Para o tucanato, foi um alívio.
A perda da presidência da Câmara Municipal deixa Serra livre de pressão para trocar votos por cargos, acreditam tucanos. Página 3
O prefeito José Serra, durante a primeira reunião com seu secretariado (esq.), na tarde de ontem, anunciou que pretende renegociar todos os contratos feitos pela Prefeitura, para conter gastos.
Entram hoje em vigor mudanças no IR que darão algum alívio ao contribuinte pessoa física. Para compensar suas perdas, o governo ataca o bolso das empresas. Pág. 4
EDITORIAL
Réveillon tributário
Cumprindo uma tradição de mais de 20 anos, o Poder Executivo, em conluio com o Congresso Nacional, preparou mais uma surpresa para o bolso do contribuinte brasileiro, exatamente no final ano, para evitar qualquer reação da sociedade, entretida com as festividades de Natal e Ano Novo. Na verdade, o governo já estava ensaiando essa medida há algum tempo, a título de compensação para as perdas geradas pela correção da tabela do IR, alertando que perderia receita. Essa é uma confissão tácita de que o governo aumenta sua arrecadação à custa da inflação que ele mesmo gera. A não-correção da tabela do IR, assim como a não-correção do limite de enquadramento do Simples e do patrimônio de cada cidadão, faz com que se arrecade o imposto sobre valores não corrigidos. Agora o governo aumenta o
imposto das empresas prestadoras de serviço que estão no lucro presumido, com a justificativa de "corrigir distorções" e buscar recursos para compensar a "perda de arrecadação" gerada pela correção da tabela do IR, feita muito abaixo da verdadeira inflação do período. É lamentável que esse tipo de atitude faça parte da "ética" do governo na sua relação com a
sociedade, quando se trata de enfiar a mão no bolso do contribuinte de forma descarada. De nossa parte, só nos resta continuar esclarecendo a população de que é ela quem acaba sendo a grande contribuinte dos impostos que sustentam uma estrutura de estado ineficiente, que não assegura qualquer contrapartida em bons serviços públicos para a sociedade brasileira. Guilherme Afif Domingos
2005, ano da consciência
O Feirão do Imposto tem estande garantido em todas as feiras que serão promovidas pela Francal este ano. O objetivo é conscientizar o cidadão do peso dos impostos que ele carrega no dia-a-dia. Página 11
O seu imposto, exposto na tela da calculadora
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EmBatticaloa,à esquerda, sobreviventes esperampor água.Àdireita, cidadesubmersa.
Estounuma cidadepaupérrimado litoral leste do Sri Lanka: Batticaloa. Sendo o epicentro do terremoto nonoroeste de Sumatra (Indonésia), o maremotoque seseguiu atingiu emcheiooSriLankapraticamenteemlinha reta. As tsunamis tocaram a costa leste da ilha em pouco mais de duas horas. Se este país nãoestá preparadopara nada,podem imaginar oquesignifica ser atingido por ondasgigantesa umavelocidadedesetecentos quilômetros por hora. Eu não sei como era esta parte da ilha antes da destruição. Dizem que era um paraíso.Posso imaginarqueassimo fosse,porque as paisagens são bonitas. Mas o horror que presencieidesde achegada, nodia 27 de dezembro,e que aindapermanece, não medátempodepensaremnadaquenãoseja os meus feridos e desabrigados. Asautoridadeslocais nãotêmcapacidadedecoordenarabsolutamentenada.Tudo
é feito sob aliderança dos voluntários, dos socorristas enviados pela Cruz Vermelha, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelas ONGs. Mas tudo de modo precário. Exemplo?Há umasemana espe-
Chuvas e enchentes prejudicam auxílio a vítimas
Fortes chuvas enovas enchentes interromperam ontem a ajuda a vilarejos atingidos na Ásia. A solução de emergência encontradapara alcançar as áreas remotas
doSri Lanka e Indonésia foi otransporteaéreode alimentos e medicamentos. Na foto, sobreviventes se aglomeram para receber o auxílio que veio "dos céus".
O cardeal arcebispo Dom Cláudio Humes, celebrou ontem na Catedral da Sé, região central de São Paulo, umamissaemhomenagemaosmais de150 milmortos emconsequência domaremotoocorrido domingo passado. O deputado federal e viceprefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (PFL), ovice-governador Cláudio Lembo e sua esposa, Rineia Lembo, participaram do ato. OgovernodoBrasilaindaprocura 143brasileiros queestavam nas regiõesatingidas. OMinistériodas RelaçõesExterioresinformou que, entre sexta e sábado, foram localizados mais seisbrasileiros, todos eles vivos. Com isso, sobe para 171 o número de nacionais já encontrados, deum totalde314pedidos delocalização recebidos. (AE)
ramos umhospital decampanha etendas. Remédios? Apenas osque trouxemos, isto é,vacinas e medicamentospara diarréia, dengue e malária.
No meio detantastristezas, contudo,a cada hora descobrimosaspectos positivos dapartedessepovo dotadodeincrívelpaciência, humildadee esperança,apesar de tudo.Mas muitomais doqueisso. Noano passado eu fui presa emTeerã (Irã) por ter tido a audácia de sugerir a abertura de uma mesquita paraacolher ospacientes vindos da cidade de Bam (sudeste do Irã). Aqui, ao contrário, ao pedirmos aajuda aos budistas,fomos prontamenteatendidos:2.800 pessoas estão abrigadas no Templo Budista da aldeia. Sem conforto, mas pelo menos não estão ao relento. Pois não é fácil para setevoluntários da ajuda humanitáriafrancesa cuidar de milhares de prófugos. Entre nós não há tempo para pensar no dia deamanhã.Quandoafomechega,comemos
alguns biscoitos PB5 que contêm vitaminas e saisminerais;quando osonoéirresistível, dormimos algumashoras sobretrapos. Mas o pior de tudo, do ponto de vista da sobrevivência, émesmo a escassez deágua. Fervemoso maisque podemos,ecom issoconseguimos meio litrodeáguafervida,por dia, para cada habitante! Beber de outraágua é contaminação certa e grande risco de morte. Até quandoteremos a coragem ea possibilidadefísicadetrabalhar?De minha parte,não deixareiestepaísantes quetodos tenhamreencontradoumsemblante de dignidade.
Joëlle Blondeau, cidadã francesa residente no Brasil, de Batticaloa (Sri Lanka), especial para o Diário do Comércio. Ela dedica todas as suas férias a prestar socorro onde lhe for indicado pela ajuda humanitária francesa. Saiu do Brasil com destino ao Iraque mas foi orientada a prestar socorro às vítimas do Oceano Índico.
Mudanças entram em vigor hoje, atingindo prestadores de serviço que usarem sistema do lucro presumido
Entramhojeem vigor as mudanças nos limites para dedução degastos comeducação edependentes no Imposto de Renda. Se por um lado a medida beneficiaocontribuinte, deve provocaruma perda dearrecadaçãode R$ 500milhões por ano, segundo o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.O problemaé que, para compensara queda na receita, o governo vai investirsobreas empresas, como ficou claro naentrevista concedida sexta-feira por Rachid.
Entre asmedidas–que Rachid diz serem destinadasa"combateraevasãofiscal"– constao aumento da basede cálculodoimposto sobre prestadores de serviço que optaram por abrir empresas e pagar o IR sobre lucro presumido. O imposto neste caso, era calculado sobre 32%da receitada empresa e agora vai a 40% Rachid afirmouquealguns profissionaisoptam por este regime – conhecido comoPJ (PessoaJurídica)–
para fazer um melhor planejamento tributário. "Há umadiferençamuito grandeentre oimpostocobrado sobrea pessoafísica,com retençãonafonte,eoimposto cobradosobreo lucro presumidodepessoajurídica", disse,citando quea alíquota médiadoIRPFé de 22%, enquantoa outraopção paga, em média, 16%. Na fonte –Além disso, a Receita aumentou oleque deserviçoscujos impostos serãoretidosnafonte pelo contratante, para evitar evasão fiscal. Em fevereiro, o governojá haviadeterminadoque setorescomomanutenção,conservação e
Jorge Rachid, secretário da Receita Federal: medidas para "amenizar" as perdas com o IR
limpeza,vigilância epublicidade,por exemplo,tivessem o imposto retido pela empresa que contratou os serviços.Agora, foram incluídostransporte, medicina e construção.
"Quando um planode saúde vai pagaromédico pelo atendimento, por exemplo,deverá reteroimposto na fonte. Depois, o prestador doserviço, vaiao Fisco para receber o que recolheu a mais". Na prática, a arrecadação sobre estes serviçospassa afuncionarnos mesmos moldes daspessoas físicas com retenção na fonte.A Receita esperaaumentar em 30% a base de ar-
recadação dos setores afetados pela mudança. Joioetrigo – A mudança de regras anunciada na sexta-feira foi duramente criticada ontem pelo presidente daAssociaçãoComercialde São Paulo(ACSP), Guilherme Afif Domingos: "Cumpriu-se a tradição do governo enfiar a mão no bolso do contribuinte, em conluio com oCongresso Nacional. Vamos agora aguardar para saber ocomportamento de cada umdos deputadosfederais nesseepisódio, pois chegoua horade separaro joio do trigo", disse. Pessoa física – Conforme a alteração feita no IR, as deduções com dependentes sobemdeR$106paraR$117 mensais por pessoa. As despesascom educaçãopassamdeR$1.998 para R$ 2.198 anuais por pessoa. E o governo aumentou o limite de desconto de20%, para quem opta pela declaração simplificada, de R$ 1.058 paraR$1.164. Noiníciodo mês,já haviasidoanunciada a correção de 10% nas faixas de cálculo do IR. (AE)
Dentro detrês meses, o governo vai instalar em seus principais prédios administrativos um novo e completosistema desegurança com circuito fechado de televisão e de controle eletrônico evisual deacesso de pessoas e veículos às proximidades das instalações oficiais. O controle será feito nos palácios do Planalto,daAlvorada edoJaburu,além daGranjado Torto (ondeo presidente Lula mora hoje), dosanexos dos palácios e do bloco A da Esplanada,onde fica o gabinete do ministrochefeda Secretaria de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken.
Custo – A licitação, aberta em outubro, foi concluída em 15 de dezembro e vencida pela empresa Telemática Sistemas Inteligentes que deverá iniciar o serviço aindanomês dejaneiro.Onovo sistemacustará R$3,242 milhões, deacordo com o resultado da licitação,publicado no Diário Oficial.
Na proposta apresentada pelo Planalto a estimativa de gasto comainstalação da segurança era de R$ 4,618 milhões. Dos R$ 3,2 milhões, cercade R$1 milhão vãoparaa instalação dosistema com pelome-
nos 225 câmeras fixas e móveis e 30 estações de monitoramento. Os outros R$ 2,2milhões serãoparaa aquisição e instalação de pelo menos 18 catracas, 51 portascomalarmese bloqueios, 35 mil cartões e 176 leitoras para o controle de acesso de pessoas e carros. Mais controle – Segundo a proposta de contrato, a comprados equipamentos tem como objetivo "a implantação de um novo sistemaquepermitirá controle efetivo, com redução de riscos e diminuição da ocorrência de incidentesadvindasda aplicaçãoderecursosdesegurançaon line com armazenamentode imagens e eventos". Oscálculos daquantidade de equipamentos foram feitos com base no número de pessoas e veículos que transitam hoje pelo Planalto: 2.600autoridades eservidores, 1.800 prestadores de serviço e terceirizados, 600 visitas por dia e 3.300 veículos que usam seus estacionamentos.Esse númeropodeser ampliado paraummínimo de20mil autoridades e servidores, 10 mil terceirizados e prestadores deserviços, 10mil veículos e 50 mil visitantes. (AE)
Apenas em situações de crise, quando precisam diminuir gastos, o brasileiro opta por marcas de segunda linha, especialmente no supermercado
Oc on sum id or brasileiro está cadavez mais heterogêneo. Passada acriseeconômica de 2003 e coma melhora do emprego em 2004,as pessoas deixaram de se preocupar tanto com o preço dos produtos que consomem e voltaram a optar por marcas mais conhecidas eassim, mais caras. Isso é, claro, quando é possível.
De acordo com a AssociaçãoBrasileira deLojistasde Shopping(Alshop),emartigos devestuário, principalmente, o consumidor preferea marca emdetrimento dopreço."Claroqueissodepende da renda de cada um, mas o marketing por trás de uma roupa vestidapor um artista de TV, por exemplo, faz que o consumidor opte por esse produto,aoinvés de um similar desconhecido", explicao presidente da Alshop, Nabil Sayoun. Peso da marca – Ele afirma que determinadas marcastêm umpeso tãoimportantepara o consumidor que esteprefere sairda loja com uma embalagem com o logotipoda empresaauma caixa tradicional.
Há consumidores que preferem sair da loja com uma embalagem com o logotipo da empresa no lugar de uma caixa tradicional
"Discutimosessetemaem um seminário em São Paulo e todos oslojistas presentes afirmaram que aspessoas chegam a reclamar porque querem acaixa ea sacola com ologotipo daloja", diz Sayoun. Entretanto, se a marca for desconhecida, o consumidor opta poruma embalagem sem logotipo. No caso de artigos de consumo não duráveis, para o dia-a-dia, oconsumidor também voltou a preferir as melhores marcas. Segundo opresidente daAssociação Brasileira de Supermercados(Abras), JoãoCarlosde
Oliveira, desde2002atéo início de 2004, as pessoas optavam pelo mais barato ouempromoção. Agora a situação se inverteu. "As marcas líderes apresentaram boa recuperação, já que a economia melhorouum pouco.Mas essasempresas também passaram a fazer mais ofertasparaenfrentar a concorrência", explica. Oliveiraafirma que, historicamente, os momentos de crise, quando o consumidor precisa diminuir gastos,sãoseguidosporumaumento nasvendas de produtos de segunda linha ou similaressem cuidados com omarketing. "Osartigos não são necessariamente piores, algunsnão têm cuidados com embalagens ouuma estruturaempresarial complexa, eporisso c o ns e g ue m preços melhores", diz. Passada a crise, explica Oliveira, algumas marcas mostram-se competentes epermanecemcom boamargemde mercado. Outras, porém, perdem espaço para os líderes. "O consumidor volta ao top de linha quando pode." Esse comportamento pode ser notado com qualquer tipo de artigo de supermercado ou lojas, não importa se éproduto debeleza, limpeza, saúdeou alimentação."É odinheirodisponívelque determinaoqueas pessoas vãocomprar", diz Sayoun, da Alshop. ClasseA – Por essemotivo, os únicos que não optam por preçoem nenhumasituação são os consumidores daclassemaisalta,quesempre escolhemosprodutos pelamarca ou qualidade. "Milionário não sofre crise e não precisacomprar artigo popular", resume Oliveira. Fernanda Pressinott
Em momentos de crise financeira, cresce a venda de produtos de segunda linha ou similares, especialmente de produtos não duráveis. Mas, assim que ela passa, o consumidor volta para as marcas líderes. Fotos:
O consumidor brasileiro ainda tem receio quanto a qualidade dos produtos com marcaspróprias desupermercados.Essa éaavaliação daconsultoriaACNielsen, querealiza anualmente apesquisa "Marcaspróprias",emdiversas capitais do País, que mede a aceitação das pessoaspor esse segmentode produto.Mesmo assim, o estudo afirma que, cadavezmais, essasmarcasconquistam mercado. De acordocom aavaliação, 78%dos 1.610entrevistados conhecem marcas próprias e 54% deles as consomem. Dentre os consumidores que experimentamegostamdessesprodutos, 45% substituíram a marca que compravam antes pela dos supermercados.
O desempenho do segmento de marcas próprias no primeiro semestre de 2004, comparativamente a 2003, manteve uma participação de 5,5%no valordasvendas totais. E, em relação à participação de volu-
me, esse índice foide8,8%, considerando126 categorias auditadas pelaACNielsen que possuem marcas próprias. Também houve aumento de 19% na oferta total de itens entre2003e2004.E,ocrescimento mais expressivo foi nas categorias não alimentares, como têxtil e eletroeletrônicos.
Para o presidenteda Associação Brasileira de Supermercados(Abras),João Carlosde Oliveira, essapesquisa prova que os consumidores brasileiros estão aprendendo que os produtos que levam o nome
dos supermercados podem ser tão bons quanto os outros. Ele afirmaqueesses artigos entraram no mercado deformaerrada, como mercadoria barata e não como opção. "Nos Estados Unidos, quandoforam criados, esses produtos serviam para fidelizar o cliente e obrigá-lo a irsempre aum mesmo mercado. Aqui, a estratégia de lançamento foi errada,o que levouoconsumidoraacreditarqueosprodutos não eram tão bons", explica. Atualmente, os supermercadostêm laboratóriosparates-
tare escolherquemserá ofornecedordositensque levarão sua marca e "os testes são feitos como em qualquer outra indústria", diz Oliveira. Volume e preço – Segundo ele,opreço, normalmente mais barato que o das marcas líderes, é garantidopelo volumecomprado epelo custode produção,queé menorcoma terceirização parapequenase médias empresas. Aliás,o crescimentodessas marcas jáassusta a indústria tradicional. Deacordo como presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentação(Abia), EdmundoKlotz, ossupermercados usam essa estratégia paradificultar aentrada de pequenos produtores em suas prateleiras. Ou seja, só poderiam participar como produtores da marca deles. Para Klotz, os supermercadistas deveriamselimitara vender produtos. E, não emprestar suas marcas para a produção de artigos. (FP)
O ano de 2004 foi decisivo para a Bolsa paulista, com a adesão de novas empresas ao mercado de capitais e mais investidores pessoa física em ações
ABolsa de Valores deSão Paulo (bovespa)s deu sinais, em 2004, deque caminha para sua consolidação no cenário econômicobrasileiro. Um bomsinalveio comorecorde atingido emdezembro, quandoultrapassou a barreira dos26 milpontos. O maior de sua história.
Outro sinal veio do movimento de empresas abrindo o capitaldurante oano passado.Depoisdeumperíodo no qual prevaleceuo fechamento decapital, 2004registrou avolta do interesse dasempresas embuscarno mercado de capitais sua fontederecursosparasedesenvolver.
Masnãopáraporaí. A bolsa paulista também comemora oaumento significativo da presença de investidores pessoa física nos pregões, que dobrou em dois anos, passando de 15% para 30% do total do volume financeiro negociado.
Outro movimento positivo foi a maior presença do investidor estrangeiro na Bovespa. Até o dia 20 de dezembro, o saldo positivo era de R$ 442 milhões e acumula noano R$1,21 bilhão.Segundo analistas do mercado,ofatodeaeconomiabrasileirasinalizarcrescimento
significativo,aliadoàrecente aprovação daLei de Falências eaoProjetode Parcerias Público-Privadas, deixou os estrangeiros mais seguros, aumentando seu interesse pela bolsa. Nova Cultura – A gerente de Desenvolvimento de Empresas da Bovespa, Wang Jiang Horng,diz que aconjuntura econômicaeo conceito sobregovernança corporativa bem delineado pelasempresasforam fatores que favoreceram o ingressode maiornúmerode empresas na Bovespa. "A demandafoi expressivade pessoas físicaspelos IPOs.A maiorparticipação das corretoras de valores nas ofertas públicas também hámuito temponão se observava", constata. Para Wang,o principaldiferencial daaberturadecapital de muitasempresas éa inserção de uma nova cultura: agovernança corporativa passou a ser prioridade. "A mentalidade do empresárioestá mudando.Há consciência de que é preciso respeitar o acionista", afirma.Segundo ela, oinvestidor queaplicanumaempresa com excelência em governança corporativa não tem orisco societário, porque as regras são claras em casode mudança de
controle, na qual esse investidor não será prejudicado. Provadessa mudança de posicionamentodasempresas é o aumento das companhiaslistadasnoNovoMercado.Wang lembra que o NovoMercadofoi lançado em dezembro de2000, mas somente em fevereiro de 2002 umaempresa ingressou nessemercado: a CCR Rodovias. A partir de maio, foram registrados novos ingressos, somando, atualmente, sete companhias listadas no Novo Mercado. Segundo Wang,o Brasil refletiuas crisesexternas desde1997, como daÁsia, Argentina, Turquia e os ataques terroristas de 11 de setembro nosEstadosUnidos, eas internas,comoa mudança cambial em 1999 e as incertezas geradaspelas eleições presidencias de 2002. Foi um que manteve a bolsa em baixa,desestimulando iniciativas dasempresas em abrir capital.
Parao sócio-diretorda Geração Futuro Corretora Milton Milioni,o quedesetimulava as empresas a abrir ocapital eraos baixos volumes financeiros. "O aumentodovolume eamaior presença dos investidores, pessoafísica eestrangeiros estimulam as empresas".
Adriana Braz
Os bons resultados da Bovespa em 2004 podem ser creditados, naavaliação da gerente de Desenvolvimento de Empresas da Bovespa, Wang Jiang Horng, de a um conjunto de ações promovido pela Bovespa,comoo programa Bovespa Vai até Você,parapopularizar omercadoacionário. Aidéia do programaéatrair maisinvestidores pessoa física. Nesteano,o lançamento dos Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB)conquistou quase 25 mil investidores, paraumademandadevarejosuperioraR$300milhões. O PIBB éo primeiro fundo de índicelistado em bolsa nomercadobrasileiro.Anegociação reuniu o maior númerode investidoresindi-
viduaisdesdeaoperaçãode compra de ações daPetrobras e da Vale do Rio Doce. Criado em parceria com o BNDES eestruturado pelos bancos Itaú BBA, Goldman Sachse JPMorgan,oPIBB temcomo diferenciala garantiade recompradoBNDES para quem investiu, durantea colocaçãoinicial, até R$25 mil.Foi inspirado nos fundosamericanosconhecidos como Exchange TradedFunds(EFT)ereproduz a carteira do Índice Brasil 50 (IBrX-50), que reúne as 50 açõesmaisnegociadas no mercado à vista. Com esse formato, o PIBB acompanha arentabilidade do IBrX-50,o quelhe confereacaracterísticadeinvestimentodiversificadoe dis-
A tendência de o Ibovespa,principalíndicedaBolsa deValoresdeSãoPaulo(Bovespa), apresentar desempenho positivo em 2005 é grandenaavaliação da maioriados analistasde mercado. Mais doque isso: espera-se ocrescimentodo número decompanhias listadas na Bovespa.
O diretor da corretora Coinvalores, Paulino Botelho,acreditaque oêxitoda aberturade capitaldeempresas em 2004 irá atrair novas candidatas em 2005.
A gerentede Desenvolvimento deEmpresas da Bovespa,WangJiang Horng, destaca que o grande desafio da Bovespa em 2005 será tornar omercado decapitais uma alternativa interessante paraasempresasde médio porte. "Estamos desenvolvendo um projeto voltado paraas médiasempresas, para que possam acessaro mercado de capitais deforma gradual", informa. Aidéiaé concluiro projetoatéofinaldoprimeiro semestre de 2005.
Interesse – Na opinião da analista de mercado da Tendências Consultoria, RaquelFleury,o perfildaempresabrasileira aindanãoé de capitalaberto. "Masà medidaque oempresário percebequeo mercadode capitais é uma fonte interessantede captaçãoderecursos, acaba se adapando às condiçõespara aempresa ser listada",diz. Segundoa economista,nãobastaaeconomiacrescer, nemamaior presença do investidor estrangeiro.
"Para a bolsa decolar é preciso promover mudançasmaisprofundasnaregulamentação e naárea tributária, além de se propagar entre asempresas fechadas a culturade captaçãode recursosnomercado acionário. Do contrário, esses fatoressemprelimitarão um crescimento maior da bolsa", afirma Raquel Fleury. O gerentedaLafis Con-
su lt ori a, Análises Setoriaise de Em pres as, Daniel Gorayeb, acredita queesse movimento de abertura de capital deve continuare se aprofundar em 2005. "As perspectivas sãofavoráveis,em função do crescimento da economia." Entretanto, ele faz um alerta para umgargalo que pode atrapalhar. "À medida que aeconomiacomeça a crescer, são necessários mais investimentos,tanto naprodução quanto naestrutrafísca,comoportos,estradas e ferrovias", avalia. Destrave – Segundo Gorayeb,esserisco tendeaser menor graçasà aprovação da LeidasFalênciase do Projeto de Parcerias Público-Privadas."Isso tudotornaviávelaentradaderecursos. O analista frisa que esses investimentos sãonecessários para que o
mercado entenda que o crescimento é sustentávele abolsa reflita isso posi tivamente, proporcionando valorização maior que a oferecida pelos investimentos em renda fixa.O gerenteda Lafis acredita que, do ponto de vista econômico, o cenário é relativamente tranqüilo, dando espaço para a bolsa crescer em 2005. Essetemor podeserafastado se a intenção de investir dos empresários se confirmar. De acordo com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a previsão é de queos empresários invistam para ampliar a capacidadeprodutiva dasfábricase, assim,atender aoaumento de demanda. Para 2005, mais de 40% das empresas planejam maiores aportes na aquisição de máquinas e equipamentos. Va-
lelembrar que os investimentosindustriais do ano que vem, alémde controlar o preço dos produtos e segurar a inflação, também geram empregos e aquecem a economia.
A economista da Área Macro de Pesquisado Unibanco, Giovanna Rocca, prevê crescimento da economiaem2005,com oPIB subindo 3,7%. Nasua avaliação, o setor produtivo deverá investir na expansão para atender à demanda interna,o que abriráespaço para o Banco Central voltar a cortar a taxa de juro básica (Selic), mas issosó a partir do segundo semestre.A expectativa paraos primeiros seis meses de 2005 é de elevação gradual do juro.
Para o câmbio, Giovanna Rocca estima cotação média de R$ 2,85. "Apesar de o dólar ter sedepreciado, o real se mantémestávelfrenteà cestade moedasqueabrange as exportações, como o euroe oiene", diz. Já oaumento do consumo interno poderá interferirnosaldo da balançacomercial em 2005. (AB)
Estudo aponta maior valor de mercado para as empresas
O ano de 2004 foi bastante positivo paraas principais empresascom ações naBovespa. Levantamentorealizado pela Lafis Consultoria, AnálisesSetoriais ede Empresas mostra queo valor de mercado das dez maiores empresaslistadas noIbovespa cresceuR$77 bilhões, passando de R$ 330 bilhões em 2003paraR$ 407bilhõesnoinício do ano passado. Segundo estudo,considerandotodas as empresas que fazem parte do Ibovespa,o crescimentoverificadonomesmo período foide R$ 111 bilhões. No final de 2003, asações dessascompanhias somavamR$499 bilhões.Este ano, acifra saltou para R$611bilhões.O crescimentodas empresas listadas foi de R$ 179 bilhões. (AB)
põe das mesmas condições denegociação de ativosde renda variável como compra evenda nomesmodia (day trade) e uso como margem para outras operações na Bovespa.
O programa Bolsa Aberta, lançado emagosto deste ano, como parte das comemorações pelos 114 anos da Bovespa, éoutra importanteinciativa dabolsapaulista paraaproximar aspessoas de seu dia-a-dia.
As pessoas são convidadasaviraopregão nos finaisde semana,que se transforma emum espaço expositivo, onde têm a oportunidade de entrar em contato com representantes dasempresas listadasedas corretoras. (AB)
Programa Bolsa Vai até Você: incentivo para quem quer investir
O Programa Bovespa Vai até Você foi implantado há três anos pelaBovespa.O projeto ganhou força há doisanos deubonsresultados. Segundo o diretor de Marketingda Bovespa, Luis Abdal, oprograma contribui para o aumento significativo da participação das pessoasfísicas nos últimos dois anos,que subiu de15% para30% dototal do volume financeiro negociado. Nesses três anos, foramcadastradas 180mil pessoas.Abdal estima ter atingindo 30 milhõesde pessoas nesse período.
"A idéiaé mostraràs pessoas que a bolsa não é um bicho-de-sete-cabeças. Ao contrário,éumprodutodisponível e acessível", afirma. Oprogramausa material didático, em linguagem simples, através do qual é explicado àspessoas oconceito da bolsa, mostrando que pode-se participar ativamente do sucesso das empresas de capital aberto.
"Não é um processo que ocorre nocurto prazo.É de longo prazo. Nenhuma empresa cresceoudobraseu patrimôniode umdiapara outro.A empresa vai crescendo e seuspapéisacompanham esse processo."
Três frentes – A estratégia do Bovespa Vaiaté Você contemplatrês pilares: marketing direto,relações públicas e marketing de relacionamento. "Essas ferramentas são eficientes. O Brasilé muito grande. Por isso, precisamos transmitir bem a mensagem para quebrar paradigmas",pondera Abdal.
Já foram implantados mais de 10 módulos: Metrô, Fábrica, Teatro, Clubes, Academias, Universidades, Escolas, Conjuntos Comerciais, Municípios. O Bovespa Vai até as Empresas já visitou 57. "Há muitos pedidos para levar conhecimentoaosfuncionários", constata Abdal. (AB)
Criação da conta permite transferência de dinheiro entre aplicações sem a incidência da CPMF,permitindo que aplicador busque melhores ganhos
Durante muito tempo aContribuição Provisóris sobre Movimentação Financeira (CPMF) atrapalhou as estratégiasde investimento de quem costuma aplicar dinheiro nos bancos, uma vezqueparte doganhoera consumida pelo imposto. Paraessas pessoas,oano de 2004 trouxe uma ótima notícia: o governo criou a criação da conta-investimento, umaconta cujomecanismo defuncionamento
permiteadiversificaçãodas aplicações financeirassem que,a cadamudançade fundo feita pelo investidor ele precise recolhero 0,38% daalíquotadaCPMF. A conta-investimento entrou em vigor no último dia 1º de outubro,dois mesesdepois da data inicialmente prevista,queeraprimeirodeagosto de 2004).
Alternativa– A criação da conta-investimento permite que os investidores busquem no mercado financeirofundosou aplica-
çõesfinanceirasque,emsua avaliação, tenhamperspectivas melhores de rentabilidade. Antes,mesmo vendo opçõesmais promissoras no mercado, muitos investidorespreferiam ficarcoma mesma aplicação, poisos ganhoscom amudança muitas vezes não compensavamos gastoscom asvárias ContribuiçõesProvisórias que pagariamno caminhono momentoqueque retiravam odinheirodo fundo antigo, pasavam pela conta corrente e o deposita-
vamnonovo fundode investimento. Agora, com a conta-investimento, essesinvestidores podem, por exemplo, transferir recursos de um fundo de renda fixa do bancoA para um fundode açõesdo bancoBsem queo dinheiro transitepela conta corrente–oquegerariaacobrança da alíquota da CPMF. Assim, podem ter mais liberdade paraplanejar suas aplicações, sem perdas natransferência, como antigamente.
PRINCIPAIS EVENTOS
DA SEMANA
Segunda-feira: A Secretaria deComércio ExteriordoMinistério dO Desenvolvimento, Indústriae Comércio (Secex) estará divulgando os resultados da balança comercial brasileira referentes à quinta semana de dezembro eno acumulado do mês. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) divulga os balanços de consultas ao Usecheque eao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) referentes ao mês de dezembro. Os números servem determômetro do comportamento das vendas a vista (Usecheque) e a prazo (SCPC). AACSPtambémdi-
De acordo com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), entidade que acompanha a evolução da indústria de fundos de investimento brasileira, a criação da conta-investimento nãoprovocou mudançaperceptível no mercado defundos, principalmenteporque ainda é muito recente.
OBradesco, maiorbanco privado doPaís em termos de ativos, também informa que ainda não percebeu grandemovimentação dos
vulga balanço de registros recebidos e cancelados no SCPC, falências e concordatas de empresas em dezembro.
Terça-feira: A Fundação Getúlio Vargas(FGV) divulga o IPC-RJ de dezembro. Nos Estados Unidos, saem números sobre encomendas à indústriafeita nomês denovembro do ano passado.
Quarta-feira: AFGV divulgao IGP-DI referenteao mês de dezembro.
cotistasdosfundos deinvestimento que administra. "O comportamentodos investidores foi bastante tranqüilo nesses dois primeiros meses de vigência da containvestimento", diz odiretor-executivodo Bradesco Sérgio de Oliveira. "Aparentemente, osinvestidores estãosatisfeitos com a rentabilidade de seus fundos de investimento,e, assim, preferem não mudar de aplicação", acrescenta o executivo.
Rejane Aguiar
Quinta-feira: A Fundação InstitutodePesquisas Econômicas (Fipe) divulga o Índice dePreçosao Consumidor (IPC)referente àterceiraquadrissemana de dezembro e também o resultadodo índice no mês fechado. Sem data definida durante a semana: O Departamento Intersindical de Estatísticase Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) divulga o Índicede CustodeVida(ICV) medido na cidadedeSão Paulo referenteaoúltimo mêsdoanode 2004. Fonte: Tendências Consultoria
Os indicadores financeiros publicados hojereferem-se aodia 30de dezembrode 2004,últimodia de funcionamento dos mercados.
Paulistano curtiu as praias do litoral norte e as de Santos, onde fez muito calor. O regresso à cidade foi marcado por congestionamentos provocados por acidentes, um deles grave, ocorrido na rodovia dos Imigrantes, com sete feridos. Muitos deixaram para viajar hoje, de ônibus.
Os paulistanos que viajaram no feriadãode fim deano tiveram, ontem, um domingo de praia,muito soleestradas congestionadas. Os que não precisaram retornar à capitalejá aproveitamasférias deverão curtiramaspraias dolitoralnorte doEstadoe as de Santos, onde os termômetroschegaramaregistrar 35 graus. Os que trabalham hojetiveram de enfrentar estradas prejudicados por engarrafamentos provocados por acidentes. Feridos – Doisdelescom-
plicaram o trânsito no Sistema Anchieta-Imigrantes. O mais graveocorreunoquilômetro20da Imigrantes, no fim da tarde, e deixou sete pessoas feridas. Um carro que seguia no sentido da capital cruzou o canteiro e atingiu dois veículos que desciamparaolitoral.Oacidente provocou um congestionamento de aproximadamente quatro quilômetros. Os feridos foram levados ao Hospital Municipal de Diadema. Emoutro acidente,um motorista quesubia aserra pela pista norte da Imigran-
tes perdeu o controle do veículo ecapotou noquilômetro 18.Uma pessoafoi atendidacom ferimentosleves. Até o início da noite, 415 mil veículos subiram a serra pela Anchieta-Imigrantes.
Interior – A volta do interiorestava maismovimentadana Rodoviados Bandeirantes. A concessionária AutoBAn chegou a registrarsete quilômetros de congestionamento na regiãodeJundiaí.Nas rodoviasRaposo Tavarese Castelo Branco,houve pouca lentidão. Muitos paulistanos que
viajaramde ônibuspreferiramadiar avolta parahoje. Ontem, nos terminais Barra Funda, Jabaquara e Tietê, desembarcaram 40mil pessoas.Parahoje aprevisãoé de 52 milpessoas, segundo a Socicam, administradora dos terminais.
Umacidente comvítimas ocorrido porvolta das18h prejudicou o trânsito na pistasentido SãoPaulo da rodovia Fernão Dias.
Segundo aPolícia RodoviáriaFederal,um veículo atropelou algumaspessoas que estavam no acostamento, na altura de Atibaia.
No mesmo local, pouco antes, um carro havia capotado. Motoristas teriam parado no acostamento,supostamente para auxiliar possíveis feridos. Além do acidente,a chuvatambém atrapalhou o trânsito nas estradas de São Paulo. Praia Limpa– O governador de São Paulo, GeraldoAlckminesteve ontem em Santos, nolitoral sul do estado, onde participoudo lançamento da campanha Verão Limpo.Alckmin passeou pelapraia,distribuiu sacos de lixo para os banhistasetomouumabatida de
caju sem álcool. O governador ainda velejou ao lado de Lars Grael, secretário estadual dos Esportes. Afogamentos – No Rio, o Grupamento Marítimo (Gmar) registrou 1.418 ocorrências de afogamento de quinta-feira até o fim da tardedeontem. Sónanoite deAno Novo foram realizados 55 salvamentos na orla do Estado.De acordo com o comandante das Unidades Especializadas do Corpo de Bombeiros, coronel MarcosSilva, doisjovensestão desaparecidos desde o dia 31. (Agências)
Blecaute no primeiro dia do ano atingiu várias cidades do Rio, Espírito Santo e Minas Gerais. Diretor de Operações de Furnas afirmou ontem que o Rio não está livre de novo apagão.
Aministra de Minase Energia, Dilma Rousseff, convocou para hojeuma reuniãoparadiscutirascausasdo blecaute que no primeiro dia do ano atingiu acapital doRio de Janeiroe diversascidades doEstado, alémdemunicípios do Espírito Santoe de Minas Gerais.
O assunto será discutido com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, formado porrepresentantesdo ministério, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) e daAgência Nacionalde Águas (ANA). Também deverão participartécnicosde Furnas Centrais Elétricas, responsávelpelasinstalações onde ocorreu o incidente.
A reunião está prevista para as14h, nasede doministério. Dilma Rousseff mostrou-se preocupada com ademoranoreligamento do sistema, que chegou auma hora,e pretende fazer umdiagnósticodo problema com os técnicos.
O Comitêde Monitoramento do Setor Elétrico tem portarefaacompanharagarantia dosuprimento de energiaelétricaem todoo País, tanto do ponto de vista energético (como a garantia das fontes de energia, comoágua, gás,etc.),quanto dopontode vista elétrico (garantir a segurançadas
redes einstalações e dos procedimentos operacionais, entre outros). Multas – Onovo apagão ocorre um mêsapós Furnas ter recebido uma multa de R$ 9,932 milhões por um outro apagão, que também atingiu os estados do Rio deJaneiroe doEspírito Santo, em maio de 2004. Depois de analisar os rotineiros recursos da empresa, a Aneel encerrou o processo administrativo em 24 de novembro, publicandoa multa com seu valor final, equivalente a 0,12% do faturamento anual da empresa. Agorasóresta aFurnaso recursojudicial paraprotelar ou evitar o pagamento. Aempresajáhaviarecebido
umamultade R$ 5,8 milhões por causa do grande blecaute de janeiro de 2001, que atingiu 11 Estados e o Distrito Federal, eoutrade R$ 640 mil, por causa de um apagão tambémno Rio,em janeiro de 2002. Outra multa milionária por causa de blecaute foi aplicadanoano passadoa Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), no valor de R$ 7,917 milhões. Um incêndio na fiação que abastecea ilhade Florianópolis deixou grandepartedacapital sem energia por vários dias.A Companhiade Transmissão de Energia Elétrica Paulista(CTEEP) também foi multada, em 2002 em R$ 4,5 milhões, por
um blecaute.Outramulta, de R$ 2,790 milhões, foi aplicadaàCompanhiaEstadual de Energia Elétrica (CEEE), também por acidente na rede elétrica. Sem garantias – Ontem o diretor de Operaçõesde Furnas, FábioResende, disse que o sistema de proteção daslinhasde transmissão que partem da estação de Cachoeira Paulista para o Riode Janeiro foram acionados poruma falhanos sensores de proteção do sistema.O diretor não descartouapossibilidadede um novo apagão. "Pode acontecer já que a carga de energia vai aumentar a partir de segunda-feira", disse Resende. (Agências)
S erárealizada amanhã, às 11h, aMissa de SétimoDia de Anna Theresa Maria Josefa Tekla Jadwiga Isabella, baronesa Schummer Vilamowska e condessaLubowiecka, na Igreja de SãoJosé,naruaDinamarca, 32, noJardim Europa, zona sul de São Paulo. Anna Theresa era esposa do jornalista,escritor eaca-
NOTAS
NOVO COMBUSTÍVEL
NUCLEAR POLUI MENOS E GERA MAIS ENERGIA
Pesquisadores brasileiros integraram a equipe de 29 técnicos que desenvolveu um novo combustível nuclearque usa menos urânio, produz menoslixoradioativoeécapazde gerar30%a maisdeenergia. Ele foidesenvolvido peloconsórcio Westinghouse,Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a coreana KNFC. O 16 NGF começa a ser usado neste mês na Coréia e em 2008 no Brasil.
NO RIO, TIROTEIO FECHA A LINHA VERMELHA
Um tiroteio entre policiais e bandidosnas proximidades da Vila do João provocou o fechamento da Linha Vermelha, no Rio,por poucomais de40 minutos,nofinal datardede ontem. Um carro daPM foi alvejado na pista sentido Baixada Fluminense,nomomento emque omovimento decarroseraintenso naviaqueliga o Aeroporto Internacional Tom Jobim à zona sul.
dêmicoJoãode Scantimburgo, diretor responsável pelo Diário doComércio Deixou os filhos Piotr e Anna, cinco netos– Anna Clara, casadacom Eduardo Costa deAmorim; Marianna,casada comSérgioBovi Renzo; Beatriz, casada com Sérgio Luis Valota; Anna LúciaePawel,ambossolteiros –, e três bisnetas.
ILHABELA NO ROTEIRO DOS GRANDES TRANSATLÂNTICOS
Os transatlânticos Costa Tropicale eIsland Escapefizeram escalaontem emIlhabela, no Litoral Norte Paulista, comcerca detrês milturistas. O município litorâneo está no roteiro de cruzeiros nacionais einternacionais eatémarço deve receber 29 navios. Em cruzeiro pelo Brasil, o Island deve passar por Ilhabela mais sete vezes neste verão. O Costa veio de Punta del Leste.
RIO QUER INVESTIGAR QUALIDADE DOS FOGOS NO RÉVEILLON
A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou ontem que vai investigarse anuvem defumaçaque comprometeuavisão daqueima defogosna praia de Copacabana, na festa da virada do ano, foifalta de qualidade dos fogos utilizados. O espetáculo,vistopor2 milhõesdepessoas,foimontado pela empresa argentina JúpiterFogosArtificiasecustouR$ 1,195 milhão à Prefeitura.
Comercial de São Paulo. A prova masculina foi vencida por Robert Cheruiyot e a feminina por Lydia Cheromei, ambos do Quênia.
Estamos em época de festas. Milhares de compradores invadiramas lojas, principalmentenos shopping centerse narua 25 deMarço, paratrocar presentes com os amigos e os darem a crianças, que ainda acreditamem Papai Noel e põem o sapato atrás daporta,comotambémeu fiznaminha infância já longínqua. Não há, que me conste,um sóbrasileiroquenão estejaemestadodeotimismo sobre o Brasileseu futuro,aomenosporalgunsmeses de 2005. É a época.
Vamos entrar no Ano Novocomum presidente também otimista,mas de um otimismo que não tem raízes profundas,pois em breve ele sedesvanece, quando chega a realidade. Por exemplo, um dos que não têmreservasde otimismopara 2005é o prefeito JoséSerra. Elevai encontrar os cofres da Prefeitura reduzidospela péssimaadministração Marta Suplicy, e não terá como fazerreceitapara enfrentar as despesas que sua antecessora lhe legou.
NaUnião, omédicoPalocci, com seuotimismo não raro pueril, nos brinda com um aumento de juros, fato que encarecerá todos os gêneros e utilidades de
consumopelapopulação–essamesma que,em75%, estáconfiante no ano que seiniciará daquiaalgumas horas. Estávamos certos de que o controle da inflação, fundamental em qualquer política econômico-financeiraque se preze, estava completo, e vemos que não está. Éuma decepção quese acrescenta a outras, embora a indústria esteja se movimentando em sentido positivo.Se nemtudosão rosas, todavia, nemtudo são espinhos. Resta,portanto, aguardarachegadadoAno de 2005,com oseu cortejode problemas, inclusive – como lembrou emartigo paraeste jornal, o deputado Delfim Netto –, El Niño comsuasatribulações. Se ele vem, como está previsto, segundo Delfim Netto, estejamos preparadospara desventuras nacionais e parao otimismodo presidente,queparecetervoltadoà idadeinfantil,tamanha a sua rósea esperançadeumAno Novo felizparatodososbrasileiros. É o que tenho a dizer neste dia.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Antonio Delfim Netto
E m artigo, recentemente, procureimostrar comoo simples conhecimentoda "teoria econômica das padarias" desmonta a "doutrina" segundoaqual "todaavez que o volume da produção física se aproximado limite da capacidade produtiva" é precisoaplicar umtratamento de choque, aumentando os jurospara impedira voltada inflação. Alguns economistas que trabalham para o governo vão mais longe e fixam o teto de 3,5% de expansão do PIB, pois qualquer coisaacima disso comprometerá a estabilidade da economia. Isso é apenas puro masoquismo. Aolongode 2004,asociedadebrasileiraignorou esta "verdade científica" e a economia cresceu mais do que 5%, sem prejuízo da estabilidade. Não há razão para que se ponha um freio no crescimento em 2005. Longe de representar um risco real de inflação, aaproximação dovolume de produçãofísicaao "limiteda capacidadedosistema produtivo" representa na verdadeumestímulo ao investimentoe, portanto,à continuidadedocrescimento produtivo. Em um regime monetário com equilíbrio fiscal e endividamento público moderado, a taxa de juro real deve ajustar-seàmanutenção da estabilidade, num regimedealtautilizaçãodosfatores de produção. Quando a
Numerosos indícios me levam a levantar s hipótese, ou pelo menosà suspeita,de quea espécie humana existenteatéaqui, que orgulhosamente seauto-denominou de Sapiens-sapiens, está sofrendouma mutaçãogenética queoriginaumaespécie parecida com "gente" mas na realidade é completamente diferente –se nãocontrária a isso.Se esta colocação parecer enquadrar-seno gênero da ficção kafkiana,sugiro ao leitor que atente para o fato dequeseaespéciedehomem atual adquiriu o poder astronômico de ameaçar a própria existência do planeta,porque nãopodeser,como tantas outras espécies que pela evolução sofreram mutações, resultar em um bicho diferente, em virtude de mudanças que impôs ao seu habitatnatural? Desdehamuito o homem deixou de ser um bichopara sergente, edesde
há muitonãovivemais na Natureza,masnohabitatcultural que essa gente criou. Oquecaracterizavaaespécie humana chamada de gente nunca foi, como outrora se supôs,ser inteligente.As ciências humanassabem, na atualidade, que até um burro é inteligente,e muitosdeles, como ofamoso BurrinhoPedrês de Guimarães Rosa, evidenciaramtinoe bom senso superior aos de quem o cavalgava. O que distinguia o homemdosoutros animais eraa singularidade depautarsuacondutapor valores próprios, especificamente humanistas, a verdade, a beleza ea bondade,valores espirituais cuja presença parece inexistente, ou somente de forma larvar se manifesta em outras espécies. E não se tem notíciaqueexista em qualqueroutrapartedoCosmo.E se é verdade que tais valores ma maioria das gentestam-
Arnaldo Niskier
Htaxa de juro real é maior que a taxade retorno dosinvestimentos,estes serãoinibidos, com o que se reduz o ritmo de aumentoda "capacidadedo sistema produtivo" e se retarda o crescimento futuro.
A "teoria econômica das padarias" ensina que onível deinvestimento dehojedepende, simultâneamente, de duascondições: 1)que aprodução de pão esteja hoje pertode sua"capacidade máxima", ou seja, que o capital já instalado é insuficiente para atender ao aumento da demanda depão deamanhã; 2) quequando acapacidadeestiver instalada (amanhã), ela encontrará demandadepois de amanhã.Em síntese:o investimento de hoje depende do crescimento de ontem e da expectativa que ele ampliará acapacidade produtivado sistema econômico.
A idéia de limitara taxa de crescimento ao "produto potencial estimado",que baliza nossa política monetária, revela-se armadilha mortal para opróprio crescimento do "produtopotencial",sejaeleo que for... Quemnos livrada armadilhaéo empresáriopadeiro, queabremais uma saca de farinhaquando enxerga a demanda na prateleira e encomenda a nova máquina, porque elesabe quando é preciso adaptar a capacidade produtiva. Feliz 2005!
Antonio Delfim Netto é deputado federal
áingênuos decarteirinha quejogam sobreos ombros do Estado todos os seus sonhos de realização. Isso é coisa para o Governo, aquilo só sai se o Governo der dinheiro, vamos aguardar que o Governo se manifeste –e a vida não é bem assim. Como se afirma em nossa Constituição, as iniciativas pública eparticular devemsedar as mãos, para que cada uma cumpra a sua parte, no desejo comumdetirar opaísdamiséria e do atraso. Potencial temos de sobra. EmSãoPaulo,realizou-sea escolha dos vencedores do concurso "Escrevendo oFuturo",promovidopela FundaçãoItaú Social,de doisem doisanos. Sãoprovasderedação, com um tema escolhido pela direção do evento, desta feita"O lugarondevivo".Mais de1milhão dealunos de 10 mil escolas públicas foramorientados ejulgados por25mil professoresdetodas as regiões, nas preliminares, e depois por um júri qualificado,na finalíssima.São jovensde4ae 5aséries,demonstrando sua competência para a escrita.
Pudemos observar algumas particularidades que chamaram a nossa atenção. Em primeiro lugar, a prevalênciade estudantesdosexo femininonas primeirascolocações. Depois, a escolha maisalentadade redações sobre "Opinião". Os jovens queescrevem (houve algumas redações lindíssimas) expuseram os seus pontosde-vista, sem desprezo de memórias ou poesias. Há uma vontade muito grande departicipação,oquenosparece saudável, quando foram abertas asoficinas decriação de textos em todos os estados brasileiros.
Coerente com esse aspecto, o resultado final premiou a menina carioca Giselle Santosde Paula, queescreveua redação intitulada "No morro não tem só bandido". Vencedora da etapa Rio, ela já ha-
Cartas: dcomercio@acsp.com.br
bém assumiam forma larvar, é inegável que todas as culturas, de todos os tempos, reconheceramcomomodeloshumanos superiores e paradigmáticos os sábios, os santos e os artistas,representantes supremos desses valores. Do pontode vistaprático issose traduzia, comoKant postulou pelo "imperativo categórico" de tanto coletiva, como inter-individualmente,em seagir comreferência aos seus semelhantes como sedesejaria queseussemelhantesagissemcomreferência a si próprios. Pois tal era a pré-condiçãonão apenas de uma vida exemplar como a condiçãosinequadapossibilidadede umavidacoletiva. E assimpormilênios pude-
ram conviver as "gentes" e avançarno ideal deaperfeiçoamento culturala que se chamoude"civilização". Os povos e culturasque infringiram o cânone humanista acabaram pela seleção históricaeliminadosda face da Terra, por mais poderosos que possam ter sidos. Ora,éprecisamentea"civilidade"das gentesquepareceinexistirnos mutantes atuais,cujas características esperamos poder vir adescrever.
Benedicto Ferri de Barros, da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia e-mail: benedictobarros@yahoo.com.br
via sido intensamente aplaudida, na semi-final realizada naAcademia Brasileirade Letras. Podemos assegurar que houve muita emoção quandooseunomefoidadoa conhecer.Uma estudante,na flor da adolescência, com a consciência formada a respeitodo que se entende por cidadania. É claro que todos sabemosque nas quase 800 favelas do Rio de Janeiro é relativamente pequeno o número de delinqüentes.
A maioriaé constituídade trabalhadores, gente pobre, quenãotemoutraalternativa de moradia. Porisso, condenar toda a favela é uma flagrante injustiça.Isso foibem captado pela jovem vencedora, com um texto límpido, português correto,afirmando com muita convicção o que todos gostaríamos de proclamar."Aspessoas não têm culpa de serem pobres." No fundo, com a certeza de que a saga dos favelados será reduzida ao extremo quando houver emprego para todos, com salários compatíveis.
A direção do Prêmio, que contacom acolaboração do MEC, da Undime, do Cenpec (Maria AliceSetúbal)eo apoio daABL, deixou claro que nãose conformacoma existência de 96% de matriculados nasescolas públicas brasileiras. Antônio Matias enfatizou quea grandepreocupação da nossa sociedade devese voltaragora para a construção de uma educação de qualidade, na valorização das políticas públicas.
Da promoção consta igualmentearealizaçãode "Encontros deFormação", destinados aprofessores queparticipam de oficinas e eventos de reflexão sobre práticas pedagógicas. Os mestres são preparados para orientar seus discípulosnaelaboração criativa detextos de memórias,poesiaseopinião,para o retrato adequado do cotidiano, na identificação da riquezaculturalexistentenas diversas regiões brasileiras. Arnaldo Niskier
Associação Comercial de São Paulo
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Superintendência de Serviços:
Renato José Giusti
OBrasil tem de vencer grandes desafios na áreadeinfra-estrutura para manter a taxa de crescimento de3,5% a 4% nospróximos anos,como prevêogoverno. Um desses desafiosé melhorar a situação de nossas estradas. Maisde 80%das rodovias federais brasileiras estão deterioradas atal pontoque já ameaçam a expansão econômica puxada pelas exportações e pelo agronegócio. AliberaçãodeR$180 milhões anunciada pelo governo permitirá apenas um começo de recuperação. Como a verba éreduzida, é imprescindívelque sejausadada melhor maneira possível, comsoluções econômicase duradouras. A pavimentação de concreto é alternativa mundialmente consagrada. Dos quase 1,7 milhãode quilômetros damalha rodoviária do País, apenas 165 mil estão pavimentados.E apenas 2% têm pavimentação de concreto,seguramente amelhorescolha paraestradas com tráfego intenso e pesado como asprincipaisrodovias de escoamento da produção nacional.Nãoéporacasoque grande parte das estradas estáhojeem péssimascondições. Esses dadossão ainda maisestarrecedores seanalisarmos os resultados obtidos pelaConfederação Nacional do Transporte (CNT)em sua pesquisa rodoviária 2004. Dos 74.681 km de rodovias pesquisadas,em todoo Brasil,56,1% daextensão, ouseja, quase42milquilômetros apresentam pavimentoem estadodeficiente,ruim ou péssimo e74,7%têm algum grau de imperfeição. O pavimento deconcreto tem, em geral, vida útil de 30 anos. Ogasto commanutençãoé seis vezes menor que nas outrasopções eosreparossãomaissimplese baratos. O concreto exige menos
gastospúblicoscomiluminação, porcausa da corclara, e aumenta a segurançanas estradas, pois diminui a distânciadefreagememquase40%. Estudosinternacionais demonstram quepara osmotoristas, a economia no consumo decombustívelgiraem tornode 11%.Para caminhões,a economia pode ser deaté 20%equanto maispesadoforo veículo, maior a economia de combustível. Acrescente-seaessas vantagens o fato do cimento ser um produto nacional.Incentivar o seu uso, portanto, é promover o emprego no país. Apavimentaçãodeconcreto já foiutilizadaintensamente nas estradas brasileirasaté adécadade50. Odesenvolvimento dos pavimentos flexíveis, aliado aos preços oferecidos fez mais intenso o uso dessa alternativa. A alta do petróleo e as novas tecnologiase equipamentos desenvolvidos tornaram competitivo o custo inicial de uma rodovia pavimentada comconcreto. Seconsiderarmosos benefícios posteriores, temos uma solução extremamente vantajosa. Nos EUAcerca de20% das estradas utilizamo concreto. NaAlemanha todasasestradas de alta velocidade são de concreto. Na América Latina, oChile éo paísque maisusa concreto. OBrasiltemexperiências recentes bem-sucedidas,comoa doRodoanel, emSão Paulo.Umaconquistapara umpaísem quemorrem 60 mil pessoas por ano em rodovias esburacadas, que também não dão conta de transportar a produção nacional. Agora que o governo começa arecuperar a malha rodoviária, podemos mudar esse quadro. É hora de fazer uma opção simples, barata, segura e concreta.
Renato José Giusti é presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland
José Serraassumiu aPrefeituradeSão Paulo com64% deexpectativa positivasegundoo Datafolha, sabendo que é o candidato mais fortedoPSDBà PresidênciadaRepúblicaouao governo do Estado. Mas, seu compromisso é o de exercer os 4 anos de mandato de prefeito. Foi um compromisso assumido na campanha para responderaos adversários queo acusavam de pretender fazer da Prefeitura um trampolim para vôos mais altos.
As pesquisas que aterrisam no Planalto indicam que Serra seria o candidato mais difícil, entre tucanos, para ser batido por Lula. Seria, na verdade, o único candidato do PSDB capaz de impedir que Lula se reelegesse ainda no 1º turno. Tambémparaogoverno deSãoPauloSerraseriao principalcandidatodoPSDB. Seriaumdos favoritos para suceder a Geraldo Alckmin. A únicatristeza deSerra, nosábado, foiter perdido a Presidência da Câmara Municipal.
M esmo encravado na Prefeitura, Serradeverá ser pressionado no momento oportuno para renunciar ao mandato e se candidatar àsucessão de Lulaouaogovernopaulista. Mas, sua promessa é de não encurtar seu mandato de prefeito.
S e prevalecer apromessa, Serra só pensará em disputareleição em 2008 (reeleiçãode prefeito) ouem 2010(depresidente ou governador). Para ele,em 2006, estará reservada a condiçãode ser o carro-chefe das campanhas do PSDB.
S erra assumiu uma Prefeitura endividada, a exemplo de outros prefeitos. O município deve R$ 30 bilhões,quase 2orçamentosdacidade(R$ 15 bilhões 200 milhões).
Uma dívida que foi negociadapor Pittacom ogoverno FHC para ser resgatada em 30 anos.
J á no cargodeprefeito, Serra deve determinar a paralisaçãode construção de outras 24 unidades dos CEUs. O tucano acha queosCEUssóatendema 5% dos alunos consumindo mais de 30% da verba destinadaà Educação.É desproporcional, diz ele.
S erra ainda não se conformoucomoqueaconteceu na eleição de presidente da Câmara. Seu candidato, Ricardo Montoro, teria sido traído por um companheirode bancada (Roberto Trípoli). Mas Trípoli decidiu se candidatar depois de constatarque Montoro perderia a eleição para um candidato do Centrão: Celso Jatene.
Marta Suplicy deixou a Prefeituracom49% de aprovação noDatafolha, maspara34% daspessoas consultadas, a ex-prefeita fracassou naárea daSaúde e acertou para 36% no setor de transporte coletivo.
A ex-prefeita desejou sorte ao sucessor no discursode posse,mas se Serra falhar, sua administração cresce no conceito popular.Marta Suplicy só serálembradacom saudadese o tucanonão for bem. Marta luta para conseguir a legendado PT para ser candidata a governadora.
Perda do comando do Legislativo Municipal para a oposição livraria Serra de pressões por cargos
AJ ilmar Tatto, ex-secretário deTransportes, éum dos principais articulares dacandidatura deMarta à sucessão de Alckmin. Tatto deverá viajar pelo interiordo Estadofazendo a propagandada exprefeita através de obras realizadas.
J untamente com Rui Falcãoe Valdemir Garreta, Jilmar Tatto vai trabalhar no Instituto de Políticas Públicas queMarta Suplicy vai inaugurar, funcionando no bairro do Paraíso.A ex-prefeitavai usar o instituto para fazer a campanha deLula à reeleição.
L ula comunicoua bancada doPT que oseu candidato apresidente da Câmaraé odeputado Luiz Eduardo Greenhalgh.O presidentenão está gostando de ouvir que omineiro Virgílio Guimarães teria intenções de concorrer com Greenhalgh no voto de plenário.
G ula Greenhalgh aindanão aparou aaresta que ainda prevalece daqueles que são contra a suacandidatura, comoos deputados das bancadas ruralista eevangélica. Os ruralistas não gostam do deputadopaulista porqueGreenhalghé advogado do MST.
L ula temtratado opresidenta da Câmara, João PauloCunha comoum pré-candidatodo PTao governo de SãoPaulo. Apóselogiar ocomportamentode João Paulo na Presidência da Câmara, Lula serefereaodeputado como alguémque pode figurarnoseu futuro ministério.
Geraldo Alckmin prefereesperar pela eleiçãode presidente da Assembléia Legislativa (fevereiro) para mexer no secretariado. O governador vai alterar sua equipe de1º escalão. Vai azeitar a máquina para as eleições de 2006.
F ernando Henrique Cardoso dormiu o sono tranqüilo nasúltimas horas. Foi o tucano mais aplaudido na solenidade de posse de Serra no Palácio Anhangabau. FHC acenou para os tucanos como se estivesse no palanque de campanha.
perda daPresidência daCâmara Municipal está sendo encaradapelos tucanos não comouma derrota,mas sim comouma situação de alívio.O prefeitoJosé Serraficou livre de qualquer forma depressão porumaeventual troca decargos por votos.Alémdisso,noprimeiro ano de seu governo, Serra vaiterpoucosprojetos de interesse para serem aprovadospelo Legislativo.Segundo tucanos,o prefeito não pensa em qualquer tipo de retaliação contra os vereadores que o traíram. Mas advertem que a eleição em São Paulo vai refletir na escolhadonovopresidenteda CâmaraFederal, ondeo PSDB deve apoiar acandidaturado deputadoJosé Carlos Aleluia (PFL-BA). "OPT eo PCdoBfizeram jogo de empurra. Encenaram queiriam apoiara candidatura do PSDB,mas na hora 'H' mostraramque estão dispostos a criar dificuldades para o governo Serra. Agora, vai ser a vez dos nossos deputados fazerem o mesmo jogo",disseumtucano dealtaplumagem. O senador Eduardo Suplicy (PT)dissenosábado que seu partido tinha errado e chegou a insinuar que a responsabilidadeseriada exprefeita Marta Suplicy. Erro do Centrão – Já refeitos da perda do comando do Legislativo Municipal,os tucanos acreditam que a derrota possa se transformarnumacoisabenéficaparaogoverno Serra."OCentrão cometeu um erro de avaliaçãoao acreditarqueo governoJosé Serraseriacomoos governosanteriores, ondeo fisiologismo eraa pratica.O governo tema grande chance de fazer uma ótima administração",disse umdos secretáriostucanos. Além de se verem livres da voracidade porcargos demonstradapor muitosvereadores,os integrantesdo governoSerra aindaganha-
Cerimônia foi "uma troca civilizada de poder", diz Afif
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) marcou presença na cerimônia de posse do novo prefeito paulistano. O presidente da Entidade, Guilherme Afif Domingos, acompanhado de sua esposa, dona Silvia, resumiu após cumprimentar José Serra (PSDB): "Foi uma transmissão de governo nos moldes democráticos; uma troca civilizada do poder".
Para o vice-presidente da ACSP, Alfredo Cotait Neto, o discurso do novo prefeito enfatiza a importância das entidades da sociedade civil no processo de governar: "O que reforça a importância do papel ativo da Associação para colaborar com a
rama chancedearrumar um culpado toda vez que uma ação daPrefeitura não der certo: os parlamentares. Aperdadapresidênciada Câmaraaconteceu graçasa uma "traição", segundo a definição dostucanos,do vereadorRoberto Trípoli (PSDB). Desde a última sexta-feira, ele vinha negociandocom ogrupo doCentrão (chamado deBlocoBlindadoe queera formado por vereadores do PTB, PL, PMDB,PPea maioriada bancadado PT).Trípolinega, afirmandoque foi procurado apenas no sábado, o que é desmentido por integrantes do Centrão. "Ele se ofereceu para ser o candidato", disseovereadorCelso Jatene (PTB). Um voto – Dos55 vereadoresda CâmaraMunicipal, o PSDB (que tinha escolhido overeador Ricardo Montoro parasero candidatoà Presidência)tinha27 votos. O Centrão, que iria deJatene, tinha outros27 votos.O vereador Carlos Gianazzi (PT) tinha lançado candidatura solo como forma deprotesto.PeloRegimento Interno da Câmara, no casodeempatevenceo candidato que tiver mais idade.Montoro émais velho queJatene e porisso seriao presidente.Com asaídade Trípolido PSDB, o Centrãoconseguiu28 votos, elegendo-o presidente. A ExecutivaMunicipal do PSDB deve providenciar esta semana a expulsão do
administração no sentido de atender cada vez mais os anseios da população".
Outros dois vicepresidentes da ACSP também estiveram presente. Walter Shindi Iihoshi, lembrou que Serra tem um passado que comprova sua capacidade administrativa: "E a cidade quer isso do novo prefeito".
Carlos Monteiro crê que a nova administração estará voltada para a austeridade e para os problemas básicos que afligem os cidadãos. (SLR)
Falar com: Maria Sílvia Mussolino
vereadorda legenda.Além de Trípoli, aira dos tucanos recaisobre outrosvereadores, que passaram os últimos dias flertando com o governo –chegando agarantir votos para Montoro –mas quese mantiveram como Centrão."O CelsoJatene,porexemplo, sempre disse quequeria fazeroposição. Mas outros vereadoresdo PTBgarantiramao prefeito que votariam no Montoro. Tiveram até uma relação pegajosa. Depois, acabaram não honrando o compromissocom oSerra", afirmou um secretário municipal. Os 26 votos que o governo Serra possuina Câmaraforam conquistados com a participação dos partidos aliadosna formação dosecretariado. Para obter maioria para aprovar os projetos, Serravai precisardemais dois votos.A intençãoé fazer acordos pontuais com os vereadores,sem oferecer cargos oucomando deSubprefeituras. Ontem, o secretáriodas Subprefeituras, Walter Feldman, se reuniu comos novos subprefeitos (que vão ficar a princípio interinamentenos cargospor 45dias)e deu asdiretrizes do governo: muito trabalho no atendimento à população e nenhuma negociata. Fernando Lancha
" Eu não traí ninguém. Nem os princípios do PSDB", diz Trípoli
Responsabilizado pela derrotadeJosé SerranaCâmaraMunicipal, onovo presidente da Casa, Roberto Trípoli (PSDB), disse ontem que a história não é bem assim. "Criaramuma situação quenãoera real. Nós iríamos perder ou ter de votar em Mário Dias, que foi vereador pelo PPB de Paulo Maluf", alegou. "Se eu fosse o candidatodopartido,teriapertode50 votos,montaríamos uma chapa de consenso e a Câmara estaria em paz. Tenhoadversários políticos, não inimigos".
Chamado de traidor por vereadoresdo PSDBapósa votação de ontem, o presidenteda Câmararespondeu:"Eu nãotraíninguém nem os princípios do PSDB. Seria certo eu votar em MárioDias,do PPBdePaulo Maluf?",questionou. Logo cedo,Trípoli foià Câmara inteirar-se da situação. Reconheceuqueanovafunção o entusiasma. Entre suas primeiras medidas estão investimentos e melhorias em informatização e recursos humanos, além dedar mais "transparência" às compras do Legislativo. "Quero ajudar o prefeito José Serra a fazer uma das melhores administraçõesque essacidade já teve", garantiu. (AE)
Para overeadorRicardo
Montoro (PSDB), agora é hora de transformar em vitória a perdadaPresidênciadaCâmara Municipal. "A derrota é um anúncio de novos tempos".
Mas aeleição deRoberto Trípoli(PSDB) abalouMontoro. Para ele, qualificaro episódio deantiético émuitopouco. "Foi uma atitude de favorecimento, oportunismo e individualismo. Os vereadoresdo PSDB se sentiram traídos. A melhor definição é traição. Ele (Trípoli) não tem mais ambiente. Elenunca foitucano, apenas estava no PSDB". (AE)
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Site fechou 2004 com um faturamento de R$ 6, 8 milhões e uma média de 400 entregas por dia para 900 cidades. Parceria com os Correios garantirá atendimento em todo o País.
Ninguém diria que venderflores pela internet seria um negócio promissor. Nem mesmo os proprietários do Flores Online, sitede comércio eletrônico que vai faturar R$6,8 milhõeseste ano,colocaramtodas as suasexpectativas sobre o novo negócio, quecomeçoua operarnaredemundialdecomputadores em 1998.
A idéia foi trazida por um dos sócios que na época trabalhava na área de informática esoube de um modelo de vendade flores pela internet nos Estados Unidos que fazia bastante sucesso. Feita a experiência no Brasil e passados seis anos desde a implantaçãodoprojeto, o resultado são vendas diáriasquegiram emtornode 350 e 400 entregas e picos de até6 milpedidos em um único dia em períodoscomo o do Dia das Mães.
Crescimento - De causar inveja em qualquer floricultura, oFlores Onlinetem 40 colaboradores fixos e vai encerrareste anocomcrescimento de40% emrelação a2003. Aprevisãoé elevar em mais 40% a receita de vendasnos próximos12 meses. "Desde oinício de 2004 focamos as ações estra-
tégicas noestabelecimento de parceriasexclusivas, capazes de atender a demanda de clientesque gostariam de presentearcom flores e outros produtos complementares", explica Eduardo Casarini, diretor do Flores Online. Ele diz quepraticamente 100% das compras de arranjos são acompanhadas de outrosprodutos,oquejustifica a implementação de novas parcerias. "Em2004 fechamos o fornecimento de doces exclusivos com a rede de confeitariasAmoraos Pedaços. No sitetambém é possível comprar cristais da marcaSwaroviske champagne da Chandon, além de
livros de poesia, velas ebichos de pelúcias", acrescenta o executivo.
SOS Mata AtlânticaNeste fim de ano, a empresa fechou um acordo para a venda de cestos produzidos pela comunidade indígena Baniwa (MT),alémdeprodutos licenciadosda marca
SOS Mata Atlântica e arranjos florais criados especialmente e aprovadospela curadoria doMuseudeArte de Moderna(Mam)."Nos últimos dois casos, parte do
valor érepassadoàs instituições", conta o diretor. Entregas - De acordo comCasarini,em2005aempresa espera consolidar a liderança neste mercado e passar a distribuir seus produtos em qualquer parte do País. "Atualmente atendemos 900 cidades brasileiras em função de um acordo firmado com a DHL, mas consumidores de todos os municípios poderãocomprar produtosdoFlores Online com acontrataçãodeum
serviço especialdo Correios", afirma Casarini. As embalagensparao transporte dosarranjos são produzidas apenasem São Paulo, "paraquenão haja queda nopadrãode qualidade"e,de acordocomCasarini, são o grande diferencialdoserviço,garantindoo bom estado em que as flores chegamaodestino final. "Emboraos pedidosprovenientes de clientes do estado de São Paulo representem 70% do total, consumi-
dores de outras áreas podem ter a certeza de que as flores chegarão frescas. Embalagensespeciaisepacotes de gelo mantêm a refrigeração necessária para o sucesso do procedimento da logística de entrega", diz. Prazos - Encomendas de arranjos e buquês dentro da capital paulista sãoentregues ematé trêshorase meia.Para forada cidade,o tempoestimado édeaté dois dias.
Juliana de Moraes
Peles de jacaré-de-papoamarelo criados em Alagoasinvadem o mercado europeu enos próximos meses devemestar desfilando nas lendárias motos Harlley Davidson e em carrositalianos.Aempresaalagoana Mister Cayman, responsável pela projeção do Estado no mercado internacional, conseguiu aliar economia e preservaçãoambiental. Além de se destacar comoaprimeiraexportadora mundial das peles, também foi responsável pela retiradadaespécie dalistade animais em extinção.
As negociaçõescom uma representação inglesa da americana HarlleyDavidsonjáestão fechadas eem 2005 asmotos serãoproduzidascom bancosconfeccionados com as peles dos jacarés alagoanos. Na Itália,
Abacaxi Pérola brasileiro conquista mercado europeu
Oabacaxi Pérolabrasileiro está conquistando o mercado europeu. Produtores de Tocantins, estadoque mais produz a fruta no País, começaram a exportar para Portugal, Espanha e Polônia. O destino são grandes redes desupermercados e centrosde distribuição.Por meio desses últimos, as frutas chegam a, praticamente, todos os países da Europa. Segundo os agricultores, o caminho para a abertura domercadoexternoéinvestirna qualidadedoproduto. Asfrutas têmde ter,por exemplo, otamanhoexigidopelos compradoreseestardeacordo comasmedidasfitossanitáriasdo País. (ASN)
as negociações estão sendo feitas junto atrês empresas automobilísticas, que pretendemutilizar a pele nos bancos dos carros de luxo. Quemvêos frutos colhidos pela empresa hoje não imaginaqueeles sãoresultado deum trabalhoiniciadoquaseque poracaso.Foi em 1994, depois de descobrirtrêsjacarésadultos no sítioda família, que os empresários Cristina Ruffo e Silvio Garabuggio começaram a criar os animais, autorizados pelo Ibama. Econegócios - A meta do casal eraretirar ojacaré-depapo-amarelo da lista vermelha deanimaisem risco deextinção.Umanodepois, os jacarés começaram ase reproduzir. Junto com a consciência ecológica veio tambéma oportunidadede negócio. Cristinavisitou
Grupo Schincariol aumentará verba para ações de marketing OgrupoSchincariol não poupará recursos para a formação deseus profissionais e para as açõesde responsabilidade social. Emboranãotenha revelado ainda quantopretende gastar no próximo ano em marketing, sejapara sustentar as vendas daNova Schin, seja para promover novos produtos,como arecémlançada NS2. Averba para iniciativas nessasáreas em 2005 subirá, respectivamente, 225% e 117%.
A empresapretende aportarR$ 44 milhõesesse anoem iniciativas para fomentar o desenvolvimento profissional dos funcionários.A verbade2004 foide R$ 1,35 milhão. (AE)
empresase centrosdeestudosdo setorecomeçoua pesquisar o mercado visando identificare aproveitar todas as potencialidades. Hoje,10 anosapós adescobertadosprimeiros jacarés,ocasalnãosóconseguiu retirar aespécie dorisco de extinção, comotambém montouoprimeirocriatório do Brasil e da América Latina comautorizaçãoparaa comercialização. Localizado no municípiode Fernão Velho, vizinho aMaceió,o local abriga atualmente 5.800animais. Em2005,essa população deve dobrar. Lucro- Artigoscomobolsas e carteirasfabricados com a pelede jacaré-de-papo amarelo atingem no Brasilum lucromédio de100% e, naEuropa,200%.Uma única carteira pode custar 900 euros. (ASN)
Empresa Osklen investe na Europa para crescer
A marca de moda praia Osklen está investindo no mercado europeu para crescer. Com duas franquias em Portugal, a empresa pretende colocar seus produtos na AlemanhaenaFrança.AestratégiadaOsklennão ése apresentar apenascomo umproduto brasileiro(que agoraestánamodanaEuropa), massim como uma marca de qualidade. Assim, será possível manter as vendas no caso da onda de interesse passar. Para vender para fora, a Osklen adaptou seus processos deprodução. As coleções,por exemplo, ficamprontas comaté sete meses de antecedência. No Brasil,sãoapenastrês meses. (ASN)
O Feirão do Imposto será montado em todas as feiras organizadas ao longo do ano pela Francal
Esteseráo anoda consciência tributária,se depender da Associação ComercialdeSãoPaulo(ACSP) e da Francal Feiras e Empreendimentos. Emparceria, vão montar o Feirão do Imposto em cada uma das oito feirasprevistasparaoano.O trabalho conjunto começou a ser desenvolvido em 2004, comaexposiçãodacargatributáriaincidente sobreprodutos da 18ª Escolar - Feira Internacional deProdutos, Serviços&Tecnologia para Escolas, Escritórios ePapelariase da 21 ª ExpomusicFeira Internacional da MúsicaInstrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Afins. "A população nãotem dimensão de quanto a carga tributária influencia a sua vida. RealizandooFeirão em nossoseventos, mostraremos queo fornecedornão é ogrande vilão na horade colocar os preços", afirma o presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala. Além da 19ª Escolar (de 29 de agosto a 1º de setembro) e da 22ªExpomusic (28de setembro a2deoutubro),o Feirão do Imposto estará
presente na 22ª Abrin - Feira BrasileiradeBrinquedos(de 26 a 29 deabril), no I Fórum de Medicina e Terapias Complementares (6 a8 de maio), na 1ª Natural TechFeiraInternacionalde Produtos Naturais eMedicina Complementar (de7 a10 de maio),na1ª BioBrazilFairFeiraInternacionalde ProdutosOrgânicos eAgroecologia (de7 a 10 demaio), na Francal2005-37ªFeiraInternacionalde Calçados,Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes (de 19 a 22 de julho)e na14ªExpolazerFeiraInternacionalde Produtos e Serviços para Piscinas,ParquesTemáticoseLazer (de 9 a 12 de agosto). Lançado em Joinville (SC) pelaConfederaçãoNacional dos Jovens Empreendedores(Conaje),o FeirãodoImpostotomou dimensão na-
cional com a versão paulista, realizada no Pátio do Colégio, no centro da capital, pela ACSP. "É muito bom saber que nós demoso pontapé inicial ea idéiafoiacolhida portodoo País.Esperamos que,como aumento de informações sobre oquanto sepaga deimposto,ocidadãobrasileirofiquemais conscienteecobre do governo melhores condições devida", dizDoreni Isaías Caramori Júnior, conselheiro da Conaje-SC. Desde que São Paulo aderiu à campanha, segundo o diretor do Institutode Economia GastãoVidigal da ACSP, Marcel Solimeo, todasemanaaassociaçãoéinformadada realização do Feirão em uma cidade diferente. Para este ano, a previsão é de que a campanha de consciência tributáriaganhe ainda mais força, com a chegada da Calculadora do Imposto – outra ferramenta criadapela ACSPquedesvenda quanto o trabalhador paga de tributos no que tem,consomeerecebemensalmente. A Calculadora, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário(IBPT), está no www.contribuintecidadao.org.br. "Vamos ampliar a relaçãode produtos e serviços com sua respectiva carga tributária para que o consumidor perceba cada vez mais o quanto paga e o quanto recebedogoverno. Também esperamos que este ano um número maior de entidades ingresse na cam-
panha", afirma Solimeo. Quemquiser montar seu FeirãodoImposto vaiencontrar o material básico no sitedaAssociação Comercial (www.acsp.com.br). Selos,pôsteres, etiquetas,placas e tabelas com os percentuais abocanhados pelo Fisco, além dos logotipos das entidades que promovem e apóiam ainiciativa etodas as reportagens publicadas pelo Diáriodo Comércio, estão disponíveispara download e impressão. Márcia Rodrigues
A elevação da carga tributária sobre osetor elétrico está produzindo um fato raro: a unificaçãodo discurso dos segmentosda cadeia decomercialização de eletricidade,mais dadosa embatesentre si, contra autilização das contasde energiaelétricapara elevar o nível de arrecadação. Éconsensoentre osrepresentantesde todas as etapas dacadeia que, depoisde teremoferecido asua cotade sacrifício para a implementação do novo modelo do setor, chegou a hora de os governos federal e estaduaisdarem sua contribuição para que se atinja ameta de obtenção da sonhada modicidade tarifária. As estimativas relacionadas à participação da carga tributária no valor final da conta de luz variam de acordo com a fonte. UmestudodaPriceWaterhouseCoopers indica que a carga do setor elétrico poderá elevar-se de 38,18% do valordas contas deluz em 2004para41,56% em2005, caso prosperem algumas iniciativasdosgovernos federal
Estão disponíveisnosite daReceitaFederalos programas para preenchimento da Declaração Simplificada das empresas optantes doSimples etambém das empresas inativas, relativos
AGENDA TRIBUTÁRIA
ICMS/SP - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE
I- Ocontribuinte deverá entregar as informações relativas às operações interestaduais que promover com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ou com álcool etílico anidro carburante cuja operação tenha ocorrido com diferimento do lançamento do imposto com observância de programa de transmissão eletrônica de dados.Ocontribuinteobrigadoaprestar essas informações por meio de transmissão eletrônica de dados deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação(ConvênioICMSnº3/1999,cláusula décima sexta, na redação do Convênio ICMS nº 107/2003, cláusula primeira, III, e Convênio ICMS nº 37/2004, cláusula primeira):
a)TRR: atéodia3decadamês;
b) contribuinte que tiver recebido o combustível de outro contribuinte substituído, exceto TRR: nos dias 4ou 5 de cada mês;
c) contribuinte que tiver recebido o combustível exclusivamente do sujeito passivo por substituição: no dia 6 de cada mês;
d) importador: até o dia 6 de cada mês;
ao exercício de 2005. As regras para entrega das declaraçõesestão nasinstruções normativas SRF nº 483 e 484, publicadas no Diário Oficial de sexta-feira. Até o exercíciode 2004(ano-calendário
de 2003), um só programa englobava as duasdeclarações.Apartirdoexercíciode 2005, haverá duas declarações simplificadas. As empresas optantespelo Simplesentregarãoadeclaração
por meio de um programa a ser transmitido via internet até o último dia útil de maio. Jáas inativas preencherão uma declaração on line, que deverá ser entregueaté 31 de maio. (Agências)
e) refinaria de petróleo ou suas bases:
e.1) até o dia 13 de cada mês em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases;
e.2) até o dia 23 de cada mês em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes. (Arts. 423-A e 424-A do RICMS/ SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 48.831/2004). II- Apartir de 1º.03.2004, essas informações deverão ser apresentadas simultaneamente, por meio donovoprogramadeinformáticae pela apresentação do relatório em papel nos seguintes prazos (art. 20 das DDTT, na redação dada pelo Decreto nº 48.831/2004, alterado pelo Decreto nº 49.203/2004 e Convênio ICMS nº 101/2004). a) pelo contribuinte que tiver recebido o combustível de outro contribuinte substituído: até o dia 03 de cada mês; b) pelo contribuinte que tiver recebido o combustível diretamente do sujeito passivo por substituição e pelo importador: até o dia 05 de cada mês; c) pela refinaria de petróleo ou suas bases:
c.1) até o dia 13 de cada mês: em relação às operações cujo im-
posto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases;
c.2) até o dia 23 de cada mês: em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes.
Note-se que essa obrigação deverá ser cumprida pelo período de nove meses, pelos contribuintes obrigadosaentregarosAnexosVIe VII e pelo período de seis meses para os demais casos.
DIA 03
PREVIDÊNCIASOCIAL(INSS) - Recolhimento das contribuições previdenciárias relativas àcompetência Dezembro/2004, devidas por empresa ou equiparada, inclusive da retida sobre cessão de mãode-obra ou empreitada e da descontada do contribuinte individual que lhe tenha prestado serviço. Produção Rural - RecolhimentoVeja arts. 22A, 22B, 25, 25A e 30, incisos III, IV e X, todos da Lei no. 8.212/91. Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior.
DIA 05
IPI (exceto o devido por ME ouEPP)- PagamentodoIPIapurado no 3º decêndio de Dezembro/ 2004, incidente sobre produtos
classificados no Capítulo 22 da TIPI (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres).
IPI(excetoodevidoporMEou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 3º decêndio de Dezembro/2004, incidente sobre produtos classificados no código 2402.20.00 da TIPI (cigarros que contêm fumo).
IRRF- RecolhimentodoImposto de Renda Retido na Fonte correspondenteafatosgeradoresocorridos no período de 26.12 a 01.01.2005, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País.
ICMS/SP - CNAE’S - 15237, 15911 a 15954, 21105 a 21490, 23108 a 23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27138 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28215, 28312 a 28991, 29130, 29157, 29246, 29254, 29513 a 29548, 29718 a29963, 30112 a 30228, 31119 a 31410, 31518, 31810 a 31992, 32107 a 32301, 32905, 33103 a33502,33910 a 33944, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211,35238,35327a35912,36927 a 36951, 36978, 36994; 40118 a 40142, 40207, 40304; 51217 a 51926; 60267 a 60305, 61115 a 61239, 62103 a 62308, 64114, 64122, 92215, 92223 e 92401último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Dezembro/2004.
e estaduais para elevar a arrecadação. Umlevantamento mais recente, realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), aponta para uma carga tributáriade 51% do valor da conta. Para as companhias,a gota d'água da "sanha arrecadatória" do poder público, como comumente vem sendo tratadaa elevaçãoda cargatributáriasetorial, foia decisão do Confaz de taxar com o ICMS a energia de baixa renda. A taxação,segundo osagentes,teria efeito de anular em parte os esforços do governofederalde democratizaroacesso decamadas mais pobres da populaçãoao confortoproporcionado pela eletricidade.
É indiscutível que todos os segmentosda cadeia decomercializaçãode energiaelétricativeram deabrir mãode parte de privilégios e conquistas na implementação do novomodelo.As geradorasviramospreçosdefinidos pelo leilãode energia existente ficaremabaixode todasasprojeções, o que deverá influir, di-
reta ou indiretamente, nos seus resultados.Asdistribuidoras tiveram cassada a possibilidade de realizar o self-dealing (autocontratação)de energiaelétrica, que havia orientado boa parte dos seus investimentosem produção própria de energia elétrica.
As comercializadoras, por sua vez, ficaram frustradas com um retrocesso no processo deaberturamaior dabrecha que permite que clientes cativos das distribuidoras migrem paraa sua áreade atuação. Eatéosgrandesconsumidores industriais vivem um processo de eliminação de subsídios agregadosao consumo de energia ao longo das últimas décadas, como objetivodeestimular aexpansão daindústria. Masumargumentoinquestionável, que deveserlevado emcontapelos governos em uma necessária revisão do aumento de arrecadação deimpostos, taxas e tributos via tarifasdeenergia,é quequem acabapagando, direta ou indiretamente, a conta, é o cidadão. (AE)
de quem possa interessar a compra mediante celebração de contrato estimatório para uso próprio de produtos para sua unidade InCor-DF, localizada na Estrada Parque do Contorno
segue oseguinte cronograma: A Licitação estará disponível no período de 03/01/05 a 17/01/05, das 09:00 às 11:00 hs e das 13:30 às 16:00 hs, e a data limite para apresentação de entrega dos envelopes e sua abertura em seção pública é 18/01/05, no horário indicado na licitação. FZ-TP-178/04 - Aquisição de Enxertos e Próteses Os interessados poderão retirar os Editais na Fundação Zerbini, localizada na Av. Brigadeiro Faria Lima, 1884, 2º andar, Jardim Paulistano, São Paulo, SP. Maiores informações poderão ser obtidas por meio do telefone: (0XX11) 3038-5625, fax: (0XX11) 3038-5385. São Paulo, 27 de Dezembro de 2004 Luiz Cezar de Macedo Soares Coordenador da Comissão de Licitação
ICMS/SP - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo, cimento, refrigerante, cerveja, chope e água –último dia para o recolhimento do ICMS retido apurado no mês de Dezembro/2004.
DIA 07 SALÁRIO DE DEZEMBRO/ 2004 - Pagamento dos salários mensais.
Nota: O prazo para pagamento dos saláriosmensaiséatéo5ºdiaútildo mês subseqüente ao vencido. Na contagemdosdias,incluirosábado e excluir domingos e feriados, inclusive municipais. Consultar o documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional que pode estabelecer prazo específico para pagamento de salário aos trabalhadores.
13o SALÁRIO -SALÁRIOS VARIÁVEIS - Pagamento do acerto da diferença da parcela do 13 salário para os trabalhadores que recebem salários variáveis, quando devido nestes casos.
FGTS - Depósito em conta bancária vinculada dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), correspondentes à remuneração paga ou devida em Dezembro/2004 aos trabalhadores. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar o depósito.
COFINS/CSL/PIS-PASEPRETENÇÃO NA FONTE - Recolhimento da Cofins, da CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas (Lei nº 10.833/2003, arts. 30, 33 e 34), no período de 16 a 31.12.2004.
Nota: Há quem entenda que, nos termosdoparágrafoúnicodoart.2o do Decretono 57.155/1965,oprazoseja até o dia 10. Por medida de precaução, adotamos o menor prazo. Na contagem dos dias, incluir o sábado eexcluirdomingoseferiados,inclusive municipais. Consultar o documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional que pode estabelecer prazo específico para pagamento do acerto da diferença do 13 salário dos trabalhadores que recebem salários variáveis. CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS EDESEMPREGADOS - CAGED - Envio,aoministério do Trabalho e Emprego (MTE), da relação de admissões e desligamentos de empregados ocorridos em Dezembro/2004.
O sonho de unir as 34 nações latino-americanas a partir de 2005 naufragou. Mas negociações entre os países envolvidos podem retomar o projeto.
Dezanosnão foram suficientes para que os 34 países americanos, exceto Cuba,chegassem a um acordo comum. O sonhode uniro continente atravésdeuma ÁreadeLivre Comércio das Américas (Alca) a partir de 2005 naufragou.Desde1994,quando foram criados nove grupos de negociações para discutir asáreas deacesso amercados,investimentos,serviços, comprasgovernamentais,solução de controvérsias, agricultura, direitos de propriedade intelectual, subsídios, antidumping e medidas compensatórias e políticasde concorrência, pouco se avançou.
Mas também, nãoé de se estranhar. Afinal,uma região que movimenta mais de US$ 10 trilhões em ProdutoInterno Bruto(PIB) e agrega uma populaçãode mais de 800 milhões de pessoas,nãochegariaaumconsenso em tão pouco tempo. Só para comparar, a integração européia comoseconhece hoje tevesua origem no pósII GuerraMundial. Ou seja,dez anos paraa Alca de fato é muito pouco. Porém, não éo tempo o únicoresponsável pelofracasso –até agora– doacordo. Osimpasses foramde todaanatureza. Acessoa mercados, agricultura e propriedade intelectualsão apenas alguns dos itens que nemumladonem outro conseguiramchegar aum ponto comum. E,de um lado e outro leia-se Estados
Unidos(EUA) eBrasil. "Apesar de 34 países estarem envolvidos nas negociações,não hácomonegar que são esses dois os principais protagonistas", afirma Fábio Rua, gerente de Relações Internacionais da Câmara Americana de Comércio (Amcham). Política dosEUA– Mesmo com a reeleição do presidente GeorgeW. Bush,Rua acredita que as negociações da Alca serãoum grande objetivo da política norteamericana."Aquestãoprincipal não é comercial, porque a Alca nãoirá gerar divisas suficientespara reduziro déficitdo país.A importânciamaior para os
Estados Unidos é geopolítica. É uma forma de costurar parceriasquevão muito alémde trocasdemercadorias", explica. Rualembra, ainda,queo Brasilnãoé uma economia dependentedosEUA, ao contráriodoqueocorrecom o México,no casodo Nafta (área de livre comércio que inclui os dois países e o Canadá)."Provadisso éque, mesmo sema Alca,o Brasil tem incrementado sua balança comercial, inclusive com os norte-americanos, comquem deve registrar superávit de mais de US$ 7 bilhões este ano". Ou seja, se a Alca nãoseconcretizar, nenhumpaís estaráperdi-
do. Mas ela poderia acelerar o processo comercial. Vozes dissonantes– Já o professor de macroeconomiado IbmecSãoPaulo, João LuizMáscolo, é mais taxativo e diz que a Alca não deve sair porculpa única e exclusiva dosbrasileiros. "O empresáriodaquisabe que é loucura tentar competir com os Estados Unidos, coma estruturatributáriae trabalhista de lá", diz. Porisso, segundoMáscolo,o governodeveria se preocuparemelaborar as reformastrabalhistaetributária para poder fechar o acordoe aproveitarasvantagens que a Alca poderá proporcionar. "Mas, ao contrário disso, vemos o Brasil se juntando ao bloco dos esfarrapados", afirma.
Tambémaex-embaixadora dosEstados Unidos, Donna Hrinak, em evento realizado pela São Paulo Chamber of Commerceda Associação Comercialde São Paulo (ACSP), destacou que não só o Brasil, mas todos os 34 países que fazem parte do bloco, precisarão realizar reformas em algum momento se quiseremconcretizar o projeto da Alca. "É preciso reconhecer a diferença entre essasnações, pois muitas, inclusive, possuem economiasminúsculas. Por isso mesmo a Alcaé importantetantopara eles quantopara aqueles de média economia, pois pode ser a única maneira de inserção no comércio internacional", afirmou.
Büll
Patrícia
DC
Brasil e Estados Unidos deverão retomar as conversassobrea Área de Livre Comércio das Américas (Alca)e aRodadaDohada Organização Mundial do Comércio (OMC) em fevereiro de 2005.
Deacordo comaassessoria de imprensa do Itamaraty,o ministrodasRelações Exteriores, CelsoAmorim, pretendeseencontrarcomo representante dos Estados Unidos, Robert Zoellick, paradefiniros pontos de consenso nesses dois processos de negociação. Além disso, pretende tratar das divergênciasquepodemdificultar, eatéimpedir,os acordos finais.
Segundo aassessoriade imprensado Ministério, Amorim determinou ao embaixador Adhemar Bahadian que retome os contatoscomseu colega americano Peter Allgeier. Co-presidentes daAlca, Bahadiane Allgeierprotagonizaram,no primeirose-
Arquivo
O ministro Celso Amorim quer tratar das divergências entre as nações
mestre de 2004,sucessivos impassesque culminaram coma interrupçãodas negociações emjunho. Acontinuidade das conversas foi posteriormente prejudicadapelaseleições presidenciais nos Estados Unidos e pelas municipais, no Brasil. Alca àla carte– A iniciativado chancelerbrasileiro foi uma resposta à carta que recebeu de Zoellick na primeira semana de dezembro,que teriadeixadoclaro aconcordânciadeWashing-
ton com o modelo de negociação defendido peloBrasil e aceitodurante a última reunião de ministrosdos 34 países envolvidos no bloco, em novembro do ano passado: a Alca à la carte. O modelo prevê a costura de um acordo geral e menos substanciosoentre todosos sócios. Os países interessados em negociar mais profundamente ostópicosde seus interesses, entretanto, estariamautorizadosa fazê-lo.Do pontode vistado
Brasil e de seus sócios do Mercosul, essa receita permitiria deslocar para a RodadaDoha ospontosque considerammais sensíveis na Alca,como propriedade intelectual, serviços, investimentos e compras governamentais. Damesmaforma, os Estados Unidos escapariam na Alca das discussõessobre suaspolíticasde subsídio agrícola e de defesacomercial,tambémtransferidas para aOMC. A fórmula, entretanto,deixaria aberta a viade um acordo sobre acesso a mercados entre os dois lados.
Embora tenha como prioridadeaconclusãodaRodada de Doha da OMC, o governobrasileiro deveráse empenhar pelo prosseguimento dosdois processos estancados: as negociações da Alca e entre o Mercosul e a União Européia. Entretanto, o próprio Amorim já deu mostras que esperaveros três processosconcluídos até meados de 2006. (PB)
Brasil importa cada vez menos da Venezuela
E nquanto as exportações brasileiras para a Venezuela apresentaram umcrescimentode 88%em2004, considerando apenas os dez primeiros mesesdo ano,em comparação comos 12 meses de2003, asimportações tiveram umdesempenho totalmente inverso, istoé,reduziramse 34%. Uma tendência quese observadesdeo anode2001, quandoa queda foi de 44% sobre 2000, em2002 caiu15%, com nova redução de 56% em 2003. Em valores monetários asimportações brasileiras da Venezuela nos dez primeiros meses deste ano foram de apenas US$ 155 milhões.Em 2000,as importações atingiram US$ 1.327 bilhão. A publicação de novembro/dezembro da Câmara Venezuela- Brasileira deComércio eIndústria dizque ofato foi, provocado pela redução brasileiranascomprasde petróleo daquele país. Em 2000 a PDVSA (empresa petrolífera vene-
zuelana) supria 14,4% das importações brasileiras depetróleo. Estaparticipação reduziu-se para 7,6%em 200l,6,7% em 2002, 2,4% em 2003 e apenas 0,6% neste ano. Petróleo – No mesmo informativo existe um questionamento sobrea motivação quelevou o governobrasileiroapriorizar acomprade petróleo de mercados longínquos, comoa Nigéria (comquemo Brasiltem déficit de US$ 2,4 bilhões), Argélia (déficit de US$ 1,3 bilhões), Iraque (déficit de US$ 412 milhões) eArábiaSaudita (US$ 212 milhões). A relação bilateral é caracterizada pela exportaçãobrasileira de produtos manufaturados e importação de semimanufaturados da Venezuela. Os principais produtos exportados pelo Brasil foram automóveis, partes e peças para autos e tratores, frango,pontes e celulares. DaVenezuela paracá:óleodiesel,uréia, sardinhas, amoníaco anidro e hulhas.
PAÍSES QUE DESEJAM IMPORTAR DO BRASIL
374- Artigosdeinformática, comunicação, ferramentas, móveis, materiaisde construção, artigosdetoalete, papelaria, medicamentos, têxteis, confecções,joalheria, artigosesportivos, artigos paracasa edecoração,jogos eletrônicos, brinquedos, etc.
GRÉCIA
375 - Móveis
377 -Blusasfemininas de malha.
FRANÇA
376 - Vestuário, calçados e artigos de couro.
ISRAEL
378 - Bombons, caramelos e doces; toldos e enceradose artigos para acampamento.
PARAGUAI
379 - Ferro fundido
380 - Polímeros de propileno e outrasolefinas em formas primárias.
RÚSSIA
381 - Louças para uso sanitário
382 - Carne bovina congelada
PAÍSES QUE DESEJAM EXPORTAR PARA O BRASIL
ESPANHA 372 - Produtos e artigos para cabeleireiros.
AVISO
VIETNÃ 373 - Peças artesanais em ratam e vime.
A coluna Negócios & Oportunidades voltará a circular na edição do dia 24 de janeiro.
Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial
Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51 Telefones: 3244-3500 e 3244-3397
Em setembro de 2003, lembra o IBPT, governo já havia elevado a base de cálculo da CSLL de 12% para 32%
Em poucomais de um ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva, as prestadoras de serviços tributadas pelo lucro presumido já tiveram aContribuição Socialsobre oLucroLíquido (CSLL) e o Imposto de Rendamajoradosem 63%,segundo cálculos do Instituto Brasileiro dePlanejamento Tributário (IBPT). Isso porque, em setembro de 2003, a basedecálculo dacontribuição socialpassou de 12%para32%.Agora,coma edição daMedida Provisórianº 232, o governo aumentoua cargadessesdois tributos em 25%.A medida é uma forma da União compensara perdadeR$ 2,5bilhões porano com a correção da tabela do IR e das deduções dos gastos com educação e dependentes.
Pela MP232,de30 de dezembro, ogoverno determinouquea basedecálculoda CSLLedoImpostodeRenda para as prestadoras de serviçospassaráde32%para40%. Para a contribuição social, o aumento vale a partir de 1° de abril. Para o Imposto de Renda,apartirde1°dejaneirode 2006."Esse aumento é absurdoporqueo governo estáaumentando acargatributáriadeCSLL eIR justa-
mente do setor que mais empregabilidade dá ao País", afirma Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT. Otributarista lembraque além do Imposto de Renda e da contribuição social, essas prestadorasde serviçospagam 0,65% sobre a receita de Programa de Integração Social (PIS),3% sobrea receita deContribuiçãopara oFinanciamento da SeguridadeSocial(Cofins),até5%sobre areceita deImposto sobre Serviços (ISS), tributos sobreafolhadesalários–como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço(FGTS) –, mais o ImpostoPredial e
O prefeitoJosé Serra (PSDB) vai ter de trabalhar muito durante sua gestão parapagar impostos.Serão 132 dias por ano (11 dias por mês) sóparaalimentar os governos federal, estadual e municipal. Dos R$ 9.540,00 mensais (R$ 2.385,00deverba de representação) que vai receber
Gilberto Luiz do Amaral: governo está aumentando a carga tributária justamente do setor que mais empregabilidade dá ao País
Território Urbano (IPTU) e a Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF), entre outros, podendo atingir mais de 30% do faturamento. "Com anovamedidao governo arrecadará, em2006,cerca de R$2 bilhõesa maispor ano", calcula Amaral. Segundo especialistas,a únicasoluçãoparaas empresas escaparem dessa novamordidadoleãoémudar osistemadetributaçãopara a apuração pelolucroreal. "Mas se a empresa tiver lucratividade acimadecerca de12%sobre o faturamento, a mudança não vale a pe-
Aproveite Anistia Serra vai perder 39,01% do seu salário para
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
mensalmente para administrar a capital paulista, R$ 3.721,81 (39,01% do total) serão destinados para recolhertributos que incidem sobrea suarendae osbens que possui. Não foram consideradosgastoscom consumo (alimentação, vestuário, saúde, transporte, luz, água e telefone).
CONTRU - (AVS) Corpo de Bombeiros Vigilância Sanitária Licença de Funcionamento
Tel./Fax: 5584-5110 www.arqline.com.br
O tamanhodo apetitefiscal sobre o salárioe bens do prefeito foi obtido com a Calculadora do Imposto, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro dePlanejamento Tributário (IBPT), a pedido daAssociaçãoComercialde São Paulo (ACSP), como parte desua campanhapor maior transparência tributária. A ferramenta pode ser acessada pelo site www.contribuintecidadao.org.br
Para chegar à tributação sobre o patrimôniodo prefeito, a Calculadorado Imposto considerou R$ 326.889,98 como valor total de seus bens– incluindo dois carros, um terreno, um sítio econjuntos comerciais. Asinformações constam da declaração debens
na", afirma Sérgio Presta, do Veirano Advogados. Parasaberse mudarosistema de tributação para o lucro real é a melhor opção, a empresa deverá calcular o valor da receita menos os custose despesas,segundo Amaral. "Se,aofazer essa conta, ela tiver lucro real menor de 40% é vantajoso que ela mude para a tributação pelo lucro real", diz. "Deve ser feita uma simulação para comparar os dois sistemas: real e presumido."
A gerentecontábilda Confirp Eliana Couto Freire lembra que a empresa precisa avaliar não só a contribuição social eo Impostode Renda,comooPISeaCofins para decidir qual sistema de tributaçãodeveadotar. "As tributadas pelo lucro real pagam1,65% de PISe 7,6% de Cofins, podendo abater alguns créditos por causa da não-cumulatividade. Já as tributadas pelo lucro presumido pagam 0,65% de PIS e 3% de Cofins, semabatimentos", diz. Os especialistas afirmam que as empresas devemcorrer parafazer seus cálculos porque o sistemadetributaçãodeveserescolhidoaté 15 de fevereiro. "Éa datado primeiropagamento de PIS/Cofins."
Laura Ignacio
O Ministério Público Estadual (MPE)ingressou comaçãocivil na 40ª Vara Cível de São Paulo contra as quatro principais montadoras doPaís –Fiat, Ford,General Motorse Volkswagen –, visando impedi-las de impor às concessionárias preçosabusivos navenda depeçasde reposição"originais". Pelasregras impostas, asconcessionáriassão forçadasa cobrar pelaspeças preços entre 88,30% e 619,76% superiores em relaçãoao mercadoindependente de reposição.
OMPEpede concessão de liminarparaimpedir queasmontadoras–sobpena de multa diária de R$ 200 mil– continuemimpondo às concessionárias a obrigaçãodeentregaraoconsumidor peças originais adquiridas diretamente de fabricantes edistribuidores. A ação foi precedida de inquérito civil público que se arrastou pordois anos. A investigação foi instaurada a partir de representação da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). (AE)
de José Serra e sua esposa fornecida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Mensalmente, oprefeito vaidesembolsar R$ 817,22 (8,57%) de seu salário para recolher IPVA (estadual e municipal) e IPTU (municipal).
Mas é sobre osaláriodo prefeito José Serra que recaia maiormordida. Um total de R$ 2.904,59 (30,45%) do seu ganho bruto mensalserão engolidos pela União. E seu "empregador" – a Prefeitura – também pagará impostos: R$
157,41. Se Serra fosse um funcionário dainiciativa privada com esse salário, pagariaaindamais. Oseu empregador teriaquedesembolsar mais R$ 4.193,78 parapagarostributos sobre a sua remuneração.
Adriana David
Azedou de vez o relacionamento de José SerraeMartaSuplicy.Oprefeitocontinuaconvencido de que foi a ex-prefeita que articulou o esquema que desembocaria na eleição de Roberto Trípoli à Presidência da Câmara Municipal. Marta procura se esquivar de qualquer culpa preferindo responder que o que aconteceu na eleiçãode Trípoliéuma coisarestritaàCâmara eaos vereadores.
José Serrafoi informado deque oesquema próTrípoliteriasidomontado3diasantesdaeleição,ou a partir do momento em que ficou constatado que o jogo estava empatado: 27 votos para cada lado. Ospetistas ligados àex-prefeita, porém, lembram queo candidatodo Centrãonão eraum vereador do PSDB, como Roberto Trípoli e, sim, um vereador do PTB: Celso Jatene. O nome de Trípoli entrou no jogo no dia da eleição, diz a ex-prefeita. Acredite quem quiser.
Depois do ocorrido na Câmara Municipal,com a inesperada eleiçãodeTrípoli, ninguém apostaum real furado na manutenção de uma possível promessa de Serra de blindar a ex-prefeita.Acredita-se queoprefeito nãovailimpara barrade Marta se surgirem investigações na Prefeitura.
Apesar deganharaeleiçãode presidente da Câmara comos votos das oposições não significa que Trípoli vá se colocar contra as ações do prefeito José Serra. Trípoli anda prometendo isenção na sua atuação como dirigentedaCâmara.Naverdade, Trípoli subiu no muro.
O problema para Serra não se resume apenasna vitóriadeTrípoli. Oque aconteceu de pior para o prefeito é queas comissões técnicasna Câmara caíramem mãosdaoposição.Nessas comissõesgeralmente dormemos projetos.Aderrotadoprefeito nodia desuaposse foide cabo a rabo.
Os tucanos querem dar o troco, em Brasília, ameaçando trabalhar contra a candidatura de Luiz Eduardo Greenhalgh à Presidência da Câmara dos Deputados. Seria a forma de vingar a derrota de Ricardo Montoro.
Para evitar qualquer retaliaçãoà candidaturade Greenhalgh, o presidente do PT,José Genoino,quer sustentaralguns encontroscomas lideranças tucanas. Genoinovai procurar esclarecer que o que aconteceu naCâmara de São Paulo não teve participaçãodenenhum membro da direção nacional do PT.
I ndiferente aos problemasque Serra começa a enfrentar, a ex-prefeita se preparaparainaugurar o Instituto dePolíticas Públicas, instrumentoque usará na sua campanha de governadora e na campanha de Lula à reeleição.
OInstituto de Políticas Públicas selecionaráas principaisobras deMarta Suplicyparaserem amplamentedivulgadas nos municípios do interior.A ex-prefeita escalou uma equipe de ex-secretários parapercorrer os municípios, um a um.
OAmeta de Marta Suplicy é se fortalecer no partido para oportunamente reivindicar a legenda e disputar o governo estadual. Mas,aex-prefeitaenfrentaráoutros pretendentesno partido,como JoséDirceu, José Genoino,Aloísio Mercadante, AntonioPalocci e João Paulo Cunha.Todos com o mesmo sonho.
Marta deixa a Prefeitura bem avaliada (49%) pelo Datafolha.Ela espera que este índice sirva de instrumento para conquistar a legenda do PT. Além disso,a ex-prefeita vai exibiros 2milhões 700 mil votos conquistados como candidata à reeleição. Apesar de derrotada.
O PT e oPSDBcontinuam trabalhandoconvencidosdequevãopolarizar as eleições de presidentee governadorem São Paulo,em 2006.Os2grupos descartamas forças eleitoraisde outros partidos,como, porexemplo,o PMDBdeOrestes Quércia que,paraeles,perdeusubstância no interior e capital.
Aúnica dúvidade petistasetucanosédescobrirseo PFL terácandidato próprio ao governo estadual.Se tiver,o candidatopode ser Guilherme Afif Domingos, que alcançou maisde 500 milvotos quandoseelegeu deputado federal. Mas o PSDB ainda sonha com a dobradinha com o PFL.
Geraldo Alckmin recebeu com naturalidade o resultado da pesquisa Datafolha, apesar de ter havido uma queda no seu índice de aprovação (de 65% em 2003 para 60% em 2004). Mas, ogovernador se satisfaz com a nota recebidadosentrevistados:6,9 (na escala de zero a 10).
N atural também foia maioria dosentrevistados pelo Datafolha ter respondido que o principal problemanoEstadoéa violência, que está em alta. Outro ponto que serve para críticas ao governador é a alta taxade desemprego existente no Estado.
Adívida daPrefeiturade CampinascomoINSSatingeR$300milhõese como Banco do Brasil éde R$ 500 milhões. O orçamento da Prefeitura campineira é de R$ 1bilhão e300milhões, masomunicípio deveR$1 bilhão e 500 milhões.
futuro do presidente da Câmara Municipal, Roberto Trípoli,noPSDB,começouaser definidoontem.Aexecutiva municipal do partido decidiu encaminharà comissão de ética o pedido de expulsão feito pelo líder da bancadade vereadores, Dalton Silvano. A alegação é de que Trípoli descumpriu uma decisãodoPSDB–aonãovotar no candidato Ricardo Montoro àPresidência doLegislativomunicipal–eoestatuto do partido. A comissão terá dez dias para analisaro caso ese decidirporuma puniçãoou não,quevaidesdeumasimplesadvertênciaa atémesmoa expulsão do parlamentar. Afastado do partido, Trípolifica defora das decisões da bancada, com a escolha de um novo líder, por exemplo,queaponta paraos vereadoresJosé Aníbal (o mais votado da cidade) e o próprio Montoro. Repercussão – O caso Trípoli ganhou repercussão nacionalepodeafetaraeleição do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PTSP) àPresidência daCâmara dos Deputados, candidato do presidente Luiz Inácio LuladaSilva,mas que enfrenta resistências dentro da própria base aliada do governo.Isso semcontar com o pré-candidato derro-
Suplentes de nove prefeitos e um vice tomam posse
Tomaram posse ontem na Câmara dos Deputados dez dos19 suplentesqueirão substituirdeputados eleitos emoutubro.Assumiram ontem Hildemar Souza de Azevedo Picanço (PL), que substituirá Antonio Nogueira (PT), novo prefeito de Santana (AP); Ary Kara(PTB),nolugardoDr.Hélio (PDT), novoprefeitode Campinas (SP);Natan Donadon (PMDB), que substituirá Confúcio Moura (PMDB), prefeito de Ariquemes (RO); Marco Aurélio Spall Maia (PT), no lugar de Ary Vanazzi (PT), prefeito de São Leopoldo (RS); Ademir Camilo Prates (PPS), na vaga de Athos Avelino (PPS), prefeito de Montes Claros (MG) e Osmar Gasparini Terra (PMDB),substituindo José IvoSartori (PMDB),prefeito de Caxias do Sul (RS). Edvaldo Baião Albino (PT), substituirá um dos três deputados eleitos porsua coligação em Minas; Edgard MontemorFernandes(PSB), assume avaga doDr. Evilásio (PSB), prefeito de Taboão da Serra (SP);Walter Barelli (PSDB), quesubstituirá Gilberto Kassab (PFL), viceprefeitodeSão Paulo(SP)e AndréPeixoto Figueiredo Lima (PDT),que substituirá Leônidas Cristino (PPS), prefeito de Sobral (CE). (AC)
tadopróprioPT, odeputadoVirgílioGuimarães (PTMG),que está em campanhaaberta paradisputar cargo,assimcomoolíderdo PFL, José CarlosAleluia. A não-eleição deGreenhalgh pode significar uma derrota pessoaldeLulaeessaameaça, por si só, colocouem campo o presidente do PT, José Genoino, que já fala em reforma políticapara evitar o que ocorreu em São Paulo (veja matéria abaixo) Masessas coisasparecem não afetar Trípoli. Ontem, ele esteve na Câmara Municipalparaconhecero seu novogabinete,antesocupado pelo vereador Arselino Tatto (PT) – ex-presidente e atual1º secretário – eensaiouumasessão "tirae põe" quadrona paredecom a fotografia dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativadentro do PSDB eradequeopróprio Trípolipedisse o seudesligamento e entrasse em outro partido, quepode ser de novo o PV, do qual é um dos fundadores, mas que agora fazpartedabasedeapoioao prefeitoJosé Serra.Comenta-se queele teriapedido um encontro como secretário deMeioAmbiente, Eduardo Jorge (PV), para tratarde sua voltaà agremiação,mas,por problemas de agenda, a reunião não ocorreu. (MM)
Quem pode confiar nesse senhor, depois de tudo?
MarcosMenichetti
N em todas as boas jogadas, que podem até resultarem gol,podem ser consideradas leais.Ou legais. Àsvezes o jogador pode cometeruma faltaou irregularidade antes do gol, mas oárbitro nãovê eacabavalidandoa jogada. O queimporta,nessecasoparao time,éo resultado.Assim pode serresumidaa eleição do vereador Roberto Trípoli (PSDB) à Presidência da Câmara Municipal de SãoPaulo,que jogounotime do quanto pior, melhor. Como bom "oportunista", ele ficou próximo do gol,esperou acontagem dos votos ficar empatada em 27 (a favor econtra RicardoMontoro, doPSDB, indicado pelo prefeito José Serra) parasaircandidato, tirarvantagemda situação e,finalmente,realizar seu projeto pessoal. Trípoli aproveitou para dar o troco no seu partido, queo teria preteridoduas vezes:tanto emumcargocomosecretário como para a própria Presidência da Casa. Trípoli afirma que quandoconvidado pela oposição para sero candidato contra o próprio candidato do seu partido, ficou "surpreso". Depois disse que, mesmo "indeciso, cheguei à conclusão de que não devia perder esse momento". Se são mesmo verdadeiras suas declarações (que nãoarticulou suaprópria candidatura, queo candidato da oposição era Celso Jatene, que oseu voto era deMontoroetc),porqueesperou o empate de votos em 27? Se de fato o voto de Trípoli erade Montoro(comoelepróprioafirmou à Folha de São Paulo), por que afinalnãoo sufragou?Se assim procedesse, Montoro
seria o eleito. Ora, não se pode levar asério as declarações donovo presidente da Câmara, sob pena de fazermos vista grossa ao que há de pior na política: a negociata, oblefe ea cartada final, escondida na manga, detriunfoeregogizoconsigo mesmo; "venci". Sim, "venceu", mas a que custo? Um custo enorme, onde são derrotados os valores moraismais elevados da política,queincluem lealdade,fidelidadee respeito às decisões partidárias. E, principalmente, a ética, repetidamente mencionada no discursode posse de Serra, na própria Câmara Municipal, e do qual Trípoli parece não ter tomado conhecimento. Depois, preocupado com a reaçãoextremamente negativa do ocorrido, Trípolivem tentando desesperadamente, onde apareçaummicrofone ou gravador que amplifique o seu discursoparaamídia, contemporizaro ocorrido, que seus próprios pares qualificam de "traição", "favorecimento", "oportunismo" e "individualismo". O presidente da Câmara, que sófoi eleito com osvotos daoposição aSerra,agora tenta convencera todos que vai "ajudar o prefeito a fazerumadasmelhoresadministraçõesqueessacidade já teve".
Equal paulistanopode de fato acreditarnas palavrasdesse senhor,depois detudo oqueaconteceu? Talvez nem mesmo os seus eleitores,que devemestar profundamente decepcionadoscom a sua primeira atitudecomovereadorreeleito. Ninguém pode servir a dois senhores.
O presidentenacional do PT, JoséGenoino, disseontem que a discussão da reformapolítica será"prioridade"para 2005."Ofuncionamento do sistema eleitoralbrasileirobateuno teto. É desorganizado, as eleiçõessão realizadas num processo anárquico e, em muitos casos, decididas na Justiça, numa espécie de tribunalização da política", argumentou Genoino.
Umexemplo dadesorganização eleitoral do País, segundo Genoino, foia eleição de Ricardo Trípoli (PSDB)para a presidência da CâmaradeVereadores de São Paulo. "Osujeito é eleito por um partido, não é a escolha da base parlamentar,sai dopartido, secandidata (à Presidência) e aindaé eleito. Isso desorganiza tudo".Aposiçãodo partido será de aceleraro debate da reforma política na reaberturados trabalhos do Congresso Nacional, no próximo mês. "As novas regras deveriam valer já para a eleição de 2006", opinou. Debates – Os debatesno Congresso deveriam transcorrer, na avaliação do petista, baseados na legislação resultante dos trabalhos da comissão especialdereforma política, analisandoa propostaapresentada pelo
deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO), e outro texto prestes aser votadona Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "Ambospartem dasmesmas premissas, como a fidelidade partidáriae outros temasconsensuais", alegou. "Se realizamos uma reforma do Judiciário, é o momento de fazer também umareforma doCongresso e dos partidos". Genoino entende que, paraser aprovada ainda em 2005, a reforma política deveria orientar-se "em leis infra-constitucionais". "Se tentarmos essa reforma em via emenda constitucional, teremos maisdificuldades edemo-
ra", observou. Rigotto – O governador doRio Grandedo Sul,Germano Rigotto (PMDB), compartilha da avaliação dogovernofederalde que as melhorescondições para fazera reformapolíticaestão presentes em 2005. O primeiro semestreé umperíodo-chave para isso, uma vezque, na segunda metadedoano, devemcomeçar as especulações para as eleiçõesde2006. "Adiscussão nãocomeçadozero;hámuita coisa que tem concordância", disse. Ele avaliou que o Brasil está maduro para um sistema eleitoral misto entreo voto distritale oproporcional. (AE)
A onda gigante de tributos sobre o setor de prestação de serviços, grande empregador, atingiu uma escala de 63% em pouco mais de um ano. Para o governo, isso representa a compensação de perdas com deduções no IR. E para muitas empresas, a asfixia total. Pág.10
Dois tornados atingiram Criciúma (abaixo), em Santa Catarina, destruindo casas, causando blecaute e ferindo pessoas. E Boituva (SP) enfrentou um forte temporal. DCidade
Depois de virar-casaca com o PSDB, o controvertido presidente da Câmara, Roberto Tripoli, virou contra a parede o quadro de Lula em seu gabinete. Nosso editorial na pág. 3 pergunta: ele é confiável?
Rede de lojas de calçados infantis pretende ganhar espaço no País com a abertura de franquias. Foco está nas capitais fora de SP e no interior paulista.
Com o primeiro ponto-de-venda da marca inaugurado há 41 anos no Shopping Iguatemi de SãoPaulo, aNôa-Nôa, rede de lojas de calçados infanto-juvenis, seprepara para aceleraro crescimento da empresa a partir do lançamentodafranquia da marca. De acordo com a administração da empresa a meta é elevar em 150%, para 200, o número de unidades.
Em quatro décadas de experiência, osproprietários da redeabriram 13lojas no estado deSão Paulo,trabalhandocommarcas tradicionais etambém comuma linha própria de calçados desenvolvidospela equipe Nôa-Nôa de design.
TonyGarcia,diretor executivo daempresa, afirma quea redeestápreocupada em oferecer modelos exclusivos,porissooinvestimen-
to na área de criação. A confecção dos produtos é terceirizada por fabricantes do Rio Grande do Sul. Franquia - Aprimeiraloja modelodeste novoprojeto foiinaugurada em agosto no Shopping Villa-Lobos e a segunda foi aberta no ShoppingJardimSul nofinalde novembro, ambas na capital de São Paulo. Todos os pontos-de-venda da marca passarão porumareforma de layout para exibirem o mesmo modelo de loja desenvolvido para o projeto de franquias da marca. Para 2005, estão previstas de 10 a 12 novas lojas em outras capitaisdoPaís eem cidades do interior paulista.
O executivo conta que o método de expansãoda rede foi decido há um ano depoisde muitaprocura por partedeinvestidores interessados em reproduziro conceito da marca."O capi-
tal necessário para a abertura deuma lojacom áreaentre 60 e120 metros quadradosvariaentre R$250mile R$ 350 mil. Estimamos um
A Arcor inicia o ano com o título de maior fabricante de biscoitos daAmérica do Sul. Com uma capacidade instalada para a produção de385mil toneladas,aempresa argentina passa a controlar o negócio de biscoitos daDanone. Afusãocom a francesa foi anunciada em abril passado e dá à Arcor o controle das fábricas da Danone noBrasil, Chile eArgentina. A participação acionáriadaArcoréde51%, a da Danone, de 49%.
Comisso,o faturamento anual daArcor passarádos
atuais US$ 810 milhões para US$ 1,2 bilhão. O quadro de 15.500 funcionáriosganhará outros1.500.Aempresa passaa ocupar oprimeiro lugarnaprodução evenda de biscoitos na Argentina, a segunda no Brasil e a terceira no Chile. Os executivos da Arcor Sérgio Assis, MarceloSiano eMartín Lerga, cuidarão dos negócios no Brasil, Chile e Argentina. No mercado argentino, Arcor tem uma rival importante: a norte-americana Kraft, dona da Terrabusi. Mas,desdeontem, osar-
gentinospassaram aterum alentonessa disputa para manter o mercado em mãos argentinas. A tradicional marca de biscoitos Criollitas, vendida para a Danone em 1994, voltará às mãos argentinas através da Arcor. NoBrasil, aArcorvem abrindo espaço no mercado com aconsolidaçãodas marcas voltadas para o público infantil. A estratégia de preços da empresa no País é bastante agressiva: os produtos custamentre 15% e20%menosqueosdosconcorrentes. (AE)
retorno do investimento em, no máximo, 36 meses". Linha própria- Garcia acredita quea grandeexpectativa darede daquipa-
da marca
rafrente seráo esforçopara a ampliaçãoda linha própria decalçados."Atualmente, as lojas da marca contam comcerca de 2mil
itensno mixde produtos, dos quais 30% equivalem a sapatos daNôa-Nôa. Para 2005 esperamoselevar esse percentual para 40%. Com a ampliação do número de lojas,esperamosalcançar50% deprodutoscom amarca própria", afirma, apontando que de qualquer forma a empresa não pretende abrir mão das grifes famosas. Ele acrescenta queo bom desempenho das vendas desses modelos impulsiona a previsão de aumentar a participação desses produtos. "A competitividade é grande porque oferecemos altaqualidadeapreçosmais baixos do que a média. As lojas Nôa-Nôa atendem especialmente ospúblicos de classeAe B,atéporqueestãolocalizadas em shoppings,mas agama devalores é ampla, variando de R$ 29 a R$ 500", conclui. Juliana de Moraes
OWal-Mart,maior varejistado mundo,anunciou ontem que as vendas em dezembro passado ficaram no limitesuperiordesuaprojeção, devido ao desempenho melhorque oesperadonos dias que se seguiram ao Natal, oque geroualta dedois por cento nas ações. A informaçãodeu inícioa 2005em tom otimista para o varejo, e ações do setor nos Estados Unidos registravam alta. OWal-Martanunciouque esperacrescimento de três porcento nas vendas em
suas lojas abertas há pelo menos um ano nos EUA, na ponta superior de sua estimativade altadeum atrês por cento.Nasemana passada, o Wal-Marthaviainformadoesperar queas vendas nas lojas já estabelecidas registrassem avanço de dois por cento. Os analistas disseram que a melhora nasprojeções do Wal-Mart ajudamasações de empresas do varejo, já que as expectativaseram desfavoráveis duassemanas atrás, com registro de vendas desanimadorasnas semanasdeconsumo que precedemoNatal. "Oano devecomeçar bem parao varejo. Devemos esperar alta,embora àmedida queos resultados surgirema pressão talvez aumente", disse o analistade varejoBill Dreher, do Deutsche Bank. Dreherdisseque odesempenho melhorque oesperadonoWal-Martfoipossível graças àsboas vendas nasemana posterioraoNatal, com o uso dos populares vales-presente. (Reuters)
SEDE ZERO – Nada de deixar os cães com sede nesse verão. Composto por uma garrafa de plástico acoplada a uma bandeja, o Petdrink é recomendado para caminhadas e viagens. Para utilizá-lo, basta girar a garrafa e servir. O produto foi trazido ao País pela empresária Ana Carolina Bocardo, que se inspirou em similares americanos. E é sucesso entre os caninos no Parque do Ibirapuera.
Embora o presidente do Grupo Uniparneguequea companhia venha a ser vendida, fontes domercado dizem que aofertaé uma questãode tempo,e afamília Geyer abrirá negociação, em busca de recursos em dinheiro. Os interessados firmes na aquisição do controle do Unipar,segundo uma dasfontes,sãoosgruposUltra, cujo braçopetroquímicoé representadopelaOxiteno,e a holding Suzano,
queatuapor meiodaSuzano Petroquímica. Além das duas empresas, asfontescitamtambém a Petrobras como eventual interessada no negócio. O controle doUnipar, representadopor57, 31%das ações ordinárias,estáem poder do grupo Vila Velha S/A Administra ção e Participações. Entre osativos do Unipar, estão a participação de 33%naRioPolímeros (Riopol). (AE)
Ahold encerrará ativos no País com venda do G. Barbosa
O grupo holandês Ahold concordou em vender sua rede brasileira G. Barbosa para uma afiliada da empresa norte-americana de investimentos ACON Investments por estimados 90 milhões de euros (cerca de US$ 122 milhões).
O Ahold, quarto maior varejista mundial em vendas, emitiu comunicado na última sexta-feira afirmando que o acordo deve ser fechado no primeiro trimestre de 2005 e que a venda completa seu programa local de desinvestimentos. Em março do ano passado, o Ahold anunciou a venda da cadeia brasileira de supermercados Bompreço para o Wal-Mart. A empresa da Holanda também se desfez da administradora de cartões de crédito Hipercard, adquirida pelo Unibanco. Juntos, esses ativos totalizavam cerca de US$ 500 milhões.
O Ahold queria levantar ao menos 2,5 bilhões de euros com a venda de ativos até o final de 2004, como parte de um plano para restabelecer sua situação financeira, após ter protagonizado um escândalo contábil em 2003. Analistas estimam que o total de ativos vendidos pelo Ahold sejam equivalentes a algo como 2,7 bilhões de euros. O grupo não disse por quanto vendeu a rede G. Barbosa, mas analistas estimaram que o negócio foi de 90 milhões de euros. (Reuters)
UNESC/Divulgação/AE
Em Criciúma (SC) e Boituva (SP), várias casas foram destelhadas. Uma pessoa morreu de ataque cardíaco. Página 4
José Serra (PSDB), no primeiro dia útil de seu mandato como prefeito de São Paulo. As maiores preocupações são com as enchentes e a conclusão de obras iniciadas por Marta Suplicy.
Terra das oportunidades – e de contrastes profundos – São Paulo carrega as expectativas de 10,5 milhões de habitantes, paulistanos ou não. Ontem, primeiro dia da nova administração, Serra criticou Marta Suplicy e determinou um esforço concentrado na limpeza de bueiros e piscinões.
Kelly Ferreira, Fernando Vieira, Renato Carbonari Ibelli e Carlos de Oliveira
José Serra, do PSDB, iniciouontem, naprática,seu mandatode quatro anos como prefeitode SãoPaulo.Na estréia de seu novo gabinete,no PaláciodoAnhangabaú, Serra navegou em seu computadore posou para fotos. À tarde, vistoriou piscinões da zona leste da cidade, uma das regiõesmais atingidas pelas chuvas do ano passado. Talvez preocupado com as previsões dos meteorologistas – que apontam muita
chuva neste iníciode verão –, a idéia do prefeito tucano é colocarem prática medidas preventivas de combate às enchentes. Por isso, Serra determinou um esforço concentrado na limpeza de bueiros episcinões.Trabalho nãovaifaltaraonovo prefeito. Ontem mesmo, no final datarde,umachuva forte atingiu áreas da capital paulista, deixando em estado de atençãoaszonas sulesudeste.O Centrode Gerenciamento deEmergências da Prefeitura (CGE) registrou apenas um ponto de alagamento, na avenida Rubem Berta. De sa fio s – Terra das oportunidades –e decon-
trastes profundos – São Paulo e seus problemas carregam asexpectativas de 10,5 milhões de habitantes, paulistanos ou não.
Seprevenir enchentes –umproblema que até hoje nenhum administrador da cidade conseguiu equacionar– éimportante,igualmenteimportante édesatar o nó do trânsito. Nessesetor, administrações anteriores não foram muito além da velha ecansativaretóricade que o transporte públicode massadevedestronaro império do carro particular. Enchentes econgestionamentoandam de mãos dadas comos buracos.O prefeito terá dese debruçar sobre esse problema antes que a cidade seja tragada por alguma dessas crateras.
Herança – Serra também vaiassumira conclusãode duas obras inacabadasda administração Marta Suplicy, pelas quais é, indireta e paradoxalmente, responsável: a restauração das avenidas Rebouças e Cidade Jardim, que passaram por obras para a construção dos túneissob aavenidaBrigadeiro Faria Lima. Natentativa deganharas eleições municipais,Marta entregou as duas avenidas inconclusas. Hoje,elas continuam sendo um símbolo de descaso do Poder Público para com o contribuinte, que não tem por onde cami-
nhar, já que suas calçadas estãodestruídas. No auge desse descaso, um elevador de carga foioferecido à população quefrequenta o Hospital das Clínicas. Camelôs – O comércio ambulante ilegalserá outro desafio do novo prefeito. Os camelôs proliferam no Centro. Resta saber se a proposta desolução seráarepressãopolicial– fácil,masineficaz – ou a adoção de medidas queincluam esse contingente detrabalhadores no roldosmicroempresários. Inserção social é o caminho.Repressão policial apenas quando o comércio ambulante resvalar o crime
organizado, de quem muitas vezes acaba refém. O prefeito teráaindade assumiro pagamentoafornecedores estratégicos, comoo serviçodeguinchos, empresasquecuidam da limpeza e segurança de edifícios públicos,coleta delixo eprofessores dosCentrosde EducaçãoIntegrada (CEUs),cujossalários foram negligenciadosdurante os últimos três meses. Nas páginas 2, 3 e 4, mais sobre os desafios ao prefeito José Serra
Ministro divulgou dados consolidados da balança comercial do País em 2004 e anunciou metas deste ano
As exportações brasileiras fecharam o ano totalizando US$ 96,475 bilhões, resultado 32% maior queem 2003. As importações, por seu lado, somaramUS$ 62,779 bilhões,cifra 30%superiorao ano passado. "Recordeé a palavra quedefiniráo ano de 2005", comemorou o Ministrodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz FernandoFurlan, ontem, ao anunciaros númerosfechados da balança comercialbrasileira de 2004. O ministro aproveitoua ocasiãoparaestipular a meta de exportações para 2005. "Esteano, o País deverá alcançar US$108 bilhões", disse.
O saldo comercialem 2004 totalizouUS$33,696 bilhões. A expansãodas exportações de2003para 2004, em valor, significou geração adicional de divisasda ordemde US$23,391 bilhões. Jáas importações aumentaram US$14,448 bilhões no mesmo período, o maior aumento desde 1996. De acordo com o Ministério, nos últimos dois anos o Brasil apresentou uma curva de crescimento expressiva nas exportações. E, a partir do segundo semestre de 2004, em função da retomadadocrescimento econômico, as importações também começaram a revelar aumentos.
O crescimento da economia mundialtambém refletiu positivamente no Brasil. Houve maiorprocura por bense ospreçosinternacionais de commodities melhoraram. Ossetores que maissebeneficiaramcomas cotações internacionais foram os produtos básicos e semimanufaturados. Já o que maiscontribuiu parao aumento das vendas externasfoimaterialdetransporte, que em 2004 totalizou US$ 16,042 bilhões, 50,9% mais do que em 2003. Os mais vendidos – Entre os itens vendidospelo Brasil lá fora,1.716 registraram umcrescimento demaisde 100%em relaçãoao anoanterior.Eles incluemmáquinas e equipamentos, aeronáutico,siderúrgico, automotivo,bebidaseálcool,trigo e milho.
O Paístambém ampliou os mercados e passou a vender para países nãotradicionais como Libéria, Sudão, Chipre, Estônia,Mauritânia e Tunísia, entre vários outros.Quanto às importações,o Brasilregistroucrescimento em todas as categorias de produtos. Aindaaumentoua compra de todas as principais regiões econômicas.
Recordes – De acordo com aSecretaria deComércio Exterior (Secex), osresultadosdas exportaçõese importações são recordes históricose mostramqueo
comércio exterioratingiu novo patamar,aototalizar correntede comércio de US$159,254bilhões em 2004, valor 31,2% superior aos US$ 121,375 bilhões do ano de 2003. Se comparadacom o mundo, ataxade crescimento das exportações brasileirasrevelaobomdesempenho do País. Segundo dadosdoFundoMonetárioInternacional(FMI), a previsão das exportações mundiais é de aumentode 18,3% em valor em 2004, enquanto que as vendas externas brasileiras subiram 32% nesse período. Para oMinistério doDesenvolvimento,com oaumentoda corrente de comércio,a participação das exportações noProduto Interno Bruto (PIB) deve subir de 24,6%em2003para 26,6% em 2004.
Expectativa – Em 2005, a previsãodeanalistaséqueo saldocomercial desacelere com o aquecimento do mercado interno. Segundoo relatório Focus do Banco Central, a expectativa do mercado é de um superávit de US$ 26,39 bilhões este ano. Oministro Furlanestima que as exportações brasileiras alcancem US$ 108 bilhões em 2005, com crescimento de 10% a 15% frente a 2004. Para as importações, a previsãodo ministro éde aumento de 20% a 30%.
Patrícia Büll/Agências
No ranking das vendas de automóveis e comerciais leves, GM teve 24,51% de participação, ultrapassando a Fiat (23,77%).
Agência de Desenvolvimento: orçamento definido, função não.
A recém-criada Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), responsável pelaimplementação da política industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo, teráumorçamento de R$20milhõesem2005.Areceita virá de uma parcela da contribuição das empresas às entidadesdochamado
Sistema S(Sesi, Senai,Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar, Sebrae e Sescoop).
"Não haveráaumento na carga tributária das empresas", assegurou o coordenador do grupo da Política Industrial, Alessandro Teixeira. Ele explicou que o dinheiro virá da redução da taxa administrativacobradapelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pararecolhere repassaraverba do Sistema S.
Deacordo com Teixeira, emvezde cobrar 3,5%,como faziaaté agora, o INSS cobrará 1,5%.A diferença irá para a ABDI. Função – Na próxima semana, o presidente Luiz Inácio Lula daSilva deverá assinar um decreto listando as responsabilidades e atribuições da agência. Elasjá constavamno textoda lei, sancionada nasemana passada, mas foram vetadas porque faziam queasfunções da Agência coincidissem com as dos ministérios. A questão será solucionada com a edição do decreto. Oministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,LuizFernando Furlan,passou uma manhã inteiranoSenado, no início de dezembro, para garantira aprovaçãoda lei criandoaABDI.Elasolucio-
na um problema da nova política industrial, que era a falta de técnicos dedicados exclusivamente ao tema. Comisso, aáreatécnica consideraque todososinstrumentos necessários à implementação dapolítica industrial já estão criados. Essa estruturaserácomplementada por uma atuação mais forte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial(BNDES) na política industrial. O presidente da instituição, Guido Mantega, disse quehavia problemasnaslinhas definanciamento dos setores considerados estratégicos. Naárea desoftware, por exemplo, oBNDES oferecia financiamento paraempresasgrandes emédias, mas a maior parte das que atuam nesse setor é de pequeno porte. (AE)
Bom humor: para ministro, comércio exterior do País atingiu novo patamar ao totalizar corrente de US$ 159 bi em 2004
A estimativa da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) para as exportações em 2005 é de crescimento de 4% ante 2004, bem mais tímida do que o aumento de 10% a 15% previsto pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Luiz Fernando Furlan. O diretor da AEB, José Augusto de Castro, admitiu que o desempenho das vendas externas nesse ano que se inicia depende de "muitas variáveis", sendo a principal delas o dólar. Segundo ele, a cotação da moeda no nível atual tende a elevar as importações e
reduzir as exportações. E, quanto mais tempo a cotação permanecer em nível reduzido, mais forte será esse efeito. Além disso, de acordo com Castro, o desempenho exportador do Brasil dependerá do cenário internacional, especialmente do possível desaquecimento da economia chinesa e da esperada elevação dos juros nos Estados Unidos.
A estimativa da AEB é que as exportações brasileiras em 2005 cheguem a US$ 100,27 bilhões e as importações alcancem US$ 73,7 bilhões.
Pela previsão da entidade, os manufaturados ampliarão a participação nas vendas para 57% em 2005, ante
cerca de 54% em 2004. Já as commodities agrícolas sofrerão efeitos negativos da queda nos preços internacionais e deverão reduzir a participação no total exportado de 30% para a casa dos 27,5%.
Segundo Castro, os resultados "excelentes" de 2004 superaram todas as expectativas. Para ele, o desempenho foi tão positivo porque muitas empresas voltaram-se para o mercado externo e acabaram mantendo o espaço conquistado. Além disso, para ele, o Brasil acabou se beneficiando de problemas ocorridos em grandes países exportadores. (AE)
As vendas de automóveis e comerciais leves emdezembro de 2004somaram 168.256 unidades eforam 209, 05% maiores do que em novembro. Em comparação comdezembrode 2003, houve aumento de4,11%.
No acumulado doano passado, as vendas chegaram a 1,478 milhão de unidades, com aumentode 9,48%sobre 2003.
Os dados estão em relatório divulgado ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), representante dasconcessio-
nárias. Os números são baseados nos emplacamentos de veículos novos nacionais eimportadosdo Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).
Caminhões – Ototal comercializado de caminhões emdezembro (7.898unidades)foi 12,33% maiordo que em novembro. Na comparaçãocom dezembro de 2003, o aumento foi de 33,86%. De janeiro a dezembrode2004,asvendasdecaminhões somaram 99.788 unidades, 23,93%a maisdo que em 2003.
Segundoa Fenabrave,a
montadora GM fechou 2004 na dianteira dasvendas de automóveis e comerciais leves noBrasil pela primeira vez na história, com 24,51% de participação. Ficou um poucoà frenteda Fiat,com 23,77%. Oterceiro lugarfoi daVolkswagen(22,1 6%), seguido pela Ford,que ficou em quarto (10,93%). Nosegmento de caminhões, a Mercedes-Benz liderouas vendasno ano, com 30,71% de participação, seguida de perto pela Volkswagen (28,87%).Em terceirolugarficoua Ford, com 20,50%. (AE)
internacionais do País somaram
O Banco Central aumentou a compra de dólares. Mas diretores da instituição dizem que não se trata de uma intervenção no câmbio.
O Banco Central aumentou a compra de dólares no mercado de câmbio nos últimos dias de dezembro e fez comque as reservas internacionais brasileiras fechassemo anode 2004com umsaldo de US$ 52,93bilhões. Ao longo de dezembro, asreservas subiram US$ 2,75 bilhões. Desse montante, pelo menos US$ 2,44 bilhões são referentes à compra de dólares no mercado à vista para aumentarasreservas. Esse valor foiinformado, na semana passada, pelo diretor de Política Econômica do BC, Afonso Bevilaqua, e corresponde às compras efetuadas até o dia 27 de dezembro. Ototal dasaquisi-
ções dedólares doano ainda não foi divulgado. Intervenção ou não? – No início de dezembro, o BC resolveu voltar a comprar dólares quando o real teve uma acentuada valorização. A quedana cotação do dólar faz com que as exportações brasileiras se tornem menos competitivas.
OsdiretoresdoBCtêminsistido, porém, que essas compras não representam uma intervenção no câmbio para segurar a queda do dólar. O ministroda Fazenda, Antonio Palocci lembrou também quea desvalorização damoeda americana ocorre no mundo inteiro, e não apenas no Brasil. As comprasde dólarpelo
governo se acentuaram na segunda metade do mês. Do dia15 até 31de dezembro, o saldo das reservas subiu US$ 2,31 bilhões. Apenas no último dia do ano, as reservas tiveramum incrementode US$155milhões. Aolongo de2004, asreservas engordaram cerca de US$ 3,5bilhões em relação ao fechamento de 2003. Exportações – A queda na cotação do dólar émotivo de preocupação paraos exportadores. Tanto que o Ministério daFazenda estuda medidas para minimizar o problema. Entre elasestá o alongamentodoprazo dado aos exportadorespara internalizar moeda estrangeira. (AE)
Ontem choveu forte e houve alagamentos nas ruas Guaicurus e Jeroaquara, na Lapa. As previsões da meteorologia são claras: neste verão, as chuvas devem superar, ainda que ligeiramente, o volume do ano passado. São Paulo precisa estar preparada para transtornos.
Adecisão do prefeito José Serra de ontemvistoriar piscinões na zona leste (verpágina 4) tem lá suas razões. As previsões da meteorologia mostram que, neste verão, o paulistano deve estar preparado paraenfrentar eventuaisalagamentos emtúneise avenidas. Ontem as temperaturas nacapital atingiram29 grause muitos paulistanos aproveitarama segundafeira para curtir o parque do Ibirapuera. Ocalortrouxe nuvens. Echuva forte,alagando as ruas Guaicurus e Jeroaquara, na Lapa.Muitos carros estacionados rodaram coma força da água e foram parar na calçada. Segundoo meteorologista Alexandre Nascimento, da Climatempo, as chuvas deverãodevemficardentro damédia, com ligeiraalta, secomparadasao mesmo períododo ano passado. "Em dezembro de 2004, a média já ficou 32% maior do queno mesmoperíodo de 2003", disse Nascimento. A previsãoerade queemdezembrochovesse198,9milímetros, mas aschuvas no período e atingiram 262,6 milímetros".
A preocupação do paulistano,conformeo meteorologista, deve aumentar neste mês e em fevereiro, quan-
do a tendência é chover maisdoque onormal.A médiapara janeiro é de 238,7 milímetros e para fevereiro éde217,4 milímetros.Noverão de 2003/2004, emjaneiro as chuvas foram 50 milímetros acima do normal e, em fevereiro, ultrapassaramos360 milímetros. "Isso significa transtornosno trânsito e possíveisenchentes", afirmou Nascimento.
Segundo a Climatempo, a previsão para os próximos quinze dias indica uma grande quantidade de chuva. Em outras pala-
Alagamento, ontem, na Lapa (acima). A avenida Aricanduva (acima, à direita) é um dos pontos mais críticos da cidade e ficou totalmente encoberta em uma das piores cheias do ano passado. Ontem, as temperaturas chegaram a 29 graus na capital.
vras, retornam as condiçõesdechuva forte, com potencial para muitosalagamentos. Vale lembrar que, normalmente,janeiro é omêsmais chuvosoem São Paulo.
Noano quepassou,acidade sofreudemais comas enchentes, com conseqüências especialmenteduras
para osbairros dazona leste, mais precisamente ao longodaavenida Aricanduva. Até o Morumbi, com infra-estrutura urbana supostamente superioraos bairros da zona leste, sofreu com os alagamentos.
Granizo – As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do
Ministérioda Agricultura, nãosão diferentes.Apartir de hoje são esperadaspancadas de chuvanas regiões
Centro-Oeste e Sudeste e chuvas de granizo acompanhadas defortesventos de até 70 km por hora em algumas localidades.
As áreas mais afetadas, segundo o Inmet, deverão serSão Paulo,oestedoRio de Janeiroe regiõescentrosul eoeste de Minas.No
FALHA HUMANA PROVOCOU APAGÃO, AFIRMA DILMA
Umafalha humana,precedidade umafalha técnicano sistema deproteção darede elétrica e de uma pane no sistema de telecomunicações de duas estaçõesdeFurnas, foi a causa do apagão que deixoucidades doRio deJaneiro e do Espírito Santo sem energiano sábado.Essa foia explicaçãodada ontempela ministradeMinas eEnergia, Dilma Rousseff, e pelos principais dirigentes do setor elétrico, reunidos para avaliar o problema. Dilmaafastoua possibilidade de novo apagãoe assegurouque osistema que abasteceoRioé robusto.Segundo ela,é um equívoco dizer que houve falha estrutural. "Não há por quelevarpânicoà população", disse. (AE)
Centro-Oeste,as áreasmais atingidas devem ser o norte e o centro-leste de Mato Grosso doSul; leste esul de Mato Grosso; oeste, sul e centro-leste de Goiás. Segundoo meteorologista Francisco Alves, as mudanças climáticas se devem a um conjuntodefatores."Aquecimento,frente fria,centrode baixa pressão, ventos e alto índice de umidade". Kelly Ferreira, com AE
SOBE TARIFA DE ÔNIBUS EM 4 CIDADES DO GRANDE ABC
As tarifasdosônibus municipais estão mais caras em quatro cidades do Grande ABC. Desde sábado, a passagempassou deR$ 1,75para R$ 2,00 em Santo André, São Bernardo doCampo eMauá, uma elevação de 14,3%.Em Diadema, o mesmo aumento passoua vigorarà zerohora de ontem e a passagem também passou para R$ 2,00. Segundo cálculos realizados pela Empresa Pública de Transportes de Santo André (EPT), parao períodoacumulado até outubro de 2004 (base de cálculo utilizada), ocorreram aumentos de 56% no preçodo óleodiesel, de15% nos saláriosdostrabalhadoresdotransportecoletivoede 60,83% na comprade novos veículos. (AE)
Cônsul do Sri Lanka elogia solidariedade do povo brasileiro
O cônsul do Sri Lanka, Sohaku Bastos, disse estar emocionado com a solidariedade dos brasileiros. "A diferença com os países desenvolvidos é que eles doam grande quantidade de dinheiro e aqui no Brasil é a população que está se mobilizando, estou emocionado", disse o cônsul. Ontem foram enviados ao Sri Lanka 57,5 toneladas de alimentos, água doada pela empresa Schincariol, medicamentos e roupas. Em São Paulo, a Defesa Civil vai receber donativos até o dia 6, no depósito do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, no bairro do Jaguaré. Segundo o cônsul Sohaku Bastos, a dificuldade agora é conseguir transporte para enviar os produtos, uma vez que as pistas dos aeroportos próximos às cidades atingidas estão destruídas. No Sri Lanka, há cerca de 1 milhão de desabrigados. (AE)
Opresidente dos Estados Unidos, George W. Bush, designou dois ex-presidentes - seu pai George H. W. Bush e seu antecessor Bill Clinton - para liderarem uma campanha nacionalcom o objetivo de arrecadar fundos para auxiliar as vítimas das tsunamis naÁsia eÁfrica."Peço atodos os americanos que contribuam na medidade suas possibilidades",disse Bush na Casa Branca.
Clintone o primeiro presidente Bush vão liderar um esforçoparaconvencer as pessoas eas empresas dos EUA a apoiarem, por meio de contribuiçõesprivadas, a ajuda que está sendo fornecida por organizações não - governamentais e outras instituiçõesàszonas devastadas pelos maremotos, disse o mandatário. "Nospróximos dias, os presidentes Clintone Bush pedirãoaos americanosparaque doem diretamente a organismos de caridade confiáveis, que jáestão proporcionando ajudaàs vítimas das tsunamis", afirmou Bush. O presidente exortou os americanos adoarem di-
A.Jadallah/Reuters
O líder palestino Mahmoud Abbas declarou em um discurso político que nunca pegará em armas para enfrentar opositores. O desman-telamento de grupos militantes é uma exigência dos EUA. As eleições presidenciais acontecem dia 9.
Um site da resistência iraquiana informou que os EUA capturaram Abu Musab AlZarqawi, acusado de promover ataques terroristas, seqüestros e execuções de estrangeiros no Iraque.
nheiroaoinvésdeoutrosartigos. "As doações em dinheiro são mais úteis".
O anúncio foifeitocomo parte do esforçoda Casa Brancaparareparar aimagem de que o apoio americano para o desastre foi menorque dos outros países, em especial considerando o
seus primeiros comentários a respeito da tragédia. Outrospaíses ofereceram grandes quantias em dinheiro com maiorrapidez e oJapãosuperouototal de US$ 350 milhões comprometidos pelos EUA . Ontem, o secretário-geral daONU, KofiAnnan,disse
Bush entre os ex-presidentes americanos, o pai George H.W. Bush e o antecessor Bill Clinton amplo apoio recebido pelos EUA de outras nações nos dias seguintesaosataques de 11 de setembro de 2001. Bush enfrentou críticas por teresperadotrêsdias depois do maremoto de26 dedezembropara interrompersuas fériase fazer
Atragédiana Ásiatemdiversasfaces. Terror,morte, sobrevivência, solidariedade...Amaischocante,porém, é aquela querevela a miséria das almas humanas.Enquantopessoasem todoo mundo se organizam para juntar omáximo de ajuda, criminososatuamem plena desgraça. Piratas,ladrões, estupradores, seqüestradoresegolpistasestãoatacando carregamentosdedonativos, sobreviventes efamíliasde vítimasdas tsunamisem campos de refugiados e hospitais da Ásia.
Um tremor de 4,1 graus na escala Richter abalou ontem a região sul de Portugal. Mas o terremoto (que aconteceu às 9h34 no horário de Brasília), não causou vítimas ou danos materiais. .
no evento Billabong de surfe em Sydney, Austrália.
que a promessa de US$ 2 bilhões emdoaçõesinternacionais provavelmentenão se concretizará. Ele citou o descumprimentode promessas de ajuda depois do terremotoque atingiuBam, no Irã, em 2003. Segundo o presidente iraniano,
Autoridadese ONGs da Grã-Bretanha, Suécia, Sri Lanka, Tailândiae Hong Kong denunciamque criminososaproveitamo caosda destruiçãoparaestuprar sobreviventes no Sri Lankaou assaltar ascasasde turistas europeus dados como desaparecidos. Piratas que atuam nacosta daIndonésiae Sri Lankavêmtentandosaquear osbarcos commantimentos. Por isso, militaresestão sendo recrutados para fazer a segurança dos balneários. As NaçõesUnidasjáadvertiram sobrea ameaçadospiratas,
Três dias após um incêndio matar 183 pessoas em uma discoteca de Buenos Aires, outro incidente gerou pânico em uma boate na província de Santa Fé. O fogo começou no sistema de iluminação e se alastrou. Felizmente os sistemas de emergência funcionaram e não houve vítimas.
Os mantenedores do Davi de Michelangelo estudam a possibilidade de colocar um jato de ar atrás dos turistas que visitam a escultura para limpá-los. A poeira trazida pelos turistas suja a obra de arte.
MohammedKhatami, só uma pequena fração da ajuda prometida foi recebida. "As pessoas em Bam estão frustradas porque ainda moramem abrigostemporários", disse Jan Egeland, coordenador doserviçode emergência da ONU. Na semana passada,Egeland cutucouos EUAao sugerir que ospaíses ricosestavam sendo pão-duros emsuas contribuições assistenciais. Ocomentário provocou uma forte resposta do presidente Bush,queafirmou queos EUAtêm sidogenerosos na ajuda a desastres, tanto emdoaçõesgovernamentais como particulares. O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, afirmou no domingoque osEUAestãocomprometidos em cumprir suas promessas mas que às vezes "levatempo" para gastar o dinheiro com eficácia. Ele citou obstáculos "especialmentedifíceis" naentrega de ajuda às vítimas de Bam.Annan devefazerum apelo mundial numa conferência de doadores que será realizada quinta-feiraem Jacarta, naIndonésia. (AE/Reuters)
principalmentena costaoeste da ilha indonésia de Sumatra, amaisdevastada pela tragédia. NaTailândia,ladrões disfarçados de policiais e de membros deequipes de socorroroubaram bagagense cofresde umhotel no balneário de Khao Lak. O governo sueco enviousete policiais ao país asiático para investigar a denúncia deseqüestro,por pedófilos,de um garoto sueco de12anos cujamãe foilevada pelasondas gigantes. Um triste retrato da maldade. (Tsuli Narimatsu/AE)
Oito dias depois, há vítimas que ainda esperam por ajuda
Oito dias depois da tsunami ter atingido a Ásia, os grupos de resgate ainda deparavam-se com um "caos absoluto" na província de Banda Aceh, na Indonésia. Alguns vilarejos não receberam qualquer tipo de socorro. Helicópteros norteamericanos começaram a resgatar alguns sobreviventes, muitos deles crianças. Os pilotos voavam baixo procurando por sinais de vida, pousando rapidamente para recolher os mais feridos e deixando pacotes com água e comida. "Eles ficaram em êxtase quando chegamos, nos mandavam beijos", contou o piloto e tenente Joel Moss. "Todos os moradores de vilarejos começaram a sair de seus esconderijos e nos disseram que precisavam de ajuda. Eles contaram também que havia muitas pessoas feridas mais para dentro do continente, nas montanhas", completou. Em toda a Ásia, as equipes de resgate vêm se deparando com o pesadelo logístico de distribuir donativos em locais totalmente destruídos. (Reuters)
Várias obras inacabadas na área do sistema viário precisam ser finalizadas e aprimoradas pela atual administração, de modo a aliviar os problemas do trânsito da cidade. O maior problema é a falta de dinheiro em caixa para financiar projetos de infra-estrutura e de prioridade ao transporte público de massa..
Os transportesforam umadas principais bandeiras dacampanha eleitoraldeMarta Suplicy. Os corredores de ônibus, batizadosde PassaRápido,eobilheteúnico,foram aprovadospelos usuários. Mesmo assim, ambos osprojetos, entreguesapenas no último semestre de governo, são polêmicos.
Para entregar o Passa-Rápidoantesdaseleições,aPrefeitura inverteu a ordem de prioridades e iniciou as operaçõesmesmo sem concluir obras de infra-estrutura.
Naavenida Rebouças, por exemplo, as calçadas foram deixadasde ladoe, até hoje, estão inconclusas, prejudicando pedestres, comerciantese moradoresda região. "Isso foi um desastre. Está penoso caminhar por aqui", dissea aposentadaCorina Batista, de78 anos, moradora do bairro de CerqueiraCésar. Ontem à tarde, ela sofria para caminharemdireçãoaoHospital das Clínicas (HC),em meio àstábuasdemadeira que cobrem os buracos.
A pressaem mostrarserviço em ano de eleição acarretou uma série de erros, como a instalação improvisada de um elevador de cargasparatransporte de passageiros até o terminal do HC e o descumprimento de todos os prazos. Agora, a responsabilidade definalizarasobrasdeMarta fica a cargo de José Serra. Caberá à sua administração terminar as calçadas, retirar postes econcluiro elevador da passarela do Hospital das Clínicas. O novoprazo para terminar as ligações subterrâneas da rede elétrica aos imóveis é de um mês. As calçadas, noentanto, aindanão têm previsão de conclusão.
Avenida Cidade Jardim
A avenidaCidade Jardim tambémaguarda afinalização de obras de infra-estrutura. Mas háum agravante: ninguémestá trabalhando. Ascalçadas estão abandonadasdesde novembro.Os comerciantes perderam clientes, quetêm dificuldade de acesso às lojas.
Amarca daafobaçãoestá no trecho entre aavenida FariaLimae arua Doutor Mário Ferraz. Primeiro, foi
Na avenida 9 de Julho, as obras de um buraco aberto após fortes chuvas em dezembro (foto maior), ainda não foram concluídas. A rua Amaral Gurgel, no Centro, também foi danificada (alto, à direita). As calçadas das avenidas Cidade Jardim (à esquerda, centro) e Rebouças (direita) estão inacabadas. Os congestionamentos na capital já atingiram marcas superiores a 200 quilômetros em 2004 e os camelôs ocupam cada vez mais espaço nas principais ruas de comércio. Ao lado, lixo acumulado no canteiro central da avenida Manoel Barbosa, no bairro de Pirituba, e mato próximo à ponte do Piqueri, na zona norte.
um ponto de ônibus instalado em frente a um posto de gasolina. O riscode explosãoera iminente,porqueos passageiros se aglomeravam em voltadas bombas, muitos deles, fumando.
A Prefeitura, em vez de solucionar o problema com a transferência dopontopara ocanteiro central,comoprevistonoprojeto,levouoponto para cerca de 40 metros adiante, onde está até hoje. Assim, ocanteirocentral de umadas áreas mais nobres dacidade permanece comoumterritório deninguém.Montes deterra,entulhos e lixos são as únicas coisas encontradas por ali.
Trânsito
Cada vez mais, a frase popular de que São Paulo não pode parar perde sentido. A cidade bate recordes de congestionamentos, estranguladapela enormequantidade de veículos.
A Companhia de Engenharia de Tráfego chegou a registraraté 200quilômetros de congestionamento na capital. Como a análise é realizada sobre uma área de 600quilômetros, pode-se dizer que umterço de São Paulo já esteve paralisada. Investir para que o transportecoletivo prevaleçasobreo individualé umdesafiodo novogoverno.Tarefa nadafácil para quem encontra o caixa negativo. Umasaídapodeseraintegraçãodeônibus, treme metrô, em parceria com o governo doEstado. Apopulação espera que a medida seja adotada no início do mandato,atenue ocaosno trânsito e, ainda, que o sistema tenha uma tarifa única, uma das bandeiras de campanha de José Serra. Para os motoristas paulistanos, a expectativa é de que a recuperaçãodas vias esburacadas, emdiversos pontos da cidade, comece já. Na avenida 9 de Julho, a faixa central continua interditada por causa de um enorme buraco. Aindanão sesabese ainterdiçãoanuncia o início das obras de alargamentodasgaleriassubterrâneas(obraprevistahámais de umadécada, masnunca realizada) ou o abandono total da avenida. Aguarda-se uma solução.
Fernando Vieira
O ano começa com São Paulo devendo pelo menos R$ 31 bilhões. Nas ruas, os camelôs resistem e querem mais espaço para trabalhar.
A secretaria de Finanças da atualPrefeitura ainda não computou o valordadívidadeixadapela administração Marta Suplicy (PT) com prestadores deserviço. Estima-seum saldo negativo superior a R$ 1 bilhão. Nosúltimos meses de mandato, a ex-prefeita, para tentar se adequar à Lei de ResponsabilidadeFiscal(LRF),atrasou opagamento de empreiteiras, empresas de segurança, professores e outros tercei-
rizados. Os cortes de gastos chegaram aosserviços essenciais, como varrição de ruas e tapa-buracos. Masessa éapenas adívida de curto prazo. São Paulo deve hoje R$30 bilhões à União, o dobro do que arrecada.Para seenquadrarna LRF, Serra precisa enviar ao governofederal,até 1º de maio, R$ 7 bilhões. Por isso, na primeira reunião como secretariado ele ordenou a revisão de todos os contratoseasuspensãode licitações em andamento.
Camelôs
– Anovaadministração também vai herdar o problema do comércio informal.Camelôs ilegais,que ajudam adar vazãoa produtos contrabandeados e tiram o lugar dos pedestres nas calçadas, sãoum dos principaisproblemasdacidade. Eles resistemàsmedidas adotadaspelaexprefeita paracoibir aprática, comoa aprovaçãode umalei quedeu àGuarda Civil Metropolitana po-
derde fiscalizareapreender mercadorias. É difícil precisar o número exatodecamelôsnas ruas da cidade. A Associação dos Trabalhadores AmbulantesdeSão Paulo (Atasp) estima que, só na região central, haja 30mil, dos quais apenas 1.244 teriam licença para trabalhar –o Termode Permissãode Uso (TPU),que determina olocal eohorário exatode trabalho. Em Pinheiros, 519 TPUs foram oferecidos,masobairrojáconvive
com5 milambulantes segundoa ComissãoPermanente de Ambulantes. NoBrás, oproblema tambémécríticomesmode madrugada. Porlá, narua Oriente,segundoa Associação dosExpositores de Produtos Manufaturados (AESP), 8 mil ambulantes vendem produtos no atacadona "Feirinha da Madrugada". O comércio irregularcresce na rua José Paulino,noBomRetiroena 12 de Outubro, na Lapa. Além da dificuldade pa-
ra controlaras vendasnas ruas, Serra terá de negociar com asassociações deambulantes, que querem mais TPUs. Os camelôs também devem pedira aberturade novos centrospopulares de venda. O novo sub-prefeito da Sé, Andrea Matarazzo, adiantou que estudará acriação denovos Popcentros, propostos pela Associação Comercial de São Paulo, como forma de promover camelôs a microempresários.
No primeiro dia de trabalho, o prefeito disse que a administração petista jogou dinheiro fora e prometeu que em seu governo isso não vai acontecer
Apesarde terprometido em seu discurso de posse que iria governar "sem espelho retrovisor", o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), não economizou críticas ao governo de Marta Suplicy (PT) emseu primeiroeventopúblicoapós assumir o cargo, como nostempos de campanha. Em umavisita que fezontemadoispiscinões na zona leste da cidade, Serra acusou a petista de desperdiçar milhões em recursosao construir piscinões,masnão fazer manutenção nem limpeza. "É jogar dinheiro fora e castigarapopulação. Gasta-se uma fortuna que vem do bolso das pessoas, fica mostrando aobra, masnão mantém.É umabarbaridade."Ele aindaprometeu: "Na minha gestão isso não vai acontecer."
Sob nuvens escuras, que ameaçavamchuva,oprefeitocaminhoupor40minutos em torno dos reservatórios Aricanduva3e Limoeiro, um dos maiores da Bacia do Aricanduva, regiãoquefigura entre as mais atingidas pelas enchentes. Ao lado do secretário de Coordenação
deSubprefeituras, Walter Feldman, e vereadores tucanos, ouviuexplicações dos técnicos sobreasituação de cada um deles. Entre uma informação e outra, fez vários desabafos. "Ali também fazparte do piscinão?", perguntou à equipe, apontandopara uma área tomada por mato.
"Mas tem 2 metros de altura demato,semfalarnasujeira e na terra", indignou-se,ao sinal positivo do técnico. Asituação dosreservatóriosécrítica.Elesestãoassoreados e cheios de lixo e mato,o queacabacomprometendo seu funcionamento. NoAricanduva3, aterra acumuladana baciadopis-
cinão, queserve paraarmazenara águada chuva,chegaa2 metrosdealtura.No Limoeiro,o segundoaser visitado, a área mais parece umaflorestadetantomatoe terra.A manutenção,explicouocoordenadordeObras da Subprefeitura deSão Mateus, JorgeBuff, responsável pelos seis piscinões da
As autoridades catarinenses ainda não fizeram um levantamento dos prejuízos. Os desabrigados foram levados ao ginásio de esportes do município. Uma pessoa, assustada, morreu de ataque cardíaco.
Dois tornados destruíram pelos menos quatro casas e causaram grandesprejuízosem outras 70 emseisbairrosdeCriciúma, no sul de Santa Catarina, na tarde de ontem.
O primeiro deles formouse porvolta das15h efoi seguido de forte chuva. Uma hora depois,o segundotornado surgiu aquatro quilômetros do centro da cidade, causando mais destruição. Umamulher,Taise Vieira Pinto, de 68 anos, ficou muito assustada emorreu após sofrer um enfarte.
Atéoiníciodanoitedeontem,a Defesa Civil ainda não haviacontabilizado todos os prejuízos, mas um levantamento preliminarrevelou que pelo menos 70 casas de seis bairros foram atingidas equatrodelasficaram completamentedestruídas.A maioriadasresidências perdeutelhados e muros ruíram.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiro da cidade, capitãoEdmilson Lopes, foi necessário fazer umapelo para quealguns curiosos não se aproximassem dos locais mais atingidos, porque havia risco de desmoronamentos. "Por causa do que aconteceu com o furacãoCatarina, no ano passado, já temos experiênciacom esse tipo de ocorrência", explicou o capitão Lopes.O ginásio de esportes do município foi colocado à disposição para todas famílias que ficaram desabrigadas.
Imprevisibilidade – De acordocomometeorologista ClóvisCorrea, nãohácondições de prever umtornado. O meteorologista da Climatempo, AlexandreNascimento, explicou que ontem eles foram desencadeados pelochoquetérmico entre umafrentefriaeoarquentee seco queatuavasobrearegião. O fenômeno costuma ser acompanhado por fortes chuvas e granizo.
Os tornados foram acompanhados de chuvas fortes. Pelo menos quatro casas foram destruídas. Nos locais mais atingidos, o perigo, agora, é de desmoronamentos.
As previsõesmeteorológicaspara ospróximosdias são de muita instabilidade naregião enão estádescartada a possibilidade de que novos tornados. (AE)
Bacia do Aricanduva, foi feita entre maio e setembro. Enchentes – Apesar da promessa deempenhoaos moradores que o cercavam, Serra admitiu que os paulistanosnão devemesperar uma solução da "noite para odia"paraoproblema das enchentes que, segundo ele mesmo admitiu, devem
voltar acastigara cidade neste ano. "Na minha gestão, limpeza e manutenção serão permanentes. Agora, serão feitas na correria mesmo. Colocamoshoje(ontem)os tratoresparatrabalhar. Mesmo que não resolva, atenua, pelo menos", disse.Oserviço,que deve levar três meses,será concluído após a temporada de chuvas.
Segundo Feldman, as empresas que tinham contratos para fazer a limpeza dos piscinões –e suspenderamna por faltade pagamentos – retomaram as atividades ontem,apósumacordocom oatualgoverno. "Fizemos umapeloparaqueretornassem aos trabalhos,dando a garantiadeque vamospagá-las."O mesmoseráfeito comas empresasresponsáveis pela conservaçãode áreas verdes. Ummutirão envolvendo as subprefeituras da zona leste também foi organizado paraatacar ospiscinões. A unidade da Vila Prudente,porexemplo,cedeu um trator para ajudar na limpeza do Aricanduva 3. O mesmo ocorrerápara alimpeza de bueiros, córregos e galerias pluviais. (AE)
Em Boituva, vento de 120 km/h e muitos estragos
U m temporal com ventos de mais de 120 quilômetros por hora destruiu um ginásiodeesportese destelhoutotalou parcialmente cerca de 40 casas em Boituva, a 115 quilômetros deSão Paulo,noinícioda noite de domingo. Duas casas ruíram sobre os moradores equatro pessoasficaram feridas sem gravidade. Deacordocom aDefesa Civil, osestragosforam
causados por uma espécie de tornado, comventos circularesem grandevelocidade.Otemporaldestruiuo ginásio deesportes doParque ResidencialNovo Mundo,queseriainaugurado nofimdestemês.A estruturametálicacom mais de mil metrosquadrados, pesandocerca de15toneladas,foi levadapelo ventoe lançada a50 metros,caindo sobreduascasas.Notrajeto,
foram derrubados dois postes de energia elétrica. Aparecido Xavier deBarros, que teve a casa danificada, ficouferidono rosto.A residênciade ElaineSilvino daSilvatambémfoiatingida pelaestruturametálica.Elae osfilhos,se abrigaram sob uma mesa.Umadascriançasfoiatingida porumestilhaço de telha. Os feridos foram levados para o Hospital São Luiz e medicados. (AE)
Bolsa de Valores de São Paulo ontem, no primeiro pregão de 2005
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) divulgou a carteirado Ibovespaque deverá vigorar no primeiro quadrimestre de 2005. A carteiraé compostapor ações de empresas que, nos últimos 12 meses, apresentaram índices de negociação, de participaçãoe um volumefinanceirocompatíveis com os critérios estabelecidos pela Bolsa. Nanovacarteira,a Telemar PN, empresa com o maiorpesono índice,teve sua participação reduzida de11,891%para 11,309%, comparada ao último quadrimestre de 2004. Jáa Petrobras PN aumentou seu peso, de 8,610% entre setembro edezembro, para 8,825% agora. Menosespaço– Outra mudança trazidananova carteiraestá naTelemarPN. Noúltimo quadrimestrede 2004, as açõesdacompanhiarepresentavam aterceira maior participação
dentro doíndice daBolsa paulista.Na novacarteira, perdeu espaço para os papéis da Usiminas PNA, da Companhia Vale do Rio DocePNAe daSiderúrgica Nacional ON. Deixou de estarentre ascinco companhias com maior peso. Atrás da Siderúrgica NacionalONvêm as açõesda Embratel Participações PN, com 3,625% de participação,asaçõesdaTelespCelular Participações PN, com 3,561%, os títulos PNB da Eletrobras, com3.373%,as ações PN da Gerdau, com 3,312% e as PN da Cemig, com 2,889%.
Deixou de figurar entre os dez primeirosos papéisdo Bradesco,queatédezembro último contribuíamcom uma participação no índice da bolsa de 3,235%.
A carteira é alterada ao final decadaquadrimestre do ano, com base no desempenho dospapéis noperíodo. (DC)
Analistas e instituições financeiras revisam suas apostas. Sobeet e Fiesp criticam desvalorização do dólar.
Odólardeveráencerrar o ano de 2005 cotado a R$ 2,65. Essaéa previsão feita por analistas de mercado e instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central, nasemana passada.Menor do quea previsão anterior. Já para os juros básicos da economia o otimismoé menor. Eles devem subir,na avaliaçãodos mesmosanalistas,para 18%aoano jána próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), neste mês. Hoje, a Selic é de 17,75%. A previsão de um juro de15,50% no final do ano subiu para 16%. Na opinião deAntônio Carlosde Lacerda,presidente daSociedadeBrasileira de Estudosde Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), serápouco provável que as exportações cresçam entre 10% e 15% com o câmbio médio de R$ 2,70. Concorrência – Essa cotação foi estimada ontem pelo ministro Luiz Furlan, do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior. "Dependemuito do câmbio. Nos atuais níveis, será muitodifícil que isso ocorra", disse Lacerda. "Com oatual patamardo real em relação ao dólar, nossos produtos perdem competitividade na disputa com concorrentes fortes, como a China, Coréia do Sul e Índia."
O que é melhor? Pagar o IPVA a vista, com desconto, ou parcelar?
Nesta época doano sempre surgea dúvida:compensa pagar o IPVA a vista , emparcela única com desconto ouvalemais apena parcelar,sem desconto,o valor do imposto? A melhor opçãodepende dasituação financeira do proprietário do veículo, dizem especialistas em finanças pessoais. No pagamento antecipado a vista (com vencimento nestemêsde janeiro),ogoverno paulista oferece um desconto de 3,5% no valor total do IPVA.
Peloscálculosfeitos pelo vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, isso significa que, no valor sem desconto (com vencimento em fevereiro) estão embutidos juros mensais de 3,6%.
Vantagem– "Seo contribuinte tem dinheiro guardado em aplicação financeiravaleapenasacarosrecursos para pagar o IPVA antecipadamente, com desconto", afirmaOliveira. "Compensaperderumpoucoderendimentoeganharo desconto, poisprovavelmente nenhuma aplicação financeira vai garantir ao contribuintejuros superioresaos3,6%embutidos no IPVAa vistasem desconto ou parcelado", explica. O valor das trêsparcelas (que começamavenceragoraem janeiro)corresponde aototal do IPVA sem desconto. Já o contribuinte que não tem dinheiropara pagar o valor integral doIPVA com desconto, emjaneiro, precisa ter atenção: não é bom negóciousar dinheirodoche-
que especial para quitaro imposto agora. "Issoporqueosjuros do cheque especial são muito maiores do que a taxa de 3,6%embutida nopagamentodoIPVAsemdesconto ouem trêsparcelas. Nesse caso,vale apena esperar um pouco mais, pagar o imposto total em fevereiro ou parcelado,já apartir dejaneiro", aconselha Miguel de Oliveira.
Tambémé precisocuidadocomacontrataçãodeempréstimospessoais parao pagamento do imposto. "Vale a seguinte regra: o empréstimo só compensa se o bancocobrar jurosinferioresa 3,6%aomês. Umaboa opção são os empréstimos com desconto em folhade pagamento, os chamados empréstimos consignados,
Imposto pode
cujas taxas de juros são menores, em tornode 2,5% ao mês", diz Oliveira. Bradesco– O Bradesco anunciouontem aabertura de uma linha de crédito para pagamento do IPVA 2005 (e também do DPVAT, do licenciamento antecipado e de multas de trânsito quitadas no pagamento do tributonesteinício deano).Alinha tem prazo de pagamento entre um e 12 meses e taxa de juros mensal de 3,50%. A prestaçãomínimaédeR$20 e a Taxa de Abertura de Crédito(TAC), emcasode financiamento,deR$ 25.A TAC e o Imposto sobre Operações Financeiras(IOF) podem ser financiados juntocomovalor principal.O banco oferece essalinha de crédito até março.
Rejane Aguiar
Apartirdeste anoos proprietários de veículosno Estado de São Paulo poderão pagar o IPVA emqualquer uma das 2,2milcasas lotéricas conveniadasà CaixaEconômicaFederal. Ocalendário de pagamento do IPVA 2005 começa no próximo dia 10, com dias determinados paracadafinal de placa de veículo. De acordo com a Caixa, para pagaroIPVA nascasaslotéricas basta levar o número do Registro Nacionalde Veículos Automotores (Renavam) para que seja obtido o valor para pagamento. O contribuinte também podepagar, juntocom o IPVA,o seguro obrigatório (DPVAT)e olicenciamento
antecipado, alémdataxade postagemdododocumentode licenciamento do veículo. Vantagem – Avantagem do pagamento doIPVA naslotéricas é o horário estendido de atendimento. No casodosestabelecimentos localizados em supermercadose shopping centers, por exemplo, o horáriodefuncionamentovaiatéas 20h, muitas vezes até nos finais de semana. Talvez por isso que as casas lotéricas sejam cada vez mais procuradas pelos brasileiros para pagamento de contas de consumo e boletos bancários. Segundoa Caixa, em2004, aslotéricaspaulistas receberam235 milhõesdedocumentos. (RA)
Para Antônio Lacerda (foto), produtos brasileiros perdem competitividade com dólar muito baixo
De acordo com a projeção daSobeet, se neste ano o câmbio médio ficar no atual nível(muitopróximo dos R$ 2,70) o saldo da balança comercial cairá para um valor próximo a US$ 25 bilhões. Em2004,ficou em US$ 33,69 bilhões o saldo positivodas exportações sobre as importações, com o câmbiomédiodeR$2,93,de acordocom cálculos do banco Pátria de Negócios. "Se,nesteano, acotação do realem relaçãoao dólar ficar na média entre R$ 3 e R$ 3,05,deveremosregis-
trar um superávit de US$ 34 9 bilhões", estima Lacerda. Parao presidenteda Sobeet,a procurainternacional também é um fator muitoimportanteparadeterminar o avanço das exportações.Segundoele, oBanco Central optou por combater a inflaçãocom umaestratégia bastante calçada no real forte e política monetária rígida demais. Equívoco – O diretor do Departamentode Comércio Exterior daFederação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto
Giannetti daFonseca, disse que o governo está cometendoum "grande equívoco" ao controlar a inflação com o câmbio sobrevalorizado, repetindo a estratégia adotada entre1995e 1998, noprimeiro mandatodo presidenteFernando Henrique Cardoso. "Se em 2005 o câmbio médio ficar nos atuais R$ 2,70, asexportaçõesvão cair,o superávit comercial baixará para um número entre US$ 15 bilhões e US$ 18 bilhões e o desempregoaumentará", disse. (DC/Agências)
Bolsa de Valores registra perdas com venda de papéis por investidores e dólar encerra com alta de 0,75%
No primeiro dia de negócios de 2005, o dólar surpreendeu e encerroucom ganhode
0,75% sobre a cotação da últimaquinta-feira, dia30de dezembro. Fechouvendido a R$2,674, emum movimento que acompanhou o cenário externo.
Apesar da alta da moeda norte-americana odiafoi consideradomortopor alguns analistas do mercado, jáquemuitos investidores ainda estão de férias.
"O diateve um volume muito pequeno de negócios. Odólar começouo dia embaixa, masfoi sevalorizanto", disse Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.
Umdosmotivosquelevaramo dólar asubirdiante do realfoi omovimento da moedano mercado mundial, acrescentou o analista. Odólarserecuperoufrente às principaismoedas ontem, depoisde fortesvendas na semana passada. Mas o mercado aguarda os dados de emprego em dezembrodos EstadosUnidos, que serão divulgados na próxima sexta-feira.
Os indicadores norteamericanostambém sãofocode atenção domercado brasileiro, segundo o gerente de câmbio de um banco estrangeiro, que achaque o cenário externo deve influenciar mais nestes dias. Internamente, osdados dabalançacomercial referentes a dezembro animaram,mas não se refletiram na cotação do dólar.
"Osdados foramsuper bons,masjáestavamdentro daexpectativado pessoal, não teve grandes novidades", afirmou Alexandre Vasarhelyi, responsável por câmbio do banco ING.
Bolsa – A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda no primeiro pregão do ano, com investidores aproveitando afraqueza de Wall Streetparaembolsar
lucros, depoisde cincosessões seguidas de ganhos. O Ibovespa recuou 1,81%, para 25.722 pontos. Durante amanhã, chegoua avançar1,13%, para26.492pontos, novo recordehistórico no meiodasessão. Ovolume financeiro ficou em R$ 1,214bilhão. Entreasmaiores baixas ficaram os papéis de elétricas, abatidas pelo apagão no Rio de Janeiro.
O Banco do Brasil (BB) anunciou ontem a compra de parte da carteira de créditoconsignado (com desconto direto em folha de pagamento) do Banco Mercantil do Brasil. Essa é a primeira operaçãodessetipo realizada pelo banco. Oanúnciodaoperaçãofoi feito ontem pelo vice-presidente de varejo do banco, EdsonMonteiro, queinformou também que a instituição estuda a possibilidade decomprar carteiras de outras instituições financeiras. S eg un do Monteiro, o valor total da carteiraé deR$ 40milhões, com prazo médio de 24 meses e 18 mil clientes. "O mais importante não é o valor da operação, mas o sinal que o Bancodo Brasilestádando deque está competitivo nesse mercado", afirmou.
Para executivo do Banco do Brasil, segmento deverá fazer a diferença para os bancos nas suas carteiras de crédito
Operaçãonormal – O diretor de Produtos, Marketing e Canais Eletrônicos do BancoMercantil doBrasil, André Brasil, informou que a venda de parte da carteira para o BBfoi uma operação normalerotineira.Segundo
ele, o Banco Mercantil do Brasil já cedeu e comprou emoutras ocasiõescréditos a outros bancos. Nessa operação com o BB, informou Brasil, o banco recebeu R$ 31 milhões. "Não temnada de extraordinário", observouo diretor, destacando que a carteira de crédito consignado do Mercantil é de cerca deR$ 150 milhões. Ruído – Oanúncio da compra chegou aprovocar ruído no mercado. Ao anunciar a operação, o v i ce - p re s identedo BB não havia informado que se tratavadeapenasparte da carteira enão desua totalidade. Monteiro foi obrigado a daresclarecimentos mais tarde ao mercado "Aoperaçãonãofoi de ajuda. O BB avaliou uma sériedecarteiraseresolveufazer uma experiência operacional", disse o executivo do banco.Nasua avaliação,o mercado decrédito consignado vai fazer a " grande diferença" neste ano de2005 para as instituiçõesfinanceiras. (AE)
1) Ao contratar o empregado a empresa está obrigada a exigir a apresentação de documento que comprove a regularidade da situação do candidato ao emprego com o serviço militar?
A legislação trabalhista não contém nenhum dispositivo que exija que o candidato a emprego comprove a regularidade da sua situação com o serviço militar. Entretanto, a Lei que dispõe sobre o serviço militar estabelece que nenhum brasileiro, entre 1º de janeiro do ano em que completar 19 anos e 31 de dezembro do ano em que completar 45 anos de idade, poderá, sem fazer prova de estar em dia com as suas obrigações militares, entre outros, ingressar como funcionário, empregado ou associado em instituição, empresa ou associação oficial ou ofi cializada ou subvencionada ou cuja existência ou funcionamento dependa de autorização ou reconhecimento do Governo Federal, Estadual ou Municipal. Estabelece a legislação do serviço militar que os brasileiros que não estiverem em dia com as suas obrigações militares não poderão obter carteira profissional, ficando as autoridades ou responsáveis pelas repartições incumbidas da fi scalização do exercício profissional proibidas de conceder carteira profissional, bem como de registrar diplomas de profissões liberais a brasileiros que não comprovem a sua regularidade com o serviço militar.
As empresas, companhias e instituições de qualquer natureza participarão da execução da lei do serviço militar e essa participação consistirá na responsabilidade de exigir, nos limites de sua competência, o cumprimento das disposições legais referentes ao serviço militar e, em especial, a comprovação de regularidade da situação do cidadão com o serviço militar.
Assim, as empresas públicas ou privadas não poderão contratar candidatos a emprego que não comprovem a sua regularidade com o serviço militar.
Os documentos que comprovam a regularidade da situação militar do candidato a emprego são:
a) Certificado de Alistamento Militar - nos limites da sua validade, comprova a apresentação para a prestação do serviço militar inicial, o que deve ocorrer no ano em que o candidato a emprego completar 18 anos de idade;
b) Certificado de Reservista - comprova a inclusão do cidadão na reserva do exército, da marinha ou da aeronáutica;
c) Certificado de Dispensa de Incorporação;
d) Certificado de isenção;
e) Certidão de situação militar;
f) Provisão de reforma;
g) Atestado de Situação Militar;
h) Atestado de se encontrar desobrigado do Serviço Militarconcedido aos que optarem pela nacionalidade brasileira, até a assinatura do termo de opção, e ao brasileiro a partir do mês de janeiro do ano em que completar 46 anos de idade.
Os documentos previstos nas alíneas “e” a “g” são concedidos aos cidadãos que estejam prestando o serviço militar e venham a perder seus postos, patentes ou graduações, reforma etc.
(Arts. 74 e 75 da Lei nº 4.375/1964 e arts. 19, 206, 209 a 210 do Regulamento da Lei nº 4375/1964, aprovado pelo Decreto nº 57.654/1966, alterado pelo Decreto nº 93.670/1986)
2)Quandooempregadooptaporfaltarosúltimos7diasdoaviso prévio em substituição à redução da jornada de trabalho, qual será a data da baixa na sua Carteira de Trabalho e Previdência Social? Durante o prazo do aviso prévio, concedido pelo empregador, a jornada de trabalho do empregado deve ser reduzida em 2 horas diárias sem prejuízo da remuneração. Entretanto, a lei permite ao trabalhador optar por trabalhar sem a redução mencionada, caso
em que poderá faltar ao serviço, durante o prazo do aviso prévio, por 7 dias corridos. A opção do empregado por faltar os 7 dias não implica o término antecipado do aviso prévio e do contrato de trabalho. Os prazos tanto do contrato de trabalho como do aviso prévio continuam a fluir normalmente até o 30º dia do aviso. Por esta razão, a data da baixa na CTPS será a que corresponder ao 30º dia do aviso prévio trabalhado, e a homologação, se for o caso, bem como o pagamento das verbas rescisórias, será efetuada logo após o término do aviso prévio trabalhado, ou seja, no 1º dia útil após o 30º dia do aviso.
(Arts. 487 e 488 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT)
3) Em uma reclamação trabalhista que objetive o pagamento de horas extras, a quem cabe comprovar a jornada de trabalho do empregado?
Conforme determina o Enunciado nº 338 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), é ônus do empregador que conta com mais de 10 empregados proceder ao registro da jornada de trabalho dos seus empregados, mediante aanotação da hora de entrada e saída em registro manual, mecânico ou eletrônico. A nãoapresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.
(Art. 74, § 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT)
Assinaturas: 0800 707 22 44www.iob.com.br
Iguaçu - Av. Dr. Luiz Passos, s/nº, Bloco 1, Distrito Industrial, em Foz do Iguaçu - Estado do Paraná, CEP 85862-528, NIRE nº 41900509965 e CNPJ/MF nº 60.869.336/0170-01; e d) Escritório JK - Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, nº 387, 13º e 14º andares, Bairro Itaim Bibi, na Cidade de São Paulo - SP, CEP 04543-121, NIRE nº 35902377361 e CNPJ/MF nº 60.869.336/0002-06; II) Alteração de endereço das seguintes filiais: a) São Paulo JKmudança da Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, nº 387 - 10º andar, Bairro Itaim Bibi, CEP 04543-121, na Cidade de São Paulo - SP, NIRE nº 35902377352 e CNPJ/MF nº 60.869.336/0010-08 para a Rua Verbo Divino, nº 1488 - 6º andar - Blocos B e C, Bairro Chácara Santo Antônio, CEP 04719-904, na Cidade de São Paulo - SP; e b) Bauru - mudança de endereço em razão de alteração do nome da rua de sua localização da Estrada Acesso Campo Novo, s/nº, NIRE nº 35901678723 e CNPJ/MF nº 60.869.336/ 0029-18 para a Av. Antenor de Almeida, nº 2-60, Jardim Colonial, CEP 17047-590, em Bauru - Estado de São Paulo. Esta deliberação foi aprovada pelos membros da Diretoria, ora reunidos, tendo em vista a atribuição privativa que lhes confere o Art. 14, letra “e” do Estatuto Social da Companhia. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, da qual foi lavrada a presente ata que, lida e achada conforme, vai por todos assinada. aa) Karl Franz Buhler - Diretor Presidente; Carlos Eduardo Garrocho de Almeida e Piero Abbondi - Diretores. Simone Galante Alves - Secretária. Confere com o original lavrado em Livro próprio. Simone Galante Alves - Secretária. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial de São Paulo. Certifico oregistro sob o nº 512.453/04-4 em 29/12/04. Pedro Ivo Biancardi Barboza - Secretário Geral. HOLCIM (BRASIL) S.A.HOLCIMS.A. HOLCIM (BRASIL) S.A.HOLCIMS.A. CNPJ/MF 60.869.336/0001-17 – NIRE nº 35300044924 Ata da Reunião da Diretoria realizada em 22 de dezembro de 2004
Data: 22.12.2004. Hora: 10:00 horas. Local: Sede social - Rua Verbo Divino, nº 1.488 - 5º andar, em São Paulo - SP. Presentes: Todos os Diretores. Mesa: Presidente - Karl Franz Buhler, que também assina Carlos F. Bühler; Secretária - Simone Galante Alves. Deliberação Aprovada por Unanimidade: Abertura das seguintes filiais, para o exercício das atividades de prestação de serviços de concretagem: a)Juiz de Fora - Rodovia BR 040 - Km 800, Empresarial Park Sul, Lote 80, CEP 36120-010, Matias Barbosa - Estado de Minas Gerais; b) Divinópolis - Rua Benedito Gonçalves, nº 1.841, CEP 35502-287, Centro Industrial, em Divinópolis - Estado de Minas Gerais; c) Vespasiano - Avenida 1, nº 320, Lotes 07, 08 e 09 - Quadra 4, Parque do Norte, CEP 33200-000, em Vespasiano - MG; e d) Sete LagoasRua Quatro, nº 31, Distrito Industrial, CEP 35702-384, em Sete Lagoas - MG. Fica destacado para cada Filial o capital de R$ 1.000,00 (um mil reais). Esta deliberação foi aprovada pelos membros da Diretoria, ora reunidos, tendo em vista a atribuição privativa que lhes confere o Art. 14, letra “e” do Estatuto Social da Companhia. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, da qual foi lavrada a presente ata que, lida e achada conforme, vai por todos assinada. aa) Karl Franz Buhler -Diretor Presidente; Carlos Eduardo Garrocho de Almeida e Piero Abbondi - Diretores. Simone Galante AlvesSecretária. Confere com o original lavrado em Livro próprio. Simone Galante Alves - Secretária. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 512.454/04-8, em 29/12/04. Pedro Ivo Biancardi Barboza -Secretário Geral.
S.A. ASSESSORIA E ADMINISTRAÇÃO CNPJ/MF Nº 60.886.231/0001-76 - NIRE 35.300.058.186
Extrato da Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 1º de dezembro de 2004
Horário: 9:00 horas. Local: Sede social, na Av. Santa Marina, 482 - 4º andar - CEP: 05036-903, São Paulo, SP. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social. Mesa: Jean Paul Mamber – Presidente e Carlos William de Macedo Ferreira – Secretário. Ordem do Dia: Eleger um membro da Diretoria. Deliberações: Foi eleito para o cargo de Diretor Vice-Presidente o Sr. Jean Pierre Eugene Floris, francês, casado, industrial, RNE nº V394252-0-DELEMIG/SP e CPF nº 231.217.438-30, domiciliado nesta Capital, com endereço profissional na Av. Santa Marina, 482 - 4º andar, CEP: 05036-903, Água Branca, São Paulo, SP. Permanecem vagos 2 (dois) cargos de Diretor sem designação específica. O Diretor ora eleito não receberá qualquer remuneração, com o que concorda e ora renuncia esse direito e declara, sob as penas da lei, não estar incurso em qualquer ato ou prática que lhe impeça o exercício de seu cargo e de seu mandato, o qual estender-se-á até a realização da próxima Assembléia Geral Ordinária. Quórum das Deliberações: Unanimidade, sem restrições, observadas, conforme o caso, as abstenções legais. Encerramento: Foi oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso. Ninguém se manifestando, foi a sessão suspensa para a lavratura desta ata, aqual, lidaeaprovada, foi assinada pela mesa, pelos acionistas presentes e pelo Diretor eleito: Mesa: Jean Paul Mamber – Presidente, Carlos William de Macedo Ferreira –Secretário; Compagnie de Saint-Gobain (pp. Jean Paul Mamber), São Lourenço Administradora Ltda. (pp. Jean Paul Mamber e Carlos William de Macedo Ferreira), Jean Pierre Eugene Floris. A presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio de Assembléias Gerais. Carlos William de Macedo Ferreira -Secretário. Visto: Vergilio Minutti Filho - OAB/SP: 44.363. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial de Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 509.299/04-0, em 23/12/04. Pedro Ivo Biancardi Barboza - Secretário Geral.
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 3 de janeiro de 2005, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Universal Music Ltda.- Requerida: Ina Livros Discos e Acessórios Ltda.
- Avenida Leão Machado, 100 Lj. S 43 - 24ª VaraCível
Requerente: Microservice
Tecnologia Digital da Amazônia Ltda. - Requerida: Ina Livros Discos e Acessórios Ltda. - Avenida Leão Machado, 100 Lj.S 43 - 24ªVara Cível
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Os tucanos querem saber de que forma reagiriam os petistasse oPSDBresolvesse apoiar acandidatura deVirgílio Guimarães (PT-MG) à Presidência da Câmara dos Deputados.Virgílioseria oRoberto TrípolideLuiz Eduardo Greenhalgh. Greenhalgh, como se sabe, é o candidato do PT à sucessãodeJoãoPaulo Cunha,damesmaforma queRicardoMontoroera ocandidatodoPSDBà Presidência da Câmara Municipal.
Os tucanos ainda não digerirama derrota de Montoroe queremqueosdeputados dopartido dêem o troco alimentando a candidatura de VirgílioGuimarães, doPT. Porenquanto, oespírito de vingança predomina no baixo clero da tucanada. A cúpula ainda não decidiu forçar uma traição ao candidato Luiz Eduardo Greenhalgh. Mas Greenhalgh caminha nofio dalâmina.Se vacilar pode se cortar para satisfação dos tucanos paulistas. O presidente José Genoino diz que o queaconteceu com Montoro nãoocorrerácom Greenhalgh. Uma coisa é o PSDB; outra é o PT, diz ele. A eleiçãona Câmara dos Deputadosserá em fevereiro; portanto, com tempo suficiente para os deputados esfriarem a cabeça.
P residente do PSDB,o deputado Edson Aparecido esteve a ponto de ter um ataque denervosassim que recebeu opedidode expulsão do PSDBdo vereador Roberto Trípoli, acusado de traição. O pedido aterrisou na mesa do deputadohoras depois da eleição na Câmara.
A ressaca ainda não passou, mas os tucanos não querem perder tempo e iniciam atemporada decooptação de vereadores que formam oBlocão (PMDBPTB-PP-PL-PCdoB) para assegurar maioriade votos na Câmara. Falta pouco para Serra ter maioria.
R icardo Montoro perdeu a eleição de presidente, mas alcançou 26 votos. Teoricamente, são 26 votos de Serra.Paraobteramaioriao prefeito precisa de mais 2 votos. Não é difícil alcançar a maioria para quem encheu a caneta de tinta.
J osé Serra só deixoude esquentar a cabeça e de fazer conjunturassobre o que aconteceu na Câmara quando visitouospiscinões. O prefeito estáapavoradocom oprenúncio de fortes chuvas já detectadas porinstitutosdemeteorologia.
S erra começa a enfrentar um outro problema com a decisão das empresas que negociam com a Prefeitura de recorreràJustiçapara evitarqueo prefeito renegocie os contratos com a administração com valor acimade R$1milhão. Osempresáriosvãoà Justiçasese sentirem prejudicados.
L O Sindicato da Indústria daConstruçãoCivil pretende ingressar na Justiça comumaaçãocoletiva em defesa dos empresários, com o argumento de que os contratos foram assinados com a Prefeitura baseados em lei.Para oSinduscon, o rompimento dos contratos fere a Constituição.
O Diário Oficial doMunicípiopublicaordem de que só oprefeito– emais ninguém– podefazer nomeações para cargos de confiança.Anormaéválida não sóparaossecretários mas tambémpara as subprefeituras.
Petistas afirmam desconhecer acordo feito com o PSDB para eleger Montoro. E isso pode custar a eleição de Greenhalgh.
AO Ministério Público pode receber a primeira ação judicial contra José Serradesde suaposse.A açãoseria patrocinadapelo PT. Opartidoacusao prefeito de fazer propaganda viaDiário Oficial.Emtempo:osecretáriodeJustiçade Serraé oex-procurador Luiz Antonio Marrey.
R oberto Trípoli, acusado de traição,foiafastado preventivamente desuas atividades partidárias por dez dias, a pedido do vereadorDaltonSilvano, omesmo que encaminhou petição deexpulsão. Em resumo: Trípoli é denunciado dapráticade infidelidade partidária.
P ara se defender do processo deexpulsão, Roberto Trípoli pode argumentar, se quiser, que oinstituto da fidelidadepartidária não existe mais. Trípoli insiste emdizerque senãotivesse se candidatado, Ricardo Montoroperderia aeleição para o Centrão.
A volta da fidelidade partidáriaconsta doprojeto de reformapolítica em tramitaçãono Congressoe que pode ser discutido e votado em 2005. Se estivesse em vigência, a fidelidade impediria o gesto de Roberto Trípoli.
Paralelamente ao pedido de punição ao vereador Roberto Trípoli, a troca de bicadas já começou no PSDB. Um culpa o outro pelo fracasso dopartidonaeleição de presidente da Câmara. Por exemplo: Feldman acha queoculpadoéAloysioNunes Ferreira, que devolve a farpa aosecretário dasSubprefeituras.
L ula quer deixar para depois do Carnavala reforma ministerial. O presidente anda preocupado com o futuro de Luiz Eduardo Greenhalgh, que pode perder a eleiçãodepresidentedaCâmara para o candidato de oposição.
Q uem ainda abriu os olhos foi o governador GeraldoAlckmin,quetambém vaienfrentar aeleição de presidente da Assembléia Legislativa,em fevereiro.O governador não quer ser surpreendido. Seu candidato é Edson Aparecido.
direção nacional do Partidodos Tra ba lh ad ores tenta desesperadamente corrigir um erro deavaliação para salvar a candidatura do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP)àPresidênciadaCâmaraFederal.Ospetistasda executiva nacional tinham feitoum acordocomo PSDB:a bancadadevereadoresapoiariaa eleiçãodo vereador Ricardo Montoro (PSDB)eemtrocaos tucanos apoiariam o nome petista para a presidência da CâmaraFederal.Masadireçãonacional nãoacreditou no poderde articulação da suaprópria bancadadevereadores e não avisou os parlamentares do acordo. "Não recebemos nenhum telefonema ou qualquer aviso.OJoséGenoinoéuma vozdentrodoPT quetem sempre de ser ouvida. Se ele tivesseligado, todae qualquerarticulação (que resul-
tou na eleição de Roberto Trípoli para aPresidência da Câmara)seria suspensa. Fiquei sabendo queo Genoino não gostou da derrota do Montoro pelos jornais", explicou o presidente do diretório municipal do PT, deputado estadual Ítalo Cardoso. Suspeita – Ostucanos já suspeitavam que a direção nacional petista nãotinha cumprindoo acordo.Integrantes da executiva nacional chegaram a insinuar que abancadade vereadores nãotinhacumprindooacordo atendendo interesses da ex-prefeita Marta Suplicy. Os vereadores petistas acabaram apoiandoa candidaturadeTrípoli(quedescumpriu a orientação partidária eselançou candidatoapresidência, podendo agora ser expulso do PSDB,jáque o candidato do partido era Ricardo Montoro). A disputa naCâmaraMunicipal estava empatada. Aose lançar candidato, Trípoli desem-
"Ninguém nos deu qualquer orientação de que havia algum acordo", diz Arselino Tatto
patou a disputa e foi eleito comosvotos daoposiçãoa Serra. Genoino,queantes dizia que os vereadores não tinham cumprido o acordo, agoraprefere daroassunto como encerrado (veja matéria abaixo)
Greenhalgh – Mas isso também pode encerrar a candidatura oficial de Greenhalgh, já que tucanos e deputados de outros partidos querem lançar a candidatura do também deputado petista Virgílio Guimarães (MG). Aexemplo do que aconteceu emSão Pauloseria eleito um integrante o partidodo governo,mas sem o aval do governo. "Quando discutimos o índicede remanejamento,
houveuma orientação do comando nacional para que votássemosnos15%.Abancadatinha fechadoquestão num índicede5%, mas atendeu aexecutivanacional. Mas para aeleiçãodo presidente daCâmara ninguém nos deu qualquer orientaçãode quehaviaalgumacordo", disseovereadorArselino Tatto,quefoi eleito 1° secretáriodaCâmaraeéapontadocomoolíderdaoposiçãoao novo prefeito. Oacordo para aprovar um índice de remanejamentomais favorávela Serra aconteceudepois que ostucanos ameaçaram não votaro Orçamentoda União.
Fernando Lancha
Presidente do PT muda o discurso e agora não quer falar mais sobre o caso: "Isso é passado".
Trípoli promulga a 1ª lei. De sua própria autoria.
A primeira lei municipal publicada em2005 foi promulgadapelopresidenteda Câmara, Roberto Trípoli (PSDB), proposta pelo próprio vereador em 2003.Ela proíbe a destinação de animais capturados pela Prefeitura para centros de estudo e pesquisa. Aprovada na CâmaraMunicipal, a propostafoivetadapelaex-prefeita Marta Suplicy (PT). Mas a Casa derrubou o veto ecoube ao presidente transformarsua proposta em lei. "A aprovação foi unânime e desdeo ano passado trabalhei para derrubar o veto,o quesó ocorreu no fim doano", justificou Trípoli. Quadro – Ontem,nogabinetedaPresidência,o quadro do presidenteLuiz Inácio LuladaSilvavoltouà parede. Segundo aCasa Civilda PresidênciadaRepública, não éobrigatóriaa permanência do quadro em gabinete de presidente de Câmara Municipal. Com o processo disciplinar aberto no Diretório Municipal,a maioriadabancadadoPSDBnaCâmaraacha quechegoua horadeolhar paraa frentee deixarrestritaao âmbitoda legenda a definição do futuro de Trí-
"Não havia hipótese de eu ser derrotado se ele votasse em mim. Dizer que não queria votar no Mário Dias é mentira", acusou Montoro.
poli (PSDB) eleito presidente da Casa. Montoro – Mas, dentro dopartido, o climanãoesfriou. Ricardo Montoro voltou a atacar Trípoli. "Não haviahipótesedeeu ser derrotado se elevotasse em mim.Dizer que não queria votar no MárioDias (sob a alegação de que apoiou Paulo Maluf) é mentira", acusou. "Se oCentrãolançasse WadihMutran(PP),elesperderiam um voto do PT e eu seriaeleito sem precisar do desempate pela idade". Trípoli, por sua vez, não quis falar sobre o episódio. A dúvida dos tucanos sobre ainclinação deTrípoli no futuro pode ter lógica. Ele foi doPV e estava no PSDB há dez anos, mas nesse período chegou aser especulado para ocupara Secretaria do Meio Ambiente na gestãoMaluf, graçasa uma proposta sobre poluiçãosonoraque oentãoprefeito gostou. Em 2000, o jornal Estado deSãoPauloflagrou uma associação, que distribuía leiteem um programa do governoestadual,serusada para reuniões em que se pedia votosao vereador.Naquele ano, Trípoli foi o mais votado do PSDB. (AE)
O presidente nacional do PT, José Genoino, afirmou ontem que o episódio da eleição do novo presidente da Câmara de São Paulo,Roberto Trípoli (PSDB),éumassuntoencerrado para o comando petista. "Não vamos maisficardiscutindo este assunto porque estamos focados emeleger o Greenhalgh (deputado Luiz EduardoGreenhalgh, PT-SP) para a Presidênciada Câmarados Deputados e vamos elegê-lo".
Segundo Genoino,a bancada petistana CâmaraMunicipaltem total autonomia para tomar decisões. Ele evitou falar de influências sobre a bancada,
conformefoi noticiado, entre elas, a da ex-prefeita Marta Suplicy (PT). "Não seide nada a esse respeito", desconversou. Além de citar a liberdadeda bancada petista na Câmara paulistana,Genoinoinformou também que não houve resolução da direção nacionalda legenda para enquadrar esses vereadores, reiterandoa independência deles. O presidente nacional do PT disse que esse episódio é passadoe queo momentorequer tranqüilidadeparapôremprática as conversações sobre a sucessão na Câmara dos Deputados. (AE)
Mattos: acordo com o PT foi feito em dezembro
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Custódio Mattos (MG), disse ontem que o episódio ocorridona eleição daPresidênciada CâmaraMunicipal "deixou de ser de bancada e passou a ser partidária". Segundo ele, no mêsdedezembrofoi fechado um acordo com os petistas parapermitir aeleição docandidato oficialdo PTà PresidênciadaCâmara,Luiz Eduardo Greenhalgh (SP). Em trocadesteapoio, os petistas garantiriam oaumento da margem de remanejamento no orçamento municipal da Capital (a margem passou de 1% para 15%) e a eleição do candidato do prefeitoJosé Serraà presidência do legislativo municipal, Ricardo Montoro(PSDB)."Eu mesmofecheiesse entendimento com os deputados petistas Henrique Fontana (RS) e Arlindo Chinaglia (SP) e fri-
seiaquestão deSãoPaulo, que ganhou importância com a eleição de Serra". Garantia – Deacordocom o lídertucano,o entendimento teve oaval da Presidência Nacional do PT e houve a garantia de que a bancada doPT emSão Pauloiria cumpriro acordo."O partido vai analisar tudo com muita prudência. E acreditoquenãoiremosreagir auma atitude infantil (faltadeapoio doPTaocandidato do PSDB) de uma maneira impensada,continuaremos fazendo uma oposição responsável". Mattosdisse quevaiconversarcom oprefeito epresidentenacionalda legenda, José Serra, e que ainda esta semana seu partido deve se reunir para tomar uma posição de consenso arespeito da sucessão à presidência daCâmaradosDeputados.(AE)
Serra Negra: eleição em fevereiro
Coma cassaçãodadiplomação doprefeito eleitode
SerraNegra, PauloRoberto Scacheti (PPS) e do seu vice, Sidney AntônioFerraresso (PSDB),Serra Negra terá novas eleições,em 27de fevereiro.
O TribunalSuperior Eleitoral ainda tem que julgar recurso interposto pelos eleitos,acusadosdepublici-
dade eleitoral irregular. Escolhidopresidente da Câmara, o vereador reeleito João Alcides Dei Santi (PL) nem tomouassento naCasa. Foi imediatamente alçado à condiçãode prefeito em exercício. Caso a determinação do TSE seja favorável a Scacheti e Ferraresso, as novas eleiçõesserão canceladas. (AE)
Medo de juros altos fez paulistano deixar de lado o crediário e usar o 13º salário para pagar contas
O consumidor está empenhado em quitar suas dívidas, como revela o cancelamento recorde de registros no Serviço Central de ProteçãoaoCrédito(SCPC) da Associação Comercialde São Paulo (ACSP), no melhor resultadodesde1967.
Mas, mesmo com as dívidas pagas, o público não está indo para o consumo, segundo aponta o balanço de vendas de dezembro, indicando uma perda de fôlego nos negócios do varejo.
Osregistros recebidos (nomesqueentraramparao SCPC) cresceram apenas 1,3% em dezembro, enquanto oscancelados (que saíram do cadastro) tiveram aumento expressivo de 28,4% no período. Isso mostra a preocupaçãoem não começar o ano endividado. Poroutrolado,as fracas vendas a prazo, detectadas pelas consultasao SCPC, com alta de apenas3%em dezembro sobre igual período de 2003 (e bem abaixo de novembro, com 5,5%), revelam que oconsumidor está temeroso com os juros. As vendas a vista, medidas pelo UseCheque, foram um poucomelhores– subiram de 4,9% emnovembro para 9,4%emdezembro– mas nada deexcepcional, mostrandoque houvecautela nos gastos de Natal. Avaliação – Para Guilher-
me Afif Domingos, presidente da ACSP, os dados do SCPC de dezembro confirmam que o crediário puxou asvendas de duráveis,comoeletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis, até outubro passado. Mas, em dezembro, houveumainversão easvendasa vista, tomaram a dianteira.
"Na verdade,tivemos mais um Natal de presentinhos, querepresentam maior volume, mas menor valoragregado", dizAfif. Entre os eletroeletrônicos, apenasos celularestiveram venda aquecida.
Segundoo presidenteda ACSP, o consumidor,com a rendacomprimida, estáem compasso de espera, aguardando para ver o que vai acontecercom osjuros.Assim, preferiu usar o 13º salário para quitaras dívidas ematraso. "Contribuíram para isso, ainda, a recuperaçãono nívelde empregoe algumas facilidades oferecidas pelas financeiras."
Sem explosão – Guilherme Afiftambém alertaque, se o governovoltara aumentar a taxa básica de juros (Selic) – conforme éesperadoparaeste mêsdejaneiro –,poderá comprometer o desempenho do primeiro trimestrede 2005, já que nãohá nenhuma "explosão" de consumo a vista. Eledetecta,aliás, quehási-
nais de que o varejo de bens duráveis esteja estocado. "Até o dia 15 veremos se novos pedidos vãochegaràs fábricas", comenta. Existe ainda a perspectiva de quea economiamundial ande mais devagar em 2005, sobretudoa americanae a chinesa, que vinham estimulando nossas exportações.Seogovernoaumentar osjurospara desaquecera inflação,ressaltaopresidentedaACSP,correráoriscode "esquentar" odebatepolítico, antecipando a sucessão para2005."Isso poderáenfraquecer a rigidez da política econômicapor maisgastos do governo".
Balanço 2004 – No balanço de 2004 as consultas ao SCPC fecharam com 6% de aumento e o UseCheque com alta de 2,2%. Os registros recebidos encerraram o
ano com elevação de 7% e os cancelados com 13,4%. Uma boa notícia é que as falências requeridas declinaram27,9% noano, eas decretadas, 22,7%.
Essa melhora na saúde financeiraempresarial seexplica: com medodos juros altos, as empresasestãorecorrendo menosaosbancos.Mas levanta também umapreocupação: aelevadacarga tributáriateveum efeito perverso sobreos negócios."As empresasmédias acabaraminadimplentes e as micro e pequenas foram empurradaspara ainformalidade", diz Afif. Ele lembraqueogoverno não corrige atabela deenquadramento do Simples desde sua criação, em 1995, jogando essas empresas "na grande tormenta tributária".
Sergio Leopoldo Rodrigues
Em 2004, índice foi puxado pelos setores de vestuário, alimentação, transportes e despesas diversas.
Apesardo aumentodo consumoem dezembro, conseqüência das festas de final de ano, o Índice de Preços ao Consumidor apuradoparaacidadedeSãoPaulo(IPC-SP)desaceleroueregistrou alta de 0,33% em dezembro, inferior àtaxa apurada no mês anterior, de 0,41%.Com esseresultado, o IPC-SPencerrou oano de 2004 com inflação de 5,83%, também abaixo dos 8,21% detectados em 2003.
De acordocomaFundação Getúlio Vargas (FGV) responsável pela divulgação dosdados, osgrupos que mais contribuíram para a inflação no ano foram despesas diversas (9,43%), vestuário (6,16%),alimentação (6,15%) etransportes (6,12%). Nesses grupos,os itens de maior influência foram tarifa de eletricidade residencial (inflaçãode 13,77%), telefonia (13,49%), gasolina (13,16%) e cigarro (alta de 19,02%).
Do outrolado, apresentaram inflação abaixoda média do índice os grupos saúde ecuidados pessoais (4,06%), habitação (5,43%) e educação,saúdeerecreação (5,51%). Aqui, ositens com maioresinfluênciasno ano foram o arroz branco (deflação de 19%), o óleo de soja (7,79%) eo aparelhode telefone celular (-10,08).
Dezembro – No último mês do ano, oIPC-SP, que
abrange famílias com renda de 1 a33 salários mínimos, registrou alta de 0,33% em relaçãoanovembro. De acordo comos economistas da FGV, a desaceleração deveu-se às taxasde inflação muito baixas observadas nos dois principais grupos que compõem oíndice: alimentação, comdeflação de 0,10% e habitação (0,02%). Deflação – Adeflação registradanogrupoalimentação, que representa 29,8% da cestadoíndice, está em linha coma taxa de- 0,08% verificada emnovembro. A entresafra agrícola puxou para baixo opreço das hortaliças elegumes (-3,69% contra -5,8% em novem-
bro), e das frutas, que desaceleram fortementede uma taxa de 3,87% no mês de novembro para deflação de 0,07% em dezembro. O grupo habitação, por sua vez, apresentou preços estáveis em dezembro passado, com alta de 0,02%. No mês anterior, o segmento havia registrado uma inflação de 0,57%.
"A inflação do mês só não foi menor em função do reajuste de 4,18% no preço da gasolina, quesozinharespondeu por39%do índice de dezembro, e do crescimento registrado nos preços doscigarros(3,91%)e roupas (2,07%),cominfluênciade 21%e 18%, res-
pectivamente", informa o relatório da FGV.
Ogrupo quemaiscontribuiu paraa inflaçãono mês dedezembrofoi odetransportes (altade 1,22%), em função de aumentos nos preços doálcoolcombustível(2,15%) eda gasolina (4,18%), respondendo por 49% da inflação registrada naquele mês.
Ogrupovestuário, após deflação de0,11% em novembro, apresentou alta significativa(1,63%),decorrente, principalmente,de um aumento de2,07% no preço deroupas. Apesardo grupo possuir pequena ponderação no IPC-SP, representou 23%davariação da inflação em dezembro. Cigarro – Outro grupo que exerceu forte influência sobre a inflação foi o de despesas diversas (1,61%), pressionado especialmente pelo reajuste de 3,91%no preçodocigarro.Osegmento respondeu por 22% da inflação no mês.
O grupo saúde e cuidados pessoais teve inflação de 0,18%,após manteros preços estáveis em novembro (0%). Também apresentou pequenoaumentoem dezembro,asdespesasqueenvolvem educação, leitura e recreação, com alta de 0,45%, após manter os níveis estáveis no mês anterior (0,12%). Patrícia Büll
Contas em dia: cancelamento de registros no SCPC em dezembro bateu recorde histórico. Aumento de 28,4% na exclusão de nomes no mês foi o melhor resultado desde 1967. Já a inclusão de registros subiu apenas 1,3% no período.
O consumo de energia elétricano Paísatingiu 33.407 gigawatts/hora (GWh)emdezembro,recorde absoluto na história do País e resultado 5,13% acima do registrado em dezembro de 2003. O consumomédio diário, porém, considerado pelos técnicos um indicador melhorparaseaferirastendênciasdoconsumo, foide 44.902 megawatts (MW) médios, conforme dados preliminares do Operador Nacionaldo SistemaElétrico (ONS). É o terceiro maior resultado dahistória,abaixoapenasda média denovembro (recordeabsoluto no País)e desetembro, quando atingiu 45.172 MW médios e 45.117 MW médios, respectivamente. Noacumulado de2004,o consumo nacional atingiu 384 terawatts, aumento de 5,12% sobreo acumulado em 2003. Esseresultado indica um crescimento próximo aoaumento doProduto Interno Bruto (PIB). Nas décadas de 60a 80, o consumo de energia elétrica cresciaa ritmos duasa três vezes acima do crescimento do PIB.A própriaministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff,jádeclarouqueespera que esse ritmo se repita com amudançanadistribuição da renda nacional. Dependência– Os dados do ONS mostramque o sistema continua fortemente dependente da geração das grandes hidrelétricas. Provadissoé que elas responderam por cercade 95% do consumo nacional, apesar dos pesadosinvestimentos paraa construção dasusinas térmicasmovidas àgás natural nos últimos anos. Essas térmicas continuamsendo pouco"despachadas" (autorizadasa funcionar)pelo ONSporcausa dos custos mais elevados em relação às hidrelétricas. Jáastérmicasa gásres-
ponderam por menos de 2% do total consumido. O restante (3%) ficoudividido entreastérmicas acarvãoe asduas usinasnuclearesde Angra dos Reis. Nível satisfatório – Pelos dados doONS,osreservatórios das grandes hidrelétricas continuamem níveis bastante confortáveis. Na região Sudeste/CentroOeste, os reservatórios estavamcom 64,71%dacapacidade máxima.Esse nível é 24,62 pontos superior ao registrado no final de 2003. Considerando que o períodode chuvasvai até abril, o mais provável é que esses reservatórios continuem aencher. Eé possível que o ONS seja obrigado a liberar que as usinas vertam água para minorar as possibilidadesdecheiasemalgumas bacias.
A situação do Nordeste, tradicionalmente a região maisvulnerável emtermos de abastecimento de água, mostra-setranqüila. Asituaçãoécontráriaà registrada no início do anopassado, quando o ONS teve de acionar aschamadas térmicas emergenciais(movidas aóleo dieselou óleocombustível), nas quaiso MWh custa acima de R$ 400, valor bem superior aos R$ 50 a R$ 70cobrados pelasgrandes hidrelétricas. Os reservatórios da região estavam com 58,92% da capacidade máxima, cerca de 49,88 pontos percentuais acima do registrado no final de 2003. Também naregiãoSulos reservatórios fecharam o ano passado em nível superioraoregistradonofinalde 2003.A média das usinas erade 74,17%da capacidade máxima,ou5,47pontos percentuais acima deigual período de 2003. No Norte, os reservatórios estavam com 31,10% da capacidademáxima: 16,69 pontos percentuais sobre o final de 2003. (AE)
Estudo realizado na Grã-Bretanha prevê que a explosão de um vulcão nas Ilhas Canárias pode provocar megatsunami e atingir diversos países
Enquanto a comunidade internacional tenta ajudar as vítimas do devastador maremoto no sul da Ásia, os especialistas alertam que a erupção de um vulcão nas Ilhas Canárias (que pertencem à Espanha e ficam no litoralnorteda África) pode provocar a maior tsumami já registrada no mundo. Segundo um polêmico estudo de cientistas da GrãBretanha,uma explosãono vulcãoCumbre Vieja,na ilha de LaPalma, pode lançarumimensopedaço de rocha do tamanho dentro do Atlântico, a uma velocidade de até 350 quilômetros por hora. O impacto dessa rocha poderia provocar ondas com maisde 50 metros de altura.Outros cientistas, entretanto, consideram tal previsão um exagero.
Nesse estudo, a energia liberadapela erupção seria equivalente ao consumo de eletricidadenos Estados Unidos duranteseis meses. As ondas sísmicasse deslocariampeloAtlânticonavelocidade de um avião a jato. A devastação nos EUA provocaria prejuízosde trilhões dedólarese ameaça-
ria milhõesdepessoas.Espanha, Portugal, Grã-Bretanha, França, Brasil, Caribe e África Ocidentaltambém poderiam ser atingidos. "Isso pode ocorrer na próximaerupção,que pode acontecer no próximo ano, oupode levardezerup-
McGuire, propondoacriação deum programa para monitorar a atividadesísmica na encosta do vulcão.
"Precisamos fazer com que as pessoas saiam antes docolapso em si.Uma vez que o colapso tenha acontecido, o Caribe teria nove horas, e os EUA de 6 a 12 horas, pararetirar dezenasdemilhões de pessoas".
Dia de reparos em Nagapattinan, na Índia: volta à vida
ções",disseBillMcGuire,do Centro de Pesquisas Benfield Hazard,da Grã-Bretanha. O Cumbre Vieja, que tevesuaúltimaexplosãoem 1971, normalmente tem erupçõesem intervalos de 20 a 200 anos. "Simplesmente nãosabemos quandovai acontecer, mas há alguém preparado para assumir o risco depoisdosincidentes do OceanoÍndico?",disse
Outros cientistas vêem exageros na previsão sobre o Cumbre Vieja. A SociedadeTsunami,que reúneespecialistasde váriospaíses, diz queessas teoriassó servempara assustar aspessoas. Seuscientistas acham que as tsunamis provocadas por deslizamentos abruptos durammenos do que as geradas por terremotosfortes, como o de 26 de dezembro. De qualquer forma, aameaça dasondas gigantes estavasubestimada antesda tragédia asiática, quematou maisde 150mil pessoas."Não seriasurpresa para mimse amanhã víssemos outra tsunami como essa", disse o cientista Pararas-Carayannis, apontando como riscos as falhas geológicas de Portugal,Porto Rico e Peru . (Reuters)
Um grupo de homens armados matou ontem, numa emboscada, o governador de Bagdá Ali al-Haidri, o mais importante líder político iraquiano assassinado em oito meses. A autoria do atentado a tiros foi reivindicada na internet pelo grupo do terrorista jordaniano Abu Musab alZarqawi por meio de um site islâmico. Quase ao mesmo tempo, um caminhão-bomba explodia num posto de controle perto da Zona Verde, a área superfortificada de Bagdá que abriga o comando militar dos EUA, as embaixadas americana e britânica e a sede do governo provisório iraquiano, causando a morte de 11 pessoas. Em
mais importante morto em oito meses
ações de insurgentes buscando sabotar as eleições iraquianas marcadas para o dia 30, três soldados dos EUA foram mortos. Foi o dia mais sangrento para os
militares americanos no Iraque desde o último 21 de dezembro, que matou 14 marines.
A Casa Branca condenou o assassinato do governador mas manteve a data de 30 de janeiro para a eleição na qual deverá ser escolhida a Assembléia Constituinte do Iraque. "Estamos avançando no apoio ao povo iraquiano. Há algumas áreas em que continuamos a trabalhar para melhorar a segurança", disse o porta-voz Branca Scott Mc-Clellan. Sobre o assassinato, declarou: "a escolha é clara para todo mundo no Iraque e para a comunidade internacional: você pode ficar do lado da liberdade, da democracia e paz ou do lado dos terroristas". (AE)
O criador do Spirit,o inventor dos termos graphic novel e arte seqüencial, o autorde obras como Um ContratocomDeus,New York, OEdifício, NoCoraçãoda Tempestade e o recente O Último Dia no Vietnã, o artista que batizou o principal prêmio do mercado norteamericano dehistóriasem quadrinhos-o Eisner Award -, morreu segunda-feiraem Fort Lauderdale, Flórida,por complicaçõesapós umacirurgia de ponte desafena. A informação foidivulgada no site oficial do artista (www.willeisner.com).
Seupersonagem maisfamoso, odetetive The Spirit , cujashistórias forampublicadas originalmentede1941a1952,sãoreeditadas até hoje. Eapesar dos87anos,o cartunista continuava bastante ativo. Sua graphicnovelmaisrecente, The Plot, deve ser lançada no final deste ano.
A Suprema Corte do Chile rejeitou a apelação do general Augusto Pinochet e manteve seu indi-ciamento e prisão domiciliar num caso de nove seqüestros e um as-sassinato supostamente cometidos durante sua ditadura. Por 3 votos a 2, foi aberto caminho para que ele seja julgado por abusos aos direitos humanos de 1973 a 1990.
SECRETARIADA RECEITA FEDERAL
COORDENAÇÃO-GERALDE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 105, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2004
Divulga aAgenda Tributária do mês de janeiro de 2005. O coordenador-geral de Administração Tributária, no uso de suas atribuições, declara:
Art. 1º As datas fixadas para pagamento de tributos e contribuições federais e para a entrega das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal (SRF) no mês de janeiro de 2005 são as constantes na Agenda Tributária anexa.
Art. 2º As referências a “Entidades financeiras e equiparadas”, contidas nas discriminações da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, dizem respeito às pessoas jurídicas de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 3º No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, apessoa jurídica extinta, incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar, até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento:
I - a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) ou a Declaração Simplificada;
II - a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF); III - o Demonstrativo do Crédito Presumido do IPI (DCP); e IV - o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon).
§ 1º As declarações e o demonstrativo citados neste artigo deverão ser entregues até o último dia útil do mês de março, quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo ano-calendário.
§ 2º A obrigatoriedade de entrega da Declaração Simplificada da DCTF e do Dacon
na forma prevista no caput não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.
Art. 4º No caso de extinção decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total ocorrida no ano-calendário, apessoa jurídica extinta deve apresentar a Dirf até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do evento, exceto nos casos em que o evento ocorra no mês de janeiro, podendo a Dirf ser entregue até o último dia útil do mês de março.
Art. 5º Na hipótese de saída definitiva do País ou de encerramento de espólio ocorrido no ano-calendário de 2004, aDirf de fonte pagadora pessoa física relativa a esse anocalendário deve ser apresentada:
I - até a data da saída definitiva do território nacional; ou
II - até o último dia útil do mês de fevereiro de 2005 no caso de encerramento de espólio.
Art. 6º A Declaração Final de Espólio deve ser apresentada no prazo de sessenta dias contados da data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados.
Parágrafo único. Se o prazo para a entrega da Declaração Final de Espólio encerrarse antes da data prevista para a entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) correspondente ao ano-calendário anterior, essas duas declarações devem ser entregues no prazo previsto no caput para a entrega da Declaração Final de Espólio.
ANEXO
AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊSDE JANEIRODE 2005
DATADEVENCIMENTO: DATAEMQUESEESGOTAOPRAZOLEGAL PARAPAGAMENTODOSTRIBUTOSECONTRIBUIÇÕESFEDERAIS
DATA DETRIBUTOS/CONTRIBUIÇÕESCÓDIGO PERÍODO DO VENCIMENTO DARFFATO GERADOR (FG)
DiáriaImposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
Rendimentos do Trabalho
Tributação exclusiva sobre remuneração indireta2063FG ocorrido no mesmo dia
Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior
Royalties e pagamentos de assistência técnica0422FG ocorrido no mesmo dia
Renda e proventos de qualquer natureza0473”
Juros e comissões em geral0481”
Obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas5192”
Fretes internacionais9412”
Remuneração de direitos9427”
Juros remuneratórios do capital próprio9453”
Previdência Privada e Fapi9466”
Aluguel e arrendamento9478”
Outros Rendimentos
Pagamento a beneficiário não identificado5217FG ocorrido no mesmo dia
Diária Imposto sobre a Exportação (IE)
DiáriaCide - Combustíveis - Importação - Lei 10.336/01
0107Exportação, cujo registro da declaração para despacho aduaneiro tenha-se verificado 15 dias antes.
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível9438Importação, cujo registro da declaração tenha-se verificado no mesmo dia
Diária Contribuição para o PIS/Pasep
PIS/Pasep - Importação de serviços (Lei 10.865/04)5434FG ocorrido no mesmo dia
Diária Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
Cofins - Importação de serviços (Lei 10.865/04)5442FG ocorrido no mesmo dia
5Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital 26/Dez/04 a 1º/Jan/05
Títulos de renda fixa - Pessoa Física80531ª Semana/Janeiro
Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica3426” Fundo de Investimento - Renda Fixa6800” Fundo de Investimento em Ações6813” Operações de swap5273” Day-Trade - Operações em Bolsas8468” Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95)5706”
Aluguéis e royalties pagos à pessoa física3208”
Rend. de partes beneficiárias ou de fundador3277”
Demais rendimentos de capital0924”
Rendimentos do trabalho
Trabalho assalariado0561”
Trabalho sem vínculo empregatício0588” Resgate previdência privada3223” Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho5936”
Rend. de residentes ou domiciliados no Exterior
Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo5286”
Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/Bonificações/Dividendos0490” Juros de Empréstimos Externos5299”
Outros rendimentos
Prêmios obtidos em concursos e sorteios0916”
Prêmios obtidos em bingos8673”
Remuneração de serv. prest. por pessoa jurídica1708” Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring5944” Pagamento PJ a cooperativa de trabalho3280” Juros e indenizações de lucros cessantes5204” Multas e vantagens9385”
Vida gerador de benefício livre - VGBL6891” Indenização por danos morais6904” Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal5928” Demais rendimentos8045”
5Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
26/Dez/04 a 1º/Jan/05
IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica11501ª Semana/Janeiro
IOF-Operações de crédito - Pessoa Física7893”
IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda4290”
IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda5220”
IOF-Aplicações Financeiras 6854”
DATA DETRIBUTOS/CONTRIBUIÇÕESCÓDIGO PERÍODO DO VENCIMENTO DARFFATO GERADOR (FG)
26/Dez/04 a 1º/Jan/05
5 IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97)68951ª Semana/Janeiro
IOF-Aquisição de títulos e valores mobiliários7905” IOF-Seguros3467”
IOF-Ouro, Ativo Financeiro4028”
5Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira - (CPMF)
23 a 28/Dez/2004
CPMF-Operações de lançamento a débito em conta58695ª Semana/Dezembro
CPMF-Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta5871”
CPMF-Devida pela instituição financeira, na condição de contribuinte5884” 5Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) IPI-Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi102021 a 31/Dez/2004
IPI-Bebidas do capítulo 22 da Tipi0668”
7Contribuição para o PIS/Pasep
Retenção de contribuições - pagamento de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)595216 a 31/Dez/2004 PIS/Pasep - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5979”
7Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) Retenção de Contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)595216 a 31/Dez/2004
Cofins- Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5960”
7Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)595216 a 31/Dez/2004
CSLL - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5987”
10Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto
87.03Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida;067621 a 31/Dez/2004
87.06Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05;0676”
84.29“Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados;1097” 84.32Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte;109721 a 31/Dez/2004
84.33Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37;1097”
87.01Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09);1097”
87.02Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista;1097” 87.04Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 1097” 87.05Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhõesguindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias;1097” 87.11Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais.1097” 10Simples - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas (ME) DARF e Empresas de Pequeno Porte (EPP) Simples Dezembro/2004 12Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital 2 a 8/Janeiro/2005
Títulos de renda fixa - Pessoa Física80532ª Semana/Janeiro Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica3426” Fundo de Investimento - Renda Fixa6800” Fundo de Investimento em Ações6813”
Segundo o secretário de Transportes, Frederico Bussinger, a integração começará a valer no fim do ano. Ele também foi categórico ao garantir que o aumento da tarifa de ônibus na cidade, este ano, "não está em pauta".
Se as promessas do novo governo se concretizarem, os passageiros do sistema público de transporte já podem comemorar. Hoje, o secretáriomunicipalde Transportes, Frederico Bussinger, afirmou que a integração entre obilhete único eo metrôdevecomeçara valer até o fim do ano.
"Oprefeito deuorientação para que aintegração seja feita ao longodeste ano.Essa éadiretrize éem torno dela que estamos trabalhando", disse o secretário,após umalmoço como prefeito JoséSerra (PSDB), na Prefeiturade SãoPaulo. O presidente da Companhia deEngenharia deTráfego (CET), Roberto Scaringella, também participou do encontro.
Bussinger não quis adiantar se neste ano a integraçãoseria umprojeto-pi-
loto ou começaria para valer. Sobre um eventual aumento de tarifa de ônibus ainda este ano,o secretário foitaxativo: "Isso não está em pauta."
Como os contratos com as empresas de ônibusestão sendo reavaliadospelo novogoverno,Bussingerdisse quefoiadiado oprazoprevistopela gestão anterior para a assinatura de aditivosaocontrato que,entre outras medidas, mudaria a forma de remuneração das empresas. "Eles não serão assinadosagora." Aprevisãoinicialeraparaseremassinados em dezembro, mas, a pedido dos tucanos durante a transição de governo, não foi levado adiante. A assessoriade imprensa daSecretaria Estadual dos Transportes Metropolitanosconfirmouaintençãode integrar o sistema ao metrô até o fim deste ano.
Urbanismo – Engenheirosearquitetosjá semanifestaram a favor da integração notransportecoletivo, mas também fazem ressalvas. Para a maioria deles, mais do que unificar o sistema de transporte, a cidade precisa deumapolíticaurbana que permita controlar a expansão da ocupação desordenada da cidade.
"Uma política de trans-
porte para São Paulo tem de estar associadaa umapolíticade expansãoeurbanismo",dizoarquitetoJoãoValente Filho,que éfavorável à integração."A medida é positiva,masseráum processo complexo." Há ainda a preocupação com aexclusãosocial. "Há incentivos para apopulação morar na periferia da periferia, afetando os ma-
SCálculo foi finalizado na tarde de ontem pela Secretaria Municipal das Subprefeituras. Foi garantida a realização dos pagamentos e negociou-se a volta das companhias ao trabalho.
oma R$ 70 milhões a dívida deixadapela gestão anteriorcom empresas tercerizadas querealizam serviços decombate a enchente,comolimpezasde bueiros, córregosepiscinões, recapeamento de ruas, poda de árvores econservação de jardinsem31 subprefeiturasda cidade.O balançofoi finalizado natarde de ontempela SecretariaMunicipal das Subprefeituras. Sem o pagamento, essas empresas ficaram entre dois a três meses sem realizar serviços em São Paulo.
O levantamento da dívidafoi feitoapedido dosecretário de Coordenação dasSubprefeituras, Walter Feldman,que,umdia antes, negociou com seis representantesdos sindicatos ligadosàsempresasa volta ao trabalho. Segundo a secretaria, algumas não recebiam desde maio. Os empresários concordaram em voltara trabalhar depoisqueosecretário se comprometeu a pagar todas as dívidas. Pontos fracos – As empresas voltaram a prestar os serviços, priorizando os bairros que historicamente costumamser maisafetadosnaépoca daschuvas,e sãomais sujeitos a problemas,conforme dadosdo
Centro de Gerenciamento deEmergências (CGE)da Prefeitura. A limpeza decórregos, bueiros e piscinões concentrou-se fundamentalmente nos bairro da zona leste, comoMoocaePenha. Além disso,seis piscinõeslocalizados na região da Bacia do Aricanduva,todos nazona leste, voltaram a ser limpos na segunda-feira. De apenas dois piscinões – os reservatórios Aricanduva3eLimoeiro,visitados pelo prefeitoJoséSerrana
tarde de segunda-feira– foram retiradospelo menos dez caminhões lotados de lixo numa operação que durou dois dias. A Construtora Anastácio, empresaque realizou os serviços, informou quea manutençãodos dois reservatóriosestava paralisadadesde meados de julho de 2004 por falta de recursos.
As usinas deasfalto tambémforam bastante afetadas. Nas últimas cinco semanas,trabalharam com apenas 10%da capacidade
porcausada faltadepagamento eda conseqüenteinterrupção do fornecimento de diesel,principal matéria prima da indústria. Ocaloteimpediutambém queos buracosnas ruasda cidadefossem tapados e, até ontem, asecretaria ainda nãohavianormalizado ospagamentose aprodução de asfalto. Hoje,começam aser feitosserviços de limpeza no córrego Ribeirão Vermelho e em dois piscinõesnaFreguesiadoÓ,na zona norte. (AE)
nanciais. Isso interessa aos empresáriosde ônibus,que sóenxergam açõesdecurto prazo",critica oconsultor em transporte Luiz Celio Bottura. "Chamo isso de administrar o coitadinho."
Osestudos paraaintegração entre ônibus e metrô vêm de longe. No início do ano passado, foi formado um grupo de trabalho para analisara integraçãoapar-
Roberto Salvador Scaringella e Frederico Bussinger, quando chegavam ao Palácio do Anhangabaú
tir do bilhete único, mas nãohouveacordo.APrefeitura e o governo do estado não chegaram aum acordo em relaçãoàinstalação de validadores eletrônicos nas estações de metrô. O deputado estadual Ítalo Cardoso (PT)afirma que as discussões pararam por dificuldades do governo do Estado, mas dizque a integração é viável. (AE)
Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) pediu ontem audiência com o secretário de Finanças,Mauro Ricardo Costa, para discutir os critérios que serãousados na renegociação dos contratos comvaloressuperioresaR$1 milhão. A renegociação foi determinada pelo prefeito José Serra. Segundoo presidenteda entidade, João Cláudio Robusti, o Sinduscon pretende evitar que a medida seja baseada na "imposição e no jogo do poder" para que as empresasnão soframprejuízos. São 300 os prestado-
resde serviços àadministração filiados ao órgão. "Vamos defender nossos associados caso as revisões nãosigamoespíritodalei,já que as empresas venceram aslicitações àluzdodia", disse Robusti.
O Sinduscon não descarta a hipótese de questionar a renegociação doscontratos naJustiça.Omaiortemoréo rompimento unilateral de contratos. O advogado Braz Martins Neto, especializado em direito administrativo,afirmou queumrompimentode contratos pode criar instabilidade em todo o setor. (AE)
(Continuação da página anterior)
AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊSDE JANEIRODE 2005
DATADEVENCIMENTO: DATAEMQUESEESGOTAOPRAZOLEGAL PARAPAGAMENTODOSTRIBUTOSECONTRIBUIÇÕESFEDERAIS
DATA DETRIBUTOS/CONTRIBUIÇÕES CÓDIGO PERÍODO DO VENCIMENTO
DARFFATO GERADOR (FG)
2 a 8/Janeiro/2005
12 Operações de swap52732ª Semana/Janeiro
Day-Trade - Operações em Bolsas8468”
Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95)5706”
Aluguéis e royalties pagos à pessoa física3208”
Rend. de partes beneficiárias ou de fundador3277”
Demais rendimentos de capital0924”
Rendimentos do trabalho
Trabalho assalariado0561”
Trabalho sem vínculo empregatício0588”
Resgate previdência privada3223”
Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho5936”
Rend. de residentes ou domiciliados no Exterior
Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo5286”
Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/Bonificações/Dividendos0490”
Juros de Empréstimos Externos5299”
Outros rendimentos
Prêmios obtidos em concursos e sorteios0916”
Prêmios obtidos em bingos8673”
Remuneração de serv. prest. por pessoa jurídica1708”
Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring5944”
Pagamento PJ a cooperativa de trabalho3280”
Juros e indenizações de lucros cessantes5204”
Multas e vantagens9385”
Vida gerador de benefício livre - VGBL6891”
Indenização por danos morais6904”
Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal5928” Demais rendimentos8045”
12Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
2 a 8/Janeiro/2005
IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica11502ª Semana/Janeiro
IOF-Operações de crédito - Pessoa Física7893”
IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda4290”
IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda5220”
IOF-Aplicações Financeiras6854”
IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97)6895”
IOF-Aquisição de títulos e valores mobiliários7905”
IOF-Seguros3467”
IOF-Ouro, Ativo Financeiro4028”
12Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF)
29/Dez/04 a 5/Jan/05
CPMF- Operações de lançamento a débito em conta58691ª Semana/Janeiro
CPMF-Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta5871”
CPMF-Devida pela instituição financeira, na condição de contribuinte5884”
13Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
IPI-Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi10201º a 10/Janeiro/2005
IPI-Bebidas do capítulo 22 da Tipi0668”
14Contribuição para o PIS/Pasep
PIS/Pasep -Faturamento8109Dezembro/2004
PIS/Pasep -Folha de salários8301”
PIS/Pasep -Pessoa jurídica de direito público3703”
PIS/Pasep -Entidades financeiras e equiparadas4574”
PIS-Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária8496” PIS-Combustíveis6824” PIS-Não-cumulativo6912”
14Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins ”
Cofins-Entidades financeiras e equiparadas7987Dezembro/2004
Cofins-Demais Entidades2172”
Cofins-Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária8645” Cofins-Combustíveis6840” Cofins-Não-cumulativa5856”
14Cide - Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a comercialização depetróleo e seus derivados, gás natural, excetosob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível9331Dezembro/2004
14Cide - Remessas ao Exterior - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a remessa de importâncias ao exterior nas hipóteses tratadas no art. 2º da Lei 10.168/2000, com a alteração introduzida pelo art. 6º da Lei 10.332/2001.8741Dezembro/2004
14Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) IPI-Cigarros do código 2402.90.00 da Tipi5110Dezembro/2004 IPI-Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e os das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi5123”
19Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital
9 a 15/Janeiro/2005
Semana/Janeiro
Títulos de renda fixa - Pessoa Física80533ª
Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica3426” Fundo de Investimento - Renda Fixa6800” Fundo de Investimento em Ações6813” Operações de swap5273” Day-Trade - Operações em Bolsas8468”
Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95)5706”
Aluguéis e royalties pagos à pessoa física3208” Rend. de partes beneficiárias ou de fundador3277” Demais rendimentos de capital0924” Rendimentos do trabalho Trabalho assalariado0561”
Trabalho sem vínculo empregatício0588” Resgate previdência privada3223” Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho5936” Rend. de residentes ou domiciliados no Exterior
Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo5286” Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/Bonificações/Dividendos0490” Juros de Empréstimos Externos5299” Outros rendimentos
Prêmios obtidos em concursos e sorteios0916”
Prêmios obtidos em bingos8673”
Remuneração de serv. prest. por pessoa jurídica1708” Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring5944” Pagamento PJ a cooperativa de trabalho3280” Juros e indenizações de lucros cessantes5204” Multas e vantagens9385” Vida gerador de benefício livre - VGBL6891” Indenização por danos morais6904” Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal5928” Demais rendimentos8045”
9 a 15/Janeiro/2005
DATA DETRIBUTOS/CONTRIBUIÇÕESCÓDIGOPERÍODO DO VENCIMENTO DARFFATO GERADOR (FG)
9 a 15/Janeiro/2005
19 IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda52203ª Semana/Janeiro
IOF-Aplicações Financeiras 6854 IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97)6895” IOF-Aquisição de títulos e valores mobiliários7905” IOF-Seguros3467”
IOF-Ouro, Ativo Financeiro4028” 19Contribuição Provisória sobre Movimentação
6 a 12/Janeiro/2005
19Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica11503ª Semana/Janeiro
IOF-Operações de crédito - Pessoa Física7893”
IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda4290”
Financeira - (CPMF)
CPMF- Operações de lançamento a débito em conta58692ª Semana/Janeiro
CPMF-Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta5871”
CPMF-Devida pela instituição financeira, na condição de contribuinte5884” 20Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto
87.03Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida;06761º a 10/Janeiro/2005
87.06Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05;0676”
84.29“Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados;1097” 84.32Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte;1097”
84.33Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37;1097”
87.01Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09);1097”
87.02Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista;1097”
87.04Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 1097”
87.05Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhõesguindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias;1097”
87.11Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais.1097”
21Contribuição para o PIS/Pasep
Retenção de contribuições - pagamento de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)59521ª a 15/Janeiro/2005
PIS/Pasep - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5979”
21Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) Retenção de Contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)59521ª a 15/Janeiro/2005
Cofins- Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5960”
21Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL)59521ª a 15/Janeiro/2005 CSLL - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado5987” 25Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
IPI-Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi102011 a 20/Janeiro/2005
IPI-Bebidas do capítulo 22 da Tipi0668”
26Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
Rendimentos de Capital 16 a 22/Janeiro/2005
Títulos de renda fixa - Pessoa Física80534ª Semana/Janeiro Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica3426” Fundo de Investimento - Renda Fixa6800” Fundo de Investimento em Ações6813” Operações de swap5273” Day-Trade - Operações em Bolsas8468” Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95)5706”
Aluguéis e royalties pagos à pessoa física3208”
Rend. de partes beneficiárias ou de fundador3277”
Demais rendimentos de capital0924”
Rendimentos do trabalho Trabalho assalariado0561”
Trabalho sem vínculo empregatício0588”
Resgate previdência privada3223”
Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho5936” Rend. de residentes ou domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo5286” Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/Bonificações/Dividendos0490” Juros de Empréstimos Externos5299”
Outros rendimentos
Prêmios obtidos em concursos e sorteios0916” Prêmios obtidos em bingos8673” Remuneração de serv. prest. por pessoa jurídica1708” Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring5944” Pagamento PJ a cooperativa de trabalho3280” Juros e indenizações de lucros cessantes5204” Multas e vantagens9385” Vida gerador de benefício livre - VGBL6891” Indenização por danos morais6904” Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal5928” Demais rendimentos8045” 26Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 16 a 22/Janeiro/2005
IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica11504ª Semana/Janeiro
IOF-Operações de crédito - Pessoa Física7893”
IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda4290”
IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda5220”
IOF-Aplicações Financeiras 6854”
IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97)6895”
IOF-Aquisição de títulos e valores mobiliários7905” IOF-Seguros3467”
IOF-Ouro, Ativo Financeiro4028”
26Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira - (CPMF) 13 a 19/Janeiro/2005
CPMF- Operações de lançamento a débito em conta58693ª Semana/Janeiro
Sinais de que juros podem voltar a subir nos Estados Unidos fizeram com que bolsa paulista registrasse a maior perda dos últimos cinco meses
AexplicaçãodoFederal Reserve (Fed),o banco central norteamericano, para a elevação, em dezembro,dos jurosda economiados EstadosUnidos agiu deforma negativa sobrea Bolsade Valoresde São Paulo (Bovespa),no segundodia denegóciosdo ano.Segundoa atadoFed, divulgada ontem, embora osriscosde umainflação maior continuemcontrolados, osmembros doFed se mostraram preocupados
com os fortes aumentos nos preços internos eexternos, como o da energiae do barril do petróleo, por exemplo. O que foi imediatamenteinterpretado pelomercadofinanceiro como umsinal deque umnovo aperto monetário estaporvir, que pode ser traduzidopor novas altas da taxa de juros.
Efeitodominó – Esse sinal derrubou abolsa norteamericana. a queda se refletiu poraqui, coma bovespa fechando comperda de 3,40%,aos24.848 pontos.
Foi a maior perda dos últimos cinco meses. Somada à ata do Fede, outromotivo que derrubou a Bovespa foia vendade papéis porparte deinvestidores. Muitos tentando embolsar lucros após o ótimo desempenhodo mercado, que encerrou 2004como a melhor aplicação. O volumede negócios chegouaR$ 1,7bilhão,acimadamédia diáriadedezembro (de R$ 1,5 bilhão), ratificando a intenção de aplicadores de aproveitar o
momento para ganhar. Entre as açõesmais negociadas da bolsa, a maioria se desvalorizou. As ações PN da Telemar fecharam com perda de 3,94%; Petrobras PN, com recuo de 1,05%, Embratel ParticipaçõesPN perdeu 4,74%, Usiminas PNA, 4,03%,Telesp Celular PN, 5,06%, Vale do Rio Doce PNA,3,19%, BradescpPN, 3,30%, eletrobras PNB, 4,13% e CSN ON, 3,90%. OsC-Bonds, principais papéisbrasileirosnomercado externo, fecharama US$
101,375, com queda de 1%.
Dólar – Tambémacompanhandoo mercado externo odólar, quese valorizoulá fora diantedasprincipais moedas domundo,encerrou osnegócios ontemem alta de 0,97%. Foi vendido a R$ 2,70. O dólar ganhou força perante ao euro, que passou a valer R$ 1,327.
O BancoCentralvoltou ao mercadoontem paraa compra de dólares que estariam sendo direcionadas paraas reservasbrasileiras. Pagou R$ 2,687.
Adesvalorizaçãodamoeda norte-americanaque vemsendoregistradadesde o final doano passado vem recebendo críticas por parte devários setoresdaeconomia.Paramuitos,comoaindústria, umdólarmuito baixo, inferiora R$3,00, atrapalharia asexportações brasileiras.
As recentes quedas da moeda norte-americana também fizeram com que o mercado revisse, ontem parabaixosuas expectativas da taxa para 2005. (RL)
Amaioria dasprojeções detaxasdejurofeitasontem na BolsadeMercadorias& Futuros(BM&F) fechouem alta.O DepósitoInterfinanceirode fevereirode 2005–posição que sinaliza a nova taxa de juros – avançou de 17,89% para 17,93% ao ano.
A projeção de alta da Selic em 19 de janeiro, data da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) permaneceu praticamente odiatodoem torno de0,45pontoporcentual –patamarindicado nopregão de segunda-feira.
O DI de julho de 2005, um dosvencimentos mais negociadosontem,recuou de 18,35% para18,32% aoano. ODIde outubrode2005 também recuoude 18,26% para 18,24% ao ano. O DI de janeiro de 2006, contrato mais procuradopelosbancos, subiude17,90%para 17,92% ao ano.
Títulos públicos – Ontem, osbancos pagaramR$ 10,74 bilhões por papéis públicos comprados na véspera em leilão do Tesouro e recolheram R$ 5,9 bilhões em tributos federais. Essa
transferência de dinheiro dosistemabancário para o governo foi insuficiente, porém, para neutralizar o resgate de LTN previsto para odia, ampliadopelo retorno de R$ 6,080 bilhões recolhidospeloBancoCentral (BC) na segunda-feira para manter a liquidez sob controle.
A sobrade moedanas reservas bancárias, levouo BC novamente ao mercado. Desta vez, o BC recolheu R$ 16,251bilhões porum dia comremuneração de 17,75% ao ano. (Reuters)
(Continuação da página anterior)
DATA DETRIBUTOS/CONTRIBUIÇÕESCÓDIGO PERÍODO DO VENCIMENTO DARFFATO GERADOR (FG)
26
CPMF-Operações de liquidação ou pagamento13 a 19/Janeiro/2005 sem crédito em conta58713ª Semana/Janeiro
CPMF-Devida pela instituição financeira, na condição de contribuinte5884”
31Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF)
Recolhimento mensal (Carnê Leão)0190Dezembro/2004
Ganhos de capital na alienação de bens e direitos4600 ”
Ganhos de capital na alienação de bens e direitos e nas liquidações e resgates de aplicações financeiras adquiridos em moeda estrangeira8523”
Ganhos líquidos em operações em bolsa6015”
31Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
Posição na Tipi Produto
87.03Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida;067611 a 20/Janeiro/2005
87.06Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05;0676”
84.29“Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados;1097”
84.32Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura;rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte;1097”
84.33Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37;1097”
87.01Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09);1097”
87.02Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista;1097”
87.04Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 1097”
87.05Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhõesguindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias;1097”
87.11Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral;carros laterais.1097”
31Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Devido pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) não optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (Simples). IPI-Bebidas do capítulo 22 daTipi0668Dezembro/2004
DATA DETRIBUTOS/CONTRIBUIÇÕESCÓDIGO PERÍODO DO VENCIMENTO DARFFATO GERADOR (FG)
31 IPI-Cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00 daTipi1020Dezembro/2004
IPI-Todos os produtos, com exceção de: bebidas do Capítulo 22, e cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00 da Tipi.1097”
31Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
Rendimentos de Capital Fundos de Investimento Imobiliário5232Dezembro/2004
31Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
PJ que apuram o IRPJ com base no lucro real
Entidades Financeiras
Balanço trimestral (1º quota)2030Out a Dez/2004
Estimativa mensal2469Dezembro/2004
Demais Entidades
Balanço trimestral (1ª quota)6012Out a Dez/2004
Estimativa mensal2484Dezembro/2004
PJ que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado (1ª quota)2372Out a Dez/2004
31Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)
PJ obrigadas a apuração com base no lucro real
Entidades Financeiras
Balanço trimestral (1ª quota)1599Out a Dez/2004
Estimativa mensal2319Dezembro/2004
PJ obrigadas a apuração com base no lucro real
Demais entidades
Balanço trimestral (1ª quota)0220Out a Dez/2004
Estimativa mensal2362Dezembro/2004
PJ não obrigadas a apuração com base no lucro real
Optantes pela apuração com base no lucro real
Balanço trimestral (1ª quota)3373Out a Dez/2004
Estimativa mensal5993Dezembro/2004
Lucro presumido (1ª quota)2089Out a Dez/2004
Lucro arbitrado (1ª quota)5625Out a Dez/2004
Entidade de previdência/sociedade seguradora/Fapi, optante pelo regime especial de tributação a que se refere o art. 2º da MP 2.222/20018972Out a Dez/2004
IRPJ-Lucro Inflacionário3320Dezembro/2004
IRPJ-Renda Variável3317Dezembro/2004
IRPJ-Finor/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (1ª quota)9004Out a Dez/2004
IRPJ-Finor/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/919017Dezembro/2004
IRPJ-Finam/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (1ª quota)9020Out a Dez/2004
IRPJ-Finam/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/919032Dezembro/2004
IRPJ-Funres/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (1ª quota)9045Out a Dez/2004
IRPJ-Funres/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/919058Dezembro/2004
31Programa de Recuperação Fiscal - Refis Refis-Parcelamento vinculado à receita bruta9100Diversos Refis-Parcelamento alternativo9222” Refis-ITR/Exercícios até 19969113” Refis-ITR/Exercícios a partir de 19979126”
31Parcelamento Especial (PAES) PAES-Pessoa física7042Diversos PAES-Microempresa7093” PAES-Empresa de pequeno porte7114” PAES-Demais pessoas jurídicas7122” PAES-ITR7288”
Prazos de entrega: dia em que se esgota o prazo legal para apresentação das declarações, demonstrativos e documentos sem a incidência de multa.
PRAZO DEDECLARAÇÕES, DEMONSTRATIVOS E DOCUMENTOSPERÍODO DE APURAÇÃO
ENTREGA
De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas
25 DCide-Combustíveis - Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/Pasep e CofinsJaneiro/2005
31 CPMF - DIC-Declaração de Informações Consolidadas da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMFDezembro/2004
31 CPMF-Medidas JudiciaisDezembro/2004
31 CPMF-Declaração Trimestral da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza FinanceiraOut a Dez/2004
31 DIF Bebidas-Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação das BebidasDezembro/2004
31 DIF Cigarros-Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação de CigarrosDezembro/2004
31 DIF Papel Imune-Declaração Especial de Informações Relativas ao Controle do Papel ImuneOut a Dez/2004
31 DNF-Demonstrativo de Notas FiscaisDezembro/2004
31 DOI-Declaração de Operações ImobiliáriasDezembro/2004
PRAZO DEDECLARAÇÕES, DEMONSTRATIVOS E DOCUMENTOSPERÍODO DE APURAÇÃO ENTREGA
31
31
31
De Interesse Principal das Pessoas JurídicasDe Interesse Principal das Pessoas Jurídi
DIPI-Tipi 33(produto de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria)Nov e Dez/2004
Dacon-Demonstrativo de Apuração de Contribuições SociaisOut a Dez/2004
DSTA-Declaração de Substituição Tributária do Setor AutomobilísticoOut a Dez/2004
De Interesse Principal das Pessoas Físicas
Diário Declaração Final de EspólioSessenta dias contados da data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados.
Diário Declaração de Saída DefinitivaData da saída do Brasil, no caso de residente no País que se retirar em caráter permanente; ou trinta dias contados da data em que completar 12 meses consecutivos de ausência do País, no caso de residente que se retirar em caráter temporário DOU - 29/12/2004
Um fotógrafo de beldades e um "degustador de hotéis". Os dois personagens marcam a estréia da série de reportagens que o Diário do Comércio preparou sobre carreiras que são desejadas por muitos jovens hoje. Confira, a seguir, as histórias desses profissionais badalados e o segredo deles para se ter sucesso na profissão e se divertir com o trabalho.
no Novo, vida nova. E uma boa horapararepensar a carreira profissional. Para dar uma forcinha aos navegantes, a reportagemdo Diário do Comércio selecionou algumas profissõesque sãoverdadeiros objetosdodesejo. A série, que estréia hoje com o fotógrafo Valério Trabancoeo"degustador dehotéis",Alberto Ribeiro, irá contar, nas próximas semanas, a história de comissárias de bordo,DJs, chefs de cozinha,sommeliers, profissionais da moda, entre outros.Gente queviveem meio a muito charme, badalação e visibilidade social. Mas que trabalha duro, sacrifica um pouco a vida pessoal e investe pesado na formação paraobter, hoje, prestígio ereconhecimento em um mercado cada vez maisexigentee competitivo. Confira, a seguir, o perfil de Trabanco e Ribeiro, cujas carreiras de sucessosão espelhos nos quais muitos outros jovens se projetamna tentativa deconciliar a atraente parceria trabalho e diversão.
O fotógrafo
Festejado nomundo fashion, ofotógrafo Valério Trabanco sempre gozou da intimidade dos bastidores. Se hoje tem à frente de suas lentes beldades comoDanielaCicarelli, Luana Piovani, GiovanaAntonelli, Priscila Fantim, Adriane Galisteu e Fernanda Lima, e é um dos nomes mais solicitados para editoriais de mo-
Novidade. Claus Vieira é novo CEO da Tecban (Tecnologia Bancária). A empresa é responsável pelo Banco 24 Horas e Cheque Eletrônico. Vieira assumiu a função esta semana, depois de
da, Trabanco também acumulaaexperiênciadeterestado no alvodos holofotes. Eleintegrou, poralgum tempo, umgrupo deteatro experimental, oSorvete com Pipoca. Atraídopelo universo das luzes e efeitos, deu início a umaformação que foge dos padrões ortodoxos. "Sempre acreditei que aliando teoria com práticapoderia obtermelhores resultados tantona concepção como na finalização dos trabalhos. Sou autodidata por vocação", diz. Depois de "uma longa jornada" comoassistentede diversos fotógrafosdemoda (três anos no Brasil e dois na Espanha),resolveuseguir carreira solo na área de moda. E por que moda? "Por uma razão simples: me possibilitaexercer controle tanto na fotografiacomo na estética e na direção, o que me seduz profundamente." Entre ospontosfortes da
conquistar a posição no processo de seleção da SpencerStuart. O último trabalho do executivo foi no UOL (Universo On Line), como diretor geral.
Pós-graduação. Estão abertas as inscrições para os cursos de especialização da Fundação Vanzolini. As aulas, nas áreas de Engenharia de Produção para a Construção Civil e Qualidade & Produtividade, terão início em fevereiro. As inscrições podem ser feitas até sábado (8). Os cursos duram 18
profissão, Trabanco destaca o máximo deliberdadede criação, aliada apossibilidadede darvidaa umaatitude, esta revisitada todos osdias.Criarum mundo ondetudoépossível,ondeo livre-arbítrio é apalavra motriz dessa fórmula".
Envolvido pelo universo fashion24 horas, Trabanco deixaclaroum aspecto: "Trabalho na moda, mas nãovivoparaela. Não me deixolevar pelo vírusda modernidade.Em um país com tantas possibilidades, temos a obrigaçãode criarmosnosso próprioestilode vida.Somenteassim seremos reconhecidos como força criadora", afirma.
O "degustador de hotéis" O termo "degustador de hotéis", embora não exista, pode serperfeitamente aplicado a Alberto Ribeiro MartinsFilho,diretordedesenvolvimento denovos
meses e dois anos, respectivamente. Mais informações pelo telefone (11) 3814-7366, ramais 300, 392 e 424 ou pelo e-mail cursos@vanzolini.org.br.
Pós-graduação dois. As inscrições para o MBA Executivo e MBA Executivo em Finanças do Ibmec São Paulo já estão abertas. Os interessados em participar do processo seletivo devem preencher o formulário no site da instituição www.ibmec.br/sp. As aulas terão início em
Objeto do desejo: Valério Trabanco (fotosacima) fotografa beldades como Daniela Cicarelli e Luana Piovani. Alberto Ribeiro (aolado) prova a eficiência dos serviços hoteleiros. Dorme nas melhores suítes.
negócios da Accor Hotels. Paraexpandirouniversoda rede hoteleirano país, ele viajafreqüentemente, pelo Brasil e aoexterior, onde se hospeda em endereços das mais diferentes categorias, paraconhecer, in loco, instalações e serviços. Ou seja, também é pago para viver como hóspede itinerante. Ribeiro ingressou na potentecadeia hoteleirafrancesa (Sofitel, Novotel, Mercury e Ibis) em julho de 1999, quando a empresa possuía
fevereiro. Mais informações pelo telefone (11) 3253-0344.
Boa ação. O IWHB, em parceria com a Plano B Eventos, realizará na próxima terça-feira (11) a palestra "Desperte o gigante que existe em você". O evento será no Centro de Convenções Rebouças. O ingresso é um pacote de papel sulfite, que será destinado às crianças da APAE. Mais informações e inscrições pelos telefones (11) 32668999 ou 3284-0465.
70 hotéis no Brasil.Seu grande desafioera, econtinua sendo, aprospecção de novos negócios e acompanhamento contínuoda estratégia dedesenvolvimentopormeio de estudosde mercado e análises operacionaise financeiras.Cinco anos depois, aAccorconta com 127hotéise 45contratos assinados para novos empreendimentos em todo o país. Esse resultadoadvém, naturalmente,dos constantes deslocamentos
do executivo. "Faço uma viagempor semana pelo Brasil e duas ou três ao exterior duranteo ano",diz. "Só em1993, quando estudei nosEstados Unidos, visitei 120 hotéis, quase dois por dia", recorda o executivo. Com 17 anos de experiência no segmento hoteleiro, Ribeiro é formado em Engenharia Civil pela Universidade Mackenzie (1985), pós-graduado em Administração de Empresas pela FundaçãoGetúlio Vargas (1997),tecnólogo em Hotelaria pelo Senac-Ceatel (1986) e especializado em gerenciamento hoteleiro pela Cornell University, de New York-USA(1993). Trabalhou na Rede Transamérica, onde teve aresponsabilidadedegerenciar as áreas de desenvolvimento e implantação dos hotéis e flats, operacional (como gerente-geral de umflat) e da qualidade (responsável pelas certificações da ISO 9002 nos hotéis). Tambémparticipoudeum programa de treinamento nos EUA durante um ano,ondeestagiou nasáreas operacionais de diferentes grupos. Alémdo intensoritmo que vive,Ribeiro aindaencontratempo para se dedicaraumadesuas paixões, depois da família.Participou das últimas quatro maratonas de NovaYork e das principais promovidasem São Paulo e noRio de Janeiro. Tudo a ver para quem vive um verdadeiro périplo de cama em cama de hotel, o ano todo.
João Jacques
O MEC (Ministério da Educação) prorrogouaté hoje o prazo para inscrições na segundafase doProUni (Programa Universidade para Todos),que iráconcederbolsas deestudostotais eparciaispara alunoscarentes estudarem em universidades privadas. Entre as razões da prorrogação está a baixa demanda por bolsas parciais – de 50% – entre afrodescendentes e indígenas,já quepara as14 mil bolsasparciais disponíveis, háapenas 4mil inscritos neste grupo. Comonovoprazo,oMEC esperapreenchermaisde47 milvagasremanescentesdo ProUni.O estudanteque não foi pré-selecionado na primeira etapa(istoé, não tenha sido aprovadona seleção de dezembro) também pode fazer outra opção para bolsas que sobraram. Mais informaçõesnosite do MEC (www.mec.gov. br/prouni). Oalunotambémpoderá obterinformaçõespelo telefone 0800616161.
COMUNICADO CAT-68, DE 30-12-2004
O coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, domêsdejaneiro de2005, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa.
AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTANº 185 MÊS: JANEIRODE 2005 DATASPARARECOLHIMENTODO ICMS EOUTRASOBRIGAÇÕESACESSÓRIAS
Classificação deCódigo de PrazoRegime Periódico Atividade Econômicade Recolhimentode Apuração Recolhimento do ICMS CNAECPRFATO GERADOR 12/200411/2004
DIADIA
15237, 15911 a 15954, 21105 a 21490, 23108 a 23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27138 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28215, 28312 a 28991, 29130, 29157, 29246, 29254, 29513 a 29548, 29718 a 29963, 30112 a 30228, 31119 a 31410, 31518, 31810 a 31992, 32107 a 32301, 32905, 33103 a 33502, 33910 a 33944, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211, 35238, 35327 a 35912, 36927 a 36951, 36978 e 36994; 40118 a 40142, 40207 e 40304; 51217 a 51926, 60267 a 60305, 61115 a 61239, 62103 a 62308, 64114 e 64122; 92215, 92223 e 92401.10315-
01112 a 01708, 02119 a 02135, 05118, 05126, 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290, 16004, 26913, 26921, 45110 a 45608, 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195, 55131 a 55190, 55247, 63118 a 63401, 65102 a 65994, 72109 a 72907, 74110 a 74993, 85111 a 85324.1100106420311501715431, 41009, 50300 a 50423, 52116 a 52795, 55212 a 55239, 55298, 60100 a 60224, 66117 a 66303, 67113 a 67202, 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202, 75116 a 75302, 80136 a 80993, 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092, 95001 e 99007.12002028223, 29114 e 29122, 29149, 29211, 29220, 29238, 29297 a 29408, 29610 a 2969612202415113 a 15229, 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206, 60232 a 60259.12502517213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960.2100-10 Industriais ou Atacadistas de Pequeno Porte (art. 11 das Disposições Transitórias do RICMS/2000)2102-10
Observações: O Decreto 45.490, de 30/ 11/2000 - DOE de 1°/12/ 2000, que aprovou o novo RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de Atividade Econômica ali indicadas, com alteração do Decreton°49.016-de06/10/ 2004 - DOE de 07/10/2004. O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitaráocontribuinteaoseu pagamento com juros estabelecidos pela Lei n° 10.175, de 30/12/98 - DOEde 31/12/98, e demais acréscimos legais. Fica facultado ao comércio varejistadilataroprazodepagamentodoICMSdevidonas
saídas de mercadorias promovidas durante o mês de dezembro de 2004, podendo o valor correspondente ser pagoemtrêsparcelasmensais consecutivassemaincidência de juros e multas (Decreto 49.275 de 21/12/04 - DOE de 22/12/04 e Comunicado CAT-62/04 de 22/12/04DOE de 23/12/04). Informações Adicionais: do Imposto Retido Antecipadamente por Substituição Tributária: Os contribuintes, em relaçãoaoimpostoretidoantecipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de prazo derecolhimentoabaixoindicados e deverão efetuar o re-
colhimento até os seguintes dias(AnexoIV,art.3°,§1°do RICMS aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, com alteração do Decreto 45.644, de 26/1/01):
Dia 5 - cimento - 1031; refrigerante, cerveja, chope e água - 1031; álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo - 1031; Dia 10 - veículo novo1090; veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da NBM/SH - 1090; pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha1090; fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; tintas, vernizes e outros pro-
dutos químicos - 1090; energia elétrica - 1090; Dia17 -sorvete,acessório como cobertura, xarope, casquinha, copo, copinho, taça e pazinha - 1150. Observações em relação ao ICMSdevido por ST: a) Ocontribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoriaaqueserefereasujeição passiva por substituição, observado o disposto no artigo 566, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por sujeição passiva por substituição até o dia 9 do mêssubseqüenteaodaretenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do Decreto 46.295, de 23/11/01, DOE de 24/11/01).
b) Emrelaçãoaoestabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-seá o que segue:
1) no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, 80% (oitenta por cento) do seu montante serárecolhidoatéo3ºdiaútil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato geradorCPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100; 2) no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% (noventa e cinco por cento) será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez)docorrespondentemês - CPR 1100.
3) no que se refere ao impostorepassadoaesteEstado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1100 (Anexo IV, art.3º,§5ºdoRICMS,acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02).
Empresa de Pequeno Porte e Microempresa - CPR1210
Dia 21 - Os contribuintes sujeitosaesseregimedeverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de dezembro/2004 até essa data (art.11doAnexoXXeart.3°, inciso VII do Anexo IV do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; Comunicado CAT 3, de 22/1/01DOE de 24/1/01). IPVA O recolhimento dos valores correspondentes ao IPVA deverá seguir o calendário previsto no Decreto 48.051
de 19/10/04 - DOE de 20/10/ 04; Comunicado CAT 54, de 29/10/04 - DOE 30/10/04; Resolução SF 22, de 30/10/04 - DOE de 30/10/04. Outras Obrigações Acessórias
1) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA
A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a seguirindicadosdeacordocom oúltimodígitodonúmerode inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS,aprovadopelodecreto 45.490, de 30/11/00 - DOE de1º/12/00 - Portaria CAT 92, de23/12/98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/06/01 - DOE de 27/06/01).
FinalDia 0e1................................16
2,3e4.............................17
5,6e7.............................18 8e9................................19
Caso o dia do vencimento para apresentação indicado recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada por meio da Internet no endereço http:// www.fazenda.sp.gov.br ou http://pfe.fazenda.sp.gov.br
2) Dia 10 -Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária:
O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de dezembro/2004, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/ 00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00).
3) Dia 17 -Demonstrativos do Crédito Acumulado: o contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal do seu domicílio os respectivos demonstrativos referentesaosfatosgeradores do mês de dezembro/2004 (art.72doRICMS,aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00,DOEde1°/12/00eart. 1º,incisoIVdaPortariaCAT 53/96, de 12/8/96 - DOE de 27/8/96 - Retificada em 31/8/ 96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98; 37/2000, 94/01 e 35/02).
4) Dia 17 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: produtor não equiparadoacomercianteou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá en-
tregar até essa data, no Posto Fiscalaqueestivervinculado, a respectiva relação referente ao mês de dezembro (art. 70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03).
5) Dia 17 -Arquivo Com Registro Fiscal: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda através do correio eletrônico http://pfe. fazenda.sp.gov.br, com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título efetuadas no mês de dezembro:
a) os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão federal competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas-TRR(art.424-B do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/ 2003, DOE de 9/10/03, normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003).
b) Os revendedores varejistas de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/03, DOE de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95de17/11/2003,DOE de 19/11/2003).
Notas Gerais:
1. UnidadeFiscaldoEstadodeSãoPaulo-Ufesp-Por meiodecomunicado,aDiretoria de Arrecadação divulgou o valor da Ufesp que, para o período de 1°/1 a 31/ 12/2005, será de R$ 13,30 (Comunicado DA 50, de 20/ 12/04 - DOE 22/12/04).
2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor: À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, será facultada a emissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo consumidor, quando o valor da operação for inferior a R$ 7,00,noperíodode1°/1a31/ 12/2005 (Comunicado DA54,de20/12/04- DOE22/12/ 04).
3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 28/12/ 2004. DOE - 31.12.04
Sempre fomos caudatários dos Estados Unidos, a começar pelo decreto número 1 do governo provisório, responsável pelaproclamação daRepública. Obra de Rui Barbosa, denominou o Brasil unitário da épocapela denominação adequada na origem dos Estados Unidos.Um erro dogrande Rui Barbosa, que desejava parao Brasil um sistema semelhante ao dosEstadosUnidos,prova de que o grande homem não conhecia suficientemente o Brasil,para noscompararcom a República do norte.
Se, pois, somos imitadores de tudo o que fazem os americanos,menos,evidentemente, oDestinoManifesto, queo nosso seriaoutro enão teriao providencialismo comobase. Éo fundamentona predestinação queainda hojeprevalece,comovimos há poucos dias, com a eleição de George W. Bush,frutodatendência calvinista americana, embora tenham passado tantosanos e haja, não pouco, mudada a sociedade americana. Ficou, ainda, o subsídio inicial, com queselevantouamaiorpotência da Terra.
Faço estas considerações
para concordar, em tese, com o artigodos articulistas Ives Gandra da Silva Martins e Marcos Alberto de Santa Bitelli, sobre a Ancimav, uma agência parapatrocinarodesenvolvimentodo cinema nacional. Aí é que está uma diferença irreparávelentre oBrasile os Estados Unidos.Aqui o cinema e o audiovisual precisam do Estado e de seus cofres para produzir, enquanto lá desdeoinício foitudoprivado, sem nenhum centime do Tesouro para produzir filmes. Entendo, porisso, queo cinema deveria levar seus cultores,queostemosde talento, como provam filmes já produzidos e exibidos nos cinemas e nosaparelhos domésticos,fazê-los adeptos da livre iniciativa. Teriam liberdadede produzir e em pouco tempo como empresas privadas, o que é dizermuito, elouvável para os nossos cinemófilos. Está aí, portanto, um indicativo de como deve ser oaudiovisual e o cinema em nosso país.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Evandro Mesquita
N odia13demarçode1955, noPaláciodas Industrias, no Parque Dom Pedro II, antiga sededa AssembléiaLegislativa,reuniram-se os deputados estaduais da 3ª Legislatura para a escolha do presidente daCasa paraobiênio 1955/1956.
O acirramento da disputa levou os parlamentaresa se aglutinarem em dois blocos de igual força, com 37 deputados de cada lado, situação mantida até o início da sessão.
Entre os seguidores da candidatura deVicente Bottaencontrava-se AndréFranco Montoro que, no último momento, lançou sua candidaturadissidente,obtendooapoiodooutro segmento e logrando eleger-se. Não ocorreu deslealdade. Havia claro impasse. A sessão não poderiaencerrar-se sema escolhadopresidente.O homempúbliconão pautasuas decisões "stricto sensu lege". Sua açãoé política eela chega aolimitedaexacerbaçãoexatamente no momento de escolha das mesas legislativas.
Pois é nesse instante, mais do que em qualquer outro da vida pública, queosdetentores de mandato popular, aguçam suas qualidades deinteligência, sensibilidade, afeto, honra, dignidade,decoro, compromisso, em nuances quase imperceptíveisque avizinham pragmatismo e desonra,trocalícita decompensações políticas e compra de consciênciase,então, esgrimam na batalha que asseguraráaosquemelhorcombinarem as sutilezasdaflexibilidade política, sem perda da honorabilidade, o salto de qualidade
capaz de gerar o líder, o condutor, o chefe, o comandante e, em conseqüência, omaispreparado paraa gestãosuperior da coisa pública. Certamente não seria assim no passado bárbaro. Bastava a posse do tacape mais dolorido. André FrancoMontoro valeu-se de oportunidade política e deu impulso a vida pública exemplar que lhe permitiu, depois, chegar ao governo deSão Paulo, cumprindo inolvidávelmandato no período 1985-1986.
Exatamente50 anosdepois, repete-se o episódio na eleição da nova Câmara Municipal da Capital. Não era difícil prever o desfecho. Momentos antes do inicio da votação ambos os lados computavam 27 vereadores.O perigo paraa candidaturadeRicardoMontoroera evidente. Somentequem não viveu episódios de Mesa poderia ignorá-lo.
Porta-vozes da Prefeitura alegam que não se quis aliciar; vereadores da oposição afirmam que o sentimento que os unia resistiria aqualquertentativa de aliciamento.
Eleva-se aresponsabilidade dos vereadores,libertos datutela do Executivo. Ampliamse ascondições objetivaspara prevalência das melhores iniciativas – de ambos os lados.
AoExecutivo cabeevitar a remessa à Câmara de ante-projetossem evidentecaracterização dorelevanteinteressepúblico;aos vereadores compete nãosolapar agovernabilidade. Ganham opovo, ademocracia e o interesse público.
Evandro Mesquita Diretor da Fundação Ulysses Guimarães
DeMarco Pólo,oprimeiroocidental avisitar aChina e reportar suas impressões, o que sabemos sobre essepaís, seupovoe sua cultura, tem o caráter de umapizzamista, naqualo real se mistura com a fantasia em diferentes proporções. Mais fantasias do que realidades.
A primeirae maisimportante realidade a respeito da China é que lá viveu Confúcio(551a479AC),umfilósofocujasidéiasinfluenciaram por maior tempo o maior número dehomens esociedadesdurante toda ahistória humana. Oconfucionismo emsuasdiferentes versões veio a se constituir, inclusive sob a formade religião do estado e a pauta retora da moral e dos princípios de convivência que ainda hoje regem os costumes e
vidado maior númerode homens. Na sua versão mais vulgar,suadoutrinaé tida como radicalmente conservadora, disciplinadora e rígida,emboraseuintérpretes mais eruditos assegurem que, nesse sentido, ele não foi umconfucionista, pois sua vida e visão dos homens edasociedadeeram mais amplas do que isso. Um de seusmandamentos que mais se difundiu socialmente foi,entretanto,o da tríplice reverênciaincondicionalpelospais,pelos mestresepelosmais velhos,o quecontinuafortetraço nacultura das sociedades que sofreram sua influência. Uma segunda realidade magna é que em todo o ecúmeno a Chinaparece ser a primeira grande comunidade humana a atingir os limites viáveis entre cresci-
Dimas Ramalho
O governadorGeraldo Alckmin implantou um excelenteprograma deinclusão digital,emparceriacomaEscola do Futuro, da Universidade de SãoPaulo (USP).Denominado AcessaSãoPaulo (ver www. acessasaopaulo.sp.gov.br), o programa é coordenado pela Imprensa Oficial do Estado e tem como objetivo combater a exclusãodigital, levandorecursos da Internet àpopulação de baixa renda.
Entre as muitas ações do programa está o Fala São Paulo. O principal objetivo do Fala São Paulo é aproximar os cidadãosdo governo, oferecendo um meio para que ele possa opinar sobre assuntos importantes doEstado.Paraisso, realiza pesquisas com os usuários dos postos da Internet implantadospelogovernoemvários pontos da capital paulista e algumas cidades do interior. Qualquer cidadãoque acessaa Internet podesugeriralgum assuntoparanovas enquetes.E as respostasa essas enquetes tem sido muito esclarecedoras.Colaboram nosentido de aproximar o governo do povo e a desenvolver novas políticaspúblicas. Porexemplo: Uma das mais recentes enquetes,com 7diase 1.829participantes, propôs aseguinte pergunta: "Você conhece os impostos que paga?".
As respostas permitiram destacar dois perfis: umque conhece alguns impostosque paga, 30%,masquenãosabe para onde vão; e outros, que representa 27%, que simplesmente não conhece. Apenas 11% dosusuários votaramna alternativa"Conheçotodos e procuro saber para onde vão". Ou seja, 57% da população, não sabe qual é o destino do dinheiro que paga em impostos. É difícil, de fato, saber para ondevai odinheiroque osgovernos, nos seus três níveis (federal, estadual emunicipal) recolhem todos os meses, ou, às vezes, todas as semanas, como é o caso da CPMF, debitado diretamente das contas bancárias. Quando se criou a CPMF,
mento da população e possibilidade de sobrevivência com os recursoslimitados de seu território, de sua economia deseumercado, estando assim, fadadaà globalização. No decorrer detodo o séculopassado, nenhum outro país tentou, mais to que ela, todas as experiências possíveis, quer no campo político, quer noeconômico, para simplesmentegarantir amera sobrevivência desua população.Tudoresultando insuficiente, ela apelou para a mais radical e drásticasolução: adeinterferirno maisíntimo eradical instintohumano: oda procriação. A partir de 1964 deu início a uma "política familial" destinada acontrolar seu aumento demográfico, parao queadmitiu ouso detodos osrecursos:
do aborto à separação de casais que ultrapassassemo número de 4filhos. Nos40 anos decorridos olimite estabelecidoserevelouinsuficiente para deter o aumento demográfico, e ela reduziu a1o númerodefilhospermitido porcasal, comseveríssimaspenalidades para os infratores. Trata-se de uma experiência-limite, inédita na história humana: a de criar uma população de "filhos únicos". Nos nossos dias,abre um novofrontparasuasobrevivência: oda globalização capitalista.
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este?- Um depoimento (Editora Senac) e-mail: benedictobarros@yahoo.com.br
sua arrecadação deveria ser usada peloGoverno Federal para incrementar as verbas do sistema de saúde. Hojejánão éassim.Essedinheiro se divide em inúmeras aplicações. Nemmesmo osespecialistas, diante de tantos e complicados caminhos burocráticos,sabem dizerexatamente qualadestinação final de muitos dos impostos, como a CPMF, que o brasileiro paga. Mas se édifícil acompanhar a destinação das verbas recolhidas pormeio daarrecadação deimpostosfederais, é perfeitamente possível acompanhar os investimentos feitos como dinheiro deimpostos municipais, sobretudonas pequenas e médias cidades. Verificar a destinação dessas verbas, exigirprestaçãode contas, conferir balancetes municipais, édireitoe,mais que isso, obrigação de todos os cidadãos. Não é por acaso que a publicidade oficial dessas contasé obrigatória. Essafiscalização evita fofocas, intrigas e possibilita a punição dos que governam mal. Democracia vem da palavra grega "demos"que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberanosobreopoderlegislativoe o executivo. Embora existam pequenas diferenças nasvárias democracias, certos princípios e práticas distinguem o governodemocrático deoutras formas de governo. Entre osprincípios, omais conhecido éa quedefine asdemocracias como um regime queconduzeleiçõeslivresejustas.Mas éimportantelembrar, também, que numa democracia os cidadãos não têm apenas direitos, têm o dever de participar do sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades.
Acompanhar a destinação de impostos para poder cobrar dos governos que os recursos públicos sejam bem utilizados significa, portanto, colaborar com o aperfeiçoamento eoamadurecimento democráticos.
Dimas Ramalho deputado federal
A crise no setor público e as PPPs
Marcos Cintra
C oncomitantemente à queda vertiginosa da inflaçãonos anos90,e comoresultado da política que levou à ela, o Brasil viu sua dívida pública atingir níveispreocupantes. O elevado custo do endividamento gerou forte pressão fiscal ea cargadeimpostos disparou. A rigidez orçamentária sobreos trêsníveisde governotornou-sesevera com as crescentes metas de superávit primário e com o adventodaLeide Responsabilidade Fiscal em 2000.
A combinação doelevado custo do endividamento com asimposiçõesdaLRFedasmetasfiscais,associadasàsdespesas legaisvinculadas àeducação e saúde, gerou um quadro financeiro extremamente grave para o poder público. A disponibilidade de recursos orçamentários para investimentos secou dramaticamente.
Aretomada docrescimento da economiaem 2004chamou atenção para a necessidade de investimentos na expansão e recuperação da base produtiva do país. A carência e a deterioração dasmatrizes deenergia e transporte e dos sistemas de armazenagem e irrigação colocamemjogoocrescimento da economia,atémesmonos setores maisdinâmicos, como a agroindústria. Este gargalo pode fazer abortar o atual processode crescimento, trazendo de volta a inflação e comprometendoa competitividade da produção nacional.
Segundo a Associação Brasileira deInfra-Estrutura (ABDIB), metade dos 57 mil quilômetrosda malha rodoviária brasileira encontra-se em péssimo estadode conservação;
desdeos anos70há apenas30 mil quilômetros de ferrovias, sendo queo volume de carga transportada por ano saltou de 50milhõesde toneladas para 300 milhõesde toneladas;e o déficit dearmazenagem de grãos no país é da ordem de 40 milhões de toneladas. A entidade estima que a necessidade de recursos para investimentos em infra-estrutura no país é de US$ 20 bilhões por ano. Valeapontar queacarência de recursosnão selimita apenas às necessidades de infraestrutura. A deterioração dos serviços públicos, sobretudo nasáreas deeducação,saúde e segurança, atingeníveis alarmantes.
Umaspecto importante a destacarno tocanteaosserviços públicos é que, além da enorme demanda existente, fruto da crise sócio-econômica dos últimos anos, sua oferta ocorre a custos elevados,por contadoritmomaislento de ganhosdeprodutividade no setor público comparativamente ao privado. Em suma, o país chegou a umestágio caracterizadopor uma enormedemanda porinvestimentos em infra-estrutura e serviços públicos frente a orçamentos dramaticamente restritos.Nãohá maisespaço para impor maior carga de impostos ao contribuinte e a margem de endividamento encontra-se no limite.
Opaísprecisaurgentemente expandir sua taxa de investimento. A luz no fim do túnel surge com a PPP (Parceria Público Privada).
Marcos Cintra é dutor pela Universidade Harvard,
Redes comemoram o aumento das vendas dos filmes no formato. Tendência é de que preços sigam em queda. Com cada vez mais clientes à procura de itens em promoção.
Por André Alves
Ovarejo lucrou com as vendas de filmes em DVDs em 2004. E seguirá lucrando em 2005. A popularização dos títulos no formato é um fenômeno verificado nos magazines, megastores e bancas de jornal de todo o País. Para se ter uma idéia, a rede Extra, do Grupo Pão de Açúcar, registrou um crescimento de 106% nas vendas desses produtos de 2003 para 2004. As promoções incluem lançamentos com preços reduzidos, filmes por R$ 9,9 ou a compra de três títulos pelo preço de dois. A aquisição dos filmes pelos consumidores acompanha a expansão das vendas dos aparelhos de DVDs. De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), em 2004 foram vendidos cerca de 3,2 milhões de aparelhos de DVDs no País, o que representa um patamar 100% superior a 2003. Magazines - No Extra, o consumidor encontra dois tipos de promoções: filmes e musicais por 9,90 e leve três e pague dois. Ao todo, são aproximadamente 150 títulos com descontos nos preços. A rede diz que vai continuar a vender títulos promocionais. "Cerca de 30% de nossas vendas de DVDs estão nos itens promocionais", afirma Eduardo Carneiro, coordenador da categoria de DVD do Extra. Já a rede de hipermercados BIG oferece títulos promocionais a R$ 9,90, R$ 19,90 e R$ 29,90, além do leve dois e pague um. A participação dos produtos em promoção nas vendas totais é a mesma do Extra: 30%. Nas lojas da marca, 3% dos títulos oferecidos custam até R$ 10. Segundo a direção da rede, o público consumidor de títulos promocionais pertence às classes B e C. Na média, 65% desses clientes compram filmes e 35% musicais. As Lojas Americanas apostaram, durante o mês de dezembro, nas vendas de títulos que custam R$ 12,90, R$ 19,99 e na promoção leve 3 e pague 2, onde um título custa R$ 29,99 e três custam R$ 59,98. Megastores - A queda nos preços dos DVDs e as promoções chegaram às megastores, até então caracterizadas por preços menos populares. A rede de livrarias Siciliano, que tem nesses produtos 5% de sua receita, fez no final do ano uma promoção nos títulos de catálogo e naqueles de giro mais baixo. Foram aproximadamente 500 filmes com preços a partir de R$ 15. A empresa obteve em 2004 um crescimento de 25% nas vendas desses itens em comparação a 2003. "Geralmente, o preço médio dos filmes situa-se a partir de R$ 28. Essa promoção deve durar até o mês de março", afirma Paulo Gomes, coordenador da área de CDs e DVDs da Siciliano. Já a rede Nobel fixou quase a totalidade dos seus títulos de muitas lojas a R$ 26,90, visando atingir mais consumidores NBO - Entre as editoras que oferecem títulos a preços populares, a NBO, com 11 anos de atuação, foi pioneira no lançamento de revistas com DVDs no Brasil, em 1999. Cerca de 64% de suas vendas de filmes e musicais são efetuadas nas bancas de jornais. A editora obteve 50% de crescimento nas vendas em 2004 em relação ao ano anterior, apostando em títulos com preços populares e também em novos pontos-de-venda, como os grandes magazines.
Os dez mais vendidos na internet brasileira em 2004
1 - Harry Potter e o Prisioneiro de AzkabanEdição Especial
2 - EvanescenceAnywhere But Home (DVD + CD)
3 - Ivete Sangalo - MTV Ao Vivo
Promoções de Natal continuam nas lojas. No Extra, alta nas vendas foi de 106% de 2003 para 2004. Acima, Luís Grecco, da NBO: lançamentos sobre decoração e culinária em 2005.
DUAL DISC TRAZ CD E DVD NUM SÓ DISCO
Um disco que comporta CD de um lado e DVD do outro. A novidade é uma das apostas da indústria diante do crescimento das vendas de filmes em DVD no Brasil. A tecnologia está sendo pesquisada pela Videolar, fornecedora de mídias magnéticas e digitais virgens com quatro fábricas no País e duas na Argentina. Segundo informações fornecidas pela Videolar já publicadas em reportagem pelo DC no último mês de dezembro, o dual disc pode chegar ao mercado no primeiro semestre de 2005.
A editora traz revistas com títulos de DVDs em diversos gêneros. Entre eles, destacam-se o DVD News, com filmes, o DVD Premium, com filmes clássicos, o DVD Ópera, o DVD Erótica e o DVD Kids, com filmes e desenhos infantis. "Muitos de nossos DVDs são lançados e vendidos em bancas por menos de R$ 20. Aproximadamente um ano depois, eles chegam aos grandes magazines custando cerca de R$ 10. Esse baixo preço nos magazines se deve ao tempo de exposição nas bancas e ao grande estoque nos estabelecimentos", diz Luís Grecco, diretor geral da NBO.
Segundo Grecco, o público que mais compra DVDs com preços populares é o pertencente às classes A e B. "Devido à qualidade de som e de imagem, atualmente as pessoas preferem comprar do que alugar DVDs", explica. A NBO já lançou até hoje 227 títulos, dos quais 30% custavam menos de R$ 20. Para 2005, a editora pretende lançar cerca de 140 títulos, destacando coleções com temas como decoração e cozinha. "O DVD no Brasil tem um futuro enorme, já que custa um terço do que o verificado nos Estados Unidos. As novidades ainda nem começaram", diz Grecco. Internet - Os títulos no formato ficaram em segundo lugar entre os produtos mais vendidos no Natal de 2004. Segundo pesquisa realizada pela Bondfaro.com S.A, empresa especializada em serviços de pesquisa sobre vendas na internet, essa categoria cresceu 236% em 2004 em relação ao mesmo período do ano anterior.
4 - Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
5 - Roberto Carlos - Pra Sempre - Ao Vivo no Pacaembu (DVD + CD)
6 - Beleza Americana
7 - Bruno e MarroneAo Vivo
8 - Coleção Cavaleiros do Zodíaco
9 - Ana CarolinaEstampado
10 - Coleção Senhor dos Anéis (6 DVDS)
Jorge Rachid, secretário da Receita Federal (dir.) admite: algumas empresas pagarão mais imposto. Mas segundo ele, como houve correção do IR para pessoa física, não se pode falar em aumento da carga tributária. Página 15
Prestadores de serviço tentam sobreviver ao tsunami tributário: alguns vão mudar do sistema de lucro presumido para o real. Indignados, dizem que o governo deu com uma mão e tirou com a outra." É revoltante", afirma médico. Página 15
nas ruas
Parceria entre ACSP e Eletromidia expõe nos painéis da cidade o peso dos tributos embutidos nos produtos. Página 16
Um número recorde de consumidores quitou seus débitos (dir.) em dezembro. Mesmo assim, as vendas desaceleraram. Para o presidente da ACSP, Afif Domingos, uma das causas é o receio de nova elevação de juros. Se a Selic voltar a subir, avalia, comprometerá o desempenho do 1º trimestre. Pág. 4
Secretário à caça de fantasmas
Mauro Ricardo, secretário das Finanças de Serra, quer acabar com funcionários fantasmas.
E Genoino muda de assunto
José Genoino (esq.): eleição de Trípoli para a presidência da Câmara Municipal é assunto encerrado para o PT. Página 3
Câmara: a primeira estrepolia
Presidente da Câmara, Roberto Trípoli, promulgou a primeira lei: um projeto de sua autoria. Página 3
Semanalmente, aproximadamente seis milhões de pessoas passam pelos 15 painéis da Eletromidia espalhados
Parceria entre a Associação Comercial e a Eletromidia leva para os painéis eletrônicos o peso dos impostos
Quem passar por umdos15 painéisdaEletromidia espalhados por SãoPaulo vailevar umtremendosusto. Desde ontem,todosos outdoorseletrônicos estão veiculando vinhetas que mostrama pesadacargatributária incidentesobre produtos e serviços. A iniciativa é resultado de parceria firmadaentreaAssociaçãoComercialdeSãoPaulo(ACSP) e a Eletromidia, como parte da campanha de conscientização tributária desencadeada pela entidade. Pelos 15 painéisda Eletromidia passam cercadeseis milhões de pessoaspor semana. "Estaéuma mídia muito diferenciada e com
certeza vai impulsionar a campanha. Principalmente numa cidade como São Paulo, onde não só se passa, mas se pára no trânsito. Como a rotatividade émuito grande nas ruas eavenidas da capital, comcerteza vaiatingir um público muitogrande", anima-se GuilhermeAfif Domingos,presidentedaFederação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da ACSP. Osfilmes comprodutos e seusrespectivosíndices de impostos,inspirados nacoluna Tribrutosdo Diário do Comércio, têm10segundos de duração cada. A cada seis minutos,elesentramnoar.O diretor-superintendente da Eletromidia,Paulo RacyBadra, afirma que se interessou
pela campanha da ACSP por acreditar quesó ainformação pode combater a excessiva carga tributária brasileira. "Como empresário, contribuinte ecidadãobrasileiro, vejo as dificuldades que a alta carga tributária traz para a economia. E,por isso,quero mostrar ao maior número de pessoas o quanto elas pagam e que precisam reivindicar seus direitos", diz Badra. Para ele, mesmoa fatia da população que sabe que a carga tributária representa 38% do ProdutoInterno Bruto (PIB) nãotem idéia de quanto isto pesa na sua vida. "Porestemotivo,soufavorávelà colocaçãodeetiquetas comseusrespectivosimpostos em todos os produtos." Segundo odiretor,nesta
primeiraetapasomenteacidade de São Paulo vai veicular os filmes. Oque é um grande passo para a campanha de conscientização, já que ospainéis estão distribuídos em pontos estratégicosdacidade, como ocruzamento da avenida Paulista comaalamedaCampinas, a avenida Rubem Berta (próximo ao aeroportode Congonhas), aavenida Bandeirantes (altura donº 1001), aruadaConsolação (sentido Centro), a Radial Lestee emfrente agrandes shoppings centers, como o Morumbi e o Iguatemi. Mas,deacordocom Badra,a Eletromidiatambém estánegociando comseus franqueadosdo ABCeSantos (SP), Salvador (BA),
Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Manaus (AM) e Belo Horizonte (MG) para que os produtoscomseusrespectivos impostos sejam veiculados também por eles."Todos osmeios deco-
municaçãodeveriamseempenhar nesta campanha porque é uma prestação de serviçoà comunidade,que tem todo o direito de saber o quanto paga", afirma. Márcia Rodrigues
Háalgunsdias, por ser executivo de seguros, recebi umaveementereclamação depessoa demeu relacionamento,alegando quenão podia admitir que, enquanto o valor de seu carro, um Corsa Sedan 2001, havia sofrido depreciação portempoeuso,o preço do seguro do mesmo veículohavia crescidoquase 20%de umanoparao outro, contando todos osdescontos derenovaçãoaquetinhadireito.Constantementeouçoesses comentários.
Esse raciocínio seria válido se oseguro fosseapenas para pagaraperdatotaldoveículo, semconsiderar outrosacidentes, como os das "batidas", chamados perdas parciais. Areparaçãode veículosé feita com peças novas, que ao contráriode se depreciarem como oveículousado,acabam por sofrer correções e sempre com percentuais muito maiores que os de ajustes dos veículos aos quais compõem, deacordo comas tabelas das montadoras.
Hojelendomatériasdo Diário do Comércio edeO Estado de São Paulo sobre a ação movida peloMinistérioPúblico contraasquatro grandes montadoras, vi demonstrado oque hámuito sesabia,mas quehátempos nãosecomentava:qual o valor deum veículo em condições de uso e o mesmo montado peça a peça. Háque sefazeruma importante ressalva no que foi apresentado: nãosecomputouo valor de mão-de-obra de funilaria e pintura nas montagens dos veículos e, quesomado, aumentaria para mais de oito vezes as somatórias das peças que compõemos veículosem relação ao valor de mercado do bem.
Existemainda dois outros fatores que pioramainda mais asituação parao consumidorfinal. Uméaquestão do IPI incentivado para o veículo com 1.000 cilindradas, considerado popular,eooutrosãoos impostosemcascata,incidentespelopasseiodas peças entre fabricante, montadora, concessionária distribuidora e consumidor final.
O carro1.0 tem oIPI fixado por incentivotemporário em 8%paraincrementarsuasvendas. O mesmo modelo de veículo, com motorização acima de1.0 até2.0,temIPI de14%.
Asautopeças desses veículos que,com exceçãodasinternas do motor, são idênticas entre si,têmIPIde18%, comum descasamento de 10 pontos percentuais sobre o IPI de vendadoveículo. Semincentivo também estaria descasado em quatro pontos percentuais. Diante dessasituação, à medida que aumentam os preçosdasautopeçastambém aumenta a procura por peças "depreciadas"e compatíveis com os valores de veículos de maioridade. Normalmente essaspeças estãodisponíveis emduasredes conhecidas, que sãoa "Robauto"e a"Carrefurto". Emoutraspalavras, a cada aumento de peças aumentam opreço médiode reparação, oroubo efurto de veículose asfraudes,fatores que influemdiretamente nos preços dos seguros. O setorde segurosde automóveis,deacordo comasestatísticasdisponíveis pelaFederação das Seguradoras, apresenta umíndice combinado (receitas operacionais x despesas operacionais) girando em115%, o queequivale a dizerque acadaR$ 100arrecadadossepaga115%entresinistros,custos operacionaise administrativos. Adiferença
tem que ser tirada da receita financeira, que enfrentou forte quedano fimde 2003e começo de 2004, com aumento no último trimestre. É evidente que as seguradoras necessitam corrigir seu desempenho operacional,mas para isso é imprescindível aumentarem seuspreços;não o fazendo ainda em percentuais maioresemrazãodaquedado poderaquisitivo doconsumidor. Oaumentodademanda de bens duráveis se deu pelo financiamento, principalmenteajurobaixo ousubsidiado. Nãoexisteessetratamento para venda de peças. Desta forma, apesar do aumento da venda de veículos, é notório a queda de procura de segurosdeveículos,principalmente os populares, com mais de cinco anos deuso: o consumidor nãotem disponibilidades epelos preços daspeças novas, qualqueracidente pode se constituir em perda total, fazendo-o perder o financiamento de compra conseguido. A seguradoraexigirá aquitação do contrato e a financeira o pagamento antecipado, para liberar a garantia. A crescenteprocura por margensmaiores emautopeças, porpartedasmontadoras, está se transformando em "tirono própriopé", poisdificilmente o consumidor vai procurar por peças genuínas ouoriginais em balcõesde concessionárias, optando por peças genéricas, aexemplo dos remédios.Outra alternativa é a procura em desmanches, muitos ligados ao crime, fazendo deste últimoo seu principal concorrente.
Claudio Afif Domingos é diretor-vice-presidente da Indiana Seguros e presidente do Conselho de Prevenção à Fraude em Seguros da Fenaseg
Prefeitura precisa de doação de tellhas para reconstruir casas atingidas por tornado e garantir retorno das famílias. Página 3
Mauro Ricardo Machado da Costa, secretário de Finanças, revelou ontem a existência de funcionários fantasmas e de servidores recebendo dois salários na Prefeitura. Ele anunciou um recadastramento. Outras medidas deverão reduzir em R$ 600 milhões/ano os gastos municipais.
Osecretário de Finanças do município, Mauro Ricardo Machado Costa, revelou ontem a existência de funcionários fantasmas ou emsituação irregulartrabalhandona Prefeitura.O anúncio vem justificarumadas primeiras medidas adotadas por José Serra, de determinar prazo de 90 dias para quetodos os órgãosmunicipais,autarquias e fundações promovam o recadastramento de seus servidoresepensionistas.
Segundoo secretário, uma das irregularidades encontradasnofuncionalismo é o "cadastramento de uma única pessoacom dois CPFs", e, portanto, recebendo dois salários. Segundo ele, aPrefeitura ainda não teria como estimar o número de funcionários que recebem de maneira ilícita. "Irregularidades acontecem normalmente em todas as folhas de pagamento. Pelo sistema atual édifícil saber se não estamos pagando salário até para quem já faleceu. O recadastramento eliminaráda folhaquemrecebede formairregular",afirmou o secretário.
Os secretários Mauro Ricardo Machado Costa, de Finanças (à esquerda), e Francisco Vidal Luna, do Planejamento
Hoje, no quadro de servidores da cidade,há 130 mil funcionários ativos,43mil inativos e 20 mil pensionistas. APrefeitura desembolsa R$ 5,5 bilhões anualmentecoma folhadepagamento. Desse montante, entre R$ 500 e R$600 milhões são destinados a11milcargos em comissão. Aindafaz parte das primeira medidas de Serrareduzir em15% os
gastos comessegrupo de servidores.
O novoprefeito também centralizou competência paranomeação eexoneração de cargos em comissão.
O controle de pessoal chega aos concursados. APrefeitura determinou asuspensão detodos osconcursospúblicosemesmodaadmissão de pessoasjá concursadas. Apenas na
Educação háaproximadamente18milpessoas que passaram emconcursoe aguardam serem convocadas para otrabalho eque, segundo osecretáriodeFinanças, terão de esperar por umprazo aindaindeterminado. "Isso não significa quenãohaverámaiscontratações. Se houver necessidade, vamos contratar", afirmou Costa.
Apesar de intermitentes, as chuvas que atingem a cidade ainda não causaram grandes problemas. Ontem, foram doze pontos de alagamento, mas apenas um intransitável.
Até agora,SãoPedroestá pegando levecom São Paulo e com a nova administraçãoda cidade.Mesmoassim,o prefeitoJosé Serra (PSDB)deve seprepararparaqualquer eventualmudança no tempo. Afinal, mesmo sem a intensidade daspancadas de dezembro, a chuva que atingiu São Paulo ontem provocoupelo menos12 pontosdealagamento, por voltadas 16h, segundoregistrosdoCentrodeGerenciamento deEmergência (CGE) da Prefeitura. Houve ainda alagamentosnamarginalPinheiros, nasavenidasHélio Pellegrino, Celso Garcia, Sapopemba, Eusébio Matoso,Guarapiranga eRebouças.Masapenasumponto, na rua Conselheiro Furtado, ficou intransitável. Trânsito – Apesar dos alagamentos, o índice de congestionamento registrado pela Companhia de Engenharia de Tráfego(CET) foi baixo,reflexo diretodasférias escolares,quesempre esvaziam a cidade. Foram registrados apenas 15 km delentidão às16h.No fim datarde,a chuvafracaeintermitente deu uma trégua em grande parte da cidade. Emconseqüência dachu-
vade segunda feira, quando foram registrados 34 pontos de alagamento, uma árvore atingiu o telhado de umacasa. Desdeo iníciode 2005,já caírampelomenos 12 árvores em São Paulo, umadelas sobrea redeelétrica, naZona Azul.Os moradoresficarammaisdeseis horas sem energia. Também na segunda-feira, o túnel Fernando Vieira de Melo, na avenida Rebouças, ficou fechado das 20h15 às 22h50.Segundo aCET, a
medida foi adotadapara evitar que, emcaso de alagamento,osmotoristas ficassem presosnolocal. Na verdade, a precaução se justificajáque poucosdiasdepois deinaugurado, otúnel da Rebouçasfoiinundado em razão de forte chuva. Em Osasco, município localizadoaoesteda Grande SãoPaulo,a jovem Helita Domingues, de 24anos, continua desaparecida,vítimadachuvafortede segunda-feira.O carro em
que Helita estava, um Corsa Sedan verde, caiu, na noite de segunda-feira, no córrego que divide as duas pistasda avenida Viscondede NovaGranada,no Jardim Cipava. Segundo os bombeiros, o acidente pode tersidoocasionado pelo transbordamentodocórrego,que tomou toda aavenida, deixandopistaseleitopraticamente indistingüíveis.
Alerta– Alagamentos, quedasde árvores,conges-
Redução de gastos – As primeiras medidas de Serra têm opropósito de economizar. A intenção do prefeito éreduzirem 20% ocusteio administrativodaPrefeitura,referentesa materiaiseserviços em geral.A reduçãodegastospodechegaraR$600 milhõespor ano. Hoje, o município arrecada cercaR$15 bilhões, mastemodobrodessevalor em dívida.Atédia1° de maioSerravai terderemeter R$ 7 bilhões à União para equilibrar essa contae se adequar aLei deResponsabilidade Fiscal (LRF).Ontem, nem Costa nem Francisco Vidal Luna, secretário do Planejamento, quiseram revelar aatualsituação do caixa da Prefeitura.
Além da adequação à LRF, sobraram para a nova administração dívidascom prestadoresde serviço. A Prefeitura ainda analisa a extensão dessa conta, mas a estimativaé queelasupere R$ 1 bilhão. Serra tem se comprometido a não dar calote nesses empresários. A maior economia da administraçãodevevirda revisão e renegociação de contratos vigentes,outra ação que faz parte do pacote demedidas da nova administração, mas que tem sido criticadopor empresários.
"Se umempresáriotivero contrato superfaturado e nãoquiser reverasituação, eleserá rescindido",disseo secretário de Finanças. Essa posição tem irritado empresários, que alegam que contratos legalmentefirmados não podem ser rompidos, e ameaçam entrarnaJustiça. "Tantoosempresárioscomo aPrefeitura podementrar na Justiça", afirmou Costa.
As primeiras medidas de Serra são: 1) unificar as contas bancáriasdassecretarias;2) fazerorecadastramento de funcionários; 3) centralizar na figura do prefeito a nomeação e exoneração de cargosem comissão; 4) revisão de contratos e licitações em curso; 5) levantar a dívidamunicipal; 6)determinar quebens deserviço só sejam adquiridos por pregão; 7) reorganizar as secretarias; 8)suspenderos concursos públicos e contratação de concursados; 9) reduzir em 15% os gastos com cargos em comissão e 10) centralizar a folha de pagamento. Ontem, José Serra despachou duranteboa parte do dia.
Na página 4, mais informações sobre as primeiras medidas da nova administração, sobre a dívida da Prefeitura e sobre a reação do Sinduscon face a revisão de contratos
O prefeito José Serra (esq.), em seu carro com os vidros molhados, a caminho da Prefeitura (acima). A chuva de ontem provocou congestionamentos nas marginais Tietê e Pinheiros (abaixo), mas não comprometeu o trânsito.
tionamentos,acidentes e mortes,marcaramofinaldo ano passado.E as recentes tragédias em municípios vizinhos dão sinais do que está por vir. As fortes chuvas que atingemo Estadodeixamestragos por onde passam. O verão também éaépocado ano em que a população fica emalerta por causa dos temporais. Segundo os me-
teorologistas,ainda nãoé possível saber sea cidade sofrerá comgrandesenchentes, como as que ocorreram na capital, especialmentena zonaleste, noano passado. A tendência é de melhoranotempoa partir de amanhã. Nas páginas 2 e 3, informações sobre o verão e sobre as conseqüências do tornado em Santa Catarina
Espaço oferece atividades culturais, biblioteca comunitária, palestras e universidade da terceira idade para a população do município e da região
OCentro Universitário Santo
André, quefaz parte daFundaçãoSanto André,estáapostandonasuavocaçãocomunitária. Ele inaugurou no finaldoano passado um espaço cultural e uma biblioteca abertos à população da cidade e dos municípiosvizinhosque compõem o ABC paulista. O objetivo é a democratização ao acesso à leiturae à programação cultural.
A chefe do gabinete da pró-reitoria da Fundação, Angélica Lovatto, explica que estas iniciativas reforçamoperfil deatuaçãocomunitária da instituição. Segundo ela, a entidade tornou-seum centrouniversitário em 2000 e seu estatuto adefine comoumainstituição de ensinosuperior comunitário.
Esta evoluçãopermitiua criação de projetos que visam aintegração da comuni dade carente à universidade. Entre as iniciativas que sedestacam estão o Espaço de CulturaCasa Amarela, a B i bl i o te c a Comunitária
J acob Daglian e o Teatro Nelson Zanotti.
Segundoela,oobjetivodo reitor do Centro Universitário, o professorOdairBermelho, é transformar a Fundação Santo André em uma referência comouniversidadecomunitária noGrande ABC. Ele acredita que é possívelatingiresta meta devido à próprialocalizaçãodocentroemuma região que abrigou importantes movimentossociais nas últimas três décadas.
Além destes projetos , atividades como o projeto Filosofia &Cotidiano, composto depalestrasgratuitas,aUniversidadeAbertaà Terceira Idade, oCentro de Estudos Ambientais e Formação de Paranapiacaba e o núcleoDireito por EducaçãoBásica em Palmarese Sacadura Cabraltambém visam integrar a comunidade da região.
Pró-reitoria–Paraacelerar este processo, aFundação criou no final do ano passado a Pró-reitoria Comunitária, integrada àprefeitura de SantoAndré.Esta iniciativa p re te n d e agilizar o and am en to dos projetos culturais.
No detalhe, quadro exposto no Espaço de Cultura
No Espaço Cultural,a programação cultural que passa pela cidade pode ser reproduzida emsessões especiaisparaa comunidade carente. Na Biblioteca, atividades para estimular o hábito da leitura serãooferecidas a alunos das escolaspúblicasdaregião.Oteatroabrigarámontagens dos grupos teatrais docolégio daFundação SantoAndré. "Noentorno da universidade existem três favelas nas quais a Fundação já atua com outros projetosemparceria coma prefeituradeSantoAndrée, agora,estapopulação tem acessolivreaestesespaços", acrescenta Angélica.
Livro relata projetos sociais
Disseminar os conhecimentos adquiridos emprojetosvoltadosparaoTerceiroSetoréo objetivo dolivro "Socialmente Profissional ProfissionalmenteSocial". Lançado emdezembro em São Paulo, ele relata as experiências daparceria entreas entidadesAshoka e McKinseye grupos que desenvolvemempreendimentos sociais no Brasil.
Além destas atividades culturais e educacionais, a en tida de continuafirmando parcerias para desenvolver planosdeestímuloainiciativas para melhorar as condições de vidadascomunidades carentes.Entre eles, destaca-seo de integraçãoentre empresas da região com a Faculdade de Engenharia, o convêniocom aMercedes Benz queofereceaos seus funcionários cursos para formá-los tecnólogos. Para reforçara vocaçãode ações voltadas paraa comunidade eparaoTerceiro Setor,a FundaçãoSantoAndré pretende tambémlançar um cursoespecializadoem responsabilidade social. Paula Cunha
Heinz-Peter Elstrodt, diretor geralda McKinsey no Mercosul, ressaltou a importância dolivro como mais uma busca de ações para a transformação social. Para ele, o volume ressalta as ações com resultados positivos e que este bom desempenho também é conseqüência dos ensinamentos que asONGstambém proporcionaramatodos ao administrarseus projetos compoucos recursos. "Estou felizque tenhamos registrado nossas ações neste livro", declara.
Para a diretora internacional de parcerias estratégicas da Ashoka, Viviane Naigeborin,olançamento éumaoportunidadede celebrar aparceria entrea Ashoka ea McKinseyquejáduraoitoanos.Elaressalta amissãodasduasentidadesqueseespecializaram na difusão de técnicas de administração empresarial em projetos sociais. Exemplos – Entre os empreendimentos citados no livro, a Associação Saúde Criança Renasceré consideradoum exemplode adaptaçãodas característicasbásicasdo projetoàstécnicas deavaliaçãoeadministraçãopropostas pelaAshoka-Mckinsey. Suafundadora,Vera Cordeiro,explicaque noinício osvoluntáriosachavam queesta associação poderiafazer com queas ações perdessem suascaracterísticas básicas, masissonãoaconteceu."Umapartenãode-
Edição conta a história de diversas iniciativas
sistiu da outra e o livro passa a experiência do engajamento que o projeto propiciou".
OfundadordoDoutoresdaAlegria,Wellington Nogueira,diz que a parceriacom a McKinsey ocorreu na segunda fase da vida dogrupo."Nocomeço tivemedoquedea Mckinseynos transformariaemumacorporação séria. O que eles fizeram foi nos ajudara ordenarasidéiase criarumamaneira saudável e concreta de se organização. Isso foi aprendido como um novo alfabeto", explica. Segundo Nogueira, o Doutores da Alegria descobriu queo exercício deolhar ofuturo e escrever o seu plano é o grande desafio. Para ele,quando asONGs tomaremgosto porse estruturar promoverão a transformação social emescala maior eaté criarpolíticas que poderão se transformar empolíticaspúblicas.Foiatravésdaparceriaqueaentidadecomeçouafazerpalestrasparadisseminarseus conhecimentos e gerar recursos. "A parceria deverá continuar. E eles aprenderam com os DoutoresdaAlegriaaenxergarpotencialondeeleaparentementenãoexistee,também,a fazer muito com pouco", conclui. (PC)
Escola para pais reintegra 15 famílias no litoral de São Paulo
Umaescolaparapaisdentro de um abrigo de crianças e adolescentes é a estratégia que a Fundação Orsa criou parapromover areintegração familiar entrepais e seus filhos em situação de risco. A iniciativa implantada em um abrigo em Caraguatatubajá estárendendo frutos. No iníciodo ano, quatro das 15famíliasque participamdoprojeto há três mesesjálevaram suas crianças de volta para casa. A coordenadora do projeto, RenataSanches, explica queeste resultado positivo é conseqüência da ampliaçãodoplano,que inicialmente era composto de visitas domiciliarese palestras para ospais dascrianças que viviam noCentro Integrado de Educação e Cidadania Cirandado Crescer (Ciec 1).O projetopassou a investirtambém nareorganizaçãofamiliar, comoencaminhamento dos pais a atividades que visam o desenvolvimento sustentável da comunidade.
Assim, com orientação voltada para a educação dentrodo lar eacriação de mecanismos de auto-sustento dessespais,oobjetivode reunir famílias pode ser alcançado mais rapidamente.
Pesquisa – SegundoRenata,aFundaçãoOrsabaseouo projeto em um estudo efetuado escolas municipaise o primeiropilotofoielaborado em 2002. Quando a entidade assumiuo abrigoemCaraguatatuba, decidiu formar nele a Escola de Pais.
Nessa unidade, as famílias continuam sendo visitadas por psicólogose assistentes sociais da Fundaçãopara que asdificuldades iniciais sejam sanadas sem traumas para os pais e as crianças. Segundo RenataSanches,um dos recursosque contribuiu para a volta das crianças foi a projeção de vídeos com imagens delas para os pais.
A psicóloga Bernadete Regina Barbosa de Melo, umadas coordenadorasdo projeto, informa que o perfil dos pais inclui pessoas com antecedentes de doenças psiquiátricas e que utilizam drogas. Segundoela, os resultados positivosobtidos até omomento tambémpodem ser atribuídos à políticade nãoacusar estesadultos de abandonar seus filhos. "Por isso, eles se sentiram àvontade parafalar de suas dificuldades. Muitos deles conseguiramdeixar de usar drogas e outros estão em tratamento".
O maior objetivo do programa continua sendo melhoraraqualidadedo relacionamento entre os membrosdestasfamílias,conclui a psicóloga. (PC)
Com o mar agitado e o crescente número de turistas nas praias, multiplicam-se os casos de afogamento. Os bombeiros pedem que os banhistas respeitem as placas de sinalização.
Omar não está para osbanhistas no Rio de Janeiro. O Grupamento Marítimo (G-Mar) do Corpo de Bombeiros fez, nos quatro primeiros dias doano,1.900 salvamentos nas praiascariocas.Em 2004, o total de salvamentos registrados foi de13.110. Emapenas quatrodias,os bombeirostiveram quaseo dobrodotrabalhode um mêse,coma chegadados turistas,precisaram redobrar a atenção na orla.
Segundo o coronel Marcos Silva,comandantedo G-Mar, o aumento do número de casosestárelacionado a uma corrente marítima de leste para sul que está nas praias do Rio há mais de dez dias. No dia 31,foram resgatados 622 afogados. Nanoite de réveillon, houve59salvamentos. "O mar está estranho. Normalmentea correntemudamuito, pelo menos a cada dois dias, mas essa está nos dando trabalho há vários", afirmou.
B an hi st a s – Comas praias lotadas e um efetivo pequeno, o G-Mar tem se desdobrado nos últimos dias para evitar tragédias. São 1.500 salva-vidas distribuídos porpouco mais de mil quilômetros de costa. Nas praias ondese concentram o maior número de banhistas Ipanema e Copacabana, na zona sul, e Barra da
Tijuca e Recreio, na zona oestenoRio,eles contam ainda com 16 ambulâncias, quatro centros de recuperação de afogados,21 lanchas e três helicópteros. "Apraiafica cheiaepoucos dãoatenção às placas que colocamosapontando ascorrentezas",afirma o salva-vidas RonieAlexandre,de32 anos,quenoúltimo dia 30 fez 15 salvamentos numatarde."Agente apita,conversa com os banhistas, aconselha. Mas não posso segurar pelo braço e impedir ninguémde entrar nomar. Aspessoas olhame acham que está calmo".
Segundo o coronel MarcosSilva,boa partedosafogados são turistas. "Oshotéis dão conselhos sobre segurança mas não tocam no assunto da praia. Deveriam alertar", queixou-se.
Ovice-presidenteda AssociaçãoBrasileira deHotéis,ÂngeloVivacqua,disse que oshotéisnuncasentiramessanecessidade, já que são raros os casos registrados entre hóspedes. Ele elogiou o trabalho dos bombeiros, que transmitemsegurança aos banhistas. "Os postossãovisíveis eos guarda-vidasfazemumtrabalho de primeiro mundo".
Tsunami – O oceanógrafo David Zee,da Universidadedo Estadodo Rio deJaneiro (Uerj), esclarece que o mar agitadonão éfruto de
qualquer reflexo do maremoto na Ásia, embora registre que, no dia da tragédia, a Baía de Guanabaratenha subido 1,6 metro durante trinta minutos. "Apesar de ressacas nãoserem comuns no verão, estamos vendo agora um fenômeno atípico. O mar está revolto, a cor-
rente deleste émais fortee as ondas estão com muito mais energia. É uma ressaca de verão disfarçada,as pessoas não sentem e são surpreendidas quando entram no mar", explicou. Na avaliaçãode Zee,o fenômeno estáligado aoaquecimento da Terra. (AE)
Os banhistas não respeitam a sinalização de perigo de correntezas na praia de Ipanema, zona sul do Rio. Ao lado, montagem de fotos mostra banhista fazendo malabarismos nas areias da praia de Copacabana.
Fotos homenageiam musa das praias cariocas: uma capivara
A musa do verão carioca ganhará exposição de fotos no Centro Cultural das Águas, nalagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, comdireito atéa exibição deum curta-metragem sobre sua vida.
Nãose tratadenenhuma modelo ou atriz iniciante. A musadoverão cariocaé a capivara que surgiunalagoa há cerca dedois anos e ganhou notoriedadenacional aoaparecer nadandona praia de Ipanema.
Quarenta fotografias do roedor estarãoexpostasno CentroCultural das Águas apartir de sexta-feira.São imagens captadas por fotógrafosprofissionais eamadores, que registraram o cotidiano do bicho. Desde a aventura na praia,quando foi capturada, a capivara vive numa reservabiológica na Baixada Fluminense.
Filme – Além da exposição, haverá exibições do curta-metragem CAPIVARA!, um documentário produzidopor Felipe Nepomuceno e Felipe Sussekind. O vídeo é uma investigação sobreavidadoanimaletraz narrações de lendas criadas em torno dele, tendo como fio condutor entrevistas compescadores, vendedores ambulantes, biólogos, bombeiros efreqüentadores da orla da lagoa. Durante a mostra, os visitantes poderãoescolher umnome paraa capivara–que,porenquanto, sóéconhecido como "capivara da lagoa". E poderão, ainda, opinar seo bichodeve permanecer na reserva biológica, como querem ambientalistas, ou sedeve ser transferido devoltapara a lagoa,comopedemos fãs do animal. (AE) Fábio Motta/AE
A capivara da lagoa, como é conhecida, deve ganhar um nome dos visitantes da exposição
Famílias que perderam as casas foram abrigadas no ginásio de esportes. Prefeitura pede doações, especialmente de telhas, para começar a reconstruir os telhados que foram destruídos. Segundo especialistas, tornado é um fenômeno comum no País.
Cerca de 300 pessoas tiveram de passara noiteforadesuas casas depoisquedois tornados causaram mortes e destruição em Criciúma, a 200 quilômetros ao sul de Florianópolis, natarde desegundafeira. Aproximadamente 180 imóveis,entre casas, igrejas, centros comunitáriosepostosdesaúdeforam danificados pelosventose quatro residênciasforam destruídas.Duas pessoas morreram, vítimas de enfarte:Taise Viera Pinto, de 68 anos, e um homem ainda não identificado.Nove moradoresda cidadeficaram feridos, dois ainda estão em estado grave. O coordenadorda Defesa Civil no município, Sérgio Beckeinformou ontemque os maioresestragos ocorreramem bairrosde baixa renda, ondeas construções são mais frágeis. Segundo ele,cercade300pessoasnão puderam dormir em suas casas e várias famílias estão abrigadas no ginásio municipal. "Estamos precisando detelhas detodos ostipos, roupas e alimentos que serão distribuídos", explicou.
Os tornados também provocaram quedas de postes, interrompendoo fornecimento deenergia elétrica para mais de 40 mil pessoas, também em municípios vizinhos,durante várias horas. "Muitos fiosforamdanificados e a iluminação pública foi prejudicada.Vamos tentar normalizar tudo nodecorrerda semana", disse o engenheiro das CentraisElétricas deSantaCatarina (Celesc) em Criciúma, Jânio Canela.
O fenômeno deontem já teve antecedente na região. No dia 24 de novembro de 1999, um tornado atingiu uma área agrícola do município de Forquilhinha, afetando dezenas decasas na localidade deSanga doCafé, distantecerca de10 quilômetros da área central. Na época,apassagemdotornadodanificou 15casas edeixou oito feridos.
Fenômeno comum – Ao contrário doque se imagina, todos os anos o Brasil é sacudido por milhares de pequenos terremotos e atingidopor tornadosdetodos os tamanhos. Os que atingi-
ramCriciúma,emSantaCatarina,na segunda-feira, são apenas dois exemplos. Um tornado é uma coluna dear girandoviolentamente a partir de uma nuvem de tempestade (cúmulo-nimbo)evistacomoumfunilescuro.Ele seforma em regiões quentes eúmidas, como o centro-sul do Brasil no verão. "Numa escala local, é o mais destrutivode todos os fenômenos atmosféricos",explica a meteorologista Ana Maria Gomes Held, do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Universidade Estadual Paulista(Unesp). "Seu vórtice, com algumas centenas demetrosde diâmetro,gira normalmente no sentido horário no Hemisfério Sul, com velocidades entre 160 e 480 quilômetros por hora."
O doutor em meteorologia ReinaldoHaas, daUniversidade Federalde Santa Catarina (UFSC), dizque, no Brasil, "as nuvens estão muitopróximasdo solo, o que dificulta a visão de longe dostornados.Porisso, muitos não são vistos. Nos EstadosUnidos,ao contrário,as nuvensna regiãoonde eles ocorrem são mais altas,oque facilitaaobservação do fenômeno."
A coordenadora-geraldo Centro de Previsão do Tempo eEstudos Climáticos (CPTEC), Maria Assunção da Silva, do Instituto Nacional dePesquisas Espaciais (Inpe), também achaque os tornadosestão apenassendomaisvistos –e nãoaumentando de número. "Na
medidaem quevaiaumentando a população e diminuindo os espaços vazios do Brasil,ostornadospassam a ser mais vistos", diz.
Para Ana Maria, da Unesp, noentanto, afreqüênciados tornados no Brasil, nãosó emSanta Catarina, está aumentando. Comoexemplo,ela citao tornado queocorreu em25 demaiode 2004,emPalmital, próximo deAssis. "Por volta de 14h, um tornado provocou o deslocamento de um ônibus com mais de 50 trabalhadoresque cortavam cana na área, causando duas mortes", dizAnaMaria."No mesmodia, emtorno de 17h observou-se um outrotornado, próximo de Lençóis Paulista,na região de Bauru, que resultou em grande destruição."
Temporais – O agrometeorologista Hilton Silveira Pinto,daUniversidade Estadual de Campinas (Unicamp), é outro que diz que o númerode tornadosestá aumentando no Brasil. Ele não tem número específicos sobre o fenômeno, mas desde 1985acompanha aocor-
Ao lado, o governador de Santa Catarina, Luis Henrique (de boné), e o prefeito Sérgio Pacheco visitam uma das áreas destruídas pelo tornado que atingiu Criciúma, no sul de Santa Catarina, na segunda-feira (acima). Várias casas ficaram destelhadas.
rência de temporais no estado de SãoPaulo, dosquais podem surgir tornados. "Entre 1985 e1992, era de 12 a 14 por mês, entre dezembro efevereiro", conta.
"Hoje essa média é de15 a 17". Eleatribui esse crescimento ao aumentoda temperatura, principalmente nas cidades. "A urbanização aumentaa poluição,
que por sua vez eleva a temperatura ematé3ou4 graus", explica. "Como caloraumentaonúmero de tempestadese, porconseqüência, de tornados." (AE)
Vendaval provocou destruição e o comprometimento de estudos em dois institutos da cidade.
Página 4
Polícia prende suspeitos de seqüestrar jornalista
Presos confessam seqüestro e assassinato de Ivandel Godinho, em 2003. Família ainda tem esperanças.
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Cidade teve 23 pontos de alagamento
Caminhão tombou em alça da marginal
Carro capotou e atrapalhou o Minhocão
Adutora rompeu-se na Faria Lima
Carlos de Oliveira
Em seu terceiro dia útil na Prefeitura deSãoPaulo,oprefeito José Serra teve, ontem, ainda que de maneira incipiente, uma visão do que oaguardaao longo dos próximos quatro anos.
Já na noitede terça-feira os sinais nãoeramdos mais animadores. A madrugada e manhã de ontem confirmaramassuspeitas:choveu muito. Chuva, emSão Paulo, é sinônimo de congestionamento e de enchente.
Mas oprefeito tem sorte: apesarde16 das31subprefeituras dacapital teremficado em estado de alerta, os meteorologistas classificaramoaguaceirode fracoa moderado, insuficientepara provocar enchentes.
Alémdisso, janeiro, mês deférias, temtrânsitomais calmo, nem sempre capaz de produzir grandes engarrafa-
mentos.Mesmo assim, ontem, a cidade sofreu. Logo cedo, ao mesmo tempo emqueSerraeseu secretário de Obras visitavam ascrateras e otúnel (já apelidadodepiscinão) da avenida Rebouças, a marginal Tietê, na altura da ponte das Bandeiras, irritava os motoristas. O acúmulo de águaeumcaminhão tombadonaalçadeacessodessa via à ponte contribuíram para quemuitagentechegasse atrasada ao trabalho. No elevado Costa e Silva, um motoristaperdeu ocontrole docarroe capotou, complicando a principalligação leste-oeste da cidade. Nãobastasseesse conjunto de amolações, uma adutora da Sabesp rompeu-se bem na esquina da avenida Faria Lima com a Cidade Jardim, játão castigadapelas obras do túnel Max Feffer. Ontem, os 31 subprefeitos da cidade elencaram os principais problemasde-
tectados em suasjurisdições.Eeles nãosãopoucos: há dívidas pendentes, equipamentos e veículos sem manutenção ouparalisados,falta demassaasfáltica para reparar as ruas esburacadas,sistemas dedrenagem e córregos obstruídos Mas o dia nãofoi só de notícia ruim. Serra afirmou que emduassemanas umacomissãotécnica apresentará umlaudo sobreaRebouças. Obra malexecutada terá de ser refeita pelas empreiteiras, sem pagamento.
Nas páginas 3 e 4, mais sobre chuvas, trânsito e Rebouças
Depois de prender os acusados de seqüestrar o jornalista, a polícia encontrou uma ossada na zona sul de São Paulo que pode ser da vítima. Família afasta a hipótese de morte.
Apolícia de São Paulo acredita queocasodojornalista Ivandel Godinho, seqüestradodia 22de outubro de 2003, nos Jardins, zonasul dacapital, podeestar nofim,coma descoberta de uma ossada, carbonizada,emum matagal em Capão Redondo, também nazona sul,na terça-feira à noite. Afamília afasta ahipótese de morte. "Tenhoplena convicçãode queeleestávivoeperambulando por aí,desmemoriado. Quanto mais as pessoas virema imagemdele,mais estarão atentas nas ruas e hospitais", dizIvens Godinho, irmão de Ivandel.
A mulher do jornalista, Cristina Moretti, dona da InPress, preferiu não se manifestar até que osresultadosdoexamede DNAsejam divulgados. "Ela está em casa, com as crianças", disseIvens, referindo-se aos quatrofilhos de Ivandel. Em recenteentrevista paraa revista Imprensa , Cristina disse que tenta "não desanimar" enquanto não tem uma solução para o desaparecimento,mas cobra mais empenho do secretário da Segurança Pública, Saulo Abreu. "Não posso deixarminhavida emsuspenso, tenho detocarpra frente. Acho que é isso que o Ivandelesperaria demim", disse ela.
Fiança – O homem acusado de planejar oseqüestro do jornalista é Sidney Correa. Elefoipresoporporte ilegal de arma em 28 de outubro de 2003, apenas seis dias após o seqüestro, mas nãoficoumuitotempoatrás das grades. Sidney Correa tinhasido flagradoporpoliciais militares com uma pistola380efoiindiciadono 47º DP (Capão Redondo). Maselepagouafiançaeacabou liberado.
Trêshomensforam presos na última segunda-feira porpoliciaisda6ªDelegacia Seccional (Santo Amaro) e confessaram aparticipação noseqüestro e assassinato do empresário. Eles disseramque IvandelGodinho foi executadoporquetentou fugir docativeiro. Por isso, queimaram seu corpo e oenterraramnummatagal daruaJacquesMemarcier,na zonasul.Também apontaramCorrea como mentor do crime. Fabiano Pavan Prado, de 30anos, WilsonMoraesSilva, de 19, o Turu, e G., de 17, confessaramcomo Ivandel foi assassinado. Os três reconheceram Ivandel por fotografia. Fabianocontou aindaqueacasaondemorava, na rua George Anselme, 877, parque Europa, foi usada como cativeiro.
Segundo Fabiano, três dias após o seqüestro, Ivandel tentou fugir. Silva deu
duas coronhadas na cabeça. Como tinhadiabetes, Ivandel sangrou muito e morreu doisdiasdepois.Ocorpofoi enrolado num cobertor, posto num Fusca e levado parao matagalnosfundos daCreche TancredoNeves. Para dificultar uma possível identificação, a cabeça foi decepada com25 golpes de machado e colocada num saco plástico. Fabiano contou ainda que SidneyCorreatinhalheprometido pagar R$ 1 milhão se ele cedessea casacomo cativeiro. Afirmouque contratou Silva e o adolescente para vigiar avítima e cada um iria receber R$ 50 mil pelo serviço.Além deCorrea, apolíciaprocura outro homem. Dos três presos, o menortem passagemporroubo e Prado, por porte ilegal de arma.
Wilson Moraes Silva (esq.) e Fabiano Pavan do Prado (dir.), acusados do seqüestro de Ivandel Godinho Junior (centro). Polícia aguarda resultado de exame de DNA em ossada para confirmar morte do jornalista.
Nolocalonde ocorpoteria sido enterradoforam apreendidos fragmentos de ossos. Policiais da 6ª Delegacia Seccional têm convicçãodequea ossadaé de Ivandel. A Polícia Civil, no entanto, está cautelosa e aguardaoexame deDNA. Omaterialfoiencaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) e o resultado deve sair em 10 dias.
Espera – Sem conhecer o teor totaldas investigações e confissões dos três presos, a família prefere agarrar-se às informações quevem recebendo sobre o possível paradeirode Ivandel."Pelo perfil queme passaramdas pessoas que foram presas, meparece pouco provável quefaçamparte deuma quadrilha organizada", disse Ivens Godinho.
só entrou em contatocom apolíciana manhã de ontem, mas nenhum esclarecimento concretolhe foi dado. "Temos de aguardar e rezar para que alguém o encontre vivo logo. Já chega, é muito sofrimento." A última denúncia anônima sobre o paradeiro do jornalista,emjulho,informava que eleestava em Santos. Desde que oresgate de US$ 50milfoi pago,noiníciode 2004, a famíliajá distribuiu mais de 14 mil folhetos com a foto de Ivandel pelo interior paulista,onde supõe que ele foi libertado. Ivandel foiseqüestrado a caminho do trabalho por dois motoqueiros armados. O resgate foi pago em janeiro.Os seqüestradoresimediatamente pediram mais dinheiro, mas não fizeram mais contato. (AE)
Onze pessoas foram presasontememflagrante nos Jardins, área nobre de São Paulo, acusadasde tentativa de furtoe roubo. Entreospresos estáumagangue de oitorapazes (quatro delesmenores) detidos quando tentavam furtar tênis damarca Nike. A ganguedo tênisfoidetidadepois que um policial militar à paisana viu de dentrode um supermercado dois adolescentes tentandoarrombara portadaAlpha Center Sport, na alameda Ministro Rocha Azevedo. O policial ligoupara otelefone 190. Agangue foi perseguida epresacomoutros quatro homens. (AE)
LUTO – A mãe da ex-prefeita Marta Suplicy, Noemia Smidtch de Vasconcelos, de 87 anos, morreu no início da manhã de ontem, em Avaré (SP), de causas naturais. O corpo foi sepultado às 18h10 no Cemitério do Morumbi, na zona sul, depois de uma cerimônia simples de cerca de 30 minutos na capela do local. A ex-prefeita chegou ao cemitério às 17h20, acompanhada do marido Luiz Favre e dos filhos, João e Supla. (AE)
Segundo o prefeito José Serra, as empreiteiras que não executaram seu trabalho adequadamente poderão ter de refazê-lo, sem ônus para os cofres municipais. Em duas semanas, uma comissão técnica suprapartidária fará um diagnóstico dos principais problemas da avenida.
Oprefeito José Serra anunciou na manhã de ontem que as empreiteiras contratadas para executar asrecentesobras na avenida Rebouças terão de refazerseus serviçoscaso fiquemcomprovados erros naexecução doprojeto. "Se alguém não fez o trabalho direito, vai ter que refazer", disse. A Prefeitura não pagará pelo retrabalho.
A declaração foi dada durante visita do prefeito à Rebouças. Serrapropôs acriaçãodeumacomissãosuprapartidária eformadapor técnicos não vinculados à Prefeitura para analisar todosos problemasencontradosna avenida. Oprefeito espera terumdiagnóstico da situação ematé duas semanas. A comissão será formada por especialistas do Institutode PesquisasTecnológicas doEstado deSão Paulo (IPT), da Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo(Poli-USP) edo Instituto de Engenharia. "Para atuar, énecessário ter esse diagnóstico preciso da situação. Do contrário,resolve-se um problema aqui e provoca-se outro ali", disse o prefeito. Problemas – Na visita, Serra esteveacompanhado porseu secretáriodeobras, Antonio Arnaldo de QueirozeSilva, queapontoualguns problemas ao prefeito. Na entradadotúnelJornalista Fernando Vieirade Mello– sentido RebouçasEusébio Matoso –, o secretário comentou sobre um erro no projeto."Túneis ondehá rios oulagos por perto, como oAyrtonSenna, precisamser convenientemente protegidos de forma que a água superficial das chuvas nãoentre. Neste,daRebouças, acontençãofoipequena", disse o secretário.
Uma sugestão emergencial apresentada pelo secretário foia construção de umaespéciedelombada,de no mínimo 60 centímetros nas entradasdo túnel, de modoa impedirque aágua de corra para seu interior. Desprotegido contraas chuvas, o túnel da Rebouças, que custoumais de R$ 80 milhõesà cidade,inundou em novembro, dois meses após sua inauguração, deixandocarros submersos. A Companhia de Engenharia deTráfego(CET) tem remediado o problema fechando otúnelquandoa chuva é forte.
Segundoosecretário de obras, o túnel alaga principalmente porqueasgaleriaspluviaisda Rebouças não comportam o volume de água, já queestariam subdimensionadas. Isso também causourecente-
O prefeito José Serra passou boa parte da manhã de ontem inspecionando a avenida Rebouças. Viu as crateras abertas nas calçadas, falou com motorista estacionado irregularmente e propôs a criação de uma comissão técnica suprapartidária capaz de, em duas semanas, apresentar soluções. As entradas do túnel poderão ter lombadas para conter a água da chuva e evitar novos alagamentos.
mente o rompimento de um grande trecho doasfalto da avenida.
Calçadas – Outroponto crítico na Rebouças são as calçadas, que deveriam ser restauradas aténovembro, mas ainda estão cheiasde entulho e buracos provocados pelas obras. Areforma das calçadas foi paralisada, segundoosecretário,porfaltade pagamento à Eletropaulo, empresaquedeveria instalar a fiação subterrânea antes de o calçamento ser feito. A dívida com a empresa supera R$ 10 milhões. De acordo como secretário de Obras, já houve a liberação de R$ 9 milhões em títulos públicos (Cepacs), no final de dezembro, para que aempresaconcordasse em darcontinuidadeaoserviço. A Eletropaulonegou terrecebidoesses ativoseinformou que o ritmo dosserviços foi apenas reduzido. Outrofatorque, de acordocom osoperários daRebouças,tematrasadoa entrega das calçadas, é a constante necessidade de retrabalho. Em longos trechos da avenida,onovopisorachou e precisa ser trocado.
O Movimento Rebouças Viva informouque, mesmo depois da liberação do túnel,emsetembro, edaspistas da avenida, em agosto, os comerciantesda região ainda exibem prejuízosde 20% emseus faturamentos. Omotivo,segundo aentidade,seria o aumentodo trânsitolocal, causadopelo corredordeônibus –oPassa-Rápido–quepassouater exclusividade no uso de uma das faixas da avenida. O trânsito pesado estaria afastandoos clientesdaRebouças.Durante asobras,a estimativa do movimento é de queoscomerciantestenhamperdidoaté70% do faturamento. Váriaslojas quebraram no período. Subprefeituras – Os31 subprefeitos de São Paulo apresentaram,na tardede ontem,asituaçãoemqueencontraram suasregionais. Entre os principais problemas apontaramdívidas pendentes,equipamentos e veículos sem manutenção ou paralisados, córregos obstruídose faltademassa asfáltica para repararruas e sistemas de drenagem.
A Subprefeitura dePinheiros, por exemplo,foi deixadacom com R$2 milhões em dívidas pendentes com empreiteiras e fornecedores. O subprefeito de Guaianazes alegou que dinheiro emcaixa parainvestimento e manutenção totaliza apenas R$ 6 milhões. Nasubprefeitura doM' Boi Mirim, os serviços de manutenção e infra-estrutura estãoparalisados.Na subprefeitura daCasaVerde, casos de deterioração da malha viária.
Escrevi nestacoluna que,numde seusdiscursos, Rui Barbosa, que era dono deum dosmais belos estilos dalíngua portuguesa, detestava tanto a palavra privada -e tinha ele razão para isso que nunca ausou, segundo afirmouquando discursava.Mas, comapalavra Parceria Público Privada, temosuma organização para estabelecer ou fortalecer a infra-estruturapalavra também detestável - do país, com vistas ao desenvolvimento, que está atrasado,sobretudoo do Nordeste, sempre abandonado.
A idéia, corporificada pelaaprovação doCongresso Nacional, é de um instrumento dedicado ao desenvolvimento. O mais plausível, escrevi a respeito, faz algum tempo, quando começou a circular o projeto de lei, e não volto atrás,senãocom argumentos que desenvolverei a seguir, neste mesmo artigo. Reafirmoque a idéia é boa, mas nem todas as idéiasboassemantêm boasdurante longoperíododetempo,sobretudono Estado e, em particular, no brasileiro,quesedesviade rumos com facilidade.
É mais do que sabido que numaglomeradode
Oforças, prevalece a dos maisfortes.Seja qualforo motivo,desde quesejuntem forças desiguaisem capacidade epotência,a maisforte acaba ganhando. É o caso dessas PPPs. A forçapreponderanteéado Estado. Não ignora ninguém que o PTtem nas suas fileiras numerosos membrosda esquerdaextremada, aesquerda clássica marxista-leninista. É a força quevaidominar,se não imediatamente, no futuro, se as PPPs durarem. Se, pois, as PPPs tiverem o Estado como fator dominante, acabarão promovendo -se promover, comoestá programado- o desenvolvimento sob o monopóliodas decisões pelo Estado, isto é, pelos governos do presidencialismo dotado de poderes extraordináriospela própria natureza do regime presidencial,como bem notou Haerild Laskim em seuclássico estudo The American Democracy. E, sendoassim,asPPPsdesaparecem, ficando somente oPdePúblico,eosdoisoutrossubalternos. Éo que penso no momento.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Maria Eugenia Sosa
A maturidade do homem consiste em haver encontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança - Nietzsche. Palavras sábias. Os jogos da época de criança não são meras brincadeiras, eles têm umlado educativo muito forte, que ajudam a formar o nosso caráter eosnossosvalores.Oslivros infantis são uns desses jogos; poderosíssimos, diga-se de passagem. Os livros são jogos,aventuras, histórias de amor. Seeles transportamos adultos para um outromundo,imagine paraonde nãolevam as crianças. Nainfânciaa ingenuidade impera.Acreditamos emtudo e em todos; lindos contos nos envolvemdetal formaque criam emnosso imagináriosituações muitodiferentes. Nos despertamos para o mundo da fantasia, nossa criatividade aflora ea nossa sensibilidade se aguça. A leitura não é um jogo muito legal? Oslivrose aleituratêmum poder difícilde ser mensurado. Crianças que são estimuladas a ler desde cedo, que têm o exemplo de pais leitores e que têm um contato gostoso com a leitura, acabam desenvolvendohabilidades diferenciadas para os dias de hoje. Senso crítico, imaginação, criatividade, dinamismo, sensibilidade, entreoutras habilidades,ficam mais apurados.
Seo livroealeiturasão tão bons, por que alguns os consideram tãochatos? Comcerteza, essas pessoas não aprenderam o"jogodaleitura",queé tão prazeroso e divertido. Não ouviram umahistória de forma apreensiva,atenta, criativa,naqual,qualquer barulho de foraparece nãoincomodar. Não se divertiram com fantochesededoches que dançam num palcodepapelão econtam uma história engraçadíssima sobreum pneu chorão. Não se emocionaram com uma história que aconteceu há muitotempo atrás,láno oriente,e que mostra que, no final, a verdade é sempre a melhor saída. Nós, adultos, temos que ensinaro"jogo daleitura".Pais, professores,tios, avóspodem divertir-se muito com as criançase as brincadeiras de leitura.Lerantesde dormir, brincardecompletar a história ou pintar o que foi lido são algumasmaneirasde jogar. Mas um jogo que não pode ter muitas regras, não tem imposições ou obrigações, só tem diversão, liberdade e muito, muito prazer! Brinquem! Joguem! Leiam! Escrevam! Façamaimaginação funcionar!Não temosdúvidas que ajudaremos a formar adultos mais humanos e conscientes.
Maria Eugenia Sosa é especialista na realização de projeto educacionais
Aexistênciadeumcaráter nacionalé umarealidade factual,emborasua conceituação sejaextremamente complexa para ser definida etratada sociologicamente. Os povos, as culturas, têm simumapersonalidade diferenciada einconfundível, forjadapor suaconvivência histórica. Uma espécie de temperamento que se manifesta já na sua infância, pareceprovir desuas origens e integracommaioroumenor nitidez a consciência e o comportamento de cada um dos seus indivíduos. Fato de que estrangeiros,justamente por serem diferentes, percebem com maior facilidade e nitidez. É possível quea maneira peculiar de cada povo e culturasecomportarem everem o mundo e a si próprios seja emparte não pequena produto mitológicoou ficcional dos seus intelectuais. Pela simples razão de que a sensibilidade, a introspecçãoe a auto-consciência é neles mais aguda do que no indivíduo comum. Seja como for, é inegável que a obra
dos artistas, dos santos, dos sábios e dasgrandes personalidades nacionais,exerce um papel fundamental na formação do caráter nacional,criandotraçosque escritores explicitam e reforçamem obrasseminaisque passam aconstituir pedras fundamentais da cultura, docomportamento, dapersonalidade nacional.
Ao fazer considerações sobreocaráternacionaléindispensávelter semprepresente aextrema infânciahistórico-cultural de nosso povo e a vastidão continental do País. Nãoé umexagero, masuma evidência, assinalar que como no casoda infra-estrutura material básica, só nas três últimas gerações, estamos viabilizando em concreto a consciênciadenossaintegração e de nossocaráter e personalidade.Coisa que,salvo alguns videntes nacionais, estrangeiros perceberam muitoantes de nós,exprimindo uma confiança que supera de muitonossa autoestima, como analisamos com maior detalhe em nosso livrinho Que Brasil é este? Po-
Nivaldo Cordeiro
S aiurecentementena imprensa partedas conclusões do relatório da Comissão Parlamentarde Inquérito que investigou oBanestado,propondo o indiciamento de algumas figuras exponenciais da nossamalfadada República. Para quem não lembra, é o rolo envolvendo remessas de divisas para o exterior, legalizadas por medida do Banco Central, cujo presidente, à época, era o brilhante economista Gustavo Franco. A elepróprio é também proposto o indiciamento. Desconfio que estamos diante de mais um disparate jurídicopolicial, uma grande injustiça contra pessoas de bem.
Nãolio relatório, cito-o apenaspara partilhar com os meus leitores asidéias que tenho ruminado. Somando e diminuindo tudo, a grande virtude reconhecida pelos "companheiros"socialistase estatólatras queinfestam onosso Congresso Nacional é a ética dese pagar integralmente o esbulho estatalna forma de impostose orespeitocego às exorbitâncias regulatóriasdo mesmo. Qualquer outro pecadoseráperdoado, ou mesmo relevado, mas não esses aqui. Na área tributáriaoconjunto deleiscaracteriza umagrande injustiça.
Em umpaís que,de tempos em tempos, temos confisco de poupança, explosão inflacionária, aumento da carga tributária e desrespeito ao direito de propriedade, chegaa serum dever do cidadão, em nome da sua família e de si mesmo, proteger as suas posses das garras doLeviatã, inclusivede sua curiosidade mórbida. O Estadotem sido ogranderoubador,aquele quefaltacom aética elementar ao tomar desproporcionalmente os frutos do trabalho alheio, o que dá todo tipodemau exemploescuda-
do no monopóliodouso da força, inclusiveda força das leis ilegítimas e tirânicas fabricadas na calada da noite, por meio de Medidas Provisórias. Então não vejo nenhum tipo de demérito em alguém buscar escapar do Grande Olho (vemmeaqui aimagemdo filme O Senhor dos Anéis), hoje aumentado muitas vezes pela força da informática e dos controles eletrônicos.Diante daresponsabilidade perante os filhos e ele próprio, o cidadão teria a obrigação ética de não atender à bisbilhotice do Grande Irmão. Aqui sequer vejo conflito de deveres: ter algo de informal é um imperativo de sobrevivência completamente amparado pela ética superior, que estámuito alémdaética dos coletivistas e dos servos do Estado. Só um fariseu para achar que cumprir à risca o abuso estatal é que é ético.
Não se pode confundir o direito do cidadãoter seus bens protegidos do arbítrio estatal daproteção inaceitávelafacínorase corruptos,estessim, osverdadeiros criminosos.O Estado e suas leis supõem que é tudo a mesma coisa. Não é. A verdadeira democracia pressupõe e livre fluxo de capitais e o direito ao anonimato das pessoas. A simples existência deuma declaração de bens anual é já uma enorme violência contra aprivacidade dos cidadãos, algo que deveria ser abolido. Não há porque as pessoas prestaremesse tipo de informação no altar do grande ídolo. Seique possoserincompreendido pelo que escrevi acima. Paciência!Meu idealrepublicano, parausar aexpressão que está namoda, é oEstado mínimo,inclusivenasua sanha bisbilhoteira.
Nivaldo Cordeiro é economista e Mestre em Administração de Empresas
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demos datar das obras de Sérgio Buarque de Holanda e,sobretudo dos trabalhos de Gilberto Freyre, o debuxo do protótipo que hoje temos dobrasileiro,comopovocordial,multi-racial,alegre,desprovido depreconceitos,de vocaçãohumanistaeecumênica. Na minhageração universitária assistiaoesforço feito pelo esquerdismo ideológico marxista para, em oposição, criar politicamente uma consciência de classe, dediscriminação epreconceito racial, quese exprimiu intelectualmente porradical patrulhamentodos trabalhos de Gilberto Freyre. Vejo na velhice, com satisfação, que esseesforço não impediu nemimpede afraternidade ingênita de nosso povoetenhocomotestemu-
nho maisexpressivo desse fatoas inumeráveis ecrescentes iniciativas populares que espontaneamente brotamemtodooPaísemtodos ossetores,como expressão deuma "consciênciasocial" expressa por uma solidariedade ecordialidadefraternais. Iniciativas que em prazo não distante suplantarão em alcance e efetividade todo assistencialismo político interesseiro, caro,ineficiente ecorrupto, comojávem sucedendo. Algo inédito na experiência mundial.
e-mail: benedictobarros@yahoo.com.br
Alberto Rollo
AConstituição Federal, em diversaspassagens, ressalta a importância da defesa do consumidor o que, contudo, não significa que o fornecedor é dispensável na relação de consumo. Muito pelo contrário, paraqueexistaarelaçãodeconsumodevem, necessariamente, existir dois sujeitos, o consumidor eo fornecedor,e entre elesdeveexistirumobjeto,consistente na venda deproduto ou na prestação de serviço.
O Código de Defesa do Consumidor ésim umalegislação protecionista, porque visa atenuar a vulnerabilidade do consumidor que tem a sua liberdade deescolhadiminuída, na medida em que é o fornecedor quem escolhe o que coloca no mercado e a forma da sua colocação, sendotambém aquele que detém astécnicas de produção.Entretanto,algumasinterpretações exageradas que vêmsendodadasaestalegislação acabam por desequilibrar arelaçãoemfavordoconsumidor, oque também nãoé bom, porque ofornecedor que tem prejuízo tende a desaparecer do mercado de consumo.
O próprio Código de Defesa do Consumidorestabelece princípios que devem nortear a suainterpretação.Dentre elesavultam o princípioda harmonização dos interesses dos consumidores e dos fornecedores eo da compatibilizaçãodaproteção doconsumidor com a necessidadede desenvolvimento econômico e tecnológico. A tônica do direitodoconsumidoréaharmonia entre as relações de consumidores e fornecedores. O fornecedor tem direito ao lucro que, no entanto, não pode ser exagerado. Já oconsumidor tem direito de acesso ao mercado de consumo, sem qualquer sorte de discriminação. A necessidadedeintervençãodo Estado só existirá se consumidores e fornecedores não chegarem a um consenso.
A fim de concretizar a harmonia entre os interesses dos fornecedorese consumidores,o Código de Defesa do Consumidorincentivaa criação,pelos primeiros,de departamentos para a solução de reclamações, como os chamados serviços de atendimento ao cliente. Trata-se,sem dúvida, de uma tentativa de restabelecer um canaldireto dereclamação com o fornecedor, que deixou deexistircoma revoluçãoindustrial, que praticamente acabou com a produção artesanal e,conseqüentemente, com o contato direto fornecedor/consumidor. Os serviçosde atendimento a cliente(sac) vêmmostrando bons resultados e agradando a todos, na medida em que desafogamo Judiciário, porque muitas vezes solucionam as reclamaçõesdos consumidores, e evidenciam o respeito do fornecedorparacom oconsumidor, aumentando o consumo dos produtos daquele fornecedor que presta um bom atendimento. Ganham os consumidores, que têm suasreclamações resolvidas prontamente e têm o Judiciário mais livre para reclamações não atendidas e ganham os fornecedores, que têm diminuição nos custos decorrentes das lidesjudiciaise cujos produtostêm um maior consumo, por conta do bom atendimento da empresa.
A finalidade da legislação de consumoé conscientizar fornecedores e consumidores dos papéis que exercem na sociedade eincentivarmecanismos deentendimentodireto entre estes, que solucionem seus conflitos, a fim de evitar a intervenção do Estado, representada na necessidade de recursoao Judiciário.Qualquer interpretação do Código de Defesa do Consumidor deve partir do objetivo de harmonizar os interesses dos consumidores e fornecedores.
Alberto Rollo é advogado
Oprefeito José Serra iniciou ontem uma operação tapa-buraco: garantiu que pagará as dívidas deixadas pela administração Marta para com a União, acima de R$ 100 milhões. A ex-prefeita, por sinal, está sob investigação do Ministério Público, que quer saber se houve improbidade administrativa no cancelamento de despesas no final do ano. Ainda ontem, Serra visitou as obras da Rebouças (fotos). Serviços mal-executados, disse, terão de ser refeitos sem pagamento. Pág. 3 e DCidade
Cerca de 15 mil empresas prestadoras de serviço devem ir para a informalidade com o aumento do IR e da CSLL, calcula o IBPT. Isso enquanto o governo fala em reduzir o número de informais. Página 12
O piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher é o atual pole position nas doações às vítimas dos tsunamis: ele enviou US$ 10 milhões para a Ásia. Abismos de tirar o fôlego
Conheça maravilhas feitas de cânions (à dir., Malacara), entre o RS e SC, onde a Mata Atlântica abraça formidáveis abismos, cachoeiras e rios.
PS: Com que mala você vai viajar?
OprefeitodeSãoPaulo,José Serra,terá influênciadiretana escolhado candidato que o PSDB apoiará para a Presidência da CâmaradosDeputados.Éissoqueatormentaocandidato doPT, Luiz Eduardo Greenhalgh,que corre o risco de representar no Congresso o papel que foi reservado a Ricardo Montoro, em São Paulo.
Para quem tem memória curta é bom lembrar que Serra ainda é o presidente nacional do PSDB e olíderdabancada naCâmara,deputadoCustódioMattos(MG)está decididoaconsultaropartidopara sabera quemapoiar.Diante dessequadro, Greenhalghestá disposto a sustentarum fuça-fuça com o prefeito de São Paulo.
Odeputado petistaestádiantede duasameaças: 1- a candidatura de oposição de José Carlos Aleluia (PFL-BA) e, 2- a resistência de outro petista (Virgílio Guimarães –MG) que também quer ser candidato à sucessão de João Paulo Cunha. Mas, como a eleição noCongressosó ocorreemmarço,o PTdispõede tempo hábil para manobrar.
G reenhalgh G re enhalgh obteve o apoio de Renan Calheiros,que é candidato à Presidência do Senadopelo PMDB-AL. Calheirosacha queSarney podeser útilaGreenhalgh por ser um parlamentar de larga experiência. Antes de senador, governador e presidenteda República, Sarney foi deputado federal e conhece bem a Câmara.
Candidato oficial do PT, Greenhalgh já alcançou o apoio público deLula. Mas Greenhalgh lutou para que o PT municipal apoiasse a candidatura a presidente da Câmara do vereador Ricardo Montoro (PSDB)para evitaros problemasqueenfrenta. Não foi o que aconteceu e agora está micando.
G reenhalgh resolveu viajar pelos estados para se encontrar com os governadores e obterdeles o apoio dos deputados. Principalmentecomos governadores do PSDB. A tese do PT é articular umachapa representada pelos partidos que possuem as maiores bancadas. Umachapa representativa para a Mesa Diretora da Câmara.
Continua acampanhada bancada ruralista contra LuizEduardo Greenhalgh. Osdeputadosruralistasnão aceitam ter na Presidência da Câmara um advogado do MST. O ministro Roberto Rodrigues, daAgricultura, está disposto a socorrer o deputado paulista.
J osé Genoino, presidente do PT, quer se encontrar especialmente com Geraldo Alckmin para evitar que a bancada tucana de São Paulo trabalhecontrao candidato petista. Genoino teme queo espíritode vingança de Serra contamine o governador.
F ala-se que Alckmin não engrossará o jogocom Genoino. Afinal, também o governador vai precisar do apoio do PT para eleger o presidente da Assembléia Legislativa.O esquemado PSDB é eleger o presidente do Legislativo e dar ao PT a 1ª Secretaria.
Lideranças do PSDB, porém, garantem que o governadorGeraldoAlckminnão vaiinterferir naeleição da Assembléia Legislativa.Dizem que o governador também não temum candidato
Asituação financeirada cidade deixada pela ex-prefeita Marta Suplicypodeatrapalharseusplanos políticos futuros. Ontem, o Ministério Públicodo Estadode São Paulo abriu investigação sobre a anulação, feita por Marta, das despesas previstas no Orçamentopara fecharo balanço geral do município. Por meio de um decreto publicadonoúltimo dia30no DiárioOficial do Município, a ex-prefeita cancelou todos os gastos autorizados (empenhados), mas que não tiveramo pagamento oficialmente liberado (liqüidação). O Ministério Público quer saber se houve crime de improbidade nessa ação, com atitude lesiva ao patrimônio público.
Atos da ex-prefeita podem comprometer seu futuro político
Investigação é para determinar se houve desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal
para baixo do tapete, cancelando-se os empenhos sem cobertura financeira e esperar que apróxima administraçãoos regularize",explica Caetano. "Écomosea prefeitativesseemitido um cheque pré-datado que ela sabe que nãovaiter fundospara cobrir. Cometeu uma fraude. Empenhos só podem ser cancelados de obras e serviços que efetivamente não tiverem começado.Ela cancelou empenhos da coleta de lixo. Uma absurdo", afirmao vereador José Police Neto (PSDB).
desua preferência.Nãoé bem assim: o candidatode Alckminé EdsonAparecido. Outro candidato (Vaz de Lima) seria dissidente.
T ucanos que seguem a liderança do governador Alckmin argumentam que se Roberto Trípoli nãofor punidoficaria maisfácil a cena da Câmara Municipal serepetir na Assembléia Legislativa. O governador assimilou o conselho.
Os tucanosestãopreocupados com uma coisa: Roberto Trípoli éirmão do deputado estadual Ricardo Trípoli. Teme-se queseRoberto for punido, Ricardo lance sua candidatura à Presidência daAssembléia contraocandidatodo governador.
A informação éde que RobertoTrípoli nãovaiesperar pela expulsão do partido. No instante em que perceberquepodeserdefenestrado, pediriapara deixar o PSDB. Seria desgastante incluir no seu currículo a expulsão.
N ão satisfeito com o que aprontou na Câmara Municipal, o PTagora se prepara paraenfrentar a eleição na Assembleiá Legistaltiva. De que forma?Incentivando um novo Centrão, comPMDB-PC doB ePP, para tirara Presidência do PSDB.
O secretário de Finanças, Mauro Ricardo Costa, parece ter recebido carta branca do prefeito José Serra na adoção de uma política de redução de gastos, com a revisão de contratos, licitações e limitando a contratação de pessoal para cargos de confiança.
C ontrariando o secretário Mauro Costa,o presidente doSinduscon, João CláudioRobusti reafirma que a entidade vai recorrer à Justiçasealgum de seus associadosse sentir prejudicado por atos daPrefeitura. Diz o dirigente que todososcontratosforam assinados à luz da lei.
Ao visitaro túneldaRebouças,ondejá ocorreram inundações, o prefeito José Serra comentouqueaprefeita Marta Suplicy não teria pago a parcela da dívida do município com a União correspondente ao mesdedezembro. Sobrou para ele.
Na execução orçamentária, a administração autoriza a contratação do serviço aoempenhar osrecursos. Mas só os paga depois que o serviçoé medido.Aí, ocrédito é reconhecido (liqüidado). Deacordo com opromotor Saad Mazloum,a investigação tem por objetivo "verificarse essecomportamento gerou ou vai gerar algumdanoouofensaàLeide Responsabilidade Fiscal".
Prisão – Para alguns especialistas, Marta feriua leie além de ter seu futuro político comprometidopode ir para a cadeia. "Prefeitos que cancelam empenhos (despesas comprometidas no orçamento) não estão livres deenquadramentona Lei
de ResponsabilidadeFiscal (LRF).Aprática, comum em final demandato, é irregular e passível de penalidades queinclui aperda de direitos políticos, rejeição de contas ereclusão", analisa o diretor da Consultoria em AdministraçãoMunicipal (Conam), Walter Penninck Caetano. A justificativa,segundoele,éoartigo42 da LRF, que prevê que o administrador não pode, nos dois últimos quadrimestres doseu mandato, contrair despesasque não possam serpagas integralmenteaté ofinaldo governo.Oartigo 42 ressalta ainda, segundo ele, queessaobrigaçãoincluidespesas cujasparcelas serão pagasno exercíciose-
guinte. Ou seja, aquelas que foramrealizadas em2004e com vencimento em 2005. Direitos – Caetano cita o exemplode outro decreto assinado nodia28 dedezembro de2004,noquala ex-prefeita cancelou empenhosnãoliqüidados, sem ressalvas daqueles passíveis de liqüidação até 31/01/2005. Apenasmanteve como restosa pagar os contratos liqüidadose vencidos em 2004. O diretor da Conam também lembra que o cancelamento de empenhos fere direito dos credores,perturbaa ordem cronológica legal (artigo 5ºda Lei 8.666/93) edistorceresultados orçamentários. "Nãoadiantavarrer olixo
O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou ontem que a Prefeitura honrará as dívidas da administração municipal com o governo federal. Apesar da promessa feita pela antecessora,aex-prefeitaMartaSuplicy(PT),dequenãodeixaria parcelas pendentes do débito,Serra confirmouqueo montante referente a dezembronão foi pago. "Vamos pagar o que estiver devendo, mesmo não tendo sido nossa a dívida, mesmo a prefeitura anterior não tendo pago. Vamos procurarhonrar adívidaporque épreciso cumprir aLei de Responsabilidade Fiscal (LRF) dequalquermaneira", afirmou.
Segundo ele,a equipe conversa com o Ministério da Fazenda para buscar uma solu-
ção da questão,mas a garantia é de que o pagamento será feito antes mesmo do vencimento da parcela dejaneiro. "Vamos fazero pagamento dentrodo prazo mais breve possível, cumprindocom as responsabilidadesdeSão Paulo.Se foi problemadaprefeitura anterior, temos o dever de corrigir; não adianta ficarapenas se lamentando,temosde atuar, concretamente,para resolver este problema".
"Ainda não vi" – Sobre a informação de que oBanco do Brasil (BB) teria confiscado R$ 145 milhões dascontas do Poder Executivo municipal porque Marta deixou de pagar a parcelade dezembroe outras dívidas comorganismos federais e internacionais, o prefeito de São Paulo disse quenão a
Apesar de pressões de parlamentares da base governista, o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PTSP)descartou qualquer possibilidadede abrir mão de sua candidaturaà presidênciada Câmaraa favor do mineiroVirgílio Guimarães(PT) que já está sendo alvo de ameaças de seus próprioscolegasdepartido. "Quemmantiver umacandidatura avulsa, apesardo partido ter definido por consenso o nome da bancada,poderá sercandidatoa ex-petista. Eleestarádesrespeitandoa disciplina partidáriae ocandidatodo PT", disse Paulo Delgado (PT-MG).
O deputado paulista terá a ajuda do vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, para conter dissidências no PL. O vice-presidente, que é do PL, garantiu a Greenhalgh que trabalhará porsua eleiçãoe conversará comosdissidentes de seu partido que apóiam a empreitada de Virgílio. Apoio a Virgílio – O movimento "Câmara Forte"é composto principalmente por deputados do PL e PTB. Coordenadores do movimento afirmaram ontem que têm oapoiode 290deputados – do total de 513 – à candidatura do deputado Virgílio Guimarães (PTMG)a presidente da Casa.
conhecia. "Ainda não vi com o secretário". Omontanteda parcela totalda dívidado Executivo municipal renegociada com oTesouro Nacional,que venceu emdezembro,é de R$ 105 milhões. Há mais R$ 40 milhões em débitos com instituições financeirasfederaise organismos estrangeiros. Para honraressas dívidas,o prefeito disse que coloca em prática uma política de grande austeridade. "É por isso que estamos fazendoagora umapolítica de grande austeridade para podercumpriroscompromissos e, ao mesmo tempo, poder atender à população nas obrasenascorreçõesquesãoas maisurgentes enecessárias, comolimpezadospiscinõeseo problema da Rebouças (avenida)". (Reuters)
Dívida– A expectativa inicial dos tucanos era de que a dívida de curto prazo pudesse ultrapassarR$ 1,2 bilhão. Mas essa estimativa está subindo. Ontem, o prefeito José Serra admitiu que aparcelada dívidadomunicípio com a União, no valor de R$ 105milhões não foipaga em dezembro. Há rumores, não confirmados, de que, por conta disso, o BancodoBrasil teriasequëstradocercadeR$ 145 milhões de dinheiro do município.
Aassessoriado ex-secretário municipalde Finanças, LuizCarlos Afonso, disse que a administração petistaliqüidouaparcelade dezembro dadívida com a União. "Eleestá usandoum sofisma. Assinoua liqüidação, mas não fez o pagamento e nem deixou dinheiroparaisso", afirmaPolice Neto.
Fernando Lancha/Agências
Ação do BB sobre a Prefeitura surpreendeu, afirma Alckmin
OgovernadordeSãoPaulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontemque o confisco de R$ 145 milhões docaixa daPrefeiturade São Paulo, efetuado pelo Banco do Brasil no último dia 30, por conta de não-pagamento da parcela da dívida com o Tesouro em dezembro, surpreendeu. "A impressão que se tinha era que a Prefeitura estava pagando adívida e cumprindo o acordo. Acabamos todos surpreendidoscom a notícia", comentou ele. Alckmindisseaindaestarconfiante nabusca deum entendimentoparasolucionar oproblema."Estafoiarazão da ida do prefeito (José Serra) aoministrodaFazenda (Antonio Palocci)", ressaltou. (AE)
"Játemosamaioria.Entreos candidatos,o maisviávele que empolga o movimento é VirgílioGuimarães. Nosso objetivoé elegê-lopresidente da Casa", disseo deputado João Leão (PL-BA), umdos principaisarticuladores dacandidatura dissidente do petista. Até agora, apenas olíder do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA), lançou seu nome para concorrer com Greenhalgh. As resistências ao nome de Greenhalgh são resultadoempartedesuasligações commovimentosde direitos humanos e o MovimentodosTrabalhadoresRurais Sem-Terra (MST).O deputadopetista disseque"Isso são turbulências naturais do processo. E a gente vai andando". (Agências)
Empresa obteve incremento de 11% nas vendas em 2004. Jovens também estão na mira da Natura, Unilever e O Boticário.
Após70anos de atuação no Brasil, as vendas da fabricante de cosméticos Niasi iam muito bem.A aceitaçãodos produtos da empresaestava nos patamares mais altos. Mashaviaumproblema: a imagem da marca estava ficando ultrapassada.Sobretudoentreosjovens. Em doisanos,uma revolução foi feitanosrótulos deesmaltes, embalagensdas coloraçõese formatosdas linhasdexampus. Tudo acompanhado de um novo posicionamento da empresa diante dos jovens.
Asmarcas Biocolor, Risqué,Contouré e Biorene têmcercade40anosnomercado, afirmaagerentede marketingda Niasi,Soraia Ferreti. "São produtos bastante tradicionais no País, mas as consumidorasmais jovens não sabiam disso". Eventos - Aempresa partiu também para opatrocínio de eventos glamurosos, associados aopúblicojovemefashion, comodesfi-
les demodaefestivaisde verão,alémdeações em spas, como a entrega de kits deprodutos paraoshóspedes. A ação envolve ainda o lançamentode artigos novos a cada estação do ano. A Niasi também partiu para o incremento das famílias de produtos. "Conceitos de aromaterapia,porexemplo, foram utilizados nas novas versões das frangrâncias do Contouré.Hoje alinhatem 28 itens", diz. Resultados – As ações de marketing e remodelação dosprodutos naNiasienvolvem investimentosda ordem de US$5 milhões. E os resultados já estão aparecendo: aempresa cresceu 11% emvendas eemvolume noano passado. OBiocolorjáéa segundaprincipal marca de tonalizantes em volume e a quarta em valor no País, deacordo com o Instituto AC Nielsen. O xampus, condicionadorese cremes comorótulo Biorene tem 2% do mercado em volume e 2,9% em valor, conformeo Sindicatodas
Indústrias de Perfumaria e Artigos de Toucadordo Estadode São Paulo(Sipatesp). Já a marca de esmaltes Risquétornou-selíder em volume e valor no mercado, segundo o sindicato. Foco –O público adolescente e os jovens adultos são osprincipais alvosdeempresas como aNatura, Unilever e Johnson &Johnson, dentre outras. Atingir esse público é garantia de tornar amarca pereneno futuro, na opinião do diretor da Troiano Consultoriade Marca, Jaime Troiano. Eledestaca que,sobretudo as pequenas empresas, devem prestar atençãonas liçõesdeixadas pelas grandes companhias sobreo assunto. Para ele, o rejuvenescimento deuma marcaimplica na manutençãoda es-
sência que a tornou sólida e reconhecidano mercado. "Ao contrário do que muitosempresários pensam, depoisque umamarca fica famosa ela não pertence mais àempresaesim ao consumidor", diz. "Isso faz com que se tenha sempre que se antecipar aos movimentos deseus clientes,necessidades e desejos", diz. Grande Família –A tendência de reformulação das marcaspara adequá-las às exigências dos consumidoresaparecem em umapesquisa daconsultoria intitulada a Grande Família. O estudo mostra que 456 marcas são responsáveis por 2.228 produtos.Issosignificaque, paraseadequaraopúblicoe focar as marcas em variadas faixas de clientes, as empresas estão estendendoasfamílias de cada uma delas. Tanto que a média é de cerca de 6,1 artigos paracada uma. Perto de 77% das mer-
cadorias estão sob essas 456 marcas. "Apenas 23% são lançamentos recentes", que certamente terãodificuldades para sobreviver", diz. Apesardisso, oconsultor explicaqueé precisoter muitocuidadoantes de uma pequena empresa, por exemplo, partir parao lançamento de novos produtos na ânsia deatender a públicosdiferentes. Segundo Troiano, é preciso seguir o exemplo das grandes corporações. A Parmalat é cita-
CVC quer abrir companhia aérea para vôos fretados
A maior operadora de turismo do País, a CVC, obteve na virada do ano autorização jurídica para operar uma companhia aérea de vôos fretados. Presidente e dono da CVC, Guilherme Paulus, diz que o plano da nova empresa, que se chama FG Linhas Aéreas em homenagem aos filhos Fábio e Gustavo, ainda está em fase inicial. O investimento não foi revelado, mas Paulus garante que os recursos seriam próprios da CVC. O executivo descartou a utilização de financiamento do BNDES. Além da CVC, o Departamento de Aviação Civil (DAC) informa que outros sete investidores pleiteam a abertura de uma companhia aérea no mercado brasileiro. Os nomes das empresas são Aeropostal Brasil, Airminas, Sete Linhas Aéreas, Web Jet, Globex, Capital e JetSul. Paulus diz que o lançamento da FG vai depender do mercado. (AE)
dapor elecomo casotípico deperda de foco. "A fabricante lançou vários produtos em um curto espaço de tempo.A empresaerareconhecida como umaprodutora deleite dequalidade, mas oconsumidor nãoentendeuparaondeaempresa estava caminhando", diz. Exemplos – Bonsexemplosda tendênciadeacompanhar as necessidades e as exigências do público adolescente,considerado um dos mais difíceis defidelizar, aparecem em alguns casos bem-sucedidos em marcas nacionais, diz Troiano. OBoticário eaContém 1g são citadaspor ele como empresas que souberam acompanhar acrescente inserção desse público no mercadoconsumidor. "São exemplosde empresasque numespaço detemporelativamente curto tiveram apelo junto às consumidoras adolescentes", reforça. Dora Carvalho
O presidente da Varig, Carlos Luiz Martins, disse ontem que a companhia podereduzir onúmero derotas oferecidas, cortando as deficitárias, e diminuir sua participação em programas de ajuda internacional, caso as dificuldades financeiras da empresa se prolonguem. "No momento em que tivermos de otimizar todos os recursos, não haverámais essas disponibilidades", af irm ou Martins, depois de uma reunião com o ministro da Co orde nação Política do governo, Aldo Rebelo. De acordo com dados da empresa, a Varig atende hoje 33% do mercado doméstico e realiza 90% das rotas internacionais. Essa semana, o governo brasileiro utilizou uma aeronave da empresa para enviar mantimentos eremédiosàsvítimas das ondasgigantes na Ásia. "Háumanoe meioa empresa tem um resultado
Empresa tem dívida de R$ 6 bilhões. Parte dos credores são órgãos federais como a Receita, INSS, Banco do Brasil e Petrobras.
positivo etemos resistido, mas seas dificuldadescontinuarema Varig terá de emagrecer", afirmou. Dívida - A Varig tem dívidatotal decerca deR$ 6bilhões,sendo67% comórgãos federais comoReceita Federal, INSS e FGTS, além da Infraero, Banco do Brasil ePetrobras.O alertadaVarigcoincide comomomento emque as companhias aéreas tentam convencer o governo a fazerum encontro de contas.
A Varig ganhou, em dezembro, noSuperior Tribunal de Justiça (STJ), uma açãomilionária deindenização por perdas com congelamentos de tarifas impostos por planos econômicosna décadade80. Aempresaestimaquetemdireito a R$ 2,4 bilhões. Vasp e TAM também têm ações semelhantes."Eu gostaria queo encontro de contas fosse analisado com bastante carinho", disse Martins. (AE)
Ontem, os índices de congestionamento na cidade só ficaram abaixo da média por causa das férias escolares. Com a cidade esvaziada, ficou mais fácil gerenciar os pontos de alagamento e desvios do tráfego.
Fernando Vieira
Mesmo sendo classificada como moderadae fraca por institutos de meteorologia, a chuva intermitente que caiu desdea madrugada deontem sobreSão Paulo causou novamente muita confusão. O trânsito ficou complicado nas regiões próximas aos23 pontos de alagamento registradospeloCentro de Gerenciamento deEmergência (CGE)da Prefeitura. Paraagravara situação, na zona sul, os paulistanosforam surpreendidoslogo cedopelobloqueio detrês faixasda avenida Faria Lima, sentido Pinheiros, quase esquina com a avenidaCidade Jardim, por causa do rompimento de uma adutora da Sabesp. O canorompeu porvolta das 22h de terça-feira. Parte dos bairros do Itaim, Jardim Paulistano e Jardim Paulista tiveram o fornecimento de águainterrompido.A Sabesp deslocou técnicos para a área afetada e iniciou uma operaçãode emergência na madrugada de ontem para resolvero problema. Para isso, abriu um enorme buraco naFaria Lima. Os trabalhosse estenderamao longododia.Osveículosforamdesviados e passavam apenas por duas das cinco faixas do sentido bairro. Vinte operadores da Companhia deEngenharia deTráfego (CET) ficaram responsáveis pelaorgani-
zação dotrânsito nocruzamento, que, desdea construçãodo túnelMaxFeffer, nãoteve umajusteadequado. O tempo de alguns semáforos da região também foialterado paratentar diminuir os focos de congestionamento. O fornecimentode águafoirestabelecido por volta das 13h15. Já o tráfego nas pistas interditadas foi liberadoàs17h02. Olocal onde a vala foi aberta deverá ser recapeadohoje, segundo a Sabesp.
Alagamentos – Durante todo odia de ontem,o CGE monitorou pontos de alagamento na cidade. Na marginal Pinheiros,próximo à avenida dosBandeirantes, umadasfaixas dapistaexpressa chegou a ser fechada pela CET. Aalça de descida da ponte Cruzeiro do Sul paraa marginalTietê foiinvadidapela águaetambém tevede ser interditada durante a maior parte do dia. Segundo Hassan Barakat, técnicodoCGE, achuvade ontem foideintensidade moderada, masconstante. Ele acredita que o paulista-
Um caminhão betoneira tombou no acesso à ponte das Bandeiras (acima). Uma adutora da Sabesp rompeu-se na zona sul da cidade (esq.), provocando a interdição de três faixas da avenida Faria Lima, sentido Pinheiros. A marginal Tietê ficou alagada na altura da ponte Cruzeiro do Sul, na pista sentido Penha-Lapa (fotos abaixo e à direita).
nodeveráenfrentarmaisdificuldades causadas pelas chuvas nospróximosdias. "Neste mês,em apenascincodias, choveu 60 milímetros,sendo que em janeiro de 2004 esse número foi de 239 milímetros.Éumindíciodequeo mêsserábastante chuvoso".
Acidentes – Alguns acidentestambém causaram interdições de pistas e congestionamentos nacidade ontem.Noperíodo damanhã, um veículo capotou, deixando uma pessoa ferida, no elevado elevado CostaeSilva –conhecidocomo Minhocão –pistasentido
Lapa,pertodolargo do Arouche, noCentro. Avítimafoi levada para aSanta Casa. O acidente causou lentidãodotrânsitono horário de pico da manhã. Nazona norte, um caminhãobetoneira,que carregavasete toneladasdeconcreto,tombou napistalocal da marginal Tietê, quando o motorista perdeu o controle doveículo.Oacidenteaconteceuno acessoà pontedas Bandeiras, sentido bairro, por volta das 11h30.
A CET interditouo acesso pormais detrêshoras. Aremoçãodo veículosó foipossível às 15h,com a ajudade
Prédios foram destruídos e alagados, comprometendo o andamento de estudos no setor agrícola. O prejuízo ainda não foi calculado, mas em um dos edifícios chega a R$ 150 mil.
O encontro de ventos de direções opostas, fenômeno climático chamado decisalhamento devento, provocou destruiçãoe o comprometimentode pesquisas no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e noInstituto deTecnologia deAlimentos (Ital),naregião da Fazenda Santa Elisa emCampinas,a 90quilômetros de São Paulo.
O evento climático, ocorrido por volta das 22h30 de terça-feira eatingiu ainda ruas próximase umapropriedade do Exército. Segundo o diretor de Climatologia e Irrigação doIAC, Orivaldo Brunini, o cisalhamento devento nãoé comum na região. Bruniniexplicouqueuma correntede ventode direção sulencontrou outrade direção norte a aproximadamente três quilômetros
de altura com relação ao solo. Ambas estavamacerca de60 km/h.Com oimpacto,oventofoidesviadopara o chão, com uma velocidade ainda desconhecida. Frente fria – "Duas correntes opostas na mesma velocidade se encontrarem é raro, não há muitos registrossobreisso. Essetipode eventopode arrancar postes e torresde transmissão dochão", comentouBrunini. Ele explicouque os ventosforam provocados pela chegada de uma frente fria. Como chovia no momento do cisalhamento, prédios ficaram alagados, inclusive dois edifíciosqueabrigam laboratórios de pesquisa. SegundoBrunini, choveu 64,5 milímetrosem Campinas nos dois últimos dias. Pelo menos 30%das pesquisas desenvolvidasno Ital ficaram comprometi-
das,conformeo diretor. "Nãohouve danosàspesquisas emsi,maselas ficarão comprometidas porque houveperda deespaçofísico e equipamentos", explicou.Os prejuízos,entretanto, aindanãohaviam sido levantados hoje.
Prejuízos – Ainda não foramfeitasprevisões de quanto tempo será necessário para reconstruir as áreas atingidas.No IAC,osprejuízos ainda não foram levantados,masfala-se em até R$ 150 mil para reconstruir um dos prédios.
um guindaste de grande porte,contratadojunto a uma empresa particular.
O trecho foi liberado mas, por volta das 17h30, um outro acidente, envolvendo um caminhãoe umônibus, provocou ainterdição de duasdastrês faixasdaavenida Interlagos, pista sentido Centro, na zona sul.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para socorrer uma vítima, que ficou presa nasferragens.Apesardisso,
asituaçãodotrânsito em São Paulo sónão ficou caótica,porqueacidadeestáesvaziada, em razão das férias escolares.Osíndicesdecongestionamento ficaram abaixo da média. Para hoje,a previsãoéde chuva leve pela manhã em pontosisolados da cidade. Segundo técnicos em meteorologia do CGE, no restante dodia,otempoficanublado, com tendência de melhora até o fim de semana.
"Trabalhos devários anos ficaram comprometidos", disse adiretorado Centro de Comunicação, Maria Jussara Rosa Vieira. Segundoela, os ventos atingiramosprédiosdaEntomologia, da Virologia e o Quarentenário. Eles abrigam, respectivamente, laboratórios que estudam insetos de plantações, vírus e estufas onde espécies de outrasregiões oupaíses são cultivadasparaverificarcomosecomportamese poderão disseminar pragas ou doenças. (AE)
Depois dos eletrodomésticos e têxteis, agora é a vez da indústria calçadista nacional ser acusada pelo país vizinho de ter subsídios e vender mais mercadorias do que deveria para seu mercado. Intenção é estipular cotas de exportação.
OPaís voltou a assistir, nestasemana,amaisum capítuloda novela protecionismo daindústriaargentina. Desta vez, trata-se dosetor calçadista.O presidente daCâmara da Indústria do Calçado(CIC) da Argentina,Alberto Sellaro, acusouo Brasil de ter violado um acordo quelimitaasexportaçõesde calçados. Por esse motivo, os argentinos voltaram a pedir medidasrestritivas à exportação de calçados daqui para seu mercado. Porseulado,aAssociação
Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados) reiterou que nunca fechou acordo decotas paravenda de mercadorias ao país vizinho.Portanto, nãopodeser acusada de ter violado nenhum acordo.
A Abicalçados também rebateuacusaçõesdaindústria argentina de que os produtos brasileiros são subsidiados. "Não há subsídios", disse o diretor-executivo da associação, Heitor Klein. Amparo legal– Segundo ele, nãoestá previstareunião entre osempresários dos dois países para discutir aquestão. Oexecutivo brasileiro afirmou que o temaestánapautadasdiscussõesbilaterais hámaisde um ano eque os brasileiros nãopretendemaceitarcotas "porque não seria funcional e nem teria amparo legal". Segundo ele, nãohá lógica em forçar asmais de 300 fábricas de calçados que exportam para a Argentina a reduzirem suas vendas. "Uma coisa éconvencer alguns empresários a diminuir asexportações. Outra,
Atualmente, mais de 300 fábricas de calçados brasileiras exportam para a Argentina e teriam seus negócios prejudicados com a aplicação de restrições aos negócios bilaterais, segundo a Abicalçados
é convencer 300.O pessoal quer vender", disse Klein. No que se refere à legalidade de um acordo de cotas que pudesse ser fechado entre osetor privadodos dois países, Kleindisse que não hámarcojurídicoqueimpeça uma empresa de conseguir de um juiz aliberação das vendas.
Espera – Enquantoisso, a indústria paulista observa comatenção aofensivaargentina. Afinal, o país é o segundo maiorparceirocomercial do Brasil (US$ 7,4 bilhões noano passado)e, porisso mesmo,é ummercado que desperta muito interesse dos brasileiros. "Hoje em dia, os empresá-
riospensammuitoem exportar,e aArgentina ésempre o começo, pois o Mercosulnosdá odireitodevendera eles sembarreiras", afirma o empresário Roberto Giannetti daFonseca, diretordo Departamentode Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Es-
Aço, cobre e minério de ferro foram os principais vilões de 2004. Em 2003, índice ficou em 7,67%.
O Índice Geral de PreçosDisponibilidade Interna (IGP-DI), registrou alta de 0,52%emdezembro,segundo informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso,oacumuladodoanofoi de 12,14%, ante7,67% em 2003.Aço, cobree minério de ferro foram os principais vilões do índice, afirmou o coordenadorde Análises Econômicasda FGV,Salomão Quadros. Parasalientaraimportância do peso desses produtos naformação do indicador, elelembrou queo Índicede Preçospor Atacado(IPA) registroualtaacumuladade 14,67% (ante 6,26% em 2003),enquanto oÍndicede Preços ao Consumidor (IPC), que não capta a elevaçãodessesitens,ficou em 6,27% (ante 8,93% em 2003). No acumuladodo ano, o minério deferroregistrou altade 25,99%; o cobre,de 43,72%; e o aço, de 57,66%. Quadros acredita, entretanto, queesses produtosjá começam a apresentar desaceleração de preços. "Temos um quadro diferente do início de 2004, quando a demanda do aço fez o seu preço disparar. Já estamos detectando sinais de que esta alta avassaladora está se dissipando", comentou. Issoficouclaro, segundo ele,porque emdezembro essesprodutos oscilaram apenas 0,34%."Foi omenor índice desses produtos no ano e isso tende a se repetir nos próximos meses."
Apesar deter se situado quase cinco pontos percentuais acima do resultado de
2003, a inflação acumulada doIGP-DIem 2004corresponde a menos da metade dos 26,4% alcançadosem 2002 e já se aproxima do saldo de 2001 (10,4%).
Destaques – Além dos derivados de minériode ferro edo aço,destacaramse na composição dospreçosnoatacadoem2004oaumentodas resinasplásticas vindas do petróleo (49,83%) eodoscombustíveiselubrificantes ligadosà produção (óleo combustível,diesel e querosene de aviação), que tiveram subiram 19,57% no ano.Aindano IPA,aqueda no preço dos produtos agrícolase aretraçãododólar pesaram para que o índice não fosse ainda maior.
Segundo Quadros, não deveocorrernovos reajustes para o consumidor nas próximas semanas, com base no que foi repassado pelo atacado. "O que aumentou no atacadonão chegaránecessariamente aovarejo, que éinfluenciado poruma sériedeoutros componentes,como acesso a crédito, por exemplo", explicou. Quadros citou ainda os produtos siderúrgicos. "Quemtinha dereajustarjá fez isso.Quem nãofez está recompondo suasmargens de outra maneira", avaliou. Varejo– Jánovarejo, os setores de transporte e habitação ofereceram amaior pressão sobreos preçosem 2004. OÍndice de Preço ao Consumidor (IPC) acumulou alta 6,27%, mas ainda assimficou abaixo dos 8,93% de2003, principalmente porcontada queda
O aço foi um dos responsáveis pela alta do IGP-DI no ano passado. Sozinho, subiu 57,66% no acumulado de 2004
nos preços de alimentos. Dos cincoprodutos que pressionaram parabaixo o índice, quatro foram do grupo alimentos: arroz branco (-19,09%no acumulado), arroz parboilizado (-17,68%),óleo desoja (-8,75%) e a laranja pêra (-8,73%). O quinto produto não integra ogrupo de alimentação, foi otelefone celular, que contribuiu com queda de 14,74% no ano. No setor de transportes, três preçosadministrados tiveram maior peso:a gasolina, que aumentou em 14,1% em 2004 (4,13% só em dezembro), atarifadeônibus urbano (16,78% no acumulado) ea tarifa de táxi (16,78%).O álcooltambém contribuiu para aumentar o IPC, acumulando 26,59%. Segundo oeconomista André Braz, da FGV, os itens que mais influenciaramo IPC de2004 foramtarifa de telefoniafixa(13,5%noano), gasolina (14,10%), tarifa de energiaelétrica (8,46%) e planos médicos e de seguro saúde (10,38%). (AE)
O Índice de Preços no Varejo (IPV) de dezembro subiu 1,69%, a maior variação registrada em 2004, informou, ontem, a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Com isso, o índice fecha o ano com aumento de 11,62%. Apesar da aceleração no mês passado, o resultado de 2004 é inferior ao de 2003, quando alta foi de 12,6%.
O grupo de produtos semiduráveis apresentou a maior elevação (3,65%), com destaque para o item vestuário (5,40%). "Isto pode ser explicado, em parte, pela sazonalidade, já que o Natal é um dos melhores momentos para o setor", disseram os analistas.
Com alta de 1,06% no mês passado, o grupo de nãoduráveis foi puxado por produtos de limpeza (1,59%) e alimentícios (1,15%). O item alimentos tem sido pressionado pela demanda externa, principalmente de farinhas e óleos.
O grupo de produtos duráveis teve alta de 0,74%. A variação pequena se deve a eletrodomésticos, que
tado de São Paulo (Fiesp). Apoio – Aimportânciado paísvizinhopara ocomércio exteriorbrasileiro fazos empresários manterem o apoio ao Mercosul, em consonânciacom ogoverno, que tem dado prioridade ao bloco emsua políticaexterna. "Asrelações estão tensas,mas nãoestremecidas", disse Giannetti. Mas, segundoele, aposição daArgentinacontra as vendas brasileiras em algunssetores, como calçados, linhas branca e marrom e têxteis, é "incompreensível."
Para o diretorda Fiesp, o paísvizinhonão temasdeficiências macroeconômicas do Brasil. O câmbio de lá é maisfavorável àexportação que o daqui e a carga tributária portenha é inferior à nossa(20% do ProdutoInternoBruto contraquase 40% no Brasil). "Isso os coloca em vantagememrelação ao Brasil. Nós temos pressões tributárias e logísticas", observou. Giannetti disse, ainda, que é falsa a argumentação de queaquiaproduçãoé subsidiada. "O que eles precisaméinvestirparaenfrentar a concorrência; é enfrentarum choquedecompetitividade, assim como o Brasil já enfrentou", sugeriu o representante da Fiesp. Patrícia Büll/Agências
R$ 666 milhões foram cobrados a mais nas contas de energia
apresentaram queda de 0,34%. Em comércio automotivo, a alta foi de 1,52%, dentro do esperado pelos economistas da instituição. Materiais de construção foi o único grupo que apresentou queda em dezembro, o que foi considerado pelos analistas como um ajuste, já que os preços haviam subido muito ao longo do ano: 19,84%. Automóveis – O segundo grupo cujos preços mais subiram no ano foi o de comércio automotivo, com alta de 15,80%. O preço de autopeças que teve aumento de 41,99%, ajudou a puxar para cima o índice do grupo. Os veículos novos subiram 11% no período. A inflação no varejo, no entanto, deve desacelerar neste primeiro trimestre. Os analistas atribuíram a elevação de preços do final de 2004 à injeção de dinheiro na economia com a entrada do 13° salário. "Isto se inverte no começo do ano, quando ocorrem as promoções no comércio e os consumidores pagam suas dívidas e impostos", observaram os técnicos da Fecomercio. (AE)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que umgrupo de distribuidoras cobrou R$666 milhõesa maisde seus consumidores.A cobrançaerradateriaocorrido porcausada metodologia decálculodereajustedastarifas em 2003. Os prejudicadosjácomeçaramasercompensados em 2004. Poroutrolado,houve casos em que oreajuste foimenor do que o devido e, por isso, está sendo feitauma compensação para cima. "Nãocabefalaremerroda Aneel nafixação dastarifas ou em perdasdos consumidores ou concessionárias. O que houve foi a adoção de uma solução tecnicamente corretaparaacircunstância, dadasapremênciade tempo e a situação existente, em que as compensações seriam feitasno menorprazo possível, devidamente corrigidas", explicou a agência, em nota divulgada ontem. Erro – Astarifas de energia sãoreajustadas anualmente tendo comobase principalmenteoÍndiceGeral de Preços de Mercado (IGP-M) e o custo real de alguns insumos das distribuidoras.Mas acadaquatro anos é feita uma revisão que leva em conta a remuneração do capitaldos investidores.Se a empresa estiver comalta lucratividade, deve repassa parte do ganho ao consumidor. Se tiver perdasquenão sejamdeineficiência, as tarifas sobem. O problema surgiu na hora dedefinir o capitalde cada empresa para o cálculo de remuneração. Um atraso nesse levantamento levou a agência afazer umaavaliaçãoprovisória. Quando o resultado definitivo ficou pronto, foramdescobertas as diferenças queagora serão recompensadas. (AE)
Depoimento de Joëlle Blondeau, de Batticaloa, no Sri Lanka, especial para o Diário do Comércio
Sobre o Sri Lanka, sabia tanto quanto um brasileiro médio.
Sabia que estava em cursoumaluta separatista, masnão conhecia osdetalhes. Precisei viraquipara descobrir, concomitantemente com o estado de devastação dasregiões baixas dailha, queexiste umatrégua, se bem que precária, há dois anos. Os separatistas sãoostâmeis(outâmiles).A guerrilhatâmildominapraticamente onordeste doSri Lanka. Chama-mea aten-
çãoa enorme participação de mulheres na guerrilha. Digoisso porqueégraças aostâmeis quenóssobrevivemosaté agora.A elesdevo até mesmoestee-mail que estouenviando.As chuvas torrenciais e ininterruptas que caem há uma semana provocam danos constantes no fornecimento da eletricidade. Durante o dia o calor é insuportável, mas à noite faz bastante frio. Selhes disser que não temos cobertores suficientes nem para mu-
lheres e crianças, fica claro o quadro de dor dessa gente. Não chegaram ainda nem astendas enemo hospital de campanha. Continuamosno Templo Budista, que setornou tambémhospital, refeitório, dormitório. Éainda no temploque devemos guardar lenhapara secar, com a qual se procura ferver água. Quanto às crianças, procuramos fazêlas brincar ao máximo, para que suportemas conseqüências daorfandade eos traumas que a catástrofe
Tailandeses e estrangeiros fazem vigília na Ilha de Phuket: todos os credos reunidos em ato de fé
Dez dias depoisdea tragédia registrada na costa de Sumatra ter provocadoondas gigantes que tomaram cidades banhadas pelo Oceano Índico, os europeus fizeram trêsminutosdesilêncio comváriashomenagensemestações detrens, em casa e nos escritórios para lembrar as milhares de pessoas que morreram. Cidadãos de Roterdã a Romaficaramem silêncio ao meio-dia (9hnohorário deBrasília) pelosmaisde 145 milmortos. Prédiospúblicos da União Européia ficaram comasbandeiras a meio mastro,asbolsasde valores fizeram silêncio e as estaçõesdeTVerádiotransmitiram música solene para homenagear as vítimas. Aoperadora detrensalemã DeutscheBahnparalisouostrensnasestaçõespor um minuto e os funcionários suspenderam o trabalhoportrêsminutos.Pausas similares foramplanejadas em aeroportos, lojas e empresas."Vivemos daindústriadoturismo",disseochefe do aeroporto de Berlim, Dieter Johannsen-Roth. "Entãotemos queaceitar a responsabilidade pelas pessoas da região". Luxemburgo, que detém a Presidência rotativa da União Européia, convocou todos os25 Estados mem-
ÓRFÃOS DA TSUNAMI
Em toda a Europa, milhares de pessoas querem adotar os órfãos da Ásia. Mas as ONGs aconselham que eles vivam em seu país de origem. Por isso a SOS-Kinderdorf International, que está atendendo 16 mil crianças no Sri Lanka e sul da Índia, propôs um "apadrinhamento tsunami": 15 euros por criança durante seis meses.
acarreta. Nestadata, contabilizamos2.879prófugosna aldeia. Ainda hoje os homens têm encontrado cadáveres entre os escombros de Batticaloa e por incrível que pareça o marainda despeja corpos mutilados na praia. As estradas estão arrasadas, as pontes rompidas. Maso mar está calmo.Por isso ficamos perplexos, porque os socorros poderiam chegarpor mar enãochegam. Os perigosmaiores provêm dafalta dehigiene. O ponto nevrálgico é a falta
de água potável. Alguém pode imaginaro quesignifica ter de desperdiçar água da chuva por falta de baldes suficientes para recolhê-la? Nesse exato momento, no templo-hospital temos três crianças que precisamser operadasdeapendicite,não conseguimos diminuir-lhes a febre nem acalmar suas dores. Continuo extasiada ao vero comportamento dessagente emface datrágica dor. Perderamos bens, perderamosparentes, mas sabem guardar a doçura.
As estrelas de Hollywood iniciaram as primeiras contribuições na casa do milhão mas foi o sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher, quem doou o maior montante em dinheiro às vítimas das tsunamis: US$ 10 milhões.
bros einstituições paraobservarem osilêncio,"mostrando solidariedadee luto pelasvítimas dodesastre", segundo um porta-voz da Comissão Européia. Mais de 9 milturistas estrangeiros, a maioria euro p eu s , mo rrer am ou estãodesaparecidos após o desastre, que devastou a costa da Indonésia, Tailândia e Sri Lanka. Suécia e Alemanha parecem ter sidoos países europeuscom mais patrícios mortos. Opapa JoãoPauloII rezou noVaticano umamissa em homenagem às vítimas "Mais uma vez, peço a todos vocês quejuntem-se amim
Nacho Doce/Reuters
Crianças do Colégio Sagrado Coração, em Lisboa, deram as mãos durante homenagem
nasorações pelos muitos mortos e pela população que está em dificuldade". O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), na primeira reunião presidida pela Argentina (em sua nova etapa como m e mb ro não-permanente desta instância), também paroupor um minuto. O secretáriogeral da ONU, Kofi Annan, fez um apelo para queos países doadores honrem suas promessas de ajuda no valor de US$ 2,3 bilhão. Hoje, líderes mundiais se reúnem em Jacarta, na Indonésia, paraumaconferência sobreo quefazer depoisdo desastre. (Reuters)
A atriz Sandra Bullock, que três dias depois da tragédia anunciou sua doação, contribuiu com US$ 1 milhão à Cruz Vermelha Internacional. Leonardo Di Caprio, protagonista do filme A Praia, gravada na Ilha de Phi Phi, na Tailândia, doou US$ 1 milhão à Unicef. O diretor Steven Spilberg doou US$ 1,5 milhão distribuídos entre três instituições: Save The Children, Oxfam e Care International. Os roqueiros
do Linkin Park destinaram US$ 100 mil. Já o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, doou US$ 10 mil. A informação foi dada ontem pelo porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan. Na Ásia, diversos astros, incluindo o herói de ação Jackie Chan e o cantor Andy Lau, estão refazendo We Are the World, o single composto por Michael Jackson e Lionel Richie em 1985 para levantar dinheiro aos famintos da África. O cantor britânico Cliff Richard e o popstar Boy George vão lançar uma canção nova intitulada Grief Never Grows Old (a dor nunca envelhece) e farão um grande concerto beneficente no Estádio Millennium, de 74.500 lugares, em Cardiff, no País de Gales. (Agências)
De tempos em tempos a terratreme. Silênciogélido. Mas ao contrário do pânico esperado, parecemem paz. Viria essa paz de nossas orações nesse Templo Budista? Assimcomo hácorposque não serãojamais identificados, ou encontrados, há também perguntas que jamais serão respondidas.
Joëlle Blondeau, cidadã francesa, residente no Brasil, dedica todas as férias a prestar socorro pela ajuda humanitária da França
Fundada em 1960
Complexasleistributáriasdedifícilinterpretação, fiscalizações,prazos,burocraciasemfim...
Comvisitassemanaisebalancetesmensais,aKing cuidadetudo...eoempresáriodasuaempresa.
Veja as malas mais modernas do mercado, além de dicas e regras sobre bagagem. Pág. 4
Na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a região abriga dois parques nacionais e abre as portas para um mundo de abismos impressionantes, envoltos por Mata Atlântica, cachoeiras e rios de águas cristalinas. Eis uma viagem com sabor de montanha e muita aventura. Págs 2 e 3
O Cânion Fortaleza (acima) é o mais famoso do Parque Nacional da Serra Geral. A Trilha do Rio do Boi (à esq.) leva ao principal destaque dos Aparados da Serra: o imponente Cânion do Itaimbezinho. O passeio é sempre marcado pelo encontro com flora e fauna exuberantes e gaúchos de simpatia singular. As corredeiras dos rios proporcionam horas de adrenalina com bóia-cross (abaixo). E para relaxar, pousadas de charme aos pés dos paredões, como o Refúgio Ecológico Pedra Afiada (abaixo, à esq.)
Poucos consumidores verificam e acompanham a movimentação de suas contas correntes. E correm o risco de estar gastando mais do que deviam.
Uma falta de hábito comum ao brasileiro pode se refletirno seu bolso: a de não conferir seus extratosbancários. Ocontrolede saques,depósitos, transferências e,principalmente, dosdébitos referentesa tarifas cobradas pelos bancos na utilização dos serviçosoferecidospelainstituição está diretamente ligado à redução de gastos.
Nãosãopoucosos casos de correntistasque tiveram debitados valores de suas contascorrentes de forma indevida. Também não é incomum consumidores que desconhecem a origem e o valorcorretodeoutras deduções feitas. Com isso, muitospodem estarpagando aquilo que não devem. MarcosDiegues, gerente jurídico do Institutode Defesa doConsumidor (Idec), lembra a importânciade se acompanhar amovimentação bancária. "Muitas pessoas nãosabem, mastodos os débitos indevidos que foremfeitosemcontacorrente devemser devolvidospelo bancoao clienteemdobro", diz ele.É o que prevê,segundo Diegues, oCódigo de Defesado Consumidor em seu artigo 42. Ogerente doIdec dizque a cobrançade valores que não foi autorizada pelo
cliente é muito mais comuns do que sepensa.Às vezes são cobradas tarifas que não têm nada a ver com aquele cliente", diz ele. Ajuda– Alguns bancos estão oferecendo a seus correntistas ferramentaspara controle daconta corrente. OBanco doBrasilé umdeles. Está lançando um pacote de serviços que inclui um gerenciador financeiro pes-
soal. Pela internet,o cliente classificae controla asmovimentações da conta eda fatura do cartão de crédito. O site Financeiro 24Horas.com também oferece ferramenta semelhante. "Hoje, comainternet,essecontrole é muito mais fácil de ser feito",diz Reinaldo Domingos, diretor-executivo do site. Na sua opinião, muitos acham que controlar as des-
pesas erecebimentos édifícil."Masé muitosimples", afirma Domingos. Cestas - Uma forma de reduzir os gastos é optar pelas chamadascestas detarifas. Sãopacotes deserviços montadospelos bancospeloqualoclientepagaumvalorúnicomensaletemdireito a uma quantidade predeterminadade transações.A grandevantagem dacesta
Os papéis de empresas do setordebens deconsumo são a grande aposta do mercado para este ano. Segundoanalistas demercado,as perspectivas deganhos para essas companhias são válidas tanto para as fabricantes desse tipo de bens quanto para asque os comercializam. Nalistadeações recomendadas, a que oinvestidor deve dedicar atenção,estãoPãode Açúcar, Sadia,Lojas Americanas e Grendene.
AcorretoraSantanderBanesparecomenda acompra de ações da Sadia, maior fabricante nacional de derivados de aves e suínos e de alimentoscongelados. "Para atenderao esperadoaumentodademanda,a empresa anunciou, recentemente, um plano de investimento de R$ 500 milhões para expansão da produção", diz a analista de varejo da América Latina da corretora SantanderBanespa, Daniela Bretthauer. Mais vendas – Segundo ela, commaiorcapacidade instalada,a Sadiaterácondições devender mais ao longode2005,tantonomercado interno quanto no externo. "Aassociação de exportadores de frango anunciou que prevê expansão de 10% nas exportações este ano e provavelmente a Sadiateráparticipaçãoimportante nesse crescimento" destaca.
A analista ressalva, no entanto,quepodem afetaros números da Sadia a cotação do dólar ao redor de R$ 2,70 (pouco favorável a exportadores) e o aumento do custo de grãos(principal custofixodaSadia).A corretora Santander Banespa avalia que opreçojustoparaas ações preferenciais da Sadia sejadeR$ 9,30,oquerepresentaumaalta de57%na comparaçãocom o fechamento do papel ontemna Bovespa (R$ 5,92). Grendene– Outra ação
citada pela analista é a da fabricantede calçadosde plástico Grendene, uma das estreantes da bolsa em 2004. "Desde o lançamento a ação subiu pouco,na nossaavaliação abaixo do potencial da empresa", diz ela. Segundo Daniela, o que prejudicou arecepção inicial das açõesda Grendene nabolsa foramos resultados financeiros apresentados pelaempresa noterceiro trimestre de2004, abaixo
dos esperados. "A expectativa agora é de que a empresa tenha obtido números melhoresnos últimos três meses doano", afirma. No terceirotrimestre,a Grendene lucrou R$ 48 milhões –42,1% menos do que em igual período de 2003 (R$ 82 milhões). O balançodo quarto trimestre deve ser divulgado até março. A corretora Santander Banespa calcula o preço-alvo da ação ordináriadaempresaemR$
43,66 (valor 32,3% maior do que a cotaçãode fechamento de ontem, de R$ 33).
Já a corretora Souza Barros cita como destaques no segmento de bens de consumo as ações de grandes empresas varejistascomo Pão deAçúcar eLojasAmericanas."São empresasquetêm muitoa ganharcom arecuperação darenda dapopulação. E esses produtos têm participação importante no mixde produtosqueoferecem nas lojas", diz o analista Ângelo Larozi.
A Souza Barros trabalha com um preço justo de R$ 75,50 para os papéis preferenciaisdoPão deAçúcar–isso significaque,em relação à cotaçãode fechamentodeontem (R$65,50olote de mil)ainda têmpotencial dealtade15,26%.Deacordo com Larozi, a empresa já começou a apresentar números que indicam as boas perspectivas de vendas em 2005. Em novembro passado, oPão de Açúcar informou ao mercado ter registradoaumentode14,9%nas vendaslíquidas emrelação anovembrode 2003.Aempresa anunciou também plano de investimentos de R$ 500 milhões para 2005, sendo R$ 258 milhões para a abertura de novas lojas.
"Ofato deváriosgrandes bancos fecharem acordos para financiara comprade bensdeconsumocomprova que existe,sim, perspectiva forte de crescimento para o setordaquipara a frente", observa Larozi, citando os recentes acordos fechados por Bradesco e Itaú com o varejo.Para asações daLojas Americanas (que têm volume de negociação um pouco inferiorà do Pãode Açúcar na Bovespa), a Souza Barros calcula o preço justo aR$ 46. Ouseja: quem comprouo papelontem (a R$ 40,60)tem, pelosfundamentos da empresa, potencial de ganho de 13,30%. Rejane Aguiar
detarifasestá noseucusto, que costuma ser menor comparadoà tabelaoriginal. O valor das cestas de produtosvariade R$4aR$ 34, dependendo da quantidadee variedadedosserviços incluídos nelas. Quem não escolhe uma cestadácartabrancaaobanco para que ele cobre as tarifas pela tabela padrão, cujos valores são mais altos.
Maisdor decabeça temo cliente que, aoabriruma conta no banco, assina, sem ler, a adesão a uma cesta que oferecemaisserviços do que osdequeprecisa,pagandomais por isso, dizo gerentedoIdec.Acomparaçãoentreasváriascestaspode ser feitapela internet ou na própria agência. Em alguns bancos como o Itaú, épossívelincluir no pacote de serviços a cobrança da anuidade do cartão de crédito. "Vale lembrar que o clientenãoéobrigadoaaderiraum pacotedeserviços se nãovir vantagensnisso", diz Diegues, do Idec. Não pode– Segundo o Procon-SP, osbancosnão podem cobrar por alguns serviços.Comoastarifassobre contas-salário. Ou pelo fornecimento docartãode movimentação da contae de um talãode cheques por mês, com pelomenos 10 folhas; porum extratomensal;pela devolução de cheques peloServiçodecompensaçãode Chequeseoutrospapéis, anão serem casodeinsuficiênciadefundos. A cobrança por cheque devolvidosó podeserfeita do emitente; pela manutençãode contasdepoupança, exceto se o saldo for inferior a R$ 20 e as sem movimento há mais de seis meses. Vanessa Jaguski
Bancos poderão voltar a financiar imóvel comercial
Os bancos privados devem retomar as linhas de financiamento à produção de imóveis comerciais no País com recursos da caderneta de poupança, ainda neste ano. De acordo com o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Roberto Kauffmann, as instituições financeiras privadas já teriam aceito a proposta apresentada pela Câmara e demonstrado interesse em emprestar recursos aos construtores, além de financiar a aquisição de imóveis comerciais com valor de venda de até R$ 250 mil.
"A proposta é financiar ao construtor ou incorporador até 100% do custo da construção e estender a linha ao comprador, observado o limite de financiamento", explica Kauffmann. Segundo o vice-presidente da CBIC, o objetivo é estimular a produção de escritórios e salas comerciais de médio padrão no País. Atualmente, os bancos privados operam linhas para aquisição, reforma ou construção desse tipo de imóvel, porém não contemplam construtores e incorporadores entre os potenciais tomadores do empréstimo. "Há 20 anos isso era possível. Mas as linhas foram deixadas de lado e é preciso retomar programas de apoio à produção, que têm impacto direto nos resultados da construção e na geração de emprego".
A proposta em negociação com os bancos faz parte de um pacote de medidas apresentado pela CBIC, com o objetivo de fomentar o mercado imobiliário no País. De acordo com Kauffmann, a adoção das medidas
facilitaria a contratação de crédito imobiliário justamente em um ano em que os recursos disponíveis tanto na caderneta de poupança quanto do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) serão recordes.
"Em 2005, os bancos particulares terão quase R$ 12 bilhões disponíveis para o crédito imobiliário e o FGTS terá outros R$ 10 bilhões", calcula. "Para que esses valores sejam emprestados é preciso criar condições mais adequadas." Além do financiamento à produção de imóveis comerciais, os bancos estariam estudando retomar os programas de financiamento à construção de condomínios. Para essas linhas, diz Kauffmann, seriam utilizados recursos da poupança ou do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). "Os bancos privados devem financiar a produção imobiliária e já mostraram interesse em voltar a aplicar também recursos do FGTS", acrescentou Kauffmann.
A CBIC propõe ainda a criação de um programa de financiamento direto ao construtor para produção de imóveis novos, com recursos do FGTS, sem a necessidade de comercialização prévia das unidades residenciais. "É impossível vender a totalidade dos imóveis na planta, sobretudo quando o empreendimento é voltado para classes mais baixas", justifica o vicepresidente da CBIC. Hoje, calcula ele, 85% dos recursos do fundo são utilizados para aquisição de imóveis prontos. "No máximo 30% dos recursos deveriam ter essa finalidade, completa. (AE)
Geminados, Aparados da Serra e Serra Geral reúnem mais de 12 cânions de tirar o fôlego. Para explorá-los, trilhas e mais trilhas
Por Cris Berger
Odestino dos grandes cânions brasileiros.A apenas 180quilômetrosde Porto Alegre encontra-se aSerra do Faxinal – pedaço do Sul do País meio gaúcho, meio catarinense –, que abriga doisparques nacionais de tirar o fôlego: Serra Geral e Aparados daSerra.As reservas, geminadas, foram criadaspara apreservação desteterritório tãosingular da flora brasileira. Aparados surgiu em 1959 e Serra Geralfoi estabelecido bem mais tarde, em 1992, uma vez que aexpansão da área protegidadosAparadosera umprocesso demorado. Porisso,comouma extensão, veio a nova unidade. Imagine que há milhares de anos a região dos Aparados era um deserto. Isso antes de a Terra rachar, o magma emergir e alagaruma vastaárea.De belezarara, forteemarcante,olugarexibe esculturasdanatureza: mais de 12 cânions.
Osparques sãodivididos por umaestrada de terra que liga apequena cidade de Praia Grande a Cambará do Sul, excelente produtora de mel. Ambas são portas de entrada para um cenário absolutamente envolvente. E a beleza, diga-se, não se resume aos abismos. O destino reúne preciosos exemplares da Mata Atlântica,
cachoeiras, rioscomáguas transparentes,além dasdelícias dos dias vividos ao sabor das montanhas.
Estrela local– O Cânion do Itaimbezinho, que em tupi-guarani quer dizer "pedraafiada",é umdos maisfamososdali. Dentro do Parque Nacionaldos Aparados daSerra, com seus 5.800 metrosde comprimento, profundidade média de 700 metros e paredesverticais, eleimpressiona todos os visitantes.
A Cascata das Andorinhas e a Véu de Noiva enfei-
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tam a vasta vegetação de pinheiros nativos. Há trêsopções de trilhas para conhecê-lo: as trilha do Vértice ea do Cotovelo, na parte gaúcha,e a doRio do Boi, na catarinense. Como partedaTrilhadoRiodoBoi segue o leito do rio, fatalmente algunstrechos são percorridos dentro da água. O esforço exigido para a travessia é forte e ela deve ser feita sempre com o acompanhamento de um guia.
Outro destaque que não podefaltar noroteiro: oCânionMalacara,que ficano
Parqueda SerraGeral. Seu nome,em espanhol, quer dizer "cara amarrada"ou "cara braba" e tem a ver com acerraçãoque em poucos minutosfazdesaparecer a incrível visão quese tem de cima dos cânions. Para chegar à borda que divideserraelitoralénecessário cruzarumafazenda poroito quilômetros.Obacanadopasseio começajá na travessia. É uma prova do que se tem pela frente. O Malacara, assimcomoo Itaimbezinho,pode serexploradopeloleitodorio.Pa-
O bservar fauna e flora com atenção faz parte dajornadapelosparquesdo Sul. O curioso fica por conta da gunnera manicata, uma planta pré-histórica de grandes folhas, encontrada apenas em doislugaresno mundo: Aparados da Serra e florestasandinas. Pelocaminho surgem gaúchos trajadosarigor, tocandoogado pelas coxilhas ou montados a cavalo.
Na fauna, marcamterritório lobos-guará, pumas americanos, veados campeiros, raposas, graxains, gambás, tatus ebugios. Entre as aves, além do queroquero,habitam na região a gralha-azul, o papagaiocharão, piriquitos, perdizes, codornas e marrecas.
O Itaimbezinho (foto maior) é destaque da região com seus 5.800 metros de comprimento. Um dos caminhos para chegar até o imenso cânion é a Trilha do Rio do Boi (à esq.). Cânions Malacara (ao lado) e dos Índios (acima) são outros dois pontos imperdíveis
raissoalgumadisposiçãose faznecessária,afinal,a caminhadadura três horas e pedrasgigantes devemser escaladas no roteiro.
Já o Cânion dos Índios é igualmente enigmático, masde fácilacesso.Apenas meia hora a pé e os olhos alcançam a beleza da Cachoeira dos Índios.
Fortaleza – Mais famoso, o Cânion Fortaleza é a estrela doParque daSerra Geral e é o mais extenso dali, com 30quilômetros deborda.A Cachoeira Fortaleza empresta umcharmeainda maiorà imensidãoverde que transborda por todos os lados. E os degraus que a erosãoformou nos últimos 130 milhões de anos são uma característica peculiar.
Quemtivercoragemdeficardeitado debarrigapara baixonoparapeito do câ-
nion terá a oportunidade de observar decima ovôo dos pássaros.A visãoé deuma densa florestaque seestendepelos 1.150 metrosde comprimentoque ligauma ponta à outra e é cortada pelo Rio Fortaleza. Nãoénecessárioseratleta para explorá-lo. Uma leve caminhada de 20minutos separaolocalondeoscarros ficam estacionados de seu ponto mais alto. A Cachoeira do Tigre Preto e a Pedra doSegredo, de5 metrosde altura e sustentadaem uma basede 50 centímetros,estãolocalizadas nobraçodireito do cânion. Merecem ser fotografadas e admiradas comtodaacalmaque pedemestes momentos de profunda meditação em meioàvegetaçãotão marcante e misteriosa da região dos Aparados.
Asestações– O climana Serra doFaxinalpode mudar de uma hora para outra. Porisso,pularda cama cedinhoéum dever.Apossibilidadedesolpelamanhãé bem maior do que no período da tarde. É fácil entender a equação dotempo local: a temperatura quente que vem do litoral ao sechocar comoclimafrio da serra provoca a chamada "viração". O resultado? Num piscar de olhos, a neblina toma conta de todo o cenário e faz desaparecera imponência dos cânions. Noverão atemperatura setorna ideal pararefrescantesmergulhos emcachoeiras episcinas naturais e emocionantes descidas de bóia-cross pelo Rio Mampi-
tuba. Oinverno promete dias de um céu azul inspirador,poucas nuvensemaior estabilidade climática, mas
O fenômeno da 'viração' produz diariamente uma forte neblina. E a planta pré-histórica gunneramanicata é uma das curiosidades da flora local (abaixo)
abaixa temperatura da água nãodeixaastrilhas quelevamaos cânionstão prazerosas assim.
Ecoturismo, aventura e gastronomia. É esta a fórmula do Parador Casa da Montanha. Localizado entre Cambará do Sul e o Cânion do Itaimbezinho, no Parque Nacional dos Aparados da Serra, é um lugar rústico e aconchegante, com hospedagem em tendas térmicas, feitas em lona, muito bem equipadas. Não há chuveiros, mas uma charmosa casa de banho coletiva. Entre as opções de passeios oferecidos, pesca esportiva, excursões de Land Rover, bicicleta e cavalgadas.
Não faltam opções de passeios e esportes radicais na região dos Aparados. Os aventureiros podem se esbaldar em corredeiras, paredões e cachoeiras
Ouem gosta de sentir aadrenalinacorrer forte nosangue iráse esbaldar com as inúmeras possibilidades que a naturezaproporcionapara os amantes dos esportes radicais. Dentroou forad’água a emoção está presente. E é a condição climática que vai definiro que há de melhor parafazer. Quando chove muito, oscânionsfuncionam como um funil, enchemosrios etornamperfeitas as descidasdebóiacross e em botes infláveis. Nas corredeiras do Rio Mampituba, localizado na divisa dos Estados gaúcho e catarinense, a diversão é garantida. Jáo Rio Malacara exige umaboa dosede malabarismo de quem se candidatar a descê-lo.
A Mata Atlântica toma conta docenário queacompanha os três quilômetros depercursonaágua.Nãohá como acabar o dia sem estar com amentee ocorpoem
profunda sintonia. Nos dias em que os rios estão mais secos e há neblina no pico dos paredões a atração ficapor conta dos trekkings na parte interior dos cânions. A caminhada pelo leitodo Riodo Boi,na área inferior do Itaimbezinho, reservaa visão,de baixo paracima, dosparedões de720metros dealtura. Diaslimpos,sem nuvense neblina, pedem caminhadaspelasbordas. Avisãoé deslumbrantee seperdeno largo horizonte. Quem curte rapel não pode deixarde experimentar uma das 12 cachoeiras espalhadas pelo Cânion Malacara. Há descidas de 45 ou 70 metros, conforme o seu gosto por altura. Cachoeiras vertendo em meio a Mata Atlântica: este é o visual que se tem doMalacarapara quem estánaregião de Praia Grande. Se vê-las de longe é uma paisagem revigorante,percorrê-las éainda mais emocionante.
Quando o Rio Malacara (acima) está cheio a pedida é deixar-se levar por suas águas praticando bóia-cross. Se for período de seca, vale caminhar pelos cânions, como o Fortaleza (no alto)
D
epois de um dia de expediçõespelos cânions, cachoeiras e rios é hora de recarregaras baterias. A doce recompensa dos exploradores chama-se Refúgio Ecológico Pedra Afiada. Maravilhosamente localizado aos pés do Cânion Malacara,olugarespera seus hóspedes de braços abertos. Dasjanelas,anaturezabrindaos visitantes. Nas sacadas, redes para as horas preguiçosas. Sãooito apartamentos e uma suíte que acomodamnomáximo 25 pessoas. Cada quarto leva o nome de um cânion. No jardim,cadeiras eespreguiçadeirasemmadeira sãoum convite para contemplar a
paisagem. Ali, a quietude, o cantodos pássarose osom do rio contagiam. Deixar-serelaxar napousada éumadeliciosaidéia. Entregar-se à leiturade um livro, quaseinevitável. Umapequena biblioteca guarda boasobras. Maso pontoaltodalié,literalmente,o mirante, garantia de uma visão de 360 graus. Em dias claros, épossívelaté avistar o Oceano Atlântico. O começo – Entre um chimarrãoeoutro,ajornalistae anfitriã Ana Aveline lembra como nasceu o Refúgio. Depois de um anoe meio viajando pela Oceania na companhia do marido Jean Pierre, veio a decisão de que era
Amplas varandas e cadeiras no jardim do Refúgio Pedra Afiada: os camarotes para a bela vista. Na hora de relaxar, sala de leitura
horadefincarraízes. Acidade grande não cabia mais nosplanosdocasal.Então,a regiãodosAparadosdaSerrafoiescolhida pararealizarosonhode criaruma pousada com a hospitalidadedequemestáprontopara receber os amigos. Engenheiro, Jean foi quem projetou o local, com pé direito alto e muitas janelas, para exibir a exuberância nativa. Coube a Ana dar
charme ao local. Na culinária, receitassãoobradas mãos habilidosas de Marisa e Cândida. Os legumes saem diretoda hortapara a cozinha.As frutas, dopomarparao cafédamanhã emformade cucas,bolose tortas. Quando osol se põe, ocheirinho de comida caseiraavisa queéhora detodosse reuniremdiante de dois espetáculos: à mesa e longe no horizonte.
COMO CHEGAR
ApartirdeSãoPaulo, a TAM (tel.0300/1231000)tem passagemida-e-voltaaPortoAlegreapartirdeR$1.022.Na Varig (tel. 0300/7887000), fica por R$ 914,35 e com a Gol (tel. 0300/7892121), R$ 806,35. Da capital do Rio Grande do Sul à cidade de Praia Grande, a empresa Unesul (tel.0--51/33759000, www.unesul.com.br) opera ônibus às 7h às 13h por R$ 24,60. A locadora Localiza (tel. 0800/992000, www.localiza.com.br) aluga carros a partir de R$ 89 a diária com quilometragem livre. A agência Expedições Caá-etê (tel. 0--51/3338-3323 www.caaete.com.br) faz transfers de Porto Alegre à Aparados.
ONDE DORMIR
Refúgio Ecológico Pedra Afiada: Estrada Geral da Vila Rosa,s/nº, Cânion Malacara, Praia Grande (SC), tel.(0--48) 532-1059 e (0--51) 3338-3223, site www.pedraafiada.com.br. Diária com café da manhã, lanche da tarde e jantar a partir deR$ 250 o casal. Possui agência de turismo. Parador Casa da Montanha: acessopelaEstrada para o Parque NacionaldosAparados da Serra (Fazenda Camarinhas), tel. (0--54), 504-5302, site www.paradorcasadamontanha.com.br.O pacote
de duas diárias, com café da manhã, almoço, jantar, passeio a cavalo e pesca esportiva incluídos, custa apartir de R$ 480 por casal. PousadaRecanto dasGralhas: Rua Antônio Raupp, 704, Centro, Cambará do Sul (RS), tel. (0--54) 251-1383, site www.gtn.com.br/recantodasgralhas.Umaopção de hospedagem mais simples e econômica na cidade. Diárias, incluindocafé damanhã,por R$ 60 o casal.
INFORMAÇÕES ÚTEIS
Informações turísticas: no CentroCultural Dr.SantoBorneo, Rua Adail Valim, 39, Cambará do Sul, tel.(0--54) 2511320, www.rotacamposdecimadaser ra.com.br, www.cambaraonline.com.br.
Passeios: a Cânyon Turismo (Avenida Getúlio Vargas, 812 sala 1, Cambará do Sul) realiza roteiros pela região– tels. (0-54)251-1027e 9973-8227, www.canyonturismo.cjb.net.
superávit
O ingresso de dólares no Paísem2004 superouasaídade recursosem US$6,36 bilhões. O fluxopositivo no mercadode câmbionoano passadofoi quase nove vezes superior ao saldo positivo de US$ 718milhões registrado em 2003. O resultado domovimentodecâmbiono períodomostrauma melhora aindamaior em comparação a 2002, quando o fluxo dodólares ficou negativo em US$ 12,98 bilhões em meio à crise econômica efuga de capitais da economia brasileira naquele anode eleições presidenciais. Ofluxo positivo vemcontribuindo para valorizaçãodo realdianteda moeda norte-americana.
O saldo positivo no mercado de câmbio no ano passado refletiu principalmente o vigor das exportações brasileiras
CC5 – O fluxo cambial ficou positivo em 2004 mesmo com o saldo negativo ao longo do ano de US$ 5,56 bilhões das operaçõesde saída e entrada de recursos pelaschamadas contas CC-5, de nãoresidentes noPaís. As remessas pelas CC-5 no ano passado triplicaram em relaçãoaosaldonegativode US$ 1,61 bilhão em 2003.
Osaldo positivonomercado decâmbio noano passado refletiuprincipalmenteo vigor das exportações brasileiras. Segundodados divulgadosontem pelo Banco Central, as contratações de câmbio para operaçõesdecomércio exterior (exportaçõese importações) registraramum saldo positivo de US$ 36,67bilhões, valorbem superior aos US$ 28,35bilhões registrados em 2003. Os dólares vendidos pelos exportadores ao mercado no ano passado somaram US$ 93,46 bilhões e superaram em US$ 20,2 bilhões o total de 2003, que chegou a US$ 73,20 bilhões. Já as operaçõesde importações chegaramno ano passado aUS$ 56,79bilhões. Em 2003,os importadorescompraramUS$44,84 bilhões em2003 parapagar as suas encomendas. Asoperações nosegmento financeiro,que incluem, por exemplo,recursosde empréstimos, ,tambémtiveram umamelhora em 2004. (AE)
Dólar voltou a subir e fechou em R$ 2,708. Ibovespa fechou em baixa de 0,63%, somando 24.691 pontos.
Omercadode juros deuprosseguimento ontem ao movimento deajuste que vem acontecendo desdeo início da semana.E quefoireforçado pelo tom conservadorda atadoFederal Reserve (FEd), o BancoCentral norte-americano, divulgada no final da tarde de ontem. O documentosinalizou queo
ciclo de aumento do juro norte-americano pode ser mais longo doque parte do mercado previa. E, por isso, levou os maisotimistas a corrigirem suas posições. O enfraquecimento do euro frente aoreal nesta semana potencializou a correção queo mercadonaturalmente faria.Contribuiu para esse movimento a expectativacom os númerosdo
mercado norte-americano, quesaemna sexta-feira e têm forteinfluência sobreo mercado externo. O Banco Central aproveitou oenfraquecimento do dólarà tardepara comprar moeda e, ao mesmo tempo, darsustentação aospreços. Após o leilão do BC, o dólar retomou a alta parafechar cotadoa R$2,708(+0,30%). Com esse resultado, o pron-
toacumula alta de 2,03% nestestrêsprimeiros dias úteis de 2005. No dia seguinte à ata do Fed, o mercado de ações brasileirooperousem tendência.O ÍndiceBovespa oscilou entre a variação máxima de+0,61% (25.000 pontos)ea mínimade1,31% (24.522pontos).No encerramento dos negócios, o Ibovespa fechou em baixa de 0,63%, somando 24.691pontos. Ovolumefinanceiro ficou em R$ 1,534 bilhão. Nostrês pregõesde janeiro, a Bolsa paulista acumula baixa de 5,74%. "Omercadoficoucauteloso hoje. Depois das duas quedas anteriores (segunda e terça-feira),quem esperavaum ralide iníciodeano teve de refazer suas contas", comentou um operador. Ele lembra queo cenáriointerno continua favorável à Bovespa, mas desde ontem à tarde o mercado"colou" em Nova York.
"Enquanto ocenário externo continuar indefinido, a Bolsa tende a acompanhar osíndices ládefora",disse um operador. Hoje, foi justamenteisso oque aconteceu. (AE)
Para o consultor Thomas McLarty, tributação brasileira inibe investimentos e empurra empresas para a informalidade.
Opresidente da consultoria norte -a me ri ca na K is s in ge r McLartyAssociates, ThomasMcLarty,fez severas críticas ao sistematributário brasileiroem artigopublicado nojornal Investor's Business Daily. Ex-chefe de gabinete da Casa Branca e encarregado especial para asAméricasna gestãodo presidente Bill Clinton, McLarty diz, em artigo intitulado"Espetáculo docrescimento do Brasil irá brilhar com corte de impostos", que o atual sistema inibe os investimentos estrangeiros e empurram asempresas para a informalidade.
De acordo com o consultor,somente comaredução do custo Brasil – com menor carga tributária – haverá estímulos para investimentos noPaís."O maiscríticoéreduziro infamecustoBrasil, ou o custo extra de fazer negócio no País. Muito desse ônus é atribuível ao oneroso e redundante sistema de tributação,que atingeinvestidores eempreendedores emmúltiplos pontosdacadeia de negócios." Ele cita como exemplo os custosde produçãodeveículos,que crescem34vezes com as taxas recolhidas por montadoras instaladas no Brasil. "Ostributos correspondem cinco vezes maisque o montantedas taxasequivalentesnos Estados Unidos", diz.
McLarty ressalta que cerca de40% daeconomia brasileira está na informalidade."Em umciclo vicioso,as altas taxas brasileiras empurram empresas etrabalhadores para o setor informal – e aqueles que ficam na formalidadecarregam os 40% que não o fazem." Noartigo, oconsultor lembra dadosdo Instituto Brasileiro dePlanejamento Tributário (IBPT), que apontaramque acarga fiscalduranteoprimeirosemestrede 2004foide38,1%doProduto Interno Bruto(PIB), maisde 1,2 ponto percentual acima do mesmo período de 2003. Ele recordaaindaquea ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI) lançou uma campanha publicitária de abrangência nacional com o slogan "Menos Imposto, MaisBrasil",que, além da reduçãodostributos, pede uma reforma que traga também investidorespara o País. "A complexidade do
sistema brasileiro exige que segasteenormesmontantes com advogadosapenas para entendê-lo", diz. McLarty, em seu artigo, segue com críticas à tributação incidente sobre os importados."Os60%deimpostosem mercadorias importadasentregues por companhias como a UPS – livros adquiridos pelosite Amazone peçasde tratores da John Deere, por exemplo– sãotão altos que inibem os negócios." Ele, no entanto, vê uma esperançapara oPaís quenão existia quandoo atualpresidente da República, tomou posse. "Quando o antigo agitadorsindicalista, LuizInácioLulada Silva,ganhoua eleição presidencial há dois anos, o mercado financeiro estremeceu,adiferençaentre a compra evenda de títulos se alargou com a instabilidade. Com capital de investimentodos Estados Unidos no Brasilavaliados emmais deUS$31bilhões,haviauma
Wall Street preocupada em saberoqueospolíticos esquerdistasna presidência poderiam significar para a economia brasileira", diz. "Hoje,o mercadoe omundo não se assustam mais."
Segundo ele, as empresas deanálisederiscoMoody´s e Standard& Poor´sclassificarampositivamente o risco-paísdo Brasil. Asexportações brasileirastiveram um superávit em relação a2003. Oinvestimento direto estrangeiro também está aumentando. A maioriados analistas revisou suas estimativas de crescimento do PIB para cima, com elevação de 5% em 2004. E mesmo o desemprego,umdos desafiosdeLula, está em declínio. Esse impressionante momento, segundoele, deveria sermotivodecomemoração, eomais importante,deinovação.McLarty apostanafinalizaçãoda reformatributária eacreditaqueas mudançasqueela trouxer também servirão como meta social noBrasil, possibilitando que maistrabalhadores recebam daprevidênciasocialquando seaposentarem. Eledefendeacombinaçãode umsistematributário mais racionalcommelhorias na infra-estruturaparaqueportosobsoletos eprocessosde alfândegasineficientes não barrem lucros eacentuem umaposição competitivado Brasil no mundo.
Adriana David
Sindical fora do prazo legal sujeitará o infrator às cominações previstas no Art.600 da Consolidação das Leis do Trabalho e demais legislações aplicáveis à espécie. Para os devidos fins, alertase que as repartições federais, estaduais ou municipais não concederão registro ou licença para funcionamento ou renovação das atividades dos
aludida quitação da contribuição. São Paulo, 4de janeiro de 2005. ALDO DE AVILA JUNIOR –Presidente. 05,06 e 07/01/2005
localizados para a intimação pessoal, a saber: FRAÇÃO IDEAL correspondente a TRÊS QUARTOS (3/4), de uma casa situada à Rua Ferreira de Araújo, nº 473, Jardim Elisa, nº45 Subdistrito-Pinheiros, nesta Capital, e seu respectivo terreno medindo 5,50m de frente, 33,50m em chanfro, onde faz esquina com a Rua Conde Silvio Álvares Penteado;25,51m no lado esquerdo, com frente para a Rua Conde Silvio Álvares Penteado, 26,31m no lado direito e 8:00m nos fundos, com a área total de 211,36m2 confrontando no lado direito e nos fundos com Francisco Ary Maldonado e Outros. Sobre o terreno encontra-se erigida uma casa de dois pavimentos, sendo que no térreo contém sala de estar, jantar, lavabo, copa e cozinha. No pavimento superior, três dormitórios e um banheiro. Na porção dos fundos uma edícula
Férias, hora de preparar a bagagem. Veja aqui todas as dicas – e as leis – para escolher sua melhor companheira de viagem
Por Flavia Perin
Companhia certa detoda equalquer viagem, a mala merece atençãoespecial antesedepois do embarque. Primeiro,épreciso escolheromodelo mais adequado ao tipo de roteiroaser percorrido. "Leve amalaquesegueo seuperfil. Asmalasdevem ter acara dodono, poissão umaextensão dele",afirma Kátia Gonzalez, consultora de viagens da Traveland Viagens e Turismo. "O ideal é que a bagagem esteja sempre adequadaao seutempo de viagem, eque você consiga carregá-la sozinho".
Segundo Kátia, é imprescindívelque sesaiba sehaverá carregador de bagagemnoslocais aseremvisitados. "Sevocê terápessoas para carregar suas malas, useas convencionais,mas sempre com rodinhas, pois emmuitos aeroportosvocê pagapara usar os carrinhos", sugere ela.
Quando odestinoescolhido é a Europa, Kátia dá outra dica: "Os apartamentos dos hotéis europeus costumam ser menoresque no Brasil,portanto, fiqueatento ao volume que irá levar".
Para uma viagemde aventura, que envolve deslocamento constante,longascaminhadase vários destinos,o melhor,deacor-
do com a consultora, é optar poruma mochilagrande. "Ou aquelas sacolas de lona ou náilonparacolocarnas costas", completa. No geral, oindicado é levar apenas umamalae,no máximo, mais uma bagagem demão. E,se pretende fazer muitas compras, tenha umabolsa dobrada dentroda mala,paratrazer
T
odos já retiraram suas malas da esteira e só a sua não chegou. A cena assusta qualquer viajante é preciso ficar atento para saber como lidar com o problema. A primeira coisa a fazer é dirigir-se ao balcão de atendimento da companhia aérea e registrar o extravio da bagagem. Lá, você terá de preencher o Registro de Irregularidade de Bagagem (RIB). Se possível, já faça uma lista dos pertences que transportava. Se precisar de ajuda, procure um fiscal da Seção de Aviação Civil (SAC), localizada nos principais aeroportos brasileiros. No Portal do DAC, também é possível registrar uma reclamação. Constatado que a bagagem foi realmente extraviada, a companhia aérea tem 30 dias para se posicionar. Passado este prazo, você tem direito a uma indenização, que no caso de vôos internacionais se limita a US$ 20 por quilo de bagagem extraviada –valor fixado na Convenção de Varsóvia. Mesmo que suas malas sejam localizadas posteriormente ao desembarque, e ainda que sem nenhum prejuízo material, você pode pleitear junto à empresa uma indenização pelos danos morais sofridos, segundo afirma o advogado Marcelo Roitman, especialista em Direito do Consumidor. "Ou, ainda, procurar um advogado para mover a ação, sem prejuízo de registrar reclamações nos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon." Indenizações – Se as malas forem localizadas com danos ou perdas de bens, ou não forem localizadas, o passageiro pode, além de pleitear junto à companhia aérea indenização por danos materiais e morais, se dirigir ao Juizado Especial Civil para ajuizar uma ação de indenização. Pode-se ainda, também neste caso, contatar um advogado para entrar com uma ação. É importante destacar que, normalmente, as empresas aéreas oferecem indenizações de valor menor do que se obteria mediante uma decisão judicial, de acordo com o especialista. Uma alternativa é declarar os valores atribuídos à sua bagagem antes do embarque. Para isso, é necessário pagar uma taxa suplementar (uma espécie de seguro), estipulada pela companhia. Então, se ocorrer extravio, você receberá o valor declarado e aceito pela empresa. Mas atenção: desse modo, sua bagagem pode ser inspecionada pela companhia. Objetos de valor, como jóias, laptops, palmtops e máquinas fotográficas, devem ser carregados na bagagem de mão.
Em viagens internacionais, você declara seus bens na Declaração Especial de Interesse. Este documento discrimina minuciosamente o conteúdo da sua mala e garante que você será indenizado integralmente. Basta saber se conseguirá separar um tempinho antes do embarque para tais "questões burocráticas".
presentese souvenirs na volta. Para finalizar, Kátia é contra as malas rígidas. "A mala dura quebra, pois as bagagens nunca são tratadas com carinho".
Atenção àsleisdebagagem – Modelo escolhido, deve-se estar por dentro do que é ou não permitido carregar,principalmentenocaso de viagens de avião. Para
bagagem demão, oDepartamento de Aviação Civil (DAC, www.dac.gov.br) regula que se pode levar uma bolsa de mão de até 5 quilos. A dimensãototal –comprimento, largura, altura – não podeexceder os 115 centímetros.
Alémdisso,o passageiro estáautorizado alevarum sobretudo, manta ou cober-
tor, um guarda-chuvaou bengala, uma máquina fotográfica oubinóculo, material de leitura em quantidaderazoávele alimentação infantilpara consumo durante aviagem, para quem viaja com crianças. Deficientes físicos têm direito de transportar muletas, cadeira de rodas ou aparelho ortopédico.
Recomenda-sequepassagens, passaporte, vouchers, comprovantedo seguro de viagem, recibo dos travellerscheckse todososdocumentosindispensáveis estejam sempre em local de fácil acesso, ou seja, na bagagem de mão. Também é recomendávelcarregarprodutos de higiene pessoal (nadadeobjetoscortantes!), um agasalho extra e dinheiro, jáque nunca sesabe o que pode ocorrer. Para despachar, os critérios são definidos de acordo com o destino.Na América Latina, o peso permitido é deaté20quilos naclasse econômica,30 quilos na executiva e 40 quilos na primeira classe.Já emviagens para Europa, África, Canadá, Estados Unidos e Japão, a quantidade máxima de volumes na classe econômicasão duasmalas,pesando 32 quilos cada e com dimensão máxima de 273 cm³ (juntas). Na executiva e na primeira classe, o peso é o mesmo, mas a dimensão maior. Não custa lembrar:para evitar confusão ou troca de malas,todaabagagemdeve estar identificada, de preferênciacom algo quea diferencie echamea atenção, como uma fitinha colorida, por exemplo, alémda etiqueta com seus contatos, incluindo o universal e-mail.
Principais novidades desta temporada, as malas a seguir são verdadeiros objetos de desejo. É só escolher o modelo que mais tem a ver com você e com o seu próximo roteiro e embarcar!
KIPLING
PRIMICIA
As malas da coleção Super Jumbo da Primicia são expansíveis e têm seis rodinhas, que giram 360 graus. O puxador pode ser regulado em três estágios. Perfeitas para viagens longas e agitadas. Nos tamanhos pequeno (R$ 306), médio (R$ 349), grande (R$ 393) e supergrande (R$ 437, foto à esq.). Já o modelo Boreal possui rodas bem grandes, com calotas que protegem contra atritos. Tamanho pequeno (R$ 194,77), médio (R$ 233,10) ou grande (R$ 261,62). Para os pequenos viajantes, há a coleção do ursinho Pooh, composta por dois modelos de malas (foto à dir.), sacolas e frasqueiras, todas confeccionadas em náilon laranja e acabamento cromado. Primicia, tel. 0800/113010, site www.primicia.com.br.
SAMSONITE
Quem não dispensa as malas rígidas vai gostar da Cruisair, da Samsonite. Com design clean e acabamento em vinil, estão disponíveis nas cores prata e preto. A proteção é garantida pelo novo sistema de dupla estrutura interna. As rodas seguem o conceito "spinner", que permite que girem para todas as direções e sejam levadas em duas ou quatro rodas.
Preços: R$ 1.199 (grande) e R$ 679 (pequena). Samsonite, tel. 5182-9830, site www.samsonite.com.
A Kipling lançou a coleção Vintage, ideal para quem pratica esportes de aventura. São diversos modelos, um mais prático que o outro, todos de náilon. A Track é uma mochila com jeito de mala, com rodas embutidas, divisórias funcionais e muito espaço (foto). Por R$ 489. E também há um modelo para o transporte de animais, feito em náilon e nas cores azul, vermelha, marrom e preta. Preço médio: R$ 215. Kipling, tel. 288-2444.
LOUIS VUITTON
Mais de um século após o lançamento de seus baús reconhecidos mundialmente, a Louis Vuitton criou sua versão de bagagem rígida. Puro luxo. A Bellaix foi desenvolvida numa combinação de madeira, couro e fibra de carbono. Chega ao Brasil em janeiro. Preço sob consulta. Louis Vuitton, tel. 3088-0833.
VICTOR HUGO
A grife Victor Hugo aposta no seu estilo clássico de sempre, com variações nas cores e nos tamanhos. Estão disponíveis em couro e jaquard. O modelo Orli 0N Nebraska (foto) é um dos últimos lançamentos e custa R$ 2.695. A inovação fica por conta da mala para animais de estimação. A linha Pet é desenvolvida sob medida e o cliente pode escolher a cor e o material. Preço sob consulta. Victor Hugo, tel. 3082-1303.
IBPT calcula que 15% dos empresários com profissão regulamentada vão acabar caindo no mercado informal
Oaumento da base decálculo do Imposto de Rendae daContribuição Social sobre oLucro Líquido (CSLL) de 32% para 40% deve levar cerca de 15% dos prestadores de serviços com profissões regulamentadas– emtornode15mil empresas – para a informalidade, segundo Gilberto Luiz do Amaral, presidente doInstituto Brasileirode Planejamento Tributário (IBPT). "A medida é uma incoerência do governoLuiz Inácio Lula da Silva, que afirma querer acabar com a informalidade", diz.
Uma das provasde incoerênciadogovernoLulaéempurrarprestadores deserviços para omercado informal enquantotenta aprovar no Congresso Nacional o"Préempresa",projeto deleique visa incentivara formalização de micro e pequenos empreendedores. Pela proposta, lembraAndréSpínola, consultortributário doSebrae, empresas que faturam atéR$ 3milreais brutospor mêssó terão de recolher a contribuiçãoaoInstitutoNacional do Seguro Social (INSS),ficando isentasdos demais tributos federais.
Amaral lembraque alei queinstituiuapossibilidade de tributação pelo lucro presumido para as sociedades civisde profissãoregulamentada(médicos, dentistas, arquitetos e advogados, entre outras) fez com que milhares de profissionais que trabalhavam na informalidade constituíssemsociedades. "Pelomenos400 mil empresas de serviços profissionais foram constituídasdesde então.Agora, várias destas não terão condições deassumir esseaumento da tributação", diz.
Parao o ex-secretárioda
Receita FederalEverardo
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
Maciel, asaídaéogoverno voltar atrás e fazer o Congresso rejeitar a proposta de aumento, "como fez quando
decidiuaumentaraCSLLem 2003". Mais do que "inconveniente",oaumentotributário para os prestadores de servi-
ços foidesnecessário,explicou. "A correção da tabela do IRnão podeserconsiderada renúncia fiscal."
Osprestadoresdeserviços prometemlutarnoCongressopara derrubaroaumento de 25% do IR e da CSLL. E já contam como apoiode parlamentares da oposição e do PMDB, que anunciaram uma aliança contraa Medida Provisória 232. A Federação dosServiços doEstado de São Paulo (Fesesp) está reunindo representantes do setor parapressionar osdeputados e senadores que votarão a conversãoda MP em lei. "Oua empresarepassa o custo parao tomadorou absorvepartedesse aumento, diminuindo seulucro ecorrendo orisco de entrarno
vermelho.Outrasaídaépartir para a informalidade, por uma questão de sobrevivência", diz Luigi Nese, vicepresidente da Fesesp. Outraentidade dosetor,a AçãoBrasileira deApoioao Setor de Serviços (Abrasse), járecebeu mais de 800emails com protestos contra a novamedida.SegundoPaulo Lofreta, presidenteda entidade, uma comitiva de presidentes das principais entidades dosetor levaráas manifestações recebidas ao Congresso. "Pela segunda vez seguida, oprestador de serviço é utilizado como bodeexpiatório.Em2004,ogovernoaumentouaalíquotae instituiua não-cumulatividadeda Cofins,prejudicando o setor", lembra. Laura Ignacio
Oaumentona tributação das prestadoras de serviços renderáR$500milhõesneste ano e cerca de R$ 1 bilhão a partir do anoque vem, segundo cálculos dos técnicos da Secretaria da Receita Federal.Ovalornãoserá suficiente para cobrir toda a perda de arrecadação decorrente da correção em10% da tabeladoImpostodeRendada
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PessoaFísica(IRPF),queéde R$ 2,5 bilhões. Mas, segundo ostécnicos, asmedidasnão forampensadascomesseobjetivo. Elassão"aperfeiçoamentos"queseriamfeitosindependentemente da correção databelaeoutras"bondades" do governo.
A Medida Provisória nº 232, quedetermina acorreção databela doIRPF, também aumenta de 32% para 40%a basede cálculodas empresasprestadoras de serviçosquepagamseustributos no regime de lucro presumido.Essabasemaior será usadaparacalcularo Imposto de Rendada Pessoa Jurídica (IRPJ)e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Neste ano, porém,só entraem vigor o aumento referente à
CSLL,apartirdeabril.Abase maior para recolhimento do IR só valea partir de 2006, informou a Receita. Os R$ 500milhões que o governoespera arrecadara mais este ano com os efeitos da MP 232 são, basicamente, a CSLL sobre a base maior.Quando abasede 40%valertambém parao Imposto de Renda, a arrecadação adicionalchegará perto de R$ 1 bilhão ao ano. A Receita Federaldecidiu mexer na tributaçãodas empresas prestadoras de serviçotendo comoalvo pessoas físicasquepagam impostos como pessoa jurídica para reduzirsua cargatributária. Comocostumadizerosecretário da Receita, JorgeRachid,o objetivo é "harmonizaratributação", ouseja,re-
duzir a vantagem que existe para as pessoasfísicas "disfarçadas" de jurídicas. Comparando umapessoafísicae umajurídica "disfarçada" com nível semelhante de renda, os técnicos mostram que a pessoa física ainda está em desvantagem. A pessoa física queestánafaixade 27,5% doIR sofreumatributação efetiva da ordem de22%, considerando as deduções e o limite de isenção. Como pessoa jurídica, ela pagava 14,53% de IR eCSLL e passará a recolher 17,25% no ano quevem.Os técnicos lembram, ainda, que o regimedelucro presumidoé optativo. Existe a alternativa de declarar oIR pelo lucro real. É questão de fazer as contas e comparar. (AE)
Mudanças podem elevar preços ao consumidor
Oaumento datributação dasempresas prestadoras de serviços que declaram Imposto de Renda pelo lucro presumido provocou reaçõesnegativas também na indústria. O diretor do Departamento de CompetitividadedaFederaçãodas IndústriasdoEstadodeSão Paulo (Fiesp),José Ricardo Roriz Coelho, diz que a alta atingirá empresasde segurança, de limpezae restaurantes além de consultorias e serviços de advocacia, que,porsua vez,repassarão os custos à indústria. "O resultadoé queoaumento do imposto acabaráchegando ao preço final dos produtos, ao consumidor", afirmou o empresário.
A Fiesp ainda não tem prontos oscálculos sobreo impacto da carga tributária de serviços na indústria e reclamaque osetorprivado nãofoiouvido sobrea nova regra da Receita Federal. "Foi umasurpresa para a indústria, que já está afogada em tributos eagora sofreráimpacto dos aumentos no setor deserviços", reclamou. A MedidaProvisória 232, segundoo empresário,é mais uma forma de o governo cobrir seus custos crescentes. Umadas bandeiras que a indústria paulista vem levantandoé justamenteanecessidadedeBrasíliacortargastos,oquepermitiriaaredução dosimpostos sobre a produção. "O governo precisa reduzir custos", resumiu. (AE)
Mosaico original de 1911 e doze esculturas que homenageiam Carlos Gomes serão recuperados. Projeto é resultado de acordo assinado em 2003 pela Klabin e a Prefeitura.
As obras de restauração e manutenção da praça foram iniciadas esta semana e deverão ser concluídas em março
Kelly Ferreira
Arestauração do piso original da praçaRamos de Azevedo, junto ao Teatro Municipal, no Centro deSão Paulo, jáfoi iniciada e deve ser entregue àpopulação emmarçodesteano.Feito em mosaico e tombado pelopatrimônio histórico,o pisoéde1911. Asdozeesculturas que compõem a praça, criadas pelo artista italiano Luigi Brizzolara,no começodo século passado, também
passarãopor manutenção. Elasforam levantadas em homenagem ao compositor Carlos Gomes. Areforma estásendopatrocinada pela empresa Klabin, querenovou,no ano passado,a parceriainiciada há dois anos coma Prefeitura de São Paulo, por intermédio da Secretaria Municipal daCultura e do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). O acordo tambémprevê acolocação de uma placa-totem juntoà FontedosDesejos, contendo informações históricas sobre as esculturas.
O investimentonas obras não foi divulgado pela empresa. "Não há como avaliar oinvestimento deumaformaisolada, porse tratarde uma obra histórica. Além disso, arestauração éum presentepara acidadede SãoPaulo, seriadeselegantefalarmosemvalores",disseodiretor geraldaKlabin, Miguel Sampol.
Segurança – Naopinião dopresidente da Diretoria Executiva do Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, o patrocínio das empresas privadas para a restauração,conservação e
manutençãodepatrimônios históricos dacidade ajudaa deixaracidademaisbonitae segura. "A segurança da população tambémestá ligada aumambienteconservadoe bem iluminado".
O superintendente da distrital Centro da AssociaçãoComercial deSãoPaulo (ACSP), RobertoMateus Ordine, que apóia a iniciativa da Klabin, também acredita que uma cidade mais bonitaé sinônimodesegurança. "Empresas privadas estão contribuindo para que a cidade fique mais harmoniosa e segura", disse.
A ampliação do Aeroporto Internacionalde São Paulo, em Cumbica, depende de trens expressos, entreoterminal aéreo eo centro da cidade.A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária(Infraero)condiciona ainauguração deum terceiroterminal de passageiros eda terceira pista doaeroporto –um investimentode cercade R$1 bilhão,no prazo de dois a três anos – , à construção de um aerotrem.
O presidentedaestatal, Carlos Wilson Campos, insistiu nessa condição, numa audiência com ogovernadordoEstado de São Paulo, Geraldo Alck min (PSDB). O governoe a Infraero criaram uma comissão para a apresentação, noprazo de30dias, deum projeto de viabilização técnica e financeira para a construção do aerotrem. Oprojetoaproveitaria os trilhosda CompanhiaPaulistade Trens Urbanos (CPTM) para ligar a Estação JúlioPrestes aoaeroporto. O aerotrem seguiria a ferrovia atéa Estaçãode VilaEsperança, de ondese desviaria para Cumbica, num trecho de 8 quilômetros. Campinas – Alémdessa ligação, o Estado analisa, em cooperaçãocoma Infraero, o prolongamento do aerotrem até o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Outro projetoprevê, nesse casocom a participaçãoda Prefeitura de SãoPaulo,a construção de umVeículo Leve sobre Trilhos (VLT), entre o Aeroportode Congonhase aEs-
Gonçalves/AE
Jonne Roriz e Valéria
Conceição,
José Luís da
Investimento necessário seria da ordem de R$ 1 bilhão, no prazo de dois a três anos. Expansão prevê um novo terminal.
taçãoJabaquarado Metrô. "Somente uma parceria efetiva com o governo e a Prefeitura poderádescongestionar Cumbica eCongonhas", disse o presidente da Infraero. Ele sugeriu tambémaoprefeito JoséSerraa construção de um viaduto sobrea avenidaWashington Luís para eliminação de umsemáforono acesso a Congonhas. Wilson argumentounas negociaçõescom Alckmin quea Infraeronão poderá inaugurar um novo terminal,comcapacidadepara12 milhões de passageiros/ano, sem o trem. C um bi ca , inaugurado em 1985 e que completará 20 anos no dia 20, dobrará sua capacidade (de 16,5 milhão para cerca de 29 milhões passageiros/ano) com a construçãodo terceiroterminal, emfase delicitação, e futuramente de uma terceira pista. Deacordo comaassessoriadecomunicação daInfraero, Cumbica registrou, ano passado, movimento de 13milhõesdepassageiros, em seus dois terminais. Com duas pistas – uma de 3.550 metros e outra de 3 mil metros de extensão – o aeroporto temumamédiade 400 pousos edecolagens pordia, de40 empresasaéreas.Mais de 100 mil pessoas, das quais 22,3 mil funcionários da Infraero e de prestadoras de serviço, circulam diariamente por Cumbica. ConstruídoaoladodaBaseAéreadeSãoPaulo, inaugurada nos anos 40, o aeroporto fica a 25 quilômetros do Centro. (AE)
SEM ACESSO –Ontem, um acidente envolvendo ônibus e caminhão na avenida Hélio Schmidt, atrapalhou o acesso ao Aeroporto de Cumbica e deixou um ferido.
RESGATES – Na marginal do Tietê, sentido Penha-Lapa, um caminhão que transportava um trator ultrapassou a altura da ponte da Casa Verde e teve de ser removido. O caminhão, na faixa do meio da pista, atrapalhou o trânsito local. Outra operação de resgate de veículo foi realizada pelos bombeiros no córrego na avenida Jacu-Pêssego, na zona leste. Um carro caiu nas águas na madrugada de ontem.
Prefeito disse que vai liberar R$ 2 milhões para a usina da Barra Funda, que fornece matéria-prima para tapar buracos na cidade. Mutirão deverá recapear as principais ruas e avenidas de São Paulo.
Renato Carbonari Ibelli
Oprefeito
José Serra prometeu liberar R$ 2milhões para que a usina de asfalto do município, naBarra Funda, possa retomar sua produção. A usina,queé aprincipalfornecedora da matéria-prima para taparos buracosda cidade, está praticamente parada por falta de pagamento. Sua reativação é necessária para que a Prefeitura retome as operações de tapa-buraco, prometidas peloprefeitopara seremrealizadas em esquema de mutirão nas principais vias da cidade.
A primeira dessas operações, que deve tapar mil buracos na marginal Tietê, foi anunciada por Serra para amadrugada ontem para hoje. O secretáriode Subprefeituras, Walter Feldman, informou que seriam necessáriosR$ 20milhõesao mês paratocarregularmente essas obrasemergenciais, como tapa-buraco, poda de árvores e limpeza de córregos. Nos últimos meses da antiga administração essestrabalhos foraminterrompidos oureduzidos para que o governo se adequasse à lei de Responsabilidade Fiscal(LRF). Buracos ecórregos ebocasde-loboobstruídasapareceram por toda a cidade. Asituação dausina écrítico.Para mantersuasoperações,elaprecisaria que R$ 1,5 milhão fossem repassados mensalmentepela administração municipal, o que não aconteceu regularmente no último ano da antigaadministração segundo ValterRocha,superintendente dausina."Em
dezembro, só recebemos R$ 500 mil", disse Rocha. A dívida da usina chega a R$ 3 milhões. Há 25 dias ela tambémnão recebeóleo diesel porque aPrefeitura deve R$ 4 milhões aPetrobras.Depoisdenegociações coma distribuidora,ficou prometidoparaofimdatardedeontem oenvio de 30 mil litros dediesel.Afalta de verba paramanutenção tiroude atividade18 dos22 equipamentos –entremáquinas e caminhões – da planta. "Perdemos 10% da nossa capacidade por causa
de furos no telhado que deixam achuva molhar nossoestoque", contou Rocha. Essaunidade tambémdeveria fornecer matéria-prima para que outrasquatro usinas de asfalto – da Mooca,Itaquera, Santo Amaro e Parelheiros. Por causadafalta de verba, ofornecimento foisuspensoe estas outras usinas hoje estão paradas.
Vistoria – Serra observou essa situação de perto ontem à tarde, durante visita às instalações, quando esteve acompanhado do secretáriode Subprefeituras. "Essa usinadeveria produzir três vezes mais", disse. Oprefeito aindaironizou o fato de buracos permanecerem abertos nacidade por longo tempo. "Perto de casa tem um onde já tinha até arbusto".
Durantea visitaàusina, Serra também comentou a situação da saúde no município. Segundo o prefeito, há dívidas com o programa Saúdeda Família,faltapagaro 13°de funcionáriose existem problemas de estoque de medicamento."É preciso melhorar adistribuição. O medicamento precisa chegar às pessoas".
Relatórios – O anúncio da recuperaçãodausinafoifeito um dia depois da entrega de um relatório, elaborado pelos 31 subprefeitos, sobre a situação em que encontraram suas subprefeituras.A falta de massa asfáltica foi um dosprincipais problemas apontados. Outras dificuldades relatadas foram dívidas pendentes –no caso
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS NACIONAIS E IMPORTADOS BLINDADOS, AUTOMÁTICOS (MOTORISTAS BILINGÜES) hiservicecar.com.br
Odesenvolvimentodo smart formore, veículo a ser produzido na fábrica da DaimlerChrysler em JuizdeFora,MG,foiadiado. O motivo é a reavaliação da atividade da marcasmartdentrodaestratégiageraldadivisãode
SEMINÁRIO
Renegociar e realinhar para crescer sem gargalos. Este é o tema do Seminário AutoData –Compras Automotivas: Chegou aHora da Decisão, que acontece em 21 de março, no hotel Gran MeliáWTC,emSãoPaulo,das8h30às18h.Inscrições a partir de 20 de janeiro pelo telefone (11) 5189-8931 ou no site www.autodata.com.br.
IKRO
Fabricante de componenteseletrônicos,aIkro deve fechar 2004 com faturamento de R$ 24 milhões e, por conta de novos contratos já firmados para este ano, projetaincremento de 33% na receita, saltando para R$ 32 milhões.
AUTO-RÁDIOS
O disputado mercado de reposição de rádios automotivosganhouno-
Walter Feldman, para avaliar a situação da planta, que fornece matéria-prima para as operações tapaburacos. Ontem, foi negociada a liberação de óleo diesel pela Petrobras para que as atividades fossem retomadas.
da Subprefeitura de Pinheiros, o rombo soma mais de R$ 2 milhõescom fornecedores–;faltadeequipamentoseveículossemmanutenção; situação precária dos sistemas de drenagem além de córregos obstruídos. Está previstapara sábado um mutirão de limpeza – cata-bagulho –na região do córrego Aricanduva, como ação de prevenção às enchentes.A recuperação da malha viária da cidade é tida como prioridade para quando houver diminuição da chuva. "Só a médio e longoprazo vamospoder fazer algobemfeito",comentou ontem Serra, ao ser questionado sobrea qualidade do serviço de tapaburacos.
automóveisdaMercedesBenz.Segundocomunicado oficial fornecido pela matrizparaaassessoriade imprensanoBrasil,aacirrada concorrência forçou o redirecionamento das atividades da smart para colocá-lamaiscompetiti-
vo concorrente.AElsys, que já produzia equipamentos para terceiros, como os Blaupunkt da Bosch, lançou a primeira linhadeCDplayers com marca própria. A Extreme Power é composta pelos modelos RCD 925G,RCD754GeRMP 949S, este capaz de tocar MP3.
LEI NOVA 1
Desde 1º de janeiro as montadoras de caminhões devem atender às exigências das novas normas do Proconve da fase Conama 5, correspondenteàEuro3:fabricar 100%, 60% ou 40% dos veículos equipados com motores que estejamdentrodosíndicesde emissões propostos pelo órgão governamental.
LEI NOVA 2
A maioria cumpre a lei bem antes de ela entrar em vigor. Única a deixar
va no cenário mundial. A reestruturação dos planosdevedurartrêsmeses, segundo as informações da matriz. Enquanto issotambémestásuspensa a estratégia de lançamento da marca smart nos Estados Unidos, agendado para o segundo semestre de 2006, justamente com o formore nacional. Vale ressaltar: apesar da decisão, o comunicado enfatiza a importância estratégica da unidade produtiva de Juiz de Fora para a DaimlerChrysler.
para depois, a Ford Caminhões terá que lançar seus primeirosmodelosequipados com esses motores já neste início de ano.
LEI NOVA 3
Por óbvio, utilizará não apenas os afinados motores eletrônicos Cummins como também os recémlançados Euromec – mecânicosdafaseEuro2com upgradeparaEuro3ecom virtude maior de custar algunsbons30%amenosdo queoseletrônicos.
LUPATECH 1
Depois de fechar financiamento de R$ 6 milhões em setembro com o BRDE, Banco Regional de DesenvolvimentodoExtremoSul, específicos para a divisão Microinox, fabricante de peçasmicrofundidas,oGrupo Lupatech conseguiu aprovação de mais R$ 15 milhõesdoBNDES,Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômicoeSocial.
LUPATECH 2
Os recursos serão aplicados em capital de giro para dar sustentação à meta de crescimento de 36% na receita da empresa neste ano.
INTERNACIONAL 1
A marca italiana de motocicletas Piaggio adquiriu a Aprilia, tornando-se líder do segmento na Europa. Com a fusão a receitaserá superior 1,5 bilhão de euros, conforme informou o diário econômico Il Sole 24 Ore.
INTERNACIONAL 2
A VDA, entidade que reúne os fabricantes de veículos na Alemanha, anunciou que a China terminaria 2004 como o terceiro produtor mundial de veículos, com 5,7 milhões de unidades, relegando o país europeu, com 5,6 milhões, ao quarto lugar do ranking.
Em áreas de ocupação irregular em São Paulo, a chuva fraca é tão ameaçadora quanto os temporais. O solo encharcado nas encostas dos morros é sério candidato a deslizamentos. Existem hoje na cidade cerca de 30 mil paulistanos morando nas 522 áreas de risco. Resolver o problema custaria
R$ 300 milhões por ano, mais de dez vezes a disponibilidade de recursos da Prefeitura para esse fim.
SFernando Vieira
e a chuva fraca e intermitente não causa enchentes, acaba gerando todas as condições para um outro sério problema: o risco de desmoronamentos. Hoje, a Defesa Civil mantém 16 das 31 subprefeituras de São Paulo em estado de atenção, devido ao encharcamento do solo das encostas de morros, onde, invariavelmente, existe uma favela. Além disso, na capital existem, pelo menos, 522 áreas de risco – em 192 favelas – já conhecidas da Prefeitura.
A situação é grave e a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, enviou ontem alertas meteorológicos para as defesas civis de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo informando sobre a possibilidade de chuvas fortes, raios e rajadas de vento com até 60 quilômetros por hora (km/h). Na madrugada de ontem, a chuva fina e constante fez com que o barraco do carroceiro Francisco Antônio Rodrigues de França, de 58 anos, na rua César Vallejo, na favela do Real Parque, zona sul, desabasse após o deslizamento de um barranco. Ele abandonou a casa assim que percebeu o deslizamento. Ninguém ficou ferido. França perdeu roupas e o colchão. "Vou ter de passar uns dias na casa de vizinhos." Pelo menos três barracos em volta do terreno correm risco. A Defesa Civil e a Subprefeitura do Butantã, responsável pela área, não foram acionadas pelos moradores.
Ameaça – Estima-se que quase 30 mil paulistanos morem nas áreas de risco. Das subprefeituras em estado de atenção, cinco são da região norte, oito da zona sul, duas, da zona oeste e uma é da leste.
O artesão Antônio Carlos da Silva, de 42 anos, é uma das pessoas que vivem nesses pontos críticos, sob a ameaça de desmoronamento. Morador do Grotinho, na favela de Paraisópolis, na zona sul, ele, a esposa e sete filhos não são os únicos a enfrentar a situação de perigo constante. Ali, difícil é encontrar uma casa de alvenaria ou barraco que não esteja em área de risco. A região de ocupação irregular é toda construída nas encostas do morro e no vale, bem no meio do Morumbi, um dos bairros mais nobres da cidade.
Silva e seus vizinhos do Grotinho já tiveram experiências com deslizamentos de terra. A última aconteceu há quase um ano, no dia 30 de janeiro de 2004. As chuvas levaram grande parte das casas do local. Naquela época, não houve mortes, mas alguns deles contraíram leptospirose, doença transmitida pela urina de ratos. Os destroços continuam jogados nos arredores até agora. Vigas de concreto abandonadas e casas esvaziadas pelo medo ou por ordem da Defesa Civil, no alto da encosta, também permanecem expostas a novos desmoronamentos sobre os barracos abaixo.
No início da tarde de ontem, segundo os moradores, uma equipe da Prefeitura esteve no local para derrubar alguns dos barracos que se encontravam em eminente desabamento. "Nunca mandaram ninguém para limpar
ou retirar as sobras, mas mandam para derrubar", criticou Silva, que teve sua casa posta ao chão. No entanto, em vez de sair da área de risco, ele e a família passaram a morar na casa que está localizada no terreno acima de onde foram retirados. "É claro que esta casa também está condenada. Mas a Prefeitura nunca teve uma política séria para a gente. Não me dão outra opção de moradia, só os abrigos que são como favelas oficiais".
Segundo Walter Feldman, secretário das Coordenadorias de Subprefeituras, a cidade gasta atualmente cerca de R$ 20 milhões com o problema de moradias nas áreas de risco das encostas. Ele reconhece que há quase 600 pontos de possíveis deslizamentos de terra na capital. "Para resolver o problema seriam necessários recursos da ordem de R$ 300 milhões por ano. Com isso, poderíamos retirar as famílias das áreas de risco, evitar as ocupações irregulares e construir cerca de 11 mil casas populares". Mas ele deixou claro que a Prefeitura não possui o dinheiro. Feldman afirmou ainda que esse tema será prioridade assim que as contas públicas municipais estiverem equilibradas.
Círculo vicioso – Maria José Alves Martins Valdevino, de 23 anos, também teve o barraco na favela de Paraisópolis desmontado, por causa do alto risco de desabamento, e mudou para um outro, em situação semelhante. Ela conta que pagou R$ 2,5 mil pela primeira moradia há cerca de dois anos e que não sabia do perigo. "A prefeita Marta (Suplicy) havia assumido o compromisso de fornecer o terreno e o material para a gente construir. Mas não cumpriu. Depois, disse que daria R$ 4,5 mil para a compra de uma nova casa, desde que a gente saísse da área de risco. No fim, só mandou R$ 2 mil, quinze dias antes do segundo turno, o que só dava para comprar aqui mesmo", disse Maria José. Ela está à frente de um grupo de moradores da favela de Paraisópolis, que, no final do ano passado, recorreu ao Ministério Público para solicitar o cumprimento dessas obrigações, assumidas pela gestão passada. "Até quando a gente está condenado a viver dessa forma?"
Perigo – Segundo a Defesa Civil, as áreas de risco apresentam algumas características que permitem aos moradores perceber se vivem em pontos de possíveis deslizamentos e correndo perigo. Trinca no solo ou na moradia, que antes não havia, degrau de abatimento – que é causado por um desnível no subsolo –, concentração de água barrenta na encosta mais do que o habitual e muros deformados pela pressão da água são fortes indicativos de que há movimento do barranco. Engana-se, contudo, quem pensa que as áreas de risco estão restritas às regiões distantes do Centro ou às favelas. Na altura do número 1.456 da avenida 9 de Julho, uma das principais vias da cidade, há risco de desmoronamento. Um grande terreno abandonado, praticamente transformado em um lixão, fica nos fundos de imóveis que têm a fachada na rua Barata Ribeiro. Uma triste imagem de grandes colunas de concreto deixadas ao relento.
Aimpressãoque dãoos governosda AméricaLatina é a de que estão perdidos num quartoescuro doqual não podem sair, por não encontrarem, no escuro, a porta que os libertará. Do Méxicoà Argentina,de umlado e, de outro, o Chile no sul do continente latino-americano,oque temosénãoacertarem, com exceção,sem dúvidadocitadoChile,com uma política econômico-financeiraque corresponda às necessidades nacionais de cada país.
Governarnão éfácil,ao contrário do que afirmou no iníciodeseu governoo expresidente Fernando Henrique Cardoso. O fato de ser um scholar de renomee um universitário preparado,ao menos em teoria, para compreender os problemas de governo,não favoreceu,comoeradeseesperar,oBrasil com todos os seus problemas.Comoresultado, temos osque o governo Lula não sabe enfrentar, salvo, com o auxílio do ex-banqueiro de descontos, HenriqueMeirelles,os maisconhecidos e desconhecidos. Não somos pessimistas, nemoptamos, noscomentá-
rios, por uma visão fuliginosa dos problemasda nação, principalmenteos econômico-financeiros,dos quaisdependemosprogramas de saúde, bem-estar, alimentação e outros queafligemas classes menos favorecidas. O quenosimpressiona,comojá acentuava Rui Barbosa, é estar ogoverno em mãosde quemnãosabe ordenarorumodanaudoEstado,nosentido do interesse da nação. SedesdePero VazdeCaminha tudo em se plantandodáou, em palavras de nossos dias, tudo é possível obterdeumpaíscomaspossibilidades do Brasil,está faltando quem o faça. É isso, éoque estáfaltando,inclusivenaáreado Mercosul, das relações não capituladas nesseorganismo, eoutrasdireções quedevemser tomadas para favorecer o povo de baixa renda, ou pós excluídos ou os esquecidos dosque forampor eleseleitos. Enfim, é preciso dinamizar o Estado, comquem possa fazê-lo.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Sérgio Vieira Jr. Umanoemqueocarnaval cailogonocomeçodefevereiro não pode ser de todo mauparaa realização de eventos empresariais que ajudemaalavancarasvendas epromovermaise melhores negócios.Comefeito, terminado operíodo de festas de fim de ano engatadas com férias de verãoe carnaval, é quando o país e, naturalmente, as empresas começam a emergir para realizar o lançamento e orelançamentode produtos,as convenções nacionais e regionais de vendas, os planos de incentivos e premiações, olançamentode concursostantoparaoconsumidorfinalquanto pararevendedorese especificadores, os programas de fidelizaçãodeclientes,o aproveitamento das diversas datas promocionais eoutras tantas ferramentas do marketing e do endomarketing. É aí que ressurge a necessidadedeseincrementarumcalendário deeventosminimamente organizado mas flexívelo bastante para eventualmente mudar-se asverbas já estipuladase direcionadas, selecionando-se aindaas empresas fornecedoras, seja as que cuidamda totalidadede cada evento, seja asque cuidamde detalhesespecíficose altamenteespecializados, como aadministração e colocação do som e da iluminação. A questão daescolhadeve demandaro cuidadodeselecionarosfornecedorescriteriosa-
mente, privilegiandoaexperiência, o cartelde realizações e,claro, asreferênciaschecadas comos antigos eos atuais clientes. Uma vez tomadas essas precauções, tudo deverá correr bem, ganhando-se ainda empresas parceiras com as quaisse poderácontar emtodos os eventos, inclusive naqueles em que,por diversas razões, as verbas estipuladas nãosejam lá nenhumamaravilha,entrandoemcenaa famosalei das compensações, onde quem come ofilé tem às vezes de engolir também a carne do pescoço. Combase naflexibilização dos eventosa seremrealizados enaadequadaseleção dos fornecedores, sejam estes para cuidar datotalidade do eventoou departe dele,2005 certamente será umanode positivo desenvolvimento dasatividades quevisam promover sua empresa e seus produtose serviços,colocando-osem condiçõesdetiraremo melhorproveito do crescimentoacima de5% do PIB,como indicamas projeções privadas e governamentais. Bons eventose um próspero 2005prometemestar mais juntosdo que nunca neste ano que não tem excesso de "feriadões", nem eleições, nem Copa do Mundo ou Olimpíadas, estando assim, naturalmente,voltado paraa produçãoe a comercialização, com destaque para a realização de eventos.
Sérgio Vieira Jr. é administrador de empresas
O episódio não é de hoje. Mas vale a pena comenta-lo por ser ilustrativodo comportamentoedapersonalidade do atualpresidente da República. Trata-sedo trabalho divulgadopeloIBGE segundooqual oproblemadaobesidade émuitas vezes maior do que o da esqualidez. Foi o bastantepara Lula, quesabe tudoa respeitodepesquisas, como dode tudoo mais,declarar que nenhum instituto de pesquisatemcapacidade para apurar se ponderável número da população passa fomeounão. Eseuargumento foi o de que se se perguntar aos famintosse passamfome eles senegarãopor simples vergonha aconfessar que
sim.Nãoteve opresidentea cauteladeconsultarseusconsultoresou nenhumdeles soube informá-lo que a pesquisa não se baseou em questionário,mas emmedidasde altura e peso. Mas é evidente que o trabalho do IBGE lança dúvidas sobre a proeminência da questão da fome, que foi erigida como a principal bandeira político-eleitoral do atual governo. Ora, o"problemadafome" jáestavasuperadopor governos anteriores. Outrasevidênciasse destacamnestecaso. Aprimeira é que foi esse mesmo instituto que hápouco, revisando seus critérios de avaliação, concluiuque2003,
Lara Cristina de Alencar Selem
Como já antecipava Rui Barbosanocomeçodoséculo passado,"justiça tardia não é justiça, senãoinjustiça qualificadaemanifesta".Nãoé dehojeque oPoderJudiciário vemdeixando deatenderaos interessesda populaçãobrasileira,resultado damanutenção de padrões estabelecidos noSéculo 18. Adjetivos como morosa, lenta, pouco eficiente, burocrática,praticante deprivilégios,distante, inacessível, corporativista, desorganizada administrativamente, estruturalmenteobsoletae que atua com falta decontrole e fiscalização,sãocomumenteatribuídos ao Judiciário brasileiro. Segundo pesquisa realizada pelo Ibope- Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, em dezesseis grupos de brasileiros, na faixa etária dos 16 aos 24 anos e dos 35 aos 50 anos, das classes AB+ e CD, ouvidos em março deste ano emquatro capitais brasileiras,para falar sobre Justiça,Judiciário ejuízes brasileiros, a imagem do Judiciárioéde "umaentidade distante, fechada em si mesma, estáticae predominantemente negativa". Talvez uma das explicações resida em sua origem: o Judiciário foi sido concebido como o Poder que tem porresponsabilidadea manutenção das leis, sugerindo uma atitude conservadora e avessa às mudanças. No entanto, após a Constituiçãode1988,a sobrecargade processos se tornou um fardo quase impossível de se carregar, tão grande foi a ampliação das possibilidades de defesa de direitos, o aumento do número de advogados disponíveisnomercado,dentreoutros tantos fatores. Basta observar os números trazidos pelo primeiro (e polêmico) diagnóstico geral do Poder Judiciário brasileiro,divulgado pelo Ministério da Justiçanodia16deagostopróximo passado: as primeiras instânciasestaduais efederais concentraram, no ano passado, 86%dos 17,3 milhõesde processos protocolados e distribuídos em todo o País; essas instâncias, somadas,julgaram 9,1 milhõesdeprocessos,resultando no aumento do estoque em 4,5 milhões de feitos; o volume totalde todaa Justiça indica a relaçãode um proces-
so para cada 10 brasileiros. Diantedetalcenário,mudar se tornou imperioso. O Brasil clama por um Judiciário que proporcione uma justiçamais ágil e rápida. Isso, por certo, envolveránãosóatãonecessária reformaprocessual, como também muitos ajustes administrativos, através da evolução do formato (ainda centenário)decartóriosesecretarias judiciárias, a adoçãode novas tecnologias e, especialmente, a preparaçãoadequada dosserventuáriosque atuarão como agentes dessas mudanças. Mudaro modelode gestãoe unificá-lonostribunaisdopaís inteiro (que hoje operam isoladamente) será, por certo, uma dasformas maiseficazespara combater a crise instaurada no Judiciário, bemcomo parafazer comque elese ajuste aos novos contornos da atividade jurisdicionale à diversidade deproblemas que requerem soluções com maiornívelde especialização técnica.
Umagestãoplanejadaestrategicamente tornará possível a buscapelo desenvolvimento futurodo Judiciáriocomoum todo,amelhoradaperformanceadministrativa,a otimizaçãodosrecursosestruturais,financeiros e humanos, e do relacionamento comjurisdicionadose advogados. As questões estratégicas mais pontuais dizemrespeito ànecessidadede: I) revolução estruturaledequalidadeda legislação processual; II) melhoria da atenção e foco no cliente; III) modernização e profissionalização doformato dasrotinas e procedimentos que resultarãonoprodutodaJustiça; IV) visão, capacidade e vontade política dos dirigentes para mudaro status quo atual, em direção da eficiência. Atravésdeplanos deação que meritizem taisquestões, serápossívelalcançarosobjetivos e metas que envolvem a prestação jurisdicional, permitindo aintrodução de idéias inovadoras,o contato comoutras disciplinas,e maioresníveis deexcelência em algumas áreas, além de umforte senso de direção e propósitocomumentretodos os elementoshumanosque compõem o Poder Judiciário. A hora é agora!
Lara Cristina de Alencar Selem é advogada e consultora em Gestão de Serviços Jurídicos
em lugar de uma redução do PIBde 0,20% teve um aumento de0,50%.Revisão queaplicada retrospectivamente daria também aos governos anteriores cara menos assustadora do que o PT lhe atribui. Fato quetalvez explique porque ele nãoexplorou essa descoberta.E que, pelo menos, referenda a isenção políticae apreocupação exclusivamente técnica comque esse órgãoexaminaosassuntos.O IBGE, de fato, parece ser uma das poucas organizações estataisrespeitáveis por sua competênciae autonomia técnica. A"vontadepolítica" pareceterseesqueceu de "aparelhá-lo" como fez e continua tentando fazer em todos os escalões Estado. Quanto à famosíssimafome brasileira, a que nível existe,aquepontosemistura com falta de comida ou malnutrição, parece algo a ser melhorapurado utilizando-
se o trabalho do IBGE. Jamais vimos pelamídianada que se assemelheaos grupos de crianças africanas esquálidas, em pele e osso, ou catástrofesde inaniçãoemorte por esse motivo. Episódios que, se ocorresseme fossem endêmicos,não seriamomitidos pela mídia local e internacional. O que mais vimos e vemos são crianças barrigudinhas como guarus. Assim, o pronunciamento episcopal deLula parece apenas servir para reiterar seu primarismo e fortalecer o messianismo ea vocaçãocarismática que, desdeas primeirashoras, são traçosdominantes desua personalidade e de sua política.
Um depoimento (Editora Senac) e-mail: benedictobarros@yahoo.com.br
Dieter Kelber
Não há dúvidade que vivemos uma época de incertezas, mudanças constantes, inovações e desafios cada vezmais intensos. O nosso atual saberprovavelmente será uma inutilidade amanhã. Aobsolescênciade hardware e software atinge velocidadesmuito maiores doqueacapacidade deadquirir osconhecimentos necessários paralidarcomas novidades.A vidademuitos profissionais especializados ficou extremamentevulnerável. Para lidar com essa situação, é imprescindível aumentara capacidade de vero todo, ouseja, desenvolveruma visãosistêmicaeholística.Essa necessidade consome esforçoetempo,edeveseratendida constantemente, já que na maioria das arenas do mundonãoseespera mais acontecer. Mais do que nunca, aprender globalizadamente, usando todoo potencial de nossa mente e corpo, é a ordem do dia.
Associação Comercial de São Paulo
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As férias de fime início de ano são uma grande oportunidadedebuscaroaprimoramento pessoale profissional nessa direção. Não só em cursosespecíficos, mastambém em reflexões individuais que estimulemnossa integração comoindivíduos e com o meio que nos cerca. Como fazer disso umaprática? A resposta, aparentementedifícil, é simples. Invista todos momentos possíveis no seu maior patrimônio, seu cérebro.Reconhecidamente um grande consumidorde energia quando em operação, tende a se tornar preguiçoso, optando por trabalhos automatizados, rotineirose de
longa dataarmazenados no seu "banco de dados". É exercita-lo, é preciso lhe dar desafiose novosprojetos antes nunca pensados. "Desafios" e "novos projetos", nesse caso, não estão necessariamente ligadosà área profissional. Nesse período de férias, pode significar simplesmente fugirda rotina.Se você está acostumado a ficar em casa, váviajar. Seestá acostumado a viajar, fique em casa e aproveite paraler aqueleslivros quevocê umdia ganhou num aniversário e que continuamintocadosnaestante.Ou invente alguma coisa completamentediferente, como ir pescarnorio Negro,nomeio da selva amazônica! Oimportante émantera mente aberta para aprender coisasnovase, sobretudo, despreocupadamente. Aexperiência demonstra que as pessoas, quando brincam, aprendem commais facilidade. Tal fato deve-se à espontaneidade de seus atos e à oportunidade de demonstrar o que sabem e o que não sabem sem o medo de errar. É tambémo melhor exercício para aumentar ainteratividade entreoladoesquerdodocérebro (razão,competição, lógica, linguagem verbal) e o lado direito (intuição, cooperação, imaginação, emoção,sensações), o que é ótimo para estimular a criatividade. Portanto, nessas férias, faça algo diferente: não deixe de exercitar seucérebro.Além de fazer bem para a saúde, vai fazer um bemainda maior parao seu futuro pessoal e profissional.
Dieter Kelber é professor e diretor executivo da Business Processes School
Lula não admite a existência de um candidato dissidente no PT à Presidência da Câmara dos Deputados. O recado foi dado ao deputado VirgílioGuimarães (MG),que tema preferência deumarespeitávelparceladabancada petista na Câmara.
O presidente não aceita que aconteça com o PT o que ocorreu com o PSDB na eleição da Câmara Municipal deSão Paulo. Ocandidato deLula à ao cargo éodeputadopaulistaLuiz Eduardo Greenhalgh que, por sinal, foi um de seus advogados de defesa na JustiçaMilitar, nos anos de chumbo.
Mesmo com o apoio de Lula, Greenhalgh vem enfrentando obstáculos nasua campanha, inclusive na bancada do PT.Greenhelgh vende a imagem de arrogante. Sem falar na oposição que sofre das bancadasruralista eevangélicapelofatode ser advogado do MST.
P elos levantamentos preliminares e, apesar das arestas,Greenhalgh játeriamaioria de votos para suceder a João PauloCunha. Mas acampanha dos adversários aindanão pegouno breu,dizem osdeputados que apoiam as oposições.
O dissidente Virgílio Guimarães insiste em dizerquenãoéumcandidatoavulso, masainformaçãoé de queele teria291 votosparaa Presidência daCâmara.Onúmeromínimo para se elegeré de 257 votos. Mas o grupo de Greenhalgh dizque o candidato oficial já tem 315 votos.
O PMDB está prometendo dar a Greenhalgh os 54votosdabancadadesde quesejaassegurada ao partidoa 1ªSecretaria,2º cargo mais importante na Mesa Diretora por agregar as verbas da Casa.
Mas os peemedebistas quefazemoposiçãoaogovernoameaçam lançara candidatura de Michel Temer à Presidência daCâmara. Temer jápresidiu a Casa. Foiele o principal peemedebista quetentou levar o partido para a oposição a Lula.
D a mesma formaque Greenhalgh sofre oposição na própria bancada doPT,tambémocandidato do PFL José Carlos Aleluia(Bahia)vem enfrentando restriçõesno partido, que partem dos deputados que seguem a orientação de ACM. Os carlistas dizem que vão votar no petista.
G reenhalgh está prometendoaopartido afastar os problemas quando começar aviajar pelosestados para os encontros com os governadores.E, através dosgovernadores, conquistar osdeputados arredios. Greenhalgh quer cercarespecialmente os governadores do PSDB.
C omo Alckmin também vai precisar de votos do PTnaeleiçãode presidente da Assembléia Legislativa, pode estar mais próximodoquese imagina umacerto deGreenhalgh com o governador, apesar do recente episódio na Câmara Municipal.
Vereador pede anulação do decreto de Marta Suplicy que cancelou pagamentos
OE nquanto os acertos não chegam, o PT vai costurandona Assembléia paulistaacriação deum novo Centrão que pode vir a surpreender os tucanos. OPTespera criaro Centrão comosdeputados do PMDB, PCdoB e PP.
S e depender do PSDB apenas umchapãose apresentará na eleição de presidente da Assembléia Legislativa. A presidência ficariacomos tucanoseo PTcontinuariacom a1ª Secretaria. Há tempos que o PT ocupa a 1ª Secretaria em São Paulo.
J osé Alencar deve se reunir com a bancada do seu partido, tentando enquadrar o PL no apoio a Greenhalgh. O vice-presidentediz queépreciso serleal aopresidenteLula porque o PL pertence à base desustentação do governo.
E duardo Azeredo, presidente em exercíciodo PSDB,veio a SãoPaulo consultar Serrasobre o comportamento da bancada naeleição de presidente daCâmara.Está emandamento proposta derespeitoà proporcionalidade dasbancadas. Então,o PSDBmarcharia com o PT.
S erra botou os operáriospara trabalhar:elesjá começaram adetectarfalhas na construçãodo Túnel da Rebouçaspara evitarnovasenchentes. As falhas teriaocorridoem função da pressana construção da obra.
Otúnel daRebouçasfoi construídonos3 meses queantecederam aseleições deprefeitoecustou aomunicípioquaseR$100 milhões. Ostécnicos que examinam o túnel insistem em dizer que a pressa naconstrução pode ter comprometido a qualidade da obra.
Parece que naseleições de 2006 LuizAntonio Medeirosnão seráo único candidato de peso representando a Força Sindical. Também Paulinho Pereira se prepara para disputar uma cadeirade deputado federal. Como a entidade éforteos2 tem possibilidade de eleição.
vereadorJoséPolice Neto (PSDB) estáentrandohoje na Justiça com uma ação pedindo a anulaçãododecretodaex-prefeita Marta Suplicy, que cancelou empenhos de pagamentos da Prefeituracomfornecedores e prestadores de serviços.Segundoovereador,sea Justiçaaceitarseupedidoserá possível conheceros pagamentos deserviços e obras queforam cancelados eprovarquehouvedescumprimento da Lei de ResponsabilidadeFiscal. Ele tambémpensaem pediraabertura de uma Comissão Parlamentar deInquérito, assimqueterminarorecesso daCâmara, parainvestigar se houve "negligênciaou incompetência" no cancelamento de empenhos. Marta publicou no Diário Oficialdo Município, nos últimosdias domêspassado, cancelamento de vários empenhos, só poupando as áreas de saúde,educação, habitaçãoe serviçodadívida com o governo federal. "Só pode haver cancelamento deempenhos deserviços e obras que não tenham começado.Temosinformaçõesdeque muitos serviçose obrastinhamnão sócomeçado,comoalgumas tinhamterminado,e tiveram oempenhocancelado. A coleta de lixo é um exemplo. Seconseguimos provar isso,fica muito claro que a administraçãopassadaferiu a lei", explicou o vereador. Ontem, o ex-secretário de Governo da administração Marta Suplicy, Rui Falcão, dissequenãofoideixadadívidapara agestãodeJosé Serrapois haviadinheiro para pagar os compromissos assumidos (veja matéria ao lado). "Soubeque osecre-
tário disse que deixou parte do pagamento com a limpezapública feitaem 2004para serpago esteano. Seisso for comprovado ficaclaro o desrespeito àLeideResponsabilidade Fiscal", disse Police Neto. Até agora, deacordo com o vereador, a dívida de curto prazoqueoprefeitoJoséSerra tem para pagar chega a quaseR$1bilhão(R$550milhões decancelamentode empenhos e mais R$ 450 milhões de restos a pagar). "Mas esse montando pode chegar próximodos R$2 bilhões,poisestãoaparecendo muitos empenhos que foramcancelados eesquecidos em armários e gavetas". Segundo overeador,ele está recorrendo à Justiça paratentar umasoluçãorápida. Se aCâmara Municipal não estivesse em recesso, eletentariaaprovarumprojeto pedindoo cancelamento dodecreto. De acordo comele,a açãopodeserpatrocinada pelorestanteda bancada do PSDB na Câmara Municipal,bem como a criação de uma CPI. Mas as investigações devem começar ainda nesta semana. Investigação– O Ministério Público do Estado de São Pauloabriu, anteontem,investigação sobre a anulação, feita por Marta, das despesas previstas no Orçamento para fecharo balançogeral do município.De acordo com opromotor Saad Mazloum, a investigação tem por objetivo "verificarse esse comportamento gerou ou vai geraralgumdanoou ofensaà LeideResponsabilidade Fiscal". Ainvestigação deve estarconcluída dentro de90 dias.A decisão do promotor provocou protestos deRui Falcão. "Não me lembro de em outras ad-
O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB),negou ontem que o Tesouro Nacional tenha concedido tratamento privilegiado à exprefeita Marta Suplicy (PT) no pagamento da parcela mensalda dívidadaprefeitura com o governo federal. "Umacoisa évocêter uma flexibilidade mais imediata,mas nãohouvetratamento privilegiadodo Tesouro à prefeita Marta Suplicy", afirmou, ao visitar umausinade produção de asfalto da administração municipal, naBarra Funda, zona oeste.
Em dezembro,o Poder Executivo municipal pagou somenteR$ 80 milhõesde R$105milhões da parcela do débito com a administra-
Lula intervém em disputa, mas Virgílio mantém candidatura
A divisãointerna doPT sobre asucessãodadeputado João Paulo Cunha (PT-SP) continua sem solução mesmo com a intervenção do presidente Luiz Inácio Lulada Silva.O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), mantevesua candidatura,apesar da bancada petistater decidido indicar oficialmente o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP). Opresidente do PTB, deputado Roberto Jefferson(RJ), criticou o PT por não ter escolhidoo deputadomineiro, classificando de "erro de articulação" a indicação de Greenhalgh. (Reuters)
Ex-secretário petista afirma que "as críticas são políticas"
Ruy Falcão nega o calote
O ex-secretáriode Governoda Prefeitura,Rui Falcão, reconheceu ontemque nãofoi feito o pagamento da dívida com a União no mês passado. Masele afirmou que a Prefeitura não foi entregue sem dinheiro para quitar as dívidas de curto prazo. Especialmente, aamortização da dívida com o governo federal, no valor de R$ 105 milhões.Segundo Falcão, não houve calote. Para oex-secretáriode governo, os tucanos estão reclamandopara criar um clima eleitoral antes da eleiçãode 2006."As críticassão políticas".Ele afirmou ainda que o nãopagamento daparcela da dívidacoma Uniãoem dezembro foi previamente combinada com membrosdagestãodeJoséSerra.Falcão também nega
ministrações, ondetambém foram feitos cancelamentos de empenho,umaação do Ministério Público. Quando o CelsoPitta terminouo seu
que tenhahavido seqüestro de receitas eafirma queforam deixados R$ 540 milhões em caixa para José Serra fazeros pagamentos da dívida e com fornecedores. Ele não soube explicar porquenão foi feitoopagamento no dia 30 da dívida com a União, se foi deixado dinheiro em caixa.
A Prefeitura emitiu nota rebatendo Falcão, afirmando que "o pagamentodaparcela da dívida juntoao TesouroNacional, de cerca de R$145 milhões,vencida nodia 30 dedezembro de2004, nãofoi efetuadopor insuficiênciade recursos na conta bancária específica para tal realização".
Segundo a nota, no 1° dia útilda nova administração, "essa conta apresentavasaldo de R$ 16.198,46". (FL)
governo elecancelou empenhos já liqüidados e o MinistérioPúbliconãosemanifestou", disse Falcão. Fernando Lancha
Levy pode responder por crime
ção federal e, em novembro, o pagamento de R$58milhões foi efetuadocom a atraso. "Não deve haver tratamento privilegiado a nenhuma prefeitura doPaís e nem com a nossa. O que deve haver apenas é a compreensão (do Tesouro) diante de dificuldades e de coisas que são recebidas de administrações anteriores", opinou. Conforme estabeleceo contratoderenegociaçãoda dívida com oPoder Executivofederal, o não-pagamento da parcela mensal resultanobloqueiodascontas do município.Para Serra,o desbloqueiodas contasnão significaentretanto,que o Banco do Brasil (BB) possa ter tidoalgum tipode ingerência política do PT. (AE)
Descalvado: prefeito cassado e uma nova eleição em até 60 dias
O juiz substituto de Descalvado, Temístocles Barbosa Ferreira Neto, cassou ontem o prefeito José Carlos Calza (PSDB) e o vice, Luís Antonio do Pinho (PFL). A decisão ocorreu após ação movida pelo candidato derrotado, Luís Antonio Panone (PPS), que fez várias acusações, entre as quais o uso da máquina administrativa por Calza durante o período eleitoral. Cabe recurso, mas uma nova eleição deverá ser marcada pelo Tribunal Regional Eleitoral e pode ocorrer entre 30 e 60 dias. (AE)
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, podeter de responder na Justiça por crime de improbidade administrativacaso fique confirmadoque deu tratamentoprivilegiado à Prefeitura de São Paulo, tanto paraagradar à exprefeita Marta Suplicy (PT) quanto ao prefeito José Serra (PSDB), de acordo com interpretação feita por integrantes do Ministério Público.
Levy teria ferido as regras docontrato derenegociação dadívida daPrefeitura com a União, por não ter bloqueado aparcela referenteàdívida vencida em 30de novembro–R$ 58milhões– epelofatodeoTesouro ter mandado liberar,
Jarinu e Várzea Paulista enfrentam sérias crises
Jarinu eVárzea Paulista, na região de Jundiaí, enfrentam graves crises financeiras. O novo prefeito de Jarinu, Vanderlei Gerez (PSDB),assumiucom um déficit de R$ 4 milhões e diz que está à beira de decretar "falência".EmVárzea Paulista, o novo prefeito, Eduardo Tadeu Pereira (PT),afirma queasituação "é humilhante". Pereira assumiusem dinheiro até mesmo para o café da manhã decemtrabalhadores. Os caminhõese carros oficiais estão sem peças oucombustível. Vários computadores não foram localizados até agora. (AE)
no dia3, R$ 145milhões de recursosbloqueados nodia 30. Aassessoria deLevy informouqueele não falaria sobre o assunto. Ofuturolíderdo PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), vai apresentar um requerimento para queo ministro da Fazenda, Antônio Palocci, compareça ao Congresso e dê esclarecimentos sobre a liberaçãodos recursos do Tesouro àPrefeitura deSão Paulo. "Quando o governo federal contrariaprincípios legais, como o da observância dos contratos, e deixa de fazer o bloqueio exigido, dá um exemplo muito ruim", disse o atual líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA). Eletambémqueraconvocação de Palocci. (AE)
Governo de Tocantins anuncia a demissão de 9 mil funcionários O governador de Tocantins, Marcelo Miranda (PSDB), deve demitir a partir de hoje cerca de 9 mil funcionários não-concursados e que representam cerca de 50% dos servidores nomeados. O pacote foi anunciado ontem pelo secretário de Governo do Estado, Cacildo Vasconcelos. A onda de demissões atingirá cerca de 18% da força de trabalho do governo, que possui 48.504 funcionários públicos, dos quais 18 mil são nomeados. O gasto com pessoal está na casa dos R$ 61,5 milhões por mês. (AE)
Governo enfrenta forte reação à MP que eleva tributação sobre as empresas prestadoras de serviço. Além da grita dos empresários, parlamentares se mobilizam para derrubar a medida. Página 10
“Quem gosta de pagar imposto? É por isso que ele tem esse nome: imposto.
Como nascia o traço de Will Eisner, criador de Spirit, o herói mais humano dos comics?
o filme De-Lovely, com Ashley Judd e Kevin Kline: um musical em homenagem ao genial compositor Cole
Advogados, que estão entre os atingidos pela MP, devem contestar medida na Justiça
Mudança de regra ameaça a recuperação iniciada pelas pequenas empresas
Golpe tributário foi executado na véspera do réveillon e virou manchete deste jornal:
“
Cumpriu-se a tradição do governo em enfiar a mão no bolso do contribuinte
Pintura de Delacroix (acima) é atração no Masp. Abaixo, o bar Canto Madalena: happy hour.
Página 5
Serra entra em guerra. Contra a sujeira.
Contra enchente, limpeza. A Prefeitura começou ontem a limpar os piscinões da cidade. DCidade Mundo dará mais
Sabe aquela história de ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro? Eles estão quase lá. Com a ajuda de cursos especializados, policiais, advogados e médicos tiram velhos projetos da gaveta e se transformam em escritores com títulos publicados. E com idéias de sobra para as próximas sagas.
Se engana quem pensa que a tarefa de escrever um livro é um privilégiode poucos. Muito menosatributo restritoa profissionais como escritores e intelectuais. Cada vezmaisadvogados, policiais,médicos eprofessoresprocuram cursos especializados no assunto para enfim publicar suas obras. Abaixo, ashistórias de quatro novíssimos escritores brasileiros guiados por cursos que ensinam a escrever livros.
Doutor Matteo- O policialmilitar aposentadoAntônio Bezerra já concluiu seu primeiro título, que está para ser publicado. A idéia deescreversurgiu das histórias observadasaolongo demaisde30anosdeprofissão. "Foi através de um livro que tomei conhecimento do curso de escrita. Me matriculei e, em oito semanas, o livro estava pronto", diz. Bezerraressaltaqueocursoo ajudou acolocar as idéias no papele a estruturaro texto."Mesenti coma obrigação cumprida.Foi umótimoexercícioeo primeiro de uma série de outros que quero escrever". O policial revela que já pensava emescrever umlivro há 20 anos. Sua obra, chamada OIncrível Doutor Matteo, traz elementos reais e ficcionais.O livro conta a história de um personagem que consegue convencer a todosdeque éumgrande homem denegócios, quando tudose trata deuma grande mentira.
Disciplina- A advogada Carmen Mírio gosta de escreverdesde criança. Anos
atrás, escreveu uma história que ajudaria a dar forma ao seu livro. "O problema é que ela estava muitodispersa e sem forma", admite. Quandotomou conhecimentode cursos sobreo assunto,não pensouduasvezes em se matricular."Euaprendiater disciplina, já queos prazos de elaboração tinham de ser cumpridos", explica. Carmen aproveitou os personagensquejá tinha escritoe criouuma outra história, O SegredodaIlhadosCristais,em fasefinal derevisão.O texto narra a aventura de um avôcom três crianças numadistante ilha onde todos aprendem tradições ancestrais. Coquetel- O executivo aposentado Antonio de Martino não poupou esforços nahoradelançarseu livro: O Caminho das Pedras. Depoisde
escrever aobra durante o período do curso de escrita, Martinorealizouumcoquetelemum salãoparaolançamento do título. "Tinha vinho à vontade. Gastei um belo dinheiro, mas dos100 livros impressos acabei vendendo96.Nofim,nãotive prejuízos. Foi muito divertido", afirma o escritor. Martino conta que teve a
Carmem (à esquerda): disciplina para colocar histórias de um avô e três crianças no papel. Abaixo, Sílvia e seu Jatoboeira. "Adorei o resultado do meu livro".
Abaixo e à esquerda, o policial aposentado
Antônio: planos de publicar logo OIncrível DoutorMatteo, com elementos da realidade e da ficção. Antonio de Martino se inspirou no ambiente corporativo para dar seu recado em O CaminhodasPedras
idéia de escrever depois de observar anualmente as fotos de confraternização dos funcionáriosda empresaem quetrabalhava."Nunca as mesmas pessoas apareciam nas fotos. Sempreestava faltandoalguém, por conta das demissões", lembra. Com isso, o ex-executivo sentiunecessidade de passarpara o papelalgumasdicas para os traineeseexecutivos interessados em se manter mais tempoempregados. Para Martino, ocurso foiessencial, já que lhe deu conceitos e muitas dicas para a profissionalização como escritor. Atualmente, ele jáestá em
processo de elaboração de seu segundo livro. Animais - A professora Sílvia Tech começou a escrever sobre temas ligados ao meio ambienteaos 17anos, embora desde criança tenha feito suas primeiras históriassobreasplantaseosanimais, suas grandes paixões. Quando soube pela irmã de um curso que ajudava a formarescritores profissionais, resolveu conhecer a metodologia. "A recepção foimuitoboa eocursoajudou a estruturar a mesma história que já havia escrito. Adorei o resultado", diz.
A primeira obra de Sílvia , chamada Jatoboeira, temcomo temática o que osanimaispensam sobreoseres humanos.
Inspirada em cursos de escritadosEstadosUnidose da Europa, a escola Fábrica de Textos oferece, desde setembro de2002, o cursode escrita criativa, ondeos alunossão acompanhados desde aidéia inicial até a conclusão de um livro. O curso é composto de oitoaulas comtrêshorascada, sendo uma porsemana. Para os idealizadoresdo projeto,a psicoterapeuta e editora Sonia Belloto eo médico Roberto Lopes, a aprendizagem se divide em três etapas. A primeira objetiva desbloquearo fluxodaescrita. Issoé
obtido através de exercícios queresgatamoprazerdeescrever. A segunda etapa visa levar à produção de textos eficazes e aterceiraéa dedesenvolvimentode trabalhosprofissionais."Escrever bemé umahabilidade que pode ser ensinada e aprendida. Ter o próprio livro concluídonasmãoséa mesma sensação do nascimento de um filho", afirma Sonia. O curso sai por R$ 665. Publicação - O curso ajuda ainda no processo de comercialização dolivro,atravésda editoraAlley, pertencente ao grupo."AAlley foicriadapara
ajudar noplanejamento, oferecersuporteeditoriale controlar o processo de produção, comercialização e divulgação do livro", afirma Lopes. Omédico tambémescreveu o seu próprio livro, intitulado O Livro da Bruxa, que, depois de 27 mil exemplares vendidos, foirequisitado pelaARX, uma das editorasda rede Siciliano. SoniaBellotonãofica atrás: o livro Você já pensou em escrever um livro,de sua autoria, já vendeu mais de cinco mil exemplares atéhoje. Maiores informaçõesna Fábrica de Textos, fone: 4123-3067. Sonia
Dicas que ajudam a escrever com mais clareza:
1. Se coloque no lugar do leitor. O assunto deve chamar a atenção e despertar o seu interesse.
2. Pesquise o assunto escolhido em artigos, revistas e em outras obras.
3. Selecione dentre o material garimpado as principais idéias que serão desenvolvidas no texto.
4. Organize o material pesquisado e coloque o texto no papel. Ao escrever, o faça de modo interessante e com ritmo.
5. Analise o texto e execute as melhorias necessárias. Nesse caso, leia o material com os olhos do leitor. Sinta se os argumentos estão apresentados de forma clara nos capítulos.
6. De nada adianta criar um texto primoroso se ninguém ficar sabendo que ele existe. É preciso publicá-lo.
7.Estabeleça um prazo para começar e terminar cada um desses processos. Seja perseverante e paciente.
Fonte: Você já pensou em escrever um livro? Sonia Belloto, SAMM Editora
Omundo parou assombrado diante de um requinte de horror e absurdo – a morte de multidões por obra de um maremoto no Índico. A palavra japonesa tsunami, querendo dizer ´onda do porto`, parece no original aludir a um monstro com vontade própria, um Godzila que devora vidas até ficar saciado. Um domingo na praia abre as portas da morte para milhares de pessoas, um terço delas crianças, em torno do Oceano Índico. Governantes de nações ricas são surpreendidos pelos fatos e reagem espontaneamente, isto é, com a natural indiferença da maioria em face do drama alheio, até que essa apatia pareça escandalosa. E a tragédia dessa vez teve colossal repercussão devido ao novo poder da comunicação eletrônica. O planeta soube de tudo em poucas horas graças, em grande parte, a esses sites chamados Web logs, ou blogs. E na blogosfera (palavra encampada pela última edição do MerriamWebster), ficamos sabendo que o governo americano fez um papel muito feio oferecendo primeiro uma ajuda pífia, depois uma ajuda rica e finalmente uma ajuda milionária às famílias das cerca de 170 mil vítimas da catástrofe. Transformaram a tragédia no primeiro lance político das eleições americanas de 2008. Alguns blogs mais ágeis informam que o irmão do Presidente Bush, governador Jed, da Flórida, viajou para Sri Lanka e Indonésia, seguido do Secretário de Estado Colin Powell, para colher os louros da ajuda americana que o mano de fato providenciou um tanto tardiamente. O portavoz da Casa Branca assegurou em seguida que Jed não será candidato a nada em 2008. Mas como concluiria um político experiente na ocasião certa, "a menos que o povo exija, é claro". O fato é que o Japão enviou quase em silêncio uma contribuição inicial muito maior do que a americana, às vítimas do maremoto que varreu o Índico, e nem por isso o primeiro-ministro nipônico apareceu na televisão para falar da generosidade nacional. Logo se cochichou em Washington que a ninharia inicial oferecida dias depois da catástrofe por Bush ia pegar muito mal no mundo inteiro. Depois, lembraram os political personal training da presidência americana, a Indonésia está no meio da área flagelada pelo maremoto e suja população é, em grande maioria, vejam só, muçulmana. Era um presente do céu para o governo americano, e ninguém havia entendido isso antes. Os fatos estão se desenrolando, sempre comentados nos blogs. A continuação da história estará nas manchetes dos grandes jornais do mundo nos próximos dias.
Luiz Carlos Lisboa, de Nova York
O ministro tailandês de Relações Exteriores, Surakiart Sathirathai (c), o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell (esq.) e o governador da Flórida, Jed Bush, na Casa do Governo em Bangcoc, Tailândia. Abaixo, Powell no aeroporto de Banda Aceh com funcionária de agência de ajuda humanitária.
Agora, nos estados de IdahoouMontana vaiser possível matar um lobo cinzento no inverno, sem preso ou sequerprocessado.Até agora, a lei federal de proteção às especiesem extinção não abria exceçãoa não ser em casos de legítima defesa e sobrevivência. A partir do fimdefevereiro uma nova legislação vai permitir matar qualquer animal que ponha em risco os rebanhos nas fazendas daqueles estados.Masaleicontinuaseveracontra caçadores compulsivos queaproveitam o pretexto de proteger seu gato paramatar indiscriminadamentelobose gatos selvagens. Agoraque oinverno começou e a fome dos carnívorosaumenta,os fiscais da ESA (Endengered SpeciesAct)estão emtoda parte– principalmente nas montanhascobertas deneve – com seusveículos de neve,esquis ebinóculos, correndo para verificar a vítima a cada tiro que ecoa nas colinase nosbosques depinheiros.Já osgamoseveados não podem ser mortos por motivo algum, a não ser peloslobose felinosselvagens, porque essa é a sua alimentação.
Estão embrulhando o CentralParkeopacotedeve ficar pronto dia 7 de fevereiro. Nadademais, nenhuma artimanha terrorista, apenasuma obrade artepública,umainstalação,quejáfoi umavezpropostae então recusada pela prefeitura da cidade pelomesmoartista Christo que embrulhou a Torre Eiffel e quis fazer o mesmocomoPão deAçúcar noRio.Embrulharno bom sentido, envolver em tecido edar umlaço novolume imenso, numa homenagem à cidade. Quem paga as custas da obra são os artistas,o próprioChristoe Jeanne-Claude. O trabalho no Central Park vai exigir quase 40 quilômetros de um tecido especial que envolveráosportõesdo parque, cada um deles de quatro metros de altura. O projeto tem um orçamento previsto de US$ 21 milhões, e sobre ele háumdocumentário que seráexibido na Galery at Hermes, na Madison Avenue,contandoahistória de suas tentativas de execução, a partir de 1979. Os autores dispensam doações ou subvenção para executar o projeto, queeles próprios vão financiar. O título da obra é Portões, Central Park, 1979-2005.
O preço médiode um apartamento em Manhattanpermanece omesmohá quaseseis anos–US$ 1milhão.Essa médiavalepara apartamentos ao sul da 96th Street,quando setrata do East Side, e abaixo da 116th Street no West Side. Noúltimomês denovembro, devido talvez às eleiçõeseaofatodenãosesaber que rumos a economia americana podia tomar, as vendas caíram 15%, o que
manteve o preçono alto. A procura por lofts aumenta no verão, quando os grandesespaçoseas correntes de ar não desanimam os compradores. Astendências demográficascostumamorientar omercado imobiliário americano, e seufluxo nãomudou ultimamente.Apóso ataque terrorista de 2001 ao World Trade Center, o prestígio de Nova York como centrode negócios (ecentro domun-
Uma agente de carreira doFBIfoidemitidadocargo no dia em que completou 50 anos de idade,depois de 24 anos comofuncionária. O fato só foi relatado pelo The Star Tribune, sendo praticamente ignoradopelo resto da imprensa. Aquele seria um ato de rotina se Coleen Rowley, aagente demitida, nãotivesse denunciadoo Departamento de Segurança em 2002,num subcomitê judiciário do Senado, por tero FBIdesperdiçado oportunidades de evitar o ataqueterroristade11desetembro do ano anterior. Quando o FBIdeteve o ter-
roristaZacariasMoussaoui, elasolicitouque osbensdo preso fossem levantados para descobrir de onde procediaseu financiamento, maso pedido foi indeferido.Elatambém previu na ocasião que a guerra do Iraque poderia iniciar uma torrente terrorista no mundo
do, para os homens denegócio) aumentou, ao contrário do que se podia supor. Noúltimo semestre o preço do metroquadrado em Manhattan(o cálculo é feito por pé quadrado)subiu de US$ 600 para US$ 845.Quanto aos aluguéis, apartamentos de tamanho médio naquela mesma área continuam sendo ocupados porUS$2.400aomês, forao equivalenteacondomínio e taxas.
árabequeseria difícil de conter depois,dividindo as atenções do contra-terrorismo. Coleen Rowleyfoi acusadadefazercríticas aórgãos do governo, mas ela alegou que investigar e descobrir irregularidades era suaa função.Coleen é formada pela Universidade de Iowa, tendotrabalhado em NovaYork nasinvestigações contra ocrime organizado.Agora estáemcasa, sabendo o que se passa em seu país pela televisão.
Luiz Carlos Lisboa é jornalista e escritor. E-mail: llisboa@aol.com
Lojistas oferecem descontos de até 70% para acabar com os estoques e renovar os produtos. Algumas promoções geram filas gigantescas.
Grandes liquidações epromoções começaram a movimentar o comércio no início deste ano. Oobjetivo principal doslojistas équeimar osestoques, sejapara renovação ou para acabarcom produtos encalhados. Além disso, oscomerciantes estão tentando criar umnovo hábito de consumo, para movimentaromêsdejaneiro,tradicionalmentebaixo em vendas. Em paísesda Europa e nos Estados Unidos, esse hábito já existe. Passado o Natal, filas se formamnas portasde determinadaslojas porque os consumidores sabem que os descontos chegam a 70%.
No Brasil, a rede Magazine Luiza faz uma promoção semelhante há12anos."A intenção éacabar com os produtos de mostruário e comos estoquespara achegadadas novas linhas", explica ogerente demarketing da rede, Claudio Raymundo.
rios dias deantecedência é "patrimônio" de Campinas. Os descontosdosprodutoschegama70%."Issogera umvolumede vendas significativoem janeiro,queé um mês fraco para o comércio.Alémdisso,é um diferencial em relação à concorrência", diz Raymundo.
Ofertas – Nesse tipo de liquidação, os bens duráveis, principalmente eletrodomésticose móveis, são os que mais recebem descontos. "O primeiro trimestre do ano é muito ruim de vendas. Masoslojistasdescobriram queessaspromoções fazem girar o fluxo de caixa",explica o coordenador doPrograma deAdministraçãodeVarejo (Provar), Claudio Felisoni de Ângelo. "Eles reduzem as margens,mas garantem a continuidade dos negócios e o pagamento das contas."
Três dias antes da liquidação do Magazine Luiza, já tem fila na unidade de Campinas. Os primeiros lugares são vendidos a R$ 100.
A promoção do Magazine Luiza desteanoserá amanhã. Diferentementede seusconcorrentes, queoferecem vários diasde desconto,a redefaz liquidação em apenas seis horas(começaàs 5hdamanhãeacabaàs11h),oquegera grande expectativa e filas gigantescas.
Filas – Desde a última terça-feirao desempregado Weverton Romão de Oliveira, 28 anos, está guardando umlugar nafilaem frentea lojadeCampinas, no interiorde SãoPaulo.Mas aintenção dele não é comprar nada e sim vender a posição,que"poderender até R$ 100", diz.
Ontem, pelo menos mais 50 pessoas se aglomeravam em frenteà loja.E quasetodos os primeiros lugares estavam guardados por pessoas que pretendem vendêlos. Aliquidação acontece nas256lojasdarede,emseis estados. Mas afilacomvá-
OPORTUNIDADES
Massa salarial tem leve recuperação em 2004, de cerca de 2%
Noentanto,ele explica queo valor comercializado comesses saldões não responde por um percentual grande no faturamento anual das lojas.
Segundo Felisoni, este anoas promoçõesdeverão seraindamaiores porque houve uma desaceleração nascompras debensduráveis noúltimotrimestrede 2004, em funçãodo aumento da taxa básicadejuros (Selic). "Embora o reajuste não tenha chegado ao consumidor, mudou a confiança em relação às compras a prazo porqueele não sabe se poderá pagá-las no futuro", afirma.
Disputa – Além do Magazine Luiza, redes como Casas Bahia, Extra, e Marabraz brigam para conquistaro consumidor efazem suas promoções. Os resultados são positivos.O Extra, por exemplo, divulgou que em apenas umdiaainiciativa superou positivamente as expectativas dos organizadores. AparelhosdeDVD, vendidos a R$ 239, tiveram um crescimento de40% em relação ao mesmo período de 2004 e a seção bazar registroualta de78%sobreo primeiro dia dehiperliquidação do ano passado. Mas não éapenas o setor de bens duráveis que faz essas megaliquidações. Os lojistas de vestuário também realizam promoçõespara queimadeestoque.A rede de roupas masculinas Colombo começou uma promoção logo após o Natal, no dia 26 de dezembro,e não temprazoparaencerrar."Só acaba com o fim dos estoques", explica a gerente de marketing, Patricia Amaro. Naslojas darede épossível comprar uma peça por R$39,95; três peças por R$99,95ou cincopeçaspor R$ 149,95. Apenas os ternos estão fora da promoção. Fernanda Pressinott
A FundaçãoProcon São Paulo dá dicas paraque o consumidoraproveite asliquidações de iníciode ano e não tenha problemas depois.Segundooórgão,antes de qualquercompra,é importante conferiroorçamentodisponíveleascontas obrigatórios do mês, porque janeiroé marcado poraltos gastos,como matrículasescolares e impostos . Outradicaé verificaras ofertas antecipadamente por meio de folhetos publicitários e encartes, evitando compras por impulso. Alémdisso, oProcon-SP lembra que o Código de Defesa doConsumidor obriga o fornecedor a cumprir toda ofertade produtodivulgada. Portanto, se alguma empresa negar o que prometeu no anúncio, é possível reclamar, desde que munido do material publicitário.
Segundo oórgão,o consumidor deve evitar fazer as compras de forma apressada, para não levar produtostrocadosoucomavarias. Para mercadorias acompanhadas de manualdeinstruçãoe certificado de garantia, é importante checar se essesforamentreguese se o certificado está devidamente preenchido. Defeitos – No caso de itens já adquiridos com pequenos defeitos (roupas com manchas,descosturadas ou móveis/eletrodomésticos com partes amassadas, riscos ou, ainda,de mostruário), o consumidor deveexigir quea lojacoloque na nota fiscal, recibo ou pedido, osproblemas apresentados, detalhando-os. O Código de Defesa do Consumidor nãoobrigaos fornecedoresa trocar os produtos por motivo de cor,
tamanho ou gosto.
Pagamento – Quanto ao pagamento, é sempre bom indagar quais são as opções oferecidas pela loja e compará-las com as possibilidades orçamentárias da família. Para valores pagos a vista existe apossibilidade de barganhar descontos. Ao usar cheques pré-datados, é importante emiti-los nominaisàloja.Seaopçãoforofinanciamento, é fundamental ler o contrato comatenção, riscando os espaços que ficarem em branco. Dúvidaspodem sersanadas pelo telefone 151. Reclamações podem ser feitas pessoalmente ouporfax: (11) 3824-0717. Para saber se a loja, fornecedor ou fabricante possuireclamação no Procon-SP,consulteo cadastro pelo telefone 38240446 ou no sitewww.procon.sp.gov.br. (FP)
Apesar da redução do endividamento, consumidores ainda não pretendem gastar com eletrodomésticos
não o suficiente para gastar
Os consumidores terminaram 2004 batendo recordes de confiançana economia do País. Pesquisa da FundaçãoGetúlio Vargas (FGV) mostrou que o percentual de entrevistados que consideravam a situaçãoeconômica boa em dezembro chegou a 11,7%, o melhor resultado da série histórica iniciada em outubrode 2002.Opercentual dosque avaliavamasituação como ruim (39,6%) foi o mais baixo de toda a série. O responsávelpelaSondagem de Expectativas do Consumidor, economista Aloisio Campelo,disse que os resultados respondem ao avanço da economia em 2004, com melhoria do emprego, da renda e das perspectivas para o Brasil.
Retomada – Os dados de dezembro mostraram a retomada da confiança dos consumidores após dois meses dequeda. Apesardo otimismo, ainda há cautela em relaçãoaoemprego eà inflação. A pesquisa reveloutambém que,comparativamente, a parcelados que consideravam a situação econômicamelhordo que háseis mesesaumentou de15,9% emnovembro para 20,7% em dezembro. O economista lembra que as manifestações de otimismo ocorreram em meio a um quadro de melhoria das finanças das famílias. A FGV divulgou que o percentualde famíliasquerespondeu estarcom asfinanças equilibradassubiu para 61,3%em dezembro, ante
59,6% no mês anterior. Compras – Ootimismoea redução doendividamento não serão suficientes, entretanto,paraestimular as compras deprodutos como eletrodomésticos e automóveis.O percentualdeentrevistados que responderam que os gastos combensde alto valor serão maiores nos seis meses seguintes do que foram nos seismeses anteriores atingiu13,6% emdezembro,inferior aos15,5% denovembroeomenordesde julho de 2003 (13%). Por outro lado, o percentualdos consumidores que responderam que os gastos serão menores subiupara 54,6%em dezembro, ante 53,6% emnovembro,o maior percentual desde abril de 2004 (54,9%). (AE)
Depois da queda de 9% em 2003,amassasalarial dos trabalhadores brasileiros deve fechar 2004 com crescimento de cerca de 2%. E poderá voltar a crescer pertode10%em2005.Asestimativas preliminares são doeconomista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Luiz Eduardo Parreiras. Apenasemnovembro, o avançorepresentouumainjeção de R$ 1 bilhão na economianasseisprincipaisregiões metropolitanas brasileiras."Como se tratade rendimento do trabalho, isso representa oingresso de dinheiro na economia, no consumo. Em 2005, o crescimentodo País deverá ser mais equilibrado, com avanços na exportação,investimentose consumo de bens duráveis e não-duráveis (que dependem diretamente da renda)", afirma o especialistadoIpea. Para ele,o avanço permitirá recuperaro quese perdeude massa salarial em 2003. Naprática,amassaderendimentos já cresceu sete meses consecutivos, de maio a novembro,sobreosmesmos meses do ano anterior. Os dados levam em conta a Pesquisa Mensal de Emprego (PME)do Instituto BrasileirodeGeografiaeEstatística (IBGE),que informa aevolução daocupação e do rendimento médio real emseisregiõesmetropolitanas, com dados disponíveis aténovembro. A massa foi calculada peloeconomista combasena evolução da população ocupada edo rendimento médio mensal. Parreiras mostra que em novembro de2003amassa salarial nas regiões pesquisadas foi de R$ 16,6 bilhões. No mesmo mês em 2004, subiu para R$ 17,6 bilhões. O crescimento tem se dado mais pelo avanço da ocupaçãodoquepelarecuperação do rendimento.
Quando o número de empregados aumenta, cresce a massasalarial. Quando o rendimentoreal cresce,o aumentoda massadesalários éainda maior. "O salário está se recuperando lentamente.Amaiorinfluência é do avanço da ocupação. Para 2005, osrendimentos devemdar otom docrescimentodamassa salarial", acredita Parreiras. "Em 2004houvegrande volumede contrataçãode baixa renda. A tendência é deque,na medida em que continue o crescimento econômico, aumentea contratação de níveis salariais maiores", afirma.(AE)
Com expectativa de movimentar negóciosda ordem deR$ 4,6bilhões, a32ª.ediçãodafeira de calçados e artefatos de couro, a Couromoda 2005, vai acontecer entre os dias 11 e 14 de janeiro noPavilhãodo Anhembi, em São Paulo. Ao mesmo tempo, ocorre a 26ª. Feira Brasileira de Confecçõese Acessórios deModa(Feninver), que trará 100 expositorescom novidades de complementos para lojistas.
Deacordocomo presidente dos dois eventos, FranciscoSantos,são esperados 60 mil visitantes entre agentesnacionaise estrangeiros ligados ao setor, o que representaumaumento de cinco mil pessoas em relaçãoaoseventos do ano passado. Para se ter uma idéia da importância das feiras paraosegmentocalçadista nacional, apartir da Couromoda devem ser fechadasnada menosdoque 25% das operaçõesde compraprevistaspelovarejopara este ano.
Expositores - O pavilhão de 50 mil metros quadrados do Anhembivai reunir 1.100 expositores da Couromoda, oequivalentea um crescimento de 20% no total de empresas participantes. Nesta edição os importadores poderão chegar a 3.000, vindos de países como EstadosUnidos, nações da América Latina, Europa e ainda representesde novos
mercados para a indústria nacional, como Kuwait, Taiwan, Croácia e Filipinas. Já está confirmada avinda de grupos de lojistas e distribuidores da Itália, Espanha, Alemanha,Grécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia,Holanda,França,Canadá e Inglaterra. Santos ressalta que, embora as exportações atraiam o interesse,o setorestá empenhado em incentivar o aumento doconsumono mercado interno,responsável por 80% do faturamento deR$40bilhões da indústria calçadista em 2004. "Cercade 500milhõesde paresde sapatossãovendidos anualmente noBrasil. No entanto, oconsumo per capita não chega a três pares por pessoa no período de 12 meses. É um dos menores índices domundo. Porisso estamos envolvidos na criaçãodeuma campanhaque vai mobilizar a indústria e o varejo para a valorização do produto e também incentivo ao consumo", informou Airton Manuel Dias, diretor executivo da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac).
Diversidade - Expositores de 15 estados brasileiros vãooferecerumadiversida-
de maior de produtos e preços paraos varejistas este ano devido ao signficativo númerodepequenasindústriasnos eventos.Elas járepresentammais da metade do total de participantes. "O que observamos é o interesse maiordas pequenas de participar da Couromoda. Com o suporte financeiro de secretariasdos estados e de entidades como o Sebrae, asindústriasdividem estandes, fazendo o que corporaçõesdoporte da Grendene e da Arezzo fizeramhá32anos, quando participaram da primeira edição do evento", diz.
Tendências - Dentre as tendências que marcarão presença na Couromoda estãotexturas, saltoseformatos inusitados, lembrando que produtosinspirados em outras épocas devem ganhar apreferência dos consumidores, quedevem impulsionar o crescimento do setor em 15% neste ano. Juliana de Moraes
SERVIÇO
Couromoda 2005 e Feninver acontecem simultaneamente
Data: 11, 12,13 e 14 de janeiro
Horário: das 10h às 19h00
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo
Principal feira de calçados e artefatos de couro do País, evento reunirá 1,1 mil expositores no Anhembi. Feira é responsável por 25% de tudo o que é movimentado pelo varejo no ano.
Representantesde cervejarias que ocupam entre o 4º e 10º lugar no ranking dos fabricantes nacionaisde cerveja (segundo a AC Nielsen)entregaramhojeà Secretaria de Direito Econômico (SDE) e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) umdocumento em que denunciamaAmbev.Elesa acusamde implementar práticas que prejudicam a concorrência eapontam os efeitos econômicosnocivos ao mercado da aliança entre Ambev e Interbrew.
De acordo com o texto, as preocupações foram acentuadas a partir da aliança comacervejariabelgaInterbrew, efetivada em agosto do ano passado.Segundo o documento, se não forem adotadas medidas para coibir as práticas denunciadas e impor restrições no ato de concentração que tramita noCade, osetor decervejas
deixará de ter concorrência, "com evidentes prejuízos ao mercado, às redesde distribuição e certamente aos consumidores".
Fidelização - Entre ascríticas, os signatáriosdestacam o programa de fidelização "Tô Contigo", da Ambev, que, segundo acusam, pressiona os pontos-devenda a dar exclusividade aos produtosda marca"em troca dedinheiro, bonificações e prêmios, expulsando os concorrentes".
O documentoacusa a Ambev de utilizar mecanismos para reduzir os preços deseus produtosparacontero avançoda concorrência.Os signatários destacam distorções tributárias que proporcionam vantagens àAmbevcalculadas em 8%. Assinam o estudo as cervejarias Petrópolis, Cintra,Cervejaria SulBrasileira, Malta, Novo Malte, Ribeirão Preto e Belco. (AE)
Agerente de marketing da Oi e daTelemar,Flávia Da Justa, disse ontem, duranteolançamentodaemissora Oi FM, no Rio de Janeiro, que o objetivo do projeto é ampliar a interação da marca com o público formado por clientesda operadora ounão.Semdivulgaro valordoinvestimento, a executiva informou que alguns serviços serão exclusivos para os clientes e disponibilizadospormeio de Short Message (SMS). O acesso a notíciascustará R$ 0,24 por informação recebi-
da. Já o download de sons e imagens custará R$ 1,99. Para os ouvintes que não são usuários da Oi será possível participardos programas e acessar os serviços por telefone fixo ou móvel. Ocustoéode umaligação local para telefone móvel. O serviço será oferecido ainda para aqueles que estiverem fora da área de atuação da Oi, hoje em16Estados.A grade deprogramação contará com 10 atrações. A execução de músicas será entrecortada por programas curtos. (AE)
Começam as filas para a liquidação do Magazine Luiza em Campinas
Um cobertor, os vizinhos de fila e um ou outro conhecido que passa são as companhias do desempregado Weverton Romão de Oliveira, 28 anos, que há três dias se instalou em frente à loja do Magazine Luiza, no centro de Campinas, para esperar a tradicional liquidação da rede, no próximo sábado. Oliveira não pretende gastar um tostão com as ofertas. Ele quer ganhar dinheiro vendendo o lugar privilegiado para quem pagar mais. "Vale R$ 100", avisou. Hoje, pelo menos 50 pessoas se aglomeravam na fila em frente à loja. E quase todos os primeiros lugares estão guardados por pessoas que pretendem vendê-los. A liquidação acontece nas 256 lojas do Magazine Luiza espalhadas por seis Estados. Mas a fila com vários dias de antecedência é "patrimônio" de Campinas. Nas outras lojas, os compradores costumam chegar na noite anterior. A queima de estoque ocorre há 12 anos no primeiro sábado depois do ano-novo, das 5 às 11 horas. (AE)
Tráfego doméstico cresceu 11,9% em 2004, diz DAC
Depois de encolher 6% em 2003, o tráfego de passageiros nos vôos domésticos cresceu 11,9% no ano passado no País. O crescimento em 2004 foi o maior dos últimos três anos - em 2000, o avanço havia sido de 12,6%. Além do expressivo crescimento da demanda, os dados do Departamento de Aviação Civil (DAC) contabilizam o encolhimento da Vasp: a empresa aérea chegou a dezembro com apenas 0,75% de participação no mercado interno, praticamente empatada com a pequena Rico Linhas Aéreas (0,72%), que atua no Norte brasileiro. O crescimento do transporte aéreo no País reflete a recuperação da economia observada esse ano. Para 2005, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) prevê aumento perto de 8% na demanda, com base na expansão de 4% do PIB prevista pelo governo para este ano. (AE)
O seu caderno de artes, espetáculos e lazer.
De-Lovely – Vida e Amores de Cole Porter (DeLovely) é um daqueles filmes que causam enormes polêmicas, pois retrata a vida de um grande artista e produções desse gênero nunca agradam a todos. Há os que reclamam falta de fidelidade aos fatos, há os que consideram que o retratado merecia algo melhor, há os que acham que não merecia nada! Mas é preciso ressaltar que como produto cinematográfico De-Lovely é bom. Musical bem feito, boas interpretações, figurino nota dez e belíssimas canções, e nem poderiam não ser. Afinal, são todas de Cole Porter.
Mesmo as canções
também causarão polêmica, já que são
interpretadas por astros da atualidade, como Alanis Morissette, Robbie Williams, Mick Hucknall, Diana Krall e Sheryl Crow, entre outros. E há quem diga que essa escolha foi feita apenas para vender mais CDs da trilha sonora. Mas é preciso lembrar que Porter já foi gravado pelos mais variados intérpretes. Quanto a ter sido ou não fiel à realidade, De-Lovely parece estar bem próximo dela. Não se escondeu o fato de que o compositor era bissexual, numa época em que não se admitia publicamente o homossexualismo.
Narrativa
O filme De-Lovely tem uma estrutura narrativa interessante, mas que exige atenção do espectador, pois
Beth Andalaft
em alguns momentos ele pode se confundir com a história. O filme começa com Porter (Kevin Kline, de Tempo de Recomeçar e Um Peixe ChamadoWanda, entre outros) envelhecido. Sozinho ao piano, em sua casa, ele recebe a visita de Gabe (Jonathan Price, de Piratas doCaribe), que o leva para um decadente teatro. Ali será apresentada a vida de Porter, num musical que Gabe estaria produzindo. Em certos momentos parece ser um filme, em outros, teatro. A ação transcorre nesses dois momentos – presente e passado, com o próprio Kline como Porter mais velho fazendo comentários sobre determinadas atitudes que tomou. O compositor era um bonvivant. Compunha muito, mas não deixava de ir a
festas e usufruía de tudo que o dinheiro pudesse lhe oferecer.
Foi numa festa em Paris, nos anos 20, que ele conheceu Linda Lee (Ashley Judd, de Beijos que Matam), uma divorciada que seria sua mulher por 38 anos. O casamento deu certo porque Linda sabia da atração que Porter tinha por rapazes e não se opunha a ela. Linda foi muito importante na carreira de Porter, incentivando-o e apresentado-o às pessoas certas. Quando ela sofre um aborto, perdendo a criança tão ansiada por ambos, os dois se mudam para Hollywood e iniciam uma nova vida. Nesse ponto, De-Lovely apresenta
Louis B. Mayer, presidente da Metro Goldwin-Mayer, pedindo a Porter para fazer canções mais simples, para serem entendidas pelo público. O que dá ensejo para a apresentação de Be a Clown, canção que ironiza a situação. Houve um período em que o casal se separou, pois Linda aceitava as as opções do marido, mas queria que ele fosse discreto. Logo em seguida, Porter sofre um acidente, caindo do cavalo, quebrando as duas pernas. Os médicos queriam amputá-las, mas Linda, que voltara para o marido, não deixa. Porter se submeteria a 26 cirurgias e passaria o resto da vida com dores, usando muletas e cadeira de rodas. Só amputaria uma das pernas após a morte da mulher. Fumante inveterada, no
que era acompanhada por Porter, Linda morreu de enfisema pulmonar em maio de 1954.
Figurino De-Lovely resume em 126 minutos quase 40 anos da vida de Cole Porter. Mais de 30 canções são apresentadas no filme, sendo que as cantadas pelo próprio compositor foram feitas ao vivo no set de filmagem por Kline. DeLovely também exigiu um vasto figurino: Kline tinha 38 trajes, Ashley, 48, e o restante dos integrantes do elenco de 18 a 20 trajes cada um. A maquilagem também foi caprichada, com os atores envelhecendo adequadamente. A de Kline exigia cinco horas de trabalho dos maquiadores.
Sistema de alerta será criado no Oceano Índico e a dívida dos países atingidos congelada
Líderes mundiais reunidos na cúpula de um dia realizadaontem emJacarta, na Indonésia, mostraram-se favoráveis à proposta decongelar adívida de países atingidos pela tsunami de 26 de dezembro e deram apoio à criaçãode um sistema de alerta.
O terremoto ocorrido no leitodo Oceano Índico e as ondas gigantes provocadas por ele mataram quase 150 mil pessoas em toda a região e deixaram mais de 1,5 milhão de desabrigados.
A declaração de ajuda aos paísesatingidos, assinada ao final dacúpula por delegadosde26nações, pede quea ONU mobilizea comunidadeinternacionalem iniciativas solidárias. O secretário-geral, Kofi Annan, pediu aosdoadores nacon-
ferência que transformem suas promessas de ajuda no valordeUS$1bilhão,emdinheiro para uso imediato. O documentotambém declara que o Bando Mundial,oBancoAsiático de Desenvolvimento e o Banco Islâmicode Desenvolvimento, devem garantir os fundos necessários para a reconstrução das regiões atingidas.
Doações O recolhimento de doações para as vítimas do maremoto na capital paulistafoiconcentrado em umdos postos do Fundo Social de Solidariedade,àRuaMarechalMario Guedes,301,no bairrodo Jaguaré. Oprazo parao recebimentodos donativos, que expirouontem,foi prorrogado para a próxima terça-feira, dia11. Informações: (11) 3745-3333.
de Arafat
Maisde1milhãodepalestinos devemcomparecer às urnas neste domingo para escolher osucessor deYasser Arafat, na segunda eleição históriadaAutoridade Nacional Palestina (ANP), criadaem1994,quetemsete candidatos, com destaque para o líder da Organização paraaLibertaçãodaPalestina (OLP), Mahmoud Abbas (ou Abu Mazen)que é tido como favorito.
No total, 1,8 milhão de palestinos maiores de18 anos têm direito a voto em Gaza e na Cisjordânia e 70% deles estãocadastrados para votar, de acordo com a Comissão Eleitoral Central (CEC), apesardospedidosde boicote feitospelos gruposextremistas.Ospalestinosque não se inscreveram podem votar apresentando o documento de identidade.
Nãoterãodireito avoto todos os refugiados palestinos que vivemna Jordânia,
Oe x-p resi den te sul-africano Nelson Mandela, anunciouontemque perdeu seu únicofilhohomem ainda vivo, Makgatho Mandela,54 anos,paraa doença. "Vamos dar publicidadeà Aidse não escondê-la,porque o únicomododefazê-laparecer uma doença normal como tuberculose, comocâncer, ésempre sairapúblicoe dizer que alguém morreu porcausadaAids.E as pessoas vão parar de considerá-la uma coisaextraordinária", disse um tanto fragilizadodurante umaentrevista coletiva. Mandela estava cercado de netos e parentes. O anúncio público de Mandeladesafia o tabu africanoque impedemuita gente no continente de
discutir a epidemia, que hoje atingemais de25 milhõesdeafricanos. Na ÁfricadoSul,comcercade 5milhõesde infectados, a Aids mata mais de 600pessoas todos os dias, afirmam ativistas.Apesar do crescente número de vítimas, poucas figuras públicas da África do Sul ou de outros países africanos se apresentaram para falar abertamente sobreo fato de a doença as ter afetado ou a suas famílias. Asmortes decorrentes da doença costumam ser atribuídas auma"longa enfermidade", à pneumonia oua outras causassecundárias. Makgatho Mandela morreu numa
1.300.000.000
Aos dois segundos da madrugada de ontem a população chinesa chegou a cifra populacional de 1,3 bilhão de pessoas. O 1.300.000.000º cidadão chinês, um menino (ainda sem nome definido), nasceu em Pequim com 3,66 kg e 52 cm . O pai, Zhang Tong, é funcionário da Air China e a mãe, Lan Hui, trabalha na subsidiária da Shell. País mais populoso do mundo, a China, teve que frear o crescimento demográfico com a chamada "política do filho único", iniciada há 30 anos para favorecer a econo-
mia e a produtividade do país. Graças a esta medida bastante polêmica, que reduziu o ritmo de crescimento populacional para 0,57% ao ano, a China chegou ao atual número (1,3 bilhão de habitantes) com quatro anos de atraso em relação ao previsto. Mas o controle populacional adotado, segundo Pequim, já está produzindo efeitos indesejados. Se persistirem as atuais restrições, a China terá em 2050 mais de 400 milhões de anciãos, um fardo perigoso e talvez insuportável para a seguridade social. (AE)
clínicaem Johanesburgo, onde estavainternado haviamaisdeummês.Amulher dele, Zondi, morreu em 2003, de pneumonia. "Anuncio que meu filho morreu de Aids", disse o Prêmio Nobelda Paz,Mandela, de 86anos, fazendo um apelopara queseja redobradoocombate à epidemia. Nos últimos anos, Mandela, que parece cada vez mais fragilizado, sofreu uma sériede tragédias pessoais. Ele enterrou amãe de Makgatho, sua ex-mulher Evelyn Mase, em 2004, e foiaofuneraldamulherde Makgatho,Zondi. Em 2003, eleperdeu seucom-
panheirono Congresso Nacional Africano, Walter Sisulu, um dospoucos líderes querestavam dageraçãoque ajudouaencerrar o apartheid e criar uma democracia multi-racial na África do Sul, em 1994. Makgatho Mandela era advogadodosetor de seguroselevavauma vida discreta. Foicasadoduas vezes etevetrêsfilhosque estavamaoladode Mandela quando ele anunciouacausadamorte de Makgatho. No último mês, Mandelacancelou várioscompromissospara ficar perto do filho doente. Eleaindatemváriasfilhas. Ooutro filhohomem de Mandela, MadibaThembekile, morreuem 1969 num acidentedecarro.O pai estavapreso enão pode ir ao enterro. (Reuters)
Líbanoou Síria e boa parte dos moradores de acampamentos espalhadospor Gaza eCisjordânia. Estaparte da população palestina supera 4 milhões de pessoas. Segundo dados oficiais, 1.074 centros de votação equipadoscom 2.800urnas serão distribuídosem16 distritos eleitorais:11na Cisjordânia, incluindo JerusalémOriental,ecinco na Faixa de Gaza. O eleitor terá apenas que marcarcomuma cruzonome do candidatopreferido nacédula edepositá-laem umaurna. Depois, opolegardo votante será molhado em uma tinta indelével, que demorará 48 horas para serapagada,paraevitarque umapessoa voteduas vezes. Cerca de 16 mil pessoas estarão nasseçõeseleitorais,entrerepresentantesde partidos políticos, mesários e observadores internacionais. (Agências)
Brasileiros atuam em eleição palestina O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sepúlveda Pertence, chegou ontem a Israel para participar das eleições palestinas. Ele lidera uma delegação de cinco autoridades do Poder Legislativo convidada por via diplomática pela ANP para integrar o grupo de centenas de observadores internacionais que irá trabalhar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza para garantir uma eleição democrática e sem fraudes. Outra delegação de brasileiros chega hoje: Jamil Murad (PCdoB-SP), Maguito Vilela (PMDBGO), Carlos Abicalil (PTMT), Murilo Zauith (PFLMS) e o ministro de Direitos Humanos, Nilmário Miranda (PT-MG). (AE)
De forma leve, A Casa dos Bebês, do diretor e roteirista John Sayles, fala da adoção de crianças de países em desenvolvimento sem ser tendecioso ou moralista
Desprentesioso, A Casa dos Bebês (Casa de los Babys), produção dos Estados Unidos e México, aborda um tema muito sério – a adoção de bebês de países em desenvolvimento –, de uma maneira leve.
Consegue colocar todos os problemas que envolvem a situação, sem ser moralista ou tendencioso. O diretor e roteirista John Sayles (de Fora da Jogada e Matinée, uma Sessão Muito Louca) apresenta os fatos e deixa a conclusão ao espectador. Alguns dirão que o filme é superficial, que poderia se aprofundar mais. É apenas cinema e está na medida certa. No centro da trama estão seis mulheres norteamericanas que vão ao México em busca de filhos que não conseguem ter
EMARANHADO
E stranhas Liga ções –Partesdocorpo de um touro são o fio condutor da história, provocandoasrelaçõesdotítulo. Uma garotinha assiste à tourada na TV, na qual o toureiro é ferido. Seucompanheiroé umimenso cão,queela desenhanaescola, assustando a professora pela desproporção detamanho. Essa mesma professora tenta ajudar a mãeemdepressão.Ajovematriz só consegue emprego no supermercado,vendendoexatamente partes dotouro. Eassimvãose sucedendoas históriase asligaçõesnumemaranhadoquerevela facesocultas de todos. Com Chiara Mastroianni, Ângela MolinaeLio. Direção:DelphineGleize. Duração: 130 minutos. DVD/VHS. California
naturalmente. Cada uma delas tem um estilo de vida diferente, relacionamento diferente com seus parceiros ou sequer têm parceiros e embora se hospedem no mesmo hotel e aparentem estar bem de vida, há entre elas que tenha dificuldades financeiras. Cada uma delas representa um universo feminino, com suas qualidades e defeitos. Jennifer (Maggie Gyllenhaal, de Secretária) é casada com um homem de boa posição social e pouco tempo para a família. Nan (Marcia Gay Harden, de Pollock) é preconceituosa, hipócrita com as demais, aquele tipo que rouba sabonetinhos e shampoos dos hotéis, mas finge ter posses. Skipper (Daryl Hannah, de Kill Bill 1 e 2) é aparentemente apenas
preocupada com a boa aparência, mas vive um grande drama. Leslie (Lili Taylor, de A Casa Amaldiçoada) é independente, quer ser mãe solteira. Eileen (Susan Lynch, de Do Inferno ) é típica dona-decasa, que quer ser mãe e dedicar-se à criança e Gayle (Mary Steenburgen, de Filadelfia) tem dúvidas sobre maternidade, mas quer muito uma criança. As seis estão hospedadas num hotel pousada, conhecido como "casa dos bebês", porque a señora Muñoz (a veterana Rita Moreno, de Amor, Sublime Amor) tem ligações com o esquema de adoções. Na verdade, ela e seu irmão é que entregam as crianças às mulheres interessadas. Mas tudo tem um preço. Além de custos com advogados, as mulheres
ESCRACHO
Connie eCarla – duas artistas sãoanimadoras de sala de espera de aeroporto. Ao testemunharem um assassinato têm que fugir ese disfarçam dedrag queens, atuando numa boate gay. E dessa formaobtém umsucesso jamais esperado. Até serem descobertas pelo criminoso. No meio temainda ahistóriade amor,como rapazsentindo atração porquem elepensa ser umhomem. Nacolade Vitorou Victória e Tootsie, mas bastante divertido.É veículoparaa atriz Nia Vardalos, também roteirista, tomar conta da cena, como já havia feitoem CasamentoGrego. Com Toni Collette e David Duchovny. Direção: Michael Lembeck. Duração:98 minutos. DVD/VHS. Universal
SÁBADO, DIA 8
Chiappetta
Para começaroano comnovas idéiasparagerirosnegócios,vale acompanharhoje, às7h30da manhã,pelaTVCultura,oprograma Negócios & Soluções. Neste quarto programada série,é Leonardo Chiappetta quem vai revelarseussegredosdesucesso.Proprietário do tradicional Empório Chiappetta, que háanos atrai imensafreguesia aoMercado Central, Leonardo explicao que significa um bom gerenciamento do mixdeproduto,falasobre informatização, tomada de decisões,exposição de produtos e formação de preço final. Entre outros tópicos, o Negócios & Soluçõesvaidiscutir tambémadecisão de comprae substituição de produtos.
Odocumentário PrimeirosEgípcios (foto),quevaiao ar hoje,às 21h, pelo National Geographic, põe luz nessa antiga civilização iniciadahá cinco mil anos, que tem despertado a curiosidadede pessoas de todo o mundo até hoje.
chegam a ficar mais de dois meses na cidade à espera da liberação da criança. Durante esse período, é claro, estão hospedadas no hotel da señora Muñoz e pagando em dólares...
Naquele período em que permanecem juntas, as mulheres vão se revelando. E aparecem as inseguranças, os medos, o preconceito com a população local, e a impaciência com as dificuldades do cotidiano. Ao mesmo tempo, Sayles mostra as crianças de rua do México, que lembram muito os garotos dos semáforos de São Paulo, vivendo de pequenos assaltos ou serviços, como lavar vidros de carro. Para espantar a fome, cheiram lança-perfume. O diretorroteirista mostra também a gravidez na
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban– já que o próximo filme do bruxinho está previsto apenas para novembro deste ano, a alternativa é rever a terceira adaptação, lançada em dezembro último. Aqui, Potter já adolescente, volta a Hogwarts após ter se descontrolado e lançado uma magia sobre a tia Guida. Ele foge de casa e na escola descobre que o criminoso Sirius Black, que tem ligação com a morte dos pais de Potter, fugiu a prisão. Todos temem que ele queira matar o garoto. Mais aventura, novos personagens, num filme melhor que os anteriores. Com Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Gary Oldman. Direção: Alfonso Cuarón. Duração: 141 minutos. DVD/VHS. Warner
Glauber o Filme, Labirinto doBrasil –um dos mais importantes epolêmicos cineastas brasileiros tem sua vida e morte documentada.Imagens de seu enterro, depoimentos de artistase amigose também imagens dearquivo de emissoras de TV, com entrevistas. Embora prenda-se maisàpersonalidade controvertidade Glauber etraga depoimentos apenas favoráveis, valea penaconferir.Principalmenteas novasgerações que nãotiveramcontatocomocinema de Glauber. Poderia ser mais longo emostrar maisdeGlauber e de seus filmes, como Terra em Transe. Direção: Silvio Tendler.Duração: 75minutos. DVD/VHS. LK-Tel
adolescência, uma das principais conseqüências dos bebês abandonados nas instituições.
Claro que ele mostra a adoção como um benefício para esses bebês, que em pouco tempo se tornarão novos meninos de rua. Mas e não é isso mesmo que ocorre? Adotados, eles têm a chance de ter uma família, educação e futuro.
Em A Casa dos Bebês também está presente o desemprego que atingem países como o México, nos quais há muitos vivendo apenas de "bicos", sonhando em viajar para os Estados Unidos da América , onde, acreditam, conseguiriam viver melhor. Todas essas situações são colocadas na produção de maneira interessante, levando o espectador a pensar um bocado no assunto.
Paixão à Flor da Pele –Matthew é um jovem execut ivo que não consegue esquecer Lisa, seu grande amor, que desapareceusubitamente. Obcecado, ele descobreum endereço que julga ser o dela. Ali, ele encontrauma outra Lisa ecomeça aserelacionarcom ela. Suspensemediano,quesetorna interessante pela narrativa. A história vai e volta, sendo contada pelaperspectiva decada um dos personagens, jáque há um envolvimento entre eles. Écomoum quebra-cabeça em que cada peça acrescenta um significado. ComJosh Hartnett,DianeKrueger, RoseByrnee Matthew Lillard. Direção: Paul McGuigan. Duração: 115minutos. DVD/VHS. Playarte. (12/1)
Doors
The Doors,nome inspiradoem umpoemade WilliamBlake,entrouparaahistóriacomoumadas maiores bandas de rock dos anos 60/70. Embaloutodaumageração, como a do cineasta americanoOliverStone,quedecidiu filmar o drama desse quarteto formado por três estudantes da Universidade da Califórnia: Jim Morrison, Ray Manzareke Robby Krieger e, maistarde, por John Densmore,quetambémcompartilhavaapaixãopela música, os textos de Huxleye o misticismo. O filme de Stone, The Doors (1991), que vai ao ar hoje, às 21h, pelo A&Mundo, narra a trajetória dessegrupo quecriou umestilo musical nunca antes escutado, o psicodélico, conquistou fama repentina e entrou num buraco negro de drogas que se tornou fatal para olíder da banda,Jim Morrison, vivido magistralmente pelo ator Val Kilmer.
César e filho
A partir de hoje e todos os domingosàs 23h,ofãde showsdemúsica popular brasileira tem encontromarcado noCanalBrasilcom umanovaatração,oFaixaMusical. Naestréiadoprograma,duasatrações de primeira:o pianista César CamargoMarianoe seu filho, o cantor ecompositor PedroMariano, no show Piano e Voz, realizado em setembro de 2003 no Canecão doRio deJaneiro.No palco,César e Pedromostramsucessos como Caso Sério(Rita Lee eRoberto de Carvalho), Deixar Você (Gilberto Gil),Tudo Bem (Lulu Santos),Caminhos Cruzados (Tom Jobim e NewtonMendonça), TemDó(Baden Powell e Vinícius de Moraes) e Papo de Psicólogo (Jair Oliveira). Cláudio Zoli, Tom Zé, Antônio Nóbrega,EdMotta,Otto,MaxdeCastro,Jair Oliveira, Engenheirosdo Hawaii, entre outros, são os nomesque também passarão em breve neste novo espaçoaberto pelo Canal Brasil.
JSerá seu quinto mandato consecutivo à frente da maior bolsa da América Latina. Por unanimidade o Conselho de Administração indicou seu nome. á colhendo os frutos do bem-sucedido programa de popularização do mercado acionário, opresidenteda Bolsa deValoresdeSãoPaulo(Bovespa), Raymundo MaglianoFilho, foi reeleito para mais ummandato,seu quinto consecutivoà frente da bolsa paulista. Magliano foi eleitoontem por unanimidade pelo Conselho de Administração da casa e ficana presidênciapelomenos até o início de 2006. FoinagestãodeMagliano que oinvestimentoem ações caiu nas graças dos pequenos investidores:antes ofuscados pelamaciça presençade grandesinves-
tidores (como bancos, estrangeirose fundosdepensão) na bolsa, os pequenos agora têm peso no mercado. De acordocom oúltimo balançodivulgado pela Bovespa, em dezembro os investidorespessoafísica representaram24,5%dos negócios – porcentual que raramente chegava a 20% antesdo iníciodaadministração de Magliano. Em alguns meses do ano passado a participação chegou à marca de 30%.
A presença das pessoas físicasno mercado, aliadaà melhora do ambiente econômicodepois doiníciodo governo Lula, favoreceu muito a bolsa paulista. Para
Começahoje aterceira edição do "Bovespa vaià praia", programa dabolsa de valores paulista que faz parte doprojeto depopularização domercado acionário. Aproveitando que muitas pessoaspassam essa época doano nolitoral,a Bovespa mandaparaas praias monitoresque explicam aspectos fundamentais do mercado acionário.
O "Bovmóvel", veículo equipado com computador, vídeoe materiaisdidáticos, percorrerá praias de São Paulo,doRioGrandedoSul e também do Paraná até o próximodia30de janeiro. Nesseveículo os banhistas podem obter qualquer informação arespeitodo investimento emações,contando com especialistas. EmSãoPaulo,oroteiroinclui Praia Grande,Riviera de SãoLourenço, Guarujáe Santos.NoRioGrande do Sulo "Bovmóvel"passará por Capão da Canoa, Torres e Tramandaí. Nolitoral paranaense, apraia escolhida foi a de Guaratuba. (RA)
se terumaidéia,Magliano assumiua Bovespaquando o volumefinanceiro diário ficava próximo a R$ 400 milhões (giro que, segundo especialistas, nem sequer pagavaoscustosadministrativos daBovespa). Ontem, mesmocom ofraco movimento da primeira semana do ano, o giro financeiro somou R$ 1,344 bilhão.
O aumentodaparticipação de pessoas físicasno mercado começou a ganhar corpo em meados de 2002, quando Magliano lançou
um programa (considerado ambicioso por muitos no mercado naquela época) que pretendia levar informações sobre o investimento emações para trabalhadores, pessoas comuns, que quisessem aplicar parte das economias em ações de empresas. O programa Bovespa Vai Até Você apostounaeducaçãocomo forma defazer aspessoasdeixaremdelado a idéiade que a bolsaé um cassino e decidirem apostar no desenvolvimento de empresas.
Com uma gestão agressiva, Raymundo Magliano (foto) foi o idealizador do programa BovespaVaiAté Você,que popularizou a bolsa paulista.
Tanto deu certo que a bolsavoltoua recebernovas companhias,depois deum longoperíodoem quesóse ouvia notícias de empresas saindo do mercado.Nos últimos três anos entraram na bolsaempresas comoCompanhiadeConcessões Rodoviárias, Natura, Gol, ALL, Grendene,CPFL, Dasa e Porto Seguro e não pára de crescera listade empresas interessadas em vender ações.Em grandeparte,o impulso veio da criação dos níveis diferenciados degovernançacorporativa, que garantem direitos aos acionistas minoritários.
A gestão de Magliano tambémse destacanocampo social,comacriação da Bolsa de Valores Sociais (BVS) e a abertura da sede paravisitaçãonosfinsdesemana, entre muitas outras iniciativas.
Rejane Aguiar
Os grandes investidores estão se desfazendo de ações e provocando forte ajuste no mercado. Com isso, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu mais 1,32%, acumulando perdas de quase 7% nos últimos quatro pregões, ou quase dois mil pontos nesta primeira semana do ano.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou em 24.366 pontos. O volume financeiro superou R$ 1,3 bilhão. Em apenas quatro dias, a queda já apagou os ganhos de dezembro e corroeu boa parte da alta de novembro.
O dólar comercial subiu 0,59%, para R$ 2,724 na ponta de venda. (DC)
Karen Davis (Sarah
desvendar assassinatos e mistério de casa assombrada
A mão certeira do diretor Takashi Shimizu faz de O Grito assustador e bom
Geraldo Mayrink
Acasa assassina estáde voltaem
O Grito ( Th e Grudge ), mais umfilmede terrorpara quem gosta. Masé mais do queisso. Écampeãodebilheteria nosEstadosUnidos. Portanto,muitagente gosta.Eofilmemerece,para quem se dá bem passando mal.Tudo aconteceno Japão, país cheio de americanos reais elendastenebrosas. Os gringos não têm sossego lá. Freqüentam uma pitoresca casajaponesa, a talasssassina,ondeopioros aguarda. Fantasmas,um
Foi assistindo em casa ao documentário Josué de Castro, Cidadão do Mundo, de SilvioTendler,em1999, quea cineasta e professora decinema Erika Bauer,da Universidadede Brasília,tevea idéiadefazerumfilmesobre Dom Hélder Câmara.O célebrearcebispo deOlinda e Recife, que se tornou símbolo de lutapelos direitos humanosemtodoomundo,estavadandoum beloeclarividente depoimentosobre Josuéde Castro, o médico pernambucano, autorde Geografia da Fome,que teve seus direitos políticos cassados pelo regime militar quando atuava como embaixadordo BrasilnaOrganização "Eu estava vendo o filme do Silvio Tendler e, de repente,DomHélderCâmara brilhou naminha frente", lembraErika Bauer. "O carisma dele éenorme, é impressionante", diz. Osacerdote,nascido em Fortaleza nodia 7de fevereiro de 1909, foi uma influênciafortenafamília da cineasta, que logo depois mergulhouna leiturade Do Poderà Profecia, de Nelson Pilleti e Walter Praxedes, biografiadeDom Hélder que havia sido lançada naquele mesmo ano de 1999. "Eudecidifazerofilme,mas sentimedo, muitomedo, poisDom Héldertem uma históriaetanto,umatrajetória de vida de 90 anos que se confunde com a História do Brasil.Não sabiase iadar conta de levar a sua vida para o cinema", confessa.
Progressista
Dom Hélderfaleceu poucotempo depoisdadecisão deErikaBauer.Elaentãocomeçou uma pesquisa sobre opersonagemcentral do seu documentário. Fez várias visitas àConferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e entrevistou antigos companheiros de luta do arcebispo por uma igreja progressista.Depois, mer-
gato histérico, ummeninolobo,essascoisas.Tudoporque uma lenda japonesa diz queaquelequemorre com raiva ressuscita comum ódio dobrado.E sempreno localondemorreu,a casa assassina. Lámorreu alguém cheio de ódio. Contada assim, a história de O Grito não diz nada. Diz muitomais aestupendadireçãode TakashiSchimizu, autordestahistória macabra que apresentouna televisão japonesa. O produtordiretorSamRaimi,deOHomemAranhaeoutros êxitos, socorreuocineastaja-
ponêse assimcriaram este híbrido nipo-americano. Tóquio,estranhamente é muito parecida visualmentecomSão Paulo. Interiormente,até na perversão. Acontecequetodo mundo se dá mal emcena. Há fantasmas no are nas paredes. Ninguémsabedoquesetrata.Há otalgatoe ummenino mortoqueage como vivo, e osdoisrosnam com olhos brilhantes evoz de trovão. Os sustos, auditivos e visuais, assombram a narrativa,como sempreemfilmes desse tipo,mas o diretorSchimizu nãoévulgar
em excesso. Temestilo. Fez um filme de terrormuito acima damédia. Comum climaque realmenteassusta, nobom sentido,se éque isso existe, cheio de climas tensos e com promessas de coisas medonhas. Basta ver as caras dos atores aterrorizados, a cada um sai pior do que o outro em cena. O diretor japonês éum craque do mal. Nas suas mãos, o mundo perde o sentido normal e as casasreinam soberanas como depósitos do que há de maisassustador. Aproveitem.O filmeépavorosamente bom.
Ilustrações são do autor e de artistas convidados
Renato Pompeu
Uenvolver amúltiplapersonalidadedeDom Hélder Câmara. A morte do arcebispo ironicamente acabou ajudando ofilme,poisé muito comum ver documentaristasficarem reféns de personalidades da culturabrasileiraquenãotardam a ser glorificados em projetos laudatórios e extremamente reverentes. "Acho que a morte deletornou o processo muitomais misterioso eme deumuitomais liberdade para focalizar um mito brasileiroe mundial", diz a cineasta.
A saga de Dom Hélder Evaldo Mocarzel.
gulhounos maisdiferentes arquivos. Levantou fotos, artigosereportagens em jornais. Preparou umalista delivros que,de ummodo ou deoutro,estavamrelacionadoscomafigura de Dom Hélder, sua luta e suas idéias. Erika Bauer chegou mesmo a iraté a Alemanha paraentrevistar teóricosda TeologiadaLibertação,com quem oarcebispo trocou correspondências durante vários anos.
Mito
A obra epistolar de Dom Hélder Câmaraéimensae ainda precisa ser organizada eeditadaem todaasua abrangência. "Ele escrevia para meio mundo", conta a cineasta. "Nos anos 1970, ele era constantemente convidado para dar palestras e receber títulosem universidades. Ele escreveu várias cartasdurante esseperíodoendereçadas àssuasantigas colaboradoras do Riode Janeiro. Parte dessas cartas foram publicadas recentemente em Recife.Ela ressalta queDom Hélderfoi um divisor de águas no Brasil e no mundo. "Ele foi uma cor-
rente deunião,chamoua atenção do Primeiro Mundo para uma necessidade emergencialdeajudaa todos aqueles que estavam sofrendo no Terceiro Mundo." O entusiasmo da cineasta fezcom queeladescobrisse omitoquefoiconstruídoem tornodeDomHélderCâmara."Primeiroo mito,avisãooficialdo homem perfeito. Depois comecei a desmistificá-lo, a humanizá-lo. ‘Será queeu conheço Dom Hélder a fundo?’,fiqueimeperguntando. ‘Ele gostava do poder?’ ‘Iludia muitagente?’ Foram perguntas que me fiz. Mas acho que a vaidade eo gostopelopoder eram purgadas durante as noites devigília, emsuas longas conversas com Deus.Ele se penalizava. Suasolheiras enormeseram uma prova disso."
Primeiro o mito, a visão do homem perfeito. Depois comecei a humanizá-lo Erika Bauer
No processo de humanização do mito, Erika Bauer acabou construindo uma "colcha deretalhos" para
ErikaBauerachaqueoperíodo quepassou noRio representou em sua vida um certo encantamento pelo poder."Foi nesse período que ele se aproximou de banqueiros,de damasda sociedade carioca, do RobertoMarinho.Elechegoua serchamadopor Juscelino Kubitschek para ser o primeiro governador de Brasília,mas declinouoconvite, pois sentiu que não poderia perder a sua liberdade. Já em Recife,ele percebeuque nãohavia mais tempo aperder na luta por ummundo mais justo e sem miséria. Ele se engrandeceu muito como ser humano. Foi empobrecendo, passoua usar umabatina surradae foi morar atrás do altar da igreja. Foia sua opção pelos pobres e, ao mesmo tempo, oseu salto para o mundo." Dom Hélder Câmara – O Santo Rebelde é um documentário de 73 minutos de duração e será lançadoem marçono circuito comercial nas seguintes capitaisbrasileiras: Brasília, RiodeJaneiro, São Paulo, Recife, Fortaleza,Florianópolis e Belo Horizonte.
ma porta de entrada ao glamuroso mundo do design gráficoe, em particular, uma introdução às bobagens ditas por personagens que povoam esse mundo, como, aliás, ocorreem qualquer meio que tenha pretensões a ser artístico,eiso que nos proporciona o livro Morte aos Papagaios, de GustavoPiqueira, bem-sucedido profissionaldosetor,publicado peloAteliêEditorial.Olivro vale ainda pelas preciosas ilustrações,queincluemdesignsgráficos deautoriade Piqueira,eobras dearteou documentais de outros autores, escolhidas por ele.
Piqueirafaz basicamente uma crítica às banalidades ditasporseuscolegas,como por exemplo a de que só devem ser usadas letrasque, numaplaca detrânsito, seriam facilmente lidaspelos motoristas e pedestres, opiniãocontraa qual mostra belos designs com letras ilegíveis,pois acompreensão da mensagem independe da"leitura" dessas letras. Outraopiniãobastante espalhada no setor, diante de umtrabalho umtantomais ousado, a de que "uma criança de três anos poderia ter feito isso", Piqueira rebate demonstrando que exatamente essa frase é usado pelos que não têm olho artísticopara desmerecerPicasso e outros artistas plásticos consagrados e cujas obras valem milhões de dólares.
Os "papagaios" aque se refere olivro são os repetidoresde frasessemsentido que vão sendo transmitidas como se fossemverdades evidentes eque,devidamente analisadas, nãopassam de frasesvazias. Uma destas,alvo favoritodoautor, é que o design gráfico podemudar omundo. Piqueirademonstraque, por mais camisetasque tenham sidofeitaspró-Che Guevaraoucontra guerrascontemporâneas, nada aconteceu além do tilintar do caixa de seus criadores. Além disso, mais de 99 por cento das encomendasde designgráfico são feitas por empresas plenamente capitalistas.
O livro todo é muito engraçado. Piqueiraconta comocausou surpresa, entre os colegas de profissão, o fato de ele ter feito o cartaz de um filme dos cantores Sandy e Júnior, quando um cartaz comoesseexigetanta criatividade e esforço pro-
fissional quanto qualquer outro, mesmo que seja para a Bienal de São Paulo. Também muitoengraçadoé orelatoque Piqueira fazdeumaoficinamecânica que encomendouumnovo visual a um profissional muito pretensioso e pouco qualificado. Osobradinho em que funciona a oficina mecânicarecebeu uma luminosa cor laranja e a imagem deum FordModelo T, umcalhambeque de 1911. Simplesmente deixaram de aparecer fregueses, pois estes deixaram de reconhecer o sobradinho com uma oficina mecânica, imaginando talvezque setrata de uma loja de artigos de luxo. Ele conta de sua irmã que, formada em Economia nos EUA, se reuniu com colegas da USP que,usando todos camisaspóloesapatosdotipo mocassino, reclamaram dela, que estava com um visual de design moderno, dizendoque aquilo não era adequado para uma economista. A irmã dePiqueira respondeu que aquele tipo de sapatodos seuscolegas era adequadopara homens efeminados, mas isso não a levava a tirar conclusões apressadas.
Piqueirarevela umsegredoque, certamente,vaisurpreender os compradores de livros: nãoé aconselhável, segundoele,paraquemrecebeua encomendade fazera capadeumlivro,lerumlivro inteiro.Pois, casoleia olivro inteiro, o profissional capista vaiquerer transmitir, pela ilustração de capa, todosos seusconteúdos, oqueinviabiliza a capa como coisa de comunicação imediata. E,finalmente,contramais uma "frase de papagaio" comum em seu meio profissional, a deque deveria haver algummeio deimpedir que simples "micreiros" façam, por exemplo, cartões de visitas, ao invés de designers qualificados, Piqueira lembraqueoschefes dos grandes restaurantes não se queixam da concorrência dos disque-pizzas. Mas isso não o impede de anotar que, entreos folhetosdedisquepizzas, há os que dão vontadedeencomendarecomera pizza e há os que dão vontade de jogar fora o folheto...
Ele criava levado pela busca constante da superação, como acontece com o improviso no mundo do jazz
William Erwin Eisner ou Will Eisner, como era conhecido, morreu na última segunda-feira. Em março completaria 88 anos. O cartunista e roteirista americano criou em 1940 o Spirit, um dos mais inovadores personagens da história dos quadrinhos. "Morreu o autor de quadrinhos mais talentoso de todos os tempos", resume Álvaro de Moya, professor aposentado do Departamento de Comunicação da Universidade de São Paulo (USP), autor de Shazam! (Editora Perspectiva, 1970), livro sobre a história das histórias em quadrinhos. Amigo de Eisner desde a década de 60, quando trabalhou na emissora de TV norte-americana CBS, Moya acompanhou Eisner nas suas quatro visitas ao Brasil. "Ele brincava que tinha sido brasileiro em outra encarnação, porque os brasileiros entendiam seu trabalho melhor do que ninguém." O professor Moya, organizador em 1951 da Primeira Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos no Brasil, tornou-se agente de Eisner no País. "De fã, passei a representante", diz ele, que também é autor de História da História em Quadrinhos (Editora Brasiliense, 1993). Recentemente, havia o projeto de lançar no Brasil desenhos animados baseados em grandes livros, que começaria com Os
Diário do Comércio via email, declarou que está mais grato por um dia ter conhecido Will Eisner do que triste por sua morte. "Eu vou sentir muita falta dele, mais do que eu posso avaliar agora", afirma. "Eisner continuou trabalhando até o final da vida e jamais ficou velho: em todos os sentidos ele pode ser definido como um mensch (termo em ídiche que significa pessoa honrada, responsável e de impecável caráter)".
Sertões ou Dom Casmurro Seriam exibidos pela TV Cultura. "Conversamos em setembro e acertamos, mas prontos haviam apenas Moby Dick e Dom Quixote; ele faria o primeiro brasileiro este ano", relembra Moya. "Infelizmente, o projeto não vai se concretizar", lamenta. Eisner cunhou a expressão "arte seqüencial" para definir quadrinhos que estavam em um patamar acima e não eram necessariamente engraçados. Um dos mais criativos artistas dos quadrinhos neste século, ele influenciou toda uma geração de cartunistas. A marca de seu traço aparece em Alan Moore, Frank Miller, Neil Gaiman, nos brasileiros Laerte, Angeli, Ziraldo, Maurício de Sousa, entre muitos outros.
O inglês Neil Gaiman, criador da cultuada série Sandman, em entrevista ao
Gaiman, que venceu por quatro vezes o prêmio Will Eisner de Melhor Escritor nos anos 1990, conta que no ano passado chegou a perguntar a Eisner como ele conseguia inspiração para seguir trabalhando, enquanto muitos de seus contemporâneos já haviam parado. Eisner respondeu citando um jazz em que o cantor dizia estar numa busca contínua por "A Nota". "Ele seguia procurando A Nota, embora talvez já tivesse achado mais notas do que todos nós", diz Gaiman.
"Will Eisner foi meu mentor, orientador e guru", declara Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica. "Embora eu não tivesse o talento dele para o desenho, comecei a fazer quadrinhos inspirado na imensa criatividade de seus roteiros", revela o brasileiro, que o conheceu em 1972 e manteve a amizade, inclusive levando desenhistas de seu estúdio aos EUA, para conhecer o mestre. "O Spirit é o quadrinho mais sensacional já feito", considera. Seu último contato com Eisner foi no final de 2004, quando o artista enviou uma mensagem parabenizando Sousa pela participação no projeto do Vaticano que cria uma série de quadrinhos infantis ecumênicos, em diversos idiomas. A cargo da Fundação João Paulo II, a Turma da Mônica vai transmitir mensagens de paz para crianças do mundo todo. Lúcia Helena de Camargo
Acima, Spirit, o herói inovador que combatia o crime sem possuir superpoderes; e cena do álbum NewYork,TheBig City, editado em 1981 (dir.)
OdetetiveSpiriteraumherói sem superpoderes,quevivianumcemitério, nãotinha apetrechos e nem carro próprio. Ele não vencia sempre ao final dashistórias.Paradisfarçar suareal identidade, usava um chapéu, luvas e umapequena máscara.Opersonagem foi umarevolução na linguagem dos quadrinhos. Cada episódiocomeçava com um logotipo diferente, que se misturava ao cenário. O enredo tinha roteiros sofisticados eàsvezesSpiriteraapenascoadjuvante nahistória.Oautor contavadramas humanos e romances, misturadas com situações extraordinárias. Um garoto descobre que pode voar ou o herói recebe visitadealienígenas, tudo em meio aos problemas urbanos de uma grande metrópole, espelhadaem Nova York, sua cidade natal.
eArteSeqüencial
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,sobrepessoasqueseperdemna
de fazero Spirit em 1952.Mascontinuounaativaeem1978 inovou mais umavezosquadrinhos, comainvençãodoconceitode"graphic novel" (novela gráfica), com Um Contrato com Deus, históriaquemostra a vidados moradores de umcortiço no bairronovaiorquino Bronx, duranteo período da Grande Depressão americana, em cuja vizinhança qual Eisner viveu a infância. Outros trabalhosmarcantesdo autor são New York, The Big City, com cenasdesuacidade; Um Sinal do Espaço, ficçãosobre guerrafriae
Sem filas ou apertos, esta é a melhor época para percorrer o circuito das artes na cidade
Lúcia
Helena de Camargo
Começo de ano em São Paulo é sempre umaboa época para visitar as exposições sem enfrentar filas naentrada ouempurraempurrana frente das obras. O maisimportante museudaAméricaLatina,o Museu de Arte de São Paulo (Masp), ainda não definiu suaagenda 2005emrazão de uma crisede patrocínio, mas mantém em cartaz duas grandes mostras.
A exposição As 100 Maravilhas– ImpressionismoeReferências exibe cem obras do acervodomuseu,efunciona como uma aula de história doimpressionismo, percorrendooanteseo depoisdo movimento.São mostradas pinturas de mestrescomo Cézanne,Manet, Monet e Renoir e as influências dessa escola, que começam no renascentismodeTizianoeVelázquez.Emseguida ovisitante podever obrasdos artistas influenciados pelo impressionismo,como os vanguardistas Picasso e Matisse. Anteriormenteprevista para encerrar em dezembro, aexibição foiprorrogadaaté27demarço.Éumaexcelenteoportunidade para verquadrosde mestrese ainda descobrirumpouco da história da arte.
A outramostra emcartaz atéo dia30dejaneiro no Maspéa 13ª edição da Coleção Pirelli/Masp de Fotografia, quereúnenestaedição 65 novos trabalhos de 17 fotógrafos, que fazem partede um conjunto de cerca de 800 imagens de 210 autores. A exposiçãoé composta por umacervoproduzido para serestampado emcartões postais das décadas de 20 e 30. Há obrasde Pedro Martinelli, Carlos Carvalho, Francisco Aszmann, Mazda Perez, Celina Yamauchi, RogérioMedeiros, Mônica Vendramini, entre outros. Na mesma exibição foi incluída uma sala especial para asobras o italiano MimmoJodice. São 50 imagens em grande formato, feitas pelo fotógrafodurantesua visita a São Paulo entre 2003 e 2004.
A filialdo Maspno centro dacidadeabrigaaexposição Grupo Guanabara, com obras dosirmãosThomazeArcangelo Ianelli, Manabu Mabe e
AMeditação, de Auguste Rodin, na mostra As100Maravilhas
Ismênia Coracy, artistas que ganharamesse nomeporse reunir para pintar no ateliê de Tikashi Fukushima, no antigo lago Guanabara, próximo ao local em que hoje é a estação Paraíso do metrô. Com temas e técnicas variadas, a mostratraz 15 trabalhos e fica em cartaz até o dia 15 de janeiro. Interessados em história nãopodem perdertambém a mostra Pergaminhos do Mar Morto: Um Legado Para a Humanidade,emcartaz na Estação Pinacoteca até o final de fevereiro. Sob a curadoriado holandêsRobert Kool,a exposição traz10 fragmentos de manuscritos, além de mais de 70 artefatosarqueológicos. Aspe-
Humor ácido, pequenas trapaças e crítica social
Abelardo e Berilo no Teatro Folha
çasemexibiçãosãoconsideradas por historiadores umadas maissensacionais descobertas arqueológicas do século20. Os pergaminhossão asescriturasmais antigas já descobertas da Bíblia do Velho Testamento. O material foi encontrado por beduínos nas cavernasde Qumram,próximos aoMar Morto, em Israel, em 1947. É a primeira vezqueesse acervoestásendo apresentado na América Latina. Para explicar a importância e o contexto dos documentos, a exibição é acompanhada de filmes, mapas e painéis. Aindadentro da Estação Pinacoteca podemser vistas 50entre asmais expressivas obras do modernismo
Os atores Marcos Pasquim e André Mattos vão tentar reproduzir nos palcos, a partir de amanhã, o divertido bate-bola que a dupla protagonizou na minissérie global O Quinto dos Infernos, respectivamente como
Dom Pedro I e Dom João VI. Abelardo e Berilo éo nome da peça, do dramaturgo Bosco Brasil, que volta a unir os dois atores, envolvidos agora em um assunto que em nada lembra a decadente monarquia brasileira – eles vão brigar pela remoção do túmulo de uma jovem tida como milagreira em um cemitério do interior. Se o tema soa familiar ao público de teatro, tudo
brasileiro,comoAntropofagia, deTarsiladoAmarale Bananal, deLasarSegall, produzidos na primeira fasedo modernismo no Brasil, nos anos 20 e 30. A exposiçãofoi aberta emagosto de 2004 e vai ficar em cartaz até julho deste ano. Os 200 trabalhos, emprestados do acervo da FundaçãoJosée PaulinaNemirovskye de acervos estaduais,perfazemum panoramasignificativo da arte no País.
Na Pinacotecado Estado continuam em exibição ainda as mostras de fotografia de Adenor Gondin e IatãCannabrava, osdese-
Visão, de Francisco Aszmann, na 13ª edição da Coleção Pirelli/Masp de Fotografia (acima). A exposição conta com 65 novas imagens de 17 fotógrafos. O Carnavalna avenidaSãoJoão, nos anos 40, foi retratado por Theodor Preising (ao lado).
nhos de GerdaBrentani, as esculturas eaquarelasde JürgenPartenheimere os instrumentos científicos, documentos e mapas do século 18. Quem ainda não foi, corra antesque acabe.Até ofinal do mês fica no Instituto Cultural BancoSantos amonumentalmostra A Escrita da Memória, que leva o público parauma viagemnotempo através dapalavra registrada. Estão expostos 500 objetos, entre peças arqueológicas, documentoshistóricos, livros raros e instrumentos de escrita.
O subtítulo damostra explica o espírito: Da pedra ao palm, como o Homemeternizou opensamento. O espaço
bem: Abelardo e Berilo é mesmo a remontagem da peça Os Coveiros, encenada em São Paulo há alguns anos com Jairo Matos e Eric Novinski dirigidos por Hugo Possolo, dos Parlapatões. Quem assina a nova montagem, que entra em cartaz no Teatro Folha, é Ricardo Kosovski. Longe da atmosfera dramática que caracterizava a peça Novas Diretrizes em Tempos de Paz, que rendeu um prêmio Shell de melhor autor para Bosco Brasil, Abelardo e Berilo transita pelo terreno da comédia, mas sem abrir mão de alguns momentos em que permite ao público detectar nos personagens as dores da solidão e da transitoriedade da vida. Abelardo, papel de André Mattos, é um coveiro disposto a receber propinas em troca de pequenos favores prestados aos milhares de romeiros que visitam o túmulo da Santinha atrás de algumas graças. O prefeito da cidade, no entanto, decide baixar uma portaria determinando a remoção do túmulo e, para fazer cumpri-la, nomeia um novo superintendente para o cemitério municipal, o
está dividido em trêssegmentos: Berços da Escrita, queexibeas origensdoato de escrever até a revolução da imprensa; Artee Ciência apresenta a memória da criação de cientistas, escritorese artistas;e Poder eCotidiano, com documentos de grandesnomesdas artes, política e sociedade.
A exibiçãotraz umapedra gravada no Saara em 5.000a.C,umacartadaprincesaIsabelescritaao seu pai, domPedro 2º,em 1866, além de documentosoriginaisde Getúlio Vargas, Einstein, Hitler e Mussolini, partituras originaisde Strauss e Lizt, entre muitos outros documentos.
Circo
Se ainda sobrar fôlego, vale daruma olhadana divertidaexposição Cartazes Poloneses Circenses, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake até dia 25 de janeiro. São 72 cartazes da coleção particular deAndrés Bukowinski, premiado diretor de filmes comerciais. Coloridos e criativos, osanúncios retratam palhaços, bichos e malabares, deautorescomo Hilscher, Swierzy, Urbaniec, Majewski.
Anote na agenda o roteiro das artes da capital paulista
Masp- Avenida Paulista, 1.578, Cerqueira César, tel.: (11) 32515644. Terça a domingo, das 11h às 18h (a bilheteria fecha às 17h). Ingresso: R$ 10,00 (estudantes pagam meia entrada; grátis para menores de dez e maiores de 60 anos). Agendamento de grupos pelo tel. (11) 3283-2585. Masp Centro – Galeria Prestes Maia (entre a Praça do Patriarca e Vale do Anhangabaú), tel. (11) 3101-7666. Segunda a sábado, das 11h às 17h. Grátis. Pinacoteca do Estado - Praça da Luz, 2 - Jardim da Luz, tel. (11) 3229-9844. Terça a domingo, das 10h às 17h30. Ingresso: R$ 4,00 (grátis aos sábados). Estação Pinacoteca - Largo General Osório, 66 , Luz, tel. (11) 3337-0185. Terça a domingo, das 10h às 18h. Ingresso: R$ 4,00 (grátis aos sábados). Instituto Tomie Ohtake – Av. Faria Lima, 201 (entrada pela rua Coropés), Pinheiros, tel. (11) 2245-1900. Terça a domingo, das 11h às 20h. Grátis. Instituto Cultural Banco Santos - Rua Hungria, 1100 , Jardim Paulistano, tel. (11) 3818-9591. Terça a sexta, das 10h às 17h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h30. Grátis.
jovem Berilo (Pasquim). A chegada do superintendente acaba com a paz no campo santo: um texto enxuto e divertido passa a conduzir as desavenças entre os dois personagens. O diretor Ricardo Kosovski afirma que Abelardo e Berilo é um espetáculo de humor ácido, mas que em nenhum momento deixa de lado a perspectiva crítica, seja ela social ou política.
Sérgio Roveri
ABELARDO E BERILO
A orientação do governo ontem, segundo a Receita, era de não tomar nenhuma decisão precipitada ou recuar
OPlanalto vai enfrentar no Congressoa forte reação à Medida Provisória232, quecorrigiu a tabela doImposto de Rendada PessoaFísica em10%, maspor outroladoaumentouatributaçãosobre empresas prestadorasde serviços. Apesar da enxurrada de críticas, a orientação ontem era de não tomar nenhuma decisão precipitada ou recuar. "Não recebinenhuma ordemparareveramedida", afirmou o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. "Pelo contrário, estamos convencidosde queamedida é tecnicamente perfeita." Segundo assessores, tantoo presidenteLuiz Inácio Lula da Silva quantoo ministro da Fazenda, Antonio Palocci,já esperavamuma reaçãonegativaaoaumento da tributação, denunciado, em primeiramão, pelo Diário do Comércio.As reclamações tampouco surpreendemo secretário."Estamos levandopancada de todo lado,massemdúvida isso iria acontecer", disse. "Quem gostadepagarimposto?Éporissoqueeletem esse nome: imposto."
Rachidobservou queninguém está comentando a correçãodatabela doIR,um alíviodeR$2,5bilhõesparaa classemédia. "Quandobaixamos o imposto,ninguém elogia;quando cobramos mais, ésó reclamação."Mesmo antecipando a reação, o governodecidiu defender a mudança no Congresso, que sóretoma seus trabalhosno dia 15 de fevereiro.
Parlamentares da oposição e até da base aliada estão semobilizandopara derrubar os dispositivos da MP que aumentam a tributação e para promover um aumentoaindamaiornatabela do IR. Ontem, o governador
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), classificou de "preocupante"a MP232."É necessárioter certocuidado porque, quando se aumenta a cargatributária, há uma migração para a informalidade",alertou. "Umdos grandes entraves ao desenvolvimento brasileiroé justamente a informalidade." Amovimentação, queincluiainda asentidadesligadasao setorde serviços,parece,entretanto,nãopreocupar o governo. "Se o Congresso vai aprovar a MP ou não, é outra conversa", disse um interlocutor dopresidente. "Mas ogovernonão vai rever amedida." Segundoesseassessor,apreocupação de Lula é de não prejudicar obolsodotrabalhador debaixarenda.Aavaliaçãoé deque oaumento da tribu-
Rachid: "Estamos convencidos de que a medida é tecnicamente perfeita."
tação não atingirá esse segmento, masaspessoas de renda mais elevada. Éporissoqueo aumento dataxaçãosobre osprestadores deserviços contacom a simpatia de Lula, de Palocci e do ministro da Coordenação Política,Aldo Rebelo. Eles estão convencidos da existênciade uma situação injusta, do ponto de vista tributário. Enquantopessoas físicasderendamaiselevada pagam, na média, 22% de imposto,ataxaçãosobrepessoasque declaramimpostos comoempresaprestadorade serviços é da ordem de 16%. Éocasodeprofissionaisliberais,como advogadoseconsultores.É cadavez maiscomum a prática desses profissionais de abriruma empresae, assim,recolhermenos impostos. (DC/AE)
OAB ESTUDA CONTESTAR MP NA JUSTIÇA
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, está montando um grupo de especialistas para estudar a possibilidade de ingressar na Justiça contra a Medida Provisória 232, que corrigiu a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 10% e elevou a tributação de empresas prestadoras de serviços. A medida atinge, entre outros, os advogados. "Não é mais possível o contribuinte aguentar essa voracidade que vem tomando conta do País, que tem uma das maiores cargas tributárias do mundo", disse Busato. "Não podemos ficar calados diante deste fato, que vai desestabilizar muitas pequenas empresas, que são as grandes geradoras de empregos e das quais o Brasil precisa tanto."
Segundo o presidente da OAB, setores atingidos devem repassar o aumento a seus clientes. A entidade promete também pressionar pela derrubada do aumento no Congresso Nacional. (AE)
O custo tributário da Medida Provisória 232 –que eleva de 32% para 40% a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) dosprestadores de serviços – poderá ser repassadoaos consumidores. A previsãoé dospróprios empresários, que em 2003 passaram por experiência
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semelhante, quando o governo federal feza primeira elevação nabasede cálculo como intuitodepromover "isonomia" entre pessoas físicas e jurídicas "Quem tiverpossibilidade de repassar, com certeza faráissoporque ninguém quer reduzir sua margem de ganho", afirma o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, João Teodoroda Silva. Segundoele,a maioriadas imobiliárias ecorretores terá de absorver o aumento da tributação porque as comissõessobrecompra e venda deimóveis não podem passar de 6% do valor das operações. Já médicose dentistas, porexemplo, poderãosimplesmente transferir o cus-
to para o valorde suas consultas, que não passam por nenhum mecanismo de controle.
Para alguns prestadores de serviços,o caminhopara evitar o repasseao consumidor poderá ser abandonar aopçãopelopagamento dos tributos sobre o chamado "lucro presumido".Ouseja, se aempresa possui lucro realinferior a 40%do faturamento,é maisvantajoso pagar Imposto de Rendae CSLL sobre essa base. "Ainda não fiz as contas na ponta do lápis,mas avantagem dolucro presumido está desaparecendo", afirma o economista Augusto Menezes, que possui uma empresa individual de assessoria. (AE)
Mudanças
O diretor-superintendentedo Serviço Brasileirode Apoio às Microe Pequenas Empresas (Sebrae-SP), José Luiz Ricca, avaliou ontem que o aumento da base de cálculodo ImpostodeRenda e da CSLL para prestadorasde serviçosameaçaa continuidade da recuperaçãodas micro epequenas empresas (MPEs) paulistas. "Amedidaémuitonegativa, pois quebra uma estabilidade que vinha se desenhando paranós nosúltimosmeses. Atranqüilidadeeasegurança doambienteeconômico são muito importantes para o investimento", disse. Dados divulgados pelo Sebrae mostram que, apesar de amargar o pior desempenho entre os três setores analisados pela pesquisa mensaldaentidade,noacumulado de janeiro a novembro, os serviços começaram ase recuperar nos últimos meses doano.Em novembro, por exemplo, o faturamento real cresceu6% sobreoutubro,
contra1,9% do comércio e queda de 1,1% na indústria. Foi o melhor comportamento entre os três setores. "A preocupação agora é de ruptura no ritmo derecuperação", alertou Ricca. Asmicro epequenasempresas do setorde serviços representam 35%de 1,05 milhão deMPEscadastradas no Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Noacumulado de 2004 até novembro, este ramo de atividade registrou um desempenhofraco.O faturamento real, por exemplo, recuou 5,5% sobre novembro de 2003, enquantoaindústriatevealtade 7,5%eocomércio,de0,1%.Jáonívelde pessoalocupadocresceu2% no mesmo período, inferior aos 3,2% da indústria e aos 5,3% do comércio. Segundo Ricca, a expectativa dos empresáriosédequeogoverno recue da MP 232, diante das repercussões negativas,ou que a medida não passe no Congresso. (AE)
Cardápios magrinhos eleves do Wrapse aajuda de umanutricionista daCasaSanta Luzia são motivaçõesa maispara quem prometeuperder os quilinhos extras na virada do Ano-Novo.
No Wraps Light Food & Smoothies, quetem cinco endereços na capital, a massa do sanduíche é composta porumpãoespecialdemassa bem fina. Os recheios têm combinações bem brasileiras, como o Wrap Mineirinho (R$ 17,50), com filet mignon em cubos, mussarela light,tomateassadoe folhas de rúcula. Já o Wrap Viking levacomoingredientes tirasde salmãochileno defumado, envolvidas empedaçosdealfaceamericana,fatias decebola curada e cream cheese light. O toque finalfica por contade pitadas de dill fresco. O sanduíche é servido frio e custa
R$ 19,50.Vale aindaprovar as versões vegetarianas, como oWrap Genovês(R$ 17,90),que conta com abobrinha italiana, cogumelo Paris, shitakes frescos e grelhados e mussarela light. Outro diferencialda casa
Para manter a boa forma, a dica é o descolado Wraps e a Casa Santa Luzia
são ossmoothies alcoólicos (mixdefrutascomsorbetou frozen iogurtelight), que ganham destaque nas noites dequartaesexta-feira, quando a casa ganha o reforçodeum DJepúblico que aprecia lounge music
Dora Carvalho
Poucas calorias no Wraps e ajuda de nutricionista na Casa Santa Luzia
Na onda contrária as gorduras eao fast food, o Wraps fazsucesso por não conter frituras nem carboidratos em excesso.Apesar disso, não faltam o cheeseburger (R$ 8,50) e o hot dog (R$ 6,90) em versões enroladas no
Canto Madalena para quem quer ficar longe do agito
Armando Serra Negra
Há na Vila Madalena um canto, o Canto Madalena. Happy hour sossegado e aconchegante, longe do agito da região, é adequado para se curtir um relax de fim do dia. Mix de antiquário e artesanato brasileiro, a decoração é eclética, com acentuado toque nordestino, assim como o cardápio.
Nas mesinhas de madeira, enfeitadas com vidros vazios de Tabasco, transformados em pequenos vasos para rosas sempre frescas – um charme – pode-se tomar uísques a R$ 8 (nacionalizado), R$ 10 (8 anos) e R$ 15 (12 anos); mas aceitando-se a promoção do Clube do Whisky – uma
garrafa inteira - esses preços caem pela metade, e pode ficar guardado para outra ocasião. Depois, chope, cerveja, drinques e coquetéis servidos pela casa seguem o padrão. Uma distinção do Canto Madalena, contudo, é o acarajé (R$ 19,50 para duas pessoas), tido como um dos melhores de São Paulo por quem entende do riscado. "Diz a lenda que o acarajé (iguaria que acaba de ser tombada pelo patrimônio histórico nacional - Condephaat) celebra o casamento de Iansã com Xangô, deuses da justiça e da guerra do candomblé", conta o editor Pedro Paulo da Sena Madureira, curioso para conhecer o lugar. Outros petiscos típicos
pão wrap e dedicadas ao público infantil. Nutricionista – Ajudar o consumidor a comer melhor em casa é a estratégia da Casa Santa Luzia para impulsionarasvendas de alimentos especiais, norecém-inaugurado mezanino do tradicional supermercado paulistano. Após 78 anos de existência, a casa passou poruma reforma.Oespaço agora abrigauma seção de alimentosespeciais que, dentreoutros artigos,conta
Esão os bolinhos de arroz com carne seca (R$ 14), pastel de camarão (R$ 14) e os mariscos na casca refogados (R$ 19). No mais, o ambiente é cheio de verde, de frente para uma pracinha particular (o canto), com uma grande entrada de uns 15 metros de largura. Nas noites chuvosas desce um toldo de proteção, mas nas estreladas o teto retrátil mostra a sua funçao. "O FHC e o Lula já estiveram aqui", conta feliz o simpático Giba, proprietário de um lugar sem dúvida eclético.
CANTO MADALENA
O bar fica na Rua Medeiros de Albuquerque, 471 Tel: 3813-6814, perto do Sacolão da Vila Madalena.
com produtos sem lactose, sem glúten,dietéticos, lights, com baixoteor de sódio, orgânicose enriquecidos.O localconta comas orientaçõesde duas nutricionistas.Umadelasé NathalieVan Laer,queorienta osconsumidores durantea escolhadessesalimentos e dá dicas para emagrecer. Segundo Nathalie, além dos produtoslightse para diabéticos,a maiorprocura tem sido pelo quinua ou quinoa,grãotípicoda regiãoandina daBolívia,rico em proteínas e aminoáciodos, indicados para atletas, criançase vegetarianos. Meio quilo daiguaria custa entre R$11,40e R$16,90. "Há ainda asversões em farinha, para apreparação de pães e, em flocos, para enriquecero café da manhã", diz a nutricionista.
ENDEREÇOS LIGHTS
Wraps Light Food & Smoothies –www.wraps.com.br Av. Horácio Lafer, 160 - (11) 3078-6735 e mais quatro endereços. Delivery: 3078-8444 e Disk Cook - 5081-9300 Casa Santa Luzia – Al. Lorena, 1471. Tel. 3897-5000
Sérgio de Paula Santos
m 2004 comemorou-seo sesquicentenáriodamortedo Visconde de Almeida Garrett (1799-1854) e por curiosacoincidência achegada dos vinhosAlmeidaGarret ao nosso mercado. JoãoBatistadeAlmeidaGarrettfoi um dosmaiores nomes da literaturae da sociedadeportuguesadeseutempo.Poeta, romancista, dramaturgo, político e diplomata, teve uma vida agitada e produtiva.Enfrentouváriosexílios,nosAçores, naFrançaenaInglaterra,oquesóaumentou seu carinho pelas coisas de sua terra. Formadoem Direitoem Coimbra, a "cidade dos doutores", empolgou-se com as idéias liberais da época, nunca se afastando dos prazeres da mesa, foi bom poeta,mastambémbomdegarfoedecopo,Toda suaobra está"recheada" dereferências àsiguarias nacionaise atodos os vinhos verdes (do Norte de Portugal)
e maduros, do restodo mundo: tintos, brancos, Palhetes, Champanhes, Porto, Madeira,Xerez,foram porGarrettbebidos,dajuventude àmaturidade.Devemos ao jornalista e historiador de gastronomia José Quitério,a primeira matéria relacionando a obra de Garrett com os prazeres da mesa. Vitinicultura Descendentesdo poeta, que erado Porto,estabeleceramemCasteloBranco, na Beira Interior, no início do século XIX, e como em quasetodas mansões senhorias, vinificavam para consumo próprio a partir de 1975, como aumento e aprimoramento da produção vinícola e empresa entrou no mercado português e internacional, com representaçõesna Inglaterra,Alemanha,Bélgica,Luxemburgo, Estados Unidos, Noruega, Dinamarca e agora no Brasil.
No dia-a-dia e para pratos fortes
Colheita Selecionada: vai bem com carnes vermelhas
Da empresa, degustamos dois vinhos Almeida Garret –ColheitaSelecionada (DOC) – 2.000.Produtor:Soc. Agric.daBeira (Sabe), 6200-758 Tortosendo. Representante Maria IsabelR.A.G.Lapa.Tel(11) 3088-0226 Preço : R$ 22. Vinho deBeira Interior (DOC) elaboradoa partir das variedades Toriga, Tinta Rariz eTinta Barroca, oriundode sologranítico, commacerarãode duas semanas e estágio de seis meses em carvalho. Ovinhoé decoloração rubi-escura,límpidaebrilhante. Aroma frutado e paladar harmônico equilibrado. Uma boa opção para o dia-a-dia de ótima relação custo –benefício.
Acompanha bemcarnes vermelhas e massas. Cotação 78/100 Entre Serras (DOC) 2002. Vinhodomesmo produtor (Sabe) emesmo representante, Maria Isabel R. A. G. Preço: R$ 36. Vinho Igualmente da Beira Interior (DOC), oriundodesolograníticoe das variedadesTrincadeira, Tinto Roriz e Tinto Barroca.É macerado pordez dias e passa por seis meses em carvalho francês. Tem uma coloração rubi viva, purpúrea, aroma frutado e na boca um tanino potente,sem seragressivo. Complexo, harmônicoe redondode bomteor alcoólico, harmoniza-se compratos encorpados-
Entre Serras: para iguarias bem temperadas
caça, ossobuco, condimentados. Boa relação custo-benefício. Avaliação 84/100.
Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-fundador da FIJEVFederação Internacional de Jornalistas e Escritores do Vinho é autor de livros sobre vinhos e gastronomia, o último dos quais "O Vinho e suas Circunstâncias", SENAC, São Paulo, 2003.
Cotações:
● Regular - 50 e 60 sobre 100 possíveis
● Bom - 60 a 70
● Muito Bom - 70 a
A Infraero condiciona a inauguração do terceiro terminal e da terceira pista do aeroporto à construção de um aerotrem. Página 2
Sete subprefeituras uniram-se ontem para limpar os piscinões do Guaraú (fotos à esquerda) e da Pretinha (foto acima), ambos na zona leste de São Paulo. Empresas privadas emprestaram caminhões, tratores e retroescavadeiras.
Combate a curta distância contra o lixo. Essa é a proposta da Prefeitura para tentar equacionar o problema das enchentes. Os 16 piscinões da cidade serão limpos. Ontem foi a vez dos piscinões do Guaraú e da Pretinha, na zona norte. Amanhã tem Operação Cata Bagulho na região do córrego do Aricanduva, na zona leste. A palavra de ordem na Prefeitura é mutirão.
Azonanorte de São Paulo amanheceu ontem em estado de guerra. Guerra contra a sujeira. Desde cedo, sete subprefeituras uniram-se para limpar o piscinãodo Guaraú,localizado naavenida Penha Brasil com Inajar de Souza, na Vila Nova Cachoeirinha. O Guaraú, um piscinão que começou a ser construídoem 2001e até hojenãofoiconcluído, é umdosmaiores dazona nortedeSãoPaulo, com a missão, em épocas de chuvas, de conteros transbordamentos dos córregos
Guaraú e Cabuçu de Baixo, responsáveis por grandes enchentes naquela região da cidade.
O piscinão da Pretinha, na avenida João Paulo I com ruaJosé Saldanha,na Vila Penteado, também passou por uma faxina grossa. Empresas terceirizadas emprestaram caminhões, tratores e uma retroescavadeira para retirar o entulho acumulado.
Amanhã,na regiãodo Aricanduva, junto aocór-
rego do Aricanduva, na zona leste da cidade, a Prefeitura dará início à Operação Cata Bagulho, uma espécie de pentefinocasaacasa, em busca de móveis e objetos velhos cujo destino, muitasvezes, seriaasruas do bairro ouaságuas do córrego, comconseqüên-
ria da limpeza de piscinões nas zonas norte e leste, especialmente na regiãode São Mateus. Nazonaoeste, região queabrange os bairros da Lapa,Pinheiros eButantã, a estratégia deveráser outra. Paraatuar noButantã, por exemplo, que é sempre
Funcionário municipal participa da limpeza de piscinão
cias desastrosas nas épocas de chuvasfortes, como as prometidas pelo verão. Ajuda do Estado –Segundoo secretário das Subprefeituras, Walter Feldman, a intençãoda Prefeitura é limpar todos os 16 piscinões dacidade.Numprimeiro momento, aadministração municipal cuida-
castigado por enchentes provocadas pelos históricos transbordamentos do córregoPirajussara, a Prefeitura pedirá ajudaao governo do Estado. Convênio –Feldman disse já estar em contato com o secretáriode RecursosHídricos do Estado,Mauro Arce, no sentido de viabili-
QUEM VAI PAGAR ESTA MULTA? – O carro oficial do prefeito
José Serra, um Astra preto, seguido por seguranças em um Corsa branco, ultrapassa semáforo vermelho na avenida Rio Branco. A infração foi cometida no deslocamento de Serra à Usina de Asfalto do Município, na Barra Funda. Trata-se de uma infração gravíssima. A multa é de R$ 191,54, com 7 pontos na carteira. De quem?
Serra reativa usina de asfalto e retoma tapa-buraco
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zarum convêniopeloqual o governo estadual se encarregaria da limpeza dos piscinões ligadosao córrego Pirajussara.
Para a limpeza de praças, parques e canteiros o secretário das Subprefeituras afirmou que estuda estabelecer parcerias coma iniciativa privada e contar com a ajuda de setores religiosos, já contatados. Mutirão – A palavrado momento na administração tucana doprefeito JoséSerra é mutirão. Ontem à tarde, o prefeito anunciou que na noite de ontem e madrugada dehojeaPrefeiturarealizaria um esforço concentrado para tapar mais de mil buracos na marginal Tietê.
Essa operação tapa-buracos, segundo oprefeito,vai utilizarcercade10 caminhõesedeveráserestendida, emcaráter emergencial,às principaisviasdacidade. O trabalho de remendar o asfalto precário das marginais normalmente é prejudicado pelo tempo chuvoso. Coincidentemente, durante as chuvas, cerca de 300 novos buracos são abertostodos os dias nas ruas da cidade. Mais informações nas páginas 2, 3 e 4
Chuva fraca pode provocar deslizamentos em favelas
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Praça Ramos muda para ficar como era em 1911
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Facilidade trazida pelo sistema home broker, criado pela Bovespa em 1999, é um dos chamarizes para quem pensa no mercado de capitais
Comprare vender ações, consultar cotações, receber relatórios, agendarordensdecompraevenda,tudo pelainternet.Essa facilidadeé possívelgraças ao home broker, osistema de negociaçãodaBolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), criado em1999, que se interligaàs corretorasde valores permitindo que investidoresefetuem transações inteiramente on line. Essa facilidadeoferecida pelo sistema tematraído, nos últimosdois anos,mais investidores pessoafísica parao mercadodecapitais.
Segundo Ricardo Pinto Nogueira, superintendente de operações daBovespa, em dezembrode 2003,19,2mil investidores efetuaram operações pelo home broker.Emdezembrode2004,o númerode aplicadoresque passou a usar o sistema chegou a 30,3 mil. Em todo o ano passado, ultrapassou os 80 mil (80.493). É um nichoparapessoafísica, pequeno e médioinvestidor, cujas características são a praticidade e rapidez. NaopiniãodeRicardoNogueira, o fato de mais gente ter utilizado o home broker
Fruto principalmente do programa depopularização da BolsadeValores de São Paulo (Bovespa), iniciado em meados de 2002, e do bomdesempenho da bolsa paulista no anopassado,o número de clubes de investimentoem atividade cresceu 32% em 2004, passando de 671 em janeiro para 1.025 na primeira semana de 2005, reunindo quase 110 mil cotistas.
foiresultadodascampanhas de esclarecimento realizadas pela Bovespa, como, por exemplo, o programa de popularização domercadode capitais Bovespa Vai Até Você, além daentrada de novas empresasno mercadoacionário, queabriumaisoportunidades de compra de papéis. Também contribuiuo reaquecimento da economia, diz ele Numcenário econômico otimista, com quedade jurosa partirdo segundotrimestre, Ricardo acha que, no final de 2005, o número de investidores usando o homebroker cheguea40 mil por mês. Fatia maior – Apenas em dezembro, o total de transações pelo sistema representou 16,88% do 1,2 milhão de negóciostotaisfeitosnabolsapaulistanaquele mês. O home broker também encerrou o mês dedezembro comumaparticipação de 5,47% no volume financeiro daBolsano mês,quefoide R$ 33,3 bilhões. Em 2004, as operações pela internet responderam por um volume financeiro de R$ 2,997 bilhões, com uma médiadiária denegócios de R$ 142,7 milhões.
Umadasvantagens em investir em ações via home broker está na facilidade dasoperações,além da comodidade. "Agrande sacadaé apraticidade de atuar no mercadode capitaisutilizando apenasum computador", comentouJeferson do Amaral, gerente do serviço de home broker da HSBC Corretora, que viu as ações negociadas pelo sistema crescerem 108% em relação a 2003.
Já Roberto Fonseca, gerente de home broker da Fator Corretora,diz quea média de volume da corretora aumentou, entre 2003 e 2004, em torno de 15%.
Fonseca aponta o uso da internet comoaprincipal vantagemparaoinvestidor. "O home brokeré umaferramenta que não restringe o investidore éautomática, dessa forma se popularizou e seexpande a cadaano". A expectativadogerente da Fator é de que esse mercado cresça 30% neste ano.
Pioneira nesse segmento de aplicações, a Sociedade Corretora Paulista (Socopa) tambémsebeneficiou com oano positivo da Bolsa. "Aumentamosos negócios em 30% e esperamos, no mí-
nimo, manteresse patamar em 2005", explicou Marcos Monteirode Barros,diretor da corretora. Taxas corretagem - Se executar uma operação em ações pelo home broker é uma tarefa relativamente simples,omesmonãosepode afirmar nacontratação da corretora. Atualmente, existem cerca de40 credenciadas pela Bovespa para esse tipo deoperação. O investidor deve ter atenção, principalmente nosvalores cobrados na forma de taxas de corretagem e custódia.
Algumasisentamoinvestidor dopagamento dessa taxa. Caso da Socopa e da Fator, quenão cobramtaxa de custódia. Já a HSBC Corretora trabalha com uma margem mínimade R$1 mil, ouseja, operaçõesacima desse valoro investidor não paga a taxa. Para realizar operações via home broker o investidor precisase cadastrarem uma das corretoras-membro da Bovespa. Segundo as corretoras, não existeum valor inicial mínimo exigido para se aplicar.
Entrar na Bolsa de Valores por meio de um clube de investimento e nãocomo um aplicadorindividualtemalgumas vantagens. "As principais são o aumento do potencial de compra disponibilizandoumvalorrelativamente baixoea menor tributação,comoacobrança doImposto deRendaapenas no resgate dos recursos", explica Gilberto de Souza Biojone Filho, diretor
da corretora de valores Socopa. A proximidade com a administradora ea maior acessibilidade à carteira de açõestambém são benefícios dosclubes,de acordo com MauroGiorgi, analista de investimentos da Geração Futuro Corretora. Cultura - A principal dificuldade enfrentada pela Bovespa e por corretoras para atrair investidores para osfundoséo convenci-
mento da pessoa física, acostumadaàcultura da poupança e darenda fixa, a investir emações."A boa rentabilidadeque nossos clubes têm demonstrado nosauxiliaram nessetrabalhoeem2004abrimos64novos grupos", conta Giorgi. A rentabilidade alcançadapelos clubesde investimentotende aser maiordo queoíndicedaBovespa,variando conforme a adminis-
tradora. Oclube deinvestimentos daGlobal Invest, porexemplo, rendeu4,98% em dezembro de 2004, 0,30% acima do Ibovespa. Oanalista deinvestimentos daGlobal, Márcio Bandeira, conta que o anopassadoregistrou recordede procura pelos clubes de investimentose apostana continuidade da procura em 2005,respeitando as limitações impostas pelo pre-
Entre asvantagens desse tipo de transação estão a agilidade no cadastramento e no trâmite de documentos; consulta,peloinvestidor, a posições financeiras e de custódia; acompanhamento de sua carteira de ações; acessoàscotações (corretoras oferecem tambémnotícias eanálises sobre o mercado); envio de ordens imediatas, ou programadas,de compraevenda de ações, no mercado à vista e recebimentoda confirmação de ordens executadas. Eduardo A. de Castro
conceito do brasileiro a esse tipo de aplicação. Os clubes de investimento, grupos de pessoas físicas que se reúnem para realizar investimentos na bolsa intermediadosporumacorretora, podem ser vinculados a uma instituição (composta por funcionáriosde uma empresa, porexemplo), ou por amigos. As corretoras também formam clubes. Vanessa Jaguski
FALÊNCIAS & CONCORDATAS
DECLIC COM. EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS SERVIÇOS LTDA. Rua Dos Jacintos, 43, São Paulo-SP, CNPJ 61.058.699/0001-35 e I.E. 113.314.677.114, COMUNICA extravio de talões de Nota Fiscal Fatura de nº 001 a 250 série Única.(6-7-10/01/2005)
Beneficência Médica Brasileira S/A – Hospital e Maternidade São Luiz torna público que recebeu da Cetesb, a Licença de Operação nº 45001514, para a atividade hospital à Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 95 - Vila Nova Conceição – Cep 04544-000 – S.Paulo/SP.
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 7 de janeiro de 2005, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: “A RCD Comercial de Equipamentos Ltda-ME torna público que requereu na Cetesb
Requerente: Bopil – Borracha e Plástico Industrial LtdaRequerida: Comercial L.M. de Calçados Ltda. - Rua Gomes Cardim, 147 - 17a Vara Cível
Requerente: Industrial Bopil de Calçados Ltda - Requerida: Comercial L.M. de Calçados Ltda. - Rua Gomes Cardim, 147 - 17a Vara Cível
Requerente: Transbela Transporte e Comércio de Alimentos
Ltda. - Requerido: Centro Automotivo Krishna Ltda.Av. Antonio de Salles Penteado, 52 - 32a VaraCível
Requerente: Luiz Adolfo PeresRequerido: Serviços Automotivos Rubi Ltda. - Av. Oratório, 1000 - 14 Vara Cível
Requerente: Moinho Pacífico Indústria e Comércio Ltda. - Requerido: Fibras & Delícias Panificadora e Comércio de Alimentos Ltda. -RuaEstilac,49 - 31a Vara Cível
Requerente: Moinho Pacífico Indústria e Comércio Ltda.Requerida: Maria Helena de Araujo Mini Mercado – MERua Saturnino Pereira, 888-A - 32a Vara Cível
Requerente:EletroLuminarIndústria e Comércio Ltda.Requerida: Pro-Rede Construções Elétricas Ltda. - Rua Cel. Euclides Machado, 130.40 Vara Cível
Requerente: Aços Canadá Ltda.Requerido: Tor Alf Indústria e Comércio Ltda. - Rua Capitão Mor Gonçalo Monteiro, 14713a Vara Cível
Requerente: Piramidal Termoplásticos Ltda.- Requerido: Indústria e Comércio Baby Bianca Ltda ME. -RuaDomingos Afonso, 764 - 12a Vara Cível
para 12/01/2005, às 9:00 hs em 1ª convocação e às 10:00 horas em 2ª convocação, na sede do sindicato Av. José D’Ângelo nº 334, sala 01 - Jd. Bom Pastor - Sto. André; para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: prorrogação de mandato do presidente, em conformidade com o Novo Código Civil Brasileiro. Clovis Parreiro Pimentel - Presidente.
ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES DE DOCES DO ESTADO DE SÃO PAULO Edital de Convocação Assembléia Geral Extraordinária A Diretoria da Associação convoca os seus associados para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, que fará realizar no dia 02 de fevereiro de 2005, às 10:00 horas, em sua sede àRua Itaqui, 446, no Pari, cuja Ordem do Dia será compreendida pelo seguinte:a) reforma do Estatuto; b) assuntos diversos. São Paulo, 07 de janeiro de 2005.(aa) Adamor Leopoldo
AGENDA
Principais eventos da semana de 10/1 a 14/1
Segunda-feira: A FundaçãoGetúlioVargas(FGV)divulga oIPC-S, índicesemanal de inflação. A Secretaria de ComércioExterior do Ministério do Desenvolvimento,Indústria eComércio (Secex) divulga o resultado da balança comercial brasileiranaprimeirasemana de janeiro.
Terça-feira: OInstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga pesquisa de produção física da indústrianacional relativa aoúltimomês denovembro. A expectativa é de uma elevaçãode 7%nacomparação com igual período de 2003e de quedade0,4% em relação aomês anterior (setembrode 2004).AFGV divulga aprimeira prévia do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) do mês de janeiro.
Quarta-feira: A Fundação Institutode PesquisasEconômicas (Fipe) divulga o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) referente àprimeira quadrissemana domês dejaneiro. A expectativa é de que o índiceregistreinflaçãopróxima a 0,70% na cidade de São Paulo.Nos EstadosUnidos, saemdados sobreabalança de bens e serviços do país em novembro. Os analistasestimamumdéficitde US$ 53 bilhões.
Quinta-feira: O IBGE divulga pesquisa de produção industrialregional de novembro.Nos EstadosUnidos, saem dados sobre o número de pedidos de seguro-desemprego na primeira semana do ano.
Sexta-feira: OIBGEdivulga dois índices deinflação:o Índice Nacional de Preços ao Consumidor(INPC) eo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),ambos referentes ao mês de dezembro. A expectativa dos analistas para o IPCAé deumaalta de 0,75%. O IPCA é o índice adotado pelo governo para basear o sistema de metas de inflação. Nos Estados Unidostambémsai informação sobrecusto devida. Será divulgadooPPI,sigla em inglês doíndice de preços no atacado referente a dezembro. Os analistas projetam uma deflação de 0,1%. Para o núcleo do índice, a estimativa é de inflação de 0,2%. Também nos Estados Unidos saem dados sobrea produçãoindustrialdo paísnoúltimo mês denovembro. Osanalistas estimam quea indústria produziu 0,5% mais. Sem data definida durante a semana: A Confederação Nacionalda Indústria (CNI) divulga indicadores da indústria de transformação de novembro.
Fonte: Tendências Consultoria
Agenda da semana está recheada de índices de atividade econômica e de inflação, no Brasil e nos EUA.
Indicadores econômicos,referentesaoBrasil eaos EstadosUnidos, devem orientar osnegóciosnomercadofinanceirobrasileiro nos próximos dias. Para traçar as estratégiasdeinvestimentodecurtoprazo, analistasesperam pela divulgaçãode vários índicesde inflação,de produçãoindustriale dedesemprego nos dois países.
No Brasil, a agenda cheia de indicadores começa amanhã, coma divulgação, pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de pesquisa de produçãofísica da indústria nacional relativaao último mês de novembro (consulte a agenda completanesta página).
Também amanhã sai a primeira prévia do IGP-M
dejaneiro,quedaráaosanalistas uma noção decomo está se comportando a inflação neste princípio de ano, informação importante paraque omercado comecea montar as apostas para o juro básico. Jána próxima semanao ComitêdePolítica Monetária (Copom)do Banco Central se reúne para discutir taxa Selic das quatro semanas seguintes.
Recuperação– Se osnúmerosnão surpreenderem negativamente, a expectativaé derecuperaçãodos mercadosnoBrasil, oque vale especialmentepara a BolsadeValoresdeSãoPaulo (Bovespa). Depois de encerrar 2004 batendo recordes, abolsa paulista começou oano acumulandopregões deperdas.Osbaixos preços das ações que caíram na semanapassada podem atrair mais compradores no mercado de ações. Recorde naEuropa — As bolsas de valores da Europa atingiram na última sextafeirao maior patamarem umperíodo de30 meses.A animação dos investidores pode ser explicada pela criação depostos de trabalho nosEstadosUnidos abaixodo esperado, o que diminuiu as preocupações emrelação aoapertomonetário pelo banco central americano. Senão fossem notícias negativas da gigantefarmacêutica Scheringas bolsas teriamtidodesempenho ainda maior.A bolsa de valoresde Londres,por exemplo,subiu 0,62, para 4.854 pontos (FTSE-100). Rejane Aguiar/Reuters
O setor coureiro-calçadista do País, que integra desde a indústria de calçado até a venda de máquinas, exportou 20,6% mais no ano passado sobre 2003
Naonda dasboas vendas ao mercado internacional em 2004, o setorcoureiro-calçadista brasileiro, que integra as indústrias decalçados, curtumes,indústria de componentes e máquinas, registrou no ano passado crescimento de 20,6% em suas exportações.Sóas vendas de calçados faturaram US$ 1,806 bilhão, resultado que representa 17% mais em relação a 2003. Além disso, foram US$ 1,4 bilhão em couros, US$ 720 milhões em componentes, US$ 120 milhõesemartefatose outros US$ 12 milhõesemmáquinas e equipamentos.
Deacordocomo presidente da Associação Brasileiradas IndústriasdeCalçados (Abicalçados), Elcio Jacometti,esse éomelhor desempenho paraa indústria calçadistadesde1993, quando as exportaçõessomaram US$ 1,846 bilhão. Em volume, a indústria de calçados exportou 200 milhões de pares. São negócios que, emboraaindafortementeconcentrados nosEstados Unidos, responsável por56,6% dototal das exportações,já atingem mais de 100 diferentes mercados nos cinco continentes.
Não àtoa, oBrasil éhoje o terceiro maior produtor de calçadosdo mundo,atrás
ICMS/SP - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE
I- O contribuinte deverá entregar as informações relativas às operações interestaduais que promover com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ou com álcool etílico anidro carburante cuja operação tenha ocorrido com diferimento do lançamentodo imposto com observância de programa de transmissão eletrônica de dados.Ocontribuinteobrigadoaprestar essas informações por meio de transmissão eletrônica de dados deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação(ConvênioICMSnº3/1999,cláusula décima sexta, na redação do Convênio ICMS nº 107/2003, cláusula primeira, III, e Convênio ICMS nº 37/2004, cláusula primeira): a) TRR: atéodia3decadamês; b) contribuinte que tiver recebido o combustível de outro contribuinte substituído, exceto TRR: nos dias 4 ou 5 de cada mês; c) contribuinte que tiver recebido o combustível exclusivamente do sujeito passivo por substituição: no dia 6 de cada mês; d) importador: até o dia 6 de cada mês; e) refinaria de petróleo ou suas bases:
e.1) até o dia 13 de cada mês
em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases;
e.2) até o dia 23 de cada mês, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes. (Arts. 423-A e 424-A do RICMS/ SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 48.831/2004).
II- A partir de1º.03.2004, essas informações deverão ser apresentadas simultaneamente, por meio
apenas de Índia e China. Em termos de vendas externas, está entre os sete maiores do mundo. E, naopinião de FranciscoSantos, presidente da Couromoda, feira do setor que começa amanhã, caminha para ocupar posto entreostrês maiores. "Não tenhodúvidas quenospróximos anos Brasil, China e Índia serão responsáveis em calçar ospésda população
possui matéria-prima abundante, mão-de-obra especializada e empresas sintonizadas com amoda internacional. É o momento doBrasil.E eleoestáaproveitando", acredita Santos. Rumo àEuropa – Emboraos EstadosUnidossejam o carro-chefe das exportaçõesde calçadosbrasileiros (56,6%do totalno anopassado), o novo alvo são os
por lá, caiu muito a produçãodecalçados.Ouseja,eles não conseguemmaisabastecer o próprio mercado. "O alto custo da produção naEuropa torna acada dia maisinviável abastecer o mercado.Porisso,oBrasiljá é um fornecedorindispensável", afirmaSantos.Segundoele,além de vender aos distribuidores e lojistas, o interesse étrazer para o Brasil aprodução européia excedente.
mundial", afirma Santos. Tanto otimismo, segundo ele, se deve ao fato do Brasil, nos últimos 20 anos, ter investido fortemente na modernização doseu parque fabril,oquepermite ampliar aproduçãorapidamente."Além disso,o País
países da Europa, responsáveis hoje por cercade 15% das compras do Brasil. Além daquestão cambial, que preocupa todo o setor, o presidente da Couromoda argumenta que aEuropa se tornou atraente aos empresários brasileiros porque,
Para o estilista Jorge Bischoff isso é perfeitamente possível,jáque odesigndo calçado brasileiro já foi adaptado ao estilo das européias. Ao contrário do que acontececom os Estados Unidos, que produzem lá e trazem o modelo para que a indústria brasileira simplesmente reproduza o protótipo."Para os países da Europa vendemos onosso modelo de calçado, com a nossa marca, o que melhora muito o preço", afirma. Provadisso éque as indústrias exportam para os Estados Unidos a US$ 10, em média, o par de calçado, enquanto, para aEuropa,é em média, a 12euros o par. "Onossodesignéaarmaparaenfrentar qualquer dificuldade, seja do câmbio, seja da concorrência de outros países", acredita o presidente da Couromoda. Patrícia Büll
do novo programa de informática e pela apresentação do relatório em papel nos seguintes prazos (art. 20 das DDTT, na redação dada pelo Decreto nº 48.831/2004, alterado pelo Decreto nº 49.203/2004 e Convênio ICMS nº 101/2004). a) pelo contribuinte que tiver recebido o combustível de outro contribuinte substituído: até o dia 03 de cada mês; b) pelo contribuinte que tiver recebido o combustível diretamente do sujeito passivo por substituição e pelo importador: até o dia 05 de cada mês; c) pela refinaria de petróleo ou suas bases: c.1) até o dia 13 de cada mês: em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases; c.2) até o dia 23 de cada mês: em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes. Note-se que essa obrigação deverá ser cumprida pelo período de nove meses, pelos contribuintes obrigados a entregar os Anexos VI e VII e pelo período de seis meses para os demais casos.
DIA 10 SIMPLES -Pagamento, pelas Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (SIMPLES), do valor devido sobre a receita bruta do mês de Dezembro/2004.
COMPROVANTE DE JUROS
SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO(PJ) - Fornecimento, àbeneficiária pessoa jurídica, do Comprovante de Pagamento ou Crédito de Juros sobre o Capital Próprio no mês de Dezembro/2004.
PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) - GPS - ENVIO AO SINDICATO –Envio ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre os emprega-
dos da cópia da Guia da Previdência Social (GPS) relativa à competência Dezembro/2004. Havendo recolhimento de contribuições em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias.
Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado (municipal, estadual ou nacional), a empresa deverá antecipar o envio da GPS.
IPI (Exceto o devido por ME ou EPP) – Pagamento do IPI apurado no 3º decêndio de Dezembro/ 2004, incidente sobre produtos classificados nas posições 84.29, 84.32 e 84.33 (máquinas e aparelhos) e nas posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veículos automóveis e motocicletas) todos da TIPI.
IPI(ExcetoodevidoporMEou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 3º decêndio de Dezembro/2004, incidente sobre produtos classificados nas posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis).
ICMS/SP – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA –energia elétrica, fumo e seus sucedâneos manufaturados, pneumáticos, câmaras-dear e protetores de borracha, tintas, vernizes e outros produtos químicos, veículo novo, veículo novo de duas rodas motorizado e outros contribuintes enquadrados em código de CNAE-Fiscal que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição – último dia para o recolhimento do ICMS retido apurado no mês de Dezembro / 2004.
ICMS/SP - CNAE’S: 17213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960 - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Novembro / 2004.
ICMS/SP – Fabricantes de telefone celular, de latas de chapa de alumínio ou de painéis de madeira
MDF – último dia para o recolhimentodoICMSapuradonomêsde Novembro / 2004.
ICMS/SP –IndustriaisouAtaca-
distas de Pequeno Porte (art. 11 das DisposiçõesTransitórias(DDTT)do RICMS/2000) - último dia para o recolhimento do ICMS apurado no mês de Novembro/2004.
ICMS/SP -CNAE´S - 01112 a 01708, 02119 a 02135; 05118; 05126; 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290; 16004; 26913; 26921; 45110 a 45608; 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195;55131a55190;55247;63118 a 63401; 65102 a 65994; 72109 a 72907, 74110 a 74993; 85111 a 85324 - último dia para recolhimentodoICMSapuradonomêsde Dezembro / 2004.
ICMS/SP -REMESSA INTERESTADUAL EM CONSIGNAÇÃO INDUSTRIAL - ENTREGA DE ARQUIVO ELETRÔNICO –Entrega pelo consignante à repartição fiscal a que estiver vinculado, em meio magnético, de demonstrativo de todas as remessas interestaduais efetuadas em consignação e das correspondentes devoluções, com a identificação das mercadorias (inciso II do art. 474-A). ISS – MUNICÍPIO DE SP –RECOLHIMENTO DO IMPOSTO - CONTRIBUINTES EM GERAL– Pagamento do imposto relativo às prestações de serviços efetuadas em Dezembro / 2004, bemcomooimpostoretidonafonte no referido mês (art. 80 do novo RISS, aprovado pelo Decreto nº 44.540/2004 e Portaria SF nº 14/ 2004). As diversas instruções para cálculo e recolhimento do ISS estão previstas na Portaria SF nº 14/2004.
ISS - PROFISSIONAL AUTÔNOMO E SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL - RECOLHIMENTO DO IMPOSTO- Recolhimento do imposto relativo ao trimestre outubro / novembro / dezembro / 2004, pelos prestadores de serviços sob a forma de trabalho pessoal (profissional autônomo) e pelas sociedades de profissionais (sociedade uniprofissional) (arts. 19, § 1o, do RISS - Decreto no 44.540/2004).
Embora o otimismo pareça contagiar todo o setor calçadista brasileiro, especialmente por conta do crescimento excepcional das exportações em 2004, a valorização do real já começou a mostrar seus efeitos danosos. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abiçalçados), Elcio Jacometti, algumas empresas, no final de 2004, "já exportaram no vermelho".
Exagero ou não, empresários e diretores de entidades ligadas ao setor concordam que é preciso que a atual política cambial seja revista, aumentando o valor da moeda norte-americana. Seja como for, a Abicalçados trabalha com três diferentes cenários para 2005: crescimento de 10% das exportações se o dólar permanecer como está (cerca de R$ 2,80);
DIA 12 IRRF – Recolhimento do ImpostodeRendaRetidonaFontecorrespondente a fatos geradores ocorridos no período de 02 a 08.01.2005, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País.
DIA 13
IPI (exceto o devido por ME ouEPP) - PagamentodoIPIapurado no 1º decêndio de Janeiro/2005, incidente sobre produtos classificados no Capítulo 22 (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres).
IPI (exceto o devido por ME ouEPP)- Pagamento do IPI apurado no 1º decêndio de Janeiro/2005 incidente sobre produtos classificados no código 2402.20.00 (cigarros que contêm fumo).
DIA 14
COFINS- Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mês de Dezembro/2004:
* Cofins - Entidades Financeiras e equiparadas;
* Cofins - Demais Entidades; * Cofins – Combustíveis; * Cofins - Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária;
* Cofins não-cumulativa.
PIS/PASEP -Pagamento das contribuições cujos fatos geradores ocorreram no mês de Dezembro/ 2004:
* PIS-Pasep - Faturamento (cumulativo);
* PIS – Combustíveis;
* PIS - Não-cumulativo (Lei nº 10.637/2002);
* PIS-Pasep - Folha de Salários;
* PIS-Pasep - Pessoa Jurídica de Direito Público;
* PIS-Pasep - Entidades Financeiras e Equiparadas;
* PIS - Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária.
aumento entre 5% e 7% se a moeda norte-americana desvalorizar ainda mais, e crescimento acima de 20% se o câmbio melhorar. "Se houver melhora do câmbio, acredito que iremos ultrapassar a cifra de US$ 2 bilhões nas exportações de calçados em 2005", diz Jacometti. Mas o presidente da Couromoda, Francisco Santos, salienta que ninguém ficará de braços cruzados esperando a valorização do dólar. Ele cita como a primeira ação deste ano a visita de compradores de 65 países à Couromoda. "Essa será a edição mais visitada por compradores estrangeiros, esperamos a presença de cerca de 3 mil importadores", afirma Santos. Além de empresários da Alemanha, haverá também visitantes da Grécia, países da América Latina, países árabes e até da Finlândia. (PB)
IPI (exceto o devido por ME ou EPP)-PagamentodoIPIapuradono mês de Dezembro/2004, incidente sobre todos os produtos (exceto os classificados no Capítulo 22, nos códigos 2402.20.00, 2402.90.00 e nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI).
IPI (exceto o devido por ME ou EPP)-PagamentodoIPIapuradono mês de Dezembro/2004, incidente sobreprodutosdocódigo2402.90.00 da TIPI (“outros cigarros”).
DIA 16
ICMS/SP - GIA ELETRÔNICA – AGIAEletrônicarelativaaomêsde referência Dezembro / 2004 deverá ser apresentada por meio da Internet (www.pfe.fazenda.sp.gov.br), pelos contribuintes com o último dígito de inscrição estadual 0 e 1 (art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/ 1998, acrescentado pela Portaria CAT nº 46/2000, na redação da Portaria CAT nº 49/2001 e Portaria CAT nº 91/2002). Nota: Na hipótese de o diadovencimentoparaapresentação recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia. (Parágrafo único do art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/ 98, acrescentado pela Portaria CAT nº 46/2000).
CIDE –Pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, cujos fatos geradores ocorreram no mês de Dezembro/ 2004: Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência técnica, cessão e licença de uso de marcas e cessão e licença de exploração de patentes; Incidente na comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível (Cide – Combustíveis).
Para o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Vantuil Abdala, mais do que mexer na legislação trabalhista, são necessárias mudanças na área econômica para melhorar as relações de trabalho e as condições de emprego
Márcia Rodrigues
Como o senhor avalia o texto final da reforma do Judiciário?
Avaliocomomuitopositiva a promulgação da reforma depois de 13 anos de tramitação. Pontos como a ampliação da competência da JustiçadoTrabalho,a criaçãoda EscolaNacional da Magistratura da Justiça do Trabalho e do Conselho Superiorda Justiçado Trabalho permitirão uma sensívelmelhoria na qualidade dos julgamentos das causas trabalhistas.Além disso,o aumentodo número de ministros que compõemoTST,de17 para 27, significa o reconhecimento daimportância da Justiça do Trabalho, e o principal favorecido será o trabalhador.
O que muda na competência da Justiça do Trabalho?
Entreas novidades, destaco a competência para julgar ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, entre sindicatos e empregadores e asações relacionadasàs penalidades administrativas impostas às empresas pelafiscalização do Ministério do Trabalho. O novo texto também torna expressas atribuições que foramreconhecidas pelajurisprudência:o examedodano morale materialdecorrente dasrelações detrabalhoea execução de ofícios inciden-
tes sobre ovalor das sentenças proferidas.
A ampliação da competência não vai abarrotar as varas e tribunais?
A Justiça do Trabalhoé o segmento doJudiciário com o maior número de causas em tramitaçãono País.Com a reforma, teremos competência parajulgartodasas causas que envolvam relaçõesde trabalho,e nãoapenasas deemprego,como ocorrehoje.Ofatoéqueesses processos eram julgados por outros ramosdo Judiciário. Se houver um aumento considerável aqui,naturalmenteterão que sertomadas medidas para que se possa julgar rapidamente essas matérias.A ampliação dacompetênciada JustiçadoTrabalhoera uma aspiraçãode todo o mundo jurídico trabalhista.
O que deve ser feito para tornar o País mais moderno é trazer todos os trabalhadores informais para o abrigo da CLT
O que deve ser feito para combater a morosidade?
Uma proposta importante,quenãofoiincluídanopacote dereformaprocessual encaminhado aoExecutivo, éaqueelevade40para60salários mínimos o teto das causas quese beneficiamdo procedimento processual simplificado,ou rito sumaríssimo. Atualmente, 43% dascausas trabalhistastramitam sob esserito. Outro projeto que ajudará muito, quando aprovado pelo Congresso,éoqueaumentaosju-
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ros incidentesnosdébitos trabalhistas,de 1% ao mês, para a variação da taxa Selic, aexemplodoquejáocorrena área cível,cobrados najustiçacomum ena JustiçaFederal. Outro anteprojeto que coibiria abusos é o que estabeleceuma multapelaapresentação de recursos considerados manifestamente protelatórios, quepoderia variarde 1%a10% dovalor da causa.Tais medidasajudariama reduzir ovolume de recursos nosTribunais Regionais e no TST, mas a soluçãodefato dasobrecarga de processos seria restringir a possibilidade de recursos.
O Sr. é favorável à flexibilização da CLT?
ACLTestásobaameaçade uma flexibilização ruinosa paraotrabalhador.Oquedeve ser feito para tornar o País mais moderno é trazer todos os trabalhadores informais para o abrigo da CLT, e não o contrário. Nãotenho dúvidas de que a flexibilização dosdireitosterácomoconseqüência igualar as condições de trabalho dos empregados formais às dosinformais, ou seja:todos ficarão desprotegidos.SegundooIBGE,nove milhões de trabalhadores estãonainformalidade,excluídos dos direitos mínimos previstosnalegislaçãotraba-
lhista. Épreciso puniro desrespeitoàobrigaçãoderegistrar o trabalhador.
O senhor acha que a legislação trabalhista colabora com o aumento da informalidade?
Eu não concordocom a tesede queo crescimentoeconômico, com geração de emprego, esteja diretamente associado àflexibilizaçãodos direitos dos trabalhadores para a redução dos custos da mão-de-obra que, no Brasil, já étão barataque nãopodemosimaginarcomo aredução dedireitospossateralgum efeito positivo na eco-
nomia. Emoutrospaíses, a flexibilização não aumentou oníveldeemprego eainda piorou bastante as condições de emprego.
Na sua opinião, a reforma trabalhista vai contribuir para o aumento de vagas?
Há menos coisas a fazer no direito do trabalho em si emais naáreaeconômica para melhorar as relações de trabalhoe ascondições de emprego. Reduzir juros, impostos eburocracia, por exemplo, além de maior apoio às microe pequenas empresase mudançasno sistema previdenciário certamente teriam grande efeito na geração de emprego. Mas acho que, entre outros pontos, deveria-se acabar com a permissão das horasextras habituais,em caráter permanente, que prejudica o mercado de trabalho,porque oempregadordeixadeadmitir empregados novos.
O que o senhor acha imprescindível na reforma sindical?
A primeira grande alteraçãoseriaacabarcomacontribuição sindical obrigatória e coma unicidadesindical,de tal maneira queo trabalhador fique livre para aderir ao sindicato que quiser.
Ano novo, vida nova. Pelo menosparao Tribunalde JustiçadoEstadodeSãoPaulo (TJ-SP), 2005 promete ser recheado de grandes novidades. O motivo é a promulgação da Emenda Constitucionalnº45/2004 –quetrata dareformado Judiciário–que determinou a extinção dostrêstribunais de alçada (TAC) do Estado e a distribuição imediata de recursos em segunda instância. SomenteSão Paulo, MinasGerais eParanáainda mantinham os TACs. Com a unificação, o TJ paulista se consolida como o maior da América Latina. O volume de ações dotribunaltambém égrande. Atualmente, 520mil processosaguardam distribuição na segunda instância. Atéagora,asações demoravam, em média,de três aquatroanospara serem distribuídas. Com a centralização e mudanças administrativas – informa-
tizaçãoe contrataçãode pessoal, a previsão é que todos sejam entregues aos relatoresaté junho e queem umanoe meiooacervode processos seja zerado. Segundo o presidente do TJ-SP,Luiz Tâmbara,ademora dafusão sedeu justamentepor contadadimensãodo tribunalpaulista."A realidade de São Paulo é outra.Nosestados doRio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, os primeiros a ex-
tinguiremostribunaisdealçada, com a unificação totalizaram125e160desembargadores, respectivamente. Enquanto SãoPaulo, coma fusão, tem agora 338", diz. Hoje, cada um conta com apenasumassessoroque,na opinião do presidente da Corte, éinsuficiente paracoordenar o volume de processos. Porisso,Tâmbara,contando com o apoio do governador Geraldo Alckmin,já enviouum projeto de lei à
Assembléia Legislativa pedindoainstituiçãode mais um assessor jurídico para cada desembargador. A medida vai resultar no acréscimo de mais 22 magistrados. Para opresidente da Comissão de Reforma do Judiciário da seccional paulista daOrdem dosAdvogados do Brasil, (OAB-SP), RicardoTosto,a fusão promete melhorar de forma considerável a qualidade do tribunal, principalmentena parte da distribuição. "Acentralização, alinhada a uma boagestãoeà informatização completa do tribunal, como vinha sendo feita no extinto 2º TAC, vai contribuir e muito para agilizar a tramitaçãodos processos na justiça paulista", diz. Inicialmente,os extintos tribunais serão mantidos em seus prédios de origem. Mas um terreno na região central já foi desapropriado para possibilitara construção da nova sede do tribunal. (MR)
PTde MartaSuplicy, emSão Paulo,está mais forte do que o PT de outros pré-candidatos do partido ao governodoEstado.A ex-prefeitaestásepreparando parareivindicar alegenda doPT paraconcorrer àsucessão de Geraldo Alckmin.
Nomomento, Martalevavantagem sobreos adversários no partido porqueacaba de sair de uma campanha emque perdeu aeleição mas deixouas urnascom2milhões 700milvotos. Um mar de votos.
A equipede Marta Suplicy quetrabalhou com ela na Prefeitura está coesa e deve iniciar em breve umtrabalhopeloEstado parafortaleceracandidatura no partido. A equipe, constituída na sua maioria por ex-secretários, sabe que a ex-prefeita vaienfrentarpretendentesfortes.Quem tiver mais cacife deve ganhar a legenda para disputar o governo estadual.
O PT éo partido que tem omaior número de pré-candidatos ao governopaulista.Temcandidato para todos os gostos. Todos com bom cacife no partido para reivindicar a legenda no momento oportuno, Mas,a disputa promete ser pau a pau.
Dois dos pretendentes petistas à sucessão de Alckmin são ministros: José DirceueAntonioPalocci;outro é o presidente nacional do partido, José Genoinio. E ainda tem osenador e líder dogoverno, AloísioMercadante. E dois ex: o presidente da Câmara, JoãoPaulo Cunha (quedeixao cargo em fevereiro);e, aúltima, é ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy.
Pelo excesso de candidatos, o PT deve escolher o nome realizando umaprévia, para evitarqueo partido saiarachado daconvenção. OPTfoi um dosprimeiros partidos aadotar osistema de prévias,exatamente para não iniciar a campanha em frangalhos.
Corre por Brasília o fuxico de que o candidato da preferênciadacúpulapetistaaogovernodeSãoPauloé o senador Aloísio Mercadante. Mas seu trabalho nas bases do partido não é tão eficientequanto aodeMarta Suplicy.Mercadante está mais presente em Brasília do que em São Paulo.
Depois do PT, o PSDB é opartidoque temmais pré-candidatos à sucessão de Alckmin,masnenhum dos pretendentes com potencialdevotosquelembre
Mário Covas, Franco Montoro e opróprio José Serra. O melhor candidato de hoje no PSDBé Serra, segundo as pesquisas.
Serravaiserpressionado na hora Hparasaircandidato agovernador. Seunome está na liderança nas pesquisas. Mas,seu compromisso é deexercer os 4 anos de mandatode prefeito. A melhor alternativa para ostucanos serialançar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Predomina a tese no PT e no PSDB de que os 2 partidos vão polarizara eleição de governador em São Pauloem 2006. Como aconteceu na eleição de prefeito entre Serra e Marta Suplicy.Outrospartidos, como PMDB de
Técnicos do Tribunal do Contas do Município rastream R$ 600 milhões em empenhos cancelados pela gestão petista
Quércia e PP de Maluf são colocados forade combate pelos adversários.
OPSDB alimenta aesperança desustentar tambémnaeleiçãodegovernador adobradinhacom o PFL,que vemdandocerto naseleições emSãoPaulo. Mas, os liberais querem ter candidato próprio, que pode ser GuilhermeAfif Domingos, bom de voto e de campanha.
A lém de poder fechar um acordo com Alckmin, Luiz Eduardo Greenhalgh está prestes areceber o apoio de outro governador tucano,AécioNeves(MG). Alckmin dá os votos que Greenhalghprecisa dedeputadospaulistas e teria emtrocaos votosdoPTna eleiçãodepresidente da Assembléia Legislativa.
João Paulo Cunha, presidente da Câmara; professor Luizinho, líder dogoverno e, ArlindoChinaglia, líder da bancada do PT, continuam sendo acusados de ainda nãoteremseengajado nacampanhadeGreenhalgh.Mas,os3prometem fazê-lo oportunamente.
C irculam por Brasília duas versões sobre o deputado VirgílioGuimarães: uma, queo deputadoteria prometido aLula apoiar Greenhalgh em troca de alguma recompensa política; outra, é que o deputado manteria suacandidatura avulsa. A 1ª versão é a mais coerente.
OPT não vaipodersustentar o Centrãona oposição a José Serra, na Câmara Municipal: 6 dos 7vereadores eleitos pelo PTBdevem apoiar o prefeito. O único vereadorpetebista quenão embarcanacanoa serrista é Celso Jatene.
Celso Jatene era o candidato preferido do Centrão para presidir a Câmara Municipal. Mas,depois foi atropelado pelo esquema quedesaguou navitóriade Roberto Trípoli. Jatene está de saída do PTB. Vai buscar guarida em outra legenda.
I tamar Franco,que vai deixar a embaixada de Romaem fevereiro,comunicaquenãopretende ser candidato novamente à Presidência da República, masestá dispostoa enfrentar as urnas em 2006 candidatando-se ao Senado por Minas.
Amaquiagem financeira feita pelaadministração de Marta Suplicy nasfinanças municipais está se desfazendo a cada investigação. Depois do Ministério Público e do Poder Judiciário, agora quem sededica àsinvestigações são os técnicos do Tribunal de Contas do Município (TCM). Peloque já descobriram, a carreira política da ex-prefeita pode ficar comprometida pela face oculta que está aparecendo: de má administradora. Ostécnicosjá descobriram que há empenhos (serviços autorizados) que foram cancelados,embora tenhamsido realizados e deveriamser pagos (liqüidados). O Sindiverde, quecongregaempresas que são contratadas para a manutençãode parques e áreasverdes,denunciaqueao menos 12 empresas realizaramserviçosdepodadeárvoresecortedegrama,etiveram seus empenhos cancelados. Ação – O sindicato entrou comação naJustiçapara exigir que a dívida seja reconhecida. "As 12 empresas têm empenhos cancelados que chegam a mais de R$ 12 milhões,sendo queoserviço foi realizado", disse o advogadodo Sindiverde, Rui Camilo Junior. Segundo ele, a decisãojudicial favorável àsempresas teráumaoutra implicação. "Vai ficar implicito na decisão do juiz que a prefeita cometeu crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)", afirma. Tanto os técnicos doSindiverde como o Ministério Público pediramcópiasda açãodo Sindiverde.TCMe MP abriram investigações depoisque aprefeitaMarta Suplicyassinounosúltimos dias de dezembro um decreto cancelando vários empenhos. O MP abriu inqué-
rito, enquanto queo TCM, atendendo determinação do seupresidente, oconselheiroAntonioCarlosCaruso,começouapassar um pente fino nos empenhos, através da Subsecretaria de Fiscalização e Controle. Ao todo, esses empenhos somam R$ 600 milhões.
Cancelamento– O vereadorJosé PoliceNeto(PSDB) entrou na semana passada com umaaçãopedindo o cancelamento do decreto parapoderavaliarquaisoscontratosforam cancelados,paraverificarse aprefeitadescumpriuaLRF, queproíbeo poder público de cancelar empenhos, depois que serviços ou obras começarem.
"A maquiagemtentada pelaadministraçãose baseava no fato de ser difícil a fiscalização devido a quantidade de contratos", afirma um técnico do TCM. Por isso, asdenúnciasestão sendoinvestigadas.Ostécnicosdo TCM estãolevantando asdiversas cartas que foram encaminhadas ao órgão por prestadores de serviços e empreiteiras, denunciandoquerealizaramos contratos, mas seus empenhos foram cancelados.
Pelo que conseguiram apurar atéagora, ostécnicos são unânimes em afirmar que a prefeita descumpriu a LRF. Aavaliaçãodascontas do último ano da gestão Marta só vão ter parecer em junhoepodemserrejeitadas. "Mas a situação mais grave aindaestá paraserrevelada. Foram cancelados empenhosdalimpezaurbana,que é um serviço público pago pelocontribuinte. Nessecaso, a administração ficou com um dinheiroque o contribuintedestinoualimpeza. É apropriaçãoindébita", disse Police Neto. Fernando Lancha
A preocupação comos desdobramentos políticos gerados pelas denúncias de que o Tesouro Nacional deu tratamento privilegiadoà Prefeitura de São Paulo levou o Ministério da Fazenda a divulgar nota para informar quetodas as decisões sobre pagamento da dívida dos Estados e municípios são tomadas com base em critérios técnicos e no "estrito" cumprimentodaLei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Além de não citar, especificamente,ocasodaadministraçãomunicipal paulistana,o comunicado oficial do MinistériodaFazenda,deapenasum parágrafo e seis linhas, não traz esclarecimentos sobre as dúvidas queainda permanecema respeito dos procedimentos adotados pelo Tesouro.
"O Ministério da Fazenda informa que todasas decisões relativas ao pagamentodadívida deEstados e municípios baseiam-se emcritérios técnicos e sãotomadas noestrito cumprimentodalei, particularmente da Lei de ResponsabilidadeFiscal,sendo deres-
Sem conseguiresvaziar a candidatura avulsa do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) àpresidência da Câmara dos Deputados, a bancadapetista dáinício hoje à campanha do seu candidatooficial, odeputado LuísEduardoGreenhalgh (PT-SP), com uma reunião de coordenação em que deveser definida uma estratégia para buscar apoionosEstados.Atéofim de janeiro, aliados da candidatura de Grenhalgh devempercorreroPaís para tentar vencer as resistências daslideranças regionais ao nome preferidopelo Palácio do Planalto. Ruralistas - O deputado José EduardoCardozo (PTSP), umdos principaisarticuladores da campanha de
Greenhalgh, admite que a indicaçãodo juristapaulista ligado à defesa dos movimentos sociais edosdireitos humanos teve resistênciaentreospetistas,mas,segundoele, são apenas pontuais. Segundo Cardozo ocandidato enfrentaráa maior dificuldade na bancadaruralista, comforte atuação no Congresso. Porisso, serádesenvolvidaumaarticulaçãoespecífica, de olho nos votos dos deputados ligados à produção agrícola. Para enfrentá-la, será formada uma frente de deputados titegrada por nomes como Walter Pinheiro(BA),Sigmaringa Seixas (DF), Paulo Pimenta (RS). Osdeputadosqueparticiparemdareunião hojedevemdividir-sede acordo
com asregiões doPaís para buscar osvotos. "János primeiros contatos, as resistênciascomeçamaservencidas e aindanem começamos a campanha", afirmaCardozo,semquerer nominar os deputados do PMDB,PL, PTB e PPS que teriammudado de opinião. Virgílio - O candidato dissidente, VirgílioGuimarães, porém, não dá mostras de que vai desistir da disputa. Ele defende a legitimidade da sua postulação ao cargoe lembra que ateseda candidaturaavulsaé do próprio PT. "O partido tem algumas decisõestomadas: uma éque ocandidato da bancadaé Greenhalghea outra é que a candidatura avulsa deve ser respeitada". (AE)
ponsabilidade exclusiva da Secretaria do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda", diz a nota. Desde quefoidivulgadaa notíciadeque oTesouroteria mandadoliberaresse ano–na novagestão,doprefeito José Serra (PSDB) – R$ 145 milhões derecursosquehaviam sido bloqueados por faltade pagamento doExecutivomunicipal, aequipe doMinistério da Fazendatem preferido nãose manifestar. O casocomeçou em novembro, quando a então prefeita Marta Suplicy (PT) atrasou o pagamento da dívida e o Tesouro teria evitado o bloqueio de R$ 58 milhões das contas do município. As denúncias desencadearamumasériedecríticasdegovernadores e prefeitos que exigemomesmo tratamento. As maiores reclamações partem, principalmente, de integrantesdos governosdo Rioe do Paraná, que já tiveram bloqueados recursos durante o governo Lula, porfalta de pagamento deparcelas dadívida com a União. (Agências)
MEC pode suspender merenda para 1,6 mil municípios
Chega a 1.672o número demunicípiosque podem tersuspensoo repassedos recursosdamerenda escolar apartir defevereiro por não terem renovado o mandato dosconselhos municipais dealimentação escolar (CAE). Segundoo Ministério da Educação, Minas Geraisé oEstado com maior número de municípios em situação irregular - 275, ou 32,23%dototal.Depoisvem SãoPaulo,com193 prefeituras (29,92%), e, em terceiro,oRioGrandedoSul,com 150 municípios (30,18%) correndo oriscode não receber o repasse. A lista dos municípios nessa situação estãonosite www.fnde.gov.br. (AE)
O PDT ingressa hoje com ação no Supremo Tribunal Federal contra a MP 232, editada nos últimos dias de 2004, que engoliu a rentabilidade dos prestadores de serviço ao aumentar a base de cálculo do IR e da CSLL de 32% para 40%. Página 5
Dona Simba (à esq.), majestosa e bela onça, é um dos ilustres habitantes do Zôo de São Paulo que podem ser vistos à noite. O cenário reproduz a floresta escura, misteriosa, iluminada apenas por tochas nos lugares visitados. Aviso importante: o Zôo garante que a segurança é total. DCidade
Boca-de-urna indica a vitória de Mahmud Abbas (que aparece na bandana da foto acima) como o novo presidente da Autoridade Nacional Palestina. Pág.9
– A
A estrela de Luxemburgo brilha: o Real Madrid vence o Atlético por 3 a 0, com dois gols de Ronaldo (acima), e assume a viceliderança do Campeonato Espanhol. Pág. 5
e
Conheça a história e aprenda como desenvolver um slogan para sua empresa. A frase deve trazer identidade e "colar" na memória do consumidor.
Um artigo publicado na revista Publicidadee Negócios, em 1957, diz que a palavra slogan temorigemnosantigosclãs. "Slaugh-ghairn", expressão usada em tempos de lutas pelos celtas, queria dizer brado de guerra, conforme escreveu Dieno Castanho noartigo emquestão. Aexpressão evoluiupara se transformar no gritoem proldasvendasnouniverso dos negócios. "O slogan deveanunciare identificaro produto ou serviço, despertando, empoucas palavras, a sensibilidade e a simpatia do consumidor", disseainda Dieno no texto. Para tanto, destacou Dieno, deve ser breve, não ultrapassando seis palavras (sem contar as monossílabas) e creditar um valor que faça a diferençaentre osdemais objetos de consumo da categoria. Eleacrescenta noartigo que, para criar um bom slogan, é aconselhável escreverasvárias idéiasiniciais de frases ecompará-las, combinandoas melhores palavras e expressões. Se por umlado arima é uma característica positiva, por
Juliana de Moraes outro nãoé essencial,podendo ser substituída por uma frasecom cadênciacomoem "Cadagotanoseu carroéumamoedano seu bolso",usada pelo óleo Esso.Outradicapara quem quer criar uma frase para acrescentarqualidades à identidadeda empresa é: aproveiteasidéiasdesucesso,masnão asrepita.Oque vale é sempre a originalidade e irreverência. Na raiz da propaganda –O prefácio dolivro Slogans, escrito por CidPacheco, aponta que nada é mais elementar para apropaganda do que estejogodepura persuasão feito com palavras."Sóháumaforçacapaz de enfrentar um bom slogan: outrosloganmelhor", afirmou o autor.
Nãorestam dúvidassobre a importância do slogan e sua influênciasobre a memória dos clientes. De acordo com osespecialistas, todas as frases com esse propósitodevemter potencial de"invadir" a mente das pessoas, fazendo com que a lembrança cumpraa tarefa detrazero nomedoproduto, serviçoou corporação à frentedalista deopçõesde consumo. "Quanto mais são repetidos os slogans, maior será aprobabilidadedeles
se tornaremautônomos em relaçãoàs pessoas,comose fossem verdades absolutas",resumeo psicanalista Raymundo de Lima. Animal – Pensando na força dessas técnicas,a empresária Thaís Ribeiro Tatini, proprietária do Zôo Center, pet shop que fica na região de Interlagos (capital paulista), adaptou ao slogando empreendimentoo motivo pelo qual entrou para o negócio: Nossa paixão... é animal!
A empresária conta que estuda ocomportamento dos bichos por amoraos animais. A abertura de uma loja paravenda defilhotes, além da oferta de serviços e produtos, foiumarealizaçãopessoal eprofissional. "Desde que inaugurei o pontofalamos quesomos apaixonadospelonossotrabalho.Dessehábitode comunicar aosfregueses nossasintenções nasceu oslogan "Nossa paixão... é animal",que acrescentou
qualidade ao empreendimento, fazendo, inclusive, referência ao principal sujeitoque movimenta aloja: o bicho de estimação".
Garantia de patente – Já para Antônio Cabral, sócioproprietário da PanificadoraSagres, que fica em São Paulo, o slogan"A pioneira em mini-pãezinhos" éconseqüência dainvenção dos mesmos, há 40 anos. "Assim que o produto de 20 gramas semelhante ao pão francês começou a fazer
sucesso, pensamosnoslogan,quefariamenção ao produto de maior vendagem. Paragarantir,patenteamos a frase, impedindo quequalquer outraconcorrente saísserepetindo ou anunciando algo que nos desacreditasse", ressalta. Produção - Cabral diz queaproduçãodiária de trêsmil unidades de minipãezinhosdurantea semanaeatéoito milunidades por diaaos sábadose domingosconfirma obomde-
sempenho do produto, que atrai clientes de todos os cantosdacidade. "Recebemos encomendas de gente que mora em Santana e outrosbairros distantesdaSagres.Elesnãose importam de cruzar a cidadeaté aregião VilaMarianaparagarantir acompra doque chamam de tentação", conclui. Além dos mini-pãezinhos, apadaria serverefeições epossui lojade conveniência. Leia maissobre slogans na página 7.
No Rancho da Empada, a frase que acompanha o nome da empresa é "As melhores empadas de São Paulo". José Antônio Anversa Rocha, sóciodiretor do negócio, diz que, mesmo antes de criar um slogan para sua empresa, já fazia uso da famosa expressão adotada pela rede Sears de lojas: Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta. "Em dez anos de administração, esse sempre foi o lema do Rancho da Empada. Aqui, cliente não deixa empada ou qualquer salgado no prato sem que saibamos o motivo. Se for porque faltou sal ou está com qualquer outro problema, não cobramos o produto", afirma o empresário. Clientes - Segundo ele, o slogan da empresa nasceu dos comentários dos próprios clientes da casa. "Em 1997, a revista Veja São Paulo elegeu nossas empadas as melhores da capital. Esse título, acrescido do apoio dos clientes, nos levou a apostar nesse slogan. Buscamos fazer jus a ele todos os dias".
Este ano, a empresa passou novamente pela seleção da revista e levou o
título de campeã pela oferta do melhor salgado da cidade. "Em 1994, quando começamos o negócio, os sabores de empadas eram apenas quatro. Dez anos mais tarde, 16 são as opções apenas para as empadas salgadas, além de seis tipos doces. Risolis e coxinha de
camarão também estão entre os produtos que os consumidores podem experimentar, até porque as criações são atendimentos a pedidos deles", brinca o empreendedor, que conta com seis pontos em funcionamento em São Paulo. (JM)
Mônica, da Cel lep: slogans adaptados a cada época e situação. Primeira frase de efeito adotada surgiu a partir das opiniões dos próprios alunos sobre a rede de escolas de idiomas.
Rede de escolas de línguas acredita que slogans devem estar em sintonia com as novas gerações e adota diferentes frases
Arede de escolas deinglês eespanhol Cellep tem 37 anos de atuação e pelo menos 10 slogans no "currículo". A administração da instituição de ensino acredita que a visão quese temdaescolamuda com o decorrer dos anos, pedindo novas definições parao queMônicaToledo Silva,diretorademarketing da empresa, considera a tradução de um relacionamen-
to junto aos alunos. Slogan para traduzir –"Onome daempresa permaneceusem acompanhia de um slogan por mais de 20 anos. Noentanto,muita gente comentavaque era importante criarmosuma frasepara aescola porqueo nome não explica ou traduz doque se trata onegócio.
Empresa já teve mais de 10 slogans diferentes
Em São Paulo isso nunca foi um problema emfunção da popularidade da marca entre a população, mas fora da capital, para onde expandimos anos mais tarde, era diferente", afirma. Segundo a ex ec ut iv a, foi assim que, há10 anos, numa pesquisa informal junto aos alunos, constatou-se queera possível resumira im-
pressão deles sobre a escola como"Onlythebestwilldo" (Só os melhores farão).
Português - Num segundomomento, comacontratação deuma agência de propagandapara dar uma orientação quanto ao assunto, uma pesquisaencomendada levouà mudança doslogan para umafrase em português, a "Estude fora do Brasil todos os dias".
Adiretoraexplica que, depois dessasegunda definição,vieram outrosslogans, sempre baseados na idéia detraduzir osentimentodosalunosquantoao modelo de ensino e relacionamentocom professorese a administração da rede. Para todas as gerações –"English firstclass; BehappyatCel lep;Englishforlife; Cellep - BigFamily; e Power english Cel lep são alguns exemplos de slogans adotados para agregar valores à instituição, já que após 30 anos de atuação no mercado de ensino de línguasobservamos queos
clientes dehoje são, em muitoscasos,osnetosdeexalunos da instituição".
A rede Cel lep teve a primeira escola inaugurada na capital paulista, em 1968, depois do bom desempenho de uma experiência didático-pedagógica inserida na estruturadeum grande colégio da cidade de São Paulo, o Liceu Eduardo Prado. Passadosmais de30 anosdesdea aberturada primeira unidade, a empresa contacom 19 pontos de
ensino e equipes que somam 800colaboradores entredocentes eprofissionais da administração. Asescolas estão distribuídas pelos estadosdeSãoPaulo,Minas Gerais eParaná, atendendo 19 mil alunos ao todo.
Aulas paraexecutivosEntre osdiferenciais dainstituição estão as turmas que não ultrapassam 10 pessoas,aulas individuaisvoltadas principalmente a executivos quenão têmcondições de ser atendidos nos
horários convencionais dos cursos, grupos de ensino para escolas,equipes especializadas em traduções e laboratórios de pesquisa e treinamento.
AFord recebeuaprovação do governo da China para construir sua nova fábrica no país,dentro da estratégia da montadora de conquistar grande mercado potencial, mascom lento crescimento. A unidade produtiva em Nanjing -perto da cidade mais rica da China, Xangai-- será uma
joint venture entre a Ford e a Chongqing Automobile e faz parte de um plano de expansãodaempresa norteamericanadeUS$ 1bilhão revelado em 2003. A parceira japonesaMazda Motor também está no projeto. A fábricaterá capacidade inicial de produzir 160 mil carros por ano, mas esse nú-
meropoderáser elevadoa mais de 200 mil unidades.
A Ford, que abriu sua primeira fábrica na China apenasem 2003, tem afirmado que planeja mais do que triplicara produção no país, enquanto tenta roubar mercadodastambémestrangeirasGeneralMotors e Volkswagen. (Reuters)
Do bolo à corrida de rua, tudo já está sendo preparado
Teresinha Matos
Os preparativos para as comemoraçõesdos 451 anosde SãoPaulojá começaram.Os paulistanos podem entrar no clima observando a cidadedo alto datorre do edifícioBanespa/Santander,naregiãocentral de São Paulo. Neste mês, por causa doaniversário, a visitação está abertaaos fins de semana.
Nodia25, afestacomeça cedo, com aprovadoVIII TroféuCidadedeSãoPaulo, nas modalidades corrida de rua, com 10 km de percurso, e caminhada de 5km, ambas comlargada e chegada no parque do Ibirapuera
A comemoração mais tradicional, entretanto,fica por contados quatrocentos e cinqüenta e um metros, quase meio quilômetro,do bolo de aniversário.
Este ano, o bolo será de chocolate e coberto de granulado. "Essa foi a maneira dehomenagearos paulistanos efestejar os 20anosdo bolo", diz o presidente da Sociedade de Defesa das Tradições eProgresso daBela Vista, Valter Taverna.
Para produzir o bolo gigante serão utilizadas de 3 a 4 toneladasde farinha de trigo, umatonelada dechocolate, 50 quilosde fermento,13,5 milovos, 600quilos de manteiga,400 quilos de açúcar e mil litros de leite.
Cercade200profissionais trabalharão durantecinco diaspara preparara assara massa. O custo da festa será deR$ 100mil. "Essaquantidade debolo seriasuficiente para 80 mil pessoas, se cada um comesse uma fatia de 100 gramas",explica Taverna. Mas bastamalgunssegundosparaque cercade4 mil a 5 mil pessoas devorem a guloseima. "Já virou tradição. O povovem com sacolasecada pessoalevapraticamenteuma formainteira para casa", diz Taverna.
Zigue-zague – Obolo do Bixiga figurou na primeira edição do Livro dos Recordes, de 1985, quando teve 1,5 mil quilômetros decomprimento."Naqueleano foi confeccionado em ziguezague", recorda Taverna.
As homenagens aos 451 deSão Paulono Bixigacontarão ainda com queima de fogos, música ao vivo e personagens como anões e sósias depersonalidades.As velinhas serão sopradas na ruaRuiBarbosa,entreapraça Dom Orione e rua Conselheiro Carrão.
Novidade do Zôo de São Paulo tem até fila de espera.
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Moradores do Butantã, bairro da zona oeste de São Paulo, estão assustados com a proliferação de ratos na região. Os animais aparecem à noite, correm pelos telhados, invadem quintais e assustam crianças. Um dos motivos da multiplicação dos roedores é o descuido com as praças do bairro, entre elas a Elis Regina, a João Batista Tramontano e a Lions Club. No final da gestão passada as praças foram tomadas pelo mato, que cresceu mais ainda em função das fortes chuvas. Ontem moradores informaram que o lixo começou a ser retirado. Falta cortar o mato, uma prioridade das subprefeituras, segundo declarações do secretário Walter Feldman.
forte fez crescer o mato em várias praças da zona oeste da cidade, especialmente na região do Butantã. Ratos invadem telhados e quintais.
CHOVEU, PAROU – A chuva forte de sexta-feira à tarde (acima) obrigou a Prefeitura a fechar o túnel Jornalista Fernando Vieira de Mello, que passa sob a avenida Rebouças. O "piscinão da Rebouças", como ficou conhecido o túnel depois da enchente de 27 de novembro, aguarda laudo técnico e poderá ser reformado.
Quarta
São Miguel – ADistrital realiza reunião com empresários do núcleo setorial de profissionais de lojas de móveis e colchões do ProjetoEmpreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h. Sábado Santo Amaro – ADistrital promovemissa solene,oficializada pelovigário geral MonsenhorEdisonGiavoni, em comemoração aos 453º aniversário do bairro. Às 19h30, na catedral de Santo Amaro, largo 13 de Maio.
No seu primeiro dia útil como prefeito de São Paulo, Serra visitou a zona leste e viu a realidade dos piscinões, construídos para conter águas de córregos e evitar enchentes: lixo espalhado por todo lado. Ficou irritado e criticou a ex-prefeita Marta Suplicy.
Em sua primeira semana de mandato, José Serra inspecionou pontos críticos da cidade. As principais medidas tomadas foram na área de combate a enchentes.
Carlos de Oliveira
OtucanoJosé Serra completahoje sua primeira semana como prefeito de São Paulo.Disposto, ao que tudo indica, a imprimir uma marcade dinamismoàsuaadministração, desde a última segunda-feira o Palácio do Anhangabaú, sede da Prefeitura, tem sido visto com suas luzes acesasaté muito tardeda noite. Ébemconhecida –quase folclórica – a compulsão de Serra pelo trabalho até altas horas. Depois, dorme pouco, acorda cedo e volta ao trabalho. Espera-se que essecírculo viciosoresulte em vida melhor para a cidade eseus 10,5milhões de habitantes.
Enchentes – Seja como for, logo no primeiro dia útil de sua gestão, preocupado com as conseqüências das já anunciadas chuvas de verão, Serra foi inspecionar os piscinões de Aricanduva 3 e Limoeiro, nazona leste da cidade. Tapandoo nariz com a mão esquerda,já queolixo a c u m ul a d o nesses reservatórios é escandaloso, o novo prefeito não econo mizou críticasa sua antecessora, a petista Marta Suplicy. Ao verificar o abandono dospiscinões, disparou: "É jogar dinheiro forae castigarapopulação. Gasta-se uma fortuna que vem dobolso daspessoas, fica mostrandoa obra,mas não a mantém. Éuma barbaridade".E, numafrasetípica de recém-empossado, garantiu:"Na minhagestão isso não vai acontecer". São Pauloconvive com inundações desde sempre. Prova dissosão ascartas escritas há 450 anos pelo padre Anchieta, seufundador. Em umadelas ojesuíta jáfalava sobreafúriadaságuasdoverão. Oque seespera doprefeito é algo que vá alémda velhacantilenadequeémuito difícil controlar as enchentesporqueo solodacidade está em crescente processo de impermeabilização. Isso
atéé verdade,masquenão seja motivo de resignação. Fantasmas – Na terça-feira, foi a vez do secretário de Finanças Mauro Ricardo Machado da Costa, vir a público eanunciar suamissão de esconjurar fantasmas que assombram a administração municipalnaforma de servidores que recebem dois salários, entre tantas outrasirregularidades encontradas. Para isso, determinou, com prazo de 90 dias, o recadastramento dos servidoresepensionistasde todos os órgãos municipais, autarquias efundações. Essa medida insere-se no elenco de providências que visam a reduzir em R$ 600 milhões/ano os gastos da Prefeitura, incluídos aíocorte de funcionários indicados por razões políticas. Rebouças – A semana continuou com visitasbem planejadase amaisvisível delasfoi,sem dúvidaaotúnel e àscalçadas destruídas da avenida Rebouças. Serra e seu secretário de Obras, Antonio Arnaldo Queiroz e Silva,inspecionaram crateras e, naboca do túnel FernandoVieiradeMello–ouo piscinão da Rebouças – concluíramquetodaequalquer correção nas obras só será feita depois delaudo técnicoa serelaborado, emduas semanas,porumacomissão técnica independente,formadaporrepresentantesdo Instituto de PesquisasTecnológicas do estado (IPT), daEscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e doInstituto de Engenharia.De concreto, um recado às empreiteiras responsáveis pela execução dos projetos: serviço fora de padrõesde qualidadeeem desacordo como projetado
serãorefeitossemônuspara os cofres municipais. O secretáriodeTransportes, Frederico Bussinger, garantiu que aumentos da tarifa deônibusnão estão na pauta deste ano.Adiantou que o metrô passará a aceitar obilheteúnico,massónofim deste ano.Foium desapontamentogeral paraquemleva a sério a afirmação de que sóo transportecoletivoacaba com congestionamentos. Camelôs – Paracríticosdo prefeito Serra – quase sempre petistas nostálgicos dos primeiros meses dagestão de MartaSuplicy,quando havia dinheiro etudoera bom – até agora a Prefeitura só produziu factóides. Para os defensores de Serra, o prefeito tem agido de maneira emergencial, natentativa de remediar situações graves, que poderiamcomprometer o andamento da cidade. Ofato équeo prefeito poucotempo teve para encarar outros problemas igualmente sérios (e crônicos) da cidade. Até agora, não se sabe qual será sua política para equacionar a questãode cerca de 30 mil ve nde dores ambulantes ilegais quecontinuama desafiar acapacidade criativa dos administradores. Desse contingente, apenas 1.244possuemo Termo de Permissão de Uso (TPU), uma licença de trabalho que especifica o local e o horário exatoemqueoscamelôspodem comercializar suas mercadorias. Os demais trabalhamclandestinamente, muitos dependentesde esquemas que têm raízes no crime organizado.
O dilema que se impõe ao prefeito:reprimir coma Guarda CivilMetropolitana oupromover ambulantes ilegais a micro-empresários. Se mantiver suas promessas de campanha, algumas assumidas em debate promovido pela Associação ComercialdeSão Paulo (ACSP), Serra optará pela saída digna. A proposta dos Popcentros, apresentada pela entidade,maisdo quecriar um
espaço físico para a comercialização de produtos populares, pretende transformar trabalhadoresmarginaisem micro-empresários que pagam impostos e geram riquezas. A administração petista deu sinais de que encamparia a idéia, mas tropeçou num cipoal de exigências burocráticas que acabaram inviabilizando temporariamente o projeto.
Revitalização – Serraterá ainda de expor sua política para a região central da cidade.O renascimentodoCentro,atébempouco tempo condenado àdeterioração, animou a iniciativa privada que investiuem restauração de edifícios (alguns históricos)paraa instalação de escritórios e, até, de lofts, reabilitando a vocação residencial da região. O Centro tem se firmado como local privile-
giado para comércio,serviços e moradia. Dívida – Crucial mesmo seráo pagamentodasdívidas herdadas daadministração passada. Cálculos iniciaisdãoconta deum rombo de R$1 bilhão. Uma semana é pouco tempo para avaliar umagestão oupara exigir soluções milagrosas. Masa sabedoria popular ensinaque édepequeno que se torce o pepino.
Uma floresta escura, somente com tochas de fogo em lugares estratégicos para iluminar o caminho. Rugidos de leões e tigres e ruídos de animais que à noite saem para se alimentar. Na trilha de pedras, a companhia de vaga-lumes, morcegos e aves, além do cheiro das árvores e plantas que se misturam no ar, são constantes. O cenário que lembra uma selva já está sendo requisitado para comemorar até aniversários. Assim é a visita crepuscular ou noturna ao Zoológico de São Paulo. Uma novidade criada no ano passado e que fez sucesso. Além disso, as visitas noturnas atraíram para o Zoológico novos visitantes, justamente numa fase em que o parque sofria com a queda de visitação em função da morte de muitos animais, envenenados, e que está em processo de investigação. O passeio noturno começa no anfiteatro do parque, com as orientações gerais. No meio da arena, o biológo Guilherme Domenichelli, um dos monitores do passeio, fala das regras da visitação,
O ambiente é o de uma floresta numa noite mal iluminada, mas a segurança é garantida. Com essa fórmula, o Zôo de São Paulo faz sucesso entre os visitantes mais aventureiros.
como a proibição de tocar nos animais.
Logo depois das "dicas", um grupo do Projeto Rapinantes mostra aos visitantes uma personagem especial, que tem tudo a ver com a noite: Era, uma coruja de orelha, com muitas habilidades em vôos rasantes. "As pessoas acham que a aparição de uma coruja significa morte na família. Isso é pura lenda. Ela não faz nada se não se sentir ameaçada. A Era chegou aqui com o rosto ferido por pedras e foi recuperada. Muitas dessas aves são vítimas de predadores e acabam morrendo por falta de ajuda", esclarece uma das monitoras do passeio. Depois da coruja, é a vez de outro mito. O público recebe a visita de uma cobra. O réptil, que tem hábitos noturnos e costuma ficar nos troncos de árvores, presta atenção à vibração do local –serpentes não ouvem e não enxergam muito bem, principalmente à noite – e forma um S com o corpo. "Isso significa que ela está pronta para dar um bote a qualquer momento, caso se sinta ameaçada", explicou o auxiliar técnico Edvaldo dos Santos.
Na saída do anfiteatro, uma surpresa: outra cobra, desta vez da espécie real mexicana, de 4 anos, com um metro de comprimento, que as pessoas podem tocar. "Nossa, eu sempre achei que elas fossem geladas. Ela tem temperatura
ambiente e a pele macia", disse uma das visitantes. No caminho iluminado apenas pelas tochas e lanternas dos monitores, é possível observar porcosespinho passeando livremente nos espaços reservados, tamanduásbandeira, onças e jaguatiricas se alimentando e lobos-guarás, tão raros de se observar durante o dia, circulando despreocupados.
Felinos – A emoção do passeio fica reservada para a área dos tigres e leões, onde o visitante passa bem próximo aos animais –protegidos por uma jaula –e pode escutar ao longe, o uivo dos lobos europeus e os gritos das aves. O local, chamado de cambeamento – com acesso proibido para os visitantes que vão ao Zôo durante o dia –, é uma espécie de casa para os animais. Lá, eles ficam protegidos da chuva e o tratador pode medicá-los e alimentá-los.
Ao passar pelo cambeamento é possível ver muito próximo a onça Simba, as leoas Tanga e
A onça Simba, que pode ser vista à noite nos "bastidores" do parque zoológico. Uma das principais atrações das visitas é a área ocupada pelos felinos.
Da direita para a esquerda: tigre, leopardo e leoa. À esq., a jaguatirica. Um dos hábitos noturnos observados é a alimentação, preparada para que os bichos não percam o instinto de caça. Abaixo, Tio Foca, o condutor da jardineira usada no passeio.
Savana, os leões Zeus e Atruso e o tigre Trigo, além de outros felinos. Alguns deles têm histórias interessante e triste. O Atruso é um leão diferente. Não tem juba por causa de uma doença. O Zeus foi abandonado pelo dono em uma chácara no Rio de Janeiro. Ele chegou adulto ao Zôo e é mais arisco do que os outros, talvez pelas condições em que deve ter sido criado. Já o Trigo é um tigre, vamos dizer assim, amigável, que não estranha muito a presença dos visitantes. Só fica um pouco bravo com as luzes do flash. "Ele foi criado desde bebê por nós. Fiquei
com ele na minha casa durante 45 dias, amamentando-o com mamadeira. Tenho um carinho muito grande por ele", disse a bióloga Fátima Aparecida Valente Roberti, coordenadora das visitas noturnas. Caça noturna – Uma atração a parte são os bichos se alimentando. A comida é colocada em lugares estratégicos, como caixas de papelão ou troncos de árvores, o que faz com que os animais tenham de farejar a própria comida. "Assim, eles não perdem o hábito natural de procurar comida para sobreviverem", explicou o
biólogo Domenichelli. A proposta inicial do Zôo era fazer as visitas noturnas a cada dois meses. A demanda foi tão grande que a programação passou a ser quinzenal. "Já houve visitas com até 80 pessoas", disse Dominichelli. Apesar de ampliar o número das visitas, a fila de espera é grande. Miriam Nieri Amaral, de São Caetano do Sul, sabe bem o que é ter paciência para participar do passeio. Ela, o marido e a filha se inscreveram em janeiro de 2004 e foram chamados para participar do último passeio do ano. "Achei até que era trote quando me ligaram. Mas valeu a pena esperar. É um passeio inesquecível, diferente, emocionante e agradável", disse Miriam. As crianças também se divertiram. Os amiguinhos André, Júlio e Vinícius, durante todo o passeio, tentavam imitar os sons dos animais. "Gostei de tudo. Mas gostei mais do macaco, da onça, do leão e da mulher do leão (leoa)", disse Vinicius. "Eu gostei mais do leão mesmo", completou Júlio. A visita noturna ao zoológico custa R$ 50,00 por pessoa e o pagamento é realizado por depósito em conta corrente da Fundação. As próximas visitas noturnas acontecerão nos dias 14 e 28 de janeiro, 18 e 25 de fevereiro e 4 e 11 de março. O agendamento deve ser feito por telefone (11-50730811, ramais 2127 ou 2071).
Mais de 1 milhão de palestinos compareceram às urnas neste domingo, na segunda eleição histórica da Autoridade Nacional Palestina
Mahmud Abbas,candidatodo partido nacionalista Fatah, declarou-se ainda ontem vencedor das eleições presidenciais palestinas-depois quepesquisasde boca-de-urna indicaramque elehavia obtido entre 66% e 69,5% dos votos - e dedicou sua vitória a Arafat. "Oferecemos esta vitóriaàalma demeuirmãoYasser Arafat,a nosso povo,a nossos mártirese aos11 mil prisioneiros palestinos", nasprisões israelenses, disseAbbas duranteuma jubilante manifestação nacidadecisjordanianade Ramallah. Tal margem de vitória, se confirmado o resultado da pesquisa, dará a Abbas um claro mandato para renovar as conversaçõesdepazcom Israel,conterosmilitantese reformara AutoridadePalestina, contaminada pela corrupção. Logo após o fechamento das urnas, adiadoporduashorasalémdohorárioprevisto, a Comissão Central Eleitoral informou que houve 66% de comparecimento dos 1,2 milhãodeeleitoresregistrados. Eranecessário um comparecimento de 50% para que as eleições fossemvalidadas e haviao temor de uma baixaparticipaçãoporcausa do boicoteconvocadopelo Hamas.Apesquisa conduzida entre 10 mil eleitores pelo respeitado Centro Palestino para Política e Pesquisa deu aAbbas 66%dosvotos. O principal rival de Abbas, o médico Mustafá
Itália apaga de vez o cigarro
Os fumantes italianos deram ontem suas últimas baforadas em bares e trattorias, horas antes do início de uma lei rígida que proíbe fumar em escritórios, cafeterias, bares, hospitais, escolas, cinemas e outros locais públicos, à exceção de parques, praças e áreas reservadas só para fumantes. Segundo o Ministério da Saúde do país, cerca de 26% da população fuma. Os fumantes que desobedecerem estão sujeitos a multas que variam de US$ 36 a US$ 363. Proprietários de estabelecimentos estão sujeitos a multas de até US$ 2.904.
A fronteira entre o Líbano e Israel voltou a ser cenário de violência entre o grupo xiita Hezbollah e o exército israelense. Três pessoas morreram: um oficial francês da ONU, um militar israelense e um ativista libanês.
Barguti, obteve 19,7%. A pesquisa tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais. Uma segundapesquisa, realizadapela UniversidadeNajafnacidade deNablus, Cisjordânia,com maisde 5 mil eleitores, deu a Abbas 69,5% dos votos e 24,5% a Barguti.Esta temumamargemde5pontos.
Outra sondagem, da Universidade Bir Zeit em Ramallah, deu a Abbas 70% dos votos. Osfuncionárioseleitoraisampliarampor duas horas o horáriode votação na Cisjordânia,Faixade GazaeJerusalémOriental pois,segundo eles, algunseleitores estavam sendo retidos nos postosde controle israelensesdos territóriosocupadosdesde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Israel permitiu que 5 mil palestinos de Jerusalém votassem na cidade, forçando o restante dos 120 mil eleitores registrados a viajar para os subúrbios da Cisjordânia a fim de votar. No principal centro de votação de Jerusalém, vansdo governista movimento Fatah transportavam eleitores para vilarejos vizinhosà cidade."Euadorariater votadoem Jerusalém pela liberdade e sem nenhum medo", disse Asma Shiyoukhi, moradora
da cidadevelha deJerusalém queteve deir votar no subúrbio de Za'in.
A votação em Jerusalém Oriental ocorreuem seis postosdo correio,onde os eleitoresdepositaram as cédulas em caixas vermelhas - um procedimento que permitirá a Israel dizer que eles enviaram os votos pelo correio, em vez de exercerasoberania na disputada área. Momentos antesdofechamentodas seções eleitorais, Mustafá Barguti culpou Israelporobstruiraeleiçãoedenunciouquea prorrogação do horário de votação violou a legislação eleitoral. O candidato tachou a decisão de "injustificada" ecriticou a decisão da Comissão de permitir o voto a qualquerpalestino emqualquerponto dosterritórios, exigindo apenas a carteira de identidade.Para Barghouti,não foi possível controlar o voto múltiplo do mesmo eleitor. Ele denunciou que a tinta supostamente indelével que marcava opolegar de cada votante poderia ser apagada e demonstrou isso diante das câmeras de TV. Por isso, a Comissão Eleitoral adiou a divulgação dos resultadosparciais para verificaros30mil votosfeitosmedianteaapresentação da carteira de identidade (AE).
Fortes ventos e chuvas assolaramontem onorteda Europa desdeaGrã-Bretanha à Rússia, matando no mínimo13pessoas, inundando áreas, interrompendo o tráfego aéreo , ferroviário eo transportemarítimo. Na Grã-Bretanha, ocondado deCumbria, anoroeste, teve a cidade de Carlisle iso-
lada pelotransbordamento do rio Eden. Algumaspessoas tiveram que ser resgatadas de barco para escapar das torrentes em elevação (ver foto de senhora acima). NaEscandinávia, osventos emalgumas áreas chegaram a 121km/h. Na Suécia,seis pessoasmorreram, duas delas atingidas por ga-
lhos deárvores quecaíram. Ummotorista morreu na Dinamarca quando uma árvore caiu sobre seu carro em Odense, a 170 km a oeste de Copenhague,e três outras pessoas foram mortas por detritos que caíram sobre elas. Em São Peterburgo, na Rússia,algumasestaçõesde metrô foram fechadas.
O faturamento dos setores de serviços, comércio e indústria em novembro foi de R$ 18,5 bilhões, 1,7% mais que outubro e 0,6% em relação a 2003
Mais empregos, aumento do uso da capacidade instalada e expectativa de melhora de vendas: os números divulgados pelo Serviço de Apoio àsMicro ePequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) e Sindicato da Micro ePequenaIndústriado EstadodeSãoPaulo(Simpi) mostram sinais de umaretomada lenta, embora constante,dosetorqueresponde por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e emprega67% dostrabalhadores no estado de São Paulo. Deacordo comolevantamento do Sebrae-SPjunto a 2,7 mil micro e pequenas empresas detodo oestado, 52milnovos postosdetrabalho foramabertos emoutubro de 2004, revelando crescimento de 1,1% em relação a setembro. No entanto, de outubro para novembro, houve uma quedade 0,2%, principalmente no interior, ligada aoprocesso final de safra de culturas permanentes,comoarroz. No período de 12 meses (novembrode2003anovembro de 2004), o índice foi positivo e registrou alta de 3,9%. O faturamento verificado nas pequenas e micros empresas cresceu1,7% emnovembro em comparação a outubro do ano passado, o que significa uma receita totalde R$18,5bilhões no
mês. Esse foio sétimo mês consecutivoderecuperação no faturamento mensal das empresas.Essa retomada aponta para um otimismo dos pequenos empreendedores para o início de 2005. "O setor é oprimeiro a sentir os efeitos das crises econômicas eo último ase recuperar, masesperamos queessecrescimento econômico demonstre consistência nos próximos meses", explica odiretor superintendente doSebrae-SP, José Luiz Ricca.
Pequenaindústria – O setor industrialtambém teve um bom desempenho no final do anopassado. Segundo pesquisa realizada pelo Simpi, no mês de outubro, o uso dacapacidade instalada (UCI) nas micros e pequenas indústrias cresceu 0,9%. A média de 69,5% do UCIem outubro,contra 68,6%em setembro foia
mais expressiva nas pesquisasdosúltimosmeses.Aentidadeainda nãotem asestatísticas de novembro. O mesmo levantamento apontou melhorados números do empregono setor industrial. Na amostra verificada em 118 empresas, 23% contrataram trabalhadoresno mêsde outubro contra 14% que abriram vagas emsetembro. Emoutubro, foramcriados3,9mil empregoschegandoao totalde 985.300no conjunto dasmicroe pequenasindústrias pesquisadas. Quantoao faturamento, houve um aumento de 3,1% contra a queda de 1% verificada emsetembro. Esseaumentoocorreu em37%das pequenas indústrias nos resultados de outubro, contra 30% em setembro. Apesardos números positivos, JosephCouri, presidente do Simpi, acredita que atrajetória doemprego é mesma de anos anteriores. "A economiainformal gera
Padarias, drogarias, pequenas indústrias: negócios de porte menor têm lenta recuperação
empregos, maso setorprecisa de financiamento da produção emenos burocracia para abrir novos postos de trabalho", diz. Comércio e serviços –No final do ano passado, os setores de comércioe serviços mostraram uma pequena evolução. Segundo os dados doSebrae-SP, ofaturamento das empresas do comércio cresceu 1,5% em novembro, secomparado a outubro de 2004.
Segundo o diretordo Instituto deEconomia Gastão Vidigal, daAssociaçãoComercial de SãoPaulo (ACSP), Marcel Solimeo, somente as grandesredes de lojas tiveram aumento expressivo nasvendas, que foram impulsionadas pelo crédito paraos produtosde maior valor, como eletroeletrônicos. "Com a recuperação da massa salarial observada nosúltimosmeses,o pequeno comércio poderá vir a ser beneficiado de agora em diante", afirma.
Os serviços, liderados por transporte, armazenagem e distribuição de mercadorias, cresceram6%emnovembro, se comparados a outubro de 2004.
A pesquisa do Sebrae-SP também mostrou o crescimento do estado. Tanto a região metropolitana
A burocracia, a alta incidência de impostos e os juros bancários são os principais obstáculosqueinibemosurgimento de novos empreendedores. Essa é a opinião dos representantes das entidades ligadas às pequenas e micros empresas.
Joseph Couri, presidente do Simpi, reivindica linhas de crédito especiais para incentivar asexportações das indústrias demenor porte. Paraele, o BancoNacionalde DesenvolvimentoEconômicoe Social (BNDES)poderia facilitara concessão de crédito para a exportação com medidas que reduzissema burocracia, como as que envolvem garantias.
"OSimples federal, criado em 1996,reduziuos custos dessas empresas na hora de recolher impostos, mas o setor não pode crescer com asaltas taxas de juroscobradaspelos bancosprivados", afirma.A cada ano, esses entraves e a má gestão administrativa acabam provocandoo fechamentode 10% das 5 mil pequenas indústriasqueexistem noestadode São Paulo, segundo Couri. Tambémparao diretorsuperintendentedo Sebrae-SP, JoséLuiz Ricca,é precisosimplificaravida dasmicroepequenas empresas. "Cerca de 2,6 milhões de empresas informais querem migrar para o
Astarifas vãopermanecer como osvilões dainflação em 2005, assim como ocorreu no anopassado,mas poderão concorrer com algunsfatores imprevisíveisna hierarquiade pressões sobre os índices de preços.Essa éaprevisãodo consultor do Grupo de Acompanhamento Conjuntural do Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada(Ipea),Eduardo Velho.Segundoele, nãohá qualquer descontrole previsto para a inflação neste ano, mas a meta rigorosa de 5,1% do Banco Central exigirá monitoramentoatento econtínuodos núcleosdainflação edoritmo de aquecimento da economia. Para oeconomista LuizRoberto Cunha, da PUC-RJ, as pressões tarifárias vão conti-
nuar, mas poderão sofrer a "concorrência" dos serviços que, com o aumento da renda, poderãopressionar osíndices. Velho lembrou que a trajetória de inflação no Paísé de queda, maso núcleo(queeliminaas 20%maiorese20% menores variações de preços do mês), especialmente dos preços livres (definidos pelo mercado), continua pressionado. Segundo ele, para que a alta dos preçoslivres sejade 4,1% em 2005, como projeta o BC, seria necessária uma variação média mensal de 0,34%. O objetivo exigirá empenho para seralcançado, comomostrao núcleo do Índice de Preços ao Consumidor -15 (IPCA-15) de dezembro,que tevenúcleo dos preços livres de 0,60%.
Commodities – Um fator que poderá ajudar para a redução da inflação doslivres,segundo ele, é a queda na cotação das commodities agrícolas, que já começam 2005 em nível de preço médio bem inferior aodo ano passado. Assimcomo Velho,Cunha também acredita que essa queda das commoditiesserá pontofavorável para o comportamento da inflação neste ano. Velho lembra que a variação de 7% a 7,5%prevista para os preços administrados (monitorados pelo governo) em 2005 nãodeverásurpreender. Aselevações dastarifasde energia elétricae ônibusurbanos, porexemplo,deverão exercer as maiorespressões de elevação anual sobrea infla-
ção, como já é esperado. Para ele, o ponto indefinido, no caso dos administrados, estánoscombustíveis.Aindaque a tendência dopreço do barril dopetróleoseja dequeda, o economistalembra que essa é sempreuma apostaincertano horizonte inflacionário. "O queoBancoCentralterádeadministrar os riscos, que dependem da demanda e oferta e têm impactorelevanteda política monetária", disse. Para oeconomista,se oritmo do crescimento econômico for muitointenso, poderão ocorrer reajustes de preços, pressionados pela forte demandaeofertareduzidadiante dos investimentos aquém do necessário na expansãoda indústria. (AE)
mercado formal mas temem as dificuldadesqueterãode enfrentar, como a burocracia e os tributos",analisa. Riccalembra ainda que, somente se houver consistência na recuperação dos índices econômicos do País, essasempresaspoderão continuar apresentando resultados positivos. Recomposição salarial – O processo de retomada do crescimento do setor que mais emprega mão-de-obra noBrasil engloba o poder de compra dossalários, quevêmacumulando perdas nos últimos anos, segundo o economista Marcel Solimeo,diretordaAssociação Comercialde São Paulo
(+1,6%),quantoo ABC (+3,2%) e o interior (+1,8%) tiveramvariação positiva de outubro para novembro. Mas,apenasointeriorregistrou receitacrescente em novembro:3,7%.A região metropolitana teve queda de 2,1% e o ABC, de 9,2%.
Sérgio Ruiz
(ACSP). "Os prestadores de serviços, bem comoos pequenos lojistas, não podem contar com o financiamento das vendascomo ocorrecom asgrandes redesde lojase supermercados", afirma. Daí, surge a explicação para o crescimento dasvendasde automóveise eletroeletrônicos em 2004. Alémdosentraves parao crescimento, há ainda um problema queincomoda todosos representantes das entidades que apoiamos pequenosempresários: a falta de políticas governamentais que contemplemumaagendaparao desenvolvimento dessasempresas de porte menor. (SR)
Diferenças entre índices de preços deve diminuir
O economista Luis Roberto Cunha, professor da PUC-RJ e um dos principais especialistas do País em inflação, acredita que em cinco anos não haverá mais o impacto dos índices gerais de preços (IGPs) nos contratos das chamadas tarifas públicas, que provocam a indexaçãoda inflação."Na medidaem que ogoverno firma contratos novos atrelados a outro indicador, e há umaaproximação aolongo do tempodos níveisalcançados entre osíndices, essa influênciaindesejada no custo de vida acabar."
Segundo Cunha,neste ano a diferença entre o ÍndicedePreçosaoConsumidor
Amplo (IPCA) e os IGPs deverá ficar entre ume dois pontospercentuais. "Em 2004, essa margem foi de cinco pontos,pois oIPCA deve ter ficado perto de 7%, enquantoos IGPs tiveram taxas pouco acima de 12%." Cunhacomentouque, se nos próximos anos a economia mantiver o bom desempenho,atendência éde os índices de preçosao consumidorsuperarem osIGPs. Na avaliação dele, o governo errou quando firmou contratos comas empresas concessionárias de serviços públicos, comotelefonia e energia elétrica, com reajustesdetarifas indexadosà variação dos IGPs. (AE)
OAB também estuda a possibilidade de questionar a MP na Justiça. Representantes do Conselho Nacional da Agricultura pediram ao ministro Roberto Rodrigues a revogação do artigo 6º da medida, que se refere ao setor.
OPartido Democrático Trabalhista (PDT) vai ingressar com umaAçãoDiretadeInconstitucionalidade (Adin) hoje no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Medida Provisórianº 232,que aumentoua tributação sobre empresasprestadoras de serviços e corrigiu em 10% a tabela do Imposto de Rendada PessoaFísica(IRPJ). Na ação, os advogados do partido vão alegar que a MPnão atendeaosrequisitos de urgência e relevância exigidos pela Constituição Federal. A idéia do PDT é pedir a suspensão apenas dosdispositivosque elevam a tributação sobre empresas prestadoras deserviços. O artigo que corrige a tabela deveráser mantido, segundo o partido.
A cadadia,vêmà tona mais "maldades" embutidas na MP. Nasexta-feira foram apontadas maisduas surpresas: agricultores que venderempara agroindústriase cooperativaspassarãoa terseus impostosretidosnafonte,apartirdefevereiro. Alémdisso, oscontribuintes só poderão recorrer administrativamente de multas acima de R$ 50 mil. Com isso, a Confederação Nacional da Agricultura
A MP fere o princípio da isonomia e o direito de defesa",
Luiz Antonio
Caldeira Miretti, da OAB
(CNA)engrossou a reação contrária à MP. Representantes daCNA estiveram com o ministroda Agricultura, RobertoRodrigues, parapedir a revogação do artigo6º, quetrata dosetor agrícola.O chefedoDepartamento Econômico da CNA,GetúlioPernambuco, afirmou que a MP vai deprimiraindamaisarenda do produtorrural,numanoem queospreçosagrícolas devem cair.
A MP determinao recolhimento na fonte do IR e da ContribuiçãoSocial sobreo Lucro Líquido (CSLL) em pagamentos depessoasjurídicas a produtores (pessoasfísicaoujurídica) que forneçam insumos que criem crédito tributário. Assim, porexemplo, umagricultor que venda para uma indústria receberá seu pagamentocomos impostos descontados. Pelosistema atual,ele sórecolheo IRna suadeclaraçãoanual. Pela MP, o recolhimento será quinzenal. Aisenção será para pagamentosde atéR$ 5 milpara pessoasjurídicas e R$ 1.164,00 parapessoas físicas. "Atinge todo mundo", disse Pernambuco. Para o diretor-superintendentedo ServiçoBrasileirodeApoioàsMicroePequenas Empresas (Sebrae), José Luiz Ricca, o aumento da base de cálculo de IR e da CSLL tambémvai ameaçar acontinuidade darecuperação das MPEs paulistas. Além do PDT, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tambémestudaa possibilidade de contestar a MP 232 na Justiça. O presidenteda entidade,Roberto Busato,estámontando um grupo de especialistas que analisarão o texto da MP. Oartigoquelimitaàsmul-
Imposto poderá ser pago também nas casas lotéricas esse ano. Desconto para quem pagar à vista será de 3,5%, mas é possível parcelar débito em três vezes.
Os proprietáriosde veículos com placas de final 1 começam a pagar hoje o Impostosobrea Propriedadede Veículos Automotores (IPVA) deste ano. Amanhã, venceo imposto dos veículos que têm placas comfinal 2e assimsucessivamente até o dia 21, quando vence o prazo para os carros de final 0. Lotéricas - A novidade
desteano éque oimposto tambémpoderáser pago nas casas lotéricas, e não somentenos bancos, internet e caixas eletrônicos. Basta apresentar o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). O pagamento poderá ser feito à vista, neste mês, com desconto de 3,5% ou em três parcelas(de janeiro amarço).Quemperdero prazo, não terádireito aoparcelamento, mas ainda tem a opção de quitar o IPVA em fevereiro, sem o desconto. Especialistas recomendam que quem tiver dinheiroem caixaterávantagens seefetuaro pagamentoà vista. Éque os 3,5%de desconto equivalema juros de 3,63%, taxa não obtidano
mercado financeiro.
Multa e juros - Pagamentos com atrasoterão multa de20%e juroscalculados pela taxa Selic, ficandoem tornode1,2%aomês. (Agências)
Código Civil: adequação vai até amanhã
Não adiantou prorrogar o prazo em mais um ano para que as empresas fizessem as adequações necessárias de seus contratos sociais ao novo Código Civil. Há um dia de se encerrar o novo vencimento – concedido pela Lei nº10.838/04, queestendeuo prazoatéo dia11dejaneirode2005para aadaptação–, apenas40% dassociedades empresariais fizeram as mudanças. Embora não soframnenhuma sanção, as empresas quenão cumpriremasexigências poderão enfrentar dificuldades paratocaros seus negócios como fim do prazo. Entre os obstáculos, pode-se destacar o impedimento da empresa participar de licitações públicas ou, ainda,a dificuldadeparaconseguir financiamentose empréstimosbancários,já queestastransações
exigem a apresentação do contrato social. Filial - Outro transtorno acontecerá nahoraquea empresa for abrir uma filial. Sóserápermitidaaabertura depois de concluída a adaptação.Ouseja,seoempresário tiver pressa, seu negócio pode sercomprometido,já que a alteraçãocontratual podeleva cerca de quatro dias para ser efetuada.
Segundoo presidenteda Junta ComercialdeSão Paulo(Jucesp), Marcelo Manhãesde Almeida,mesmo com o fim do prazo, a Jucesp vaicontinuarfazendo as adaptações doscontratos. No entanto, ele alerta que os empresários que ainda não fizeram as alterações devem providenciar tudo logo para que não ter prejuízos no futuro. "Estes empresários devem analisar seus contratos juntocom seu
tasacimadeR$ 50milodireito de recurso aos Conselhosde Contribuintes-órgãodo MinistériodaFazendacujacriaçãodatade1927e é composto de forma equânime por membros do governo e da sociedade civil - é criticadopela OAB. "AMP fere o princípio da isonomia e o direito de defesa", afirma opresidentedaComissãode Assuntos Tributáriosda OAB-SP, LuizAntonio Caldeira Miretti. Ficam excluídasainda doâmbitodos Conselhosdisputas sobre restituição, ressarcimento, compensação, redução, isenção e imunidade de tributos e contribuições, independentemente de valor. Mirettiafirma aindaque esse "esvaziamento" do Conselho pela Fazenda começou nagestão deEverardoMacieleestáseacentuandocom oatual secretárioda ReceitaFederal,Jorge Rachid. Antes da MP, um parecerdo MinistériodaFazenda atribuiu à União o direito de recorrer na Justiça contra uma decisão do Conselho, queé órgãoadministrativo da própria União. Ao criticar a medida provisória, o presidentedo PDT deSão Paulo, o sindicalistaPaulo Pereira da Silva, o Paulinho, exclamou:'Ai, quesaudade de Everardo!' (AE)
Madrid venceu Atlético por 3 a 0 ontem Luxemburgo vitorioso em Madri
Definitivamente, Vanderlei Luxemburgo está com moral na Espanha. Neste domingo, em seu primeiro jogo completo no comando do Real Madrid, seu time venceu o clássico contra o Atlético por 3 a 0 e enfim colocou o time na viceliderança do Campeonato Espanhol 2004/05.
Os dois gols de Ronaldo e o outro de Solari fizeram
com que o Real somasse 35 pontos. A vitória só foi possível também graças a grandes defesas do goleiro Casillas, quando o placar ainda estava 1 a 0. Zinedine Zidane poderá deixar o Real Madrid no próximo ano. O craque francês indicou que seu contrato termina em 2007, mas poderá abandonar o time de Luxemburgo em 2006. (AE)
Emoção, torcida vibrante, alegria, sol e calor. Não faltaram bons ingredientes na conquista de Ricardo Mello no Parque Villa Lobos. Neste domingo, em um jogo equilibrado, com 2h20 de duração e diante de um público de quatro mil pessoas, o tenista brasileiro levou o troféu de campeão do Aberto de São PauloCobra Classic - ao derrotar
o equatoriano Nicolas Lapentti por 4/6, 6/4 e 7/6 (7/0). Com o resultado, embolsou um cheque de US$ 10,8 mil. Com 70 pontos somados no ranking mundial, deverá voltar a ficar próximo da sua melhor colocação, o 60.º lugar. "Foi a vitória da superação", definiu Mello. "Sempre acreditei que poderia vencer". (AE)
traficantes do Morro
Ocontador ou advogado para cumprir as exigências agora,com calma, antes que o mercado comece aexigir os novoscontratos eseusnegócios sejam prejudicados", afirma Almeida. Pelasnovasregras, os contratos sociais devem tratar, entre outros assuntos, da cessão de cotas, convocação dereuniõese exclusão de sócios.Também devem ficaresclarecidos aspectos como,porexemplo,as razões quecaracterizam aexclusão do sócio por justa causa,evitando, assim,disputas judiciais futuras. O presidente também destaca que, se a empresa não realizar a adaptação, a responsabilidadedossóciospoderá setornar ilimitada. Ou seja, sea empresa falir, eles poderãorespondercomseus bens pessoais.
Adriana David
domingofoi deviolência na capital carioca.Banhistas queestavam na Praia do Leme na tarde deontem viverammomentosde pânicoe correriapor causadeuma trocadetiros entre traficantes no Morro Chapéu Mangueira, a duas quadras da praia. O tumulto ocorreu por volta das 15 horas. Ninguém se feriu. O comandantedo 19ºBatalhão da PolíciaMilitar, tenente-coronel Dario Cony, contou que na tarde de sábado uma discussão entre dois traficantesterminou com umdeles morto.A polícia, então,ocupou alguns pontos do Chapéu Mangueira. "Não dápara dizer se o episódio teve algo a ver com ode sábado nemse foi realmente uma troca de tiros. Alguns disparos foram feitos e meia dúzia de banhistas correu.Issoé uma coisa normal. Se fosse no piscinão de Ramos ninguém corria", minimizou. Makro - Também ontem, cerca de 30 homens armados commetralhadoras, fuzis e granadasassaltaram o supermercado Makro de Ramos, na zona norte do
Rio,pelamanhã. Osassaltanteslevaram doiscaminhões cheiosdemercadorias (televisores, DVDs, computadorese pacotes de maços de cigarros), carros de clientes e objetos pessoais deles.Osassaltantes chegaram noinício da manhã,renderam ovigia e, quando aloja abriu,às 7horas, cercade 50pessoas, entrefuncionáriose compradores, foram levadasprimeiroparao depósitoedepois para a sala da gerência. Segundo vítimas,um dos funcionários do supermercado conseguiu ligar pelo celular para o 190 (emergência daPM) às7h15, comunicando o assalto, mas policiais sóteriam chegadoàs 9h20.Ninguémse feriueal-
gumaspessoas contaram que os assaltantes estavam calmos, vestiam-se bem, usavam luvas de borracha, masnãosepreocuparamem esconder o rosto. Eles ameaçaram matar se houvesse algum policial no grupo. Planejado - Algumasvítimasforamaté a21ªDelegaciadePolíciaassimqueoassaltoterminou,mas não conseguiramprestar queixa. "Deveter sidouma ação muito bem planejadaporque lápelas 9horas elescomentaramqueestavanahora de ir embora,pois a políciaiachegar logo",contou um homem quese identificou como Fernando.Durantetodoodia, osupermercado informava estar fechado para balanço. (AE)
A eleição deAbbasé vistapelo mundo como umaoportunidade de paz no Oriente Médio.
O parlamentode Israel,Knesset, aprovou anova coalizão degoverno doprimeiro-ministro
Sharon.Por 58a 56,com seisabstenções, foiestabelecida aretirada dos21 assentamentos judaicos da Faixa de Gaza e de quatro na Cisjordânia. Milhares de colonos protestaram contra.
Para Sharon, novo líder palestino será testado nos próximos dias a lutar contra o terror. Os grupos Hamas e Jihad, por sua vez, anunciam apoio a Abbas.
Olíder palestino Mahmoud Abbas disse estar pronto para a paz com Israel depois de sua folgada vitórianas eleições presidenciais dedomingo, segundo resultados preliminares. "Estamos prontos para apaz, paz baseadanajustiça.Temos esperança que aresposta deles (de Israel) seja positiva". Nos EUA, opresidente americano, GeorgeW. Bush,disse que Abbas é bem-vindo em Washington paranegociações depaz eo cumprimentou pela vitória. Bush pediuque Israelcumpra com a sua obrigação e promessa de retirada dos
No Iraque, um grupo rebelde fez ameaças em duas cidades advertindo que vai enviar atiradores de elite para alvejar eleitores no Iraque, durante as eleições de 30 de janeiro. A violência no país continua intensa. Ontem, o sub-chefe da polícia de Bagdá e o filho dele foram mortos. Um carrobomba matou quatro civis e um ataque a um comboio americano matou dois soldados.
territóriosocupados e pediu para a liderança palestinaacabar comaçãodaqueles que,porsuadefinição, querem "destruir Israel". Do lado israelense,o primeiro-ministro ArielSharon,que não escondia sua preferência pela vitóriade Abbas, disseque onovolíder palestino será testado nospróximosdias,"deacordo comsua capacidade de desmantelar a infra-estruturadosgruposterroristas". "Os palestinosseguem sem lutar contrao terror eas declarações de Abbas durante a campanhaeleitoral não nos dãomuitasesperanças",continuou Sharon,em alusãoao fatode Abbaster-
A imprensa americana assegura como certa a participação da top Gisele Bündchen no novo filme do agente 007 como 'Bond Girl', na produção que poderá ser protagonizada por Colin Farrell (Por um fio), Ewan Mac Gregor (Moulin Rouge) ou Jude Law (Alfie).
O respeito pelas tradições ancestrais e a pressão para se casarem antes dos 30 anos criaram na China o fenômeno das "namoradas de aluguel", muito comum durante o Ano Novo Lunar chinês (que começa em 9 de fevereiro), quando milhões de jovens retornam a suas províncias natais.
sereferido aIsraelcomo "inimigo sionista". "Mas vamos esperar para julgar suasações depois da eleição", completou. Os grupos armados Hamas eJihad Islâmica disseram que estão dispostos a negociar como novopresidente palestino. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, e Mohammed al Hindi, da Jihad Islâmica, a jornalistas em Gaza. Abu Zuhri disse que "o Hamas respeita a decisão do povo palestino e negociará com o novo presidente eleito, MahmudAbbas"."Apesardetermosboicotado a eleiçãoe apesar de elas não representarem to-
dosos palestinos, respeitamosa escolhae negociaremos comqualquer presidente eleito".
A eleição de Abbas é vista como uma oportunidade de paz no Oriente Médio. Abbas, que foi primeiro-ministro palestino, foi eleito o novopresidente daAutoridadeNacionalPalestina, tendo recebido 62,32%de um total decerca de 775mil votos. O resultadoainda é classificado comopreliminarpelacomissão eleitoral porque,por umperíodode sete dias, partidos e grupos políticos ainda podem contestá-lo.Mas agrandediferença navotaçãoentreAbbas e o segundo colocado,
Mustafa Barghouti,que recebeu 19,8% dos votos, torna improvável alguma alteração no resultado.
Anulação do pleito
A grandequestão paraos analistas,já quea vitóriade Abbas não veio como surpresa, éa discussãosobre o índice de participação de eleitores.A Comissão Eleitoral Palestina (CEP) evitou falarsobreoassuntomassabe-seque seforcomputado o número total de eleitores ao qual os palestinos se referiam constantementeantes daseleições- 1,8milhão-a participação devotantes ficaria em menos de 45% e o resultado, portanto, teria
Elvis Presley voltou a ocupar o primeiro lugar nas paradas musicais britânicas ontem, com o relançamento de seu disco Jailhouse Rock, um dia após seu aniversário, quando completaria 70 anos se estivesse vivo.
Esse disco foi colocado à venda pela produtora Sony BMG há apenas uma
Um juiz chileno aprovou o relaxamento da prisão domiciliar de Augusto Pinochet após cinco dias de detenção, mediante o pagamento de fiança no valor de 2 milhões de pesos (ou R$ 9,5 mil). A decisão será confirmada pelo tribunal de recursos.
semana, no Reino Unido, junto com várias ilustrações e um livro sobre o trabalho de Elvis Presley. Com esta entrada nas paradas de sucesso da GrãBretanha, Elvis relegou ao segundo lugar o cantor de soul Steve Brookstein, que estava há três semanas como o número um. Já se passaram 27 anos desde
sua morte e seus fãs continuam fiéis.
Segundo os dados da Sociedade Geral de Autores do Reino Unido, a música de Elvis The Wonder of You foi a mais interpretada da história pelos grupos de música. Na semana que vem será lançado um novo single do cantor, One Night. (Reuters)
THE END - Terminou a uniãodo casal hollywoodiano Brad Pitt eJenniferAniston, juntos há sete anos e casados desde 2000. Ele, 41, está em cartazno filmeOnze Homens e Um Segredoeela, 35,ficouconhecidapor atuarno seriado Friends.
queser anulado,umavez que é exigida a participação mínima de 50%.
"Tivemos a participação de 66% do 1,1 milhão de eleitores registrados ehá uma lista com outros 700 mil cidadãos que poderiam votar mas não tinham registro eleitoral",disse nervoso o presidenteda CEP, Hana Nisir ao falar com a imprensa sobre oassunto. A questão,segundoele, nãoestá sob sua jurisdição. "Este é um assunto para os partidos políticos resolverem. Nossaobrigação(Comissão Eleitoral) era organizaras eleições e criar condições para que todos votassem, como fizemos". (Agências)
A Pastoral da Criança, presidida por Zilda Arns, ganhou o I Prêmio de Direitos Humanos Rei da Espanha, por ter conseguido reduzir a mortalidade infantil à metade no Brasil. A distinção foi disputada por 47 candidaturas de 17 países.
"Se no ano que vem não trouxer uma namorada, nem pense em voltar", ameaçou no ano passado a mãe de Yue, um jovem de 31 anos que afirma trabalhar demais para ter tempo de procurar uma namorada. "Não pude fazer nada além de buscar uma companheira de viagem", reconheceu Yue, para o jornal China West Metropolitan News. "Talvez possamos transformar essa falsidade em verdade e fazer surgir o amor", acrescentou. Por preços que oscilam entre 180 iuanes (US$ 18) e 800 iuanes (US$ 96) por dia, pode-se conseguir uma namorada ou namorado falso para aplacar a ira dos pais mais tradicionais do interior. O contrato de trabalho pode prever ou não sexo. A obediência cega à família é comum na China, principalmente no campo, de onde saíram, desde 1980, cerca de 185 milhões de pessoas para as cidades. (Agências)
OBradesco começou a oferecer ontem,em toda a sua rede de atendimento, oprimeiro plano de previdência complementar do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) quedáao participanteagarantia de uma rentabilidade mínima sobre os valores depositados duranteo período de acumulação.O novo produto, batizadode Conta de Aposentadoria Programada, foidesenvolvido nosmesmosmoldes dosjátradicionais PGBL e VGBL.
Arentabilidade do novo plano doBradesco éde um ganhoanualmínimo equivalente ao IGP-M (índice usado pelo governo para calcular ainflação) maisjuros de 4% ao ano. Até então, os planos PGBL e VGBL não ofereciam nenhuma garantia de rentabilidade mínima.Nonovoplano,a apli-
Novo plano do banco que chegou ontem ao mercado é o primeiro a oferecer a garantia de uma rentabilidade mínima ao participante
caçãomínimaédeR$10mil, com aportes opcionais. "No caso do Conta de Aposentadoria Programada, se o rendimento anualobtido pelo plano ultrapassar a variação do IGP-M mais a taxa de 4%, obanco repassa 80% desse ganho excedente para oplanodocliente",disseontem o presidente da Bradesco Vida ePrevidência, Marco Antônio Rossi.
Opções – No no plano, o participanteterá duasopções: a da Conta de Aposentadoria Programada PRGP, com funcionamento parecido ao PGBL,permitindo que o participante deduza as contribuiçõesdo Imposto de Renda. A segunda é pela (Contade Aposentadoria Programada VGRP), ondeo participante pagará o imposto apenas no momento em que
resgatar o dinheiro e apenas sobre os rendimentosconseguidos. A exemplo do tradicional VGBL, este plano não permite a dedução dascontribuições feitas de seu Imposto de Renda.
De acordocom oBradesco, o plano PRGP é indicado para quem, na Declaração Anualdo Impostode Renda,opta pelo modelocompleto.Jáo VRGPéindicado para quem escolher o simplificado.
Vendas – Contando com sua ampla rede de atendimento, o Bradesco prevê conquistar 50mil novos participantesde planosde previdência apenas no primeiro semestre deste ano. Onovoplanode previdênciatemaindaoutrodiferencial.Se pormotivode doença grave oclientepre-
cisar sacar recursos do plano antes de um período de quatro anoso banco arca com a alíquota de Imposto deRenda (IR) no resgate. Essa coberturaé garantida por uma cláusula-conforto que, segundo Rossi, faz partedoscontratos do Conta de Aposentadoria Programada "Nos planos de previdência atuais há uma tabela regressivado IR que prevê o pagamentode maisimposto quanto menor o tempo de permanênciano plano. Segudno Rossi, a Bradesco Vida e Previdência é a primeira empresa pertencente a um banco a lançar um plano deprevidênciacomrentabilidade mínima garantida. "Comprovamos nossa vocação de ser pioneiros no segmento deprevidência", destaca Rossi,lembrando que o Bradesco foi a primeirainstituição financeira a lançar um planodeprevidência no Brasil, em 1981. Rejane Aguiar
A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)deste ano,que será realizadana próxima semana,será a maisdifícil dos últimos tempos, na opiniãodo economista-chefe do Banco Schahin, CristianoOliveira.Para ele,atendência mais provável éde que ataxa de jurossuba 0,5 pontoporcentual, oque levariaauma elevação expressiva dos jurosfuturos e provocaria uma retração forte dosinvestimentos, prejudicando as expectativas de crescimento do País. O economista ponderou quea elevação écerta, embora a intensidade ainda possa ser alterada pelos indicadores que serão divulgados, ainda que os modelos econométricos, incluin-
Títulos de capitalização: vendas poderão ser recorde em 2004
As empresas que vendem títulosde capitalização deverão fechar 2004 com volumerecordede receita.Dados da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privadose Capitalização (Fenaseg) mostramque, até novembro as vendas de títulos somaram R$ 589,5 milhões, maior valor desde maio.Em 2004,tambématé novembro,a vendadetítulosgerou umganhode R$6 bilhões,equivalente auma alta de11,2% emrelação ao mesmo período de 2003. O bom desempenho do mercado decapitalização também pôdeser visto na ampliação das reservas, que atingiramR$ 9,1bilhões em igual período. Umaalta de13,8%. OEstado de São Paulo lidera o volume de captações,com R$ 2,29 bilhões,seguido pelo doRio de Janeiro, comR$ 667,1 milhões em vendas, e por MinasGerais,comR$ 512,6 milhões em títulos vendidos. (AE)
do o do Banco Central, indiquemqueoÍndicedePreços ao ConsumidorAmplo (IPCA)estáconvergindo para ameta de5,1%.Noúltimo relatório de inflação, oBC projetou 5,3%. A pesquisa semanal do BC, divulgada ontem,mostrou recuode 5,70% para 5,67% nas projeções do mercado.
Crédito– Além dos indicadoresdeinflaçãoedeproduçãoindustrial queserão divulgados nesta semana, Oliveira chamaatenção para o aumento da demanda porcrédito apesardasaltas sucessivas dos juros básicos desde setembro, que deveriaterprovocadoumaretração.Deacordocomele,asfinanceiras estãoregistrando uma demanda crescente por crédito,mesmo apósas
festasdefinaldeano. Esse crédito estaria alimentando o consumo.
A conseqüência desse aumento dedemandaéuma revisão para cimada projeção do crescimentoeconômicode2005. Atéagora,o Schahin previa altado Produto Interno Bruto (PIB) de 39% epassoua admitirum crescimento de 4,2%. "O aumento do créditosomado ao reajustedo saláriomínimo e ao aumento de dinheiroem circulaçãonaeconomia não permitirá que o núcleo do IPCA recue nos próximos meses", disse Oliveira. Ele projeta que o IPCA de dezembrofique em 0,80% contra o índice de 0,69%em novembro, com alta também dos núcleos. O economista não aposta em
uma queda expressiva da produçãoindustrial denovembro, projetando recuo de 0,3% na comparação dessazonalizada de novembro contra outubro de 2004. O ex-ministro da Fazenda e deputado federal (PP) Delfim Netto também apostaemuma novaaltadosjuros na próxima semana. "Vouficarmuito decepcionado seo Copom der só 0,25%.Issoabalariaa independência políticada instituição", comentou com ironia. Paraele,osapertosda política monetária vão provocar "efeitos deletérios" à economia,como a"quebra" daexpectativa de crescimento por partede empresários, o que afetará os investimentos e geração de empregos. (AE)
O presidenteLuiz Inácio LuladaSilvadisse ontem emseuprogramaquinzenal de rádio Café com o Presidente,que2005seráoanodomicrocréditoe das cooperativasno País.Segundo ele,o governotirou todososobstáculos de ordem legal para que as cooperativas de produção e de crédito sejam organizadas. "Nós estamos facilitando a inclusão bancáriade milhões de brasileiros e brasileiras que não tinham acessoao sistemabancáriobrasileiro. Portanto, agora, eles podemterum empréstimo sem muita exigência", afirmou o presidente. No holerite – O presidente também lembrou que o crédito consignado – com desconto das prestações em folha– tempossibilitado amilhões detrabalhadores empréstimo com juros menores, nãoapenas parapagardívidas, mas para comprar bens.
"Estou certo, otimista, acreditando que 2005 será o anoem quevamosconsolidar oBrasil comoo grande
"Estamos facilitando a vida de milhões de brasileiros", diz Lula (foto)
país do microcrédito, como o grande paísda cooperativa, e um grande país em que o povopossa teracesso afinanciamentos. Eu estou acreditandoqueesteanoserá o ano em que as coisas irão funcionar melhor", disse o presidente Lula.
Planos do tipo VGBL são mais procurados por consumidor
OVidaGeradordeBenefício Livre (VGBL) ainda é o tipo de poupança voltadaà aposentadoria preferido dos brasileiros, comparado ao Plano Gerador deBenefício Livre (PGBL)de acordo com balanço feito no mês de novembro pelaAssociação Nacional de Previdência Privada (Anapp).
SegundoaAnapp, aténovembro último, as reservas dos VGBLs no mercado subiram 106,3%, passando para R$ 16,9 bilhões. Comesse resultado,a participação dos VGBLs em todo osistema deprevidência complementar aberta passa para 29% do total de recursos. Os PGBLs vêm em seguida, com 27% do volume de contribuições. A liderança ainda está com os planos tradicionais, que detêm45% dosrecursos depositadosnascarteiras de previdência complementar aberta. No acumulado do ano,
a cesta de produtos das empresas deprevidênciarecebeu contribuições queelevaram as reservas para R$ 58,7 bilhões, altade39,4% sobreomesmo períodode 2003,o queconfirmaa expectativada Anappde que o sistema deve fechar o ano com provisões em torno de R$ 60 bilhões. No final de 2003, as reservas eram de R$ 48 bilhões.
O número de planos computados no sistema totalizou 7,05 bilhões, crescimentode 16,5% sobreo número registrado em novembro de 2003. Nos planos voltados a empresasa altafoi mais robusta, de 81.061 planos no ano anterior, para 114.589 no acumulado de 2004,umaaltade41,3%. Os planos individuaisrepresentam 77%dos valoresdo sistema,contra 19%dosempresariaise 4% dos voltados para menores de idade. (AE)
As agências da Caixa Econômica Federal (CEF) em todo o Paíscomeçaram ontema receberpropostas de construtoras e entidades representativas para a contrapartidano financiamento deimóveisconstruídoscom recursos doFundo deGarantia doTempo deServiço (FGTS), dentrodoPrograma Carta de Crédito Associativaem CondiçõesEspeciais. Ofinanciamento faz parte do Programa Imóvel naPlanta aPreço deCusto, lançado pela Caixa no ano passado, eque entrouem vigor nesta segunda, dia 10. A nova modalidade de financiamento, destinada a famílias comrendade até R$ 1.560(seis saláriosmínimos), conta com R$ 1 bilhão de recursosdo Fundo de Garantia. (AE)
Em 2004,tantoo microcréditoa jurosmenores(de no máximo 2% ao mês) quanto o crédito com desconto direto no holerite, permitiu aos bancos aumentarsuacarteiradeclientes e ampliara população bancarizada. (ABr)
A maior preocupação dos bombeiros era evitar explosão e óleo ascarel. Os efeitos da fumaça densa ainda podem provocar intoxicação em pessoas que estavam no prédio ao longo dos próximos dias.
Centenas de pessoas se aglomeraram em volta do edifício CBI Esplanada, no Vale do Anhangabaú, no Centro. Cenas de desespero foram acompanhadas de perto pela multidão, que chegou a fazer coro para que algumas das pessoas que estavam nas janelas do prédio não se jogassem. "Só quem está num lugar desses sabe como é a sensação", contou José Lopes, de 56 anos, funcionário da Ilumi, no 8º andar. Muitos dos que estavam dentro do prédio telefonaram para as suas casas para avisar sobre o incêndio. "Mãe, consegui!", disse aliviado o analista de dados Danilo Queiroz, de 25 anos, assim que deixou o prédio. Antes de descer do 25º andar, por volta das 17h50, ele passou no banheiro e molhou o corpo com a água. Danilo disse que teve medo de enfrentar fogo nos primeiros andares. A fumaça já atingia o 9º andar naquele momento. "Não dava para enxergar nada e não sabia se o fogo tinha se espalhado. Fiquei esperando, por um tempo, ajuda para descer. Depois comecei a ficar com dificuldade de respirar e achei melhor sair o mais rápido possível". Os homens, em grande parte, deixavam o prédio com as camisas na boca e encharcadas em água para facilitar a respiração. A maioria das 68 pessoas removidas para hospitais foram vítimas de intoxicação, segundo os bombeiros. Algumas delas desmaiadas por causa do nervosismo, de acordo com o coronel Jair Paca de Lima, comandante das operações do Corpo de Bombeiros. Familiares – À medida que as informações eram transmitidas por TV e rádio, curiosos davam lugar aos parentes de vítimas, que buscavam notícias sobre os familiares que trabalham no edifício. Eliane Francisco chegou no Vale do Anhangabaú às 18h. Desesperada, ela procurava a irmã Alexandra, com quem havia falado há pouco, mas ainda estava dentro do prédio. Quando se encontraram, as duas se abraçaram e caíram no choro. "Calma só foi um susto", disse Eliane à irmã. O Corpo de Bombeiros isolou a área devido ao risco de explosão. "Onde há fumaça há fogo. E a presença de oxigênio em contato com óleo ascarel, que está queimando, pode haver explosão", explicou o coronel Jair. Segundo os médicos que realizaram atendimentos no local, a intoxicação pela fumaça espessa pode causar dores de cabeça, tonturas, falta de ar, náuseas, tosse, irritação na garganta e rouquidão. Os sintomas podem aparecer nas próximas horas ou nos dias seguintes à intoxicação. Por isso, o número de vítimas do incêndio poderá ser maior. As pessoas atendidas ontem foram levadas para a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital do Servidor Público e o Hospital Vergueiro. Embora o Corpo de Bombeiros tenha informado que o prédio tinha sistema de segurança contra incêndio aprovado, os funcionários reclamaram que as escadas são muito estreitas, o que dificultou a descida rápida de todas as pessoas. O edifício CBI Esplanada é um dos marcos históricos da cidade de São Paulo, projetado em 1948 pelo arquiteto polonês Lucjan Korngold. Favela – Outro incêndio no Centro, ocorrido na madrugada de ontem na Favela do Moinho, nos Campos Elíseos, destruiu 19 barracos, e deixou outros seis afetados, desabrigando 46 pessoas, que tiveram de ir para casa de amigos e parentes. A Defesa Civil distribuiu 47 colchões, 46 cobertores e 19 cestasbásicas às famílias afetadas. A causa do incêndio ainda é desconhecida, mas de acordo com informações da Eletropaulo, houve sobrecarga em um transformador na rua Elias Chaves, na altura do n° 146, onde há um poste de onde a energia é puxada para a favela. (FV)
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e rouquidão. Os sintomas podem aparecer imediatamente ou nos dias seguintes à intoxicação.
Saída de investidores estrangeiros da bolsa paulista, no início de janeiro, teria sido, na opinião de operadores do mercado, um dos motivos do recuo.
ABolsa deValores deSãoPaulo(Bovespa) registrou ontem mais um pregão ruim.Depoisdeter iniciado o dia em alta, quando chegou a subir 0,32% pela manhã, o Ibovespa, o índice da bolsa paulistaque concentra asprincipais ações negociadas,passou a operar embaixa,primeiro moderada, para depois, na parte da tarde, despencar de vez.Encerrou odia com queda de 1,84%, descendo aos 24.291 pontos.
Segundo operadores do mercado,a mudança de comportamento dosinvestidoresfoinotadapelo saldo de investimentos estrangeiros na bolda registrado nodia5último.Atéessedia, osaldoera deR$99,201milhões negativos. Parte dessa inversão, na opinião dos analistas, deveu-seà divulgação da ata, na véspera, do Federal Reserve (Fed), o bancocentral norte-americano,na qualdeu sinaisde que novas altas dos juros da economia norte-americana
devem vir por aío. Juros maiores nosEUA atrairiam os investidoreslocais,que deixariam de aplicarem mercados emergentes, como oBrasil,porexemplo. Emtodooanode2004,osaldo de investimentos estrangeiros ficou positivo, igual a R$ 1,803 bilhão. O vencimentodeopções marcado para a próxima segunda-feira na Bovespa também teriacontribuído paraa queda dabolsa. Os papéis da Telemar,que têm asopções maisnegociadas,
seriam o alvopreferido dos investidores quevenderam ações. Asações daempresa fecharam embaixade 3,53%, cotadas a R$ 39,85. As maiores altasontem do índice foram CSN ON (1,53%), Bradesco PN (0,96%) e Itaú PN (0,63%). Já as maiores baixas foram Embratel ParticipaçõesPN (-7,56%), CespPN (-7,14%) e Tractebel ON (-4,56%). Dólar – O dólar comercial permaneceuem baixapelo segundo diaútil consecutivo,acompanhando orecuo da moeda norte-americana diantedo euronomercado internacional. Encerrou o dia vendido aR$ 2,70 para venda ea R$ 2,7010para compra. O leilão de compra feito pelo Banco Central ontem,ondepagou R$ 2,6950 pela moeda,ajudou asegurar a queda. Houve,segundo operadores domercado, ummovimento parcial de zeragem de vendas de dólar em meio à piora dabolsa paulista e dos papéis dadívida externa,alémdaaltadosjurosfu-
turos e do risco Brasil. Outro pontoque favorecei orecuodamoedafoia abertura, pelo Banco Votorantim, deuma emissãode 100 milhõesem eurobônus. No mercado internacional o euro chegou a ser negociado, no fianldodia,a US$ 1,3090, uma alta de 0,26% sobre a moeda americana. Também no final da tarde, o risco Brasilalcançou o nível mais alto,subindo17 pontos, para 432 pontos-base. O C-Bond chegou a recuar 0,12%. (Agências)
A Eletrobrás estima investirR$4,6bilhõesem2005 nos projetos em andamento. O montante, porém, podeser aindamaior,dependendodo resultadodaparticipação da estatal no leilão de energianovaque deve ser conhecido nos próximos meses.Dototal de investimentos, R$ 1,8 bilhão será destinadoà geraçãoeoutro R$1,8bilhão,àtransmissão. CercadeR$ 130milhões irãopara distribuição eo restante, agastos correntes e programas como o "Luz para Todos", qualidade am-
biental e pesquisa. "O investimento podeaté ser maior dependendodo quefora posiçãodogrupo Eletrobrás no leilão de energia nova", disseem teleconferência com analistas,ontem, o presidente da empresa,Silas Rondeau.
"Ainda assim, nocaso da geração nova, sobretudo hidráulica, que deve entrar em leilão a partir de 2005, os investimentos maçicos ocorrem a partir do terceiro ano", completou.
Segundo ele,a Eletrobrás tem alguns projetos em an-
damento com"taxas de retorno da ordem de 18% a 20%eoutros próximosda realidadedomercadobrasileiro, de 8% a 12%".
Rondeau disse ainda que as subsidiárias do grupo Eletrobrás estudam oportunidades nas regiões NordesteeNorte. "Issoseráentregueà Aneel (agência reguladora do setorelétrico) tão logo estiver pronto."
O presidente da estatal evitou fazer comentários sobreos apagõesno Riode Janeiro e Espírito Santo no início do ano. (Reuters)
■ Pertenço à classe médica e, assim como cerca de 95% destes profissionais, presto serviço como pessoa jurídica, por pressão do mercado. Gostaria de parabenizá-los por esta cruzada cívica e aproveitar para perguntar se juridicamente é possível fazer algo para evitar a derrama da Medida Provisória 232. Vale a pena consultar um advogado ou é melhor aguardar os desdobramentos de ações contra a MP?
Carmo Augusto Vicentini, de São Paulo - SP
■Acho que chegou a hora de nós brasileiros darmos um grito contra esta safadeza que virou o Poder Executivo, que só cria tributos. Temos que alavancar uma campanha nacional de assinaturas para reduzir a carga tributária. Sou presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Minas Gerais há 12 anos e vejo muitos empresários partirem para a informalidade, além de médias e pequenas empresas desaparecerem porque não aguentam sobreviver. Contem com o meu apoio para colher assinaturas contra essa roubalheira tributária.
Paulo dos Reis de Souza, de Lagoa Santa - MG
Contribuintes que acessaram a Calculadora do Imposto na internet (www.contribuintecidadao.org.br) criticam o elevação da base de cálculo do Imposto de Renda e da CSLL para o setor de serviços
■ A culpa é nossa por elegermos nossos representantes. Depois de eleitos eles só pensam em si próprios. Getúlio, de Itapeva - SP
■ Na minha opinião, para minimizar esta fome arrecadatória do PT, ou para humanizar a alta carga tributária, bastaria todos os brasileiros se unirem junto com o comércio, a indústria e os prestadores de serviços para deixar de recolher impostos, exceto o FGTS, (para não prejudicar o empregado) por três meses. Se todos os brasileiros concordassem, seria muito bom. Edson Ciconello, de Várzea Paulista - SP
■ Com relação ao reajuste em 10% da tabela do IRPF, tenho lido muitos comentários de que o governo está perdendo a arrecadação. Na verdade, o
Auto Posto Colorado Ltda torna público que recebe da Cetesb a Licença de Operação nº 29001614 c/validade até 06/01/2010, p/o comércio varejista de combustível sito à Av. Guapira, 1.261 - Tucuruvi - São Paulo - SP. CNPJ 60.830.650/0001-96. BRASMAR ASSESSORIA COMÉRCIO EXTERIOR LTDA, CNPJ 54.069.208/ 0001-96, comunica que fora extraviado o Livro Fiscal modelo 57 da Prefeitura do Município de São Paulo.
Auto Posto Lindóia Ltda torna público que requereu na Cetesb a Licença Prévia e de Instalação para a atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, sito à Rua Maria Daffre, 415 - Vila Prudente - São Paulo - SP. CNPJ 60.739.356/0001-73. TRANSPORTADORA EXPRESSO S&S LTDA, CNPJ 03.011.383/0001-91, comunica roubo da mercadoria eNotas Fiscais 109665, 109664 da Procter & Gamble Indl. eComl. Ltda, conforme B.O. 10271/2004. Secretaria da Justiça e da Segurança de Gravataí - (2 distr.) de 20/12/2004.10,11,12/01/2005
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Publicidade Comercial - 3244-3344
Publicidade Legal - 3244-3799 DECLARAÇÃO À PRAÇA
Marcos Aurélio Ribeiro, produtor rural inscrição nº P-0258.0177.1/000, CPF/ MF Nº 333.290.288-15, estabelecido no Sítio Olaria, no município de Cássia dos Coqueiros, Estado de São Paulo, CEP 14260-000, comunica para os devidos fins, o extravio da primeira via da nota fiscal de produtor de nº 000056. 7-10-11
governo deveria reajustar compulsoriamente essa tabela por lei, para não massacrar o contribuinte. Não vi ninguém comprovar que o governo perde arrecadação. Só que aumentou o IR das prestadoras de serviço para compensar esta perda. Baseado nisso, o que vai ser do contribuinte nos próximos exercícios?
Mauro Esmanhotto, de Curitiba - PR
■ Estou pasma! Sempre ouvi dizer que o Brasil tinha o imposto mais caro do mundo, mas sempre achei que era exagero. Hoje, ao ver o que vem acontecendo, fiquei chocada. Em que homens temos confiado e votado? Será que nossos políticos perderam o senso de misericórdia? Qual o político que trabalha em prol do povo? Espero que vocês façam algo pelo
povo que vive às margens da ignorância e do desconhecimento. Em quem acreditar? Francamente não sei o que pensar. Vocês, que têm o poder nas mãos, façam alguma coisa. As divulgações ainda são acanhadas, nem todos têm um computador, por isso o melhor seria o uso da televisão, rádio e até divulgação nas escolas. Maria de Lourdes Sales Martins, de Fortaleza - CE
■ Com apenas 6% de brasileiros pagando o IR, o governo achou um meio torto de fazer com que todos paguem sem mesmo saber que pagam. Uma forma injusta, com toda a organização institucional brasileira.
Juarez de Souza Machado, de São Paulo - SP
■ Sobre a capa do Diário do Comércio de ontem, 10 de janeiro de 2005, e em
face da gulodice desenfreada, inescrupulosa e desmedida do governo em nos morder, deixando-nos, todos, quase que à mingua por conta das escorchantes, exaustivas e ávidas cobranças de impostos sem a devida contrapartida em serviços e bem-estar, por que não mudar o animal símbolo da Receita Federal? Tira-se o Leão, que aliás não é um animal autóctone de nossa fauna, e coloque-se o urubu. Que se saiba, o leão é um animal nobre, que não fica espreitando a carniça para dela se alimentar até restar apenas os ossos. Que seja, então, o urubu. Ave de rapina, que fica à espreita da morte da presa para se refestelar sobre a carcaça, deixando apenas os ossos. E ficando apenas com os ossos é a situação do brasileiro que é, diariamente, rapinado,
assaltado e ainda precisa ficar aguentando os impropérios dos senhores membros do governo. Ser roubado já é demais. Ser levado como bobo, aí já passa da conta, não?
Alexandre Carneiro, de São Paulo - SP
■ Trabalho na Europa e vivo no Brasil por opção. Sinto vergonha dos políticos brasileiros que denigrem a imagem do país no exterior com essas leis absurdas. Na Dinamarca, por exemplo, as pessoas que trabalham em plataformas petrolíferas e a categoria de marítimos que passam a maior parte de suas vidas no mar para trazer e levar as riquezas produzidas e consumidas pelo país, além de serem isentas de Imposto de Renda, têm descontos em todo território nacional para aquisição de bens para trabalho. Isso não só incentiva para que não haja êxodo profissional como também estimula para que novos profissionais venham para o mercado de trabalho. Também lá se vê o retorno do que o povo paga de imposto, diferentemente daqui, onde o primeiro a dar o mal exemplo é o presidente da república. Ícaro Ferreira de Araújo, do Rio de Janeiro - RJ
Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 10 de janeiro de 2005, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: C Scheel Cobranças Comerciais S/C Ltda.- Requerida: Casa Comercial SP Ltda. - Rua Herval,
Industrial e Agrícola de Cereais S.A. - Requerida: Eliana RibeiroPanificação – MEAv. Itaquera 3000 Loja 04 - 37ª Vara Cível
Requerente: Moinho Pacífico
Oanjodamortevoejounos últimos dias,ferindo-me, com seu bico,a minha sensibilidade. Morreu minha mulher. Foram quarenta anos de vida comum, sem um só atrito, como ocorre com freqüência entrecasadosdepoisde algumtempo prolongado. Levou uma dasmais queridasamigas, a verdadeira amiga Dulce Simonsen. Desta guardamos asaudade dos fins de semana em sua fazenda no vizinho Jundiaí. Foram tempos inesquecíveis, fidalguiadosanfitriões epelabeleza da propriedade. Elevou, parasurpresaminha que não a sabia doente, a livreira ClaudieMonteil,de quem adquiri,durante anos, as ultimasediçõeschegadas de França. Todos os sábados, infalivelmente, quando não viajava, evidentemente,lá estavaeu,como estarianalivraria do Olinthode Moura, para tomar conhecimento do que de meu interesse saíra emFrança, eláiacarregado delivros paracasa, ondeme lançavaa leràtardee nodomingo. Serviu-memuitíssimoaquerida ClaudieMonteil, uma livreira exemplar. É para verter lágrimas de tristeza, coma partidade pessoas, uma a mais chegada
Calculando imposto
Quero parabenizá-los por essacívicainiciativa.Elanosfaz resgatar a cidadania tão poucoexercidapor nosbrasileiros.Osgovernossãoesponjas queabsorvemnossos játão corroídos salários e nos oferecemmuitíssimopouco,ouseja,uma retribuição proporcionalmente inversa. Sema falarem pedágios,estacionamentos das prefeiturasetc. Temos de dar um basta !!! Marcello Cantizano Rio de Janeiro-RJ Eu já fazia uma idéia do total pago por mim. O meu pensamento era de que eu trabalho parao governo,umanoe meio a cada três anos do meu trabalho. Muito me revolta saber que o nosso governo não sónos cobraabsurdamente, com não nos retribui nada. Além de ser descontadonasaúde,por exemplo, sou obrigado a ter planos de saúde particulares, pois nada me é atribuido pelo governo. Além de tudo isso, já amplamentediscutidopeloDr.Guilherme Afif Domingos e por outroseconomistas, nãotemos o direito de comprar nada que nos diz respeito às melhorias da profissão, tais como:livros, cursosespecíficos e outros recursos que nos são bloqueados. Numa coisa não concordo plenamente com o Dr. Afif Domingos: ele disse à Radio JovemPan quetodos pagam igualmente para o governo. Na verdade, eu e toda a classe média pagamos muito mais do que a classe pobre. Temos que sustentar,além detudo, as dívidasimpostas pelas favelas (luz, IPTU...)e ,iguamente pela Igreja,isenta detudo! Eo
a mim, pelo casamento, que no dia 5 de outubro do ano passado completou 40 anos, eoutra,com afreqüênciaassíduadesuacasa,acolhedora e amiga, para os amigos aos quais encantava. Ea livreira notável, queSão Pauloperdeu. Ao escrever esta coluna, nãosei oque vaiser dalivraria francesa.Façoosmelhores votos queencontrem um substituto à altura da falecida, quemuitofez peladifusão da cultura francesa. Reconheço queadoença, no caso de minhamulhere de Dulce, provavelmente no caso de Claudie,também, realizou sua obra. Mas não é para lamentar de menoso rouboque fezamime atantos outros, nosnomes citados, deamigasadmiráveis, solidárias, sempre simpáticaseefusivas. Éavida,dirse-á. Reconheço que é a vida, mas deve-secomigoreconhecer quenãonos conformamoscom essa obra da Parca, ela que tantos roubos prática emnosso calendário íntimo e nas estantes de nossa paixão.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
pior é que esse nosso dinheiro é mandado para o exterior, onde é acumulado para um políticoque nãoo aproveita, porque senão "dá na vista"; equando ficavelhoou morre, deixa-opara osdescendentes queo"torram" sem escrúpulos, etc... Rodolfo Nurmberger Junior São Paulo - Capital
Parabéns por essa iniciativa! Vou ajudar atornar esse mecanismo ( a calculadora de impostos),quecontribuipara o exercício da cidadania e paraa formação deum cidadão/contribuinte mais critico, conhecido. A sociedade precisa ter acessoà esse portal. Abraços Luisi
Penápolis - SP
Seria legalsepudéssemos tirar do lançamento de gastos pelo menos os itens Educação e Saúde que é o mínimo que o governoDEVERIA proverao cidadão contribuinte. Ogoverno ainda tem avantagem de contarcommétodos ferinosde cobrançadeimpostos atrasados jáo cidadão não temcomo reinvindicaroucobrar do governo a sua obrigação. O povo tem que parar de se esconder atrás da frase \"Vote consciente que o país muda.\", nãomuda e nunca vaimudar,precisamosdemecanismos comtanta força quantoo governoque oforce a cumprirsuasobrigações. Presidente, ao invésde perdoar as dívidas de países para com oBrasilperdoe a minha com a união que é infinitamente menor!E eusou brasileiro!
Percival B. Braz São Paulo - SP
Pareciauma temeridade, milhões de pessoas em espaço limitado, podendo a qualquer momentoexternaras suas frustrações, as dificuldades desuasobrevivência na "selva de pedra",suas agruras particulares e individualismoqueignorasse o bem estarcomum.Assistiuse oinverso,2 milhões de pessoas, brasileiros e turistas -jovenseidosos-, paulistas ounão, gentedetodosos cantos, famílias! Extravasaram sim,masa vontadede festejar, a alegriapela chegada de um novo ano, a sua disposiçãode acreditar, ocomportamento respeitosoque deixouclaro queolimitede cadaumestáemnãomacular o bem-estar coletivo.
O últimodiado anode 2004 havia começado bem, a avenida Paulista recebeu 15 mil pessoas vindas dos mais diversospontosdopaíspara acompanhar aCorrida de SãoSilvestre, que transcorreu dentro da mais perfeita organização, contrapondose com oepisódio da última Olimpíada, em queo maratonista Vanderlei Cordeiro deLima, foi por atoirresponsável expurgado do primeirolugar dacompetição. Temia-seque aquipoderia acontecero mesmo, maso nosso povonovamente deu
uma lição de civismo, fair play e cidadania.Ao vencedor sóincentivo notrajeto e aplausos ao final. Era sóum prenúnciodo queaconteceriamais tarde. A avenidaque duranteo dia foi ocupada por atletas, receberia ànoitecercade2milhões de pessoas que preencherampacificamente, com alegriaeentusiasmotodosos espaços da mais paulista das avenidas. Foi um momento único, de congraçamento, foi afesta dafamíliabrasileira em São Paulo. E pensar que atradicional festa de reveillon dacidade de São Paulo esteve ameaçadade não acontecer -tendo em vista que aantiga administração da Prefeitura após o resultado da eleição, onde o eleitor escolheu JoséSerra do PSDB como prefeito, esquivou-se de grande parte de suas responsabilidades e nela estavao reveillondaavenida Paulista. Masfoiasensibilidade e espírito público do governador GeraldoAlckmin que o levou a chamar para si a responsabilidade, assumindoa festa que foi um dos maiores eventospopulares realizados em nossa cidade. Pude pessoalmente presenciar agrandeconcentração depessoas que optaram em comemorar coletivamen-
Regina Yazbek
O ano de 2005 começa com manchetes animadoras para a economia do país. Qualquer um que acompanhe o noticiáriodagrande imprensae das redes de televisão terá a impressão de que estamos à beiradoÉden,taloentusiasmo da imprensa ao revelar os númerosdocrescimento.Masonde fica mesmo este Éden anunciado?Sejaemconversas formais ou informalmente, à beira mar, no tão esperado verão, com o qual se inicia oano, as conversas entre empresários, comerciantes ou mesmo cidadãos comuns, voltam-se, inevitavelmente, para o que o ano de 2005 nos reserva. E otal Éden de que nos falam ainda parece estar bem distante. Quem está à frente do próprio negócio sabe que os eventuais benefícios das mudanças na macro economia terá um longo período de maturação para que se tornem realidade na ponta final da corrente produtivaonde estão, exatamente, os prestadores de serviço. E, para complicar ainda mais o cenário,são exatamente estes que começam o ano com uma nova mordidado Leão.Aqueles que optaram pelo lucro presumidoterão que conviver, queiramounão,comamudança de 32% para 40% no seu cálculo. E, diferentemente do que dizem os teóricos da economia, osempresários, especialmente de pequeno e médio porte não repassarão a conta para os clientes. Simplesmente porque não existe espaço para repasses sejado quefor.Bem ao contrário: o cliente já se acostumoua forçaro achatamentodos preçossubstancialmente abaixo dos limites de se-
gurança das empresas e a forçar seufornecedordeforma nada sutile acomprometera saúde financeirade umcorpo já anêmico. Apenascomo reflexão,neste início de 2005, enquanto ainda se ouvem os fogos de artifícioeospropósitos deano novogostaria quetodos -empresários, clientes e governose lembrassem de que no Éden prometido não há espaço para o antropofagismo, essemau costumedeobter omaiorlucro às custasde contratos leoninosque, emefeitodominó, acabam por comprometer especialmente os pequenos e médios empresários, exatamente aqueles que mais contribuem para a geração de empregos e aestabilidade social doPaís.Ninguém poderá crescersendo esmagadopelo outro,sufocando aprodução, comprometendoa qualidade emuitomenos sendoestranguladopela arrecadação.Sobrecarga tributária é o caminho mais curto para a informalidade e a sonegação ou o empobrecimento de quem não aceita o caminho da ilegalidade, arrastando, como bola de neve, empregos preciosos e a própria sobrevivência da empresa.
Como empresária,geradora de empregos e contribuinte gostaria deafirmar que continuoacreditandoqueépossível, sim,construir um Brasil justo como aquele em que meus avós acreditaram;um paísdeoportunidadesonde cadaumpossa viver com a dignidade que merece.Essesimseráo Édendos nossos sonhos.
Regina Yazbek é diretora superintendente da Movicarga
Cartas: dcomercio@acsp.com.br ou fax (0xx11)
te a chegada de 2005, e deram demonstração de civilidade e solidariedade -vez quealém da festa, a organização do espetáculoarrecadou alimentos e roupas para as vítimas do maremoto no sul da Ásia, cercade duas toneladasde alimentos, 5 mil peças de roupas e 500 cobertores. Além disso,ofatoquemuitomeimpressionou foi quea comemoração transcorreusem nenhum tipo de incidentegrave, o que mostra a característica familiar que oevento ganhou, aliada a organização eficiente e de ótimo nível. Esteepisódio além de ser um alerta à necessidade dos governantes agirem acima das disputas políticas e priorizar ointeresse público,preservando a atitude republica-
na. Demonstrou também que nossapopulação quando convidada a participar, percebendo qualidade e seriedade, respondepresente!Parabénsportanto,aogovernador Geraldo Alckmin pela sensibilidade de garantir ao povo de São Paulo suamerecida festa de reveillon, fazendo com que nossa cidade, cidade deimportância mundialtivesse um evento do tamanho de sua grandeza e digna de sua magnitude, comparada asfestasdas maioresmetrópolesdoplaneta.E,principalmente parabénsao nossopovo, que deuexemplo de participação com seu comportamento digno.
Arnaldo Jardim deputado estadual
Impactos iniciais
Retomo a coluna neste 2005 aindasobalgunsimpactosde fatos ocorridos nestes apenas quinze dias em que estive ausente. Omaiordeles, certamente, impactou omundo todo: o maremoto que devastou países na região asiática e matoumilhares de pessoas. Decorrente daforça danatureza, mostra como somos pequenos diantedessa grandeza. Os outrosimpactos, mais caseiros, masdeinfluência direta navida decada cidadãobrasileiro,decorrem de açõestomadas noâmbitoda presidência da República.
Estupefato
Estou estupefato diante de ações do governo, comoo aumento de impostode rendaparaprestadoresdeserviços como forma de compensar uma correção (ínfima, ofensiva) nas deduções e alíquotas dosassalariados. Estou estupefatocom averdadeira farra feita nas férias de julhoem própriosdogoverno, por amigos de um dos filhosdopresidente.A presidênciadaRepública foi transformada emparque de diversões, em jardim da adolescência da família real. E ai de quemcriticar ouachar que isso não poderia acontecer estando o PT no poder.
Diplomacia
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Estouestupefatocomareuniãodo presidenteLulacom os embaixadores brasileiros. A diplomacia nacionalé tratadaagora a recadose chavões de almanaques.Recordo-me, bemantes daeleição de Lula, quando escrevi aqui queelepoderia optarporser conscientee administrador oumessiânico eflutuar. O presidente da República flutua ao dar conselhos com sua respeitávelsabedoria de velhos almanaques dadécada de60.Comtodo respeito, a maior parte das opiniões que eleemite, sobrefamília,
estado, governo, país, sociedade, eu jáli no Almanaque do Biotônico Fontoura ou na revistaSeleções, de20 ou30 anosatrás,que ficavam na ante-sala domeu entãodentista, dr. Abrão Maaz, na rua Sete de Abril.
Tem mais
O estupor pós-pausa não cessa.A história do "AeroLula" é um exemplo típico de governo sem prioridades lúcidas.E,pior, ai,denovo,de quemousarfalar mal.Échamado oude "rico"(desculpa da esquerdada décadade 70 paraquemnãoconcordacom qualquer coisa que ela defendia) ou de "direita" (cabe a mesma explicação, como, aliás, faz o governo agora para quem é contra o absurdamenteofensivoaumento de imposto paraos prestadores de serviços).
Castigo
Estar devoltaé sempre bom. O convívio diário com o leitor renova anualmente as forças otimistas queprecisam ser alimentadas em cada um de nós. Agora, começar otimista com ações "retrô", comatitudes descabidas, com farra do boi nos palácios e aviões do governo (e não do PToudeLula), com diplomacia daguerra fria, com gastossemcritério, exige uma forte dose de determinação. Trago-acomigo, caro leitor, paramais esteano de matar leão acadadia.Era a cada ano. Passou a cada mês. Depoisacadasemana.Senão lutarmosainda mais,seráa cada hora... Até um leão qualquer acabar conosco. Adaptação "Tudo isso acontecendo e o congresso ali na praça, dando milho aos pombos..." (da músicacantadaporZéGeraldo, adaptado).
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
Estudo do IBPT mostra que ficou ainda mais vantajoso ter carteira assinada com as mudanças da MP 232 Emuma época emque a maioria dosempregadores prefere contratar prestadores de serviços como pessoasjurídicas, ficouainda mais vatanjoso trabalhar comcarteira assinada.Estudo do Instituto Brasileiro dePlanejamentoTributário (IBPT) mostra que,levando-seem conta asmudanças da Medida Provisória 232– que corrigiu atabela do Imposto de Renda em 10%, mas aumentou a tributação sobre o setor de serviços –, a diferença entre o custo fiscal das duas categorias ficou ainda maior. Hoje, de acordo com o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, só é vantagemabrir empresa para quem ganha acima de R$ 15 mil.Abaixodisso, o ideal seria trabalhar com carteira assinada."Quandoo governo afirmaque as pessoas jurídicas têm custo tributário menor do que os assalariados nãoé verdade. Ou o governofala isso com desconhecimento, ou com má-fé", diz Amaral, lembrando que no levantamentonãoforam levados em conta custos como aluguel e serviços contábeis. Pelo estudodoIBPT,o profissional comsalário mensal de R$ 5 mil vai levar R$4.089,00 para casa (18% ficam com o Fisco) – R$ 14,00 amais. Jáa pessoajurídica com osmesmos vencimentos vai passar a pagar mais imposto a partirde 2006, quando todas as medidas entrarem emvigor–de 23% para 25% do total – e vai ter, líquido, R$ 3.767,50 nofinal domês, R$ 96,00 a menos do que hoje.
Com esse aumentode custos,os prestadores de serviçosvão perder competitividade e muitos poderãomigrarpara ainformalidade,alerta Amaral.
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
"Hojeé muitocomumque profissionaispassem atrabalhar como pessoas jurídicas, porexigência do mercado.O custoparaa empresa contratar com carteiraassinada émuito alto", reclama. Uma das justificativas do governopara oaumento da base de cálculo do ImpostodeRenda edaContribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 32% para40%é equipararatributação da pessoa física à dapessoa jurídica. "Há uma diferença muito grande entre o imposto cobrado sobrea pessoafísica,com retençãona fonte,eo impostocobrado sobreo lucro presumido depessoa jurídica", disse o secretário
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daReceita Federal, Jorge Rachidquandoa MP 232 foi publicada. Argumento, segundo Amaral, derrubado com o estudo do IBPT. O especialistaem Imposto deRenda daIOB, Carlos EduardoMarastoni,lembra também que a carga tributária doprofissional queabre
empresa é maior por causa da quantidade de tributos queeledeve pagar."Apessoa jurídica também tem que pagar PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o FinanciamentodaSeguridadeSocial), por exemplo", diz. Laura Ignacio
Engrossou ontem o tiroteio contraaMedidaProvisória232, que corrigiu a tabela do Impostode Renda da Pessoa Física (IRPF) em 10%, maselevou a tributação sobre empresas prestadoras de serviços. O PDT ingressou comuma açãodireta de inconstitucionalidade (Adin), pedindo asuspensão dos artigosque aumentamimpostos.Alémdisso,opresidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, anunciou que está articulandooempresariadoparaderrubaraMPnoCongresso. Monteiro é deputado federal pelo PTB de Pernambuco. "Somos categoricamente contra amedida",afirmou."O governoestá dandoumpéssi-
A Receita Federal liberou ontemàtardeaconsultaàlista dos contribuintes incluídos no primeiro lote residual doImpostodeRendadaPessoa Física (IRPF) de 2004. Ela é composta por contribuintesquehaviamcaídona"malha fina" da Receita e por isso não receberam suas restituições nossetelotesregulares pagos no ano passado. Alista estádisponível no site da Receita(www.receita.fazenda.gov.br)e noReceitafone (0300780300). O dinheirodo impostoarestituir estará disponível para saque na próxima segunda-feira. O valorestá corrigido em 11,23%,correspondentes à variação da Selic nos meses
demaio adezembro de2004 e demais 1% referente ao mês de janeiro deste ano. Neste primeiro lote residual, foramliberadas 163.348 declarações. Deste total,46.206declarações são de contribuintescom direito a restituição do imposto, no valor total de R$ 59,99 milhões. Outras 76.006 declarações são de contribuintes comimpostoapagar,quesomam R$ 21,82milhões, e mais 41.136 declarações sem saldo de imposto a pagar ou a restituir. O contribuinte que não solicitou ocrédito em conta-corrente poderá solicitá-lo a partir do dia 17, ligandopara o"BBresponde 0800-785678" (AE)
mo sinal à comunidade empresarial. É lamentável que o governo Lula esteja reproduzindo uma postura de elevação de tributosquemarcouahistóriados últimos anos daeconomia brasileira." Na sua avaliação, a MP vai estimular ainformalidade e elevar custos daeconomia, justoocontráriodosobjetivosperseguidos pelo governo. "A medidaprovisóriaé um abuso e uma violação ao artigo 62da Constituição,já quenão atende a qualquer situação de relevânciaou urgência",diz o textodaAdin. Aaçãofoiprotocolada ontem pelos advogados doPDT e pelopresidente daForçaSindicaledodiretório de São Paulo do partido, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Os advogados do PDT também argumentam que a MP, de 31de dezembro,também violou o "princípio da isonomia na tributação", porque a elevação das alíquotasatingiu apenas um segmento dos contribuintes.Elaelevoude32%para40% o lucro presumido sobre o qual empresasprestadoras deserviços deverão recolher o Imposto de Renda e a Contribuição sobre o Lucro Líquido(CSLL). Naação,oPDTnãoquestionou a atualização da tabela do IR. Segundo opresidente da CNI, ao aumentar a carga tributária do setorde serviços, o governo está dando um tiro no pé.Primeiro porque,naavaliaçãodeMonteiroNeto,amedida "será um poderoso estí-
muloà informalidadenum momento em que o discurso dogoverno épara melhoraro ambientedenegóciosereduzir a informalidade que adquiriu um tamanho imensonoBrasil". Nos cálculos da CNI, a decisão implicaránum aumento de cerca de 30% dos custos das empresasquefaturam até R$ 1,2 milhão por ano. Além disso,eledizque esse aumentodecustoserárepassado para as indústrias, já que essas empresas prestam serviços aosgrandes gruposindustriais. "Issovai desencadear uma onda de repasses para os preçose umapressão decusto justamentequando ogoverno está preocupado com ainflação", afirmou. (AE)
Ricardo Montoro vai ser o único a micar no PSDB depoisdetudoque aconteceu na eleiçãode presidenteda CâmaraMunicipal.Passadasasprimeirashoras de indignação, Serraestá seacertando comRobertoTrípoli.Ao perdedor, portanto, as batatas.
Caminha-se noPSDB pela permanênciade Trípoli no partido. O assunto vai sendo tocado em banho-maria até cair no esquecimento. Trípoli joga como tempo e,Serra, também. Aoprefeito interessa ter na Presidência da Câmara alguém obediente. Eo novopresidente jáse colocouà disposição do prefeito.
RicardoMontoroestá emcompassodeespera. Quer ver o que vai dar para ver como é que fica. Na esfera municipal, Serra se acerta com Trípoli e, nas esferas estadual e federal, PSDB e PT dão as mãos paraas eleiçõesdepresidenteda AssembléiaLegislativa e Câmara dos Deputados.
A reação naturalde Ricardo Montoro, diante do quadroque seesboça,é ameaçar deixar o PSDB se Roberto Trípolinão for expulso.Montoro pode ser atendidoemparte, obtendo do partido uma punição mais branda para Trípoli, comouma suspensão temporáriado PSDB.
Passar pela Presidência daCâmara Municipal consta do projeto político de Ricardo Montoro, que sonhacom uma possível candidatura àPrefeitura de São Paulo.Mas seu sonho pode ser realizado em 2012, poistudo indicaque Serra será candidato à reeleição em 2008.
V irgílio Guimarães (PT-MG) está de posse de pesquisas que o apontam comampla vantagem sobre Luiz Eduardo Greenhalgh(SP).O deputado mineiro bateria seu colega paulista, facilmente(segundoas pesquisas)se ambosdisputassem aPresidência da Câmara no voto de plenário.
As pesquisas podem influenciar a decisãode Virgílio Guimarães, mantendo ou abandonando a candidatura avulsaà sucessão de JoãoPauloCunha. Lulapediu ao deputado mineiro para desistir e apoiar Greenhalgh, mas Virgílio, mineiramente, continua fazendo sua campanha.
F ala-se que o candidato do PFL,JoséCarlosAleluia(Bahia)desistiria se Greenhalgh dessea elea 1ª Vice-Presidência da Câmara. Como oPT está em fase denegociação,o acerto podesair.Aleluia tem a oposição no partido dos deputados baianos carlistas.
O PMDB , quejá desistiu da candidatura de Michel Temer, não pretende criar maisatritoscomo governo Lula para não prejudicar a candidatura de Renan Calheiros (Alagoas) à Presidência do Senado. O PMDB, portanto, pode apoiar a candidatura Greenhalgh.
T emer se reuniu com Greenhalgh no fimde semana em SãoPauloe comunicou que não será candidato àsucessãode J oãoPauloCunha. O PMDB resolveu também
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem ao prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, para convencer o deputado Virgílio Guimarães (MG-PT) a desistir da candidatura avulsa à Presidência da Câmara. Pimentel deverá se encontrar hoje com Virgílio. "Acho que o deputado tem direito de postular uma candidatura, mas há interesse do governo no nome de Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP)", disse o prefeito, que esteve ontem no Palácio do Planalto para conversar com Lula. "Eu sei que muita gente vai me crucificar, mas temos de ser leais ao presidente". Pimentel fez elogios a Virgílio, mas avaliou que já passou o momento de escolha do candidato do PT ao cargo. "Minas tem outros espaços que podem ser pleiteados", disse, insinuando que Virgílio pode pleitear algum cargo no governo em troca de apoio a Greenhalgh. (AE)
OLíderes da base aliada falam em apoio ao candidato, mas criticam divisão do PT
deputado Luiz
que não vai realizar uma nova convenção para sugerir o rompimentocom o governo.
C om umabancada de 54deputados,oPMDBpodedar 44 votos aGreenhalgh. Os outros 10 votos são de deputados cariocas queseguema orientação do ex-governador Anthony Garotinho, considerados anti-petistas.
E stá certoque o PPvai integrar o novo ministério de Lula. O presidente já deua deixa.Da mesma forma que o PMDB será robustecidocomumoutro ministério. Atualmente,o PMDB já responde por duaspastas,os ministérios da Previdênciae Comunicações.
A eleição de presidente da Câmara dos Deputados pode fazerLula antecipar oinício dareforma ministerial, que estava prevista para ser concretizada depois doCarnaval. Detalhe:a eleiçãodeLuiz Eduardo Greenhalgh ainda corre risco.
C iro Gomes não está disposto adeixar oMinistérioda IntegraçãoNacional para o PMDB. Mas Lula quer conversarcomo ministro sobre essa possibilidade. Se CiroGomes aceitasse trocar de pasta, Lula daria a ele aPrevidência.
Q uem também aguardaumavaganoministério é a senadoraRoseana Sarney, apesar de forte carga que sofre contra sua indicaçãoque partedogovernador do Maranhão,José Tavares e doPT daquele Estado. Em tempo: Roseana continua licenciada do Senado.
M arta Suplicy não vai responder pessoalmente a qualquer tipo de provocaçãodeJoséSerra.Aex-prefeita vaiindicar oseu porta-voz pararesponder dependendoda áreaemque o assunto for abordado.
A ex-prefeita não quer entrar em rota de colisão com Serra, porque oprefeito pretende manter a blindagem prometida a Marta. Mesmo quando o assunto for quentee gravecomoa interrupção dos contratos no valor de R$ 10 bilhões que a Prefeitura do PT assinou com empresas do lixo.
Eduardo Greenhalgh (PT-SP) deu ontem uma demonstraçãode forçade sua candidatura à Presidênciada Câmaraaoconseguir reunir líderes partidários dabase aliada.JoãoPaulo Cunhaabandonouo descanso na praia de Pipa (RN) para participardareunião suprapartidária em defesa da candidatura deGreenhalgh.
Antes,porém,fezquestão dejantarcom VirgílioGuimarães (PT-MG) e antecipar ao amigo o que diria a petistasealiados nodiaseguinte, paradar umademonstração pública de seu engajamento na candidatura oficial de Greenhalgh. Nos bastidores, João Paulo era apontado por petistas deestarportrásdacandidatura avulsa de Virgílio. Ontemelefoiincisivo: "Estou com Greenhalgh.Vouentrar de cabeça na campanha dele. Nãotenhamdúvidas disso. Elemostrou competência e tem uma história irrepreensível".
A bancada do PT deve se reunirnos próximosdias para tentar convencer Vir-
Municípios de cinco estados terão novas eleições este ano
A eleição municipal de 2004 ainda não foi concluídaem pelomenos dezmunicípios de cinco estados: São Paulo, Paraíba, Pernambuco,Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As novaseleições acontecerãoa partirdotérminodorecesso forense.Os tribunaisregionais eleitoraisjáconvocaram e marcaram a data de novas eleições em Bento de Abreu,Iaras, Ibirarema,ViradouroeSerraNegra, em SãoPaulo (27defevereiro); mascidadesdeOuroeOuro Verde, em Santa Catarina (20defevereiro); eNovo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, no dia 6 de março. Masa listademunicípios que poderão ter novas eleições podeaumentar: vários candidatos eleitos que tiveramseusvotoscomputados comonulos porestarem como registrodecandidaturaindeferido ecuja sentença ainda não transitou em julgado,continuam aguardando decisão da Justiça Eleitoral. SegundooTribunalSuperior Eleitoral, em Mato Grosso a situação ainda está pendente em 12 municípios; em Minas existe a possibilidade de novas eleições empelo menosseiscidades e, no Rio, processosenvolvendo seis municípios ainda aguardam julgamento. Em Pernambuco, a nova eleição em Ipubi, que estava marcadaparaodia19dedezembro, foisuspensa eainda não tem data prevista.
gílio a abandonar sua candidatura. Agrandeincógnita até agora, porém, é por que o presidente da Câmara entrou nesse jogo ao lado do deputado mineiro. Se queria embolaro meiode-campo eforçar aretirada da candidatura Greenhalgh paramostrar opoder de fogo, queimou-se. O presidente da República ficou furioso e João Paulo foi obrigado a recuar. Divisão criticada – Os líderes aliados foram unânimes em avisar ao PT que é precisoacabar com adivisãointerna dopartidose unindoemtornodeumúnico nome. "O problema não é
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Evandro Monteiro/Digna
nosso. É do PT. Somos disciplinadose votaremosno candidato do PT, mas vocês têm de resolver esse problema interno. Não pode haver duas candidaturas", afirmouo líderdo PTB, José Múcio Monteiro (PE). Os líderes do PMDB, José Borba (PR), e do PP, Pedro Henry (MT),também fizeram discurso na mesma linha. "O nome do Greenhalgh não erao meu preferido, mas vou respeitar a decisão do PT", resumiu Henry. Ele recomendou que o petista se reúna com a bancada ruralista, segmento que resiste ao nome de Greenhalgh. (Agências)
paulistano admite dificuldade em pagar a dívida, estimada em R$ 2 bilhões
Difícil quitar precatórios em 4
O novosecretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura deSão Paulo,Luiz Antônio Guimarães Marrey, afirmouontem que,dificilmente,aadministraçãomunicipalconseguiráquitar a dívida dos precatórios em quatro anos.
Aafirmação foifeitaapós encontro deMarrey com o presidente da Comissão Especial de Assuntos Relativosa Precatórios Judiciais, da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Flávio José de Souza Brando. Brandoesteve na sede da Prefeitura para discutir a questão das dívidas judiciais transitadas em julgado.
Diálogo – Segundo Brando, osprecatóriosnão-alimentares devidos pela administração municipal são
da ordem de R$ 2 bilhões. "Aocontrário da outraadministração (da ex-prefeita Marta Suplicy),a disposição daequipe do prefeito José Serra (PSDB) éde diálogo", destacou.Ele pediuqueo Poder Executivo municipal pague este ano, pelo menos, R$350 milhõesdoestoque devido dos precatórios nãoalimentares.
O secretáriode Negócios Jurídicosevitou falarem promessase prazos de pagamento. Segundo ele, é preciso fazer um levantamento detalhado do montante desta dívida. "O valor dessa dívida deve ser transparente.Após estelevantamento, teremos condições de encontrar uma solução que não comprometa os outros setores daadministração municipal". (AE)
Parte do PT mineiro incentivou Virgílio PartedabancadadoPTde Minas incentivou a rebeldia docandidato apresidente da Câmara Virgílio Guimarães(PT-MG) contra acandidatura oficialdo partido, do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh(PT-SP). Ajustificativa éde queo Estado não estádevidamenterepresentadono governo,depoisdo excelentedesempenho do PT local nas eleições municipais. Magoadocom o presidente LuizInácio Lulada Silva e com a cúpula petista, Virgílio decidiu esticar a corda. Para ir contra Greenhalgh, elealegou queo PT sempre apoiou o lançamentodecandidatura avulsa quando era oposição. Segundo o vice-presidente nacional do PT, Romênio Pereira,Virgílio "foiomais votado"na eleiçãointerna da bancada petista. "A reação do Virgílio, sem dúvida, foi pormágoa, jáque ele prestou enormes serviços ao governo", observou, ao lembrar que o deputado do PTfoio relatordareforma tributária. (AE)
Prefeituras de SP dão o calote em milhares de funcionários
Milhares de servidores municipais do interior de São Paulo estão sem receber salários há meses e não têm qualquer previsão de quando serão pagos pelos prefeitos que assumiram no dia 1º, diante de tantas dificuldades encontradas pelos novos governantes. Em algumas prefeituras, as remunerações estão atrasadas há três meses, sem contar o 13º salário. As piores condições são em pequenas cidades que dependem de repasses federais, como os do Fundo de Participação dos Municípios, cuja transferência apresentou uma drástica redução no final do ano. Alguns prefeitos decretaram moratória, como o de Barbosa, Mário de Souza Lima (PFL), que avisou os fornecedores: nada de pagamento nos próximos 90 dias. Na vizinha Birigüi, a prefeitura deve o pagamento de dezembro para parte do funcionalismo. Em Bauru, o Ministério Público apura um empréstimo que funcionários públicos fazem no Banco do Brasil (BB), a pedido do prefeito Tuga Angerami, pois o município não tem recursos para pagar os salários de dezembro. Em Piraju, a prefeitura não tem dinheiro para quitar os salários de novembro, dezembro e o 13º. (AE)
Contribuintes enviam e-mails indignados com a decisão do governo de elevar impostos para o setor de serviços. Páginas 9 e 10
IBPT faz as contas: só é vantagem abrir empresa quem ganha mais de R$ 15 mil mensais. Mesmo assim, há perdas. Página 10
Um incêndio no subsolo do edifício CBI Esplanada, no Centro, mobilizou 21 carros e 120 homens do Corpo de Bombeiros e encobriu com fumaça o Vale do Anhangabaú. Pelo menos 68 pessoas foram levadas a hospitais, vítimas de intoxicação. No edifício fica a sede do instituto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. DCidade
Pequeno varejo: vida longa Página 4
Venda de DVDs cresce 80% Página 4
O aceno de Abbas, pela paz Página 5
ARenato Duprat: oito academias devem ser abertas até o ano que vem. Investimento é de R$ 3 milhões por unidade.
Projeto com a marca do ex-jogador de futebol abrirá primeira unidade no próximo mês de fevereiro, em São Paulo. Meta é levar as academias para outros países, como a Inglaterra e os Emirados Árabes, entre outros.
Primeira unidade da rede Pelé Club em São Paulo será inaugurada no bairro do Itaim Divulgação
postando no sucesso da marca Pelé emtodo o mundo,a rede deacademias deginástica PeléClubpretendeter 88 unidades no País em dez anos. Aprimeira delasserá inaugurada nofinaldefevereiro, emSãoPaulo,no bairro do Itaim Bibi. Com investimentos iniciais de R$ 8 milhões entre projeto, implantaçãoda primeiraunidade e licenciamento da marca, a rede de franquias também planejaabrirpontos fora do País já em 2006. Oprojeto, desenvolvido pelo administrador de empresasRenato CarusoDuprat, tem investimentos de André e Marcel Figer, filhos do mega empresário do esporte Juan Figer. "Este ano devem ser abertas três academias e, no anoque vem, mais cinco unidades", afirma Duprat. Segundo oexecutivo,cada franqueado fará uminvestimento de aproximadamente R$3 milhões, com previsãoderetornoemquatro anos.O montanteinclui desde oplanejamento arquitetônicoaté oscustosde divulgação da escola.
Sistema Palm permitirá que instrutores recebam as fichas de seus alunos na hora em que eles passarem pelas catracas da academia
Tecnologia- A idéia do projeto nasceu há dois anos, inspiradaemredesde academias dos Estados Unidos e Europa. Para Duprat, a qualidadedevidaeasaúde, aliadas à tecnologia, serão os focos do empreendimento."Vamos proporcionar aos alunos bonsresultados de treino ea mais moderna tecnologia", explica.
As inovações estarão presentes por meio do sistema Palm, onde todos os instru-
toresreceberãoasfichasdos alunos eletronicamente quando os mesmos passarem pelas catracas. Além dasacademias, o empreendimento também terá a Pelé Club Fitness University, na Rua Estados Unidos, emSão Paulo.Trata-se de um centro de treinamento para capacitar franqueados, professores e funcionários. Inicialmente, as unidadesda PeléCluboferecerão aulasde condicionamento físico, alongamento,speeling, yoga, musculação e cardiovascular. Amensalidade custará R$ 240. Parcerias - A Pelé Club contacom diversasempresas parceiras, entreelas a One More,responsável pela metodologia detreinamentoindividual; a Lifefitness, fornecedora de equipamentos deginástica e a CDS Tech, que desenvolveu todo o sistema tecnológico de armazenagem de dados, catracae identificação eletrônica, além de ter criado umprograma específico decomunicação entreprofessorese alunos pormeio demensagens enviadaspara o outlook epara os celulares de cada um. Exterior - Apartirde2006, a Pelé Club também pretende abrir franquias fora do Brasil. "Devemos começar porEuropae Ásia.Jáexiste interesse em Londres e Dubai",afirmaDuprat.Oex-jogador participa do negócio com o licenciamento de sua marcaa partirdoprojeto formatado por Duprat, além de atuar na divulgação da empresa em todos os mercados.
André Alves
A fabricante de calçados Azaléia anunciou ontem seu mais novo projeto: a marca Funny- queapós ser utilizada para umproduto específico há seteanos, ressuscita como umalinha para o público feminino de sete a12 anos,ou seja,infantil e pré-adolescente. É a primeira vez que o grupo calçadista desenvolve uma coleção para esse segmento.
A empresa investiu R$ 5 milhõesnodesenvolvimento dos produtos e espera conquistar 15% desse nicho na AméricaLatinanos próximos dois anos, com a produção anual de 65 milhões de pares.
Couromoda - A partir dehoje, com o início da Couromoda-32ª.FeiraInternacional de Calçados,Artigos Esportivose Artefatos de Couro, os lojistasinteressados jápoderão fazer suas encomendas de itens da Funny. As entregas estão previstaspara uma semana apósa solicitação dos itens.
Cerca de 15mil pares sãofabricados diariamente e a Azaléia prevê faturar R$ 70 milhões este ano com amarca de sapatos e acessórios, comprodutos entre R$ 29 e R$ 79 no pontode-venda.
DeacordocomPauloSantana, diretor de marketing responsável pelas marcas Azaléia,Dijean, Olympikus, Asics e Funny, a produçãototal daempresa, de36
milhões, deparesdeveser acrescida em 10% em 2005 emfunçãoda novalinha. Ele acreditaque o público feminino infantil e pré-adolescentesetrata deumgrupo de consumo promissor, especialmente no Brasil, que tem 19%da população entre 5 e 14 anos, sendo a maioria meninas. "Para
conquistar as garotas e seus pais lançamos um produto especial, a"FunnyMusic", queé ummodelo desandália que vem acompanhada de umwalkman autoscan de emissoras FM", afirma. Empresa- A Azaléia encerrou 2004 com um incremento de 25%sobre o faturamentode2003. Areceita comas vendas nos últimos 12 mesesfoi de R$1 bilhão. Comfabricaçãodiária de 160 mil pares, a indústria tem 8,9% de participação no mercadonacional desapatos femininos e 10,3% no segmento de calçados esportivos. AsmarcasOlympikuseAsics são,aliás,responsáveis por 42% do faturamentodogrupo.Já as marcas Dijean e Azaléia respondem por 38%.
Dos 36 milhões de calçados/ano produzidos,25% são enviados para o exterior ecomercializados pordistribuidores, pontos-devenda próprios elojas exclusivas. AAmérica Latina éoprincipal mercadoláfora, com 70% de participação sobre os embarques. Juliana de Moraes
Aquele cheirinho gostoso de carro novo é garantido por uma equipe de "cheirólogos" com curso na Alemanha. Página 3
Fogo no subsolo do edifício CBI Esplanada movimentou 21 viaturas e 120 homens do Corpo de Bombeiros. Instituto Fernando Henrique Cardoso funciona no prédio.
Fernando Vieira e Renato Carbonari Ibelli
Um grande susto no Centro.Por voltadas 17hde ontem, umincêndio no subsolo do edifício CBIEsplanada,de31 andares, um dos marcos históricos de São Paulo, no Valedo Anhangabaú, mobilizou 21 carros e 120 homens do Corpo de Bombeiros. Afumaça encobriu o prédio e espalho-se pela região centralda capital.Pelo menos 68 pessoas foram atendidas pelas equipes de socorro e levadas para hospitais, a grande maioria por causa deintoxicação. Outras deixaram o local com asbrigadas deincêndio, sem necessidade de atendimento. O prédiocomercial abrigadiversas empresas,órgãos públicos e entidades. Entre elas,a sededo Instituto Fernando Henrique Cardoso,quecontém documentos, livros e arquivospessoais doex-presidente (1995-2002). O Instituto FHC tem 2.090m², distribuídos entredois subsolos e um andar. Nos subsolos,está instalado o Acervo Fernando Henrique Cardoso. A parte superior, no 6º andar, conta com instalações parasemináriose mesasredondas, além da biblioteca.
Apreensivo – No momento do incêndio o ex-presidente estava emsua casa, em Higienópolis, escrevendo. "Claroque fiqueiapreensivo, mas os documentos estãoguardadosem caixas de açoà prova de fogoe de água,nosubsoloquenãofoi atingido", afirmou. "Felizmente, acho que não foram
danificados. São centenas de milhares de documentos", afirmou FHC. Segundo o coronel Jair Paca de Lima, comandante de operações do Corpo de Bombeiros, o queocorreu no edifício foi um princípio de incêndiona casade máquinas, provavelmente provocado por um curto circuito no transformador, que funciona no segundo subsolodo prédio.Marcos Aurélio Willmtersdorf, chefe dasegurança,afirmou que não havia ninguém naquele local na hora do incêndio.
Movimento – Cerca de 800 pessoas trabalhamno CBI Esplanada. Porseus escritórios circulamdiariamente cercade1.500 pessoas. Segundoos funcionários, uma forte explosão foi ouvida porvolta das 16h50. Em seguida, as luzes do prédio piscaram repetidas vezes, até que os andares ficaram completamentesemluze oalarme de incêndio disparou. Embora o fogo não tenha se espalhado,a fumaçainvadiu rapidamente asescadas dos quatro primeiros andares. "Como não fui avisado sobre um exercício simulado deabandono do edifício, na hora bateu aquele pânico. A fumaça veio muitorápido emuita gente buscavaalcançaros andares superiores em vez dedescer. Perdia contade quantas pessoas empurrei para baixo",contou oanalista programador Henrique Santana, de 26 anos, que trabalha no 26º andar e faz parteda brigadade incêndio.
Açãoda GCM– A Guarda Civil Metropolitana, que possui uma base comu-
nitária no Vale do Anhangabaú e na rua Barão de Itapetininga, foi a primeira a chegar ao local.Mesmo sem os equipamentos apropriados,os guardas ajudaramnasaídadegrandeparte dos funcionários. Em conseqüência, entre as 68 vítimas de intoxicação estavam alguns GCMs, que tambémtiveram de serlevados pelas ambulâncias do Samu e dos bombeiros aos hospitais. "Não recomendamos a ninguém, a não serosbombeiros,que entrem em um ambiente como esse", alertou o coronel PacadeLima.Nãoforamremovidas vítimas com queimaduras. "O que mais mata em umincêndio nãoé ofogo,mas sim afumaça,que intoxica", explicou.
Controlado – Às 19h,segundo ocomandante,os bombeiros ainda tentavam chegar ao foco principal do incêndio, pois esperavam quea Eletropaulocortasse ofornecimento deenergia ao prédio. "Não podemos jogar água,pois háo risco de uma descarga elétrica". Às 19h30, o fogo foi controlado.O edifícioCBIEsplanada possuia sistema de segurança contra incêndio aprovadopelo Corpode Bombeiros.
Divididosem cincoequipes,osbombeiros utilizaramasplantasdoprédiopara poder entrar no local, ondeficao transformador. Aindasegundo ocoronel PacadeLima,aestruturado prédio não foi comprometida. "Ele pode voltar a funcionar amanhã mesmo". Na página 4, mais informações sobre o incêndio no Vale do Anhangabaú e mais fotografias do acidente que ontem mobilizou o Centro da cidade.
Os bombeiros tiveram de lutar contra a fumaça que tomou conta do edifício e de boa parte do Centro (acima). Um senhor, acuado pela fumaça, fez menção de pular a janela e ficar no parapeito (no alto, acima e no centro). À dir., GCMs ajudam a retirar uma pessoa intoxicada. Alguns agentes da Guarda também foram atendidos.
Reformas emergenciais nas Unidades Básicas de Saúde devem ser feitas seguindo o mesmo conceito da limpeza de piscinões. Secretaria vai fazer levantamento de principais problemas.
Renato Carbonari Ibelli
Oprefeito José Serra apontou ontemanecessidadede sefazer ummutirão paraareforma detodas asUnidades BásicasdeSaúde deSão Paulo. Essas reformas, entretanto, esbarramna situaçãoem que se encontram os contratos com as empresas que deveriam prestaressesserviço, que estão suspensos.
A ex-prefeitura cancelou empenhos quechegariam a R$500 milhões com essas prestadoras. Empresas de manutenção de prédios públicos,de varrição elimpeza urbanativeramretidos pagamentos mesmotendo prestado o serviço.
Segundo Walter Feldman, secretário das Subprefeituras, esses contratos estão sendo analisados judicialmente. Tambéméesperado um relatórioda Secretariada Saúdeque aponte a situação detodas as Unidades de Saúde. Algumas reformas emergenciais poderiam ser feitas pela própria Prefeitura, segundo o secretário. "Mas o essencial teriadeserfeitopelasempresas terceirizadas", disse. Remédios – Antes de propor o mutirão para na saúde, o prefeito já havia assinado convênio como governo do Estado para que a cidade voltea adquirirmedicamentos da Fundação para oRemédio Popular
(Furp). A qualidadeda distribuiçãode remédios tem sido criticada por Serra. Aindaontem,Feldmancomentouameaças queórgãos da Prefeitura estariam rece-
Pinto/AE
Paulo
bendo.Segundoele,foipedido reforço daGuarda Civil Metropolitana, principalmentepara osfins-de-semana, para quenão haja destruiçãodeequipamentospú-
blicosdas subprefeituras. "Nãocreioquesejaretaliação às demissões", disse.Uma das primeiras medidas de Serra temsidoenxugar o quadro de funcionários.
PÉ D'ÁGUA – A chuva voltou à cidade. Ontem à tarde, nuvens escuras e vento acabaram em um temporal que deixou as zonas norte, leste, Centro e região da marginal Tietê em estado de atenção. A meteorologia prevê para hoje a chegada de uma frente fria (veja a previsão do tempo no infográfico abaixo) com chuva durante todo o dia. Na rodovia Airton Senna (foto), já bem próximo à capital, a visibilidade foi prejudicada pelo aguaceiro.
Morto em acidente no Aconcágua, na sexta-feira, Eduardo Alvarenga será sepultado hoje
O corpo dodentista Eduardo Alvarenga daSilva,de40anos, morto durantea escaladadopico doAconcágua, naArgentina, deve chegar hoje ao Brasile serávelado emSorocaba, cidade onde residia, a 92 quilômetrosdeSão Paulo. Silva morreu noúltimo dia 7, horas depoisde atingir o cume, na companhia de sua mulher, a jornalistaRita Bragatto.Ele sofreuparada cardiorrespiratória emrazão docansaço e dofrio excessivo. Ajornalistafoiencontrada com vida e colocada fora de perigo.
O corpo dodentista só foi resgatadonodia 9.Ontem foi submetido aautópsia no Instituto Médico-Legal (IML)deMendoza.Aliberaçãoparao translado,noentanto, dependia daemissão
da certidão de óbito e de documentos queestavam sendo providenciados pelo Consulado do Brasil na região.OtiodeEduardo,Alcebíades Alvarenga da Silva, disse que os papéis estavam bem encaminhados."Só podemos agradecer agrande ajuda queasautoridades brasileiras e argentinas estão dando a nossa família." Ritae Eduardoestavam casados havia 12 anos e ficaram conhecidos como o "casal aventura".
O pai deEduardo, Archimedes Alvarenga da Silva, mostrou preocupação e pediumuitoscuidados ao filho,quando este se despediupara aviagem. Ocorpo será velado nossalõesda empresa funerária Ofebas. O sepultamentoserá nocemitério Pax. (AE)
Achave da viatura policial salvou a vida do investigador Daniel MarquesCésar,durantetentativa de resgate dos presos do 57º DP(Parque daMooca, zonaleste), namadrugada deontem.O carcereiroda delegacia,José LuizBezerra não tevea mesma sorte: foi baleado na boca e morreu. Nenhum dos presos foi resgatado e os bandidos –que dispararam 60tiros–fugiram. Porvoltadas 3h20, cinco homens encapuzados e armados com pistolase metralhadoras se aproximaram da delegacia. César percebeu a chegada dos criminososeatirou.Osinvasores revidaram. Bezerra estava atrás do investigador e foi atingido. César foi baleado no lado esquerdo do peito, mas a chave e a caneta que ele trazia no bolso amenizaram o impacto da bala.
A quadrilhadesistiuda açãoefugiu numCorsaSedan prateado. Oinvestigador foi levado para o Hospital João 23, onde passou por cirurgiae continuainternado. Bezerrafoi levadopara o Hospital São Cristovam, mas não resistiu. Informado da tentativa de resgate,o delegadosec-
cional Naif Saad Neto foi ao DP,de madrugada, para conduzir o caso. Outros policiaisforam convocados e efetuaram, sem sucesso, buscas pela região. Superlotação – A carceragem do 57º DP está superlotada: tem lugarpara 36 presos,mas abriga114. Odiretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, Antônio Carlos Martins Fontes,dissequeo grupo pretendia resgatar uma quadrilhadedeztraficantes presa no fimde semana em Carapicuíba, regiãometropolitana de São Paulo, por policiaisdo Departamento de Narcóticos (Denarc). Segundo o Denarc, no entanto,na carceragemdadelegaciahavia somente dois detentos de Carapicuíba: LuizdeOliveirae Elvisde Oliveira.Eles forampresos pordelegaciasdiferentesno dia 24 de dezembro. Durante atentativa de resgate, além de César e Bezerra,havia outrosdoispoliciaisno DP. "Se houvesse dez noplantão,estaríamos lamentando mais mortes", comentou Martins Fontes. Ontem,ogovernador Geraldo Alckmin disse que abrirásindicânciaparaapurar o caso. (AE)
Na Volkswagen, os carros não saem da fábrica sem passar pelo teste do cheiro. Cuidado é importante até para a saúde. A química Maria de Lourdes Di Franco teve seu nariz "certificado" na Alemanha.
Cheirar carros novos.Essaé afunção, no mínimo inusitada, da química Maria de Lourdes Di Franco e de mais sete pessoas da equipe de "cheirólogos" da fábrica da Volkswagen na Via Anchieta, em São Bernardodo Campo.Otrabalho de avaliação dos odores de veículos,antes de irem para as concessionárias, é desenvolvido mundialmente pela montadora, que,na Alemanha,criou uma Central de Odor. Foi lá que a química Maria de Lourdes ganhou o diploma de nariz calibrado. "Nem sabia que tinha esse dom", diverte-se. Lourdes, que identifica com precisão osodores agradáveis ede-
sagradáveis que possam estar no veículo recém-saído da fábrica, teveo nariz certificadoem1998,emumtesterealizado pelamatrizda Volks, na Alemanha. Oscheiros sãoanalisados em laboratório e no pátio da montadora. Oteste éfeito com amostrasde peçasde acabamento, entre eles itens em borracha, plástico e tecidos.Pedaçosdessescomponentes são colocados em vidros e vão para uma estufa. Apóso aquecimento,os "cheirólogos" avaliamo odor da peça. A escala de tolerância vai de 1 a 6. No grau 1 não há cheiro, no 2 existe o odor, mas não dá para ser identificado, quase imperceptível. No nível 3, o odor é identificado, masnão incomoda. No nível 4, o cheiro começa a incomodar. O grau5classificao odor co-
ABIH quer mais segurança no aeroporto Tom Jobim
A Associação Brasileira daIndústriade Hotéis (ABIH) defendeque seja implementado no Aeroporto Internacional Tom Jobim umsistemade inteligência quedetecteapresença de criminosos nos terminais de passageiros.Por celular, eles passam informações sobre a chegada de grupos de turistaspara comparsas, que os assaltam no caminho até os hotéis.
OpresidentedaABIH,AlfredoLopes, consideraque policiais à paisana devem ficarde plantãonoaeroporto paraobservar suspeitos."Se uma pessoa está todo dia no aeroportoenãotrabalhalá,é precisover oqueela estáfazendo", afirmou. "Há bandidos queficam deprontidão aguardando informações para atacar". (AE)
mo muito incômodo. No nível 6, o odor torna-se praticamente insuportável. "Fazemos os testespara que os compradoresdos veículos tenham garantia de qualidade. Com essa norma, evitamosque os proprietários apresentem coriza ou ardência nos olhos quandoo veículofica muitotempofechadoe expostoao sol", afirma Lourdes. Depois demontados, ostestescom oscarrossão mais complexosaindapor causa da utilização de diversosmateriais nafabricação. "Os cheiros semisturam todos no carro pronto", afirma Lourdes. Triagem – As peçasnão aprovadaspelonariz da química são substituídas ou passamporalterações. Em média,sãoanalisados 10 veículosporsemana.Quandoumnovomodeloestápara serproduzido, como aconteceu com o Fox, os cheirosdaspeças edocarro são analisados ainda no desenvolvimento.
Funcionária da montadorahá quase10anos,Maria deLourdes dizque afacilidade em descobrir se o cheiro é suportável ou não foi desenvolvido gradativa-
mente. "Desvendar cheirosé a minha paixão. Fui aprendendo a trabalhar o olfatoaospoucos.Todos podem fazer isso. O problema é que dificilmenteaspessoas trabalham esse sentido. Desde criança somos acostumados a d e s e n vo l v e r mais avisão, audição eopaladar", diz.
Policiais fazem patrulhamento para evitar conflitos no Rio
Um diaapós otiroteio no Morro Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio, que provocou correria na praia, o bairro parece ter voltado ontem àhabitual tranqüilidade.Segundo o comandante do batalhão de Copacabana, tenente-coronel Dario Cony, policiais militares fizerampatrulhamentosa pépelo morropara evitar novos conflitos como odedomingo,que foram causados por uma briga entreos criminosos daquela comunidade. Segundo Cony, a situação foi controlada. "Existe um problemainterno entreeles (bandidos), masasituação estátranqüila. O policiamento no bairroé o mesmo desempre, sóque agoraestamos fazendomaisincursões no morro." (AE)
Uso de desfibrilador em estabelecimentos é obrigatório por lei
Leipromulgada no dia7 peloprefeitoJosé Serrae publicada no Diário Oficial do Município no último sábado determina que todo estabelecimento com circulação diária média igual ou superior a 1.500 pessoas tenha um aparelho desfibrilador externo automático. Coma nova lei, nãoapenas os estádios de futebol mas aeroportos, shopping centers,centros empresariais, hotéis, supermercados, casas de espetáculos, clubes e academias terão de ter oaparelho.Pelomenos 30%dos funcionários destes estabelecimentos deverão sertreinados noConselho Nacional de Ressuscitaçãoparaousodos aparelhos.O desfibrilador pode salvar vidas em caso de ataque cardíaco.
proprietário".
Herança genética –O domda memóriaolfativa na família de Lourdes pareceser genético.Daniela,de apenas3anos, filhadaquímica, já começa a seguir os passos da mãe. "Ela tem muita curiosidade com os cheiros.Sempremepergunta do que é tal cheiro quando sente um aroma diferente", diz. O olfato aguçado da química também costuma ajudar os amigos. Antes de sair para o almoço, algumas pessoas perguntama ela qual é o cardápio do dia. "Sintoocheiroejáfaloqualé o prato do dia.Adoro o que faço. É divertido falar que a minhaprofissão é identificarcheiros.Atéhojemechamamde 'cheiróloga' ",diz Lourdes.
Deacordocomaotorrino-
AERONAUTAS DA VASP AMEAÇAM PARAR NA SEXTA-FEIRA
Os aeronautas (pilotos e comissários) da Vasp poderão entraremgreveapartirdesexta-feira, em protesto contra os atrasosnos pagamentos dos salários.Segundoapresidente
laringologista Márcia Ale de Souza, o fato de Maria de Lourdester umnarizmais apurado do queo de outras pessoastem umaexplicaçãocientífica. Assensações olfativas, afirma a médica, podemser percebidasmesmo depoisda extinção do odor noambiente."Dessa forma, o treinamento, a atenção ea consciência podemtornar umapessoaum pouco maisapta aperceber determinados odores. Cuidados –Não podemos colocarnessasituação pessoas com distúrbios olfativos,que têmosentido menos sensível", diz a médica.Um outroproblema que pode comprometer o sentido doolfato éovírus da gripe,quepode causar anosmia (perda do olfato)
de maneira transitória ou até irreversível. A otorrino alerta para alguns cuidados básicos para evitar odesencadeamento de alergias ea diminuição do sentido do olfato."As reações alérgicasestão ligadas a fatores como o pó, poeira, ácaros, pêlos de animaisefungos,porissopedimos para as pessoas com pré-disposiçãoa esse problema que evitema exposiçãoprolongadaa essassituações", afirma. Além disso,a médicasugerea lavagem nasalfreqüente, com soro fisiológico. "Ele ajuda na remoção dos elementosprejudiciais à mucosa,melhorandoa função nasal. É simples. Qualquerpessoapodefazer isso", garante.
doSindicato NacionaldosAeronautas (SNA), Graziella Baggio, a categoria terá uma reunião coma diretoria da Vasp no dia 13, em São Paulo,às 18h, paradebater a situação. Na sexta, a partir de 14h30, haverá assembléia da categoria nas bases do Rio e em São Paulo paravotar agreve.A Vasp confirmou que o pagamento dos salários de dezembro está atrasado. A companhia promete pagar os vencimentos de até R$ 1.000 nodia 14 e os demais apartir do dia 25. Segundo Graziella, a empresa tem cerca de 1.000 aeronautas, masapenas 350 estão voando, já a malha aérea foi reduzidanoano passado,por causa da crise financeira. (AE)
Estudo da Fundação Seade mostra que atividades tradicionais de pequeno varejo podem ter vida longa As pequenas empresas são mais resistentes do que seimagina eo comércioem bairrossobrevive semgraves problemas de concorrência.Esseé umdosresultados apresentadospela última Pesquisa da Atividade Econômica Paulista (Paep), realizada pelaFundação
Seade no ano de 2001.
Deacordocomo estudo, 70,05% dos comércios instalados no estado de São Paulo começaramsuas atividades nadécada de90. Embora uma análise rápida desse número possa dar a impressão de que as empresas paulistas são novas, na verdade, o índice prova que os varejistas, principalmente os pequenos estabelecimentos, conseguemsobreviver por pelo menos 10 anos.
"Alguns analistas, oSebrae e outras entidades costumam dizerque, se o pequenonegócioduramaisde cincoanos, éporquetêm condiçõesde sobreviveràs intempériesda economia.
Essa pesquisa revela que a maioria aguenta osbaques domercado",diz ochefeda área de produtos eumdos coordenadores do estudo, Vagner Bessa.
De acordo com o analista, os bairros, principalmente os mais distantes, mantêm estabelecimentos comerciais há décadas com clientescativose fiéis."Quem não conheceuma lojinha emseubairroquepassoude pai para filho ou que os proprietários sãobastante idosos?", questiona.
ParaBessa, essespequenos estabelecimentos não sofrem tanto coma concorrência de grandes empresas porqueestão distantesdos centros consumidores. Além disso, no caso de mercearias,por exemplo, os consumidores "sãopraticamenteobrigados" a compraralguma coisanomês.
Primeiro projeto de PPP do estado de SP será o Poupatempo
O governo de São Paulo recebe amanhã as propostas do primeiro projeto de Parceria
Público-Privada (PPP) do estado. Trata-se da licitação para construção e operação de dois postos do Poupatempo, em Osasco, na Grande São Paulo, e em Santos, no litoral.
Os dois projetos estão orçados em R$ 86 milhões (R$ 37 milhões para Santos e R$ 49 milhões para Osasco) e os parceiros serão definidos num prazo de 20 a 30 dias após a entrega das propostas.
Segundo o governador
Geraldo Alckmin (PSDB), o vencedor da concorrência será aquele que oferecer o conjunto de melhor tecnologia e menor taxa para prestar serviços, como carteiras de identidade e trabalho e atendimento público de concessionárias e autarquias. "Também consideraremos os critérios de localização dos postos", afirmou o governador.
Ele garantiu ainda que, se não houver nenhum problema de contestação judicial na decisão de escolha dos dois parceiros, os novos postos entrarão em funcionamento no meio deste ano. (AE)
"Derepente vocêprecisade algo para cozinhar e não vai sair decasa para ir aum hipermercadodistante. Isso garanteas vendas desses empreendimentos", afirma. Da mesma forma, papelarias,açougueselojasdepresentessegarantem nocomércio dos bairros.
Especialidades – No entanto, para estabelecimentosem centrosdevendas maisconhecidos, ocoordenador explica que a especialidade éfundamentalpara manter a clientela. "Cinturõespara determinadosnichos são criados em cada bairro. Porexemplo,em Moema existem muitaslo-
Indústria provocou maior movimento nas rodovias em 2004
A atividade econômica registrou forte crescimento em 2004, de acordo com o Índice ABCR, criado pela a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. O índice mede o fluxo de veículos leves e pesados nas rodovias concedidas à iniciativa privada.
O movimento cresceu 4,6% em relação a 2003, o fluxo de veículos pesados foi 6,4% maior e o de veículos leves, 3,8%.
O desempenho foi positivo também na comparação entre dezembro de 2004 e dezembro de 2003, com alta de 2,9%. O fluxo de veículos pesados cresceu 5,9% e o de veículos leves, 1,8%. De acordo com o economista Roberto Padovani, da Tendências, os dados reforçam o conceito de retomada da atividade industrial em 2004, notada pelo fluxo de veículos pesados. Se comparado a novembro passado, o ABCR de dezembro registrou uma queda de 0,4%, mas o movimento de veículos pesados teve alta de 2,8%. (AE)
jas de grife e sofisticadas. Se abriressetipodeloja lá,é provávelqueela vábem. Por outro lado, um comércio popular com certeza não fará sucesso", diz Bessa. Se separadapor ramo de atividade, apesquisa mostra que algunssegmentos têm estabelecimentos mais antigos. O setorvarejista de tecidos, armarinho,vestuário e calçados, por exemplo, tem 36,77% dos empreendimentosanteriores àdécada de 90.Supermercados tambémregistramum índice maior deempresas anteriores a 1990, com 37,04%.
Jáo varejo especializado, que inclui lojas de usados,
perfumarias, material de construção, entreoutras, tem 75,41% dos seus pontos estabelecidos após 1990 e 13,87% entre 1980 e 1990. "São setores novos, que foramsendo criados com o tempo,porisso équaseimpossívelencontrar lojasde 20 anos desses ramos", afirma Bessa. Da mesma forma, o varejonãoespecializado que não vende produtos alimentícios, que inclui importados, por exemplo, tem 74,98%deaberturas na década de 90.
Fernanda Pressinott
A balança comercial da primeira semana de 2005, o primeiro registro do ano, mostra importações crescendo mais rapidamente que as exportações, alimentadas especialmente pela valorização do real frente ao dólar. Apesar desse ritmo, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), registrou saldo positivo para o Brasil de US$ 376 milhões.
No período, as compras de produtos do exterior somaram US$ 1,422 bilhão, o que representou um aumento da média diária de desembarques de 41,7%, em comparação ao mesmo período do ano passado. As exportações totalizaram US$ 1,798 bilhão, o que significou um aumento da média diária de 30,2%.
Em comparação com dezembro de 2004, porém, fica clara a influência desfavorável da taxa de câmbio no saldo comercial. Prova disso é que as vendas ao exterior foram 10% menores, enquanto os desembarques de produtos importados cresceram 15,1%. Tradicionalmente, porém, a primeira semana de janeiro apresenta queda nos dois sentidos do comércio em relação ao mês anterior. Produtos – De acordo com a análise da Secex, as exportações foram puxadas sobretudo pelo crescimento de 52,6% nas vendas de manufaturados, cuja média diária, no período de comparação, cresceu de US$ 141,4 milhões para US$ 215,8 milhões. Para esse resultado contribuiu, sobretudo, a alta das exportações de laminados planos de ferro e aço, aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, motores e turbinas para aviação,
autopeças, chassis com motor, motores e geradores e óleos combustíveis. Já as exportações de semimanufaturados cresceram 19,2% e sua média diária, no período de comparação, passou de US$ 46,9 milhões para US$ 55,9 milhões. Para esse resultado contribuíram, principalmente, os semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, ligas de alumínio, ferroligas e celulose. As exportações de produtos básicos cresceram 1,4%, passando de US$ 82,9 milhões para US$ 84 milhões na média diária da semana, graças, sobretudo aos embarques de carne suína, fumo em folhas, óleos brutos de petróleo, carne de frango e carne bovina, além de café em grão.
Referentes a um período muito curto, os números não chegam a surpreender o governo, que está ciente do ritmo mais acentuado das importações por conta da relação cambial, especialmente. Além disso, o aumento da demanda interna, os preços menos favoráveis para algumas commodities e a possível diminuição do consumo mundial também deverão interferir no saldo comercial do ano.
Nas projeções do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações devem aumentar entre 10% e 15% neste ano – indo para US$ 106 bilhões a US$ 111 bilhões. A importação deve crescer de 20% a 30%, que resultaria em cifras de US$ 75 bilhões a US$ 82 bilhões. O superávit de 2005, portanto, deve girar em torno de US$ 30 bilhões contra os US$ 33,696 bilhões de 2004. (AE)
O setor de eletroeletrônicosfechou2004 comuma recuperação próxima de 20%nas vendas, de acordo com balançopreliminarda Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). A avaliação foi feita com baseno desempenho dedezembro. "Este é o primeiro ano, desde 2000, que o setor registra vendas maiores do que no exercício anterior, e pode significar reversão da curva de queda e o início de uma retomada",afirma o presidente da entidade, Paulo Saab.
Para2005, a expectativa do setor é de elevação de 6% das vendas. Saab diz que tal projeçãodepende dodesempenho daeconomia–que para a Eletros deverá crescer 3,5% nesteano– o que está muito relacionado coma reduçãodos jurose dos tributos. Segundo a entidade, a quedadospreços doseletroeletrônicos, junto com a redução do desemprego foram os principais fatores que sustentarama recuperação do setor no ano passado.A demandafoiliderada especialmente pela linha de imagem esom, comvendas 32,72% superiores a 2003, e pela linha branca, que registrou expansão de 23,32%.
Alinha de portáteis, de acordo com aEletros,deve fechar2004 com uma expansão de 8,52%. Segundo estimativa, no ano passado, osetor comercializou35,78 milhões de unidades. Vendas – No ano passado foram vendidos 3,6 milhões de refrigeradores (20% a maisdo que2003)e 3,7milhões de fogões (expansão de 22%). O maior crescimento nalinhabrancafoi registradopelas secadoras deroupa(159%)elavadoras automáticas (30%).
Olevantamento daEletrosaponta venda de 7milhõestelevisores, volume 33%acimadoapurado no exercíciode 2003.OsDVDs apresentaram crescimento
de vendas de 80%. Somente no ano passadoforam comercializadoscercade3milhões de aparelhos, o que elevou o número de DVDs do País para perto de 6,5 milhões de unidades.
Nosportáteis, ossecadores modeladores apresentaram o melhor desempenho, com 54,75% de expansão, seguidos pelascafeteiras (17%) ebatedeiras(15%).
Em volume, segundo a Eletros, os ferros de passar roupa mantiverama liderança, com 52 milhões de unidades vendidas,seguidos pelos liquidificadores. Expectativa – Para este ano, a entidadeespera uma taxamais baixade expansão, de 6%."Em 2004, parte
do resultadofoi influenciado pela base fracadecomparação do exercício anterior(2003),mas nesteanoo crescimento já se dará sobre basesmaiselevadas", comentou Paulo Saab. Na sua avaliação, para que esse resultado seja atingido é essencial que a política econômica não mude em suaessência.Também é fundamental uma taxa de inflação abaixode 6%,desvalorização do câmbio pouco superior à alta do custo devida (2%),taxas dejuros em queda eaumento da massa salarial dos trabalhadores. "Neste cenário, conseguiremos crescer emtornodos6%",comentouopresidente da Eletros. (AE)
Depois deobtero apoiode MichelTemer (PMDB) para sua candidatura à Presidência daCâmara, odeputado LuizEduardo Greenhalgh (PT-SP) vai em buscado governador Geraldo Alckmin: quer garantir os votos da bancada paulista, sobretudo dos deputados do PSDB. Alckminteminteressenapolítica daboa vizinhança com os petistas porque, em março, vai precisardoapoiodoPT naeleiçãodepresidenteda Assembléia Legislativa. Se vingar o critério da proporcionalidade, o PSDB continua com a Presidência do legislativo paulista e o PT permanece na 1ªSecretaria, queéo 2ºcargomais importantena Mesa Diretora.
O PT ensaiou recriar na Assembléia o Centrão, à semelhança do Blocão da Câmara Municipal, para surpreender os tucanos. Mas, Alckmin tem reinado absoluto entre os deputados. Dificilmente o governador será surpreendido porque constituiu umverdadeirorolocompressorna Assembléia para aprovação dos projetos do seu interesse.
No encontro com Michel Temer, Greenhalgh assegurou oapoio doPMDB, com uma ressalva: os deputados do Rio que são liderados por Anthony Garotinho não querem votar no candidato do PT. Os deputados recebemorientaçãodoex-governador que, nomomento, faz campanha contra Lula.
G reenhalgh quer aproveitar o embalo e ir ao encontro deGarotinho, no Rio. A mulher do ex-governador,Rosinha Matheus, tem reclamado muito de Lula,acusando opresidente, por exemplo, de privilegiar São Paulo na questão das dívidas. O casal não querdar osvotos cariocas ao candidato do PT.
M as o empecilho maior de Greenhalgh continua sendo Virgílio Guimarães (PT-MG), que insiste em caitituarvotoscomo se já fossecandidato declarado da bancadapetista. Lula já fezumapelo aVirgílio pedindo seu apoio ao deputado paulista.
V irgílio Guimarãesrecebeuuma novapesquisae tem outras encomendadas sobre a tendência dos votos na Câmara.Osresultados têm sido favoráveis a ele. A cúpulado partidoespera pela desistência de sua candidaturaavulsa,mas odeputado vai mantendo sua pregação na bancada.
L ula tem usadode todos osaliadospossíveis,comoo prefeito petista de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, para demover Virgílio de sua intenção de manter a candidaturaavulsa, que tantador decabeça temdadoaoPalácio do Planalto, que nemcogita dahipótese de seu candidato oficial perder aeleição. Seriauma derrota pessoal de Lula.
O presidente Lula quer engajar a reforma ministerial no jogo das eleições de presidentes da Câmara e do Senado. Lulateme quea mexidaisolada noministério tragaperturbação nas campanhas deLuiz Eduardo Greenhalgh e Renan Calheiros.
A reforma prevê a indicação de um pepista para o novo ministério,a entrega de um 3º ministério ao insaciável PMDB, atender ao PTB que pretende expandir sua presença na equipe, mas tudo isto sem provocar rebeldiano PT,que não quer perderespaço, por
Corte no orçamento é para corrigir "disparate" entre arrecadação real e receita estimada pelo governo anterior
Oprefeito José Serravai cortar pelo menos R$ 2 bilhões doorçamento deste ano, estimado em R$ 15,2 bilhões. A medida foianunciada hoje pelo secretáriodeFinançasMauro Ricardo Costa, e será oficializada por um decreto que deve ser publicado ainda nestasemananoDiário
Oficial do Município.
A justificativa paraisso, disse Costa, seria um disparate entre a receita estimada pelagestão MartaSuplicye o que realmente a Prefeitura deve arrecadar. "O orçamento não é real. A receita foi superestimada,enquanto algumasdespesas, como folha de pessoal, subestimadas", afirmou."Estamos
vendo qual o valor que vamosestabelecer para cada secretaria", disse. Segundo ele, adívida pode chegar a R$ 1,6 bilhão comfornecedores e prestadores de serviços.O governo Martanegou ainformação e reiterou ter deixado emcaixaR$376milhões,suficientes para cobrir restos a pagar de 2004. (AE)
Reajuste de verba indenizatória vai custar R$ 1,5 milhão mensais. E outros aumentos estão a caminho.
Oexemplo, para o PP. Não vai ser fácilacomodar todosos interesses em jogo.
O PMDB reivindica um ministério mais importante do queos 2que ocupa,(Previdência eComunicação). A preferência é pela pasta da Integração Nacional, que Ciro Gomes nãoquerabrir mão. Lulapensa emtransferir Ciro para a Previdência.
Ganhando mais um ministério, o PMDBpára de fazerondacontrao governo. Esteéopensamentoquepredomina no Planalto. O partido se limitaria a fazer declaraçõesdeque pretende ter candidato próprio à sucessão de Lula.Pareceque PMDB e governo caminham para o entendimento.
O governador Aécio Nevesvaiganharmaisforçano PSDBapartirdomês que vem,pois Eduardo Azeredo vai assumir apresidência do partidoem substituiçãoa JoséSerra.Detalhe: apesar da amizade que o une aSerra, Azeredoestá mais próximo de Aécio do que de Geraldo Alckmin, ambos presidenciáveis.
N a PresidênciadoPSDB, Azeredo vai conduzir aescolha do candidato do partidoà sucessão deLula.A idéia quesetem nospartidos é que o senador mineiro privilegiarianãosóogovernador AécioNeves, mas também a Tasso Jereisatti. Tasso e Aécio caminham juntos no processo da eleição presidencial.
OPFL estálevandoasério a anunciada pré-candidatura deCésar Maiaà Presidência da República, em 2006. Porisso,vaiprivilegiaroprefeito do Rio nosprogramas de televisão do partido em 2005. O PFL quer que César Maiause osprogramaspara descarregarsuametralhadora em Lula.
S e ficar comprovado que os amigos do filho de Lula, quepassaramfériasemBrasília,usaram aviõesdaFAB e navios da Marinha para seus passeios, o grupo terá de ressarcir o Tesouro. Existe jurisprudência nocaso desde o governo FHC.
C omeça a fazer água a promessa de tarifa única integrando ônibus/metrô, como prometeu Serra na campanha. Para atender à promessa do tucanoo Estado teria de aumentar em R$ 700milhões ovalor dosubsídio ao Metrô.
s 513 deputados ganharam de presente de Natalum aumento de R$3 milnas verbaspara manter os escritórios parlamentares nos Estados, a chamada verbaindenizatória. A medida custará para oscofresdaCâmaramaisde R$ 1,5 milhãopormêse já estáemvigor.Eo presente de Ano Novo está a caminho: já está pronto, na Mesa da Câmara, um projeto de resolução aumentando de R$35.350 para R$45mila verbaque cada deputado tem para gastarcom despesas em seu gabinete. O projeto aumenta, também, o número de cargos de confiança de cada deputado, de20 para25, edeve ser votadoa partirdopróximo mês, quandoo presidentee os demaismembros daMesa concluirão seu mandato de dois anos. Caberá ao próximo presidente colocaro projeto em votação.O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), candidato oficial do partidopara presidir a Casa, esquivou-se de comentar o assunto.
Salários – Mas Greenhalgh já afirmou também que vai cumprir o que estabelece a Constituição no quese refereao saláriodos deputados.Isso significa que os parlamentares deverãoseguir oaumentoprevistonoprojeto elaborado pelo SupremoTribunalFe-
O uso da elevação de recursos dos deputados federais está inserida na polêmica disputa pela Presidência da Câmara, polarizada entre Greenhalgh e o petista Virgílio Guimarães (MG), candidato avulso. Por esse motivo, a proposta é vista como "barganha" eleitoral por alguns parlamentares. Para o também petista Chico Alencar (RJ), a verba
deral(STF),queestabeleceo tetosalarial de R$21mil. Hoje, osaláriodosdeputados federais esenadoresé de R$ 12.720.
Oatoautorizando oaumentode R$12 milpara R$ 15 mil foi assinado no dia 30 dedezembro pelopresidente da Câmara, João Paulo Cunha(PT-SP),e pelos
O governo Lula decidiu aproveitar vagas nas direções das agências reguladoras para ocuparpoliticamenteessespostos.Somente nesta semana, dois dos principais postos dessas agênciasserão entreguesapolíticos petistas.Ontem, opresidentedo PT doCearáe vereador emFortaleza,José Airton Cirillo, assumiu vaga dediretordaAgênciaNacionaldeTransportesTerrestres (ANTT). O ex-prefeito de Piracicaba e candidatoderrotado àreeleição JoséMachado(PT)assumiráocomando daAgência Nacionalde Águas (ANA). Na próxima semanaestarãoabertasduas vagas na diretoria da AgênciaNacionaldo Petróleo (ANP). E, em fevereiro, será aberta uma nova vaga na diretoriada ANTT,com otérmino do mandato de Noboru Ofuji. (AE)
FLEXA RIBEIRO TOMA
POSSE NO SENADO E DIZ QUE É INOCENTE
Empossado ontem senador pelo Pará, o empresário Fernando Flexa Ribeiro (PSDB) disse que é inocente da acusação de integrar uma quadrilha envolvida em fraudes em licitações públicas, desbaratada em novembro pela Polícia Federal. Na ocasião ele foi preso juntamente com 29 outras pessoas acusada de envolvimento no esquema. Cerca de 80 pessoas prestigiaram sua posse, que contou com presenças ilustres, entre as quais a do ex-
Senador rebateu as acusações
ministro e ex-senador Jarbas Passarinho e do governador do Pará, Simão Jatene e do prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB).(Agências)
Junior/AE
Celso
atual é suficiente para o parlamentar desempenhar bem o seu mandato. O aumento, segundo Alencar, "não soma ao princípio de austeridade que deve nortear a Câmara", afirma. Para ele, qualquer reajuste só é defensável dentro do índice de inflação e manifestou sua suspeita de que esse aumento de verba seja "antesala para o aumento salarial". (Agências)
membrosdaMesae jáestá em vigor. FugindodaLRF – Diferente doorçamento indenizatório, o aumento da verba de gabinete e do número de funcionários évetado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impede a criação de novos cargos nos últimosseis mesesdeman-
dato daMesa Diretora.Assim, a saída é levar o projeto ao plenário logo no início da próxima legislatura. Defesa – O segundo vicepresidentedaCâmara, deputado Luiz Piauhylino (PDT-PE),defendeu ontem o aumento da verba indenizatória de cadaparlamentar para custear despesas no seuestado de origeme da verbadegabinete,emBrasília. "Esteaumentovaiajudar a manter o nível do trabalhoparlamentar", afirmou. "Nós precisávamos atualizar o valor".
Sem explicação – Odeputadonãoexplicou,no entanto,ocritério queaMesa Diretora da Casa seguiu para elevar, no fim de dezembro, o valor da verba indenizatória(para reembolso mediante comprovantes de despesas)deR$ 12milpara R$ 15 mil nos estados. Tampouco esclareceu os critérios para aumento da verba degabinete, de R$ 35.350 para R$ 45 mil, proposto em projetode resolução que ainda terá que ser aprovado pelo plenário da Câmara, provavelmenteem fevereiro, quando termina orecessoparlamentar.
Piauhylinofoium dos signatáriosdoatoda Mesa da Câmara que aumentou a verbaindenizatóriae do projeto de resolução que propõe aumento da verba de gabinete. (Agências)
Nem Lula entende disputa no PT O presidenteLuiz Inácio Lula da Silva confidenciou a três interlocutores, nos últimosdias, queacha"incompreensível" a disputa fratricida entredois grupos doPT paraaescolha donovo presidente da Câmara. "Não entendo.Somosnós contranósmesmos", afirmou. Para ele, o embate na seara petista – quemovimentao período de entressafra política – atrapalha a imagem nãosódopartido comodo governo. Mesmo assim, apesar de apoiar Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP)para ocomandoda Câmara, Lula disse que não moveráuma palhaparasolucionar a crise. "Eu, como presidente da República, nãointerfiro", disse eleao deputadoVirgílio Guimarães (PT-MG), que ontem,maisumavez,confirmou sua candidatura. (AE)
Conselho Deliberativo CONVOCAÇÃO
Ficam convocados os senhores membros do Conselho Deliberativo para a reunião a realizar-se no dia 17 de janeiro de 2005, às 17 horas, no edifício-sede da entidade - Rua Boa Vista, 519º andar, para deliberarem sobre a seguinte
Ordem do Dia
I -Fixar a data das eleições dos membros da Diretoria Executiva, Diretoria Plena e Conselho Deliberativo (art.41 c.c. artigo 31, inciso VIII do Estatuto Social).
II -Constituir as mesas eleitorais e indicar os locais onde se instalarão as seções de votação (art. 41, parágrafo único). III -Aprovar o Regulamento da Eleição.
São Paulo, 11 de janeiro de 2005.
Guilherme Afif Domingos Presidente
Dentro de um ano, o americano que quiser comprar um carro, uma jóia para a mulher ou um barco, terá que provar a origem do seu dinheiro
Desde os ataques de 11 de setembro, os Estados Unidos têmprocurado estancar o fluxo de dinheiro para financiar gruposterroristas,reforçandoa fiscalizaçãodebense transações financeiras. Mas a medida já está se expandindo até paracomerciantes comojoalheiros evendedores de carro. Em nome da "guerra contraodinheiro ilegal", a vigilância dogoverno estácrescendo ecada vez mais se aproximando da vida dos cidadãos.
"Daquia umano,muitos americanosterão de comprovar quem sãoe de onde vêm os seus fundos ao comprarum carro, um avião, um barco, uma jóia para a mulher. Eisso teráimpacto sobre suas vidas", disse Kenneth Bryant, um consultorsobre lavagemdedinheiro."Nemtodasessesramos comerciaisestão ainda sobanova legislação,mas issoirá acontecere temhavido conversas a respeito". As mudanças regulatórias, muitasdas quaisocorreram apartirdo AtoPatriótico de 2001 e cobrem de pequenos negócios familiares a grandes operaçõesde empresas multinacionais, têmfocoprincipalnosEUA, mas seusefeitos são sentidosemtodo omundo.Todas as empresas norte-americanas eaquelasquetêm
negóciosnosEUA devem aderir. Muitas outras o fazem voluntariamente a fim defacilitarnegociaçõescom parceiros americanos. Enquanto instituições financeiras, incluindo cassinos,já sãoobrigadas aseguir adura legislação pós11de setembro,exigências similaressão esperadasnos próximos mesespara oramo imobiliário ede vendas de carros, barcos, aviões, jóias e pedras preciosas.
Segurança Interna Ontem o presidente dos Estados Unidos,George W. Bush, indicou o juiz da Corte deApelações Michael Chertoff, 51anos,umdos arquitetosdareaçãoantiterror pós-11de setembro,para o cargo de secretário de Segurança Interna, depois da polêmica com a indicação do ex-comissário de polícia de Nova York, Bernard Kerik. Suatarefa,entreoutrascoisas,será odegarantir o cumprimentodasnovas leis anti-terror. "O trabalhodeleégarantirocumprimentodalei, emuitomais.
A Secretaria protege nossos portos eaeroportos, nossas fronteirase prédios,nossos computadores e serviços de utilidade pública. Responde adesastres naturais ou provocadospelo homem emnossos momentosde maior necessidade", justificou Bush. (Reuters)
Trabalhador da Hargrove Company (foto acima) pinta painel em homenagem à Constituição dos EUA, em Lanham, Maryland. Ao lado Bush, observa Michael Chertoff, indicado para a Secretaria de Segurança Interna dos EUA. Sua tarefa será garantir o cumprimento das novas leis anti-terror e a fiscalização de transações financeiras.
Uma enorme avalanche de lodo destruiu várias casas na região costeira do sul da Califórnia ontem.
Quartorze pessoas morreram e pelo menos 25 estão desaparecidas, enquanto uma tormenta atinge a região pelo quarto dia consecutivo. Dezenas de casas foram destruídas e alguns povoados ficaram completamente alagados. Os escombros e o lodo chegaram a alcançar até cinco metros de altura. O chefe dos bombeiros do Condado da Califórnia, Bob Roper, disse que pelo menos 12 pessoas foram vítimas fatais na avalanche
de lodo que afetou uma área de quatro quadras no pequeno povoado de Conchita, a 112 quilômetros a noroeste de Los Angeles. Oito pessoas ficaram feridas, entre elas um homem de 60 anos que passou três horas soterrado. Enquanto as equipes de resgate procuravam vítimas nos escombros, geólogos vigiavam a colina sobre o povoado, prontos a dar o alarme se houvesse um desmoronamento. Uma pedra gigante bloqueou uma das vias de acesso à cidade. Mas como
a chuva continuou na noite de ontem, as autoridades decidiram, por segurança, interromper as buscas. Em algumas localidades, a água da chuva causou inundações e obrigou moradores a se deslocarem de barco.
Em Sacramento, houve pelo menos uma vítima fatal por causa do mau tempo, de acordo com a Defesa Civil da capital californiana. No condado de Los Angeles, nove pessoas morreram por causa das fortes chuvas, completou o tenente Ed Winter, do Instituto Médico-Legal da região.
De acordo com metereologistas, esta série de tempestades na Califórnia bateu vários recordes. "O condado de Los Angeles nunca esteve
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, telefonou ontem para Mahmoud Abbas a fim de parabenizá-lo pela vitória na eleição presidencial palestina de domingo e oferecer sua cooperação. Esse foi o contato de mais alto nível nos últimos quatro anos entre palestinos e israelenses. A conversa durou 10 minutos.
2001 e
Fabrizio Meoni morreu ontem durante a disputa de motos do Rali Dacar 2005 ao sofrer uma parada cardíaca durante a prova. Aos 47 anos, Meoni ocupava a segunda colocação na classificação geral do campeonato e participava da 11ª etapa da prova, entre as cidades de Atar e Kiffa.
Autoridades argentinas afirmaram que o brasileiro Eduardo Alvarenga da Silva, que morreu no monte Aconcágua, o mais alto da América, foi vítima de sua própria "negligência" e a de sua mulher, que o acompanhava. Os dois escalaram o Aconcágua sem guias e chegaram ao cume em um "horário inadequado", sem os "equipamentos necessários".
tão úmido com chuvas consecutivas de 15 dias que alcançaram 450 milímetros", disse Stuart Seto, do Departamento de Meteorologia da Califórnia, acrescentando que "isso não acontecia desde 1925".
Embora o sol tenha voltado a brilhar no fim da tarde de ontem na região, os meteorologistas ainda previam chuvas menos intensas. No México, três crianças morreram em Tijuana, no noroeste do México, em deslizamentos de terra causados pelas intensas chuvas. (Reuters)
Autoridades da Agência de Inspeção Alimentar do Canadá informaram ontem ter encontrado mais um animal contaminado com encefalopatia esponjiforme bovina, ou seja, a doença da vaca louca, na província de Alberta. A vaca leiteira tem apenas sete anos. Em 2003, os EUA bloquearam a importação de carne canadense, causando prejuízos aos produtores.
Ramona Maneiro, amiga do escritor espanhol quadriplégico Ramon Sampedro admitiu tê-lo ajudado a morrer após uma batalha de 30 anos pela eutanásia, agora que o crime expirou. A luta foi retratada no premiado filme Mar Adentro Sampedro, se suicidou em 1998 ao beber cianureto e dividiu a Espanha com sua campanha pela eutanásia.
Produção se mantém estável, mas política de juros altos e câmbio desfavorável podem prejudicar desempenho em 2005
Dois dos principais indicadores dosetor produtivo, divulgados ontem, mostram que aindústria brasileira, nos últimos meses,registrouum processo de acomodação. Masodesempenho noprimeiro trimestre deste ano aindadepende doqueserá decidido na reuniãodo Comitê dePolíticaMonetária (Copom) do Banco Central na próxima semana. Os analistas alertam que a estabilidade industrial pode estarcomprometidapelapolítica monetária, com a alta taxabásica dejuros (Selic)e o câmbio desfavorável.
Em novembro,peloterceiro mês consecutivo, segundo o Instituto Brasileiro deGeografia eEstatística (IBGE), a produção diminuiu.Orecuofoide0,4%em relação aoutubro.Paraos próximos meses, a previsão de estabilidade sedeve ao efeito sazonal e aos aumentosnaSelic (veja mais sobre a tendência de alta na taxa na página 10), que podem afetar os investimentos do setor produtivo no País.
Os analistas lembram que é importante observar a trajetória da indústria. "A queda denovembro foi suave, trata-sedaacomodação de um setor que vinha crescendo, desde setembro de 2003, a níveis muito elevados", explica o coordenadorda área depesquisadoIBGE, SilvioSales. Em relação a novembro de 2003, a produção cresceu 8,1%. De janeiro anovembro, aindústria acumula alta de 8,3%.
Também os indicadores da Confederação Nacional da Indústria (CNI)mostramuma acomodação do ritmode expansão. Emnovembro, as vendasdo setor produtivo cresceram1,83% sobreoutubro. Nacomparaçãocomomesmoperíodo de 2003,aelevaçãofoi de 11,09%. Para a CNI, esse desempenho reverte as expectativasnegativas dedesaquecimento que surgiram
com a retraçãodas vendas nos dois meses anteriores. Apesar disso,no acumulado do ano até novembro, houve de fato um pequeno arrefecimento noritmo de expansão. Enquanto nos dez primeiros meses do ano a variação foi positiva em 15,36% em relação a igual períodode2003,dejaneiroa novembroa altafoide 14,95%. A capacidade instaladacontinuouemalta,com elevação de 82,72%, em outubro, para 83,05%.
Freadaesperada – O analista doIBGElembraque, embora os números do períodojáestejam livres dos efeitossazonais,aprodução sempre apresenta uma freadano finaldo ano,quando já foram entreguesos pedi-
dosde Natal.Dependendo do setor,a retomadaé mais oumenosrápida.Vestuário, porexemplo,mostra um forte volumede vendasno começodo ano,puxadopelo verão e moda praia. Da mesma forma, bebidas e sorvetes têm a produção acelerada no período.
Emcontrapartida, osetor de bens duráveis, como eletrodomésticoseeletrônicos, temqueda pós-Natal, que só será recuperada em março, devido ao Dia das Mães. A produção de automóveis também costuma esfriar em janeiro e fevereiro. ParaPaulo Francini,diretordoDepartamento de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), osnúmeros
divulgados pelo IBGE mostram, naverdade, umquadro de estabilização com pequenaqueda. "Não dá para esquecer quea indústria brasileira registrou crescimentos expressivos nos meses anteriores. Portanto, a desaceleração deve ser vista mais comomanutenção doque retraçãopropriamente dita", afirma. Segundoele,mesmo as quedasdos dois mesesanteriores foram muito pequenas sobre períodos que registraram forte expansão. Provadisso éque continua ocorrendo expansão na comparação ano-ano. Arrefecimento – Entretanto,Francini salientaque o crescimento nos próximos meses não deverá ser tão vi-
Apesar daligeira quedada produção industrial registrada em novembro, a perspectiva éque 2004seja omelhor ano para osetor produtivo desde 1986,quandohouve expansão de 10,93%, segundodados doInstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Até novembrodo ano passado, a indústria acumulou uma alta de 8,3%. Durante todo 2003, a atividade apresentou um crescimento
de apenas 0,3%. De acordo com o IBGE, a retomada da indústria éa maior desdeoPlanoCruzado. "Há quinze meses o setor mostracrescimento nacomparação com igual período do anoanterior",diz ocoordenador de pesquisa industrial do instituto, Silvio Sales. Segundo ele, aúltima vez que a indústria apresentou uma seqüência tão longade expansão nessa comparação
foiem junhode 2001,quando o setorinterrompeu uma série de 22 taxas positivas. Ao longo de 2004, a produção industrial foipuxada especialmente pelo desempenhodos segmentosde bens decapital (máquinaseequipamentos), que acumularam alta de19,9% aténovembro, e debens deconsumo duráveis (como carros e eletrodomésticos),comexpansão de 21,7% nos 11 meses. (FP)
goroso quantofoiaolongo de 2004.Além da base de comparação mais forte, ele citacomo possívelimpedimento a cotação do dólar. "Com a atual taxa de câmbio, o empresário perde competitividade edeixa de investir", afirma.
Opinião semelhante tem FlávioCasteloBranco,coordenador de Unidade de PolíticaEconômica daCNI. Paraele,osreflexosdoaperto monetário feito pelo BancoCentral no fim de 2004 deverãoserobservados no início deste ano, com arrefecimento da atividadeindustrial. Os juros estão sendomantidos empatamares elevadosporum período mais longoque oesperado, já que não há sinais de pressões decustooriginadas por excesso de demanda.
Otimista, Castelo Branco acredita que nos próximos doisou trêsmesesos juros voltem a cair. "Aí será possível recompor ocâmbio, que está valorizado por causa do aperto monetário", afirma. OeconomistaEmílio Alfieri, do Institutode Economia GastãoVidigal, daAssociação Comercial deSão Paulo (ACSP), lembra que a indústria têm momentos de pico queindependem das condiçõesdo mercado."No entanto, o câmbio favorável e os juros menores ajudariam a manter as atividades em alta", afirma.
Ele destaca que o setor de bens de capital (máquinas e equipamentos) cresceu 0,2% na comparação com outubro, e 4,4% sobre novembro de 2003. Foi a menor taxa desde setembro de 2003. Em meados de 2004, o ramo chegou a crescer mais de30%."Essadesaceleração mostra quea indústriaestá investindo menos, provavelmente, em função do aumento nosjuros", dizAlfieri. Uma situação que, se mantida, poderá trazer prejuízos futuros para a economia do País.
Fernanda Pressinott e Patrícia Büll
Emprego no setor industrial é destaque positivo no ano
A exemplo do resultado da produção em 2004, o mercado de trabalho do setor produtivo também registrou números positivos no ano passado. De acordo com os Indicadores Industriais da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), houve aumento de 0,11% no número de pessoas empregadas em novembro em relação a outubro, já descontados os efeitos sazonais. O resultado repete o desempenho registrado em outubro. Segundo a CNI, o emprego cresceu em todos os 11 meses do ano passado, acumulando alta de 3,6% de janeiro a novembro sobre igual período de 2003. De acordo com o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, o bom desempenho do mercado de trabalho também se manifestou na melhora dos salários pagos pela indústria. A estimativa é que a massa salarial (combinação de emprego e salário) cresça de 8,5% a 9% em 2004. Em novembro, a expansão foi de 4,76% sobre outubro. Mas, quando descontados os efeitos sazonais, o crescimento é menos expressivo, de 1,49%. Na comparação com novembro de 2003, a expansão foi de 10,26%. São Paulo desacelera – O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) também divulgou ontem o resultado da pesquisa de emprego. Em números consolidados, foram criados 1.595 novos postos de trabalho em novembro no estado. Em outubro a pesquisa registrou a oferta de 7.080 vagas. Para a Ciesp, a redução evidencia a queda no ritmo das ofertas de emprego na economia paulista. No período de janeiro a novembro do ano passado, 94.442 vagas novas foram preenchidas. (PB)
Prefeitura Municipal de Jaboticabal Tomada de Preços
nº 01/2005 para aquisição de diversos materiais de construção para atender às necessidades da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. O Encerramento dar-se-á no dia 31 de janeiro de 2005, às 9:00 horas. OEdital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessados à Esplanada do Lago “Carlos Rodrigues Serra” nº 160, em Jaboticabal/SP, de 2ª à 6ª feira, das 8:00 às 17:00 horas, ou através do site www.jaboticabal.sp.gov.br. José Carlos Hori - Prefeito Municipal
Prefeitura Municipal de Jaboticabal Tomada de Preços
Edital -Acha-se aberta na Prefeitura Municipal de Jaboticabal/SP, a Tomada de Preços nº 02/2005 para aquisição de diversos medicamentos para atender à rede municipal de saúde. O Encerramento dar-se-á no dia 01 de fevereiro de 2005, às 9:00 horas. OEdital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessados à Esplanada do Lago “Carlos Rodrigues Serra” nº 160, em Jaboticabal/SP, de 2ª à6ª feira, das 8:00 às 17:00 horas, ou através do site www.jaboticabal.sp.gov.br. José Carlos Hori - Prefeito Municipal
Prefeitura Municipal de Jaboticabal Tomada de Preços
Edital -Acha-se aberta na Prefeitura Municipal de Jaboticabal/SP, a Tomada de Preços nº 03/2005 para aquisição de diversos materiais cirúrgicos para atender à rede municipal de saúde. O Encerramento dar-se-á no dia 02 de fevereiro de 2005, às 9:00 horas. OEdital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessados à Esplanada do Lago “Carlos Rodrigues Serra” nº 160, em Jaboticabal/SP, de 2ª à 6ª feira, das 8:00 às 17:00 horas, ou através do site www.jaboticabal.sp.gov.br. José Carlos HoriPrefeito Municipal
Edital -Acha-se aberta na Prefeitura Municipal de Jaboticabal/SP, a Tomada de Preços nº 04/2005 para aquisição de diversos materiais odontológicos para atender à rede municipal de
Daniela Pinto, funcionária da British, acha a profissão charmosa. Augusto Mystical bota todo mundo para dançar. E se diverte muito com isso.
Uma comissária de bordo e um DJ falam sobre suas carreiras na segundareportagem dasérie sobre profissões que são verdadeiros objetosdodesejo.Na semanapassada, vocêsconheceramo fotógrafoValério Trabanco eo "degustadordehotéis" Alberto Ribeiro. Hoje, Daniela Pinto e Augusto Mystical contamsobre suas divertidas e exigentes profissões.
A comissária
Aos 33 anos, a carioca DanielaPinto vivecruzandoo mundo, de um ponto a outro.Comissáriaesupervisora de bordo daBritish Airways há oito anos, ela é um dos 54 brasileiros da base que a empresa aérea britânica mantém em São Paulo. Emcada vôoquesaido Brasilhá umatripulaçãode 18 pessoas,dos quais,sempre, três sãobrasileiros. "Isso cria uma espécie de aproximaçãocom opassageiro freqüente, que já nos conhece pelo nome. Eles entram no avião e perguntam como a gente vai, perguntamsobre afamília,indagam por que eu não estava no vôo do tal dia etc. Tudo isso acaba criando umaatmosfera quasefamiliar,queéumdos nossos diferenciais", diz. Ex-tradutora técnica da Xerox,formadaem Letras, fluente em inglês eespanhol, comespecialização
em Tradução,Daniela trabalhava no mesmo prédio onde ficavao escritóriocarioca daBritish. Elaconfessa que sentia uma certa atração pelos uniformes dos funcionários, "sempre elegantes", epeloglamourda profissão. Até que um dia soube que seria aberto um concurso deadmissão para comissários. Fez epassou. "Sentia-me atraída pelo charme da profissãoe também pelo espírito de aventura, ao qual temos denos adaptar para trabalhar". Entre outros fatores positivos de sua carreira, ela realça a facilidadede viajar paraqualquerlugar do mundo,graçasàs alianças comerciais entre as empresas aéreas. "Isso me permite saciara curiosidadepelo novo, pelodesconhecido, contatando pessoas e culturas diferentes,o que é fundamental para abriros nossos horizontes",contaela. Emsua rotina(seé quese pode empregar esse termo), Daniela tem nomínimo dois dias dedescanso entre um pouso e uma decolagem. Vale lembrar que, por ser fixa de uma rota intercontinental, ela passa 12 horasempé(maiorparte do tempo) sobrevoandoo Atlântico. "A gentevive no ar",diz,lembrandoque é necessário certo sacrifício para seguiradiante naprofissão. "Há compensações, lógico, masvivemos espe-
rando pelopróximovôo. Paraos que pretendem seguir carreira, aconselha: "pelomenosfluência em doisidiomas,vidasaudável e gostar de viajar.E viver nas alturas", diz. Danielatemo privilégio, como dizem os orientais, de observar aTerrapelomesmo ângulo que só os deuses desfrutam. Talvez resida aí um dos fascínios da profissão, apesar dasturbulências corriqueirasque podem assustarpassageiros menos habituados avoar,
Na balada: Daniela Pinto (aolado)viaja sempre e conhece lugares bacanas. Augusto Mystical (acima)já foi a Londres e Ibiza tocar em festas
mas que essasorridente carioca tira de letra.
O DJ
Ele bota todo mundo para dançar, literalmente. E ainda determinao quea rapaziada fãde ravese discovai ouvir. No comandodaspick-ups, o DJ e produtor musicalAugustoMystical, da ST2,roda o mundo levantandoo ânimo damoçada. Em Ibiza, Londres ou São Paulo, marca presençanas baladas mais disputadas. Eletro, houseejazzybeats
fazemparte deseuritmo contagiante. Paramontar umCD, por exemplo, ele ouve centenas de fonogramas até a escolha final. O que ele preparou para a grife Track&Field, ( Tr ack&FieldSummer Sunshine –Sunset), porexemplo,consumiu horas de trabalho para chegar as 12 selecionadas. "O discoreflete atendênciapelamúsicaeletrônica, que ganha cada vez mais espaçonomundotodo. O mix tem como resultado uma hora desom com bati-
da contagiante, paracima, perfeito paraser ouvidona praia, na academia, no carro", afirma Mystical. Paradar contade seutrabalho,é "obrigado"aestar em sintonia comas tendências mundiais.Ouve tudoe viaja para sabero que está acontecendo nanoite mundo afora. Ou seja, é pago para pesquisarondetodo mundo põe amão no bolso para se divertir. Atuando profissionalmente desde 1994, ele segue as influências de "grandes mestres" da cena breakbeat undergroud paulistana, como os DJs e produtores Mad Zoo,Marky,Patife, Andy, MauMau,entreoutros.Jáse apresentouem diversascasas noturnas da cidade e participa ativamente de diversas festas e eventos de grande porte. Em janeiro de 2001,integrouo castdeDJs e produtoresdoSão Paulo FashionWeek, produzindo três músicas paraas compilações.
Produtor do projeto Macumbalada, promove e divulgaoencontromusicaldo drum'n'bass e o house, criando um swing generoso dofunk, hip-hop ede ritmos brasileiros como samba,bossa novaemaracatu. Nos últimosdoisanos, Mysticalparticipoudenove discos internacionais ao lado de grandes nomes da música eletrônica mundial. João Jacques
Começar oano fazendo maiscoisas commenos estresse. É issoque prega o americanoBillJensen,autor do livro O Guiada Simplicidade,da editoraCampus, e presidentedeuma consultoria de mudança, a Jensen. O texto dádicas para quem estámergulhado num"mar de bobagens,barulho, absurdos e quer sair, o mais rápido possível,dessasituação. Quer fazer menos e realizar mais, trabalharno que é importante". Naprimeira parte do livro,Jensen tratadosrituais cotidianos, que fazem boa parte doscolaboradores perderem tempo no local de trabalho. O assunto inicial é acomunicaçãointerna. Segundoele,deve-seignorara maiorparte dascomunicações empresariais. "Até 80% não exige nenhuma ação ou provoca conseqüências se forem ignoradas", relata. Para ignorá-las sem culpa, Jensem sugere queo destinatárioprocure nas mensagens dois tipos de informação. Aprimeira: "que açãovocêdeveefetuar".Depois, datas ou prazos para
as inscrições para os cursos de Administração de
essa ação, dentro de um horizontededuas ou trêssemanas. Por exemplo: um comunicado que diz que você tem de devolver um documento até odia 30. Esse é importante, tem de ser mantido. "Seo comunicado nãose refere anenhuma açãoouaumadata próxima, tecle apagar", escreve.
E-mails
Outro tema de destaque são os e-mails. Jensen garanteque75% sãoinúteise devem serapagados.Partindodesse ponto,elemostra como fazer uma varreduranacaixade mensagens. Primeiro, diz ele, devem ser deletadas todas as
Produção (de 31 de janeiro a 02 de março), Marketing para Marcenaria, e Equilíbrio Financeiro, promovidos pela Marcenaria Moderna. O valor de cada curso é 280 reais. Mais informações pelo telefone (11) 3313-1877 ou pelo e-mail atendimento@liceuescola. com.br.
Nos EUA. A Intercultural está recebendo inscrições
mensagens cujo assuntoe remetente não despertem as seguintes reações: "tenho deler oudarumaespiada nissohoje". Elas devem ser apagadas imediatamente. "Nãoabraou olheamensagem", escreve. Jensen tambémensina os executivos aescreverem mensagens de e-mails mais breves e, dessa forma, conseguir os melhoresresultados (veja quadro acima).Mostra como fazer apresentaçõesdetrabalho eficientes. Por fim,conclui olivro com uma caixa de ferramentas, um texto queresume cada capítulo –são 32– dovolume em uma página.
Cláudia Marques
de jovens entre 18 e 30 anos que querem trabalhar em acampamentos escolares nos Estados Unidos, no verão. É preciso ser estudante, ter inglês intermediário e disponibilidade de, no mínimo, nove semanas. São mais de 300 vagas. O salário total varia entre 1.295 a 2.000 dólares. Mais informações pelo telefone (11) 5083-7616 ou pelo site www.intercultural.com.br
Estimativa da ONU mostra que o Brasil conseguiu recuperar posições no ranking dos maiores receptores de recursos e fechou 2004 na 10ª posição
Oaumento de investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil, em 2004, pode ter ficado acima dataxa médiade crescimento dos fluxos mundiais e,segundo estimativaspreliminares, foi superior à médiadecrescimentodos demais países emergentes.
A avaliação da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad)mostra que, no ano passado,o Brasil foi o décimo maior destino de investimentos do mundo, com umvolume total estimado emUS$ 16bilhões, 60% superior ao de 2003. Nomesmoperíodo,aeconomiamundial registrou um aumento de 6% no fluxo de investimentos,revertendouma tendêncianegativa observada desde 2001. E, pelaprimeira vezemcinco anos, os investimentos para
a América Latina subiram. Mesmoassim,o desempenhobrasileironãofoi suficiente para queos níveis registrados peloPaís voltassem às taxas de 2001 e 2002. Queda – No total, as estimativas iniciais da ONU indicam que os investimentos nomundo chegaramaUS$ 612 bilhões no ano passado. Mas os recursos para os países desenvolvidos continuaram acair. Entre2003e 2004, a redução foi de 16%, de US$380bilhõespara US$ 321 bilhões. As maiores quedas foram registradas na Europa, cujo fluxo foi reduzidode formadrástica, deUS$308bilhões,em2003, para US$ 165 bilhões.
Já osinvestimentospara os Estados Unidos tiveram uma forterecuperação, evitando umasituação ainda maisnegativa paraospaíses ricos. Os americanos captaramUS$ 121bilhões,
No discurso de inauguraçãodaUsina Hidrelétrica deMonte Claro, ontemem Veranópolis (RS),opresidente LuizInácio Lulada
Silva anunciou que, no final de março ou início de abril, realizará um encontro com empresários brasileirose estrangeirospara discutir um "pacotede oportunidades" de Parcerias Público Privadas (PPPs).
Nesseencontro, opresidente quer definir quais estradas, pontes, hidrelétricas e gasodutos são necessários ao Brasil e quais oferecem rentabilidade. Ele espera definirainda o que podeser feito pelosempresários e oquenecessita de recursos do Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Se depender doOrçamento Geralda União pode-se fazer muito pouca coisa", disse Lula. Ele garantiu queo País terá um crescimento de 5% "ouumpoucomais" este ano.Elelembrouquenoano passadodiziam quea expansão seria de 3,5% e foi de 5%."Quando eu vejo os deuses das estimativasdizerem emjaneirooquevai acontecer emdezembroeu penso: Nãoé possível.Será que eles não acreditam ou será que nós somos estáticos, que não podemos fazer as coisasmudarem", afir-
Presidente garantiu que o País terá um crescimento de 5% "ou um pouco mais" neste ano
mou o presidente. Setor elétrico – Lula ainda garantiu queo País não serápegodesobressaltopor nenhuma aventura irresponsável nos próximos anos."Não voltaremosater apagão", disse o presidente, que fezuma defesa veemente à ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Aolembrarqueaministra teve que dar explicações nos últimos dias,por causa deproblemas ocorridosno Rio de Janeiro e Espírito Santo, Lula declarou que recomendou àministraquenãoprecisava explicar muito."Opovosabe que há algum tempo faltou energia porque estávamos com capacidade de ofertasuperadapela demanda. Ehoje o povo também sabequetemosmaisenergiadoquedemanda", disse.
Segundo ele, nãofoi fácil aprovaro marco regulatório do setor elétrico. "E não pensem que as acusações, embates, críticas e denúnciascaluniosas nosfizeram perderatranqüilidade.Porque estamospredestinados a não perder a chance de garantir o crescimento sustentávelpormais 15,20anos", disse. "Para garantir esse crescimento é preciso de energia eo momentoé de acreditarneste País",acrescentou. (AE)
O Índice Geralde Preços do Mercado (IGP-M) ficou em 0,20% na primeira prévia do ano. Os dados são referentes ao período de 21 a 31 dedezembro e,segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV),osdesempenhosdos três indicadores do IGP-M (preços no atacado, no varejoe naconstrução civil)foram de alta, porém em desaceleração com relação às expectativas daprimeira prévia de dezembro.
OÍndicedePreçosnoAtacado (IPA)ficouem0,13%, ante0,74% apuradonomês anterior.Noatacado,ospreços dos produtos agrícolas subiram 0,03%, ante 1,03% na primeira prévia de dezembro. A alta dos produtos industriais foi de 0,16%,
voltando aseroprincipal destino de investimentos domundo.Em2003, os EUA,comapenasUS$30bilhões em investimentos, haviam sido superados pela China, com US$ 54 bilhões. No ano passado, Pequim recebeuUS$ 62bilhões,um recorde para o país. Emergentes – Além da China, osdemais emergentes tambémcontribuíram paracompensar aqueda
dos países ricos. O grupo de economias emdesenvolvimento captou um volume recorde deUS$255 bilhões em2004. "Ospaíses emdesenvolvimento hoje representam 42% do destino de investimentos, contra 27% entre2001 e2003",afirmou Karl Suavant, diretor da divisãodeinvestimentos da agência da ONU. Entre 2003e 2004, aestimativa é deque o aumento
no fluxo de investimentos para os países emergentes foi de 48%. Na América Latina,oaumentoficouabaixo da média dosdemais emergentes,mas mesmoassim foi de 37%, chegando aos US$ 69 bilhões, segundo indicadores preliminares da ONU baseados em cálculos realizadoscom odesempenho dostrês primeiros trimestresdo anoecom osresultados de 2003.
A melhor situação econômicaeoambientecriadopelasdecisõespolíticasseriam as principais razões desse aumento deinvestimentos. México, com US$ 18 bilhões, e o Brasil representaram metade dos fluxosde dinheiro estrangeiro.
"FluxosparaoBrasilestão se recuperando de novo", afirmoua agênciadaONU. Em 2001,osinvestimentos noPaíseram de US$22bilhões e o Brasilera o oitavo
maiordestinode investimentos. Ovalorcaiu para US$17bilhõesnoano seguinte. Em 2003, esses recursos chegaram a apenas US$10 bilhões, quando o Paíspassouaocupar apenasa 14.ªposiçãoentreos maiores receptores. Asiáticos – Masfoi na Ásia que mais uma vez os investimentos tiveram a melhor desempenho em 2004. A região foi destino de US$ 166 bilhões,55% acima dovolume registradoem 2003. China, Índia, Coréia, Hong Kong e Cingapura foram os principais responsáveispelo aumento. Paraos próximosanos, aexpectativadaUnctadé dequearecuperação dos investimentosestrangeiros sejamantida, diante dos bons indicadores econômicos e os planos de aquisição de empresas que estãosendo anunciados. (AE)
ante 0,64% em dezembro. Já oÍndicede Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,37% ante alta de 0,30% em dezembro.O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) atingiu0,27%, ante elevaçãode 0,55%nomês anterior. No período de 12 meses, oIGP-Macumula elevação de 11 66%. Os sete grupos avaliados noIPCapresentaramalta.O grupo alimentação foi o que mais sedestacou, passando de 0,27% na primeira prévia de dezembro para 0,07% este mês. Agasolina também teve forteinfluência,com aumento de 2,99%,ante 2,1% em igual período no mêsanterior.Na contramão, seguraram o índice alguns fatores sazonais. (AE)
A partir de março, quem quiser renovar a carteira de motorista terá de fazer curso de direção defensiva e de primeiros socorros.
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As chuvas de verão podem complicar a operação tapa-buraco, iniciada pela Prefeitura de São Paulo.
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Aintensa chuva quecaiudurante todo o dia de ontem em São Paulo causou,novamente, prejuízos e dor de cabeça para o paulistano.A primeira enchente dagestão Serraatingiu todas as regiões da cidade edeixou a capitalem estado de alerta. Foram registrados27 pontosde alagamento peloCentro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura.Na região do ABC, os municípios deSanto André e São Caetano do Sul ficaram ilhados. Em São Bernardo, a águainvadiu o Paço Municipal. Osasco, a oeste da Grande São Paulo, também foi atingida.
Pelotelefone,o prefeito José Serra falou com o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Walter Feldman, para se inteirar da situação.Umadasáreasque mais despertaram sua preocupação foi a região do CórregoPirajuçara, nazona oeste,onde Prefeituraegoverno do estado firmaram convênio para construção de piscinões.
Segundoostécnicos da Prefeitura, esses reservatórios sãoo principalmeio de se combater enchentes em
Aguaceiros atingiram todas as regiões de São Paulo e municípios vizinhos como Osasco e o ABC. No Centro, a rua 25 de Março ficou alagada e intransitável. Foi a primeira enchente da gestão José Serra.
áreas urbanas. O ponto crítico da cidade é a ocupação dasvárzeas naturaisdos rios e córregos. Os piscinões funcionariam como uma espécie de várzeaartificial, absorvendo e retendotemporariamente o excedente deágua.SãoPaulo tem16 reservatórios, menosda metadedos40 necessários para resolver o problema. Aricanduva – O córrego Aricanduva transbordou e a avenidaAricanduvafoi interditada. A Radial Leste também teve pontosde alagamento. No Centro, arua 25deMarço ficou intransitável.O comércio local foi prejudicado. A avenida 9 de Julho ficou alagada nas proximidades da praça da Bandeira. Na zona oeste, o Pirajuçara transbordou, na altura da rua Alves dos Santos, por volta das 18h. Algumas casas e ruas do bairro da Lapa ficaram sem energia. Na zonasul, a avenidadas Nações Unidas, nasproximidades daPonte Transamérica, apresentou alagamento. O bairro de Parelheiros também foi atingido pela enchente.
Trânsito lento – A CET fechou os túneis jornalista Fernando Vieira de Mello, daavenida Rebouças,e o Anhangabaú, no Centro. O trânsito ficou complicado. ACompanhia deEngenha-
riade Tráfego(CET) registrouomaior congestionamento do diaainda pela manhã. Às 9h, havia 72 quilômetros de congestionamento. Segundo a CET, esse número éconsideradoalto para ohorário (nomesmo diadasemana passada foram registrados 45 quilômetros. Às 18h30, o congestionamento era de 90 quilômetros.A médiapara ohorário,baseada em terçasfeiras de janeiro do ano passado, é de 75 quilômetros. Rodovias – Nemmesmo asrodoviasescaparam do temporal.A RaposoTavares foi interditada nos dois sentidos na altura do quilômetro70.A poucavisibilidade e o excesso de veículos no sentido capital compli-
caram o trânsitona rodovia Castello Branco. Na Dutra, no sentido Rio, em Guarulhos, o congestionamento chegoua novequilômetros. Otrânsito ficou complicado por causado tombamento de uma carreta carregada com sucata, no quilômetro212,porvoltadas 15 horas. A rodovia foi temporariamente interditada. No acidente, umapessoa ficou levemente ferida.
Alerta –A SecretariaNacional de Defesa Civil (Sedec) alertou ontempara a possibilidade de ocorrerem temporais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Goiás e no DistritoFederal atésexta-feira. Segundo informações da
As avenidas 9 de Julho e Aricanduva (à esq.) ficaram inundadas. A avenida do Estado e a marginal Tietê (abaixo, à esq. e à dir.) também foram afetadas. A rua 25 de Março (abaixo, ao centro) ficou com trechos intransitáveis.
Defesa Civil, podemocorrer chuvas fortes, queda de raios e rajadas de vento com velocidade de até 60 quilômetrosporhora nessasregiões do País.
Segundoo meteorologista Alexandre Nascimento, doClimatempo,achuvadeve ser intensa ainda hoje, porémmais fraca.Nascimento explica que uma frentefriaé aresponsável pelas fortespancadas de chuva que atingiram São Paulo.O tempo começa a melhorar somente na quinta-feira, mas ainda terá chuvas em pontos isolados. Nasexta-feira,uma massa de ar mais seco e frio chega a São Paulo trazendo céu maisaberto etemperatura amenana madrugada,em
tornode15graus.Paraofim de semana uma boa notícia: sol e calor de até 30graus, com chuva de verão. Nível – Afrentefriaque passou por São Paulo provocou 52,7 milímetros de chuva até as 16h de ontem no MirantedeSantana, estação doInstituto Nacional de Meteorologia(Inmet). O acumulado em 24horas foi de 28,9 milímetros. De acordo como Inmet, o recorde em 24 horas em janeiro é de 127,4 milímetros, registrado em 1.949. Nos últimos 10 anos,apenasjaneirode1998 e de 2001 apresentaram médiainferiores. No anopassado, janeiroatingiu 284,3 milímetros de chuva. Nas páginas 2 e 4, mais sobre as chuvas na capital e no ABC
Aoperação tapaburacos, iniciadaháumasemana peloprefeito JoséSerra,deveficar comprometida com aschuvas de verão: aomesmo tempo em quealgunsburacos são tapados, muitos outros aparecemno mesmoou emoutros lugares. Há estimativas de que 900 novos buracos sejam abertos emdias de chuva. No verão, esse número deveaumentar ainda mais. Em trechos da avenida Guilherme Dumont VilaresedaGiovaniGroncchi, noMorumbi, oasfalto jáestáse deteriorandocomas chuvas do começo do ano, dando surgimento anovos buracos.
Os motoristasque transitam pelasmarginais Tietêe Pinheiros – que têm um fluxopesadoe intensodecarros e caminhões– ainda são os mais prejudicados. Rodasamassadas epneus estouradossãoos prejuízos contabilizados. Nessasregiões, na marginal Pinheiros, entre o Cebolão e a ponte Ary Torres, e na marginal Tietê, entrea saídada rodociaPresidente Dutra e a ponte da Vila Guilherme, onde estão localizados os piores trechos, a colcha de retalhos formada pelos remendosdosburacostêmdiversos tamanhos.
Nessa primeira semana da operação tapa-buracos, somentenas marginaisPi-
Depois de cada pancada forte, cerca de 900 buracos aparecem nas ruas e avenidas da cidade. Usina de Asfalto do Município retomou produção.
nheiros e Tietê foram fechados 3.240 buracos. Segundo estimativas dasecretaria dasSubprefeituras,hácerca de 35 mil buracos na capital. A operação, que conta com
30equipes,não temdataparaterminar. “Sãoverdadeiras crateras nas vias expressas das marginais”, disse ontem o secretáriodas Subprefeituras, Walter Feldman.
A cada dia de chuva forte, cerca de 900 buracos surgem na cidade (no alto). Na região do Aricanduva, ônibus cruza alagamento. Abaixo, ciclista escapa da enxurrada em Parelheiros. Na 25 de Março, pedestres com água pelo joelho.
A partirde agora,o serviço de tapa-buracos, antes definido, comandado e executado pelas31 subprefeituras, será realizado pela Companhia de Engenharia
de Tráfego (CET). A intenção é priorizar e agilizar o fechamento dos buracos nas grandesavenidas, aqueles que atrapalham o trânsito e que podem pro-
vocar acidentes. Para tentar solucionar esse problema, 170 pessoas trabalham dia e noite na Usina de Asfalto do Município, na Barra Funda, na produçãode misturade pedra e cimento asfáltico. A usina,que estava desativada porfalta derepasse de verba na gestão Marta Suplicy,voltouafuncionarpor determinação de Serra. Produção - Aprodução deasfalto dobrou.Antes,a média era de 100 a 120 toneladas de material pordia. Agora, são 220 toneladas. Apesar desse aumento, a produção ainda está bem abaixo da capacidade total da usina, que é de 1,4 mil toneladas/dia. “Temostrês usinas que praticamente nãotinhammaterial para produzir. Agora, as outras duas deverão tambémser reativadas", disseFeldman. Além da baixa quantidade de material produzido, partedasmáquinastambémestáparadaporfaltademanutenção adequada. Osecretário das Subprefeiturasgarantiu aboaqualidadedo material usado para tapar os buracos e afirmou que o o problema é que algumasequipes estariam saindo sem orolo compressor, o que causa ondulações no asfalto. "Garanto que entregaremosacidadecomcaracterísticas muito diferentes do que aquela queencontramos”, disse.
Kelly Ferreira
TRABALHISTA (dissídios individuais e coletivos)
REPRESENTAÇÃO COMERCIAL RESCALDO – Ontem foi dia de rescaldo no edifício CBI Esplanada, que pegou fogo na segunda-feira. Funcionários retiraram documentos e computadores de escritórios. Os arquivos da Fundação Fernando Henrique Cardoso não foram atingidos. A estimativa é que o prédio volte a funcionar em 20 dias.
A partir de março, quem quiser renovar a carteira de motorista terá de fazer cursos de direção defensiva e primeiros socorros e passar na prova com pelo menos 70% de acerto. Medida pretende melhorar a qualidade do motorista brasileiro, que é considerado um dos piores do mundo, e tirar de circulação os mais imprudentes.
QPaulo Pampolin/Digna Imagem e Arquivo DC uase todosos 27 milhões de motoristas brasileiros deverãovoltar à auto-escola na horade renovara carteira dehabilitação. Elesterão de aprendero conteúdoe prestar exame sobre duas disciplinas novas: direção defensiva e primeiros socorros. Quem não acertar pelomenos 70%das questões perde o direito de dirigir.Amedida constadaResolução168do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), aprovada no fim de dezembroúltimo,e entra emvigorem todo o País a partirde22 demarço. As duas disciplinas estão previstas no Códigode Trânsito Brasileiro(CTB),desde 1998, mas faltavaa regulamentação da exigência.
Oobjetivo damedida,segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), é aprimorar a qualidadedocondutor brasileiro, que está entre os piores do mundo.Segundo ostécnicos do órgão, a medida poderá retirar de circulação os motoristas mais imprudentes, que põem em risco a segurançados demaiscondutores e dos pedestres.
Formação – Apesar das pesadas multas previstas noCTB,a estatísticadaviolência voltoua crescernos últimos anose,segundoo diretor-geral substituto do Denatran, Fábio Antinoro,
Motorista brasileiro é campeão mundial em infrações e falta de segurança ao volante. Dirigir falando ao celular é um dos erros mais comuns.
o problema está na deficiência deformação doscondutores. A estimativa é que entre 7e 10%das pessoasconsideradas habilitadas não tenhamcondições reaisde dirigir. Só no ano passado, os acidentes de trânsito deixaram35 mil mortos e 400 milferidos. Oatendimento às vítimas consome mais de R$ 5 bilhões por ano da rede pública de saúde. Arenovação dacarteira ocorre a cada cinco anos e só
em 2005 cerca de 5 milhões de condutores terão de comparecer à sala de aula, ou realizar o curso à distância,num dos estabelecimentos credenciados pelo Denatran. Os motoristas terãode cumprir15 horasde aulas, sendo dez horas para a disciplinade direção defensiva e cinco para a de primeiros socorros. Os motoristas deverão arcar como custo das aulas. Segundo estimativas do
A resolução do Contran está fora darealidadedo País segundo Salomão Rabinovitch, psicólogo clínico especialista na área detrânsito. Segundo ele, osproblemas da resolução começariam coma falta de estruturas das auto-escolas ea inexistênciade instrutores qualificadospara dar os cursos de direçãodefensivae de primeiros socorros que passariama ser obrigatórios para a renovação da carteira. "Não sou contra os cursos, mas eles só funcionarão quando o Brasil for Suíça. Trânsito é um problema cultural", diz Rabinovitch. Outra dificuldade apontada seria afalta deescolaridade dosmotoristas. "Nãosepodetentar daraulas dedireção defensiva, que exige conhecimentosde física,para alguém que não tem o primeiro grau", comenta. O especialista defende que os cursos sejam substituídos porexamespsicológicos completospara analisar emocionalmente eintelectualmente omotorista. "Hoje, pessoasque habitualmente consomem álcooleoutras drogasestãohabilitadas.Paraseter uma idéia, oito a cada dez motoristas no País sofrem de algum tipo de distúrbio de sono. Essas pessoas não pode-
Rabinovitch: substituição de aulas por exames psicológicos
riam dirigir", comenta Rabinovitch, que ainda dizque apenas 10% dos motoristas conseguiriam renovar a carteira sefossem analisados clínica, física e p si co l og ic amente. Além do exame psicológico,que substituiria o atual psicotécnico, o psicólogo defende avolta da polícia do trânsito, extinta em 2001, quando a Polícia Militar recebeuo encargo deaplicarmultas."Searesolução emplacar, o que vai acontecer é que as carteiras continuarão sendo compradas", afirmou. Rabinovitch também é presidente da Associação das Vítimas do Trânsito (Avitran), umaONG,e do Centro de PsicologiaAplicada ao Trânsito (Cepat). Renato Carbonari Ibelli
Denatran,o preço total do curso ficará entre R$ 50 e R$ 60.Aofinal,omotoristaserá submetido a umteste com 30 questões demúltipla escolha eterá de tirar nota 7 para ter ahabilitação renovada. Em caso de reprovação, elepoderá fazer novo exame após 15 dias. Para evitar tumultos e sobrecarga nas auto-escolas, os Detrans estaduais poderão fazerum escalonamento de turmas ecriar turnos
também à noite e nos fins de semana. O objetivo do governo federal é de que até 2008 todos os motoristas brasileiros estejam adaptados às novas exigências do Código de Trânsito.
Direitos – A Ordem dos Advogados doBrasil (OAB) pretendeavaliar sea medida fere direitos adquiridos dos atuais motoristas e se comporta uma ação popular.O Denatran garante queapermissãoparadirigir
não comporta esse tipo de ação porque se trata de uma licençado Estado, cuja renovaçãoéde suaestrita competência. A disciplina de direção defensiva abordará o conceito de condições adversas, peloqualo motorista precisa estar atento aos erros dosoutros e às dificuldadesdoambiente. Abordará ainda: como evitar acidentes, cuidados na direção e manutençãodo veículo e cuidados com os demais usuários da via. Em noçõesdeprimeiros socorros,omotoristateráde dominar procedimentos básicos de socorro àsvítimasdeacidentes.Ele será instruídosobre ouso doextintorde incêndio,sinalização correta do local do acidente, e acionamento de órgãos como bombeiros, polícia, ambulância ou a concessionária da via. Nas aulas,serão realizadas simulações de acidentes, com resgate e socorro.
Asautoridades estimam queamaioriadosmortosno trânsito teriaa vidapoupada seosmotoristasdominassem procedimentosbásicos de primeiros socorros. Aspessoas que sofremde pânico com sangueou têm dificuldades psicológicas em lidarcom acidentados não são obrigadas a cuidar davítima, mas terãodetomarasdemaisprovidências de socorro. (AE)
CASAL CAI DE 10º ANDAR DE PRÉDIO NA ZONA OESTE
Umcasal de estudantes morreuontem depoisde cair do 10º andar doEdifícioVila
Real,na VilaMadalena, zona oeste.Deacordocomapolícia, Renato Correa Mestres, 22 anos, e Renata Zanella do Amaral Campos,23anos,haviam terminado recentemente o namoro de mais de um ano.A princípio, segundoa polícia, as mortesindicam um duplo suicídio. (AE)
NO RIO, JOVEM RECEBE MIL BOLAS DE HAXIXE POR SEDEX
AjovemAlineDutradaSilva, de18anos,foipresaportráfico de drogas ao receber mil bolas de haxixeporSedex.Aencomendaestava endereçadaa um parente falecidodo marido dela.A drogafoipostada em Ponta Porã, em Mato Grosso doSul. APolícia Federaltomouconhecimentodo envio dohaxixe e acompanhou a carga até a entrega. Aline foi presa ao receber a caixa. (AE)
MOSQUITOS: RIO TEME UMA NOVA EPIDEMIA DE DENGUE
NoRio, aproliferaçãode mosquitosreavivouo temor deumanova epidemiade dengue.Os riscos,segundoo entomologista do Instituto OswaldoCruz,Anthony Erico Guimarãessãograndes:oíndicede imóveisinfestadospelo mosquito Aedes aegypti, é superior aolimite daOrganizaçãoMundial daSaúde(OMS), que é próximo de zero. No Rio, o índice é de 5,6%. (AE)
Alta de 0,32% de ontem foi bom sinal, mas insuficiente para recuperar as perdas recentes do mercado de ações. Dívida cambial elevou preço do dólar.
Depois de teracumulado desvalorizaçãode 7,3% emseis pregões debaixa,a BolsadeValores deSãoPaulo(Bovespa)conseguiu esboçar recuperação nopregão deontem. OIbovespa, principal indicador da bolsapaulista, fechou com leve alta de 0,32%,em 24.369 pontos.Com esteresultado, a Bovespa reduziu as perdas registradas no ano para 6,97%.
Por causa da possibilidade de nova rodada de aumento dejuros nosEstados Unidos, os investidores operam cautelosos, mas dados daeconomiabrasileira ajudaram a bolsa a subir ontem. Forambemrecebidos dados como a queda do IGP-M naprimeiraprévia de janeiro e o aumento da produção industrial no último mês de novembro.
Destacaram-se entre as mais negociadas as ações preferenciais(sem direitoa voto) da Telemar. Os papéis caíram0,15%,paraR$39,79. Amaioraltaentre asações do Ibovespa foi Light ON (6,59%) e a maior baixa, Eletrobras PNB (2,58%)
Dólar sobe — Abrigapara formação de uma taxa de câmbio maisfavorável àliquidaçãode uma dívida cambialque vencehojele-
vou odólar comercial a fecharemaltanasessãodeontem. Amoedaamericana encerrouos negóciosno segmento comercialcotada a R$ 2,720 para comprae a R$ 2,722 para venda, com valorização de 0,70% em relaçãoao fechamento desegunda-feira.
"Omercadofoi guiado pela briga entre osinvestidorespara a formação da ptax",afirmouo operador de câmbio daCorretora Dider Levy Júlio Vogeler, referindo-seà taxamédia pon-
derada de cotações calculada pelo Banco Central. É a ptax que serve de referência para liquidação de contratos cambiais. De acordo como analista de mercado da corretora Liquidez Mário Paiva era de se esperar que o dólar subisseumpouco nodiadessa disputa. "Mas o mercado de câmbio também está vivendo um processo de correção de preços", completou, lembrandoqueodólarcaiubastante em relaçãoao real nas últimas semanas.
Paiva disse ainda que os investidores vêmacompanhando de perto as declarações de representantes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos)sobreastaxasdejurosnopaís."Osinvestidores estão apreensivoscom relaçãoa um aumento mais agressivo dos juros americanos", afirmouPaiva. Na última segunda-feira, o presidente do Fed deAtlanta, Jack Guynn, negou que a instituição tenha se comprometido com mudanças
apenas graduais dos juros básicos americanos. "O mercadotem umaleiturado comentáriode Guynn de que o Fed pode vir a fazer elevações mais substanciais nos juros", completouVogeler, daDidierLevy. "Háinvestidores aplicandodinheiro empapéis láforaem funçãode uma eventual altados juros nos Estados Unidos", avaliou.Naopinião dePaiva, no entanto, os fundamentos da economia brasileira continuam bons e a perda de terrenodorealainda pode ser vistacomocorreçãode preçose nãocomouma inversão de tendência. Nesta quarta-feira os analistas do mercado financei-
ropoderãoter maissinais sobre a direçãodo dólar no mercado internacional com a divulgação dosnúmeros da balançacomercialdos Estados Unidos. Risco — Os indicadores derisco brasileirostiveram um dia de poucas oscilações ontem.A taxade riscobrasileira calculada pelo banco americanoJP MorganChasetinhaalta de0,46%às18 horasontem, para433pontos-base,de acordocom a Enfoque Sistemas. Os CBonds, principais títulos da dívida externa do País, eram negociados a 101% do valor deface nofim datarde, comvalorização de 0,37%, tambémsegundo a Enfoque. (RA/Reuters)
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Alagamento de dois córregos deixou os moradores do ABC ilhados. Quem optou pelos trens da CPTM teve de enfrentar a interrupção do sistema.
Aforte chuva de ontem também castigou aregiãodo ABC
Paulista e outras cidades daregiãometropolitanadeSão Paulo,como Osasco,causando alagamentos, interdiçãode rodoviase paralisaçãono fornecimento de energia.Acidade de São Bernardo do Campo foi uma das mais atingidas pelo temporal e ficou praticamente debaixo d’água.AsededaPrefeitura local ficou alagada e cerca de cem pessoas tiveram de se refugiar no primeiroandar do prédio. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil circularamno local de barco, ao ladode carros que boiavam no estacionamento. Otransbordamento do Ribeirão dosCouros, por volta das 12h, causou a interdiçãodarodoviaAnchieta nos dois sentidos, na altura do quilômetro 13, em São Bernardo do Campo. O congestionamentose estendeu
O Paço Municipal (acima), a entrada (ao lado) e a divisa de São Bernardo (alto)
atéo quilômetro18.Muitos motoristas transformaram os acostamentos da rodovia em pista de retorno. Mesmo assim,todos que tentavam seguiremdireçãoàcapitalficaramilhados,jáqueasprincipais vias alternativas na região estavam inundadas. A avenida GuidoAliberti, uma das rotas de fuga, na
divisaentre São Bernardo, Santo André e São Caetano doSul,sentido zonalestee sul da capital, foi invadida pelo córrego dos Meninos, que também transbordou. Na VilaVivaldi,em Rudge Ramos, as águas do córrego edasenxurradasinvadiram as casas, atingindo pelo menos um metro de altura.
O prédio de 18 andares da Prefeitura de São Bernardo teve alagado o andar térreo, onde ficam os bancos e a Câmara.Funcionáriostiveram de remover computadores para outros setores, inclusive documentos do prefeito Willian Dib, queestá trabalhandono térreo enquanto sua sala, no últimoandar, passa porumareforma. Houve interrupção no fornecimento de energia na região por cercade uma hora. Com as vias ao redor Paço Municipal debaixo d’água, alguns ônibus ficaram ilhados naavenida FariaLima. Ospassageirosquedesciam do transporte coletivo caminhavam com a água acima do joelho. As linhas telefônicas funcionavam precariamentee foramcortadas em algunslocais maiscríticos, como a Prefeitura. EmSãoCaetano doSul,o dramachegounofimdatarde. Diversas lojas de automóveisperderamtodos os veículos estacionados com a inundação.Assaltantes se aproveitavamdo caospara furtar veículos e roubar motoristas naavenidaAlmirante Delamare,próximo à favela deHeliópolis, divisa com São Paulo.
A pé – Milharesdepassageirosde trensficaramsem condução na tarde de ontem. Por causados alagamentos,a CompanhiaPaulistade TrensMetropolitanos(CPTM) tevedeinterromper acirculaçãodos trens da Linha D (Luz-Rio Grandeda Serra)pelomenosduasvezes.Das 13h20 às 14h50, os trens não circularamentre as estações Santo André e Mauá. Das 17h30 às 18h20, o serviço foiinterrompido daLuz até São Caetano.
Com o acúmulo de passageiros na Estação da Mooca, a empresa suspendeu a partida dascomposiçõesda Luz, para evitar tumultos. A empresa acionou o Plano deApoio entreEmpresas emSituação deEmergência (Paese).Foram solicitados à SPTrans50 ônibuspara o transporte dos passageiros, mas, por causa dos alagamentos,os veículosnão conseguiramchegar em São Caetano.
São Caetano do Sul (acima) e Osasco (abaixo) na tarde de ontem
Poucas alterações nos contratos sociais levaram o Ministério da Justiça a prorrogar o prazo novamente
As sociedades, associações e fundações ganharam mais um ano para adaptarseuscontratose estatutos sociais ao novoCódigoCivil.É a segunda vez que o governo federal prorroga o prazo que, inicialmente venceria em 2003. Com a publicação da MedidaProvisória nº 234/05 ontem,pelo Diário Oficial da União,oprazo foiestendido parao dia11 de janeiro de 2006. Segundo oMinistério da Justiça, quesugeriu aopresidente Luiz InácioLula da Silva a mudança de data, entidades representativas do setorempresarial deSão Paulo enviaram ao governo dados mostrando que me-
nos de40% dassociedades instaladas no Estado conseguiram realizaras adaptações necessárias. As entidades atribuem o atraso à complexidade dosprocedimentos eaodesconhecimento da legislação. A previsãoda Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) era de que até o fim de janeiro, 900 mil empresas tivessem com os contratosadaptados, deumtotal de2,15 milhões. Agora, comaprorrogação, acredita-se que este número não seja atingido.Para opresidente do órgão, Marcelo Manhães de Almeida,a medida beneficia quem não cumprea legislaçãoeprejudica os que já se adaptaram. Ooficialsubstituto do 4º
Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica, Graciano de Siqueira, acredita que a falta de sanção para as empresas que nãose adaptarem pode ser um dos motivosparaopouconúmerode contratos alterados.
Nãofoiapenasopresidente da Jucesp que criticou a prorrogação. O advogado Fábio Appendino, do escritórioPompeu, Longo, Kignel & Cipullo,também protestou a nova chance dada pelo governo. "Se a data fossemantida,oprópriomercado resolveria oproblema, já que algumasatividades exigema apresentaçãodecontratos sociais", disse.
Já oadvogadoRobertson Emerenciano, do Emeren-
ciano e Baggio Associados acreditaqueonovoprazovai possibilitar queas empresas que ainda precisam decidir sobre alterações como o controle acionário, por exemplo, tenhammaistempo para discutir. "Antes, se um dos sócios tinha 49% das ações, outropoderiasermajoritário com51%.Agora,parasetera maioria, um deles precisará deter 75%", explica.
A advogada Juliana Martinelli, do Martinelli Advocacia Empresarialafirma que todas as empresas que não adaptaram os contratos deverão seguir a nova legislação. "Mesmo as pequenas nãopoderão sedarao luxo denãocumprirasexigências do novo código", destaca. Adriana David/AE
Aprimeira prorrogação do prazo de adaptação dos contratossociaisaonovoCódigoCivil foi conquistadapela RedeBrasileirade EntidadesAssistenciais Filantrópicas (Rebraf).A entidade também conseguiu que o Supremo Tribunal Federal(STF) permitissesuainclusão,emdezembro de2003,na
AçãoDireta deInconstitucionalidade(Adin), ajuizadapelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) em nome das entidades esportivas. Tal medida, amplia o efeito da ação – ainda em análiseporaquela Corte–para todas associações.
A Adin questionao artigo 59 doCódigo que determina que
somente a maioria absoluta dos sóciospode destituiradministradoresealteraçãodeestatutos. SegundooadvogadoRobertson Emerenciano,doBaggioeEmerenciano Associados, este item pode estar inibindo as adaptaçõespor causadasdificuldades que a medida traria. Outro motivoque vemdifi-
cultandoaalteraçãoseriaamudança dasfinalidadesdas fundações. Agora, não podem maisexistir fundações de pesquisa.Apenas deassistencialismosocial, religiosoou deeducação. "Isso terá reflexos fiscais. Por isso as fundações estão demorando para fazer as alterações", diz Emerenciano. (AD)
Maisduas açõesnaJustiçavão reforçara frentede batalhados prestadoresde serviço tributados pelo lucro presumido contrao aumento da base de cálculo doImposto deRenda eda Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 32% para 40%. Hoje, o PartidodaFrenteLiberal(PFL) ingressa com uma Ação Direta deInconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) e, na segunda-feira, a Federação dos Serviços do Estado de SãoPaulo (Fesesp)ajuiza um mandado de segurança no Tribunal Regional Federalda 3°Região (TRF-3°)
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
contra a medida. "Decidimos entrar com a ação porque consideramos umabsurdoesteaumentoda cargatributáriae amaneira como foi instituído pelogoverno Lula, por medida provisória", afirma o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen. Os argumentos da Adin serãodivulgados hoje à tarde pelo partido. A Fesesp optou por outro tipo deartilharia. Segundo o advogadodafederação
Decidimos entrar com a ação por considerarmos absurdo este aumento da carga tributária.
Senador Jorge Bornhausen
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Ricardo Godói, a entidade vai entrar com um mandado de segurança com pedidodeliminarapostandoem uma soluçãomaisrápida. Além disso, vai apresentar um novo argumento à Justiça: "Apesar da MP 232 ter sido editadaem 2004,o Diário Oficial da União (DOU) circulou apenas no dia 1° de janeiro. Assim, pelo princípio daanterioridade, oaumento da contribuição social só poderia ser cobrado em 2006", afirma Godói. Os outros doisargumentos da federação coincidem com alguns dos apresentados na Adin impetrada, na última segunda-feira,pelo PartidoDemocráticoTrabalhista (PDT)contraa MP 232. Godói alega que a medida fere o princípio da isonomia –porque osprestadores de serviço optantes pelolucro presumidovão
pagar sobre um lucro maior doque outrascategorias –e violaçãoao princípiodacapacidade contributiva. "Somando todos os tributos, a carga tributária dos prestadores de serviço já chegou no seu limite", comenta. O vice-presidente da Fesesp,LuigiNese,lembraque se a ação for deferida vai beneficiar asempresasassociadas aos sindicatos que ela representa. "Dessasempresas, maisde 50 milestão no lucro presumido", afirma. O presidente da AssociaçãoComercial deSãoPaulo (ACSP),Guilherme Afif Domingos, acredita mais na mobilização políticados prestadores deserviço. Hoje, ele participa da1° reunião nacional das entidades representativas do setor para discutir estratégias para combater oaumento instituídopela MP232. Oevento, organizadopelo InstitutoBrasileirodePlanejamento Tributário (IBPT), acontece noConselho de Contabilidade do Paraná. Laura Ignacio
Contribuintes indignados com a carga tributária
A MP 232 gerou uma nova onda de protestos contra os altos impostos do Brasil. Contribuintes querem fazer panelaço e mobilização nas ruas pedindo a redução
■ Gostaria de sugerir que todas as Associações Comerciais e Câmaras de Dirigentes Lojistas do País fizessem um panelaço contra o aumento da carga tributária dos prestadores de serviço e o desrespeito às empresas de pequeno porte e micro empresas. Devemos solicitar que empresas de qualquer natureza com faturamento de até 50 mil mensais, paguem apenas um imposto único de 5%.
Rudolfo Ruy Auffinger, de Joaçaba - SC
■ Não dá mais para morarmos num País de terceiro mundo que tem carga tributária de país de primeiro. Está na hora do governo aplicar melhor os recursos que saem do nosso bolso.
Paulo Aguiar Pinheiro, de Linhares - ES
■ Acho os comentários do Diário do Comercio ótimos e legítimos. Alguém precisa organizar
uma manifestação pública e fazer o povo sair às ruas. Quando a Inglaterra aumentou o IPTU, o povo saiu às ruas em uma manifestação violenta e fez o governo voltar atrás. Nossas manifestações são muito tímidas.
Celso Vicentin, de São Paulo - SP
■ Como pode o governo estar em dificuldades se pagamos este absurdo aos cofres públicos? Aonde está o problema?
Adriane Welker, da Candelária - RS
■ Finalmente alguém me esclareceu o verdadeiro significado da distribuição de renda. Todos nós, sejam assalariados, empresários, desempregados, estudantes distribuem suas rendas ao governo para que ele gaste da maneira que bem entender. Sem dúvida, este país vai pra frente! Paulo Marcus, de São Paulo - SP
Mentoring Social da HP Brasil ajuda adolescentes carentes a se "encontrar" no labirinto do trabalho
Quem já teve um professor, um amigo ou um parente próximo que transformou sua maneira de pensar e fez com que enfrentasse desafios que modificaram sua vidasabe daimportânciade umrelacionamentocomoesse,principalmente noperíododa adolescência,quando a personalidade está se formando definitivamentee os valores estão se fixando.
Este é o espírito no qual se baseiao projetobatizado Mentoring Social,da HP Brasil. Éummétodode acompanhamento individualizadopara jovenscarentes de 18a 23anos,no qualomentorofereceorientaçãoe ajudaa elaborarum plano demetas parainiciar a vida profissional.
De acordo com a HP, a troca de experiências entre o mentoreoadolescenteocorre durante encontros marcados,emum períododedez meses, emlocais comocentrosculturaise emvisitasa empresas doramo deinteressedos jovens.Para aempresa, o projeto modificou a maneiracomoseus funcionários encaram a participação em projetos sociais.
Um dos participantes que se transformou em grande entusiasta doplano éo engenheiro de vendase serviços da HP, Luiz Novaes. Ele conta que fez parte da equi-
pe de elaboração do programa noBrasil eque esta foi uma oportunidadede colocarempráticasuasidéiasde participação social de uma maneira mais ativa. ParaNovaes,o primeiro encontro organizado pela HP,onde foram agrupadas as duplas,foi muitoimportante. Batizado "quebra-gelo", oevento funcionoucomo uma apresentação mais ampla dos jovensaos mentores.Nele, KarinaSantos, agoracom20 anos,ainda demonstrava dificuldade paraseaproximar daspessoas e de se expressar.
A partir daí,o mentor dedicou quatro horas mensais ao jovem escolhido. Apesar de escasso, este tempo foi totalmente aproveitado na avaliação de Luiz Novaes. Ele e Karina se encontravam no Centro Cultural São Paulo e elaboraram um plano de metas para a jovem, levandoemconta as suas aspiraçõese asreaiscondições para colocá-las em prática. "Também trocávamos mensagens através do MSN e, eventualmente, alguns telefonemas", diz.
Afinidades– Por isso, na opinião de Novaes, as afinidadesentre os doisforam importantes paraestabelecer uma relação de confiançae de respeito durante o processo. "Eu mesmo sempre quis ser jornalista, mas acabeiseguindooutra car-
reira. Por isso, quando a Karina disse que seu desejo era ser jornalista me entusiasmei ainda mais."
O engenheiro elaborou um programade visitas a veículos de comunicação. ElesforamàTVCultura,ondeoeditordeInternacional, Vicente Adorno, explicou a ela como são elaboradas as reportagens na TV. Em seguida, foram ao jornal "O Estadode S. Paulo"e conversaramcom editores,jornalistas iniciantes e alguns mais experientes.
A etapa seguintefoi a visita à Rádio Eldorado e à Oboré,agência quefornecenoti-
Umprojeto queajudajovens a definir seu futuro profissional e ao mesmo tempo faz com que os profissionais de uma empresa se sintam integrados eparticipando deprocessos de transformação social é a definição do Mentoring Social adotado pela HP, nas palavras de um deseus criadores Dimas Moura.
O gerentede Marketingde Serviços para a América Latina da empresa explica que, assim como outrosprofissionais, chegou a um ponto em sua carreiraem que"faltavaalguma coisa" e decidiu fazer uma pesquisa sobre açõessociais viáveis para o Brasil.
Ele secolocou àdisposição da HP para desenvolver um programa social para a empresa. Como játinhaalgunsconhecimentos sobretiposde mentoring,descobriu que a Meca do setor fica em Salt LakeCity, nos Estados Unidos. Ele conheceu as características dos projetos desenvolvidoslá eosadaptoupara arealidade brasileira.
Os projetos norte-america-
nos eram bastante distantes da realidade dos jovensbrasileiros e, por isso, o plano brasileirotevequeser"desenhadopasso a passo". Em seguida, optou-se pelo treinamento dos mentores. "Constatamos que 57% das relaçõesentre mentoresejovens nos Estados Unidossão quebradasantesdoprimeiro ano por falta de treinamento dos primeiros. Porisso,capacitamos todos os nossos voluntários", explica. Para isso, a HP Brasil contratou umaempresa de aconselhamento profissional, que desenhou um programa de acordocomas propostasdogrupo de trabalho de voluntários. "A representanteda árealegaldesenhou o escopo jurídico do projeto", diz Moura. Ele avaliapositivamenteos resultados obtidos com a turma deste ano, já que dos 20 jovens participantes,nove jáestão trabalhando, oito estão freqüentando o curso pré-vestibular, trêsjáestão em universidades privadas, um está fazendocursopreparatório
para secandidatar auma vaga na Universidadede SãoPaulo (USP) e um está fazendo curso de idiomas.
Outra maneira de avaliar o projeto éo contato comas famílias dos jovens e os relatórios preparadosmensalmente pelos mentores.
Perspectivas– Para 2005, a HP tem planos de expansão deste projeto. Ela prentende implantá-lo nomunicípio paulistade Campinas,oferecendo vagas para 10 jovens. Na capitalpaulista,a idéiaéabrir oportunidade paramais25 "afilhados".
"Nossa avaliação indica que oprogramatrazganhos para todos.Os funcionáriosdaHP sentem queestão fazendoum trabalho social importante e os jovens assistidos aprendem que podem traçar um plano de vida", conclui. (PC)
ciário para a imprensa sindical. Seudiretor,SérgioGomes, forneceu um panorama da atuação das rádios comunitárias edesua importância,principalmentenaregião de Cidade Tiradentes, bairro dazonaLestedacapitalpaulista, onde Karina mora. Reportagem – Para medir oimpacto dasvisitas, Novaespediuà jovem queescrevesse reportagens sobre suas impressões. Eles discutiam osresultados eele avaliava a qualidade dos textos. Após estas atividades, ele sugeriuque elafizesseo curso de Letrascom o objetivo de obter uma base cul-
turalmais estruturada.Ele se comprometeu a ajudá-la a conseguir um estágio em um veículo decomunicação. Esugeriu tambémque fizesse um concurso no Estado paradar aulasde Português,comoformadeaprimorar seus conhecimentos e, ao mesmo tempo, ter uma fonte fixa de renda. Visãode mundo – Todas estasatividades tiveramum grande efeito sobreKarina e sobresuas perspectivasde vida tanto pessoal quanto profissional. Paraela, antes daparticipação no projeto anteriordaHP, oGaragem Digital, sua meta principal era "arranjarum emprego". Depois de entrarno Mentoring Social,elacomeçou a transformarestavisão.OGaragemDigitalvisa introduzirjovenscarentes nomundo da informática e também oferece cursos técnicos. Apesar da necessidade evidente de trabalhar para sobreviver e realizar estes sonhos, Karinafoi aconselhadapor Luiza nãoencarar "qualqueremprego"e simaproveitar osconhecimentosadquiridosna Garagem Digital. Por isso, ela conseguiu uma posição em uma empresadaárea, a Key Systems. Karina afirma que,durante os onzemeses de duração do programa de mentoring, ela adquiriu bem mais queconhecimentos profissionais. Para ela, o aumentoda autoconfiançae, principalmente, a certeza
de que poderia ter um futuro profissional foramos resultados mais importantes. "Todooprocessofoi positivo porque antes eu não tinha nenhuma expectativa de futuro. Terminei o Ensino Médio em 2001 e só tive experiências negativas, pois não conseguia encontrar empregoeo que encontrei emuma ONG para desenvolver um site era temporário enão pude ficar", lembra. Agora,ela está animada com a perspectiva de começar o curso de Letras,na Universidade São Marcos. No começo, ospais ficaram preocupados. Opai, que é motorista de ônibus,ficou apreensivocom opagamento das mensalidades da faculdade, mas agora está mais animado.
"Quero que o curso me dê bagagem cultural. Sei que tereiqueestudar muito, mas estou entusiasmada e acredito que atingirei meus objetivos", conclui.
Para Luiz Novaes,toda a experiênciafoi detransformação.Eleacreditaque"cada pessoa, dependendo da sua maturidade, pode fazer algumacoisa paraoseu próximo". "Esta experiência se expandiu no meio em que vivo. Minha esposa, que é professora de história daarte, também'adotou' uma jovem e deu a ela aulas dearte. Todaa nossaexperiência se irradiou para o nosso meio", finaliza. Paula Cunha
O evento "quebragelo" serviu para aproximar mentores e pupilos
Os jovens interessados em participar do projeto devem procurar a Garagem Digital da HP. Ele é desenvolvido no Centro de Profissionalização Padre José Bello dos Santos, na zona Leste da capital paulistana. O telefone é (11) 6731-8138. Mais informações podem ser obtidas no site www.cpa.org.br
Empresas dão R$ 1 milhão para Rede Social O projeto que cria condições para a capacitação dos integrantes dos Conselhos da Criança e do Adolescente de São Paulo, lançado em dezembro do ano passado com a parceria do governo do Estado e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), está colhendo os seus primeiros frutos. Onze instituições de grande porte anunciaram oficialmente a sua adesão à Rede Social São Paulo e contribuíram com mais de R$ 1 milhão. As empresas que se comprometeram com o projeto são Camargo Correa, Itaú, Votorantim, ABN Amro
Real, Nestlé, Santander, Unibanco, Telecomunicações de São Paulo, Nossa Caixa e Itacolomy. De acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Seads), o projeto faz parte da Rede Social São Paulo, que é uma iniciativa do governo estadual para promover a união entre governo e sociedade civil. O objetivo é o desenvolvimento de planos de ações na área social. O projeto tem planos para atuar, inicialmente, em 46 municípios localizados nas regiões da Grande São Paulo, Santos e Sorocaba. (PC)
Sapatos inspirados nos anos 40, 50 e 60. Muita cor, apliques. É a nova Couromoda. Página 7
Indústria: ritmo está atrelado à Selic. E projeção é de alta. Págs. 4 e 10
Civil: mais prazo Página 12
Serra corta R$ 2 bi do orçamento Página 3
São Paulo e ABC foram vítimas da primeira grande chuva do ano. Capital teve 27 pontos de alagamento (acima, av. do Estado). Região do ABC ficou ilhada ( à esq., alto, viaAnchieta e Paço Municipal de S. Bernardo). DCidade
25 de março fica
Além de sofrer com obras intermináveis, a 25 de Março (acima, esq.) ficou alagada, prejudicando o comércio. A av. 9 de Julho (dir.) também encheu com a chuva.DCidade
Sapatos são inspirados nos anos 40, 50 e 60
Apliques de couro, pedra, tecido, texturas as mais diversas, estampasdepeles deanimais, tons que vão do rosa ao violeta e saltos tipo Anabela ou complataforma.Sónãovale usarsapato combicoquadrado na Couromoda 2005, 32ª Feira Internacional de Calçados, ArtigosEsportivos e Artefatos de Couro.
As empresas do setor cumprem a promessa de não se prenderem a padrões estéticosrígidos e apostam nas combinações emuita criatividade paracativar os consumidores nospróximos meses. Ainspiração nasdécadas de40, 50e 60 predomina, mas não tirao lugarde quem aposta nos clássicos com umtoque contemporâneo para atender aosclientesquepreferem modelosque possam ser usados por mais tempo. Werner - É ocasodaindústriagaúchaWerner,com 35 anos de experiência na produção de calçados femininos. Modelos de salto alto e bico fino se misturam a estilos casuais, inspirados no romantismodos anos50.A utilizaçãodepedrase apliques de tecido, além de texturas, contribuemparadar uma ar moderno às peças. A empresa não exportava maisde5%desuaprodução há quatro anos e elevou essa participação para 45% devidoàaposta emmodelossociais arrojados de primeira linha. "Elestanto servem para umdia comumde trabalho como para festas", diz Fausto SoutoMaiorNeto, estilista e responsável pelo desenvolvimento de produtodafábrica deTrêsCoroas, Vale dos Sinos (RS).
De acordo com o fundador da empresa, Werner Arthur Müller, a marca está focadana criaçãodemodelos comaceitaçãoglobal. "Dos 700colaboradores, cercade 450são terceirizados. Isso ocorre porque os trabalhos de pesquisa e de criação são o coração da empresa", diz. Tanara - ATanara, linha decalçados de maior valor agregadoda Dakota,traz novamente coleções assinadaspelos estilistas Lino VenturaeAlexandreHerchcovitch. Os modelos misturam plataformas altas com textura de cobra, bicos arredondados e tudo o que pede amoda atual,sóque apreços mais acessíveis do que os sugeridos pelas marcas que geralmente lançam produtos de característica conceitual no mercado. Os preços vão de R$ 60 a R$ 150 no ponto-de-venda. Tênis com pele- No segmento esportivo, a tradicional All Star, com mais de 30 anos de mercado, traz novidades"importadas" da Eu-
ropa para o mercado nacional. Os tênis de cano alto são os produtos mais procurados na estação e, para inovar, a empresa desenvolveu produtos comapliques do tipo pele de carneiro, polaina e tecido xadrez, acompanhando as tendências. O preços podem chegara R$ 140 no varejo. "Após registrar alta de 15% no faturamento de 2004, apostamos naelevação dareceitade vendasematé 30%esteano em função do lançamento de novosmodelos. Aentradaem mercadossegmentados, com tênis para caminhadas e prática de skating, deve contribuir para os resultadosdesteano",dizRafi Kahtalian, sócio da All Star. Democrata -A marca Democrata fechou uma parceriacomorequisitado Alexandre Herchcovitch e lança uma coleção de 14 sapatos masculinos assinados pelos estilista. David Gonçalves, diretor de marketing da indústria, conta que os produtos serão apresentados ao
Brasil e Vietnãestão disputando investimentosde maisde US$ 100milhões da Nestlé no setorde café solúvel. Um alto executivo daempresaafirmou quea multinacionalestá avaliando a construção de maisuma fábricaparaa produção de cafésolúvel para atenderà nova demanda pelo produto, especialmente na Rússia e na China. O Brasil, por sua competitividade no setor, podesero escolhido da empresaparao novo investimento,ainda queo Vietnãesteja se tornando umnovopólode atração de investimentos.
Estudos - No momento, a Nestlé está fazendo seus estudos internos para determinar qual seráo mercado futurodo cafésolúvel.Um recente estudo doBanco Mundial indica que o maior crescimento do consumo ocorrerá nos paísesemergentes,e nãonos paísesdesenvolvidos, ondeo mercado já estaria saturado. Segundo a avaliação, para que o café ganheesses novos mercados,terá decompetir diretamentecontraoconsumo de chá,um hábito milenar em algumas culturas, como a da China. Mas a Nestléapostaem um aumento do consumo.
Anovafábricateria como objetivo fortalecer a posição da empresa no setor. Caso o Brasilfosse odestino escolhidopelosexecutivos suíços,a iniciativa seria vista como uma prova de que o caso daGaroto eos problemas enfrentados pela Nestlé com o Conselho Administrativo deDefesa Econômica(Cade) nãoestariam afetando os objetivos estratégicos da empresa no País. Entre as opções para a instalaçãodafábrica,oexecutivoda Nestléaponta tantoo EstadooSão Paulocomoo EspíritoSantocomo eventuais possibilidades de sede do projeto. (AE)
O vice-presidente da Samsung, José Roberto Campos, afirmou que a economia brasileira continuará tendo um bom desempenho em 2005, o que permitirá à empresa crescer até mais do que os 6% previstos para o setor pela Eletros, a Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos.
públiconapróxima edição do evento São Fashion Week edevematrair opúblicode classe A,disposto ainvestir na diferenciaçãodas corese estilos. Os valores dos calçadosdevemvariardeR$240a R$ 320 no varejo. A empresatambémtraz 175 novos modelos em 20 linhas de calçados. "A Democrataaposta nodesenvolvimento de calçados modernos.Os sapatosarrojados sãoresponsáveis por70% daprodução de8.000calçados por dia", conclui.
Juliana de Moraes
Evento revela as tendências que ganharão o varejo nos próximos meses, como as aplicações de materiais nos sapatos e o uso de cores como o rosa. Gonçalves, da Democrata: peças assinadas por Herchcovitch.
Varejo investe pouco em treinamento
De que adianta a empresa investir em ações de marketing se,ao entrar na loja, o clienteserá recepcionado porvendedores malpreparadospara atendê-lo?O questionamento foi feito pelo consultor Fernando Lucena, no início de sua palestrano 9º Congresso Brasileirode Calçado, no último dia10, abrindoos eventos da Couromoda – 32ª Feira Internacional de Calcados, ArtigosEsportivos e Artefatos de Couro.
Deacordocomele, queé presidenteda consultoria Grupo Friedman no Brasil, pormais talentosoqueseja o profissional de vendas, nãohá comoestarpreparadosenão houvertreinamento. "Ninguém nasce pronto para sermédicoou advogado, por exemplo. Coma atividadedevendas de calçados nãoseria dife-
rente, já que se trata de uma função bastante específica e que exige conhecimento também direcionado".
Custo - Para ele,o varejo ainda julgaoinvestimento em capacitação como custo enão percebequea ignorânciadeprofissionais mal treinadosgera umprejuízo maior do que o valor que seriaaplicado napreparação dos mesmos. "Treinamento é igual a conhecimento que, por sua vez, reflete em atendimento personalizado, respostas corretas paraas diversas dúvidas e, consequentemente, mais vendas e satisfação dos clientes". Parao especialista,orientaçõesbásicas-comoaapresentação dos produtos comercializadosdo estabelecimento -são oprimeiro passo para um atendimento de qualidade nas sapatarias. (JM)
"Estamos otimistas, o Brasil está num movimento de expansão, sobretudo nos mercados em que atuamos, que são os de aparelhos celulares, televisores de tela plana e à plasma, mais monitores e discos rígidos de computadores".
aparelhos de TV.
CrescimentoEspecialistas do setor acreditam que a multinacional coreana deverá registrar no Brasil um aumento do faturamento de pelo menos 10% neste ano, o que representará US$ 770 milhões, ante os US$ 700 milhões apurados em 2004. Eles estimam que a empresa vendeu em 2 meses e meio 100 mil
A Samsung investiu US$ 100 milhões em 2004 nas linhas de produção de Campinas e Manaus. A aplicação desses recursos foi feita por causa do aquecimento das vendas de aparelhos celulares, computadores e televisores. "Em 2005, deveremos lançar 8 ou 9 modelos de aparelhos celulares de última geração". O segmento é responsável por pelo menos 50% do faturamento da empresa no Brasil. (AE)
Bando tinha fuzis, metralhadoras e granadas para sequestrar comerciante
Emuma açãoplanejada,cercade15homens fortemente armados com fuzis,metralhadora, granadas e supostasbombas tentaram seqüestrarontem à tardeo empresárioIvandro Luiz Vannetti, 41 anos, dentro de sua loja, na Rua Cerro Corá,naLapa,zona oeste. Quando o bando sepreparavaparafugircomavítima em umAudi preto blindado, aPolícia Militarchegou efrustrouo plano.Houve troca de tirose um bandido morreu.O restodo bando conseguiu escapar. Vanetti haviaacabado de voltar doalmoço, às14h30.
Ele entrou na lojae logo foi abordado poroito homens armados commetralhadoras. Um delesapresentou um distintivo da Polícia Civileperguntoua umdos funcionários onde estava o dono daloja. Desconfiado, o comerciante disse que o "dono da loja" não havia ido trabalhar.Masos supostos policiaisinsistiram. "Aotodo, eles ficaram20 minutos dentroda lojae descreveram detalhes da minha rotina, inclusive omeu endereço. Mas, um deles avisou que se visse os documentos e constatassequeeram meus, todosmorreriam. Decidi, então, me entregar",
Pesquisadores do Museu Americanode HistóriaNaturaldescreveram narevistacientífica Nature dois mamíferosde 130 milhõesde anosque contrariamregras aceitassobrea era dos dinossauros.Enquanto os registros fósseis achados antes indicavam predomínio de mamíferos pequenos como ratos noperíodo Mesozóico (280 a 65 milhões de anosatrás),aduplatemotamanhode cachorrosparru-
dos e predileção por carne. Eles foram achados em Liaoning,na China.Noestômago de um deles, haviafragmentos de ossos de um filhotede dino."É aprimeiraevidência direta da alimentação carnívora por mamíferosno Mesozóico", diz HussanZaher,paleontólogo da USP. "Os mamíferos eram muito maiores do que se pensava e ocupavam um nicho como predador de médio porte". (AE)
disse o comerciante. Os seqüestradores apontaramduas metralhadoras paraa cabeça da vítimae a obrigaram a entrar no Audi. Na fuga, porém,foram surpreendidoscom achegada deumcarro do4ºBatalhão da Polícia Militar. Armado com um fuzil AK-47, Adriano Godoi deFranca, 41 anos,desceudo carroedisparou contra os PMs, que revidaram.Francafoi baleado e morreu. Durante a troca de tiros, o empresário aproveitoupara fugir: correuparaosfundosdesualoja, que está em reforma, e escondeu-se sob um tapume. "Caveicom asmãos umtú-
Policial revista um dos carros utilizados pelos bandidos. Havia uma suposta bomba no veículo. nel e fiquei lá por meia hora. Escutei mais de 50 tiros." Parte do bando fugiu numtáxiSantana. Outros escaparam em um Fiat Brava. O grupoabandonou no local uma Saveiroprata, que havia sido roubada. Túnel - Escondido e com a voz baixa, o empresário ligou paraum primoe pediu socorro. Pouco depois, um PM oencontrou.Muito assustado,ele pensa em sair de São Paulo. "É uma idéia. Ainda não sei o que fazer, não seinem se vou conseguirabriralojaamanhã(hoje)", disse na delegacia.
Apolíciaavaliaosseqüestradorescomo audaciosos e perigosos. Além do fuzil
AK-47, farta munição,granadas, algemas e radiocomunicadores encontrados noscarros, haviano Audi uma suposta bomba, que depoisdescobriu-se ser apenas tubos de PVC que simulavamo detonador. O bandido mortopela polícia militar não tinha antecedentes criminais.(AE)
Cientistas da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, vão torturar pessoas emlaboratóriopara verificar seaféemDeusé uma formaeficazdealiviar a dor.O estudo,que será acompanhado por neurologistas, farmacologistas, filósofose teólogos,pretende saber como as crenças religiosas se manifestam no cérebro humano.
Entre as experiências a serem realizadas, será esfregado um gel à base de pi-
menta na pele de voluntários,queserãoconvidadosa tentar estratégias diversas paraminimizar a sensação deardor. Paraas pessoas comumaforteconvicçãoreligiosa, entreessasestratégias estará a fé.
Enquanto estiveremsofrendo, voluntários serão expostosa símbolosreligiosos como imagens da Virgem Maria ou um crucifixo. Mudança no cérebro –Em outro teste,o vice-diretor do Centro de Oxford pa-
ra a Ciência da Mente, Toby Collins, usaráanestesia e equipamento para observar transformações nos tecidos do cérebro para investigar as fronteiras da consciência. "A dor tem sidoum ponto centralpara muitosproblemasem quepensadoresreligiosos eoutros têm se concentrado", afirmouo neurocientista John Stein, dodepartamento defisiologia de Oxford, . A neurologista Susan Greenfield, doCentro para a Ciência da Mente, disse que serão usados testesde ressonânciamagnéticapara verificar o grau de influência de crenças religiosas e espirituais, tais como "a crençailógica nasuperioridade inata do homem". Oestudo temprevisãode durar dois anose no período deverá receber fundos da ordem deUS$ 2 milhões da Fundação John Templeton, que tem cunho filantrópico e é sediada nos Estados Unidos. (BBC Brasil/AE)
Empresas especializadas na oferta de botas, chapéus e cintos estão satisfeitas com o desempenho de suas vendas. E têm boas perspectivas para 2005.
Ocountry não morreu. Mesmo numa metrópolecomoSãoPaulo, o gênero musical, que virou estilo de vida para muitos adeptos, não apenas sob revive como segue ganhando admiradores. Os negócios em torno da temática apresentaramcrescimento dasvendas em2004, sobretudo nas lojas especializadasecasasnoturnasque promovem shows. Nessa linha,a lojaPorão,especializada em botas, obteve alta de 20%nofaturamentoem relação a 2003. As perspectivas para este ano são ainda
maisotimistas: apróxima novela das oito daRede Globo, América, abordará a temáticacountry, comestréia prevista para março. Porão - NobairrodaÁgua Branca, localondeseconcentramosprincipais estabelecimentos voltados à moda country emSão Paulo,estálocalizada alojaPorão, com29 anosde mercado. Olocal se destacapela oferta de botas de couro forradas comlã sintética,além de uma variedade de cintos, chapéus, calças, camisas, bolsas e outros acessórios. Em 2004, o Porão obteve um crescimento de 20% no fatu-
maio e agosto, quando acontecem os rodeios.
ramento em relação a 2003. Conforme Francisco Araújo, proprietáriodo Porão, osegmento countryestá crescendo. Para ele, a grande quantidade de casas noturnas e bares do gênero que abriramna cidadefoi a principal causa da expansão. "Também houve a consolidação e o amadurecimento de muitosartistas. A grande quantidade de shows no anopassado estimulou o consumidor", diz.
Exportação - O Porão trabalhacomprodutosdemarca própria e multimarcas. A loja vende para todo o País e já começou aexportar para os Estados Unidos, Japão e Canadá.As botas correspondem a50% dasvendas.
Porão obteve um crescimento de 20% nas vendas em 2004. Empresa exporta botas para os Estados Unidos, Canadá e Japão.
"Oferecemos oitomodelos debotas masculinasefemininas de fabricação própria para aneve", afirma oempresário. Elascustamentre R$ 100 e R$150. O estabelecimento aindaoferece quase 100 modelosde botas multimarcas e outros50 de cintos western.
Cowboys - Nas imediações da Porão funciona a Cowboys, também focada nocountry. Inauguradahá seis anos,a lojatem mais três unidadesem Presidente Prudente/SP. O estabelecimentotambém temmotivosparacomemorar: obteve umaumento nasvendas na ordem de 13% em comparação a 2003. "Quando abrimos a loja, 80% das vendas destinavam-se às confecções.Cerca de20%eram equipamentos eacessórios para cavalos", dizKinho Marques, gerente da loja. Oexecutivo cita aqualidadedas casasnoturnasdo gênero como estímulo aos negócios. "Hoje aspessoas vãomaisaossítioscomamigos e,emconsequência, acabam se interessando mais pelas casas country", explica. Segundo Marques, osmelhoresmeses doano paraosetor sãoosquevão de maio até agosto, período emqueacontecemos principais rodeios do País. André Alves
Inaugurada em 1999, no alto da Serra do Mar, a Estância Alto da Serra é um dos principais espaços de entretenimento country do País. O forte da casa, instalada numa área de 14 mil metros quadrados, está nas apresentações de grupos do gênero nas noites de sexta e sábado. "Atualmente o country responde por cerca de 50% do público do estabelecimento", afirma Eloy Carlone, um dos proprietários da Estância. Segundo ele, o gênero musical atrai 300 mil frequentadores para a Estância todos os anos. Artistas - Praticamente todos os artistas country já passaram pela casa, inclusive a atração internacional Creedence Clewater Revisited, tradicional grupo countryrock norte-americano. O estabelecimento também patrocina inúmeras festas e rodeios pelo Brasil. Em 2004, a casa chegou a receber outras tribos, como os adeptos do
axé e do reggae, mas o country continuará a ser foco do local. "A casa tem uma identificação perante o público desse estilo. Isso vai permanecer", conclui Carlone, que estima existirem espalhados pela cidade 2 milhões de adesivos com o logotipo da empresa em carros de passeio.
Villa Country - Outro estabelecimento country tradicional em São Paulo é o Villa Country, casa que funciona há três anos de quinta a domingo. O espaço apresentou em 2004 um crescimento de 20% em relação a 2003. O Villa, que atrai uma média de 2,3 mil frequentadores por noite, aposta na próxima novela da Rede Globo para repetir ou aumentar os resultados positivos desse ano. "Com a festa de lançamento da novela aqui no Villa, acredito num bom ano para nossos negócios", afirma Charley San Daniel, diretor do Grupo Olympia, empresa proprietária do Villa Country. (AA)
O presidente da Gol, Constantinode OliveiraJúnior,informou ontemquea companhia quer economizar de R$ 4milhões aR$5 milhõesporanocomaconstrução de um Centro de Manutenção no aeroportode Confins, região metropolitana de Belo Horizonte. Oprotocolo deintenções para ainstalação dohangar foi firmado ontem entre a empresa, o governo de Minas e a Infraero edemandará investimentos de R$ 15 milhões. Até então, aGol utilizavaosserviços da VarigEngenhariae Manutenção (VEM). Aexpectativa é deque a construção do novo centro seja concluída em 18 meses. Manutenção - De acordo com ConstantinoJúnior, os gastos anuais da empresa coma manutençãodeaeronaves gira entre R$ 240 milhõeseR$ 250milhões."Teremos uma economia maior
Centro de manutenção em Belo Horizonte terá investimentos de R$ 15 milhões. Espaço deverá ser concluído em até 18 meses.
emtermos deganhodeescala",afirmou. Ele revelou também que aGol está certificada para o atendimento a terceiros. Porém, aidéia inicial édeque ocentro atenda aos aviõesda companhia e de que futuramenteomovimentodecontratação por outras empresas seja intensificado com a oferta de serviços a terceiros. A capacidade de atendimento do centroseráde 5 aeronaves/mês. A companhia possui hoje 27 aviões, mas já firmou contratocom aBoeingpara a aquisição de mais 43, sendo que 21 delas são pedidos firmes que deverão ser entregues a partir de 2006. Incentivos - O governo mineiro ofereceu os incentivosprevistosnos Programas de Integração e Diversificação Industrial (Pro-Indústria) e de Indução à Modernização Industrial (Proim). (AE)
Votorantim investirá US$ 200 milhões em projetos no RJ
A Votorantim Metais, divisão do Grupo Votorantim, aprovou programade investimento deUS$200 milhões para aumentar a produçãodeaçonaSiderúrgicade BarraMansa, noestadodo RiodeJaneiro,segundoinformações do governofluminense. Com o investimento,a produção de açoda usina deBarra Mansavaipassarde450.000 toneladas para 850.000 toneladas ao ano.
Incentivos Fiscais - O governo do Rio de Janeiro está em negociações com a Votorantim sobre osincentivos fiscaiscabíveis aoprojeto, de acordo com comunicado feitopela Secretariaparao Desenvolvimento Econômico do Estado. Esse éapenas umde uma sériede projetosno segmento anunciados para renovar a indústriado aço no Rio. Aproduçãodeaçodo Estado deve saltar dos atuais7,3milhõesdetoneladas para 21,3 milhões de toneladas ao anoaté 2007. (AE)
Em áreas de ocupação irregular na região do ABC houve desmoronamentos que afetaram dezenas de famílias. Situação foi estopim para uma polêmica entre a Prefeitura de São Bernardo do Campo e a Defesa Civil do Estado. Autoridades e moradores ainda não fizeram todos os cálculos dos prejuízos provocados pelo temporal de segunda-feira.
Otemporal que atingiu o ABC Paulista, durante toda a segunda-feira e madrugada de ontem, deixou um saldo trágico. Pelo menos nove pessoas –oito crianças e um adulto –morreram por causa de deslizamentos de terra em áreas de ocupação irregular, em São Bernardo do Campo. A situação acabou gerando uma polêmica entre a Prefeitura e a Defesa Civil do Estado sobre a existência do alerta a respeito da chuva que provocou a tragédia no município.
Por volta das 3h20 da manhã de ontem, um deslizamento de terra na favela do Jardim Silvina, em São Bernardo, atingiu três casas. Duas pessoas conseguiram escapar, mas, pelo menos quinze delas ficaram soterradas.
Os bombeiros iniciaram os trabalhos de retirada de escombros e terra ainda de madrugada, sob risco de novos deslizamentos devido ao encharcamento das encostas. Cães farejadores ajudaram nas buscas às vítimas. Oito pessoas foram socorridas com vida no local.
Quatro dos sete menores mortos pertenciam à mesma família. São eles Raí de Souza Oliveira, 10, Josiane de Souza Oliveira, 6, Jair de Souza Oliveira, 8, e Rosiane de Souza Oliveira, 12 – a mãe, que estava com eles, sobreviveu. No acidente morreram ainda Maria Cláudia Estrela de Oliveira, 25, e seus três filhos: Damiana Daiane Estrela Oliveira, 6, Wildenberg de Oliveira Sarmento, 2, e Wigna Oliveira Sarmento, de 1 ano. O pai, José Braga Sarmento, 24, está internado com politraumatismos em um hospital da região e não corre risco, segundo informou a Secretaria Municipal da Saúde. O morador de uma das casas atingidas no local, Vágner Trindade Ferreira, foi retirado com vida após o desmoronamento, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Uma mulher identificada como Rejane Maria Dias, 29, foi socorrida e continua internada com fraturas nos dois tornozelos e em ossos da coluna. Outras duas vítimas do deslizamento foram atendidas em um pronto-socorro da região e liberadas pouco depois.
Também em São Bernardo, na favela Girassol, na Vila Esperança, outra criança, Juliano César de Oliveira, de 7 anos, morreu em conseqüência de deslizamento. A mãe dele, Ana Lúcia de Oliveira, 39, fraturou as costelas e continua internada, mas não corre risco. Setenta pessoas ficaram desabrigadas no Jardim Silvina e 15 barracos estão condenados pela Defesa Civil.
Abaixo, um oficial que participou do resgate, logo depois de encontrar o corpo de uma criança na favela do Jardim Silvina: 9 pessoas morreram, 8 eram crianças
Área de deslizamento de terra na favela Jardim Silvina, em São Bernardo do Campo. Bombeiros realizaram o resgate dos soterrados.
O governodo Estadode São Pauloprometeu que vai construir um piscinão nasmargens da ViaAnchieta,emSãoBernardodo Campo, para solucionar o problema de enchentes naquela área e que provocam interdição dapista.A licitaçãoseráaberta dia27eo governador Geraldo Alckmin(PSDB) esperaque, comessaobra,possaserresolvido um problema jurídico na região que impede aelevaçãodapistada rodovia como forma de evi-
tar enchentes. Emfevereiro,será entregueumpiscinão em São Bernardo do Campo e em março um em São Caetano do Sul. Para o governador Geraldo Alckmin, que esteve em Cubatãoparainaugurar a subestação de energia elétrica da Carbocloro e visitou as obrasde construçãode 620apartamentos no Bolsão Sete, entende queaelevação dapistada Anchietaé amelhor solução para o problema de enchentesno local."O idealé
o alteamento dapista, mas seissoacontecer,aáguavai chegar mais depressa a São Caetanodo Sul e háuma decisãojudicial queimpede a obra", disse. Alckmin lembrouque asmarginais sãomaisaltasenãofecham por causa de chuvas. Solução – Alckminrevelou que a Casa Militar e a Defesa Civildo Estadoestão prestando socorroàs vítimas daenchente.Para ele, o problemadeverá será combatido com a construção dos piscinões. "A
Alojamento – Segundo nota da Prefeitura, as famílias foram alojadas em casas de parentes e amigos ou na Sociedade Amigos de Bairro. “Respeitando a particularidade de cada família, a Prefeitura não colocará os desabrigados em um alojamento provisório”.
A Secretaria de Infraestrutura de São Bernardo informou que choveu mais do que em todo o mês de janeiro do ano passado, por isso os piscinões da cidade não suportaram a chuva. O secretário especial de infra-estrutura da Prefeitura da cidade, Gilberto Frigo, disse ontem que não recebeu nenhum tipo de alerta da Defesa Civil do Estado a respeito da possibilidade de chuvas fortes e do risco de deslizamentos. “Não recebemos o alerta e mesmo que tivéssemos recebido, com as fortes chuvas – em três horas o volume de água foi o equivalente a um mês de chuvas – pouco poderia ser feito. Não tivemos a oportunidade de cobrar a Defesa Civil do Estado por que estamos juntando todos os esforços na solução dos problemas”. Segundo o coronel Celso Camargo, da Defesa Civil do Estado, o alerta foi passado para que as Prefeituras se prevenissem e tomassem medidas emergenciais. “O alerta é automático. Nós temos um sistema de meteorologia na nossa Central de Gerenciamento de Emergência 24 horas durante a operação Verão. Tão logo são constatadas as chuvas, o sistema emite para todas as Prefeituras e órgãos responsáveis do Estado um aviso para que eles se preparem caso ocorra algum problema como esse”.
Cálculos – Ainda não é possível contabilizar os prejuízos materiais no município.
várzea não existe mais, entãofazemos oreservatório artificial, mas o problema é que fizemos15 piscinõese precisam ser feitos 37".
Para Alckmin,a enchente de ontem ocorrida na região do ABC "acontecia todas as semanas e era um problema grave, uma marcadaregião, masissoestá ficando mais espaçado". Em fevereiro,será entregue o piscinão da Mercedes/Paulicéia e em março o da Guido Aliberti, em São Caetano do Sul. (AE)
“Ainda bem que a gente conseguiu erguer no elevador os carros que estavam na loja, senão o prejuízo seria bem maior”, disse o operador técnico Antônio Carlos Garófalo, de 22 anos, que trabalha na ABC Pneus, na rua Jurubatuba. A mesma sorte não teve o vendedor João Batista Barros, de 48 anos. O carro de seu filho estava estacionado em frente a Maqfiori, loja de móveis para escritórios, na mesma rua. “Ficou coberto pela água. Hoje (ontem) não quis nem ligar. Foi direto para o mecânico”. Os moradores e comerciantes passaram a manhã e a tarde de ontem limpando as casas e calçadas. Um mutirão envolvendo 300 funcionários da Prefeitura agilizou a limpeza das ruas da cidade.
Em muitos bairros da cidade, o dia foi utilizado pelas pessoas apenas para jogar fora o que a água da chuva e dos córregos estragou.
Osetor de shopping center encerrou 2004 com fatur amento real de R$ 48,8 bilhões, cerca de1,5% maisem relaçãoao ano anterior. Para2005, a previsãoéfaturarR$51,3bilhões. Aexpectativaé que, no primeiro semestre, o segmento cresça entre4% e 5% sobre omesmoperíodo do ano passado. Os números, quefazempartedocensoda Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), são bons. Mas poderiam ser bem melhores se o setorcontasse com mais recursos para novos empreendimentos.
Atualmente, existem 577 empreendimentos espalhados pelo Brasil, cinco a mais que no início de2004, o que representa um crescimento de0,87%.Deacordocom o presidente da entidade, Nabyl Sahyoun, embora tenham sido inaugurados 21 novos shoppings noano passado, foram fechados outros 16. Desses,todos faziampartedo chamado shopping rotativo.
Segundo ele, esses empreendimentos possuem infra-estrutura mais simples, com lojas alugadas sem pagamento de luvas
nemcontratosdelongoprazo. O Promocenter,em São Paulo,é umexemplodesse tipo deempreendimento. "Embora seja maisfácil abrir, também é mais fácil fechar", afirma. De acordo com Sahyoun, esses shoppings faturam anualmente entreR$ 250milhõese R$ 270 milhões.
Apesardo fechamento desses espaços, osetor encerrou o anocom 71.769 lojas, contra 68.260 do ano anterior.Segundo opresidente da Alshop,o crescimento pode ser explicado também pela expansão de centros de compras consolidados. "Cerca de 40% dos shoppingsconsolidados iniciaram um processo de expansão em 2003 e devem seguir nissopelospróximos seis anos", acredita Sahyoun. Festa no interior – Atualmente, 45 shoppings encontram-seemobraseoutros21 em projetos,que deverão ser inaugurados nos próximos dois anos. Esses empreendimentos deverão movimentar R$ 4,7 bilhões em investimentos.
Segundo ocenso da Alshop, dessasobras eprojetos,40estarão nointerior dos estadosbrasileiros. "Alémdas capitaisestarem
próximas ao esgotamento, essa preferência mostra a força que o interior tem conquistado", salienta Sahyoun. Ele lembra tambémqueéuma formados municípios gerarem receitas,pois,aoteropção de compra em um centro de lojas local, oconsumidor deixa de ir à cidade vizinha. Sahyoun destaca,porém, que o númerode empreendimentos emobras poderia
Osresultados parciaisda SondagemConjuntural da Indústria de Transformação,elaborada pelaFGVIbre, mostram arrefecimento da previsão de atividade industrialno primeiro trimestrede2005,masaevoluçãodosnegóciosnoperíodo de seis meses continua positiva.Deacordocomolevantamento, 25% dos500 empresáriosouvidos (50%da pesquisa consolidada) pretendem aumentar sua produção no período, enquanto 32% projetam redução.
mista Aloísio Campelo, os números mostram um claro sinalde recuo no ritmoda expansãoda produçãoneste primeiro trimestre, já que na pesquisa do mesmo período do ano passado, o saldo foi positivo em 9 pontos. Ele ressaltou,no entanto, queesse recuopode serum movimento sazonal.
Levantamento parcial aponta que 25% dos empresários pretendem aumentar sua produção no período, enquanto 32% projetam redução
O saldo negativo, em7 pontospercentuais,éo piordesdeapesquisa feitade janeiroa março de 2003 (-9 pontos). A sondagemé realizadatrimestralmente.
Os empresários também estão mais pessimistas em relação às exportações. Do total, 21% acreditam em alta neste primeiro trimestre, contra 23% que apostam em queda das vendas externas, o que resulta em um saldo negativo de2pontospercentuais. É o pior resultado desdejaneirode2002,quando adiferença foide 3pontos.Em janeirode2003,o saldo era positivoem 19 pontos e, em janeiro de 2004, em 1 ponto.
Demanda interna – O saldo da projeção da demanda interna paraestetrimestre permaneceu negativo (em 4 pontos), embora seja amelhor projeção para o período desde janeiro de 2002.
Na avaliaçãodo coordenador da pesquisa,o econo-
Hátambémuma piora nasprojeções devendasexternas, o que pode impactar as projeções da produção para este trimestre. "A avaliação sobre a demanda porexportações piorou no período, aparentemente por conta do câmbio, já que nãohouvemudançasmuito fortes no cenário externo", afirmou o economista.
Emprego – A situaçãodo emprego repete asprojeçõesrealizadas no mesmo período do ano passado, ou seja,asindústrias que pretendemaumentar onúmero de funcionários superam em1 pontopercentualas que pretendem demitir. Trata-se, segundo Campelo, dos melhores números para o período janeiro-março da série histórica, iniciada em janeiro de 1997. As projeções relativas à evolução dospreços industriais confirmam a descompressãosinalizadaemoutubro. A parcelade empresas quemanifestam intenção de aumentar preços durante o trimestre janeiro-março de2005éde35% dototal, enquanto 11% pretendem reduzi-los. Adiferençaentre as duas respostas é de 24
pontos,inferior aos38pontos da pesquisa realizada em abril, aos 36 pontos do levantamento de julho, e aos25 pontosdasondagem realizadaemoutubro.Osaldo éigual às médias de janeiro desde 1999.
A pesquisa mostrou tambémumamelhorasignificativa das projeções dos empresários para o período de seis meses encerrados no finaldejunho:55%acreditam que os negóciosvão melhorar no primeiro semestre, contra7%queacreditamem piora. No levantamento anterior, 49% dos empresários acreditavam em melhora, contra4%empioradasituação dos negócios.
Apesquisa foi realizada do dia 27 dedezembro a 10 dejaneiro.A amostra refere-se a empresas comfaturamentototaldeR$140 bilhões.Ainda serãoouvidas mais 500 companhias. (AE)
sermaior seosistema definanciamento brasileiro privilegiassemaiso setor. "O grande financiadorsempre foi o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES). Mas,nos últimosanos,obancopúblicodificultouoacessoaocrédito,oqueéumerro,jáquea indústria de shoppings centers égrandegeradora de emprego", diz. Provadisso, segundoele,
éque,quando emobra,um único shopping emprega 2,5 mil pessoas de forma direta. E, quando entraem funcionamento, setiver entre200e 250lojas,essemesmo centro de compras possui, em média, 3 mil pessoas fixas trabalhando.
Emprego– No total, a Alshop calcula que os shoppings brasileiros empreguememtornode 2,5milhões de pessoas de forma
Nos próximos dois anos, 45 shoppings que já estão em obras deverão ser inaugurados, movimentando R$ 4,7 bilhões em investimentos, a grande maioria em cidades do interior do País. Número, porém, poderia ser bem maior caso houvesse acesso mais fácil a financiamentos para o setor através do BNDES.
diretae indireta.Nesteano, iniciouempregando766mil profissionais diretamente, 10 mil a mais que em janeiro do ano passado. Levando emconsideração o número de empreendimentos que deverãoser inaugurados em 2005, calcula-se que 40% do total em obra, o setor deve gerar entre 32 mile 35milnovasvagas até o final do ano.
Patrícia Büll
Aindústria detransformação começou oano com estoques mais ajustados em relaçãoa janeiro de 2004, o que é umbom sinal para o deslanche do ritmo de atividade para os próximo meses.A préviada154.ªSondagemConjunturalda Indústria deTransformação daFGV mostraque 6%das companhias estãocom volumesde produtosexcessivos emseus armazéns.Em janeirode 2004,essenúmero era quase o dobro (11%).
Jáaquantidadedeempresasque informaram ter estoquesinsuficienteséexatamente a mesma nos dois períodos, isto é, 3%.
A diferença entre opercentual de empresas com estoquesexcessivose insuficientes neste início de ano é de 3 pontos negativos e, em janeirodo anopassado, erade 8pontos. "Quandoa economia aquece, esse indi-
cador tende a zero", observa oeconomista daFGV,Aloisio Campelo Jr.. Na sondagemdeoutubro,lembra ele,haviadúvidas se os estoques de matérias-primas eprodutos acabadosseriam insuficientes para dar conta da demanda. Agoraesse risco diminuiu: caiu de 4% em outubro para 3% emjaneiro onúmero de indústrias que declararam ter volumes insuficientes. "Aindústria deuumaarrefecida nofim do ano,mas aindanão épossívelsaber se é uma tendência."
Situação atual – A situação atual dos negócios é considerada boa neste mês para18% dascompanhiase fraca para 9% delas. O saldo de 9 pontospercentuais positivoséo melhordesdejaneirode 2001,quandoestava em 21 pontos, e também superao registrado em janeirodoanopassado,quan-
doosaldoentreasempresas queapostavam nasituação boa e fraca foi zero. Também os números prévia dasondagem revelam que a demanda global (externae interna) atual não é explosiva.Segundo apesquisa, 9% acham a demanda forte e 14%, fraca. A diferençaentreosdoisextremos énegativa em5 pontospercentuais,o melhor saldo desde janeiro de 2001. (AE)
O termômetro do DC Boa
Viagem para a maior festa popular do País está fervendo. E como a folia começa bem cedo este ano, no auge do verão, separamos opções para fazer a festa de todo tipo de folião –incluindo aqueles que não querem desfilar no Sambódromo. Confira aqui 70 roteiros para o feriado de fevereiro. Págs. 2 e 3
Rio de Janeiro (acima) se prepara para a tão esperada comemoração brasileira. A cidade é ponto de parada dos transatlânticos que navegam pela costa, como o MSC Armonia (abaixo). Se a idéia, porém, é fugir da agitação, a Península de Maraú (ao lado) e o Deserto de Atacama (abaixo, à esq.) são boas alternativas
Conferir a festa na Sapucaí, cair na farra de rua do Recife ou juntar-se aos foliões na capital da Bahia. Ainda há vagas para participar dos mais famosos carnavais do Brasil. Ou, ainda, ver a banda passar pelas ruelas de Paraty. É só escolher
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tem itinerário para agradara qualquer tipo de folião: vai ao Rio e Salvador, osprincipaispontosdoCarnaval brasileiro,além de Búzios. A bordo,a diversão ficaporcontadeumconcursode fantasia.No cruzeiro de sete noites, preço a partir de US$ 1.050por pessoa em cabinedupla ena opçãode mini-cruzeiro (três noites) a partir deUS$290.Tels. 5053-8500 e0800/7708586, site www.msccruises.com.
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Barequeçaba (SP): nesta tranqüila praia do litoralnorte, oVistabelaResort temquase um funcionário por cada dois hóspedes. Para o feriado, de 4 a 9/2, há pacote a partir de R$2.622 por casal,com café eserviço de praia.Tels. (12) 3862-6703 ou (11) 32552405, site www.vistabela.com.br.
Barrado Una(SP): oCanoa Resortoferece conforto em meio à natureza e pacotes para casaldecinconoitesapartirdeR$2.100ede nove noites a partir de R$ 2.700 com café e jantar. Entrada no dia 4/2. Há uma diária e uma massagem de cortesia.Tel. (12) 38671313, site www.canoa.com.br.
Búzios (RJ): um programa só para solteiros nestepointdeverãoquereúne22praias.De 4 a 9/2,hospedagemna PousadaAreias Brancas (www.areiasbrancaspousada.com.br), meia pensão,passeio de escuna, tours de praias e by night, guia, seguro e transporte em ônibus leito. A R$ 1.200 por pessoa. Na Terrazul, tel. (11) 3081-8958, site www.terrazul.tur.br.
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Ilhabela (SP): na maior ilha marítima do Brasil e uma das mais charmosas do País, o
Na Bahia, Sauípe (à esq.) garante um feriado animado. Villa Bebek (acima), em Camburi, é opção para casais
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A partir de R$ 1.638 por pessoa: é o pacote da CVC para Itacaré (acima). Em Juqueí, vale provar o novo Beach Hotel (ao lado)
gem empousada comcafé damanhã, passeiose seguro-viagem.Tel. (11)5088-0999, site www.freeway.tur.br.
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Ubatuba (SP): com60 apartamentos e ampla infra-estruturade lazer, o Ubatuba PalaceHotelestácompacotede4a9/2 a partir de R$ 1.950 o casal, incluindo café da manhã e jantar. Cortesia para crianças até 5 anos no quarto dos pais. Tel. (12) 3832-4500, site www.ubatubapalace.com.br. Praia daPipa (RN): pelaTAM Viagens, o roteiro decinconoitesnessepequenoparaíso no Nordeste brasileiro– com hospedagem nohotelTibauLagoa,comcafé da manhã – mais aéreo e traslados custa a partir deR$ 2.141por pessoaem acomodação dupla. Tels. (11) 3068-7939 ou 0800-555200, site www.tam.com.br.
Não é preciso ir longe para curtir o Carnaval lá fora: Buenos Aires e Punta del Este são as dicas. Aos mais ousados, Egito
Aruba: nesta ilha caribenha também há uma grande festa do rei momo, com desfiles nas ruas e muita música.
PelaNewAge, oroteirode seis noites de hospedagem com café, mais passagem aérea, traslados ecartão assistência saia partirde US$ 1.498 por pessoa em quarto duplo. Tel. (11) 3138-4888, site www.newage.tur.br.
Aspen/Snowmass: são sete noites de hospedagem na charmosaestação de esqui norte-americana porUS$ 1.980,porpessoa emacomodaçãodupla. Incluiaéreo, seisdiasde ski-lift, taxaslocais ecartão-assistência. NaInterpoint, tels.(11) 3087-9400 e0800/7719400, www.interpoint.com.br. Buenos Aires: são quatro noitesnacapital argentina (saída dia 4/2)por US$ 452 por pessoa em quarto duplo no Ibis Congresso. O pacote inclui aéreo,traslados, hospedagem comcafé eum almoçona Recoleta,citytour, ingresso no Cassino Buenos Aires e seguro-viagem. Pela
Nascimento Turismo, tel. (11) 3214-5777, site www.nascimento.com.br. Cidade do Cabo: o roteiro de cincodias com vários passeios na bela cidade da África do Sul custaa partir de US$ 1.496por pessoa em quartomúltiplocomcaféda manhã– incluiparteaérea, atividadescomorapel,trekking e sandboarding e assistência médicainternacional. Pela STB,tel. (11) 30381555, site www.stb.com.br. Deserto de Atacama: propostade aventuranoextremo nortedo Chile.Oprograma de seis dias inclui parte aérea,guias especializados, passeios,seguroviagemeumanoitede hopedagem emSantiago,três em San Pedro de Atacama e umaem Calama– todas com café da manhã. Por U$ 1.293 por pessoa em quarto duplo. Pela Cia. Nacional deEcoturismo, tel.(11) 5571-2525, site www.ciaecoturismo.com.br. Egito: quem quiseralgo bem exóticonoferiadopo-
depulao Carnavaldaterra dos faraós.Sãoseis noites do Four Seasons Cairo, quatronoitesde cruzeiro pelo Rio Niloabordodo Sun Boat IV e três noites no Four Seasons Sharm El Shaik. Inclui pensãocompleta, traslados evisitas.PorUS$ 6.642 por pessoa em quarto duplo. NaInterpoint,tels. 3087-9400 e0800/7719400, www.interpoint.com.br. México: Cidade do México, Cuernavaca, Taxco, Acapulco, Guadalajara, Tlaquepaque e Puerto Vallarta. São esses os locais visitados neste roteiros de nove noites,com saída dia 3/2. A partir de US$ 2.650 por pessoa em quartoduplo, com passagem aérea, hospedagem comcafé damanhã, ônibus, guiabrasileiroe traslados. Na Queensberry, tel.(11) 3217-7100,site www.queensberry.com.br. New Orleans (EUA): a cidade americana movida pela música. Oitodias no período do Carnaval custam a partir de US$ 1.763 por pes-
soa emquarto duplo.Inclui passagem aérea, traslados, hospedagem, tour eassistênciade viagem. Na Central de Intercâmbio (CI), tel. 3677-3600, www.ci.com.br. Paris: nada como celebrar o feriadonaCidade-Luz.De5 a 13/2, o programa com passagemaérea, setenoites comcafédamanhãnoHotel Des Arts,traslados,umingressopara toureumcruzeiro peloRioSena custa US$ 1.585 por pessoa. Inclui aindaseguro-viagem,seguro-residência,bolsa, 1mil
pontos noPrograma FidelidadeTAM eHelpCenter por24 horascomatendimento em português. Pela Flytour, tel. (11) 3365-1908, site www.flytour.com. Patagônia Chilena: pela Pisa Trekking, são nove noites pelaregião doParque Torres Del Paine, no sul do Chile, e por El Calafate e Ushuaia, na parte argentina. O pacote inclui aéreo, traslados, passeios (inclusivepelosglaciais), acampamento, hospedagem em hotéiscom café,seguro-via-
gem e guias. Saída 4/2. Por US$ 1.850por pessoa em quarto duplo. Tel. (11) 50524085, site www.pisa.tur.br. Punta delEste: no famoso balneário uruguaio,o novo e luxuoso Mantra Resort, Spa & Cassino, em La Barra, montou pacotede nomínimo quatrodias comdiárias a partirde US$ 250por pessoa em quartoduplo, com café damanhã e acessoao completo spae ao cassino. Reservasno Brasil pelo 3896-4035, site www.mantraresort.com.
Resultado equivale a 30% mais comparado ao ganho registrado pelo banco no ano anterior. Empréstimos consignados cresceram 38% no período.
Obanco Cruzeiro do Sulencerrou o ano de 2004 com lucro líquidodeR$36,9milhões,resultado30,3% superiorao de 2003.Asoperaçõesdecrédito do banco, que é especializadoem empréstimoscom desconto em folha para funcionáriospúblicos eaposentados, tiveram aumento de38,6%.Ototaldeempréstimos do Cruzeiro do Sul passou deR$ 306 milhões em 2003 para R$ 424 milhões,noano passado, segundo balançodivulgado pelo banco, ontem.
Bolsa de Mercadorias & Futuros do Rio pode ser reativada
O presidente da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), Manoel Félix Cintra Neto, deve anunciar hoje medidas que estão sendo tomadas em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico do estado do Rio para a revitalização da Bolsa de Valores fluminense.
O anúncio está previsto para ser feito durante o 3º Seminário de Comércio Internacional, promovido pela Fundação Getúlio Vargas. Dentre as iniciativas está a implantação do call center de exportação e o mercado de carbono.
O diretor de Imprensa e Mídia da BM&F, Noênio Spínola, disse ontem que o protocolo de intenções firmado com o governo fluminense em abril do ano passado com a finalidade de reiniciar as atividades na Bolsa do Rio, paralisadas desde os anos 90, está sendo cumprido. Ele lembrou que, em dezembro de 2004, a BM&F e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior firmaram acordo para desenvolver o mercado de carbono.
Os técnicos da Bolsa de Mercadorias & Futuros estão trabalhando em tempo integral com esse objetivo, garantiu Spínola.
O diretor da Bolsa de Mercadorias e Futuros revelou que ainda neste ano devem ser registrados fatos importantes na BVRJ, "pelo menos a abertura do registro de projetos".
O 3º Seminário de Comércio Internacional está sendo realizado no auditório da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, na Praça XV de Novembro, no centro da cidade.
Deacordo comodiretorexecutivo do Cruzeiro do Sul, LuísOctávio Índio da Costa, 2004 ficou dentro do previstopelo planoestratégico do banco. "A projeção derentabilidade de30%no fim do ano acabou se confir-
mando", informou Costa. Captação– O executivo disse que o único ponto que poderia ter sido melhor é a captação do último trimestre do ano. "Em setembro, tínhamos projeção deaumento de 45% na captação totalno ano. Mascom os problemas dobanco Santos registramos umcrescimento menor, de 38,5%".
A captaçãototal derecursos doCruzeiro doSul passou de R$ 374milhões em 2003para R$518 milhões em2004. "Conseguimos passar bem pelo episódio do banco Santosporque in-
A discussão do projeto de autonomiadoBanco Central(BC) seráuma dasprioridadesdo governo nestes primeiros meses do ano, segundoosecretáriodePolítica Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa. Ele avalia que, dessa forma, o governo abrirá caminho para juros mais baixos. "A variação de juros que o Banco Central tem de fazer paracumprira metadeinflação cai com a autonomia", disse Lisboa. Países que seguiram esse caminho conseguem ter taxas de inflação de 2% a 3% menores e uma política monetária menos restritiva.
Mudança necessária –O projeto de autonomia do BC foi incluído no documento Reformas Microeconômicas e Crescimento de Longo Prazo,divulgado peloMinistério daFazenda nosúltimosdias de 2004, como uma dasmedidas necessárias para garantir um ambiente favorável à manutençãodocrescimento da economia brasileira. Responsável pela elaboração
do documento, Lisboa defendeu aaprovação doprojeto pelo Congresso Nacional. "A política monetária ganhaem transparênciae em maior credibilidade de que a sua gestão pelo BC vai ser eficaz", justificou.
O secretário informou queoprojeto prevêuma "moldura legal" paraautonomia,com mandatospara osdirigentes dainstituição. PresidenteediretoresdoBC poderão ser demitidos se não conseguirem cumprir as metas.
"A decisão de política monetária é do Executivo, que fazum contrato degestão como BancoCentral para que as metas sejam implementadas", explicou. Dessa forma, oBC recebeautonomia operacional para gerir as regras definidaspelo governo, masnão paradefinilas, o que o diferencia de um modelo de banco central independente,como obanco central dos Estados Unidos. A quebra do monopólio do Instituto de Ressegurosdo Brasil(IRB) éoutraprioridade para 2005. (AE)
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sistimos emdiversificar os segmentos de atuaçãodo banco", observou Costa. Com 11 anos de experiência naliberação decrédito consignado, o banco aposta no crescimento desse mercadopara manterarentabi-
lidade de 30% ao longo do ano de 2005. "Foiexatamente para garantirmos mais fontes de recursos para os empréstimos que encerramos oano passado acertando uma parceria com o Bradesco", afirmouCosta, lembrandoque o Cruzeiro do Sul também repassa direitos sobre créditos paraempresas estrangeiras como a GE Capital e a Cetelem.Asoperações de créditocomdescontoemfolharepresentam cerca de 92%da carteiradeempréstimos do Cruzeiro do Sul.
O banco encerrouo ano
de 2004 com ativos totais de R$4,7 bilhões, com crescimento de 85% sobre o total do fimde 2003 (R$2,5 bilhões)e patrimôniolíquido de R$ 143,2 milhões (alta de 29,5%).
Rejane Aguiar
OBradesco, maiorbanco privado doPaís em termos deativos financeiros,eo banco Panamericano, braço financeiro do Grupo Silvio Santos, assinaram ontem acordooperacionalqueprevêexclusividade sobredireitos de créditosaté o total de R$ 7,2 bilhões. A parceria serefere aoscontratosde crédito pessoalconsignado dos beneficiários do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
Segundo oBradesco, o novo acordo faz parte da estratégia de ampliação das operações de créditopara pessoasfísicas, aexemplo dasoperaçõesformalizadas no ano passado com os bancos Cruzeiro do Sul, Bonsucesso e Paraná. Ovice-presidentedo Pa-
namericano, Rafael Palladino, aposta emque anova parceriadeverá duplicaro volume dos negócios da instituição. "Deveremos fechar2005 como um dos maioresfornecedores no segmento de crédito direto ao consumidor", afirma.
Experiência– "Temos experiência em oferecer crédito pessoal a aposentados e pensionistas por trabalhar há muitos anos com este público,até mesmo comoutros produtosdo GrupoSilvio Santos, como a Telesena e o Baú", ressalta Palladino. Para atender ao novo segmento,o bancoPanamericano está colocando à disposição de um mercado potencialde 18,4 milhões de aposentados e pensionistas o CredAmigo. A linha de
empréstimo consignado permite empréstimoscom valores variando de R$ 300 até R$ 15 mil. O prazo de pagamento é de até 48 meses. Os laços que unem o Grupo SilvioSantos eo Bradesco são antigos. "As duas instituiçõessão parceirasdesde a época em que o Bradesco eraobancoresponsável pela cobrança dos carnês do Baú", dizo presidentedo Grupo Silvio Santos, Luiz Sebastião Sandoval. O Panamericanoconta hojecom 130 lojas espalhadas por todoo Brasil,além deoutros 200correspondentesbancários. Em 2004, rumores do mercado davam contade que oGrupo Silvio Santos procurava compradores para o banco. Vanessa Jaguski
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Pelo segundo dia seguido a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou os negócios com alta. Nova classificação de risco do País ajudou no resultado.
ABolsa deValores deSãoPaulo(Bovespa) fechou em altaontem pelosegundo diaseguido, depois de um começo de anocomplicado. Omercado foi ajudado pela notícia deque aagência Moody's melhorou a perspectiva do rating do Brasil e pela proximidade do exercíciode opções, que impulsionouos papéis da Telemar.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, subiu 0,57%, para 24.509 pontos,
depois deacumular queda de cerca de 7% nos primeiros 11 dias do ano.
Estados Unidos – Na mínima dodia, oíndicechegou a recuar 1,58%, abalado pelo déficit comercial recorde dos Estados Unidos –que veio acima das expectativas e levantoupreocupaçõessobre aeconomianorte-americana. No meio da tarde, entretanto, a notícia de que a agênciade classificação de riscoMoody's deuperspectivapositiva ànota dadívi-
da em moeda estrangeira do Brasil contribuiu para a melhora do mercado. "É bom porque é um sinal deque aconfiança estámelhorando.Vai aumentando aos poucos a credibilidade do país", disse o diretor da Global Financial Advisor Miguel Daoud.
Ajudou ainda apressão compradora nas ações de Telemar, tradicionalmente as mais negociadas nos vencimentos de opções. Opapel fechoucom valorização de 1,26%, a R$ 40,25 e movi-
mentou pouco maisdeR$ 156 milhões do R$ 1,3 bilhão negociadonabolsa ontem. O exercício ocorreno início da tarde da próxima segunda-feira.
Dólar – A melhora da perspectiva do rating também mexeu com o mercado de câmbio.O dólarfechou abaixo de R$2,70. A moeda norte-americana perdeu quase três centavos, ou 0,81%, emrelação aofechamento de terça-feira eencerrou cotadapara vendaa R$ 2,699.
"O déficit dos Estados Unidosmaisforte doqueo esperado fez com que todas as moedasse valorizassem, inclusive o real", disse o responsável pela área de derivativos do Rabobank, Jorge Kattar. "Na parte da tarde, o Brasil recebeu, por parte da Moody's,umamelhora no outlook eissogerou um bom humor no mercado."
Exportadores – Operadores também citaram como fatorderecuododólaraforte presença de exportadores vendendodivisa nomerca-
do. Ontem, oBanco Central voltouarealizarleilõespara compra dedólares. Aautoridademonetária comprou a moedanorte-americana a R$ 2,706.
Segundofontesdomercado,o BancoCentraladquiriu mais de US$ 200 milhões nesseleilão. Aindaassim,a moeda se manteve em queda. "O mercadosabeque o BancoCentral temcomprado bastante (dólares),mas ele vem absorvendoo fluxo positivo do mercado", disse Kattar.
A agência de classificação de risco Moody's anunciou ontema revisãodeestável parapositivaa perspectiva para a nota da dívida em moeda estrangeira do Brasil. Em comunicado, a Moody's destacou a "significativa reduçãoda relaçãoentre dívida externa e resultados em conta corrente" do País. Outros fatores que contribuíram para a revisão foram ossólidosresultados fiscais do Paíse a mudança nacomposiçãodadívidainterna, com redução da exposição ao câmbio.
"Essa melhora já estava aí.
A Moody'sapenas sancionouuma situaçãoque jáestavaembutidanos preços nomercado.Masde qualquermaneira issoé bom porque reforça o ambiente", comentou o economistachefe da SulAmérica Investimentos, NewtonRosa. "Deixa claroque nós estamos maisvacinados contra choques externos".
A última vez em que a Moody's melhorou a nota doPaísfoinoinício desetembro do ano passado, quando destacou o cresci-
mentodas exportaçõesea redução das necessidades de financiamento externo. Naquelaocasião, emque o rating dadívidaemmoeda estrangeira subiude B2paraB1,a agênciacitouamelhora dacomposição dadívida doméstica – com redução da exposição cambial doPaís. Aestimativamais recente do Banco Central mostrouqueaparceladadívidafederal atreladaaodólardeveriaencerrar2004em 10,5% do total, o que representa queda de 50% em relação a dezembro de 2003.
De Amparo (São Paulo) a Rio Quente (Goiás), o clima é de diversão e tranqüilidade em meio à natureza. As opções incluem fazendas, spas e até hotéis que oferecem banhos em piscinas termais. Muitos deles têm programação especial, com direito a baile
Águas deLindóia (SP): muito ar puro no feriado. De 4 a 9/2, o pacote de cinco diárias do Hotel Casablanca inclui pensão completa,coquetelde boas-vindaserecreaçãoinfantil eaté desfileno blocode Carnavalde rua.EcustaR$1.200 porcasal.Tels.(19) 3824-1671 e 0800/162002, site www.hotelcasablanca.com.br.
Amparo (SP): aduas horas de SãoPaulo, o Hotel Canto da Floresta preparou pacote quemisturaatividadeseco-místicas, esportesradicais ebailedeCarnaval. De4a 9/2, são cinco noites com pensão completa. PorR$ 3.865paraduaspessoas.Crianças até3 anos no quarto dospaisnão pagam. Tel. (19) 3899-1296, site www.hotelcantodafloresta.com.br.
Araxá (MG): o Tropical GrandeHotel Araxáoferecepacotesqueincluem pensão completa e baile deCarnaval com máscaras. Trêsdiárias custam R$ 952por pessoa emquartoduplo, quatro diáriasporR$ 1.222 e cinco diárias a R$ 1.498, nas mesmas condições. Tel. 0800/7012670, site www.tropicalhotel.com.br.
Barra Bonita (SP): a 248 km de São Paulo, o HotelEstânciaBarraBonitapossuicompleta infra-estrutura de lazer, que inclui um
parqueaquático.São novediáriasparacasalporR$4.356,compensãocompleta.Tels. 0800/7021400 e (14) 3064-1400, site www.barrabonita.com.br.
Belo Horizonte (MG): único cinco-estrelas dacidade,oOuroMinastemdiáriasapartir de R$121 porpessoa emapartamento single, com café da manhã, e R$ 140 por quarto duplo,tambémcomcafé. Tels.(31)34294001 ou 3429-4000, site www.ourominas.com.br.
Hotel Fazenda Mazzaropi (SP): uma intensa programaçãoesperaos hóspedes deste hotel em Taubaté. Com pensão completa,opacoteparacasaldecincodiascusta a partir de R$ 1.950. Tels. 0800/117877 e (12) 3634-3400, site www.mazzaropi.com.br.
Hotel Riacho Verde (SP): são cinco dias recheados de atividades neste hotel em MonteAlegredoSul, a130quilômetrosdeSão Paulo.Pacotesparacasalapartir de R$ 2.000,compensão completa. Tel.(0-19) 3899-1889, site www.riachoverdehotel.com.br.
Igaratá (SP): tudo para cuidar do corpo a apenas 87 km de São Paulo. No Spa FazendaIgaratá, opacote de quatrodias,de4 a 9/2,saiaR$625porapartamentoduplo.In-
Para quem abre mão de festa, nada como aproveitar o Carnaval para recarregar as energias num destino ecológico
Bonito (MS): natureza privilegiada ao sul do Pantanal.Nesteprograma, quatro noitesna PousadaOlho D’Água,comcafédamanhã e jantar,passeiosconforme o roteiro, parte aérea para Campo Grande,traslados e seguro-viagem.A partirde R$ 2.170 por pessoa em apartamentoduplo. Saída no dia 4/2. Na Cia Nacional deEcoturismo, tel.(11) 5571-2525, site www.ciaecoturismo.com.br.
Brotas (SP): a opção da EcoAção é gastar as energias em esportes de aventuraduranteo dia ecurtir o Carnavalderuaà noite.O roteiro de 4 a 8/2, inclui quatro dias de hospedagem com café da manhã, passeios(rafting, bóia-cross,tirolesaaquática,arborismoe cavalgada noturna).Por R$ 626 por pessoa em apartamento duplo. Tel. (14) 36538040, site www.ecoacao.com.br. Chapada dos Veadeiros
(GO): o roteiro de sete noites daFreeway incluiparte aérea, traslados,hospedagem em Alto Paraíso com meia pensão, passeios, guias eseguro-viagem. Por R$ 2.330 por pessoa em quarto duplo. De 4 a 11/2. Tel. 5088-0999,site www.freeway.tur.br. Lençóis Maranhenses (MA): de 5a12/2, oroteiro daAmbiental Expedições custa apartirdeR$ 2.635 porpessoa emquarto duplo.Opacoteinclui parte aérea, traslados,hospedagem com café, passeios – de lancha e Toyota em Lençóis, citytour em São Luís eAlcântara, entreoutros –,seguro-viagem e mochila. Tel. (11) 3819-4600, site www.ambiental.tur.br. Pantanal(MS): no Refúgio Ecológico Caiman, a folia é longe de qualquer agito, entre animais e natureza exuberante.No Carnaval,há diárias de R$ 359 por pessoa emacomodaçãodupla,com
três refeiçõesincluídas. Tel. 3079-6622, sitewww.caiman.com.br. Prudentópolis (PR): um novo destino ecológico,lugar de cânions e cachoeiras gigantescas. De 4 a 9/2, hospedagem no HotelMayná (www.hotelmayna.com.br) com pensão completa, transporte emônibus leito, rafting, passeios, city tour histórico, guia e seguro. A R$ 820 por pessoa. Terrazul, tel.(11) 3081-8958,site www.terrazul.tur.br.
Serra da Bocaina (SP): uma aventura pela Trilha do Ouro é a proposta da Pisa Trekking para o feriado. São cinco dias decaminhadas e visitas àcachoeiras. PorR$ 796porpessoaem acomodações coletivas.O pacote inclui ainda transporte, seguro-viagem, guias, lanches nas trilhas, refeições, hospedagem e sítios e casa de colono. Tel. (11) 50524085, site www.pisa.tur.br.
Tirolesa dá o tom em Brotas (acima); e muitos passeios nos Lençóis Maranhenses
clui pensão completa. Para os foliões, boa notícia–o spaprogramoubailesnoturnos animados por um grupo musical da região. Tel. (11) 4658-1433, site www.spaigarata.com.br.
Mercure Hotel Gramado(RS): com vista para a bela Serra Gaúcha e programação especial para a alta temporada o hotel montou pacote de Carnaval de quatro noites. A R$ 276 por pessoa emapartamento duplo (hospedagem gratuita para criança de até 5 anosno mesmoquarto).Tel.(0-54)2959292, sitewww.accorhotels.com.br. Reservas pelos tels. 2122-8000 e 0800/7037000. Rio Quente(GO): muitadiversão naágua em pleno Estado de Goiás. O complexo hoteleiro eaquáticoRioQuente Resortstem pacote para o período de 4 a 9/2 a partir de R$ 2.508 por pessoaem quarto duplo (hospedagem no Hotel Flat II, com pensão completa).Opreçoinclui parteaéreaetraslados. Tel. (64) 3512-8080, site www.rioquenteresorts.com.br.
São Roque(SP): a apenas 58 quilômetros de São Paulo, o Hotel Alpino é ótima opção paraas famílias.Diárias apartirde R$490 porcasal,com pensãocompleta.Tel.47848411, site www.hotelalpino.com.br.
Feriado campestre: Hotel Fazenda Mazzaropi (acima, à esq.), em Taubaté, e Hotel Alpino (acima), em São Roque. No rol de spas, Jardim da Serra (à esq.) e Canto da Floresta (ao lado), próximos da capital paulista
Socorro (SP): a partir deR$ 1.970 por casal em quarto duplo com pensão completa. Este éopreçodas diáriasdo HotelFazenda VillageMontana,a 130kmdeSãoPaulo. Pacotes de4 a9/2. Tels. 4125-8399 e(19) 3895-1235,site www.villagemontana.com.br.
Sorocaba (SP): essaéparaquem querpassara foliaem forma. NoSpa Sorocaba, os pacotes custam a partir de R$ 1.266 por pessoa emquarto duplo para quatrodias. Incluiseisrefeições diárias,palestraseducativas,atividadesfísicaserecreativas,acompanhamentomédico.Tel.0800/558878,site www.spasorocaba.com.br.
Serra Negra(SP): noPiemonteHotel & Flat, hápacotes apartir deR$ 1.240o apartamento duploporquatrodiase R$1.300 por cinco dias. Inclui meia pensão. Tel. (19) 3892-6150, site www.piemonteflat.com.br. Serra de São Pedro (SP): baileàfantasia,caminhadas e hidroginásticaprometem conquistar os hóspedes do Spa Jardim da Serra neste Carnaval. Localizado a 180 km da capital paulista, o hotel oferece pacote de seis dias (de 4 a 9/2) a partir de R$ 1.380 por pessoa em quarto duplo. Tel. (19) 3461 2562, site www.spajardimdaserra.com.br.
Oito crianças e um adulto morreram soterrados na madrugada de ontem em conseqüência de um deslizamento ocorrido na favela do Jardim Silvina, em São Bernardo do Campo. Em São Paulo, 11 mil famílias, segundo levantamentos do IPT, vivem em áreas de risco, sujeitas a desmoronamentos. Ontem, o dia do paulistano foi complicado, com congestionamentos nas marginais, alagamento na avenida do Estado e greve de perueiros. Mais de 600 mil pessoas ficaram sem transporte.
Fernando Vieira, Kelly Ferreira e Renato Carbonari Ibelli
EmSão Paulo,a recém-empossada administração do prefeito JoséSerra teve seu batismo de fogo, embora a água tenha sido, ontem e segunda-feira, o elemento dominante. Em São Bernardodo Campo,o saldo das chuvas de segunda-feira foi trágico: nove pessoas(oito delas,crianças) morreram soterradas em um deslizamento de encostanafavelado Jardim Silvina, umaáreade ocupação irregular.
Risco na Capital – Em SãoPaulo,o riscodedesmoronamentos nãoé menor. Levantamentos reveladosontem peloInstituto de PesquisasTecnológicas (IPT) mostram que mais de 11 mil famílias vivem sob tensão nasencostas emorros da cidade. Os técnicos lembram que um deslizamentode proporções imprevisíveis não dependem apenas dechuvas fortes. Segundoeles, chuvasfracas, masintermitentes, como asque, demodo geral, têm caracterizado este início de verão, também podemfazerestragos. "A água infiltrana terrae não há escoamento. O solo encharca, perderesistência e se movimenta. Assim acontecemos acidentes. É preciso ficar atento aos primeiros sinais de que a chuva poderá causar transtornos",disse apesquisadora da área de geologia do IPT, Kátia Canil.
Osecretário dasSubprefeituras, Walter Feldman, solicitou ontemummapeamento detalhado dessas áreas derisco. O trabalho será feito pelas 31 subprefeiturasda capitaleobjetivoé evitartragédias como as de São Bernardo. A chuva fracade ontem complicou o trânsitoem várias vias importantes da cidade.Houvepontos de alagamento na avenida do Estado e trânsitolento nas marginais, especialmente na pista expressa da marginal Pinheiros, próximo a Interlagos.
Greve – Para completar o quadro de confusão, a cidadeamanheceusemboaparte dos perueiros que trabalham para as nove cooperativasqueoperamna capital. Sem as vans,o serviço de ônibus ficou sobrecarregado. Pelo menos 600mil pessoas ficaramsem transporte. O serviço de vans deveráser restabelecidohoje, mas de maneira parcial.
Nas páginas 2 e 4, mais informações sobre as chuvas na capital e as mortes no ABC.
Na capital, 11 mil famílias vivem em áreas de risco
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Greve de perueiros:
600 mil sem transporte
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Entidades de classe se unem para tentar derrubar o aumento da tributação sobre os prestadores de
Um novo bloco vai ganhar as ruas após oCarnaval: o tributário.Dezenasdeentidadesde classe, principalmentedo setor de serviços, estão programando uma série de ações paraderrubaraMedidaProvisória nº 232. Entre os planos, acertados ontem em encontro realizado em Curitiba, estão uma manifestação pública emSãoPaulo, uma nota de repúdio ea criação de umsite cominformações técnicas,apontandoosreflexos do aumentodatributação dosprestadores de serviços, além de pressão sobre o Congresso Nacional. "A união é muito importante nestemomentopara não criarmos ummonstro comoa Cofins,com maisexceçõesdoqueregras.Obloco tributário tem que entrar na avenida após o carnaval com amobilização detodos.Precisamos mostrar o impacto da medida contra a política de geração de empregos e crescimento da informalidade", disse o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)e daAssocia-
ção Comercial de São Paulo (ACSP),Guilherme AfifDomingos, noencontro organizadopeloInstitutoBrasileiro de PlanejamentoTributário (IBPT) e pelo Conselho Regionalde Contabilidade (CRC) do Paraná. Afif Domingos defendeu a derrubadadaMP e,seogoverno insistir no aumento da
tributação dos prestadores deserviços,a criaçãodeum projeto de lei para ser discutidocomtodaasociedadeorganizada. "O que não pode é editar uma MP no apagar das luzes de 2004." Maurício FernandoCunhaSmijtink, presidentedo CRC, lembrou, no encontro, queatodoinstantepagamos
impostos."Só faltacobrarem pelo arque respiramos. É uma perseguição ao setor de serviços, que representa 57% do universode empresas do País", protestou. O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral,por suavez, apresentouosreflexosdaMP232natentativade derrubar osargumentosdo
governodequeamedidaaumentaria o número de trabalhadorescom carteira assinada e diminuiriaa diferença de tributação entre assalariados e pessoas jurídicas. "Quem dizisto nãoconhece o mercado. Os prestadores de serviços não pagarão o ônussozinho.A medida atinge todos os setores, com repercussão emcascata", argumentou, acrescentando que o governo está indo contraa tendênciamundial de terceirização de serviços. De acordo com o IBPT, a MP traráaumento detributos na ordem de R$ 2 bilhões por ano, nodesemprego de mais de 100 mil trabalhadores, levando à informalidademaisde200milempresas prestadoras de serviços. Oeventofoi oprimeirode umasérie queserárealizada emtodo o País.O próximo será no dia 27, no Sindicato dasEmpresasde Serviços Contábeis de São Paulo (Sescon-SP). Na seqüência, a ACSPvai sediarumamanifestação nacional, marcada para 15 de fevereiro,diajá batizado como "quarta-feira de cinzas tributária".
Cynthia Calderon
Na contramãodos desejos do governo, a Medida Provisória 232 – quecorrigiu a tabela do Imposto de Renda em 10%, masaumentouatributaçãosobreo setordeserviços –pode elevarainda maisainformalidade. E pior, prejudicar o setor que mais cresce no País.
De acordocomosdados da FundaçãoSistema Estadual de AnálisedeDados(Seade), somente noestado deSão Paulo, em novembro de 2004, mais da metade da população emprega-
da (4,4milhões depessoas) trabalhava no setordeserviços. Destes, cerca de 50% eram informais eum númeroincontável erade prestadoresdeserviços que trabalhavam como pessoa jurídica. "Como aumento da tributação, quem trabalha comoPJ (pessoa jurídica) não será registrado,pelocontrário, fecharásuaempresa eserámais uminformal",alertaopresidente da Federaçãode Serviços do Estado de São Paulo (Fesesp), LuigiNese,quetambémpartici-
pou do encontro em Curitiba.
De acordocom ele,mais de 60% das empresas de serviços do estado são de pequeno portee nãotêm condiçõesfinanceiras deregistrar seusfuncionários. "Acarga tributáriasobrea folha depagamento no setorpassade 60%,isto é, o segmentoque maisemprega, gastamaispararegistrar seus funcionários", reclama.
De acordo comos dados da Fundação Seade, em novembro, a indústria empregava 1,5
milhão de pessoas no estado (18,8%dototal), enquantoo comérciotinha1,2milhão de empregados (15,5%) e outras atividades, 980 mil (11,8%).
A pesquisa da Seade também mostra que o segmento de serviçoséo maiorcriadordenovos postos de trabalho. Nos últimos 12 mesesaté novembro, foramgeradas 390 milnovas ocupações em São Paulo. Destas,273mil foramemalguma empresa de serviços.
Mas, além doelevado núme-
rode empregos,osetor éresponsável por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estudo divulgado pelo InstitutoBrasileirodeGeografia e Estatística (IBGE) em2002. "Esse percentual vem crescendo em funçãodas empresasque apoiamasexportações, aagricultura e o turismo", diz Nese.
Segundo cálculos da Fesesp, serviços também é responsável porboa parte da arrecadação federal:R$32 bilhõesporano.
A indústria gera cerca de R$ 30 bilhões eo comércio, R$11 bilhões. "A Receita quer arrecadarmais. Nãoestápreocupada com a informalidade", conclui o presidente da entidade. Fernanda Pressinott
PFL ajuiza Adin no STF. Ruralistas engrossam coro dos descontentes.
OpresidentedoPFL,senador Jorge Bornhausen (SC), ingressou ontem com uma ação diretade inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra aMedidaProvisória 232. Elacorrigiu atabela do Imposto de Rendaem10% masaumentou atributação sobreas prestadorasdeserviços, estabeleceu ataxação sobrea variação cambialde açõesnoexteriore causou um aperto nosetor rural. "O quequeremosé derrubar maisum achaquedogovernocontra o contribuinte", justificou o senador. O questionamento se juntaà Adin do PDT. Tambémos ruralistas engrossaram ontem o coro dos descontentes.
Munidos de um estudo da ConfederaçãoNacional da Agricultura(CNA)peloqual o artigo 6º da MP "seqüestrará"R$ 2,015bilhões dosprodutoresa títulodeantecipaçãodeIR, osdeputadosesenadores que representam o setor anunciaram que vão barrar o dispositivo no Congresso. Elesforam ontemao gabinetedoministro da Agricultura, RobertoRodrigues, para tratar do assunto. Com a Adin, o PFL quer derrubar o artigo 11, que elevoude 32%para40% abase decálculo dasempresas prestadoras deserviço,e o artigo 9º,por considerarum erro dogoverno estabelecer a obrigatoriedade das pessoas jurídicascominvestimentonoexteriorefetuarem o reconhecimento,como receita ou despesa financeira, da variação cambial do referido investimento, na apuração doIRedaCSLL.No Congresso, o PFL vai tentar elevar acorreção da tabela do IR de 10% para 17%.
A bancada ruralista, por sua vez,pressionacontra o dispositivo da MP que instituiua cobrança quinzenal de IR e de CSLL sobre os pagamentos feitos por pessoas jurídicas a produtores. (AE)
Apesarde aintensidade das chuvaster diminuido ontem, o risco dedesmoronamentos nas áreasconsideradas perigosas não foi descartado. A preocupação das mais de 11 mil famílias que vivem sob tensãonas encostasemorrosda cidade,segundolevantamento doInstituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT), aumenta comas tempestadesde verão.Maso institutofazumalerta:nãoé precisochover fortepara queos acidentesaconteçam."Aágua infiltranaterra enão há escoamento.O solo encharca,perderesis-
Nas encostas e morros da cidade, os desmoronamentos são iminentes, mesmo com as chuvas fracas. Subprefeitos farão mapeamento de áreas perigosas.
tênciaese movimenta. Assimacontecemosacidentes. Épreciso ficaratentoaos primeirossinais de quea chuva poderácausar transtornos", disse a pesquisadora da área de geologia do IPT, Kátia Canil.
Segundo a Defesa Civil Municipal, existem em São Paulopelo menos522áreas de risco, em 192 favelas. Já a estimativadoIPT –queinsistena inexatidãodosnúmeros – é de que existam 210favelasemáreasderisco nomunicípio, sendo 127 com grande perigo de deslizamento. Ontem, em decorrência da chuva, o Corpo de Bombeiros registroutrês chamados: um desabamentodebarranco, nazonaleste, uma queda de teto e uma
de telhado, ambasna zona sul, que deixaram duas vítimas com ferimentos leves. Além dacapital,o IPTjá mapeou53 cidadesdoestadoemsituação derisco.Na Baixada Santista, foram
identificadas35áreasderiscos.No litoralnorte, 47.Os geólogos do IPTsão convocados para avaliaroscasos mais urgentes sempre que chove. A maioria dos chamados vem de favelas.
Mapeamento – O secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, WalterFeldman, determinou que todos os subprefeitos façam o mapeamento dasáreasderiscodasuasregiões. Oobjetivoé evitar que São Paulo enfrente novoscasos dedesmoronamentos. A ordem foi publicada ontemno Diário Oficial. O comunicadodiz aindaque as subprefeituras devem recorrer, se necessário, a interdições dos locais. O mapeamento das áreas de risco da cidade que a Prefeitura possui foi concluído pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas(IPT) emabril de 2003. O estudo apontou 522 locais sujeitos a deslizamentosde encostas, desabamentos einundações. Os técnicos da administração Marta Suplicy completaram o levantamento e acrescentaram 89 áreas.
Baixada – A Coordenadoria da Defesa Civil de Santosdecretouontemestado de atenção nos 17 morros da cidade. A medida foi adotada depois que as chuvasultrapassaram os 100 milímetros.Segundo acoordenadoria, foram registrados 168 milímetros de chuva em 72 horas. Uma ocorrência foi registrada por voltadas 2h30 no Morro do Pacheco. A chuva provocou deslizamento de terra, mato, lixo e entulho, interditando parte da ave-
nida GetúlioVargas. Ninguém ficou ferido. O material já foiremovido da pista e o tráfego está normal. Limpeza – Ontem ainda foi dia de limpeza para muitosmoradores da capital quetiveram suas casas invadidas pela água da primeiraenchenteda gestão Serra.A chuvafracatambém deixou pontos de alagamentonacidadeecausou transtorno no trânsito. Às11h, aCompanhiade Engenharia de Tráfego (CET) registrou 71 quilômetros de congestionamento. A média para o horário é de 30 quilômetros. Às 19h, o congestionamentoera de 102 quilômetros. A média para ohorário, baseadaem quartas-feiras dejaneiro de 2004, é de 97 quilômetros. O pior trecho com alagamento foi registrado na pista expressa damarginal Pinheiros, sentido Interlagos. Naavenida do Estado,região central, os carros passavamsob aponte daFepasa, com a pista alagada, causando congestionamento até a região do Cambuci. Na rodoviaCastelo Branco,atéa ponteEusébioMatoso, houve 6,2 quilômetros de lentidão.O túnelda Imigrantes, sentido capital,ficou sem iluminação. O CentrodeGerenciamento de Emergências (CGE) detectou cinco pontos de alagamento na zona norte. Com Agências
Dos desfiles de bloco em Recife (acima) aos bailes à fantasia num transatlântico: são 70 opções que incluem, até, dicas para quem quer fugir da folia.
Retrato de SP, depois das chuvas:
9 mortos
Deslizamento de terra em favela de São Bernardo (dir.) mata 9 pessoas. Oito eram crianças. Em São Paulo, 11 mil famílias vivem em áreas de risco.
DCidade
Moda country cai no laço do varejo
Lojas especializadas no estilo cowboy registram boas vendas. Página 10
Alvo dos marines: o terror
Nos EUA, treinos cruéis dos marines (esq.). Para enfrentar o terror. Página 6
O objetivo é obter R$ 24 milhões em subsídios. Hoje a paralisação dever ser parcial. DCidade
Dezenas de entidades formaram ontem o "bloco tributário", que ganhará as ruas do País, logo após o carnaval, contra a folia arrecadatória do governo sobre os prestadores de serviço. Afif Domingos, presidente da ACSP, defende derrubada da MP 232 e sua substituição por um projeto de lei, discutido por toda a sociedade. Pág 12
Previsão é de que a MP 232 eleve a informalidade no setor que mais cresce hoje no País, com reflexos negativos para o emprego. Página 12
Diminui o ritmo de construção de shopping centers no Brasil, por falta de recursos do BNDES. Com isso, menos empregos são criados. Página 5
Sondagem prevê arrefecimento da produção no trimestre. Evolução dos negócios ainda é positiva, mas vendas externas podem cair. Pág. 5
O novo avião de Lula deverá chegar ao Brasil na sexta-feira. Melhorias também em terra: Presidência estima gastar R$ 5,8 mi em reformas nos palácios e carros novos. Página 3
Osmineiros sepreparamparaassumiro comandonacional doPSDB,a partirde fevereiro. Isso significa que caberá ao sucessor de JoséSerra conduzir o processode escolhado candidatodopartidoà PresidênciadaRepública, em 2006.
O substituto de José Serra na presidência do partido é osenador Eduardo Azeredo, quejá foi governador de Minase é ligado a2 presidenciáveis tucanos, ogovernador AécioNevese osenador Tasso Jereisatti (Ceará).
A pesquisaque sefaz entretucanos ésaber seo novo presidente do PSDBvai privilegiar a dupla Aécio/Tasso em prejuízo de Alckmin.
José Serra resolveu abrir mão da Presidência do PSDBporque,como prefeitodeumacidadetão conflitante como São Paulo não teria tempo para se dedicarao partido. Azeredo assumeo comando do partido porque é o 1º vice-presidente. Sua ascensão, portanto, é natural.
A zeredovai assumir o comando do PSDB no instante em que Geraldo Alckmin é apontado como o principal presidenciável dopartido,pois JoséSerra (que é o 1º colocado do PSDB naspesquisas) está compromissadoem exercer os 4 anos de mandato de prefeito.
O governador de São Paulo ésempreum candidatonaturalàsucessãopresidencial e Alckmin não foge à regra. Diz-se, no entanto, que Minas e Ceará, através de AécioNeves e Tasso Jereisatti, seuniram para neutralizar a força política de São Paulo no partido.
A s pesquisasque aterrisam no Planalto continuam indicando favoritismo de Lula,mas o tucano que mais ameaça o petista é José Serra. Pelaspesquisas,somente José Serra impediria Luladefaturar areeleição ainda no 1º turno.
A lém de Serra, que prometeuficar 4 anos no comando da prefeitura paulistana, outros presidenciáveis naturais no PSDB são os governadores Geraldo Alckmine AécioNeves, o ex-presidente Fernando HenriqueCardosoeosenador Tasso Jereisatti. A Alckmin resta ainda outra alternativa: candidatar-se ao Senado contra Eduardo Suplicy (PT).
A pesar do favoritismo deLulanaspesquisas,oPFL levaasérioaindicação de César Maia à Presidência da República.Opartidoconfirma que vai gravar seus programas de televisão tendo comofiguracentraloprefeito do Rio. Maia vai lastrear suamensagem comcríticas ao governo Lula.
S e não apoiaroutrocandidato, oPMDBtambém pensaem lançarcandidato próprio à presidência e, no partido,são citados osnomes de 3 governadores: RobertoRequião(PR), Germano Rigotto (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE),além do ex-governador Anthony Garotinho.
D e pires na mão, a prefeita de Fortaleza(CE) Luizianne Lins desembarcou em Brasília, dizendo que tirou dobolso R$ 50para colocar gasolinano carrooficial que utiliza. A Petrobrás cortou aentregadecombustível à Prefeiturada capital cearense por falta de pagamento.
Temer diz que apoio depende do PT resolver a questão da dupla candidatura de Greenhalgh e Virgílio
Opresidente nacional doPT, José Genoino, admitiu ontem após encontrocomopresidentenacional doPMDB, MichelTemer, queseupartidoprecisa resolver primeiroa questão interna de duas candidaturas àPresidência daCâmaradosDeputados para depois consolidaro apoio dos demais partidos. "É natural que o PT resolva primeiro o problema do próprioPT. E nós vamos procurar fazer isso", garantiu ele.
Luizianne repetiu o bordãoporquequerdogoverno federal o mesmo tratamento que a União dispensou a José Serra ao aceitar que o prefeito de SãoPaulo atrasasse o pagamento deuma parcela da dívida. A prefeita de Fortaleza lembrou que seu Estado é pobre.
O PT mandou orecado: não vaiaceitar insurreição nabancada comacandidaturaavulsa deVirgílioGuimarães(MG) àPresidência da Câmara. A insubordinação não será digerida porqueopartido jáescolheuo candidato à sucessão de João Paulo Cunha,o deputado paulista Luiz Eduardo Greenhalgh.
A última rebeldia que houve no partido desembocou na expulsão de uma senadora (Heloísa Helena, AL) e 3 deputados(Babá, PA;Luciana Genro ,RS;e JoãoFortes, AL).Opartido acha que se perder a união noCongressopõeemxeque o projeto do governo Lula.
S e , naCâmara, o governo enfrenta arebeldia de Virgílio Guimarãese acandidatura de oposição de JoséCarlosAleluia(PFL-BA), noSenado aságuascorrem mansasevão desembocar nacandidatura tranqüila de Renan Calheiros (PMDB- AL)à sucessão de José Sarney.
S e o PSDB fechar com o PT, como se comunicou depois do encontro de Serra com José Genoino, o favoritismo de Greenhalgh se evidencia, porque oPMDB reafirmasua disposiçãode votar no candidatodo partido.Em tempo:ostucanos vão precisardo PTnas eleiçõesdas mesas nas assembléias legislativas.
P ara Fernando Henrique Cardosonão restamaisdúvida: Marta Suplicy será a candidata do PT ao governo de São Paulo, em 2006. O ex-presidente diz aquem interessar possa que o principal adversário dos tucanos será Lula e não o PT. Lula,paraele, estáacima do partido.
A palavra ula de Serra contra a de Marta Suplicy: o prefeitoacusa aex-prefeita de ter deixado como herança uma dívida de R$ 1 bilhão e 600 milhões. Marta retruca afirmando ter deixado em caixa dinheiro suficiente para pagamento dos encargos. Em cena, a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Michel Temer dissea Genoino no encontro realizado ontem, em São Paulo, que seupartido nãovê problemasem apoiaracandidatura de Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) à PresidênciadaCasa.Porém,lembrou queospetistasestão comduas candidaturas,incluindoa avulsadeVirgílio Guimarães (PT-MG). Para o
Reforma ministerial só sai depois da eleição de presidentes
O líder do governo na Câmara,deputado Professor Luizinho(PT-SP), disseontem quea reformaministerial deverá ocorrer somente em fevereiro. "A reforma ministerialsomente será definida depois deresolvida a sucessãodas mesas da Câmara e do Senado", afirmou Luizinho, quese reuniu ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Aeleiçãoparaaspresidências da Câmarae do Senado será realizada em 14 de fevereiro. No Senado, aquestão nãoépolêmica comonaCâmara,ondehá resistências de partidos da base ao nome do candidatodoPT,Luiz EduardoGreenhalgh(SP).O PTtemo direitodeescolher opresidente,pois éomaior partido na Casa. As resistências ao nome de Greenhalgh estão principalmente nas bancadasdoPTBedo PL, partido do vice-presidente José Alencar. (AE)
Sindicância vai apurar pagamento não-autorizado
A Mesa DiretoradaCâmaraMunicipaldecidiuontemquevaimanteroscortes nos salários de 79 funcionários que recebem de forma irregular. Além disso, os vereadores decidiramcriar uma sindicância para apurar responsabilidadespelo fatodesses funcionáriosteremrecebido salários integraisem dezembro.Segundo o 1° secretário, vereador Arselino Tatto(PT), o prejuízo chega a R$ 1,1 milhão. "Deramum passa-moleque no Legislativo. Transformaram comentários de três vereadores emvotos contrários a decisão e assim decidirammanter ossalários queesses funcionários recebem de forma irregular",disse Tatto.Além de pedir o ressarcimento do dinheiroe aabertura deuma sindicância, Tatto também quer encaminhar ocaso parao MinistérioPúblico.Os funcionários responsáveis pela folha salarial afirmam queautorizaram os pagamentosbaseadosem parecer da assessoria jurídica da Câmara. (FL)
presidentedo PMDB, ocaminho naturaltambém é que o PT resolva os seus problemas."Issonãoéquestão nossa,massim doPT", disse o peemedebista. Cobranças – Genoino vem sendocobrado porvários partidossobre essa questão. Na véspera, após encontro com o prefeito da Capital e presidentedo PSDB, José Serra,Genoino
ouviu a mesma cobrança. A de queo PT resolva apendência interna deduas candidaturas àPresidênciada Câmara dos Deputados. Apósessascobranças, Genoino reconheceu que o problemaé mesmodo PT. Ele acredita que o seu partido vai necessitar de muita paciência e diálogo para conseguir aparar estas arestas.
Em outroencontro, Genoino ouviu do presidente do PFL, senador JorgeBornhausen (SC), que o PT procure os líderes de bancada para tratarda sucessãodas mesasdaCâmaraedoSenado. Genoino havia pedido o encontro com Bornhausen para propor uma sucessão, no Legislativo, sem tensão e com respeito à praxe da proporcionalidade,pela quala maior bancada de parlamentares elege o presidente da Câmara e do Senado. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está correto em não interferir noprocesso, maslembrou que, como militante, Lula sempre recomenda que as decisões da bancada sejam respeitadas. Genoino disse, ainda,que oPT vaisolucionar essa questão interna e teráum únicocandidato à Presidência da Câmara. Mas não disse quando: "O tempo é o da política". (AE)
O novo avião presidencial deveráchegar atéamanhã no Brasil,depois de ter passado pela vistoria final em Toulouse, na França. Comprado sem licitação por US$ 56,71 milhões, o Airbus Corporate Jetliner A-391substituiráo antigo Boeing 707, chamado de Sucatão, que serve à Presidência da República desde a década de 80. Equipado com computadores de última geração e um sofisticado sistema de comunicação, o aparelho tematé chuveiro no banheiro. Batizado, oficialmente, de Santos Dumont, oFAB 2101tem afuselagembranca, inscrição FAB sobre uma barra azul e uma faixa verde e amarelano leme.O avião esteve emDallas, nos EstadosUnidos, onde recebeu requintados acabamentos na parte interna. A primeira viagemseránodia19,quando o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva vai a Tabatin-
ga(AM)participa dacerimônia derelançamentodo Projeto Rondon. Mais gastos – A PresidênciadaRepúblicaestimagastar nas próximas semanas um total de R$ 5,8 milhões em carros zero-quilômetro e numareformageral nos palácios. Asmudanças nos gabinetes eresidênciasdo governo incluem forro nos tetos, paredes degesso, iso-
lamentoacústico,móveis e divisórias. Só na compra da nova frota a Casa Civil prevê uma despesa deR$ 2,2milhões –o valordaria paracomprar 101 carros da marca Gol, 1.0, modelo 2004/05, deduas portas. Um veículo popular desse tipo, muitousado no serviço público, saipor R$ 21.900 nas revendedoras da cidade. (AE)
O grupo de vereadores do Bloco Blindado (também conhecidocomo Centrão, que é formado por parlamentares do PMDB,PL, PTB, PP e PCdoB), se reuniu ontem paradefinir umaestratégia para conquistar a presidênciae amaioriadas principais comissões da Câmara. Como controledas comissões, os vereadores passam a decidir os projetos queserão votados.Embora afirmem que estão "unidos e fortes" e se neguem a dizer que queremtrocar cargos porvotos,osvereadoressão rápidos em criticara forma como o prefeito vemnomeando os subprefeitos. "Ele está escolhendo exprefeitos paraserem subprefeitos.Está trazendoum montede estrangeirospara a cidade. Para mim, ele está fazendo uma base política, pensandonas eleições de 2006", afirma o líder do PMDB, vereador Milton Leite.Serra anunciouanteontemqueo ex-prefeito de Itapira, José Antonio BarrosMunhoz, vaiser o subprefeitodeSanto Amaro.Além disso,hárumores dequeoutros ex-prefeitos
da região metropolitana, como CelsoGiglio (Osasco) e José Augusto (Diadema) possam ganhar subprefeituras. "Estranho essa decisão. Respeitoosex-prefeitos do interior,mas desafio eles para qualquerdebate. Querover seo Barros Munhoz sabe onde fica a Vila Rieti, nazona sul",afirma o líder do PL, vereador Antônio Carlos Rodrigues. "Tudo indica que as nomeações são o começoda campanha para 2006".
Boatos diários – A coesão do grupodevereadoresé colocada em prova todos os dias,quandosurgem boatos de quemuitos integrantes doBloco Blindadojá estariam na base aliada do prefeito Serra.Ontem, ainformação que circulava pela Câmaraeradequeintegrantes do PTB se reuniram com ovice-prefeito, Gilberto Kassab, antesda reunião do grupo. "Aposição da bancada do PTBcontinua a mesma: independente", disseo líderdopartido, Paulo Frange. Osintegrantes doBloco Blindado queremas presidências das comissõesde Fi-
nançase Orçamentoe de Constituiçãoe Justiça. Abrem mão para o PT da comissão de Política Urbana, bem comodas comissõesde Educação,SaúdeeTransporte. Umintegrante doPMDB poderiaficarcomapresidência deFinanças, enquanto o PTB ficaria coma de Constituição e Justiça (com Celso Jatene,doPTB, queseriarecompensadopornãotersido eleito presidente da Casa). Alémdascomissões, o bloco também passoua cobraruma posição do presidente daCâmara,Roberto Trípoli (PSDB),que seelegeu contra a vontade de seu partidoe somentegraças a esses votos. "Há integrantes do grupo que querem saber se ele vai cumprir a promessadedeixaroPSDB",disseo vereador Arselino Tatto (PT). "Não vou ser oposição aSerra. Masvou deixarclaroqueo PoderLegislativo tem autonomia", disse Trípoli, que afirmou que até amanhã apresenta sua defesa, no processode expulsão movido pelo PSDB, deixandoclaroque nãopretende abandonar a legenda. Fernando Lancha
americanos recebem durante à noite orientações dos testes realizados
"Essa não é a sua guerra e vocês não estão lutando por uma causa verdadeira no Iraque", diz mensagem de vídeo gravada em inglês
pelos insurgentes"
Rebeldes iraquianos divulgaram ontem uma gravação em vídeo convocandoos soldados americanosa sejuntaremà eles na "luta contra os tiranos". Eles prometem proteger os militares que desertaremdoExércitodosEstados Unidos.O principal narrador fala inglês fluentemente eé possível que ele seja umiraquiano educadono ReinoUnido ou nos EUA, segundo especialistas. O rebelde zomba do presidenteamericano, George W.Bush,ao lembrar dealgumas de suas declarações, logo no início da operação Iraque. Na época, Bush usou palavras quesoaram como desafio paraos rebeldes. Emresposta, deforma irônica, orebelde pedeque Bushos desafieaindamais.
Durante anarração, cenas de veículos de guerra americanos explodindo são mostradas.
"Não cruzamosos oceanose mares paraocupara Grã-Bretanhaou os EUA e não somos responsáveis pelo 11/9. Essas são apenas algumas das mentiras que esses criminososapresentam para encobrir seus planos verdadeiros",diz onarrador, aparentementese referindo àalegaçãodaadministração Bushde quehá ligações entre Saddam Hussein e os ataques a Nova York e Washington.
Namesma fita,umoutro rebelde,que dizpertencer ao grupoExércitodaJihad Islâmica, diz aos soldados americanos, destavez em árabe: "essa não é a sua guerra e vocês não estão lutando por uma causa verda-
deira no Iraque. Vocês podem escolher lutarcontra a tiraniajunto anós. Baixem suasarmaseprocuremabrigo em mesquitas, igrejas e casas.Nós vamos proteger vocês".
O vídeofoi obtido pela agência de notícias Reuters, e sua autenticidade ainda não pôdesercomprovada.
Geralmente, os vídeosrebeldes divulgados no Iraque mostramapenas decapitaçõese insurgentesajoelhando frente à bandeiras islâmicas.Desta vez, questões econômicas também foram abordadas. Onarrador pede para queaspessoas "parem deusar o dólar americano" erecomendao
O Parlamento Europeu, em Estrasburgo, aprovou ontem, por folgada maioria, 500 votos a 137 (quase três quartos dos deputados europeus), além de 40 abstenções, o tratado que institui a Constituição Européia. Essa aprovação sem reservas não encerra, entretanto, o processo, pois a Constituição ainda precisa ser ratificada por via parlamentar por 15 países membros e por via de referendo pelos demais
Laura Howard, a mulher de Connecticut (EUA) que foi inseminada artificialmente com o esperma errado numa clínica de fertilização deu à luz a um menino saudável.
10 países da UE que assim optaram. Isso porque o Parlamento Europeu não tem poderes legais para adotar o tratado, que foi assinado pelos chefes de Estado e de governo da UE em 29 de outubro, em Roma. Os grupos comunistas, representados no Parlamento Europeu pela Esquerda Unida Européia; o grupo de direita europeu, Independência e Democracia; os
Chaiwat Subprasom/Reuters
Dois membros da Jihad Islâmica infiltraram-seno assentamento judaico de Morag. Um deles, homembomba tentava içar uma bandeira palestina quando se explodiu.
conservadores britânicos do Partido Popular Europeu e militantes da extrema direita haviam anunciado, desde o início, o voto contra. Um grupo socialista, próximo do ex-primeiroministro francês Laurent Fabius preferiu abster-se. Entre os países do Leste Europeu, Polônia e República Checa também vacilaram entre o não e a abstenção, mas sem nenhuma influência sobre
O cantor Rick Martin visitou ontem crianças órfãs da tsunami em Bangcoc, na Tailândia, sob proteção da Cruz Vermelha. Bastante brincalhão, ele fez o que pode para alegrá-las.
O rigoroso inverno da Rússia está tão "quente" que chegou a tirar um urso da hibernação em um zoológico em São Petersburgo. Outro nem chegou a dormir.
o voto. Apesar disso, os deputados contrários à Constituição européia exibiram faixas defendendo o voto contra, convencidos de que sua aprovação implicará na "morte da Europa".
O voto de ontem no Parlamento Europeu foi um indicativo. Agora, começa a fase final de adoção da Constituição, por meio de referendos, como os da França, GrãBretanha e Polônia. (AE)
O orfanato de Liverpool que inspirou John Lennon a compor Strawbery Fields Forever, foi fechado porque a maior parte das crianças foi viver com famílias de adoção.
A sonda européia Huygens entrará sextafeira na atmosfera de Titã, a maior lua de Saturno, numa das mais fascinantes operações científicas da história para coletar dados.
usodo euro.Os rebeldes tratam também de questões políticas e lembram os soldados das baixas sofridas. "Também agradecemos à França,à Alemanhae aoutros Estados por sua posição,que, precisamos dizer, são consideradas sábias e válidas atéhoje", dizo narrador da gravação. Novos ataques –A 18 dias daseleições, acidade de Mossul, no norte do Iraque, tem se tornado umgrande foco de insurgência no país. Rebeldes realizaram uma série de ataques nos últimos dois dias, que resultaram na morte de cinco membros da GuardaNacional iraquiana. Ontem, um carro-bombaexplodiuemfrenteauma patrulha iraquiana,matando doisguardas, deacordo com as informações do Exército. Este último ataque
aconteceu menos de 24 horas depois que insurgentes fizeram uma emboscada a umcomboio desoldados americanos eiraquianos na cidade, onde outros três guardas foram mortos. Uma patrulhaamericana baseada na parte sul dacidade também foi atacada ontem. A troca de tiros entre os agressores e os soldados resultou na morte de um insurgente. Enquantoisso,nos EUA, marines passam porum rigoroso treinamento chamadode"54horascruciais",em ParryIsland,naCarolinado Sul, onde sãosubmetidos à exaustãofísica, psicológica e moral. Os esforços indicam queas guerrasnorteamericanasem nome do terrorainda vãoseprolongar por um bom tempo. (Reuters/Agências)
Opresidente americano, George W. Bush, assegurou que vai conseguir a aprovaçãolegislativadesua polêmica reformamigratória, queinclui caminhos para a legalização damaioria dos imigrantes ilegais que vivem atualmentenosEUA, estimados entre 8 e12 milhões. Bushreiterou que seu "plano de reforma prevalecerá porque é uma necessidade", em entrevista publicada ontem pelo jornal
The Washington Times
permissãode residênciae trabalho temporário durantetrêsanosacadaestrangeiro ilegal. Esta permissão seria prorrogada por outro período de mesma duração, e depois disso se tomaria a decisão final.
Muitos representantes e senadores republicanosse opõema esse plano dopresidente dos EUA por considerar que incentivariao fluxo de imigrantes ilegais para os EUA.
O presidente americano acrescentou que estádisposto a "resolver este problema" para benefício da segurança nacional edos estrangeiros.Por issoareforma migratória será "uma alta prioridade"deseusegundo mandato. O ponto principal da iniciativade Bushéa concessãodeuma
DEUS
Na mesma entrevista, Bush disse não concebe "como alguém podeser presidentesem uma relaçãocomo Senhor". Ele contou que reza para pedir inspiração na hora de tomar decisões difíceis eque uma das primeiras coisas que faz ao levantar-se todos os dias, é orar. "Que Deus continue abençoandoosEUA", finalizou. (Agências)
A Agrofruit, empresa produtora e exportadora de polpa natural de fruta, investiu 3 milhões de reais nos dois novos segmentos
Nem só de café e leiteviveo interior mineiro. A fruticultura já é representativa emregiões comoaZonadaMata.Lá,no anopassado, foramproduzidascerca de1.400toneladas degoiaba. Atualmente, há cercade600 hectares plantadosde manga. As frutas têm destino certo: são ndustrializadas por empresas locais,como aAgrofruit,de Viscondedo Rio Branco (120quilômetros de Juiz de Fora). Aindústria,aprincipalda região, produz e exporta polpa natural (não congeladae nãoconcentrada)e, agora, irá desbravardois novosmercados:odesobre-
mesa de frutas eo de sucos prontos. Depoisde quase umano de muito trabalho e investimentos volumosos, este mês chegampara osconsumidores brasileiros os cremes de frutasda marca Ouro de Minas e os sucos Brisk, produzidospela Agrofruit "Foramnove mesesdepesquisas,compras deequipamentos e treinamento de pessoal", afirma Alexia Mendonça Campos, diretoradeMarketing da empresa, fundada pelo empresário Maurício Campos em 2002. O investimento nos novosnegócios foide 3milhões de reais.
Alinha decremes defrutas irá disputar o mercado
Desde 2002, os produtores de frutas do Vale do Xopotó (MG) trabalham em conjunto. Eles fundaram a Assifrut (Associação Intermunicipal de Fruticultores). O objetivo da entidade, segundo Maurício Campos, dono da Agrofruit e idealizador da associação, é integrar todos os segmentos envolvidos na cadeia produtiva de frutas para conquistar avanços significativos para o setor. Catorze cidades, entre elas Visconde do Rio Branco, participam da entidade.
Nos dois anos de atuação, a Assifrut firmou parcerias importantes com a Emater (órgão do governo estadual que dá assistência técnica aos agricultores), com o Ministério da Agricultura e com a UFV (Universidade Federal de Viçosa). Uma das vitórias da entidade, no ano passado, foi a construção da fábrica de mudas, na Fazenda Sementeira, da UFV. O objetivo é desenvolver e distribuir mudas aos produtores nas épocas de plantio. (CM)
Brasileiros vão ao Japão para vender álcool nacional
O Ministério da Agricultura e o setor privado sucroalcooleiro vão enviar, até fevereiro, missões comerciais para o Japão na tentativa devenderálcoolcombustível ao país.
A missão do governo federalseguepara oJapãologo apóso carnaval eserá chefiadapelo secretário de Produçãoe ComercializaçãodoMinistérioda Agricultura, Linneu da Costa Lima. Integrarão ainda acomitivao coordenadordo Pólo Nacional de Biocombustíveis,Weber Amaral, e o presidente da Câmara Se-
comassobremesastradicionais – sorvetes e doces –, indispensáveisao paladar brasileiro, etambém servir de recheio para bolos eoutras guloseimas. Com uma vantagemsobreeles,temaltaconcentração defrutas e baixa deaçúcar."Éuma alternativa saudável. Está maisde acordocom asdietas alimentares recomendadas, atualmente, pornutricionistas e médicos", diz Alexia.Os cremesserão vendidosem latasdeum quilo– nossupermercados, parao consumidorfinal –e 4,2quilos –para usoindustrial. Os valores são, respectivamente, 9 e 36 reais. Inicialmenteo produto, novidade no mercado nacional,será encontradoem três sabores: goiaba(tipo Paluma), manga (Ubá) e mamão. As duas primeiras são frutasda região, produzidaspelaAgrofruit epor produtores parceiros. O mamão vem de longe, os fornecedoresficama 250 quilômetros da empresa , mas são controlados, de perto, pela companhia, que
tem o certificado de APPCC (Análisede Perigos e Pontos Críticos de Controle).
Sucos Brisk Se aAgrofruit debuta na produção de cremes de frutas,nade sucosnemtanto. Maurício Campos,dono da Agrofruit, foi o fundador da marca Tial, no final dos anos 80.Em2002, elevendeua marca para os sócios que atuavam na parte comercial daempresaepassouasededicaràspolpasdefrutas.No ano passado, decidiu voltar a fabricarsucos prontospa-
Para atender a demanda e também compensaras dificuldades geradas pelo clima ereduçãodospreços agrícolas,osfabricantes de máquinas e implementos buscamumaumento na verba para o Moderfrota no Plano Agrícola e Pecuário 2005/06. O presidente do Simers(Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul), Cláudio Bier, disse que são necessários6 bilhões,anteos 5,5bilhões previstos no plano 2004/05.
A inadimplência no setor de máquinas não foi expressiva no ano passado no Rio Grande do Sul, embora a produçãotenha sidoafeta-
rabeberinvestindonumalinha premium, paraumconsumidor maisexigente. Paraatingiressepúblico,aempresa desenvolveu embalagens em vidro (300 ml e 1 litro), diferente da maioria encontrada nos supermercados,em embalagens longa-vida.Esses produtos ainda estãosem preços definidos. Ossucos serãovendidos, primeiramente, nos estados do Sudeste (Minas,Rio, EspíritoSantoe São Paulo).
"Depois, vamospara asoutras capitaise, até ofinal do
ano,espero entrarnosEstados Unidos(onde aempresa já vendepolpas)", afirma Alexia. Ossabores doBrisk são manga, goiaba, mamão, abacaxicomhortelã,tomate temperado, uva e pêssego. Osdoisúltimos sãonéctares.A diferença, segundo Alexia,é aporcentagemde polpana mistura. No suco pronto,elaémaisalta(node manga,por exemplo,omínimode polpaé50%), no néctar, menor (no caso do pêssego, o valor é 40%). Nos refrescos, menos ainda e, nas bebidas isotônicas, a presença é mínima.
A empresa
A Agrofruit tem hoje cerca de100 funcionáriospróprios. A empresa tem capacidade instalada paraproduzir 4 milhõesde litros de sucos prontos por ano, 20 mil toneladas de polpas, 2 mil toneladas de cremes de frutas e1,5 de doces(goiabadae mangada). Comos novos produtos, aAgrofruitestimafaturar 7milhões de reais em 2005.
Cláudia Marques
torialdo Açúcare doÁlcool, LuizCarlos CorreaCarvalho, entre outros.
"A missão éuma seqüênciado trabalhoquejávem sendo feito há tempos pelos governosbrasileiroe japonês.Vamosresponder às questões técnicas e básicas solicitadas pelo primeiroministrojaponês navisita feitaaoBrasil (emsetembro)", explicou Carvalho, da Câmara Setorial. Jáa missãoprivadaserá feita pela União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) em parceria com a trading Coimex. (AE)
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da peloclima, mashá preocupaçãocom oefeito daestiagemsobrea capacidade de pagamento dos produtores em 2005, admitiu Bier . O setorjádiscute apossibilidade de prorrogar financiamentos, diante de uma nova estiagem este ano. Para os produtoresde trigo doRioGrandedoSul, por exemplo, o Banco do Brasil concordouem prorrogara parceladecusteio quevenceria emjaneiro.O vencimento passou para fevereiro,atendendoa pedidos dostriticultores por causa dos preços baixos do cereal,explicou obanco. A decisão vai beneficiar 17 mil produtores financiados pelo BB. (AE)
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Acertando o rumo. O Brasil perde mais de 1 bilhão de dólares por ano com os defeitos registrados em cerca de cinco milhões de couros produzidos no país. Para reduzir tais perdas, o CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil) e o Sebrae firmaram o convênio Programa Brasileiro da Qualidade do Couro, com duração de um ano, para promover ações que melhorem a qualidade do produto. As atividades iniciarão em 2005.
Ano do cavalo. O ano passado foi muito bom para os criadores de cavalos árabes. Segundo
dados da ABCCA (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe) o Brasil absorveu cerca de 500 exemplares do animal, resultado bastante significativo se comparado aos 100 exemplares negociados com outros países no mesmo período. As exposições da raça também cresceram, principalmente quanto ao número de freqüentadores.
Vitória. Um comitê da UE (União Européia) decidiu ontem suspender a proibição de importação de carne bovina argentina. A suspensão, devido à aftosa, existia desde 2003. Agora, só produtos de uma zona fronteiriça de 25 quilômetros do país com Paraguai e Bolívia continuam suspensos.
ADVOCACIATRABALHISTA ESPECIALIZADA Os Advogados, OVIDIO LOPES GUIMARÃES
Veículos das nove cooperativas que atuam na cidade deixaram de circular ontem. Hoje, o serviço deverá ser retomado, mas parcialmente. Objetivo da paralisação é obter R$ 24 milhões em subsídios.
As frotas de lotações e ônibus das cooperativas queoperam na capitalvão circularapenasparcialmentehoje. Na manhã de ontem, todos os veículos das nove cooperativas deixaram de circular. Como resultado, pelo menos 600 mil pessoas ficaram sem transporte na cidade.
O objetivodos autônomos é obter subsídios para a manutenção dos carros e também um pagamento extra pela gratuidade para idosos,deficientese usuários dobilhete único, que nãopagama segundapassagemnoperíodo de duas horas. Ao todo, eles pedem R$ 24 milhões para cobrir os prejuízosquedizemteracumulado desde outubro.
Segundo oSecretário dos Transportes, Frederico Bussinger, aparalisação foirecebida com surpresa pela administração tucana, já que as negociaçõescom os representantes das cooperativas estavam em andamento."Não entendemos os motivos da greve. Do ponto de vista das obrigações com o sistema, estamos absolutamente em dia" declarou Bussinger. Paraosecretário,oimpasseé frutoda desorganização da última gestão. Ele afirmaque acordosinformais sãoresponsáveis pela a atual confusão no sistema. Como exemplo, ele citou o bônus de R$ 1 mil por veículo, que foi pago nos meses deagosto, setembroeoutubro. Segundo Bussinger, essa obrigação não foi formalmente estabelecida.Mas os cooperados contavamcom essedinheiroe agora protestam pelo recebimento. Contratos –A novaadministração estádecidida a realizar uma revisão dos contratos e voltaràs propostas iniciais. "Agora teremos como base os contratos licitados", afirmou FredericoBussinger. Segundo ele, uma das reivindicações dos operadores, orecebimento por passageiro, independentemente se ele é pagante ounão, eraprevisto noprimeiro contrato assinado em 2003,masos próprioscooperadospuseramumacláusuladetransição.Issoimpediua formaderecebimento estabelecida. Osautônomos recebem da seguinteforma: dividemo totaldaarrecadação
DELEGADO DA PF É PRESO POR TRÁFICO DE DROGAS
O delegado da Polícia Federal, em Ribeirão Preto, a310 quilômetros de São Paulo, Wilson Perpétuo, foi condenado a seis anos e oitomeses de prisão por tráfico de drogas, e terá de pagar multade R$ 5,2 milalémdeperdero cargo. Perpétuoestá presodesde23 de junho de2003, quando foi desencadeadaa Operação
Lince, que investiga adulteração de combustívele roubo e receptação de cargas. Durante os mandados de busca e apreensão foram encontradas porçõesdedrogas nasaladePerpétuo,na sededa PF.Em sua defesa,o delegadoargumentou que asporções eram usadas em palestras. (AE)
daáreaemque operam. Mas ospassageiros nãopagantes– porexemplo,idosos e deficientes ou os usuáriosdo bilheteúnico naintegração entre umônibus e outro – nãoentram nos cálculos. Esta é a principal
queixa dos cooperados. Outro ponto a ser discutido é o porcentual da passagem que é repassado. Os cooperados recebem, emmédia R$ 1,15 do total do valor do bilhete, que custa R$1,70. Osperueiros pe-
dem o aumento para R$ 1,50. Mas, para mudar o valor do repasse, a Prefeitura alega que precisaria aumentaratarifa,oque foi descartadopor Bussinger na primeira semana da atual gestão.
LOCALIZA
A Polícia Civil encontrou ontem uma plantaçãode maconha transgênica(produzida com sementes geneticamentemodificadas,comoobjetivo de aumentar o poder da substânciaentorpecenteda planta, o THC), em uma chácara na VilaAlexandrina, próximoda Represa Guarapiranga, nazona sul da capital. Duas pessoas foram presas em flagrante. Háummês,policiaisreceberam uma denúncia sobre a plantação. Usaram atéum helicóptero para localizaros pés de maconha.Hoje elescercaram a chácarae prenderam Carlos Alberto Andrade Silva, 38 anos, e o irmão dele, Márcio Andrade da Silva, 29. (AE)
CORPO DE DENTISTA É ENTERRADO EM SOROCABA
A família do dentista EduardoAlvarenga daSilva, que morreunoAconcáguaefoienterrado ontem em Sorocaba, demonstrougrande desagradocomautoridadesargentinas que atribuíram o acidente à negligênciade Eduardo e a mulher, Rita. Segundo a família, o casalestava bem preparado, em perfeita forma físicaejáhaviaescaladoquasetodasas montanhasdoBrasile geleiras da Patagônia. OdeputadoestadualMauro Bragatto, primo de Rita, contou que o casal pagou US$ 300 para escalar oAconcágua e o custo incluía resgate. O velório do dentistafoiabertoao público atraiu 2 mil pessoas. (AE)
Pontos e ônibus ficaram lotados ontem em função da greve dos cooperados. Os veículos sequer deixaram os pátios das cooperativas. Hoje, o serviço será retomado, mas apenas parcialmente.
Promessa – Mesmo com aaparente confusãodosistema detransportes da capital,a prometida integraçãocom metrôainda se mantém."Até ofim doano estaremosoperando integrados", garante Bussinger.
Hojeàs16h haveráuma reuniãoentre osecretárioe os representantes das cooperativas de transporte coletivo da cidadepara tentar uma solução para o problema.Enquanto isso,oserviço será apenas parcial. (AE)
Andrea Matarazzo, subprefeito da Sé, já tem planos para a região. Entre eles, atacar o problema dos camelôs.
Páginas 2 e 3
Situação é gravíssima. O risco de desabamento das galerias pluviais subterrâneas é alto. Para evitar a abertura de crateras no asfalto, capazes de até mesmo engolir um ônibus, as obras de correção deverão começar neste domingo e podem durar um mês. A CET prepara esquema para o trânsito.
Ocorredor do Passa-Rápido Rebouças, recéminaugurado pela ex-prefeita Marta Suplicy, será interditado por 30 dias num trecho de 500 metros, entre a avenida Faria Lima e aponte EusébioMatoso, provavelmentea partir de domingo. O túnelFernando Vieira de Melo, o chamado "piscinãodaRebouças",também passará por reformas. Serão construídaslombadas egrelhasde captação para evitar inundações.
Motivo da interdição: corrigir obras mal executadas (leia texto neste página). Asituação no corredor, onde foraminvestidos maisde R$ 100 milhões, é gravíssima, segundoestudotécnico encomendado pela Prefeitura. Há riscoiminentede desabamentodasgaleriaspluviais subterrâneas, que podem abrir enormes crateras noasfalto,comoada9deJulho,eengolir osônibusque circulam nos dois sentidos dapista. A áreacrítica tem cercade200metroseocuparáas duas faixas centrais, utilizadas para passagem exclusiva de ônibus. Masa interdiçãopara arealização dos trabalhos será maior, de pelo menos 500 metros, ao longoda avenida Eusébio Matoso (veja mapa).
A medidafoi classificada deemergencial pelosecretáriodeInfra-estrutura e Obras, Antônio Arnaldo de Queiroze Silva, quenão descartanovasemaioresinterdiçõesparaa realização
de reformas. Elas poderão ser definidas nos próximos dias pelo monitoramento doInstituto dePesquisas Tecnológicas (IPT).O início da primeira intervenção aguardaapenasaconclusão de alguns projetos de correçõeseo preparodeumsistemadecomunicação aos motoristas, para que eles evitem trafegar pelas avenidasFranciscoMorato, Eusébio Matoso e Rebouças. É preciso "avisara todosde queé preciso evitartodaa região", disse Roberto Salvador Scaringela, presidente daCompanhia deEngenharia de Tráfego (CET). Impacto – Háum anocomerciantese moradoresda região sofrem como trânsito intenso, poeira, entulhos, calçadas destruídas e des-
cumprimento de diversos prazos de conclusão,algumasdas conseqüências negativas das obras na Rebouças. Ocorredorfoiconcluído atoquedecaixa,pouco antes das eleições. "Essas obras vãocausar umgrande impacto", adverte o secretário Antônio Arnaldo, que não garantiu qualquer indenização ou compensação aos comerciantes prejudicados. Trânsito –Com duasdas seis faixasdocorredorbloqueadas,cerca de4.500carros/horadeverão seespremernum espaçodeapenas 5,7metrosdelarguraaolongo dos500 metros.Os 100 ônibus/hora que circulam pelo corredor também terão dedividir esse espaço com os carros. "Sobrarão duas faixas bemestreitas. Seestiverem emmovimento,um carroeum ônibusnãocon-
"Oserviçofoimalexecutado enão seguiu alguns pontosdo projetooriginal. Existem erros, e grosseiros". Esses foram os motivos dados pelosecretário municipalde Infra-estruturae
Obras, Antônio Arnaldo de Queiroz e Silva,para o Passa-Rápido Rebouças estar afundando. Essa situação foi denunciada pelo Diário do Comércio, com exclusividade, em suaedição do dia e de dezembro. Esses erros tambémrespondem pela inundaçãodo túnelFernando Vieira de Mello.
A Prefeiturainforma que
não pagará pelas obras a seremrefeitas. "OprefeitoJosé Serra foi claro: não vamos pagar por serviços mal feitos. Já entramos em contato com as empreiteiras". Ele disseainda queas obrasda gestãopassada nãoforam completamente pagas,estando pedentes, pelo menos, R$ 100 milhões dos R$ 300 milhões gastosnaregião–incluindo otúnelda Cidade Jardim.
Laudo –A situação atual do corredor Rebouças consta de laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),do InstitutodeEnge-
nharia e da Escola Politécnica (Poli-USP). O relatório apontadeficiênciasnosistema de drenagem implantado durantea construçãodo túnel, da canalização do córrego quepassa soba rua dos Pinheiros ePedroso de Moraes,edas bocas-de-lobo e coletoras da região, possivelmente entupidas. O laudo técnico conclui que asgaleriasdeáguas pluviais ao redor da Rebouças estãocomprometidas. "Estão sob riscode desabamento com reflexo para o piso, ondetrafegam osônibus. Em outros pontos há
assoreamento e,inclusive, concreto dentro das tubulações. Aárea deintervenção pode ser estendida", afirmou Marcos Tadeu Pereira, diretor técnico do IPT. A solução exige oreparo dos problemas detectados e a conclusão de itens previstos noprojeto original,como grelhas coletoras de água e "cocorutos" (obstáculos de nível) nas entradas e saídasdos túneispara dificultar a entrada de água. Estudo semelhante será realizadotambémno túnel Max Feffer, da avenidaCidade Jardim. (FV)
A pista do Passa-Rápido da Rebouças está afundando (esquerda). As galerias pluviais estão deformadas (foto menor) e estão escoradas por vigas. Há risco de desabamento. Segundo o secretário Antonio Arnaldo (abaixo, esquerda), a situação é gravíssima. A região voltará a sofrer com desvios e congestionamentos.
seguirãopassar aomesmo tempo", explicou Adauto Martinez, diretor de operações da CET. A largura normalparaduas faixasderolamento é de sete metros. Segundo Scaringela, é preciso tentar reduzir para 3.500 número de carros que trafegam por hora pela avenida. "Realmente, vai haver umaredução muito drástica do fluxo", disse Scaringela. A CET sinalizará a região das avenidas Rebouças e FranciscoMoratocom placas indicativas de desvios. Isso significa que os moradoresdo JardimPaulistanoterãodevoltarasuportar uma partedo tráfegointenso de veículos pelas ruas do
bairro, comoa SampaioVidal. AruaDiogoMoreirae da faixa local da Eusébio Matoso, no trecho externo dotúnel Jornalista Fernando Vieirade Mello,esquina coma avenida Faria Lima, serão interditados. A idéia é diminuirofluxodeveículos no trecho que estará em obras. Para os carros sobrarão apenas a faixa exclusiva do Passa-Rápido.Ultrapassado otrecho emobra, os motoristas poderão retornar às faixas laterais da Eusébio Matoso. ACETvaidesestimularo acessoaolocal. No sentido bairro-Centro, os pontos de ônibusserão deslocados do canteiro central para o lado direito da via.
O subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, está otimista em relação às melhorias que deverão ser implantadas no Centro
Subprefeito da Sé, responsável pela gestão do Centro de São Paulo, disse que dará prioridade à questão dos camelôs. Para isso, agendou reunião com associações de ambulantes e com a Associação Comercial de São Paulo, que defende a retomada dos Popcentros. Matarazzo quer redefinir a utilização dos calçadões e vê o Centro como uma terra de oportunidades de negócios.
Há pouco mais de uma semana no cargo de subprefeito da Sé, o ex-embaixador e exministro das Comunicações, Andrea Matarazzo, revelou ao Diário do Comércio suas expectativas e propostas de solução para os os principais problemas que atingem a área central da cidade. Matarazzo está otimista e destacou a crescente ocupação da região por atividades ligadas ao comércio, aos serviços e à habitação. Disse que esse perfil mais humano do Centro é facilitado pelo acesso promovido pelo metrô (são sete estações) e pelas linhas de ônibus (cerca de 180). Destacou que a segurança da região, com baixos índices de crimes violentos, ajudam decisivamente empresas a redescobrirem essa área da cidade. "Algumas universidades já têm se instalado por aqui e isso é ótimo, pois elas atraem os jovens, que atraem bares, restaurantes e moradias. É preciso trazer vida para o Centro", disse.
O subprefeito demonstrou conhecer bem alguns dos problemas que o aguardam e que atrapalham a "vida de quem quer chegar ao Centro", uma vez que teve por anos escritório na rua XV de Novembro. Para a semana que vem está programada uma reunião entre a subprefeitura e associações de ambulantes. Matarazzo espera colaboração dos camelôs, entre outros pontos, para a limpeza das ruas onde montam suas bancas. Ele também trata com carinho proposta de criar vias de acesso para carga e descarga nos calçadões, que ajudariam a melhorar trânsito na região.
Obras de revitalização e de grandes mudanças estruturais no Centro são prometidas ainda para o primeiro semestre. A seguir os principais temas abordados por Andrea Matarazzo.
Camelôs
O subprefeito promete para a semana que vem a primeira rodada de negociações envolvendo representantes dos ambulantes, lojistas e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para tratar do comércio irregular na região. Um dos temas do encontro será a necessidade de os camelôs auxiliarem na limpeza das ruas onde trabalham. "A 25 de Março é varrida dez vezes por dia e, mesmo assim, continua imunda". Matarazzo também promete resolver os entraves que inibem os ambulantes a apostarem nos Popcentros, os centros de comércio popular, cuja proposta, apresentada pela ACSP, é promover ambulantes irregulares a micro-empresários . "Sei que o Popcentro emperrou por causa da burocracia. A Subprefeitura da Sé pode agilizar esse processo", afirmou.
A utilização dos calçadões (acima) será revista, permitindo o acesso de carros de serviços e de táxis. A medida, segundo Matarazzo, aliviaria o trânsito na região. Outra preocupação é o lixo que se acumula nas ruas. Pedirá ajuda aos camelôs.
As associações de ambulantes dizem existir cerca de 20 mil camelôs ilegais na região central da cidade, número que, segundo Matarazzo, está fora da realidade. Para ele, esse número gira em torno de 4 mil. Mesmo assim, o certo é que apenas 1.244 ambulantes, que possuem o Termo de Permissão de Uso (TPU), poderiam trabalhar nessa área. O problema é que o contrato com os agentes de fiscalização – fiscais de jaleco amarelo que ajudam a Guarda Civil Metropolitana (GCM) a controlar os ambulantes – estão vencendo. O subprefeito não vê a política de contenção de gastos adotada pelo prefeito José Serra como entrave para renovar esses contratos. "Certos serviços não podem ser paralisados".
A criação de vias de serviço para carga e descarga nos calçadões, por onde poderiam transitar caminhões, táxis e carros oficiais, é uma das apostas do novo subprefeito para atrair mais empreendimentos e reduzir os congestionamentos na região. "Há muitas áreas de estoque de materiais no Centro Velho, mas um único acesso para veículos, que é passa pela rua Boa Vista em direção à Líbero Badaró. O resto das entregas é feito pelo calçadão". A criação das vias, segundo Matarazzo, também ajudaria a preservar os calçadões, que hoje são constantemente danificados pelos veículos (carros de polícia, carros oficiais, caminhõespipa e de entrega de valores) autorizados a invadi-lo. Mas não se sabe se a proposta é plausível. "Tudo isso ainda precisa ser analisado".
Revitalização O processo de revitalização do Centro vai continuar diz o subprefeito e, para que caminhe, ele aposta em ações conjuntas com ruas de comércio específico, como a Santa Ifigênia ou a São Caetano, que possam incentivar o turismo de negócio. "Para revitalizar é preciso trazer a sociedade par cá", justifica.
A Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) também guarda 120 projetos para a recuperação do Centro, que envolvem reforma de prédios, melhoria de vias públicas, desocupação de cortiços e urbanização de favelas entre outras ações. Essas obras são financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que desde o início do ano
Uma solução para os camelôs passará pelo diálogo com as associações de ambulantes e com a Associação Comercial de São Paulo. Os Popcentros estarão na pauta de discussão.
O Centro deverá ser sempre uma área privilegiada para empreendedores interessados em abrir um negócio e aos paulistanos que optarem por morar na região. Acesso e comunicações são fundamentais.
passado tem liberado parcelas de um total de R$ 100 milhões prometidos para serem remetidos em até 2008. "Apenas 30% desse total foram usados pela gestão anterior", afirmou Andrea Matarazzo.
"O que atrai o empresário para um determinado local é o acesso fácil, moradias para seus empregados, segurança e infra-estrutura de comunicações. Tudo isso a região central já tem", afirma o subprefeito. Ele justifica a existência desses atrativos principalmente com a chegada recente de universidades à região, casos da Anhembi Morumbi e da UniNove.
Hoje, segundo ele, um dos entraves encontrados pelos empresários que procuram a região é a demora para conseguir permissão de reformar prédios mais antigos, muitos em áreas tombadas pelo Patrimônio Histórico. "A subprefeitura pode ajudar, agilizando esses processos". Entretanto, o subprefeito prefere ser
cauteloso e admite que não será do dia para noite que Centro voltará a ser o pólo empresarial de antigamen
A criação de estacionamentos subterrâneos também é pretendida por ele para incentivar empresas a entrarem no Centro. Esses empreendimentos substituiriam uma série de estacionamento irregulare que existem na região, que não possuem estrutura e n quais se manobram os carros no meio das ruas Cortiços
A erradicação dos cortiços é uma das ações prometidas e que deverá ser feita em conjunto com o governo do Estado. O encaminhamento dessas ações ainda está sendo preparado, disse Matarazzo. Segund o subprefeito, os oito albergues que existem na região destinados a receber as famílias removidas de prédio invadidos, seriam suficientes, desde que o modelo fosse alterado para se tornar atraente aos sem-teto. "Hoje se ouve que não querem ficar nos albergues, precisamos estudar o porquê disso".
Hoje, segundo Matarazzo, o orçamento da subprefeitura da Sé não é suficiente para fazer a manutenção das ruas e canteiros, limpeza, poda de árvores e outros trabalhos emergenciais. O caixa da subprefeitura estaria com R$ 4 milhões negativos. "Em trinta dias teremos condições de fazer esses trabalhos emergenciais regularmente". Obras de revitalização e outras "mudanças estruturais grandes", que não fora especificadas, foram prometidas ainda para este primeiro semestre.
Trabalham atualmente na subprefeitura da Sé 1.300 funcionários. Segundo Matarazzo, 30 pessoas com cargos de livre provimento foram dispensadas. Enxugar o quadro de funcionários é uma das primeir medida da gestão Serra.
Ontem, segundo dia de greve, cerca de dois milhões de pessoas ficaram sem transporte. A Prefeitura comprometeu-se a pagar por passageiro transportado, como previsto em contrato.
Osdirigentes das cooperativas de transporte de São Paulo decidiram ontemsuspendera greve iniciada na terça-feira. A medidafoi anunciada após cinco horas de reunião dosecretário municipalde Transportes, Frederico Bussinger, e o presidente da São PauloTransportes (SPTrans), Ulrich Hoffmann, com os operadores do sistema. Ficou acertadoquea Prefeitura pagarápor passageiro transportado, como previsto no contrato de 2003.Hoje, haverá nova reunião para acertar os valores. Pelomenos 15ônibus foramdepredados onteme 2 milhões de passageiros, prejudicados. Em2003, os pagamentos combinados comosoperadores variavam de R$ 0,59 a R$ 0,83 por passageiro. O preçoera definido conformearegião dacidade.Bussinger disseontem que vai proporna reuniãovalores corrigidos.Atualmente, os perueiros ganhamemmédia R$1,12 por passageiro. Eles alegam que o ideal seria R$1,50. Bussingerdisse quepretende rever toda a rededelinhasemvigorpara tirar as redundâncias Protestos – Dos 15 ônibus depredados, 12 foram na zona sul e pertecem à ViaçãoParatodos.Os outros três ônibus destruídos eram daViaçãoHimalaia, dazonaleste. Doisdelesforam incendiadose umdepredado. Um passageiro teria ficado ferido com uma das pedras arremessadas. Além disso, manifestantes queimaram umônibus da Viação Tupi, da zona sul. Por causa da greve, os pontosde lotação foramtomados por motoristas clandestinos. Muitoscobravam R$ 2 de cada passageiros. Alguns, em carros particulares, cobravam R$ 3. Nas zonasoeste e norte, algumas cooperativas chegarama saircom osveículos, masrecolheram oscar-
Ônibus da empresa Himalaia são vistos na garagem, na Penha, zona leste da cidade, depois que foram queimados por perueiros em greve, ontem. A categoria reivindica subsídios atrasados e negociação do repasse do valor do ônibus. Hoje, uma nova reunião vai decidir detalhes da negociação, como valores a serem pagos pela Prefeitura por passageiro transportado.
rospor causadas ameaças dos grevistas. Os 6,5 mil perueiros contratados fazem 2 milhões de viagens por dia emvans, ônibus emicroônibus. Isso representa 30% do total de viagens na capital. (Agências)
Área da escola: 10 mil metros quadrados que valem R$ 50 milhões
A administração José Serra vai pedirna Justiçaaanulação datroca de um terreno de 10 mil metros quadrados naVila Nova Conceição,ondeestá aEscola EstadualMartim Francisco,porumaáreapróxima à rodovia Raposo Tavares. Nos próximos dias, a Procuradoria de Patrimôniodo município deverá ingressar com uma ação cautelar com pedido de liminar de suspensãodo negócio.Em 30 dias, entrará com uma ação principal de anulação. Com a troca,cerca de1,5 milalunos foram transferidos.
Segundoo secretáriomunicipalde Negócios Jurídicos, LuizAntônio Guimarães Marrey, apermuta não atende ao interesse público. "Há uma desproporção no valor dos imóveis". O Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo avaliouo terrenodaVila Nova Conceição em pelo menos,R$ 50milhões.A área recebida pela Prefeitura na gestão passada, foi comercializada porcerca de R$ 19milhões, em2002. Na ocasião foi cedida em comodato para umaentidade religiosa uma área no meio do terreno por 99 anos.
Na lei aprovada na calada danoitedodia23dedezembropelaCâmaraMunicipal, à pedido da ex-prefeita Marta Suplicy,apermuta trazia como valordaárea próxima à Raposo Tavares, formada portrêslotes distintos, cercadeR$44 milhões. ParaMarrey, "nãofoi possível tamanha valorização em dois anos". Ele afirma que os documentos daanálise serão também encaminhados para o Ministério Público para determinar se há crime de lesão ao eráriopúblico. A pressa naaprovação dalei no final do ano foi criticada. "O melhor tratamento teria sido uma licitaçãopara a alienação (venda)doterreno. Nãohaviamotivopara liquidá-lo na véspera da nova gestão", diz Marrey. Outros pontos são bastante polêmicos. Em 28 de dezembro, foi solicitada a alteraçãono contrato dos interessados na permuta, incluindo oGrupoInpar–de construção –na transação. Além disso, a Prefeita Marta Suplicy fez questão de lavrar a escritura pessoalmente, um dia depois. "Isso nãoé habitual,apesar de não ser ilegal". (FV)
Tia que reconheceu quatro crianças morre de enfarte
D epoisda tristezapela morte dos quatro filhos em um deslizamento deterraemSãoBernardodo Campo, naquarta-feira,a família de Gilson de Souza Oliveira, de 35 anos, e Maurícia de Souza Santos, de 27, enfrentamaisum drama. Depois que os bombeiros resgataramoscorposdeRoseana, de 12 anos, Raí, de 10, Jair,de8, eJoseane,de 6, coube à tia de Maurícia IdaliceHenriqueDias,de 43, fazer o reconhecimento. Muito abalada,passou mal efoi levadapara aUnidade Básica de Saúde do Jardim Silvina, onde teve um enfarte, às 19h45, e morreu.
"Ela tinha pressão alta, problemas nocoração. Eu morava no barraco onde estava afamíliadaMaurícia, agora perdiminha irmã", disse o metalúrgico Leonísio PereiraDias, de30 anos, irmão de Idalice.
Oliveirapassouo diade ontem tentando liberar os corposdosfilhos –doisnão tinham registro. A documentaçãofoi regularizada no fim da tarde e o velório será hoje. As despesas do enterro das nove vítimas dos deslizamentosocorridosna cidadeserãopagas pela Prefeitura. Os corposdamulher de José BragaSarmento, de25 anos, Maria Cláudia Estrela deOliveira,de24, edosfilhos,Daiane, de 5, Wildenberg,de3,e Wigna, de11 meses, serão enterrados em Souzas(PB). Outravítima foi Juliano Césarde Oliveira, de 7 anos, que morreu na
Favela Vila Esperança. Quinze barracosque corremoriscodedesabar no Jardim Silvina foram interditados ontempelaDefesa Civil. Os cerca de 60moradores foram orientados a procurar abrigo em casa de parentes e amigos. Técnicos doInstitutode Pesquisas Tecnológicas (IPT) condenaram definitivamente 18 barracos da favela erecomendaram adesocupaçãodeoutros36."Estimamos quecerca de cem barracosestão em áreas de bastante risco",disse otécnico Gérson Salviano de Almeida Filho.
Em nota, a prefeitura afirmouter removido mais de 45 mil pessoas de áreas de risco e ainda tem planos de retirar outras 1.200. Cerca de 150moradores de favelas se reuniram às margensdokm25 daVia Anchieta para protestar contra a"falta deação"da prefeiturapara prevenir deslizamentos. Eles prometem ir, hoje, até o centrode Santo André, ondeo prefeito de São Bernardo, William Dib, tomará posse como novo presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC. Riscos –A SecretariaNacionalde Defesa Civil (Sedec), do Ministérioda Integração Nacional, alertou ontem para a probabilidade de ocorreremfortes chuvas em sete estados neste fim de semana. Entre sexta-feira e sábado, as chuvas deverão castigarBahia,EspíritoSanto, Minas Gerais, Maranhão e Piauí. (AE)
Odeputado João Paulo Cunha (PT), às vésperas de deixar a Presidência da Câmara, começaa abriro jogoese declarapreparadopara sercandidatoaogoverno deSãoPaulo em2006,caso opartido queira.João Paulo faz questão deenaltecer osquadros doPT enquanto diz que o PSDB é um partido exaurido.
João Paulo Cunha começou sua carreira política como sindicalistaem Osasco, de ondesaiu fortalecidonas urnasnas eleições de prefeito emplacando seucandidato e impondofragorosa derrota aos tucanos.
Mesmocom umabasepolítica fortalecida,João Paulosabe queparachegara sercandidatoprecisa impor seu nome numa convenção ou nas prévias repletas de respeitáveis adversários. Marta Suplicy,por exemplo, éconsiderada um páreo duríssimo para João Paulo vencer, como difícilserátambémbarrar opresidentedopartido, José Genoino.O PT tem outros pretendentes à candidatura de governador, como Aloísio Mercadante, José Dirceu e Antonio Palocci.
J oão Paulo Cunha tem ditoerepetidoqueo PTtem muitachance deeleger o governador paulista,entendendo sobretudo que o PSDB está semcandidatos de forte poder do voto. Trocando em miúdos, João Paulo querdizerque o PSDBnãotemcandidatono ponto para enfrentar o PT.
M as , como presidente daCâmara, JoãoPaulotem recebido pesquisas e notou, por exemplo, que José Serra éocandidatomaisforteque o PSDB temparalançarao governo do Estado. Aconteceque Serrasecomprometeuemcumpriros4anos de mandato de prefeito.
O utros tucanos que aparecem noslevantamentos mas sem o mesmo respaldo devotosde Serra.SãoWalterFeldman, Aloysio Nunes Ferreira, Saulo de Castro e Arnaldo Madeira. A melhor opçãodostucanos depois de Serra é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
T ambém paraJoão PauloCunhaaeleiçãodegovernador em São Paulo deve ficarpolarizada entreo PTe PSDB.Outros partidos,comoPMDB ePP,comsuas principais lideranças –Orestes Quércia ePaulo Maluf – estão em baixa.
U ma outra liderança políticase impõe emSão Paulo e pode ser lembrada paraconcorrerà sucessão de GeraldoAlckmin, caso o PFLqueira; éGuilherme Afif Domingos,que pilota umacampanha decombate ao aumento dosimpostos e que, depois do Carnaval, vai seestender por todo o País.
E stão no ar em São Paulo (TV) duasmensagens partidárias curiosas: uma, do PMDB procurando projetarQuércia;outra, doPP em que, até agora, Maluf não deu o arda graça. Quem comanda o programa do PP é o deputado VadãoGomes, presidenteregional do partido.
L ula vai se reunir segunda-feira com JoséSarney e Renan Calheiros, ambos doPMDB, para tratar da reforma ministerial. É possível quedurante oencontroo presidentefale alguma coisa sobre o futuro ministério que está reservado para a senadora Roseana Sarney.
OA lém de SarneyeRenan devem participar da reuniãocomLulaos2ministros do PMDB, Amir Lando, da Previdência,e EunícioOliveira, das Comunicações. Ainda não se sabe se ambos continuarão nas suas pastas. A reforma ministerial entra em sua fase final mas, como tudo noBrasil, só vai se concretizar mesmo depois do Carnaval.
O presidente do PFL, senadorJorge Bornhausen, reafirma que,para aceitaro ministério de Lula, a senadora RoseanaSarney deve, antes, deixaro partido.No PFL só cabem oposicionistas ao governo. Roseana Sarney vai trocar futuramente oPFLpelo PMDB, quepretende recebê-lacom toda a pompa.
O s partidos que formam o Centrão na Câmara Municipal (PT/PMDB/PTB/ PP/PL/PC do B) continuam pressionando para que RobertoTrípoli deixeo PSDB, como ficou combinadona eleiçãodovereador para a Presidência da Casa.
L ula O desejo de Trípoli é o de permanecer noPSDB. Essavontade ficou evidenciada depois doseu encontrocomoprefeitoJoséSerra. A política de Trípolié empurrar o caso para a frente e não deixaroprocesso ser julgado já pela Comissão de Ética do partido.
O prefeito José Serra mandou apressar o mutirão da catarata. O prefeito está preocupado com a situação em que encontrou o setor da Saúde. No início do seu governo, Serra quer cumpriraspromessas de campanha: incentivaros mutirões como fez no Ministério da Saúde.
G eraldo Alckmin avisa maisuma vezque nãovai interferir naescolha do candidato ao PSDB à Presidênciada AssembléiaLegislativa. Mas, na verdade, o candidatodo governador é odeputadoEdson Aparecido, presidente municipal do partido. Vaz de Lima seria um candidato tucano avulso.
A Presidência da Assembléialegislativa devecontinuarcomo PSDB,porsera maiorbancada. AoPT,que tema 2ªmaior bancada,caberá outravez a1ª Secretaria, que é o 2º cargo mais importante na Mesa Diretora.
ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, revelou aintenção do PMDB de receber a filiação da senadora Roseana Sarney. Segundo ele, ainda nãohouvenenhumaconversa com a senadora e ainda nãoépossível afirmarseela vaise filiarao partido."Hoje a senadora não é filiada ao PMDB,mas nós estenderemostapetevermelhonahora em que ela quiser se filiar. O PMDBse orgulharáde tera senadora em seus quadros". Aentrada deRoseanano Ministério está praticamentecerta, mas o presidente LuizInácio Lulada Silva ainda não definiu o seu lugar,e mantémsegredo sobre amudançanaequipe. No jogo de xadrez em que se transformouareforma ministerial, Roseanaé cotada para várias cadeiras, entre elas ade Comunicações. Nessa hipótese, o peemedebista Eunícioassumiria um ministério com orçamento mais robusto, como reivindica oPMDB. "Issotudo é especulação", esquivou-se Eunício. "Não recebi nenhuma indicação de que
mudareide ministério e continuo trabalhando".
Lula chamará os dirigentesdoPMDBparanovaconversa na próxima semana. De qualquer forma,a senadora já avisou o presidente do PFL,JorgeBornhausen (SC),quese desligarádo partido assim que receber o convitedeLula. Até agora só houve sondagens. É possível que Roseanase filie ao PMDB, masnãoimediatamente. A provável entrada da senadora no governo, no entanto, não faz parte da cotado partido,quegostaria deaumentarsuafatianaadministração, de duaspara três pastas. Trata-se deum agradecimento do governo aseupai,opresidentedoSenado, José Sarney(PMDBAP). Em outras palavras: Roseana entraria na cota do próprio Sarney. PFL cobra Renan – O PFL cobra a conta da redução da bancada no Senado ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), provável presidente da Casa, por participarda eventualtransferência da futura ministra para o PMDB. "Épreciso queo Renan se convençaque ele vai
Pressão sobre Virgílio aumenta
O deputado Virgílio Guimarães(PT-MG) só deve definir na próximasemana semantéma intençãodese candidatar à Presidência da Câmara dos Deputados. Ele pediuaopartido um "tempo para pensar". "A pressão sobre Virgílio estáforte. Os pedidosderenúnciavêmde todososlados. Não seiaté quando ele vai aguentar", afirmou umdeputado próximo ao mineiro. As pressõespara adesistência vêm do Planalto, do própriopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da direção do PT. A dupla candidatura, doavulso Virgílioe do oficial Luiz Eduardo Greenhalgh(PT-SP), está dificultando o apoio ao PT vindo dos demais partidos.
Entre analistas de Brasília há quem acredite que Virgílio vai levar até o fim sua candidatura. Dizem quea campanha deapoio ao mineiro já temmateriais como cartazes, bonés e adesivos, ao custo de R$ 150 mil. Opresidente doPT, José Genoino,vem fazendoarticulações pró-Greenhalgh e nestasemanajá se reuniu com dirigentes do PSDB, PMDB, PFL e PL. Ontem esteve como presidentedo PSB,Miguel Arraes.Todos, aliadosounão,cobramuma definição da siglaem relação aum candidato único. "O PT é assim mesmo... Não vamos tomar nenhuma decisãodecima prabaixo,nenhuma medidade força", disse Genoino. (Reuters)
Eunício Oliveira: orgulho de ter a senadora no partido
seropresidente doCongresso do Brasil e não o presidente do Congressodo governo... Não fica bem um presidente quenós apoiamos participar da negociação antes mesmo da posse", disseo senador Heráclito Fortes(PFL-PI), vice-líder dopartido.Calheiros não comentou a declaração.
Natural – Na quarta-feira,apósuma reuniãocomo presidente Lulaeoatual presidentedoSenado, José Sarney(PMDB-AP), olíder peemedebista disse que a filiação de Roseana no PMDB seria uma conseqüência natural de suaestréia na equipede Lula.Mas,segundo assessores da senadora, ela deveficar sempartido durante alguns meses.
ParaHeráclito,tanto Renan–querecebeuoapoiodo PFL para suacandidatura à Presidência doSenado–quanto Roseana "pisaram na bola". "Paraque asucessão (no Senado) seja pacífica, é preciso que haja um compromisso por parte dele (Renan) de se manter afastado... Odiado benefícionãopode servéspera daingratidão", alertou Heráclito. (Agências)
JOSÉ SARNEY E EDUARDO CAMPOS SÃO OPERADOS
O presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), foi submetido ontem, em Brasília, a uma cirurgia de catarata no olho esquerdo, e passa bem. O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, também foi operado ontem, mas no Recife, para a correção de uma hérnia inguinal (na virilha), do lado direito. A cirurgia, de médio porte, durou cerca de uma hora e a previsão da equipe médica é de que Campos tenha alta hospitalar ainda hoje.
A hérnia de Campos foi diagnosticada na última segunda-feira, durante exames de rotina. De acordo com a assessoria do ministro, há dias ele sentia dores na região inguinal, tendo piorado no dia 08. Durante a recuperação de Campos, o secretárioexecutivo do ministério, Luís Fernandes, responderá pela pasta. (Agências)
A Igreja Universal do Reinode Deus, dobispo EdirMacedo,quer transformarseu púlpitoemtribuna. Cansados de mendigar vagas em partidos políticos, aigrejadecidiu criar um novo partido, o Municipalista Renovador (PMR).
Na Câmara Municipal, os vereadores BispoAtílio Francisco(PTB)eJorgeBorges (PP), ligadosà Universal, devem entrar para a nova agremiação. "Os partidosdessesvereadoresfazemparte do Bloco Blindado,mas navotação da Presidência da Câmara,eles atenderamopedidodaigreja evotaramno candidato do prefeito. O climapara eles estámuito ruim, pois são chamados de traidores.Com onovopartido, eles devem evitar muitosproblemas",disseumintegrantedo bloco. Os dois vereadoresnão foramlocalizados ontem para falar sobre apossívelfiliaçãoao PMR quando ele for criado. Bancada menor– Até o ano passado, a Igreja Universal tinha quatro vereadores na Câmara. Apenas Atílio Francisco conseguiu se reeleger. O vereador Vanderley Jangrossi acabou quase sendoexpulso doPL (ele abandonou o partido antes) e indo para o PSL. Na ocasião, o líder do PL, Antônio CarlosRodrigues, disse que ele só atendia as orientaçõesdaigrejae nãoda bancada. Naesfera federal, o PL sofreo mesmo problema: muitos deputados acabam seguindo aorientação da igrejae não da direção partidária.Hoje, oPLtem 46 deputados. Mas quando começou o governoLula, o partido possuia 26 parlamentares, sendo que 9 eram ligados à Universal (ao todo
O
a igrejaconseguiu eleger18 deputados federais). O senadorMarcelo Crivella (PL-RJ) deve ser o presidente do novo partido, depois quea JustiçaEleitoral tiver concedido o registro definitivopara alegenda. A informação é do presidente regional doPL do Rio e ex-bispo da igreja, deputado Carlos Rodrigues. Eledisse queparticipoudo iníciodo processode formaçãodo PMR, em2003. Depoiselefoiafastado da função debispo, apósdenúncias de que recebia propina de funcionários da Loteria do Estado do Rio, durante agestãodoex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz. Diniz, dois outros ex-presidentes da autarquia e 44 pessoas jurídicas, entre bingos e entidades esportivas, foram denunciados por improbidade administrativa peloMinistério PúblicoEstadual(MPE) fluminense. Um total de 20 ações civis públicas foi ajuizado pelas Promotoriasde Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania, alegando que as casas de jogos foram abertas ilegalmenteou nãoforamfiscalizadas.
Fernando Lancha/ Agências
Obras feitas às pressas na gestão Marta terão de ser reformadas. Galerias subterrâneas (esq.) podem desabar e afundar a pista do Passa-Rápido. Corredor Rebouças vai parar por um mês. DCidade
Os protestos contra a MP 232 tomam caráter nacional: agora são as confederações da agricultura, indústria, transportes e comércio que se juntam a outras entidades de classe e ações políticas para derrubar medida que eleva impostos para setor de serviço. Pág. 12
Vida de príncipe, fantasia de nazista
Príncipe Harry, filho da falecida princesa Diana, causou indignação ao ir a uma festa vestido de nazista. Página 9
Subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, revela os planos para o Centro. E quer debater a questão dos camelôs com a ACSP. DCidade
Alexandre Chico
Aldemir Yáconis
Mitos em cartaz: estréia Alexandre, épico polêmico de Oliver Stone. Chico faz história em mostra de fotos, cinema e teatro. Aldemir encanta com sua arte colorida e lucrativa. Cleyde Yáconis volta ao palco e emociona em Cinema Éden
Manter-se jovem e belo nunca foi tão fácil. A indústria de cosméticos dá uma mãozinha oferecendo luxos como autobronzeadores, sais e até óleos com pimentas quentes.
Por André Alves e Juliana de Moraes
Há muitotempo as mulheres nãosão maisas únicas privilegiadas quando oassunto são os cosméticos. Cada vez maisaindústriadabelezase volta para o público masculino, com linhasespeciais que incluem cremespara mãos e pés, produtos para o contorno dosolhos, saisde banho e auto-bronzeadores, entre muitos outros. Tudopara aliviara tensãodeles quantoà aparênciae facilitara tarefade ficarbonito em todas as ocasiões. "A procura por produtos que proporcionam uma maior resistência da pele e que ajudam no rejuvenescimento cresceacada dia", afirma Marco AntônioMaron,proprietário dalojaSamurai, especializadaem cosméticos masculinos.
Para a esteticista e cosmetóloga Roseli Siqueira, o públicomasculinoé fielaos cosméticos e tem mais disciplinaparaseguir ostratamentos. "Ohomem émuito exigente.Quando seacostuma com determinado produto, é difícil mudá-lo ".
A esteticista afirmaque, como a pele do homem é mais oleosa, os produtos para elessão menosconcentrados para agir mais rápido.
Face - Os produtos para a face são os mais procurados poreles. "Hámuitademanda porcremespós-barbae outrosàbasedeVitaminaC, querejuvenesce ehidrataa pele",dizMaron.Naslinhas masculinas daamericana
Zirh e da francesa Nickel, são encontrados produtos comoesfoliantefacial,sabonete para o rosto, creme re-
Delimpeza de pele à massagem anti-estresse. Semfalarna mini-lipoaspiração. As clínicas estéticas especializadas nopúblico masculino oferecem um leque completo de serviços de barbearia, tratamentos paraa peledo rosto, corpo, técnicas de emagrecimento e recursos mil para fazer relaxar.
Com um público que vai dos 27 a 70 anos, essas empresas atendem, na maioria, executivos que pela falta de tempo dão preferência a esses locais porque encontram um maior número de soluçõespara manter a beleza em dia.
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ria& Estética, localizada na rua Renato Paes de Barros(Itaim),emSãoPaulo,a novidadeéalipoaspiração de pequenasquantidades degordura.Comanestesia local, não énecessária internação e os riscos são mínimos."O recurso só éindicado paraquem jáemagreceu, masnão consegue perder os'pneus' laterais", conta Daniela Lotti, geren-
te da clínica.
Outros serviçossão corte de cabelo, manicuree pedicure, limpeza de pele, depilação a laser, talegenctasia (retirada de microvasos do rosto), toxina botulinica (Botox), tratamentos corporais com argila, algas marinhas, massagem e aparelhos para o enrigecimento muscular. Day Spa - Na IO - Perso-
juvenescedor multivitamínico para a face e o pescoço, creme auto-bronzeador e óleode massagem com pimentas quentes, entre outras opções. Olhos - Afuncionalidade e apraticidade também estãopresentes no lift para o contorno dosolhos eno gel Day After, ambos da Nickel. O primeirodescongestiona
pequenas e grandes bolsas ao redor dos olhos e reafirma apele,suavizandoo contornodosolhos.O Day After,por suavez, éindicado para devolver o frescor e a suavidade da pele quando atarefadeacordarnodiaseguinte é penosa. Outro produtoque tem feito sucesso entre os belos é oTimexpert,queoferecepa-
nal Care For Men, na AlamedaLorena, também na capital paulista, os pacotes de serviços variam de R$ 180 a R$ 450. Opções como oDay Spaincluem almoço e sete serviços que vão do corte de cabelo à terapia com pedras quentes para ativara circulação.O Lunch Breaktraz massagem tipoShiatsu, hidratação facial e almoço.
Em casa - Nolocalépossívelcomprar produtos parafazera manutenção do tratamento realizado pela clínica. As marcas NickeleZirh,exclusivaspara o consumidor masculino, tratam da pele do rosto, corpo e cabelo. (JM)
IO oferece opções de serviços como o Day Spa. Clientes podem adquirir os produtos para fazer manutenção em casa.
ra o homemo mesmo efeito dobotoxnasmulheres. A diferença é que o produto não é injetável, mas aplicado em forma de gel. O tratamentodura em média 30 dias e a caixa custa R$ 430. Mudança paramelhorHá um ano, o administradorArthurAugusto de LimaNessrallatinha26quilos a mais,vivia cansadoe mal
tinha tempo de se olhar no espelho.Quandose deu contado seuestado físicoe emocional, achounecessário tomar uma providência. "Eupassavacomfreqüência em frente à S/A Barbearia & Estética. E nãoé que tivesse receio de entrar, mas morria de vergonha só de pensar em ter que encarar as pessoas na saída", relembra.
Mesmoassim, tomoucoragem e, ao ser recebido pelosprofissionais da empresa, teve certeza de que não searrependeria dadecisão. "Passei pelomédico ortomolecular, especializado emmedicina preventivaao envelhecimento, e fui orientado por uma nutricionista amudar hábitos alimentares e praticar exercícios. Em paralelo, passei a fazer massagens para perda de peso e tratamentos como aplicaçõesdeenzimase coquetel fitoterápico para eliminar a gordura localizada que insiste em permanecer mesmo após emagrecer mais de 20 quilos", conta Arthur. Auto-estima - Para ele, ostratamentosfazemmuito bem àauto-estima. "Osresultadosdosmétodos para perda de pesoe recuperação da vaidade foram tão positivosqueagora estou sempreatentoao queháde novo em recursos para a melhoria da estética", diz. Nessrallafaza manutençãoaos tratamentosdepele com cremes esabonetes paraesfoliaçãoe hidratação. "Notoa diferençaque faza dedicação ao corpo. E as pessoascom quemconvivo também. Procuro vir à clínicapelomenosduas vezes por semana", explica. Emboraele nãotenhanenhumavergonha deadmitirque seentrega aostratamentos para manter a forma, evitacomentar com quemnãopergunta."Quandosou questionadosobreo que fizpara ficar tãobem, a
Ajuste para colocar as PPPs em prática, novo modelo do setor elétrico e crescimento global devem incentivar injeção de recursos em 2005
Os tão esperados investimentos em infra-estrutura noBrasil devem vir neste ano para as áreas delogística, transportes eenergia. Pelomenos é isso que espera o presidente daAssociação Brasileirade Infra-estrutura eIndústrias de Base(Abdib), PauloGodoy.Ele sediz otimistacom as perspectivas econômicas em 2005.
Godoy não chega a ser tão empolgado comoopresidente LuizInácio Lulada Silva, que nesta semana propagou estimativade crescimento de 5% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, mas aposta que o dinheirovirápara as rodovias,portos eferrovias, alémdegeração, transmissãoe distribuiçãode energia elétrica. Issocom um ajuste de regulação para colocarempráticaasParcerias Público-Privadas (PPPs).
"Os juros ainda sãoo elo dessacorrenteaserencaixado. O Banco Central parece nãoestar convencidoarea-
lizar um teste, neste momento,para termosjuros menores para estimular nosso crescimento", diz. Expectativa – Apesar do entrave dos juros elevados e o polêmico debate em torno da valorização doreal frenteao dólar,a expectativada Abdib é de que o País manterá acrescente correntede comércio e comemorará novosrecordes deexportação e de superávitscomerciais em 2005.
Tudoisso graçasà forte baseeconômicamundialregistrada em 2004 e, mais importante,emvirtudedasexpectativas de crescimento do PIB global de4%a5%.
"Não hánenhum indicador capaz de sugerir desaquecimento da economia global e, no nosso entendimento, teremos boa base para manternossacorrentedecomércio", analisa Godoy. "O crescimento virá, só não sabemos se no patamar anunciado pelo presidente."
Setor elétrico – Além de se manter forte na via de comércio exterior,o Brasil
Rodovias, ferrovias, portos e geração, transmissão e distribuição de eletricidade serão o foco dos investimentos em infra-estrutura no País este ano. Mas área de saneamento básico deve ficar para depois.
cria,nesteano, condições favoráveis para a atração de investimentos em infra-estrutura, avaliaa Abdib.Na área energética,háenorme expectativa de retomada dos investimentos em geração de eletricidade, após a implementação donovo modelo do setor. Mas, se as dificuldades comerciais e regulatórias parecem ter sido vencidas com o novo modelo, há aindaosproblemasdelicenciamento ambientaldos em-
preendimentos, fator que comprometea retomada dos projetos de geração. "Ao olharmoso cenário de 2009ea necessidadedeexplorarmos novosaproveitamentose construirmos novas unidades de geração, vemos aquestão ambiental aindacomomuito preocupante", alertaopresidente da Abdib.
No ano passado, o crescimento da demanda por energianoBrasilfoi de aproximadamente 5%.
A reativação dos investimentos em geração coincide também com a melhora do caixadas distribuidoras de eletricidade que acenam, segundoa Abdib, coma adoção de um plano de investimentospara atendero crescimento da demanda do mercado doméstico.
Nesse segmento, a aplicaçãode recursos écomplementada pela implementação doProgramaLuz no Campo, de universalização doserviço, tocadopelogoverno federal,e pelamanutençãodos programasde concessões delinhasde transmissão. "O setor de petróleo também vaifuncionar,coma realizaçãodeoutrarodada de concessões", afirma Godoy. Rodovias – Na esteira do sucesso dasexportações,a Abdib ainda vê indicações de que ogoverno retomará o programa de concessões de rodovias, alémde investir na recuperaçãode estra-
das, ferroviase portos, como indicao OrçamentoGeral da União. Apenas em estradas que podem ser transferidas à iniciativa privada, há potencial de investimentosdaordemdeR$3,2 bilhões,emobrasdemodernização, restauração e ampliação,a serem iniciadas em 2005 eextensíveisaos próximos anos. Outro conjunto de projetos rodoviários passíveis de concessão no futuro podem gerar investimentos aproximados de R$ 9,4 bilhões, em 39 estradas com extensão de 4.821 quilômetros. Saneamento – A frustração do setor de infra-estrutura permanece, entretanto, na área de saneamento básico. "A regulamentação do setor ficou dois anos dentro do Ministério dasCidades e, agora, está em análise por umgrupo interministerial. Não vemos perspectiva para esse setor no curto prazo", diz Godoy. (AE)
Forte no litoral paulista, fabricante de sorvetes faz o caminho inverso da maioria das empresas e reforça divulgação de sua marca em São Paulo.
Conhecida pelos picolés que vende nas praias do litoral paulista, a tradicional Sorvetes Rochinha fezocaminhoinverso damaiorpartedas empresasnoverão: subiuaserra para ampliar suas vendas emplena capitalpaulista. Em frente à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),o movimento do último mês de dezembroresultou na comercialização dequase 3 mil picolés.Os consumidores paulistanos que dão preferência à marca caiçara são os mesmos quecompram o produto à beira mar.
Clientes –Deacordocom José Lopes,queadministra aempresade30anos de mercado há 15, a vindada para São Paulo partiu do interesse de clientes que conheceramos picolésRochinha na praia. "Há dois anos, umconsumidordeSãoPaulo nos perguntou sobre o interesse de trazer a distribuiçãoparaa capital.Eledisse fazer questão de dar início à abertura desse novo mercado para a marca", explica. Atualmente, a empresa conta com seis pontos-devenda na capital.O primei-
ro foi aberto na avenida NovedeJulho, osegundoem Alphaville.Os mais recentes estão localizados nos bairro dePinheiros, Vila Olímpia, Jardins, Brooklin e,na regiãocentral,narua Barão de Duprat. Fama sobe a Serra – Lopes afirmaquea cidadejá respondepor 10%dasven-
das de 200 mil picolés e 40 litros desorvetes demassa produzidos mensalmente nas estações quentesdo ano. "No inverno aprodução cai em torno de 35%". Cerca de 70 carrinhos dos Sorvetes Rochinhacirculam pelas ruas."Em São Paulo são apenas seis, mas a metapara esteano éelevar esse número para 30 com a
inclusãode novosparceiros.Acreditamos nopotencial da cidadedevido à popularidade da marcajunto aos turistas que viajam para olitoralpaulista. Estamos tantonas praias dolitoral Sul como do litoral Norte". Bancas - Para Antônio Gomesda CruzNeto, proprietáriodo ponto-de-vendadaruaBarãodeDuprat,a maior dificuldadeparaentrar no mercado paulista é a concorrência com as bancas quecomercializamsorvetes a R$ 0,50. " O valor de um picolédamarcaRochinhaéR$ 1,50 e sóquem conhece o produtonãoreclama do preço", explica. Neto descobriu que a melhor região para a venda dos produtos é próximo à Bovespa e à Bolsa de Mercadorias &Futuros, jáque láestãoaspessoas acostumadas a viajar para o litoral e adeptas dos sabores de coco e coco queimado produzidos pela empresa. O custo para a abertura de umponto daRochinhagira em torno de R$70 mil. Não há taxa de franquia ou royalties.A empresaplaneja criarum fundode publicidade esse ano. Juliana de Moraes
Lucro da Aracruz subiu 23%. Empresa planeja nova fábrica.
A Aracruz terminou 2004 com um lucro histórico de R$ 1,068 bilhão, superior em 23% ao resultado obtido no ano anterior. A empresa ainda atingiu recordes em volume de vendas, produção, receita e geração de caixa no período. O cenário para 2005 também é positivo, na visão dos executivos da empresa. Como a demanda está aquecida, a Aracruz já anunciou um reajuste de U$ 30 para o preço da celulose. "O mercado está apertado, a demanda está boa e os estoques estão baixos. Não há razão para não aplicar reajuste", afirma o diretor comercial da empresa, João Felipe Carsalade.
Veracel - O presidente da companhia, Carlos Aguiar, explica que a entrada em operação este ano da fábrica da Veracel, na Bahia, irá dar um gás às vendas. Com o início das operações, a produção da Aracruz irá subir dos atuais 2,4 milhões para algo em torno de 2,7 milhões de toneladas de celulose por ano. Em 2004, as vendas cresceram 14% frente ao mesmo período do ano anterior.
Antes mesmo de inaugurar a nova planta, a Aracruz já estuda a possibilidade da construir outra fábrica no país. Desta vez, o empreendimento seria apenas da companhia brasileira. O presidente informou que a Aracruz decidirá a questão em seis meses. Os estudos se concentraram em cinco estados: Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e em um estado do Norte não revelado. Aguiar disse o investimento seria de US$ 1 bilhão. (AE)
Vendas líquidas do Pão de Açúcar cresceram 16,3%
O Pão de Açúcar divulgou ontem que suas vendas líquidas cresceram 16,3%, para R$ 12,6 bilhões em 2004. As vendas brutas da companhia totalizaram R$ 15,3 bilhões, com alta de 19,6%, também na comparação com o desempenho de 2003. No ano passado, as vendas nas mesmas lojas registraram crescimento de 5,1%.
Segundo informa a empresa, as diferenças entre as taxas de crescimento de vendas brutas e líquidas devem-se ao aumento da alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) ocorrido em fevereiro. (AE)
O mercado recebeu com surpresa a escolha da Delta para elaboraro processode reestruturação daVarig. A consultoriaé totalmente desconhecidados analistas que acompanham o setor de aviaçãoeatédostécnicosda Comissãode ValoresMobiliários (CVM).A contratação da Delta foi confirmada no início da semana, por um executivoda Varig.Oficialmente, porém, a empresa informou ontem que não irá se manifestar a respeito. Umafonte que acompanha aevolução docaso Varig comenta que, para ter credibilidade no mercado, a reestruturaçãodeve serfeita por uma empresa com competência reconhecida. Elecomentouquenão conhecianenhuma firmachamada Delta, comoa que estariasendo contratadapara trabalhar para a Varig. Outros consultores em aviação ouvidos também comentaramdesconhecer aexistência da consultoria.
Bancos - O executivo da Varigdisse, ainda,queUnibanco e Itaú são os dois candidatosa participardoredesenho financeiro da empresa. O Unibanco é, segundoele,a escolhamais provável. Procurado, o Unibanco não se pronunciou. ATrevisan, queauditaos resultados da Varig desde o segundotrimestredo ano passado, poderia "eventualmente" participar da reestruturação, disse o executivoda empresa. Opresidente da CVM, Marcelo Trindade, explicou que atualmente nãoexisteimpedimento legal paraque a Trevisan preste serviçosde consultoria para a Varig. Trindadelembrou queo Sindicato dasEmpresas de Serviços ContábeisdeSP conseguiu na Justiça uma liminar que suspende os efeitos do artigo 23 da instrução 308.Pela norma, umaempresa não poderia fazer a auditoria e consultoria para a mesma empresa. (AE)
OUTONO NO RIO – Desfile da coleção outono/inverno da grife Permanente foi um dos destaques do Rio Fashion ontem. Evento aquece a temporada para a São Paulo Fashion Week, a partir do dia 19.
Arecuperaçãoda economiabrasileira refletiu-se claramente nos resultados da Coca-Cola do Brasil, que conseguiucumprir em dezembrode 2004a metaque havia traçado atingir até 2007. Acompanhiaconcluiu oano respondendo por 51,6% do volume movimentado pelo mercado brasileiro de refrigerantes, segundo dados da ACNielsen, coma marcaCoca-Cola,sozinha,atingindo35,3% demarket share.Osnúme-
rosapontam paraomelhor desempenho desde 1997. "O mercado brasileiro de refrigerantes vem crescendo emníveis bastantealtos e, mesmo assim,conseguimosganhar participação,o que significa reação da marca dentroda categoria",diz a diretora de Marketing da marca Coca-Cola, Claudia Colaferro. Porter atingido as metas antes do previsto, elaconta quesua equipese reunirá em breve para traçar novos objetivos. (AE)
Resultado parcial até novembro já mostra o maior crescimento da história de São Paulo. Estatística, porém, não revela se houve desaceleração no setor industrial do estado em relação ao mês anterior.
Apesar das incertezas para 2005, a indústria continua contabilizando os bons resultados de 2004. Se o ano tivesse terminado em novembro, a produção de São Paulo, o maior parque fabril do Brasil, já teria registrado em 2004 o melhor resultado da história: 11,9% no acumulado desde janeiro. Em todas as outras comparações o saldo também foi positivo: 11,4% em 12 meses e 10,2% em relação a novembro de 2003. Os dados, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram crescimento em todas as 14 regiões pesquisadas em novembro.
Em São Paulo, os fechamentos anuais mais elevados (janeiro a dezembro) foram de 10%, em 1986, e 8,7%, em 1994. Como falta apenas um mês para completar o resultado de 2004, o recorde histórico no estado é praticamente certo. A indústria paulista responde por 40% da produção do País e vem apresentando crescimento há 13 meses consecutivos na comparação com igual mês do ano anterior. O crescimento de 10,2% em novembro ante igual mês de 2003 também esteve bem acima da média do País (8,1%) no período. A expansão acumulada da produção estadual de janeiro a novembro do ano passado também ficou bem acima da média nacional (8,3%).
Para o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, a indústria paulista está sendo beneficiada pela melhoria das condições de crédito e dos investimentos, com elevação, sobretudo, da produção de bens duráveis e de bens de capital. Segundo ele, há reação também de segmentos voltados ao mercado interno e que dependem diretamente do desempenho do mercado de trabalho. Dúvida – Macedo destacou, entretanto, que, como a pesquisa industrial regional não apresenta dados comparativos a mês anterior, com ajuste sazonal, não é possível saber se, assim como ocorreu em nível nacional, a indústria paulista está apresentando acomodação ou desaceleração na margem. A pesquisa relativa ao desempenho total do
as outras regiões do País também cresceram pelo quarto mês seguido.
Declaração de Furlan sobre câmbio divide opiniões
Arecente declaração do ministrodo Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, LuizFernando Furlan, de que estaria equivocada a política cambial e monetária do governo dividiu opiniõese irritouo presidente Luiz InácioLula da Silvae oministro daFazenda, Antonio Palocci. O que maisincomodou ogoverno foi o ataque de Furlan à condução da política cambial e o fato deele seintitular "porta-voz" dos empresários, dizendoestarno governo para aprender como funciona o setor público antes de voltar à iniciativa privada. Logo cedo, diante do constrangimento, Furlan aproveitou uma reuniãode
"Para enxugar esse acréscimo de liquidez injetado na economia, que poderia alimentarainflação,ogoverno emite títulos federais a juros de17,75% aoano.Portanto, essaéumaoperaçãoqueeleva a dívida pública."
Produção – Por outrolado,há quem garanta que a incerteza quantoao comportamento docâmbiopoderá retardar investimentos em aumento dacapacidade de produção, principalmente nos ramos exportadores. Éo casodo diretor da Associação Brasileirada Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel.
Alguns setores estão otimistas , mas outros dizem que vão conter investimentos na produção
Lula coma coordenação política dogoverno para afirmar que foi malinterpretado. Dolado dainiciativaprivada, as opiniões de economistase empresáriosforam diversas. Para o economista José Márcio Camargo, professor daPontifícia Universidade Católica doRiode Janeiro (PUC-RJ), o problema não é a política adotada e sim a moeda norte-americana, que enfrenta desvalorização frente outras moedas do mundo todo. "Enquanto essa situação perdurar,os empresáriosterãode buscar o aumento de produtividade. Para isso, é precisoreduzir custos ediminuir margem", afirma. Ele diz quea compra de reservas, queé defendida pormuitos, nãoé umaação indolor. O professor lembra que,quandoo governo compra dólares do mercado,trocaa divisa porreais.
Segundo ele, o setor vem investindo cerca de US$1 bilhão ao ano desde a década passada. Em 2004, por conta do aumento dasexportações eda retomada domercadointerno, asimportaçõesdemáquinas eequipamentos têxteistiveram um saltode 35%. "Para este ano, no entanto, a manutenção do ritmo de investimentos dependedasexpectativas futuras. Sabemos que temos de continuar a nos modernizar, massó vamosajustar nossas projeções conforme a demanda", afirma Pimentel.
Já o setor de autopeças encerrou o ano otimista, com projeçãode crescimentode 67% nosinvestimentos em aumento de produção, para US$ 1 bilhão. Até agora, o segmento mantémaprevisão, já queainda não conseguiramchegar aonível de investimentos necessários para suprir a demanda. A Fiesptambém semanifestou a favor de Furlan. Patrícia Büll/Agências
Bancos prevêem expansão de 3,61% no PIB em 2005
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou uma pesquisa, realizadacom 56instituiçõesfinanceiras, que projeta a variação de diferentes indicadoresda economia brasileira nospróximos dois anos. Os bancos que participaram estimamque o Produto Interno Bruto (PIB) projetam para 2005 uma expansão de 3,61%, enquanto,em2006,oritmodeve se acelerare o indicador pode subir 3,64%.
Em outros setores, as estimativas também apontam para umaexpansão consistente.No agronegócio,indústria e serviços, o crescimento projetado paraeste ano é de 3,99%, 4,4% e 2,9%, respectivamente.
A taxa básica de juros (Selic), segundo as instituições consultadas, devefechar o anoem 16%, o que sugere umaquedade 1,75%nonívelatualdaSelic,que está em 17,75%ao ano. Jápara 2006,apesquisaapontataxa básica em 14,28% ao ano.
Câmbio – As instituições ouvidas na pesquisa também projetam uma valorização parao dólarfrente ao realnos próximos dois anos. De acordo com o estudo, asprojeções apontaram para uma taxa de câmbio de R$ 2,94 em dezembro e de R$ 3,09 para o mesmo período do próximo ano. Para os associados da Febraban,a meta de inflação do Banco Centralnão deveráseratingidanesteano. A estimativa mostra um Índice de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA) em5,75%.O Índice de PreçosaoConsumidor (IPC-Fipe) deve fechar oano em5,43% eo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), 6,64%. (AE)
Brasil, divulgada pelo IBGE nesta semana, mostrou redução de 0,4% na produção industrial em novembro ante outubro. O crescimento em São Paulo em novembro na comparação com igual mês de 2003 refletiu o comportamento positivo de 15 dos 20 ramos pesquisados no estado. Os que mais influenciaram o desempenho global foram os segmentos de material eletrônico e equipamentos de comunicações (57,9%), veículos automotores (21,3%) e máquinas e equipamentos (24,7%) impulsionados, principalmente, pelo aumento na produção de equipamentos de telefonia celular e de aparelhos celulares, além de automóveis e peças para motores.
A produção acumulada no período janeironovembro cresceu impulsionada por 19 setores que aumentaram o nível de atividade. As principais pressões positivas no indicador acumulado foram dadas por veículos automotores (29,7%), máquinas e equipamentos (22,1%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (45,5%).
Regiões – A produção industrial voltou, em novembro, a crescer em todas as regiões e em todas as bases de comparação, pelo quarto mês consecutivo. Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) o resultado é "muito positivo" e mostra que "a expansão da indústria abrange o País como um todo e não somente áreas isoladas". Na comparação com novembro de 2003, o destaque é o avanço registrado na Bahia (30,5%), impulsionado sobretudo pelo resultado positivo de refino de petróleo e produção de álcool.
No indicador acumulado para o período janeiro-novembro de 2004, a liderança do desempenho regional permaneceu com o Amazonas (12,9%), com destaque para a produção de televisores e de telefones celulares. Segundo Macedo, a região se beneficiou, ao longo de 2004, com o aumento das vendas de eletroeletrônicos impulsionadas pelas melhores condições de crédito. (AE)
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS NACIONAIS E IMPORTADOS BLINDADOS, AUTOMÁTICOS (MOTORISTAS BILINGÜES) hiservicecar.com.br
SUSPENSYS 1
R$ 15 milhões. Este é o valor dos investimentos da Suspensys Sistemas Automotivos em 2005, para elevar a capacidadedeprodução.70%dos recursos serão utilizados na compra de equipamentos e o restante em processos, qualidade, meio ambiente e tecnologia da informação.
SUSPENSYS 2
Com o aporte a empresa deve aumentar em 20% a capacidade nas áreas maiscríticas,quejáapresentam gargalos. Também está definida a contratação de sessenta a oitenta funcionários no
O setor automotivo nacional comemora os bons resultados de 2004. Em produção, de acordo comaAnfavea,registrou recorde,com2,2milhões de veículos fabricados, 20,7% a mais que os 1,8 milhão de 2003. Os embarques também alcançaram números históricos: 642,2 mil unidades, alta de 20,1% com relação às 534,7 mil do exercício anterior. Em verdinhas, US$ 6,6 bilhões, 46% superior aos US$4,5bilhõesde2003.
decorrer do ano, elevando o quadro para perto de 1 mil trabalhadores.
NSK
Fabricante de rolamento de esferas, a NSK registrou alta de 15% nofaturamento em2004eprojeta outros 5% para este ano. Na produção o volume passou de 3,2 milhões de peças por mês para as atuais4milhões.
FAURECIA
Mesmo sem fechar as contas, a Faurecia, fabricante de sistemas de bancos e de interiores e escapamentos, que em 2003faturou160milhões de euros, estima alta de
20% em 2004 e de 5% neste exercício.
USADOS
O aquecimento da economia também refletiu positivamente no segmento de usados. Segundo dados da Assovesp, entidade que agrega os revendedores de São Paulo, em 2004 as vendas de automóveis e comerciais leves alcançaram 549,4 mil unidades, 17,6% a mais que no ano passado.
VIDROFORTE
Até junho entra em operação a nova fábrica da Vidroforte, de Caxias do Sul,RS,resultadodeinvestimentodeR$8milhões.A
O mercado interno absorveu1milhão578mil veículos, volume 10,5% superior aos 1,4 milhão de 2003. Mas o Brasil não foi o único a apresentar bons números.AvizinhaArgentina teve um 2004 acima das melhores projeções. Depois dos catastróficos númerosdosdoisanosanteriores, as dez montadoras locais produziram 260,4milveículos,54%a mais que em 2003. A recuperação da produção automobilísti-
ca, apontam os executivos, deveu-se à retomada do mercado interno mas, sobretudo, à manutenção do ritmo das exportações, que atingiram 146,2 mil unidades,volume35,3%superior ao de 2003. A variação das vendas internas foi significativamentemaior.Noatacado,de acordo com a Adefa, associação das montadoras locais, duplicaram no ano passado:311,9milveículos. No varejo a evolução tambémchegouaos100%,com 288,5 mil unidadesregis-
capacidadedeproduçãode pára-brisaslaminadosserá elevada de 180 mil para 300 mil unidades por ano. Com as novas instalações a empresa passa a contar com área fabril acima de 16 mil m² e abrirá 135 novos postos de trabalho.
DELGA Fabricante de estampados de médio e grande portes, conjuntos, subconjuntos e sistemas montados e soldados e cabinas, a Delga fechou 2004 com faturamento de R$ 320 milhões, incremento de 78% sobre os R$ 180 milhões do ano anterior. Para este exercícioprojetaatingiros R$ 500 milhões.
tradas pela Acara, a entidade que agrega os concessionários. 2004 também foi de recuperação para o mercado venezuelano. As vendas internas totalizaram 134,3 mil veículos, incremento de110,8% sobreos negócios do ano anterior. Asexportações,querepresentampequenovolume diantedasvendasinternas, obteve ótimo resultado no fechamentode2004:8,6mil unidades embarcadas, incrementode43,8%anteas 5,9milde2003.
O seu caderno de artes, espetáculos e lazer.
Alexandre (356323 a.C.)tornou-se rei da Macedônia aos 20 anos de idade e aos 25 já havia conquistado da Grécia ao oeste da Índia, o que representava 90% do chamadomundo civilizado na época. Viveu apenas até os 32anos, mas foi tempo suficiente para fundar mais de 70 cidades, sendo que 17 delas, em três continentes, levam seu nome.
Com trajetóriaúnicana história da humanidade, a vida do líder macedônio é mostrada pelo diretor Oliver Stone no filme Alexandre, que estréia hoje nos cinemas brasileiros. Estreladopor ColinFarrell,com AngelinaJolie nopapelde sua mãe, o elenco conta ainda com Val Kilmer como Felipe 2º, paideAlexandre, AnthonyHopkins como Ptolomeu, onarrador, eJared Leto,no papel de Heféstion.
A produção vem recebendo críticas porsuas quase trêshorasdeduração, pela forma não cronológica de contar a história e principalmentepelaopção do diretor de incluir o rela-
cionamento homossexual que Alexandre teria com seuamigoHeféstion. Em cartaz nos Estados Unidos desde dezembro, rendeu atéagorasomenteUS$ 35 milhões. Osprodutores contam com a bilheteria de outros países para cobrir osUS$ 155milhõesgastos no longa.
Polêmica
Apolêmica dasuposta bissexualidade do imperador Alexandre levou até alguns advogados gregos aprocessarosprodutorese o diretor OliverStone pela insinuação. No lançamento, Stonedeclarouqueestava apenassendo fiel à história, mas diante da chuva de críticas, recentemente admitiu à revista Varietyquefezescolhaserradas."Se eupudessevoltarnotempo,colocaria os eventos em ordem linear, encurtaria o filme para duashoras etiraria a homossexualidadepara o mercado americano e para paísessensíveisaessascoisas, como Coréia e Grécia", declarou. O professor deHistória
Alexandreé estrelado por Colin Farrell. O filme estréia hoje nos cinemas e tem no elenco Angelina Jolie, Val Kilmer e Anthony Hopkins.
AAntiga Pedro Paulo Funari,credita aopreconceitoa pouca aceitação."É preciso assistir ao filme tendo em mente o contexto: na Grécia daquele tempo,era absolutamente normal um homem se relacionarcom outrosdomesmosexo",argumenta. "O problema é que as pessoas têm o hábito de interpretar a história deacordocom os valores vigentesem suaprópria época", aponta Funari, que coordena o Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Estadualde Campinas (Unicamp). Embora Alexandre tenha se casado duas vezes e isso sejamostradono filme,atéogoverno grego avisou que pretende processaro diretorporretratarfalsamenteolídercomo umhomempoucoviril.Esseteria sido também o principal motivo que custouao diretor americano umaespera de15 anospara ver deslanchar o projeto de seu filme, só finalmente realizado com financiamentodaInglaterra eda Alemanha.
Outra característica que apetece pouco asaudiên-
ciasé afraquezademonstrada peloAlexandre de Oliver Stone em certos momentos. Nunca registrada nos livros dehistória, a característica foi atribuída ao personagem para torná-lo mais humano. Mas talvez essa não seja uma qualidadequese querveremum herói conquistador,que lideroucommão deferro seu exército por 35 mil quilômetros, dominando a maior parte do mundo em apenas oito anos.
Sotaque
Causa certo incômodo ainda o sotaque acentuado de Olímpiae Roxane,primeira mulher de Alexandre, interpretadapor Rosane Dawson. Aexplicação oficial é que esse recurso daria a idéia de que na épocahaviamuitos diferentes dialetos. Masno filmeem que se falaapenas inglês, melhor seria deixar delado aquestão doidioma. Ou então radicalizar e fazercomo MelGibsonno seu filme A Paixão de Cristo, comcadapersonagem falandoem sua própria língua original.
lexandre, macedônio por parte de pai, o rei Felipe 2º, e grego por parte da mãe Olímpia, foi aluno do filósofo Aristóteles (384-322 a. C.), que lhe ensinou cosmologia, geografia, botânica, medicina e filosofia, como ferramenta útil para a vida política. Erudito, foi um grande leitor de literatura e poesia épica, em particular a Ilíada de Homero, identificando-se com Aquiles, herói da Guerra de Tróia. Não à toa conhecido como "Alexandre, o Grande", tinha especial habilidade para motivar seus homens à batalha. Embora sendo um líder indisciplinado, muitas vezes arrogante e violento, ainda assim foi visionário e bemsucedido. Na mais célebre batalha comandada por ele, Gaugamela, seus 40 mil homens saíram vitoriosos sobre 250 mil soldados de Dario III, imperador da Pérsia, em 331 a.C. N o mesmo ano, conquistado o ponto estratégico na região egípcia do delta do rio Nilo, ele funda ali Alexandria, depois tornada uma das metrópoles mais importantes do mundo helenístico. Essas e outras vitórias foram incutindo no grande líder da Macedônia a idéia de que tinha sido, como dizia sua mãe Olímpia, eleito pelos deuses para conquistar o mundo. Com ajuda de Zeus ou não, ele chegou bem perto.
Ferreira
chegar a uma solução.
O banqueiroEdemar Cid Ferreira,do BancoSantos, disse ontem, pormeiode seu advogado e da consultoria Valora,que abre mão do controle da instituição. "Edemar já disse: o banco hojeé dos credores",afirmou o consultor Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor de liqüidações do Banco Central e sócio da Valora, empresa contratada pela Procid,controladora do banco,para formularum plano de recuperação do Banco Santos n eg o ci ad o com os credores. O advogado de Edemar, RicardoTepedino, doescritório SérgioBermudes, confimouontemque ele estaria dispostoaabrirmãodocontrole do banco. A afirmação deEdemar foi feita em resposta à declaração do interventor nomeadopelo BancoCentral, Vânio Aguiar, de que o banqueiro terá derenunciar ao controle da instituição para que sepossa chegar a uma solução demercado."Na hora em que obanco for recuperado,o controlador
Segundo interventor, do Santos, prazo para apresentar uma avaliação da situação do banco foi prorrogado por 60 dias
tem de abrir mão da função de controlador, com perda de capital", disse Aguiar em entrevista à publicada hoje nojornal GazetaMercantil. Procurado,o interventor não quis se pronunciar. Avaliação – Aguiar anunciou aindaqueprorrogou por mais 60 dias o prazo para apresentarao BCuma avaliação da situação financeira do banco. Segundo a leide liqüidações(6.024),o relatório de Aguiar conterá: exameda situação econômi co-financeira da instituição; i n d i ca ç ã o , devidamente comprovada, dosatoseomissõesdanosos queeventualmente tenha verificado epropostade adoçãodeprovidênciasque lhe pareçam convenientes à instituição. Freitas disse estar otimista quanto à adesão dos credores à primeira fasedoplano de reestruturação, que prevê o comprometimentoporescrito a uma moratória de seis meses,período duranteo qual nãoseriampermitidos saques dequaisquer valores no banco. (AE)
Apesar do salto, volume de dinheiro que chegou às empresas ficou abaixo do orçamento da instituição.
OBanco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES)liberou, durantetodo o ano de 2004, R$ 40 bilhões na forma de linhas de crédito. Omontanterepresenta um aumento de14% do volumederecursosque chegaramao mercado. Masé inferior ao total previsto pelo própriobanco, cujoorçamentono ano passado era de R$ 47,3 bilhões. Do totaldedinheiro emprestado, R$ 12,5bilhões (o equivalente a 32% dos R$ 40 bilhões)foram parafinanciarprojetosde micro,pequenas e médias empresas. O queesse segmentoganhouemcréditonoanopassadorepresenta 25%mais doque conseguiuem2003, quando teveR$35 bilhões. Os números foram divulgados ontem pelo banco.
Apoio aos pequenos – Segundo o próprioBNDES, o aumento do volume de recursos destinado às micro, pequenas e médias empresas é um sinal claro da preocupação da instituição em darprioridade àsempresas de menorporte, que,ainda deacordocom oBNDES, têm o papel de gerar empregos e, por conseqüência, renda no País. Paraajudaras empresas depequenoporte,ainstituição lembra o apoio dado pe-
lo anco com acriação do CartãoBNDES, umcartão lançado no final de 2003. Comocartão,micro,pequenos e médios empresários podem tomarempréstimos de até R$ 50 mil para investir na sua produção. A procurapelocartãono ano passado, de acordo com obanco, cresceumuito.No finalde 2003, haviam sido emitidospelo banco2.160 cartões. No ano passado, a instituição emitiu25.647 cartões. Um aumento significativo, de 1.187%, informa o BNDES. Hoje, são27.807 cartões em circulação. Dototal decartõesemitidos pelo banco, 80% foram para microempresas; 17,7%,para pequenasempresase apenas 2,3% para empresas de porte médio. Campo em destaque – A agropecuária e o setor de infra-estrutura, que ampliaram,noanopassado, ovolume de dinheiro tomado do BNDES, foram aponta-
dos pelo banco como os responsáveis pelo crescimento do total de dinheiro liberado em 2004. A agropecuária ficou com R$6,9 bilhões (em2003tinha tomado emprestado R$v 4,6 bilhões, ou 51% menos).O setordeinfra-estrutura levou R$ 15,1 bilhões (o equivalente a 52% mais comparadoaos R$ 10 bilhões conseguidos do BNDES no ano de 2003)
O Bradesco liderou a lista, entre os agentes financeiros autorizadospelo BNDESa fornecer créditocom recursosdobanco, dos mque mais emprestaram.liberou R$ 3,1 bilhões. Desse total, R$1,9bilhão foidirecionado às micro, pequenas e médias empresas.
O Banco do Brasil aparece como o segundo maior credor,comR$3bilhões, dos quaisR$ 1,9bilhãotambém foi para asmicro, pequenas e médias empresas.
Roseli Lopes
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) analisa projetos que somam R$ 42 bilhões, ou 70% do orçamento de R$ 60 bilhões deste ano, disse ontem o superintendente da Área de Planejamento, Aluysio Antônio de Motta Asti. No ano passado, 15% da verba de R$ 47,3 bilhões (R$ 7,3 bilhões) colocada à disposição das empresas sobrou no caixa do bancosegundo ele por causa da baixa procura por financiamentos para grandes projetos. "O orçamento do BNDES é sempre previsto no meio do ano anterior. Naquela data, havia uma expectativa de demanda que não se cumpriu", reconheceu o executivo. Os financiamentos para projetos de grande porte deverão sair do papel a partir do segundo semestre, estimou. "As empresas estavam com uma expectativa da economia que só se concretizou no segundo semestre", disse. Setores de papel e celulose, estão entre os que têm intenção de investir. (AE)
O Departamento do Meio
Circulante do BancoCentral pretende manter a regularidadeno enviodecédulas e moedas de pequeno valor para as praças onde não tem representação. Hoje, o banco tem representações emnove estados,além da sede, em Brasília.
Noano passado, foram feitas24 viagens extraordinárias, com o envio de103 milhõesdecédulas e84milhões de moedas para as localidadesondenãohá representação doBanco Central. Em 2002 e 2003foram feitas 32 remessas do tipo. Falta de troco– Cidades como Manaus,Florianópolis, SãoLuis,PortoVelhoe Goiânia estãoentreas que receberam remessas especiais de dinheiro. O sistema de remessafoi criado pelo Departamento do Meio Circulante, com baseno Projeto Demanda Real, elaborado para atender reclamaçõesda sociedadedefalta detroco.Paraissoforamfeitasreuniões comrepresentantes daFebraban,dos
Econômica paga R$ 672
A Caixa Econômica Federal(CEF)desembolsou, na quarta-feira, R$672,618 milhões para pagar mais uma parcela do acordoque o governo federal fez com trabalhadores para corrigir diferenças doFundo deGarantia porTempode Serviço (FGTS) referentes aos planos Verão e Collor I. A assessoriade imprensa da Caixa informou que 203.048 trabalhadoressacaramR$ 204,984milhõesdireto do caixa, enquanto outros 399.220 empregados
ainda em atividade tiveram seuscréditos,novalordeR$ 467,634 milhões, depositados em conta. Osdesembolsosiniciados anteontem fazem parte da devolução semestral, conforme calendário fixado pelaCaixa,queprevêparaesta etapaototalde R$1,71bilhão para mais de 1,4 milhãode pessoas. Com isso, sobe para R$ 23,7 bilhões os ressarcimentos já efetuados porconta do acordo do FGTS, dos quaisR$ 11,2 bilhões só em 2004.
Já foram pagos todos os créditos até R$ 2 mil, e nesta etapa são pagas aquinta e última parcela semestral para quem tinha crédito a receberatéR$5mil;aquarta parcelapara créditosatéR$ 8 mil; e a terceira parcela para quem tem créditos acima desse teto.
Todos os créditos nas contasindicadaspelo clientee pagamentos no balcão têm deserfeitos atéhoje.Quem não puder comparecer ao banco teráo dinheirodepositado em seu FGTS. (AE)
bancos, deassociaçõescomerciais, além de pesquisas junto ao público etambém com o comércio.
OBanco Centraltambém deverá ampliarneste anoa oferta de cursos para identificação do Real, dentro do Projeto Demanda Real, destinado aconscientizar apopulaçãosobre acirculação
de cédulas falsas. Outra preocupação do banco é motivar a rede bancária a melhorar a disponibilidade de cédulasdebaixovalor nosterminais deauto-atendimento da rede bancária. Acordo nesse sentidoteria sidofeito,deformainformal,entre asinstituições financeiras e o Banco Cen-
tral, mas o problema continuouno ano passadoe em 2003.Pormaiodo e-mail faltadetroco@bcb.gov.br o público,em especialocomércio, pode comunicar ao Banco Central a escassez de notas e moedas de baixo valor na sua cidade para que a instituição tomeprovidências e programe o envio.
Martins e a arte para o dia-a-dia
Obra do artista está na novaAndréGaleria
Ocearense Aldemir Martins,82 anos, pintoucerca deoitomil quadros. Eletevesuaobra Cangaceiros premiada na Primeira 1ª Bienal Internacionalde SãoPaulo,em outubrode1951. Edesde os anos de1960criatrabalhos sob encomenda, sem culpa, sem falsos pudores e sem deixardeserartista.Em1962 fezocenário parao1ºFestival da MPB, da TV Record, depoisviriammuitosoutros, agoraexpostosna novaAndrégaleria, até o dia 25. A lé m das 30 pinturas feitas especialmente para a mostra, estão em exibição centenas de objetos produzidos ao longo de sua carreira, que vão decopose pratosalençóis, rótulos para vinhoe cachaça a capas de livros, calendários,roupas, latasdesorvete, tapetes, papéis de presente, embalagem de sabonete,umjogo dexadrezem acrílico e outras criações queAldemir fezsob encomenda de empresas, estampando nelas seusgatos, cajuseflores coloridas.Ocuradordaexposição, Carlos von Schmidt,antes que se rotule a mostra de "comercial", lembra que o hoje incontestável Michelangelo, cobrava seustrabalhos de acordo coma cor deque eramfeitos,sendo oazulo mais caro, já que usado para pintar océu, muitosolicitado em sua época. Aldemir, quemoraem SãoPaulodesde1946,numa casa rodeadade árvoresno bairro de Perdizes, trabalha todos os dias,sempre ouvindomúsica. Eclético,entreos CDs que mantém à mãoestão ZecaPagodinho, Vivaldi, Noel Rosa, Morrissey. Sobre asenc om endas, não
c o mp l i ca : "Se me pedem e sei fazer, faço", resume. "Gosto de decorar objetos que as pessoas pegam, usam."
E energia não falta ao artista.Esteanoeleinaugurao InstitutoAldemir Martins, lança um livro autobiográfico eainda em janeirovai a Fortaleza,onde seráhomenageado pela Sociedade Cearense de Artes Plásticas. Opintorrevela quesefosse colocar preços comoo mestre italiano, ele que não é bobo cobraria mais pelo vermelho, presente em quase todas as suas obras.
Lúcia Helena de Camargo
Aldemir Martins
Aldemir Martins – "designer"novaAndrégaleria – Rua
Em 1965,Caetano Velosoouviu Chico Buarquecantar Olê Olá em um show estudantil, copiou a letra da música e enviou para a namorada Dedé com uma carta: "Conheci um cara que é a coisa mais linda". Aberto ontem no Sesc Pinheiros, o evento Chico Buarque, O Tempo e o Artista mostra com fotografias, documentos, cartas, músicas e filmescomoesse caracontinuaomesmo.Agrande sacadadocuradorZeca Buarque Ferreira,sobrinho dohomenageado, foiinserir acada blocoda exibição as músicas que mergulham ovisitante no mundo de Chico.Na parte que mostra a infância e adolescência, toca-se Ne me quitte pas, do belga Jacques Brel, marchinhas de carnaval e outros sons que eram ouvidos no escritório de seu pai, o escritor Sérgio Buarque de Holanda. Na ala que narrasua formaçãomusical, ospersonagens sãoAtaulfo Alves,Noel Rosae Dorival Caymmi, em fotos e canções. Passam Gil e Caetano, Vinicius e Tom Jobim,Gal, Bethânia,Nara Leão,entre outrasfigurase vozesda vidade Chico. Serão exibidos ainda filmes baseados em seus livros. (LHC)
ChicoBuarque,OTempoeoArtista- no Sesc Pinheiros, Rua Paes Leme,195, em Pinheiros. Tel.: (11) 3095-9400. Até 13/3. Exposição: terça a sexta, das 13h30 às 21h30; sábado e domingo, das 10h30 às 18h30, grátis. Cinema: sextas, às 20h; hoje, Benjamin; dia 21, Estorvo; dia 28, Óperado Malandro, grátis. Shows: Toquinho, hoje, 21h, com ingressos de R$ 10 a R$ 20; Francis Hime, sábado às 21h e domingo às 19h, R$ 5 a R$ 10 e Cida Moreira, quarta às 18h30, R$ 2 a R$ 4.
SEXTA, DIA 14
O mundo luxuoso da Ferrari
Oronco domotor eotom devermelhosãoinconfundíveis.Pensou em uma Ferrari?Acertou. A históriadeluxoevelocidadedessagrife italiana de quatrorodas, que tem como sede a cidade de Maranello, vai sercontada nasérie Correndo no Tempo, queo History Channel exibe hoje, às 22h. O programa vai relatar por queessa bólido veloz, ícone dentro e fora das pistas da Fórmula1,criadonosanos40pelo comendador Enzo Ferrari em sociedade com aAlfa Romeo, seduz do mais comum dos mortais aos apaixonados por automóveis, mas aoqual sótem acessogente com contas recheadas que pode pagar por modelos caríssimos, como os clássicos e raros F-50, Maranello e Testa Rossa.
Carlota Joaquina faz rir no A&E Mundo
compositor Zequinha de Abreu (José Gomes de Abreu, Santa Rita do Passa Quatro, 1880-1935) deverá receber homenagens no dia 22 de janeiro deste ano. Motivo: os 70 anos de sua morte. Tudo bem, mas é pouco. Só pelo brejeiro chorinho Tico-Tico no Fubá, de 1917, sua obra merece lembrança obrigatória no repertório dos bons intérpretes da MPB, que premiam muito mais outro gênio, Ernesto Nazareth. Como Nazareth, Zequinha de Abreu compôs belas valsas (uma delas é Branca, antológica), xotes, tangos e foi especialmente bamba no fox-trot. Quando os amigos
INDECISO
OOutro Lado da Rua –Regina, codinome Branca deNeve, é uma mulher solitária, que vive em Copacabana. Ela faz parte de um grupode idososque presta serviços àpolícia, denunciando pequenosdelitos. Oproblema surge quando ela cisma comumjuiz, queobservadebinóculos da janela de seu apartamento.Acreditando queelematoua mulher,Reginapassa asegui-lo.Acabaseenvolvendocom ele,maisdoque queria.O filme começacomosuspenseedepois setornaumacomédiaromântica da terceira idade.Vale pelos atores Fernanda Montenegro, Raul Cortez eLaura Cardoso.Direção: MarcosBernstein. Duração:97 minutos. DVD/VHS. Columbia.
ouviram, num baile, o que viria a ser o mais famoso chorinho brasileiro, comentaram de imediato: "Até parece tico-tico no farelo". A música só ganhou letra de Eurico Barreiros em 1931 e foi gravada pela primeira vez 1942 por Ademilde Fonseca.. Uma versão atual de TicoTico está no CD Brazilian Rhapsody (foto), do selo Teldec, solado pelo virtuose do piano e maestro argentino-israelense Daniel Barenboim, com o apoio de duas feras: Cyro Baptista, percussão, e Robert Kassinger, baixo. Zequinha de Abreu já foi biografado no cinema no filme Tico-Tico no Fubá, de 1952, premiadíssimo na época, dirigido por Adolfo Celi, com Anselmo Duarte (Zequinha) e Tônia Carreiro.
Umdosfilmes considerados o marco-zero da retomada do cinemanacionala partirdasegunda metade da década de 90, o longa Carlota Joaquina estréia no canal A&E Mundohoje,emdoishorários,às 22he 2h.A comédiadirigidaporCarla Camuratiem1995 narra a história dessa nobre espanhola quefoi prometidaao príncipe de Portugal, D. João VI, com apenas10 anosde idade.Decepcionada com o marido, praticamente incapaz de tomar qualquer decisãosozinho,Carlota Joaquina de Bourbon (17751830)passa acolecionaramantes,principalmenteduranteos13 anos quepassou,a contragosto, exilada noBrasil juntocom afamília real portuguesa, que teve de fugir das tropas napoleônicas. Marco Nanini dá vida aum hilariante D. João VI e a ótima Marieta Severo mostra por queé uma de nossasmelhoresatrizes vivendo a personagem-título.
OVelhoretrata a vida de Luís Carlos Prestes
Primavera para Hitler é relançada
em DVD P rimavera para Hitler – relançada em DVD, para venda direta, esta comédia de 1968, escrita e dirigida por Mel Brooks, está sendo refilmada, tendo Matthew Broderick e Nathan Lane à frente do elenco. Vale a pena conferir esta versão, com Zero Mostel e Gene Wilder. É a história de um produtor e um contador que resolvem montar uma peça na Broadway, mas esperando que ela fracasse e eles possam fugir, para o Rio de Janeiro, com o dinheiro dos investidores. Escolhem o pior texto, um musical sobre Hitler, o que dá títuloà versão brasileira. A única coisa com a qual eles não contavam, é que a peça faria um tremendo sucesso. Duração: 88 minutos. Universal
Dois Perdidos Numa Noite Suja –transp osta para o cinema,a densa peça de Plínio Marcos, apesar de algumas alterações, continua uma drama muitofortee realista.Ahistória sepassa emNovaYork, onde doisimigrantes brasileirosilegais tentam sobreviver.Paco quervencercomoartista.Tonho é apenas um trabalhador.Eles moram junto,mas seagridem o tempo todo. E ao mesmo tempo temem ser descobertos e deportados. É umahistória de angústia, temores,desconfianças. Débora Falabella domina a cena comoPaco. ComRobertoBomtempo. Direção: José Joffily. Duração: 100 minutos. DVD/VHS. Europa.
Outro personagem marcante da cena brasileira também é destaquenestasemana. Trata-se do lendáriolíder comunistaLuísCarlosPrestes, um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasilno século XX, protagonista do filme O Velho(1997) de Toni Venturi, cuja primeira parte o CanalBrasilexibe hoje,às20h.Dividido em quatro episódios, o roteiro atravessa 70 anos da história recentedopaísemostraaparticipação dePrestesnoperíodo, resgatando fatos que ajudam a compreendernossopassadopolítico. O documentário conta com depoimentos de políticos,historiadores, escritores, jornalistas, amigos, familiareseex-membros do Comitê Centraldo PCB,como Carlos
Bom resultado teria vindo ainda da decisão da Moody's de elevar a classificação do risco do Brasil e também dos papéis de siderurgia e mineração.
Um dia depois de a agência derisco Moody's reavaliare elevarpara positiva a classificação de risco doBrasil, aBolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou afechar, pelo terceiro diaseguido,com ganho, aindaque modesto. Ontem,o índice Bovespa encerrou com alta de 1,21%, em 23.805 pontos. A bolsa movimentou emnegócios R$ 1,46 milhão.
Osetordesiderurgiaemineração ajudaram o índice a subir depois que balanços de empresas dosetor deram sinais de que poderá haver reajuste de preços do minério de ferro. Apesar do terceiroganho dasemana,abolsapaulistaacumula uma rentabilidade negativa em 2005 de 5,3%.
Outra boa notícia veio da reclassificação, também pela Moody's, ontem, para positiva, dos bônus em moeda estrangeira da Vale
Durantea maiorpartedo diaontem,oriscoBrasilpermaneceu em baixa, chegando aos417pontos. Um outro anúncio, feito ontem pelaMoody's,tambémajudou o mercado de ações a subir. A agência de classificação mudou deestávelpara positivaa perspectiva de ratingdosbônusem moeda estrangeira daCompanhia
Vale do Rio Doce, a gigante brasileira dosetor demineração. Com isso, as ações da Vale,tantoas preferenciais (sem direito avoto) quanto as ordinárias(com direitoa voto),estiveram entre as maiores altas do Ibovespa. Aracruz – Outrodestaque entre as ações coube aos papéis preferenciaisdaAracruz, que fecharamem alta de 1,09% depois quea empresa divulgou ótimo resultado em 2004, batendo recordes de lucrolíquido,receita,geraçãode caixaevolumes de produção e vendas (ver matéria à página 10) . Des em p e nh o que, segundo operadores domercado financeiro,já era esperado. O ponto negativo foi o petróleo.EmNovaYork,opreçodo barrilpara fevereiro subiu3,60%efechoucotado a US$ 48,04.Parahoje, o mercado deveficar atentoà divulgação doÍndicede Preços ao Consumidorno Atacado (IPCA) referente ao mês dedezembro e tambémdoanode2004), além doÍdicedePreçosaoProdutor (PPI) de dezembro nos Estados Unidos. As maiores altas doIbo-
vespaforamUsiminasPNA (5,83%), Vale ON (4,91%) e Vale PNA (4,52%). Jáas maioresbaixasforam Tractebel ON (-4,32%), Brasil Telecom Par ON (-3,16%) e TIM Par ON (-2,86%).
Dólar – O dólar comercial voltou arecuar ontem,desta vez 0,07%. Encerrou cotado a R$2,70 para avenda (menor valordesdeo dia 3 destemês, eaR$ 2,698para compra.A cotaçãomédia da moeda (aPtax) ficou em R$2,70.A quedadamoeda norte-americana foiresul-
tado de um fluxo financeiro deentrada positivo eda apostadomercado deque as cotações podemseguir ao redor do forte suporte de R$ 2,70.
O exportador também esteve presente,massem grandedestaque. Ogiro financeirototal àvista cresceu 7%, para um valor perto de US$ 1,540 bilhão.
Segundo um operador do mercado,a altaparapositivo danota dadívida brasileira pela Moody's criou expectativas deque aagência
poderá fazer um upgrade em breve, ou seja, uma nova alta da classificação. Mesmo que eventual melhoradanotado Paíspela Moody's venha apenas se equiparar à classificação de risco localdeoutrasagências com avaliações mais adiantadas sobre o País, o mercado animou-se com essaperspectiva, quepoderia estimular o fluxode recursos estrangeiros para o mercado interno brasileiro. Os operadores apostam emum dólar aoredor dos
R$ 2,70 porque,quando recua abaixodesse nível,os importadores eo BCcostumamaparecer garantindo ligeira reação.
De outrolado, ocomprometimento do governo com a responsabilidade fiscal, o controle da inflação, novos superávits comerciais, reduçãoda parceladadívida públicaindexadaaocâmbio edarelação dívida/PIBe ainda o esforço para recomposiçãodasreservasdoPaís justificam o otimismo do mercado com a continuidade do fluxo de entrada positivo. Esse fluxolimitauma recuperação momentânea. Os fundamentos domésticos positivos também desestimulam acontratação de hedge(compra dedólar para pagamento de compromissosatrelados àmoeda) porquenão háperspectiva de avançomaiordos preços, diz um analista.
O BancoCentral jáanunciouquenãorolaráospróximosvencimentos decambiais:naquarta-feira,dia19, vencemUS$ 326 milhões em títulos cambiais, e no dia 20, quinta-feira, mais US$ 1,243 bilhão, dosquais US$ 228milhõesemswapseUS$ 1,015bilhãoem títulos. A expectativa édequehaja pressão dos investidores na véspera. (AE)
Atriz volta aos palcos em estado de graça na vida real e na peça Cinema Éden
Por Sérgio Roveri
Aescritora Marguerite Duras fez do seu romance Uma Barragem Contra o Pacífico, publicado em 1950, um monumento de louvor à figura de sua mãe, umaprofessora viúvaque lutoupraticamentesozinhacontraacorrupção eapobrezanaIndochina do início do século passado, então colônia francesa, para conseguir criar os filhos. Em meados dos anos 70, a própria Duras adaptou o romancepara o teatro, batizando a peça deCinema Éden.Ambos ostítulos, doromance eda peça,são referênciasdiretasa momentosparticularmente espinhosos enfrentados pela mãe da escritora. CinemaÉdenera asaladeprojeçãonaqual amãedaautora atuava como pianista, emprego que evaporou com a chegada dos filmes falados. EbarragensdetorasdemadeiracontraoPacífico ela realmente levantava, de maneira quixotesca, para tentar proteger, inutilmente, suas plantações de arroz durante o períododascheias. Aquelamãe, heróica,independente e determinada,acaba de ganhar vida napele deuma atriza quemtais adjetivostambém podemser facilmenteaplicados – Cleyde Yáconis. Aos 81 anos, ela vive a mãedeMarguerite Durasna peça Cinema Éden, textotraduzido edirigido porEmílio Di Biasi, em cartaz a partir de hoje no Centro Cultural Banco do Brasil.
O espetáculo, de tom assumidamente autobiográfico, abarca quase duas décadas na vidadajovem MargueriteDuras,napeça chamada de Suzana, seu irmão José e a mãe viúva, a quem o texto se refere apenas como ela,oumãe.OcenárioéumaSaigonquefala francês,mas é impiedosamentecorroída pela fome, calor, mortalidade infantil e corrupção política.
amor sem obrigações e deveres. Na peça, ela é uma mulher livreeaceitaqueos filhos tambémo sejam", dizaatriz. "Mas issonão pode ser confundidocom embrutecimento. Nofundo,ela foiumaespéciedeDomQuixote,um Che Guevara, uma mulher que tinha uma causa e lutou por ela até o fim".
Na história verídicade Cinema Éden, amãe de Marguerite Duras compra de agentes cadastrais ligados ao governo 200hectares deterra paradar inícioa umaplantação de arroz. Ninguém a alerta, no entanto, de que no período das cheias as águas do Pacífico costumam inundar a propriedade. E que a salinidade torna todas aquelas terras estéreis.
Aminhamãeera maispositiva.Nãoa utilizeicomomodelo paraestapersonagem. Nãoébomquehaja muitasafinidades entreaatrizea personagem.Atrapalha osensocrítico.
"É uma personagem real, que tomou contatocomapobreza quandosemudoupara a Indochina.Ela nunca teve alguémque a orientassepoliticamente, mas acabou se politizandonamarra.Ascircunstânciasensinaram tudo que ela aprendeu", diz Cleyde Yáconis, que não se interessou em ler outroslivrosdeMarguerite Durasparatentarcompreender melhor a figura da mãe. "Tudo o que eu preciso eu tenho de encontrar no texto. Ou nas conversas com o diretor. Se você escarafunchar,otextoiráfornecertodasasrespostasnecessárias ao ator".
Cleyde Yáconis
Cleyde Yáconis nunca teve filhos – "a sabedoria divina me ajudoua evitarque eu cometesseesse desatino– mas, caso ostivesse tido,é muitoprovável quededicasse aeles um tratamentosemelhante àqueleque amãe deDuras reservouasuaprole."Ela foiumamulherquenãoabandonou os sonhos em benefício dos filhos, concedeu a eles um
Aover amaréavançando sobresua lavoura,eladecideconteroPacíficocomuma barragemfeitadetorasdemadeira."Vocêjá viu imagem mais quixotesca? Uma mulher lutando contrao oceano",pergunta aatriz. A obstinação da personagem em preservar as terraseratamanhaque,quando afilha completou 17 anos, não hesitou em vendêlapor 30mil piastrasparaum homemrico daregiãoeempregarodinheironaconstrução de uma nova barragem. "As duas principais características desta mulher eu já captei: coragem e valentia".
Aatriznãogostadebuscarafinidadesentre a mãe da peça e a sua própria, dona Alzira, uma mulher quetambém lutou sozinha para criar as três filhas, uma delas Cacilda Becker."A minha mãe eramais positiva.Não autilizei comomodelo paraesta personagem", diz. "Não é bom que haja muitas afinidades entre a atriz e a personagem. Atrapalha o senso crítico".
Entre astramas paralelasque compõem Cinema Éden,háarelaçãolevementeincestuosaentre osirmãosJosé (vividopelo ator André Fusko) e Suzana (Maria Manoela). "Os dois filhos não escondiam esta atração", diza atriz. "Amãe percebiae preferia queoincestonãose consumasse.Masse fosseconsumado,acreditoqueelanão se chocaria".
Marguerite Duras se mudou para Paris aos 17 anos e, em pouco tempo, daria início a uma das mais prestigiadas carreirasdentro daliteraturafrancesa. Amãenunca maisreviuaFrançanatal.Morreu naIndochinaeestáenterrada em Saigon.
CINEMA ÉDEN
Cinema Éden, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Rua Álvares Penteado, 112, centro, tel.: 3113-3651. Quinta a sábado às 20h, domingo às 19h. Ingressos: R$ 15.
Se existe um espetáculo em que a reação da platéia pode representar um choque para o ator no palco, este espetáculo é, sem dúvida, Regurgitofagia, que estréia amanhã no Galpão 1 do Sesc Belenzinho. Concebido graças a um patrocínio oferecido pela empresa RioArte para que o autor e ator Michel Melamed desenvolvesse uma pesquisa sobre arte e tecnologia, Regurgitofagia resultou em um dos maiores sucessos dos palcos alternativos do Rio de Janeiro em 2004: foram quase nove meses em cartaz e uma coleção de críticas favoráveis nos principais jornais do Rio. Regurgitofagia é uma colagem de diversas linguagens artísticas, como poesia, performances, artes
plásticas e teatro experimental. Até aí, nenhuma novidade. O que torna o espetáculo inusitado é a reação "elétrica" que a platéia
reações do público (risos, vaias, aplausos, tosses e até eventuais toques de telefone celular) serão captadas por microfones sensíveis e, em seguida,
Michel Melamed utiliza as reações da platéia durante o espetáculo
pode desencadear no corpo de Melamed, sozinho no palco. Por meio de um aparato tecnológico a quem Melamed concedeu o sugestivo nome de pau-de-arara, as
convertidas em choques elétricos aplicados sobre o corpo do ator. Quanto maior for o barulho na platéia, mais potente a descarga elétrica sobre Melamed. A maior
Judas Iscariotis do escritor russo
Leonid Andreiev é lançado no País
Renato Pompeu
Oescritor russo
intensidade dos choques pode chegar aos 90 volts. "É um espetáculo inteligente, doloroso, assustador e, muitas vezes, divertido", escreveu a crítica Bárbara Heliodora. Michel Melamed aproveita a noite de estréia, amanhã, para lançar pela Editora Objetiva um livro que leva o mesmo nome do espetáculo, e que vem acompanhado de um CD com a gravação de alguns trechos de apresentações feitas no Rio de Janeiro. Para poupar a saúde física do ator e os gastos do Sesc Belenzinho com a Eletropaulo, o espetáculo dura apenas uma hora!
REGURGITOFAGIA
Regurgitofagia, estréia amanhã no Sesc Belenzinho – av. Álvaro Ramos, 915. Tel.: 6602-3700. Sábados e domingos às 21h. Ingressos: R$ 10.
Leonid Andreiev (18711919), cujo nomeaparece inexplicadamentecom acento (Andreiév),inexistente emrusso, na tradução de "Judas Iscariotes e Outras Histórias", pequenacoletâneade contos,agora lançadanoBrasil pela editoraClaridade,é bemconhecido, nos meios mais cultos, pelasuaobraprima, "Os Sete Enforcados", em que narra, com amargaobjetividade, asúltimas horas de um grupo de anarquistas que vão ser executadosporum atentado contrao tzar. Esselivro era considerado "correto",pelos padrõesbolcheviques, e tinhalivrecurso emtodoo mundo. Mas como Andreiev, no início partidário da revolução, depois se voltou contra ela, por seu autoritarismo, suas demais obras ficaram um tanto obscurecidas. Nas duas últimas décadas elefoi"redescoberto"emseu país, comoprecursor da crítica às práticas ditatoriais do comunismo,e novastraduções foramfeitasno estrangeiro. Sua literatura, como toda a literatura russa, é sombria, repleta de pessimismo, atribuído,no seu caso, além deà suavivência pessoal, àinfluência que sofreudo filósofo alemão Schopenhauer,doséculo19, pessimismoapenas mitigadoporummisticismo de fundo religioso. E é exatamente um tema religioso,a vidaeos(mal) feitos deJudas Iscariotes, o apóstolo que traiu Cristo em troca de trinta dinheiros, o assuntodo conto principal dacoletâneaeque lhedáo nome. Podemos dizerque o conto foi escrito em estado defebrilexcitação–febreparece uma palavra adequada – pois Judas, aparentemente emdelírio perpétuo,aparece desde oinício, desde quandoaderiu aJesus,com oscomportamentosmaisestranhos, comas falas mais paradoxais. Eleestá sempre dilacerado entre extremos; pecando com freqüência, parecepecarexatamentepara tera oportunidadede autoflagelar-se e redimir-se. Oconto temseus laivos anti-semitas, pois Andreiev freqüentemente chamaJudassimplesmente de "o judeu", comosenãofossem judeus os outros discípulos eopróprio Jesus,esecompraz em descrevero nariz adunco e outrassupostas oureais características físicas e pessoais judaicas de
Judas, comparando-asa características diferentes dos demais. Pareceque Andreyevcaiu na armadilha, comumentrecristãos,deesquecer queJesus eseus demaisdiscípulos também eramfiéis judeus,e deconsiderarcomojudeu apenas a Judas. De qualquer modo,as falas e as ações incoerentes de Judas, retratadasdeforma magistral, com grandepenetração psicológica, fazem lembrar o clima da vida humana tal como foidefinida por Shakespeare: "A vida não temsignificado;é um conto, cheio de some de fúria, contado por um louco." Paradoxalmente, afaltade significadodavidadeJudas éoque lhedáseusignificado,pois, semsuas hesitações eincoerências, sem suasações epalavrasdelirantes econtraditórias, Jesus não teria sido capturado e nãoteria sidomartirizado pela crucificação, ou seja, o Filho de Deus não teria redimido os seres humanos. Os outroscontos são também sobre situações extremas. Num delesse descreve o dia a dia de umaenfermaria num hospital geral e os personagens parecem estar com a vida emsuspenso; logo praticamente deixam desentir comovivências intensasassuasvidas anterioresà internação,e passam a viver num mundo próprio, em que os momentos importantes do dia são asinterrupções darotina, comoasmedições datemperatura, as refeições eas raras visitas, que parecem vindas de um outro mundo. Daqui em diante atradução, feita diretamente do russo, se ressentede alguns castelhanismos, como a tradução de prenomes (aimprensaem castelhanoserefere aopríncipeCharlesda Inglaterra como "príncipe Carlos"; isso é uma tradição nesse idioma), de modo que ogenuinamenterusso Lavrenti setransforma num prosaico Lourenço; ao invés de "caminhos", se fala em "sendeiros", e agutural russa kh, como em Aristarkh, se transforma na gutural castelhana j, grafando-se Aristarj, levando o leitor brasileiro a pensar que esse j sepronunciacomoo jem português.Nos outroscontos, mais tristezas russas.
Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de "Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória" (Ediouro) e de "Memórias de Uma Bola de Futebol" (Editora Escrituras).
O vinho e a história do Brasil
Dos tempos dos primeiros exploradores do Brasil às riquezas dos vinhedos do Rio Grande do Sul e do Vale do Rio São Francisco, no nordeste. O especialista Carlos Cabral explora as raízes da vitivinicultura brasileira e aponta o futuro da produção de vinhos no País no livro Presença do Vinho no Brasil – Um Pouco de História (Editora de Cultura). (DC)
O diretor de cinema José Joffily promete duas estréias para este ano. O thriller policial Achados e Perdidos e o documentário Vocação do Poder
Evaldo Mocarzel
Ocineasta José Joffily, diretor de filmes como "Quem Matou Pixote?" e "Dois Perdidos numa Noite Suja", está no momento finalizando dois novos longas: "Vocação do Poder", documentário sobre candidatos a vereador pela primeira vez, e "Achados e Perdidos", ainda com título provisório, thriller policial estrelado por Antônio Fagundes e baseado no romance homônimo de Luiz Alfredo Garcia Rosa.
Vocação
"Vocação do Poder" centrou suas atenções em sete candidatos a vereador pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro. "No início, eram nove candidatos. Depois, ficaram sete. São candidatos de origens diferentes, de partidos diferentes, de formação diversa. Dois foram eleitos. Cinco acabaram derrotados nas urnas", conta.
tudo foi mudando no corpo-a-corpo com essa imponderabilidade do "real". "A presença da câmera vai atuando, interagindo, e vai mudando um pouco a atitude do candidato e do eleitor", constata. Foram ao todo duas equipes, com sete câmeras digitais. Joffily acabou ficando com quatro candidatos e Eduardo Escorel, com três. "Vocação do Poder" custou cerca de R$ 1 milhão e tem ao todo 80 horas de filmagem, que estão sendo reduzidas pela montadora Jordana Berg. O documentário terá duas versões: um longametragem de 130 minutos, com cópia final em 35 mm, para salas de exibição, e um programa de televisão com quatro ou cinco blocos.
Uma das principais motivações do documentário "Vocação do Poder" foi discutir o papel da política nos dias de hoje. "Por que um alguém quer ser político? Na minha época, ser político era uma
"Num documentário, você começa achando que vai fazer de uma maneira e acaba fazendo de outra", diz Joffily. "Nós filmamos os quatro meses de campanha, desde a escolha dos candidatos nas convenções, até o dia seguinte das eleições, com as vitórias e as derrotas", explica. Joffily comenta que, no início do processo, ele e Eduardo Escorel procuraram evitar a entrevista, pois achavam que a campanha de cada um seria mais que suficiente para o documentário. No entanto,
coisa ruim", lembra o cineasta nascido em João Pessoa em 1945 e hoje carioca assumido. "Hoje em dia, a gente sabe que as coisas só podem mudar com uma atuação política. O político hoje vive um outro momento. Quais são os interesses envolvidos numa carreira política? Na zona oeste do Rio, por exemplo, onde há muitas áreas carentes, as comunidades têm uma necessidade de interlocução com o vereador. Na zona sul, que é uma região mais protegida, a relação é completamente diferente
com o vereador. As pessoas não se interessam. Na zona oeste, o corpo-a-corpo é muito intenso, o eleitor tem bastante interesse em conversar com o político." Um dos grandes problemas enfrentados nas filmagens foi a dificuldade que os eleitores tiveram para entender que estavam diante de uma câmera de cinema, focalizando, num documentário, a vocação dos políticos. "Muita gente nos confundia com uma câmera ‘chapa branca’, dos próprios políticos, ou com câmeras de uma equipe de televisão, cobrindo as eleições", informa. "Nos primeiros dias, houve uma desconfiança dos políticos com relação às nossas câmeras. Ao longo de três meses, elas deixaram de ser notadas. A formalidade da câmera foi se desfazendo.
O cineasta José Joffily está rodando, ao mesmo tempo, dois filmes: VocaçãodoPodereo policial AchadosePerdidos, com estréia prevista para o primeiro semestre deste ano
Nos últimos 15 dias antes das eleições, ficamos colados nos políticos, filmando direto."
Joffily comenta que observou idealismo nos candidatos. "Eles estavam se candidatando pela primeira vez e queriam mudar as coisas de uma maneira ou de outra". O documentário mostra várias linhas de atuação política: uma mais ideológica, outra mais assistencialista. "São diferentes estratégias para conseguir o voto dos eleitores." Os candidatos são os seguintes: a pastora Márcia Teixeira, do PL, que
Andrés Wood revive a ditadura de Pinochet na visão de um garoto Geraldo Mayrink
Atem como base o bairro de Irajá, na zona norte do Rio; Carlo Caiado, com base na Barra da Tijuca, do PFL; Náustria, do PT, funcionária da Petrobras licenciada e ligada ao Sindicato dos Petroleiros; Felipe Santa Cruz, também do PT, com uma formação mais ideológica; André Luiz Filho, do PMDB, com base em Bangu, na zona norte; Geléia, que trabalha como mestre de cerimônia (MC), do PV; e Antônio Pedro Figueira de Melo, mais ligado à área nobre da cidade, a zona sul.
Vereadores
Os candidatos responderam às seguintes perguntas: Por que quer ser um político profissional?; Qual é a sua ambição?; Qual é a sua estratégia política? "A gente aprende muito se movimentando pela cidade, circulando, mapeando o Rio de Janeiro", diz Joffily. "No documentário, procuramos traçar esse universo geopolítico, como se faz a política do Rio." O diretor ressalta, no entanto, uma frase do cineasta Alberto Cavalcanti, que guiou bastante a linha de trabalho do documentário: "Não generalize; faça um filme sobre uma carta, não sobre os correios." Quanto ao longa de ficção de José Joffily, tratase de um thriller noir ambientado em Copacabana. "É a história de um velho delegado de polícia, vivido pelo Antônio Fagundes, que se aposenta e é acusado de matar uma prostituta, que era amante dele". "O filme é sobre essa tentativa de provar a sua inocência." "O filme é um noirzão" (referência aos filmes noir), assume o diretor. "Fizemos tudo à noite e as locações são em Copacabana", diz. Tudo foi rodado em super16 e será ampliado para 35 mm. As filmagens foram feitas durante sete semanas entre os meses de julho e agosto do ano passado. A montagem é do veterano Eduardo Escorel. No elenco estão as atrizes Zezé Polessa e Juliana Knust.
s ditaduras latino-americanas dos anos setenta começam, enfim, a sairdo armário, quer dizer das tumbas. OBrasil vêm tentandomasainda nãoconseguiu oacerto de contas numnívelelaborado e psicológicocomo o de alguns filmes argentinos recentes, como Ilusão do Movimento, sobre infâncias desaparecidas ou perdidas. Outra pátria infeliz, o Chile, renasce agora com Machuca, produção amplamente premiada internacionalmente e que concorre ao Oscar deste ano. Como se costuma dizer, nadaconsegue trazerde volta os velhos maus temposdo queumamemória fraca. Asempre arrogante Argentina, depois de quebrar, vai se virando. O Chile é umsucesso globalizado deprimeiromundo, e até sonha em se transformar
la, significativamentede nome Pedro Machuca, e um lourinho que vai às aulas de gravatae vive num belo bairro. A escola é a melhordopaís, comandada comrigor mastambém bondade por um padre estrangeiro,destes queparecemateuse acreditam na fraternidade entre classes. É uma crônica familiar e social para a qual não se vê solução. Na favela, Machuca ouve que seu amigoriquinho herdará osbens do pai enquanto ele continuará lavandoprivadas. Opaido branquinho acha que "o socialismoé bompara oChile,mas não para nós". Vai trabalhar naItália enquantosua elegante mulher o corneia,isto quandoa situação permitia e ela não tinhaque irparaas ruasdar bolsadase tapasnacorja que chama de "marxistas". Foi assim queaconteceu no gracioso país andino, na
num país bilíngüe (acrescentandoo inglêsaocucacracho local.Em 1973,épocaemsepassa Machuca, nãoeraassimeosassassinados pela ditadura do general AugustoPinochet queo digam, se pudessem falar.
O filme de Andrés Wood, economista formado em cinemaem Nova York,trata tambémde criançasedeve ser partede suaslembranças (rumo aos cinqüenta anos, tinhaoitoquandoo governo socialista de Salvador Allende foi derrubado a ferro, fogo e sangue). É a história de dois garotos, um pobre morador de fave-
Pedro Machuca (Ariel Manteluna) é o centro do enredo da produção chilena
Filme conta também com Silvana (Manuela Martelli), no centro, e Gonzalo Infante (Matías Quer), à direita, e foi indicado ao Oscar
memória de quem viu e sobreviveu. Mas ocineasta Andrés Wood não é documentarista e sim um diretor queé sensívelàstristezas da alma.
Não há duvida sobre para quemseu coraçãotorcia, nosverdesanos,masofilme nãoéum panfleto vingativo.Numacenaforte, opadregringodevoratodas as hóstiasdasacristia, para que não sobre nenhuma paraomilitarquetomouconta do colégio. "Estenão é mais umlocalsagrado",ele diz. "Deus não mora mais aqui". É triste, didático mas bonito de ver.
Comitê Global de Credores da Argentina promete deflagrar uma campanha mundial contra o país sul-americano, caso o ultimato seja mantido
AArgentina advertiu ontem: os credores quenão aceitarem a oferta de reestruturação da dívida poderão ficar com títulos que nunca serão pagos. ``A dívida não trocada pode permanecer indefinidamente sempagamento'', disse oministrodaEconomia, RobertoLavagna, sustentando quea atual baixa liquidez desses títulos pode ser ainda maior.
O ministrolançou um contra-ataque aos credores que rejeitaram a oferta de restruturaçãoqueserá lançada oficialmente na sextafeira e ameaçou processar os que entrarem na Justiça para recuperar todo odinheiroinvestido embônus argentinos.``O paísdeverá levar adiante uma política que não será somente de defesa passiva, sefor necessá-
riodentrodas regrasdojogo internacional, não descartamos usar avia judicial para defender os interesses nacionais'', disse Lavagna. O plano argentino prevê a troca de US$ 102,6 bilhões por US$ 41,8 bilhões em novos títulos.
O Comitê Globalde Credores da Argentina (GCAB) prometeudeflagrar uma campanha mundialcontra o presidenteNéstorKirchnere anunciouque"não apóiaa tão esperada oferta dadívida"e que"nãopode aconselhar que seus membros aceitem à troca de títulos". O GCBAalega que representadonosde títulos argentinos nos EUA, Alemanha,Japão eItália,que possuem bônusem estado decalotecom ovalororiginal deUS$39bilhões,o equivalente a45% dototal da dívida reestruturada.
O príncipe Harry, filho da falecida princesa Diana e do príncipe herdeiro Charles, foi fotografado numafesta vestindoumuniforme nazista, causando ultraje em políticos e em grupos judaicos e revivendo odiosas memóriasdelaçosda família real britânica como regime de Adolf Hitler.
O Centro Simon Wiesenthal sugeriu que o nobre de 20anosvánodia27dejaneiroà Polôniapara assistir à cerimônia pelo 60º aniversário da libertação pelas tropas soviéticasdo campode concentração de Auschwtiz."Ali eleveráosresultadosdosímbolodeódio queeletãotola edespudoradamente escolheu vestir", disse o rabino Marvin Hier,
fundador do centro. Harry pediu desculpasnum comunicado nanoitedeontem,depois que a primeira edição dotablóide The Sun chegou àsbancas com a manchete"Harry, oNazista" e uma foto do príncipe vestindoumuniformecompleto dos Corpos da África de Rommel, inclusive com a braçadeira vermelha e o símbolo da suástica. Afoto,ondeo príncipe também aparece com um copodecervejaeumcigarro na mão, foitiradapor um convidado dafesta de aniversário, nosábado.O irmão de Harry, príncipe William,de22anos, preferiu usar adornos de leopardo e leão.O temadafestaerao "nativo e o colonial". (AE)
Segundo Hans Humes, umadaslideranças doComitê, "a Argentina não cumpriuseusacordos". Além disso,sustentou queaoferta apresentada por Lavagna "não éo resultadode negociações de boa fé, tal como o Fundo Monetário Internacional (FMI) havia pedido".
O Comitê informou que começará uma turnê mundial para mobilizar os credores da Alemanha, Itália, Japão,EUA, Suíça eGrãBretanha. A idéiaé "cercar" os emissários de Lavagna, que foram enviados para os principais centrosfinanceiros do mundo com a missão de seduzir os credores mais reticentes. Humes sustenta que a oferta de troca de dívida da Argentinanão reflete a "melhora" da capacidade de pagamento que o país teria por causada recuperação de sua economia.
Em Washington,oportavoz do FMI, Thomas Dawson, deixou claro que o organismo somente se pronunciará sobre a operação de troca da dívida quando esta forconcluída."Nossa visão é que concluir uma reestruturação dedívida ampla e sustentável é essencial para as perspectivas econômicas da Argentina", disse. Indignação
Os setores mais irritados dos 400 mil credores italianos pedem um boicote aos produtosargentinos.Desde adeclaração docalote,em dezembrode 2001, protestaram na frente da Embaixada da Argentina aosgritosde "argentiniladri!"(argentinosladrões!). As manifestações intensificaramse quando em 2003 o governoKirchner anunciouque aplicaria uma substancial
A modelo Camila Finn tornou-se a primeira brasileira a vencer o concurso Ford Supermodel of the World, que aconteceu na noite de terça-feira, em Nova York (EUA), derrotando 44 candidatas de várias partes do mundo. Com a vitória, ela conseguiu um contrato de trabalho com a Ford americana no valor de US$ 250 mil (cerca de R$ 675 mil). Ao vencer a etapa brasileira do Ford Supermodel, em novembro de 2004, a modelo paulista de Botucatu já havia conquistado um
Sexo barulhento não é motivo para despejo, desde que praticado de dia, decidiu a administradora de um prédio em Borlaenge, na Suécia.
contrato de R$ 150 mil. Aos 13 anos, Camila Finn desponta como uma das principais promessas para as passarelas nos próximos anos. Camila foi descoberta há dois anos em uma rua de Botucatu pela dona de uma agência local, Malu Ornelas, mas só foi à agência no começo de 2004, quando foi então inscrita no concurso. Modelos reconhecidas no circuito de moda como Mariana Weickert e Luciana Curtis passaram pelo Supermodel brasileiro. (Agências)
Políticos do Estado australiano de Victoria foram convidados a doarem esperma para ajudar a conter a diminuição dos estoques de uma clínica de fertilização in vitro. "Esperamos que se algumas pessoas de liderança junto à nossa comunidade se tornarem doadoras, outras possam fazer o mesmo", justificou a clínica.
redução do valor da dívida. Ovalor dostítulosencolherá em mais de 60%. "Um roubode dimensões épicas"foia definição disparada por Nicola Stock, presidente da Task Force Argentina, grupode credores respaldado pela Associação de Bancos Italianos. Stock argumenta que a proposta é "inaceitável". Segundoele, "ositalianosque acharemque mais vale um pássarona mãodo quecem voando estãoerrados.Os argentinos vão devolver quantias ínfimas, e somente daqui a 35 anos. Essa proposta fede!". Ontem,pela primeira vez,o governoBerlusconi criticou oficialmente a troca dedívida. Oministroda Economia da Itália, Domenico Siniscalco,disse que"é evidente que não houve umanegociação de boa fé
com os correntistas". No próximo dia 15, associações deconsumidores daItália realizarão um protesto. Em BuenosAires, oclima entre as lideranças das associações decredores nativos também era de profunda irritação. "É uma fanfarronice a mais", afirma Horacio Vázquez, um dos líderes da Associação de Correntistas Prejudicadospela Pesificação e o Default. "A proposta é tão vil que não tem sentido algum", disse. Vázquez recomendou a Lavagna que vá"aopsicólogo"."Ele está dizendo muitas barbaridades,talcomoessadeprocessaroscredores". ODresdner Bank Lateinamerika, no entanto,afirmou emumrelatório que considera "improvável" que os credores tenham sucesso nos processos contra o governo argentino. (Reuters/AE)
O filho da ex-primeira-ministra britânica
Margaret Thatcher declarou-se culpado de participação em uma tentativa fracassada de golpe na Guiné Equatorial, seguindo um acordo para delatar companheiros que o livra da pena de prisão.
A Alta Corte do Cabo decidiu que Mark pague multa de US$ 500 mil.
Quase 2 milhões de pessoas poderão cair na pobreza após a tragédia da tsunami que matou mais de 150 mil pessoas na região do Oceano Índico, alertou o Banco Asiático para o Desenvolvimento. Nas Maldivas, 50% dos moradores ficarão pobres.
Vários homens armados assaltaram uma agência bancária Banco Al-Rachi, no Iraque e fugiram com 20 bilhões de dinares iraquianos, avaliados em torno de US$ 14 milhões. O assalto ocorreu na parte da manhã. Ninguém ficou ferido.
Hambúrgueres duplos, porções generosas de batatas-fritas e colossais taças de milk shake.Tudo àmodados anos 50. Esses são os destaques das recém-inauguradasMemphis, que tem toda decoração dedicada a Elvis Presley, e do Rollerburger, querelembraos grandes ícones do rock and roll daquelaépoca, com instrumentos genuínos dasmarcasMarshall e Ludwig no mobiliário.
O Rollerburger é uma loja piloto, aberta em outubro, no shopping Market Place, que deve ser o ponto de partida para a criação de uma rede de lojas no gênero dossócios SérgioCosta e André Samelli.
Costaconta queaproposta inicial era abrir uma casabem maior,comcinema e atendentes que entregariamospedidos de patins. Daí a vem a inicial "roller"nonomeda lanchonete.A lojapilotoestá servindo paramedira aceitação das refeições por parte do público. "Mas o sucesso foi acima das nos-
Na Rollerburger, anúncios e guitarras dos anos 50. Elvis Presley é a marca da Memphis.
O clima dos anos 50 está de volta na Rollerburger e na Memphis
sas expectativas e recebemos propostas para abrir novas unidades em outros shopping. Decidimos que, por enquanto, seguiremos essa linhadeexpansão, com unidades formatadas para shopping centers", diz ele.
O principaldestaque da casa,ouseja,omais pedidos entre criançase adul-
tos éRollercheeseburger, servidoem váriasversões, quecustam entreR$ 6,90e R$ 10.Ele évendido tanto da forma tradicional ou aberto no prato. Nesse caso, os lanches podem ser acompanhados de batatas fritas ou smiles(em formato de carinhas), além de onions (anéisde cebolas empanados e fritos). As
Sérgio de Paula Santos
Oturista brasileiro que vai à Argentina costumair paraBuenos Airesou Bariloche.Algunspoucos, enófilos vão também à Mendoza, capitaldovinhoargentino.Adescobertade Bariloche pelobrasileiro érelativamente recente, coisa detrês décadas. Mendoza foi por nós turisticamente descoberta recentemente, mesmo porque seus vinhos atéhábem poucotemponãocompensavam a visita.
Emtermosdeturismoedevinhos,sem quererserprofeta, possivelmenteum novo destino poderá ser incluído, odo Vale do Cafayate, na província de Salta, a 2.000 Km ao norte de Buenos Aires sempre se poderá argumentar que os vinhos de Salta podem ser encontrados em Buenos Aires, como os de Mendoza. A resposta também poderia ser – os vinhos (nem todos) podem vir à capital, a paisagemnão,e estaédetirar ofôlego,além
Laborum: bebida aromática e persistente no paladar
do que estãosendo terminados alguns hotéis decinco estrelas.Pelo menosenquanto nos for favorável. Cafayate e Saltade-Verãoestas notrajetoturísticosulamericano. Empresários abonados da Argentina e do Chile, e mesmo europeus já descobriram o vale. Salta é a cidade colonial mais bem conservada da Argentina. Sem nome deriva de "sagta", "a mais linda" no idioma quéchua.Entre1450e1480. Saltaegrande parte do Noroeste argentino faziam partedoImpérioInca, comonomedeCallasuyo,quando Cuzco eraacapitaldo império, que foi destruído pelos espanhóis em 1533. OpoderosoImpériofoifundadonoséculo XII por tribos quéchuas oriundas da região do lago Titicaca e em seu apogeu, no século XV,seestendeupor toda regiãoandina, do Colômbia ao Chile, incluindo todo noroeste argentino.
Produzindo nas alturas
Como nosso assunto entretantoévinho,deixamos aoleitor-enófiloo fioda meada paraconhecer Salta,oValedoCafayate,seus museus arqueológicos, e naturalmente, seus vinhosdecercade uma dezena de "bodegas".
Asque provamossão da BodegasxVinedosEl Porvenir Laborum – 2004 – Torrontes. Produtor Bodegas El Porvenir – Valle deCafayate– Salta. Ainda sem importador no Brasil.
Auva torrontes (não confundir com Terrantes, daMadeira), branca, é oriundadaGalícia, onde participa com freqüência dosvinhos Ribeiro.Bem maisimportante éapresença dauvanaArgentina,onde ocupa16.000 alqueires eproduzvinhos
frutados e elegantes. Ovinho temcoloração amarelo-ouro, límpida e brilhante. É uma bebida aromática, redonda e persistente no paladar. Trata-sede um"vinho dealtura",produzidoa aproximadamente 1.700 m de altitude.
Avaliação 84/100. Comoaindanão chegouao mercado, não tem preço. Ma xi mu m – Ro bl e –2003. Mesmo produtor –do Valle del Cafayate –Salta. Éum vinhoproduzido a partirde um corte de Malbec, Cabernet e Syrah, que passoupor estágio em carvalho. Também um vinhode altura(1700 m), de coloração rubi com tonalidade violáceasaroma complexo, frutado e duradouro. Naboca é amplo, harmônicoe re-
Maximum: vinho jovem, acompanha bem carnes condimentadas
dondo, apesar de jovem. Acompanha bemcarnes condimentadas, assados e massas. Avaliação 86/100. Como dito, ainda não chegou ao nosso mercado.
Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-fundador da FIJEVFederação Internacional de Jornalistas e Escritores do Vinho é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais "O Vinho e suas Circunstâncias", SENAC, São Paulo, 2003.
Cotações:
● Regular - 50 e 60 sobre 100 possíveis
● Bom - 60 a 70
● Muito Bom - 70 a 80
● Ótimo - 80 a 90
● Excelente - acima de 90
porções custam R$ 3,50. Já os milk shakes aparecem nas versões pequena (muito bem servida no balcão), quecustaR$7;namédiaR$ 9 e na extra, que equivale a dois copos e custa R$ 13,50, nos sabores chocolate, morango, dentre outros.
Na Memphis, que fica no Itaim, a homenagem a ElvisPresley vemrendendo
um público variado de fãs nostálgicos eatraindoa atenção da ala infantil, que adora escolher músicaem uma jukebox instalada na casa. Por foraela é identica às americanas dosanos 50. Pordentro, comporta 50 CDs,com repértório dos anos 50 e 60. Outros chamarizes sãoosgarçonsque atendemcom uniforme
bem ao estilo rockabilly ea mobiliário da casa,que remete ao clima romântico da década de 50. No cardápio, os Favoritos do Elvis vem sendo os mais pedidos dacasa,segundo Luis Fernando Seabra, umdossóciosdo Memphis, que abriu a lanchonetehá cercade um mêsjunto comRenato Noschese. O Peanut Butter andBananaSandwich (R$ 8,50), de banana com pasta de amendoim no pão de forma, que Elvis Presley costumava comer durante as gravações dos discos é um dos mais pedidos pelo público da Memphis. Outro sucesso é o Elvis Burger,que vem com dois hambúrgueres, queijo pratoderretido,alface, tomate, cebola,maionese, mostarda, picles,acompanhado de queijo cheddar e batatas fritas (R$ 14,90).
Memphis Original Burgerav. Juscelino Kubitschek, 181Itaim - Tel. 3045-2451. Rollerburger - Shopping Market Place - av. Dr. Chucri Zaidan, 902. Tel. 5181-1685
O buquê especial do café.
E negócios à vista.
No Santo Grão Café é permitido misturar trabalho com prazer
Armando Serra Negra
OSanto Grão Café tem esse nome por sugerir que há um espírito, um buquê especial dos cafés, que lhes confere uma personalidade? Vá conferir... Animado happy hour, numa casa elegante de ar belle époque, construída a partir do que foi um dia uma velha e decadente padaria, em ponto mais calmo da rua Oscar Freire, promove uma degustação de quatro cafés nacionais (R$ 7) entre orgânicos, descafeinados, o da casa e o do dia, também oferecendo importados, o Ethiopian Hattar (R$ 5) e o Jamaican Blue Mountain (R$ 7) tido pelos experts como o melhor do mundo. Os pontos altos do lugar são o terraço que dá para a
rua, com poucas mesas e ambiente wi-fi –permitindo a utilização do laptop conectado à rede (R$ 9 o cartão de meia hora) - no qual se pode degustar um bom charuto, olhando calmamente o movimento da rua, ou saborear um excelente branco gelada Casa Valduga (R$ 9,50 a taça), ou um espumante Chandon Brut (R$ 10,50 a taça), entre outros vinhos, sendo que nacionais e, portanto, com melhor custo/benefício; o balcão interno, bom para conversar, diante de uma uma linda torrefadora de cobre em pleno funcionamento. O Santo Grão produz o seu próprio blend de café, o carro chefe da casa, que pode ser levado como uma sugestão de presente em
finos – e caros – pacotes (R$ 28 o quilo!). O atendimento é impecável, com uma simpática equipe de jovens entre 22 e 27 anos de idade, versados em alemão, inglês e francês. No lounge há dois micros conectados á Internet, disponíveis gratuitamente por dez minutos, o que facilita a checagem das caixas postais. A privacidade do mezanino reserva uma mesa para dez pessoas, utilizada nas reuniões comerciais mais descontraídas, principalmente durante o café da manhã. Bons negócios à vista! Santo Grão Café
Rua Oscar Freire 413, Jardins. Tel: 3082-9969. Reservas com Vanessa Mills.
CNA reclama que setor agropecuário terá um seqüestro de R$ 2,015 bilhões este ano por conta da MP 232
AConfederação da Agriculturae Pecuária do Brasil (CNA)decidiuontem, em reunião com todos os presidentesdasfederações de agricultura dos estados, articular-secom asdemais confederações,comoa daIndústria(CNI), dos Transportes (CNT) edoComércio(CNC) eaOrganização das Cooperativas Brasileiras(OCB),parapressionar contra aMedidaProvisória 232, quecorrige a tabelado ImpostodeRenda em 10%, mas aumenta a tributação sobre empresas prestadoras deserviçose promoveum aperto sobre o setor rural. Em seu artigo 6º, a MP prevê a retenção doIR na fonte nas vendas de produtos agropecuários que gerem direitoa crédito. Cálculosda CNA mostramque osetor agropecuário terá um "seqüestro" deR$ 2,015bilhões este ano,emdecorrênciada medida.ACNIjásemanifestoucontra aMP, engrossandoomovimentoqueganhou
esta semana a adesão de dezenas de entidades de classe, principalmente ligadasao setor de serviços. O "bloco tributário"vaiganharasruas apóso Carnaval, com uma série de ações para derrubar a medida provisória.
A oposição também está se mobilizando.PDT ePFL ingressaram com ações diretasde inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal(STF) contraasmedidas tributárias.
Pequeno produtor - Segundoo presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo, a retençãovai prejudicarprincipalmente opequenoprodutor –comrendaanual abaixodeR$ 69.840 –,queeraisentodo recolhimento do Imposto de Renda. A MP estabelece que toda operaçãode venda acima de R$ 1.164,00 feitapor produtores pessoas físicas serátributada em 1,5%.Os prejudicadossão,
Ed Ferreira/AE
Antônio Ernesto de Salvo (CNA): "O governo dá com uma mão e agora tira com a outra."
em suamaioria, osagricultores atendidos pelo Programa Nacional de Incentivo àAgriculturaFamiliar (Pronaf), um segmento tido como prioritário na administração LuizInácio Lula da Silva. "O governo dá comuma mão e agora tira com a outra, tributando esses produtores", criticou. SegundoaCNA,comesse limite, um produtor de leite queproduza 75litrospor dia será obrigado a recolher
oIR."Não setratadediscutirnúmeros dereceita.Esta é uma questão social" afirmou deSalvo. Segundoele, a MPvai criarinsegurança parao pequenoprodutor, que não tem experiência em fazer a declaração do IR e que, a partir deste ano, será obrigado a fazê-la para ter a restituiçãodos recursospela Receita Federal porocasião da apresentação de sua declaração anual de rendimentos. (AE/DC)
O setor de transportes de carga decidiu ontem qual estratégia vai usar para tentar derrubar a antecipação de tributos e o aumento da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Socialsobre oLucroLíquido (CSLL)de32%para40%,instituídos pela Medida Provisória 232. "Não temos como cumpriressaMP.Vamostentarreverter essasituação através do diálogo, mas se for necessário não descarta-
mos a possibilidade de greve", disse Nélio Botelho, presidentedo Movimento União Brasil Caminhoneiro. Osetortambémcogitaapossibilidade de fazer uma marchadecaminhõeseingressar com ação na Justiça.
AMP232instituiuaretenção de 1,5% de Imposto de Renda na fonte e do Programa de Integração Social (PIS), Contribuição de Financiamento da Seguridade Social(Cofins)eCSLL para
todo o setor de transportes. Antes, a retenção de PIS, Cofins eCSLL era obrigatória apenas parao transportede valores. "Essas medidascomeçamavalerem1°defevereiro e oCongresso só volta dorecesso em15 defevereiro. Não podemos esperar por isso", afirmou Botelho. O aumento da base de cálculo do Imposto de Renda e da contribuição social atingeapenas asempresasde logística do setor, tributa-
das pelo lucro presumido. Entidades representantes de empresas,autônomose cooperativasdecidiramprimeiro marcar reunião com o ministroda Fazenda,Antonio Palocci. "Queremos sensibilizar oministro. Osetor de transporte de cargas é, em sua maioria, formado porpequenas emédiasempresas e será impossível elasse adaptaremàsnovidadesatéfevereiro",alertou Geraldo Vianna, presidente
da Associação Nacional do Transportede Cargas&Logística (NTC&Logística), que éa favorda uniãoentre as confederações.
O setorchegou àconclusão de que a MP 232 poderá inviabilizar várias empresas.Vianna afirmouquea medida aumentou em 5,15% a carga tributária dos autônomose em6,15% a das empresas. "Considerando ototal de impostos, suportamos uma carga tributária de 52%."
Caso a reuniãonão sensibilizeo ministro,asentidades decidiram fazer uma marchadecaminhões."Não podemosrepassarisso aos fretes", disse Vianna.
Segundoo presidenteda FederaçãodasEmpresasde Transporte deCargas do Estadode São Paulo (Fetcesp), Flávio Benatti, a entidadejá encaminhouparaa ConfederaçãoNacional de Transportes (CNT) informações parauma eventual Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).
Laura Ignacio
Pague R$ 32 por mês e tenha um advogado à disposição
Um grupode advogados doRiocriouuma entidade nacionalchamada "Consumidor Ativo", que presta assistência jurídicaemtodas as áreas, exceto a criminal, em qualquer local do País, por uma mensalidade de R$ 32.O objetivoéestimulara populaçãoabrigarpordireitos que seriam esquecidos, por falta deinformaçãoou mesmo porpreguiça deentrar naJustiça. Osprocessos mais comunssão relacionadosà cobrançaabusiva de aluguéis, taxas bancárias e cartõesde crédito, que normalmentecorrem nosjuizadosespeciais cíveis(JECs). Empresas que prestam serviços públicos também são alvosconstantes dosconsumidores, assim como estabelecimentos comerciais, lojas virtuais e condomínios. As açõessão sempreindividuais, para que tenhamresultado mais rápido. O associado tem direito a um serviço de plantão 24 horase,alémda mensalidade, pagaas despesas da ação e mais 10% do valor ganho –revertidospara o advogado queo acompanhou.AsecretáriaMariaIvaniceJacintode Lima,de36 anos,afiliadade primeirahora,ganhou R$4 milnumaaçãocontraaCompanhia Estadual de Gás (Ceg), quecortou seufornecimento durantequatro dias por suposta falta de pagamento – provocada por falha no sistema de débito automático.Umanoe meio depois de criada,a entidade, queatende emtodo oBrasil, já tem 7 mil associados. (AE)
Aproveite as férias para descobrir os mistérios de Riobaldo e Diadorim de Grande Sertão: Veredas
Luiz Barros
Aboa literatura pode ser apreciada emqualquer época do ano. Mas para alguns leitores o tempo de férias é especialmente propíciopara descobrir ou revisitar grandes autores. E porque nãoGuimarães Rosa,umdosmaioressenão o maior escritor brasileiro do século20? Passadoscercade50a60anos(Sagarana é de 1946 e Grande Sertão: Veredas de 1956),sua obra encontra-se nas livrarias de formaíntegra enão lhefaltam leitores.Muitos,porém,talvez nãoseaventurem a atravessar as veredas deGrandeSertão, seja por receio da famosa linguagem "difícil" do autor,ou por julgarem já conhecer de que se trata ahistória, supondoqueasíntesedoenredo seencontreno segredo da dupla protagonista, os jagunços Riobaldo e Diadorim, com a mesma simplicidade que outros julgam MobyDicknadamaisserdo que a história de um capitão obcecado pela caça de uma baleia branca assassina.
Nasprimeiras ediçõesde GrandeSertão constavanotado autorsolicitandonão se contasseo fimda história a quem não a tivesse lido. PauloRónai, noprefácioda primeira edição, reforça a advertência.Paraele, um dosaltos prazeresdaleitura desteromanceédescobriros entrelaçamentos de mistérios,digressõese episódios aparentemente deslocados que sereatamaolongoda narração.Poristonãoéprestar bom serviçoassinalar, ainda que parcialmente, tais entrelaçamentos.
Mas as obrasclássicas, ao se tornarem parte do acervo cultural comum, acabam por ter seus segredos violadose,assim,muitaspessoas sabem dosegredo deRiobaldo, oex-jagunço narrador e protagonista de Grande Sertão, sem jamais terem se avizinhado desta que é uma das obras primas da literaturabrasileirae mundial.Isto,noentanto,nãodi-
minui o interesse pela leitura; apenas a torna diferente. Em1985,quando arede Globoproduziu minisérie baseada no romance, o diretor WalterAvancini, talvez por não ter encontrado outra maneira de agir, antes de começar a filmar jáhavia decididodesvendaro segredodeinício, fatoquese comprova pela forma de escolha do elenco. É verdade que Grande Sertão: Veredas exige muito do leitor.Hoje talvez menos, porque seu estilo de linguagem (ou antes, estilos assemelhados) – e parte do universo que desvenda – já têm sido popularizados em folhetins televisivos.Mas paralançar-seàleituraprimeiro épreciso vencer omedo atávico que muitostêm em relação aos grandes clássicose em relaçãoa este em particulare, depoisdisto, será mesmo necessário desbravaralinguagemoriginal de Guimarães Rosa. Neste seuúnico romance, oescritoratingiuoclímaxde uma construção lingüística burilada, uma linguagem queéaumsótemposertaneja,arcaicae inventadanos vocábulos e na sintaxe, não deixando, no fundo, deser tambémclássica, mesclando olinguajar oralsertanejo com o idioma escrito formal. Obstáculoinicialaservencido, pelo estranhamento que causaaquemoenfrentapela primeira vez, o estilo do autor é grande fonte de encantamento. Guimarães Rosa utiliza-se de todos os recursosvocabulares egramaticais lícitos e inaugura outros ilícitos, inexistentes antes dele,em tal profusão como sefôraofundadordeumnovoidioma. Essaconstrução lingüística experimental e revolucionária fundamentava-se em profundas pesquisas de campo. Tanto quanto registrava histórias quelhe eramcontadas,anotava as palavras e modos de falar de vaqueiros e outros personagensque oinspiravam.O arcaísmo existente na linguagemvem do jeito mesmocom que o portuguêssemanteve intocado nos sertões até a chegadado rádio e TV. Há posturas que ajudam a adentrar na linguagem de Grande Sertão: Veredas, isto é: nafala de Riobaldo, pois o livro constitui-se num monólogo no qual o perso-
nagem narra memórias a um ouvinte oculto. A primeiraforma deentrada, portanto, é percebero texto realmente como fala. Será, então, possível perceber queestafalatemritmo, no mais das vezes demarcado por peculiarpontuação, e que se desenvolve nas circunvoluções usuais dos contadores decausos que entremeiam a narrativa comcomentáriosefloreiose costumamemendar um causo no outro conforme a memória os evoca. Deixando-se levar pela cadência do texto,sem tentar decifrá-lo acada instante,a compreensãose apresentaráao leitor.Damesma maneira comose entendeo todode umafalacarregada desotaquee expressões desconhecidas deum cabocloou de um caiçara,mesmose muitos detalhesnos escapem. É preciso, pois, ter paciência para ceder à cadência danarração, especialmente no início, por várias dezenas de páginas, até que se atinja melhor compreensão da linguagem e que as diversas histórias e reflexões de Riobaldo, entremeadas umas às outras, comecem aconvergir eganhar corpo.
Oleitorquenãoaindanão leu GuimarãesRosapode iniciar por Sagarana, sua obra prima de histórias curtas, onde se encontram, entre outros, Oburrinho pedrês e A hora e a vez de Augusto Matraga. Como conjunto, os contos de Sagarana são os melhores do autor e por apresentarem narrativas mais diretas e linguagem mais acessível, constituemse em excelente introdução a seu universo. Com raízes nointerior de Minas Gerais, que manteve e cultivou durante toda a vida, amando a terra, as gentes, osbichos e as plantas, João Guimarães Rosa formou-se em Medicina, foi diplomata de carreira e dominava inúmeros idiomas estrangeiros. Suaculturae sensibilidade permitiram que seus escritosdessem nova vida à literatura regionalista.Com ele,oregionalismo ultrapassa o patamar de narrativaslineares ou testemunhais, elevando-se àsdimensõesdo simbólico e do universal. EmGrande Sertão:Veredas, o cenário e o enredo são sertanejosmas aobradiz respeito avivências, sentimentos e valores universais do homem.Asreflexões de Riobaldo, em especialas de ordemmetafísica, sãotão importantes quanto os fatos
que narra. Sua perplexidade diante do que o destino lhe reservou leva-o a conjeturar que tenha sido vítima do demônio.Cogita mesmo que possater vendidoa almaao diabonum determinado momentode suasandanças de jagunço, com o intuito de ter o corpo fechado, o que justificaria altíssimotributo emsofrimentoqueavidalhe cobrou depois. Asdúvidas existenciais do personagem sãoo cerne doromance,quegiraemtorno de uma aguda angústia, relatadaentretantocom vivacidade e poesia ímpares, tal como seo ex-jagunço, passados muitos anos, diante de um desconhecido, pela primeira vez estivesse abrindo seu coraçãoe ofizesse com alegria. Paulo RónaidesignouRiobaldo como "Fausto sertanejo", adicionandoque"aintervenção do sobrenaturalé tratada com artedasmais sutis,de modo que nunca entra em choque com o realismo psicológico. A existência do Diaboou a crença na existênciadele (´Nãoé, masfinge de ser´) são explicações igualmenteválidas para o destino de Riobaldo".
Não obstante as obras sobre o Fausto,primeiro a de Marlowe e depois a de Goethe, terem universalizado o mito do homem que vende a almaao diabo aponto de se poder afirmar que este enredo,mesmo no interior dasGerais, tenhaamesma origem quinhentista européia, talvez parem por aí as analogias.
Pois o Mefistófeles de Goethe existeem concretude,nãohádúvidaquantoao pactodeFausto, olocalea forma como se deu, nem quantoao preçoqueserá pago e em que data, embora este preço tenhasido acrescido por adiantamentos imprevistoscobradosemmeio à jornada. Mas nada acontece assim com Riobaldo. Ao fim da vida ele não sabe se o diabo de fato existe ou não e seporventurapactou com ele certa vez, num istmo. Nãosabese seudestinofoi coisaurdida pelodemônio oufruto davida dehomem humano.
Odestino.Uma questão, aliás, que divide os filósofos e confunde os teólogos,e que,nocaso de Grande Sertão: Veredas,por tersido tão bem retratada tornou a obra uma referência universal, imortalizando o seu autor.
Luiz Barros, mestre e doutor em filosofia da educação pela USP, é escritor.
Grande Sertão: Veredas
Não tenho dúvida nenhuma, nema mais remota, que umempresário grandeou médio, pequeno emevolução para médio, não entregaria a direção de seus negócios à sra. Marta Suplicy. Uma senhoramadura, com seus quase sessenta anos, que ocupou seu tempo em tratar de questões sexuaise a apresentar-se com o marido de grandefamília paulistana nos salões da cidade, não merecia confiança para ocupar umcargo dedireçãonuma empresa, comempregados, produção, distribuição, propaganda de outros afazeres. Poisoregimeemviro,criticadoacerbamente, comojádemonstreicomsuasprópriaspalavras, pelo grande Rui Barbosa, mestre de civismo e de ciência política, permitiuàsra. MartaSuplicydeassumirachefia dogoverno municipal,com a volumosa quantidade de problemas da cidade. Não se tratava de uma urbanista mas de umaamadora sembagagem especializadaem administração, inclusivedo lar,que ficava por conta da governante.
Por essasituação doregime, defendi, numerosas vezes, a prefeitura de carreira, como a dosjuízes dedireito. Arepresentaçãodopovo, segundoa
democracia defendidapor todos os cidadãos,inclusiveos quenão sabemnadaderegimes, ficariaporconta dos membros das Câmaras Municipais.Os urbanistasfaziam a carreira e acabariam na capital, comoos desembargadores, queforamjuízes decarreira,e em número correspondente às sub-prefeituras, dirigiriam a cidade, como urbanistas, conhecedores, portanto,da capital e de seus problemas. Evidentemente, a tese das prefeituras decarreira nunca foi levada a sério, nem mesmo quando Menotti DelPicchia a defendeu nassuas Memórias Paraosmeus artigosnos Diários Associados nunca houve resposta,edesdequeodeixam delado,emborapessoalmente se manifestavam favoráveis, para não desagradar o diretor entãopoderoso deuma rede dejornais, rádiosetelevisões. Volto, no entanto, a defender a mesmatese, afimdeevitarmos as Martas que aparecem agora na política. Repito minha tese, embora saiba que nenhumpolítico aconsiderara válida para o Brasil.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Arnaldo Niskier
N a nossa língua sente-se até hoje a influência indígena. Não poderia ser diferente, pois quando os descobridores aquichegaram encontraramum povo- osíndios -que era o habitante natural do lugar. Com opassardo tempo, somos testemunhas de que os nativos foram sendo aculturados. Acultura indígena foi desrespeitada, o que provocou quaseaextinçãodaquelaetnia, inclusive a perda da língua original, pois há muitas sociedades indígenas que falam somente o português. Estima-sequehavia1.300línguas indígenas diferentes faladas no Brasil há500 anos. Hoje, são 180.Entretanto, assimilamos dos silvícolas muitos vocábulos, taiscomo carioca eIpanema,quepermanecemnanossa cultura. O grande dicionarista Antenor Nascentes,cultor daslínguasindígenas,demonstrouem seudicionário daAcademia Brasileira de Letras o vigor dessa contribuição de raiz à formação da nossa língua. Há, no entanto,sinais indiscutíveis dedegradação nalíngua portuguesa, hoje confusa e com limites imprecisos entre a norma culta e a linguagem popular, o que a torna de mais difícil apreensão. Ser moderno, nas camadas de cima da sociedade brasileira, não é só se vestircomorecomendam osfilmes,revistaseprogramas de televisão,mastambémfalaralgo quese parece como inglês, hoje a primeira língua de 500 milhões de pessoas.
Não custa insistirna barbaridade que é o batismo profano de pontos comerciais na Barra da Tijuca, onde se desenvolve uma verdadeiraolimpíada de
mau-gosto,com nomesque nada têm a ver com a nossa cultura.Sejá chegamosaimitar Miami, certamente estamos num caminho condenável. A sorteéqueaindainsistimosem apreciar Caetano Veloso, Chico Buarque, Martinho da Vila e Noca da Portela, para lembrar alguns dosque,teimosamente,seencontramnaativa de uma açãocultural eficaz. Vez por outra, aborda-se o fenômeno da francofonia. São 170 milhões defalantes. Ogoverno francês dá sinais de que tem interesseestratégico pela latinidade. Aos nossos ouvidos chegam apenas rumores, sem maior consistência. Alusofonia tem o seu espaço. A ampliação doslaços que nos ligam à Comunidade dos PovosdeLíngua Portuguesa (CPLP) estásempre empauta. Isso é ditoem ondas sucessivas, comoaconteceu aindarecentementecom aindependência do Timor Leste, que sofre hoje umaincrívelpressão da Austrália para deixar o português delado. A línguaé oficial, mas falada por menos de 4% da população,índiceque nãoestá muito longedoque acontece comMoçambique, nação oficialmente integrada à Comunidade Britânica. Há muito o que ser feito para reforço urgente da nossacomunidade, que não sobreviverá se for mantida apenas por belos poemas e discursos. Vale a penarecordar uminstigante pensamento doescritor mexicano OctavioPaz: "Quando um país se corrompe, a primeira coisa que se degrada é a linguagem". Concordo com ele.
Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras
Opodertudopode. Menos revogar o bom senso e a moralidade. Como pode umprefeito ouprefeitaque temum mandatoexecutivo de apenas4 anos assinar contratos que amarram a cidade por 20 anos "prorrogáveis por mais 20", engessando dez administrações futuras?Só mesmocomcontratos de lixo. Desde ocomeçoa coisa cheiravamal, poisosbeneficiados eram doadores das campanhas eleitoraisda ex-prefeita. Poucas contratações foram mais turbulentas e confusas do que essa. A própriaprefeitura chegou a revogaruma primeira iniciativa. Posteriormentea Justiçaimpugnou a contratação por ilicitudes evidentes, pois umdos documentos apresentados em Juízo revelava que mesmo antes do encerramentoda concorrênciajáse conheciam os vencedores. Por esses emaranhados que cons-
tituíam (e ainda caracterizam a legislação brasileira) e abrem brechas de chicana no processamentojudicial, a prefeita acabou realizandoseu intento.Ainiciativa do prefeito atual de revisão desses contratosé, portanto, apenasum esforçopara restaurar bomsenso emoralidade nos negócios municipais.
Essenegócio delixo é, entretanto,apenas aponta do iceberg de uma herança administrativa clivada de erros eirregularidades encobertosporCEUs. CEUs queincluíramuns poucos e criaram uma multidão de excluídos queficaram fora deles. Como a cada dia se torna evidente para todos e severifica nos maisdiferentes setores (o dos piscinões que se transformaram emmatagais edepósitos delixo eodetúneis quese transformam em piscinões), aadministração Marta-PT primou pela in-
Antonio Delfim Netto
D ólar a2,70reais éum dólar fabricado pela maior taxa de juros do mundo.Espero que nogoverno Lula não se repita a tragédia anunciada da sobrevalorização cambial que produziu a partir de 1994 a dependência externa que paralisou o crescimento e desempregoualguns milhões de pais defamília.Seismeses após o iníciodo Plano Real, quandojá ficavaevidenteo exagero da utilizaçãoda "âncora" cambial, a revista da Fiesp/Ciesp reproduziu entrevistaconcedida dia5 dejaneirode1995emqueeu apenas diziaque"o Brasil vai pagar muito caro por esta política cambial". Foi umatentativade chamara atençãopara anecessidade de debater os problemas do crescimento econômico eo papeldas exportações no desenvolvimento do país. Governo emídia, empolgados com o sucessodo programa de estabilização, ignoraram a sugestão. Mais doqueisso, procurou-se descaracterizaro alertacom a repetição ad nausean da insidiosa suspeita que se tratavada defesa"deinteresses menores de setores industriais e do agronegócio acostumadosavivera custade subsídios e benesses oficiais".O debate semanteve interditado até que três anos emeiodepois,em1998,ogoverno se ajoelhou no altar do FMI enoconfessionáriodo tesouro americano, conseguindo um empréstimobóia paraescapar do default que se armava e chegar à reeleição presidencial. Tínhamosacumulado180 bilhões dedólaresde déficits em conta-corrente que sócomeçaram aserrevertidosem 2003,já noprimeiro ano do governo Lula graças ao enormeesforço exportadorcujoimpulsoinicialfoia desvalorização cambial pós-reeleição, de janeiro de
1999.Foi a partir de então, como dólar ao nível de 3,00/3,05 reais que começamos a reduzir o contrangimento externo, obtendo saldosemconta-correnteoque significa que estamos aliviando o peso da dívida. O problemaé quetodo este progressoestá seriamente ameaçado porque o governo está permitindoque a autoridade monetária volte a se utilizar docâmbio valorizadopara segurara inflação. Repete-se um erro crasso, comgrandesprobabilidades de obter o mesmo resultado de queda no ritmo de crescimento econômico e elevação dos níveis de desemprego. Ninguémsabequal éo "câmbio de equilíbrio", mas não há dúvida que a 2,70 ele é inadequado: representa uma valorização de 13% em relaçãoao nívelanteriorde 3,05 que revigorou o comércio exterior brasileiro. Essa sobrevalorização já afeta o níveldeinvestimentos que sedirigia ao setorexportador. Não éinteligente utilizar o câmbio como instrumento coadjuvante do combate à inflação, sacrificando exportaçõese crescimento, porque dá um pequeno resultado agoramas ospreços continuamonde estavame até subiram um pouquinho. Mais nafrente, quandoessa situaçãoinadequadaforcorrigida,a inflaçãovoltará com toda a força, cobrando juros e correção monetária. Menos inteligente ainda é se esconderatrás darelação real/dólar, porque o que é preciso éobservar opeso da moedachinesa(yuan)oucoreana (won) em relação à divisa norte americana para medir opatamar adequado de câmbio: ele deve ser comparado com o nível estabelecidopelos nossosconcorrentesque vendem muito para osEstados Unidos,como é o caso dos asiáticos.
Antonio Delfim Netto é deputado federal
competênciae pelairresponsabilidade financeira. Talvez nunca a cidadede São Paulo,a maior potência municipaldoPaís,se encontroutal estado de descalabroe penúria. Mas alguns milhares depetistas foramagraciados com "cargosdeconfiança", em prejuízo de concursados. As maracutaisimprovisadasde últimahora para eludir osriscos daspenalidades previstas pela Lei de Responsabilidade Fiscal não conseguem iludir os mais ingênuos. Entre elas o cancelamento de empenhos de obras realizadas. Na caixa daprefeitura não foram encontradosmais
doqueR$16.148,46 disponíveis - sendo os demais recursos legalmente vinculados. Aprefeituranãopagou a parcela de dezembro devidaà União.Umcalote generalizado. Fosse a prefeitura entidade empresarial privada,suasituação seria de um estado falimentar fraudulento. "Tudoisso pelo social?"oupeloreeleitoral?- Mas ainda tem mais...
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? - Um depoimento (Editora Senac) e-mail: benedictobarros@yahoo.com.br
Sucessão em pauta Não se iluda o prezado leitor. Está em plena efervescência acampanha eleitoral de 2006. Tanto para a sucessãodeLula,como para os governos estaduais, ninguém faz mais nada na vida política do país sem ter mente os desdobramentos e atalhos para a vitória nas urnas em 2006. NoPlanalto, dizem alguns de acesso mais fácil, é verdadeira obsessão. Nos Estados, a regra não é muito diferente.
São Paulo
O governo do Estado de São Paulo está sendo desde já disputado a tapas e facadas entre o PSDB, que detém aquiopoder,e oPTquenão se conforma de ter perdido a capital e nuncater governado o Estado. Asfichas estão sendo manipuladas no sentidodeemergircomocandidato do PT ou o senador Aloisio Mercadanteou aex-prefeita Marta Suplicy. O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, que ambicionaa candidatura,corre com menos fôlego. Por questões inerentes ao cargo tem sofrido desgaste muito grande.E aex-prefeita,além do desastrede suagestão,acentuado na saída, pisou na bola comoPT nacionaleteráque amassarmuitobarro para conseguir a legenda.
Ainda São Paulo
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dente FHC que seria, dizem, imbatível.Duvidoque ele aceite.Mas, seduvidavaantes que Serra se arriscaria.
Coligações
PSDB e PT sabem que coligar é preciso. O PT pagou caro na capital a chapa "pura". Fica, assim, ainda em aberto o surgimento denomes, mas nos bastidores só se pensa nisso.
Brasília
O Planalto respira,pensa e vive o Planalto após 2006, todosos momentosdo dia.Podem negar, mas não há outro objetivo. Por isso Lula tem se submetido a situações que podemaranhar aimagem, agora, como a história do AeroLula. Mais àfrentevai só fazercampanhaem sentido positivo, sem se expor demais.É arriscado.Martacomeçou a perder ao concentrar as obras no último ano.
Congresso
Os atuais parlamentares, sempre candidatosà reeleição, aindamaiscomtantas novas mordomias,e os que pleiteiam uma vaga na Praça dos TrêsPoderes, estãojá articulandosuas campanhas. Sem exposição demasiada poisas nuvensainda vãotomar muitas formasnesses próximos meses.
Nova chance
A leva de ministros de Lula derrotada naseleiçõesestaduais de 2002 deve voltar à cargaem2006. SortedosEstados que ganharãobons candidatose doBrasil quese livraráde ministros sem vocação. Aliás,acontribuição dada pela maioria deles até agora foi só de ter diminuído o índice de desemprego a partirdesuasnomeações. E nada de reforma poítica... E-mail do colunista psaab@uol.com.br Cartas: dcomercio@acsp.com.br ou fax (0xx11) 3244-3046 Os artigos enviadosà
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O PSDB, semprealiado em São Paulocom oPFL,ainda nãotemnome definido. Como na eleição para a prefeitura, onde Serra venceu, fala-se nos nomes do secretário da SegurançaPúblicaedosecretário da Educação. Há outros pretendentes mas não surpreenderáse nofrigirdos ovos aparecerum medalhão que entre na corrida com menosdesgastes,comofezSerra paravencer Marta.Háquem até sugira o próprio ex-presi-
Ostucanosestãosendo aconselhadosa preparar um candidato bom de voto para disputar a eleição de governador em São Paulo, em 2006. O melhor candidato que o partido tem, segundoaspesquisas, éJoséSerra,quese comprometeu a exercer naíntegra o mandato de prefeito (2004-2008).
Os quatro tucanos que são apontados como précandidatos à sucessão de Alckmin ainda não têm potencial de votos capaz de enfrentar a eleição de governador.Sãoelesos secretáriosmunicipais Walter Feldman (Subprefeituras) e AloysioNunes Ferreira (Governo) eos estaduaisSaulode Castro (Segurança)e Arnaldo Madeira(Casa Civil do Governo).
Depois de Serra, a melhoropção dos tucanos é o ex-presidenteFernandoHenriqueCardosoque,no entanto, estámais preocupado com oPlanalto do quecomo PaláciodosBandeirantes.Dificilmente FHCsedeixará convencer,mesmopressionado,a concorrer ao governo do Estado. Sua luta é para ser candidato outra vez a presidente da República.
P redomina entre os tucanos a tese de que o partido pode polarizar a eleiçãode governadoremo PT. Mas, paraisto, terá de preparar um candidato com votos emtodo o Estado.Osvotosdeseus précandidatos estão concentradosem determinadas regiões do Estado.
W alter Feldman tem suareserva de votos, para deputado,restritaà Capital, compouca penetração aindano interior do Estado, enquantoa votaçãode Aloysio Nunes Ferreirase concentrana regiãodeSão José doRioPreto.Sãomananciais de votos para uma eleiçãoproporcional, mas ainda não suficientes para uma majoritária.
S aulo de Castro,a outra opção tucana,nuncadisputou uma eleição. Sempre esteve a serviço do Ministério Público,não passando, portanto, pelo teste das urnas. Além do mais, a população se sente insegura. Arnaldo Madeira tem seus votos restritos na Capital eentre covistasda Baixada Santista.
O s pré-candidatos do PT estão no mesmo nível de votos dospré-candidatos tucanos, com exceção, talvez, de Marta Suplicy,que saiu de uma campanha de reeleição com 2milhões e 700 mil votos. É um cacife e tanto para um início de campanha.
M as MartaSuplicy enfrenta o inferno astral com a decisão do prefeito José Serra de refazer as obras do túnel Fernando Vieira de Mello,parcialmente, que custou aomunicípio quase R$100 milhões.Aex-prefeita, a contragosto, entrou no epicentro da crise.
A través de suaassessoria, aex-prefeitanegaque tenhapedido àsempreiteiras queacelerassemas obrasdostúneis daavenida Rebouças, paraque sua inauguração sedesse antes das eleições. Marta Suplicy se sente prejudicadapela nova interdição daRebouças, embora parcial.
Aloísio Mercadante, José Genoino,JoséDirceu,Antonio Palocci e João Paulo Cunhasão osdemaispré-candidatos do PT. Todos com votos para disputar eleições proporcionais,iguaisaosdo
PSDB. Mas, todos confiantesno tacodeLula, comoos tucanosconfiam na batuta de Alckmin e Serra.
P etistas e tucanos jogam na mesmafragilidade de outros partidos, como,por exemplo, o PP,que não pode mais contar com os votos de Paulo Maluf. O ex-prefeito foiescanteadopelo partido. O PMDB é outro exemplo: estáfraconaCapital e dependeda votação de Quércia no interior.
N as últimas eleições, em São Paulo, o PFL indicou os candidatos avice nas chapas encabeçadas pelo PSDB. Cláudio Lemboé vicedeAlckmine Gilberto Kassab vice de Serra. Agora o partido pensa em candidatura própria em 2006.
Se o PFLquiser pode lançar comocandidato àsucessão de Alckmin o empresárioGuilherme AfifDomingos,que vemcomandando, comêxito,uma campanha nacional de esclarecimento sobreoenorme pesodacarga tributária.É umacampanhadedefesadocontribuinte que já pegou no breu.
Oprefeito José Serrapodeestaratiçandoumvespeiro se decidirmexer no sistema de bilhete único, como admiteosecretáriodeTransportes, FredericoBussinger. O secretário vai criar uma auditoria para analisar o funcionamento do sistema.
Quando era um voluntarioso deputado da UDN, JoséSarney usoue abusoudo direito de criticar o ex-presidente Juscelino Kubitschek. pelacomprade um avião para seu uso na Presidência. Hoje, noPMDB, Sarneyé o maiordefensordo Airbus de Lula.
R oseana Sarney está como o canário do PFL: na muda. Não pia. Obedece ao conselhodopai esemantém em silêncio absoluto sobre sua virtual nomeação para o Ministério de Lula. Masa senadorasó deveingressarnoPMDB no 2º semestre deste ano.
R oseana ficaria sem partido uma temporada, caso seja realmente indicada para o ministério. Isso evitaria fuxicos comprometendo o PMDB. Ospeemedebistas estão cansados de serem acusados de ser um partido de garganta profunda.
Duaspalavras –crise e oportunidade –podem dar um impulso inesperado e decisivo,em 2005, à reforma política, que ainda aguardavotação –na Comissão de Constituição e JustiçadaCâmara dos Deputados (CCJ) – do substitutivo apresentado pelo deputado RubensOtoni(PTGO), que segue as linhas gerais propostas pela ComissãoEspecialdeReformaPolítica (veja box). A oportunidade surge após a crise gerada pela polêmicaeleição do vereador Roberto Trípoli (PSDB), à Presidência da Câmara MunicipaldeSão Paulo,trazendoàtona a questão da fidelidade partidária. A bancada do PSDB decidiu que seus vereadores votariamnotucanoRicardo Montoro mas, na última hora,Trípoli apresentou-secomo candidato,da oposição(PT eospartidos do Centrão) e foi eleito. O presidentenacional do PT, José Genoino, usou o episódio comoexemplo de desorganização e infidelidadepartidária, parareforçar o apoio à reforma política,considerada umadas prioridades do partido para este ano. "O sujeito é eleito por um partido, nãoé a escolhadabase parlamentar, sai dopartido, secandidata (à Presidência da Câmara Municipal) eainda éeleito.Isso desorganiza tudo".O retorno da fidelidadepartidária é um dos temas de consenso na CCJ. Pelo projeto, esse mecanismo obriga os parlamentares a ficaremem uma mesma siglapor umperíododetrêsanos, apartirda eleição."Ainfidelidadepartidária deforma o resultado das eleições", diz Otoni. Fidelidade – Segundo analistas políticos que levam em conta o número de eleitos,a votaçãonalegendatendeaperderforça. A saída depolíticosdeuma agremiação para outra alteraprofundamente acorrelação deforças políticas, violandoa manifestação das urnas. Paracorrigir essadistorção, voltamàcena osapelos paraque afidelidade partidária sejapraticada no Brasil. "O processo atual está esgotado e é hipócrita", diz Otoni.
Semana de definições para Greenhalgh e Virgílio Guimarães
Esta semana será decisiva em relação à corrida pela Presidência da Câmara dos Deputados. Hoje, o candidato oficial do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), define o calendário de atividades para os próximos dias. O líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP) afirmou que "estamos confiantes e muito firmes para consolidar e garantir a eleição de Greenhalgh." A eleição do sucessor de João Paulo Cunha (PT-SP) à Presidência da Câmara está prevista para 14 de fevereiro.
O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) deve decidir se lança ou não a sua candidatura. O grupo chamado Câmara Forte, liderado pelo deputado João Leão (PL-BA), articula o lançamento oficial da candidatura independente do deputado mineiro para amanhã. (Agências)
Deacordocomopresidente da CCJ, deputado Maurício Rands (PT-PE),é preciso substituir ascoligações "efêmeras" e"aprogramáticas" feitas às vésperasdas eleições. Odeputadodefende que as coligaçõesdurem pelo menostrês anospara "incentivaruma maiorafinidade" entre asagremiações. "Em termos de partidos políticos não há mais anarquia que no Brasil. Enquanto não tivermos vida partidária com um mínimode seriedadenãoteremosumavidapolíticacomomáximodeseriedade", falao senadorPedro Simon (PMDB-RS).
Voto transferido– Para Otoni, atroca departidos é responsável peloenfraquecimentoda representatividade da democracia brasileira por não respeitar a vontade do eleitor.O voto dado aum partidoé indiretamente transferido para outro, alterando a representação sem consulta ao eleitor epromovendo oafasta-
mento entre o sistema partidário eleitoral e o sistema partidário parlamentar.
A reforma também institui ofinanciamento público decampanhas ecriauma "cláusula de barreira" pela qualumpartido,paraeleger um deputado federal, precisa obter 2% dos votos do eleitorado nacional, distribuídos em pelo menos nove estados. A mudança impediria que um partido elegesse deputados apenas em um único estado,caso doPRONA: todos os seus cinco representantes federais são de São Paulo, mastrês deles já saíram da legenda.
Coincidência – Se a reformaforaprovada,asmudanças serão implementadas a partirde 2006,comexceção da proposta de "coincidência das eleições", apresentada por Rands, e que institui este sistemacomo parte da reformapolítica somente a partir de2014.Nestenovo modelo eleitoral, em um mesmosemestre,cominter-
O projeto de lei que institui a reforma política está em discussão na Câmara dos Deputados desde 2003. A reforma propõe mudanças no sistema eleitoral e partidário do País. O relatório da Comissão da Reforma Política foi aprovado em dezembro de 2003. Entre as propostas apresentadas estão o financiamento público de campanhas e a verticalização partidária –sistema em que as coligações dos partidos no âmbito federal devem ser usadas também no âmbito estadual. Os projetos também alteram as normas para a propaganda eleitoral e a divulgação de pesquisas eleitorais. (ABr)
valos de doismeses, seriam realizadas eleições para presidente da República, governador,deputado federale estadual, senador, prefeito e vereador. Para que entreem vigor a partir de 2014os candidatos a vereador e aprefeitoem 2008 seriam eleitos para exercer um mandatode seis anos."Paraacabarcom esta históriadenóstermos eleições a cada dois anos, paralisando a administração e prejudicandoapopulação.Com aseleiçõessendo feitasacada quatro anos a administraçãovai produzirmaisserviços públicos", diz Rands. Kety Shapazian
ACâmara dosDeputados deve retomar,a partirdofim do recesso, em 15 de fevereiro, a discussão e votação de outras propostas consideradas fundamentaispelogoverno,como aLeide Biossegurança(PL 2.401/03), aProposta de Emenda àConstituiçãoque trata do trabalho escravo (PEC 438/01), o projeto das agências reguladoras (PL 3.337/04), além da finalização da reforma tributária. A Lei deBiossegurança, aprovadapela Câmara em 2004, foi votada pelo Senado, masretornou à Casa com modificações realizadas pelos senadores.Oprojetoentrouna na pauta do plenário no final do ano, mas não foi votado. Governo dividido– O relator da proposta, deputado Darcísio Perondi (PMDBRS), avalia quea matériaserá votada e aprovada até março. Oproblema,de acordocomo parlamentar, éque oGoverno tem várias opiniões sobre o assunto. "O Governo precisará sairda suaambivalência,do seu comportamento duplo. Falaqueprecisamarco legal, mas, aomesmo tempo,há in-
fluência que não deveria haver daministra Marina Silva,e o Palácio do Planalto não deixa a matéria entrar na pauta", assegura o parlamentar.
Agências – Em relação ao projeto que prevê novas regras para as agências reguladoras, o relator, deputado Leonardo Picciani(PMDB-RJ),disseque o texto não foi apreciado na Comissão Especialemrazão das eleições de 2004 que acabaram prejudicando as votações. Para este ano, Picciani está otimista.Além deapostar navotaçãodorelatórionaComissão Especial, o parlamentaracreditaquea apreciaçãopeloplenário da Câmara acontecerá neste primeiro semestre. "É evidente que ainda há polêmicas,principalmente sobre a definiçãodasatribuições, tanto das agências quanto dos ministérios. Acredito que as polêmicas, à medida que seiniciaoprocesso, tendem a se solucionar. As que não tivermosuma soluçãode consenso provavelmenteserão decididaspelamaioria", disse Picciani. Trabalho escravo– A PEC que prevê a expropriaçãode terrasondeforconstatadaaexploração de trabalho escravo aguarda a inclusão na pauta paravotação emsegundoturno. Depois, a matéria, de autoria do Senado, deverá retornar àquela Casa jáque houve duas alterações dos deputadosao texto original. Expropriação – Uma delas inclui as propriedades urbanas entre asque podemsofrer expropriação, senelas foremlocalizadasculturasilegais de plantas psicotrópicas ou aexploração de trabalho escravo. Na área urbana, as terras expropriadas serãodestinadasa programas de habitação,enquanto que na área rural serão usadas para a reforma agrária. Sobre a reforma tributária, que vemsendo aprovada de formafatiadadesde2003, os parlamentarestêmo desafio de,em 2005,unificar alegislação do ICMS.O grande problema éque os estadosmais pobres não concordam,já que medida prejudica a concessão devantagens a empresas que queiramseinstalarem seus territórios. (AC)
Mãe aos 66 anos, após nove anos em tratamento de fertilização
A romena Adriana Illiescu, professora universitária e autora de livros de crianças, 66 anos, passou nove anos em tratamento de fertilização antes de engravidar de gêmeos. Na madrugada de ontem os médicos constataram que um dos bebês estava morto e então realizaram uma cesárea para salvar a outra criança. A menina (foto ao lado), tem a mãe mais velha do mundo, pesa 1,45 kg e ainda não ganhou nome. (AE)
EUA diminuem expectativa para eleição no Iraque
Incapaz de garantir seu objetivo delevar a democracia ao Iraque atravésda eleição de 30de janeiro, o governo do presidente George W. Bushestá apressando uma campanha de controlededanosparaabaixar asexpectativas emrelação à votação. Com temores de uma baixa participação entreárabes sunitasdevido ao boicote e à intimidação dos insurgentes, o governo já não classifica a eleição como um catalisador para disseminar ademocracia no mundo árabe.
Em vezdisso, autoridadesdosEUA enfatizam agora o processo político depois daeleição. "Claramente, não vemosestaa própria eleiçãocomoum ponto pivô", disse o vice-secretário deEstado, Richard Armitage. "É ocomeçodo processo,oprocessoemque os iraquianos vão escrever uma constituição eno final do anovotarãode verdade
Organização para a Libertação da Palestina (OLP) conclama militantes a cessarem os ataques contra Israel, afirmando que tais medidas servem como desculpas para novas ofensivas do Estado judeu
O ComitêExecutivoda
por um governo permanente". Quase dois anos depois da Operação Liberdade do Iraque, ainsurgência nas áreas de maioriasunita forçou a Casa Branca nesta semanaa prepararopúblico norte-americanopara a eleição que chamou de "menos que perfeita".
O governo Bush há meses vem abaixando as expectativas sobre a eleição, começando com a advertência feitaemsetembro pelo secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, de que áreas violentasdo paíspoderiamser excluídas do pleito. E, a menos de duas semanas da votação,reconheceque omedo dostiros eexplosões podeafastaraté 20%daminoria sunita das urnas. "Acho que umaeleição desucesso seráaquela emque amaioria da populaçãotenha a chance de votare,mesmo com apossibilidade denão vermos os mesmos númerosnaáreasunita,vamosseguir adiantee usaros resultados desta eleiçãopara continuar," disse o secretário de Estado, Colin Powell. (Reuters)
Presidente da Croácia é reeleito com ampla margem de votos
O presidente da Croácia, Stjepan Mesic,venceu ontem por largamargemde diferençao segundoturno das eleições presidenciais contra sua única adversária, a vice-presidente Jadranka Kosor, e continuará no cargo com um novo mandato de cinco anos. De acordo com os resultados das pesquisas de bocade-urna divulgados pela rede pública da televisão da Croácia, Mesic obteve 71% dos votos, enquanto Kosor teriaobtido 29%.Esta foia quarta eleiçãopresidencial naCroáciadesdeaindependência, em 1991. Com a reeleição de Mesic, candidato por uma coalizão deoito partidos decentroesquerdae apoiadopelas minoriassérviae bósniamuçulmana, os cidadãos croatasapostaramnumadivisão de podere coabitação forçada com o governo conservadordo primeiro-ministro Ivo Sanader. (AE)
Organização deLibertação daPalestina (OLP)pediu ontem aos grupos armados queparemdedesfecharataques contra Israel. No sábado,palestinos armadosatacaram umcruzamentoem Gazae mataram seis israelenses. Em represália, o primeiro-ministro de Israel, ArielSharon, suspendeu seus contatos com a AutoridadeNacional Palestina, lançou uma ampla ofensiva contraosmilitantese acusouo novolíderpalestino, Mahmud Abbas, denada fazer para conter as ações dos extremistas. Sharon deucarta branca ao Exército paraque ponha fim às investidas dosmilitantese ameaçouempreenderofensivas maispesadas doque as realizadas freqüentemente pelo país nos territórios ocupados. Os grupos armados, que resistem ao cessar-fogo defendidopor Abbas, intensificaram suas ações nos últimos dias, lançando foguetes artesanais contra colônias judaicas ea cidade de Sdeot, no sul deIsrael. "Apesar da mudança na liderança palestina, ainda não a vimos tomando qualquer ação contra oterrorismo",disse Sharon a seu gabinete. Em seu comunicado, o ComitêExecutivo daOLP assinalaqueosgrupos devem cessar todas as ações militares que possam prejudicaros objetivosnacionais e"daraos israelenses uma desculpa para impedir a estabilidade palestina". Abbasassumiuem novembro a presidência daOLP,em substituição a Yasser Arafat,e nosábado tomouposse na presidência da AutoridadeNacional Palestina
(ANP). A OLP é a organização criada nos anos 60, sob a liderança de Arafat, para levar a luta dos palestinos por um Estado epelo retorno a suas terras, que hoje formam oEstado deIsrael, ea ANP é a entidade formada após os acordos de Oslo para administrar as áreas autônomas palestinas na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Ontem, oassessor daCasa Branca, Dan Bartlett, disseemdeclarações àredede televisão CNN, que os EUA e outros paísesseguirão colaborando com Abbas "para tornar realidade o 'Mapa do Caminho' (plano de paz entre israelenses e palestinos) e nos assegurar que fazemos frente às preocupações sobre segurança".
O assessorpresidencial, ex-porta-vozda CasaBranca, consideroucomoalgo temporária a decisão do governo israelense liderado por Ariel Sharon de suspenderseuscontatoscomasnovas autoridadespalestinas. "É difícil para a gente tentar negociar os termosde uma paz quando se está matando civis inocentes", acrescentou Bartlett. Autoridades palestinas disseramque Abbas irá a Gaza nesta semana para novas negociações com combatentes que há quatro anos mantém uma luta armada "que ele pessoalmente gostariadeterminar". Abbas, em mais umainfelizdeclaração, disse quequer cooptá-los,emvez de reprimilos,provocando críticas de Israel,que exortou o novo presidente a adotar medidas para prevenir olançamentodemorteirosefoguetes contra assentamentos em Gaza e cidades no sul de Israel. (AE/Reuters)
Inflação acumulada no ano no País fica acima do centro da meta, mas dentro do teto estabelecido pelo governo federal. Para economista, resultado mostra importância de flexibilização do sistema rígido do Banco Central, que acaba adotando políticas restritivas para a economia nacional.
Oeconomista do Instituto de Economia
Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emílio Alfieri, classificou como positivo o resultado acumulado da inflação oficial do País no ano passado. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência para o sistema de metas de inflação do governo federal e apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 7,6%.
"Embora o resultado tenha ficado acima do centro da meta estabelecida pelo Banco Central, o importante é que, depois de três anos, a inflação voltou para dentro da margem de tolerância", afirma Alfieri.
O problema, segundo o economista, é que o governo não trabalha com o intervalo estabelecido.
Ou seja, aplica a política de aumento ou queda da Selic (taxa básica de juro), visando exclusivamente o centro da meta.
No ano passado, a meta de inflação estabelecida era de 5,5%, com uma margem de 2,5 pontos percentuais para cima (8%) ou para baixo (3%). Portanto, o resultado de 7,6% está dentro do teto. Nos três anos anteriores, ao contrário, a taxa superou esse patamar. Em 2003, o IPCA ficou em 9,3% quando o teto era 6,5%; em 2002, encerrou em 12,53% (teto de 5,5%) e, em 2001, ficou em 7,67% (teto de 6%). O último ano em que a inflação ficou dentro da margem foi 2000, quando encerrou com 5,97%, sendo o centro, 6%.
Alfieri lembra que, desde que o governo estabeleceu o regime de metas para controlar a inflação (em 1999) apenas naquele ano e em 2000 a taxa efetiva se manteve no centro. "Isso
Ainflação brasileiraémedida pelos mais variados índices.IPCA, INPC,IGP-M, IGP-10e IGP-DI,IPA eIPC são alguns deles. Em comum, essas siglastêm o fatode medirem a variação de preços. E só. Afinal, apesar de serem divulgados todos os meses, os resultados delesquase nunca são coincidentes. Só para se ter uma idéia, em novembro doano passado,o Índice de Preço ao Consumidor Amplo(IPCA), medido pelo InstitutoBrasileirode Geografiae Estatística (IBGE) foi de 0,69%. No mesmo mês,o ÍndiceNacionalde Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo mesmo instituto, ficou em 0,44%. Enquanto isso, o Índice Geral de Preçosde Mercado
Líquido da Companhia do período de 01.01.2004 à30.12.2004. Propôs o Sr. Presidente creditar aos acionistas a importância total bruta de R$2.475.965,22, a título de juros sobre capital próprio, com base no Patrimônio Líquido do período de 01.01.2004 à30.12.2004, montante este que sofrerá a retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte na forma da lei. O pagamento da importância líquida dos juros sobre capital próprio aos acionistas ocorrerá até o final do exercício social de 2005 com base na posição acionária de 30.12.2004. Votada a proposta, verificou-se ter sido a mesma aprovada por unanimidade. 5.2. Quanto ao item “b” da ordem do dia, nada foi apresentado para discussão e deliberação. Cumprida, assim, aordem dodia e nada mais havendo aser tratado, o Sr. Presidente declarou suspensa a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente, que lida e aprovada vai assinada por todos os presentes. São Paulo, 30 de dezembro de 2004. aa) Mitsui & Co., Ltd. Pp. Takao Omae; Takao Omae; Atsuo Fujishita; Kuniyoshi Okada; Kenji Kiyama; Isao Yasozumi, pp. Atsuo Fujishita; Masao Suzuki; Yuki Kodera, pp. Atsuo Fujishita; Yasushi Nakano; Hitoshi Ueda; Hajime Tonoki, pp. Atsuo Fujishita; Shunsuke Murai, pp. Atsuo Fujishita; Masanao Matsuo; Mitsunobu Takagi, pp. Atsuo Fujishita; YotaOrii, pp. Atsuo Fujishita; Yasunari Kume, pp. Atsuo Fujishita. Mesa: Takao Omae, Presidente e Atsuo Fujishita, Secretário. Esta é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 30 de dezembro de 2004. Takao OmaePresidente da Mesa. Atsuo Fujishita -Secretário. Visto da Advogada: Mônica Missaka -OAB/SP - 131.912. Secretaria da Justiça eDefesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico oregistro sob o número 9.247/05-1 em 07/01/05. Pedro Ivo Biancardi Barboza -Secretário Geral
(IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), também de novembro, foi de 0,82% e, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FundaçãoInstituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), encerrou o mês em 0,56%. Segundo oeconomista Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o motivo para essas diferenças, apesar de todos os índices medirem as variaçõesdospreços,éacestade mercadorias que cada um acompanha, ea faixasalarial das famílias pesquisadas.
Perdas salariais – Para o IPC, por exemplo, entram no cálculocercade 450 produtos, em famíliascomrendimentodeaté 33saláriosmí-
nimos. Alfieri lembra que o IPCéoíndicequemedeaperda que o trabalhador terá no salário, levando em conta a variação dos preços dos produtos que ele consome em um ano. "Se após um ano o reajustesalarialficar abaixo da inflação medida pelo IPC, significaqueeleperdeu rendimento", explica Alfieri. Já no IPCA, entra no cálculouma cestade novegrupos, entre eles comunicação, transportes e alimentação, em famílias comrendimentos de até 40 salários mínimos. No INPC, os grupos são osmesmos nove,mas emfamílias com rendimentos de até oitosalários mínimos."O rendimento tambémé motivo de tanta diferença", comenta o economista.
Jáo ÍndiceGeral dePreços (IGP) e todas suas variações é uma média deoutros três índices:oIPC, oÍndiceNacionalda Construção Civil (INCC)e oÍndice dePreços no Atacado (IPA)."O que muda nocálculo decada um dosIGPsé adata da coleta", afirma Alfieri. História – Ele lembra que todos esses índices foram criados porqueo Brasiltinha uma história deinflação crônica. "Entretanto,não hácomo negar que o País possui muitosindicadores,inclusive alguns que derivam de outros já existentes. Emmuitos países, só há um índice para mediravariaçãodepreços ao consumidor, e outro para avaliara variação no atacado. E isso basta", afirma. (PB)
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
Coordenadoria de Saúde da Região Metropolitana da Grande São Paulo UGA III - Hospital Infantil Darcy Vargas
Encontra-se aberta na Unidade de Gestão Assistencia III - Hospital Infantil Darcy Vargas, Pregão nº 04/05, Processo nº 001.0133.00496/2004, destinado à CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA/SEGURANÇA PATRIMONIAL MONITORADA E ELETRÔNICA, sob o regime de empreitada por preço unitário, de acordo com as especificações técnicas constantes no Projeto Básico, na Planilha Orçamentária eMinuta de Contrato que ficam fazendo parte integrante do Edital, do tipo MENOR PREÇO. A realização da sessão será
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO AVISO DE LICITAÇÃO
DIRETORIA DE DIVISÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Tomada de Preços nº 001/05 - Processo nº 304/04 - Objeto -Prestação de serviços, com fornecimento de material, equipamentos e mão-de-obra, para reforma da cobertura do prédio do Fórum João Mendes Júnior. Preço máximo total de participação que a Administração se propõe a pagar, foi fixado em: R$ 240.287,31 (duzentos e quarenta mil, duzentos e oitenta e sete reais e trinta e um centavos). Vistoria: no período de 18/01/2005 a 02/02/2005, devendo ser agendada com a Administração do prédio. Custo do Edital: R$ 20,00 (vinte reais). Abertura dos envelopes: Dia 04/ 02/2005 às 11:00 hs. Fornecimento do Edital Completo: Gratuitamente no site do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (www.tj.sp.gov.br), ou na Diretoria de Divisão de Licitações e Contratos Administrativos, mediante o pagamento do valor relativo ao custo das cópias reprográficas informada acima, na Rua da Consolação, 1.483 - 8º andar, das 9:30 às 18:30 horas - Fone (0xx11) 3214-0035 e/ou 3258-8336
mostra que o governo está equivocado em adotar políticas que mirem para o centro da meta. Afinal, é improvável que isso ocorra", acredita. Para 2005, a meta de inflação é de 5,1%, mas a projeção dos economistas é que encerre o ano em 5,7%. Ou seja, novamente acima do centro, mas de novo dentro do teto, que é de 7%. Pressões – O economista da ACSP destaca que a inflação de dezembro veio um pouco acima do esperado. De acordo com o IBGE, o IPCA registrou uma elevação de 0,86%, ante 0,69% detectado em novembro. Pelo terceiro mês consecutivo, o índice foi pressionado por aumentos dos combustíveis. No ano passado, o IPCA ficou 1,7 ponto percentual abaixo do registrado em 2003 (9,30%), encerrando o período em 7,60%. De acordo com o IBGE, entre os fatores que levaram à desaceleração da taxa anual estão a boa oferta de produtos agrícolas, que tornou mais baratos os alimentos mais importantes no consumo das famílias; e o câmbio apreciado, que fez produtos como artigos de limpeza e de higiene pessoal apresentarem variações "moderadas". Além desses, o Instituto aponta ainda a inexistência de reajustes anuais dos transportes públicos em algumas regiões. INPC também sobe – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que leva em conta o consumo de famílias com rendimento de 1 a 8 salários mínimos, teve variação de 0,86% em dezembro, também acima da taxa de 0,44% do mês anterior. Em 2004, INPC, apurado pelo IBGE, acumulou uma variação de 6,13%. Em 2003 o resultado do ano foi 10,38%.
Patrícia Büll
COMUNICADO ÀPRAÇA
Comunicamos aos nossos clientes e fornecedores que o Engº Armando Aristides Giannetti Júnior, não pertence mais ao
COMUNICADO ÀPRAÇA
Comunicamos aos nossos clientes, fornecedores e prestadores de serviços, que a Tecnics Comércio e Indústria Ltda., pioneira em fontes luminosas há 50 anos, não tem e nunca teve filiais, subsidiárias ou associadas de qualquer natureza em todo o Brasil. Tecnics Comércio e Indústria Ltda.
Prefeitura terá de refazer obras executadas inadequadamente pela administração da ex-prefeira Marta Suplicy. Empreiteiras não irão receber para refazer esse trabalho
Os paulistanos que se preparem para mais um mês de sofrimentonotrânsito.A partir deamanhã, um trechode 500 metros da avenida EusébioMatoso voltaráaser interditado pela Prefeitura. A pista do Passa-Rápido está afundando. As manilhas de captação deáguaspluviais estãodeformadas. Escoradasporvergalhões de aço, podem ceder a qualquer momento, tragando até mesmo os ônibus.
Além disso, o túnel Fernando Vieira de Mello, na avenida Rebouças,apresenta errosgrosseirosde execução, como por exemplo a inexistência de grelhas para o escoamento de água, previstas no projeto. Lombadas serão construídas nas entradas e saídas do túnel. Elas funcionarãocomo diques, cuja função será bloqueara passagem de água em caso de chuvas fortes. Ontem, mais uma vez o túnelfoi fechadoporcausa das chuvas.Segundo a Companhia deEngenharia de Tráfego (CET),a interdiçãoaconteceuàs16horasdo domingoapenas por precaução, haja visto asenchentes de outros temporais. Uma faixa da Marginal
Pinheiros, na altura da Pontedo Morumbi,tambémfoi interditada. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou outros trêspontos de alagamento, porém transitáveis. Falhas graves– As correções na Rebouças foram definidas na última quartafeira, depois queo Instituto dePesquisas Tecnológicas (IPT),da Universidadede SãoPaulo, apresentouseu laudo sobre a obra. Foram constatadas falhas gravíssimas,segundo afirmouosecretário de Obras e InsfraEstruturaUrbana doMunicípio, Antonio Arnaldo Queiroz e Silva.
OPassa-Rápidoeo túnel da Rebouças custaram, pelo menos,R$82milhõesaoscofres públicos eforamentregues em tempo recorde pela administração anterior,da ex-prefeita MartaSuplicy (PT).Deolho emsuareeleição –frustrada pela vitória do tucano JoséSerra– Marta optoupelapressa.Oresultado foi desastroso.
Para orientar os motoristas sobre as alterações que acompanharão o trabalho, a Companhia deEngenharia deTráfego(CET)iniciouontem a implantação de sinalização especial no entorno das pistas da avenida Eusé-
O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, admitiu a possibilidade de o governoalterar,no Congresso Nacional, alguns pontos da Medida Provisória 232, quecorrigiuem 10% a tabela do Imposto de Renda da PessoaFísica (IRPF), mas aumentou a tributaçãosobre as empresas prestadorasdeserviços e aumentouo controlesobre o setor rural.
A flexibilidade para negociar já haviasido indicadapeloministro da Fazenda, AntonioPalocci,em uma reuniãona últimasexta-feira com o deputado
Augusto Nardes (PP-RS). Noencontro, segundorelato do deputado confirmado por Rachid, Palocci disse que nãoabriria mãodo aumentoda taxação sobre as empresasprestadoras de serviços. Os demais pontos, porém, são negociáveis. Entre eles, seinclui o artigo 6º, que está sendo alvo de fortes pressões do setor agrícola. Nesse artigo, a Receita determina que os pagamentos que agroindústriase cooperativasfizerem a seus fornecedores já sejam efetuados tendodescontadaaparcelareferente aIR, Cofins e ao PIS. (AE)
Os paulistanos poderão enfrentar, a partir de amanhã, a volta do trânsito complicado na região das avenidas Eusébio Matoso e Rebouças, por conta de novas obras
bioMatoso, entreaavenida Faria Lima e arua Cardeal Arcoverde, trecho onde ocorrerão os bloqueios.De forma paliativa, a CET buscou familiarizar os motoristascom asmudanças.Hoje o esquema serátestadojá com trânsito mais pesado. A avenida Eusébio Matoso não ficará completamen-
te interditada.Suaspistas internas serãobloqueadas nosdois sentidos.Asfaixas exclusivas de ônibus deverãoser liberadasparao trânsito geral. Os esquemas definitivos de desvios e outras alternativasviárias deverãoserconcluídos edivulgados hoje pela CET.
A Secretaria de Infra-Es-
trutura Urbana aindanão forneceu detalhessobre a intervenção a ser feita no túnel Fernando Vieira de Melo. Adiantou apenas que será trocado o Rib Loc –um tubo dePVC quesubstitui os de concreto. A secretaria informou que houve um erro nacolocação desses dutos. Sua recolocaçãoseria uma
das obrigações da empreiteiraresponsável pelaobra, aQueiroz Galvão.Procurada, a construtora não quis se manifestar. A secretaria tambémressaltou queoreparo não deveonerar os cofrespúblicos. Segundo a Prefeitura, seria obrigação da empreiteira refazer o serviço. (Da Redação)
A verdade da abertura do comércio aos
O Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo - Sindilojas - SP representante oficial de lojas de rua, shopping centers e outlets, e que congrega 30.000 empresas lojistas no município de São Paulo, vem pela presente, prestar alguns esclarecimentos e mostrar seu posicionamento com respeito ao assunto “Abertura do comércio aos domingos”.
A abertura do comércio aos domingos em uma metrópole da magnitude de São Paulo já é uma realidade.
O comércio teve a capacidade de antecipar-se aos desejos dos consumidores que não dispõem de condições para realizar suas compras durante os dias da semana ajustando-se às mudanças estruturais e conjunturais da economia e da própria cidade.
O comércio na cidade de São Paulo se equipara ao dos países mais desenvolvidos do mundo. Oramo comercial não representa apenas o elo entre a produção e o consumo, mas se constitui em elemento fundamental no desenvolvimento da nação, gerando empregos, riquezas, consumo e aumentando o bem estar da população.
Na defesa do funcionamento do comércio lojista aos domingos, o Sindilojas - SP, travou longa batalha judicial com a Prefeitura do Município de São Paulo, desde janeiro de 2003, obtendo inclusive medida liminar, a qual foi cassada em novembro de 2004.
Contrariamente ao que tem sido divulgado por alguns inconseqüentes, a recente inserção de cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho 2004/2005,regulamentando o trabalho aos domingos, é fruto da opção da categoria econômica pela via consensual, e assegura o funcionamento normal do comércio aos domingos em São Paulo.
Preocupa-nos a falta de visão política, social e estratégica daqueles que postulam o radicalismo nas relações do trabalho, e que relutam em entender a atual realidade nacional, prejudicando empregados e empregadores.
O entendimento é necessário, e citamos como exemplo, o recente Acordo Coletivo, firmado entre os lojistas dos Shoppings Morumbi e Anália Franco e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo - que contou com a assistência eaorientação do Sindilojas - SP , viabilizando a abertura dos Shoppings de forma ininterrupta, das 10 (dez) horas do dia 23.12.2004 até às 18 (dezoito) horas, do dia 24.12.2004, acordo este que se revelou um absoluto sucesso de vendas, com aadesão de 90% das lojas.
O Sindilojas-SP é uma entidade com 64 anos de existência, e que tem como único compromisso, O LOJISTA.
Ruy Pedro de Moraes Nazarian Presidente
Ao completar duas décadas com movimento de 190 milhões de passageiros, o Aero metrópole. Uma Babel de línguas pode ser ouvida em seus corredores, lojas e balcões. M
João Jacques
m mundo num único lugar. Um único lugar para ganhar o mundo.
Assim é o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Governador
André Franco Montoro. Inaugurado em 20 de janeiro de 1985, viu passar por seus dois terminais, em duas décadas de operações, 190 milhões de passageiros. Um número expressivo para aquele que é considerado o maior terminal aéreo do País e da América Latina, representando, sozinho, 30% de toda a arrecadação nacional da Empresa Brasileira de InfraEstrutura Aeroportuária (Infraero).
Só para começar e também para se ter uma idéia de sua importância na malha aeroviária mundial, diariamente os controladores da torre autorizam uma média de 400 pousos e decolagens que interligam a capital paulista a 75 cidades brasileiras e estrangeiras em 23 países.
Porta de entrada e saída, o aeroporto de Cumbica (como também é conhecido) é um universo em si.
Com população flutuante diária em torno de 100 mil pessoas (superior a muitos municípios do Estado), ocupa uma extensão territorial de 14 quilômetros quadrados. A exemplo da metrópole em que se encontra, também não pára nunca e é, igualmente, cosmopolita.
anuncia os vôos apenas em português, inglês e espanhol. Mas há esquema especial de comunicação, previsto pela Infraero, para avisos extras em línguas ou dialetos específicos, viabilizado com apoio dos empregados de 40 empresas aéreas.
Rush – Também a exemplo de São Paulo, Cumbica vive seus momentos de trânsito intenso. Se pelas vias terrestres ocorrem engarrafamentos na hora do rush, pelas vias aéreas os horários de maior movimento lotam os saguões, põem em circulação os 7 mil carrinhos de bagagem e fazem com que diversas aeronaves aguardem autorização, no ar ou em terra, para tocar o solo ou decolar. São os chamados horários de pico, com 13 mil passageiros, sendo que, muitas vezes, extrapola-se a capacidade de atender confortavelmente e com segurança, no intervalo de uma hora, 3 mil passageiros chegando ou embarcando simultaneamente.
autorização para operar pousos e decolagens simultaneamente
Entre tantos que passam sempre com pressa, chama a atenção a diversidade de línguas ali faladas, como uma moderna Torre de Babel. Coreano, árabe, mandarim, ídiche, híndi, africâner, russo, suíço-alemão, chinês e hebraico são alguns dos idiomas que podem ser ouvidos nos amplos e monitorados salões de embarque e desembarque. Isso sem falar nas dezenas de diferentes pronúncias do inglês, do espanhol e do português entre os 260 balcões de checkin, e muito além dos "corriqueiros" italiano, francês, japonês e alemão.
Apesar de tanta diversidade lingüística, oficialmente a "voz" do aeroporto, da locutora Íris Lettieri,
Toda essa movimentação ocorre nos períodos da manhã e da noite. Nas primeiras horas do dia são os desembarques internacionais seguidos de conexões para todo o Brasil. À noite ocorre exatamente o inverso: gente que chega a São Paulo de todas as regiões do País para prosseguir viagem rumo ao exterior. Como exemplo, apenas para os Estados Unidos companhias brasileiras e estrangeiras oferecem 36 vôos diários.
Logística – Como em toda cidade grande, segurança também é um dos aspectos que mais preocupam. No aeroporto não é diferente. Para atender o contínuo sobe-e-desce de aeronaves é necessário um rígido esquema de controle do tráfego aéreo e de logística militar em terra. A equipe do centro de controle das operações de aterrissagem e decolagem trabalha sem parar. Posicionados diante de computadores de última geração, com telas de grande visualização (a olhos leigos, dá a
impressão de entrar num desses jogos eletrônicos em lan houses) e com os olhos divididos entre o pátio e o céu, há sete controladores em cada um dos quatro turnos, com jornada de seis horas. Todos são civis, homens e mulheres, com formação específica. Cabe a eles monitorar o espaço acima do aeroporto (num raio de 5 quilômetros), orientando os pilotos em terra e no ar sobre o tempo de espera para descer, a aproximação com a pista, a posição em solo ou o momento de deixar umas das 24 pontes (ou fingers) para taxiar e decolar.
Como se não bastasse o rastreamento e monitoramento com precisão cirúrgica, os controladores ainda lidam com um
A estrutura do aeroporto quase não comporta todas as operações. Foi anunciada a construção de um novo terminal, com uma terceira pista.
fator complicador. Guarulhos, apesar de ter duas pistas (uma com 3 mil metros e outra com 3.700 metros de extensão), não tem autorização para operar pousos e decolagens simultâneos. "Seria necessário haver um distanciamento bem maior entre as duas pistas para que isso ocorresse", diz o exoficial da Força Aérea Brasileira (FAB) Leonir Pelati, coordenador do Gerenciamento de Tráfego Aéreo. Daí a razão, sobretudo nos horários de pico, de espera por uma autorização para aterrissar ou decolar. Nesse aspecto, o anúncio da construção de um novo terminal, com uma terceira pista, é mais do que bem-vindo.
O que já é grande ficará maior. Com base em estudos de projeção de demanda e necessidades, o Plano Diretor do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos prevê a construção de quatro terminais, sendo que os dois terminais de passageiros existentes têm capacidade para movimentar 17 milhões de passageiros por ano. Os terminais 3 e 4, planejados para serem construídos ainda nesta década, poderão movimentar 12 milhões de passageiros/ano, cada um. Quando concluídas todas as etapas, a capacidade total de atendimento anual do aeroporto paulista subirá para 41 milhões de passageiros. Apenas o terceiro terminal (com prazo de execução de seis anos a partir do início da construção) terá 22 pontes de embarque, 192 balcões d comporta estão ava concluída capacida para 29 m Já a con de licitaç 243 milhõ partir do algumas como a d irregular pertencem encontrapública. E rumo ao
to Internacional de São Paulo/Guarulhos (Cumbica) vive no mesmo ritmo alucinante da or terminal aéreo do Brasil e da América Latina, é uma cidade que não pára. Em terra e no ar.
igam a capital a 75 cidades brasileiras e a 23 países. Cerca de 100 mil pessoas passam pelo local todos os dias.
Big Brother –Em terra, a equipe operacional mantém vigilância constante em toda a extensão do que é chamado sítio aeroportuário (14 quilômetros quadrados). Dentro ou fora do terminal, nada passa despercebido pelas 394 câmeras localizadas em diferentes lugares, todos considerados estratégicos por Gilmar Freitas da Silva, coordenador de Prevenção e Emergências.
Tal qual o reality show televisivo, tudo é visto por Silva e seus auxiliares. Da estrada de acesso ao aeroporto ao estacionamento, das marquises aos ambientes internos, tudo é exibido em tempo real e detalhadamente, a ponto de
eck-in e capacidade para aviões de grande porte. Os custos os em R$ 936 milhões e, uma vez obras, permitirá saltar a atual nual de atendimento do aeroporto es de passageiros.
ção da terceira pista, futuro objeto ública, tem custo estipulado de R$ prazo de execução de 30 meses a nício. Antes disso, porém, há ulências a serem administradas, ropriação de imóveis te construídos em terrenos que União. Já a licitação do terminal 3 m pleno período de concorrência dada a autorização de decolagem o. (JJ)
se identificar placas de carro à distância e situações suspeitas. Sem poder de polícia, o setor atua em conjunto com a Receita e a Polícia Federal. É esse trabalho que permite, muitas vezes, por exemplo, dar flagrantes de furto, porte de drogas ou armas.
Há, inclusive, sofisticados equipamentos para negociação com eventuais seqüestradores de aeronaves, em salas especialmente aparelhadas. Situações de exceção (assim como acidentes fatais na pista) que nunca aconteceram e que Silva espera não ter de enfrentar. Mas, se ocorrer, ele garante: "A estrutura está apta a ser acionada".
Mais sobre o aeroporto de Cumbica na página 4.
Em terra, a equipe operacional mantém vigilância constante nos 14 quilômetros quadrados de área do aeroporto. Há 394 câmeras localizadas em diferentes lugares, todos considerados estratégicos, para monitorar possíveis acidentes ou atividades ilícitas.
Os Estados Unidos são o principal destino dos vôos que saem de Cumbica. Juntas, as companhias brasileiras e estrangeiras oferecem 36 vôos diários. Para atender passageiros e todos os destinos, há 260 balcões de check-in.
Nos chamados horários de pico, que concentram 13 mil passageiros por turno, extrapolase a capacidade do aeroporto de atender, com conforto e segurança, passageiros que chegam ou partem de São Paulo.
Projeto foi apresentado ao secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, para quem o cadastro reduzirá os juros
Qual a diferença entre os juros cobrados de um consumidor que paga em dia um empréstimotomado no mercado e osembutidos no crédito concedido a um mau pagador? Nenhuma. Comoobjetivodepremiaro bom pagador com juros menores, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vem trabalhando, nosúltimosdoisanos,nacriaçãodo cadastro positivo – um histórico do consumidor no queserefereàpontualidade no pagamento de dívidas
Sérgio Leopoldo Rodrigues
assumidas no mercado, seja embancos ou novarejo,financiando compras. Na últimasexta-feira,o projeto para a criação do cadastro positivo elaborado pela ACSP foi discutido em São Paulo como secretário de Política Econômica do Ministério daFazenda, Marcos Lisboa. Para Lisboa,a iniciativa daAssociação Comercial é muitoimportante namedidaemqueocadastropermitirá reduzir os juros dos empréstimos, beneficiando especialmente os consumidores com renda menor.
Impulso– Marcos Lisboa defendeuo cadastropositivolembrando queapenasa criaçãodocréditoconsignado emfolha depagamento, queofereceaobanco risco menor,resultou numacréscimodemais R$12bilhões novolumede crédito, nos últimos 12 meses.
"E com uma queda sensívelnas taxas para esse público, que antes era de 5% a 8%, para 2,8%em média ao mês, uma queda significativa apenas com uma medida simples", disse Lisboa.
Avantagem docadastro positivo,afirmou osecretá-
rio, é que ele leva em conta o histórico de pagamentos do consumidor. "Sem isso, quempagao preçodafalta de informaçãonão éo mau pagador, mas obom pagador", insistiu o secretário. Nas alturas– NoBrasil, o spread – diferença entre os juros pagos pelas instituições financeiras na captaçãoderecursoseastaxascobradasnosempréstimos a pessoas fisicas e empresas –
A luta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para baixar os juros cobrados de pessoas físicas e empresas nas operações de empréstimo não se limita à criação de um cadastro positivo. Envolve, também, outras iniciativas. Uma delas é dar mais rapidez na execução de garantias, ou seja, a tomada de bens em casos de inadimplência por parte dos tomadores do crédito, que
AGENDA TRIBUTÁRIA
ICMS/SP - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEISDERIVADOSDEPETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO
ANIDRO CARBURANTE
I- O contribuinte deverá entregar as informações relativas às operações interestaduais que promover com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ou com álcool etílico anidro carburante cuja operação tenhaocorridocomdiferimentodolançamentodoimpostocomobservância de programa de transmissão eletrônica de dados. O contribuinte obrigado a prestar essas informações por meio de transmissão eletrônica de dados deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação (Convênio ICMS nº 3/1999, cláusula décimasexta,naredaçãodoConvênio ICMS nº 107/2003, cláusula primeira, III, e Convênio ICMS nº 37/2004, cláusula primeira):
a) TRR: até o dia 3 de cada mês; b) contribuinte que tiver recebido o combustível de outro contribuinte substituído, exceto TRR: nos dias 4 ou 5 de cada mês; c) contribuinte que tiver recebido o combustível exclusivamente do sujeito passivo por substituição: no dia 6 de cada mês;
d) importador: até o dia 6 de cada mês; e) refinaria de petróleo ou suas bases:
e.1) até o dia 13 de cada mês, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases; e.2) até o dia 23 de cada mês, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes. (Arts. 423-A e 424-A do RICMS/SP, com nova redação dada pelo Decreto nº 48.831/ 2004).
II- A partir de1º.03.2004, essas informações deverão ser apresentadas simultaneamente, por meio do novo programa de informática e pela apresentação do relatório em papel nos seguintes prazos (art. 20 das DDTT, na redação dada pelo Decreto nº 48.831/ 2004, alterado pelo Decreto nº 49.203/ 2004 e Convênio ICMS nº 101/2004). a) pelo contribuinte que tiver recebido o combustível de outro con-
chegavam a demorar até cinco anos para serem cumpridas, o que fazia com que os juros não baixassem na ponta, para o consumidor. Essa maior rapidez foi contemplada na legislação. Outra batalha continua a ser travada: o projeto que estabelece novas regras para o arrendamento mercantil, ou leasing – operação em que o consumidor pode fazer uso de um bem por um determinado
período sem tê-lo comprado. O tema também foi discutido na reunião da última sextafeira com o entidades do setor privado ligadas ao crédito e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, na sede da Associação Comercial.
Segundo o presidente da Associação Comercial, Guilherme Afif Domingos, o leasing é um importante
instrumento para impulsionar as vendas de veículos no Brasil, na medida em que, ao final do contrato o usuário poderá ficar com o bem a um custo menor. "Mas precisa ainda ser aprimorado", afirmou. Pelas suas características, o arrendamento vai ajudar na redução do risco bancário e nas taxas de juros. O interesse é partilhado com o governo, disse Lisboa. (SLR)
tribuinte substituído: até o dia 03 de cada mês; b) pelo contribuinte que tiver recebido o combustível diretamente do sujeito passivo por substituição e pelo importador: atéodia05decadamês; c) pela refinaria de petróleo ou suas bases:
c.1) até o dia 13 de cada mês: em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases; c.2) até o dia 23 de cada mês: em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes.
Note-se que essa obrigação deverá ser cumprida pelo período de nove meses, pelos contribuintes obrigados a entregar os Anexos VI e VII e pelo período de seis meses para os demais casos.
DIA 17
PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) – Recolhimento das contribuições previdenciárias relativas à competência Dezembro/2004, devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial que tenha optado pelo recolhimento na condição de contribuinte individual, pelo empregador doméstico (contribuição do empregado e do empregador), bem como pela cooperativa de trabalho em relação à contribuição descontada dos seus associados como contribuinte individual. Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior.
PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS) -ContribuinteIndividual,FacultativoeEmpregadorDoméstico - Opção pelorecolhimentotrimestral -Recolhimento das contribuições previdenciárias relativas às competências outubro e/ou novembro e/ou dezembro (4o trimestre/2004), dos segurados contribuintes individuais e facultativos que tenham optado pelo recolhimento trimestral e cujos saláriosde-contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, bem como do empregador doméstico que também tenha optado pelo recolhimento trimestral das contribuições (parte do doméstico e parte do empregador), cujo empregado a seu serviço tenha
salário-de-contribuição igual ao valor de um salário mínimo, ou inferior nos casos de admissão, dispensa ou fraçãodosalárioemrazãodogozodo benefício.
• Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior.
ICMS/SP - CNAE - 64203 - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Dezembro / 2004.
ICMS/SP – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA –sorvetes e acessórios – último dia para o recolhimento do ICMS retido apurado no mês de Dezembro / 2004.
ICMS/SP - DEMONSTRATIVO DE CRÉDITO ACUMULADO (DCA) -Oestabelecimento que apropriar, receber em devolução, lançar excesso de reserva ou utilizar, por transferência, reincorporação ou compensação, crédito acumulado, deverá apresentar àrepartição fiscal da respectiva jurisdição, até esta data, oDemonstrativodoCréditoAcumulado (DCA) (Portaria CAT nº 53/96, alterada pelas Portarias CAT nºs. 68/ 96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98 e 37/ 2000).
ICMS/SP - PRODUTOR - RELAÇÃO DAS ENTRADAS E SAÍDAS DE MERCADORIAS EM ESTABELECIMENTO DE PRODUTOR – Para fins de utilização de créditosdoICMS,oprodutordeveapresentar o citado documento à repartição fiscal a que estiver subordinado, com informações relativas ao mês anterior. (Portaria CAT nº 17/2003).
ICMS/SP - ARQUIVO MAGNÉTICO - OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS - Remessa pelo contribuinte usuário de sistema eletrônico de processamento de dados às Secretarias de Fazenda, Finanças ou Tributação das Unidades da Federação de arquivo magnético com registro fiscal das operações e prestações efetuadas no mês anterior (Convênio ICMS nº 57/1995, e alterações posteriores, e Portaria CAT nº 32/1996, na redação dada pela Portaria CAT nº 92/2002).
ICMS/SP - ARQUIVO MAGNÉTICO COM REGISTRO FISCAL
DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES REALIZADAS – CONTRIBUINTES DO SETOR DE COMBUSTÍVEIS –
Oscontribuinteseosimportadoresde combustíveis derivados de petróleo, inclusive solventes, as usinas e as destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive solventes, e os Transportadores Revendedores Retalhistas (TRR) deverão enviar à Secretaria da Fazenda arquivo magnético com o registro fiscal de todas as operações e prestações realizadas a qualquer título no mês de Dezembro / 2004 (art. 1º da Portaria CAT nº 95/2003).
ICMS/SP - ARQUIVO MAGNÉTICO COM REGISTRO FISCAL DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES REALIZADAS – REVENDEDOR VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS E CONTRIBUINTES QUE ADQUIRIREM COMBUSTÍVEIS – O revendedor varejista de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo deverão enviar à Secretaria da Fazenda arquivo magnético com o registro fiscal de todas as suas operações e prestações realizadas, a qualquer título, no mês de Dezembro/2004,comcombustíveisderivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível (art. 2º da Portaria CAT nº 95/2003).
ICMS/SP- GIAELETRÔNICA–A GIA Eletrônica relativa ao mês de referênciaDezembro/2004deveráser apresentada por meio da Internet (www.pfe.fazenda.sp. gov.br), pelos contribuintes com o último dígito de inscrição estadual 2, 3 e 4(art.20doAnexoIVdaPortariaCAT nº92/1998,acrescentadopelaPortaria CAT nº 46/2000, na redação da Portaria CAT nº 49/2001 e Portaria CAT nº 91/2002). Nota: Na hipótese de o dia do vencimento para apresentação recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia. (Parágrafo único do art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/98, acrescentado pela Portaria CAT nº 46/ 2000).
DIA 18
ICMS/SP - GIA ELETRÔNICA – A GIA Eletrônica relativa ao mês de referência Dezembro / 2004 deverá ser apresentada por meio da Internet (www.pfe.fazenda.sp. gov.br), pelos contribuintes com o
está entre os maiores do mundo.Os juros cobrados nas operações de crédito pessoalcom recursoslivres de pessoas físicas chegoua 72% aoanoem outubrode 2004, segundolevantamentodo BancoCentral. Erade 61%emmeadosde2003ede 49%nametadede2002.Jáas empresasarcaram,emigual período, com 31% de juros aoano,no anopassado,até outubro.Como projeto do cadastro positivo esses juros podem cair.
"É umprojeto dedefesa do consumidor, sobretudo para o bompagador de menor renda, que tem apenas o nome como garantia", disse Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo.
Segundo Guilherme Afif, o spread é alto porque embute emseucusto35%de cunha fiscal e quase 70% de taxa de risco, gerada da falta de segurançajurídica e da inadimplência.
"Comoo patrimônio do cidadão ésua reputação, a
último dígito de inscrição estadual 5, 6 e 7 (art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/1998, acrescentado pela Portaria CAT nº 46/2000, na redação da Portaria CAT nº 49/2001 e Portaria CAT nº 91/2002). Nota: Na hipótese de o dia do vencimento para apresentação recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia. (Parágrafo único do art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/98, acrescentado pela Portaria CAT nº 46/2000).
DIA 19 IRRF– Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 09 a 15.01.2005, incidente sobre rendimentos de beneficiários identificados, residentes ou domiciliados no País. ICMS/SP - GIA ELETRÔNICA – A GIA Eletrônica relativa ao mês de referência Dezembro / 2004 deverá ser apresentada por meio da Internet (www.pfe.fazenda.sp. gov.br), pelos contribuintes com o últimodígitodeinscriçãoestadual8e 9 (art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/1998, acrescentado pela Portaria CAT nº 46/2000, na redação da Portaria CAT nº 49/2001 e Portaria CAT nº 91/2002). Nota: Na hipótese de o dia do vencimento para apresentação recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada nesse mesmo dia. (Parágrafo único do art. 20 do Anexo IV da Portaria CAT nº 92/98, acrescentado pela Portaria CAT nº 46/2000).
DIA 20 INFORME DE RENDIMENTOS FINANCEIROS – Fornecimento, pelas instituições financeiras, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e demais fontes pagadoras, do Informe de Rendimentos Financeiros relativo ao 4 trimestre/2004, aos seus clientes (pessoas jurídicas), exceto quando a fonte pagadora fornecer, mensalmente, comprovante com todas as informações previstas na IN SRF no 268/2002. IPI (exceto o devido por ME ou EPP)- Pagamento do IPI apurado no 1º decêndio de Janeiro/2005, incidente sobre produtos das posições
informação apenas docadastronegativo (aqueleem que aparecem os débitos do consumidor ou os pagamentos feitos com atraso) impedeque obompagador se beneficie", diz Afif.
Para opresidente da ACSP, amaioria dosconsumidores paga seus compromisssos em dia, maspode acontecer umatrasoesporádico, com motivo justificado, como a perda temporária de emprego e, conseqüentemente, de renda. "Mas sem uma análise baseada no cadastro positivo ninguém conhecerá seu históricode bom pagador", continua Afif.
A adoção docadastro positivo, diz Afif, pode reduzirematé50%ataxaderisco do consumidor. "É interesse do comércio conceder cada vez mais crédito", diz o executivo. Como o projeto já representa um consenso entre governo e iniciativa privada, para Afif "sua aprovação pelo Congresso fica mais fácil", completa.
84.29, 84.32 e 84.33 (máquinas e aparelhos) e das posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veículos automóveis e motocicletas) todos da TIPI.
IPI (exceto odevido por ME ou EPP)- Pagamento do IPI apurado no 1º decêndio de Janeiro/2005, incidente sobre produtos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis). PREVIDÊNCIA SOCIAL (INSS)PAES– Pagamentodaparcela mensal, acrescida de juros pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), pelos contribuintes que optaram pelo Parcelamento Especial de Débitos (PAES) perante a Previdência Social (INSS), de acordo com a Lei nº 10.684/2003.
Nota: Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior. ICMS/SP – CNAE’S 15431; 41009; 50300 a 50423, 52116 a 52795; 55212 a 55239, 55298; 60100 a 60224; 66117 a 66303, 67113 a 67202; 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202; 75116 a 75302; 80136 a 80993; 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092; 95001; 99007 - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de Dezembro / 2004.
DIA 21 COFINS / CSL / PIS-PASEP –RETENÇÃO NA FONTE - Recolhimento da Cofins, da CSL e do PISPasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas (Lei nº 10.833/2003, arts. 30, 33 e 34), no período de 01 a 15.01.2005. ICMS/SP - devido pelas microempresas e empresas de pequeno porte (EPP) enquadradas no Simples Paulista, na forma disposta na lei 10.086/98, regulamentada pelo anexo XX do RICMS/SP, relativo ao mês de Dezembro / 2004.
No universo frenético do aeroporto de Cumbica há espaço para um lagarto de estimação, psicóticos, criminosos, recém-nascidos, amantes de música erudita e até cães farejadores. Os únicos que são, definitivamente, barrados nas proximidades são os pássaros, inspiradores, mas inimigos da aviação.
Umlagartodeestimação, bebês cujas cegonhasescolheram o aeroporto paraaterrissar, furtos de laptops, dores de dente, urubus, suicídios, áreas invadidas, pedintes.Vestidos denoivae dentadurasesquecidos, pessoas que vivem em constante surto psicótico, meninos apaixonados por música erudita, cães farejadoresqueinspecionam malas.
Nouniverso frenéticoda cidade aeroportuária há espaçopara todos esses personagens que, juntos, ajudam a escrever diariamente umcapítulo da históriado terminal aéreo. Melhor di-
zendo, muitas histórias. Quem vê oamplo tapete verde degrama (6milhões demetros quadrados),árvores nada frondosas e quase absoluta ausência de flores no entorno do aeroporto não imagina que há um meticuloso trabalho paisagístico e de reflorestamento. Sem pássaros – Todocuidado é compreensível. A grama não pode ser tão baixa, o queatrairia pássaros embuscadealimentos,nem altademais paraquenão formem ninhos.Da mesma formae pela mesmarazão quasenão háflores nemárvores frutíferas. "A ave, apesarde ser a inspiração daaviação, éoseumaior
inimigo. Oimpactodeum urubu contra uma aeronave emvôo tem a forçade sete toneladas", explica Wagner Bacconi,engenheiro agrônomoquepassa odiaentre estufasde plantas,umbosque eum lagocom carpas noViveiro deMudas,rente à cabeceira dapista (não há nada igual emnenhum outro aeroporto do mundo, segundo a Infraero). Daí a necessidade constante de afugentar,de formaecologicamente correta, os pássaros. Háaté biólogos queintegram a equipe, que estu-
dam o comportamento das aves e tentam alterar sua rota de vôo. Nesse reino verde,porém,a maior vedete não são as 300 espécies ali cultivadasem 67 mil metrosquadradosde área.Trata-sedeumlagarto, com quase 1,5 metro de comprimento,que sealimenta pontualmente, diariamente,nas mãosdostécnicos e jardineiros. Se as
avesnãogorjeiam nos domíniosde Cumbica,outros sons tomam conta dos saguões, encantando passageiros em trânsito.
Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Ivan Lorena Vitale
Superintendente
Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030
Orquestra de cordas –Trata-sedoAfinandoo Futuro, projeto de inserção social pela música desenvolvido pelaInfraero com apoiodeempresasaéreas.A iniciativa, comjovens moradores dos bairros populares do entorno (na verdade áreasda União invadidas por centenas de famílias), reúne53meninosemeninas entre 10e 17 anosde idade. Sob a regência do maestro MárcioDemazo,eles têm aula semanal no canteiro de obras, onde dedilham as cordas de violinos, violoncelos, violas e contra-baixo. Violão,porém, alémde outros instrumentos musicais, podem ser localizados na sala de Perdidos de Achados do aeroporto, que catalogacerca de 250itens encontrados por mês, sobretudo junto às lanchonetes,banheiros e telefones. Nodepósito, com centenas de objetos, temde tudo: de dentadura apranchade surfe, jóias,chaves,telefones celulares, óculos, roupas, bengalas, livros, algemasdemetal epelúcia,tacos de beisebol e uma infini-
dade de berimbaus. O acervointegra, por assim dizer, uma espécie de museu de curiosidades. Mas, curiosas mesmo, são as muitashistóriascontadas pelosfuncionáriosque trabalham no aeroporto. Como a noiva apressada que embarcouesbaforida paraalgumpaísdaAmérica Central deixando para trás oprincipal: ovestido como qual ia se casar (posteriormente enviadoem tempo hábil paraa cerimônia).Ou de uminconformadoapaixonadoqueseatirousobreo nariz de um avião da antiga PanAmparachamaraatenção de sua noiva, com quem estava rompido. De nada adiantou. Ovôo atrasou, mas atal noiva,indiferente aos apelos, seguiu em outro vôo sua viagem rumo ao exílio sentimental. Final feliz, porém,têm os passageiros acometidos de fortes dores de dente momentosantes doembarque. Na HCClínica Odontológica, três dentistas atendendo aos sofredores de plantão, aliviando ador antesde partirem em algum vôo. Ou algumasmãesdeúltimahora, que receberam, inadvertidamente, a visitada cegonha em pleno aeroporto. O primeiro nascimento ocorreuem 25dejulhode 91ea mãe, numa homenagem, batizou o filhocom o nome domédicoquefezoparto.O último rasante daave parideira ocorreuem 29 de dezembrode 2003.Apropósito: nenhumbebê chama-se Alberto, numa homenagem ao pai da aviação, Santos Dumont. (JJ)
Hoje
São Miguel – ADistrital realiza reunião com empresários do núcleo setorial de profissionais de salão de belezado "ProjetoEmpreender",coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 17h. Amanhã
São Miguel – ADistrital realiza reunião com empresários do núcleo setorial de profissionaisde buffetdo "Projeto Empreender", coordenadaporValdeirGimenez. Às 14h30.
Centro – A Distrital realiza reuniãocom empresários donúcleosetorialdeprofissionais de balões artísticos do "Projeto Empreender", coordenada pela consultoraJane GianniniBueno.Às 19 h.
Quarta
São Miguel – ADistrital realiza reunião com empresários do núcleo setorial de profissionais de móveis e colchões do"Projeto Empreender", coordenada peloconsultor ValdeirGimenez. Às 20h.
Principais eventos
Semana de 17 a 21/1
Segunda-feira: A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério dó Desenvolvimento,Indústria eComércio (Secex) divulga os resultados da balança comercial na segunda semana de janeiro. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) divulga os balanços deconsultas ao Usecheque e ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) referente à primeira quinzenade janeiro.Osnúmeros servem determômetrodocomportamento das vendasa vista (Usecheque) e a prazo (SCPC). A ACSP também divulgabalanço de registros recebidose canceladosno SCPC, falências e concordatas de empresas no mesmo período. O InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga pesquisa industrial mensal deemprego e salário de novembro.AFederaçãodoComércio doEstado deSão Paulo (Fecomercio) divulgao Índice de ConfiançadoConsumidor (IIC) de janeiro.
Terça-feira: Começaa reunião doComitê de Política Monetária(Copom)emque será discutida a taxa básica de juros brasileira das próximas quatro semanas. A expectativa é de aumento de 0,50 pontoporcentual dataxa,que hojeestáem 17,75% ao ano. A Fundação
Getúlio Vargas(FGV) divulga o IGP-10 de janeiro. O IBGEdivulga pesquisa mensaldo comércioreferentea novembro.
Quarta-feira: Termina a reuniãodoCopom.Oanúncio da decisão sobreosjuros básicos deve ser divulgada no inícioda noite, depoisdofechamentodosnegócios nomercado.O Tesouro Nacional divulga nota de mercado aberto relativa a dezembro. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulga oÍndice dePreços aoConsumidor(IPC) dasegunda quadrissemana de janeiro. A expectativa éde inflação de 0,70%. Nos Estados UnidossaioCPI(siglaeminglês do índice de preços ao consumidor do país).
Quinta-feira: OBancoCentral divulga oresultado das contas externasde dezembro. A expectativa para a conta corrente é de superávit de US$ 1,2 bilhão.
Sexta-feira: A FGV divulga o IPC-S, índice semanal de inflação, e tambémo resultadoda segundapréviado IGP-M em janeiro. Sem data definida durante a semana: A Receita Federaldivulgaos números da arrecadação de impostos e contribuições federais dedezembro.A expectativa é de um total de R$ 31,5 bilhões em receitas.
Fonte: Tendências Consultoria
Maior parte dos analistas de mercado prevê novo reajuste do juro. Copom vai orientar rumos dos negócios.
Oprimeiro Comitê de Política Monetária (Copom) de 2005 decidirá por mais uma alta de 0,50 ponto porcentual da Selic (taxa básica de juros), para 18,25% ao ano. Pelo menos essaéa avaliaçãodamaior partedos analistasdomercado financeiro brasileiro. E osnegócios com os principaisativos financeiros nos próximos dias devem ser o ri e nt a do s pela expectativa em relação à decisão do comitê, que só será divulgada no fim datarde de quarta-feira. Se oaumento esperado pelos analistas for confirmado, esta será a quarta elevação consecutiva nesse ritmo.Há uma pequenacorrente de economistasque esperam umaumentomenor, de0,25pontoporcentual na taxa básica. Caso se confirme a expectativa dosanalistasmais pessimistas, a primeira reunião do Copom no ano deve ser responsável pela taxa básica mais alta dos últimos
Resultado da reunião do Copom deve ser divulgado no fim da tarde de quarta-feira, depois do fechamento do mercado financeiro
15 meses.Emoutubro de 2003, a Selicestava em 19% ao ano.Na ocasião,os diretores do Banco Central coordenavam exatamente o meio do processo de sua queda, iniciado em junho daquele ano, quando passou de 26,50% para 26%. Depoisdaquelemês,houve mais quatro reduções em seismeses até que aSelic atingiu a taxa de 16% ao ano,a mais baixa desde março de 2001 (15,75%). O índice perm a n ec e u nesse nível até setembro do ano passado, quando foiiniciado um novo processo desta vez: o de altadosjuros, que atingiu em dezembro a marca de 17,75% ao ano. Aoavaliar basicamente os mesmos indicadores econômicos, os analistas que apostamem umaelevação de0,25pontodaSelicconseguem enxergar com um pouco maisde otimismoos dadoseconômicosrecentes. Paraeles,aproduçãoindustrialestá hátrês mesespraticamenteestagnada;a in-
flação segue sob controle, as expectativaspara oIPCAjá estãomais baixase atensão como rumodopetróleo já faz parte do passado. O gerente de operações do Banif Primus, Alberto Oliveira salientou que, além destesfatores,houve também uma melhora na capacidadeinstalada daindústria. "Issoaliviaohiato do produto e diminui os gargalos e apossibilidade de ocorrer uma inflação por choque de oferta", disse.
Fim do aperto — A primeira reunião do Copom de 2005poderá indicarofim do ciclo de aperto monetá-
rio, que vem sendo adotado pelo Banco Central desde setembro do ano passado. Mais do que a decisão, o comunicado que a segue e a divulgação daata marcada para a quinta-feira da próxima semana poderão dar aos agentes do mercado sinais mais claros de quais serão ospróximos passosaserem dados pela autoridade monetária. Não seria nadade novo, se partedasinstituições financeiras não tivessemo palpitede que esta poderá sera últimaelevaçãoantes de umperíodomais longo de estabilidade. (AE)
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UH/Arquivo do Estado de São Paulo
Nesta quarta-feira, será dado o pontapé inicialde maisum Campeonato Paulista, a competição de futebol mais antigado País. Acima, Juan José Pizzuti, histórico capitão doRacing, daArgentina, coloca a faixade bicampeão paulista de 1951/52 nopeito dozagueiro corintiano Homero. Era um amistoso internacional comemorativo pelo bicampeonato estadual doAlvinegro,que naquela tarde de quinta-feira, 12 de fevereiro de1953, noPacaembu, venceu os argentinos por 1 a 0, gol do atacante Zezinho. O Corinthians é omaior campeãopaulista de todosos tempos,com 25títulos,e temneste ano um argentino como maior estrela: Carlos Tevez.
17 CAMPEÕES DIFERENTES
O Palestra/Palmeiras éo segundo emnúmero detítulos,com 21.O SãoPaulo tem 19, mais o supercampeonatode2002.OSantosfoi campeão 15 vezes,o extinto Paulistano 11 e o São Paulo Athletic, o primeiro campeão, 4. Em seguida vêm A.A.Palmeiras ePortuguesa, com 3cada; Americano,Germânia,São Bentoe Internacional (ambos dacapital),com2;com um título cada: Bragantino, Inter de Limeira,Ituano,SãoPaulo da Floresta (antecessor do atual São Paulo) e São Caetano, campeão em 2004 ao bater o Paulista.
114 CAMPEÕES EM 103 CAMPEONATOS
Desde 1902, foram 114 campeões em 103 temporadas. Em dez ocasiõesforamorganizadas duas competições,porentidadesrivais. De 1913 a 1916 e em 1935 a 1936, houvetorneiosdaLigaPaulistade Futebol(LPF)edaAssociaçãoPaulista de EsportesAtléticos (Apea).
De1926a 1929,a dissidênciafoi entre a Apea ea Liga dos Amadoresde Futebol(LAF). Em1973,o juiz ArmandoMarques errou as contasnospênaltiseSantosePortuguesa dividiram o título.
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Mesmo se acertarcom o Vasco, Romário, 39anos, não seráomaisvelhodosestaduais.
O volante Ezequiel, de 42, campeãobrasileiro peloCorinthians em 1990, defenderá o Chapadão (MS).
Desde1999, osrivaisGrêmio eInternacional não seenfrentam em uma decisão de Campeonato Gaúcho. Osdois,aliás,encontraram-se emapenastrêsfinaisnas últimas deztemporadas: 1995, 1997 e 1999.
Slguns clubestradicionais não jogam osestaduaisem 2005:CSA (AL),RioBranco e Desportiva (ES), Comercial (MS) e Tuna Luso (PA).
O CSA está na segunda divisão. RioBranco, DesportivaeComercial pediram licença. E a Tuna caiu naprimeira fasedo Paraense,que começou em dezembro.
Celso Unzelte
Oitavas-de-final da copa júnior terão Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Página 2
Brasil empata por 1 a 1 com Paraguai e lidera grupo no Sul-Americano Sub-20. Página 3
Atual campeão brasileiro, o Santos ganhou o título paulista pela última vez há 21 anos, mas já trabalha pelo Paulistão de 2005 , sob o comando de Oswaldo Oliveira
EBEM-VINDOS – Com dinheiro da MSI, o Corinthians trouxe o brasileiro Carlos Alberto, do Porto, e os argentinos Carlitos Tévez, do Boca Juniors, e Sebastián Domínguez, do Newell´s Old Boys. Depois de disputar o Campeonato Brasileiro pelo Botafogo, Luizão será um dos reforços do São Paulo no Paulistão. O colombiano Henao, destaque do Once Caldas na Libertadores de 2004, é o novo goleiro do Santos. Marcel, do Paraná, vai reforçar o Palmeiras.
m ritmo de ensaio, pois os jogadores acabaram de voltar dasférias emalretomaram o trabalho físico, técnico etático depreparação para a nova temporada, o CampeonatoPaulistade 2005começa nesta quartafeira, com sete jogos. Trêscandidatos ao título estarão em ação logo no primeiro dia: Palmeiras(contraaInter, emLimeira),Corinthians (contra o Mogi, na capital) eSão Caetano(contra a Ponte Preta, no ABC). Na quinta-feira, estrearão SãoPaulo (contraoItuano, no Morumbi) e Santos (contra aPortuguesa, naVila Belmiro).
Serão vintetimes abrigar pelo título num campeonato de pontos corridos, disputado em apenasum turno -portanto,em 19rodadas. O Campeonato Paulista vai se encerrar no dia 17 de abril numa rodada sem clássicos.
Acompetição que abrea temporada de2005 ejá não tem aimportânciadeantigamentevai mostrar as principaisequipes com várias novidades.O Corinthiansainda deve demorar acolocarsuasnovasestrelas em campo, mas certamente seráumadas sensaçõesdo campeonato que o Santos, atualcampeão brasileiro, tudo fará para conquistar. São Pauloe Palmeiras, que pouco se reforçaram para 2005, mas seguraram a base de2004 ,também estarão na brigapelo título que, noano passado, foi conquistado pelo São Caetanoprovavelmente, a equipe paulista quemaisperdeu jogadores neste começo de temporada.
VIDA NOVA – Três jogadores importantes do futebol paulista trocaram de casa neste começo de 2004 e vão disputar o campeonato estadual de camisa nova: Fábio Baiano, do Corinthians para o Santos, Warley, do São Caetano para o Palmeiras, e Mineiro, do São Caetano para o São Paulo. O ala Falcão, eleito pela Fifa o maior craque do futsal em todo o mundo no ano passado, trocou também de esporte e vai brigar por uma vaga no meio-de-campo do São Paulo.
OPaulistão de 2005 terá uma atração fora de campo que deve seestender até o Campeonato Brasileiro: acompetição entre técnicos.
SãoPauloe Palmeirasjamais pensaram em mudar o comando técnicoe continuam comEmerson Leãoe Estêvam Soares.O Corinthians, por intromissão da MSI, quismudar, masnão
conseguiu contratar VanderleiLuxemburgo e acabou também confirmando a permanência de Tite. O Santos, depois de ganhar o título brasileiro, foi obrigadoa mudarpois o Real Madridlevou Luxemburgo embora. Contratou Oswaldo Oliveira,quejá sucedera ao antigo chefe no Corinthians em 1999.O São Caetanotrocou Péricles Chamusca por Zetti, vice-
campeãobrasileiro daSérie B com o Fortaleza. Dos cinco principais treinadores do Paulistão, somente osão-paulinoLeão tem onome definitivamente consagrado após treinar a Seleção Brasileira emontar o Santos multicampeão das últimas temporadas. Zetti é umaestrela em ascensão,que começaacavar sua vaga cativana galeria dos grandes técnicos brasi-
leiros - a mesma ambição do palmeirense Estêvam, um pouco mais experiente.
TiteeOswaldo,justamente osprincipais candidatos ao título, são os técnicos que mais correrão risco no Campeonato Paulista. Reconhecidos como bons treinadores,lutampara sefirmarde vez no primeiro time do futebol brasileiro e precisam, ambos, do título que só um poderá ganhar.
Pelo menos até que os dólares e euros jogados no Parque São Jorgegerem algumrendimento emcampo, omelhor timebrasileirocontinua sendooSantosdeRobinho.O campeão brasileiro de 2004 é naturalmente o favorito ao título paulista de 2005.
O Corinthians ainda é um projeto, arriscado, o Palmeiras e o São Paulo fortaleceram-se muito pouco, o São Caetano enfraqueceu-se. Sob nova direção,pois perdeu Vanderlei Luxemburgo para o Real Madrid e será treinado por OswaldoOliveira,oSantostem tudoparareconquistarotítulo que ganhou pela última vez em 1984.
É verdade que o título estadual já não tem o apelo de outrasépocas,maséum desafiopermanenteparaoSantosemborao grandeprojeto emandamentona VilaBelmiro para estatemporadasejaa conquistadaLibertadores da América. OSantos também tem certo favoritismo nesta empreitada.
Afinal, éa quartatemporada emque oSantos preservaa basedotime, oqueacabaporfazer umaenormediferença num futebol cada vez mais marcado pelas transferências de jogadores e comissões técnicas.
O Santos de 2005 não terá o lateral Paulo César, o zagueiro André Luís e o volante Preto Casagrande, é verdade, mas Fábio Baiano pode ser o novo lateral-direito, Ávalos e Leonardo fizeram uma boa zaga no final de 2004 e Tcheco é melhor do que Preto Casagrande. E o colombiano Henao talvez resolva os problemas no gol.
Tudo indica que, pelo menos até o meio do ano, Robinho continuará na Vila - e isso é tudo o que querem os santistas que sonham com o Paulistão e a Libertadores na esperança de que a equipe atual marque este começo de século 21 com asglóriasque, entreosanos50e60 doséculopassado,fizeram do Santos o maior de todos os times brasileiros.
NO PAPEL
OCorinthians de Tévez, Carlos Alberto,Marcelo MattoseDomínguezvaificar bonito no papel, não há dúvida. Se vai funcionar em campo é outra história, que a gente sópoderácontar daquia unsdois meses,pelomenos. Juntar ummonte decraques de uma vez só nem sempre temsido areceita paramontar um time de futebol.
NA QUADRA
Tambémé de risco ocontratodeFalcão, craque do futsal, com o São Paulo. Não é fácil, aos 27 anos, fazer a travessia das quadras para os campos.
REFORÇO
Ospalmeirensestorcempela permanência de Magrão no elenco tãopouco reforçado e festejam a volta ao Parque Antártica deMoraci Sant'Anna, indiscutível craque da preparação física.
A GRANDE CHANCE
Sem Dininho, Mineiro, Marcelo Mattos, Euller e Warley, o São Caetano dá a Zetti a chance de se firmar de vez como grande técnico.
DAQUI A POUCO
Numa recepção oferecida a Pelé pelos dirigentesdo Real Madridno sábado,Marcel Figgerdissea jornalistasespanhóis que a transferência de Robinho deveser fechada nos próximos dias, embora o craque brasileiro só vá para Espanha napróxima temporada européia.
BOA BRIGA
O Real Madrid tomouum susto, masvirou ojogo, ajudadoporuma arbitragem muito ruim, chegou aos 3 a 1 sobreo Zaragozaeisolou-se na vice-liderançadoCampeonato Espanhol, sete pontos atrásdoBarcelona,que voltou a jogar mal, mas bateu a Real Sociedad por1 a 0. A briga pelo títuloespanhol promete fortes emoções.
GOL DE LETRA
"Sempre disse que não preciso ser importanteo tempo todo, mas nos momentos decisivos." - Romário, marrento comosempre,depoisdefazer 5a4para oscariocas,noúltimos segundo do jogo com os paulistaspelo Desafio de BeachSoccer, ontem, no Guarujá
e São Paulo passaram para as oitavas-de-final da Copa São Paulo de Juniores, enquanto o Palmeiras eliminou o Palmeiras B
O "trio de ferro", formado por Corinthians, São Paulo e Palmeiras, garantiu presença ontem nas oitavasde-final da Copa São Paulo de Juniores. O Alviverde foi o primeiroaseclassificar,nãosóporque jogou mais cedo, mas porque enfrentoua si próprio: o clube inscreveu duas equipes, quese enfrentaramontem no Parque Antarctica, com vitória para o time "principal": 4a 0 sobre o Palmeiras B por4 a 0. O próximo adversário será o União São João.
O São Paulo não teve dificuldades para superar o GrêmioBarueripor4a0,em Taubaté, eagora enfrentao Corinthians-AL. Já o Corinthians bateu o Maríliapor3 a2,emAraraquara, e terácomo adversário o Atlético-MG.
Governo não respeitou prazo constitucional para aumentar de 17% para 18% a alíquota do imposto
Ogoverno de São Pauloestá cobrando um ponto percentual a mais na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações internas. O Fisco paulista perdeu o prazo paraa ediçãodatradicional lei de finalde ano queamplia de 17% para 18% a alíquotadotributo. Advogados consultadospelo Diário do Comércio argumentam que com a publicação da Lei nº 11.813, de 16 de dezembro de 2004, a Fazenda estadual sópode cobrar18% apartir dodia17 de março, e não desde 1º de janeiro.
"Um ponto percentual faz diferença nos resultados de umaempresa. Os contribuintespodem contestar a cobrança naJustiça", diz o advogado Luís Eduardo Schoueri,do escritórioLacaz Martins, Halembeck, Pereira Neto, Gurevich & Schoueri, acrescentando queo governodeveriater editado antes a lei para evitar reclamações.
A alíquota original do ICMS paulista é de 17%, conformedeterminao artigo34daLeinº6.374,de1ºde marçode1989, que institui nova regulamentação para o imposto. Mas desde dezembro daquelemesmo ano,ogoverno vem, por meiodeoutras leis, acrescentando um ponto percentual na alíquota.
Schoueri argumenta que, este ano, com a Emenda Constitucional nº 42/2003, ogovernodeve respeitar o prazo de 90 dias para começar a cobrar a alíquota de18%.Aemenda estabelece oprincípio constitucional da anterioridade nonagesimal. No entendimento da Fazenda paulista, entretanto, a Leinº11.813/2004é ape-
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
nas uma prorrogação da Lei nº11.601/2003. E,comisso, não estaria desrespeitando a emenda constitucional. "A Fazenda está equivocada.A prorrogaçãodeum
aumento é um aumento e deveria respeitaros noventadiasparaentrar emvigor", dizo tributarista Victor Gomes, do Koury Lopes Advogados Associados. "A
lei foi publicada em dezembro e deve sercobrada a alíquota de 17% até o dia 16 de março", emenda o advogado Luis Rogério Sawaya, do escritório Apocalypse, Nu-
nes eSawaya Advogados. "A lei deveria ter sido publicadaem1ºde outubrode 2004 para entrar emvigor em 1º de janeiro de 2005."
Na opinião de Schoueri, toda a sociedade é prejudicada. Mas os maiores lesadossão os varejistase importadores que levam seus produtos para outros estados,que podemcontestara mudança na Justiça.
"Nummercado emquea concorrência é acirradíssima,cada centavo faz dife-
rença", afirma oadvogado Fábio Luis Florentino, do Stuber Advogados Associados. De acordo com estimativas de Florentino, o percentual de 1% representa 5,56% da arrecadação tributária doestado sobreos produtos tributados com alíquotade 18%.OFisco poderáteressa queda de mais de 5% caso contribuintesobtenham liminares para recolher ICMS com alíquota de 17%.
AFazendapaulista teve umexcelente desempenho em arrecadação em 2004. Em dezembro,areceitaalcançou R$ 3,44 bilhões,o que representa que o ano encerrou comum crescimentoreal (IGP-DI)acumuladode4,4% em relação a 2003. Para 2005, a Fazenda está ainda mais otimista. Espera crescimento de 6,6% na arrecadação do Imposto sobre aCirculação deMercadorias eServiços (ICMS)e6,3%na arrecadação doImposto sobre Propriedadede Veículo Automotor(IPVA),deacordocom o diretor de arrecadação da Secretaria da Fazenda do Es-
CONTRU - (AVS) Corpo de Bombeiros Vigilância Sanitária Licença de Funcionamento
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tado deSãoPaulo (Sefaz), Ademar Fogaça Pereira. Comparando aarrecadação de dezembro de 2004 a novembro do mesmo ano, houvecrescimento realde 2,5%, masemrelaçãoadezembro de 2003 houvequeda de6,3% naarrecadação. Esta redução foi verificada emdecorrência da anistia concedida para débitos do ICMS em atraso, o quedispensououreduziu jurose multas e provocou expansão da receita naquele mês.
O comportamentoda atividadeeconômicafavoreceu o melhor desempenho da receita tributária do ano passado, em comparação com 2003, principalmenteno que se refere ao ICMS que contribuiucom 89,2% do total da receita,segundonotatécnica daFazenda. A arrecadação deste imposto alcançou R$ 3,09 bilhões emdezembro, acumulando no ano o montante de R$ 34,07bilhões e apresentando crescimento real de 4,4% no ano.
Atributarista AnaUtumi, do escritório Tozzini Freire Teixeira e Silva Advogados, lembra que o ICMS é o tributoque maisimpacta opreço. "Emcada R$1da contatelefônica,R$ 0,25(alíquotade 25%) é ICMS embutido", diz. Aadvogadaafirmaqueopeso deste imposto pode representarquase50%da carga tributáriade uma empresa, considerando ostributos federais. A maioria dos produtos em São Paulo são tributados com alíquota de 18%.
OsrecolhimentosdeICMS com importações cresceram 8,8% no acumulado do ano, segundo a Fazenda. Mas a sua participação nobolototal caiu de 21,2% em 2003 para20,3%em2004.Denovembro para dezembro, esta participaçãotambémrecuou,de 22,0%para19,9%.AnotatécnicadaFazendarelacionaessa quedaà valorizaçãodo Real e ao efeito sazonal da queda da quantidade de mercadorias importadasna segunda quinzena do mês. Anota daFazendainforma ainda que o crescimento do ICMS condiz com a elevaçãoda atividadeinterna, quetem apresentadotaxas de expansão econômica superiores à média nacional, segundo informações do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE). A receita do IPVA atingiu R$ 78,7 milhões em dezembrode 2004, apresentando crescimentoreal de 55,2% em relaçãoa novembroe de 6,2% no acumulado do ano. Laura Ignacio
Aseleção sub-20 do Brasil empatou por 1 a 1 com o Paraguai, ontem, emanteve aliderança doGrupo Bdo Sul-Americano dacategoria,que está sendorealizado naColômbia evale quatro vagas no Mundial da Holanda.
O gol brasileiro foi marcado peloatacante DiegoBarcelos,doInternacional, no início dosegundo tempo –Borgado empatou para os paraguaios na seqüência.
O Brasil temquatro pontos, contra dois do Paraguai enenhum doEquador.O Chilefariasua estréia na competição namadrugada
de hoje, contraoUruguai, que empatou na estréia com o Paraguaie podeno máximo se igualar ao Brasil. Na estréia, na sexta-feira, oBrasil venceuo Equador por 5a 0, comdoisgolsdo atacanteEvandro,do Atlético-PR, dois de Quirino, do Atlético-MG, e um de Filipe, lateral que atua no Ajax, da Holanda. OInter eoSão Paulosão as equipes quemais cedem jogadores à seleção sub-20: três cada.O Intertem, além de Diego,o atacanteRafael Sobis e ogoleiro Renan. Do São Paulo sãoogoleiroreserva Bruno, o volante Alê e o zagueiro Edcarlos.
Asdez seleções se dividem em dois grupos de cinco times cada. Os trêsprimeirosde cada chave vão para o hexagonal decisivo. Os quatro primeirosvão aoMundial, onde o Brasil buscaráseuquintotítulo –foi campeão em1983, 1985, 1993e2003, nesteúltimo com Dudu Cearense, Fernandinho, Nilmar e Daniel Carvalho, entre outros.
Diego marcou o gol da seleção sub-20 no empate por 1 a 1 contra o Paraguai
Com Pelé na arquibancada, o Real Madrid mostrou força para vencer o Zaragoza por 3 a 1 e manter-se a sete pontos do Barcelona
O Real Madridfoi mais real que nunca ontem, quandorecebeuavisita de Pelé,o Reido Futebol,convidadoparavisitaroSantiagoBernabéu. Otimegalácticomostrou capacidadede reação para bater o Zaragoza por 3 a 1, de virada, e evitar que o Barcelona voltasse a aumentar sua vantagem. Os catalãesvencerama Real Sociedad por 1 a 0 e foram a45pontos, contra38 dos madrilenos,que venceram os três jogos em que tiveram VanderleiLuxemburgo no banco.
brilha na festa de Maldini: gol e boa atuação nos 3 a 1, de virada, sobre a Udinese
Milan encosta na líder Juve Na última rodada do primeiro turnodo Campeonato Italiano, o Milan venceu a Udinese,por 3a1, comboa atuação e um gol do brasileiroKaká, eencostou nalíder Juventus,que não passou de um empate por 1 a 1 com o Cagliari. Agora com 42 pontos, o Milan está a dois do líder e oitoà frente daterceiracolocada, aprópria Udinese.
A partidaem Milãomarcouos 20anosdeMaldini com a camisa do Milan. O time deÚdine abriuo placar aos9minutos dejogo,mas
Shevchenko empatouaos 31. O Milan virou o jogo logo aos 8minutos do segundo tempograçasa umgol contra de Jankulovski. Aos 44, Kaká fechou o placar. Em Cagliari,paraalegria dosmilanistas,a Juveempatou comos anfitriõespor 1 a1. Os outros resultados da 19ª rodada foram Brescia 1 x 1 Fiorentina; Reggina 0 x 0 Internazionale; Atalanta 1 x1Siena;Chievo2x2Roma; Lazio1 x3 Palermo;Livorno 3 x 1 Messina; Parma 2 x 1 Lecce; Sampdoria 0x 0 Bologna.
O Betiscontou comforça brasileira para vencer o Mallorca por 2 a 0, dois gols marcados pelo meiaEdu, e chegou à sexta posição, com 30 pontos, dois a menos que o SevilladeRenatoe Júlio Baptista, derrotado por 1 a 0 pelo Málaga.
Chelsea vence, Arsenal perde, e diferença chega a dez pontos
O Chelsea deu mais um importante passo nestesábado rumo à conquista de seu segundo título inglês. O time venceu o Tottenham por 2 a 0, fora de casa, e contoucom aajuda do Bolton, que derrotou o Arsenal por 1a 0.Comosresultados,o Chelseaabriudezpontosde diferença, suamaior vantagem nestatemporada:58a 48. Faltam quinze rodadas para o fim da competição. Omeia Lampardmarcou osdoisgols doChelsea, o primeiro deles de pênalti. Já o Bolton venceu com um gol do grego Giannakopoulos. O resultadofoi bomtambém parao Manchester United, que encostou na briga pelosegundolugar: com a vitória por 1 a 0 sobre oLiverpool, foradecasa, gol do atacante Rooney, o time dos "Diabos Vermelhos" temagora 47 pontos.O Everton está em quarto, com44 pontos,apóso empate por 1a1 comoMiddlesbrough, fora de casa.
OLyon estádispostoa mostrar aos rivaisqueacabou sua temporadade tropeços:otimerumaimplacável rumo ao tetracampeonato francês, com seis pontos devantagemparao Lille,seu preseguidormais próximo.
Nestesábado, oLyon cumpriu a lição de casa e bateu o Metz por 2 a 0 – o brasleiro Juninho Pernambucano abriuo placar.O Lillese recuperou do tropeço no meio desemana,quando perdeu em casa do Olympique de Marselha, e venceu o Bordeaux, 3 a 1, mas segue a seis pontos do líder: 45 a 39. Campeão pela primeira vez na história em 2002, o Lyon luta para ser o terceiro timea ser tetracampeão consecutivo.Osoutrossãoo Saint-Étienne, de 67 a 70, e o Olympique, de 89 a 92.
Sporting, PortoeBenfica dividem aliderança do equilibrado Campeonato Português, com 31 pontos, após a rodada destefim de semana, em que cada um dos rivaisobteve umresultado diferente. No sábado, oPorto havia
chegado àliderança apóso empate em 0 a 0 diante do Acadêmica de Coimbra. Ontem, oSporting, que ocupava a liderança isolada,perdeupor 3a 2parao Nacional da Ilhada Madeira –Liedson marcouoprimeiro gol do Sporting.
O Benfica aproveitou os tropeços rivais para se igualar, aogolear oBoavista por 4 a 0, com dois gols de Nuno Gomes, um de Simão e outrodeMantorras.Hoje, Vitóriade Setúbale Belenenses fecham o primeiro turno do campeonato.
Pátio do Colégio ou pátio dos carros?
Pátio do Colégio sofre com o estacionamento irregular. DCidade
Cumbica: 20 anos de pousos e decolagens
O aeroporto mais movimentado do País faz aniversário. DCidade
Por 30 dias serão refeitas obras do governo anterior. Pág. 5
ICMS arrecadou
R$ 34,07 bi em 2004
Crescimento é de 4,4% sobre 2003
Governo não editou a tempo lei que eleva alíquota do ICMS de 17% para 18%, mas já está cobrando o ponto percentual a mais. Cobrança deveria começar apenas em março. Página 12
Página 10
Empresas investem no verão
Negócios crescem na estação: de cervejas a roupas. Págs. 6 e 7
Nesta 4ª-feira, 7 jogos abrem o Paulistão, que promete novidades: Tévez (acima, esq.) é o astro do Corinthians. Para o tricolor, chegam Luizão e Falcão. E o Santos garante Robinho (esq.). DC Esporte
O Flu de Felipe e o Cruzeiro de Arthirson são alguns dos times que mais investiram para os Estaduais, que começam nesta semana
As feras na quadra
Roger Federer estrearia de madrugada no Aberto da Austrália; Roddick joga amanhã
Asfériasjáacabarampara os principais tenistas do mundo. A partirda madrugadadehoje,256delesestão em ação noAberto da Austrália,o primeiro Grand Slam da temporada.
A norte-americana SerenaWilliams faria ojogode aberturadachavefeminina, contra a francesa Camille Pin.O suíço Roger Federer entraria em seguida na quadra central, para enfrentar o francês Fabrice Santoro.
Federer, campeão do ano passado,defendia uma in-
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Chega deférias para os jogadores de futebol – etambém, claro, para os torcedores.Seis Estaduais já estão em ação em todoo País,emais setecomeçam nesta semana. Até o fim deste mês, os principais Estadosdo paísjá terãoiniciado os torneios regionais. No Rio, o Fluminense é o time que mais investiu. Contratouo meiaFelipe, que deixouo Flamengo, o lateral Gabriel,ex-São Paulo, e o volante Preto Casagrande, campeãobrasileiro peloSantos.No Estadual, estréiano domingo, contra oMadureira,peloGrupoB–na mesma chave, o Flamengo, que contratou Adrianinho, ex-Corinthians, e Marcos Denner,ex-Criciúma, enfrenta o Olaria.
Pelo Grupo A, o Botafogo estréia contra o América, enquanto o Vasco,que contratouosatacantes Romário, Alex Dias (ex-Goiás) e Allann Dellon (ex-Vitória) enfrenta a Portuguesa.Os times se enfrentamdentro do grupo; os dois primeiros de cada chave vão às semifinais da Taça Guanabara. Em Minas, o Cruzeiro in-
Americana vence e iguala decisão do Nacional de basquete
O Americana bateu o Ourinhos por83 a73, ontem, em Americana, e empatou em 1a 1a sériedecisiva do Nacional debasquete feminino. Na primeira partida, na sexta-feira, Ourinhos havia vencidopor 61 a56. A terceira partida será amanhã, às 18h, em Americana. Nadecisão do Paulista masculino, COC/Ribeirão venceu o Limeira por 107 a 90, no sábado, em Piracicaba, e agora só precisa vencer os próximos dois jogos, hoje e amanhã, ambos às 20h30, em casa, para ser campeão.
vestiu para buscar o tri: contratou Athirson e Jean, do Flamengo, ogoleiro Fábio, ex-Vasco, erepatriou oatacanteKelly,queficou quatroanosnoJapão.OAtlético tem comoprincipaisreforços o volante Vágner, ex-
Ovencibilidadedecinco meses e 21 partidas – não perde desdesuaeliminação na Olimpíada de Atenas, em agosto. Tentaria ainda o terceiro título seguido de Grand Slam, depois de venceremWimbledon enos EUA. Federer confirmou seu favoritismo ao vencer o torneioamistoso de Kooyong,em Melbourne, batendo na finalo norte-americano Andy Roddick, que estréiaamanhã,assimcomo os brasileiros Ricardo Mello e Flávio Saretta.
Minas e Rexona vencem e mantêm ponta na Superliga
OMinasterminouna liderançaoprimeiroturnoda Superliga masculina, ao vencer aUlbra por3 a1, no sábado, emNovo Hamburgo (RS). O time mineiro tem nove vitórias,uma vitóriaa mais que o Banespa, que derrotou o Bento Gonçalves por 3 a 0, fora de casa. Na Superliga feminina, a liderança segue com o Rexona/Rio,quevenceu os novejogos disputados–no sábado, derrotouoMacaé por 3 a0. O Finasa/Osasco bateu o Brasil Telecom por 3 a 0 e está em segundo.
Celta,eoatacanteEuller,exSão Caetano. O CampeonatoMineiro começanodomingo,mas osdois favoritos só estréiam no dia 30.
O Atlético-PR, vice-campeão brasileiro, vai priorizar a Libertadores em detri-
mento doCampeonato Paranaense.O time estréia nesta quarta,diante doImpério do Futebol, time treinado pelo ex-goleiro Waldir Peres. O Paraná estréia contrao Roma,e oCoritiba, contra o Francisco Beltrão.
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Peterhansel conquista
Dacar pela segunda vez em quatro rodas
O francês StéphanePeterhansel conquistou ontem seu oitavo título no Rali Dacar, o segundo na categoriacarros– ele tem ainda seis títulos nasmotos.Foi também a quinta conquista consecutiva da Mitsubishi. Osbrasileiros Klever Kolberg e LourivalRoldan terminaram em 16º lugar. Nas motos, o vencedor foi outro francês, Cyril Després. Jean Azevedoficou em sétimo. Nos caminhões, orusso Firdaus Kabirov ficou com o título.
Romário garantiu a vitória do time carioca sobre os paulistas, no desafio de futsal, com um gol a 16 segundos do fim da partida
"Quandoeu nasci, Deus disse: 'Esse é o cara'." Romáriorepetiuontemessahistória, depois que provar que fazadiferença até mesmo empartidas amistosasefora deseu "ambiente de trabalho". O desafio de futebol deareiaentreSão Paulo e Rio, noGuarujá, estavaempatado em 4 a 4, quando, a dezesseis segundos do fim
do jogo, Romáriomarcou o gol da vitória dos cariocas. A atuação ocorreuna mesma semanaem queRomário se envolveu em polêmica com Pelé.O Reido Ftueboloelogiou,masdisse que ele,quecompleta39 anos no fim deste mês, deveria se aposentar. Romário,sem papas na língua, respondeu:"Pelé caladoé
umpoeta".O mal-entendido foi desfeito dias depois. Romário também aproveitou para desmentir boatosde quedefenderia oFlamengo,e não oVasco,com quem já entrou em acordo para jogar oCampeonato Carioca. Assegurou que se apresenta hojeà tarde no Vasco-Barra,o CTdoclube cruz-maltino.
Verão responde por 60% das vendas anuais de cerveja no Brasil. Indústria alimentícia reforça lançamentos.
André Alves e Dora Carvalho
Não e x i ste época mel hor parainvestir noBrasildo queoverão. Atéporque,na maior parte do País, o ano inteiro é de calor. Atentas às particularidades tropicais do mercadonacional, empresas dos mais diversos setoresaproveitama temporada desol paraapresentar lançamentose fidelizar clientes de todos os tipos. Na indústria alimentícia, sobretudo afabricantede sorvetes,a estaçãoésinônimo de novidades. O objetivo é incentivar ainda mais o consumo do produto, já que asvendasseconcentramem quase 70% nesse período. Consumo - O consumo percapitadesorvetes no Paísédemenosdetrêslitros anuais. Os altos investimentos em marketing nessa
época têm dupla função.O primeiro é aproveitar o "apetite" por artigos refrescantes. Osegundo éfomentar a culturade consumir sorvetes emoutrosmesesdo ano, aproveitandopara tornar oconsumidorfielàs marcas a partir de agora. Kibon - A Kibon é líder no mercado nacional de sorvetes. Detém70% do total devendas doprodutono segmento decasquinhae 54%naversãoempote,para ser levadaparacasa.Sóno anopassado, afabricante vendeuoequivalentea R$ 75 milhões na categoria. Para 2005, aempresa quer mais. E está reforçando suas estratégiasde marketing em vários períodos do ano para diminuir a sazonalidadedo segmento,segundo Marcos Freire, gerente de comunicação externada
Unilever, dona da marca Kibon."Estamos reforçando as características nutritivas do produto nas embalagens da linha Fruttare", afirma. Conquista - Mas overão ainda é o forteda marca. O maior lançamento é oCornetto Aphrodiziac, fortemente direcionado para o públicojovem, com uma campanha publicitária que abordatodos os passos da conquista. Nas versões Vai Rolar, Uh Ba by ! e Me DeiBem, a nova linha terá camp anhas em várias mídias e,no Carnaval, amarca patrocinará o trio elétrico do bloco Galo da Madrugada no Recife (PE), onde a empresa tem uma fábrica. A Nestlé também aproveita operíodo para lançamentosde novossorvetes. Ocarro-chefe dafabricante
nesteverão éo MegaExtra, nos sabores avelã e amoras. Sucos – Também não faltam novidades entre os fabricantes de bebidas geladas e gelatinas. A Kraft Foods lançou 14 produtos diferentes só paraeste período do ano,além de reposicionar algumasmarcas,com mudançasnofoco do público. A marca Maguary,porexemplo, também terá linha específica para o público infantil. No segmentodebebidasempó, hálançamentos dasmarcas Tange Clight.Novossabores de gelatina também foram lançados pela Kraft. Muitacerveja- A temporada de verãoé especialmente próspera para o segmentocervejeiro.Deacordo como SindicatoNacional da Cerveja(Sindcerv), aestação éresponsável por mais de 60%do volume de vendas do ano. Para o verão 2004/2005,espera-se um
crescimento devendas da ordem de 4,5% em comparação com a temporada 2003/2004. "A aparente melhoria da renda dos trabalhadorese ocrescimentoda economia ajudaram neste cenário. Em 2005 deverá haver maior estabilidade de custos e menor pressão sobre os preços", diz Marcos Mesquita, superintendente doSindcerv. Os fabricantesestão otimistas. A Germânia, comfábrica em Vinhedo, espera um aumento no volume de vendas de seu chopp da ordemde 5%nesteverão em relaçãoao períodoanterior. A empresa aumentaráem 20% suaprodução, comum acréscimo de 10% no número de funcionários. Schincariol - O grupo Schincariol, que tem 40% de suas vendas anuaisregistradas na estação mais quente do ano,vaipatrocinaros carnavaisdoRio de JaneiroeSalvador.Seunovo produto, acervejacom tequila NS2, estará presente
De olho nas gôndolas: hora de investir na exposição das marcas
Basta uma volta nos supermercados, farmácias e perfumarias para se impressionar com o grande número de lançamentos de linhas de cosméticos específicas para o verão. Os bronzeadores das marcas Sundown, da Johnson & Johnson, e os da Nívea vem tendo os maiores destaques nas prateleiras dos supermercados. O primeiro deles tem uma gôndola específica, feita em
Marcos Freire, da Unilever: plano é reforçar características nutritivas do sorvete para ampliar o consumo ao longo de todo o ano Maguary também atenderá público infantil. Kraft Foods lançou 14 itens para o verão
nasprincipaispraias dolitoral paulista com ações de degustação e patrocínio. AAmbev, donadasmarcas Brahma, Skol e Antarctica, tambémestará presente nasprincipaispraias do Paíscomaçõesde marketing. Já a cervejaria Baden Baden,deCamposdo Jordão, lançou aCelebration deVerão, sérielimitadade cervejastipoweiss com maltes de cevada e trigo.
bambu e materiais que remetem ao ambiente de praia para reforçar a exposição das loções bronzeadoras e dos protetores. A empresa também investiu em um novo segmento para aumentar as vendas das linhas de proteção solar. A Johnson & Jonhson lançou para este verão a linha Sundown Illumine para as peles morena e negra.
Já os da Nívea contam com o já famoso "toque de Midas" da super model Gisele Bündchen, que é a principal estrela das campanhas publicitárias da marca de cosméticos.
A preocupação com a boa aparência da pele do corpo, natural nessa época do ano, também motivou o laboratório franco-suíço
Galderma a lançar um produto específico para esta época do ano. A empresa está reforçando o apelo da marca com uma versão hidratante para o verão, já que, nesse período, a pele sofre mais com a ação do calor, água do mar e cloro da piscina. A empresa, a quinta maior do mundo no mercado de produtos dermatológicos, está na quarta posição no ranking mundial do grupo com a subsidiária brasileira, com um faturamento de cerca de R$ 70 milhões. Outro destaque dos supermercados é a linha Seda Verão. Para reforçar ainda mais as vendas da marca, a fabricante de cosméticos deve investir R$ 1,5 milhão no Festival de Verão de Salvador, na Bahia. (DC)
Cerca de 60% do faturamento da indústria têxtil nacional se concentra no segundo semestre. Chinelos representam 200 dos 500 milhões de pares de sapatos produzidos no Brasil.
Num país em que a estação de calor reina praticamente sozinha, ganha quem investe nafabricaçãodeprodutos paraasdemandasdo verão. Nas indústrias têxtil e calçadista, o que não falta são números que comprovema força dos meses que vão de outubro a abril.
Deacordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit),60% do faturamento do setoré geradono segundo semestre de cada ano,com as vendas para oclima quente. Já nosetorde calçados, de todos os 500 milhõesde pares produzidos anualmenteno Brasil,200 milhões equivalem a sandálias de dedo. Para representantes de ambos os setores, aapostanascoleções para os meses de calor é maior do que para o períodode inverno. Alémda maior diversidadede modelos, os custos de produção são menores.
Azaléia - O grupo Azaléia,umdoslíderesnoforne-
cimento decalçados femininos com 35% de participação no segmento de produtos premi um (com valor acima de R$ 29,90), apresentou nestaestação asandália Summer, da marca Dijean. Com plataformae solado
inspirados nos anos 70 - não apenas pela combinaçãode cores estampadas, mastambém pela forma dos desenhos-,a peça éum dos destaquesde vendas nas lojas. Segundo Paulo Santana, diretorde marketing dogrupo, os calçados femininos representam 38%do faturamento daempresa, percentual quedeve aumentar com a re c ém - l a n ça d a marca Funny,de calçados e acessórios para meninas pré-adolescentes.
Arezzo - Também aproveitando a moda que movimentou os anos 70, a Arezzo, de Anderson Birman, faturou com a venda de "sapatos sandálias", que lembram aquelas usadas por São Francisco. Pelo menos 30% do total de um milhão de pares comercializadosjuntoao varejoparaa estação do verão foram os modelos de calçadoscom bicos arredondados e tiras decouro."O sucessofoitão grande que resolvemos repetiradose paraoinverno, lançando modelos seme-
de serviços.
Por coincidir com o o períodonatalino,os recessosdefim de anoe as férias dejaneiro, o verão é o período mais lucrativo paraas operadorasde telefonia. Entreas empresas,a Vivo, de telefonia móvel, que para essa temporada está investindoR$ 10milhõesem patrocíniose açõesdemarketing, anualmente registra uma média de crescimento entre 10% e20% das ligaçõesna estação, além de um aumento de até30%nos serviçosdemensagens, jogos efotos através dos celulares."As pessoastêm maistempolivreemuitasestão deférias. Então,acabamexperimentando novos serviços", afirmaLuis Avelar,vice-presidenteexecutivodemarketinge inovação da Vivo.
O executivo acredita que os novos serviçosà disposiçãodo consumidor, comoo down-
load dofilme BobEsponja eo Vivo Encontro, vão estimular ainda mais o cliente a comprar eutilizarseus celulares.Paraa estaçãomais quentedo ano,a Vivo promoverá mais de 70 shows pelo Brasil,alémde blitz, arenas, lounges eações interativascom opúblico."As ações estratégicas, os patrocínios de shows e o marketing de relacionamento da empresa durante o verão brasileiro garantem a visibilidade da marca e permitem o estreitamento da comunicação com o cliente de forma espontânea", afirma. Claro- A Claro, operadora de telefonia celular com 12 milhõesdeclientes noBrasil,vai reforçar suas açõesdemarketing parao verão. Aestaçãoé vistacomo fundamental para os negócios daempresa. Além de patrocínios a eventos musicais e esportivos, a operadora
da estação quente têm design arrojado e inspiração nos anos 70
lhantes coloridos com as tonalidadesdaestação fria", afirma Birman. Democrata - A indústria de calçados masculinos Democrata lançou omodelo Walk para a temporada, um dos tops de venda da marca na estação. O modelo traz como característica o arrojo. David Gonçalves,gerente de marketing damarca, diz que 70% da produção é de modelagens originais.
Vestuário - O setor de vestuário aproveita o calor doverão 2004/2005 para colocar no mercadopeças combordados,apliques de tecidos, miçangas, lantejoulase todotipo detrabalho que remeta ao artesanato.
AEllusapresentouumalinha de blusasde festa que
mistura tecidos e transparências, remetendo ao romantismo deoutrostempos, mas com preços bastante atuais. Uma blusa pode custar até mais de R$ 200. Brazoo - Já a Brazoo, com lojas nos shoppings Frei Caneca e Anália Franco, traz umalinha temáticadeapliques de tecidos que estampam animais.Gatos, macacos e formigas alegram os modelosdealgodão, sempreproduzidos por costureiras e bordadeiras.
A grife Zoompinovou na criação de ummodelode blusa que se une à saia jeans comum zíper.As calçasda marcaseguem ricasemdetalhes,oque incluiosbadalados cristais Swarovski.O brilho, aliás, está em alta para todas as peças do vestuário à mostranas prateleiras das lojas nesta estação.
Para marcar presença junto ao público formador de opinião, a Havaianas aproveita a estação quente para promover o Espaço Havaianas, no shopping Iguatemi (SP). Trata-se de um ateliê de 140 metros quadrados em que o consumidor é orientado por estilistas a escolher a cor do solado e da tira de sua sandália, podendo incrementá-la com acessórios que vão de miçangas, massinhas, fuxicos a cristais Swarovski. O custo do produto, incluindo a montagem personalizada, é de R$ 65. O investimento no projeto foi de US$ 100 mil. Segundo Ricardo Palmari, diretor de marketing da marca, além da previsão de permanecer por dois meses no centro de compras, a idéia é levar o ateliê para outros locais. No espaço, a empresa vai mostrar ainda a trajetória internacional da marca por meio de dois telões, destacando desfiles e editoriais de moda do mundo inteiro. (JM)
vai colocar em prática o Projeto MaréClarobySiemens. Trata-sede umnaviocargueiro quevaiancoraralternadamente nas praias de Ilhabela, BaleiaeUbatuba,no litoral norte de São Paulo. Na embarcação, o público terá à disposição opções de lazer e entretenimento, como festas, restaurantes, bares,esportes radicais e diversões eletrônicas.
Intelig - A Intelig Telecom, que atua nos segmentos de telefoniafixaemóvel, garante que overão é umaépoca interessante para seus negócios, já quea estaçãoémarcadapor uma mudança importanteno comportamento dosconsumidores, que estão maisrelaxados e tranquilos durante as férias. Além disso, os clientes tendem a utilizar mais a telefonia móvel do que a fixa.
André Alves
Aeroporto de Cumbica, ponto de ligação da capital paulista com todo o mundo, completa 20 anos nesta semana. Páginas 2, 3 e 4
alto (à esq.), o Subaru verde de placa BSV-8890. Logo acima, ocupante do veículo CDZ-3682 da Prefeitura de Jaguariúna, chega com pacotes. No alto (à dir.) e no destaque, funcionário da Secretaria de Segurança entra no carro de placas BRZ-3682 e exibe arma no coldre. Ao lado, o Gol de placas BFG-3654. À direita, vista do Pátio do Colégio ocupado indevidamente por veículos, a maioria oficiais. Nenhum deles foi multado.
Cada vez mais, o local onde São Paulo nasceu é usado como estacionamento por carros, na sua maioria, oficiais. Essa atitude irrita pedestres e desafia as autoridades do trânsito a tomarem as providências necessárias: multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira.
OPátio doColégio, localonde a cidade SãoPaulonasceu pelas mãosdeJosé deAnchietae, hoje, um dos mais significativos logradouros públicos da capital, está sendo transformado em estacionamento privado. Impunemente, semnenhuma açãodasautoridades municipais. Na última sexta-feira, por volta do meio-dia, seis veículos estavam parados irregularmentejunto àentrada daIgreja BeatoPadreAnchieta.A maioria,carrosde órgãos públicos, entre eles o deplacasCDZ-3682,daPrefeitura doMunicípio deJagariúna. Provavelmente,fi-
cou estacionado no local enquanto seus ocupantes faziam compras, conforme observou a reportagem do Diário do Comércio. A ocupante do carro oficial chegou com um grande embrulho,guardou-o noportamalas e,em seguida,ela eo motorista partiram.
Um carro verde, de marca Subaru, com placas BSV8890, fica freqüentemente estacionado no Pátio do Colégio."Deve pertencer aalguémdotribunal(o1º Tribunal de Alçada Civil, localizado no entorno do Pátio). Quando há vagas ao lado da Secretariada Justiça (também localizadano entorno do Pátio) ele pára por lá", informa umsegurança que trabalha nas proximidades. Na última sexta-feira, o car-
ro se manteve no local durante todo o expediente.
Ainda por volta das 12h, estavam parados noPátio do Colégio um veículo da SecretariadaJuventude,Esporte eLazer (placa BFG3654) eoutro daSecretaria de Justiça do Estado (CMW0119). Ainda se mantinha estacionado nolocalum carro do Serviço Público Estadual de Tremembé (placa BFW-4431) e um outropertencente àSecretaria de Segurança Pública (DEZ-5264). Com placas BRZ-3682, outro carro da Secretaria de Segurança Pública estava estacionado no Pátio do Colégio. Seumotorista–provavelmente um policial civil – percebeu a presença da reportagem do DC e entrou
no veículo exibindo uma arma no coldre. Dá multa – Estacionar veículo sobrea calçada é uma infração grave segundo o artigo 181, inciso 8º, do Código de Trânsito Brasileira.Estão previstasduaspenalidades para essa infração: multa de 120 UFIRs (R$ 127,69) ea perdadecinco pontos na Carteira Nacional deHabilitação. O infrator ainda está sujeito à remoção do carrodolocal,o que vai implicar gastos com guincho(R$380). Seoproprietárionão forbuscarseu carro imediatamente após o guinchamento,terádepagar estadia de R$ 30/dia num dos pátios municipais. Os paulistanos conscientes dosignificado histórico do Pátio do Colégio espe-
ramqueesseespaçosejautilizadoparafinalidades específicas, todas ligadas à preservação da história da cidadeeaoexercício dacidadania. "Oscarrosdeveriam parar emestacionamentos adequados. Do jeitoque estão aqui,tiram ospedestres da calçada e estragam o piso",lamentouaauxiliar de enfermagem Angela Maria Rufino da Silva.
A dona-de-casa Dinorá deOliveiratambémconcorda:"Não está certo estacionarnoPátiodoColégio.Isso acaba com a beleza da praça eimpedeacirculação dos pedestres ". Ocupação em série – Não é apenas no Pátio do Colégio que tem sido invadido por quem se julga dono do
espaçopúblico. Nosúltimosanos,vendedores ambulantes,muitos delesilegais,vêmocupando espaços públicos como ruas, calçadas,e praças da cidade, impedindoo paulistanode circular tranqüilamente. O Diário do Comércio tem denunciadoessa situação já há algum tempo. Nas edições de 20 e 21 de abril de 2004, ojornal mostrouo estacionamentoirregular de veículosnas calçadasque contornam a Secretaria da Justiça e de Defesa da Cidadania, alémda ocupaçãoirregular desses espaços por ambulantes. Logo depois da publicaçãodessareportagem,oórgãoestadualcorrigiu essa falha e demarcou o estacionamentosomente nas ruas do entorno.
O ano de 2005começou bempara ocomércio,principalmente devido as promoções realizadas por muitas lojas. Deacordocomos dadosda AssociaçãoComercial de SãoPaulo (ACSP),a primeiraquinzena de janeiro registrou uma altamédianas vendasde 6,6%, se comparadas ao mesmo período de 2004. Asconsultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito(SCPC) –quemedeas vendas aprazo –cresceram 6,0%sobreo anopassado, enquanto as consultas ao Usecheque– relativasanegóciosa vista – aumentaram7,3%. "Ointensoesforço promocional vem permitindoao comérciomantero ritmo decrescimento", afirmouo presidentedaACSP, Guilherme Afif Domingos. Acomparação dejaneiro com oano de 2004 mostra queas vendas continuam boas. Mas o destaque fica para o comércio a vista. Segundo o economista do Instituto Gastão Vidigal, EmílioAlfieri,a médiadasvendas por crediário em 2004 foi de 6%, e o comércio a vista ficoucom 2,2%."Mudou o ritmodo comércio:o crescimentodousodo cheque, quevinhase mantendono patamar de 2%, subiu para 7%,istoé,as pessoasestão comprando coisas baratas".
Verão – ParaAlfieri,achegada do verão impulsionou esse movimento. "Roupas, biquinis, chinelos,cerveja e
Exportação de frutas fecha 2004 com recorde de US$ 370 mi
Apesar das perdas provocadas por problemas climáticos, a fruticultura brasileira fechou 2004 com um novo recorde: exportações de US$ 370 milhões, equivalentes a 850 mil toneladas. Isso significou um crescimento de 10% em valor e de 5% em volume em relação a 2003, de acordo com o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf).
A previsão da entidade e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é de que as vendas externas do segmento possam ter um aumento de 20% na quantidade embarcada em 2005, sobre 2004, caso não ocorram quebras causadas por intempéries.
Os prejuízos provocados pela seca e o excesso de chuvas às culturas de mamão no Espírito Santo e de uva, melão e manga no Nordeste foram compensados pelas exportações de maçãs. Em 2004, as vendas externas do produto renderam US$ 72,5 milhões, um acréscimo de 92% sobre os US$ 37,8 milhões de 2003, segundo o gerente técnico da Central de Serviços de Exportações do Ibraf, Maurício Sá Ferraz. Em volume, o aumento foi de 112%, com embarques de 153 mil toneladas, ante 76,4 mil do período anterior.
Frutas frescas – Com uma colheita anual de quase 38 milhões de toneladas, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas frescas, atrás da China e da Índia. Os principais destinos do produto brasileiro são os Países Baixos, Reino Unido, Argentina, Espanha, Estados Unidos,
tudoque forrelacionadoao calor está vendendo bastante. Mas são produtos de preço baixo", explicou o economista.
Em relação a dezembro, ambas as formas de consulta caíram. OSCPCficou com -24,2% e o Usecheque,39,0%. Osnúmeros, porém, não surpreendem, pois a quedapós-Natal semprefica em torno de 30%.
Futuro –Paraa próxima
quinzena, os especialistas não estão tão otimistas. Se o Comitê de Política Monetária (Copom)subirnovamente a taxa de juros (Selic), oaumentodeveráserrepassado ao consumidor, que irá frear futuras aquisições. "Se ocorrer novaalta, orepasse será inevitável, comreflexos não apenas sobre os custos docrediário,mas tambémsobre os prazos", afirmou o presidente da ACSP. Afif disse,ainda, que o crescimentodasvendasnão tem pressionadoa inflação.
"O que tem provocado a alta da inflação são os preços administrados, que continuamsubindo acimados demais.Isso provoca a transferênciade rendapara alguns setores beneficiados e para o próprio governo, cujareceita tributária também sobe", argumentou. Inadimplência –Em relação à inadimplência, os consumidorescontinuam tentandopagarsuascontas,entretanto, nãono mesmoritmo de dezembro. "No final do ano tem o 13º salário, que permite que as pessoas paguemas contassemsaírem do orçamento.Emjaneiro issoacaba,mas podemos notarque adisposição em sanar as dívidas permanece amesma",explicouoeconomista Alfieri.
Na primeira quinzena de janeiro, a ACSP recebeu 152.844 registros, 4,4% a maisque noano passado e menos 2,9% se comparado a dezembro de 2004. Os registros cancelados somaram 137.629,istoé, 19,6%amais queno mesmoperíodo de 2004 e 28,9% a menos que em dezembro último. "Oritmo voltou ao normal, com o número de novosregistros superandoo de cancelados, mas em um patamar melhorquenos anos anteriores",afirmou Alfieri. Apenas em dezembropassado,a quantidade decancelamentos superou a de recebimentos.
Fernanda Pressinott
Uruguai, Portugal, Emirados Árabes, Alemanha e Canadá. O Brasil quer ampliar as vendas para os países asiáticos. Em 2004, depois de 32 anos de negociação, o Japão abriu seu mercado à manga nacional. Embora as exportações brasileiras de frutas frescas tenham crescido mais de 200% nos últimos seis anos, a participação do País no mercado mundial é pequena. As vendas externas da fruticultura nacional correspondem a 1,6% em divisas e 2% em volume sobre as exportações mundiais do setor. O Brasil ocupa o 20º lugar entre os países exportadores, num mercado que movimenta cerca de US$ 21 bilhões/ano, representando um consumo de quase 40 milhões de toneladas. Hoje, o setor emprega mais de 5 milhões de pessoas e ocupa uma área de 3,4 milhões de hectares no território brasileiro. (AE)
Emprego e renda do trabalhador industrial ficaram estagnados em novembro. Resultado de 2004, no entanto, é positivo se comparado a período anterior.
Aacomodação da atividade industrial já se refletiu nomercado de trabalho,queregistrouestabilidade no número de contrataçõesem novembroante outubro(0,01%)e queda nafolha de pagamento(de 1%).Apesar das reduções dos dadosnamargem,o economista André Macedo, da Coordenação de Indústria doInstituto Brasileiro deGeografia eEstatística (IBGE), avaliaque osresultados são positivos e, assim como ocorreuna produção, a desaceleração no ritmo de crescimento não comprometeu os ganhos do empregoe dorendimentoindustrial em 2004. Macedo argumenta que os dados comparativos a 2003 foram "amplamente positivos", tanto no aumentodecontratações quanto na recuperaçãoda renda dos empregados.
No caso do emprego, ele avalia que o aumentode 4,2% ante novembro do ano anterior–a 13ªexpansão consecutiva nessa base de comparação – mostra continuidadeda reaçãodomercado de trabalho. O acumulado do ano, de janeiro a novembro, ficou em 1,7%.
Segundo ele, é "natural"
que o emprego acumule em 11mesesdo anopassado desempenho bem inferior aos 8,3%da produçãoindustrial noperíodo. "Parao trabalho, a magnitudeda variação é semprebem menor do que as registradas na produção", explica. De acordo com o economista, a estabilidade no emprego em novembro, ante outubro, pode estar vinculadaàacomodaçãoda indústria confirmada noperíodo. Entretanto, assim como na atividade produtiva, a perda de ritmo de crescimentonãocompromete o bom desempenho em 2004. Oargumento de Macedo é de queo crescimentodo empregoestá"bemdifundido setorialmente e nos locais pesquisados".
Setores com lentidão –Ele sublinha que os segmentos que ainda dependem da renda e do incremento domercado interno, como calçadosevestuário, estão mostrando maior lentidãona recuperação do emprego.Mas,comoaatividade nesses setores vem crescendo na margem, é provávelque o recente aumento da produção resulte em crescimentodo número de postos de trabalho nos próximos meses.
Jáaqueda de1%nafolha depagamento daindústria em novembro, a segunda consecutiva nessa base de comparação, "não compromete a trajetóriade recuperação da renda do trabalhador industrialem2004", avalia Macedo."Há acomodação eaté queda nafolha nosúltimos meses,maso patamar é bem superior ao do ano passado", explica. O economista destacaos resultadosda folhacomparativos a2003: aumento de 6,9% emnovembro ede 9% acumulado em 11 meses. Segundoele, essesresultados são positivos porque o aumentoda atividadeindustrial aolongo doano passado resultou em reposição salarial e, ainda, a inflação menor do que no ano anteriorfavoreceu osresultados da folha. Inflação – Macedo lembraqueoÍndicede Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA) – deflator utilizado para o cálculo do desempenho dafolha depagamentoindustrial – acumuloualta de 6,7% de janeiro a novembro de2004, variaçãomenor que os8,7%do mesmoperíodo de 2003. "Com a ajuda desses fatores, há uma recuperação clara da massade salários", diz. (AE)
O consumo industrial de eletricidade em São Paulo cresceu 8%em 2004sobre o ano anterior, ultrapassando pelaprimeiravez oconsumo verificado no período pré-apagão. Com 130 mil indústrias, 46% de toda a energia elétrica disponível no estado é usada pelo setor produtivo. Para o presidente da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o aumento refletiu o crescimento econômico. Mas, segundo ele, a indústria paulista ainda nãoacendeu osinal amarelosobreapossibilidade de um novo racionamento de energia. A Fiespfoiumadas primeirasentidades aalertaro Paíssobre osriscosde um apagão em 2001. Segundo Skaf,a entidadejáacendeu a luz vermelha, mas ela é contrao desperdíciode energia na indústria. Ontem demanhã, aentidade assinou um convênio
com a Eletrobrásdentro do ProgramaNacionaldaConservaçãode Energia Elétrica (Procel), para implementar medidas de uso eficiente eredução doconsumo de eletricidadenas indústrias do estado. O investimento será de R$1,56 milhão, dos quais R$ 1,1 milhão aportadopela Eletrobráse R$452 milpela Fiesp,para umperíodo de dois anos.
Metas –Segundo o presidenteda Eletrobrás,Silas Rondeau, a meta do programa é reduzir em até 30% o consumo de energia elétrica no setor, o que contribuiria paraa diminuiçãodoscustos e o aumento da competitividade daindústria."A perdaporineficiência (no uso da energia) representa a produçãode uma usina de Itaipú por ano no Brasil. A Eletrobrásse propõe a acompanhar aaplicação de métodos para evitar o desperdício", afirmou. AlémdeSãoPaulo, ou-
tros11estadostambémassinaram convênio com a Eletrobrás, no Procel, cujos custos totaissãodaordem de R$ 5 milhões. Segundo Rondeau, o Procel é voltado sobretudo para grandes e médias indústrias.
Durante os 24 meses de duração do acordo entre Fiesp e Eletrobrás, 130 mil indústrias do estado serão avaliadas por agentes treinadospela empresade energia para identificar se há e, nesse caso, como diminuir,odesperdícioemtodas as áreas das companhias. Opresidente da Eletrobrásainda lembrouquecada megawattdeenergia economizado custa um terço amenos do quea produção de um novo. De acordo com ele, a redução do consumo daindústria paulista pode representar 75% da produçãode umausinacomo a de Ilha Solteira.
Consumidor– Ainda durante a assinatura do convê-
nio entre Fiesp e Eletrobrás, Paulo Skaf anunciou que a redução de custos com energia deve ter reflexos nos preços dos produtos parao consumidorfinal enão em umaumento da margem de lucro para o setor industrial.
"Nãopodemos desperdiçareletricidade paranão termos problemasfuturos de abastecimento. A produçãode energiademanda grandes investimentos e obras que demoram para ficar prontas",comentou Skaf. "É importante aproveitaraomáximo acapacidade instalada."
O programa atingiráoito setores produtivos e prevê a formação deequipescompostas por 20 instrutores, 20 multiplicadores deinformaçãoe 60agentes aserem treinados.Aintençãoésempre aproveitar os recursos humanos dasprópriasindústrias que participam do programa. (Agências)
terça-feira, 18 de
de de informatização do processo administrativo tributárioda União(Decretonº 70.235/72), permitindoa prática de atos e termos processuais pormeios eletrônicos ouapresentadosem meio magnético ou equivalente. Permite,também,a unificação dos autos de infração em um único processo, quando a comprovação dos ilícitosdepender dosmesmos elementos probatórios. Porém, esse artigo introduziu também a parte negativa. Mediante alteração do art. 25 do Decreto nº 70.235/72 suprimiu-se orecurso aosConselhos deContribuintes para ashipóteses enumeradasna letra "A" do incisoI do art. 25 do estatutobásico, coma redaçãodadapeloart.10 sob comento. Dentre elas, processos relativos a penalidades por descumprimento de obrigaçõesacessórias,arestituição, a compensação, a exigência de crédito tributário devalorinferior aR$50 mil etc.Emtodasessashipóteses, o processo é submetido à instância única, a ser julgado por um órgão monocrático da Receita Federal, sem possibilidade de acesso ao colegiado, compostode representantes das partes litigantes. Ora,aexpressão"ampladefesa, com os meios e recursos a ela inerentes", contida no incisoLVdoart. 5ºdaCF,que cuida das garantias asseguradasaoslitigantesdeprocesso judicial ou administrativo, está aexigira manutenção de instânciarecursalemtodasas hipóteses. Olegislador constituinte não deixou nenhuma margem de manobra ao legislador ordinário,para flexibilizaro princípio incerto no citado inciso LV.
Os ataques aos Conselhos de Contribuintes, criados no governoGetúlio Vargas,pelo Decretonº 20.350/31,são freqüentes em razãodesua agilidade, rapidez, eficiência e imparcialidade. Parece verdadeiroo velhoditado: "É proibido darcerto". Os membros dos Conselhos têmuma vantagememrelação aos membros do Judiciário,porque sãoespecialistas quecuidamtão sódequestões tributárias e não estão sujeitos àrotatividadeque caracteriza os juízes de direito, os quais, são obrigados a se deslocar de um lugar para
outro, lidando com os mais variados assuntos, que são despejadosaos montesdiariamente. Já houve tentativa legislativadesubordinar os Conselhos deContribuintes àestruturadaSecretaria da Receita Federal. Fracassada essatentativa, oministroda Fazenda baixou a Portaria nº 110/95 delegandoao secretário daReceita Federala competência para exonerar e nomear os titulares e substitutos dos1º, 2ºe 3ºConselho de Contribuintes, que são órgãos do mesmo grau de hierarquia da Secretaria da Receita Federal. A chicana não deu certo emrazãodo vigoroso posicionamento da classejurídica, emsentidocontrário. Maisrecentemente, a Procuradoria-Geral da FazendaNacional editou o Parecer nº1.087/04 possibilitando apropositurade ação judicial contra decisões do Conselho, contrárias à Fazenda, ignorando os princípios da separação dos Poderes e da vinculação da Administração a seus próprios atos. Agora, surge esse entulho autoritário quefaz tabularasa aoprincípioconstitucionalda ampladefesacom os recursos aelas inerentes. Executivo e Legislativo revezam-se,periodicamente, na tarefa dedestruição doque existe de melhor em termos de administraçãoda justiça tributária.
VII -O art.11, mediantealteraçõesdosartigos 15e20 da Lei nº9.249/95elevoua basedecálculodoIRdaspessoas jurídicas eda CSLL de 32%para40% emrelaçãoàs seguintes atividades: prestação de serviços em geral, exceto ade serviçoshospitalares;intermediação denegócios; administração,locação ecessãode bensimóveis, móveis edireitos de qualquer natureza;eprestação cumulativa econtínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica,gestão de crédito, seleção de riscos, administraçãode contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo oudeprestaçãode serviços (factoring).
Mais uma vez, o setor de prestação de serviços foi escolhido para patrocinar o festivalde gastança governamental, contemplado que foi
1) O empregado que, por descuido no cumprimento das suas funções, causar dano à empresa poderá ter o valor equivalente ao prejuízo sofrido pelo empregador descontado dos seus salários?
A legislação trabalhista veda qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Na hipótese de dano causado pelo empregado, odesconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido previamente acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. Portanto, se o dano causado por empregado resultar da prática de ato doloso, ou seja, de ato praticado com o intuito deliberado de prejudicar o empregador, é lícito o desconto, ainda que não previsto contratualmente. No caso de dano decorrente de culpa do empregado, isto é, quando no exercício de suas funções, embora não tenha tido ele a intenção de praticá-lo, tenha agido com imprudência, negligência ou imperícia, o desconto ficará condicionado à existência de acordo firmado para este fim.
Assim, por ocasião da admissão do empregado, torna-se conveniente a inserção de cláusula no seu contrato de trabalho que permita esse tipo de desconto salarial.
Referida cláusula pode, por exemplo, ter a seguinte redação: “Além dos descontos previstos em Lei, reserva-se à empregadora o direito de descontar do empregado as importâncias correspondentes aos danos causados por ele” (Art. 462, caput e § 1º, da CLT)
2) Quais são os descontos que podem ser efetuados nos salários dos empregados por força de lei? Despesas com farmácia e supermercado podem ser descontadas?
A princípio, a legislação trabalhista veda qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quandoeste resultar de adiantamentos, dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Entre os descontos decorrentes de lei a serem efetuados nos salários dos empregados, os mais comuns são os relativos a
com brutal aumentode 25% de IR e da CSLL. E aqui é oportuno esclarecer o equívoco em que incorremalguns articulistas, no sentido de que esse aumento de32% para 40% aplica-se exclusivamentepara osoptantes do regime de lucro presumido. Não, aplica-se tambémparaahipótese de apuração do imposto pelo lucro real anual, quando o recolhimento mensal por estimativa deverálevar em conta a basedecálculode40%.Igualmente, oportuno lembrar que esse aumento só surtirá efeito a partir de 1º de janeiro de 2006,por forçadoparágrafo 2º do art. 62 da CF, acrescido pela EC nº 32/01.
VIII - O art. 12 criou mais umahipótesede IRPF,àalíquotade15%,porocasiãodo pagamento de benefícios ou resgate de valores acumulados, na forma do art. 1º da Lei nº 11.053/04, paraos participantes dos planos de benefícios de caráter previdenciário, estruturados nas modalidadesdecontribuição definida ou contribuição variável das entidades de previdência complementar,relativamente àqueles que não tenham optado pelo regime de tributação definitiva.
IX - O art. 13 prorroga até 31 de dezembro de 2006 as subvenções econômicas para co-
brir os déficits da Companhia deNavegaçãodoSãoFrancisco - Franave. Verifica-se que o dinheiro docontribuinte não serveapenas parasocorrer instituiçõesfinanceiras quebradas (Proer),mas parasubvencionar também empresas denavegação aéreaeagora, de navegação marítima.
X- Oart.15revogoudois benefícios tributários:
a) suspensão da exigibilidadedoPIS/Pasep importação eda Cofins importação previstanos artigos14,parágrafo 1º e 14-A da Leinº 10.865/04 (artigo5º daLei nº 10.996/04);
b)a exclusão dabasede cálculo do lucro real e da base decálculo daCofinsde pessoajurídica,da parcelacorrespondente à diferençaentre o valor de integralização de capital, resultante de incorporação do patrimônio de outra pessoa jurídica que efetuar asubscriçãoeintegralização, e ovalor dessa participação societária registrado na escrituraçãocontábil dessa mesma pessoa jurídica (art. 36 da Lei nº 10.637/02). Doconteúdo dos artigos 13 e15 verifica-se queo esperto legislador palaciano vestiu um santoe despiu dois.
XI - Finalmente, o art. 14 fixa avigência na datada publicação da MP produzindo
contribuição previdenciária, contribuição sindical e retenção de imposto de renda na fonte.
Podem ser descontados, ainda, os adiantamentos de salário concedidos ao empregado, observando-se, contudo, que, na hipótese de rescisão contratual, qualquer compensação no pagamento não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.
Não obstante o referido exposto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio do Enunciado nº 342, dispõe que: “Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médicohospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico”.
A Orientação Jurisprudencial nº 160 do TST determina que: “É inválida a presunção de vício de consentimento resultante do fato de ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão. É de se exigir demonstração concreta do vício de vontade”.
Com base no mencionado Enunciado nº 342, tanto a doutrina como a jurisprudência têm admitido a validade de outros descontos nos salários, desde que previamente autorizados pelos trabalhadores, como, por exemplo, pagamento de compras efetuadas em farmácias e supermercados que mantenham convênio com as empresas empregadoras etc. (Art. 462, caput, da CLT)
3) Havendo necessidade, pode a empresa transferir o empregado para a sua filial mesmo sem o consentimento deste?
O local da prestação de serviços é a condição essencial e, em geral, expressamente estabelecido no contrato individual de trabalho. Atentando-se ao princípio da inalterabilidade do contrato, proíbe-se ao empregador transferir o empregado,
Harada: "A MP 232/04 causa efeitos devastadores como os do tsunami que até hoje perduram."
efeitos nas seguintes datas:
(a) a tributação de variação cambial (art. 9º) e a elevação da base de cálculo da CSLL de 32% para 40% (art.11), a partir de 1º de abril de 2005.
(b) elevação da base de cálculo do imposto de renda das pessoasjurídicasde32%para 40% (art. 11), a partir de 1º de janeiro de 2006.
(c) retençãodo IRna fonte por ocasiãodepagamentos efetuadospelas pessoasjurídicas, nas hipóteses previstas nos artigos 6º e 7º, a partir de 1º de fevereiro de 2005.
(d) novo elencode prestadores de serviços sujeitos à retençãodoimpostonafonte (artigo 5º), a partir de 1º de fevereiro de 2005;
(e) elevação da alíquota do IRPFde1%para1,5%paradeterminados prestadores de serviços (art. 8º), a partir de 1º de fevereiro de 2005;
(f)osdemais dispositivos surtemefeitosapartir de1º de janeiro de 2005.
Conclusões - O pacote tributário ilegitimamente baixadopelo legisladorpalaciano,no apagar das luzes de2004, énebuloso eextremamente prolixoexigindo para sua interpretação o exame de inúmeras leis referidas que, por sua vez, fazem referência a inúmeras disposiçõesde outrasleis.É avelha técnica de camuflagem
dos aumentos tributários. Porém, é certo que a MP nº 232/04causa efeitosdevastadorescomo osdotsunami que atéhojeperduram. O combalido setor de prestaçãodeserviçofoinovamente tungado, desta vez, com monumental aumento de 25% emseus tributos. Majorações diretas e indiretas estão embutidas no tsunami tributário: a tributação da variação cambial; novas hipóteses de retenção na fonte; encurtamento do prazo de recolhimento do tributo retido. Acompetência dos Conselhos deContribuintes foi castradacomo queinvestindo na morosidade do Judiciário, onde o pequeno contribuinte nãoterá acesso em razão de custas, honorários,além dainexistênciade suspensão da exigibilidade docrédito tributário a não serna remota hipótese de uma liminar.
Kiyoshi Harada Especialista em Direito Tributário e em Ciência das Finanças. Professor de Direito Tributário, Administrativo e Financeiro. Conselheiro do Instituto dos Advogados de São Paulo. Presidente do Centro de Pesquisas e Estudos Jurídicos. Ex Procurador-chefe da Consultoria Jurídica do Município de São Paulo.
sem sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato.
Caracteriza-se transferência quando o deslocamento do empregado de um estabelecimento para outro implica mudança de domicílio.
A proibição de transferir o empregado não é uma regra absoluta, admitindo exceções. Assim, é lícito ao empregador efetuar a transferência quando se tratar de:
a) empregados que exerçam cargos de confiança; b) condição implícita ou explícita; c) transferência provisória; ou d) extinção do estabelecimento.
Os que exercem cargo de confiança, isto é, aqueles que exercem poder de mando amplamente, por meio de mandato expresso ou implícito, de modo que representem a empresa nos atos de sua administração, estão excluídos da proibição. Por serem pessoas de confiança do empregador, podem, a qualquer momento, ser removidos para lugares diversos do constante no contrato de trabalho, conforme conveniência da empresa. Verificada a condição de transferência, implícita ou explícita, não há como o empregado se recusar a acatar a decisão do empregador, pois aceitou a condição no momento da celebração do contrato. Embora a transferência seja condição do contrato de trabalho, sua efetivação depende da real necessidade do serviço.
O Enunciado TST nº 43 dispõe: “Presume-se abusiva a transferência de que trata o§1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço”.
(Arts. 468 e 469, in fine, da CLT)
Recado aos credores: redução da dívida em 66% e 42 anos para pagar. 'É pegar ou largar'.
Sem papas na língua, o Secretário deFinanças da Argentina, Guillermo Nielsen, declarouaoscredores italianos: "Épegaroulargar!". A oferta do governo detroca detítulos éamplamente criticada por associações decredores emtodo o mundo, já queimplicará na redução de até 66% do valor da dívida, que será paga em umprazo máximo de42 anos.O secretáriodefiniua proposta argentinacomo "feia", mas disse que é "a única possível". Os credores, liderados pelo presidente da Federconsumatori,RosarioTrefiletti, deixaramclaro queapropostaé "inaceitável".
Na sexta-feira, primeiro diadatroca detítulos,25% dos credores aderiramao ultimato. NaItália, existem 450 mil credores relutantes (a maioria, pequenos investidores eaposentados) donos detítulos argentinos, que possuemembônus o equivalente a 15% da dívida queestá sendoreestruturada. Após a tensa reunião comNielsen, Trefilettideclarou que"a Argentinadeveserexcluída dacomunidade financeira internacio-
nal porquecria um antecedente perigoso". Segundo ele, apropostaargentina é "indecente".
Trefiletti pediu queo governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconisejamais duro e que mude-se o nome da Piazza Argentina, no centroda capitalitaliana, para "Piazzadella Vergogna" (Praça da Vergonha).
Enquantoareuniãotranscorria, duas centenas de furiosos credores manifestavam-senafrente doParlamento italiano, para protestarcontraaproposta de reestruturação. O baixo númerodepessoasfoi interpretado em Buenos Aires como sinal de que a maioria dos italianos com títulos argentinos poderiam aceitar a troca de bônus.
EnquantoNielsenenfrentava-secom oscredoresromanos,o Secretário da Coordenação Técnica, Leonardo Madcur,estavanaAlemanha. Aliclassificou os resultados iniciaisde "positivos".Maso poderoso Commerzbank alemão comunicou que a adesão à troca de títulos não passaria de 50%dos credores, contrariando aexpectativa argentina que é de 80%. (AE)
AUnião Européia (UE) está considerando a proibição totaldesímbolos nazistas em seus 25 países membros. Oassuntovoltouà tona na Europa depois que o príncipe Harry, 20 anos, da GrãBretanha, apareceu usando uma suástica numa festa à fantasia, semana passada. O jornal britânico
The Sun informou ontem que o príncipe Charles ordenouqueseu filho façauma sériede trabalhos braçais emuma fazendapróximaa Highgrove, como forma de punição.
Uma fonte da realeza disseque,para Charles, "alguns dias tendo as mãos sujas" poderá ajudar Harry a focar sua mente. A polêmicalevantada pelopríncipe vem ganhando forçaa cada dia. Ontem, Franco Frattini, o comissáriode Justiçae Interior da UE, disse que estará abertoparadiscutira proibiçãodasuástica no
Desafios domésticos e internacionais podem comprometer nova fase
Ahistória da presidênciadosEUAensina duas coisas sobreosegundo mandato, queo presidenteGeorgeW. Bush iniciaráaomeio-dia destaquinta-feira: eleé, ao mesmo tempo, condição necessária paraadmissão dos ocupantes da Casa Branca na galeriados grandeslíderes americanos e fonte deenormes frustrações e desastres. De acordo com o historiador Lewis L.Gould, professor emérito da Universidade do Texas eautor do livro "The Modern American Presidency",nos últimos 100anos, "nãohouve um bom segundo mandato" presidencial. Para ficar ape-
nasnostrês presidentes mais recentes, Richard Nixon foiforçado arenunciar (Watergate), Ronald Reaganteveseu prestígioabalado (escândalo Irã-Contras) e Bill Clinton enfrentouum impeachmentpor causadeumnamoro(Monica Lewisky).
Bush começa um novo quadriêniocom umimportantíssimo dado a seu favor: é, juntocom Roosevelt,o único presidenteque inicia o segundo mandato com seu partido(Republicano) nocontrole dasduas casas do Congresso. No entanto, tem pela frente desafios domésticos e internacionais particularmente complicados, todos resultados de po-
Zhao Ziyang, o político reformista derrubado da liderança do Partido Comunista da China em 1989 por opor-se aos massacres da praça Tiananmen (Paz Celestial), morreu em um hospital na segunda-feira. Zhao tinha 85 anos e ficou em prisão domiciliar durante os
próximo dia 27, quando haverá uma reunião sobre a legislação européia. "Talvez a melhor saída seja analisarmos a possibilidade deumaproibiçãototal, umaproibição européia",disse FrisoRoscam Abbing, portavoz de Frattini. "O comissário Frattini concordacom o sentimento geral de improbidade no uso da suástica e de outros símbolos nazistas", complementou.
Na semana passada, deputados alemães de todas as tendênciasdo Parlamento Europeu defenderam a proibiçãototaldo usode símbolos do nazismo em todaaUE,assimcomojáacontecehoje naAlemanha.O eurodeputado socialista
Helmut Kuhne classificou o príncipe Harryde"idiota real" por nãoconhecer as conseqüênciase a história daSegundaGuerra Mundialligadasàsuásticanazista. (AE/Reuters)
Cerca de 12 mil pessoas fugiram aterrorizadas na madrugada de ontem de Concepción, no Chile, depois de um falso alerta de tsunami no povoado.
ServiçoTerceirizadodeCobrança Recupere seu Ativo
líticas que executouno primeiro mandato. Internamente,o acúmulodedéficits comerciaise fiscais recordesameaçam aestabilidadeda economiaamericana e mundial.
Nafrente externa,aguerrano Iraquevaide mal a pior. Com mais de 1.350 soldados americanos mortos desde a invasão, em março passado, e perto de 5 mil feridosgraves,Bushnãopode aumentaro contingenteno Iraque muito além do atual, de150milsoldados, sob o risco deperder oapoio político para manter o país envolvido numa missãoque a maioria considera hoje uma má idéia, com modestas chances de sucesso. (AE)
Exilados iraquianos se inscrevem para votação
O registro de iraquianos que vivem no exterior e querem votar nas eleições de 30 de janeiro começou ontem, em meio a rigorosas medidas de segurança, embora sem nenhum incidente, segundo fonte do organismo da ONU que coordena o processo. Além da Jordânia, onde vivem cerca de 200 mil iraquianos com direito a voto, o registro está sendo realizado de forma simultânea em dezenas de colégios eleitorais em outros 14 países do mundo e irá durar até o próximo dia 23.
"O processo está sendo realizado sem problemas até o momento", assegurou Monique de Groot, portavoz do escritório da Organização Internacional das Migrações (OIM). Um milhão e duzentas mil pessoas têm direito a se registrarem como eleitores nos seguintes países: EUA, Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Dinamarca, Alemanha, Jordânia, Irã, Holanda, Áustria, Síria, Emirados Árabes e Turquia.
Todos os cidadãos iraquianos maiores de 18 anos (nascidos antes de 31 de dezembro de 1986) podem votar nas eleições para a Assembléia Nacional (Parlamento), cujos membros deverão elaborar a Constituição iraquiana. Para participar do pleito, todos os iraquianos com direito a voto devem estar registrados. (AE)
últimos 15 anos. O exsecretário-geral do PC, acusado de dividir o partido por se opor à decisão de Deng Xiaoping de repreender os protestos estudantis, continuava a ser uma figura política de destaque e o governo chinês teme que sua morte detone manifestações. Bandeiras levantadas em Monumento
O americano Patrick Lawler, 23 anos, não percebeu quando disparou um injetor de pregos nele mesmo. A descoberta só aconteceu quando foi ao dentista se queixar de dores.
Agentes antidrogas do Paraguai prenderam três brasileiros com 103kg de cocaína. Um deles pode ser parceiro de Beira-Mar.
Osservatore Vaticano/Reuters
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, ordenou que as forças de segurança impeçam militantes de atacarem Israel.
Michael Schumacher, Rubens Barrichello e toda a equipe da Ferrari foram ontem receber a bênção do papa João Paulo II, no Vaticano.
A maior feira de eletrônicos do mundo mostrou as novidades que chegam às lojas neste ano e também que conteúdos de várias fontes como TV, vídeos, filmes e músicas poderão ser acessados a partir de aparelhos portáteis
Por Bárbara Oliveira
Videogames, música, filmes, vídeosetodooconteúdo doscomputadores numsó aparelho eletrônico quepodeser acessado com ousem fio de onde estivermos. Mais: telas cada vezmaiores e mais finas, DVDs com novas tecnologiasque aprimoramas imagens e que perderam tamanho,home theatersWiFi, câmeras fotográficas que enviam e-mailssem ouso defios, playersmusicais minúsculos e capazes de armazenar mais gigas, aparelhos que espalham o som pela casa toda.
Ou seja, a sala de estar digital, oentretenimentoe a mobilidade (de novo)deram otom daCES –Consumer Electronic Show 2005–, a maior mostra de produtos eletrônicos paraconsumo, realizada em Las Vegas. Foram cerca de 2.600 expositores que mostrarammilhares deequipamentos (dizem que foram 50 mil, mas quem consegue contar?)–muitosdelesquechegamàslojas americanase japonesas neste ano.
A Microsoft,a Intel,a Sony, só para citar três dos gigantes da tecnologia, destacaram o que vem por aí para divertir e facilitar a vida das pessoas dentro efora do ambiente doméstico. O CEO da Intel, CraigBarret lembrouqueosconsumidoresaoredordomundoestão cadavez mais familiarizados com osbenefíciosda web combinada com Wi-Fi e dacapacidade de acessar conteúdo digitala qualquer hora, em qualquer lugare em qualquer dispositivo,principalmente dentro de casa.
Segundo Barret, à medida quea tecnologia avançar e as redes wireless se disseminarem, aindústria de entretenimento responderá comdispositivos, capacidadesemaneirasnovas deoferecerdiversão. Para demonstrar seunovo softwareUmixIt, Barret chegou a cantar um trecho deumamúsica com oroqueiroSteven Tyler,doAerosmith. O UmixIt permiteque os usuários mais treinados, e com vocação paraa música, disponham de seusvocais e instrumentos sobreuma trilha selecionada usando um notebookou desktop. O software vemcomo bônus (noformatodeCDdeáudio) com onovo DVDdo Aerosmith "You Gotta Move".
tes, omaisimportanteéo conteúdo epor issoestá fechandoparcerias com a MTV e a TiVo (fabricante de gravadores digitaisde vídeo dos Estados Unidos) paralevarseusprodutos à sala de estar.
No acordo com a MTV, os usuáriospoderão teracesso a clipes nos dispositivos móveis que usamsoftware da Microsoft,assimcomoquem temumTiVo emcasa,poderágravar shows e transferilos para os computadores e aparelhos portáteis.
Nomesmotom,a Sony demonstrou um protótipo de umapequenatela de LCD que representa a fusão entre uma TV, vídeoe PC comacessoà webequepodeser levadodeumlado para o outro com os conteúdos que o usuário decidir colocar ali dentro.
Convergência – OCEOda Sony América, Howard Stringer, disse que os consumidores "devem marcar em seuscalendários que2005 será o ano em que a empresa vaicumprir oqueprometeu na área digital ecriaruma "fórmula" para mixar eletrônica, videogame, entretenimento, filmes, músicae outrosconteúdosemaparelhos convergentesequeseconectam com o mundo Wi-Fi.
A mesmaSonylançou uma série deprodutos na CES entre tevês de alta definição, DVDs, câmerase o PC Vaiotudo-em-um,com tela de alta resolução de 17 e 20 polegadas e que atende àqueles quequeremuma TV,DVD, gravador de ví-
A HP também está entrando no mundo do entretenimento epromete para abril revelardetalhesde uma platafoma paraauxiliarprovedores de conteúdo,como estúdiosdecinema eredes de televisão,a transferirseus arquivosparao formatodigital.Ainda este ano,afabricante deve lançar umatevê de17 polegadas eprojetores parahome theater.
O novo Vaio da Sony traz funções de TV, com controle remoto, teclado e mouse sem fio
A Pentax apresentou durante a CES uma câmera fotográfica digital de 5 MPixels (à esq.) à prova d'água
Para provar quenão dorme em serviço, Bill Gates anunciou durantea feira que a Microsoft deve ser um grande competidor no crescente mercado de filmes, imagens emúsica. ParaGa-
deo,som estéreo e um PC em um aparelho. A gigante japonesa anuncioutambém queemum anoterádisponível osprimeirosprodutoscomtecnologiaóptica dolaserazul (Blu-Ray),capaz de guardar até27 GB (cincovezes mais do que acapacidade dos DVD atuais, com 4,7 GB), possibilitando filmes de maior qualidade e games com gráficos dealtíssimas resoluções. Tanto a tecnologia Blu-Ray –apoiada pela Sony, HP e Dell– como a HD DVD (daToshiba, Nece Sanyo), que tambémusa laser deluzazulparalerarquivos em alta densidade, pretendem brigar pelonovopadrão deDVDno mercado ainda neste ano.
A CEO da HP, Carly Fiorina, informou ainda que os laboratórios da empresa estão trabalhando na criação deuma mesa de café comum visor de cristal líquidoqueexibeinformações sobre ruas, além de passatempos como quebra-cabeças e alguns jogos. Ima gens semfio e dentro d'água –Câmeras digitaisforam pródigas durante aCES 2005. Praticamentetodas as marcas de primeira linha mostraram seusnovos equipamentos. Osdestaquesforamparaa Kodak, quelançouaEasyShareOne queenvia fotospore-mail sema necessidade de fios (Wi-Fi), podendo ser usada em cybercafés, enquanto que aPentaxexibiuum equipamento resistente à água,aOptioWP, própria para quem gosta de mergulhar, surfar, navegar. EstaPentax de5Mpixels, que pesa 117granas, captura também vídeos em 30 quadros por segundo no formato JPEG e está protegidadaáguacom material emborrachado.
Mais novidades da CES e da MacWorld na próxima página
Aposta é de uma nova alta dos juros, de 0,5 ponto porcentual. Se confirmada, Selic passa a 18,25% ao ano.
Àvéspera demais uma reuniãodo
Comitê de Política Econômica (Copom), a primeira de 2005, a aposta, do mercadofinanceiro, dealguns economistas é deum novo aumentodos juros.Oconsenso éde 0,5ponto amais na taxa Selic.O que,seconfirmado,elevariaos jurosbásicos da economia para 18,25% aoano (atualmente está em 17,75%). A pesquisa feita pelo Banco Central com instituições financeiras, semanalmente também apontou uma nova alta. Outrosinaldequeos juros vão subir neste mês veio nasentrelinhas daentrevistado ministrodaFazenda, AntônioPalocci, dada no último domingo à rede de televisão Bandeirantes. Segundo Palocci, o Banco Central continua preocupado coma alta dainflação, preocupaçãoessa, de acordocom Palocci, expressa nas últimas atas do BC.
Apelo de Genoino – O fato de um novo aumento dos juros ser esperado por dez entre dez representantes do setor econômico, não livrou o governo dascríticas à política monetáriaadotada pelo Banco Central. Depois de acusar os empresários de fazerem lobby catastrófico em umaentrevistadada à última ediação da revista Veja, o presidentedo Banco
Central,Henrique Meirelles, recebeu críticas daFederaçãodas Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em relação aos elevados juros do País.
Osaltos jurosforamalvo também do presidente do PT, José Genoino, para quem amanutenção dastaxas em patamares tão elevados dificulta odebateem torno da autonomia do BancoCentral, alémde "criar umambiente desfavorável para a discussão", diz ele. O presidente do partido chegou a fazer ontem a apelar para asensibilidade políticadosdirigentesdainstituição."O BCtem deperce-
O presidente do PT, José Genoíno (foto), apela para a sensibilidade política dos dirigentes do Banco Central: "O BC tem de perceber que o aumento dos juros cria dificuldades".
ber essa questãoe reconhecerque oaumento(dos juros)cria dificuldades", disseGenoino, esquecendo-se que o objetivo do projeto deautonomia éblindálo contra pressões políticas. O presidente da Federação do Comérciodo Estado de SãoPaulo (FecomércioSP), Abram Szajman,tambémapostaemumaaltados juros, para18,25% ao ano. "Infelizmente, estamos observandoque o sistema financeiro deseja uma alta de jurosdenovo.EoComitêde Política Monetária (Copom) deve atendê-lo contra osetor produtivo",disse Szajman. (DC/AE)
As taxas de juros cobradas por bancos nas operações de empréstimo subiram no mês de janeiro, segundo levantamento feito pelo Procon-SP. A pesquisa, feita com com dez instituições financeiras no último dia 3, mostra que a taxa média do cheque especial chegou a 8,10% ao mês, equivalente a uma alta de 0,04 ponto porcentual na comparação com o mês de dezembro de 2004. A maior taxa cobrada no uso do cheque especial foi de 8,40% ao mês, cobrada pelos bancos Itaú e Real. Já a menor taxa foi encontrada na Caixa Econômica Federal, de 7,45% ao mês. Nas operações de empréstimo pessoal, a taxa média cobrada foi de 5,22% ao mês. O HSBC alterou de 5,08% para 5,10% ao mês. O Itaú e o Real elevaram a taxa para 5,70% ao mês. A Nossa Caixa foi a instituição que cobrou a menor taxa entre os bancos pesquisados, de 4,10% ao mês. Foram ouvidos os bancos HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco. (ABr)
O Santander Banespa lançouontem aPagPerto,rede de correspondentes bancáriosvoltadaparao consumidordas classesCe D.A PagPerto funcionará em supermercados, farmácias, balcões de lojas, além de estabelecimentos depequeno e médio portes. Nela, poderão ser feitos pagamentos diversos de contas, desde queestejam dentro doprazo devencimento. Anova redevisa atender aqueles consumidores sem conta em bancoe tambémos que não têmnenhum, ou têm pouco, re l a c i o n amento com as instituições financeiras.
Com um investimento de R$ 55 milhões previsto para 2005, banco quer levar rede até as regiões do Sul e Sudeste, onde tem força
Em um primeiro momento, aPagPertoestarárecebendo o pagamento de contas deágua,luz, telefone, além de boletos. Mas a idéia é ampliar o atendimento. "Em breve, outros serviços estarãoà disposiçãodapopulação, como opagamentodetributos,boletosvencidoserecarga decelulares pré-pagos", diz LuísRicardo Torniero, superintendente-adjunto deCorrespondentes Bancários Cash Management do Santander Banespa. Tornieroadiantaquetambém serão oferecidos, a partir de estudos regionalizados, produtos que atendam
anecessidadede cada comunidade. Entreelesestariam produtos de seguro, financiamento,títulos decapitalização e até mesmo abertura de conta corrente. Meta- Primeiramente a PagPerto funcionará na cidade de SãoPaulo.Ainda neste mêsde janeiro,no entanto, obancopretende levar arede apelomenos30 estabelecimentos comerciais instalados na Grande SãoPaulo eno Estado de Santa Catarina. A meta é ter, até o final do ano, 1.500 pontos espalhados pelos estados do Sul e Sudeste do País, segundo Torniero. O investimentona novarede em 2005deve chegar a R$ 55 milhões. A escolhadessas duasregiões,segundo oexecutivo, deve-se a dois fatores: o primeiro é a forte atuação do Santander Banespa nessas áreas;o segundo éporque grande parcela do Produto Interno Bruto (PIB) está concentrado nos estados localizados nessas regiões. "Isso, noentanto, não exclui asoutrasregiõesque reivindicarem o serviço", ressaltou Torniero. Para participar da rede PagPerto bastaentraremcontatocom o banco indo até àagência mais próxima.
Eduardo A. de Castro
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 17 de janeiro de 2005, naComarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:
Requerente: Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. - Requerido: Fernando Carlos Sevilha Mercado-ME - Rua Ministro
Apolônio Salles, 354 - 40ª Vara Cível
Requerente:Vicunha Têxtil S/A - Requerida: Deva Azul
Confecções Ltda.-MERua Maria Luiza Americano, 1.269 - 31ª Vara Cível
Requerente:Vicunha Têxtil S/A
- Requerido: RoviStarConfecções Ltda. - Rua Dr. Carlos Botelho, 52/58 - 24ª Vara Cível
Requerente:Vicunha Têxtil S/A
- Requerido: Fabiano Mini ShopLtda.-ME - Rua Miller, 610 - 13ª Vara Cível
Requerente:Vicunha Têxtil S/A
- Requerida: Neuza S.Pereira Roupas - Rua Padre Caldas Barbosa, 80 - 02ª Vara Cível
Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. - Requerido: Luiz Carlos Pereira de Souza Peças-MERua João Velho do Rego, 123 - 04ª Vara Cível
Requerente: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. - Requerido: TelemarTelefones e Elevadores Ltda. - Rua Coronel Antônio Marcelo, 265 - 21ª Vara Cível
Requerente: MAK Painéis Elé-
tricos Ltda. - Requerida: Empresa Paulista de Obras de Engenharia Ltda. - Rua Funchal, 2036º andar - 18ª Vara Cível
Requerente: MAK Painéis Elétricos Ltda. - Requerido: Pires do Prado Engenharia Ltda. - Rua Pássaros e Flores, 349 - 18ª Vara Cível
Requerente: Bandeirante Química Ltda. - Requerido:
SanfyrEssênciasBases& Contratos Ltda. - Rua do Oratório, 395 - 29ª Vara Cível
Requerente: Foseco Industrial e Comercial Ltda. - Requerida: Valcont Válvulas Conexões e Tubos Ltda.Av. Alcântara Machado, 94 - 30ª Vara Cível
Requerente:Pro-Bril Indústria e Comércio Ltda.- Requerida: Dakota Comercial Ltda.Rua Marcelo Muller, 25925ª VaraCível
Requerente: Primícia S/A Indústria e Comércio - Requerida: Fervathi Bijuterias e Cosméticos Ltda.- Av Yervant Kissajikian, 1.71917ª VaraCível Requerente: Basalto Pedreira e PavimentaçãoLtda.-Requerida: Construtora Varca Scatena Ltda. - Rua Fernão Dias,204/206-31ªVaraCível
Requerente: Green Line Sistemas de Saúde S/C Ltda. - Requerida: Chopp Escuro Bar e Restaurante Ltda. - Rua Marquês de Itú, 252 - 14ª Vara Cível Requerente: Green Line Sistema de Saúde S/C Ltda.Requerido: Grupo Transdore Expresso Ltda. - Rua Padre Anibal Difrancia,
As telas planas das TVs estão crescendo e os aparelhos de DVD, encolhendo; celulares e tocadores de MP3 ganham novas funções
As tevêsde tela plana ficaram enormes e chegaram às 102", oucercade2,6metros,como o modelo da Samsung, que também mostrou TVs de altadefinição (HDTV)de30" e um home theater com portaUSB paraconectarcâmeras de vídeo, MP3 players, câmeras digitais.
Enquanto astelas ficam cadavez maiorese podem serpenduradas naparede, osDVDsperdemtamanhoe ficamcompactos para ocupar menos espaço, o que não significaquepercam atributos. Uma curiosidade é o DVD da Samsung com duas gavetas para gravar diretamente de um disco para outro.
A BenQ Corp., de Taiwan, lançou novosmonitores LCD,um delesjá vemcom webcam, microfones e "braços" que podem segurar um espelho e uma lâmpada. Celulares e tocadores de MP3 – Os celulares também ganharam teclados embutidos enovos recursos. O VX8000daLGéumacombinação de câmera,modem DSL etocadordeMP3.As telas são dealta resolução e podem receber programaçãode tevê. Amesma LG destacou o seu centro de mídia portátil MF-HE700, com 20GB quetoca músicasem vários formatos e vídeos em MPEGe DivX,além desintonizar rádio.
O celular daSamsung p207 é o primeiro telefone com reconhecimento de voz domercado, oque permite que o usuário dite as mensagens que quer enviar. O telefone"reconhece"aspalavras e as transforma em texto.
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AGizmondo Europeexibiuum dispositivo móvel múltiplo para videogames, que toca MP3, tem capacidadepara filmes Mpeg4, tem câmeradigital econexão GPRS para serviçosde localização, além de envio de mensagens de texto –dotadode Windows CE, com tela coloridade 2,8" eum processador de 400 MHz. O
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produtojá estádisponível na Inglaterra e será lançado ainda neste trimestre nos Estados Unidos. Para os aventureiros e que vivem com as quatro rodas na estrada, o idealé um tudo-em-um da Jeep Electronics que juntou num só aparelho uma tevê de tela plana de 7polegadas,com DVD/CD, rádio AM/FM com um canal para o tempo, relógio analógico, compasso, termômetro,controle remotosemfio,eumrepelente de insetos sonoro.Tudo isso temumnome: JXDVDTV, queapesardotamanho do nomeocupa bempoucoespaço no veículo. Bárbara Oliveira
Sob a batuta de Steve Jobs, a empresa da maçã honrou a tradição esbanjando competência e criatividade, ofuscando o brilho da CES
SteveJobs, principal executivo da Apple, conseguiu roubar a cena na semana passada, durante a MacWorld, em São Francisco, enquanto o mundovoltava os olhos para umoutro eventode muito maior peso, a CES. Tudolevaacrerque,estrategicamente, algumas informações "vazaram", dando contaque o executivofaria grandes anúncios,entre eles, umcomputadorcom preçoabaixo de US$ 500 e umtocadordeMP3também de baixocusto.Deucerto. Boatos e especulações correram etodosesperaramansiosos os anúncios de Jobs.
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E nãodeuoutra: o lançamento do Mac mini foium sucesso,assimcomooplayer iPod Shuffle,do tamanhode um isqueiro.E paracoroar a festa, o clímax foi o anúncio dosótimosresultados obtidospelaempresano último trimestredoano,comumaumento na receita da ordem de 74%em comparação ao mesmo períododo exercício passado,alcançando acifra de US$3,5 bilhões.O principal responsável foi oiPod , sucesso de vendas no Natal. Conhecido por desenvolver designs diferenciados, motivo de orgulho dos macmaníacos, a Apple honrou a tradição. Onovocomputador é todo em aço escovado, noformato quadradode 16,5 x 16,5 cm,com 5 cm de altura. É um pouco mais largo que um CD e pesa 1,3 kg. O produtoestará avenda nos EUA a partir do dia 22, com preço de US$ 499 na versãocom chipG4 de1,25 GHze US$599 como G4de 1,42GHz.Os preçossãosomente daCPU,semmonitor, teclado ou mouse. Se eles são pequenos no tamanho, dentro esbanjam tecnologia.Alémdo chip G4,trazem umcombocom leitor de DVD e CD-RW. Para garantir aqualidade das imagens,ambososmodelos trazemuma placagráfica ATI Radeon 9200com 32 MB de memória. Paracomunicaçãocomperiféricos, osmodelos trazem uma portaFireWire(usada para transferir vídeos de filmadoras digitais) e duas USB2.0.Os novosMacmini vêm com 256MB de memória,disco de40GB, placade rede e modem de 56K. Compra por impulso – A estratégia deSteve Jobspara popularizar os micros Macintoshvaina esteiradosucessodos players iPod, que venderam mais de 4,5 milhões de unidadesno último trimestre,umaaltade 525% em relação aomesmo período do ano anterior. É alógica desupermercado: ocliente vaià loja comprar o toca MP3 e dá de cara comaquelacaixinhaquadra-
dinhareluzente,umgenuíno Macintosh que ele sempre quis comprar,mas achava muito caro. Com todo o marketing e assédio de promotores dentroda loja, vaiser difícil o cliente não sair com dois pacotes (um do iPod e outrodoMacmini),pelomenos é o que espera Jobs. Quanto ao novoiPod Shuffle, é outra grande promessa de vendas da empresa. Pesando apenas 22 gramas, o aparelho traz agora uma memória flash, ao invés de discorígido.O modelo com 512 MB custará US$ 99 e o de 1 GB, US$ 149 nos EUA. Eles seconectamamicros Mac ou PC, via porta USB, para a transferência das músicas,parecendo ummemory key pelo tamanho. Os 512 MB de memória da versãomais simplessãocapazesdeguardar até 120 músicas e o de 1 GB armazena até 240 arquivos. Um novo recursopermitequeo software iTunes,instalado no aparelho, selecione as músicas randomicamente, sempre mudando a ordem de execução.
OiPod Shuffletrazuma bateriacom autonomiapara até12horas.Nãohávisoreos comandossão simples,basicamente volume eplay. Ele pode vir penduradono pescoço, como um colar, ou preso no braço, para facilitara vida dos esportistasna hora dacorrida.A Appleoferece ainda três acessórios: um dockconnector (paraconexão rápida como micro),extensão de bateria para 20 horas e umadaptador de carro. Cada acessório custa US$ 29. Durantea suapalestra, Jobsfeztambémumbalanço do mercado damúsica para a Apple. A iTMSvendeu maisde 230milhões demúsicasatéagora.Nos15países onde está presente, o serviço representa 70% do mercado. Desde o feriadode Ação de Graça, a Apple vendeu mais de 1milhão demúsicas prépagas, os chamados giftcards.Oexecutivoanunciou ainda que a Motorola lançará novos telefones com o iTunes embutido este ano.
Aposta do mercado financeiro de novas altas dos juros da economia deixaram investidores longe do mercado. Bolsa caiu 1,64% e dólar fechou estável
Omercadode juros manteve ontemseu movimento de ajuste que vem caracterizando os negócios nos últimosdias. Desta vez, o pretextopara esse movimento foi o resultado da pesquisa Focus do Banco Centralmostrando uma elevação na projeção para o IPCA neste ano. Segundo analistas do mercado, nada que altere as perspectivas para a política monetária nos próximos meses."Omercado étomador de taxa e, por isso, qualquer coisafaz os DIssubirem", diz um operador. NapesquisaFocus,divulgada ontem, a projeção para o IPCA em 2005 subiu de 5,67%para 5,70%.Afastouse mais um pouco, portanto, da meta de 5,1%. E assustouporque reverteuatrajetória de queda da expectativa de inflação para o ano.
Ajuste – Mas paraoperadores esse aumento, na verdade,é frutodeum ajuste pontual. Como o IPCA na semana passadaveio mais salgadoque oprevisto,a projeção do índice para os meses de janeiroe fevereiro sobe. Como nãohouve correção nas projeções dos mesesseguintes, énaturalque a projeçãopara oano suba. Semque isso signifique,
exatamente, umamudança nas perspectivas para a inflação nesteano. "O IPCA subiu maisdoqueseesperava, mas não foi tão ruim, e nem muda ocenário para o ano", diz um operador. Como omercadoencerrou 2004 otimista,ainda há espaço para zeragem de posição. Assim, qualquer notícia desfavorável no campo de inflaçãopodeprovocar alta das taxas, especialmente das mais longas. Masno curto prazo o mercado mantém prêmios compatí-
veis com a idéia de uma alta de 0,5 ponto na reunião desta semana (nada de azarão em 0,25 ponto) e, para fevereiro, perto de 0,5 ponto.
O que deve determinar se o humor do mercado continuará comprometido é o comunicado a ser divulgado apósa reuniãodoCopom, que termina na quarta-feira.Seo comitêmantivero mesmotextodoscomunicadosanteriores, entãooânimo continuaránegativo até a ata doCopom. "O mercado sóvai melhorarquando
o Copom der algum sinal de que o aperto monetário está chegando aofim", acredita um profissional. Bolsa – A Bolsa operou semtendênciapelamanhãe em baixa à tarde, puxada principalmentepelos papéis do setor de telecomunicações. O Índice Bovespa encerrouopregão emquedade 1,64%, com 24.515 pontos, na mínima do dia. Nomês,a Bolsa acumula perdas de 6,42%.Em virtude do feriado em Nova York ontem,ogirodenegóciosna
Bovespa foi reduzido, o que acabou influenciando o comportamento do mercado depois do almoço. "Com volume financeiro pequeno, qualquer ordem maispesada influencia a bolsa",comentouum operador. Foi o que aconteceu comasaçõesdetelecomunicações, que foram oalvo principal dasordens de venda. ABovespamovimentou R$ 1,328 bilhão. Dessetotal,R$ 355,678 milhões corresponderam ao vencimento de opçõessobre ações. "Já era esperado um dia de fraca liquidez hoje por causado feriado em Nova York", lembrou um operador.
Volume baixo de negócios com o dólar não ampliou queda da moeda devido à ligeira recuperação do ativo no mercado externo
Procura– Do volume total das operações exercidas novencimento, R$ 328,027 milhões representaramopçõesdecompra eR$27,651 milhões, opções de venda. CompradeTelemarPNaR$ 38,00 liderou os vencimentos,comR$ 89,69 milhões, seguida por Telemar ON a R$ 42,00 (R$ 65,73 milhões), Telemar ON aR$ 38,00 (R$ 59,47 milhões),Telemar PN a R$ 40,00(R$ 35,65milhões) e Petrobras PN a R$ 92,00 (R$ 15,42 milhões).
O setor de telecomunicações vive momento confuso pelo fato de as fixas e celulares estarem em negociação para os preços das tarifas de interconexão das ligações fixo-móvel. As duas pontas têmdechegaraumentendimentonuma negociação que começouem junho.O acordo temde sair atéo iníciodefevereiro quando ocorrerá o reajuste paraas celularese metadedareceita dascompanhiasmóveis vem desse tráfego. Dólar– O dólar comercial fechou estável, a R$ 2,702.O giro total à vista di minu iu 40%, para cerca de US$ 830 milhões. A Bolsa de Mercadorias & Futuros registrou o menor volume financeiro do ano com dólar futuro, de US$ 1,49 bilhão, em 29.488 operações. Aligeira recuperação do dólar ante o euro,iene e outrasmoedasealgumascompras pelo Banco do Brasil deram suporte ao pronto em meio ao fraco volume de negócios,disseram operadores consultados. O Banco Central não atuou ontem no mercado devido ao esvaziamentodomercado,porconta do feriado nos EUA.(AE)
A empresa Katalogo é especializada em procurar, no Brasil e no exterior, programas de computador com as mesmas funções dos pacotes de grife, mas que custam uma fração de seus preços
Por Rachel Melamet
Comprar um bom programa de computador é uma tarefasemelhante a adquirir um medicamento. A aparência da embalagem e a grife, que podem triplicarocusto, costumam ser levadas muitoemcontapeloconsumidor, mas o que importa mesmo é o "princípio ativo" doremédio, porque é ele que vai proporcionar a cura da doença.
Nocasodosoftware,oque o usuário realmente deve levar em contaé a capacidade do programa para executar as funçõesa que sedestina e a relação custo-benefício. Ou seja, qualidade e menor preçosão mais importantes do queuma caixinhabonita e uma marca conhecida.
Foi com base nesse princípio, já adotado pela indústria farmacêutica brasileira, que a empresa Katalogo Softwares resolveu sair a campo egarimparprogramasjáconsagradosporconsumidores locais, devido à boa qualidade, similaridade operacional com os softwares maisconhecidos –oferecidos pelascompanhias "blockbusters" que dominam o mercado mundial– mas cujos fabricantes não gastam fortunasem marketing e publicidade, preferindo repassar essa economia ao usuário final. O resultado é surpreendente.A Katalogo,hácinco
anos no mercado nacional, tem hoje uma carteira de 1.500 clientes, sendo 95% empresas privadas e órgãos governamentais e5% pessoasfísicas–que têmà disposição mais de 300 programasde eficáciacomprovada em seus segmentos, com preços que são entre 20% e 66%maisbaratosqueosdos líderes do setor.
"Hoje em dia, o usuário final, especialmente o corporativo, que dá valor a seu dinheiro já tem soluções genéricasdesoftwaretão boas quanto osgrandes best-sellers domercado,mas com preçosecondiçõesextremamente maisinteressantes", afirma Leandro Barros,diretordeVendaseMarketing da Katalogo Software. Da Índia à Finlândia –Paraconcretizar seuprojeto devender apreços mais em conta, a Katalogo optou por fechar parcerias com os fabricantes, sendo ela mesma o canal de distribuição e vendas, evitando desta formaque apresença do distribuidor venha a encarecer o produto.
Segundo LeandroBarros, aKatalogo temhoje 40 fabricantes parceiros, das mais variadas partes do mundo, doBrasil àÍndia, passandopela Finlândia, Alemanha, Tailândia, Canadá e Estados Unidos. Depois de "descobertos" e testados pelostécnicosda empresa, ossoftwares "ge-
A Katalogo está colocandonomercado brasileiro o programaXaraX¹,umpacote gráfico avançado para Windows destinado à criaçãodeilustraçõesatravésde sofisticadas ferramentas de desenho.ConhecidanoBrasil desde os anos90 e muito utilizada por webdesigners, a família Xara voltou à cena em 2004,depois que a empresa que a desenvolveu foi vendida pela Corel e voltoua ganhar independência.OXaraX¹ éoproduto mais recente da nova fase. "OXaraX¹permite que qualquer pessoa possa produzir uma imagem vetorial ou bitmap com qualidade profissional, em poucos
minutos", afirma Rogério MunhozCamarani, especialista em Produtos da Katalogo. "As principais característicasdo Xara são a facilidade de uso e a velocidadenacriação deimagens, que chega a ser duas vezes maior que a dos similares", explica. O programa exporta imagens para o formato Flash e temfunçõesintegradas ao Macromedia Dreamweaver. As ferramentas de desenho possuem uma série de recursosavançados, como o anti-aliasingem tempo real (que suaviza as bordasdeuma imagemsem deixar serrilhados),efeitos de transparênciaepaleta decoresque permite adicionar tons tanto em imagens vetoriais quanto bitmaps. O XaraX¹ tem suporte completo e integrado com a ferramenta Xara Picture Editor, software para edição de fotografias. Opreço é de R$1.059 (CDROM)e R$ 1.109 (caixa que inclui os manuais impressos). Parasaber qualo revendedor mais próximo,consulte a Katalogo. (RM)
néricos" passam a integrar o portfólio oferecido pela Katalogo eestão disponíveis para os clientes. Online e on demand –Apósavaliarosprodutosna "vitrine" virtual (a Katalogo não faz vendas pela internet), os interessados podem preencher umformulário para solicitaroorçamento ou entrar em contato por telefone. Com sedeem São Paulo, Capital, a Katalogo tem filial no Rio de Janeiro e representantes emBrasília (DF) e Paraná, além de uma base operacional em Miami,Flórida(EUA). Aempresa não fazestoque nem divulgapreços, porqueeles são dolarizados e a cotação muda diariamente.
Mas,comosaber se um software "genérico" fará o mesmo efeito queo programade grife?Seráque aeconomia valerá a pena?
"Quando uma empresa procura um software, precisa pensar em duas frentes: a economia,decisãoqueficaa cargodofuncionário que efetuaráacompra,eausabilidade,que afetarátodosos demais trabalhadores. Este costuma ser o maior problema,a resistênciadofuncionário às mudanças", observa Leandro Barros. Por isso, a Katalogo busca "genéricos" queoperemde formao maissimilarpossível ao concorrente mais conhecido, e seus técnicos estão habilitados a fornecer todo o suporte necessário.
Um bom exemplo é o MasterZip, software para compactação e descompactação dearquivos. Elefuncionada mesma forma que o mais conhecido compactador do
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faz sucesso na área de design
"Se o software puder ser baixado viaweb, o download é imediato após a compra. Mas se for uma solução 'na caixa', ou seja, 'on demand', existe um tempo de espera para que o processo de importação seja efetivado. No caso de empresas, àsvezes sãomilhares de cópias de um mesmo programa, isso leva um tempo", diz Barros.
mercado,oWinZip,mascustaum terçomenos."Embora o WinZipseja umprograma de baixocusto unitário,o preço acaba pesandopara grandes redes corporativas", diz o diretor da Katalogo. Outrogenéricoque vem ganhando fama eadeptos nas empresas é o antivírus AVG, da fin land esa Grisoft, que játem até versão em português e ficou conhecido por sua versão gratuita emuito eficaz para usuários domésticos. Sem grandes alardes de marketing,o InteliCADvai conquistando o mercado de grandes aplicativos para ComputerAided Design, dominado pelo AutoCAD,
que se tornou sinônimo da ferramenta mas cujo preço assustaosprofissionais de engenharia, arquiteturae decoração que dependem dele para seus projetos. "É um excelente programa,compreço paralá de c o m p et i t ivo", dizBarros.O mesmo valepara a duplaActive Reports e Report Builder, soluções c om p le ta s para o desenvolvimento e geração de relatórios. Na área de design, uma ferramentaquevem despertandointeresseé o Smartdraw. Ele tem o que o usuário maisprecisapara criação de gráficos, mas deixou de lado os acessórios e, assim,seupreço ébemme-
Manutenção e atualização de antivírus, configuração de rede e internet, instalação de memórias e configuração de periféricos. Se o seu problema é esse? Nós somos a solução R. Sta Efigênia, 614
nor que o do pacote mais conhecido do segmento. A recém lançada versão 7.0 do Acrobat, a ferramenta de criação e edição de arquivos PDF da Adobe, já tem concorrentes genéricos, sem tantasofisticação mas que resolvem o problema:ActivePDFeJawsPDF.Paraageraçãode CDs,a opçãogenérica é o PowerDVD. De acordo com o diretor daKatalogo, programassimilaresnão sãonecessariamentesimplificações. "Administradores de grandes redespodemse beneficiar, porexemplo, desoluções genéricas sofisticadas para gerenciamento deservidores,atravésdoDameWare,e para criação de máquinas virtuais, com o premiado VMWare", conclui. (RM)
SERVIÇO Mais informações no site www.katalogo.com.br ou pelo televendas 0800 772 9897
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Faz tempo que nenhum lançamento causa frisson no mercado. E parece que ainda vai demorar para isso acontecer
Olançamento de novos processadores para PC definitivamente perdeu fôlego. Parece que por enquanto atingiu o topo de evoluçãocom atecnologiadisponível no momento. Oúltimolançamento que mexeu com o mercado foi o Pentium 4 da Intel e equivalentes da AMDe outros fabricantes, mas isso foi há quasecinco anos.Quem espera por um suposto Pentium 5 –ou seja lá que nome tiver apróximageraçãode processadores–, terá que entrar em compasso deespera por tempo indeterminado. Da mesma forma, quem estánaesperança de ver um novo sistema operacional aparecer no mercado, é bom esperar sentado em frenteaomicroe navegarnainternet paranão ficar a ver navios.
A erado romantismotecnológicopareceterchegado ao fim,oupelo menosestá adormecida. Foi-se o tempo em que o próximo processadorouWindowseramesperados com ansiedade pelo mercado. Eram tempos de grandes expectativas, o mundodatecnologia estava em ebulição e parecia que tinhafôlego indefinido para lançamentos cada vez mais fantásticos.
Retornando 25 anos no tempo, lembro quando vi o primeirocomputador pessoal na vitrine. Foi em Londres. Nessa época eu mora-
va na Inglaterra. À primeira vista eu não entendi direitooque eraaquilo,pois parecia mais uma calculadora grande e confesso que nãoviamuitautilidade.Fui meinformar enão deuoutra: saí da loja com umem baixo do braço. Foram dias de exploração da nova máquina, que funcionava com uma linguagem de programação chamadaBasic. Omonitor era uma TV de 14" branco e preto e para guardar os dados utilizava-se um gravador defita cassete.Eraomáximo. De voltaao Brasil comprei um TK85, que funcionava da mesma maneira. Umamigo meucomprou umPC IBM,com incríveis 640Kbde memória RAM, disco rígidoque considerávamosdefinitivo,poistinha 5Mb de memória, tudo pelo total de sete mil dólares. Funcionava como sistema operacional MD-DOS, que teve inúmerasversõesaté ser aposentado noinício da década de 90. Praticamente acada ano havia uma evolução de tirar o fôlego e que consumia diase mesesnoaprendizadoeexploraçãodanovamáquinaou sistemaoperacional. Cadalançamentoera precedidodemuita ansiedade e, quando finalmente iaparaomercado,nãohavia sossego enquanto a novidade nãofosse adquirida.Tudo a um preço exorbitante, mas valia a pena.
Navegação nos sites "especializados" em fazer os funcionários gastarem horas sem fazer nada pode ser bloqueada com o software Websense Enterprise
Aconteceo tempotodo, maspioranaépocadasfestas defim deanoeférias deverão, quandoa cargade tarefasdiminui. Osfuncionários quenãoconseguemmarcaro descanso anual para o mesmoperíodoemqueamaioria dosamigoseparentesestána praiaficammaispropensosa "enrolar" no trabalho, e o acesso à internet tem se revelado a válvula de escape preferida nos escritórios.
De acordocom dadosdivulgados pela Websense, empresaespecializada em
soluções degerenciamento de usodainternet em ambientes corporativos, o mau uso da web no trabalho custa anualmenteàsempresas detodoo mundomaisde US$ 85 bilhõesem perda de produtividade. Segundo ela, um terço do tempo gasto online no trabalho não está relacionado ao trabalho em si, mas aosinteresses pessoais dos funcionários. Pensando nisso, a empresa desenvolveuo Websense Enterprise,umprogramaquepermiteque asor-
Lembrotambém que a Seagate lançou,em 1993ou 1994–não recordodireito–, um HD com530Mb de memóriaeque era umverdadeiro absurdoem temosde armazenamento de dados. Não tive dúvidas: comprei assim que saiu,por 550 dólares. Só para efeito de comparação, hojetenho umHD externo de120Gbquetem mais de 200vezesdaquela capacidade e paguei 750 reais há seis meses. No final dadécada de 1980entravaemcenaoWin-
ganizações estabeleçam regras paraque seus funcionários possam acessarsites deentretenimento por períodos curtos, ao longo do dia, permitindo o gerenciamento –e nãoo banimento definitivo, que geraria descontentamento– dos sites de entretenimento.
Os dez mais – A Websense tambémpesquisou os sites mais acessadosporfuncionários entediados e usam a web para matar otempo. Além das tradicionais salas debate-papoe dosprogramasdechat, comoICQe Messenger,existemwebsites comhumor, jogos,romance, música, esportes e entretenimento, acessíveis apartir de links em um só lugar.
O campeão de acessos é o Ishouldbeworking.com, cujo lema é "Vagabundos, sejambem-vindos!". Pela ordem, segue-se Corporatedump.com - "A arte de desperdiçar dinheiro da empresa"; Wasteoftime.com - "Porque produtividade é um saco";Officediversions.com -"Centro deestudosdareduçãodaprodutivi-
dows 3.0, cheio de problemas,mas mesmo assimrevolucionário.Foi substituídopela versão3.1 noinício da década de 1990, mas que ainda necessitava do MSDOSpara funcionar. Em 1995,a primeiragrande revolução: o Windows 95 estréia no mercado com muita badalação. Paralelamente osprocessadores vãoevoluindo de maneiraacelerada. Vou começar pelo ano de 1978, época em que os computadores pessoais apareceram no mercado, e
dade";Bored.com -"Para aqueles 15 minutosdedescanso no escritório"; Gotboredom.com -"…conhecido porcurarcasoslevesegraves de tédio"; Procrastination.com-"Aquiaprotelação éumaboacoisa"; Slackersguild.com-"Oquevocêquer fazermal-feitohoje?";Officeboredom.com-"Jogosonline para os estressados crônicos";eBoredatwork.com-"O trabalhoé oflagelo dasclasses bebedoras". "Botão de pânico"– Estes sitesexibemumaenormecoleçãode links, charadas, idéiasparapregar peças,citações,quadrosde mensagens, emuitos contam com "botõesde pânico"–atalhos queexibemumaplanilhafalsa ou uma página de pesquisa previamente programada, caso o chefe apareça. "Ésaudável descansardo trabalho,ao longodajornada,em doses gerenciadas. Mas os empregadores esperam quesuas equipes não estejamgastando horase horas em sites que reduzem suaprodutividade",dizLeo J. Cole,vice-presidente de
utilizaraIntelcomo referência. Veja a tabela. O que veio depois de 2001 foisomenteincremento do clock, sem grande evolução do processador propriamente dito. Paralelamente atudo isso o Macintosh da Apple resistiu e conquistou seu nicho demercado.DepoisdoWindows 95 vem o 98, que melhorabastanteaversãoanterior, mas tem que ser substituído peloWindows98Segunda Edição para matar os problemasdaprimeira.Sur-
geoWindows2000,queédirigido para o mercado corporativo. Mais algunspoucos anos e surge o Windows XP,que maisuma vezrevoluciona os sistemasoperacionais. O próximo ainda é um mistério e deve demorar ainda alguns anos. Os lançamentos atuais ficam porcontade periféricos,tocadoresdeMP3dotamanho deembalagem de chicletes,jaquetas que tocammúsica, celulares que, pasmem, também transmitemvoz, telefones residenciais com vídeo, câmeras digitais para todos os gostos e redes sem fio.
Microcomputador inovador, por ironia do destino, ficou porcontadaApple:aempresadeSteveJobs lançouna semanapassada um computador compacto que jáinclui DVD,por 499 dólares, chamado de Mac mini. Eleé destinado aos usuários de PC que querem um segundocomputador em casa. Comdimensões bem reduzidas, mede 16 cmdecomprimento por5 cm de altura e pode compartilharteclado, mouse e monitor com o PC convencional eaté serutilizado simultaneamente, pois basta virar uma chave para que o usuário escolha qual micro quer utilizar. Foi apenas maisum lançamento. Sem o charme que chacoalhava o mercado há até bem pouco tempo. gojunior@3dmix.com.br
as
marketing da Websense. Controleflexível – O softwaredefiltragem web customizáveleflexível da Websense oferece várias opções degerenciamentodo acessoàinternet,alémdosrecursos básicosde "bloquear" ou "liberar", comunsa todos os produtos de filtragem. As opçõesde controleincluem cotas detempo,nas quais asorganizaçõesestabelecemlimitesdiários de acesso a sites não relacionados ao trabalho.
O programa notifica o usuárioqualasuacotadiária de tempoparaatividades pessoais onlinee, cadavez que eleacessaumdomínio considerado "fora do trabalho", é alertado sobre quanto tempo tem disponível.
"Dedo-duro" – O WebsenseEnterpriseainda permite a filtragem por hora do dia, ondecertostipos desitepodemestar disponíveisantes e depois do horário de trabalho ou no almoço.
Há também a opção "continuar", que informa ao usuário que o site é considerado não relacionado ao trabalho,permitindoem seguida o acesso masnotificando que ofato será infor-
madoaoadministrador da rede. Cada pedidode acesso é verificado junto ao banco de dados Websense URL, que atualmente contém maisde oito milhõesde sites.Só nacategoria de"Entretenimento", háhoje mais de 500 mil URLs. O Websense Enterprise possibilitaqueaempresaimplantepolíticas decontrole nogateway dainternet,na rede e no desktop, o que aumenta asegurança do sistemaem relaçãoàentradade vírus, spywares e outras pragasvirtuaiscontidasemsites e programas de chat. Apontadapelo IDC como líder mundialemsoluções de filtragemweb em 2004 e uma das25 empresasde tecnologia que mais crescem no mundoaWebsensefoi fundada em1994, temsedeem San Diego,Califórnia, EUA, e escritórios na China, Japão, Austráliae Europa. Atende mais de 23.600 clientes no mundo, oque representa o controle de18,5milhões de estações de trabalho. Rachel Melamet
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Foi o Diário do Comércio o primeiro jornal a denunciar o impostismo como forma de sacar do bolso dos habitantes do país, ricos, remediados e pobres,asreceitas com que preenchemos rombosdados pelas másadministraçõese pela corrupção que campeia desenfreada, novasto amparo fiscal doBrasil. O arranco do Diário doComércio repercutiu ehoje estão acorrilhadosao mesmomovimentotodososórgãos decomunicação dopaís. Umavitória pelaqualrendemos graças aos nossos colegas.
O último a entrar na arenalinguagem zoológica,já que tratamos de leões e outros bichos, falemos nos sucessivos comentários que fazemos sobre otributarismo como sistemaqueengorda oscofres do Estadoe empobrecea nação, freando o desenvolvimento, por falta de verbas no setor privado, para manter a escalada capitalista que consiste em acumular e reempregar em bens decapital para produzir mais, e mais ganhar com repercussão no mercado e nos lares.
Numerosos estudosjáforam feitos nomundo, sobretudo no mundo mais do que no Brasil, sobre a nocividade do tributarismo exagerado
como o que prevalece no Brasil. Economistaslaureados com o Prêmio Nobel já saíram apúblico parademonstrar, comestatísticase fatos nas mãos e nos comentários, para invectivarotributarismo como uma peça desastrosa daestruturado governo, parao desenvolvimento de quetanto carece anação. O governo éempedrado. Não cede.Quer mais dequem nem pode pensar em pagar, por falta de meios. Agora entrou um partido na luta.Esperemosque entrem outros, ficando de fora o PT, por ser petista a administração, com o presidente diante de todos, por sua liderança de há muito estabelecida, repetimos, enquanto perdurar aidéia ea açãona caudada idéiadeque otributarismo é necessário para tapar os buracos da administração, não haverádesenvolvimento que nos eleveentre as nações, como umadas que podemalçar-se àcategoria de grande potênciaem futuro próximo. Continuaremos na mesma situação atual; é pena para todos os brasileiros.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Paula Meyer Soares Passanezi M ais umano inicia-se e me pareceque osproblemas relativos àcondução da política monetária persistem nasentranhas dogoverno.Algumas alasdogoverno (leia-se burocratas do Banco Central) mantêma inabalável crença deque épreciso continuarcontrolandoa inflaçãoe queo sistema de metas inflacionárias continua sendo o métodomaiseficazparaocontrole. Outra ala, conhecida como "desenvolvimentista", mostraqueamanutençãodeste sistema de controle inflacionário traduzido a uma meta "irreal" de 5,1% para 2005 engendraráem umapertono crescimento da economia. Apesar das inúmeras críticas dirigidas àpolítica monetária, a equipe econômica do governo eBanco Centralparecem não se incomodar. Vale lembrar que o estabelecimento desta meta de 5,1% ao ano é realmente muito apertada. Desde que foi implantado o sistema demetasinflacionárias, em 1999após a flexibilização docâmbio,o máximo que o governo conseguiu atingir foi uma inflação de 5,95%duranteo anode2000. Não vai ser nada fácil conciliar umapolíticadejurose uma metainflacionária desta magnitude.
Esse "trade off" entre crescimento e inflação nos leva a refletir sobre a eficiência da nossapolítica monetária.Analistas de mercado afirmam que a aceleraçãodos preçosnopaís
tem sua origem nas tarifas públicas e nos preços ajustados dos contratos. Ou seja, não tem nada a vercom asforças demercado, choquesdeoferta ou de procura. Ademais é importante lembrar que2005 será umano difícil. A economia mundial apresentasinais de desaceleraçãoeapesardosuperávitrecordealcançadopelo Brasil em 2004, estudos revelam que poderia tersido bemmaior se nãotivéssemos perdidoespaço para osasiáticos no mercado americano. De acordo com osdadosem 2004,oBrasilexportouUS$20 bilhõestendo crescidomenosde4%emrelação ao segundo maior parceirocomercial americano.O país perdeu espaço para os exportadores chineses e coreanosno mercado decelulares, houve uma queda de 70% das vendas de2003para 2004.O mercado automotivo também sofreuumaforteretraçãopara estes concorrentes e tivemos queamargarumaperda de 55% das nossas exportações. Buscar a política mais adequada para uma economia que precisacrescere ao mesmo tempo manter a inflação sobcontrole éum enormedesafio. Nos resta manter a cabeça fria e acreditar que estamos no rumo certo e torcer para que as desavenças entre governistas e sociedade não atrapalhem atrajetória política e econômica da nação.
Paula Meyer Soares Passanezi é Doutora em Economia de Empresas pela FGV
Em artigopublicado por Alcides do Amaral no Estadão,(13/12/04) recuperoa informação crucial a se ter presente quando se especula sobre as perspectivas do desenvolvimentobrasileiro no futuro próximo. Crescimentodepende de investimento. Investimentodepende de poupança aplicável.Anossaéinferior a20% doPIB.Na depaíses que crescem além de 4 e 5% deseuPIB omontantedas aplicações supera25%do PIB. Os que não contam com recursos próprios para essa porcentagem de investimentodependem de investimento externo. No ano2000tivemos mais de US$ 30 bi dessa origem. Para 2005as estimativas são deUS$ 5bi. Essasinformações são o ponto capital a se ter presente em qualquer especulação sobreasperspectivas de nosso "cresci-
mento sustentado".
De unstempos paracá o governo temcomemorado resultadossetoriais e pontuais de recuperação do desempenho econômico nacional. E essa ondatem se propagado pela mídia e pelos setoresempresariais, numa sucessão de manchetesufanistas. O otimismo fazbempara aeconomia. Contudo, não altera a realidadede seusnúmerose exigências estruturais. Nessas circunstâncias, o mínimo aconselhável éa circunspecção. Foguetório ealeluias..fazem parteda mercadologia política; a economiarepousa sobrea dura realidade. É uma realidade elementar queo crescimento não sódos países eeconomias emergentes, como dos mais desenvolvidos, depende de investimentos. O crescimento americano do
Cordeiro
Nivaldo
S im,há ETs,os famososextra-terrestres, noUniverso. Somos nós mesmos, que estamos empenhados em abandonar nosso confortável - e por vezes perigoso - planeta, em busca dos espaços exteriores. O curiosoé que projetamos, parausar umtermocaro àpsicologia,nossas virtudese vícios nessas figuras imaginárias, que fizeram um rentável filão naliteratura, nocinema, naTVenas artesemgeraldurante todo oséculo XX. Essa alucinação coletiva,a melhortese explicativa sobre o fenômenoaté agora, proposta por Jung, continua de pé,sem qualquer concessão aos anseios dos nossos cientistas aventureiros.O velho Jung sempre esteve certo. Os ETs substituíramas figuras consagradas da tradição para receber essas projeções. Orasãobons,orasãomaus;ora são disformes,ora lembram forma humana. Ogros, bruxas, súcubos,íncubos edemônios variadosderamlugar aessas fascinantes personagens. Ou melhor, tomaram a formade supostos habitantesdo espaço. Os homens de ciência, que perderam qualquer traço de fé, encontraram no espaço sideral o terreno para prospectar seus próprios deuses. Ler os livros de Carl Sagan, por exemplo, é perceber a angústia de um ateu,a sua obsessão paraencontrar ETs e assim sossegar a sua consciência. Filmes como AI, de Spilberg, fazem ocasamento entre a ciência e a arte na mesma direção. Livros como Operação Cavalo de Tróia buscamler na tradição indícios dessa invasãoextra-terrestre, tangenciando a irresponsabilidade e praticando desrespeitos imperdoáveis. Homensde intelectospoderosos, ao perderem a fé em Deus, tornaram-se presa fácil dessafascinaçãoinfantil. Ficaram no meio termo entre o ridículo e o sublime, daí talvez o caráter poético que reveste a busca de extra-terrestres. Mas Nietzsche já nos alertava que poetas -portantoapoesia-sãograndes
último meioséculo sefunda, em grande parte , na esperta alquimia financeira que desde orepúdio do acordode Bretton Woods (1970) lhe permitiu acumulardéficits decentenasde bilhões de dólares investidospelorestodo mundo nessepaís. Parteponderável dodesenvolvimento chinêse deoutros campeõesdo desenvolvimentismo se deve igualmente a processos de captação de recursos externos. As estimativas de recursos internoseexternosparaodesenvolvimento brasileiro, tantoos de fonte governamental como privada, na realidade continuam abaixo dos parâmetrosexigidos pe-
la ciência e pela experiência econômica mundiais. Aindahápoucotratamos, nesta coluna, da persistente migração decapitaisbrasileiros para o exterior. E um leit-motif de nosas reflexões é o gigantesco desperdício querepresentamparaoPaís os gastos, malversações e meros furtospraticados peloEstadobrasileiro,dessangrando aeconomianacional. Mas tudo isto parece ser apenas um repeto ocioso.
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? - Um depoimento (Editora Senac) e-mail: benedictobarros@yahoo.com.br
mentirosos, "mentem demais". OlivrodeCarl Sagan, Pálido Ponto Azul, best seller mundial, é o relatodessaepopéiatecnológicaque busca satisfazera curiosidade humana, remetendo engenhos para pontos distantes cujo propósitoaparente élevar até essessítiosos nossossentidos, especialmente o nosso olho e o nosso ouvido. Mas no fundo esses homens de almas estéreis queremacharumsubstitutopara Deus. Sagan conseguiu ver e mostrar a Terra como seria vista pelosETsnosconfins doSistemaSolar. Dequeserve? Denada, apenas para satisfazer a curiosidadee confirmarrecorrentementequeavidaéummilagre que se deu apenas em nosso minúsculo planeta, namágica biosfera, umasingularcombinação de fatores físicos e químicosque produziuo delicado equilíbrio, permitindo a vida e a sua derivaçãoainda maismilagrosa, a vida consciente. Os jornais trazem o relato da descidada sonda Huygensna lua de Saturno, Titã. Pude ouvir pelaInternetossonsdasuachegada. Pude ver as fotos preliminares. Nosso olho e nosso ouvido estão lá. Perguntaria, como o poeta: "Vale a pena ver"? Claro que não, os desertos e as geleiras fornecempaisagensmais próximase mais belas. "Vale a pena ir ver?"Talvez. A aventura científica e tecnológica é um passatempo caro e fascinante. De novo encontramos a solidão cósmica,desconcertante para aqueles quetransformaram a venturado prodígio da engenharia espacial em substituto para a fé. De novo o nada. De novo o indício mais forte de que ETs somos nós mesmos. Quando ficarão convencidos dessa realidade óbvia como o nascerdoSol?Seráqueparatermos dele consciênciaprecisaríamos mandar também uma naveparaqueimar em suas profundezas estelares? Prefiro antesaauroradetododia,belae resplandecente, emqueposso contemplaremêxtaseamaravilha da Criação.
Nivaldo Cordeiro é economista e Mestre em Administração de Empresas
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"Culto à mediocridade"
Esteéo título,por istoas aspas, do editorial de abertura da edição da revista Veja (edição 1888) com data de capa deste 19 de janeiro. Dedica-se aavaliar ecriticar a decisão do Itamaratyde diminuir o peso da nota de inglês nas provas de admissão do Instituto Rio Branco, preparador dos futuros diplomatas brasileiros. Recomendo ao meu leitor que tome conhecimento do teor todo, do qual reproduzo abaixo o último parágrafo.
Vanguarda do atraso "A decisão da diplomacia revela um desconhecimentoda realidade contemporânea e um antiamericanismo tosco. Essaestreiteza de visão desserve ao país e produz uma perplexidade: por que,tendo sido em governospassados, celeiro de idéias equadros brilhantes, para a alta administração, o Itamaraty se tornou, sobo PT,a vanguardadoatraso nacional?".
Sem saneamento A Folha publicou matéria revelando quenos doisanos iniciais do governo Lula houveamaior quedadeinvestimentos em saneamento básico no país. No fim de semana o governo Lula apresentou o novojatode últimageração comprado por centro e cinqüenta milhões dereais para serviràs viagens do presidente petista.
"Caro demais" Recomendo também a quem ainda não o fez a leitura da colunade Diogo Mainardi,na mesma revista e edição, onde ele demonstra que Lula é caro demais ao Brasil e, semmencionar a compra (tostões perto do resto)da milionáriaaeronave, dácontadoprejuízoqueaPetrobrás, soba batutado aparelhamento petista,vem dando ao país.
Sem plano Fica cada dia mais evidente que tinham razão e têm razão osquediziam queoPTtinha um plano dechegada ao poder, mas não um plano de poder. Tem, agora, um plano de usufruto do poder e de forma desmedida os comensais atiram-se ao banquete pago com dinheiro público sem pudor ou constrangimento.
Classe média Tenho participado de longas discussões no meio que freqüento, e de vez em quandoopinoemseunome,aclassemédia,como nuncaviantes: para falar sobrea presidênciadeLulaeogovernodo PT eseus satélitesinteresseiros. A sensação que tenho é a mesma que me levou a proclamar nesta coluna(o leitor é testemunha)ainda quando as pesquisas não diziam isso, queaclasse médiapaulistana não reelegeria Martaxa. O eleitor de São Paulo, de classe média,informado, crítico, que votou emLula por estar anteriormente revoltado com as coisaspúblicasno país,está estupefato,indignado, com tudoquevem acontecendode deslumbramento provinciano (custa caro ao país) no governo Lula. Malan
A classe média está atribuindo o sucesso econômico enaltecidopelogovernoLula como conseqüência dos anos seguidos de Malan na Fazendae àinteligênciapragmática de Palocci de seguí-la para colherfrutos.Essa mesma classe média acha difícil Lula deixar o Planalto antesde 2010, pelovoto dequem aindanãoenxergaatacanhicede sua gestão.. Está disposta a, comocom Marta, nãomais lhe emprestar o apoio. A classemédia em SãoPaulo tem voto que não acaba mais. Lula que o diga em 2002.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
ASecretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz) continuaatrásdoslojistasque nãoadquiriramo Emissor deCupomFiscal (ECF) ou não interligaram o equipamento ao TEF (cartão dedébito oucrédito).
Sem conseguir finalizar a operação "ECF- Natal",o Fiscodecidiu manternas ruas o seu exército com 2.500fiscais, quevãovisitar cercade3.400 lojistas.Dos 1.789 estabelecimentos já fiscalizados,1.195 estavam irregulares e 386 foram autuados, de acordo com a Diretoria de Administração Tributária(Deat). Aoperação deveria ser finalizada no dia 15 de dezembro.
Os lojistas autuados podembuscar orientaçãojurí-
dicana AssociaçãoComercial de São Paulo (ACSP). O interessado devesecadastrarno sitedo Diário doCom é rc i o (w w w.d c o me rcio.com.br/ecf) .
O diretor-adjuntoda Deat,Antonio Carlosde Moura Campos, explicou que nãofoi possívelterminar a fiscalização, como era previsto, porque nesta época do ano muitos fiscais entram em fériase 500deles foram realocados temporariamente para uma blitz no setor de combustíveis. "Mas a operaçãode fiscalizaçãodo ECFcontinuaaté fiscalizarmos as3.400 lojas do Estado", alerta.
Segundo aDeat, das18 delegacias regionais tributárias paulistas– sendoseis daGrandeSão Paulo–ape-
nas algumas do interior, comoasde AraçatubaePresidente Prudente, completaram a operação até a data prevista. Dos lojistas autuados, 286 estavam sem o emissor, 43estavam com equipamento não autorizadopela Sefaze57não ointegraram ao TEF (cartão de créditoe débito)."A piorirregularidade é a falta de autorizaçãodaSefaz. Isso acontece, geralmente, para que aloja tenha um caixa dois", alegaMoura. Os outros considerados irregulares peloFisco paulista não são mais varejistas, cancelaram a inscrição estadual ou não foram localizados.
Novos ECF's - De1°a31 de dezembrodo ano passado,3.706 equipamentos foram autorizados pela Sefaz.
O governo de São Paulo não tem medo deenfrentar na Justiça ações contra a Lei nº 11.813/04,que ampliade 17% para 18%a alíquota do ICMS para operações internas.OFiscoalegahaver jurisprudência favorávelao que consideraapenas uma prorrogaçãodaleianterior,a denº11.601/03.Oprecedentecitado – ojulgamentode uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra acontinuaçãoda cobrança daCPMF –,no entanto,não serveriade argumentopara a Fazenda numa possível disputa judicial, segundo tributaristas consultados pelo Diário do Comércio "Comparar a prorrogação daCPMFcom oICMSé o único argumento que o Fisco tem. Mas eles estão enganados.Asquestõessãodife-
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
rentes. A verdade é que eles comeram bola",diz oadvogado Luiz Rogério Sawaya. Para o chefe da Procuradoria Fiscal doEstado de São Paulo, Clayton EduardoPrado, ojulgamentodo Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou, em 2002, constitucional a Emenda nº 37/2002, que prorrogoua cobrança da
CONTRU - (AVS) Corpo de Bombeiros Vigilância Sanitária Licença de Funcionamento
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Para Moura, esse número foi uma surpresa. "Geralmente são autorizados entre 100 e 200equipamentos pormês", contabiliza. Paraele, oaumento expressivoé devidoà operaçãodeNataleaoincentivo instituído pelo governo estadual no ano passado.
A Fazenda paulista, pelo Decretonº 49.203/04,concedeu crédito no valor de R$ 2mil paraaquisição doprimeiroemissoredemaisR$2 milparaasua interligação parao recebimento de cartão de crédito ou débito. Mas o benefícioé limitado.
Só vale para quem ultrapassounoanopassadootetoestipulado de faturamento, que éde R$ 120mil anuais. Quem for flagrado sem o equipamento,podesermultadoem 2%dofaturamento do exercício anterior.
Laura Ignacio
TST reconhece vínculo empregatício entre diarista e empresa
Sawaya:
"Comparar a prorrogação da CPMF com o ICMS é o único argumento que o Fisco tem. Mas eles estão enganados."
CPMF até31de dezembro de 2004, éumforte argumento. "Assim como ocorre com aCPMF,o ICMS foi apenas prorrogado. Não houve majoração de alíquota. A alíquota de 18% já é do conhecimento de todos", afirma, acrescentando que, com isso, o Estado não precisaria respeitar o prazo de 90 dias para avigência da lei,previsto naEmenda Constitucional nº 42/2003. Noentanto, paraotributarista Luís Eduardo Schoueri, osfundamentos legais são distintos."ALei nº 11.813/04 não deu sobrevida à Lei nº 11.601/03, pois esta expirou em dezembro de 2004. O que foi prorrogado foio dispostona lei,que eleva a alíquota", explica. Adriana David
Crescecadavez maisa pressão contra aMedida Provisórianº 232,que aumenta abase decálculo do Imposto deRenda eda Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 32% para 40%para os prestadoresde serviçotributados pelo lucro presumido. Hoje, aAssociação Comercial deSão Paulo(ACSP) e entidades representantes da classe médicalançam, emSãoPaulo,a"FrenteBrasileira contra a Medida Provisória 232", que pretende reunirtodas ascategorias de prestadores de serviço. No encontro, na sede da Associação Médica Brasileira (AMB),as entidades vão discutir as medidas a serem adotadas pelo "bloco tributário", iniciado em Curitiba, para derrubar a Medida Provisória 232. "Estamos partindo paraa adesãodecadasetor. Vamos fazer debates com advogados, transportadores, artistas, jornalistas, enfim, todosos setores econômicos, para acumularforças contra esseabsurdo", afirma o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. Nocronograma dafrente jáestãoprevistasduasações importantes. No dia 27 de
janeiro,haveráoutrodebate em São Paulo com lideranças de diversos setores no Sindicato dasEmpresas de Serviços Contábeisedas Empresas de Assessoramento, Perícias,Informações ePesquisas (Sescon) e nodia 15de fevereiroserá lançada a marcha à Brasília. "Dia 15 de fevereiro será o dia do gritodo bloco tributário", anuncia Afif. De acordo como Instituto Brasileiro de PlanejamentoTributário (IBPT),o aumento de 25% do Imposto de Renda e da contribuição socialatinge cercade 500 mil prestadores de serviço no País, inclusive profissionais liberais. Ontem, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nota advertindoque,se ogovernonão aceitarmudar aMP 232,vai questionar na Justiça a constitucionalidade da medida. Já a Federação da Agriculturado Estadode São Paulo (Faesp) anunciouque envioucartaatodosossindicatos filiados para que eles façam pressão política pela revogação do artigo 6º, que prevêa retenção do IRna fonte nas vendas de produtos agropecuários.
Laura Ignacio
Cuidadoao contratar umadiarista.ASubseçãode Dissídios Individuais 1 do Tribunal Superior do Trabalho (TST)reconheceu ovínculoempregatício de uma faxineira queprestou serviçosde limpeza durante16 anos em uma empresa. Aoproferirseuvoto, o ministro João Oreste Dalazen,relator doprocesso, argumentou que "servente de limpeza que realiza tarefas de asseio e conservação em prol de empresa, semanalmente, medianteremuneração esubordinação, é empregada, para todos os efeitos legais". O caso, segundo ele,é diverso da relação mantida pelasdiaristas ematividades nas residências. Adecisão, segundoaadvogadatrabalhista AdrianaCalvo, serve dealerta para as empresas quecontratam faxineirascom base na legislaçãoprevista para diaristas que prestamserviços em residências. "O queéumequívoco. Ofato do serviço ser prestado dentroda empresade forma não eventual caracteriza vínculo empregatício, enquanto numa residência não", diz.
Márcia Rodrigues
Número de e-consumidores e o tíquete médio do setor também tiveram aumento expressivo
As comprasvirtuais cresceram 47% em 2004, segundo a e-bit, empresa de pesquisae marketing online (www.ebit empresa.com.br). O faturamento total do ano chegou a R$1,75 bilhão.Noperíodo de Natal (15 de novembro a 23 de dezembro) o crescimento foide 39%.Foram faturados R$ 284 milhões, contra R$ 204 milhões em 2003. A pesquisanão contabilizaa vendadeautomóveis,leilões e passagens aéreas.
Além disso,o setorainda comemora o aumento do tíquete médio:em janeirode 2004 era de R$ 292 e em dezembro, R$ 330. Os produtosmais vendidos foram CDs,DVDse vídeos,com 29% de participação.Em 2003 representavam 33%. A segunda categoria mais vendida foi a de eletroeletrônicos (eletrônicos,câmerasdigitais etc.),querepresentaram 15% das vendas no ano. Isso ajuda a explicar o aumentono tíquetemédio.Para PedroGuasti,di-
Por Flávio da Rocha Silveira çãodepequenase médias lojas."Nos nove primeiros mesesde2004, 62%domercado estava nas mãos das lojas virtuaispequenas emédias–maisde400,emnossas pesquisas. As dez maiores detinham os 38% restantes de participação no mercado. Apesar de ainda haver uma concentração de mercado nestasdez grandes,a participação delas vem diminuindo", diz Guasti. Algunssetoresdo comércio eletrônico enfrentam maiordificuldade emobter um crescimentosignificativo. Guasticita comoexemplo roupas e acessórios. "Os consumidoresgostam detocarnoproduto, sentirotecido,escolherotamanhocerto. Isso dificulta avenda via internet."Osetordesaúdeebeleza, por outro lado, foi o que obteve o maior crescimento. Dobrousua participação no total de vendas, com 6%. E-Consulting – Foi divulgada tambéma pesquisada E-consulting que, em parceriacom aCâmaraBrasileira de Comércio Eletrônico, calculatodos osmeses oÍndice de Varejo Online (VOL).
retor-geral dae-bit, "onúmero de produtos com valor agregado maior aumentou e, conseqüentemente, o tíquete médio".
Em2004 aumentou tambémo númerodeconsumidores virtuais –aqueles que já tiveram ao menos uma experiênciade compra viainternet. "Um dos principais motivosquelevaram ao crescimento no faturamento foi o aumento no número de e-consumidores, que só no primeirosemestre foi de 10%efechouoanocomcrescimento de cerca de 20%, ultrapassando 3 milhões de pessoas", analisa Guasti. "Outrofatorfoi aboaoperação dos varejistas virtuais. As pessoas, bemsatisfeitas, acabam voltando a comprar esugerema parenteseamigosquetenhamamesmaexperiência", explica. Emvolume de vendas,o comércio eletrônico cresceu 29% entre dezembro de 2003e o mesmo mês de 2004. Outratendência do comércio eletrônico em 2004 foi oaumento da participa-
Há diferenças entre os númerosdaE-consultingedaebit. Em comparação com 2003,a E-consulting previa umaumentode 40% nas vendas do comércio virtual. Segundo a e-bit, foi de 47%. Jáototaldevendasde2004 ficariaemcerca deR$7,1bilhões segundoa E-consulting.Éum valormuitomais altodoqueo registradona pesquisa da e-bit.O número de e-consumidores também é maior paraa E-consulting: 4milhões, contra3 milhões na pesquisa da e-bit. A diferençados números se deveprincipalmente ao fato da pesquisa da E-con-
Para superar as expectativas novamente,o comércio virtualtemque romperalgumas barreiras. A primeira delas fica clara em pesquisa doProvar (Programa de Administração de Varejo, entidadeconveniada com a USP). 12,3%dos entrevistados disseram játeremfeitocompras pela internet e outros 11,8% afirmaram que ainda não haviam tido essa experiência, mas que gostariam de tê-la. Orestante,75,9% dosentrevistados, disse que nunca havia comprado pela internet eque não gostariade fazê-lo."Esses resultados,por sisó, sãoimpressionantes,e indicamquepode serencontradauma resistência, no futuro, à expansão do comércio eletrônico" alerta o relatório da pesquisa.
Mas é importante ressaltar que a pesquisa da Provar foi feita apenas em São Paulo, e com todas as classes sociais–aZona Lesteteveum grande peso no resultado final.Épreciso colocarestes números em perspectiva: pesquisadoIboperealizada anopassado constatouque 76,6% dosbrasileiros acima de 16 anos nunca navegaram na internet.
Não é difícil, portanto, concluir que esta primeira barreiraé,na realidade,sócio-econômica. Se as pessoas nãotêm computadornem acesso à internet, e muito menos dinheiro para gastar, realmenteelasnãovãosetornar consumidores virtuais. Outra pesquisa mostra o maior obstáculo ao crescimento do comércio eletrônico entre quem tem condições sócio-econômicas para ser umconsumidor virtual: omedo.SegundoaNetpartner, portal de estudos da internet, 18% das pessoas não
vão às lojas virtuais por medo de fraudesno cartão de crédito. A pesquisa foi realizada no ano passado com 2.122 brasileiros.
"Isso éuma verdade.Não seisesão20,30ou40porcento. Masamaiorincidência derejeiçãoao canal (internet) é a percepção de insegurança. Continua sendo o maiorempecilhoaosvarejistas, fazer com que as pessoas acreditemqueéumcanalseguro", comenta Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit. Mas seria esse medo justificado? Para responder a essapergunta, o DCInformática procurou o diretor doInstituto Brasileirode Peritos em Comércio Eletrônico e Telemática (www.ipbrasil.com.br), Giuliano Giova.
"Comrelação à pesquisa da Netpartner, me parece bastante aderente o resultado deque 18%das pessoas evitam lojasvirtuaispor medodefraudes nocartão decrédito. Combase naexperiência do IBPBrasil na investigaçãoe períciade fraudeseilícitosdos mais diversos tipos, entendemos que esseindicador teriavalores ainda maiores."
Giova alerta que há diversas modalidades de fraudes na internet queenvolvem cartão de crédito, contas bancárias e dados pessoais deusuários.Existem fraudes que envolvem a instalaçãode algum tipode vírus (tipo cavalo de tróia) na máquina do usuário, que monitora as açõesrealizadas pelousuário etransmitem os dados para outra pessoa, queprovavelmente os usa-
rá em algum ato ilícito. "Outrafraude comuméa criação de sitesfalsos,que enganam o usuário de formaa obterdadosconfidenciais. Para alguns tipos de fraudes sequer é necessário que o usuário faça uso do cartão na internet, pois alguns golpes sebaseiam em geradores aleatóriosde númerosdecartões ou na obtenção dos dados do cartão em algumalojafísica na qual ousuário tenhaefetivamente realizadocompras.Portanto,basta que uma pessoa tenha um cartão ativo, mesmo que guardado no cofre, para estar sujeito a fraudes via internet", alerta o perito.
Mas GiulianoGiovadiz que a situação deve melhorar. "Atualmente, as políciasfederal eestaduaisdetêm modernastecnologias para identificar, localizar e deter as quadrilhas que atuam através de meios eletrônicos, comotemos visto na imprensa quase todos os dias." (FRS)
sultinglevarem contaas vendasde veículosepassagens aéreas, não consideradas pela pesquisa da e-bit. Previsõespara2005– As expectativaspara 2005são de que o comércio eletrônico continuecrescendodeforma significativa, efecheo ano comfaturamento deR$2,3 bilhões (semconsiderar a venda de automóveis, sites de leilãoe depassagens aéreas).Issorepresentaria um crescimentode cercade30% em relação a 2004. Questionado se aprevisão não seria muito otimista,Guasti responde:"Fazemos um acompanhamento
do comércio eletrônico no Brasilhácincoanos.Emmédiatemosregistrado um crescimento anual de 40 a 50 por cento. Então esse número, 30%, pode ser considerado uma previsão mínima de crescimento."
Quanto ao tíquete médio, a previsãoda e-bité deque tenha um aumento nominal denomáximo6%efiqueem tornodeR$325atéofinaldo ano.Oque alavancaosnúmeros da previsão de faturamento é o número de consumidores virtuais,que segundo a e-bitdeve repetir o resultado do ano passado, e aumentar em 20%.
Para evitar fraudes, GiulianoGiova, diretordoIBP Brasil, recomenda que se useapenassoftwareslegais, queestejamsempre atualizados emrelaçãoàs correções de segurança, e que se mantenha oantivírus eo firewalltambém sempre ativos e atualizados.
"Aregraprincipalé:navegue na internet com extremacautela, poisse tratade um mundomuito perigoso e real.O StormCenter, do Sans Institute,mostrourecentemente quebastam18 minutos em média de navegação na internet para que um computador seja invadidoporhackersousetorne vítima de vírus ouprogramas espiões."
Giova recomendatambémque ointernauta somente abra mensagens de fontes seguramentereconhecidas. Na dúvida, não abra anexos, salve-os em alguma pasta epasse um antivírus atualizado antes de abrir o anexo.
"Antesdedigitarnúmeros
e senhas, certifique-se de estar no site correto, verificandoo conteúdo dabarrade endereços do navegador (que também pode ser fraudada)e navegandopordiversas páginas dosite antes de colocar a senha", explica. É importante também evitar acessar sites a partir de links (textos que levam a outros sites, quando clicados). Prefiradigitardiretamente o endereço do site na barra de endereços. Cuidado com oslinks indicados porsitesde busca, pois algumas vezeslevam diretamente a armadilhas, quando mostram um título correto,mas levam ousuário ao site errado. Hackerspresos – A prisão preventiva de 11 integrantes de uma quadrilha de hackers que lesaram vários bancosecorrentistas, clonando cartões nos caixas eletrônicos,foidecretadana semanapassada pelojuiz Xisto A. Rangel Neto, do Departamento de Inquéritos Policiais. (FRS com AE)
Já são 386 comerciantes autuados. Operação continua. Pág. 12
Governo contesta cobrança a mais. Tributaristas discordam. Pág. 12
Especialista revela os detalhes da "punhalada" recebida pelos contribuintes, no dia 30 de dezembro, quando o governo baixou a MP 232. A medida, com seus efeitos devastadores, atingiu em cheio, como um tsunami, os prestadores de serviço. Páginas 10 e 11
Trecho da Eusébio Matoso (acima) será interditado por 30 dias a partir de hoje para refazer obras de túnel. Comerciantes da região, que já sofreram por 9 meses, prevêem mais prejuízos. No editorial, a herança de Marta e os dilemas de Serra. DCidade
Promoções aumentam as vendas no varejo
Primeira quinzena de janeiro registra alta média de 6,6% nas vendas, em comparação a 2004. Tudo por conta das promoções. Página 4
DCINFORMÁTICA
Do tamanho de um isqueiro, o tocador de MP3 iPod Suffle honra a tradição de design diferenciado da Apple
Acima, o mundo de Taikodom e seus meios de transporte
Aempresa catarinense de entretenimento Hoplon Infotainment (http://www.hoplon.com) está aceitando inscriçõespara afase de testesdo seuprimeiro gameTaikodom. Trata-sede um jogo multiplayer definido como MSG (Massive SocialGame), issoporque cada jogadorpode decidir otipode papelquevaidesempenhar no jogo, criando diversas comunidades e interagindo comoutras pessoas através da rede. Ele tem como cenário um ambiente espacial em escala real e cria um universo paralelopersistente.A história foicriadapeloescritordeficção científica e histórias alternativas, Gerson Lodi-Ribeiro, autor das coletâneas "Outras Histórias...", "O Vampiro de Nova Holanda" e co-autor da antologia "Phantástica Brasiliana".
Segundo o autor, a equipe de criação daHoplonjá tinha alguns conceitos em mente quandoo procurou paraatarefa."Elesmedisseram que pensavam emum jogo quedeveriaacontecer num futuropróximo obastante para possibilitar a veiculação de marcas, e remoto osuficiente parajustificara grandevariedade deavanços tecnológicos", explica Lodi-Ribeiro.
Naverdadeogameémais doqueumsimples RPG (Role Playing Game) de ficção. Todasas informaçõese eventos são constantementearmazenados einfluen-
Game criado pela catarinense Hoplon permitirá que cada jogador decida o tipo de papel que terá na trama; ele poderá criar diversos tipos de comunidades e também interagir com outras pessoas através da rede
Por Fábio Pelegrini
ciam as atitudes dos demais jogadores. Nãoé preciso apenas destruir um inimigo ou algo parater mais poder ouforça, tudo está relacionado comas escolhasque são feitas pelo gamer. Escolhas – "Objetivos ficam àescolhado jogador que não precisa nem pilotar uma nave se não quiser. Ele pode ser desde um respeitadoadministrador de uma estaçãoou, até mesmo,assumiro papelde umjornalista e simplesmente criar um blog, dentro do jogo, para oferecerinformações importantes para os outros usuários", explica Tarquínio Teles,opresidenteda Hoplon.
Quanto à possibilidade
da açãose passarna Terra –por dificuldadesde simulação– aordemdaHoplon era descobrir uma maneira detornar issoproibidoou inalcançável.Surgiuentãoa idéia de uma entidade alienígena superior capaz de bloquearoacesso àTerra.E este bloqueio serviu justamentepara darao jogoum tom épico, em que o jogador deveráajudar ahumanidadeaencontrar noespaço outros lugares capazes de fornecer sustentaçãopara a vida terrestre. Tempo – Depois dese cadastrare obter umaconta para ingressarno universo doTaikodom,o jogador passa aescrever umahistóriacontínua,quenãoseapa-
ga quando ele se desconecta do jogo. Este diferencial torna o tempo de permanência no game umadas questões fundamentais, pois, mesmo quandoo jogadorestáoffline enão estáparticipando da partida,elacontinua acontecendo. Osgráficos sãoexcelentes e sua qualidade não fica atrás de jogos internacionais do gênero. Para sua construção foi empregado um motor3Dde últimageraçãointeiramente produzidono Brasil, pela Paralelo Computação eparceiros internacionais, como a Nvidia. Versão beta – A empresa prevê que a versão beta do game alcance 20.000 jogadores.A partirde31de
Se você está cansado de jogar comoo herói ese sacrificar poraquelesque mal sabem que você existe, talvez esteja na hora de mudar de lado e tentar ser o grande vilão da história. AVivendiUniversal Games (VUG)traz maisum lançamento para computador que promete torná-lo um verdadeiro gênio do crime, o Evil Genius.
Essegame éumsimulador de atividades nadacomuns.Nelevocêpoderádominar melhor as técnicas de tortura, roubo, seqüestro, entre outras maldades. Tudo isso para tentar controlar o mundo ou, pelo menos, ser conhecido pelas insanidades praticadas por você e seus soldados do mal. É lógico que tudo isso com muito bom humor e com sátiras inspiradasnoslongasdesucesso do cinema.
Evil Genius parece ser mais uma boa mistura de animação (cartoon) com os filmes de espiões da década de 60, como osclássicos de James Bond ecom suas paródias,comoa engraçada série de tevê Agente 86. O jogadorpoderá escolher entre três opções de criminosos para estar na pele:
Shen Yu, Maximiliane Alexis.OMaximilian éumdos mais engraçados. Baixinho ecomuma calvíciequenão dá paradisfarçar,tem um humor negro que provoca risadas em qualquer um, mas independentemente de qualvocê escolheré preciso deixá-losbem seguros. Ele será a sua representação ne ste mundo e, caso morra,o jogo termina e sua missão será um fracasso. Mesmo para um poderoso vilão conquistar ou destruiromundo nãoénada fácil. No começo,você adquireuma montanha vulcânicaeprecisará construir uma base secreta com toda sua estrutura de maldade, como câmaras de tortura,prisões,centro deinformações, áreas de interrogatório eaté câmarasfrigoríficas paraguardaros inimigosmortosemcombate –afinal, sacos com corpos espalhados pelailha pode-
rão servir dealerta para quem passapor láe colocar em risco o seu segredo. Os recursos iniciaissão poucos e devem ser bem administrados, mas algumas estruturassãomuitoimportantes,como o dormitório. Issoporque ogamercontará inicialmentecomtrês operários,que fazemdesde e s ca v ações subterrâneas atéaconstrução de gr and es hot éis, mas só conseguirá ter um n ú me ro maior se h o uv e r a c om odações para eles. Energia – Como em qualqueroutroambiente que usa tecnologiaé necessária uma fonte de energia. Neste caso é precisoter uma atenção maiorà capacidadeelétricaque a basenecessita e construir geradoresse for preciso, caso contrário o jogador ficará às escuras.
A turminha do bem sempre vem com aquela velha história queo crime não
compensa e tenta fazer de tudoparadestruirseu esconderijo secreto. Às vezes, ele é invadido por agentes especiaiscuja missãoéderrotar Maximillian antes que ele construa seumais caro e ambiciosoprojeto: umaparelho capaz de provocar o juízo final.
Capangas– Um vilão que sepreze precisade súditos que sejam fiéis às suas loucuras. Oscapangasestãononível maisbaixoda hierarquiado mal –oque significa que o vilão não tem escrúpulos em sacrificar um ou outro para testar alguma armadilha outécnica de interrogatório. Há desde especialistas no desenvolvimento de novas tecnologiasa trabalhadores braçais,passando por aqueles que fazem o verdadeirotrabalho sujo, como seqüestrar, roubar obras de artes, tesouros eaté a Torre Eiffel. Podemos ver em um mapa-múndi, para onde podemos enviar nossos comparsas para conseguir dinheiro ou executartarefas malignas e ganhar notoriedade pelo planeta. Quantomaispopularojogadorsetornar,mais aliados conquistará. São os bra-
O jogador pode escolher se navega ou não pelo espaço
Os gamers devem navegar no espaço para encontrar lugares onde poderão viver
março todos poderão instalar de forma gratuita o jogo e sua comercialização será diferenciada. Durante os testes não será cobrado o serviço, mas no seu lançamento oficial (previsto para o início de junho) caberáaofuturojogadordecidirqual plano de pagamento vai escolher, pois o jogooferece trêsplanosini-
ciaisque atuam de acordo com o interesse e com o perfil dos jogadores.O sistema de assinatura é mensal e muitoparecidocom odos sistemasdeTV acabo,mas estarátambém disponível nas lan houses associadas. Para mais informações sobre o jogo e para se cadastrar, basta acessar o site www.taikodom.com.br.
Heróis e vilões lutam ao som dos anos 60 çosdireitos depeso,como Eli Barracudaeofeiticeiro Montezuma que, ao contrário dos capangas, são inteligentese astutos, edevem ser enviados em missões especiais idealizadas por Maximillian para atingir seu sonho megalomaníaco: ser o dono do mundo. Éevidenteque essas açõesdemaldade nãovão ficar noesquecimento.É preciso tomarmuito cuidado comespiões deagências mundiais de segurança que são enviadosà ilhaà procura da base secreta –uma aliança desses mocinhos pode nos derrotar facilmente, principalmente se descobrirem como funciona o nosso esconderijo.
Quanto à qualidadegráfica,não étão perfeita,mas éo suficiente paraaquilo que o game oferece. Já o som é muito bom e coloca o jogador no climadaaventura, comvozese músicas dos anos 60. (FP) SERVIÇO
EVIL GENIUS Distribuído pela Vivendi Universal Games Tel.:
Requisitos
Fábrica da Volks no Paraná anuncia produção recorde de veículos
A Volkswagen/Audi, de São José dos Pinhais (PR), produziu em 2004 o maior volume de veículos desde o início das operações, há seis anos: 132,5 mil unidades, 36% a mais do que em 2003. Das 132,5 mil unidades produzidas em 2004, 52,1 mil foram exportadas. Em comunicado, a montadora informou que está operando com capacidade total, de 810 carros por dia (Golf, Audi A3 e Fox).
Foram criados 1.800 empregos desde maio do ano passado – quando a montadora passou a operar em três turnos. A empresa tem atualmente 3.900 empregados. O carro de número 500 mil, que acaba de sair da linha de montagem, é um Fox Sportline. Nos próximos meses, a Volks paranaense inicia a produção do Crossfox, a versão fora-deestrada do Fox.
Lá fora O Golf é enviado para os Estados Unidos, Canadá, México e países da América do Sul. O Fox é exportado para toda a América Latina e Caribe e o Audi A3 também é enviado para os mercados latino-americanos.
A montadora paranaense já iniciou a produção do Fox destinado ao mercado europeu - versão que será fabricada pela unidade de São Bernardo do Campo (SP) a partir do segundo semestre. (AE)
Vencedor: Samuel Klein (dir.) e Guilherme Afif Domingos durante homenagem da ADVB
Numa cerimônia permeada pela emoção, Samuel Klein, presidentedas CasasBahia,recebeu, ontem, o prêmio Personalidade de Vendas 2004 da ADVB (AssociaçãoBrasileira dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil).Oempresáriofoi vitorioso numa eleição que contou com3.000 votosde executivos, conselheiros e diretores da entidade.
Estavam noeventodirigentesdegrandes empresase instituiçõesimportantes, dentre asquais a ACSP (AssociaçãoComercial de São Paulo), representada por Guilherme Afif Domingos, presidentedaACSPe
da Facesp (Federaçãodas Associações Comerciaisdo Estado de São Paulo).
O rabino Henry Sobel, presidente do Rabinatoda Congregação Israelita Paulista, eArthurRotenberg, presidenteda Hebraica, também assistiram à homenagem para Klein.
Império varejista
Aos 81 anos, o polonês naturalizado brasileirolidera uma rede de 394 lojas que atende16 milhõesdeclientes por mês. Com mais de 30 mil colaboradores, éconsiderado um dos maiores empregadores do Brasil.
De acordocomCláudio Lembo, vice-governador doEstadode SãoPaulo,o
Novidade: David Ostrowiak, da Venko, e o modelo Talento (ao lado)
Afabricante brasileirade celularesVenko vaiinvestir
US$5milhões emaçõesde marketing elançar doisnovosmodelos decelulares para ampliar suas vendas em2005. Oúnico aparelho da marca à venda no mercado hoje,chamadoTalento, terá uma nova versão. A expectativa é de que os modelos, todoscom tecnologia GSM, cheguemao mercado em março.
A empresa tem como acionistaprincipal aIcatel, fabricante de telefones públicos, além de outros investidores menores. Aestratégia para ganhar espaço é reforçar as ações regionais de marketingpromocional, sobretudo no ponto-devenda. A meta é fechar o ano com um faturamento de US$100 milhões,diante dos US$ 15milhões obtidos em2004.Em volume,oplanoévender1milhãodeaparelhos no país, diante de 200 mil unidadescomercializa-
História: evento reuniu mais de mil pessoas para ouvirem a saga de Klein que, durante a guerra, foi preso num campo de concentração
Entre asaçõespromocionais, estáousode umônibus de dois andares, apelidado debumba, comlounge eDJ. Oveículo circulará em áreas de bares e entretenimento dediferentes cidades, convidando os consumidores acircularempara conhecer a marca.
Mais leve
dasnoexercícioanterior. No ano passado,a empresainvestiu, ao todo, US$ 15 milhões, dos quais US$ 9,5 milhões em produção, mãode-obra e logística. De acordo como gestor da empresa, David Ostrowiak,a Venko atingiu a liderança, em volume de vendas,nosegundo semestre de2004, da categoria de eletroeletrônicos da rede Carrefour, em São Paulo.
No Nordeste, os telefones da marca obtiveram 15% de participação nas vendas de celulares do segundo maior revendedorTIM da região no mesmo período. "Vamos investir emações regionalizadas e de forte marketing promocional, sempre em pontos estratégicosde cada mercado", disse.
A empresa começou a vender o celularTalento no mercado no segundo semestre doano passado.A versão renovada do modelo pesará76gramas eterácomo apelo de vendas a característica decelular quenão quebra aocair no chão,devido ao material plástico mais resistente usadono aparelho. Omodelocusta, emmédia, R$ 249. Os dois novos telefones daVenko serão denominados Amigoe Estilo.Oprimeiro deles será um modelo em formato de concha comvisorcoloridoe preço entreR$ 459e R$500. Já o Estilo, com preço médio previstode R$900,seráa versão maissofisticadada linha da empresa, com câmera e antena embutida. A produção de celulares daVenko éterceirizadapor uma fábrica instaladaem Jaguariúna, no interior paulista. Ao todo, são 750funcionários envolvidos com a marca.
Isabela Barros, de Recife. A jornalista viajou a convite da empresa Venko
Brasilsótema agradecer com aescolhadeSamuel Klein pordesembarcar no país. Ele, que é judeu, viveu em doiscampos deconcentraçãoinstaladosna Polônia durante a Segunda Guerra Mundial. Conseguiu fugir do confinamento e, anos mais tarde mudou-
separa SãoCaetano doSul (SP) casado e com um filho. AsCasasBahia, aos52 anos,estão empleno processo de expansão. Em 2004 foram inaugurados70 estabelecimentos que geraram 16milnovos postosdetrabalho. "Temoslojasabertas em'apenas'emoitoestados. Digo 'apenas' porque vamos muito mais longe.Somos verdadeirosempreendedores", ressaltou durante odiscurso,lembrandoquea empresafoi eleitano ano passado como a companhia brasileira quemais respeita o consumidor. Sem voltar ao passado, Klein disse que "não há dificuldade econômica capaz superara dedicaçãoaotra-
Distribuidora oficial Consulte nossos preços. cartuchos MAXPRINT!!!
balho e o otimismo". Também comentou que recebe a homenagem da ADVBem nomedasCasasBahia,sinônimoda melhor equipe de vendas do Brasil. "Ninguém, sozinho, consegue chegar aondecheguei. Tenho,em minhaempresa,os melhores profissionais de venda", definiu. José Zetune, presidente da ADVB,não economizou elogiosparadefinirohomenageado pela entidade. Em discurso afirmou que Samuel Klein era um exemplo dehomem aser seguido, "não apenas pela história profissional, mas também devido aoesforçopessoal insuperável", disse. Juliana de Moraes
Pátio do Colégio: cheio de carros. De novo.
Sem providências de autoridades municipais, motoristas abusam de espaço público no Centro.
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Hoje, a avenida Eusébio Matoso será parcialmente interditada. Obras do Passa Rápido serão refeitas. Uma pista de apenas 5,7 metros de largura ficará disponível para carros e ônibus. Os próximos 30 dias serão de congestionamento no local.
Apartir das 7h de hoje, um trecho de aproximadamente 500 metros da avenida Eusébio Matoso, entre a avenida Brigadeiro FariaLimae a rua CardealArcoverde, será parcialmente interditado para obras de recuperação da rede de drenagem no entorno do túnelFernando Vieira de Mello. As galerias pluviaisquepassamsob o Passa-Rápido Rebouças –complexo inaugurado em setembro do ano passado –estão seriamente comprometidas, com risco iminente dedesabamentodavia, de acordo com estudo técnico encomendado pela Prefeitura. A interdição tem duração prevista de 30 dias. A recomendação é para o motorista evitar a região nesse período.
O trecho bloqueado ocupará os dois sentidos do corredorexclusivo deônibus. Paraotráfegoestarãodisponíveis apenasas duasfaixas da direita. Os espaço, de 5,7 metros delargura, éconsideradoestreito, segundo técnicosda própriaCompanhia de Engenharia de Tráfego (CET), que recomendam rotasalternativas para os motoristas (veja quadro)
Além disso, a pista lateral da avenida Eusébio Matoso,sentido Centro-bairro, entre a Faria Lima e a Diogo Moreira, no trecho externo do túnel, será totalmente interditada. Também a rua Diogo Moreira,entrea Tavares Cabral e a avenida EusébioMatoso será fechada, permitindo apenas acesso local.Oobjetivo das mudançasédiminuirofluxode veículos no localpara3,5 mil unidades por hora. Estima-seque circulemporali, normalmente, pelo menos, 4,5 mil carros por hora. A CET informa que irá monitoraro trânsitoemtoda a região. No entanto, ontem,não havia nenhuma equipedeoperações de plantão para passar as orientações preventivas aos motoristas.A Prefeitura providenciou somente duas faixas de pano que alertavam sobreas obras, instaladas na avenida FranciscoMorato,sentido bairro-Centro,poucoantes da ponte EusébioMatoso, ena passareladoshopping Eldorado, ondeo terminalde ônibusserá deslocadopara o lado direito da via. Na avenida Rebouças, no sentido Centro Bairro, não foi colocadaqualquer sinalização sobre a interdição. Na página 3, mais sobre a interdição no corredor Rebouças
Até o dia 26 de fevereiro, cientistas de sete países vão analisar, em conjunto, como as substâncias liberadas no ar pelos raios podem afetar a saúde e no meio ambiente. Doenças como câncer de pele e pulmão podem estar associadas aos raios.
Cento evintecientistas desete países (Rússia, Alemanha, Brasil, Itália,Suíça, FrançaeInglaterra) chegam nesta semana a Araçatuba, a 545 quilômetros de São Paulo, paradar seqüênciaàspesquisas sobre os efeitos maléficos que o óxidode nitrogênioliberado nas descargas dos raiospodemcausarao ser humano e ao buraco da camada de ozônio.
Aspesquisas, que tiveram início em 2003, no Centro Aeroespacial de Gavião Peixoto (SP), serão feitas em Araçatuba até 26 de fevereiro,quando oscientistasdeverão chegar a uma conclusão sobre o dimensionamentodo óxidodenitrogênio deixado pelos raios na atmosfera.
Deacordo comestudos feitos até aqui,os raios liberamgrande quantidade de óxido denitrogênio,que causa gravesdoenças,comocâncerdepeleepulmão, afeta a camadade ozônio e trazprejuízospara aagricultura e meio ambiente.
Segundo os cientistas, 60% do óxidode nitrogênio existentena atmosferaprovêm dosraiose 40%, das queimadas, indústrias, carros, navios e aviões.
TécnicosdaAgência Aeroespacialda Alemanhaco-
meçam a trabalharna instalaçãodeuma basedaagênciaalemãnoaeroporto de Araçatuba com equipamentosdeúltimageraçãoegrandes aviões, que analisarão o interior das tempestades. Monitoramento – Os cientistasvão monitorar quedasde raiosem1.400 quilômetros de latitude sul e sudestedo País, regiõesde grande ocorrência de descargas elétricas no verão –segundo estudos da agência, decada três raiosda terra,um cainoBrasil. Elesreceberão informações de uma rede de detectores de
raios queestá sendoinstaladas em Bauru, Ourinhos, Marília, BotucatueNovo Horizonte. Arede que está sendo implantada pelos cientistas alemãesHartmut Hoeller e Phorsteen Fern, do Instituto deFísica da Atmosfera da Agência Aeroespacial Alemã vai permitir precisar o horárioexatoe a localizaçãodos raiosnoperímetro dos equipamentos instalados nestas cidades.
A partirdo dia24, aviões MIG 55 (dotamanho de um Boeing 737) sobrevoarão a 20 mil metros de altitude e dentro deles estarão cientis-
tascom roupas pressurizadas para coletar aerossóis e nanopartículas deixadas na atmosfera pelos raios. Essas partículas serão analisadasem terra com ajudade equipamentos de últimageração etambém da internet. O objetivo é dimensioná-las para dar suporte apesquisas posteriores quepossibilitema descoberta de medicamentos e aadoçãodemedidas para controlar o impacto de descargas de óxidode nitrogênionaatmosferaesuasconseqüênciasao homem ao meio ambiente. (AE)
P elo menos cem pessoas ficaram desabrigadas depoisdeuma chuvade mais de cinco horas entre a noite de domingo ea madrugada de ontem, em Ubatuba, no litoral norte de SãoPaulo. EmMinasGerais, aposentadaGermana Bonifácio da Luz de Jesus, de 71 anos,morreu ontem, na cidade de Timóteo, a 196 quilômetros de Belo Horizonte, quando o muro de arrimo, responsável por conterum barrancode aproximadamente sete metrosdealtura cedeuem cima da sua casa. Em Ubatuba,famílias moram em áreas de risco de deslizamento e por este motivo foram retiradas de suas casas e levadas para residências de parentes e para o Ginásio de Esportes. Outras 80pessoasestãoemcasasde parentes.Equipes daDefesa Civil e do Corpo de Bombeiros passaram amadrugada socorrendoas famílias. Quatro turistas ficaram desaparecidos por cerca de 20 horas. A precipitação foitão intensa que,em poucas horas, chegou a 79,6 milímetros. De acordo com o critériodo CentrodePrevisão do Tempo (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Cachoeira Paulista, este volume de chuvaem72horas coloca o município em estado de atenção. "É um volumesignificativo já que foi empoucotempo, ecomo vai continuar chovendo, pode encharcar o solo", explicou a meteorologista Kellen Andrade.
Aágua foi tantaquenão poupounemo prédioda Defesa Civil. No centro da cidade, as ruas ficaram alagadas eágua invadiucasas de veranistas, que passaram amadrugada tirandoa lama das residências. Turistas quetentaram passarpelas ruas de carrotiveram problemas mecânicos e muita gente tevede adiar a viagem. Durante toda a segunda-feira as ruas da Praia Grande por exemplo pareciam rios, comágua até1 metro e meio de altura.
Osbairros mais afetados foramNúcleo Botafogo, Parque Iguarani, Estufa, Itaguá e Bela Vista. Próximo à Praia Grande há barran-
cos e deslizamentose casarões foram prejudicados. D es a pa r ec i do s – As quatropessoasqueestavam desaparecidas – três homens euma mulher – tinham saídopara pescarna praiadoPuruba,no início da tardededomingoenão conseguiram retornar por causa da tempestade. As buscas começaram na manhãdeontem depois que parentes levarama informação à polícia. Até um helicóptero Águiada Polícia Militar auxiliou na procura. Porvolta das15h, os turistas foram localizados por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Eles estavamemcima de árvores emuma ilhota.Deacordo com aDefesaCivil,José Fernando Diniz,Sebastião Batista,Valéria RamosDiniz e Alexandre Ramos são da mesmafamília. Elesestavam bastanteabalados coma situação, masninguém ficou ferido. Outros municípios – Em Cruzeiro, no Vale do Paraíba,choveutantoqueasituaçãopreocupaaDefesaCivil. De acordo com o monitoramento do Inpe,feito ontem pela manhã,nas últimas72 horas havia chovido88 milímetros, colocandoa cidade em estado de alerta. Aprecipitação causouo rompimentode umatubulaçãodeágua e aquedade árvores. Não há famílias desabrigadas. Nomunicípio vizinho, em Cachoeira Paulista, achuva atingiu77 milímetros ea cidadeestáem estado de atenção. EmSãoSebastião, 15famílias tiveram de deixar suascasasatéque aágua baixasse.A chuvainundou muitasresidências dobairroBaleia Verdee aspessoas acabaram perdendo móveis e eletrodomésticos. Previsão – Achuvavai continuar atéamanhã, pelo menos. De acordo com o Centro de Previsão do Tempo do Inpe, a frentefria se afasta do oceano, mas continuamas condiçõesdechuva em qualquer hora do dia e tempo nublado. Emum boletim informativo, o Inpe divulgou que os pescadores devemtercuidadocom omar. Asondas no sudeste do estado de São Paulo podem variar de 2,5 a 3 metros de altura. (AE)
Depois de nove meses afastados do local por causa das obras do túnel sob a Faria Lima, os clientes do comércio da região da Rebouças serão novamente afugentados por obras e trânsito. Alguns comerciantes já acreditam que os consumidores não voltarão mais.
Transtorno emuito prejuízo. Esses são,até momento, os únicos resultadosobtidos pelosmoradores e comerciantes da região daavenidaRebouças,coma construção do túnel Jornalista Fernando Vieirade Melloeaimplementaçãodo Passa-Rápido. Durante os nove meses de obras – de janeiro a setembro de 2004 –, a queda no faturamento do comércio local chegou a 70%, de acordo com o Movimento Rebouças Viva. A repercussãodanova interdiçãoem umtrecho daavenida EusébioMatoso, apartir de hoje,foi extremamente negativa na região, que ainda sofrecom ascalçadas inacabadas. Os comerciantesreclamam que, assim como não foramavisadospela administração petista do início dasobras no ano passado, ninguémda Prefeiturapassounos últimos dias para comunicarsobre anecessidade de novos bloqueios nas vias para refazer as in-
tervençõesnas galeriasmal executadas. "Estão falando que vãoquebrar aqui em frente denovo, masa gente nãosabeaocerto.Issoimpedeque avisemosnossos clientes e preparemos medidas especiais para atendê-los", queixou-se a supervisorada locadoraVideo Factory, Sheila dos Santos. Elaafirmaque duranteo períodode obras,no ano passado,o movimentocaiu pelo menos 40%. Nos últimos dois meses,a situação crítica começava a dar sinais de recuperação. "Pelo jeito vai ser bastante difícil manteros clientes,porque as pessoas vão acabar desistindo de vir até aqui". Omedo deSheila écompartilhado por Guido Luperi, proprietário da loja Mestre Guido Ferragens. "A recomendação que mais ouço na mídia é: não vir paraaregião daRebouçasou evitar passar porela para chegarem qualquerdestino. Ensinam sempre um caminho alternativo. Dizer evite essa área, é dizer evite
O trânsito nas avenidas Eusébio Matoso e Rebouças vai ficar congestionado pelo menos por mais 30 dias a partir de hoje. O prejuízo contabilizado pelos comerciantes não terá compensação, segundo o secretário de Infraestrutura e Obras, Antônio Arnaldo de Queiroz e Silva. O problema dos lojistas, segundo ele, são as calçadas, que estão quase prontas. Mas não é isso que os comerciantes alegam. Para alguns, os transtornos na região são tantos e duram tanto tempo que os clientes não voltarão mais.
o comércio. Não há como fugir disso".
O comércio de Luperi teve queda de até 70% durante a construção do túnel, o que causouademissãode parte dos vendedores. Segundo ele, a comparação dasvendasdosúltimosdois meses com omesmo período em 2003, quando não haviaqualquerintervençãona região,ainda estádefasada em cerca de 40%.
Sem compensação –Apesardesernítido oprejuízo ao comércioda região, osecretáriodeInfra-estrutura e Obras da Prefeitura, Antônio Arnaldo de Queiroz e Silva, diz quenãoestáprevista a concessão de compensações aos comerciantes. "O problema principal para o comércio são as calçadas, quedificultam oacesso aos estabelecimentos.E elas estãoquase concluídas", afirma o secretário.
No entanto, oscomerciantes devemestarpreparados paraotranstorno de novas interdições, após a realizaçãodessas conside-
O governo federal está concluindo estudos para modificar o passaporte brasileiro, com o objetivo de torná-lo mais confiávelinternacionalmente emodernizar sua confecção. Amedidaatende àexigênciasda nova ordemdiplomática internacional, a partir dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, euma antigareivindicação da UniãoEuropéia,diante da facilidade com que os passaportes brasileiros são falsificados por quadrilhas.
Em conseqüência das mudanças, o Brasil passará a ter seis tipos de passaportes, cada um com uma cor.
O passaporte comum, hoje de cor verde oliva, passaa serazul escuro, com cor, formatoe características gerais adotadas nos demais países doMercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile). Haverá umpassaporte específico para refugiados e imigrantes temporários,na cor amarela.
Um modelo específico,
na cor azul claro, será usado emsituações emergenciais. Opassaporte paraintegrantes docorpo diplomático continuará sendo da cor vermelha. Opassaporteverde oliva passará a ser exclusivo para viagens oficiais a serviço do governooude instituições do Estado. Haverá ainda umúltimo modelo, o "lassez passez", na cor marrom, para brasileiros que vão para países semrelações diplomáticas com o Brasil, como a Coréia e o Vietnã. (AE)
radasemergenciais. Ostécnicos do Institutos de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que realizaram o estudo das galerias,poderãoestendera área afetada. Com isso, determinar outras reformas.
Além disso, assim que essa primeira etapa de reconstrução for concluída – sem qualquer ônus para oscofres públicos, segundo a Prefeitura–o túnelem si também será alvo de obras.
Dessavez, paraexecução de itens previstos no projeto inicial, mas não cumpridos, como a grelhas para a captação de água e lombadas nas entradas e saídas. Elas funcionarão como diques para dificultar a entrada de água no túnel.
Seoburaconofaturamento dosnegócios estáaberto, a situação éparecida em diversos pontosno asfaltodo corredor do Passa-Rápido Rebouças, em outros trechosque,porenquanto,não serão alvos de intervenção. Naaltura donúmero 2175 da avenida Rebouças, há um enorme buraco na faixa exclusiva, capaz de causar danosaos ônibuse taxis, que ali trafegam. Outra cratera, mais adiante na esquina da Rebouças com a Joaquim Antunes também é perigosa. Já próximoao Hospital das Clínicas nova depressão noasfalto. Todos esses problemas na pista sentido Centro. (FV)
Síndrome de Estocolmo
Pelo andar da carruagem, o prefeito José Serra (PSDB) amarelou. Perdeu a oportunidade de responsabilizar judicialmente a exprefeita Marta Suplicy (PT) por, no mínimo, descaso para com os munícipes e pouco cuidado com o dinheiro público. A prefeita correu com as obras da avenida Rebouças, na esperança de reverter um quadro eleitoral perdido. No plano pessoal, deu com os burros n'água. Em relação à cidade, entregou aos paulistanos uma piada, um presente de mau gosto. E sujeito a inundações. Hoje, os mesmos munícipes, que pagaram R$ 82 milhões pela obra, voltarão a pagar caro pelo descaso da exprefeita, cuja responsabilidade já deveria ter sido argüida. A falta de iniciativa do prefeito aponta para algum acordo que pode satisfazê-lo, mas que incomoda o paulistano,
especialmente aquele que, direta ou indiretamente, vive na área de influência das obras – seja o pedestre, o morador ou o comerciante.
Além disso, Marta Suplicy deixou uma herança de R$ 1,9 bilhão em dívidas, que o novo prefeito já anunciou que pagará, comprometendo as ações de seu primeiro ano de mandato. No dia 23 de agosto de 1973, três mulheres e um homem foram tomados como como reféns durante um assalto a banco em Estocolmo, na Suécia. O drama durou seis dias. Para surpresa geral, as vítimas passaram a proteger seus seqüestradores. Meses depois, duas delas se casaram com seus algozes. Dá-se o nome de Síndrome de Estocolmo ao fenômeno segundo o qual um refém mostra afeição pelo seu raptor. No caso paulistano, o que a política não explica, a psicologia interpreta.
A prática do estacionamento em local proibido continua no Pátio do Colégio sem que as autoridades municipais de trânsito tomem qualquer providência.
Mais um dia de estacionamento no Pátio do Colégio. Despreocupados motoristas de carros muitas vezes oficiais continuam estacionando impunemente seus veículos na calçada do logradouro público mais representativo da cidade. Ontem, por volta das 12h, cinco carros estavam estacionados ao lado da igreja do Beato José de Anchieta, em frente à Secretaria de Justiça do Estado. Uma van Blazer, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, disputava o espaço destinado aos pedestres com outros carros oficiais, entre eles um Gol Instituto de Pesos e Medidas do Estado (Ipem), de placas CMV-1127.
Sem exceção, todos os carros estavam estacionados sob uma placa de proibido para e estacionar, o que invalida qualquer alegação de ignorância. Estacionar em local proibido é infração grave segundo o Código de Trânsito Brasileiro. A multa prevista é de 120 UFIRs (R$ 127,69) e a perda de cinco ponto na carteira de habilitação. No Pátio há uma base da Polícia Militar. Policiais militares podem aplicar multas de trânsito. (Da Redação)
José Serra define nomes de mais cinco subprefeitos
O prefeito José Serra (PSDB) eo secretário deCoordenadoriasdasSubprefeituras, Walter Feldman, definiram ontem o nome de mais cinco subprefeitos em São Paulo. Três deles foram prefeitos de cidades daGrandeSão Pauloe outros dois são amigos pessoais de Serra.
Paraa Subprefeitura de Cidade Ademar, zona sul, o nome escolhido édo médicoFernando FernandesFilho, de 53 anos,ex-prefeito de Taboão daSerra,cidade da Grande São Paulo com 200 mil habitantes. Fernandes se elegeu pela primeira vez noPTB edepois dereeleitomudou para oPSDB, época em que conheceu Serra como senador e ministro da Saúde em Brasília.
Outro ex-prefeitovai comandar a Subprefeitura de Guainases, na zona leste. O nomeado Estevam Galvão deOliveira,de 61, que foi quatro vezesprefeito de Suzano, cidade de 230 mil habitantes. Seuprimeiro mandatofoientre 1977e 1982e oúltimo acabouem 2004.Oliveirafoi deputado federal pela Arena e é filiado ao PFL.
O terceiro ex-prefeito é Humberto Carlos Parro, de 62 anos, que vai comandar a Subprefeiturada Vila Maria, na zona norte, depois de teradministradoOsasco,cidade com 800mil habitantes entre1983e 1989,sempre pelo PMDB.
Dois irmãos vão comandar duas das regiõesmais cobiçadas da cidade. AntônioMarsiglia Netojáhavia sidoescolhido para chefiar a Subprefeitura de Pinheiros. Seu irmão,Francisco Marsiglia, foinomeado para aSubprefeiturada Vila Mariana, na zona sul da capital. Francisco Marsiglia ocupavaatualmenteo cargo de assessor da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Assistência Social. Finalmente, para a Subprefeitura de São Mateus, nazonaleste,foiescolhidoo advogado ClóvisLuiz Chaves, de56 anos,assessor da Presidência daRepública durante o governo do expresidenteFernando Henrique Cardoso. (AE)
ÀS BARATAS – O Palácio das Indústrias, antiga sede da Prefeitura de São Paulo, está entregue às baratas, literalmente. O prédio, que seria transformado em um museu, está abandonado. O mato cresceu e os espelhos d'água estão imundos. Não faltavam planos para o espaço. Seu estacionamento daria lugar a uma área privilegiada aos clientes e frequentadores do Mercadão. Eles poderiam deixar seus carros estacionados no local e seguir para o mercado em uma esteira rolante. Cabe agora ao prefeito José Serra dar um destino ao imóvel. O Palácio das Indústrias já foi sede da Assembléia Legislativa de São Paulo. Depois, abrigou o Degran, da Secretaria de Segurança Pública. Na gestão Luíza Erundina, trocado pelo pavilhão Manoel da Nóbrega, no Ibirapuera, o palácio passou a sediar a Prefeitura paulistana.
Nenhuma autoridade de trânsito coibiu ontem o estacionamento proibido no calçadão do Pátio do Colégio. A prática é comum no local onde foi fundada a cidade de São Paulo. Na última sexta-feira a situação foi exatamente a mesma. A infração é greve e a multa prevista é de R$ 127,79, com cinco pontos na Certeira de Habilitação.
Contratos de lixo da Prefeitura são mantidos por liminar
O desembargador Alves Bevilacqua, doTribunal de Justiça (TJ), concedeu ontemnova liminar emfavor deum consórciovencedordalicitaçãodolixo em SãoPaulo aEcourbis Ambiental. Trata-se da segunda decisão,em umasemana, que cancela os efeitos de outra liminar,do juizLuiz Sérgio Fernandes de Souza, da 8ª Vara da Fazenda Pública. Emdezembro, Souzasuspendeu provisoriamenteos contratos firmados entre a gestãoda ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e os dois grupos de seis empresas que ganharama concorrênciaparaserviçosde coletae destinação de resíduos domésticos e hospitalares. Os contratos, com duração de 20 anos, prorrogáveis por igual período, têm custo de cerca de R$ 10 bilhões.A decisão do juiz deprimeirainstância atendia a pedido do Ministério PúblicoEstadual(MPE). Em açãocivil pública,o promotor Túlio TadeuTavares e oitocolegassustentaramque havia irregularidades no processo licitatório e as empresasconcorrentes– dois consórciosde trêsintegrantes e uma empreiteira – formariam cartel.
Nodia11, Bevilacquahavia concedido liminar em favordaSPLimpezaUrbana,a outra vencedora da licitação. Com isso, uma decisão semelhante beneficiandoa Ecourbis eraesperada. Os doisconsórcios pediramà Justiça que os efeitos de uma primeira liminar, assinada pelo mesmo desembargador no fimde dezembro atendendo a recursoda Prefeitura, fossem válidos para eles. A Prefeitura não vai recorrerdas decisões,paranão atrasaro julgamentodeméritodosrecursos, acargode desembargadores da Secção de Direito Público do TJ. Aliminar consideraque os prazos estabelecidos na decisão do juiz de primeira instância (manutenção por 30 dias dos contratos e nova concorrênciapúblicaem180 dias, como sugeriu o MPE) são exíguos. Com isso, argumenta Bevilacqua, surgiria o risco de descontinuidade da prestação de serviço público essencial. (AE)
OCentrão, criado na Câmara Municipal de São Paulopara derrotar o PSDBna eleição depresidente daCasa, estáprestes a levar um olé de Roberto Trípoli. Só agora é que os partidos queformam a Frente (PT-PMDB-PTBPP-PL e PC do B) estão percebendo que podem ter comprado gato por lebre.
Roberto Trípoli prometeu deixar oPSDB caso vencesse a eleição com os votos do Centrão. Venceu.Mas, promessaépromessa,e só.Agora,Trípoli luta para permanecer no partido. Sua decisão foi comunicada ao prefeito José Serra. Trípoli não só pretende ficar no partido como anuncia aos tucanos seu apoio ao prefeito.
O vereador,acusado de trairo partido eo candidato oficial do PSDB,Ricardo Montoro, apresenta sua defesa ao tucanato. Cabe à Comissão de Ética do partido analisar os termos da defesa e responder ao vereador num prazo de 10 dias.
Pesa contra Trípoli umpedido de expulsão do partido. Nãose sabequal adecisão doConselho deÉtica.Trípoli, noentanto, nãovai esperar ser expulso, se este for o veredito final.
R
oberto Trípoli insiste em se defender usando a tática de proteger opartido. Diz ele que se não aceitasse a candidatura apoiada no Centrão, o candidato oficial Ricardo Montoro perderia a eleiçãopara aoposição. É nesse ponto que se baseia a defesa do vereador.
C omenta-se na Câmara que oCentrão vaifazer água com defecções importantes. Pelo menos 4 dos 7 vereadores do PTB vão apoiar Serra (já estão apoiando), abandonando a oposição.Outros vereadoresdo Centrão devem acompanhar os petebistas.
Circula no tucanato a informação deque Serraestaria nomeando ex-prefeitos para assubprefeituras para atender a um pedido do secretário de Governo, Aloysio Nunes Ferreira. Segundoofuxico,seriaatravésdos ex-prefeitosqueAloysiopavimentaria suacandidatura ao governo do Estado.
Mas ainformaçãocarece de coerência porque o secretáriodas Subprefeituras, Walter Feldman, também se fantasiou depré-candidato àsucessão deAlckmin.Até provaemcontrário, quem indica os subprefeitos é Feldman e não Aloysio.
N ormalmente, o prefeitoqueentracostumaacusar oque saideterdeixado uma enxurrada de problemas edívidas apagar. Serra, por exemplo, diz que recebeu um déficit de R$ 1 bilhão e900 milhõese Marta quandoassumiu denunciou que Celso Pittahavia deixado uma dívidade R$ 970 milhões.
Se for verdadeira a informaçãodeSerra,MartaSuplicyteriatransgredidoaLeide Responsabilidade Fiscal, poisdeixoudívidassemverbas reservadas parao resgate.Serpunido peloLRFsignificaperderosdireitospolíticos. Quando Pitta deixou o cargo a mesmalei ainda não estava em vigência.
T
ambém comodas vezes anteriores, Marta Suplicy rebate a acusação de Serra, garantindo ter deixado dinheiro em caixa (R$ 376 milhões) parapagamento deumadívidade R$375 milhões.Cabe, portanto, aoTribunal de Contas doMunicípio apontar quem tem o nariz grande como o de Pinóquio.
AG eraldo Alckmin está esfregandoas mãosdesatisfação coma emenda constitucionaldodeputado EduardoPaes, doPSDBdo Rio, que permite aos chefes deexecutivo disputareleições sem necessidade de renunciar ao cargo.
A proposta do deputado fluminense pode ser incluída no texto do projeto de reforma política quedeve ser discutidoe votadoainda este ano.Atualmente,os chefes de executivo não precisam renunciar ao mandato apenas quando concorremà reeleição, isto é, disputameleição parao mesmo cargo.
J osé Genoino fala como presidente nacional do partido quando apregoa que LuizEduardo Greenhalgh é o candidato oficial do PT à Presidência da Câmara. Portanto, mais uma vez Genoino descredenciaomineiro Virgílio Guimarães a continuar sua pregação como candidato avulso.
A eleição para aPresidência da Câmara está marcada para14defevereiro. Portanto, os candidatos entram nafase decisivada campanha. AlémdeGreenhalgh e VirgílioGuimarães, umterceiro candidato pede votos na Câmara: José CarlosAleluia (BA), líder do PFL.
O que anda preocupando o governo é que a eleição de presidente da Câmara se dá através do voto secreto. Pois bem:trata-se do melhor método parasepraticar traições.Oscandidatos não-oficiais jogam com a traição para se eleger.
A gora são 3 e não 2 os tucanosque pretendem ser presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo: Edson Aparecido, Vaz de Lima, eWanderley Macris. O deputadoAparecido continua sendo apontado comoocandidatodogovernador Alckmin. Dizem mas não provam.
A escolha do novo presidentedoLegislativo paulista seráno dia15 demarço. Portanto, depois da eleição na Câmarados Deputados (14 de fevereiro). Vê-seque oPT vaiconhecer primeiro o comportamento dos deputados paulistas do PSDB na eleição da Câmara.
administração da ex-prefeita Marta Suplicy conseguiu o que parecia impossível: foi pior do que a do ex-prefeitoCelsoPitta, doponto devista financeiro.Segundo balançodaSecretaria Municipal de Finanças,noúltimo anode seu governo,Pitta deixou umadívidade R$ 1,37 bilhão (em valores já atualizados), enquanto Marta deixou uma dívida de R$ 1,9 bilhão. Por contadisso, a Prefeituradivulga hoje um conjunto de normas para que os fornecedores que tomaramcalote saibamcomo procederpara receberem o que têm direito da administração pública. Ao todo, são maisdedois credoreseacima de oitomil processos quevão terseuspagamentos parcelados. Quando assumiu o governo, o então secretário das Finanças de Marta, João Sayad, anunciou um débito deR$970 milhõescomfornecedores para o qual não havia dinheiro em caixa. A gestãopetista tevederenegociar eparcelar ospagamentos aoscredores. Algumas dessas parcelas ainda estão sendo pagas. Levada em contaainflação do período(IPCA), adívidacom fornecedores deixada por Pitta equivaleria hoje a R$1,37bilhão, R$ 530milhões amenos do queo déficitdeixado por Marta,de acordocom levantamentos daequipe do prefeito José Serra (PSDB). Manobra igual – O PT denunciava na época que Pitta recorreu a umamanobra contábil, queironicamente foi usada pela administração de MartaSuplicy. O exprefeito também cancelou
Grupo articula apoio à candidatura de Virgílio Guimarães
O grupo"Câmara Forte", que apóia o deputado Virgílio Guimarães(PT-MG) paraa PresidênciadaCâmara dos Deputados, promove hoje um almoço para articular a candidatura independente doparlamentar. Na avaliação do deputado João Caldas (PL-AL), que integraogrupo ,odeputado VirgílioGuimarães sódesiste da candidatura "morto ou gravemente ferido". Segundo Caldas, a candidaturade Virgílio cresceu a tal pontoque não pertence maissomentea ele."Éuma manifestação de apoio espontâneo, sem pressão e de consciência".
O deputado Professor Luizinho (PT-SP),líderdo governo, disse que também hojecomeça uma campanha ostensivado candidato do PTa presidenteda Casa, Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), que inclui o envio de umacartado atual presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP)a todos os deputados, pedindo votos para Greenhalgh. A insistência de Virgílio já começaairritarosgovernistas.OProfessor Luizinho disse ao deputado João Leão (PL-BA),vice-líder do PT e cabo eleitoral do deputado mineiro:"Todos oslíderes (da base) do governo votam em candidatodo governo", ao que Leão respondeuprontamente: "Sea questãoéessa, euacabode pedir demissão." (Agências)
Segundo a equipe do prefeito José Serra, gestão petista se valeu da mesma manobra usada pelo ex-prefeito Celso Pitta: cancelou mais de 8 mil empenhos
empenhosno final dagestão e computoucomodinheirodeixadoemcaixaum resgate de receita do Estado de R$ 506 milhões, em valores da época.O problema é que o resgate de receita nem sequer havia sidojulgado pelo Tribunal de Justiça. Saldo – O ex-prefeito passou a contestar as informações da equipe de Marta, como ela faz agora. A equipe da ex-prefeita garante que deixou uma dívidacom fornecedoresdeR$375milhões eumsaldoemcaixaparapagá-la de R$ 376 milhões. Nas contas de Marta, portanto, sua administração fechou no azul. Tanto que o ex-secretário de governo, Rui Falcão, concedeu entrevista afirmando quenãoexistia dívida.Falcão tambémgarantiu que Serra foi beneficiado pela entradaem caixa nosprimeirosdiasdoanode R$ 166 milhões, dinheiro obtidocom um precatório, mais R$ 18 milhões com a venda deumterrenoede
mais R$ 86milhões referentes aemendasdaCâmara dosDeputadosparaomunicípio. Prazo– Obalanço da equipe de Serra aponta ainda outros supostos dribles à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).Segundo anova administração,Marta cancelouempenhos (reserva orçamentária) de serviços realizadosporfornecedores. A Secretaria das Finanças informou ontem quetodososempenhoscancelados – cerca de 8.200, que são de 2,3 mil fornecedores – serãopublicadosnaedição de hoje do"Diário Oficial" do município. Os credores terão atéo próximo dia 31 para solicitarem o pagamento das dívidas canceladas. Aprefeitura vai saldá-las parceladamente e com desconto.
Outro problema apontado pelo balanço da nova administraçãoéafaltadereconhecimento dedespesas realizadas. De acordo com
levantamento feito pela equipe deSerra, R$278 milhões foram gastos pela prefeitura sem que fosse feito qualquer reconhecimento formalno Orçamento. A equipede Martanega que isso tenha ocorrido. Médicos – Durantetodoo mês de dezembro, foram realizados vários protestos defornecedoresedefuncionários que reivindicavam pagamentos atrasados. Ontem, cerca de 150 médicos do ProgramadeSaúde da Família (PSF), da Prefeitura deSão Paulo, gerenciado pelo HospitalSanta Marcelina, entraram em greve. De acordocom oSindicato dos Médicos,os 150 profissionais que atuam nas 58 unidades doprograma administradas pelohospital não receberam os salários de dezembro, o depósito do FGTS(Fundo deGarantia por Tempode Serviço)nem o dissídio coletivo e o 13º referentes ao ano passado. Fernando Lancha
Rotahabitual detraficantes de drogas guerrilheiros colombianose organizações não-governamentais (ONGs) ligadas a interesses estrangeiros, Tabatinga (AM), na fronteira entre Brasil, Colômbiae Peru,vivehoje duas estréias - ado novo aviãopresidencial,o Airbus C-319, e a do Projeto Rondon,que ressurge 16 anos depoisde ser extinto, em 1989, pelo governo do ex-presidente José Sarney.
Nesse vôoinaugural,de três horas emeia, sem escala, o avião levará o presidente LuizInácio Lulada Silvaparaa solenidade de relançamento do projeto. Com ele, estarão pelo menosdoisministros:o da Educação, Tarso Genro,e o do Gabinetede Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República,general Jorge Armando Félix. Emseguida, Lulateráuma reunião com o presidente
da Colômbia, Álvaro Uribe, emLetícia, naquelepaís, para discutir questões de segurança na fronteira. Criadoem1967–duranteo governo do general Costa e Silva– paramissões de integraçãodepopulaçõesnointeriordoPaís,oProjetoRondon foi usado, durante22anos, paraenvolver estudantes universitáriosnaassistênciaa cidadesdistantes,nãobeneficiadas por qualquer programa governamental. (AE)
O PMDB já definiu qual comando de estatal vai pedir aopresidente Luiz Inácio Lula da Silva dentro da reformaministerial. Opartido teminteresseemficar com o comando da Infraero. Informados de que a dança das cadeiras da reforma ministerial pode envolver a presidência daestatal, dirigentes do partido já se articulampara que abancada peemedebista da Câmara possa fazer a indicação para o cargo.
De acordo com um dos representantesda ala governista do partido, que aguardaochamado deLulapara negociar a participação do partidono governo,oatual presidente da empresa que administraosaeroportosde todooPaís,Carlos Wilson (PT), deveser "promovido para um posto melhor". Isso abriria apossibilidade dea vaga ficar com o PMDB. A cúpulagovernista do partidopassou asegundafeirana expectativadeuma
convocação doPlanalto para tratarde ministério,mas não recebeu nenhum contato até o início da noite. MashátambémnoPMDB o temor de que qualquer definição seja adiada, por causa da briga no PT pela Presidência da Câmara. De acordo comum dirigente peemedebistaque participada articulação com o governo, a candidatura avulsa do petista Virgílio Guimarães (MG)está crescendobastante na Casa. (AE)
KiyoshiHarada
Presentear o indefeso contribuinte no final do ano, com medidas legislativas opressoras, já se incorporou definitivamente na rotina da atividade legislativa a cargo, tanto dos parlamentares, como também do legislador palaciano.
Independentemente da reforma tributária em andamento há décadas, com uma parte dela já aprovada, resultando na brutal elevação da carga tributária, os "pacotes tributários" vêm sendo despejados ao longo desses vinte anos, sob os mais diferentes pretextos: crise mexicana; crise asiática; crise russa, crise da Tailândia, crise da bolsa etc. A pressão da sociedade para corrigir a tabela do IR foi utilizada, pela segunda vez, para aumentar os tributos. A primeira foi em 2001. Agora, novamente repetiu-se o filme de 2001.
Só que, desta vez, precedida, para efeitos de mídia, de bombásticos pronunciamentos das autoridades fazendárias dando conta da "perda" de milhões e milhões de reais, uma verdadeira sangria nos cofres da União. Na época pensei: quanto maior o choro, maior a apunhalada que virá depois. Eticamente, não se poderia falar em "perdas", mas, em diminuição do aumento indireto e ilegal do imposto, por conta de um processo inflacionário, sempre sob controle na exata medida desejada pelo governo. Por isso, inflação é sinônimo de imposto inominado.
Pois bem, fez-se uma ridícula correção na tabela do IR, que repõe apenas uma parte dos índices inflacionários dos últimos anos e, em troca, o legislador palaciano editou um "pacote" que eleva a carga tributária de forma truculenta, o que, certamente, fará bater novo recorde de arrecadação de fazer inveja aos países do primeiro mundo. Se a sociedade não tivesse exercido a legítima pressão para forçar o governo a corrigir a tabela do IR, certamente outro pretexto seria invocado para atingir o sempre castigado setor de prestação de serviços com um efeito devastador, o efeito "tsunami tributário".
Enquanto não se colocar um ponto final no processo de expansão gradual da estrutura paquidérmica do Estado, mais e mais receitas serão necessárias para azeitar os instrumentos, quase sempre enferrujados, pouco ou quase nada sobrando para atingimento dos fins do Estado. Parodiando Ataliba Nogueira eu diria: "O Estado é meio, o fim não existe". A sociedade, o povo é mero instrumento de transferência de riquezas para o Estado. E aqui é oportuno transcrever trecho do artigo do jurista Ives Gandra da Silva Martins, quando ele afirma: "A primeira vaca sagrada é: 'O Estado, via tributos, é um bom redistribuidor de riquezas'. Mentira. O Estado tem sido um bom repassador de riquezas para os detentores do poder, que se auto-outorgaram fantásticos privilégios, principalmente nos vencimentos e subsídios e na multiplicação desmedida de cargos e funções a permitir, cada vez mais, que os amigos do poder tenha seu futuro assegurado. Conclusão: o Estado se auto-distribuiu as riquezas, tirando-as da sociedade, através da elevação da carga tributária de 26 para 37% do PIB". (Vacas sagradas tributárias, Valor Econômico, B2, 24-04-2003). Nada mais é preciso dizer.
Análise do "pacote" - Os benefícios dos arts. 1º a 3º da MP nº 232/04, que corrige timidamentea tabeladoIRe osvaloresa seremdeduzidos, sãoanuladospelasdisposições seguintes que representam umaelevação da carga tributáriainfinitamentemaiordo queapropalada "perda" de arrecadação do IR, decorrente da pífia atualização monetária de valores. I - O artigo 5º, mediante alteração sub-reptíciado artigo 30 da Lei nº 10.833/03, expandiu o elencode pessoas jurídicas sujeitasà retenção na fonte da CSLL, da Cofins e da contribuição ao PIS/Pasep, excetuando daretençãoas empresas estrangeiras de transporte. As empresas nacionais somente se livram da retenção da Cofins e do PIS/Pasep (não da CSLL)
nas hipótesesde transporte internacional, oque violenta duplamente o princípio da isonomia.
II-Oart.6º,mediante remissão às pessoasjurídicas queproduzem mercadorias relacionadasnos artigos8ºe 15 daLeinº 10.925/04(mercadoriasde origemvegetale animal),submete àretenção doIR na fonte, àalíquotade 1,5%, todos os pagamentos por elas feitos a fornecedores de insumos, que geram direitoa créditopresumido. Se o fornecedor for pessoa jurídica impõe-se, também, a retenção da CSLL à base de 1% O regime de retençãona fonte aplica-se,também, às demais hipóteses de pagamentos efetuados porpessoa jurídica à pessoa física ou à pessoa jurídica que dêem direito a créditopresumido
Fez-se uma ridícula correção na tabela do IR. Em troca, o legislador palaciano editou um "pacote" que eleva a carga tributária de forma truculenta.
na forma dosparágrafos 19 e 20 da Lei nº 10.833/03. Os valores retidos na quinzena, devem ser recolhidos até o últimodiaútil dasemanasubseqüente,contrastando com a extrema morosidade dopoder público nopagamento de suas dívidas passivas. A retenção édispensada para pagamentodevalor igual ou inferior aR$5 mil em se tratando de pessoa jurídica e, em se tratando de pessoa física, até ovalor equivalente ao limite de isenção previsto na tabela progressiva do IR.
III - O art. 7º instituiu outras hipóteses deretençãodo
IRPF, à alíquota de 1,5%, relativamente às importâncias pagas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, inovando a legislação doimposto de renda mediante inclusão de prestação de serviços antes não alcançados pela tributaçãonafonte. Ovalorretido deverá serrecolhido atéo terceiro dia útil da semana subseqüente,poiso Leão tem sede e não pode esperar a viradado mês ouda quinzena.O queacarretamaiores providências burocráticas ao contribuinte.
IV - O art. 8º eleva de 1% para1,5%a retenção nafonte pelos pagamentos feitos por pessoasjurídicas aprestadores deserviçosde limpeza, conservação,segurança,vigilância elocação demão-deobra de que trata o art. 3º do Decreto Lei nº 2.462/88.
V-Oart.9ºprescreveuquea variação cambial dos investimentos noexterior avaliados pelo métodode equivalência patrimonial é considerada receita ou despesa financeira, devendocompor olucroreal e a base de cálculo da CSLL do período de apuração.
Trata-se dereedição doartigo 46daLei nº10.833/03, vetado pelo Executivo, porque noano calendáriode 2003 registrou-se variação cambial negativa apropiciar
possibilidade dededução de despesas para aspessoas jurídicas controladas ou coligadas no exterior, com conseqüente queda de arrecadação no exercício de 2004. Ora, a incorporação de meravariação cambial,sem alteração do valornominal damoeda forte, no lucro real, pode implicar superação da renda efetivamente auferida pela empresa, passandoa tributaropatrimônio,enão arenda,em desconformidadecomo fato gerador doimposto, previstono art.43 do Código Tributário Nacional (CTN). A variação cambial positiva, por si só, não representa lucro ourendapara oinvestidor. Quase sempre,a taxacambial do dia da efetiva liquidaçãoda operaçãonãocoincidecom aquela vigenteà épocadoencerramento do períodode apuração.Porisso,só sepodefalar emlucro ou prejuízo, gerando receita financeira ou prejuízo financeiro, ao final do investimento,pormeio devendaourecebimentode lucros. OSTF já se manifestouno sentido de que o fato gerador previstono art. 43do CTNexige efetiva disponibilidade do lucro como severifica na ementa seguinte: Imposto de Renda - Retenção na Fonte - Acionista. O artigo 35 da Lei nº 7.713/88 é inconstitucional aorevelar como fatogerador doimposto derendanamodalidade'descontona fonte',relativamente aosacionistas,asimples apuração, pelasociedade e nadata doencerramentodo período-base,do lucro líquido, já que o fenômeno não implica qualquer das espéciesdedisponibilidadeversadas no artigo 43do CTN, isto diante daLei nº6.404/76 (RE 172058/SC, Tribunal Pleno, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 13-10-95, p. 34282). VI -O art. 10introduz algumas alterações positivas aoprever apossibilida-
ACSP e entidades da classe médica lançaram ontem a Frente Brasileira contra a Medida Provisória 232
Aartilharia contra a MedidaProvisória 232, que aumentou a base de cálculodo ImpostodeRendae daContribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 32% para 40% para os prestadores de serviços, fica cada vez mais pesada. Em São Paulo, foi lançada ontempelaAssociação
Comercial deSãoPaulo (ACSP)epor entidadesda classe médica a Frente Brasileiracontra aMedidaProvisória 232. E, no Congresso Nacional, começou a ser articuladaumaestratégiapara votare derrubar a MP, que encontra resistências dentro do próprio governo. Ontem, oministroda agricultura, Roberto Rodrigues, disse que é "perfeitamentepossível" reverter odispositivo que prejudica os agricultores comaretençãode1,5% de Imposto de Renda. No lançamento da Frente,
opresidenteda ACSP,Guilherme Afif Domingos, disse queo objetivodomovimentoé batalhar para transformar todososartigos da MP quenãodizemrespeitoàcorreçãoda tabeladoIR emum projeto delei. "Esperoque o Congresso deixe de ser homologadordo PoderExecutivo autoritário e burocrático para ser representante da sociedade", criticou. O governo justificou a MP 232 dizendo que com ela buscou equalizar o Imposto de Renda da pessoa física como dapessoa jurídica,já que haviacorrigido atabela dos assalariados em 10%. "Nos admiramos de ver essa posiçãocínica dasautoridades. Se houvessemesmo espíritodeequalização,atabela teria sido corrigida de acordocom osíndicesinflacionários", afirmouAfif, acrescentando que, com o aumento instituído pela MP 232, mais de 33% do fatura-
Os preços dos produtos nos supermercados podemsubir, em média,1,5%porcausa da Medida Provisória 232, que aumentou a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 32% para 40% para os prestadoresde serviços tributadospelolucro presumido. O alerta é do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira. Segundo ele, aMP 232 vai reduzir as margens de lucro do setor. Isso porque, se o aumento do Imposto de Renda e da contribuição social for efetivado, o custo dos serviços vai certamentecrescer.Os médiosegrandes supermercados serão osmais afetados, porque são os que mais utili-
Regularização de Imóveis Habite-se Projetos - Prefeituras CETESB
zam a terceirização dos serviços de limpeza, segurança e transporte de valores, entre outros."Atualmente, ossupermercadosbrasileiros empregam diretamentecerca de 760milpessoas, masessenúmerosobe paradoismilhões, se contabilizados os trabalhadores indiretos, entreelesos terceirizados", explica opresidente da Abras. O aumento de custo vai impactar nos preços ou na rentabilidade dosegmentosupermercadista. A expectativa é de quepartedesta altadecustos seja repassadaaosconsumidores e outra seja absorvida pelas empresas. O impacto nos preços só não será maior, segundo Oliveira, porque não há ambiente para isso. Laura Ignacio
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mentode 700 mil a 800 mil empresasserá usadoparao pagamento de tributos.
Tsunami -Afif e os representantesda classemédica nãodescartamapossibilidade de uma ação judicial, mas acreditam maisno caminho políticoparacombateramedida,em uma união de to-
dasasentidadesdeclassedo País. "Já que a MP 232 é comparada ao tsunami, estamos fazendoum rescaldo para saberquaisáreasforamatingidas, como ados médicos, advogados, artistas e jornalistas", disse Afif, lembrando que no dia 27 haverá outra reunião em São Paulo, no
Sindicato dasEmpresas de Serviços Contábeis(SesconSP), com representantes de diversos setores econômicos, de váriosestados brasileiros."Nodia 15defevereiro, no ClubeEspéria, vamos colocar a frente ampla em marcha para o diálogo com os parlamentares.Nossa quinta coluna já está em Brasília para isso."
O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), EleusesVieirade Paiva,afirmouqueosmédicos sofrem pressão de 80% dos planos de saúde, que só
fechamcontratos compessoajurídica. "De60% a70% dos 300 mil médicos em atividadeforam obrigados a abrir empresa."
Segundo Roberto Luiz D'Avila, diretor do Conselho Federalde Medicina(CFM), o lucro de 32% já erauma presunção otimista."Com o aumento,fica impossívelfazer medicina de qualidade." Ainda ontem,osdentistas também aderiram à Frente. Em Brasília, empresários e parlamentares de oposição se reuniram para programar protestos nos estadose na capital até março. Além disso,eles pretendemrejeitara MP durante o recesso parlamentar.Paraisso,seránecessárioconvocar acomissão representativa do Congresso. Formada por 17 deputados e 8senadores, eleitos todos os anos antes do recesso, a comissão temcomouma desuasfunçõesdeliberarsobre a eventual "sustaçãode atos normativos do Poder Executivo queexorbitem do poder regulamentar".
Opresidente nacionalda
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, anunciou ontem que a entidade criará uma comissãode tributaristasque passaráafiscalizaraarrecadaçãoe aaplicação dosimpostos recolhidos pelo governofederal.SegundoBusato,o objetivoédescobrir por quea carga tributária brasileira é uma das maio-
res do mundo, enquanto o retornodaarrecadação,sob a formade benefíciossociais,não reflete este montante. "Temosuma brutal carga tributária e um dos piores resultadosem torno da devolução desses impostos em benefícios para a sociedade", afirmou. De acordo comBusato, o principal motivo para a criaçãodacomissão foia
MP 232.Para ele,o aumento do Imposto de Renda e da CSLL foi determinado sem adiscussão necessária com a sociedadee o Congresso. "Foi uma medida assinada em 30 de dezembro. Ninguém esperava. Não hámais condiçõesde agüentarmos essa carga."
A Cidee a CPMF são doisdos primeirosimpostos que aOAB pretende
avaliar. "Essestributos foramcriadosparaumdestino específico, mas são desviadospara outrasfinalidades", disseBusato, que criticou também amá distribuição dosrecursos arrecadadosentre asinstâncias federal, estadual e municipal. "A União fica com61%detodososrecursos arrecadadosemimpostos", reclamou. (AE)
Agora é para valer.O governo de São Paulo publicou na ediçãode sábadodo Diário Oficial decreto que autorizaoparcelamentodoImposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de dezembroparaovarejo. Serãotrês parcelas mensais (janeiro, fevereiro e março). A concessão do benefício foi autorizadapelo Conselho Nacional dePolíticaFazendária(Confaz)emdezembro do ano passado, por meio do Convênio nº 151. A medida atende uma reivindicaçãoantiga da Associação ComercialdeSão
Paulo(ACSP)eda FederaçãodasAssociações Comerciais do Estado de São Paulo(Facesp), quesabem das dificuldades do varejo em cumprir sua obrigação fiscal nestaépoca do ano. "Muitas das vendas de final de anosãofeitas aprazoe nãogeramrecursos financeiros imediatospara queo empresáriopague oimpostoproporcional aovolume de vendasregistradas no fim deano.Amedida vai darmais fôlegoaovarejo porque permite o aumento docapitalde giro",afirma Marcel Solimeo, diretordo
Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP. Ainda que o parcelamento sejaopcional,o economista acreditanumgrande volumede adesão. "Muitosfazem empréstimospara quitar o imposto. Por isso é vantajosomesmocomacorreção da segunda e terceira parcelas pela taxa Selic", diz.
As duas entidades esperam que esta forma de pagamentoseja estendidapara outros anos. "Isso vai permitir queum planejamento melhordovarejoparanãose prejudicar com o volume de impostosdomêsdejaneiro",
acrescenta o economista. Deacordo comodecreto, os contribuintes enquadrados noregime periódicode apuração(RPA) deverão pagar as parcelas até o dia 20 de cada mês. No caso dos inscritos no regime de pequenoporte, ospagamentos vencem no dia 21. Ao justificar o decreto, o secretárioda Fazenda, Eduardo Refinetti Guardia, ressaltou que não haverá comprometimentocomaLei de Responsabilidade Fiscal, já que osvalores serão recolhidos até o mês de março. Márcia Rodrigues
Sem fiscalização da Prefeitura, local onde nasceu a cidade de São Paulo se transforma, cada dia mais, em um estacionamento público. Local é sinalizado, mas a impunidade é total.
Desdea última sexta-feira, o Pátio doColégio nuncaestevetão cheio decarros estacionados irregularmente, sem qualquer iniciativada Prefeiturapara coibiressaprática.Acertezadequenãoserão multadosétantaqueo Subaruverde, deplacas BSV-8890,estavaládenovo, parado bem em baixo do monumento Glória Imortal à Fundação de SãoPaulo, idealizado peloescultor AmadeuZani,noinício da década de1930.Na sextafeira o veículo ficou um bom tempo no local, sobre o calçadão.
O contribuinte paulista do Impostosobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estálivre de responder por crime contraa ordem tributária antes da conclusãode processo administrativo. Foi publicada no Diário Oficial a Lei Complementar nº 970/05,que trazumartigo impedindo oenvio de representação aoMinistério Público paraa aberturade inquérito policial até que seja encerradaadiscussão sobre a exigência do crédito tributárionaesfera administrativa. A lei é elogiada por advogados tributaristas, mas está sendo alvo de críticas de membros do Ministério Público.
Ontem,por voltadas 13h30 cerca de oito carros disputavam espaço com os pedestres nocalçadão do p á ti o . G ra nd e parte era de carros oficiais, com inscrições do governo doEstado deSão Paulo.Estacionar em local expressamente proibidodeveria acarretar multa de 120 UFIRs, que correspondem a R$127,69, além de cinco pontos na CarteiraNacional deHabilitação, de acordo com o artigo 181, inciso 8º do Código de Trânsito Brasileiro. No Pátio do Colégio existeuma basecomunitáriada Polícia Militar. Na falta de um agentemunicipal, um PMpodeaplicar multasde trânsito. (Da Redação)
Mais um dia de despreocupação para motoristas que estacionam no calçadão do Pátio do Colégio. Fiscalização, nem de longe. Ontem, o Subaru verde que desafiou a CET na sexta-feira estava lá de novo.
Hospital no Rio oferece tratamento para disfunção erétil
C erca de 1.300homens disputaram ontem uma das 300 vagas para tratamento de disfunção erétil ofertadas pelo Hospital da Lagoa,unidadeda rede municipal situada na zona sul do Rio de Janeiro. A distribuição das senhas começou às 4h30, mas quem chegou 10 minutos depois já encontroutodos oslugares ocupados. Um senhor de 60 anos passoumal na fila e morreu.A oferta de vagas paraoProgramade Diagnóstico e Tratamentoda Disfunção Erétil do hospitalocorreduas vezespor ano, sempre nos meses de janeiro e agosto.
Coordenador do serviço, o urologista Oswaldo Berger disse que o cadastramento bimestral é a forma mais democráticade atender a população. "Nãodá para fazer marcaçãode consulta diária, pois aí, dianteda demanda,teríamos pacientescom atendimento para 2007, 2008. Decidimos, portanto,escolher duas datas e fazer o cadastramento por ordem de chegada", afirmou o médico, quedisse nãoter tomadoconhecimento sobre a morte ocorrida na fila. A Secretaria Municipalde Saúdenãoinformou onome da vítima e nem a causa da morte.
Até agora, segundo Berger, o cadastramento vinha funcionandobem. Mas, diantede uma procura maior doque aregistrada nosúltimosanos, eleacabou sendo forçado a abrir 70 vagas extras e a cadastrar as outras mil pessoas queforamaté ohospital nesta terça-feira. (AE)
Opresidente daComissão de Assuntos Tributários da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB-SP),LuizAntonio Caldeira Miretti, defende a aplicação imediata da lei aos inquéritos policiais em andamento. "O arquivamento detais processosvai beneficiar milharesde empresasnoestado deSão Paulo,umavez queamaioria dos autos de infração dizem respeito ao recolhimento do ICMS", diz.
Aconsultoratributáriada IOBThomson, MariaCarolina de Almeida, também aplaudiuamedida."Aaberturade um processo criminal cria uma situação psico-
Decisão provisória derruba restrições à Novalgina
O laboratório Aventis Pharma, em recurso movido em Brasília, conseguiu derrubar, aindaqueem caráter provisório, ação civil públicasolicitada peloMinistério Público contra a comercialização livre dos medicamentosNovalgina,NovalginaRelax eVitalgina, todos à base de dipirona. Em dezembro do ano passado,decisãoda 20ªVara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, com basenoentendimentodequea dipirona pode representar riscos àsaúde,determinou que esses medicamentos deveriam ser vendidos com receitamédicaeemembalagens com tarja vermelha. Argumentos –De acordo comos argumentosdo Ministério Público contra a dipirona,a drogaprovocaria "funestas conseqüências decorrentes de sua alta toxicidade". Náuseas, hemorragias no trato gastrointestinal, vômitos e processos alérgicos estariam entre os efeitos colateraisdos medicamentos.
De acordo com a Agência Nacionalde VigilânciaSanitária(Anvisa), coma aceitação do recurso, caso a denúncia seja comprovada,adecisão daJustiçasó deverãoentrarem vigor depois do términodo julgamento. Em sua análise, a Anvisa destacou ainda que a droga dipirona é um dos analgésicos eantitérmicos mais utilizadosnoBrasil, estando disponível no mercado mundial já há 80 anos. Informou – segundo aJustiçaFederal –que os riscosatribuídosà substância, "atéestadata", são baixos. (Agências)
lógica nocontribuinte, que muitas vezesacaba pagandootributo porpressão.A norma traz maior segurança nesse sentido", diz. Anova leicomplementar altera oCódigodoContribuinte Estadual (Lei Complementar nº 939/2003) e é fruto de um projeto de lei apresentado pelo deputado Rodrigo Garcia (PFL). De acordocomo deputado,a idéia do projetonasceu durante uma visitaà AssociaçãoComercial deSãoPaulo (ACSP). Naocasião,foi informado sobre acórdãos do STF que impõemao Fisco a comunicação sobre procedimentos fiscais depois de concluída a apuração. Promotores de Justiça especializados em investigações sobre crimes contra a ordemtributária esonegação afirmaram ontem que a leié inconstitucional."É um absurdo.Nãotem amparona Constituição",declarou o promotor Fernando Arruda, do Grupo de AtuaçãoEspecial de RepressãoaosCrimesde Sonegação Fiscal, braço do Ministério Público Estadual (MPE) que combate fraudadores esonegadores.Estãoemcurso,nacapital paulista, 5.146 inquéritos policiais e 519 processos criminais sobre ilícitos tributários, além de 1.813 novos casos protocolados. Sílvia Pimentel/AE
Padre é assassinado a tiros em bairro da zona sul de São Paulo
O padre Antônio Laine Neto, de 37 anos, e mecânicoPedro GonçalvesLopes, de 48,foramassassinados anteontem ànoitenoParque Santo Antônio, zona sul de São Paulo. Os dois foram mortos a tiros dentro do carro,umFiat Bravaazul,por voltadas 21h. Lopesdirigia oautomóveleopadreestava no banco do passageiro. Como ocarro temvidros fumê, o atiradornão viuque havia outrapessoanobancotraseiro, um soldador, de 49 anos. Segundo atestemunha, cujo nome nãofoi revelado, os três haviam acabado de sair de um jantarna casa de um amigo. Assim que saíram, um homem se aproximoudo carro.Opadrenotou que o desconhecido carregavauma arma eavisou Lopes.O assassino caminhou até a janela do motorista e,semdizernada,disparou. Dobanco de trás,o soldador conseguiu segurar o volante do automóvel e o padre puxou o freio de mão. Ocriminosodeu avolta pela frentedo carro,atirou na janela do passageiro e na coluna de uma porta traseira. Depois, fugiu a pé. O soldadorsaiu correndo em busca de ajuda, mas Lopes e o padre já estavam mortos. Para a polícia,o primeiro disparo pode teratingido Lopesna nucae osegundo, acabeçadopadre, porém, não está descartada a possibilidade de um tiro ter atingido osdois. "Parecese tratar de uma tentativa de roubo", disse o delegado Flávio Afonso da Costa, do Departamento de Homicídios de Proteção àPessoa(DHPP). O caso foi registrado como duplo homicídio. (AE)
A meta é promover o desenvolvimento autosustentável da área, com atividades que gerem renda e trabalho para a população local
Preservar omeio ambientee, ao mesmo tempo, criar alternativas sustentadas deutilização de recursos quegerem renda para a população local.
Este é oobjetivo da Reserva Florestal Curucutu Parques Ambientais, localizadano distrito de Parelheiros, na zonalSul dacidadede São Paulo. Associada à organização não governamental ComunidadeBrasil,elapretende estabelecer parcerias paracolocar empráticaestes projetosdeintegração. No dia 19 de março, haverá a realizaçãode um evento especial, batizado"DiversidadesCurucutu" paradivulgar a iniciativa.
Consideradaa primeira e única ReservaParticular do Patrimônio Natural (RPPN) emumacapital do País, a área de855 milmetros quadrados, que representa 2,7% do total de áreas verdes em parques e reservas do municípiode São Paulo, era um local desmatado quando foi comprada pelo advogado Jayme Vita Roso,nadécadade60.Onome Curucutu é inspirado nas corujasda região.
Seu primeiro objetivo ao adquiriraárea era fazer um loteamento, mas ao constatar asua degradação ele resolveu recuperá-la.O reflorestamento começou em 1979e, atualmente,areservaconta com 700 mil árvores plantadas de60espécies. Deste total, 280 miljá são adultas.
Apartirdaí, também a vidaanimalfoirenovadaepacas, jaguatiricas, veados, cutias e pássaros voltaram a habitar a área. Rosa investiu R$ 500 mil para adquirir milhares demudas deárvores nos últimos 18 anos.
Para obter recursos para colocar em prática estes planos,a ComunidadeBrasil elaborou e está colocando em prática projetos dedesenvolvimento sustentado. Aconsultoraem gestão social e ambiental da entidade, Annabella Andrade, explica que o objetivo é atrair a atenção de possíveis parceiros. "Por isso,transformamos aCurucutu Parques Ambientaisem umaorganização da sociedade civil de interesse público (Oscip) em março de 2003.Assim,temos respaldo oficial para desenvolver projetossustentáveis na área", afirma.
Selo eclube– Outra iniciativapossível após esta medida foi a criação do Selo Curucutu para empresas amigasdo meioambiente. Ele será oferecido a partir deste ano a companhias dispostas a colaborar.
Além disso, foilançado oficialmente no iníciode 2005 oClubeAmigosdo Curucutu, para obter recursos de empresasinteressadas em contribuir para estas e outras atividades. Resgatesocial – Segundo Annabella,todos estes planosestãoassociadosainiciativaspara melhoraraqualidade de vida da população local. Elaacredita queesta é uma condição essencial para incutir na comunidade a consciência da necessidade de preservar o ambiente. "Por isso, aComunidade Brasil pretende desenvolver arecuperação doartesanato local. Oobjetivoé difundir técnicas que estãoesquecidas e transformá-las em um meio de sustento", afirma. Alémdisso,amelhoriadas moradiasdos habitantesdo entornoda reserva também será implementada,através deparcerias aindanãofirmadasoficialmente, para que a populaçãolocalevite degradar a área. Outra medida é a separação de umaáreapara a comunidadelocal plantarmilhopara garantir a sua subsistência. Para receber estas e outras iniciativas,acasaque abriga a sede da reserva também está sendo transformada. Nela serão realizadas asoficinas de capacitaçãopara os artesãos locais e para os cursos de capacitação como informática,aulas para aproveitar os recursos das árvores frutíferas (produção de geléias e sucos), a reutilização de materiais recicláveis e aulasde preservação ambientalparaascriançasdeescolas públicas da região. "Nossoobjetivo éoferecer produtosdequalidadeeque se destacam da produção artesanaljá conhecida. Por isso,fizemosparceriascomestilistas que possam oferecer oficinas gratuitas para os interessados. Queremos vender nossa produção em lojas de grife", diz Annabella. Para atingir estes objetivos,a ONGestábuscando apoiofinanceiroeinstitucional de grandes e médias empresas. Ela pretende conquistar,também, ospequenos empreendedoresque se disponhama doarmaterial, comoequipamento para proteção dosvisitantes. São necessários capacetes especiais para adultos e crianças paratornaravisitaumoutro recurso para obtenção de verbas. A meta é cobrar um ingresso simbólico de grupos eescolas particulares. Para as escolaspúblicas, o acesso e asoficinas ecológicas serão gratuitos. Paula Cunha
Objetivo é transformar, para melhor, a vida da comunidade
Dar vida a projetos sociais e ambientais faz parte da rotina de diversas entidades. Todas são unânimes ao avaliar a importância do empenho de seus voluntários. Por isso, quando dizem que os projetos em que atuam são a razão de suas vidas, a afirmação não soa exagerada. Este é o caso da gestora do Comunidade Brasil, Annabella Andrade. Ela, que atuou por muitos anos em agências de publicidade, optou por escolher projetos em que pudesse alterar a vida de comunidades e conscientizá-las de seu potencial. Annabella diz que aprendeu muito com os voluntários e acredita que o Comunidade Brasil irá "conquistar" muitos deles para atuar na reserva. "Assim, será possível transformar a vida de toda a comunidade da região."
Gilvan Pereira dos Santos, gerente do projeto, mora na região e tem a mesma expectativa. Ele trabalha desde os 11 anos com o pai, João Pereira dos Santos, em áreas de preservação e de reflorestamento. Para ele, o projeto é muito importante para a comunidade. "Sintome gratificado."
João, que sempre viveu na área, nunca pensou em trabalhar em outra atividade que não tivesse relação com a natureza. "Já trabalhei por 12 anos em lavouras, mas é aqui que faço o trabalho mais importante, que é o de cuidar do desenvolvimento das árvores e plantas em toda a reserva. Sempre amei a natureza e pretendo continuar com este trabalho por toda a vida." (PC)
Para comemorarseus 18 anos, a Fundação SOS Mata Atlântica promoverá diversas atividades neste primeiro semestre. A idéia é fazer uma reflexão pública sobre sua atuação elançarmetas para os próximos 18 anos. O objetivoé avaliarasituação daMataAtlânticaemtodoo País, além de preparar a sua participação no Fórum Social Mundial na próxima semana, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Odiretor derelaçõesinstitucionaisdaSOS, Mário Mantovani,ressaltaaimportância das comemorações para marcara ampliaçãodo campo de atuação da entidade."Estamosatuandojuntoa órgãosmundiais que discutem outrostemas depreservação ambiental", explica.
Segundo ele,é ummomento importante para reafirmar os compromissos assumidospela entidade que, na sua opinião, passou a combater a atual retomada porpartedogovernofederal da política adotada nos anos 70de"desenvolvimentoeconômico a qualquer custo".
Naavaliação deMantovani,oMinistériodoMeioAmbienteestá isoladopelaspolíticas adotadas poroutros ministérios que têm planos dedesenvolvimentoimediatistas."Porisso, estamos apoiandooutrasONGscujas açõesnãotêmpesosemaajuda da SOS Mata Atlântica." Para discutireste eoutros posicionamentoseaatualsituação do meio ambiente no País, aSOSMataAtlântica estárealizando, desdeon-
teme até amanhã, o workshopSituaçãoAtualda MataAtlântica, emEmbu dasArtes,emSãoPaulo.Nele, especialistasfazem uma revisãoe umaatualização dos programas e projetos
prioritários da entidade. Campanha – Além disso, uma campanhapublicitária para comemorar os18 anos daentidadeserá veiculada ao longodo ano. Além de marcaroaniversário,elapre-
tende mostrar a ligação direta entre homem e natureza. Batizada "Preservaçãoda Mata Atlântica.Há 18anos no nosso sangue", pretende mostrarqueo grande perdedor com adestruição da MataAtlânticaéo serhumano. As imagensda campanha trazem a mão, o coração eo cérebro humanos com galhos de árvores formandoas veias,mostrando que a naturezaestá no sanguedecadaserhumano.Foi elaborada pela agênciade publicidade F/Nazca, parceira da SOS Mata Atlântica desde 1999. (PC)
A frente nacional contra a MP 232, lançada pela ACSP e por entidades da classe médica, vai lutar para transformar o "tsunami tributário" em um projeto de lei. O movimento já prepara uma grande manifestação em SP no próximo dia 15. No Congresso, começa também a ser articulada uma estratégia para derrubar a MP. Preços nos supermercados podem subir 1,5%, alerta Abras Comissão da OAB vai fiscalizar arrecadação federal. Pág. 12
Testamos o Troller T4, fabricado no Ceará e "queridinho" dos jipeiros urbanos.
Ginástica para pagar dívida
Serra (acima, no Centro Olímpico): preparando fôlego extra para pagar dívida de Marta de R$ 2,5 bi. Pág. 3
A cidade recebe, a partir de hoje, a 18ª São Paulo Fashion Week, que vai apresentar as propostas dos estilistas para o outono/inverno. São esperadas 120 mil pessoas nos 47 desfiles de 44 grifes diferentes. Páginas 6 e 7 Paulistano foge da
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Se o Brasil consegue produzir aviões, por que não carros? Aoinvés deficar filosofando sobre a questão, o engenheiro aeronáutico e empresário doramo têxtilMário
Araripe, de49 anos,arregaçou as mangas e foi à luta. E o resultadoestáaínasruas,como
Troller T4,o "queridinho"dos ipeiros urbanos, especialmente os de São Paulo, e também dos que gostam de encarar os maiores desafiosdo forade estrada. Para umveículo feitona interiorana Horizonte, no Ceará, ganhar "acidade grande"já foi um prêmio e tanto.
"O paulistano temuma ligação muitoforte comnossa marca", garante Araripe. Mas o empreendedor, que faturou cerca deR$ 100milhões em 2003 com a Troller, quer mais. Elequerver seuscarrosrodando mundoafora. Asexportações do T4 começaram este ano pela africana Angola.
Parecepouco? Quemconhece
Araripe nãoduvida que,em breve, ele vai chegar ao Oriente Médio e,depois, àEuropa, América do Norte...
"Em 1967, oúnico brasileiro que acreditava ser possível fazer um aviãonacional erao Osires Silva. Hoje, a Embraer é a única marca genuinamente brasileira de renome global associada à tecnologia. Eisso meinspira". Araripe refere-seao coordenador da Comissão de Sistemas de Inovação Tecnológica do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia etambém ex-ministroda Infra-estrutura,cuja característica marcanteé ade acreditar e realizar.
Novidades - O T4,queé produzido desde 1998, serviu de basepara olançamento da versãoMilitar T4-M,homologado pelo Exército, e a picape Pantanal, que chega às lojas em março comcabine simplese opções detração 4x2ou 4x4, com preço estimado entre R$ 55 mile R$ 65 mil.Com ela, Trollerconseguiuunirrobustez e beleza.Os planospara os próximos dois anos incluem a versão cabinedupla daPantanal e um novo utilitário, também despojado e pronto para o trabalho, que deverá se chamar Jalapão. "Seráuma Blazerbruta". Oprojeto Pantanalexigiu investimento de R$ 32 milhões na duplicaçãoda plantaindustrial em Horizonte.
Araripeainda vêaTroller como uma "nanica" perto das
Eduardo Cerioni
"Queridinho" dos jipeiros urbanos, mas capaz de enfrentar bons desafios, o Troller segue fazendo sucesso
O Troller T4 ganhou um irmão na versão militar e a família vai crescer com o surgimento da picape Pantanal, que foi um sucesso no estande da marca, no Salão do Automóvel.
grandesmontadoras doPaís, mas "lutadora valente e ousada". "Estamos em um ringue e, se não dá para partir ao confronto direto,me esquivo, escondo e, quando surge a chance,dou meuscascudos", conta emtom debrincadeira. Como toda brincadeira tem um fundo de verdade... A fábrica tem430 funcionários ea rede soma25 concessionárias. Em2003, foram 947 unidades do T4 vendidas no País.E em 2004,até outubro, outras 833.
Nichos - "A pequena escala é nosso pontofraco, certo?Errado. Ela se transformou em nosso ponto forte ao descobrirmos alguns nichos inexplorados pelosgigantes", falao presidente daTroller. Elelembra comorgulho que32 unidades doT4 trabalhampara a Companhia Vale do Rio Doce, fazendo transportede cargae locomoção de pessoas no interior de minas de potássio, em Rosário doCatete (SE),a 600 metrosabaixodoníveldomare sob temperaturas entre 6º e 45º,
com operação 24 horas.
"Oferecemos mais que customização, oferecemos soluções", diz. Esse é só um caso dos muitoscarrosdesenvolvidosespecialmentepelaTrollerparaas demandas mais radicais. Outro exemploéoveículo B-AA (BombeiroAuto Apoio),desenvolvido em conjunto com o Corpo deBombeiros Militar, de Minas Gerais
O empresário, também dono da cearenseTêxtil Uniãoe da baianaValença Industrial(têm uma receitaanual deR$ 200
milhões), revela que nunca teve o sonho de produzir carros, mas sim ser o "catalisador" desse potencial dos brasileiros, cujo país é eminentemente rodoviário. Ea chanceveio com um amigo de infância, Rogério Farias,que criouojipe eo fabricou, artesanalmente, entre 1995 e 98 (três unidades/mês). Hoje,aprodução éde100 veículos/mês e esse volume deve dobrar em curto prazo.
Gnomo - OnomeTroller vem detroll, umaespécie de
gnomo que, segundo diz a lenda, trazmuita sorte.Os noruegueses vêemo trollcomo um "amigo da floresta, que protege osque seaventuram pelos mais diferentes caminhos". Eles acreditam queos trollsvivem centenas deanos eestão se espalhando por todo o mundo. Paraencontrá-los, noentanto, dãoa dica:umtroll sóaparece durante a noite, pois a luz solar o transforma em pedra. OnomeTroller jáfezmuita gente imaginarque ocarro vinha daEuropa. Éum produto,
noentanto, "95%nacional". Araripe lembra uma passagem curiosa, deoutubro de1999, quando veio para São Paulo inaugurara primeirarevenda da marca, na 23 de Maio. Ànoite, quandofoijantar com amigos, ele ouviu uma pessoaelogiando um"jipão" holandês."Tentei lheexplicar que eraum modelofeito no Ceará, masfoi emvão. Não consegui convencê-lo. Depois de tantainsistência, eleaté cedeu quantoao trollnão ser holandês, masnão deque o carro era nacional".
Adiscussão norestaurante nãochateou Araripe.Deixar seu jipe fora da lista dos fora de série nacionais, "um esteriótipo que caiu em desconfiança em razão de sucessivos enganos de Gurgel, JPX,Engesa, Pumae outros", navisão doempresário, foiaté salutarnaquele momento de estréia.
Nomes - O T4do jipe Troller, vale lembrar, surgiu para designar suatração nasquatro rodas. Jáa picape Pantanale o
ATrollernão éaúnica "minimontadora" brigando por um espaço no mercado nacional, diante de potências mundiais como Ford, GeneralMotorse Volkswagen, entre outras. Na pequena Jarinu, interior de São Paulo, por exemplo, sãoproduzidas as réplicas de Porsche, como o Spyder 550, que têm públicofiel dentroe fora do País.
A Chamonixtambém serviu parao desenvolvimento de outro esportivo, o Lobini, que ganhará as ruas a partirde 2005– serámontado em Cotia, na Grande São Paulo.
Outra fabricante é a Cross Lander, que faz jipes e picapes em Manaus,no Amazonas. Tambémnaquele Estadoserão montados,apartirdeagora,os modelos da Amazon.
utilitário Jalapão homenageiam regiões brasileirasque sedestacam como redutos ecológicos de rara beleza. O nome Jalapão, inclusive,jáfoilançadonomercado edeveria equiparum jipe da Fabral, mostrado no Salão do Automóvelde 2002e que não vingou– afábrica sequer foi erguida no Tocantins, como prometido. "Eu consegui o registro do nome Jalapão e gostei, pois denota desafio", conta. Comrelação aoTrollerT4, pesquisas mostram que de cada dez compradores do jipe, seis o
levam paracasa paraser o segundo ou terceiro carro da família. Mas, em questão de semanas, mais de 70% passam a usá-lo como o primeiro carro.
Características - O Troller T4,feito emfibrade vidro,é, realmente, umvalente. Nãose deve esperar conforto ou espaço,mas eleentrae saide lugares quemuitos nãoacreditam serpossível, daía explicação de ter caído nas graças não só de aventureiros mas também dos competidores.
Graçasaos diversosrecursos ebastando umconhecimento básico das técnicas do off-road, esse autênticojipão olevará para passeios dos mais emocionantes. Commotor MWM turbodiesel de quatro cilindros, 2.8 litros com intercooler, com 132 cv e 34,6 mkgf de torque, o T4 oferecetração 4x4com reduzida eroda livremanual. Seus ângulos de ataque e defesa são, respectivamente, de 56 e 47 graus. Supera áreas alagadas de até 0,80cm (tem aindao chamado snorkel entre seus opcionais). Omotor dáconta do recado com facilidae, embora o ronco alto invada a cabine. Alto (1,88 m),exige certo cuidado em curvas muito acentuadas. Mas dá visão privilegiada no trânsito urbano. Na versão com capota de lona, custa apartir deR$ 68.690. Com capota rígida, seu preço sobe R$ 3 mil.
A Pantanal temo mesmo motor, massua caixade transferência com as posições 4x2, 4x4 normale 4x4reduzida é acionada por alavanca no painel, à direita do volante (no T4 fica ao lado do câmbio).
Ao mesmo tempo em que apresentou novidades, retirou 28 modelos de linha
Durante o anode 2004 a Fial alterouo catálogo de produtos 45 vezes. A montadora apresentou ao mercado 17 novidadese retirou de linha outros 28 modelos. Nesse númeroestão incluídoscarros novos,como oSienae aperua 2005, as versõesflex e séries especiais.
Em fevereiro, começaram a ser vendidas três versões do Palio Fire, com motorde 1.000 cc redimensionado para 65 cavalos: os hatch de duas e quatro portas e o Siena. Em abril, a montadora retirou de linhaas três versões antigas (de 55 cavalos).
O Brava deixou de vez o mercado em março. No mesmo mês também saía domercado o Fiat
Marea SXde 127 cv,nas versões sedã e perua, e três versões do utilitário Ducato: Cargo TDI 2.8, Multi Teto Baixo TD 2.8 e Multi Teto Baixo TDI 2.8.
As versões antigasdo Uno Furgão 1.3 Firee do Fiorino Furgão 1.3 Fire deram lugar para as novas, modelo 2005, em março. Osmodelos tiverammudanças nalinha, masmantiveram a nomenclatura.
Marçotambém foio mêsda
RASTREAMENTO
chegada do PalioFlex HLX com motor 1.8. E, no mês seguinte, a versão a gasolinasaía do mercado. A partir desse mês a linha hatchdoPalioficoucommotora gasolinana versão1.0e flexnas versões 1.3 e 1.8.
O Siena novo chegou em maio em três versões: duas com motor bicombustível (ELX 1.3 4p e HLX 1.8 4p) e uma a gasolina com motor 1.0(ELX 4p). Nesse mesmo mês alinha Palio Weekend passou a contar somente com opção de motor flex.
Vários carros deixaramde figurar no catálogoda Fiat em junho: a linha antiga do Siena, as versões a álcoole as últimas versões a gasolina do Palio (com motor acima de1.000 cc). No total, 15 versões.
Segundo semestre - Em agosto, chegou a picape Strada reestilizada, que passou a contar com motorflex em três versões: Trekking 1.8cabine simple e estendidae a Adventure 1.8. Aomesmo tempo saíram as três versões Working com motor a gasolina.
Asérie StiloSchumacher eo
Doblò Estrada Real foram os
últimos lançamentosda Fiatem 2004. Lançado noSalão do Automóvel,emoutubro,outilitário da marca italianacomeçou a ser vendido em novembro, em apenas uma versão.O Stilo Conect não figura na relação porque não é considerado uma versão: é um kit opcional comprado na concessionária.
Após18 mesesdedesenvolvimento e R$4,5 milhões em investimentos,a Controlsat,que até então sótrabalhava com sistemas derastreamento viasatélite, lança oseu sistema dual, uma novasolução derastreamento de frotasque utiliza comunicação vias celular e satélite de forma integrada.
A conexão por celular é mais rápida e, porisso, é adotada como padrão. Caso o veículo esteja passando por uma região em que o sinal seja insuficiente ou por regiãode "sombras", a conexão via satélite é acionada. "Para 2005,acreditamos queo dual será responsável por, no mínimo, 100%de nossocrescimento", revela Hélio Kairalla, diretor Comercialda Controlsat. Aempresa estálançando também oControlcel pararas-
O novo station-wagon Audi A6 Avant, apresentado na Alemanha em setembro, chegará ao Brasil entre marçoe abril deste ano. Com 4,93m de comprimento, 1,86 m de largura e 1,46 m de altura, o modelo tem a sua esportividade realçada pela grade trapezoidal do radiadore os faróis xenon plus, cujo foco acompanha as curvas.
O motorista tem completo domínio sobreo automóvel:no volante estão as alavancas de trocas de marchas da transmissão tiptronic eo controle do rádio. No centro do painel, a tela do MMI (multi mídia interface) e, no console,a alavanca de câmbio, osprincipais comandos do MMI e a tecla do freio de mão eletroeletrônico, entre outros.
A farta tecnologia instalada no A6Avant incluisensores acústicos deestacionamento dianteiro etraseiro, luzestraseiras comtecnologiaLED (light-emitting diode), que se acendemmais rapidamente,e sensores de chuvae luz, que ligamautomaticamente olimpador do pára-brisas ao primeiropingo dechuvae osfaróis, sempreque ascondições de iluminação externas forem reduzidas - como na travessia de um túnel, por exemplo.
Divulgação/Controlsat
treamentourbano, quepossibilita omonitoramento defrotas de pequenose médios veículos
Durante odesenvolvimento dos novossistemas, asvendas
não foram tãoboas, mas para 2005 aexpectativa defaturamento é chegaraos 22 milhões em equipamentos eR$ 30 milhões em serviços, dobrando o valor alcançado neste ano.
Caminhão equipado com novo sistema dual da Controlsat
"Alémde umaparceria coma Positronpara rastreamentode carros pequenos,neste anolançaremos umanovidade muito inteligente e ainda não pensada por ninguém", promete Hélio.
Se você vai comprar seu carro usado, quer seja em feiras ou diretamente de particulares, uma promoção especial da Midas Auto Center, com 11 lojas no Brasil, está oferecendo um check-up gratuito. Os compradores e os vendedores do veículo poderão, juntos, levar o veículo em qualquer das unidades Midas, para submetê-lo a uma avaliação de vários itens. Ali receberão, gratuitamente, diagnóstico das condições de conservação e desempenho de diversas peças e funções. Sem nenhum compromisso, os interessados recebem um orçamento, que está dividido em em duas partes, mostrando os "Serviços Necessários" e "Serviços Sugeridos".
A checagem tem por finalidade verificar os itens mais importantes de segurança e também de funcionamento das partes essenciais do carro, abrangendo a suspensão, freios, alinhamento e balanceamento de rodas, jogo de velas, incluindo filtros e cabos, bicos injetores e condições do motor.
"Cada veículo possui suas próprias características de
desgastes e nossos técnicos conhecem cada uma delas. No momento do ckeck-up, eles estarão atentos a todas particularidades, porém é importante verificar se o veículo não foi batido gravemente, afetando, assim, sua estrutura e geometria", explica Wladimir Iatauro, gerente Comercial da empresa.
A Midas tem sete lojas espalhadas na Grande São Paulo, para informações sobre seus endereços, inclusive no interior e outros Estados, ligue para o telefone 11-3051-7192.
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Eu queria ver uma São Paulo em 2005 bem diferente daquela que temos agora, com um trânsito mais humano e menos violento, com respeito mútuo entre motoristas, motociclistas e pedestres. E com transporte público, além de integrado (promessa do PSDB), eficiente. Que houvesse por parte dos novos governantes da cidade, a partir de agora, a intenção de se buscar uma dinâmica diferente, que levasse em consideração oferecer alternativas para os motoristas. Para que nós pudéssemos tomar conhecimento ANTES dos congestionamentos e não DURANTE.
Eu queria uma São Paulo que literalmente fosse para frente. Que a cidade respeitasse até a própria definição da palavra trânsito, de origem latina (transitu), que significa "ato ou efeito de caminhar; ato ou efeito de passar; passagem; caminho ou trajeto, conforme o dicionário de nosso mestre Aurélio (ou se preferir, na definição de outro mestre,
Houaiss, "ato de transitar, afluência, movimento de veículos em determinada área". E que não ficasse parada em centenas de quilômetros de congestionamento, todos os dias, com a perda de milhões de reais para a economia municipal, além de causar enormes prejuízos físicos, emocionais e financeiros para seus moradores. Se isso fosse alcançado (mesmo que em 2006, 2007....) já seria um grande avanço. Que os novos mandatários da cidade pensassem em viabilizar realmente uma idéia inovadora: uma renúncia fiscal por parte da cidade e do governo do Estado de impostos e taxas pagos (IPVA, licenciamento, seguro obrigatório, Cide etc), revertendo esse benefício como desconto para os proprietários que de fato deixassem seus veículos em casa e se utilizassem dos transportes coletivos. Mesmo porque o rodízio de veículos, como podemos ver todos os dias, já não cumpre com a finalidade pela qual foi
criado: as pessoas saem antes de casa ou até adquirem um segundo carro de placa diferente para escapar do impedimento. Um processo igual ao que ocorre na Cidade do México. As vantagens dessa idéia inovadora seriam muitas e as desvantagens poucas, comparadas com os benefícios como, por exemplo, menos poluição, mortes, acidentes, doenças etc.
Claro que o transporte coletivo precisa passar por uma revolução de eficiência, com alteração de roteiros de viagem, menor tempo de espera e outras medidas qualitativas. Mesmo porque, atualmente, para milhares de pessoas não há alternativa de transporte rápido, seguro e confortável, principalmente nos bairros não atendidos por transporte integrado entre o metrô e ônibus. E que não se esqueçam dos fins de semana, quando o pobre usuário de ônibus sofre ainda mais.
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Elas dão show de criatividade e mostram que podem até entender mais de carro que os "velozes e furiosos"
Otuning nãoexige sóconhecimento de mecânica ou da parte elétrica, mas também,muito bomgosto. E isso asmulheres já provaram que têm de sobra. Se a vaidade feminina torna-se evidente quando passam a tarde no shopping ou horas a fio em um salão de beleza paramudar o visual, com seu carronão poderia ser diferente. Elas capricham na pintura, decoração ena escolha dos mimos interiores.
Paradescobrir oque levaas mulheresa transformaremseus carrostivemosquevercomotudo começou. Aconclusão: todasreceberam um "empurrãozinho".
Poderosa - Catia Marisa Tappi adora azul, masseu Corsa tem detalhes e neonrosa. Não tem jeito de fãardorosa das Meninas Superpoderosas,masanoquevem terá uma nova aerografia no capô com o desenho das heroínas.
O primeiro estímuloveio do marido, que adorava colocar novidadesnocarro.Certavez,Catia provocou o marido a colocar luzescor-de-rosaeelerespondeu que colocaria no carro dela.
Em poucos diasela desfilava com luzes neonem seu Corsa 1.0. Ela gostou da idéia e decidiu fazer outrasalterações nocarro. O segundoempurrão veiodo filho Rafael. Com apenas cinco anos, disse queo carro ficaria mais bonito como desenho das Superpoderosas.
"Hojeentendo quecarro nãoé só para me levar e trazer. Aprendi a cuidardele e comeste conhecimento pretendo abrir minha loja de personalização", conta Catia, quetrabalha, cuida dacasa e do filho eainda encontra tempo para "mexer" em seu carro.
Angelical – O encorajamento veio do noivoque adora tuning. O ClasseA de AnaPaula Rocha Torres é poucomexido, mas os detalhessãodóceisesuaves,nada feito para chocar. Porta-malas e encostos em pelúcia pink, volante em couro, pedaleiras e manoplas. Tudo cor-de-rosa.
"Estas fotos foramfeitas na minha primeira exposição, agora pretendo melhorar o som e mu-
dar o pára-choqueantes de começar aparticipar decampeonatos", explica Ana, que de tanta timidez, cora ao falar.
Empresária - A mãe é dona de um autopeças, opai correu o Rally dos Sertões de moto, os tios participaram dos Sertões e da
Todas juram preferir outras cores, mas em seus carros o que predomina é o badalado rosa. O mesmo da famosa "Penélope Charmosa", símbolo das mulheres que freqüentam encontros de carros antigos.
fórmula Truck. Mas o incentivo desta vez veiodo irmão, que aproveitouumaviagemdospaise convocou Ciça Monteiro, com 15 anos na época,a fazer pequenas modificações no carro da mãe. Semquererchamar muita atenção (como se fosse possível), trocaram rodas, rebaixaram o
carro e aplicaram insulfilm. Amãenão deveterficadotão "louca da vida". Ao completar 18 anos, Ciça ganhou o seu Renault Clio, no qualcolocou novos pára-choques, rodas aro17 e revestimentointerno em couro branco e pelúciarosa. Aliás, ela tambémnão éfãde rosa,mas
acredita que outracor não deixaria o carro feminino. "Agoraeu emeu irmãomontamos um sitede tuning para venda deacessórios paracarro", contaagarotade19anosque,em pouco tempo, virou uma mulher de negócios, coma ajuda do tuning, é claro.
São Paulo, 19 de janeiro de 2005
As belas demoraram para chegar ao tuning. Mas já entram "zuando" com os feras que estão na praça. Na pág. 8.
OPrograma Brasileiro do Biodiesel representa um grande avanço econômico, sociale ambiental para o País.Derivado do óleo vegetal,o novocombustíveljá mostrouquetempotencialparaser umadas principaisalternativas energéticasdo futuro. Mas,a determinaçãode queo chamadocombustível ecológicodeverásermisturado naproporçãode 2%aodiesel comum,a partirde janeirode 2005, tem acelerado consideravelmente esteprocesso, eliminando etapas importantes e colocando em risco sua própria viabilidade.
Uma das principais questões quepreocupamaindústriaautomobilística é a indefinição em relação àlogística de mis-
turado biodieselao dieselcomum. Se oprocesso for feito nas refinarias,a exemplodo modelo adotado no início do Proálcool, será possível avaliarcom maisprecisãoe segurança onível dequalidade do combustível.
Aoutra hipóteselevantada, coma mistura feita nas bases das distribuidoras, elimina a tarefa detransportar o novo combustível até as refinarias, masdificulta o controle da qualidade do biodiesel antesde seradicionado ao diesel comum.
A capacidade de suprimento do biodieselé outrotema que merece atenção especial. O porcentual de mistura não poderá sermodificado apartir
das oscilações depreço dos produtos derivados das oleaginosas no mercado internacional. Isso porque todas as refinariasserãoobrigadas a adequarseusvolumeseaqualidadedeproduçãoparaque oproduto finalatendaàs especificaçõesda ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Criada como objetivo de promover discussões técnicas ligadasao setor automotivo,energético e de transporte, aAEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva)tem se empenhadoao máximopara oferecerao MinistériodeMinas eEnergia todoo suporte necessárioem termos de know-how etecnologia para
Diretor-Presidente
Diretor
viabilizar a introdução do biodiesel namatriz energética brasileira. Por outro lado, a entidade acredita que estáentre suas atribuiçõesalertar ogoverno brasileiro sobre os riscos de queo usoindiscriminadodo biodiesel,com questõesestruturais visivelmente pendentes, podetransformar, emcurto prazo, umcombustível com enorme potencial em um produtodesacreditado epouco confiável.
Antonio Bonomi – diretor de Combustíveis Alternativos e Biocombustíveis e coordenador da Comissão Técnica de Biodiesel da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva)
Nascido para brilhar, o Ford LTD já foi astro de cinema em filmes como Eu, eu mesmo e Irene e no primeiro Homens de Preto. Além disso, três versões do Batmóvel foram adaptados sobre o chassi do LTD.
O Dodge Coronet 1965 conversível, com seu motor 440 de 390 cavalos, foi flagrado no encontro de antigos que agita todas as noites de terças-feiras no Sambódromo do Anhembi.
No mesmo dia que o O Estado publicavao artigo demeucolegadeimprensa JoséNeumanne, ademocraciabrasileira estápodre na raiz, o presidente da Câmara dos Deputados brindavaseuscolegas da Câmaracommilhõesdereais, paraque eles engordem a contabancáriae passem dias melhores do quejá passam,com ossaláriosantigamente subsídiossem nenhumaconsideração paracom o povoque o elegeu, com maioria passando necessidades,como é fartamente sabido.
Autorde quenãome lembro o nome neste momento em queescrevo, arrolou numa lista dezenas de definições de democracia.Anossapode, também, entrar na lista, pois definições não faltam, como acabade provaro jornalistaem seubemlançado artigo sobre o mal na raiz.O quese vê,enquanto,porexemplo,oNordeste é povoado de sofredores,retirantes, flagelados, enfim, uma parte da nação que pena a vida que leva, enquanto os seus supostos representantes gastama rodoe fazemtrem dealegria ao deixarem o cargo.
Abuso oficial
Sr. Diretor: Maisuma vezestejornal saiu àfrente alertando sobre o flagrante abusode carros oficiaisocupando local histórico e tão significativo de nossa cidade como é o Pátio do Colégio! Aliás, não é só este espaço que é alvo de tal irregularidade.Ali,bempróximo,na calçada do Tribunal de Justiça, há tempos, vemos veículos, que transportam os altos magistrados de nosso Estado, estacionados tranquilamente... E por aí outros e outros... Por que será que justamente de onde deveriapartiroexemplo(o bom exemplo) vemos diurturnamente solapadas, tripudiadasas leisem nosso país?! É de se lamentar profundamentetais recorrências...Todavia,dado ao meu espírito otimista de autêntica cidadã em seus governantes,tenho certeza que depois de referida reportagem e coma entrada do novo alcaide, não mais seremos ofendidos com tais transgressões!!!
Frances Azevedo
Conselheira/ACSP
Sudeste São Paulo - Capital
Tsunamis
Sr. Diretor: Quem disse que no Brasil
Criticam-nos por vermososmalesdequesofreo país.Não são poucos. Ao contrário, são numerosos, emtodosos níveis dopoder, na União, nos Estados enosmunicípios. Éportodososladosumespetáculo que faz mal, embora estejamos habituados com ele. O que prevalece é o interesse, de preferêncianas urnas,a fim de conservar por longo período detemponavida do eleito asua reeleição, para continuar a gozar o privilégio de ser um mandatárioeleitoral,em geral sem títulos de relevo. Mas,pelo quevemos não hácomo mudar,pois todos falam e querem mudanças, desde que tudo fiquenamesma, isto é, na situaçãoemque opaísse encontracom os problemas que o atormentam, notadamentea população de baixíssima renda, a maioriado nosso censo. Com isso vamos tocando a nossa vida sem ter a quem reclamar, quando outrora, ao menos, se reclamava ao bispo.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
não existeproblemas com Tsunamis.Veja omaisrescente (MP nº 232): - veja tambémosmaisculminantes: - a) "Tsunamis Tributários/Taxas": Cofins - PISImp. Renda - Contrib. Social-IPI- IOF-CPMFINSS - FGTS - ICMS - ISSIPTU - Tx. Lixo - Tx. Iluminação -Taxa Fone- IPVAPegádios- etc.etc.(é ofim do contribuinte, do empregoedo mundonoBrasil); b) "TsunamisObrigações Acessórias": - DCTF - Dimob - Dacon - DIPJ - DIPFDIRF- Raiz- GRIP- GiasICMS - Dipam - Multas absurdas- Prazosevencimentos incoerentes edesconcertantes: (é ofim do contribuinte, do emprego e do mundo no Brasil);e de quebra, cada tributotem uma (legislação, alíquota, vencimentos e escrituração diferentes. Precisamos juntos, darum basta no recolhimento detantosimpostose taxas comotambém reduzir tais obrigações acessórias, e dar também umbasta maior ainda, nas urnas eleitorais, para que esses tipos de "Tsunamis" não continuem acabando conosco.SeDeusquiser,hei de vencer juntoameus familiares, mesmo sendo empresário contábil. José Alípio Viveiros São Paulo - Capital
Cartas: dcomercio@acsp.com.br ou fax (0xx11) 3244-3046 Os artigos enviadosà Redação do DC paraeventual publicaçãodevem conter nomáximo 2.800caracteres, se digitados,ou 40linhas de70 toques cada, se datilografados.
...ainda nos encontramos numa "selva oscura", distantes, muito distantes, doparaíso prometido durante a campanha eleitoral, que por umainaudita manipulação de marketing político levou aogoverno da naçãoum partido minoritário cujos quadros,idéias eprocessos, recapitulamum obsoleto marxismo que o mundo cria sepultado sobos escombros do Muro de Berlim.
O diagnóstico sintético expresso pela frase acima pode surpreendergrande númerode leitores,apartir dos petistas (porquenão há nadamaisraro doqueoconhecimento de si próprio)eaosdemais porque,defato, há poucascoisasmais confusasdoqueodesempenho do governo vigente. Entretanto, os aspectos mais salientes e notórios desse regimeconfirmam o
facies que o caracteriza desde suas primeiras horas. O primeiro traço, que produziu a vitória eleitoral, foi a ênfase napropaganda de promessas miríficas cujos títulos bombásticos - "Fome Zero", "10milhões de empregos","espetáculodocrescimento" - por si sódenunciam deliberação de seduzir pelodiscurso. Nunca,como nestesdoisanosapropaganda políticaoficialcresceu tanto, jamais se ouviram tantos discursos para encobrir omissões, erros e gafes políticos e administrativos. Osegundoéaanarquiade comandoe adesuniãopersonalistaqueinfecta todos os escalõesda equipe governamental. Isto deriva diretamente da personalidade e dasações do presidente,queprometeu criar um novo e únicoestilo degoverno. Esse estilo começou
Mauro Friedhofer
B ilac, inesquecível, inicia de forma parecida o seumaravilhoso sonetoOuvirEstrelas-comoqualo editor-chefee amigoMoisés Rabinovici certamente brindará osleitores, publicando-onesta mesmaedição do DC.Não sei de cor, mas cada vez que o leio é como uma nova descoberta. Assimcomoonossoestimado presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também tem sido sempre umanova descoberta.
A competência profissional do DudaMendonça faz com queele transforme qualquercandidatoemprodutodeconsumo,váriasvezesvendido comsucesso. Quem anuncia produtos para consumo é considerado garotopropaganda. Melhor paranós, eleitorespro ou contra, que D. Marta não é produto e, portanto, a consideraçãoacima,comtodoo merecidorespeito, nãoé aplicável aocaso. Contudo, o sr. presidente tem nos proporcionado algumas descobertas surpreendentes. Sendoeste umartigosério, não é oportuno nele manifestar comentários sobre as surpresas comopor exemplo odesconhecimento do que é a Cide, ou de que a capitaldaNamíbia étão limpaque nempareceestar naÁfrica ouainda dasfronteiras do Brasil com todos os países daAmérica doSul (o que inclui Equador e Chile). Mas - digo francamenteum presidente da Repúblicadesconhecerquea ninguém é dado ignorar a Lei (inaceitável), viajar com aeronave daUnião(tudo bem),compareceràinauguração de obra pública para a realização da qual concorreram alguns recursos federais (tudo bem),utilizar-se de tais benefícios para pedir votos paraa suacandidata (mau), com palanquee serviçode somcusteadospelo Erário Municipal(mau, muitomau), sem pelo me-
por emascular seus ministrosimpedindo-os eleger seus própriosauxiliares. O "novo estilo" impostochegou a consagrar peladas do Torto como ritual ministerialdoqual vários ministros saíram estropiados. Nenhum governo mais do que este sofreu esofre os efeitos dosrachas edo "fogo amigo" que não poupa o própriopresidente esofre desgastes maiores do que a oposiçãopode lhe infringir. O que o presidente procura corrigir com pitos, piadas e bonezadas de todos os lados. Ao finaldedoisanos, as precárias costurasdeconveniência que fez no Legislativo, objetivandoum mínimo degovernabilidade, se abremportodos os lados. Afreqüênciade MPs descabidas é um dos prin-
cipais entraves para que o governo possa governar, segundo o presidente da Câmara, um dos loco-tenentes do presidente. E isto é uma decorrência do terceiro aspecto que caracteriza este governo, que foi e é o de"aparelhar " toda amáquina política e administrativa com quadros da minoria petista.Inclusiveesposasdeseusfigurões; assessoras com polpudos salários. Vemdaíoutra característica destegoverno, a de substituir homens de carreira por figuras despreparadas e incompetentes.
Benedicto Ferri de Barros da Academia
e da Academia
de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? - Um depoimento (Editora Senac) e-mail: benedictobarros@yahoo.com.br
nosmencionar que osolo onde foram prolongados os cincoquilômetrosdaRadial Leste foram doação do Governo do Estado no qual ele pisava (novamente muito mau, pouco ético e descortês) e aindaassim imaginar quepedir desculpas publicamenteresolve -faz-me pensar: prefiro ouvir estrelas a ouvir desculpas. Reconheço que após o ato falho inicial cometido, desculpar-se perante a Nação demonstra hombridade e humildade, embora não apague o episódio. Todavia, e isso émuito mais revelador, o seupróprio Partido, do qual é fundador e Presidente Honorário, continuar a exibir tal cena repetidas vezes nos dias subseqüentese acandidata maravilhosa, supostamente beneficiada, permitir tais reinserçõesno horário de propaganda eleitoral, mostra - mais ainda do que já sabemos -do que elaé capaz para perseguirseusobjetivos de poder.
Capazes, ela e o PT, de valerem-sedeinverdadesdespidas de qualquer consistência para - em vã tentativa - buscardenegrir aimagem de um concorrente cujo desempenhocomo homem público respalda o resultadonaspesquisas e,semsuporqueem vezdeangariar eleitores,afasta-os. Permanecemapenasetãosomente aqueles capazesde calar-se ante as Milícias de Confronto formadas por alguns de seusmilitantes paraprovocar conflitos de rua.
Tão inegável quanto o crescimento intelectualdo cidadão Luiz Inácio Lula da Silva,éo crescimento da consciência edojulgamentopolíticodapopulaçãopor ele, hoje, presidida.É hora, senhor presidente,dedesculpar-se novamente- desta vez, pelas suas e pelos seus.Enquanto isto,estarei a Ouvir Estrelas.
Mauro Friedhofer é membro do Conseg-Centro
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Desobediência civil Sempre fiz tudo direitinho no quediz respeitoa obrigaçõescom ogoverno ecredores. Chego aoabsurdo de recolher impostosantes dadatade vencimento. Não por virtude ou patriotismo acerbado, que até o meu tem limite. Apenas para ficar livre da obrigação e não deixar de ser um cidadão consciente da importância dos impostos e taxas que pagamos.Sem demagogia. Por entender como funcionamas coisas.Mesmo irritado com tanta incompetência,má-fé, corrupção,nepotismo, sem-vergonhicedo poder público,jamais pensei queia tervontadede umdia aderiraalgum movimento de desobediência civil para nãopagar algoimpostopelo descalabro da burocracia. Nem quando Martaxa inventou um festival de taxas que Serra prometeu erradicar (vou cobrar) imagineinão pagar. Agora,todavia,rendo-me, caro leitor, e me torno um péssimo exemplo: não quero fazer curso nenhum de 15horaspara renovaçãode habilitação como motorista, não quero pagar R$ 50,00 para sustentar esse novo monstrengoque estãoinventando para nos assaltar.
Recusa necessária É preciso queos cidadãos comuns comecem a se recusar a pagar essas invenções loucas. Nossas lideranças políticas e nossos governantes não pensam em nós. Pensam neles. Quanto mais arrecadaro aparelho público mais eles podemse auto-aumentar, usufruirmordomias crescentes. Apopulaçãoa quem representam, seus eleitores, que se danem. O presidenteLula vaiandar em aviãode cento e cinqüenta milhões de reais ecarrooficial quemdirige é motorista
particular. Funcionário público. Não vaiprecisar se humilhar numa inútil sala de aulas para ajudar a aumentar a venda de certificados e a corrupção no país.
Educação
Investindo em educação, fazendo existir a punição aos infratores, havendouma justiça proba e que funcione,não é preciso mais nada para enquadrar os maus motoristas. Já inventaram aobrigação do extintor de incêndios. Já inventaram um tal de kit saúde, umabarbaridaderidícula.Tudo,sempre, é feito para enriquecer rapidamente poucos.
Obrigação Comocidadão, como jornalista e, até, como presidentedo InstitutoBrasileirode Desenvolvimento da Cidadania,não posso,nunca,defendera desobediênciacivil. É como a pena de morte. Insultameu diplomadoLargo de São Francisco, como bacharel, em Direito, pensar em pena de morte. Muitas vezes, "detanto vertriunfar anulidade, de tantover prosperar anulidade", como diziaRui há mais de um século, o cidadão de bem "chega a duvidar desi mesmo,a tervergonha de ser honesto". Etende a ficar a favor.
Pratique o certo Por isso,caro leitor,esqueçaminharecomendaçãoláde cima de desobediência civil... Pague tudo e nãochie.Mas na hora do voto, pense duas vezes. Arenovaçãoabsurda da habilitação para dirigir sai domesmo MinistériodaJustiça, cujo titularacha que seqüestro não é crimehediondo equerliberarcriminosos para esvaziar as cadeias.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
acordo PT/PSDB englobando as eleições de presidente da Câmara dos Deputados eAssembléia Legislativade São Paulo está em andamento e agrada o governador Geraldo Alckmine os dirigentes petistas,sobretudo a José Genoino. O novo presidente da Câmara será eleito no dia 14 de fevereiro, enquanto o do Legislativo paulista em 15 de março.
É aí que está o "X" da questão. O PT dá as cartas e joga de mão, porque dependendo do comportamentodos deputadostucanos naeleição daCâmara, otroco podeser dadoem março:a eleição emSão Pauloserá,portanto, realizada ummes depois das eleições em Brasília.
Genoino quer o apoiototal dos votos tucanos de São Paulo a Luiz Eduardo Greenhalgh, com a promessa de que Alckmin será recompensado na eleição da AssembléiaLegislativa. Tucanos e petistas seacertam e tudo indicaque o acordo sairá. O resto fica por conta da infidelidade e das traições.
Por enquanto, apenas o PT játemcandidatooficial àPresidência daCâmara, que é Luiz Eduardo Greenhalgh. Alckmin aindanão temcandidato. Portanto, Genoinocabala votos para seu candidato. Alckminesperapelaindicação do PSDB.
Três candidatos disputam aindicação noPSDB: Edson Aparecido,Vaz de Lima e Wanderlei Macris. Ogovernadordizquenão temcandidato equevai apoiar aquele quefor escolhido pela bancada.
Edson Aparecidosurge comocandidatooficialdo PSDB porque é o presidente do diretório municipal. Vaz de Lima já tentoua presidênciaoutras vezes,enquanto Macris, que é lider do governo, já presidiu a Casa.
O Ministério Público pode ser acionado para investigar o que realmenteaconteceu como túnel da Rebouças (Fernando Vieira de Melo). A obra, que custou ao município quase R$100 milhões,foi inaugurada háapenas 3 meses e novamente interditada parcialmente.
O túnel foi construído em tempo recorde e os engenheiros constataram que umtrecho davia carroçávelcorreoriscodedesabar com o peso do tráfego. A população já está recebendoa fatura.Assim como ocomércio, quevai amargar mais prejuízos.
A interdição do túnel da Rebouças,embora parcial, abala o prestígio de Marta Suplicy, no instante em que ela luta para obter a legenda doPT e concorrer ao governodo Estado em 2006. Marta enfrenta adversários fortes no partido.
Esquenta acrise envolvendoSerraeMartaSuplicy, que alcançou o clímax coma denúncia de que a ex-prefeita teriadeixado deherança um rombode R$ 1 bilhão e 900 milhões, sem reserva da verba para o efetuar o resgate.
Aequipe da ex-prefeita acusaSerradeestarmani-
Tucanos e petistas mantêm a polêmica. E a dívida cresce, com a inclusão das autarquias.
Epulando númerospara comprometer suagestão. Odéficitanunciado pelo prefeito foiextraídode umbalanço feito após a posse do tucano.
A ssessores da ex-prefeita insistemem afirmar queMartaSuplicydeixou em caixaR$376milhões parapagamentode dívida de R$ 375 milhões. Isto é:ficaria elaspor elas. Mas, osserristas negama informação de Marta.
Oque preocupa a equipeda ex-prefeita é que Martapode seracusada de terdescumprido aLei de ResponsabilidadeFiscal, por ter deixado dívida sem verbareservada parao resgate.Apunição pode chegar à perda de direitos políticos.
O deputado José Carlos Aleluiavoltou acomunicar ao seupartido, PFL, que não existe a possibilidade da retirada de suas candidatura pela oposição à Presidência da Câmara. Aleluia acha que pode levar o cargo.
José Genoino insiste em transmitira mensagem de quenão existemaisa candidatura avulsa de Virgílio Guimarães (PTMG) à sucessão de João PauloCunha, apesar das provasem contrário.Aos amigos, Genoino diz que apostaa vidadequea candidatura de Virgílio já fez água.
L ula é mais realista do queGenoino e parece se preocupar nãosócom o dissidente Virgílio Guimarães mas também com a candidaturadeJosé Carlos Aleluia. O presidente está disposto a entrar pessoalmente na campanha cabalando votos nospartidos aliados. Lula não conseguiu, por duas vezes, demover Virgílio de seu objetivo.
Enquanto Lula decidia entrar na campanha, o PT discutia apossibilidade de afastar Virgílio de seus quadros, caso suacandidatura for mantida. Portanto, o parlamentar mineiro entrou na alça de mira dos homens da Comissão de Ética do PT.
nquanto esquenta a discussão entre petistas e tucanos sobre a dívidade curtoprazodomunicípiodeixada pela administraçãode MartaSuplicy paraoatual prefeito José Serra, cresce cadavezmaisovalordocalote. Serra afirmaque a dívida com fornecedores chega a R$ 1,9bilhão,e assessoresde Martadizemque nãohádívida. Segundo levantamentofeitopelo vereador José Police Neto(PSDB), adívida naverdade podechegar a mais de R$ 2,5 bilhões.
"Nos números levantados até agorapela equipe econômicanão foramcomputados as dívidas das empresas municipais. Quando esse levantamentoestiver concluído,omontantepode atéultrapassaros R$2,5bilhões", afirma o vereador. Segundo ele,se somadosos débitosdaCET, SPTrans, Serviço Funerário, Emurb, Anhembi eCohab, adívida crescemais R$600milhões. Ele cita como exemplo o déficitdaCompanhia deEngenharia de Tráfego (CET) e da São Paulo Transportes (SPTrans) ondea dívida chega a R$ 160 milhões.
"No momentoemque os empresários – relacionados no decreto publicado na terça-feira, de empresas que prestaram serviçose tiveram seus pagamentos cancelados – começarem ase apresentar para pedir o recebimento, vão corroborar
nossa tese de que a administração anteriordescumpriu a lei", afirma Police Neto. Semprecedentes – Serra disseontem quea cidade nunca passou porum endividamento tão grande comoo quefoideixadopela administração Marta. "Tem muita, mas muita coisa para pagar,comonunca aconteceunahistória deSãoPaulo", garantiuoprefeito.Ele fez a crítica ao participar da cerimônia de posseda diretora do Centro Olímpico de
Os atletas que trabalham aqui não recebem desde setembro. O resto é trólóló, conversa fiada.
Treinamentoe Pesquisa, a ex-jogadora de basquete Magic Paula. A afirmação de Serra foi uma resposta ao ex-secretáriode Finanças de Marta,Luis CarlosFernandes Afonso, que em nota àimprensaafirmaque "deixamosSãoPaulo em uma situação melhor do que a encontramos". Craques semreceber–Durante acerimônia, oprefeito se encontrou com o exjogador de futebol Dudu, craque doPalmeiras –time de Serra – nos tempos da Academia. Dudu reclamou quea cooperativaCraques de Sempre, formada por 70 ex-atletas quedãoaulas a
crianças da periferia, está sem receberdesde setembro. O prefeito usou o caso paraexemplificarasituação que herdou.E chamou as justificativas de ex-assessores de Marta de "trólóló" e "conversa fiada".
Serra (ao lado de Paula) rebateu as justificativas da ex-administração Ministério Público e TCM investigam A verdade sobre a dívida de curto prazo de São Paulo não movimento apenas petistas e tucanos. Promotores públicos, um juiz do Tribunal de Justiça e técnicos do Tribunal de Contas do Município (TCM) se debruçam sobre as informações financeiras do município. Todos querem saber se o erário público foi afetado e se a ex-prefeita Marta Suplicy e seus assessores podem ser responsabilizados.
"Aquestão básica vocês podem constatar aqui. Os atletas,ex-jogadores de futebol, quetrabalhamaqui não recebem desdesetembro.Orestoé trólóló,conversafiada. Eles estão sem receber desde setembro. A partirdaí vocêspodemver comoéhistóriaessacoisade 'deixamos dinheiro, registra isso, registra aquilo'. Nãotemnadadisso.Ofatoé o seguinte: despesa feita em umanotemqueserregistradanomesmo ano.Nãopodeirparaoanoseguinte.Essacoisa defalarem quedeixaramdinheiro, porexemplo, na Saúdedeixaram um terço do que tinha para vencer em janeiro", disse Serra. Herança "Martita" – Ostucanossereferem à situação caóticada Prefeitura como herança "Martita". "Os 2,3 mil empresários que ficaram semreceberaindapodemcobrar juros ecorreção, porque isso é previstoem seus contratos. Com isso, a Prefeitura teráde despender mais R$190 milhões.Agrande preocupação dos petistas é que a candidatura Marta ao governo doestado também pode estarcomprometida", disse um assessor tucano. Fernando Lancha
O Ministério Público, através da Promotoria da Cidadania, já abriu um processo de investigação e um inquérito para apurar responsabilidades. A Justiça analisa pedido feito pelo vereador José Police Neto sobre os empenhos que foram cancelados. Desde a semana passada, técnicos do setor de Fiscalização e Controle do TCM analisam os empenhos cancelados. Na avaliação preliminar dos técnicos, a administração petista feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não poderia ter cancelado os empenhos e só fez isso na tentativa de maquiar suas contas. Eles devem concluir seus levantamentos e pedir a rejeição das contas da exprefeita no seu último ano de mandato. (FL)
A candidaturaindependente do deputado Virgílio Guimarães(PT-MG) àPresidência da Câmara, consideradaaté ontemumapossibilidade, já temdata e hora para ser oficializada: hoje, às 15 horas, no Plenário 3 das Comissões da Casa. A informação foidadapelo deputado João Leão(PLBA), um dos coordenadores do movimento "Câmara Forte", que ontem reuniu em um almoçodeputados que apóiamacandidatura de Virgílio Guimarães. O Palácio doPlanalto decidiujogar pesadocomos rebeldesda basealiadaque apóiama candidatura de Virgílio:os deputadosde partidosaliados que não apoiarem o candidato oficial do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), terãode entregar os cargos ocupados no governo federal pelos apadrinhados políticos. Alvos – Umdos primeiros alvos doPlanaltoserá odeputado João Leão (PL-BA), que lideraomovimentode apoio à candidaturade Guimarães. Líderes governistas observaram que Leão fez as indicações para o DepartamentoNacional deInfra-Estrutura de Transportes (Dnit) e a CompanhiaDocas da Bahia.OnovolíderdoPP,deputado JoséJanene(PR),também está na mira do governo eterádeentregaroscargosna Petrobrás e na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), casoinsistaem apoiaracandi-
datura de Virgílio. O presidentenacional do PT, José Genoino, afirmou ontemqueopartidonãopoderá ter dois candidatos disputandoa presidência, no dia 14. "Eu, como presidente do PT,não tenhocomo bancarduas candidaturas. Isso seria um precedentemuito grave.Seria opior dos cenários. Nós apostamosna possibilidadederecuo do Virgílio. Mas se ele não recuar, a bancada deverá decidir o que fazer", disse Genoino. A cúpula do PT ainda não decidiu se afastará ou mesmo expulsará Virgílio do partido, caso ele mantenha a candidatura. Dificuldade – "Meu voto é para o Virgílio. Não tenho nada contrao Greenhalgh, mas foi um equívoco a escolhado PT",afirmou olíder do PPS,deputadoJúlio Delgado (MG). A posição dele entra em choque com a da Executiva Nacional do PPS, que aprovou o apoio a Greenhalgh. Oslíderes dospartidosda base aliada avisaramao Planaltoque estãocomdificuldadesdegarantiro voto no candidato oficial do PT. Argumentaramqueovotopara eleger o futuro presidente da Câmaraésecretoe,portanto, será difícil detectar astraições. O cargo agora tem quatroaspirantes: Greenhalgh (PT-SP), José Carlos Aleluia (PFL-BA), Severino Cavalcanti (PP-PE) e o próprio Virgílio. (Agências)
PL promete apoio a
Com o PLrachadosobre a sucessão da Presidência da Câmara dosDeputados,ovicepresidente da República e ministro daDefesa, JoséAlencar, eo ministro dosTransportes, Alfredo Nascimento, entre outros caciques liberais, entraram no jogo político a favor do deputado paulista Luiz Eduardo Greenhalgh.
"Não vamos dar apoio a candidatos avulsos. O candidato do PL é o candidato oficial do PT", disse Alencar, após se reunir com Nascimento, opresidente do partido, deputado Valdemar daCosta Neto(SP), e olíder da bancadana Câmara, Sandro Mabel (GO). "Mas esseé umproblema deeconomia doméstica do partido. Quemdecidequem éocandidato é o PT".
Confiança– Costa Neto demonstrou confiançaque nodia da votação,marcada para14 de fevereiro, cerca de 80 por cento dos deputados votarão em Greenhalgh e disse ver com normalidade a dissidência liderada por um de seus correligionários.
"Não queremos ser problema para o governo, somos parte do governo e queremos apoiar a candidatura do PT", disse. "Esseéummomento de se medir forças.É por issoque o partido vai trabalhar pelo candidato oficial... Masquando o voto é secreto sempre dá aquelavontade datraição. Porisso vamos trabalharcom oconvencimento para não haver traição",disse Mabel. Mesmo como discurso favorável à Greenhalgh,o líderdo PLnão mede esforços paraelogiar Virgílio. "A candidatura é legítima.O Virgílio é um quadro excepcional". (Agências)
EDITAL - CORREÇÃO Porumlapsodedigitação, naedição deontem(página 6),constou no artigo 1º do Regulamento da Eleição para renovação dos quadros diretivos da ACSP, a data de 17 de janeiro de 2003, quando o correto é 17 de janeiro de 2005.
Gilberto Gil lança o 'Ano do Brasil na França'
"Com quantos Brasis se faz um Brasil" foi o lema de lançamento, ontem em Paris, do Ano do Brasil na França, um conjunto de eventos que visa divulgar a diversidade cultural, social e econômica dos brasileiros durante 2005. A frase, tirada de uma canção composta por Lenine, foi destacada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Michel Barnier (foto abaixo). "O evento vai permitir-nos fazer uma redescoberta do Brasil e satisfazer uma curiosidade nunca saciada", frisou.
Intitulado Brésil, Brésils (Brasil, Brasis), o Ano do Brasil, que se segue ao Ano da China, celebrado em 2004, pretende mostrar espetáculos, exposições, concertos, palestras e a culinária brasileira no período de 15 de março a 15 de dezembro. "Queremos dar uma imagem da variedade e da intensidade da cultura brasileira, sem filtro nem intermediário", declarou o ministro da Cultura, Gilberto Gil. (AE)
Ruth Warrick, atriz do clássico Cidadão Kane, de Orson Welles, que interpretava Emily Norton Kane, a mulher do magnata da imprensa no filme de 1941, morreu em casa aos 88 anos, no sábado. Ela teve complicações decorrentes de uma pneumonia.
Um grupo de mascarados assassinou a tiros um líder muçulmano xiita, Sheiker Jabbar Sajl, candidato às eleições do dia 30, no Iraque. Ele era um dos 275 candidatos do Movimento da Monarquia Constitucional, cujo partido é liderado por um primo de Saddam.
A corte marcial britânica em Osnabrueck, na Alemanha, mostrou imagens do soldado britânico Mark Cooley simulando golpes a um detento iraquiano. Outras cenas simulam abusos sexuais. Três fusileiros britânicos estão sendo processados por abusos contra prisioneiros em Basra.
PEREGRINOS CONTESTAM – Garoto de Bangladesh acena a seus familiares na Grande Mesquita de Meca, na Arábia Saudita. Mais de dois milhões de mulçumanos estão na região para a peregrinação anual, a "Hajj". A maioria discorda dos clérigos radicais que consideram a tragédia da tsunami uma punição divina.
Rice defende diplomacia, só na teoria
A secretária de Estado norteamericana designada, Condoleezza Rice, defendeu o uso da diplomacia ("A hora para a diplomacia é agora") durante sua sabatina no Senado mas não conseguiu aplicála ao ser questionada a respeito das justificativas para a guerra do Iraque. "Não eram só as armas de destruição em massa", disse. Ela defendeu que Saddam Hussein precisava ser derrubado porque invadiu o Kuwait e Israel. "Podemos ter esta discussão da forma que preferir, mas realmente espero que a senhora não conteste minha integridade", disse Rice em confronto com a senadora Barbara Boxer . Em relação à América Latina, Rice foi branda : “Vamos continuar a trabalhar com o Brasil como copresidente das negociações para a Alca. O Brasil é chave para a região". (Agências)
JTerremotos, enchentes e outros desastres naturais podem matar milhões se atingirem estas megacidades. O alerta foi dado pela ONU. anEgeland, diretor da ONU para o atendimentos deemergência, destacou ontem no primeirodia de uma conferênciasobre prevençãode tragédias,queacontecena cidadejaponesa de Kobe,quemuitasdasmegacidadesdo mundo,como São Paulo, estão extremamente suscetíveis a desastres. "Aí poderíamos ter não apenas um número de mortos no estilo da tsunami, como vimos no fim do ano passado, mas umaté centenasdevezes aquilo,napior hipótese". Segundoosnúmeros da ONU, as maiores megacidadesdomundohoje são a Grande Tóquio, com 35,3 milhões de habitantes; a Cidade do México, com 19 milhões; NovaYorkNewark, com 18,5 milhões; Bombaim,com18,3milhões e São Paulo,também com 18,3 milhões.
A maior preocupação é Tóquio, por causa da grandepopulação, do histórico de terremotos e do impacto que um grande abalo que devastasseacapitalteriasobrea economiamundial.
Ontem mesmo foi registradoumtremor de 6,3 graus
naescala Richter,na Ilhade Hokkaido. E especialistas prevêem aindaumgrande terremoto na cidade,que já foi arrasada por um grande tremor em 1923.
As megacidades têm população de nomínimo 10 milhões dehabitantese umaaltaconcentração populacional, muitas vezes em favelas. "O tempo está se esgotandopara as megacidades da Ásia, da África e da América Latina", disse Egeland. "Algumas das megacidades têm tendência a sofrer terremotos, outras são propensas ainundações, etc. Precisamos de planejamento urbano, desenvolvimento, investimento nas áreaspobres, porqueos pobres são sempre os mais vulneráveis", afirmou. Conforme apopulação mundial cresce, aumenta também o tamanho das megacidades, dificultando o resgateno casodeumacatástrofe.Em2015,aONUestima queaGrande Tóquio terá36,2 milhões; Bombaim, 22,6 milhões; Nova Délhi,21 milhões;Cidade do México, 20,6milhões e SãoPaulo,20milhõesdehabitantes . (Reuters)
Barcos da Guarda Costeira vãopatrulharo Rio Potomac. Baterias antiaéreas vão proteger Washington, enquanto patrulhas de combate aéreo garantirãouma zonadeexclusão aérea maior que a normal sobrea capital nos EUA. Uma cidadeque se acostumou aos alertas de ameaças terroristas, Washington, elevaráasua segurança paraum patamar nuncaantes vistopara a primeiraposse presidencialdepoisdos ataquesde 11 desetembrode 2001, amanhã.
Cerca de 6 mil policiais, 7 mil militarese um número não revelado deagentes do Serviço Secreto estarão trabalhando com equipamentos de comunicaçãoemonitoramento de alta tecnologia.Apesar das autoridades afirmarem que o assunto "terrorismo" não temsidomuito mencionado ultimamente, um relatóriorevelaque,nasemanada posse de GeorgeW.Bush paraseu segundomandato na Presidência dos EUA, há o temor de que a Al-Qaeda use carros-bombabemsofisticados, como limusines.
apreendido peloserviço de inteligência, de um membroda Al-Qaedapreso no anopassado naGrã-Bretanha, segundo informações da revista Time. Deacordo com esse suposto plano, bujões de gás dentro dos carrosseriampintadosdeamarelo paraque asequipes de resgate e os bombeiros pensassem que era gás tóxico, o que causaria ainda mais pânico e caos. A posse de Bush não está mencionada nos planos, mas autoridades americanas resolveramrevisar o documento.
Limusine - bomba Aameaçada limusinebombafoi revelada em um documento de 38páginas,
EUA X Irã Em uma entrevista transmitida nasegunda-feira à noite pela TV CBS,o presidente Bush, confirmou que nãodescarta a possibilidade de uma ação militar contra o Irã se os EUA fracassarem em seu objetivo depersuadir essepaís afrear deimediato afabricação dearmas nucleares. Emrespostaaos EUA,o ministro da Defesa doIrã,AliShamkhani,disse que o país tem o poderio militarparase defender."Temosumaforçatal quenenhum paíspode nosatacar, porque eles nãotêminformações precisas sobrenossas capacidades militares devido à nossa capacidade de implementar estratégias flexíveis". (AE)
Nada clássico: coleção da Huis Clos, de Clô Orozco,
Modelagem: desenho de Eduardo Suppes, que desfila sua coleção no domingo
Hoje começa a 18º edição do evento, maior vitrine da indústria têxtil do país. Estilistas d
Umamoda que párao trânsito, literalmente. É oque deveocorrer a partir de hoje e até o dia 25no Parquedo Ibirapuera, precisamenteno prédiodaBienal,onde são aguardadas 120 mil pessoasdurante o período. Ládentro, palcoda 18ªedição do São Paulo Fashion Week, um congestionamento de modelos (tops e aspirantes),estilistas,seguranças, maquiadores, compradores, artistase candidatos a celebridades instantâneasdisputam os privilegiados lugares nas salas de desfilesparaver, emprimeira-mão,os lançamentos datemporada outono/inverno 2005.
Colorido: croqui de Ronaldo Fraga
A expectativa é grande, já que nenhumagrifeantecipa, por razões óbvias, o quevaiexibir durante essamaratona queexigefôlegoedisposição para acompanhar47desfiles de44grifesdiferentes, reunindo as marcas mais badaladasdosegmentotêxtilbrasileiro.Epara dar o clima certo da próxima estação, que chega com tricôs, veludos e malhas, tem estilista que já encomendou 3.500 barrasdegelo paraesfriar oambiente. Isto, porém, é só uma amostra do que prometemcenógrafos e produtores. E para dizer a que vem esta edição — a mais cara de todos os tempos, com custo divulgado em R$6 milhões — ,logo no primeirodia GiseleBündchen,a mais requisitadade todas as supermodelos, brindará a platéia da Triton com seu andar cadenciado que encanta o mundo. A noiva mais solicitada datemporada,DaniellaCicarelli, agoracomcachê estratosférico, também marcará presença napassarela daEllus, daqual égarota-propaganda.O que não sesabe, porém,éseoseunoivoefãnúmeroum,Ronaldo,estará naprimeirafila. Háquem aposte que,só para aumentaro tráfego de personalidades pela Bienal, Caetano
Para mostrar: ontem, profissionais fizeram os últimos ajustes no prédio da Bienal, palco da SPFW
Veloso, "pai" do cruzamento mais famoso do país (esquina da Ipiranga com São João), poderá surgir na passarela da Patachou, que neste anobuscou referências na Bahia para criar sua coleção. Mas, independentementede Giseles, Caetanos e Cicarellis, o SPFW encontraseposicionado entre as maioressemanas de moda do universo fashion. E dá início, nestaedição,àscomemoraç dedez anos dacriação do Calendá Oficial da Moda Brasileira trazen umasérie denovidades.A começar losestilistas,sendoseisestreantes,ci delesmigrantesdo AmniHotSpot: bia Bercsek, Giselle Nasser, Samuel C nansck e Érica Ikezili. Completa o tim pernambucana Lourdinha Noyam
Papa, Midas, guru. Vários sãoostítulos que seencaixam como uma luva em Paulo Borges, o criador do São Paulo Fashion Week, quecolocou oBrasil nocalendário das passarelas. Consagrado lançador de talentos,graças aele omercado acompanhou o surgimento de estilistas como Alexandre Herchcovitch, Fause Haten, Walter Rodriguese MarceloSommer, Borges vailonge. Háexatos 25 anos, obstinado e determinado como todo ariano, eletrocou osdomínios da informática pela moda. Tudo começou comum desfile para amigos, no qual já mostrava a que vinha, impondo uma nova estética. O convite para assessorar Regina Guerreiro e atuar como produtor da revista Vogue foi umaconseqüência. Mas foidirigindo desfiles du-
A par da organização do SPFW e da boa vontade de quase todas as assessorias envolvidas, algumas destas, contratadas pelas grifes, parecem não se dar conta do papel a cumprir. Em vez de facilitarem o trabalho de um batalhão de profissionais da imprensa que atuam
ranteanos (ConradoSegreto, Walter Rodrigues, Silvie Leblance MarjorieGueller) que Borges fez escola.
Em1994,játotalmenteenvolvido pelométier, Borges concebeuo Phytoervas Fashion, elevandoos desfilesaopatamar de grandes eventos culturais.
Pioneiro, dois anos depois, em1996,partiupara um ambiciosoprojeto que mudaria definitivamente o cenário, organizando, profissionalizandoeunindotodo o mercadono MorumbiFashion Brasil, precursor do Calendário Oficial da Moda, que em 2001assumiu suaidentidade,a São Paulo Fashion Week. Hoje, Borgesétambém fundador epresidentedo IN-MOD (Instituto Nacional de Modae Design), cargo que acumula também na Câmara e Comitê de Moda.
efetivamente no setor, preferem contemplar outras categorias de público. Como a assessoria da Forum e Triton, que, num exemplo de descaso absoluto, ignorou dezenas de solicitações de acesso à sala de desfiles. "É que a sala diminuiu...." (sic).
Ricardo Almeida é quem assina, nesta temporada, as camisetas da campanha "O Câncer de Mama no Alvo da Moda". É a primeira vez que um estilista exclusivamente voltado para moda masculina assume a missão. Almeida criou versões
Borges lançou nomes como Fause Haten e Alexandre Herchcovitch
femininas e masculinas, que serão lançadas durante o evento e apresentadas em primeira mão em seu desfile. As camisetas estarão à venda nas Hering Stores em todo o país. Parte do valor de cada peça é revertido ao IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer).
Nos últimos três meses, organizadores do evento selecionaram, nas principais agências do país, novas modelos com potencial para se tornarem top models. O time, batizado de Dream TIM, é composto por 29 modelos
4 grifes diferentes apresentarão suas propostas para o outono/inverno 2005 em 47 desfiles.
Além desses, Caio Gobbi e Mareu Nietschke, que nãoparticiparam na última edição(Gobbimostrou coleçãoforado pavilhão da Bienal), voltam a integrar o time de Paulo Borges. Outro que aparece pela primeira vez, embora não seja estreante, é Pedro Lourenço. O garoto-prodígio, que desenhou umacoleçãointeiraparaagrife CarlotaJoakina, agoraénomedeuma marcaprópria,comoosseuspais,Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço. Também em relação ao palco do eventohámudançassignificativas. Agora, duas dasquatro salasque serevezarão para abrigaro cronogramados desfiles terão características diferentes: a primeira ganha a disposiçãode uma arena
Alémdassalasde desfiles, os loungesdospatrocinadores instalados na Bienal sãoambientes pralá de concorridos durante as edições do SPFW. Todos se esmeramem coquetéis,canapés e customizaçãode produtos ou objetos.
A Melissa, tradicional parceira do evento,neste anoteráumrobôcirculando pelos ambientes em clima de Loverboots.É parte da estratégiadelançamentoda Melissa Possession, peça futurista quechega aomercadocobertadebrilho,objetode desejode mulheresde todas as idades. Noespaço criadopelaVicunha, a proposta é contar a história da moda através do cinema, num ambiente que reproduz umsetdefilmagem e uma sala de projeção
cujo desempenho na passarela será acompanhado de perto. Ao final do evento será apontada a revelação da temporada, que estrelará uma campanha da TIM.
Ricky Martin é uma das atrações internacionais da São Paulo Fashion Week. Provavelmente o cantor porto-riquenho fará um show especial e concederá entrevista na C&A, da qual é o garotopropaganda neste ano, ocupando o posto que já foi de Gisele Bündchen.
A Vicunha, em seu concorrido espaço no
SPFW, marca presença na passarela com novidades em índigos e brins nas coleções de inverno 2005. O jeans vem com tudo, em acabamentos e lavagens diversas, nas coleções da Cavalera, Zapping, Gloria Coelho, Reinaldo Lourenço, Eduardo Suppes, Forum, Triton, Mareu Nitschke, Erika Ikesili, VR, Samuel Cirnansk e Lorenzo Merlino.
As paredes da Bienal servirão de pano de fundo para o designer gráfico carioca Muti Randolph exibir o Brasil sob o ponto de vista da moda. Uma instalação de
e asegunda perde a passarelafixa, possibilitando a apresentaçãocom até três tablados para os desfiles; as outras duas salas mantêm a passarela fixa. Asmudançasmaisexpressivas,entretanto, não estãoalinhadas aos aspectos estruturais da cenografia. Democratizando o calendário, pela primeira vez o SPFW instalará um telão no Ibirapuera, entre a OCAe o MAM. Alémde maior visibilidade,o objetivoélevarainformação demoda a um maiornúmero de pessoas, transmitindoao vivoos desfiles para os freqüentadores do parque. Quem não se contentar em ver pelo lado de fora poderá comprar ingressos (a R$ 30,00). Serão 500 por dia, com acesso liberadoàsáreasde exposiçõesedecirculaçãolivre daBienal. Assalas dedesfiles eos lounges dos patrocinadores permanecem restritos aos convidados. Outra inovação, estade caráter pedagógico,équeemcadadesfileestudantes de Modaterão lugar assegurado.O direito à vaga foi obtido por meio de concurso realizado pelos organizadores.
Fora de área
Nemtudo,porém, ficarárestritoaos pavilhões da Bienal.Pontoshistóricos dacidadee instituições culturais tambémabrigarãodesfiles. Pedro Lourenço,por exemplo,fará seudesfile naGaleria Leme ea grife Raiade Goeye,no TeatroMunicipal. ReinaldoLourenço, por sua vez, elegeu a Faap como cenário e a marca Néon, o Teatro Oficina. É o SPFWampliando ereforçandouma parceria indissolúvel: moda e cultura.
SERVIÇO
Bienal: Parque do Ibirapuera
Faap: rua Alagoas, 903, prédio 1 Galeria Leme: rua Agostinho Cantu, 88 Teatro Municipal: praça Ramos de Azevedo, s/nº Teatro Oficina: rua Jaceguai, 520
real, comuma tela de 180 graus. Para completaro décor,os convidadostambém vão conhecer os looks com que, demaneira inédita,os estilistas parceiros vestiram estatuetas quereproduzem asdoOscar emíndigos, brinse malhas de vários acabamentos.
Na sessão pipoca da Vicunha,umaseleçãodas melhores imagens demoda do cinema – brasileiro e estrangeiro – com curadoria de AlexandraFarah, coordenadora do festival Filme Fashion,que járealizou duas mostras de sucesso em parceria com oCentro Cultural Banco do Brasil.
A cada diaserão exibidos osmomentos maismarcantes das décadas de 40, 50, 60, 70, 80, 90 e 2000, no qual poderá sernotada aevolução do jeans comopeça de modae suatrajetóriaaté conquistaro postodeprotagonista que hoje ocupa.
vídeo de escala monumental projetará imagens com obras de fotógrafos, ilustradores e artistas, medindo até 51 metros de largura. As projeções, através de 40 projetores equipados com lentes especiais, vão ocupar quase toda a área de circulação livre.
O estilista Marcelo Quadros não participará desta edição do SPFW. Ele alegou que está reestruturando a marca e tem muitos compromissos internacionais agendados para este ano.
Sóbrio: desenho da marca V-Rom antecipa as cores do desfile
Debutante: camisetas do IBCC, desenhadas por Ricardo Almeida
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Segundo instituto, de janeiro a novembro de 2004 o setor acumulou alta de 8,98% nas vendas e, em 12 meses, aumento foi de 8,33%. Mesmo com desaceleração, alta anual é a primeira desde 2001.
Ocomércio varejista brasileiro voltou a crescer em 2004, depois detrêsanosconsecutivosde queda.O aumento é o primeiro a ser registrado na sériehistórica dapesquisade comércio do Instituto Brasileirode GeografiaeEstatística (IBGE),iniciada em 2001.O ritmodeexpansão nos últimosmeses do ano, porém, desacelerou. E o crédito, que foi o grande impulso para osnegóciosao longo do ano, mostra sinais de esgotamento. De janeiro a novembro do ano passado, o setor acumulouumaumento de 8,98%nas vendas e, em 12 meses, ocrescimento foide 8,33%.Apesar daperda no ritmo de expansão, o mês de dezembro deverá registrar um volume de vendas superior ao de 2003.
Para o técnico do Departamento de Comércio do instituto,Nilo Lopes, apesarda reduçãodamagnitudedos aumentos nas vendas nos últimos meses, já é possívelafirmar queocrescimentodocomércio no acumuladoem 2004nãoserá inferior a 8%. O resultado
final do ano será divulgado em fevereiro.
Segundo ele,os dadosde 2004 deverão levar a um crescimento acumulado em tornode2,5%nasvendasdo setorde2001 atéoanopassado. Ou seja, a expansão de 2004 vai possibilitar ganhos além das perdas dos anos anteriores: 2001 (-1,57%); 2002 (-0,70%) e2003 (-3,67%). Otécnicodestacou que o bom desempenho do comércio foi puxado especialmente pelo crédito, que impulsionou sobretudo as vendas de móveis eeletrodomésticos.
Em novembro, na comparação com igual mês de 2003, as vendas do varejo cresceram 6,44%, desacelerando o aumento em relação a outubro (8,39% ante outubro 2003). Paraessa pesquisa, oIBGE não divulga dados comparativosao mêsanterior.Entretanto, aconsultoria GRC Visão divulgouumestudo que aponta retração de 0,7% nas vendas em relação a outubro,resultado já livrede fatores sazonais.
to na comparação com o mês anterior quanto com o mesmo mês de 2003, a desaceleração se deve ao baixo nívelderenda disponível.
As altas da taxa de juros ainda não se refletem nos números do setor, já que a defasagem é de três meses
A consultoria afirma também queas sucessivasaltas dataxadejurosaindanãotiveramefeito nosetor, pois há uma defasagem de três meses para que isso ocorra. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o varejo fechou 2004 comum crescimentoacumulado de 9%. O chefe do Departamento de Economia da instituição, Carlos Thadeu de Freitas,dissequea diminuição do ritmo de vendas em novembro não preocupa porque, "após um período de grande expansão em 2004,a tendênciaéde que hajauma desaceleração no ritmo do crescimento".
"Como noano passadoas vendas foramsignificativas, acréscimossobreuma baseforte representam resultadosfavoráveis", afirma Freitas.
O estudo aponta que, tan-
O setorsupermercadista sentiu em 2004 os reflexos da melhora da renda e emprego do brasileiro e teve umcrescimento de9,41% sobre 2003, alcançando um faturamento de R$ 97,7bilhões. Descontada a inflação, aexpansãoreal,entretanto,foi de2,57%. Oresultadoficou abaixodaúltima projeção feitapela Associação Brasileira de Supermercados (Abras),em novembro, quando estimava crescimento real de 3%.
Parao presidentedaentidade, João Carlos de Oliveira, entre os motivos para o recuo podemestar os aumentos sucessivos da taxa básica de juros (Selic), política que o Banco Central adotou a partir de setembro de2004."Apesar dessasaltas não serefletirem diretamente no preço do produto, o efeito psicológico acabou afastando o consumidor das compras de maior valor
agregado, que dependem do crédito", afirma. Segundo Oliveira, as vendas a prazo ultrapassam 50% do totaldo faturamentodo setor,sejaviacheque pré-datado oucartõesde crédito das próprias lojas. Poroutrolado, opresidente da Abraslembra que osaumentos depreçospraticadospelosetor no ano passado ficaramabaixodo resultado do Índicede Preçosao Consumidor Amplo (IPCA),o indicadoroficial dainflação, oque também contribuiu para umcrescimento menor do faturamento.O Abrasmercado –índice da entidade compostopor umacestade 35produtos –registrou altade 4,37%nospreços nos estabelecimentos no acumuladodoano,antea variação de 7,6% do IPCA.
Positivo – De qualquer forma,Oliveira considerao desempenhoanualbom,es-
Duráveis – Já o técnico do IBGEsublinha que as vendasde móveiseeletrodo-
As vendas de móveis e eletrodomésticos foram o grande destaque do varejo em 2004. O crescimento acumulado de janeiro a novembro foi de 26,95%. Crédito e demanda reprimida dos anos anteriores favoreceram o bom desempenho desses dois segmentos.
mésticos, com crescimento acumulado de 26,95% de janeiro a novembro, foram o grande destaque do varejo em 2004.Alémdocrédito, ele cita a demanda reprimida de anos anteriores e os vários lançamentosde produtos e inovações como justificativa para o ótimo desempenho desses setores. Mas,apesar doresultado recordeapós trêsanosconsecutivos de queda nas vendas, esseramotambém começa a desaceleraro crescimento, comaumento de 22,44%em novembro, depoisdeperder ritmo gradualmente após o ápice da expansão,registrada emjunho (36,25%). O técnicodo IBGE,assim como Thadeu de Freitas, acredita quea tendência é que os crescimentos nas vendas docomércio prossigam,masemtaxasmaisbaixas, puxadosagora pelarecuperação darenda do trabalhador e do emprego.
"Com amelhora darenda edo emprego,o setorpoderáregistrar taxasmaisbaixas,mas com durabilidade maior,poisesses estímulos têmbasemais estávelqueo crédito", diz Lopes. (DC/AE)
Osetorde duasrodasfechou 2004 com resultados recordes em produção, vendas internas e exportação. Foram fabricadas1.057.333 motocicletas, uma expansão de 10,7% sobre 2003. Com desempenhocrescentedesdeoiníciodadécada passada, o Brasil tornouseo quartomaiorprodutor demotosdomundo, perdendo apenaspara Indonésia, China e Índia. Diante do potencialdomercado, investidores estrangeiros estão de olhonoPaís.Este ano, por exemplo, a chinesa Haobao inicia a construção deumafábrica noPóloIndustrial de Manaus.
"O projeto já foi aprovado e deve ser implementado até meados do ano", diz o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Paulo Takeuchi."Também há fabricantes indianos de olho no Brasil", afirma. Crescimento – Emexpansão desde 1992, quando foram vendidas 53,4mil motos noPaís,o setorprojeta novo crescimento para 2005. A produção deve ampliar-se em 8,5%, chegando a 1,146 milhão de unidades. As vendas internas devem alcançar 976mil motos,expansão de 7% sobre as 911,7 mil unidadescomercializa-
pecialmente porqueem 2003 o setor amargou queda de 4,5% no faturamento. "Naqueleano,tivemos o pior resultado desde 1991. Portanto, aperformance atual,emboraabaixodoque esperávamos, épositiva e deve servista comoo início de uma recuperação."
Além da melhorada conjunturaeconômica do País noanopassado,com redução do desemprego, recuperação da renda do trabalhador e controle da infla-
ção,o presidente da Abras também citaos investimentosque o setor realizou como fator que contribuiu para a expansão. Segundoo executivo,a estimativa é que, em 2004, o segmento supermercadista tenha investido cerca de R$1,5bilhão, quase 50% mais queaprojeçãoparao ano. "Vale lembrar,entretanto, que vínhamosde um cenário extremamentepessimista, com osetor apresentando o pior desempe-
nho desde 1991", salienta o presidente da Abras. Emprego – Além deampliação delojas einaugurações denovas filiais, os investimentos realizados contribuíram tambémpara gerarnovos empregos.O ramosupermercadista encerrou2003 empregando 741 mil pessoas de forma direta."Noano passadoempregamos diretamente entre760 mile770 milprofissionais. Se somarmosos indiretos, deveremos
das em2004, quandoa alta foi de 7,5% sobre 2003. A Honda se mantém na liderança do mercado interno, com 84,6%de participação. Emseguida vêmYamaha (13,3%), Sundown (1,3%) e Kasinski (0,7%).
Asexportações, quetotalizaram157,4 milunidades em 2004,comosalto de 56,7% sobre2003, devem chegar a 170 mil motos este ano, um incremento de 8%.
Para Takeuchi, o bom resultado interno do setor deve-seaofato decada vez mais o brasileiro utilizar a moto como veículo de transporte. "Eladeixoude ser uma opção de lazer e está substituindo o carro, por ser mais ágil e econômica."
Por conta desse novo perfil, aAbraciclo tem investido em programas para conscientizar os usuários comrelação aousoadequadoeseguro doveículo.Recentemente, assinou um convêniocomaCompanhia de Engenharia de Tráfego (CET),para areformulação das pistas detreinamento e reciclagem de instrutores. Bicicletas – Também o mercadode bicicletas vem crescendo. Em2004,aproduçãochegou a5 milhões de unidades, quase 11% a mais que em 2003. Para este ano, aprevisão éproduzir 5,2 milhões de bicicletas. Alzira Rodrigues
Segundo a Abras, na prateleira, os produtos subiram em média 4,37% em 2004, contra uma variação de 7,6% na inflação registrada pelo IPCA no mesmo período
ultrapassar2milhões de pessoas", afirma Oliveira. Quanto a 2005,o executivo diz não ser possível fazer qualquertipo deprevisão pois, segundo ele, a expectativados analistas é que o Banco Central ainda eleve a Selic nos próximos dois meses e depois inicie uma nova queda. "De qualquer forma, esperamos crescer ao menos entre 2% e 2,5%, e assim recuperarmoso queperdemos em 2003."
Patrícia Büll
O Pátio do Colégio permanecia, ontem, invadido por automóveis. Seus motoristas desafiam a Prefeitura. Página 4
No primeiro dia de interdição de um trecho da avenida Eusébio Matoso , o trânsito fluiu bem no sentido Centro-bairro. No sentido inverso, houve lentidão. Explicação da CET: férias e o fato de muitos motoristas, já calejados, terem optado por rotas alternativas para evitar transtornos.
Com medode congestionamentos monstruosos, o paulistano decidiufugirdo corredorRebouças.O trânsitofoi tranquilodurante amaiorparte dodiadeontem, teste inicial da interdição parcial de cercade 500metros naavenida Eusébio Matoso, sentido bairro, entre a Faria Lima e a rua Cardeal Arcoverde. A medidaemergencial visa a realização de obras de recuperaçãodas galeriaspluviais do complexo Rebouças – formado pelo túnel
Jornalista FernandoVieira de Mello epelo Passa-Rápido–,que forammalexecutadas e correm o risco de desabar a qualquer momento. Poderiaser umatragédia, segundo a Prefeitura.
Acalmaria notrânsito surpreendeuaté osagentes daCompanhiadeEngenharia de Tráfego (CET), que diziam estar preparados para o caos. Cento ecinquenta agentes foram colocados para monitorar a região. "Parece que as placas fizeram efeito, porque era para estar tudo complicado por aqui. Masainda éépoca de férias",comentou um marronzinho, na esquina da Eusébio Matoso com a Cardeal Arcoverde. Osaldo negativo,maisuma vezecomojá eraesperado, ficoucom os comerciantes, que observaram amesma situaçãoem estabelecimentos: praticamente abandonados.
Sem trabalho – Ontem no posto Centro Automotivo Eldorado, os funcionários passaram grande parte do tempo de braços cruzados. Poucos carrosparavam paraabastecer. Os bloqueios criados para orientar os motoristas que vêm pela Eusébio Matoso, sentido Centrobairro, dificultama entrada no posto. Alémdisso, acampanha para que motoristas evitem aregiãotambémtem contribuído para reduzir o fluxo de tráfego local. Muitos paulistanos passaram a procurar caminhos alternativos."Os paulistanos foram intimidados de uma tal forma, que não vêm maisparaessa regiãodcidade", afirmou o gerente doposto,Rinaldo Alfredo dos Santos. Ele contaque amédia de venda do estabelecimento era de 300 mil litros de combustível por mês,antes do iníciodas obras, em 2003. De lá para cá, esse número caiu, pelo menos,à metade. Oreflexo diretorecaisobre o número de empregos gerados pelo seu negócio. "Para se ter umaidéia, eu tinha nove funcionáriostrabalhando no período da tarde. Hoje, tenho quatro. Aos domingoseramseis e,aolongo do último ano, apenas três",explicou Santos."Antigamente, tinha que esperar o movimento parar para fazer ohoráriode almoço. Agora, a gente nem cansa mais",completouofrentista AlexandreDionisioSantilli. No fim, o medo do conges-
tionamento de algumas pessoas gera o pavor do desemprego em outras.
A locadora Vídeo Factory semantémgraçasaoatendimento com aqual cativou a maioriados clientesque continuam fiéis. "Nós confaturamento do comércio da região chegou a 70%, como é o caso da loja Mestre Guido Ferragens. Em comparação comas vendas do final de 2003,antesdo iníciodas obras, o resultado ainda está 40% abaixo do registrado.
tamos com a nossa clientela. Mas está muito difícil aparecer novos clientes", disse Sheilados Santos, supervisora da locadora.
Segundo o movimento Rebouças Viva, a queda no
Dúvidas –A reforma de caráter emergencialno complexo Rebouças, inaugurado às pressas em setembro doano passado,levanta, maisuma vez,dúvidas sobre sua eficiência.
"Nãosei o que esta obra trouxe demelhoria para o trânsito. Ficou pior do que era", argumentou oempresário Guido Luperi. Paradoxalmente, no sentido bairro-Centro,oposto ao trechoonde estálocalizada a interdição para as obras,o trânsito foi lento durantetodo odia de ontem. A mesma situação crítica pôde ser observada em toda a extensão da avenida Rebouças, até a rua da Consolação, onde o trânsito passava a fluir melhor. No fim da rua Cardeal Arcoverde, já próximo à esquina com a Eusébio Matoso, a faixa da esquerda também foiinterditada num trecho de aproximadamente 100 metros. Ali já estão sendorealizadaspequenas intervençõesnas galerias, segundoos técni-
cos da Emurb. Na Eusébio Matoso,o trabalhocomeçouefetivamente noinício da noite de ontem. Duranteo dia,técnicose engenheiros se reuniram para definir com precisão o local que será alvo da intervenção. Adecisãoé dereformar 150 metrosdas galerias. A Prefeitura aguarda, noentanto,possíveis alterações no trecho de intervenção.De acordocom o Instituto de Pesquisas Tecnológicas(IPT), outros 500 metros de tubulação estão sendo monitorados. "Se o IPTdeterminar que a obra está insegura e que precisa serrefeita,elavai ser reconstruídasem qualquer ônus para o Poder Público", disseAntônio Arnaldo Queiroz e Silva, secretáriomunicipal de Infra-Estrutura e Obras.
Chuvas já provocaram cinco deslizamentos no município. A Defesa Civil monitora outras 27 áreas de risco. Não há feridos, mas cerca de 200 pessoas estão desabrigadas ou impedidas de voltar para suas casas, que foram interditadas.
Uma casa desmoronou na Praia de Itamambuca, em Ubatuba, no litoral norte e o número de desabrigados no município chega a 112 pessoas. A casa eradealvenariaehaviasido construída emum morro, que, porestarencharcado, desabou. "Por sorte ninguémficouferido.Osmoradorestinhamsaído um pouco antes"contouoresponsávelpela DefesaCivil, PedroMarciano. No município,desdedomingo,cinco d es l iz amentos de morro foram registrados. Pelo menos 80 pessoas estão em casas de parentes. Segundo aDefesa Civildomunicípiootempofechadoeas condiçõesdenovas pancadas de chuva impedem que asfamílias retornem para suas casas. Risco – O monitoramento dasencostasfeitopelaDefesa Civilteveo reforçodos técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas(IPT) do Estado de São Paulo. O municípioaté agoraregistrou70% dechuvaamais que em janeirodo ano passado. Ubatubatem 27áreas de risco que estão sendo monitoradas diariamente.
Os moradores que estão desabrigados não pensam emvoltarparacasaatéquea situação se normalize. "A gentetemmedo dequea chuva venhade novoe nos pegue de surpresa. No domingo perditudo, massalvei a vida das minhas crianças", disse a dona de casa Juliana Dias Camargo. OFundodeSolidariedade do município divulgou ontem uma nota à imprensa, pedindoa ajudadapopulaçãoparaas 30criançasque estão no GinásiodeEsportes. As doações devem ser de sapatos, roupas, alimentos e fraldas. Família –O que era para ser um fim desemana comum, com acampamento na praia, se transformou em pesadelo para uma família de Taubaté, região do Vale do Paraíba.
O comerciante José Fernandes Diniz teve medo de morrer. Ele, a mulher, um filho adolescente e um amigo ficaram 21horas ilhadosna praia de Cambucá, em Ubatuba. E só foram salvos porquealguémnotouqueocarroquea famíliaestavafoi abandonado edecidiu avisar o Corpo de Bombeiros. "Senão fosseocarro, nin-
guém saberia que estávamos em apuro".
Aaventuracomeçou na manhã de domingo. "Meu filho ligou no Inpe para sabera previsãodotempoe erade sol.Foi quandodecidimospassar odomingo pescando". Afamília chegouaolocalàs14hemontou a barracapróximo aorio Quiririm. Apescaria começou emseguida eachuva chegou às 17h30. "Pensamos quefosse chuvade verão, passageira, mas o rio subiu rapidamente e não tínhamos para onde fugir".
Amulher do comerciante, Valéria Ramos Diniz, contou que a água chegou à cintura e eles ficaram segu-
randoa barracapara quea água não levasse o único lugarque elestinham parase segurar.Acorrentezalevou quasetudo, dasroupasà lanterna.
Quandoamanheceu, os quatro camninharam com muitadificuldade –aágua aindapelacintura– até umailhotaesubiram em uma árvore. Foram nove horas de espera até que fossemlocalizados peloCorpo de Bombeiros.
Asbuscas começaramcedo, com integrantesda Defesa Civile aajuda de um helicópteroda PolíciaMilitar, além de barcos. Somentepor voltadas16h osquatro foram localizados. (AE)
Chuvas continuam até sexta-feira
AZonadeConvergênciado AtlânticoSul (ZCAS) provoca chuvas generalizadasno estado de SãoPaulo, noTriângulo Mineiro, no centro-sul deMinas Gerais,no Rio de Janeiro, em Mato Grosso,em MatoGrosso do Sul, Goiás, Paraná e na região norte. Fenômeno típicodo verão,a ZCASou "zacas", mantémo tempo chuvoso por vários dias quandoasfrentes frias vindas do suldo continente atraem áreas de instabilidade tropicais formadaspelocaloreumidade da região amazônica. De acordo com o meteorologista daClimatempo Alexandre Nascimento,a frentefria quepassa hoje por São Paulo reforça as instabilidades, aumentandoo riscodetemporais. Até sexta-feira, o tempo continua nublado e chuvosoem todasas regiões paulistas, comperíodos de mormaço.As temperaturas oscilarão
entre19e27graus nos próximos dias na região metropolitana. Nosábado, osolreaparece em grande parte das regiões paulistas, mas o aquecimento e aalta umidade do arainda causam chuva passageira. No norte, no litoral norte e na região doVale doParaíba o tempo segue instável. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou mínima de19,9 emáxima de 25,9 graus, com volume de 1,3 milímetrode chuva em 24 horas na estação oficial da cidade de São Paulo,no MirantedeSantana, zonanorte, ontemàtarde. O acumulado neste mês chegava a 166,5milímetroscontraoíndicehistórico de 253,9 milímetros. Emjaneiro de 2004, a precipitação foi de 284,3 milímetros e,em 2003,de 317, 2 milímetros. O recordeocorreu em1947,com 481 milímetros.Omaior índiceemdez anos,foide 379 milímetros, em 1995.
Bombeiros resgatam vítima de desabamento em Goiás
E quipes de resgate do CorpodeBombeirosretiraram ontem do Ribeirão Jacuba, emCaldas Novas,a 121 quilômetros de Goiânia,aquartavítimadodesabamento departedarodoviaGO-213.O corpo de Robson Almeida Coutinho Junior estava dentrode um Gol complacasde Brasília soterrado pela lama. Robson trabalhava como representante da administradoradecartões Visa e viajava de Goiânia para a Caldas Novas a negócios. Além dele, morreram Valdir Martins Pereira, Helenildo Camilo de Souza e Kátia Costa de Miranda. Cratera –O desabamento da estrada foi provocado por uma tromba d´água, querompeu umaadutora que passavasob apista e deixou uma cratera de cerca de 30 metros de comprimento.Equipesde resgate do Corpo de Bombeiros usaram uma retroescavadeira para localizar e retirar o carro deRobson doleito do ribeirão. Noinício da tarde,os bombeiros anunciaram o fim dos trabalhos de busca por corpos.Porém, otrabalho de reconstrução da pista e do sistemade abastecimento de água da cidade segue em ritmo acelerado. Além do desabamento da GO-213, três pontes caíram em rodovias de Goiás: duas na GO-450, entre Piracanjuba e a Usina Rochedo, e uma outra na GO-443,entre Morrinhos e Marzagão. No nordestegoiano,umaponte
teve sua estrutura abalada, entreAlto Paraísoe Flores de Goiás, e só veículos leves podem passar. Asprevisõessãodequeas chuvas devem continuar fortesem todoo estadode Goiásaté ofimdasemana, segundo previsão do Instituto de Meteorologia. No municípiodeOrizona,a122 quilômetros de Goiânia, aprefeitura anunciou que vai decretar situaçãodeemergência.Pelomenos onze casas foram destruídasnomunicípioecerca de 60 pessoas estão desabrigadas. As seis pontes que dão acesso à zona rural de Orizona também estão destruídas e o município está praticamente isolado. MinasGerais – As fortes chuvas que castigam o Estado deMinas Geraisdesde o início do anocontinuam fazendo estragos na região metropolitana de BeloHorizonte enas cidadesdo interior. Conforme balanço divulgadoem conjuntoontem pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros eCoordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), 11 municípios mineiros já decretaramsituação deemergência eoutrostrês, estado de calamidade pública. Até agora,os temporais já provocaram amortededuas pessoas, deixaram 42feridos, 1.124desabrigadose 1.478 desalojados. As tempestades derrubaram 50 casas e deixaram outras 1.222 danificadas.Quarentaecincopontes ficaramdanificadas e 35, destruídas. (AE)
Com o objetivo de aumentar o total de depósitos na caderneta, instituições agregam valores ao produto
Acadernetadepoupança está ganhando novascaras.Como aaplicação não tematraído muitos investidores devidoao baixo rendimento que proporciona(basta olharacaptação líquidaem2004, que cresceu apenas 10% sobre 2003),muitos bancos arregaçaram asmangas epartiram para a conquista de novos poupadores agregando mais valor ao produto. Apresentada nasmais diferentes versões, que variamentre aprogramação dasférias,a aquisiçãode um imóvel novo,o pagamento da mesada dos filhos ou aparticipação emsorteiosde prêmiosdeaté R$1 milhão,averdadeé quea mais tradicional das aplicações financeiras do País passou a receber mais atenção dos bancos.
A Caixa Econômica Federal(CEF), umadasmaiores no segmento de poupança, apresentou crescimento re-
Juros nos EUA têm de aumentar logo, diz presidente do Fed Há suficientes fontespotenciais depressão depreçosnaeconomianorte-americanaquesó faz sentido continuar elevando as taxas de juros dos níveismuito baixos em que estão. O comentário foi feito ontem pela presidente do Federal Reservede Cleveland,Sandra Pianalto.
"Reconhecendo o quanto é difícil saber quando a política é realmente neutra, eu acho que é prudente elevarmos a taxa de juros a uma posição queme dê mais confiança de que a política monetária não é mais expansionista", disse em uma conferênciana cidadede Pittsburg, nos EUA.
O mais rápido – Embora muitos vejam poucos motivos paraalarme comos atuaisdados depreços,"a dinâmica do processo inflacionário claramentenão é mais de deflação",afirmou Pianalto,paraquem taxas mais altas deveriam vir o quanto antes.
"Eu prefiro essa estratégia do que descobrir pelo caminho mais difícil – por exemplo, em meio a uma deterioração nas expectativas de inflação ou nosnúmeros da inflação em si – que mantivemosumaposiçãoexcessivamente expansionista por muito tempo." (Reuters)
corde nacaptaçãolíquida em 2004. Foi R$ 1,6 bilhão diante dos R$ 2,9 bilhões negativos em 2003. Do total captado em 2004, 51% (R$ 819 milhões) foram depositados só em dezembro. Com esse resultado, o saldo total da carteira da Caixa bateu osR$ 48,7bilhões em 2004, um crescimento de 9% (R$ 5bilhões) sobredezembrode 2003.Onúmerode poupadores cresceu 9%, e hoje chega a 26,3 milhões.
Economia– "Os bons números sãoresultado principalmente do aquecimento da economia e da continuidadedenossaestratégiapara atrair poupadores", diz Fábio Lenza, vice-presidentedaCaixa.Em 2004,de acordocomoexecutivo, a Caixa deu continuidade à campanha Força X, que desde2003 chamaa atençãodo consumidor para a necessidade de poupar não apenas dinheiro, mas também re-
cursos domeioambiente. Lançou, em novembro, o Cartão Caixa Turismo. "Trata-se deum planode férias no cartão",explica Lenza. Oinvestidorfazos depósitos mensais programados, tem àsua disposição umcartãomúltiplo (com funções de crédito e de débito) e, se o total poupado não for suficiente para a viagem,eletem umalinhaespecial definanciamento com juros menorese paga-
O Banco Mundial (Bird) devedestinar US$2bilhões na formade novosempréstimosaoBrasilnesteano,segundo avice-presidente da instituição para América Latinae Caribe,Pamela Cox. Ontem, Pamela se reuniuemBrasíliacomoministro da Fazenda, Antônio Palocci. É sua primeira visita oficial ao País desde que assumiu o posto, em janeiro. Alerta – Ao deixar a reunião com Palocci, Pamela Coxse disse entusiasmada com apolítica macroeconômicaecomocrescimentode 5% do Produto Interno Bru-
to(PIB)brasileiro.Apóselogiara políticaadotadapelo ministro Paloccie suaequipe,Pamela disseque afalta de infra-estruturapode frear esse crescimento. Pamela Cox nãoquis, entretanto,arriscarumpalpite para o desempenhoda economiabrasileiraeste ano, mas disseesperar queo ritmo do crescimento verificado até agora continue. "A equipeeconômica vemtrabalhando muito bem noMinistério daFazenda. Eles apresentaram políticas macroeconômicas sustentáveis e esperamos
que oministério continue nessa linha.Não achamos que o ritmo de crescimento vácair. Masalongo prazoo Brasil compartilha barreirasao crescimentocomoutros países da América Latina. Uma delas é a necessidade de continuar ainvestir em infra-estrutura", disse. Nos últimos dois anos, o Brasil pagou maispor empréstimos feitos no passado e queestão vencendo do que recebeudo Bird. Em 2004, o Brasil recebeu US$ 1,446 bilhão,mas pagou US$ 1,563 bilhão em dívidas que venciam. (ABr)
mento em até 24 meses. Outro diferencialé uma rede de estabelecimentos conveniados em turismo queoferecemdescontos.Segundo Lenza, em 2005,os clientes participarão tambémde um programa de prêmios de incentivo.
Público infantil – Esperando repetira boa perfomance de2004, ogerente de departamento do segmento pessoa física da Nossa Caixa,MucioAmparadadeAssis Júnior, conta que entre as novidades da instituição para este anoestá a criação deum produtovoltadoexclusivamente para o público infanto-juvenil. Também está previstoolançamento de um formato da campanha premiada, que em sua última versãoofereceu prêmio de R$ 1 milhão.
"Em2004, enquanto o mercado cresceu7,47% até novembro, crescemos
9,23%.Fechamos com 12,62% mais poupadores, sãomaisde2,5milhões",diz Júnior. "Este ano acho que chegaremos a um crescimento de 15%", completa. Outro destaque entreos produtosdaNossaCaixaéa Poupança Imobiliária, vinculada à concessão de financiamento para compra de imóvel residencial.
O Unibancoe oBradesco também têmprodutos diferenciados emcaderneta de poupança. O primeiro tem a Poupança MesadaUnibanco,emqueos clientespodempresentear filhos ou dependentes com depósitos programados a partir de R$ 10. A conta poderá ser movimentada por cartão. Já o Bradesco oferece o cartão Poupcard, umcartão de poupança que reúne tambémas funções de débito e de crédito.
Vanessa Jaguski
Embaladopelo sucesso daaberturadasagênciasem horário prolongado, o bancobritânicoHSBC anuncia agora um projeto-piloto paraabrir alguns pontos de atendimentoaos sábados,a partir de março. Durantea fase de experiência, o banco abrirá de 18 a 20 agências localizadas em shopping centers eruas movimentadas pelo comércio durante quatro horas aossábados. "Se criar valor para o cliente comoseviucomaaberturaem horário ampliado, tornamosa medida definitiva", disse o presidente do HSBC no Brasil, Emilson Alonso.
O objetivo do banco ao ampliarasopções de horário deatendimento é aumentaro volumedenegócios em 10% até meados de ano, dizAlonso. Como horário ampliadoem diasde semana abrangendo um número maior de agências a partir de novembro, esse volumejácresceuquase5%, segundo o executivo.
Depois deum programapilotolançado emagosto,o bancotornoudefinitivo o projeto de abriras agências maismovimentadas por horas adicionais. Hoje, já são 164 agências abrindo em quatro faixas de horários: das 8h às 16h, das 8h às 17h, das 9h às 17h e das 9h às
18h, dependendo da localidade, diz o presidentedo banco.Ametaéchegara200 agências até março. Sucesso– Desde 1989, o HSBC abre agênciasaos sábados na Inglaterra. Posteriormente, o banco passou a oferecer essediferencial em HongKong enoMéxico. Atualmente,oferece oserviço no mercado americano.Asagências devemser abertas das 10h às 14h nos shoppings edas 9h às 13h nas ruas comerciais.O piloto deve ser abranger agências da Bahia, de Brasília, do Belém, de Curitiba, Rio e Sde ão Paulo.
Entre os clientes, a abertura das agências em horário ampliado tem feito sucesso. "Realmente para mim foi uma grandecoisa",dizo médicoFriedrich Theodor Simon. O atendimento bancário sempre foi um problema para omédico, por causa dohorário. Quandochegava ao consultório, às 9 horas, o bancoestava fechado equandosaía,às17 horas, também.
"Antigamente,tinha de deixar acumular as coisas para fazer tudo de banco de uma vez", diz Simon. "Agora, uso o banco com muito mais facilidade. Qualquer coisaquehouver possoresolver na hora." (AE)
R: Sabbado D`Angelo, 496 sala 09 - Itaquera São Paulo - SP CEP: 08210-790. Fone/Fax: 6172-9118 e 6179-6526 Email: ducolor@terra.com.br ducolor@hotmail.com Site: www.ducolor.com.br
OComitê dePolíticaMonetária (Copom) do Banco Central encerra hoje sua primeira reunião do ano pressionado, por um lado, pela persistênciadainflação e, de outro, pelo custo político imposto ao governo por manter juros elevados. Todas as apostas são de nova alta da taxa Selic e de jurosaltos, pelo menos,no primeiro semestre, o que acentuou o nível de insatisfação com a política do Banco Central, desta vez entre os próprios ministros.
O primeiro a tornar explícita suadiscordância foio ministrodo Desenvolvimento,Luiz FernandoFurlan.Ele defendeuquejuros
altos não servem para combater umainflação provocadaporpreçosadministrados porcontratos oumonitorados, como combustíveis, telefonia e energia, confirmando uma impaciência que vem alimentando há algum tempo quando provocado sobre aquestão dos juros. Juro real – Furlan nãose cansa de comentar que o própriopresidente Luiz Inácio Lula da Silva quer uma taxa de juros reais (descontadaainflação)desóum dígito esteano. A taxa real está hojeem 11%,considerando-se uma previsão de inflação de 5,7% até dezembro e a Selic de 17.75%.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria,o deputadofederalArmando Monteiro Neto (PTB-PE), disse que uma altaseriaum sinal negativo. "É lamentável essa política conservadoraeortodoxado Banco Central." O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, eopresidente do Banco Central, Henrique Meirelles,já prepararam o terrenodos críticos dos juros altos nas entrevistas recentes. Eles reforçaram osargumentos explicitados na ata da reunião do Copomdedezembro,quando os dirtoresdo BC deram sinais de que novas altas estariam por vir. (AE)
A Bombril S/A voltará a fazer apresentações a analistas de mercado, que devem ter início na primeira quinzena deabril.Seráa primeira exposição da empresa à Apimec desde 21 de outubrode 1998, quando fez sua última apresentação ao mercado de capitais. Embora a data não tenha sido definida, o diretor-presidente da Bombril, José Edson Bacellar Júnior, afirmou ontemquehaverá muitoo que detalhar sobre a empresa. "Queremos dar transparênciaàcompanhiae tranqüilizar o mercado" , disse. Apesar de o executivo não anteciparnenhum movimento futuro em relação a lançamentosdepapéis,ofatoéqueadívidadeR$70milhões, para capital de giro, é aque maispesaaté emrefinanciamentos a altos custos."Hoje,não teríamos condições delançar papéis. Quem compraria?", pergunta o executivo.
Desde novembro de 2004, quando Bacellar assumiu o cargo na empresa, as ações PN da Bombriltiveram valorização de 70%, semnenhum motivo aparentenãohá,nomomento,analistasde mercadodebruçados
sobreos movimentos da Bombril em bolsa.Os resultadosde 2004,emqueo quarto trimestre deverárevelardesempenho inferior em relação aos nove primeiros meses, trará detalhes sobretodosospassivosdaempresa, incluindo dívidas trabalhistas herdadas do tempo emque aOrniex era uma das sócias. "Mostraremos aosanalistas umretrato fiel, limpo e crível da situação patrimonial da Bombril", garante Bacellar, sem antecipar dados. O balanço será levado à aprovação dos conselhos de administração e fiscal em 10 de março e entregue à CVM até o final d aquele mês.
A transiçãoda antiga diretoria e nomeação de novos membros para os conselhos, em novembro de 2004, se explica pelo fim da fase de acertos operacionais desde que houve a intervenção na Bombril, em 2002. A empresa, que durante o auge da crise (2002 e 2003 ) chegou a registrar queda de 80%para 60% em participação nas vendas em volume de lãs de aço, estava com75%demarketshareno último bimestre de 2004, segundo a ACNielsen. (AE)
Nova elevação da taxa Selic em mais 0,5 ponto porcentual diminui a atratividade do mercado de ações
ABolsa deValores deSãoPaulo(Bovespa) voltou a recuar ontem, fechando com queda de 1,74% diante do resultado da segunda-feira. Segundo analistasdo mercado,parte dessa perdaveiocom aexpectativanegativadequeos juros aumentarão hoje novamente. A aposta é de uma elevaçãode0,5 pontopor-
centual, fixando a taxa Selic em 18,25% ao ano. O Ibovespa, principal índice da bolsapaulista, encerrou o pregão em 24.089 pontos e um volume financeiro de R$ 1,3 bilhão. "Existeaexpectativa dequesaia um aumento de 0,5 ponto e mais um de0,5 pontona próxima reunião, em fevereiro.Isso é meio desestimulante para a bolsa", disse
o gestor de rendavariável da GAP Asset Management Carlos Camacho. Asações preferenciaisda Telemar, as mais líquidas do pregão,caíram1,45%, para R$38,15. Nacontramão,as ações da Embraer registraramamaior altadoIbovespa, de 4,64%, para R$ 20,51, depois que a empresa informou ter entregue 148 aeronaves no ano passado, três a
mais do que a meta revisada em outubro. Dólar – A definição da taxa que será referência para o pagamento de vencimentos cambiais nos próximos dois diasfez odólar subir0,67% ontem, para R$ 2,720. A tentativa dos investidores de garantiruma melhor remuneração naconversão da dívida somou-seà valorização da moeda norteamericanadiante doeuro, depois do anúncio de dados positivos sobreofluxo de capitais para os Estados Unidose declaraçõesderepresentantes do Federal Reserve, o banco central norteamericano, "A melhor justificativa paraessa altaéa formação da Ptax (taxa média da moeda). Até porque você tem dois vencimentosseguidos",disse o gerentede câmbio do Banco Rendimento, Hélio Ozaki. A Ptaxde ontem servirá de referência para opagamento de umadívida cambial de US$ 326 milhões que vence hoje. A taxa de hoje, por sua vez, embasará o pagamento de um compromisso de US$ 1,243 bilhão nesta quinta feira. (Reuters)
Este ano, as comemorações oficiais do aniversário da cidade serão realizadas na avenida Paulista. Apesar de criticada, a idéia tem apoio direto de um patrocinador e também visa economizar na organização do evento. A estrutura de shows será a mesma já montada no local para a festa do réveillon. Sé e Ibirapuera também têm programação para o próximo dia 25.
Renato Carbonari Ibelli
Aavenida Paulista, pela primeira vez,foi escolhida para receber ascomemoraçõesdo aniversáriodeSãoPaulo.Afestados451anosdacidadecomeça às 12h do próximo dia 25e deveseestender atéas 19hanimada porartistas populares, a exemplo de Cidade Negra, Falamansa e Art Popular. Também faz parte da programação oficial paraa dataa missaque tradicionalmente acontece na Catedral da Sé, um ato cíviconoPátio doColégio,e desfile de carros antigos. O aniversáriodacidade, quejáaconteceu noValedo Anhangabaú, napraça Campo deBagatelle entre outrolocais, desta vez vai aproveitara estruturade palcoe aaparelhagem de somusadasnafesta do réveillonnaPaulista,equeem boa parte permanecem montados na avenida, para reduzir despesas.Essa proposta foi feitapela Embratel,quejáhaviapatrocinado o réveillon ese comprometiaabancara festados451 anos da cidade se esta acon-
tecesse também na avenida Paulista. Aempresa estima queserão investidosR$1,5 milhão no evento.
Críticas – O uso constante da Paulista para comemorações foi criticadoontem durante o anúncio da programação de aniversário da cidade pelo presidente do Anhembi,CaioLuizdeCarvalho, quediz queestá correndouma vulgarizaçãoda avenida. "Tudo acontece porlá. Faltacriatividadeda
população para encontrar outros locaispara eventos, do contrário, vai chegar um momento emque ninguém mais vaiagüentarir para lá", disse. Carvalho tem criticado o Domingo na Paulista, evento aberto aopúblico que levaatraçõesculturais para aquela avenida e foi criado pela ex-prefeita MartaSuplicy. "Ainda não estou totalmente convencido de que esseevento ébom para
Caio Luiz de Carvalho, presidente doAnhembi, diz que estuda mudanças no modelo comoo carnavaléorganizado.Entreas principais alterações, ele propões incentivos para a entradade empresasprivadas quepatrocinariam o evento. "Seriaumaboa oportunidade de negócio parao setorprivado",disse Carvalho ontem, durante anuncio da programação para oaniversáriodeSão Paulo, que aconteceu no Anhembi.
Hoje, porlei, aPrefeitura teriadereservarpartedoorçamento para custearo carnaval. Masa administração municipal diz que a gestão anterior nãodeixou dinheirosuficiente em caixa para arcar como evento.A dívidacomaLigadasEscolasde SambadeSão PauloéR$17 milhões, quedeveriam ter começado a ser quitados no fim dedezembro. Nada foi pago.A assessoria de imprensa daLigadasEscolas de Samba diz que o trabalho de preparaçãodo Sambódromo (serviços delimpeza, som eiluminação) estão
sendo encaminhados, apesar dasempresascontratadas para oserviço não estarem recebendo. Funcionáriosdas escolas de samba também estão sem salário. Parcerias –A Prefeitura tenta garantir o Carnaval apelando justamente para as parcerias com o setor privado. A Telefônicae as Casas Bahia são asprincipais apostas,noentanto, há20 dias do carnaval, nenhum contrato foi oficialmente firmado.Carvalho dizque "essescontratosestãopraticamente fechados e a verba pode ser repassada para Liga ainda hoje".
OpresidentedoAnhembi informa aindaque ogoverno federaldeve entrarcom verba de R$ 3 milhões até R$ 5 milhões para ajudar o carnavaldeSão Paulo.Ainda não foidefinidaqualempresa estatal seria a patrocinadora. O governo do estado também deve repassar quantia que não foi estipulada.Seoauxíliodasempresas privadas e dos governos se concretizarem,Carvalho esperaque aPrefeituratenha que investirapenas R$ 2,6 milhões nodesfile deste ano. Cerca de 20 mil pessoas trabalham nocarnavalde São Paulo. (RCI)
a região", dizCarvalho. Até março,oDomingo naPaulista está suspenso. Palco – Mesmo sobcríticas,ao menos este ano, o aniversário dacidade está garantido no local.O palco onde acontecerão os shows, montado emfrenteaonúmero 1.842,terá aforma de um bolo e altura de um prédio de quatro andares –aproximadamente 25metros. No topo do bolo, fogos deartifício farãoasvezes das velas. Três painéis eletrônicos de 5x3 metros e 210 banheirosquímicos serão colocadosao longodaave-
nida e fazem parte da estruturaparafesta.Osorganizadores do evento pedem que empresários e moradores daPaulistaajudem nacomemoração, decorando prédioscombandeiras da cidade e do estado. "Na avenida há 200 espigõesque pertencem aempresas. Apenas 18 são residenciais. Não acredito que deixariam decomprar bandeiras por falta de dinheiro", comentouNelson BaetaNevesdo movimento Paulista Viva. Trânsito – A Paulista e algumas vias transversais entre a rua Consolação e a avenidaBrigadeiro LuísAntônio serão fechadas para carrosnodia 25.Osmotoristas serãoorientadosaseguirem pela alameda Santos e São Carlos doPinhal como alternativa àPaulista. Ainda não foi programado nenhumesquema especialno transportecoletivo parafacilitaroacessodopúblicoao local. Aprincípio,a Prefeiturainformaque metrôe ônibus funcionam normalmente no dia. É esperado um público de 1 milhão de pessoas no evento. Ao entrar na Paulista, esse públicopassará por revista com detectores de metais. Não será permitida a entrada com garrafas de vidrooufogos deartifício. Asegurançaseráfeita por
1.200policiais militares, queterão suportedaGuarda Civil Metropolitana (GCM) ede 250seguranças contratados. A fiscalização também será reforçada para evitar ocomércio ambulante. Os policiais querem impedir quecamelôs se juntema moradores daregião para estocar seus produtos emprédios próximos ao evento. Esquema desse tipo muniu camelôs de mercadorias durante o réveillon. Programação – Acomemoração dos 451 anos da cidade começaàs 8hcom afinal da Copa 1°Hora de FutebolAmador,noestádiodo Pacaembu. Às 10h acontece a missana Catedralda Sé, celebrada pelo cardeal D. Cláudio Hummes, na qual se apresentará o Coral Bacarelli. Havia apossibilidade de amissaserrealizada na igreja do Pátio do Colégio, local onde defatoa cidade nasceu,masocardealHummes preferiu mantê-lana Catedral, local que comporta mais público. Ainda estãoprogramadosdesfile com 200 carros antigos que saemàs9h de vários pontos da cidade e se encontram por volta das 10h no Viaduto do Chá. No Parque doIbirapuera acontecem shows debandas regionais em paralelo ao evento na Paulista.
Realizada na cidade de Cannes (França), a feira de turismo de luxo ILTM apontou mudanças nas preferências do 'viajante de elite' e chamou a atenção, com otimismo, para o futuro do segmento
Por Martin Frankenburg
"Viajar é o únicoluxo que não pode ser copiado deformabarata".Comessas palavras, o diretor-geral da International LuxuryTravelMarket (ILTM), Serge Dive, abriu a feira anual que reúne a fina flor dos hotéis e agentes de viagens deluxo de todo omundo, realizada em Cannes (França) no início de dezembro do ano passado. Criado há apenas quatroanos,o evento cresceurapidamente deumencontro de 300 pessoaspara mais de2.500 participantes de 52 países na edição de 2004. E,assim,traduzcom otimismo as perspectivas deste segmento.
Segundo oeditordarevista Departures – especializadaem estilodevida eturismo de luxo –, Richard Story, o setor de viajantes de "elite" finalmente está recuperadoapósosataques de setembrode2001. Osegmentoéfundamentalparao mercado pois, apesar de representar apenas 3% do volume totalde turistas,abocanha 20% do faturamento da indústria.
Destinosfora docomum – A novidade é que as preferências destes viajantes parecem tersido modificadas desde2001. Nota-seumaumento no interesse por destinos não-tradicionais. De acordocom Story,cadavez maisum hotelseis-estrelas com infra-estruturaimpecáveldeixou desersinôni-
mode luxo."Oluxo estácada vezmais associadoa fazeralgo que ninguém fez," diz Story. Essa tendência começa a ser capturadapor umpequenonúmero dehotéise agências de viagens espalhadospelomundo.Aexperiênciararade viagem éo sonho daqueles que já percorreram os quatro cantos do planeta.Estrela máxima da feira de Cannes, o americanoBill Fischer,agentede muitasdas celebridadesde Hollywood, é um dos primeiros a apontar essa mudança na demandade seus clientes. "Hoje muitas das famíliasmais ricasdomundo estão promovendoviagens familiaresanuais para todas as gerações do clã". SegundoFischer, amaioria doshotéisde luxonãoestá estruturada para atender esse tipo de demanda, que requer projetos arquitetônicosquepossibilitem aformação de"pequenosnúcleosdeapartamentos que possam ser isolados para a ocupação destas famílias com toda a privacidade". Fischer sabe do que está falando. Para fornecer "o meu númerodetelefone" para umpotencialcliente cobra uma taxa de U$ 20 mil, que precisa ser paga antesmesmodesuaequipecomeçar a organizar qualquer viagem.Suaespecialidadeé conhecer as melhores ilhas, palácios,fazendase iates pelo mundo. Assim, quando umclientebusca,por
exemplo,uma ilhaparticular,com campo degolfe e pista de pouso para um avião Gulfstream, ele sabe exatamente onde achar. Turismo espacial – Em uma feira comoa ILTM, com dezenasde estandes dos hotéis top no mundo lado a lado, é surpreendente perceber que até mesmo hotéis com diárias acima de R$ 1.500 por casal estão virandocommodities. A oferta de hotéissofisticados em paraísos tropicais não pára de crescer. Acesso remoto, águas transparentes, areia branca, belíssimos bangalôsdianteda praia,nãosão maisnovidadeparaa indústria. Embora sejadifícil
A disposição dos espaços na ILTMseguecritérios geográficos, deformaque todos os estandes de um determinado continenteestão agrupados. Assim, fica fácil compararo graudedesenvolvimento do turismode luxoemcadaregião. A Américado Sulfica comoa
última fronteira, coma menorárea de todos os continentes. Mas a boanotícia é quecada vezmais osolhos da indústria estão se voltando para cá. Apesar da distância dos principais mercados consumidores,a ausênciadeterrorismo e de desastres naturaiseo sentimentode"con-
tinente ainda não descoberto"chamam aatenção da indústria.Talvez omaior caso de sucesso por aqui sejaosHotéis explora. Com duas unidades – uma na Patagônia eoutra no Deserto deAtacama–, suafilosofia trata de expedições pelas magníficasregiões quecercam oshotéis,com uma atençãoa detalhes quejá conquistaram milhares de fãspelomundo.Ogrupoestáprestesainaugurar um novo empreendimento na Ilha de Páscoa. Outro destinoque faz muito sucesso é Galápagos, no Equador. Desde cruzeiros de uma semana por US$
4.000 o casal até o fretamento de um iate com 15 cabines porU$ 50milporsemana, há variadas opções. Pequeno Brasil – O Brasil permanece compoucobrilho.Com apenasumestandena feira,divididoentre duas operadorasdeturismo receptivo (Queensberry eCBV),esemrepresentação dehotéis(com exceçãodo Fasano, que dividia seu estande comoutros integrantes da rede The Leading Hotels of the World), o País continua muito atrás de destinos como Peru e Equador, quejuntos eramrepresentados por nove estandes.
encontrar algoverdadeiramente novo, existem alguns quese destacam.Caso da exclusivíssimaNorth Island, nas Ilhas Seychelles, cujos 12bangalôs de450 metros quadrados cada são completamente distantes uns dos outros, decorados impecavelmente, comdiárias de U$ 2.500. Outra atração que prometecrescernos próximos anos é o turismo espacial. Embora a aventurade chegar aoespaçoemfoguetes aindaestáforadoalcance,já
épossível desafiaragravidade em vôoparabólico, próximo ao CírculoPolar Ártico,feitoemaviõesespecialmente construídospara o treinamentode astronautas. Existemapenastrês dessasaeronaves no mundo eaempresasuecaZero Groupoferece opacotepor U$9.750, incluindoovôo, filmagem, jantar etodos os exames médicos.
Maisum destaquedafeiraé ojá famosoIce Hotel, feito inteiramente de gelo, situado napequenacidade
Evento reuniu 2.500 pessoas de 52 países. Exemplo de rara experiência, o Ice Hotel Suécia
de Jukkasjarvi na Suécia. Nele, oshóspedes dormem em camas de neve e gelo cobertas depelede veado, dentrodeum saco de dormir especialmentecriado para o Ice Hotel. Outro bom exemplo do turismo fora do comum é a empresa Peruana Aracari Travel, que hospeda seus clientes em acampamentos especiais, com todaa infraestrutura como banheiros, barracas que servem de sala de refeiçãoe uma equipe muito bem treinada. A Raracaripermitea pequenos grupos privados viver uma experiência diferenciada, longe de outros grupos de turistas, mesmo em destinos muito visitadoscomo Machu Picchu. A julgar pelo entusiasmo dos representantes da indústria, a próxima década será de grande crescimento no setor do turismo de luxo. Restasaber qualaconfiabilidade dessa projeção, especialmente em caso deum novo ataqueterroristade grandes proporções. Apesar disso, cada vez mais a possibilidade de proporcionar uma experiênciarara quesurpreenda mesmo o mais viajado dos hóspedes é o que fará a diferença. MartinFrankenberg ésóciodiretor da Matueté Expedições
Galápagos, no Equador: um dos destinos do continente que atraem a indústria
Se estudarmosa geografianaescolhadosjesuítasdo planaltopara neleinstalar uma escolinha e uma capela minúscula, para o ensino umadas instalações e para as obrigações religiosas a outra, vemos que procuraramlugaraquiparaadefesa e paralelamentepara evitar asenchentes. Lembremonos que erajaneiro quando São Paulo foi fundada e que ofuturovaledoCarmoestava alagadoou deveriaestar bem alagado, com o desbordamento do Tamanduateí.
Passaram-se quatrocentos e cinqüenta anos e ainda estamosvendo SãoPaulo quase abismar-se em alagamentos, tamanho o número deles,nos mais variados bairros da cidade. E fora da cidade, nas vizinhanças da capital, comoocorreu com SãoBernardo, onde foram registradas morte de crianças,colhidas pelasenxurradas. Passaram pelaPrefeituranessesquatroemeioséculos dezenas de prefeitos e em lugar de resolver o problema, o aumentaram.
Foram construídos piscinões, para armazenara água das enchentes, mas tão mal feitos, comtanto desperdíciodedinheirodocon-
tribuinte mal servido, que nada concorreram para represaraságuaseprotegeros bairros alagadosdos alagamentos em tempos chuvososcomo oiníciodo verão, que, deverá serchuvoso, de resto não só no Brasil, mas no hemisfério norte, dos Estados Unidos àRússia, com brutaisalagamentos emtodos os países. Se, pois, as enchentes são uma pragaperiódica,causando prejuízos emortes, manda omais comezinho dos deveres das autoridadesmunicipais queenfrentem oproblema comdeterminação, em lugar de quererimpressionaro município com obras suntuosas e visíveis, para garantir a eleiçãoereeleição. Oproblema das enchentestem, evidentemente, solução. Basta querer. Mas os prefeitos têm outras preocupações, que lhes dizem respeito diretamente,qual seja,a eleição. A urna. Enadase faz ouse faz pouco. Atribua-se, pois, à Prefeitura a praga das enchentes.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
Jordão de Gouveia
O bjetivando proteger o setor concreteiro contra a tendência de domíniodo mercado praticada por cimenteiras verticalizadas, algumasconcreteiras pretendemimpetrarações deperdas edanoscontra aprática ilegal de dumping interno. A Lei8884/94coíbe qualquer formadeprejudicar alivre concorrência ou a livre iniciativa, como a fixação de preços;unificaçãodeestratégias; limitaçãodeprodução, de usodetecnologiase/ouinsumos; boicote coletivo e outros exercícios que caracterizem fraude em concorrência, em detrimento domercado como umtodo.Sentindo-se lesadas pela conduta predatória de algumas cimenteiras , algumas concreteiras alegam que talprocedimentoilícito resultou em concorrência desleal e desvio declientela, cujos preços praticados geraram uma diferençaintolerável, uma vez que 50% do custo do concreto é representado pelo cimento.
A concorrênciadesleal pela prática do dumping interno temdesvalorizado opreço dos serviços de concretagem de forma aviltante, abaixo do custo dosmateriais, criando uma diferença fora dos padrõesnormais novalorrelativo do concreto, o que caracteriza cartel nosetor concreteiro. Naaçãodeindenização por perdas e danos as concreteiras prejudicadas, portantocredoras, têmodireito de receber o que efetivamenteperderame oquedei-
xaram de ganhar durante o período de tempo em que o dumping foi praticado.
O Sinescon (Sindicato Nacional das EmpresasdeServiços de Concretagem) vem trabalhando arduamente, nestesdois anos de existência, talvezdosmais difíceis enfrentados pelo setor concreteiro, deparando-secom umasériede desmandos no mercado, pressões de todos os lados, além de um momento recessivo parao segmento.Osetordaconstrução civil que apresentou uma ligeira elevaçãode 6,8%em 2004, em comparação a 2003, justificado pelas eleições ocorridas,prevê para2005 um índice ainda menor - algo em torno de 4 a 5%.
Muitas ações já foram encabeçadas e conduzidas pelo Sinescon visando a melhoria do segmento. No que se refere a aspectos tributários, técnicos, trabalhistas, oSinescon tem atuado emconformidade com outras entidades como Abesc (AssociaçãoBrasileira dasEmpresas de Serviços de Concretagem); ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e outras, objetivandopostura elinguagem comum como setor,participandoativamentedetodoprocesso normativo que se relacione aosserviçosde concretagem, agregados, cimento, aditivos etc.,deformaagarantiràsempresas concreteiras os melhores resultados e a não existência de um eventual passivo tecnológico no futuro.
Jordão de Gouveia é presidente do Sinescon
Conquistada no primeiro turno (2 anos, metadedo mandato) a pré-condição para um "desenvolvimento sustentado", segundo se comemoranogoverno, diagnóstico que,parece, sealastroupelamaioria daopiniãoautorizada(graças a umapolítica execrada pelo PT), a política do segundo turno estaráfocada para a reeleição de2006. Écrime eleitoralcabalar votosindividuais mediante adistribuição decamisetas, mas não háilegalidadealguma em cooptar por atacado a maioria dos excluídos medianteprogramas de assistencialismo socialquenão enfrentam nem resolvem os grandese verdadeirosproblemas do País.No "segundo tempo" ingressaremos
em um"espetáculo debondades".São favaseleitorais contadas-salvoseamaioria dos "excluídos"criada pelos programas de inclusão votar "contra". Mas isto não pareceserproblemaquenovas promessas miríficas e bombásticasnão possasuperar. Tem, ainda, odesfile das 13viagens presidenciais programadas... Alcançaro unanimismo pretendido pelopresidente desde a inauguração de seu governo (e reiterado nos dias correntes)parece tudo uma questão de vontade política secundada por um vigoroso "aparelhamento". Há dúvidas deque em 2005 se possa repetir o bom desempenho de 2004, tanto na economia mundial como no agro-business que foram os
Emanuel Gonçalves da Silva
Acriatividadeparaatrair clientestem sido sempreomaior desafiodomercado.Todos queremeprecisam cada vezmais gerar atrativos para conquistar o consumidor de umaforma geral.Venderprodutoseserviçosatingindo a satisfação plena do seupúblico-alvo é o objetivo constante e o êxito deste objetivosempre éalcançado por aqueles que maisinvestem na capacitação, notreinamento, namotivação de toda equipe envolvidanoprocessodequalquerorganização.Ametaéo "clienteencantado"eoresultado sempre refleteno crescimento do faturamento das empresas. Então, por que na hora de vender todos procuramconquistare nahorade cobrar preferem maltratar?
Existeuma máxima que diz: "A venda termina no recebimento",esendoistoverdadeiro, deveríamos aplicar omarketing tambémpara cobrar enão somentepara vender.Em palestrassobre "Como cobrar e receber", perceboqueosparticipantes envolvidosna área deCobrança esperam sempresugestões e dicas que aumente apuniçãoao devedor,queo CódigodeDefesadoConsumidorprotege demaisodevedor,e elesnão podemsequer deixar recados com outraspessoas quandoestão fazendo as cobranças.
Muitos nãose conformam em ter de cobrar sem podersermaissevero,sema pressão. Acham que essas sãoasúnicasarmasquefuncionam na cobrança. Não se conformam emcolocar o nome no SPC, Serasa, acham que é muito pouco. Estão enganados,estão limitados, estão ultrapassados.A truculência ainda existe, mas está com seus dias contados. Quem não observar as mudanças e não seadaptar,continuará com seus índices de inadimplência crescendo sempre. Os modelos de cartas de cobranças, por exemplo,
Cartas: dcomercio@acsp.com.br ou
carros-chefe dos resultados conseguidos. E sem "desenvolvimento sustentado", nem pensar emêxito na reeleição. Mas mesmoantes determinada a primeira metade do mandatoo segundoato do "espetáculo de bondades" játeve início, coma elevaçãodosalário mínimo para $ 300 reais e a microcorreção decorrigira tabela do imposto de renda. É verdade que emseguida veioomalefício contraos prestadores deserviço... Uma no cravo,outra na ferradura. Pois, tanto o Legislativo comoo Judiciário e demaispoderes do Estado estão..."revisando suascarências financeiras,o novo avião presidencial chega por ai... reforma-seo Palácio da Alvorada...
Especular sobre o futuro, mesmo de curto prazo - como estamos fazendoneste
continuam praticamenteos mesmos hádécadas, ecriar atrativos para motivar a manifestação do devedor temsidoumexercícioquase que inexistente no contexto damaioria dosdirigentes de cobranças. Este paradigma precisa ser mudado. Precisamos perceber que o dinheiro do consumidor brasileiroé"migrado" para pagar juros eesses juros sempre sãosuperioresao valor do produto. Precisamos perceber que as ofertas de consumoem praticamentetodos ossegmentos do mercado conduzem o consumidor para comprar somente a crédito. Precisamos perceberque este crédito é financiadoe manipuladopelonosso sistemafinanceiro queéo maiscaro do mundo. Portanto, as causas da elevação da inadimplência são muitas. É sempre muito fácil para osdirigentes decobrança,quealémdenãoanalisar essese outrosaspectos motivadores do endividamento, utilizamfórmulas ultrapassadas para recuperarseus créditos vencidose tentam justificar o insucesso chamando odevedor decaloteiro!Vamos usarastécnicas de vendertambém para cobrar. Vamos inovarcom o marketing na cobrança. Imagineum cliente devendopara asua empresae você envia uma carta de parabéns pela passagem de seu aniversário,desejandolhe muitos anos de vida, prosperidade e que a empresa confia que ele vai o maisbreve possívelnegociar epagar suapendência financeira. Esta é uma carta de cobrança diferente em uma data significativa para qualquerpessoa. Comcerteza,este inadimplentese tornará umdevedor encantado esua empresacertamenteserá,entre as outras que eleestejadevendo, a primeira a ser procurada.
Emanuel Gonçalves da Silva é consultor de dívidas de pessoa física e jurídica e juiz arbitral
Associação Comercial de São Paulo
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Superintendência de Marketing e Serviços: Fone: 3244-3691
artigo- mesmo diantede conjunturas aparentemente favoráveis- ésempretemerário, já porque não há nada conjunturalmente maisvolátil doqueconjunturas, já porque "vontade política" não é monopólio dogoverno,masencontra-setambém naoposição. No momento emque escrevemos oproblema capital para o projeto de bondades de 2005 se acha dependurado na questão da governabilidade, esfacelada pela direção do primeiro tempogovernamentale pelas derrotas nas eleições municipais e pelo incessante fogo amigo do PT.
Benedicto Ferri de Barros da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. Autor de Que Brasil é este? - Um depoimento (Editora Senac) e-mail: benedictobarros@yahoo.com.br
Os leitores "Prezado Paulo.Perdoe-me pelatrocado nome,adiscordânciaverbal ,afalta depontuação correta, infelizmente esqueci de revisar o texto! Como ficoa maiorparte dotempo externo, pois trabalho com vendas, não acompanhei a edição em queo senhor usou o seu direito de resposta. Será que poderia saberem que dia foieditado? (foina ediçãode 14.12.04).Ou colocarsuarespostaemmeue-mailparaque eu possa saber qual foi seu comentário?Aproveitoe passo uma dica , na época da eleição para a prefeitura, passávamos na marginal do rio Tietê e amesmaestava repletade pessoas trabalhando, diae noite ...e agora somente vemos alguns poucostrabalhadores.Porque seráquesumiram?Ouainda,porqual razão que fazem as obras de qualquermaneirasema real avaliaçãotécnica,comoaobra do passa-rápido,porexemplo?Ou ainda,porque oExcelentíssimo Prefeitoquando era Ministro da Saúde, que podiafazermuitascoisas,não o fez? Porque promete agora para SP quandoteve oportunidade de melhorar em âmbitonacional?Qual aresposta para as grandes filas do INSS, onde pessoasdoentes e idososquecomeçam achegarna fila 19:00 e lá permanecem debaixode sol,echuva, comfome pois muitas vezes mal eles temodinheiroparacomerum lanche e pior para serem atendidos no outro dia às 15:00 da tarde? Epor queo nossopresidente que foi eleito com tanta esperançapor quequestionava justamente estas coisas faz tudo ao contrário do que realmente os pobres necessitam? Por que ele compra um avião de R$ 150.000.000 quando poderiainvestir emnovos prédiosdo INSSpor exem-
plo?Parabéspor suacoluna de hoje. Lourdes Massulo".
Mais um Souumassíduoleitordesua coluna e parabenizo-lhe pelo inconformismode nossos atuais eanteriorespolíticos ondeamaioria vêemocargo como um meio de estabilizarse economicamentenessa passageira(aindabem) vida. LendoolivretoMínutos de Sabedoria, deTorresPastorino, achei napag. 173 uma mensagem quepenso serinteressante, pois acho quealguns políticos também leêm sua coluna e quem sabe lendo possam deixar os interesses mesquinhosdelado.Abaixoa mensagem: "Se enveredou na sendadapolítica, saibaque nãofoi acaso.Deuscolocou emsuasmãosodestinodesua pátria.Despertesuaconsciência intima, para assumir essa tremenda responsabilidade. Muito lhe foi dado e, por isso, muito lhe será pedido. Não deixe que a vaidade e os interesses pessoais o desviem da missãoque otrouxe aomundo.Conduza apátria àfelicidade eà paz".Obrigado. Dr.Vanderlei".
Seguindo em frente Agradeço, como sempre , as manifestações dos leitores. Esta colunasó existeem função de seus leitores. Fico feliz cada vez que recebo uma críticaou sugestão. E o espaço estásempre aberto aquem queira opinar. É precisoque todos tenham opinião sobre as coisasdo paíse amanifestem, ao menos. Se puder exercitar, através da política, das entidades de classe, da sociedadecivil, melhor ainda.O brasileiro ébonzinho demais... somos... até quando?
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
O crescimento da arrecadação foi puxado principalmente pela Cofins que, no ano passado, apresentou evolução real de 20,60% sobre 2003.
AReceita Federal encerrou 2004 batendo novo recorde de arrecadação. Recolheu R$ 333,57 bilhões em impostos e contribuições dos brasileiros,com aumentorealde 10,62%ante 2003.Individualmente, o item que mais contribuiuparao bomdesempenho da arrecadação foi a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) que, no ano, tevecrescimento real de20,60%.Comoomercado prevê uma expansão de 5,2%na economiaem2004, o ganhoobtido pelogovernoindica que houveaumentoda carga tributária no ano passado,ao menos no nível federal.
Com para ndo com as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) feitas pela equipe econômica, a chamada "receita administrada"(R$310 bilhões) pode ter abocanhado 17,12% dasriquezas produzidas no País em 2004, o que colocaa cargatributáriaacima do nível de 2002.
3% (sobreo faturamento) para7,6% (sobreo valor adicionado). Segundo levantamentos da Receita, as duas medidas renderam R$ 13,5 bilhões. Sem elas, a receita da Cofins teria registrado queda real de 1,68% em2004. Em outros tributos,comoPrograma de Integração Social (PIS)e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a retençãona fonte – que obriga a empresa a recolher antecipadamente o imposto dos prestadores de serviços – contribuiu com maisR$ 1,95 bilhãoparaa União. "Introduzimos um mecanismoeficiente, saudável,que ampliou abase de arrecadação."
Para quem paga imposto de forma correta, a carga não aumentou
"A arrecadação de 2004foi reflexo do crescimentoeconômico e da maior eficiência da máquinaarrecadadora", afirmouo secretárioJorge Rachid, citando o trabalho de combate à sonegação feito pelos funcionáriosdaReceitaFederalepelaProcuradoria Nacional da Fazenda. "Paraquem paga imposto corretamente,não houve aumento decarga, mas os sonegadores eu garanto que estão pagando mais."
Cofins - O aumento da Cofins, segundo o secretário, explica-seprincipalmente pela tributação dos produtos importados e pelas retenções da contribuição na fonte –e nãopela mudança da alíquotade
Regularização de Imóveis Habite-se
Projetos - Prefeituras CETESB
www.arqline.com.br
Entre os tributos cuja receita aumentou embalada pela recuperação da economia, destacam-se oIPIsobre automóveis, quecresceu 20%, acompanhando a expansão das vendas e oImposto de Renda retido na fontedosassalariados (11,72%). Nos dois últimos casos, a arrecadação aumentou apesardas medidas de desoneraçãodo governo, no meio do ano: redução do IPI sobre bens de capital eredutordeR$100natabela do IR de pessoas físicas. Embora os números indiquem aumento da carga tributária, Rachid rejeitou ainterpretaçãode queo crescimentoda receita se deve às mudanças naCofins.A contribuição recolhida sobreos importados, ponderou, é compensada em etapas posteriores da cadeia produtiva.E, mesmo excluindo a Cofins dos cálculos, salientou o secretário, a "receita administrada" teve aumentode7,4% em 2004.
Carga - O secretário-adjuntodaReceita,RicardoPi-
CONTRU - (AVS) Corpo de Bombeiros Vigilância Sanitária Licença de Funcionamento
Tel./Fax: 5584-5110
Sede Própria - Rua Apotribu, 139 - Saúde arqline@arqline.com.br
nheiro, desafiou qualquer analistaeconômicoa demonstrar que houve elevação dacargatributáriano governo Lula por causa de mudanças nalegislação.O saldo do balançodemedidas legais adotadas em 2003 e2004, definiu, éa desoneração tributária.
ParaPinheiro,apromessa doministro daFazenda, AntonioPalocci, denãoaumentar a carga refere-se a mudanças na legislação e não ao resultado da arrecadação emcomparação com o Produto Interno Bruto (indicador internacional de carga tributária). O impacto
do crescimento da economia nos tributos, o aumento daeficiênciae ganhosna Justiça não podem ser contabilizados como alta de carga tributária, afirmou. "Nesse sentido, o ministro está cumprindo a palavra."
O crescimento econômico em 2004,com forteparticipação daindústria,teve maior impacto na arrecadação do que em 2003, quando aeconomia foipuxadapela agricultura, apontou o secretário. O motivo para a diferençaé quea indústria é mais tributada comparativamente aosetordoagronegócio. (AE)
Os contribuintes que receberamautosde infração relativosao Impostosobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) de 1999 podem ser anistiados com a aprovação doprojeto delei nº 624/04, enviado ao legislativo no segundo semestre do ano passado. Quem garanteé odiretorde arrecadação daSecretariadaFazenda do Estado de São Paulo,AdemarFogaça Pereira."Issodeveráacontecer tão logo os deputados voltem às atividades em fevereiro", disse.
O diretor de arrecadação recomenda aoscontribuintes(1,080milhão)queforam surpreendidos coma cobrança a aguardarem a aprovaçãodo projeto."Depois de pago o débito fiscal, não hácomo recebê-lode volta", avisa.
Desde 1996, ogoverno paulista enviaprojetosde lei à Assembléia para anistiar dívidas que estão para completar cinco anose que nãosuperem ovalordeR$
500. AFazenda aguardoua aprovação do projetode anistia até o dia 15 dedezembro."Não háinteresse nacobrançado imposto comvalores médios de R$ 198poisocustoémuitoalto. Como tínhamos até o fim de 2004 para lavrar os autos de infração do IPVAnão pago em 1999,tivemos que enviaras cobranças",justifica. Para odiretor, nãohá razão para osdeputadosdeixarem de aprovar a proposta.
Já existem contribuintes reclamando da cobrança do tributo. Segundoodiretor, os proprietários foram notificados com base no cadastro eletrônico doDepartamentoEstadual deTrânsito (Detran),quepodeapresentar erros jáqueaté1999 ele eraalimentado por papel. "Muitos vendem seus carros enão dãobaixa no Detran.Odébito estaránocadastro como sendo do antigo proprietário".
O projeto de lei que anistia o IPVA também trata da redução da alíquota (de 4% para 1%) para as locadoras de veículos. O estado de São Paulo é o que cobra a maior alíquota. O Rio de Janeiro também tem projeto para reduzir de 3% para 1%. "O objetivo do governo paulista é fazer com que as locadoras licenciem os carros no estado", afirma o diretor
executivo da Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla), Carlos Faustino. De acordo com ele, a maioria dos estados brasileiros já está cobrando IPVA de 1%, como os da região Sul, Minas Gerais e a partir deste ano, Espírito Santo. Ele afirma ainda que o estado de Pernambuco cobra 0,5%.(AD)
Paraopresidenteda Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), MarcosMartinelli, "essa mania do estadode surpreender o contribuinteno fim do ano tem que ser repensada. Esse hábito é um desrespeitoaocontribuinte que, por ser onerosocontestar, acabapagando mesmode forma indevida.Ele critica também o fato de o estado cobrarde todosindiscriminadamente. O quefor pago será lucropara aFazenda", diz Martinelli. Quem preferir quitar a dívida, tematé 30dias apóso recebimentodoauto deinfraçãopara pagara multa com 50%dedesconto. Depois disso, há descontos progressivos. Osvalores dosjuros, correçãomonetária e do imposto são os mesmosparaqualquerdia do pagamento. "Há a possibilidade de contestar a cobrança, mas o alto custo não compensa.Prefiro nãopagar", afirma Martinelli. Adriana David
Além de estacionar irregularmente no Pátio do Colégio, carro oficial está sem licenciamento desde 2001. Página 4
Sem dinheiro em caixa e com dívidas da gestão anterior para quitar, o prefeito José Serra decidiu congelar o programa de investimentos municipais. As obras previstas no orçamento do município não serão executadas enquanto não houver recursos.
Asituação financeira críticada
Prefeitura e um orçamento superestimado para 2005levaramoprefeitoJoséSerraa autorizar o corte total e imediato nos investimentos da cidade. O valor de R$ 1,9 bilhão,que deveriaserinvestido prioritariamente em obras, neste ano foi reduzido a zero. O dinheiro para o custeio da cidade caiu de R$ 5,7 bilhões para R$3,4bilhões (veja arte nesta página). O quadro só muda se a equipe financeira de Serraconseguir economizar.
O prefeitotinha duasopções para arrumar dinheiro: criar taxas ou reduzir os custos deadministração da cidade. Preferiua segunda. A equipe econômica– formada pelos secretáriosde Finanças e Planejamento, Mauro RicardoMachado
Costa e Francisco Luna, respectivamente – se dedica a renegociarcontratos, não contratar novosfuncionários (temporáriose concursados), demitir servidores em cargos de confiança, não conceder reajustes salariais para funcionários de empresas públicasefazer um recadastram ento dos funcionários púb licos. Só com essas medidas e com a tentativadereduzir a quantia paga todos os meses para amortizar a dívida com ogoverno federal (maisde R$ 105 milhões mensais), os secretários acreditam que poderão retomar os investimentos na cidade.
A herança de dívida deixada pela ex-prefeita Marta Suplicy ao prefeito José Serra compromete qualquer programa de investimento na cidade. Por enquanto, obras como o Fura-Fila, estão fora das prioridades.
"Aordem ésóautorizar obras depois de estudo aprofundado", disse Luna. "Essa medidade austerida-
POLÍCIA TEM NOVAS
PISTAS NO CASO
IVANDEL GODINHO
Enquanto a família de IvandelMachado GodinhoJúnior, de 55anos, desaparecidoem 22de outubrode 2003,mantém asesperanças deencontrá-lo vivo, a Divisão Anti-Seqüestro (DAS) anuncia ter identificadomais doissupostos integrantes do bando acusadode terseqüestrado eas-
deénecessáriafrenteasituação financeira da Prefeitura", disse Mauro Costa. Segundo Luna, os investimentos nas áreas de saúde e educação, bem como no combate as enchentes, estão garantidas. "Odinheirode custeiodessasáreas pode ser usado para aconstrução de escolas e hospitais, bem como para terminar obras como essas quejá foram iniciadas", explicou Luna. As dívidas com as em pres as que tiveram seus empenhos cancelados, liquidados e não liquidados (quefizeramas obras ou osserviços) só devem ser pagos no próximo ano.Ao todo, a dívida da Prefeituracom essasempresaschegaaquaseR$2bilhões. Parao secretáriode
sassinado o jornalista. A Polícia Civil tem os nomes e endereços dos suspeitos, mas só divulgou seus apelidos: Juninhoe Neneco. As investigações do caso Ivandel sofreram uma reviravolta, quando o Instituto Médico-Legal(IML) informou que a ossada encontrada num campo de futebol do Capão Redondo, na zona sul da capital, eram de animaise não de IvandelGodinho, como havia sido anunciado. (AE)
Finanças,essenúmeropode ser ainda maior. "Só no final defevereiroéque deveremos ter um quadro completo do tamanhoreal da dívida", explicou. Segundo Mauro Costa,a administraçãopassada nãodeutransparência aos dados da divida. "Oficialmente, oque me foi passado foi umalista com os cargos de confiança da secretaria",contou. Para ele,o tratamentodadopela administraçãopetista as finançaspúblicas desrespeitou a lei. "Algumas atitudes da administração passada ferem dispositivos do Código Penal", disse.Segundo ele, cabe agora ao Tribunal de Contas do Município dar parecer informando se o governodeMartaSuplicydesrespeitoua Lei de Responsabilidade Penal. Segundo o levantamento divulgadoontempelosdois secretários,apastaquemais registrou déficit foi a de Serviços e de Obras, seguida pela das Subprefeituras.A secretaria de Serviços e Obras, responsável pela coleta do lixo na cidade, ficou devendoR$ 259 milhões,
enquanto odéficit dasSubprefeituras chegouaosR$ 237,5 milhões.
O empresário Verenilton Balsanti de Souza, proprietário da IS Limps Comércio e Serviços Ltda,assinou contratopara alimpeza e conservação da sede da Subprefeitura de Santo Amaro em março do ano passado.Seu contratoera de seis meses, mas em setembro aadministração petista decidiu prorrogar o contrato. "Me chamaram parafazera renovaçãoe não disseram nada que estavam com problemasde caixa.Desde setembronão recebo. Minhadividache-
ga a R$ 20 mil. Minha sorte é que nãodepende apenas deobras coma Prefeitura.
Se fosse assim, iria ter de fechar e demitir os funcionários", desabafou Souza. Para ele, a situação critica das finanças públicasda cidade foi gerada por causa das "obras eleitoreiras". "A Marta gastou de mais para tentar se reeleger. Não conseguiu e acidade acabou sofrendo", disse. Os assessores da ex-prefeita continuam insistindo natesedequenão deixaram a cidade com dívida e afirmam que o governo Serra está"maquiando" os números do balanço. "Gostaria que o número da dívida fosse menor. Assim, teríamos menos trabalho. Se fosse para maquiar um número, faríamosissobaixando ovalordadívidae não o contrário", disse o secretário de Finanças. Na página 3, mais sobre a situação financeira da Prefeitura
Omaior problemaque ogoverno enfrenta na eleição de presidente da Câmara dos Deputados não é a candidatura dissidente do petistas VirgílioGuimarães (MG), nem as candidaturas deoposição de JoséCarlos Aleluia (PFL-BA)e deSeverinoCavalcanti(PP-PE). Seu grande obstáculo é o voto secreto, através do qual se pode trair à vontade.
Lula arregaça as mangas esai à cata de votos para LuizEduardo Greenhalgh e continuaà esperadeque alguémconvençaVirgílioGuimarães a abandonara candidatura avulsa. Existe até a ameaça de afastarVirgílio do partido para evitar que continue cabalando votos com a chancela do PT.
Lulaestava àsvoltas comas candidaturasde Virgílio eAleluia, mas foisacudido coma decisão de SeverinoCavalcanti de se lançarpelo PP. Agora, são 3 osadversários de Greenhalgh, que podem somar votos no 2º turno. Está mais do que na vista de que se bancar sua candidatura até ofim, Virgíliojoga confiantenatraição dovoto secreto.
S everino Cavalcanti se notabilizou nos meios parlamentares como corregedor daCâmara,e mais: éum deputadoque sempre defendeu aumento de salários dos congressistas. É um candidato que podedartrabalhoao governo, poisévistocom simpatia por dezenas de parlamentares.
Não falta quem, no PT, avançaosinalepedepuniçãoextremaaVirgílioGuimarães,caso odeputado mineiro não retire sua candidaturaemapoio aLuiz Eduardo Greenhalgh. São petistas conhecidos como sectários.
Q uem pede punição a Virgílio cita como exemplos as expulsõesda senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados Babá (PA),LucianaGenro(RS)e JoãoFortes(SE).Foramexpulsos por terem votado contraa reformadaprevidência.
O imbróglio que tumultua asucessão deJoão Paulo Cunhaleva Lula a deixar a reforma do ministério para fevereiro.Mexer agora no time pode prejudicar asarticulações do governo: agrada-se de um lado e se desagrada de outro.
O vice José Alencar quer impor obediência no PL e garante que o partido pode sair unidoemtorno dacandidatura de Greenhalgh. O problemade Alencaréo mesmodeLula: ovoto secreto.Em tempo: o PL está rachado.
Olíder doPMDBnaCâmara, José Borba, é um deputadodepaciênciaàtoda prova: espera sentado ser chamado pelo governo para continuar a discussãosobre aentrega de mais um ministério ao partido.
José Serra e Marta Suplicy se enfrentamno 3º turno. Os2 nãose entendem mesmo depois de uma posse pacífica do tucano. Serrae sua equipede técnicoscontinuamgarantindoque recebeuaprefeitura endividada.
A ssessores da ex-prefeita ainda contestam a ra-
Umdia depoisde elogiar a política externa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a área social dogoverno, principal alvo dos adversários.Aorelançar oProjeto Rondon, em Tabatinga, cidade do Amazonas na fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru, Lula disse que, num passado recente, faltou "caráter"e "responsabilidade pública"aosgovernantes. Emseu discurso,o presidenteafirmouque "o Estado,nessepassado recente, olhou oPaís como se usasse um binóculo invertido. Distanciou-se do que deveriaseaproximar. Perdeu o focodo principal. Renunciou a um projeto de desenvolvimento".
Ricardo Stuckert/ABr
Presidente, de bom humor, põe a mão em uma sucuri de 4 metros
saltou tambéma importância da Secretaria da Juventude, novo órgão do governo quecuidará de projetos como o Rondon.
diografiaque Serrafezda prefeitura. A ex-prefeita insisteem dizerterdeixado dinheiroemcaixa (R$376 milhões)parapagamento de uma dívida deR$375milhões. Marta desafia otucano acontestar a informação.
As denúncias que estão sendo feitas porSerraestão desgastandoMarta Suplicy nasáreasdoPT dominadas por outros petistasque tambémtentam atraira legendapara se candidatar aogoverno do Estado em 2006.
S e realmente deixou umdéficitdeR$1bilhãoe 900milhõesou R$2 bilhõese500milhões,como dizemos tucanos,Marta Suplicy feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê punição até coma perdade direitos políticos.
R oberto Trípoli pode pedir mais prazo (além dos 10 dias) para se defenderda acusaçãoquepesa contra eleno partido,por ter se composto com as oposições na eleição de presidente da Câmara Municipal. Oprazo dado pelo Conselho de Ética está se esgotando.
T rípoli não quer deixar oPSDB emuitomenos ser expulso. Sua defesa écalcadana proteção ao partido. Diz que se não fosse candidato com o apoiodasoposições, o candidato oficial Ricardo Montoro teria perdido a eleição para um vereador do Centrão.
Será comofuturacandidataà Presidênciada República pelo P-SOLque a senadora HeloísaHelena vai participar do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre,a partirdapróximaquarta-feira. OP-SOL fará protestos contra o governo Lula.
L embre-se que Heloísa Helena foi expulsa do PT porcontestaropartido e fazercríticasao governo Lula. Durante a realização do Fórum Social Mundial, a senadora fará protestos denunciando gastosdo governo(quaseUS$ 60 milhões) na comprado avião presidencial.
Auto-estima – Ele disse que projetos como o Rondon, Prouni, Soldado Cidadão, além da política de microcrédito,não são"respostas avulsas"do governo às demandas sociais, especialmente na região amazônica. Sem citar nomes, Lula destacouqueoPaísperdeuofoco e a auto-estima. "O individualismotriunfante corroeu a auto-estima nacional numa espiraldedesigualdade. Palavrascomo solidariedade, justiça, responsabilidadepública,carátere bem comum foram relegadas ao dicionáriodo esquecimento", afirmou.
O programa –criadoem 1967 e extinto em 1989 – levou estudantes universitários aos rincões do País. Na novaversão,o projeto vai priorizar, numa primeira fase, 13 vilarejos da Amazônia. Opresidentedisseque espera expandiroprojeto para osemi-árido nordestino e as periferias dos grandes centros urbanos. Ele res-
Redução do número de vereadores não traz economia
A economia de dinheiro público, usada como justificativa peloTribunalSuperior Eleitoral (TSE)para reduzir o número de vereadores, deixará de ocorrer na prática em muitas câmaras municipaisdoPaís.Amedida deveria reduzir a contratação de assessores parlamentares e as despesas com pagamento de pessoal. Mas muitas câmaras municipais contratarammaisfuncionárioseaumentaramoscustos com pessoal.No estado de São Paulo, por exemplo, os Legislativos de Araçatuba e Ourinhos, Guarujáe Mauá, entre outros, aumentaram o número de assessores por vereador em relação à legislatura passada. Em Mauá, o Legislativo decidiumanteros 20auxiliares que deveriam ter sido demitidos, com a redução de 21 para17 vereadores. A economia seria de R$ 390 milporano.No Guarujá,a redução do número devereadores de21 para14 obrigou a Casa aexcluir 35 cargos.Masa câmaramunicipal criououtras28 vagas –aumentoude 5para 7a quantidade de assessores paracada vereador. ACâmara doGuarujágastará mais com os 28novosfuncionáriosdo que consumia com os 35 anteriores. A despesaanualserá deR$1,14 milhão, contraR$998 mil que eram despendidospor ano até 2004. (AE)
Descontração – O presidente almoçoucom universitários que participamdo projeto na 8º Batalhão de Infantaria deTabatinga.Lula, usando um chapéu de pano presenteadoporuma estudante que participará do projeto, segurou uma jaguatirica, pôs a mão numa sucuri de quatro metros eolhou de longe umaonça pintada, batizada de Cézar."Quem vai colocar a mão na onça?", perguntou o presidente a fotógrafose cinegrafistas. Ao serinformadoquemuitostinhamfeitoisso,opresidente demonstrou espanto.
Classificando o projeto Rondonde uma iniciativa para "unir brasileiros de todas as origens e de todas as regiões",Lulagarantiuqueo projeto será estendido, após a conclusão na Amazônia, para oNordeste eperiferias dos grandes centros urbanos. Segundo oMinistério daDefesa,umdosresponsáveis pelacoordenação do programa,estarão engajadosinicialmente 200 estudantes de 40 universidades públicas e privadas.
Com Uribe – Em busca da retomada do diálogo entre a Venezuela e a Colômbia, Lula se reuniuontem durante três horas com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e com diplomatas, em Letícia, cidadena fronteiracomoBrasil.Lula,agora, vai conversar com o presidente venezuelano, Hugo Chávez,que nofinal desemana cortou relações diplomáticas coma Colômbia. (Agências)
A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Tabatinga, no primeiro vôo do novo avião presidencial, batizado de Santos Dumont, durou 3 horas e 20 minutos. Durante o trajeto, Lula despachou com ministros e assessores na sala de reunião da aeronave. Ele e a primeira-dama, Marisa Letícia, que o acompanhou na viagem, visitaram a cabine de comando e circularam pela aeronave. O ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, disse que o novo avião é "silencioso", "estável" e nada diferente do antigo Sucatão. Ao chegar à cidade, o presidente Lula foi recebido por crianças de escolas da região e chegou a fazer "embaixadinhas". (AE)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi poupado pela famíliae sósoubena manhãde ontemdamorte doirmão.
Odair Inácio de Góes, de 52 anos, era meio-irmão de Lula, por parte de pai. Ele morreu de enfartenumhospitalem São Bernardo do Campo e o enterroocorreuontemàs 15horas noCemitériodaVilaPaulicéia. Góes eraum dos 24irmãos de Lula efoihomenageado pelo presidentee pelaprimeira-dama,Marisa LetíciadaSilva, comumacoroadeflores. O presidente ainda tem 14 irmãos, outros dez morreram. José Ferreira da Silva, mais conhecido como"FreiChico" (que nãoé clérigo), umdos irmãos mais próximos do presi-
dente,foi quem entrou em contatocom Lula."Elepediume para representara família, pois nãopodia vir porquetinhacompromissosnoAmazonas", explicou. O irmão de Lula era casado e tinhatrês filhos,quemoram emAmericana.Segundo ofilhoEdgarde 19anos,Góes afastou-se da família hácerca de dez anos,quando reconheceuquesofriade alcoolismo. Daí, foimorarcomamãeno Guarujá e há três anos internou-se numaclínica. "Mesmo afastado, a gente sente muito", disse a viúvaMaria Aparecida Ananias de Góes, que, contandooperíodoemqueestevedistante do marido, foi casada por 22 anos. (AE)
Parentede JoãoGuimarãesRosa, autor,entreoutros, de "Grande Sertão: Veredas",o deputado Virgílio Guimarães (PT-SP), aose lançarontem àPresidência da Câmara, imita opersonagem central da obra, o jagunço-herói Riobaldo,se não pelo pacto com o diabo, pelomenos nopactocom parlamentares que, num passado recente, ele já os teve na categoria de diabos. "Minhacandidatura éuma resposta necessária aos partidos para que eles próprios sejam mais abertos e pratiquem mais a democracia interna", afirmou o petista, após oficializar seu nome contra ocandidatooficial do PT,LuizEduardoGreenhalgh (SP). Virgílioprometeu independênciaparaaCasaeafirmou que nãofere nenhuma
norma do PT,porque a legendasempre foifavorável a candidaturas separadas. Ao lançamento compareceram 58 deputados federais devários partidos, que ele chamou de "novo clero".
Reduzir gastos – Como compromisso de campanha ele também prometeu reduzir os gastos da Câmara direcionando-os para as atividades parlamentares. Sobre um possívelaumento da verbade gabinetedosdeputados, Virgílio mostrouse irritado e disseque não é assuntodecampanha. "Eu não vou aumentar salário de deputado", assegurou. Petista histórico com força eleitoral em Minas Gerais, Virgílio aliou-se a parlamentares que fizeram carreira à sombra de outros políticos, como João Magalhães (PMDB-MG),
apadrinhado do ex-governador Newton Cardoso, Márcio Reinado(PP-MG), um dos expertsdos subterrâneos daComissão deOrçamento da União, e Cabo Júlio (PSC-MG), cujograndefeitopolítico foitercomandado uma greve de policiais militares durante o governo de Eduardo Azeredo (PSDB). "Tenhoorgulho de ter uma candidatura que brotou da Casa", afirmou. "Não é uma candidatura contra ninguém.Sou um deputado da base do governo, apoiado, majoritariamente, pelabase". Virgílioafirmou aindaque a sua possível eleição trará respaldo para a governabilidade dopresidente LuizInácio Lulada Silva e que não acredita que será expulso da agremiação. (Agências)
Opresidente doPT, José Genoino, disse ontem que o candidatooficial àPresidência da Câmara, deputado LuizEduardoGreenhalgh (PT-SP), tem a maioria absoluta dosvotos para vencerno1° turnodevotação. "Temos convicçãoe segurança, pelos contatos e pelas reuniões,de que o Luiz Eduardo tem a maioria da Câmara para se eleger no primeiroturno". Odirigen-
te negou que o partido estejaestudando a possibilidade de punir o deputado VirgílioGuimarães (MG),pela sua candidatura avulsa. 87 assinam– A bancada do PT naCâmara divulgou umacarta assinada por87 dos90 deputados do partido,pedindo votoparaGreenhalgh."A bancadadoPT solicita atodos osparlamentares ovoto nessecolega (Greenhalgh) tanto em
respeito ao princípioda proporcionalidade, quanto pelasegurançadeque ele honraráas melhorestradiçõesdemocráticasdestaCasa",afirmaacarta,enviadaa todos osdeputados.Para ser eleito no primeiro turno, ocandidatoà presidência precisa da maioria de 257 votos. Se nenhum candidato obtiveresse número de votos a disputa é levada para o 2° turno. (AE)
A derrama praticada pela Receita Federal em 2004 garantiu uma arrecadação recorde de impostos: R$ 333,57 bi. A Cofins foi a que mais contribuiu para o sucesso da política de aumento da carga tributária. Engordou 20,6% em comparação ao que foi recolhido em 2003 porque passou a ser cobrada na fonte e sua alíquota subiu de 3% para 7,6%. O total de recolhimento no ano passado foi 10,62% maior. Um amargo recorde! Pág. 12
Olha que moda mais cheia de graça
Primeiro dia de desfiles do Fashion Week teve Gisele Bündchen e apagão.
As apostas para o outono/inverno: criações românticas de Herchcovitch (alto), o caimento impecável de Ricardo Almeida (centro) e as plumas da Zapping (acima). Página 7
Selic mais
alta. Pela quinta vez consecutiva
Página 9
Este Subaru se apresenta como uma ambulância
E é contumaz vilão no Pátio do Colégio. Saiba o motivo no DCidade.
Sampa aos 451 anos
Roteiros para os turistas que visitam a cidade Boa Viagem
Descobrimos o segredo da Rebouças
DCidade
A administração de Marta Suplicy dispunha de relatórios que apontavam os problemas nas obras do Passa-Rápido e do túnel sob a avenida Faria Lima
Fernando Vieira
Desde julho do ano passado, a Empresa Municipal deObras e Urbanização (Emurb) tem conhecimento dos sérios problemasnasobrasdasgaleriaspluviais doComplexo Rebouças, que compreende o túnelJornalista Fernando VieiradeMelloeo corredor doPassa-Rápido. Pelo menos quatro correções foramrealizadas pelas empreiteiras responsáveis pelo projeto, por determinação da administração de Marta Suplicy, apósa inauguraçãodo corredor.Todas asobrasforam refeitas "da noiteparao diae semninguém ficar sabendo", afirmaum dos técnicos envolvidos diretamente na execução desses trabalhos.
Hoje, 400 metros da avenida Eusébio Matoso estão interditados para intervençõesemergenciais emcerca de 150 metrosde galerias, que poderiam causar o desabamento doasfalto e engolirapista docorredorexclusivodeônibus aqualquer momento, segundo análise encomendada pela Secretaria de Infra-Estrutura e Obras.E já é certaa necessidade derefazerobras em mais três locais, segundo outra fonte gabaritada, ligada à execução das obras.
Dois desses pontos ficam na própria Eusébio Matoso, sentido bairro, altura do número 200.O terceirotrecho estálocalizado naave-
nida Rebouças,sentido Centro, na altura da rua Maria Carolina. Relatório – De acordo com informações obtidas, comexclusividade pela reportagem do Diário do Comércio, uma vistoria realizada nodia 30 dejulho, aproximadamente 25 dias depois deiniciada aparte das obras relacionada à drenagem dosolo, foramconstatadaspequenas rupturas e a ovalização dos tubos inicialmenteinstalados.Afonte,que pediusigilo emrelaçãoaseu nome,égabaritada e garante a existência de um relatório encaminhado imediatamenteà Emurb, tão logoos problemasna obras foram identificados. As rupturas foram corrigidasdurante amadrugada. Segundo a fonte, acreditava-se que a deformidade estava localizadaem um
pontoisolado.No entanto, nos meses seguintes foram descobertas novas rupturas. Na seqüência – informa afonte–viu-sequeoproblemanãoera assimtãoisolado. Técnicos já tinham alertado e deveriam ter parado as obras. Masissonão foi feito porque a pressão política para terminaros trabalhos omais rápidopossível era bem maior.
Mais problemas – Não demorou e, nas proximidades da ruaMaria Carolina, aágua quevazou pelasrachaduras formouum vão em volta da tubulação. Segundo as fontes consultadas,a dimensãodoburaco entre o asfalto e a tubulação era de dois metros de altura portrêsde comprimento. "Isso é extremamente sério. Pode afundar devagar, começando com um pequeno buraconoasfalto –oude
Sob o Passa-Rápido da Rebouças, as galerias pluviais foram mal acabadas. Houve rupturas e ovalização dos tubos porque essas estruturas precisariam ter sido encapadas com concreto mas, para agilizar as obras e reduzir os custos, este encapamento foi feito com areia vibrada. O problema é que, assim, o Passa-Rápido vai afundar, gradativamente ou de uma só vez.
umavez.Por isso,otrabalho foi refeito da noite para o dia, no fim de semana. Nãoprejudicou otrânsito dacidade nemfoi dadanotoriedade ao fato".
Segundo as fontes, o alarme sobre asituação da rede no Complexo Rebouças só veio à tona porcausa da enchente."Senãotivesseacontecido, talvezninguém ficasse sabendo".
Além disso, paraas fontes, arepercussãodopro-
blema atual se deve à extensão das áreas comprometidase àmudança de gestão daPrefeitura,que querdivulgarumasituaçãoqueera
conhecida pela anterior. "Não havia como esconder umproblemade quase 200 metros, com necessidade de interdição de pista".
Pressa para concluir obras afetou qualidade dos trabalhos
A pressa daadministração de Marta Suplicy emcolocar em operação o Complexo Rebouçasfoi a responsávelpelos problemas detectados nas galerias pluviais, segundotécnicos ligados às obras.
Para acelerar a execução, a antiga Prefeitura impôs mudançasnos materiais utilizados para a construção da rede de drenagem do túnelJornalista Fernando Vieirade Mello,que exigiam maior fiscalização.
O projeto original previa um envelopamento da tubulaçãocomconcreto.Adeterminação contratual não foi realizada."O tubo acabou sendo encapado com areia vibrada (areia comprimida pormeio devibração, que geravácuoepressão), porcausadamaior velocidade de execução. A técnica exige ainda acompanhamento de laboratórios especializados, oque também não aconteceu", dizum dos técnicos da obra, que não quis ter o nome publicado.
O custo da areia vibrada é, emmédia,30%inferioraodo concreto. Segundo as fontes, até mesmo a escolhainicial do Rip Loc (tubo de PVC utilizadonas galerias)também foideterminada pelavelocidadeque dariaà obra."Caiu comoumaluvaparaaPrefeitura. O material é moderno e deboa qualidade.Alémdisso,seupouco pesodomaterial facilitaos trabalhos,sem necessidade de guindastes". As fontes afirmamque uma obracom essematerial precisarespeitaretapaspara serbemexecutada.E isso nãoerapossível devidoà pressãoconstantepelo fim das obras. "Obra política é assim. No fim, virou uma tentativa de reverter a situação eleitoral, por isso a pressão era grande. Na velocidade com que era tocada só poderia dar problemas. Ninguém aqui seeximede culpa.O errodetodos foise sujeitar àscondições estipuladas pela Prefeitura, com trabalhos de madrugada, sob sol ou chuva". (FV)
Empresa que sempre atuou no atacado, vendendo para panificadoras, irá investir no consumidor final de farinha de trigo de um quilo e outros produtos
OMoinhoPacífico, que possui a maior unidade moageira de trigo da América Latina, em Santos (SP),estásepreparandoparauma nova empreitada: ingressarno varejo esteanoe competircom marcas tradicionais de farinhade trigo."Primeiro,vamos colocar nos supermercados pacotesde farinhade um quilo, principalmente na região Sudeste. Depois, vamos entrarcomoutros produtos, como mistura parabolo,farinhaparapãodoceetc.", afirma Lawrence Pih, diretor daempresa. O investimento total será de 10 milhões de reais.
O grupo Pacífico sempre atuou no atacado, vendendo, principalmente, para panificadoras. Segundo Pih, a decisão de vender paraovarejovemparacorrigir uma rota traçadano passado, quando aempresa acre-
ditouser possívelcrescer trabalhando somente com grandes compradores. "A guerra fiscal entre os estados nos fez mudar de rumo. Têmempresassituadas em regiões que oferecem incentivos fiscais estaduais (ICMS) de até 12% e tornam a concorrênciadesleal para asindústrias paulistasque querem vender no atacado", conta.
Oexecutivo afirma que, novarejo, amargem delucro é maior, apesarda concorrência com marcas tradicionais. No primeiro ano, as vendas da farinha de trigo –ainda sem um nome definido– nomercadodoméstico deverão responder por 10% da produção total do moinho, estimada em cerca de 400 mil toneladas em 2005 –250 mil no primeiro semestre. Acapacidade deesmagamentodo MoinhoPacífico é de 900 mil toneladas de trigo por ano.
Para a Indonésia. As empresas exportadoras de carne do Brasil aderiram à campanha internacional de ajuda aos sobreviventes do tsunami na Ásia. Os grupos enviarão à Indonésia entre 15 e 20 toneladas de carne enlatada. O contêiner será despachado até o próximo dia 30, seguindo para a Indonésia em um navio que partirá de Santos (SP).
Doses de genética. As vendas de sêmen bovino da Lagoa da Serra cresceram 35% no ano passado. Foi um dos melhores desempenhos da empresa, que está no país há 33 anos.
Atualmente, a Lagoa da Serra oferece material genético de 400 reprodutores de 40 raças diferentes (corte e leite). O aumento das vendas da Lagoa da Serra é puxado por animais da raça Nelore, como o touro Fajardo, que já comercializou quase 400 mil doses em sua vida produtiva, e Enlevo, que já chegou as 250 mil doses.
Visita aromática.A Vinícola Góes, de São Roque (SP), organizou uma programação especial para receber visitantes interessados em conhecer o processo de elaboração de vinho. Durante o passeio, os turistas visitarão um parreiral, acompanharão a colheita, o esmagamento, a fermentação e o engarrafamento do produto. Os passeios são gratuitos e acontecem até o dia 15 de fevereiro. A visita tem de ser agendada pelo telefone (11) 4711-3500 ou pelo e-mail atendimento @vinicolagoes. com.br.
Lucro animal. A Ouro Fino Saúde Animal fechou o ano de 2004 com crescimento de 32%. O faturamento da empresa foi de 91 milhões de reais. O resultado é acima da média anunciada pelo setor que, segundo o Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Aninal), cresceu 14% no ano passado. O desenvolvimento e a venda de produtos para animais de grande porte, como bovinos e suínos, foram os principais responsáveis pelo bom desempenho da companhia.
Trigo e tributos
A previsãode Pih,no entanto,depende da resolução de umaantiga questão: areforma tributária.Emjulhodeste ano, ogoverno isentou da cobrançado PIS (Programa deIntegração Social)/Cofins (Contribuiçãopara oFinanciamento daSeguridade Social)vários itens dacesta básica do brasileiro, porém não incluiu a farinhade trigo, que continua sendo taxada em 9,5%. "A carga não foi distribuída deformaigualitária. Alguns setores não têm mais incidência das taxas, enquanto outros pagam a conta toda", afirma Pih. Ascontribuições ao PIS são mensais. O cálculo é sobreo faturamentodacompanhia.Os volumesarrecadadospor esseimpostosão destinados ao desenvolvimento social à melhoria da vida do trabalhador. ACofins tem a função de cobrir os custos de manutenção dos serviçosrelacionados à previdência, à saúde e assistênciasocial.Contudo,oaumento constantee aleatório da alíquota do tributo tem sido muitodiscutido ereprovado pelo empresariado nacional.
SegundoSamuelHosken, presidente da Abitrigo (Associação Brasileira da In-
dústria do Trigo), "essa atitude do governo (em não isentarafarinhadoPIS/Cofins) tem prejudicado o consumo de farinha de trigo no país. O mercadoestá, praticamente, estagnado. No anopassado, ocrescimento foide apenas2,8%",afirma o executivo.
O cenário é agravado pela
produção recorde de trigo no ano passado (ver quadro) OBrasil, tradicionalimportador do produto, colheu 6.021 milhões de toneladas em 2004.O volume,segundo dadosdaconsultoria Tendências, deve cobrir cerca de 60% do consumo doméstico, ante um histórico percentual de 35%. "Eeste
Líder mundialem exportação de carne bovina pelo segundo ano consecutivo, o Brasil buscaráeste anoconsolidara posiçãoexportando produtos demaior valor agregado aum maiornúmero de mercados. "Este é o desafio", disseontemMarcus ViníciusPratini deMoraes, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne). Para tanto, ações de promoção noexterior serão multiplicadas.Há quatro eventos já marcados até o final do ano:em Lisboa (Portugal), Xangai (China), Moscou(Rússia) eColônia (Alemanha) em outubro. Segundo Pratini, o Brasil conquistou,em2004, 40 mercados para acarne brasileira, que somamagora 143países. Aindaassimo Brasil não atinge 50% do mercado mundial de carnes em valores. "O país está fora exatamente dosmercados que pagam mais pela carne", diz. Para 2005, a expectativaéaaberturadomercado americano àcarne bovina in natura, o que deve facilitar oacesso ao mercado japonês,também fechado
para a in natura Nesta semana, técnicos do Ministério da Quarentena daChina estãono Brasil para os trabalhos finaisde certificação sanitária para importação decarnes bovina e de avesdo Brasil. O diretor-executivo da Abiec, AntônioJorge Camardelli, sediz confiantenasvendas parao paísainda nesteprimeirosemestre, poisoschinesesjáfazemcontatospara importação.
Problemas sanitáriosem alguns paísesexportadores de carnes permitiram ao Brasil negociar preços maiores em 2004. Mas a va-
lorização da carne industrializada, demaiorvalor agregado,ficou abaixoda obtida em relação à carne in natura.Segundo aAbiec,o preço médioda carnebovina in natura exportada ao longo do ano passado foi de 2.122,07 dólares a tonelada (13,98% maior que nos 12 meses de 2003), enquanto o daindustrializada cresceu 8,32%, para 2.132,96 dólares em média.
Em 2004, as exportações decarne bonina in natura e industrializada proporcionaram uma receita de 2,457 bilhões de dólares, 62,7% superior à de 2003. (AE)
ano, diferentementedo ano passado, os estoques mundiais estão em alta e o Brasil temum excedente800mil toneladasdetrigoque ainda não foramabsorvidas pelo mercado", diz Hosken. Conclusão:o preçodeveficarabaixo dos 157 dólares por tonelada praticado em 2004,quando,pelaprimeira vez, oBrasil conseguiuexportar trigo.
Argentinos
Outra questão levantada por Hosken é a entrada da farinha argentina noBrasil com preço bemmais barato que o produtonacional. Segundoele são240 miltoneladas de farinha de trigo que entram concorrendo desonestamentecomomercado brasileiro, pois têm subsídiodo governoargentino. "O Brasil está fechando os olhosparaisso",afirma. Os vizinhos estão entre os dez maiores produtoresde grãos do mundo. No ano passado, a safra Argentina foi de cerca de 16 milhões de toneladas.
Cláudia Marques
Índia deve liberar a importação de óleos transgênicos
A Índia, maior país importador de óleo para consumo do mundo, deverá autorizar importações de oleaginosas geneticamente modificadas para atender a demanda doméstica. A informação foi divulgada ontem pelo ministro de Alimentos do país, Sharad Pawa, durante uma conferência internacional. Segundo o integrante do governo, qualquer decisão sobre isso deverá ser tomada levando em consideração o interesse de produtores locais. O país de mais de um bilhão de habitantes, o quarto maior mercado do mundo de óleo vegetal e de oleaginosas, não permite importações de grãos transgênicos. O país também impõe uma taxa de 30% sobre os embarques não transgênicos. A Índia importa cerca de 40% de sua necessidade anual, de 11 milhões de toneladas de óleo para consumo. Em 2004, o país importou 4,4 milhões de toneladas deste tipo de óleo, principalmente óleo de palma e soft. (Reuters)
TIM lança Blackberry, que além de fazer ligações é capaz de transmitir dados de servidores de rede. Produto é oferecido às empresas em comodato.
Aoperadoradetelefonia móvel
TIM, Telecom Itália Móbile, fez o lançamento, ontem, do serviço Blackberry,que une em um aparelhocelular as funções de ligação telefônicae transmissãodedados de servidores de rede. Atividades como o envio e recebimentodee-mailouacomunicação por meio de softwares de intranetsão realizadas em tempo real, como na internet a cabo. Há ainda agarantiadesegurança, dada pela criptografiadas informaçõesque partem e chegam ao servidor da empresa.
O produto será comercializado exclusivamente para corporações nesteprimeiro momento,jásendo utilizado por 2 milhões de pessoas em 44paísesdaEuropa, Ásia e América. "Para o Brasil, a primeira nação da América do Sul a ter o serviço, fizemos umpedido inicial 6milaparelhosprevistos paraa comercialização em 2005.Há possibilidade de elevarmosestenúmero, dependendoda aceitação doserviço", informou Mario Cesar Pereira de Araújo, presidente da TIM.
Comodato –José LuizLiberato, diretor de grandes contas da TIM Business, explicaqueoaparelhoé concedido sob aformadecomodato eum valor fixo de R$ 420 deve ser pago mensalmente pelo serviço de transmissão de dados, que por sua vez é ilimitado. As
Divulgação
ligações entretelefones são cobradasàparteeaindaháa necessidade dacompra de um software específico, responsávelpela conexãodo telefonecomo servidor. O valordosoftware,chamado BES (BlackBerryEnterprise Server), é de R$ 4.500. "A prioridadeéa oferta do serviçoparagrandes corporações. As médias e pequenas empresas terão acesso ao produtonumsegundo momentoe, finalmente, as pessoas físicas serão as últimas a poderem comprar o aparelho", disse. Desenvolvimento –A tecnologia do produto foi desenvolvidaem parceria com a Research in Motion
Brasil é primeiro país da América do Sul a receber produto.
(RIM) e com suporte técnico da IBM, que fornecerá os serviçosde manutençãodo sistema. O aparelho BlackBerry 7230 permite a visualizaçãode arquivosnosformatos Word, Excel, PowerPoint e PDF (Adobe Portable Document Format). Programas - O rápido tempo de processamento do envio e recebimento de e-mailsocorrepelacompactaçãodosdados, queéfeita por umsistema denominado Push. O usuário também conta com programas diversosque podemser adquiridos na internet a partir dopróprio navegadordo aparelho.
Juliana de Moraes
Vivo patrocinará seleção brasileira de futebol
A Vivo, operadora de telefonia móvel controlada pelos grupos Portugal Telecom e Telefónica Móviles, anunciou, ontem, o patrocínio às seleções de futebol brasileira masculina e feminina pelos próximos 10 anos. O acordo, divulgado em conjunto com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), prevê o repasse anual de US$ 4 milhões em troca do direito de estampa da marca nos uniformes de treino, veículos e acessórios das seleções. A companhia também terá direito de transmitir conteúdos em vídeo para aparelhos celulares. Durante o evento, a modelo Gisele Bündchen, garota propaganda da Vivo, fez uma aparição rápida pelo palco e até brincou, mostrando suas habilidades com a bola. Ela será a protagonista da peça publicitária que vai anunciar nas redes nacionais de TV o patrocínio da operadora de celulares à CBF. Brasil – De acordo com Francisco Padinha, presidente da Vivo, a administração da
Casas Bahia teve lucro líquido de R$ 150 mi em 2004
A Casas Bahia concluiu 2004com um lucro líquido deR$ 150 milhões,desempenho 70% superior ao anotado em igual período do ano anterior. O faturamento da rede, líderdo setor varejistade eletrodomésticose móveis,somouR$9bilhões, o que denota um crescimentonominal de50% frenteos R$ 6 bilhões de 2003.
Em nota,a companhiainforma queoscampeõesde venda em2004 foramos celulares,com 4 milhões de aparelhos comercializados (volume50%superioraodo exercício anterior), os aparelhos de TV,cujas vendas atingiramamarcade1,5milhão deunidades; osDVDs (860mil unidades, 180% a maisdo que em 2003) eas geladeiras (960 mil, crescimento de 50%). Osmóveis vêmcrescendoem importância dentro da empresa e contribuíram com 30% da receita da rede varejista. Novas lojas - A Casas Bahia promete investirR$75 milhões ao longo deste ano para a abertura de 80 novos pontos-de-venda e na construçãodetrêscentrosdedistribuição,a sereminstaladosem Duque de Caxias (RJ),Betim(MG) eSãoJosé dos Pinhais (PR).No ano passado, foramaportados R$ 25 milhões para a abertura de 70 lojas, 40 amaisdo que era previsto no início do exercício fiscal passado. Hoje presente em São Paulo,RiodeJaneiro,Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, a Casas Bahia pretende entrar em 2005 no Espírito Santo, onde deve abrir 10 lojas. (AE)
Barata/AE
Beto
Gisele Bündchen estará nas peças publicitárias da Vivo com a seleção
empresa luso-espanhola queria se associar a uma instituição que identificasse a corporação com o Brasil. "A CBF está entre as marcas mais adoradas pelos torcedores brasileiros, além de ser um símbolo de expressão global forte", afirmou. A Vivo, maior
operadora de telefonia móvel do hemisfério sul, é a terceira empresa a anunciar o patrocínio à seleção. A CBF tem acordos fechados com a Ambev, que transfere anualmente US$ 10 milhões ao grupo, e com a Nike, que paga US$ 12 milhões por ano à Confederação. (Agências)
Embraer anuncia pedido de até US$ 1,5 bilhão
A Embraer anunciou nesta quarta-feira que aRepublic AirwaysHoldings adicionou 16 pedidos firmes e 34 opções de compra do avião de 70 assentos da fabricante brasileira,o Embraer170.O negóciopode chegar a US$ 1,5 bilhão. "Isto elevaos pedidosem carteira da Republic para 39 encomendas firmesde Embraer170e61opções para aviõesdomesmotipo. Das 16 novas encomendas, duas jáhaviam sidocomputadas no relatório de entregas (backlog) da Embraerdo quartotrimestre de2004",informouafabricantedejatosem comunicado. Asentregasdanovaencomenda começam em junho ese estendematé ametade de2006.Deacordocomaassessoria deimprensada Embraer,o novopedido nãoaltera, emprincípio,as previsões de entregas de aeronavespela empresaneste anoeno próximo,de145 unidades nos dois casos.
Serviços - A Republic Airways,dosEstados Unidos,usará asnovasaeronaves para oferta de serviços à Delta Air Lines, por meio da Delta Connection. A companhia aéreanorte-americanajá recebeu até omomento 13 aviões Embraer 170 e, por meio de suas subsidiárias, é uma das principais operadoras de jatos regionaisda fabricantebrasileira, com mais de 110 aviões em atividade. Ovalor de tabelados 16 pedidosfirmes do novo contratoé deUS$ 400milhões, mas o acordo pode chegaraUS$1,5bilhão se todas as opçõesforemconvertidas.A Embraerencerrouoano passadocom343 pedidos firmes e 427 opções de compra para sua nova família de aviões, com jatos capazesdetransportar de 70 a 110 passageiros. As ações daempresa fecharam em forte alta no pregão desta quarta-feira da Bovespa. (Reuters)
O plenário doConselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade),reunido ontem,condenou oCondomínioCenter Norte,deSão Paulo, donodo Shopping Center Norte, ao pagamento de multa de 1% do seu faturamento bruto em 2000 por prática abusiva contra a concorrência.É que, nos contratos dealuguelde lojas de propriedade do shopping,háumacláusula que obriga os locatários das lojasa teremexclusividade com ocondomínio. Dessa forma,eles nãopodemalugaroutralojaforadocondomínioa uma distânciamenor que 1 quilômetro. Os conselheirosentenderamque essa cláusulacerceia alivreconcorrência, pois dificulta a abertura de empresas concorrentes no local. A reclamação contra o centro ao Sistema Brasileiro deDefesada concorrência foi feita em 2001 pelo concorrenteShoppingD,próximo ao Center Norte. (AE)
Obras viárias, como o Paulistão, estão mais sujeitas a cortes de investimentos na administração José Serra. Trabalhos de manutenção também estão ameaçados. Mas áreas de educação e saúde devem ser mantidas, pois têm verba vinculada.
Fernando Lancha
Se a situação financeira domunicípio não melhorar, várias obrasficarão ameaçadas. Especialmente na área de infra-estrutura. Novos viadutos, depontescomo ade Jurubatuba(sobre a marginal Pinheiros) e de novos corredoresde ônibussó devem ser iniciadas em 2006.Atémesmo asobrase serviçosde manutenção estãoameaçados,jáqueocorte nas verbas decusteio dacidade chega a 40%.
A pavimentação de novas ruas naperiferiadacidade podesó serfeitaa partirde 2006. Asobras doPaulistão (antigo Fura-Fila) que estão praticamente abandonadas,correm orisco demais umavez ficaremesquecidas,apesarde játeremsido investidos alimais deR$ 170 milhões eaté agora nenhum ônibus ter utilizado as vias aérease asexclusivas. OPaulistão sódeve ser retomado se a Prefeitura conseguir um acordo com o Metrô, que assumiria a responsabilidade pela sua conclusão e operacionalização.
Esperança – Ogoverno, apesar de anunciar ontem medidasdrásticas,temesperanças de que a situação possa melhorar. Deacordo com osecretário doPlanejamento,Francisco Luna,osrecursos passarãoa serdescongeladosna medida emqueas receitas começarema entrar nocaixada Prefeitura. "Começamos agestãoem uma situação demuita penúria. Quando tivermos umaconfiançamaior, esses recursos poderão sergradativamente liberados", disse. Se os recursos não entrarem como esperado(especialmentepeloenxugamentode despesas)as obras não saem.
Prioridades – Lunaafirmou que, apesar do contigenciamento, aPrefeitura nãopretende manteratotalidadedesses recursos congelados portodoano."Tomamos uma medida muito conservadora e dura. Temos defazer uma reavaliação nassecretariaspara definir as prioridades danova gestão para depois começar a liberaros recursos",disse. Verbas com aplicação obrigatória definida pela Constituição, como as destinadas àsáreas de saúdee educação, nãosofrerãocongela-
mento, segundoa administração municipal.A construçãodecreches eescolas, alémdepostosdesaúde,poderá ser realizada. A área decombateàsenchentestambémdeve ser poupada dos cortes. Ao menos nocomeço deste ano, quando as chuvas mais fortes castigama cidade.Assim,a limpezade bueirose depiscinões vai continuar. Masa coletade lixoe avarrição podem ser afetadas. Esses serviços são mantidos com verbas que constam no orçamentocomo custeio.
As obras do Paulistão, que foram iniciadas na gestão Pitta (quando a estrutura era conhecida como Fura-Fila) e foram brevemente retomadas na gestão Marta Suplicy, estão abandonadas e correm o risco de ficar mais uma vez no esquecimento. Neste início de ano, apesar do congelamento dos investimentos, José Serra pretende manter a manutenção de piscinões para evitar enchentes no período de chuvas.
Essa verba passou de R$ 5,7 bilhões, no orçamento aprovado pela Câmara Municipal, para R$ 3,4 bilhões. Outro serviço que pode serafetadoé areformados prédios públicos, como centros esportivos e casas de cultura. Obras derecapeamentoe tapa-buracos tambémpodem ter oritmo reduzido, passado o período das chuvas.
Os secretários de Finanças, Mauro Costa, e o de Planejamento, Frederico Luna, se negaram a dar mais detalhes sobre o corte de obras e
Renato Carbonari Ibelli
As empresas credoras da Prefeitura dificilmente serão pagas aindaesteano pelos serviçosprestados na administração passada. SegundoFrancisco Luna, secretáriodoPlanejamentoda administraçãoSerra, asdívidas com prestadoressó serãosaudadasseo pagamento não comprometer o andamento dos serviços deste ano. "Não podemos contaminaro orçamentode 2005comdespesasde2004", disse Luna.
Oorçamento aprovado para o primeiro ano da nova administração já tem comprometido ao menos R$ 4,8 bilhões (31,6% do total), que foram congelados. A dívida com prestadoresque aPrefeituraalega ter herdado é de R$1,9 bilhão, valor que pode ser maior segundo MauroCosta, secretáriode Finanças,uma vez queos cálculos têmcomo hipótese de que não o total, mas apenas 70% dos empenhos cancelados são referentes a serviços que realmente foram realizados.
Os dadosapresentados pelo secretário de Finanças apontam que, do total da dí-
vida, R$ 652 milhões são relativos a empenhos liquidados;R$350,8 milhõesem empenhosnão liquidados; osempenhos cancelados somam R$ 415,6 milhões e a dívida de despesas sem empenhochegama R$233milhões. Casotodos oscancelamentos de empenho sejam referentesa serviços comprovadamente executados, o valorda dívida pode superar R$ 2,1 bilhões. Ontem, atéo meio-dia,14 empresascredoras haviam passado pela Prefeitura pa-
ra se cadastrarem como credoras. Osfornecedores que tiveram empenhos cancelados, mesmo tendo prestado serviço, têm até dia 31 de janeiro para protocolar requerimento de pagamento por serviçosprestados. O cadastramentoé realizado na própria Prefeitura, no viadutodo Chá,e exigecópiasdanotado empenho (quandohouver);doinstrumento contratual eda nota fiscal ou fatura. No local é necessário preencher um requerimento quepede,
serviçosque vãoserfeitos na cidade. Eles também não quiseramrevelarquantocada secretária teráde contingenciar seuorçamento. "Issosó criaráconflito entre uma secretaria e outra", disse Luna.JáCostaafirmou que, em vez de um contigenciamento linear, o critériopara ocongelamentofoi
uma"análise criteriosados programas, o que gerou percentuais diferentesem cadasecretaria".O prefeito José Serra deve conversar pessoalmente com cada secretário para e informar as razõesdovalordecontigenciamento em cada pasta, e depoistornar essesvalores públicos.
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA É CREDORA
além de dados da empresa como CNPJ, a indicação da unidade municipal para a qual o serviço foi prestado. Hospital – Oempresário Antonio Ermírio deMoraes,presidente da Beneficiência Portuguesa, foi um dos credores queprocurou a Prefeitura na quarta-feira. A dívida com o hospital que preside pode chegar R$ 8 milhões, valor cobrado, "educadamente", porele (veja box). Dasempresas protocoladas até ontem, as que alegarammaiores dívidas foram a Cooperativa União Intermodal de Transportes AutônomosdeSão Paulo (R$ 385,3 mil) e a Guimacom Engenharia e Construções (R$197mil).O número de empresas que tiveram empenhos cancelados chega a 2300. Para efetivar o pagamento das dívidas, antes serão abertos processos administrativos – pagamento de despesas de exercícios anteriores –nos quaisdevem se manifestar credore devedor. Sódepois deconfirmadoo número deempresas querealmente sãocredoras será possivel computar o tamanho realdodéficitda Prefeitura, algoesperado para o fim de fevereiro.
A falta de pagamento da Prefeitura de São Paulo não atinge apenas pequenas e médias empresas. Ontem foi a vez de um dos mais influentes empresários do País, Antonio Ermírio de Moraes, fazer uma visita ao prefeito José Serra para cobrar o que a Prefeitura lhe deve. Presidente da instituição que administra o hospital Beneficência Portuguesa, Antonio Ermírio foi cobrar uma dívida da Prefeitura com o hospital que está entre "R$ 6 milhões e R$ 8 milhões". A dívida é referente ao atendimento feito pelo hospital para o Sistema Único de Saúde (SUS). Antônio Ermírio de Moraes conversou pessoalmente com o prefeito José Serra e disse ter entregue documentos que comprovam que a administração Marta Suplicy não repassou o montante referente a três meses do ano passado. Segundo o empresário, o hospital não recebeu pelo atendimento de pacientes do SUS. Dos 1.000 pacientes que são atendidos diariamente no hospital, 60% pertencem ao SUS. Segundo o empresário, o hospital realiza pelo sistema, mensalmente, 800 cirurgias
cardíacas e mais de 1,5 mil intervenções para colocação de catéter. "Vim aqui para deixar, de forma educada, documentos que mostram que a Prefeitura nos deve. Precisamos receber esse dinheiro para continuar atendendo os pacientes", explicou o empresário. Ele também aproveitou para pedir ao prefeito que verificasse a possibilidade de aumentar o número de atendimentos que o hospital faz pelo SUS. Segundo Antonio Ermírio, que fez fortuna por ser um brilhante administrador, Marta parece não ter cuidado bem das finanças da cidade –tanto que o déficit com contas não pagas de serviços realizados chega a quase R$ 2 bilhões. "Mas isso não é uma coisa só do governo do PT. Acontece em outros governos. O governo sempre pagou mal. Mas o que não pode é não pagar", disse Antonio Ermírio.
Depois do encontro com Serra, o empresário saiu da Prefeitura e atravessou o viaduto do Chá, a pé e sem seguranças, para chegar à sede do Grupo Votorantim, ao lado do Teatro Municipal, a cerca de 500 metros do gabinete do prefeito. (FL)
"Não posso dizer que não aconteceu", admitiu o técnico argentino Carlos Bilardo à imprensa de seu país. Maradona lembra bem da história.
Anegativa dotécnicoda seleção argentina na Copa do Mundo de 1990, Carlos Bilardo, em entrevista àrevistaargentina Veintitres, acabou confirmando uma velha suspeita: durantea partidadasoitavas-de-final contrao Brasil no estádio Delle Alpi, em Turim, vencidapelos hermanos por 1 a 0, a seleção argentina reservou para os jogadores canarinhosuma garrafa d´água "batizada" comtranqüilizante. "Não posso dizer que não aconteceu", se entregou Bilardo à imprensa argentina.
No mês passado, o craque Diego Maradona,levantou o assunto emum programa de televisão. Naquela partida(quedecidiu aeliminaçãodo Brasil), omeiafez uma grande jogada que deixouo jogadorCannigialivre paramarcar ogol davitória. "Estavam todos e vinham beber conosco. Eu dizia beba, beba Valdito (para Valdo), e o Branco bebeu tudo. Nomesmomomento, vinha oOlarticoechea eeu gritei: desta não, da outra (garrafa de água)", contou o ex-jogadoraocanal deTV TyC Sports.
"Depois, oBrancocobrava faltas e caía.Após a partida, estávamos próximos, e ele meolhava,me culpando,eeu faziagestosdeque não tinha nada a ver com aquilo. Brancojogava na Itália e tínhamos boa relação, mas, depois, não conversamos mais", comentou Maradona.Depoisdaeliminação do timedirigido por
Sebastião Lazaroni,Branco disse que sentiu tonturas duranteapartidaapós beber aágua oferecidapelo massagista argentinoMigueldiLorenzo, nofinaldo primeiro tempo, mas nada foi provado na época.
Bilardo desmente
"Dissoaínão seidenada, não sei de nada...sempre digoisso. Não tenho idéia".
Comestas palavras, oextécnico CarlosBilardoexplicou à Agência Estado sua posição sobre o suposto doping do brasileiroBranco, durante o jogo entre as seleçõesrivaisnaCopadoMundo da Itália.
Em seguida,Bilardo procurousermais enfáticoao desmentir todaa história. "Essas revistas sempre colocam oque elasqueremno texto", atacou o argentino. Ele chegou a se irritar quandosoubeo temada entrevista. "Pôxa! Esseassunto de novo!",reclamou. Edepois lembrou quenunca foi acusado pelos brasileiros. "Estive com o próprio Branco durante um jogo na Guatemala e ele nunca me acusou de nada.Deláparacá, faleicom Falcão,Casagrande, Júnior, Dunga, Parreira, Scolari...eninguém medisse nada. E olhe que já se passaram muitosanos", disse Bilardo.
Primeira mão O jornalistaargentino Ricardo Gotta, que fez a entrevista com Bilardopara a revista Veintitres, especializada empolíticae atualidades, tem mais de 20 anos de
carreira etrabalhou durante nove anos no diário Olé,o principal jornal esportivo da Argentina.Gotta afirma que o ex-técnico da seleção argentina foiirônicoquandoquestionadosobreterordenado distribuir tranqüilizantes emuma garrafade água aosbrasileiros. "Não sei, não sei. Não digo que
Para os EUA, tragédia na Ásia foi "uma maravilhosa oportunidade"
Opresidente GeorgeW. Bush,que chegou à CasaBranca quatro anos atrásdepoisde vencernajustiçaa eleiçãomais controvertidada históriados EUA, iniciará hoje o seu segundo mandato legitimado pelamaiorvotaçãoque umlíderamericanojárecebeunas urnasmas sem um mandato claro e diante de uma forte desaprovação de sua política no Iraque. Ontem,nosegundodiadesabatinadasecretária de Estado designada Condoleezza Rice,ocorreu a primeira gafe diplomática do novo staff. Rice disse que o maremoto na Ásia foi"uma maravilhosaoportunidade" paraosEUAmostraremaomundoseulado compassivo,já queresponderamcomum
grandeesforço de ajuda militar e milhões de dólares em doações privadas para as nações afetadas. Rice estava respondendo a comentários deoutro senadorsobre como os EUAsão malvistos em diversas partes domundo. "Acho que o que estamos fazendo neste momento na tsunamié maravilhoso", afirmou o senador republicano de Ohio, George Voinovich.NoqueRicereagiu:"Senador,primeirodetudo, concordoqueatsunamifoiuma oportunidade maravilhosa paramostrar nãoapenas ocoração dogovernodosEUA, maso coração do povo americano. Achoque estános trazendo grandes lucros". (AE)
Eu dizia beba, beba Valdito (para Valdo) e o Branco bebeu tudo. No mesmo momento, vinha o Olarticoechea e eu gritei: desta não, da outra (garrafa). Depois, o Branco cobrava faltas e caía.
não tenha acontecido", disse Bilardo na entrevista cujo título é: (Casi) Confieso que he trampeado (Confesso que quase trapaceei). Segundoo jornalista,Bilardo "segurou o sorrisocomo alguém que oculta alguma coisa".A revistasemanal Veintitres vende maisde30 mil exemplares por edição e
A Odebrecht, uma das maiores construtoras da América Latina, reconheceu ontem que um de seus empregados brasileiros no Iraque desapareceu, depois de um atentado no qual morreram seus dois guarda-costas, um britânico e um iraquiano. Por motivos de segurança a identidade dele não será revelada.
Um italiano foi sentenciado pela Suprema Corte a uma pena de um ano e dois meses de prisão com sursis por dar um tapa no bumbum de uma jovem que fazia uma chamada telefônica. A severa punição ganhou destaque na mídia italiana, onde os juízes têm endurecido as sentenças aplicadas nos casos de assédio sexual.
é a segundamaior publicação do gênero na Argentina. Fundadaem 1998, circula emtodoterritórioargentino e em parte do Uruguai.
Brasil
O presidente da Confederação BrasileiradeFutebol (CBF), Ricardo Teixeira, preferiu não polemizar.
Disso aí não sei de nada, não sei de nada... sempre digo isso. Não tenho idéia. Essas revistas sempre colocam o que elas querem no texto.
"Para o bem dofutebol,esperoque isso nãotenha acontecido", disse à TV Globo. Noentanto, osecretário geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, anunciou que a entidade vai enviar na próxima segunda-feira um dossiêcom informaçõessobre apartida de1990 àFifa. (Agências/AE)
Mais de 20 mil tailandeses e estrangeiros participaram de uma missa coletiva em homenagem às vítimas da tsunami no estádio Takuapa, em PangNga, sul da Tailândia.
Moradores de Jacarta, na Indonésia, enfrentaram ontem uma enchente provocada pelas fortes chuvas. E o Ministério da Saúde do país aumentou para 166.320 a estimativa de mortos na tsunami, elevando o número total para mais de 225 mil.
Numa mudança radical em sua tradicional política, a Igreja Católica espanhola disse ontem que apóia o uso de preservativos para a prevenção da aids. O Vaticano prega que a camisinha, por ser artificial, não pode sequer ser usada no controle de natalidade.
Primeiro dia de desfiles teve Gisele Bündchen, apagão e destaques como a alfaitaria irretocável de Ricardo Almeida e a inspiração folclórica de Alexandre Herchcovitch.
João Jacques
Monóxido de carbono e purpurina. Ares da 18ª edição do SãoPaulo Fashion Week, que domina o clima da cidade desde ontem e vai dominar até o dia 25. Para piorar ojácongestionadotrânsito nasimediações do Parquedo Ibirapuera,umoutromonumentonoprédiodaBienal,palco dos desfiles,tornoumais caóticooespaçoondejáédifícil circular:atopGisele B ü nd c h en . Antes de fazer o desfile da Triton, oúltimo danoite, abela deu canseira em seguranças e fãs, que se espremeram e e s pe r a ra m quase duas horas e meia por cinco minutos deuma apressada sessão de autógrafos da revista Vogue. O diaainda teve seguidos apagões. Ricardo Almeida - A maratona começou comRicardo Almeida, cujo cliente mais famoso, o presidente Lula, terá de emagrecer para continuar envergandosuas criações. O desfile uniu caimento emodernidadeem couro, xadreze risca-degiz. Predominam tons escuros, comocinza-chumbo,
marinho e preto. Mas há espaço para vermelho e creme, compondo com os itens mais sóbrios. Juntos, criam oclima adequado para paletós curtos, com recortes, bolsos emangas mais justas. Uma moda usável, sem espetáculo, em que o show éaalfaiataria irretocável.
Poesia - Da sobri edade elegante de Almeida ao lirismo mineiro de Ronaldo Fraga. De sala ede estilos. Inspirado em seu conterrâneo Carlos Drummond deAndrade,Fraga crioudiversasestampas com direito a grafismos, verdadeiros poemas sobre a pele. O rosto do poeta nas notasantigas de 50 cruzados estampou barras de vestidos e jaquetas largas.
Trechos de uma das cartas de Mario de Andrade a Drummond também tingiramtecidoscomo algodão,seda pura e brocados. Os tons predominantes foram rosa-seco, vinho, verde-oliva e creme.
HerchcovitchJá uma diversificada sinfonia de ritmos fezasvezes de trilha e figuração para a moda de Alexandre Herchcovit-
Comunicado às agências de publicidade e anunciantes
Comunicamos que no dia 21/01/2005, sexta-feira, às 18 horas, fecharemos a publicidade da edição que levará as datas de segunda, 24 e terça, 25/01/2005. Na segunda, 24, às 18 horas, fecharemos a edição de quarta 26/01/2005. Na terça, 25/01/2005 não haverá expediente comercial.
ch, quecontou, naprimeira fila, como governador GeraldoAlckmin.Em26looks, o estilista exibiu muitos frufrus,figurinosàlabelleepoque erendas.A apresentação começou com o grupo Trovadores Urbanos acompanhando Isabelli Fontana. O desfile aindateve ópera, bolero,rap, jazz,bossanova, maracatue guarânia.O mix dosestilosmusicaise criaçõesromânticas cheias de babados , transparências e saias agradou. Zapping – Inspirada nas patinadorasdo Holidayon Ice,Thais Losso encheude plumas, pompons e brilho o desfiledaZapping, marca de RenatoKherlakian.Inclusivepaletóscom lantejoulas e agasalhosmodernos repletos de brilho. Vestidos tomara-que-caia curtos, estampas de zebras,
estampa de bolinhase óculosgatinhostipo anos 50 inundaram de nostalgia o ambiente, que parece ter aprovado a mescla de décadas e referências na composição de um visual jovem. Ellus - No desfileenadécada seguintes, a Ellus trouxeospulôveresestampados comlosângulos, coletes e gravatasfininhas, estilo anos60.Nãofaltarambonés e jeans escuros embutidos em botas de cano alto, assim como camisas xadrez. O preto marcou presença em quase todos os looks, sinalizando um inverno cinzento e nublado, quase sem cor. Osklen – Também emba-
Ronaldo Fraga fez homenagem romântica a Carlos Drummond de Andrade
lada pelo esporte,a Osklen colocou detudo um pouco napassarela. Sobretudoos chamados esportesradicais.Oskar Metsavaht, dono damarca, passeou,com segurança, domontanhismo ao ski na neve. Como resultado,uma coleçãodespojadae práticaem tonsde berinjela, marrom e bege. Paraasmeninas,shortinhos balonês e as botas. Para eles, tricôs charmosos.
Alexandre Herchcovitch: inverno cheio de cores e frufus, com inspiração no folclore brasileiro
A noite seencerrou ainda ancorada pela temática esportiva, também presente no desfile mais aguardado do dia: o da Triton. Focada no montanhismo e na natureza,com cenário especialmente projetadopeloexpert GringoCardia, agrife entrou com GiseleBündchen. A personificação, aliás, damulhertigrezae gazela, sonho de observaçãoatédos montanhistas fashion de ocasião.
Numa iniciativa inédita no País, a Motorola apresentou celulares assinados por Alexandre Herchcovitch: os modelos V510 e V185. Os aparelhos trazem imagens de caveiras, ícones do criador, e serão lançados com exclusividade na SPFW.
O modelo Renné Castrucci causou confusão ontem. Por conta de sua semelhança com Rodrigo Santoro. Houve quem jurasse que o moreno era o próprio galã global no casting de Ronaldo Fraga. Ana Hickmann promete surpreender nesta quinta. A bela surgirá na passarela de Fause Haten vestida de homem.
A Swarovski, com seus cobiçados cristais, está apoiando cinco marcas: Rosa Chá, LinoVillaventura, Mareu Nitschke, Osklen e Carlos Tufvesson. Wanderley Nunes e equipe cuidam da beleza de desfiles como Glória Coelho, Reinaldo e Pedro Lourenço mais Ricardo Almeida.
Seu documento está vencido desde 2001 e informa que aquele carro verde de passeio é uma ambulância. O Subaru BSV-8890, que pertence à Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer, usa o Pátio do Colégio como estacionamento e tem R$ 339,52 em multas.
Teresinha Matos
OSubaru verde, de placas BSV8890, que transformou ocalçadãodo Pátiodo Colégioem estacionamento público, pertence à Secretariada Juventude, Esporte e Lazer (antiga Secretaria de Estado dos NegóciosdeEsporte e Turismo).Seusdocumentos estãovencidos há quatro anos esuasmultassomam R$ 339,52.Alémdisso,os mesmo documentos informam que carro de passageiros é uma ambulância.
Se as autoridades municipais de trânsito fossem atuantes, a conta da secretaria estaria bem mais alta.
Afinal, oSubarué"cliente" assíduo doPátio. Desextafeiraatéontemfoivistopelo menos três vezes,em dias diferentes, sem ter recebido qualquer punição.
Estacionar em local proibidoéinfração grave.A multa prevista é de120 UFIRs (R$ 127,69), além da perda de cincopontos na carteira. No Pátioexiste umabasecomunitária da Polícia Militar.
Ontem, por volta das 13h, o Subaru verde estava novamente parado de forma irregular no calçadão do Pátio do Colégio e, mais uma vez, não foi multado pelos agentes de trânsito.
Desdeaúltima sexta-feira, o Diáriodo Comércio vem acompanhandoa ação demotoristas que estacionam irregularmente no Pá-
tio. Olocalé sinalizadoeo estacionamento é rigorosamente proibido. Além denão respeitaras placas de trânsito, existem outras infraçõesrelacionadas ao mesmo veículo: multadeR$127,20, emitida peloDepartamento de Estradas deRodagem (DER), relativa a irregula-
ridade cometida em rodovia, einfrações cometidas no município de São Paulo, no valor de R$ 212,32. Resposta – Procurada peloDC,aassessoriadecomunicação da Secretaria da Juventude,Esportee Lazer emitiu a seguinte nota oficial: "Os veículos citados neste jornal (Diário doCo-
Sexta-feira, 14/01
Terça-feira, 18/01
mércio) encontram-seem saídas freqüentes e são de uso geral de aproximadamente170 funcionários,assim não permanecendo em período integral. Aotomar conhecimento desta reportagema entidade governamental tomaráatitudes necessárias para que não ocorra mais o fato".
Os documentos do Subaru ficam à mostra para quem quiser ver. O licenciamento não é renovado há quatro anos. Há multas pendentes no histórico do veículo e, mesmo assim, ele pode ser visto quase todos os dias estacionado em passeio público. A Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer se comprometeu a remover o carro do Pátio do Colégio.
Quase 150 casas ficaram debaixo d´água e, em 52 áreas da cidade, há riscos de deslizamentos e desabamentos. No Rio, houve alagamentos na região serrana e Baixada Fluminense.
Aschuvas deixarampelomenos 420 pessoas desabrigadas e inundaram 147 casas apenas em três bairros deCampinas, a90 quilômetrosdeSão Paulo, segundo balanço parcial apresentado ontem pela Secretaria Municipal de Segurança. A DefesaCivil registrou 150 ocorrências do iníciodas chuvas,por volta das 18h40 de terça-feira, até aproximadamente meianoite.Nesseperíodo, ovolume de chuvasna cidade foi de 138,5 milímetros. Cinco pessoas ficaram levemente feridas.Os bairros mais afetados foramParaíso de Viracopos, Jardim Florencee SatéliteÍris.Há,ao todo, 52 áreas de risco. Saúde – Dois Centros de Saúde,o Tancredão naregião sudoeste e o Valença na noroeste, foram atingidos pela inundação e tiveram deinterromperparcialmenteas atividades,atendendo apenas a casos graves. No fim da tarde,os dois Centros de Saúde voltaram a
operar normalmente. Alguns moradores desalojadosporcausadasenchentes puderamvoltar paracasa, mascontinuavam recebendo assistênciado Serviço Social Municipal. Outros aguardavamavaliação dos técnicos da Defesa Civil. EquipesdaSecretaria de Saúde foram deslocadas para percorrer os bairros afetados por alagamentos e orientar os moradores sobre como limpar a residência, os riscosde doenças,descartar
alimentose produtosque possamter sidocontaminados, além de distribuir sacos de lixo, luvas e hipoclorito. As chuvas provocaram aindaobloqueio devárias vias urbanas da cidade. Um trecho da avenida Tancredo Neves,no JardimCampos Elíseos, cedeucoma força das águas e a via teve de ser bloqueada nosentido bairro-centro,informou aEmpresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec). Nãohá previsão
dequandoaviaserádesbloqueada.O danoatingiu aproximadamenteumterço da pista. Técnicos da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Obrase ServiçosPúblicos deCampinas interditaram no fim da tarde,13 casas às margens do Córrego Taubaté, no Jardim das Bandeiras II, porque estavam sob risco de desabamento. As famílias se alojariam em casa de parentes ouseriamabrigadas em uma escola.
Segundo aSecretaria,os técnicos farão uma avaliaçãopara verificarse osmoradores poderão retornar aosimóveis.Se issonãofor possível,a Companhiade Habitação Popular (Cohab) deCampinas irábuscarlocais para reassentá-los, conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura. Aindano fim da tarde, o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) encaminhou à CâmaraMunicipal uma convocação extraordinária
para votaçãode umprojeto de lei que prevê contratação emergencial de 700 trabalhadores por 60 dias, prorrogáveispor mais30, para serviçosdelimpezae manutenção da cidade. O objetivo é evitarque as chuvas de verão provoquem novas inundações. Rio – Achuvatambém causouprejuízos emvários municípios do Rio de Janeiro.Na noitede terça-feirae madrugada deontemhouve alagamentos, deslizamentos de terra e 200 moradores ficaram desabrigados. As cidades mais atingidassãoPetrópolis,Friburgo eResende,na regiãoserrana,e DuquedeCaxias,na Baixada Fluminense. Na terça-feira à noite, parte do teto do Terminal RodoviáriodeXerém desabou,deixando uma pessoaferida. Em Petrópolis, houve vários deslizamentos de terra. Em Friburgo, o rio Bengala transbordou e inundou diversascasas.Hámuitaspessoas desalojadas. (AE)
De vila jesuítica a metrópole cosmopolita. A maior cidade brasileira, destino de cerca de 7,5 milhões de visitantes por ano, faz mais um aniversário no próximo dia 25. E para celebrar, o 'DC Boa Viagem' traçou roteiros com dicas sob medida para os mais variados viajantes – os românticos, os boêmios, os modernos, os família, os executivos.
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Vender experiências raras é a tendência no segmento do turismo de luxo. Fomos conferir em um evento que reuniu o setor em Cannes. Pág. 4
'Parque' de diversões: neste ano, pela primeira vez, a Paulista será palco principal do 'parabéns' à cidade. A avenida é apenas um dos marcos de Sampa. Há muito para ver – para todos os gostos. Acima, a Feira Benedito Calixto, endereço das antiguidades todo sábado; ao lado, o tradicional Bar Mercearia São Roque; abaixo, um romântico passeio de carruagem pelo centro, novidade por aqui, e o Parque do Ibirapuera; fotos no pé, a arrojada AMP Galaxie, mix de loja e balada, e o Parque da Mônica, paraíso da criançada
A capital paulista faz jus ao título de quarta maior cidade do mund imóveis... O principal centro econômico do Brasil é também o maior po de 7,5 milhões de turistas, segundo a Anhembi Turismo. E opções de e casas noturnas, 223 salas de cinema, 92 teatros, 70 museus, 50 sho diversas categorias. Descubra aqui os destaques
N
ão é só no Dia dos Namorados que a cidade oferece opções de passeios românticos. A vantagem de se viver em uma metrópole como São Paulo é que, durante todo o ano, inúmeros restaurantes oferecem jantares à luz de velas e dezenas de espetáculos ideais para se curtir a dois desembarcam por aqui.
A dica é começar o dia com um passeio ao centro. Nos fins de semana, quando as ruas ficam vazias, é possível admirar com tranqüilidade a arquitetura dos prédios sem se preocupar em desviar dos ambulantes.
Pátio do Colégio, Catedral da Sé, Teatro Municipal, Sala São Paulo e o recém-restaurado Mercado Municipal são alguns dos lugares imperdíveis. A Basílica de São Bento (foto ao lado) não fica atrás. A igreja abre as portas neste feriado do dia 25 para uma missa (às 7h), mas quem tiver preguiça de acordar tão cedo pode aproveitar e visitar o local aos domingos, dia em que a missa – com direito a canto gregoriano –começa às 10h. Depois, é possível comprar os famosos bolinhos dos monges beneditinos. Ao todo, são seis receitas de pães e bolos – todas
guardadas a sete chaves há séculos pelos religiosos. Entre as opções está o Bolo Santa Escolástica (R$ 30), iguaria tradicional suíça feita com nozes e maçã, e o Benedictus, pão de mel recheado com geléia de morango (R$ 5). Se o bolinho não for o suficiente para saciar sua fome, corra até o Terraço Itália (foto abaixo). Um dos cartões-postais da cidade, é agradável dia e noite. O restaurante fica a 160 metros de altura, no 42º andar, e proporciona uma das mais belas vistas de São Paulo. Não por acaso já foi palco de inúmeros pedidos de noivado e casamento. Outra opção inspiradora no centro da cidade é o La Casserole, no Largo do Arouche, um dos restaurantes franceses mais requisitados de Sampa. Fundada em 1954, a casa foi o primeiro bistrô de São Paulo e até hoje se mantém fiel ao requinte e glamour da década de 50. Entre os pratos, clássicos como o Filet Henri IV, que está no cardápio há 45 anos. Para completar o roteiro romântico, a dica é hospedar-se nos Jardins, no luxuoso L'Hotel ou em um dos charmosos quartos da Pousada Dona Zilah, na Alameda Franca.
Não há como negar que a Galeria Ouro Fino, na Rua Augusta, é símbolo dos descolados paulistanos. Se bater a vontade de pintar o cabelo de alguma cor não muito tradicional, fazer piercing ou tatuagem, não há endereço melhor. Se não for o caso, o passeio também vale para quem quiser garimpar em lojas alternativas. Na galeria, há muitas opções para os fãs de música eletrônica e outras tantas de roupas moderninhas. Foi de lá que saiu, por exemplo, a grife A Mulher do Padre, hoje presente em shoppings. Ali perto há lugares bacanas para comer, como o Café Suplicy, o Piola e o Ritz. Voltando à A Mulher do Padre, é em outra loja da marca, na Vila Madalena, mais um ponto de encontro dos modernos: a AMP Galaxie (foto ao lado), um mix de lojas de roupas e balada. Outro espaço parecido, também na Vila, é o UMA Refeitório, que une loja e restaurante num ambiente mais sofisticado. Para aproveitar o clima do lugar, sente numa mesa coletiva. Dica de passeio "arrojado" é visitar dois locais projetados por Ruy Ohtake: o Hotel Unique e o Instituto Tomie Ohtake. O primeiro oferece excelentes acomodações e é responsável por algumas das festas mais badaladas da cidade. Já o segundo abriga exposições, loja de decoração, livraria e restaurante. Hoje estão lá em cartaz as mostras Viagem ao Coração da Matéria – Amelia Toledo (até 20/2), Uiso Alemany, em Olinda, como em Alboraia, a gestualidade em carne viva (até 13/2) e Abraham Palatnik (até 31/1).
ONDE DORMIR
L’ Hotel: Alameda Campinas, 266, Bela Vista, tel. (11) 2183-0500, site www.lhotel.com.br. Pousada Dona Zilah: Alameda Franca, 1.621, Jardim Paulista, tel. (11) 3062-1444, site www.zilah.com.
ONDE COMER Terraço Itália: Avenida Ipiranga, 344, 41º e 42º andar, tel. (11) 3257-6566, site
www.terracoitalia.com.br.
La Casserole: Largo do Arouche, 346, Centro, tel. (11) 3331-6283. AONDE IR Catedral da Sé: Praça da Sé, tel. (11) 3107-6832. Mercado Municipal: Rua da Cantareira, 306, tel. (11) 32280673, site www.mercadomunicipal.com.br.
Mosteiro e Basílica São Bento: Largo de São Bento, s/nº, Centro, tel. (11) 3328-8799, site www.mosteiro.org.br. Pátio do Colégio: Praça Pateo Collegio, 2, tel. (11) 3105-6864, site www.pateodo collegio.com.br. Teatro Municipal: Praça Ramo de Azevedo, s/ nº, Centro, tel. (1 223-3022, site www.theatro municipal.com.br. Sala São Paulo: Praça Júlio Prestes, s/nº, tel. (11) 3337-5414
ONDE DORMIR
Hotel Unique: Avenida Brigadeiro Luis Antônio, 4.700, tel. (11) 3055-4700, site www.hotelunique.com.br.
ONDE COMER
Ritz: Alameda Franca, 1.088, Cerqueira César, tel. (11) 30886808; e Rua Jerônimo da Veiga, 141, Itaim Bibi, tel. (11) 3079-2725. UMA Refeitório: Rua Girassol, 273, Vila Madalena, tel. (11) 38153201, site www.uma.com.br. Café Suplicy: Alameda Lorena, 1.430, tel. (11) 3061-0195. Piola: Praça Vilaboim, 49, Higienópolis, tel. (11) 3663-6539; Alameda Lorena, 1765, Jardim Paulista, tel. (11) 3064-6570, site www.piola.com.br.
AONDE IR Galeria Ouro Fino: Rua Augusta, 2.690, tel. (11) 3082-7860.
Fnac: Avenida Paulista, 901, tel. (11) 2123-2000; e Pedroso de Moraes, 858, Pinheiros, tel. (11) 4501-3000, www.fnac.com.br. Instituto Tomie Ohtake: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros, tel. (11) 68441900, www.instituto tomieohtake.org.br. AMP Galaxie: Rua Fradique Coutinho, 352, tel. (11) 3062-5850.
Quem não ouviu falar dos românticos passeios de carruagem pelo Central Park, em Nova York? Pois bem, São Paulo também ganhou o seu tour nostálgico. Um dos trajetos abrange as Ruas Direita, São Bento e XV de Novembro, em pleno centro, por onde circulavam no passado os charmosos veículos puxados por
cavalos. A proposta é da empresa Carruagem São Paulo (www.carruagem saopaulo.com.br, reservas pelo tel. 11/ 3237-4976) e ocorre aos domingos. Há também passeios pelas regiões de Avanhandava e Largo do Arouche. Para celebrar o feriado, as carruagens funcionarão normalmente.
Outra novidade, também no coração da cidade, é a reabertura da Bovespa (www.bovespa.com.br) para visitação. Aos sábados e domingos, o programa Bolsa Aberta é gratuito e consiste em visitas monitoradas ao pregão e às dependências do local, como a Biblioteca. Basta chegar lá das 10h às 17h. E tem mais. Outro
cartão-postal, a Torre do Banespa, passou a abrir para o público também nos fins de semana, das 10h às 17h, até o fim de janeiro apenas (o local abre normalmente durante a semana). O prédio, de 1947, foi inspirado no novaiorquino Empire State Building. Da torre, a 160 metros, tem-se a visão em 360 graus da capital paulista.
são 10 milhões de habitantes, 5,7 milhões de carros, 2,7 milhões de ão de entrada de visitantes ao País. Por ano, desembarcam por aqui cerca retenimento não faltam. A cidade reúne 55 mil bares e restaurantes, 2 mil ings centers, 11 centros culturais, além de 50 mil unidades hoteleiras, de ara os diferentes perfis de turista. Por Renata Neves
Alguns negócios são realizados mais facilmente fora do escritório, por isso São Paulo oferece inúmeras opções ideais para um almoço de executivos. Um desses lugares é o Figueira Rubaiyat (foto), filial do famoso Baby Beef Rubayat. No Figueira, sob a sombra da árvore centenária que dá nome à casa, pode-se almoçar ou jantar – e negociar – em um clima agradável. Além do ambiente privilegiado, o restaurante conta com uma sala reservada que pode ser usada para reuniões e eventos. Mais uma facilidade é o sistema wi-fi disponível no bar, que permite que os clientes tenham acesso à internet com seus notebooks e palm tops. Outro ponto favorável aos negócios na cidade é o Restaurante Fasano, no Hotel Fasano. Assim como todo o hotel, ele foi idealizado pelos arquitetos Márcio Kogan e Isay Weinfeld – o mesmo da Fórum e da loja Clube Chocolate, na Rua Oscar Freire. O local, de gastronomia e decoração requintadas, é considerado o melhor
restaurante de cozinha italiana de São Paulo. Vale lembrar que o auditório – com capacidade para 30 pessoas – e as salas de reuniões do Fasano também têm infraestrutura de primeira.
O Hilton Hotel, no Morumbi, não fica atrás. O business center do cinco-estrelas, considerado o maior hotel da cidade, também oferece aparelhos de última geração, sem contar os outros benefícios disponíveis aos hóspedes, como spa, academia, piscina e sauna. Entre as opções de happy hour estão os bares Astor, na Vila Madalena, e a Mercearia São Roque que, depois de ser inaugurada em 1990 nos Jardins, ganhou filiais no Alto da Boa Vista e no Jockey Club. A casa dos Jardins, a mais tradicional, fica instalada em um antigo armazém de secos e molhados que tem decoração rústica por Sig Bergamin. E para quem gosta de ainda mais agito, a dica é se divertir na pista do Passatempo, no Itaim Bibi, com som ao vivo.
ONDE DORMIR Hilton Morumbi: Avenida das
Nações Unidas, 12.901, tel. (11) 6845-0000. ONDE COMER
ONDE DORMIR
George V Residence: Rua Pedroso Alvarenga, 610, Itaim Bibi, tel. (11) 3704-0101; Rua José Maria Lisboa, 1.000, Jardins, tel. (11) 3088-9822. E mais dois endereços. Informações no site www.george-v.com.br.
ONDE COMER
América: a rede conta com 12 restaurantes na cidade. Nos principais shoppings (Morumbi, Villa-Lobos, Center Norte, Higienópolis, Eldorado). Tel. 0800/114334, site www.americaburger.com.br.
Lanchonete da Cidade: Alameda Tietê, 110, Cerqueira César, tel. (11) 3086-3399. Rascal: em cinco endereços – Shoppings Iguatemi, Market Place, Higienópolis, Villa Lobos e Alameda Santos, 870. Site www.rascal.com.br.
AONDE IR Parque do Ibirapuera: Avenida Pedro Alvares Cabral, portão 10, tel. (11) 5574-5177. Parque da Mônica: Shopping Eldorado, Avenida Rebouças, 3.970, tel. (11) 3093-7766, site www.monica.com.br.
Casa dos Sonhos Estrela: Avenida República do Líbano, 501, Ibirapuera, tels. (11) 3057-1646 e 3057-1621. As visitas têm de ser agendadas pelo tel. (11) 3887-2065. Site www.estrela.com.br. Pinacoteca do Estado: Praça da Luz, 2, tel. (11) 3229-9844. Agendamento para exposições pelo tel. (11) 3227-1655.
Passeio em família deve ser bem planejado para não haver dor de cabeça. Por isso, unir em um só lugar diversão e alimentação pode ser uma ótima saída. Boa opção é visitar o Shopping Eldorado, que abriga um dos locais mais divertidos e tranqüilos para levar a criançada, o Parque da Mônica. Ao celebrar seus 12 anos de funcionamento, o parque possui cerca de 30 atrações, divididas em dois andares. Entre elas, brinquedos, parede de escalada e três espetáculos teatrais: com fantoches, interativo – onde os pequenos interpretam os personagens dos gibis de Maurício de Souza – e o show da turma. Brincadeira perfeita para divertir pais e filhos é o Engenheiros do Parque. Usando tijolos e telhado de espuma, ferramentas e até um elevador é possível fazer uma "obra" em uma área de 100 m². No Eldorado também está um restaurante América, rede que prima – e muito – pelos seus clientes mirins. Além de cardápio especial, que tem opções como milk shake e massas simples, como o fettuccine com molho de tomate, o América ainda conta, nos fins de semana, com a animação do boneco Foguinho e, aos domingos, com monitores. E se você visitar o restaurante durante a semana, não se preocupe. Uma revistinha recheada de passatempos irá ajudar a entreter os pequenos. Outra rede que dá atenção especial à criançada é a Rascal (foto menu), presente em cinco endereços na cidade, ela também distribui gibis e giz de cera para colorir. Sem diversão, porém, com um cardápio só de hambúgueres, a recémaberta Lanchonete da Cidade vem conquistando clientes fiéis.
Para quem quiser diversão ao ar livre, o Parque do Ibirapuera oferece 1,6 milhão de metros quadrados de área. Lá, o visitante pode optar por uma simples caminhada, um passeio de bicicleta ou uma visita ao Museu de Arte Moderna (MAM), ao viveiro Manequinho Lopes ou ao Pavilhão Japonês, este último aberto somente nos fins de semana.
Perto dali, na Avenida República do Líbano, está outra ótima opção para a família: a Casa dos Sonhos Estrela. Enquanto os filhos se entretêm com a coleção de bonecas, com os carrinhos de autorama ou brincando de Lego, os pais podem matar a saudade de brinquedos antigos. O acervo do casarão conta com raridades dos anos 30 e também das décadas seguintes. Se a idéia é levar os turistas mirins para um passeio cultural, a Pinacoteca do Estado é o lugar perfeito. Visitas monitoradas podem ser agendadas para a exposição Mestres do Modernismo, que traz obras de Di Cavalcante, Lasar Segall e Tarsila do Amaral e fica em cartaz por aqui até junho.
ONDE DORMIR
Astor: Rua Delfina, 163, Vila Madalena, tel. (11) 3815-136
Passatempo: Rua
Figueira Rubaiyat: Rua Haddock Lobo, 1.738, tel. (11) 3063-3888, site www.rubaiyat.com.br. Restaurante Fasano: Rua Vitório Fasano, 88, Jardim Paulista, tel. (11) 3896-4000. ONDE SE DIVERTIR Mercearia São Roque: Rua Amauri, 35, Jd Europa, tel. (11 3062-2612; outros endereço www.merceariasaoroque.co
Com cerca de 55 mil bares e restaurantes e 2 mil casas noturnas, não é difícil para os apreciadores da boemia encontrarem programa em São Paulo. De acordo com Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel), existem na capital quase 20 mil bares. Para todos os gostos e bolsos, naturalmente. Se você é adepto do boteco, por exemplo, não existe melhor lugar que o Frangó, na zona norte. Desde 2000 o bar é eleito o Melhor Boteco pelos críticos da Revista Veja Para se ter uma idéia, além das maravilhosas coxinhas de frango com catupiry, famosas por toda a cidade, o bar tem uma variedade de 90 rótulos de cerveja. Lá, pode-se beber uma autêntica Guinness, da Irlanda, experimentar cerca de dez marcas belgas, como St Feuillien e Karmeliet, provar a japonesa Kirim ou a francesa Kronenbourg, fabricada desde 1664. Se estiver na dúvida, não tem problema. A casa oferece um menu degustação. Como se não bastasse, o Frangó ainda tem uma localização para lá de privilegiada: fica em casarão em frente ao Largo da Matriz da Nossa Senhora do Ó, na Freguesia do Ó. Dá até para esquecer que estamos numa metrópole. Coisas de São Paulo. Outro local com ares de interior é a Praça Benedito Calixto, em Pinheiros. Aos sábados, das 9h às 19h, o local abriga uma charmosa feira de antiguidades. A dica é, entre uma e outra bisbilhotada pelas barraquinhas, descansar em um dos inúmeros bares em seu entorno. E tomar uma cervejinha. Os paulistanos de gosto mais requintado também contam com inúmeros endereços. Caso do Baretto, bar sofisticado dentro do Hotel Fasano, um dos mais luxuosos de São Paulo, e do Alucci Alucci, mistura de café, bar e restaurante que fica na mesma rua. Neste clima badalação para ver e ser visto, no Itaim Bibi, o
restaurante Na Mata Café (foto)é imperdível. Seu diferencial: depois do jantar, todos podem dar uma esticadinha no Na Moita, boate que fica no fundo do restaurante Na Moita é conhecido por apresentar shows ao vivo e também por receber alguns músicos da nova geração de M que às vezes aparecem por lá para dar uma canja. Quem prefere curtir algo mais agitado som eletrônico, o lugar ideal chama-se Edge. Instalado em um galpão na Barr Funda, é atualmente uma das baladas mais animadas de São Paulo. A cada d da semana a casa toca um tipo de som segundas, é a vez do roqueiro e VJ João Gordo tomar conta das pick-ups. Mas, independentemente do som de s preferência, se a fome bater tarde da n não hesite: corra para o Pasta e Vino, n Jardins. Fica aberto por 24 horas. RAIO X
Nem o desaquecimento do comércio, nemfatores externos.
Para a indústria, o que mais poderácomprometero desempenhode 2005é a mão do Banco Central. Isso porque a calibragem da política monetáriaserá fundamental para definir o ritmoda produção, segundo alerta o economista PauloMol,da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI).
Segundo ele, o freio no crescimento das vendas do varejo,apontado pelasúltimaspesquisas, nãopreocupa o setor. A aposta continuasendo deampliaçãona demanda interna, que estimularia um novo aumento da produção neste ano.
Mol disseque os empresários industriais entraram em 2005 confiantes que, assimcomo ocorreuem2004, oaquecimento domercado domésticosejuntará às exportações como impulso de aumento de ritmoda produção industrial.Ele lembrou que o ano passado foi o primeiro em que o mercado doméstico impulsionou a atividadeprodutiva, após puxar para baixo o setor em 2002 e2003, quando só as exportações evitaram uma retração drástica.
Incógnita – Por isso, o economista reforçaquea única variável que poderá comprometer o aquecimento da demanda esperado pela indústriaéapolítica monetária. Segundo ele, os empresáriosesperam quea alta dos juros não se prolonguenotempomas,casoessa expectativa seja frustrada, é uma incógnita o que ocorrerá com a demanda interna e, em conseqüência, com a atividade industrial.
A avaliação deMol é que aselevações dos jurospo-
Para CNI, não é o resultado do varejo nos últimos meses que atrapalhará o resultado do setor, mas sim as decisões do BC.
dem acabar afetandoo créditoaoconsumidornovarejo. "Qualquer movimento nos juros tem impacto, mesmo com defasagem, na demanda", disse.
Para ele, há "sinais contraditórios" paraavaliar como será a demandainterna em 2005.Dolado positivo,ele cita "o mercadode trabalho muito vigoroso"que marcou2004e quedeveráprosseguir agora, inclusive na indústria, o que mostra confiança dos empresários. Por outro lado, essa confiança podecairde acordocomos juros. (Veja mais sobre os impactos da alta daSelic na economia na página 9). Efeito interno – Já o chefe de coordenação de indústria doInstituto Brasileiro deGeografia eEstatística (IBGE),SilvioSales, destacouque oanode 2004marcou, para a indústria, a volta do mercado interno como estímulo à produção. Segundo ele, é difícil saber qual será o efeito da desaceleração do varejo sobre o setor porque épreciso aguardar osdados dedezembro, para quando é esperado um novo sinalde aceleraçãodo crescimentoanteigual período de 2003. Os dadosque compro-
vama boainfluência do mercado interno e do varejo sobre a indústriaem 2004, como lembra Sales, estão na maior partevinculados aos bens duráveis.A produção de eletrodomésticos da linhabranca, porexemplo, subiu39%noacumuladode janeiro a novembro de 2004 ante igual períodode 2003. O aumentofoiestimulado pelareduçãodeestoquesno varejo,jáqueavenda de móveis e eletrodomésticos cresceu 27%.
Consumo – Além disso, o consumo dasfamílias, que tinha caído 2,4% no acumulado dejaneiroasetembro de 2003 ante o ano anterior (segundodadosdoProduto Interno Bruto acumulado atéo terceirotrimestre),inverteu o sinal e cresceu 3,9% até ofinaldoterceiro trimestre do ano passado ante janeiro asetembro de2003, segundo o IBGE. Sales avalia aindaque há fatoresimportantes para checar os futuros movimentosdosestoquesda indústria, como os resultados das vendasdovarejo em dezembroedademandainterna. São eles que mostrarão comoa elevaçãoda Selica partir de setembro passado rebateu no varejo. (AE)
Em dezembro, indústria ainda registrou crescimento
A produção industrial poderá voltar a mostrar um bom crescimento noresultadodo último mês de dezembro, na comparação com omêsanterior,apósa queda de 0,4% ante outubro registrado em novembro. A previsão édoInstitutode Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).
O crescimentoestimado pelo Indicador Ipea, a partir de indicadores setoriais e do consumo deenergia elétricanoúltimomêsdo ano passado, édeaumentode 1% emrelação anovembro, jáextraídaa sazonalidade (ouseja,eliminadas asinfluências específicas do período apurado).
A variação estimadaem relação a dezembro do ano passado é de 9,5%, o que levaria aindústriaafechar 2004 comvariação de8,4%. Comoargumento paraa previsão de expansão, os economistasdo Ipearessaltam que, em dezembro,todos os indicadores apresentaram crescimentos na margem (ante mês anterior). O destaqueficou paraaexpedição de papel ondulado, que teve altade 5,4% nesse tipodecomparação ede 14,6%emrelação adezembro de 2003. Deacordocomostécnicos doIpea, "diversosindicadores paraindústria ecomércio relativos anovembro corroboram a idéia de que o crescimento continua, mas em ritmo menor.Os primeiros indicadorespara dezembro mostram quadro positivo e confirmam que nãohouve inversãodetendêncianos mesesanteriores". (AE)
Reajuste
nas tarifas de transporte público é principal preocupação
O Índice dePreçosao
Consumidor (IPC) do município de São Paulo, medido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP, foide 0,67%na segunda quadrissemanade janeiro, ligeiramente abaixodo apurado na primeira prévia do mês (0,68%).O destaque da pesquisa foi o grupo Educação, com aumento de 2,7%, ante1,25% naprimeira quadrissemana, por causa do início do período de matrículas escolares.
Comesse resultado,ocoordenador do IPC,Paulo Picchetti, alterou sua estimativa para o índicedejaneiro, de 0,60% para 0,62%. A mudança foi justificada peloaumentodos gastos com educação, muito acima do registrado na primeira quadrissemana. Além disso, existe a preocupação generalizada de aumento das tarifasde ônibusmunicipais.Emboranão exista confirmação oficial de alta por parte da prefeitura, a população aguarda um anúncio, especialmente após oaumentonaspassagensdetrem,metrôe ônibus intermunicipaisdeterminados pelo governo do Estado no dia 16.
De acordo com o economista da Fipe, o aumento dastarifas deônibusrepresenta 4,4%da formaçãodo índice.Isso significaque uma elevação de 10%, por
Oquevocêvaiserquando crescer? É fácil responder essaquestão quandocriança. O problema é, quando mais velho, a pessoa tem que decidir que faculdade irá cursar. Se o assunto já era complicado,nos últimos anos ficou ainda mais difícil decidir,porque asinstituições do País passaram a oferecer cursosde tecnologiae seqüências de curta duração.É possível encontrar cursos com temas bastante diferentes como gestão de hotelaria, adminstração de rede, gestão ambiental, planejamento estratégico, entre outros.
Arecomendação dos educadores ésimples,o candidato deve escolhero curso de acordo com seus interessese aptidões enão sedeixarinfluenciar por amigos efamiliares."Tambémescolheraprofissãopeloretorno financeiro éum erro, porque o mercado muda e o profissional será infeliz seescolher errado",afirma OrlandoPilatti, coordenadordeacreditação de cursos einstituições deensinosuperior doMinistério da Educação (MEC).
Ele acrescenta que os cursos de curta duração não foramcriados parasubstituir os de graduação tradicional,mas simparacomplementar aformaçãode pessoas que não têm condições dearcarcomumafaculdade
ou querementrar rapidamente no mercado de trabalho. "Os cursosde curta duração especializam uma pessoa em um determinado assunto, masnunca darão uma formação equivalente à faculdade", diz. Propaganda – O problema équeas instituições de ensino brasileiras não deixam issoclaro emsuas propagandas. Muitos anúncios apelam para o "faça faculdade em dois anos",o que é tentador para os jovens. "Os cursos mais curtos são válidos se forem bem montados epor instituiçõessérias. Eles são fundamentais para quemnãopode arcarcoma faculdade ou não quer perder tempo",acredita oconsultor na área de educação, Carlos Monteiro.
Os cursos sequenciaise tecnológicospodem serencontrados a partir de R$ 250 por mês, enquanto a graduação varia entre R$ 400 e mais de R$ 1,5 mil mensais.
O mercado de trabalho aindadá preferência aos graduados tradicionais, principalmente para postos de comando. Mas Monteiro acreditaque esseprocesso mudará com o passar dos anos. "Quandocomeçoua oferta de MBA, as empresas aindapreferiamquemtinha feitomestrado,agoraomercado absorveo profissional de MBA", afirma Monteiro. Onde estudar – Mas, feita
a escolhado curso,o candidato ainda enfrenta outro dilema,em qualinstituição sematricular.A primeira opçãosempresãoasuniversidadespúblicas easparticulares mais tradicionais. Noentanto,essas instituições são, geralmente, muito caras (no caso das privadas) ou difíceis de entrar. Sea escolhaforporuma faculdade menos conhecidaou comcursosnovos,o
primeiro passo é verificar se há autorizaçãoou reconhecimento pelo MEC. "Se autorizamos, o alunoterá todosos direitosgarantidos", diz Pilatti, do MEC.
O presidente da AssociaçãoBrasileira deMantenedoras de Ensino Superior, GabrielMário Rodrigues, afirma ainda que nunca conheceuum cursoquetivessesidoautorizadoe,depois, cancelado."Na piordashipóteses, oMECreconhece só aquela turma", diz. Comoforma deseprecaver, também éimportante verificar se outros cursos da instituição sãoreconhecidos. Além disso, nositedo MEC (www.mec. gov.br/sesu), o estudante pode verificar com qual conceito o curso foi autorizado: regular, bomou muito bom. Porúltimo, éinteressante
exemplo, implicaria aumento direto de 0,4 ponto percentual no IPC. Outros – O item Despesas Pessoas veio a seguir, com elevaçãode 1,26%, mesmo índice registrado na pesquisadivulgadasemanapassada. Transportes,queteve variação de 0,90%, subiu menos nacomparação com a última prévia (1,15%). Alimentação subiu 0,53% e também ficou abaixo dos 0,55% da primeira prévia de janeiro.
Saúde registrouelevação inferior à apurada na pesquisadivulgada naúltima semana:0,42%, ante0,51% da prévia anterior.O grupo Habitaçãosubiu 0,35%,acima daalta de 0,33%da primeira pesquisa do ano. Já as liquidações fizeram que o item Vestuárioapresentasse alta deapenas 0,05%, subidaquehavia sidode 0,37% na última semana. De acordocom Picchetti, tanto onúcleo doIPC como os preços industrializados devem seguir umcomportamento deestabilidade no curto prazo. Na segunda quadrissemana do mês, o núcleo do IPCficou em 0,32%, ligeiramenteacima da prévia anterior, de 0,31%. Nomesmo período decomparação, os preços dos produtosindustrializadosapresentaram variações de 0,56%e 0,51%, respectivamente. (Agências)
verificar o corpo docente da escola, os convênios que ela mantém comempresas eas condições físicas das salas. Fernanda Pressinott
Banco Central decide aumentar a taxa básica em 0,5 ponto. Apesar de esperada, elevação gerou críticas novamente, vindas de todos os setores.
Sem surpresaspara o mercado esobuma chuvade críticas,o Comitê dePolítica Monetária(Copom) fez aquilo queapraticamente todomundo esperava: elevouontema taxadejuros básica em 0,5 ponto porcentual, passando comisso a Selicpara18,25%aoano.Foi a quinta alta consecutiva. O aumento já vinha sendo sinalizado nas últimasatas etambém pelasúltimasdeclarações do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e dopresidente do Banco Central,Henrique Meirelles, que reforçaram essa aposta por meio de declarações nos últimos dias.
"O aumentona taxabásica foi consumado. O segundo passo é esperar pela ata do Copom, que nosdará a sinalização futura para a formação de expectativa dos próximos meses, extremamenteimportanteparao comércio", disse Marcel Solimeo,economista daAssociação ComercialdeSão Paulo (ACSP).
Esperado – Na opinião do analista daGRCVisão, Alexsandro Agostini, o Banco Central fez oque o mercado já esperava, de forma que esse aumento já está nos preços. "A curto prazo essa altapode atégerar um novo ciclo de positivismo para a economia. Mas caso a tendência permaneça,coloca em risco o setor produtivo", explica ele. "Éumadecisão acertada apenas se olharmos exclusivamente pela óticada política monetária, mas não po-
demos esquecer o ritmo de produção", ressalta o consultor financeiroLuís Gustavo Cardoso. A novaalta foi criticada também pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que considerou a decisãocomo reafirmação da rigidez da política monetária, quedeverá afetara produçãoindustrial (ver matéria à página5). "Essa política deaperto monetário não produz, sobre o conjunto da economia,oefeito queoBC supõe (o de controle da inflação)" disse o presidente daCNI, deputadoArmando Monteiro (PTB-PE).
bv – Na opiniãodeRogérioMori,coordenador do Centrode Macroeconomia
Aplicadada EscoladeEconomia de São Paulo da FundaçãoGetúlio Vargas,oaumento dos juros básicos não combate a principal causa dainflação,que são os reajustes de preços administrados. "Mas seos juros não fossemelevados, ainflação seriamuito maior. Aalternativapara essa política monetária seria apertar a política fiscal, cortando gastos públicos para reprimir a demanda,oquenãofoifeito em 2004", diz.
O ex-diretor de política monetáriadoBancoCentral e economista do Ibmec, CarlosThadeude Freitas, acha que, depois do aumento promovido ontemo Copompoderámanterosjuros inalterados já partir de fevereiro, iniciando, assim, uma trajetória dequeda a partir do mês de junho. Vanessa Jaguski
Parao presidenteda Federaçãodas Indústrias do EstadodeSãoPaulo(Fiesp), Paulo Skaf, o Copom perdeua oportunidadederesgatar o ânimo nacional abalado pela MP 232, que aumentou a base de contribuição tributáriadas empresas prestadoras de serviços. Ele diz que os sucessivosaumentos da Selic em 2004 começarão a produzir efeitos negativosmais fortesapartir deste ano.
Já o diretor do Departamento deEconomiado
Centrodas Indústrias do Estado deSão Paulo (Ciesp), BorisTabacof, ressalta que oCiespnãoquer apenas criticar e pretende propor ao governoque encontre uma alternativa viável para balancear metas de inflação realistascom osinvestimentos.
O presidente da General Motors do Brasil,Ray Young, destacaquemais
Meirelles (foto), presidente do Banco Central, defendeu, nesta semana, política monetária dura do governo
A dívida interna em títulos dogoverno federalteve um crescimento de R$ 80,54 bilhões em 2004 e atingiu R$ 811,97 bilhões no final de dezembro, valorrecorde. O pesodos jurossobre oestoque da dívida foi o principal responsável pelo crescimento de 11% registrado no ano. Nos dois primeiros anos domandato dogoverno do presidenteLuizInácio Lula da Silva, a dívida já subiu R$ 188,78 bilhões. Maisda metade doestoqueda dívida(52,51%)está atrelada à variação da taxa Selic,que noanopassado saltou de 16,50%para
Líder do PFL faz críticas ao novo aumento dos juros
queo índicede0,5ponto porcentual, a novaalta dos jurosprovoca efeitopsicológiconegativo entre os consumidores, que seafastam das lojas. "Isso me preocupa muito, pois nossos negócios dependemde financiamento."Cerca de 70% das vendasdeveículos são financiadas. "Se o governo mantiver a política de juros elevados por maistempoé evidente que vai afetar o crédito para o consumidor", concorda Érico Sodré Quirino Ferreira,presidentedaAcrefi,que reúneas financeiras. Ele tem motivospara temer uma desaceleraçãodoconsumo: dezembro de 2004 foi o melhor mês em 10 anos para o financiamento de veículos. Já para aFederação do Comérciodo Estado de São Paulo diz que a decisãodoCopom nãosejustificae compromete o ritmo de crescimento. (AE)
Bancários negam ter feito
acordo com banco HSBC
A Confederação Nacionaldos Bancários(CNB)da CentralÚnicadosTrabalhadores (CUT) divulgou ontem, emcomunicado àimprensa, que não foi oficialmenteinformadasobreaintenção do banco HSBC de abrir, em caráterexperimental, algumas agências bancárias aos sábados. De acordo com o comunicado, sem negociaçãoentre aempresaeosindicato,aabertura seria considerada ilegal. "A leigarante queos sindicatos precisam concordar com a idéia", diz Vagner
Freitas, presidente da CNB. A notícia da abertura das agências aos sábados, que funcionariam por quatro horas a partir de março, foi distribuída ontem pela Agência Estado.O presidente doHSBCnoBrasil, EmilsonAlonso, diziaestar otimista quanto ao apoio do sindicato, emboranãotivesseentrado em contato com osrepresentantes dos bancários. Ele nãofalou em ampliação de empregos, mas empagamentodehoras extras em dobro e valerefeição de R$ 17,50. (AE)
O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), disse ontem que falta coerência aopresidente Luiz Inácio Lula da Silva quandoele anunciacrescimentoeconômico doPaís esteanoeao mesmo tempo concorda commaisumaelevação na taxa de juros. "Seele não sabe deveria saber quequando ataxa de juros cresce, não há crescimento econômico nem de empregos. Muito pelo contrário",disse. Para o líder, dizer que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer e deixarquea taxadejuroschegueao pontoquechegoué "fazer umafarsa,é fazero povo brasileiro de bobo".
O senador Heráclito Fortes (PFL-PI)tambémreclamou. Paraele, a alta, além de dificultar a criação de empregos, põeemrisco a credibilidadedo governo e as promessas de crescimento econômico. (Agências)
17,75%. Quando o Banco Central (BC) aumenta os juros, o impacto na dívida em títulos é imediato. O incremento da dívida se deu apesar de o Tesouro ter resgatado R$ 45,7 bilhões a mais do que emitiu em 2004. Sinais – O governo não conseguiu reduzir a dívida de curto prazo, que é aquela quevencenoprazo de um ano.Aparcela avencerem 12 meses subiu em 2004 de 35,34% para 46,19% do total dadívida.Issoquer dizer que quase metade da dívida emtítulosqueestánasmãos dos investidores vencerá ao longo deste ano: R$ 375 04
bilhões. Esse é um dos principais indicadores observados pelas agências de classificação de risco. Por outro lado, de acordo com balanço de2004 divulgado ontem peloTesouro e o Banco Central, a dívida cambialcaiuR$81,34 bilhões e chegou ao menor nível da sériehistórica: 9,86% do total de endividamento. NoiníciodogovernoLula,a dívida cambial correspondia a 37% do total.
Aparticipação detítulos prefixados saltou de 12,51% (R$ 91,53bilhões)para 20,04% (R$ 162,76 bilhões) no ano passado. (AE)
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Alta leva Brasil à liderança dos juros reais no mundo
O Brasilassumiu aliderança do rankingdos maioresjurosreais do mundo. Com a alta de 0,5 ponto porcentual na taxa básica Selic,anunciada ontem, o Brasil tem agora amaior taxade jurosreal (descontada a inflação) do mundo, de 11,9%. Antes, o líder do ranking era aTurquia,comjurosreais de 9%.O índiceé compilado pela consultoria GRC Visão, levando em conta a taxade juros nominalde40países, menos a expectativa de inflaçãopara os próximos 12 meses em cada país. ATurquia reduziusua taxade jurosnominalde 42,9%para 19,1%econseguiu baixar sua inflação de 30% para9,3% desdeabril de 2003.Jáo Brasil reduziu os juros de forma maislenta no período: eram26,5%ecaíram para 16% em abril de 2004 para depois voltarem a subir em setembro, chegando aos atuais 18,25%. Nesse meio tempo,a inflação caiu de 16,8% para5,7% (IPCA projetado). "ATurquia conseguiu reduzir os juros mais rapidamente e teveuma quedadainflação em maior magnitude do que o Brasil", diz Alex Agostini, economista da GRC Visão. (AE)
Em dia de decisão do Copom, índice sobe 0,76%. Mas no mês ainda acumula perdas de mais de 7%
Depois de dois dias seguidosde perda, a Bolsa de Valores deSão Paulo (Bovespa)fechou em altaontem,com investidores consolidandoaaposta de alta de 0,5 ponto na taxa básica de juros da economia, a Selic (vermatéria à página 9). Nomês,entretanto, a Bovespa ainda acumula queda de mais de 7%.
Juros mais altos são considerados negativos para a bolsa uma vez que investidores acabamrumando para asaplicações comcarteiras que têm sua rentabilidade atrelada aos juros. O Ibovespaavançou0,76%, para 24.271 pontos. Pela manhã, indicadores da economia dosEstadosUnidosfizeram a bolsa paulista subir 1,56%. O movimento, entretanto, não se sustentou.
"O mercado está extremamente cauteloso", disse o consultor deinvestimentos Mauro Giorgi, daGeração Futuro."Os dadosnorteamericanos ajudaram, mas não foram fundamentais."
AaltadoIbovespafoi liderada poraçõesdo setor detelecomunicações, que caíram muito nos últimos dias. Opreço dospapéis da TIM Participações disparou 6,88%; da TeleCentro-Oeste,3,9% eosda Embratelse valorizaram 3,55%. Outrodestaquenomercado ontem foram as ações da Embraer. As preferenciais (semdireitoavoto)subiram 3,85% eãsordinárias(sem direito a voto), 4,20%. O volume financeiro ficou em R$ 1,13 bilhão. Dólar – O dólar comercial encerrouemqueda de 0,29%, vendido aR$ 2,71. A
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO DE CANCELAMENTO
Luzwell Administração de Negócios Ltda., com CNPJnº 44.912.707/0001-40, I – Declara a sua intenção de alterar o contrato social, modificando o seu objeto social, que passa a ser a participação societária bem como a administração de bens próprios, podendo participar de outras empresas como sócia quotista ou acionista, apartir de 01/ 12/2004, não alterando sua denominação social, deixando, porém, de atuar como administradora de consórcio. II–Em decorrência, desde a data da deliberação indicada no item anterior, esta sociedade deixou de realizar operações típicas de administradora de consórcio, tendo sido encerradas todas as operações da espécie. III–Esclarece que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito às vistas do processo respectivo. Banco Central do Brasil – Av. Paulista, nº 1804 – 5º andar - Departamento de Organização do Sistema Financeiro – DEORF Processo: 0401279151 - São Paulo, 17 de janeiro de 2005.(20 e 21/01/05)
Ptax(taxa médiadamoeda norte-americana) paravenda ficou em R$ 2,7185, alta de 0,20%.O comportamento do pronto foi influenciado pela disputa em torno da formação daPtax ea oscilação do dólardiante do euro e outrasmoedas emreação aos indicadores norte-americanos. O fluxo de entrada positivo combinado com o avançodostítulosdadívida brasileira e a queda do risco Brasil, em meio à volatilidade dos yields (retornos) dos treasuries (títulos norteamericanos), também favoreceu o recuo das cotações. A nãorolagem dosvencimentosde cambiaisdesta semana,numtotalde US$ 1,569 bilhão, estimulou tesourariasde bancosacomprar moedapara recompor posições. Havia interesse dos investidores posicionados nessa dívida no fortalecimento do pronto e, por tabela, da Ptax. Quanto mais alta a Ptax de venda de hoje, maiorseráosaldoaserrecebido apósa liquidaçãodesses vencimentos. (Agências)
A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) vai investir R$ 10,8 bilhões em 2005, dos quais 9,9% no Brasil e o restante, no exterior. O presidente da empresa, Roger Agnelli,disse ontemqueos recursos representamum aumento de 70% em relação aos R$ 5,7 bilhões investidos pela empresa durante todo o ano passado.
A Vale do Rio Doce vai antecipar projetos que estavam previstospara o final de 2010 nas áreas de logística,portoseaumentodapro-
dução.O objetivoéatender àgrande procuraporminério de ferro, que se encontra aquecida, informou. Investimentos – A expectativa da empresa, segundo seu presidente, é investir um total de R$ 40 bilhões até 2010, o que elevará em cerca de 30 milo número de empregos diretos e indiretos da companhia. Atualmente, a Vale do Rio Docecontribui nomercado de trabalho com90 mil empregos, entre diretose indiretos.Agnelli destacouque esse é o maior volume de investimentos de uma empresa privada nahistória do Brasil,sem incluiraaquisição de ativos, mas apenas voltadoa investimentosde projetos já em andamento..
A Vale perde em investimentosapenasparaaPetrobras, revelou Agnelli. Segundo ele, em 2005,a empresa vai investir US$ 375 milhões em suas áreas de pesquisa edesenvolvimento. Ele afirmou também que omomento nãorecomenda novas aquisições,lembrando que " não há pressa".
A Vale do Rio Doce é líder mundial no mercado de minériode ferro,além de segundo maior produtor de manganês eferroligas, com operaçõesnoBrasile também no exterior. (Reuters)
Inaugurado ontem, no dia do Farmacêutico, Museu da Farmácia preserva três séculos de memória. Página 4
Sem fixarprazos, o secretário municipal deFinanças, Mauro Ricardo Costa, fez ontem um apelo para que as empresascredoras daPrefeiturasejam "tolerantes"em relaçãoaoque têmareceber. Costalimitou-sea reafirmarque "os pagamentosserão feitos dentro da disponibilidade orçamentária e financeira da administração".
Ontem,ementrevista à TV Globo, Serra declarou que emdois ou trêsmeses colocará as finanças da Prefeitura em ordem. Mais tarde,em visitaao Tribunalde Contasdo Município (TCM),elevouo tomde suas críticasà gestãoMarta Suplicy. Irritado com declarações de petistas de que deixaram dinheiro em caixa, Serra disse: "Se tinham dinheiro, por que não pagaram (as dívidas)? Por que os CEUs estãocom os pagamentosdos serviçosdemanutenção atrasados desde agosto? Por que há creches sem pagamento?"
Risco de greve – Opedido detolerância dosecretário de Finanças foi feito durante audiência pública da qual Histórias de remédios,
Serra eleva o tom das críticas à ex-prefeita e diz que em três meses deixará as finanças municipais em ordem. Empresas de segurança privada podem ir à greve.
participaram representantes de sindicatos patronais. No encontro,alguns credores, entre eles o Sindicato das Empresas de Segurança Privada de São Paulo (Sesvesp)tambémpediram tolerância da Prefeitura para comempresas que decidirem parar por falta de verba. De acordo com o Sesvesp, há grande risco de greve por partedos funcionários que fazem a segurança de prédiospúblicos, que estariam semreceber salá-
rios, FGTSe 13°."Só iremos pagarpor serviçosprestados", retrucou Costa. Quebras – A situação das empreiteiras éainda pior. Alémdea Prefeituraterdébito estimado em R$ 750 milhões com osetor, essas empresas devem ser prejudicadas pela medida adotada por Serrade cortartotalmente osinvestimentosna cidade para esteano. Sem ter obras para tocar no município – como a construção emanutençãode viadutos
ouapavimentaçãoderuas–JoãoCláudioRobusti,presidente do Sindicato das Indústrias da ConstruçãoCivil (Sinduscon), jáfalaem quebra no setor. Os empresários estariam dispostos a contrair empréstimos bancários. Para tanto, os bancosprecisariamter agarantiade queo valor emprestado seria enviado pela Prefeitura às empresas,demodoqueestasliquidem seus empréstimos. Essa saída teriasido adota-
Fernando Vieira
Com a certeza de um ano magro no orçamento municipal,os paulistanos deverãopassar2005 observandoasferidas deixadas nacidade, especialmente, pelocorte deinvestimentos em infra-estrutura, anunciadonaquarta-feira pela administração José Serra. Entreas cicatrizesantigas, uma das maisemblemáticas, encontra-se o Fura-Fila, rebatizado de Paulistão pelagestão petista,mas que, até agora, nuncateveum veículo de transporte público coletivo circulando por suas vias exclusivas.
O grande esqueleto armado ao longo da avenida do Estado jáconsumiu,pelo menos, R$ 170milhões dos cofrespúblicos. Apóscríticas doscandidatos àPrefeitura, durantea últimacampanha eleitoral, a então prefeita MartaSuplicy decidiu retomar a obrade seu antecessor,Celso Pitta (19962000). E liberoucerca de R$ 30 milhões, apesar de estar nosúltimosmeses deseu mandato, o que conseqüentemente inviabilizaria sua efetiva implementação. "Essa é a marca principal de SãoPaulo. Daincompetên-
Fura-Fila já consumiu R$ 170 milhões, mas não deve ser concluído
cia política e administrativa dequem, nosúltimosanos, esteve à frenteda cidade. O desperdício de dinheiro público virou regra",diz o gerentede comprasNader Mansour, de 40 anos. Abandono – Mansour não éo único aexpressar a crítica desta forma. Na verdade, opiniões como a dele são bastante comuns nas ruas da capital. De cada dez pessoas ouvidas pela reportagem do Diário do Comé rc io nove protestam
contra o abandono da obra. "É um absurdo parar agora. Com só uma coluna dessas, eu construía aminha casa. Éo nossodinheiro jogado fora. Se a prefeita Marta Suplicydecidiu retomara obra e não deixou o dinheiro separado, tem que correr atrásdelapara saberoporquê", contesta o técnico em administração José Roberto Tavares, de 38 anos. Para algumas pessoas, a obra semprefoi visivelmenteeleitoreira, mas não
possui viabilidade razoável de execução. "É um projeto idiota. Muitoinvestimento para pouco resultado prático. O custo é altíssimoparao númerode passageiros queiriatransportar.Mas jáque começou...",critica ovendedor Gilmar Melo, de 25 anos. O empresárioAdílson de Souza vaialém."Seerainviável, onde estão o responsável pelo projeto e a pessoa queaprovou? Elestêmque ser responsabilizados".
O prefeito José Serra irritou-se com a afirmação de petistas de que a gestão Marta Suplicy deixou dinheiro suficiente para o pagamento de dívidas com fornecedores. Com créditos da ordem de R$ 750 milhões, representantes do setor da construção temem quebra de empresas.
dasporalgumas pastas da gestãoanterior, entreelasa secretaria de Finanças, segundo GilbertoParra,representante do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (Sindicon).
"Essa medida vinhasendo adotada desde 2002. No final de 2004 foisuspensa porque osbancos deixaram de confiar na Prefeitura".
O secretário Mauro Costa disse que vai estudar a proposta. Comrelação àforma como será equacionado o pagamentodas dívidas, Costadisse apenasqueprivilegiará os pequenos débitos,eliminandoo máximo de compromissos.
Herança – Serraalega ter herdado de Marta Suplicy umcaixacomapenasR$300 mil e uma dívida de R$ 2 bilhõescom11 milprestadores deserviço.Dototal das dívidas, R$ 652 milhões são relativos a empenhos liquidados, mas não pagos; R$ 350, 8 milhões a empenhos não liquidados,mas executados;R$415, 6milhõesa empenhos cancelados apesar de executados eoutros R$ 233 milhões a despesas sem empenho.
A Prefeitura anterior re-
bateos númerosapresentados pelos tucanos. A administração Martaafirma que a dívida deixada foi de R$ 375milhõeseosaldoemcaixaseria de R$ 376milhões. "É irritante ouvir a todo momento quehá dinheiro em caixa, dando a impressão de que não estamos pagando porque não queremos. E essainsistência mesmocoma Lei de Responsabilidade Fiscal em vigor", disse ontem aosempresários osecretário das subprefeituras, Walter Feldman. Os prestadores com empenhos cancelados têmaté dia 31 de janeiro para protocolar requerimentode pagamento por serviços prestados. Ocadastramentoé realizado na sede da Prefeitura, no viaduto do Chá, e requercópias danotado empenho (quando houver), do instrumento contratual e da nota fiscal ou fatura. A Prefeitura trabalha com a hipótese,considerada otimista, dequeapenas70% dos empenhos cancelados sejam relativos a serviços executados. A atualgestão só pretendefazer novos contratos se houver dinheiro em caixa. (* com AE)
CET detectou 117 quilômetros de congestionamento na cidade, ontem pela manhã. Em 37 pontos de tráfego houve alagamentos. Previsão para hoje é de mais chuva.
Achuva que caiu durante a madrugada e pela manhãde ontem na capital paulista voltoua castigar acidade. Todas as regiões, exceto a zona leste, ficaram emestado de atenção.A Central deGerenciamento deEmergências(CGE) daPrefeituraregistrou 37 pontos de alagamentodurante odia. Por voltadas17h30,aindahavia 20 pontos ativos. A chuva moderada também atrapalhoua vida dos paulistanos queutilizamo Metrô. Por medida de segurança, os trens circularam com velocidade reduzida nas linhas Norte-Sul, LesteOeste e Capão RedondoLargo Treze. Recorde –O trânsitoem São Paulo ficou complicado durantetodo odia. Porvoltadas9h30, foiregistradoo maior congestionamento do ano para amanhã,com 117 quilômetros. De acordo com a Companhia de Engenhariade Tráfego (CET), a média para o horário é de 34 quilômetros.
O maior índice registrado este ano, segundo a Companhia, foi de75 quilômetros, no último dia 17,às 10h. No ano passado, o recorde aconteceu no dia 4 de novembro, também às 9h30, com 191 quilômetros. Conforme aCET, otranstorno notrânsito foicausadopela chuva,uma vezque osmotoristas foram obrigados a dirigir devagare comatenção redobrada. Tempo – A probabilidade de chuvapara hoje na região metropolitana de São Paulo, segundo o meteorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo, é de 90%. A temperatura deveráficarentre 20e 25 graus. A partir do domingo, o sol volta a predominar em todo o Estado, com chuvas deverãoàtardeprovocadas pela altaumidadedo ar e pelo calor de 29 graus na capitale emSantos.Achuva dáuma tréguanodia25–aniversário de São Paulo – e otempofica ensolarado. Podem ocorrer pancadas de chuva à tarde no litoral norte e na região norte.
Campinas – ADefesa Civil de Campinas, a 90 quilômetros deSãoPaulo,interditou ontem 154 casas afetadas pelas forteschuvas que atingiram a cidade na terçafeira à noite. De outros 100 imóveis, os moradores foram retirados. Pelo menos 1.564ficaram desalojadas ou desabrigadas. Durante o mau tempo, na terça-feira, oito casas desabaram. De acordocom informações do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e do Centro de Pesquisas Me-
teorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a chuvade terça-feirafoi amaisintensa dosúltimos 35anosem janeiro na cidade. Das 18h40 à meia-noite de terça-feira, choveu138,5 milímetrosna cidade, o que causou enchentesedestruiçãoem 66 bairros.A previsão éde mais chuvaspara hoje.Não háimóveis disponíveispara reassentar os moradores desabrigados.
A chuva moderada atrapalhou a vida dos paulistanos ontem. Nas ruas, formaram-se diversos pontos de alagamento, alguns deles afetaram o trânsito da cidade durante todo o dia. Em Itaipava, região serrana do Rio de Janeiro, as fortes chuvas provocaram o alagamento do parque de exposições da cidade (abaixo, à direita).
Rio – As chuvas também castigaram o estadodo Rio de Janeiro. Na quarta-feira, a Defesa Civilregistrou 50 chamados,amaioria por causa de deslizamentos. No SulFluminense, maisde15 horas de chuva fizeram o Rio Paraíba do Sul transbordar em Barra Mansa, Volta Redondae Barra doPiraí. Na região serrana, a água chegou amais de quatro metros de altura em Itaipava, distrito de Petrópolis. No Centro de Petrópolis, três pessoas foram resgatadas depois que uma casa foi soterrada pelodesabamento de uma encosta. No meio doresgate,uma segunda barreira desabou e atingiu as equipes desocorro,que sofreram ferimentos leves. No total, foram registrados 53deslizamentos de terra. EmNovaFriburgo foidecretado estado de emergência. A cidade registrou o índicepluviométrico maisalto dos últimos dez anos. Em Xerém,naBaixada,otetodo terminalrodoviário desabou eferiu semgravidade um adolescente de 16 anos. A população deve continuar em estadode atenção. Segundo a Defesa Civil do Rio,hápossibilidade de mais chuvaforte.Oaviso veio do Instituto Nacional de Meteorologia,que prevê a possibilidade depancadasdechuva atéopróximo domingo, com ventos de fracos a moderadose declínio da temperatura.
Rodízio de veículos volta a vigorar na próxima semana
A partir da próxima quarta-feira,depoisdo feriado,volta avigorar orodízio municipal de veículos. De acordocomaCompanhia de Engenharia de Tráfego (CET),os carrosficam proibidos de circular no minianel viário da cidade das 7h às 10h e das 17h às 20h. A multa para os motoristas quedesobedecerem o rodízio é de R$ 85,12, com quatro pontos no prontuário do motorista, por ser uma infração média. A CET vai monitorar ocumprimentodo rodízio,diariamente, emcerca de90 pontos da cidade. (Agências)
Ontem,ventos deaté65 quilômetros por hora atingiram a cidade. Os aeroportosSantosDumont eInternacional Tom Jobim operaram porinstrumentose a ponte Rio-Niteróipermaneceufechada,nosdoissentidos, por 12 minutos. Paracompletara situação, um apagão atingiu as cidades de Campos, São Francisco de Itabapoana e Cardoso Moreira por aproximadamente 11 horas. O problema, segundo a Ampla,distribuidora de energia da região, foi causado por um raio.
Minas – Em Minas Gerais, pelo menos 2.906 pessoas estãodesabrigadas em razão das chuvas, segundo o último balanço da Defesa Civilestadual.Asituaçãoficoucomplicada emvárias cidades no sulde Minas e também no Valedo Rio Doce. O município de Raposos espera recursos estaduais ou federais para construir mais de 200 casas para às famílias da área ribeirinha, desalojadas com a chuva da última segunda-feira.
Segundo a Defesa Civil, 80pontes emMinasGerais foram destruídasou danificadas, entre elasa ponte na BR-265, próximo a Barbacena,na Zona da Mata, onde umacratera impedetotalmente o tráfego, que foi desviado. Duas pessoas morrerame42 ficaramferidas desde o início do período de chuvas, na segunda-feira.
Durante a missa, houve a primeira apresentação de música composta especialmente para São Paulo
Aosomdebelasmúsicas eruditas, compostas especialmentepara aocasião, centenas de pessoas participaramontemdaSanta Missa realizadana Igreja BeatoJosédeAnchieta, no PátiodoColégio,noCentro. A celebração teve um duplo sentido:marcouo encerramentodas comemorações dos 450 anos deSão Paulo e tambémdeuinícioàs festividadesparaopróximoaniversário da cidade.
Emhomenagema São Paulo, o maestro Edmundo Villani Côrtescompôs uma obra paraser apresentada pela primeira vez durante a missa. A regência ficou a cargo do maestro Ilso Muner, que conduziu os músicos presentes.
No entanto, ao deslocarmos a celebraçãopara hoje (ontem) estamos resgatando a nossa memória, no verdadeiro marco zero de São Paulo".
Eleencerroua cerimônia agradecendo oapoio do SescdoCarmoedaAssociaçãoComercial deSãoPaulo (ACSP), queviabilizaram a iniciativa.
Após a missa,foi aberta a Exposição Tributo a São Paulo, que apresenta as principais edificações da cidade, retratadas em quadros da artistaplástica Cristiane Carbone.Amostrajápassou pela Câmara Municipalde São Paulo,
A orquestra reunia membros da Orquestra Sinfônica do Estado deSão Paulo(Osesp),da
Orquestra daUnespeda
Orquestra RTC. Já o coro foi composto porcantores do Coral Lírico e do Coral Paulistano, ambos do Teatro Municipal.
O padre CarlosAlberto Contieri,diretordoPátiodo Colégio, fez questãode ressaltar a importância da missa comemorativaserrealizadanolocaloriginal de nascimento dacidade. "Por razões que desconhecemos, não tivemos a oportunidade de celebrar a missa nesta igreja, no dia 25 de janeiro.
A s se mbléia Legi slat iva doEstadoe Congresso Nacional.
A g or a , vem paraa cripta do Pátiodo Colégio,ondeficará à até o dia 28 de fevereiro, graçasaopatrocínio da ACSP."A artistatrouxe,por meio deseu trabalho,o sentimento deuma criança,representando as muitas outras que por aqui passaram noano passado durante o projetoDeAnchietaaosNovos Tempos: a história dos empreendedores. Com isso, conseguiu traduzir nas telas o amorque tem pelacidade que tanto nos apóia",disse Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Até junho, Denatran passará a aplicar testes nos professores de auto-escola. Para autoridades de trânsito, número elevado de acidentes pode estar ligado à formação inadequada.
ODepartamento Nacional de Trânsito (Denatran) vai introduzir no País um exame nacional, nos moldes do provão das universidades, para testara capacidadedos instrutores das auto-escolas.Amedida,prevista na Resolução168 doConselho Nacional deTrânsito (Contran), começará a ser aplicada até junho próximo. Até o fimdo ano,tambémserá realizada uma auditoria nosexamesde habilitação, para medir a qualidade dos Centros de Formação de Condutores (CFCs).
As autoridades federais acreditam que oalto índice deacidentes detrânsitodo País está diretamente ligado à má qualidadede instrutoreseCFCs.São maisde 30 milmortos e400 milferidos a cada ano e, apesar das medidas do Código de Trânsito Brasileiro, a estatística voltouasubir.Grandepartedos acidentes envolve jovens com menos de cinco anos de habilitação. Instrutores e CFCsreprovadosnotesteterãoque seadequar ouperderão a permissão.
Carteiras –Depois devárias informações desencontradas, o Denatran esclareceu ontem que o curso de direção defensiva e primeiros socorros, exigido no fu-
Obras do Mercadão são interditadas por determinação da Justiça
As obras no Mercado Central Paulistano, o Mercadão,na regiãocentral deSão Paulo, foram interrompidas no início de dezembro e não há previsão de retomada. A verba está disponível, mas a Justiça determinouaparalisação atendendo pedido de um dos comerciantes do mercado, que perderia parte da áreado seu boxcom onovouso do térreo dasTorresCeD.A Prefeitura está recorrendo. Segundoo presidenteda Associação daRenovação do Mercado Paulistano (Renome), José Carlos Siqueira Lopes, o projetoprevê a remoçãodecincobancas ea redução de quatro. As torresdevemreceber em seu interior um mezanino,semelhante feitopara abrigar a praça de alimentação, onde funcionarão dois restaurantes. Depois que partedareforma foiconcluída,no ano passado,o público passoude10 mila 15mil pessoaspor diapara 20 mil a25 mil, reanimando o comércio. (AE)
CAÇA AOS PIRATAS – O Estádio do Maracanã foi palco ontem da destruição de um milhão de CDs, DVDs e fitas VHS piratas apreendidos pela polícia do estado do Rio. O material chegou ao estádio em três caminhões. Segundo a polícia fluminense, o Rio de Janeiro é o terceiro estado que mais consome produtos falsificados no Brasil. Todo o material destruído foi apreendido com ambulantes desde 2001, será vendido por cerca de R$ 20 mil a uma empresa de reciclagem que os transformará em cabides e chaveiros. (AE)
turo de quem for renovar a carteirade habilitação,pode ser feito de duas formas: presencial eà distância.Os dois tipos serão pagos, mas o Denatran não vai impor uma tabela. Caberá à SecretariadaFazendadecadaestabelecer os preços mínimo e máximo. Se houver abuso,o órgãofederalintervirá. Quem optarpelo modelo presencial, em uma autoescola, não precisará fazer o exame.
Basta freqüentar todas as aulas, numtotal de15.Os quepreferiremestudar à distância, pela internet, por exemplo,terão quefazer uma prova. O exame terá 30 questões de múltipla escolhae o candidato precisa acertar pelo menos 70% delas. O curso à distância será ministradopor órgãos oficiais de trânsitode cada estado ou por entidade de ensino habilitada,queprecisará terinstrutoresdisponíveis para tirar dúvidas dos alunos.
Só estão dispensados da exigência osmotoristas que já fizeram o curso quando obtiveram a carteira.Essas novasdisciplinas tornaram-se obrigatórias com a implantação do Código em 1998, mas por falta de regulamentação,vários Estados deixaram de cumprir a norma. (AE)
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS NACIONAIS E IMPORTADOS BLINDADOS, AUTOMÁTICOS (MOTORISTAS BILINGÜES) hiservicecar.com.br
MAIS UMA 1
Novaetapaparaaconsolidação da empresa TecnologiaAutomotivaCatarinense, TAC, constituída para produzir um veículo fora-de-estrada:estudara melhor localização para a futura montadora de Santa Catarina.
MAIS UMA 2
Apresentadooficialmentenofimdoanopassado, o veículo, que está sendo chamado de A4, está em fase de clínicas para avaliações e adequações.
TOYOTA
Em março chega ao mercado brasileiro o novo picapeToyotaHilux,quase que simultaneamente ao lançamento naArgentina,ondeéfabricado.
PNEUS
SegundoaAnip,AssociaçãoNacionaldaIndústria de Pneumáticos, o setor de pneus deve manter crescimento de 5% a 6% neste ano, como o registrado nos últimos quatro exercícios. Se a meta se concretizar o Brasil deverá produzir 54,6 milhões de unidades contra 52 milhões de 2004.
NGK
Fabricante de velas e ca-
ASecretaria da Juventude,Esporte eLazer deve se julgar dona do Centro deSão Paulo.Um Subaru verde,de placas BSV-8890, de sua propriedade, é conhecido infrator das leisde trânsito no Pátiodo Colégio.Eleestá com licenciamento vencido desde 2001 e deve R$ 339,52emmultas.Ontem, outro carro damesma secretaria estava estacionadoirregularmente nolargo São Bento.Trata-se do Gol branco placas BFG3654. Sobreo Subaru,em
nota oficial, a secretaria disse que "está tomando as providências necessáriaspara a regularização de pendências citadas no Diário doComércio". Na rua Roberto Simonsen, junto ao Pátio do Colégio, o Corsa placas DOO9320,entre outroscarros, desafiava a Prefeitura. Ele estavaestacionado bem debaixo deuma placa que significa proibido parar e estacionar.
bos, a NGK anunciou investimentos de R$ 20 milhões em 2005, com vistas a aumentar a produção e, principalmente, melhoraropadrãodequalidade dos produtos feitos na planta de Mogi das Cruzes, SP.
IMPORTADOS 1
Dados da Abeiva, a associação que reúne seis importadoras de veículos no País, dão conta que em 2004 foram comercializadas 3 mil 797 unidades contra 3 mil 302 de 2003, alta de 15%.
IMPORTADOS 2
O resultado interrompe série de sucessivas retrações que o segmento vinha sofrendo desde 2001, quando o acordo com o Mercosul extinguiu cota de importação com alíquotade20%efixoutaxa única de 35% para transações fora do bloco.
SSANGYONG
Depois de fechar 2004 com 110 veículos comercializados contra os 85 do exercício anterior, a Ssangyong traça novas metas no País: ampliar a rede de revendas de quinze para 25concessionárias até fevereiro e crescer80%noano.Ainicia-
Foram muitos os fatores que, a princípio, trouxeram rentabilidade para os distribuidores de veículos em 2004. O resultado ainda não foi consolidado pelas associações das marcas mas, segundo Hugo Maia, presidente da Fenabrave, Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores, o setor deverá ter rentabilidade em torno de 1%. “Pelas sondagens extra-oficiais, acredito que grande parte das empresas terá fechado o ano no azul.”
O avanço dos modelos bicombustíveis em 2004 é uma das razões apontadas pelo executivo para rentabilidade na operação. “Há
uma verdade absoluta: é mais difícil ganhar dinheiro com um produto de R$ 1 do que com outro de R$ 1 milhão.”
Outra atividade que se destacou em 2004 nos revendedores foi a comercialização de modelos usados. Além de poder trabalhar melhor a margem na negociação com o comprador, o carro usado tem giro maior na comparação com o zero quilômetro. Há também a tendência de agregar na compra do veículo peças e acessórios. “Mas ganharam dinheiro aqueles que trabalharam a venda de usado com a mesma garra quenadozeroquilômetro.” tivademandaráinvestimento de R$ 1 milhão.
Segundo dados da Acea, entidade que reúne asmontadoras européias, em 2004 as vendasdeveículos na região registraram alta de 2,1%: 14,5 milhões versus 14,2 milhões de 2003.
VW 1 AVolkswagen lançará no fim de janeiro sua linha de veículos comerciais na Venezuela. AVAIS Venezuela, representante da marca alemã no país, estrearáoferecendomodelos parapraticamentetodosos segmentos, de caminhões levesapesados,bemcomo chassisparaônibus.
VW 2 Os produtos serão importados do Brasil, da unidade de Resende, RJ, mas especula-se que poderiam seguir também da planta mexicana de Puebla, cuja produção teve início em outubroúltimo.
Inaugurado ontem na Santa Casa de Misericórdia, o Museu da Farmácia conta histórias sobre ervas medicinais, processos de cura e até receitas para apaziguar os doentes no século 19
Uma prensa para extrair tinturas de folhas datada dofinal doséculo18.Outra, paraproduzir cápsulas de pão ázimo (a hóstia daIgreja Católica).E umcapsuleiro, onde omedicamentoera inseridonas cápsulas. Essas são algumas da raridades do Museu da Farmácia, inaugurado ontem na Santa Casa de Misericórdia deSão Paulo,como parte dos festejos do Dia do Farmacêutico.
São maisde 300peças colecionadasdurante as últimas seis décadas pela Santa Casa, pelo farmacêutico Paulo QueirozMarques, proprietário da Drogamérica e por outros profissionais dosetor. O visitantevaise deparar com coleções de seringas, ventosas, balanças de precisãoe réplicase originais de frascospara acondicionar pomadas e plantas secas. Tudo isso exposto em antigos armários da farmácia da Santa Casa. "Esse móveis, hoje recu per ado s, estavam no depósito da instituição", dizo mordomo do museu, Augusto Carlos Ferreira Velloso.
Entre as raridades podese destacar ainda uma prensa usada na produção de supositórios, modelo impo rtado pelas farmácias brasileiras no final do século 19. Há também umdestilador de água do começo do século. Livros raros fazem parte doacervo. Entreeles, um exemplar do Formulário de Chernoviz, assinado pelo médico de origem polonesa Pedro Luiz Napoleão Chernoviz –consideradoo precursor da farmácia e da medicina noBrasil. Trata-seda 14ª edição, publicada em 1890. ALivraria A.Poger &
P. Chernovizlançou dezenove ediçõesdo Formulário Chernoviz entre 1830e1920. O manual publicado em Paris trazia o diagnóstico das moléstiase como tratá-las. "Os remédios erambaseados nas plantas medicinais catalogadas pelos jesuítas e, no formulário, foram descritas emlinguagem científica",diz ofarmacêutico Paulo QueirozMarques, quenasceu emumafamília defarmacêuticos eexercea profissão há 60 anos. Os primeiros formulários eram escritos em códigos eas fórmulas, numeradas. "A de número 889 era a Champagne. Opaciente, geralmente doentes terminais, só poderiam ingerir apreciosidade – a c h am p a nh e francesa borbulhante – de duasemduas horas.Eapenas uma colher", revela o farmacêutico. Primeiro Boticário –A farmácia paulistana nasceu com Anchieta com a fundação do Colégio de Piratininga, relata um painel exposto naentradadomuseu.Nesse local, foi fundada a cidade e tambémoprimeiro ambulatório-hospital. Os medicamentos eramproduzidos na Botica do Colégio.
utilizada para a fabricação de supositórios
José de Anchieta,considerado o primeiro boticário paulistano,contaem suas cartas: "Nossa casa é botica de todos, em poucos momentos está quieta a campainha da porta".
Os cursos de farmácia e medicinasó foramfundados no Brasil depois de 1808. Com achegada de D. João VI,foram criadasasEscolas de Anatomia eCirurgia, na Bahia e no Rio de Janeiro.
A Santa Casa de São Paulo contratouseu primeiro farmacêutico em 1898 quandoArnaldoVieira de Carvalhoassumiua direção clínica. "Até então, esse trabalho era conduzido pelas irmãs boticárias, religiosas da ordem de São José", explica Paulo Marques.
Crescimento – Hojeexistem no estadode São Paulo 17milfarmáciasedrogarias. Mas, até a Proclamação da Independência, quando a capital tinha 24 mil habitantes,acidadecontava com apenas 7 médicos e 3 boticários. A primeira boticacomercial foi aberta apenas em 1829, na rua da Glória.
Trinta e cinco anos depois havia em São Paulo somenteseis boticas. Mas, nas duas décadasseguintes, elas se proliferaram e, no fim do século, surgiram as primeiras farmácias: estabelecimentos montados com esmero,iluminaçãoa gás e com belos luminosos. As farmáciasmagistrais queaté entãodominavamo cenáriosão substituídaspela indústria a partir da décadade30. Aomesmotempo, surgem as drogarias, que inicialmente funcionavam como atacadistas, fazendo a ligação entrea indústriae a farmácia.Apioneira foia Drograsil fundada em 1935. Complemento –O Museu daFarmáciaveio para complementar o acervo histórico da Santa Casa de SãoPaulo. A entidadetem um museuquerelatasua história, um acervo de ortopedia e agora, também, um de farmácia. "Todo e qualquer museu é
à esquerda) é farmacêutico há 60 anos e foi o idealizador do museu instalado na Santa Casa de Misericórdia em um salão com armários antigos, como os usados nas boticas do passado (acima, à direita). Augusto Carlos Velloso (ao lado) é escrivão e mordomo do museu que "contribui para o resgate da história do Brasil". A caixa (abaixo, foto maior) reúne as formas usadas para produzir cápsulas de medicamentos.
importante. Contribuipara o resgate da história do Brasil",afirma AugustoCarlos Velloso.E faltavaaoacervo daSantaCasaesse pedaço da memória.
SERVIÇO
O Museu da Farmácia fica na rua Dr. Cesário Mota Júnior, 112 e funciona de segunda a sextafeira, das 9h às 16h30. A entrada é gratuita e visitas de grupos de escolas, faculdades e clubes podem ser agendadas com a curadora, Nazarete Barros de Andrade, pelo telefone (11-3226-7025).
Seringa hipodérmica para a aplicação de injeções
Circulou na semana passada anotícia, deprocedência oficial, queo Itamaraty dispensou tambémo inglêsdaformação dos diplomatas, que devem passar pelo Instituto Rio Branco.Primeiro foio francês.Ossábiosdo Itamaraty resolveramque o francês só ocupavalugar nacabeçados jovens que se preparam para entrar na carriére.Resultado foia aboliçãodofrancêsdocurrículo necessário às promoções no Instituto. Agora temos o inglês.Já não é mais necessário,paraos dirigentes da diplomacia.
Vemos que Luís Ignácio daSilva, oLula, fezescola. O presidente sabe muitíssimo mala línguaportuguesa. O chefedo Executivo sabe alongar-se, comoFidel Castro,por exemplo, sabe falar uma hora ou duas ouaté três, num cassante lamentável para quem teve tempo de estudar, e não estudou, fatoquedepõe contra uma eminente chefe do primeiro posto do Estado. Mas como há os intérpretes, Lula se sai como pode nas suas viagens internacionais.
A diplomacia brasileira sempre teve uma estrutura merecedora de uma respeitabilidadeque somen-
teadiplomaciainglesapoderia se lhe comparar. Não sefalasobrea americana, pois esta dispõe daforça atrás dela, mas deoutras diplomacias, como a francesa, sempre em mãos de quemsabe oquefazno campointernacional. E outrasdiplomacias. OBarão do Rio Branco organizouo Itamaratycomconhecimentodo ofício e amor ao Brasil. Não contava, evidentemente, com as mudanças atuais. Sãoestudadas,seforam, mesmo,estudadas, e,pode-se concluir,pelo quese sabe delas, não querem dizerqueseinspiramemLula, mas no populismo diplomático dosbarbudinhos do Itamarati, os quais,como sevê, ainda estãomandandona mais importante repartiçãodo Estado, ao menos até agora,pela formaçãorigorosa deseu pessoal.Lamentamos queo Barão do Rio Branco estejasendoatraiçoadopelos atuaisdiplomatasquemandamnoItamaraty. O Brasil perde uma frente de iniciativas, que lhe foi até hoje muito beneficiada.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
P.S. PAULO SAAB
"Burrocracia" e cidadania
Exemplosexistem muitos.Voumeateraumsóparaexemplificaraoleitorcomo funcionam as coisas no Brasil de hoje. O poder público sófazalgumacoisa emfavordoefetivointeresse da população , e falo de sua maioria,quando oclamor atravessa o cerrado e chegaaoplanalto.Aburrocracia brasileira só é combatida pelo antídoto da cidadania,do exercício,pela sociedade,desuas prerrogativasde cadaum,decidadãode um país livre. A questão da energúmena exigência da volta à escolinha para renovar carteria da habilitação é típica.
Volver...
O governo federal anunciouatravésdoDenatrana nova exigência a partir de março decustos eestudos pararenovaçãodacarteira dehabilitação, atítulode melhorar o trânsito no país. Vamos fingir que acreditamosenãoerapara alguémfaturar. E,ainda, que isso de fato poderia melhorarocomportamento do motorista.Houve uma reação muito forte da sociedade ecom elados seus meios de comunicação.O queaconteceu?A "burrocracia"voltou atrás.
Exemplo a seguir
Traduçãodoque estou sugerindo: quando a sociedade se mobiliza,reage, (deveria agire não só reagir), as coisas acontecem de acordo com o desejo da maioria. A impunidade, o mal exemplo vindo do governo, contribuem mais para o mal comportamento domotoristadoquemilhoras de escolinha poderiam ensinarpara melhorarseu civismo. Esse tipo de atitude,declamorcontraosdesmandos precisa ser mais e melhor exercitadopor todosquantos nãosuportam mais ser explorados pelos
Hagentes da burrocracia, da partidarizaçãoe doconchavo.
Fazer valer
Auniãodaclassemédiae seus agentes, como entidades,mídia,grupamentos,é fundamentalparao esforço pátrionecessário dedar à sociedade o controle sobre o Estado.Hoje, aliás, desde 1808, o Estado brasileiro domina,tutela eexploraa classemédia queo sustenta. Háuma inversão dapirâmide quedá aodetentor temporário do poder e aos(maus) funcionários públicos, asensação segura de que não meros empregados da sociedade.
Importância
Daí tambéma importânciadauniãodetodasasforças em torno do movimento liderado pela ACSP, da qual me orgulho de ser conselheiro, para pressionar o governo a retirar ou o Congressoa rejeitar,a espoliação do aumento do IR impostona surdinadofim deano aosprestadoresde serviçodopaís. Ou seja,à classe média brasileira.
Poder
Por experiência própria digo: sãoraros osburocratas (aqui os não raros quase sempre são"burrocratas") que se sentam num cargo oficial em Brasília enão se sentem senhores suseranos da vassalagemnacional que somos,os cidadãos , obrigados a prestar.Bem, verdade seja dita...se sentam em Brasília, em São Paulo,emIlheus, em São Borja,emTeresina, onde houverBrasil.Esóa ação organizada dapopulacha podemudar esse tipo de coisa.Deexploração.Falandoem exploração,oBrasil nasceu como colônia de exploração....
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
ámuito tempo nosso país vive nocaos tributário, com aumento da carga de impostos, criação de contribuições casuísticas,taxasabusivasetc. Tudo emtotal desrespeito aos princípiosgerais doDireito que deveriam nortear o SistemaTributário Nacional. Antesda Constituiçãode 1988, condenava-mos o decreto-lei,instrumento legal utilizado pelo Poder Executivo paraaumentar a carga tributária. Crioucontribuições (Finsocial) e abusou do empréstimo compulsório, sem nenhuma preocupação com arepercussão econômicaque istotrazia para a estabilidade fiscal. Contraos abusospraticados,a Carta de1988 extinguiu esses instrumentos de poder arbitrário. Mas, para não deixar ogoverno sem nenhum mecanismo de emergênciaparaum even-
tual colapso social, do tipo "tsunami", instituiu a Medida Provisória. AMP,como estácontido no próprio nome,tem caráterexcepcionale éválida apenas portrintadias.Isto obrigaria oCongressoa avaliar a situação, aprovando-aou não. Seasituação assim exigisse, o Poder Legislativo a transformaria em lei. Caso contrário, a MP perderia validade, como se não existisse.
"As empresas repassarão para os preços o peso da nova carga tributária "
La men tavelmente, com opassar do tempo,aquele mecanismo excepcional se transformou em um novo "decreto-lei" , inserindo emnosso sistema tributário como se fosse um diploma legal regular, que estásendo habilmenteutilizado para aumentara carga tributária.
O melhor exemplodisto está na MedidaProvisória 232, anunciada como recurso legal para reduzir a tabelado Impostode Rendado assalariado.Sóque, para nãoperder aoportunidade aMPtrouxe tambémmais um aumento da carga tributária, atingindo as empresas tributadas pelo lucro presumido. A maioria das empresas que optaram por esta modalidade tributação são de pequeno porte e o maior atrativoda opçãoestánasimplificaçãodo controle fiscal. Nesta categoria, encontram-se as prestadoras de serviçose as sociedades uniprofissionais. São técnicos e profissionais liberais que estão obrigadosa manteruma estruturaempresa-
rial, com todos os custos, paraatendero mercadoeo próprio Fisco. Só que a"penada" da MP 232 vaitrazeraumentoda cargatributáriapara esse segmento, com reflexo para todos os demais setores da economia, já queos preços dosserviços prestadosde há muito estãocontidos pelomercado. Naturalmente este aumentoserá repassado para asempresas tomadoras dos serviços, que, por sua vezrepassará para o consumidor final. É aí que entra o triste aprendizado tributário. A sociedadecivil organizada já aprendeu a medir os efeitos danosos gerados por expedientes dessa natureza e vai protestar alertando o Congresso para mais este abusocontraocontribuinte. Basta de imposto!
Roberto Mateus Ordine, Superintendente da Distrital Centro da ACSP
Marcelo Manhães de Almeida
Foi publicada em 11 de janeiro de 2005,no Diário
Oficial daUnião, aMedida Provisória n° 234,de10de janeiro de 2005,alterando o caput do artigo 2031 do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02) que passoua ter a seguinte redação:
"Art. 2031.As associações, sociedade e fundações, constituídasna forma das leis anteriores, bem assimos empresários,deverãoseadaptar às disposições deste Códigoaté 11 de janeiro de 2006." Trata-se da segunda prorrogação de prazo para se proceder às referidas adaptaçõesao novo Código Civil. No livrocomplementar que trata das disposições finaise transitóriasdoCódigo, noartigo2031,assim dispunha: "As associações, sociedadese fundações, constituídas na forma das leis anteriores, terão o prazo de um anopara se adaptarem às disposições deste Código, a partir de sua vigência; igualprazo éconcedido aos empresários".
Depreende-se pois,que o legisladordeu prazosuplementardeum ano,ouseja, até 10 de janeiro de 2004 para que,já emvigor onovo código civil, as pessoas jurídicas mencionadas no referido artigo 2031procedessem àsadaptações dosseus contratos e estatutossociais, cabendo também ao empresário (nova denominação dada àquele anteriormentenomeado "firma individual"), a mesma obrigação.
Pela Lei 10.838,de30de janeiro de 2004, a redação do artigo foi alterada para "dois anos", prorrogandose aqueleprazo, para10 de janeiro de 2005.
qualquer "represália" ou bloqueioem relaçãoàssociedades que não tenham trazido pararegistroas adaptaçõesdeseus contratosàsdisposições do novo Código Civil até 10 de janeiro de 2005.
"O novo prazo de adaptação dos contratos prestigia a desídia "
Cabe destacarque otexto de lei não traz nenhuma penalidade para quem não atender aessa obrigação dentro do prazo fixado, razão pela qual, tornou-se unânime entre as Juntas Comerciais de todo o País, a posição de não proceder a
Arecente prorrogaçãodo prazo não traz qualquer benefício ao registro mercantil e simplesmente prestigia a desídiaeo poucocasocom as regras legais; provocando a sensação de setratar de "leique não pega" na medida em que já seouvequeesse prazo será no va men te prorroga do em 2006. Ora, utilizar-se do recurso extremo e excepcional da medida provisória para tratar dessa questão,já seriamatéria decontestaçãoe repúdio; pior ainda énos depararmos com o Governo Federal preocupadoem prorrogar o prazo, mas totalmente inerte em analisar e debater comprofundidade,
algumas situações que se apresentaram em virtude do novo diploma que regulao direito deempresacomo, por exemplo, e dentre várias outras questões, a de se definirqual quorumdeveser respeitadoparadeliberar aalteração eadaptação do contrato socialàs disposiçõesdo novoCódigo – quorumdo contrato a seradaptado(maioria do capital social) ou o quorum do artigo 1076, I (3/4 do capital social).
A preocupação do Governo Federal deveriaser a de instruir o empresariado brasileiro a tomar conhecimentodasimportantesalteraçõesintroduzidas no direitodeempresaeestimular que se procedesseàs alterações com o enfoque de modernizaros contratossociais,adaptando-os não apenasàs disposições do Código Civil/2002, mas à própria realidade da sociedade.
Marcelo Manhães de Almeida Advogado, presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo
Associação Comercial de São Paulo
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
JoséGenoino reafirmaqueo PTsóteráum candidato à Presidência da Câmara dos Deputados no dia 14 de fevereiro. Acontece queo partidotem 2candidatos, umoficial (Luiz Eduardo Greenhalgh) e outro, avulso (VirgílioGuimarães). OPT, porém,sóterá umcandidato, como apregoa Genoino, se o outro for defenestrado pelo partido, afastado temporariamente ou expulso.
Depois dovai-e-vem dos últimosdias, Virgílio Guimarães resolveubancarsuacandidatura lançadapeloNovoClero(antigo BaixoClero): 58 deputadoscompareceramàcerimônia de lançamento.
Virgílio fezquestão de esclarecer quesua candidatura nãosignifica umacontestação aopartido porque seu programa defende as teses do PT. Virgílio emais2candidatos–JoséCarlosAleluia (PFL)e SeverinoCavalcanti (PP) vão disputar a presidência no voto secreto.
P ara se eleger presidentedaCâmaraocandidato precisaterno mínimo 257 votos de um total de 513 deputados. Caso contrário haverá 2º turno entre os 2 candidatos que receberemmaiornúmero de votos.
Seria maisseguro para o governo se o voto fosse aberto. Émais fácilpraticar ainfidelidade partidária através do voto secreto. Entenda-se por infidelidade partidária a traição, segundo odito popular.
A cúpula do PT evita falar em puniçãoa VirgílioGuimarães, embora Genoino admita o afastamentodo deputado do partido.Líder do governona Câmara, o Prof. Luizinho garante que Virgílio nãoserá punido pelo PT.
P ara dividir mais os votos,o deputado Jair Bolsonaro (PFL-RJ)desembarcou em Brasília se arvorandoem mais um candidatoà Presidência da Câmara.
E m processos semelhantes de desobediênciapartidária,o PT optou pela expulsão de seus parlamentares. Veja-se porexemplo ocaso do ex-deputado Airton Soares, que foi expulso porter votadoem Tancredo Neves no Colégio Eleitoral.
A queles que defendem o direito de Virgílio Guimarães desecandidatarprometem esquentar a crise no PT, casoo partidodecidapartir paraa puniçãoao deputado mineiro. A crise no PT, portanto,é latente.
Em Brasília, sefala,sobretudo na bancadado PTB (queteoricamente apóiao candidatooficial Luiz Eduardo Greenhalgh)queseoPTpunir Virgílio, o tiro sai pela culatra. Isto é:odeputado mineirose transforma em vítima e fatura mais uns votinhos.
O s líderes Arlindo Chinaglia, Professor Luizinhoeo presidente João Paulo Cunha ga-
Drantem que estão engajados na campanha de Greenhalgh. Alegam que dizer o contrário é tentarprejudicá-los perante a cúpula do partido.
J osé Aníbal eMarcos Zerbini continuam brigando pela liderança de Serra naCâmara Municipal.Aníbal tema seu favorofato detersidoo vereador mais votado emSão Paulo esteano. Dizem que ele tem a preferência na bancada.
A derrota de Ricardo Montoropode estarprejudicandoa campanha deMarcosZerbinipelaliderançadogoverno.Zerbinifoiumdoscoordenadores da campanha de Ricardo Montoro, que acabouderrotado pela ousadiade RobertoTrípoli.
Enquanto não sai o julgamento na Comissão de Ética do partido, Roberto Trípolivai semantendo nos quadros do PSDB, masdeolho noPV.Sefor obrigado a deixar o partido, o mais sensato é que Trípoli se integre aos verdes.
Mauro RicardoCosta, secretário municipal de Finanças,botou lenhana fogueira aoacusar Marta Suplicy deferir alegislaçãopenal deixandodívidasparaSerrapagar,sem reserva deverbas. Ferira Lei de Responsabilidade Fiscal significaque corre o risco de perder os direitos políticos.
A ex-prefeita reage às últimas denúnciasde Serrae, através de seus ex-assessores,acusa o prefeito demanipular números para macular suaimagem.Martaacusa Serra de dizerinverdades porque não consegue cumpriras promessasde campanha.
M arta Suplicy não podetera imagemprejudicadaporquedisputa com outrospetistasde pesoa legendaparase candidatar ao governo do Estado em 2006. A exprefeita éuma dasfavoritas no PT para se candidatar à sucessão de Alckmin.
epois deduas horas dereunião com dirigentes do PMDB, opresidenteLuiz Inácio Lula daSilva avisou que só pretende deflagrar a reforma ministerial depois da eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, nodia 14. Mas praticamente garantiu uma outra pasta para o partido. Lula acredita que antecipar a definição dos novos ministros podeatrapalhara eleição docandidato oficial, o deputado petistaLuiz Eduardo Greenhalgh (SP), para a Presidência daCâmaraedopeemedebistaRenan Calheiros(AL)parao comando do Senado. O presidente disse alíderes do PMDB que convidassem o ministro da Integração Nacional,CiroGomes (PPS), para se filiar ao partido. Segundo Renan,Lula deixou claro que pretende prestigiar o PMDB, entregando ao partido um ministério com maior capilaridadede investimento,como apasta deCidades,hojecomopetista Olívio Dutra, ou Integração Nacional, ocupada por Ciro Gomes, do PPS. "O presidente disse apenas que querialevar o PMDB para um ministériocom capilaridade.Ele estáabsolutamente convencido que esse não é o melhormomento para concluira reforma,mas,peloquedeixou a entender,já estácomareformaprontana cabeça", disseRenan apóso
Ricardo Stuckert/PR
encontro, aoqual compareceram também o presidente doSenado, JoséSarney (PMDB-AP) e o líder do partido na Câmara, JoséBorba (PR). O partido deseja ainda ocupar o comando de pelo menosumaestatal,depreferência aEmpresa Brasileira de Infra-EstruturaAeroportuária (Infraero). Mais cargos– O PMDB movimenta-se até para ganhar cargos que nem sequer foramcriados,como uma nova diretoriada Petrobrás no segmento de gás. Um interlocutorde Lulaexplica que o PMDB passou asonharcomo controledadistribuição de gás líquido. Depoisdetersidopratica-
Os líderesdos partidos aliadosestão preocupados com a polarizaçãoda campanha entre o candidato oficial do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh (SP),e acandidatura do dissidente petista Virgílio Guimarães (MG) à Presidênciada Câmara.Temem ainda eventuaistraições na base governista, uma vez que a votação para elegero sucessor doatual presidente João Paulo Cunha(PT-SP) ésecreta.Além disso, com tantos candidatos(com olançamento ontemdacandidaturade Jair Bolsonaro, do PTB do Rio, já sãocinco ospretendentes), a possibilidade deque haja umsegundoturno cresce. "Quem tiver acima de 150 votos vai disputaro segundo turno", observou o líder do PFL José CarlosAleluia (BA), também candidato. Os aliadosquerem evitar quedeputados dabaseaca-
PPS, PSB, PC do B, PDT e PV devem formalizar bloco
Líderes do PSB, PPS, PC do B,PDT ePV naCâmara anunciaram ontem que pretendemformalizar napróxima semana um bloco parlamentar com 68 deputados. Será a terceira maior força da Câmara, atrás do PT(90deputados), edo PMDB (com 77). Opresidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE),porém, desautorizou as negociações feitas pelo líder do partido na Câmara,JúlioDelgado(MG)."ODelgadoestá se revelandoum verdadeirotrapalhão em relaçãoao partido.Não houvediscussão no PPSsobre esse bloco eisso queeleestá fazendoé um desrespeito". (AE)
bemvotando emVirgílio apenas para se vingar do governo por nãoterem tido suas reivindicações atendidas pelo Planalto. Estão confiantes, no entanto,que a maioria dos deputados aindanãodefiniu seu voto e,porisso, acreditamquea campanha de Greenhalgh tem tudopara deslanchar nos próximos dias. "Apesar de todas as dificuldades,o Greenhalgh tem umaestrutura portrás dele que vai carrear votos para sua candidatura", disse o líderdo PSB, deputado Renato Casagrande (PR). Ele voltou a criticar o PT por terescolhido Greenhalgh como candidato oficial do partido."O PTerrou aonão levar emconsideraçãoas opiniõesdos líderespartidários. OPT só levouem consideraçãosuas questiúnculas internas", afirmou o socialista. (AE)
Governo deve cortar pelo menos R$ 8 bilhões do Orçamento Ocortedegastosqueogovernosepreparaparaanunciar atéofimdomês,com base noorçamento aprovado pelo Congresso, deve somar pelo menosR$8 bilhões e atingir, principalmente, osinvestimentos dosMinistérios dasCidades,dosTransportesedaIntegração Nacional. ApastadaSaúdepodeser umadas poucas preservadas do bloqueio de recursos porque o governo está obrigado,pela Constituição, a gastarum piso mínimono setor.SóoMinistériodasCidades deve sofrer um bloqueiodequase R$2bilhões do orçamento de R$ 2,8 bilhões. (AE)
Governo pode politizar ainda mais as agências
mente descartado do Ministérioda Previdênciaporsetores dogoverno edo PMDB, o ministro Almir Lando (PMDB-RO)poderá permanecer no cargo. Segundo um dirigente nacional do partido, na audiência que teveesta semanacom o presidente, Lando pediulhe autorização para viajar em fevereiro ao exterior, para negociarparcerias como Banco Mundial eo Fundo Monetário Internacional FMI. E de acordo com o relato do próprio ministro, Lula não sóteria autorizado a viagem como dado um conselhoa seuministro:"Amir, parede ler jornal, e vamos trabalhar."(Agências)
O governo poderá ampliar a politização do controle das agências reguladoras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda a possibilidade de indicar o deputado Jorge Bittar (PTRJ), candidato derrotado a prefeito do Rio, para ser o novo diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Segundo um importante interlocutor de Lula, Bittar foi convidado para substituir o ex-deputado Haroldo Lima (PC do B), que responde pela agência interinamente. Mesmo com a entrada de Bittar, Haroldo Lima continuaria diretor da ANP. Com isso, haveria dois políticos nos principais postos. Se a indicação de Bittar for confirmada será a quarta nomeação política e pessoal feita por Lula. Nessa semana, o presidente deu posse a seu antigo colega de sindicato, Paulo Okamotto, no comando do Sebrae. Antes, o ex-prefeito de Piracicaba José Machado já havia assumido o comando da Agência Nacional de Águas (ANA), assim como o presidente do PT cearense José Airton Cirillo ocupa uma diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres. (AE)
OPartido da Frente Liberal (PFL) comemora os 20 anosde suafundação na segundafeira. Mas, em vez defesta,seus principais líderes pensam em mudanças. Em maio, está sendopreparada arealização de uma grande convenção nacional paradiscutir um novoestatuto enovoprograma partidário. A intenção é caracterizara legenda como umpartido decentro, que combataradicalismos, defenda a economia de mercado e ocontrole dos gastos dogoverno.A buscadanovaimagem vaiser aprincipal tônica da convenção, que alguns jáchamamde "refundação do partido". "Não queremosser nem de direita enem de esquerda. Nossa opção é ser um partido de centro. Há a convicçãode que temosum grande partido com raízes doutrinárias", afirma o secretário nacionaldoPFL, o vice-prefeito deSão Paulo, Gilberto Kassab. Eleé hoje umadas lideranças nacionais do partido e, junto com o vice-governadorCláudio Lembo, um dos responsáveis pelo crescimentoda legenda no Estado.
Idéias– A repaginada que o partido se propõe a fazer passa pela possível mudança de nome e até mesmo acriaçãodeumsímbolo(comenta-seque poderia ser a figura de umcanário). Mas issoaindanãoestádefinido. "Existem hojemanifestações bastanteexpressivas dentro dopartido parase manteronome.OPFLhojeé uma marcareconhecida em todo o País", diz Kassab. Apenas no governo Lula é
quea legendacomeçoua sentiro gostodeseroposição. "O PFL sempre foi governo eagora, pelaprimeira vez,é oposição.E estámostrandoqueé partido, enquanto algumasagremiações mostram quesão cartóriosdogoverno",afirmaovice-prefeito. O PFLpretendeconseguir diminuir a polarização entrePT ePSDB nocenário político nacional. Por isso, a candidatura àPresidência daRepúblicaem 2006do prefeito do Rio, César Maia, estáconseguindo oqueparecia impossível: uniros senadoresJorgeBornhausene Antonio Carlos Magalhães. Os dois têmposições distintas no partido. Bornhausen é oposição, enquanto ACM sempre que pode flerta com os petistas. "A posição do Jorge (Bornhausen) éa maioria no partido. É peculiar a posição do ACM. Mas não existem dissidências por conta disso", afirma Kassab. O"congresso darefundação" está previsto para maio. Será no dia seguinte à reunião da IDC (Democracia Internacional deCentro). Bornhausené vice-presidente da entidade, comandada pelo ex-primeiro-ministro da Espanha, José María Aznar. Porisso,aindanãofoidefinido o local da convenção, que poderá ser Brasília ou Rio. Fernando Lancha
Grifes apresentaram peças casuais e inspiradas em detalhes como os recortes geométricos.
São Pedro é fashion. Pelo menos na capital paulista, onde ocorre, desde o dia 19 e até a próxima terça-feira, 25, a 18ª edição do São Paulo Fashion Week. Como as grifes, 44 no total, estão antecipando o próximo outono-inverno, parece que o santo resolveu dar uma mãozinha, mantendo o clima cinzento. Logo após a passagem do tsunami Gisele Bündchen pelo Ibirapuera, o segundo dia da maratona de desfiles foi de curvas perfeitas. Nos recortes dos figurinos e na silhueta da noiva mais solicitada do momento, Daniella Cicarrelli, que encerrou a noite na passarela da Ellus.
Isabela Capeto - O primeiro desfile do dia teve música erudita e um time de meninas-moça com olhares perdidos, tipo apaixonadas. O figurino de Isabela Capeto, repleto de batas soltas e pregueadas, blusinhas, bordados e aplicações em saias e jeans, além de muito brilho, reforçou o tom nostálgico da coleção, resumido no estilo hippie-chic.
Pedro Lourenço – O mais jovem estilista do mundo fashion, Pedro Lourenço, aos 14 anos, virou grife própria. E, fazendo jus ao DNA — é filho dos estilistas e Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço —, ele surpreendeu. O desfile, realizado numa galeria de arte do Butantã, foi aberto com a top Isabeli Fontana, envolvida por um mantô marrom de lã com detalhes em couro. Zíperes dourados, prateados e coloridos, como abotoamento, deram brilho e tom alegre.
Jefferson Kulig - Do motocross para as próteses acrílicas de Jefferson Kulig foi só uma mudança de endereço. O estilista paranaense mostrou um conjunto praticamente ausente de cor, porém pleno de androginia, sustentada no tripé arte, tecnologia e masculinidade. Exceção feita no final, com interessantes vestidos de tafetá com nervuras cobertas por prótese acrílicas. Inovador, Kulig utilizou elementos vazados para criar novas formas de percepção da silhueta feminina.
Rosa Chá - Mas corpo à vista e realçado quem apresentou foi Amir Slama. A grife de moda praia aterrissou nas academias de ginástica. Em ritmo de Dancin’Days, ninguém notou a falta de Naomi Campbell quando despontou a bronzeada Ana Beatriz Barros, uma das mais bem pagas do mundo. Chamaram a atenção as cavas altas das calcinhas dos biquínis e os recortes geométricos. A coleção foi encerrada com um maiô turquesa inspirado no Palácio do Alvorada.
Fause Haten – Escondendo suas belas e longas pernas, a top Ana Hickmann esbanjou sensualidade em trajes de homem. Única mulher no casting de Fause Haten, ela materializou a síntese da coleção chique-detonada do estilista: calça e paletó pretos com camiseta branca estampada. Fraques, jeans furados e tricôs puídos também deram as caras, devidamente arrematados por insetos, que surgiram em forma de broches e estampas. Zoomp – Mangas soltas, volumosas, tipo morcego, tomaram conta da apresentação da marca, também marcada pelo jeans , que se mantém como protagonista com variedade de formas e lavagens. A grife propõe um inverno de cores leves, sobreposições e contrastes. Ellus- Igualmente tocada pelo tom romântico, Adriana Bozon, diretora de criação da Ellus, investe na atitude urbana, sobretudo a dos anos 60. Assim, cabelos com topete pedem jeans justos, combinados com peças esportivas, vestidos. O tema natureza marcou presença na sala de desfiles. Sobretudo a elogiada natureza humana de Daniella Cicarelli, a estrela do dia.
detonado.
A Melissa apresenta os lançamentos de inverno 2005 durante o SPFW. A grife aposta no uso da tecnologia aliada ao design para conquistar o consumidor em produtos como Melissa Lollypop Disney e os modelos exclusivos Eletrogirl, Ultragirl e Galáxia. O destaque da temporada fica por conta das peças assinadas por Alexandre Herchcovitch e pelos irmãos Fernando e Humberto Campana.
A Cachaça 51 agora é fashion. Marca líder do mercado, estréia na passarela como uma das principais patrocinadoras do evento e a única bebida alcoólica a integrar o time oficial de sponsors. Para fazer bonito, a empresa montou um lounge, com decoração de Ana Maria Vieira Souto, e um bar, onde promove o lançamento da Frozen 51.
Embalagem fashion. É a última novidade da FedEx, apresentada ontem nos pavilhões da Bienal. O produto, em três tamanhos, traz impresso o timbre “Brazil Fashion, by FedEx” e foi projetado para facilitar as exportações da indústria têxtil brasileira. Amir Slama, dono da Rosa Chá, não só aprovou a novidade como contribuiu para seu desenvolvimento.
Descoberta a identidade do rapaz que jogou uma declaração de amor quilométrica a Gisele Bündchen em plena passarela. Fernando Antonio da Silva, de Itaquaquecetuba, ainda exibiu para a platéia a imagem da modelo tatuada no peito, bem ao lado do coração.
A segurança é um dos pontos nevrálgicos do SPFW. Apenas uma das empresas contratadas, a Faqui, mantém 120 homens vestidos de preto e com rádio-escuta em punho. Para reforçar a equipe, 35 bombeiros fazem plantão permanente na Bienal.
A Rhodia e sua etiqueta Amni patrocinam dez estilistas durante a 18ª edição do SPFW. Além dos estreantes Érica Ikezili, Fábia Bercsek e Samuel Cirnansck, a empresa apóia Herchcovitch e André Lima, entre outros.
Mais uma maldade vem à tona na Medida Provisória baixada no apagar das luzes de 2004: Conselho de Contribuintes só vai receber grandes causas
Além de aumentar a carga tributária dos prestadores deserviços,aMedida Provisória 232 impede oscontribuintescomprocessodeexigênciadecréditotributário de valor inferior a R$ 50 mile osoptantes doSimples de recorrer ao Conselho de Contribuintes. Com isso, sobretudo os micro e pequenos empresários, que apelam ao processo administrativoporser umaopçãomais barataerápida,serão obrigados a entrar com ação na Justiça, se quiserem questionar algum tributo federal. "É maisuma contradição dogoverno Lula. No mesmo momentoemqueuma reforma quer desafogaro Judiciário, a MP 232 cria a necessidade de buscar solução por viajudicial", critica o advogado Luís Eduardo Schoueri,do escritórioLacaz Martins, Halembeck, Pereira Neto, Gurevich & Shoueri e vice-presidente daAssociaçãoComercialde São Paulo (ACSP).
Também não podem mais recorrer ao conselho os contribuintescomcausasrelativas ao descumprimento de obrigação acessória, restituição, ressarcimento, compensação, redução,isenção e imunidade de tributos.
Como em cerca da metade doscasos quechegavam ao conselho a decisão era favorávelaocontribuinte, os custos do Fisco devem aumentar com a nova medida.
Oadvogado explicaque quando o Estado perde em juízo, tem que pagar ao contribuinte uma verba chamada sucumbência. "A medidavaicontra ointeressedo próprio estado brasileiro porque asucumbência será paga,naverdade,portodaa sociedade", diz Schoueri. Oadvogado JúliodeOli-
veira, do escritório Machado Associados,afirmaque emmenosde 10% dasimpugnações as delegacias fiscais (1°instânciaadministrativa) decidememfavor do contribuinte. "Já quando essas impugnações chegam aoconselho,queéasegunda instância administrativa, em cerca de 50%dos casos o contribuinte tem razão." Oadvogado lembratambémque há casos em queé certo que o contribuinte perderiana primeirainstância, mas ganharia na segunda. Para Oliveira, a medida fere os princípios da ampla defesa e da isonomia quando impõe um piso de R$ 50 mil para o valor da causa que pode
Bornhausen: Sucesso para derrubar MP depende de pressão externa
ria jurídica. "Porisso, diminuir acompetência doconselhovai impediressasempresasdediscutirseusdébitos", afirma.
A medida vai contra o interesse do próprio estado
chegaraoconselho."Odireito de defesa éigual para todos, independentemente do valorda causa.Na maioria das vezes, issodeve acontecercom empresas deporte menor", afirma.
As microe pequenasempresas optantesdo Simples terão que suportar um forte impacto coma medida, segundoo consultor jurídico do Sebrae-SP PauloMelchor. "Para essas empresas é muito mais simples e econômico entrar comrecurso administrativo. Geralmentequemfazissoéocontador daempresa". Eleexplica que as micro e pequenas têm dificuldade para arcar comocustodeumaassesso-
O presidente do Sindicato daMicroe PequenaIndústria (Simpi), JosephCouri, informou que odepartamento jurídico da entidade está analisandoa viabilidadedeumaaçãojudicialpara contestar a medida. "Mas, nasemana que vem,teremos reunião com o comitê temático da microe pequena empresa do Conselho de Desenvolvimento Econômico eSocial,emBrasília, para tratardisso",afirma Couri.
Segundoa presidentedo 2° conselho,Josefa Maria Coelho Marques, dos 2.224 recursos de exigência de créditotributário em estoque, 568 correspondem a créditos de valor abaixo de R$50mil e1.383sãorelativos aressarcimento, compensação ou restituição.
"Os contribuintes que entraram com recurso até31 dedezembroterãooprocessojulgado,sóosnovos serão rejeitados", avisa Josefa. Mais detalhes do tsunami tributárionowww.dcomercio.com.br/tsunami.
Laura Ignacio
Estado do Paraná edita Código de Defesa do Contribuinte
Opresidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), afirmou ontem que o partido está preparando modificações e supressões à Medida Provisória 232 para apresentar ao Congresso após o dia 15 de fevereiro, quando acaba o recesso parlamentar. Apesar de o partido ter apresentado uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra dois artigos no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador acredita que a única forma de barrar os aumentos de impostos previsto na MP é via Congresso. Uma das emendas pretende corrigir o porcentual de correção da tabela do IR, de 10% para 17%.
Além disso, o partido vai tentar derrubar os artigos que tratam de aumento de carga tributária e de porcentual a ser retido na fonte. O PFL também quer suprimir os artigos que tratam da diminuição das atribuições do Conselho de Contribuintes.
Ao observar que a MP 232 provocou uma reação sem precedentes do setor privado, Bornhausen ressaltou que o Congresso só terá sucesso em derrubá-la se houver bastante pressão externa. "Não basta um movimento nacional. É preciso que em cada Estado seja feita uma pressão sobre cada parlamentar", afirmou.
O Ciesp já aderiu à Frente Brasileira contra a MP 232, movimento lançado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em conjunto com a classe médica e que prepara uma grande manifestação para o dia 15 de fevereiro, no Clube Espéria, em São Paulo. Ontem, a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também anunciou sua adesão. (AE)
Paraná é mais um estado brasileiro a ganhar um Código dos Direitos do Contribuinte. O governador paranaense, Roberto Requião, lançou o código ontem, na sede da Associação Comercial do Paraná (ACP). O objetivo da norma é harmonizar as relações entre o Fisco e os contribuintes, segundo o presidente da ACP, Cláudio Slaviero. "Os empresários já estão cansados de serem o lado fraco. É preciso haver mais respeito e igualdade jurídica", disse.
O estado de Minas Gerais foi o primeiro a editar legislação semelhante, seguido de São Paulo. A diferença entre o código paranaense e o paulista é que o segundo já nasce com a possibilidade de impedir a abertura de inquérito policial por crimes na esfera tributária até que o contribuinte prove administrativamente a sua inocência. "O Fisco sempre tratou o empresário como sonegador", reclamou Slavieiro.
O presidente da entidade ficou satisfeito que a Lei Complementar
nº 107, de 2005, que cria o código, tenha sido editada pelo governo estadual. A legislação paranaense é uma adaptação do projeto de lei federal do deputado Hermas Brandão, que após cinco anos nunca foi aprovado no Congresso Nacional. "A expectativa é de que o Brasil inteiro adote a mesma política", afirmou. Requião aproveitou a oportunidade para anunciar outras medidas que beneficiam o empresariado, entre elas a redução da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 18% para 12% para o setor de material de construção.
Adriana David
Epopéia brasileira causou a morte de milhares de pessoas na Amazônia
A história da construção da Madeira-Mamoré remonta a 1903, quando foi assinado o Tratado de Petrópolis, documento que pôs fim a uma disputa entre os governos brasileiro e boliviano pelo território do Acre – ambos, naquela altura, dispostos a ir à guerra para resolver o conflito. Para ficar com o Acre, o governo brasileiro se comprometeu a construir uma ferrovia em Rondônia, ligando a vila de Santo Antônio a GuajaráMirim.
A ferrovia teria que transpor as 19 cachoeiras que tornavam não navegável o trecho entre os rios Madeira e Mamoré, por onde seria transportada a borracha produzida na Bolívia até o rio Amazonas e, de lá, ao oceano Atlântico, de onde seria exportada. A Estrada de Ferro Madeira Mamoré foi concluída em agosto de 1912, com mais de 360 km de extensão. A responsável pela obra foi a empresa Madeira Mamoré Railway Co., de Percival Farquhar ( na série vivido por Toni Ramos), que comprou de outra empresa a concessão do governo para construí-la. Para realizar a obra, foram recrutados homens de diversos países, que acreditavam que trabalhar nos trópicos seria uma oportunidade para enriquecer. Alemães, barbadianos, chineses, hindus, ingleses e americanos foram responsáveis por esta epopéia no norte do Brasil. O inglês Stephan Collier, engenheiro responsável pela ferrovia (que será interpretado por Juca de Oliveira na minissérie), que construiu o Canal do Panamá, viveu na selva amazônica o seu inferno. O calor insuportável e as chuvas torrenciais (responsáveis pela destruição do trabalho de dias), a falta de remédios adequados para controlar o alto risco de contração de doenças tropicais como malária, beribéri e febre amarela, e os desentendimentos entre grupos de diferentes etnias foram algumas das causas da morte de milhares de trabalhadores durante a construção da ferrovia.
Mad Maria revela um dos maiores desafios arquitetônicos da história do Brasil. A construção da ferrovia Madeira-Mamoré.
O seu caderno de artes, espetáculos e lazer.
m elenco formado por 43 atores –entre eles algumas das mais cintilantes estrelas da Globo –, mais de 150 figurantes, umaequipe de450pessoas arregimentada para trabalhar, direta ou indiretamente, durante os dois meses de gravaçõesexternasemRondôniae uma históriaépica que vailevar o espectador ao coraçãoda florestaamazônica, para que ele acompanhe como foio processo de construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré,no norte do país.
Mad Maria,minissérie de BeneditoRuy Barbosacom 32 capítulos, que estréia nestaterça-feira, dia 25, após o Big Brother, vai trazeràtonaum dosmaiores desafios arquitetônicos brasileirosdoiníciodo século XX,o daconstrução daestradade ferroque rasgoua selva para levarprosperidade a umaregião inóspita e que, aoser finalizada, em 1912,deixou comosaldo milhares de trabalhadores mortos. Mad Maria (Maria Louca), a personagem-título da minissérie, vem a ser a locomotiva quecruzavaa imensidão verde da selva
soando seu apito. O apelido foi dado pelos americanos que vieram aoBrasilpara construir a ferrovia.
Superprodução
O projeto Mad Maria vai ao ar agora, mas estava desde 1980 engavetado na Globo. Foi neste ano que a emissora encomendou a Benedito Ruy Barbosa uma minissériebaseada nolivro homônimo deMárcioSouza. Mas o custo altíssimo de produção para a época e a faltaderecursos técnicos impedirama produção da obra -- até que o diretor RicardoWaddington aredescobrisse no ano passado. "Há maisde 20anos escrevi estaminissériee tenhoo imensoprazer derealizá-la agora, justamente quando completo 40 anosde carreira",afirmouBenedito Ruy Barbosa ao Diário doComércio. "A minissérie tem objetividade, muitaemoção, momentos de altíssima dramaticidade. Mad Maria relata este Brasil maluco quetemos e toda esta obra onde morreramtantas pessoas e nadafoi concluído. E faladesta relaçãoentreempresários e o governo."
O dia-a-dia dramático dos homens que sobreviveram aohorror naselva para construir a ferrovia é apenasparte dahistória. Aoutra se passano glamouroso mundo dospolíticose empresários no Rio de Janeiro, então capitalfederal, onde se movimentavamosresponsáveis e os interesses escusospor essa verdadeira saga amazônica. No capítulo romance, tanto na selva como na capi-
talvão se desenrolar dois triângulos amorosos.No acampamentoda construção da ferrovia será vivida a história de amor entre a pianista Consuelo (Ana Paula Arósio),o médicoamericano JoeRichardFinnegan (Fábio Assunção) e o índio Joe Caripuna (FidellisBaniwa), um dos últimos sobreviventes dos Caripunas. Consuelo sobrevive a um naufrágio nascorredeiras do rio,quando, juntamente com omarido, tentavavencer asperigosascachoeiras ao transportarnuma barca um piano de cauda para sua casa, em Guajará-Mirim. Desesperada com a morte do marido, ela se embrenha no meio da selva, até ser encontrada quase morta por operários da ferrovia. Dali é levada para a enfermaria do acampamento, onde conhece o índio Joe Caripuna, que setornaumgrandeamigo,e se apaixona pelo médico Richard Finnegan, que salva a sua vida.
Elenco
No Rio, o amor da jovem Luiza (Priscila Fantin), uma jovem pobre mas ambiciosa,vai ser disputadopelo ministro daViação eObras PúblicasJ. deCastro(Antônio Fagundes) epeloempresário americanoPercival Farquhar (Tony Ramos), dono daMadeiraMamoré Railway Co., responsável pela obra da ferrovia. Para viver a pianista Consuelo,Ana PaulaArósioteve de aprender atocarpiano, principalmente amúsica "O Guarani", de Carlos Gomes. Fábio Assunção precisou estudar, em livros
de medicina, técnicas de autópsia com o acompanhamento de uma médica. Essas, porém, foram as dificuldades menorespara os atores. Duro mesmo foi passar doismeses gravando nos mesmoslocais ondese passa a trama original,no pequenovilarejo deAbunã e na cidade de SantoAntônio,emRondônia. Alia equipe deprodução recuperou oito quilômetros de trilhos daferroviaoriginal parareconstituir oacampamento e a frente de trabalho da construçãodaMadeira Mamoré. Para a realização das cenas em Abunã, foi necessário restaurar seis quilômetros de trilhos queestavam soterrados por barroe mato, reformara locomotiva Mad Maria e reparar dois de seus vagões. O local de gravação ficava a quatro quilômetros da base de produção e somente nos dois quilômetros iniciais erapossívelcircular de carro. Daíem diante,sóapéounalitorina, pequeno vagão usado para transportar equipamento, alimentação, figurino etc. "O fator determinante na decisão de gravar em Rondônia foia impossibilidade de trazera locomotivapara o Rio, já queteríamos de transportá-lacomsuas 40 toneladas dePorto Velho e qualqueracidentenotrajeto impossibilitaria asgravações. O transporte de Porto
Velhopara Abunãjáera complicado. Imagina trazer de lá para o Rio!", diz o diretor Ricardo Waddington. O elenco conta ainda com atores conhecidos pelo público como Cassia Kiss (DonaAmália),Claudia Raia (Tereza), Marcelo Serrado (enfermeiro Jim), Walmor Chagas (Dr.Lovelace), Juca de Oliveira (Stephan Collier). Os atores Othon BastoseRenato Borghi interpretarão personagens históricos, respectivamente, o presidente do Brasil, marechal Hermes da Fonseca, e o
Fornecedores culpam o dólar pelo reajuste acima da inflação, embora valor da moeda norte-americana tenha caído no período. Editoras também não repassaram isenção de PIS e Cofins para preços dos livros.
Janeiroé mêsdeférias, de pagar contas e comprarmaterial escolar. A volta às aulas é o que traz movimento às papelarias, livrarias e armarinhos no iníciode todoano. Apesar dosinúmeroslançamentos do setor, a surpresa destejaneiro deveficarpor conta dos preços de artigos de papelaria, que tiveram reajuste médiode15%.A justificativa dosfornecedoreséqueesseaumento–que ficou bem acima da inflação doperíodo–ocorreu por conta, especialmente, da alta de papel e papelão e de algunsprodutosque levam emsuacomposição insumos importados. Embora odólar estejaem queda, oargumento dosfabricanteséquea matériaprima importada (como alguns tipos de tinta)foi adquiridaquandoa moeda norte-americana estava mais valorizada. "Ou seja, a queda não reflete no preço do atacado e, conseqüentemente, nopreço final",afirma Eduardo Kouzoukian,
proprietário da papelaria Educar, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Sem PIS e Cofins – Quantoaoslivros didáticos,embora a lei que isenta as editoras do Programa de Integração Social (PIS)e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) esteja em vigência desde o final de dezembro, ainda não será desta vez que o consumidor verá a diferença no preço que paga. A previsãodo próprio governo é que só a partir do terceiroano de vigência da lei isso ocorra. Os donosdelivrariaepapelaria reclamam,inclusive, queas editorasdiminuíram amargem que eles podemtrabalhar sobre o preço final. "O preçode capa éo mesmo para todos os comerciantes,querecebem das editoras umaporcentagem entre 15% a 20% desse valor. Agora,elas estreitaram mais esse repasse", conta Kouzoukian. Segundo ele, issoéruim porquesãooslivros os principais responsá-
veispeloganhodaslojas."A parte de papelaria representa cerca de apenas 30%." Promoções – Assim, não é de estranhar que nessa época do ano(janeiro e fevereiro), responsável porcerca de40% do faturamento anualdosegmento,asações promocionais sejam a estratégiapara atrairoconsumidor. Afinal, os comerciantes afirmamque játrabalham com margemdelucro bastante ajustada. A livraria Siciliano, por exemplo,iniciouontem a campanhadeVoltaàsAulas nos seus57 pontos-de-venda em todo o País. A rede de lojas oferece condições especiais de pagamento. Nas compras acima de R$ 150, o clienteafiliado ao ProgramaSiciliano de Relacionamento Amigo pode parcelarem atéseisvezes nocartão de crédito Visa. Além disso, a rede disponibilizou mais de 90 ofertas entre livros,dicionários,atlase 14 modelosdeagenda com preço diferenciado para o cliente Amigo.
Na Kalunga, as compras acimadeR$ 300podemser parceladas no cartão de créditoemtrêsvezessemjuros. Entretanto, a rede não realizaparcelamentocom cheque pré-datado. Nesse caso, osfinanciamentossãofeitos através de umaempresa financeira terceirizada. Facilidades – Várias escolas, quando fornecem a lista dematerial,indicam também algumas lojas nas quais os pais poderão encontrar os produtos pedidos. Muitas vezes, a papelaria facilita o pagamento. É o caso da Educar, que dá desconto de 10% nas compras a vista ou5% nosparcelamentos emduas vezescom cheque pré-datado.
A assistente de direção do ProconSão Paulo, Leila Cordeiro, lembra,entretanto,queéprecisoficaratento, pois aescola podefornecer opções de locais para a compra, mas nãopodeexigir que o material seja adquiridoem determinada loja. "Os pais têm direito de receber alista eescolheronde
O mesmovaleparaos uniformes, quesó poderão ser vendidospela própria escolase oestabelecimento tivera marca registrada. "Caso contrário, a opção é do consumidor", diz Leila.
Para ela, a melhor política na hora de comprar material continua sendo a pesquisa."Preço avista,descontose atétaxas dejuros em caso de parcelamento devem ser analisados antes do consumidor decidironde comprar", aconselha.
Patrícia Büll
Livros, cadernos, canetas coloridas e agendas disputam espaço nas prateleiras e na preferência dos jovens consumidores nos meses de janeiro e fevereiro. Movimento do período chega a responder por 40% do faturamento anual do setor.
Apesar deo real terse valorizadofrente aodólarem 2004, diminuindoo ganho dos exportadores, e do crescimento da economia ter impulsionado osgastos com produtos importados, aindaassim oBrasilfechou o ano passado com um recordehistórico nas contas externas, com um superávit de US$ 11,7 bilhões.
Issosignifica que as despesascom importações, contratação deserviçosestrangeiros, pagamento de juros e remessas de lucros ao exterior foram integralmente cobertos por receitas obtidas, sobretudo, com a venda de produtos brasileiros no mercadoexterno,eaindasobraram recursos para o País. O dinheiro extra, porsua vez,serviu paracompensar o rombo dos US$ 7,3 bilhões na contadecapital efinanceira,na qualestãoregistradasas saídas de dólares no período para quitar empréstimos antigos. O governofederal pagou
US$4,4bilhõesao Fundo Monetário Internacional (FMI), referentesaosempréstimos tomados até 2003. Emuitos empresários sentiram-se estimulados a selivrar depassivosvinculados ao câmbio. Ordem na casa – Em 2004, acredita-se que a produção nacional tenha crescido cer-
O momento se tornou oportuno para quitar débitos em dólar
ca de 5%, oque serefletiu em mais lucrodascompanhias.Com maisdinheiro emcaixa e oreal valendo mais frente ao dólar, omomentose tornouoportuno para quitardébitosatrelados à moeda norte-americana. Essemovimento teve impacto direto na taxa de rolagem da dívida externa. Emmédia, apenas 65% dos empréstimos tomados
junto a bancos e por meio de lançamento detítulosforam renovados no ano passado. "Essatendência deliqüidar dívidasfoimantida noinício desteano",destacou o chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Luiz Malan. Nos 20 primeiros dias de 2005, esse percentual foi de apenas 26%.
O bom desempenho do comércioexterior em 2004 foi reforçado pelo resultado deoutrositens das contas externas, que tambémcontribuíram para aumentar o ingresso dedólares noBrasil. Foio caso das receitas obtidas com turistas estrangeiros, que chegaram a US$ 3,2 bilhõesno ano, um recorde,segundooministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia.Issofezcom queo saldodas viagensinternacionais,já abatidas as despesas quebrasileiros realizam no exterior, ficasse positivo em US$ 351milhões no ano. (AE)
Engana-se quempensaque comprar material escolarnão dá problema. Por isso, a orientaçãodo ProconSãoPauloé que o consumidor sempre exijanota fiscal."Elaé agarantia em qualquer casode reclamação", explica a técnica da entidade, Leila Cordeiro. Por esse motivo, também, o Proconrecomendaqueseevite adquirir produtosdemarreteirosou camelôs. "Afinal,se ocorreralgumproblemacoma mercadoria adquirida, nesses casosé praticamenteimpossível realizar qualquer tipo de reclamação", diz Leila. Pesquisar os preços em vários estabelecimentos é outra dica,poisadiferença emalgunsprodutos ultrapassa 100%. Mas, antes, a técnica do Procon SP sugere que o consumidorverifique osmateriais que possui e que estão em bom estado, para quenão comprálos mais uma vez. "Para conseguir bonspreços,ospaisde uma mesma sala podem pesquisaros locais que oferecem descontos quandoa compraé realizada em grandes quantidades.Nesse caso,elespodem se juntar e comprarcom preços mais atraentes", ensina. Se acomprafor feitacom chequepré-datado, a técnica doProcon aconselha queas datas dos pagamentos e número dos cheques constem na notafiscal. "É uma forma degarantiacasoo chequesejadescontadoantesdo prazocombinado", afirma. (PB) comprar", afirma.
TransformaroBrasil em um país desenvolvido, com inclusão social avançada, seguindo os melhores desempenhos globais, custará R$ 7,2 trilhõesdeinvestimentos sociais, emvalores atuais, acumulados no período de 2005 a 2020. Isso representaacréscimodeaproximadamenteR$ 450 bilhões anuais,em valores atuais, durante 15 anos, aos gastos hoje executados na área social(educação, saúde, habitação,cultura,informática, combate à pobreza, reforma agráriae previdência social).
A projeção faz partede um estudo desenvolvido por um grupo de 17 pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade CatólicadeSão Paulo (PUC-SP), liderados pelo economista Márcio Pochmann, e apresentado na publicação" Volume5 -Atlas daExclusãoSocial-Agenda Não Liberal da Inclusão Social no Brasil".
O livro, lançado ontem, em São Paulo, terá apresentação oficial durante o Fórum Social Mundial,em Porto Alegre, na próxima semana.A publicação propõe uma "agenda" de investimentos sociais necessáriospara elevaroPaís aníveisintermediários ou avançados de desenvolvimento ou, como dizem seus elaboradores, "dimensiona o tamanho do déficit social doBrasil" comparativamente aos melhores desempenhos no mundo. Economiax social– Na avaliação de Pochmann, como acontece em quase todos ospaísessubdesenvolvidos, a"organização da
área econômicadesorganiza a área social" no Brasil. "É preciso compatibilizar as metas econômicas comas sociais nos próximo15 anos", afirmou. O levantamento dos pesquisadores revela que, se mantido o nível atual de investimentos na área social, em 2020 o Paísestará em situaçãopior do que aatual, em termos relativos. Dessa maneira,oestudocontradiz a projeção divulgada esta semana por estudo coordenado pela agênciade inteligência dos Estados Unidos (CIA),noqualoBrasil,aolado de China e Índia, poderá se tornar uma potência mundial em 15 anos. (AE)
SãoPaulo comemora seus451anosdeidade com menos festa do queno ano passado,pois números redondos são sempremais festejados. E para aproveitar a calmaria dasférias,antesque recomeceo anoletivo, sugerimos um roteiro diferente: o circo. A festa de aniversário acontece na avenida Paulista, local em que inicia o passeiorumo às cores circenses:as telasde AngélicaPedroso emexposição atédia 30 na GaleriaPaulista da Caixa, noConjuntoNacional. Aartista pintao movimento dos malabaristas e trapezistas, asensualidade das contorcionistas.
Animais - Para quem gosta de ver animais no circo, a opção é o Circo Stankowich, com seuselefantes,macacos, pôneis e camelos amestrados. O circo tem também ostradicionais palhaços e malabaristas. Espetáculos de terça a sexta, às 20h45; sábado e domingo às 16h,
Diversão para crianças e adultos
18h30 e2045. Ingressos de R$ 20 (adultos) a R$ 7 (crianças). Deterça asexta, grátis para crianças acompanhadas de adultos pagantes. O estacionamentocusta R$5. Até10 defevereiro, naavenidaRadialLeste,4700,próximo do metrô Tatuapé, tel.: (11) 9887-1388. Até o final do mês fica em cartaz, também na zona leste,oCircoEspacial,quepro-
mete deixar"boquiabertos" adultos ecrianças, com as peripéciasde seustrapezistas, malabaristas e com o número Globo da Morte. As apresentações ocorrem quinta e sexta às 20h30; sábado, domingo eferiado às 16h, 18he 20h30.Os ingressos custam R$ 10 para adultos e R$7 para crianças até 12anos.NaavenidaAricanduva, 5.555, dentrodo estacionamento doshopping Leste Aricanduva, tel.: 3444-2000.
Livro - Epara iraocirco sem sair de casa, há o recémlançado livro Circo Nerino (Editora Códex, R$80),escrito pelo palhaço Picolino II,RogerAvanzi epelapesquisadora VerônicaTamaoki. Com 354 páginas ilustradas, a obra conta a trajetória desse circo, quemontou espetáculos pelo País durante 52 anos, de 1913 a 1964. Entre asimagens, há dezenas feitas pelofrancês Pierre Verger (1902-1996).
Lúcia Helena de Camargo
Artistas impressionistas retratam a São Paulo dos bondes no Conjunto Cultural da Caixa
Aexposição Imagens de São Paulo – Ano 450, em cartaz até 30 de janeiro no Conjunto Cultural da Caixa, traz imagens da cidade que despertam a nostalgia da São Paulo dos bondes, das ruas calmas, homens de chapéu e mulheres de saias longas. Os impressionistas Mick Carnicelli e Wasth Rodrigues retratam, em 41 obras de estilos diferentes, as ruas do centro e construções históricas, do final do século 19 à metade do 20. As aquarelas de Wasth Rodrigues (1891-1956) se concentram na arquitetura de casas e igrejas. O olhar do artista revela os pacatos arredores do mosteiro de São Bento e a catedral da Sé, a rua XV de novembro ainda sem o corre-corre dos corretores da Bolsa de Valores de São Paulo. Os trabalhos de Mick Carnicelli (1893-1967) refletem uma visão dos mesmos lugares, em um quadro mais amplo, como em um estudo paisagístico. Em grafite e nanquim, entre seus quadros em preto e branco estão visões de ângulos interessantes da Ladeira Miguel Carlos (hoje Rua Florêncio de Abreu) e da Praça Antônio Prado, no começo do século 20. A imagens pertencem ao acervo da Pinacoteca Municipal do Centro Cultural São Paulo, e foram reproduzidas em cartões postais em 1954, na comemoração dos 400 anos da cidade. A curadoria é de Sônia Hamburguer. Imagens de São Paulo – Ano 450 está aberta no Conjunto Cultural da Caixa - Praça da Sé, 111, Telefone.: 31070498. Grátis.(LHC)
ois pequenos livros recém-lançados pela Editora Senac deliciam quem gosta de fotografia, arquiteturaemoda. Ambos da coleção de fotografia da editora, contém imagensquefogemdo óbvio.Onúmero6trazotrabalhode Nelson Kon, formadoemarquiteturaefotógrafo de profissão. São fotos de grafismos formados por viadutos, pontes e edifícios paulistanos,a fumaça de Cubatão, um interessante enquadramento doconjunto de passarelas em São Bernardo doCampo, ou toda a sinuosidade daOca, noParque do Ibirapuera, com visões por dentro e por fora. "Arquitetura de forma amplaé oespaço construído pelohomem,sejaa apropriação da caverna ou a construção de umacidade", dizo autor.
NTO número 5estampa fotosde ThomasSusemihl. O livroé sobre moda, porém explora mais
semblantes do que roupas. "Se debruçar sobre a fotografia demodaécontara
históriadeumacivilização", diz Simonetta Persichetti, na apresentação. Entre os inusitados cliques, há aatrizAna Paula Arósio comum jeans feito turbante, e Débora Duboc, grávida e nua, posandocom asas de anjo, dentro de um frigorífico, rodeada depeças de carne. Com 95 páginas cada,ospequenosexemplares de 18cm x18 cmsão vendidos por R$ 35 . (LHC)
Tom Jobim tinha algo em comum com São Paulo. Nasceu no dia 25 de janeiro.
om Jobim e Billy Blanco, parceirosno talento e na boêmia, aparecem juntos aqui, não porque sejamoscriadores de Teresa da Praia, imortalizada pela interpretaçãode
FotomontagemCéllus
Dick Farney e LúcioAlves. Masporque, cadaum aseu modo, têm uma ligação muito forte com São Paulo. O carioca Tom Jobim é meio paulistano, porque nasceu no dia do aniversá-
rio dacidade. Se estivesse vivo,Tom faria 78anosno próximo dia 25. O paraense Billy Blanco, 81 anos, estudou arquitetura no Mackenzie,participoudurante anos da vida acadêmica e musical da cidade, e compôs Paulistana (1974), uma sinfonia que retrata São Paulo em 15 peças, cuja abertura é uma louvaçãoa Anchieta.É destasinfonia(editadaemLP pelo seloEventoeremasterizada paraCD) queJovem Pan AM extraiu a trilha sonora domais tradicional radiojornaldeSãoPaulo.Orefrão que nosdesperta fazparte dapeçaO TempoeaHora: "Vombora,Vombora,Olhaa Hora, Vombora".
E Tom? Hoje, dois recentes lançamentos reavivam a suaobra,tãoimortalquanto a de Villa-Lobos. Um disco formidável,sóTom eopiano: AntônioCarlosJobim em Minas ao Vivo (1981, seloBiscoito Fino), gravação no Palácio das Artes, em BeloHorizonte. Em 18faixas, o compositor celebra parcerias com Newton Mendonça, Chico Buarque eVinícius. Um livrinho (que é um livrão) encantador: Três Canções de TomJobim (Sabiá,Águas de Marçoe Gabriela), analisadasrespectivamentepelosensaístasLorenzoMammi, ArthurNestrovski e Luis Tatit.Edição da Cosac Naif,com um CD anexo.
atarde destaterçafeira, longe dos holofotes e da muvuca dos grandes shows, São Pauloreceberá uma homenagem bastante significativa pelos seus 451 anos: o vibrantecordão Ziriguidum voltaráa desfilarpelo centro da cidade, depois de dois anos inativo.O desfile devecomeçar no Largo Paissandú,às15horas,iraté o Pátio do Colégio e retornar ao ponto de partida cercade duashorasdepois. O trajetofoi cuidadosamente estudado pelocriadordo cordão, o sambista Osvaldinho da Cuíca, que levou em consideração a importância histórica dos lugares visitados: "O centro antigo todo é muito representativo para a nossa formação. O Largo Paissandú, por exemplo, guarda a memória dos afrobrasileiros, inclusive por meiodaquela estátuabonitadeumamãepreta amamentando,enquantoo Pátio doColégiosimbolizaa integração de brancos e índios. Queremos unir tudo isso!", diz ele. Além de serum dos mais importantes esforçosde conservaçãodanossaculturacarnavalesca, o Ziriguidum é o filho pródigo de Osvaldinho, considerado por muitos como omaior especialistano sambapaulista. Fundado justamente num 25dejaneiro,em 2000, foi concebidocom opropósito de reavivar a tradição do carnaval paulista, injustamentemarginalizadadesde o início do reinado das escolas de samba, em 1972. "Nós vamos para a rua com poucos batuqueiros, sem abusar dos tambores mais pesados,como osurdoe obumbo, e prestando bastante atenção na cadência para não repetir, emnada, os padrões das escolas de samba de hoje em dia. Será quase como uma bandade fanfarra,mas com maispujança no batuque, assim como eram os cordões originais", explica o sambista. Aliás, porcontadessarecusa do modelo carnavalesco atual, a maioria dos músicos que o acompanharão não foram
arregimentados nasescolas de samba, mas emgrupos folclóricos, conservatórios e até entreos estudantes de metais do CEU-Aricanduva, da Prefeitura. Também o repertóriodo Ziriguidum é de outroscarnavais.Nele, constamantigossucessosderádioecomposições populares em ritmos comoo zé-pereiraea marcha-sambada, uma espécie de marcha sincopada e aceleradaque foia principalmarca musical doscordões paulistas. Asfiguras reais, baianas e balizas dos festejos serãoigualmente recuperadas, sobretudo graçasao auxílio de gente quenunca esqueceusuaarte, a exemplo do veterano baliza-artístico Serelepe. Porém, nem tudono Ziriguidum caminha paraabuscadeumpassadoquaseperdido. Ansioso por novidades, Osvaldinho fez questão deintroduzir no cordão,ao lado da tradicional corte européia,umacorterealafricana, a fim devalorizar a fundamental participação dos negros nonosso carnaval. Atéuma legítima rainha conga, dona Cacilda, foi convidada parao desfile."É impressionante! Nos olhos dela se podever aquela alegriafantástica eosofrimento das várias gerações de negros do Brasil", exulta. O desfiledo Ziriguidum seráuma ótimaopçãopara o feriado, principalmente para os que quiserem distância dos mega-espetáculos e das solenidades oficiais. Como resume Osvaldinhoda Cuíca, éumacomemoração feita pelo povo eparaopovo. Quemnão puder participardodesfile no aniversário da cidade terá, ainda, duas outras oportunidades decurtiro Ziriguidum:nodia 23,às15 horas, na pracinha Dom Orione, no Bixiga, e no dia 30, também às 15 horas, na RuadaGlória,na Liberdade. Oslocaisnão foramescolhidosporacaso: o primeirohomenageia obairro em quenasceua escola de sambaVai-Vai eosegundo, o berço da Lavapés. André Domingues
Contas de água, luz, escola e outras podem ser concentradas na data do vencimento do cartão. Vantagem é ganhar mais prazo para o pagamento.
Ocartão de crédito não serve apenaspara pagarcompras emlojas e supermercados, passagens aéreasou serviçosdiversos.Algumasadministradoras têmapostado no crescimentodovolumedeoperaçõesoferecendo aos clientes a possibilidade de também quitar contas do dia-a-dia por meio do cartão. Contas de água, de luz, de telefone, mensalidades escolarese impostospodem serpagos avista elançadosna fatura.Oferecem esse tipo de serviço a Credicard, a Unicard (administradora doscartões emitidos pelo Unibanco, pelaFininvest e pelo Hipercard) e a American Express.
ACredicard, maioradministradora do País,foi pioneiranodesenvolvimentodo serviço. Desde agosto de 2002 aceita pagamentos de fichas de compensação por meio dos cartões Credicard de bandeira Visa e Mastercard emtodas as modalidades (local, internacional egold). Utilizando-se da centraldeatendimentotelefônicooudeum serviço muito parecido com os internet banking no site da Credicard, os clientes podem lançar os pagamentos de contas do dia-adia na fatura seguinte de seus cartões. Para isso, a Credicard cobra juros de 1,99%, mais tarifade R$1 porboletopago. Aadministradoraquitaa contaeocliente sópagano vencimento da fatura, ganhandoassim mais tempo. Como os títulos são considerados compras, reduzem o limite do cartão Aceitação – "Esseé umserviçomuito bem aceitopelo cliente daCredicard. Para se ter uma idéia, ovolume de títulos pagos subiude 200milem 2003para500milno ano passado", informa o gerente de Marketing da Credicard, Liao ChienHung. "Os
clientes aprovam o serviço porque quando estão sem dinheiro para pagar as contas têma alternativade usarocartão semprecisar pagar mais pelo atraso", diz. Na Unicard esse tipo de serviço também tem sido bemrecebidopelos clientes,segundo odiretor comercial da administradora, Carlos Rodrigo Formigari. Tanto que neste mês a empresa inovou ao oferecer aos clientes apossibilidade de pagar oIPVA por meio do cartão de crédito. "No paga-
mento do IPVA os clientes podem enxergar bem a vantagem do pagamento de contas comocartão.Quem optoupelocartãogarantiu o desconto a vista ", afirma. Segundoo executivo,pesquisasmostram que os clientes aprovam a possibilidadedeconcentraremumúnicoextratotodas as contas do mês. "A avaliação é de que esse extrato únicofacilita o controledas despesas mensais", diz Formigari.Ele diz que há diferenças de tarifasentre os cartõesUni-
card emitidospelo Unibanco epela Fininvest. No caso doscartões Unicard Unibanco não haverá tarifa até o dia 31 de março. Projeto– NaUnicard oserviço depagamento decontas começou comum projeto pilotonofimde2003eganhoucorpoaolongo de 2004. "Como é um serviço recente por enquanto os pagamentos só são aceitos nos caixasdo UnibancoedaFininvest", diz.A partir de fevereiro vamos oferecer também o serviço por meio dos canais telefônicos". De acordo com o diretor, o pagamento de contashojejárepresentacercade10%dototal mensal de transações com cartões Unicard."E esse porcentualtendea crescer muito com a criação de novos canais", diz. A AmericanExpress estálançando neste mêsdejaneiroo produtoPagueFácilpara oferecer aosclientes a possibilidadede pagamento de contas. A administradora aceita fichasde compensação (boletosque têm códigode barra) demensalidadesescolares, condomínios, seguros, financiamentos deveículos, entre outros, mas não pagamentosdecontasde concessionáriasde consumo (luz, gás, telefone, água).
Segundo o representantede relações públicas da AmericanExpress, Fernando Poyares, nãohátarifa pelospagamentos, apenas taxaadministrativa de 2%do valor dafichadecompensação,cobradosnafatura do cliente. O serviço está disponível para cliente doscartões AmericanExpress Credit e American Express Gold Credit, que podem fazer ospagamentos pelo atendimento telefônico. "O produto é voltado para clientes que querem mais conforto na administração de suas despesas mensais".
Rejane Aguiar
Antônio Palocci diz que elevação dos juros foi acertada
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, rebateu críticas dos setores produtivos à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar em 0,5 ponto porcentual a taxa básica de juros, a Selic. "A política do Banco Central, a política monetária, reage a um mal maior que o mal da inflação", disse Palocci. Para ele, o Banco Central acerta em sua estratégia de elevar a taxa de juros, enquanto houver pressão inflacionária.
Palocci afirmou que é preciso olhar não apenas para a política de juros, mas também para a ameaça de inflação. Ele não quis arriscar um palpite sobre até quando ainda haverá pressão inflacionária e, portanto, necessidade de aumentar os juros, mas disse que confia que o Copom saberá tomar essa decisão na hora certa.
O ministro lembrou que no ano passado o Banco Central sofreu críticas por conta da política monetária, mas que os resultados mostram que foi acertada.
"Conseguimos o melhor resultado industrial dos últimos 18 anos", disse. O ministro Palocci ressaltou que, embora aceite as críticas dos empresários, está seguro de que a política econômica está no rumo certo.
Na última quarta-feira, o Copom decidiu aumentar a taxa Selic, que passou de 17,75% ao ano para 18,25%. Com a medida, o Brasil passou a ser o país com a maior taxa de juros reais (descontada a inflação) do mundo, à frente da Turquia. (AE)
(foto) desabafa: política do
Para o governador
Alckmin, alta do juro foi uma 'tsunami"
Ao comentar sobre o aumento de0,5pontoporcentualdos juros,ogovernador Geraldo Alckmin dissequefoi"umatsunami que se abatesobre aqueles que querem produzir e gerar empregos".
Alckmin disseque atrajetóriade alta daSelic "é muito preocupante",mas ressalvou que não existe nenhuma relação com a dívida do Estado, porque a dívidaestadual, renegociada, paga taxa de juros fixade6%aoano,epagacorreção monetária pelo IGP. "Anossataxanãoéataxa Selic, é taxa fixa". E prosseguiu:"Éevidenteque tem um enorme impacto na dívidapública brasileira e além de ter um grande impacto na dívida pública brasileiracriando uma vulnerabilidade,é um freio na geração de emprego e renda".
Alckmin também deu uma alfinetada na MP 232, queprevê umaumentono Imposto de Renda de prestadoresdeserviços."Amedida provisória 232 eleva a carga tributária. (AE)
Borhausen diz que governo atrapalha crescimento do País
O presidente do PFL, senador JorgeBornhausen, também engrossouo coro dosdescontentes coma decisãode quarta-feirado Comitê de Política Econõmica (Copom) com relação aos juros. Borhausen criticouontem,em São Paulo,o aumento dejurosdefinido pelo Copomem 0,5ponto porcentual, para 18,25% ao ano. "O governo vem atrapalhando o crescimentoeconõmico e,além disso,se vanglorianapublicidade oficial de que está fazendo alguma coisa (parao crescimento)",atacou o pefelista. Segundo ele, o governo não vem fazendo os investimentosnecessários ao desenvolvimento do País, como naáreade infra-estrutura, por exemplo.
O senadoresteve ontem em SãoPaulo, ondeparticipou de umdebate que reuniu empresários do Centro de Indústrias do EstadodeSão Paulo (Ciesp). Oassunto: aMedida Provisõria 232, que elevou o IR. (AE)
Juro mais alto encarece o crédito, diz Conselho de Economia de SP
Aelevação dataxabásica de juro, a Selic, encarece odinheiro eprejudicaempresários e consumidores. Essa éaavaliaçãodoeconomista Carlos Eduardo de Oliveira Júnior, conselheiro do Conselho Regional deEconomiade São Paulo (Corecon-SP).
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu anteontem a taxa em 0,5 ponto porcentual. "Com isso, ficoumais carotomarempréstimosecompraraprazo.Isso acarretaquedade investimentose deconsumo", explica Carlos Eduardo.
Para o economista, a medida do Copom está correta com relaçãoao controle da inflação,mas inibeo crescimento econômico. Uma alternativa àatual política monetária, acredita Carlos Eduardo, seria um melhor controle de preços administrados(telefonia, água, luz, por exemplo), por meio de ministérios e agências reguladoras, com aumentos gradativos. (ABr)
quer emprestar R$ 30 milhões a empresas via cartão
O Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer liberar em 2005 R$ 30 milhões de recursos para as micro, pequenas e médias empresas pormeio doCartão BNDES. Ovolumerepresenta quase o dobro do que o banco emprestou em dois anos de existência do cartão, igual a R$ 18 milhões.
O Cartão BNDES foi lançadoem2003. Jáéutilizado por mais de 29 mil micro, pequenas e médias empresas.Comele,as empresas podem solicitar, pela internet,créditocomlimitedeR$ 50 milparainvestimento emsua produção.Osjuros, cujastaxas sãomensalmente divulgadas no site do BNDES, maisespecificamente no portal do Cartão BNDES (ww w.cart aobndes.gov.br), estão abaixo do cobrado pelo mercado financeiro.Nestemêsde janeiro estão em1,39%. O valor financiado pode ser quitado em 12 até 24 meses.
As operações de compra deprodutossãofeitas pela internet entre os fornecedores e as empresas. Em dezembro, havia 822 fornece-
dores credenciados para atender as empresas com 10,1mil produtos.Naquele mês foram realizadas 1,3 mil transações com valor médio de R$ 13 mil.
Maior uso – Os setores de comércio de combustível lideram a listados maiores compradores, com participação de 8,32%. Seguidos pelos setoresdesupermercados elojas deconveniência, com7,76%. Emseguida estão asempresas dosegmentode produtosalimentícios, com participaçãode 7,62%.
"Ampliar onúmerode compradores e fornecedores de máquinas e equipamentosfabricadosnoPaís,e atender omaiornúmero possível de micro, pequenas e médias empresas são os desafios para 2005", disse Jacob Kutwak, gerente do Departamento de Operações pela Internetdainatituição financeira.
Segundo Jacob, liberar R$ 30milhõesé possível"já que,em 2004,omovimento ficouacimadaexpectativa", diz. O cartão BNDES pode ser solicitado pela internet. Eduardo A. de Castro
O intrigante Cartuxa de Parma
Renato Pompeu
Muitasvezes os livros considerados como clássicos pelos cânones universitários são de leitura difícil, complexa edemorada, maseste não é o casode A Cartuxa de Parma, dofamosoescritor francês Stendhal,nome artístico de Henri Beyle (17831842),agorarelançado no Brasil pelaEditora Globo, em perfeitatradução deVidal de Oliveira, cujo único e ínfimodefeito échamarde Saragossa a cidade espanhola cujonome emportuguês é Saragoça.
Com efeito,como ooutro livro famosodoautor, O Vermelho e o Negro,este A Cartuxa éde leituraintrigante eenvolvente, naqualidade que tem de livro de aventuras.Trata-se davida deum jovemnobreitaliano no primeiro quarto do século19, quedesdeaadolescência procura se envolver em grandes feitos, desde o primeiro, a p a r t i c i p ação no Exércitode Napoleão, até o mais recente, a libertação da jovem monja queama, presa a um convento.
Normalmente, Stendhal é apresentado comoum escritorquenarra comooperíodo de reação política e culturalque irrompeu pela Europa após aderrota de Napoleão sufocou na mediocridade a juventude que sonhava com tempos heróicos e com o progresso, com umaéticadoheroísmoenão aética doendinheiramento e poder então dominante. Essaépocaguardamuitasemelhança com aépoca contemporânea, em que o fracasso dasutopias– como o fracassoentãodorevolucionarismo napoleônico – leva aoisolamentodas pessoas que querem mudar o mundo por meio de atos heróicos,enão pelatranqüilavivência dos trabalhos do diaa-dia,comofaz agrande maioria dos que não são simplesmente obrigados a lutar encarniçadamente pela sobrevivência.
Vistomaisdeperto,noentanto, Stendhal está longe de ser um porta-voz do progressismomodernista; embora seu objetivo fosse se apresentar como tal,sua fidelidade àrealidadequeo circundava olevaa pintar heróis queem nadasão mais heróicosdo que seus adversários, apenas nos são pintados com cores mais simpáticas porStendhal do queseusinimigos–masarigor são da mesma laia.
ComoStendhalé um ficcionista eminentemente político, ele descreve como seus heróisse envolvemem
intrigas mesquinhas nas pequenas cortesitalianas, em parte ainda sob dominação estrangeira.Asarmasdeseu herói, Fabrício, e de sua heroína,sua tiaGina,apresentados como nobres e altivos, são as mesmas dos seus inimigos,apresentados como corruptosenefandos: onepotismo, a violência, a aproximação com os grandes, o aproveitamento das relaçõespessoaiscomossoberanos e ministros absolutistas. Nãohá diferenças entreo comportamento dos que pretendem assumir um heroísmo aristocrático e os que sãodescritoscomoaburguesados e com más intenções.
Igualdade
Nisso,seu romanceéainda mais atual, pois, como no reino deParma quedescreve, hoje situacionistas e oposicionistas serevezam no poder sem que nada mude e nenhum lado é mais ético do que o outro. No entanto,tal comoStendhal,sempre temos simpatiamais por um lado do que pelo outro, e esse lado nosparece maisético e mais honrado do que o outro, embora a rigornão haja grandesdiferenças entre eles.
Neste sentido,o jovem Fabrício sepermite assassinarpessoas,forjar documentos, ser padre e ter amantes ao mesmo tempo –mas tudoisso éapresentado, por Stendhal, como frutos de um temperamento passional que se vê cerceado, em suas nobres ansiedades por ações emocionantes, pelo ambientegeralde mediocridade. Stendhal, semdúvida,pretendia ser, emsuaépocadereaçãoeabsolutismo, "politicamente correto", mas a noção que tinha disso era muito diferentedoque aquetemoshoje, em queo grande lema éa igualdadededireitose de oportunidades.
Superioridade
ParaStendhal, haviapessoas naturalmente superiores àsoutras, como éo caso de Fabrício,de suatia Gina, e de sua amada Clélia, a cartuxa de Parma. Para nós, o que vale é, acima da pretensão subjetiva do autor, a sua objetividade em mostrar que, emtempos não-heróicos, mesmo os quepretendem ser heróis sucumbem à mediocridade geral.Suas vidas, assim, valem pelas suas aventuras, mas suas aventuras não valem nada a não sero entretenimento pela leitura.
Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de "Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória" (Ediouro) e "Memórias de Uma Bola de Futebol" (Editora Escrituras).
Em diasde SãoPaulo Fashion Week, uma modelo para quem os números já representamum pesadelo –40anose insuficiente 1,68m dealtura – acabade chegar à cidade. Em vez de exibir as últimas tendências da temporada,elavai escancarar diante do público suadecadência profissional, sua solidão e seu exagerado consumo dedrogas e cigarros – as feridas de uma almaque talveznemalcance apróxima estação.Seu habitat,nolugardepassarelas,é um banheiro comencanamento àmostra einsuportáveis infiltrações. Quanto aos flashes, ela também pode se esquecer deles: seu corposerá bombardeado sim, mas literalmente por baldes de água fria. No meiodestecenárioinóspito, existe alguma coisa capaz de transformaremdeleite esteaparente showdehorrores: a modeloem questão éGiuliaGam. Aatriz,afastada dos palcos de São Paulo desdea primeiratemporada do elogiado Os Sete Afluentes doRio Ota,há dois anos, estréia hoje, no Teatro Sesc Anchieta,a peçaDilúvioem Temposde Seca,em que divide opalco,oumelhor,um banheiromontado sobre ele, com o ator Wagner Moura, sob direção de Aderbal Freire-Filho.
O texto de Dilúvioem TemposdeSeca, do carioca Marcelo Pedreira, foigarimpado pela atrizentre cerca de50 novas peças apresentadasao público em2004, duranteum ciclo de leituras realizado no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro."Oquemechamouaatençãonestaobraéqueela,apesar de trazer apenas um homem e uma mulher no elenco, não está interessadaem discutir a relaçãode um casal",diz a atriz."Tanto éassimque ospersonagensnão possuemsequer nome: são tratados apenas por ele e ela".
Tempo
Giulia Gam vive a modelo, meio dark meio anoréxica, que aceita oconvitedeposar paraumescritor fetichista, empacadodiantedodesafiodeescreverumnovolivroque ele julga capaz de mudar os rumos da literatura mundial. "O inusitado começa aí. Ela não está posando para um pintor ou um fotógrafo, e sim para um autor que busca no corpodelaa inspiraçãoparaseulivro",dizGiulia. "Eotrabalho se dá no banheiro da casa dele, onde eles passam vários dias,enquantoumachuva torrencialinundaomundolá fora. Depois de algum tempo,eles já estão sem comunicação,alimentoeenergiaelétrica.Elaolhapelajanelaevêque a cidade desapareceu, submersa. Eles são o último casal vivo no planeta. É um universo que lembra muito as peças de Samuel Beckett".
Apeça édivididaem dezpequenascenas, queservem também para marcar a passagemdo tempo. "Eles provavelmente comem e dormem naquele banheiro", diz FreireFilho.Nascincoprimeiras,o textoservequasequeexclusivamente ao personagem de Giulia Gam – o escritor vividopor WagnerMoura permanecetodo esteinício depeça praticamentecalado,àesperadeumaexplosãoverbal,que irá ocorrer somente na segunda metade do espetáculo. "A
Peça Vidamorte é baseada em livros de Clarice Lispector
A atriz Giulia Gam estréia hoje na peça Dilúvio em Tempos de Seca
Sérgio Roveri
partirdomomento em que eledecide falar, teminício uma discussãoenlouquecidasobre sexo,amore vida de uma maneira sem censura. Usamos uma linguagem terrível, voam palavrões paratodos oslados.Minha mãe, apósver oespetáculo, dissequeeuresolvifazersomente agora, aos 40 anos, o que devia ter feitona adolescência".
A montagem de Aderbal Freire-Filho exigiu uma preparação quase atlética dos atores:há embatesfísicos, correrias e banhosde água. Tudo paravalorizar, segundoa atriz,o queo textotem deviril, sexualedesesperador. "As pessoaspodem até nãogostardo espetáculo, masé tanta adrenalinaque ninguémpoderáacusá-lode chato ou monótono".
Graças à temporada de Dilúvio em Tempos de Seca, Giulia Gam promete reatar seus laços, profissionais e afetivos, com SãoPaulo, cidadedeonde elasemudou hádez anos. Nove deles passados no Rio, onde se casou com o jornalista Pedro Bial ecom quemteve umfilho, Theo, eoutro em Nova York,logo apósumarumorosa separação que chegou às manchetes dosjornais, quando o casal passou a brigar pela guarda do menino. "Foi o momento mais difícil da minhavidapessoal,masfoitambémomomentoemqueeu percebi que as pessoas tinham muito respeito por mim. Eu não precisava ter medo e nem me sentir humilhada", diz a atriz. "Quando você assume seus problemas e aceita falar sobre eles,o queera terrívelpode setransformar emalgo bacana.Perdi omedo eagora possoenfrentar papéisdifíceis como este, sem nenhum pudor".
Eles(Giulia GameWagner Moura)
provavelmente comeme dormemnaquele banheiro
Aderbal Freire-Filho
Hoje Theo vivecom Giulia, que recuperoua guarda definitiva do garoto. O que ele disse após saber de Dilúvio em Temposde Seca?"Mãe,párade fazer maluca.Faça uma mocinha, por favor".
DILÚVIO EM TEMPOS DE SECA
Estréia hoje no Teatro Sesc Anchieta, Rua Doutor Vila Nova, 245, tel.: 3234-3000. Sexta e sábado às 21h, domingo às 19h. Ingressos a R$ 25.
Vidamorte, primeira peça da recente Cia D Teatro, queentra em cartaz hoje noTeatro Sérgio Cardoso, tem uma proposta bastante ambiciosa:retratar, muito mais por meio de gestos do que palavras, aqueleintervaloa que damos o nome de vida – o tempo transcorrido entre o nascimento e a morte deuma pessoa.Doisatoresemcena, Andréa Duprée Daniel Warren,assumemaempreitadadeconduzir osoitoesquetes independentes do espetáculo, mas que ao final seprestam a compor uma narrativa homogênea sobre assuntos comoa ilusão,a busca da liberdade e as obrigações sociais. "É uma peça em que o gesto tem mais importância que a palavra", diz o ator DanielWarren. "Masquando a palavra surge em cena, éparaarrasar".Nãoporacaso,o poucotexto doespetáculo foiextraído dos livros
A Paixão Segundo GH e A Descoberta do Mundo, ambos de Clarice Lispector. "Duranteapesquisa paraarealizaçãodeste trabalho,os textos de Clarice foram surgindo naturalmente. Não
poderia havertradução mais perfeita paraa nossa proposta".
Os atoresse prepararam durante 13 meses para esta montagem, toda ela calcada nos fundamentosdoteatro essencial desenvolvido pela atriz Denise Stoklos, que tem como primeiro mandamento o abandono dos recursostécnicos emproldo trabalho do ator. A preparação dos atorescoube ao mineiroLourival Reis que, além de assinar a direção do espetáculo, apresentou o elenco às técnicas de bioenergética, meditaçãoativa, clown e butô. O cenário, minimalista como todo o resto do espetáculo,écomposto de duas gaiolas, duas malas e alguns metros quadrados delinóleo. "Emboraa peça não apresente diálogos convencionais, comperguntas e respostas, estamos contantoumahistóriacomuma todas as pessoas", garante Warren.
Sérgio Roveri
VIDAMORTE Vidamorte, estréia hoje no Teatro Sérgio Cardoso, Rua Rui Barbosa, 153, tel.: 3288-0136. Sexta e sábado às 21h, domingo às 19h. Ingressos: R$ 10.
Moeda americana se recupera no mercado externo diante do euro e ajuda a elevar o dólar no mercado brasileiro. Emissão do Tesouro também ajudou.
Odólar fechouem altaontem refletindo avalorizaçãoda moeda norte-americana contra o euronomercado externo, apesar realização da primeira emissãobrasileira no mercado externo este ano anunciadoontem pelo Tesouro,e da divulgação do saldo em contacorrente recordeem2004. OntemoTesouro Nacional anunciou a captação de 500milhões de euros, coma emissãodetítulo denominado Euro
2015. Os bancos BNP Paribas e Deutsche Bank AG London vão liderara emissão,com jurosde 7,375%ao ano e spread de 398,5 pontos-base, acima do título do Tesouroalemão,com 10 anos de prazo. Os títulos brasileiros foram colocados a preço de 98,80% do seu valordeface,comtaxa de retornode7,55%aoanoparao investidor.
A moeda norte-americanafechou negociadanamínima do dia, a R$ 2,718, com uma valorizaçãode0,26%.
O presidente da Bolsa de Valores de São Paulo, Raymundo Magliano, pediu ontem ao presidente Luiz Inácio da Silva que autorize incentivosparaque os tra-
Na máxima, registrada pela manhã,o dólarfoinegociado a R$ 2,729. "Basicamente foia queda do euro", disseo operador de câmbio daCorretora Didier Levy, Júlio César Vogeler."Teve aindanotíciasinteressantes sobre repatriamento de lucros lá fora" Na noitedaúltima quarta-feira,a Johnson& Johnsonanunciou quevairepatriar para sua matriz nos Estados Unidos US$ 11bilhões em lucros passados. Concorrente da Johnson,
balhadores invistamem ações. Magliano, que foi reeleito presidentedaBovespapeloquinto mandato consecutivo nesteano, solicitou que o Banco Nacional
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO DE CANCELAMENTO
Luzwell Administração de Negócios Ltda., com CNPJnº 44.912.707/0001-40, I – Declara a sua intenção de alterar o contrato social, modificando o seu objeto social, que passa a ser a participação societária bem como a administração de bens próprios, podendo participar de outras empresas como sócia quotista ou acionista, apartir de 01/ 12/2004, não alterando sua denominação social, deixando, porém, de atuar como administradora de consórcio. II–Em decorrência, desde a data da deliberação indicada no item anterior, esta sociedade deixou de realizar operações típicas de administradora de consórcio, tendo sido encerradas todas as operações da espécie. III–Esclarece que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito às vistas do processo respectivo. Banco Central do Brasil – Av. Paulista, nº 1804 – 5º andar - Departamento de Organização do Sistema Financeiro – DEORF Processo: 0401279151 - São Paulo, 17 de janeiro de 2005.(20 e 21/01/05)
deDesenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) abraumalinha decrédito para quetrabalhadores compremações durantefuturosaumentos decapital das empresas. "Os trabalhadoresteriam linhas decrédito especiais com juros preferenciaispara quecomprassemações", explicou ele, após se encontrar com Lula em Brasília. Além disso, defendeu que ogovernoautorize o uso do Fundo de Garantia doTempo de Serviço (FGTS) na comprade ações do Banco doBrasil, quando a esperada operação de venda for a mercado.
aPfizeranunciouqueconsidera apossibilidade de repatriar US$ 38 bilhões. Aolongo dodia,noentanto, a moeda perdeu força ajudada pela entrada de exportadores vendendodólareseaproveitandoacotação favorável da divisa. Nofinal dasessão,de acordo com operadores, algumas instituições que haviam comprado dólares esperando vendê-los para o Banco Central em um eventual leilão da moeda, tiveram de se desfazer da divisa
já que o Banco Central ficou distante do mercadopelo quarto dia seguido.
"OBCnão entrouequem comprouquerendo vender para ele está devolvendo. E osexportadoresestão firmes no mercado", disse um operador decâmbio deum grande banco privado. Bovespa – A BolsadeValores deSão Paulo(Bovespa), que já tinha começado o anocom opé esquerdopor conta da ata da última reunião do Federal Reserve (bancocentraldosEUA),re-
gistrou ontema segunda maiorquedade2005,diante da expectativa de continuaçãodo processo deaperto monetário no Brasil. O Ibovespa recuou 2,72%, para 23.609 pontos. Minutos antes do fechamento, o índice chegou a cair mais de 3%.Foi amaior quedadesde 4de janeiro, quandoo Fed divulgou a atada reuniãodedezembro eomercadointerpretou queos juros norte-americanos poderiamsubir em ritmomais agressivo que o esperado.
Bush inicia seu segundo mandato com a popularidade mais baixa da história dos presidentes reeleitos, à exceção de Nixon
Aposse do presidente dos EUA, foi marcada pela demonstração da profundadivisão dasociedade norte-americana, com apresença do maior número de manifestantes em Washington já registrado em décadas - além do orçamento recorde deUS$ 40 milhões paraa cerimônia, sendo metadedestemontante relativo aos gastos coma segurança.Acapital do país virou um microcosmos dasociedade americana: de um lado, as ruas docentro da cidade ferviam comlegiões de mulheres vestidas de visone homens com gravatae chapéus de caubói.De outro,milhares de manifestantes, principalmente jovens, alguns cheios de piercings, outros com visualde "bonsmoços" e membros de grupos religiosos, gritavam palavras de ordem como "Parem a guerra"e"VamosàCasaBranca". Todos enfrentavam a neve e o forte frio.
Oprovável seqüestro de um funcionário brasileiro da empresa Odebrecht noIraque levou aconstrutora adecidir pela retirada de seus funcionáriosdo país.Oresponsável pelaoperação da Odebrecht noIraque,Glaibor Faria, informou que os demais funcionários da empresaseriam levados"para Amã, a capitalda Jordânia, atéque tenhamoscondição de rever o processo". Até a tarde de ontem, o Itamaraty nãohavia recebido desua embaixadaou da própria Odebrecht nenhumaposiçãosobreo que ocorreucomo profissional brasileiro -se foiseqüestradoousefoivítimadeumato político. Ofuncionárioda Odebrecht viajava escolta-
dopor dois segurançasda empresa Janusian Security Risk Management, um britânico e outro iraquiano, na quarta-feira, quando seu comboio foi atacadopor rebeldes locais.Os doisseguranças morreram.
Atualmente, aOdebrecht é aúnica empreiteirabrasileira com contratos firmados no Iraque. Cerca de cincoaseis brasileirostrabalham no país - mas a empresanãoconfirma o número exato.ApenasFaria deve permanecer no Iraque.Ele afirmou quenão há informaçõessobre o brasileiro desaparecidoe que os possíveis seqüestradores ainda nãoestabeleceram contato.
Comunicamos que no dia 21/01/2005, sexta-feira, às 18 horas, fecharemos a publicidade da edição que levará as datas de segunda, 24 e terça, 25/01/2005. Na segunda, 24, às 18 horas, fecharemos a edição de quarta 26/01/2005. Na terça, 25/01/2005 não haverá expediente comercial.
"Tudo indica que os seqüestradores foram criminosos comuns. Éo queesperamos", afirmou. O ministro das Relações Exteriores, CelsoAmorim, disseque oGrupoOdebrechtnãopediu auxílioàembaixada do Brasilem Amã, na Jordânia.Mas destacou que oIraque "é umlocal extremamentecomplexo, de altíssimo risco". O Itamaraty informou que o governo brasileiro continua à espera da diminuição donível de violência noIraque para reativar suaembaixadaem Bagdá, desativada em 1991, durante a Guerrado Golfo, depois de um episódio particularmente sensível.
Na ocasião,o governode Saddan Hussein reteve 500 brasileiros residentesno Iraque - a maioria, trabalhadores da empreiteira Mendes Júnior - e ameaçou utilizá-los como escudos humanoscontra possíveis ataques americanos a edifícios públicos. Anegociação para alibertação dos brasileiros foi conduzida pelos embaixadoresPaulo TarsoFlecha deLima, entãochefe da representação emLondres, e AntônioAmaral de Sampaio, subsecretário-geral de Assuntos Políticos doItamaraty. Osbombardeios ao Iraquecomeçaram trêsdias depois de os brasileiros serem libertados. E desde então,asrelaçõescomoIraque passaramaocargoda embaixada em Amã. (AE)
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eiraquianas foramtiradas por causa de uma mentira", disse MaureenWhaley, umamulher de40 anosque veio da Pensilvânia- um dos estados maisdisputados duranteaseleiçõesde novembroe ondea vitória foi do candidato John Kerry. "Disseram essas mentiras emnosso nome", disse, indignada, TabithaDallenbach, uma jovem de 19 anos. "Acho que sãounsestúpidos, estão gastando energia e tempo", disse Lisa Ull-
É a política dos EUA buscar e apoiar o crescimento dos movimentos democráticos em cada nação, com o objetivo de acabar com a tirania no nosso mundo
George W. Bush, que inicia seu segundo mandato com a popularidade mais baixa da história dos presidentes reeleitos, à exceção de Richard Nixon,disse em seu discurso deposse: "Temos divisões conhecidas, que precisam ser cicatrizadas para seguirmos adiante comgrandes propósitos. Masiremos nos defendere defender nossos amigos pelo uso das armas quando for necessário”.
Os manifestantes seconcentraram em diversos pontos dacidade emarcharam para o percurso do desfile deposse atravessando os círculos concêntricos das blitze da polícia, que fechou otráfegoem100quarteirões a partir do centro da cidade.
A quantidade eo volume dos protestos surpreendeu republicanosde todoopaís quesereunirampara celebrar a vitória do seu líder.
"Várias vidas americanas
man, de43 anos, queveio a Washington. "Deveriam procurar trabalho",acrescentou. "É um pouco tarde para protestar, não?", ironizou Terry Williams, uma mulherdemeia-idade que veio do Arkansas. Bush prometeu usara influênciadosEUAparalevar liberdade aoutrasregiões do mundo. “É a política dos EUA buscar eapoiar o crescimentodos movimentos democráticos einstituições em cada nação e cultura, como objetivofinal deacabar coma tirania nonosso mundo”,afirmou.“A influência dos Estados Unidos não é ilimitada, mas, felizmenteparaosoprimidos, ainfluência dosEUA éconsiderável, enós iremosusála comdeterminação na causa da segurança”, disse ele. (Reuters/AE)
Desagradáveis atrativos
Como logoadverte onarrador de Desventuras em Série , que vem a ser o próprio autor dos onze volumes domesmotítulo,oamericanoDaniel Handler, este éum filmeextremamantedesagradável. Masa história dostrês irmãos órfãos(um deles bebê) que fogem de seu cruel tio, o conde Olaf (Jim Carrey), que quer ser o tutor e apoderar-se de sua fortuna, tem muitos atrativos. Como não há final feliz, compensa-se esta falta de prêmio ao comportamento de bons meninos com doses de humor, às vezes negro, e uma produção espetacular emseusefeitosparaládeespeciais.Hámensagenssecretas emlivros,um bebêquenãofalamasé entendidoemseus grunhidos(além demordertudoo queencontra),serpentes venenosas, trens que disparam para cima de carros parados na linhae uma fauna depersonagens esquisitos. A mais hilariantedelas éuma tiaparanóica (MerylStreep), que tem as excentricidades de ser fanática pelo uso correto da língua inglesa e pavores estranhos, como a maçanetas e corretores deimóveis. Vale um prêmiopara quemreconhecerobonitão JudeLaw,ouavozdele, emseudisfarce. Inexplicavelmente, Dustin Hoffman entra num lado da tela e sai pelo outro, desaparecendo para sempre. O escritor Handler (cujos livros estão editados no Brasil) exagerou naavaliação negativade suaobra (masnão no comentário irônico de que osleitores de histórias de elfos felizes que vão procurar outra distração). E o diretor Brad Silberling mostra que tem graça e estilo.
Série especial da DirecTV, produzida com tecnologia de cinema, apresenta cenas inéditas da vida de Chico Buarque
Regina Ricca
Meu Caro
DOMINGO, DIA 23
Canal E! mostra os bastidores do filme sobre Ray Charles
O filme só estréia em 4 de fevereiroaquinoBrasil.Masseuatorprincipal, Jamie Foxx, já faturou, no últimodomingo, oGlobodeOuro demelhor ator em comédiaou musical – e vai ser difícil ele não levarparacasa emfevereiroaestatueta do Oscar. Foxx é a estrela da vez por sua participação no filme Ray, biografia do lendário cantor e pianistaRay Charles,cujos basti-
dores ocanal E! vaimostrar hoje, às 18h, no Behind the Scenes. O programa se justifica. Para chegar àstelas, odiretor TaylorHackford percorreuumaverdadeira viacrucis. Teve de batalhar durante 15anosparaconseguir financiamento para a produção. O dinheirofinalmente veio,não de Hollywood,mas deumamericano apaixonadopelamúsica deRay Charles, que investiu US$ 35milhões noprojeto. Hackford –que conheceu Ray Charlesem 1987 e conseguiu osdireitos para filmar suavida–passou anostambémà procura de um ator para viver o personagem.
Comédia esquisita
Eis aqui uma comédia esquisita, em alguns sentidos,esemgraça,emtodososoutros. Ágata e a Tempestade concentra-se naalegria deviverde sua personagam–título (LiciaMenglietta(Àgata), que jáapareceu num outrofilme chamado Pãese Tulipas, muito apreciado por quem gosta de filmes esquisitos). Dona de uma livraria, A Pedra Preciosa, é preciosa até no nome. Receita livros como se fossem remédios e é dona de poderes sobrenaturais. Apaga lâmpadas e queima computadores só com ar de sua graça. Mas não é personagem de ficcão científica. É um ser digamos assim dotado de erotismo. Oshomens,naturalmente,se rendemaela.Paracomeçar, umtalde Nico(CláudioSantamaria),treze anosmaisnovo, que tem um irmão, gemeu. O diretor Silvio Soldine ( Pães e Tulipas) fez um imbróglio familar, daqueles italianos no mal sentido. Há um certo Gustavo (Emilio Solfrizzi), que Ágata acha ser irmão dela, eumtalRomeu(GiuseppeBattiston),gordoefeliz,parente de todos e condenado a um triste fim. O filme tem encenação sóbria demais para comédia. Mas não tem tem pé, nem cabeçaou coração.É umabobagem maisao menosbemfeita formalmente, pois os italianos são muito bom nisto de fingir que o prato está quente, mesmo quando não está e é maltemperado.AsenhoraLicia,aatriz quepareceser Ágata, é uma beleza, meio passada do ponto mas muito saborosa na sua felicidade. Só ela se salva da tempestade.
Nosso crítico viu...
Ágata (Licia Menglietta) tem poderes de provocar até curtos-circuitos ...e dispara:
Éumdesastre embrulhado comcapricho
Geraldo Mayrink
Amigo, À Flor da Pele e Vai Passar, nome de três canções inesquecíveis de Chico Buarque, batizam os três episódios que compõem uma série especial feita sobre o cantor e compositor, que o canal 605 da Directv estréia nesta quarta, dia 26, a partir do meio-dia. Com direção de Roberto de Oliveira (diretor de TV que dirigiu grande parte dos programas sobre o cantor), a produção da operadora, feita com recursos da Agência Nacional do Cinema (Ancine), foi filmada em locações no Rio, Paris e Roma, cidades que têm ‘parentesco’ com a biografia de Chico. As gravações começaram em novembro de 2004 e, junto com dezenas de horas de gravações editadas de arquivos da TV Bandeirantes, dos acervos pessoais do compositor e de Roberto de Oliveira, compõe o mais extenso painel sobre Chico e sua obra. Filmado em high definition (tecnologia que dá qualidade de cinema ao
Mulheres Perfeitas – refilmagem de Esposasem Conflito de 1975, esta comédia perde-se ao tentar conquistar o público feminino. Contaa históriade Joana,uma bemsucedidaexecutivadeTVqueumdiaperde o emprego e entra em depressão. O marido a leva para uma cidade do interiordosEUA,naqualasmulheresparecemrobôs.Estãosemprearrumadas, alegresesósededicamaolar.Joanaestranha tudo aquilo e começa a investigar.Quando elaestáprestes adescobrir,algoocorrecomela.Sóvendopara acreditar.ComNicole Kidman,Bette Midler, Matthew Broderick,Glenn CloseeChristopher Walken.Direção: Frank Oz.Duração:92minutos. DVD/VHS. Universal
trabalho), o especial mostra também cenas inéditas da convivência de Chico com seus amigos e parceiros.
Rio-São Paulo-Roma
O primeiro episódio, Meu Caro Amigo, mostra Chico em seu habitat predileto, o Rio de Janeiro. Apesar de ter nascido na terra do Redentor, Chico não se considera carioca da gema, pois viveu a juventude e a infância em São Paulo e em Roma. "Conservei um olhar quase estrangeiro sobre o Rio. Tenho uma relação ainda de um pouco de deslumbramento com a cidade." O programa apresenta ainda 13 canções interpretadas pelo compositor e por alguns de seus grandes amigos. E mostra Chico falando com entusiasmo de suas parcerias com Tom Jobim. Chico lembra, por exemplo, das várias composições deixadas por Tom, que continuam sem letras e estão guardadas em seu apartamento. "Gostaria de fazê-las. Tenho pena de não ter mais canções com
ElCid, ALenda –neste período de férias, todo desenho é bem-vindo. Nesta animação, conta-se a história do jovem Rodrigo, corajoso e forte. Porém, seus inimigos o envolvemnumaconspiraçãoeeleéexilado dacidadedeCastela.Mesmoàdistância,elefarádetudoparasalvarsuaterra natal, queestá nas mãos deum rei ganancioso. Trava-se, então, uma guerra parareestabelecer adignidade e a honra nopaís. O enredo do filme é baseada nahistória do lendário herói espanhol, que resistiu à invasão dos mouros para unificar a Espanha e queganhauma versão em desenho para crianças. Direção: Adrian Maldonado. Duração: 80 minutos. DVD/VHS. LK-Tel
ele. Mas sem o Tom, aqui, não tem sentido". Sua parceria com Vinicius de Moraes, amigo de família e freqüentador da casa de seu pai, o historiador Sérgio Buarque de Holanda, na rua Buri, no bairro do Pacaembu, em São Paulo, também ganha destaque. "Parceria para o Vinicius era uma maneira de selar a amizade. Ele prezava muito as amizades, um pouco como o casamento com as mulheres. Não era um homem de muitos casos. Quando se apaixonava e se encantava com uma mulher, queria casar com ela. Quando fazia um amigo, ele queria esse amigo como parceiro. Há casos de parcerias dele com pessoas que não fizeram quase nada, a não ser serem amigos de Vinicius." O segundo episódio, À Flor da Pele, gravado em Paris, tem previsão de estréia no Directv no dia 23 de fevereiro (com reapresentações até 3 de março).E finalmente o terceiro, Vai Passar, estréia no dia 23 de março, e terá reapresentações até 6 de abril.
MAL RESOLVIDO
O Vestido – adaptação de romance inspirado em poemade Carlos Drummond de Andrade. Ahistória é interessante: duas irmãsencontramumlindovestidode festanoporãodacasaequestionama mãe sobre ele. Descobrem que fora um presentedadopelopaidelasà mãee queestaodera umaparauma jovem. O marido ao ver a moça com o vestidoapaixonou-seporelaelargou afamília. Paradepoisdeumtempo, tambémserabandonadopelajovem. Masa história nãoconvence. Quem se sai melhor é Ana Beatriz Nogueira como a mulher abandonada. Com GabrielaDuarteeLeonardoVieira.Direção:PauloThiago.Duração:116minutos. DVD/VHS. Columbia.
QUARTA, DIA 26
No ar, os mistérios do Triângulo das Bermudas
Um especial de duashoras de duração que oDiscovery Channel exibehoje, às21h,pode ajudara pôr fimem alguns dosmistérios quecercam o famoso Triângulo das Bermudas,região naqualdiversas embarcações e aviões desapareceram sem deixar rastros. Sabe-se queo fundo dooceano no Triângulo das Bermudas mantémgrandesdepósitosdegásmetano. Diante de tal evidência, pesquisadorespassaram aquestionar seisso poderia afetar aviões que sobrevoavam a região. O acúmulo de gás metano, liberado em bolhas, também poderia também afundar navios.O programavai à Universidade de Michigan, onde engenheirosrecriamestapoderosa forçadanaturezaemumtanquede testes comum navio em miniatura.
Eurochannel homenageia o grande LuchinoVisconti Umdos maioresmestres docinema,oitalianoLuchinoViscontientraem cartaz hojeno Eurochannel. Na Noite Nostalgia, o canal vai exibir dois documentáriosinéditossobre ocineasta: LuchinoVisconti eA Buscade Tadzio.Precursor do neo-realismo italiano ao lançarOssessione (1942),seuprimeiro longa, Visconti assinou outrasproduções inesquecíveis,comoATerra Treme(1947),Roccoe SeusIrmãos (1960)e OLeopardo (63), ambos sobre as transformações sociais da sociedade italiana. Comunista e existencialista, terá sua vida e obra revisitada no primeirodocumentário,queseráexibido às22h. Nosegundo, ABusca de Tadzio(1970), quevai aoar às 23h, e que ele mesmo dirigiu, Visconti narrasua buscapeloator querepresentará opersonagem Tadzio em Morte emVeneza (1971),mostrando dosprimeiros testes até a escolha deBjörn Andersenparaopapel.Ofilme,adaptaçãodo livrodeThomas Mann,é consideradoaté hojeumaobraprima do cinema mundial.
Fabricante de bebidas vai investir R$ 600 milhões no período. Montante incluirá ações para reforçar o valor agregado dos produtos.
Impulsionada pelos resultados de 2004, a indústria de bebidas Schincariol divulgou, ontem, que prevê aumentar sua receita em15% este ano e investir R$ 600 milhões na ampliação da produção e em marketing.A empresavai abrirduasnovasfábricas: umano Pará e aoutra no Mato Grosso do Sul. A Schincariol registrou alta de 58% no faturamentoem 2004,elevandoa receita brutade R$1,61bilhãopara R$2,54 bilhões.
O acréscimo de 85% nas vendas de cervejana comparaçãocomoanoanterior explica o desempenho positivo, já que este único item responde por 79% dosganhos da indústria.
lhãode litros,oequivalente a 60%. As vendas de refrigerantes, por sua vez, cresceram 28,3%, enquantoa produção de sucos e engarrafamentode água subiram 97,4% e 17,2%, respectivamente. "Comoa fabricação de sucosteve início em 2003 e ainda é pequena, só poderemosmediro avanço efetivo no mercado a partir do próximo ano", disse Adriano Schincariol, superintendente da companhia.
Nova Schin – De acordo com José Francischinelli, diretor de planejamento da Schincariol, afabricação da principal marca de cerveja da empresa, a Nova Schin, cresceude 844,9 milhões para1,35bi-
FuncionáriosEm virtude do crescimento da produção, o número decolaboradores teve alta de 10,7%, saltando para 6.782. "Planejamos encerrar 2005 comnove indústrias, inaugurando duas novas fábricas, uma em Benevides (PA) e outra em (Três Lagoas (MS). Ototaldefuncionáriosdeve subir em até 8% ao longo do ano", disse Adriano. Schincariol afirmou que as exportações,responsáveis por 3% do faturamento da empresa,só devem entrar para a pauta de ações da companhia em 2007ou 2008. "O consumo no mercado brasileirocomportaa produção debebidas deaté 11 fábricas", explicou.
AC NielsenX Sindicerv –De acordocom oSindicado da Indústria Cervejeira
(Sindicerv),os brasileiros consumiram 8,5bilhões de litros da bebida em 2004. Com a fabricaçãode 1,42 bilhão de litros de cerveja, a Schincariol responde por 16,9% do total comercializado no País. O número bate defrentecom o percentual de participação anun-
ciado pela pesquisade mercado do instituto AC Nielsen,que apontouaindústria comoresponsável pelofornecimento de 13,1% do setor. "Neste últimofinal desemana, aassessoriadaAmbev divulgou a produção total de 5,77 bilhões de litros
de cerveja(em 2004)o que, segundoapesquisadaNielsen,equivale a66,2%do mercado nacional. Se a avaliação da pesquisadora estivercorretapara aAmbev,a participação daSchincariol não pode ser 13,1%, mas 16,4%,resultado quese aproxima ao anúncio feito pela Sindicerv", ressaltou Schincariol, sugerindo uma falhana verificaçãoda agência pesquisadora. O superintendenteacrescentou que o próprio AC Nielsen reconhece ignorar algumaspraças, locais em quea pesquisanãoé feita. "As regiões Norte e Nordestesão exemplosdepontos em quea agência não faz a verificação de consumo".
A britânica SABMiller é uma das cervejarias interessadas emadquirir asegunda maior produtora da América Latina, o Grupo Empresarial Bavaria, de acordo com fonte do setor.
"É verdade que eles (SABMiller) estão envolvidos. Mas também é verdade que quase todas asoutras grandescervejarias internacionais têm interesse", disse.
A disputa tem atraído o interesse de outras gigantes do setor,segundo afonte, como a InBev (resultado da união da belga Interbrew e dabrasileiraAmBev),anorte-americana Anheuserbusch ea holandesaHeineken. "É efetivamente um leilão pelo negócio (Bavaria), que pode levar semanas, meses de fato", afirmou uma fonte da indústria.
O site do Financial Times
informou também que a Bavaria, sediada na Colômbia, poderiaser vendidaporaté US$9 bilhões.Umportavoz daSABMiller, terceira maior produtorade cerveja domundo, recusou-seacomentar oassunto.A Bavaria,pormeiode comunicado, negou as informações, informandoque sua"estratégiadeexpansãonãoinclui avenda dacompanhianeste momento".
Emergentes - O setor mundial decervejaestáse consolidandoháanose as empresasvêm aproveitando asvantagensdaeconomia de escala e tentam entrarnosmercadosemergentes,de altocrescimento,para compensar os níveis de expansão mais modestos nos países desenvolvidos.
A SABMiller, que fica atrásdabelgaInBev eda
norte-americana Anheuser-Busch no mercado de cerveja, está sededicando a aquisiçõesdesde quetransferiu suasede daÁfrica do Sul para Londres em 1999, adquirindo a norte-americana Millerem 2002 ea italiana Peroni em 2003, e também seexpandindonaEuropa Oriental e China. Empresa - A Bavaria, controlada pelo magnata dos negócios colombianoJulio Mario Santo Domingo, domina os mercados de cerveja da Colômbia, do Peru, do Equador e doPanamá, depois detrês anosde aquisições. A empresa tem expandido suas atividades pela América Latina deforma agressiva. A estimativa é de que acompanhia já tenha investidoUS$1,1 bilhão comprando cervejarias pela região. (Reuters)
O grupoFord, segundo maiorconglomerado automobilístico mundial, encerrou 2004 com lucro líquido deUS$3,5 bilhões,setevezes mais que o montante obtidonoanoanterior.Asoperações daAméricadoSul, onde o Brasilresponde por 63,5% dasvendas, deram sua parcelade contribuição aoregistrar ganhosestimados emUS$140milhões. Em 2003, a região teve prejuízos de US$ 129 milhões. Custos - O vice-presidente mundial e principal dirigente financeiro da Ford, DonLeclair,disse queodesempenho da América do Sulé resultadodeamplo planode reduçãodecustos
e do lançamento de produtos"como EcoSporteFiesta hatch e sedãproduzidos no nordeste do Brasil". Ele lembrouque afábrica daBahia opera com plena capacidade, em três turnos. As vendas da América do Sul, região que abrange, além do Brasil, Argentina, Venezuela e países andinos, somaram292 milunidades no ano passado. Desse total, 185,6milsão carrosvendidos nomercadobrasileiro. "Temosuma linhadeprodutos surpreendentes, com design moderno. Amarca está rejuvenescida" justificouo presidente da Ford Brasil e América do Sul, Antonio Maciel Neto.
Expansão - A produção da Ford brasileira cresceu quase 30% em 2004, para 284,7mil unidades."Asexportações do Brasil para o Méxicotambém foram expressivas, emboranão estejam incluídas no lucro", disse Leclair. Asvendas externas dafilial brasileiraaumentaram 40%, totalizando US$ 1,1 bilhão. Por decisão damatriz, os resultados das exportações não entram no balanço do país que produziu o veículo,mas daquele queo comercializou.Amatriz previa para 2004 um equilíbrio nos resultados dassubsidiárias, mas foi surpreendida pelo lucro. (AE)
Armando Serra Negra
Sem ter ainda nenhuma tatoo no corpo, comum à moçada de hoje, Germana Parmeggianisigno de libra - sabe balancear como ninguém os ingredientes dos novos coquetéis que estão bombando em Londres. Por isso, ela convida quem vai ficar no recesso do lar neste feriadão, 451 anos de São Paulo, a preparar seus happy hours com muito charme e estilo, seja para impressionar uma boa companhia, como ouvir o CD preferido. Querendo passar uns tempos além do oceano, Germana, esperta e bonita, achou que a melhor forma de arrumar trabalho por lá seria a de tornar-se expert em fazer drinques, acertando na mosca. Convidada a fazer um estágio no All Black, ela embarcou dois meses depois, impressionada pelo talento rapidamente descoberto. "Me apaixonei por isso!". Lá ela trabalhou como garçonete no Lock 17 e logo passou para o bar devido ao seu gingado
brasileiro. Eis algumas dicas dos coquetéis mais famosos pelas terras de Elizabeth II: Chocolate Martini–1 dose de vodka, uma de licor de chocolate, um pouquinho de limão espremido, servido em copo de martini decorado com pó de chocolate nas bordas. O drinque é mexido na coqueteleira e servido rapidamente. É uma bebida doce, como um início de feriado. Cham 69 – para o sábado,
Germana sugere um drinque um pouco mais forte, mix de ½ dose de gin, ½ dose de amareto, ½ dose de Chambord (que pode ser substituído por licor de cassis), algumas gotinhas de limão, completado com champanha - servida numa colher para não misturar os ingredientes - num copo de martini decorado com um morango. O resultado é um bonito drinque em três níveis de cor, que serão misturadas ao prová-lo.
Very Berry– caipirinha de frutas vermelhas, á base de cachaça – Pitu, 51 e Germana (uma coincidência) são as mais pedidas na Inglaterra – em que se mistura framboesas (amoras), cerejas e morangos, com um pouco de suco de limão. Sucesso garantido!
Gin and Tonic– no último dia do feriado, a bela e internacional barwoman volta aos drinques tradicionais, sugerindo um gin tônica, uma bebida muito apreciada pelas londrinas (copo alto com muito gelo, 1 dose de gin e água tônica até a borda. Enfeita uma rodela de limão e um stick para mexer e brincar).
Um desejo: "Que as pessoas tenham o prazer de servir tanto quanto o de beber". Bye bye, so long, farewell Germana! Come back soon...
DRINQUES
Lock 17: 11 East Yard – Camden Lock, London NW1 8AB. Tel: 020-74285929
All Black: Rua Oscar Freire 163 –Jardins. Tel: 3088-7990
Restaurantes preparam pratos especiais para homenagear São Paulo
Dora Carvalho
Pudimde leite condensado, ovos,leite, calda de carameloe clarasgratinadas. Areceitado Pudim Galeto's, guardada a sete chaves,desde 1971,entrará no cardápiodo restaurante, para comemoraros 451 anos de São Paulo.
A sobremesa será servida gratuitamenteno restaurante para os clientes que almoçaremoujantaremnacasa,no diado aniversárioda capital paulista. A receita foicriadapor donaCélia, esposa de Adelino Gala, fundador da rede Galeto's e eraservidapelo restaurante,quandoos galetosassadosnabrasaaindaeramservidos no balcão.
O PhilóPane eVino também aproveita a data para servirum típicopratopaulistano em homenagem ao aniversário dacapitalpaulista:picadinho decarne, servido com mini pastéis, arroz e ovo frito. A sugestão foi criadapelo chefeRiccardo Moraes. Além do cardápio, quem visitara casa poderá aproveitar o feriado para dar um toque diferente na decoraçãodaprópriacasa. Éque um dos destaques dorestauranteé queo clientepo-
de aproveitar avisita ao local para comprar móveis, enfeites, artesanatos e outrosartigos.É quecadaobjeto que compõe a ambientação da casaestá àvenda: atéacadeira ondeocliente senta e os quadros de arte contemporânea. Isso faz comque orestaurantesem-
Sérgio de Paula Santos
Avariedade de uva Syrah é uma das mais importantes e longevas das cepas. Sua origem é incerta e sobre a mesma discute-se e formulam-se hipóteses. A uva tem boa produtividade, é resiste a infestação e de colheita relativamente precoce. Se colhida tardiamente a variedade produzirá vinhos com menos aromas e acidez. A Syrah é a uva emblemática do vale do Ródano (Rhône em francês), sendo as mais reputadas as dos vinhos Hermitage e Côte Rôtie. Também reputados são os St. - Joseph e Crozes - Hermitage. Se entretanto colhida precocemente produzirá vinhos pouco encorpados e adstringentes. Até 1970 o cultivo da Syrah na França limitava-se praticamente ao vale do Ródano. Posteriormente a variedade espalhou-se pelo país, principalmente no sul, tendo o vinhedo passado de 2.700 ha em 1968, para dez vezes mais em 20 anos. No sul do vale do Ródano, especialmente entre os Chateauneuf-du-Pe a Syrach tomou o lugar da variedade Grenache. A maior expansão da Syrah ocorreu entretanto no Languedoc, principalmente em Grad e Herauld, onde a variedade foi quase "oficialmente" adotada e melhorou acentuadamente o nível de todos os vinhos do Languedoc - Roussildon, sendo hoje a quinta variedade da região, após a Carignan, Grenache, Cinsaut e Aramon. Do ponto de vista qualitativo, para muitos é entretanto a primeira. Na Austrália a variedade é freqüentemente cortada com a CabernetSauvignon. A Syrah é igualmente importante no Valais (Suissa), na Córsega 200 alqueires e ultimamente na Toscana, na Califórnia, na África do Sul (900 alqueires em Paarl e Stellenbosh), bem como no Chile e Argentina. Destacamos dois vinhos de Syrah, um francês e um argentino.
LUIGI BOSCA Reserva - Syrah 2002
pre esteja redecorado. Noalmoço, oPhilóoferece umcardápio composto por entrada, prato principal e sobremesa,que custa em torno de R$ 20,90. No jantar, oserviço àlacarteé composto porsanduíches, saladase sobremesas,comoo Alpino Cremoso.
E para quem é paulistano de nascimentoou atémesmode coraçãoatradicional pizzaria Bráz oferece a pizza Paulistana, que leva molhodetomate,mussarelaespecial e queijo defumado, tomates frescos em pedaços e lascasde azeitonapreta. a redonda custa R$ 29.
Bráz - Rua Graúna, 125. Tel.: 5561-1736. Mais quatro endereços. Galeto's – Al. Santos, 2.209. Tel: 3085-8739. Mais nove endereços. Philó Pane e Vino – r. Cel. Artur de Paula Ferreira, 127. Tel: 3044-4344.
Vinho de vinícola mendocina, consagrada e reputada pelo cuidado com que elabora seus produtos, dirigida pela família Arizu, uma das pioneiras no ramo na Argentina. O vinho é produzido na região de Maiupu, Mendoza, a 780 m de altura, em solo calcareo - argiloso.A bebida pode ser adquirida no supermercado Pão-de-Açúcar (Marginal Pinheiros 13.000).
Preço: R$ 42,10. Vinho de coloração purpúrea intensa, com aroma que lembra framboesa, amora e pimenta. Na boca é redondo, macio e encorpado. Com taninos já macios e acidez agradável, tem nítida a madeira em que estagiou. Acompanha bem massas e carnes vermelhas mesmo temperados. Avaliação: 86/100
LOUIS ESCHENAUER - SYRAH Vin de Pays d’Oc - 2003
Como escrito, é apenas um Vin de Pays, sem grande pretensão, de um produtor tradicional, que faz tantos vinhos simples, como mais complexos. O vinho é de coloração rubi escura, límpido e brilhante. Aroma frutado e curto. Na boca o vinho é equilibrado e pouco complexo. Vinho jovem, a ser
bebido ainda jovem, muito agradável para o dia-a-dia, como boa relação custobenefício. O vinho é vendido também no supermercado Pãode-Açúcar.
Preço: R$ 27,80. Avaliação: 80/100
Sérgio Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Autor de livros de vinho e gastronomia, o último
Além de aumentar a carga tributária dos prestadores de serviço, a MP 232 diminui a atuação do Conselho de Contribuintes. Agora, causas com valor inferior a R$ 50 mil serão
direcionadas à Justiça comum, ao questionar algum tributo federal. A nova regra afeta especialmente as pequenas e médias empresas. Pág. 12. E mais maldades no www.dcomercio.com.br/tsunami
Já em clima de feriadão de aniversário, a cidade (homenageada acima em belo livro de fotos) assistiu descontraída a mais um dia do Fashion Week. Na passarela, grifes como a Rosa Chá, que exibiu roupas de praia inspiradas nas academias de ginástica (pág. 6).
A estréia da minissérie Mad Maria, na Globo (abaixo, esq.), a pré-estréia da superprodução O Aviador (abaixo, centro) e o início dos especiais da DirecTV em documentário dedicado a Chico Buarque (abaixo, dir.). Curta ainda o happy hour: drinques para comemorar os 451 anos de São Paulo.
Mais 4 anos
PRE-ESTRÉIA
O longa-metragem O Aviador, que estréia em 11 de fevereiro, traz Leonardo DiCaprio no papel de Howard Hughes, o excêntrico milionário que dedicou a vida a fazer filmes , voar e consquistar beldades
Helena
OAv iado r é um filme com quase três horas de duração. Mas não se pode dizer que é enfadonho ou lento emnenhumdeseus168 minutos. Dirigido por Martin Scorsese eestrelado por Leonardo DiCaprio, narra a trajetória do americano Howard Hughes,que ficou milionário aos 18 anos,ao receber aherança do pai, um inventor texano,e seguiu adiante investindo sem comedimento em suas duas paixões: aviaçãoe cinema. Arrojado e ambicioso, nãosobra espaçopara o tédio navida deHughes ou no longa-metragem de Martin Scorsese.
Aproduçãofoiamaispremiada na últimaediçãodo Globo de Ouro, com três estatuetas: de melhor ator, para DiCaprio, trilhasonora e melhor drama. O prêmio foi entregueaDiCaprioporNicoleKidman, quechegoua ser convidada a atuar no filme no papel de Katherine Hepburn,primeira mulher de Hughes, mas desistiu em razãode conflitos de agenda com as filmagens de Mulheres Perfeitas. Apersonagem acabou sendo interpretadapor Cate Blanchett.A segunda mulher na vida do milionário,Ava Gardner, tem aatriz inglesaKate Beckinsale no papel.
DiCaprio,que ao chegar aos 30 anos finalmente deixoudeter orostoangelical de menino desprotegido, interpreta de forma segura, sem trejeitos ou afetações o ricaço queherdou dinheiro ganhopelo paicom afabricação de brocaspara extração de petróleo,mas enveredou por outros caminhos,
todos envolvendo aviação, cinemae mulheresbonitas. Ele tinha especial predileção porlinhasarredondadas e superfícies lisas, da funilaria dos aviõesaos corpos das muitasatrizes com quem teve romances.
Comoem Gangues de Nova York (2002), funcionoubem a parceria deScorsesecom DiCaprioe John C.Reilly, ator que interpreta Noah Dietrich,o braço-direitodo excêntrico bilionário.
Hughes ganhou fama em Hollywood ao dirigir e produzir Anjos do Inferno (Hell´s Angels), longa-metragem épico sobre a Primeira GuerraMundial,no qual gastou quase US$ 4 milhões,uma exorbitância para a época. O empresário usou seu poder naindústria cinematográfica para ajudar a carreira de vários astros,como JeanHarlow, vividapor GwenStefani, vocalista da banda No Doubt, em sua estréia no cinema.
Endinheiradoe astuto, Hughes fundou em Los Angeles a Hughes Aircraft, construindo em 1935 um aviãoprojetadoporelemesmo. Polivalente, tomou o controleacionário daTrans World Airlines (TWA) via rádio,duranteseuvôo de volta ao mundo em quatro dias. Ele desenvolveu ainda o projeto da maior aeronave domundo,o hidroavião Hércules. ATWAprosperou e tornou-se uma das maiores linhas aéreas dos Estados Unidos.Essas passagens rendemótimas brigase excelentesdiálogos, entreoprotagonistae Alec Baldwin, no papel deJuan Trippe, presidente da con-
corrente Pan Am, e Alan Alda, como o senador Owen Brewster, com quem Hughes entra em um embate público. Em determinado momento, o empresário diz a um assessor: "Façamos tudo legalmente.Nãoquero subornar senadores; quero comprá-los.Vamos fazer doações de campanha." Um aspecto muito especial na produção é a música. Mais doque entranharna audiência a atmosfera das primeiras décadas do séculopassado,a trilhaéoutra protagonista da história. Em uma das primeiras seqüências dentrodoclube noturno, acançãotocada
pelabandaé I'llBuild a Stairway to Paradise (algo como"euvouconstruir uma escada para o Paraíso"), que revela as intenções de Hughes, antes que qualquer ação ou diálogo o faça. Assinadapor HowardShore,a trilhasonoraque nãoà toavenceuoGlobodeOuro, desfila arranjos de bandas lideradas por Vince Giordano, Bing Crosby, Benny Goodman, Glenn Miller, entre outros grandesnomes do blues e do jazz. O orçamento de O Aviador foide US$100 milhões,justificados nos cenários suntuosos, figurinos exuberantes e efeitos especiais, usa-
Leonardo DiCaprio, agora um ator maduro de 30 anos, mostra uma interpretação segura do empresário e aviador Howard Hughes; ao lado, com Cate Blanchett, que faz o papel de Katherine Hepburn
dos principalmente para reproduzirasimagens de Anjos do Inferno EmboraHughes tenhaficado conhecido por suas excentricidades, Martin Scorsese declarouquepreferiu se concentrar nafase mais produtiva davida doaviador, emespecial entre os anos de 1920 a 1940.
O Aviador
Elenco: Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kate Beckinsale, Gwen Stefani.
Direção: Martin Scorsese
Estúdio: Warner Bros.
Estréia: 11 de fevereiro
Bilionário inspira até personagem dos Simpsons
Howard Robard Hughes (19051976) nasceu rico, tornou-se milionário e depois bilionário. Não freqüentou universidade, e desde pequeno foi original, obsessivo e perfeccionista. Ainda adolescente, declarou que sua meta na vida era tornar-se o melhor jogador de golfe, o melhor piloto e o melhor produtor de cinema do mundo. No fim da vida deixou-se vencer por seu transtorno obsessivo compulsivo. Morreu na queda de seu avião particular, em Houston, mas só foi oficialmente dado como morto após o exame de suas impressões digitais. Além dos danos pelo acidente, nenhuma pessoa viva pôde reconhecê-lo, pois ninguém o tinha visto nos últimos anos, com exceção de seu secretário particular, que o acompanhava na viagem.
OAviadoréo segundo filme feito sobre sua vida. Em 1977 foi rodado para a TV TheAmazing HowardHughes) dirigido por William A. Graham e com Tommy Lee Jones no papel principal. Sua vida atribulada e pouco comum, associada às manias, acabaram por inspirar diversos personagens de ficção. Do excêntrico Willaed Whyte, no filme de James Bond OsDiamantessão paraSemprea Montgomery Burns, o hipocondríaco milionário de Springfield, do desenho animado Os Simpsons, muitos foram em parte ou totalmente baseados na em Hughes.
Expulsarounão expulsarodeputadoVirgílioGuimarães(MG)é adúvidademomento do PT. O deputado não só mantém suacandidatura avulsaàPresidência daCâmara como dá sequência à cabala de votos na reserva docandidato oficial, LuizEduardoGreenhalgh (SP).
OPTnãoluta apenascontraodissidenteVirgílio: agora são 4 os candidatos que tentam impedir a vitória de Greenhalgh: além de Virgílio, são candidatos o baiano José Carlos Aleluia (PFL), o pernambucano Severino Cavalcanti (PP) e Jair Bolsonaro, carioca, do PTB.
Tudo indica que a eleição de presidente da Câmara sejadecidida no 2º turno. Parase eleger aindano 1ºturno (14defevereiro) ocandidato precisater nomínimo 257votos(metade mais1 deum totalde513deputados). Com5candidatos disputando votos não seráfácil um deles levar já no 1º turno.
T radicionalmente,o presidente da Câmara sai da bancada majoritária, mas Greenhalgh vem sendocombatido dentro do próprio partido pelo correligionário Virgílio Guimarães. Em tempo: quasetodos ospartidos na Câmara estãorachados.
A cúpula do PT não sabeo quefazer comVirgílio Guimarães, mas o presidente José Genoino garante queo partido terá apenas um candidatoa presidente:Luiz Eduardo Greenhalgh.O dissidente, portanto, será defenestrado.
E xistem 2tiposde puniçãoqueameaçamVirgílioGuimarães:o afastamento temporário do partido (suspensão) ou a expulsão, que seria a medida mais drástica. Não existeoutra saídase acúpulanãoquerqueVirgílio dispute eleição com o carimbo do PT.
D eputados de outros partidos que apóiam Greenhalgh acham que Virgílio Guimarães pode se beneficiar caso seja expulso do PT. Viravítima.Épor isso que o PT reluta em tomar a decisão.
T ambém José Carlos Aleluianão estáobtendo a unanimidade devotos no própriopartido,PFL. Os deputados que obedecem à liderança do senador AntonioCarlosMagalhães já declararam na Bahia que vão votar em Greenhalgh.
O imbróglio na sucessãodaCâmaraétãolatente que odeputado Bolsonaro se lançou candidato nãoparaganharmaspara impedir a vitóriade Greenhalgh.Militar dareserva,o deputadodo PTBé contraGreenhalgh devido ao seu passado de defensor de presos políticos e advogado do MST.
E nquanto Greenhalgh vaicomendo opão queo diabo amassou, no Senado Renan Calheiros (PMDB-AL)rema em mar de tranqüilidade. Deve sero candidato único à sucessão de Sarney. Não será eleito. Será aclamado.
Movimento que aglutina entidades de diversos setores terá primeiro grande encontro nesta quinta-feira
Oclima é de revolta. Pela primeira vez,a sociedade brasileira se levanta unida contra a fúria tributária dogoverno. Além da indignação generalizada, a Medida Provisória232,aprovada pelogoverno nofinal de2004, conseguiugerarumefeitoaglutinante,jamaisvistoentreas sociedades civis organizadas do País.
Fotos: Arquivo DC
L ula confirmaque só vaimexerno ministério depois das eleições na Câmara e Senado.Por motivos estratégicos. Mudaro ministério no bojo da campanha é colocar emriscooqueainda resta de unidade nos partidos aliados.
José Sarney pediue foi atendido: Lulavai evitar falar no nome da senadora RoseanaSarney atéa horade alteraroministério.Para evitarconstrangimentoaopresidentedo Senado. Mas, Roseana garante um ministério provavelmente na cota do PMDB.
C iro Gomes continua reticente com a sugestão deLula paraquetroque o PPS pelo PMDB. Por enquanto, Cironãopretende deixaro PPS(apesar dos atritoscom Roberto Freire), embora o partido tenharompido com o governo.
L ula querCiro no PMDB para evitar mais cortes coma reformaministerial. Ciro, se trocasse agora de partido, representaria no ministério mais uma cota do PMDB. Com isso éque nãoconcordamoslíderespeemedebistas.
A ciumeira reina no PSDB paulista: tucanos do baixo clero estrilam com o que chamamde privilégio de Serra a Aloysio NunesFerreira, secretário deGoverno. Os tucanos acham que o secretário está se fortalecendo para ser candidatoaogoverno em 2006 nomeando subprefeitos.
A gota d'águafoi anomeaçãode ClóvisLuiz Chaves,seuex-chefe de gabinete em Brasília, paraaSubprefeituradeSão Mateus. Os tucanos acham que Serra deveria ouvir mais o partido.
A loysio NunesFerreira disputa com Walter Feldman (Subprefeituras) e os secretários estaduais ArnaldoMadeira (Casa Civil) e Saulo de Castro (Segurança Pública) a legenda do PSDB para a candidaturaa governador.
Asériede protestos conjuntosjá temdatapara começar. Napróximaquintafeira,representantes de diversos setores empresariais se mobilizam em São Paulo. Doencontro sairá adefinição da estratégia de batalha contrao aumentoabusivo da carga tributária e o desrespeito às garantias constitucionais dos contribuintes, como acapacidadecontributiva e o não-confisco.
A MP 232, editada em 30 dedezembro de 2004,amplia de 32% para 40% a base de incidênciada Contribuição SocialsobreLucroLíquido (CSLL)e doImposto deRenda para prestadores de serviços que usam o regimedeLucro Presumido. Com isso, o governo poderá retirarR$ 640,5 milhõesda economia paulista num prazo de 2 anos e cortar 41.230 empregos,segundo estudo do deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ).
"Justamente quando o desemprego é apontado como oproblema número umda população brasileira, ogoverno Lula adota umamedida tributária que tende a agravarainda maiso problema", afirma Paes.
Fimda tolerância– A divulgaçãodo estudodo deputado fortalece oposicionamento dos especialistas
em tributação. É quase unânime aidéia deque oBrasil chegou ao limite da tolerância em relação à carga tributária. Praticamente40%da renda nacional é direcionada ao setor público.
Ocontribuinte, noentanto, nãovê retorno em serviços essenciais e dá sinais deque está cansado de manter uma passividade absoluta diante da ganância da máquinapública ineficiente. Porisso, ogoverno corre o riscode sofrerretaliações da sociedade por meio de campanhas públicas e ações judiciais (ver página 12). Xeque-mate – Para o professor da Faculdade Ibmec/SP e PhD em economia Eduardo Giannetti da
"Vivemos uma situação de anomia e revolta tributária, só que anárquica."
Eduardo Giannetti
Fonseca, qualquer tentativa deaumentarimpostosnasituação atual será contraproducente. Alémdisso, neste momento,a sociedadesó dependede ummínimode mobilização para dar um "xeque-mate" no governo. Seg undo en trev is ta publicada no jornal Folha de São Paulo, G i an n e tt i acredita que "já estamos vivendo uma situação de anomiae revolta tributária, só que anárquica, na base do salve-se quempuder (...).Adesobediência civil já existe, com a informalidade e o 'caixadois'.Mas essadesobediência tem de ser consciente, senão é o naufrágio".
Para opresidente da Associação Comercial de São
Paulo(ACSP)eda FederaçãodasAssociaçõesComerciais do Estado de São Paulo (Facesp), GuilhermeAfif Domingos, o momentoé de concentrar forças e agregar entidades declasse para a conscientização dapopulação. "Vamos traçarjuntos estratégias para derrubar as medidasabusivas." A ACSP já tem o site www.contribuintecidadao.org.br, que mostra aosbrasileiros opeso dos tributos em suas vidas. Aentidade também prepara outras ações para os próximos meses. Fernando Vieira
SERVIÇO
Mobilização Nacional Dia 27 de janeiro, às 10h30, na sede do SESCON/SP, avenida Tiradentes, 960 - Luz, São Paulo. Confirmar participação nos telefones (11) 3328-4918 / 4927/ 4930/ 4932.
Na próxima semana a Câmara Municipal retoma suas atividades. Se dependerdabancadadoPT,avida doprefeitoJoséSerra não vai ser nenhummarderosas, a partir do dia 1°, quando terminao recessoparlamentar. Overeador quecomeçaa despontarcomolíderdaoposição éArselino Tatto, primeiro-secretário da Câmara. Antes mesmo deos trabalhoslegislativos começarem ele já entrou com dois questionamentos na Justiçacontra oprefeito. Mas ele insiste em dizer que a oposiçãoque pretendefazer será "responsável e não raivosa".
"Os vereadores do PT nãovãoquerer fazeruma oposição raivosa, como fizeram os parlamentares tucanos no governo de MartaSuplicy,que emalgunsmomentos chegou mesmo ase caracterizar pelo deboche. Nossa principal preocupação vai ser com o bem estar da população", garanteTatto.Esse bem estar passa, por exemplo, pelofimdacobrança das taxasde lixo eluz, que ele e osvereadoresde sua bancada que se reelegeram ajudaram a aprovar.
"A posição que defendemosde acabarcom astaxas não pode serencaradacomoumacontradição.Aeleição do Serranos mostrou queapopulação querofim
das taxas. Ele defendeu isso na campanha. Vamos fazer o que a população quer", afirma.Mas odinheirodas taxasnão vaifazer falta,especialmente com tantas dívidas deixadas pela administração Marta Suplicy, paraserem pagasagora? "Acredito queo Serracomo grandeplanejador, vaiconseguir encontrar uma saída, que não prejudique a população", disse Tatto. Factóides – Para o primeiro-secretárioda Câmara,os primeiros dias do governo Serra aindanão mostraram muitacoisa."O quevimos até agoraforamapenasalguns factóides. Nada foi feitopela população.Tivemos algumas ações afobadas, o
Arselino Tatto: "Quero propor ao prefeito que favoreça a criação de vários popcentros pela cidade"
querevela faltade programa de governo". Ele acredita que ainda será necessário algum tempo para que oprefeito esua equipe mostremalgum resultadoprático. "Essanãoé uma opinião revanchista. Ele é o prefeito de São Paulo e,antes de servereadordo PT,sou cidadão dacidade. Portanto, ele também é meu prefeito", explicou. Segundo Tatto, Serra deve se dedicar nos próximos meses afazer umapolítica de alianças comos demais partidos daCâmara Municipal. Sem deixar de ser irônico, ele comenta que "certamente coma competência quelhe épeculiar, deve fazer uma política de alian-
ças, sem o toma-lá-dá-cá". BlocoBlindado– Na semana passada, os principais líderesdoBloco Blindado se encontraram com o secretáriode Governo, Aloysio Nunes Ferreira, para tentar uma reaproximação. Antes, oBlocoBlindadovinha ameaçando fazer oposição ao governo Serra, se não fosse contemplado com cargos na nova administração. Do contrário, ameaçavam criar dificuldadespara oprefeito."Esse pensamentonão écorreto. A Câmara Municipal não cria dificuldadesparaninguém. Quando os projetos sãobons,os vereadores sempre votam favoráveis", disse Tatto. Ele afirma quepretende destinar seu mandato para acompanhar a continuidade dos programas sociais, especialmente oRenda Mínima,queédesuaautoria.E também vaiquerer umaredução nofuror tributário sobre os contribuintes. "As áreasde serviçoecomércio estãomuito sufocadascom tantos impostos.Vamos proporuma reduçãonesse sentido. Além disso, quero propor ao prefeito que utilize uma experiênciavencedora, idealizadapela Associação ComercialdeSão Paulo, e favoreça a criação devários popcentros pela cidade", disse Tatto. Fernando Lancha
Embora índice de analfabetismo tenha diminuído nos últimos anos, Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para melhorar seu IDH
Embora os índices de analfabetismo no Brasil tenham apresentado quedas significativas ao longo das últimas décadas, passando de 25,9% em 1980 para 13,6% em 2000, o País ainda tem um longo caminho a percorrer para melhorar a 73ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)elaborado pelaOrganização dasNaçõesUnidasparaa Educação, aCiência ea Cultura (Unesco) no ano 2000.
A situação nacional é bem inferioràde outrospaíses da América Latina, como o Chile, em 38º lugar no IDH e taxa de analfabetismo de 4,2%;e aArgentina, 34ªposição no ranking e índice de analfabetismo de 3,2%.
Segundo o diretor de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização eDiversidadedoMinistério daEducação(Secad/MEC), TimothyIreland, épreciso investir mais para acelerar a reduçãodonúmerodeanalfabetos no País."Se continuarmos diminuindo a taxa de analfabetismo na mesma velocidade, vamos chegar ao índice da Argentina somente em 2020", afirma. Ao todo, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e E st a t ís t ic a (IBGE), no ano 2000 existiammais de 16 milhões de analfabetos no Brasil. Ou seja, pessoas incapazes de ler e escrever nem aomenos umbilhetesimples. Mas,se forlevadoem consideração o conceito de analfabetismo funcional, que incluiria todas aspessoas com menosde quatro séries de estudo concluídas(critériomaisatualizado à realidade econômica etecnológicamundial),esse contingente é ainda maior. Ireland, doMEC,estima queum totalde 33milhões de jovens e adultos no Brasil não concluíram a quarta série do ensino fundamental, uma população maior do que o totalde habitantes da Argentina. Diferenças – Esão grandestambém asdiferenças regionais dentro do próprio País.De acordocomdados da Secad,o Nordesteé aregião com maior taxa de analfabetismo,com quase 50% do total do País.
brasileiros não alfabetizados: Bahia, com2 milhões de pessoas;São Paulo,com 1,5milhão; MinasGerais, com 1,5milhão; Ceará,com 1 milhão;e Pernambuco, com 1 milhão.
Emtermos absolutos,segundoo diretordoSecad, São Paulo e Rio de Janeiro sãoas cidadescom maior quantidadede pessoasnão alfabetizadas. São 383mil e 199 mil, respectivamente. Nível de escolarização –A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, do IBGE, apontaque opercentualde criançasde 7a14 anosfora da escolanototal doPaís caiu de 11,4%em 1993 para 2,8%em 2003.Entretanto,a pesquisa mostra queas desigualdades regionais permanecem acentuadas.
No Sudeste, o percentual de crianças namesma faixa etária que não freqüentava a escolacaiu de 7,8%para 1,9% nos últimos dez anos. Na região Sul esse índice diminuiu de 10,1% para 2%.
ONordestefoi aáreaque mais avançou na última década:o percentual de crianças de 7 a14 anosfora da escola passou de 16,6% para 4%.E, embora o analfabetismo na região tenha caído de 30,9% para 21,2%, oíndice ainda é o dobro da média nacional, que em2003 era de10,6% da população.
De acordo com Timothy Ireland, diretor do Secad/MEC, é preciso investir mais na educação para acelerar a redução do número de analfabetos no Brasil. "Se continuarmos diminuindo a taxa de analfabetismo na mesma velocidade, vamos chegar ao índice da Argentina (3,2%) somente em 2020", afirma.
Ainda de acordo coma PNAD 2003, o aumento da escolarização das crianças e adolescentes vem contribuindo para a redução do analfabetismoe elevação do nível de instrução da população. Dos 10 aos 14 anos, a taxa de analfabetismo baixou de11,3% para3,5%, nesses 10anos. NoNordeste, noentanto,esse indicadorpassou de 26,7%, em 1993, para8,1%,em 2003. Apesar disso, o resultado aindaestábem distante do patamardasregiõesSul,Sudeste e Centro Oeste,com 0,8%,1,0% e1,3%,respectivamente.
Apenascinco estados concentram ametadedos
Outro pontoque deveser destacadoé que aproporçãode pessoascom 11anos ou mais de estudo subiu de 14,4% para24,9% naúltima década.E,aocontrário do que ocorria há dez anos, em 2003as taxasdeescolarização masculina e feminina se encontravam próximas nas faixas etárias de 7 a 14 anos e de 15 a 17 anos de idade. Letícia Cordeiro
Mais alunos nas escolas: percentual de crianças de 7 a 14 anos fora das
O Plano Nacional de Educação tem como meta reduzir em 10 milhões o número de analfabetos no País até 2010 e erradicar o analfabetismo nos próximos 15 anos.
Evasão escolar do ensino médio cai 12,8% em São Paulo
A exigência de escolaridade básica no mercado de trabalho e a busca por uma melhor qualidade de vida têm estimulado uma maior permanência nas escolas. A opinião é da assistente técnica de administração pública da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, professora Huguette Teodoro Faria. Segundo ela, a evasão escolar no ensino fundamental diminuiu de 9,1% em 1995, para 2,7% em 2003 nas escolas estaduais. No ensino médio, do 1º ao 3º colegial, a queda no abandono escolar foi mais expressivo: passou de 21,2% para 8,4% no mesmo período.
A professora Huguette atribui os resultados aos programas implementados pelo governo estadual. "O Escola para Todos conseguiu garantir vagas para todas as crianças emancipadas que nos procuram e o Escola da Família, que abre as unidades nos fins de semana, atraiu o interesse da juventude pelo colégio", comenta a educadora. Em 2004, foram mais de 5,22 milhões de alunos matriculados nas escolas estaduais, dos quais 7 mil foram inscritos pelo projeto Escola da Família. Alfabetização –O governo do estado de São Paulo, através da Secretaria de Educação, também desenvolve um projeto-piloto do programa Brasil Alfabetizado, do governo federal, na Cidade Tiradentes, bairro da capital paulista.
De acordo com a professora Huguette, são 174 salas e mais de 4,5 mil alunos que completarão em 2 anos o primeiro ciclo do ensino fundamental, da 1ª à 4ª série.
Paralelamente, a secretaria também desenvolve um projeto próprio de alfabetização de jovens e adultos no estado. "Em quatro anos o programa alfabetizou 737 mil alunos", comemora a educadora (LC)
Mais que uma promessa de campanha, a erradicação do analfabetismo no Brasil virou uma prioridade do governo Lula. O Plano Nacional de Educação tem como metareduzir em10 milhõesonúmerodeanalfabetos no País até 2010 e acabar totalmente como analfabetismo até 2020.
Em 2003,o governolançou o programa Brasil Alfabetizado,que articula alfabetizaçãocomoprocessode ensino continuado para conclusãodos oitoanosdo ensino fundamental. Parao diretorde educação de jovense adultos da
Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização eDiversidadedoMinistério daEducação(Secad/MEC), Timothy Ireland, o programa dogoverno éorientado pelo aumentoda qualidade doensino einclusãoeducacional. Além disso, são considerados tambémoselementosdadiversidadeétnico,racial, culturaldapopulação brasileira. Números– Ireland conta que,em 2003,oprograma alfabetizou cerca de2,2 milhões de pessoas. Em 2004 os números não estão fechados, mas ele calcula que cheguema maisde 1,8mi-
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lhões de brasileiros. O Brasil Alfabetizado contoucom um orçamento de R$182milhões noano passado,eo montante reservadopara2005é de R$ 220 milhões.
Ogoverno destinouainda R$420milhõesparao programa Fazendo Escola, com o objetivo de criar vagas no ensino fundamental, parajovenseadultos."OFazendo Escolaé oreconhecimento dogoverno deque não bastaalfabetizar, épreciso que as pessoas aprendam a dominar as ferramentas daaprendizagem", conclui Ireland. (LC)
Filas extensas e demoradas, de até duas horas, irritam clientes dos bancos, que se vêem sem nenhuma saída
Nos últimos dois anos, arotina vespertina do office-boy Alan Barbosa de Oliveiratem sido,no mínimo,estafante: enfrentar não uma, mas várias filasnasagênciasbancárias pelasquais temde percorrer para efetuar os depósitosda empresaonde trabalha, um pequeno comércio de tapetes na Rua 25 de Março, no centro da cidade. Em uma das últimas vezesque estevenaagência bancária, Alan entrou na fila às 15h20. Saiu dela às 17h35. Quase duas horas de espera para ser atendido. Filas extensas edemoradas não são exclusividade de nenhum banco.O Diário do Comércio percorreu, na semana passada, várias agências.Na Nossa Caixa que fica na esquina das ruas da Quitanda coma Álvares Penteado,no centrodacidade, por exemplo, faltavamsó20minutosparaofechamento da agência. Mas 23 pessoas ainda aguardavam na filapara ser atendidas nos caixas. Na agência doItaú, na ruaBoa Vista,
também no centro, agora foi o Diáriodo Comércio que esperou na fila por 35 minutos até que chegasse sua vez. "É sempre assim",reclamouo auxiliar administrativoAlessandro SoaresMiranda,de21 anos."Eoproblema éque quandohá serviçodebanco tenhode passar porváriasagências. Às vezes, é impossível fazer tudo em uma tarde", diz. Na sexta-feira da semana retrasada,Soares passou uma hora e meia na fila para ser atendido em uma agência doBancodoBrasile mais outra meia hora em outra fila, agora na agência do Itaú da Rua Boa Vista. Em vão – Segundo Vinícius Zwarg, chefe de gabinetedo Proconde SãoPaulo, em algumas cidades bra-
um dia de filas nos bancos, comuns em praticamente todas as agências (fotos menores)
Comonão existe umalei que exija dos bancosum atendimento mais rápido, o consumidor que se sentir prejudicadopela longaespera em uma fila dos caixas de atendimento bancário tem uma saída: denunciar a agência bancária ao Procon de sua cidade. "Talvezo banconão seja obrigado a atender o cliente em no máximo 15 minutos ou 20 como preten-
dem asleis e projetosde leis. Mas a agência podeserautuada pelo Procon pormá prestação de serviço, infraçãoprevistano Códigode Defesa doConsumidor", diz Vinícius Zwarg, do Proconde São Paulo. Segundo Zwarg, a sanção depende das características da infração, que serão apuradas pelo próprio Procon. Mas a multa varia de 200 a
FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO - FACESP
RUA BOA VISTA, 51 - 9º ANDAR - CNPJ Nº 62.876.768/0001-80 EDITAL CONSELHO DAS ASSOCIAÇÕES FILIADAS
ELEIÇÕES PARA VICE-PRESIDENTES DA DIRETORIA BIÊNIO 2005/2007 O Presidente da FACESP, Sr. Guilherme Afif Domingos, no uso legal de suas atribuições, DECLARA inscritos “ad referendum” do Conselho Diretor os candidatos abaixo relacionados, indicados pelas respectivas ACs nos termos do artigo 23 do ESTATUTO SOCIAL e baixa as seguintes normas para a realização das ELEIÇÕES no dia 14 (catorze) de fevereiro de 2005, em locais e horários que seguem: I -Serão realizadas Assembléias pelos Conselhos Regionais nas cidades mencionadas no dia 14/02/2005, nos horários de 9 h às 12 h:
1.RA-2 - METROPOLITANA ABC: Local: Rua Amazonas, 318 - São Caetano do Sul - SP 1. IVAN CARLOS CAVASSANI - AC de São Caetano do Sul
2. VALTER MOURA - AC de São Bernardo do Campo
2.RA-4 - METROPOLITANA OESTE: Local: Rua Campos Sales, 1.287 - Barueri - SP
1. JOÃO KASSARDJIAN - AC de Jandira
2. PAULO CONTIM - AC de Osasco
3.RA-8 - JUNDIAÍ: Local: Rua Rangel Pestana, 533 - Jundiaí - SP 1. UMBERTO ANTONIO FIORAVANTTI - AC de Jundiaí
2. ELISEU PEREIRA DA SILVA -AC de Cajamar
4.RA-10 - VALE PARANAPANEMA: Local: Rua José Bonifácio, 608 1. LAÉRCIO NOGUEIRA DE MORAES - AC de Paranapanema
2. ARY DE OLIVEIRA RUSSO - AC de Capão Bonito
5.RA-12 - BAURU: Local: Rua Bandeirantes, 878 1. CÁSSIO NUNES DE CARVALHO - AC de Bauru 2. PEDRO LUIZ TESSAROLLI - AC de Guaiçara
3. ADEMAR BORGO - AC de Jaú
6.RA-16 - BAIXA MOGIANA: Local: Rua Comendador João Cintra, 323 - Itapira - SP
1. JOSÉ LUIZ LOPES - AC de Itapira
2. SEBASTIÃO ARRUDA NETO - AC de Estiva Gervi
II - DISPENSA DE REALIZAÇÃO DE ASSEMBLÉIA:
RA-3 - METROPOLITANA ALTO DO TIETÊ - Anunciato Thomeo Sobrinho - AC de Guarulhos
RA- 5 - LITORAL - Jorge Ayala - AC de Cubatão
RA- 6-VALE DO PARAÍBA - José Mauro Zeraik Lima -AC de Cruzeiro
RA-9 - SOROCABA - Braz Cassiolato - AC de Sorocaba
RA-11 - RIBEIRÃO PRETO - Francisco Carlos Júlio Pinghera - AC de Ribeirão Preto
RA-13 - ARAÇATUBA - Wilson Marinho da Cruz - AC de Araçatuba
RA-14 - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - Rolando César Castrequini Castilho Nogueira - AC de Votuporanga
RA-18 - SÃO CARLOS - Cláudio Vismara - AC de São Carlos Em razão de candidatura única, ficam dispensadas da realização de Assembléias dos Conselhos, conforme determina o parágrafo 2º do artigo 23 do Estatuto Social.
III - RA-1 - REGIÃO CIDADE DE SÃO PAULO -OVice-Presidente será designado pelo Presidente da Associação Comercial de São Paulo e o seu nome submetido a homologação da Assembléia Geral, como dispõe o artigo 23 do Estatuto Social.
IV -RA-7 - CAMPINAS, RA-15 - MARÍLIA e RA-17 - PRESIDENTE PRUDENTE - Em razão de não ter havido inscrições, os Vice-Presidentes dessas regiões serão indicados pelo Presidente da FACESP, conforme dispõe o artigo 23 § 3º do Estatuto Social. V - HOMOLOGAÇÃO -Os Vice-Presidentes eleitos, terão seus nomes homologados pela Assembléia Geral, nos termos do artigo 12, inciso VII do
três milhões deUnidades de Referência (Ufir),o equivalente a R$ 3,19 milhões considerando o último valor da Ufir de R$ 1,0641. a reclamaçãodeveser feitaporescrito, de preferência.
O Banco Central, responsável pela regulamentação e fiscalizaçãodosistemafinanceiro,não temnormasespecíficasa respeitode filasnas agências bancárias. (RA)
sileiras vigoram leis municipais, algumas regulamentadas, que limitam o tempo máximo de espera do consumidor na fila dos caixas de bancos. "O problema é que, nesses casos, os bancos podem questionar na Justiça a constitucionalidade dessasleis, já que elas tratam de práticas internas das instituições financeiras", diz Zwarg. "E isso acaba tornando a legislação inócua", completa. Em São Paulo, há um projeto delei deautoria dovereadorArselinoTatto (PTSP),limitando em15minutos aespera doconsumidor emumafila paraatendimento nos caixasdos bancos.O projetofoiaprovado em primeira votação, em novembro.Precisaira plenário novamente para então seraprovadopelaPrefeitura e entrar em vigor. Rejane Aguiar
Febraban defende turno maior
Enquanto aFederação Brasileiras das Associações deBancos (Febraban) diz queo clientepode evitar as filas optando pelos diversos canais alternativos de atendimento (internet, telefone e correspondentes bancários entre outros), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região defende que a ampliaçãodohorário de funcionamento das agências e o conseqüente aumento do númerodecaixaspoderiadiminuir bastante o tempo de espera para atendimento. "Defendemosa abertura das agências das 9 horas até às 17 horas, com a criação de maisumturnode trabalho para os caixas de atendimento.Assim, haveriamaispessoas trabalhando e uma concentração menorde clientes
nos mesmos horários", diz a secretária-geral do sindicato, Juvandia Leite. Maisemprego –Segundo as contas da entidade, a ampliação do horário de atendimentoeacriaçãodemaisum turnogeraria100milempregosnosetor. "Oproblemaé que as instituições financeiras fazem o contrário: demitem funcionários e investem paraque ocliente optepelo auto-atendimento, bem menos custoso para o banco. Assim, o cliente que prefere usar os caixas tem de esperar", observa, lembrando que da década de 80 para cá o númerodebancários diminuiu de 800 mil para cerca de 380 mil. Segundo ela, os bancos são poucosreceptivos à idéia. "Só temos uma conversa com o HSBC". (RA)
Aposentadosepensionistas estão na mira dos bancos parao fornecimentodecréditoconsignado (com descontodireto dasprestações no holerite).Depoisdeo Bradesco anunciar, na semana retrasada, uma parceria com o Panamericano, do grupoSilvio Santos,paraa concessão desse tipo de crédito, foi avez, na semana passada,daCaixa Econômica firmar parceriacom o BMG e do Banco Schahin se associar ao HSBC com o mesmo propósito.
O acordo feito entre a Caixa e o BMG prevê a liberação de R$ 3bilhões em crédito para aposentados e pensionistascom pagamento das parcelas por meio de desconto em folha de pagamento doINSS. Segundoo banco,dessetotal, R$500 milhões deverão chegar aomercadoainda neste mês. Masa meta é aplicarpoucomais deR$ 100 milhões por mês, no período de dois anos.
Dos quaseR$ 11 bilhões dacarteirade consignação do sistema financeiro, 37% sãoda Caixa.Éa primeira vez quea instituição compra umacarteira decrédito comercial de outro banco e a
expectativaé de que essa parceria possa crescerem valores. Com a aquisição da carteira do BMG, a participação da Caixa cresce para 41%, consolidando ainda mais sualiderança nomercado de operações consignadas do País. Alémdas agências do banco mineiroe doscorrespondentesbancários presentesnas capitais brasileiras, osclientes daCaixa tambémterão àdisposição os 16mil pontos do banco espalhados peloPaís, entre agências e lotéricas.
No caso do Banco Schahin, o crédito será oferecido pela CifraCrédito Rápido,financeira dogrupo.OacordocomoINSSpôde serviabilizado pormeio deparceria firmadacom o HSBC em dezembro do ano passado, na qual foram destinados R$ 3 bilhões para operações de crédito aos aposentados e pensionistas. "Nossa meta é conquistar 16 milhões de segurados do INSS com o novo produto", dizCláudio Ferro, executivo responsável pela área de crédito do banco.
O valor de cada parcela do empréstimo está limitado a30% darendalíquida do tomador de crédito. A taxa de juro será a partir de 2% ao mês e não há tarifa de aberturadecrédito.Oprazo depagamentovai deseis a 60 meses."Nosso objetivoé oferecer aos aposentados e pensionistas apossibilidade de obter crédito com parcelas que não tenham grande impacto no orçamento", explicou Ferro. A Cifra CréditoRápidotem maisde quatro mil agentes no País. Vanessa Jaguski
Principais Eventos
Terça-feira: A Fundação
Getúlio Vargas divulgaresultado da Sondagem Conjunturalda Indústria de Transformação. Sai a pesquisamensal doInstituto Brasileiro deEstatística e Geografia (IBGE) de emprego referente ao mês de dezembro.OBancoCentraldivulga nota para a imprensa sobre juros e spread bancário. Nos Estados Unidos sai o índice de consumo pessoal,que medeaconfiança dos consumidores.
Quarta-feira: A Fundação
GetúlioVargas divulgao
IPC-S, índice semanal de inflação. O IBGEanuncia o IPCA-15 ,Índice dePreços ao Consumidor Amplo, do mês de janeiro. A expectativa é de 0,65%.
Quinta-feira: Sai a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).A FGVdivulga oÍndice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)de janeiro. O IBGE divulga osresultados dolevantamentodaproduçãoagrícolade dezembro.
A Fundação Sistema Estadual deAnálisedeDados (Seade)divulga pesquisa de emprego e desemprego referenteaomêsdedezembro. O Tesouro Nacional anuncia oresultado primáriode dezembro. A expectativa é de um déficit de R$ 6 bilhões. Nos Estados Unidos sai o número de pedidos de bensduráveis às in-
dustriasdo País,indicando o nível daatividade em dezembro. O consensoé de 0,8%. Sai também o número de pedidos de auxílio desemprego americano, termômetro daeconomia nos Estados Unidos.
Sexta-feira: OBC divulga os dados de necessidade definanciamento edívida líquida do setor público de dezembro. Aexpectativaé deumdéficitdeR$ 3,9bilhões. A Fundação Instituto de PesquisasEconômicas (Fipe) divulga os resultados da terceira quadrissemana de janeiro do Índice de Preços aos Consumidor (IPC). Fonte: Tendências Consultoria
Mercado financeiro trabalhará sob a expectativa da explicação do Banco Central sobre juro maior
Omercado vai começara semana sentindo a redução do volume de negócios na Bolsa de Valores deSão Paulo(Bovespa) devido ao feriado pelo aniversário da cidade, comcmorado amanhã.Mas osnegóciospodem continuar maisminguados dependendodo conteúdo da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista paraserdivulgada nestaquinta-feira.A apreensão é justificada.
É na ata que o Banco Central dá sinais de como deverá atuar na condução de políticamonetária, maisespecificamente emrelaçãoaos jurosbásicos da economia, que servem de base para a fixaçãodosjuros cobrados no crédito em geral. Depois do último aumentodataxaSelicem0,5ponto, na última quarta-feira, o quinto seguido, otemor de praticamete todosos setoresda economia,e domercado financeiro, éde que novos apertos venham.
Nas últimas atas, referentes aos aumentosfeitos nos juros, a justificativa do Banco Central foi sua preocupação com a inflação. Preocupação que,segundo recentes declaraçõesdo ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e do presidente do Banco Central,Henrique Meirelles, permanecem. Os analistas acreditam queajustificativasejaocontrole para que se cumpra a metade inflaçãopara2005, mantendoa políticade aperto monetário. Para este
ano, a metade inflação oficial do governo é de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), com uma margem de tolerância de 2,5 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Caso a ata venha com indicações de novasaltas, o comércioeosetor produtivo sentirão o impacto negativo maior. Além dosjuros maiores, os dois setores terão de trabalhar com prazos menores.E quemperde éo consumidor.
Vanessa Jaguski
Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo S.A. CNPJnº62.002.886/0001-60-NIRE35300015967 Ata da Assembléia Geral Extraordinária
Aos três (03) dias do mês de janeiro do ano de dois mil e cinco, às 11:00 horas na sala de Licitações, situado na Av. Olavo Fontoura nº 1.209, São Paulo, em primeira convocação. Presentes os acionistas representando mais de dois terços do capital votante, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas. Convocação: Edital publicado no jornal Diário Oficial do Estado nos dias 16, 17 e 18/12/2004 e jornal Diário do Comércio nos dias 16, 17 e 20/12/2004. Ordem do Dia: 1) Eleição dos novos membros do Conselho de Administração; 2) Eleição de novos membros do Conselho Fiscal e respectivos suplentes; e 3) Assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 15 de dezembro de 2004. Na seqüência foi apresentado o nome de Maria Cristina Silva Crisostimo para secretariar a reunião, o que foi aceito pelos presentes. Os trabalhos foram abertos pelo Sr. José Roberto Almeida Fernandes de Melo-PresidentedoConselhodeAdministração,queinformouestarpresenteàreunião o procurador Dr. Eduardo Mikalauskas, Registro Funcional nº 696.434.6.00, devidamente credenciado para representar a acionista majoritária, a Prefeitura do Município de São Paulo. Aacionista majoritária, por intermédio de seu representante e respaldada nos termos do Ofício datado de 30 de dezembro de 2004, propôs a suspensão da deliberação dos assuntos constantes da ordem do dia, para ulterior momento. Diante de tal situação nos termos do artigo 14 do Estatuto Social da empresa e parágrafo 4º do artigo 150 da Lei 6.404/76, o prazo de gestão dos membros dos Conselhos Administrativo e Fiscal, estender-se-ão até a investidura dos novos conselheiros. Colocada a palavra à disposição, como ninguém quisesse fazer uso da mesma, o Presidente da Mesa, Sr. José Roberto Almeida Fernandes de Melo declarou encerrados os trabalhos, lavrando-se a Ata, que após lida e aprovada, passou a ser assinada pelos presentes. São Paulo, 03 de janeiro de 2005. Apresente é cópia fiel lavrada em livro próprio. José Roberto Almeida Fernandes de Melo - Presidente da Mesa; Maria Cristina Silva Crisostimo - Secretária da Mesa; Eduardo MikalauskasRepresentante da Prefeitura do Município de São Paulo; Sergio Feijão FilhoAcionista; Amadeu Zamboni Neto - Acionista. JUCESP nº 21.926/05-0 em 18/01/2005.PedroIvoBiancardiBarboza-SecretárioGeral.
Já existem reivindicações para incluir o gás de cozinha na cesta básica e zerar o IPI para luminárias
Oano mal começou, o Congres so Nacional só volta do recesso em 15 de fevereiro epelo menos cincosetores daindústriajá têm traçadosseus planos para driblar a alta carga tributária: águamineral, gásdecozinha, aparelhos elétricos de iluminação, energia elétrica esucodelaranja.
Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras deGás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o senador Delcídio do Amaral(PT-MS) vai levar à comissão de infraestrutura do Senado o pedidoda entidade para que o gás de cozinhaseja considerado produto de primeira necessidade eentrenacestabásica.
Comisso,o gásseriatributado de maneira diferenciada e chegariacom preço reduzido àsmãos doconsumidor.
O diretor do sindicato Sergio Bandeira de Mello afirma quea cargade tributos federais do botijão custa R$ 2,20 parao consumidor. "O peso tributário do gás de cozinha é muito alto para um produtotão importante. Eledeveria tero mesmo tratamento do feijão, por exemplo,que étributadoa 0% de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuiçãopara oFinanciamento da Seguridade Social (Cofins)", argumenta.
O sindicato também pretendelutar pelaalíquota mínima de Imposto sobre a
Regularização de Imóveis Habite-se
Projetos - Prefeituras CETESB
Circulaçãode Mercadorias e Serviços (ICMS) para o produto. "Somando os tributosestaduais aosfederais, entre 22% e 25% do preçodogássãotributosembutidos", diz Mello. Estudo - Até o setor de aparelhos elétricos de iluminaçãoprocura umaluz para diminuir a carga tributária. O Sindicatoda Indústria de Lâmpadas eAparelhosElétricos de Iluminação no Estadode São Paulo (Sindilux) vai encaminhar aoMinistérioda Fazenda um estudo com o pedido de redução ou alíquota zero de Imposto sobre o Produto Industrializado (IPI) para lustres eluminárias. "Essesegmento écompostode empresas semi-artesanais,
CONTRU - (AVS) Corpo de Bombeiros Vigilância Sanitária Licença de Funcionamento
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portanto com baixofaturamento equeempregam muito", afirma Geraldo Garcia, diretordo Sindilux. Hoje, osetorpaga 15%de ImpostosobreProdutosImportados (IPI).
Noâmbitoestadual,osindicatovaipedir aredução da alíquota de ICMS de 18% para12%."Por causada guerra fiscal,há empresas saindo deSão Paulo oufechando as portas por não ter condição de se sustentar", diz Garcia.
O setor elétrico promete promover discussões no Congresso parabeneficiar suas indústrias. "Queremos elaborar e aprovar projetos de lei que implantem a reduçãodealíquotas dostributosfederaispara osetor elétrico", afirma Silvia Calou, diretoraexecutivado Sindicato da Indústria da Energia no Estado de São Paulo (Siesp).
Segundo adiretora,R$ 31,7 bilhões da receita do setor em 2004 foi usada para o pagamento de tributos e encargos. "Isso significa que 40%da tarifaqueo consumidor pagou corresponde a tributos", diz. Ela esclarece
que R$ 7,4 bilhões (9,25% da receita)foramusadosparao pagamentode PIS/Cofins, R$304milhões(0,38%dareceita)paraa Contribuição Provisória sobreMovimentação Financeira (CPMF) e R$16,8bilhões(21%dototal da receita) para o ICMS.
A Organização NãoGovernamentalLaranja Brasil, com cerca de 20indústrias brasileiras que fazem parte da cadeia produtiva de suco de laranja, vai insistir no pedido de uma tributação diferenciada das outras bebidas. Em 2003, a ONGentregou estepedido ao Ministério da Agricultura, mas aindanão teve resposta. "A produção de suco de laranjatemuma cadeia produtivalongae complexa até que o produto seja industrializado. Não éjusto queosuco sejatributado como bebidas feitas da mistura de produtos sintéticos com água",diz.A citricultura geramaisde 400mil empregos e exporta mais de 1 milhão de toneladas do sucoconcentrado congeladoporano, segundoopresidente da Laranja Brasil, Marcos Santin . A entidadetambém jáentregou ao governo do Estado o pedido de isençãodo ICMS."ICMS, PISeCofins, representamcercade20%do custo do suco no supermercado", afirma Santin. Laura Ignacio
Setor de água mineral na luta por créditos de PIS/Cofins
Ajogada do setorde água mineral para tentar baixar a carga tributáriaéiràJustiça.AAssociação Brasileira das Indústrias de Águas Minerais (Abinam) vai entrar com duas ações coletivasno primeirotrimestredeste ano, segundo Carlos Pedroza de Andrade, diretor jurídico da entidade eadvogado do escritório Pedroza deAndrade Advogados. Uma delasvai pediro direitoamploe irrestritode créditos de Programa de Integração Social(PIS) eContribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Com a Lei n° 10.865/04, osetor passoua ser tributado pela não-cumulatividade suportando alíquotas de 2,5% de PIS e 11,9%de Cofins."Issoofendeo princípiodanão-cumulatividade. Entendemos que temos direito a crédito sobre todos os custos necessários para a atividade fim", alega Andrade. Naoutra ação,aentidade vaipedir queasassociadas optantes pelo lucro presumido voltem a ser tributadas pelosistema cumulativo, comalíquotade3,65% de PIS/Cofins. O advogado explica que a Lei n° 10.865/04 não especificou se anão-cumulatividade deve ser aplicada apenas para empresas tributadas pelolucro real,comoacontece com a maioria dos setores."Há um conflito entre estaleiearegrageralqueestabeleceuaexclusãodanão-
cumulatividadeparaasempresas tributadas pelo lucro presumido", diz. O advogado contaque, atualmente, elas estão pagando 14,4% de PIS/Cofins. Tsunamitributário -A Abinam também vai tentar barrar o repassedo aumentode32% para40%dabase de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Socialsobre oLucroLíquido(CSLL),instituído pela Medida Provisória232, que atingiuosetor de serviços. Andradeafirma queaentidade vai semobilizar junto a FederaçãodasIndústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ea Confederação Nacional dasIndústrias (CNI) para que anovamedida não cause impacto no preço da água mineral. "Assim, como os supermercados anunciaram quepode haver aumento nos preços dos produtos, nós também poderemoster queelevaro preço da água".
Na semana passada, a Associação BrasileiradeSupermercados (Abras)divulgou que deve aumentar em1,5%, emmédia, ospreços dos produtos por causa do repasse do aumento de custo dos prestadoresde serviço. AAssociação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) está prevendo umaumento médio de 2,71% nos custos das transportadoras de carga que deverá ser repassado paraa indústria,também por conta da MP 232. (LI)
Oex-presidente Fernando Henrique Cardosopôsem vigoraLeide Responsabilidade Fiscal com o único objetivo moralizador de disciplinar os gastosdos prefeitos, em geral,de capitaise do interior.Quem acompanha, como somos obrigados por dever de ofício, constataque os titulares dasprefeituras,emgeral, gastamdesproporcionalmente, infringindo dispositivos da LRF,para se elegerem ou reelegerem, enfim,paraestarem no lugarquelhespermitevidafácil eboa mesa com dinheiros públicos. Pela necessidadedessa lei e por suas conseqüênciasno orçamento, verifica-sequefoidesastroso paraopresidente FHC,no seu interesse a pretexto dequequatro anos são pouco para a administração executar umplano qualquerpreparado. Evidenciou-se que não era e não é de interesse público o mandato duplo. O certo seria voltar-se aosquatroanos sem direitoàreeleição,poisessa viciouos mandatários a gastarem comofimde atraira preferênciados eleitoresparaoque estiver emexercícioe merecer, portanto,uma reeleição. Provado ficou que não correspondeaos interesses públicos a reeleição.Manda odeverserviraopovo,estepovotão abandonado pelos aproveitadores das leis feitas para premiar amigos, para não serem cumpridas, em suma, um país a rigor com leis frágeis. ALRF,emboahoravotada, aprovada eem vigor, foi miseravelmente desrespeitada pela maioria dos prefeitos ou quesaíram ouque sereelegeram, como, de resto, queriam, afim de gozar das vantagensdo cargo, em qualquer município.As obras,aeducação, asaúde, pouco importaram e pouco importam nesseregime de oito anos, eem consideraçãomais ampla,nesse regime que servea uma minoria, enquanto a maioria pena no duro cotidiano do trabalho, do qual é arrecadado pelo poderumaparcela elevada deimpostos e taxas. Éo que sedeve cuidar,se se quiserum Brasil melhor.
Transparência necessária
A obrigaçãomaiorde um dirigente público, além da probidade em todos os sentidos, é a de prestar contas de forma transparente sobre ouso do dinheiro público. Todos sabem que qualquer governo não produz nada. Vivedaarrecadação de impostos e taxas com a obrigação debem aplicar o apurado em serviços e obraspara a população. No caso brasileiro, em qualquer nível de poder, a arrecadaçãosedestina,na ordem, primeiroà manutenção edesenvolvimento doprópriocorpofuncional do governo; segundo, aoatendimento de ações partidárias, grupais ou pessoais desvinculadas do interessepúblico; terceiro, à sustentação do nepotismo, da corrupção, das jogadas e, por último, quando sobra algum troco,aos serviçose obras paraospopulares. Faltatransparência emecanismos efetivos de fiscalização.
Desinteresse
Essa falta decorre do desinteresse da população em relação aodestino do dinheiroque entregaao governo. E o desinteresse decorre da desinformação, da ignorância, do afastamento, da falta de hábito do brasileiro de conhecer como funciona e participar davida públicadoPaís, movidacomo seu (do contribuinte) dinheiro.
Lá e cá
Esse quadro gerasituaçõesque seriam,como se diz popularmente, cômicas,senãofossemtrágicas.
Exemplo:duranteagestão
Celso Pitta, na capital paulista, o então partido de oposição, PT, movimentavamarese mundosem buscade suspeitasenvol-
Tudoaquilo que foi ganho nestesdois anosem termos de reduçãoda dependência externa está ameaçado de perder-se diante da sustentação da políticade valorização cambial.
mos boletins do Copom.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
vendoodinheirodomunícipe. Ações públicas, processos, denúncias,sobre o uso dosrecursos doerário municipal serviram de base,depois, paraacampanha eleitoral, onde a então candidata MartaSuplici venceu emcima do denuncismocomandadopor ela e pelo PT.
Cadê o dinheiro
Perdendo aeleição para o tucano José Serra, a candidata petista ouve essa perguntade formapública, após asanálises feitas no caixa da prefeitura que ela deixou:cadê odinheiro? Noprincipescopalácio onde instaloua sede do governo da cidade, a irritação é indisfarçável em face de declarações de membros do ex-governo de quedeixaram dinheiro. OprefeitoJoséSerra assegura que pagará tudo que herdou,masissoparalisará o primeiro ano de sua gestão.
Buraco A equipede Serra constatouquepara os300milhões que aex-prefeita diz terdeixadoem caixa, há mais de dois bilhões de dívidas feitas e não honradas. Airritação,nasextafeira passada, só foi suavizadapelas risadasque a declaração da ex-prefeita provocaram. Ela disse que Serrafazexatamenteoque disse que não faria: olhar pelo retrovisor. A "candura" da frase e da situação dispensou comentários.
Cobrança A sociedade deve cobrar do poderpúblico,permanentemente, explicações e exigir as puniçõeslegais, sobreo empregododinheiropúblico. Aliás,esta deveria ser a função dos Tribunais de Conta. E-mail do colunista psaab@uol.com.br
A autoridade monetária reagede mauhumorquando sediz que o dólara 2,70 reais é produtoda mais alta taxadejurosrealdomundo. De nadaadianta atentativa dedesqualificaros críticos desta política, atribuindolhes a intenção de defender ocalote dadívidapública, pois ninguém está forçando a queda abrupta dos juros massim ainterrupção do processo de alta e a retomadada reduçãopaulatinada taxa básica.
A deselegânciatalvez se explique pelo fato que neste último ano ficaram evidentes as falhas nas estimativas que informaram as decisões de política monetária. Esclarece também o porquê da recaída "terrorista" dos últi-
Há poucosanos houveum sériodebate, nos meios intelectuais brasileiros, quando o Itamaraty resolveu abolir o francês dos seus exames de admissão. Não é difícil lembrar que se argumentoumuito como seguinte fato: o mundo, no caminho inexorávelda globalização, está preferindo o inglês como língua universal. Por que sobrecarregar os nossos futuros diplomatas com alíngua francesa,que já não seria mais tão importante assim?
Protestos aqui e ali, houve quemrecordassequeofrancês é língua latina, devíamos ser solidáriosà francofonia,mas não adiantou. Foi-seo francês,apesar da resistência.
Estamosvivendo outro momento, esteainda mais confuso ede difíciljustificativa.Talvezos mesmos "gênios" que tiraram o francês voltaram asua cismapara a língua inglesa, retirando a
Asdistânciasqueseparam as previsõesquanto aocomportamento da economia e seus resultados em2004 são enormes,tantono queserefereàtaxadeinflaçãoquanto ao crescimento do PIB, à evolução do comércio exterior, osvalores da exportação e importação, ao nível da dívida pública, etc.
O Copom trabalha com "expectativas" sopradas pelos oráculos de Wall Street
Assim é que aexpectativadoboletimoficial do BC de dezembro de 2003 apontava para uma taxa de crescimento de 3,5% do PIB em 2004; terminamos crescendo 5%, o que representa umligeiro errode estimativa de 43%... Mais interessante éo comentário que respalda (!) a avaliação, segundoo relatório: "perspectivas setoriais sinalizam expansãode 3,5%do PIB em 2004, sustentadapela
recuperação da demanda interna"... observação completadamaisadiante pela peremptóriacerteza que "contrariamente aoobservadonosúltimosanos ,a contribuiçãodo comércio exterior deverá ser negativa...". Emseguida projeta em 75 bilhões de dólareso valor dasexportações que na realidade terminaram 2004 somando 96,5 bilhões de dólares, umapequena diferença, portanto, de 30% ... Trabalhar com projeções é algo absolutamente naturalnaadministração da economia. Asdificuldades apareceram quando se pretende estabelecer um consenso em tornode"expectativas"infectadas porondas sucessivas de "otimismo" e "pessimismo" sopradas pelosoráculos de
obrigatoriedade dos exames de admissão. Nemfrancês, nem inglês.As línguasserão estudadas ao longo do curso e nãoserãomaisexigidas à entrada.Algunsmais radicais atribuíram essa última decisão ao espírito antiamericanista que estaria prevalecendo nos meios oficiais. É claro que os mais esclarecidos não acreditam nisso, poisosEstados Unidos são osnossos maiores parceiros comerciais, amuitas léguas de distância do segundo colocado. Dificultar o entendimento aquempoderá servir?
Eliminar o inglês na prova de admissão do Itamaraty não ajuda o ensino
Outros acham que seria umaformade impedirainvasãodetermos estrangeiros emnossalíngua.Basta estancar os excessos enão aceitar tudo o queos marqueteiroscolocamnosanúncios veiculados,misturando
prédios, alimentaçãoe computadores.Pena severa, como sempre quis o deputado Aldo Rabelo, paraostransgressores. A França aceita o "franglais", masem doses homeopáticas. Aqui no Brasil, como tudoé gigantesco, falta moderação nesse capítuloeum excessolevaaoutro excesso.Ninguém tira vantagem no processo. Para sermos claros: oItamaraty não deveria ter defenestrado o francês, nemo inglês, nos exames de acesso aoInstituto Rio Branco.Cometeuumadupla falta, talvezinclusive por desconhecer os efeitos poderosos que esses exames provocam, de cima para baixo, nos estudos em nível médio.
Acompanhamoso que houvenos examesvestibulares,bemdeperto,parapoder afiançar queas mudan-
WallStreete quesepropagam pelaseconomias emergentes pela eficiente e rendosa ação dos fundos de hedge nomercado ena imprensa "especializada"... O primeiromovimento doCopomesteano, "atendendo às expectativas do mercado" (que esperava exatamente a elevação da taxabásica para18,25 %) indica que vamos continuar "trabalhando" para queo Brasilnãoultrapasse o limitede3,5% de crescimento do PIB, "paranão comprometera metadeinflação"que foiprojetada paraser4,5%,mas jáfoi "ajustada" para 5,1%. Foi essa mesma crença absurda que desencaminhou a política monetáriaem 2004, sustentando uma taxa de juro real de 13%, que elevou os custos da dívida, comprometeu as finanças públicas e desencaminhou a taxa de câmbio, do que vamos nos arrependeramargamente em 2005.
ças ocorridas nos últimos 10 anos,como a introdução das provas discursivas (redação), tiveramsignificativa influência nas aulas de português dos nossos colégios.Seosistemanão melhoroutudoo quedeveria, pelo menos trouxe um pouco mais de liberdade de raciocínio aos nossos jovens, obrigados a desenvolver temas da atualidade em linguagem própria e com um português aperfeiçoado. Nissotudo háumpouco defalta doquefazer. Emlugar de medidas dessa natureza,melhorseria quenos empenhássemos numa cruzada nacional em benefício da língua portuguesa,que houvesse um eficientetreinamento nacional de professores(comousodaTV),para que nãofôssemos obrigados acorrigir provascomuma redação abaixo da crítica.
Para ampliar os negócios, produtores argumentarão que o Brasil tem uma carne menos gordurosa "porque nosso boi é criado a capim"
Em2004, pelo segundo ano consecutivo, o Brasil foi o maior exportadorde carnemundial. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), oPaísvendeu 1,9 milhão de toneladas em equivalente carcaça noperíodo. A Austrália, segunda no ranking, exportou 913 mil toneladas. Em valores, o Brasil vendeu US$ 2,5 bilhões, cercade US$1 bilhão a mais que em 2003.
Segundoo presidenteda Abiec, o ex-ministro Marcus ViníciusPratini deMoraes, o Brasil ainda não conseguiuconquistarosmercados quepagammaispela carne, comoEstadosUnidos,Japão,Coréia doSul, Taiwan e Canadá. "Os produtores locais ea Austrália usam, indevidamente,critérios sanitáriospara dizer queoBrasilnãotemboacarne in natura", explica. Justamente por esse motivo,omaiordesafiodaAbiec para2005 éapoiar ogovernoem negociaçõesinternacionais paraderrubar as barreiras sanitárias e melhorar os preços do produto brasileiro nos mercados onde já atua.Outra dificuldadea ser enfrentadaneste ano é ocâmbio, diz Pratini. "Não falo em valores, mas o câmbioatual émuitobaixo e complica alucratividade dos produtores", reclama. Novos mercados – Segundoo presidente da Abiec,oBrasilexportoucarne,em2004,para143mercados, 40a maisque em2003. Entre os novos compradores estão Argélia, Venezuela, Bulgária, Romênia e Indonésia. A China também pediu relatórios sobre a qualidade doproduto epode fechar negócio ainda neste semestre, segundo o diretor-executivo daAbiec, Antônio Jorge Camardelli. Para ampliar as exportações a novosmercados, a Abiecusará o argumento queo Brasil temuma carne menos gordurosa "porque
A Associação Brasileira de Consultoria e Assessoria em ComércioExterior (Abracomex), realiza no próximo sábado, dia 29, treinamento paraqualificar executivos para maximizaremsuasviagens internacionais de negócios. O programa compreende todo o planejamento da viagem, passando pelo antes, durante e o depois. No capítulo do antes ésugerida a analise dos países e cidades avisitar,nos seusaspectos
Vendas de US$ 2,5 bilhões garantiram ao País, pelo segundo ano consecutivo, o título de maior exportador mundial, seguido pela Austrália.
Apesar do embargo, Rússia continua a maior compradora
A Rússia foi o maior comprador de carne bovina in natura do Brasil em 2004, mesmo com o embargo ocorrido em setembro. No total, os russos adquiriram US$ 239,10 milhões, 138,29% a mais que em 2003. Em volume, as compras russas somaram 227 mil toneladas, 84,60% superiores ao ano anterior.
AAssociação Comercial de São Paulo (ACSP) receberá nopróximo dia16defevereiro, a partir das 14 horas, executivos da empresaExportadores Bolivianos SRL. Estarãopresente odiretor de exportações, Eduardo Bracamonte, eo gerente Fernando Aramayo. Eles desejam reunir-se com importadores paulistanos.
A Exportadores Bolivianosé amaior empresaboliviana no setorde jóias, empregandomaisde700 funcionários. É também a principal exportadora do País nessa área. Sua linha de produtos,voltada ao público feminino, é formadade anéis,pingentes,braceletes, gargantilhas e colares, dentre outros. Os produtos, confeccionados em ouroe a pratapoderãoservisualizadosna homepage da empresa atravésdosite www.exbol.com.bo.
Aempresaestá preparada para produzir sob encomenda do cliente.
nossoboiécriadoacapim",e também apresentará cortes especiais de carnebovina, prontos para o consumo. Negócios diretos– Nesse sentido, produtores locais já podem comemorar um novocontrato coma redefrancesaCarrefour, que levará a marca Brasilian Beef às prateleiras da França. "Vamos aproveitar oano Brasil-França (evento comemorativo entreosdois países) paraexpor nosso produto", explica Pratini de Moraes. A vendadireta pararedesvarejistastambémé um passo importante para eliminar os intermediários e aumentar alucratividade dos produtores, diz ele. Ainda com a intenção de reforçar a marca Brasilian Beef, aAbiec participaráda Sial-China, feira de carnes
deXangai, em maio. Também participará de eventos emLisboa (Portugal)no mês de abril, Moscou (Rússia)em setembro,eColônia (Alemanha) em outubro. Caso asexpectativasde crescimentono comércio mundialse concretizem, Pratini de Moraes explica queoBrasilestáprontopara atenderademanda. "O aumento na capacidade de produção é rápido", afirma. Atualmente, 22% da produção nacional é destinada a exportação.
Preços – Em 2004, a valorizaçãodacarneindustrializada, demaiorvaloragregado, ficou abaixoda carne innatura.Issoporque ain natura subiu 13,98% ao longodo ano, quantoa industrializada aumentou 8,32%.
Fernanda Pressinott
Treinamento prepara para viagens internacionais
tanto macroquantomicro econômicos, demografia, geografiae clima, cultura, usos ecostumes, feriados, aspectos burocráticos (documentação pessoal, passagens,vistos, etc),dinheiroe cartão de crédito. Papel importanteé reservada para a preparação do marketing daempresa. Ou seja, o perfeito conhecimen-
to dos produtos a oferecer, incluindo-se características técnicas e vantagens. No durante são discutidos aspectos fundamentais comoposturas ehorários, usos ecostumes, vestuário, ouvir ou falar, refeições e horário detrabalho. No depois (retorno da viagem), o cursoaborda análisegeral da viagem,envio de amos-
O problema é que o embargo não tem previsão de término. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, em março os países devem negociar as quotas para 2005, mas o embargo continua. "Não quero fazer previsões, mas essa questão tem que ser resolvida. O mundo todo sabe que somos um país sem problemas sanitários e nossos rebanhos são os mais saudáveis. Esse tipo de lobby tem que ser negociado entre os governos", diz. Histórico – Em setembro de 2004, a Rússia impôs um embargo a carne brasileira afirmando que o País tinha foco de febre aftosa no Amazonas. Os argumentos de que o estado onde foi encontrada a doença é muito distante dos produtores que exportam para Rússia (são de Santa Catarina) não convenceram os técnicos e o embargo está mantido até agora. No entanto, todas as carnes abatidas até o dia 20 de setembro puderam ser embarcadas para o país, o que gerou exportações até meados de dezembro. (FP)
tras,catálogos, especificações técnicas, confirmação dos pedidos,fabricação e controle de qualidade e prazos de entrega. O curso será ministrado por Amadeu Nosé Júnior, que há25 anos atuaem comércio efoirepresentante de diversas empresas. Informações– Para inscrições ou mais informações, contatosna Abracomex pelo telefone (11) 21711527ou e-mail:atendimento-sp@abracomex.org
Interessados em reunir-se com os executivos bolivianospoderão agendarhorário pelos telefones (11) 32443500 ou 3771, noDepartamentode Comércio Exterior da ACSP.
Comus faz primeira reunião do ano O Comitê deUsuários dosPortos eAeroportos do Estadode São Paulo (Comus), da Associação Comercial deSãoPaulo (ACSP),coordenado pelo diretor José Cândido Senna, realiza nestaquinta-feira, a partirdas 17 horas, a reunião inaugural de 2005. Na pauta, destaque para o debate sobre a "Situação atuale perspectivasdamovimentação de cargas de exportação e importação no Aeroporto Internacional de Cumbica/Guarulhos: As-
pectosdecustosetemposde trânsito", que contarácom a presença de Wagner Borelli, coordenadorda Comissão CoordenadoradeCarga do Aeroporto Internacional de Guarulhose gerente geral de CargasInternacionais da American Airlines. Os interessados deverão confirmar presença,na ACSP,pelostelefones (11) 3244-3500 e3986 oue-mail: tneuma@acsp.com.br. O evento ocorre na sede centralda ACSP,à RuaBoa Vista, 51 - 9º andar.
ESPANHA
001-Licoresdetodosostipos, a granel; vinho a granel e envasado
002 - Parafinas refinadas e semirefinadas; microparafinas; ceras e ceras especiais e aditivadas
ESTADOS UNIDOS
TURQUIA
004-Leitedesnatado em pó, queijo e manteiga
ISRAEL
005 - Empresaimporta artigos da Itália,França, Alemanha eInglaterra eestá interessada emestabelecer contatos comdesenhistas de modae acessórios,e desginersdejóias,bolsasesapatos brasileiros paraanalisar a possibilidade de incluir o Brasil como fornecedor.
003- Artigos e acessórios de couroou de material afim,tecidosdealgodãoetecidosatoalhados;etiquetase artefatossemelhantes de materiais têxteis; confecções masculinase femininas;camisetas demalha,suéteres, pulôveres, cardigãs e coletes, camisetas de uso masculino, blusas femininas
PAÍSES QUE DESEJAM EXPORTAR PARA O BRASIL PAQUISTÃO
006 - Alcaçuz em raiz, fatiado ou rama;sementes de alfafa,defeno,cominho,valeriana e tremoço
007 - Couro e artigos para prática de esporte TURQUIA
008 - Máquinas para aindústria alimentícia, tais como: para produção de farinha do arroz e do trigo; linha completa para biscoito, chocolateewafer;linhacomple-
ta para extrusão do snack. ÍNDIA 009- Artigosdecutelaria emaço inoxidáveleobjetos para cozinha 010 - Fios, tecidoscrus, tintos e estampados; artigos têxteis para olar: roupas de cama, colchas, cortinas, forros paracolchões,têxteis para mesa(toalhas, xadrez, jacquard, listradas), jogos de tapetesparabanheiro, toalhas de banho, roupões.
As palavras de ordem já estão cunhadas para a 1ª mobilização nacional contra a MP 232, nesta 5ª feira, em SP. Da reunião de vários setores empresariais nascerá a estratégia para aliviar o peso da carga tributária. Um estudo divulgado ontem prevê que a MP 232 vai tirar R$ 640,5 mi da economia de SP e cortará 41.230 empregos. A impostura, pág. 3. A resistência, pág. 12
Santos: o melhor na arrancada
Os bordados chiques de Lino Villaventura foram o destaque dos desfiles de ontem do São Paulo Fashion Week. A maratona da moda termina amanhã. Página 7
do
Paulista.
Feldman, o dono-de-casa de São Paulo
Walter Feldman (acima) diz que sua rotina é de dona-de-casa. DCidade
Sem notícias do brasileiro seqüestrado
A família do engenheiro Vasconcelos (à esq.) foi informada de que seus seqüestradores iraquianos devem fazer contato hoje. Uma irmã, Isabel, pede "clemência". Página 4
Grupo LVMH trouxe a marca Belvedere para o Brasil
Bonitade sever,melhorainda de ser degustada. Assim podeser apresentada avodcasensação do momento no mundo, a Belvedere, presente no País desde ofinal de2004. Considerada a primeira vodca de luxo domercado(é encontradaem SãoPaulopor preço médio de R$ 140), traz em sua composição a tradição polonesanaprodução das chamadas vodcas finas.
Sua distribuição internacional está a cargo da Moët Hennessy, filial devinhos e destilados do grupo francês LVMH (leia-se Louis Vuitton). A palavra Belvedere significa “bonitode sever” e é o nomedo palácio presidencial da Polônia.
Tradição - A Belvedereé elaborada segundo uma tradição de mais de 500 anos e com um único tipo de grão, ocenteio dourado Dankowskie, que sóse desenvolvena região deMazovia,na Polônia.E chega ao País emtrês versões: Pure, Cytrus e Pomarancza.
A Belvedere Pure é produzida em pequenos lotes, passaporcinco processos de destilação, número ideal paraobterumcaráterúnico,
um delicioso sabor de baunilha e um paladar cremoso.JáaCytruseaPomarancza são mais do que simples vodcas de sabor. São fusões naturaisobtidas apartirda maceraçãocom frutas mediterrâneas colhidas no ápice deseu amadurecimento.
A maceração capturaos saboresmaispuros dafruta, queficaemcontato coma Belvederepor semanas. Apóseste processo,édestilada com as frutas empequenosalambiques,osmesmos usados para a destilação dos conhaques.
Produção - De acordo como gerente demarca da empresa distribuidorano Brasil, Pierre-Emmanuel Joffre,a produçãomundial da Belvedere é de 6 milhões degarrafas,com comercialização em 30 países.Ele lembra que a vodca polonesaé conhecida no mundo desde oséculo 15,quando seregistra a produçãodo destilado apartirdocenteio. Apenasno século18 o país europeu adotoua produção de vodca de batatas. Na Polônia, afirma Joffre, há mais de 150 tipos diferentes, o equivalente a cerca de 40% do total de variedades produzidas no mundo.
A crescentedemanda pela vodca polonesa consumida no Brasil é um dos importantes itensda pautade negóciosdadivisão de comércio do corpo diplomático polonês no País. Segundo o chefedo Departamento Econômicoe Comercial daEmbaixadadaRepública da Polônia em São Paulo, Piotr Maj, a produção do destiladopolonêsalcançou, em2004, 92,5milhões delitros. Maj destaca que, entre as centenas demarcas produzidas,a demaiorconsumopor brasileirosé aWy-
borowa, “considerada a melhor do mundo”.
Crescimento -O conselheiro acrescenta que ovalorda importação(pelaPenord-Ricard) praticamente dobrou nos últimos três anos. Em 2002, diz, foram U$S 81.238;noanoseguinte, U$S 101.930; eem 2004, U$S 153.202. Maj lembra que marcas deprestígio internacional, como Zubrowka, Wisniowkae Chopin, entre outras de produção limitada, atingiram a cifradeUS$ 50,9milhões(ou cerca de 1% do total da pauta de exportações).
Odiplomata ainda acrescentaque,em2003,asexportações da bebida somaram US$53,5milhões.Oanocontábilde2004 deveatingiros US$ 70 milhões. No saldo da balança comercial polonesa, o setor de vodcas apresenta saldopositivoparaopaísem US$ 25,8 milhões.
Maj: exportações de vodca da Polônia foram de US$ 53,5 milhões
Wyborowa - Com relação à Wyborowa, oBrasil consome anualmente 100 mil litros, o equivalente a mais de 11milcaixas (9litros).De olhonaexpansão dosegmento, a Penord-Ricard quer aumentar o volume de
vendas em 30%ao anono próximo triênio. Para isso, vem investindoemmarketing eplanejamento,tendo gasto US$ 500 mil na promoçãodamarca duranteo ano passado,valorquedeve duplicar em 2005.
Puracomo aslágrimas. Alma e demônio nas palavrasdo escritorLeonTrotsky.Uma históriadiluídadivideRússiaePolônianaprimazia da invenção da vodca. Sejaqualfor aorigem, ambas as produções trespassamvários séculos nos dois países. Apalavra vodka vemdo russo vodae do polonês zhiznennia voca, que significa“água da vida”. Sua apariçãose deu há mais de 800 anos. No entanto, a popularizaçãodabebidaatingiuoauge depois de 1940. Muito antes disso,porém, no século XI, na Pérsia, produzia-se uma bebida semelhante. Mas os russos afirmamque odestiladoé uma descoberta deles.E queo seusurgimento se deu em 1300, num local chamado Fonte de Viataka. Já na Polônia, a bebida era consumidaapenas por monges, farmacêuticos e nobres. Em1546 orei polonêsYan Olbretchpublicou umanorma queautorizava todososcidadãosaprepararem,como bem entendessem, aspróprias vodcas, dando início,de formaartesanal,às chamadasvodcas aromatizadas e com sabor de frutas e ervas. Inicialmente,avodcaeradestilada a partir da batata. Composição - Atualmente, entramem suacomposiçãodiversos cereais, como
milho, trigo, centeioe cevada.Em algunspaíses,ainda éproduzida apartirdo tubérculo ou com uma grande porcentagemde batata(Polónia,Rússia eNoruega).A vodca Smirnoff, por exemplo,temem suafórmula uma maior concentração de milho,enquantoa norueguesa Vikin Fjord tem como baseabatata eaWyborowa traz norótulo a designação Grain (cereais). Teoralcoólico - A graduação alcoólicade uma boa vodca varia entre os 37,5º e os 50º. A Smirnoff temdoistipos: BlueLabele Red Label. Oprimeiro tipo temumagraduaçãode50ºe destina-se a um tipo específicode consumidores.A Red Label normalmente tem37,5ºou40º,conformeo país ondeé produzida. A marca Finlândiatemtam-
bémduasversões:BlackLabel,com40º,eaSilverLabel, com 50º. A Wyborowa, uma das clássicas polonesas maisfamosaseconsumidas no Brasil e no mundo, também aparece em duas versões:Blue Label,a 42º, ea Red Label, a 38º. Orloff – Há poucas informaçõessobreasorigens da vodca no Brasil. Sabe-se que foi trazida para o País pela multinacional Seagram na década de 1960.A primeira marca aser comercializada foi a Orloff. Depoisdisso, várias destilariasnacionais incluíramavodcanalistade seusprodutos. Hoje,abebida está ligada principalmente aoconsumo dedrinques e coquetéis, particularmente da caipirinha, originalmente preparadacoma cachaça obtida da brasileiríssima cana-de-açúcar.
Os bordados chiques de Lino Villaventura foram o destaque dos desfiles de ontem. O domingo teve ainda apresentações no Teatro Oficina, tarefa que ficou a cargo da grife Neon. Mario Queiroz trouxe Indianas Jones urbanos e fashion.
OLino Villaventura chamou a atenção nos desfiles de ontem com bordados, transparências e tons de prata.
levou inspiração oriental ao Teatro Oficina. Não faltaram quimonos e batas, além dos maiôs e biquínis da marca.
Fantástica Fábricade Chocolate, da década de
pé está no século 21,mas asreferências românticas aindaestão lá atrás, em diferentes décadas do último milênio. Em dias de mundo globalizado, homensemulheres refletemno lookum pouco da própria trajetória, ainda que este tenha sido concebidopormeio demilhasacumuladasdurante viagens pelo globo ou construído com peças de brechó. A atitude,simples ouluxuosa,é o que importa,comoficou evidente nascoleções apresentadas do quintoao sétimodiada maratonada18ª ediçãoda SãoPaulo Fashion Week, que se encerraamanhãnacapitalpaulista reunindo 44 grifes. Depoisde umfimde semanaemquea histeriade fãs deu o clima ao que teria sidoumacoletivade imprensa, RickMartin, até agora,é aúnicaestrelaa chegar pertodoalvoroço causado pela passagem da topGisele Bündchen. Caetano Veloso e Naomi Campbell, embora anunciados, não deramas caras.Ausênciasàparte,o solapareceu ontem, iluminando os caminhosdessetour fashion mundo afora,onde nãofaltaram ícones orientais.
Neon - No primeiro desfile de ontem, a estreante Neon, de Dudu Bertholini e Rita Comparato,levou ao vão centraldo TeatroOficina um Expresso do Oriente, no qual não faltaram toques japoneses nasmadeirasde prenderoscoques enasalças das bolsas. Assim como nosamplos quimonoscoloridos,quenoteatroconcebido por Lina Bo Bardi adqui-
riram contornos dramáticos. A grife agradou a platéia também com maiôs, biquínis, tops tipotúnicae muitas, muitas batas. Mario Queiroz - Também embalado pela magia das viagens,Mario Queiroz contagiou seus convidados, que seviramacomodados numa grande sala de embarque, comdireito abarulho de decolagem de avião e corredores que conduzem aos balcões de check-in. Nesse cruzamento de pessoasdetodosos continentespredominaram tecidos comestampasde oncinha, transformadosem calças, suéteres, capas e pelerines, numa espécie de indumentária básica para osIndiana Jonesurbanos queseaventuramnumsafári elegante pelosendereços descolados da metrópole. Camisões à moda hindu sobre calças jeans oudebaixo de jaquetões também foram bastante elogiados.
Chocolate - E se aCori, por Alexandre Herchcovitch, colocouna sexta-feira três toneladasde barrasde gelo na passarela, a Vila Romana instalou gigantes barras de chocolate no local. Os estilistas RogérioHideki e
Brasil na França, os executivos estão dispostos a gastar até 500 mil euros em roupas. Até agora foram fechados negócios com Zoomp, Patachou e Triton.
Em meio aos looks apresentados pela Neon no Teatro Oficina, ontem pela manhã, também chamava a atenção o nível de desinformação de boa parte dos convidados. A maioria desconhecia a
importância histórica da “casa” de Zé Celso para a dramaturgia. E o trabalho do diretor. “É um novo estilista ou algum new face do mercado?”, indagavam, curiosas, algumas socialites equilibradas em salto altíssimo. Os deuses do teatro nunca viram platéia igual.
A participação cada vez maior de observadores e compradores estrangeiros
Além das peças sofisticadas, bordados para vestidos mais clássicos de Villaventura .
Vitor Santos inspiraram-se no filme AFantástica Fábrica de Chocolates, da década de 70, e mostraram um universo de sonho mesclado ao clima dasruas, sempre numa silhuetaconfortável elevemente ajustada ao corpo. Destaqueparaas peçasem fio de poliamida (desenvolvido pela Rhodia) com aparênciadepêlodegato,como cachecóis, coletes e calças, compondo um visual ousado e também usável.
Lino Villaventura- Romantismode verdade, porém, quem mostrou foi o cearense Lino Villaventura. Se antes, na sexta-feira, o casal fashion Glória Coelho e
Reinaldo Lourenço levou encantamento com os ares medievaiseoperísticos,respectivamente na Bienal e na Faap,Villaventura fez com que o público se rendesse ao fascínio de seu trabalho meticuloso em nervuras,dobraduras, transparências e bordados.
Mas a colagemde plaquinhas de tecido retangular de diversos tamanhos e texturas como tijolinhosou escamas foi consenso de impacto, plasticidade e beleza. Outro bom momento foram os vestidosde corpocolado esaiagodêdequadrilcaído, assim como osmodelos em tonsde prataeos rebordados com cristais.Autordo desfile mais longo de toda a SPFW, com 20minutosde duração, ele não causou o mesmoentusiasmo coma coleção masculina. Uma prova de que o homem criado por Villaventura não freqüenta os mesmos ambientesnemestáàalturada esplendorosa mulher concebidapeloestilista. O domingoterminou comas coleções de Eduardo Suppes e Alphorria.
(da Oceania à Ásia, passando pela Europa e países da América Central e Oriente Médio) nas edições da São Paulo Fashion Week aumenta na mesma proporção das exportações da indústria têxtil nacional. Apenas em um ano, 2004, o volume de exportações cresceu 26%, atendendo 160 países.
Cerca de 50 ativistas da PEA (Projeto Esperança Animal) fizeram uma
manifestação no sábado, na porta da Bienal, contra o uso de pele de animais. Os estilistas não entenderam muito bem o protesto, pois o inverno brasileiro há muito excluiu as peles.
Alexandre Herchcovitch não quer saber de fazer festa para comemorar o sucesso de seus desfiles. Assim que acabar o evento, o mais internacional dos estilistas brasileiros
embarca para os EUA, onde marca presença na Semana de Moda de Nova York.
O lounge do Guaraná Antarctica Diet é um dos mais concorridos desta edição da SPFW, com sua tradicional oficina de customização. Desta vez, bolsas de veludo verde estão fazendo com que os convidados passem horas dando vazão à criatividade.
O Centro de São Paulo, onde tudo começou, comemora o aniversário da cidade com mais obras de revitalização. Páginas 2 e 3
O secretário das Subprefeituras compara sua pasta a uma dona-de-casa: tem de cuidar de tudo e se fizer algo errado, recebe críticas. Combater enchente é prioridade.
Fernando Lancha
Sechoveu, alagou, assoreou, solapou, sujou ou desmoronou,a solução que salta da boca de qualquer funcionário da Prefeitura, entre eles o próprio prefeito José Serra, é o nome de Walter Feldman, o secretário das Subprefeituras.Elevirou umaespécie de"gerentão"da cidadequehoje completa451 anoscercada de problemas. Feldmanreconhece quetoda essa popularidade se deve ao fato desua secretariaserdiretamenteresponsável pelasolução das principaisaflições que o paulistano enfrenta todos os dias. Por outro lado, se seu trabalho não agradar, a imagemdogoverno passa a ser atacada. "A secretariadas Subprefeiturasé comoumadonade-casa. Cabe a ela a arrumação, desde o jardim até o piso, passandopela limpezade todaacasa.Se adona da casa for relapsa, com certeza aavaliaçãodo imóvel será negativa.Por isso,nosso esforço tem de ser redobrado",afirma osecretário. Para isso,ele segue a recomendação básica do prefeito: muito trabalho. Todos os dias, Feldman praticamente abre as portas de sua secretaria,na ruaLíberoBadaró, na região central. Às 6h30, ele já está em seu gabinete, de ondesó sai depois das 22h. A rotina sóé quebrada quandoprecisa atender emergênciasem alguma Subprefeitura ou quando o prefeito chama a equipe para reuniões, que nunca terminam antes das 23h. Prioridades – "Todo esse desafio me animacada vez mais", afirma. Nos primeiros dias de governo Serra, cominúmeros problemase pouco dinheiro, Feldman tevede escolherprioridades.Com a temporada de chuvas e alagamentos,foi dada total atenção à limpeza dospiscinões, operações tapa-buraco e às áreas com risco de desabamento.
"Os piscinões estavam assoreados. Nãoeram limpos hámuito tempo. Nosprimeirosdias, fizemos essa limpezaejáajudouaamenizar a situação de alagamentos.Quandoassumimos a secretaria,acidade estava com 30 milburacos. O problema é que nãotínhamos massaasfáltica paratapálos.Tivemosdefazer um pedidoà Petrobras,para que ela voltasse a fornecer o material, queé derivadode petróleo. Conseguimos fiado", disse Feldman.
O secretário também começoua falar com outros fornecedores. Muitos não
Feldman: galochas, capa e capacete
Prioridades: limpeza de piscinões (acima), cuidados com áreas de risco (à direita) e ação rápida contra as enchentes (abaixo)
recebem desde setembro. Caça aos ratos – Ele garantiu quea dívidaserápaga, emboranãopossa precisar quando. Além disso, afirma que os pagamentos assumidosagora serãohonrados. Com tudo isso,conseguiu um voto de confiança dos fornecedores eé possível ver, nasruas da cidade, as equipes desentupindo bueiros e fazendoa higieni-
zação,oqueimpede–oupelomenos evita– osurgimento de baratas, pernilongose, principalmente, de ratos que,em tempode enchentes,sãosinônimo de leptospirose. Feldman sabe que quando uma tragédiaacontece em algum bairro, como as inundações novale doAricanduva,a populaçãoquer uma resposta rápida. No
anopassado, depoisde o bairroser atingido pelas chuvas e de a população perderquase tudo(móveis, alimentos ecarros),osmoradoresjogaramlamanaexprefeita Marta Suplicy,que apareceu no bairro somente doisdiasdepoisdeas enchentes aconteceram.Feldman não quer que isso se repita e pedirá providências imediatas aosSubprefeitos. Além disso, ele procura acompanhardepertoostrabalhos de recuperação. Um kitdaDefesaCivil,formado por capa, galochas e capacete acompanha o secretário. Overcrafts – Não contente, eleestá negociandocom a Companhia deEngenharia de Tráfego (CET) oempréstimo de um dos dois barcos aerocraft (overcrafts) que estão encostados na empresa.Com isso, elepoderá se deslocar facilmente pelas áreas alagadas. Parao secretário, aaproximação com apopulação é fundamental. "Nosúltimos
anos, os paulistanos jogaram toda a responsabilidade pela arrumação da cidade sobre o governo, que por suavezfezmuitopouco.Es-
tá na hora de todos saberem que a dedicação de cada um é importante", afirma. Janela quebrada – Ele cita a síndrome da janela quebrada. "Se existe uma casa onde a janela foi quebrada e ninguém arrumou, outras partes doimóvel vãose deteriorare piorar a imagem dolocal.Issovem acontecendonacidade. Épreciso que a populaçãoe o governoseunampara mudarisso", afirma. Balada – Tanta dedicação, segundo osecretário, ainda não provocou nenhum problema familiar. Mas isso graçasaum truque.Aos50 anose comquatrofilhos adolescentes,ele fazquestãodeestar sempreem família. Por isso, nas noites de sexta-feira, acompanha as filhasnas"baladas".Aosdomingos,faz questão doalmoço em família. Há algumassemanas, quando estava em uma rave com as filhas, foi abraçado por um jovem nissei. "Quandoelesoubeque eu erao paidasmeninas eque estavaalicurtindocomelas, me abraçou e disse que gostaria que o pai dele fizesse o mesmo. Foi gratificante". Aatuação dasecretaria das Subprefeiturascomeça a se viraragora para oataque ao matoque está tomandocontade praçase canteirosdacidade. Na semanapassada,o prefeito chegou a dizer que em algumaspraçaso mato estava maior doqueele.E Serra tem mais de1m80. "Muitos locaisestão desde outubro sem corte degrama, que acabou virando ummatagal. Estamos atacando essa área agora. Vamosconseguir", afirmou. Se a promessa vai sercumprida ou não, só o tempo dirá. Nas págs. 2 e 3, o novo Centro. Na pág. 4, a catedral da Sé.
ou o
que as autoridades de
são incompetentes – ou coniventes. Na última sexta-feira, o Subaru verde placa BSV-8890, da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer, conhecido infrator no Pátio do Colégio, estava estacionado novamente em local proibido. Agora, no largo São Bento. Ele é o quinto carro da esquerda para a direita. O carro está com o licenciamento vencido desde 2001. Na quinta-feira, em nota enviada ao Diário do Comércio, a secretaria informou que tomaria todas as providencias para que as irregularidades não se repetissem. Não Tomou. Recado para a CET: o Subaru não estava sozinho. Pergunta ao prefeito José Serra: liberou geral?
São Paulo completa 451 anos com o Centro histórico transformado em um c ainda tem muito caminho pela frente. Mas as perspectivas são positivas
Teresinha Matos
São Paulo tem muito a comemorar amanhã. Um dos principais desafios da cidade, a revitalização do Centro histórico, já começa a ser superado. Os passos continuam lentos, mas o caminho é seguro. Ainda há problemas como a presença de camelôs nos calçadões e praças, sujeira nas ruas, falta de estacionamento, poucas alternativas de circulação na região – os carros só podem chegar ao Centro velho pela rua Boa Vista. Mas agora é a hora de a nova administração da cidade apostar firme nesse projeto. Quem se beneficiará? A cidade e os paulistanos, já que – como ensinam urbanistas e historiadores – uma localidade para ter "vida" precisa manter suas referências históricas.
A equipe do caderno de Cidades do Diário do Comércio aproveita festa para mostrar aos leitores e ao novo comando municipal – prefeito José Serra e subprefeito Andrea Matarazzo – as novidades do Centro. Por trás do grande canteiro de obras em que se transformou a região é possível detectar movimentos precisos da revitalização, como a chegada de redes de fast food, lojas, instituições de ensino, tribunais e agências bancárias.
PÁTIO DO COLÉGIO
A região em torno do Pátio do Colégio, onde José de Anchieta fundou a cidade em 1554, já começa a mostrar cara nova. O prédio do antigo 1º Tribunal de Alçada Civil (TAC) entrou recentemente em processo de restauro. Após quatro anos de espera, as obras finalmente foram aprovadas no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp) em 28 de dezembro e o restauro já começou no edifício número 73 projetado por Ramos de Azevedo.
investidos na obra mais de R$ 351 milhões, informa a diretora de Divisão do 1º TAC, Cecília da Silva Curvelo.
BOA VISTA
Na rua Boa Vista, o prédio 103, da Procuradoria Geral do Estado, mantém redes de proteção à espera da conclusão de um demorado processo burocrático para a aprovação do restauro. A empresa L.A. Falcão Bauer foi contratada para diagnosticar os problemas do edifício e apresentar a metodologia para a recuperação. O laudo está pronto. O subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, admite que o processo de recuperação dos edifícios tombados é moroso e promete: "A idéia é adotar procedimentos mais rápidos. A nova administração vai estimular isso".
Mais adiante está o edifício Clemente de Faria, erguido em 1964 pela Construtora Severo Villares. Foi sede do Banco da Lavoura. "A fachada – inspirada em projeto francês – tinha placas de brise-soleil (uma palheta de mais ou menos 45 centímetros para impedir a entrada de luz), que estavam deterioradas. Como o prédio fica rente à calçada, esse tipo de estrutura – sem reposição no mercado atual –poderia provocar acidentes. Foi autorizada a troca e o edifício, em poucos dias, ressurgirá com cara de novo", conta Eduardo Arrabal, sócio-proprietário da Minister Escritório Técnico, que administra o condomínio.
Edifício Lutetia, que será transformado em conjunto residencial e artístico
O prédio ao lado, o do Jockey Club, também passou por reforma recente, com limpeza da fachada, vidros e recuperação do revestimento de mármore, além do sistema elétrico, hidráulico e de ar condicionado. "O Centro tem atraído muitas empresas, pelo seu encanto e história, facilidade de transporte e preço do metro quadrado, quase um terço do praticado na Paulista", diz Arrabal.
TRÊSDE DEZEMBROE ANTONIO PRADO
Edifício da rua Líbero Badaró, reformado e pronto para locação
Em cerca de 200 dias, o edifício –desenhado para ser a sede da Secretaria da Agricultura e que já abrigou a Bolsa de Valores – terá a fachada restaurada. Os tapumes, finalmente, serão removidos.
A arquitetura do prédio é do final dos anos 20 do século passado e exibe, nos 12 pavimentos, elementos do art-déco e do classicismo, inspirado na obra dos irmãos genoveses Gino e Adolfo Coppede. Serão
Na rua 3 de Dezembro, o prédio do Centro de Memória e da Biblioteca da Bovespa – inaugurados em 24 de novembro – também passa por restauração. A poucos metros dali, na praça Antonio Prado, os andaimes estavam sendo montados na semana passada para a restauração do prédio de outra bolsa, a Bolsa Mercantil e de Futuros (BM&F). O edifício, também de Ramos de Azevedo foi concluído em 1929.
Prédio do Tribunal de Alçada, em fase de reformas que deverão ser concluídas num prazo de 200 dias. Aprovação das obras demorou quatro anos.
Em breve, a BM&F ganha um novo vizinho. Será inaugurado no número 12 da praça Antonio Prado o Tribunal de Arbitragem Conciliação e Mediação (Tarcom), com instalações recebendo os retoques finais.
ÁLVARES PENTEADOE LARGODO CAFÉ
A rua Álvares Penteado é hoje um canteiro de obras, com muitos novos moradores chegando. Acaba de se instalar ali – nos números 216 e 231 – a Faculdade Renascença de São Paulo, agora mantida pela União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp). Serão 600 alunos, que freqüentarão cursos noturnos de Administração, Letras, Pedagogia, Secretariado, Ciências da Computação, Hotelaria e Tecnólogo em Informática.
A Uniesp faz o caminho inverso de muitas instituições educacionais paulistas. Fundada em Presidente Prudente há 33 anos e com diversos campi no interior, a instituição se instalou no Centro apostando na revitalização. "A localização privilegiada, a facilidade de transporte e a possibilidade de perder menos tempo no trânsito são alguns dos atrativos da faculdade no Centro", diz o coordenador da área de Comunicação, Marketing e Convênios, Murilo Cândido de Oliveira.
A Caixa Econômica Federal (CEF) também vai inaugurar nova agência na Álvares Penteado em, no máximo, 45 dias. Trata-se de uma unidade grande, com um
núcleo de Penhor, 21 empregados e cinco gerentes, diz Adailton Poncio, gerente ge da nova agência e do grupo de trabalho d escritório de expansão.
Está programada ainda outra agência d banco no número 509 da rua Líbero Bada (edifício em reforma), com cinco gerênci 21 funcionários. No momento, a CEF prospecta espaços para unidades na rua Direita, na 25 de Março e nas praças Ram de Azevedo e Patriarca, informa Poncio. Segundo o gerente, até o fim do ano ser 22 unidades da CEF no Centro. "Bancos privados fazem expansão via aquisição e nosso caso é preciso investir em novas agências", explica.
Ao lado da agência da CEF, também desembarca na Álvares Penteado a Construtora Mudar. Pertinho, na rua 15 d Novembro, número 213, o Banco Sudameris restaura sua agência.
SÃO BENTO
A rua São Bento também está sendo repaginada. Além dos escritórios de financeiras, voltadas à concessão de créd ao segmento popular, a rua ganhou uma unidade da Americana Express, modelo enxuto das Lojas Americanas. Novas redes de fast food desembarcar
OPINIÃO
AcidadedeSão Paulo, em apenas 451 anos de história, adquiriu tal complexidade que a solução de seus problemase, sobretudo, de suas chocantes contradições exige o pulso dos firmes, agrandeza dosestadistas e a honestidade dos humildes. Não há espaço para sonhadores. São Paulo é real e para lidar com a realidade é preciso coragem.
Com10,5milhõesdehabitantes – o que aponta para um crescimento populacionalequivalenteao dobroda médianacional –, o déficit habitacional cami n expl
eiro de obras. O processo de revitalização da região, longe de estar terminando, m um ano, muitos edifícios e projetos devem ser concluídos e consolidados.
por lá. A Giraffas, que nasceu em Brasília, abriu 8 lojas em São Paulo em 2004, três delas na área central (Shopping Light, São Bento e largo Sete de Setembro). A unidade da São Bento é uma das mais lucrativas da rede. Segundo a empresa, há negociações em andamento para a abertura de novas franquias em São Paulo, e o Centro é uma das áreas que podem ser contempladas. Também na São Bento está a primeira loja da rede Programa de Paulista, que comercializa pastéis, pizzas e churrasco. Foi inaugurada há 80 dias. "Em março, uma segunda unidade da rede abre as portas no Centro", informa o subgerente Ailton de Souza Nascimento.
A praça Patriarca foi um dos locais da região central que mais se beneficiou com a revitalização. A praça ganhou um novo paisagismo com o pórtico do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, ainda na administração da prefeita Marta Suplicy. A sede da Prefeitura foi para lá e os ambulantes foram retirados do local.
LOFTARTÍSTICO
O Casa Lutetia, edifício do começo da década de 20 do século passado, foi restaurado pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), que instalou nos
Na foto maior, a sede da BM&F, pronta para o início das obras de restauração. Acima, edifício em reforma na rua 3 de Dezembro. À direita, no alto, loja da Americana Express, nova no Centro. Ao lado e na foto abaixo, edifício em reforma na rua Boa Vista. No canto inferior, o campus da Faculdade Renascença, na rua Álvares Penteado, que está sendo preparado para receber 600 alunos de diversos cursos.
dois primeiros andares uma sucursal do Museu de Arte Brasileira (MAB), com exposições temporárias de alunos, fotógrafos e do acervo próprio.
Agora, a Faap volta a investir no Centro. Estão sendo concluídos dez lofts no Casa Lutetia, que funcionarão como residências artísticas, ocupando os demais andares do edifício. Artistas de renome, ligados a instituições e universidades estrangeiras estão sendo selecionados para morarem lá por um período de seis a doze meses. O objetivo principal: a troca de experiências
p ara uma situação a. Acidadecarece de nos400 milmoradias. ezes, aalternativa que nta éo barracoconsrecariamenteemum vale, sujeito a soterra/ou inundações. dado derealidade:em o,menos de10% dos família ganham mais riosmínimos.Amaioe,nomáximo,5 salámos. Identificar as raíescenteviolêncianão m tão difícil. Cortá-las é ória. Trabalho, educa-
çãoesaúdedeveriam serpontosde honrapara qualqueradministradorpúblico,nãomeros argumentos eleitoreiros. Aafirmaçãodequesóotransporte coletivo acaba com os congestionamentos– quehoje beiram os 200quilômetros diários– nunca passoude lengalengade tecnocratas,emboraa solução seja essa mesmo. Ou a lengalenga se transforma em ação ou a cidade vai travar.Prioridadeao transporte coletivo e guerra ao carro particular. Quem quiserandarde carro,que paguecaro porisso.
Que o digam os londrinos. Se forem aocentro de carro,pagam pedágio. Cerca de R$ 25. Tantacoisaafazeretãopouco dinheiro.O orçamentoparaeste ano é de R$ 15,2 bilhões. Impressiona, mas o montante destinado ao custeio da cidade é de apenas R$ 3,4 bilhões. Considerando-se uma dívida deR$ 2 bilhões,édesesuporqueoprefeito José Serra e os paulistanostenhamsono agitado. Sejacomo for,parabéns aSãoPaulo. Eboa sorte ao prefeito. Que ele seja o administrador descrito acima. Carlos de Oliveira
entre os alunos e professores da Faap e profissionais brasileiros. "Assim que esses profissionais forem selecionados, em cerca de um mês, vamos abrir essas residências artísticas", explica o diretor presidente da diretoria executiva da Faap, Antonio Bias Bueno Guilhon. Os dez lofts foram decorados por arquitetos e designers de renome, entre eles Michel Arnoux, Ana Maria Vieira Santos, Artur de Mattos Casas, Ester Giobbi, Pedro Mendes da Rocha e Jorge Elias. Os dois primeiros andares estão prontos. Bias relembra que o projeto é inspirado em experiência como a do Citè des Arts, em Paris, com 150 lofts locados por artistas e instituições de ensino de todo o mundo, inclusive a Faap.
A Faap tem uma meta com esse projeto: mostrar que é possível morar no Centro. "Isso poderá incentivar outros proprietários de imóveis comerciais a transformar parte das unidades em apartamentos", resume o diretor da fundação. Ele lembra que em Berlim, os prédios exclusivamente comerciais são proibidos. "Em breve, vou me reunir com o subprefeito da Sé e colocar alunos e professores da Faap à disposição para trabalhar em projetos conjuntos visando à revitalização do Centro", diz Bias. Outra novidade no edifício Lutetia será a chegada da Livraria Atlas. A unidade vai ficar no térreo e será todo decorado a moda da década de 30, com balcões em madeira
relembrando a São Paulo antiga. Ao lad funciona uma agência do Banco do Bras que acabou de abrir.
QUADRILÁTERO DA SÉ
O Quadrilátero da Sé – um grande cen cultural com teatro, sala de exposições e cinema, a sede da CEF em São Paulo e u edifício de moradia – já tem seu conjunt edifícios históricos restaurados externamente. As obras complementare dependem de aprovação do Conpresp. avaliação do arquiteto do banco, Bruno Sandin, até meados do segundo semest órgãos da Prefeitura devem conceder a autorização e as obras serão licitadas. Para além do viaduto do Chá, no outr lado da cidade, algumas iniciativas também alavancam a revitalização. O destaque fica para a instalação da Casas Bahia na praça Ramos de Azevedo. Out esforço individual foi o da seguradora Marítima, que restaurou sua sede na ru Xavier de Toledo. E os paulistanos aguardam com ansiedade a conclusão d obras do Sesc Centro. Assim, em 2006, o aniversário de 452 anos de São Paulo se comemorado com mais entusiasmo.
Livro com fotos de Marcio Sallowicz e textos de Fernando Piccinini mostra imagens grandiosas e detalhes pouco vistos da principal igreja de São Paulo. Ele será lançado amanhã, na missa pelo aniversário da cidade.
No dia do aniversário de São Paulo, a principal igreja da cidade ganha um retrato poético, no cinqüentenário de sua inauguração. Com fotos de Marcio Sallowicz e textos de Fernando Piccinini, amanhã será lançado o livro Catedral da Sé,
durante a missa das 10h, celebrada por Dom Cláudio Hummes, cardeal-arcebispo de São Paulo, e cantada pelo coral e orquestra do maestro Sílvio Baccarelli. O governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra confirmaram presença na cerimônia dos 451 anos, que continuará com a comemoração cívica no Pátio do Colégio, local de nascimento da cidade.
Editado pela Imprensa Oficial do Estado e Mitra Arquidiocesana de São Paulo, a obra traz 124 imagens, entre as 1.500 captadas pelo fotógrafo. "A escolha das fotos foi baseada em dois critérios: usamos aquelas que dão uma idéia da amplitude da catedral, e também as que revelam detalhes que não são vistos por pessoas, ao caminhar dentro da igreja", diz Sallowicz, de 38 anos, que confessa não ter sido boa sua primeira impressão ao entrar na catedral, ainda criança. "Achei escura", conta. "O encantamento com a arquitetura e beleza da catedral da Sé veio depois de adulto."
Para conseguir imagens de ângulos inusitados, o fotógrafo relata ter feito alguns ‘malabarismos’, como subir em um andaime de seis metros de altura, sobre a área reservada ao coro, para fotografar de a rosácea (área central) do vitral. A maioria das fotos foi feita apenas com
uso de luz natural. Com acabamento gráfico caprichado, a capa do livro passou por um tratamento especial com areia e resina, que a deixou com textura parecida à da parede externa da catedral. O arcebispo Dom Cláudio Hummes lembra que muitas obras de arte estão abrigadas no interior da catedral. "Sabemos que a fé cristã inspirou numerosos artistas em todo o mundo nestes dois mil anos do cristianismo. A Catedral da Sé é um santuário de obras artísticas e este livro quer mostrá-las e levá-las ao grande público". Os textos do livro foram escritos pelo publicitário, poeta e escritor Fernando Piccinini, 44 anos. "Foi um exercício poético que me deu muito prazer", diz. Na abertura da obra, ele relata sua primeira experiência dentro da igreja, aos quatro anos de idade. Ao contrário do fotógrafo, logo de cara ficou encantado. "Com o nariz apontado para o céu, girei, girei, girei", relembra. "Em
cada nova vez que visito a Sé sou tomado por emoções diferentes", afirma. "E tenho boas lembranças também de experiências vividas do lado de fora da igreja, como o comício pelas eleições diretas."
Piccinini diz que a obra vai além da função de mostrar a um visitante que jamais esteve no local o que vai encontrar na Catedral da Sé. "O livro é mais do que uma amostra: é um convite", acredita. "Quem nunca pisou na catedral, ao ver a obra vai tomar o primeiro ônibus para o centro e desembarcar na praça da Sé."
Catedral da Sé - de Marcio Sallowicz e Fernando Piccinini - 144 páginas, R$ 100. Pode ser adquirido na catedral, no dia do lançamento, em livrarias ou pelo site da Imprensa Oficial: www.imprensaoficial.com.br.
ADistritalSantoAmaro da ACSP participou das comemoraçõesdoaniversário de 453 anos do bairro. Em14 de janeiro, foram realizados showsna praça Floriano Peixoto com a presença de artistas e religiosos e autoridades, entre eles o novo subprefeitodeSantoAmaro,José Antonio de Barros Munhoz. No dia 15, foi promovida pela distrital uma missa, na catedral
de Santo Amaro (foto), celebrada pelo vigário monsenhor Edilson Giavoni. Estiveram presentes o superintendenteda distrital, Aloysio Luz Cataldo e sua esposa, Shirley Auriema Cataldo, o subprefeitoe sua esposa e membros da diretoriado CME. No dia 16 foi realizada pelo SESC a Prova Pedestre Maratona. Aloysio LuzCataldo participou da premiação da prova.
Morre ex-diretor superintendente da Distrital Pinheiros da ACSP Faleceu nanoitedaúltimaquinta-feira, em São Paulo, KiyoshiMizumoto, ex-diretor superintendente da Distrital Pinheiros da Associação Comercialde São Paulo(ACSP),entre 1976 e 1979. Atualmente, Mizumoto fazia parte do Conselho Consultivo da Distrital de Pinheiros. O sepultamento aconteceu no Cemitério do Araçá. Mizumoto deixa a esposa, Kimiko Emura Mizumoto, e filhos.
Quarta
Fa ce sp – Reuniãodos conselhos diretor e gestor da Federação das AssociaçõesComerciais doEstado deSão Paulo(Facesp). Às 10h, na sede da entidade – rua Boa Vista,51/9º andar – plenária.
Quarta São Miguel –A Distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de loja de móveis ecolchõesdo ProjetoEmpreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.
Amanhã, dia do 451ºaniversário de São Paulo, será disputada no Pacaembu a final de mais uma Copa São Paulo de Juniores, tradicionalcompetiçãoqueabreatemporada dofutebol. Nafoto acima,o então garotoCasagrande, aos16 anos, disputa a bola com o goleiro Martinelli,do Atlético-MG,pelas semifinais de 1980. O Galo venceu aquelejogopor1a 0efoiparaa decisão contra o Internacional. Os gaúchos,comumavitóriapor3a0 na final, foram os campeões.
Gilmar Rinaldi (Internacional), Luiz Carlos Winck (Internacional), MarceloDjian (Corinthians), Edinho (Fluminense) eWladimir (Corinthians);Falcão (Internacional), Toninho Cerezo (Atlético-MG), Djalminha (Flamengo)e Denner (Portuguesa); Jorginho Putinatti (Marília) e Casagrande(Corinthians).Daria paramontaruma verdadeira SeleçãoBrasileira com os atletas que foram revelados ou pelo menos jogarama Copa São Paulo em todos os tempos.
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DO QUADRANGULAR AO INCHAÇO ABSURDO
A então Taça São Paulo de Futebol Juvenil começou a ser disputada em 1969, como um quadrangular quereuniaapenas equipesdacapitalpaulista,comjogosde40por 40 minutos. O Corinthians ganhou os dois primeiros títulos, em 1969 e em 1970. Por conta principalmente dointeresse deempresários, que encaram a competição comoumbalcão denegócios,o número departicipantes foicrescendo. A disputa de 2005 teve absurdos 88 times. 0
Ontem completou-se o primeroaniversário da mortede Leônidas da Silva, artilheiro da Copa do Mundo de 1938. Ex-ídolodoFlamengoedoSão Paulo,Leônidasmorreunacapital paulista, aos 90 anos.
Hoje,24de janeiro, faz 90 anos que o Palestra Itália (atual Palmeiras) entrou em campo pela primeira vezem toda sua história. Derrotou o Savóia em Votorantim (SP) por 2 a 0, com gols do zagueiro Bianco e do atacante Alegretti. Amanhã, 25 de janeiro, é a vez deo SãoPaulo comemorar o 69º aniversário de sua primeira partida: 3 a 2 sobre a Portuguesa Santista, em 1936.
Começou neste final de semana mais uma edição do Campeonato Carioca.Criadoem 1906,elesó não é mais antigo que os de São Paulo (1902) e da Bahia (1905).
Celso Unzelte
Começa amanhã a fase decisiva do Campeonato Sul-Americano de juniores. Página 3
Garotos vencem, marmanjos perdem
O Corinthians tenta amanhã, contra o Nacional, o sexto título da Copa São Paulo. No Paulistão, só perde. Página 2
Não foi uma atuação empolgante como ada estréia, quando, naúltimaquinta-feira, o Santos goleou a Portuguesa por5 a1 naVilaBelmiro, comshow deDeivid(autor de três gols) e Robinho (que fez os outrosdois). Mesmo assim, ontem,emCampinas,o campeãobrasileiro fez o suficiente paravirar um jogo difícil contra a PontePreta, somarseis pontos em duas partidas e alcançar a liderança do Campeonato Paulista, graças ao melhor saldodegols emrelaçãoao trio formado por São Paulo, Palmeirase Mogi Mirim, que também tem 100% de aproveitamento dos pontos disputados até aqui. "Oimportante équeconquistamos o que queríamos. Vencemose estamos na briga",resumia aliviado o craqueRobinho, autordo gol de empate do Santos, aos 7 minutos do segundo tempo (Harison, de pênalti, havia feito Ponte 1 a 0 quatro minutosantes). Golque saiu em uma cobrança de falta em dois toques de dentro da área da Ponte, depois que o árbitro Cléber WellingtonAbademarcou um recuo intencional para o goleiroLauro. Elano,aos16, aproveitano um contra-ataque puxado por Deivid, decretou a virada santista.
Só quatro equipes conseguiram ganhar os dois primeiros jogos do Paulistae,assim, somar100%dos pontos disputados até aqui: Santos, SãoPaulo,PalmeiraseMogiMirim. Dosquatro,o Tricoloréosegundo colocado,graçasà forçaofensiva: ao baterontemoAmérica deRio
Preto por 4 a 3, o São Paulo chegou a oitogols etemomelhor ataquedo campeonato. É verdade que o time deve o bom resultadoem SãoJosédo RioPreto ao técnico Emerson Leão, que recolocou emação oesquema comtrês zagueiros, depois de um primeiro tempo lastimável, que se encerrou
Grafite faz festa para Tardelli, autor do primeiro gol tricolor
com o placar de 2 a 2: Diego Tardelli fez 1 a 0 aos 8 minutos, Finazzi empatou pouco depois, Danilo fez 2 a 1 aos 31e e,em seguida,Finazzi empatou novamente. Nosegundo tempo,Leão tirouo meia Marco Antônio e colocou o zagueiro Fabão e ainda substituiu Danilo por Vélber. O São Paulo melhoroue,aos24minutos,chegouaoterceiro gol em uma cobrança de falta deRogério Ceni.Menosde dezminutos depois, Cicinho fez 4 a 2. Já aos 43, Finazzimarcou seu terceiro golnojogo,fixando oplacarem4a 3.Comosmesmostrêsgolsdesaldo do Palmeiras, o São Paulo é o vice.
DEIVID INSINUA QUE ESTÁ INDO EMBORA DO PAÍS
Um dos artilheiros do Santos no Paulista, com três gols nos dois primeiros jogos (o outro é Robinho), o atacante Deivid pode estar indo embora. O Bordeaux, da França, que detém os direitos federativos do jogador, negociou-os com o Atlético de Madrid, da Espanha, por US$ 4 milhões e agora discute a indenização a ser paga aos santistas. "Falei com o presidente do Santos (Marcelo Teixeira) e vamos ver o que ele decide nas próximas horas", afirmou Deivid ontem em Campinas. Seu substituto deve ser Marcel, do Coritiba.
Santos vira o jogo contra a Ponte, já é o líder do Campeonato Paulista, mas pode perder Deivid para o futebol espanhol
A exemplo do que aconteceu no ano passado, o Palmeiras, com seu time pouco badalado,já vaisurpreendendo muita gente.A vitóriade ontem sobre o Santo André por 2 a 1, no Parque Antártica, foi mais um passo nessa direção.
Graças a ela, o time orientado pelo técnicoEstevam Soares manteve-seno seletogrupodosqueconquistaram duasvitórias nas primeiras rodadas do Paulistão.Temos mesmos6pontosdolíderSantosedovicelíder SãoPaulo,além do mesmo saldo de gols (3) do Tricolor. Ou seja: só cai para terceiro,mesmo, porque tem um golmarcado a menos (7 contra 8 do rival). Nojogo de ontem,um dos destaques foi o volante Claudecir, autor do primeirogol palmeirense, aos35 minutos do primeiro tempo,após tabelarcom oestreante Warley. Ricardinho, aos 34do segundo, ampliou para 2 a 0. O gol de honradoSanto André foide Sandro Gaúcho, marcado aos 41 minutos do segundo tempo.
Com 2 a 1 no Santo André, Palmeiras também faz 6 pontos
“Conseguimosseis pontosem duas partidas. Cumprimos nossa missão”, desabafouo volanteCorreia,quecomumtoquede calcanhar havia deixado Ricardinholivre para marcar o segundo gol.
Primeiro choque de líderes é quinta
Mogi Mirim e Santos, duas das únicas quatro equipes com 100% de aproveitamento dos pontos até aqui, enfrentam-se na próxima quinta-feira. No sábado, contra o América, o Corinthians promete estrear seus reforços para 2005.
Marcelo Alves/Futura Press
Com duas derrotas em seus primeiros jogos, Corinthians já figura na zona de rebaixamento
Está certoque ainda é cedo para previsões, e que os reforços trazidospelo Corinthians para 2005 — os argentinos Tevez, meia-atacante, eSebastian Domínguez, zagueiro, além do meia CarlosAlberto edo também zagueiroMarinho ainda nem entraram em campo. A posição do time noCampeonato Paulista, porém, com duas derrotas em dois jogos,já preocupa. Ainda mais porque serão apenas 19 rodadas e os quatro últimos colocados caem para a Série A-2.
Na estréia, quarta-feira, no Pacaembu,oCorinthians foi derrotado pelo Mogi Mirim por 2 a 1. No sábado, repetiu o mau futebol eperdeu denovo, agorajogando fora de casa, para o Marília, por 1 a 0, gol do atacante Frontiniaos 45minutos da segunda etapa. Paraojogodequarta,contra o Atlético,em Sorocaba, otime deveráser omesmo. Mas napartidaseguinte, diantedo Américade São JosédoRioPreto, sábado, no Morumbi, estámarcada uma grande festa para a apresentação dos reforços.
O torcedor do Fluminense que foi ontem ao Maracanãconferira estréiadeseu time no Campeonato Carioca voltou paracasacom uma dupla sensação de felicidade. Na preliminar de umarodada duplaquereuniu 45 279espectadores, ele primeiroviuorivalFlamengo perder por 3 a 0 para o Olaria, com três gols marcados ainda noprimeiro tempo, por Edvaldo aos24 e William aos 40 e 43 minutos. No jogo de fundo, assistiu à vitória de seu timepor 3 a 1 sobre o Madureira.
Não foi, porém, um jogo fácil. O Madureira saiuna frente, comum goldo veterano Soratologo aos12 minutos do primeirotempo, e o Fluminense só conseguiu empatar pouco antes do intervalo, aos 39, com Alex.
A segunda etapa foi igualmente difícil, tanto
Márcio Rodrigues/Fotocom.Net
Nos dois jogos do Maracanã, Flu de Abel vence Madureira e Fla perde do Olaria
que os dois gols da vitória do Flu só saíram nos últimos minutos, novamente comAlex, aos40, ePaulo César, contra, aos 42. Outro grande queganhou de virada na rodada
Campeonato começa, mas ainda sem Atlético e Cruzeiro
O Campeonato Mineiro começouontem, aindasem a duplaAtlético eCruzeiro, que,como CaldenseeURT, só estréia nesta semana. Na falta dosdois maiores timesdoEstado,asatenções voltaram-se para ojogo do América, que começou a competiçãoperdendo para o Ipatinga, no Estádio Independência,por 1a0.Ogol foi marcadopor Marinho aos6 minutosdo primeiro tempo. Narodada inaugural do Mineiro, aliás, nenhum dos times que jogaramemcasaconseguiuvencer seus jogos: três foram derrotados e um empatou.
OUTROS RESULTADOS: Democrata-SL 0 x 1Villa Nova; Ituiutaba 2 x 2 Guarani; Mamoré 1 x 2 Valério.
CLASSIFICAÇÃO: 1. Ipatinga, VillaNova e Valério,3 pontos; 4º Ituiutaba e Guarani, 1; 6º América,Democrata-SL eMamoré, 0.
Oswaldo de Oliveira jura que não quer marcar o Santos coma suacarae temboajustificativa parafugirde talpretensão:oSantoségrande obastanteparadispensartransplante de fisionomia. Tem cara própria. Nisso, Oswaldo está com a razão.
Averdade,porém,éque,nos2a1deontemsobreaPonte, o Santos teve um quê do novo técnico. Sem Antonio Carlos e Léo, contundidos, Oswaldo escalou Zé Elias na lateral esquerda, maslhe atribuiu funçõesde volante ezagueiro, liberando o lateral-direito Flávio para a subida freqüente ao ataque. O Santos jogou num peculiar 3-5-2. Nada demais. Afinal,nem sempre a soluçãodos problemas está no óbvio, mostrou o atento Oswaldo ao preferir o volanteZé Eliasaojovemlateral Gibanavagade Léo.Deu certo,oSantosganhouojogoevaiconsolidandoacondição de favorito ao título paulista. Mas écerto queo técnico aindatem poucoa vercom os bons resultados do time. O Santos vai ganhando no embalo das últimas temporadas. Oswaldo faz questão de valorizar a continuidadedotrabalhona VilaBelmiro,emboraoselogios à estrutura santista carreguem uma sutil alfinetada no antecessor Vanderlei Luxemburgo, que tratava os campeões brasileiros de 2004 como crias suas.
Desde que organizou o departamento de futebol em 2002, o Santos disputa para valer todos os títulos. Foi campeão brasileiro duas vezes e vice uma, decidiu a Libertadoresem 2003etemsempre jogadoumfutebolde boaqualidadetécnica. Osucessocomeçousobocomandode Émerson Leão, continuousob as ordens deLuxemburgo e não deve parar com Oswaldo. OSantosdos últimosanoséum soproderacionalidade em nosso futebol marcadopela improvisação e incompetência fora de campo. Oswaldo tem razão.
ALA, NOVAMENTE
Atlético vence com time B, Coritiba e Paraná só empatam Ontem,pelasegunda rodadado CampeonatoParanaense, quecomeçou naúltima quarta-feira,oAtlético, apesar de estar mais preocupado com a Libertadores,venceu jogandocom seutime B.Coritiba eParaná apenas empataram. Na Arena da Baixada, o Atlético-PR, com sua equipeapelidada de “Ventania”, precisoudeapenas meio tempopara fazer2 a0 noFrancisco Beltrão, gols de BrunoLança aos 7eaos 23minutos. EmCianorte,o Coritiba ficou no 1 a 1 com o timedacasa.Tambémnointerior,Engenheiro Beltrãoe Paraná empataram: 0 a 0. OUTROS RESULTADOS: Malutrom0x1Londrina;Nacional4x 3 Império; Paranavaí 3 x 3 Iraty; Roma1 x1 UniãoBandeirante; Adap 2 x 1 Rio Branco. CLASSIFICAÇÃO:Grupo A-1. Adap,6;Grupo B- 1.Atlético-PR e Londrina, 6
deaberturado Campeonato Carioca foi o Vasco. Jogando em São Januário, na partidaque marcouavolta deRomário,a equipe saiu perdendo daPortuguesa por1 a0,golde pênaltico-
brado porMarcelãoaos 31 minutos do primeiro tempo.Aindana primeiraetapa,aos34,Fabianoempatou para o Vasco. Na segunda, Marco Brito, que havia entrado nolugar deRomário, marcou ogol davitória, aos 35 minutos. OBotafogo estreou no sábado, no Maracanã, derrotando o América por 3a2.Todos osgolsforam marcados no segundo tempo:César Pratesaos5, Almir aos12eAlex Alves aos 19. William, com dois gols, aos 27 e aos 45, descontou para o América.
OUTROS RESULTADOS: Volta Redonda1 x 0 Friburguense; Americano 2 x 1 Cabofriense CLASSIFICAÇÃO:Grupo A-1. Botafogo, Vasco e Volta Redonda,3 pontos;4. América,Portuguesa e Friburguense,0. Grupo B -1. Olaria,Fluminense eAmericano,3 pontos;4.Cabofriense, Madureira e Flamengo, 0
Durou pouco a alegria de Cicinho com a voltado São Paulo ao tradicional 4-4-2 e a chancede mostrar aCarlos Alberto Parreira que ele pode se dartão bemcomo lateraldireito quantotemsedado como ala. Depois do 2 a 2 no primeiro tempo contra o América de Rio Preto, o técnico Émerson Leão recolocou o time no 3-5-2 e chegou àvitóriapor4a3. Cicinho gostou: "Estava difícil no primeiro tempo, mas, no segundo, ganhamos liberdade, pudemos criar muitas chances e até marquei meu gol."
PRESENTE
Maisdoqueasduasvitórias seguidas neste começo de campeonato,a torcidado Palmeiras comemoraapermanência de Magrão no Parque Antártica.
ATENÇÃO
O atacante Neto, do Mogi Mirim,pinta comoumadas revelações doPaulistão: depois dosdois golsno Corinthians, marcoumais umnos 2 a 1 de ontem sobre o União Barbarense. Está na briga pela artilharia.
O CARA Era a reestréiade Romário emSãoJanuário, maso cara foi Marco Brito. Narodada de aberturado Campeonato Carioca, ele substituiuo Baixinho aos 22minutos do segundo tempo e,aos 35, fez Vasco 2 x 1 Portuguesa.
É SÓ O COMEÇO
Na rodada duplano Maracanã, com dez jogadores desde a metade do segundo tempo, o Olaria enfiou 3 a 0 no Flamengo sob gritosde "olé" dos tricoloresqueaguardavam o jogo de fundo - em que o Fluminense,no finzinho, bateu o Madureira por 3 a 1.
A DIFERENÇA
Finalmente,o líderBarcelona voltou ajogar bem. Na volta de Belletti, bateu o Racing Santander por 3 a 0 e seguroua folgade7 pontossobre o Real Madrid na briga pelo título espanhol.
GOL DE LETRA
"Foi a melhor partida que eu vi doBelletti nosúltimos cinqüenta anos." - Neto , na Band, ao comentar Barcelona3 x 0RacingSantander, pelo Campeonato Espanhol
O títuloda 36ªCopa São Paulo de Futebol Júnior, que teve representantes dos27 Estadosbrasileiros, não sairá da capital: CorinthianseNacionalirão decidi-lo amanhã, dia do aniversário da cidade, às10 horas,noPacaembu. Ontem de manhã, na Rua Comendador Souza, o Nacional derrotou o Paraná Clube, de virada, por 3 a 2, depois determinar o primeiro tempoperdendo
De manhã, nacionalinos ganharam, de virada, do Paraná: 3 a 2. À tarde, corintianos fizeram 3a1 no Iraty
por 2 a 0. Vandinho, aos 10, e Thiago Neves, aos 30 minutos, fizeram os gols que colocaram oParanána frente naprimeira etapa. Thiago, aos 23 e 37, e Clenílson,contra,aos 35 minutosdosegundo tempo, fizeram os gols da virada do Nacional. À noite, no Pacaembu, o Corinthiansfez3a1noIraty e tambémgarantiu presença nafinal. Oprimeiro tempoterminou comvitó-
ria parcialdoCorinthians por 1a 0, gol do zagueiro MarcusVinicius, aos43 minutos.No segundo, logo aos 8 minutos, Dinelson ampliou para 2 a 0. O Iraty ainda descontou aos 26, com Élton,masaos34 Abuda,decabeça, ampliou para 3 a 1. As duas equipes repetem a final daprimeira competição,em 1969,que na épocachamava-se Taça SãoPaulode Juvenis,em
queoCorinthians derrotou o Nacional. Atualmente, os corintianos têm cinco títulos, conquistadosem 1969, 1970,1995, 1999 e 2004. Lutam, portanto, pelo bicampeonato consecutivoe porumhexa nacontagem geral dos títulos. Já oNacional,tradicional equipe do bairro da Lapa, nacapitalpaulista,já foi campeãoda Copa São Paulo emduas oportunidades, em 1972 e em 1988.
OUTROS RESULTADOS: Bologna 1 x 0 Cagliari; Internazionale 1 x 1 Chievo; Lecce 1 x 0 Atalanta;Siena0 x0Palermo;Messina 1x0 Parma;Udinese0 x2 Reggina; Lazio 1 x 2 Sampdoria; Fiorentina 1 x 2 Roma.
CLASSIFICAÇÃO: 1. Juventus,
A Juventus aproveitou o tropeço doMilan evoltou a dispararna liderançado Campeonato Italiano. O time do brasileiro Emerson venceuo Brescia por 2 a0, golsdeTrezegueteDomizzi (contra), e viuo Milan ficar cinco pontos para trás, após a derrota por 1 a 0 para o Livorno,com golmarcado por Colombo.
47pontos;2.Milan,42;3.Udinese,34; 4.Internazionale, 32;5. Sampdoria,31;6.Roma,30; 7. Palermo,29; 8.Reggina eMessina,27; 10.Livorno eCagliari, 26;12. Lecce,25; 13.Bologna, 24; 14. Lazioe Fiorentina, 23; 16. Chievo, 22; 17. Parma e Brescia, 19; 19. Siena, 18; 20. Atalanta, 11.
Adiferença entreoslíderes manteve-se em sete pontos na rodada deste fim de semana.Nosábado, oBarcelonafez 3a0noRacing Santander, gols de Eto'o, Ronaldinho e Deco. Ontem, oReal manteveaperseguiçãoaobateroMallorcapor3 a 1– Figo,Samuel e Solari marcaram os gols "galácticos" e Camparo descontou.
OUTROS RESULTADOS: Athletic Bilbao4 x3 Osasuna;Albacete 0 x 2 Sevilla; Betis 4 x 0 Numancia;LaCoruña 4x1Espanyol; Getafe3 x0 Zaragoza;Levante 2 x 1 Real Sociedad; Villarreal 3 x1 Valencia;Málaga1x 0Atlético de Madrid.
CLASSIFICAÇÃO: 1. Barcelona, 48;2. RealMadrid,41; 3.Valencia,36; 4.Sevilla,35;5.Espanyol,34; 6. Betis, 33; 7. Villarreal,31;8.AthleticBilbao,29;9. Osasuna,28; 10.La Coruña,27; 11.AtléticodeMadrid, 26;12. Zaragoza, 25; 13.Levante, 24; 14. Getafe,23;15. Real Sociedad, 22; 16. Málaga, 21; 17. Albacete eRacing Santander,20; 19. Mallorca e Numancia, 14.
Ronaldinho fez um nos 3 a 0 sobre o Racing Santander; time mantém sete pontos à frente
Schalke sobe com Aílton
Graçasaumgol dobrasileiroAílton,aos 22minutosdosegundotempo,oSchalke04 derrotou o Werder Bremen por 2 a 1, em casa,no sábado,ealcançouo BayerndeMunique em pontos ganhos:37. O Bayern, no entanto,quenasexta-feirafez3a0noHamburgo, ainda lidera o Campeonato Alemão graças ao saldo de gols (16 contra 6).
OUTROS RESULTADOS: Nurnberg 1 x 3 Kaiserslautern; Hansa0 x 0 Freiburg;Wolfsburg 1 x2 Borussia D.; Borussia M. 1 x 0 Armínia; Mainz 2 x 3 Stuttgart; Bochum 2 x 2 Hertha; Hannover 0 x 3 Bayer
CLASSIFICAÇÃO: 1. Bayern de Munique e Schalke 04, 37 pontos; 3. Stuttgart, 34; 4. Wolfsburg, 30
Com a vitóriade ontem por 2 a1 sobre o Lyon,oLillediminuiuparatrêspontosadiferença que o separado rival na liderança do Francês. Foi a primeira derrota do Lyon. Juninho Pernambucanofez o golde honra do Lyon. Moussilou fez os dois do Lille.
OUTROS RESULTADOS: Metz 0 x 1 Olympique; Bastia 2 x 0 Nice; Caen 0 x 2 Auxerre; Istres 1 x 1 Strasbourg; Monaco 2 x 0 Lens; Rennes 2 x 0 Ajaccio; Saint-Etienne 0x 0Paris Saint-Germain;Sochaux 4 x 0 Bordeaux; Toulouse 2 x 1 Nantes
CLASSIFICAÇÃO: 1. Lyon, 45 pontos; 2. Lille, 42; 3. Monaco, 39; 4. Auxerre e Olympique, 38
O Brasil de Felipe volta a enfrentar o Uruguai amanhã, três dias depois do empate por 1 a 1, pela fase final do Sul-Americano Sub-20
Aseleção brasileira sub-20 está a cinco jogosde garantir a classificação para o Mundial da categoria,que serárealizado na Holanda. A estréia no hexagonal decisivo será amanhã, contra o Uruguai –mesmo adversário na des-
pedida da primeirafase, no sábado à noite, que terminou com empate sem gols. Depois dos uruguaios, o Brasil enfrenta a Venezuela, naquinta-feira, eaColômbia, nodomingo. Pega ainda Chile e Argentina. Os quatro primeiros do hexagonal decisivo asseguram
vaga no Mundial, que o Brasil já conquistou em 1983, 1985, 1993 e 2003. No sábado,oBrasil, já classificado, jogou para o gasto e perdeuvárias chances de abrir o placar – a principal num pênalti cobrado porRafaelSobis edefendido pelo goleiro Muslera.
O Arsenalvenceu oNewcastle por1 a0, no único jogo de ontem do Campeonato Inglês.O timelondrino se reabilitoudos maus resultados recentes, mas nãoconseguiu se aproximar do líder Chelsea, que no sábado venceu o Portsmouth por 3 a 0.
OUTROSRESULTADOS:Southampton2x0 Liverpool; Birmingham 1 x 2 Fulham; Crystal Palace 3 x 0 Tottenham; Everton 0x 1 Charlton; Manchester United3x 1AstonVilla;Norwich4x 4Middlesbrough; West Bromwich 2 x 0 Manchester City. CLASSIFICAÇÃO: 1.Chelsea, 61;2. Arsenal,51; 3. ManchesterUnited,50;4.Everton,44.5.Liverpool, Middlesbrough e Charlton, 37.
Sporting volta ao topo
Com a vitória de ontem por 3 a 0 sobre o Gil Vicente, em Barcelos, o Sporting voltou à liderança do Campeonato Português. Ele eo Porto,quetambémontemfez1a0no UniãodeLeiria,têm34pontos,porémosaldo de gols do Sporting é melhor (17 a 13).
OUTROS RESULTADOS: Braga 2 x 0 Acadêmica; VitóriadeGuimarães0x0Moreirense;VitóriadeSetúbal 4 x 0 Penafiel; Nacional0 x 2 Boavista; Benfica 0 x 2 Beira Mar; Rio Ave 2 x 1 Estoril; Marítimo 0 x 0 Belenenses
CLASSIFICAÇÃO:1.SportingePorto,34pontos;3. Braga e Boavista 33; 5. Benfica 31
David Gray/Reuters
Andre Agassi e Roger Federer disputam lugar nas semifinais do Aberto da Austrália
AndreAgassi e Roger Federer, dois dos maiores vencedores do tênisnosúltimos anos estarão frente a frente na disputa por uma vaga nas semifinais do Aberto da Austrália. Ontem, Federer bateu sem dificuldades, por3 a0,ocipriota MarcosBaghdatis,quesaiu doqualifying,enquantoAgassisofreupara superar por3 a 1o sueco Joachim Johansson, autor de 51 aces.
Após a partida de ontem, Federer, campeão no ano passado, deixouamodéstiadeladoedisseque éfavorito."Éelequeprecisa elevaronívelde seujogo,nãoeu", declarou.Outroduelo dasquartas-de-finaljá definido éentreo russoMaratSafineoeslovacoDominik Hrbaty. Na chave feminina, uma das semifinalistas sairá do confronto entre as russasMaria Sharapova, atual campeã de Wimbledon, e
SvetlanaKuznetsova, campeãdo Abertodos EUA. Afrancesa AmelieMauresmoenfrentaanorte-americana Serena Williams. Na madrugada de hojeseriam disputados os jogosrestantes das oitavas-de-final.Estarão emquadra osúltimos tenistas "dacasa" que sobrevivem notorneio: LleytonHewitt enfrentaoespanhol RafaelNadal, enquantoAlicia Molik encara a norte-americana Serena Williams.
COC/Ribeirão tem dez dias entre título paulista e estréia no Nacional
O Unimed/Pão de Açúcar/Ourinhos conquistou na últimaquarta-feira otítulodo Nacional feminino de basquete, ao derrotar o Unimed/ Americana por63 a53, emcasa, na quarta partida da série decisiva. A ala Janethfoi a cestinhada partida,com 29pon-
tos, e recebeu o prêmio de melhor jogadora da competição. O Ourinhos é o sétimo campeãodiferenteemsetedisputas do Nacional feminino desde suacriação,em 1998.Otécnico Antonio Carlos Vendramini comemorou sua terceira conquista – foi campeão em
PEDALADAS PORTENHAS – O argentino Jorge Giacinti conquistou ontem a Volta de São Paulo de ciclismo. Seu compatriota Matias Medici terminou em segundo, seguido do brasileiro Pedro Nicácio. Na última etapa, disputada ontem, os 130 participantes da Volta saíram de Jundiaí, pegaram a Rodovia dos Bandeirantes e chegaram à Cidade Universitária, num percurso de 46,5 km.
1998, pelo Fluminense, e em 2000, com o Paraná.
A vitóriacoroou acampanha do timede Ourinhosna temporada 2004/2005: o time foitambémcampeãopaulistae dos JogosAbertos doInterior. Nas três competições, superou Americana na decisão.
O COC/RibeirãoPreto malteve tempoparacomemorar o tetracampeonato paulista, conquistado na última terça-feira, coma vitória por99 a90 sobreo Winner/Limeira. Depois defecharasériedecisivaem3a0, o time teve folga, mas já voltoua treinar paraaestréia no Nacional, que será nesta sexta-feira, contra o Paulistano, às20h, emSão Paulo. OLimeiraestréianodomingo, emcasa,às18h,contra o Uberlândia.
Otime mineiro,campeão nacional, estreoucom vitórianoNacional, quefoi aberto ontem, comseis partidas. Em casa, oUberlândiamarcou99a89noSãoJosé dos Pinhais (RS).
OUniverso/Ajax iniciou com o pé direito a maratona detrêsjogos emtrês dias: venceu Liga Macaense (RJ) por 82 a 81. Hoje joga contra a Ulbra (RS), e amanhã pega o São José dos Pinhais. ONacional tem16times, queseenfrentamemturnoe returno até o dia 1º de maio. Os oito primeiros colocados vão para os playoffs, que serão disputados em melhor de cinco jogos.
Time venceu o São Caetano por 3 a 1, fora de casa, e igualou número de pontos do Rexona
O Finasa/Osasco venceu o SãoCaetano por 3 a1, ontem,forade casa,eseigualou, ao menos temporariamente, ao Rexona/Rio de Janeironaliderança daSuperliga feminina, com 20 pontos. Otime carioca,que folgou narodada destefim desemana, temdezvitórias, contra nove vitórias e duas derrotas do Osasco.
Em Campos, o Oi/Campos venceu o Brasil Telecom
por 3 a 0, e agora divide com o rival a terceira posição, ambos comseis vitórias e cinco derrotas (17 pontos). Na Superliga masculina, o Telemig Celular/Minas manteve-se isolado em primeirolugarao derrotaro Wizard/Suzanopor 3 a2, em casa. O time tem onze vitóriaseuma derrota,uma vitória amais queo Banespa, que venceu o OnLine, também por 3 a 2.
Má estréia para o handebol
O Brasil teve uma péssima estréia no Mundial de handebol masculino: foi goleado por 34 a 12 pela Noruega. O timeestá bem modificado em relação à Olimpíada: apenas cinco jogadoresficaram com odécimo lugar em Atenas.
O Mundial estásendo jogado na Tunísia, por 24 seleções, divididas em quatro grupos de seis equipes ca-
da.Os quatro melhores de cadachave seclassificam para as semifinais. Hoje o Brasil pega a Alemanha,vice-campeã olímpica.Depois, enfrenta Egito,Sérvia e Montenegro e Qatar. Acomissãotécnica apostaem vitóriascontra Egitoe Qatarparadisputar o13º lugar–no Mundialde 2003, em Portugal, o Brasil ficou em 22º.
Peixes sul-africanos
A natação da África do Sul, que surpreendeu o mundo ao conquistara medalha de ouro no revezamento 4x100m livrena
Olimpíada de Atenas,voltoua mostrar força neste fim de semana: marcou dois recordes mundiais, durante a quinta etapa da Copa do Mundo, em Berlim. Ryk Neethlingquebrou o recordedos 100m medley,
com52s11.Amarcaanterior pertencia a outro sul-africano, Roland Schoeman, que, porsuavez,igualouorecorde mundial dos 100 m livre, 46s52, que pertencia ao norte-americano Ian Crocker. O Brasil saiu semmedalhasdeBerlim.Oúnicofinalista foi Guilherme Santos, sétimonos50mlivre.Apróxima etapa começa na quarta-feira, em Moscou.
Juro cobrado pelos bancos nas operações de empréstimo apresentaram recuo em dezembro, comparado a novembro. Volume liberado subiu
Ainadimplência registrada no mês de dezembro,a menor desde fevereiro de 2001, ajudouareduzir ocustodo crédito,segundo o Banco Central. E se a inadimplência ficou menor,ovolume de crédito,no mêspassado, cresceu. Asoperaçõesde créditodestinadas àpessoa físicacresceram 1,1%em dezembro, atingindoR$ 113,6bilhões, segundo levantamento sobre as operações de crédito divulgado ontem pelo Banco Central. A evolução das carteiras foi notada, principalmente, no crédito pessoale para aquisiçãodeveículos. SegundooBanco Central (BC), também houve queda de10,6% no saldodocheque especial, associada ao recebimento do 13.º salário. Custo – Outra boa notícia dizrespeitoaocusto dos empréstimos.O custo médio dasoperaçõesrecuou 0,7 ponto porcentual, para 45% ao ano, o que resultou em um recuo também no spread bancário (diferença entre o que o banco paga paracaptar dinheiro no mercado e o que ele cobra nas operaçõesde crédito),que caiu 0,5ponto porcentual emdezembro. Noano,a queda foi de 2,7 pontos porcentuais. Com a redução, o spreadpassoudos 30pontos porcentuais do fim de 2003 para 27,3 pontos.
Nosempréstimos àspessoas jurídicas, o spreadsofreu umadiminuição de1,2 ponto porcentuale passou de 14,4 ponto porcentual para 13,2 ponto porcentual. Aocontráriodoquevinha ocorrendo, a taxamédia cobrada para as pessoasfísicascaiu1,9 pontoporcentualem dezembro,ficando em 61,5% ao ano. De acordo com o BC, a queda é explicada pelo aumento de participaçãodocrédito consignadoeodecréscimonautilização do cheque especial. Volume – As operações de crédito tiveram discreto crescimento em dezembro, comparado anovembro. SegundooBCoaumentofoi de 0,9%, chegando a R$ 483,973 bilhões. Uma evolução de 17,6% em relação aos R$411,392 bilhõescontabilizados no final de 2003. A correspondência do volume de crédito em relação co Produto Interno Bruto (PIB) também subiu para 26,3%. A maior desde 2002. De acordo como BC, os empréstimos concedidos por instituições privadas somaram R$292,6 bilhões, enquanto os financiamentospúblicosforamde R$ 191,4 bilhões, com expansão anualde19,6% ede 14,8%, respectivamente. Do total, oestoque decrédito comrecursos direcionados alcançou R$ 179,6 bilhões em dezembro, e reflete evolução de 3,2% no mês. (AE)
O dólarganhou terreno frente aoeuro e aoiene ontem. A moeda norte-americana já abriu as negociações em Nova York em alta acentuada diante da divisa japonesa, sustentada por comentários de diversas autoridades indicandoque são pequenas as chances de a reunião de ministros de Finanças doG7produzir um comunicado sobre câmbio muitodiferente dapostura adotada na reunião do ano passado, em Boca Ratón. Isso vai contraa expectativa de muitos no mercado de queas pressõesseriam para que a China reavaliasse suamoeda, oque acabaria valorizando o iene. O diretor dodepartamentode estatísticas chinês,Li Deshui, disse que seu país nãoestápreparado para uma reavaliação imediata. "Precisamos de um plano bom e viável e sua formulação requertempo", afirmou o executivo. O dólar recebeu impulso adicionaldo índice deconfiança doconsumidor dos Estados Unidos, quesubiu a 103,40no mês de janeiro. (Reuters)
OPORTUNIDADES
O número de empréstimosconcedidos comrecursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para os programas de geração de emprego e renda (Proger) dobraramno anopassado, passandode 1,1milhãopara 2,2 milhões. Ovalor totaldessasoperações teveum aumentode 30%,passando deR$ 8,2bilhõesparaR$11,9bilhões.O Proger é um conjunto de linhasde crédito com regras de contrataçãofacilitadas e jurosmais baixos,destinadasamicro epequenosempreendedores.
O secretárioNacionalde Políticas Públicas de Emprego, Remígio Todeschini, explicou que a elevação das
contratações edos recursos obedeceu à política implementada pelo governode colocartodo odinheirodisponível em programas que garantissem a manutenção dos empregos ou criassem postos de trabalho. Contribuição– Para o secretário, o FAT contribuiu, e muito,para o processo de crescimentoeconômico do País no anopassado, sendo responsável também por parte do saldo líquido positivode1,5milhãodeempregoscomcarteira assinada medido pelo Cadastro Geralde EmpregadoseDemitidos (Caged).
Segundo com Todeschini, o crescimento das operações e do volume de recur-
sos foi impulsionadopelos novos programas de crédito. Até 2002, o FAT financiava novetipos de projetos. Em2003e2004,mais sete programas foram aprovados pelo Conselho Deliberativo, entre eles linhasespecíficas para empreendimentos em turismo e para o pequeno exportador. O tradicional Proger Urbano mudou para chegar ao microempreendedor, oque fez comqueo númerode operações dosúltimos dois anosfosse 10 vezesmaior que o de 2001 e 2002. Nos últimosdois anos, asoperações do Proger Urbano, voltadaspara investimento e capital de giro, superaram a marca dos 2 milhões. (AE)
BR Petrobras registra lucro de R$ 525 milhões em 11 meses
O bancoCruzeiro doSul, instituição financeira especializadana concessãode empréstimos com desconto em folha de pagamento, anunciou na última segunda-feiraa captaçãodeUS$ 17 milhões no mercado internacional. Trata-se da primeira operação de captação de recursos no exterior por banco brasileiro de porte médio no ano de 2005.
De acordo com o superintendente do banco,Adolpho Eugênio Nardy Filho, o montante captadoficou 70% acima das expectativas. "Inicialmente pensávamos em captar entreUS$ 5 milhões e US$ 10 milhões, mas a demanda dos investidoresfoi bemmaior", afirmou. Aoperação, coordenada pela BCP Securities, foi concluída na última sexta-feira e tem prazo de pagamento de 18 meses. Imagem – Na avaliação de NardyFilho,a grande procura dos investidores internacionais por ativos do Cruzeiro doSul mostraque a imagem dosistema financeirobrasileiro continua bastantepositiva.Nofimdo ano passado, alguns analistas imaginavam que instituições de portemédio poderiam ter a imagem prejudicada depois da intervenção doBancoCentralno banco Santos. OCruzeiro doSul abriua emissãono iníciodejaneiro e pretendia estender o prazoparaos investidoresao dia30."Masaprocura foi tão grande que decidimos antecipar ofim da opera-
Segundo Nardy Filho (foto), investidores se interessaram pelos bons ativos do banco, em especial do crédito consignado
ção",contouo superintendente. Os investidores que participaram da transação — bancos de investimento americanos eeuropeus— vãorecebertaxa derendimento de 8,25% ao ano.
Bons ativos – NardyFilho disse que os investidores externos se interessaram pelos bons ativos do banco, principalmente pelacarteira de créditoconsignado (com desconto emfolha) que possui. Hoje,a instituição trabalha com concessão deempréstimos com desconto em folha para funcionários públicos e também para aposentadose pensionistas do INSS. Segundo Nardy,osrecursoscaptados agora vão reforçar o volume dedinheiro disponívelnessa linha de crédito. Rejane Aguiar
ABR, subsidiária da Petrobrasna distribuiçãode combustíveis, anunciou ontemque aempresa teveum lucro líquido de R$ 525 milhões entre janeiro e novembrode 2004, devido ao aumento de 14,3% em suas vendas. O crescimento foi maisdoqueodobrodomercadodecombustíveis, que fechou o anocom aumento de 6,5% em relação a 2003. O porcentualde crescimento podeser ainda maior,jáque os números não contabilizam a incorporação dospostosdaAgip, adquirida pela BR em agosto. Com a aquisição da marca italiana, a companhia ganha 2,8 pontos porcentuais em participação no mercado além do 1,3 ponto que conquistou de outras distribuidoras, no ano passado, atingindoos atuais35,6% de participação. Apesardo aumento,pelo menos 400 postos deixaram a marca BR noano que passou,informou opresidente da BR, Rodolfo Landim. "Masconquistamos novos pontos e ainda aumentamos asvendas em alguns que já possuíama nossa bandeiraounos quesãode bandeirabranca, mascompram ocombustível conosco", disse. Hoje, segundo ele,as vendas para postos de bandeira branca representam 5% do totalcomercializado pela BR. Clandestinos – Landim atribuiu o crescimento das vendas tambémà redução do mercado clandestino de álcool em SãoPaulo, desde que a alíquota do ICMS caiu de 18% para 12%. O aumento das vendas de álcool da BR foi de 26%. A gasolina teveaumentode12%nasvendas e o diesel, de 17%.
Aestimativa daempresa é aumentar os investimentos esteano. Aténovembro de 2004 foram investidos R$ 295milhões, além dos R$ 450 milhõesda comprada Agip. "Para 2005, a previsão é algo emtornode R$ 400 milhões", disse o executivo. Entre osprincipais investimentos está aadaptação dos postos de bandeira AgipparaamarcaBR.Serão priorizados 600 postos dos 1.500 da antiga rede que devem passarpela transformação em três anos. A BRpode entrarno regimeespecialtributário formado pelo governo do estado do Rio, que prevê o recolhimentodeICMSquandoa distribuidoravende ocombustível e não na compra do produto.Landim disseque "não restou outra alternativa" à BR. (AE)
Filme dirigido pelo brasileiro Walter Salles disputará a estatueta nas categorias de roteiro adaptado e melhor canção. "Olga", de Jayme Monjardim, não ficou entre os selecionados para melhor filme estrangeiro.
Ofilme Diários de Motocicleta, dirigido por Walter Salles, foiindicadoontem aoOscar deroteiro adaptado e melhor canção. OroteiroédeJosé Rivera, baseadonos escritosdeErnestoGuevara, o Che, e seu companheiro de viagem, Alberto Granado. A história narra as aventuras do jovem médico e futuro revolucionárioChe Guevara pela América Latina. O filme competirá com Before Sunset, Finding Neverland, Million Dollar Baby e Sideways.Amúsica Al Otro LadoDelRío édeautoriadeJorge Drexler.
O diretor Walter Salles comemorou as duas indicações."Fico muitofelizpelo nosso roteirista José Rivera, não somenteporque ele é muito talentoso, mastambémporqueé muitodifícil ganhar umaindicação com um primeiro roteiro filmado para cinema."
"Pelas regrasda Academia, Diários não poderia concorrer aoprêmio demelhor filmeestrangeiro, por ter sido filmado em três países,mas sepudesse terconcorrido, poderia eventualmentetersido indicado, mas dificilmente teriaganho. Nãosedeveesquecer queoOscaréumprêmiodado pelaindústria norteamericana de cinema.Nos
Estados Unidos de hoje, um filme como Diários sofre
dois tipos de julgamento – o primeiro, pelo lado estético, o segundo, do ponto de vista ideológico.
Na segunda-feira,acoprodução Argentina-EUAAlemanha-Inglaterra já havia sido indicada ao César 2005 demelhor filme estrangeiro pela Academia de Cinemada França, concorrendo com 21 gramas (AlejandroGonzalez Iñarritu), Fahrenheit11de setembro (Michael Moore), O brilho eterno de umamente sem lembranças (Michel Gondry)e Encontros e desencontros (SofiaCopola). Acerimôniade premiação será no dia 26 de fevereiro,em Paris.Já oresultado do Oscar, emHollywood, sai no dia 27. Diários temagora 29indicações de prêmios, incluindo setepara o Bafta,o Oscar inglês,etrêspelaAssociação dos Críticos de Londres.
Outras indicações – Com 11 indicações, o filme O Aviador, de Martin Scorsese, é o recordistadeste ano entre as produções indicadas paraconcorrerao Oscar. A expectativa é saber se, desta vez, Scorsese não repeteo vexame de2003,quandoo filme GanguesdeNova York obteve 10 indicações para o Oscar e não recebeu nenhuma estatueta,nemcomo
consolação. Menina deOuro, de Clint Eastwood, ficouem segundo lugar,comseteindicações na premiação, empatado com Em BuscadaTerrado Nunca (Finding Neverland), de Marc Foster.O indicado brasileiro parao prêmiode melhor filme estrangeiro –Olga, deJayme Monjardim – não ficou entre os cinco filmes selecionados.
O filme narra a história do jovem médico, depois revolucionário, Ernesto "Che" Guevara, durante uma viagem de moto. Abaixo, Salles (dir.) com os atores.
Como ocorre todos os anos, oanúncio foifeito de madrugada em Los Angeles (11h30 no Brasil), via TV. Teve comomestres-de-cerimôniao presidentedaAcademia de Artes e Ciências Cinematográficasde Hollywood, o cineasta Frank Pierson,eoatorAdrienBrody, quevenceu oprêmio de ator por O Pianista, de Roman Polanski. Ocanal TNT será o único do País a transmitira premiação.Pelaprimeira vez em muitos anos, a TV aberta brasileira deixará de transmitir o evento. Milionário – Em O Aviador,Scorseseinvestiga o passadomíticode Hollywood,contandoahistória de Howard Hughes, o milionário que fundou a indústria aeroespacialamericana e tambémproduziu (e até dirigiu) filmes nos chamados anosdeouro,de
CUPINS E FUNGOS: PREFEITURA DEVERÁ CORTAR 900 ÁRVORES
Pelo menos 900 árvores das ruascidadedeSãoPaulo terãode sercortadas porcausa daação decupins econtaminação porfungos. Segundoo secretário municipal do Verde e Meio Ambiente,Eduardo Jorge,elas serãosubstituídas. As árvores estão localizadas na zona sul (Vila Mariana, Santo Amaro e Cerqueira César ) e zona oeste (Lapa, Pacaembu e Pinheiros)e fazempartede um lote de 9 mil inspecionadas desde novembro de 2003 pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O estudo do IPT, chamado Operação Árvore Saudável, foi concluído este mês. Eduardo Jorge disse que vai explicar a situaçãoàs sociedadesamigosde bairrodas regiõesafetadasantesde determinar a retirada das árvores. Nos últimos meses, várias árvores caíram em função da chuvas fortes. Uma delas, na avenidaSumaré,causou a morte de um motoboy.
1930 a 1940, construindo uma lenda pessoal que passoupeloromancecomgrandes estrelas.
Além da indicação para melhorfilme, O Aviador concorre aos prêmiosde direção (Scorsese), ator (Leonardo DiCaprio)e atriz coadjuvante (Cate Blanchett,esplêndida comoKatharine Hepburn). Clint Eastwood concorrea melhor filme e diretor, prêmios que já recebeu por Os Imperdoáveis, além de melhor ator – inédito na carreira dele – e atriz, para Hillary Swank. Pela primeira vez o comedianteChris Rockapresentará a festa, papel já ocupado por BillyCrystal, WhoopiGoldberg eSteveMartin. O diretor americano Sidney Lumet, autor de vários clássicos dos anos 70, receberá umOscar peloconjuntode sua obra. (Agências)
JOSÉ SERRA NOMEIA OUTROS TRÊS SUBPREFEITOS
O prefeito José Serra oficializou a nomeação de mais três subprefeitos emanteve aestratégia de deixar a Câmara longe dasindicações decargos. Embora os três nomeados sejam ligados ao PSDB, nem mesmoa bancadatucana interferiunasescolhas.A exclusão devereadoresdo partido do processo confirma a intenção do prefeito de centralizar pelo menos a decisão sobre nomes que ocuparão as principais subprefeituras. Entre os recém-nomeados está o ex-prefeito de Diadema José Augusto Ramos, que em 2004 tentou voltar ao cargo, mas foi derrotado pelo PT. Ramosocupará aSubprefeitura da Capela do Socorro, reduto políticodo vereador petista Arselino Tatto.Os outrosdois nomeados – Paulo Magalhães Bressan (Lapa) e Marcos Antônio de Albuquerque (Butantã) -nãosãofiliadosaoPSDB,mas mantêmrelaçõesantigascom os tucanos.
São Paulo, 26 de janeiro de 2005
Prepare-se. Em março, uma super feira de som e acessórios vai agitar São Paulo. Os detalhes na página 8.
Semana, interrompida pelo feriado de ontem, deverá começar a esquentar a partir de amanhã, quando o Banco Central explicará o aumento do juro
Osjuros futuros interromperam, na última segunda-feira, a longa trajetóriade altasdosúltimos dias, comliquidez baixa, principalmente nos contratos curtos, emrazão do feriado municipal emSão Paulo, ontem, quando não houvenegócios naBolsade Mercadrias & futuros (BM&F).O DIde janeirode 2006 fechouem 18,63%,ante 18,67% nasexta-feira, enquanto o DI de julho recuou de 18,88% para 18 85%.
Operadoresdisseramque ovolume maisfraco denegócios acaba distorcendo as análisessobre os motivos paraoalívio nastaxas.De toda maneira,aqueda do dólar,de 0,26%,paraR$2 681, contribuiupara queos DIs sofressem ajuste. Hoje é véspera da divulgaçãoda atado Copom,o que tende a deixar os investidores mais tensos, especialmente após os rumores sobre divergências de membrosdogoverno em torno dorumodapolítica
monetária. Segundoum operador, omercado considera plausível quea ata venha conservadora como a dedezembro, autorizada pelos elevados núcleos e expectativas de inflação recentes, além da aposta de que os próximos dados de atividade virão fortes.
Uma ata contendo um discurso mais ameno na ata poderialevantar as velhas suspeitas de ingerência política no Copom. Ainda assim, segundo, o mercado tenderia a "fechar as taxas
futuras",jáque, com dedo político ou não no BC, o fato éque acurvavaiseguir os sinaisda políticamonetária, diz um operador.
A pesquisa Focus divulgadanamanhãdesegundafeira não trouxe razões para otimismo. Já as expectativas para o IPCA em 2005 foram mantidas em5,70% e a previsão para aSelic média noano subiu, passandode 17,44% para 17,60%.
Dólar – O dólar comercial operou na segunda-feira embaixa numdiaespremido entre o fim de semana e o feriadodeaniversário de São Paulo.Em meioà liquidez reduzida,o BancoCentral comprou dólares no mercado, mas não conseguiu reverter a queda.
As decisões devenda foraminfluenciadas pelo recuo da moedaamericana ante outras divisas durante amaiorpartedodia eum fluxo financeiro ligeiramente positivo,além deexpectativasde novosingressosno mercado. O pronto fechou aR$ 2,681,em baixa de0,26%. Ogirofinanceiro total à vistadiminuiu 41% para US$ 1,195 bilhão.
Declarações de vários membros do Federal Reserve na semana passada sugerindo a continuidade do aumento gradual das taxas
dosFed Funds ajudarama desestimular em parte a demanda pelo dólar. Os investidores também procuraram reduzirposições embasados em Pesquisada Central BankingPublications divulgadaem Londres. A pesquisa indicou que maisde dois terços dos bancos centrais do mundoampliarama proporçãodo euroem suasreservas demoedaemdetrimento do dólar, durante os últimosdoisanos.Os ge-
Banco Central voltou ao mercado para comprar dólares, mas não conseguiu reverter o movimento de queda da moeda americana
rentesdereservasdos BCs consultados pela publicação também disseram que vãocontinuarampliandoas reservas em euro nos próximos anos. Nenhum deles afirmouque pretendeaumentaraproporçãonamoeda norte-americana.
Internamente,as altastaxas de jurosdo País combinadas com os firmes fundamentos da economia reforçam expectativas de continuidade do fluxo financeiro positivo. Tambémjáestão sendo levadosemcontaos ingressos de emissões pri-
vadasexternas jáfechadas, e as que podem vir a ser lançadas também. Bolsa – Como eraesperado, a Bovespa teve um dia bastante fraco em volume de negócios.O mercadode ações aproveitou a baixa liquidez e o cenário calmo no exterior para dar continuidadeà correção depreços iniciadanasexta-feira. Puxado novamente pelospapéisdaVale doRioDoce,o Índice Bovespa fechou em alta de 1,59%, com 24.197 pontos na segunda-feira. O giro financeiro ficou em apenas R$ 778,381 milhões. Láfora,o quadroficoupraticamente estável. Em Wall Street, as bolsas operaram sem umatendênciadefinida. Os papéis mais negociados do índice foram da Telemar PN, com a Vale ficando em segundolugar,quase empatada com o primeiro. As ações preferenciais da Valefecharamem alta de 3,25% e as ordinárias subiram 2,06%.
Operadores comentaram que estasemana estátendo um começo morno. Mas poderá esquentar a partir de amanhã,quando será divulgada a ata referente à última reunião do Copom. Também amanhã serádivulgado o IGP-M fechado referente a janeiro. (AE)
Osestragos provocados pelas enchentes, ocasionadas pelas fortes chuvas deverão, vão além da perda de móveis e roupase da destruição de imóveis e ruas. A água suja, que muitasvezes invadeas casas,também podecausar infecção alimentar, hepatite
A e E, diarréias por salmonela e outras bactérias, além decólera, tifo,tétano eleptospirose.A contaminação pode vir por meio de alimentos, colchões,sofáse utensílios domésticos que foram expostos às aguas das enchentes. De acordocomo biomédico e especialista em higiene de alimentos Roberto Martins Figueiredo, aproximadamente 1,5bilhãode
No Brasil, cerca de 75% dos leitos hospitalares são ocupados por pessoas que adoeceram por entrar em contato com água suja. Alimentos contaminados são principal risco.
crianças nomundo apresentamquadro decontaminação com diarréia. Destas, 2,1 milhão sãocontaminadas por manipulação incorreta de alimentos e 3 milhões morrem em decorrência da doença. No Brasil, 75% dos leitos hospitalares estão ocupadospor pessoasportadoras dedoenças relacionadas à água. Outro dado apresentado pelo biomédico é de que 44% das doenças alimentares sãoadquiridas em casa e 5% em restaurantes. "Isso provaqueas pessoas precisamse preocupar mais coma higienedos alimentos", disse Figueiredo. Eliminação –Paraevitara contaminação dealimentos, obiomédicoalertaque nenhum mantimento que
teve contato coma água de enchente deve ser consumido.DeacordocomFigueiredo, os produtos que foram cobertos pela inundação devemser destruídosou eliminados. Entre os alimentosestãofrutas frescas e legumes, alimentos em caixas de papelão ou papel, em sacos (como arroz e farinha), líquidos ou bebidas emgarrafas com tampa prensada(como garrafões deágua mineral), recipientescom tampasdepuxar (comolatasde massadetomate), de cortiçaoucom rosca.Os alimentosacondicionados em jarros de vidro ouenlatados, inclusiveos caseiros, também têm de ser descartados.
No caso de frutas, legumes e ovos, o biomédico diz queasbactérias podemficar alojadas nas cascas mesmo depois de lavados. Já as latas,desdequesejamaquelasquesópodemserabertas com oabridor, devem ter um cuidadoespecialantes doconsumo."Èprecisotirar orótulo, lavar alata com água e sabão e colocá-la por 10 minutosdentro de um baldecom umlitro deágua e duas colheres de água sanitária.Depois deixarsecar normalmente.Isso evitao riscodecontaminação",disse Figueiredo.
As latas que têm anel na abertura devem ser jogadas fora,umavez que aparte cerrilhada pode acumular contaminação química ou até mesmo bactérias.
Detergente – Aspanelas tambémdevemter uma atenção especial. As que tiveramcontato comaágua de enchente devem ser lavadascomágua edetergentee depois enxaguadasem uma solução de duas colheres de sopa de cloro para cada litro de água. A secagem deve ser feita naturalmente, sem a utilizaçãodepanos.Umadica dobiomédico: aspanelas
Nada do que tem contato com a água suja das enchentes pode ser aproveitado. Como explica
biomédico Roberto Figueiredo (lado esq. da página), em muitos casos, só a descontaminação de recipientes, mesmo fechados, pode evitar infecção alimentar e doenças mais graves.
não devem ser areadas, para que a camada de aço que protege os metais não seja retirada. Ocontatodesses metais com acomidapode causar doenças como mal de Parkinson e Alzheimer. Jáa limpezadochãoé mais simples.O barro que fica na casa deve ser retiradocomágua. Depois,explicaFigueiredo, o ideal é limpar o chão com meio copo de sabão em pó diluído em10 litrosde água."Molhe um pano e vá passando. Retirea sujeira emoutro balde com água limpa até que o panonão esteja mais sujo. Feito isso, misture duas colheres de água sanitária com um litro de água, molheoutro pano epasse no chão".
Deacordocomobiomédico, com essescuidados não haverá mais perigo de contaminação no chão. "É importante também proteger os pés combota de plástico ou chinelo e as mãos com luvas, paraevitar as doenças de pele ", alerta Figueiredo.
OBrasil tem uma cultura automobilística distorcida há quase 100 anos.Considera-se que guiar veículos écoisa simples, automática e que qualquer pessoa faz, bastaandar em velocidade eusar osreflexos. Estaideologia transformouo Brasil em um dos campeões mundiaisde acidentes(otermo correto seria desastre).
A nova resolução do Denatran,que obrigaoscondutores a realizarem testes de primeirossocorros edireção defensiva, na minha opinião não despertarão a consciência e aresponsabilidade domotorista brasileiro.
Medidas como estas que estão sendo implementadas, que por falta deinfra-estrutura no
Paísinteiroe pornãoresultaremem eficácia,devemser desconsideradas.
Outros argumentos têm-se esgotadonosentidodemostrar aineficáciadessamedida.Representantes de auto-escolase centrodeformações de condutores lembraramque podeocorrer uma "vendaindiscriminada de certificados".
Mais importanteque tudo isto, defendo a obrigatoriedadede um exame psicológicoamplo, não só psicotécnico, a fim de se retirar de circulação aqueles motoristas de alto risco. Poroutrolado,ondeteremos estruturaepessoalespecializado para ministrar"cursos" com conteúdo no nível de uma pós-
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graduaçãoemHarvard?Anossa realidade educacional infelizmente não está a esta altura ainda, ou seja, a grande maioria dapopulaçãobrasileiranãotem preparopara absorverinformações no nívelda física. Precisamos reformular o sistema deauto-escola em todo o Paísno sentido da formaçãoespecíficadeinstrutoresque, duranteo aprendizado docandidato à habilitação,desenvolvam naprática oselementosnecessários para selidar com situações de risco. Comoespecialistanaáreade trânsito,hámais de30anos, nãoacreditoquemedidaspontuais façammágicas. Preconizo, isto sim,uma revolução cultural, quepode levarge-
rações para se atingir um estágio dedesenvolvimento de cidadania,no quedizrespeito à vida humana. Estarevolução implicaem educação, cultura, exercício pleno de cidadania, voto consciente, fimdaimpunidade, justiça ágile proba,moralidadepública efim dasiniqüidades. Quandoatingirmos todaanação,atingiremostambém o trânsito. Portanto,a nossaexperiênciademonstraquenãoserápor estecaminho quevamosdiminuir os acidentes no Brasil.
Dr. Salomão Rabinovich é diretor do CEPAT (Centro de Psicologia Aplicada ao Trânsito) www.salomao.psc.br
Agora,alémdo seu braço baiano, em Camaçari, onde produz as linhas Fiesta e EcoSport, a Ford também entra na grande festa do carnaval da Bahia. A marca lança neste mês o Ka Camaleão, série especial com acessórios personalizados inspirados no bloco Camaleão, um dos mais famosos da folia baiana, formado pela banda Chiclete com Banana.
Como diferencial,o modelotraza "patinhado Camaleão",marca registradae assinatura do bloco, estampada em seus itensexclusivos: emblematraseiro, revestimentode coluna, soleirasde porta,tapetes, emblemano painele capasde encosto de cabeça.
O Ka Camaleão pode ser comprado em qualquer opção de cor, motorização – 1.0 L e 1.6 L – ou equipamentos opcionais existentesna linha,noperíodo quevai de janeiro até 1º de março. A
série estarádisponível nascidades de São Paulo, Rio de Janeiro, BeloHorizonte, Recifee, claro, Salvador.
Parceria - A parceria da montadora, queé uma umadas patrocinadoras do carnaval de Salvador, com o Camaleão, surgiu como forma de incentivar ainda mais o carnavalbaiano. O bloco foi criado em 1978 por um grupo de jovensuniversitários dacidade, com o objetivo de dar à
festa umaorganização demolde empresarial. Onome foiuma sugestão doartista plásticoBel Borba, emhomenagem aoscamaleõesqueexistiamnaPraçada Piedade. Pelo Camaleão já passaram grandes nomes da música baiana, comoLuiz Caldas,Sarajane e Carlinhos Brown.
A partir de 1990,o bloco iniciou a tradicional parceria com a banda Chiclete comBanana e se firmou como omelhor trio elétrico de Salvador.
A Estação Especial da Lapa promove cursos profissionalizantes onde 70% dos alunos são portadores de algum tipo de deficiência
Um centrodeconvivênciaqueoferece atividades e atendimento especializadogratuitonazona Oestedacapitalpaulista.Este é o perfil da Estação EspecialdaLapa-CentrodeConvivência e Desenvolvimento Humano, que estáintensificandoaatuaçãojuntoaos portadores de todos os tipos de deficiências físicas,sensoriais e mentais. Neste ano, elacontinuarácomapolítica dereservar 70%de suasvagas, deum totalde maisde trêsmil,apessoas nestas condições.Elas terãoacesso às oficinasprofissionalizantesea encaminhamento ao mercado de trabalho. O objetivo do centro é reforçar aestratégia de integrar esta parcelada população à sociedade e oferecer às suas famílias suporte técnicoe psicológico. Além das oficinas profissionalizantes, diversas atividades culturaiseesportivastambémsão oferecidas. A diretora da Estação,Vera LúciaRodrigues Alves, explica que os candidatos passampor umatriagemfeitaporpsicólogosque identificam asnecessidades
de cada um e as suas possibilidades de participação nas atividades escolhidas. Segundo Vera Lúcia,os mais procurados entre os 15 cursos profissionalizantes oferecidos são os de informática,telemarketing eos voltados para serviços administrativos. Mas há tambémos detapeçaria, demóveis,tricôa máquina, arte em couro, panificação e confeiraria, costura, elétrica, hidráulicae pintura. Vera acrescentaque onúmerode cursos pode variar conformea demanda, já queempresas de diversos ramos têm procurado o centro para oferecer vagas e parcerias. Ela esclarece que o mesmo critériovale paraasoficinas culturaisecursoseducativos (informáticapara deficientesmentais,linguagemdesinais eensinofundamental para deficientes físicos). Para oensino fundamental, existeaparceriacomaEscola Estadual Thomas Galhardo. Parceriase resultados –Para desenvolvertodas as atividadesoferecidas àpopulação,a EstaçãoEspecial firmaparceriascomdiversas entidades. A maioria dos
cursosde caráterprofissionalizantes conta com o suportedoServiçoNacionalde Aprendizagem Industrial. Ela também está ligada ao FundoSocialdeSolidariedade do Estado de São Paulo. A Estaçãotambém auxilia seusalunos nomomentode procurarumacolocaçãoprofissional e montou um registro deempresas quese comprometem a receber os participantes dos cursos. Por isso, a grande preocupação da Estação,atualmente,émantera
Quando se percorre as oficinas da Estação Especial da Lapa, pode-se sentiro entusiasmo eas expectativasde um futuro melhor.Logo no início, sente-se literalmente ocheiroda vontadedemudara vidanaoficina depanificação. Com a atenção voltadaparaaprofessoraLídiaBressan, alunoscomdiversos tiposdedeficiência seguemas instruçõesepreparam bolose pães.A professoraressalta aintegração entreosalunosduranteos30 diasdocurso."Alémdaamizade, eles aprendem a caminhar sozinhos."
Já nasoficinas dehidráulica e de instalações elétricas, a principal meta dos freqüentadores é adquirir conhecimentosque permitama prestação de serviços.O instrutor deelétrica, SílvioNunes,dizqueamaioria dos alunos tem expectativa de trabalhar oferecendo reparos em residênciase em edifícios.O cursotambém éfreqüentado pordesempregados, comoJorgeLopes de Oliveira: "Agora estou mais animado e espero voltar a trabalharlogo.Estourecupe-
rando minha auto-estima."
Nasaulasdepintura decorativa e civil, professor e alunos trocamexperiências à medida queas técnicas de trabalho são apresentadas. O professor, Edson Dionízio, convive com alunos com necessidades especiais há seis anos e diz que aprendemuito."Oinstrutoracaba sendo pai, psicólogo, amigo, professor etc."
Aos 29anos, MarcoAurélio Fernandes da Silva, que apresenta déficit de aprendizagem, espera sobreviver com a nova atividade. Desempregado há cincoanos, ele aposta que os conhecimentos adquiridos agora e a experiência que já tem o ajudarão aconseguirtrabalho. "Até agora, só fiz bicos."
Trabalho em casa – Muitosdos interessadosnocursode artefatosem couroda Estação desejam alcançar a sua independência dentro de casa e, por isso, a maioria dos alunos éformada por aposentados. Oprofessor, SebastiãoLopes,explicaque a integraçãoentre alunos portadores e não portadores de deficiências é muito posi-
tiva. "Com a convivência, os alunos me ensinaram que às vezesépossíveltrabalharde uma maneira diferente."
RosaMariaDourado,aposentadaaos50anosemrazão de uma tendinite,diz que ficoudeprimidaemcasaeque a solução foi buscar uma atividade diferente."Alémde aprenderdou bastante risada aqui. Oprofessor é muito criativo e, agora, quero fazer outros cursos", conclui. Exemplodepersistênciaé o aluno do curso de computaçãopara deficientesvisuais, Francisco das Chagas.Ele perdeua visãohá quatro anose, desdeentão, ficousem atividade."Quis mudar a situação porque só ouvia rádioem casae não agüentava mais. Tenho57 anose, agora, quero fazer outros cursos." (PC)
SERVIÇO
Inscrições e outras informações podem ser obtidas pelo tel. 3873-6760, de segunda a sextafeira, das 8h às 16h30, ou no site www.fundosocial. sp.gov.br. A Estação Especial da Lapa fica na r. Guaicurus, 1.274
A Estação promove a profissionalização de portadores de deficiências em cursos, como o de tricô industrial (acima) e o de tapeçaria de móveis (à esq.)
qualidade do conteúdo oferecido em todas as oficinas. "De 30% a 40% dos alunos de cada turma conseguem umacolocação nomercado de trabalho.Consideramos este resultadobastantepositivo", afirma Vera Lúcia. Noano passado,oitofreqüentadores das oficinas de informática foram contratados pela Anseti e 30 pessoas queforamcapacitadas na Estação, através de uma parceriacom aSiemens,já estão empregadas.
Barreiras – Vera Lúcia acreditaqueumadas grandesbarreiras que impedem o acesso dosportadoresde deficiências ao mercado de trabalhoéa faltadequalificação.Emrazãodoaltonível deexigências por parte das empresas, aEstação fazum trabalho de conscientização juntoaosportadoresdedeficiências e suas famílias.
"A exigência de nível médiocompletoe atédeuma língua estrangeira já se tornou realidade.Apesarde exigirem tudo isso, as empresastambémestãotentandoseadaptarparareceberos portadores dedeficiências devido à legislação de cotas e este momento precisa ser aproveitado por eles", diz.
Para os quepretendem montar umnegócio próprio ou trabalhar como autônomo, aEstaçãooferece também oficinas de crochê, tricô,
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panificação, manutençãohidráulica e elétrica, entre outros.Estescursos também sãooferecidos duranteoperíodo de férias. Neste ano, as vagaspara asatividadesesportivas tambémforam ampliadas. Agora são mil vagas paramodalidadescomobasquete,judô,condicionamento físico, atletismo e futsal. Outro serviçooferecido é olaboratório deatividades diárias. Nele,há umaréplica deumacasaadaptada, para que portadores de diversos tipos de deficiências possam aprender a realizar astarefasdo dia-a-diacom maiorindependência. As orientações ficam por conta de uma equipetécnica ea supervisãodaDivisão de Reabilitação doHospital das Clínicas da Faculdade deMedicinadaUniversidade de São Paulo (USP).
Paula Cunha
No aniversário de São Paulo, Serra diz que precisa colocar a casa em ordem. Festa foi acompanhada de muita chuva.
São Paulo completou 451 anos de olho nas dívidas acumuladasduranteagestão anterior, principalmenteno fim do ano passado. Antes de presentear os paulistanoscom investimentosna cidade,a administraçãodo PSDBterá de enfrentar um primeiro desafio: colocar o caixa daPrefeitura emordem. Essa é a análise do prefeito José Serra, feita ontem durante as comemorações do aniversário da capital. "A prioridadeétrabalhar para colocar a cidade no rumo certo", disse ele.
Segundo Serra,diante da atual situação financeira do município, a única saída parahonrar opagamentodos compromissos assumidos pela gestão anterior é arenegociação. "Está tudo atrasado, especialmente os pagamentos dosúltimos quatromeses.Oqueestamosfazendoé deixarclaro queas portas da Prefeitura estão abertas para que todos que tenham créditos venham cobrá-los. Temos de conversare trataressaspessoas com decência", disse o prefeito,ao deixar aavenida
Paulista, principal palco dascomemorações dos451 anos da cidade.
Até garoa –Ontem, São Paulo teve um dia de clima típico, com sol e chuva. Até agaroa apareceu.Acapital amanheceu sobuma chuva fina,que banhouo início das festividades.À tarde, foram registradas fortes
arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, que desejou ao prefeito "os melhores resultados, principalmentena áreasocial". Ele colocou-se como parceiroda Prefeitura paraações de combate à miséria e à exclusão social. O governador fez aprimeira leitura da missa e Serra, a segunda.
pancadas de chuva e pontos dealagamento (mais sobre a chuva na página 1)
Às 10h, antes de percorrer a série deeventos comemorativos, o prefeito José Serra eo governadorGeraldoAlckmin participaram da tradicionalmissasolenenaCatedraldaSé. Acelebração foi realizada pelo cardeal-
No Pátio – Por voltadas 11h30, prefeito e governador seguiram paraa solenidadeoficial dos 451 anos, em frente aoPátio do Colégio.Aosom da bandada Guarda Civil Metropolitana, ambos saudaram a guardade honra,composta por representantesdas Forças Armadas.
Emseudiscurso, ogovernador Alckmin destacou que a marca da cidade, classificada por ele como "terra do trabalho e do amor",é oinconformismo, e que seu povo é "combatente". "O nossoinconformismonãoé apenasprotesto, contra as desigualdades, a falta de trabalho, a falta de oportunidades para quemquer empreender, ocentralismo eos jurosaltos. Nossoinconformismo é trabalho, é dedicação". OMarcodaPaz,instalado no Pátio do Colégio, foi visitadoporcrianças.Participaramainda da cerimôniao vice-governador, Cláudio Lembo; o vice-prefeito Gilberto Kassab; o senador Romeu Tuma;o presidentedo Tribunal deJustiça doEstado de São Paulo, desembargador Luiz Elias Tâmbara; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Álvaro Lazarini; o secretário municipal deGoverno, Aloysio Nunes Ferreira Filho;e o subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo; entre outros. Após a solenidade oficial, Serraseguiu paraoParque doCarmo, em Itaquera,na zona leste, onde, juntamente como secretáriomunicipal do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, plantou mudas de Pterocarpus violaceus, popularmente chamadade Aldrago. Foram plantadas 451 árvoresna calçada do parque, em alusão ao aniversário.
O Marco da Paz (ao lado), no Pátio do Colégio, foi palco de comemorações. Abaixo, cerca de 100 mil pessoas participaram dos shows na avenida Paulista. Na última foto, o bolo do Bixiga sendo saboreado: bastaram cinco segundos para que a tradicional guloseima, de 451 metros, fosse consumida.
O bolo – Enquanto isso, na rua Rui Barbosa, no Bixiga, região central, uma multidãoseaglomerava ao redordotradicional bolo do Bixiga, com 451 metros. O bolo foidevoradoemapenas cinco segundos, um novo recorde. Em 2004, foi comido em sete segundos. A populaçãosequeresperouo horário previsto, ao meiodia. Por volta das 11h35, umarápidapancada de chuvana regiãofezaspessoasavançarem noboloantes da hora. Velocidade tambémmarcou asMil Milhasdo Brasil, prova disputada no circuito de Interlagos, como parte das comemoraçõesdo aniversário de SãoPaulo.O AudiTT DTM foi ovencedorda33ºedição,que reuniu59 carros,divididosem cinco categorias.
Antecipando-se à resolução do Código Nacional de Trânsito, Honda investe em cursos de direção defensiva
AHonda trabalhana criação da consciênciade motociclistas desde 1998, quando inaugurouo Centro Educacionalde TrânsitoHonda (CETH), em Indaiatuba, interior de São Paulo. Lá, além de apoiar competições em duas rodas, a empresa forma multiplicadores para que em cada uma de suas concessionárias noPaís hajaalguém apto a desenvolver cursos de pilotagem defensiva para seus consumidoresde motocicletase quadriciclos.
No local, tambémsão realizados cursos de aperfeiçoamento para bombeiros e policiais, assim como para motofretes, mototáxis e motoclubes.
Algumasdicasoferecidaspelos instrutores do CETH podem parecer bobagens aos olhos de motociclistasmais experientes,mas são essenciaisna formaçãode pilotos conscientes.
Dicasde inspeção- Antes de sair com a moto, verifique freios e embreagem,que devem,sempre, ter uma folga de 15 a 20 mm para que nãohaja desgaste excessivo. Verifiquetambém onível de combustível e, enquanto o motor aquece,fique atentoa ruídos estranhos,vazamentos e parafusos mal fixados.
Semanalmente, se a bateria de sua moto nãofor selada, verifique o nível da solução. Quando necessário,complete onível com água destilada.
Verifiquetambém oníveldo óleo do motor,sempre com as rodas niveladas aosolo. Caso os freios sejamhidráulicos, veja também o níveldo fluído. Pas-
tilhas e lonas devem estar dentro dos limites indicados no manual do proprietário.
Acorrente damoto nãodeve estar muito tencionada, nem comexageronafolga.Apósouso em locais comterra ou muita poeira lave-a comágua e sabão neutro e lubrifique-a.
Confirme se faróis e lanternas estão em ordem e dê atenção
especialaos pneus.Observe se entre os sulcos não há pedrasou objetosperfurantes e verifique se a pressão estácomo arecomendada no manual do proprietário. "Nospneus você encontrará um indicador dedesgaste quedeveser comparado comos sulcos parasaber sehánecessidade de troca", completa o instrutor do CETH, Gilson Marques.
Equipamentos - Piloto e passageirodevem usarcapacetes, de preferência de corclara, contendoadesivos refletorese comtamanho correto. Viseiras ouóculos especiais -com lentesinquebráveis -devem estarlimpos e sem riscos para não distorcer asimagens. Luvasde couro e semforro são indicadas para maiorsegurança semperca da sensibilidade.
Aconselham-se roupasclaras para melhorvisualização: jaquetas ou camisasde manga longa e calças de tecido resistente e deboca estreita. Os calçados devem ter um pequeno salto para encaixarnas peda-
leiras. Caso possuam cadarços, mantenha-os bem amarrados.
Condições adversas – Sob chuva é necessário o dobro de espaço para parar, por isso reduza a velocidade e aumente a distância em relação a outrosveículos. Se possível, enquantoveste omacacão plástico,aguardeonecessáriopara queachuvalave apista.Ànoite, atenção! A visãoreduz em comparação ao dia,há mudanças na noção de profundidadee existe o perigo deofuscamento causado pelos faróis de outros veículos. Alémde reduziravelocidade, adiante-se e utilize luz baixa, com isto é provável que veículos no sentidocontrário façamo mesmo. No caso de ofuscamento, semicerre osolhos para que haja readaptação da visão.
Garupa– Cada modelo de moto tem diferentes limites de peso. Verifiqueo manualantes de carregarpassageiros ebagagem. Alémdos equipamentos de segurança, o garupa deve utilizar, durante todaa viagem, as pedaleiras traseiras e manter sua visão voltada ao percurso, de forma que possase antecipar a curvas e acompanhar os movimentos do piloto.
RAmanhã é dia de concentração do bloco tributário criado para derrubar aumento de carga fiscal. Site vai mostrar impactos da medida sobre os custos e o emprego
epresentantes deentidades civisde diversossetoreseconômicos estarãoamanhãnuma espécie de concentração para o desfile do bloco tributário contra a Medida Provisória 232 em Brasília, nodia15defevereiro.Amedida instituiu maldades tributárias como o aumento da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Socialsobre oLucro Líquido(CSLL) de32%para 40%paraosprestadores de serviço.
O objetivo da reunião é agregar maissetores econômicosà Frente Brasileira contraaMP232-lançadapelaAssociação Comercialde São Paulo (ACSP)e entidadesda classemédicana semanapassada -e definiros passosdamarcha dessa Frente à Brasília para o diálogocomparlamentares.No lançamento da Frente, o presidentedaACSP,Guilherme AfifDomingos, anunciou que o objetivo da mobilização é batalhar para transformar todos os artigos da MP 232quenãodizemrespeitoà correção da tabela do IR em um projeto de lei.
Mais de 70entidadescomo ade médicos,dentistas, contabilistas e advogados já oficializaram a adesão ao movimento. "Resolvemos participar porque somos
obrigados a abrir empresa pela maioriados planos de saúde. Comisso, aMP232 aumentanossa cargatributária", afirma Norberto Lubiana, presidente daAssociação Brasileira de Odontologia(ABO). Dos 193 mil dentistas noPaíscerca de 60% atendemporplanode saúde, segundo Lubiana. Nodiadoencontro também entrará no ar um site para divulgar dados sobre o impacto da MP 232 em cada ramo deatividade, osreflexosdoaumentodacargatributária do setorde serviços no comércio e na indústria e os e-mails dos parlamentares que irão votar a conversão da MP em lei. "Pelo site, entidades eprofissionais poderãoenviar suassuges-
tões ereceberinformações sobreo movimento",dizo advogado Gilberto Luiz do Amaral, presidente do InstitutoBrasileiro dePlanejamento Tributário(IBPT), queéumdosorganizadores doevento.Oendereçodosite será www.mp232.com.br. Paraesquentar odebate, um estudo elaboradopelo deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ)revelaqueaoelevar a tributação sobre o setor de serviços, a MP 232 vai retirarR$ 640,5 milhõesda economiado EstadodeSão Paulonumprazode2anose cortar 41.230 empregos."O aumento da carga tributária vailevarà dispensadefuncionários do setor que mais emprega no País", alerta o
É preciso redobraro cuidado com uma nova onda deboletos decobrançaenviadospela"entidade" de classe que se faz passar pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O aumento do número de denúncias deassociados que foram surpreendidoscom o aviso de cobrança indevidolevouaACSP aingressarcom umpedido juntoà 2ª Vara Criminal da ComarcadaCapitaldo Estado de São Paulo, para atuar como assistente de acusação na ação penalmovida pelo Ministério Público contra a Associação Comercial do Estado de São Paulo (Acesp).
Segundoo superintendente doInstituto Jurídico da ACSP,Carlos CelsoOrcesi, a emissão de novas remessas de boletos é comum no mês de janeiro, quando as empresas têm muitas obrigações acessórias para cumprir. "Eles aproveitam a época do ano que osempresáriostêm ummonte de carnês edocumentos parapagar eenviam acobrança paraconfundi-loe receberindevidamente. Éum estelionato com o associado", diz. O departamento jurídico da entidade recebe, em média, cerca de 10 novas denúncias por dia.Orcesi explica que uma vez pago, di-
ficilmenteo comerciante vaireavero dinheiro,daía necessidadede redobrar a atenção com o recebimento de boletosde cobrança."O associado deve observar atentamente o nome da entidade queo expediue se nomeio do documento existe o brasãoda ACSP", recomenda o diretor.
Outra dica do advogado é queosboletos daACSPsão emitidos apenaspeloBradesco e Banco do Brasil. Em caso de dúvidas sobre a procedênciado documento,a empresa deve consultar o departamento decontabilidade e não pagar enquanto não tiver certeza.
Ação - OMPajuizouaação
presidente da ConfederaçãoNacional dosServiços, Luigi Nese, que estarápresente namobilizaçãomarcada para amanhã. Além disso, nesta semana, a seccionalpaulistada OrdemdosAdvogados do Brasil (OAB-SP) instalou a "ComissãoEspecialde Estudo daCarga Tributária Brasileira e de suas Implicações na Vida do Contribuinte" parafiscalizaraarrecadação e a aplicação dos impostos pelo governo federal. O jurista IvesGandra Martins,que integraráacomissão, afirma que "o aumentocrescente daarbitrariedadedeimposição de sanções e da falta de defesa docontribuinte leva aum terrorismofiscal". Referindo-se também aMP 232, o tributarista dizque obrasileiroprecisa mostrar que nãoémaisum cordeirinho quefaztudo oqueogoverno quer. "A sociedadecansou". Na opiniãodoadvogado, vaiserbommostrar ao governo que este não pode dargolpesnos contribuintes, principalmente na calada da noite. Areuniãodeamanhã acontecenasededoSindicato dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Sescon-SP),quefica na Avenida Tirandentes, 960, em São Paulo.
Laura Ignacio
Boleto da ACSP é emitido pelo Bradesco ou Banco do Brasil
depois de receber provas suficientes daACSP sobre o golpequea outraentidade vinhaaplicando emseusassociados.A supostaassociação já foi condenada pela 1ª Vara Civilde SãoPaulo aalterar seu registro para não maisconfundir os associadosda ACSP.Mesmoassim, continua emitindo diversas faturas cobrando uma taxa de R$199,98 a títulode contribuição anual. Márcia Rodrigues
Receita pode suspender CPF de 7 milhões de pessoas
Cercadesetemilhões de pessoascorrem oriscode teroCadastrodePessoasFísicas (CPF) cancelado no início de fevereiro pelaReceitaFederal.Esse éo númerodecontribuintes que deixaramdefazeradeclaraçãodeisento pordoisanos consecutivos. Para impedir o cancelamento do documento é preciso procurar umaagência daCaixaEconômica Federal, Bancodo Brasil ou Correios , entregar a declaração pendente e pagarumataxadeR$4,50atéo final do mês de janeiro.
De acordo com o supervisornacional doImpostode Renda, Joaquim Adir, quem desconhece a situação de seu CPF pode conferi-la pela internet (www.receita.fazenda.gov.br).
No anopassado, oitomilhões de pessoas tiveram os CPF cancelados.Esteano, entretanto, o número será menor. "O brasileiro está mais consciente da necessidade de fazer a declaração. Sabequecorreoriscodenão poder abrir conta em banco, tomar empréstimos, participar de concursos públicos, tirarpassaporte, rece-
ber aposentadoriaoficial, assinarfinanciamentohabitacional oureceber prêmio de loteria", diz. O prazo para a entrega da declaração de isento deste ano começa em agosto e termina em novembro. Declaração -A Receita já está fazendoosúltimos ajustes no programade declaração doImposto de Renda da Pessoa Física, que estará disponível a partir de 1º de março na página da Receita. O prazopara o envio da declaração termina dia 29de abril. O contribuinte que entregar com atrasovaipagarmultadeno mínimo R$ 165. Até 28 de fevereiro as empresastêm queenviarpara seusfuncionários os comprovantes de rendimento e repassaras informações à Receita. O empregador que não respeitar o prazo ou fornecer informações incorretas poderá ser multado. Em 2005,o Fisco espera receber 20 milhões de declarações do IR, que vem com uma novidade: os contribuintes poderão usar o certificado digital.
Adriana David
90 R$ 13, Safra 2004
Dona damaior caçamba dacategoria, aFrontier cabine simples está pronta para otrabalho. A picape média da Nissan esbanja força do motor turbodiesel e agrada pelo visual agressivo e os equipamentos de série. Traz ABS nas quatro rodas, direção hidráulica, ar-condicionado, preparação para som comantena ebancos individuaisnaversão únicaXE detração traseira, queparte deR$ 60.276e temcomo opcionaiso pacote conforto(revestimento internoemcarpete evidros/travas/espelhos elétricos) e a pintura metálica, chegando a R$ 63.192. Quase dois anos depois de sua estréia no mercado brasileiroomodelo surgiuem maiode 2003-, acabine simplesnacional continua se destacando pelo desenho, mais moderno que os da ChevroletS10, líderde vendasháuma década,e daargentina Toyota Hilux, que em breve passará por reestilização. Só a nova Ranger, recém-lançada pela Ford, consegue rivalizar neste aspecto.
Valente - Seu desenho foi inspirado em uma luva de boxe, de acordo com a Nissan. De frente alta e achatada, com entrada de ar no capô e o conjunto ótico, único, passa a impressão de valentia. Eéissoqueseconstataaogirarachavenocontato.Omotorturbo 2.8 MWM Sprint com intercooler, um resfriador de ar que sai da
Com desenho inspirado em uma luva de box, a picape Nissan Frontier tem a maior caçamba da categoria
Eduardo Cerioni
turbina,desenvolve132cvdepotênciaa3.600rpme34,7mkgfde torque aos 1.800 giros, “roncando” alto.
AFrontiertemexcelentearrancada-saiatémesmoemsegunda marcha - e ótimo desempenho, chegando aos 168 km/h de final, segundo dadosdo fabricante.De 0a 100km/h elagasta 13,1 segundos. O consumomédio apurado pelo DCarrofoi de 12,9 km/l, entre cidade e estrada.
A força em baixas rotações não exige tantas trocas de marchas, umalívionocongestionadotrânsitodaCapital.Masaalavancade transmissão poderia ficar mais próxima ao condutor, facilitando as mudanças – ela é deslocada para a direita.
AFrontierficadevendoaopçãodetração4x4,comodisponível
para a cabine dupla e para a rival S10.
O modelo feito em São José dos Pinhais, no Paraná, pesa 1.650 quilos. Tem 4.856 mm de comprimento e 1.689 mm de largura. Ébastante altatambém, 1.647mm,o queagrada aocondutor, permitindoexcelente visão.A alturalivredo solo,de 218mm, facilita sua atuação em terrenos diversos. Tem ângulos de entrada de 32 graus e de saída 24 graus, ou seja, capacidade de encarar as rampas sem que os pára-choques raspem.
Generosa - Sua generosa caçamba, para até 1.000 quilos, mede, respectivamente,1.965 mmx 1.519x434, oque perfazum volumede1.295litros.Oestepefoideslocadoparaaparteinferior
da caçamba, abrindo mais espaço, embora dificultando a vida de quem precisar fazer uma troca de pneu.
A grande caçamba, que tem quatro ganchos de amarração para carga, nãoa fazchacoalhar tantocomo sugereseu visual. Descarregada, é claro, a picape requer um certo cuidado nas curvas mais fechadas.
A caçamba agrada também por trazer chave na tampa traseira eoacessoéfacilitadopelodegraunopára-choque,quecontacom piso antiderrapante.O protetorfigura entreos acessóriosdisponíveis nas lojas. Um item, por sinal, fundamental para esse tipo deveículo eque,estranhamente, nãovemde fábricacom nenhuma das concorrentes do segmento.
Se oespaço para carga éinquestionável, afinal essaé sua vocação, motorista e passageiro vão até certo ponto apertados na cabine, onde se pode acomodar uma bolsa média de viagem entre os bancos e nada mais.
Omesmodesenhoagradávelexternoserepetenointerior.Todos os comandos estãobem acessíveis. O paineldividido em três círculos atélembra algunscarros esportivos.A Frontiervem com colunadedireçãoregulávelemalturaeimobilizadordomotor,mas faz falta uma janela traseira corrediça. São dois anos de garantia de fábrica e cerca de 70 lojas Nissan no País, sete delas na Capital.
Acostumado aos extremos, como picapes pequenas e grandes caminhões, o comerciante Jorge MaurícioNascimento se encantou com aFrontier. Ele, que rodamais de200 quilômetros aodia, entreJarinu e São Paulo, achouo modelo bastante macio e “vigoroso”. “Não dá aqueles socos e tem força de sobra no motor, agradando também pelaaltura do banco”. Jorge temuma propriedade nacidade evende as mercadorias colhidasdiariamente,deverdurasafrutas,no Ceasa. Usa aMontana para recolher produtos na vizinhança e os caminhões para a entregana Capital(40toneladas/semana). “Secontasse comtração nasquatrorodas, aí sai de baixo”, disse, durante avaliação para oDCarro. Exdonode umaF-250,“muito visada pelos bandidos”, nunca tinhadirigidoum modelo Nissan.“O visualéfantástico. Gostei tambémdas respostas precisas do volante,embora o câmbio exija uma boa atenção para quese engatea marcha desejada”.
Deruim?Ele citouoaperto da cabinee, comofumante, a ausênciade acendedorecinzeiro, itensque omodelo não oferece sequer como opcionais, embora traga uma tomada para recarregar o celular.
Ela não "nega fogo" nas diversas condições de uso. Responde bem nas ruas da cidade e atende às necessidades de transporte de pequenos produtores agrícolas.
Participação da Volks subiu de 21,58% para 22,38%, enquanto a GM caiu de 23,29% para 23,04%
Um estudo mais profundo nos númerosde 2004 mostra quea conquista pela GM daliderança de vendas do mercado interno pode ter sido um grandefeito para o departamento deMarketing e Propaganda, que certamente saberá usar o título inédito para se comunicar como consumidor. Mas do ponto de vista comercial, a grande vitoriosa do ano foi a Volks, que teve um crescimento de vendas (14,5%) acima da média total(10,5%), aumentando também aparticipação nobolo do mercado, saltando de 21,58% em 2003 para 22,38%.
Claroqueaconquistadotítulo de marca maisvendida no ano tem o seu mérito, tanto que a GM fez um "esforço" sobrenatural para conquistaro topo do ranking. Mas, no cômputo geral, aempresafechouoanocomuma participação menor do que a registrada no ano anterior, de 23,29%. Em 2004ela ficou com 23,04% do mercado interno, já que ocrescimento devendas ficou abaixo da média.
Nemmesmo aFord, como sucesso do EcoSport e do Fiestasobretudo omodelo sedã, que vendeu 10 mil unidades em apenas doismeses – teveum desempenho tão favorável quanto a Volkswagen. Com o aumento de vendas de13% (portanto,também acima da média), a Ford, no entanto, encerrouo anocom 11,74% departicipação e21,4 mil unidades a mais.
SóVolks eFord tiveramdesempenho acima da média em 2004entreasgrandesmontadoras. A Fiat cresceuapenas 2,4%, vendendo só oito mil unidades a mais queem 2003,oque lhecausou uma retraçãona participaçãono mercado interno: a marca italiana tinha 23,81% do mercado em 2003, e, agora,22,07%. A Fiat também amargou a queda de dois degrausnoranking,passandopara a terceira posiçãodepois de ter sido a líder de 2001 a 2003.
Avanço sólido - Vale destacar o vigoroso crescimento de algumas marcasque figuramno "pelotãointermediário", istoé: estão distantesdas líderesmas caminham para uma posição sólida no mercado brasileiro. Com
participação entre1,5% e3,5%, Honda, Toyota,Citroën eMitsubishi cresceram com produtos de alta qualidadee bem posicionados, conquistando nichos, públicosespecíficos, valorizando a marca e sua imagem junto ao consumidor.
Hondacresceu 57,7% -O maior crescimento foi da Honda, com57,7% amaisque noano anterior, recuperando as vendas do Civic eposicionando o Fit como objeto dedesejo do segmento. A Honda vendeu 50.694 unidades em2004, ficandobem
próxima da liderança entre as novas montadoras, posição que a Renault mantevea muitocusto. Com 2,25%de participaçãoem 2003, a Honda cresceu quase um ponto porcentual no bolo do mercadointerno, ficandocom 3,21% em 2004.
O Gol - com venda de 177.892 unidades em 2004completou 17 anos como líder do mercado brasileiro e, conseqüentemente, também como o primeirocolocado entreos modelos hatch. O Palio vem em segundo lugar(130,1 mil),seguidodoCelta (122,6mil),do Uno(92,7mil), doFiesta(63,5 mil) edo Fox (54,4mil). O Peugeot206deu umaboarecuperadaefechou oanona sétima colocação, jogando o Clioparaa décima.AHonda tem um carro que está entre os dezmaisvendidos, oFit,sucesso de vendas.
Omédio maisvendidoentre
oshatchséo Astra,quetema décima-segunda posição no ranking. Quem não andou bem nosegmento foioA3e oStilo, que perderam muito terreno. E oMéganeéo"lanterninha",mas aRenaultespera reveressaposiçãocoma produçãodomodelo neste ano no Brasil.
Sedãs - O Corsaé o sedã pequeno maisvendido noBrasil.Terminouo anocomquase 100milunidadesvendidas,mais queodobro dosegundocolocado,oSiena. Entreossedãs médios, oCorolla (37.301)é líder pelo segundo ano seguido, bem à frente dos concorrentes.
ACitroën ea Mitsubishicaminham juntas, com bom crescimento no ano e um volume de vendas parecido.
ACitroën vendeu21.067unidades, crescendo20% eficou com 1,33% domercado. A Mitsubishi, com 20.864 unidades vendidas, cresceumais quea marca francesa: 35,1%. Com isso,aumentou bastante a participação, saltando de 1,08% para1,32% domercado total. Outra marca que teve crescimento expressivo no ano, embora comnúmeros maismodestos, foi aLand Rover, que vendeu 1.627unidades, ouseja, 58% mais que em 2003. As marcas de caminhões também tiveram crescimento expressivo, sendoa Ivecoaque maissubiu em relação ao ano anterior.
Negativo - Osdestaques negativosdo anode2004 forama francesa Renault e a alemã Audi. Embora tenha mantido a liderança entre as novas montadoras (e quinta colocada no cômputo geral), a Renault teve uma queda de vendasde 7,8% no ano.E é preciso lembrarque omercado brasileiro como um todo cresceu 10,5%. A Auditeve uma queda ainda maior:suas vendasforam 25,5% menores doque as registradas no ano anterior.
A seguir vêm oAstra e o Civic, com aproximadamente20 mil unidades cada um. Nacategoria dossedãsgrandes,oOmega(806unidades)éo mais vendido, seguido por MercedesClasseC (769)eBMW Série 3 (435). Na categoriados utilitários esportivos nãotem praninguém.OEcoSport éolíder absoluto (38.696), vendendo mais queo dobro dasoma de todos osseus concorrentes.O Pajeroéo segundodalista (7.675), seguido pelaBlazer (3.009). Jáno segmentodas minivans ficou evidente o fenômeno doscarros flex.No
iníciodoano passadoaZafira era amenos vendida.Depois quepassoua seroferecidaexclusivamente naversão bicombustível, teve uma recuperação sensacionalefechou oanocomolíderentre asminivansmédias. A Meriva, sua versão compacta, é a primeira colocada entre as minivans pequenas. Quantoao segmentodaspicapes pequenas,a FiatStrada temsidoa grandeestrelahá quatro anos. A Chevrolet Montanaterminouo anoemsegundo, com crescimentode 124%nasvendas. Entreaspicapes médias, a S-10, da GM, é a primeira colocada.
PORSCHE CAYENNE COM 500 CV
Estão chegandoao Brasilas primeiras unidadesdo Porsche Cayenne Turbo equipadas com motor de 500 cv de potência, que pode chegar a 270 km/h (266 km/h no Turbo normal, de 450 cv) e acelerar de zero a 100 km/h em 5,3 segundos (contra 5,6 segundos do original de fábrica). Segundomaterial divulgado pelaStuttgart Sportcar, importadora oficial da Porsche, a potência extrafoi obtidapor meiode vários desenvolvimentos,incluindo umnovo desenho do intercooler(resfriador de ar doturbo). Oscomandos
do aceleradortambém foram alteradospara realçar as características esportivas do modelo.
Outra novidade da linha Cayenne é oteto solar Panorama, disponívelpara todas as versões (V6, S e Turbo) evendido noBrasilmediante encomenda. O teto é feito em vidro de segurança laminado eoperado eletricamente.A áreadeabertura é de 1,4 m², quase quatro vezesmaior queo teto solar disponívelnormalmente. A operação do sistema é feitapor meiode umcomando no console de teto. Divulgação/Porsche
APósitron desenvolveudois novos módulos de vidros elétricos - SW222 e SW422 -, cuja principal característica é a facilidade e rapidezna instalação. Os módulos são colocados apenas no console principal dos interruptores, automatizandoos vidroselétricos “simples” ou “semi-automatizados”emqualquerinterruptor existente no veículo, sem a necessidade de desmontar asdemais portas.Os
produtos são adaptados em qualquer modelode automóvel nacional e importado.
Trazem a função"um minuto decortesia" paratemporizador de interruptores, ou seja, o sistema continuafuncionando após o desligamento da igniçãodurante esteperíodo. O produto também permite que os vidros desçam três centímetros ao abrir aporta evolta àposição normal após fechá-la.
Com estrutura metálica e sistema anti-ruído, a nova linha de palhetas de pára-brisa da ACDelco já estáà venda no mercado brasileiro. São feitasde borrachanatural, oque facilitao deslizamento, e trazem um adaptador universalou específico para a utilização em cada tipo deveículo. Oproduto vem em embalagem transparente,que possuiinformação emtrês idiomas,codi-
ficaçãomundial, códigode barrase tabeladeaplicações noverso. Tambémrecomenda o uso do Optikleen ACDelco, umaditivo para o reservatório de água do pára-brisa compropriedades de eliminação de gordurasequeéfeitoàbasede álcool e sabão neutro. O Optikleen deve ser utilizado na proporção de um frasco de 100mm por reservatório de água.
Só mesmo osiniciados serão capazes de decifraro enigma do títulodesta matéria. Pois trata-se deum rally de regularidade, que acontece anualmente no Nordeste do País, entre o Piauí e o Ceará (Piocerá), nos anos ímpares, e entre o Ceará e o Piauí (Cerapió), nos anos pares. E não se tratade uma novidade.Aprova estáemsua 18ª edição, ou seja, é mais antiga que seu"irmão" mais novoefamoso, oRallydos Sertões.
Neste rally hágente correndo a pé e de bicicleta, além das disputas entre veículos motorizados (motos e carros) com tração 4x4 ou 4x2. Uma prova diferenteemtudo, além do pitoresco nome, dado pelo seu criador, o alemão Erlich Cordão.
Por cincodias, dehoje até domingo, centenas de aventureirosestarãovivendo algunsbons desafiosnosertão nordestino,i entre Teresina, no Piauí, e Beberibe, no Ceará.
Ainda que tradicional entre
A Monroe está lançando, no mercado de reposição, componentes de direção e de suspensão para todos os veículos da linha leve.
“Com essa iniciativa, a empresa pretende incrementar em 8% sua participação no aftermarket”, explica Nelson Schlosser, gerente Nacional de Vendas para o Aftermarket.
Os componentes de direção e de suspensão são formados por peças como barras, braços e terminais de direção e pivôs de suspensão. A Monroe promete para breve o lançamento de produtos semelhantes para atender a linha pesada.
A Monroe mantém atualmente, no Brasil, uma produção mensal de cerca de 400 mil amortecedores para veículos leves, pesados e utilitários.
os esportistas nordestinos, somente agora ganha aspecto nacional e a participação de umnome depeso, odas motosKTM, marcacincovezes seguidas campeã do Dakar eque brilhano off-road pelo mundo. Quem vai motorizado chega a percorrer quase1.400 quilômetros deestradas deterra. Aturma da"bike" (sótrês mulheres ousaram se inscrevereencararosmaisdecem homens) irá percorrer cerca
de 250 quilômetros. O enduro a pé vai exigir muitadisposição paraquese supere algo emtorno dos 50 quilômetros. Em todosos casos, existem trechos com elevado nível de dificuldade. Isso tudo sem prêmio em dinheiro. Mas para o experiente piloto Lenílton Araújo, que correrá com uma KTM 450 EXC, "aintenção écurtir ao máximo o visual deslumbrantedaquela regiãoeconhecer outros aventureiros".
Líder mundialem especialidades químicas,a Degussa acaba de lançar no mercado brasileiro o Sivo® Clear, produto feito paraser aplicadono pára-brisadosveículos a fim derepelir a água em diaschuvosos. “Issomelhora a visibilidadedo motorista, principalmente em velocidade superior a70 km/h, e aumenta a segurançanotrânsito”,explicaEdson Factori, chefe de Produto. Composto porfluorsilano bicomponente basesolvente, o produto se destaca por aderir quimicamentena su-
perfíciedo vidro,serresistente à abrasão e à radiação ultravioletae facilitara remoção de insetos no párabrisa. Sua vida útil é de aproximadamente umano após a sua aplicação. Importado daAlemanha, o Sivo® Clear é vendido em kit, soba marcaCrystalVision, com preço sugerido de R$ 50. A princípio, está sendo comercializado nos Supermercados Extra.
A aplicação é simples e dura cerca de 15 minutos. Projetase avenda de2,5 toneladas do produto este ano.
Anderson Cavalcante
São Paulo se prepara para receber, pelo céu e pela terra, a primeira Feira Internacional do Setor Automotivo
AUsacdo Brasil(filiada à United States Autosound Competition, associação norte-americana que organiza campeonatos de som automotivo em todomundo) está finalizandoos últimosdetalhes para a realizaçãoda Feisa 2005, que acontece emmarço, com a exposição de fabricantes e importadores desom eacessórios automotivos (travas, alarmes, acessórios, tuning e insulfilm).
Apesarde játer confirmadaa presença de grandes companhias, comoa Shutt,Mul-TLock,SiemensVDO, Soundream’s e Olimpus, o presidente da empresa organizadora, Luís Rogério Weissmann, garante que ainda há estandes não adquiridos. "É uma oportunidade para o consumidor conhecer os lançamentos e o lojista negociar diretamente com a fonte. Os estandes, de 30a 180 metros quadrados, custam R$ 400 o metro quadrado enão têm nenhuma diferença de valores para pequenas ou grandes empresas".
Workshop - Prevendoa participação devários expositores
FUNILARIA E PINTURA
Ilustração do esquema para a montagem de dois carros que serão tunados no ar
"principiantes",a organização realizou umworkshop paraos participantes conhecerem o regulamento geralda feira,apresentou umvídeo mostrandodetalhes daConsumer Eletronics
Show, feira realizada em Las Vegas, nos EUA,e aproveitou para divulgar uma das principais atrações do evento:dois carros popularesestarão penduradospor um guindaste e serão tunados no
Com a necessidade de ampliar seu showroom naslojas do Ibirapuera e Higienópolis, a Honda Daitan criou a unidade Ipiranga onde unificou osserviços de funilaria e pintura no local. A idéia foiboa, mascomela surgiuum novo problema: como fazer com que seus clientes confiassem em deixarseuveículoseguirparaum localdesconhecido sempoder acompanhar o serviço?
Aresposta foidada pelaPL Tecnologia, que ofereceu um sistema simples eeficaz de monitoramento on-line para os clientes da Daitan.
Filmagem24 horas- Com o equipamento, os veículos são filmados 24horas por diae, via Internet, o proprietário pode visualizar tudo oque está sendo feito em seu "companheiro" nas
áreas de funilaria e pintura. Para isto,basta acessaro site www.daitan.com.br.
"Como sistemamelhoramos ainda mais aorganização e limpeza do locale aumentamos a confiança de nossos clientes sem aumentar os custos dos serviços. Também nos divertimos muito com esta novaforma de trabalhar, pois brincamos que estamos no programa Big Brother", explica Adriana Matos, gerente daunidade Ipiranga."Mas são os nossosclientes que realmente ficam contentes. Já houve caso de termosque colocar um carro em todasas posições possíveis para o proprietário ter certeza que eleestava sendo bem cuidado", complementa.
Tecnologia - Segundoo diretor executivoda PLTecno-
logia, Paulo Lira, o equipamento é simples ebarato. Basta ter Internet parapoder acessá-lo. "Não há necessidade de grandes configurações einstalações eo custo inicial de uma câmera simples, pronta paraser instalada, é de R$ 2 a 3 mil".
O método também é utilizado para segurança, centros de processamento de dadose em áreas de construção. Em alguns Estados, o governo também dispõe dele para o acompanhamento de andamento de obras.
O pessoal da Daitan aprovou o sistema."Pretendemos incluir câmeras na área de mecânica e de vendas, para novos e usados, onde ocliente poderáconhecer todos os ângulos e equipamentos doveículoesair decasasópara fechar onegócio naconcessionária", explica Adriana. (AC)
pode ApoioaoAdolescente eà Criança comCâncer (Graacc), Hospital doCâncer deBarretos; AACD; Criança Esperança e Fundo deSolidariedade doEstado de São Paulo.
Cercade 1,5milhão deconvites promocionais estão sendo entregues emlojas edistribuidoras destes setoresno Brasil. A aquisição do convite com desconto podeser feita,também, pelo site da feira: www.feisabrasil.com.br.
A organização do evento aguarda aproximadamente 70 mil visitantesna feira."Esperamos causar um grande congestionamento naavenida Otto Baumgart", brinca Luís Rogério.
SERVIÇO
Feisa 2005 - Feira Internacional do Setor Automotivo Data - entre os dias 2 e 6 de março de 2005
ar por duasequipes de personalização. No final do evento, um dos carrosserá sorteado entreas equipes.Ooutro seráleiloadoeovalorarrecadadodoado a instituições decaridade - Gru-
Horário - das 13h às 21h Local - Expo Center NortePavilhão Amarelo - Avenida Otto Baumgart, 1.000, Vila Guilherme, São Paulo Ingresso no local: R$ 10 com convite promocional ou R$ 15
Clientes podem ver o serviço pelo sistema on-line
Desde que a história passouaser escrita,apobreza foi um assunto e um problema focalizado com freqüência. Não foi, portanto, o romantismo com os"Os Miseráveis",de Victor Hugoque mostrou a chaga social da pobreza, a tristeza que a envolve, o baixo padrão que nela se insere em permanência, masa própria natureza humana,séculos apósséculo, que multiplicou os pobres, eestabeleceu as classes sociais, comas diferençasconhecidas e combatidas, atéagora inutilmente.
Não só no Brasil, a pobreza é uma das vergonhas. Ela existe inclusive nos países altamente desenvolvidos, comoaSuíça, como os Estados Unidos, com a Suécia, enfim, comoos paísesconhecidos pela suaestrutura social, com reduzida percentagem de pobreza.
Éumquadro sinistro, deplorávelemtodos os sentidos, em que figuram quase todos ospaíses,ou mesmo, se formos exigentesnaapuraçãodarealidade, que apresentam altas taxas de pobreza, como os povos africanos. E outros.
Combater a pobreza, os treze bolsões de miséria que a ONU registrou no
Brasil,é, pois, um dever, não aumentando impostos para justificar a manutenção em parte ociosa da burocracia brasileira, essa brutal devoradora de verbasdaqueles quenecessitam para os que não necessitam.
O governosópoderá combater a pobreza reduzindo os impostos e fazendo umplanonão-fictício, como tantosque já foram jogadosnalata delixodos ministérios.Deve tero propósito de servir aos pobresdoPaís, que são milhões em todas as regiões. Não defendemos a inviável versãomarxista da divisão socialem classes. Elasexistemevão continuar aexistir, comoficou mais do que comprovado na extintaUniãoSoviética, ondeclasses predominaram mais do que no Antigo Regime,queprovocou a catastrófica Revolução Francesa.
Defendemosuma organização social de classes, emque todaselas sejam providas de meios para os seus membros, que não vivam no terrível ostracismo social da pobreza.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
P.S. PAULO SAAB
Xerife do mundo
Faço parte de uma geração criada sob a influência doaculturamento norteamericano, onde os heróis da infância patropi eram Rin-Tin-Tin, Zorro (o do Tonto), Papai Sabe Tudo e HopalongCassidy, entre outros, nas matinês de domingo ou nosseriados da tevê preto e branco. Gibis eram sempre de Walt Disney, dominando por completo, onde hoje Mauríciode Souza,coma turmadaMônica,oCascão, oChico Bento, atuamcom boadesenvoltura.O padrãomoraldifundidojáera odeTio Sampós-guerrae com esses valores os EUA assumiam opapeldexerifesdomundo. Semo romantismo daquela época, nada mudou. Agora, com a segundo posse de George Bush, o filho,a saga americana de defensora do mundo seguea mesma,ou seja, o mundo serviraos propósitos dos Estados Unidos.
Dominação cultural Sempre foi objetivo de Hollywood imporao mundo osvalores dosEstados Unidosatravés da difusão de seus interesses na forma dearte, especialmentea cinematográfica, que encanta o ser humano mundo afora.Nãodeve ter sido degraça que produziram até um presidente, Ronald Reagan. Quando, todavia,o mundo ficou instantâneo,a tecnologia da informação acaboucomasdistancias,esóo convencimento cultural não resolvemais, como o abominável terrorismo internacional disseminado,o uso da forcasegue orientandoa políticadexerifes do mundo, a titulo de manter a liberdade, a democracia, sem jamais perder de vista, portrás detudo isso, os interesseseconômicose de domínioda potênciado norte da América.
Nomesmo diaem que nesta coluna rememorávamos o lixodeixado pelaadministração de D. Marta na prefeiturade SãoPaulo,João de Scantimburgo,nacolunaaíaolado,rememoravaa idéia queveiculou hámuitas décadas, de que a administraçãodas cidadesfosse exercidapor urbanistas de carreira, por analogia com o Judiciário, onde os magistrados exercem suas funções sepreparando porum regime de carreira atéchegarem ao Supremo.
Clareza meridiana Já não existe mais necessidade de disfarçar os propósitos. O discurso da segundapossede Bush,ofilho (a terceira da família): deixa tudoissoclarosem nenhum constrangimento. A porta foi arrombada, ninguém mais fica rubro, e o fantasma de 11 de setembro paira no ar justificandoa política de Bush, apoiada pela população de seu país, de usar a força onde for necessário para evitar ameaças,de queordem for, aosEstados Unidos . A tradução para isso, na retórica,é aliberdade e ademocracia em países oprimidos.
Contraste
Pode-se não concordar com aforma norte-americana de ver o mundo (ondetem a maior influência sobre os demais). Aquestão para os demais é de poder (do Tio Sam)e não de quererdestes.Detodomodo, estão fazendo aquilo que acham melhor para o seu país. Como, por aqui, nas bandas tropicais, onde oItamaratytambémfazna diplomacia brasileira o que acha que é o melhor (para eles) nas decisões que tomam, porque para o País, certamente, não são.
Visão estreita
O Itamaratyatual ainda vê o mundopela ótica da guerrafria, vencidapelos Estados Unidos com a derrocadanatural da União Soviética. Pior de tudo, entretanto,éque aindaque haja os abusos de Bush,avisãodaatual diplomacia brasileira está alinhadacom oladoperdedor. A liderançados pobres nãodeveria interessaraoBrasil. Também nãoé precisoadularnem hostilizar Tio Sam.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
A complementaridade de nossos artigos não se deveaconluio, nemmesmoa nossageneralizada comunidade devistas intelectuais. Mas é destas que decorre naturalmente a coincidência de tratarmos simultaneamente, com enfoques similares, deassuntos aparentados.
Aleitura deseutrabalho
Nlevou-nosa ruminarsua idéiaebordejarsobreelaespeculações complementares. Pois,realmente, parece que aquestãodogoverno das cidades é menos um assunto político do que administrativo. Não vemos sinaisdelutadeclasses nas cidades, as manifestações deprotesto queocorrem são na sua maioria contra deficiências administrativas- sobaadmin istra ção da sexóloga D. Marta osgay ocuparam pacificamente a Avenida Paulistapara suas inofensivas paradas. Com exclusão dos atentadosdoMSTurbano,quesão antes um caso ilegal e subversivo de alçada policial, a enorme maioria dos problemas são realmente de admi-
O que ganharíamos se as cidades fossem administradas por técnicos?
nistração urbanista. Daía sugestão de Scantimburgo. A representação democrática, propriamente política, passaria à Câmara dos Vereadores, queviria, legitimamente, a exercer o poder de definirprioridades, examinar planos e fiscalizar sua execução,querquanto ao andamentodos serviços e medidas a pro va d as , quer quanto à qualidade dos serviços, e o emprego dos dinheiros públicos. In u m er áveis seriam os benefícios administrativos decorrentes dessa idéia seminal enão menoresos benefícios dela decorrentes para o poder político. Este passaria à sua legítima função de legislare fiscalizar, defendendo os interesses
públicos, isentos dos ônus decorrentes da execuçãoe administração.
Onível de corrupçãoque os infesta, assola e rebaixa na estima pública e eleitoral poderia se aproximar de zero. E com o evoluir e se aperfeiçoando esse regime, até se poderiadispensar prefeitoe prefeitura, e estabelecer uma espécie de regime parlamentar, em que ogoverno da cidade seriaassumido pelo presidentedaCâmaraMunicipal.Há algopoliticamente mais apetitoso do que isso? Valea pena,maisdoque pensar, mobilizara seminal idéia-materdeJoão de Scantimburgo.
Benedicto Ferri de Barros é membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Internacional de Direito e Economia. É autor de Que Brasil é este? – Um depoimento (Editora Senac) benedictobarros@yahoo.com.br
ãosãorarasas manifestações contrárias à elevada carga tributária, aos constantes aumentos deimpostos eda burocracia.São desencantoscom apolítica fiscalque vemsendopraticadaemantida pelos governos sem que, no entanto, seja encontrada a vontade política por uma reforma fiscal quevenha ao encontro da sociedade.Aexpectativade mudança por uma reforma tem ficado no discurso do palanque, deixando a sociedade refém da complexidade da legislação, dos excessos de informações e, ainda, sujeitandoo contribuinte às exorbitantes multas. Seguindo procedimento de anos anteriores, 2005 tambéminiciou com aumento do ônus tributário. A MedidaProvisória232 foi alardeada pelacorreção de minguados 10% da tabela, não doImpostode Renda, mas daRemuneraçãoda PessoaFísica. Entretanto,
noseubojo,nasceumaisum aumento de imposto às empresas prestadoras de serviços tributadaspelolucro presumido,majorando a base de cálculo de 32% para 40% a partir de abril para a ContribuiçãoSocial eapartir dejaneiro de2006 parao Imposto de Renda. Trata-se, na verdade, de mais um exagerado aumento de25% de ambos os tributos.
Chegamos ao limite da tolerância fiscal. É hora convocarmos uma nova Constituinte.
Éimportante relembrar e analisar oque representa o volume do acréscimo tributário paraas empresasdeserviços. Pela MP232, em1ºde abril,data realmente sugestiva, passará para 40%, um acréscimo acumulado,em menos de dois anos, de 233%, podendo ainda, para as empresas sujeitasaoadicional do IR ocorrer um incremento de mais 30%. Sem contar, neste
período,o aumento de 153% dasalíquotas doPIS e da Cofins. Estamos chegandonolimite da tolerância fiscal. Essaconstante ecrescenteganânciaem arrecadar,traz consigo odesestímulo a qualquer atividade econômica, tolhe a liberdade e desestimula a poupança interna; desencoraja ofomento a novos negócios. Somos, infelizmente, um país emaranhado na complexa burocracia fiscal, do custo-Brasil,que obstaculiza, que afugenta oempreendedor. É inconcebível uma política fiscal e tributária que insiste em penalizar segmentos empresariais e de serviços, de forma discriminatória.
AoCongresso Nacional cabe tomar adianteirae passara legislar, pondo li-
mites aos excessos, deixando desercoadjuvante ao homologar medidas provisórias, quesão anova roupagemdoextinto decretolei. Em1988, tivemos uma Constituinte,quedeu ao Paísum novoordenamento jurídicoconstitucional –com liberdade política e de expressão.
O clamorque selevanta neste País, de ponta a ponta, contrao excessivoônustributário, contra ocentralismo que deixa à mingua estados emunicípios,a falta de capacidade para realizar uma reforma fiscal efetiva e justa, sãomotivos suficientes paraque, comurgência, estimule-seà sociedade brasileiraa umanovaconstituinte, a "Constituinte Fiscal", e se interrompa de vez a derrama tributária que está empurrando o setor produtivo à forca.
Enory Luiz Spinelli, Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do RS
AEscola Nacional Florestan Fernandes, que o PTconstrói para filhos de agricultores (criançase adultos), começaa provocar discussão, pois há quem afirme que o objetivo da instituiçãoéensinaraosalunos adoutrinaleninista-marxista.
Aos filhos dos agricultores as lideranças querem ensinar o sentido da ocupação (invasão) de terras e o conceitode propriedadecoletiva, quefracassou naantigaUnião Soviética.Segundoaslideranças, só se chegará no Brasil à implantação do regime de propriedade coletiva pelo sistema das invasões. Pelo voto democrático, dizem os líderes, jamais os agricultores conseguirão a reforma agrária. Desde que o MST foi criado para pressionar o governo a fazer a reforma agrária, com o apoio de Lula quando atuava como líder sindical, começaram aocorrerno Paísasinvasões indiscriminadas de terrasprodutivase improdutivas. Nas barracas que são armadas à margemde rodovias e no interior dasterrasinvadidas,líderes do movimento passaram a ministrar aulas de política aos filhos de agricultores com ênfase para o marxismo.
A EscolaFlorestan Fernandesestá sendoconstruída na cidade de Guararema (Vale do Paraíba) a umcusto deR$ 3 milhõese 500mil. Aobra está sendo pagapor entidades sociaise ONGsdo exteriore deveentraremoperação brevemente.As lideranças domovimento prometemintensificar as invasões de terra em 2005, pois acham que o governo anda devagar demais nas desapropriações para efeito de reforma agrária.
Os coordenadores da campanhade LuizEduardoGreenhalgh(SP) àPresidênciada Câmarados Deputados acham que o governo não está pressionandopara fulminara candidaturaavulsadeVirgílio Guimarães (MG). Considerampífiaaparticipaçãodoministroda ArticulaçãoPolítica, Aldo Rebelo.
O mineiro Virgílio Guimarãestem ironizado o candidatooficial doPTdizendo que Greenhalgh tiroudeSeverinoCavalcanti (PP-PE) a bandeira do aumento de salários para deputados e funcionários da Câmara.
Virgílio Guimarãesfoi irônico também ao lembrar que o PT apoiou a candidatura avulsade RobertoTrípoli (PSDB)à Presidência da Câmara MunicipaldeSão Paulo.Odeputado mineirovê incoerência no combate à sua candidatura, que também é avulsa.
Teoricamente, Ciro Gomes tem prazo até o fim do mês para devolver o Ministério da Integração Nacional (cota do PPS)aogoverno.Esteéoprazo dadopela cúpulado PPSao ministroquando opartidodecidiu, em convenção, romper com o governo.
Caso não devolva o ministérioa Lula,Ciro Gomescorre oriscodeserdesligadodopartido. Pelo menos estaé a interpretação que as legendas dão à decisão tomadana convenção do PPS, presidido por Roberto Freire.
J osé Sarney, presidentedo Senado,e EuníciodeOliveira, ministro das Comunicações, querem estender um tapete para receber Ciro Gomes no PMDB.Mas, porenquanto,o ministronãodecidiunada.Sua intenção écontinuar no PPS, mas a convivência com Roberto Freire é a pior possível.
Entidades sociais vão aproveitar o Fórum Social Mundial (que se realiza de hoje até o dia 31,emPortoAlegre)parafazer críticas ao governo Lula, apesar do presidenteter idealizadoelançadooProgramaFome Zero. Para as entidades, Lula teria criado expectativa na esquerda internacional não cumprida.
Comissão de ética do partido quer punir vereador por ele ter se candidatado à presidência da Câmara
Acomissão deética doPSDB deve encaminhar hoje ao diretório municipalrelatóriocomopedidodeafastamentodalegenda do vereador Roberto Trípoli. Ele acabou contrariando determinação da bancada naCâmaraaose lançarcandidato àpresidênciado LegislativoMunicipal, indo contrao nome escolhido pelos demais parlamentares tucanos,odo vereador Ricardo Montoro. Segundo alguns tucanos, a idéia é, por meio do relatório, pedira expulsãode Trípoli do partido. Mas isso não é garantia de que ele deixaráoPSDB.Quemdecidiráserão os72integrantes do diretório municipal, que estão divididos. Muitostucanos,entreeles vereadoreseleitosdoPSDB, dizemque aexpulsãoseria umapunição drástica.Vale lembrar que a comissão de ética abriu processo a pedido da maioriados vereadores tucanos. Todos, àexceção de Trípoli, assinaram a carta pedindoa formação da comissão de ética.
À época, Trípolitambém cogitou ser candidato, abrindomão dadisputa,se Aníbalfosseo candidato. Os vereadoresreeleitos decidiram lançar Montoro. Mas Montoro não conseguiu convencer os 15 vereadores do Bloco Blindado (formado por PMDB, PL, PTB, PP ePCdoB)que se aliaram aos 12 vereadores do PT(o petistaCarlos Gianazzi decidiu ir contra a decisãodabancadae lançou candidatura própria).
D epois de participar do encontro com os pobres no Fórum de Porto Alegre, o presidenteLula embarca, depoisde amanhã,paraDavos, Suíça, para o fuça-fuça com osricos.Nas duas concentrações, Lula vai pregar outra veza criaçãodo Fome Zero Mundial para combater a pobreza.
O PT responde a Serra alegando que transmitiua prefeiturapaulistana aotucano em melhores condições do querecebeu deCelso Pitta. Ospetistas nãovãodizer maisqueMartaSuplicy deixoudinheiro emcaixapara pagar atrasados, paraevitar respostas ácidas do tucano.
O PT está se preparando para tentar derrubar na Câmara Municipal as taxas (com a de luz e a do lixo) criadaspor MartaSuplicy.Ironicamente,ospetistaslembram quea eliminação dastaxasé uma promessade campanha de Serra.
O s petistasse preparam tambémparadetonaro aumento nas tarifas deônibus da Capital,jáadmitidopelo secretário de Transportes. O PT, portanto, faz com o PSDB oque oPSDB faziacom oPT, quando era oposição.
O ficialmente, Marta Suplicydizque oInstitutode Políticas Públicas que está montando em São Paulo servirá, sobretudo,parafazera campanha de reeleiçãode Lula. A ex-prefeita, no entanto, vai usar a instituição para sua condição de pré-candidata doPT ao governodo Estado em 2006.
Oinstituto serátocado por uma equipe de ex-assessores deMarta na Prefeitura, como Rui Falcão, Carlos Zaratini, Jilmar Tatto eValdemir Garreta. Consta da programação viagensdaequipepelointeriordo Estado para fortalecer a presença da ex-prefeita no PT.
Também o maridode Marta Suplicy, Luís Favre, integrará a equipe que comandará o instituto, que estásendocriado com verbas empresariais, a exemplo do quejá aconteceu comaFundação Fernando Henrique Cardoso.
Dúvida – Mas mesmo queo diretório municipal decida pela expulsão de Trípoli, jáháquemgaranta que, ainda que ele saia derrotado,vai tentar protelar sua expulsão. Nasemana
Prefeito José Serra deve se licenciar da presidência do PSDB
O prefeito eleito por São Paulo, José Serra, licenciase hoje da presidência nacional do PSDB para dedicar-se com exclusividade à administração da cidade. Serra aproveitaráa reunião da executiva nacional tucana,que acontecerátambém hoje na Capital, parapedir licença de 90 dias, passando o comandoao primeiro vice-presidente, senador Eduardo Azeredo (MG).
Na verdade, o prefeito não pretende retomar a presidência da legenda. Segundo o líder em exercício do PSDB naCâmara,Alberto Goldman (SP), a idéia é renovar a licença por mais dois períodos de 90 dias, o que praticamente esgotará seu mandatona presidência. ComoSerrapodepassar nove meses licenciado e o partido só teria de realizar nova convençãonacional para escolherseusucessor em novembro,o recursoda licençatemduplaserventia: não retira o paulista da direção nacional, mas evita o racha partidário que uma disputa certamente provocaria neste momento. Discussão – Antes mesmo de o prefeito eleito ter sido escolhido para presidir o partido, já havia um movimento interno contra o comando paulista. Líderes tucanos de outros estados, como os senadores Tasso Jereissati(CE) eArthur Virgílio (AM) eos governadoresAécio Neves(MG)e Cássio CunhaLima (PB),já vinham articulando para tirar a presidência do partido da regional paulista. Tanto que, logodepois daeleição municipal de outubro, tucanos devários estadosensaiaramuma articulação em favor da renúncia de Serra, abrindoespaço para seu sucessor. (AE)
retrasada,Trípoli encaminhou suadefesaparaacomissão de ética, cujostermos não quis comentar. Mas informou quenão pretendedeixar oPSDB eque brigará por isso. A tática seria recorrer a outras esferas do partido, comoos diretórios estadual e nacional. Alguns integrantes do PSDB sugerirama Trípoli quesaíssedalegendae se abrigasse no PV, levando junto alguns parlamentares de outros partidos, como do PTB ou do PP. Com isso, poderia levar aoprefeito José Serra a maioria dos votos na
Câmara. Trípoli não aceitou, masdeixou claro,por várias vezes, que não fará oposição ao prefeito. Traição– Muitos tucanos acham que Roberto Trípoli traiu os colegas vereadores, o prefeito José Serra e o próprio partido. Em dezembro, a bancadado PSDBse reuniuelançouonome de Montoro para disputar a presidência da Câmara. Na ocasião, o vereador JoséAníbal,omaisvotadonas eleições de 2004, com mais de160mil votos, sesentiu traído, por achar que seria o candidato natural.
Empate – Nodia da eleição, em 1º de janeiro, os dois lados estavam empatados, com27votos. Paraelegero presidente são necessários 28votos. Quandoháempate venceaquelequetiver mais idadee,nessecaso, Montoro levava vantagem. Assim, o Bloco Blindado cogitou em lançar Wadih Mutran (PP). Em resposta, os tucanos lançariamovereadorMarioDias (PTB),o mais velho da Câmara. Segundo o vereadorCelso Jatene (PTB),umdos líderes doBlocoBlindado, Trípoli procurou o grupo e fez a proposta de deixar Montoro, seogrupoo apoiasse para presidente. Depois dealgumas conversas,o Bloco Blindadodecidiu aceitar Trípoli, que venceu a eleição com 28 votos. Fernando Lancha
O líder do PFL, JoséCarlos Aleluia(BA), achaque a disputapara a Presidência da Câmaranão serádecidida no primeiro turno. Ele avaliaque,comoavotaçãoé secretae cincocandidatos disputam o pleito, poderá haversurpresas noresultado. "Trabalho com essa possibilidadeporque nãohouve negociação na escolha", argumentou.
Aleluiatambémdisseque o novo presidente da Câmara precisará adotar uma postura de independência em relação ao Poder Executivo. "Minha proposta é estabeleceruma pautaprópria, ouvindoasociedade antesdelevar os projetos a plenário".
Puniçãoa Virgílio – O atual presidenteda Câmara, JoãoPauloCunha(PTSP), no entanto, acha que o pleito serádecidido noprimeiroturno. Ele reafirmou seu apoio ao candidato oficialdo PT,deputadoLuiz Eduardo Greenhalgh (SP), dizendoque nãotentará convencer odeputadopetista Virgílio Guimarães a desistir de sua candidatura. JoãoPaulo disseque adecisão de Virgílio de disputar como candidatoavulso não merece punição do PT. O presidente da Câmara ressaltouque nãovalepara estas eleições a formação do blocoparlamentar quevai reuniroPSB, oPCdoB,o PPS,oPDTeoPV;queainda está sendo avaliado se será possívelincluir aformação dobloco para escolhados parlamentares das comissões técnicas permanentes. Confirmada a formação do bloco, ele será aterceira maior bancada da Câmara. Candidatos – Além dos deputados LuizEduardo Greenhalgh, VirgílioGuimarães eJosé Carlos Aleluia, também disputam a presidência daCâmara Se-
Arquivo DC
verino Cavalcanti (PP-PE) e JairBolsonaro(PTB-RJ). A confirmação do nome escolhido pela maior bancada depende de acordo político, jáquea eleição éfeita com base em voto secreto.
A eleição para a presidência da Câmara está marcada para o dia14 de fevereiro, quandotambémserãoescolhidos todos os integrantes daMesa.Avotaçãoserárealizada em sessão preparatória,coma presençade no mínimo257 deputados–queequivalemà maioria absoluta, exigida pelo Regimento Interno da Câmara. Caso esse número devotos não seja obtido por nenhum candidato, seráconsiderado eleito aquele que conseguiramaioriasimples de votos em segundo turno, a ser realizadoem seguida, aoqual concorrerão osdeputados quealcançarem as duas melhoresvotaçõesno primeiro turno. Proporcionalidade – O Regimento Interno da Câmara dos Deputados determina que acomposição da
Mesa obedecerá, tanto quanto possível, à proporção da representação de cada partido e bloco partidárionaCâmara, cabendoà maior bancada indicar o nomeque disputaráo cargo depresidente. ORegimento assegura ainda a participação de ummembrodaminoria, aindaque pela proporcionalidade não lhe caiba lugar. Por liberalidade da Mesa, entretanto, têmsido aceitas candidaturas avulsas, desvinculadas do princípio da proporcionalidade partidária. Umacordoentretodas aslideranças poderepartir os cargosdemaneiradiferente, abrandando-se os critérios do Regimento.
Uma vez estipulada a distribuição, outros candidatosdeumamesmabancada, além do indicado, poderão se candidatarde forma avulsaparaos cargosda Mesa.A eleiçãoacontecerá por meiode cédulasimpressas queos deputados preencherão e colocarão em urnas diferentes. (Agências)
Vestido de carteiro, no Dia do Carteiro, Lula recebeu uma carta contra a MP 232. E avisou: só a responderá quando voltar da Suíça. Pág. 8
Refém americano reaparece após 86 dias do seqüestro Imagem liberada ontem pelos rebeldes mostra o americano Roy Hallums, 56 anos, capturado em 1/11/04.
'Juramos lavar as ruas de Bagdá com o sangue dos eleitores'
Grupos de extremistas distribuíram panfletos em Bagdá com a ameaça de cobrir as ruas da capital iraquiana com o sangue dos eleitores e fazerchover bombas e foguetes sobre os centros de votação. Os panfletos, que nãoestavam assinados por nenhum grupo,advertem que"aqueles que ousarem formar as filas damorte para participar das eleições serão responsáveispelas graves conseqüências".
"Quem participar das eleições nãopoderá imaginar o que acontecerá a ele e à sua famíliaporparticipar desta conspiração doscruzadosparaocuparaterrado Islã",dizem osfolhetos. "Preparamos carros-bomba,foguetes, morteiros,
além de minas terrestres paracada centro de votação", afirmam os folhetos. "Juramos lavar as ruas de Bagdá comosanguedosvotantes". O texto adverte aos habitantespara quesemantenham a pelo menos 500 metros dos centros de votação. Os hospitais iraquianos já estão sepreparando parao pior. Temporariamente,pararamdeaceitarcasos menos graves,como o de hér-
niase úlceras,afimdegarantir espaçoaoscasosde emergênciadurante aeleição.Os pronto-socorrossolicitaramleitosextrase um estoquederemédios,águae combustível suficientespara30 diasserádistribuído em todos os hospitais. Médicose enfermeirosestarão de plantão.Cerca de14 milhões de iraquianos poderãovotar nascerca de5.700 seções eleitorais. (Reuters)
Terrorista confessa ter planejado ataque que matou Vieira de Mello
O terrorista Abu Omar alKurdi, preso pelos americanos no Iraque em 15 de janeiro, foi apresentado ao mundono últimodomingo como braçodireitodeAbu Al-Zarqawi, líder da AlQaeda no país. Ontem, ele confessouter planejadovários ataquesutilizando carros-bomba emBagdá,inclusive o que destruiu a sede da ONU e matou o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, em 2003.
O presidenteLuiz Inácio Lula da Silva conversou por telefonecom o presidente da Síria, Bashar Assad, e pediuajudano esforçodelibertaro engenheirobrasileiro João José Vasconcelos Júnior,da construtoraNorbertoOdebrecht,seqüestradonoIraque, semanapassada.Ainformaçãofoidada pelo ministrodasRelações Exteriores, Celso Amorim. Assad argumentou com Lula que a população iraquiana verá este seqüestro como totalmenteinjustificado, já que oBrasil se opôs à invasão do Iraque. SegundoAmorim, os dois países continuarão os contatos, agorapela via diplomática normal. O chanceler informou queo Brasil está tambémfazendo contatoscom outros países masnão quis identificá-los. Ontem,a Associaçãodos Clérigos Muçulmanosdo Iraque afirmou que, caso sejaprocurada, podeanalisar um pedido do governo do Brasil efazer umapelo pela libertação do brasileiro. O xeque OmaarRaagheeb, porta-voz daorganização
sunita iraquiana, crê tambémque ofatode Vasconcellos ser brasileiro possa suscitar alguma simpatia. "Pode haver alguma solidariedade jáqueo governo brasileiro não participou da guerra nem dasforças de ocupação do Iraque". Em abrilde 2004, três reféns japoneses foram soltos depois da associação ter feitoumapelo. Elesestavam em poderdogrupoBrigadas Mujahedin, omesmo que assumiu o seqüestro do brasileiro. Na época,o grupo enviouumfax àTVAlJaazira dizendo que libertaria ostrês refénsem resposta àassociação. Emoutros casos,reféns foram entregues à organização ao serem soltos. (AE)
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Renato Loureiro ( foto no alto da página) aposta no fuxico em saias, vestidos, colares e cintos para esse inverno. Tudo muito colorido. Já Gisele Nasser apresentou desfile com sensualidade art noveau e muitos bordados.
A top Isabeli Fontana lançou, durante a SPFW, o calendário 2005 em que se revela totalmente nua pela primeira vez em sua carreira. A atitude é por uma boa causa: a renda obtida com a venda do calendário (R$ 40 cada exemplar) será revertida
Último dia de desfiles teve Marcelo Sommer e Cavalera. Evento volta em junho, com moda verão.
João Jacques
Sob garoa começou, em chuva acabou. Com um casting de 400 modelos e circulação diária de 12 mil pessoas, chegou ao fim, na noite de ontem, a maratona da moda paulistana. Entre os dias 19 e 25, e após centenas de looks exibidos, a criatividade de 44 grifes permitiu chegar à conclusão de que a São Paulo Fashion Week firma-se a cada temporada como um dos quatro mais importantes do setor no mundo e o de maior visibilidade da indústria têxtil nacional. Apesar da aura de espetáculo (com direito a personagens de todas as tribos) que tomou conta de toda a Bienal, o que se viu nas salas de desfiles reafirma o grau de amadurecimento da moda made in Brazil.
Produção brasileira, mas repleta de referências estrangeiras. Como o primeiro desfile de ontem, de Marcelo Sommer, que importou da gélida Islândia o compasso poético e melancólico para estruturar sua coleção outono-inverno. Tendo uma sala branca de uma casa de campo localizada em algum lugar distante como cenário, modelos como Luciana Curtis e Ana Claudia Michels vestiram cores claras com interferências de marrom, laranja, vermelho e amarelo. O tom opaco do figurino teve reforço de xadrez, pied-de-poule, quadriculados e chevrons em tweed, além de bordados e patchworks. Vistosas capas de chuva e bermudas em vinil com estampa de onça quebraram o gelo, dando o necessário toque de modernidade.
Loureiro - Após o branco invernal de Sommer, Renato Loureiro encheu de vida e cores a Bienal. O estilista mineiro aposta tudo no fuxico, peça artesanal exibida em diversos tamanhos, materiais e tonalidades, como protagonista de uma diversificada coleção mostrada entre escadas coloridas. Além de saias, vestidos, coletes e blusas, até mesmo colares e cintos foram criados com a tradicional cerzidura circular feita de tecido. Na véspera, Lourdinha Noyama proporcionou igual sentimento de brasilidade, quando, inspirada em seu Pernambuco sob o domínio holandês, transformou um time de modelos de maioria negra ou fisionomia índia em elegantes mucamas, tendo à frente a apresentadora Luciana Gimenez numa imponente sinhazinha.
Nasser e Nitschke - Aliás, o apelo romântico, ainda que em diferentes interpretações, esteve presente em todas as grifes. Se Gisele Nasser ao som de Burt Bacharach transpõe para a passarela toda a sensualidade do art noveau e brinda a platéia feminina com tecidos pintados manualmente e delicados bordados, o mineiro Mareu Nitschke investe na ousadia. E veste uma mulher híbrida, gueixa e gótica, de preto da cabeça aos pés. Cor absoluta, também, na cartela de Herchcovitch, que anteontem cobriu de negro uma seleção de longilíneos boxeadores. E conquistou, com o que mostrou, mais um titulo: o de Alexandre, o Grande, conferido pela respeitada consultora Costanza Pascolato.
Já André Lima, em sintonia com o clima de revival que pairou na Bienal, resgatou a exuberância psicodélica dos anos 70. O penúltimo desfile da noite trouxe uma mulher exuberante, em longos esvoaçantes e muitas franjas, inclusive em xales.
Mas, exuberância de verdade, coroando as dezenas de desfiles, foi , literalmente, uma coroa real, réplica idêntica a que foi usada por dom Pedro II e que veio à passarela na cabeça de Caroline Ribeiro. A modelo, caracterizada de dona Maria (a Louca) pelos estilistas da Cavalera, fechou a temporada de moda. A apresentação da grife teve ainda a princesa Paola de Orleans e Bragança na passarela, para completar o clima de realeza no Ibirapuera. Moda, agora, só em junho, para mostrar as tendências fashion da primavera-verão.
A segunda-feira teve os desfiles da estilista pernambucana
Lourdinha Noyama (fotos acima) e de Alexandre Herchcovitch. Lourdinha trouxe modelos negras e Luciana Gimenez de sinhazinha. Herchcovitch se inspirou no boxe para a coleção masculina.
para as obras assistenciais do Lar Flor de Lis, entidade de São Gonçalo (RJ) que abriga 44 crianças e adolescentes carentes.
O rosa está com tudo e não está prosa. Presente em quase todas as grifes, é “a” cor do outono-inverno que estará nas vitrines durante a próxima temporada. Do pink ao quase bege, a tonalidade mais recorrente nas coleções é a que se convencionou de rosa-envelhecido. E vale tanto no masculino quanto no feminino.
Duas vezes Cicarelli. E no mesmo dia. Durante a manhã chuvosa de terçafeira, a noiva mais badalada do momento marcou presença no
Ibirapuera, onde participou da corrida dos 451 anos da cidade. À noite, com fôlego de sobra, Daniella voltou ao parque, desta vez para anunciar o nome da vencedora do Dream TIM. A futura senhora Ronaldo, por sinal, é a mais nova contratada da empresa de telefonia. Com apresentação do diretor da SPFW, Paulo Borges, a atriz Vera Holtz assumiu o cargo de madrinha do Ofício Moda, projeto de inserção social que capacitará 40 jovens da favela do
Campo Limpo em bordadeiras e costureiras.
O curso, que tem a duração de um ano, é uma realização da ONG Estrela Nova em parceria com o Instituto Nacional de Moda e Design e o Instituto Europeu de Design.
Quase 3 mil litros de cachaça 51 foram consumidos em diferentes coquetéis durante toda a SPFW. Para matar “a sede de pinga” dos convidados, conforme definiu uma respeitada atriz, a empresa teve de rever a oferta da
bebida, inicialmente estimada em 2 mil litros. Isso sem falar nos 11 mil copos diários de frozen 51, distribuída em quase todos os lounges.
A Corduroy, única produtora do veludo cotelê no Brasil, marcou presença no evento. A Suape Têxtil, empresa detentora da marca, patrocina grifes como Caio Gobbi, Alexandre Herchcovitch, Glória Coelho, Mário Queiroz, Lorenzo Merlino, Eduardo Suppes, Fábia Bercsek e Cavalera.
No ano passado, havia 2,1 milhões de desocupados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, contra 2,3 milhões em 2003
Od es emp re go médio noBrasil diminuiue a queda da renda do trabalhador desacelerou em 2004,acompanhandoa melhora da atividade econômica nosegundo anodo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A taxa média de desemprego recuou para 11,5% em 2004 ante 12,3% em 2003, informouontem o Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE).
No ano passado, havia 2,1 milhões de pessoas desempregadas nasseisregiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, contra 2,3 milhões em 2003. "O mercado de trabalho em 2004 acompanhou e refletiu o desempenho daeconomia", disse Cimar Pereira, técnico do instituto. "O ano marcou o fim do processo de deterioração do mercado de trabalho,umavez queainformalidadeparou de crescer após o salto de 2003", complementou.
A pesquisado IBGEmostrou queem 2004,39,9% da populaçãoocupada tinha carteirade trabalhoassinada, enquantoem2003 esse percentualera de39,1%.
Ainda assim, o número está abaixo dos 41,4% de 2002.
A renda média anual encerrou o ano em queda de 0,75%. O IBGE, entretanto,
não tem o dado médio de 2003 devidoà faltados números dealgunsmeses de 2002. Mas o técnico afirmou que "com certeza" o declínio de 2003 foi maior do que o do ano passado.
Dezembromelhor – No últimomês doano,odesemprego caiu para 9,6%, depoisdos 10,6%denovembro. Ataxa,queficou emlinhacom aprevisãode analistas, é a menor da nova série histórica, iniciada em outubro de 2001. Também foiaprimeira vez,nessasérie, em que o dado ficou em um dígito. "A queda para 9,6% é atribuída a componentes sazonais, como absorção de trabalhadores temporários nos setores decomércioeserviços. Eao grande número de feriados por contadas festas definalde ano", disse Pereira. O número de pessoas ocupadas ficou praticamente estável em dezembro em relaçãoanovembro,totalizando 19,4milhões. Entretanto, cresceu 3,2% ante dezembro de2003.O númerodedesocupados,por seulado, caiu 10,8% em relação ao mês anterior e 10,1% contra dezembro de 2003. Entre os desem-
pregados, 20,9% procuravam oprimeiro empregoe 25,2% eram os principais responsáveis da família.
Entre as regiões, houve quedasignificativa do desemprego em São Paulo, de 11,2% emnovembropara 9,8% em dezembro, além de Rio de Janeiroe PortoAlegre.Asdemaisregiõesapresentaram estabilidade.
Salários – O rendimento médio realdo trabalhador brasileiro atingiu R$ 895,40 emdezembro, recuode 1,8%em relação a novembro, masaltade1,9% ante igual mês de 2003.
Ano marcou o fim do processo de deterioração do trabalho: informalidade parou de crescer após salto de 2003
Segundo o técnico doIBGE,a queda deveu-se ao fato de que os setores que mais contrataram no mês passado foram construção civil e serviços domésticos,áreas com médiasalarial mais baixa.
O instituto acrescentou que o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou praticamenteinalterado sobre novembro, mas subiu 4,2% ante dezembro de 2003.
O total de pessoas empregadas sem carteira cresceu 4,1% mês a mês, e 5,5% em relação a dezembro do ano anterior. (Reuters)
Com PIB 4% maior, desocupação deve fechar 2005 entre 8,5% e 9%
Se oPaístiverum crescimento doProdutoInterno Brutode 4%, ataxa dedesempregoencerrará este ano entre 8,5% e 9% da População Economicamente Ativa (PEA).A previsão é doprofessor daPontifícia Universidade Católica (PUC), do Rio de Janeiro, José Márcio Camargo. "Onívelde desemprego está caindo, embora ainda seja muito elevado", comentou. "Para diminuir a desocupação,alémda expansão da economia, o Brasil precisa de uma reforma trabalhista. E isso é fundamental, pois se a taxa de desocupaçãochegar aumnível entre 7% e 8% ocorrerão pressões sobre a inflação", afirmou Camargo. Para ele, talmovimento deaumento docusto devida ocorrerá porque os empresários enfrentam sérias dificuldades estruturais paraempregar,como muitas cláusulasda Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A produtividade da indústria cresceu em2004, após três anos de estagnação.Aconstatação édoboletim Notas Econômicas, divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação entreosresultadosregistrados entre janeiro e novembrode 2004e omesmo período de 2003,a produtividade cresceu5,3%, considerandoarelação entrea produçãoeonúmerodetrabalhadores ocupados.
A entidade destaca que, apesardesersignificativo,o aumento verificado no ano passado foi motivado, principalmente, pelaretomada da atividade doméstica.
OBrasil, diferentemente de muitos de seus parceiros do comércio internacional, passou por uma desaceleração no início da década atual, em virtude de crises internas, como a de energia elétrica, e troca de governo. Oboletim destacaque parte do "ótimo" desempe-
Caso a produtividade não volte a crescer de maneira forte, País perderá espaço no cenário internacional
nho comercial do País foi motivada pelorelativoganho de competitividade acumulado nos anos 90, so-
Adrivan Comércio Importação e Representação Ltda. - Rua Lord Cockrane, 616 - salas 702/703 - 34ª Vara Cível
Requerente: Cooperativa Central dos Produtores Rurais de MG Ltda.- Requerida: C e F Frutaria e Conveniências Ltda.-MERua Tucunã, 724 - 16ª Vara Cível
bretudonos primeiroscinco anosda décadapassada. Ressalta também que a forte desvalorização do real frenteaodólar,em2002,tevepapel decisivoparacompensar a estagnação industrial brasileira entre 2000 e 2003. Futuro – "Para os próximos anos, contudo,a história poderáser bemdiferente",salienta aCNIemseu boletim. O real voltou a se valorizar – sobretudo em 2004 – e, caso a produtividadenãovolteacrescerdemaneira forte,o Brasilperderá espaçonocenário internacional, principalmente nas exportações, diz o texto. Aentidade lembraqueas recentes sondagens indus-
triais revelam que os empresários planejamaumentar o investimento, mas que esse movimento ainda não está consolidado. Da mesmaforma, o crescimento domésticonão éumacerteza para os analistas. "A continuidade dessaexpansão econômica depende do aumento da produtividade que, porsua vez,depende da retomada do investimento", avalia aCNI. E completa, emseu relatório: "Portanto, faz-se importante,aconstrução deumambientefavorável aoinvestimento, sobretudo àquele voltado para inovação de produto e deprocesso", avalia a CNI. (AE)
Inflação – "Num contexto de crescimento, como ocorre hoje eque deverá se estender nos próximos anos,seonúmerodecontratações não aumentar, sobretudo porcausadessesproblemas, subirão os salários de quemestá ocupado",explicou."As elevaçõesdos vencimentos serão repassadas aos produtos das companhias,o queelevará ainflação e forçará o Banco Central aaumentar osjuros para contê-la."
Na avaliaçãode Camargo, sóa combinação deexpansão do PIB com reforma trabalhistapermitirá ao Brasilbaixar odesemprego para níveis que não pressionam a inflação.
Segundo oprofessor, nos Estados Unidos essataxa está em 4%, e na Inglaterra variaentre 3,5%e4%."Temos problemas graves que precisamosdiminuir muito. Hoje, estão desempregados cerca de25% daspessoas entre 18 e 21 anos, que
estão começandosuavida como trabalhadores", afirmou. "Issoocorreporqueo empresário tem inúmeros obstáculos para contratar e demitir, além de não conhecer o trabalho do jovem. Ele prefereprimeiro aumentar as horas extrasde seus empregados."
Crescimento – Camargo atribui à expansão do País a reduçãodo desempregode 10,6% em novembro para 9,6% nomês passado.A taxa média do desemprego de 2004 ficou em 11,5%, abaixo dos12,3%apuradaem2003. "Isso éum claroreflexodo crescimento registradono ano passado", comentou. Apesar da queda do nível de desocupação, o professor destacou que a recuperaçãodarenda nãoestáem níveis satisfatórios. Em 2004, o rendimento real caiu 0,8%."Odescompassoentre aumento de empregos e renda existe porque há muitafolgano mercadodetrabalho." (AE)
O Shopping D. Pedro, de Campinas,a 100quilômetros da capital paulista,inicia nestasextafeira, dia 28,sua liquidação"Total".Aexpectativa éque aaçãogere umaumento de 30% nas vendas realizadas no empreendimento. O shopping ficará aberto 24horas na madrugada de sábado paradomingo– aexemplo do que fizeram o Morumbi Shopping e o AnáliaFranco,ambos da capital paulista, às vésperas do Natal.
Todas as lojas, inclusive asâncoras,quepertencem à área de lazer e as de gastronomia,vão participar da liquidação.
Promoção – O shoppingtambémterá promoções. Os clientes que fizeremcompras acima de R$ 100depois das 22 horasdo sábado,por exemplo, ganham um ingresso vip,comisenção deconsumaçãomínimae pagamentode entrada
para aboate Xel-Há,que ficanopróprioshopping. Na madrugada, aadministração do empreendimento promete uma série de atividades para entreter o público. Programa –"Com tantos atrativos, acreditamos que virao shopping seráo melhor programa parapassar anoite", declara a gerente de marketing doParque D.Pedro, Laura Ranaldi.Para divulgar aprimeiraliquidaçãoe aabertura 24horas, o shopping investiu cerca de R$500 mil na campanha publicitária. Para moradores de cidades vizinhasa Campinas, o shopping concederá 1.500 "vale-volta", que isentarão osclientesde pagarem pedágio na voltaparaa casa, nas rodovias administradas pela Autoban. Os "vale-volta" serão ofertadospara aqueles que comprarem maisdeR$200entre01he 03h do domingo. (AE)
Chef de cozinha e sommelier são carreiras procuradas pelos apaixonados por aromas e sabores
abores e aromas são os ingredientes das profissões que encerram a sériede reportagens sobre as carreiras que são verdadeiros objetos de desejo. Marcelo Fávaro é chef de cozinha, trabalha no restaurante Café Gardênia, em São Paulo.Déborah DonaDusse,é sommelier do badalado Clube Chocolate, também na capital paulista. Vejaasdicasdosdoisprofissionaispara setersucesso na carreira.
O chef de cozinha O interessede Marcelo
Fávaro por gastronomiaficou mais evidente quando esteveem Roma,onde fez extensão universitáriaem artes plásticas,comênfase em gravuras.Umavez na capital italiana, ele não resistiu à tentação: matriculou-seem umcurso deculinária toscana. "Já tinha participado de outros, mas sem nenhuma pretensão profissional", lembra. Devolta ao Brasil, Fávaro trabalhou com grandes nomes do setor, como o chef Alex Atala, no Namesa, com a banqueteira NekaMenaBarreto, em seu bufê,e com ochef
Pascal Valero, no restaurante francês Eau. E foi durante maisumcursodeaprimoramento, desta vez no IEIF (Instituto Italiano de Culinária para Estrangeiros) que conheceu Mônica Falcone, queé descendentede italianos. Em janeiro de 2003 ela o convidou para assumir a cozinha do Café Gardênia. "Como Fávaro, atendemos oanseiodo cliente,queésedivertireser feliz comendo bem", afirma a proprietária. À frenteda orquestrasinfônica dearomas esabores, o jovem chef destaca-se na
Palestra. Quanto o Estado deve intervir na economia de uma nação? Essa questão que mobiliza filósofos, economistas e cientistas políticos há séculos é o tema da palestra que o jornalista
João Mellão Neto fará gratuitamente no Ciee (Centro de Integração
Empresa Escola), em São Paulo, no dia 1º de fevereiro, às 19h.As inscrições deverão ser feitas pelo telefone (11) 3040-9945 ou pelo site do www.institucional.ciee. org.br.
Carreira na TV. A presidente da DBM do Brasil e para a América Latina, Vicky Bloch, estreou na semana passada uma coluna sobre carreiras e mercado de trabalho no UOL News. O programa é ao vivo, em sextas alternadas (exceto na semana que antecede o feriado de Carnaval, quando irá ao ar no dia 2), sempre às 15h15. Para assistir, é preciso ser assinante do UOL.
A prática é unânime entre os consultoresem Recursos Humanos: aprender a dizer nãona empresaésaudável. "Se isso não acontece, o profissional se tornauma vítimapermanentedaenxurrada de tarefaspendentes", escreve o consultor americanoBillJensen,autor,entre outros,doslivros O Guia da Simplicidade eEmpresasdo Futuro Procuram. Mas, apesar doconsenso entreos especialistas, muitoscolaboradores tememdizer não, sacrificam a vida pessoal e, muitas vezes, não dão conta de fazer tudo o que se comprometeram. Confira abaixo os mitos do não.
● Dizer não é matar a carreira. O que realmente prejudica asua carreira équebrar a confiançadepositada em você oudeixardecumprir um compromisso no prazo pedido, oque podeacontecer, justamente, se você tentar carregar um fardo maior doquepode. Serhonestoe dizer que não dá para fazer umatarefa naquelemomento –ou prazo– émuito melhor.
● Dizer sim ao chefe, quando você sabeque se trata de um projetoestúpido oudisfuncional, faz parte dojogo. Ajuda a progredir profissionalmen-
Escritórios:
te. Essatroca desapareceu hámuitotempo.Oemprego doseu chefepode estartão ameaçado quanto oseu. Só entre no jogo se você acredita queas pessoas envolvidassão capazes,que oprojeto é interessante.
● Dizernãoaum colegade equipepodemetirardocircuito do poder. Se você adota a abordagem indireta dedizer não, verá queo novo diálogo aprimora o relacionamento e ovalor que você leva para o grupo.
●Meu chefe nunca aceita um não, estou num beco sem saída A primeiraparte pode até ser verdade. A segunda descreve a sua opção, pois há maneiras indiretas de dizernãoe contornarasituação. Vocêpode,por exemplo,dizerao seuchefe:"poderia explicar melhor" ou "vamos falar mais disso".
Cláudia Marques
cozinha. Um local que, conforme indicam as pesquisas demercado,écadavezmais freqüentado por homens. E ele éexemplodeuma das carreiras mais almejadas por jovens em período de formação. A diversidade de possibilidadese oconvívio com o universosocial, aliados ao prestígio ascendente da profissão, fazem dos cursos de Gastronomia um dos mais disputados nos centros de ensino.
A sommelier Paixão por vinhos.Este é o sentimento que move a dedicação profissional da jovem Déborah DonaDusse, sommelier dobadalado restaurante ClubeChocolate,em SãoPaulo.Atuando naáreahoteleiradesdeos18 anos, elacursouAdministração Hoteleira na FaculdadeIbero Americana.Em paralelo, freqüentou o curso de Alimentos e Bebidas oferecido pelaAssociação Brasileira de Bartenders. Duranteos sete anos Déborah trabalhou como bartenderno Ópera Liz, como
Pé na cozinha: Marcelo Fávaro fez curso de culinária na Itália e hoje trabalha como chef no Café Gardênia
garçoneteno LobbyBardo Renaissance Hotel e foi hostess no restaurante Terraço Jardins. Masfoi ao recebecera proposta paratrabalharcomo garçonetea bordo do navio Royal Caribbean quedespertou seuinteressee paixão pelos vinhos. "Como o cruzeiro era pelaEuropa, conhecie degustei muitos vinhos. A partir daí comecei a procurarrótulosemtodasascasas que ia", conta. Ao regressar ao Brasil, trabalhou como hostess no Hotel UniqueenaÁrea de Sofwares para Hotéis. Logo depoisveioo convitepara integrar aequipedegarço-
netes do Clube Chocolate, por coincidênciano mesmo período em que freqüentava o cursode sommelier na Associação Brasileira de Sommelier.Não demorou muito paraque osadministradoresdorestaurantepercebessem o seu potencial. Diante da necessidade de um profissional que gerenciassee conhecessevinhos, ela assumiu o cargo. Hoje, ela é responsável pelo gerenciamento total da carta de vinhos, desde a escolha, o controlede vendas e as compras. Tudo degustado eaprovadopor ela, bien sûr.
João Jacques
Empresários de Goiás pediram ao presidente Lula que reveja pontos estratégicos da medida
Opresidente Luiz
Inácio Lula da Silva foi oprimeiro areceber umacorrespondência do Centro de Tratamento de Cartas eEncomendas, inaugurado ontem, no dia do Carteiro. Lula esteve em Aparecida de Goiânia (GO) para participar da solenidade de abertura do espaço e foi surpreendido com o recebimento de umacarta aberta do Fórum de Entidades Empresariais do Estado, querepresentatodo empresariado goiano da Indústria, Agricultura,Comércio e Serviços.
Os empresários pediram a revisão daMedida Provisória 232, em especial dos pontos referentes ao Imposto de Renda retido na fonte nos pagamentos aos produtos ruraiseaelevaçãodabasede cálculo para apuração dos impostosIRPJ, CSLL dos prestadoresde serviçosque recolhem o IR com base no lucro presumido, alémdo cerceamento ao direito de
defesado contribuintena instância administrativa.
Segundoo presidenteda Associação Comercial, IndustrialedeServiçosdoEstado deGoiás(Acieg),Pedro Bittar,o presidente foi muitoreceptivo aoreceber o documento e as argumentações dos empresários e se comprometeua buscarum entendimentocom aclasse empresarialassim que retornar deDavos, onde vai participar doFórumMundial. "O presidente se mostrou muito sensível aos problemas queaMPpode trazerao empresariado brasileiro. Ele disse que já vemconversando com entidadesdeclasse detodoo Paíssobreos possíveisdanos que aconteceriam, principalmente na cadeia produtiva", disse.
Para Bittar, a MP não é nociva apenaspara osprestadores de serviços, mas para a economiade um modo geral. Na carta entregue ao presidente, a comunidade empresarial goianareafir-
A prostituição infantil está presente em todas as capitais eem muitasdas grandescidadesdoPaís, sobretudoas do litoral nordestino. A informaçãoé doprimeirolevantamento nacional sobre exploração sexual comercial infanto-juvenil, que será divulgadohoje (26), às 10 horas, no Ministério da Justiça. Produzido em parceria como Fundo dasNações Unidas paraa Infância (Unicef) e a Universidade de Brasília (UnB), o estudo mostrou os municípios onde aexploraçãoestámais
presente e quais os programas governamentaisde cada um para enfrentar o problema. Segundo oministro Nilmário Miranda, chefe da SecretariaEspecialdeDireitos Humanos, estaé a primeira vez que o Brasil terá um diagnóstico completo sobre o problema.
O documento não terá estatísticas,nem ranking dos pioresmunicípios, mas mostrará as circunstâncias que mais propiciam a exploração infanto-juvenil, além do perfil das vítimas e sua condição social. (ABr)
AVISO DE LICITAÇÃO – TOMADA DE PREÇOS
A FUNDAÇÃO ZERBINI torna público para o conhecimento de quem possa interessar a compra mediante celebração de contrato estimatório para uso próprio de produtos para sua unidade InCorDF, localizada na Estrada Parque do Contorno do Bosque s/n.º - Parte - Cruzeiro Novo-Brasília. O recebimento das propostas abaixo descritas, tendo como fonte de recursos o Convênio com o Senado Federal, segue o seguinte cronograma: A Licitação estará disponível no período de 26/01/05 a 10/02/05, das 09:00 às 11:00 hs e das 13:30 às 16:00 hs, e a data limite para apresentação de entrega dos envelopes e sua abertura em seção pública é 11/02/05, no horário indicado na licitação. FZ-TP-178/04-Aquisição de Enxertos e Próteses Os interessados poderão retirar os Editais na Fundação Zerbini, localizada na Av. Brigadeiro Faria Lima, 1884, 2º andar, Jardim Paulistano, São Paulo, SP. Maiores informações poderão ser obtidas por meio do telefone: (0XX11) 3038-5625, fax: (0XX11) 3038-5385. São Paulo, 26 de Janeiro de 2005 Luiz Cezar de Macedo Soares Coordenador da Comissão de Licitação
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, instalou ontem uma comissão de tributaristas para estudar a carga tributária brasileira e a Medida Provisória nº 232, que ampliou a base de tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). "Não houve nenhuma resposta técnica convincente que a justificasse." Segundo Busato, a entidade poderá entrar com uma ação na Justiça caso os estudos detectem pontos que afrontam a legislação.
mou "que a carga tributária atual jáextrapolou oslimites suportáveis pelas empresas e pela população em geral". Os empresários também argumentaram que 2004 registrou recorde histórico de arrecadação e
Durante a instalação da comissão, o ex-secretário da Receita Federal Osíris Lopes Filho, que presidirá o grupo, disse que a política tributária do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "é de direita". "Não sei se é continuidade ou continuísmo. Mas essa política tributária que está sendo praticada é de direita, porque está onerando o trabalho e as prestadoras de serviços", afirmou.
Segundo Lopes Filho, em vez de tributar o trabalho o governo deveria tributar as
que será "o desenvolvimento sustentávele não o aumento de alíquotas ou de bases de cálculos que garantirá novos recordesde arrecadação, suprindo as necessidades do governo".
A Acieg vai levar grande
remessas de lucro ao exterior e extinguir as atuais isenções dos chamados juros sobre capital próprio. "Acho que é o único país do mundo que concede esse tipo de benefício", disse.
Para ele, o sistema tributário induz as pessoas físicas a se transformarem em pessoas jurídicas e arrecada cada vez mais impostos na fonte, deixando os contribuintes reféns da malha fina do Leão para obterem a restituição.
Além da análise jurídica, a
uma carta mostrando a preocupação dos empresários do Estado com os efeitos negativos da MP 232.
comissão verificará a composição da carta tributária, da divisão do bolo entre os entes da Federação, da forma como as contribuições com destinação definida vêm sendo aplicadas pelo governo e, por fim, sobre a qualidade do retorno dos tributos à sociedade, sob a forma de serviços. Além de Lopes Filho, também integram o grupo os tributaristas Ives
parte dosempresários goianosà marchaque representantes de entidades civis de diversos setores farãoà Brasíliacontraa MP 232. Acaravana também deveráparticipardas manifestações que acontecem emSão Pauloamanhã.Na semana passada, a Acieg reuniu mais de126 entidadesde classedo Estadopara tratar sobre o assunto. Mais informações sobre os manifestos na página 12. Márcia Rodrigues
O ministro da Defesa e vice-presidente da República, José Alencar, disse ontem que a Vasp poderá operar vôos charter – fretados –, nas linhas que não alcançarem ocupação mínima de 50% dos assentos. O objetivo é o de a companhia, que enfrenta problemas de ocupação baixa, não perder a concessão de vôo. A alternativa foi discutida em uma reunião de emergência realizada ontem, no Palácio do Planalto, em Brasília. Além de José Alencar, participaram da reunião o presidente da Vasp, Wagner Canhedo, o comandante da Aeronáutica, tenentebrigadeiro Luís Carlos da Silva Bueno, e representantes da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Suspensão – O presidente da Vasp afirmou que, por pelo menos mais 15 dias, a
companhia continuará suspendendo os vôos que tiverem menos da metade da ocupação. "A situação real é que os vôos acima de 50% de ocupação estão saindo normalmente. Os passageiros que pediram reembolso da passagem já foram atendidos", disse. A prática de suspender os vôos , no entanto, infringe as normas do Departamento de Aviação Civil (DAC) para linhas regulares (aquelas não fretadas). "A concessão para linhas regulares tem de ser cumprida", segundo o ministro. Alencar afirmou que, para um vôo não sair é preciso que haja um problema maior, como tempestade ou pane inesperada. Mas a questão de número de passageiros não é motivo. "Há um compromisso do concessionário para atender todas as pessoas e a concessão obviamente
exige o cumprimento de normas", completou. Alencar lembrou também que o DAC iniciará uma auditoria para verificar as dificuldades de operação da companhia aérea e que só depois o governo vai se posicionar. O ministro informou que Wagner Canhedo teria dito na reunião que possui um crédito de R$ 29 milhões com os Correios, e que, caso seja autorizado o pagamento, o dinheiro poderá ser utilizado para quitar as dívidas que a empresa tem com a Infraero. De acordo com a Infraero, no último final de semana, a Vasp não operou nenhum vôo nos principais aeroportos do País. Mesmo assim, a possibilidade de cassar a concessão das linhas deficitárias foi descartada pelo comandante da Aeronáutica, Luis Carlos Bueno. (ABr)
Governo terá programa de ajuda financeira a alunos de baixa renda
OMinistériodaEducação deve definir,atéofinaldo mês, um programa de assistência financeira para garantir a permanência de alunosde baixarendano ensino superior. Segundo o secretário-executivo do MEC, Fernando Haddad, inicialmente a prioridade será dos que receberem bolsasdo ProgramaUniversidade paraTodos (ProUni)e estudarem em período integral, por terem mais dificuldade para trabalhar. Haddad disse que,para atendera quatromilbolsistas, serãonecessários R$15 milhões.A assistênciaestudantildeverá atenderuniversitários com renda familiar deaté1,5salário mínimo.Ao todo,seriamnecessáriosR$100milhões para atender todos os universitários nessa faixa de renda. Resultado – Ontem, o ministro da Educação, Tarso Genro, divulgouos resultados da seleçãodoProUni. Foram pré-selecionados 107.136 candidatos, que têm até o dia 11 de fevereiro parase apresentaràs universidades ecomprovar os dados informados noprocesso de inscrição. Tarso Genro destacou que perto de 110mil estudantes ficaramde fora doProUni porfaltadevagas,apesarde teremtirado no Enem – o ExameNacional doEnsino Médio –notaacima domínimo exigidopelo ProUni: 45pontos. "Osdados mostram que temos de expandir não só a oferta de vagas no sistema público, mas o número de bolsas", disse. Apesarda procura porcertoscursos ou instituições ter sido grande, 4.939 bolsas não foram preenchidas. (ABr)
No aniversário da cidade, Serra diz que precisa colocar o caixa da Prefeitura em ordem. Comemoração teve muita chuva. Página 4
Brasil vai ao Oscar. De motocicleta.
O filme "Diários de Motocicleta", do brasileiro Walter Salles, recebeu duas indicações para o Oscar. Página 2
O prefeito José Serra anunciou mudanças e a Companhia de Engenharia de Tráfego já faz simulações. Medidas antecederiam a adoção de pedágios no Centro.
Orodízio municipal deveículos voltaa vigorar hoje em São Paulo, restringindo a circulação dos carros com placas finais 5 e6. Mas issonão significa que o trânsitovai melhorar. Há pelo menos três anos, o rodízio de carros deixou de ser uma alternativa para reduzir os congestionamentos na cidade. Por isso, o prefeito José Serra anunciouquepretende promover mudanças, que poderão tornar amedida maisrigorosa. TécnicosdaCompanhia deEngenharia deTráfego (CET) jáestão fazendo simulações, embora ostestes sódevamcomeçar nas férias de julho. Entreosaspectos iniciais consideradosparaasalterações estão a área abrangida, oshoráriose aquantidade de placasdo rodízio.Os assessores tucanos da CET estãomaisinclinados aaprovar as duas primeiras sugestões. Para eles, áreas que estãoforada restrição,comoas avenidas Francisco Morato eLuiz CarlosBerrini, devemsersomadas à área proibida para carros. Masparatécnicos em transportes, a única solução viável para o trânsito é o investimento em transporte Um
coletivo. E é nesse ponto em que começam os problemas, tanto para a Prefeitura como para o Estado.
Corredores – Na esfera municipal, investir em transporte coletivo, significa construir maiscorredores de ônibus. Pelo Projeto Interligado, feito para direcionar a licitação do sistema de transporte urbano e definir o crescimento do setor, devem ser construídos pelo menos40corredores. Nem metade desse totalfoi feita. Cada quilômetro de corredor de ônibus custa, em média, R$ 10 milhões. No governo doEstado, asaída éo metrô, cujo quilômetro custa US$ 200 milhões.
Nos últimos governos estaduais, a velocidade de investimentos em metrô se assemelha à lentidão dos congestionamentos diáriosna cidade.A malhaferroviária do metropolitano ainda é considerada pequena.Pior: vai ser difícil para o prefeito José Serra fazer qualquer tipodeinvestimentonosetor. O caixada Prefeitura está vazio e conseguir novos investimentos é tarefa árdua. Pico – Assim,resta aogoverno municipal investir em ações que gerem poucos investimentosetragam retorno. O rodízio municipal deveículosrestringe acirculaçãodecarrosnochamado Mini Anel Viário, nos ho-
Faltam apenascinco dias para o início das aulas em boa partedas escolas da cidade. Fim de férias escolares semprefoi sinônimode ruas eavenidas congestionada, especialmente num verão tão chuvoso.A chuva de ontemcomplicou oferiado dos 451 anos do aniversário de São Paulo e o retorno dos paulistanos que viajaram para o interior e litoral. O Centrode Gerenciamentode Emergências (CGE) da Prefeitura registrouontempelomenosquatro pontosdealagamento: avenida 23 de Maio, na alturadotúneldoAnhangabaú; avenidado Estado,sentido Ipiranga, na altura da rua João Teodoro e rua da Cantareira emdois locais(altura daruaSãoCaetanoe da ruaMauá. Osbairros dePiritubae Perus tambémforam atingidos. Estradas – O paulistano queretornou ontemàcidade teve de enfrentar lentidãonas principaisestradas quedão acessoàcapital.A situação foi especialmente complicadanarodoviaCastelo Branco,que chegoua registrar um congestionamento de 10 quilômetros de extensão.
No final da tarde, de acordo com informações fornecidas pela concessionária Viaoeste,oexcesso deveículosprovocoutrânsitolentonaalturadosquilômetros 35 e 25 da Castelo. Pelo mesmo motivo, a rodovia RaposoTavares apresentoucongestionamento entre os quilômetros 45 e 42.
Aconcessionária AutoBan registrou trânsito lento entreos quilômetros21 e17 da rodovia dos Bandeirantes, já próximoà entrada de São Paulo.
O sistema Anchieta-Imigrantes,que ligaSãoPaulo ao litoral, apresentou movimentointensodurante a tarde de ontem, de acordo com as informações da concessionária Ecovias.
Sorocaba – Cinco dias de chuvas intensas foram suficientes para recuperar o nívelda represadeItupararanga,na regiãodeSorocaba (SP). Desdesexta-feira,o índice acumulado foi de cercade 200milímetros dechuvas irrigando osentornos da represa. Ontem, pela primeira vez nos últimos dois anos, aságuas atingiram onível dascomportase voltarama jorrar pelo paredão da barragem. (Agências)
rários de pico: das 7h às 10h e das 17h às20h. O rodízio alcança doisfinais deplaca por dia útil da semana. Transitar em locais ehoráriosnão permitidospelaregulamentaçãoprevista no Código de Trânsito Brasileiro implica infraçãode trânsito de nível médio e resulta em multa no valor de R$ 85,12, além de acréscimo de quatro pontos no prontuário do motorista infrator. A área física que restringe a circulação de automóveis e caminhões é formada pelo MiniAnel,quecompreende as marginais Tietê e Pinheiros,avenidadosBandeirantes, complexoviárioMaria Maluf, avenidasTancredo Neves e Juntas Provisórias, viaduto Grande São Paulo e avenidas Professor Luís Inácio de Anhaia Melo e Salim Farah Maluf. O rodízio de veículos foi copiado deexperiência realizada na Cidade do México.Exatamente comoaconteceupor lá, aqui orodízio de passouaseruma opção ruimquando os motoristas passaram autilizarumsegundo carro, que nem sem-
na rodovia dos Imigrantes na tarde de ontem. Volta à capital teve movimento intenso nas estradas, agravado pela chuva.
pre está em boas condições:ou quebra, ecomplica ainda mais a situação caótica dotrânsito, oucontribui para aumentar a poluição. Congestionamentos –Para se ter umaidéia de comoorodíziojánãovemfuncionando, basta olhar observar os últimos dias. Ele estava suspensodesde ofinal de 2004 por causa das férias. Mesmo assim, técnicos da CET registraram congestionamentos comparados aos de dias normais, com a lentidão atingindo mais de 100 quilômetros de vias.
Pedágio – Para alguns técnicos,a tendência da atual direção da CET, de aumentar as restrições ao uso do carro particular, pode estarescondendo uma vontademaiorde seu presidente, Roberto Salvador Scaringella: a implantação do pedágio urbano. Quem quisesse circular de carro pelo Centro da cidadeteriadepagar(ecaro), assimcomo acontece em Londres. Lá, o pedágio custa o equivalente a R$ 25.
Cobrado pela população durante a festa dos 451 anos de São Paulo, na avenida Paulista, o governador Geraldo Alckmin afirmou que a integração dos transportes públicos, com o bilhete único para ônibus, trens e metrô, está "próxima de acontecer". Segundo ele, o sistema poderá estar operando ainda este ano. "Com o prefeito Serra, existe uma interface muito grande entre a Prefeitura e o governo, o que facilita". O governador, no entanto, negou a possibilidade de ajudar financeiramente a administração municipal. "Nossa colaboração será na área da educação, com a cessão de prédios do Estado para escolas e creches; na cultura, com projetos de integração de programação com os CEUs; e na saúde, com o programa Dose Certa". (FV)
No total, as instituições financeiras liberaram R$ 3 bilhões para a aquisição da casa própria no ano passado. Só em dezembro foram R$ 455,7 milhões.
AAssociação Brasileira das Entidades de CréditoImobiliário e Poupança (Abecip)divulgou ontem os números referentesàs operações de financiamento imobiliário em dezembro de 2004. Naquele mês foramconcedidos R$ 455,7 milhões, que financiaram a aquisição de 6.077 moradias – o maior número de casas dos últimos dois anos–,oquerepresentou uma alta de 62,8% em relação ao mesmo mês do anoanterior.No consolidado do ano, os desembolsossomaram R$ 3,060 bilhões, o que permitiu a comprade 54.467 moradias. Em relação ao volume financeiro concedido, a evoluçãoem comparação com 2003 foi de 38%. No número de casas financiadas o crescimento foi de 49,4%.
Para o presidente da Abecip,Décio Tenerello,apesar do excelenteresultado alcançado em 2004,o setor precisa resolver algumas questões para se firmar como umdos motoresdo desenvolvimento brasileiro. Oprincipal entravedizrespeito ao volume de recursos disponíveis paraocrédito imobiliário em 2005. De acordo com o executivo, serão R$ 12,8bilhões que dificilmente serão aplicados, provenientes de depósitos nacaderneta depoupança. "Nossaexpectativaé de aplicarcercade 30%amais do que em 2004, o que daria R$ 4 bilhões", diz.
Segundo Tenerello,o mercado não comporta os R$ 12,8bilhões,porém as instituições financeiras são obrigadas aaplicá-los,sob pena da parte não empregada–R$8,8bilhões,casoaexpectativa da Abecipse confirme –terumaremuneraçãoinferior àtaxa decaptação.Atualmente, a atualização da verba não concedida se dá por 80% da TR,oquesignificaumretorno menor do que a poupança (TR mais 6,17% ao ano).
Projeto – Por isso, a própria Abecip e a Câmara BrasileiradaIndústriadeConstrução apresentaram, recentemente, umaproposta aoMinistérioda Fazenda para modificar algumas
Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI)chegou aoBrasilpara a última revisão do acordo com aentidade epara uma avaliação conjuntural da economia do País – procedimento aqual sesujeitam periodicamentetodos ospaíses participantesdo Fundo. Ontem à tarde, a missão do Fundo, chefiada porCharlesCollyns, diretor-adjunto do Departamento do Hemisfério Ocidental, esteve reunida com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os principaistemas da reunião, segundo odiretor doDepartamento dePesquisas Econômicas da Fiesp, PauloFrancini, foram o câmbio e juros. Positivo – De acordo com o empresário, a Fiesp mostrou ao Fundo que o desempenho da indústria em 2004 foibastante positivo,mas nãose repetiráem 2005.SegundoaFiesp,oníveldeatividade industrial deve crescer entre 3% e 5%, provavelmenteabaixo de 2004 (os
disposições em vigor no âmbitodo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Para reduzir a punição às instituiçõesque nãoaplicam omínimode65% da captação da poupança, as entidades propuseram que as instituições financeiras sejam obrigadasno primeiro trimestre a aplicar o valor contratado nos primeiros trêsmesesde 2004comum acréscimo de 30%, o que resultarianum valor deR$ 710 milhões– bem abaixo doque teriaque seriaaplicado pela regra atual. Os recursos que não forem utilizados seriam remunerados pela poupança. Mesmo assim, segundo Tenerello,os bancoscontinuariam perdendodinheiro com anãoaplicação do volume total exigido. "Nosso custo gira em torno da TR mais 8% ao ano, sendo que a poupança ofereceum rendimentode TR mais6,17% ao ano. Ou seja, mesmo que ogoverno aceiteaproposta continuaremos perdendo dinheiro,mas pelomenosa remuneração da verba não aplicada será maisjusta", diz. De acordo com ele, a superoferta de créditopara 2005 é resultado da decisão do governo deacelerar, em março de 2003, a dedução do saldo do Fundo de Com-
"Não podemos, simplesmente conceder o dinheiro, pois com isso vamos ampliar o risco das carteiras", diz o presidente da Abecip
pensação das Variações Salariais (FCVS) de 1% ao mês para 2%. "Com isso o governo imaginava que iria ampliar um pouco os desembolsos dofundo, maso cálculo foi subdimensionado e gerou umasuperoferta de crédito no sistema", afirma. Para a Abecip, não há produtosoudemandasuficientepara fazerfrente aovolume ofertado. "Não podemos,simplesmente conceder o dinheiro, pois com issovamosampliar orisco das carteiras". Ele lembra que o mercado não pode solucionarsozinho oproblema do déficit habitacional do Brasil, estimado em 7,5 milhões de moradias. "Pela lei, o financiamento não pode comprometer mais que30% darenda, por isso só podemos dar o créditoparapessoasque possuamuma rendasuperiora oito salários mínimos", diz. Tenerello acredita que o problema da falta de moradiasó seráresolvido coma ajuda dogoverno federal. "Defendo quese explicite no orçamento osubsídio que será dado as famílias de baixa renda para adquirir moradia,poisosbancosnão podem assumir os riscos sozinhos,apesar determosa disposição de ampliar nossas carteiras", afirma. (AE)
Conseguir um financiamento para comprar a casa própria não é tarefa fácil para quem ganha até R$ 1 mil e tenta obter os recursos em bancos privados. Praticamente todas as grandes instituições privadas estabelecem um limite mínimo de R$ 2 mil para a renda individual do interessado no financiamento — valor que aparece nas simulações de financiamento que os bancos oferecem em seus sites na internet. Para essas
pessoas, restam como alternativas as linhas de crédito de bancos públicos, abastecidas por recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
A Caixa Econômica Federal, por exemplo, tem orçamento de R$ 5,8 bilhões para a Carta de Crédito FGTS – Individual, linha de crédito voltada especificamente para famílias com renda mensal de até R$ 4,5 mil. "A intenção da Caixa é aplicar todo o orçamento previsto este ano. Por isso, recomendamos que as
númerosdo anopassado ainda não foram fechados). Ele também informou que o saldo comercial poderá ser inferior a US$ 20 bilhões em 2005, sobretudo por conta dodólarnacasadeR$2,70,e juros altos.
Segundo Francini, a Fiesp disse aoFundoqueodesempenhopositivoda indústria paulista no ano passado deveu-se ao câmbio na casa de R$ 2,96. "Explica-
Os analistas do FMI irão verificar o cumprimento das metas fixadas no acordo até dezembro. A principal é de superávit primário de R$ 71,5 bi. mos nossos temores com juros e câmbio e mostramos o consenso da indústria de que o crescimento será inferior ao de 2004", disse. A Fiesp também discutiu como Fundo o ritmode queda da inflação. A entidade defende que essa redução seja mais lenta, de formaa permitir uma maior flexibilização da política de juros.
Governo – Asreuniõesdo FMI comautoridades do governoemBrasília deverão começarna próximasemana,quandooministroda Fazenda, Antonio Palocci, já terá retornadode Davos, onde participa no fim de semana do Fórum Econômico Mundial.
Os analistas do FMI irão verificar o cumprimento dasmetasfixadasnoacordo até dezembro. A principal meta éde superávitprimário de R$ 71,5 bilhõesno ano. Oresultadofiscal de dezembro será divulgado pelo governo amanhã.
Saques – O Brasilnão sacou osrecursos relativosao atualprograma comoFundo,masnão descartouarenovaçãodo acordocomo formadeseprotegerdechoques externos. O ministro da Fazenda AntonioPalocci, noentanto, temdeclarado quea situação atual do País é bem melhor que ade quando o últimoacordo foiacertado e quea decisão sobreo assunto sóseria tomada em março. (AE/Reuters)
pessoas interessadas procurem agências do banco para verificar se podem obter o financiamento", afirma a gerente de Mercado da Caixa, Ângela Michai.
A Carta de Crédito FGTS – Individual financia a aquisição de lote urbanizado ou compra de material de construção (para famílias com renda mensal até R$ 1,2 mil); a compra de imóvel residencial usado, conclusão, ampliação ou melhoria de imóvel (para quem tem renda familiar
Banco Santos vai apresentar nova proposta aos credores
AProcid,controladorado BancoSantos, concluiu ontemaredação deumanova proposta denegociação aos credores, que haviam se recusado a aderirà moratória de saques sugeridaem dezembro. Pelanova proposta, em vez deumamoratória, aempresa de Edemar CidFerreirapedeaoscredoresque manifestemexpressamente ao Banco Central, até 21de fevereiro,a disposição em continuar negociandoumasoluçãodemercado para o banco, o que poderia evitarque ointerventorrecomende aliquidação dainstituição. "Afim deassegurar amanutenção da intervenção émuito importantequeos credoresdo banco manifestem expressamente sua intenção em discutirum planode recuperação, que lhes será submetido no menor espaço de tempopossível, inclusive para darrespaldo aoBanco Central em não decretar a liquidação da instituição", diz a proposta. (AE)
de até R$ 2,4 mil); a aquisição de imóvel residencial novo (renda de no máximo R$ 3,67 mil). Quem tem renda familiar mensal um pouco mais alta, de até R$ 4,5 mil, pode obter o financiamento no que a Caixa chama de operações especiais. Segundo Ângela, as taxas de juros variam conforme a faixa de renda, saindo de 6% ao ano (renda de até R$ 1 mil) e chegando a 10,16% anuais (renda entre R$ 3,67 mil a R$ 4,5 mil). Ela frisa, ainda, que as condições do
financiamento serão apuradas pela Caixa dependendo da capacidade de pagamento dos interessados. A Nossa Caixa também oferece financiamento para baixa renda utilizando recursos do FGTS. "Essa é a linha mais adequada para as pessoas que têm renda mais baixa e querem comprar imóveis novos", diz o gerente de Negócios Imobiliários, Luiz Noboru. A taxa de juros é de 6% ao ano e o financiamento pode ser de até 20 anos. (RA)
Oriscodepaíses emergentes terminou o dia de ontem em queda,com destaque para o Brasil, apesar das recentes emissões de novos bônus soberanos, geralmenteumafontedepressão sobre o mercado.
Os investidores têmconseguido absorver osnovos títulos com facilidade, o que afastaorisco deuma"indigestão" e coloca de novo em evidência o que os analistas consideram como "bons fundamentos" dos mercados emergentes.
"Esse risco (de indigestão) existia, mas este janeiro nãofoiigualajaneirodoano passado, quando os preços subirammuito etodomundo vendeu bônus ao mesmo tempo", disse Arturo Porzecanski, estrategista-chefe de mercados emergentes do ABN Amro em Nova York.
"Oequilíbrio entre oferta e demandase mantémporque os países emergentes estão emitindo bônus uma vez por semana, não uma vez por dia", completou.
Queda – O risco dos principais países emergentes caíramquatropontos ontem, de acordo com JP Morgan. O riscoBrasil apresentou umadas maioresquedas:seis pontos, para 410 pontos-base, de acordo com a Enfoque Sistemas. O CBond, umdostítulosmais líquidos da dívida brasileira,terminouodiaemaltade 0,12%, a 102,50% do valor de face: o maior deste ano. Orisco dasFilipinas,que lançou US$ 1,5 bilhão em bônus de 25 anos ontem, recuou sete pontos. Operadores disseramque ospapéis foram bem recebidos e estavam sendo negociados em alta no mercado secundário. "Em nossa opinião, a recuperação é válida pois as perspectivas para os mercados emergentes continuam amplamente favoráveis, com crescimento acima da tendênciaglobal, altospreços das commodities e um Fedgradualista", disse o Barclays Capital em relatório. (Reuters)
Pelo menos 33% das entradas já foram vendidas. Maior procura é para a apresentação da Gaviões da Fiel, que foi rebaixada e tenta a vitória para voltar ao grupo especial.
Osfoliõesquepretendem assistir aos desfilesno s am bó drom o do Anhembi, em São Paulo, precisamse apressar:a expectativa é deque todos os ingressos para os desfiles doGrupo Especialseesgotematé domingo.Agrande surpresadestecarnaval,porém, é a venda das entradas para a apresentaçãodas escolas do Grupo de Acesso. Atéontem,33%dos23mil ingressos haviamsido vendidos, e um dos principais motivos é a participação da Gaviões da Fiel, rebaixada no anopassado eque busca a vitória, para chegar novamente àelitedocarnaval paulistano em 2006. A procura pelas entradas dos desfiles de domingo, dia6 defevereiro,crescea cada dia,tantonasbilheterias do Anhembi quanto na sededaGaviõesda Fiel, agremiação ligada à torcida do Corinthians. Avendadosingressospara os desfiles do Grupo Especial continuam a todo vapor.A empresa Dinep, responsável pela parte operacional do carnaval, já vendeupelomenos56%das entradas para as arquibancadase83% dos ingressos para o setor nobredo Anhembi. No total,foram postos à venda 21.083 entradaspor diaparaasarquibancadas e 1.916 cadeiras de pista no setor nobre. Neste fimde semana,todos osingressos jáestarão vendidos. A surpresa, po-
rém, é mesmo a venda de bilhetes para os desfiles do Grupo de Acesso. Comando – ALigaIndependentedas Escolasde Samba,presidida desde 1998 por Robsonde Oliveira, temdesde terça-feiraum novopresidente.Oex-secretário da presidência Alexandre MarcelinoFerreira, que chefiava a chapa evolução,
setornou onovopresidente para operíodo2005-2009. Não houveoutros concorrentes. A nova diretoria tomará posseno dia 29de abril, na Câmara Municipal. Oliveiraseráopresidentede honra da entidade. Além deFerreira,serão empossados ovice-presidente administrativo Carlos Cezar Tomé, o vice de
carnaval Lourival de Almeida Campose ovicefinanceiro Luiz Antônio Felício. Ocorrerão ainda no dia 23deabrilas eleições para o conselho deliberativo,o conselhofiscal e o conselho deética. Tiveram direito a voto nas eleições os 25 presidentes das 25 escolas filiadas à Liga.
Lança-perfume –A Polícia Rodoviária Federal fez ontem uma nova apreensão de lança-perfume navia Dutra, em SãoJosédos Campos, noVale do Paraíba.Por voltadas 9h30,em uma fiscalização de rotina, ospatrulheirospararamum ônibus da Viação Pluma que fazia a linha ParaguaiRiode Janeiro. "Assimque abrimoso porta-malas já sentimosum cheiroestranho.Olhamosasbagagense logodescobrimos umasacolagrandecheiade tubos de lança-perfume", contou o policial rodoviário, Erich Krupp. Na sacola havia 568 frascos de lança-perfume. O passageiroRonaldo de Aguiar,de19anos,foipreso em flagrante e confirmou que a cargaera dele. Informou à polícia que recebeu R$ 100 paratrazer o produto do Paraguai. "Ele informoutambém queumapessoa estariaesperando por elena rodoviáriadeTaubaté, masele não sabia quem era". Oacusado dissetambém que a droga seria vendida durante o carnaval em Taubaté aR$ 50."Eles compram os frascos a R$ 1,50 ou R$ 2 no Paraguai". (AE)
NOTAS
PREFEITURA RECORRE
AO STF PARA MANTER TAXA DE ILUMINAÇÃO
A Prefeiturade São Paulo entrou ontemnoSupremo Tribunal Federal (STF) com recurso contra liminar que suspendeu o pagamento da taxa deiluminação públicadacapital. Aaçãofoiprotocolada uma semana depois de o presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, ter suspendido a cobrança do tributo ao reconsiderar decisão de um de seus colegas, o ministro Nilson Naves.Naves haviarejeitadoo entendimento da12ª Varade Fazenda Pública (SP) pelo fim da cobrança do tributo.
ANVISA DETERMINA APREENSÃO DE MAIS MEDICAMENTOS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão do lote 8473Cdo antibióticoBenzatron,do laboratório Ariston. Exames constataram que o produto não era homogêneo ea quantidadede princípio ativo eramenor doque oexigido. A Anvisa também determinoua interdiçãodoantiinfecciosoDientrin(lote nº 4053552), da empresa SanofiSynthelabo, edo analgésico Salicin(lote nº729), daGreen Pharma. Os doisprodutos estavam emdesacordo com as regras sanitárias.
ACUSADO NO CASO OLIVETTO FICARÁ MAIS UM ANO PRESO
O chileno Maurício Hernandez Norabuena,acusadode participaçãono seqüestrodo publicitário Washington Olivetto,daAgênciaWBrasil,permanecerá mais 360 dias preso (esse prazo é retroativo a 1º de dezembrode 2004)emRegime DisciplinarDiferenciado (RDD), noCentrode Readaptação da Penitenciária de Presidente Bernardes (SP). Norabuena cumpre pena de 16 anos de reclusão. A decisão foi tomada pelojuiz-corregedor dos presídios,Miguel Marques da Silva.
Hoje
Swisscam – Opresidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos,participa depalestra e almoço sobre o tema A conjunturapolítica eeconômica do Brasil, promovida pelaSwisscam Brasil. Às 12h30, no Hotel Clarion –rua Jerônimo da Veiga, 248, no Itaim Bibi. Comus – ReuniãodoComitê de Usuários dos Portos e Aeroportos doEstadode São Paulo (Comus), coordenada pelo conselheiro da ACSPJoséCândido Senna, com palestra de Wagner Borelli, da comissão coordenadora de carga do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos e gerentegeralde cargasinternacionais
BRASIL QUER REDUZIR PREÇO DE DROGAS CONTRA A AIDS
Pioneiro na disposição de quebrar patentes de medicamentos para ampliar o acesso ao tratamento da aids, o Brasil começou a elaborar, em conjunto com mais cinco países em desenvolvimento, estratégias que podem ajudar a reduzir os preços de anti-retrovirais praticados pelaindústria farmacêutica internacional. O grupo integra a Rede Internacional de Cooperação Tecnológicaem HIV/AIDS, quese reuniuontem pelaprimeira vez, desde sua criação, no ano passado.
EM SÃO VICENTE, PESCADOR SE SALVA DE
O barco de pesca de camarão El Shadai naufragou na manhã de ontem, próximo do Costão do Itaipu, entre São VicenteePraiaGrande,nolitoral sul de São Paulo. O único tripulanteera opescadorWellington Rodrigues da Silva, de 21 anos, que conseguiu se salvarapósremarmais deuma hora com o auxílio de uma tampa deuma geladeira de isopor e de um botijão de gás. Silva nadou 2 quilômetros até chegar à Praiada Biquinha, emSãoVicente,onderecebeu os primeiros socorros.
VÍRUS ATACA COMPUTADORES DO GOVERNO FEDERAL
Uma variante do vírus Agobot (AFQ) atacouontem, pela segunda vez, os computadoresdos ministériosetambém doPalácio doPlanalto,atrasando todo o sistemade comunicação internaeexterna dogovernoe oacessoàspáginas oficiais na internet. Foi um congestionamentoda rede decomputadores.O primeiro ataque foina sexta-feira.Segundo oServiço deProcessamento deDados(Serpro), o vírus não causou danos aos bancos de dados da administração federal.
da American Airlines, sobre o tema A situação atual e as perspectivas da movimentação de cargas de exportação e importação no aeroporto –Aspectosde custos etempo de trânsito. Às17h, na sede da entidade– ruaBoa Vista, 51/9º andar – plenária.
ACONTECE NAS DISTRITAIS
Hoje São Miguel –A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de mecânica e autopeças do "Projeto Empreender", coordenadapelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.
Fortalecimento do euro no mercado externo ajuda na queda das cotações da moeda americana no Brasil. Dólar comercial fechou a R$ 2,665 na venda.
Odólar comercial fechou ontem na menor cotação do ano: R$ 2,665 naponta devenda, com desvalorização de 0,93% na comparação com o fechamentoda véspera. Contribuiu para a queda da moeda americana o fato de o euro continuar se fortalecendo nomercadointernacional.
"A queda do dólar no mercado externo é o que estápesando no comportamento da moeda no mercadode câmbio brasileiro", disse o gerente de câmbio do Banco Rendimento, Hélio Ozaki.
Além de destacar ainfluência externa, operadoresdisseram queo ingressoexpressivo dedólares no mercadoe a reduçãodo riscobrasileiro influenciaram a desvalorizaçãoda moedaamericana ontem. "Os cenários interno e externo também estão ajudando",disse oanalistade mercados da Corretora SouzaBarros, Hideaki Iha. No fimda tarde de ontem, os C-Bonds eram negociadosa 102,31%dovalor de face. Outro título importante da dívida brasileira nego-
ciado no exterior, o Global40,eracotado a115,75%do valordeface. Orisco-país brasileiro, apurado pela Enfoque Sistemas,caía 6pontos,para410pontos-baseno horário. "Nesse ambiente, aplicarem reais estásendo um bom negócio", disse Hideaki.
Os cenários interno e externo estão contribuindo para a desvalorização da moeda americana, dizem analistas
Ontem o Banco Central voltou arealizar um leilão para comprasdedólares, adquirindo amoeda americana a R$ 2,678, valor próximo ao que vinha sendo praticadono mercadono momentodoanúnciodaoperação. De acordo com um operador de um grandebanco privado,a autoridade comprou umvolume expressivodadivisa. "O BC vem comprando nas taxas que estão sendo negociadasno mercado",disse Iha, daSouzaBarros."Em nenhummomento oBanco Central parece fazer esforço para corrigiressedólar", acrescentou o analista.
Nesta quinta-feirao Banco Central divulgaa ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que foi determinadauma elevação de0,50 ponto porcentual dataxa
básica de juros da economia brasileira, para18,25%ao ano.Aexpectativa majoritárianasmesas decâmbioé de queaata aponteuma continuação napolíticade altas moderadas na taxa básicade juros já a partirdo mês de fevereiro.
Bolsaem alta — A Bolsa deValoresdeSãoPaulo(Bovespa)fechou opregão de ontem em alta,com investidores se ajustando ao forte desempenhodo mercado americanode ações na terça-feira — dia em que a bol-
sanão operoupor causado feriado de aniversário da cidade de São Paulo. No encerramentodos negócios, oIbovespafechava em alta de1,37%, somando 24.530 pontos. Foi o terceiro pregão consecutivo em alta. Noacumulado domês,no entanto, oíndice aindaregistra perdas de 6,36%. O volume financeiro,no entanto,foi modesto, de apenas R$ 1,187 bilhão — volume inferior à média quevem sendo registrada nas últimas semanas. O giro
financeiro baixo, segundo operadores,mostraqueainda não se pode falar em reação sustentada da bolsa. Apesar do fraco volume denegócios,operadoresobservaram avolta, aos poucos, do investidor estrangeiro no mercado doméstico. Uma mostradisso é que nos 20 primeirosdias de janeiro,a entradadecapital estrangeiro na Bovespa está positiva emR$ 147,9 milhões — resultado de compras de R$5,9bilhões ede vendas de ações no valor de
R$ 5,7 bilhões. Apesar da alta do Ibovespa, predominou a cautela entre os investidores antes da divulgação da ata do Copom na manhã de hoje.
O documentopode dar mais sinais sobre o rumo da taxa de juros no país, depois que ocomunicado emitido peloCopomlogo após a reunião da semana passada levou omercadoa aumentar as apostas de alta de juro em fevereiro e a cogitar nova elevação da taxa básica em março. (Agências)
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Foram registrados pelo menos sete pontos de alagamento na cidade durante o dia de ontem. Os piores congestionamentos aconteceram nas marginais Tietê e Pinheiros e a ligação do ABC com a capital também ficou complicada.
Kelly Ferreira e Fernando Vieira
As chuvas que atingema cidadede SãoPaulo desdea última semana – houve uma trégua apenas no domingoe na segunda-feira –continuam atrapalhandoa vida de quem vivena capital. Ontem, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), daPrefeitura, registrousetepontos de alagamento.
Um deles deixou intransitávelapista expressadamarginal Tietê, sentido Castelo Branco, perto da ponte do Piqueri. Às 12h30, aCompanhia de Engenharia de Tráfego (CET)registrou 55quilômetros de vias com problemas.Normalmente,a média para o horário é de22 quilômetros. Na pista expressa da marginal Tietê, sentidoAyrton Senna,foram registrados 4,9 quilômetros delentidão entreas pontes dosRemédios eFreguesia do Ó.
Adutora se rompeu (acima) e complicou o trânsito. No Minhocão (dir.) e na marginal Tietê (abaixo) congestionamentos marcaram o dia. À esquerda, vagão do Metrô vazio: fumaça assustou os passageiros.
Na marginal Pinheiros, o trânsito ficoucomplicado também na via expressa, sentido Jaguaré-Santo Amaro. O congestionamentode9,3 quilômetrosfoida rodovia Castello Branco até aponte CidadeJardim. Na rua Clélia,zonaoeste,um ônibus sem controle bateu em um poste e deixou uma pessoa ferida, complicando ainda mais o trânsito.
Anchieta – O motorista que vinha doABC paulista para a capital encontrou lentidão durante a maior partedo diade ontem,a partir do km11 da via Anchieta. Segundo a Ecovias, concessionária responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, não foram registrados acidentesneste trecho. O motivo da lentidão foi mesmo a chuva. Na avenida doEstado,o trânsito também ficou con-
gestionado. O motorista parecia cauteloso por causa da chuva. Abaixavelocidade gerava lentidão,que se estendia até aentrada do elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão. Às 19h, o índice de congestionamentona cidadeera de120 quilômetros,40a mais do que nos dias normais. Transporte – Os trens do Metrô tiveram a velocidade reduzida por contada chuva. Osusuários dalinha
O s ventos fortesque acompanham a frente friaqueestásobreSãoPaulo trazem maisumapreocupação para opaulistano além dotrânsitocaótico:a queda de árvores. De acordocomdados fornecidos pelaDefesa CivildoMunicípio,de16a 26dejaneiro foramregistradas25 quedas de árvores. No dia 20, os chamados atendidos pela DefesaCivilforamrelativos apenas a quedas de árvores. No total, caíram quatro apenasnessedia. Emtodoo mês de janeiro foram 53 árvores caídas na cidade. "Fico preocupada quandoo ventoestá muitoforte. A árvore égrandee osgalhosjá causaramumincêndio narede elétrica háalgumtempo.Mesmocomessehistóricoeoperigo,ainda não vieram cortar os galhos", disse a dona de casa,
Sandra Ferreira daSilva. A solicitação de poda da árvore feita em 26 de agosto do ano passado ainda não foi atendida pela Subprefeitura de Itaquera, zona leste. Segundo Sandra, já foram feitas várias reclamações e a resposta é sempre a mesma. "Eles alegam que só têm um caminhão e muitos pedidos paraatender.Pedemparaas pessoas continuarem ligandopara saberaposiçãodo chamado.É sempre amesma coisa", disse. Preocupação – Essa também éapreocupaçãode muitas pessoas que moram próximas deárvoresantigas, grandes demais ou que esbarram na fiação elétrica. Segundo um estudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas(IPT),entre1998 e 2003,aPrefeituracortou749 árvores na cidade, 571por risco iminente de queda.
O estudo aponta ainda que interferênciasexternas, como podasmal feitas,cortes de raiz e maus tratos, são os principais motivos que enfraquecemaárvoreefacilitam apropagaçãode cupinse fungos,queacabam apodrecendo a planta. Essasituação, associada àsventaniasechuvasfortes, acarreta os transtornosdas quedas eaté ferimentos e mortede pessoas.Em2004, 451 árvorescaíram nacidade. Só em fevereiro, foram 145. Além dadestruição de muros, casas e carros, as quedas mataram pelo menos duas pessoas. O novosecretário doVerdeeMeioAmbiente,Eduardo Jorge, disse que pelo menos900 árvoresdas ruasda cidade deSãoPauloterão de ser cortadas por causa da açãodecupinsecontaminação por fungos. (KF)
vermelha - Corinthians-Itaquera/Barra Funda foram surpreendidos, às 7h30, por uma parada nos trens. O motivo foi uma fumaça que saiu de umacomposição na estação Tatuapé. Ospassageiros tiveram quedescer e aguardar outro trem.
Na avenidaGiovanni Gronchi,na regiãodo Morumbi,zona sul,uma adutora se querompeu na abrindoumagrandecratera na pistae complicandoo trânsito na região. Otempo chuvosodeverá continuar pelomenos até
sexta-feira.Segundo ometeorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo, hoje o dia será de garoa. Amanhã,o tempo fica nublado com pouca chuva. No sábado à tarde, o sol deverá aparecer aindaum pouco tímido. No domingo, aprevisão éde solmais forte, quandoas temperaturastambém voltamasubir. A média hoje deve ficar entre15 e 21 graus; amanhã, entre 16e 22; sábado, entre 16 e 24 graus e domingo entre 17 e 29 graus. A trégua da chuva, no en-
tanto, éporpoucotempo. Na terça-feira, uma nova frente fria chegaà São Paulo, trazendomais chuva e queda na temperatura. No Sul – Na região Sul do país geou na manhã de ontem.O fenômenofoiverificadonomunicípio de São Joaquim,em SantaCatarina.Os termômetrosna região chegaram a indicar 4 graus. Foramregistrados ainda11grausemCaxiasdo Sule9grausemSãoFranciscodePaula,ambos no Rio Grande do Sul. (Mais sobre chuva na página 4)
Achuva da última semana trouxeao menos umaboa notícia: os níveis de água nas represas que abastecem a região metropolitana de SãoPaulo estão muito mais altos do que em 2004. Ontem, os sistemas Cantareirae Guarapiranga estavamcom41% e73%de suas capacidadesde armazenamento, respectivamente. Noano passado,no mesmo dia, acapacidade era de 25,3% e 21,7%.
Os sistemasRioGrande, AltoTietê e Cotiatambém estão com asreservas mais altas. Eles registraram, respectivamente, 89,2%, 40,4%e62,9% desuacapacidadecontra 66,9%,18,8% e11,6%do mesmodiade 2004. Já o sistema Rio Claro bateu asua própriacapacidade, registrando 105,6%. No ano passado, o nível era de 68,4%.
Simancol –Apesar dessesíndices, a Sabesppromove uma nova campanha contra o desperdício.Com o slogan Simancol,oscomerciais – bem-humorados e ambientados nos anos 50 – mostram o lançamento da linha de produtos Simancol, entre eles o xampú. "Fizemosalgo bem descontraído. Afinal, os comerciais divertidos sempre ficam na memória das pessoas",disseo superintendente de Comunicação da Sabesp, Luiz Aversa. Acampanha estásendo veiculada emrádios da capital e, principalmente, do litoral paulista.Outros produtos,comocreme dental, cremedebarbearedescarga também farão parte da campanha e vão se revezar na programação dasrádios, além de publicaçãojornais do litoral.
Em 2004 –ASabespjáteve uma boa experiência com este tipo de ação no ano passado. Entre janeiro e março, a campanha Olhao Nível obteve redução de 10% do consumo deágua naregião metropolitanadeSão Paulo.Além disso, 38%da população conseguiu reduzir o consumo empelo menos 20%.A segundafaseda campanha, dobônus,atingiu 47% da população. A campanha Olha o Nível tevecomoobjetivomantera regularidade do consumo nummomento.Oresultado positivo da campanha evitou o racionamento. "Essas campanhastêm efeito imediato na redução do consumo de águae,a longo prazo, educa a populaçãopara ousoracional", diz Aversa.O investimento nacampanhaSimancol foi de R$ 2 milhões. (KF)
"O
problema não é pagar impostos... é o que se faz com o dinheiro arrecadado"
■ Estava com o governo até agora, esperando que a carga tributária diminuísse quando os buracos, como o da Previdência, estivessem menores. Mas agora foi um absurdo. A MP 232 veio trazer uma revolta geral no empresariado, principalmente o que sofre mais por não ter um lobby mais forte. Basta! Precisamos fazer um levante contra esse absurdo!
Emerson, de Belo Horizonte - MG
■Vamos brigar para derrubar a Medida Provisória 232 e outras que aumentam os impostos. Itacir, de Guairá - PR
■ O governo Lula está cada dia mais parecido com a direita, pois é uma vergonha para nós, brasileiros, termos que pagar mais esta (maldades da MP 232). Se não sabe governar, é melhor sair. Samuel Ribeiro da Silva, de Betim - MG
■ Chega de tributar quem paga este absurdo de impostos. Cobrem do comércio informal. Apóio as passeatas em nível nacional e os abaixoassinados contra a última Medida Provisória da tributação! Não reelejam deputados que votarem a favor da MP.
Jorge Dable, de Porto Alegre - RS
■ O empreendedor brasileiro deixou de ser o proprietário de uma empresa para ser o seu próprio otário.
Luis Alberto Sordi, de São Paulo - SP
■ Nossos representantes pensam que o contribuinte tem as mordomias e as remunerações deles. Por isso atam essa carga tributária absurda, mas são os primeiros a se esquivar e não contribuir nem para preservar as galinhas dos ovos de ouro que somos nós, os contribuintes.
Jucerlandio de Assis, de Campina Grande - PB
■ Sinceramente não discordo totalmente da carga tributária. Em países como Canadá existe uma
carga alta também. Entretanto, os órgãos públicos funcionam de maneira exemplar. Aqui no Brasil pagamos impostos altíssimos para sermos maltratados pelos órgãos públicos, passarmos madrugadas em filas de atendimento.
Julio Cesar Chaves, do Rio de Janeiro - RJ
■ Sou recém-formada em Ciências Contábeis, trabalho como técnica em contabilidade há seis anos e convivo diariamente com as inúmeras guias e obrigações acessórias ao qual as empresas estão expostas. É surpreendente a forma como a máquina pública força os empresários a reduzir custos para continuar a sobreviver, mas, em contrapartida não busca uma economia nos gastos públicos, interferindo negativamente no crescimento econômico. Além disto, os empresários têm como retorno da máquina pública uma prestação de serviços deficitária.
Marilucia, de Palhoça - SC
■ Vamos fazer ainda no mês de fevereiro "o dia da luta contra o confisco", convocando toda a população brasileira a sair às ruas para mostrar seu descontentamento contra esses abusos tributários.
Afranio Colares, de Belém - PA
■ Me sinto nos tempos dos senhores feudais, dos reis inescrupulosos que cobravam impostos injustos da população. Estamos precisando de um Robin Hood pra pôr fim a essa farra!
Alexandre Montandon, de São Paulo - SP
■ Quero parabenizar a Associação Comercial de São Paulo pela iniciativa e estimar votos para que continue de forma ímpar e objetiva a cumprir seu papel relevante na sociedade.
Valmir Valente, de Santo André - SP
■ Como contador, vivencio as dificuldades das pequenas empresas para as quais trabalho. É um absurdo a carga tributária. Se não mudar, teremos no futuro milhões
www.contribuintecidadao.com.br
As últimas medidas tributárias adotadas pelo governo aumentaram a indignação dos contribuintes. O site criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) www.contribuintecidadao.com.br especialmente para calcular o peso dos tributos sobre o consumo, a renda e o patrimônio está recebendo uma enxurrada de emails de protestos contra a Medida Provisória 232. A MP foi baixada pelo governo no apagar das luzes de 2004, introduz aumento da carga tributária para prestadores de serviços, além de outras maldades, e está sendo alvo de uma grande mobilização da sociedade civil. (ver matéria na página 16)
A existência de um site que traz uma calculadora para desvendar o peso dos tributos no dia-a-dia dos cidadãos e, ao mesmo tempo, mede o nível de insatisfação com a atual política fiscal, é apenas uma parte da campanha de conscientização tributária desencadeada pela ACSP.
e milhões de execuções fiscais em cima de sócio e empresas, que não têm patrimônio algum. E as poucas que o tem, estão perdendo. Lancei aqui em Campinas uma camiseta com os dizeres "pequenas empresas grandes tributos – carga pesada: PIS, Cofins, IRPJ, CSLL, INSS, ICMS, ISS etc". Foram confeccionadas 100 camisetas e distribuídas aleatoriamente para pequenos empresários e algumas autoridades.
Luiz Antonio Ercoles, de Campinas - SP
■ O problema não é pagar impostos é o que se faz com o dinheiro arrecadado.
Guedes, de São Luís - MA
■ Estou há 25 anos na área contábil. Nos últimos dez anos reparei na dificuldade em acompanhar a legislação, pois a cada 30 minutos é ditada uma medida tributária, o que é um sinal de incompetência do governo. A redução da carga tributária levaria ao fim da sonegação e ao aumento da arrecadação. Com isso, o empresário poderia investir mais e haveria uma melhor distribuição de renda. Magdalena Dapper, de Novo Hamburgo - RS
■ É isso! Precisamos mostrar aos governantes
Desde o início do mês de janeiro, a fatia que cabe ao Fisco no preço final de uma infinidade de produtos de consumo está estampada nos 15 outdoors eletrônicos espalhados pela cidade de São Paulo, graças a uma parceria firmada com a Eletromídia.
que realmente quem manda é o povo e não eles. O povo unido jamais será vencido. Precisamos acabar com esse ultraje, que é a nossa carga tributária.
Leonardo Monte, de Recife - PE
■ É triste, porém necessário, conhecer esta realidade. O pior é saber que boa parte desta arrecadação injusta é desviada por políticos demagogos que nós mesmos colocamos no poder.
Valdo André, do Rio de Janeiro - RJ
■ Vivemos num dos melhores países do mundo, onde não há catástrofes de qualquer natureza, onde as nossas riquezas são as mais diversificadas do planeta, mas é lamentável a carga tributária imposta pelos municípios, estados e União, deixando o trabalhador cada vez mais pobre e aumentando a desigualdade social. Evaldir Gomes, de Vila Velha - ES
■ Quero saber porque pago ISS, CPMF e outros impostos inúteis que em nada contribuem para a geração de empregos, ao aumento de segurança nas ruas e ainda impedem a obtenção de poupança. Onde está a política fiscal/tributária justa? Estão com medo de
Os filmes com produtos e respectivos percentuais em impostos, inspirados na coluna Tribrutos do Diário do Comércio, têm 10 segundos de duração. A cada seis minutos eles entram no ar e, como já se esperava, assustam os contribuintes.
enfrentar os tubarões? Onde está o incentivo justo para as indústrias de software, agronegócio, entre outras? Onde está o patriotismo?
Carlos Magno, de São Paulo - SP
■ Será o destino do brasileiro ser garfado e depois ver o poder público gastar sem critério o dinheiro arrecadado com impostos? Tem gente bebendo vinho de R$ 1 mil a garrafa. No passado, uma dose de 51 já era alegria. Mas tendo uma fonte pagadora, por que não aproveitar?
Cesar Gomes, de Vitória - ES
■ É realmente um absurdo a carga de impostos que nós, simples mortais, pagamos aqui no Brasil. Tudo que compramos tem uma percentagem enorme de impostos embutida no preço. Fora os impostos (IPTU, IPVA, IPI) e contribuições que pagamos, além do famigerado Imposto de Renda. Todos esses fatores só vêm estimular a sonegação e o aumento do trabalho informal. Seria interessante uma maior participação da mídia no sentido de mostrar à população a relação de impostos contida em cada produto. Somente assim teremos subsídios para
argumentar e enfrentar essas arbitrariedades de nossos governantes. Somos responsáveis pela maior carga de impostos, enquanto os banqueiros e grandes empresários vivem sob as benesses da isenção de boa parte deles. Temos que fazer alguma coisa, e logo!
Enio Mandacaru Filho, de São Paulo - SP
■ Há muitos anos deixei de ter orgulho de ser brasileira.
Celeste Barros, de Salvador - BA
■ O que mais espanta é vermos nossas cidades , nossas estradas e nossos hospitais completamente abandonados. Aonde iremos parar?
Mario Edson da Silveira, de Mirassol - SP
■ Chega de sanguessuga, chega de má gestão e corrupção com o dinheiro do povo.
Ho Chi Hsien, de São Paulo - SP
■ Enquanto todos nós ficarmos apenas reclamando dos governos e não tomarmos mais nenhuma medida, principalmente na hora de votar, vamos continuar afundados do mesmo jeito e os políticos cada vez mais ricos e gananciosos. Antonio Pizzol dos Santos, de Campinas - SP
Outras três pessoas ficaram feridas. Como conseqüência do acidente, o tráfego entre Curitiba e São Paulo ficou totalmente interrompido até as 10h30 de ontem. Houve congestionamento de rede em serviços de internet e telefonia celular em função do rompimento de cabos óticos.
Acabeceira e parte da estruturade uma pontede 275 metros de extensão desmoronaram porcausadaschuvas,às23h de terça-feira, no km 42 da rodovia Régis Bittencourt, a BR-116,nomunicípio de Campina Grande, no estado do Paraná, a 48 quilômetros de Curitiba.
Um caminhão caiuna represa Capivari-Cachoeira, eo motoristaZonardiJosé do Nascimento, de60 anos, morreu.Ocorpofoiresgatado na tarde de ontem. Outro caminhão ficou dependurado na borda da vala, mas seus ocupantes, omotorista, a mulher e um filho, conseguiram se salvar. Odesabamento ocorreu na ponte que opera no sentido São Paulo. Após uma análisetécnica, aponteque operanosentido Curitiba foi liberada parao tráfego e transformada em mão dupla, paraatender os motoristas em ambos sentidos.
O tráfego entre Curitiba e São Pauloficou totalmente interrompido até as 10h30 de ontem, quando foi remanejado, através de um desvio,para apista SãoPauloCuritiba. Às 18h de ontem, o local continuava bastante congestionadocom mais de 20 quilômetros de fila de umlado edeoutro daponte.Deacordo como engenheiroRonaldode Almeida Jares, do Departamento Nacional deInfra-estrutura e Transportes (Dnit), o trabalhode reconstrução da ponte e recomposição da cabeceira deve demorar seis meses. Segundo ele, será necessário avaliaras condições do restante da estrutura. A sustentação da outrapontetambémteráde serreforçada porcausa da extensão da área de terra atingida pela erosão.
Desabamento – Aponte afetada foi construída em 1982 com o leito velho da rodovia.Com aduplicação, continuou sendo utilizada napista Curitiba-SãoPaulo. SegundoJares,a estrutura foi recuperadanofimde 1999 e,em2000,apontefoi reinaugurada. A queda ocorreu, segundo ele, em razão deumgrandedesabamento deterra do canteiro central. "Milhares de toneladasde terraatingiram aspilastras, que não agüentaram". O Ministério dos Transportesinformou que cerca de 70 metros da laje da
ponte – de 320 metros de extensão – foram danificados. De acordocom oDnit, estão sendo estudadas alternativas para melhorar a fluidez do trânsito no local. Às 19h de ontem, a Polícia Rodoviária Federalainda nãotinha
conseguido remover o caminhão quecaíra na represa. Cercade30 mil veículos (15 mil em cada sentido) utilizam o trecho diariamente. OHospital Angelina Caron informou que o motorista do caminhão que ficou
A queda da ponte, segundo informações preliminares, teria sido causada pelo desmoronamento de terra que atingiu as pilastras de sustentação. Uma análise detalhada das causas será realizada por técnicos. O Ministério dos Transportes se comprometeu a liberar verbas para a reconstrução, que deve demorar pelo menos seis meses.
pendurado, EduardoEgídio de Oliveira Santos, de 39 anos, e seu filho Henrique, de4, sofreramfraturasnas costasepernas.A mãe,SolangeFátima Kazakoski,de 39, foi operadade fratura na bacia. Todos passam bem.
Umasemana depoisdas fortes chuvasque chegaram a desalojar 1.500 moradores em Campinas, a 90 quilômetros de São Paulo, a cidadesofreu novosprejuízos porcausa domau tempo.Duasponteseumcruzamento, no distrito de Sousas,foram interditadospor causa das chuvasqueatingiram a cidade na noite de terça-feira.
As viasestavam parcialmenteliberadas namanhã de ontem.Nas pontes,apenas podiamtrafegar veículos leves eno cruzamento a limpeza estava sendo feita pela Empresade Desenvolvimento de Campinas (Emdec), que engloba a Secretaria de Transportes.
Perícia – Ontem,81casas que foram interditadas na semanapassadapelaDefesa Civil do município – porque estavamemáreasderiscode desabamento – passaram por novas períciasnos imóveis. Do total, oito residências foram condenadas pelostécnicos da Prefeitura, mas osmoradoresdesomente cincodelaspermitiram que fossem demolidas. Asoutras três famílias alegam quesomente deixarão seus imóveis quando tiverem uma solução definitiva, com a oficialização de outro lugarondepossam morar. APrefeitura prometeu pagar o aluguel para os desabrigadosouum valealuguel de R$ 200 mensais.
Prometeu ainda reassentálos emunidadeshabitacionais,120 aotodo, queserão construídas nos próximos oito meses.
Pontes –Onúmerodedesabrigados pelaschuvas de terça-feiranosdistritos de Sousas eJoaquimEgídio é de54pessoas.Eles estão alojados temporariamente em centros comunitários. Foram interditadas parcialmente as pontes sobre o rio Atibaiaque ligamos dois distritos (noscruzamentos da avenida Isabelita Vieira e ruaManeco Rosa e das vias CoronelAlfredo Augusto Nascimento com JoséTeixeira Pinto)e ocruzamento dasruas Maneco Rosa e Treze de Maio.
A interdição da ponte que liga os doisdistritos afetou ainda os usuários de ônibus urbano, da linha que atende Joaquim Egídio.Eles foram obrigadosafazeratravessia da ponte a pé porque os ônibus não podiam passar. Um veículo os deixava de um ladoe outroos apanhavado outro lado.
ObairroRecantodosDourados também ficou sem ônibus urbano até às 9h de ontemporquehouveainundação do acesso ao bairro. Equipes da Defesa Civil e da Prefeituraestiveram nos bairrosafetados paramonitorarosestragose orientar osmoradores sobre como proceder a limpeza nos imóveis atingidos. (AE)
engenheiro explicou queo rompimento doaterro por causa das chuvasdeixou semsustentaçãoopilar de uma extremidade da ponte, o que provocou a queda. Motoristas e passageiros de veículos reclamaram do atraso na viagem. Juarez Canali,queseguiadoRiode Janeiro para Caxiasdo Sul com uma carga de cereais, estavaatrasado 18horas. Sérgio Bagoso, que iapara Porto Alegre procedente de Belo Horizonte, soube da interdição da rodovia quando estavaemSão Pauloe aproveitou para ir para a casa de parentes. Mesmo assim, levou quase quatro horas para atravessar a ponte. Telecomunicações –A queda da ponte Capivari causouo rompimentodecabos ópticosqueligavamas regiõessudesteesul,causando congestionamento de rede e interrupção de serviços. A Brasil Telecom desviou otráfegoque passava pela região para Brasília, por sua rede. Clientesdetelefonia celularda BrasilTelecom GSM queseencontravam fora da cidade em que contrataram o serviço enfrentaram congestionamento na rede.Os provedores deinternet UOL e Terra tiveram problemas, resolvidosapós as 13h de ontem.
A GVT, concorrente da Brasil Telecom, informou queseusclientes emSão Paulo,Rio deJaneiro eBelo Horizonte ficaramsem comunicação do momento do acidente até as 13h45 de ontem. Outra operadora atingida foi a Telemar.
Causas –Emboraressalte estaranalisando oacidente por fotos, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia(Sinaenco), João Antônio del Nero, atribuiu aquedada ponteaumproblema geológico.
"Aencosta cedeuearrastou os pilares da ponte antiga. É um problema, aparentemente, relacionadoà barragemque háno local,sem relaçãocom amanutenção da obra arquitetônica."
Verba – OMinistério dos Transportes vai destinar cerca de R$ 2 milhões para a recuperação daponte, que, deacordo comocoordenador doDnitnoParaná,engenheiroRosalvo Gizzi,começará imediatamente. O
Odiretor doInstitutode Engenharia (IE), Marcelo Rozenberg,disse que a ponte teriade serinspecionada periodicamente para evitar problemas desse tipo. "Toda ponte ou viaduto precisa deumsistema de drenagem. A erosão pode ser repentina ou deixar sinais que a antecipem". (AE)
Tráfego para Caldas Novas será normalizado até carnaval
A normalizaçãodotráfego na rodovia GO-213, entre Goiâniae CaldasNovas,interrompido dia17 porcausa do desabamento departedapista, sódeve acontecer na véspera do carnaval. Nesse dia estará concluída uma ponte prémoldada queestá sendo construídano desvio de acessoa CaldasNovas(170 quilômetros de Goiânia). Após o acidente, uma pontemetálica, erguidadia 22 peloExército, éo único acesso de Goiânia e Brasília a Caldas Novas, pela GO213. O desabamento da estrada, quematou quatro pessoas, foi provocado por uma tromba d´água que
rompeu uma adutoraque passava sob a pista. A cratera aberta tem cerca de 30 metros de comprimento. Fechada – Na manhãde segunda-feira, aponte metálica ficou fechada por sete horasdevido a umaforte chuvaque estragouparte doencabeçamentode cascalho. Máquinas da Prefeitura de CaldasNovas compactaram a terra no local e liberaram a ponte. A ponte metálica é operada pelo Exército esó comporta umveículo leve por vez.Os carrosque saemde CaldasNovascomdestinoa Goiânia e Brasília devem passarporumdesvio terra de seis quilômetros. (AE)
Temos cinco Copas do Mundo de futebol. É um de nossos títulosde glóriano mundo. E temos,paralelamente,outro títulode glória: estabelecemos os mais altosjurosdoplaneta, um verdadeiro tsunami, para evitar o retorno da inflação. Essa fórmula, já aviada desde o PlanoReal, continua a prevalecerno Brasil, sem que se vislumbre no lusco-fusco do horizonte uma solução para o problema, uma solução satisfatória. Asautoridades econômico-financeiras jánão sabem o que fazer.
Com esses juros nas alturas, e alturasquase inacessíveis pelos quedevem suportar o peso do montante, ocliente dossupermercados, dos shopping centers e,ainda,dos mercadinhos de bairro, de beira de estradae daspequeninascidadesdo interiorquenão comportam osgrande estabelecimentos.
A maldita inflação, justificativa dos juros altos, age novarejo,aoqual todos vão,comoosmurídeosque roem as peças mais duras de umaresidência,sem que seencontreum meio deacabarcomeles.Assimé a inflação.
Numa área onde proliferam os doutores em economia, portadoresde diplomashonrosos, como os de Harvard, Princep-
ton, Cornelle outras universidades americanas, como justificarão os canudos com os quais devem arcar no Brasil?Estáaí uma questão quedeve ter resposta. Todos sabemos queodr.Paloccieodoutor Meirelles e os demais doutores queformama população daárea econômico-financeira querem decifraroproblemadadependência da inflação aos juros, e não a encontram. Nãofiquemos numahipótesesimplória.Já estamos habituadoscomos jurosaltose comopouco de inflação, que favoreceu tanto o comércio exterior doBrasil, emaishabituadosestamos comadança dospreços nosestabelecimentos que vendem as mercadorias das quais temos necessidade. Não nos amedontramos, nemqueremos a saída dePalocci, Meirelles e os demais doutores.
Queremos queseesforcempara encontrar soluçõesrazoáveisparaumasituação que vem sem forças paracontinuar agindo. Continuemos a contar com os responsáveispela área, sem mudança, no próximo futuro de Lula presidente.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
P.S. PAULO SAAB
Ilha confirmada
Confirma-se no governo Lula a tese de que Brasília é de fato uma ilha dafantasia. Por maisméritos que o Distrito Federal tenha, não consegue superar asdistâncias e colocao dirigente numa redoma que o faz ver arealidadenacional com focodistorcido. Adeclaração dopresidente Lula "ameaçando" os empresários comreduçãodos impostos deimportação, caso haja aumento depreços, é típica do distanciamento que ailha da fantasia proporciona aos ilhéus.
Endereço errado
A"ameaça" dopresidente, endereçada ao empresariadonacional, teveendereço errado,pois foifeitaatravés daCNI.Deveria tersidodirigida aos integrantes da administração pública.
A inflação no País é gerada pela elevação dos preços gerenciadospelo próprio governoe pelos gastos da administração pública. O governoa combatecomremédiosdeinflaçãode demandae não decustos gerados pelo próprio governo. Agora, ameaça as empresasporumaremarcação que não existe (é demagogiapura), masquepoderia ser necessária por causa da elevaçãodospreços administrados pelogoverno, dasmatérias-primas onde o governopermitemonopólioepelaelevaçãodacarga tributária.
Gastos excessivos
Ailhada fantasiaestávitimandoo presidenteLula e seu governo. A miragem provocada pelocerradodeumidaderarefeita-ofaz enxergar um Brasil diferente daquele que as pessoas, notadamente da classe média, vivem no cotidiano. Compraravião milionário, pode. Nomear
MARCEL SOLIMEO
Opresidente Lula estará participando hoje do Fórum SocialMundialde Porto Alegre, noqual, seguramente, daráênfaseàatuação do governo na área social e, em seguida, vaiàreuniãode Davos, onde deveráse reunir com empresários estrangeiros, procurando atrair investimentosexternos para o país. Essasvisitas vãorefletir, maisumavez,aambiguidade que temcaracterizado, desde oinício, opresidente Lula, queapoia aracionalidade da equipe econômica mas, ao mesmo tempo, mantém o grupo ideológico de seuministérioque desenvolve ações contrárias às atividades empresariais e aos investimentos.
grupo heterogêneo que se reunirá em Porto Alegrequetemcomopontos comuns acondenação ao"neo liberalismo",o ódioaosEstadosUnidos ea rejeiçãoao avanço tecnológico - o presidente Lula resolveu visitar um acampamento do MST, fruto da invasão de uma propriedade "produtiva".
moum incitamentoaodesrespeito do texto constitucional e do sistema jurídico do País.
milhares de correligionários sem formação adequada paracargosimportantes, pode.Deixar aentouragefamiliar viajarascustas do erário,pode. Elevar brutalmente o Imposto de Renda paraos prestadores deserviço,pode. Ajustar os preçoscontrolados pelasagências dogoverno, pode.Pode tudoquediz respeito a gastos do governo ou seusustento. Nisso não se mexe.
Tiro no pé
Afúriaarrecadatóriaeaintimidação proposta pelo presidente estão na contramãodos interessesdoPaís. Sugam, ogovernoeseus aliados, as entranhas da classe média e do setor produtivo nacional, deonde saema arrecadaçãodoprópriogoverno eosempregos dequetantonecessitamos.É umtironopédosmoradores da"ilha",porquantoamédio prazoestãoeliminandoacapacidade dos contribuintes desustentar ocorporativismo dos membros do poder público.
Rombo maior
Descobre-se a cada dia queo buraco (aherança maldita)deixado porMarta naprefeitura paulistana é maiordo queimaginado. A irresponsabilidadeanterioré reveladapelonovo prefeito.Oquenãooexime, todavia, de governar para melhorar a cidadee cumprir suas promessas de campanha. Inclusive, a eliminação de taxas incabíveis. E que o prefeito não fique,mesmo,refémda Câmara Municipal. O Legislativo da capital muito deve ainda à população que os elegeueossustenta.Porenquanto, só pensamneles próprios.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
Assegura a autonomia informal doBancoCentral mas está colocando políticos nas agências reguladoras, que deveriam ser resguardadas daingerência políticapara garantirtranquilidade aos investidores. Alémdisso, propõemedidas intervencionistas contra os meiosde divulgação, os audiovisuais e as universidades.
Provavelmente, para melhorar sua imagemjunto ao
ANão bastasse essa decisão absurda,da presença no acampamento de invasores de terras, esquecendo que p ro m e te u cumprir e fazer respeitar a Constituição, que assegurao direito de propriedade, o presidente Lula ainda defendeu o MST, que qualificou como um movimento "sério". Justificou as invasões ao afirmar que eles "não tem culpa de estarem acampados " ali. A culpa, segundo o presidente, "é da estrutura". Com isso, pode-se entender que qualquer grupo ou cidadão quese sentirinjustiçado pela "estrutura" do capitalismo e do "neoliberalismo " podese apossar das propriedades por conta própria, o que se afigura co-
Lula apoia a racionalidade econômica mas dá força ao grupo ideológico
Retomando emseus últimos improvisos uma linha que parece querer estimular o confrontode classes,como ao dizerque osricos seincomodam coma presençados pobresnas universidadese que muitosnão seconformam com seus programas sociais, o presidente Lula afirma"que sabe quem são seus amigos de ontem, de hoje e de sempre" e que " tem a certeza de que voltará sempre para juntodaqueles que são seus mais sinceros companheiros de lutas ". Apesar dessa empolgação juntoaos acampados,e dapromessa de voltar para junto deseus companheiros quandodeixar opoder, não constaqueo presidentetenha estadoconvivendo com elesnos vinteanos queantecederamsuaeleição,embora sempre os tenha apoiado em suas ações ilegais de invasão de propriedades. Para assegurar que o MST é"sério",inaugurouumaes-
colaque, segundoEgydio Bruneto, um de seus dirigentes, terá como "principal objetivo formar quadros paraocuparterras", sejam os "latifundios produtivos ouimprodutivos". Essa afirmação, feita na presença do ministrodaReforma Agrária, foi retificada pelo líder maiordo movimento, João Pedro Stédile, para quem "não precisa de escola para ocupar terra",que seu objetivoé "tomaropoder para os trabalhadores"e representa um"passogigantescona construçãodeuma grandenação democrática, justa e socialista". Depois desta visita ao acampamento dos invasores deterras, eda defesadas invasões e do MST, fica difícil imaginar qualserá o discurso em Davos para atrair capitais externos, que buscam o respeito às instituiçõescomoumdos fatores fundamentais para garantir a segurança dos investimentos. Osinvestidores internacionais costumam avaliar os governos e os riscos de um paíspeloseuconjuntoe,nesse caso, a ambigüidade que temmarcadoa atuação do presidente Lula,se constitui em fatornegativo paraa avaliação do Brasil.
apropriação indébita de imagens empresariais e de personalidades públicas através dainternet éprática tãocorriqueira quanto de dificílimo controle. O recente episódio, emque um hacker conseguiu associar abiografia oficialdopresidentebrasileiroa conteúdos injuriosos, é apenas um dos exemplos mais recentes noverdadeiromarde violações que inunda o ambiente da Web. Mas se aPresidência da República dispõedeum enormeaparato de inteligênciaeinvestigação para ocuidado comsua imagem,o mesmonão sepode dizer das corporações em
geral e muito menos das chamadas celebridades, cujas logomarcas enomes são objeto de toda a sorte de manipulação. É diante destecontexto que comunidadescompostas por advogados, homens de marketing e cientistas da com puta ção vêm se movimentando mundialmente parase chegaraferramentascapazes de estabelecer umnívelde vigilância que vá além dos meros serviços genéricos de busca. Estas ferramentasdealerta devemconter regrascompatí-
Novas ferramentas aumentam a vigilância sobre nomes e marcas alterados na web
veiscomos direitosdepropriedade intelectual e de imagem, e uma gama de filtros inteligentes, capazes de estabeleceros limitesentre informação e ruído. Felizmente para a sociedade - e infelizmente para os piratas e oportunistas da rede -começam a surgir tecnologias com esta característica. Recém-lançada, a tecnologia denominada "CM Monitor", desenvolvida na Espanha, é a primeiraa conseguiroferecer resposta a esta questão, com alto nível de consistência e a
custos efetivamente compatíveiscom acapacidade de investimento dos interessados.
Tal tecnologia se constitui de umacombinação de softwareeserviçoscapazde monitoraro uso de logotipos, nomes empresariais e demaissignos distintivos, em qualquer site da Internet, eajudar osdetentores dos direitos a tomar decisões em defesa de seus ativos.Atualmenteo sistema játemalcanceglobal, atingindo cerca de cinco bilhões de páginas.
Elisa Santucci, diretora de Consultoria da Propriedade Intelectual da Clarke, Modet & Cº
Associação Comercial de São Paulo
Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br
Superintendência de Marketing e Serviços: Fone:
Começa hoje, em São Paulo, a batalha da Frente Brasileira contraa
Medida Provisória 232 para derrubar osartigos queimplicam em aumento da carga tributária. Representantesdascercade70entidades que aderiram ao movimento reúnem-senasede do Sindicato dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Sescon-SP) para traçaras estratégias de combate, que incluem umamarcha àBrasília comdatadelargada marcada para o dia 15 de fevereiro, quando termina o recesso parlamentar.
E não faltam armas para convencer oCongresso do aumento inoportunode tributos. Aelevação da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Socialsobre oLucroLíquido (CSLL) de 32% para 40%, instituído pela MP 232, deve impactar o setor mais tributado da economia brasileira: serviços.Segundo estudoda FundaçãoGetúlio Vargas (FGV), do total de R$ 251 bilhões arrecadados em 2001, o setor respondeu por quase 32% (R$ 79,8 bilhões).
O presidente da Confederação Nacionalde Serviços, Luigi Nese, já pediu uma atualização desses dados até 2003para queo estudo seja usado contraa medida provisória.
Integrantes da Frente Brasileira definem hoje táticas para tentar derrubar o aumento da carga tributária que ameaça o setor de serviços, o mais tributado segundo estudo da FGV
MP vai elevar em 10% os custos dos contabilistas" Marangon
"O estudo demonstra que o setor de serviços é o que maisarrecada embenefício dogoverno,entãoele não pode ser taxado como o que pagamenos imposto",afirma Nese, queestará na reunião no Sescon-SP hoje. Também estarão presentes Guilherme Afif Domingos, presidenteda AssociaçãoComercial deSãoPaulo (ACSP),Gilberto Luizdo Amaral, presidente do InstitutoBrasileiro dePlanejamento Tributário(IBPT), AntônioMarangon, presidentedo Sescon-SP,Márcia Regina MachadoMelaré, vice-presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), entre outros.
Gol é condenada pela Justiça por morte de cachorro durante vôo
AGolLinhasAéreas foi condenadaesta semanapelo 2º Juizado Especial Cível dedefesado Consumidor dacapitalbaianapelamorte do cachorro Zeus da raça American Starffordshire que pertencia ao advogado FábioMiguel Rosa. O animalmorreuno compartimento de cargas de uma aeronave da companhia durante umvôoentre Salvador e São Paulo, em 2003.
O setor de serviços é o que mais arrecada no País" Nese
Ontem, nem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) poupou críticasàMP 232.Segundo ele, a medida implica numa perda de arrecadação compartilhada de R$ 1,2 bilhão e num aumento da receita exclusivadoExecutivo federal de R$ 4 bilhões. Aumento - Somando o aumento da carga tributária comoda burocracia,sefor aprovada, aMP 232vai aumentar em 10% os custos dos contabilistas de acordo com Marangon. "Os escritórioscontábeisterão que contratar pessoal e comprar equipamento porque alguns setores passarão a ter retenção na fonte, o que vai dar muito trabalho",expli-
A causa provável do incidentefoi adespressurização do contêiner de carga. O fato de Zeuster sido encontrado sem vida em cima das bagagens depois de romper a gaiola ondefoi embarcado,mostra que ele sofreu muito antes de morrer. O juiz Marcus Aurelius Sampaio entendeu quea companhia foi responsável pelofato.ElecondenouaGol a pagar uma indenização de R$ 1.101,87 por danos materiais,maisR$ 3,5milporlucro cessante (jáque Zeus era um reprodutor) e outros R$ 1,5mil pordanos morais."A
ca. "Como o pequeno e o médioempresárionão suportam maisaumento de custo, seremos obrigados a absorver parte disso".
A Associação Brasileira dasEmpresasde Serviços Terceirizáveis ede Trabalho Temporário (Asserttem) afirmaqueo primeiroimpacto do aumento para o setorseráadiminuiçãodecontratação de temporários. "Issoaconteceuquandoa alíquota daContribuição para oFinanciamento daSeguridade Social(Cofins)subiu de3% para7,6%", lembra Vander Morales,presidente da associação.
Ele diz que as empresas de trabalho temporário tributadas pelo lucro presumido vãoseratingidaspordoisângulos: oaumento doImpostode Rendae dacontribuição social e a retenção do Imposto de Renda na fonte, que passou de 1%para1,5%. "Muitasvezes,esse0,5%,que atingiu também as tributadas pelo lucro real, representa amargem delucro daempresa", conta Morales. O presidenteda Asserttem afirma que os tributos federaissomadosaoImposto sobre Serviços (ISS) correspondem a 28,6% do salário médio do trabalhador temporário."ComaMP232, essa tributaçãorepresentará 29,10%", contabiliza. Laura Ignacio
morte do animal durante o transportedemonstraa negligênciada répara comsua obrigação,queseriaentregar ocãoem perfeitoestado ou sejanamesmasituaçãoqueo recebeu", escreveu num trecho da sentença. Antesde embarcarocão, conforme as normasde transporte aéreo, Rosa o submeteu a exames pela veterinária Vera Brandão que atestouaboasaúdedeZeus. O documento assinado pela veterinária, com os procedimentos, foiacatado sem contestação pelaGolantes do embarque. (AE)
governo federal gastouno anopassado apenas 48% dos recursos que arrecadou coma Contribuição de Intervençãono DomínioEconômico (Cide), o chamado imposto sobre combustíveis.É omenor índice de utilizaçãodesde 2002, primeiro anoemqueacontribuição passou a ser cobrada dos consumidores brasileiros,com oobjetivo legalde financiar investimentos em infra-estrutura e meio ambiente. O uso do dinheiro arrecadadocom aCideestá na mira da comissão de tributaristas recém-criadapela Ordem dos Advogados do Brasil(OAB), emreação à Medida Provisória 232, baixada pelo governo. Noacumulado dostrês anos em que existe, a Cide já rendeu R$ 22,4 bilhões, dos quais R$ 9,1bilhões permanecem paradosno caixado Tesouro e outra parte foi desviadapara outrasfinalidades, comopagamento de juros e encargosda dívida e salários deservidores.Em investimentos,foram aplicados somente R$ 3,9bilhões entre 2002 e 2004. O usode menosda metade do dinheiro da Cide, num momento em que 74,7% das estradas estão em péssimo estadode conservação, surpreende porque em2004ogovernocomeçou arepassaraosEstadosemu-
nicípios uma parcela do que arrecada coma contribuição.Descontandoovalorde R$1,5bilhãotransferidoaos governos estaduais e municipais, a União aplicou diretamente só R$ 2,1 bilhões da Cide (27%), sendoR$279 milhões na manutenção da malha rodoviária federal. Em 2002, quandoa Cide foi cobrada pela primeira vez, 73% dos recursos (R$ 5,6 bilhões) chegaram a ser gastospelo governo federal,sendo R$ 1,7bilhãoem investimentos. Em 2003, o valoraplicado caiuparaR$ 3,9 bilhões, e o índice de utilização, para 53%. Teoricamente, apenas 20% daarrecadação deveria estar sendo economizada parao superávitprimário, mas o governo se aproveita dafalta deregulamentação na legislação da Cide para desviar ou "esterilizar"os recursos.De acordo com a interpretação dos tribunais superiores, nada impede que o governodeixe odinheiroda Cide parado no caixa, engordando as chamadas "disponibilidades" do Tesouro,que sãoabatidasno cálculo da dívida pública. O Ministério dos Transportesinforma queos gastos com recuperação emanutenção de rodovias chegaram aR$ 2,4bilhões no ano passado, 77% do total do orçamento de 2004. (AE)
Safra 2004
Ilha poderosa, como Manhattan; financeira, como Wall Street; turística, como Paris; cinematográfica, como Hollywood.
Esta metrópole chinesa brilha com mil e uma atrações para o viajante – da Avenida das Estrelas e o seu Calçadão da Fama à Disneylândia, prevista para inaugurar em setembro. Págs. 2 e 3
sob um fog insistente, Hong Kong fervilha entre cores e néons. E a cidade fica ainda mais encantadora se vista das janelas do hotel The Peninsula (à esq.). O comércio de modernidades a preços atrativos e de curiosos souvenirs chama a atenção tanto quanto os meios de transporte – como as sampans (ao lado) – e a peculiar culinária. Iguarias que devem ser apreciadas no
A Citrovita, empresa do Grupo Votorantim, ratificou ontem a compra da Sucorrico S.A. produtora independente de suco delaranjacomsede em Araras (SP), por 70 milhões de dólares, ou cerca de 190milhõesde reais. Segundo o presidenteda Sucorrico,Lair Antoniode Souza,as duas empresas vão dividir o comandoda unidade atéofinal dasafra 2004/2005 de laranja, em 31deabril, eaCitrovita assumetodaa direção em primeiro de maio. OGrupo Votorantim informou, por meiode sua assessoria de imprensa, que amanhã à tarde deverá dar uma coletivade imprensa para anunciar onegócio. O acordoentre asduasempresas foi feito em dezembro do ano passado, mas demorou a ser ratificado, pois alguns dos 199 acionistas da Sucorrico S.A. relutavam em exercer o direito de preferência por suas ações.
Alémdaunidade processadora da Sucorrico em Araras, os 237 funcionários e os contratos de fornecimento de suco e compra de fruta serão assumidos pela Citrovita. Será a terceira unidade da empresa do Grupo Votorantim, que já possui outras no Estadode São Paulo, uma em Catanduva e a outra na vizinhaMatão comcapacidadeinstalada até então para processarem, juntas, 45milhões decaixas de 40,8 kg de laranja por ano– oequivalente a200 mil toneladas de suco. A
empresa ainda tem três terminais marítimos e cinco fazendas.
A planta industrial adquirida pela Citrovita processa anualmente 12 milhões decaixasdelaranja, mas tem capacidadepara15 milhõesde caixas.Fatura70milhões de dólares poranoe todasas cercade50 miltoneladasdesucodelaranja produzidas são vendidas para aCutrale, contrato que aindatemtrês anosdeduraçãoequeserá honrado pela empresa do Grupo Votorantim. Com a produção da nova unidade comprometida até2007,a Citrovita já iniciouo processopara dobrara fabricaçãode suco de laranja da planta de Araras, considerada uma dasmais modernas dopaís,para até100mil toneladas por ano.
Estratégia
A aquisiçãoé estratégica para oGrupo Votorantim, pois oaporte no processamento resolveráo seumaiorproblema logístico. Boa parte de sua laranja está ao sul do parquecitrícolapaulista, próximo à unidade adquirida.Comaaquisição e com o aumento da produção, a Citrovita passará aser aterceiramaior processadorae exportadora de suco dopaís, com cerca de 15% do mercado, ultrapassando aCoinbra,do grupo francês Louis Dreyfus, que tem cerca de 12%, e ficandoatrás dasbrasileiras Cutrale e Citrosuco,que possuememtorno de 35% cada. (AE)
A indústria paulista Yema, com 30 anos de tradição no mercado de queijos especiais, fabrica o produto desde novembro do ano passado, e espera um crescimento de 5% nas vendas deste ano
Nos últimos anos o paladar dobrasileiro para queijos mudou. O tradicional queijo minas agora divide a mesa com tipos mais especiais, como a mozzarella de búfala.A constataçãoé delaticínios, como a indústriade queijos Yema, de São Paulo, que está investindo nafabricaçãodoproduto. "Os consumidores despertaram para o sabor suavee a consistência macia damozzarella", afirma Antônio Ruoppolo, proprietário da empresa.
Há 30 anos a Yema fabrica queijos especiais, como gorgonzola, gouda,ricota e mozzarella mista – que mistura leitede vaca ebúfala –, mas somente em novembro doano passadodecidiuentrar nomercado demozzarellafeita100%comleitebúfala. SegundoRuoppolo, "foi quando o volume de leiteaumentoe permitiuoinvestimento". Explica-se:a produção brasileiratriplicou nos últimos anos.
Apartir defevereiro,a empresadeveráindustrializar 10 mil litrosde leite por dia. Os fornecedores são da região de São Miguel Arcanjo eGuareí,noValedo Ribeira (SP), onde estão duas fábricas daYema. Eles sãoresultadodo trabalho deconvencimento feitope-
la indústria, que mostrava as vantagens de se criar búfalos. "Oanimal émais rústico, exigemenos cuidados, eo litrodeleite custa50% maisque ode vaca",afirma Ruoppolo.
Outra vantagem é a produtividade. Parafazer um quilode mozzarella com o leite de vaca, gasta-se, cerca de 10litros.Comoleitede búfala, são necessários apenas sete litros. "Por esse motivo, ele é muito apropriado paraaindustrialização",diz Ruoppolo.
Por acaso Italiano de Salermo, Ruoppolo começou a produzir mozzarella por acaso. QuandoveioparaoBrasil,o empresáriomontou uma mercearia no bairro do Paraíso, na capitalpaulista. O vizinho era o restaurante Dinho’s Place, cujo dono, FuadZegaib,setornouamigo de Ruoppolo. Durante umaviagempara aItália, Zegaib provou a mozzarellaitaliana. Devolta aoBrasil,contoua Ruoppoloque tinha experimentado "a maravilha". Imediatamente, o italiano,que conheciamuito bem a receita da mozzarellamista, preparouopratopara Zegaib.Resultado: virou fornecedor do Dinho’s e, de quebra, conquistou outras casas renomadas
como Rubaiyat e Fasano. Atualmente, osrestaurantes são os principais compradores da Yema, mas,atéo finaldoano,com a entrada damozzarella de búfala nos supermercados, o quadro deveser alterado. Oatacado continua representativo, mas as vendas aos consumidores, por meio devarejistas, deverão aumentar. "Esperamos um crescimento de5%", afirma Ruoppolo.Parao varejo, a empresa desenvolveuembalagensmenores,de 400 gramas,de mozzarella imersa emsoro (bocconcino, fiorde lattee cerejas de leite). Os restaurantes compram baldes de três quilos desses produtos.
Para pizza
Outro empresário que estáotimista comamozzarella é Jaime Bruno, da La Vera Mozzarella, deNatividade da Serra, litoral paulista. Ele industrializa o leite de búfala desde 1988, a receita é napolitana.Brunolembraque, no início,as pessoasfaziam carade nojoquando eledizia que o queijo era de búfala. "Acreditoque issoaconteciaporcausado aspecto do animal,grandalhãoe meiosujo", afirma.Ocenário agora éoutro, o negócio está em ascensão. "Crescemos entre 15% e 20% no ano passado", completa Bruno. ALaVera processa, por dia, cerca de mil litros de leite. Na entressafra – de outubroafevereiro–,aprodução caibastante,200litros.Oleite para abastecer a fábrica vem de mais de 400 matrizes que ficamemfazendas naregião de Natividade. Como a Yema, a empresa tambémincentivoua criação de búfalos na região. "Fizemos uma parceria com os nossos vizinhos. Compramos os animais para eles produzirem", afirma. Aestratégia deu certo e servirá de modelo para um programa de desenvolvimento localdo governo estadual. Atualmente, 15 pecuaristas fornecem para a fábrica.
A maior parte da produção daLa Vera éde mozzarella própria para pizzas, feita com pouca água. "Adaptamos a receita para não molhar aembalagem daspizzas paraviagem", explica Bruno.O produtoé comercializado só no EstadodeSão Paulo.Outros mercados estão nos planos da empresa,mas, paraisso, épreciso terumaprodução mais regular deleitetodos os mesesdoano. "E isso só será possível com mais investimentosem melhoramento genético", afirma Bruno.
A proibiçãodo comércio decrustáceos, ostras,mexilhões e peixescultivados em SantaCatarina,determinadanaterça-feira pelo Ministérioda Agricultura porcausada suspeita de presença da"mancha branca" – doençaprovocada por um vírus que dizima criaçõesdecamarão–foirecebidacom surpresanoestado. O consultor de Defesa Sanitáriada SecretariadaAgriculturade Santa Catarina, Roni Batista, afirmouontemque nãoexisterazão técnica para o ato. O diretor doDepartamentodeDefesa AnimaldoMinistério,Jorge Caetano Júnior, explicou: "trata-se de uma medida preventiva e emergencial". Oficialmente, há apenas a suspeita da doença,jáque aindanãoestão prontos os laudosdos exames das amostras coletadas emLa-
Balança positiva. O resultado da balança comercial do agronegócio paulista atingiu 6,28 bilhões de dólares, um aumento de 39,5% em relação ao superávit do ano anterior, que foi de 4,50 bilhões de dólares, de acordo com levantamento feito pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A
guna, a 124 quilômetros ao sul de Florianópolis. Mesmo com uma possívelconfirmação,"o focoélocalizadoe estáisolado",afirmou Batista, que participoude reunião para elaborar um relatórioao Ministérioda Agricultura comoobjetivo de pedir o fim da proibição davendaa outrosestadose aoexterior. Nocaso dasostras e mexilhões,por exemplo, as áreas de cultivo estão muito distantesdas áreas afetadas, sem possibilidades de contágio.
A suspeitada mancha brancasurgiu em razão da mortalidade de camarões cultivados em 15 fazendas deLaguna,onde háoutras 21 em observação. Marcelo Bongiolo, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Camarão, afirmouquea medidafoiadotada por pessoas que "não
porcentagem do crescimento é maior do que o registrado no país, que ficou em torno dos 30%.
Diplomacia russa. O ministro da Agricultura Roberto Rodrigues voltou a dizer ontem que o embargo russo à carne brasileira não tem "a menor consistência técnica". Ele lembrou que a Rússia impôs a medida em razão de um foco de febre aftosa na Amazônia. Sobre a ação que o governo do estado do Rio Grande do Sul pensa em mover contra o Ministério da Agricultura em razão do embargo russo, o
sabiam da realidade". Segundo ele,é umfoco localizado e não há restrições para oconsumo humano.Por isso, a produçãodas fazendasque nãoapresentaram problemas está sendocomercializada normalmente por enquanto.
Para a oceanógrafa Flávia Ribeiro Couto, da Fazenda MarinhaAtlântico Sul,que fornece ostras, mariscos e mexilhões paratodo opaís, o Ministério da Agricultura foiradicale nãosabeoque estáfazendo. "Amancha branca éespecífica decrustáceos como camarões,lagostase siris enão temnenhuma relação com ostras e mexilhões", disse.
Ocamarão brancodoPacífico,explicou Flávia, é uma espécieexótica,introduzida no Brasil há 10 anos, e hospedeira natural do vírus."Durante essetempo,o
ministro disse que essa foi uma decisão unilateral da Rússia e a Agricultura não tem como responder por isso. A questão agora deve ser tratada, segundo Rodrigues, no campo da diplomacia.
Ajuda. O Grupo Bertin, exportador brasileiro de carne bovina, produziu 25 toneladas de carne enlatada para destinar às vítimas do tsunami, na Ásia. Um contêiner partiu da matriz da empresa, em Lins (SP), rumo ao Porto de Santos, e, no próximo domingo, embarca com destino a cidade de Medan, na Indonésia.
Ministérioda Agricultura ficou de costas para o mar. Por isso,nemfazidéia dos problemas que podem ocorrer". A empresa, com capacidade mensal de 19 toneladas,é dona de30%da produção catarinense. Odeputadofederal Edison Andrino (PMDB-SC), coordenador da Frente Parlamentarde Pesca,também afirmou quea proibiçãofoi umamedida exagerada do Ministérioda Agricultura, ao incluirostras emariscos na restrição.
Produção
A estimativa é de que, em 2004, tenhamsido produzidas4.500 toneladas de camarões em 90 fazendas de SantaCatarina, com1.300 hectaresdeviveiros. Aatividade está concentrada nas cidades de Laguna, Imaruí e Jaguaruna. (AE)
Dia 10, o PT completa 25 anos, mas as comemorações ficam para 19 de março, isto é, para depois das eleições de presidente da Câmara dos Deputados (14 de fevereiro). Belo Horizonte,terra do candidatoavulsoVirgílio Guimarães (MG) foi escolhida para centralizar as solenidades.
Em 25 anos, o PT – que nasceu no ABC paulista –se consolidou como principal legenda política no Brasil,commilharesde vereadores, dezenasde deputados, diversos senadorese governadores e o presidente da República.
O PT vai comemorar ¼de século de existência de olho na campanha de reeleição de Lula. O presidente, segundoas pesquisas, tema preferência do eleitor: se a eleição fosse hoje, Lula teria grande chance de continuar no cargo por mais 4 anos. O maior desafio de momento do partido é eleger presidentedaCâmara dos Deputados Luiz Eduardo Greenhalgh(SP), candidato oficial. O presidente daCâmaraé,constitucionalmente,o 3º homem na linha da sucessão presidencial.
L ui z Eduardo Greenhalghestáabsolutamente convencidode que tem o apoiode 87dos 90deputados que formam a bancada do PT na Câmara.Restariam ao dissidente Virgílio Guimarãesos outros3deputados desgarrados.
Apesar doapoiomaciço dabancada, osdeputados pró-Greenhalgh sãocontra qualquertipo depuniçãoa VirgílioGuimarães. Osdeputados acham que ocolega mineirotem odireito de se candidatar, embora contrariando a orientação partidária.
P etistas voltarama estender a mãoa tucanos na Assembléia Legislativa de São Paulo. Prometeram apoiar o PSDB na eleição depresidentedaCasadesde queos tucanosapóiem Greenhalgh em Brasília.
A eleição de presidente naCâmaradosDeputados será no dia 14 de fevereiro e a da Assembléia paulista em15de março.Então, o PT está em vantagem porquevaiver primeiroqual seráocomportamentodos tucanos naeleição deGreenhalgh.
G eraldo Alckmin voltou a transmitir a informação de que seu candidato a presidente da Assembléia Legislativa será aquele que forescolhido pela bancada,isto é,1 desses3: EdsonAparecido,Vaz de Lima e Wanderlei Macris.
L ula participa hoje de umareunião plenáriasobrepobreza noFórumSocialMundial, em Porto Alegre. Líderes petistas esperam por vaias ao presidente por iniciativa de esquerdistas mais extremados.Lulaviaja emseguida para Davos,na Suíça, para o encontro com os países ricos.
Também em DavosLula abordará o tema da pobreza no mundo. Elese juntou ao presidente da França, Jacques Chirac, na criaçãode umfundopara arrecadar contribuições destinadas a combater a miséria mundial.
Ciro Gomesvaideixaro PPSporque não houve acordo com o presidente dopartido,RobertoFreire. OuCirodeixaoMinistério
Segundo o ministro Luiz Dulci, governo Lula não precisa receber aplausos, mas merece respeito "Ogovernonãotemtemor de vaias" e, mesmo que não precisereceber aplausos, "merece respeito", disse o ministro LuizDulci,da Secretaria-Geral da Presidência, ao ser indagado sobre a possibilidade de o presidenteLuiz Inácio LuladaSilva enfrentarprotestos, hoje,no 5º Fórum Social Mundial, quese realizaem PortoAlegre,com a participaçãode cerca de 80 mil pessoas, número que pode chegar a 100 mil. Um grupo de africanos deu início ontem à maior marcha dos movimentos sociaisjá realizadanosencontros de Porto Alegre. SegundoaPolíciaMilitar,amarcha reuniu 200 mil pessoas.
da Integração Nacional porque o partido rompeu como governooudeixao partido. Vale a 2ª opção.
Não faltamconvites paraCiro Gomes.Oministro estáà vontadeparaescolhera novalegenda, incluindo o PSDB, ao qual já pertenceu. Em tempo: Ciro Gomes éum críticomordaz do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
N ão agrada a Ricardo Montoro a idéia de abrandamento da pena a RobertoTrípoli,comoseinforma.
O vereador seria punido pelo diretóriomunicipal mas perdoadopelo diretório estadual ou nacional. Trípoli contrariouoPSDB na eleição de presidente da Câmara.
J osé Serra tem interesse emqueaPresidênciadaCâmaracontinuecomoPSDB. Portanto,oprefeitoécontra a expulsão de Roberto Trípoli, acusado de traição.
A Comissão deÉtica do PSDB vai encaminhar ao diretório municipalo relatório sobre o pedido de punição a Roberto Trípoli. A Comissão deÉtica acolheu o pedido de punição feito pelo vereador Dalton Silveirae remete o relatório aos membros dodiretório municipal. Ontem,para evitarasuapunição,Trípolipediu oseudesligamento do partido.
Termina napróxima segunda-feira o prazo para os fornecedores cobrarem a Prefeitura de São Paulo. Cercadeduasmilempresas credorasjá foramcatalogadas pela nova administração. A dívida da Prefeitura com fornecedores pode chegar a R$ 500 milhões.
P almeirense fanático, o prefeito José Serra não compareceu aoEstádio do Pacaembu paraentregar a taça decampeãoda Copa São Paulo de Futebol Júnior aoCorinthians. Político matreiro, Serra sabe onde deveir sem correro risco de ser vaiado.
Correção: Por um erro de digitação, na coluna de ontem, na nota Aulas de Política, saiu "o PT constrói para filhos deagricultores.....", quando o correto é "o MST constrói para filhos de agricultores..."
O presidenteLulaparticipaàs10horasdolançamento da campanha "Chamada GlobalpelaAçãocontraaPobreza". "Temoscertezade que o presidenteserá recebido pelaamplamaioriacom muito respeito e, mais que isso, com muito interesse, porqueele éhojeum doslíderes da luta pela democracia no mundo", disseDulci. OPSTU(PartidoSocialista dos TrabalhadoresUnificado)espalhou pichações em Porto
Alegre ecolocou faixas condenando as políticas econômicas e sociais do governo. Existe aexpectativade que ativistas vaiem o presidente. Defesa – O ministro ressaltouqueoprestígiodeLula cresceujustamente emfunçãodo desempenho econômico e da geração de empregos. "Nenhumgovernoé perfeito. Mas um governo que,depoisdeanosdeestagnação, fez o País crescer mais de 5%ao ano, gerando2 milhões de empregos com carteira assinadaemumano, nãoprecisareceberaplausos, mas respeito merece, porque fez muitomais naeconomia que o anterior". Dulcinegou queestivesse respondendo adeclarações feitaspeloex-presidenteFernando Henrique Cardoso. Os tucanos foram enfáticos nascríticassobreoacréscimo de gastospúblicos daadministração federal,de 25%no ano, em relação a2003. O expresidente referiu-se à elevação dos dispêndios como "gastança", que seria contida por uma políticafiscal apertada,quelevaàampliaçãoda taxa de juros, prejudicando a população. (Agências)
Natentativa de conquistarvotos parasuacandidatura avulsa à Presidência da Câmara,o deputadoVirgílio Guimarães (PT-MG) se uniu aadversáriosostensivos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governofederal.Ontem Virgílio recebeuoapoio oficial do ex-governador eatualsecretáriodegoverno ecoordenação do EstadodoRio, Anthony Garotinho, que prometeu os votos de 30 deputados– entreeles, 18 do PMDB e seis do PSC – para a eleição do petista mineiro. Com Temer– Além de Garotinho,Virgíliose reuniutambém comopresidentedoPMDB, deputado MichelTemer(SP), outro desafetode Lula.Mas,cauteloso, Temernão secomprometeuaapoiar acandi-
Vereador Jooji Hato é denunciado por tráfico de influência
O vereador reeleito da Câmara Municipal de São Paulo Jooji Hato (PMDB) e sua mulher, Marlene Vatutin, foram denunciados ontem pelo Ministério Público por crime de tráfico de influência (pena de 3 a 7 anos e meio de reclusão). Eles são acusados de exigir e obter vantagem política, a pretexto de influir em ato praticado por funcionários públicos, do Módulo 3 do PAS –Plano de Assistência à Saúde – no período de junho de 1996 a novembro de 1998, quando a cidade era governada pelo exprefeito Celso Pitta. Campanha política –Hato, valendo-se da influência que gozava na administração de Celso Pitta, de acordo com o Ministério Público, obrigava os funcionários do PAS a trabalharem em suas campanhas eleitorais.
A denúncia foi encaminhada ao juiz da 18ª Vara Criminal, que deverá dar um prazo de 15 dias para que o vereador apresente defesa preliminar por escrito. (AE)
Jornal 'Los Angeles Times' faz duras críticas a Lula
Numa das mais duras críticasque já fezaogoverno do presidente LuizInácio Lulada Silva, o jornal 'Los Angeles Times' comparou ontemos dois momentos do presidente no Fórum Social Mundial: o sucesso de sua estréia, em janeiro de2002, eadecepção dosmilitantes, quehojeorecebem, na mesmaPorto Alegre."Que diferença fazem dois anos", diz o enviadodo jornalao evento, Henri Chu.
Na primeira vez, assinala o autor, Lula"arrancou entusiasmados aplausos de uma platéia de ativistas ao prometer acabar com a fome nos países pobres".E,hoje,"as vaiaspodem tomar o lugar dos aplausos",quepartiam"dequemantes o apoiava fielmente como o homem que ia, enfim, colocar suas causas no topo da agenda presidencial".
Decepções – Na comparação entreo que essaplatéia esperava de Lula e o que ele de fato fez, a reportagem desfila críticasedecepções delíderesde
daturadomineiro.OPMDB estádivididoepartedabancada de 77 deputados apóia o candidato oficialdo PT, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh(SP).Mas aala oposicionista ao governo, liderada porGarotinho, quer votarem Virgílio.Nos bastidores, peemedebistas dizem que Temer trabalha para derrotar Greenhalgh. Mas acúpula dopartido no Legislativo apóia o Planalto e negocia a parte que caberá ao partidonareforma ministerial em elaboração. "A tendência é votar contra o candidatooficial por causadas intromissõesdo governo dentroda vida internadoPMDB", disseGarotinho. Emsuaavaliação, Virgílio é o melhor candidato porque "tem palavra". (Agências)
favelados, de vítimas da violência,militantesdo Movimento dosTrabalhadores Sem-Terra (MST),defensores do meio ambiente irritados como desinteressepelosíndioseaautorizaçãoparafazendeiros plantarem soja transgênica.Os militantes,ressalta,o jornal americano, estão decepcionados porque"o antigo líder sindical adotou políticas iguais às do governo de centrodireita que o precedeu". Henri Chu menciona um comentário do cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília – a confissão do deputado Fernando Gabeira, que disse "ter sonhado o sonho errado". Depois de ouvir as justificativas de auxiliares do Palácio do Planalto, que pedem mais tempo para que o programa prometidoseja cumprido e festejam o crescimento em2004, areportagem apresenta críticos que perguntam"aquecustoessarecuperaçãoaconteceu, equem foipor ela beneficiado". (AE)
de São Paulo e o presidente
Lula trocam gentilezas
Oprimeiro encontrodo presidenteLuiz InácioLula da Silvae oprefeito deSão Paulo, José Serra (PSDB), em um evento público,foi marcado pela troca de amabilidades. Lulae Serraparticiparamda entrega das primeiras bolsas do programa federal Universidade para Todos. Serralembrou que reconhece pessoalmente a importância dessetipo definanciamento já queele próprio não teria se formado se nãofosse a universidade pública. (Reuters)
O presidente da Câmara Municipal,vereadorRobertoTrípoli,nãofazmaisparte do PSDB. Ele se desfiliou ontem do partido. Sua decisão encerra oprocesso de expulsão queestavasendo preparadopelos tucanos. Ontem, a Comissão de Ética do PSDB entregou relatório ao diretório municipal recomendandoaexpulsãodedo vereador, que lançou sua candidatura àPresidência daCâmara contraseucompanheiro debancada Ricardo Montoro. Trípoli pretende ficar sem partido, embora tenha recebido muitos convites."Recebi convitesde váriospartidos. Não me decidi por nenhum. Acho melhor ficar sem partido e pensar apenas nos problemas da presidênciaedacidade".O vereador,quejátinharecebido convites do PT e PMDB, foi procuradoontem peloPDT e também pelo PP. Ao evitar o prosseguimento do processo de expulsão Trípoli deixa aberta uma porta no próprio PSDB, pois poderá nofuturo, se quiser,pedir nova filiação. Oprocesso contraTrípoli foi abertoa pedidoda bancada de vereadores do PSDB. Na eleição da presi-
dência,no dia1°, adisputa estava empatada entreos tucanos eseus aliados,contra osvereadorespetistase integrantesdoBloco Blindado (formado por parlamentares do PMDB,PL, PTB, PP e PCdo B). Trípoli, que eraeleitor deMontoro, propôs votar com o Bloco Blindado e os petistas se ele fosse o presidente. Sua atitude provocouacusações de traição. Mas antes de Trípoli, petistas e vereadores do Bloco Blindadotinham recebido propostassemelhantes de outros apoiadores de Montoro. Diretóriocriticado – Emborao pedido de abertura deprocesso deexpulsãotenha sido feito pelos vereadores, algunsparlamentares tucanos afirmavam nos últimosdias queseriauma atitude drásticaa exclusão deTrípoli dosquadrospartidários. O ex-presidente do diretório municipal do PSDB, João Câmara, criticou abertamente a decisão da Comissãode Ética. "O processoficouviciado.Orelatório foi vazado para a imprensa. Alémdisso,não houve traiçãopartidária, já que a candidaturado Montoro não foi referendada pelo partido, masapenas pela
bancada e pelogoverno. Se o processo fosse adiante, o Trípoli seria inocentado e permaneceria no partido, já queconseguiriao votofavorável da maioria dos 71 integrantes daexecutiva municipal", disse Câmara. Superado – "Diante da situação colocada esta foi a melhoralternativaparaacidade e o PSDB", disse o líder da bancada tucana na Câmara, vereadorDaltonSilvano. Segundoele, oepisódio Trípoliestá superado. "Na política como na vida é precisoseguirem frente. O episódio serviu apenas como um aprendizado". O presidente da Câmara se encontrahojecomSerra para informar queapesar de não fazer mais parte do PSDB vai dar prosseguimento a uma convivência pacífica entre Câmara e Prefeitura.O encontroerapara ser realizadoontem, mas Serra teve de comparecer à solenidadedo Programa Universidade Para Todos e pediupara adiar oencontro. Ao mesmo tempo,Trípoli fez questão de comunicar aos principais líderes políticos da Câmara sua decisão, antes deencaminhar sua carta de desligamento. Fernando Lancha
É hoje, em São Paulo, a reunião que irá traçar a estratégia de ataque ao pacote de maldades embutido na MP 232.
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Seqüestro no Iraque: bola com Ronaldo
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Há 60 anos, o fim de Auschwitz. Página 6
Contribuintes indignados com o peso dos impostos disparam: "absurdo", "vergonha", "abuso", "injustiça"!
Páginas 15 e 16
Moda sai das passarelas para a rua Confecções já mostram as linhas românticas do Fashion Week. Pág. 7
Fórum Social ensaia vaias para Lula Protestos devem marcar visita do presidente. Página 3
Um destino que reacende religião, superstição, imagens do cinema... Influenciado pelas maravilhas – e pelas tradições –chinesas, nosso repórter voltou de uma viagem à ilha oriental para relatar aqui suas impressões em exatos 8.888 caracteres. Os números, e seus significados, são obsessão nacional. E o "8" quer dizer prosperidade
Moisés Rabinovici
Por
Ao final de quatro dias passados em locais de assassinatos, seqüestros, atentados terroristas, tráfico de drogas, prostituição, espionagem, tiroteios e guerra de gangues, o repórter encontrou sobre sua cama no Hotel Langhman um bilhete em inglês. "Responda, por favor: o que mais o impressionou em Hong Kong?"
O repórter respondeu, sem titubear: A SEGURANÇA!!!
Ilha poderosa, como Manhattan; financeira, como Wall Street; turística, como Paris; lotada, como o centrão de São Paulo; com chiques e famosos sem seguranças nas ruas; Rolls-Royces no trânsito; um vasto porto, Porto Cheiroso (a tradução de Hong Kong); mas... e... nenhum trombadinha!
CRIME, EM HONG KONG, É FICÇÃO. SÓ NAS TELAS DE CINEMA. Victoria Harbour, a vista mais espetacular da cidade banhada a néon, foi o cenário de 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro, com grande elenco dizimado por James Bond. No SoHo estão os pontos de traficantes do filme Chungking Express. Do arranha-céu mais alto da cidade e 5º do mundo, os dois IFC, Lara Croft salta para Caçadores de Tumbas II. Seqüestros e atentados começam já no aeroporto Chek Lap Kok em Hora do Rush II. A prostituição se espalha em O Mundo de Suzie Wong e Adeus Minha Concubina, do cineasta Leslie Cheung, que se atirou do 24º andar do Mandarin Oriental Hotel. O endereço de tiroteios e gangues é a Pottinger Street, escolhida para Infernal Affairs – Infiltrados. E o encontro do Ocidente com o Oriente ficou há 54 anos marcado pela lacrimosa história de amor entre um jornalista americano e uma médica chinesa, A Love Is A Many Splendored Thing, ou Suplício de uma Saudade, filmado em Repulse Bay. Não é por acaso que muito turista desbrava a ilha com a sensação de que já viu o filme. Hong Kong é cinematográfica. A Hollywood oriental. Uma de suas novas atrações, a Avenida das Estrelas, em Tsimshatsui, celebra os 20 mais famosos do cinema chinês, como Jackie Chan e Bruce Lee, numa réplica de 440 metros do Calçadão da Fama. Legiões de chineses do continente invadem o cenário diariamente: são uma cultura milenar se deslumbrando com o mundo livre e altamente tecnológico em seu próprio outro país. O encontro do comunismo com o capitalismo; do aroma de incenso e da flor nacional, a bauhinia, a origem do nome Porto Cheiroso, com a multidão de celular fotográfico no ouvido ou no olho,
sob o fog que persiste apesar do fim do mandato britânico de 99 anos.
Os ingleses partiram em 1º de julho de 1997. Conquistaram Hong Kong, com outras 235 ilhas, em duas Guerras do Ópio (1839-42 e 1856-60) impostas aos chineses, e a devolveram sob condição de que, por 50 anos, até 2047, ela será administrada pela China sob a fórmula "um só país, dois sistemas" – uma ilha de economia de mercado num oceano comunista, refletindo a ambigüidade do Yin e do Yang. Hambúrgueres e carrões são vendidos na China continental, mas o jornal New York Times, não –só em Hong Kong. Foi mesmo o que previram os hongkongoneses – ou hong-kongers, em inglês: os negócios precedem a política. Tanto que o debate político desde a reintegração se limitou a questões como galinhas e poluição. Um anticlímax para o resto do mundo, que temia um assalto imediato à liberdade individual. Na Região Administrativa Especial da China, agora o prenome oficial de Hong Kong (SAR, na sigla oficial), os jornais locais estão sob censura invisível, mas a internet é livre, ainda, e as livrarias vendem até mesmo livros anunciando que está chegando o colapso da China, como The Coming Collapse of China, de Gordon Chang.
A S ESTRELAS NO CALÇADÃO
DA FAMA são ofuscadas pelo hotel das mil e uma estrelas, The Peninsula, por duas vezes "o melhor do mundo" dos guias Zagat, Travel & Leisure e Condé Nast Traveler. Alguns jornalistas brasileiros, convidados pelo grupo The Leading Hotels of the World, foram recebidos com champanhe na suíte de US$ 5.065 a noite, recentemente ocupada por Tom Cruise. Avista-se Hong Kong brilhando dourada até da suntuosa banheira. Do
Avenida das Estrelas: a cidade criou sua própria Calçad
balcão, por telescópio. Ou do quarto, deitado na cama. O prédio do Banco da China sobe ao céu com uma série de triângulos que culminam num prisma, mudando inteiramente de cor a cada momento. Toda noite, de 8h às 8h18, 18 dos prédios espetaculares no horizonte exibem A Symphony of Lights, com explosões de roxo, verde, vermelho e
Paraíso das compras: os últimos modelos de eletroeletrônicos são encontrados nas lojas por preços irresistíveis
Mil estrelas: das suítes do luxuoso The Peninsula avistase toda Hong Kong. Ainda no hotel, o banheiro do bar Felix convida a um inusitado programa nas alturas
amarelo, flashes brancos e fogos de artifício (o chinês gosta tanto do 8, soando como a palavra "prosperidade", que suas Olimpíadas vão começar em 8/8/2008, às 8h). Tradicionais sampans e balsas zarpam com turistas para um espetáculo a mais, as luzes do skyline efervescente refletidas nas águas do Victoria Harbour. Liga-se do celular para um número, e ouve-se a sinfonia. Rádios e um portal na internet também a transmitem. O chá das 5h no lobby do Peninsula é lendário. A sopa de barbatana de tubarão, no restaurante Spring Moon, alguns andares acima, um requinte. Mas há um programa duvidoso no exuberante bar Felix, no topo do hotel: fazer xixi sobre Hong Kong. Foi idéia do arquiteto Philippe Starck. É a impressão que dá aos homens sem vertigem mirando telhados, ruas e pedestres lá embaixo, embora um vidro sirva de escudo quase invisível e uma canaleta leve o rio de emoções para o esgoto. As mulheres fazem fila para entrar nos intervalos em que o banheiro fica vazio. Mas não podem "curtir" o programa. Só imaginá-lo.
Todos os pontos de vista são cartõespostais em Hong Kong. Mas qual o mais arrebatador? Eis a questão! Hors-concours é a travessia de balsa entre a ilha de Hong Kong e a península de Kowloon. "Espetacular", "soberbo" – ouve-se a bordo. O preço é incrivelmente ridículo, como em todo transporte público local: 2,20 dólares hong-kongoneses, menos de R$ 1 (HKD$ 1 = R$ 0.343862), para um lugar na primeira classe no segundo andar do Star Ferry, que zarpa a cada 10 minutos, entre 6h30 e 23h30.
A visão do alto dos 373 metros do Victoria Peak, no meio da ilha, também é fantástica. Sobe-se em 7 minutos num bondinho existente desde 1888, por R$ 10,30. Lá em cima, uma atração extra: um rickshaw para fotos. Mas, atenção: o chinês sorridente sentado ao lado cobra cada clique. E dá uma quádrupla resposta para tudo e todos, em inglês, levantando e baixando a cabeça: "ok, ok, ok, ok". A deslumbrante arquitetura dos prédios desponta de qualquer ângulo. Vendedores de relógios e souvenirs montam bancas pelas passagens estratégicas. Você os encontrará em todos os pontos turísticos.
a Fama, que homenageia os 20 mais famosos do cinema chinês
Y ES, YES, YES, YES: HONG KONG VAI TER UMA DISNEYLÂNDIA a partir de 12 de setembro. Mickey, Pato Donald, Pluto, Margarida e Minnie, personagens geralmente encontrados à mesa dos chineses, serão mais um teste à ocidentalização da China. Por prudência, o Reino Mágico se submeteu à mágica chinesa do feng shui para atrair harmonia e boa sorte. É famoso e muito fotografado o exemplo de um grande prédio levantado perto de Stanley, um subúrbio ao sul de Hong Kong, que só vendeu
todos seus apartamentos depois de reformado segundo o feng (vento) shui (água). Elementar: o construtor tinha esquecido de abrir uma passagem para o dragão. Aquele enorme buraco no meio do prédio resolveu todo problema.
A Disney ainda promete cardápio chinês na sua versão para Hong Kong. Mas os chineses comem tudo que tenha pernas, exceto móveis. Tudo que nada, menos submarino. E tudo que voa e não seja um avião. Se tem caloria, engolem. Os turistas que não comem nada acima do
OMO CHEGAR partirdeSãoPaulo, aSouth frican Airways (tels. 11/ 3065115 e 0900/118383) tem passaemvia Johannesburgo a partir e US$ 1.772 ida-e-volta. Na Lufhansa (tel. 11/3048-5800), coneãoemFrankfurt, custaa partir S$ 1.891.Preços válidospara mbarque em março.
NDE FICAR
anghman Hotel Hong Kong: 8 eking Road, Tsimshatsui, Kowlon,tel. (852) 2375-1133, site ww.lhw.com/langhkg. Diárias m quarto duplo a partir de HKD$ 750 (cerca de US$ 225), com cada manhã. Reservasno Brasil ela TheLeading Hotelsofthe
World, tels. 3286-0755 e 0800/141819. The Peninsula Hong Kong: Salisbury Road, Tsimshatsui, Kowloon, tel. (852) 2920-2888, site www.lhw.com/peninsuhkg. Diáriasem quartoduploa partirde HKD$ 2.280 (cercadeUS$293). Reservas no Brasil pela The Leading Hotels of the World, tels. 3286-0755 e 0800/141819.
ONDE COMER
Jumbo Floating Restaurant: Shum Wan Pier Drive, Wong Chuk Hang, Aberdeen.Tel. (852)25539111, site www.jumbo.com.hk. Felix: um dos restaurante s do hotelThe Peninsula.Site www.lhw.com/peninsuhkg.
pescoço e nada abaixo da cintura se deliciam com "o toque do coração", ou dim sum. São bolinhos de carne, peixe ou vegetais, refogados ou cozidos no vapor, servidos no café da manhã, almoço, jantar, ceia, brunch e na hora do chá. O jornalista R. W. Apple Jr., do New York Times, encontrou o nirvana do dim sum em Hong Kong. Uma porção de bolinho de ninho de passarinho, rara iguaria, sai por R$ 24. Os populares podem ser comprados na rua e em fast foods. Entre os mais de 10 mil restaurantes da cidade, vale a pena visitar o Jumbo, "o maior flutuante do mundo", em Aberdeen. Aqui você escolhe o peixe, o camarão e a lagosta vivos em tanques antes de recebê-los à mesa. Será que os chineses precisam mesmo de uma Disneylândia?
Hong Kong também é o nirvana do consumo. A última máquina fotográfica digital a US$ 399 no freeshop de Guarulhos sai por US$ 299 nas lojas da Nathan Road, antes de qualquer barganha. Há shoppings só de computadores, gadgets, filmadoras, celulares e MP3. As peças com invisíveis defeitos de grifes multinacionais são desovadas por ninharia em bancas montadas nos túneis do metrô. Ternos sob medida ficam prontos em 12 horas. Há mercados só para seda, jade, artesanato, relógios, souvenirs e pássaros... O preferido dos turistas é o de Stanley. Algumas lojas fecham às 23horas. Hong Kong recende a religião, incenso e superstição. São mais de 600 templos budistas, taoistas e confucionistas – oásis fora do tempo e da agitação dos 6,8 milhões habitantes e mais cerca de 1,5 milhão de turistas/mês. Entra-se no mosteiro Chi Lin, cercado de prédios e trânsito, e todo o burburinho cessa de repente. O lago de lótus em flor, fontes de água, jardins meticulosamente cuidados, monges meditando, até se descobrir naturalmente a saída, onde um presente espera o visitante: um mantra gravado. No templo Sik Sik Yuen Wong Tai Sin, ao contrário, reina o fervor das oferendas, o balançar de varetas para prever o futuro e a espessa névoa de incenso diante do altar de Confúcio. Fica-se defumado para o resto do dia. À beira do mar, pela ilha afora, surgem mini-templos.
O S NÚMEROS SÃO A OBSESSÃO
DOS CHINESES. O celular 133 3333 3333 foi leiloado, recentemente, por US$ 215 mil. O seu comprador não o atendeu quando chamado por jornalistas que queriam entrevistá-lo. É que o 3 dá
sorte, embora também represente conflito. O 2, azar, mas pronuncia-se como a palavra "fácil". O 4, amor, sexo conhecimento, e também, principalmente, soa como morte. Então, fuja do 24, que forma "morte fácil". 5: desgraça. 6: dinheiro. 7: comunicação, espiritualidade. 8: prosperidade (a combinação 28 é ótima, "dinheiro fácil". 9: sucesso no futuro. O 1 não tem um significado específico. Em 174, por exemplo, forma um tsunami: "todos morrendo juntos". No feng shui os números valem cada um por si, enquanto na numerologia eles são somados e reduzidos a um dígito. Uma distração é interpretar as placas de carros e os números de casas e edifícios enquanto se passeia pela ilha. Todos evitam o 4. A Disney até adiou sua estréia na China, marcada originalmente para 2004, antecipando que "não seria um ano bom".
O repórter voltou bastante influenciado de Hong Kong. E é por isso que ele está esperando dar 18h18 para colocar o ponto final nesta sua reportagem, que tem 18 parágrafos e vai completar o total de 8.888 caracteres, sem contar os espaços, exatamente neste ponto final, aqui.
Pessoas com AIDS: 2.600
Línguas oficiais: chinesa (cantonesa) e inglês. Tipo de governo: limitada democracia.
Taxa de inflação 2004: -2,6%
Taxa de desemprego: 7,9%
Clima: agradável eúmido no inverno; quente e chuvoso na primaveraeno verão; agradávele ensolarado no outono.
Visto: não é necessário para turistas brasileiros.
INFORMAÇÕES ÚTEIS Nome oficial: Região Administrativa Especial da China (forma longaconvencional); HongKong (forma curta convencional);
Xianggang Tebie Xingzhengqu (forma longa local); Xianggang (forma curta local).
População: 6.855.125 – chinesa 95%, 5% maioria de filipinos.
Fuso: dez horas a mais em relação a Brasília. Moeda: dólar hong-kongonês. HKD 1 vale R$ 0.343862. Informações turísticas: pelo site www.discoverhongkong.com; noBrasil,pelo HongKong Tourism Board, tels. 11/3159-076 21/2235-3026. Pacotes: roteiros para a cidade Princess Travel (tel. 11/334 5282, www.princesst
Refere-se ao Imposto de Renda e à Contribuição Social sobre os resultados de 2000, 1998,1996e1995nãorecolhidosemvirtudededemandasjudiciais,bemcomosobrea reservadereavaliaçãocapitalizada.OPoderJudiciárioconcedeupermissãoemcaráter liminarparaaCompanhiaprocederàcompensaçãointegraldosprejuízosfiscaisedebase negativa da Contribuição Social existentes em 31/12/94, com os resultados apurados a partirde1995,suspendendoassimorecolhimentodoImpostodeRendaeContribuição SocialsobreoLucro,montanteesteconstituídoemR$47.832(R$44.569em31/12/2003). OutramedidaadministrativadiscutealegitimidadedaexigênciadoImpostosobreoLucro Líquido do exercício de 1991, sendo que a correspondente provisão somam R$ 796 (R$758em31/12/2003).OstributosincidentessobreaReavaliaçãoCapitalizadatotalizam R$2.198(R$4.327em31/12/2003).
(b)ContingênciasTrabalhistas Sãoprocessosdereclamaçõestrabalhistasemcurso,nosquaisosadvogadosinferem,de formaindividual,eentendemqueaperdamáximaprovávelalcanceR$5.627(R$5.409em 31/12/2003). (c)ContingênciasFiscais Processo do INSS NFLD-DECAD 35.435.224-5 de 15/03/2002 em R$ 643 (R$ 614 em 31/12/2003). (d)ContingênciasCíveis
Sãoprocessosjudiciaisnosquaisosadvogadosinferem,deformaindividual,eentendem queaperdamáximaprovávelatinjaR$2.929.ACompanhiapossuiautodeinfraçãono valoraproximadodeR$7.165,relativoàglosadecomissõessobreossegurosobjetosdo Decreto Estadual nº 50.890/68, onde foram oferecidos bens à penhora, sendo que o advogadoexternoclassificaaprobabilidadedeêxitocomopossível,comboaschancesde ganho. 14.CONCILIAÇÃODOIMPOSTODERENDAECONTRIBUIÇÃOSOCIAL(EmR$mil)
15.PATRIMÔNIOLÍQUIDO
(a)CAPITALSOCIAL
Constituídopor87.000.000deAçõesOrdináriasNominativasnovalornominaldeR$1,00 cada.
(b)AJUSTECOMTÍTULOSEVALORESMOBILIÁRIOS(EmR$mil)
ConformeCircular SUSEPnº 244/2004, foi constituída a Reserva para as perdas não realizadasdosTítulosdisponíveisparavenda,nomontantede(R$278).
(c)AÇÕESEMTESOURARIA(EmR$mil)
Aquisiçãode67.644açõesordináriasnominativas,pelovalorpatrimonial,paramanterem Tesouraria, sem redução do Capital Social, conforme Parecer CODEC nº 021/2003 e ProcessoS.F.nº002-262990/1999,nomontantede(R$114).
(d)RESERVASDELUCRO
ConstituídadeacordocomoArt.nº36doEstatutoSocial,apósconsiderarosdividendos obrigatórios,areservalegaleosjurossobreocapitalpróprio.
(e)DIVIDENDOS
OEstatutoSocialdeterminaadistribuiçãodenomínimo25%dolucrolíquidodoexercício ajustadonaformadalei,apósadeduçãodeprejuízosacumulados.
(f)JUROSSOBREOCAPITALPRÓPRIO
Foram calculados em conformidade com o art. 9º, parágrafo 7º da Lei nº 9.249/95 e deliberadoemAssembléiaGeraldosAcionistas,realizadaem27dedezembrode2004,no montantedeR$3.325,sendoregistradoparafinsfiscaisemdespesasfinanceiraseparao encerramento de balanço reclassificado para o Patrimônio Líquido, de acordo com a CircularSUSEPnº244/2004.
16.PRINCIPAISCARTEIRAS(EmR$mil) 31/12/200431/12/2003
doSFH;71-RiscosDiversos;81/82-AcidentesPessoais;88/89-DPVAT;93-VidaemGrupo.
1. Examinamos todas as Provisões Técnicas registradas no balanço patrimonial da COSESP- Cia. de Seguros do Estado de São Paulo,levantadoem31/12/2004,comoobjetivoespecíficodeexpressaropiniãosobreasreferidasProvisõesTécnicas, ematendimentoàResoluçãoCNSPnº61,de03desetembrode2001eCircularSUSEPnº272,de22dedezembrode2004.
2. Os exames realizados foram conduzidos em conformidade com técnicas e metodologias atuariais e estatísticas conhecidas eaplicáveisnoBrasilecompreenderamaanáliseerecálculodasseguintes ProvisõesTécnicas:PrêmiosNãoGanhos,Sinistros OcorridoseNãoAvisados(IBNR),SinistrosaLiquidar,RiscosVigenteseNãoEmitidos,MatemáticadeBenefíciosaConcedere, verificandoainexistênciadeInsolvênciaProvisional,nãohouvenecessidadedaconstituiçãoaProvisãodeInsuficiênciadePrêmios.
AosDiretoreseAcionistas
COSESP-CompanhiadeSegurosdoEstadodeSãoPaulo
1. Examinamososbalançospatrimoniaisda COSESP-CompanhiadeSegurosdoEstadodeSãoPaulo em31dedezembrode2004 ede2003,easrespectivasdemonstraçõesdoresultado,dasmutaçõesdopatrimôniolíquidoedasorigenseaplicaçõesderecursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidadeéexpressarumaopiniãosobreessasdemonstraçõescontábeis.
2. NossosexamesforamconduzidosdeacordocomasnormasdeauditoriaaplicáveisnoBrasilecompreenderam: a) oplanejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeisdivulgados;e c) aavaliaçãodaspráticasedasestimativascontábeismaisrepresentativasadotadaspelaadministraçãoda seguradora,bemcomodaapresentaçãodasdemonstraçõescontábeistomadasemconjunto.
3. Emnossaopinião,asProvisõesTécnicasacimareferidasrepresentamadequadamentetodasasobrigaçõesdefinidasnalegislação vigenteequandonecessáriaaconstituição,estandorefletidasnasDemonstraçõesFinanceirasde31dedezembrode2004com valoresconsistentesecomdesviospadrõessuficientementeassertivos. SãoPaulo,21dejaneirode2005
JULIUS TAKEO IWAKAMI DE MATTOS
GILBERTOANTONIOGONÇALVESPUCCI Diretor Atuário-MIBAnº1.044
ATSERVICEENG.ECONSULTORIAATUARIALLTDA.MAGALIRODRIGUESZELLER CIBA-CNPJnº71.588.495/0001-60Atuária-MIBAnº687
3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes,aposiçãopatrimonialefinanceirada COSESP-CompanhiadeSegurosdoEstadodeSãoPaulo em31dedezembro de2004ede2003,oresultadodesuasoperações,asmutaçõesdeseupatrimôniolíquidoeasorigenseaplicaçõesdeseusrecursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas da SuperintendênciadeSegurosPrivados-SUSEP. SãoPaulo,24dejaneirode2005
TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES S/C CRC 2SP013439/O-5
Parecer do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal da COSESP- Companhia de Seguros do Estado de São Paulo, representado pelos membros efetivos que estesubscrevem,nousodesuasatribuiçõeslegaiseestatutárias,examinouoBalançoPatrimonialdaEmpresa,referenteaoexercício de2004,emconjuntocomasDemonstraçõesdoResultadodoExercício,dasMutaçõesdoPatrimônioLíquidoedasOrigenseAplicações de Recursos, juntamente com o correspondente Relatório da Administração e do Parecer dos Auditores Independentes, TrevisanAuditoresIndependentesS/C.
Louvando-senosexameseverificaçõesmensaisqueefetuounosBalancetesdaEmpresa,nosesclarecimentosdaAdministraçãoedos
AuditoresExternos,deliberouconsiderarasreferidasDemonstraçõesContábeis,complementadasporNotasExplicativas,emcondições deseremsubmetidasàapreciaçãodosSenhoresAcionistas. SãoPaulo,26dejaneirode2005
BRUNOBELLÍSSIMONETTOCLÁUDIOFERNANDOMATARAZZOTZUNGSHEIUE
pedidos de falências:
Requerente: Ladbor - Comércio e Representações Ltda. - Requerido: Novatração Artefatos de Borracha S/A - Av. Deputado Cantídio Sampaio, 4.714 - 05ª VaraCível
Requerente: Brasil Transportes Intermodal Ltda. - Requerido: Mercury Editora e Gráfica LtdaME - Rua São Raimundo, 43 - 23ª Vara Cível
Requerente: Morro Verde Com. Importação e Export. Ltda. - Requerida: Santa Cruz Mat. para Constr. Ltda. - Av.Antônio Estevão de Carvalho, 1.408 - 06ª VaraCível
Requerente: SMV Válvulas Industriais Ltda. - Requerida: B M Controle Ambiental - Praça Dom José Gaspar, 3D - 17º andar - 15ª Vara Cível
Requerente: SND Distribuição de Prods. de Informática Ltda.Requerida: Ativa Brasil Equipamentos e Serviços Ltda. - Rua Serra de
Presidente norte-americano pede que milhões de cidadãos do Iraque desafiem a violência e ameaças de morte para votarem no dia 30
Op re s i d e n t e George W. Bush conclamou os iraquianos a desafiarem as forças rebeldes no país e irem às urnas neste domingo. Falando em sua primeira entrevista coletiva desde o início de seu segundo mandato, olíder americano deixou claro que Washingtoninterpretará a simplesrealizaçãoda eleição como um triunfo político, independentementedo índice de comparecimento, que poderá não chegar aos 50%, edo número de vítimasentre os que enfrentarem as ameaçasde represálias feitaspelosrebeldes contra os queforem votar. "O fatode que eles estarão votandoé,emsimesmo,um sucesso", disse Bush.
A entrevista, anunciada de última hora,aconteceu pouco depois da divulgação da notícia sobre a queda de um helicóptero na região dotriângulo sunitaaoeste deBagdá,a mais hostil às forças americanasno Iraque, na qual morreram pelo menos 31 soldados. Num indíciodequeo aparelho pode ter sido atingidopor fogo inimigo, até o fim da tarde o Pentágono não havia esclarecido as c ircu nstâncias do episódio.
A perda de pelo m e no s seis outros soldados em emboscadas no Iraque transformou o dia de ontemno pior para os EUA desdea invasão do país, em marçode 2003."É objetivo de longoprazo espalhara liberdade", afirmouBush,antes de pedir paciência aos americanos, que apoiarama invasão mas sãohoje majoritariamente contrários à sua estratégiae criticamoscustos crescentes da guerra.
Deacordocom a última sondagemda Associated Press, mais de 50%acham improvável que a eleição marcaráoiníciodo caminho para aestabilização internaea construçãodeum regime democrático no Iraque. Paralelamente,o mais recente pedido de suplementação de verba, de US$80bilhões, anunciado naterça-feira,elevou para mais de US$ 300bilhõeso custo total das intervenções no Afeganistão e no Iraque.
A despeito da violência, o líder americano afirmou que a votação para a escolha deuma AssembléiaConstituinte, neste fim de semana, será "um grande momento da história doIraque" e elogiou "a bravura do povo iraquiano".Bush também reiterouseus ambiciososobjetivosdeacabarcomatirania no mundo. (AE)
O conselho nacional de padres católicos da Austrália fez um apelo ao Vaticano para acabar com a obrigatoriedade do celibato.
"Não esquecer jamais" é o lema das manifestações que acontecem hoje pelo 60º aniversário da libertação dos prisioneiros de Auschwitz Birkenau, o maior campo de concentração nazista, onde 1,5 milhão de
de banho
Dormitório dos prisioneiros que sobreviveram ao 'campo da morte'
A colisão entre dois trens na Califórnia, que deixou pelo menos dez mortos e centenas de feridos , foi causada por um homem que desistiu do suicídio. Ele parou seu veículo sobre os trilhos mas abandonou o carro no local. Um trem chocou-se e colidiu com outro.
O Festival de Sundance 2005 promove um novo bombardeio de denúncias à sociedade americana. O destaque deste ano fica para o trabalho do diretor e roteirista Alex Gibney: "Enron: the smartest guys in the room". O documentário mostra a queda da 7ª maior corporação dos EUA. Na foto, Kenneth Lay, exchairman da Enron.
Ronaldo vai à TV pedir libertação de brasileiro no Iraque
O jogador Ronaldo,do Real Madrid, gravou ontem umdepoimentopedindo a libertação do engenheiro João José de Vasconcellos Júnior,seqüestradono Iraque naquarta-feiradasemana passada, após um pedido pessoal feito pelo presidente Luiz InácioLula da Silva -que também entrou em contato com Ronaldinho (do Barcelona) e Pelé. Dos três,apenas Ronaldo e Ronaldinhoaceitaram fazer a gravação. Pelé foi contatado pelo presidente, mas segundo apuroua Folha Online,está inclinadoarecusaro conviteporquenão quer se envolver em assuntoscomoaguerranoIraque. Na opinião do ex-jogador, a melhor forma deresolver o problema seria mesmo pela via diplomática.
Ronaldo gravou depoimento aos seqüestradores
O presidente Lula afirmou aos "reisdo futebol" que a idéia do Planalto seria "sensibilizar" os seqüestradores de Vasconcellos Jr. para o fato de que o Brasil foi contrárioà guerra angloamericana contra o Iraque. A família doengenheiro também gravou um pedido de clemênciadirecionado aos grupos a rm a do s Brigadas Mujahidin e do Exército de Ansar al Sunna. Otexto foi lido com emoção diante de câmeras deTV por Isabel eCarla,irmãsdoengenheiro quevivemem JuizdeFora (MG). A mensagem será traduzidaparaa língua árabe pelomaridodeIsabel,Ghassan el Khouri, que é libanês. "Nosso objetivo é que isso seja enviadopara osjornais e televisões árabes, como a Al-Jazira,que vãodivulgar isso amplamente na comunidade árabe", justificou Isabel. No comunicado aos seqüestradores, afamília destaca que nemo governo nem o povo brasileiroforam favoráveis à invasão do Iraque e faz referência à numerosa colônia árabe do Brasil. Carla explicou que entidades de classee movimentossociaisde Juizde Fora estãoorganizando uma manifestaçãoque será realizadanosábado,nocentrodacidade, comfaixase cartazes com a foto do brasileiro. O objetivo é criar imagensque possam correr o mundo. Vasconcellos Jr. trabalha na construtoraNorbertoOdebrecht,que tem obrasnoIraque. Elefoi seqüestrado emBeijiacaminho doaeroporto,quando voltaria para casa. (AE)
Mais de dois mil líderes políticos e empresários do mundo estão em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, discutindo temas que vão do crescente econômico chinês ao futuro do Iraque. Ontem, o presidente francês Jacques Chirac e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, se apresentaram "como defensores dos pobres".
Confecções participantes da Feira Nacional de Inverno, em Gramado, exibem peças em tons claros e com bordados, apliques e inspiração romântica
Encerrado o maior evento da moda brasileira, aSão Paulo FashionWeek (SPFW), é hora de saber o que, defato, vaiestarnas ruasa partirda próximaestação. As novidades podem serconferidasdesdea última terça-feira na Fenin, Feira Nacional de Inverno, que acontece em Gramado (RS), até a próxima sexta-feira. Amoda sóbriaeromântica quemarcoua semana paulistana dedesfiles está muito próximado que as confecçõesapresentam na Fenin,quetraz referências claras ao trabalho conceitualdesenvolvido pelosestilistas. Tecidoslevescom apliques em veludo, tweed, renda,além de bordados e tricôs artesanais. Tons suaves como o rosa antigo, lilás e verde malvamarcamas coleções paraa modafemininae infantil. As novidades para as peças masculinassãodetalhes ousados em camisas tradicionais e apliques quedão umtoque moderno às roupas.
Intuição - AndréKrai, diretor da malharia gaúcha Intuição, é prova de que não faltam oportunidades para as indústrias brasileiras. Da produção de24 mil peças por mês, cerca de 5% é destinada à exportação, mas, de acordo com o empresário,a participaçãodasvendas internacionais poderia alcançar 50%. “O que não falta é demanda, mas deixamos deatender pedidosde empresas estrangeiras para não abrir mão dos clientes varejistas brasileiros”, diz. Krai planeja elevar produção e faturamento em 20% este ano e instalar uma nova planta em 2006 especialmente para atender ao mercado externo. Entreas novidadesquetrouxe para a Fenin, a confecção fez o lançamentoa marca Xica Bandida, de peças de tricô despojadas, no já conhecido estilo hippie chic, e com a etiqueta Intuiçãoapresentou linhasinspiradasem décadas dos anos 50 e 70, além de peças que remetem à cultura indiana.Cercade 80% da coleção do grupo foi comercializada antes mesmodoevento,oequivalente a 180 mil peças.
Adji - A paulistanaAdji, de moda masculina, mostra que as roupasparaosho-
mens não precisam sernecessariamente tradicionais paraparecer elegantes.Camisas sociais com estampas nasmangas, pregas eapliques indicam queo público consumidor atual pede diferencial eaprova ousadias que antes sóeramadmitidas na moda feminina.
Marissol - A Marissol apresentou na linha infantil o que Renato Kherlakian, daZapping,e Lino Villaventura lançaram como tendência naSãoPaulo Fashion Week: muito brilho ebordadosdelicados. No invernodeste ano, nemas criançasescaparão do romantismo que hoje contagia a moda brasileira. Feira - A maior feirada América Latina para os lançamentosde modainverno reúne 480 expositores, principalmenteda regiãoSul, e deve movimentar cerca de R$450milhões comavisita
HÁ 05 ANOS NO MERCADO. COBRANÇA SEM O TÍTULO, SEM PAPEL, PAGAMENTO DE HONORÁRIOS SOMENTE SE RECEBIDO ☎ Avenida Paulista, 807, conj. 607 3289-1906 3266-8016 - S. Paulo solucao@gravello.com.br DC
de30mil visitantes.“Éesperadaavendade3milhões depeças de vestuário nos quatrodiasdefeira”,aposta Júlio Viana, responsável pela organização daFenine diretor da Expovest. Ele conta queo crescimento dafeira emrelação ao anopassadofoida ordem de20%. A Fenin,que é promovida pela Expovest, teve sua primeira edição em 1997. Naquele ano o movimento resultou na comercialização de350 milpeças. “A feiraimpulsiona aorga-
nizaçãodo setorpara asexportações.A modabrasileiraé consideradainovadora e competitiva comercialmente. AAssociação Brasileirada Indústria Têxtil (Abit) e aAgência dePromoçãodeExportações do Brasil(Apex) trabalham num projetoparaacapacitação dasfábricas emtécnicas de produçãoe operações para ampliar as vendas internacionais do setor”.
Juliana de Moraes, de Gramado A jornalista viajou a convite da organização da Fenin
As pequenas e médias confecções também estão atentas às tendências para a moda outono/inverno. Com o objetivo de estimular as compras para a temporada, termina amanhã, em São Paulo, no Frei Caneca Convention Center, a 28ª edição do Encontro da Moda, feira de negócios dirigida exclusivamente a lojistas, onde pequenas e médias empresas empresas de seis estados brasileiros lançam suas coleções para o frio. A expectativa dos organizadores é de um crescimento de 20% no valor dos negócios gerados em comparação ao último evento, realizado em julho de 2004, que movimentou R$ 6 milhões. São esperados cerca de 7 mil lojistas nacionais e internacionais.
Os 102 expositores que participam desta edição pertencem aos estados de Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A feira é voltada exclusivamente à moda feminina. Para Sarah Vaintraub, organizadora do evento, a variedade de itens é um dos principais atrativos. "Os lojistas podem encontrar confecções em malha, linho, seda, jeans, couro, camisaria, entre outros. Além disso, os bordados artesanais e as empresas especializadas em bijouterias e pedrarias também estão presentes", afirma. A executiva ressalta que a feira incentiva o pequeno e médio empresário do setor, que hoje tem acesso às tendências de moda apresentadas na São Paulo Fashion Week.
Oportunidades - A estilista mineira Ligia Nogueira, que participa da feira há 14 anos, espera um crescimento de 20% na venda de suas peças de alta costura em comparação com o evento realizado em 2004. A confecção, que leva o seu nome, destaca-se pelo trabalho artesanal em pinturas e bordados. Outra empresa veterana no Encontro é a gaúcha Ton Âge, que atua na linha festa e esportiva fashion. "Apostamos no romantismo para repetir as vendas realizadas no evento em 2004, que foram de R$ 800 mil", diz Lais Tarasconi, proprietária da confecção. Já a estreante Raquel Pires, que há 14 anos atua no ramo de bijouterias e possui fábrica em Goiânia, traz inúmeras opções em colares, pulseiras e brincos. A grande novidade da marca é o dread lock, um aplique de bijoux para os cabelos. Raquel está começando a exportar para Itália, Austrália e Oriente Médio. André Alves
Estratégia de reunir clientes em eventos mais descontraídos cresce entre as empresas. Pequenos também podem adotar prática.
Entretenimento paramelhorar arelação como cliente. Aestratégia, chamada de"marketing derelacionamento", é uma ferramentacadavezmaisimportantepara fidelizare motivarclientes, fornecedorese funcionários. Evemsendo adotada por um número cadavezmaior deempresas.
Para a executiva Riane Pontarelli, daempresa especializada em marketing de relacionamento Incentive House, a rentabilidade é uma das principaisvantagens da modalidade,já que a manutenção de um cliente é mais barata do que a aquisição de um novo. Além das grandes, aspequenasempresas também podem realizar eventos de relacionamento sem grandes custos. Basta usar a criatividade. Regatas - A Yavox, de integraçãode soluçõesparao mercado detransmissão de dados portelefonia celular, conseguiuinovarnessesentido. A empresa está organi-
zando um campeonato de regatas de vela disputado porclientes,parceirosefuncionários.A iniciativa,criada para aumentar a integração entre as partes envolvidas, visa recuperar clientes, manter os atuaise conquistar novos parceiros.
Osprimeiros resultados jásãocomemorados. "No dia-a-dia dosnegócios, não dátempo de conheceras pessoas por trás dos cargos. Nesse sentido, o evento foi e está sendomuitoproveitoso, pois conseguimos juntar namesmaequipe gerentes deoperadorasdetelefoniae cartãodecréditoconcorrentes", diz opresidente da Yavox, Andreas Blazoudakis. O início - A idéia do marketingsobreaságuassurgiu em2000, quandooexecutivotrocouseuveleiro por três similares menores. "Como a empresa atua no ramo de transmissãode dados sem fios, resolvemos descobrir uma maneira de nos relacionarmos com nossos clientes na qual remetesse a
O DAC (Departamento de Aviação Civil)determinou ontem a cassação das oito linhas operadas pela Vasp. Apartirdehoje, a Vaspestá proibida de operarvôosregulares.A empresanão perdeuaconcessãoparaoperar vôos regulares,masentrounumacontagemregressiva para regularizar a sua situação. Por lei, a empresa teria direitoa 180dias paraajustar as contas e provar que tem condições deoperarestes vôos. No entanto, como a licença da companhia para realizar vôos regulares vence em abril,ela deverá provaraoDAC quetemcondiçõesderealizá-los antes mesmo do prazo legal. Os trechosoperados pela Vaspque tiveramsualicença cassadaforam:GaleãoFortaleza, passandopor Salvador e Natal, FortalezaManaus, com escalas em Teresina,São Luíse Belém, Brasília-Recife, comescalas em SalvadoreAracajue Guarulhos-Maceió passan-
idéia deliberdade, semfios par nos prender", conta Blazoudakis. Para o executivo, a vela requercolaboração do grupo, harmoniae habilidades como iniciativa, colaboração e agilidade. Das seis etapas previstas, duas já foram realizadas no Yatch Club Paulista, com cercade25participantes."A competição foimuitosau-
Fundação Rubem
Berta pode abrir mão do controle da Varig
do por Recife e Fortaleza. Greve – Os pilotos, comissários emecânicos de vôo da Vaspdecidiramentrar em greve a partir da zerohoradehoje. Adecisão foitomada emumaassembléia realizada no Sindicato Nacional dosAeronautas natarde de ontem. Dos52 representantesdos aeronautasdaempresa presentesàreunião,apenasumvotou contra a paralisação, enquanto quatro se abstiveram.Para voltar avoar,os aeronautas reivindicam o cumprimento do acordo coletivo firmadoentre aempresa e o sindicato em setembro de 2004 e o pagamento dos salários que deveriam ter sido depositados em janeiro.
Revoltadose exaltados coma situação em que a Vasp se encontra, os aeronautas decidiram derrubar o último entraveque impedia uma nova greve: o receio de serem responsabilizados pelo fim da empresa.(Agências)
Cade avalia code share de vôos
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) retomahoje ojulgamento sobre o compartilhamentode vôos(codeshare) das empresas TAM e Varig. A operação estásendo realizada pelascompanhias desde marçode2003efoi considerada emmaio uma forma decartelização pela Secretaria deAcompanhamentoEconômico (Seae) do Ministérioda Fazenda, masatéagora oCadenão tomou uma decisão sobre o assunto. Para retomar o tema, o
conselheiro Luiz Prazo, que assumiu o caso em julho, convocou para amanhã umareunião comrepresentantes e advogadosdas empresas e pretende esclarecer os rumos do code share. Duração - Inicialmente, a operação foi idealizadacomo um passo para a fusão entre as companhias, alternativa que jáfoi abortada por ambas.Por isso,o Cade quer saber sejulgará o code share comouma operação permanente ou transitória para as duas empresas envolvidas. (AE)
O presidente da Varig, Luiz Martins e representantes da Fundação Ruben Berta (FRB), controladora da companhia aérea, vão se reunir hoje em Brasília com o ministro da Defesa, José Alencar. Segundo fontes que acompanham o processo, os executivos vão assegurar ao ministro o compromisso com o plano de recuperação da empresa, que ainda está sendo elaborado junto ao Unibanco, e a disposição da fundação em perder o controle acionário da companhia aérea. O arranjo societário pelo qual a fundação perderia o controle foi um dos assuntos tratados durante o encontro que ocorreu ontem, a portas fechadas, entre executivos da Varig, FRB e Unibanco, na sede da companhia aérea. A empresa limitou-se a divulgar que esta foi apenas mais "uma reunião de trabalho" entre a empresa e a instituição financeira. As informações apuradas são de que não se chegou a detalhes sobre a proposta de recuperação. Um especialista que acompanha o processo afirmou que foram debatidos "conceitos gerais" de como poderá evoluir o projeto de recuperação. (AE)
dávele,pessoas queantes nãotinham nenhumaabertura,saíram abraçadosdas velas", lembra Blazoudakis. Cada dia de evento custou cerca de R$ 25 mil. Sapucaí - AJohnson & Johnson também usou da criatividade para estreitar o relacionamento comseus clientes.A empresacomprou11 camarotesnaMar-
quêsdeSapucaí /RJ,além de uma alainteira da escola desamba Imperatriz Leopoldinense. Forambeneficiados 132 clientes que atingiram objetivos como o crescimento das vendas. Para odiretordevendas da Johnson, José Vicente Marino, a convivência em ambientes descontraídos é fundamentalparaamotiva-
ção e o bom relacionamento nomundodosnegócios. A campanha para a escolha dos clientes durou seis mesese nesse períodoasvendas totais aumentaram 5%. Pequenos - Não sãoapenasas grandes empresas, comcapital maior,quepodempromover eventos de marketing de relacionamento. Para Riane, é importante adequar o investimentoelevaremconsideraçãoosobjetivosdaempresa. "É possível traçar estratégias de relacionamento com os mais variadosinvestimentos.Seaintenção élevar os clientes para conhecer a empresa,um almoço é umaótimaopção.Alémdisso, cartões de aniversário, mensagens por e-mail, entre outros,podemconseguir bons resultados", diz. André Alves
Do turismo aos costumes, negócios e parcerias comerciais. Três brasileiros contam suas experiências e outras histórias deste gigante asiático no Caderno Especial de Comércio Exterior, que circulará amanhã. Confira!
Símbolos nacionais: templos de imponentes fachadas servem de molduras para as mil e uma paisagens da terra do líder comunista Mao Tsé Tung, seja em Pequim, Xangai ou Hong Kong. Trechos da Grande Muralha, aulas de Tai Chi Chuan nas ruas e os surpreendentes espetinhos de escorpião, entre outros insetos, são apenas alguns dos programas imperdíveis deste país de surpresas
Queda da ponte Capivari, na rodovia Régis Bittencourt, deixou um morto e três feridos no Paraná.
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Comerciantes, motoristas e até um consultor em transporte são unânimes em afirmar que só a ampliação dos corredores de ônibus e do metrô poderá resolver o caos dos congestionamentos. Carro atrapalha, mas é preciso haver uma alternativa eficiente.
Vivi Zanatta/AE
Renato Carbonari Ibelli
Se depender da opinião de comerciantes, motoristas e até mesmo de técnicos emtransporte, osuper-rodízio idealizado peloprefeito José Serra não terá muito futuro. Em vez de limitaroacessodecarroscom medidas passíveis de sem fraudadas, melhor seria se asautoridadesmunicipais–e estaduais – dessem ênfase bemmaioraotransportecoletivo, opinaram.
Além disso, na opinião de especialistas, mesmo que mais rígido, o super-rodízio seria rapidamentedesmoralizadopelafraudeoupelo vertiginosocrescimento da frota, estimado em500novos veículos por dia, apenas na região metropolitana.
Édesejodoprefeito, numaprimeira etapa,ampliar asáreas de abrangênciado rodízio atual, estendendo a medida a um número maior de vias de tráfego intenso, como as avenidas Luiz Carlos Berrini eFranciscoMorato, hoje imunes a esse controle. As alterações no modelo atualpassariamainda peloaumento do período de proibição de circulação e pela ampliaçãodo número de carros impedidos de circular. A Companhiade Engenharia deTráfego (CET) pretende implantar o novo modelo, em caráter de teste, durante as férias de julho. Segundo carro – Para o consultor detrânsito HorácioAugustoFigueira, as mudançasteriam efeitoa curto prazo, e seriam anuladas na medida em que a populaçãoadquirisse umsegundo carro. "O que torna piorasituação,umavezque umsegundocarro nem sempre estáem boascondições.Essefenômeno,temsidoregistradonacidadedesde 1997,quandoo sistema foi implantado. Hoje, segundoFigueira, existe 0,6 veículo por habitante. Nos primeiros anos em que vigorou, orodízio conseguiu reduzir em até 15% o volume de carros nas ruas. Oproblemaé queaolongo desses 8 anos a frota cresceu 25% e hoje soma cerca 6 milhõesdeveículos no município.Asrestrições queo sistema atual determina já não amenizam ocaosdo trânsito, daí a proposta de torná-lo mais rígido. "Mesmo com as mudanças, o efeito seria pequeno,até porqueo sistema viário já está muito acima de sua capacidade", diz Figueira. Pedágio brando– Para o consultor, uma dassaídas seriauma espéciedepedágiourbano brando, que se caracterizaria não pelaimplantaçãode cancelas,mas pelo aumento de R$ 1 ou R$
2novalordos estacionamentosem toda a cidade. "Esse plus seriarevertido, comotaxa,paraa Prefeitura,quedestinariaodinheiro para a melhoria do transportecoletivo",diz. Apropostadecriar pedágiosétida como umatendência da atual direção da CET, mas o modeloseriadiferente do proposto por Figueira. O pedágio estudadopela Prefeitura cobraria um grande valor domotorista quequisesse circular pelo Centro. Em Londres, onde o sistema é adotado, é cobrado o equivalentea R$25.Uma solução definitivasó viria com investimentosmaciços no transporte público, contemplando a ampliação dos corredores de ônibus e das linhas de metrô.
Opiniões – Para este ano, dificilmente a administraçãoSerravai conseguirinvestir em novos corredores. Mas tudo indica que a populaçãovai cobrar."Deixar orodíziomais rígidosóvai prejudicarquemtem menos poder aquisitivo e depende deumúnicocarro. Por que não melhorar o transporte públicopara motivar aspessoas adeixar seus carros na garagem", questiona João BatistaAlves,proprietáriodaloja La Mode, no Centro. Para GeraldoSouza, motoristada transportadora Translovato, que convive
diariamente com os congestionamentos, os efeitosdo rodízio não são sentidos. "Nemnos horáriosderodízioo trânsito melhora. Demoroumahora emeiapara ir de Guarulhos ao Centro, um trajeto que deveria fazer em 40 minutos", conta. Já o taxista Pedro Dantas Machado acreditaque as mudanças pensadas pela Prefeitura podem surtir efeito,desde quesejaainda mais rigorosa. "O rodízio deveria ser levado para todasasprincipais viaseampliado para todo horário comercial", diz.
Distorções – De qualquer forma, o rodízio, segundo o consultor Horácio Augusto Figueira, ainda causa distorções. Segundo ele, "os fiscais daCETautuam 90% dos motoristas rodando com placas proibidasno rodízio.Noentanto, apenas 0, 01%das infrações graves, comopassar em sinal vermelho ou invadir faixadepedestre, sãopunidas", diz o consultor.
Hoje, os carros são proibidosdetrafegardas7hàs10h e das 17h às 20hno centro expandido, composto pelas marginais e as avenidas dos Bandeirantes, JustasProvisórias e SalimFarah Maluf. Dois finais deplacas são barradosacada dia.Amulta para quem desrespeita a restrição é de R$ 85,12. Mais sobre o trânsito na pág. 3
O rodízio não evitou os congestionamentos na cidade (foto maior). A alternativa é o transporte coletivo (acima), segundo o comerciante João Bastista Alves (no alto, à dir.). O taxista Pedro Dantas (dir.) apoia o rodízio mais rigoroso, proposto por José Serra (acima, esq.).
LIVRE – Pela primeira vez nas últimas semanas, o Pátio do Colégio, no Centro da cidade, amanheceu livre. Os veículos que costumam estacionar no local (a maioria de órgãos públicos) não apareceram durante todo o dia de ontem. Muitos motoristas, indevidamente, transformaram em estacionamento público
Os contínuos aumentos da taxa básica de juros promovidos pelo Banco Central desde setembro não foram suficientes para desanimar o empresariado em relação à economia. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu 64,9 pontos em janeiro. Esse é o nível mais alto desde a crise de confiança que atingiu o País em outubro de 2002, devido às incertezas sobre as eleições presidenciais, que baixaram o índice para o nível pessimista de 49,5 pontos. Já em outubro, a taxa era de 63,8 pontos.
Os empresários da indústria também estão otimistas para os próximos seis meses. O grau de confiança, nesse caso, passou de 66,4 pontos em outubro para 67,9 neste mês. O índice varia de 0 a 100 e a partir de 50 é considerado uma perspectiva otimista.
A pesquisa foi realizada com 199 grandes empresas e 1.214 pequenas e médias, dos dias 4 a 25 de janeiro. Ou seja, já incluiu o último aumento da Selic, na semana passada.
Segundo o coordenador de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a variação de 1,1 ponto no Icei neste mês não é suficiente, do ponto de vista estatístico, para ser considerado um aumento da confiança. Mas representa um crescimento em relação aos índices de janeiro de 2004 (62,4 pontos), janeiro de 2003 (58,9 pontos) e outubro de 2002 (49,5 pontos).(AE)
0,84% para 0,68%
Mais uma vez, o destaque fica por conta dos preços administrados, como ônibus urbanos e telefonia fixa, que subiram menos
Se o Banco Central se guiasse apenaspela inflação medida pelo Índice de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA)paraaumentar ou reduzira taxabásica dejuros (Selic), o índice divulgado ontempelo InstitutoBrasileirode GeografiaeEstatística(IBGE)deixariao consumidor um pouco mais tranqüilo. Segundo o instituto, o IPCA-15, que é uma prévia do IPCA, subiu 0,68% em janeiro. Oresultado ficou abaixo do registrado em dezembro de 2004 (0,84%).
Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi o de Fortaleza (alta de 1,26%) e o menor, de Curitiba (0,33%)
Segundo o economista Alexsandro Agostini, da GRC Visão, o percentual menordeveuse, basicamente, àforteredução da alta de alguns preços administrados, como ônibus urbano e telefonia fixa. "Também contribuiu a queda do preço do álcool (-0,63%), que havia subido 8,64% em dezembro."
De acordo com o economista, a redução só não foi maior por contada pressão dealtaocasionadapor alimentos. Além disso, janeiro é o mês em que tradicional-
mente ocorrem reajustes nas mensalidadese materiais escolares. Alimentos – Conforme o IBGE, a variação do grupo alimentos e bebidas, que em dezembro foi de 0,19%, subiu para 0,97%. Alimentos importantes nasdespesas familiaresficaram maiscaros,como frango (2,80%), carnes (2,59%), ovos (2,39%), pescados (2,00%), leitepasteurizado (1,13%)e alimentaçãoforado domicílio (1,17%). Coma safra influenciada pelo verão, produtos como tomate (3,51%), ceno ura (15,49%)ehortaliças everduras(2,27%) tambémficaram mais caros. Além dos alimentos, outros itens passaram a custar maiscaro para o consumidor, com destaque para a energia elétrica (0,57%), automóveis novos (0,79%) e educação (0,41%).
Preçosadministrados –Apesar da desaceleração em algunspreçosadministrados, a energia elétrica passou de –0,33%emdezembro para os atuais 0,57%.Ocorreram aumen-
tos em quatro regiões metropolitanas: no Rio de Janeiro (2,42%), houve reajuste nas tarifas e na contribuição paracusteio doserviço de iluminação pública em dezembro; jáem PortoAlegre(0,41%),houve alta de 5,95% em14dedezembro devido à suspensão da redução que vinha sendo concedida; em Recife(0,13%) e Brasília(0,20%), houverea-
Comvisitassemanaisebalancetesmensais,aKing cuidadetudo...eoempresáriodasuaempresa.
justenacontribuição para custeio doserviço deiluminação pública em janeiro. No caso dos automóveis (de 0,53% para 0,79%), a alta foiinfluenciada pelo realinhamento de preços aplicadosnomêsde janeiro.Jáa gasolina, apesar do aumento de 2,76%, mostrou desaceleração em relaçãoa dezembro (3,45%). O mesmo ocorreu com as tarifas de
ônibus urbanos(de1,74% para 0,45%) e com os cigarros (de 2,71% para 1,05%).
Regiões – Entre as regiões, o maior resultado foi de Fortaleza (1,26%) e o menor, de Curitiba (0,33%). Vale lembrarque oIPCA15é calculadosegundo a mesma metodologia do IPCA.Adiferença entre os dois índices está no período decoleta dospreços. Parao índice atual, ospreços para cálculo foram coletados no período de 11 de dezembro de 2004a 12dejaneiro de 2005, e comparados com os preços vigentes entre os dias 12 de novembro a 10 de dezembro de 2004.
Patrícia Büll
Dr. Hatiro Shimomoto - Diretor Presidente Márcio M. Shimomoto
ão aproximadamente
27horas desdeapartida deSãoPaulo atéo momento em que se colocam os pés do outro lado do mundo. E é a partir daí que o impacto deuma culturadiferente daquelaque conhecemos começa a ser sentido. Váriossãoosaspectosque poderiam ser enumerados e quemostram as marcantes diferençasque existementreos nossoscostumes eos do Oriente, em especial do povo chinês. Mas eu irei me ater a apenas três deles.
Língua
O"choque" vem logo na chegada, quando se avista a primeira placainformativa no aeroporto. Grafada em inglês e em mandarim, a língua oficial chinesa,percebe-sequenão épossível nem imaginar o que aqueles símbolos querem dizer.
Caminhandopelacidade, alémdas placas, as propagandas nos deixamum pouco mais perdidos, pois já nãohá maiso inglêspara dar umsuporte.E o que querem dizer? E o que as pessoas falam? Isso tudo é incompreensível para nossos ouvidos e olhos.
Afinal,existemmaisde25 dialetos,derivadosdomandarim, falados pela populaçãochinesa. Elessãoespalhados de acordo com a região eaprovíncia.Talvez por issoseja tãodifícil para nós, brasileiros, imaginarmos como uma população quase setevezes maiorque a nossa, distribuída em uma área territorial pouco maior que abrasileira, tenhamais de 25 formas diferentes de se comunicar.
Para piorar um pouco maisa situaçãoeentendermos a dificuldade da língua oficial, o alfabeto –se é que se pode chamar assim – é composto por mais de 80 mil símbolos. Chamados de "tze", cada um desses sím-
bolos possui um somdiferente. Mas, muitas vezes, para dizer a mesma coisa. O quemuda éaintensidade do que se quer dizer. Paraseterumaidéia,uma pessoa intelectualmente normal conhece entre5 mil e 10 mildesses símbolos. Umestudioso denívelbastante elevadonão conhece maisdoque50 mil símbolos. Comisso é possível ter uma noçãoda complexidade da língua chinesa.
Além doinglês serpouco falado pela população, existe também umacerta dificuldade em entender a língua ocidental quando eles a falam. Mas isso poderá mudar. ComoBeijing (maisconhecida como Pequim, que é o nome dadoà capital pelosfranceses) será a sede dos Jogos Olímpicos de 2008,a população estáamplamente incentivada a aprender a língua inglesa. Issopara melhor recepcionar o turista estrangeiro. Enquantoisso, éaconselhável estarsempre acompanhado de um cartão com o nome do hotel em quese está hospedado e o endereçoparaser apresentadoao motorista do táxi.
Comida
Seo impactodalíngua é grande, imaginem o impacto da culinária.Muito pouco parecida com as receitas de restauranteschineses que conhecemos, o choque é sentido não somente pelo nosso paladar, mas também pelos nossos olhos. Além do modo como são preparados, os vários tipos depeixe, asespécies decarneseos temperossãoextremamente exóticos para o nossocostume.Semfalarno rituale na quantidade de pratos que compõem um típico jantar chinês.
Equantoàquiloqueseouve sobre as iguarias preparadascombesouros,cobras, escorpiões,gafanhotos e outras espécies estranhas? Sim, tudo é absolutamente real. Encontrar um local em queseofereçaumespetinho de escorpiõesé algo realmente estranho. Tão estranho quanto saborear uma cobra assadaou umaáguavivaempanada. Estranho para nós,ocidentais.Mas completamente normal e comum para eles. Quem tiver estômago sensível e não estiver disposto aprovar dessasigua-
rias não estarásujeito a um regimeforçado. Existemalternativas. Mas é preciso saberescolher nocardápioe também estar preparado. Afinal, mesmo nas comidas mais "ocidentalizadas", o tempero é bastante forte.
Fuso
Língua complexa, comidaestranha, e ainda falta o impacto do fuso horário. De um dia para o outro o organismo recebeaseguinte mensagem: a hora de ir dormir passa a ser a de acordar; o caféda manhã com pão, manteiga, cafée leite dará lugarao jantarcom asiguarias jámencionadas. Eo almoço fica perdido no tempo etem queser encaixadoem algum outro horário.
É,semdúvida,umimpacto muito grande para o nosso relógio biológico. Levase aproximadamente de dois a três dias, pelo menos, para se adaptar à novasituação. E não devemos esquecer que no retorno haverá o mesmoproblema. Não éincomum,duranteaadaptação, acordar no meio da madrugada chinesa absolutamentesem sono,assim como também se parecer
Apesar dos brasileiros estarem acostumados a grandes territórios, é muito difícil concebermos um mesmo povo falando em idiomas diferentes.
Talvez por isso seja tão duro entendermos como uma população quase sete vezes maior que a nossa, como a chinesa, possa se expressar de forma tão distinta. É o mesmo que imaginarmos que a
com um zumbi de dia.
Tudo isso me faz pensar nas dificuldades extremamente maiores e mais sentidas dos primeiros viajantes quese aventuraramem direção ao Oriente.
Como será que, por exemplo, Marco Pólo fez para encarar todas essas diferenças de costumes e de cultura?
Alémdisso,comofez para explicar, em sua linguagem, quais eram suas intenções ao chegar?
Minhaconclusãoé quea bagagem que setrazno retorno deumaexperiência
linguagem que um gaúcho usa para se expressar fosse diferente da maneira de falar de um goiano e igualmente distinta de um cearense ou um sergipano e diferente ainda da usada pelo mineiro.
Pois é o que ocorre na China, onde mais de 25 dialetos, todos derivados do mandarim, a língua oficial, espalham-se por diferentes regiões e províncias.
como essaé algoque nãose quantifica. Sem mencionar oladoempresarial,que recebe um acréscimo bastante sensível. Conhecer eanalisar asdiferençasqueexistem entre povos capacita o ser humano aentender um pouco mais o seu semelhante. E ser mais flexível. Enfim, minhas últimas palavrassão dirigidas ao povo chinês, pelagrataexperiênciaquetiveemconhecê-lo. E, claro, a SP Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo: Chê Chê (obrigado).
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Ir à terra de Mao Tsé Tung é um "negócio da China" até para quem vai a trabalho. O país cheio de contrastes é capaz de encantar mesmo quem está apenas de passagem.
Por André Luís M. Gonçalves*
Milhões de chineses, todos iguais, usando as mesmas túnicas, pedalando freneticamente suas bicicletaspara chegar rápido a seus destinos,desviando de carros e ônibus velozes, em um desordenado trânsito.
Essa era a imagem que eu tinhadaChina. Ocoletivoacima do individual. A massa, indiferenciada, sem rosto ou personalidade. Quanto da história antiga tinha sido preservada?Etodaa herançacultural? Será que havia sumido? É claro que eu sabia que existia aelite,como naantiga União Soviética, formadapelos caciques do partido comunista,intocáveis nas posições de líderes. Mas o que eu nunca imaginei é que encontraria uma China quase ocidental.
A caminho
Durante as 27 horas entre aviões e aeroportos, trabalhei constantemente essa imagem na cabeça. Apesarde me considerar esclarecido, com alguma experiência em viagens, confesso que a China era para mim uma incógnita.
Após umabrevepassagem por Frankfurt, durante seis horas de espera entrevôos, o que garantiuuma visita ao centro dacidadealemã,embarqueino aviãoda Air China para P eq u im . No trajeto, já comecei a entrar no clima. A tripulação, comp osta unicamente por chineses, nos atendeu de forma cordial. É incrível como o sorriso aparece fácil no rosto dos chineses...
Pelaprimeira veznosoferecerama opçãoentre refeições orientais ouocidentais.Confesso que amarelei.Comi comidaocidental.Durante o vôo, aproveitei para tentar me acostumar com o fuso. São dez horas de diferença entre China eBrasil eeunão queriaperder o precioso tempo que teríamos dormindo.
Chegada à terra de Mao
De Pequim, após duas horas entre controlede passaportes, alfândegae check-indesete caixas de material impresso e malas, seguimos para Nanjing, em vôo de mais duas horas.
Nossa missão(minhae de dois amigos e parceiros de trabalho): representar o Brasil no World Tourism Marketing SummitpormeiodaSãoPaulo Chamber of Commerce. O congresso iria ocorrer em Nanjing,capitalda província de Jiangsu, também conhecida como a "Cidade do Amor".
A rápida passagem pelo aeroporto de Pequim já nos mostrouque teríamos dificuldade na comunicação. Ninguém parece falar inglês na terra de Mao Tsé Tung (ofamoso lídercomunista chinês). Por outro lado, todos foram corteses e tentaram ajudar como podiam.
Efoi umaboa surpresaser recebido em Nanjing por voluntários uniformizados. A organização docongresso montou um esquema receptivo, com jovens universitários estudantes de inglês para receber e acompanhar os participantes do evento, garantindo uma adaptação menos traumática e uma chegada agradável.
A cara de cada cidade Fomos direto para o hotel, o Hilton Nanjing, onde passaríamos os próximos dias reunidos no congresso e em jantaresoficiais.Nanjing éumacidade de contrastes. Velhos edifícios estãosendo demolidos para dar lugar a novos edificações. O comércio de rua sobrevive ladoa ladoa enormes shoppingcenters. Casas antigas, muito bem conservadas, ostentam coloridíssimos luminosos anunciando hotéis, restaurantes e karaokês. Ao lado, casas em ruínas ainda acomodam famílias inteiras.
Ao final do congresso, voltamosa Pequimparacontinuar nossos encontros com jovens empresáriose aproveitar para conhecer umpoucomaisdo país dos bilhões. A cidade respira prosperidade. Cresce rapidamente. Pequim é um lugar vibrante que mistura o antigo e o novo,criando umaatmosfera de encantamento para o turista. Investimentos em infraestruturaestãosendofeitospara garantir que a Olimpíada de 2008nosmostre anova"capital do mundo".
Aessaaltura, meupensamentosobrea Chinajáhavia mudadomuito, com exceção de duas coisas: são milhões nas ruas eotrânsitoérealmente caótico.Todoorestoédiferente. Aos poucos, as bicicletas são trocadas por mobiletes, motos ecarros.Buzinar écomum. Masninguém xinganinguém. Os motoristas buzinam de forma agressiva o tempo todo, mas não falamnada. Parece que a buzina faz isso por eles. Há, ainda, o nascimento de uma classe emergente burguesa. O cidadão chinês é livre para empreender,consumire evoluir. Economicamente e socialmente,aeliteéfácildeser reconhecida. Usa roupasde grife (verdadeiras) e dirige carros de luxo. Aliás, um dos negócios que mais cresce na China é o de veículos de luxo. Moda entra na moda Os chineses querem ser diferentes.Querem sero quesempre sonharam. E fazem isso. Seja por meio das roupas, sempre buscandoa última moda,seja nos cabelos coloridos, espetados, compridos ou raspados. E, por falar em moda, as mulheres todastêm omesmo visual: calças super justas com botas de cano e salto altíssimos por cima. Torço para essa moda chegar aqui... Opadrão de belezadifere um pouco domodelo ocidental, mas as coisas estão mudando. Ser alta sempre foi um sinal de diferenciação na China. Coma evolução damedicina estética, muitas baixinhas endinheiradasestãorecorrendoa
cirurgias traumáticaspara aumentar em até20 centímetros as suas pernas. A cultura hip-hop leva aos garotos e garotas chineses aquele estilo funky, criado nos guetos americanos edisseminado pelo mundo graças à MTV. Na China, o Canal V garante a cota diária de música pop para a galera. Esportes radicais,símbolo das sociedades ocidentais, também jáchegaram porlá. Skatistas, patinadorese bikers cruzam as ruas, fazendo manobrasem calçadas,bancos, sarjetas ou o que aparecer. O asfalto chinês é muito bom para o skate. Lisinho...
Compras e turismo
Compraré algoobrigatório na China. Não apenas pelo fato deque sepode encontrarcoisas belíssimas ediferentes. É a pechincha que atrai. Não se compranada sem barganhar primeiro. No início, você sempre acha que foi "depenado". Relaxe.Aospoucosseaprende. Por diversas vezes saí da loja e, já na rua,o vendedor ia me buscar, gritando "ok, ok, your price, ok". Funciona como uma terapia.
Mas pouco pudemos conhecer de Nanjing. A agenda apertada não deixou tempo para turismo. O city tour foi insuficiente paraqueconhecêssemostodasas belezasda"Cidade do Amor", mas garantiu visitas maravilhosas.
O Templode Confúcio,que ficanuma regiãodecomércio de rua,éumlugarpitoresco, com belíssimas construções e os melhores pontos para compras.JáomausoléudeSunYatSem,o "pai"daRepública, eo Palácio Presidencialsão locais muito bonitos.
Em Pequim não se pode deixar de ver a Cidade Proibida. Logo que entrei me lembrei do filme"OÚltimoImperador".E não sepode deixarde visitara GrandeMuralha (foto ao lado), umadas setemaravilhas do mundo. São7,2 milquilômetrosdeumaconstruçãoqueem grandeparte jádesmoronou ou está em malestado de conservação.
Se você é daqueles que gostam de ousar e experimentar de tudo enquanto viaja, vai se divertir na China. Em quase todas as cidades pode-se encontrar as famosas feiras de rua, em que comidas deliciosas são preparadas na hora. Visitamos uma dessas feiras, na Goldfish Lane, na cidade de Pequim. Quase tudo é servido em espetinhos, como o nosso famoso "churrasquinho de gato". A diferença é que lá eu só não vi gato. Estrelas-do-mar, cavalosmarinhos, lulas, camarões, carnes diversas, peixes e insetos de toda espécie. Quem tem estômago forte pode provar os famosos espetinhos de escorpião. Para os menos corajosos, grilos, moscas, baratas e até cobras. Tudo fresquinho, grelhado na hora, ao gosto do freguês. Vale, no mínimo, por boas fotos.
A arte de comer Comer naChinaé sempre uma festa.Os pratossão feitos para secompartilhare qualquer refeiçãoé umaoportunidade de se relacionar. Em uma ocasião, um francês radicado emPequim nosexplicouque, enquanto não sobrar comida nas travessas, o anfitrião continuará servindo,pois seespera queos convidados fiquem completamente satisfeitos. A cozinha chinesa se divide em quatro regiões. Cada uma com característicasdiferentes, dependendo do clima, geografia e dos povosque por lá passaram. Ao norte Pequim (Beijing),aosul Cantão(Guangdong),lesteShangai(Xangai)e oeste Sichuan (Szenchwan). Tente experimentar todas. Só isso já vale a viagem. Aromas, texturas e cores fazem os pratos indescritíveis.Umconvite àexperimentação é,ao mesmotempo,umdesafio.Afinal, muitas vezes não se tem a idéia do que se está comendo. Infelizmente, tudoo que é bom dura pouco. Quem visita a Chinanãoé mais umsimples turista. É um refém das marcas queasmaravilhasdeumacultura milenar e cheia de contrastes deixam na mente.E sempre vai esperar ansioso o dia de voltar.
Alexandre de Moraes, que também é presidente da Febem, afirmou que existem fortes indícios de participação de funcionários. Mais de 100 menores foram recapturados e 21 trabalhadores, afastados.
Fernando Vieira
Afugade 202menoresdo Complexo VilaMaria daFebem (Fundação doBem Estardo Menor), na zona norte, na noite de quarta-feira,segue um padrão que temcomo marca principal a suspeita de facilitação porparte dosfuncionários.Essaéa conclusão doSecretário deJustiça e presidente da Febem, Alexandre de Moraes, apresentada ontem.
Os 21 agentes de segurançaque estavam nas unidades de onde fugiram os menoresjá foramafastados.O inquérito policial aberto ontem apura os crimes de prevaricação e fraudeprocessual. Até as 20h, 116 menores já haviam sido recapturados pela Polícia Militar. Teresa – Segundo o secretário, que vistoriouas unidades1-40 e1-41,não hásinal de arrombamento nas instalações, "umsérioindício dafacilitação". Emcada unidadehaviauma"Teresa" (corda improvisada feita com lençóis), utilizada para subir e descer os muros de cinco metros de altura.
"Eram mais de 200 menores e apenas duas Teresas. Com certeza,a fugalevou um tempo que daria para os funcionários perceberem. Senãohouve conivência
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS
NACIONAIS E IMPORTADOS
BLINDADOS, AUTOMÁTICOS (MOTORISTAS BILINGÜES) hiservicecar.com.br
CAMINHÕES
Perguntamos aos visitantes do site AutoData comooBrasilpoderesolver o problema da frota de caminhões, cuja idade média está em torno de dezoito anos? Para 21% dos internautas são necessários programas definanciamentocompatíveis com a realidade do País. Outros 6% apostam na reformulação do Modercarga e 10% na redução da carga tributária para o pequeno frotista e autônomo. Amaioria, 63%, acredita que, além das três propostas, será preciso a adoção da inspeção técnica veicular.
AAmsted Maxion, joint venturedaIochpe-Maxion com a Amsted, já está
As empresas de autopeças consagraram-se comoboaopçãodeinvestimento na Bovespa, a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo, em 2004. Bom exemplo foram as ações da Fras-le que passaram de R$ 2,51 em 2 de janeiro de 2004 para R$ 8 em 30 de dezembro, variação de 218%. Em datas idênticas o preço das ações da Randon foram de R$
houve negligênciae incompetência", disse Alexandre de Moraes.
Conflito – Asituaçãodemonstra o conflito que existe entreo governoe osfuncionáriosdaFebem, que não aceitamas iniciativas de reestruturação. O secretárioqualifica a fuga como "coaçãode maus funcionários em relação à administração". Mas afirma que não iráretroceder "um milímetro". "Cortamos as horas extrase diminuímosoadicional noturno.Isso mexecom interesses. Esperamos outrasfugaserebeliõesatéque sepossaimplantarumnovo modelo na Febem".
Nosábado, novasequipes de 10 seguranças e20 agentes educadores, uma em cada unidade, começam
atrabalhar nolugardos afastados doComplexo VilaMaria.Emummês,amesmamedidaserátomadanos Complexos Tatuapé e Franco da Rocha. Fuga –A fuga emmassa ocorreu por volta das 19h30 dequarta-feirae foiuma das maioresnahistóriada fundação. A maiorfuga aconteceu em 1999, quando 644internosescaparam de uma única unidade.
A Febem Vila Maria foi inaugurada com o objetivo desermodelopara ainstituição. Para fugir, os menorestiveram depassar por seis portões,doisdelesem sistema de comporta, ou seja, osegundo sóabre apóso primeiro ser fechado. O complexo tem quatro unidades e capacidade para
com 80% de sua capacidade de produção de vagões ferroviários comprometida para este ano.
BRUNING
Fabricantedeconjuntosestampados, a Bruning TecnometalinvestiráR$18milhões no decorrer de 2005 para elevar a produção em 20%.Comoincremento,a empresa terá condições de processaraté55miltoneladasdechapasporanocontraas45milatuais.
FORD 1
AFordAméricadoSulfechou 2004 celebrando lucro de US$ 140 milhões sobreprejuízodeUS$129 milhões registrado em 2003. Já o faturamento cresceu 58,9%, passando de US$ 1,9 bilhão para US$ 3 bilhões.
2,79para R$ 7,47, alta de 167,7%,edaIochpe-Maxion de R$ 85 para R$ 297,99, valorização de 250,6%. De acordo com Renata Faber, analista de investimento da corretora Fator DoriaAtherino, diversos fatores contribuíram para o bom desempenho das companhias. De um lado os grandes investidores passaram a buscar em empresas de
FORD 2
Segundo Antônio Maciel Neto, presidente da empresa na região, o bom desempenho é o resultado das novas linhas de produtos, da rede de distribuidores que está mais forte e do rejuvenescimento do marca.
AMALCABURIO 1
Fabricante de estampados, cabinas de caminhões para reposição e escapamentos, a Irmãos Amalcaburio ampliará em 20% a capacidade de produção da linha de termoformagem.
AMALCABURIO 2
AempresainvestiuR$400mil na compra de mais duas máquinas,umajáinstaladaeoutracomprevisãoparafevereiro, que permitirão passar o processamentodasatuais100 para 120 toneladas por mês.
baixa liquidez – leia-se baixo volume de ações comercializado no pregão –, alternativasparainvestimentos lucrativos. Do outro, os grupos listados ofereciam condições favoráveis e seguras para as aplicações: “Em comum as três empresas citadas são pouco endividadas, possuem bom potencial de valorização e boaspráticasdegovernança, garantindo transparência ao mercado e proteção aos pe-
INTERNACIONAL 1
AVolkswagen e sua sócia Proton produzirão em conjunto Passat e Fox na Malásia. A informação é de Bernd Pischetsrieder, presidente do grupo,quereforçouqueos modelos serão exportados para outros mercados daquela região e que, até o momento, o lançamento está previsto para o fim deste ano.
INTERNACIONAL 2
A Ford anunciou que investirá US$ 1,2 bilhão no desenvolvimento do parque industrial de Hermosillo, no México, com vistas a transformar a planta na primeira da companhia no mundo capaz de produzir diferentes modelos, em plataformas distintas, ao mesmo tempo.
quenos acionistas. Essas características atraíram os investidores. O resultado foioaumentonopreço das ações”. No plano macro, disse a analista, o recorde de produção de veículos também ajudou na valorização dos papéis. “Com a produção em alta cria-se um círculo virtuoso, com toda cadeia sendo impulsionada para cima, atraindo novos investimentos.”
540 adolescentes. Nomomento da fuga, abrigava 518.Nasduas unidades, a maioriadosmenores era reincidentede crimes graves, comolatrocínio (roubo seguido demorte) eassalto com uso de violência.
Segundoo secretário de Justiça Alexandre de Moraes, a Secretaria deSegurança Pública foi comunicada da fuga. A partir de então,passou aser desenvolvido umtrabalhoconjunto paraarecapturaçãodosme-
norese reforçonasegurança da população. Os adolescentesencontrados sofrerão sanções administrativas, com isolamento por prazo máximo de cinco dias e terão dificuldade para obter concessão de benefícios.
Entreos 202menoresinfratores que fugiram de duas unidadesdoComplexoVilaMaria da Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor), nanoite de quarta-feira,estavam 66 dos 79 adolescentes que testemunhariam contra funcionários suspeitosde tortura.Destes,apenas 26foram recapturados até ontem. Segundo a Febem, a facilitaçãonafuga teriaporobjetivo impedir o prosseguimento das investigações contra os 52 funcionários, jáindiciados eminquérito policial. "O que chama a nossa atenção é que grande parte dos menores que fugiram é vítima e, mais importante do que isso, testemunha da denúncia. E toda prova produzida pela políciadeveser reproduzida em juízo", disse o secretário de Justiça e presidente daFebem,Alexandre de Moraes.
AVigilância – A partir de agora, os internosqueestiverem envolvidosem processosjudiciais contra funcionários serão mantidos em locais separados, sob vigilância reforçada, como garantia de suaintegridade. Segundoo secretário, o Programa de Proteção às Vítimas e Testemunhas (Provita) também estará à disposição dos menores. "Vamosimpedir qualquer tipo de manobra que atrapalhe aapuraçãodosfatos". No entanto, com a recapturação deváriosdesses adolescentes, nãohá prejuízo ao futuro processo.
Deacordo comopromotor de Justiça Alfonso Presti, designado para ocaso da Febem, adenúncia contra os agentes envolvidos no episódio de tortura, ocorrido na noite do último dia 11 e no dia 12, por volta das 12h, será oferecida até a noite de amanhã.
Preventiva – Na semana passada, a Justiça decretou a prisãopreventivade27agentes quetrabalhamna instituição, dos quais 16 estão presos desde oúltimodia12.Outros11continuam foragidos. Mais 25 agentes, semprisão decretada, permanecem em liberdade. Afugaemmassano Complexo Vila Mariaé semelhante àqueocorreu em12setembro de 1999, quando os menores conseguiram escaparapós denúncias de tortura publicadas na imprensanodiaanterior. "Ficamos preocupados, porqueafugadeagorasegue um padrão", disse o secretário Alexandre de Moraes. A tática de facilitação de fuga de menores para dificultar a apuração dos fatos também foi utilizadaem Santo André,no ABC, em 2000, e nas unidades de Parelheiros e Franco da
Uniãodas Escolasde Samba Paulistanas (Uesp) vai resgatar,no carnavaldosbairrosdesteano, antigas tradições.Entre elas, uma batalhade confetes no dia 8, no sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo,euma arena de resistência carnavalesca – os foliões terão de dançar por oito horas para ganhar prêmios– naVila Esperança, na zona leste, onde ocorre,há 73anos, o mais antigo carnaval de rua da cidade. As mudanças foram anunciadas ontem. Duranteoevento,oReiMomo,Marcos SalesRodrigues,recebeu achavesimbólica da cidade. Outra inovação é o desfile no Autódromo de Interlagos, no dia 6. Com ele, as atividades da Uesp– que congrega escolas menores – devem atingir 1,3 milhão de foliões, principalmente na periferia. A intenção,porém, como lembra o nome Raízes,escolhidoparaocarnaval 2005, é trazer de volta o carnaval antigo, mais próximo da população do que os milionários desfiles do sambódromo. "Queremos dizer quequalquercoisa, até fronha furada ou peda-
ços de jornal, servecomo fantasia. Não precisa ter luxo nem plumas desde que o folião se divirta", disse a presidente daUesp, Ediléia dos Santos. Alimentos –Na batalha de confete, tradicionalaté os anos 50, a entradaserá um quilo de alimento. Haverátrios elétricos,bandas, bateriasde escolasde samba, além do grupo Cabeções de Santana de Parnaíba. A Uesp quer dobrar, neste ano, a arrecadação de alimentos,que sãoaceitoscomo ingresso dos desfiles e posteriormente doados. Em 2004,foram 25toneladas. "A Uesp faz o carnaval que chega àperiferia, para opúblicoquenãopodeirao sambódromo", diz o presidente da Anhembi Turismo eEventos, CaioLuizde Carvalho.
No total, serão 24 desfiles com 75 blocos e escolas no autódromo, na avenida Guilherme Cotching, na zona norte, avenida Escola Politécnica, na zona oeste, e avenidas Jacu-Pêssego e Alvinópolis,ambas nazona leste. A programação completa do carnaval proposto pela Uesp está no site www.uesp.com.br.
Litoral norte – ASecretaria Municipal de Turismo de Caraguatatuba,emparceria com a Polícia Militar, vai reforçar a segurança dos foliõesno carnaval no litoralnortedeSãoPaulo."Aintenção é evitarproblemas e proporcionaruma festasegura etranqüila",afirmou ontem o secretáriode turismo do município, Ricardo de Lima Ribeiro. APolíciaMilitar,segundo o comandante Valter Padula, vai reforçar asegurança com 200policiaisnos pontosdemaior aglomeração. Outrostrintasegurançasforamcontratados pelaPrefeiturade Caraguatatuba,e vãoatuarnasegurança em conjunto com policiais da Polícia Civil. Ambulâncias também estarãode plantãoe foiexpressamente proibidaa venda de bebidasalcoólicas para menores. "A fiscalização estará nas ruas e os comerciantes que descumprirem adeterminaçãoserão autuados".
Em Caraguatatuba, a praçadeEventos seráfechada para bailes populares com a Banda Palace durante cinco noites, de sexta, dia 4, a terça-feira, dia 8. (AE)
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Sebo é programa para quem espera encontrar raridades e edições esgotadas
Lúcia Helena de Camargo
Gostardelivrosémaisdoquegostardeler.Esehá prazer emencontrar nalivraria umlivro novo de um autor querido, hámais ainda em conseguir uma edição rara de uma obra há muito procurada.Ficaimpossíveldisfarçaraemoçãoquandoseacha aquele livro. "Outro dia um cliente subiu na escada para ver os livros da prateleira alta e de repente começou a chorar", relata Maristela Montesanti CalilAtallah, proprietária da Livraria Calil Antiquária. O choro foi de emoção. A livreira contaque,radiante, ohomemdisse: "Há30anosque eu procuro esta edição!"
Os aficionadas concordam que o amor pelos livros pode beirar a insanidade, mas é consenso que quem uma vez começa a tomar gosto por eles, não se cura jamais. O furor por possuire coletarlivros nãoé algo recente, porém. Como lembra a obra A Paixão pelos Livros (Casa da Palavra, 2004), o verbete bibliomaniafoi incluídojá naprimeira ediçãoda Enciclopédia, de 1752.
Seo preçofor convidativo,tanto melhor.Para tentarencontraraquelasobrascomumarelaçãohonestaentrecusto ebenefício,asugestãoépercorrerumroteirodesebos,para tentarachar aquelelivro hámuitoprocurado, ouapenas tentar descobrir leituras interessantes.
Os sebos sedividem emduascategorias: aquelesnos quaisse podemcomprarlivros baratoseos chamadosantiquários, nos quais os estratosféricos preços não assustam osclientes, emgeralcolecionadoresoubibliófilosendinheirados que chegam a investir em exemplares raros como quemcompraimóveis ou ações nabolsa de valores. "Sebo éo estabelecimento que negocia livros de segunda mão", define Eurico Brandão, que apesar deter emseu sebo alguns livros baratos, enquadra-se mais na segunda categoria. "Hoje em dia até as bibliotecas são arroladas como patrimônio, assim, livro virou investimento."
Escritor gosta é de ler
O escritor Luiz Ruffato, autor de quatro livros, é também umadorador de livros usados.Eletemparticular afeição por primeirasedições deobras deliteratura brasileira,coleção que já conta com 200 exemplares, tendo entre eles Usina, de José Lins do Rego, Laranja da China, de Alcântara Machadoe OTristeFim dePolicarpoQuaresma,de LimaBarreto, todos comprados por R$ 5 cada. "Hoje em dia os sebos estão mais profissionaise já não écomum aquela práticade ‘garimpar’ obrasraras, conseguindo comprá-las apreços módicos", lamenta. Ele conta que começou a tomar gosto pelas obrasrarasquaseporacaso."Eucompravaemsebosporque era um estudante compouco dinheiro",relata."Masno meio de tantos livros comecei a descobrir as preciosidades e tornei-meumviciado",revela."Ganhodinheirocomlivrose gasto quase tudo comprando outros", diverte-se. Luiz Ruffato escreveu Eles eram muitos cavalos (romance); As máscaras singulares (poemas); Histórias de remorsose rancores e Os Sobreviventes (ambos decontos).Maseledizque prefere ler a escrever.
Luiz Ruffato já escreveu quatro obras, mas diz preferir ler a escrever
Na tela, um cheiro misto de poeira e literatura
O título original de Nunca Te Vi Sempre Te Amei, traduz melhor do que trata o filme: 84 Charring Cross Road. Trata-se do endereço de uma livraria inglesa localizada na famosa rua londrina que reúne lojas de livros de todos os tipos. Com Anne Bancroft e Anthony Hopkins nos papéis principais, a produção conta a história de Helen Hanff, uma escritora americana
Lerecolecionar:1ª ediçãodeGrande
Sertão:Veredas, de João Guimarães Rosa (Livraria José Olympio Editora, 1956), custa R$ 500 no Brandão
apaixonada por livros britânicos raros, não encontráveis nos Estados Unidos por um preço razoável. Além disso, ela tem o peculiar hábito de apenas comprar livros que já tenham sido lidos. "Odeio livros novos", diz. Em um anúncio de jornal, ela descobre o sebo inglês Marks&Co, obviamente localizado no número 84 da Charring Cross Road, na capital britânica. A loja promete ter livros raros por preços acessíveis. Helen escreve pedindo uma lista de obras, e assim começa sua
relação com Frank Doel, gerente da livraria. O relacionamento à distância, que duraria mais de 30 anos, parte do amor de ambos pelos livros, evoluindo para a cumplicidade. O delicioso filme mostra o prazer de se ter em mãos encadernações elegantes, com capas agradáveis ao toque. É um história para amantes dos livros. Ao vêla, dá para sentir o cheiro misto de poeira e literatura que há nos bons sebos. Esgotado na distribuidora, o filme é encontrado em algumas locadoras. (LHC)
Música erudita no Supertônica da Cultura FM
Se a justificativa para o gasto do dinheiro público com emissoras de rádio e televisãoé apreservaçãoda nossariquezacultural,aRádioCultura FMvem prestando uma grande homenagem aoscontribuintes. Trata-se do programa Supertônica, comandado pelo compositor Arrigo Barnabé, que acabade receber o prêmiode "Revelação" da Associação Paulista de Críticos de Arte na categoria "Rádio".
No ar desde março do ano passado, a atração surpreendeu à crítica e ao público por sua maneira ousada e descontraída de lidar com o complexotemada música erudita contemporânea (do século XX para cá). O esquema é mais ou menos assim: Arrigo reúneumgrupo de pessoas para ouviruma peça, grava seus comentários e, naedição, osintercala comtrechos da obra em questão. Além disso, abre espaço para uma entrevista comuma personalidadedo meio musical– essaparte é independente da primeira, ainda queeventualmente passepelosmesmostemas–eparaoscomentáriosdeum especialistasobre aobraescutada pelo grupo.
O inesperado fervilha, aqui eali, por exemplo, quando o grupoeleito para a audição é de camelôs da rua 12 de Outubro, que pouco sabem sobre música contemporânea, ou nasperguntas incomuns sobre gos-
tospessoais dosentrevistados –estaparte,o compositorbatizoude"Momento Crocodilo".
A escolha deArrigoBarnabé parao programapartiu do coordenador da rádio Cultura FM, Roberto d’Ugo Jr. Haviaa intençãode criar um projeto em conjunto com oCentrode Educação MusicalTom Jobim(antiga ULM)e,segundoRoberto,o nomedeArrigo, queéprofessor de Composição da instituição, caiu como uma luva."A formadetrabalhar deleémuitoafimcomanossa tradição de bolar programasquebusquemmaneiras diferentes de lidar com a informação erudita", diz o coordenador do programa.
Opúblico,que vemsedivertindo com achadosgeniais,comoa escolhade vendedoras de vestidos de noiva da ruaSão Caetano para comentarLes Noces (AsBodas),de Igor Strawinsky, podese preparar para mais lances inusitados. Depoisde enxadristas e taxistas, Arrigo pretende investir em jóqueis, enólogos, presidiários, varredores de rua e daí por diante. E,paraquemimaginaque suas experiências terminam naaudição de música erudita contemporânea com pessoas pouco acostumadas à sua linguagem, Arrigo Barnabé anuncia uma novidade: "Estoucoma idéia de levar música popularparaasplatéiasdoTeatro Municipal, talvez os experimentalismos do Hendrix, talvez um forró...". Vale esperar! (AD)
oão Bosco e seu público comemoraram tão bem osseus 30 anosdebodas,celebrados em 2003, com o lançamento do brilhante CD Malabaristas do Sinal Vermelho, que ganharam direitoa umanova festa. Será nestefinal de semana, dias 28 e29, no DirecTV MusicHall,a partirdas 22 horas. O repertório combinará canções do disco citado e outras mais antigas, que contam partes importantes dos29anos anteriores de sua carreira vitoriosa.
Inocência
João apaixonou-se por música aindana infância, vividana pacataPonteNova, no interior de Minas Gerais. Foi lá que começou a tirar acordes de um violãozinho vagabundo, debutou emapresentações eformou seusprimeiros conjuntinhospara animarfestase bailes. Era tudo muito inocente e espontâneo, tanto que o menino, conhecido como "Turquinho", demonstrava omesmoentusiasmo ao imitar Cauby Peixoto ouElvis Presley. Mais tarde, estudando Engenharia Civil em Ouro Preto, os caminhos musicais ficaram mais definidos, eJoãopassou a se arriscar na tarefa da composição.Foi nesseperíodo – em 1967, mais precisamente –,que abordouViníciusde Moraese lhemostrouduasmelodias.Opoeta gostou bastante e, depois de uma noitede muitowhisky e bate-papo, virouseu primeiro parceiro em Samba do Pouso e Rosa dos Ventos. Essasduas músicas,assim como todaa pré-história musical de João, no entanto,
não entraram no roteiro dos shows de hoje e amanhã. Atrajetóriacontada (e cantada!) por ele agora tem seus ponto inicialna parceria com o letristaAldir Blanc, inaugurada em 1970, no Rio de Janeiro – para onde semudou,ouvindo os conselhosde Vinícius.Dessa fase, a mais célebre de sua carreira,estão noprograma jóias como A Nível de... e Nação. São peças em que sua exuberante musicalidade encontra o complemento de versos irretocáveis.
A união de João e Aldir era tão perfeita, que muita gente custou a acreditar na sua dissolução, nofinal dosanos 80 – vale ressaltar que os dois se reaproximaram no último ano, abrindo caminho para novas composiçõesconjuntas. Inclusive, apartir desse rompimento, houve, mesmo, quem apostasse no naufrágio de João Bosco, já que parecia impossívelimaginar suaobrasemospersonagens tortoseopungentecronismo social de Aldir. O fato, porém,é queosdoisjá nãovinham se entendendo bem há tempos, e João se adiantara naprocuradeoutroscompositores, a exemplo dos ótimos Capinam eAbel Silva. São eles os autores de Papel MarchéeQuandooAmorAcontece (respectivamente), dois clássicos doseu repertório, que estão entre osnúmeros mais aguardados dospresentes shows.
João Bosco seguiu alternando letristas, criando sozinho,até que,no iníciodos anos 90, voltou a ter uma parceria fixa, só que com dois poetas aomesmotempo: Wally Salomão e AntônioCícero. Juntos,conceberam o antológico álbum Zo-
Apresentação de João Bosco hoje e amanhã no DirecTV Music Hall marca os 32 anos de carreira do cantor
na de Fronteira, de 1991,que trazia uma reflexão densa sobre os sentidos da vida e da arte. Nesse disco, recheado por peças de altíssima qualidade, foi gravadaa cançãobonita MemóriadaPele, também incluída no roteiro deste final de semana.
Parceiros
Ainda nos anos 90, João Bosco partiu para a parceria que mantématéhoje,feita sem sair decasa. Foi com o próprio filho, Francisco Bosco, que vinha buscando seu caminho nacarreira literária. Francisco agradou logo de cara, talvez por representar uma espécie de meio termo entreas crônicasdeAldir eo tom filosófico de Wally e Antônio.Oprimeirofrutodoseu
CaçaÀRaposa(1975) – Primeiro disco de sucesso de João Bosco GalosdeBriga(1976) – Auge da parceria de João Bosco e Aldir Blanc ZonadeFronteira(1991) –Trabalho criado em parceria com
esforço conjuntofoi oelogiado disco As Mil e Uma Aldeias, de1997,quetevecomodestaque a saborosa exploração de João da sua ancestralidade árabe. De João eFrancisco, porém, asapresentações privilegiarão composições mais novas, como Malabaristas do Sinal Vermelho, Terreiro de Jesus e Jogosde Arrasar, registradas no disco de 2003. Outrograndeatrativodas noitesde hojee amanhãno DirecTV Music Hall é a prometida seqüência de números solo de voz e violão. Nela, JoãoBoscomostra porque, alémde ser uma referência obrigatória entre os compositores brasileiros, sua música é tida como uma das maisconsistentes escolas de canto e técnica violonística da MPB.
JOÃO BOSCO
Dias: 28 e 29 de janeiro, às 22 horas
Local: DirecTV Music Hall Av. jamaris, 213 – Moema Tel.: 6846-6040
Antônio Cícero e Wally Salomão Acústico(1992) – Álbum de voz e violão que foi o primeiro da série "Acústico" da MTV Brasileira AsMileUmaAldeias(1997) –Primeiro fruto da parceria com o filho, Francisco Bosco
SÁBADO, DIA 29
Longe do Paraíso
Ofilme tevequatro indicaçõesao Oscar ano passado, inclusive para aatrizprincipal,a talentosíssima JulianeMoore,em umadesuas performancesmais arrebatadoras. A produção em questão, que será exibida hoje, às21h, pelo Cinemax é Longe do Paraíso, roteiro e direção de Todd Haines, no qual Juliane interpreta no ano de 1957 CathyWhitaker,umadonadecasa quetemuma vidaperfeitaeinvejadapor todasasamigas. Cathy temumcasamentoexemplarcom Frank(DennisQuaid), mastudo começa desmoronarnavidado casal quandoum grave segredo de Frank vem à tona. No meio desse turbilhão,Cathyficaamiga do jardineiro, um homem negro e sedutor, e todos os conceitos morais que alimentou por toda a vida começam a ser postos em xeque.
Ray Charles Ray Charles vai entrar de novo em destaqueestasemananaTV.OcanalMultishow transmitehoje,às 22h45, o especialinédito Genius: Uma Noite para Ray Charles, que será seguido, às23h45, daexibição deumaedição especialdo programa RevistaBastidores,dedicadaamostraro making ofdo filmeRay,que estréianoBrasilno dia 4de fevereiro. Oespecial será apresentado por Jamie Foxx, que viveCharles emRay, eserátambém pontuado com cenas do longa.Para interpretar os principais sucessos do cantor, como Georgia onMy Mind,I´veGota Womane Sinner´sPrayer ,estarão nopalco nomes estrelados como Stevie Wonder, Elton John, Mary J. Blige, Quincy Jones, B.B. King e David "Fathead" Newman.Umprograma quenão se devedeixar passar em branco.
Paul McCartney
Outro astro deprimeira grandeza damúsicatambémganhaprograma especialhoje, às16h, noEurochannel. O canal exibe na sessão Europroductionuma entrevista exclusiva com o ex-Beatle Paul McCartney, na qual ele fala sobre sua vida pessoal, a morte de GeorgeHarrison("Georgeeramuitoespecial. Estou triste por ele ter partido, mas eu oconhecia bem e sei quedeveestaremumótimo lugar") ede seu trabalho, "Driving Rain", lançado nofinalde2001. Sem gravarmúsicas inéditas por mais de quatro anos,ele lembra doperíodo conturbadoque passouapósda morte de Linda, sua mulher,em1998.Oex-beatletambém fala dasduas mulheres mais importantesde sua vida: "Linda, queperdi tristemente, eHeather —suaatual companheira—,que tive a sorte de encontrar".
Em Campina Grande do Sul, ponte que sobrou não comporta o excesso de veículos e já apresenta fissuras.
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No Centro, as vagas são ocupadas por carros de camelôs ou "pertencem" a guardadores de rua que cobram até R$ 3 por um cartão válido por duas horas. Cambistas chegam a pedir R$ 50 mil por um ponto de venda de Zona Azul na avenida Ipiranga, por exemplo.
ACompanhia de Engenharia de Tráfego (CET) parece ter abandonadoasáreas de Zona Azul. Atualmente, flanelinhase camelôscontrolamo comércio de talões, vendendo cada cartão de estacionamento por R$ 3, quase o dobro do valor cobrado pela Prefeitura. Alémdisso,reservam vagas, delimitando o espaço comcaixotes. Na rua Santa Ifigênia, no Centro, a situação chega a ser absurda.Porlá,afaltadefiscalização permite quecamelôs mantenham estacionados carrosabarrotados de mercadorias, mesmo semcartão,duranteodiatodo, tirandovagas de clientes das lojas locais.
Na ruaBarãodeDuprat, na região da 25 de Março, as vagas são reservadas com caixotes. Só estaciona quem estiverdisposto apagaros R$3, maspoucos rejeitama oferta com medo de não encontrar outra vaga. "Tentei comprarocartão'legalmente'mas nãoencontreiquem o vendesse, nem na banca. É umabsurdoterdepagarum preço dessesparaestacionar na rua. Já pago um montedetaxaeagoramaisessa", diza comerciante Áurea Nogueira Paes. Não há lei que determine quem estáhabilitado avender os talões ou que defina o preço de cada cartão. Essa facilidade fez do "comércio" de ZonaAzul algolucrativo,embora sujeitoafraudes. O Diário do Comércio constatouontem quecambistas chegam a pedir até R$ 50 mil por um ponto de venda de Zona Azul na avenida Ipiranga. Irregularidades – Os cartões vendidos pelos flanelinhas nem sempresãopreenchidose acabamsendo usados por maisdeum cliente. Em entrevista veiculadaontempela TV Globo, oflanelinha AbadeCarlos da Costa confirmou que sópreenche oscartõescaso existam fiscais na área.
Oproblemaé queemvários quarteirões onde esse comércio ilegalde vagas ocorre –tantonaBarão de Duprat como na Santa Ifigênia – asplacas que identificavam a Zona Azul foram arrancadas dospostes. Sem nada para avisar motoristas sobreasrestrições ao estacionamento,fiscais– que nãoquiseram seidentificar – afirmam que não podem fazer nada, nem mesmo autuaroscarrosque estãoestacionados semcartão."Só podemos avisara central para providenciaruma novaplaca. Maselasnão duram muito".
As poucas vagas que não estão ocupadas por camelôs, são guardadas com caixotes pelos flanelinhas. Em muitas ruas, as placas que informam sobre a Zona Azul foram arrancadas dos postes, impedindo a autuação dos infratores.
Emextinção – Fiscal de Zona Azul éum cargo em extinção. Nos últimos anos, muitosdeles assumirama função de "marronzinhos" e nãoforam substituídos. É verdade que "marronzinhos" tambémpodemautuarpor estacionamentoirregular, mas eles acumulam outras funções. Um exemplo dessa troca de funções parece ser a ZonaAzulda SantaIfigênia, onde apenas dois fiscais cobrem toda aextensão da rua, além desuas paralelas. Na regiãohá granderotatividade deveículos em razãodo forte comércio de eletroeletrônicos.Um ano atrás, seisfiscaiscompunham essa equipe.
Os "donos" da Zona Azul da Santa Ifigênia são os camelôs, que ocuparam a região com suas barracas e carros com os capôs e portamalas lotados de CDs, vídeos,programasdecomputador,ferramentas eoutras mercadorias irregulares. Muitos estacionam seus "carros-barracas" durante todoodia, namesmavaga. Por lei, nesses estacionamentos rotativos, um carro só pode permanecer por 2 horas. Depois disso, teria de mudar de vaga e de cartão. Na SantaIfigênia, no quarteirão entre a rua Aurora e aTimbiras, as placas que indicavam Zona Azul foramarrancadas. Ontemà tarde,não haviaumaúnica
vaga quenão estivesseocupada por camelôs. Na Santa Ifigênia, a situação deabandonodaZona Azul foi mostrada pelo DC em agosto doano passado. À época, a CET garantia que a fiscalização era realizada diariamentedas7h às19h. Fiscalização há, mas sem eficiência. Ontem, por telefone,a CETfoinovamente procurada pelo DC, mas seus técnicosnãoretornaram aschamadas até ofechamento desta edição. Talões – As áreas de Zona Azulforam criadasem 1974.Hoje, emtodaacidade,existem 30mil vagas desse tipo. Os talões podem sercompradosnos2,5 mil postos credenciadospela
Prefeitura. Nas áreas de Zona Azul só é permitido estacionar em uma mesma vaga por um período máximo de 2 horas e desde que o veículo estejadevidamente identificado e como cartão preenchido.Vendidos empostosautorizados ou porfiscais, eles custam R$ 1,80. A total extinção da Zona Azul pode acontecer em um futuro não muito distante, caso a criação de pedágios urbanos se concretize.A CETnão descartaessapossibilidade. O pedágio, que taxaria a entrada no Centro, viriacomoalternativaaorodízio de veículos.Mesmo assim,cresce aconsciência de que a cidade precisa de mais transporte coletivo.
VOLTA ÀS AULAS JÁ TEM ESQUEMA ESPECIAL
A volta às aulas, na segunda-feira, vai significar uma frota de 3,5 milhões de veículos nas ruas da cidade. Para evitar confusão e filas duplas nas portas das escolas, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) montou a Operação Volta às Aulas, que atuará perto de 118 escolas. Grupos de mímicos estarão em frente a 36 escolas com o objetivo de orientar a travessia de alunos nas faixas. A ação terá início nos colégios Dante Alighieri, na alameda Jaú, e Magno, na rua Duque Costa, no dia 31, das 11h30 às 13h30. A campanha de conscientização e segurança contará com o apoio de 120 marronzinhos, que ordenarão o trânsito nas escolas com maior movimento. Além disso, técnicos vão coibir a formação de filas duplas e o estacionamento irregular, disciplinar o embarque e o desembarque e orientar a travessia de pedestres. A CET também implantará 170 faixas nas escolas. (KF)
O tecido mais popular do Brasil na visão de 11 estilistas famosos está no Museu da Casa Brasileira
Todo o colorido das estampas de flores da chita, o tecido mais popular do País, pode ser visto na exposição A Chita na Moda, que acontece até o dia 20 de fevereiro no Museu da Casa Brasileira. Onze estilistas foram escolhidos para dar suas versões para o pano, que tem origem pouco conhecida por aqui: surgiu na Ìndia medieval. Daí a razão do nome, que têm raíz no sânscrito.
Típico de quadrilhas juninas, cortinas, toalha de mesa em casas de pau-a-pique, o tecido ganhou ares fashion na criação das grifes André Lima, Glória Coelho, Karla Girotto, Lino Villaventura, Marcelo
Sommer, Neon, Madalena, Raia de Goye, Reinaldo Lourenço e Ronaldo Fraga, além da designer Sonia Kiss que transformou cortes do pano em bolsas de chitas. A top model Caroline Ribeiro é a garota-propaganda da exposição e aparece e modelos com decotes profundos, saias vaporosas e adereços ousados.
A mostra estará aberta até o dia 20 de fevereiro, de terça a domingo, das 10 às 18 horas.
Ingressos de R$ 2 a R$ 4 e grátis aos domingos. O Museu da Casa Brasileira fica na avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.705. Para agendar visitas ligue: (11) 3032-2564. Dora Carvalho
Oespanhol de Valência Uiso
Alemany foi descoberto por Emanoel Araújo, que quando era diretor da Pinacoteca do Estado trouxe diversos artistas valencianos para o País. O artista não apenas enviou suas obras, como veio ao Brasil, e acabou trocando temporariamente seu ateliê de Alboraia, na zona rural de Valência, por uma sala dentro do Museu de Arte Sacra, em Olinda, Pernambuco, no verão do ano passado. Ali ele produziu as trinta pinturas e cem desenhos reunidos nesta exposição, em cartaz até 13 de fevereiro no Instituto Tomie Ohtake. A mostra Uiso Alemany, em Olinda, como em Albaria, a gestualidade em Carne Viva reúne imagens inspiradas pelo carnaval de Olinda. O hoje secretário estadual de cultura Emanoel Araújo assina a curadoria da mostra. Segundo ele, as
Cosac & Naify resgata a obra do escritor que era a voz do proletariado
Amilton Pinheiro
Oobras do valenciano exibem o "olhar do viajante à vida de todo o dia" e "a atmosfera ríspida dos trópicos, o misturar-se na multidão desses dias quentes de carnaval, o isolamento cheio de banzo da sua realidade em Alboraia".
Uiso Alemany, em Olinda, como em Alboraia, a gestualidade em carne viva, até 13 de fevereiro, no Instituto Tomie Ohtake, à avenida Faria Lima, 201, Pinheiros. Tel.: (11) 6844-1900. A exposição fica aberta de terça a domingo, das 11h às 20h, com entrada franca.
Lúcia Helena de Camargo
s escritores,nos seus livros ficcionais, procuram, em sua grande maioria, encontrar os arquétiposque irão povoar as páginas dos seus livros. Outraforma desefazer isso é ver a realidade por meioda observaçãoe/ou davivência, econstruiras personagense seusespaços geográficos. O modo de trazer personagensdo mundo real parao mundoliterário exigehabilidades comaescrita que vai além das normas gramaticais edo escrever bem.Um escritor que fez isto commaestriafoi Guimarães Rosa (19081967),quetrouxeouniverso do caboclo mineiro e do seu sertãoprofundo paranossa literatura. O escritor paulista João Antônio (1937-1996) pode ser enquadrado nessa categoria deescritores que, pormeiodedaobservaçãoe vivência, trouxe para o mundo das letraso seu universodos marginaise malandros das cidadesdeSão Paulo e Rio de Janeiro. A Editora Cosac & Naify lançou recentemente o último livro, Malaguetas, Perus e Bacanaço dessaprimeiraetapa do projeto de relançamento dasprincipais obras deJoão Antônio.Dentreos lançamentosestá Abraçado ao meu rancor (2001), livro de contosqueemqueoescritor procuratraçar uma visão panorâmica doseuaprendizado com os marginalizados e o seu ser marginal. Em Ô, Copacabana! (2001), livro de contos, crônicas e reportagemque através do microcosmo dobairro de Copacabana eseustipos marginalizados procura criar umpainelsocialdo País; Leã o-de -Chác ara (2002), reportagens literárias e contosonde o escritor trabalha com o universo da boêmia marginalizadada cidade doRiodeJaneiroe da suaexperiência como jornalismo. Já na obra Dedoduro (2003), livrodecontos, crônica eprosamemoralística, que traz o texto autobiográfico do escritor: Paulo
Melado doChapéu Mangueira
Serralha
O projetofoi coordenado pelo editore escritorRodri-
go Lacerda que irá defender tese de doutoradoem Teoria Literária no Departamentode LetrasdaUniversidade deSão Paulo (USP) sobre oescritor e osanos de sua formação. A segunda etapadoprojeto traráuma novelainédita, Comprados e vendidos, e umlivro de contos encontrados no arquivo do escritor. Conhecer um pouco da formaçãoliterária edevida de João Antônio nos dá a dimensão da importância desse escritor para a literatura brasileira. Começou escrevendo pequenostextos na infância queforam publicados numa revista. Naadolescência, vividos em grande parte nos lugaresmarginalizados deSão Paulo,com seustipos evícios, ojovem JoãoAntônio
Contos e reportagens literárias em Malagueta,Peruse Bacanaçoe Leão-dechácara
muitoentusiasmopelaintelectualidade deesquerda daépoca quevia pela primeiravez, nas letras, a voz do proletariado doestado de São Paulo. Com o sucessoinicialda suacarreira literáriaqueretratava personagens marginalizadoseporserumescritordeSão Paulo, acrítica procurou filia-lo aos escritoresAntônio deAlcântara Machadoe Mário de Andrade, além do escritor LimaBarreto.SegundoRodrigo Lacerda, aidentificação com estes escritores foi mais dacrítica literáriadaépoca do que propriamenteuma semelhança de estilo.
Segundo Rodrigo Lacerda,ainfluêncianaformação literária doJoão Antôniose dá por três veias muitos fortes: PorGraciliano Ramos,
continuou escrevendo, e esses textos eram enviados para alguns jornais da época. E foi com apublicação dos seusprimeiroscontos, nessesjornais,queoescritor despertou acuriosidade de alguns escritores e críticos, entreeles,Ricardo Ramos, filho do Graciliano Ramos e Mário daSilva Brito,futuro padrinho literário do jovem escritor.
Com a ajuda de seu padrinho literário, João Antônio lançou, em 1963, o seu livro mais conhecido, Malagueta, Perus e Bacanaço,que reunia os contospublicadosnos jornaisda época emais o conto que dá título á obra. O livro foi recebido com
Tipos marginalizados do Rio de Janeiro em Abraçadoaomeu rancoreÔ, Copacabana!
pela concisão, um tom seco, mesmo que emocionadoe um certolirismo, mesmo que contido; O lirismo propriamentedito, atravésdas músicas do Noel Rosa e dos poetas CarlosDrummond de Andrade,Fernando Pessoa entre outrose no terceiro momento pela "literatura dehomem"dos escritores Hemingway, KorkieZola, além do escritor Guimarães Rosa. O sucessodecrítica do João Antônio já havia se dado comseuprimeirolivro, Malagueta, Perus e Bacanaço, mas omesmonão ocorreu com opúblico.Aolançaro seu segundo livro, Leão-deChácara, em1975, oescritor
passa ater oreconhecimento do público também,que esgota duas edições do livro rapidamente,o mesmo ocorrendocom seulivro posterior, Casa deLoucos, 1976. O primeiro livro aborda o universodo malandro carioca e traz um conto, além de outros, que é consideradopela críticacomo um dos seus melhores; PaulinhoPerna Torta, queele já havia publicado emuma antologia em 1964.
Publicou mais algunslivrosnos anos1970, entre eles: Calvário ePorres doPingente Afonso Henriques de Lima Barreto e Ô, Copacabana! Noinício dosanos 1980, comas mudançasnocenário nacional e internacional, o períodode sucessoliteráriode João Antônio, tanto pela crítica quantopelo público,começa amudar.Este já estava sentido essas transformações quanto diz: "Os ventos literários já não estavam mais ventando ao meu favor".
Osanos90acentuamoperíodo de decadênciadoescritor, com o alheamento do novo jornalismo com sua obra que há muito não estavamais sendoeditada.Outrofatoquecontribui para agravar esse quadro é o distanciamento de João Antôniocom o universo queele elegeupara ficcionar. Rodrigo Lacerda, dizque: "Ele perdeu o calor da experiência direta. Vira um pouco uma testemunhaoculare nãomaisumapessoaenvolvida nas coisas sobre as quais ele escrevia, além disso,mais detrinta anossendo escritor e por mais que tivesse uma origem operária, não eramaisumcarade igual para igual com o personagem Leão-de-chácara de boate Alémdisso,o próprio João Antônio começou a ter problemas com o álcool e foi gradativamente se isolando dos amigos. Esse isolamento culminoucom suamorte trágicano dia1de maiode 1996, em seu apartamento queficava nobairro deCopacabana, deataque fulminante do coração. Seu corpo foi encontrado depois de maisde15 dias,apósoseu falecimento.
comédia Dupla Confusão traz Gerard Depardieu e Jean Reno como assaltantes sem muita
Geraldo Mayrink
Ocinema francês já foi engraçado, com palhaços de grandes sucesso como Fernandel e Bourvil, mas isso faz tanto tempo que quase ninguém mais lembra. A seriedade, o estruturalismo, os sintagmas-semióticos e o mau-humor nacional tomaram conta da produção, antes cheia de saias coloridas rodopiando em cabarés de luxo. Esta joie de vivre anda sumida das telas. Por isso, nostalgia à parte, um filme como Dupla Confusão destoa e surpreende. Não há nada demais nele. É incapaz de provocar ataques de riso como antigamente, mas já é alguma coisa diferente no sombrio universo de filmes-cabeça cheios de literatura e filosofices. Simples e simplório,
conta-se aqui, de novo, a história de dois palhaços, Quentin (Gerard Depardieu), e Ruby (Jean Reno), assaltantes que o destino força a se tornarem amigos. Quentin, dono de grande força física e nenhuma mental, ri o tempo todo, como se fosse uma hiena. E Ruby é taciturno e frio. Eles começam se odiando porque cada um é mais insuportável que o outro. Como andam atrás de uma fortuna que Ruby quer recuperar das mãos de outros bandidos, tão caricatos como eles, os dois se unem, fogem de uma clínica psiquiátrica, roubam carros da polícia e por aí afora. Quentin, um bobalhão que beira a debilidade mental, é tido como o "cérebro" das ações criminosas, o que desorienta a racional polícia francesa, que não
Gerard Depardieu e Jean Reno como os palhaços Quentin e Ruby: humor simples
sabe mais o que venha a ser "cérebro". Os idiotas vestem-se com roupas de mulher, são confundidos com gays e num assalto, além de quinze euros, Quentin só rouba uma bexiga que emite sons de uma vaca que solta puns, divertindo-se imensamente, e levando o parceiro e outras pessoas à beira da loucura. Francis Veber, que escreveu e dirigiu o filme, não tem pudores. Esqueceu o que deve ter lido nos liceus e visto na fabulosa Cinemateca Francesa, provando que tudo em Dupla Confusão já havia sido publicado e filmado. Não quer saber de novidades. Fez uma comédia boba e simpática, que só não é escrachada porque o sprit francês tem ainda sua elegância. Se duvidam, vão ver. Dá até para gostar.
OMilagredeBerna,que estréiahojenoscinemas, mostra avitória alemã na Copa do Mundo de futebol,em4dejulhode 1954. O evento, juntamentecom aquedado muro de Berlim em 1989, é o mais memoráveldetodos os tempos para os alemães. Dirigido porSönke Wortmann,tem PeterLohmeyereLouisKlamroth no elenco (foto).
AMOR E HUMOR
Túmulo com Vista – divertida comédiacom uma pontinha de humor negro. Boris é dono de uma funeráriae apaixonado por Betty desde a infância. Mas elasecasoucomoutro.Quandoasogra dela morre,Boris conseguese reaproximar e descobre que ela também o ama. Ele bola um plano, no qual ela seria enterrada e depois resgatada por Boris eos dois fugiriam. Tudo daria certo nãofosse a curiosidadedeFeatherbead,tambémdono defunerária,que nãoentende porquenãoconseguetersucesso.Elevai causar a maior confusão. Hilários desempenhosdeAlfredMolina,Brenda Blethyne ChristopherWalken.Direção:Nick Hurran.Duração: 94minutos. DVD/VHS. Europa
TheEye –AHerança: Após submetersea um transplante decórneas,uma jovem, que era cega desde os doisanos de idade, passa a ver misteriosasfiguras. Aospoucos,percebe queessas imagenstêm a ver comadoadorados órgãos.Háum quê de sobrenatural, pois asvisões de figuras obscuras e traços indefinidos anunciammortesdepessoas próximas a ela. É um tema recorrente dostransplantes: oreceptor passaa ter a personalidadedo doador? Para resolver seu problema,a jovem precisafazeruma peregrinaçãoaopassadoda doadora. Com Lee Sin Je, LawrencedChou, Chutcha Rujinamon. Direção: OxidePangChune Danny Pang. Duração: 99 minutos. DVD/VHS. LK-Tel
The West Wing –Nos Bastidores do Poder:o sucesso dos seriados da TVpaga abriuum novo mercado de DVDs. Váriasdelas são lançadas em caixascom todos os episódios, que atraem não sóos espectadores assíduos, mas também aqueles . Esta é a sériequemostraopresidentedosEstados Unidos e seu staff enfrentando rivais políticos, pois da mesma forma que a vida real, aqui também era períodoeleitoral. Sãosetediscoscom os22 episódiosda segundatemporada. Há ainda extras com erros de gravação e cenas não exibidas na TV. ComMartin Sheen,Dule Hill,Allison Janney, Rob Lowe, Stockard Channing. Direção: vários.Duração:990 minutos. DVD. Warner
Filme exibe o lado delicado da capital federal
Oladofemininode Brasília. O cineasta Renato Barbieri, que nasceuemAraraquara em 1958 eviveu muitotempo em São Paulo, há dez anos se mudou para o centro geopolíticodo país edecidiuestrearna ficçãocom umfilme delicadosobreacapitalfederal, totalmentedistante da truculência dos "gladiadores do poder", naspalavras do própriodiretor. AsVidas de Maria foiexibidocomo hors concours no Festival de BrasíliadoCinemaBrasileiropara cerca de 1400 pessoas e tem data de estréia no circuito comercialmarcada paraabril do ano que vem.
Felicidade
"O filme é um drama sobre avidadeumapessoaqueoptaporser feliz,nosentidode que a felicidade não é um estágio,masumprocessoquea gente vai construindo",diz Renato Barbieri. As Vidas de Maria tem como pano de fundo as transformações políticase sociaisque Brasília vemsofrendodesde asua inauguração nodia 21 de abrilde 1960,data donascimento da personagem-título do filme de Renato Barbieri. Aidéiainicialdo argumentonasceudurante um casamento. Renato Barbieri estava entre os convidados e percebeuque todaacerimônia estava sendo feita para uma câmeradevídeo, não paraos noivos."Pegueiesse deslocamento do ritual do casamentoecomeceiatrabalharoargumento", contao diretor. Umadas cenasmais elogiadas de As Vidas de Maria foi justamente a seqüênciado casamento da personagem central, na Igreja Dom Bosco, emBrasília."É uma igreja muitobonita, todaazul",dizRenatoBarbieri. "Toda a filmagem do casamento foi feita pela perspectivada insegurançadeMaria, que não estava bem certa de que realmente queria se casar", conta."Eu eo diretor de fotografia Jacob Solitrenick criamosumaatmosfera subjetiva,atémesmoexpressionista", explica.
As Vidas de Maria contou com seis atrizes para viver diferentesmomentos davida da personagem-título. Entre elas,Ingra Liberato e SthefanyBrito,queinterpretaMaria naadolescência.O roteirotema assinaturade
Di Moretti (Latitude Zero e FilhasdoVento,entreoutrostrabalhos)efoitodoconstruído comelipses. "Sãováriossal-
Evaldo Mocarzel
tos notempo, emmomentos-chave na vida de Maria", explicaodiretor."Ofilmecomeça no casamento e depois corta para Maria nascendo, atépassar paraocasamento de novo, só que a personagem está assistindo à cena do casamento numa fita de vídeo", conta. Embora estreante em longa-metragem de ficção, o cineastade46anoséumexperientee premiadodocumentarista. Para iníciode conversa, Renato Barbieri fezparte, de83a87, donúcleooriginaldo OlharEletrônico, que marcou profundamente alinguagem audiovisual no Brasil e de onde saíram nomes como F e r na n d o M e i rel e s , Marcelo Tas e PauloMorelli, entre outros. Quase todosmoravam juntos num casarão na Praça BeneditoCalixto, em Pinheiros, e a famosa produtora Olhar Eletrônico era um dos quartos do imóvel.
cabeça a questão do cinema." O cineasta é formado em psicologia e descobriu a linguagem audiovisual na faculdade fazendomonografias inicialmente em áudio e depois em vídeo.
A vontade defazer ficção surgiu depois de uma projeção de Asas doDesejo, do alemãoWimWenders. "Foiali que eu me apaixonei pelo cinema de ficção", conta. Renato Barbieri foi convidado parafazer umcomercial e acabou conhecendo o roteiristaDiMoretti, quehavia feitoo roteirodo premiado documentário O Velho, de
Pandora/Divulgação
Documentários
Aomesmotempoemquea produtoraenveredou um poucomaisparaapublicidade,Renato Barbierifoi migrando para o jornalismo e paraumaproduçãoaudiovisualqueele mesmodefine como"videoarte documental". "Fizquatro curtase chegueià conclusão deque aquele formato narrativo, queàsvezes caíaatémesmo no hermetismo,nãotinha mercado", lembra. Começou afazerdocumentáriosparaa televisão.Um dos trabalhos quemaisgostaéumfilmesobreo cineasta GodfreyReggio, feito paraa Bandeirantes.Na mesmaemissora,fez o Jornal deVanguarda, programa diáriosobre temasvariados. Na TV Gazeta, a convite doveteranorepórterGoulart de Andrade, Renato Barbieri e Paulo Morelli fizeram mais de 150programas parao telejornal Antenas etambém o Crig-Rá durantequatro anos semintervalos.Também na Gazeta, Barbieri assinou trabalhos como 88, feito em 1987 com previsões para o ano seguinte, e Expiação, cujo objeto de pesquisa erao papel da televisão nas nossas vidas e nas nossas mentes. "Nósestávamos em busca das possibilidades narrativas do vídeo",lembra. "Ain-
Toni Venturi. "Mesmo sem grana, o Di vestiu a camisa e abraçouo projeto."A sementedofilmenasceu em SãoPaulo. Nosanos 90,Renato Barbieri se mudou para Brasília, coma mulhere os dois filhos. "Nós vivemos um período de grande livre arbítrio", dizocineasta. E As Vidas de Maria focaliza os conflitos de uma mulher que, no fundo,sintetizamas dúvidas de toda uma geração. Renato Barbieri comenta as diferenças entre fazerdocumentárioe ficção."Odocumentário cabe numa van e a ficção é um parque. A ficção é vertiginosa e perigosa. Estouentrando com muita cautela", confessa.
AsVidasdeMaria temorçamento de R$ 1 milhão, com verbasda Petrobrás,do Concurso deBaixo Orçamento do Ministério da Cultura e do Fundo da Arte e da Cultura do Distrito Federal (FAC). A produção é assinadapela Videografia, empresa deRenato Barbieri,e pelaAsa Cinemae Vídeo, produtora deMárcio Curi, queassinaa produção-executiva. Atrilha éde Duca Leindecker e Leo Henkin. Ainda no elenco, DoraWainer, CláudioJaborandy, Gustavo Melo, Gésio Amadeu e Bruno Torres, entre outros.Adistribuiçãoé daPandora."O filme éum drama humano e eu me lanceinodesafiodecontaruma boa história no cinema."
Volume de chuvas registrado em janeiro já é superior à média histórica e alcançou 301,4 milímetros até ontem. Previsão é de tempo nublado sem frio no sábado à tarde.
Kelly Ferreira
Oencontro de uma frente fria com áreas de instabilidadefoi responsável pelos dias chuvosos ecomtemperaturas consideradas baixas para o verãona regiãosudeste.O volume de chuva chegou a superaramédia paraomês dejaneiro,queéde253,9milímetros,registrando este
ano, até agora, 301,4 milímetros. De acordo com o meteorologista Alexandre Nascimento, do Climatempo, o mês de janeiro háalgum tempo vem superando essa média. No ano passado choveu284,5 milímetros. Em 2003, 317 milímetros, e em 2002, 284,8 milímetros. O recorde para o mês é de 481 milímetros, em 1947. "É uma tendênciao volumede chuvaficar acimada média. O que está fora do
normal é a queda da temperatura", diz Nascimento. Ontem, a máximachegou a 20,9 graus. Segundoa previsãodo instituto, o tempo começa a melhorar somenteno sábado à tarde. Afrente fria que trouxe chuva e queda de temperatura para ocentrosul doBrasil jáestá acaminhodosuldaBahia,masnovas instabilidades se formam e avançam pelo centro-oeste e sudeste, deixan-
do o céu nublado e chuva forte, principalmente em Mato Grosso doSul,sulde Goiáseem quasetodaaregião sudeste.O tempotambém fica chuvoso no Paraná e no vale do Itajaí (SC). Já no Rio Grande do Sul, o ar seco polaremaquecimento deixa o tempo firme e ensolarado. Outra massa de ar seco deixa o tempofirme no Rio Grande do Norte, norte do Cearáe lestedePernambuco e Paraíba.
Na foto à esquerda, a visão do edifício do Banespa-Santander, no Centro, é atrapalhada pela chuva fina. Acima e à direita, pedestres que atravessavam o viaduto Santa Ifigênia na tarde de ontem.
chuva – Hoje será mais um dia nublado e chuvoso em São Paulo. As instabilidades da frente fria ainda permanecem sobre o estado. Com isso, o tempo continua encoberto nesta sexta-feirae chove a qualquer horado dia.O riscode temporalaindaexisteemalgumas áreas paulistas e as temperaturas seguem amenas. As nuvens carregadas predominam e provocam chuva tambémem Minas Gerais,no EspíritoSanto, no Rio de Janeiro e em todas as áreas de São Paulo. Deacordo com Nascimento,a previsão éde que nosábadootempofiquenublado comalguns períodos de melhoria e chuva. As instabilidadescomeçam ase afastareo solreapareceno oestepaulista. Nas demais áreas do estado, chove fraco pela manhã com períodos de melhoria à tarde. "As demais localidades do sudeste seguem comcéu nubladoe
tempo chuvoso. A temperaturasobe aos poucos", prevê Nascimento. A mínima deve ser de 17 graus e a máxima de24 graus,com 90% de probabilidade de chuva. No domingo,as instabilidadescomeçam a perder força e o tempo melhora. A temperaturaaumenta, ficando entre 18 e26graus. Apesar damelhora, ainda há previsão de chuva. A segunda-feira, segundoprevisão doClimatempo, terá sol e nebulosidade variada com pancadas isoladas de chuva durante o dia. Otempo abreem todas as áreas do sudeste. Entre muitas nuvens, osol reaparecetambém emMinasGerais e volta a fazer calor. Osdemais estadosdaregiãosudesteterão uma segunda-feira de muito sol e altastemperaturas.Porcausa do tempo abafado, acontecem pancadas dechuva à tarde. Atemperaturadeve ficar entre 19 e 30 graus.
U m balançoda Defesa Civil divulgado ontem à tarde apontouque 80 moradores deCampinas ainda estavamdesalojados por causa das chuvas dasúltimassemanas. Durantea manhã, o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) percorreu a região dos distritos de Sousas eJoaquim Egídio para visitar oslocais mais atingidospelas chuvasde terça-feira à noite. Os moradores relataram ao prefeito que a enchente pode ter sido provocada pelo açude de uma das propriedades rurais da região, oque teriacausadoaumentodevazão noRibeirãodas Cabras, quepassa soba ponte.Santosprometeuque a situação dos açudes será levantada para que a Prefeitura possa avaliar medidas adequadas. "Vamoscobrar dosórgãosestaduaisfiscalização rigorosa nas represas e adotar medidaspara controlar esses açudes".
O prefeito acrescentou que se reuniu esta semana comosministros chefeda Casa Civil, José Dirceu, e da IntegraçãoNacional, Ciro Gomes, para solicitar recursos de R$ 9 milhões para atender a famíliasque perderam seus pertences com a inundação, recuperar áreas afetadas e promover ações preventivas como drenagem de córregos. Ontem, segundo aassessoria de imprensa da Prefeitura,um barracono bairro2 de Julho, onde moravam quatropessoas,foidemolido porque corriarisco iminente dedesabamento.Nasemana passada,outrobarracohavia sido derrubado no bairro e mais dois estão condenados. A Prefeitura aguarda autorizaçãoparademoli-los.Asfamíliasterão aluguelcusteadopelomunicípioatéaconstruçãode 120 imóveis prometidos pela administração, que devem estar prontos em oito meses. (AE)
Ingredientes nacionais dão sabor para a La Chandeleur, a festa das crepes
Dora Carvalho
La Chandeleur, a tradicional festa francesa dos crepes, comemorada desde o século V na França, ganhou sua versão brasileira, com o festival realizado pelo restaurante Crêpe de France, que fica na Vila Nova Conceição.
A fête de chandelles ou festa dos candelabros é comemorada todos os anos, sempre quarenta dias após o natal, ou seja, no dia 2 de fevereiro. A celebração é uma alusão à purificação da Virgem Maria e à apresentação de Jesus ao templo e nasceu na Bretanha, que fica no noroeste da França.
Em algumas regiões do país, o ritual simboliza a volta dos camponeses ao trabalho no campo. Já os candelabros com velas –benzidos em igrejas –serviam para iluminar as portas das casas, durante o entardecer precoce do inverno. Na primeira noite em que as velas não precisavam ser usadas as famílias comemoravam com o preparo de crepes. Daí a razão para La Chandeleur ter como símbolo principal a crepe.
A iguaria também simboliza a fortuna. O trigo sarraceno, utilizado no preparo do prato de origem francesa, significava os meses de fortuna, com boas safras e colheitas.
O chef francês Fréderic Serre, proprietário do Crêpe de France, preparou várias versões da crepe, para agradar ao paladar do brasileiro. "São ingredientes tipicamente franceses, mas que podem
ser encontrados facilmente no Brasil", diz ele. Na opinião de Serre, a iguaria caiu no gosto do País por ser um prato leve, saudável e versátil, já que cada um pode adicionar os ingredientes e sabores que mais aprecia.
A festa no restaurante vai acontecer de hoje até o dia 6 de fevereiro. A sugestão de Serre para a celebração é o Galette Complète, que leva queijo gruyere, presunto e ovo estrelado
Flâmulas, emblemas e autógrafos de Rivelino, Ademir da Ghia, Sócrates e Roberto Dinamite dão o tom da decoração do São Cristovão. Coleção de 120 cachaças é o destaque do bar.
Programa para fanáticos ou descolados, o São Cristovão reúne a memória futebolística do País
Armando Serra Negra
Milharesde fotos, cartuns, flâmulas, emblemas, autógrafos de visitantes ilustres (Ademir da Ghia, Rivelino,Sócrates, Raí, Roberto Dinamite...) nas paredes euma coleçãodemais de 120 tipos de cachaça, faz do bar São Cristóvão um lugara servisitadonão sópelos fanáticos por futebol mas também por qualquer pessoa interessada em história, ou que esteja a fim de um happy hour sossegado num lugar diferente,destinadoaumaboaecalmaconversa entre amigos. "É umlugar eclético,aindanão muitoprocurado por pessoasengravatadas", driblaLeonardo SilvaPra-
do, avessoa qualquer tipo demodismo. Estebar,que veio para ficar, tem a seu favoruma incrívelcoleçãoda memória futebolística brasileirae internacional, tornando-o um pequeno museu auto-sustentável, financiado pela assídua clientela da casa.
Goiano, Leonardo caprichana caipirinha,compinga produzida em Palestina de Goiás (R$ 6), e oferece a milionária Anísio Santiago (R$ 30 a dose), a Salinas (R$ 3,90) ea Boasinha(R$ 3,90). Escolhaé quenãofalta:o cardápiotraza graduação alcoólica,côr (brancaou amarela), tipo de tonel e origem de cada cachaça. A pluralidadedas garra-
(R$ 15,40). A versão brasileira do prato fica por conta do Galette da Praia, com camarão, tomate, requeijão e queijo camembert (R$ 29,30).
Na versão doce, a sugestão é o Crêpe Mont Blanc, com calda de chocolate meio-amargo, sorvete de creme e chantilly (R$ 12). O chef Frédéric Serre prepara a Crêpe Normande com maçã cozida e creme de leite flambados com Calvados (R$ 18). Para acompanhar a crepe, mais uma dica: a cidra francesa, o espumante feito de suco de maçã.
O objetivo de Serre é divulgar espírito bretão no País. Quem for ao restaurante durante o festival receberá um kit com dez discos de massa de crepe, para serem recheados e consumidos em casa, além de participa de sorteio de livros e jantar para quatro pessoas.
CREPERIA
Crêpe de France - rua Afonso Brás, 804, Vila Nova Conceição. Tel.: 3044-0679. www.crepedefrance.com.br
fas do SãoCristóvão – time carioca azarão, que venceu apenas umcampeonato local, em1926 – deve-seà garimpagem do proprietário em diferentesmercados, levando-oatrazer desuas viagens exemplaresdebebidas típicas e curiosas: seis tiposde pisco(deR$8 aR$ 12);seis grapasitalianas, uruguaias e gaúchas (R$ 9 a R$ 12); Hesperidina, um vermutede laranjaargentino, tomado com clube soda e rodela de limão (R$ 12); CusanoRojo mexicano,um tipo de tequila que vem com um "cusano" – verme em espanhol – dentro da garrafa (R$10).Argh!"Mas opessoal pede!", ele chuta, mostrando o vasilhame com um
rótulo divertido, meio cheio...
Entre25 porçõesdepetisco, os destaques ficam por contada alheira(R$ 11);cama de sardinha portuguesa (R$9); pasteldeescarola com anchovas(R$ 12a porçãocom seis unidades.); baurú Ponto Chic (R$ 7). Sendocomumaos goianostorcerem paratimescariocas,Leonardo nãotorce para o São Cristovão Futebol Clube, como seria de esperar, mas para o Vasco da Gama. Visitar o bar é gol!
Sérgio de Paula Santos
encorpados e aromáticos. Se o nome pode ser difícil de pronunciar, o vinho é facilmente reconhecível. Quando de boa origem, o aroma da gewürz traminer é absolutamente único, característico, intenso e duradouro, no olfato e retro-olfato. Em sendo o vinho de colheita tardia, quando os aromas se concentram, seu perfume fica mesmo no copo vazio ou no lenço com que se o molhe. A variedade é porém caprichosa, mais que qualquer outra manifestando todo seu potencial em seu "terroir, solo e microclima, na Alsácia. Pode-se mesmo afirmar que a genürz traminer é a uva emblemática da Alsácia.
A gewürztraminer é uma das Traminer, mais aromática, ou possivelmente uma mutação dessa. A denominação entretanto só foi usada na Alsácia, na segunda metade do século XIX, estando relacionada à aldeia da Tramin ou Tranubi, hoje nos Alpes italianos, que data do ano 1000. A elegância e frescor de seus vinhos, de acidez e teor alcoólico altos (acima de 13º) nos dão a impressão de adocicados, quando na realidade não têm açúcar residual. O fato de gewürztraminer gerar vinhos notáveis, tem desencorajado muitos vinhateiros a plantá-los em outros países. Como entretanto vinho não se compara, em várias outras regiões existem bons gewürztraminer, como no Palatinado alemão, na Áustria, na República Checa, na Eslovênia, Rumania e Bulgária. No Novo Mundo a gewürztraminer é um desafio. Plantou-se um pouco na Austrália, em solos irrigados (cerca de 600 ha) na década de 90, na Nova Zelândia (200 ha) e na costa do Pacífico dos Estados Unidos (Washington e Oregon), em sólos impróprios. Já a Califórnia produz gewürztraminer razoáveis, enquanto os da Argentina e África do Sul, são vinhos corretos, com aromas pouco pronunciados. Por enquanto ficamos então com a Alsácia. Como temos também um pequeno vinhedo de gewürztraminer, achamos apropriado provarmos nossa variedade, de muito boa origem.
Toques adocicados marcam as variedades do novo mundo
VIN D’ALSACE
GEWÜRZ TRAMINER - 2001 - DOPFF e IRION
Importador Casa Santa LuziaTel.: 3083-5844
Peço: R$ 63,60 Vinho de coloração amareloouro, límpida e brilhante. O aroma, amplo, profundo e persistente, lembra lichia e rosas. Longo retro-olfato. Na boca é
complexo, leve apesar dos 13º de álcool. Harmônico e complexo, acompanha peixes, frutos do mar, massas com os mesmos e aves. Bom custobenefício. Avaliação: 84/100
SALTON CLASSIC GEWÜRZTRAMINER - 1999
Produtor Vinhos Salton S.A, Bento Gonçalves. Comprido na Casa Santa Luzia. Tel.: 3083-5844. Preço: R$ 19,00 Um dos poucos vinhos nacionais a aceitar o desafio da Gewürz traminer, e o fez com brilho. Vinho de coloração amarela
esverdeada, límpido. No nariz recorda o aroma da variedade, com amêndoa. Na boca o vinho é agradável, leve e frutado, com uma sensação final de harmonia. Ótimo custo-benefício - Preço: R$ 19,00 Avaliação: 78/100
Casarão da décadade 1930 projetado por Ramos de Azevedo é um dos três preservados na avenida Paulista, e abriga 35 mil livros que pertenceram ao poeta concretista Haroldo de Campos; o espaço, rodeado por jardim com 300 roseiras, sedia cursos, recitaise exposições. Hoje será aberta a mostra de poemas visuais de Paulo de Tarso Aquarone. Por Lúcia Helena de Camargo
ACasa das Rosas, no número 37 da avenida Paulista, reabriu suas portas no início de dezembro depois de dois anos em reformas, adicionando ao seu nome Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, e retoma sua vocação cultural com planos de tornar-se em breve a maior biblioteca brasileira especializada em poesia. O ponto de partida para a empreitada são os 35 mil volumes do acervo pessoal do poeta concretista, doados pela família após sua morte, em agosto de 2003. Os exemplares estão sendo organizados e catalogados, para em seguida serem colocados à disposição do público para consultas. Hoje, além da biblioteca circulante com três mil volumes, o espaço abriga exposições de arte, recitais e pequenos espetáculos de dança e teatro. No acervo há primeiras edições autografadas de livros de Octavio Paz e Caetano Veloso, além das traduções do próprio Haroldo de obras em espanhol, catalão, inglês, francês, alemão, italiano, russo, hebraico, chinês e japonês. Um dos três casarões da década de 1930 preservados na Paulista, a construção em estilo eclético e influência renascentista francesa, foi projetada pelo arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo (1851-1928) e erguida em 1935 para servir de residência à sua filha mais velha, Lúcia Ramos de Azevedo, na época recém-casada com o engenheiro Ernesto Dias de Castro. Até 1986, a família morou ali. Mas em 1985, o imóvel foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
Reforma
Hoje ligada à Secretaria de Estado da Cultura e administrada pelo escritor Frederico Barbosa, o espaço foi reformado e funciona com uma pequena equipe de funcionários. De 1991 a 2003, a Casa das Rosas funcionou como um museu, abrigando exposições e espetáculos. Segundo Barbosa, essas atividades foram encerradas porque os eventos acabaram por levar à deterioração do imóvel. "Não se pode pregar quadros na parede ou pindurar coisas no teto, como era feito aqui, em um patrimônio que precisa ser preservado", defende. Ele explica que todas as exposições atualmente são feitas com uso de painéis, recurso que mantém intactas as paredes e revestimentos.
Aos artistas que desejam expor ali seu trabalho, o diretor da casa de antemão explica que a estrutura interna dos cômodos não poderá ser modificada em hipótese alguma. A outra condição é que a obra seja ligada de
alguma forma à poesia. "Recebo muitos pedidos, mas alguns não se enquadram na nossa proposta: a idéia é consolidarmos aqui um espaço de divulgação de poesia", diz Barbosa. Dentro da proposta de poesia concreta será aberta hoje a mostra de poemas visuais de Paulo de Tarso Aquarone, que fabrica, segundo ele mesmo, objetos poéticos.
Com 1.500 metros quadrados de área construída e 5.500 de terreno, ao casarão possui 30 cômodos e jardins geométricos, inspirados nos originais do Palácio de Versalhes. As rosas que dão nome à casa são mais profusas em dezembro, época em que floresce a maior parte das roseiras. Durante os outros meses, as flores são esparsas, mas bem mantidas. O jardineiro Manuel Freire de Moraes, há quatro anos a serviço da casa, estima em 300 as roseiras plantadas no jardim, do qual ele cuida com dedicação. Entre todas as plantas, ele confessa que suas preferidas são as rosas amarelas. "Mas eu gosto de todas", ressalva rapidamente, talvez temendo ferir a suscetibilidade de alguma rosa vermelha ou branca. "O nome do lugar é Casa das Rosas, mas quase todo mundo que chega vai direto lá dentro e mal olha as flores", observa. Não apenas para prestigiar o trabalho do jardineiro, mas também para deleite estético, a visita merece um olhar mais detido da área externa, na composição entre arquitetura e belos jardins.
Cursos e histórias
Desde o começo de janeiro, ocorrem todos os dias na casa o programa Poesia Sobremesa. São brevíssimos cursos sobre poesia, que ocorrem na hora do almoço (das 12h20 às 12h50), sempre com 40 vagas, ministrados por professores de teoria poética. Durante meia hora de aula, já foram apresentadas obras de Gregório de Matos, Olavo Bilac, Mário de Andrade, entre outros poetas brasileiros. Hoje é a vez de Paulo Leminski. Aos interessados, um aviso: convém chegar cedo, porque a sala tem lotado.
Outro programa que dura até o final do mês é o Histórias do Casarão, ciclo de contação de histórias para crianças, que ocorre todos os sábados, às 11h, e domingos, às 16h.
Os cursos da hora do almoço entram em férias em fevereiro, mas voltam em março, com nova programação, a ser divulgada pelo site www.casadasrosas.sp.gov.br, hoje ainda em construção. De confirmados na programação de março há uma oficina de sonetos, com o poeta Glauco Mattoso, um curso sobre a obra do argentino Jorge Luis Borges, ministrado pelo professor de Literatura Júlio Pimentel Pinto, além de diversas oficinas de de poesia visual para crianças.
Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura Avenida Paulista, 37, Paraíso, tel.: (11) 3285-6986. De terça a domingo, das 10h às 18h. Grátis.
Ostucanosresolveramjogarduro como PTe vãopartirparao ataque cerradoa Lula. Opresidente vaiperder osossego, porque os tucanos acham que Lula está livre e solto para fazer a campanha de reeleição, sem ser incomodado.
É o jogo aberto com foco nas eleições de 2006. Primeiro, ostucanos vãoenfrentar Lulana campanha que já está em andamento. Só depois é que o partido vai indicar o candidato. O PSDB tem, no mínimo, 4pré-candidatos presidenciaise 1deles deveser oescolhido: osgovernadores Geraldo Alckmin (SP) e Aécio Neves (MG) e o senador TassoJereisatti (CE)eoex-presidente FernandoHerique Cardoso.
A decisão de jogar duro com o PT e com Lula foi tomada em São Paulo pela executiva nacional para atender a um desejo pessoal de FHC. A decisão coincidecom a transferência do comandodo PSDB de José Serrapara Eduardo Azeredo, político mineiro ligado a Aécio Neves.
Prevaleceu no encontro detucanos avontadede FernandoHenriquedeendurecer o jogo com o PT. O ex-presidente sente que Lula cresce nas pesquisas porfaltadeoposição.FHC falacomo fortepré-candidatoàsucessão presidencial. Apesar de sempre negaro interesseemocupar o Palácio do Planalto, pela terceira vez.
F HC está certo porque aspesquisas indicam que Lula pode vencer ainda no 1º turno. Asúltimaspesquisas que estão sobre a mesa do presidente revelam que apenas José Serra impediriahoje Luladese reeleger, sem necessidade do 2º turno.
E duardo Azeredo, senadorporMinas,substitui Serrana Presidência do PSDBaté novembro, quando os tucanos devem realizarconvenção para a escolha do novo diretório nacional.
A té novembro, pelo menos, os mineiros estarão representados nocomando do PSDB, o que é bom para o governador AécioNeves. Azeredo pode serreeleitopresidente do partido ou preparar um substituto. Até prova emcontrário, os mineiros tentarão tirar de São Pauloo comandodo partido.
Se a indicação do candidato tucanoà sucessãode Lula fosse decidida hoje, o preferido seriao governador Geraldo Alckmin. Como2ªopção ostucanos elegeriam FHC. Mas, a indicação será feita somente em 2006.
Enquanto FHC bica Lula, oprefeito José Serra prefere manter com o petistaapolítica daboavizinhança. Foi com esse espírito que Serra esteve com Lula na 1ª vez que se encontraram, na quarta-feira, em Brasília.
S erra não tem interesse em fustigar opresidente porquea prefeituraprecisa da ajuda do governo federal.Oprefeitoaindanão perdeua esperançaderenegociar adívida do município que já se aproxima dos R$ 30 Bilhões.
C oube à militância do P-SOL, partido criado pe-
Presidente foi recebido com protestos em Porto Alegre, na abertura do 5° Fórum Social Mundial. Aos ex-integrantes do PT que o vaiaram durante seu discurso de 35 minutos, Lula disse estar de braços abertos para recebê-los
Pla senadora Heloísa Helena (AL)e deputados Babá(PA), LucianaGenro (RS) e João Fontes (SE), todos ex-petistas, iniciar algumasvaias a Lula quando o presidente chegou em Porto Alegre ontem,para oFórumSocial Mundial. Mas as vaias foram abafadaspelos lulistas.
Asenadora HeloísaHelena, que foi expulsa do PTporfazercríticasaLula e por votar contra a reforma daPrevidência Social, vai disputar a Presidência da RepúblicapeloPSOL. Porenquanto,semchance de vitória, segundo as pesquisas.
Acúpula do PMDB está sendo atropeladapelo exgovernador Anthony Garotinho(RJ),queseantecipaeprometedaraocandidato dissidente à Presidênciada Câmara, VirgílioGuimarães(MG), 30 votos deseu grupode deputados.
A s lideranças do PMDBnãoquerem criar atritocom ogovernoporque o candidatodo partidoa presidente doSenado, Renan Calheiros (AL), rema em maré mansa. Garotinho pode provocar a ira do governo.
G arotinho está sendo acusadode trocarvotos para Virgílio porcargos nogoverno doRio. Oexgovernador nega.Garotinho fustiga o PT porque fazoposição aLula. Oexgovernador achaqueo presidente não ajuda o Rio de Janeiro, estado governado porsua mulher, Rosinha Matheus.
O candidato oficial do PT à Presidência da Câmara,LuizEduardoGreenhalgh,vaiusar ovicepresidente JoséAlencar paraalavancar votosde deputados mineiros. Alencar é mineiro, como de Minas é também o candidato dissidenteVirgílio Guimarães.
ela primeiravez desde a estréia do Fórum Social Mundial, em2001, o presidente Luiz Inácio Lulada Silva foi hostilizado por ex-companheiros do PT ao participardo encontroe falar de improviso para umaplatéia de12milpessoas, no Ginásio Gigantinho. Durante 35 minutos, Lula discursou entre vaias e aplausos.Militantes doPT ocuparam as arquibancadas e conseguiram abafar os protestosdeumgrupo de radicais do PSTU, do PSOL e dos sem-terra. Mas o presidente acusou ogolpe:disseteros "ouvidos calejados"desdeos tempos em queera sindicalista. "Os que estão aqui e são de fora, não se assustem", pediu Lula, dirigindo-seaos estrangeiros presentes aolançamentoda campanha pelo cumprimento das Metasdo Milênio, promovidapor uma coalizão de organizações não-governamentais batizadade "Chamada Global paraaAção contraaPobreza". Doladodefora,tambémumpequeno grupo vaiou opresidente, chamando-o de"traidor "e"pelego" e gritava palavras de ordem, como "Fora Lula". Filho pródigo – Na tentativa deconter a irade cerca de 200 manifestantes, ele apelouatémesmo paraa passagem bíblicado filho pródigo."Esses quenão querem ouvirsãofilhosdo PTquese rebelaram.Issoé próprio da juventude. Um diaelesamadurecerão eà casa retornarão. Nós estaremos debraços abertospara recebê-los",afirmouopresidente. Lula se referia aos integrantes doPSTUe do PSOL, dois partidos criados por políticos expulsos das fileiras petistas.Do ladodireito da arquibancada,porém, o pequeno e barulhentogruponão davatréguae gritava "traidor, traidor".
No protestoque Lulanão viu, cercademilmanifestantes trancaram uma das pistas da avenida Padre Cacique, diante do Ginásio Gigantinho, e passarama manhã gritandopalavras de ordemediscursandocontra a política econômicado governo federal.Também queimaram uma bandeira norte-americanae umboneco imitava a figura de Lula, sob os gritos de "traidor". Lula pregava paz e fazia um discursomaisà esquerda, defendendo um relacionamentomaiorcom os vizinhosda América do Sul, sem subordinação aos EUA. Masisso tambémnão funcionou.
Torcida organizada – Enquanto os xiitas protestavam, osmilitantes doPT –a maioria usando camisetas vermelhas coma inscrição "100%Lula"– levantavame sentavam em movimentos de onda, comofazem as torcidasnosestádiosdefutebol. Osradicais reagiam com vaias. Chamavam o presidente,que hoje participa do Fórum Econômico Mundial, emDavos, naSuíça, de"serviçal do imperialismo".
"Este barulhoque vocês estão ouvindoagora euouço desde 1975", observou Lula, numa alusão aos tempos em que assumiu a Presidênciados Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. "Osmeus ouvidosjá estão calejados, preparados.É umgestodemocrático, feitopela bocadaqueles que não têm paciência para ouvir a verdade", disse. Mesmo com diplomacia, Luladeu algumasestocadas."Tem gente queacha que a campanha (contra a fome) é proselitismo.Éproselitismoparaquemcome as calorias easproteínasnecessárias".
Urucubaca – Definindose como "um homem perseverante"–que preferedar passospequenosaumgrande–, opresidentefezuma
PT PREPAROU OPERAÇÃO DE GUERRA
O PT começou às 6 horas de de ontem a preparação para o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 5º Fórum Social Mundial (FSM). Ansiosos para evitar as prometidas vaias, dirigentes do partido estavam de manhã cedo no Ginásio Gigantinho, onde Lula discursou. Dias antes, uma operação de guerra havia começado para atrair simpatizantes, distribuir 11 mil camisetas e bandeiras e assegurar que os espaços do ginásio fossem tomados por
petistas e não pela oposição, que prometia fazer barulho. As manifestações de desagrado ainda apareceram, mas foram, a maior parte do tempo, abafadas pelos gritos e aplausos a favor do presidente. Os opositores ficaram do lado de fora, barrados pelos petistas. Na quarta-feira, durante a passeata de abertura do FSM, o PT distribuiu 7 mil camisetas e 12 mil bandeiras. Ontem, outras 4 mil camisetas foram entregues. (AE)
espécie de prestação de contas de seu governo. "Eu perdi trêseleições paraganhar uma.Ganhei umaeleição, masoquetemdeurucubaca torcendopra gentenãodar certo eu tenho de levantar figa para dizer 'Pelo amor de Deus'" exclamou, com os braços abertos. No fim, tudo terminouem samba.As passistas da Portela homenagearam o presidente com o tema do Carnaval deste ano,dedicado às Metas do Milênio. (Agências)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem aos participantesdo Fórum Social Mundial que o combate à fome passa peloFórum Econômico Mundial, em Davos.Ao explicar a viagemà Suíça, opresidente disse que é preciso falar comos "responsáveispela fome" efazerpressãoparamelhorar o combate à pobreza no mundo.
"Se nós ficarmos falandosó entre nós sobrea fomee não conversarmos com aqueles que são os responsáveispela fome,será muito maisdifícil encontrarmos umasolução", disse o presidente ao responderperguntas derepresentantes de ONGs no lançamento da campanha Chamada Global Para Ação Contra a Pobreza, em Porto Alegre.
Ao contrário de 2003, quando, recém-eleito, Lula conseguiu revertera máimpressão quedera aos participantes do
Fórum Social Mundialao sair de PortoAlegrediretamente para aSuíça, desta vezo presidente nãoconvenceu ospresentesdaimportância dofórum econômico. Umdos anfitriõesdopresidente, Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), disse na quarta-feira que a teoria de Lula não funciona porque não há ponte entre Porto Alegre e Davos. Lula, no entanto, acredita que existe esse elo e afirma que ocontato entreos doisfóruns precisa ser estreitado. "Eu acho queem algum momentoterá dehaverum encontro entre Davos e a cúpula do Fórum Social paradiscutirformasconcretas paraa distribuiçãode renda.Foi assimquefui aDavose éassimquevenho aqui também". Leia mais sobre o FórumEconômicoMundial na página 7.(AE)
Adecisão doprefeitoJosé Serra denomearo vereador José Anibal como seu novo líder de governo na Câmara, nãofoibem-recebidaporboa parte da bancada tucana. Paramuitos parlamentares,ao aceitar RobertoTrípoli como presidente da Câmara, e indicarAnibal – que fazparte dogrupopolíticodeTrípoli–o prefeitoestá privilegiando "o lado negro da Força".
Anibal garantiu na eleição de Trípoli que não sabia enemapoiouadecisão,mas a maioria dos vereadores não esquecedo risoem seu rosto durantetodaavotação.Paraseelegerpresidente da Câmara, Trípoli contrarioudecisão dabancada tucana,quetinha indicado Ricardo Montoro para disputar o cargo de presidente. A decisão provocou o pedido de expulsão de Trípoli, que anteontem acabouencaminhandoum pedidode desligamento do partido. Anibal também queria o
cargo de presidente, pois foi o vereador mais votado, com mais de 160 mil votos. Zerbini – A escolha do prefeito foicomunicada aos vereadorestucano peloantigolíder, vereadorMarcos Zerbini. Ele esteve com Serra ontem. Zerbini não quis fazercomentários edisseapenasque aescolhaédecisão do prefeito. Nos corredores da Câmara as informações são de que ele gostaria de permanecer na liderançae que a indicação de Anibal não teve o apoio dos secretários de Governoe das Subprefeituras,Aloysio Nunes Ferreira e Walter Feldman. Enquanto no PSDB a indicação do novo líder causava desconforto,ela foicomemorada por integrantesdo Bloco Blindado, formado por vereadores do PMDB, PTB, PL, PP e PC do B. "Na verdade, oprefeito nãoindicou um novo líder. O Zerbini era ointerlocutorde Serra.Agora,eleestá indi-
cando o José Anibal como seu líder. O cargopertence ao prefeito e qualquer um que ele indicasseseria bem recebido", disseovereador CelsoJatene (PTB),umdos líderesdo Bloco Blindado. "O Zerbini apoiava oMontoroe não teriaclimapara discutir uma pautado Executivo com oTrípoli na presidência",disse outro integrante do Bloco Blindado. Trípoli – Segundo alguns vereadores tucanos, a saída deTrípolidopartidoajudou naindicação deAnibal.Ele teria maisfacilidadeem convencer vereadores que
D o Cearávem ainformação deque não está afastada a hipótese de Ciro Gomes retornar ao PSDB.Mas oministro tem convitestambémde outros partidos, como PMDB e PTB. Ciro Gomes vai deixar o PPS, que rompeu com o governo. C.L.LOMBARDI
estãona oposiçãoaapoiarem o governo. Zerbini tinha muitos escrúpulos em manter conversas que se baseavamemtrocade voto por cargos. "Parece que vale a pena ser do mal em vez de ficar defendendo alguns princípios. Fica difícil entender qual é a do governo", afirma um vereador tucano. O novo líder da bancada tucana será o vereador Juscelino Gadelha. A bancada do PT também terá um novo líder, o vereador João Antônio, que era líder do governo de Marta Suplicy (PT). Fernando Lancha
Proximidade de eleição iraquiana pode atrapalhar negociação para a libertação de Vasconcelos Jr.
Arede de TV árabe Al Jazeera exibiu ontem uma mensagem gravadaem árabeporumrepresentante da comunidade muçulmana sunita, o xequeOussama ElZahed, da mesquita da Ligada Juventude Islâmica do Brasil,na qual eleapelaamilitantes iraquianospara quelibertem o engenheiro João José Vasconcelos Jr., seqüestrado na semanapassada. Na mensagem, de cerca de um minuto, ele citou o Alcorão eafirmou, entreoutrascoisas, que o Brasil nunca apoiou a invasão ao Iraque.
ArededeTVárabe Al Arabiya (Dubai)exibiuamensagem gravada em áudio pelo jogadorRonaldo (RealMadrid). Fontes no Iraque observamqueo momentoé ruim para negociaçõesjá que a movimentação de pessoas e de veículos estará restrita apartirdehoje, comopartedasmedidasdesegurança anunciadas para as eleições de domingo.
O embaixador brasileiro na Jordânia, Antonio Carlos Coelho da Rocha, admitiu que a proximidadedasvotações pode prejudicar a negociação com os seqüestradores, que ainda não teriam feitocontato."O queesses gruposquerem éjustamente isso,atrapalhar oprocesso eleitoral. Mas vamos esperar para ver o que aconte-
ce nas próximas 48 horas". Ontem, em maisum dia sangrento, rebeldesiraquianos intensificaram seus ataques contra postos de votação, matandomais de 19 iraquianos e um marine. E como forma de intimidação, o grupo do jordaniano Abu Al Zarqawi colocou pelainternetumvídeomostrandoo assassinatodeum candidato do partido do primeiro-ministro iraquiano, Iyad Alawi.
Futuro– A tensão no país étamanha que amaioria dos candidatos mantém seu nome em segredo e as autoridades só vão divulgar os locaisde votaçãoemcima dahora,na esperançade que issoevite novosatentados."Eleições?Nãoseinada de eleições. Ninguém me disse aondetenho deir votar", queixou-se Mohammed Saleh, 71, em Samarra. O governo vai adotar medidas excepcionais de segurança. O aeroporto de Bagdá easfronteirasterrestres serão fechadas,o toque de recolher nascidadesserá ampliado e o tráfego nas rodovias seráinteiramente proibido. Vários partidos políticos, principalmente sunitas, decidiram boicotar o pleitopor entenderque a violência dos militantes, mais grave nas áreas sunitas, vaiafastá-los dasurnas e distorcer os resultados em favor dos xiitas. (AE)
O túmulo de Harry Potter entrou no circuito turístico de Ramlé, em Israel. Os turistas que o visitam oram por um homônimo do herói da escritora britânica J.K. Rowling. Na vida real, Harry Potter foi um soldado britânico que morreu em batalha, há 66 anos, com 19 anos, em Hebron.
Estrelas internacionais mostram face militante no Fórum Econômico Mundial
Celebridades mundiais mostraram sua face militante no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, durante almoços e jantares com autoridades. Atores como Angelina Jolie, Richard Gere, Sharon Stone e Gerard Depardieu, cantores como Bono Vox, do U2, Peter Gabriel e Lionel Richie, e o escritor brasileiro Paulo Coelho participaram de discussões sobre a luta contra a aids e a pobreza no mundo. Veterano em Davos, Paulo Coelho considera o fórum uma mesa redonda para dialogar. "Existe uma velha instituição chamada diálogo, que perdemos. As pessoas não falam mais umas com as outras, não olham nos olhos da outra".
Obesas brasileiras eram tchecas
O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, pode perder sua cidadania austríaca por ter permitido a execução de um assassino condenado à pena de morte. Os austríacos não toleram esse tipo de punição.
O Museu Vincent Van Gogh, em Amsterdã, anunciou ter adquirido um importante desenho do primeiro período de Van Gogh, um retrato de 1882 de um vendedor de rua em Hague, chamado Retrato de Jozef Blok, em lápis e aquarela.
Sharon Stone e Richard Gere participaram de um almoço de boas-vindas para discutir o combate ao preconceito aos portadores do vírus HIV. A atriz Angelina Jolie, embaixadora da boavontade da agência para refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) nos últimos quatro anos, participou do anúncio de criação do Conselho de Líderes Empresariais para ajudar refugiados, do qual participaram altos executivos da Merck, Microsoft, Nestlé, Nike e PriceWaterhouseCoopers.
"Se surgiu alguma coisa positiva da tragédia da tsunami na Ásia, foi a incrível resposta de pessoas e organizações ao redor do mundo", afirmou a atriz. (AE)
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O jornal norte-americano The New York Times publicounodia13 dejaneiro umareportagem sobre a "epidemiade obesidadeno Brasil". Assinado pelo correspondende Larry Rother, conhecido após escrever que oalcoolismo do presidente Lula preocupava os brasileiros, o texto era ilustrado com fotos tiradasporJohnMaierde mulheres obesas que seriam brasileiras.Na verdade, elas são de origem tcheca, segundo reportagem publicada ontem pelo jornal O Globo Otexto do The New York Times , que cita a "pronunciada paixão por doces" eoaumento do consumo dos brasileiros comocausas do aumentoda obesidade no país, era ilustrado comfotos deMilenaSuchopárková(tcheca naturalizada italiana)e suas amigas Ludmila Kamberskaede Hanna Seidlerova,nascidas na República Tcheca eque deixaram o Brasil um dia depois de a reportagem ter sido publicada."O que maisme irritounão foi aparecer numa repor-
tagem sobre obesidade no Brasil,e simo fatode ninguémter meperguntado se eupermitiria fazer a foto", afirmou Milena ao jornal O Globo Milenadisseainda ter enviado uma carta ao The New York Times pedindo explicações e que ela e as amigas irãoprocessar o jornal norte-americano. Uma amiga brasileira, ClaudiaParsans,sugeriu queela exigissecomorecompensa passagens de avião e um mês de spa no Brasil. "Va bene", sorriu Milena, reconhecendo estar acimadopeso. "Mas não me considero obesa, absolutissimamente", afirmouela, que tem1,75 metroe pesa90 quilos. "Sou de constituiçãorobusta".Milenavem ao Rio há três anos passar férias. Dessa vez,trouxe asduas amigasqueapareceram no jornal. (AE)
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Rendimentos também subiram em 2004, mas perda acumulada nos últimos cinco anos já chega a 25,4% para os ocupados
Em 2004, depois de três anos consecutivo de resultados negativos, finalmente a Região Metropolitanade SãoPaulo,formada por 39municípios, tevedesempenho positivo em termos de geraçãode emprego. No ano passado, foram geradas 256mil novas vagas. O volume foi suficiente paraincorporar ocrescimentodaPopulaçãoEconomicamenteAtiva (PEA),de 171 mil pessoas, e ainda reduzir ocontingente de desempregados em85mil profissionais. Dessaforma, a taxa dedesemprego total diminuiu de 19,9%em 2003 para 18,7% em 2004.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Empregoe Desemprego (PED), divulgadaontem pelaFundação SistemadeAnálisede Dados (Seade), em parceria com oemparceiracomo Departamento Intersindical deEstatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).No anopassadohavia 1,859 milhão de desempregados na região.
Setores – Em relação a 2003, houvecrescimento de 3,3% donível ocupacional, decorrente dacriaçãode ocupaçõesem serviços(183 mil),na indústria(41 mil)e no comércio (41 mil). Entretanto,emoutros setores houveredução de9 milvagas. "Esse éo segundomelhor desempenho desde 1995 efoiinferiorapenasa 2000, quando a expansão foi de4,7%", diz SinésioPires Ferreira, diretor de pesquisa da Seade.
Participação das mulheres no mercado voltou a subir
Na opinião dele, o resultado de2004 épositivo porque mostra uma reversão do que ocorreunos últimos anos. "Foium anopositivo, que refletiu naqueda da taxa de desemprego etambém na geração de novos postos com carteira assinada", afirma. Nessacategoria,o número deassalariados subiu para 95mil pessoas. Já para os sem carteira assinada aampliação foide 74 mil e, para os trabalhado-
res autônomos, 55 mil. Avezdasmulheres – A exemplo dosanosanteriores, a participação das mulheres no mercado de trabalhocresceu de 55,1% para 55,5%daPEA.Quanto aos homens, a participação permaneceu estável em 73%. Ajornadamédiadetrabalho diminuiu de 44 horas semanaisem2003 para43horasem 2004.Tambémdiminuiua proporçãodaspessoas que trabalhavam
tributária ficou maior em 2004. E despesas do País também.
Acarga tributáriafederal cresceu no ano passado, admitiu ontem o secretário do Tesouro Nacional,Joaquim Levy. Mas, as despesas também aumentaram. Nos dois casos, porém, os valores ficaram abaixo dos registradosem 2002,comoproporção do Produto Interno Bruto (PIB).O superávitdo governo alcançou2,80% do PIB em2004, contra2,52% em2003,influenciado pelo aumento deum pontopercentual das receitas.
"Arrecadamos mais, gastamos mais,mas economizamos uma parte", resumiu o secretário, referindo-se à política fiscal de 2004. Ele explicou que houve aumento nos investimentos e insistiu, diversas vezes, que a políticade gastosdogoverno é de qualidade.
Levy atribuiu a sensação de quehá excessode gastos na esfera federal a uma idéia equivocadaque só o governoproporciona bemestar. "Como a economia cresceu e oquadro está melhor,hápessoas que concluemqueissosópodeestar ocorrendo porque estamos gastando mais, mas não é isso", afirmou o secretário.
"Houve crescimento em comparação com 2003, que foi umanode ajuste, mas ainda estamos abaixo do quefoiem2002",disseLevy, ao comentar a carga tributária."Atentativaéqueelapare de subir, é ver se nos mantemos na marca d'água." Ele referiu-se àmarcaquea águado mardeixa nosportos, numametáfora queindica estabilidade. As chamadas receitas administradas, aquelas arre-
A Previdência Social fechou 2004 com o maior déficit da sua história. No ano passado, a diferença entre a arrecadação e os gastos com pagamento de aposentadorias e pensões ficou negativa em R$ 32,703 bilhões, 14,1% a mais do que o déficit verificado em 2003, que foi de R$ 28,649 bilhões. Só em dezembro, o resultado negativo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu um salto: R$ 6,603 bilhões, valor 46,2% superior ao resultado de dezembro de 2003. Os dados foram divulgados ontem pelo secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer.
cadadasdiretamente pela Receita Federal, ficaram em 16,27% do PIB em 2004, contra 15,88% em 2003 e 16,34% em 2002. Ele acrescentou, ainda, quea cargadeve cair ao longo deste ano. De um lado e de outro – O aumento na arrecadação foi acompanhadopelo crescimento nas despesas. As chamadas receitas de custeio e capital, que envolvem desdepagamentode pessoal e compra de papel até investimentos, passaram de 4,66% do PIB em 2003 para 5,17% do PIB em 2004. O governo gastou mais, masainda assimficouabaixo donível de2002, quefoi 5,34%, segundo dados divulgados por Levy. "Se queremos manter amarca d'água nas receitas,temos
Parte do crescimento do déficit, explicou Schwarzer, ocorreu pelo aumento do valor médio dos benefícios pagos pelo INSS. Na média anual, as aposentadorias e pensões pagas pelo INSS cresceram 8,5% e chegaram a R$ 498,68. Para este ano, o secretário não fez previsões. Ele explicou que é preciso esperar pelo menos três meses para ver o comportamento do mercado e os resultados das medidas de combate à sonegação e às fraudes. Só o reajuste do salário mínimo, que passará para R$ 300, trará uma despesa adicional para o INSS de R$ 1,8 bilhão no ano. (AE)
de ter cuidado com asdespesas", disse o secretário. Ele explicou que a carga tributária é reflexo da estrutura de despesas, daía importância de manter os gastos sob controle. Numa espéciede balanço dapolítica fiscalnaprimeira metade domandato de Luiz Inácio Lula daSilva, Levy disseque osobjetivos dos doisprimeiros anosforam alcançados "com serenidade" e mostrou um estudo sobreogastosocialeo efeito na distribuição da renda. Os dados mostram que o Brasil,no conjunto dosgovernos,investenosocial tanto quanto os países ricos. "Mas o efeito na distribuiçãodarendaémuitomenor do quenos outros países", admitiu Levy. (AE)
acima dajornadalegal de 44%para 42,8% nomesmo período. "Essedado mostra que,coma melhoradaeconomia, as empresas optaram porcontratar novos funcionáriosnolugardeaumentarashoras extras daquelesquejáestavam empregados", afirma. Salários – No ano passado,os rendimentosmédios real dos ocupados e assalariados registraram crescimentode 1,5%e 1,2% res-
pectivamente,e passaram para R$1.015 e R$1.076 cada. "Esse resultado interrompeuma trajetóriadescendente que já durava seis anos", lembra Ferreira. Mesmocoma melhora dos rendimentos, a pesquisamostra queessasmédias são as menores de toda a sérieda pesquisa,superiores apenasaos valoresalcançadosem2003.Em2004, os rendimentos médios dos ocupadose assalariados
eram, respectivamente, 25,4%e 22,8%menoresque os vigentes em 1999. "A perdaverificadanos últimos cinco anos pode ser explicada pela deteriorização das relações trabalhistas,com aumento da informalidade. Também pode mostrar que, nesse período, os trabalhadores não conseguiram repor asperdas decorrentesda inflação",explica Ferreira. Dezembro – No último mês do ano também houve redução no desemprego na região, de 17,4% para 17,1% daPEA.Aquedanadesocupação em dezembro foi a oitava consecutiva na Grande São Paulo e é o menor patamar desde julho de 2001. Foramgerados naRegião Metropolitana de São Paulo 28 mil postos de trabalho, quesomados à saídade 3 mil pessoas do mercado de trabalho, provocaramuma redução de 31 mil pessoas no contingente de desempregados. Em compensação, houve redução nos rendimentos médios pagos para os ocupados e assalariadosreferentesaomês de novembro de1,6% e1,8%, respectivamente.Eles passaram paraR$ 1.011,contra R$ 1.028 em outubro, e R$ 1.085, contra R$ 1.105. De acordo com Patrícia Lino Costa,técnica daFundaçãoSeade,essa redução do rendimento médio no mês de novembro pode ser explicado pelo aumento de contratações de temporáriosparaas vendasdefinal de ano.
Patrícia Büll
Por Patrícia Büll
Recorde. A palavra que foi usada para definir o desempenho da balançacomercial brasileiramês amês aolongode todoo anopassadotalvez nãovolte ase repetirtantasvezes em2005. Masisso está longede ser uma notíciaruim. Hoje, Dia doComércio Exterior, o Diário do Comércio publica,neste caderno especial,a opinião dosprincipais especialistas do setorsobre o quedeve acontecer e porquê, além de destacar os ramos que estarão em evidência neste ano, os eventos mais importantes e os mercados promissores. Segundo os analistas de mercado, e o próprio ministro do Desenvolvimento, IndústriaeComércio Exterior,LuizFernandoFurlan,osnúmeros dabalançatêm tudo para continuar crescendo, embora a níveis mais baixos. Em 2004, houve aumentonofluxodetransaçõesem 31,2%emrelaçãoaoanoanterior,alcançando um montante de US$ 159 bilhões. As exportações cresceram 32%, totalizando US$ 96 bilhões, e o mesmo ocorreu com as importações, que ultrapassaram os US$ 62 bilhões, uma expansão de 30%. O que faz a previsão para 2005 ser mais modesta é que as vendasexternas deverão continuar emascensão, mas em ritmoum pouco menor do que o das compras.
A arte da guerra: como fazer bons negócios na China
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Memórias de uma cultura com tradição milenar
A trabalho ou a lazer, é difícil não se encantar com os usos e costumes da terra do líder Mao Tsé Tung
Página 10
Empresário começou a colecionar em 1971, um escocês trouxe as primeiras garrafas. A ordem: abri-las em dias especiais. Ele não abriu até hoje.
Para visitar a maior coleção de uísque escocês do mundo não é preciso ir até a Escócia. Os membros da SWA (Scotch Whisky Association ), órgão controlador das destilarias escocesas, vêm a São Paulo para isso. Confirmada pelo Livro dos Recordes da Guiness – de 1993 a 2005 ininterruptamente –, passear pela coleção particular do empresário Claive Vidiz promete uma viajem virtual ao país dos highlanders, com seus castelos, lendas e gaitas de fole... E muito uísque.
São 3.353 garrafas cheias e fechadas, dispostas em estantes segundo a ordem alfabética (começa no Abbot’s Choice), além de outras que repousam nos armários, e as repetidas guardadas na garagem. "O espaço físico de armazenamento atingiu o limite", explica Vidiz, esclarecendo que as destilarias lançam novidades todos os meses, e com a importação restrita aos importadores, torna-se impossível sua atualização. "Limito-me a garimpar garrafas especiais, normalmente trazidas por amigos em viagens". No momento, está atrás de um Old Parr (18 anos), lançado exclusivamente no Japão; "como ter um desses, senão indo lá buscar?", lamenta.
Sem preço
A coleção, de valor inestimável, começou em 1971, com garrafas trazidas e pagas a um escocês, em visita ao laboratório farmacêutico em que trabalhava. "Ele me pediu para abri-las em comemorações especiais, com pessoas que entendessem de uísque, mas elas continuam fechadas", diverte-se, mostrando um Lagavolin, um Glenmorangie e um Macallan – todos 12 anos – parte do pacote de estréia.
A própria lista de uísques da SWA foi elaborada a partir da coleção de Vidiz. "Mesmo eles não têm controle absoluto sobre a produção, pois pode-se fazer uísques sob encomenda, que não entram na lista porque não são comercializados", conta, mostrando uma garrafa com seu nome no rótulo, duas encomendadas pelo lançamento do Concorde (uma francesa e outra inglesa), e uma homenageando o novo transatlântico Queen Mary, o maior navio do mundo, lançado ao mar no ano passado pela Cunard, a mesma empresa do legendário Titanic.
Sobre qual o é uísque mais valioso da coleção, explica que existem mais de 300 tipos que deixaram de existir há 60, 70, 80 anos, e que por isso "como dizer qual o mais raro ou valioso?". O mais antigo que possui é um Special Liqueur de 1893, e um Victoria Vat de 1906, fabricados pela destilaria de John Dewar, sendo o Dewars o uísque mais vendido nos EUA.
Biblioteca
Em meio aos seus 215 livros sobre uísque, e ancorado em mais de 200 palestras ministradas no Brasil e no exterior – até em Londres – Vidiz conta que o uísque é um produto formado pela destilação de três elementos: cevada, turfa e fermento, que podem ser combinados de diversas formas. Destilados em diferentes proporções, por diferentes destiladores , resultam nos diversos tipos de uísque.
"Das 78 destilarias escocesas, 54 de single malt e seis de grain ficam no Speyside, região do rio Spey e seus oito afluentes", diz, identificando nessas águas um dos segredos que – tal como as cervejas - fazem um bom uísque. Fundador da ABCW (Associação Brasileira dos Colecionadores de Whisky), entidade sem fins lucrativos, mas com o objetivo de aprimorar essa cultura, além dos amigos, ele também recebe muitos grupos internacionais de entidades ligadas a uísque. É por isso que, além de alguns amigos terem suas garrafas exclusivas reservadas para quando vão visitá-lo, Vidiz também já foi presenteado com garrafas de significativa distinção.
OChivas Royal Salute foilançado em 1953, comouma homenagemda Seagram ao início do reinado de Elizabeth II, rainha da Inglaterra – daí o nome. Envelhecido 21 anos, é analogia à salva de 21 tiros da coroação. "40 anos depois, Mr. Brofmann, dono daempresa,pediuàfábricadecristaisfrancesa Baccarat que fizesse200 garrafas, em tom bordô, para o Royal Salute Ruby (40 anos),quedaria aos amigos por ocasião dos 40 anos desse reinado. A primeira garrafa foi dada à rainha, a segunda ao primeiroministrodaInglaterra, aterceiraaopresidente dos EUA",conta Vidiz, apontando para a de número 89 que está em sua mesa. Aolado, um diploma emolduradoe assinado,pelo então presidentedaSeagram, lhe confere a propriedadeda garrafa. "Infelizmente ele não pode distribuir mais de 100, porque morreu antes disso".
Anos mais tarde, a Pernot Riccard adquiriu a divisão de uísques da empresa e, querendomantera tradiçãodashomenagens, mandou confeccionar 186 garrafas do RoyalSaluteCoronation –comrótulosem
ouro e prata – para comemorar as bodas de ouro. "Duas delas vieram para o Brasil. Uma foi leiloada no Baretto, com renda revertidaparaa ONGObradoBerço, eaoutraestá ali", dizeleapontando parauma garrafa na vitrine.
Lady Di Entre outras curiosidades, ressaltamos o Macallan,lançado nocasamentodeLady Di com o príncipe Charles, mix de barris de 1961 (ano de nascimento de Diana) com de 1948(ano denascimentodeCharles),e umagarrafa deLoch Ness,com Nessie(o monstro do lago) desenhado no rótulo. Mais um uísque comuma história incrível éo OldParr. Ovelho ThomazParr viveu 152 anos (1483 – 1635) e foi o único plebeu enterrado, até hoje, na Abadia de Westminster,construçãogóticaconcluída em 1245.Querendoconhecê-lo,o antigorei mandou chamá-lo e perguntouqual era o segredodesualongevidade.Ao querespondeusimplesmente:"majestade, éque aos 100 fiz voto de castidade". Cheers.
Berço de ouro: (aolado)bebida elaborada especialmente para os 40 anos de reinado da Rainha Elizabeth
SERVIÇO
Associação Brasileira de Colecionadores de Whisky
Site: www.abcw.com.br
E-mail: cvidiz@abcw.com.br
Homenagens: (àesq.) segunda garrafa da esquerda para a direita foi feita para comemorar o casamento de Lady Di
Nos ares: o lançamento do Concorde também foi "bebido" com uísque (abaixo) de qualidade
A opinião geral é que os níveis do ano passadodificilmente serão repetidos devido, principalmente, àdiminuição doritmo de crescimentoda economiamundial eaoaumento do consumo doméstico brasileiro. Mas esses não são os únicos motivos.
SegundooeconomistaAlexsandroAgostini,da GRC Visão, aconjunturainternacional no anopassado colaborou para oaumento dopreço das commodities."Para 2005,porém,essecenário nãoserepetirá pois as safras recordes de soja, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, contribuirão para a queda de preços", diz. Já para o atual presidente do ConselhoSuperior deComércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Rubens Barbosa, ex-embaixadordoBrasil nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, adiversificação dapauta exportadora e dos mercados poderá ajudar a melhorar a balança. Ele lembraque, no ano passado,o Paísteve umconsiderável crescimento da gama de produtos exportados (cerca de 600 novos itens) e as vendas para mercados poucostradicionais também aumentaram de forma significativa. Mas, claro, isso não basta.
Impostos emperram ampliação das vendas externas
"Épreciso aumentar onúmero de empreendedores que participamdo comérciointernacional e fortalecer a cultura exportadora,com umacrescente internacionalização da empresa brasileira. Além disso, não sepode ignorarascondições macroeconômicas favoráveisà exportação,comotaxas de câmbioe dejuros compatíveis e incentivosfiscais às vendas", afirma Barbosa.
Entraves O câmbio, aliás, poderá ser um dos maiores entraves que o Brasil enfrentará em 2005. Esse é oargumentodos empresários,quegarantemqueumataxa valorizadanão favorece o esforço exportador, por tornar os produtos nacionais menos competitivos.
Barbosa acredita que não é sóa valorizaçãodoreal, mas também a grande oscilação da taxa de câmbio, que prejudica asexportações brasileiras."Isso gera incertezaspara oprodutornacionale paraoscompradores internacionais", diz. Entretanto, ésabido quetodas as moedas do mundo se valorizaramfrente ao dólar nos últimos meses. Mas, segundo oseconomistas, o real foi a moeda que apresentou a maior valorização nos últimos dois anos.Assim, fazendoecoao ministro Furlan, uma alternativa seria buscar mercados que utilizem outras moedas, como o euro, para as negociações. Mas ainda há outras preocupações. "Temos também o chamado custo Brasil, que en-
globaproblemas nosistema tributário, encargos sociais, legislação trabalhistae principalmente dificuldades de infra-estrutura e logística que dificultam asexportações", afirmao ex-embaixador.Asaída, portanto, é uma só, investir. Barbosadestaca quesãonecessários investimentos públicose privados(nacionais eestrangeiros) para acabar com os gargalosdo comércioexterior brasileiro. Nesse aspecto, as Parcerias Público-Privadas (PPPs)poderãoauxiliarnoaumentodos investimentosna infra-estrutura do País.
Importações em alta Além dos entraves às vendas externas, o Brasilainda deverá ter um aumento significativo dasimportações esteano.Nos últimosmesesde 2004,aliás, isso já começou. Enãoé precisoser economista para confirmar o movimento. Afinal, a ativaçãoda economia, com crescimento previsto do Produto Interno Bruto(PIB)paracerca de4% em 2005, faráque as empresas demandem maiorimportação de insumose debens decapital. Poroutro lado,a melhora da renda da população também deverá influenciar diretamente nas importações. OdiretordaFiesp lembra que muitas empresas aumentaram a porcentagem de receita provenientedaexportação em seu faturamento no último ano. "Aperspectivaédeque elas procurarão manter sua presença externae dificilmenteabrirãomão delaparaatendero mercadointerno",acredita Barbosa. Portanto,o aumento das importações será inevitável e, assim, também aqueda do superávit, que em 2004 ultrapassou US$ 33 bilhões. A projeção daGRCVisãoéqueoBrasilencerre 2005com saldopositivo ao redor de US$ 27 bilhões.
O Brasil melhorou não apenas sua balança comercial, como também sua posição de exportador frente a outros países. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a previsão das exportações mundiais é de crescimento de 18,3%, em valores, em 2004 sobre o ano anterior. No mesmo período, as vendas externas brasileiras tiveram o expressivo aumento de 32%.
Uma performance de crescimento que também foi superada em 2003. Contudo, esse aumento não foi maior do que o registrado
por grandes concorrentes asiáticos, como China e Índia. O presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Rubens Barbosa, lembra que na América do Sul, o Brasil ficou em quinto lugar entre os países que tiveram maior aumentos nas exportações.
América Latina
"Desconsiderando a Venezuela, que teve seu bom desempenho devido quase integralmente à alta do preço do petróleo, o Brasil ainda
perde para Chile, Peru e Bolívia", afirma. Isso, claro, em termos de crescimento.
Na opinião do exembaixador, para competir com países como Índia e China, o Brasil precisa investir para diminuir os custos de produção, agregar valor ao produto exportado e diversificar a pauta. "Além disso, é preciso termos uma política comercial mais agressiva, com o objetivo de conquistarmos novos mercados e nos fortalecermos naqueles já tradicionais, como Estados Unidos e União Européia", salienta. (PB)
ompetitividadeéapalavra chavenos negócios. E, nas relações internacionais não é diferente. Avança mais no comércio mundial quem consegue agregar melhor preço e qualidade aos seus produtos. Assim, não há comonegar queos EstadosUnidoscontinuamsendoo principal concorrentedo Brasilnesse cenário.Mas,nos últimos anos, a Chinatambém despontoucomo grandenegociadora. O país asiático já é o terceiro maior exportador global, perdendo apenas para os Estados Unidos e a Alemanha. Em todo o mundo,aChina tambéméoterceiro maior importador. "Em relação àChina, o Brasil é altamente competitivo emmanufaturados, por exemplo,mas atéque seincluamosimpostos.Quando isso ocorre, a carga é tão alta que perde totalmente sua vantagem", diz o economistadaconsultoria GRCVisão, Alexsandro Agostini.
Destaques
Na opinião do presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo(Fiesp), Rubens Barbosa, continuarão a se destacar no setor de exportações, os manufaturados. O segmento registrou umcrescimentode 22,6% em 2004 sobre 2003 e passou a responder por 54,9% dapauta exportadora brasileira. O setor de agronegócios atingiu o patamar de 29,6% da pauta. Agostini, da GRC Visão, destaca entre os produtos manufaturados osautomóveis,aviões eeletrodomésticos. No ladoagrícola, ele aposta na soja. Segundo o economista,em termos financeiros nãohaverácrescimento navendadasoja porqueésabida aquedado preço. Mas, em volume,o Brasil deve continuar como o principalexportador."O volume e a qualidade atraemaatençãode novos mercados", salienta.
Compras Já nasimportações,seguirãoem destaqueos bensde capital e matérias-primas dealgunssetores, como componentes eletrônicos. "O Brasil depende muito da importaçãodesse material para indústria. Portanto, precisa urgentemente de umamodernizaçãodo setor, paraque a balança comercial fique ainda mais favorável", afirma Agostini. O economista diz, ainda, que as compras aumentaram em 2004 pelo crescimento das exportações de manufaturados. (PB)
G-8 deve financiar dívida de países africanos, diz diretora do FMI
Os países mais ricos do mundo vão reduzir a dívida soberana dos países africanos ao longo dos próximos meses, disse a vice-diretora do FMI, Anne Krueger. "O alívio da dívida africana está claramente na agenda do G-8 este ano", disse Krueger no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. "Isso poderá ocorrer na próxima semana ou talvez em junho", acrescentou. Os presidentes dos bancos centrais e ministros de Finanças do G-8 vão reunir-se nos dias 4 e 5 de fevereiro em Londres para discutir a economia global. Os ministros de Finanças do grupo dos países mais industrializados do mundo vão reunir-se novamente em Londres em junho. Na presidência rotativa dos encontros do G-8 deste ano, o Reino Unido está liderando a pressão para um alívio da dívida dos países da África. Ontem, pela manhã, o primeiroministro britânico, Tony Blair, disse no Fórum Mundial que negligenciar a pobreza e o problema da Aids na África é "a questão mais escandalosa de nosso tempo". (AE)
Projeções de juros negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros subiram, refletindo expectativa de mais aperto
Aindicação de que a tendênciade elevação da taxa básica de juros brasileira vai continuar, clara na atada última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada ontem, pressionoutodas as projeçõesde jurosnegociadas na Bolsade Mercadorias e Futuros (BM&F). O comportamento dosinvestidores no mercado de juros deixou explícita a expectativa do mercado para meses deforteapertona política monetária.
Logo depoisda divulgaçãoda ata os analistasde mercadoreforçaram as apostas em uma elevação de mais 0,50ponto porcentual na Selic (juro básico) no mêsdefevereiro,oquelevaria os jurosbrasileiros a 18,75% ao ano. As projeções naBM&Frefletiramessaexpectativa: o DI (depósito interfinanceiro)de março (contrato queembute as apostas parao jurode curto prazo, já de fevereiro) subiu na BM&Fde 18,35%ao ano naquarta-feira para18,41% ontem. Outros contratos também tiveramalta. ODI de abril de 2005 avançou de 18,56% para 18,66% eo de julho de 2005 superou 19% anuais(passandode18,75% para 19,04%).
Bolsa recua 2%— O tom daata doCopomtambém não foi bem recebido no mercado de ações. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), terminou o pregão de ontem com desvalorização de 2,04%, em 24.029 pontos. Com esse resultado,abolsaeleva para 8,27% aquedaacumulada desde o início do ano. A reação negativados investidores à ata do Copom fez a Bovespa interromper umaseqüência de três dias de alta.
Sempre que existe expectativa de elevação prolongada dos juros básicos a bolsa é prejudicada. Taxas mais altastornam asaplicações em rendafixamais atraentes,oquepodeprovocarsaída de recursos do mercado acionário.Para osnegócios em bolsa, o problema da ata doCopom nãofoisomente a indicação de alta dos juros básicos em curto prazo (fevereiro e março), mas a possibilidade de a taxa continuar elevadapelomenos até o fim do semestre.
Entre os53papéisque compõem a carteira do Ibovespa,apenastrêsfecharam com variações positivas ontem.Entre as altas figuraram asaçõespreferenciais do Bradesco, que subiram 0,81%. A alta foi consideradanatural, jáque osbancos estão entre os poucos setoresfavorecidosdiretamente pela expectativa de um longo período de juros altos. Dólar estável — O dólar comercialencerrouosnegócios de ontem estável, cotadoa R$ 2,665 na pontade
venda. Deacordo comoperadoresdo mercado de câmbio, ofluxo derecursos equilibrado (entradas de dólares compensando as saídas) determinou a estabilidade da moeda americana no fechamento. Diferentemente do que aconteceu ontemnos mercados de juros futuros e de ações, o conteúdo da ata do Copomnão chegoua influenciar o vaivém das cotações do dólarnomercado de câmbio.
Rejane Aguiar/Reuters
Apesar de reconhecer que o real valorizado pode prejudicar as exportações brasileiras no médio prazo, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Luiz Fernando Furlan, diz que o governo está atento a esse e outros problemas e disposto a resolvê-los, dando prioridade ao comércio externo brasileiro.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em São Paulo, ele garante que o governo está reduzindo impostos, simplificando processos burocráticos e investindo na infra-estrutura ferroviária, portuária e aeroportuária para evitar "gargalos" de curto prazo para os exportadores.
O ministro também está convencido que o número de pequenas empresas engajadas no comércio mundial crescerá em 2005, e que a negociação com a União Européia (UE) é a mais importante, pois poderá trazer benefícios de até US$ 2,5 bilhões ao Brasil no curto prazo.
Por Sergio Leopoldo Rodrigues
Diário do Comércio: O Sr. confirma a meta de 13% de crescimento para as exportações este ano, passando de US$ 96,475 bilhões, para US$ 108 bilhões, mesmo depois de um salto de 32% em relação a 2003 ?
Luiz Fernando Furlan: Essa é umameta queserá atingida, pois foi baseada numa pesquisa feita pelanossa equipe com os principais setoresexportadores brasileiros. Nãoé uma meta tirada do éter.
DC: Mesmo com algumas ameaças ? A começar com o preço das commodities em queda.
LFF: O efeitonão será geral. Terá impacto no complexo soja, que, em 2004, teve preços elevados fora da média histórica. Há vários produtos do agronegócio que continuam com preçossustentadosou melhorando, comoo café,o açúcar e o sucode laranja. No setorde carne,asperspectivas sãopositivas e,node metais,a começar peloaço, aexpectativa é de um primeiro semestre compreçosaindabastantesustentados.
DC: O maremoto na Ásia pode afetar o mercado de commodities ?
LFF: Acho que sim, que trará alguma repercussão nos preçosagrícolasporque muitas safrasforam destruídas,frutas tiveram problemas, o que abre umespaço derecuperaçãopara produtos brasileiros.
DC: E quanto à possibilidade de novas barreiras protecionistas ?
LFF: Ao longodessesdois anos, plantamos muitassementes.As viagensdopresidente Lula, danossaequipe, os mais de 50 países visitados, oseventos promovidos pela Apex(Agência de Promoção das Exportações), outros 500 eventos no exterioreste ano, tudo isso produziráresultados. O apoio do Sebrae e da Apex aos pequenos negócios, aincorporação denovasempresas ao processo exportador, amudança cultural que existe hoje no empresariado brasileiro, olhando o mercadoexterno de formapermanente, tudo issovai frutificar aolongode 2005. Portanto, tenho certeza que, mesmo com algumas adversidades na conjuntura externa, vamos ultrapassarosUS$100 bilhões já no primeiro semestre (anualizados) e buscar a meta de US$ 108 bilhões no ano.
DC: A combinação do desaquecimento da economia americana e chinesa com um aumento das importações não assusta?
LFF: Há efeitos positivos e negativos.Mas, nasomageral, o cenário para as nossas exportações continuafavorável. Se asimportações crescerempodeacontecer umareduçãodo saldo comercial,como decorrência do nível de atividade do
mercadointerno, quedemandará maismatériasprimas, componentes, máquinas e equipamentos.
DC: O Sr. mesmo vem chamando a atenção para o perigo que representa a valorização do real.
LFF: Vários segmentos exportadores têm colocado a preocupação de perder rentabilidadepor causadocâmbio. São, em geral, produtos industrializados queconcorrem compaíses emqueo espaço para aumento de preços é muitolimitado. O que diversos empresários estão fazendo é vender,em alguns mercados, na moeda local, como no Japão, nos países do Euro e mesmo na Inglaterra e Suíça.
Ao longo desses dois anos, plantamos muitas sementes. (...) Tenho certeza que vamos ultrapassar os US$ 100 bilhões (em exportações) já neste primeiro semestre (anualizados)."
DC: Mas a maioria ainda usa o dólar...
LFF: Cercade 70%dasnossas vendas externas vão para países que usam o dólar. Por isso, temos quereconhecer que umacotação baixanomédio prazo é desfavorável.
DC: E as importações ?
LFF: As importações serão favorecidas(pelo câmbio atual).Contudo,a Embraer, por exemplo, compra turbinas americanas,partesdeaviõesda Europa etudoissofaz um grandecesto de custos que aparentementeestásendo suportável.O setor automotivo irá crescer porque é competitivo também em caminhões, máquinas e autopeças. Ode calçadosdeverá terexpansão de 15% esteanoe, naárea de minérioe deaço, a previsão também é positiva.
DC: E qual o horizonte para as pequenas e médias empresas nacionais?
LFF: Vejo quemuitas estão se engajando nas missões feitas pelaApex.Depoisdaexperiência do primeiro embarque, elas
descobrem um futuro promissor e acabamse convertendo em exportadoras.Dificuldades deaprendizado, faltade conhecimentoe informação estão sendosuperadas com programas do nossoMinistério. No programa Estado Exportador,levamostodas as equipes envolvidas em comércio exterior, BNDES, Banco do Brasil,Correios, ReceitaFederal, entreoutras, paradar cursos epalestras.Cadaevento tem surtido muito efeito e reunido de 600 a 2 mil pessoas.
DC: O Sr. acha que acabou a cultura de abandonar as exportações quando o mercado interno volta a se aquecer?
LFF: Ficou provado em 2004 que isso não aconteceu, contrariando prognósticos pessimistas ecertasoscilaçõesde que há setores no limite da sua capacidade de produção. Isso está mal colocado: há setores que trabalhamnotoriamente no limite da produção, como o de aço, celulose ou alumínio, nos quaisnão sepára aprodução na sexta para recomeçar na segunda.As exportações de aço caíram 7,2% em volume, em 2004,para atendero mercadointerno, mascresceram em dólares com a melhora nos preços internacionais.
DC: Mas o governo não está andando devagar na negociação dos acordos com a União Européia (UE) e com os EUA, dando pouca atenção para a Alca ?
LFF: O Itamaratytem feito um grande esforçonos acordos internacionais e garantiu muitos avanços. Por exemplo, com os PaísesAndinos, África doSul,Índia.Temos ainda três grandes negociações: com a Organização Mundial do Comércio (OMC), Alca e UE-Mercosul. Essanegociaçãoé aquepode trazer resultados de curtíssimo prazo, porquedaria acesso imediato aos nossos produtosem mercadosem queo Brasil tem hoje grandes limitações. Cálculos do Ministério daAgricultura mostram que traria de imediato benefíciosde cercade US$ 2,5 bilhões. Na OMC, mesmo que o acordo seja favorável ao G20, ao Brasil, nós vamos ter uma implementaçãolenta e gradualque podelevar 10 anos ou mais.
DC: E a Alca ?
LFF: Aí vai depender decomo se compõe a nova equipe do governo Bush. Pr ov av elmente nos próximos dias conheceremoso novo representante para o comércio exterior equal seráa posição norte-americana paraque sefixe umcronograma para este ano.
DC: Ou seja, 2005 está garantido.
LFF: Realmente não vejo grandes ameaças para o crescimentodas nossasexportações nocurto prazo, em 2005 e 2006. Além das empresas estarem engajadas no processo exportador, temos uma política de governo para melhorar nossa infra-estrutura, reduzir a carga de impostos e melhorar o trânsito aduaneiro.
DC: Mas os empresários continuam reclamando muito da burocracia, da carga tributária, da infra-estrutura inadequada e deficiente. E insistem que aí estão perigosos gargalos já para este ano.
LFF:Na infra-estrutura temos ações concretas coordenadas pela Casa Civil e Ministério dos Transportespara eliminação degargalosdos11 portos prioritários, que representam 90% do nosso transporte marítimo.A Infraero estámelhorando os aeroportos, inaugurou recentemente o novo terminal decargas deManaus (AM), ampliouo aeroportode Petrolina (PE), e há muitas outrasobrasem andamento.O governo está aplicandorecursos orçamentários e via BNDES paraampliar amalhaferroviária.Eagora comasPPPs(Parcerias Público-Privadas) esperamos que alguns trechos importantes possam ser implantados e prolongados, como no caso daNorte-Sul,daTransnordestina e da Ferronorte.
DC: Em relação à carga tributária...
LFF: Estamos estudando cada vezmais adesoneração das exportações. Com a criação do Reporto, háisençãototal de impostos para importações visando estimular as empresas públicaseprivadasa fazerem os investimentos necessários na zona portuária.
DC: Quanto à burocracia...
LFF: Hámelhorias na área da Receita Federal em relação aotrânsitoaduaneiro, com implantação do Recof e do Canal Azul, para que os produtos fiquem o menor tempo possívelna zonaaeroportuária.Nosso Ministériosimplificou 42 procedimentos e continua trabalhando com a implantação doSiscomex2. Em 2005, vai ficarmais fácil ainda lidar como comércio exterior ea genteesperaque hajaumacoordenação dos órgãos federais dos portos e aeroportos, pois hoje,em geral, os sistemas eletrônicos não conversam entre si, e também trabalhamcom horários diferentes.
DC: Isso envolve vários ministérios.
LFF: O Ministério da Agricultura, da Saúde, dos Transportes, da Marinha, Fazenda, e o MDIC estarão atuando em conjunto para hajauma simplificação de procedimentos e, com isso, melhore o estímulo para quem atua no comércio exterior.
O Itamaraty tem feito um grande esforço nos acordos internacionais e garantiu muitos avanços, como com os Países Andinos, África do Sul e Índia. Temos ainda três grandes negociações: a OMC, Alca e UEMercosul."
A negociação com a UE pode trazer resultados de curtíssimo prazo. (...) Cálculos do Ministério da Agricultura mostram benefícios de cerca de US$ 2,5 bilhões."
agregado poderiam estar presentes, mas ainda não estão.
Balanço
ParaAlfredo Cotait,asexportações ajudaram o País a fechar suas contas e acelerar o crescimento interno noano passado. Contudo, a participaçãodo Brasil nas exportações mundiaisnão passa de1%.
"Aindaé muito pouco mesmo",avalia. Segundo ele,é bom queas grandesempresas
Para o coordenador da São Paulo Chamber of Commerce, exportações das empresas menores darão novo impulso econômico ao País stedeveser oano dainserçãodaspequenas emédias empresas brasileiras no mercado exportadormundial."Masisso só vai acontecer se houver um trabalhosériode incentivo com visão de longo prazo", prevê Alfredo Cotait Neto, coordenador daSãoPaulo ChamberofCommerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "É preciso que os pequenos e médios empreendedores considerem a exportação uma opçãodelongo enão decurto prazo", acrescenta Cotait, também vice-presidente da ACSP.Paraele,nãoadiantaexportar apenas para compensar as quedas no mercado interno: "isso não funciona mais".
Cotait acredita que as viagensdo presidenteLuísInácio LuladaSilvaaváriospaíses,em 2004,trouxerambons dividendos para o comércio externo brasileiro."Quemnão aproveitar essa oportunidade agora poderá se arrepender no futuro", afirma.
Apesardisso, elealertaque faltaum plano estratégico de inteligência comercialpara mapear paísesem queprodutosbrasileiros de maior valor
Os ajustes estruturais criarão um quadro macroeconômico com as condições de produção semelhantes às oferecidas a nossos concorrentes lá fora."
ampliem suas vendas externas, masisso não garante um aumento da base exportadora, com reflexos no volume comercializado. "Isso só acontecerá com uma política de incentivoao pequeno e médio
produtor", explica.
O vice-presidenteda ACSP também ressaltaque épreciso aumentar os resultados econômicosenãoapenas osfinanceiros. Com o ingresso dos pequenos emédios nomercado externo, "teríamosum forte incremento do emprego eda renda no planointerno". Para ele, 2005 pode sero grande momento para o empreendedor tomar essa decisão, olhando sempre as exportações no longo prazo.
SP Chamber em ação ASãoPauloChamber of Commerce já deflagrouvárias açõesnessa direção.Umexemplo é o ExportaSãoPaulo, programa em conjuntocom a FederaçãodasAssociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)– que reúne410 entidades do interiorpaulista –e o governo de São Paulo. A iniciativavisa prospectar pequenasemédiasempresascomperfil e capacidade exportadora.
Também é feito um trabalho de orientação e apoio na colocação de produtos no exterior, com o auxílio das comerciais exportadoras que participam do banco de dados da ACSP. O esforço deve dar frutos em 2005.Cotait acreditaque ocenáriomundial está favorável aosprodutos brasileiros."Mas épreciso dar mais atençãoa mercadorias de maior valor agregado, porque geram mais empregos internos", enfatiza. Paraisso, éfundamental a formulaçãodeestratégias de inteligência comercial. Mais uma vez, a SP Chamber entra em cena para receber e enviar missões comerciais aos países quenãotêmumapauta comercial agressiva com o Brasil. É o caso do Leste Europeu, que abrigaráuma comitivaquevisitaráaPolônia,RomêniaeRepública Checa. Noprograma receptivode missões, relata Cotait Neto, há umacordo operacionalcomo governo deSão Paulo,BM&F,
Bovespa eFederaçãodasIndústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)para elaborar um menu capaz de dar eficiência às delegações que chegam aSão Paulo. "Incluímos até roteiros de visitas a várias regiões produtoras do Estado", esclarece.
Roteiros
São cinco osroteiros já definidos paraimpressionar as missões deempresáriose investidores: SãoPaulo-ABC, São Josédos Campos,Campinas, Piracicaba e Ribeirão Preto. Eles contemplam vários e sofisticados setores, como os de projetos deinfra-estruturas,automobilístico, petroquímico, plásticos, institutos de pesquisa, combustíveis alternativos,máquinaseequipamentos, agro-indústriae usinas deálcool, além deuma visita à Embraer.
Além disso, Cotait antecipa que está em estudo uma parceria com o Itamaraty para a realizaçãodeum congressocom
Quem não aproveitar essa oportunidade agora poderá acabar se arrependendo no futuro." A. Cotait
os responsáveispelos Sescoms (Serviços de Promoção Comercial das Embaixadas). O objetivoserá discutir formas de ajudar asempresasno comércio mundial. "Assim como asmelhoresformasdevendera marca Brasil lá fora", relata.
Reformas
Para aumentar a base exportadora o governoprecisa tambémfazer ajustes estruturais. Entre eles, Cotait destaca as reformas tributária, fiscal e trabalhista;investimentos eminfra-estrutura (estradas, ferrovias, portos e aeroportos) e redução nas taxas de juros. "Isso vaicriarum quadro macroeconômico comas condições de produção semelhantesàsoferecidas anossosconcorrentesláfora", esclarece. Por isso, as reformassão tão urgentes e dependem da vontade política do governo. "Mas ao que parece,ogovernonão estátãoempenhado quanto deveria estar", conclui. (SLR)
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Esse foi o recado dado pelos diretores do Banco Central pela ata da última reunião do Copom. Expectativa é de nova alta de 0,5 ponto em fevereiro.
No quedepender da avaliação dos diretores do BancoCentral(BC)sobre ocenário econômico,os jurosbásicos do País devem permanecer altos ainda por um bom tempo. Issoé oque sinaliza a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária(Copom). Nareuniãoda semana passada, o comitê determinou aumentoda taxa Selicde 17,75% para 18,25% ao ano e o documentodivulgadoontem detalhou as razõesque levaram à decisão.
Emresumo, aatapraticamenteeliminou apossibilidade de os juros caírem nesteprimeiro semestre. Mesmo depois do aumento do juro básico agora em janeiro, a ata indicou novas altas da taxaSelicnospróximos mesese defendeu que ela permaneça elevada por um período, mesmo depois de encerradoo processo de ajuste nos juros.
Os diretores do BC deixaram clara no documento a possibilidade de altas ainda mais fortescaso a inflação continue acima do desejado pelo governo. Essa hipótese chegou a ser cogitada na reuniãodestemês, masfoi rejeitada pela falta deindicadores econômicos que sustentassem a decisão.
"Aotrazer aperspectiva deumcenário denovasaltas,a ata terá um impacto muito grandesobreocomércio e financeiras", diz o economista e diretor do Instituto deEconomia Gastão Vidigal da Associação Co-
mercial de São Paulo, Marcel Solimeo. "Além de repassar os juros, que vinha segurandoatéentão,ovarejo tambémencurtará oprazo,devido a incertezado mercado futuro. E isso aumentará ovalor dasprestaçõesnos crediários,que éo que importa para o brasileiro", explica Solimeo. Oeconomista-chefe do banco Schahin, Cristiano Oliveira, ressaltou que o ponto de maior interesse na ata foi a revelaçãoque o comitê chegou a cogitar acelerar o ajuste na taxa básica de
O Conselho Monetário
Nacional (CMN) aprovou ontemmudanças parafacilitar o financiamento da habitação, como objetivode incentivar a reduçãodas taxasdejuros praticadas pelosbancos.Olimitemáximo do valor do imóvela ser financiado subiu de R$ 300 milparaR$350mil,eovalor dofinanciamento,deR$150 mil para R$ 245 mil. Com base em estudo feito pelaAssociação Brasileira deEntidades deCrédito Imobiliário e Poupança (Abecip)epelaCâmaraBrasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), o governo decidiu também mudar a exigência de que o crédito imobiliário este ano seja entreR$ 8bilhões eR$10 bilhões superiorao emprestadono ano passado,conforme estabelece aResolução 3.177, que exigea utilizaçãoderecursos da caderneta de poupança no financiamento da casa própria.
O argumento dos empresários é de que haverá, no máximo, 30% de elevação no número de interessados em comprar imóvel
SegundoodiretordeNormasdo BancoCentral,Sérgio Darcy, o governo acatou aponderação dasduasinstituiçõesdeque nãohádemanda para um valor tão altoexigido para ofinanciamento dacasa própriaeste ano.O argumento dos empresários é de que haverá, nomáximo, 30% de elevação no número de pessoas interessadas nacompra da casa própria este ano, em relação ao ano passado. Por isso,a medida aprovada pelo CMN propõe
Na ata divulgada ontem, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os demais integrantes do Copom justificaram a tendência de
uma experiência no primeiro trimestredo ano,em que o valor destinado ao crédito imobiliário será30% superior ao aplicado no ano passado, em cada mês, de janeiro a março. "Se ficar comprovadoquenãohádemanda para mais,vamosdar continuidade a esse método.Casocontrário,valearesolução", afirmou Darcy. Mutuários – Para osmutuários, a boa notícia é que o CMN criou um "fator multiplicador", que incentivaos bancos a financiara aquisição de imóveis ataxa de juros mais baixas,obedecendo ao limite entre 9% e 12%. Atualmente,o limitemáximo para a taxa jáé12%. Como nãohá incentivos,os bancos sempre optam pelo máximo. Com o multiplicador, os bancos poderãoserinduzidos a praticar taxas menores. Nome sujo – Outra medida importanteadotadaontempelo Conselhofoipermitir que bancos realizem operações de crédito com clientesque tenhamrestrição cadastral.A autorizaçãofoi dada mediante exclusão deitensdaResolução1.559/98.A resolução impedia a concessão de crédito a quem tivesse emitido cheques semfundos. O CMN decidiu manter uma regra "seletividade, garantia, liquidez e diversificação de risco"e deixou aosbancos a decisão de escolher quais clientestêm condiçõesde honrarseus compromissos. (Agências)
juros. Ele acreditaque a decisão do Copom de fevereirodeve serde nova altade 0,50pontoporcentual,oque levaria a meta da taxa Selic para 18,75% ao ano.
Já o economista-chefe da Fator Corretora, Vladimir Caramaschi, disse acreditar que a tendência éde alta de 0,25 ponto porcentual em fevereiroe amanutençãoa partir demarço. "Casoa inflaçãopelo IPCAapresente recuo, o que éesperado, é possível que o mercado dê umpesomaior ao fato de que as projeções de inflação
Febraban fecha acordo com a Receita para emissão de CPF digital
A Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) assinou ontem convêniocom aReceitaFederal, por meio do qual pretende ampliaro númerode usuários de internet que possuemcertificação digital: uma espéciede identificação oficial que garante mais segurança nas consultas e transações pelainternet e sistemas eletrônicos. A idéia é estimularmais bancos a emitirem a certificação para seus clientes, a exemplo do Banco do Brasil que firmou acordo com a Receita no final do ano passado. Deacordocomo presidente da Febraban, Márcio Cipriano, os bancos interessados em oferecer mais esse serviço aosseusclientes precisarão se cadastrar na Receita, mas a expectativa é que dentro de um mês, as primeiras instituições já estejam emitindocertificados digitais."Ainda nãodefinimos o valor mas acreditamosqueo preçodoserviço será abaixo de R$ 50", afirmou Cipriano."Quandotivermosescalaessevalorpoderá cair",completou, ressaltando que juntamente com o cartão, o cliente receberá uma leitorapara instalar nocomputador de casa ou da empresa. Com isso, ele poderá consultarnão só sua situação fiscal junto à Receita como também saber o andamento de processos judiciais ou mesmo termais liberdadee segurançaparaoperar sua conta corrente na internet, evitandofraudes.Oscertificadosjá sãoemitidospor instituições cadastradas junto à Receita, ao custo médio de R$ 200. (AE)
do BCjá estãomuito próximasao objetivode taxade 5,1% em 2005", afirmou. Consumo interno — Para os integrantesdoCopom, cada vez mais o consumo internovem ditandooritmo de expansão do nível de atividade e dos preços, ocupando um espaço dominado nos últimosanos pelas empresas exportadoras. Nesse caso, os diretores alertamque há "fatores de autopropagação" da demanda quepodemanular parte do impactoque a alta de juros deveriater sobre a
inflação fixada pelo BC. Mesmo nãodetalhando esses fatores, os diretores afirmaramque eles assumem importânciaainda maior pelos fatos de, na história recente, o Brasil não ter vivido períodosde crescimento econômicosustentado e de o BC não ter segurançadecomo se comportamas pessoas,empresários e as instituições nesse ambiente.Na prática,em vez dos choques externos que puxaram os preços para cimaem2003 e2004,agora são osprópriosbrasileiros
que alimentam a inflação. Mesmosemissoterficado clarona ata, sabe-sequeos estímulos dados ao mercadodecréditono finalde 2003,como formadeiniciar o processo deretomadado crescimento da economia, estão repercutindo com mais força na demanda interna, independente do BC atuar para conter o consumo. Reflexodissoé oaumentode4,2% no volume de empréstimos concedidos pelosbancos noúltimo trimestre do ano passado. Vanessa Jaguski / AE
governo brasileiro continua otimista comas exportações einvestindo para que elas aumentem.Uma das mais recentes providências para agilizar o setor foi a criação dedoisnovos departamentos na Agência de Promoção de Exportações Brasileiras (Apex-Brasil): aUnidade de Investimentos e osCentros de Distribuição.
A Unidade de Investimentos aproveitará a infra-estrutura da Apexem eventose promoções comerciaisparaatuar também na buscadeinvestidores estrangeiros que queiram atuarno Brasil.O ministro doDesenvolvimento,Indústria eComércio Exterior, LuizFernandoFurlan, declarou, quando do lançamento da unidade,queessa atribuição da Apex ajudará o Brasil a captarametadeUS$20bilhõesem investimentos em 2005.
Incentivos
A proposta é conjugar atividadesde promoçãocomercial comoincentivodogovernofederal parainvestidores.Além disso, harmonizarinformações eoportunidadesnacionaise regionais,direcionarinvestimentos aáreas exportadorase inclusãodasmédiase pequenas empresas no cenário internacional estão entre os objetivos. E,ainda, agilizaros processosde tomadade decisão para reduzir barreiras. "Vamosaproveitarosmuitos eventosquefazemos no exterior para mostraras oportunidades denegóciosaosestran-
Dois novos departamentos da Agência terão a missão de atrair investidores e facilitar acesso a mercados
geiros", explica opresidente da Apex-Brasil, Juan Quirós. Acoordenadoriageraldanovaunidade ficaráaoscuidados do empresário Ingo Ploger. Além das promoções em feiras internacionais, a Unidade deInvestimentos seráresponsável pelagestão da marca "Brasil& Partners" (Brasile Parceiros)."Essa marca irá mostrar os produtos que o País dispõe para exportar, além dos já conhecidos, como cachaça e samba", diz Quirós. Paramonitorar oprojeto,a Apex-Brasil atuará em conjunto com a Sala do Investidor, doPalácio do Planalto, cuja coordenação é da Casa Civil.
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Primeira ação
Nos dias 24 e 25 de fevereiro, aApex-Brasil realizará, em parceria com o Instituto Espanhol de Comercio Exterior (ICEX),o primeiroFórumde Investimento e Cooperação Empresarial Hispano-Brasileiro em São Paulo.
O objetivo do evento,que contará com aparticipação de 80 empresas espanholas, é apresentar oportunidadespara projetos de joint ventures, parceriade investimentos em uma novaempresa oufilial, criação de empresa mista e fabricação conjuntadeprodutos. Além de acordos de distribuiçãorecíproca deprodutos,
Queremos que o nosso produto possa chegar rápido ao consumidor estrangeiro." J. Quirós
transferênciade tecnologiae know how e licenças.
Centros de Distribuição
Em relação aos Centros de Distribuição, a intenção da Apex é diminuir o espaço entre o consumidor finale o produtorbrasileiro."Quandoo negócioestiver fechado,queremos queo produtopossa chegarrápidoao consumidorestrangeiro", explica Quirós. Os centros, que funcionarão em mercados estratégicos para o produto nacional, contarão comespaçoparaarmazenagem demercadoria nãoperecíveis, showroom e um escritório para atividades administrativas e comerciais. O custoserá rateadoentre as empresas participantes de cada um dos centros. Essas companhias terão prazo entre 12 e 18 meses para consolidaruma posiçãonomercado estrangeiro escolhido.
OprimeiroCentro deDistribuição será inaugurado em Miami, nos EstadosUnidos, ainda neste mês e contará com 40 empresas de oito setores diferentes. O segundo será em Frankfurt, na Alemanha, e está previstopara osegundo semestre deste ano.
Em 2006, a idéia é expandir o projeto para os Emirados Árabes, China, África do Sul, Polônia, Rússia eÍndia."Cada um desses países terá um Centro de Distribuição que atenderá a demanda local", conta Quirós.
Segundoele, aescolhados dois primeiros países para instalaçãodos centros é baseada novolume detransaçõescomerciais que oBrasil mantém comaEuropa eEUA.Alémde ambos possuírem infra-estrutura adequada ao projeto.
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steano promete seragitado para quem quer conhecer novas mercadorias oumostrar sua produção noexterior. A Agência de Promoçãode Exportações (Apex) eo Ministério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior (MDIC) têm mais de 500 eventos agendados para os empresários brasileiros.
Sãofeiras, exposiçõese workshops em todososcontinentes.Alémdos eventosoficiais,entidadescomoa Associação Comercial de São Paulo (ACSP)ea AssociaçãodeComércio Exteriordo Brasil (AEB) promovem missões para diversos países.
Entre as atividades jáprogramadas para 2005, o ano Brasil-França é o destaque. Serão centenas de eventos ao longo de 2005 em ruas parisienses, lojas particulares, museus e centros de exposiçãoque contam com o apoio dos governos brasileiroe francês."Serviremosprodutostípicos para aproximaro consumidoreuropeudenós etambémmostraremos atividades culturais e artísticas", explicaJuan Quirós, presidente da Apex.
Outrodestaque éaBioFach 2005,feiradeprodutosorgânicose cosméticosnaturaisque ocorre entre 24 e 27 de fevereiro, em Nuremberg, na Alemanha. "Éa maior feirade orgânicosdo mundo,emais de95 empresasbrasileirasirãoexpor lá. Também vamos realizar uma noite de gala do Brasil, comdrinkse comidastípicas daqui", explica Quirós.Além desses,o evento "30 diasde Brasilno México"levará produtosdoPaísparaserem expostos em umacadeia de lojas mexicanas.
Bio Fach 2005
Setor: produtos orgânicos
Local: Nuremberg –Alemanha
Data: 24/02 a 27/02
Informações: www.ahk.org.br
IPM- Feira de Plantas e Floricultura
Setor: flores tropicais
Local: EssenAlemanha
Data: --/02 ( a confirmar)
Informações: www.ibraflor.com.br
Expocomer
Setor: multissetorial
Local: Cidade do PanamáPanamá
Data: 02/03 a 06/03
Informações: www.expocomer.com
Passione
Setor: acessórios pessoais, produtos de luxo e acessórios criativos
Local: FrankfurtAlemanha
Ao lado, veja outros destaques doprimeirosemestre deste ano.(FP)
Data: 05/03 a 08/03
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de Segurança
Foodex 2005
Setor: alimentos
Local: Chiiba – Japão
Data: 08/03 a 11/03
Informações: www.jma.or.jp/foodex
Texworld
Setor: tecidos
Local: Paris – França
Data: 08/03 a 11/03
Informações: www.guazelli.com.br
CTIA Wireless 2005
Setor: software
Local: New OrleansEstados Unidos
Data: 14/03 a 16/03
Informações: www.softex.br
38º Cairo International
Fair
Setor: diversos ramos de atividade
Local: Cairo – Egito
Data: 15/03 a 25/03
Informações: www.cairofair.com/ front/main.asp
Vinitaly 2005
Setor: bebidas
Local: Verona - Itália
Data: 07/04 a 11/04
Informações: www.coocachaca.com
Alimentaria Lisboa 2005
Setor: alimentos
Local: Lisboa – Portugal
Data: 10/04 a 13/04
Informações: www.alimentarialisboa.com
IFE Polônia
Setor: alimentos e bebidas
Local: Warsaw - Polônia
Data: 19/04 a 21/04
Informações: www.abrape.org.br
Beautyworld Gulf
Setor: perfumaria
Local: Dubai – Emirados Árabes
Data: 04/05 a 04/05
Informações: www.guazelli.com.br
9º Alitec
Setor: alimentos
Local: Casablanca –Marrocos
Data: 19/05 a 22/05
Informações: www.ofec.co.ma
Control 2005 – Feira de Controle de Qualidade
Setor: maquinário
Local: Sishein – Alemanha
Data: --/05 ( a confirmar)
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Nampo Harvest Day –
Agricultural Trade Show
Setor: máquinas e equipamentos agrícolas
Local: Bothaville – África do Sul
Data: --/05 ( a confirmar)
Informações: www.agri24.com/nampo
Feira e Exposição
Alimentaria México 2005
Setor: alimentos
Local: Cidade do México –México
Data: 01/06 a 02/06
Informações: www.alimentariamexico.com
ASTD 2005 International Conference & Exposition
Setor: programas de computação
Local: Orlando - EUA
Data: 03/06 a 08/06
Informações: www.softex.br
Annency International Animated Film Festival
Setor: audiovisual - cinema e vídeo
Local: Annency – França
Data: 06/06 a 11/06
Informações: www.gnctv.com.br/ braziliancinema/index.jsp
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Setor: máquinas e equipamentos
Local: Beijing - China
Data: --/04 (a confirmar)
Informações: www.cimtshow.com
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Sial China 2005
Setor: alimentos
Local: Shangai - China
Data: 18/05 a 20/05
Informações: www.coocachaca.com
Bar Show 2005
Setor: bebidas
Local: Londres – Inglaterra
Data: 07/06 a 08/06
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Agro Expo – XIV Feira Agropecuária e de Indústrias
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Local: Bogotá – Colômbia
Data: 31/07 a 10/08
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Para seavaliar os problemas que a administração municipal deve enfrentar, basta o levantamentode todoseleseo seu cotejo com problemas dopassado, que perduram na agenda dos prefeitos.Como atual prefeito não é diferente. Insiste o titular do cargoqueos gestoresda fase Marta, a catastrófica, queficou dinheiroemcaixa,einsisteo atual prefeito que nada ficou, somente dívidas e dívidas altíssimas, brutais, mesmo, paraos cofresdo município.
De todosos prefeitosde que tenho conhecimento pelo estudo do passado paulistano, o maior e mais completode todoselesfoi
Prestes Maia, o único que preparou umplano municipal viávele o executou. Outros prepararam o mesmo documento, mas não o realizaram, por motivos vários. Prestes Maia, que me conste, por ter ele mesmo dito, antesde deixar a Prefeitura, deixou dinheiro em caixa, embora um grande político, que estava presente entre os convidados de Yande Almeida Prado, tivesse desaconselhado adeixardinheiro para o sucessor.
No caso atual, a ex-prefeita, a quem por uma fal-
P.S.
saconcepção dedemocracia foi entregue a administração de uma cidade ultra complexa,a quem nunca tinha administradonemaprópriaresidência. Agovernante cuidava desse pormenor doméstico. Mas a prefeita comotodos osseuscolegasdecargo, anteseagora,têemproblemasa enfrentar, unsperpétuos e outrosdeixadospelo antecessor. Essa a questão, sobretudosenãose leva emconta ocomparativo legal, como é o caso. O problema,voltando a ele, não é único de São Paulo. A maioria dos prefeitos eleitos para o cargo é tão medíocre naadministraçãoquantofoiaprefeita da capital no seu período. São raros, por isso, os bons prefeitos. Daípoderíamos passar por todos e escolher as exceções, fazendo, comos demaisumarelação de incompetências, de erros, de abusos, de demagogia, que não tem tamanho, tal a dimensão que possuem e a impropriedade quedemonstram na responsabilidade pelo cargo. É a realidade.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br
PAULO SAAB
A decisão da cúpula do PSDB de endurecer a linha de oposiçãoao presidente Lulae aogovernodo PTe aliados,tendoàfrenteoexpresidente Fernando Henrique Cardoso, não nasceu do acaso. Fontes da cúpula tucana revelam que se trata apenas daseqüência da estratégia montada pelo partido após a derrota presidencial em 2002. Esses dois anos em que o PSDB dedicou-se à oposição light foram fruto deuma constatação(madura, diga-se de passagem) de que seria inócuo bradar apenas para ser oposição.Os tucanos tinham a expectativa(alguns,a certeza) de que o noviciado do PT e de Lula em poucotempo dariamarmasàoposição,elementos sobreos quais construir a base da linha contrária. Dois anos depois, otucano voltao muro, não mais para observar, mas para fazer barulho.
Linha de frente
Também nãoéaoacaso queFHC saicomo portavoz das acusações aogovernoLula. Já haviachamado opresidente anteriormente deincompetente. Depois da decisão oficial da cúpula de seu partidode engrossaravoz naoposição,o ex-presidentefalaemgastançadescontrolada de Lulana presidênciaeacertaotompara atrair o coro dos descontentes. Quer estarna linha de frente para catalisar o crescente bloco dos frustrados e insatisfeitos com a forma lulista de governar. Ver como fica
Fernando Henrique ainda éonomede maiorexpressão entre os tucanos. José Serra recuperou-se da derrotaparaLula dando uma surra em Marta SupliciFavre. Está,dealgum
Nmodo, imobilizado pelos compromissos assumidos comacidade.AlckmineAécio ainda não têm cacife para representaruma liderançanacional.FHC voltaàcenanão necessariamentepara voltar a candidatar-se.
Paraempunhar comcredibilidadea bandeiradaoposição tucana e ver como é que fica oquadro eleitoral nesses próximos dois anos.Nunca se sabe...
Municiamento
Assim como Marta foi vitrinena tentativa de reeleição, a pretensão do Planalto de manter Lula lá por mais quatroanos vaiesbarrarna necessidade de não deixar o estilingue oposicionista estilhaçara vidraçade sergoverno.
Antes,sendo sóoposição, esem necessidadenenhumadeprovar alguma acusação, era mais fácil.E, dizemos tucanos,comoque concordo aqui na planície, agindo comoanda ogoverno e tendo comobase à disputainterna noPT, aoposição fica com seu trabalho facilitado. É esperarpara ver. A munição está sendo fartamenteestocadaeseráusada na campanha eleitoral do próximoano. Inclusive,o galo de briga.
Casa infame O simplestítulo doeditorial da Folha, chamando de infameaCâmaraMunicipal deSão Paulo,bastariapara renunciar ao mandato de vereador comvergonha na cara. Pensando bem, melhor não. Sobrariam os que, praticamente maioria, impõem a vergonha ao legislativopaulistano.Eacidadejá nem se lembra em quem votou para vereador. O Palácio Anchieta deslustra o nome do beato que o batizou.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
ão se passa um dia sem queopanorama político eeconômico doPaís presencie uma alteração-meteorológica,se poderia dizer, tal sua instabilidade. Eo mais insólitodessaagitaçãoéque ela parte, na maioria dos casos, exatamente donúcleo deum governotãointeressado naestabilidade, quejá manifestou odesejode se perpetuar por 30 anos – ou, pelo menos, sere-eleger em 2006. A síndrome se instaloulogo nosprimeirosdias e justamentepelo cume do sistema, no coração mesmo do palácio presidencial, com oescândalo Waldomiro Diniz, queparece ter entrado em estado letárgico. Mas desdeentãonãose passa um dia sem que um dos figurões desfeche uma bombaou umbuscapécon-
Com o estardalhaço habitual, a mídia anuncia que a Receita bateu o recorde de arrecadação, queatingiu R$322,6 bilhões em 2004, superando em 10,6% o volume subtraído dos que trabalham e produzemem 2003. Talanúnciojáfaz partedo"calendáriooficial" dejaneiro,como podemos ver na tabela abaixo, em que osvalores da arrecadação totaldo governo estão em R$ bilhões, em termos nominais,istoé,sem descontar a inflação:
Alegam os publicanos que, pelo menosem 2004, o brutal aumentodo montantesurrupiado da sociedade pelo Estadodeveu-seao aquecimentodaeconomia,o que podeem parte ser verdadeiro, mas que, no máximo, é uma meia verdade,
tra outro figurão ou figurinhado governo.O próprio condestável do regime parececondenadoa uma "dança das cadeiras", tais as mudançasdeatribuições e os altos e baixos de prestígio de que goza no cenário. Sequero Presidente e sua política econômica,que parece a coisa mais estável do governo, seacham imunesa esse "fogo amigo" desfechado até pelo seu vice e por ninguémmenos que o presidente da Câmara, que se queixada dificuldadede fazer oLegislativofuncionardiantedapletora de MPsque considera desnecessárias e descabidas. Sob oaspecto econômico,
Quase todo dia um figurão desfecha bomba ou buscapé contra outro figurão do governo
tido como o mais capaz e exitosodogoverno,nãohánada que sofra críticasmais constantes eiradas do PT. Mas tambémeleseachasobdúvida nos altos escalões, que em grande parteatribuem os êxitos obtidos à uma conjuntura internacional favorável. Em lugar de 2005 se prenunciar como o ano do "início da colheita", pareceque ele se prenuncia como o de agravamento das dificuldades,já que o IPEA projeta para ele um crescimento de3,8%,inferior, portanto, a 2004. Entretanto,esseuniversal clima de instabilidade parecemiraculosamente se deter diante da figura do Pre-
uma vez que o alardeado "crescimento" ficou perto de 5%, portanto, bem abaixo do verificado na arrecadação. Janeiro, no Brasil, parece ser omês em que asaves de rapina maisse assanham.É semprea mesma eenfadonha coisa, para um povo em que qualidades inegáveis como amansidão, aresignação e aconformação acabam voltando-secontra ele e tornando a sua vida um martírio. Qual aves de rapina que vislumbram a carniça do alto de sua au to rid ad e, imunidade e impunidadeno caso, uma classe média emagrecida, descarnada e à míngua, de tantoser explorada -os municípios,os estados eo "abutre-rei",a União,atiram-se sobreela com voracidade de fazer invejaaosleõese aos gladiadores do velho Coliseu. O abutrefederal, fantasiado de leão do Imposto de Renda, que costuma esperar
O abutre federal, fantasiado de leão, desta vez foi mais rápido que o estadual e o municipal
até abril para abocanhar o seu nacodosrendimentos da pobre classe média, desta vezfoimaisrápidodoqueos estaduaise municipaise,no apagar dasluzes doano recém-findo, atirou-se sem piedadesobreas empresas prestadoras de serviços, mediante a Medida Provisória 232, de 30/12/2004, cujo objetivonãopode pareceroutro, anão serodeextinguilas...O monstro parece comprazer-se em debilitar lentamente as forçasdos que t r a b al h a m , minando-lhes p au l at in amente asresistênciase condenando-ossempre em nome de um "social" que lhe serve perfeitamente comoescabeche para cada tunga - a um progressivo empobrecimento. Vigenopaísumverdadeiro hospício tributário, com setenta impostos, taxas e contribuições, leis, decretos, portarias e medidas provisórias, com uma legis-
sidente, cuja popularidade, decrescente durante breve período,voltou asubir nas pesquisas. Como se ele fosseirresponsávele invulnerável àconfusão deum governoquenão governasse. Sua atitudepessoalparece dizerqueele nãotemnada quevercomisso- oquea opinião popular parece endossar pelas pesquisas Queelesecomportecomo tal,seentende, devido aos traços deinteligência,primarismo, carisma e messianismo que modelamsua personalidade. Mas é a seu carisma– a característica que exerce maior influência sobre a opinião da maioriaque se deve atribuir a invulnerabilidade que goza quanto àconfusãodeseu governo.Éprerrogativados messiaslevitar acimadas realidades.
laçãotributáriaetrabalhista complexa e por si só fomentadora de corrupção, sonegação, informalidade e desemprego. Tal manicômio, em valores, beiraos 40% do PIB. Istosignifica queestão todos muito perto de trabalharem em um regime de trabalhos forçados. Diante disso revolta a qualquercidadãocom QI acimado deumaamebaa notícia aque aludimos de que, mais umavez, a Receita bateu o recorde de arrecadação.Egera estranhezaa fachadade"boanotícia"que muitos meios de comunicaçãoemprestam a esse fato que, a bem da verdade, é lamentável, execrável e, cada vez mais, intolerável! Quanto desperdício de um lado! Equantamansidão, queparece beirara covardia, de outro!
Ubiratan Jorge Iorio Doutor em Economia (EPGE/FGV), Vice-Presidente do Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista (Cieep) e Professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Uerj
Cercade 70entidades representantes de prestadores de serviços dos quatro cantos do País traçaram ontemasestratégias da guerracontra a Medida Provisória 232, que aumentou a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), de 32% para 40%, munidas de dados que mostram que a alteração tributária vai mexer no bolsodoconsumidor. Caso seja aprovada sem alterações,aMPvaiaumentar em 13,5% os gastos do consumidor, segundo cálculos doInstituto Brasileirode Planejamento Tributário (IBPT).
E tem mais."Com o reflexoem cascata,o númerode informais deve ser acrescidoem200mileestãoprevistas 100 mil demissões", contabilizou o presidente IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. "Vamosem blocoà Brasília para derrubar a medida provisória naquilo que ela significa ônuspara asociedade. O cidadão não suporta mais o peso de medidas arbitrárias contrao contri-
Antes da marcha à Brasília, entidades da Frente Brasileira contra a MP 232 reúnem-se em São Paulo, no dia 15, para apresentar manifesto de repúdio ao aumento do IR e da CSLL das prestadoras de serviços, que vai alcançar o bolso do consumidor
buinte. Basta!", afirmou o presidente da Federação dasAssociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)e Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP),Guilherme Afif Domingos. No encontro realizado em São Paulo, na sede do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis doEstado de São Paulo (Sescon), os representantes dasentidades queformam aFrenteBrasileira contra aMP 232 foram convocadosparauma mobilização nacional,no ClubeEspéria,nodia 15defevereiro, quandoo Congresso Nacional volta do recesso. Nessedia será divulgado um manifesto contraa MP232.O textoseráredigidopor integrantes do Sescon, doIBPT, da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) e daACSP. O documento seráassinado por todos os participantes da Frente. "A reação da sociedade será proporcional ao alcance da medida provisória", disse Afif. Planode ataque- O objetivo é que esseseja o mani-
festo assinado pelo maior número de entidades já visto. A Federação dos ServiçosdoEstado deSãoPaulo (Fesesp)é umadasresponsáveis pela coleta de assinaturas."Asentidades que quiseremassiná-lo podem enviar nomee endereçopara o e-mail: secretaria@fesesp.com.br", disse Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços e vice-presidenteda Fesesp. Para ele, apresença maciçados setoresna reuniãode ontemdemonstraa repulsa da sociedade contra a MP 232.
Congresso - A marcha à Brasíliaestá marcadapara o dia 17 de fevereiro, quando o manifesto será entregue porrepresentantes da Frenteaos presidentes da Câmarados Deputadose do Senado. No mesmo dia, osintegrantes da Frente vãodistribuir cartilhassobre a MP 232 aos parlamentares que votarão a conversão da medida em lei. A cartilha seráelaborada em linguagem simples pela OAB-SP e pelo IBPT.
"Se a carga tributária precisa ser aumentada, isso
nãopodeser impostopor medida provisória. Oforo próprio para isso é o Congresso Nacional", alertou a vice-presidente da OABSP, MárciaRegina Machado Melaré. Também entrou noarontem ositewww. mp232.com.br, que traz informações básicas sobre o movimento. Pelo e-mail mp232@mp232.com.br as entidades poderão enviar sugestõese dadossobreo impacto damedida emcada setor.
Carga - O tamanho da carga fiscal também foi analisadoduranteoencontro.De acordo com oIBPT, a carga tributária de 2004 (somados ostributosfederais, estaduais emunicipais) resultou em aumentoreal de R$ 55 bilhões (10%) com relação a2003 eatingiuR$ 648 bilhões, o que representa aproximadamente36% do PIB. "Ao contrário,nos paísesdesenvolvidos aarrecadação vem diminuindo. De 2000 a 2004, a arrecadação nos Estados Unidos, por exemplo,caiu de 29%para 25,4%do PIB",informou Gilberto Luiz do Amaral. Laura Ignacio
Calculadora é apresentada a empresários
"Assim como todo rio correpara o mar, todo imposto corre para o preço do produto", alertou, ontem,Guilherme Afif Domingos, presidente daAssociaçãoComercial deSãoPaulo(ACSP),durantepalestra para empresários na Câmara de ComércioSuíço-Brasileira(Swisscam), onde apresentou aCalculadora do Imposto. "Pedimosque todasas empresas coloquema Calculadora do Imposto, queestánonosso site (www.contribuintecidadão.com.br), à disposição de seus funcionários, para que eles saibam o quanto pagam todo mês", explicou.
Para Afif, apenas dessa maneira será possível criarum Estadoquenão esteja voltado apenas para manterosprivilégios da corte,"que nãofoi abolida com o fim da monarquia". Aocontrário, o presidente daACSPdefendeu umEstadoforte "capaz de investir na infra-estrutura e promover as condições para que todos oscidadãos tenham igualdade de oportunidades".
Guilherne Afif criticou a visão fiscalista e burocrática doEstado brasileiro."Aidéiadeembaraçar as coisas é um grande perigo parao País",lem-
brou. Isso mostra,segundo ele,que a nação cresceu,estáseconscientizando como pagadora de impostos epedindo passagem parao Estado que se tornou "um estorvo para o seu desenvolvimento".
Citou o exemplo mais atual "daderrama tributária" coma edição da Medida Provisória232. Segundo ele, a medida vai prejudicar os prestadores de serviços, os que mais geram empregos no Brasil, comimpacto negativo em todos os outrossetoresda economia. "Nesse caso areação contrária foi enorme e imediata", destacou Afif, para quem essa mobilização da sociedade representauma nova "inconfidência no Brasil". Ejustificou: "Onosso sistematributárioé uma inconfidência, ou seja, ninguém sabe como é. Nósqueremosinverter esse processo emostrarao cidadãooquanto ele paga". Além disso, é preciso forçaro governo aenviarumprojetodelei sobreo tema para ser avaliado pela Câmara dosDeputadosepeloSenado.
"Aí o Congresso Nacional terá a chance de mostrarseestá ounão em sintonia com os anseios da população", concluiu. O diretor jurídico da Swisscam, Gustavo Stüssi, elogiou a iniciativada ACSPdedesenvolver a calculadora. Sergio Leopoldo Rodrigues
"Governar é mostrar a direção a ser seguida. Se a maioria segue pelo caminho indicado, quem terá a audácia de seguir por um outro caminho?"
(cf. Dafei, Gong. Chinese Maxims: Golden Sayings of Chinese Thinkers over five thousand years. Beijing, Sinolingua, 1993).
Por Júlio Bueno*
Como turistas,é comumestereotiparmosa nossa breve e restrita experiência em uma terra estrangeira como algo absoluto e permanente. Quem nunca ouviuum amigo viajado dizer que todos os mexicanos fazemsiesta,ou que americanossomente comem fast-food ouquefranceses jamais tomam banho? Até mesmonós, brazucas, aosolhos gringos, por vezes nos tornamos renitentes comedores de feijoadasdiáriasoudançarinos profissionais de samba.
A tradição transformou os chineses em grandes comerciantes. Na hora de negociar com eles, é bom seguir algumas dicas.
De China para Brasil Representantes do Fórum de Jovens Empreendedores e da São Paulo Chamber of Commerce da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) foram à China para participar de um evento da Organização das Nações Unidas (ONU). Lá também fizeram contatos com entidades voltadas ao jovem empreendedorismo. Nessa viagem ao outro lado do mundo, além de descobrirem como negociar com um povo tão diferente do brasileiro, Júlio Bueno, Maurício Iazzetta e André Gonçalves também puderam aproveitar as riquezas culturais e diversidades de uma região milenar. Os resultados da empreitada e as impressões de cada um deles estão nesta e nas próximas páginas deste caderno.
Esse ímpeto de generalizaçãosejustificapelo interesse dos viajantes de comunicarem o que vivenciaram,deforma rápida e didática. Para tanto, reduzimos tudo o que vimos e sentimos a poucos elementos de descrição, passíveis de seremtransmitidos deforma clara aos familiares eamigos ansiosos pelo nosso retorno. Da minhaparte,depoisda minharecente visitaà China, tenhoditoque oschinesessão (1) amáveis,(2) trabalhadores e negociantes incansáveis,(3) curiosos sobre o Ocidente, (4) impacientes motoristas, e (5) simplórios –no bom sentido! –no trato pessoal. Certo ou errado, essa é a imagem de um povo que me cativou nos10 diasque passei nessabelíssimaterra distante, como representanteda Associação Comercial de São Paulo (ACSP), do Fórum de Jovens EmpreendedoresedaSãoPaulo Chamber of Commerce: em Nanjing; e para um evento da Organização das Nações Unidas (ONU),em Beijing/Pequim, para contatos com entidades voltadasao empreendedorismo jovem.
Foi uma experiência fascinante, tanto por conheceralgumasdas magníficaseimponentes construções chinesas, como pela oportunidade de entraremcontatocomo esse povointeressante, de longa tradição cultural e comercial.
Nesse últimoaspecto, o da peculiar forma dos chineses fazerem negócio, centenasde livros já foram escritosprocurando indicar o caminho correto para,ao mesmotempo, impressionar sem afastar esses orientaisnuma mesadenegociação.Portanto, sem querer avançar nas minúcias dessa arte,ouso apresentartrêsbreves conselhos recebidos de empresários chineses ede negociantesestrangeiros duranteaminha breve estada por lá. Quem sabe, eles nos ajudem a melhorar a nossa balança comercial.
Na batalha comercial, os bonzinhos não têm
OS CHINESES SABEM DE SUAPOSIÇÃO DE PRIMAZIA COMERCIALE TÊM ESSA PERCEPÇÃO HÁ ALGUNS MILHARES DE ANOS
Um amigo argentino, importante advogado de vasta experiência internacional, contou-me que perguntou a um proeminente advogado chinês, durante um jantar, como os chineses viam esse recente avanço do país a uma posição de destaque no cenário internacional. "É tudo tão novo, tudo tem se dado tão rápido, não?", questionou o argentino.
A resposta do advogado chinês, num tom bastante polido, foi a de que os chineses, na verdade, não viam isso como algo tão espetacular ou inusitado, como poderiam supor os estrangeiros. "Trata-se, tão somente, de uma simples retomada do país à sua posição de destaque, já ocupada por muitos milhares de anos, apenas ofuscada pelo advento dos problemas políticos vivenciados nos século XIX." E complementou: "O que são 100 anos de algumas dificuldades em uma história milenar de primazia?" Assim, desde a Dinastia Shang (1750-1040 A.C.), quando os chineses começaram a dominar a utilização do bronze em superioridade a qualquer outro povo existente, o impacto comercial da China é visível e vastamente conhecido. Não se
surpreenda, portanto, se durante a negociação os chineses se mostrarem agressivos e irredutíveis na defesa de seus pontos comerciais. Eles são mundialmente conhecidos como negociadores muito duros, e agem assim simplesmente porque todos os países estão loucos para têlos como parceiros. E, quando a oferta é muita, o preço certamente aumenta, assim como a temperatura das negociações. Pura lei da oferta e procura, na linha de Adam Smith e a sua teoria da "Glorificação do Mercado".
Sem pressão
O governo brasileiro viveu essa experiência recentemente, por ocasião da recente visita do Presidente Hu ao País. O Brasil lutou pouco e morreu na praia, surpreendendo até o mais otimista dos negociadores chineses pela rapidez com que abriu mão de pontos importantes da negociação. Ao reconhecer a China como uma economia de mercado, apenas diante da promessa de investimentos futuros, o Brasil deixou claro que o nosso jeito bonzinho de negociar não tem vez numa mesa de discussão com negociadores que são incansáveis lutadores, conscientes da sua primazia comercial. E será sempre difícil enfrentá-los sem um planejamento adequado, uma boa pesquisa dos seus pontos fracos e a disposição de ir a extremos na defesa dos interesses maiores.
OS CHINESES TÊM
UMA NOÇÃO DIFERENTE DE TEMPOE
CONSEGUEM ESPERAR PORANOSE ANOS PARA ATINGIR O MAIS SIMPLES DOS OBJETIVOS
Ao ser perguntado sobre a importância da Revolução Francesa para o desenvolvimento da democracia, Zhou Enlai respondeu: "Devemos aguardar. 200 anos é muito pouco tempo para saber." Essa frase do renomado premier de Mao Tsé Tung representa bem o espírito paciente dos chineses na condução da vida e negócios. Na China, os laços comerciais podem demorar anos ou décadas para serem estabelecidos, razão pela qual esses orientais abominam a nossa pressa ocidental de querer negociar tudo rápido para fechar um contrato em poucas horas ou dias, e, para tanto, alguns artifícios são normalmente empregados. Por exemplo, os chineses adoram se apresentar para
negociar assuntos importantes com delegações enormes, com vários assessores e subassessores. Nunca improvisam, e cada passo é calculado, estudado e medido ao extremo. A resposta a qualquer ponto de negociação é dada pelo chefe da delegação com o uso de tradutores, e sempre depois de uma longa discussão interna sobre os riscos e opções existentes. Isso leva tempo e pode esticar a negociação de um contrato simples por dias ou semanas, período interminável aos olhos ocidentais. Nesse caso, o ideal é munirse de uma boa equipe, preparando cada etapa com antecedência para evitar ser pego despreparado. Também o uso de tradutores é altamente recomendado, pois colabora para criar um certo aspecto ritualístico na negociação, para passar uma mensagem de poder ao outro lado, além, é claro, do tradutor poder servir como um aliado na compreensão da cultura local.
Intervenção do governo pode assustar estrangeiro
3
A CULTURA EMPREENDEDORA DOSCHINESES ESTÁ EM ALTA E OGOVERNO LOCAL É GRANDE INCENTIVADOR DESSA ATITUDE
Se governar "é mostrar a direção a ser seguida", na China essa direção é clara e incentivada a todo momento: let’s make money now, folks! A China, com essa filosofia pósconfuciana conseguiu a façanha de unir dois pilares filosóficos conceitualmente opostos ao criar o primeiro Estado ComunistaCapitalista de que se tem notícia. E o fez a partir de um planejamento estatal minucioso e detalhado, em que a imposição de qualquer diretiva é cumprida sempre, ainda que pela força. Para fazer negócios na China é preciso assumir que o Estado Chinês, isto é, o Partido Comunista, terá ou poderá ter uma influência direta na condução das discussões.
As empresas estatais são gigantes, com uma capilaridade inimaginável, capaz de colocar a direção dos negócios nas mãos de um administrador indicado pelo partido/governo.
Linha dura Essa capacidade de "dirigismo comercial" permite uma integração absoluta entre os planos e metas governamentais e os objetivos comerciais. As províncias, com os governadores nomeados, trabalham para o desenvolvimento comercial das respectivas regiões e controlam a entrada de cada um dos novos negócios. Assim, nada mais indispensável para se fazer negócios na China do que a ajuda de um consultor local, capaz de expandir os meandros da burocracia para além do meramente documental. Lá, com quem falar, como se apresentar e se relacionar são questões muito mais relevantes no dia-a-dia que seis meses de preparação de um plano comercial.
Nossas 10 páginas começam no Porto de Santos (foto de Itamar Miranda/AE).
A Frente Brasileira contra a MP 232 lança manifesto dia 15 em SP e vai dia 17 a Brasília. Página 10
O Milagre de Berna, uma das estréias
Confira o roteiro dos sebos do centro da cidade, a programação da Casa das Rosas, as estréias de cinema e o ensaio sobre a obra de João Antônio
João Bosco comemora os 30 anos de carreira
Calil: clientela se emociona com os livros raros
Zona Azul é dos flanelinhas
Flanelinhas invadem a Zona Azul no Centro. Vagas são reservadas com caixotes (esq.). DCidade
ter "ouvidos calejados".
fuga pode ter sido
Melhoria econômica transforma os chineses em turistas ávidos por conhecer vários lugares. Evento mundial do setor, ocorrido na China, mostrou o quanto os brasileiros podem se beneficiar dessa onda e engrossar as fileiras de visitantes ao País.
Por Maurício Iazzetta*
Ouando se tem 17 anos de idade, o que mais se deseja é que seu melhor amigo o considere bastante, tenha 18 anos ou mais, um novo e belo carro, se possível conversível, tenha dinheiro para o caso do seu acabar e que ele seja o assunto nas rodas das garotas. Pois esta é uma analogia que se encaixa muito bem quando se analisa o comércio internacional. E não existe um só país na atualidade, que não queira ser o melhor amigo da China. Não somente pelo tamanho de sua população – mais de 1 bilhão de pessoas –, mas pela quantidade de chineses que diariamente passam a ter melhores condições e, com isso, incorporaram-se ao mercado consumidor.
Tudo isso por causa de uma verdadeira revolução, esta, porém, sem armas bélicas, que o governo chinês vem incentivando nos últimos anos. Uma revolução no desenvolvimento e no comércio que faz o mundo inteiro voltar os olhos para a China e pretendê-la como seu fiel parceiro comercial.
Turismo E eu encaixo dentro do comércio internacional o tópico turismo. Isso porque essa é uma das modalidades de negócios que mais geram
lucros e empregam pessoas ao redor do mundo. Países que já atentaram para essa fonte de divisas exploraram-na de todas as maneiras possíveis. Mesmo aqueles que não possuem atrativos suficientes criam condições, as mais diversas, para que essa massa de pessoas possa levar seus recursos para serem ali gastos.
Oportunidades
Falando em atrativos, o Brasil tem uma das maiores jazidas mundiais. Não vou enumerar nossas belezas naturais por achar desnecessário, tampouco nossa diversidade cultural. O que temos em nosso território agradaria a qualquer pessoa do mundo. Mas, onde estão esses turistas, fonte de riquezas, para explorarem nossas belezas, e nos trazer os dólares que tanto precisamos?
Pelo menos, no que diz respeito ao nosso amigo mais velho, a China, importantes passos têm sido dados no setor turístico. Após um ano de negociações, o governo brasileiro assinou um documento com o governo chinês possibilitando o intercâmbio de turistas entre os dois países. O documento é fundamental, pois sem ele a movimentação dos habitantes fica muito restrita.
Calcula-se que entre a população chinesa existam cerca de 70 milhões de
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Agentes nas principais cidades, portos e aeroportos do mundo.
pessoas em condições financeiras de fazer turismo. Nosso território é um prato cheio para esse turista chinês. E por incrível que possa parecer, o destino principal não seriam as praias. Eles preferem locais como a Amazônia, Cataratas do Iguaçu, Pantanal e outros, ao sol quente e águas salgadas.
Missão Para se ter uma idéia do que é o interesse dos chineses pelos nossos pontos turísticos, a São Paulo Chamber of Commerce e o Fórum de Jovens Empreendedores da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) foram incumbidos de organizar a participação de uma comitiva no World Tourism Marketing Summit, evento capitaneado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e dirigido ao profissional de turismo chinês. O grupo representou o Brasil dada a impossibilidade da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) ou do Ministério do Turismo participarem.
Nós, em nome da ACSP, fomos munidos com sete caixas contendo prospectos e informações sobre as diversas belezas do nosso território. Os agentes de turismo chineses consumiram todo o material que dispúnhamos no primeiro dia do evento, tamanho era o interesse em obter mais informações sobre o Brasil, suas riquezas, atividades culturais e belezas. Se utilizarmos regras de probabilidades sobre o gigantesco número de chineses que têm potencial econômico para viajar pelo mundo e ficarmos apenas com uma pequena porcentagem desse número (por conta da distância e do custo de uma viagem para cá), mesmo assim seria algo bastante expressivo para a economia do País. O trabalho dos órgãos de turismo do governo brasileiro é não perder a oportunidade de captar o que for possível dessa onda chinesa para engrossar os não mais de 6 milhões de turistas que recebemos por ano.
tecaco@uol.com.br
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Companhia aérea precisaria apresentar certidões de débito negativas para conseguir nova autorização em abril. Greve surpreendeu clientes.
Odiretorgeral do Departamento de Aviação Civil (DAC), brigadeiroJorge Godinho,sugeriu ontem que a Vasp dificilmenteterá condiçõesderenovar a sua concessão de vôo em abril.Apóssairda reunião com o vice-presidente e ministro da Defesa, JoséAlencar, emque sediscutiu areestruturação da Varig,Godinho foiquestionado pelos jornalistas se já estava descartada a renovação,jáquea Vaspteráque apresentar certidõesde débito negativas detodas as suas dívidas para conseguir a nova autorização.
O comentário de Godinhodeu asinalização: "A deduçãoétãológicaquevocês já deram a resposta".
Decisão - A decisão sobre concessãode transporteaéreo é uma competênciado
Ministério da Defesa e é feita periodicamente mediante a comprovação das concessionárias sobre asituaçãofiscal. No entanto, na quarta-feira, o DAC proibiu a Vasp derealizar qualquer vôoregular depassageiros, cassando as últimas oito rotas queaempresavinha operando. Godinhotambémafirmouqueasaídapara oressarcimento dospassageirosdaVaspque já compraram bilhetes será a negociação. "Não temos o podere a competênciade forçar aempresa apagar. É uma questão de acordo".
O vice-presidente, José Alencar, lamentou a cassaçãodas rotas, mas afirmou que ascondições daempresa já estavam prejudicando os consumidores e que uma empresa devôosregulares não pode esperar que haja ocupação para operar. Passageiros - Desamparo. Esta palavra resume a situaçãoontemde passageirose funcionáriosdaVasp, no primeiro dia de parada totalda companhia.Cedo, passageiros do vôo 4264, de Guarulhos para capitais do Nordeste, foram surpreendidospela notícia de quea empresa não voaria mais. As israelenses Shoni VerbeleTamiSaidman chega-
Varig e TAM vão deixar de compartilhar operações
As companhias aéreas Varig e a TAMvão acabar com o compartilhamento devôos (code-share)ainda este ano. Porum acordo fechadoontem comoConselhoAdministrativode Defesa Econômica (Cade), o fim asoperações será gradual paraque nãohaja prejuízo dos passageiros que já adquiriram bilhetes aéreos das duas companhias e também para dar tempo suficientepara queasempresas solucionem questões operacionais. A expectativa do conselheiro-relator do code- share no Cade, Luiz Prazo, no entanto, é de que, no máximo em seis meses, o compartilhamento esteja totalmente encerrado. Cronograma - A decisão foiformalizada num documentoassinadopelodiretor da Varig, Alberto Fajerman, e pelo presidentedaTAM, Marco Bologna, e prevê que no dia 15 de fevereiro as companhias apresentemao conselheiroum cronogramade encerramentodocode-share, que será então submetidoàvotaçãodoplenário doCade dodia 23de fevereiro. "Algumas questões operacionais precisam ser esclarecidas pelas empresas e, por isso, não se pôde definir datas hoje",afir-
Expectativa é de que, no máximo em seis meses, compartilhamento de vôos esteja totalmente encerrado
mouPrado. Os diretores das empresas deixaram o Cade sem comentar o fato. Sem fusão - Oconselheiro explicouqueo fimdocompartilhamento de vôosse justifica porque não há mais aperspectiva deumafusão entre as duascompanhias. O code-sharefoi idealizado no início de2003e desde abril daquele ano está em operação, depois de ter sido assinado um acordoentre as empresas e o Cade. Um parecer da Secretaria de Acompan h a me n t o Ec on ômi co (Seae) doMinistério da Fazenda,concluído emmaio doano passado, recomendou aoconselhoofimdocode-shareeà Secretaria de Direito Econômico (SDE) a realização de uma investigação da operação por haver indícios de cartel (prática acertadaentre asempresas) nafixação dos preços de tarifas. A prática descumpre o acordo. "Não se pode ignorar o parecer, mas o mérito no code-share, no entanto, não foi discutido.Ele vaiacabar porquenãofazmaissentido já que não haverá fusão", disseoconselheiroPrado.A investigação da SDE está emcursodesdejulhodoano passado, masnão temdata para ser concluída. (AE)
Peças com o personagem Tigor T. Tigre respondem, junto com marca Lilica Ripilica, por 50% do faturamento da Marisol.
Funcionária da Vasp passou parte do dia ontem jogando paciência no computador instalado no check in da empresa.
ram deBuenos Airesna quarta e compraram passagens na lojadaVasp para Salvador. Ontem, souberam que não iriam embarcar."Avendedoranão avisou quepoderia havergreve",disseram. Apósmuito insistirem, uma funcionária daVaspverificou que odinheiroaindaestavanocaixa da loja e devolveu o valor. O movimento era tão pouco que alguns funcionários jogavam paciência nos computadores. Apresidente doSindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, esperamarcar uma reunião com autoridades e credoresdaVaspatéasemana que vem. (AE)
Varig poderá ser estatizada, diz José de Alencar
A saída para o saneamentodaVarigdeverá passar pela estatatização temporáriada companhia,admitiu ontem o vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar.A linhageral de um plano de reestruturação da Varig, explicou, deve envolvera transformaçãode suas dívidas emparticipaçãoacionária, comum aumentodoseu capital. Segundo Alencar, como há órgãos governamentaisentre os credores da Varig, há a hipótesede ocontrole daempresa tornar-seestatal, mas isso seria temporário.
"A estatização imediata pode ser uma conseqüência da transformaçãode créditos em capital, porém, sem nenhuma intenção de estatizá-la porque simultaneamente essas açõesseriam vendidasem leilãopúblico", afirmou Alencar, depoisdeumareuniãodequase trêshoras comos diretores da Fundação Ruben Berta - controladora de 87% do capitalvotante daVarig- e representantes da consultoria Trevisan edo Unibanco, contratados pela empresa aérea para elaborar seu plano de reestruturação.
De acordo como esboço apresentado, serão necessários entre quatro e seis mesesparaque todosos detalhes operacionaise jurídicos estejam concluídos. (AE)
Empresa vai reforçar sobretudo vendas de artigos para as crianças e os adolescentes.
Écadavezmaior o peso da confecção infantilpara aMarisol,uma das maiores indústrias brasileiras do setor têxtil. A empresa,que temmaisde 50%de seu faturamento atrelado às vendas de moda para crianças,investenasmarcasenos meios de comunicação para os clientesmirins. Ameta é elevarasvendas eofaturamento globalem20%atéo final de2005.Com 78franquias exclusivas da moda
infantil Lilica e Tigor, os planos incluem a ampliação do número de lojas para 115. Pakalolo - O relançamentodamarca Pakaloloeste anoéoutra novidadeda empresa, quejá desenvolve roupagem nova para o logo e uma linha de produtos esportivos para o público adolescente. As peças serão comercializadas em lojas multimarcas e, por enquanto, não há planos para criação de pontos da marca que foi sucesso nos anos 80.
Revista - Entreas principais ações empreendidas em 2004, a empresa fez o lançamento darevistaRiplika, com tirageminicial de90mil exemplares por mês, para servendida nos pontos-de-venda dasmarcas LilicaRipilica eTigor T. Tigree, comexclusividade, nasredesdelivrariasLaSelva, Saraiva e Siciliano. A publicação,vendida a R$ 6,90, traz matérias de moda, comportamento e jogos para crianças entre oito e dez anos. “O lançamento é resultado de uma demanda dos consumidores, carentes do contato com os personagensdas marcas”,dizJosé Henrique, gerente de marketing do grupo. Compras - Uma segunda razão para odesenvolvimento da publicaçãoé o intuito de levar os pais às lojas de moda infantil com maior freqüência. “Normalmente, uma família com criançasfaz comprasderoupas paraospequenosacadatrês mesese,comoaedição da revista émensal, queremos aumentar o número de visitas às lojas”, afirma.
Outramedidaquevisaestreitarorelacionamentodas marcascomopúblicoéodesenvolvimento da Triplikland, nome da área que será inaugurada no complexo temático Beto Carreiro (SC) e terá brinquedos inspiradosnospersonagens.AMarisol atua nossegmentos de vestuário,calçadose acessóriosinfantis eadultos, com capacidadedeproduçãode 25 milhões de peças de vestuário/ano. Juliana de Moraes, de Gramado Ajornalista viajouaconvite da organização da Fenin
Botafogo e Vasco igualam-se em 1 a 1, Flu empata com Olaria por 2 a 2 e Fla perde para Cabofriense por 2 a 1.
ESTRANGEIROS NO BRASIL
UH/Arquivo do Estado de São Paulo
A badalada estréia do argentino Carlos Tevez no Corinthians, sábado,no Morumbi,reacendeuuma antiga tradição brasileira: importar ídolos. O maior deles talvez tenha sido o uruguaio Pedro Rocha, que em 1970 trocou o Peñarol pelo São Paulo e foi campeão paulista em1970 (depoisde 12anos de espera) e em1971. Acima, Rocha aparececomacamisadoUruguai, entregandouma placaaolateraldireito Djalma Santos, que se despedia daSeleçãoBrasileira. Ojogo,disputadono Pacaembuem9 de junho de 1968,valia pela Copa Rio Branco e terminou com a vitória do Brasil por 2 a 0. 0
TIMES COM
Entre os maiores clubes brasileiros, oCorinthians éumdosque contaramcom menos estrangeiros:apenas16emmaisde94anos. OSantostevedefensoresfamosos como os argentinosCejas (goleiro)eRamosDelgado(zagueiro).O São Paulo contoucom ídolosargentinos, como ogoleiro Poy (anos 50/60), e uruguaios, como o zagueiroDarío Pereyra(anos 70/80).Os grandes estrangeiros doPalmeirasfazem partedopassado, como Artime (atacante argentino, 1968/69) e Arce (lateral paraguaio, 1998 a 2002). 0
ABUSOS GERARAM AS LIMITAÇÕES
Emtemposde valorizaçãoda moedabrasileira emrelação às dos países vizinhos, as importaçõesdejogadores chegaram a atingirnúmeros inimagináveis. Nadécadade40,oAméricadoRio chegoua ternove argentinosem seu elenco. Parafrear esses abusos, oConselho Nacionalde Desportos (CND) limitou o número de estrangeiros a dois. Em 1972, esse número foireduzidoparaumjogador nascido em outro país. Atualmente, no Brasil, podem atuar atétrêsestrangeirosentre onze jogadores em campo. 0
Nosábado,dia29dejaneiro,o atacante vascaíno Romário completou39anos.Nodomingo, deuo passe para ogol do empate do Vasco contra o Botafogo.Éojogadormaisvelho dos grandes clubes do país.
Eamanhã,dia31,fazdezanosque o Baixinho ganhou um presentão de aniversário: a eleição pela Fifa como omelhor jogadordo mundoem 1994,superando oitaliano Roberto Baggioe obúlgaro Stoichkov, ex-companheiro de Barça. Santos ePortuguesa Santista fizeram ontemo 105º jogo da história do clássico da cidade.OSantos temampla vantagem: 68 vitórias a 14.
Nosábado, Ponte e Guaraniempataram por 2 a 2 no Derby campineironúmero 180. O Guarani ganhou63eaPonte58.Aconteceram 59 empates.
APágina 2 Corinthians
Craque argentino cria jogada do pênalti que Coelho aproveitou para fazer 1 a 0 no América.
Página 2
rodada do final de semana do C am p eo n at o Paulistafoi ótima para o São Paulo. Em São Caetano, oPalmeiras sofreu um golde pênalti, perdeuoutro edeixoutrês pontos preciosos. NaVila Belmiro,oSantosnão foi além de um empate por 1 a 1 no clássico da cidade,contra a Portuguesa Santista. Enquanto isso, no Morumbi, o Tricolor fazia sua parte ao derrotar o União São João de Araras por 2 a 1. Moral da história: agora, no Paulistão, só o Tricolor tem 12pontos,ou100%dospontos disputados nessas quatro primeiras rodadas. Cicinho,de cabeça,abriu oplacarparao São Paulo, aos 17 minutosdo primeiro tempo, aproveitando um cruzamentode Vélber.Ainda na primeira etapa, aos 42 minutos,com umbelochute cruzado defora da área, DiegoTardelli amplioupara 2a 0.“A bolapegou uma direção e foiem linhareta até o ângulo. Foi um lindo gol”, explicou depois o jogador, queagoradividea artilharia do campeonato com Finazzi, do América, com cinco gols marcados cada um. “Isso é o resultado dos treinamentos.Estamos treinando muitoschutesa gol e esse deu certo.”
Alves/Futura Press
assume a liderança isolada do Paulista
No segundo tempo, porém, o jogo, que chegou a se insinuar como umapossível goleada, ficou mais difícil.OSãoPaulolevoupouco perigo ao gol do adversário, mesmocomaestréiadeLuizão,que aos25 minutosdo
Sílvio Luís defende até pênalti e garante 1 a 0 do São Caetano sobre Palmeiras
OPalmeiras dominouo SãoCaetano,principalmente no segundo tempo, mas parouna excelenteatuação de Silvio Luís e perdeu por 1 a 0, ontem,no Estádio Anacleto Campanella. O goleiro defendeu até um pênalti cobradoporWarley,aos20minutosdo segundotempo,e ajudou a quebrara invencibilidade do adversário, que vinhade trêsvitórias no Campeonato Paulista. O time do ABCfez 1a 0
aos 41 minutosdo primeiro tempo: Anaílson sofreu pênalti cometido por Corrêa, cobrou e marcou. No intervalo, EstevamSoaressubstituiu Claudecir e Marcel por Cristian e Ricardinho e o Palmeiraspassou aatacar mais. Em vão.
Agora a trêspontos do líderSão PaulonoPaulistão, oPalmeiras passaapensar no Tacuary,adversário de quarta-feira, no Paraguai, pela Libertadores.
segundo tempo entrou no lugar de Grafite. “Foram duas semanas de treinos, fisioterapia emdoisperíodos. Volteimagrinho”,festejava oatacante, felizpor ter retornado aos gramados depoisde quaseseismeses
recuperando-se de umacirurgia no joelho.
OUniãochegouadescontar para 2 a 1 aos 39 minutos, com um gol depênalti, cometido por Rodrigo em Júlio César e cobrado por Borges. Mas àquela altura a tor-
Alegria de Robinho, Elano e Ricardinho não resiste à Portuguesa Santista: 1 a 1
cida estavamais interessada mesmo em comemorar o gol doex-são-paulino Rico, na VilaBelmiro, que deuà Portuguesa Santistaoempate contra oSantose garantiu aoTricolor aliderança isolada do Paulistão.
Empate na Vila marca a despedida de Elano, que vai para a Ucrânia
Elano fez ontem o último jogo com a camisa do Santos. Negociado por US$ 10 milhões, viaja hoje para a Ucrânia, onde se apresentará ao seu novo clube, o Shakhtar Donetsk. Embora não tenha confirmado oficialmente a transferência do meiaatacante, o Santos admitiu, por meio de sua assessoria de imprensa, que o clube recebeu a proposta e que "tudo deve ser acertado nesta segunda-feira".
A vitória anunciada do Santossobre a Portuguesa Santista parecia umacertezaquando,aos3minutosdo segundo tempo, Robinho fez 1 a 0, mas, pouco mais de meiahora depois, aos35, a realidade mudou na Vila Belmiro: Ricoempatou etirou o Santos da liderança do Paulistão. Como bem avisara o veteranogoleiro Ronaldoantes dea bolarolar,o jogoseria de "11 contra 11". A Portuguesa Santistadeu razãoao seu goleiro, superando com disposição a técnica do Santos no primeiro tempo, que se encerrou sem gols.
O Santos melhorou no segundo tempo,masacabou cedendo o empate numa falha do goleiroMauro,que saiu mal num escanteio e deixou abola paraRico marcar o gol. Em vão, os santistas reclamaram de uma falta doatacanteem seu goleiro.
Carnaval antecipa próxima rodada
Devido ao Carnaval, os jogos da próxima rodada do Campeonato Paulista serão antecipados. Três deles acontecerão na sextafeira e sete no sábado. Além disso, nenhuma dessas dez partidas será disputada na capital.
Dos US$ 10 milhões que o Shakhtar vai pagar, US$ 7 milhões ficarão com o Santos e os outros US$ 3 milhões com Elano, que ainda vai receber, parceladamente, US$ 6 milhões por um contrato de cinco anos.
O Santos vai usar parte dos US$ 7 milhões que vai receberá do Shakthtar para voltar a se reforçar. A prioridade será a contratação de um lateraldireito e o nome preferido é conhecido do torcedor santista: Paulo César, titular do time campeão brasileiro de 2004.
O que impediu Paulo César de permanecer na Vila Belmiro foi a exigência do Paris Saint-Germain para prorrogar o empréstimo por mais um ano: o pagamento pelo Santos do direito de imagem, que representa 60% do que o lateral ganha. Agora, isso não será mais problema.
Argentino dá passe para o pênalti que originou o gol da vitória corintiana
Quase50milcorintianos (48 003 pagantes) estiveram sábadono Morumbi para ver asestréiasdo argentino Tevez e do repatriado Carlos Alberto, ex-Porto, de Portugal,diantedo Américade São Josédo RioPreto. Enão se arrependeram: aos 23 minutos do primeiro tempo, Tevez lançou Carlos Alberto,que sofreupênalticometidopelo goleiroamericano André Zandoná. Olateral
Coelho bateuefezogolda vitória corintiana por 1 a 0. Pode parecer pouco para uma equipe que vem sendo festejada comoum supertime. Masfoi osuficiente, principalmente considerando-seque amaioriados principais jogadores atuou junta pela primeira vez e que omaisimportante era vencer para não se distanciar demais dos líderes. "Eu ainda estoumelhorando fisicamente”, justificou Tevez depoisdaparti-
da, ainda emocionado com o carinho da torcida. “Foi lindo! Gostei muito. Ela tem muitassemelhanças comigo.” Otécnico Titetambém gostou da apresentação do
novo ídolo: “Ele até me surpreendeu, ficando os 90 minutos emcampo. Entrou mais nojogono segundo tempo,mostroudisposição. Tem muito a evoluir."
Celso Avila/Futura Press
Vasco e Botafogo empataram em 1 a 1, ontem à noite, no clássico da rodada do Campeonato Carioca no Maracanã, com dois gols de jogadores com o mesmo nome. Aos16 minutosdo primeiro tempo,Alex Alves fez Botafogo 1 a 0. Aos 22 do segundo, foi a vez de seu xará, Alex Dias, igualar para o Vasco. Comeste empate, a rodada da Taça Guanabara (primeiro turno do Carioca) terminou semnenhuma vitóriadasequipesconsideradas grandes e com Volta Redonda e Americano na liderança dos dois grupos. No sábado,o Flamengo foi derrotado pela Cabofriense,em CaboFrio, por2 a 1. No domingo, o Fluminense não foi além de um empatecom o Olaria,na Rua Bariri, por 2 a 2. Willian fez Olaria 1 a 0 aos 18 do primeiro tempo. O estreante Tuta empatou para o Flu aos 29 da primeira etapa. No segundo tempo,aos18, Amauri fez Olaria 2 a 1, mas aos41 oFluminensevoltou Os dois xarás marcaram no empate entre Vasco e Botafogo, na rodada em que nenhum grande venceu
Quase 50 mil corintianos foram sábado ao Morumbi paraver onovoCorinthians,de TevezeCarlosAlberto, esonhar com alegrias que o magro 1 a 0 sobre o América adiou para as próximas rodadas do Paulistão. Se é que o Paulistão reserva mesmo alegrias aos corintianos.
Mesmo que Tite ainda chore a perda de Fabinho e Fábio Baiano, é claro que o time de 2005 - com Sebastian Dominguez, Marinho, Marcelo Mattos, Carlos Alberto e Tevez - é tecnicamente superior ao de 2004. A questão é outra: será finalmente um Corinthians vencedor?
O tempo vai responder, mas não é fácil a tarefa de Tite. O Parque São Jorge reúne estrelas de primeira e média grandezas em quantidade suficiente para ter um time de futebol, masconseguiráa alquimiaquetransformaumbando de craques e bons jogadores numa equipe de verdade?
Tite tem muitos problemas pela frente. O Campeonato Paulista começou antes mesmo que Tevez e Carlos Alberto, principaisreforçoscorintianos,tivessemcondiçõesfísicase burocráticas para entrar em campo.E ainda vão rolar algumas rodadas antes que os dois entrem em forma.
Se tudo der certo rapidamente no plano técnico e tático, o que não é o mais provável, Tite e a comissão técnica ainda terão de lidar com os problemas naturais de adaptação dos argentinos Sebastian Dominguez e Tevez do carioca Carlos Alberto à cultura do futebol paulista.
Outro problema será a integração de novos e antigos corintianos.Os novosmandatários doParque forampouco hábeis ao tirar acamisa 10 de Gil, prata dacasa, para entregá-la ao recém-chegado Tevez. Terão sensibilidade para administrar diferenças e ciúmes nos próximos tempos?
OPaulistão estáindoparaa quintadesuas19 rodadase sobra pouco tempo para que o Corinthians - 11º colocado, aseispontosdolíderSãoPaulo-mostreanovacara.Onovo Corinthians, com que sonha a torcida, talvez fique para o Campeonato Brasileiro. Talvez.
CULPA DOS JOGADORES
Justificativa de Estevam
Soares apósperder por 1a 0 parao SãoCaetano deZetti: "Individualmente, algunsde nossos jogadores não renderamoqueeuesperava." Ou seja: vaimudar oPalmeiras no primeiro jogocontrao Tacuarypela últimavagano Grupo 4da Libertadores, nesta quarta, em Assunção. Ao anunciar nasemana passada o time que veio a perder ontemparao SãoCaetano,o técnico havia dito: "Este éo Palmeiras ideal." Não era.
FALTAM DOIS
Elanoestásedespedindoda Vila Belmiro e vai ganhar alguns milhões dedólaresna Ucrânia,deixandoemSantos apenas dois remanescentes daquelejovemtimaço que ganhou otítulo brasileirode 2002: Leo e Robinho.
PRIMEIRO PREJUÍZO
Enquanto Elanoesteve em campo, ontem, o Santos vencia aPortuguesa Santistapor 1a 0.No queelesaiu, aos35 minutosdo segundotempo, a Santista empatou.
EM CASA
Diego Tardelli fez um golaço nos 2 a 1 sobre o União São João e, com cinco gols, divide a artilhariado Paulistãocom Finazzi. E o São Paulo procurava um goleador...
VINGANÇA
O técnico Paulo César Gusmão, que tevepassagem meteóricapela Gáveaem2004, deu o troco no sábado: sua Cabofriense venceu o Fla por 2a1ebrigacomoAmericano pela liderança do Grupo B da Taça Guanabara.O Flamengo é o lanterna!
BERÇO REAL
O Bauru Atlético Clube, o BACque foio berçofutebolístico do Rei Pelé, corre sério riscodeacabar ou,nomínimo, perder sua sede histórica - conta o repórter Jair Aceituno no Estadão de domingo. Socoooorrro!
GOL DE LETRA "Foi lindo. Gostei." - Tevez, encantado com a recepção da torcida do Corinthians no 1 a 0 sobre o América, sábado, no Morumbi
aempatar comgol deoutro estreante, o lateral Gabriel.
OUTROS RESULTADOS: América 0 x 2Volta Redonda; Madureira 1x 0
Atlético começa com derrota
A rodada do final desemana do Campeonato Mineiro foi a segunda, mas marcouasestréiasdeAtléticoe Cruzeiro.No sábado,o Cruzeiro levou a melhor, ao derrotar o Democrata de Sete Lagoas, no Mineirão, por 2 a 0. Osgols foram dos estreantes Athirson, lateralesquerdo,aos30,eRuy,lateral-direito,aos34 minutos do primeiro tempo. Domingo,tambémnoMineirão, o Atlético começou o campeonato perdendo para o Valeriodoce, de Itabira,por3a2. RodrigoFabri fez 1 a 0 para o Atlético, mas Haender empatou para o Valério. Ainda no primeiro
tempo, o lateral Rubens Cardoso desviou de cabeça, abola bateuno zagueiro Paulistaeenganouogoleiro
Denílson: Atlético 2 a 1. Nosegundotempo, aos 18 minutos, Robertempatou.Aos 34,de pênalti,Gedeon marcouo golda vitória do Valério por 3 a 2.
OUTROS RESULTADOS: Villa Nova 1x0América;Ipatinga3x1URT;Mamoré0 x1Ituiutaba;Guarani1 x1 Caldense
CLASSIFICAÇÃO: 1. Ipatinga,Valeriodoce eVilla Nova, 6 pontos;4. Ituiutaba,4;5.Cruzeiro,3;6.Guarani, 2;7.Caldense,1;8.Atlético,Mamoré, URT, América e Democrata, 0
Americano; Friburguense 2x 0 Portuguesa
CLASSIFICAÇÃO: Grupo A - 1. Volta Redonda,7pontos;2.Vasco,5;3.Bo-
Coritiba e Paraná perdem seus jogos
Osdois times dacapital que jogaramontem, pelo Paranaense, foramderrotados. No Pinheirão, o Paraná perdeu para o Cianorte por 1 a 0, mesmo resultado da derrota do Coritiba para o Roma, em Apucarana.
OUTROS RESULTADOS: UniãoBandeirante 1 x 1 Rio Branco; Engenheiro Beltrão 1 x 4 Adap; Império 2 x 2 Londrina; Atlético 2 x 0 Iraty; Nacional0x1Paranavaí;FranciscoBeltrão 1 x 0 Malutrom
CLASSIFICAÇÃO: GrupoA-1.Adap, 9 pontos; Grupo B - 1. Atlético e Londrina, 10 pontos
tafogo,4; 4. Friburguense, 3; 5. AméricaePortuguesa, 1;GrupoB -1. Americano e Cabofriense, 6 pontos; 3. Olaria e Fluminense,4; 5. Madureira e Flamengo, 3
Inter e Grêmio só empatam na estréia
O Campeonato Gaúcho começou sábadocomempate (1 a 1) entre São José de PortoAlegreePassoFundo. Ontem, o Grêmio estreou empatando em casacom o Caxias(0a0) eoInter,fora, com o Farroupilha (1 a 1).
OUTROS RESULTADOS: Glória 4 x 1 Novo Hamburgo;Veranópolis 1x 1 Santa Cruz; São Gabriel2 x 1 Guarani-VA;SãoJosé-CS1x1Brasil;Juventude 2 x 0 Esportivo
CLASSIFICAÇÃO: Chave1 - 1. Glória,3pontos.Chave2-1.SãoGabriel, 3 pontos. Chave 3 - 1. Juventude, 3 pontos.
ComeçanaquartaaCopa do Brasil, disputada por 64 times. O destaque é o Corinthians, que viaja hoje para São Luís, onde enfrenta o SampaioCorrêa. O zagueiro argentino Sebástian Dominguez ainda não estréia.O atacanteGil,contundido,cedelugar aJô.Outrosjogos: CFZ-DF xCoritiba, Palmas-TOxNáutico,Es-
Carlos Alberto, Coelho e Tevez enfrentam o Sampaio Corrêa em São Luís
portivo-RS xLondrina, Cuiabá x Vila Nova-GO, Serra-ES x Brasiliense, Ypiranga-AP x SãoRaimundo-AM, 4 de JulhoPI x Ceará, Cianorte-PR x Cene-MS, Grêmio Coariense-AM x Remo, SERC-MS x Internacional, Sergipe xCruzeiro, RioBranco-AC xMotoMA eBaraúnas-RN x América-MG.
pelo Bologna, e está oito pontos atrás da Juventus
O Milan voltou a tropeçar ontem,eviu aliderançado Campeonato Italiano ficar cadavezmais longe:coma derrotapor 1a0para oBologna, o time de Dida, Cafu, Kaká eSerginhoparouem 42 pontos, e está agora a oito dalíder Juventus.Háduas rodadas, essa distânciaera de apenas dois pontos.
A Juventus não teve problemasparabateralanterna Atalantapor2a1,foradecasa, gols do uruguaio Oliverae deDelPiero– otimede Bérgamo descontou, já nos acréscimos, comum gol contra do francês Thuram.
O Milan,mesmo jogando em casa, não teve forças para superar oBologna,que ocupa posição intermediária na tabela.Locatelli marcou o único gol, ainda no primeiro tempo. O time milanêsainda perdeu o atacante ucraniano Shevchenko, contundido.
ArodadafoiboaparaaInter de Milão. Sem Adriano, contundido, otimevenceu
Bayern assume liderança isolada graças a empate
Oempate semgols como Hertha Berlim, fora de casa, foisuficiente paraoBayern deMunique assumiraliderança isoladadoAlemão, beneficiadopela derrotado Schalke04para oKaiserslautern, 2 a 0, também fora.
OUTROS RESULTADOS: Bayer Leverkusen 4 x 0 Bochum; Arminia Bielefeld 0 x 1 Hannover; Hamburgo 2 x 1Mainz; BorussiaDortmund1x1 BorussiaMoenchengladbach;Stuttgart 2 x 4 Nuremberg; Freiburg 1 x 0 Wolfsburg; Werder Bremen 3 x 2 Hansa Rostock.
CLASSIFICAÇÃO: 1. Bayernde Munique,38;2.Schalke,37;3.Stuttgart, 34; 4. Bayer Leverkusen,32; 5. Werder Bremene Hannover,31; 7.Hertha Berlim e Wolfsburg,30; 9. Hamburgo, 28; 10. Kaiserslautern, 27; 11. Nuremberge ArminiaBielefeld,24; 13.BorussiaDortmund eMainz,22; 15. Borussia Moenchengladbach, 21; 16.Bochum eFreiburg,15; 18. Hansa Rostock, 12.
oPalermopor2a0,doisgols de Vieri, manteve a invencibilidadenoItaliano, echegou ao terceiro lugar, com 35 pontos, um a mais que aa Udinese,que foiderrotada por1 a0peloParma, golde Gilardino.
O brasileiroque brilhou na rodada foi Mancini, autor do gol da vitória da Romapor3a 2sobreoMessina,de virada.A Romaestá em quinto lugar, com 33 pontos,esegue nalutapor uma vaga na próxima Liga dos Campeões.
OUTROS RESULTADOS: Chievo 1 x0 Livorno; Cagliari1 x0 Fiorentina;Reggina2x1 Lazio;Brescia0x1 Lecce; Sampdoria 1 x 1 Siena.
CLASSIFICAÇÃO: 1. Juventus, 50; 2. Milan, 42; 3.Internazionale, 35; 4. Udinese,34;5.Roma,33;6.Sampdoria,32;7. Reggina, 30;8. Palermo e Cagliari, 29; 10. Lecce, 28; 11. Bologna e Messina, 27; 13. Livorno, 26; 14. Chievo,25;15.LazioeFiorentina,23; 17. Parma, 22; 18. Siena e Brescia, 19; 20. Atalanta, 11.
OReal Madrid precisou de sua dupla de ingleses paravencer o Numancia por 2 a 1, fora de casa, e se manter asete pontos do Barcelona no Campeonato Espanhol. O time jogou sem Ronaldo, que viajou aoBrasile deve voltar hojeàEspanha.Ele alegou problemasde saúde na família, enão deumais explicações à imprensa. Beckhamabriuo placar no segundo tempo, quando o Numanciajá haviaperdidoum pênalti.Owen deuo passeparaogol deMichel Salgado. López descontou para o Numancia.
O Barcelonahaviadeixadoo Realcomaobrigação de vencer após golear o Sevillapor4a 0,foradecasa. Ronaldinhofezumgol,eJúlio Baptista, contra, outro –Eto'o e Giuly completaram. O Valencia ficou mais lon-
Felix Ordonez/Reuters
Mesmo sem jogar, Lyon mantém vantagem tranqüila
O Lyon caminha a passos largosparao tetracampeonato francês – atémesmo quando não entraem campo. O jogo contra o Bastia foi adiado por causa do mau tempo, assim como o duelo Saint-Étienne xAjaccio. Mesmoassim,o timesóviu sua vantagemcair umponto, jáque o Lille, vice-líder, não passou de um empate por 0 a 0 com o Caen.
OUTROS RESULTADOS:Toulouse 1 x 3 Olympique de Marselha; Rennes 2x 0Bordeaux;Lens2x 1Strasbourg; Sochaux 0 x 0 Nice; Metz 3 x 0 Auxerre; Istres 0 x 1 Nantes; Monaco 2 x 0 PSG.
CLASSIFICAÇÃO: 1. Lyon,48; 2.Lille, 44; 3. Monaco, 42; 4. Auxerre e Olympique,41;6.Toulouse,35;7.Sochaux,34;8.Rennes,32;9.Bordeaux, 31;10. Saint-Étienne e PSG, 30;12. NanteseMetz,29;14.LenseNice,28; 16.Ajaccio,22;17.Strasbourg,Bastia e Caen, 21; 20. Istres, 17.
Braga vence Porto, fora de casa, e assume a liderança provisória
O Braga venceu o Porto por 3a 1, empleno Estádio do Dragão, e assumiu provisoriamente a liderança do Campeonato Português. O brasileiro Diego fezo único goldo Porto.Hoje,oSporting recebe o Vitória de Setúbal,no encerramento da 24ªrodada, eprecisa da vitória para retomar o primeiro lugar.
OUTROS RESULTADOS: Acadêmica 0 x 2 Vitória de Guimarães; Moreirense1x2Benfica;Estoril1x1União Leiria; Belenenses 2 x 1 Rio Ave; Penafiel 0 x 1 Marítimo; Beira Mar 0 x 3 Nacional; Boavista 2 x 2 Gil Vicente.
CLASSIFICAÇÃO: 1.Braga,36; 2. Sporting, Porto, Benfica e Boavista, 34;6. Marítimo,30;7.Rio Ave,28;8. Vitóriade Setúbal,27;9. Vitória de Guimarães, 26; 10. Belenenses, 25; 11.UniãoLeiriaeNacional,24;13.Gil Vicente e Penafiel, 20; 15. Estoril, 19; 16. Moreirense e BeiraMar,17; 18. Acadêmica, 13.
O Palmeiras inicia nesta quarta-feira abusca por seu segundotítulo naCopa Libertadores. O adversário seráo Tacuary,às 21h30, em Assunção. Na quarta-feira seguinte,o Palmeirasrecebe otime paraguaio.O vencedorfica com umavaga no GrupoD da competição, que conta com Santo André, Cerro Porteño, do Paraguai,e DeportivoTáchira, da Venezuela.
O Palmeiras é otime brasileiro com mais participaçõesnaLibertadores–disputao torneiopela12ª vez, graçasao quartolugarobtidonoBrasileirodo ano passado. Na PrimeiraFase, doze times disputam seis matamatas. Os classificados se juntam a 26 equipes classificadas previamente para aSegundaFase.Nestaedição, para diminuir as decisões por pênaltis, os gols
forade casavalerãocomo critério de desempate. Amanhã, dois jogos abrem a Libertadores: Quilmesx ColoColo,em Buenos Aires,e Minerosx América de Cali, em Puerto Ordaz(Venezuela).Na quarta-feira jogam Chivas eCienciano, emGuadalajara. Naquinta, maisdois jogos: Junior x Oriente Petrolero,em Barranquilla (Colômbia), e LDUx Peñarol, em Quito.
ge dos líderes ao empatar com oAthleticBilbao, em casa, por 2 a 2.
OUTROS RESULTADOS:Atlético de Madrid3x1Albacete;Espanyol2x2 Betis; Racing Santander 2 x 2 Levante;Real Sociedad0x4 Villarreal;Zaragoza1x0 Málaga;Mallorca3x1 Getafe; Osasuna 1 x 1 La Coruña.
CLASSIFICAÇÃO: 1. Barcelona, 51; 2. RealMadrid, 44; 3. Valencia,37; 4. Espanyol e Sevilla, 35; 6. Villarreal e Betis, 34; 8. Athletic Bilbao, 30; 9. AtléticodeMadrideOsasuna,29;11. La Coruña e Zaragoza, 28; 13. Levante, 25; 14. Getafe,23; 15. Real Sociedad, 22; 16. Racing Santander e Málaga,21;18. Albacete,20;19Mallorca, 17; 20 Numancia, 14.
Inglês abre caminho para vitória do Real, que segue a sete pontos do Barcelona
O Chelsea,líder doCampeonato Inglês, se classificou sem problemaspara as oitavas-de-final da Copa da Inglaterra, aovencer oBirmingham por 2 a 0, gols de Huth e Terry.
OArsenaltambémnãoteve dificuldades para seguir na competição: fez2 a 0 no Wolverhampton. Omesmo valeupara o Manchester United, que marcou 3 a 0 sobre o Middlesbrough.
Huth marcou para o Chelsea na vitória sobre o Birmingham
OUTROS RESULTADOS: Southampton2x 1Portsmouth;Blackburn3x0Colchester;Brentford0x0 Hartlepool; Burnley 2x 0Bournemouth; Charlton 3 x2 Yeovil; Derby County 1 x 1 Fulham; Everton 3 x 0 Sunderlan;Newcastle3 x1Coventry;Nottingham Forest1 x0 Peterborough;Reading1 x2Leicester; WestBromwich 1x1Tottenham; West Ham1 x1SheffieldUnited; Oldham 0 x 1 Bolton.
O agronegócio é responsável por 33% do PIB brasileiro, 42% das exportações e 37% dos empregos
OBrasil está se tornando amaior potência em agronegócios doplaneta. Osnúmerosdo Ministérioda Agricultura comprovam: em 1993, as exportaçõesdo setoreramde US$ 15,94 bilhões, com um superávit de US$ 11,7 bilhões. Em 11 anos, o País dobrou o faturamento com as vendas externas de produtos agropecuários.
Em2004,a balançacomercial do setor registrou um superávitde US$ 34,13 bilhões, 32,1%superiorao ano anterior. Esses resultados levaram a Conferência das Nações Unidas para o Comércioe Desenvolvimento (Unctad)aprever queoPaís seráomaiorprodutor mundial de alimentos na próxima década. Para aeconomiainterna, o agronegócio também é de extrema importância. SegundooMinistériodaAgricultura, o setor é responsávelpor33% doProdutoInternoBruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros. Noentanto,o anode2005 não deve repetir os números espetacularesdo anopassado. Segundo consultores especializados,haverá crescimento para alguns setores, comocarnes,açúcar,álcoole café. Porém, produtos como a sojae algodãodeverão sentir mais osefeitos do aumento de custo na produção e queda de preços no mercado internacional.
Pólo mundial – Atualmente, o Brasil é o primeiro produtore umdosmaiores exportadores de café, açúcar, álcool, soja,carne bovina,carne defrango,tabaco, couro e calçados de couro. As projeções indicam que o País tambémserá, empoucotempo, oprincipalpólo mundial de produção de algodão e biocombustíveis, feitos a partir de cana-deaçúcar e óleos vegetais.
A boa perspectiva para os derivados de cana-de-açúcar tem uma explicação.
"Um dos motivos é que o Japãoeoutrospaíses decidiram colocar 3% de álcool em suas misturas para gasolina eisso deveelevar ospreços do produto nomercado internacional", explica o analistaeconômicoedeagronegóciosdaconsultoria GRC Visão, Dernizo Caron. Segundo ele, o Brasil tem o maior potencial de produção deálcoolnomundo. "Calculo que mais de 1,5 milhão de litros serão exportados neste ano", diz. Atualmente, a exportação brasileiradeálcoolébaixa.Parao Japão,nãopassa de100milhões de litros ao ano. Carnes e aves – O setor de carnes também deverá crescerem2005. Nosúltimos dois anos, o Brasil tornou-se o maior produtor mundial de carnes e,com preços competitivos, deveráconquistar novos mercados como Japão, Estados Unidos e Coréiado Sul. Alémdisso, existemboas perspectivas paraa vendade carne industrializada e peças com cortes especiais.
"Por não termos problemas sanitários, nos tornamosumapotêncianosetor", afirma Caron. Em 2004, o complexo carne (bovina, suína efrango) exportou US$ 6,1 bilhões. "Se a Rússia voltar atrás doembargo de carne bovina, a balança de 2005 baterá recorde", diz.
Problemas – A soja poderáser omaior problemaparaos produtoresnesteano. Com opreço dosinsumos em alta (cerca de 25% maiores),e aqueda nosvalores das commodities internacionais, o País provavelmente não conseguiráescoar toda a produção (maisde 62 milhões de toneladas).
"Quando o produtor comprou os insumos, o dólar estava alto. Agora, ocâmbio
caiu. Além disso, os Estados Unidos, que são grandes compradores da soja brasileira, também tiveram safra recorde,oquevaiprejudicar nossas exportações",afirma Evaristo MachadoNeto, vice-presidentedaAssociação Brasileira de Agrobusiness. Café,leiteederivados,sucosnaturais ecourotambém têmboasperspectivas de negócios para 2005. Fernanda Pressinott
O crescimento do Brasil nocomércio exteriorincomoda a muitos países, até os mais desenvolvidos.Por esse motivo, Estados Unidos e potências européias chegaram asolicitarà Organização Mundial do Comércio (OMC) paraque paísesem desenvolvimento mais avançado, como o Brasil, deixemde teresse status nas negociações comerciaisinternacionais, principalmente nas de agropecuária.
O SistemaGeral dePreferências (SGP), ligado a esse status, exige que países ricos ofereçamtarifasmenoresao negociarem com os mais carentes. A solicitação, entretanto, não deverá afetar o Brasil no curto prazo.
Na opinião do consultor OslerDesouzart, daOD Consulting, essas pressões na esfera internacional são tão comuns quantoqualquer outra pressão exercida porcomerciantes paradiminuir ospreços. "Éum jogo para lucrar maise é feito por todos os lados", diz.
Histórico – Brigas nas negociações agrícolassãoan-
Oministro de relações exteriores, Celso Amorim,está organizando uma missão empresarialàArábiaSaudita e Kuaite, entre os dias 21 e 24 de fevereiro próximos. O programa na Arábia Saudita consiste em: Dia21defevereiro– Seminário "Brasil - Arábia Saudita: oportunidades de comércio e investimentos", na Câmara deComércio e Indústria de Riade. À tarde, os participantesirão parao seminário "Business Networking - encontros setoriais e de negócios".
Dia 22 defevereiro : livre para visitasa empresas,fábricas,distribuidores eencontros específicos.
No Kuaite:
Dia 23 defevereiro: Seminário "Brasil - Kuaite: oportunidades decomércio einvestimentos",naCâmarade Comércio eIndústriado Kuaite.Pela tarde, "Business Networking",encontrossetoriais epainelsobre oportunidades denegócios na reconstrução do Iraque. Dia24 de fevereiro: livre para visitasa empresas,fábricas,distribuidores eencontros específicos.
dutosproibidos, tais como bebidas alcóolicas e carne de porco.
JáoKuaite éumpaíscuja importância política e econômica excede muito sua extensão territorial e populaçãode 2,6milhões de habitantes. Sua importância politico-estratégica deriva de sua posição geográfica , cercadode potênciasregionais comoa própriaArábia Saudita, Iraque e Irã. Seu mercado interno é extraordinariamente pujante, não apenaspelo elevadíssimopoder aquisitivodesua população,mas também pelofato deimportarpraticamente tudo o que consome.Com umPIBdeUS$ 42,3bilhõesem2003, sua renda "per capita" nominal
tigasdentrodaOMC esão usadas comomoeda detroca em outras discussões, em especial nas de tarifas industriais e serviços.
Em 2001,foi criadaa AgendadeDoha,a qual previa acertar asnegociações agrícolasentreos paísesda OMC até dezembro de 2004. Noentanto, os debates emperraram. Ospaíses desenvolvidos afirmamque asnaçõesem desenvolvimento têm pouco interesse nas negociações deDoha,exceto pelo potencial de abrir mercados estrangeiros. E afirmam também quemuitos desses paísessão potênciasemdeterminados setores, como o agropecuário. E, mesmo assim,não querem reduzir suas tarifas nessas áreas.
Dooutrolado, as nações menos desenvolvidas não querem negociar os incentivos a seusagricultores, principalmente de produtossensíveispara assuas economias. Elas afirmam que isso criaria desemprego e geraria ainda mais pobreza. (FP)
São Paulo será sede do segundoFórum de Investimentos e Cooperação Empresarial Hispano-Brasileiro, nosdias 24 e 25de fevereiro. O objetivo do evento é servir como plataforma para que empresas brasileiras eespanholasiniciem processos de joint-ventures e cooperação.
O fórum contará com a presençade 80companhias
espanholas dos setores de agropecuária, calçado, têxtil, embalagens, meio ambiente,mobiliário, tecnologia, turismo e outros. Asempresas brasileiras quequiserem participardo fórum (gratuito)deverão entraremcontato comoescritório econômico e comercial espanhol em São Paulo, pelo email: foruminvestimentos@mcs.es.
Região – A ArábiaSaudita é a maior economia da regiãodoConselhodeCooperaçãodo Golfo(CCG),com um PIBem 2002,da ordem de US$ 189 bilhões. O país é o maior produtor e exportador mundial depetróleo, sendo detentor de um quarto das reservas mundiais de petróleo bruto conhecidas. Comum mercadode21,7 milhõesde habitantes,renda "percapita" deUS$ 8,687,00 o país apresentou no quinquênio 1998/2002, significativo crescimento populacional (3,5%), o que resultouem umamaiordemanda de bens e serviços. Ao longo dosúltimos 25 anos,o rápidoprocesso de crescimento tem coincidido coma consolidaçãodaArábia Sauditacomo um mercadoimportantepara os países exportadores do mundo. O país adota o livre comércio, e não existem, em principio, controles, restrições quantitativas ou barreiras não-tarifáriasao intercâmbioexterno, comexceçãodealgunspoucospro-
Arábia
chega a quase US$ 18,400. Segundo estudosrealizados pelo Itamaraty, foram consideradoscomopromissoresparaas exportações brasileirasparaaquelespaíses,ossetoresdecarnebovina, máquinas e equipamentos, automotivo,aeronáutico,equipamentos detransportes e autopeças, têxteis e confecções, perfumariae cosméticos, equipamentos médico-hospitalares, construçãocivil einfra-estrutura, entre outros. Inscrições – As inscrições para integrar a delegação estão abertas até o dia 11 de fevereiro, pelo site: w w w. b r a z i l t r a d enet.gov.br.
Questionamentos adicionais deverão ser encaminhados à Braziltradenet, pelo email: orientemedio@braziltradenet.gov.br.
BOLÍVIA
PAÍSES QUE DESEJAM EXPORTAR PARA O BRASIL ISRAEL 11- Nozes, amêndoas, avelãs e amendoins processados para a industria 12 -Produtos deradiofrequênciaemicroondas, tais como Simulador de Sinal de Radar (RSS) eReceptorde Alerta de Radar (RWR), produtos de linha avançada para radaresaéreos emarítimos, assim como sistemas e subsistemas
13- Chicletese gomasde mascar, bombons, caramelos e pastilhas 14 - Carvão vegetal 15 - Feijão preto, alhos frescos e amendoim. ESTADOS UNIDOS 16- Tecidosem rolo,retalhos, véus anti-mosquitos, produtostêxteispara olar como, cama e banho, linhas e elásticos
PAÍSES QUE DESEJAM IMPORTAR DO BRASIL ESPANHA 17 -Artigos deáudio evídeo, fotografias, carretéis, pilhas, pequenos eletrodomésticos,calculadoras, relógios, jogos eletrônicos, presentes, confecções e artigos têxteis para o lar
ISRAEL
18 - Redes de dormir e redes de descanso NIGÉRIA
19 - Equipamentoscirúrgicos
ÍNDIA
20 - Álcool etílico 94,5%
COMUNICADO CAT-02, DE 27-1-2005
O coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, do mês de fevereiro de2005, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa.
AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTANº 186 MÊS: FEVEREIRODE 2005 DATASPARARECOLHIMENTODO ICMS EOUTRASOBRIGAÇÕESACESSÓRIAS
Classificação deCódigo de PrazoRegime Periódico Atividade Econômicade Recolhimentode Apuração Recolhimento do ICMS CNAECPRFATO GERADOR 01/200512/2004 DIADIA
15237, 15911 a 15954, 21105 a 21490, 23108 a 23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27138 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28215, 28312 a28991, 29130, 29157, 29246, 29254, 29513 a 29548, 29718 a 29963, 30112 a 30228, 31119 a 31410, 31518, 31810 a 31992, 32107 a 32301, 32905, 33103 a 33502, 33910 a 33944, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211, 35238, 35327 a 35912, 36927 a 36951, 36978 e 36994; 40118 a 40142, 40207 e 40304; 51217 a 51926, 60267 a 60305, 61115 a 61239, 62103 a 62308, 64114 e 64122; 92215, 92223 e 92401.1031301112 a 01708, 02119 a 02135, 05118, 05126, 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290, 16004, 26913, 26921, 45110 a 45608, 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195, 55131 a 55190, 55247, 63118 a 63401, 65102 a 65994, 72109 a 72907, 74110 a 74993, 85111 a 85324.1100106420311501515431, 41009, 50300 a 50423, 52116 a 52795, 55212 a 55239, 55298, 60100 a 60224, 66117 a 66303, 67113 a67202, 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202, 75116 a 75302, 80136 a 80993, 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092, 95001 e 99007.12002128223, 29114 e 29122, 29149, 29211, 29220, 29238, 29297 a 29408, 29610 a 2969612202215113 a 15229, 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206, 60232 a 60259.12502517213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960.2100-10 Industriais ou Atacadistas de Pequeno Porte (art. 11 das Disposições Transitórias do RICMS/2000)2102-10
Observações:
O Decreto 45.490, de 30/ 11/2000 - DOE de 1°/12/ 2000, que aprovou o novo RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV prazos do recolhimento do imposto em relaçãoàsClassificaçõesdeAtividade Econômica ali indicadas, com alteração do Decreto n° 49.016 de 06/10/ 2004-DOEde07/10/2004.O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabelecidos pela Lei n° 10.175, de 30/ 12/98 - DOE de 31/12/98, e demais acréscimos legais. Fica facultado ao comérciovarejistadilataroprazode pagamento do ICMS devido
nas saídas de mercadorias promovidas durante o mês de dezembro de 2004, podendo o valor correspondente ser pago em três parcelas mensais consecutivas sem aincidênciadejurosemultas (Decreto 49.275 de 21/12/04 - DOE de 22/12/04 e Comunicado CAT-62/04 de 22/12/ 04 - DOE de 23/12/04). Informações Adicionais: do Imposto Retido Antecipadamente por Substituição Tributária: Os contribuintes, em relaçãoaoimpostoretidoantecipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o re-
colhimento até os seguintes dias(AnexoIV,art.3°,§1°do RICMS aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, com alteração do Decreto 45.644, de 26/1/01): DIA 03 -cimento - 1031; refrigerante, cerveja, chope e água - 1031; álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo - 1031; DIA 09 -veículo novo1090; veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da NBM/SH - 1090; pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha1090; fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; tintas, vernizes e outros pro-
dutos químicos - 1090; energia elétrica - 1090; DIA 15 - sorvete, acessório como cobertura, xarope, casquinha, copo, copinho, taça e pazinha - 1150. Observações em relação ao ICMSdevido por ST: a) Ocontribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição, observadoodispostonoartigo 566, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por sujeição passiva porsubstituiçãoatéodia9do mêssubseqüenteaodaretenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do Decreto 46.295, de 23/11/01, DOE de 24/11/01).
b) Emrelaçãoaoestabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-seá o que segue:
1) no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, 80% (oitenta por cento) do seu montante serárecolhidoatéo3ºdiaútil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato geradorCPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100; 2) no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% (noventa e cinco por cento) será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100.
3) no que se refere ao impostorepassadoaesteEstado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02).
Empresa de Pequeno Porte e Microempresa - CPR 1210
DIA 21 - Oscontribuintes sujeitos a esse regime deverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de janeiro/2005 até essa data (art.11doAnexoXXeart.3°, inciso VII do Anexo IV do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; Comunicado CAT 3, de 22/1/01DOE de 24/1/01).
IPVA
O recolhimento dos valores correspondentes ao IPVA deverá seguir o calendário
previsto no Decreto 48.051 de 19/10/04 - DOE de 20/10/ 04; Comunicado CAT 54, de 29/10/04 - DOE 30/10/04; Resolução SF 22, de 30/10/04 - DOE de 30/10/04. Outras Obrigações Acessórias
1) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA
A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento (art. 254 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00 - DOE de 1º/12/00 - Portaria CAT 92, de 23/12/98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/ 06/01 -DOE de 27/06/01). FinalDia 0e1................................16
2,3e4.............................17
5,6e7.............................18
8e9................................19
Casoodiadovencimento para apresentação indicado recairemdianãoútil,atransmissão poderá ser efetuada por meio da Internet no endereço http://www.fazenda. sp.gov.br ou http:// pfe.fazenda.sp.gov.br
2)DIA10- GuiaNacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária:
O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de janeiro/2005, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafoúnicodoRICMS,aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00).
3) DIA 15 - Demonstrativos do Crédito Acumulado: o contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal do seu domicílio os respectivos demonstrativos referentesaosfatosgeradores do mês de janeiro/2005 (art. 72 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 1º, incisoIVdaPortariaCAT53/ 96,de12/8/96-DOEde27/8/ 96 - Retificada em 31/8/96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98; 37/2000, 94/01 e 35/02).
4) DIA 15 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: produtor não equiparadoacomercianteou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá en-
tregar até essa data, no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respectiva relação referente ao mês de janeiro (art. 70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03).
5) DIA 15 - Arquivo com Registro Fiscal: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda através do correio eletrônico http://pfe. fazenda.sp.gov.br, com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título efetuadas no mês de janeiro: a) os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão federal competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas - TRR (art. 424-B do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/2003, DOE de 9/10/03, normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/ 11/2003).
b) Os revendedores varejistas de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/03, DOE de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95de17/11/2003,DOE de 19/11/2003).
Notas Gerais:
1. Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – Ufesp Pormeiodecomunicado, a Diretoria de Arrecadação divulgou o valor da Ufesp que, para o período de 1°/1 a 31/12/2005, será de R$ 13,30 (Comunicado DA 50, de 20/ 12/04 - DOE 22/12/04).
2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor:
À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, DOE de 1°/12/00, será facultada a emissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo consumidor, quando o valordaoperaçãoforinferior a R$ 7,00, no período de 1°/1 a 31/12/2005 (Comunicado DA 54, de 20/12/04 -DOE 22/12/04).
3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 27/01/2005. DOE - 28.01.05
Quando a Igreja fundou as universidades, espalhando-as pelo mundo conhecido e já percorrido pelas legiõesdeRoma, não opôslimitações aoensino. A Ciência e as Letrastinhamlugar de relevo no ensino, mas as disputas entre os professores e os alunos era ampla,suscitando o conhecimento dos clérigos e dos leigos, na escala estabelecida pela Santa Madre, com seu poderio de fundadora. Foi como as universidades sedesenvolveram. Passam-se os séculos, dois milêniosjá passaram também, e estamosno terceiro milênio. Sem surpresa,por terconhecimento do Brasil e da peste das esquerdas notoriamente ineficazes em construir o que interessa ao desenvolvimentoda Nação.E a União Nacional de Estudanteséa mesmadotempo de Jango presidente. Chega a serinverossímil,masnão houveumsó milímetro de progresso nessauniãodeestudantes, que mantém o mesmo credodeesquerda, vai, mesmo, aomarxismo, embora malogrado.
A mídia bem informada já demonstrou oaspecto negativo dessa reforma universitáriaque Lulavai
decretar,embora nomundoatuala CiênciaeasLetras profanas ou religiosas,porém mais profanas do quereligiosas,são defendidas pela UNE com o mesmo ardor do tempo de Jango,que ficouatrás no tempo, por uma enormidade, nos dias de hoje.
A UNE afirma em manifestoquenãotoleraosconservadores, se definir o queentendeporessevocábulo nasciências sociaise políticas, enão admite o neoliberalismo. Esta aí, estabelecido pela UNE, o que érepudiando pelos seusmentores,todos engajados,ainda engajados numsistema quejámorreu e não tem cultores senão em alguns paísesdo antigamente chamado Terceiro Mundo, dentre eles o Brasil.
A universidade, como instituição, deixará de existir, poisos debatesdivergentes, naciência enas letras, esses desaparecerão, prevalecendo,apenas,como querem os membros da UNE, os anticonservadores e os antiliberais. Será ofimda universidade.
João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br P.S. PAULO SAAB
Desde seuprimeiro dia, mais exatamente em 22 de junhode 1982,quandoesta colunanasceunapágina 2deste Diáriodo Comércio, atéestadata, o compromisso que assumi, como jornalista e cidadão, foi o de auxiliar o leitor na formaçãode sua opinião própria a respeito dos fatosda vidanacional.Propus-me despertá-lo para o interessepela política,pelos fatos docotidiano que passamao largo, masdizem respeito ao momento da vida decada um. Indo além,me propustambém a ter neste espaço umfórum de exposiçãodaopinião dos leitores do jornal que me distinguiram também em cercade seis mil edições diárias, com a honra de sua leitura. Recebiaolongo dos23anosde publicação ininterrupta da colunacerca dequatro mil correspondências com críticas, sugestões, dúvidase,emsua maioria, apoio às opiniões aqui expressadas. Deste pequenoespaço de papel, masum imenso espaço para idéias, nasceu o embrião doque se transformou hoje numa organização da sociedade civil de enorme contribuiçãoaopaís, oInstituto Brasileiro de Desenvolvimento da Cidadania. Foi a partirdo envolvimento paulatino dos leitores nas discussões sobre oBrasil quefoi se formatando a criação de um mecanismo simples de apoio às iniciativas em favor da educação e do desenvolvimento da cidadania. Durantemais deduas décadas, diariamente, o leitordestejornalacompanhou comigo, em diálogo permanente, aevolução (ouinvolução, àsvezes) dos fatos da vida do país. No ano em que a coluna
ANTONIO DELFIM NETTO
Nsurgiu foram realizadas as eleições para governador, as primeiras desde que o poder militar se instalou em março de1964. A coluna participou do esforço dereconstrução dademocraciae estimuloupermanentemente seus leitores a se engajar na vida política direta ou indiretamente, pelos partidos ou pela presença nos organismosda sociedade.
Ao longo desses vinte e três anos ininterruptos de publicação,a colunafez parte docotidiano dosleitores e através deles, por suaparticipação, cresceu, amadureceueajudouocolunista também a formar opinião diversas vezes. Oexercíciodo jornalismoopinativo, crítico, exige responsabilidade, bom senso, ponderação e equilíbrio. Não seise consegui cumprir esses mandamentos àrisca.Emnenhummomento,entretanto, em nenhuma oportunidade, fui obrigado a me retratar, mereci qualquer tipode contestação ou ação judicial. Foram mais de seis milcolunas, onde sempresecriticouoquehá de erradona vidapública do Brasil, sem ofensas pessoaisoudistorções de qualquerordem. Devoter errado muito, mas a gentileza dos leitores sempre ajudou a corrigir. Como tudona vidatem começo, meio e fim, é hora de dar a missão por cumprida e agradecera todos queao longodessa longa jornada estiveram me acompanhando diariamentenas páginas do Diário do Comércio Fiz minhaparteaquie vou seguir fazendo em favor do Brasil, onde e como for possível.
E-mail do colunista psaab@uol.com.br
ão há nada de surpreendente na “nova” atitude das lideranças tucanaselevando o tomda críticaao governo Lula neste iníciode2005. Elas nãopodiammesmo deixar passar em branco a divulgaçãodos números que mostram a superioridade dosresultados da atual administração e isto ainda na metade do primeiromandato: crescimento doPIB,expansãodocomércio exterior, fechamento das contas externas com superávit e inflaçãoem queda, exibindoum contraste intolerável comos tristes resultados do quatriênio anterior que além do crescimento insignificante terminou com inflação em alta. A radicalizaçãoda crítica coincidecoma divulgação dos resultadosdapesquisa mensal de emprego do IBGE,mostrando que ataxa de desemprego chegoua umdígito(9,6%)emdezembro,depoisdeoitoanoscom taxas de dois dígitos e queda persistente dos rendimentos salariais.O índice
de dezembro sofre a influênciadefatoressazonais, mas os9,6% em2004 ainda se comparamfavoravelmente comosseuscorrespondentes nos anos anteriores, desde 2001. Quando alguns dos mais festejados intelectuais tucanos,doalto desuasoberba, cobram dopresidente Lula “um melhor conhecimento dahistória econômicado país” eles apenas revelam preconceito e inconformidade diante do sucesso do torneiro mecânico, exatamente onde ele “deveria fracassar” deacordo com sofisticados cálculos deseus“cientistas sociais”... Mas“esquecer”a história, principalmente as fasesmaisrecentes, talvez sejaumafalhamais grave: os oitoanosqueantecederam ogoverno Lula deixaram um registro de insucessosna conduçãoda economia jamaisverificadosem
Os oito anos que antecederam Lula deixaram um registro de insucessos na economia
outros períodos governamentais e que dificilmente serão igualados nos próximos: um crescimentomédio anual do PIB de 2% (rendaper capita praticamente estagnada), desemprego acima de dois dígitos em toda a octaetéride, saldos negativosno comércioexterior, déficits crescentes emconta-corrente e uma dívida que gerou uma dependência externa que vai nos acompanhar por duas ou três décadas ainda. Para não “esquecer o social”, tão cobrado pela oposição tucana,osregistros mostramo aumentodosníveis de desigualdade num quadro deestagnação da economia, o que poderia ser classificado como“opior dos mundos”, onde “todos pioram, embora alguns piorem mais do que outros...” Numa única oportunidade, o regime anterior ameaçou a volta aocrescimento
econômico: foi em 2000, após o “mercado” ter forçado adesvalorizaçãocambial de janeiro de 99, mas os 4,4% de expansão do PIB naqueleano duroumenos do que um “vôo de galinha”, graças à maior demonstração de incompetência e imprevidência de nossa história republicana, que foi o “apagão” energético de 2001. O “competentíssimo” governo de então declarou-se surpreendido, absolutamente despreparado paraum“desastre anunciado”. Como notou o ilustre vice-presidenteda AssociaçãoBrasileiradaInfra-Estrutura e Indústrias deBase –ABDIB,o Dr.José LuizAlquéres commuita precisão num recente artigo para o Estado, o prenunciado, porém trágico, racionamento de 2001 demonstrou que suas causas remontavam à falta de ações e investimentosnos cinco anos anteriores . Anos de inegável sabedoria tucana... dep.delfimnetto@camara.gov.br
Ao custo de US$ 1,3 mil, vindos da Comunidade Européia, fornecidospelas entidades religiosascristãs Frères des Hommes, francesa eda alemãCaritas via Anca(Associação Nacionalde CooperaçãoAgrícola),jáque oMSTinexiste paratodos osfins legais, inaugurou-se uma escola nacional para200 jovens em Guararema.À cerimôniaestiveram presentes João PedroStédile, Egydio Brunetto (um diretor do MST), o ministro do Desenvolvimento Agrário, representantedo ministroda Educação, Aleida Guevara (filha de Che), um representante de Hugo Chávez e d.TomásBalduíno, da Comissão Pastoral da Terra, além de um públicode 2.000 pessoas. Comum in-
vestimento de US$ 65.000 por aluno, trata-se naturalmente de uma escola de elite, que além de agricultura familiar ensinará em seu currículociências sociais. Trata-seapenas da mais importante escoladeuma redequeo MSTestácriando no País.
Dos discursos pronunciadosse depreende que elas visama combater os inimigos doMST, quesão o"latifúndio,o imperialismo, as multinacionais, os banqueiros, a exploraçãocapitalista eaignorância",alémda "imprensa reacionária"e aburguesia "danada e fedorenta". "Essa escola épara tomar o poder para os trabalhado-
Em outros países, palavras e atos do presidente em defesa do MST já teriam dado pano para mangas.
res." Poisoconhecimento científico, segundo Stédile, é o caminho dalibertação, sendo insuficiente virar presidente e ministro. Outro discursador corroborou acolocação dizendonãoter "ogoverno Lulafeito oque podia. (Gramsci puro). Não foicomentado o jantar queStédile teve com Lulano início da semana queantecedeu a inauguração. Nem era preciso. Ao visitar o acampamento Lulão dias antes, Lula já havia declarado que tinha "plena consciência" da importância do MST, que chamou de "um dos movimentos mais respeitados e sérios do País" –reiterando,apenas,
o pensamento eapoio que tem dado aum movimento que, mais do que ilegal e anti-constitucional, temem várias ocasiõesinvadido própriosdogovernoemantido sob seqüestro seus representantes. Empaísesonde há mais gente "danada e fedorenta" doque no Brasil,taispalavras e atos do presidente já teriam dado mais pano para as mangas, confirmando os temoresqueLulaexpressou durante a campanha eleitoral no discurso de hora e meiaque fezparaosestudantes da Universidade de Taguatinga. Mas, quem se lembradisso? Talveznemo próprio Lula.
Benedicto Ferri de Barros, da Academia Paulista de
Na pág. 13, tabelão com o prazo obrigatório de guarda de cada documento - arma contra a burocracia.
Na 1ª eleição democrática no Iraque, 44 mortos. E uma surpresa: muitos eleitores votaram, vencendo o terror. Página 14
Está adiada por um mês a execução da MP 232, que entraria em vigor amanhã para várias empresas prestadoras de serviço. Página 12
São Paulo vence o União São João por 2x1, com gols de Cicinho (alto) e Tardelli. E é líder isolado no Paulistão com o resultado dos adversários: o Santos empatou e o Palmeiras perdeu. DC Esporte
Chávez, o campesino
Sem-terras foram platéia para Hugo Chávez. Página 3
Boa idéia está na moda
Cachaça 51 faz sucesso no mundo fashion. Página 7
OPT pode estarenvolvido no movimento aindapálido quelevariaa Câmarados Deputadosaabrir ovotonaeleiçãode presidente da Casa.É difícil mudar osistema em cima da hora, pois seria necessário alterar o Regimento Interno,que estabelece quea eleiçãose dê pelo método do voto secreto.
A eleição de presidente da Câmara dos Deputados está marcada para 14 de fevereiro e parece que o governo está com medo do voto secreto. Sabe, o governo, que é através do voto fechado que os traidores agem. São 5 os candidatos à sucessão de João PauloCunha,mas,apenas 1é ocandidato oficialindicadopelabancada doPT,LuizEduardo Greenhalgh (SP).
Segundo levantamento preliminar, o candidato quemaisameaça Greenhalghé outro deputado do PT que se apresenta como candidato avulso, o mineiroVirgílioGuimarães (MG).Asoutrasopções são os deputados Severino Cavalcanti (PP) –queregistrou oficialmente a sua candidatura na últimasexta-feira –, José CarlosAleluia(PFL) e Jair Bolsonaro (PTB).
É pr eo c up an t e para Greenhalgh ocomentário feito pelo presidentedo PSDB, Eduardo Azeredo, segundoo qual, 80%dos deputados tucanos estariam fazendo restrições ao candidato oficial.
O PMDB também está rachado, poisnadamenos do que18 deputados teriam se comprometido como ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, avotar em VirgílioGuimarães. Aalaoposicionista do partido promete engrossar esses números.
P ara se eleger semnecessidade de 2º turno, o candidatoprecisa alcançar,no mínimo, 257 votos (metademais1deumtotal de 513 deputados).Com 5 candidatos nadisputa,a eleição deve ser decidida só no 2º turno.
L uiz Eduardo Greenhalgh, Severino Cavalcantie VirgílioGuimarães teriamassumido o compromisso de aumentaros subsídios dosdeputados, caso sejam eleitos. Inclusive aumentando verbas de gabinete. Os deputados querem equiparação salarial com os ministrosdo STF, aproximadamente R$ 22 mil.
A Presidência da Câmara dos Deputados é importante no sistema político brasileiro. Constitucionalmente, oocupantedo cargo éo 3ºhomem nalinha da sucessão presidencial. Nas ausências do presidente e do vice, é o presidente da Câmara que assume a chefia da Nação.
J osé Sarney confirma que sua sucessão na Presidênciado Senadosedará numclimaamistoso, inverso daquelevivido na Câmara.Seu sucessordeveserosenadorRenanCalheiros (PMDB-AL). Por enquanto é oúnico candidato ao cargo.
A semana pode ser decisiva paraAlckmin fechar o acordo com o PT: os tucanos paulistas apóiam Greenhalghelevam em troca os votosdoPTna eleição de presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo.
Presidente venezuelano foi o destaque de ontem da agenda do Fórum Social Mundial de Porto Alegre
OO PT teminteresse em continuar com a 1ª Secretaria no legislativo paulista,queéo2ºcargomaisimportante na Mesa Diretora. O esquema do PSDB prevê, então, a entrega da 1ª Secretaria aos petistas.
Fernando Henriquepediu aostucanos paracriticarapolítica econômica de Lula. E mais: quer que ostucanos critiquemtambém oalto índicededesemprego no País. É um tiro no pé do ex-presidente: a política econômicade Lulaé umaseqüência da sua e FHC deixou de herança12milhõesde desempregados.
F HC não quer saber de amaciar Lula. Quer que os tucanosbatamno presidente de forma impiedosa.FHC quer tirar pontos preciosos que Lula ainda detém nas pesquisas.
Lula sempreiniciousuas campanhas presidenciais viajandopeloPaís.Eramas caravanas dacidadania. Agora é o governador Alckminquedesejair de Cuiabá(MT)a Santarém (PA).De jipe.Em tempo: Alckminéumdos presidenciáveis tucanos.
O s petistas querem saber porque os jornais elogiaram a criação do Instituto Fernando Henrique Cardoso (que recebeu a colaboração financeira de empresários) eagora criticam o Instituto de Políticas Públicas de Marta Suplicy.
P aulo Pereira da Silva, o Paulinho, doPDT,entrega ao Ministério Público, ainda hoje,um relatório sobreas condiçõesfinanceiras desfavoráveis que Marta Suplicy legou a Serra. Segundoo sindicalista, Marta teria contrariado aLei deResponsabilidade Fiscal.
O vice-prefeito GilbertoKassab(PFL) está ajudando José Serra a ampliar sua base na Câmara Municipal. E comsucesso. Foi por iniciativade Kassab, por exemplo, que as vereadoras Bispa Lenice eMartaCostadeixaramo PVe PTBe sefiliaramao PFL,partidoque apóia o prefeito.
presidente da Venezuela, HugoChávez--que dizter declarado uma guerra contra o latifúndio em seu país e prometeuma"revoluçãoagrária"–aproveitou suaparticipação noFórum Social Mundial (FSM)paravisitar,ontem, um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Ruraissem Terra (MST),a cercade 130quilômetros de Porto Alegre. Declarando estar lá simplesmentecomo Hugo, "campesino esoldado", Chávez afirmou que espera desocupar neste ano, na Venezuela, cerca de 3 milhões de hectares de terras de latifúndios. Ao discursar no assentamento próximo a Tapes, ele reiterou seus apelos paraa integração latinoamericana. E relembrou seus líderes inspiradores, como Simon Bolívar e o brasileiro José InácioAbreu de Lima, entre outros. Além do lídercubano FidelCastro, para quem pediu aplausos. Mas, trazia apenasum estampado no coração, como
Flávio Neves/AE
eleafirmou: olíderrevolucionário Che Guevara. Sob a camisa socialquevestia,tinha uma camiseta vermelha comumaimagemdoCheno lado esquerdo do peito. Mais tarde, agregou outra peça ao vestuário,um lenço em defesa da palestina. Nascercadetrêshorasem queesteve no assentamento,Chávez conversoucom agricultores eplantou uma mudade árvorenochamado Bosque Internacional da Solidariedade.
O ministroCiro Gomes não vai sair do PPS, não se licenciará do partido, nem deixará o Ministério da Integração Nacional. Adireção do PPS deu prazo até hoje aos integrantes do partido para entregar seus cargos na máquina públicafederal. Mas Cirojá avisouao presidente da legenda, Roberto Freire (PE), que não sai.
"Continuonogovernoenquanto merecera confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse Ciro. Por causa dessa decisão, o ministro será afastado de suasfunções eatividades partidárias. Ciro também será impedido de participar de reuniõesdoDiretórioe da Executiva do partido e defalar em nomedo PPS, conforme informou ontem um assessor de Freire.
A ex-mulherdo ministro, senadora Patrícia Gomes (CE), também será desligada desuas funçõespartidárias caso não deixe a vice-liderançadogoverno noSenado até o final do dia.
Na mesma situação está Clementino Coelho, diretor da Companhia do Vale do São Francisco (Codevasf). Ele é do PPS e ainda não avisou se irá se licenciar ou deixar a direção da estatal. Em viagem aoChile,o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, informou quepretende encaminharà Justiça Eleitoral ofícios comunicando o desligamento dos integrantes dopartido quenão cumpriramadecisão do Diretório e da Executiva Nacional de entregar os cargosao governo federal até hoje, 31 de janeiro.(AE)
Evento– Chávez disse queoFSMé o"eventopolítico mais importante do mundo".Epropôs uma ofensiva para criar uma agendasocialmundial no próximos cinco anos.
O presidente venezuelano foirecebidopeloministrodo Desenvolvimento
Agrário, Miguel Rossetto, pelo governador do Paraná, Roberto Requeião (PMDB) e pelo líder do MST, João Pedro Stédile.
"Ou nos unimos ou nos li-
foi recebido pelo ministro Miguel Rossetto e pelo líder do MST João Pedro Stédile
quidam definitivamente, ouafundamos",afirmou o presidente.Eatacouo "império" norte-americano, que estaria sempre "metendoa suamão peluda,ossuda e fedorenta (na região)". Uma carta deintenções, apresentada por Stédile, foi assinadacomaVenezuela,o governo paranaensea Universidade Federal do Paraná para umprojeto de troca desementesnativas eformação deprofissionaisna área agrária. (Reuters)
OMinistériodo Desenvolvimento Social eCombate à Fome (MDS) deflagra hojeumaoperaçãopararastrear as irregularidadesno cadastro dos beneficiários do Bolsa Família. Ela começano Piauí,onde foiidentificada, nasemana passada, suposta fraude envolvendo 1.107 servidores da prefeitura de Teresina.
OMinistério bloqueouo pagamento dos benefícios aos servidores públicos envolvidos até que seja concluída a apuração. Segundo a secretária Nacional de Renda deCidadaniado MDS, Rosani Cunha, essa é maisuma demonstração dada pelo governo de que o ministério busca transparência e a regularização do Bolsa Família. "O caso só se tornou pú-
blicoe passível deinvestigação por causa do esforço doMDS deampliar atransparência e arede de fiscalizaçãoemtornodo programa", disse Rosanipor meio da assessoria de imprensa.
Segundoa secretária,não é proibidoservidor público receberoBolsaFamília,mas háregrasquedevemserrespeitadas. "É precisotomar cuidado para não haver um pré-julgamento. Vamos investigar se cada um deles tem renda compatível com o programa", ressaltou. Pela legislação do programa, para ser beneficiado pela transferência de renda do governofederal, afamília não pode ter renda superior a R$ 100 por pessoa. O trabalho será em parceria com os governos estaduais e municipais. (AE)
A Câmara Municipal realizaamanhã asuaprimeira sessão deste ano. Mas embora muitos dosnovosvereadoresainda nãotenham estreado em suas funções, já começaram a trocarde partido, poucomenosdeum mês após tomarem posse. A dança dascadeiras prejudicou o PTB efavoreceu o PFL,que até agora passou dedois vereadores para quatro epoderáchegar a mais deseis parlamentares, transformando-se na terceira maior bancada da Câmara, perdendo apenas para PT e PSDB que elegeram cada um 13 vereadores.
A vereadora Bispa Lenice deixouoPVefoiparaoPFL.
A vereadora Marta Costa, queseelegeucom aajuda dos eleitores evangélicos da AssembléiadeDeus, onde seu pai éo principal líder, deixou o PTB ese filiou ao PFL.O vereador Mário Dias, tambémdoPTB,poderá seguir omesmo caminho.Seissoacontecer,oPTB que elegeu setevereadores vai ficar com apenas 5. E essenúmeropode se reduzir ainda mais.Celso Jatene (PTB) ainda não está certo de que vai se manter na le-
genda, devido adivergências comalgumaslideranças, e RogérioFarhat (PTB) avalia sepode irpara outro partido, jáque querse mostrar próximo ao governo do prefeito JoséSerra (sua ida para o PFLnão está descartada).
Debandada– A debandadanoPTBprovocoucríticas de alguns vereadores. O vereador Adilson Amadeu (PTB) culpa o vice-prefeito Gilberto Kassab, um dos principais líderes do PFL no Estado.Kassab,porsuavez, argumenta que não assediou os parlamentares e exigiu que os vereadores primeiro deixassem seus parti-
dos. Ele nãoquer entrar em rota decolisão como deputado Campos Machado, líder do PTB noEstado e seu amigo pessoal. Os parlamentares queestão deixando o PTB afirmam que a decisão foimotivada maispela aproximação da legenda com oPT do quepor convites de outros partidos. Maistrês – A vereadora Noemi Nonatodeve trocar oPSBpelo PFL nos próximos dias. Os vereadores Atílio Francisco (PTB) e Jorge Borges(PP) que ficaram desgastados em suas legendas depoisdaeleiçãoda Presidênciada Câmara (eles pertenciam ao Bloco
Os novos vereadores tomaram posse no dia 1°. Dois já mudaram de partido e outros pensam em seguir o mesmo caminho.
Blindado, mas votaram no candidato do governo por orientação dolíder daigreja, pastorEdir Macedo) também devemtrocar de partido. Enquantonão saialegendaqueestá sendocriadapela Igreja Universaldo Reino de Deus, osdois vereadores devem ficarno PFL.Assim, oPFLpassariaaterintegrantes nas principais comissões da Câmara, facilitando a vida de Serra. Se não houvesse adançadas cadeiras,astrês principais comissõesda Câmara (Justiça, Finanças e Política Urbana) ficariam nas mãos da oposição. Fernando Lancha
ANem só de hambúrguer e pizza vive a praça da alimentação: cada vez mais empresas investem em opções diferenciadas para competir com os campeões de venda do fast food nos shoppings. Da costela à salada, passando pelos cortes de carne argentinos.
spraças dealimentação de shopping centers oferecem maisdoquepizzas, sorvetes e self-services.
Opções diferenciadas cadavez mais são encontradas em redes cujas especialidades são costelas, saladas e pratos típicos argentinos, por exemplo. A aposta em nichos aindanão exploradosnosetor de fast food pode ser um bom negócio.
Para Ricardo Camargo, diretorexecutivodaAssociação Brasileira deFranchising (ABF), osshoppingsoferecem vantagens para estabelecimentos que se propõem a oferecercardápios especializados, assim comopara a aberturadefranquias,devido aos menores custos operacionais. DeacordocomCamargo, o ramo de alimentação é o que têm o maior número de franquiasemshoppings. "A cada dia cresce onúmerode shoppings noBrasil. Além disso,abrirumponto numa praça dealimentação significainvestir cerca de 50%menos em comparação com a abertura de umrestaurante de rua", afirma.
Segmentação - Para o executivo, háatualmente uma tendência desegmentação nos cardápios dos shoppings. "Como as pessoas estão comendocada vezmais forade suas casas, elas costumam buscarvariedades emopções. Ninguém quer comer hambúrger todos os dias", explica Camargo. De acordo com oexecutivo,para oempreendimentoinovador ter sucesso, os empresários devem investir fortemente na qualidade de suas especialidades,para que o consumidor nãoopte por fast foods que vendem similares.
Costela- O Costela Express, hátrêsanos no Shopping Metrô SantaCruz, foi criada como objetivode ofereceraosclientespratosàbase de costela, preparadasegundo know-howpróprio.Segundo o proprietário do estabelecimento,Toshio Ouki, que também possui um restaurante especializado em costelas,faltava umlugarem
shoppingsondese pudesse comer uma carne quente em fast-food. "Quandoeuandava pelos shoppings, sempre encontrava asmesmasopções. Daí, resolvi abriruma loja onde aespecialidade fosse a costela, uma comida bem brasileira e que não existia em fast-foods", afirma.
Aolongodostrês anosde funcionamento, a Costela Expressobteve umcrescimento de seus negócios."No início, principalmente as mulheres evitavam experimentar nossosprodutos,devido àfama dacostelaser umacarnecom muita gordura. Agora, depoisde provar, as mulheres consomem tanto quantoos homens", explica Ouki.
Preparo -As costelas servidasno estabelecimentosão desossadas,limpasefatiadas. O cliente tem quatro opções de pratos,além doself-service por kilo. Ainda é possível escolher a costela magra, sem gorduras, oua média, com um pouco de gordura.
A partir deste ano, a Costela Express vai abrir um sistema de franquiasde sua marca, quejáestá implantado. "Pretendemos abrir no máximo cinco unidadespor ano,apenasnosshoppings deSão Paulo", diz Ouki. Cadafranquia custa cerca de R$ 230 mil, excluindo oponto comercial. Oempresárioaposta nosucesso da propaganda boca a boca obtido até agora para continuar crescendoe garante quenão irávariar ocardápio para não descaracterizar a proposta do negócio. No sistema de franquias, Camargo alerta para a escolha correta doshopping center."Osucessodalojanumdeterminado shopping não garante omesmoêxitoem outros. Éimportantefazer uma pesquisa preliminar sobre os concorrentes na mesma área e verificarse afaixa derenda dos frequentadores é compatível com o perfil da loja".
Salada - A maioria dos fast-foodsoferecem opções desaladasnosseus cardápios.Mas elasgeralmentese limitam a acompanhar os respectivos pratos principais. NaredeSaladaModerna,presenteemtrês shoppings de São Paulo, a salada é quem dita o menu. "O objetivo é ofere-
cer alimentos saudáveis e com baixo teorde gordura", afirma Ozíris Rodrigues, idealizador da marca e proprietário da unidade do Shopping Market Place. Oexecutivo contaquevivenciounos últimosanosum aumento na demandapor saladas nos seusquatro restaurantes. "Como o segmento é deficitárioem shoppings,vimos um nicho de mercado que poderiadar certo",explica Rodrigues. Todos os produtos vêm prontos dos forne-
As empresas que servem culinária brasileira, ao lado das grandes redesde lanchonetesnorte-americanas, são as opçõesmaisprocuradaspelos clientes que fazem refeiçõesem shoppings centers. Normalmente, os serviçosque fogema esse padrão envolvem comida chinesa, italiana ou árabe. É exatamente nessenichoqueoNaBrasa, decarnes preparadas
cedores, lavados,esterilizadosehigienizadosporozônio, permitindo um maior tempo de conservação.
Público - Quando foi aberta a primeira unidade, há dois anos, o público consumidor era formado na suagrande maioria por mulheres, mais preocupadas com a boa forma ea qualidadede vida.Atualmente, os homens já correspondema50%do volumede vendas. "O público masculino também descobriu asvantagens de uma alimentação saudável,desde criançasatéidosos",diz Rodrigues.Oempresário pretende atuar no futuro como sistemade franquiase por enquanto cede know-how através de parcerias.
Para esteano, Rodrigues planejaabrir maisduas lojas parceiras, sempre em shoppingscenters,alémdeimplantar o serviço delivery. "Estamos focados apenas nos shoppings,devidoaonívelcultural mais elevado dos frequentadores, geralmente maisconscientesdosbenefícios dassaladas", conclui.
Na Brasa, no Shopping Eldorado, serve bife de chorizo e bife ancho segundo métodosargentinos de cortes, incluindo uma grelha denominada parrilla, decidiu entrar. Clientes executivosInstalado no Shopping Eldorado, o restaurante tem como pratosprincipaisobifedechorizo,que nadamaisédoqueomiolodo contrafilé eo bife ancho,que éapontado
contra filé, localizado próximo à costela do boi. Aloja foiinauguradahá dois meses e o menu está tendoboa aceitação."Estamos vendendonossos pratos principalmente para os executivos que trabalham emempresas perto doshopping", afirma Fernando Ferreira, gerente administrativo do estabelecimento. Sanduíches - Além dascarnes, todasassadas na brasa,a loja também vende sanduíches feitos commassa depizzanoforno à lenha, ou seja, na forneria. Por enquanto, Ferreiradizqueaempresa nãoplanejaabrirfiliais ou crescersob o sistemade franquias a curto prazo. "Devemos estudar aviabilidade e a adequação do cardápio aos outros shoppings. Mascertamentea longoprazo temosplanos deexpandir o atualnúmerodelojas, devidoàiniciativa pioneiraemshoppings eà boa aceitaçãodo nosso cardápio", conclui. Foradofast food,aculinária argentina vem tendoboa aceitação no mercado paulistano, com várias casas operando no bairro do Itaim.
Povo iraquiano desafia as ameaças de violência e comparece às urnas na primeira eleição livre em 50 anos
om sorrisos discretos nos rostos, os iraquianos compareceram às urnas neste domingo, desafiandoos insurgentes do país, determinadosa transformar a votação em um banhodesangue.Ataquessuicidas e de morteiros abalaram o dia de votação, provocando a morte de pelo menos 44 pessoas em todo o país. Um avião de transporte militar britânico, com capacidade para levaraté 92 soldados, caiu a cerca de 40 quilômetros de Bagdá matando pelo menos 15 pessoas. Mesmo assim, milhares de iraquianos ousaram sair às ruas para votar. Mulheres vestidas de negro murmuravam preces na fila devotaçãoemBagdá, em resposta aosom das explosõespróximas. Masem outras partes da cidade e do país, oclima erade triunfo, com música,dança eaplausos em meio a grandes filas. EmSamarra,ondeinformes iniciais davam conta de que os postos devotação nem abririam, centenasdepessoas seapresentaram para votar no final do dia.
Nas áreas sunitas do país, no entanto,as seçõeseleitorais ficaramquasetodoo dia vazias, principalmente em Faluja, Ramadi e Beiji. Na zona leste de Mossul, outracidadeonde os sunitas constituem grande parte dapopulação, umacentena depessoas foiàs urnas.No oeste da cidade, porém, guerrilheiros esoldados iraquianos travaram combates sangrentos.
O boicotegeneralizado da eleiçãopelos sunitaspoderá pôr em xeque a legitimidade daAssembléia Nacional escolhida ontem e do governo que ela nomeará, mas as autoridades informaram que o comparecimento às urnas foi maior do que o esperado. Umrepresentantedacomissãoeleitoral da ONU chegou a falar, extra-oficialmente, em mais de 70% de adesão.
Sistema eleitoral
Os iraquianos escolheram275deputados da Assembléia Nacional e representantes para os18 Conselhos Regionais (um por província). No norte, os curdos
também elegeram os deputadosdeumParlamentoautônomo. Os deputados eleitosirão redigiraConstituição permanente -o documentoqueformaráa base legal para outra eleição ge-
os
enfrentaram grandes filas na entrada das zonas eleitorais antes de serem revistados. Em Najaf, centenas de homens comemoraram ovoto democrático. E em Az Zubayr, a resposta veio das mulheres. Uma delas faz o sinal da vitória.
ral, em 15 de dezembro deste ano. Eles também escolheramo presidente e dois vices, que por sua vez, definirão quem será o primeiroministro. Os 111 partidos inscreveram entre12e 275
candidados cada.Um terço dos nomes erade mulheres e todos têm no mínimo 30 anos(exigênciado ConselhoEleitoraldeBagdá, órgão organizador do pleito). A maioria dospartidos ins-
critos reflete as divisões étnicas e sectárias do povo, sendoalguns abertamente religiosos, outros, agnósticos.Estima-sequeos xiitas muçulmanos, que perfazem 60%dapopulaçãoe que têmumhistórico de opressão, tenham apoiado ospartidosxiitas. Os curdos,que respondemporde 10 a 15% dos iraquianos, devemterapoiado umdos doisgrandes partidoscurdos.Os árabessunitaspor sua vez, cerca de 20% da populaçãoequedominavamo paísno regimedeSaddam, pediram o boicote da eleição. Mas vários grupos sunitas lançaram candidatos. Asvagas na Assembléia serão distribuídas aos partidosdeformaproporcionalà votação popular obtida. Antigos membros do Baath, de SaddamHussein, membrosdasForçasArmadasou de milícias não puderam concorrer.
Brasileiro seqüestrado O xequeAli Abduni,representante da comunidade muçulmananoBrasil, chegou ontem à Jordânia para participar diretamente das negociações pela libertaçãodo engenheirobrasileiro João José Vasconcellos Júnior, seqüestradohá13 diasnoIraque. Segundoo secretário-geral da Ligada Juventude Islâmica do Brasil, Abdul Nasser, o xeque já teriafeitocontato comacúpula dosxeques sunitasdo Iraque, para saber se eles estão dispostos a colaborar. Ali Abduni viajou acompanhado do vice-representante da comunidademuçulmana no Brasil, o xeque Jihad Hamadi.Abdul Nasser afirmaque oItamaraty apoiou a decisão da organização deenviarum representantee que oxequeAli Abduniirá sereunir como embaixador Affonso Celso de Ouro Preto,que está cuidando do caso.
A Ligada JuventudeIslâmica doBrasil gravou dois apelos pedindoa libertação dobrasileiro.No primeiro vídeo,ogrupo falava diretamenteaos seqüestradores. No segundo, o apelo foi direcionado aos líderes religiosos iraquianos para que intercedamjunto aosrebeldes e considerem que o Brasil não apoiou a guerra no Iraque. (Reuters/AE)
O cenáriodaSão Paulo FashionWeekmarcouolançamentode umnovoproduto da Cia Muller de Bebidas: a Frozen 51. Trata-se de uma bebida leve e refrescante preparada à base de Cachaça 51,água minerale limão liofilizado (sachê de CaipirinhaMix), resfriado em máquina personalizada. Para ser consumido na hora, o Frozen 51 chega ao mercado com a vantagem de estar a associado à marca 51, acachaçamaisfamosa do Brasil e do mundo.
Frozen 51: foco no público jovem
Aestratégia de lançar o produto no maior evento de moda da América Latina fazparte dameta deconsolidar a conquista das classes A e B no segmento. Pensandonarenovaçãodamarca,o produto será servido em bares, discotecas epraias,associandoamarcaao perfil do consumidor que busca lazer e modernidade. (JJ)
APEX E ASSINTECAL PROMOVERÃO
PRODUTOS DO BRASIL
O diretor da APEX (Agência dePromoçãodeExportações), Alessandro Teixeira e o presidente da Assintecal (Associação Brasileira deEmpresas de Componentespara Couro, Calçados e Artefatos), Eduardo Kunst, assinarão hoje, em Novo Hamburgo (RS), um convênio que destinará R$ 7,6 milhões para a promoção comerciale inserçãointernacional dosetordecomponentespara couro e calçado.
As ações terão como foco os mercados da China, Alemanha,Itália,Índia, Turquia,México, Colômbia,Rússia,África do Sul e Estados Unidos. A metaéfechar 2005comUS$800 milhões exportados e 265 empresasinseridas noprojeto.O convênio prevê a participação em feiras internacionais. (Agência Sebrae)
ROCHE DIAGNÓSTICA
TEM NOVO PRESIDENTE NO BRASIL
O executivo Walter Baxter assume em fevereiro a presidência daRocheDiagnóstica Brasil.Bioquímicode formação,ele substitui o alemão Matthias Wehrmann, que assumiunovasatribuições na Roche Diagnostics, na Alemanha. Entre os objetivos de Baxter está o investimento em áreas que fornecem soluções completas para seus clientes, principalmente, nos campos de automonitorização em doençascomodiabetesetambém a descentralizaçãode laboratórios e testes rápidos. A Roche Diagnóstica teve umfaturamentono País,em 2004,deR$280milhões.Ametapara2005 édeR$330milhões. O grupo Roche, sediado na Basiléia,Suíça,atuanas áreas farmacêuticae diagnóstica. (Da redação)
Encerrada a 18ª edição do São Paulo FashionWeek,centenasde looks ficaramretidos na memóriados convidados das grifes. Mas, saudade de verdade, quem deixou foi o lounge da 51. Patrocinadora master do evento e única bebida alcoólica presente nos pavilhões da Bienal, os donos da cachaça investiram pesado no segmento fashion para provar que beber pinga é uma atitude em sintonia com a moda. Na ocasião, a própria empresa fabricante do produto, a Cia.MullerdeBebidas, glamourizou a marca e brindou seus convidados com sofisticadas caipirinhas à base da mais legítima das bebidas brasileiras.
A Cia.Muller deBebidas apresentou alta de 20% em seu faturamentoem2004 nacomparação com 2003,faturando R$ 580milhões. Empresa 100% nacional de capitalfechado,a Mullerestáentreas maioresindústrias doPaís. No ranking darevista inglesa "Drinks International", uma referência mundial no setor debebidas, a Cachaça 51é classificada entre as principais marcas globais debebidasdestiladas.Namaisrecenterelação divulgada,a 51superou marcas com longa tradição emexportação,como orumBacardi, a vodka Smirnoff e o uísque Johnnie Walker, entre outros.
Cachaça 51 vira fashion, faz sucesso entre os modernos na São Paulo Fashion Week e ganha o mundo com exportações cada vez maiores Mercado - Hoje,dadosdo InstitutoACNielsen indicam que a Muller detém 32% nomercadototalde cachaçasnoBrasilalémdaCachaça51,aempresaproduz as bebidas TerraBrazilis,ConhaqueDomus, Ice51,Caninha29eCaipirinhaMixemsuas fábricasem Pirassununga(SP)eRecife (PE),que representamcapacidade deprodução de 280 milhões de litros/ano. A Mullerexporta desdeo inícioda década de 90. A partir de então, introduziu seus produtos em todos os continentes e em países como Alemanha, Itália, EUA,Japão, Espanha,Suíça,Chile e Portugal. A companhia exporta cerca de5% do que produze oobjetivoé duplicaro percentual nessadécada.Em 2005,a projeção édequesejam exportadas entre 155 e 160 mil dúzias da bebida.
Consumo - No mundo, a Cachaça 51 já éa quinta marcade destiladosmaisconsumidaevende, anualmente, 21,57 milhões de caixas — ou seja, 194 milhões de litros. Perde em volume apenas para o shoju coreano Jinro(64,02milhõesdecaixas/ano),asvodkasStolichnaya (55milhões) eMoskovskaya (32milhões) eo gimGinebra SanMiguel (25,58milhões). A altademanda pelo produto no exterior também é interpretada comoumarenovação dosvaloresbrasileiros, assim como acontece com a música nacional e a moda, por exemplo.
Internacionalização - Para a Cia Muller de Bebidas, “uma boa idéia" é ganhar o mundo. Prova dissosão os investimentos da empresa na internacionalização do seu carro-chefe, a Cachaça 51. No total, os investimentos em marketing batem a casa dos R$ 35 milhões. Ameta daCia Mulleré dobraros1,2milhãodelitrosvendidos anualmente para o exterior em dois ou três anos. Oprimeiropaís areceber as ações demarketing foiPortugal, maior consumidor de Cachaça 51 (cerca de 17% do volume de exportações), onde somente neste ano foram investidosR$ 1,5milhão. A estratégia inicia a internacionalização pelospaíses quejá conhecema 51.Depois de Portugal vêm Alemanha, Espanha, Itália, Inglaterra,SuíçaeJapão. Assimcomo acontece com as sandálias Havaianas, quechegamcustaro equivalenteaR$130 no exterior, a mesma Cachaça 51 comprada pelo consumidor final no Brasil por R$ 2,80 o litro sai por 12 euros na Europa. João Jacques
Trajetória da marca começou com cerveja na década de 50
Quem vê o lugar de destaquequea 51ocupahojeno mercadointernacional de destilados não imagina que suatrajetória desucessotenha começado, ironicamente, com uma cerveja. No início dos anos 50, Guilherme Muller Filho, nadireção de umcaminhão, trabalhava na distribuição de cerveja na região de Pirassununga (SP). Dez anos depois ele já distribuía sua cachaça, lançando-a em garrafas de litro transparente, que se tornaram embalagem-padrãoda categoria. Oconceito de “uma boa idéia” foi criado no final dos anos 70. (JJ)
AGRISTAR INVESTE EM NOVA UNIDADE FABRIL NO NORTE DE MINAS
A Agristar,maiorempresa brasileirade sementespara horticultura, está investindo R$ 1milhão na instalação de uma unidade de beneficiamento de sementes, em Jaíba, norte de MinasGerais. O valor serádivididoemR$500milparaa construçãodaunidadee outros R$ 500 mil para contrataçãodeagricultoresparaproduzir sementes,planejamentoe construçãodeumaárea de produção própria.
A localidade faz parte do ProjetoJaíba, dogovernomineiro,que contaatualmente com4.000 hectaresagricultáveis irrigados, destinados principalmente à horticultura. Quandoconcluído, oJaíbaseráum dosmaioresperímetros irrigados do mundoe o maior da América Latina, com 100 mil hectares. (Da redação)
Depois de interromper a invencibilidade de Federer, o russo
Marat Safin ficou com o título ao derrotar o anfitrião
O equilíbrioé aprincipal marca do Nacional de basquetemasculino.Apósuma semana de jogos, apenas dois times seguem invictos: o Telemar (RJ), com quatro vitórias, e o Universo/Ajax (GO), com três vitórias. Ambosentramemquadsra hoje: o Telemar, que ontembateuoJoinvillepor105 a 85,pega oUniverso/BRB (DF), e o time goiano visita o Pitágoras/Minas.
Natação do Brasil ganha mais duas medalhas na Copa
O Brasil somou mais duas medalhas na Copa do Mundo denatação,naetapa de Moscou. Armando Negreiros conquistou a prata nos 400mlivre,enquantoFlávia Delaroli foi bronze nos 50 m livre. A etapa de Moscou teveumanova quebra derecorde mundial, pelo sulafricano RykNeethling, que superou sua própria marca nos 100 m medley, com 52s01.
A Copa do Mundo terá suapróxima etapaem11e 12 de fevereiro, em Nova York (EUA). O encerramento será de 18 a 20 de fevereiro, em Belo Horizonte.
O COC/Ribeirão, tetracampeão paulista,perdeu ontem para o UMC/Corinthians por84 a75, etem duas vitórias e uma derrota.
O Winner/Limeira,vice estadual, estreou ontem, e se deu mal: perdeu de 77 a71 para oUnitri/Uberlândia, atual campeão nacional. Otimemineiro está em terceiro lugar, com três vitórias eumaderrota,ao lado do Universo/BRB.
Elias Bastos vence a Maratona de Miami; José Gutemberg é 3º
O corredor brasileiro
Elias Bastos venceu ontem a Maratonade Miami, completando os 42 km da prova em2h17min26s.Ele superou por dezsegundos o venezuelano Freddy Alvarado, que foi seguido de perto poroutrobrasileiro, José Gutemberg.
Nem bolhas nos pés o impediramBastosdeobtersua primeira vitória internacional em 2005.Ele passou por um período depreparação na altitudede Taipa,na Colômbia, mesmo lugar onde Vanderlei Cordeiro de Lima se preparou para a Olimpíada de Atenas.
Marat Safin e Serena Williams coroaram trajetórias de superação ao conquistar o Abertoda Austrália, primeiro Grand Slam do ano.
Safin havia sido foi superado por RogerFedererna decisão do ano passado. Destavez,se vingou,enas semifinaiseliminou Federer, quebrando-lhe umainvencibilidadedecinco mesese 26jogos.Nadecisão, não tomou conhecimento de Lleyton Hewitt, que contavacom toda ator7cidaa favor. Venceupor 3a 1(1-6, 6/3, 6/3 e 6/4) e conquistou seusegundoGrandSlam–o primeiro fora em 2000, nos Estados Unidos.
Serena já soma sete títulos na principal série do tênis. O último havia sido em 2003,em Wimbledon.Na semifinal,passoupelarussa MariaSharapova, apóssalvartrês matchpoints.Contra LindsayDavenport, marcou 2 a 1 (2/6, 6/3 e 6/0),e provouqueosdramasfamiliares,comoamorte da irmã Yetunde e a separação dos pais,jáficaram para trás.
O Rexona/Rio de Janeiro manteve-selíder invictoda Superligafemininanosábado, ao derrotar o Sesi por 3 a 0, em casa. Com12 vitóriasem 12jogos, já classificado para a fase final, o time não teve moleza ontem: treinou normalmente para ojogo de amanhã, fora de casa, contra o Oi/Campos. Otécnico Bernardinhojustificou amedida:"Otime deCamposestá
Williams anuncia hoje seu segundo piloto para a temporada
A Williams anuncia hoje quem será o companheiro doaustraliano Mark Webber em2005. Aescolha está entre o brasileiro Antonio Pizzonia e oalemãoNick Heidfeld.Pizzonia guiou pela equipe em várias corridasnoanopassado,alémde ter trabalhadocomo piloto de testes. Heidfeld correu pela Jordan. O derrotado na escolha será contratado como piloto de testes.
O Brasil tem dois pilotos garantidos na temporada: Rubens Barrichello, na Ferrari,eFelipeMassa,queterá Jacques Villeneuvecomo companheiro na Sauber.
A seleção sub-20 do Brasil perdeu ontem a chance de assegurar a classificação para o Mundial da categoria, que será realizado na Holanda,em junho ejulho. Otime perdeupor 1a 0para aColômbia, emPereira, pelaterceira do hexagonal finaldoSulAmericano,eviuotimeanfitriãogarantira primeira das quatro vagas do continente. O Brasilcomeçou mal, e sómelhorou no segundo tempo, depois que sofreu o gol, marcadoporRodallega.Mas,depoisdaexpulsão do meiaDiego Souza,até entãoo melhorem campo,a seleçãonão teveforças para chegar ao empate. A derrota deixou oBrasil mais longe do título,mas aseleção segueemsituação tranqüilaparachegarao Mundial.Dois empates, contra o Chile, na quarta-feira, e a Argentina, nodomingo, serão suficientes para ratificar a classificação.
OUTROS RESULTADOS: Venezuela2 x3 Chile;Argentina 0 x 0 Uruguai.
CLASSIFICAÇÃO:1. Colômbia, 9; 2. Brasil, 6; 3. Argentina, 5; 4. Chile, 4; 5 Uruguai, 1; 6. Venezuela, 0.
muitobem, vem crescendo e ganhou todos os seus jogos em casa", afirmou. Na Superliga masculina, o líder é o Telemig Celular/Minas, que obteve no sábado suaoitavavitória seguida:3a0sobreaUnisul, atual campeã. São treze vitóriaseapenasumaderrota, duasa menosque ovice-líder Banespa,quebateu o Wizard/Suzanopor 3 a0, fora de casa.
norte-americana,
Ouro olímpico reina na praia
O campeãoolímpico
Emanuel mostrou força sozinhoontem, napraia de Ipanema, ao conquistar o título de"Rei de Praia" pelo segundo ano consecutivo.
O torneio é jogado com revezamento de parceiros. Na final, Emanuel venceu atuando ao lado de Fábio Luiz, contra Fabinho e Alex, por21a 19.Depois,aolado de Alex, bateu a dupla Fabinho/Fábio Luiz por 21 a 13.
No último jogo, aolado de Fabinho, perdeu por 24 a 22 para Alex e Fábio Luiz. Num tie-breakextra, venceu por 10 a 7 e se tornou o maior vencedor do dia. "É uma competição muito difícil.Você precisaserum jogador muito completo e estar em um bom dia", disse oparceirodeRicardo, que tambémdisputouotorneio, masnãoseclassificouparaa etapa final.
Antestardedoquenunca, diz o ditado. A seleção brasileira de handebol masculino venceu o Catar por 30 a 25,emsuapartidadedespedida doMundialda Tunísia. Nas quatroprimeiras partidas, o Brasil havia perdidoparaNoruega(34a12), Alemanha (30a 23), Egito (24 a 20) e Sérvia e Montenegro (33 a 19).
A seleção viajou com um timerenovado paraoMundial,com apenasquatrojogadores que disputaram a Olimpíada de Atenas. O objetivo era conquistar duas vitórias, para disputar o 13º lugar.Otimeacabouem19º, trêsposições acimado Mundial de 2003, em Portugal. "Sabíamos do potencial das equipes européias, nosso objetivo era vencer as africanas. Chegamos perto contraoEgitoe conseguimos contra oCatar”, comemorou o técnico Washington Nunes.
Croqui da proposta de reurbanização do vale do Anhangabaú, elaborada pela Associação Viva o Centro. Os carros deverão voltar a circular na região.
São Paulo deve ganhar, ainda este ano, um novo vale do Anhangabaú. O projeto – com o qual o prefeito José Serra se comprometeu durante a campanha – é relativamente simples, mas inovador. Em apenas quatro meses de trabalho e com investimentos da ordem de R$ 12 milhões, as obras podem alterar totalmente a paisagem, dar mais agilidade ao trânsito e embelezar o Centro.
SãoPaulo vaiganhar um portal de entrada digno de sua condição demaior metrópole da América Latina. Ainda nesteano,o valedo Anhangabaú deverá reassumir sua função de principalportadeentrada da cidade e, especialmente, do Centro. Sem atrativos e isoladodo sistemaviário,hoje o valetem apenasuma função: estabelecerligação das zonasnorte esul, pormeio do túnel Anhangabaú. Isso, quando ele não inunda. Durante a campanha eleitoral, o prefeito José Serra se comprometeu como proje-
to "Refuncionalização do Vale do Anhangabaú", elaborado pela Associação Viva o Centro. Segundo o presidente da entidade, Marco Antonio Ramos de Almeida, técnicosdo novogoverno municipal jáanalisam a proposta. Assim que deflagrada, areurbanizaçãodo vale exigirá apenas quatro meses detrabalhoe investimentos da ordem de R$ 12 milhões. O trânsito nãoserá afetadoe a maior parte das obras será de superfície. Com medidas simples, o Centro veriarestabelecidas suasligaçõesviáriasevoltaria aserumlugarinteres-
sante para novos investidores, avaliaAlmeida.Hoje, parasechegaraocoraçãoda cidadede carro há apenas
duas alternativas: aruaLíberoBadaró (noCentroVelho) ou a rua Xavier de Toledo (no Centro Novo).
Na opiniãode Almeida,asubutilizaçãodovale do Anhangabaú pode ser considerada uma atitude anti-social. "Lá nós temos duas importantes estaçõesde metrô –AnhangabaúeSãoBento –, delinhas diferentese que representamuminvestimento governamental astronômico". Essas estaçõespoderiam servir ainda mais a milhares de trabalhadores e aempreendimentosturísticos que seriam erguidos no vale e no Centro em geral. Mais Anhangabaú nas páginas 2 e 3. Na página 4, os desafios de José Serra, segundo a revista britânica "The Economist".
Números oficiais mostram que três em cada quatro brasileiros com 60 anos já perderam todos os dentes, 30 milhões de pessoas nunca foram ao dentista e gastos com a boca não chegam a R$ 1 nas famílias mais pobres
Os números são alarmantes. Pelo menos 30 milhões de brasileiros nuncaforamao dentista, 75% dos idosos não têm um dente sequer e os gastos com a saúde da boca estão longe de serem prioridade paraas famílias do País. Os dadossão oficiais e fazem partedo levantamento epidemiológico SB Brasil, elaboradoem parceria pela Associação BrasileiradeOdontologia(ABO)eo Ministério da Saúde.
A triste realidade também é confirmada pela Pesquisa deOrçamentos Familiares do Instituto Brasileiro deGeografia eEstatística (IBGE).Asfamíliasdasclasses maisaltas, com renda acima deR$6mil, reservam, em média, 0,68% do orçamento (equivalente a R$ 40,8) para tratamento dentário. Na outra ponta da sociedade,a situaçãoébem mais grave.Noslares mais pobres,com rendadeaté R$400,opercentual doorçamentousado paracuidar da bocaé de 0,12%(ou apenas R$ 0,48).
"É um quadro grave, as 30 milhõesde pessoasque nunca foram ao dentista são justamente esses brasileiros que possuemumarenda muito baixa, não têm o suficiente nem pra comer", afirma o presidente da ABO, o dentista Norberto Francisco Lubiana. Para a populaçãomais pobre,atéosgastoscom fumotêm umpeso maior no orçamento –de
0,57% – do que o tratamento dentário.
Desdentados – O estudo da ABOe doMinistério da Saúde ainda detectou que mais de 28% dos adultos não têm dentes funcionais (dentes essenciais no processodemastigação)empelo menos uma das arcadas (inferior ou superior). Além disso, menos de22% da população adulta ede 8% dos idosos apresentam gengivassadias.Eumpoucomais da metadedos brasileiros com18anos(55%)têm todos os dentes na boca.
Entre osbrasileiros que nuncaforam aodentistahá grandes diferenças regionais. No Sul, eles6% da população, enquantono Nordeste essenúmero chega a quase 22%.
Radiografia – O SB Brasil, realizado em2004, foia primeira radiografia completa sobre o tema já feito no País. "Nós nunca tivemos algo dessaabrangência eé aprimeiravez quese implanta uma política assim para a saúde bucal, com verba específica para o setor. Nosso cronograma está indo bem
Cuidar da saúde bucal não é só uma questão estética. Vai muito além disso. Alguns problemas na arcada dentária ou infecções originadas na boca por mau estado de conservação dos dentes podem prejudicar todo o organismo e levam o indivíduo a procurar os mais diversos profissionais da área médica.
"Temos, por exemplo, a endocardite infecciosa, que pode se desenvolver a partir de infecções nos dentes", explica o presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), o dentista Norberto Francisco Lubiana.
Classificada como aguda e subaguda (lenta ou crônica), a enfermidade pode ser fatal. O paciente tem manifestações de uma doença infecciosa aguda, causada por microorganismos de alta virulência, com desenvolvimento de lesões cardíacas graves que, se
não tratadas, podem levar à morte.
"Surgem também problemas musculares pela perda dos dentes. A pessoa pode ter dores na articulação da mandíbula com a cabeça, chamada de ATM, que pode originar dores de cabeça e pescoço", esclarece Lubiana. No caso da Articulação Temporomandibular (ATM), o paciente, antes do diagnóstico, geralmente já passou por profissionais de várias outras especialidades (otorrinolaringologia, neurologia, ortopedia), pois apresenta, dor ou estalos no ouvido, labirintite, dificuldade para abrir a boca e dor no pescoço.
Câncer – Geralmente tratado pela população como tabu, quase sem exceção, o câncer bucal quando diagnosticado é recebido pelo paciente como a morte decretada. "Só no ano de 2002, mais de
Sorriso bonito: cuidados com a higiene e tratamento bucal devem ser um hábito desde a infância
e, até agora,já foraminauguradosvárioscentros de especialidades odontológicas, com a expectativa de que novos locais serão brevemente entregues", defende Lubiana. Ele se refere, otimista, ao Programa Brasil Sorridente, lançado em 17 de março do ano passado pelo Ministério de Saúde. A iniciativa propõe uma ação conjunta de prevenção e tratamento da saúde bucal com a construção de centros de especialidades odontológicaseaumentodonúmero de equipes especializa-
das nopostos do Sistema Único de Saúde (SUS). A intenção é chegar à totalidade no número de municípios com fluoretação na água. Atualmente 60% deles recebem o benefício.
Gravidade – "OSB Brasil foi feitopara conhecermos, comprecisão, a gravidade da situação. Entre os grandesproblemas da população estão a perda dentária, o acesso das pessoas a ações deprevençãoetratamentoe o câncer bucal", afirma Gilberto Alfredo Pucca Júnior, Coordenador Nacional de
Atualmente 26 milhões de pessoas são atendidas para tratamento dentário pelo SUS. Com implantação de novos postos de atendimento, previsão é atingir 43 milhões de pacientes.
SaúdeBucal do Ministério da Saúde. A cada quatro brasileiros que completam 60 anos, três já perderam todos os dentes. Das pessoas que precisam de próteses, cerca de 8 milhões também não têm nenhum dente.
"Os maioresproblemas estão no Nordeste, porque a condição de saúde bucal é diretamente relacionada à condição devida das pessoas. Então, quanto mais pobre, pior a condição da boca", comenta Pucca.
O objetivo do Brasil Sorridente também é oferecer tratamento especializado. Para isso,oMinistérioda Saúde estácredenciando 64 Centrosde Especialidades Odontológicas em 40 municípiosde15estados.Atéofinal do anopassado eram 100unidades.A previsãoé que sejam400 atéo mêsde dezembro de2006. Com os novos centros, onúmero de pessoas com atendimento odontológico pelo SUS passará dosatuais26milhões para 43 milhões.
Edson Carrera
3,5 mil pessoas morreram por conta desse mal", informa Pucca. Apesar da gravidade da doença e do índice de mortalidade, o câncer bucal é uma enfermidade que pode ser facilmente prevenida e diagnosticada. "O que acontece é que as pessoas não têm acesso à prevenção e ao tratamento de cura, por isso o número de óbitos é tão alto", diz o presidente da ABO. Atualmente, todas as equipes de saúde bucal que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) estão capacitadas para fazer o diagnóstico precoce do câncer de boca. "Hoje, estamos com mais de 8 mil equipes espalhadas pelo País. E os centros de especialidade do Programa Brasil Sorridente estão equipados para tratar essas pessoas", afirma Lubiana. O câncer bucal representa cerca 10% do total de casos de câncer no Brasil. (EC)
Amoeda americana já não é mais hegemônica. Essa é a impressão que se tem diante das sucessivas desvalorizações do dólar ante outras moedas do mundo, como o euro, franco-suíço, dólar-canadense e, mais recentemente, do iene. No Brasil, o dólar tem ficado abaixo dos R$ 2,70, preocupando exportadores e economistas. Na última sexta-feira, a moeda encerrou o dia valendo R$ 2,647: a menor cotação desde junho de 2002. "O dólar, líder da primeira divisão, está caindo frente aos seus pares", explica, usando uma imagem futebolística, Emílio Garofalo Filho, funcionário de carreira do Banco Central, atualmente licenciado. Garofalo, que já trabalhou com a maioria dos presidentes eleitos democraticamente, é considerado um especialista quando o assunto é câmbio e explica, nesta entrevista, o movimento atual de queda do dólar e valorização de outras moedas. Ele tece críticas principalmente à desvalorização cambial no Brasil, o que, a seu ver, é resultado da atual política governamental.
Por Eduardo A. de Castro
Diário do Comércio: Por que o dólar está se desvalorizando frente a outras moedas, como o iene, euro e real?
Emílio Garofalo Filho: Voupedirlicença aopresidente Lula para usar uma imagem futebolística. As moedastambémtêm primeira e segunda divisão. O dólar,líder daprimeiradivisão, está caindo frente aos seus pares/colegas da primeira divisão (euro, iene, franco-suíço, dólarcanadense, dólar australiano etc.). O Brasil, que está numa sériedeacesso,está na outra divisão, assim como a Argentina e os países pobres em geral.
Afirmar queo dólarno Brasil estácaindo porque está caindo no resto do mundo é presunção de nossa parte. Nós não somos tão importantesassim a ponto debagunçaravidadodólar. Odólarestá caindonoBrasil eo realestá sobrevalorizadobasicamente porquea ofertaestámaiordo quea demanda. Isso devido a uma série dedesajustesna nossa política cambial, de um lado,e pelo ambiente mundial favorável do outro (juro muito baixo).Há uma liquidez mundialque favorece o fluxo de dinheiro, e os nossos jurosaltos ajudama atrair esse dinheiro.
Um outrofator decisivoé onosso BancoCentral(BC) que ou não compra dólar ou compra muito pouco. Isso gera dois efeitos perversos: primeiro diminui o volume dereserva líquida; em segundo porqueao nãocomprar esseexcesso deoferta, faz com que o real se valorize a cada dia, o que pode no futurocomprometer abalança comercial.
DC: Se a intervenção do BC é necessária, por que isso não acontece?
EGF:Antesde tudoéimportante lembraroseguinte: alegislação cambialbrasileira é dos anos 30. Houve uma série de remendos ao longodosanos,comoosque ocorreram no início dos anos60,masdesdeentãoessalegislaçãonãoémodernizada. Por exemplo, o expor-
tadoréobrigadoavenderos dólares donegócioe,além disso, temprazoparavendê-lo. Então existem vendedores compulsórios neste mercado. Quando chega a datado exportadorvender, eleatépode nãogostarda taxa,achar queodólar aR$ 2,65 estámuito baixo,mas eletemdevender.Umoutro aspecto é oseguinte, imagine quevocê éum administrador de fortuna, dinheiro, e que tenha uma parcela desse dinheiro para assumir risco,de formacalculada, dentro dos parâmetros existentes e de uma série de mecanismos para daruma forma típica ao que nós chamamos, vulgarmente, de especulação. Entãotemos o dólar a R$ 2,65 e essa pessoa quer comprá-lonestenível porque acha queé um bom investimento. Mas,ao irno banco paracomprardólar
O excesso de oferta, faz com que o real se valorize a cada dia, o que pode no futuro comprometer o resultado da balança comercial"
encontrará sempreamesma resposta: "Não pode!"
DC : E qual é, então, a alternativa?
EGF: Modificar a legislação, permitir queoutros possamtomar dólares,permitir que os exportadores não sejam obrigadosa vender os dólares, permitir que oexportadorpossa compensar comsua exportação aimportação.Agrandemudança seria uma alteração constitucional.Mas enquanto nada éfeito, o único que pode equilibraresse mercado é o BC como comprador.Ele éo único"especulador" permitido. Mas ele (BC) tem sido muito tímido, tanto quando deixou o dólar subir demais, ou quando deixou cair demais.
DC: Se o senhor fosse o ministro da economia, quais seriam as medidas imediatas que tomaria para manter o dólar em nível aceitável?
EGF: GraçasaDeuseu não sou! Mas eu daria uma sugestão ao ministro da economia. De imediato mobilizariao Congresso Nacional parafazer asmudanças de legislaçãonecessárias abuscar o equilíbrio do dólar, isso no curto prazo. Em seguida faria oBC teruma presença mais atuante no mercado.
DC: Há dois anos o dólar estava abaixo de R$ 3,00 e não comprometeu as exportações. Qual é a diferença hoje?
EGF:Em abrilde2002o dólar estavaa R$ 2,25.Naquele mesmoano poruma série de razões– crise mundial de confiança nos balanços,apartir doepisódioda Enron, e o processo eleitoral interno–, odólar bateuem R$ 4,00 efechou oano em tornodeR$ 3,50,daíem diante foi caindo.
O quehouve de fundamental de lá para cá foi o aumento do custo, porque o repique do dólarno ano de 2000 gerou um IGP na ordemde30% ealgumastarifaspesaram para osexportadores. Os salários tiveram algumtipo dereajuste,os impostos aumentaram, todo custo de produtos subiu, e o dólar caiu, e é essa a reclamação. O dólara R$3 a essa alturaseria atéinferior aos R$ 2,25 de abril de 2002.
DC: E qual seria então a taxa ideal?
EGF: Do que eu tenho ouvidoe conversado por aí, com economistas e exportadores, a taxa poderia ser de R$ 3,00 a R$ 3,10. Agora não se esqueça que o Brasil tem uma economia complexa e diversificada. Não existe uma taxa boaparatodos. Não somos como o Chile quedepende basicamente de cobre e frutas,ou os paísesdaOpep,quedependem do petróleo. Temosuma pauta muito diversificada.
DC: E quanto ao euro, ele é a moeda que veio para
substituir o dólar?
EGF: Os americanos estão com umdéficit tão monumental nasua balança que eles querem desvalorizar o dólar, por isso é que eu chamei de primeira e segundadivisão. Odólarestá aparentemente fraco ante as principais moedas do mundoporque aautoridade monetária americana está fazendo força para que isso aconteça, praticando juros historicamen-
temaisbaixos, quesóse viu no período pós-guerra, quando tentava recuperar a economia. Temporariamente isso vai ocorrer, principalmente comajuda dos europeus que também têm mantido baixo, ou não tem derrubado suas taxas de juros.
DC: No caso do Brasil a valorização do real vem acompanhada de juros altos. Qual o efeito dessa
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O único que pode equilibrar esse mercado é o BC. Mas ele (BC) tem sido muito tímido, tanto quando deixou o dólar subir demais, como quando deixou cair demais".
Emílio Garofalo
combinação a longo prazo?
EGF: Falta de incentivo ao investimentoe àpoupança,portanto, emlongo prazo escassez de consumo, e dificuldadede equilíbrio dascontas públicasdevido ao crescente avanço da dívida provocado pela própria taxade juro.Ataxa básica não seaplica apenasao cartão de crédito, ou ao cheque especial ou financiamento dovarejo, seaplica àdívida pública como um todo.
As dificuldades de acesso ao vale do Anhangabaú afastam empresas que pode que não atrai nem aos camelôs. Trabalhadores e consumidores também pre Centro da cidade num território marginalizado. Alguns dos vilões dessa his calçadões, que deveriam criar mais espaço e liberdade para pedestres
ATeresinha Matos
tualmente, o vale é ocupado por moradores de rua, menores infratores e prostitutas. "Nem os camelôs vêm para cá. Claro, praticamente não passa ninguém por aqui", justifica Almeida. Para ele, um dos maiores problemas do local é o acesso restrito, que afasta as empresas que poderiam investir na área e, conseqüentemente, a população.
O futuro Centro Cultural dos Correios, cujas obras foram retomadas, quer operar associado a parceiros, mas há uma dificuldade. "Que empresas apostariam em um projeto instalado num local onde o acesso é restrito?", questiona Marco Antonio Ramos de Almeida.
De acordo com o projeto do portal, o pequeno parque central do vale do Anhangabaú será mantido. O trânsito de veículos no local será feito junto aos edifícios. Consta da proposta a criação de uma rambla (calçadão central com oito metros de largura, à semelhança das áreas de pedestres de Barcelona, na Espanha) na avenida São João, no trecho compreendido entre o largo do Paissandu e a rua Líbero Badaró, cruzando toda a extensão do vale. Quem quiser acessar o Anhangabaú de carro, vindo das zonas norte ou sul, vai utilizar alças de retorno existentes nas extremidades do vale. O acesso ao vale pela São João poderá ser feito de carro ou à pé. Os pedestres utilizarão as ramblas e seus calçadões centrais, com lojas, restaurantes e hotéis. Os automóveis circularão por vias com sete metros de largura, paralelas às ramblas A proposta, elaborada pela Promon Engenharia e pela JBMC Arquitetura e Urbanismo, prevê ainda a construção de uma passagem de nível – com três metros de pé direito, lembrando o antigo "buraco do Adhemar" – para receber os dois fluxos de veículos oriundos do vale do Anhangabaú. Essa passagem evitaria conflitos com os pedestres vindos da rambla da avenida São João. Futuro do vale – Apartirdessas mudanças, o vale ganhará novos contornos, voltando a ser o cartão postal da cidade. "A vocação da região é a de abrigar grandes edifícios, com 30 andares e mais de mil metros quadrados de laje, como o CBI Esplanada, o Mercantil Finasa, o Conde de Prates e o Grande São Paulo", pondera o presidente da Viva o Centro. "Hoje, com a circulação de carros restrita, as empresas instaladas nos grandes edifícios do vale são impedidas de receber seus clientes, colocando-as em desvantagem em relação a organizações com endereço em outros pontos. Isso inviabiliza a permanência dessas companhias e a chegada de novas", explica Almeida.
Quadra 27 – Há locais degradados na região que exigem mudanças. A famosa quadra 27 – circundada pelo edifício dos Correios e que abriga na outra ponta o CBI Esplanada – precisa de uma solução. Nessa grande área, só existem prédios vazios e construções descaracterizadas e, portanto, sem nenhum valor histórico. Hoje, esse pedaço do vale abriga comércio popular e prostituição. A principal dificuldade: os terrenos são pequenos, de vários proprietários e alguns esperam solução para pendências jurídicas. São remanescentes das diversas etapas de urbanização da cidade.
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A sugestão da Associação Viva o Centro é de que essa área seja desapropriada pela Prefeitura (alegando "necessidade pública") para a construção de um grande empreendimento, abrigando, por exemplo, edifícios de escritório, shopping e hotel de grande porte. "Ganharia a concorrência quem oferecesse maior número de metros quadrados para a Prefeitura. Assim, o município abrigaria ali secretarias, que hoje gastam com o pagamento de aluguel", propõe Almeida. Portão fechado – O acesso de carros ao vale foi fechado por uma deturpação do projeto anterior. Assinado por uma equipe encabeçada pelo urbanista Jorge Wilheim, a proposta previa a transposição da cidade (sentidos norte-sul e sul-norte) via túnel e a criação de alças laterais – a partir dos túneis – que entrariam pela São João em direção à Líbero Badaró e ao largo do Paissandu. Mas as alças foram suprimidas na finalização do projeto, talvez para
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Atualmente, o vale do Anhangabaú é ocupado por muitos prédios vazios, construções descaracterizadas e pequenos terrenos remanescentes das diversas etapas de urbanização da cidade. Para Almeida, da Viva o Centro, a vocação da região é abrigar grandes edifícios, com 30 andares e mil metros quadrados de laje.
reduzir custos, inviabilizando o acesso à região central.
Segundo Almeida, a configuração atual do vale do Anhangabaú resolveu a ligação norte-sul/sul-norte da capital. Entretanto, bloqueou o trânsito local.
Para se chegar à sede da Associação Viva o Centro de carro, na rua Líbero Badaró, é preciso ir até a praça João Mendes, passar pela Sé, Pátio do Colégio, rua Boa Vista e largo São Bento. "Há garagens, mas ninguém pode chegar. Diante desses obstáculos as pessoas desistem", avalia o presidente da Viva o Centro. Qualquer problema no trânsito pára toda a rótula. "Acontece de causar congestionamentos até na Consolação, por exemplo", expõe Almeida. Basta uma manifestação de funcionários públicos, ou dos movimentos de sem-teto ou sem-terra na rua Boa Vista – onde estão instaladas diversas secretarias – e o trânsito da capital fica bastante prejudicado. Calçadões – Outro problema causado pela supressão das alças no projeto original é o trânsito desordenado. Sem leito carroçável, carros de polícia, bombeiros, manutenção, valores etc circulam desordenadamente por todo o vale. Esse, aliás, é o problema de todos os calçadões do Centro, que devem sofrer mudanças nos próximos dias, como anunciou o subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, no dia 16, em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio
Entre as propostas apresentadas ao novo prefeito pela entidade está a de revisão do uso dos calçadões, com a criação de ruas de serviço. "A cidade existe antes do calçadão. Por isso, há a necessidade de circulação para mudanças, obras, abastecimento etc. O ideal é manter vias com leito carroçável, como a 7 de Abril", defende Almeida. Ele lembra ainda que a questão de segurança afastou o povo do Vale do Anhangabaú. "A circulação de veículos no
Entre as propostas para a reforma do Anhangabaú está a de revisão dos calçadões e a criação de ruas de serviço com leito carroçável, como a 7 de Abril
m se interessar em ocupar edifícios ou até investir em projetos culturais na região, em se manter afastados, o que transforma um dos mais importantes pontos do ia são atacados pelo projeto do portal: a inexistência de estacionamentos e os s, na prática, acabam contribuindo para aumentar a confusão no trânsito.
período noturno traz segurança. Quem se arriscaria a caminhar por um local vazio e sem trânsito?", questiona.
Outra dificuldade é a falta de estacionamento, questão que também desestimula a ocupação do centro da cidade. Marco Antonio Almeida destaca que a lei autorizando as garagens subterrâneas foi sancionada há um ano, em janeiro de 2004. Portanto, a construção pela iniciativa privada de 2 mil vagas está liberada. "Basta a Prefeitura publicar o edital e abrir a licitação", explica. O presidente da organização nãogovernamental (ONG) diz que não entende o motivo pelo qual as licitações ainda não ocorreram e propõe a construção de pequenas e médias garagens com, no máximo 200 vagas, a exemplo do que se vê em Paris. "Ninguém quer andar mais que 200 metros para buscar o carro", justifica. Com todas essas questões resolvidas, São Paulo voltaria a ter um portal de entrada no Centro. De quebra, seu principal vale passaria a ter uma moldura definitiva e definida. A região, que no passado era formada por chácaras com plantações de chá e abrigou elegantes jardins projetados pelo arquiteto francês Joseph Antonie Bouvard, tem atualmente sua paisagem composta por verdadeiros monumentos arquitetônicos – o Teatro Municipal, o viaduto do Chá e o edifício central dos Correios. Mas os paulistanos almejam mais: um cenário de grandes edifícios, a exemplo dos que predominam na região (CBI Esplanada, Mirante do Vale, Mercantil Finasa, Conde de Prates e Grande São Paulo) e que conferiram a marca de cidade dos arranha-céus a São Paulo.
A proposta de revitalização do vale do Anhangabaú, apresentada pela Associação Viva o Centro, reforça a idéia de que essa área da cidade deve abrir espaço aos carros, principalmente aos de serviço (táxis, viaturas policiais, do Correio e carros-forte, por exemplo). Discutir a entrada de veículos no Centro é o tema do momento.
Qualquer decisão nesse sentido há que levar em conta alguns objetivos estratégicos.
O primeiro deles é livrar a região de congestionamentos e de abusos de trânsito cometidos por motoristas equivocados. Nesse sentido, já se fala na adoção de um super-rodízio e até mesmo de pedágios.
Para que essas medidas vinguem, é preciso uma contrapartida, ou seja, transporte coletivo farto, bom e barato. Do contrário, dificilmente alguém deixará seu carro na garagem.
O segundo objetivo tem caráter saneador. Se os calçadões, idealizados nos anos 70, num primeiro momento privilegiaram os pedestres, é bem verdade que o alijamento dos carros trouxe à cena urbana um personagem desagregador: o camelô. Autoridades da época não previram que o desemprego cresceria e que ele seria seguido de perto pela informalidade. O resultado foi nefasto, principalmente
para o Centro Novo, região que fica entre o Anhangabaú e a avenida Ipiranga. A deterioração dessa faixa da cidade – com esvaziamento de prédios e fuga do comércio sofisticado – foi drástica. Por isso, a volta dos carros poderia ter um efeito terapêutico. Caberá ao prefeito José Serra, com bom senso, tomar as decisões. O ex-prefeito Prestes Maia, que administrou a cidade por três vezes (e cujo auto-retrato de fino traço ilustra este texto) talve seja um bom paradigma. Seu "Plano de Avenida da Cidade de São Paulo", apresentado em 1930 e referência para qualquer urbanista, abriu os horizontes de uma cidade até então provinciana Na visão modesta do engenheiro, seu projeto deveria ser creditado "aos pecados da mocidade Na verdade, de alguma forma, o plano teve a inspiração dos profetas e acabou desenhando a Sã Paulo que temos hoje.
Mesclar a inteligência do passado com o arroj do futuro pode ser a medida exata para uma cidade mais equilibrada. Conformeo DC adiantou em sua edição do dia 16, é desejo do Prefeitura liberar os calçadões aos carros de serviço e, quem sabe, aos particulares. Mas com sabedoria. Sinais de tempos melhores.
Com a recente mudança na legislação dos fundos de investimento, bancos de varejo investem em novas opções de aplicação em renda fixa em 2005
Com a nova legislação dos fundos de investimentos, as pessoas interessadas em fazer aplicações em renda fixa encontrarão mais produtos de longo prazo do que de curto prazo disponíveis no mercado. Além da vantagem tributária,as administradoras de fundos acreditam que 2005 será um ano de estabilidade, com perspectiva de crescimento da economia e baixa oscilação no mercado, favorecendo as carteiras longas.
Pelas leis 11.033 e 11.053, queentraramemvigor em primeiro de janeiro deste ano,aalíquota deImposto deRenda (IR),podevariar sobre os rendimentos dos fundos de renda fixa de 22,5%a 15%, conforme o tempo deaplicação emcarteiras de curto prazo ou longo prazo. Quem deixar o dinheiro aplicado pordois anos em um fundo de renda fixa de longo prazo (em que a média defechamento dos títulos supera 365 dias) pagará 15% de alíquota de IR.
Anova legislaçãotambém estabelece queo recolhimento do impostoocorreráacadaseismeses(noúltimo diaútil demaioe novembro) ou no momento do resgate.Osrendimentosobtidos com asaplicaçõesem ações,fundosdeaçõeseclubes deinvestimentosterão alíquota fixa de 15%.
Ainda não foram divulgados números pelas instituições sobre a reorganização ocorrida no mercado. Mas as administradoras de fundos, principalmente
aquelas pertencentes às grandesinstituições financeiras, estão com novos produtos na prateleira. Na últimaquarta-feira,o Itaú lançou o CDB DI Itaú comprazodeatécincoanos. Aaplicação mínima no CDB éde R$100, comincidência de IR no vencimento doinvestimento ouemresgates antecipados. Mais produtos de longo prazodevem serlançados nos próximos dias para satisfazer o cliente que busca a vantagem fiscal de 15% pre-
Principais eventos da semana de 31/1 a 4/2 Segunda-feira: A Secretaria deComércio Exteriordo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Secex)divulgaoresultado da balança comercial brasileira na quarta semana dejaneiro.A Federaçãodo Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) divulga balanço devendas físicase faturamento real do comércio varejista da região metropolitanadeSãoPauloem dezembro.NosEstadosUnidos, saem dados sobre vendas de imóveisnovosem dezembroesobre gastos pessoais dos americanos.
vista nas aplicações em renda fixa acima de dois anos. Os três maiores bancos de varejono Brasil administram mais de 40% do total de recursosinvestidos em fundos, segundo levantamento do site Fortuna. A rede de agênciade bancos de varejo é o principal canal de distribuição de fundos de investimentosno país.Na hora deadequarosprodutos àsnovasexigências tributárias,astrêsmaioresinstituições priorizaram a carteiras longas.
Terça-feira: A Associação Comercialde São Paulo (ACSP) divulgabalanço de consultasao Usecheque e ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) em janeiro. Os números servem dereferênciaparaasvendas a vista (Usecheque)e a prazo(SCPC).A Associação também divulga os números de falências e concordatasreferentesao mêsdejaneiro.A Secexdivulga oresultado da balança comercial em janeiro.
Quarta-feira: A Fundação Getúlio Vargas(FGV) divulgao Índice de Preçosao Consumidor(IPC) doRiode Janeiro referente ao mês de
SegundoMoacir Castanho, superintendente de fundos de investimentos do Itaú, os produtos voltados à pessoafísicacomo osfundosmultimercados, derendafixae DItiveramas carteirasadequadasparaolongo prazo — quando a média do fechamento dos títulos fica acima de um ano ou 365 dias. "Apenas os fundos de curto prazo eosfundos cambiais(atrelados ao dólar), ficaram com a carteira de curto prazo", afirma. Agência Letras & Lucros
janeiro. Nos Estados Unidos saem dados sobre vendas de veículos em janeiro. Quinta-feira: AFGV divulga oIPC-S,índicesemanal de inflação. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas(Fipe)divulgaoÍndice de Preços ao Consumidor (IPC) referente a janeiro. Sexta-feira: AFGV divulga o IGP-DI de janeiro. Semdata definidadurante a semana: A Anfavea (associação que representaas montadoras de veículos e os fabricantes de máquinas agrícolas brasileiros) divulga balanço de produçãoe venda em janeiro. Fonte: Tendências Consultoria
Reportagem da revista britânica mostra que São Paulo pode se transformar numa cidade mais justa Emsua maisrecenteedição, o semanário The Economist traz uma reportagem sobre a "maior cidade do hemisfério sul e capital econômica do Brasil". Arevista britânica avalia o desafio do prefeito José Serra de transformar São Paulo numa cidade mais justa.
Otexto comentaosresultadosdaeleição municipal de2004.Adisputaculminou na derrotada ex-prefeita Marta Suplicy (PT) que, segundoarevista, fez"notáveisesforços paramelhorar a vida na periferia" e na vitóriadeJoséSerra(PSDB),"um tecnocrata esperto", "ex-ministrodaSaúde"que"foiajudado peloressentimento da classemédiacomoaumento de impostos epelas suspeitascontraopartidodeMarta Suplicy e sua vida pessoal". Segundo a The Economist, até agora Serra, que assumiu o comandodeuma cidade quepassapor "transições múltiplas", dissepoucosobreadireção quepretende dar à metrópole.
O semanáriobritânico mostra ainda que a prefeita Marta facilitou o transporte da periferia para o Centro e osusuários podemagora usar vários ônibus pagando apenas uma tarifa. Mesmo assim, otransporte deuma regiãoperiféricaaoutraainda é caótico.
A reportagemfaz umbrevebalanço dahistória eco-
nômica da capital desde os tempos do café, passando pela industrialização, arecessãoeconômicadadécada de 80 e a abertura comercial nos anos 90 eo aumento do desemprego.O texto menciona que a população da cidadecrescepouco desde 1991,masque naperiferiae nosmunicípiosda região metropolitana de São Paulo, onde vivem as famílias mais pobres, o crescimento populacionalé estrondoso,oque podeapontar paraum empobrecimento dos paulista-
nos. Parteda responsabilidadepor issoestaria nas mãos dosdois prefeitosque antecederam Marta Suplicy – Paulo Maluf e Celso Pitta –acusados de corrupção em "larga escala".
Nos últimos anos, a economia brasileira mostrou sinais de recuperação, afirma a revista,e o desempregonacidadecaiu,principalmente pelo desenvolvimentodaárea deserviços. Isso também contribuiu para a melhoradas condições na periferia.
The Economist diz queSerramostrouquenãovaivirar as costaspara aperiferia, já no discurso de posse, quandoafirmou: "ainclusão socialé umcompromisso fundamental". Mas, se o discurso anuncia mudanças, osfatos mostram que elas ainda não estão claramente definidas.
Serra parou deconstruir os caroscentros educacionais unificados (CEUs) criadospor MartaSuplicy,mas pretendeintegrar o pagamento único da passagem dos ônibus com o metrô. Mas o que ospaulistanos –"principalmente aqueles queestãolargadosnasáreas daperiferia"– esperamé que a ainda incipiente recuperação da cidade seja fortalecida pelo novo prefeito.
Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Ivan Lorena Vitale
Superintendente
Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890
Os Amigos da Estação Especial da Lapapromoveram um café da manhã com a presidente doFundo Socialde Solidariedade do Estado,Maria Lúcia Alckmin. O encontro, que tevecomoobjetivofomentar os trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Convivênciae DesenvolvimentoHumano, reuniu representantes da DistritalLapa, doConselhoda
MulherEmpreendedora da distrital,do Rotary,do Lionse da OAB, entre outros. A primeira-dama agradeceua participação de todose tambémo envolvimento das mulheres da lapa no trabalho social. Participaram do encontro esposas de conselheiros da distrital. Therezinha Penteado, coordenadora doCMEda Lapa, também esteve presente.
A Distrital Santo Amaro participou ativamente das comemoraçõespelos 453anosdobairro. Afestacomeçouem 14dejaneirocomshowsna praça Floriano Peixoto.Participaram do evento, autoridades, artistas e religiosos que puderam conhecer o subprefeito de Santo Amaro, José Antonio Barros Munhoz. Na noitedo dia15, adistrital promoveuuma missana Catedralde Santo Amaro, celebrada pelo vigário monsenhor Edilson Giavoni. Participaram da cerimônia o superintendente Aloysio Luz Cataldo e sua esposa, Shirley Auriema Cataldo, além de integrantes da diretoria e do CME. No dia 16 aconteceu a "Prova Pedestre Maratona", realizada pelo SESC de Santo Amaro.
Terça Acal – O superintendente da Distrital Centro, Roberto MateusOrdine,participada posse da diretoria executiva -gestão2005-2007 da Associação Cultural e Assistencial daLiberdade (Acal). Às 19h, na avenida Liberdade, 365.
Quarta Faesp – O presidente da ACSP, Guilherme Afif Do-
mingos, participa do jantar em comemoração à posse dosmembros da diretoria, das mesas diretoras de assuntostécnicose dosconselhosdo ServiçoNacional de AprendizagemRural de SãoPaulo (Senar/SP),promovido pela Federaçãoda Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp).Às 19h30, no hotel Jaraguá, rua Martins Fontes, 71.
Hoje
Santo Amaro – ADistrital Santo Amarorealiza reunião donúcleosetorialde profissionaisde belezado ProjetoEmpreender, coordenadapela consultora Maria Cristina Imbimbo. Às 10h.
São Miguel –ADistritalSão Miguelrealizareunião do núcleo setorialde salãode beleza do ProjetoEmpreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 17h.
Terça Pirituba – A Distrital Piritubarealizareunião ordinária. Às 8h30.
São Miguel –ADistritalSão Miguelrealizareunião do núcleo setorial de profissionais de buffet do Projeto Empreender, coordenada peloconsultor ValdeirGimenez. Às 14h30. Centro –A DistritalCentro realizareunião do núcleo setorialdeprofissionais de balões artísticos do Projeto Empreender, coordenada pelaconsultora JaneGiannini Bueno. Às 19h. Sudeste –ADistritalSudes-
te realiza reunião ordinária. Às 19h30. Lapa –A DistritalLaparealiza reunião do núcleo setorialde comerciantesdarua Guaicurus doProjetoEmpreender, coordenada pelo consultor André Gil Sanchez Jr. Às 20h.
Quarta
São Miguel –ADistritalSão Miguelrealizareunião do núcleo setorial de profissionaisdelojasde móveis e colchões do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.
Quinta Mooca – ADistrital Mooca realizareuniãoordinária.Às 19h.
Lapa –A DistritalLaparealiza reunião do núcleo setorial de saúde do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor André Gil Sanchez Jr. Às 20h.
São Miguel –ADistritalSão Miguelrealizareunião do núcleo setorial de profissionais de mecânica e autopeças do Projeto Empreender, coordenada peloconsultor Valdeir Gimenez. Às 20h.
O empresário deve ficar atento ao prazo mínimo para a guarda de documentos. Os comprovantes de qualquer pagamento efetuado à Previdência Social, por exemplo, devem permanecer arquivados por pelo menos 30 anos e, em plena era digital, em papel. Descarte de documentos antes da hora implica em prejuízos.
Aquantidade de declarações e obrigações fiscais muitasvezes levamasempresasadeixarde guardar esses documentos. Com isso, o empresário corre um sério risco: ter que pagarnovamenteo quejápagou."NoBrasil,aocontrário da maioriados países,a boa-fé do contribuinte não é presumida e a responsabilidade de provar o pagamento é dele", alerta o advogado Luis CarlosGalvão, diretor do departamentojurídico do Centro das Indústrias do Estado deSão Paulo (Ciesp).
"Se o contribuinte não tem como comprovar um pagamentoparaoFisco,éobrigadoa recolher novamente o tributo, acrescido de multa de até 20% do valor devido e juros pela taxa Selic", explica o vice-presidente do Sindicato dasEmpresas deServiços Contábeis doEstado de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Chapina Alcazar. Cada documento tem que ser guardadopor umprazo mínimo,deacordocomatabela do Ciesp (ver ao lado) que também traz as alíneas de devolução e prazos de validade dos cheques. "Muitos acreditamque cinco anos é o prazo para guardar qualquerdocumento, masaqueles quepodemser pedidos pela Previdência Social, por exemplo, precisamser arquivadospor30 anos", diz Galvão. E devem ser preservados os originais."Hojeé comumadigitalizaçãode documentos, mas asautoridadesnão acreditam neles", afirma. Muitosseesquecem das implicações fiscais de documentos comerciais ejogam foraoquenãodeveriam."Se uma empresapagouum fornecedor com duplicata, esse título prescreve em dois anos para fins comerciais,maspara finsfiscaisé preciso guardarpor cinco anos", esclarece Alcazar. O início da contagem do prazo varia. O prazo de dez anos para guardar o Imposto de Rendada Pessoa Jurídica (IRPJ),por exemplo, deve ser contado a partir da entrega da declaração ao Fisco, segundo Galvão. Alcazar explica que se o empresário não comprovar o pagamento ese recusar a pagar novamente para o Fisco ou para um fornecedor,elepodeterqueresponder à ação na Justiça. Para oempresário, como consumidor,o prazo de guarda de um documento podeser diferente. OImposto de Renda daPessoa Física(IRPF), porexemplo, precisa serguardadopor cincoanosaoinvésde dez como o IRPJ. Laura Ignacio
