/09/05Arquivo DC
Emenda do deputado Fleury (PTB-SP) é polêmicaA emenda de Dornelles (PP-RJ) foi rejeitada
Rachid, funcionário de carreira
Everardo Maciel veio de fora Celso Junior/AE 10/11/04
Ricardo Lui/Pool7 - 07/04/04
Consumidores foram conferir de perto os impostos que pagam, e Afif Domingos dá entrevista
Fotos: Jorge Santos/Oeste Notícias

N HAMAS Radicais no poder.

Ativistas do Hamas comemoraram a vitória gritando slogans. Num confronto com partidários da Fatah, houve troca de tiros e duas pessoas ficaram feridas

E a paz de volta à estaca zero

em os principais líderes do movimento islâmico Hamasesperavamuma vitória tãoesmagadora naseleições legislativas palestinas de quarta-feira. Entre os países que condenam o grupo, principalmente EUA e Israel, a expectativa eraadequeoHamas setornasseo principalpartidode oposição,mas não que vencesse.

De acordo com o Comitê Central Eleitoral, oHamas conquistou76 cadeiras, 57%dos 132 assentosdoConselho Legislativo Palestino. O Fatah, partido que monopolizou apolítica palestinana última década, ficou com apenas 43 cadeiras (33%). Os dados ainda são parciais.

Reviravolta - Areviravolta política, que está sendo apelidada de "Revolução Verde" (acor do Hamas), contraria expectativasetodaspesquisasdeboca-deurna,quedavamvitória,mesmoapertada, ao Fatah.

Avitóriado Hamascomeçouaficar clarapara ospalestinosaos poucos.O número 1 da lista do grupo islâmico, Yismail Hanyie (provavelmente o próximo primeiro-ministropalestino), contestou asenquetes eanunciou: númerosdo partidomostravam queo Hamastinhavencido emtodos os16 distritos da Faixa deGaza e da Cisjordânia, entre eles Ramallah, considerada uma cidade liberal e laica.

Anotíciafoi seespalhandoeativistas do Hamas começaram a celebrar. O triunfo foi confirmado na tarde de ontem, com a renúncia de Ahmed Qureia, até então o primeiro-ministro doFatah. Depois, foi avezdos ministros apresentarem as cartas de demissão. Logo,o presidenteMahmudAbbas admitiu a derrota.

Na primeira entrevista coletiva após avitória,Hanyiecongratulouos eleitorespalestinospela escolha doHamase prometeumudaro dia-a-diado

povo. Pediu a Abbas que vá a seu encontro para discutir a formação do novo governo,até porqueo Hamasnão temexperiênciana complicada máquina governamental quanto a ANP. Abbas prometeucomeçar imediatamente as consultas para a formação do novo governo.Mas oderrotado Fatah está mais interessado agora em repensar seus erros ereconstruir o partido. Há muita resistência, dentro da legenda, emrelaçãoaqualquer sociedade com o rival Hamas.

Confronto - Adisputa políticapelo Parlamento palestino setransformou, no fimdatarde,emlutaaberta entreo Hamas e o Fatah. Militantes do Hamas cercaramo prédio do Parlamentoem Ramallah, baixarama bandeirada Autoridade NacionalPalestina(ANP)do mastro principal e içaram uma bandeira verde no lugar.

Oatofoi consideradoumaprovocação porativistas do Fatah,que chegaram ao local com armas em punho, dispostos arecolocar a bandeirada ANP. Houve troca de tiros e muita confusão. Duas pessoasficaram feridas, numa prévia do que pode acontecer nos próximos dias.

Israel -EmIsrael, oclimafoidechoque e de surpresa total. O governo israelense não esperava a vitória do Hamas e adotou a política do silêncio. O primeiro-ministro em exercício Ehud Olmert,depois de sereunir por três horas com a cúpula do governo e seusassessoresmais próximos,afirmou não negociará com uma representação palestina se fizer parte dela uma organização terrorista armadae que pede a destruição do Estado de Israel. "Israeltambémdizia quenãopodia negociar com Mahmud Abbas. Com isso, enfraqueceu muito o Fatah. Deu no que deu. Olhaaí o novo 'parceiro'", disse,com ironia onegociadorSaeb Erekat, que conseguiu se reeleger para o Parlamento palestino pela Fatah na cidade de Jericó.

COMO NEGOCIAR A PAZ COM DESTRUIÇÃO?

Opresidente George W. Bushreagiu ontemàvitória doHamas afirmandoqueseu governonãonegociará com umpartido quepregaa destruição do Estado de Israel. "Não vejo como você pode ser um parceiro na paz se advoga a destruição de umpaíscomopartedesuaplataforma",afirmou.MasBush elogiouo caráter democrático da eleição palestina e pediu que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, que tem trêsanosde mandatopela frente, permaneça no posto. EmDavos, onde participa doFórum Econômico, a secretária de Estado,CondoleezaRice,pediu ao

Hamas para renunciara violência. "Quem quer que seja que queira governarospalestinoscom o apoiodacomunidade internacionalteráquesecomprometercoma solução dedois Estados [Israel e Palestina]", disse. No entanto, conceitos como "processo de paz" podem ter se tornado obsoletos nanovarealidade criada pela vitória do Hamas que o professor Shibley Telhami, autoridadeem Oriente MédiodaUniversidadede Maryland, chamou de "nada menos do que uma estonteanterevolução política".Telhami disseque a eleição "encerrou a era da Organização para a Li-

bertação da Palestina e apresenta agora enormes desafios para os EstadosUnidos, Israele opróprio Hamas, que foi guindado a um papelquenunca teve,nãoesperava nem está preparadopara desempenhar". Paraos EUA,"trata-se do primeiro teste real da política de promoçãoda democraciano Oriente Médio", disse. Especialistaschamarama atenção, também, para realidades que poderãoforçar oHamas aadotar uma atitude mais prática e moderarsuasposições,acomeçar em relação a Israel. Aprimeiraé que ogoverno do partido islâmico deriva sua autori-

dade institucional dos acordos de Oslo,firmadoscomIsrael, que criaram a Autoridade Nacional Palestina (ANP). Outra,mais palpável,é que50%doorçamento da ANP vem de transferências fiscais feitas por Israel, que obviamente as suspenderáse oHamas mantiversua hostilidade ao Estado judaico, no poder. "As pesquisas de opinião mostram que um dos motivos que levaram os palestinos a votar em massa para oHamas foi seu repúdioà cleptocracia instalada pelo Fatah e à sua faltade capacidadede governar, e não seu desejo de acabar com Israel", disse Telhami.

O NEGÓCIO LUCRATIVO DAS FEIRAS

Números impressionantes por trás desses eventos: negócios de R$ 3,2 bilhões ao ano; 36 mil empresas expositoras e 160 mil prestadores de serviços

As feirascomerciais não sãoimportantes apenas para as cerca de 36mil empresas expositoras queparticipam de mais de 150 grandes eventos ao longodoanoemtodooPaís.As atividadesrealizadasnos bastidores, ouseja,aquelasque tornamesseseventos viáveis, geram negóciosestimados pela União Brasileira dos PromotoresdeFeiras (Ubrafe) em maisdeR$3,2 bilhõesaoanoe trabalhopara160milprestadores de serviços de 50 diferentes ramosdaeconomia.Sãonúmeros impressionantes.

O totalde R$3,2 bilhões,segundo odiretorsuperintendente da Ubrafe, Armando Campos Mello,é divididoem três áreas:R$800milhõessão investidos pelas promotoras; R$800 milhõesparamontagem e infra-estrutura dos estandes;eos outrosR$1,6 bilhão para serviços fora dos pavilhões, como hospedagem, transporte e alimentação.

A recém-encerradaCouromoda garantiutrabalho para 10 mil prestadores de serviços dentro e fora da feira e movimentou, sozinha, R$ 40 milhões, segundo o diretor geral do evento, Jeferson Santos. Desde a montagem da exposição até o desmonte, uma infinidade de profissionais atuam. Marceneiros, engenheiros,operadores de som e vídeo, recepcionistas, garçons, faxineiros e seguranças, além de profissionais que atuam em hotelaria, companhias aéreas e agências deturismo se revesam emmomentos diferentespara o mesmo evento.

Capital das feiras – Na capital paulista,apenas oseventos promovidos pela Alcântara Machado representam R$3,1bilhões, com a geração de 120 mil empregos temporários. A empresa, responsável por 30 feiras porano,estima que entre4 mil e 5mil pessoas são envolvidas em cada uma delas. Amaiorpartetrabalha

namontagem dosestandes, que são vendidos a R$ 250 até R$ 600 o metro quadrado. Luiz Cláudio Mello, sócio da ExpoEnstal, responsávelpelo estandeinstitucional da Couromoda e da Smart Bag, uma das expositoras, afirma que o custodeumestandevaria de acordo com o material, nível de transformaçãoda matériaprima,mão-de-obra, transporte e horas de trabalho. "Umbom trabalho demora cerca de dois meses paraser analisado e discutido com o cliente", explicaMello, quepara os dois serviços na Couromoda empregou 40 pessoas, entretapeceiros,eletricistas,arquitetose montadores.Todos eles especializados em feira. Profissionalização – Aliás,a especialização nesses eventos équasetotal.A enfermeira Elianede Oliveira,contratada da Salud, atua há cinco anos no posto médicoda Couromoda. Lá,osmaiores problemassão bolhas nopé, pressãoarterial, cortes e dor de cabeça. São 180 atendimentos diários. Voltar aos plantõesdehospitais? "Nem pensar, o salário em feiras é bem melhor", diz Elaine. Outro profissional quenão deixa osetor é obombeiro Reginaldo dos Santos. Há seis anos eletrocou o grupode incêndio pela empresa AP Fire, especializada em eventos. Além de um salário melhor, ele alega que o trabalho é facilitado. "Jásabemosquais sãoos riscos, geralmente pequenos curto-circuitos e sobrecarga de energia. É mais fácil prevenir maiores problemas", explica. Há20anos emfeiras,aMemories Eventos Especiais fez o primeiro making of da Couromoda.O diretor da empresa, Gilberto Perussi, comemora a conquista de trabalhos tambémcom osexpositores. "Além da montagem, algumas empresas pedem fotos e mudança de iluminação ou o som", diz Perussi, que tem uma equipe de oito técnicos. Adriana David

Limpeza e segurança garantiram a tranqüilidade na cidade Couromoda

A cada ano agerente operacionalda promotoraCouromoda,Carla Nawoe,recebe propostasde diferentes empresas desegurança elimpeza interessadas em participar das feiras que a empresa organiza: Couromoda, Hair Brasil, Odonto Brasil e Hospitalar. "Procuramos manter os mesmosprestadores,maspodehaver variação. Tem muitaempresa boa",garante Carla,que atua em feiras há 18 anos.

Na edição deste ano da Couromoda,encerradaem19dejaneiroparao público,a segurança ficou sob a responsabilidade da Master Security, que levou 80 profissionais para garantir atranqüilidade no Anhembi. Outros 200 vigilantesfizeram asegurançapara expositores. Esseéocasode WilliamGarcia,que hádois anos atua em feiras e controlou a entrada de visitantes no estandeda SãoPaulo Alpargatas. Recebeu R$ 40 por dia. "Trabalho também em shows e corridas de automobilismo, em que, assim como em feiras, nunca há monotonia", diz.

contratou 140 pessoas da Victória Serviços Especializados para cuidar da manutenção e limpeza dos banheiros, ruas e corredores do Anhembi. Além da triagem de material para a reciclagem.

A empresatem180 auxiliaresdelimpezaefetivos e, quando precisa, contrata também temporários."Às vezes ocorrem várias feiras ao mes-

mo tempo e tenho 400 pessoas trabalhando simultaneamente", diz o coordenadorOlegario Galvão Júnior. Quanto aos estandes, cada expositoré responsávelpor contratar o pessoal para a manutenção do local em que está inserido.Nestaedição, foram mais 400 colaboradores, de diferentes empresas, para manter tudo em ordem. (AD)

Agora, até seguro para estandes

Mesma profissão, salário maior

O maior estande da Couromoda, o da São Paulo Alpargatas, com 1.076 m², contou com o trabalho de 67 pessoas. A maior parte (40) foi contratada pela empresa Sob Medida, que coordenou 15 atividades, entre elas recepção, segurança, limpeza, suporte técnico e bufê para a efetivação dos negócios da calçadista, que há oito anos não participava da feira.

O garçom William Moraes diz que fez um bom negócio ao escolher atuar em eventos. "Em restaurantes eu receberia

um salário fixo, inferior ao que ganho em feiras, que varia de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil", comemora. (AD)

Realmente não há espaço para tédio. Especialmente se o evento for como a Erótika Fair. É o que garante Flávio Carrera, sócio da Cava Vigilância e Segurança."Afeira éumcaldeirão efervescente. Temos de lidar com a sensualidade aflorada das pessoas que participam", diz o empresário, que há 22anos atuana áreae emprega 300 vigilantes fixos. Uma característica essencial para estes profissionais é a flexibilidade. "É tudo inesperado, diferente da segurança em edifícios,onde sesabea quehoras e com que carro o presidente da empresachega, por exemplo", explica Carrera.Assim comoo serviçoa serenfrentadopelos vigias, osvalores cobradospelasempresas oscilam muito. Segundo Carrera eles vão de R$ 500 a R$ 3 mil.

Tudo limpinho – Já em relaçãoà limpezadasfeiras eestandes, cerca de 50 a 60 empresas oferecem o trabalho em todo o País. A Couromoda

R oubos de equipamentose acidentescom pessoas que trabalham nosestandesdasfeiras já podem ser segurados. Um novo produto,o Seguro Estande, foi oferecido a expositores na primeira grandefeira de negócios do ano,aCouromoda.E seu sucesso écomemorado pelos idealizadores. Quase 70 expositores contrataram, gerandouma receita de R$ 65 mil. Amodalidade éválida durante a montagem, realizaçãoe desmontagem das feiras e cobre Responsabilidade Civil (danos causados a terceiros por responsabilidade do expositor), Danos deCausa Externa aequipamentos utilizados no estande, e Acidentes Pessoais. O produto foi desenvolvido pelas corretora Aon, seguradora Royal&SunAlliance e União Brasileira dos Promotoresde Feiras (Ubrafe), que congrega 40 empresas promotoras. SegundoDenis deOliveira, gerente comercial do departamento de eventos da Aon, as apólices disponíveisno mercado atualmente cobrem apenas a responsabilidade civil. "O Seguro Estande é mais completo e com um custo bem mais acessível. Outra vantagem é a facilidadedeaquisição." Acontratação éfeita pelo site (www.seguroestande.com.br), que agiliza ereduz oscustos do processo. (AD)

Divulgação/Couromoda
Por trás de feiras setoriais como a Couromoda, até 10 mil pessoas trabalham nos bastidores, de profissionais de montagem a serviços gerais

DIAS DE LUCRO PARA AS PAPELARIAS

IPC Índice medido pela Fipe aponta que a inflação ficou em 0,62% na 3ª quadrissemana.

FUNDO PARA PPP SAI DO PAPEL

Ogoverno retirou o último obstáculo legal para que as Parcerias Público-Privadas (PPPs) tornem-se realidade. O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy (foto), anunciou na sextafeira a primeira assembléia do Fundo Garantidor das PPPs (FGP), que aprovou o estatuto e o regulamento e autorizou o aporte de R$ 3,43 bilhões do governo. Os recursos serão transferidos por meio de entrega de ações do Banco do Brasil (R$ 1,12 bilhão), Vale do Rio Doce (R$ 1,44 bilhão) e Eletrobrás (R$ 861

AChina suspendeu as importações de carne bovina, suína e de ovinos do Brasil. A medida teria sido publicada na página eletrônica do Departamento de Quarentena Animal e Vegetal da China, mas só agora traduzida. (AE)

OCentro de Lançamento de Alcântara fará dois lançamentos de foguetes de sondagem este ano. Serão as primeiras missões desde 2004, quando os militares lançaram o primeiro protótipo VSB-30. A primeira missão deverá ocorrer em setembro. (AE)

A TÉLOGO

Celso Junior/AE - 24/08/05

IPCA-15 A alta no preço do combustível forçou o IPCA-15, que registrou alta de 0,51% em janeiro.

milhões) que pertenciam ao governo federal. "O Brasil tem agora todos os instrumentos legais para tirar do papel os projetos de PPPs", afirmou Levy. O fundo visa a dar segurança

Daos investidores de que receberão a contrapartida do governo definida nos contratos de PPP. "Acho que esta é uma sinalização de que o governo está a sério nessa questão do PPP." (AE)

esde 1999 os industriais não começavam o ano tão pouco otimistas. A pesquisa Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que eles estão otimistas em relação ao que vai ocorrer com a economia e com seu próprio negócio nos próximos seis meses. No entanto, a taxa medida pela CNI é a mais baixa dos últimos oito anos. A razão para o pouco entusiasmo, de acordo com os técnicos da pesquisa, é uma espécie de "ressaca" do final de 2005. (AE)

Ao contrário do que sugeriu na semana passada o ministro das Comunicações, Hélio Costa, nem todas as emissoras de televisão preferem o padrão japonês de TV digital. A Associação Brasileira da Radiodifusores (Abra), formada por Bandeirantes, SBT e Rede TV!, nega a preferência pelo sistema japonês e afirma que ainda não escolheu o padrão de TV digital. Na segunda-feira passada, o presidente do Forum ATSC, representante do padrão americano, Robert Graves, disse que a Globo é a principal interessada no padrão japonês. (AE)

Davos: Lamy reforça sua imagem de hábil negociador

País amplia área de cultivo de transgênicos

Governo deve reduzir IPI para incentivar compra de material de construção

Apesardeo brasileiro reclamarda situação econômica doPaís, osetorde papelaria não tem muito do que se queixar, especialmente nesta época do ano. As vendas de material escolar em janeiro estiveram em alta, e alguns estabelecimentos dacapital conseguiram um aumento de até 18%defaturamento em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundoo proprietário da Artesco Comercial ePapelaria, na Vila Clementino, José EduardoRibas,o bom resultadoé, emparte,conseqüênciadeum reajuste médio de até 8% no valor dos produtos e do aumento das vendas de itens com maior valor agregado. "Asmães compram primeiro o básico e depois, se sobra um pouco, adquirem mercadoriasmais sofisticadas", disse o empresário, que está no ramo há duas décadas.

"Todos os anos surgem novos emelhores produtos que

apresentam umpreçomaior, mas ainda conseguimos achar ositensordinários pelomesmo valor que no ano passado", afirmou a engenheira Tathiane Simões, que comprava os últimos itens da lista na papelaria Pontocom Papéis, em Perdizes,próximo de sua casa, na última sexta-feira.

A maratonade comprade livros e material escolar da engenheira começou no início de janeiro e teve passagens por quatro papelarias, fora a editora onde adquiriu os livros. O motivo para passar por tantos locais não foia pesquisa, mas a complexidadedos materiaispedidos pelaescolaparaosfilhos MariaClara, de10anos, eJoão Marcelo,de 7."Aslistasapresentam requintes de crueldade, como EVAdourado",brincou Tathiane. "Mas vale a pena. Como ospróprios professores dizem, o resultado é bom."

Movimento – O empresário GustavoCorrêa,daPontocom, nãotemdo que reclamar. As vendas que devem prosseguir

Diferenças chegam a

até o fim de fevereiro estão dentro daexpectativa. "Omaterial escolar é considerado um vilão, mas o cliente viaja, compraroupas caras,jóiase depois não pode desembolsar R$ 80 para ofilhoestudar?" questionou Corrêa,cujaloja está próxima de cerca de 20 mil alunos e diversas escolas. Mas não é apenas esse montante que é gasto pelos pais. Tathiane, por exemplo, desembolsou R$ 1.100. Cerca de R$ 700 só de livros, que conseguiu pagar à vista com desconto de 10% na editora. O resto do material escolar foi parcelado em duas vezes.

A comerciante Ângela Martino Gogliano gastou cerca de R$ 300com material paraa filha de 10 anos e o filho de 15 anos– foraoslivros, que somaram mais R$ 577. As compras foram parceladas no cheque e cartãoem cincovezes. Ela nem quis saber qual seria a opção parapagar emdinheiro, pois ele está em falta. Adriana David

1.069%

N esta época de volta às aulas, os preços de material escolar variam muito. A maior diferença foi registrada pelo site de preços BuscaPé. Entre os produtos da lista de materiais pesquisados, o lápis de cor da Faber Castell apresentou variação de preços de 1.069% — de R$ 5,90 até R$ 69. Na pesquisa de 187 itens do Procon-SP, o giz de cera com 12 cores da marca Maripel foi o material que teve maior variação. O produto é vendido com diferença de até 284,62%. O preço da caixa de giz variou de R$ 0,65 a R$ 2,50. Em 2005, a maior diferença detectada pelo levantamento do Procon foi constatada no lápis preto nº 2 redondo, que atingiu o percentual de 311,11%. (AD)

José Eduardo Ribas, da Artesco Papelaria: "As mães compram primeiro o material básico"
Gustavo Corrêa, da PontocomAngela Martino Gogliano e Marcela Gogliano: gastos de R$ 300
Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

1º MARINE BRASILEIRO MORTO NO IRAQUE

Jerusalém o polêmico rabino Kadouri

Cerca de 200 mil pessoas lotaram Jerusalém ontem para os funerais de Yitzhak Kadouri, o místico rabino que amaldiçoou Saddam Hussein e influenciou as eleições israelenses. Acredita-se que ele tinha pelo menos 106 anos.

Jovem morreu quando retornava de um confronto em Falujah, uma das áreas mais conturbadas do Iraque. Ainda há outros dois brasileiros servindo nas forças de ocupação norte-americanas no território iraquiano.

Obrasileiro Felipe Carvalho Barbosa, de22anos,fuzileiro naval dos Estados Unidos,foimorto na última sexta-feira, quandoretornava de umconfronto emFalujah, no Iraque. O caminhão em que ele estava passou porcima de uma minae capotou,segundo informaram familiares dojovem que moram no Brasil, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele era um dos três brasileiros que foram ao Iraque como soldados das forçasarmadas norte-americanas.

Após sessão conturbada, o juiz adiou o julgamento do exditador iraquiano Saddam Hussein para quartafeira.

O corpode Felipedeve chegar na próxima sexta-feira, dia 3, aos Estados Unidos e o enterro estáprevisto paraacontecer no sábado. O pai do rapaz, Robson de Lima Barbosa, de 44 anos, que mora em Goiânia, no Brasil, vai pedir que o Itamaraty intervenha junto ao governo norte-americano para que sua viagem para lá seja custeada pelo governo local. "Não tenho meios próprios para viajar. Mas meu filho morreu a serviço do governo dos Estados Unidos. Acho queo mínimo queelespodemfazerépermitir que euo veja pelaúltima vez", afirmou Barbosa.

Desejo – Felipe mudou-se com seus pais e o irmão André para a Carolina do Norte em 1994. Desde pequeno, ele dizia que queria ser militar, incentivado pelo tio Carlos Alberto Simões, sargento reformado da Marinha. Os paissepararam-se eelepermaneceumorando nos Estado Unidos com amãe,Iracy,e oirmão.Aos16 anos, ingressou na Marinha norte-americana. Odesejo de Felipe era participar da caçada ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein.

Portrês vezesfoireprovado nos testes a que os militares são submetidos antes de irem à guerra: foieliminado nosexamesmédicos, depois cortado por umafalha técnicana sala em que era feita a triagem e, por fim,um defeitonopáraquedas o impediu de saltar. "Eraumsinal dequeelenão deveria ir à guerra. Sempre fui contra, mas ele tentou por dois anose conseguiu na quarta vez. Quando eu soube, ele estava no Iraquehavia três meses", contouBarbosa,que não via o filho desde 2002, quando o rapaz esteveno Brasil pela última vez.

Orações – Felipe foi para o Iraque em outubrode 2005 e deveria voltar para os Estados Unidosem março deste ano. Há 15 dias, um amigo dele foi morto em combate na sua frente. O fuzileiro naval conversou por telefone com a tia Maria Simões, que vive em Bangu, e pediu que ela rezasse. "O negócio aqui está feio", disse. Na sextafeira, apóso confronto,Felipe ligou para a mulher, Christie, e disseque estavabem.Pouco depois, houve o acidente. Falujahéumadasáreasmais conturbadas do Iraque, com intensaresistência àocupação americana. O fuzileiro morreu no diaem que seuirmão completava 16 anos. "O André está inconsolável. Ele esperava que o Felipe ligasse para dar os parabénseotelefonemaquerecebeu foida notícia damorte do irmão.Elenunca maisterá umafestadeaniversário"disse o pai de ambos. Aindahá outrosdois marines brasileiros lutando pelos EUA noIraque: DanielMoreira, de 24 anos, e Felipe Mesquita, de 22.

(AE)
Maurício Lima/AFP
Felipe Carvalho Barbosa (ao centro) estava no Iraque com as forças norte-americanas desde outubro de 2005 e deveria voltar aos EUA em março deste ano
Caos com Saddam David Furst/AFP
Menahem Kahana/AFP Morre em

A CARAVANA PELA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA CHEGA À CIDADE DE BAURU E CONTINUA

MAIS DE 30 MIL CIDADÃOS DE OLHO NO IMPOSTO

JA carga tributária alta, se retornasse de maneira correta para o cidadão, não significaria gasto, e sim investimento.

Guilherme Afif Domingos

imposto em tudo o que consome.Nosso primeiro passo é conscientizar as lideranças de várias cidadespara que possam transmitir nossos objetivos onde elas têm influência. É assim que o movimento vai se multiplicando", explicou CássioCarvalho, presidente da Associação Comercial e Industrial de Bauru (ACIB). Risco – Em Bauru,uma das preocupações era o fato de o movimento ocorrer em um ano eleitoral, o que pode emperrar a tramitaçãodo projeto de lei noCongresso.Já Edson Reis, presidente da regional de Bau-

á são mais de 30 mil brasileiros De Olho no Imposto.Esseé o total deadesões até a última sexta-feira, duas semanas após a caravana pela transparência tributária ter caído na estrada e percorrido seis cidades do interior paulista e Londrina, no Paraná.Outras 11 cidades do Estado de São Paulo serão visitadas até 23 de fevereiro. A mais recente passagem da caravanatributária foipor Bauru, a 400 quilômetros da capital. Por lá, a meta será colher 33mil assinaturas atéo dia 1º de maio. A intenção do movimento De Olho no Imposto é obter 1,5 milhão de assinaturaspara regulamentar, porprojeto delei popular, o parágrafo 5° do artigo 150 da Constituição Federal, que prevê que todo cidadão brasileiro tem o direito de saber quanto paga de imposto em cada produto ou serviço que compra. O movimento pede para que essa transparênciana cobrançadosimpostoschegue aocidadão por meio da inserção do valor dos tributos na nota fiscal de cada produto ou serviço que se compra. "A carga tributária alta, se retornasse de maneira correta parao cidadão, não significaria gasto para ele, e sim investimento. O movimento pretendeconscientizar a população para que possa dizerseoinvestimentodogovernoé compatívelcomo quearrecada”, disseGuilherme Afif Domingos, presidente daFederação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Bauru– Tudoindica que a meta nacidade seráalcançada facilmente. Em apenas cinco horas de abertura do Feirão do Imposto, maisde 1,5 mil assinaturas jáhaviam sido obtidas. "Os impostos no Brasil são embutidos, não estão às claras. O movimento quer esclarecer apopulaçãodequeela paga

ru da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acha que isso pode ser uma vantagem. "Foi bom ter surgido um movimentocomo esseagora.Este seráo momento decobrar doscandidatos a regulamentação do parágrafo 5° do artigo 150." Alémdo sitedomovimento (www.deolhonoimposto.org.br), outras ferramentas da internet passaram a ser usadas pela população paradivulgação.O movimentoganhou recentemente uma comunidade nas páginasde relacionamentodo Orkut. "O cidadão precisa conhecer como a estrutura tributária funciona", disseRicardo Coube, presidente da regional Bauru do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP). "A mobilização popularé uma forçaquedescobrimosrecentemente coma derrubada daMP 232.Agora vamos usar essa mesma força para mostrar ao Brasil que entrampordia R$2 bilhõesnos cofres do governo federal e essedinheiro, quesai do nosso bolso, está sendomalgasto", disseAriovaldo AriGabriel, presidente da Associação Comercial de Barra Bonita. Além da Facesp, participam do movimento De Olho no Imposto o Centro das Indústrias doEstado de São Paulo (Ciesp), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Sindicatodas EmpresasdeServiços ContábeisnoEstadode São Paulo (Sescon) e a Associação Médica Brasileira (AMB). Renato Carbonari Ibelli, de Bauru

Nota fiscal eletrônica

entra em vigor a partir de abril

Mais umaetapado projeto piloto da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) foi concluída. Representantes das secretarias da Fazenda (Sefaz) dos 27 estados da Federação se reuniram, naúltima sexta-feira, no Encontro Nacional dos Administradores Tributários (Encat). Oobjetivo eradiscutir o conteúdo do manual de integraçãopara acriação de um modelopadrãonacionaldodocumentoquevenhasubstituira sistemática atual de emissão da nota de papel, a partir de abril. O projeto piloto vem sendo desenvolvido pelassecretarias de seis estados – São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Maranhão –em parceriacom19 empresas. Na primeira fase, que começa em abril, as notas serão emitidas paralelamente àsde papel,como precaução tantopara ocontribuinte como para o Fisco. "Como estamos em fasede teste, não queremos que nenhuma das partes corra o risco de ter alguma falha na hora de gerar o documento. Vamos trabalhar comas duasformas juntas",

disse Newton Oller de Mello, líder do ProjetoNotaFiscal Eletrônica da Sefaz-SP. Só a partir do mês de julho é queo documento eletrônico substituirá definitivamente a versão empapel. Comcertificação digital, a NF-e terá validade judicial. Nesta fase, o projetotambémserá aberto paraoutrassecretarias eempresas que queiram ingressar no sistema eletrônico de emissão de notas. "A previsão é que todos os estados estejam totalmenteintegrados ao sistema em dois anos",contouEudaldo Almeida de Jesus, superintendente da Administração Tributária da Bahia e coordenador-geral do Encat.

OComitê GestordoProjeto Nacional da Nota Fiscal Eletrônica, formado por representantes de todos os estados, ainda não definiu se o uso do documentoeletrônico será obrigatório, abolindo devez o papel. "Em alguns setores mais problemáticos, como a cadeia produtiva do petróleo, por exemplo,queprecisa deuma fiscalização mais rígida, a nota eletrônica podeser obrigatória. Mas estamos estudando

comoseráo procedimento com os demais", disse Jesus. Benefícios– A nota fiscal eletrônica vaisimplificar afiscalização daReceita Federale das secretarias da Fazenda, alémde reduziroscustosdas empresas. Hoje, para fiscalizar uma empresa,oFiscoprecisa queumauditor váaolocale analise todas as notas empapel, quedevempermanecer armazenadas porcinco anos. Com a NF-e, esse processo passa a ser eletrônico, e as informaçõessobreo que umaempresa vendeu, por quanto e os tributos que pagou por essa venda poderãoser obtidasem tempo real, pela internet. Já as empresas – além de redução de custos com impressão, aquisição de papel, envio do documento fiscal, armazenagem – terão a vantagem de não perder tempo nos Postos Fiscais de Fronteira, quando forem entregara mercadoria. Hoje, todas as notas precisam ser conferidas e digitadas nos sistemas do Fisco. Com o processo eletrônico, a informação chega pela internet antes mesmo do caminhão. Márcia Rodrigues

Estudo apontará gargalos do País

Asqueixas históricas dos empresários brasileiros sobre as dificuldades para o desenvolvimentodos negócios no País podem ganhar mais um respaldotécnico de peso.O Movimento BrasilCompetitivo (MBC),entidade comtitulação de Organização da Sociedade Civilde InteressePúblico(OSCIP),emconjuntocomo Banco Mundial lançam neste mês o projeto Doing Business Brazil 2006, que vai avaliar os fatores queinfluenciam diretamente a expansão ou a restrição dasatividades comerciais em 12 capitais brasileiras. O projeto Doing Business é feito em 155 países e dá origem a umranking dos melhores e pioresambientes denegócios. O Brasil faz parte desse grupo há três anos, com análise apenas dacidadedeSãoPaulo,e encontra-se entreos piorescolocados, no 119º lugar. A novidade do Doing Business Brazil 2006 é que o estudo será regionalizado, assim como foi realizado no México em 2005, pioneiro na nova metodologia. Segundo Fernando Mattos, presidente do MBC, a análise regionalizadade12 capitais permitirá um estudo mais pre-

ciso,eliminando distorções verificadas empaíses degrandesdimensões, cujasvariações entre os ambientes de negócios são acentuadas.

Cinco critérios servirão de parâmetro para determinar as facilidades e dificuldades para

12 capitais brasileiras farão parte do estudo que será realizado pelo Movimento Mundial Competitivo e o Banco Mundial

o desenvolvimento dos negócios nacionais, a partir das legislações e regulamentações vigentesedesuasaplicabilidades: abertura de empresa; registrode propriedade; pagamento deimpostos; cumprimento de contratos;e garantias para obtenção de crédito. Mattos destaca pelo menos três benefíciospara osempresários e para o governo que po-

dem surgir a partir do estudo. "Primeiro, uma tomada de consciência geral com a identificação das variáveis que mais afetama atividadecomercial. Depois, a possibilidade de comparação dos resultados entre os estados, com a identificação dosgargalosespecíficos de cadasetor.Comisso, é possívelque uma capitalvenhaa seespelharna outra,eliminando eventuais obstáculos individuais. Porúltimo, ajuda na definição de políticas públicas", disse. A previsão de conclusão do relatório é junho. Luis Aldo Sanchez,consultor daInternationalFinance Corporation, do Banco Mundial, responsávelpeloDoing Business regionalizado no México, explica que a entidade vai elaborar recomendações aos estados queserãoanalisados, com base no resultado do estudo, sem,contudo, obrigá-losa promover alterações. "Os governosdos estados emunicípios têm competência para promover alterações e melhorar os indicadores, fomentandoa competitividadee geração de empregos." Veja sobre comofazer negócios no exterior na página 8. Fernando Vieira

Aceituno Júnior/Jornal da Cidade de Bauru
Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP, acompanha o Feirão do Imposto na cidade de Bauru

CHUVA NO RIO:

AGORA, 13 MORTOS

Mais uma vítima da chuva de sexta-feira foi encontrada no Complexo do Alemão

Onúmero de mortos no temporal que desabou sexta-feira, provocando caos no Rio de Janeiro, pode ser de 13 pessoas. Ontem, o InstitutoMédico Legal (IML)confirmou a identidade da 12ª vítima: MarçalPortelaFilho,de42anos. Ele morreu no Complexo do Alemão, nazona Norte.Segundo testemunhas, ele foi arrastado pelas águas ao tentar salvar osirmãosDavi,de18anos,eDaniel Rodrigues da Rocha, de 22. Outro corpo, que pode ser confirmado como a 13ª vítima, chegouontemàtardeaoIML.Ohomem foi encontrado também próximo aoComplexo do Alemão e pode ter tentado ajudar no resgate dos irmãos. NoPenhaShopping, seis pessoas morreram afogadas dentro doestacionamento

Bombeiros no estacionamento

subterrâneo. A lista de vítimas emoutrasregiões, que jáincluíaum homemeletrocutado em Caxias ao pisarnum fio de alta tensão,tambémaumentou: uma moradorade Inhaúma morreu no desabamento deummuro eumhomemafogou-se após cair no Rio Brandoas, em São Gonçalo. Fechado – O Penha Shopping não abriu no fim de semanaporordem daDefesaCivil do município.O prédiochegoua serevacuado namanhã

dedomingo paraquetécnicos analisassem sea estrutura tinha sido comprometida, mas à tarde funcionáriosjá trabalhavam na limpezadas lojas. Na vistoriaconstatou-se quenão háproblemas.O Corpode Bombeiros trabalhou no local durante todo o final de semana pararetirar aáguaqueinundou o estacionamento.

APolíciaCivilabriuinquéritopara apurarse houveomissão na morte das pessoas afogadasno estacionamento.Na investigação será apurada a responsabilidade da administraçãodo shoppingno caso.A delegadaViviane Carvalho, da 22ª Delegacia de Polícia (Penha), disse queespera receber o caso até o fim da semana. No domingo,uma levechuva caiu na cidade, sem maiores consequências. (Agências)

Desabamento na Polônia: 66 mortos

A s autoridades polonesas informaram ontemque 66pessoas morrerame 160ficaram feridas no sábado no desabamento do teto de um centro de convenções na cidade de Katovice, cerca de 300 km de Varsóvia, no sul da Polônia. Asequipes deresgatedisseram que não esperavam encontrar mais sobreviventes sob as vigas retorcidas. O acidente ocorreu durante umaexibiçãointernacional de pombos-correio.Segundo os organizadores,cercade 500 pessoas estavam no localno momento do desabamento. Esta éa piortragédia naPo-

GIr

Agendas da Associação e das distritais

Hoje

■ Exporta - O vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Alfredo Cotait Neto participa da reunião plenária do programa São Paulo Exporta promovida pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Às 9h, na sede da entidade, avenida Paulista, 1313/14º andar.

Executiva - Reunião da diretoria executiva da Associação Comercial de São Paulo. Às 15h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/ 11º andar, sala Abílio Borin.

■ Plenária - Reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo com análise sobre o movimento De olho no imposto - Avanço e mobilização. Às 17h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária.

■ São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de Salões de beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h. Amanhã

■ MP 275 - A Associação Comercial de São Paulo, Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Força Sindical, Sescon, Associação Paulista de Medicina e outras entidades da sociedade civil promovem Ato Público de Repúdio contra a MP 275/05. Às 10h30, na sede da OAB/SP, praça da Sé, 385/2º andar.

■ Posse - O vice-presidente e coordenador do Fórum de Jovens Empresários da Associação Comercial de São Paulo, Júlio César Bueno, participa da Sessão Especial de posse dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo nos cargos de presidente, vice-presidente e corregedor. Às 11h, no auditório do tribunal, avenida Rangel Pestana, 315, anexo I.

lônia em duas décadas. O teto pode ter desabado em razão do peso da neve ou o extremo frio teria feito cederas estruturas de aço. A Polônia vive seuinverno mais rigoroso das últimas décadas, quevitimou quase200 pessoas e afetou transportes e fornecimento de energia. As temperaturas chegam a 30

Escombros: bombeiros procuram por sobreviventes

graus negativos. O presidente do país, Lech Kaczynski, declarou luto nacional até quarta-feira. (AE)

morreram afogadas.

Carros foram destruídos pela força das águas na rua José Maurício, próximo ao Shopping Penha. Dentro do estacionamento do centro de compras, seis pessoas
Fotos: Severino Silva/AE

OPINIÃO

RESENHA INTERNACIONAL

A MÍSTICADE AHMADINEJAD

Graças ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, uma palavra entrou para o vocabulário político: Mahdaviat. Como explica a Encyclopaedia of Islam,o Mahdi é "o restaurador da religião e da justiça, o que reinará até o fim do mundo". Mahdaviat significa "a crença e o esforço de preparação para a chegada do Mahdi". Em excelente matéria para o Christian Science Monitor Scott Peterson mostra que mahdaviat é fundamental no pensamento de Ahmadinejad. Quando discursou na ONU em setembro, Ahmadinejad desconcertou os líderes mundiais que o ouviam ao encerrar sua exposição com uma prece pela volta do

Mahmoud Ahmadinejad, presidentedoIrã, crêquesuamissão pessoalésagrada. Elepreparaavoltado "restauradorda religiãoedajustiça".

Mahdi: "Oh Senhor TodoPoderoso, eu vos peço que antecipe a chegada de seu último enviado, o Prometido, o ser humano puro e perfeito, o que trará justiça e paz a este mundo."

De volta ao Irã, Ahmadinejad recordou o efeito de seu discurso na ONU: "Alguém de nosso grupo me contou que, quando comecei a dizer "em nome de Deus, o TodoPoderoso e Clemente", ele viu que uma luz me rodeava, e eu me encontrava no meio dela. Eu também a senti. Senti a atmosfera mudar de repente e, por esses 27 ou 28 minutos, os líderes mundiais nem pestanejaram. (...) E eles ficaram extasiados. Foi como se uma mão os prendesse em seus lugares e lhes mantivesse os olhos abertos para receberem a mensagem da República Islâmica".

O que Peterson chama de

"a obsessão presidencial" pelo mahdaviat infunde em Ahmadinejad "uma certeza que deixa pouco espaço para concessões. Desde reparar as desigualdades entre ricos e pobres até desafiar os Estados Unidos e Israel ou fortalecer militarmente o Irã com programas nucleares, todas as suas iniciativas são calculadas em função do retorno do Mahdi". Mahadaviat tem implicações diretas e perigosas para o confronto entre os Estados Unidos e o Irã, diz Hamidreza Taraghi, da rígida Islamic Coalition Society e um partidário de Ahmadinejad. Implica ver em Washington um rival de Teerã e mesmo um falso Mahdi. Para Ahmadinejad, a

prioridade é desafiar os Estados Unidos e, mais especificamente, opor-lhes um modelo de Estado poderoso, criado com base na "democracia islâmica". Taraghi vê complicações à frente, a menos que os americanos mudem essencialmente o modo de agir. Eu inverteria a formulação. Os líderes mais perigosos da história contemporânea são os que dispõem (como Hitler) de uma ideologia totalitária e de uma crença mística em sua missão pessoal. Mahmoud Ahmadinejad preenche esses dois critérios, como revelou o seu discurso na ONU. Acrescida de seu esperado arsenal nuclear, essa combinação faz dele um adversário a ser detido, e com urgência.

TRECHOSDOARTIGODEDANIEL PIPESPUBLICADONONEWYORK SUNEDISPONÍVELNOSITE WWW MIDIASEMMASCARA ORG

Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Ed tor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura Ignácio, LúciaHelena de Camargo,MárciaRodrigues,NeideMartingo,PatríciaBüll,Paula

O poder pelo poder

Adecisãoda CâmaradosDeputados deacabar coma chamada verticalização nas eleições é uma forma a maisde demonstrar como, no Brasil, ospartidos políticose asalianças existem apenas como forma de chegada ao poder. Nada além disso.

A verticalização, nome horrível para uma situação mais justa, obrigava os partidos a terem coligações nas eleiçõesseguindo as efetuadas na esfera federal. Por exemplo, se o PSDB e o PFL,na campanhapresidencialse uniremem convenção, nos estados os dois partidos não poderiam formar coligações diferentes. Com a mudança poderá haver alianças partidárias diferentes entre sino plano federal eem cada unidadeda Federação.Istosignifica quepartidos poderão ser aliadosnum Estado e inimigos em outros.

Podeparecer,numa primeiraanálise,quea suspensão da verticalização favoreça o caráter federalistadoPaís, comEstados autônomos entre si, mas unidos numa legislação maior. Isso, todavia, não ocorre noBrasil em quase nenhumaesfera. Apesardeostentar opomposo nome de RepúblicaFederativa do Brasil, somos praticamente um país sem autonomia entre os Estados. Nosso título, República Federativa do Brasil, na prática tem o mesmo significado da República Bolivariana da Venezuela, com todo respeito aocamarada Chávez.Na práticanão quer dizer nada. A pseudoliberdade de alianças diferentes em Estadosdiferentes sóevidencia agula dospolíticos brasileiros para chegar ao poder. Este re-

presenta a aspiração máxima, porque tomar conta dasfinanças públicas,sobre elasexercer controle e destino, nomear desde parentes até eleitores sem competência, eisa vocação máxima damaioria denossos políticose governantes.Claroqueaqui nãoprecisomencionaratomada de assalto do próprio Poder e a corrupção generalizada. Estaespéciedesub-produtoda chegadaao Poderpelo Poder tem, nomomento, suaexpressãomaisforteestampadadiariamenteemtodos os jornais, há mais de oito meses, em todo o Brasil. Sem projeto de governo, mas com projeto de Poder pelo Poder, o atual governo federal é exemplo típico e acabado do que é fazer política e governar noBrasil.Esomos umademocracia. Imagine-se isso tudo sobuma ditadura, seja de esquerda ou de direita.

Apopulação brasileira,ignorante, desinformada, manipulada, cordata, mansa, não tem nem idéia do que seja a tal de verticalização ecomo issopode produzirgovernosinteresseiros (mais)egruposde poderformado unicamente para mandar no patrimônio público e jamais para governar ou legislar pensando no interesse maior da população, o seu próprio bem-estar. Fatos assim lembram com precisão o deputado Justo Veríssimo,exemplar personagem de Chico Anísio que, se não me engano, quando chamado à atenção por sua forma corrupta e fisiológica de exercera função de representante público,dizia: Euquero queo povose exploda!

A PSEUDOLIBERDADEDEALIANÇASSÓEVIDENCIAAGULADOSPOLÍTICOS

A economia está blindada?

ANDRÉ FRANCO MONTORO FILHO

Uma questão atualmente muito discutidaé porque agravecrise política que o Brasil enfrenta não tem gerado efeitosdevastadoressobrea economia e mais especificamente sobre o mercado financeiro.Ocorreque ofuturoéconstruídoa partir de decisões tomadas no presente e esta tomada de decisões é influenciada tanto pelos resultados passados quanto pelasexpectativas emrelação aofuturo.Expectativasnão sãocertezas,são prognósticosqueseformam apartir de muitosfatores.Nestes fatores, aparecem, com grande importância, osfatores políticos e as instituições políticas.

Ora,aatualcrisepolítica,as denúnciasque têmsidocomprovadas,as investigaçõesque têmsidorealizadas,estãorevelandoumpadrão decomportamentodealtasautoridadesdoExecutivo e do Legislativoque são incompatíveis com a prática republicana. Este padrão de comportamento, além demoralmente condenável, é prejudicialpara a tomada dedecisões econômicas, especialmente para aquelas cujas repercussões vão ocorrer no futuro.

Este clima de crise moral cria incertezas. Se a lei não é respeitada, se a prática de caixa dois se torna um comportamento aceitável e travestido da alcunha de recursos não-contabilizados, se a compra de apoios políticos na Câmara se transforma em negociação com a base aliada e se mentir descaradamente é considerado habilidade política, quemgaranteque contratos serãorespeitados,quedireitosserãopreservados, que as regras do jogo não serão arbitrariamente modificadas? Estas garantias -e não apenas de forma teórica, mas como regras de comportamentoefetivamente obedecidas-,são cruciais para avaliações de investimentos especialmente para aqueles de longo prazo de maturação. E

quiçásão estesosinvestimentosmaisimportantes para um crescimento econômico sustentado.Dúvidas sobre estas garantias criam um climade desconfiançaextremamente prejudicial às decisões de investimento. Alémdisso, acriseestámostrando umaface amoral ou imoral denossas organizações políticas.Aoinvésde discussõessobreosgrandes problemas de nosso país e de propostas visando o bem comum, o que se observa é um vale-tudo para conseguirvantagensemtroca de votose apoios políticos, um verdadeiro mercado persa, ondevencequemé maisesperto,quemémais malandro. A crise política estámostrando aos investidores que bons resultados podem ser obtidos comestas má-práticas enãoatravés de melhorias tecnológicas,modernização eeficiência econômica. O que se está incentivando é o capitalismo predatório enão um desenvolvimento sustentado

São estas repercussões negativas sobre as decisõesde investimentoque seconstituem nomais perniciosoefeito dacrise políticasobreaeconomia nacional.E contraistonãoháblindagempossível.Odanojá foi feito. O que é agora possível fazer é minimizaro prejuízo.O piorque poderáacontecer éa impunidade, élevar com abarriga. Comisso o incentivo para a malandragem será amplificado.Paraprocurarevitaresteecúleoéimprescindível tantouma rigorosae confiávelapuração, como uma rápida punição dos culpados, que demonstre que estesfatos foramlamentáveis desvios de comportamento, que não são aceitos pela sociedade brasileira.

JOÃODE SCANTIMBURGO CORRIDA PRESIDENCIAL

Criou o presidente Lula suspense em torno de seu nome e somente no derradeiro minuto do dever de se lançar candidato decidirá se vai fazê-lo ou não. Deve-se considerar Lula um candidato com peso eleitoral, pois os escândalos políticos chegaram até ele mas não o abateram. Lula é, portanto, um animal ferido, mas não vencido. Outro candidato para a corrida presidencial poderá ser o governador Geraldo Alckmin ou o prefeito José Serra. Tanto um como outro dependem do PSDB e, mais objetivamente, do expresidente Fernando Henrique Cardoso. Mas as convenções, como a opinião pública em geral, são inesperadas em suas decisões de apoio ou de repulsa. Enfim, a corrida presidencial deverá ter candidatos de outras organizações partidárias que se unem para a eleição e desde que já habilitadas pela Câmara dos Deputados para essa finalidade.

Estamosnuma democraciacom defeitos,pois ascoalizõesnão favorecemà transparência doregime.

Como se vê, estamos numa democracia com defeitos, pois as coalizões, autorizadas pela Câmara não favorecem a transparência do regime, transparência da qual vive o regime e sem a qual a democracia entra numa fase de degenerescência. Mas, enfim, aceitaremos o regime como ele nos apresenta, e critiquêmo-lo a título de colaboração para o expurgo de seus males, que não são poucos e que muito comprometem a adesão plena das novas gerações aos verdadeiros postulados democráticos. A corrida presidencial tem defeitos, um dos quais permite que o presidente em exercício não necessite exonerar-se para concorrer, fato que favorece o presidente capaz de usar a máquina administrativa para fins eleitorais.

São estas as considerações que me vêm nesta fase inicial da corrida presidencial, com candidatos capazes de chegar ao Palácio do Planalto, segundo as pesquisas de opinião. Mas, saiba-se que a corrida presidencial é cheia de obstáculos e de difícil realização.

Behrouz Mehri/AFP

Grand Slam é com Federer

O Aberto da Austrália é o 35º título da carreira do suíço e o 7º em 7 finais de Grand Slams. Página 4

ALMANAQUE

OS 40 ANOS DE ROMÁRIO

Reprodução/Arquivo

Um dos maiores goleadores do Brasil em todos os tempos, Romário de SouzaFaria completou ontem 40 anos de vida em plena atividade como jogador profissional. Foi dele o gol de honra do Vasco na derrota para o América por 2 a 1, pelo Campeonato Carioca, no sábado.Acima, eleaparece tambémcom acamisa do Vasco, comemorando um golnocampeonato estadualde 1985,o anoem queRomáriodespontouparaofutebolprofissional.Em seus primeiros dois anos e meio de carreira, o jovem Romário já ultrapassava a marca dos 100 gols. 0

DO VASCO AO VASCO, INCLUINDO A SELEÇÃO

Além doVasco, clube emque iniciou a carreira,esteve de 1999 a 2002 e defende atualmente,Romário jogouno PSV Eindhoven, daHolanda(1988 a1993),Barcelona, da Espanha (1993/94), Flamengo(1995/96e1998/99), Valencia, da Espanha (1996/97), e Fluminense (2002/2004).Pela Seleção, disputou as Copas de 1990, na Itália(emboratenhajogado pouco,por estar contundido), e 1994,nosEstadosUnidos,quando foitetracampeão mundiale oartilheiro do time, com 5 gols. 0

A POLÊMICA

DOS 1 000 GOLS

Recentemente,Romário teria anunciado sua intenção dechegar aos 1 000 gols antes de encerrar a carreira. Pelas suas contas, recentemente avalizadas pela Fifa, o de ontem teria sido o 948º. No entanto, além dos 71 marcados antesdese profissionalizareque causam grande polêmica, Romário corre o risco de perder mais nove. Na últimasemana,o PSV Eindhoven, seu ex-clube na Holanda, anunciou queem sua passagemporláobrasileiroteriamarcado 165 gols, e não 174. 0

“Podemme cobrar.Vou chegar ao milésimo gol.” (Do jovem Romário, aos 21 anos, paraos repórteres Alfredo Ogawa e ÁtilaSantos, de Placar, na edição de 18 de março de 1988.)

OCorinthiansinaugurounasextafeiraseumemorial,o mais completo do país,com consulta em banco de dados,vídeos de gols, jogos interativos e fotos das equipes detodos ostempos. Avisitação começou no sábado.

De segundaa sexta-feira,o Memorial doCorinthians funciona do meio-dia às 22 horas. Nosfinais de semana, das 9 às 18 horas.

Hoje,

Palmeiras pára no embarque

Para irritação de Leão, o time não conseguiu voar ontem e só vai hoje para a Venezuela. Página 3

ALEGRE RETORNO

Nílton Fukuda/AE

Foimesmo uma volta feliz. De Ricardinho, que, após quase quatro anos, vestiu a camisaalvinegra novamente. E tambémdobomfutebol do Corinthians, que reapareceu ontem, em Americana, na goleadapor4a1sobreoRioBranco. Com o resultado, o time toma novo fôlego para correr atrás do Palmeiras, o líder do Campeonato Paulista.

“Eu estava angustiado. Queria logoentrar emcampo. Tinha certeza que uma coisa muito boa iria acontecer. E foi melhor do que eu pensava. Parece que eu nunca me afastei do Corinthians. Estou mesmo emcasa. Aquiéo meulugar”, dizia Ricardinho após o jogo, sorrindo. “Ele era ojogador que faltava por aqui. Contra o Rio Branco, ditou o ritmo do jogo.Dosou avelocidadee fezo time correr na hora certa. Era o Ricardinhoquem euprecisava”, comemoravaotécnico Antônio Lopes. “Com o Ricardo no time fica fácil. É só correr porque elevai conseguirtocar certo a pelota no meio doszagueiros”, elogiavaTevez. “O Ricardinhoéumdosjogadores mais inteligentes com quem eu já estive em campo. Já deu para perceber. Ele sozinho determinao ritmodapartida.Foi ótimo ele ter sido contratado”, reforçava Nilmar.

“Foi apenas aprimeira partida.Deu tudocerto porqueo Corinthians tem um excelente time. Jogar com gente boa de bolafica fácil”,avaliou opróprio reestreante, logo após a vitória de ontem. “O primeiro passoé nosagrupar paratirar omelhor detanta gentetalentosa.Mashoje foiumespetacular começo.”

Uma vitória chorada

Já tinham se passado pouco mais de dois dos três minutos de descontosquando o garoto Jonas recebeu a bola na entrada da área, de costas para a zaga, dominou, virou o corpo e chutou, com o bico da chuteira,bem colocadonocanto direito do goleiro do América. A bola bateu na trave, correu pela linhado gole foientrar dooutrolado. Ogol chorado, no finzinho do jogo, definiu a vitória do Santos sobre o América por 3 a 2, em São José do Rio Preto, a primeira fora de casa da equipe neste ano. Foi osegundo goldo garoto o jogo que teve um primeiro tempomuito movimentado: Du fez 1 a 0 para o América, Luiz Alberto empatou, Jonas colocou o Santos em vantagem, Danilinhoigualou oplacar a três minutos do intervalo. Além dos quatro gols, as equipes criaram outras dez chances de gol, seis do Santos e quatro doAmérica,quepararam em finalizações erradas ou nos goleiros.

Ao contrário dos primeiros 45 minutos, o segundo tempo foi arrastado, lento e com pou-

caschancesdegol. Bemque Vanderlei Luxemburgo apelou paragritos à beirado gramado, pedindo mais velocidade ao time, mas nada alterava o ânimo dos jogadores santistas, quepareciam cansadose entregues.SortequeJonassalvou o dia, com o gol da vitória. Com 10pontos, oSantos divide o terceiro lugar com o São Caetano, que tem melhor saldo de gols,e está de olhono líderPalmeiras,que ganhou os 15 pontosdisputados atéagora. A vitória animou Luxemburgo: "Projetamos recuperar ospontosperdidosnoinícioda temporada. OPalmeirasfez três jogos em casa e dois fora, o inverso da gente. Então, acredito que muita coisa vaimudar. Os meninos vão, aos poucos,ocupandoseuespaço.Vejo progresso em quase todos." O técnico elogiouo atacante Jonas, que,segundoele,tem habilidade, boatécnica e"faz bem a parede com a bola como faziaEvair".Felizcomoelogio, Jonas comentou o gol da vitória: "Eu bati com consciência e conquistamos estestrêspontos muito importantes."

Se em sua reestréia Ricardinhofoi discreto(apesar deter dadoopassepara oterceiro gol), o talento da dupla ofensivaTeveze Nilmar fez adiferença. No primeiro tempo, Nilmarabriu omarcador, aos 30 minutos, e Nunes empatou parao RioBranco, aos42. Nosegundo, Tevez, aos3,Nilmar, aos 26, e Carlos Alberto, aos 42,

completaram agoleada. “Por termosdois atacantesrápidos ehabilidosos comoeles, atendência éque agentecadavez mais consiga subirdeprodução”, opinou Ricardinho. “O Tevezfoi muitointeligente, percebeu que eu estava chegando e cruzou bem”, descreveu Carlos Alberto, autor do quarto gol corintiano, mar-

Junto com Ricardinho, voltou ontem o bom futebol do Corinthians, que goleou o Rio Branco por 4a1e agora volta a ter pretensões no Paulista

cado de cabeça.“Ogrupo do Corinthians é assim: todos procuram servir ocompanheiro,quando ele está melhor colocado.” O jogador garantiu que está motivado para recuperar a posição na equipe: “A opiniãodotreinadortem deser respeitada. Omaisimportante é que estou feliz aqui no Corinthians”.

São Paulo fica duas vezes atrás no marcador, consegue virar o jogo mas no final acaba cedendo o 3 a 3 para o Guarani

Um empate brigado

Otorcedor que esteve ontemànoite noMorumbi para assistir SãoPaulo eGuarani podeter motivos para reclamardetudo, principalmentese forsãopaulino. Menos de monotonia. Em umapartida bastantemovimentada,as duas equipes empataram em 3 a 3. FoioGuaranique saiu na frente,com umgolde Bilu,cobrando pênalticometidopelo zagueiroFabão, aos20minutos do primeiro tempo. Aos 29, o jovem Thiago empatou para o SãoPaulo, mas aos45 Rodrigo Sá faria Guarani 2 a 1. A primeira etapadojogoaindaassistiriaamaisumempatetricolor, com Souza, aos 50 minutos. No segundo tempo, Roger, aos 21, fez São Paulo 3 a 2, mas um novo pênalti de Fabão cobrado por Edmílson decretou oempate: 3 a 3, aos 37 minutos.

Com a contrataçãode Maurinho, que deve ser apresentadoamanhãno CT da Barra Funda aoladodeLeandro, Souza devevoltara lutarpor uma vaga no meio-campo.

“Deixamos a desejar e sofremos dois gols bobos, em contra-ataques”, comentou o improvisado lateral-direitoSouza logo depois da partida. “Pelo menos valeu pelo segundo tempo, quandoestávamos em desvantagem e conseguimos reverter o placar. Mas sofremosogolde pênaltinofimdo jogo enão tivemostempo de reagir mais."

“Procurei colaborar, masminha posição é no meio."

O atacante Roger marcou seu primeiro gol na temporada, masnãoestava satisfeito. “O resultadopoderia ter sido melhor, o importanteé que aproveitei bem a oportunidade. Se tiver a chance de jogar contra o Marília, quero ajudar o São Paulo novamente”, disse, sobre o duelo da próxima quarta-feira, no interior.

Celso Unzelte
Celso Unzelte
às 20 horas, estréia na Rádio RecordAMoprograma Record nos Esportes. Fábio Sormani recebe personagens do futebol do presente e do passado.
Carlos Chimba/Futura Press
Marcelo Ferrelli/AE
Julian Smith/EFE
Alex Silva/AE

DEU NO BLOG

Aquestãoda verticalizaçãodas coligaçõespartidárias caiunocolodos eleitoressemquea mídiativessetido tempoparaexploraras nuancesdameia-volta patrocinadapelo governo.CesarMaia, prefeitodoRioeprécandidatoà PresidênciapeloPFL, nadacontracorrente doscomentaristase defendeemseublog oespíritofederativo.

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Impor a verticalização é apostar na instabilidade

Acobertura de parte da imprensa sobre a verticalização ou desverticalização é pelo menos ingênua. Transforma tudo em jogo eleitoral. Mesmo que o seja para muitos, esta não é a questão de fundo. O ponto é que num país de tamanho continental (que para ser democrático tem que ser federadoanalise outros assim), com

multipartidarismo e enormes diferenças regionais, a verticalização é um fator de desestabilização institucional, porque afeta a própria Federação. O Império caiu porque não soube federalizar a monarquia. A República Velha, para sobreviver, teve que organizar uma federação com forte autonomia

estadual. Prudente de Morais tentou centralizar e viveu num permanente quadro de instabilidade. Campos Sales federalizou fortemente e estabilizou o país. A Revolução de 30 começa a naufragar no golpe de 37. A República de 46 foi forte enquanto a federação o era. Jânio e Jango debilitaram a

federação e a instabilidade se tornou inevitável. Nos últimos governos federais há um processo de debilitamento da Federação, com centralização de decisões e de tributos. Em cima deste quadro, impor ao regime político brasileiro a camisa de força da verticalização, será criar as condições para a desestabilização

Alckmin vence Serra

O governo Alckmin pagou os precatórios como prometeu. Serra, não. Se pagamento da dívida pública desempatasse, Alckmin seria o candidato.

Oanúncio de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, irá se desincompatibilizar do cargono próximo mês de março, por conta da sua pré-candidatura à Presidência, acirrou o debate sucessório não apenas na mídia,mas principalmente dentro do PSDB, partido do governador e do prefeito paulistanoJosé Serra, concorrente direto de Alckmin nadisputa para o cargo. A disputa entre os dois governantes, no entanto, não se limitaao campopolítico. Uma sensíveldiferença está na forma de lidar com as dívidaspúblicas. Um exemplogritanteécomo cadaumencara suas

obrigações de pagar os precatórios (valores aos quais foramcondenados pela Justiça).Enquanto Alckmin encerrou 2005contabilizando R$ 2,1 bilhões em pagamentos de precatórios, Serra sequer quitou, conformehavia prometido, os últimos compromissos relativos a 1998, deixados para tráspela prefeita Marta Suplicy, e nãocumpriuoorçamentode2005, queprevia a destinação de R$ 350 milhões parao abatimento desse débito. Dianteda dívida em precatóriosda Prefeitura de São Paulo, onde apenas os alimentares somam, hoje, R$ 2 bilhões, a explicação de que falta dinheiro não convence aquelesque,

há anos, estão esperando para receber seus créditos. Ainda mais depoisdasúltimas declarações do prefeito ao jornal “ O Estado de São Paulo”, edição de 17 de janeiro:“Estamos pagandotodosem dia”, disse. Todos, quem? Namesmaedição, os dados preliminaresfornecidos pela Secretaria de Finanças do município mostram que,em 31 dedezembrode 2005, “sobraram” R$ 445,6 milhõesem caixa,mesmo depois de descontados osrecursospara pagar as despesasque ficaram as dívidasde curtoprazo e osfornecedores. Ora, o que fizeram com os credoresdos precatórios alimentares? Simplesmenteos ignora-

ram, face à ansiedade de passar à opinião pública uma imagem de competência financeira. Aocontrário do prefeito, ogovernadorGeraldoAlckmin destinou R$ 2,15 bilhões para o pagamento de precatórios, oqueequivale a3,5%da receita corrente líquida do Estado em 2005. No que se refere ao compromisso com os credores e respeitoàs decisõesjudiciais,o governador está à frente na disputa. Podeparecer um dado insignificante no amploespectroda corrida sucessória, mas é sintomaticamente revelador.

MARCELOREISLOBOÉ ADVOGADODO DABUL&REISLOBO ADVOGADOS

institucional que virá inevitavelmente, na medida que retira a flexibilidade que a federação inevitavelmente precisa ter num país continental, com tantas diferenças regionais e num sistema pluripartidário.

ANTONIO DELFIM NETTO É PEGAR OULARGAR

CSAdauto Lima escreveu no dia 26 a carta Mais um tributo: o contador, criticando a obrigatoriedade de ter que contratar estes profissionais. Eles contestam e ele volta a atacar.

Caro Adauto, você teria razão na sua colocação se a Contabilidade também fosse bitolada como é a Informática ou se você fosse prestar serviços apenas para clientes informais, pois o contador é um gênio, que faz da sua empresa uma pessoa que pode viver corretamente nesta gigantesca engrenagem. Como seus clientes têm sempre um contador, é óbvio que na contrapartida também tenha que haver outro gênio...

Em qualquer profissão existe o meioprofissional: aquele que trabalha apenas oito meses, constitui uma PJ para mantê-la inativa (??), cobra pela atividade nos doze meses do ano e reluta em remunerar profissionais que lhe atendem durante todo o ano, muitas vezes fora do horário comercial. Na época em que vivemos é arriscado ser um “empresário compulsório”

A disputa entre os dois não se limita ao campo político. Na forma de lidar com as dívidas públicas a diferença é gritante.

Enquanto Alckmin pagou R$ 2,1 bilhões em 2005, Serra sequer quitou o que havia prometido, os últimos compromissos de 1998, deixados pela Marta Suplicy.

A explicação de que falta dinheiro não convence. Sobraram R$ 445,6 milhões em 2005.

2005 foi o ano em que a administração estadual mais pagou precatórios desde 1995.

.Muita gente critica os tributos. Outros sonegam. Depois ficam criticando a qualidade do ensino, saúde, etc. Isso é hipocrisia. Também sou bacharel em contabilidade, minha segunda graduação. Sei que ela é fundamental para uma empresa, o que não é o nosso caso, os "empresários compulsórios". Ou vocês acham que podemos chamar de empresário um funcionário que é "convidado" a abrir uma PJ para ganhar R$ 1.500,00/mês e pagar mais de 10% disso, apenas porque temos uma legislação produto da filosofia do criar-dificuldade-paravender-facilidade? Sendo contador, sou obrigado a pagar um escritório de contabilidade, esteja trabalhando ou não, porque é a única forma de enfrentar essa parafernália que vocês também conhecem. Longa vida aos contadores mas, por favor, não vamos fazer com que rotos vivam às custas dos esfarrapados.

e for mantida a expectativa de que vamos terminar 2006 com uma taxa Selic de 16% e uma inflação de 4%, significando um juro real de 12% (que muito provavelmente continuará a ser a maior taxa de juro real do mundo), podemos esquecer o crescimento robusto que Lula imagina poder apresentar como plataforma para a reeleição. Os partidos da oposição já estão aproveitando essa perspectiva e colocando em destaque nos programas de seus eventuais candidatos a questão dos juros, mostrando que a sustentação das altas taxas é o principal fator de inibição do desenvolvimento e do aumento da oferta de empregos. Um desses programas alternativos é do PSDB, que cuidadosamente omite o fato que em oito anos de governo tucano o Brasil conviveu com as maiores taxas de juro do mundo e com quatro anos de controle de câmbio, que só terminou quando o País quebrou e teve que ser socorrido pelo FMI.

OgovernoLula nãotemnada melhorafazer, anãoserjogar suasapostasna retomadado crescimento

O governo Lula está facilitando as coisas para a oposição, na medida em que comete os mesmos erros que FHC cometeu em seu primeiro mandato, ao sustentar um câmbio supervalorizado com uma taxa de juros indecente, fatores relevantes de castração do desenvolvimento. Há apenas dois anos a economia crescia 4.8% e apontava para um crescimento do PIB superior a 5% nos anos seguintes, o que irritou profundamente os mercados financeiros e o Banco Central, reiniciando-se a escalada dos juros que se prolongou até setembro de 2005!

om o aumento das taxas de juro e a valorização cambial, esfriou o ânimo dos empresários que se preparavam para investir, seja para aumentar a oferta destinada ao mercado interno, seja para expandir suas exportações. Possivelmente tivemos um PIB crescendo à taxa medíocre de 2,5% ao final de 2005. O baixo crescimento não esfriou apenas o ânimo dos nossos empresários, mas afastou os investimentos externos direcionados ao setor produtivo nacional. Os números divulgados neste início de ano mostram que o Brasil vem perdendo posições na atração dos investimentos diretos do exterior e em 2005 foi ultrapassado pelo México. Os investimentos diretos são função da taxa de crescimento do PIB e nisso o Brasil está perdendo de goleada: na medida em que nossa economia foi murchando, ela perdeu também a contribuição do capital externo, o que é mais um fator de inibição do desenvolvimento.

Amola propulsorado desenvolvimento éoempresárioe amolapropulsora doempresárioéo governoarrumado

Ogoverno Lula não tem nada melhor a fazer, a não ser jogar todas as suas apostas na retomada do crescimento. O presidente precisa se dedicar full time a esse objetivo e voltar a estimular pessoalmente os empresários, convencido que o que produz o crescimento é o investimento e quem faz o investimento é o empresário . A mola propulsora do desenvolvimento é o empresário e a mola propulsora do empresário é um governo bem arrumado, inteligente e que tenha disposição de manter um diálogo adequado com os setores produtivos.

DEPDELFIMNETTO@CAMARA GOVBR

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br
Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

Sob pressão

Um grupo de intelectuais pretende divulgar um manifesto de apoio à candidatura presidencial de José Serra. O documento deve vir a público em fevereiro e coincide com a decisão de secretários municipais de defender a candidatura do prefeito à sucessão de Lula.

O manifesto é o álibi que Serra necessita para justificar a renúncia à Prefeitura. José Serra está disposto a aceitar a convocação do partido e sair candidato à presidência. Mas, prefere esperar por uma decisão do PSDB. O prefeito não deseja, por enquanto, assumir a candidatura antes do pronunciamento do partido. Serra não gostaria de ser criticado com antecedência por admitir que pode renunciar ao mandato 1 ano e 3 meses depois da posse.

O prefeito está bem situado nas pesquisas e é, por enquanto, o único tucano que poderia bater Lula nas urnas. Se a tendência das pesquisas for a mesma José Serra deve levar vantagem sobre Alckmin na hora da escolha partidária.

DIFERENÇA

Serra continua adotando uma tática diferente da assumida por Geraldo Alckmin. O governador já assumiu a candidatura e já prometeu renunciar ao mandato até 1º de abril para ficar à disposição do partido. São posições antagônicas de dois pretendentes à legenda do PSDB.

A ESCOLHA

O candidato do PSDB deve ser anunciado em março. A escolha está sendo lapidada em seguidas reuniões de 3 cardeais tucanos: FHC, Tasso Jereissati e Aécio Neves. Os tucanos adotam alguns critérios para chegar ao consenso. Um deles é tomar por base as pesquisas.

ANÁLISE

Outro critério adotado pelo triunvirato é o de apurar qual dos pré-candidatos tem melhores condições de atrair o apoio de outras legendas. O partido quer ampliar o leque de apoios a seu candidato. O primeiro partido a apoiar o candidato tucano deve ser o PFL.

MAIS APOIO

O PSDB quer amarrar alguns acordos para o 2º turno. Os tucanos estão de olho no PMDB, que deve ter candidato próprio no 1° turno. O PMDB é tido e havido como o partido mais bem estruturado nos estados.

PAQUERA

Apesar de ter marcado as prévias para 19 de março para a indicação do candidato, o PMDB continua a ser namorado também pelo PT. Os governistas do PMDB, como os senadores José Sarney e Renan Calheiros, insistem para que o partido apóie a reeleição de Lula e não lance candidato próprio.

MANIFESTAÇÃO

Tendo à frente Orestes Quércia, peemedebistas programaram para 2 de fevereiro um ato público, em São Paulo, favorável à candidatura de Germano Rigotto à sucessão de Lula. Quércia quer que Rigotto passe a defender um programa social.

FAVORITISMO

Quércia acha que se Germano Rigotto não passar a defender um programa social vai perder as prévias para Anthony Garotinho. Além de Quércia, Rigotto conta com o apoio de governadores do partido, como Jarbas Vasconcelos (PE) e Luiz Henrique (SC).

COSTURA

A tese de candidatura própria está se fortalecendo também no PDT. O partido

OPOSIÇÃO JURA CONTRA-ATAQUE

Agência Senado/Arquivo/14-11-2005Lindomar Cruz/ABr

Otem 3 pretendentes à legenda, os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Péres e o governador Ronaldo Lessa. Mas, há quem queira que o partido lance o vice na chapa encabeçada pela senadora Heloisa Helena, do PSOL.

CANDIDATURA

Enéas Carneiro reafirma que decidiu não ser candidato à reeleição a deputado, apesar de ter sido eleito em São Paulo com 1 milhão e 500 mil votos pelo Prona. Enéas está disposto a enfrentar uma nova candidatura presidencial e defender suas teses nacionalistas.

ENCUCADO

Lula continua irritado com a disposição do relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio, de citá-lo no relatório final dos trabalhos da comissão. Serraglio não vai denunciar Lula por envolvimento em algum crime, mas vai acusá-lo de ter sido negligente.

INCONSTITUCIONAL

A OAB também admite que o fim da verticalização nas coligações não pode ser inserido nas regras das eleições de outubro. É inconstitucional para a Ordem. Os que são favoráveis à verticalização lembram que a Constituição admite mudanças nas regras eleitorais com a antecedência mínima de 1 ano.

RECURSO

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) encaminhou ao STF mandado de segurança contra a decisão da Câmara de eliminar a obrigatoriedade da verticalização a 8 meses da eleição. O deputado admite que a decisão da Câmara é inconstitucional. É a mesma tese defendida pela OAB.

VIAGEM

Integrantes da CPMI dos Correios devem embarcar hoje para os EUA. Vão atrás de dados novos sobre contas bancárias de Duda Mendonça naquele país. Fala-se que o marqueteiro teria movimentado nos EUA cerca de U$S 15 milhões. A comitiva viaja sem muita convicção de que alcançará sucesso na obtenção dos documentos.

ASSESSORIA

Ex-sócio de Duda Mendonça, o publicitário João Santana deve ser o marqueteiro da campanha de Lula à reeleição, apesar das acusações de que teria enviado US$ 500 mil ao exterior por meio de doleiros.

Detalhe: o escândalo do mensalão rifou a permanência de Duda como marqueteiro da campanha de Lula.

s partidos deoposiçãojá preparam seu contra-ataque para tentarneutralizar osefeitosdas"bondades políticas"que vêmsendo anunciadas pelo presidente LuizInácioLulada Silvanos últimos 30 dias. O primeiro alvo daoposição será onovo salário mínimo. Lula anunciou o aumento de R$ 300 para R$ 350, a partir de abril. Embora essa elevaçãojá tenha sido a maior dada por um governo nos últimos anos, a oposição quer iniciar uma guerra política dentro do Congresso para aumentar ainda mais esse valor. A idéia é subiro mínimo para pelo menos R$ 375 mensais. Mas o número preferido daoposição é R$ 400 mensais. Sobrando dinheiro – "Já que estásobrando dinheiro nogoverno,o PFLdefende que o novo salário mínimo fique entre R$ 375 e R$ 400. Até para que eu não tenha que passara campanhaeleitoral dizendoque Lulamentiu quando prometeu que terminaria ogoverno dobrando o valor do mínimo. Assim que a

medidaprovisória quealtera o valor do salário mínimo for enviada para o Congresso, o PFL apresentaráuma emenda para modificá-lo",disseo líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ). Na prática, com esse gesto, a oposição espera criar pelo menos um problema para Lula, que teria que arcar com o desgaste de articularsua base de apoio dentro do Congresso para impedir a elevação exagerada do mínimo.

A oposiçãosabe quea equipe econômicanão aceitaráaumentarainda mais omínimo

por conta de seu impacto sobre as contas públicas. Somente o aumento de R$ 300 para R$ 350 já provocaráum impacto de R$ 5,6 bilhões. Se chegar a R$ 400,por exemplo,esse impacto passaria de R$ 8 bilhões. Ônus – Nas contasda oposição, odesgastede Lula poderá ser ainda pior se os parlamentares aprovarema proposta dentro do Congresso. Se isso ocorrer, Lula ficará como ônusde terque vetaro novoaumento.Ouseja, em vez de faturar politicamente o fato de ter dado o aumento mais significativo do mínimo

nosúltimostempos, precisaria explicar por que não aceitou dar um pouco mais. "Agora,eles estãose esquecendo dos dados do Dieese, que cita que o mínimo ideal tinha queser bem maiordo que esse. São os mesmos dados do Dieesequeelesnunca se esqueciam durante o governo do Fernando Henrique Cardoso", criticou em discurso no Senado, otucanoAnteroPaesde Barros(MT). Na mesmasessão, o petista Eduardo Suplicy (SP),defendeuo gesto dogoverno."Esse aumentoconstitui um esforço responsável. E foi considerado razoável pelas centrais sindicais", disse. Mais críticas – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidatoà presidência da República pelo PSDB, disse ontem que com o fim da verticalização a possibilidadede oPMDBapoiar oPT sereduz drasticamente, isolando Lulana disputa. Alckminendossouaafirmação do governador deMinasGerais, Aécio Neves, de queLulaé "derrotável",apesarde afirmar que toda eleição é sempre dura. (Agências)

'LULA E FHC ACABARAM NO IRAJÁ'

Oex-presidente do Banco Nacionaldo Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Carlos Lessa, que já foi um dos conselheiros econômicosdo presidente Luiz InácioLula daSilva, afirmou que o chefe do Executivo, assim como seu antecessor Fernando Henrique Cardoso, "infelizmente virou Greta Garbo e acabou no Irajá".

Demitido da instituição por Lulaem2004, o e con o m is t a considera queo presidente, elogiado porele no passado, agora segue amesma trajetória que FHC eopresidente Fernando Collor, deajuste do Brasil ao neoliberalismo, o que ataca.Para Lessa, a política do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e discussões comoa dodéficit zerosão "patacoadas".

tória de Pedro, um homossexual que sonha ser Greta Garbo, a grandedivado cinema, masse torna enfermeiro e mora no Irajá, subúrbio carioca distante, pobre e semnenhuma perspectivade ascensão social.

AE/Arquivo/18-03-2004

Churrasco – Lessa fezas críticas ao presidente no sábado, para umaplatéia dejornalistas e admiradores reunidos na Barra da Tijuca em torno de um churrasco promovido para discutir a possibilidade do seu lançamento para disputar o governo do Rio pelo PMDB.

AE/Arquivo/26-07-2005

"Fer nando Henrique eraum intelectual de esquerda,foi eleito, mas, como Greta Garbo, acabou noIrajá", afirmou. "Lulavinha de uma trajetória dequatro c andidaturas, mas,infelizmente,foi a mesma coisa, virou Greta Garbo." A comparação jocosa é uma referência à peça de teatro "Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá" de Fernando Melo, que conta a his-

Oficialmente, nenhum précandidato ao Palácio Guanabara pelo PMDB foi lançado até agora,maso candidato mais provável éosenador Sérgio Cabral Filho, que lidera as pesquisas deintençãode voto. Lessa, porém, não demonstrou disposição para "bater chapa"com ninguéme destacou a necessidade de alinhamento com o futuro presidente para pensar na possibilidade de concorrer ao governo.

Elogios – Ele elogiou o ex-governador Anthony Garotinho, umdos possíveis concorrentes, mas deixou claro que seu candidato a presidente pela legenda seráodopartido,citando tam-

bém como possíveis postulantesao PaláciodoPlanalto ogovernador do Rio Grande do Sul, GermanoRigotto, eo ex-presidente Itamar Franco.

Segundoele, ocandidato do PMDB a presidente terá o mérito de estabelecer o contraditório em relação a petistas e tucanos, podendo, nomínimo, ser o fiel da balança num segundo turno e, no máximo, eleger o sucessor

de Lula. "Se ficar PT contra PSDB vai ser seis contra meia dúzia, um debate paupérrimo do ponto de vista político.Achoque oBrasil não aguentamaisquatroanos de pasmice", afirmou o economista, que se declarou do "PMDB do U" – Ulysses Guimarães, deputado que o levou para a legenda, na qual permanece até hoje,emhomenagem ao amigo, morto em 1992. (AE)

Factoring O que é Factoring?

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa.

Entreemcontatoconosco

PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)

Maia ameaça com mínimo maiorBarros: críticas a Lula no Senado.
Folha Imagem/Arquivo/01-12-2005
O economista Carlos Lessa (no alto), Lula (centro) e Fernando Henrique

Agenda Tributária Federal – Fevereiro/2006

SECRETARIADA RECEITA FEDERAL

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 4, DE 24 DE JANEIRO DE 2006

Divulga a Agenda Tributária do mês de fevereiro de 2006.

O coordenador-geral de Administração Tributária, no uso de suas atribuições, declara:

Art. 1º As datas fixadas para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos por esse órgão, definidas em legislação específica, no mês de fevereiro de 2006, são as constantes da Agenda Tributária anexa a este Ato Declaratório Executivo (ADE).

Art. 2º As referências a “Entidades financeiras e equiparadas”, contidas nas discriminações da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, dizem respeito às pessoas jurídicas de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

Art. 3º No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, apessoa jurídica extinta, incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar:

I - até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento:

a) aDeclaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ);

b) a Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas - Simples; c) a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) -Inativa; d) o Demonstrativo do Crédito Presumido do IPI (DCP); e

e) o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon);

II - até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao do evento:

a) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal); ou

b) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Semestral (DCTF Semestral).

§ 1º Excepcionalmente, em relação ao ano-calendário de 2006, aobrigatoriedade de apresentação do Dacon, nos casos a que se refere a alínea “e” do inciso I deste artigo, vigorará a partir do período em que os programas geradores do demonstrativo forem disponibilizados.

§ 2º A DIPJ e a Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas - Simples, de que trata o caput deverão ser entregues até o último dia útil de março quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo anocalendário.

§ 3º Aobrigatoriedade de apresentação da DIPJ, da DCTF Mensal eSemestral, da Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas - Simples e do Dacon, na forma prevista no caput, não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.

Art. 4º No caso de extinção, decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, apessoa jurídica extinta deve apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), relativa ao respectivo ano-calendário, até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do evento. Parágrafo único. A Dirf, de que trata o caput, deverá ser entregue até o último dia útil do mês de março quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo ano-calendário.

Art. 5º Na hipótese de saída definitiva do País ou de encerramento de espólio, ocorridos no anocalendário de 2006, aDirf de fonte pagadora pessoa física, relativa a esse ano-calendário, deve ser apresentada:

I - no caso de saída definitiva do Brasil, até: a) a data da saída do País, no caso desta ser em caráter permanente; e b) trinta dias contados da data em que a pessoa física declarante completar doze meses consecutivos de ausência, no caso de saída do País em caráter temporário; ou

II - no caso de encerramento de espólio:

a) ocorrido no ano-calendário de 2005, até às20:00 horas (horário de Brasília) de 24 de fevereiro de 2006; e b) ocorrido no ano-calendário de 2006, até o mesmo prazo previsto para a entrega pelos demais declarantes da Dirf.

Art. 6º A Declaração Final de Espólio deve ser apresentada no prazo de sessenta dias contados da data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados. Parágrafo único. Se o prazo para a apresentação da Declaração Final de Espólio se encerrar antes da data prevista para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), correspondente ao ano-calendário anterior, essas duas declarações devem ser apresentadas no prazo previsto no caput para a entrega da Declaração Final de Espólio.

Art. 7º Tendo em vista que a Portaria MF nº 433, de 27 de dezembro de 2005, que dispõe sobre o período de apuração e prazo de recolhimento da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), produzirá efeitos somente a partir de 1º de março de 2006, as datas para pagamento da CPMF continuam aser o terceiro dia útil da semana subseqüente ao de ocorrência do fato gerador.

Art. 8º Este ADE entra em vigor na data de sua publicação.

ANEXO

AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊSDE FEVEREIRODE 2006

Michiaki Hashimura

Coordenador-Geral de Administração Tributária

DATADEVENCIMENTO: DATAEMQUESEENCERRAOPRAZO LEGALPARAPAGAMENTODE TRIBUTOSADMINISTRADOSPELA SECRETARIADA RECEITA FEDERAL

Data deTributos Código Período de Apuração VencimentoDARFdo Fato Gerador (FG)

Diária Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

Rendimentos do Trabalho

Tributação exclusiva sobre remuneração indireta2063FG ocorrido no mesmo dia

Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior

Royalties e pagamentos de assistência técnica0422FG ocorrido no mesmo dia

Renda e proventos de qualquer natureza0473”

Juros e comissões em geral0481”

Obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas5192”

Fretes internacionais9412”

Remuneração de direitos9427”

Previdência Privada e Fapi9466”

Aluguel e arrendamento9478”

Outros Rendimentos

Pagamento a beneficiário não identificado5217FG ocorrido no mesmo dia

Diária Imposto sobre a Exportação (IE) 0107Exportação, cujo registro da declaração para despacho aduaneiro tenha-se verificado 15 dias antes.

DiáriaCide - Combustíveis - Importação - Lei 10.336/01

Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, eseus derivados, eálcool etílico combustível9438Importação, cujo registro da declaração tenha-se verificado no mesmo dia

DiáriaContribuição para o PIS/Pasep PIS/Pasep - Importação de serviços (Lei 10.865/04)5434FG ocorrido no mesmo dia

DiáriaContribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)

Cofins - Importação de serviços (Lei 10.865/04)5442FG ocorrido no mesmo dia

1ºImposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

Outros Rendimentos

22 a 28/Janeiro/2006

Juros de Empréstimos Externos52994ª Semana de Janeiro

1ºContribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF)

19 a 25/Janeiro/2006

CPMF-Operações de lançamento a débito em conta58694ª Semana de Janeiro

CPMF-Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta5871”

CPMF-Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte5884”

3Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

IPI-Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi102021 a 31/Janeiro/2006

IPI-Bebidas do capítulo 22 da Tipi0668”

3Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

Rendimentos de Capital

21 a 31/Janeiro/2006

Títulos de renda fixa - Pessoa Física8053”

Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica3426”

Fundo de Investimento - Renda Fixa6800”

Fundo de Investimento em Ações6813”

Operações de swap5273”

Day-Trade - Operações em Bolsas8468”

Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados5557” Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95)5706” Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas5232”

21 a 31/Janeiro/2006

Data deTributosCódigo Período de Apuração VencimentoDARFdo Fato Gerador (FG)

Demais rendimentos8045”

Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo 5286” 10Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto

87.03Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida;067621 a 31/Janeiro/2006

87.06Chassi com motor para os veículos automóveis das posições 87.01a87.05;0676”

84.29“Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados;109721 a 31/Janeiro/2006

84.32Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura;rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte;1097”

84.33Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras;máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37;1097”

87.01Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09);1097”

87.02Veículos automóveis paratransporte de 10 pessoas ou mais, incluindo omotorista;1097”

87.04Veículos automóveis para transporte de mercadorias;1097”

87.05Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias;1097”

87.11Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral;carros laterais.1097”

10Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)

Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias4095Janeiro/2006

IRPJ - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias4112”

10Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias4095Janeiro/2006

CSLL - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias4153”

10Contribuição para oPIS/Pasep

Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias4095Janeiro/2006

3Rendimentos de Capital

Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior

Demais rendimentos de capital0924”

21 a 31/Janeiro/2006

Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo5286”

Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/ Bonificações/Dividendos0490”

Outros Rendimentos

Juros remuneratórios de capital próprio9453”

21 a 31/Janeiro/2006

Prêmios obtidos em concursos e sorteiros0916”

Prêmios obtidos em bingos8673” Multas e vantagens9385”

3Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

21 a 31/Janeiro/2006

IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica1150”

IOF-Operações de crédito - Pessoa Física7893”

IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda4290”

IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda5220”

IOF-Aplicações Financeiras6854”

IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97)6895”

IOF-Seguros3467”

IOF-Ouro, Ativo Financeiro4028”

8Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

Outros Rendimentos 29/Jan a 4/Fev/2006

Juros de Empréstimos Externos52991ª Semana de Fevereiro

8Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF) 26/Jan a 1º/Fev/2006

CPMF-Operações de lançamento a débito em conta58691ª Semana de Fevereiro

CPMF-Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta5871”

CPMF-Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte5884”

10Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

Rendimentos de Capital Aluguéis e royaties pagos a pessoa fisíca3208Janeiro/2006

Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador3277”

Rendimentos do Trabalho

Trabalho assalariado0561” Trabalho sem vínculo empregatício0588”

Resgate previdência privada e Fapi3223”

Benefício ou resgate de previdência privada e Fapi5565”

Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho5936”

Outros Rendimentos

Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica1708”

Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring5944”

Pagamento PJ a cooperativa de trabalho3280”

Juros e indenizações de lucros cessantes5204”

Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)6891”

Indenização por danos morais6904”

Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal5928”

PIS/Pasep -Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias4138”

10Contribuição para oFinanciamento da Seguridade Social (Cofins)

Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias4095Janeiro/2006

Cofins - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias4166”

15Contribuição para oPIS/Pasep

Retenção de contribuições - pagamento de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)595216 a 31/Janeiro/2006

PIS/Pasep - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5979”

15Contribuição para oFinanciamento da Seguridade Social (Cofins)

Retenção de Contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)595216 a 31/Janeiro/2006

Cofins- Retenção - pagamentos de PJ aPJ de direito privado5960”

15Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)595216 a 31/Janeiro/2006

CSLL - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5987”

15Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

IPI-Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi10201º a 10/Fevereiro/2006

IPI-Bebidasdocapítulo22daTipi0668”

15Contribuição para o PIS/Pasep

PIS/Pasep -Faturamento8109Janeiro/2006

PIS/Pasep -Folha de salários8301”

PIS/Pasep -Pessoa jurídica de direito público3703”

PIS/Pasep -Entidades financeiras e equiparadas4574”

PIS -Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária8496”

PIS - Combustíveis6824” PIS -Não-cumulativo6912”

PIS/Pasep - Retenção - Aquisição de autopeças377016 a 31/Janeiro/2006

15Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

Cofins-Entidades financeiras e equiparadas7987Janeiro/2006

Cofins-Demais Entidades2172”

Cofins-Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária8645” Cofins-Combustíveis6840” Cofins-Não-cumulativa5856”

Cofins - Retenção - Aquisição de autopeças374616 a 31/Janeiro/2006

15Cide - Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio

Econômico incidente sobre a comercialização de petróleo e seus

derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, eseus derivados, eálcool etílico combustível9331Janeiro/2006

15Cide - Remessas ao Exterior - Contribuição de Intervenção no Domínio

Econômico incidente sobre a remessa de importâncias ao exterior nas

hipóteses tratadas no art. 2º da Lei 10.168/2000, com a alteração

introduzida pelo art. 6º da Lei 10.332/2001.8741Janeiro/2006

ENFIM, EDMUNDO

Alex Silva/AE

Avitória por 4 a 0 sobrea Portuguesa Santista, sábado, no Parque Antarctica, foi amelhoratuaçãono campeonato até aqui do Palmeiras, que segue líder com aproveitamento de 100% dos pontos. Foi também amelhor partida do atacante Edmundo, que marcou um gol, deu passe para outro e pela primeira vez desdeoseuretornonão foi substituído.

“Com essaapresentação, nossa nota deve ter subido um pouco”, disse o atacante após a partida, lembrando que o técnicoLeão haviadadonota 5à equipe em uma entrevista durante a semana. “Sinto que melhorei bastante.” Leão, por sua vez, tambémse mostrousatisfeito com o rendimento de Edmundo: “Tudo tem seu tempo e vejo que, contra a Portuguesa, ele se movimentou mais”.

Inicialmente contrário à volta de Edmundo ao clube, Leão sente que, agora, o Animal está mais manso.“Ele (Edmundo) estátentando se mantertranqüilo.Jáestánaidadedeabsorver melhor as coisas. Em campo, ainda não está do jeito que eu quero.”

Se não chegou a ser perfeito, o Palmeiras ao menos não teve trabalho parachegar aos 4a 0 contra a Portuguesa Santista.

Atacante marca um gol e joga o tempo todo nos 4a0 sobre a Portuguesa Santista

Um problema invejável

O primeiro gol foi marcado aos 32 minutos do primeiro tempo, por Ricardinho. Na segunda etapa, Edmundo,aos 15, Marcinho,aos17, eRicardinho,aos 27minutos,completaram o marcador.

Tudo igual no Fla-Flu

Dois gols para cada lado, marcadosdois em cadatempo. OFla-Flu de ontem, disputado no Maracanã, terminou igual. Melhor para o Fluminense, que é o segundo do GrupoA (atrás do Americano)e sóprecisa vencera Cabofriense, na quartafeira, para garantir vaga nas semifinais da Taça Guanabara. O Flamengo está eliminado. Petkovicabriu oplacarpara o Fluminense, aos 18 minutos do primeiro tempo. O Flamengoempatou aos34,com ovolante Jônatas. Na segunda etapa, aos seis minutos, o atacante Tuta, que havia substituído Adriano Magrão, marcou o segundogoltricolor. Cincominutos depois, CésarRamirez aproveitou um rebote do goleiro Diego e empatou.

Pelo Grupo B, ao ser derrotadopelo VoltaRedondapor 3a 2, o Botafogo perdeu a chance de garantir antecipadamente

4ª rodada

Americano 3 x 2 Nova Iguaçu

Madureira 1 x 0 Friburguense

América 2 x 1 Vasco

Cabofriense 2 x 1 Portuguesa

Volta Redonda 3 x 2 Botafogo

Fluminense 2 x 2 Flamengo

4ª rodada

ADAP 1 x 3 Paraná

Nacional 3 x 1 Francisco Beltrão

J. Malucelli 1 x 1 Atlético-PR

Galo Maringá 1 x 1 Rio Branco

Cianorte 4 x 2 Iraty

Roma 1 x 1 Coritiba

Londrina 4 x 0 União Bandeirante Paranavaí x TCW (adiado)

2ª rodada Internacional 2 x 0 Caxias

Gaúcho 1 x 0 15 de Novembro Ulbra 5 x 0 Passo Fundo Farroupilha

seu lugar nas semifinais da Taça Guanabara.Ainda assim,a equipe alvinegralidera ogrupo com 9 pontos, seguida pelo quartetoAmérica,Vasco,Volta Redonda e Friburugense.

Pelo Campeonato Mineiro, oCruzeiroestreouosatacantes Araújo, Gile Élber contra o Ipatinga, no Mineirão, mas não conseguiu sair do 0 a 0. No sábado, o Atlético já havia sido derrotado pelo líder Democrata,emSeteLagoas,por3a0.No Paraná,entreostrês grandes, só o Paraná conseguiu vencer: 3 a 1no Adap, fora decasa. O Atlético não foi além de um empate com o J. Malucelli (1 a 1), mesmo resultado conseguido pelo Coritiba diante do Roma, sofrendo o gol do empate no último minuto da partida.

Pelo Campeonato Gaúcho, o Grêmio não é mais 100%: empatou fora como Farroupilha em 0 a 0. No sábado, o Inter bateu o Caxias por 2 a 0.

RIO DE JANEIRO

Grupo APVSGP

1 Americano103410

2 Fluminense821014

3 Cabofriense6207

4 Nova Iguaçu62-55

5 Flamengo20-25 6 Portuguesa10-73

PARANÁ

Grupo APVSGP 1 Cianorte134513 Rio Branco134513 3 Galo Maringá11327 4 Atlético-PR82414 5 Iraty72-29 6 J. Malucelli7107

7 Nacional41-86 8 Francisco Beltrão20-65

Grupo BPVSGP

1 Botafogo93512

2 América6228

3 Vasco6209

4 Volta Redonda6207

5 Friburguense62-25 6 Madureira31-53

Grupo BPVSGP 1 ADAP134511 2 Londrina124513 3 Paraná9228 4 União Bandeirante82-55 5 Paranavaí7227 6 Roma72-39

Coritiba61-15

TCW10-56

RIO GRANDE DO SUL

Grupo 1PVSGP 1 Ulbra103811

2 Gaúchol103210

3 Internacional9349

4 Passo Fundo62-58

5 15 de Novembro31-42

6 Caxias31-53

Grupo 2PVSGP 1 Grêmio134712

2 Esportivo93410

3 Santa Cruz9317 4 Veranópolis9308 5 Farroupilha20-52 6 São Luiz10-72

Os4 a1indiscutíveissobre oRioBranco,em Americana,devemdaraAntônioLopes tempoetranqüilidadeparaarearrumação do Corinthians que fechou atemporada passada com a conquistadotítulobrasileiro,masaindaévistocomalgumadesconfiançaporpartedatorcida edaimprensaesportivanestecomeço de 2006.

Antigamente, era exclusividade dos cartolas a decapitação dos técnicosemseguidaaunspoucosresultadosruins.Deumtempo para cá,no entanto,os jornalistasse apressama prevera queda dostreinadores tãologo otime tropeçaem doisou trêsadversários.Nãoésemprequetrabalhamcominformaçõesconcretasde dentrodoclube. Muitasvezes,apenasapostam narepetiçãode velho hábito no futebol brasileiro.

NocasodeAntônioLopes,éconhecidadetodasadesconfiança demuitagentedoParqueSãoJorgeemseutrabalho.Daíaprever aquedadotécnicoemcasodemaisalgunsmausresultadosneste Paulistãoquevaisedesenhando emverdeháumaenormedistância, mas muitos a percorreram sem cerimônia nos últimos dias.Lopes,segundoessa genteapressadinha,teriaperdidoontem o rico emprego se o Corinthians não tivesse vencido. Pormais bobagensque adiretoriado Corinthianse seusparceiros de MSI tenham feito em 2005 na escolha e dispensa de técnicos não passa por nenhumacabeça minimamente sensata que Lopespudesse serdefenestrado depoisde cincorodadas deuma competiçãocujaúnicautilidadeé aarrumaçãodotime para a temporada que vale os títulos brasileiro, americano e mundial. Avitória emAmericanatem umsignificadomuito maisimportantedoquegarantirapermanênciadotécnico.Os4a1mostraramum Corinthians novamente desenvolto no meio, agora mais cadenciado graças à noção de ritmo que marca o futebol de Ricardinho,einsinuantenafrente, comotemsidosempreque conta com Nilmar e Tevez. Lopesvai terproblemasdurante atemporada,não hádúvida, mas dotipo que outros treinadores adorariam ter: escolher os quatro domeio-de-campo entreMarcelo Mattos,Mascherano, Rosinei,CarlosAlberto,RogereRicardinho.Pelomenos, dois vão sobrar.

FEITO INÉDITO

Coma voltade Ricardinhoao ParqueSãoJorge,oCorinthians pode ter quatrojogadoresna Copado Mundo:na Seleção Brasileira,além domeia, olateralGustavoNery;naSeleçãoArgentina,ovolanteMascheranoe o atacante Tevez.É um recorde histórico. Até hoje,o Corinthians nunca mandou mais de três jogadores a uma Copa. Em 2002,foirepresentadoporDida, Vampeta e Ricardinho. Outro trio corintiano foi à Copa de 86: Carlos, Édson e Casagrande.

NA MOITA

Não estáregistradoemnenhumaplacae nemsequer foi divulgado, mas o Corinthians deuaoMemorialinauguradona sexta-feira onome deLuiz Inácio Lula daSilva. Ooportunismodesagradou ao ídoloNeto, quequersaber:"Quantos gols elemarcoucomacamisadoCorinthians?"

QUESTÃO DE NECESSIDADE

MINAS GERAIS

2ª rodada

Democrata-SL 3 x 0 Atlético-MG

Cruzeiro 0 x 0 Ipatinga Uberlândia 2 x 1 URT

Guarani 2 x 2 Democrata-GV

América 1 x 1 Villa Nova Caldense 2 x 0 Ituiutaba

ClassificaçãoPVSGP

1 Democrata-SL4135

2 Ipatinga4133

3 Guarani4124

4 América4114

5 Cruzeiro4111

6 Caldense3113

7 Ituiutaba31-15

8 Atlético-MG31-22

Uberlândia31-22

10 URT10-13

11 Democrata-GV10-12

12 Villa Nova10-42

Grupo 3PVSGP 1 Juventude12449 2 São José - POA9339 3 Glória9326 4 Novo Hamburgo62-16

Brasil00-63

OSão Pauloapresenta hojeo lateral Maurinho e o atacante Leandro e, segundo a Agência Estado ,está tentandorepatriar o centroavanteLuísFabiano. Depois de perder Cicinho, Amoroso e Grafite, o campeão mundialprecisarealmente de reforços.

SINAL AMARELO Mansinho, mansinho,mesmodepoisde tersidosubstituído nosquatroprimeirosjogos doPalmeiras, Edmundocomeçou adar o ar dagraça nos 4a 0 desábadosobre aPortuguesa Santista.Fez umgol,participou de outros dois, ficou até o fim e, depois do jogo, prometeu à torcida continuar melhorando.

SINAL VERDE

Os espanhóis começam a se render aofutebol irreverente e sempreprodutivo dobrasileiro Robinho,que garantiuaclassificação do Real Madrid às semifinais da Copa do Rei, com um golaço e uma grande atuação diantedoBetisnomeio da semana,eontem fezoprimeiro gol nos2 a1 sobreo Celtaque mantêm o time vivo no CampeonatoEspanhol. Segundoo jornal Marca,Robinhojáé "o novo ídolo do Bernabéu”.

SINAL VERMELHO

Carlos Alberto Parreira,que costuma dizerque o goleiro é cargo de confiança, tem bons motivosparacomeçarasepreocupar com afase atualdeDida noMilan. O goleirãobrasileiro falhoufeio, maisuma vez,neste sábado, cedendoà Sampdoriao 1a1queafastaaindamaisoMilan da briga pelo título italiano.

DE NOVO, JUNTOS

Uma dupla rubro-negra dos bonstempos recompõe-se na Seleção doJapão quedisputará, no grupo do Brasil, a Copa do MundodaAlemanha:Júniorserá auxiliar do técnico Zico.

AMOROSO NO MORUMBI

O brasileiro Amoroso, com a camisado SãoPaulo, ilustraa páginadeaberturadoscampeonatos nacionais no site da Fifa.

GOL DE LETRA

"Nunca fui unanimidade, nem na Copa de 94. Vou continuar fazendo meus gols, contra times fracos ou não. Quem tem boca fala o que quer." - Romário, queontemcompletou40anos,emanimada entrevista coletiva no meio da semana.

*Com Agência Estado e Reuters

Copa SP: América campeão

OAméricade SãoJosédo RioPreto ganhouna quarta-feira passada,feriado de aniversário da capital, o título decampeãoda 37ª Copa SãoPaulo de FutebolJúnior. Na decisão,a equipeamericana derrotou oComercial, de Ribeirão Preto, por3 a1,nos pênaltis, apósempate em 0a 0 no tempo normal da partida disputada no Pacaembu.

A ausência dos clubes de tradiçãoesvaziouo Pacaembu, que recebeu um público de apenas 5 mil pessoas. O horário da partida acabou sendo transferido das 11 da manhã para as 16 horas. Nos pênaltis, ogoleiroAndré ZubadefendeuoschutesdeJonatasNeves eTremonti eaindaviuBruno isolar a cobrança que confirmou o título do América.

CONSELHO EM CLIMA DE CONFLITO

OConselho de Ética da Câmara, na fase final dos processos dos deputadosenvolvidos no valerioduto, entrouem umclimadeconflito inédito em sete mesesdeinvestigação. A ação direta de líderespartidários natentativa de interferir na votação dos pareceres dos relatores provocou a revolta de alguns conselheiros,discussõesem públicoe pedidosde calmaem conversas reservadas. "Pretendem fazer um valetudo, mas haverá resistência", resume o deputado Nelson Trad(PMDB-MS),que esteve no centro da polêmica por ser o relator que recomendou a cassação domandato deRoberto Brant (PFL-MG), condenado no conselho pelo apertado placarde8a 7,obrigandoopresidente do conselho, Ricardo Izar(PTB-SP), a desempatar em favor da condenação. Temperança – "O ambiente está carregado.Começamos a receber um tratamento de nossos colegasquenãohaviaantes", diz um integrante do conselhoquequer oanonimato com a justificativa de que "o momento requer temperança".Outroconselheiro procurou Izar pedindo providências paraque nãoserepita noconselhoamanobrafeita pelo PSDB, que indicou o deputado JutahyJunior(BA)como con-

selheiroapenas paravotarem favordeBrant.Uma horadepois, Jutahy abriumãoda vaga,que serádestinada aoutro tucano.O conselheiro pediu queIzar buscassenoregimentodoconselhoalguma regra que impedisse otroca-troca. Ouviu comoresposta:"Não vamos mexer com isso". O temor do presidente é que o confronto se acirre ainda mais, jáque novas votações acontecerão apartirde amanhã,quandoo conselhodecidirá o destino do presidente do PP,Pedro Corrêa(PE). Arecomendação do relator Carlos Sampaio (PSDB-SP) foipela cassação do mandato. Ânimos – Izar quer agora serenar os ânimos, deixando as brigas da semana passada como um fato isolado. A preocupação,no entanto,persisteentre alguns conselheiros. "Espero quevotaçõesfuturasnão permitam que a opinião públi-

caacheque os grandespartidosestão interferindonoconselho", afirma o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

Nosdois diasemque sediscutiuevotou oparecer pela cassação de Brant,três líderes acompanharamas sessões: o

do PFL, Rodrigo Maia (RJ), o do PSDB, Alberto Goldman (SP) e o da minoria, José Carlos Aleluia (PFL-BA).Odeputado Orlando Fantazzini (PSOLSP)viuna dobradinha do PSDB com o PFL em favor de Brant"odesenhodeum acordão"."Quem vemaoconselho dizer queRoberto Brantnão cometeunenhum ato dequebra de decoro por participar de uma fraude não terá condições decondenar nenhumdosque receberam recursos do caixa 2. A nãoserque tenhamos visto aquiuma ação político-partidária", diz Fantazzini.

Desabafo – A semana de tanta animosidade terminou com um desabafo do deputado Cezar Schirmer (PMDBRS),relator deum dosprocessosmais difíceis,por causado papel de destaque do processado, o ex-presidente da CâmaraJoão Paulo Cunha(PTSP). "Minhaboa fé terminou.

CPI RECONVOCA DONO DE ÔMEGA

Oempresário Roberto Carlos Kurzweil é agora o principal alvo das investigaçõesdaCPIdos Bingos, depois de ouvido o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O presidente da comissão,senador Efraim Morais (PFL-PB), vai re-

convocá-lo paradepor nestasemana, dando prosseguimento às investigações sobre a suposta doação de US$ 3 milhões que teria sido feita porCubaparaa campanha de 2002 de Lula. Convocado a depor emoutubro, o empresário não compareceu até hoje, alegando que não pode se movimentarporcausade uma torção no dedão do pé. Kurzweilé donodoÔmega

blindado que teria sido utilizado para transportar o dinheiro de Campinas para São Paulo. De acordo com o senador, apesar de ternegado todososfatos, oministro deixou claro sua proximidade com o empresário, mesmo tendo chamado o caso Cuba de "fantasioso" e deter negado o encontro em que Kurzweil teria intermediado a oferta de US$ 1 milhão feita por bingueiros para

o PT, em troca da legalização da atividade no País. Adenúncia ganhoucredibilidade diante de documentos que mostrariam que Kurzweil é sócio dos angolanos Artur de Oliveira Caio ede JoséPaulo Cruz,o Vadim. Com outro empresário, Caio e Vadim são donos da empresa decaça-níqueisFabama, que controla boa parte desse mercado no País. (AE)

Somando fatos que aconteceram nestes últimos dias e outros,ao longo dotempo,me atrevoadizer queháumprocesso de desmoralização contra o Conselho de Ética." Omotivodarevolta de Schirmeré ademora naentrega de documentos pedidos por ele, por meiode requerimento à CPMI dos Correios,em novembro. Schirmer precisa de documentos oficiais para completar o relatório e o parecer do processo de João Paulo. Mas não conseguiu sequer a lista de repasses fornecida pelo empresário Marcos Valérioà CPMIhá seismeses, jápublicada exaustivamente pela imprensa. O relator pediu também cópiados dadosdo sigilotelefônico de Valério, listas depessoas que estiveram nobanco Ruralde Brasília,entreoutros documentos. Nada chegou. Dados sigilosos– Schirmer diz que recebeu um comunicado dadireçãodo Senado de que os dados eram sigilosos e nãopoderiam serrepassados. "Nãorecebinem os sigilosos nem os não sigilosos. Há documentos públicos, que circulam pela Casa, mas não servem para circunstanciarem o relatório a não ser que sejam enviados oficialmente", diz o relator. O presidente da CPMI, Delcídio Amaral (PT-MS), nega qualqueração deliberadaparaatrasar oprocesso deJoão Pauloou de qualquer outroprocessado e se prontificou a se reunir com Schirmer para "avaliar o que está faltando". (AE)

Integrantes da CPMI dos Correios vão hoje aos Estados Unidos

CPI dos Bingos pode convocar a agenciadora de mulheres Jeany Mary Corner para depor

Delúbio

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o "valerioduto." Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Pereira

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

IntegrantesdaCPMI embarcamhoje para os Estados Unidos. Eles querem investigaraexistênciadeuma segunda conta secreta do publicitário Duda Mendonça no país e terão encontros com representantes do Departamento de Justiça e do Ministério Público americano em Nova York, Washington e Miami.

Valério

O empresário Marcos Valério ameaça revelar ao Ministério Público Federal tudo o que sabe sobre as transações que teria efetuado com políticos, principalmente aqueles ligados ao PSDB de Minas Gerais.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

Galeria de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética

O presidente doconselho, deputado Ricardo Izar(PTB-SP), acredita queo órgão deve concluir nospróximosdois meses osprocessos contraparlamentares acusados de estar envolvidos no recebimentodedinheirode Valério.Izar quer terminar seis ou sete processos até o fim da convocação extraordinária.

Mendonça Novas contas de Duda Mendonça, no exterior, foram descobertas e a CPMI tenta com a Justiça dos EUA acesso a elas. Duda deve depor para explicar por que transferiu dinheiro dias antes de seu primeiro depoimento à CPMI.

Lamas O ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o ao PL.

Genoino O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

dos Bingos ACPIdevevotar amanhãorelatório quetratada renovaçãodo contrato da Caixa Econômica Federal com a empresa de serviços lotéricos

João Paulo e Delcídio: processo não anda à espera de documentos.
Alencar e Fantazzini: dobradinha PSDB-PFL tem cheiro de acordão.
Lindomar Cruz/ABr
Diógenes

(Continuação da página anterior)

LEGISLAÇÃO•DOUTRINA•JURISPRUDÊNCIA ORIENTAÇÃOLEGAL

DATADEVENCIMENTO: DATAEMQUESEENCERRAOPRAZO LEGALPARAPAGAMENTODE

Data deTributosCódigo Período de Apuração VencimentoDARFdo Fato Gerador (FG)

15Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

Outros Rendimentos 5 a 11/Fevereiro/2006

Juros de Empréstimos Externos52992ª Semana de Fevereiro

15Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF) 2 a 8/Fevereiro/2006

CPMF-Operações de lançamento a débito em conta58692ª Semana de Fevereiro

CPMF-Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta5871”

CPMF-Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte5884”

15Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

IPI-Cigarros do código 2402.90.00 da Tipi5110Janeiro/2006

IPI-Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e os das posições

84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi5123”

15Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

Rendimentos de Capital

1º a 10/Fevereiro/2006

Títulos de renda fixa - Pessoa Física8053”

Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica3426”

Fundo de Investimento - Renda Fixa6800”

Fundo de Investimento em Ações6813” Operações de swap5273”

Day-Trade - Operações em Bolsas8468”

1º a 10/Fevereiro/2006

Rendimentos de Capital

Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados5557”

1º a 10/Fevereiro/2006

Rendimentos de Capital

Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95)5706”

Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas5232”

Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior

Demais rendimentos de capital0924”

1º a 10/Fevereiro/2006

Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo5286”

Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/ Bonificações/Dividendos0490”

Outros Rendimentos

Juros remuneratórios de capital próprio9453”

1º a 10/Fevereiro/2006

Prêmios obtidos em concursos e sorteiros0916”

Prêmios obtidos em bingos8673”

Multas e vantagens9385”

15Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

1º a 10/Fevereiro/2006

IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica1150”

IOF-Operações de crédito - Pessoa Física7893”

IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda4290”

IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda5220”

IOF-Aplicações Financeiras6854”

IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97)6895”

IOF-Seguros3467”

IOF-Ouro, Ativo Financeiro4028”

20Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto

87.03Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida;06761º a 10/Fevereiro/2006

87.06Chassi com motor para os veículos automóveis das posições 87.01a87.05;0676”

84.29“Bulldozers”, “angledozers”, niveladores,raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados;10971º a 10/Fevereiro/2006

84.32Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura;rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte;1097”

84.33Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras;máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37;1097”

87.01Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09);1097”

87.02Veículos automóveis paratransporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista;1097”

87.04Veículos automóveis para transporte de mercadorias;1097”

87.05Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas,veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias;1097”

87.11Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral;carros laterais.1097”

20Simples - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas (ME) DARF e Empresas de Pequeno Porte (EPP) SimplesJaneiro/2006

22Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) 12 a 18/Fevereiro/2006

Juros de Empréstimos Externos52993ª Semana de Fevereiro

22Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF)

9 a 15/Fevereiro/2006

CPMF- Operações de lançamento a débito em conta58693ª Semana de Fevereiro

CPMF-Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta5871”

CPMF-Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte5884”

23Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

IPI-Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi102011 a 20/Fevereiro/2006

IPI-Bebidas do capítulo 22 da Tipi0668”

23Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)

Rendimentos de Capital

11 a 20/Fevereiro/2006

Títulos de renda fixa - Pessoa Física8053”

Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica3426”

Fundo de Investimento - Renda Fixa6800”

Fundo de Investimento em Ações6813” Operações de swap5273” Day-Trade - Operações em Bolsas8468”

Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados5557”

Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95)5706”

Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas5232” Demais rendimentos de capital0924”

11 a 20/Fevereiro/2006

Data deTributosCódigo Período de Apuração VencimentoDARFdo Fato Gerador (FG)

IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97)6895” IOF-Seguros3467”

IOF-Ouro, Ativo Financeiro4028”

24Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) Recolhimento mensal (Carnê Leão)0190Janeiro/2006

Ganhos de capital na alienação de bens e direitos4600” Ganhos de capital na alienação de bens e direitos e nas liquidações

e resgates de aplicações financeiras adquiridos em moeda estrangeira8523”

Ganhos líquidos em operações em bolsa6015”

24Contribuição para o PIS/Pasep

Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado

(Cofins, PIS/Pasep, CSLL)59521º a 15/Fevereiro/2006

PIS/Pasep - Retenção -pagamentos de PJ aPJ de direito privado5979”

PIS/Pasep - Retenção - Aquisição de autopeças3770”

24Contribuição para oFinanciamento da Seguridade Social (Cofins)

Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado

(Cofins, PIS/Pasep, CSLL)59521º a 15/Fevereiro/2006

Cofins - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5960”

Cofins - Retenção - Aquisição de autopeças3746”

24Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado

(Cofins, PIS/Pasep, CSLL)59521º a 15/Fevereiro/2006

CSLL - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5987”

24Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

Posição na Tipi Produto

87.03Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida;067611 a 20/Fevereiro/2006

87.06Chassi com motor para os veículos automóveis das posições

87.01a 87.05;0676”

84.29“Bulldozers”, “angledozers”, niveladores,raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados;109711 a 20/Fevereiro/2006

84.32Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura;rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte;1097”

84.33Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras;máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37;1097”

87.01Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09);1097”

87.02Veículos automóveis paratransporte de 10 pessoas ou mais, incluindo omotorista;1097” 87.04Veículos automóveis para transporte de mercadorias;1097”

87.05Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas,veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias;1097” 87.11Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral;carros laterais.1097”

24Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

Devido pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) não optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostose Contribuições (Simples).

IPI-Bebidas do capítulo 22 da Tipi0668Janeiro/2006

IPI-Cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00 da Tipi1020”

IPI-Todos os produtos, com exceção de: bebidas do Capítulo 22, e cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00 da Tipi1097”

24Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Fundos de Investimento Imobiliário -Rendimentos eGanhos de Capital Distribuídos5232Janeiro/2006

24Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

PJ que apuram o IRPJ com base no lucro real

Entidades Financeiras

Balanço trimestral (2ª quota)2030Outubro a Dezembro/2005

Estimativa mensal2469Janeiro/2006

Demais Entidades

Balanço trimestral (2ª quota)6012Outubro a Dezembro/2005

Estimativa mensal2484Janeiro/2006

PJ que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado (2ª quota)2372Outubro a Dezembro/2005

24Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)

PJ obrigadas a apuração com base no lucro real

Entidades Financeiras

Balanço trimestral (2ª quota)1599Outubro a Dezembro/2005

Estimativa mensal2319Janeiro/2006

PJ obrigadas a apuração com base no lucro real

Demais entidades

Balanço trimestral (2ª quota)0220Outubro a Dezembro/2005

Estimativa mensal2362Janeiro/2006

PJ não obrigadas a apuração com base no lucro real

Optantes pela apuração com base no lucro real Balanço trimestral (2ª quota)3373Outubro a Dezembro/2005

Estimativa mensal5993Janeiro/2006

Lucro presumido (2ª quota)2089Outubro a Dezembro/2005 Lucro arbitrado (2ª quota)5625Outubro a Dezembro/2005

IRPJ-Renda Variável3317Janeiro/2006

IRPJ-Finor/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (2ª quota)9004Outubro a Dezembro/2005

IRPJ-Finor/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/919017Janeiro/2006

IRPJ-Finam/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (2ª quota)9020Outubro a Dezembro/2005

IRPJ-Finam/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/919032Janeiro/2006

Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior

Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo 5286”

Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/ Bonificações/Dividendos0490”

Juros remuneratórios de capital próprio9453”

Outros Rendimentos

11 a 20/Fevereiro/2006

Prêmios obtidos em concursos e sorteiros0916”

Prêmios obtidos em bingos8673” Multas e vantagens9385”

23Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

11 a 20/Fevereiro/2006

IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica1150”

IOF-Operações de crédito - Pessoa Física7893”

IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda4290”

IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda5220”

IOF-Aplicações Financeiras6854”

IRPJ-Funres/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (2ª quota)9045Outubro a Dezembro/2005

IRPJ-Funres/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/919058Janeiro/2006

24Programa de Recuperação Fiscal - Refis Refis-Parcelamento vinculado à receita bruta9100Diversos Refis-Parcelamento alternativo9222” Refis-ITR/Exercícios até 19969113”

Refis-ITR/Exercícios a partir de 19979126” 24Parcelamento Especial (PAES) PAES-Pessoa física7042Diversos PAES-Microempresa7093”

PAES-Empresa de pequeno porte7114” PAES-Demais pessoas jurídicas7122” PAES-ITR7288”

AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊSDE FEVEREIRODE 2006

Data de apresentação: data em que se encerra o prazo legal para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal sem a incidência de multa.

Data deDeclarações, Demonstrativos e DocumentosPeríodo de Apuração

Apresentação De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas

Data deDeclarações, Demonstrativos e DocumentosPeríodo de Apuração Apresentação De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas

Com cara de Brasil

Robinho e Cicinho marcaram os gols do Real Madrid na vitória fora de casa sobre o Celta, que levou equipe ao terceiro lugar no Espanhol

ITÁLIA

ESPANHA

Mais umavez aesquadra brasileira garantiu umavitóriaao

Real Madrid.Ontem, avítima foio Celta,emVigo:2 a1,com gols de Robinho e Cicinho - Lequi descontou parao timeda casa. A vitória levou o Real à terceira posição, à frente do Osasuna,que temosmesmos 39pontos, mas leva apiorno confronto direto, e a um ponto do vice-líder Valencia, que empatou com o Zaragoza.

O Barcelona segue folgado na ponta e mostrou, na vitória por 3 a 0sobre o Mallorca, como visitante, que a derrota diante do Zaragoza, no meio dasemana, pelaCopa do Rei, que interrompeu a série de 18 vitórias seguidas, não abalou a equipe.OfrancêsGiulyabriuo placar,eoargentinoMessi,que saiu do banco, marcou os outros dois gols. Somente no Espanhol, o Barcelona soma 14 vitórias consecutivas.

Na Itália, aJuventus venceu oAscoli por3a1, foradecasa, com três gols do francês Trezeguet - Ferrante descontou -, e manteve avantagemdeoito pontos sobre a Inter de Milão, que, também como visitante, bateu o Lecce por 2 a 0, com gols deFigo e Stankovic. O mais prejudicado na rodada foi o Milan, que empatou em casa coma Sampdoria, por1 a 1, eviu a distância paraa Juventus chegar a 12 pontos.

INGLATERRA

Irritado com o adiamento do vôo para a Venezuela, Leão diz que ainda não pensa no título da Libertadores

DIFÍCIL COMEÇO

Exigente comosempre e, neste domingo, particularmente irritado com oadiamento da viagem para a Venezuela, o técnico Emerson Leão não se ilude com os 100% de aproveitamento do seu Palmeiras neste começode temporada:"Se levarmos pelo lado técnico, o time ainda está devendo." A maratona quevai enfrentar durante a semana já preocupava otreinador antesmesmo do adiamento para hoje da viagem que o time faria ontem para a Venezuela - onde enfrentaráoDeportivo Táchira na quarta-feira. O avião que faria o trajeto São Paulo-Caracas teve problemas na parte elétrica e delegaçãodoPalmeirasesperou até18h30 aconfirmação do vôo marcado para as 15h15. Todaa programaçãodaviagem foi alterada. Pelo plano original,o Palmeiraschegaria a Caracas às 21h de ontem e iria imediatamente paraValencia, no litoral venezuelano, em vôo fretado. Lá, o time treinaria hojee amanhã,embarcandono

ALEMANHA

18ª rodada

Borussia Moenchen. 1 x 3 Bayern

Bayer Leverkusen 2 x 1 E. Frankfurt

Borussia Dortmund 3 x 2 Wolfsburg

Hertha 1 x 1 Hannover

Mainz 4 x 2 Colônia

Nuremberg 2 x 1 Hamburgo

Stuttgart 0 x 1 Duisburg

Arminia 0 x 1 Werder Bremen

Kaiserslautern 0 x 2 Schalke

ClassificaçãoPVSGP

1 Bayern47152538

2 Werder Bremen39122647

3 Hamburgo38111829

4 Schalke 043491022

5 Hertha277328

6 Stuttgart255321

7 BorussiaMoenchen.256125

8 BorussiaDortmund246026

9 Hannover224327

10 Bayer Leverkusen225-126

11 EintrachtFrankfurt216-425

12 Arminia Bielefeld205-521

13 Mainz195028

14 Wolfsburg184-1319

15 Nuremberg174-1120

16 Duisburg153-1516

17 Colônia153-1726

18 Kaiserslautern123-2323

PORTUGAL

fim do dia para San Cristóbal, local da partida. Coma mudança, o time treinará hoje de manhã na Academia, antes do embarqueem Cumbica, às 12h55.

ComovenceuoTáchirapor2 a0 noParqueAntártica, oPalmeiraspode perder, em San Cristóbal, por um gol de diferença (ou até dois, desdeque não fique no zero) o jogo que valea classificaçãoparaa segunda fase da Libertadoresno grupo que já tem a presença

garantida de Rosário Central (Argentina),Nacional de Medellín (Colômbia) e Cerro Porteño (Paraguai). Para o técnico,importante é aclassificação: "Ainda não pensono títulodaLibertadores, mas em eliminar o Táchira. Nem tenho reposiçãopara falar em título. Tenho 26 jogadores, três machucados (Nen, Juninho e Enílton) e preciso que algunssedefinam,esqueçamo PalmeirasdaSérieB. Precisamos ser mais ousados."

Hora da revanche

M elhor time da Copa Africana das Nações até agora, Camarões tem a chance de sevingar nasquartas-de-final do torneio: sábado, às 15h (de Brasília), pega Costa do Marfim, seleção que o deixou de fora da Copa. Camarõesassegurou o primeiro lugar do Grupo B ao bater ontem a República Democrática doCongo por2 a0, um gol de Geremi e outro de Eto'oartilheiro da Copa, com cinco gols. O Congo se classificou no saldo: zero, contra -1 de Angola, que bateu o Togo por 3 a 2. CostadoMarfim, porsua vez,perdeu o primeiro lugar do Grupo A com a derrota para o antfitrião Egito por 3 a 1. Egito e Congo jogam na sexta. Hoje, a Tunísiapega Guiné, às 15h (de Brasília), com transmissãoda ESPN Brasil, e só precisa do empate para ficar com o primeiro lugar do grupo.A apostatunisianaé obrasileiro Francileudo Santos, que já fez quatro gols no torneio. Karim Jaafar/AFP

Camarões, do artilheiro Eto'o, tem a chance de vingar a eliminação da Copa diante de Costa do Marfim

Fernando Pilatos/AE

ROBERTO FREIRE: PAÍS VIVE UMA TRAGÉDIA.

Odeputado Roberto Freire(PE)vai sero candidatodoPPS à presidência da República.Paraele, adisputanãodeve se resumir ao PT e ao PSDB. Aliás, ele aposta que um dos dois partidos não vá chegar ao segundo turno e que o que conseguir passar estará fragilizado. "O País está vivendoumatragédiae essatragédia tem responsáveis. A sociedade vai dar uma resposta", afirma. Freirerevela queospartidos considerados mais à esquerda estãotentando umacordo paralançar uma candidatura única. Mas o eleitor estaria disposto a eleger um novo presidente de esquerda? "Esse é o grande desafio. Afinal, a direita tentou a vida toda desmoralizar a esquerda e o Lula em pouco de governo o fez", ataca. SobreLula,Freireé duro nas críticas. Ele classifica o presidente como uma "fraude". Para ele, Lulajogou suabiografia fora ehoje estádesmoralizado juntoà opinião pública. Como candidato, Freire pretendefazermudanças na área econômica. Pretende reduzir os juros e continuar com o crescimento. "É preciso que oPaís continue crescendo para se desenvolver.Énecessário políticassociais de transformação e não de assistencialismo. Infelizmente, oBrasil ainda está no século XIX".

O senhor é candidato à presidência ?

Serei. Desde abrildo anopassado, opartido tirou uma posição de que deveremos ter uma candidatura que seja uma alternativa à continuidade de Lula e queimpeça oretorno do PSDB. Hoje, se pretende ainda, impedirque 2006seja umarepetiçãode 2002.

O deputado acha que PSDB e PT não vão disputar o segundo turno?

Roberto Freire conversa com o deputado Gustavo Fruet, sobre as investigações em andamento na CPMI dos Correios

dificuldade em mostrar sua indignação.OPPS vaiaomenos mostrar uma proposta alternativa. É bom lembrarque o PPS vem fazendo críticas eadvertindo há tempos sobre os erros do governo.E nãoestá envolvido emnenhuma dasdenúncias. Nossa proposta não tem medodeenfrentara elitefinanceira ede dizerque opaís precisa voltar a dar prosseguimento ao desenvolvimento.

O PPS deixou de apoiar o governo Lula por não concordar com o que chamou de continuidade da política neoliberal. É isso?

Também. Talvez tenha sido essa nossacrítica maior.Mas é bom não esquecer que fomos os primeiros a falar da promiscuidade. Naquela época ainda nãoexistiao mensalãoenem sabíamosdabandalheira que ocorria. Mas já mostrávamos que a relação que ele tinha com o Congresso Nacional era promíscuo, perigosa e com tentativa de cooptação de partidos políticos e aparelhamento do estado. Quando nos afastamos do governo, o Lula estava no auge de sua popularidade.

(Lula) não é um líder. Jogou a biografia fora. Está desmoralizado junto à opinião pública.

José Cruz/ABr

O País está vivendo uma tragédia e essa tragédia temresponsáveis. O principal responsável é o PT. Mas não devemos creditar nelestoda aculpa.O PSDBtambémfoiresponsável. O drama do desempenho econômico medíocre pode ser creditado aos dois partidos.

Qual cenário se vislumbra para o segundo turno de 2006?

Não vejo um segundo turno. Vislumbro um novo nome que possa surgir. Atéporque a sociedadebrasileiraestá indignadacom os atuais responsáveis dogoverno ecom ospartidos com quem fizeram alianças. A sociedade vai tentar dar uma resposta. Hoje, elaacha

O senhor disse que PT e PSDB não vão estar no segundo turno. Isso se aplica aos dois partidos ou apenas um vai passar ? Pode ser. Olha, essaluta entre os dois é fratricida. Um deles pode se manter no segundo turno, mas vai estar vitimado. Lembro queno Rio Grande do Sul, tivemos uma briga com oPT parao governo do Estado. O Antônio Britto, pelo nosso partido, eoTarso Genro, pelo PT, se digladiaram. Acabou indo o Genro para o segundo turno, combalido, e quem ganhou a eleição no final foi o Rigotto.

Além do seu nome, quem mais seria "o novo" para 2006? Olhe, estamos tentando ver se unificamos uma candidatura com outros partidos. Conversamoscomo PDT,quetem nomes bons, comoo dos senadores Jefferson Perese Cristovam Buarque. Precisamos unificar essas conversas. Desse bloco, mais oPV e PHS,pode surgir uma candidatura forte.

Já há conversas nesse sentido? Estamos conversando faz tempo.Houveumcertoafastamento do PDT,por problemas

internos e aproximação com o governo. Mas estamosretomandoodiálogocomadireção nacional do partido. O objetivoévoltaràidéiaelevaradiante esse bloco.

O senhor falou em problemas internos e aproximação com o governo. O ministro Ciro Gomes continua no PPS? Não, ele saiu. Ou melhor, ele não saiu, a gente expulsou. Aliás, é bom que se diga: o Ciro deveria ter saído há muito tempo, quando começou a desrespeitaro partido. Chamar oLula de chefe...Quem lembra do sentimento dele durante a eleição sabe que ele não poderia ter feito isso... Quando o PPScomeçou a seafastar do governo, ele ao contrário, começou a trabalhar para fazer do partido um apêndice do governo. Nesse sentido,elefoi muito mais ministro do Lula do que ministro do PPS.

Poderia definir Luiz Inácio Lula da Silva hoje?

Como pessoa nãovoufalar nada. Como governante é uma fraude.

Ele ainda é um líder? Não é não. Jogou a biografia fora. Está desmoralizado junto à opinião pública. Há um certo nicho da sociedadeque demonstra satisfação com ele, por causa das baboseiras que ele andafazendonosprogramas sociais.

Há quem defenda hoje que uma vitória do PSDB ou de outro partido voltado mais ao centro ou à direita seria benéfico para que os movimentos sociais voltassem às suas origens... Olhe,discordoda pergunta antes mesmo de ser feita. A direitahoje éogovernodo PT. Não é para rir. Estamos discutindoo governoLulae doPT, comparando aprática de governo. Não existe políticaalguma nesse governo que você possa classificarcomo sendo de esquerda. As políticas públicas esociais sãoassistencialistas, a política econômica é neoliberal. O sistema financeiro nunca teve lucros tão fabulosos. Esse governo é uma fraude. Existem alguns movimentos sociais que se subordinaram de forma tal que perderam o papel ativo. Muitos preferiram ser subalternos ao PT e começaram anão representar os interesses concretos da sociedade.Qualo papel importanteparaaclasseoperáriaque a CUTestádesenvolvendo? Nenhum. Elegeram um ministro para serporta-voz nogoverno sem consistência na defesa dos trabalhadores.

Com a continuidade do PT no governo, os movimentos sociais se enfraqueceriam ainda mais? Não diria isso. Os movimentos sociais, que estão enfraquecidos, vão encontrar uma nova

A direita hoje é o governo do PT. Não é para rir. Não existe política nesse governo que se possa classificar como de esquerda.

formademanifestar suavontade à sociedade.

Seria possível eleger um novo presidente de esquerda?

Esse éograndedesafio.E olhe que quem disse isso foi alguémmuito ligado ao Lula, chegando a ser quase que seu confessor. Lembra o que disse oFreiBeto:adireitatentouavida toda desmoralizar a esquerda e o Lula em pouco tempo de governo o fez. Eu estou repetindoe concordandoplenamente com o que ele disse. Isso causou um problemão para as esquerdas de fato?

Para aesquerda,que como nós, nunca foi petista. Desde o início começamosa alertarpara o fatode que nada doque o

governo estava fazendo era de esquerda. E pensar que fomos patrulhados pelo PT,quando não fizemos parte da frente de esquerdana oposiçãoaoFernando Henrique Cardoso. Éramos chamadosde neoliberais.Váriasvezes, tentaram impingir o título de agregados ao governo. Tudo porque decidimos fazer uma oposição responsável.

Que avaliação pode ser feita das candidaturas Garotinho (PMDB) e Heloísa Helena (PSOL)?

O Garotinhonão representa nada de novo. Ele tem um problema sério. Ele só avança no setor evangélico. O governo dele no Rio de Janeiro tem uma série de problemas.

Fora o fato de que boa parte do PMDB prefere se coligar com PT ou PSDB... Acho que o PMDB deveria teruma consciênciamaiordo seu papel. O partido não se envolveu tão gravemente no processo de corrupção e ainda se mantémligadoà luta democrática. Se elestivessemconsciência que um representante dessas bandeiras é importante, poderiam construir uma alternativa de governo.

O PMDB teria um nome forte para ser essa alternativa?

Existem nomes como Rigotto,Jarbas Vasconcelos, opróprio Requião. São pessoas que podemvir arepresentar um PMDB sério. O que não pode é o PMDBpensarem ser uma forçaauxiliar do PT. Infelizmente, o partido não se dá conta disso e fica com uma decisão menor, de uma figura que não tem nenhumaligação coma trajetória democrática do PMDB. Estou falando do Garotinho. Agora a Heloisa...

A candidatura Heloisa Helena pode encarnar o voto de protesto?

Ela é uma figura que expressa boa liderança. Mas tem um problema:oPSOLé oPT ontem. Eaí você começaa imaginar o que erao PT onteme o que é o partido hoje. O PSOL podeatéserdiferente,jáquehá pessoas emsuadireção com maior respeitabilidade do ponto de vista da decência pessoal. Foram até expulsos do PT por isso. Mas a sua concepção política é da velha esquerda. A ortodoxia. Não dá hoje para pensar que o processo de estatização seria a grande saída. Isso é coisa do passado.

Qual será o grande mote da sua campanha?

Temos que mudara política econômica. Reduzirosjuros. Tivemos uma grande conquista, que foia estabilidadee o controle da inflação. Mas é preciso fazercom que oPaís continuecrescendo,parasedesenvolver. Precisamos de políticas sociais de transformação e não assistencialistas. Isso não acaba com a miséria. Além disso, o Estado precisaser parceirodo mercado,facilitando osinvestimentos. Infelizmente, oBrasil continua no século XIX. Ainda temos um índice elevado de analfabetismo.

O senhor é um nome forte dentro de seu partido. Ao sair candidato à presidência, o PPS não perde um deputado importante, já que sua reeleição estaria praticamente garantida? Opartido nãoperde.Temos vários nomes bons. Temos que apostar nisso, na renovação. Se formos pensarem perda,nunca chegaríamos ao nosso destino e nem teríamos candidato à presidência.

Xando P./A Tarde/AE
Por Fernando Lancha

Em busca de oportunidades no mercado de moda dos EUA

Com aintençãode orientar empresas de moda paulistas nabusca poroportunidades de negócios nos Estados Unidos, a Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP)promoveuoseminário Doing Fashion Business in USA "Queremos facilitaro contato com possíveis parceiroscomerciais, num intercâmbio de comunicaçãoe negócios",disse ogerente dodepartamento de ComércioExterior da ACSP, Sidney Docal. O seminário é fruto de uma parceria dogoverno do estado com a São Paulo Chamber of Commerce (órgão da ACSP) e a Federação das AssociaçõesComerciaisdo Estado de São Paulo (Facesp). Os participantes, profissionais do ramo da moda, foram orientados a respeito dos processosdeexportaçãoe do mercado externo, além de participarem de um encontro denegócioscom empresas norte-americanas. "Metade

AGENDA TRIBUTÁRIA

DIA 31

ISS-ENTREGADADECLARAÇÃO ELETRÔNICA DE SERVIÇOS (DES) - Entrega, pela Internet, da Declaração Eletrônica de Serviços (DES), versão 1.2, relativa ao mês de novembro/2005. A Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico coloca à disposição dos interessados o endereço a seguir para transmissão do arquivo gravado em disquete com a declaração gerada pelo programa da Declaração EletrônicadeServiços(DES):RuaBrigadeiro Tobias, 691, térreo - RM 22 (guichê 46) (Portaria SF n 12/2004).

Cofins/CSL/ PIS-Pasep -Retenção na Fonte - Recolhimento da Cofins, da CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas (Lei no 10.833/2003, arts. 30, 33 e 34), no período de 1 a15.01.2006.

IRPJ - Apuração mensal - Pagamento do Imposto de Renda devido, no mês de dezembro/2005, pelas pessoasjurídicasqueoptarampelopagamento mensal do imposto por estimativa.

IRPJ - Apuração trimestral - Pagamento da 1a quota ou quota única do Imposto de Renda devido, no 4 trimestre de 2005, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral, com base no lucro real, presumido ou arbitrado.

IRPJ - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos no mês de dezembro/2005 por pessoas jurídicas, inclusive as isentas, em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em alienações de ouro, ativo financeiro, e de participações societárias, fora de bolsa.

das confecções vendidas nos Estados Unidos são importadas", afirmou o presidente da empresa Imex Trading, Evangelos Stamou. A Imex importa e distribui produtos do ramo em todos os EUA.

"Paraentrarnessemercadoé preciso que a produção seja de ótima qualidadeeque tenha preço atraente." SegundoStamou, oparceironorte-americano exige que se entregue a mercadorianoprazocombinadoe se embarquem produtos de altaqualidade."Entendao nicho para o qual você quer vender, analise se háespaço para o produto, conheça o público alvo e as atitudes comerciais mais coerentes com o país parao qual você quer exportar", explicou Stamou.

Dificuldades – Asoportunidadese dificuldadesnomercado internacional de moda em outros países também foram abordadas durante oseminário. "Exportar é fácil", disse oresponsável pela internacionalização da marca de bi-

quínisRosa Chána Europa, Alexandre Manetti. "Difícil é se estabelecercomo umamarca no mercado externo."

Para ele,os preços oferecidos pelo Brasil no exterior não sãotão sedutores quanto as ofertas daChina e Índiae, por isso,éindispensável criar um diferencial. "Hoje, o mercado aceita muito bem as empresas pequenas que fazem produtos customizados", disse Manetti. "Esse tipo de produção traz a idéia de exclusividadepara quem acompra."O executivo afirmou quetoda empresadeve deixar claro para o consumidor que está sendo vendido um conceito de grife, enão uma roupa qualquer. "Se essa mensagem não for bemtransmitida,se oconsumidor não sentir o valorda marca, então a única coisa que vai restar é o preço", disse Manetti. "E, na moda, isso é o que menos interessa, pois as pessoas chegam a pagar fortunas para ter um objeto de desejo."

Sonaira San Pedro

MISSÃO VISITA A COLÔMBIA

AAgência de Promoção de Exportaçõese Investimentos do Brasil (Apex Brasil) está organizando uma missão comercial a Bogotá, na Colômbia, entre os dias 14 e 17 de março.

Oobjetivo daviagem écolocar em contatoempresasexportadoras brasileiras e importadoreslocais, principalmente dos setoresdemáquinase equipamentos; plásticos; cosméticos; têxteis; alimentos e bebidas; couro; componentes para calçados; equipamentos e acessórios para panificação; hotéis; restaurantes; móveis (salasdejantar,sofás,cozinhas, estantes, dormitórios, móveis infantis); software(automação bancária, interface para equipamentos médicos); equipamentos médicos e odontológicos; produtos para animais domésticos e fármacos.

Outrossetores nãomencio-

Ministro indiano vem visitar o Brasil

OConsulado Geralda Índia em São Paulo promove no próximo dia 3 encontro com o Ministro de Estado das Relações ExterioresdaÍndia,Rao Indejit Singh. Além do ministro, vêm aoBrasil, empresáriosindianos interessados em novos negócios.

Oevento será realizadono Hotel Renaissance, localizado naAlamedaSantos,2233, 2º subsolo, em São Paulo. Mais informações pelo telefone: (11) 3171-0343, com Márcio Faveri.

Janeiro/Última semana

nados poderão participar das rodadas de negócios, desde quesubmetidos aconsulta prévia no mercado colombiano. O evento também contará com visitas comerciais.

Serviço – A datalimite para inscrição é dia3 de fevereiro. Contatos: Denise Alves, no telefone (61) 3426-0202 ou no endereço eletrônicodenisealves@apexbrasil.com.br.

Almoço com a Adebim

Apróximareunião da Associação de EmpresasBrasileiras paraa Integração de Mercados (Adebim) ocorrerá no dia 2 de fevereiro. Oencontroterácomo atrativoa palestra do consultor externo oficial da Organização Mundial do Comércio

(OMC) e também consultor da Federaçãodas Indústriasdo Estado de São Paulo (Fiesp), Mário Marconini. O encontro será no Restaurante Dinho’s, à Alameda Santos, 45, a partir das 12h30. Mais informações: (11) 35499552, com Maria Aparecida.

PAÍSES DESEJAM IMPORTAR DO BRASIL

ESTADOS UNIDOS

001 - Café torrado orgânico e palmitos em conserva 002 - Minérios, escórias e cinzas (não identificados)

JAPÃO

003 - Carnes e miudezas, comestíveis, frescas,refrigeradas

ou congeladas,de avesda posição 0105

004 - Preparações alimentícias do Capítulo 21 ISRAEL

005 - Matéria-prima para fabricação de termoplásticos, emespecial a área de poliolefinas

PAÍSES DESEJAM EXPORTAR PARA O BRASIL

ISRAEL

006 - Mochilas,pastas e bolsas paraarmamentoe kitsdeprimeiros socorros

007 - Toalhas com tecnologia que protegeacor dostecidos contra desbotamento e manchas

008 - Cosméticos para rosto, pés e cabelos da região do Mar Morto

009 - Bijuterias finas e semijóias EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

010 - Creme dental: tradicional, com gel e flúor, bicolor ÍNDIA

011 - Químicos inorgânicos

012 - Artigos têxteis acabados, de cama, mesa e banho OUTROS INTERESSES

013 - M.H.ALMANA do Catar quer fazer joint-venture com empresa brasileira de frango congelado, resfriado e ovos de galinha.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397

IRPF - Carnê-leão - Pagamento doImpostodeRendadevidoporpessoas físicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes do exterior no mês de dezembro/2005.

IRPF - Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamento, por pessoa física residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de dezembro/2005 provenientes de:

a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira.

IRPF - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em alienação de ouro, ativo financeiro, fora de bolsa, no mês de dezembro/2005.

CSL - Apuração mensal - Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mês de dezembro/ 2005, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa.

CSL - Apuração trimestral - Pagamento da 1a quota ou quota única da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no 4 trimestre de 2005, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do IRPJ (com base no lucro real, presumido ou arbitrado).

Finor–Finam–Funres- Recolhimento do valor da opção com base no

IRPJ/Simples - Lucro na alienação de Ativos - Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de dezembro/2005.

IRPJ devido, no mês de dezembro/ 2005, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa - art. 9o da Lei no 8.167/ 1991 (aplicação em projetos próprios).

Finor:.......................................9017

Finam:......................................9032

Funres:.....................................9058

Finor - Finam – Funres - Recolhimento da 1 parcela ou parcela única do valor da opção com base no IRPJ devido, no 4o trimestre de 2005, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do lucro realart. 9o da Lei no 8.167/1991 (aplicação em projetos próprios).

Finor:.......................................9004

Finam:.....................................9020

Funres:.....................................9045

Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) - Entrega à Receita Federal, pelos Cartórios de Ofício de Notas, de Registro de Imóveis e de RegistrodeTítuloseDocumentos,da Declaração de Operações Imobiliárias relativa às operações de aquisição ou alienação de imóveis realizadas, durante o mês de dezembro/2005, por pessoas físicas ou jurídicas. IRRF - Pagamento do Imposto de Renda devido, no mês de dezembro/2005, pelos Fundos de Investimento Imobiliário, cujo fato gerador ocorreu em dezembro/2005 (art. 9o, § 3o, da IN SRF no 25/2001).

Comprovante Anual de Imposto de Renda Recolhido - Agências de Propaganda - Fornecimento, pelas Agências de Propaganda aos seus anunciantes, do “Comprovante Anual de Imposto de Renda Recolhido” relativo ao ano de 2005.

Opção, mudança de enquadramento ou desenquadramento do Simples - Comunicação à SRF, da opção, mudança de enquadramento ou desenquadramento do Simples, mediante apresentação da Ficha

Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ), com a utilização do programa que se encontra à disposição dos interessados no endereço www.receita.fazenda.gov.br Refis/Paes/Simples (Lei n o 10.925/2004) - Pagamento: a) pelas pessoas jurídicas optantes pelo Programa de Recuperação Fiscal (Refis): I - da parcela mensal devida com base na receita bruta do mês de dezembro/2005; II-daprestaçãodoparcelamento alternativo em até 60 prestações (acrescida de juros pela TJLP); b) pelas pessoas físicas e jurídicas optantes pelo Parcelamento Especial (Paes) da parcela mensal, acrescida de juros pela TJLP; c) pelas pessoas jurídicas enquadradas no Simples, optantes pelo parcelamento em até 60 prestações (Lei n 10.925/2004).

IPI (exceto o devido por ME ou EPP)- Pagamento do IPI apurado no 2 decêndio de janeiro/2006 incidente sobre produtos classificados nas posições 84.29, 84.32 e 84.33 (máquinas e aparelhos) e nas posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veículos automóveis e motocicletas), todos da TIPI. 1097

IPI (exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 2o decêndio de janerio/2006 incidente sobre produtos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis).

IPI devido por ME ou EPP não optantes pelo Simples - Pagamento do IPI apurado no mês de dezembro/ 2005 pelo contribuinte enquadrado como microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP), conforme definidas no art. 2o da Lei no 9.841/1999 e não optantes pelo Simples (art. 202, inciso V, do RIPI/ 2002). 0668, 1020 e 1097 (todos os produtos, com exceção de bebidas do

Capítulo 22 e cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00)

IPI (DIF-Cigarros) - Entrega da Declaração Especial de Informações Fiscais (DIF-Cigarros), com informações do mês de dezembro/2005, relativas às obrigações tributárias do IPI, do PIS-Pasep e da Cofins, pelas empresas fabricantes de cigarros.

IPI (DIF-Bebidas) - Entrega da Declaração Especial de Informações Fiscais relativas à tributação de bebidas (DIF-Bebidas), com informações do mês de dezembro/2005, pelo estabelecimento matriz, independentemente de ter havido ou não apuração do IPI, movimentação de insumos, selos de controle ou produtos acabados, no mês de referência, conforme IN n 325/2003.

IPI - DNF - Apresentação do Demonstrativo de Notas Fiscais (DNF) - Programa versão 2.0, pelos fabricantes, importadores e distribuidores atacadistas dos produtos relacionados nos Anexos I e II da IN no 445/2004, com informações relativas ao mês de referência dezembro/ 2005.

IPI Fabricante de produtos do Capítulo 33 da TIPI - Prestação de informações pelos fabricantes de produtos do Capítulo 33 da TIPI (produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes) com receita bruta no ano-calendário anterior igual ou superior a R$ 100 milhões, constantes do Anexo Único da IN SRF no 47/ 2000, referente ao bimestre novembro/dezembro/2005 à Unidade da Secretaria da Receita Federal com jurisdição sobre o domicílio da matriz.

IPI (DIF - Papel Imune) - Entrega, pela Internet, pelo estabelecimento da matriz, da Declaração Especial de Inforamções Fiscais relativas ao Controle do Papel Imune (DIF - Papel Imune), pelos fabricantes, distri-

buidores, importadores, empresas jornalísticas ou editoras gráficas que realizarem operações com papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, relativa ao trimestre outubro/novembro/dezembro/2005. Contribuição Sindical (empregados) - Recolhimento das contribuições descontadas dos empregados em dezembro/2005. Consultar a respectiva entidade sindical, a qual pode fixar prazo diverso. Contribuição Sindical Patronal (empregador) - Recolhimento da contribuição sindical patronal às respectivas entidades de classe. Consultar a respectiva entidade sindical, a qual pode fixar prazo diverso.

Mapa de Avaliação Anual (SESMT/MTE) - Envio ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Mapa de Avaliação Anual com dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade.

Requerimento do 13o SalárioRequerimento pelo empregado do pagamento da 1 parcela do 13 salário por ocasião de suas férias.

Previdência Social (INSS) - Planoanualdeaçãodeatividades-Apresentação ao INSS, pela pessoa jurídica de direito privado beneficiada com a isenção de que trata os arts. 206 e 207 do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto no 3.048/1999, do plano de ação das atividades a serem desenvolvidas durante o ano em curso, nos termos do § 2o do art. 209 do mesmo diploma legal.

Alexandre Manetti explica as dificuldades de exportar itens de moda para os EUA e outros países

GRAND FEDERER

Mal havia enxugado as lágrimas pela conquista de seu segundo Aberto da Austrália, o sétimo Grand Slam de sua carreira em sete finais disputadas, e Roger Federer já tinha a mente em Paris.Osonhodosuíço,número1 domundo,évenceremRoland Garrospara buscaro Grand Slam, série que reúne os quatro grandestorneiosdetênis:Austrália, Roland Garros, Wimbledon e o Aberto dos EUA.

Federer foi campeão ao vencerazebracipriota Marcos Baghdatis por 3 a 1 (5/7, 7/5, 6/0 e6/2). Depois, chorou ao receber a taça das mãos de Rod Laver, que batiza a quadra ondefoi realizadaapartida,eo último homema ser campeão dos quatro Grand Slams simultaneamente. O problema é que o êxito no saibro de Roland Garrossempre lhe escapou. "Agora que ganhei cada um dos torneios pelo menos duas vezes, a pressão no Aberto da França aumenta'', disse.

Federer tem de ganhar todos os torneios no mesmo ano para completaro cobiçado Grand Slam, o que Laver fez em 1962 e 1969. Atual tricampeão de Wimbledon e bi dos EUA, Federer tem na França seu principal obstáculo. "Ainda faltam alguns meses, e eu espero estar bem para disputar o título." Vinho - Amelie Mauresmo ainda não sonhaemfechara

série-aúltimamulherafazê-lo

foiSteffiGraf,em1988.Porora, pretende apenas comemorar o primeiro títulode GrandSlam de sua carreira. Com um vinho especial, o caríssimo Chateau d'Yquem safra 1937, comprado para ser bebido somente

apóso feito-alcançado coma vitóriasobreabelga Justine Henin-Hardenne, que abandonou com doresestomacais quando perdia por 6/1 e 2/0. "Esperei por tantotempo, e trabalhei duro, então acho que

Campeão invicto

Micaela (com a bola) liderou Ourinhos na conquista do bicampeonato nacional

Ourinhos confirmou o favoritismo e conquistou obicampeonato doNacionalfemininode basquete, ao derrotar o São Caetano por 70a 55, fora decasa. O time fechouem 3a 0a sériefinal e encerrou invicto a competição, com 25 vitórias.

O destaquedo timefoi mais uma veza alaMicaela, cestinhadafinalíssima,com 23 pontos,e escolhidaamelhor jogadora da competição. Em meio à festa, anunciou que está indo jogar na Polônia.

A transferência de Micaela é um sintoma da penúria do basquete feminino brasileiro: ela não sabe o nome da equipe que vaidefender, nem mesmo da cidade em que viverá por três meses.Saiem buscade bons salários, artigo raro no País.

O time de Ourinhos tem seis patrocinadoresegastacercade R$ 70 mil por mês - sem contar as viagense os saláriosde Micaela, Egae Lilian, quesão pagos pelo mecenas Chico, de 70 anos, empresário da cidade apaixonado por basquete.

Campeão na Austrália, suíço planeja completar o Grand Slam; Mauresmo vai abrir vinho para comemorar primeira conquista

mereço isso", afirmou a francesa, que já havia perdido uma decisão na Austrália, em 1999, para Martina Hingis. Feliz como título,depois de ser acusada de "amarelar" em Grand Slams, Mauresmo só la-

mentoua desistênciadeHenin-Hardenne. "Foi estranho, e eu provavelmenteteria reagido de forma diferente se o jogo tivesse ido até o fim, mas a alegria aindaestá aqui.Ninguém pode tirá-la de mim."

Nelsinho Piquet somou apenas dois pontos na volta à A1G, na África do Sul

Baixa rotação

U ma semana depois de vencer as Mil Milhas de Interlagos, Nelsinho Piquet teve problemas técnicos e não passoudeumnonolugar como melhor resultado no GP da ÁfricadoSul de A1,emDurban. Na outra provadodia, o brasileiro foi apenaso 19º. O francês AlexandrePremateo holandês Jos Verstappen foram os vencedores da etapa.

CLASSIFICAÇÃO: 1. França, 119; 2. Suíça, 92; 3. Brasil, 63; 4. GrãBretanha, 58; 5. Nova Zelândia, 54; 6. Portugal, 50; 7. Irlanda e Holanda, 44; 9. Malásia, 33; 10. Canadá, 32; 11. República Checa, 30; 12. Austrália, 29; 13. Itália, 26; 14. África do Sul e México, 20; 16. Alemanha, 15; 17. Estados Unidos, 13; 18. Indonésia, 10; 19. Áustria, 9; 20. China e Japão, 6; 22. Paquistão, 4.

Mello encara Agassi em estréia nos EUA

R icardoMello teráumapedreirapelafrente hoje,às 22h,emsua estréianoATP Tour de Delray Beach (EUA): AndreAgassi, recuperado da lesão que o tirou do Aberto da Austrália. "Sorteio tem dessas coisas", disse Mello, que obteve nesse torneio seu único título como profissional, em 2004. Em Viña del Mar (Chile), Flávio Saretta estréia contra o sérvio Boris Pashanski, e Marcos Daniel enfrenta o ídolo local Nicolas Massu. Gustavo Kuerten sofreu uma contusão no tornozelo direito e cancelou sua participação no torneioquer se recuperar para o duelo da segundadivisãoda Copa Davis contra o Peru,de 10 a 12 de fevereiro.

Maurren Maggi anuncia volta às competições

A saltadoraMaurren Higa Maggi resolveu voltar a competir, depois de anunciar queabandonaria as pistas ao ficar dois anos suspensa por doping. Embora ainda não tenha decidido que prova disputará (salto triplo, salto em distância ou heptatlo), ela acreditaque tem condições de competiremaltonível.Suametaéo Pan de 2007, no Rio. A suspensãoacabou emjunho de 2005, mas Maurren só vem treinandohá doismeses. Ela alega inocência - mantém a versão de que a substância dopante eraconseqüência deum creme cicatrizador - e critica os dirigentes brasileiros,que, afirma, não se esforçaram para tentar inocentá-la.

Rexona vence e segue invicto na Superliga

O Rexona venceu o Flamengo por 3 a 0 (25/18, 25/14 e 25/15) e manteve a liderança invictada Superligafeminina, na única partida disputada ontem no torneio. O time tem nove vitórias,duas a maisque ps vice-líderes Osasco, que folgou nestarodada, eMacaé, que bateu o Suzano por 3 a 0 (25/16, 25/22 e 25/20). Na Superligamasculina,o Cimed segue líder, depoisda vitóriasobreoSãoCaetanopor 3a0(25/20,22/25, 25/23e 25/22). O time catarinense, treinado peloex-jogadorRenan, tem 11 vitórias e duas derrotas. O Banespa perdeu por 3 a 2 para a Unisul, em São José (SC) e caiu para terceiro lugar.

Torsten Blackwood/AFP
Mike Hutchings/Reuters
Wander Roberto/CBB

COMEÇOU!

Atenção: a volta às aulas complica o trânsito hoje, apesar do rodízio. Páginas 6e7

O trânsito é bom nas papelarias

A volta às aulas já trouxe 18% a mais do que 2005 às papelarias. Eco/3

Mais de 30 mil já estão De Olho no Imposto

Em duas semanas, a caravana tributária pela transparência nos impostos colheu em seis cidades do interior de São Paulo mais de 30 mil adesões. Economia/4 e www.deolh onoimposto.org.br O primeiro marine brasileiro morto no Iraque

A

dupla volta da

alegria na vitória do Corinthians

Jogando bem, com elegância e garra, o Corinthians fez as pazes com a vitória (4 a 1 contra o Rio Branco, em Americana) e comemorou a volta de um craque, Ricardinho (foto), abraçado a Tevez. DC Esporte

Oposição vai ao ataque

No Congresso, guerra às bondades de Lula: partidos querem mínimo de até R$ 400. Página 3

Felipe (foto), 22 anos, fuzileiro naval dos EUA, morreu no Iraque, depois de um confronto em Falujah. Página 8
Nilton Fukuda/AE
Corbis/Garry Nichols

Junto com o rodízio de veículos, que será retomado hoje, grande parte dos alunos da rede particular de ensino também voltam às escolas – até fevereiro serão 740 mil estudantes. Filas duplas e estacionamentos

irregulares na porta dos colégios, aliados às obras em andamento na Capital, poderão agravar os tradicionais congestionamentos.

A última sexta-feira, com lentidão recorde, foi uma amostra do que poderá acontecer.

AULAS + OBRAS = CONGESTIONAMENTOS

São Paulo retomahoje seuritmo frenético, comaperspectiva de tráfego intenso e conseqüentes congestionamentos de veículos. A causa é a volta às aulas da maior partedos alunos dasescolas particularesca capital – que, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), somam 740 mil criançasejovens.Alémdisso,a perspectiva de trânsito neste ano éagravada pelasdiversas obras em andamentonacidade, como a recuperação asfáltica de ruasea retomada pela prefeitura dos projetos de grandes complexos viários.

Tudo issose traduzem problemas para a Companhia de Engenhariade Tráfego (CET), que tenta amenizar a situação comaimplantaçãoda Operação VoltaàsAulas. Aliado a ela, tambémvolta afuncionar nestasegunda-feirao sistema de rodízio diário de veículos de acordo com o número final de cada placa.

Rodízio –A partir de hoje, voltam a ficar proibidos de circular na região do chamado centro expandido de São Paulo os automóveis com placas de finais 1 e 2. Na terça, a restrição mantém-se paraveículos com placas de finais 3 e 4; quarta, 5 e 6; quinta, 7 e 8; e na sexta, 9 e 0. A operação restringe a circulação apenas nos horários de pico do tráfego,das 7h às 10he das 17h às 20h.

O centro expandidoé formado pela área delimitada pelas viasmarginais dosrios Tietê ePinheiros, avenidas dos Bandeirantes e Afonso D’Escragnole Taunay, ComplexoViárioMaria Maluf,

avenidas Tancredo Neves e JuntasProvisórias, viaduto Grande São Pauloe avenidas Luís Ignácio deAnhaia Melo e Salim Farah Maluf. Segundo o gerente de opera-

A preocupação com o bem estar dos filhos faz muitos pais pararem em fila dupla na porta das escolas.

Raul Fernando Ramos, engenheiro, professor da FEI e especialista em trânsito

ções da CET, Wlamir Lopes da Costa, existena cidade uma frota de cerca de 3, 5 milhões de veículos. Com o rodízio municipal,esse número diminuiu em aproximadamente 20% (ou

cerca de 700 mil carros).

Sem alívio – No entanto, a medida – que já é usada há quase10anos –parecenãoaliviar maisocaóticotrânsito paulistano. Porisso, aCET também inicia a Operação Volta às Aulas. Noentorno de 142 escolas particulares da capital, 261 técnicos(os conhecidos "marronzinhos") tentarão organizaroentra esaidealunos dos veículos e o estacionamentodas mãeseacompanhantes. Segundo a Companhia, os principais problemas são as filas duplas e os estacionamentos irregulares. Mas os técnicos também irão orientara travessia de pedestres. Além da ajuda dos profissio-

naisda CET,a OperaçãoVolta às Aulas contará com o ajuste desemáforos nasproximidadesdasescolas ecomumprograma de orientaçãopara funcionários dos colégios.

Oobjetivoé disciplinar todos os envolvidos na educação das crianças e mostrar a necessidade derapidez no embarque edesembarqueconstante de alunos. Também serão implantadas200 faixase 100 banners nas proximidadesdas escolasparticulares e públicas com mensagens educativas para orientar a população.

Fatores – Porém, mesmo com essas medidas, a Prefeiturateráde lidaraindacomdois fatores que podem desenca-

dear congestionamentos recordes nos próximos meses: as chuvas de verãoe as várias obras espalhadas pela cidade. Uma amostra do impacto daschuvas pôdeser vista na última sexta-feira.Ainda com aliberaçãodorodíziodeveículos e sem retorno dos alunos às escolas, porvoltadas9h30,o congestionamento na cidade chegava a 143 quilômetros, um recordepara ohorário nomês de janeiro. "Isso só aconteceu por conta das chuvas e porque opaulistano retornou das fériasantes doinício dorodízio. Esses dois fatores causaram esse enormecongestionamento", afirma Lopes da Costa. De qualquer forma, o gerente da CET não acredita que a média de lentidão no mês fique muito alta. De acordo com ele, no ano passado, a média de congestionamentos no mesmo período ficou em 58 quilômetros. Recapeamento – Já a grande campanha de recapeamento devias que,segundo aPrefeitura paulista,hojecontacom 173quilômetros deruas eavenidasrecuperadas, podeser umgrave complicanteaotráfego. Oobjetivo échegar a230 quilômetrosde viasrecuperadasatéo final defevereiro. Neste ano todo, a Prefeitura pretenderecapear 1,5milquilômetros de ruas. Alémdisso,o prefeitoJosé Serra ainda retomou grandes obras viárias, comoo Complexo Jurubatuba (que liga os bairros do Grajaú a Santo Amaro) e o Complexo Tiradentes (que ligao Sacomã,nazonasul, àCidade Tiradentes, nazona leste) e a construção de um viaduto que liga marginal Tietê a Guaianases, na zona leste.

Na porta da escola: fila dupla e estacionamento irregular. A CET implanta Operação Volta às Aulas para tentar diminuir problemas no tráfego
Epitácio Pessoa/Arquivo/AE
Luludi/Luz
Ivan Ventura

Preocupados com quem os filhos vão ficar e se estão bem, os pais acabam parando em fila dupla e descendo dos veículos para checar tudo

de perto. Os congestionamentos tendem a diminuir ao longo dos meses, com a adaptação a rotas, horários e com a orientação das próprias escolas.

Insegurança ajuda a aumentar lentidão

Oprimeirodiadeaulaouo retornoàs escolas,que pode ser problemático paracrianças, nos últimos anos se tornou um drama tambémparaospais.Essapelomenos é a conclusão de especialistas em trânsito erepresentantes de colégios na tentativa de explicaros congestionamentos em ruas próximas das instituições de ensino. Oproblema é mais comum na volta às aulas de estudantes da pré-escola e de ensino fundamental (1 ª a 8ª série).

Mas oque causaesse crescimento de veículos no início de ano letivo escolar e, depois, uma diminuição com o passar dos meses?SegundoWlamir Lopes da Costa, gerentede operações da Companhia de Engenhariade Tráfego (CET), um dos motivos é a adaptação dos pais dos alunos com os horários escolares. "Conforme os pais se acostumam com os horários deentrada esaídados seus filhos, a tendência é que ocorraadiminuiçãodos congestionamento na porta dos colégios".

Ajuste – Já o especialista em trânsito, RaulFernandoRamos,professorna Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), acredita que os pais passam pelo chamado ajuste de horários. "Aspessoas têmpor costume experimentar rotas e horários quando seguem para um novo trajeto. Quando adaptados,eles evitamcertos caminhos congestionados e circulamemhoráriosdepouco movimento", analisou.

Ramos ressaltou aindaa insegurança das crianças nos primeiros dias de aula."A criança tem receio de ficar em um lugar onde não conhece as

pessoas ao redor.Porconta dessetemor,muitasvezes os pais paramos carrosem fila dupla para acompanhar os filhos até aentrada da escola, causando a lentidão.Mas esse medo passa com o tempo". A diretora de unidade assistente do Colégio Rio Branco, Maria OliviaMontenegro, destacou os congestionamentos de início do ano têm relação com a insegurança de estudantes, principalmente osque frequentamde1ª a4ªséries.Mas elasalientou umsegundomotivo. "Os pais têm uma preocupação natural em saber com quem os filhos irão ficar. Eles querem sempre saber quem sãoosprofessores, funcionários, enfim, todos os envolvidos na educação da criança".

Exemplos - Alguns colégios, porém, conseguiram diminuir aincidência de congestionamento no início de ano letivo e hoje servem de exemplo. É o casodo ColégioDante Alighieri. O diretor-geral pedagógico do Dante, Lauro Spaggiari, contou que o colégio possui quatro entradas, todas em ruas diferentes do quadrilátero que compreende o

terreno da instituição (localizadoentre as alamedas Jaú, Itu, Casa Branca e a rua Peixoto Gomide). "Cada entrada é destinada a um grupo de alunos. Por exemplo, crianças de 1ª a 4ª séries têm uma entrada só para eles. As outrasportarias ficam para as demais séries".

Spaggiari destacou ainda uma campanhade educação notrânsito. "Juntocom aCET, orientamosos motoristas que circulam pelasruas em frente aocolégiocomodevem agir para não causar congestionamentos. Graças a isso, nos últimos cinco anostivemos uma grandediminuição notráfego lento em frente à escola".

Os colégiosDante Alighieri eRioBrancocontaram ainda queadotaram aprática deenviar panfletossobreeducação no trânsito durante as férias. A CET, inclusive, listou as escolas commaioresproblemas de lentidão de veículos no início doanoescolar.Entre os colégios, a companhia citou os tradicionais Mackenzie, São Luís, Liceu Pasteur,Santa Maria, Objetivo,Arquidiocesano, SãoVicente dePaula ePalmares, entre outros. (IV)

Privatização também para cemitérios

APrefeitura estuda entregar à administraçãoda iniciativaprivada, emregime deconcessão onerosa, agestãodoServiço Funerário Municipal(SFM) –um patrimônio de 22cemitérios , 11 agências funerárias, 19 velórios e o Crematório de Vila Alpina. O projeto é da Secretaria Municipal de Serviçose a diretoria do SFM, que assumiu semanapassada, jáprepara um estudo que deve estar pronto em cinco meses. Serão decididos, entreoutros aspectos, o tempo e os valoresdaconcessãoeomodeloa ser adotado,como umapossível divisão por lotes, por exemplo. Depoisde omodelo serfechado,aPrefeitura irá tentaraprovar, na Câmara, projetodelei queautorizea adoçãodo novo sistema.E a

concorrênciaparaosinteressados deve seraberta, pelo planejamento, ainda neste ano Preços – O novo superintendente do SFM, Celso Jorge Caldeira, afirma que os preços dos sepultamentos – entre R$ 200 e R$ 9 mil – e dos jazigos não subirão com a concessão. "Os terceiros irão gerenciar os bens, que permanecempúblicos,e por isso mesmo serão fiscalizadose regulamentados pela Prefeitura", diz."O quebuscamos é um aumento da eficiência do serviço, e uma das coisas é justamente a queda dos preços" Hoje, o metro quadrado do terreno de categoria 1 (cemitérios Consolação,São Paulo e Araçá, entre outros) custa R$ 2.911,50. Nosde categoria 2 (entre outros, cemitérios Santana, Vila Alpina, Vila Mariana

e Santo Amaro), custa R$ 1.791,56.Háainda os de categoria3 (cemitériosParelheiros, Saudade, Itaquera e Lageado), ondeo metroquadrado custa R$ 1.230,80, e os de categoria 4(cemitériosDom Bosco e Cachoeirinha), com o metro quadrado em R$ 821,07 Verticais – Caldeiraexplica que uma das soluções que poderão ser adotadas na concessão é a construção decemitérios verticais, que ficaria a cargo das concessionárias. "Estamosestudandoo patrimônio e, em alguns, cemitérios isso é viável".A concessão,segundo ele, também vai envolver a possível criaçãode umsegundo crematório municipal para desafogar o movimento no de Vila Alpina e ainda a melhoria de serviços como velórios, ossários etc. (AE)

Desrespeito às leis de trânsito: criança desce de carro estacionado em fila dupla na porta da escola.
Celso Junior/Arquivo/AE

De Olho No Imposto desembarca hoje na cidade

O movimento liderado pela ACSP, Facesp e OAB, Sescon e Ciesp quer coletar 128.221 assinaturas na região e 1,5 milhão no País. Com isso, aprovar emenda popular regulamentando o parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição. Então, o valor do imposto dos produtos será discriminado nas notas.

AFederação das A ss oc i aç õe s Comerciais do Estado de São Paulo(Facesp), Ordemdos Advogados do Brasil (OAB), Centro das IndústriasdoEstadodeSãoPaulo (Ciesp) e o Sindicato das EmpresasdeContabilidade (Sescon), lançam, hoje, para Campinas eoutras 40cidades da região comassociações comerciaispróprias a campanha “De Olho no Im-

Marangon, D'Urso e Afif Domingos no lançamento do movimento na Capital. A página na Internet traz mais informações sobre a campanha, a caravana e o feirão.

posto”. Éum movimento para arrecadar1,5 milhão de assinaturas para levar ao Congresso Nacional uma emendapopular queregulamente o parágrafo 5ºdo artigo 150 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.Com a regulamentação, torna-se obrigatória a discriminação de quanto custa oproduto e o quanto éarrecadado em impostosnastransaçõescomerciais em notas fiscais e cupons de venda.

Acampanha estabelece metasparaonúmerodeassinaturasaserem recolhidasemcadacidade.Nos41 municípios, delimitados como região de Campinas, estáestabelecidoonúmero de 128.221 coletas, incluindo 32.568somente em Campinas dentro de um universo de 2,5 milhões de eleitoresdos 3,8 milhões depessoas quevivemnessas cidades.

O presidenteda Associação Comercial e Industrial de Campinas(Acic) eviceprefeito da cidade, GuilhermeCamposJúnior,acredita que a campanhaDe Olho no Imposto, na região de Campinas, seráumsucesso. “Temos a expectativa de que vamos conseguir a adesão em massa das pessoas”,

Casa da Cidadania abre as portas

Mais dignidade para os moradores de rua é a proposta da Casa da Cidadania, que vem atendendo essa população desde o dia 23. No local, são servidas 350 refeições ao dia, além de oferecer espaço para higiene pessoal e trabalhos em oficinas sócioeducativas, culturais e de lazer. A iniciativa é uma ação conjunta da Associação

Comercial e Industrial de Campinas, da Prefeitura e do Fórum de Entidades e Órgãos

disse. De acordo com CamposJúnior, todo contribuintetem o direitodesabero quantoestápagando deimpostosem tudooque faz para poder cobrar das autoridades a aplicação desse dinheiro. Paraconseguir alcançar as metas na região de Campinas,nopróximo dia9de fevereiro, opontapé inicial da campanhavai contar com a instalação do “Feirão do Imposto”. Oespaço, semelhante a um supermercado, será montado na praça José Bonifácio, em frente à Catedral, deve mostrar produtosem prateleiras com seus respectivos custos de venda e impostos.

No Feirão, as pessoas responsáveis pelorecolhimento das assinaturas também vãoexplicaraos consumidores como é cobrado o imposto no Brasil. Esse evento vai acontecer somente emCampinas. De acordo com o coordenadorregionaldo movimento,Paulo Martelli,representantes dasdemais associações comerciaisda regiãovão receber ameta de coleta de assinaturas e o material de divulgação da campanha.

“Algumas associações estão promovendo mini-

AAssociaçãoComercial eIndustrial de Campinas (Acic), a Prefeiturae o Fórum de Entidades e Órgãos inauguraram, na última sexta-feira,a CasadaCidadania, espaço reservado parapessoasem situação de rua instalado na Praça ÓperaOGuarani,soboviaduto Miguel Vicente Cury, noCentro. ACasa, emfuncionamento desde o último dia 23, oferece 350 refeições diáriasaos moradores de rua, além de proporcionar higiene pessoaleoficinas sócio-educativas, culturais e de lazer. De acordo como viceprefeito e presidente da Associação Comerciale Industrial de Campinas (Acic), GuilhermeCampos Júnior, a Associação doou a iluminação eos móveis, a prefeitura entrou com as obrase ocadastramento

feirõestambém,mas o eventoprincipal será o de Campinas, cidade irradiadora do movimento”, disse Martelli.A campanhaestabeleceuo dia1ºde maiocomo prazo limite para a arrecadação das assinaturas.

Além do Feirão, Campinastambém vaireceber a CaravanaTributáriadomovimento queestá percorrendo 17 cidades do interior de São Paulo, Estado onde o De Olho no Imposto quer arrecadar pelo menos 1 milhãodeassinaturas.ACaravana, comandadapor Guilherme Afif Domingos, presidente daAssociaçãoComercialdeSão Paulo (ACSP) e da Federação das AssociaçõesComerciais do Estado de São Paulo (Facesp), braçooperacional da campanha, passará por oito capitais brasileiras, incluindoSãoPaulo.Omovimento vem percorrendo as cidades paulistas desdeo dia 18 dejaneiro.ComeçouemSão José do Rio Preto . A caravana encerra as visitas no próximo dia 23 em Santos. Calculadora -Durante o Feirão do Impostoem Campinas seráapresentada aCalculadora do Imposto – sistema que mostra o valor dos impostos pagos sobre a renda, o patrimônio

e o consumo decadacontribuinte-, eoImpostômetro, painel eletrônicoque aponta, em tempo real, o valor pago em impostos pelos consumidores. Às 16h da última sexta-feira, o Impostômetro contabilizavaR$61,9 bilhões arrecadados pelo governo em 2006. O Impostômetro pode seracessado noendereço eletrônico www.impostometro.org.br. O endereço www.deolhonoimposto.org.br tem todas as informações a respeito do De Olho no Imposto e um diáriodos caminhosdaCaravana Tributária pelo País. Para arrecadarassim,o sistema tributário cobra altodo setorprodutivo,dos consumidorese doscontribuintes,comovai ser demonstradono Feirão.Uma casa popular recolhe 39,50% sobreo materialde construção,2% deImposto sobre Transação de Bens de Imóveis e8% parao INSS do trabalhador. Com isso, um imóvel para pessoas de baixarenda construídopor R$45milrecolheu R$22,3 mil em impostos. Os tributosestão emtudo. Naenergia elétrica arrecada 45,80% e nos materiais de limpeza, em média, 40%. Mário Tonocchi

das instituições de caridade quetrabalhamcomos moradoresde rua. Essas entidades se encarregam dos serviços que serãooferecidos. “É mais que uma questãode responsabilidadesocialdaAcic, éumaquestão de humanidade”, disse. AimplantaçãodaCasasó foipossível depoisdeuma parceria firmada entre a Acic, a prefeitura e o Fórum deEntidades eÓrgãosque atuam junto à população de

ÓRBITA

TURISMO

ODepartamento de Turismo da Secretaria de Turismo (SMCIST) está elaborando, junto com o curso de Turismo da Unip, PUC-Campinas e a Unicamp, roteiros para desenvolver o turismo na Área de Proteção Ambiental (APA) - Campinas, nos distritos de Sousas e Joaquim Egídio. A intenção é fazer planos integrando as propriedades que circundam a APA e ações turísticas desenvolvidas nos dois distritos, aumentando os visitantes da cidade e da região.

PIRACICABA

Aprefeitura de Piracicaba arrecadou R$ 315 milhões em 2005, 6,7% a mais que o previsto no orçamento e 38% a mais que a receita de R$ 227 milhões de 2004. O aumento na arrecadação, segundo a prefeitura, deu-se pelo crescimento no volume recolhido do ICMS. Em 2005, a cidade arrecadou R$ 97 milhões com o imposto, 14% a mais que os R$ 85 milhões de 2004. A maior parte do aumento na arrecadação foi para pagar dívidas.

GREVE

Os servidores estaduais da área de saúde da Unicamp prometem entrar em greve novamente hoje contra a tentativa da administração do Hospital das Clínicas de passar de 30 para 40 horas o turno de trabalho. Também está prevista nova rodada de negociações no TRT de Campinas. No início do mês, os servidores fizeram uma greve, afetando o atendimento. A retomada do movimento depende do que acontecer na reunião hoje no Tribunal.

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276

rua. Estão envolvidas no projeto aAssociação Maria Porta doCéu,Instituto Amor aoPróximo, Grupo Aliança de Amor, Projeto Amor (Igreja Batista),Centro Espírita Luz do Caminho,Ceasa, Comunidade Renascimento, N.E. Alziro Zarur, Tocade Assis eVoluntários do mercado informal. Até hoje a doação da alimentação aos moradores deruasera feitanaspraças centrais da cidade. (MT)

Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br

Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br

Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200

A Casa da Cidadania fica na Praça Ópera O Guarani
Fotos de Fernando Petermann/Virtual Photo
Foto de Alex Ribeiro
Foto de Patrícia Cruz /Luz
Foto de Milton Mansilha/Luz
VEJA TUDO SOBRE A CAMPANHA: www.deolhonoimposto.org.br

segunda-feira, 30

Sugestão aos bem-pensantes: internem-se.

Passou despercebidoà grande mídia, e eu mesmo só reparei agora: durante a conferência "Axis for Peace 2005", promovida em novembro do ano passado pela rede www.voltaire.net com o apoio da Al-Jazeera e do canal chavista Telesur, o general russo Leonid Ivashov afirmou que o terrorismo internacional não existe, que é tudo invencionice de Washington. Os atentados ao World Trade Center e ao Pentágono,segundoele,foramencenações, montagens criadas por George W. Bush paradesestabilizar a ordem mundial da ONU e imporo domínio americano a todo o planeta.

Não, perplexo leitor, isso nãoépropagandade vodca. Ivashov é vice-presidente da Academia Russa de Problemas Geopolíticos, foisecretário do Conselhode Ministrosda Defesa da Comunidade de EstadosIndependentes(CEI)e,por ocasiãodo 11de setembro,era chefedo Estado-Maior das Forças Armadas russas. Bêbado ou sóbrio, ele é a voz de Vladimir Putin. E não consta que estivesse bêbado.Pela suaboca, foi o próprio governo russo que saiu alardeando a boa e velha explicação conspiratória da guerra contra o terrorismo.

Lançada originariamente pelos próprios organizadores da conferência, ateoria, em si, nãotem pénem cabeça. Nenhum governo democrático tão fiscalizado pela oposição e vasculhado pela mídia xereta como o dos EUA poderia montar emsegredo umafarsa desse tamanho, desafio temível até para ditaduras com absoluto controle dos meios de informação.

Mas oque importanão éa teoria, na qualseus inventores jamais acreditaram. É o fato de que seja aprovada, ao menos

Nda bocapara fora,por tãoilustre hierarca de um país que, nominalmente, continua aliado dos EUA na guerra contra o terrorismo. Indícios de que a Rússiafazia jogoduplonunca faltaram. As armas apreendidas com terroristas islâmicos são quase sempre russas, quando nãosão chinesas. Putin temacalmado assuspeitas com a desculpado contrabando. A fala do general assinala umamudança de tática,bem ao velhoestilosoviético,passandodialeticamente daocultação à ostentação: se não existe terrorismo, asarmas russas não precisammais ser desmentidas; podem ser alardeadas como ajuda meritória prestada a puros heróis libertários. Aía adesão àteoria psicótica começa a fazer sentido. Masa mudançade clavedo discurso publicitário não é um capricho isolado. Opróprio Ivashovdeixou isso claro, ao usá-la como prefácio à idéia bem mais substantivaque defendeu em seguida: o fortalecimento da ONU, alicerçado numa"uniãogeoestratégicadacivilização",paradetera"expansãodo imperialismo". Distraidamente, como quem não quer nada, ele sugeriu que essa nova estruturade poder militar mundial deveria ter como centro a Organização de Cooperaçãode Shangai, que reúne Rússia,China,Cazaquistão, Quirziguistão, Tajiquistão e Uzbequistão. Que importa uma mentirinha a mais oua menos, se épara servir a umplano tão grandioso? Uma ONU transformada em instrumentoda Rússiae da China edevotada a paralisar ou destruir o poderio americano: esse é oúnico objetivo que logicamentecondensa eexplica toda a conduta recente não só dessas duas potências, mas deseus aliadoseservidores

conscientes ou inconscientes nos organismos internacionais, nos partidos de esquerda, nasorganizações terroristas, nas quadrilhas de narcotrafi-

cantes hoje quase todas unificadas sob ocomando da máfia russa (que é o próprio governo russo), na rede de ONGs ativistas espalhadas pelo mundo, na

mídiaelegantee aténoscírcu-

los alegadamente "nacionalistas" das nações periféricas(está vendo, Andrade Nery? Nãomeesqueci devocê). Odesertorda KGB AnatoliyGolytsin játinha revelado esse plano nadécadade 80.Váriosestudiosos, como Stanislav Lunev, Jeffrey R. Nyquist, Constantine C.Menges, Jack Wheeler e até eu que sou mais bobo, concordávamos que, adivinhação ou não, Golitsyn nãoestava detodo errado.Foi fácil aos bem-pensantes livrarse de nós chamando-nos malucose"teóricosdaconspiração". Mas,agora,que équeelesque vão fazer com o general Ivashov? Ou mandam internálo, ou nos dão alta do hospício. De quebra, sugiro que se internem a si próprios, como Simão Bacamarte.

Notas e fontes

* Anatoly Golitsyn, que mencioneiacima, éumalto funcionário daKGB quefugiu para osEUA etentou alertara CIA para uma espetacular mudança estratégicadomovimento comunista internacional, decuja preparação ele tinha sido testemunha direta em reuniões do Comitê Central do PCUScom os comandantes dos serviços secretossoviéticos. Explicarei isso com mais detalhe emalgumdospróximos artigos,mas, emessência, a idéia erasacrificar a unidade doEstado soviético em favor da diversificação e expansão domovimento comunista mundial, queparalelamente deveria abdicar de toda unidade doutrinal e dedicar-se à formaçãode um cerco mundial anti-americano, tomando como centrosarticuladores os grandes organismos internacionais. Na época, pouca gente acreditou, mas hoje sabe-se que, das previsões feitas por Golitsyn com base nas informações de quedispunha, 95 por cento jáse realizaram,incluindo a queda do Muro de Berlim. V.AnatolyGolitsyn, New Lies For Old: The Communist Strategy of Deception and Disinformation (Dodd, Mead & Company, 1984).

*Em 1998, noseulivro Through the Eyes of the Enemy (Washington, Regnery),ocoronel Stanislav Lunev, o desertor de mais alta patente do serviço secreto militarsoviético, afirmou: "A guerra fria não terminou. Agora ela é entre a Máfia russa e os EUA." A máfia

russa temduascaracterísticas

distintivas: (1) Ela está tão bem infiltrada nos altosescalões oficiais que é impossível distingui-la do próprio governo russo.(2) Desde pelomenos 1993 elaconseguiu unificar soboseucomando todasas máfiasdomundo, tornandose uma espécie de Comitê Central do crimeorganizado(v. Claire Sterling, Thieves’ World: TheThreatoftheNew Global Network of Organized Crime, New York,Simon&Schuster 1994). Atéhoje achamada "grande mídia" (mais propriamente grande mérdia) não registrou o fim das guerras entre máfias, ofenômenomais importante dadécada de90, sem o qual a montagem do cerco antiamericano teria sido impossível por falta de verbas. Hoje em dia, um terço do dinheiro que circula nas bolsas dos grandes centros vem do crime organizado, oque basta para explicar as boas relações entre a elite financeira e as Farc (lembrem-sedavisita amável

O general russo Leonid Ivashov afirma que o terrorismo internacional não existe, que é tudo invencionice de Washington.

Os atentados ao World Trade Center teriam sido encenações criadas por Bush para desestabilizar a ordem mundial.

de Richard Grasso, presidente daNew YorkStockExchange, ao comandante da narcoguerrilhacolombiana, RaulReyes, em 26 de junho de 1999).

*Emperfeitaharmoniacomo general Ivashov, o New York Timescondena ahipótesede açõesmilitarescontra oIrãe propõe, em lugar delas, o plano da Rússia:transferir aspesquisasiranianasdeurânioenriquecido para seu próprio território, ondea fiscalização de oficiais russos bastaria para dar ao mundo uma "garantia suficiente" (!!!) de que o material não seriausado parafins bélicoscontraosEUA.Nãoéàtoaquemuita gente nomovimento conservador tem esse velho diário nova-iorquino na conta de órgão oficial da quinta-coluna antiamericana nos EUA.

ENVOLVIMENTO IMPLÍCITO

ão conseguindo descobrir nenhum Mensalão de direita, o semanário Ép o ca denuncia:algumaspessoas devotadas à vida religiosa no Opus Deifazem exercíciosespirituais, vivem uma disciplina quase monástica e– supremohorror!–praticam a castidade.Para cúmulo do escândalo, informa a revista, "Geraldo Alckmin, précandidato àPresidência pelo PSDB, recebe formaçãocristã em encontros noturnos no Palácio dos Bandeirantes."

Já pensaram umacoisa dessas?Encontros noturnos, porca miséria. A que ponto chegamos, hein? Por que o governador não tratade fazeralgo decente,por exemplo sair-serequebrando todo em encontros diplomáticos como o ministro Gilberto Gil ou entornargarrafasde uísque presidencial?

Eessaarraia-miúdado Opus Dei,então, que movidapelo mau exemplodo chefedo executivo estadual se segura e se reprime em vez de se masturbar honestamente como, a julgar pelalógica dadenúncia, ofazemcom regularidadeosredatores de Época e os demais cidadãos de bem?

Nunca vi um esforço tão patético para extrair uma denúncia do nada como essa matéria contra a Opus Dei. Jamais tive a menorsimpatia poressaorganização,nemmuito menospelosr. Alckmin.Ela meparece umade-

votaperdadetempo,eleumareencarnação yuppiedo seucélebre homônimo mineiro, que entroupara aHistóriacomo campeão nacional de murismo, indefinição, nulidade e piedosa abstinência de qualquer atitude pessoal no que quer que fosse. Mas tudo oque a reportagem nos informa contra o governador éque eleprocedecomoum membro qualquer da Opus Dei e que a organização,por seu lado, faz tudo o que seu regulamento

professa fazer, ajudando osinteressadosavivercomodiscípulos de Santo IgnaciodeLoyola no meio de carreiras mundanas embriagantes e tentadoras, coisa que é obviamente impossível sem alguns hiperbolismos disciplinares sócapazes deespantar quem não saiba nada sobre práticas ascéticas, mais ou menosidênticas emtodasasreligiões,épocasecivilizações. Bella robba! Noentanto,a matéria énotável precisamentepelotratamentoverbal que dá à ausência de conteúdo, transformandoo em coisa vagamente assustadora por meio da exploração hábil do preconceitoanti-religioso,tomado como critério universalmente aceito. À luz desse preconceito, não precisahaver mesmo nadade anormalna condutadepessoas cristãs,pois serem cristãs já ésupremamente anormal e condenável.

O truque funciona assim. Suponha uma platéia inteiramente composta de inimigos do espiritismo. Se, ali,você sai acusando alguém de espírita, a denúncia é ouvida como coisa grave e digna de atenção. Amesma denúncia, perante uma platéia de espíritas, soaria como puro nonsense,já

que ninguém ali está predisposto a achar que ser espírita é coisa ruim. Suponhaagora uma platéia indecisa, nem amiga nem inimigadoespiritismo.A pura acusação de "espírita", desacompanhada de qualquer prova dasupostaruindadedoespiritismo, sóserviriaparaumacoisa: para enganar cadamembroindividual da platéia,levando-o a crer que todos osdemais jáconhecemas maldades doespiritismo de cor e salteado, sendo ele o únicoignorante no assunto.Pegos nessaarmadilha, noventa por cento dos seres humanos adeririammais quedepressaà denúncia,sópara nãoconfessar ignorância. Assim, sem nadadizerdesubstantivocontra o coitado do espírita, você induziria boa parte do público a pensar mal dele sem saber por que. Dou a essa técnica o nome de "envolvimento implícito". Ela é um dos usos mais calhordas que sepodefazer dalinguagem. Sem dizer nadade substantivo contra a Opus Dei ou o governador Geraldo Alckmin, Época conseguiu induzir o público a pensar mal dos dois e até do catolicismo em geral, resguardando-se ainda de qualquer suspeita dehavê-losacusado doque quer que seja. Criarumasituaçãodonada,por meras palavras,pode seruma arte.Pode serteatro, poesia,ficção, até mesmo dealta qualidade. Pode ser até hipnose. Mas jornalismo não é. Como, porém, Época se

alardeia nacionalmente uma publicação jornalística exemplar, cadaleitorleigo,queatéomomento nãoimaginavaserissojornalismo, suporáqueelepróprioeraoúnico aignorá-loe, maisquedepressa, admitiráquejornalismoéprecisamente isso.Dondetirará facilmenteaconclusãodequealgode muito grave, efetivamente, pesa contrao governadorGeraldoAlckmin, o Opus Dei e a Igreja Católica, embora ele não saiba o quê. Oenvolvimento implícitoé um truque temível porque tem o dom de confirmar-se a si mesmo. Ele não é jornalismo, mas é preciso um hábil domínio da técnicajornalística para praticá-lo – e, nesse sentido puramente formal, ele é jornalismo, e até de alto nível. Alto nível de safadeza,masaltonível de qualquer modo. Quando umarevistasemanal com o prestígio de Época se permite fazer do seu leitor o alvo desse tipo de gozação maquiavélica, eusá-locomo arma deguerra contraa religiãodamaioria dos brasileiros, é porque o senso do certo edo erradojá desapareceu por completo do horizonte visível da classe jornalística.

DINES X MAINARDI

Ainda mais desavergonhado que Época éo Observatório da Imprensa,que já começou a cantar vitória contra Diogo Mainardi quando um dirigentedo Opus Deiapareceu gabando-se de queduzentosjornalistas de

elite haviam freqüentado encontrosda organização. Estava aí a prova, berrou Alberto Dines, dequeoOpus Dei,enãoopetismo-comunismo, mandavana mídia brasileira.Haja paciência! Desdelogo, osujeito nãocitou umúniconome: oplacarainda está cem a zero para Mainardi. Em segundo lugar, entre um jornalistaparticipar deum retiro de fim de semana e tornar-se um militante a distância é longa. Em terceiro, duzentos jornalistas não bastam para suprir sequer as vagas de chefia em revistas especializadas e house organs sónacidade deSãoPaulo.Para exerceralgumainfluência na mídiaseriapreciso começarde mil,pelomenos.OOpusDeiestá entrando nomercado dosaltos cargosna imprensa com meio século deatraso em relação ao PartidoComunista, cujolegado deposiçõesfoi transferidoem parte para o PT na década de 80. Por fim, quem disse que todo militante do Opus Dei é uma cabeça feita,fiel aopapa eàs tradições da Igreja? Está aío própriosr. Alckmin,politicamente corretíssimo, adepto do casamentogay e,no mínimo,membro de um partido pertencente àInternacionalSocialista, comprometido atéà medula,portanto, coma estratégiado globalismode esquerda. Apostar em Alckmin (ou de novo no próprio Serra) como alternativa "direitista"ao petismoé repetira farsa das eleições de 2002.

Divulgação
Dines e Mainardi (no alto). Alckmin e São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei, ao lado.
Tasso Marcelo/AE

Do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre por que um nordestino votaria nele para presidente da República, na revista IstoÉ. www.istoe.com.br

VISUAIS

Inês Benou expõe gravuras com interferências. Centro Brasileiro Britânico Rua Ferreira de Araújo, 741. Telefone: 3814-4155. Segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábados e domingos, das 10h às 16h. Até amanhã.

Ferro-velho sideral ameaça satélites

Restos de artefatos espaciais perdidos no espaço já representam um risco para os satélites ou naves tripuladas, informaram as agências e empresas espaciais. Agora, um grupo de especialistas – que se reuniu na semana passada em Paris – foi incumbido da missão de descobrir e colocar em operação meios para aumentar a segurança no espaço e evitar que o ferro-velho sideral aumente.

Situados a uma altitude de 36 mil km – a dos satélites geoestacionários – os detritos espaciais já chegam a quase mil objetos sem uso, como satélites

H AITI

desativados e restos de foguetes e lançadores. Além deles, há na órbita da Terra 346 satélites em atividade (de telecomunicações, observação etc). De acordo com o código de conduta europeu sobre os restos espaciais, um operador deve, ao fim da vida de um satélite geoestacionário, ligar seus motores para empurrá-lo 300 km acima da altitude média, a uma órbita chamada "cemitério". Mas apenas em um terço dos casos a recomendação é seguida, porque além dos custos extras que a operação representa, não há uma obrigação formal de adotar a medida de precaução.

Pôsteres da campanha eleitoral tomam as favelas do Haiti. Mas as autoridades do país decidiram que não haverá postos de votação nos bairros pobres.

T ECNOLOGIA

Microsoft X Apple chega ao MP3

Pegando carona no caríssimo preço e no inesperado sucesso do iPod, a Microsoft confirmou que vai lançar sua versão de tocador de MP3 para concorrer com o aparelho da Apple. Hoje, com o iPod, a Apple controla cerca de 75% do mercado de MP3 players nos EUA. Por anos, a empresa de Bill Gates evitou entrar no segmento, e criou apenas softwares para MP3, como o Windows Media Player. A idéia é atender a um desejo do mercado e criar um aparelho integrado a esse software.

G @DGETDUJOUR

Relógio de pulso com equalizador

A Tokyoflash anuncia com grande fanfarra esse relógio digital que tem um equalizador gráfico. A empresa não informa se o relógio toca música ou o efeito é meramente decorativo. À venda no Japão por 19.800 ienes, cerca de US$ 169.

http://tokyoflash.com/ viewwatch79H1.html

C INEMA

Baile vence em Tiradentes

Dirigido por Roberto Bomtempo, DepoisDaqueleBaileleva prêmio de público

Opúblico mineiro escolheu olonga-metragem Depois daquele Baile, estréia na direção do ator Roberto Bomtempo, como o melhor filme da 9ª Mostra de Cinema de Tiradentes, encerrada no sábado, queexibiuem suaúltima noite os filmes Eu me Lembro, de Edgard Navarro, e Soy Cuba - O Mamute Siberiano, de Vicente Ferraz- ambos forade competição. O filme bateu o até então apontado como favorito A Máquina, de João Falcão. Não por acaso,o longaconquistou a preferência do público que assistiu aofilmeno domingo, dia 22,e lotouo CinePraça, literalmente umapraça nocentro da pequena cidade que rende as sessões de cinema mais animadas do circuito de festivais nacionais. Co-produção mineira e carioca, Depois Daquele Baile se passa em Belo Horizontee retrataa amizadeentre Freitas (Lima Duarte) e Otá-

vio(Marcos Caruso), quedisputam a atenção de Doris (Irene Ravache).Com estréia previstapara abril,o filmetratade forma carinhosao amor na terceira idade.

Jáentreos60 curtas-metragens exibidos,o públicopremiouopernambucano Eletrodoméstica, de KleberMendonça Filho. Prova do vigor da atualprodução dePernambuco, o curta é uma crônica sagaz do cotidiano da classe média brasileira. Foi a co-produtora do filme Emilie Lesclaux quem recebeuo Troféu Barrocopor Kleber,que vemserevelando um dos diretores promissores daregião. Kleberteve umótimomotivo para não estarem Tiradentes ereceber prêmioeleestá naFrança, noFestival Internacionalde Clermont Ferrand, considerado o "Cannes dos Curtas", onde Eletrodoméstica também compete. O Canal Brasil concedeu pela primeira vez em Tiradentes o

Prêmio Aquisição - Canal Brasil,quepremia ofilmeescolhidocom R$5mile aexibiçãono canal. Como o vencedor natural seria Eletrodoméstica (que já havia recebido o Prêmio Aquisiçãoemoutros festivais),oescolhido foi o segundo colocado na preferência do público, o delicioso curta Historietas Assombradas (para crianças malcriadas), deVictorHugo Borges.OTroféu Barroco de Melhor Vídeo foi para Bequadro, de Simon Pedro Brethé. Foram só dois os homenageados (o cineasta Ruy Guerra eovideoartista EderSantos)e apenas três premiados, já que a mostranãotemcarátercompetitivo esóconcedeo Troféu Barroco aos preferidos do júri popular. Mesmo assim, a Mostra deTiradentes bateurecorde de participação com a exibiçãode 173produções em 47 sessõespara24 longas,60curtas e 89 vídeos. (AE) www.universoproducao.com.br/mostra/

SINCRONIA - Soldado do exército da China pula corda com cão policial, como parte do treinamento militar do animal. Essa modalidade de adestramento de cachorros é adotada na base de Nanjing, na província de Jiangsu, leste do país.

P UBLICIDADE

C ASOJEANCHARLES

Brasil entra nas investigações

O Brasil vai enviar uma comissão ao Reino Unido para investigar os detalhes sobre o assassinato de Jean Charles de Menezes, o brasileiro confundido com um terrorista e morto a tiros em julho na estação de metrô de Stockwell. A comissão conversará com os parentes e advogados de Jean Charles em Londres e entrará em contato com o Ministério Público britânico para saber porque os parentes do brasileiro não tiveram acesso ao relatório da comissão independente.

F AVORITOS

Cinema: veja antes na internet

Navegar em busca de informações sobre a sétima arte pode ser divertido se o Cineweb estiver entre as opções de sites. Lá, os fãs de cinema encontram a lista dos filmes em cartaz, estréias e pré-estréias, vídeos e DVDs, entrevistas, perfis, trailers, críticas, notícias e muito mais. A página também traz a programação de cinema, com horários e endereços, que dá a oportunidade de o internauta terminar a navegação e sair direto para o escurinho do cinema. www.cineweb.com.br

Publicidade interativa

Acriatividade para vender produtosnão é só uma questãode boas idéias,mas de bons suportes para essas idéias. Uma estratégiade divulgação de produtoséochamadomarketing alternativo,queusa suportesinusitadosparaa propaganda.Os exemplossão vários ehá muitos sitesna internet dedicadosadivulgar esse conceito.

A agência alemã Jung Von Matt colocou numa sacola o anúnciodoproduto Stop n´Grow, para evitar que os roedores compulsivos destruamsuas unhas.Oresultado final éuma propaganda engraçada em que a pessoa participa da mensagem.

Já a agênciaLeo Burnett de Bangcoc espalhoupentesgigantesna rede elétrica dacidade. Os fios emaranhados se transformaram no suporte ideal para divulgaro condicionador Rejoice. www.brainstorm9.com.br

A TÉLOGO

Ex-ministro da Agricultura troca produção de leite por cana-de-açúcar em Gastão Vidigal

Militar da reserva de 75 anos é preso acusado de crime de abuso sexual contra três crianças Brasil, Argentina e Venezuela começam a discutir em Caracas o "Gasoduto do Sul"

Dinheiro falso no bolso: alto risco

Uma pesquisa realizada pelo Banco Central sobre os hábitos dos brasileiros mostra que a grande maioria das pessoas não tem o hábito de conferir a autenticidade das cédulas que recebe ou que retira no caixa eletrônico. Embora os brasileiros conheçam quais são os indicadores de que uma cédula é verdadeira ou falsa, poucos conferem o dinheiro que trocam e isso aumenta o sucesso dos falsificadores. Na pesquisa, 74% das pessoas disseram já ter recebido nota falsa e 20% admitiram que, se recebessem dinheiro falso, o passariam para frente.

Estratégias para divulgar o luxo

O Brasil conquistou, definitivamente, seu lugar no comércio de luxo. Prova disso é que a ESPM trará ao País o professor e escritor francês Jean Castarède. Dia 21 de março em São Paulo e 22 no Rio de Janeiro, o especialista fará a abertura do programa Marketing Premium: Transformando o Luxo em Sonhos de Consumo. Um dos primeiros a analisar e estudar o luxo na área da administração, história e filosofia, Castarède abordará o estado global desse segmento e as tendências para 2006. Castarède é fundador e professor do Institut Supérieur du Marketing de Luxe e leciona História do Luxo. www.espm.br

Spams em extinção

O Brasil caiu da quinta para a sexta posição no ranking dos piores spammers do mundo, elaborado pela empresa britânica de segurança Sophos. O ranking foi divulgado pelo site IT News e mostra que o envio de mensagens não-solicitadas de e-mail com origem no Brasil caiu de 3,34% em 2004 para 2,6% em 2005. Os Estados Unidos continuam liderando a lista, com 24,5% de todos os spams enviados no ano passado. Em segundo lugar está a China, com 22,3% dos spams, seguida de Coréia do Sul (9,7%), França (5%) e Canadá (3%).

Mundo invisível em versão hi-tech

O minúsculo universo da nanotecnologia é a estrela do projeto Nanoaventura, uma espécie de circo de ciência que procura mostrar às crianças as curiosidades do mundo invisível a olho nu. Os responsáveis pelo trabalho são a Unicamp e o Ministério da Ciência e Tecnologia. O espetáculo-aula reúne jogos eletrônicos, cinema em 3D, teatro, música e animação, sob uma lona de circo que mostra desde células até nanocircuitos eletrônicos. O projeto itinerante está agora no Shopping Market Place. www.nanoaventura.org.br.

N EGÓCIOS
Reprodução
Quando a família Alckmin chegou da Península Ibérica, foi para Carinhanha... O oeste da Bahia está cheio de Alckmins.
Eduardo Muñoz/Reuters
Reuters/China Daily

COMEÇOU!

Atenção: a volta às aulas complica o trânsito hoje, apesar do rodízio. Páginas 6e7

O trânsito é bom nas papelarias

A volta às aulas já trouxe 18% a mais do que 2005 às papelarias. Eco/3

Mais de 30 mil já estão De Olho no Imposto

Em duas semanas, a caravana tributária pela transparência nos impostos colheu em seis cidades do interior de São Paulo mais de 30 mil adesões. Economia/4 e www.deolh onoimposto.org.br

O primeiro marine brasileiro morto no Iraque

A dupla volta da alegria na vitória do Corinthians

Jogando bem, com elegância e garra, o Corinthians fez as pazes com a vitória (4 a 1 contra o Rio Branco, em Americana) e comemorou a volta de um craque, Ricardinho (foto), abraçado a Tevez. DC Esporte

Oposição vai ao ataque

No Congresso, guerra às bondades de Lula: partidos querem mínimo de até R$ 400. Página 3

Felipe (foto), 22 anos, fuzileiro naval dos EUA, morreu no Iraque, depois de um confronto em Falujah. Página 8
Corbis/Garry Nichols

OPINIÃO

LENTEDE AUMENTO

JUROSALTOS, CRESCIMENTOBAIXO

Na semana passada, o Comitê de Política Econômica do Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,75 ponto (de 18% para 17,25% ao ano). O menor número de reuniões anual (8 em lugar das 12 dos anos anteriores) e a expectativa de redução da inflação em 2006 (4,6% contra 5,69% em 2005) justificaram a decisão. Apesar de positiva, a medida do BC ainda é insuficiente. Se considerarmos que a inflação nos próximos 12 meses ficará em torno de 5%, os juros básicos reais anuais estariam hoje em 11,67%. Juros reais desse porte prejudicam a atividade econômica em vários aspectos.

Aredução dataxadejuros passouaadquirir umaimportância crucialparaa economianacional em2006

Primeiro, desestimulam o investimento produtivo e a ampliação da capacidade produtiva instalada. Sem ampliação da capacidade produtiva, qualquer aumento do nível de consumo tende a gerar pressões inflacionárias e novos aumentos da taxa de juros. Segundo, juros altos atraem capital especulativo estrangeiro e sobrevalorizam o real frente às demais moedas e encarece os produtos brasileiros. Setores industriais exportadores, como os de calçados e têxtil, já reduziram sua produção e despediram funcionários. Terceiro, juros altos acabam gerando pressão inflacionária, uma vez que o custo financeiro é um importante componente na formação de preços dos produtos e serviços. E, quarto: a dívida pública, em sua maioria indexada à Selic, aumenta substancialmente Aumento da dívida pública obriga o governo a reduzir

investimentos para honrar com seus compromissos financeiros. Com menos investimentos públicos, há menor crescimento econômico.

Houve uma mudança radical na composição da dívida pública nos últimos anos. Em dezembro de 2001, 45,6% da dívida era fixada em dólares; atualmente, somente 6,4% depende do câmbio. A parcela dependente dos índices de inflação passou de 9% para 15,2%. A parcela vinculada à taxa de juros (Selic, TR e préfixada) passou de 51,2% em 2001 para 86,2% no final de 2005.

A queda da vinculação cambial é positiva. No entanto, ao mesmo tempo em que o risco cambial caiu, o custo do serviço da dívida aumentou, uma vez que as taxas de juros remuneraram muito mais que o dólar no período analisado.

Por todas as razões vistas, a redução da taxa de juros passou a adquirir uma importância crucial para a economia nacional. Somente com redução dos juros reais é que o Brasil poderá entrar num ciclo de crescimento sustentado. Ao compararmos os fundamentos macroeconômicos do Brasil com outros países em desenvolvimento, não encontramos justificativas consistentes para explicar a grande diferença entre a nossa taxa básica de juros e as demais.

CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Ed tor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena(almudena@dcomercio.com.br), KléberdeAlmeida (kleber@dcomercio.com.br),LuizOctavioLima, (luizo@dcomercio.com.br),Web, LuizAntonioMaciel(maciel@dcomercio.com.br),Marino MaradeiJr. (marino@dcomercio.com.br)e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br),EstelaCangerana(ecangerana@dcomercio.com.br),MarcosMenichetti(marcosm@dcomercio.com.br),Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br)e RicardoRibas(rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: AnaLauraDiniz, AdrianaDavid, AdrianaGavaça, André Alves,ClariceChiqueto,DaviFranzon,DoraCarvalho,HeciReginaCandiani,FernandaPressinott,FernandoLancha,FernandoVieira,IvanVentura, Kelly Ferreira,Kety Shapazian,Laura

Barrados no baile

Não está para mais ninguém: China e Índia dominaram a reunião do World EconomicForum esteano, em Davos, na Suíça. Sãoas vedetes. Ficamosfora dafestaporuma combinaçãodeletéria de um festival de corrupção ímpar com um desempenhoeconômicopífio.Pelovisto,nãotivemos espaço nem na contrafação esquerdistapopulista (o Fórum Social Mundial) em Caracas. Com relaçãoà corrupção nãotenho nada a acrescentar,jáqueestouenojadoosuficientecom o quejá vi. Mas hácoisas importantes adizer do ladoeconômico. Em 2004, o PIB chinês cresceu 9,9%etornouaeconomia chinesa aquarta do mundo,logoatrásdos EUA,JapãoeAlemanha. A renda per capita continua baixapor qualquer padrão, mas, qualquer que ela seja, está crescendo a mais de 8% ao ano. Nesse ritmo, o PIB chinês dobra em pouco mais de sete anos e a renda per capita dobra em pouco menos de nove anos. Embora osdadosnãosejamtãoimpressionantes no caso da Índia, trata-se de um país que abandonou o populismo socializante de Indira Ghandinos anos60 eintroduziuuma sériede reformasde livremercado naeconomia. Oresultado foiumcrescimentotambémexpressivo,com arenda percapitacrescendo nosúltimos 25 anos a 3,7% ao ano (dobra em 19 anos). Enquanto isso, em2004a AméricaLatina cresceu 5,6% favorecida pelo crescimento da economia mundial e o seu melhor desempenho econômico desde 1980. Nessa taxa está incluído o Brasil, o país de maior peso da área. Excluído o Brasil, orestantedaAméricaLatina cresceu mais de 6% anopassado. Enquanto isso, ainda não se sabe se o Brasil cresceu 2 ou 3% em 2005. Mas sabemos que nos últimos 25 anos, o PIB real brasileirocresceu 81,7%,o queequivale auma taxamédia decrescimentoanualde 2,4%.Des-

contadoocrescimentoda população,oPIB per capita cresceu18%em25anos(0,6%aoano).Isso mesmo, leitor, um sexto da taxa de crescimento anual da renda per capita da Índia. É claro que se poderia, com razão, argumentar que, incluindo a "décadaperdida", não há crescimento do PIB per capita que agüente. Está certo. Tomemos apenas os últimos cinco anos. Entre 1999e 2004, oPIBreal cresceu 13,7% (2,6%ao ano). Em termos per capita, o crescimento nos cinco anos foide 5,7% (1,1% ao ano).Melhor. O PIB dobra em 27 anos. Mas o PIB per capita só dobra em63 anos.Mesmoconsiderando essesúltimos números,surpreendequeoBrasilnãosejaestrela em Davos e não tenha espaço nem em Caracas?

Ograndedesafioparao Brasileosdemais países da América Latina – com a exceçãodo Chile, que está fisicamentena regiãopor engano– éaumentar a produtividade (e a competitividade), de forma a tirar partido de uma economia mundial emexpansão. Asestimativas maisconservadoras mostram que o cenário de crescimento de 2005 tem alta probabilidade de repetir-se em 2006; e que, qualquer que seja o ajustamento face aos desequilíbrios das duas locomotivas, Estados Unidos e China, deveremos conviver com umcenáriode crescimentodaeconomiamundial nos próximos anos.

O quefazer para tirar proveitodesse cenário?

Está aí a experiência da China e da Índia, que deixaramas ideologiasdeladopara reformarsuas economiase crescer.Maismercadoe menosintervençãodogoverno, sequisermossumariar apenas o lado econômico da receita. A experiênciaestádisponívelaosolhosdetodos,paraquem quiserver,incluindo osparticipantesdo Fórum Social Mundial, o PT, e o Senhor Presidente.

Democratizar a Receita Federal

ANDRÉ PAULO ANTENORDE OLIVEIRA

Oano de 2005 trouxe para a Receita Federalamaiorarrecadaçãodesuahistória. Paraoanode2006,comaincorporação daSecretaria daReceita Previdenciária pela Secretaria da Receita Federal, espera-se uma arrecadação superior a meio trilhão de reais. Muito se fala sobre a alta carga tributária e a necessidade de diminuir tal carga, bem como sobre a má utilização do produto da arrecadação de tributos. Nossoobjetivo é procurar trazerà discussão alguns pontosqueajudariam na criaçãode condições para a diminuição da carga tributária. Em primeiro lugar, entendemos como urgente a instituição de um Código de Defesa do Contribuinte. É lícito fornecer ao contribuinte algumasgarantias peranteo Fisco,que lhepropicie maior segurançajurídica enão lhedeixe refém da burocracia. Seria, também, um instrumento de incentivoaodesenvolvimentodaadministração tributária e proteção para o cidadão, pessoa física ou jurídica, contra a concorrência desleal praticadapor quemvive naclandestinidade, contando com a impunidade. Já existem no Congresso Nacional alguns projetos que tratam dissoebastariacolocarsuadiscussão como prioridade pelos parlamentares. Outra necessidade é a da criação de um ConselhoNacionaldaReceita,coma participação derepresentantesda sociedade.Ogovernofederaltemuma experiênciavitoriosanacriação do Conselho Nacional deCombate à Pirataria, comaparticipaçãode diversossetoresdaeco-

nomia. A criação de tal Conselho, por exemplo, serviria para inibir a possibilidade de venda de interpretação de legislação, como as que vimos em denúncias recentes. Com a criação deste Conselho, questões como a correção da tabela de IR, as isenções tributárias,asinterpretaçõesdalegislaçãoeassugestõesdemelhoriasnas práticasdegestãodaadministração-fiscal seriam objeto de constante reflexão por parte da sociedade, voltando o foco da organizaçãopara umatendimento deexcelência aos contribuintes, transparência e legitimidade aosseus atos.Registre-se que,embora exista noâmbito do Ministério da Fazenda os Conselhos de Contribuintes, sua atuação é limitada e restringe-se a analisar recursos de contribuintes, não tendo uma atuação abrangente.

Por fim, há que se definir claramente o que é informaçãoprotegida por sigilo fiscal e que não pode ser divulgada daquelaque nãoéprotegida,com aconseqüentedivulgação àsociedade.Informações sobre comércioexterior, porexemplo, umavez divulgadas, podem ser um tiro certeiro contra a pirataria e a informalidade. Defendemos umaReceita Federalforte, que aja com vigor contra o sonegador. No entanto, a leitemquedar garantias,participaçãoeproteção aos contribuintes.

JOÃODE SCANTIMBURGO ASCOALIZÕES POLÍTICAS

Deu a Câmara dos Deputados inteira liberdade aos partidos de formarem coalizões partidárias sem restrição alguma à base ideológica que deve sustentar a agremiação partidária.

Quem acompanha as atividades políticas do País sabe que, ao se aproximarem as eleições, em qualquer um dos níveis, os dirigentes de cada partido procuram fazer coalizões para se assegurarem de bancadas de deputados e senadores que lhes permitam maior desembaraço nas condições de seus interesses partidários.

O que sempre se viu na política brasileira foi transformarem as coalizões em peças de negação total da fisionomia partidária, porquanto não era raro se formar uma coalizão de partidos com ideologias opostas, o que constituiu e constitui, se vier a prevalecer, um absurdo democrático. Coalizões são possíveis se tiverem uma homogeneidade nas alianças, não como tivemos nas últimas Repúblicas, com tendências mais do que opostas e tenazmente adversas que, no entanto, atuaram na cena nacional, estadual e municipal. Os partidos são instrumentos de governo e como tal devem ser fortalecidos e não enfraquecidos, como as coalizões o fazem, ainda que se pense ao contrário.

Oquesempreseviu napolíticabrasileira foitransformarem ascoalizõesem peçasdenegação totaldafisionomia partidária

No atual momento político brasileiro quem deve se valorizar com essa permissão a seu favor é o PMDB, que tem sido um partido de coalizões, fato que lhe dá o conhecimento das reuniões de legendas exclusivamente para fins eleitorais, quando se beneficiam das franquias de lei as maiorias em cada partido integrante da coalizão.

Em suma, entendo que a coalizão só deve ser permitida para atender a um objetivo superior de interesse nacional e não para juntar na mesma área políticos de tendências diferentes, muitas vezes de ideologias opostas, portanto, de lesa-democracia. O certo num regime partidocrático é que os partidos devem ter personalidade definida, o que repudia as coalizões oportunistas, como as que se preparam para disputar votos

futuros.

Céllus

1,74%

poLítica

Trunfos

Ogrande trunfo de José Serra para ser escolhido o candidato do PSDB à sucessão de Lula é a pesquisa. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconhece o peso que pode ter a pesquisa na hora da indicação do candidato. Foi por isso que os tucanos encomendaram alguns levantamentos que estarão concluídos em fins de fevereiro.

O PSDB, porém, esclarece que a pesquisa não é único critério a ser levado em conta na decisão da cúpula partidária. O partido quer saber, por exemplo, qual o candidato (Serra ou Geraldo Alckmin) que tem melhores condições de crescimento durante a campanha e qual sabe costurar melhor o apoio de outras legendas.

A indicação do candidato tucano está prometida para março. Alckmin já assumiu sua pré-candidatura e até já prometeu renunciar ao cargo para ficar à disposição do partido, enquanto Serra prefere esperar pela decisão do tucanato.

SOPA NO MEL

José Serra gostou do pronunciamento de Fernando Henrique Cardoso ao admitir que as pesquisas podem ser decisivas no processo de escolha do candidato. Por enquanto, o prefeito continua sendo o único adversário que pode derrotar o presidente Lula nas urnas. Os demais perderiam se a eleição fosse hoje.

COLIGAÇÕES

Nas reuniões dos 3 cardeais tucanos – FHC, Tasso Jereissati e Aécio Neves – o tema que tem merecido destaque nas discussões é o das coligações do PSDB em outros partidos.

Os tucanos estão interessados em amarrar com antecedência o apoio do PMDB no 2º turno. O PT, também.

CANDIDATURA

Com o fim da verticalização, o PMDB diz que vai sacramentar a candidatura própria. Portanto, qualquer apoio peemedebista só virá no 2º turno. O partido vai escolher o candidato nas prévias de 19 de março entre Anthony Garotinho e o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto.

ATO DIA 3

O diretório estadual do PMDB de São Paulo, conduzido por Orestes Quércia, vai apoiar a candidatura de Rigotto. O ato de apoio ao governador gaúcho será no dia 3, sextafeira, às 10 horas, no Novotel Jaraguá, na Capital, e não no dia 2, como foi veiculado por esta coluna ontem.

FAVORITISMO

Apesar do apoio de governadores a Germano Rigotto, o favoritismo para ganhar as prévias do PMDB continua sendo de Garotinho. É por isso que Quércia pede para Rigotto adotar como bandeira de campanha programas sociais.

ATRITO

Vem aí mais um fator de atrito no PMDB: a proposta do senador Renan Calheiros de que os ministros do partido devem entregar os cargos se o PMDB tiver mesmo candidato próprio. O argumento é de que não fica bem ao candidato criticar o governo com o partido ocupando ministérios.

OUTRAS SIGLAS

Além de estarem de olho no apoio do PMDB no 2º turno, PT e PSDB buscam a adesão de outros partidos, entre os quais, o PDT. Os trabalhistas, contudo, também terão candidato próprio e só admitem acertos no 2º turno. O PDT

É O FIM DA URUCUBACA?

também realizará prévias para a indicação do candidato.

ADESÕES

O PSDB está convencido de que fechará um acordo com o PFL já no 1º turno. Os tucanos acham que Cesar Maia não vai levar a candidatura em frente. Já, no PT, a primeira aliança deve ser com o tradicional PCdoB e possivelmente o PSB.

LÁ E CÁ

O fim da verticalização está acomodando o PTB. O partido pode repetir a dose e apoiar a reeleição de Lula. Mas, em São Paulo, o partido está fechado com o PSDB de Alckmin. Acredita-se que o PTB pode ficar também com Serra se o prefeito for o candidato tucano.

ACERTO

As reuniões de lideranças do PSOL e PDT se repetem. A senadora Heloísa Helena deve ser candidata à sucessão de Lula e quer um vice do PDT. De preferência o senador Jefferson Peres. As coisas caminham embora o PDT continue falando em candidatura própria.

MINISTÉRIO

Lula vai começar a mexer no ministério. Pode ser antes de março. Sairão os ministros que vão disputar eleições em outubro. O presidente quer antecipar a renúncia para que os substitutos tenham mais tempo para se entrosar com a máquina administrativa.

TEMOR

Os deputados que ainda vão ser julgados pelo Conselho de Ética, por seu envolvimento com o escândalo do mensalão, estão pessimistas. Admitem que existe pressão sobre o órgão para condená-los. Tomam como exemplos os julgamentos dos processos de Roberto Brant e Professor Luizinho.

INCLUSÃO

Osmar Serraglio reafirma que deve apresentar o relatório final da CPMI dos Correios em março. O deputado está disposto a incluir Lula no relatório, acusando o presidente de negligente. A oposição, assim, pode acusar Lula de omisso e sugerir seu impeachment.

INÚTIL

Até o momento, Serraglio não foi convencido pelos petistas para não incluir Lula no seu parecer. O presidente está irritado com a disposição do relator, exatamente porque sua citação pode servir de motivo para a oposição bater bumbo com a ameaça do pedido de impeachment.

Opresidente Luiz

Inácio Lula da Silva usouo discurso da cerimônia de inauguraçãode uma subestação de energia elétrica de Furnas CentraisElétricas emViana (ES) para voltar a acusar a oposição de torcer contra o governo.Emtom de campanha eleitoral, disse que os dados de crescimento da economia desmentirão a expectativa dos adversários políticos.

"OsdadosdoIBGE quecomeçam a sair aqui e ali vão acabar de vezcom aurucubaca que colocaram neste governo", afirmou. "Em 2006, quando fecharo ano, vamosver queo emprego cresceu, a renda cresceu, o poder de compra cresceuequevão continuarcrescendo com a vantagem de que a inflaçãovai continuarsendo controlada a qualquer preço porque ela não prejudica os ricos, e sim os pobres, que ainda recebem o salário mínimo".

HOMENAGEM A JK –

Lula também criticou os que não acreditavam na gestão dele. "Muita gente achava que não daria certo. Muito diziam: ‘Este país não vai dar certo nas mãos dessesmeninos.’ Nãosó deu como é possível perceber isso, claramente", ressaltou. Reeleição– Apesar dos gritos, por parte de manifestantes de "Lula lá" e "é Lula outra vez, 2006",opresidente disseque considera cedoparaanunciar seserá candidatoounão àreeleição. "Acho que quemestá governandonão temdeter preocupaçãodedizerque é candidato", discursou. "Porque é muito cedo para alguém definir que é candidato. A oposiçãotem maispressaque asituação.Então,énormal,sequiserem apressar a decisão, definam. Eu, particularmente, não tenho nenhuma razão, não tenho clareza sobre a questão da reeleição".

O presidentecomemorou a aprovação emprimeiro turno

pela Câmara da proposta de emendaconstitucional que acaba com a obrigatoriedade da verticalizaçãodealianças eleitorais. Segundo ele, o fim da regra, que impedia alianças estaduais que contradissessem a coligação para disputar a Presidência,tornaas coisas maisclaras eimpedemoque batizou de "bigamia política". Bigamia– "Eu, sinceramente, não aceito a bigamia em política,ouseja,umpartidofingir que está apoiando", disse. "É melhor escancarare verquem é quem neste país, quem apóia quem, quem está com quem, à luzdo dia,e não você pensar que alguém está com você e não estar depois. Então, é melhor acabar com isso e fazer as coisas muitoabertas,muito à vontade".

Depois daondadecríticas ao Congresso por causa da baixa produtividade dos parlamentares durante a convocação extraordinária, Lula elo-

giou projetosaprovados,como os quecriama SuperReceitaFederale oFundo de Manutençãoe Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), afirmando esperar que o Senado, para onde as propostas aprovadas serão encaminhadas, tenha a mesma "boa vontade" que foi demonstrada pela Câmara. Pelamanhã, duranteoprograma de rádio"Café como Presidente", Lula se mostrou confiantecomo impactoeconômico do novo salário mínimodeR$350."Isso significa um aumento real de 13% numa inflaçãode5%.Ou seja,além da inflação,nósdemos mais 13%, que é um bom aumento". "Quem está indo ao supermercado, quemestá indo aum depósito de material, comprar material de construção, quem está indo comprar coisa no açougue, percebeos efeitosdo controledainflaçãoque estamos fazendo", destacou. (AE)

dois momentos especiais do presidente, nos quais esteve presente. A primeira é o encontro de JK com o presidente norte-americano Dwight Eisenhower (foto do meio, com Kawall em destaque), em 1960, no restaurante Fasano. Da ocasião, Kawall guarda uma inusitada lembrança: um cardápio (foto à esq.) com autógrafos de Eisenhower, Juscelino e Carvalho Pinto. O segundo momento: um jantar no Nacional Clube, em 1976 – cenário de uma das últimas fotos tiradas de um abatido JK (foto à dir.), dois dias antes de sua morte. Arquivo Pessoal

No dia em que se comemora os 50 anos da posse do presidente Juscelino Kubitschek, o jornalista Luiz Ernesto Kawall – 79 anos de passagem por jornais como Folha de S. Paulo, Gazeta e Notícias

Ao lado do governador Paulo Hartung (PMDB-ES), Lula comemora o fim da verticalização e diz que não aceita bigamia política
Ricardo Stuckert/ABr
Populares – lembra

CILADA LEITEIRA: PRODUÇÃO MAIOR DERRUBA PREÇO

Entre 2004 e 2005, a produção brasileira de leite aumentou 13,72%, totalizando 23,5 bilhões de litros. O crescimento da oferta do produto colaborou também para a desvalorização de seu preço, que caiu de R$ 0,53 no final de 2004 para R$ 0,43, em média, no ano passado – uma desvalorização de 19,4%

Umdos itens que não podem faltar na mesa do café da manhã,o leite,é motivo de reclamação para os produtores. A dor decabeça começano bolso. No final do ano passado o litro era vendido pelo produtor paulista em média a R$ 0,43. Mas alguns não conseguiam mais do que R$0,30. Em dezembrode 2004, olitro do leitevalia R$ 0,53. A queda foi de 19,4%.

Segundo opesquisadorde leite doCentrodeEstudos

Avançadosem Economia

Aplicada (Cepea), Leandro AugustoPonchio,o motivo para a queda do preço foi o crescimento de13,72% naproduçãoentre2004e2005, para 23,5 bilhões de litros; e a alta na importação do produto. "O excesso de oferta resulta em queda de preço. Situaçãoque desestimula o produtor", diz. Ponchio explica,entretanto, que nofinal de 2004 einício de 2005 asituaçãoeradiferente, poiso preçodoproduto era considerado bom,motivo que incentivou osprodutores. Outrofator deestímulofoi atendência dequeda depreço do farelodemilhoedasoja,necessários para alimentar o gado. Reversão– Com a mudança de cenário, o presidente da AssociaçãoBrasileira dosProdutores de Leite, Jorge Rubez, ex-

plica que 95% dos produtores perderam renda. "Até a febre aftosa prejudicou o mercado de leite", salienta Rubez. AAgrindus, produtorade leite de Descalvado (interior de São Paulo), é uma das empresas que sofreu com a mudança.Segundo Roberto Jank Júnior,diretor da Agrindus, até o mês de junho o desempenho era satisfatório."Depois disso,a quedanopreço fez com que perdêssemos competitividade", diz. Tanto que o faturamentofoi 12% menor em relação àexpectativa doinício do ano. A Agrindus produziu 14 milhões de litros de leite. Outraagravantefoia valorização do real em relação ao dólar. Oleiteacabou"encalhando" nomercadointerno. "O crescimento da balança comercialdelácteos foirestringido. O saldo foi positivo, mas inferior a 2004", diz o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura ePecuária do Brasil (CNPL/CNA), Rodrigo Alvim. Segundoele, asvendasexternas totalizaram US$ 130 milhões em2005, umaumento de 36,4% na comparação com o ano anterior (US$ 95,38 milhões). Mas as importações também aumentaram: chegaram a US$ 121 milhões; alta de 44% sobre os US$ 83,9 mi-

lhões registrados em 2004. Mas a situação melhorou muito, pois o País já foi um dos maiores importadores de produtos lácteos. A situação se inverteu depois que o Brasil adotou medidas antidumping a partir de 2001. "O governo dizia quea economiacresceriaaté 4,5%naquele ano,oquenão ocorreu.Alémdisso,houve a crisena Argentina,o apagão, os ataques terroristas contra os EstadosUnidos. O Brasilnão cresceue oleite sobrou.Não precisamos importar tanto." Outro fator que colabora para a diminuição da importação é o consumo per capita, de 130 litros ao ano, praticamente inalteradodesde aimplantação doreal, em 1994."O Guia Alimentar Brasileiro, do Ministérioda Saúde,recomenda que cadahabitantebrasileiro deveria tomar 200 litros anualmente", diz Alvim. Expectativa –Assim como outros setores,os produtores de leitetambémachamqueo governoprecisa tomarprovidências para que 2006 seja um ano melhor para o segmento. "Seo governo nãomexernos juros e no câmbio, este ano não será muito diferente de 2005", analisa. "AUnião temquefazera partedelaporque osetor cresceu e está preparado para exportar", afirma Alvim. Neide Martingo

Nova portaria exige adequações

Emjulho doanopassado entrou em vigor a Portaria 56 doMinistérioda Agricultura, definindo novos padrões de qualidade para o produtor de leite. Entre as exigências,critérios maisrigorososde higiene. Oprazo,para produtoresdasregiõesSul,Sudestee Centro-Oeste,venceu neste mês. Mas alguns deles ainda não se adaptaram.

As opiniões sobrea portaria se dividem. Enquanto uns acham que se trata de um investimento, e não gasto extra, outros afirmamque nãotêm condições financeiras para implementaras exigências,entre

Cresce a exportação de flores e plantas

As exportações brasileiras deflores eplantas ornamentais atingiram US$ 25,75 milhões em 2005, comcrescimento de 9,58% sobre o volume de vendas do ano anterior. Os números são de levantamento da Hórtica Consultoria e Treinamentos, de São Paulo, a partir de dados do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

Apesar do crescimento, as exportaçõesficaramabaixodas estimativas traçadas no início de 2005 por empresários e por analistas do setor, que projetavam aumento de 15% sobre valores comercializados em 2004.

Também aqui, a retração se deu em função da valorização do realfrenteaodólar,que reduziu acompetitividade dosprodutos nacionais. (AG)

elas oresfriamentodoproduto, mudançano transporte a granel (não mais em latões) e a limitação de bactérias. "Aproximadamente 65% dospequenosprodutores já trabalham dentro das novas normas", afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite, Jorge Rubez. Para ele, as mudanças não implicam gastos financeiros."Os produtores necessitam de cursos e orientação para se adaptarem", acredita. Necessidade– Para o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura ePe-

Furlan rebate críticas de alemão

Aabertura domercado para os produtos agrícolas de países como o Brasil vai ocorrer, quer a Europa queira ou não. Com essa fraseo ministrodoDesenvolvimento, LuizFernando Furlan, rebateu ascríticas dovice-ministroalemão da Economia, Bernd Pfaffenbach, à posição do Brasil nasnegociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), ontem, em Frankfurt. Oalemão afirmou quea posição brasileira ameaça o objetivo de se encerrar as discussões atéjulho. Furlan,em resposta, disse que a Câmara Brasileira deComércio Exterior está disposta a fazer concessões em diversasáreas, comoserviços,e queé a UniãoEuropéia que impede o avanço da discussão. (AE)

cuária do Brasil (CNPL/CNA), Rodrigo Alvim, as modificações são necessárias para os produtores de leite C. "A determinação tem o objetivo delimitaras colônias de bactérias,asproteínas,a gordura e o antibiótico no leite." Um produtormédio, segundo Alvim, tem de desembolsar até R$ 30 mil para comprar uma ordenha mecânica ou umtanquederesfriamento, por exemplo. Mas ele acredita que, com as melhorias, o próprio setor vai se beneficiar. "O produto de qualidade tem preço diferenciado. Ao menos deveria ser assim." (NM)

Pecuária tem novo fundo de indenização

Ascadeias produtivas de pecuária de corte e de leite,aves esuínos doRio Grande do Sulassinaram convênio ontem, com a Secretaria daAgricultura,que permite o início da captação de recursos pelo Fundo de Desenvolvimentoe DefesaSanitária Animal (Fundesa). Além de cuidar de açõesde prevenção, onovo fundoprivado receberá contribuições de produtores rurais e indústrias dos setores envolvidos para responder pela indenização nos casos de abate ou sacrifício sanitário de animais durante a erradicaçãode doençasdefinidas nos programas oficiais de sanidade,como afebreaftosa. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, estimou a arrecadação entre R$ 2,6 milhões e R$ 3 milhões por ano. (AE)

De carona na "onda verde", indústrias ampliam oferta de produtos orgânicos nas prateleiras dos supermercados

Empresas lançam orgânicos industrializados

Com crescimento de 30% ao ano, o comércio de alimentos orgânicos evoluiem ritmo semelhante quando o assunto é desenvolvimento de produtos industrializados. Açúcar refinado, café torrado e moído, suco de frutas, arroz branco e integral, leite e até cerveja podem ser adquiridos por consumidores adeptos da bandeira que movimenta US$ 100 milhões por anono Brasil, segundo o órgão certificador Instituto Biodinâmico (IBD).

No grupo Pão de Açúcar as vendas de orgânicos triplicaram nos últimos quatro anos e incluem café e feijão de marca próprianos supermercadosda rede. O que antes era restrito a alimentos in natura, agora é encontrado nasprateleiras deindustrializadose fazsucesso junto aos clientes que investem em alimentação saudável.

A Eisenbahn lançou sua versão orgânica de cerveja há dois anos eo item jácorresponde a 15% das vendas, o equivalente àproduçãomensal de20 mil garrafas de 250 mililitros. Con-

tendo cevada importada dos EstadosUnidos e lúpulo da Nova Zelândia,a versãoorgânica é vendida a preço 28% superior ao da tradicional.

"O desempenho dasvendas mostra que esse é um mercado emascensão ecomposto porconsumidores com potencial de consumo. Tanto é que temos planos para o início das exportações paraos Estados Unidos", diz Juliano Borges, diretorde Marketing e de Vendas da indústria, com sede em Blumenau (SC).

Daqui parao mundo– Para a Native, empresa que faz partedo grupo Balbo, o mercado

internacional é o destino de90%dasua produçãode açúcar orgânico. As mais de 30 miltoneladas embarcadas anualmente pela indústria correspondem a 60% da oferta mundial. No Brasil, a empresa aproveita para lançar produtos com marca própria. Café torrado e moído e na versão liofilizado, sucos de frutas e achocolatados contribuírampara oavanço das vendas em 40% no ano passado. "Estamosem 4mil pontos-de-venda no País, um grande diferencial para a marca em um momento em que os brasileiros despertam para os valores dos alimentos orgânicos", afirma Leontino Balbo Júnior, diretor comercial da Native. Ele anuncia que neste ano a companhia planeja lançar mais dois ou três produtos que devem, assim como ocorre como açúcar, abastecero mercado externo. "Nosso objetivo éaumentar a gamade alimentos industrializados orgânicos com a marca Native, desviandoo foco dasvendasa granel", afirma o diretor. Juliana de Moraes

Participação ainda é pequena

Aestratégiade venda da empresa gaúcha Volkmann, além da produção, também passa pela distribuição do arroz orgânico por meio de marca própria, já quea vendadoproduto a granel gera pouco, ou nenhum, diferencialpara os produtores da Fazenda CapãoAltodas Cabreúvas, localizada em Camaquã (RS). Helena BeatrizVolkmann, sócia-administradora, conta quea produçãoteveinício em meados da década de 80, mas apenas em 1996elae o

marido passaram a coordenarobeneficiamentoeembalagemdos grãos."Atéentão repassávamos 100% da produção para indústrias de alimentoscomo mesmo preço doarroz cultivadopelométodo tradicional.Atualmente, metade das mais de mil toneladas produzidaspor ano chegaàsgôndolasdo varejo com a marca Volkmann." Ritmoacelerado – Helena afirma que o mercado de industrializados orgânicos ainda é insignificante, embora cresça em ritmo maior do

que o dos setores tradicionais. "Temos trabalhado muito para levar a marca aos supermercados", diz. Já Leontino Balbo Júnior, da Native, acrescenta que a base sobre a qual a categoria de orgânicos se desenvolve é pequena, o que justifica as taxas altasdeevoluçãodas vendas."Parase teruma idéia, apenas 35mil das210 mil toneladasde açúcarque produzimos é orgânica. Trata-se de um nicho que ainda tem muito a se desenvolver", acredita o empresário. (JM)

Monalisa Lins/AE 16/08/02
Portaria do Ministério de Agricultura exige adaptações que nem todo produtor conseguiu implementar
Fotos: Leonardo Rodrigues/Digna Imagem
De arroz a achocolatados: cresce oferta de orgânicos

CPMI CHEGA HOJE AOS EUA ATRÁS DE CONTAS

Documento do

relator Garibaldi

Alves já recebeu 12 emendas. Entre elas uma solicita o indiciamento do ministro da Fazenda.

COMISSÃO VOTA RELATÓRIO

PARCIAL E PODE

INCLUIR

PALOCCI

ACPI dos Bingos deve votarhoje orelatórioparcial do relator Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), apresentado no último dia 18. O relatório trata darenovação do contrato degerenciamento lotérico firmado entre aCaixa Econômica Federal ea Gtech erecebeu até agora 12 emendas.

Uma delas,de autoriado senador Antero Paes de Barros (PSDBMT),solicitaoindiciamentodoministro da Fazenda, Antonio Palocci, emcrime deresponsabilidade. Na justificativa, Paes de Barros alegaque,apósodepoimentodoministro da Fazenda à comissão, "ficou claro e evidente que, entre tantas pessoasintimamente ligadas a Palocci, todas envolvidas no escândalo Gtech e outros eventos ligadosàadministraçãomunicipal de Ribeirão Preto, necessariamentetemdehaverumapessoapoderosa a dar guarida aos demais". Paesde Barrostambémapresentou emendarequerendoa inclusão dediversas pessoasligadasà renovaçãodocontrato entre a Caixa ea Gtech, entre os quais o atual presidente do ban-

co, Jorge Mattoso, etambém Waldomiro Diniz, Carlinhos Cachoeira, Rogério Buratti e Marcelo Rovai,para indiciamento em crimes contraosistemafinanceiro nacional.

Ômega blindado – Por determinação da CPI, a Polícia Federal (PF) intimou o empresário AntônioCarlos Kurzweil paradepor amanhã. Kurzweil tinha sido convocado, mas, em vez de comparecer,encaminhou àCPI um atestado médico. Ele é dono de um carro Ômega blindado que teria sido usado para trazer, de Campinas para São Paulo, cerca de US$ 3 milhões de Cuba para a campanha do PT, em 2002. Ele também éproprietário de outroÔmega blindado, este usado até hoje pelo ex-tesoureirodopartidoDelúbio Soares. Kurzweilseriasóciode bingos que, segundo Buratti, ex-secretário degovernodeRibeirão Preto,teriam oferecido,por intermédio de Palocci, então coordenadorpolíticoda campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, R$ 1 milhão para a campanha de 2002.

O presidente doSupremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, concedeu ontem liminarsuspendendo aquebradossigilos dopresidentedoSebrae, Paulo Okamotto, amigo do presidente Lula. (Agências)

Com cinco mesesde atraso e sem grandes esperanças, integrantes da CPMI dosCorreiosfinalmente embarcaram ontem rumo aos Estados Unidos atrás das contas do publicitário Duda Mendonça no exterior. Oficialmente, a viagem servirá para que os parlamentarestentem obter juntoàsautoridades americanas os dados das movimentações bancárias do marqueteiro com o valerioduto. Na prática, o périplo tem objetivos mais políticos do que técnicos. Pressão – Reservadamente, a CPMI admite que, mesmo na hipótese de conseguir os extratos, as investigações não avançarão substancialmente. Assim, aviagem terá dupla função. A primeira é pressionar o Ministério Público (MP) e a Polícia Federal (PF) a não abandonarem ocasoemrazão do barulho provocado pelos encontros comos americanos.A segunda – e mais importante –é transmitir asensação à opiniãopública de quea CPMI também não abdicou dessa linha de investigação. Na viagem,o relatorda CPMI,OsmarSerraglio (PMDBPR), e os deputados Eduardo Paes(PSDB-RJ) e Maurício Rands(PT-PE)pedirãoos dados de Duda ao Departamento de Justiça, aos promotores Distritais de NovaYorke ao Fincen (Financial Crimes Enforcement Network),espécie de Coaf do governo americano. As informações buscadas

pela CPMI já estão em poder do MP e da PF. São os extratos da Dusseldorf, conta criada porDuda parareceberos R$ 10,5 milhões do valerioduto – pagamento pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Até agora,o governoamericano tem se negado apermitiro acesso da CPMI aos dados. Conta-ônibus– A CPMI sabe que as investigações sobre a Dusseldorf não devem avançarporque, naverdade,já conhecem extra-oficialmente os dados que vão pedir. Os extratos da conta de Duda em poder do MP mostram que a Dusseldorf erauma espécie de "conta-ônibus",queintermediavaa passagens de recursos. Nasduas pontasdosextratos dessa conta, tanto na entrada quantona saídade recursos, estão operações com doleiros.Para saber de onde veio o dinheiro e quais os reais destinatários será necessário quebrar mais sigilos, em países como Suíça, Alemanha

O relator Osmar Serraglio disse que Duda vai ser ouvido de novo –provavelmente na semana que vem – pela CPMI,

convidado.

e Estados Unidos, além de paraísos fiscais, num processo que demandará anos. A PF já pediu aquebradealgumas dessas contas que receberam recursosda Dusseldorf, mas o MP aindanão deuparecer sobre oassunto. Paraesclarecer a origem dos recursos que abasteceram a Dusseldorf a pedidode Valério,aCPMI precisaria do depoimento dos doleiros queinjetaram o dinheiro na conta de Duda. O publicitário deverá comparecerna próxima semana para prestar mais depoimentos. "Dessa vez, ele será convocado e poderá explicar melhor todasessas movimentações, fato que não ocorreu naprimeiravez, quando ele esteve na comissão", disse Serraglio. Usiminas – Ontem, antes de embarcar, Serraglio afirmou, emCuritiba,queaCPMIpediu osdocumentos contábeisda Usiminas para checar a movimentação financeirada empresa. Segundo o relator, é possívelquemuitosrecursos te-

nham sido direcionados para empresas de Valério, o que poderiaindicarmaisum caminho nas investigações. Um dos indicativos de que os recursos tenhampassado pelo "sistemaMarcos Valério" é ofatodeosdeputados Romeu Queiroz(PTB-MG), Roberto Brant (PFL-MG) e João Magno (PT-MG) terem afirmado à comissão que receberam dinheiro da empresa. "Pedimos urgência na liberação dessa documentação. Queremos saber omovimento contábil desde os últimos cinco anos" afirmou Serraglio. Fundos– Em depoimento ontemà CPMI,oempresário Cezar Sassoun, dono da corretora Laeta,culpou osgestores dosfundos de pensão pelos prejuízos verificados nas instituições de previdência privada nos últimos cinco anos. Segundo relatóriodaCPMI, apresentado em dezembro pelo sub-relator, deputado AntônioCarlosMagalhães Neto (PFL-BA), a Laeta realizou transações que teriam causado prejuízos de R$ 55 milhões a 14 fundos de pensão. "A Laeta pode ter sido usada por outras corretoras para fazer operações irregulares. Mas não vejo como a corretoratenha agido de forma inocente", rebateu ACM Neto. ACPMI suspeita que a Laeta seja ligada aLúcio BolonhaFunaro,suspeito de ser o verdadeiro dono da corretoraGuaranhus eque deverá depor à comissão na próxima semana. (Agências)

CPMI dos Correios ouve amanhã ex-diretor da Bonus-Banval

Delúbio

Dono do Ômega que teria transportado dólares do caso Cuba vai depor na CPI dos Bingos

Pereira

Valério

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do "valerioduto."

Palmieri

O primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, confirmou na acareação da CPMI do Mensalão que estava junto com o exdeputado Roberto Jefferson nos dois dias em que houve a entrega de R$ 4 milhões feita por Valério.

Karina

Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De olho numa das 513 cadeiras da Câmara, Karina se filiou ao PMDB e pretende se candidatar à deputada federal em 2006.

Simone A diretora-executiva da SMP&B

Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

Gushiken

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

Oliveira O deputado Eunício Oliveira (PMDBCE), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, negou qualquer negociação com Delúbio sobre o valerioduto. Delúbio incluiu o nome de Oliveira nas investigações sobre os repasses de recursos.

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

Osório Batista

Antônio Osório Batista, diretor afastado dos Correios por ter sido citado por Marinho na gravação. Depôs na CPMI e afirmou que Jefferson pediu dinheiro aos diretores da estatal para fazer caixa de campanha.

Guimarães

O ex-presidente do Banco Popular do Brasil Ivan Guimarães negou à CPMI dos Correios que sua indicação para o cargo no banco tenha sido feita pelo PT. Ele anunciou aos integrantes da comissão que vai se desfiliar do PT.

Severino

O ex-presidente da Casa da Moeda

Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio de Janeiro, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha à reeleição de Benedita da Silva.

Genu

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

CPMI dos Correios

ACPMI ouveamanhãBrenoFischberg, ex-diretor da Bonus-Banval, e José PompeudeCamposNeto, sócio dessa corretora decâmbio, usadapor Marcos Valério para repassar recursos do caixa 2 do PT para partidos aliados do governo. Outros 13 depoimentos foram marcados pela comissão nesta semana.

O empresário Marcos Valério ameaça revelar ao Ministério Público Federal tudo o que sabe sobre as transações que teria efetuado com políticos, principalmente aqueles ligados ao PSDB de Minas Gerais.

Jefferson A Câmara cassou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que perdeu os seus direitos políticos até 2015, por 313 votos a favor e 156 contra. Ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar, tráfico de influência e crime eleitoral.

de personagens

Costa Neto

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

Toninho da Barcelona O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Costa Roberto Costa Pinto, ex-secretário do Ministério da Cultura, diz ter sacado R$ 300 mil e não R$ 450 mil como afirmou o Marcos Valério. Ele diz que não sabia que o dinheiro era de Valério e que o saque foi orientação de Delúbio Soares.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

Conselho de Ética O PFL quer evitar que oprocessode cassaçãode Roberto Brant seja votado em 1º lugar na convocação extraordinária doCongresso. Depoisda absolvição de RomeuQueiroz, querepercutiu mal paraaimagemda Câmara,oreceiodos partidos dos processados pelo conselho é que haja mais pressão pela cassação.

Mendonça Novas contas de Duda Mendonça, no exterior, foram descobertas e a CPMI tenta com a Justiça dos EUA acesso a elas. Duda deve depor para explicar por que transferiu dinheiro dias antes de seu primeiro depoimento à CPMI.

Lamas O ex-tesoureiro do PL,

CPMI

ao PL.

Genoino O ex-presidente do PT José Genoino depôs na CPMI do Mensalão e disse que desconhece a existência de caixa 2 no partido e que o PT não compra votos em troca de aprovação de projetos de interesse do governo.

Marinho Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado em gravação recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Alves Diretor-financeiro do Ministério dos Transportes durante a gestão de Anderson Adauto, José Luiz Alves disse ter sacado R$ 200 mil a pedido do ex-ministro. Alves é acusado, no entanto, de ter feitos diversos saques, totalizando R$ 1 milhão.

CPI dos Bingos Ossenadores devemvotarhoje emendas ao relatório parcial do senador Garibaldi Alves. Entre elas, está a que pede o indiciamento de Antônio Palocci. A emenda é do senador Antero Paes de Barros. Outras emendas também deverãoseravaliadas.O relatóriopedeoindiciamento de 34 pessoas.

Jacinto Lamas, confirmou na acareação da
do Mensalão ter recebido dinheiro da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, mas disse que nunca conferiu os valores, repassando-o
mas desta vez como
Jonas Oliveira/Folha Imagem Moreira Mariz/AS

ele [Machado de Assis] é maravilhoso. Muito inteligente. O último que eu li é aquele sobre o marido ciumento que desconfia da traição do melhor amigo com a mulher, que tem um nome curioso... Do cineasta norte-americano Woody Allen, sobre o brasileiro Machado de Assis e seu livro Dom Casmurro. Na Folha de S. Paulo.

U CRÂNIA

Mulher é presa por

Uma mulher da cidade de Odessa, na Ucrânia, retirou o sangue de vários jovens embriagados e drogados para bebê-lo em rituais de magia negra. A "vampira", que se chama Diana Semenukha e tem 31 anos, usava seringas para retirar o sangue das vítimas e confessou pertencer a uma seita satânica. "Preciso do sangue para os meus rituais", teria dito ela à polícia, que a prendeu há alguns dias. De acordo com jornais sensacionalistas russos, Diana já havia sido processada há cerca de dois anos, quando pela primeira vez foi reconhecida pela prática

satanismo

de satanismo e pela ingestão de sangue humano. Depois de cumprir pena, ela foi acusada de instigar o uso de drogas. Diana, segundo a polícia, agia sempre da mesma forma: convidava jovens dependentes de drogas e álcool, convencia-os a se embriagarem ou usarem distâncias tóxicas e esperava que eles dormissem para retirar seu sangue. O código penal ucraniano não prevê o crime de vampirismo, que foi registrado pela primeira vez. A polícia está em busca do líder e de outros membros da seita satânica à qual Diana disse pertencer e que se chama Dragão Vermelho.

Mori, uma fêmea de orangotango, é a artista do Tama Park Zoo, em Tóquio. Ela é desenhista e já fez 20 quadros em crayon combinando cores. Seus tons preferidos são cinza e azul.

T ECNOLOGIA

Apple cria o iTunes acadêmico

A Apple criou uma versão do iTunes dirigida ao público universitário. Com isso, a expectativa é tornar seu tocador de MP3 iPod ainda mais usado. O iTunes U oferece gratuitamente arquivos de áudio e vídeo com palestras, entrevistas e discursos relacionados ao ambiente acadêmico norte-americano. Seis universidades já concordaram em oferecer conteúdo para o iTunes U e o material poderá ser acessado por qualquer internauta. www.itunes.com

R ELIGIÃO

Freira teria recebido graça de João Paulo II

O Vaticano está analisando um caso de cura inexplicável, fruto de orações dirigidas a João Paulo II, envolvendo uma freira que sofria de mal de Parkinson, a mesma doença que acometeu o pontífice nos últimos dez anos de sua vida. Uma milagre depois da morte é uma condição indispensável para a canonização. A cura da freira não seria passível de explicação médica. Ela teria sido curada ao rezar pedindo a intercessão de João Paulo II, pouco depois de seu falecimento em abril de 2005.

I NTERNET

Google encontra o Brasil

EFundadores do site de busca vêm conhecer o "potencial" do País

m suaprimeira visita aoPaís, osfundadores doGoogle, LarryPage eSergey Brin,vestiam ontem, em São Paulo, camisetas imitando o uniforme da seleção brasileira, mascomo nome da empresa na frente. Depoisde compraramineira Akwan em 2005, o Google estuda novasaquisiçõesnoPaís. Mas Pagee Brin disseramque a visita não tinha a ver com negócios,eraapenasumavisitaàCosan, produtora de açúcar e álcool.Ambos ficaramentusiasmadoscom oqueo Brasilconseguiu até agora na área de energia sustentável, com o uso de automóveis flex fuel. Aprincipalfontedereceitado Google são os anúncios. Mas a empresajá foiacusadadeganharreceita publicitáriacom o conteúdo alheio e o Google é apontadocomoameaçaaosetor de jornais e revistas.

Esta nãoé a visão de Brin. "Achoque revistase jornais,especialmente os que criam conteúdo original, irão muito bem no futuro", afirmou o executivo. "Mais pessoas conseguirãoencontrá-los e acessar seu conteúdo. No mundo da internet, muita gente prefere a fonte original, no lugar de uma cópia. Larry Page acrescentou: "Estamos trabalhando para colocar mais informaçãoonline,comoosarquivos históricosde algunsjornais e de revistas também. Provavelmente seráum processodifícil. Fizemoso mesmocom livrose podemosgerar vendasparaas editoras.Tambémestamosdigitalizando grandesbibliotecas. Se ointernauta descobrir que precisade um livro,peloGoogle, ele vai lá e compra. Larrye Brin compararamo Brasil favoravelmentea outros paísesemergentes, como aÍndia ea China. "O Brasilnão tem

os problemas de outras economias. Não precisamos nos preocupar com um regulamento ou outro para crescer", disse Brin. Osfundadoresdo Google nãosouberam explicar omotivo do sucessono Brasil do Orkut, seu site de relacionamento. "O que vocês acham?", devolveua pergunta Brin,aoser questionado. Ele destacou que muitos dos novos serviços do Googlenascemdos20%detempoqueosfuncionáriosdedicam na empresa a projetos pessoais. "Com o Orkut foi assim. Segundo os executivos, existemváriosmotivos paraaempresa lançar novos serviços, e a geraçãodereceita ésomente uma. O Orkut, até agora, não gera faturamentodireto àempresa.Quando oGooglefoi lançado, ficou mais de um ano sem gerar receita. "Não se deve ter pressa em relação à receita", afirmou Brin. (AE)

ARTE E CULTURA - Artista indiano dá os retoques finais na imagem de Saraswati, a deusa hindu da educação e cultura. A Índia comemora a partir de quinta-feira o festival anual da deusa, uma das mais populares divindades do país, com vários eventos culturais.

A RTE

Morre o 'pai' da videoarte

O artista de origem coreana Nam June Paik, considerado o pai da videoarte, morreu domingo à noite, de causas naturais, em seu apartamento de Miami, Flórida, aos 74 anos. Paik sofreu um derrame cerebral há dez anos e seu corpo foi velado ontem em seu estúdio nova-iorquino. Integrante do grupo internacional Fluxus, que congrega artistas de tendência conceitual, Paik combinou como nenhum outro a música e as artes visuais. Pioneiro no uso do vídeo como expressão artística, explorou a imagem eletrônica na criação de filmes, performances e instalações que alteraram o panorama das artes plásticas em 1963, quando fez sua estréia em Wuppertal, Alemanha. www.paikstudios.com

Nova potência dos transgênicos

CUBA

Exposição coletiva

Arte de Cuba, exposição de 117 obras de 61 autores de vários períodos e autores. Entre eles, Sandra Lorenzo (na foto, La Nostalgia). Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112. Telefone: 3113-3651. Das 10h às 20h. Grátis.

G @DGETDUJOUR

Relógio 'explícito' em edição limitada

Os designers Jean-François

F AVORITOS

Telecomunicações: seus direitos na web

Herdeiros de si mesmos

ULe ATV France 2 levou ao ar ontem uma reportagem sobre a nova potência dos transgênicos: o Brasil. Segundo a emissora, em dois anos mo País conquistou o terceiro lugar entre os cinco maiores produtores de organismos geneticamente modificados (OGM) do mundo e que dominam, juntos, 95% da produção mundial. Os cinco países são Estados Unidos (49,8 milhões de hectares plantados), Argentina (17,1 milhões), Brasil (9,4 milhões), Canadá (5,8 milhões) e China (3,3 milhões). A reportagem também destacou a polêmica brasileira no ano passado em torno da liberação dos OGMs e da soja transgênica, que representa 60% de la superfície total cultivada (54,4 milhões de hectares).

V INHOS

Ruchonnet e Vianney Halter são os criadores do "Cabestan", relógio com arquitetura transversal em que horas, minutos, segundos e reserva de energia aparecem em cilindros. Chassi em ouro e platina e visores de cristal de safira. Preço: US$ 220.000, em uma série limitada de 135 exemplares. www.europastar.com

O site da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) permite ao usuário realizar pesquisas e consultas sobre telecomunicações, reclamar seus direitos e conferir as notícias. Telefonia fixa, comunicação móvel, TV por assinatura, radiofusão, fiscalização e comunicação multimídia são alguns dos links da página inicial. O canal Espaço do Cidadão traz a lista das dúvidas mais freqüentes, dados sobre tarifas e preços, endereços da Anatel além de links de telecomunicações. www.anatel.gov.br

ma nova modalidade de investimento começaa atraira atençãode norte-americanosricosque têmaesperança de enganar a morte: os personal revivaltrusts, ou "fundos de ressurreição pessoal". Aplicando nessesfundos, pessoas que pretendem ter os corpos congelados ao morrer - na esperança de que, no futuro, uma forma de descongelar e reviver cadáveres venha a ser descoberta - podem deixar o patrimônio rendendojurosaté odiaem que - se - forem acordados. Segundo notícia publicada pela Associated Press, duas instituições americanas mantêmpelo menos142 cadáveres (inteiros,apenas cabeças ouapenas cérebros) congelados.

Na semana passada, o Wall Street Journal publicou um perfildeDavid Pizer,uminvestidorquejápagouparater o corpo congelado após a morte -e declarou-seherdei-

ro de si mesmo. Pizer criou umfundo queadministrará seu patrimônio de US$ 10 milhões.Oinvestidor temaesperança deressuscitar, dentro de um século, como "o homem mais rico do mundo". Emborao congelamento de tecidos humanos para usoposterior, comoesperma ou embriões, já seja uma realidade, a ressurreição de corpos congelados é um so-

nho distante. Um dos problemas éo fato de que a água cristaliza e se expande ao ser congelada, rompendoe destruindoas células do corpo.

Umaempresa queoferece o serviço de congelamento, a norte-americana Alcor, tenta contornar oproblema oferecendo ao cliente a opção de preservar apenas o cérebroe trocando parte do conteúdo de águadas célulaspor um fluido anticongelante. A técnica de congelamento de corpos échamada criônica. Os corpos são preservados a temperaturas inferiores a 130º C negativos. O "pai da criônica" é o físico RobertChesterWilson Ettinger, autordedoislivros que popularizaram a técnicaea crençanapossibilidade de ressurreição decorpos congelados: The Prospect ofImmortality (1962) e Man into Superman (1972). http://www.cryonics.org http://www.alcor.org A TÉLOGO

Anvisa regulamenta internação e serviços de saúde que prestam atenção domiciliar

Primeira transmissão da TV Digital deverá ser adiada para depois da Copa do Mundo

No Rio de Janeiro, candidatos usavam torpedo em celular para fraudar provas do vestibular

Envelhecidos no choque

Bons vinhos são envelhecidos em barris originais até que o sabor e o bouquet atinjam seu ponto mais alto. Pelo menos é esta a teoria da enologia que, agora, é colocada em xeque pelo japonês Hiroshi Tanaka, para quem esperar o vinho envelhecer é perda de tempo e dinheiro. Ele inventou uma máquina que transforma um beaujolais nouveau recém produzido num velho e aromático vinho com alguns volts de eletricidade. Presidente da Innovative Design and Technology Inc, que tem um pequeno laboratório perto de Tóquio, ele pensa como empreendedor. "Imagine a economia que faremos. Menor tempo de produção e nenhuma necessidade de armazenagem e investimento em barris", diz Tanaka, que já busca parceiros nos EUA.

EM CARTAZ
Rupak de Chowdhuri/Reuters
Sim,
Noboru Hashimoto/Reuters
Divulgação
Markus Schreiber/AFP/AE

PSDB: ATAQUES A LULA E CLIMA DE CAMPANHA.

candidato a governador do Rio Grande do Sul.

PT, 26 ANOS, PEDE SOCORRO.

Emmeio àsua maiorcrise, oPT celebraráos 26anos defundação nodia 13de fevereiro em um jantar na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Brasília. Ao contrário de 2005, quando o partido levou dezenas de dirigentes e militantes para uma grande festa em Recife, o partido – para tentar diminuir orombode R$ 43 milhões – optou por fazer um grande jantar para arrecadar fundos ecobraringressos,quevão de R$ 200 a R$ 5 mil.

A atraçãoprincipal seráa presença garantida do presidente LuizInácio LuladaSilva que,segundo os organizadores, já está confirmada. "Quem quiser participar contribui de acordo com suaspossibilidades dentrodas cinco faixas de preços (R$ 200, R$ 500, R$ 1 mil, R$ 2 mil ou R$ 5 mil)", explicou o novo secretário nacional deFinanças ePlanejamento doPT, Paulo Fereira,em entrevista ao site do partido, que temdívida registrada decerca R$ 55 milhões.

Para o aniversário do partido, o

PT pretende passar uma borracha na crise com uma nova logomarca, encomendada a Ziraldo. O novoslogan é inspirado nos versos de Paulo Vanzolini, e expressa um desejodeanoeleitoral:"PT 26 anos 2006 – A Volta Por Cima".

Reeleição – O jantar deve servir de palco de manifestações em apoio à candidatura de Lula. O partido decidiu delegar aos filiados a tarefa de "convencer" o presidente adisputarareeleição. ApesardeLulainsistirque só anunciará a decisão em junho, o PT iniciou ontem conversas com diretórios estaduais e municipais para incentivar a mobilização. "A idéia éfazercom queos filiados peçam ao presidente que seja candidato. Na verdade, não é nem pedir, é convencê-lo, sensibilizá-lo", disse o secretário deMobilização dalegenda, MartvsdasChagas.Ele afirmou que a estratégia não seráguiada pormeiode algumtipode repassederecursos àsdireções estaduais, mas sim do incentivo à arregimentação em torno dacandidaturado presi-

dente. "Estas são ações simples, quenãoexigem recursos para seremrealizadas", afirmou. Ele disse também que a direção não temaintençãodesugerir um modelo específicopara amobilização, deixando a cargo dos diretórios regionais a definição e o perfil das atividades.

Olívio – No PTdo RioGrande do Sul, o ex-ministro das Cidades OlívioDutrafoilançado candidato a governador do Estado. Depois de passar três meses dizendo que não autorizava ninguém a apresentar o próprio nome, Olívio afirmou que teve de mudarde idéia."Eufuisendo convencido pelo processo que se desencadeou a partir das bases", alegou, em referência a uma série de encontros regionais promovida pelo partido desde dezembro. A desistência de Tarso Genro, que ficaà disposição do presidente Lula para voltar ao governo federal ou participar da coordenaçãodacampanha paraa reeleição, também contou. (Agências)

RELATOR DO PP É SUBSTITUÍDO

Odeputado PedroCanedo (PP-GO),autor do parecer que recomendouacassação dopetistaProfessor Luizinho (SP), deixou ontema Câmaraeavaga noConselho de Ética. Canedo, suplente do deputado Leonardo Vilela (PSDB-GO), devolveu a vagaao titular e já não participará da sessão de hoje, quando será votado o parecer pela cassação do presidentede seupartido,Pedro Corrêa (PP-PE).

Polêmica – Na semana passada, Canedo esteve no centro de uma polêmica em torno da votação do parecer pela cassação do deputadoRoberto Brant(PFLMG).SegundoCanedo, Corrêa determinou que ele não fosse à sessão do conselho até que a bancadado PPsereunisse etomasse uma decisão conjunta sobre Brant. O deputado e conselheiro já tinha avisado que votaria pela condenação, ao contráriodo outro conselheiro doPP, Benedito de Lira (AL). Corrêa negou ter pressionado Canedo a mudar o voto e o deputado foi liberado para comparecer à sessão e votar como quisesse.

Nodia emque oprefeito José Serra (PSDB) recebeu mais uma manifestação de apoio para que confirme sua candidatura à presidência daRepública, oex-presidenteFernando Henrique Cardoso declarouque oPSDB só vai escolher o nome do candidato depois que o PMDB e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se decidirem. "Nós temos paraa presidência doisexcelentes candidatos. Nós temos que esperar. Quem vai ser o candidatodo PMDB?Ninguém sabe. O presidente Lula diz toda hora que não sabe se é candidato,se comportacomo candidato mas diz quenão. Então por que vamosterque nos precipitar?",avaliou oexpresidente, que descartou sua preferência porSerra frenteao governador de SãoPaulo Geraldo Alckmin. FHC defendeu aindaa importânciada questãomoral na campanha eleitoraldesteano. "Nós nãopodemos entrar na conversados nossoscompanheiros queestão lá emcima. A conversa deles é que essa questãomoralnãocontamais.Conta sim. Ladrão não mais", disse em uma palestra para militantes do PSDB, em São Paulo.

Apoio – Mesmo sem declarar suacandidaturaà presidência, as inaugurações de Serratêm ganhado clima de campanha, com manifestaçãodeapoioe discursos criticandoogoverno Lula.Ontem,durante inauguração na Zona Leste, Serra ouviu de dez moradores, entre os 100 que estavam presentes, o gritodeguerra:"Brasilcontente, Serra presidente."

Depois dos populares foi a vez do subprefeito de São MiguelPaulista (ondese davao evento), Samuel Moreira, ex-

Canedodissequefoi "uma coincidência" tersaídona véspera da votação da cassação de Corrêa. Eleatribuiu a saídaà decisão do governador de Goiás, Marconi Perillo, de mandar de volta para a Câmara os deputados federaisque ocupavamsecretarias estaduais. Fila – O PFLtenta evitar que o processo decassação de Brant seja votado em primeiro lugar na convocaçãoextraordinária do Congresso. Depois da absolvição do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG),emdezembro,oreceio dos partidos é quehajamais pressão pela cassação. O processo de WandervalSantos (PL-SP) foi votado antes do de Brant, mas ele recorreu à Comissão de Constituição e Justiça contra o resultadoe opefelista disseque nãorecorrerá. (Agências)

pressar o apoio à candidatura de Serra. "Seria bom paraSão Paulo se tivéssemos um presidente estadista, cuidando do emprego, da saúde e da educação", disse. Serraconsiderouamanifestação de apoio "normal". "É normal que as pessoas se manifestem, em face a todo noticiário", disse Serra, que não perdeu a chance de cumprimentar pessoas e beijar crianças.

Oprefeitoculpou oPTpelo aumento donúmero depobres

"Questão moral conta sim. Ladrão não mais", afirma FHC, em palestra para militantes tucanos em São Paulo.

emSãoPaulo,conferido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de GeografiaeEstatística)."Nósvimos que, entre 2003 e 2004, o mesmopartido(PT)nogoverno federale aquiemSão Pauloaumentou em 200 mil os pobres na cidade. Não é brincadeira", afirmou. "OBrasiltemdevoltara andarparagerarempregoerenda. Não há política de saúde, de educação e de renda mínima capaz decompensar o efeitodo desemprego, queé oproblema número um."

Campanha – Enquanto cresceo apoioaJoséSerra, oúnico pré-candidato declarado do PSDB, ogovernador Geraldo

Alckmin, planeja sua agenda de viagens pelo País. No sábado, ele segue para Mato Grosso doSul,ondevisitará Campo Grande e Dourados. Alckmin disse não estarincomodado nem mesmo com os elogios que FHC tem feito a Serra. "Não me abala em nada. Estamos animados, trabalhando. Esse é um assunto interno da direção partidária." Equívoco– Alckmin disse aindaquea reunião entre caciques tucanos na semana passada, paradiscutir aescolhado candidato do PSDB à presidênciadaRepública, teveuma interpretaçãoequivocada.Eleressaltou que foi uma iniciativa de avaliaçãoe conversa para iniciar as discussões dentro da legenda."Houve umainterpretação errada daquelareunião", disse Alckmin, depois da coletivaparadivulgardadosdasegurança pública noEstado."Foi uma reunião de avaliação, uma coisa boa, de conversa."

Assim como tem feito nas últimas semanas, Geraldo Alckmin aproveitou a ocasião para andarentrepopulares e cumprimentar eleitores. Ação – Em razãodas quatro representações do PSDB ajuizadas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, Lula tem um prazo de 48 horas para apresentar sua defesa contra a acusação dos tucanos, que alegam que o presidente está fazendo campanha eleitoral, emseus discursos, antes dadata estabelecidapor lei, que é 5 de julho. Segundo aassessoriada presidência da República, a Advocacia Geral daUnião –órgão que representa a União judicial e extrajudicialmente e assessora juridicamente o Poder Executivo – irá analisar o caso. (Agências)

Escritórios:

Márcio Fernandes
Flavio Florido/Folha Imagem
Serra diz que o apoio da população é "normal".
Olívio,
Celso Junior/AE
Canedo volta a ser suplente

EUROPA SÓ AJUDA ANP

SE HAMAS RENUNCIAR À VIOLÊNCIA

AUnião Européia (UE) decidiu manter,aomenos por enquanto, ofinanciamento à Autoridade Nacional Palestina (ANP), mas impôs condições ao grupo radical Hamasparaacontinuaçãodo repasse dasverbas. Em encontro emBruxelas,na Bélgica,chanceleresdos25países queformam a UE pediram ao movimento querenuncie àviolência e reconheça o direito de existência do Estado de Israel. "O Hamas precisa mudar seus métodos e aceitar que violênciaéincompatível com democracia",disseoespanhol Javier Solana, chefe da diplomacia Européia."Nosso pedido tem como objetivoreafirmar princípios da União Européia tais como a não-violência e a solução binacional para o conflito noOrienteMédio",completoua chanceleraustríaca Úrsula Plassnik,cujo país preside,no momento, a UE. Emcomunicadooficial,obloco europeu afirmou quevai continuar com o relacionamento diplomáticocom opresidente palestino Mahmud Abbas, que nãotem ligação como Ha-

mas. A Europa repassou algo em torno de US$ 600 milhões de dólares aos palestinos em 2005. Os chanceleres europeus também decidiram esperar até que o Hamas forme efetivamente o novo governopalestinoparavoltarajulgaroassunto. Os ministros querem ver como o grupo vai se comportar no poder antes de suspender de fato a ajuda financeira aos palestinos. Jáo governoamericanotende a cancelar a transferência de verbas à Autoridade Palestina, mesmo que continue, por agora, afinanciarprojetos huma-

nitários de organizações nãogovernamentais.Nototal,estima-se em US$400 milhõeso montanteglobal enviadopelos americanos aos territórios palestinos em 2005. Desses, US$ 250milhõesforamdireto para os cofres da ANP. Em Washington, o presidente americano George W. Bush declarou: "O Hamas deixou claro que nãoapóia o direitode existência de Israel. E eu também deixei bemclaro que,enquanto é essa asua política,não vou apoiar umgoverno palestino formado pelo Hamas".

As decisões da Europa e dos EUA foram tomadas horas depoisde olíderdo Hamas,YismailHanyie,terpedidoà comunidade internacional que não suspenda o financiamento estrangeiro à AP.

Os líderes doHamastambémenfrentamo boicoteeconômico israelense à AutoridadePalestina depois daconsagradora vitória do grupo radical naseleições legislativas.O governo do primeiro-ministro interinoEhud Olmertdecidiu não transferir à AP a receita de impostos de janeiro, que chega a quase US$ 45 milhões. (AE)

IRÃ: PRESSÃO DE TODOS OS LADOS

Conversações de última hora entre a União Européia e o Irã, em Londres, terminaram ontem sem nenhum progresso e com a recomendação dos representantes europeus para que o caso seja levado ao Conselho de Segurança (CS) da ONU. À noite, diplomatas da UE, dos EUA, Rússia e China se reuniram num jantar

para tentar chegar a uma posição comum para pressionar o Irã a abandonar o programa de enriquecimento de urânio. Ao mesmo tempo, em Washington, o presidente dos EUA, George W. Bush, fez um chamado à comunidade internacional para formar uma "frente unida" contra o Irã para impedir que produza armas nucleares. O governo

iraniano afirma que suas pesquisas com o urânio têm como finalidade apenas a produção de combustível para usinas de energia elétrica. Mas europeus e americanos acusam o país de ter planos de construir armas atômicas, porque escondeu informações sobre seu programa nuclear. O envio do caso ao CS será discutido na quinta-feira. (AE)

Pai de fuzileiro pede ajuda para ir aos EUA

Oavô do fuzileiro FelipeCarvalho Barbosa,mortono Iraque na sexta-feira, pediu ontem o apoio do governo de Goiás para prestar as últimas homenagens ao filho, que servia na marinhaamericana. Robson de Lima Barbosa reuniu-se com o chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais de Goiás,Elie Chidiac, em buscade ajuda. Segundo Elie,o governo de Goiás não pode bancar a passagem do pai de Felipe já que o rapaz nãoestava a serviço nem do governo goiano nem do governo brasileiro nos Estados Unidos.

A Assessoria Internacional, que está sendo intermediária entre a família e o governo americano, informou que as opções de Robson seriamconvencer aesposa americana e a mãe de Felipe a enterrar o corpo do filho no Brasil ouviabilizar a ida de Robson aos Estados Unidos. Nesta última alternativa, apassagempoderia ser paga pelaprópriafamília do brasileiro ou pelo governo americano, jáque Felipe morreua serviçodogoverno americano. Robson buscou a ajuda do governo goiano porque, apesar de

sercarioca, moraemGoiás desde 1998.

Felipe Carvalho Barbosa, de 21 anos, foimorto no sábado em Bagdá,quando lutava pelo Exércitodos Estados Unidos. Ele morava há cerca de dezanos na cidade de High Point, no Estado da Carolina do Norte, e era atirador de elite da Marinha norte-americana. A família de Felipe soube da notícia por meio da mulher do fuzileiro,que mora nosEstadosUnidos. Segundo ela, Felipe voltaria para os EUA em abril e havia programadopara junhoumavisita à família, no Brasil. Um soldado raso, fuzileironavaldos EstadosUnidos, ganha por mês cerca de US$2,5mil(R$5,7 mil), maistreinamentoe instrução, seguro saúde, pecúlio e seguro em caso de morte em combate.

FRAUDE NA RECONSTRUÇÃO

Dinheiroiraquianoapostado emmesas dejogos nasFilipinas. Milhares de dólares gastos em umapiscina que não pode serusada. Um elevador consertado por US$ 650mildespenca, matando três iraquianos.

Uma auditoria do governo dos EUA constatou que autoridades americanasdeocupaçãoapresentaram documentos fraudulentos sobre dezenas de milhões de dólares- grandeparteproveniente do petróleo iraquiano - que deveriamser usadosparareconstruir o Iraque. Em alguns casos,os auditoresrecomendaram que fossem processadososenvolvidos. Em outros,pediu-se aoembaixador americano no Iraquepara recuperar o dinheiro.

As auditorias relatam ca-

sos de escritórios da Autoridade Provisória da Coalizão, em Hila, cheios de pacotes de notas de US$ 100 retirados de um cofre sem documentação. Um funcionárioamericano guardava quaseUS$700mil em espécie num armário sem cadeado, eumsoldadodos EUA perdeu em apostas nas Filipinas US$ 60mil em fundos de reconstrução.

"Dezenas de milhões de dólaresem espécieentraram esaíramdoscofresdo setor Centro-Sulsemnenhumadocumentação sobre quem depositou ou retirou o dinheiro, nemporquefoi retirado", afirma o informe do inspetorgeral especial para a reconstrução do Iraque, que promoveumasériedeauditoriaspara o Pentágono. O relatório se concentra na região Centro-

Sul, umadas regiões mais tranqüilasdoIraque. Ainda faltam ser realizadas auditorias no resto do país. O que já foi levantado pinta um quadro da caótica ocupação promovida pelos EUA em 2003-2004, quando inexperientesfuncionários americanos - muitos deles trabalhadores da campanha eleitoral do presidente George W. Bush -assumirama missão de reconstruiradevastada economiairaquiana. Oinforme revela queo resultado foi pífio.DosUS$120milhõesarrecadados com o petróleo iraquiano que iriam para a reconstrução, as autoridades americanas em Hilanão conseguiram prestar contas de US$ 97 milhões. Em alguns casos, o dinheiro literalmente desapareceu. (AE)

Ismail Haniya, líder do Hamas
George Azar/NYT/AE
Robson de Lima quer participar de homenagem ao filho morto no Iraque
Ricardo Rafael/OPG/AE
(AE)
O fuzileiro Felipe Barbosa
Arquivo
Iraniana passa por um cartaz anti-americano, na antiga embaixada dos EUA em Teerã
Lynsey Addario/NYT/AE

Nazistas e Hamas se parecem. Como Hitler em 1933, Hamas também ganhou a eleição. Como os nazistas na Noite de Cristal, depredaram e queimaram as sinagogas de Gaza. Alimentam pseudoteorias: nazista, a sociedade racista sem judeus; Hamas, a sociedade islâmica fundamentalista. Alemães doutrinavam crianças na Juventude Hitlerista e mantinham creches raciais. Hamas incute ódio nas mesquitas e escolas muçulmanas, financia homens-bomba, ajuda materialmente suas famílias e mantém creches para seus órfaos. Nazistas tinham Gestapo. Hamas tem milícias que silenciam quem discorda e ataca as outras facções. Há, porém diferenças. Nazistas assassinavam judeus nos campos da morte, Hamas assassina com homens-bomba. Nazistas eram inespecíficos quanto a mulheres. Hamas mata prostitutas. Nazistas submetiam judeus a trabalho escravo, palestinos vêm trabalhar em Israel e são tratados nos melhores hospitais, inclusive no que cuida de Sharon.

. . CONTRAPONTO

Goran Tomasevic/Reuters

Dois pontos de vista sobre a vitória do Hamas nas eleições palestinas

A Federação das Entidades Árabe-Brasileiras do Estado de São Paulo (Fearab/SP) cumprimenta a Autoridade Nacional da Palestina e o povo palestino pelo exemplo de exercício democrático que foram as eleições realizadas no dia 25. Saúda também o vencedor incontestável do pleito, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), lembrando que tal grupo se caracteriza por um belo trabalho de beneficência e assistência social (manutenção de escolas, creches, hospitais, auxílio a necessitados, etc.), e que suas ações armadas, que, infelizmente, costumam também atingir a civis, normalmente são apenas represálias às práticas israelenses de terrorismo de Estado, que há décadas também matam civis palestinos, destróem suas casas e plantações, expulsam-nos das terras de seus ancestrais, etc. Tanto assim que, provavelmente, nem existiria Hamas se não fosse o terrorismo de Estado israelense. Aliás, é preciso lembrar que até alguns anos atrás, e por motivos escusos (dividir o povo palestino e tentar minar a liderança do saudoso e inesquecível Yasser Arafat), o próprio Estado judeu ajudou o Hamas a se fortalecer. Os milhões de brasileiros de origem árabe só desejam que haja paz para todos os povos envolvidos no conflito. Uma paz com justiça. Porque, sem justiça, não pode haver paz.

PAULO SAAB SÃO PAULOEM BOASMÃOS

ATTodos os amigos de Lula

Oministro AntonioPalocci prestou depoimento na CPI dos Bingos esta semana. Não esclareceu as denúncias envolvendo o seu período como prefeito de Ribeirão Preto (SP),nãoexplicou orelacionamentoqueainda mantém comRogérioBuratti,Vladimir Poletto, Wolney Barquete e outros personagens denunciadose investigadosportráficode influênciae participaçãonarenegociaçãodocontratode R$ 650 milhões entre a Caixa Econômica e a empresa de loterias Gtech, contrato que a CPI considera lesivo aos cofres públicos. Palocci fugiu às perguntas que lhe foram feitas. Negou tudo e foi evasivo. Deixou noar uma sériede dúvidas enão conseguiu se livrar das suspeitas que pesam sobre ele. ACPI dosBingos vaicontinuara investigaro caixa2 montadona Prefeiturade RibeirãoPreto pela empresa Leão Leão na administração Palocci. Vai prosseguir também na busca de provas sobre sua participação na renegociação do contrato entre aCaixa ea Gtech. Oministro nãoterá sossego e nem o governo. Num governo sério, Palocci não poderia continuar no Ministério da Fazenda. No governo Lula, ele pode. Pode porque Palocci é apenas mais umapessoa do círculo íntimo de Lula envolvida em casos escabrosos e suspeitos. O ex-ministroJosé Dirceu, osecretário particular Gilberto Carvalho, o extesoureiro do PT Delúbio Soares, os velhos amigos Roberto Teixeira e Paulo

Fica cada vez mais difícil acreditar na inocência do presidente e aceitar as suas alegações de que é vítima de uma onda de denuncismo

Num governo sério, Palocci não poderia continuar no Ministério da Fazenda. No governo Lula, ele pode.

são verdadeiras as novas denúncias surgidas a partirdasdeclarações doex-deputado Roberto Jefferson,queestão sendoesmiuçadasedissecadas pela CPI dos Correios. Nesta CPI, o trabalho é de sociologia, envolve a investigação de personagens da atualidade como Delúbio,MarcosValério, DudaMendonçaeoutros que foram incorporados ao esquema petista a partir da campanha de 2002. O grupo reunido em torno de Lulacomeçou a operar nasprefeituras do interior paulista, onde desenvolveu e consolidouumatecnologiadearrecadaçãoedistribuição de recursos para ofinanciamento de campanhas eleitorais,a comprade apoiosparlamentares,a conquistaeamanutenção dopoder.Oesquema deu certo. Funcionou perfeitamente durante muitos anos.Comodinheiro arrecadadoe um discursode viéssocialista,comapelo àtransparênciaeaocombate àcorrupção,Lulachegouà Presidência da República. Que ironia! O crimeparecia perfeito.Todos osventos sopravam afavor dogoverno doPT. Atéque surgiu o caso de Waldomiro Diniz, que inicialmente pensou-se ser um episódio isolado, uma iniciativasolitáriado entãoministroJoséDirceu. Depois, veio Roberto Jefferson, com as histórias do mensalãoe tudo começoua ficarclaro. Graçasao trabalhodasCPIs, hojesesabe queWal-

Okamoto emaisuma dezenadepessoas próximas aLula estão sendo investigadas,algumas já processadas com base em denúncias das CPIs, do Ministério Público e da imprensa. Fica cada vez mais difícil acreditar na inocência do presidente e aceitar as suas alegações de que é vítima de uma onda de denuncismo. As CPIs dos Correios e dos Bingos estão trazendo à luz fatos e elementos quedemonstram à exaustãoo envolvimento doPT comesquemas decaixa 2,desvio de recursos públicos, corrupçãoe uso da máquina. NaCPI dos Bingos,o trabalho éde arqueologiapolítica.Elaestá pesquisandocasosdemais de dez anos atrás, que não tiveram guarida na imprensa e nem foram investigados à época. Esses casosantigos mostramquenãoé novaaprática da corrupção nas administrações petistas e que

O grupo reunido em torno de Lula começou a operar nas prefeituras do interior paulista e consolidou uma tecnologia de arrecadação .

domiro não era apenas a ponta de um iceberg. Asociedade brasileirajádeu mostrasdeque não apóia a corrupção e não aceita ser enganada. Sabe agora perfeitamente como esse sistema nascido em São Bernardo do Campo cresceu e tomou contado poderfederal. Sabetambém quemsão os seus cabeças, os seus bagrinhos e até onde chegam os seus tentáculos. Por mim, já temosmaterial mais do que suficiente para processar o presidente Lula por crime deresponsabilidadee decretaro seu impeachment. Isto, porém, não é o que pensam as liderançasda oposição.Adecisãoserá dosbrasileirose estoucertodequeelessaberãoerradicar omal enquanto é tempo e varrer Lula e seus amigos para o lixo da história. SEN.ANTEROPAESDEBARROS,PSDB-MT

odos sabemos que a formatação dos partidos políticos no Brasil é fantasiosa e existe enorme distância entre os programas partidários, o conhecimento destes por parte da massa e o cumprimento dos mesmos por parte dos integrantes das agremiações políticas existentes. Não é exagero afirmar que os partidos políticos são os meios legais de chegada ao poder, dos quais se servem os pretendentes para exercer suas ambições pessoais, sejam elas legítimas ou não. Taxativamente, ainda não se pode dizer que em nosso país os partidos representam posições programáticas, doutrinárias, políticas e de políticas públicas, porque na verdade eles representam o conjunto dos seus integrantes e de seus respectivos interesses ou mesmo somente dos interesses de quem os controla. O PT era o último grande baluarte de argumentação contrária. Era tido como um partido com princípios, com programa, com comportamento ético e comprometido com interesses maiores e não com o salve-se-quempuder de seus membros dirigentes. O mito desmontou como castelo de areia em 2005.

Por estas e outras razões e por conhecer a trajetória política nos últimos 30 anos de Cláudio Lembo e, nos últimos 20 anos, de Gilberto Kassab, entendo que, em caso de o governador Geraldo Alckmin ou do prefeito José Serra deixarem o cargo, de um modo ou de outro os governos do Estado de São Paulo e da prefeitura da capital estarão bem servidos. A exploração política que se pode fazer em torno do fato de ambos os vices (do governo do Estado e da prefeitura da capital) serem do PFL perde sentido na situação partidária vigente no País e pelo histórico de relacionamento, mesmo no exercício do poder, entre o PSDB e o PFL.

s figuras do vicegovernador Cláudio Lembo e do vice-prefeito Gilberto Kassab, ambos já de experiência administrativa muito grande, desvinculadas da exploração partidária, ainda mais em ano de eleição, podem e devem servir de garantia, não só ao PSDB de que não haverá "traição" no exercício do poder, e ao PFL, partido ao qual os dois vice pertencem, de que os acordos anteriores que levaram à composição das respectivas chapas serão honrados.

Acima de tudo - a mim me parece -, devem servir de garantia à população do Estado e da maior cidade do país de que no período em que um deles ou ambos estiverem no comando do respectivo Executivo, as gestões serão discretas e eficientes, como tem sido o estilo político de ambos no exercício de cargos públicos.

Asfigurasde CláudioLemboe GilbertoKassab podemedevem servirdegarantia dequenãohaverá "traição"

De resto, vale lembrar que o histórico do PSDB também indica que, após a definição do nome de quem será candidato do partido à eleição presidencial, as disputas anteriores por essa indicação, serão superadas pela arregimentação de todas as forças tucanas e de seus aliados a serem ainda definidos (provavelmente o PFL, uma vez mais) para o enfrentamento eleitoral que não será fácil. Com todo desgaste político do governo Lula, a arma da campanha da reeleição será os resultados da economia, ainda que obtidos pela continuidade da política econômica.

Voltando ao tema, governar um estado como São Paulo ou uma prefeitura como a da capital, dois dos três maiores orçamentos do País, exige acima de tudo bom senso, dedicação, competência , seriedade e respeito.

São qualidades que têm marcado, até prova em contrário, as trajetórias de Alckmin, Lembo, Serra e Kassab. Até por isso foram eleitos nas urnas pela população paulista e paulistana.

O leitor que conhece meu tom crítico pode estranhar a coluna de hoje. Um voto de confiança sempre pode e deve ser dado aos homens públicos. Fiz o mesmo com o presidente Lula, no início de sua gestão.

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TEXTO DO SENADOR ANTERO PAES DE BARROS ANTECIPA SUA EMENDA HOJE NA CPI DOS BINGOS

Edição

O RG DOS PRODUTOS É UMA REVOLUÇÃO PARA O COMÉRCIO

Cada produto sai da fábrica com seu próprio RG gravado numa etiqueta que transmite sinais de rádio. É a mesma tecnologia usada para pagar pedágio sem parar. Assim monitorado, poderá ser reposto se vendido. Este RG, ou "etiqueta inteligente", vai promover uma revolução na cadeia de abastecimento do varejo nos próximos anos. A gigante Wal-Mart já o exige de seus 100 principais fornecedores. DC Informática/1

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

De olho num "Brasil melhor"

Já com 35 mil adesões, a campanha De Olho no Imposto chegará a 1,5 milhão logo, diz o ex-presidente da Embraer e conselheiro da ACSP, Ozires Silva. "E fará um Brasil melhor". De olho na coerência, Afif Domingos lembra: a militância pela transparência tributária tem 20 anos.

Campinas já está

De Olho no Imposto

A caravana tributária só chegará no dia 9, mas a Associação Comercial de Campinas (ACIC) já se mobiliza

Imposto imperial

Deu no Los Angeles Times:a monarquia acabou no Brasil há 117 anos, mas em Petrópolis ainda é pago imposto para a família real. Impostos, Economia/4

Superávit recorde:

R$ 93,5 bilhões

O setor público (União, estados e municípios), obteve em 2005 o maior superávit primário em suas contas desde 1994. Eco/1

O caos no caminho da chuva e das aulas

Com a volta às aulas, logo pela manhã, esperava-se confusão no trânsito. Não houve, para surpresa dos motoristas. À tarde, tudo mudou: temporal, inundações, transbordamento de córregos (à esq.), moradores ilhados em várias regiões, e congestionamentos como o da Avenida Ricardo Jafet, na zona sul (abaixo). São Paulo recomeçou o seu cotidiano. Página 7

Em clima de campanha

Serra inaugura, carinhosamente, unidade de Saúde em São Miguel Paulista (foto) e recebe manifestações favoráveis à sua candidatura à presidência. FHC declara que PSDB só escolhe candidato depois de PT e PMDB. E Alckmin mantém viagens. Página 5

Eduardo Nicolau/AE
Eduardo Nicolau/AE
Milton Mansilha/LUZ
De olho no imposto: vice-presidente da ACSP, Rogério Amato (esq.), presidente Afif Domingos, conselheiro Ozires Silva e o presidente da Sociedade Rural, João Sampaio (dir.)
Daniel Kfouri/Folha Imagem
de Campinas concluída às 00h05

TOTAL DA ECONOMIA DE UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS CHEGOU A 4,84% DO PIB, SUPERANDO A META

Superávit recorde: R$ 93,5 bi em 2005

Osetor público (União, estados e municípios) obteve noano passado o maior superávit primário em suas contas desde 1994. A economia de recursos feita para pagar parte das despesas com juros e evitar o descontrole da dívida pública somou R$ 93,51 bilhões, o equivalente a 4,84% doProduto InternoBruto (PIB), nas projeções utilizadas pelo Banco Central (BC).

Apesar da polêmicasobre o esforço fiscal entre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, oresultadofiscal superou em R$ 11,36 bilhões a meta oficial de4,25%do PIB estipuladapelo governo. Mesmo assim, o esforço não foi suficiente para pagar os juros das dívidas, que atingiram o recorde de R$ 157,1 bilhões no período — R$ 28,8 bilhões a mais do que em 2004.

"Essa economia de recursos foi necessária e suficiente para estabilizara relação dívidaPIB, que é o indicador observadopelo mercado financeiro e pelas agências de classificação para avaliara situaçãofiscal dos países", afirmou o chefe do DepartamentoEconômico do BC, Altamir Lopes, lembrando que a dívida líquida do setor público terminouo anopassado em 51,6% do PIB, contra 51,7% ao final de 2004.

Arrecadação — Segundo Lopes, aeconomiaexcedente feitaem 2005 foi resultado da gestãode despesase damaior arrecadação, nãosó na esfera federal, como também na estadual e na municipal. Na esfera dogovernocentral (Tesouro Nacional, Previdência Social e BC), o superávit somou R$ 55,7 bilhões, ou 2,88% do PIB, diante deuma metade 2,38%. Os números do BC superam em R$3,25 bilhõesosdivulgados peloTesouro Nacionalnasemanapassada, pordiferenças na forma de contabilização. Um dos principais parâmetros que influenciam o resultado é a taxa de crescimento econômico utilizadapara estimar que o esforço fiscal atingiu

4,84% do PIB.Deacordo com Lopes, o valor para o PIB no anopassadoutilizado nocálculo do BC foide R$ 1,933 trilhão.Elefoiestimadocombase em uma projeção de crescimento da economiabrasileira no ano passado de 2,6%. O valor efetivo doPIBem 2005 só será conhecido oficialmenteem abril,quando oInstituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE) divulgar suas contas. Se os números definitivos mostraremum crescimentoinferioraos 2,6%, o esforço fiscalterásidomaior doqueos 4,84%doPIBdivulgados pelo BC. Com isso, a relação dívida/PIB poderá ser um pouco mais alta. Seja comofor, o resultado fiscal de 2005 é o melhor desde 1994, quando atingiu 5,21% do PIB,ajudado pelacorrosãoda inflação nas despesas governamentais. Emque pesetodo esse esforço fiscal, entretanto, o déficit nominal (conceito que considera no cálculoas despesascomjuros)atingiu3,29%do PIB no ano passado — resultadopiordo que ode 2004 (2,67%), quando osuperávit primário tinha sido de 4,59% doPIB. Esseaparenteparadoxo se explica porque os juros médios foram bem maiores no ano passado do que noanterior. Em2005, ataxa médiaficouem19,05%aoano,enquanto em 2004 era de 16,25%. (AE)

DÍVIDA JA CHEGOU AO TRILHÃO

O arrocho fiscal recorde em 2005 não foi suficiente paraassegurar uma queda mais acentuada darelaçãoentrea dívida líquida do setor público e oProduto InternoBruto (PIB).O endividamento conjunto da União, estados, municípios eempresas estatais ultrapassou a barreira do trilhão de reais. O total da dívida chegou a R$ 1,002 trilhão, o equivalente a 51,6% do PIB. Foco principal dapolítica fiscal eindicadoreconômico maisobservado pelos investidores, a relação entre dívida líquida ePIB caiusomente 0,1 pontopercentual em relação

aos51,7% observadosnofim de 2004. Em valores nominais, a dívida cresceu 4,7%.

A evolução da dívida no ano passadofoibemmais tímida do que a ocorrida de 2003 para 2004, quando a relação dívida/PIB caiu 5,5 pontos. Na época, a melhora do indicador foi comemorada pelo ministro da Fazenda,AntonioPalocci.

Em 2005 foi justamente o baixo impacto do esforço fiscal no estoquedadívidaque levoua ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a bater de frente com o ministro, afirmando que o governo estava"enxugando gelo" com o superávit.

Uma quedamais acentuada em 2005nãofoipossívelporque o estoque da dívida sofreu como aumento dasdespesas com juros, que bateram recordenoano passadodevidoao impacto negativo da elevação da taxaSelic pelo Banco Central (BC). Enquanto a taxa média em2004 foi de16,25%, em 2005 subiu para 19,05%.

O dadomais positivo foi a redução dadívidaexternalíquida do setor público para 2,6% do PIB (R$ 50,3 bilhões), o menor valorda sériehistórica, que teveinício em1991.Em 2004,adívida externa líquida estava em 7,5% do PIB. (AE)

Tesouro capta 300 milhões de euros

D epois de um ano, o governo brasileiro voltou ontem ao mercado europeu e captou 300 milhões de euros (US$ 360 milhões) em títulos com vencimento em 2015. Foi a segunda emissão do ano. Apesar de a venda ter sido menor que a oferta de 500 milhões de euros, o Tesouro Nacional conseguiu reduzir o custo.

Os investidores europeus pagaram um preço mais alto para adquirir os papéis, comprando-os a 113,428% do valor de face — aceitaram pagar um ágio. Geralmente, os papéis são vendidos com deságio. O motivo para a redução do custo foi o riscoBrasil, que nas últimas semanas vem batendo recordes sucessivos de queda.

Com os recursos obtidos na emissão, subiu para US$ 4,86 bilhões o montante captado pelo Tesouro para honrar os compromissos com o pagamento dos títulos da dívida externa que vencem neste ano e em 2007. A estratégia para 2006 e 2007 considera uma captação total de US$ 9 bilhões para esses dois anos. (AE)

Fundos engordam a conta

Uma pequena parcela dos R$ 93,51 bilhões economizados pelo governo em 2005não é resultado da boa administração federal e, sim, do contingenciamento de recursosde alguns setores que entram nas contas do governo pormeio de fundos e contribuições. São siglascomo Fust (Fundo de Universalização dos Serviços deTelecomunicações), Funttel (Fundo para o DesenvolvimentoTecnológicodas Telecomunicações)e atéummais conhecido, a Cide (Contribuição sobre Intervençãodo Domínio Econômico), criados paraaplicações em programasdasáreas emquesãorecolhidos, mas que no fim – como muita coisa que ocorre no País – não são usados.

E a relação vai longe: Fundo Constitucional de Financiamentoao Nordeste(FNE),ao Centro-Oeste (FCO) e ao Norte (FNO). O resultado: receitas que já ultrapassam R$ 10 bilhões paradas em uma conta de poupança, sem melhorar a vidade pequenos produtores, ou facilitar o acessoa serviços essenciais como telefonia, por exemplo (para o qual o Fust foi criado), e sem poderserutilizado no pagamento de dívidas públicas.

De acordo com Carlos Ayres, professorde mercado financeiro e gestãofinanceira do curso deEconomia da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap), o uso desses recursosé engessadoporforça da Constituição Federal ou por leis específicas(como a Lei Geral de Telecomunicações), que impedem que o dinheiro sejaaplicadoem outros fins que não os do desenvolvimentodopróprio setor em que são recolhidos.

Ou seja, a mesma Constituiçãodemocrática pelaqual

os brasileiros tanto lutaram, que garante direitos e deveres, é hojetambém um entravenouso defundosecontribuições. "Naquele momento de elaboraçãoda Constituição, talvez fosse importante queesses recursosexistissem paraajudar adesenvolveros setores, ou mesmo regiões. Mas hoje,até porexcesso de garantias(leia-seburocracia), e de programas, não são utilizados", diz o professor. Telefoneseafins – Tomese por exemplo os recursos do Fust. Mais deR$ 3,98 bilhões, dosquaisR$595 milhões só do ano passado, engordam as contas do superávit primário. Os recursos deveriam ser utilizados emprogramasdeinclusão digital e melhora de acessoda populaçãoaosserviços de telefonia. Mas não é o queocorre. As empresas do setor alegam quenão há projetosdo governoparaaplicação do dinheiro,que também não pode serutilizado para pagar contas da União. Não por acaso, a gritaria é geral por partedas empresas

de telecomunicações,que recolhem 1% de sua receita operacional bruta para o Fust. No início do mês de janeiro, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, indeferiu pedidode liminar do advogado Luiz Carlos Crema, queresponsabilizava o presidente da República pela má aplicação dos recursos. Sem saída— A verdade é queexiste umadificuldade enormedo governoemutilizar os recursosvinculados às áreas porque tantoa Constituição como outrasleis específicas amarram seu uso. Asaída,apontadapeloprofessorCarlos Ayres, seriaos órgãos responsáveis estabelecerem comextrema clareza comoutilizá-los. Ouaapresentação deuma"emenda constitucional" liberando o usodessedinheiro para outros fins, porexemplo, para o pagamento da dívida pública. "Afinal, eles já entram na contabilidadedo superávit, só não podem ser utilizados", conclui o professor Ayres. Patrícia Büll

Carlos Ayres, professor da Faap, explica que a Constituição e leis específicas impedem o uso dos recursos dos fundos fora de seus setores
Altamir Lopes, do BC: economia e maior arrecadação em 2005
Joedson Alves/AE
Patrícia Cruz/LUZ

O RG DOS PRODUTOS

É UMA REVOLUÇÃO PARA O COMÉRCIO

Cada produto sai da fábrica com seu próprio RG gravado numa etiqueta que transmite sinais de rádio. É a mesma tecnologia usada para pagar pedágio sem parar. Assim monitorado, poderá ser reposto se vendido. Este RG, ou "etiqueta inteligente", vai promover uma revolução na cadeia de abastecimento do varejo nos próximos anos. A gigante Wal-Mart já o exige de seus 100 principais fornecedores. DC Informática/1

De olho num "Brasil melhor"

Já com 35 mil adesões, a campanha De Olho no Imposto chegará a 1,5 milhão logo, diz o ex-presidente da Embraer e conselheiro da ACSP, Ozires Silva. "E fará um Brasil melhor". De olho na coerência, Afif Domingos lembra: a militância pela transparência tributária tem 20 anos.

Campinas já está De Olho no Imposto

A caravana tributária só chegará no dia 9, mas a Associação Comercial de Campinas (ACIC) já se mobiliza

Imposto imperial

Deu no Los Angeles Times:a monarquia acabou no Brasil há 117 anos, mas em Petrópolis ainda é pago imposto para a família real. Impostos, Economia/4

Superávit recorde:

R$ 93,5 bilhões O setor público (União, estados e municípios), obteve em 2005 o maior superávit primário em suas contas desde 1994. Eco/1

O caos no caminho da chuva e das aulas

Com a volta às aulas, logo pela manhã, esperava-se confusão no trânsito. Não houve, para surpresa dos motoristas. À tarde, tudo mudou: temporal, inundações, transbordamento de córregos (à esq.), moradores ilhados em várias regiões, e congestionamentos como o da Avenida Ricardo Jafet, na zona sul (abaixo). São Paulo recomeçou o seu cotidiano. Página 7

Em clima de campanha

Serra inaugura, carinhosamente, unidade de Saúde em São Miguel Paulista (foto) e recebe manifestações favoráveis à sua candidatura à presidência. FHC declara que PSDB só escolhe candidato depois de PT e PMDB. E Alckmin mantém viagens. Página 5

Eduardo Nicolau/AE
Eduardo Nicolau/AE
Milton Mansilha/LUZ
De olho no imposto: vice-presidente da ACSP, Rogério Amato (esq.), presidente Afif Domingos, conselheiro Ozires Silva e o presidente da Sociedade Rural, João Sampaio (dir.)
Daniel Kfouri/Folha Imagem

CHUVAS PARAM A CIDADE. DE NOVO.

Amanhã deontem foi uma surpresa para os motoristas. Apesar da volta às aulas, quem saiu de carro não enfrentou lentidão. Ao contrário,foi testemunha atédeum índice de lentidão abaixoda média registrada às segundasfeiras de janeiro. Era o efeito do retorno do rodízio, revelou a Companhiade Engenhariade Tráfego (CET). Mas à tarde veio a chuva e não teve rodízio que ajudasse:149 quilômetros de lentidão às 19h30. O índicefoi oterceiro maior do ano,sendo que amédia para ohorário éde90 quilômetros. O recorde de lentidão deste ano é 164 quilômetros, registrado dia 19, às 19h30. Com a volta às aulas, pelo menos 500 mil carrosretornaram asruas, segundo a CET. Mas o rodízio tira de circulação 750 mil .

Manhã –Às 9h30,a CETregistrou um congestionamento abaixo da média para janeiro: 55 quilômetros de lentidão, enquanto a média é de 67. Antes, às 8h, havia 39 quilômetros de congestionamento, enquanto amédia éde19.O índicemanteve-se abaixo da média durante toda a manhã, mesmo com um acidente que interditou parcialmentea faixadireita da avenida Paulista.

À tarde – Chegoua tardee, com ela, as chuvasdeverão, que começoupor voltadas 14h. Emconsequência, congestionamentos: 149 quilômetrosdelentidãoforamregistrados às 19h30.

Mesmocomo altoíndice, a CET comemorou, pois o númerofoiregistradonumdiadevolta àsaulas com chuva.O ponto demaiorlentidãofoiamarginal Tietê, com10,6 quilômetros,no sentido Ayrton Senna.

Chuvas – A chuva de ontem àtarde deixoua cidade toda em estado de atenção. Até 20h, as regiões mais atingidas eram a sul, norte, leste e Centro. Na zonaleste,umacriança de5 anosfoilevadaporumaenxurrada,causada pelotransbordamento do córregoBarro Branco, em Cidade Tiradentes. Umponto de alagamento se formou na marginal Tietê, sentido Penha/Lapa, próximo à Ponte da Vila Guilherme. Na zona norte, os locais mais atingidos foram a rua Joaquim Monteiro, travessa da avenida Braz Leme, em Santana. Em Parada deTaipas,houvealagamentona avenida RaimundoPereira de Magalhães.Na DeputadoEmílioCarlos, um córrego transbordou e deixou os moradoresilhados. Também foram registrados alagamentos, alguns intransitáveis, narua Dr. Mario Vicente, viadutoJoséColassuono,avenida Ricardo Jafet enoComplexo EscoladeEngenhariaMackenzie, todos no Ipiranga, e na avenida doEstado, noCentro. Osbombeiros registraram duas quedas de árvores no Jaraguá e no Jardim Lourdes, na zona sul.

Alerta – Na semana passada, a Defesa Civil já havia alertado paraocorrências detemporais. E o alerta continua. Segundo informaçõesda Climatempo,uma novafrente fria estáchegandoao sudestedo País. Aprevisão é que,a partir de hoje, as nuvens fiquem mais carregadas. Orisco detemporaisaumentanolitoral,capital, na faixa leste e norte do estado. Nas demais áreas,o soldeve aparecer entre nuvens e haverá pancadas de chuva à tarde. Ivan Ventura, Rejane Tamoto e Agências

AULAS – A volta às aulas nas escolas particulares aumentou em cerca de 500 mil o número de veículos nas ruas da capital. Para organizar o trânsito nas imediações das escolas a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou a Operação Volta às Aulas nas proximidades de 412 colégios. A operação conta com 261 fiscais que atuam para impedir a formação de filas duplas e o estacionamento irregular. O objetivo é disciplinar o embarque e desembarque de alunos e orientar a travessia de pedestres. A CET também fez ajustes nos semáforos para facilitar o acesso dos estudantes às escolas e colocou 100 banners e 200 faixas com mensagens educativas nas ruas.

Agendas da Associação e das distritais

Hoje

■ São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de buffets e eventos do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 14h30. Amanhã

■ Centro– A distrital realiza reunião ordinária. Às 18h.

■ Pirituba - A distrital participa dos festejos dos 121 anos do bairro. Sociedade Holandesa de São Paulo - Casa de Nassau, av. Raimundo Pereira de Magalhães, 4.123. Às 19h30.

Carro fica quase submerso em alagamento na rua Joaquim Monteiro, travessa da avenida Braz Leme, em Santana, na zona norte da cidade
VOLTA ÀS
Fernando Donasci/Folha Imagem
Morador recoloca tampa do bueiro na rua Antônio Rocha Matos, no Jardim Princesa, também zona norte
Sebastião Moreira/AE

Tecnologia nasceu na Segunda Guerra Mundial

Aetiqueta inteligente é um chip conectado a antenas que pode ser encapsulado em diferentes materiais (papel, cartões plásticos, vidro, CD-ROM etc.). O chip, que armazena as informações sobre o item a ser identificado, é integrado às antenas, que por sua vez são responsáveis pela transmissão dessas informações, via ondas de rádio, para um leitor. O leitor envia as informações para uma base de dados, onde elas serão processadas. Na tecnologia RFID, as etiquetas podem ser ativas, quando têm uma fonte de energia própria (como uma bateria), ou passivas, sem essa fonte própria. Essa segunda categoria é a que está sendo utilizada pelo padrão EPC.

As smarts labels passivas têm duas antenas: uma se encarrega de capturar as ondas de rádio que estão no ar e, a partir delas, gerar a energia necessária para que a segunda antena transmita ao leitor o sinal que está sendo gravado no chip. O sinal RFID é, na verdade, um código numérico transmitido por faixas de freqüência já definidas pelos fabricantes: entre 125 KHz e 134 KHz, baixa freqüência; 13.56 MHz, freqüência alta, já consolidada para o smart card, por exemplo; UHF, entre 860 MHz e 930 MHz; e 2.45 GHz, que é a de microondas.

Os sistemas RFID surgiram na década de 40 do século passado, quando os aliados utilizaram a tecnologia para conseguir distinguir seus próprios aviões dos inimigos. A invenção só saltou do campo militar para o industrial na década de 90, quando o MIT (Massachussets Institute of Technology) o aperfeiçoou e elaborou o código com o qual as informações são armazenadas em chips. O superintendente da ECR Brasil, Claudio Czapski, diz que o RFID funciona como se a antena dissesse o tempo todo "estou aqui, estou aqui". "Quando a etiqueta está no campo de leitura, o leitor apenas registra este 'estou aqui', que é aquele sinal de 96 bits gravados no chip. O leitor não faz mais nada do que captar essa seqüência de números e enviá-las para um computador, ao qual está conectado", detalha o superintendente da ECR Brasil, acrescentando que, no computador, um software específico decodifica esse número, desencadeando então as ações gerenciais, entre as quais estão a reposição automática e em tempo real de mercadorias numa gôndola de supermercado. (AK)

Atecnologia RFID (identificação por rádio freqüência)–já usada no pára-brisa do carropara pagaro pedágio sem parar e rastrear de cabeças de gadoa malas em aeroportos– começaa viveruma nova revolução. Eessa revoluçãojá tem um nome: EPC (Electronic Product Code, ou emportuguês, código eletrônico de produtos), umsistema queutiliza a tecnologia de rádiofrequênciapara criar uma espécie de "internet dos produtos". Com o sistema EPC cada itemfabricado terá oseu próprio número individual codificado emuma etiqueta RFID com um padrão único em todo o mundo. Osleitores farão a captura dessa identificação e serão capazesde indicaronde o item está e em quais condições,comunicando-se com bancos de dados remotos pela internet.Com isso,conseguese a identificação e a localização automática de produtos em tempo real, desde a fabricaçãoaté ocompradorfinal. Eé isso que vai acarretar uma verdadeirarevoluçãonacadeiade abastecimento do varejonos próximos três anos. "Com o código de barras, você sabe apenas que a mercadoriasaiu deumlugar echegou aooutro", diz Ana Paula Vendramini Maniero, assessora de soluções de negócios da GS1, entidade encarregadado controle da numeração do código de barras e também da normatizaçãoedesenvolvimentodos padrões baseados nas especificações do sistema EPC. "Com a etiqueta inteligente,você acompanha todo o trajeto, e de

A INTERNET DOS PRODUTOS

Sistema EPC (Electronic Product Code) vai permitir identificação precisa e imediata de mercadorias em qualquer lugar do mundo

formaindividual. No casode um produto refrigerado, por exemplo, é possível acompanhar até a temperatura."

Vantagem – Outra vantagem importante do EPC é a reposição imediata das mercadorias. Estudos mostram que, aonãoencontrara marcade sua preferência na loja, metade dos consumidores acaba optando por outra.Alémdisso, estima-se que ossupermercados percam 8% das vendas por causa da falta de produtos.

Apesar de aindapouco visível ao consumidor, essa revolução já está começando pela chamada"porta dos fundos", osdepósitosdos grandessupermercados. Nos Estados Unidos, agigante americana Wal-Mart passou a exigir que seus cem principais fornecedores enviem osprodutosjá equipados com o EPC (Código Eletrônico de Produtos). Grandes redes européias, como Metro (Alemanha)e Tesco(Reino Unido) também começaram a colocar o sistema em prática. Aetiqueta inteligente,também chamadasmart label,e-tag etransponder,possuiummicrocircuito eletrônicoe carregaum minúsculo dispositivo de rádio que enviae recebe sinais para fornecer informação (veja abaixo). Não requer o uso de scanner ou de dispositivos de leitura eletrônicae podearmazenarinúmeras informações como marca, data e local de fabricação. No mercado brasileiro – No

Anvisa exige código de barras até abril

APor Ariel Kostman

Brasil,algumasempresas que estão testando o sistema dizem que a redução de custos e o ganhoem eficiênciasão impressionantes. A Unilever lançou o ProjetoSmart Tagsna fábrica dosabãoempóOMOeemdois centros de distribuição. Num dos testes, 1,5 mil paletesreceberamasetiquetase,para a leitura das informações contidasneles,aempresainstalou antenase sensoresde identificação por radiofreqüência nas empilhadeiras. Depois de

três meses, o ganho de produtividade nos processos de distribuição foi superior a 10%. "O EPC permite o rastreamentototal,ágilesegurodecada produto individualmente em toda a cadeia de suprimentos", dizCláudio Czapski, superintendente da Associação ECR Brasil, entidade que acompanha etrabalha no desenvolvimento da tecnologia e congregacem empresas,entre elas gigantes como Unilever, Nestlé, Ambev, Coca-Colae

Grupo Pão de Açúcar. De acordo comCzapski, daqui atrêsanosmuitasempresas de varejo estarão usando as etiquetas nas áreas de logística e recebimento. O prazo para a chegada às prateleiras, no entanto,serábemmaior."Acredito queserão necessáriosmais de 10 anos para produtos de valor baixo utilizarem essa tecnologia",diz. "Além dos custos, ainda existem barreiras tecnológicasa seremresolvidas." Porisso, ele apostaque a extinção do código de barras está distante e que as duas tecnologiasvão conviver por muito tempo. A razão é simples:o código de barras tem um custo muito menor.

pesar dos avanços na tecnologia daetiqueta inteligenteno Brasil, muitas empresas ainda não possuem sequer o código de barras em seus produtos.Por isso,na semana passadaa Anvisadeterminou que, até abril, todos os produtos dehigiene pessoale cosméticos terão que ser identificados como códigode barras. Encarregada de fornecer o númerodo código debarras para asempresas, aGS1 Brasil diz quea resolução tema finalidade de auxiliar o controle sanitário ea rastreabilidade das informaçõesrelativas àregularização dos produtos desse segmento junto à Anvisa. "Essaportaria é de extrema importânciapara acadeiade suprimentos,umavezquetrata de produtos de usopessoal. A obrigatoriedade do código de barras, além de aumentar a segurançadessesitens,trarámais confiança ao consumidor", afirma aassessoradesoluções de

negócios da GS1, Ana Paula Vendramini Maniero. Aentidade devepublicaraté março o"Guia deIdentificação por Códigode Barraspara Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria eCosméticos". Osinteressados poderãoacessá-lo, gratuitamente, no endereço eletrônico www.gs1brasil.org.br. Criado inicialmente para identificare controlar vagões de mercadoriasem trens,o código de barras começou a ser utilizado nocomércio ena indústria dos Estados Unidos a partir da1970. Empouco mais de 30 anos, conseguiu se transformaremum padrão mundial capaz de dominar a distribuição comercialnossupermercadose armazénsaopermitir ocontrole ea movimentação deestoques deforma rápida ebarata. Porisso, apesar daspromessas da etiqueta inteligente, ocódigo debarras aindadeve permanecer em uso por muito tempo. (AK)

TCE Robson Marinho será o presidente do Tribunal de Contas do Estado em 2006.

ALAN GREESPAN DEIXA O FED HOJE

Alan Greenspan, ao sair hoje pela porta do Federal Reserve, depois de 18 anos e meio como seu líder, já terá assegurado seu lugar na história da economia. Mas, aos 79 anos, o presidente do banco central dos Estados Unidos está longe de desaparecer. Amanhã, ele deve voltar ao trabalho em um novo lugar com planos para um livro, um serviço de consultoria e palestras. O mandato longo e exitoso possivelmente fez de Greenspan o mais famoso chairman na história do BC norte-americano, tratado com reverência nos Estados Unidos e no exterior, como se fosse um verdadeiro oráculo em função do seu aparente

ACÂMERAS Canon registra recorde de lucro e anuncia novo presidente para a companhia.

domínio do ciclo empresarial. No ápice do boom econômico da década de 1990 – com expansão recorde que durou dez anos – foi difícil separar o homem do mito, e muitos em Wall Street achavam que o toque mágico de Greenspan

poderia manter o crescimento indefinidamente. O exmúsico de jazz assumiu o Fed em 1987, no lugar de Paul Volcker, que recebeu os créditos por ter acabado com a inflação entre os anos 70 e 80. (Reuters)

SIMPLESCOPOM AINDA MAIS CONSERVADOR

Receita Federal informa que as empresas têm até hoje, às 20 horas, para aderir ao sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições das pequenas e microempresas (Simples). A opção deverá ser feita pela internet, pelo site www.receita.fazenda.gov.br.

Segundo nota da Receita Federal, quem deixar de fazer a opção só poderá ingressar no Simples em 2007. (AE)

Omercado financeiro acredita que o ritmo de queda dos juros pode ser reduzido em abril, segundo projeções feitas na pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo Banco Central (BC). Pelos números do levantamento, a taxa voltaria a ser cortada a partir daquele mês em apenas 0,5 ponto percentual. Em março, na sua próxima reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom), ainda

promoveria um corte de 0,75 ponto percentual, com a taxa básica de juros passando dos atuais 17,25% para 16,50% ao ano. A projeção de inflação de março a dezembro deste ano também caiu. A estimativa para a variação do IPCA no ano recuou de 4,61% para 4,60%. Nessa hipótese, a inflação ficaria mais próxima da meta central de 4,50% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2006. (AE)

BRASKEM LEI DAS MICROEMPRESAS EM VOTAÇÃO

ABraskem, maior petroquímica da América Latina, informou ontem, em fato relevante, que seu lucro líquido em 2005 ficou "em linha" com o registrado no exercício anterior. No acumulado de 2004 a empresa faturou R$ 691 milhões. De janeiro a setembro do ano passado o lucro foi de R$ 681 milhões, o que implica pequeno resultado positivo no quarto trimestre. (Reuters)

Odiretor de Operações de Furnas Centrais Elétricas, Fábio Rezende, disse ontem que a companhia prevê R$ 1,3 bilhão em investimentos para a geração e transmissão até o final deste ano.

Segundo ele, o montante, cerca de R$ 200 milhões a mais do que no ano passado, está dividido de forma "equilibrada" entre a geração e transmissão de energia elétrica. (AE)

PETROBRAS

Opresidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, recebeu ontem comitiva do Reino Unido. Os britânicos "manifestaram interesse em estudar a possibilidade de novos negócios entre a Petrobras e empresas da Comunidade do Reino Unido", disse. (AE)

A TÉLOGO

ALei Geral das Micro e Pequenas Empresas deve ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados até amanhã. A matéria consta do substitutivo ao Projeto de Lei Complementar 123/04, que foi incluído na Ordem do Dia do plenário. Assim, o projeto é prioridade na ordem de votações da Câmara. A intenção da presidência da Casa era colocar o projeto em votação depois que tivessem sido

OMinistério Público Federal deve, nos próximos 30 dias, ajuizar ação civil pública para disciplinar o uso disseminado do estrangeirismo no comércio. Antes de a ação ser encaminhada à Justiça Federal, o procurador Matheus Baraldi Magnani pretende ouvir o que a população acha da ação. Um e-mail foi criado para receber as sugestões: linguaportuguesa@

Ainformalidade no mercado de trabalho cresceu em São Paulo de 2003 para 2005, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto a participação dos empregados com carteira assinada no total de ocupados ficou inalterada

aprovados o Fundo para Educação Básica (Fundeb), o fim da verticalização e o projeto que criou a SuperReceita, o que ocorreu na semana passada. De acordo com o gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, as negociações entre os parlamentares e o governo federal para os acertos finais do projeto estão em curso e a interlocução final está sendo feita com o Ministério da Fazenda. (AE)

prsp.mpf.gov.br. "O objetivo é coibir o uso de língua estrangeira nas relações de consumo. Se usado o estrangeirismo, que seja acompanhado da tradução". A Associação

Comercial de São Paulo (ACSP) não vai apoiar o procurador. O economista da entidade, Marcel Solimeo, diz que acha desnecessário o uso do estrangeirismo pelos comerciantes, mas é contra o tipo de medida adotada pelo MP. (AE)

em 60,2% na média das seis regiões pesquisadas pelo instituto em 2003 e 2005, em São Paulo houve uma queda na fatia de trabalhadores formais de 62% em 2003 para 61,3% no ano passado. A participação dos empregados sem carteira no total de ocupados cresceu de 30,4% para 31,5%. (AE)

Prefeitura de São Caetano do Sul tenta evitar demissões na GM Faturamento do varejo paulista cresce 3,2% em 2005 Nelson Tanure tenta impedir a venda da VarigLog na Justiça

Alta de preço de combustível eleva IGP-M

Pressionada pela disparada nospreços de combustíveis e lubrificantes no atacado (de -2,59% para 2,57%) a inflação medidapeloÍndice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu 0,92% em janeiro, ante a deflação de 0,01% em dezembro. Foi a maior taxa do indicador, usado para reajustar tarifaspúblicasealuguel, em18 meses . Porém, segundo a Fundação GetúlioVargas (FGV),a alta é momentânea e não deve se repetir em fevereiro. O períodode coletade preços doindicador foi dodia 21 de dezembro a 20 de janeiro. Para o coordenador de Análises Econômicasda FGV,Salomão Quadros, o movimento de alta nos preços dos combustíveisvai arrefeceremfevereiro,o que deve levar a umataxa menorno mêsque vem. "Cerca de 30% da taxa do IGP-M foi causada por combustíveis", afirmou, aomensurar o impacto que o setor teve na inflação em janeiro. Essecenário elevouospreços do atacado na inflação, que subiram 1,1% em janeiro, ante deflação de 0,27% em dezembro – também o maior nível de inflação do atacado em um ano e meio. "Os preços no

atacado são os de maior peso na formação da taxa do indicador", lembrou Quadros. Segundo o economista da FGV, aelevaçãonospreços doscombustíveis é causada por dois fatores. Um deles é o atual problema de demanda maior do que a oferta no setor sucroalcooleiro, que puxou para cima os preços do álcool. De dezembro parajaneiro, houveelevações maisintensas nos preços de álcool etílicohidratado (de 4,5% para 7,2%); e da gasolina (de 0,23% para 1,39%) – que tem 25% de álcool na composição.

O economista comentou que, até o momento, não estão sendo sentidos os efeitos do acordo entre usineiros e governo sobre o preço do álcool. "Esse acordoocorreu emmeados de janeiro; leva algum tempo (até surtir efeito)", disse Outro fator que contribuiu paraainflação nosetorfoia aceleração nacotaçãodo petróleono mercado externo, que elevou os preços de óleos combustíveis (de -7,92% para 8,38%) e querosene para motores (de -21,79% para 0,38%), de dezembro para janeiro.

Novarejo, os preços também aceleraram, esubiram 0,7% em janeiro, anteau-

Exportações

Abalança comercial brasileiravoltou aserecuperar na quarta semana de janeiro e registrou o melhor desempenhono mês. Asexportações somaramUS$ 2,322 bilhõese as importações atingiram US$1,505bilhão, com saldo de US$ 817 milhões. No acumuladodejaneiro,as exportações totalizam US$ 8,457 bilhõeseas importaçõeschegam a US$ 5,891 bilhões. O superávit de US$ 2,566 bilhões.

mentode 0,52% emdezembro. Quadros explicou que, de dezembroparajaneiro, houve elevação nos preços de cursosformais(devariação zero para 3,43%), cujas mensalidades são reajustadas no primeiro mês do ano. Jáospreçosdaconstruçãocivilpassaram de altade0,38% para aumento de 0,24%, de dezembro para janeiro. Margens – Osatacadistase varejistas estão iniciando um movimento de recuperação de margens,segundo dadosapurados pela FGV no IGP-M de janeiro.De dezembro para janeiro, foram registradas várias acelerações de preços em produtosque, quando registram elevação, são características de um movimento maior de recomposição de margens. Noatacadoforam registradas elevaçõesem produtosde higiene (de-0,08%para 0,79%); sabonete (de variação zero para 2,60%); desodorante (de variação zero para 0,66%) e detergenteparausodoméstico (de -1,66% para 1,37%). Novarejo foramregistradas altas de preços em creme dental (de -2,05% para 0,73%); escova de dentes (de -1,19% para 2%) efraldas descartáveis (de -2,19% para 0,81%). (AE)

Faltando dois dias para fechar omês,asexportações brasileiras acumuladasem janeiro estão 19,3% maiores que as de janeiro de 2005. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior,a média diáriaatéa quartasemana deste mêsé de US$422,9 milhões, anteUS$ 354,5milhões em janeiro do ano passado. Bom desempenho – Houve crescimento nas três categorias de produtos. Os embarquesdebásicossãoosquemais cresceram e subiram 49,5% em relação a janeiro do ano passado.Já os manufaturados cresceram muito menos que os básicos: 9,5%. A média diária das exportaçõesde manufaturadosemtodoomês éde US$ 226,4 milhões enquanto emjaneiro de 2005 foide US$ 206,7 milhões. As exportações de semimanufaturados cresceram 6,5%. (AE)

Pablo de Sousa/LUZ
Os produtos com maiores altas de preços no varejo no mês de janeiro foram os de higiene pessoal
Ex-músico de jazz, Alan Greespan deixa o nome na história
Kevin Lamarque/Reuters

Afiscalização à polui-

çãovisual, umdos pontos fracos do primeiro anode gestão do prefeito José Serra, reconhecido por elemesmo nas comemorações de Ano Novo, deverá ser intensificada neste ano eleitoralcom duasfrentes de trabalho. A primeira é a assinatura de um convênio entrea Secretaria de Coordenação das SubprefeituraseoSindicatodas Empresasde PublicidadeExterior do Estado de São Paulo (Sepex),pararetiradadepublicidadeirregular. Asegundaé aelaboraçãode umacartilhapara conscientizarapopulaçãosobre o assunto.

O convênio, assinado no início domês, prevê aretirada de peçaspublicitárias irregulares, expostas em 65 vias da cidade, num prazo de75 dias. Atéo dia25destemês, naprimeira fase do trabalho do sindicato, apenas 100 publicidades foram retiradas em 15 localidades, contrariando a previsão de 114. Segundo Júlio Albieri,presidentedo Sepex, 49 das60 empresasassociadas se comprometeram a retirar anúncios irregulares e a enviar comprovações fotográficas do ato, formalizando a própria auto-regulamentação.

Umdosprincipais problemas dos órgãos responsáveis pela fiscalização é a falta de informação sobre a quantidade deanúncios irregularesnacidade. Uma estimativa aponta que entre 35% e 40% das quase novemilplacas publicitárias estão fora dos padrões.

A Secretaria de CoordenaçãodasSubprefeituras informou que mais de 233 mil peças publicitárias (faixas, banners e placas) também foram retirados em 2005. "Estamos à disposiçãopara orientarasempresas, os anunciantes e os donos de imóveisaverificaremaregularidade daspeças antesda instalação", disse Albieri.

Cartilha – Conforme o acordo, a Prefeitura se responsabilizará pelaautuação eretirada de anúncios ilegais reincidentes. A segunda frente de trabalhoseráfeita pelaequipede Poluição Visualque funciona dentrodoPsiu (Programade Silêncio Urbano). Segundo o majorMoacirRosado, diretor do órgão, a equipe foi estruturada com carros,rádios, máquinas fotográficase setefuncionáriospara intensificara fiscalizaçãoemtodas as regiões da cidade.

"Estamos elaborandouma cartilha paraconscientizaras empresasea população,que saberá distinguirentre oregular e o irregular e denunciar à Prefeitura",disse. Acartilha, que aguarda aprovação da Prefeitura, sintetiza as leis que regemo setor. Segundo Rosado, não há previsão de tiragem e distribuição, tampouco da verba que será empenhada neste material. A Secretaria de Coordenação deverá abrir um

De olho na poluição visual da cidade

Prefeitura intensifica a fiscalização e a retirada de anúncios irregulares na capital paulista. A estimativa é que entre 35% e 40% das cerca de 9 mil peças publicitárias da cidade estejam fora dos padrões.

pregãoparacontrataraempresaque retiraráas peçasirregulares."Os anúnciosserãodetectados ea empresafará aretirada de lambe-lambe(cartazes colados),faixae outdoor. Quemcolocar anúncioirregular em áreapública receberá multa e intimação", disse. Critérios - Porenquanto,a primeira fase do convênio entre Prefeiturae sindicato consistiu na retirada de publicidade exterior (painéis,back light,front light, outdoor) irregularesdas avenidas Higienópolis, Pacaembu,Brasil, República do Líbano,Indianópolis, Paulista, Tiradentes,Rebouças, Novede Julho,MarginalPinheiros (no sentido Cebolão), Engenheiro Oscar Americano, Padre Lebret, Dr. Arnaldoe ruasSena Madureira e Pamplona. A reportagem do Diário do Comércio conferiu algunsdestes endereços, nasemana passada, e aindaencontrou peças irregulares,conformeas normas expostas na cartilha. Uma delaséaque proíbeanúncios com dimensõesmaiores queo espaço estabelecido,osinstalados em postes de energia elétrica e de sinalização de trânsito, peças em mau estado de conservação e coladas em partes externas de edificações. Noentanto,algunsdosanúncios observados possuemo númerodo Cadan(cadastro de anúncios daPrefeitura). Parao Sepex, não se pode avaliar um anúncio como irregularouregular a olho nu. É preciso fazer uma pesquisa mais específica nosórgãos responsáveis, pois há critérios quesóafiscalização conhece.

Mesmo com a fiscalização intensificada em vários pontos, as peças publicitárias ainda podem ser encontradas com facilidade. Cartilha irá ajudar a população a identificar o que está fora do padrão.

Um dos pontos polêmicos do combateà publicidadeirregular é o anúncio indicativo (placas, faixas, tótens) espalhados nos pontos comerciais. O mesmo pode-se dizer de edifícios e prédios residenciais quepermitem anúncios em suas fachadas. "Contratamos duas empresas para fazer a fiscalização e, mesmo assim, sobrará uma quantidadegrandede publicidade irregular. Noconvênio ficouestabelecido que a Subprefeitura de cada região será responsável tambémpela autuaçãodos anúncios indicativos e demais formas depropaganda irregular, comopinturasecolagem de anúncios em muros, paredes, postes e obras de arte. "Em áreaprivada nósvamos multar e intimar. Em relação aos indicativos, vamosverificar quantos clandestinos existem e sugeriralegalização",concluiu o major Rosado.

Rejane Tamoto
Até o dia 25 passado, na primeira fase do trabalho, 100 anúncios irregulares foram retirados das ruas e avenidas. A previsão era 114.
Anúncios nas fachadas de prédios ainda provocam discussões

Software Planejar & Casar ajuda noivos a organizar todos os detalhes da cerimônia, desde gastos com cada item e roteiro mais rápido para entrega de convites até minúcias, como a previsão de consumo de docinhos e as cartas de agradecimento pelos presentes

Ao contrário do dito popular, destavez o "santo de casa" fez milagre. Ao ver as dificuldadesqueseufilho,o gerentecomercial Rodrigo Del Claro,e a noiva, Georgia Sbrana,gerente de preços de uma companhia de telecomunicações, estavam encontrando paradar conta detodas as tarefas queenvolvema preparação deum casamento, o analista e auditor de sistemas Renato DelClaro decidiudar uma força.Foi parao computador, trabalhoucincomeses e criou um software capaz organizar tudo praticamente sozinho.

Assim nasceuo Planejar & Casar, um software que promete ser a mão na roda para as noivas estressadas, sempre às voltas comdezenas de providências, orçamentos apertadose tempo mais curto ainda.

BaseadoemMicrosoftWorde Excel, aplicativosque amaioria dos usuáriosde PCsconhece, o software é muito simples de utilizar.RodaemWindowsapartir do95 e vem naforma de CDROM, versão monousuário, acompanhadodeumdisquete3 ¼paraautenticação–oqueevita cópias piratas e garante segurança aos noivos sobre a confidencialidade das informações. Após a instalação, bastaaos noivos cadastrar os dados pessoais, dos convidados, a lista de fornecedores e as características docasamento –civil, religioso, com ousem recepção,e pronto. O Planejar & Casar organiza automaticamente todas as informações, gerando listas, relatórios, estatísticas e lembretes. Experiência – Para criaro programa, Renato Del Claro aproveitou oknow howda família no assunto. Ele próprio já

ESTE PROGRAMA ACABA EM CASAMENTO

Rodrigo del Claro e Georgia Sbrana (à esq.) são os noivos que inspiraram a criação do software Planejar & Casar, dividido em duas vertentes básicas: social (inclui tudo que está ligado aos convidados) e financeira

foi sócio de uma empresa de foto evídeo especializadaem casamentos, e sua esposa Cida Del Claro é relações públicas, dá cursosepalestras edirige uma empresadecerimonial (www.delclaro.com.br).

O conteúdo foi se desenhando àmedida em queos noivos Rodrigo e Georgiaapresentavam suas dúvidas e dificuldades. E não eram poucas: gerenciar a lista de convidados, escolher as empresas comque iriam trabalhar paraos serviçosdebuffet,decoração, lembrancinhas, igreja, vestido da noiva,cabeloemaquiagempa-

O direito de nascer

Famosa e longa para os padrões de hoje, essa telenovela da década de 60 poderia emprestar seu nome para a novela que virou a escolha do padrão da TV digital brasileira

Anovela sobre aescolha do padrãode TVdigitalque o Brasil deveráadotar parece nãoter fim. Pelo decreto

4.901/03, a data limite do anúncio é até dia 10 de fevereiro, mas já se fala em adiamento de pelo menos cinco meses. Como dá para notar, o decreto é de 2003, o que significa que há mais de três anosvemocorrendoodebatede qual dostrês padrõesmundiais o paísdeveria usar–o americano (ATSC), o europeu (DVB) ou o japonês (ISDB). O padrão norte-americano, que foi o primeiro a surgir no

mundo, emum primeiro momento foidescartado, jáque na faseatualde desenvolvimento não permite o uso em aparelhos emmovimento,comocelulares, o que é uma exigência do governo brasileiro. Há uma grande chance de o Brasil optar por um padrão próprio,o SBTVD–Sistema Brasileiro de TV Digital, que foi desenvolvido com base em padrões europeu e japonês, usando amesma tecnologiade modulação de sinal, chamada OFDM (Muliplexação por Divisão de Freqüência Ortogonal). Apressãoanda forteemBrasília, principalmente por parte dosnorte-americanos, queestão jogando pesado e oferecendovantagens comerciais efinanceiras.Entreosargumentos, os americanosdizem que, se o Brasil adotaro ATSC, os vizinhos do Mercosul irão atrás, aumentando o mercado. A previsão é de que, somente nos EUA, sejamvendidos34 milhõesde TVs digitais em 2007 e 152 milhõesem 2009. ComoosEUA nãotêm como produzir tantos aparelhos, o Brasilpoderiase

tornar um grande produtor e exportador de TVs digitais.

Segundo Nahuel Villegas, diretor regional para oCaribee América Latina da divisão Broadcast Communications da Harris Corp.,grande fabricante norte-americana de sistemade comunicação,adeficiência do ATSC na mobilidade será resolvida atéjunho e a tecnologia é bastante robusta. AHarris foi uma das empresas que estiveramfazendo corosemanapassada emfavor dopadrão norteamericano. Mesmoassim, afabricante não prometeu investimentos ou fabricação local de equipamentos. "Estamos no Brasil há quatro anos e chegamos afabricar localmentesistemas para transmissão pormicroondas. Estamos sempre avaliando novos investimentos."

Mesmoqueo ATSCnãosaia vitorioso, Villegas afirma que a Harris temcondições defornecer sistemas,pois équase certo que o sistema brasileiro irá adotar atecnologiademodulação de sinalOFDM. "Osnossos sistemas são compatíveis com o

raodiadocasamento, administrar o dinheiro que incluiu a compra de um apartamento… O que faz – Del Claro dividiu o Planejar & Casar em duas vertentes básicas:social efinanceira.Apartesocialincluitudoque está ligado aos convidados. Entre outras funções,ele preparaa lista para emissão dos convites com o tratamento individualque deverá constarnos envelopes –ao entrar com os dados doconvidado, oprograma já perguntase éfamiliar, amigo (do noivoou da noiva),convidado individual ou a família inteira etc. Basta imprimir e entre-

O programa Planejar & Casar organiza automaticamente todas as informações inseridas pelos noivos, gerando listas, relatórios, estatísticas e até lembretes

gar essa relação ao calígrafo. O software tambémemite a relação para controle de entrada na recepção e faz roteiro para entrega dos convites através do CEPdo convidado,economizandoum tempoprecioso aos noivos.Também faza previsão de consumo de bebidas, docinhos, bolo, salgados e pratosprincipais, reserva de mesas na recepção e bancos na cerimônia religiosa.

Épossível aindadetectaro tipo de convidado porfaixa etária."Se houver muitas crianças, anoivapode programar comidaespecial para

OFDM, bastando efetuarpequenos ajustes",afirmou. Além disso,aempresalançourecentementeuma plataforma de softwares integrados para distribuição deconteúdos, chamada H-Class. O sistema gerencia conteúdosdesdeo momento em que ele é criado até a sua distribuição aos vários dispositivos, permitindoqueempresas de mídia e entretenimento obtenhammaior eficiência,transferências seguras e rentabilidade. Enquantoas atençõessevoltampara adiscussãoda TVdigital, aHarris estáparticipando de seis pilotos de rádios digitais

nas emissorasRádioBandeirantes(AMe FM),RádioGlobo (AMeFM),ItapemaFMeRádio Gaúcha AM(ambas do grupo RBS).Nesteterreno nãohátantasdiscussõessobre padrãoeo governo ainda nãose manifestousobreregulamentações."No AM, a qualidade do áudio é similar ao FM de hoje. Já o FM digital possibilitará a transmissão de dados (letras de músicas, por exemplo) e de até três programas diferentes em uma mesma freqüência, além daqualidade do áudio similar ao do CD."

Projetobrasileiro– O sistemaatualde televisãoutilizasi-

elaseumespaço infantil na recepção,evitando aquela correriaentre as mesas ecrises dechoro esono", observa Renato Del Claro. O Planejar &Casar também emite cartas personalizadas de agradecimento pelos presentes recebidosepermiteenvio de e-mails e visita a sites linkados direto do sistema. Naparte financeira, o software realiza comparação depreços entrefornecedores, controla o fluxo de caixa, saldo dos contratos, cheques pré-datados e, se os noivos quiserem, o controle total da conta bancária conjunta. 15minutos– Neste final de semana, Rodrigo e Georgia fecharam alista de290 convidadospara ocasório, marcado para 25 de março, e emitiram a relação para o calígrafo. Gastaram apenas 15 minutos, usando o programa instalado no laptop da executiva. Ontem cedo, Georgiajá recebeu um lembrete: hoje é dia de pagaro fornecedorde docinhos. Ela já indicou o Planejar & Casar para duas colegas de trabalho."Só lamentoque meu sogro não tenha inventado esse programa mais cedo", diz a noiva. OPlanejar& Casartemainda Agendade Compromissos e umDiário da Noiva,que podeserencadernado evirar uma bela recordação. O RedeNoiva fornece suporte técnico e telefônico 24 horas. Software Planejar & Casar

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A Harris tem condições de fornecer sistemas para o Brasil

nais analógicos. Quando as emissoras começarem a transmitir sinais digitais, quem possui umaTV analógicadeverá comprarum decodificador,ou uma televisão digital. No sistema analógico,a definição da imagem é de 525 linhas, no formato 4:3. No digital, a resolução chegaa1.080 linhasnoformato 16:9 (widescreen), além de permitir interatividade e múltiplos fluxos de áudio e vídeo. Há alguns anos, mais de 90 pesquisadores brasileiros trabalhamnoSBTVD.Desde novembro, entrou no ar um piloto, transmitindo doAlto doSumaréatéa CidadeUniversitária.O transmissor,a caixadeconversão (decodificador), software e até televisores são brasileiros. A equipe de pesquisadores optou pelo padrão OFDM de modulaçãodosinal, omesmo utilizado nospadrões japonêse europeu,garantindo compatibilidade com o resto do mundo. O transmissor foi desenvolvido pela STB, empresade tecnologiadeMinas Gerais,comapoio da Universidade Mackenzie.

Captura de tela
Por Carlos O ssamu

CAMPINAS DISTRIBUI CARTILHA TRIBUTÁRIA

AAssociação Comercial e Industrial deCampinas (Acic) e o Sindicato dos Lojistas doComércio de Campinas e Região (Sindilojas)vão distribuir33mil cartilhas explicativas sobre o recolhimentode impostos no Brasil, durante a coleta de assinaturas para acampanha De Olho no Imposto. Oobjetivoé atingirameta estipulada para a cidade, de 33 mil assinaturas, de um total de 1,5 milhão que deve ser coletado para entregar ao Congresso Nacional uma emenda popularqueregulamenteoparágrafo5ºdoartigo150daConstituição de 1988. O dispositivo garante que o total de impostos seja discriminado nas notas fiscais. A cartilha"BrasilPaís dos Impostos" é uma reedição deumtextoquefoipublicadoe

DE LICITAÇÃO

distribuído pelasduas entidades em 1999, em Campinas, no total de10 mil exemplares. Tantoo presidentedaAssociação Comercial de Campinas, Guilherme de Campos Júnior, como o presidente do Sindilojas, Carlos Gobbo, informaram,ontem, duranteo lançamento da campanha De Olho no Imposto, em Campinas, que a reedição da cartilha mostra quea campanha hoje não temcaráter político-partidário. "Já tínhamos a mesma preocupação de hoje com o movimento em 1999. É um trabalho que as entidades representativasdos empreendedorese trabalhadoresestãodesenvolvendo paramostrar o quanto todosnós pagamosde impostos e que, sabendo o quanto pagamos, podemos cobrar açõesdos governos",disseCamposJúnior."Émuitoim-

●● ●● ● TRABALHISTA (dissídios individuais e coletivos)

●● ● REPRESENTAÇÃO COMERCIAL

Rua Mário Amaral, 335 - Paraíso S. Paulo/Capital - Tel/Fax: (11) 3885-0423 www.advrns.com.bradvrns@aasp.org.br

portanteque as pessoas fiquemsabendooquanto pagampara ogovernoe queisso não retorna para a sociedade como benefícios sociais", disse o presidente do Sindilojas. Feirão – O tamanho da mordida do Leão poderá ser medido pelos contribuintes no Feirão do Imposto, que será realizadonos dias9e10 defevereiro, das 9h às 19h, e no dia 11 de fevereiro, das 9h às 14h, na Praça José Bonifácio, em frenteà CatedralMetropolitana de Campinas.No Feirão,que marca a abertura da coleta de assinaturas em Campinas e nasdemais40 cidades daregião que possuem associações comerciais, serão expostos produtoscom oanúncio do preço de produção e a quantidade de impostos recolhidos.

"Em tudo tem o recolhimento de impostos, mas uma pesquisarealizadapelo movimento De Olho no Imposto constatouque74%daspessoas não fazemidéiadeque estão pagando tributosao comprar alguma coisa",disseo diretor do Sindilojas, Fernando Piffer.

O movimento De Olho no Imposto nasceu de um esforço conjunto da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo(Facesp),Associação Comercial de São Paulo, Ordem dos Advogadosdo Brasil (OAB), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e Sindicato dasEmpresas deServiços Contáveis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisasno Estado de São Paulo (Sescon). Campinas, de acordo com o coordenador do movimento para a região, Paulo Martelli,já tem a adesão de pelo menos 70 representantesdeentidadesquecompareceram nasreuniões deprogramação da campanha local. Para recolher as necessárias 1,5 milhão de assinaturas, o movimento dividiu as regiões nas principais cidades e estabeleceu metas. Nos 41 municípios delimitadoscomo região de Campinasdevem serrecolhidas, em impresso próprio, 128.221 mil assinaturas in-

cluindo 32.568 só de Campinas. Acoleta dasassinaturas, segundo Martelli, serárealizada nostrês dias deFeirão e, até o dia 1º de maio, que é o prazo finaldacampanha. Nesseperíodo,as entidades ligadas ao movimento na regiãovãoarrebanhar as adesões da população local. Também devementrar nosistema de coleta grandes redes de supermercados, por exemplo. No dia da inauguração do FeirãodoImposto chegaa Campinas a Caravana Tributária,movimento queháduas semanas iniciou um roteiro quevai passar por17 cidades do interiorde São Pauloe oito

De Olho no Imposto

Esteprojeto podefazer um Brasil melhor pelo seu objetivo nobre, o de trabalhar pela consciência de serbrasileiro. Aafirmaçãoé de Ozires Silva, ex-presidente da Embraer e integrante do Conselho Superior daAssociação Comercialde SãoPaulo (ACSP),sobre acampanha De Olho noImposto, pela transparênciados impostos pagos pelo consumidor. Ozires Silva assegurou que é possível conseguir "rapidamente" 1,5 milhão de assinaturas necessáriaspararegulamentar, por meio de projeto de lei popular, o parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal, que prevê que todo cida-

capitais brasileiras. Comandada pelo presidente da AssociaçãoComercialdeSão Pauloe da Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo, Guilherme Afif Domingos, acaravana estabeleceo marco inicial da campanha por onde passa. Até a última sextafeira, de acordo com a direção do movimento,foram recolhidas 30 mil assinaturas nas seis cidades por onde já passou. Antes de chegar a Campinas, aCaravanaaindavaipassarpor Marília no dia 1º de fevereiro, Itapetininga no dia 2, Sorocaba, no dia3,e Itapira no dia8 do mês que vem.A expectativa é de que sejam recolhidas as assi-

naturas necessárias, com cada regiãocumprindosua meta. "Nasprimeiras cidades pelas quaisa Caravanapassou, durante aapresentação doFeirão, foram recolhidas, em média, 40% do total de assinaturasda metaestabelecida",disseovicepresidente do Sescon, Sérgio Approbato Machado Júnior. Segundo ele, isso mostra a força que a campanha De Olho no Impostotemdentrodasociedadebrasileiraequeomovimento vaidar certo."Nãoé umacampanha apenas dos patrões. Estão envolvidos tanto o capital quanto o trabalho", disse o vicepresidente do Sindicato. Mário Tonocchi

"por um Brasil melhor"

dão deve saber quanto paga de imposto em todos os produtos e serviços que compra. "Trata-sede ummovimento deopinião públicamuitoimportante,um verdadeiro pro-

jeto de cidadania", enfatizou Ozires Silva, após o presidente da ACSP, GuilhermeAfif Domingos,apresentar umbalançoda caravanadoDe Olhono Imposto, que está percorrendo o interior paulista há duas semanas, colhendo assinaturas e divulgandoa Calculadora do Imposto,oImpostômetro eo FeirãodoImposto. Só nesse período já foram coletadas maisde35mil assinaturas (www.deolhonoimposto.org.br). Prova de coerência – Durante a reunião plenária da ACSP, Afifdeixouclaroque essabandeiranão começou agora, não é contra a arrecadação de impostos, nemcontra qualquer governo."É umtra-

O tributo da família real

Embora a monarquia tenha acabado no Brasil há 117 anos, ainda há um município brasileiro que paga tributos para os descendentes do último imperador, por meio de um imposto chamado laudêmio. A informação chegou às páginas do Los Angeles Times, em artigo publicado no jornal ontem. De acordo com o artigo, há mais de um século, durante o verão, quando o calor era

insuportável, o último imperador do Brasil, D. Pedro II, e sua corte "fugiam" para a montanha e ficavam em casas da Coroa. Em Petrópolis, essa corte comia e dançava em meio a muita abundância no Palácio Real, comandada por um monarca que usava uma coroa cravejada de 639 diamantes e 77 pérolas. Aqueles dias de pompa e orgia terminaram em 1889, quando D. Pedro II foi deposto em um

golpe republicano. Mas, mais de um século depois, os moradores do local ainda estão recolhendo impostos para a família real. Todas as transações de propriedades em certas partes de Petrópolis continuam a ser taxadas a 2,5% e vão diretamente para os descendentes de D. Pedro II. O Brasil agora é uma democracia, mas a maioria dos cidadãos ridiculariza a idéia de que resta a

balho emdefesa daconscientização do consumidor que tem mais de 20 anos de história e que demonstraa nossa coerência", enfatizou. A provaveio numvídeo de 1985quemostraopróprioAfif, em sua primeira gestão na presidênciada ACSP, pedindo transparência tributária durantea apresentaçãodoprograma "Perdidosna Noite", apresentado pelo Faustão. O DeOlho no Imposto,relatou Guilherme Afif, é hoje a popularização das nossasteses. "Nós temos que despertar o cidadão parachegarmosao CongressoNacional, que só funcionaouvindoo barulho das ruas", disse. (SLR)

monarquia. Os herdeiros dizem que o valor é baixo. "Todos pensam que a família real é muito rica", disse Dom João Henrique de Orleans e Bragança, um tataraneto do último imperador. Cada um dos 40 ou mais descendentes de D.Pedro II recebe R$ 3 mil por mês do fundo, que Dom João descreveu como uma pequena mesada, mas que é dez vezes o salário-mínimo de um trabalhador. Adriana David

Fotos: Marcos Peron/Virtual Photo
Empresários anunciam, na sede da Acic, em Campinas, a distribuição de cartilha explicativa
Paulo Martelli: 70 entidades aderiram ao movimento em Campinas
Sérgio Machado: tudo para dar certo
Ozires: um projeto de cidadania
Milton Mansilha/LUZ

MAIS SEQÜESTROS, MENOS HOMICÍDIOS

Onúmero de homicídios no Estado caiu 18,5%de 2004 para 2005, enquanto o de seqüestros subiu quase na mesmaproporção: 18,75%, concentrada no interior.Divulgadosontempela Secretaria da Segurança, os dados mostramquehouve 133 seqüestros noano passado,ante 112 em 2004. O governador Geraldo Alckmin, pré-candidato à presidência pelo PSDB, comemorou o recuo nos casos de homicídio doloso (intencional), de 8.934 para 7.276.

Segundo ele, nãohá indícios de que grandes organizações criminosas estejam por trás dos seqüestros. "Sãoexigidos valores pequenos". Alckmin e o secretáriode Segurança,Saulo Castro de Abreu Filho, afirmaram que muitosdesses crimes são praticados por iniciantes. São Paulo tem cerca de 90 casos deseqüestros relâmpagos por mês – o mesmo que 3 por dia ou 1 acada oitohoras.O número sófoireveladopelo secretário após sercobrado porjornalistas por sua ausência nas estatísticas divulgadas. Os dados não são comparáveise raramente se tornam públicos.

Seqüestros – Osdadosda secretaria indicam que houve 39 seqüestrosnointerior em 2005, ante21 noanoanterior. Na GrandeSãoPaulo,foram 26 casos em 2005, 10 a mais que em 2004. Na capital houve queda no ano passado para 68 ocorrências, ante as 75 de 2004. Nacidadeocorreuaumentono último trimestre de 2005 em comparação como mesmoperíodo de 2004: de 18 para 22. Em relação aosoutros tipos de crime incluídos no balanço do Estado, houve em 2005 que-

dade20,35%nos casosdelatrocínio;de 2,08%nosestupros; de 2,17% nos roubos; e de 1,5%nos furtos.O númerode pessoas mortasem confronto coma políciatambém caiu,de 28 para 26 casos. Os delitos nos quais ocorreram aumento são: furto de veículos (1,38%) roubodecarga (109%);tráficode drogas(13,36%);lesão corporaldolosa(5,80%);lesãocorporal emacidente detrânsito (6,07%); homicídioem acidentede trânsito(1,86%); eoutros tipos de homicídiosem intenção (13,15%). Usando dados da Fundação Seade,o governadorfez uma relaçãoentre quedadoshomicídios e o aumento da expectativadevidanoEstado."Asmulheres passaramde 76 para maisde 77 anos. E os homens saíram de 67 para quase 70 anos", disse.

Antecedentes criminais agora online

Aobtenção do atestado de antecedentes criminais está mais fácil. Agora, o documento pode ser tirado na internet nos portais do Poupatempo (www.poupatempo.sp.gov.br) e da Polícia Civil (www.policia-civ.sp.gov.br).

Menor – Ogovernador Alckmin afirmou que o índice de homicídiosé omenor dasérie histórica do Estado.Em 1996, quando as estatísticas começaram a ser feitas, foram registrados10.447casos.Onúmeroau-

mentouanoa ano até 1999, quando foi estabelecidoo recorde de12.818 mortes. Só a partir de 2000 começou a haver queda. Na capital paulista, o total de homicídios caiu de 3.404 em 2004 para 2.576. (AE) Alckmin divulgou os resultados de 2005 na área de segurança pública

De acordo com o governo do Estado, o novo sistema foi implantado graças à informatização do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). Com isso, as informações dos prontuários civis e

criminais foram transferidas para um banco de dados digital, o que possibilitou que os postos do Poupatempo e do Centro de Integração da Cidadania (CIC) emitissem atestados de antecedentes online e a disponibilização do serviço pela Internet. Antes da informatização, o documento levava de 8 a 12 dias para ficar pronto e era necessário solicitar e retirar o atestado em um posto do Poupatempo, CIC ou distrito policial. A modernização do sistema vai proporcionar uma economia de R$ 21 milhões por ano na emissão de atestados de antecedentes criminais. O serviço é gratuito.

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Agliberto Lima/AE

Hip Telecom populariza serviços de VoIP

A empresa de telefonia está lançando cartões pré-pagos para efetuar ligações interurbanas até 50% mais baratas e quer conquistar 40% do mercado de voz pela internet

stáficandocada vez mais fácil ebarato fazer ligações interurbanas para dentro e fora do Brasil com o uso de Voz sobre IP (VoIP). Enquantoas grandes operadoras de telefonia fixa relutam emoferecer oserviço aos seus assinantes, as pequenas e médias provedoras deVoIP aproveitam a brecha e oferecem inúmeras vantagens aosassinantesde bandalarga quesomamcercade 3,5milhões de usuários domésticosno país.O mercadocorporativo também vai pelo mesmo caminho, com

ter. O Hip Boxé um conversor de vozem dadosque interliga os telefones analógicosao modem de banda largada casa ou no PABX da empresa.

O Cartão Brasil é o cartão de DDD que pode custar a metade do preço de seus concorrentes

cerca de 70 mil empresas já clientes desses serviços de VoIP, segundo aconsultoria IDC(International Data Corporation). A HipTelecomé uma das operadoras de VoIP, criada em julho de 2005, quetempressa em crescer eganhar40% do mercado nos próximos três anos. Para isso, está com uma campanha agressiva de marketing, comvendas deseus equipamentos Hip Box não só em lojas eletrônicasmas também nas 135lojas darede Blockbus-

Chega novo programa de rotas para as telinhas

O U.Find é gratuito e dá as coordenadas de como se chegar ao destino em São Paulo

Os paulistanos portadores da nova geração de celulares GSM –aqueles com tela colorida e que suportam jogos e aplicativos em Java–ganharam, na semana passada, um presente para comemorar o aniversário da cidade. Trata-se de um aplicativo de rotas da capital paulista e que roda exclusivamente em celulares. O U.Find foi desenvolvido pela agência de comunicação de projetos de internet Kwead.com e será gratuito para os clientes da TIM e da Claro –que operam GSM em São Paulo. Isso porque o software foi desenvolvido para linguagem Java, que a equipe da Kwead.com já domina, mas nada impede que ele seja, posteriormente, criado para CDMA (da Vivo), baseado na plataforma Brew e também para outras capitais. Segundo o diretor de planejamento da Kwead.com, Renato Sertório, o U.Find faz parte do projeto Beyond

"Estamosnos mirando no exemplo da operadora norteamericanaVonageque,emdois anos,setransformou nalíder emtelefonia IPdosEUA, graças a uma grande campanha de vendasde suascaixinhaspela web e no varejotradicional, além deoutros serviços e planos de telefonia”, explica o presidentedaHip,Paulo Humberg. Hoje aVonage tem mais de 1 milhão de clientes. Nasemana passada, a Hip Telecomlançouum produto que pretende ampliar ainda mais sua clientela que já atingiu 12mil usuários(entre domésticos e corporativos) em seis meses de atuação. Agora, a empresaqueratingirnão só aqueles que têm computador e bandalarga emcasaou noescritório, mas também quem precisa fazer DDDs ouDDIs maisbaratos, de qualquer telefone, inclusive deorelhões. SãooscartõesDDHip para ligações interurbanas até 50% maisbaratas,garante Humberg. “Queremos democratizar a telefonia via banda largano Brasil, dando acesso tambémàs pessoas de baixa renda ou que queiram economizar com DDDs e DDIs." Oscartões paraligaçõesdentro do país estão disponíveis em versões de 30 e 100 minutos por R$ 10 e R$ 30, respectivamente, enquantoasligações internacionaiscustamR$30para75minutos eR$ 10para20 minutos. Por enquanto, os cartões estão

O Hip Box é um adaptador que conecta o telefone à banda larga para efetuar ligações via internet

disponíveissóemSão Paulo. Mas a partir de março, eles funcionarão tambémno Riode Janeiro eMinas Gerais, eno resto do Brasil antes do final do semestre, promete Humberg. Os DDHip podemser utilizados emqualquer telefone:fixo, celular ou orelhão porque basta ousuário fazeruma ligaçãoparaacentralediscarosnúmeros dasuacontae a senha que aparecemao seremraspados.Em seguida,ésó digitaro código dacidade (e dopaís, se for parao exterior) eo número dodestinatário. São cartões usados há muitos anos no exterior ede grandeutilidade também para quem viaja muito. Para citar um exemplo, em uma ligação de São Paulo para Fortalezao assinante paga até R$ 0,85 o minuto em média, enquanto que com o cartão DDHip, o mesmo interurbano custaráR$ 0,39porminuto.A economia conseguida com o celularéde40%emrelaçãoàsoperadoras concorrentes. Eles são vendidos em dois mil pontos de

venda da Grande São Paulo. A Hip Telecom é uma companhia comlicença STFC (Sistema de Telefonia Fixa Comutada),concedida pela Agência Nacional de Telecomunicações para operar com telefonia.Se seus serviços ficassem limitados ao VoIP puro, com ligações somente via computadores, ela nem precisaria dessa licença poisa AnatelconsideraVoIP uma tecnologia que adiciona valor à internet. Mas a Hip também oferece acesso telefônico tradicional via banda larga por meiodocódigo28,comsistema decréditos,similaresaousados em planos pré-pagos de celulares e garantindo tarifas até 70% mais baratasque osconcorrentes. Ospacotes dedesconto da empresa(disponíveisno site www.hip.com.br) também trazem serviços gratuitos de caixa postal, identificador de chamadas, conferências.

Paraoferecermais qualidadeaoserviço, especialmente ao mercado de pequenas e médias empresas,umde seus

principais alvos, a empresa construiu uma rede de 11 mil quilômetros defibraópticae atingiua metapropostade conseguir 12 mil clientes no ano passado. "Para 2006, nossa meta é60 milclientes", aposta Humberg.

Seu principal produto é o HipBox, a tal caixinha adaptadora que permite a conexão de um telefonecomum ao modem da banda larga em casa ou no PABX da empresa, ao preço de R$ 449 (no Submarino). Outro serviçoé o Hip Net, pelo qual osclientes têmuma linha telefônica, viainternet,com um número para fazer ereceber chamadas de longa distância como se fossem ligações locais (desde que tenham acesso à internet de alta velocidade). Porenquanto, essaportabilidadedonúmeroqueelecompra na operadora, está disponível emSãoPauloeem39cidadesdo interior, masa partirde fevereirochegará aoRio deJaneiro ea Belo Horizonte,e emseguida, a Porto Alegre e Curitiba.

–concebido no ano passado pela agência, para "se pensar a internet além do PC, integrando seus serviços e tecnologia também na telefonia móvel". O aplicativo de rotas U.Find é o primeiro que sai do forno dentro do projeto Beyond, e levou oito meses para ser desenvolvido por uma equipe de 20 pessoas da agência. "Outras novidades estão por vir neste ano, todas as aplicações relacionadas à mobilidade." Por ser um software gratuito, Sertório espera bancar o serviço com a ajuda de patrocinadores que associem suas marcas ao U.Find ou que queiram gerar aplicativos customizados para os celulares, futuramente. Para acessar o programa, o usuário pode baixar o U.Find do site (www.ufind.com.br) diretamente para o computador e transferir para o celular via Bluetooth ou cabo USB/HotSync e, a partir daí, inserir seus dados (nome e operadora) para começar a explorar as rotas. Mas, o U.Find também pode ser obtido no aparelho, via WAP, só que o usuário pagará pela

O usuário digita a origem e o destino e o U.find detalha as rotas, indicando até onde virar

conexão com a internet enquanto estiver fazendo o download "Dependendo da conexão, isso demora poucos segundos", observa Sertório. O aplicativo é muito simples. Basta que o assinante digite, no campo disponível, o endereço de origem e o de destino e o U.Find informa, detalhadamente e em textos, qual o melhor caminho para se chegar ao local desejado. "O fato de não trazer mapas e sim textos facilita o download e reduz o tempo de tráfego, diminuindo o custo para o consumidor", diz Sertório. O menu geral traz outras opções e que estarão disponíveis a partir de março, como a possibilidade de salvar as rotas mais usadas; serviços úteis de localização de hospitais, delegacias, bancos etc.; e previsão do tempo para até dois dias. A Kwead.com existe há seis anos e se dedica a projetos online, incluindo criação, design, programação para empresas, além de lojas on-line, newsletters, banco de dados, animações, gerenciamento de arquivos e aplicativos de mobile marketing. (BO)

Fotos:divulgação
Divulgação

BALANÇO DE UMA NATUREZA EM FÚRIA

Os desastres naturais em2005 geraram 91,9 mil mortes em todoo mundo,afetou 157milhões de pessoas, comprejuízos de US$159 bilhões.Os dados,publicados ontempela Organização das NaçõesUnidas (ONU), apontam que o número de desastres aumentou em 18% entre 2004 e 2005. Onúmero de mortesno ano passado, porém, foi menor que em 2004, um ano particular diante do tsunaminaÁsia que matou 220 mil pessoas. No Brasil,nove desastres foram

registrados em 2005, com 115 mortes. O país mais afetado foi a China, com 31 desastres, seguido por Índia e EUA. Katrina -Nototal,360desastresnaturaisforamregistrados em2005, entre eles o furacão Katrina, nos EUA. Em2004, o númerodedesastresfoide305. Mas o número de vítimas mortais diminuiu.No ano passado, dos91 mil mortos,73,3 mil ocorreramapenas no Paquistão durante o terremoto de outubro. Em 2004, as vítimas chegaram a244,5mil,das quais 226 4 mil ocorreram por causa

do tsunami que atingiu a Indonésia, Tailândia, SriLanka e outros países do Oceano Índico. Em comparação a 2003, um ano sem a catástrofe do tsunami, onúmerodemortospor desastres foi de 86 mil O aumento dedesastres em 2005 também deixou um maior númerode pessoasafetadas.O incrementofoide7 milhões entre um ano e outro, chegandoa 157milhões de pessoas. "O número de mortes é menor comparado ao aumento dos desastres. Mas o desastre não termina quando se

conta o número de mortos. Os sobreviventes, muitos deles tetraplégicos ou gravemente feridos, precisam ser tratados, as casas reconstruídas e as economias normalizadas. Esse é o grande desafio para os governos", afirmou o cientista Debaratu GuhaSapir, daUniversidade de Louvain. Outro destaque de 2005 foi o volume quase recorde dos prejuízoseconômicos. Segundoa ONU, terremotos, enchentes, vulcões edeslizamento deterras geraram perdas no valor de US$ 159bilhões, contra US$

92,9 bilhões em 2004. O tsunami,apesarde tergeradoum número maior de mortos, não teve a mesma repercussão econômica que o furacão Katrina, que atingiu cidades inteiras da rica economia norte-americana. O furacão nos Estados Unidosgerou prejuízosquase 20 vezesmaioresque otsunami. Oresultadofoiumaumentode 70% nos prejuízos registrados no mundoentre2004e em 2005, sendoque US$135 bilhões ocorreram apenas no sul dos Estados Unidos. Recordes - O recorde de pre-

juízos desde 1975 ainda foi registrado em 1995 diante do terremoto de Kobe, no Japão. Naquele ano,as perdaseconômicas nomundo superaram a marca dos US$ 200 bilhões. Para que um desastre seja considerado comotal pela ONU algumas condições precisam ser preenchidas. O evento deve matar pelo menos dez pessoas ou afetar cem habitantes de um local. No Brasil, o pior desastre registrado pela ONUdesde 1948foia secaem 1983, com 20 milhões de pessoas afetadas. (AE/AP)

'NADA NUNCA FOI ASSIM'

Onúmero recordede furacões que atingiu o Atlântico Norte em 2005 não mudou só a vida de milhões depessoas. Mudou a natureza. Onde quer queos cientistas olhem, vêem padrões destruídos em recifes de coral, bandos de aves migratórias, praias e populações decamarõese caranguejosque foram envolvidos e alteradospela fúria dos furacões Katrina, Rita e Dennis. "Nada nunca foi assim",disse Abby Sallenger, oceanógrafo daUS Geological Survey, durante vôosobre a Costa do Golfo para estudaras linhascosteiras.Para ele, as mudançasassustam: algumasilhas quase desapareceram; em outras, praias espalham-se como farinha jogada de um saco. Furacões vêmatingindo a costado Golfohá milênios, esculpindo baías, criando praias e alterando a vidade plantas e animais - mas até agora, a natureza tinha sido capazdesereerguer. Árvores, animais eo contorno da

costaqueosturistas de anos recentes conh ecer am eram basicamente domesmotipo queos encon trados pelos piratas do século 17. Mas, depois de 2005, cientistas dizem que ofuturo poderáser diferente. A natureza pode não reagir com tanto vigor,nem tão depressa.A razão: seres humanos. "Sistemas naturais são resistentesecontra-atacam", disse Susan Cutter, geógrafa da Universidade da Carolina do Sul. "O problema é quandotentamos controlar anatureza,em vezdedeixála fazer o que faz". Os mares estão subindo,o planetase aquecee aespeculaçãoimobiliáriacrescecomobola de neve. Esses fatores combinados abrem o caminho para uma degradação ambiental acentuada. Entre 2004 e 2005, "basicamente demolimos nossa linha costeira entre Galveston (Texas) e Panama, na Flórida",disseBarry Keim,climatologista da Louisiana. (AE/AP)

Desastres naturais em 2005 cresceram 18% em relação a 2004, quando o mais forte terremoto da história varreu as praias do Sri Lanka, Índia, Indonésia e ilhas tailandesas (foto). Mais de 220 mil pessoas morreram.
Katrina devastou New Orleans: mudanças
Reuters

Pesquisas eficientes na web e no desktop

Procurar alguma coisa na internet pode ser fácil, se você souber como fazê-lo

mdos problemas enfrentado pelos usuários de internet,principalmente os novatos, é quanto à busca de assuntosnarede. Normalmenteaspessoas ficam perdidas, não sabem por onde começar e perdem bastante tempo à caça do que realmente interessa. Não é raro a pesquisa ser abandonadanomeio,tal aquantidadederespostas que aparecemna telae quenão interessamou não têm nada a ver com o assunto pesquisado. Perdido e sem saber por onde começar o usuárioacessa qualquer link,quepoderemetera consultapara umsiteque nãotemnada aver coma pesquisa,apesardocabeçalho elinkindicarem o contrário. Invariavelmente são mostradas páginas deconteúdo impróprio ou, o que épior, páginas queinstalam programas com códigos maliciososdotipo spyware, adware e outras armadilhas que são instaladas no computador sem que seja percebido. Porém existem alguns truques que a maioria desconhece e que minimizam de maneira considerávelonúmerode sitesaseremconsultados. Vamostomar por base oprincipal mecanismode busca existente, ou seja, oGoogle –www.google.com.br. A primeira providência a ser tomada é planejar a pesquisa antes de começá-la. Penseantes de digitar oque procura, tentandorestringirao máximoo campo de ação.Oqueamaioria dosusuáriosfazésimplesmente digitar a palavra que deseja e iniciar a busca. Isso vai fazercomqueo programa apresentecomo respostatodoe qualquerlink que contenha o que foi digitado. Como não existeinteratividade como Googleouqualquer outro programa de busca, ele traz o que encontrare normalmentesãomilhares oumilhões de páginas, que normalmente não têm nada a ver com o que você quer. Para ficar maisclaro,imagine oseguintena vidareal: vocêque comprar umsomparaseu carro e sabe que ele tem que ter bandas AM, FM, tocar CDs graváveis além de MP3 e tem que ser de uma determinada marca. O que você faz? Vai procuraruma lojaquetenhaum produtocom essas características. Provavelmente não vai sairpor aíde lojaemloja perguntandose temo tal aparelhode som. Vai procurarrestringir ao máximo sua pesquisa para perder menos tempo. Primeiro vai entrar somente em lojas que vendam aparelhos automotivos. Em seguida vai perguntar ao vendedor se ele tem exatamenteoaparelhocomascaracterísticasque você quer. Seperguntarsimplesmenteseele vende aparelhode som,arespostaserá sim.Sepedir para mostrara você o quetem, provavelmente irá ver uma infinidade de produtos que não interessam. E poderá sair da loja sem o que deseja, pois não especificou as características. Umapesquisa nainternet éa mesmacoisa. Procurerestringirao máximoseucampo de ação.Vamostomarcomoexemplo amesma necessidade: você quer comprar um aparelho de som para o carro, mas quer pesquisar antes na internet. Se digitar apenas som, aparecerão quase dois milhões de consultas. Obviamente você não irá fazer isso. Irá procurar "aparelho de som". Se você escrever sem aspas, irão aparecer perto de 140 mil links. Ainda é muita coisa. Se colocarentre aspas, fica umpouco me-

Adobe lança novo programa para projetos em 3D

Clhor, mas aindaé muito: pra-

ticamente 26 mil consultas. Tente agora "aparelho de som automotivo" ea buscaserá restringida a34 respostas. Aceitável,porém aquantidade ainda podeser considerada grande. Masquantos desses 34 linksremetem a aparelhos de somque tocam MP3? Olhar um a um pode demorar umbomtempo. Então faça uma nova busca: "aparelho de som automotivo" + MP3. O sinaldeadição indicaaoprograma que você queraquela opção específica dentro de sua buscaprincipal.Serão apresentadosoito sitesque vendem o tipo de produto que você procura. Agora vamosverumapesquisa sobre viagem. Você quer ir paraSalvadornaBahiae quer informações sobre hotéis naquela cidade. Se digitar Salvador, serão encontradas nada menos do que 1,46 milhões de páginas. Você poderá ser remetido para um provedor de internet chamado Salvador, UniversidadeSalvador e umainfinidade de outros links que têm Salvadorcomo referência.Mais umavez,utilize as aspas:coloque "cidade de Salvador" e aparecerão 19.500 links. Aindanão serve. Feche mais o cerco: "hotéis em Salvador,Bahia". Serão mostradas 12 respostas,com links para guias dehotel na cidade, além de atrações turísticas. Essaé amaneira maissimples e direta de restringir pesquisa na internet. Existem outrasmais sofisticadas,mas para odia-a-dia essetipoé bem eficiente.Lembre-se apenas de marcar,caso a pesquisa seja em português, a opção"Páginas doBrasil"antes declicar emPesquisar.Outra informação importante: não será raro,mesmoemconsultas desse tipo, aparecerem páginas com conteúdo impróprio. Leia com atenção o cabeçalho de cada link antes de ir para ele. Busca no desktop Quantasvezes vocêjásedeparou comoproblema deterqueencontrar algumarquivoque tem certeza estar na máquina, mas não se lembra onde guardou? Aí começa uma busca incessante que pode levar horas até encontrar o tal arquivo. A busca do Windows não é tão eficiente, pois não procura palavras dentro de um texto ou e-mail e você tem que lembrar o nome do arquivo. Já com o Google desktop, as coisas ficam muito mais fá-

ceis. Ele funciona exatamente como a procura na internet, só que olha localmente. Bastavocê lembrar uma frase oupalavra que contém o texto ou e-mail, digitar na barra de busca e o resultado é mostrado instantaneamente no seu computador. O Google desktopé defácil instalação,grátis epode serencontrado em... Bem, deixo isso para você descobrir.Váatéo Google, em www.google. com.bre faça a busca.O local para baixar o programa será encontrado facilmente. gojunior@videopress.com.br

onhecida mundialmente como criadora do Photoshop, programa de tratamento de imagens que virou sinônimo de suas atribuições, a Adobe Systems Incorporated começa 2006 cheia de novidades. Entre fevereiro e março chegam ao Brasil três ferramentas que prometem facilitar ainda mais a vida das empresas e dos designers gráficos.

A família Acrobat ganha um novo membro. O Adobe Acrobat 3D é um software de estações de trabalho que, em ação conjunta com o

Adobe Reader gratuito, promete ampliar de forma significativa a capacidade de visualização e publicação de designs 3D. Com o Acrobat 3D, engenheiros de design e profissionais de criação nas indústrias, bem como o mercado de arquitetura, engenharia e construção, podem facilmente converter modelos 3D de uma grande variedade dos maiores formatos de design e embutilos em arquivos PDF da Adobe –independentemente de possuírem o software CAD.

O programa permite que os usuários melhorem a interatividade dos objetos 3D em documentos PDF para edição de iluminação, adição de texturas e materiais e criação de animações, como instruções de montagem e desmontagem.

Com isso, é possivel habilitar fornecedores, parceiros e clientes para participar de processos de revisão de documentos, apenas usando o Adobe Reader.

Os novos lançamentos da Adobe começam a chegar ao Brasil em

O Acrobat 3D chega ao Brasil na primeira quinzena de março, com preço sugerido de US$ 1.650. Animação e vídeo –Ferramenta padrão do setor para a produção de gráficos animados e efeitos visuais para filme, vídeo, DVD e internet, o Adobe After Effects 7.0 tem novas características que permitem aos profissionais aperfeiçoar a produção de conteúdo convincente para qualquer mídia. A interface de usuário foi redesenhada e unificada, com painéis acopláveis, tornando possível eliminar janelas e paletas sobrepostas, rearrumar painéis, salvar locais de trabalho comuns e controlar o brilho, além de criar animações com centenas de pré-ajustes totalmente personalizáveis para a animação de texto, efeitos, transições e fundos. O software chega aos revendedores autorizados na segunda quinzena de fevereiro, por US$ 1.948 a edição Profissional e US$ 1.296 a edição Padrão. Já o Adobe Premiere Pro 2.0 é a última versão do popular aplicativo de software de edição de vídeo, com controles criativos mais intensos, e permite aos editores trabalhar com os mais modernos formatos digitais, inclusive HDV, HD e Flash Vídeo. Comercializado como produto independente ou componente no Adobe Production Studio, a versão completa sairá por US$ 1.659, com atualizações a partir de US$ 389. Rachel Melamet Mais informações: www.adobe.com

fevereiro
Fotos: Divulgação

Prefeitura investe em bairros ameaçados de desapropriação

AA decisão da Prefeitura não deve atrapalhar a duplicação da pista Francisco de Lagos Chagas

Prefeitura anunciou, ontem, investimentos de R$ 104,3 milhões nainfra-estruturade13dos 16bairrosmarcados para serem desapropriados para a construção da segunda pista doprojeto deampliação do Aeroporto Internacionalde Viracopos.Na área, hoje,existem cercade 6,2miledificaçõesqueabrigam 40 mil pessoas. Todo o entornodeViracopos foi considerado deutilidade pública para fins de desapropriação nofinal dos anos 70 para a ampliação. De acordo com o secretário de Cultura e assessor deimprensa da Prefeitura, Francisco Viana de Lagos Chagas, a decisão da Prefeitura não deve atrapalhar a duplicação da pista. Segundoele, aInfraero está realizando estudos técnicos para aumentar a capacidade de pousos edecolagenssem ter que retiraras famílias do entorno. “Há mais de trinta anos quandoa ampliação foi anunciada os bairros não recebembenfeitoria pública. A prefeitura tomou a decisão de investirnessa região emcomum acordocom aInfraero”, disse.

Segundo pesquisas da prefeitura, com o abandono daregiãonaesperadadesapropriação,oentornodeVi-

racopos apresenta os piores indicadores sociais da cidade. 75%da populaçãolocal temrendaper capitaigual ouinferior aum saláriomínimo,39%darededeáguaé clandestina, assim como 60,8%da rede de energia elétrica e apenas 2,5% das residências têm esgoto.

Depoisde anosde discussão, intensificada na gestãodo PT, ficoudefinidoqueaInfraeroseriaaresponsável pelas indenizaçõesdasfamílias.Comisso, só restava definir para onde transferir as pessoas.

A Infraero, informou o superintendente local José Clóvis Moreira,por meio da assessoria de imprensa,tem que em 2006 refazerseu planodiretor, já queé obrigada aisso a cada cincoanos. Só depois disso e da conclusão do senso que faz no entorno do aeroporto deve definir quemserá transferido para a construção da nova pista. O senso terminaaté odia24 próximoe será divulgado no dia 28. Segundo Moreira, "o decreto dedesapropriação continua vigente ea Infraero definirá a próxima etapado trabalhoapenas depois daconclusãodo diagnóstico sócio-econômico da área”. Existe uma saída para a Infraero realizar a duplicação sem desalojar os moradores, fazendo a nova pista em terrenos dolado opostodas residências onde existem hoje fazendas. Segundo Moreira,entretanto, não há como realizar a duplicação da pista sem desa-

EMPREENDIMENTOS

Indaiatuba registra recorde de abertura de novas empresas

S emanalmente entre cinco e seis empresas procuram a prefeitura de Indaiatuba buscando informações sobre a cidade. E muitas delas acabam fincandoraízesporlá.Noano passado, maisde 900novas empresas, entre indústrias, prestadoras de serviços e comércio em geral, abriramsuasportasemIndaiatuba. Segundo a administração municipal, 2005foi omelhorano no quesito investimentos. Acidade,depoucomais de 190 mil habitantes, gerou cerca de 900 empregos diretos mensais, segundo dadosdoIBGE.Sóaindústria,coma abertura de56 novaslocaçõesnos seis distritos industriais da cidade,empregou mais de 700 pessoas.Estesdados colocaram Indaiatuba, ainda segundo o IBGE, comoumadas100 cidades no País com maiorPIB e a 5ª colocada na RMC. Em2005, aarrecadação do município foi de R$ 227 milhões,um crescimento de mais de R$ 40 milhões se comparado como mesmo período de 2004. De acordocomosecretáriomunicipal deDesenvolvimentodeIndaiatuba, Edmilson Fernandes Garcia, oprincipal propulsor

deste ‘boom’foi anova lei de incentivosfiscais,adotada pela Prefeitura em meados do ano passado. “Aprovamos uma lei moderna,abrangente”,destaca o secretário. Segundo ele, aleiantiga nãocontemplava pequenas empresas. “Normalmente sãoas pequenasempresas que mais geram empregos e renda. Por isso, fizemos com que essas empresas também tivessem incentivos paravir paraa cidade, já queatrás degrandes indústrias sempre surgem pequenas prestadoras de serviços”, explica Garcia. Uma das mudanças proposta em relação à antiga legislação écom relação a retiradada exigênciada contratação de no mínimo 30funcionáriospela nova empresa. Outropontoimportante diz respeito a isenção de impostos. As novas empresasinstaladasnomunicípio podemconseguir isençãodoIPTU–Imposto Predial eTerritorialUrbano pelo prazo de dez anos. Além disso,as taxasde licençapara a execução de obras particulares, para a abertura, localização e funcionamento daempresa, eo ImpostoSobre ServiçosdeQualquerNature-

propriações. Destino dasverbas -O “Projeto de Inclusão Social naRegiãodo Aeroporto Internacional de Viracopos” consumiráR$104,3

milhões. Os recursos serão liberadosem duas fases e num prazo de três anos para obrasde pavimentação, iluminação , saneamento, transporte, cultura, espor-

Mais de 900 empresas se instalaram na cidade no ano passado. Com isso, foram gerados 900 empregos diretos, sendo 700 postos na indústria.

za - ISSQN, podem não ser pagos também durante o período dedez anos.A lei tambémprevêa isenção do Imposto Sobrea Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI), desde que no prazo de três anos comece a operação da unidade industrial ou de prestação de serviços no imóvel objeto daaquisição. “Todos essesincentivos chamam a atenção das empresas, já que hojea carga tributária pesa muito em qualquerempresa”, acredita Garcia. A expectativadaadmi-

nistração municipal é que em 2006 acidade continue crescendo no mesmo ritmo apresentado noano anterior. “Nossa meta é quetenhamos,nomínimo, a abertura do mesmonúmero de empresasdo ano passado. Ainda temos muitasvagasnonossodistrito industrial”, conta o secretário de Desenvolvimento. A expectativa é que,com o crescimento desteano,a Prefeitura arrecade cercade R$270 milhões, quase R$ 50 milhões a mais do que em 2005. Mas a administração

ÓRBITA

INCUBADORA

Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta

Tecnologia de Campinas (www.ciatec.org.br) lançou, ontem, o edital de abertura do processo seletivo de novas empresas de base tecnológica para ingressarem no Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento de Empresas (NADE), um projeto de incubação de empresas. Durante três anos, a Ciatec oferece espaço físico, água, energia elétrica, auditório com equipamento multimídia, sala para reuniões, equipamento reprográfico e de impressão, acesso à internet rápida e assessoria empresarial.

EXPO JAPÃO

Otes, lazere assistência social,educação, habitaçãoe saúde.Cercade 70%da verba será solicitada ao governo federal. Mário Tonocchi

municipal não credita todoesteinteressedosinvestidorespelacidade eo crescimento da arrecadação apenas por conta deste trabalhorealizado pela Prefeitura. Alocalização estratégica também é apontada como um diferencial em relaçãoaos outros municípiosda região. Emfunção dalocalização, Indaiatuba temmostrado tendência para abrigar empresas de logística. “Indaiatuba éacidademais próxima doAeroporto Internacional deViracopos, que recentemente passou a serconsiderado como Aeroporto Industrial, além de estarmos inseridosemumamalha viária ampla, na qual temos comoescoaraproduçãopara o porto de Santos ou então levar matéria-prima e produtos manufaturados para o interior do Estado”, comenta o prefeitoJosé Onério (PDT). Para que as expectativas paraeste anosejamalcançadas,a administração não temcontadoapenas com as empresasque procurama cidadesemanalmente.APrefeitura está investindo na divulgação detodas essas qualidades do município. Um catálogo da cidade, produzido em dois idiomas,está sendo enviado para alguns países, tanto da América Latina, quanto da Europa.. “Nossa intenção é tornar a cidade cadavez mais conhecidaemtodoomundo. E mostrar que estamos preparados para receber novas empresas”, destaca Garcia. Cristiane Prezzoto

Campinas Shopping apresenta, de 4 a 9 próximos, a "Expo Japão", com mostra de lanternas, leques, portais, painéis culturais, quimonos, espadas, armamentos, bonecas, bonsais, porcelanas e capacetes usados por samurais. Também serão oferecidas oficinas gratuitas de ikebana (arranjos florais), origami (dobradura de papel) e mangá (desenhos em quadrinhos). Artistas gráficos vão fazer demonstrações de shodô (caligrafia japonesa) e sumiê (pintura em carvão). Estarão a venda produtos importados como quimonos, saquês, massageadores e quadros japoneses.

LIQUIDAÇÃO

OShopping Parque D. Pedro vai realizar uma liquidação com abertura das cerca de 300 lojas por 24h ininterruptas nos dias 3, 4 e 5 próximos. A promoção "Liquidação Eu Quero Tudo. Porque a Vida é Agora" vai oferecer descontos de até 70%. Vão participar as redes âncoras e o complexo de lazer que inclui restaurantes, boates e praça de alimentação. O shopping, que no ano passado realizou a primeira liquidação desse tipo, permanecendo aberto por 34 horas seguidas, programou também para 2006 atrações artísticas para atrair os consumidores.

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior

1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia

Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276

Departamento de Sócios

Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br

Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br

Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200

Treze bairros do entorno de Viracopos serão beneficiados. A área tem indicadores sociais ruins
Não há como duplicar a pista de Viracopos (foto) sem desapropriações, diz Infraero
Marcos Peron/ Virtual Photo
Marcos Peron/Virtual Photo

TV de 360 graus se torna grande ferramenta para o varejo

Displays com até 2,5 metros de altura por 5,6 metros de circunferência exibem imagens com absoluta clareza a até 30 metros de distância

Desenvolvidos originalmente pela empresa de Taiwan Dynascan, os displays de cristal líquido de 360 graus estão se tornando cada vez mais populares em ambientes comerciais. Nos últimos anos, os equipamentos mostraram uma sensível melhora em termos de definição, cor e contraste. As telas de 360 graus estão se tornando cada vez maiores: a terceira geração de displays de LEDs chegam a ter 2,5 metros de altura por 5,6 metros de circunferência, e as imagens podem ser vistas com absoluta clareza a uma distância de até 30 metros. Para exibir imagens em 360 graus, é necessário captá-las com câmeras especiais. Em sua configuração comercial mais comum, as telas geralmente apresentam três imagens

idênticas, cada uma ocupando 120 graus da superfície do totem. Também é possível exibir duas imagens de 180 graus. Nos últimos meses, o uso

Robôs que são boas companhias

ONatal jáacabou, mas se pudéssemos voltar atrás e pedir novos presentes, certamente umrobôiria agradar em cheio, especialmente às crianças e aos solitários.A fabricantechinesa WowWee Robotics lançou, no mêspassado, o Robosapien V2, uma versão mais "humana"em relaçãoaos demais produtos da empresa de HongKong.Este Robosapien V2 chega mais ágil, com vários recursos, inclusivevoz –tudoprogramado e monitoradopor um controle remoto. O robô se movimenta de forma mecânica, mas suavemente, garante a empresa, pegando e largando objetos com as mãos. Ele também se curvaese vira deumlado para outro, podendo sentar e ficar depé empoucossegundos. Equipado com uma visãoinfravermelhae sensores, o Robosapien's V2 po-

Robosapien V2 (se move, fala e obedece) e um modelo que simula um Velociraptor

desses totens de TV 360 graus cresceu rapidamente, à medida em que os varejistas percebem a utilidade publicitária de uma ferramenta tão chamativa.

de mover seus olhos (um LED azul) para detectar obstáculos, traçarumcaminho para se movimentar, pegar os objetos que lhes são oferecidosouapertar amãode outrapessoa. Orobôdispõe ainda de um sistema que detecta barulhos no ambiente e reage a isso. O preço sugerido é de US$ 200. Paraquemgostade cães, mas nãotem muitotempo parapassearnaruaou limpar a sujeira que eles fazem dentro de casa, a solução é outro robô também lançado pela WowWeeRobotics, em HongKong,o Robopet. Ele

imita todos os trejeitos de umcachorroe podeserprogramado para 20 movimentose truques,comopular, correr, deitar e se arrastar. ORobopet utilizatrêsbaterias AAA e são necessárias outrastrês para o controle remoto,oque garante seis horas de diversão. E quando odonojá estivercansadode brincar ésó apertaro botão SleepModeque elevaificar quietinho. O preço sugerido é de U$ 79.

Barbara Oliveira Mais informações em www.robopetonline.com

Home theater: só o necessário

Não há dúvidas de que o mercadode home theatersvem crescendo de formasignificativa, principalmente a venda de aparelhos queinteragem como DVD. Porém, para aqueles que já possuem um leitor, nem sempre évantagem se desfazerdo equipamento antigo. Apesar de ser difícilencontrarumasolução de boa qualidadeque não sejaconjugada, isso porque montar uma pequena sala de cinema com aparelhos separados sai bem mais caro, a Dynacom, empresanacionalque atua nas linhas deentretenimento,eletroeletrônicos e comunicação, conseguiu trazer uma solução quepromete não pesarmuito no bolso do consumidor.

A empresatrouxesuas soluções de sonorização para pequenos ambientes sem leitor de DVD e com o amplificador acoplado nosubwoofer. Osmodelos dalinhaXSoundSystem,o CHS 1200 (com potência de 3000watts PMPO, 120wattse preço médio de R$ 499 ) e o CHS 2000(com potênciade5000 wattsPMPO,200 watts RMS, R$ 569), combinam uma ótima qualidade sonora, design arrojado e simplicidade de uso, com

fabricação 100% nacional. Os aparelhos contam com cinco caixas satélites de suspensão acústicaFull-range deduas vias com 500 Watts PMPO cada e um subwoofer ativo que permiteligar atéquatro aparelhos sonoros e um DVD 5.1, simultaneamente, sem prejudicar a qualidade do áudio. O conjunto, que pesa cerca de 17kg, mostrou bons resultados noteste do DCInformática, permitindo recriar os efeitos sonorosSurround,comqualidade que reproduz com perfeição a profundidade sonora e o envolvimentotridimensional, tornando o aparelho uma boa opção para quem não quer gastar muito e ter bom desempenho.

Recentemente uma empresa de publicidade para varejo na Austrália adotou o sistema da Dynascan para criar um serviço chamado 360tv: uma rede de TV digital que vai exibir conteúdos da TV australiana, incluindo notícias, videclipes, esportes, informações econômicas e clima em vários shopping centers do país. O serviço funcionará em blocos de 12 minutos, 5 por hora e 50 vezes por dia. A grande vantagem é que o serviço permite a inserção de comerciais locais (das próprias lojas do shopping) com imagem e som de alta qualidade. Pela qualidade altamente

Pela qualidade chamativa dos totens de TV 360 graus, os varejistas têm nas mãos uma maneira de atrair a atenção dos consumidores

chamativa dos totens de TV 360 graus, os varejistas têm nas mãos uma maneira de atrair a atenção dos consumidores que combina alta tecnologia com uma programação variada. Grandes anunciantes já

adotaram a 360tv como forma de divulgação, incluindo McDonald's, Motorola, Calvin Klein, Ford, Nike, Pepsi e Apple Computers. O formato 360tv já está disponível nos EUA, Europa, China e Japão. No Brasil, uma representante da Dynascan é a Atual Propaganda, que atende pelo telefone (61) 3289005 e e-mail vendas@dynascan.com.br sergiokulpas@gmail.com.br

O CHS 1200 está sendo comercializado pelo preço médio de R$ 499; e o CHS 2000, por R$ 569

"Fazendo oteste,é possível verificar sua potência. Até um rádio de pilha, por exemplo, acoplado a qualquer modelo do CHS temseu som amplificado como se fosse um aparelho usadoemcasasdeshow", garante CláudioMirotti,gerentedevendas da Dynacom. Para os leitores de DVD que nãodispõedesaídasdecodificadasdigitalmente, é possíve adquirir um acessóriochamado "DigitalSoundDecoder", da Dynacom, que decodifica e converteosinaldigitaldoDVDem6 canaisdeáudio,paraseremligados às entradas 5.1 do modelo. Fábio Pelegrini Mais informações: tel. (11) 61108601 e www.dynacom.com.br.

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Fotos: Divulgação

Luz, câmera, ação!

O game The Movies transforma o jogador em diretor de cinema, com poderes absolutos sobre roteiro, atores, figurinos e cenários

Jogos paracomputador inspirados emfilmes já não são tão novidadeassim: basta sairuma produção de sucesso para queas distribuidoras anunciem o lançamento do game – pegando carona na sua divulgação.

A Activision,entretanto, deu um jeito de mudar a ordem das coisas e agora é você quem cria o longa e o transforma em uma superprodução.

Imagine se você pudesse criarqualquer filme quequisesse, retirando alguémdo anonimato e transformá-lo em uma grande estrela. Ter o controle total sobre um estúdio de filmes, competindo contra estúdiosconcorrentese entendendooque osespectadores queremver,paracriar produções de sucesso de bilheteria.

Criado pelo renomado Peter Molyneux e desenvolvido pelo Lionhead Studios, The Movies, gamepara computador distribuído pela Electronic Arts, leva a simulação de vida para o mundo dos grandes filmes etraztodoglamourdeHollywood para as telas do seu micro.

Da ação ao horror – O jogador poderá se transformar em um verdadeiro diretor de cinema, dirigindo seus

próprios filmes, escolhendo praticamente tudo,comoo script,elenco,equipe, iluminação, someatétodaparte promocional de lançamento, como a bilheteria e as seqüências. Deépicos de açãoaté os clássicos de horror, o jogador deverá tomar suas decisões comgrandecritério, jáque são essas açõesquepoderão levar o estúdio à falência ou transformá-lo emuma referência no setor.

Mais doque umsimples jogo, The Movies mostra o duro trabalho que um diretor de Hollywood temdedesempenhar. Além de cuidar de aspectos administrativos, ele é obrigado alidar com estrelismo e humor dos astros.Não é fácil manter os melhores atores satisfeitos. Apesar de ser um game no qual quem manda é o jogador, ter os grandes astros faz toda a diferença.

Você poderá escolher entre o modo Sandbox, no qual você podesededicarexclusivamente à criação de filmes, ouo modo Story, como objetivode criar seupróprio estúdio dozero, emum

lote vazio, até transformá-lo em um império do entretenimento.

Tutorial O tutorial seráuma grande ajuda para demonstrar como funcionam as ferramentas e osfundamentosdo jogo.Os tutoriais interativos e o modo “Aprenda os Fundamentos” (Learnthe Basics) lhe oferecem ajudamaisdetalhada –altamente recomendado para quem está começando.

Oprimeiro passocomodiretor é contratar alguns empregados paraajudá-lo a construir e fazer algumasmanutenções no estúdio, mas,nãosepreocupe, não faltarãopessoas àprocura deemprego. Coma equipede construtores opróximo passoé pôras mãos à obra e construir instalações para seu estúdio. O roteiro será o coração do filme, já que com uma grande história as chances de lotar os cinemassãomaiores. Isso significa tam-

bém quevocêprecisaráescolhercommuitocuidadoecritério em que temairá investir, nãoesquecendodoelenco,que fará uma grande diferença.

Além de criarseus próprios filmes dentro do jogo, assistir e incluir sua própria voz ou efeitos sonoros que desejar, as produções podem ser alteradas, salvas e enviadas àinternet, para entrarem no site oficial do jogo e o mundo inteiro assistir –nada mais justo do que divulgá-los. Assuas criaçõespoderão receber votos dos visitantes,nas cerimônias online de premiação, e se destacar como um grande sucesso.

Da mesmamaneira queo gamer poderá criar e modificar seus longas,eleteráa chancede transformareinventar atores. É possível alterar

quase qualquer informação do seupersonagem, como aparência, forma, nomes e até mesmo apersonalidade eas suashabilidades,entre outras características.

Chiliques

Algunschiliques eassuntos picantes que você jáviu eouviu falar em Hollywood, de escândalos de estrelas a recordes de bilheteria,poderão serconferidos no game, comrealismo, qualidade e de forma bastante divertida.

Apesar denem sempreser boa, uma vez lançado seufilme, acrítica faráparte da sua vida. O jogador

O diretor circula pelo set de filmagem, supervisiona sua construção e decide os cenários nos quais os atores representarão os seus papéis

Camerafone oferece praticidade

AKyoceraestá apresentando ao mercado a camerafone Slide Remix, com câmera na resolução de 1,3 Megapixel (1.024 X 768 pixels), com preço entre R$ 499 eR$ 799,dependendo dos planos da operadora. Aprincípio, podeparecer pouca resolução diante de digitaiscom resoluçõessuperiores. Masnãoébemassim.Quemadquire camerafone sabe que, por enquanto, a captura de imagens ainda não atingiu a resolução das máquinas digitais. Mas não deixade serumrecurso amais para ser usado quando você desejar. Issoacontece porqueo celular está sempre à mão para receber efazer ligações,ser agenda, buscar e-mails e consultas na internet e, para tirar fotos, é só um rápido clique.

Para enriquecê-las, a Slider

Por Ana Maria Guariglia

Remixvemcomuma série de molduraspara os temas de suas fotos,a ovalcomo portaretrato, de corações, flores, estrelinhasoua comcarranca. Para usá-las,basta irao menu de fotos,escolher amoldura e encaixar a imagem. É bem fácil também mandar fotos via e-mail, ésó acionara opção enviar que está abaixo da imagem. Aparecerá uma caixa embrancoparaescreveronome dodestinatárioeuma caixade texto paraa mensagem.Os testes feitospara conhecero sistema obtiveramexcelentes resultados. As fotos da página foram recebidaspore-mailssem problemas de conexão.

A camerafone tem flash embutido,zoomdigitalde5vezese produz videoclipes no formato MPEG-4 de 15 segundos. No visorde4X3,5cm,asfotospodem

ser ampliadas.A memóriainternaé de 16 Megabytes,com expansão pelo cartão TransFlash, armazena 500 contatos. Pesa110 gr.Elatambémtoca MP3 etem o recursobluetooth para conectividade sem fio. Pertencente a japonesa Kyocera InternationalInc., a Kyocera WirelessCorp. éuma das líderes mundiais em dispositivos semfio CDMA e formouse quando a Kyocera Corporation adquiriu a divisão de celulares da QUALCOMM, em fevereiro de2000.Na América Latina, aKyocera Wirelessestabeleceu-seem2001 etrabalha com25 operadoras em 16 países. No país desde2003, a Kyocera WirelessBrasil trabalha exclusivamente com a operadora Vivo. Para saber mais: www.kyocera-wireless.com.br

Imagens tratadas: mais cor

Com a foto digital e os programas de tratamento deimagens que acompanham as câmerasé possívelaplicar umasériede efeitos, como fazer desaparecer um objeto, restaurar registrosantigos, entre outras “mágicas”. Com osfilmes 35mm convencionais, eradifícil criar efeitos,necessitandode misturasquímicasfeitasnoslaboratórios tradicionais, sanduíches de negativos, diversos banhos derevelação, ampliações etc. Já a imagem digital propicia efeitos sem fórmulas estrambóticas cujosresultados, às vezes, são incertos. Vamos usar oAdobe Photoshop para demonstrar a colorização. É o processo que se aplicaparaque um ou mais elementos da foto permaneça colorido, deixando os outros empreto-e-branco.Essatécnica é usada em fotos e comerciais e foi atévista no filme “Rumble Fish”(1983), de Francis Ford Coppola. As ferramentas dos programas que acompanham as máquinas sãopraticamenteas mesmas do Photoshop. Primeiro, escolhaa imagemque desejacolorizar, coloque-ana teladoprograma, separando o elemento que ficará com as cores originais. Acompanhe passo a passo o processo: 1-Parasepararoelemento,

poderá ver o que pensa a mídia especializada sobre o seu produto, desde a qualidade do roteiro e até mesmo os cuidados com os cenários. Os gráficos e os efeitos sonoros do jogo são de ótima qualidade. Na verdade, você se depara com cenários ricos em detalhes ecomtelas quefornecem todasasinformações necessárias. Outro destaque vai para o som, que coloca toda a emoção das filmagensna caixinha do seu micro.

The Movies

Distribuição: Electronic Arts

Telefone: (11) 5505-3713

Requisitos mínimos do sistema: Windows 98SE, ME, 2000 ou XP, processador Pentium III de 800 MHz ou Athlon de 800 MHz ou superior, 256 MB de memória RAM, leitor de CD-ROM com velocidade 8x, 2,4 GB de espaço livre no disco rígido (mais 500 MB para o arquivo de memória do Windows), placa aceleradora de vídeo 3D de 32 MB e suporte a Hardware T&L e placa de som, ambas compatíveis com DirectX 9.0c Idioma: Software em inglês, manual em português Faixa etária: 16 anos Mais informações: http://brasil.ea.com

Preço sugerido: R$ 99,90

procure aferramenta laço magnético ouLasso MagneticTool. Comomouse, válaçandoo objeto, podendo usar a tecla shift do computador. Com linhas arredondadas, curvase cheiasde detalhes, essa etapa merece muita atenção epaciência.Dica: aproximeo objeto antes de iniciar o laço, usando o zoom para aumentá-la na tela.

2- Terminada a seleção, aperte atecla shiftdo PCe vá parao comandoSelect (Seleção) e abra, clicando o item InverseImage (ImagemInversa). A foto ficará selecionada.

3- Abrao comandoLayer (Camada) e acione New AdjustmentLayer,para criaro novo ajuste da camada que a foto vai receber.

4- Essa opção vai mostrar o

O Adobe Photoshop permite a alteração das cores das fotos de acordo com as necessidades dos usuários

item Hue/Saturation (Matriz/Saturação), quedeve ser clicado.

5- Emseguida, surgirá uma caixa,New Layerou Nova Camada.CliqueOK, sem precisar de ajustes. 6-Napróxima caixa,empurreachaveSaturation (Saturação) para a esquerda, obtendo ovalor zero(ou menos 100). O elemento isolado continua com a cor original eos restantes ficam preto-e-branco. Clique OK e sua foto está pronta.Comoexercício,poderá regulara chaveSaturação da forma que desejar. Para deixar as fotos colorizadas com tons mais agradáveis, use o arquivo Filtro (Filter). Com o comando Blur ou GaussianBlur aimagem se torna suave.

Ana Maria Guariglia
Ana Maria Guariglia
Por Ana Maria Guariglia

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